Outubro/2014 - Comissão Nacional dos Diáconos

Transcrição

Outubro/2014 - Comissão Nacional dos Diáconos
Órgão Informativo da Comissão Nacional dos Diáconos - CND • Ano 9 - n º 99 - Outubro / 2014
Conselho Consultivo da CND define programação da X Assembleia Geral Comemorativa
e Eletiva de abril de 2015
Reunido na noite desta terça-feira, 14 de outubro, em sala
do Santuário da Mãe Peregrina de Schoenstatt, sob a presidência do
diácono Zeno Konzen, presidente da Comissão Nacional dos Diáconos – CND, o Conselho Consultivo da entidade definiu a logística da
Assembleia Geral Eletiva e Comemorativa, que será realizada nos
dias 23 a 26 de abril de 2015 no Centro Redentorista de Espiritualidade – seminário Santo Afonso de Aparecida, SP.
O Edital de Convocação está publicado na última página
deste informativo, bem como no site da CND e página na rede social
Facebook. Os conselheiros aprovaram também junto com a diretoria
o modelo de ficha de inscrição para o grande evento nacional dos
diáconos.
A inscrição para a Assembleia Geral de 2015 deverá ser
feita até 10 de dezembro de 2014, acompanhada do comprovante de
pagamento da mesma. A ficha e o comprovante de depósito deverão
ser enviados ao presidente da CRD, que encaminhará à diretoria da
CND. Os valores definidos pela diretoria e aprovados pelo Conselho
Consultivo são: R$430,00 para o diácono (R$380,00 + R$50,00 de
taxa de inscrição) e R$ 380,00 para as esposas que participarem.
As vagas para os diáconos serão em número de 345, respeitando o
número de diáconos de cada Regional (1 vaga para cada 10).
Para a inscrição deverão ser obedecidos os seguintes critérios: estar em pleno exercício ministerial da Ordem do Diaconado; ser
filiado à CND – Comissão Nacional dos Diáconos; estar em dia com a
contribuição à CRD e CND.
O depósito do valor da inscrição deverá ser feito na seguinte
conta: Caixa Econômica Federal – Agência 1041 – Operação 003 –
Conta 217-9. O comprovante, juntamente com a ficha de inscrição
deverá ser enviado ao presidente da CRD – Comissão Regional dos
Diáconos.
Veja mais novidades em nosso site: www.cnd.org.br
DIÁCONOS
Mensagem do Presidente
Diácono à Serviço da Família, da Vida e da Esperança
Diácono Zeno Konzen - Presidente da CND
Este segundo semestre de
2014 está sendo um tanto quanto
diferente dos segundos semestres
dos anos anteriores. Aconteceram
os encontros inter-regionais onde
refletimos sobre o cinquentenário da
restauração do diaconado permanente pelo Concílio Vaticano II.
Orientados pelo caderno de
preparação da assembleia comemorativa e eletiva de 2015, olhamos
para as nossas realidades do ministério a nível inter-regional. Percebemos que temos muitos desafios pela
frente. Mas também, que precisamos seguir em frente a partir das
realidades locais.
Constatamos que está se criando um clima muito bom para
a celebração de nosso cinquentenário que se aproxima. Ocorrendo,
também, as assembleias regionais formativas e eletivas. Desde agosto até agora, já aconteceram cinco assembleia regionais e a CND se
fez presente em todas elas participando das alegrias dos encontros
com os irmãos diáconos.
No dia 02 de agosto, o regional centro-oeste se reuniu em
Goiânia onde aconteceu a assembleia e eleição da nova coordenação para o quadriênio de 2014 a 2018. Agradeço imensamente ao
diácono Hamilton dos Santos Nascimento, até então, presidente do
regional que me acolheu e conduziu até Goiânia, local da assembleia.
Eleito, então, o diácono Manoel José Damasceno como presidente do
regional centro-oeste. Também, foram pré-definidos os delegados do
regional que irão participar da assembleia nacional em Aparecida.
