Denervação por radiofrequência percutânea para

Transcrição

Denervação por radiofrequência percutânea para
Boletim Informativo da Comissão Técnica da Unimed Cuiabá | Edição 36 | Outubro de 2011
Stents
coronarianos
biodegradáveis
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Ácido
Hialurônico em
Osteoartrose de
Joelho
Denervação por
radiofrequência
percutânea para
dor cervical e
lombar
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Comunicado
A Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) aprovou a Resolução Normativa
n° 268, de 1º de setembro de 2011, que
dispõe sobre a garantia de atendimento
dos beneficiários de plano privado de
assistência à saúde. A RN entra em
vigor no dia 19 de dezembro de 2011,
portanto a Unimed Cuiabá deverá cumprir
com os prazos estipulados para garantia
do atendimento aos clientes, dentro da
especialidade solicitada.
Atenciosamente,
Conselho de Administração
Denervação por
radiofrequência percutânea
para dor cervical e lombar
1ª Edição: 04/10/11
Resumo
Stents coronarianos
biodegradáveis
1ª Edição: 16/10/11
Introdução
Não é nova a tentativa de desenvolver
um stent coronariano com estrutura
totalmente biodegradável. O primeiro
stent deste tipo usado em humanos
foi descrito em 2000. Os tempos de
biodegradação são variáveis conforme
o dispositivo.
A busca pelo desenvolvimento
destes stents visa contornar
alguns problemas relacionados à
permanência da órtese na coronária,
tais como: menor reação inflamatória
tecidual, período mais curto da
utilização de regime antiplaquetário
duplo e possibilidade futura de
tratamento do vaso-alvo com
enxertos venosos ou arteriais quando
do
necessário.
No entanto, resultados preliminares
demonstram que a menor força
radial dos stents biodegradáveis,
responsável por parte da perda
luminal relacionada à retração
do vaso, ainda é uma limitação
dessas próteses.
Os stents biodegradáveis podem
ser:
 Poliméricos
 Poliméricos eluídos em droga
 Metálicos
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A literatura usa preferencialmente
o termo corrosão para os stents
biodegradáveis de metal e absorção ou
bioabsorção para os stents poliméricos.
Há muito material de boa qualidade
publicado sobre o uso de stents em
insuficiência coronariana, portanto
direcionamos a nossa busca por
estudos randomizados ou revisões
sistemáticas com metanálise para a
análise de segurança e efetividade
destes dispositivos. Analisamos também
avaliações tecnológicas sobre o tema.
Resumo
do parecer
Os stentes coronarianos
biodegradáveis feitos em polímero
ou metal vêm sendo testados em
animais e humanos há mais de 10 anos.
Até o momento não há estudos clínicos
randomizados controlados que possam
determinar a efetividade e segurança
dos stents biodegradáveis, portanto
não recomendamos a sua
utilização fora do ambiente
de pesquisa clínica.
Procedimentos por radiofrequência para
o tratamento de dor na coluna vertebral
são solicitados com frequência pelos
especialistas.
Nem o tratamento clínico nem o
tratamento cirúrgico alteram a história
natural da doença degenerativa da coluna
vertebral.
Não há uniformidade na nomenclatura
e aspectos da regulação dos planos
de saúde e na tabela de honorários
médicos contribuem para uma
grande confusão envolvendo estes
procedimentos. O texto completo do
parecer explica os procedimentos e
confundidores.
A literatura sobre o assunto em geral
não é de boa qualidade e não suporta
a realização de uma boa parte dos
procedimentos invasivos.
Para os três procedimentos que podem
realmente ser chamados de denervação
por radiofrequência, a análise da literatura
nos leva às seguintes conclusões:
 Para a denervação ou
neurotomia por radiofrequência
do ramo communicans para dor
discogênica não há evidência
suficiente para incorporação
do procedimento na rotina do
tratamento. Não há estudos em
coluna cervical.
 Para a denervação por
radiofrequência do ramo medial
ou denervação facetária a
evidência é conflitante. Em
alguns estudos os resultados são
bons. Em outros os resultados
são ausentes ou de pequena
relevância clínica ou de curta
duração. Há relativo consenso de
que apenas uma população muito
selecionada de pacientes parece
beneficiar-se do procedimento
e a eficácia da radiofrequência
contínua é superior à pulsada.