De 15 a 17 de agosto, próximo passado, aconteceu a assembleia Regional do Nordeste V em Caxias no Maranhão. Fui acolhido pelo casal Quirino e Dejanes em sua residência. No dia seguinte
o diácono Marcos Vinicius até então presidente daquele regional, me
levou até o local do encontro. Houve momentos muito bonitos de narrativas de experiências dos diáconos do regional que há dois anos
foram ordenados os primeiros diáconos e hoje já são 73 ordenados
e mais uma centena em formação em escolas diaconais. Foi eleito, como presidente do regional, o diácono Marinaldo Rodrigues de
Oliveira e também, escolhidos os delegados para a assembleia em
Aparecida. Agradeço imensamente a hospitalidade e a acolhida.
De 21 a 24 de agosto aconteceu a assembleia do regional
Nordeste II em João Pessoa. Fui acolhido pelo diácono Aderaldo e
família. Bom encontro com os diáconos e as esposas, percebendo
de perto as realidades deste grande regional onde as distâncias
de atuação dos diáconos são imensas. O encontro foi assessorado
pelo diácono Duran e tive a graça de apresentar as realidades dos
diáconos pelo Brasil na atualidade. Foi eleito presidente do regional
o diácono João Gomes de Recife para os próximos 4 anos. Foram
preenchidas as vagas do regional para a assembleis Nacional de
Aparecida.
De 12 a 14 de setembro, próximo passado, aconteceu a assembleia do regional Sul II em Rio Negro no Paraná. Fui acolhido pelo
diácono Procorio e família em Curitiba que me acompanhou até Rio
Negro, local da assembleia. O encontro teve como assessor principal
o bispo referencial do regional Dom João Carlos Seneme. Nesta ocasião foi eleito, como presidente do regional, o diácono Bento Chinaglia para os próximos 4 anos. Uma grande surpresa foi a participação
de um número expressivo de diáconos e esposas à assembleia. Também, já ficaram definidos os delegados para assembleia de Aparecida. Deixo aqui meu agradecimento pela acolhida naquele regional.
No dia 27 de setembro aconteceu a assembleia do regional
Leste I na diocese de Iguaçu. Lá fui muito bem acolhido pelos diáconos Aristides e Eduardo que me conduziram à casa episcopal de Dom
Luciano Bergamim, bispo daquela diocese. Por questões internas
não foi possível a eleição do presidente regional que ficou para outro
momento. Agradeço a acolhida de todos.
Para novembro próximo estão marcadas mais 4 assembleias regionais. Até 10 de dezembro precisamos definir as vagas totais
para a assembleia de Aparecida, em 2015. Após essa data não mais
serão aceitas inscrições. Quem ainda não definiu deve faze-lo o mais
rápido possível tendo em vista passagens e hospedagem.
DIÁCONOS
On
Publicação mensal - Ano IX - Nº 99
Outubro de 2014
www.cnd.org.br
E-mail: [email protected]
* Presidente: Diác. Zeno Konzen
* Vice-presidente: Diác. Francisco Salvador Pontes Filho
* Secretario: Diác. Jose Oliveira Cavancanti (Cory)
* Tesoureiro: Diác. Rosendir Guimarães Souza
02
line
Órgão Informativo da
Comissão Nacional
dos Diáconos - CND
ENAC - Equipe Nacional de
Assessoria de Comunicação
* Diác. José Bezerra de Araújo - Reg. Prof. 1210 DRT/RN
(84) 3208 5313 - [email protected]
* Diác. Alberto Magno de Carvalho - [email protected]
* Diác. José Carlos Pascoal
(11) 8512 4499 - [email protected]
* Diác. Wilson dos Santos Costa - (86) 9986-3444
[email protected]
Outubro - 2014
DIÁCONOS
Notícias
Reunião Ampliada da CMOVC trouxe muitas propostas de animação vocacional no Brasil
À luz do tema “Nova Evangelização e Cultura Pós-moderna”, a
Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada (CMOVC) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
realizou a 12ª Reunião Ampliada na Casa de Encontros Schoenstatt-Tabor, no
Santuário da Mãe Peregrina de Schoenstatt, em Atibaia (SP).
O evento, que teve início no dia 13 de outubro, terminou no dia 16
com a celebração de envio e almoço. A assessoria do encontro ficou por conta
do doutor em Teologia, padre Leomar Brustolin, do Rio Grande do Sul. Para
o presidente da Comissão, dom Pedro Brito Guimarães, arcebispo de Palmas,
TO, a reunião foi um momento para partilhar experiências, ouvir e propor
novos métodos de difundir a vocação. O arcebispo afirmou que “o tema ofereceu pistas para falar sobre a vocação no mundo de hoje”.
Segundo padre Leomar, “a cultura atual é uma mescla de modernidade, pré e pós-modernidade, e acaba sendo um desafio para uma nova evangelização, que valorize o ser humano acima de tudo”. Padre Leomar também
destacou que há uma “sede a ser saciada, uma necessidade de se reencontrar
com Jesus”. Segundo ele, a nova evangelização prevê a continuidade da evangelização, mas com novos métodos e expressões. “Na verdade, trata-se de um
novo dinamismo, renovando a experiência comunitária da fé e do anúncio
num novo contexto cultural, social, político e econômico. Exige atitude de
todos”, concluiu.
Foram formados grupos na quarta-feira (15) por organismos, para
debater o tema de estudo e sua aplicação prática. Após as reuniões os grupos
03
apresentaram suas conclusões em plenária. Os organismos também se reuniram para avaliar as atividades realizadas em 2014 e para fazerem o planejamento para 2015, além de propostas para o tema do Mês Vocacional de 2016
e propostas para as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no
Brasil para o quadriênio 2015/2019. As atividades do dia terminaram com
confraternização no refeitório da Casa de Encontros Schoenstatt-Tabor.
No último dia foram apresentadas as sugestões de temas e propostas, que serão estudadas pela Comissão. Dom Pedro Brito presidiu a Celebração de Envio que constou de caminhada do saguão até a Capela da Mãe
Peregrina, onde aconteceu o envio.
Participaram da reunião ampliada os bispos que compõem a
Comissão para os Ministérios Ordenados: dom Jaime Splenger, arcebispo
de Porto Alegre (RS), e dom Waldemar Passini Dalbello, bispo auxiliar de
Goiânia (GO). O evento reuniu 70 pessoas entre coordenadores regionais da
Pastoral Vocacional/Serviço de Animação Vocacional (PV/SAV) e os organismos afins da Comissão, como diáconos (Comissão Nacional dos Diáconos
– CND), padres (Comissão Nacional dos Presbíteros – CNP), religiosos e
religiosas (Conferência dos Religiosos do Brasil, CRB), Conferência Nacional dos Institutos Seculares – CNIS), além dos formadores (Organização dos
Seminários e Institutos do Brasil – OSIB) e o Instituto de Pastoral Vocacional
(IPV).
De Atibaia, SP, diácono José Carlos Pascoal – ENAC/CND.
A celebração de envio foi celebrada no Santuário da Mãe Peregrina
Dom Pedro Brito faz a acolhida e apresentação na Sala de Palestras
O teólogo padre Leomar Brustolin, do RS, foi o asseessor do encontro
Dom Jaime presiu a missa do segundo dia do Encontro.
Outubro - 2014
DIÁCONOS
Artigo
MORTE E RESSURREIÇÃO: MISTÉRIOS ENTRELAÇADOS
Diác. Juranir Rossatti Machado - ENAP/CND
Nos dois primeiros dias de novembro, dois mistérios se entrelaçam. O primeiro, na abertura do mês, através da Solenidade de
Todos os Santos; o segundo, no dia seguinte, por meio da Memória
de Todos os Fieis Defuntos.
As raízes da Solenidade de Todos os Santos, uma seta direcionada para a eternidade, estão fincadas no Oriente, “onde já no
século IV se celebrava uma memória de todos os mártires”, segundo
Adolf Adam, em O Ano Litúrgico. Em Roma, a festa começou ser celebrada desde o século IX. Conforme nos orienta o Missal Romano,
nesta ocasião “celebram-se, junto com os santos canonizados, todos os justos de toda raça e nação, cujos nomes estão inseridos no
livro da vida”. Este ensinamento fundamenta-se em Ap 20, 12: “Vi os
mortos, grandes e pequenos, de pé, diante do trono. Abriram-se os
livros, e ainda outro livro, que é o livro da vida. E os mortos foram
julgados conforme o que estava escrito nesse livro, segundo suas
obras.”
A Memória de Todos os Fieis Defuntos teve início, também
em Roma, no século XIV. É seta direcionada para a efemeridade da
vida, como nos lembra o Sl 89/90, especialmente no versículo 10.