Recomendamos o procedimento
como uma alternativa válida
apenas para os pacientes com dor
lombar ou cervical, refratários ao
tratamento clínico bem conduzido
e que se enquadrarem em todos
os critérios de dor facetária, os
quais são bastante restritos. Não
recomendamos a repetição do
procedimento se na primeira
vez o alívio foi pequeno, de
curta duração ou ausente. Não
recomendamos a repetição do
procedimento com intervalo
inferior a seis meses. Não há
evidência que respalde múltiplas
repetições.
 Para a denervação por
radiofrequência do gânglio
da raiz dorsal no tratamento
da dor radicular a evidência é
conflitante e limitada, derivada
de estudos muito pequenos e
com problemas metodológicos
consideráveis. Recomendamos
que a eficácia do procedimento
seja confirmada em estudos
maiores e com metodologia
adequada antes da sua adoção
rotineira.
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Ácido Hialurônico em
Osteoartrose de Joelho
1ª Edição: 03/08/11
Descrição
A osteoartrose (OA) de joelho
compromete cerca de 10% da população
idosa. O tratamento clínico da OA
baseia-se no autocuidado feito pelo
paciente e orientado pelo médico. O
uso de medicamentos é complementar
às medidas de perda de peso, ganho de
força, de flexibilidade e de amplitude
de movimento. Entre os medicamentos
disponíveis para o tratamento da OA
estão os analgésicos, que não interferem
no curso da doença, os anti-inflamatórios
não-esteroidais (AINE) e as drogas
modificadoras de estrutura, que retardam
a evolução da OA.
O líquido sinovial na OA apresenta
redução na sua viscoelasticidade. Para
a lubrificação e proteção das células
e tecidos articulares, o aumento da
viscoelasticidade é fundamental.
Desse modo, uma das causas da dor
e diminuição da mobilidade articular
pode ser a diminuição do efeito protetor
desse meio viscoelástico nos receptores
dolorosos do tecido sinovial.
A viscossuplementação é uma
terapêutica relativamente nova, que age
diretamente numa das causas da dor
e rigidez na OA, substituindo o meio
sinovial de baixa viscoelasticidade por
uma solução de ácido hialurônico (AH)
de alta viscoelasticidade. Existem no
mercado vários preparados de AH, e
as suas propriedades são dependentes
basicamente de seus pesos moleculares.
Esse documento avaliou a eficácia e
segurança do tratamento da OA com
injeções intra-articulares de AH.
Resumo do parecer
Esse documento avaliou a eficácia
e segurança da injeção intra-articular
de ácido hialurônico (AH) e seus
derivados em pacientes portadores de
osteoartrose (OA) de joelho.
Foi encontrada evidência inconclusiva
mostrando eficácia modesta em
redução da dor, mas sem melhora da
função. Não foi encontrada evidência
na literatura suficiente, em termos de
eficácia, para indicação rotineira desse
tratamento.
Esse procedimento pode ser
considerado em pacientes com OA
de joelho leve ou moderada, com
dor e comprovação radiológica e que
falharam a outros tratamentos ou na
contraindicação desses.
Os trabalhos completos encontram-se no site
www.unimedcuiaba.com.br, na área restrita do cooperado.
Conselho de Administração
Presidente: João Bosco de Almeida Duarte
Vice-presidente: Rubens Carlos
de Oliveira Júnior
Diretor Financeiro:
Douglas Alberto de Arruda Gomes
Diretor Secretário:
Renato de Melo
Diretora de Mercado:
Kátia Gomes Bezerra de Oliveira
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Comissão Técnica
Augusto César Régis de Oliveira,
Gilson Márcio da Costa, Jazon Baracat de Lima, Osvanio Salomão
Pimenta, Salim Joandat Salim,
Salvino Teodoro Ribeiro
Comitê Educativo
Elton Hugo, Fábio Liberali Weissheimer, Lílian Sanchez
Comissão de Defesa Cooperativista
Ademir Capistrano, Miguel Angel
Claros Paz, Vivaldo Naves
Conselho Fiscal
Eloar Vicenzi, Nasser Hussein
Mahfouz e Waldyr de Paula Liberato Júnior
Colaborou nesta edição o médico Valfredo da Mota Menezes
Produção:
Pau e Prosa Comunicação
Edição: Luiz Fernando Vieira
Editoração eletrônica:
Gabriel Henrique
(65) 3664-3300
www.paueprosa.com.br
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PABX: (65) 3612-3100
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para surdos 0800-6473110