Lembra-nos que a morte é inevitável. Na verdade, ao nascer, cada
um de nós segue itinerário que termina na morte. Em certo sentido,
morremos um pouco a cada dia.
Se a Solenidade de Todos os Santos nos coloca diante da
dimensão da esperança na vida eterna, a outra não deixa de ser um
desafio à própria esperança da ressurreição. Não é fácil colocar-se
diante da morte. Ela nos constrange e aperta o nosso peito, quando
pensamos em nossa própria morte ou passamos pela experiência
da morte de algum ente querido. É necessário lançar um olhar além
da sepultura e deixar que os olhos da fé vislumbrem no horizonte da
esperança a realidade da vida eterna! Referimo-nos aos olhos da fé
que têm na Palavra de Deus seu fundamento! Deus deseja a morte?
Por que ela acontece, independentemente do fato de ser ou não
natural? Deus quer a nossa ressurreição? Que significa ressuscitar
em Cristo? São perguntas pertinentes aos mistérios contidos nesta
Memória dos Fieis Defuntos e nesta Solenidade de Todos os Santos:
morte e ressurreição!
O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, baseandose nos parágrafos 374, 379 e 384, leva-nos à seguinte pergunta na
questão de nº 72: Qual era a condição originária do homem segundo
o desígnio de Deus? Vejamos a resposta: “Deus, ao criar o homem
e a mulher, tinha lhes dado uma especial participação na própria
vida divina em santidade e justiça. No desígnio de Deus o homem
não deveria nem sofrer nem morrer. Além disso, reinava uma harmonia perfeita no homem em si mesmo, entre criatura e criador, entre
homem e mulher, bem como entre o primeiro casal e toda a criação.”
Em virtude da ruptura da comunhão entre o homem, como
criatura, e Deus, o Criador, a morte passa a fazer parte da condição
humana. Condição humana, sim: projeto de Deus, não. Condição
humana, como conseqüência do pecado, sim; kmas não era a realidade no projeto inicial de Deus. Ele criou-nos à sua imagem e
semelhança para vivermos eternamente em comunhão com ele (Gn
1, 26-27). Deus é autor da vida e não da morte! Deus é eternidade
e não efemeridade (At 3, 15). O projeto inicial de Deus em relação
ao homem – comunhão de vida com ele – foi frustrado pelo próprio
homem, pelo uso equivocado de sua liberdade, ludibriado pelo Mistério da Iniquidade (Gn 3, 1-7).
Com seu ato equivocado de uso da liberdade, o homem
debilita a sua natureza, criada originalmente para a glória de Deus
e a vivência do amor, que tem em Deus a própria fonte (I Jo 4, 16);
perde de vista o seu chamado a uma vida santa e irrepreensível em
Cristo feito por Deus antes da criação do mundo (Ef 1, 3-4). O Mis-
04
tério da Iniquidade o atinge
profundamente a ponto de
nem sempre fazer o bem
que poderia e realizar o mal
que não quer. Paulo reconhece esse conflito interior:
“Irmãos, estou ciente que
o bem não habita em mim,
isto é, em minha carne.
Pois eu tenho capacidade
de querer o bem, mas não
de realizá-lo. Com efeito,
não faço o bem que quero,
mas faço o mal que não
quero” (Rm 7, 18-19).
O Apóstolo Paulo vê a realidade da morte como fruto do
pecado e aponta para Cristo como o verdadeiro e único caminho
para a vida eterna: “(...) por um só homem entrou o pecado no mundo, assim a morte passou para todo o gênero humano, porque todos
pecaram (...). Portanto, como pelo pecado de um só a condenação
se estende a todos os homens, assim por um único ato de justiça
recebem todos os homens a justificação que dá vida. (...) Assim
como o pecado reinou para a morte, assim também a graça reinaria
pela justiça para a vida eterna por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 5, 12.18.21). Se o salário do pecado é a morte (Rm 6, 23),
a cristificação de nossa vida, o deixar envolver-se pela redenção de
Cristo a favor da humanidade, tira da morte a sua vitória sobre nós.
Vislumbrar a vida eterna além da sepultura deixa de ser
desafio para tornar-se certeza, quando nossa esperança se apóia
em Cristo. Mais se firma a esperança de vida eterna à medida em
que nos deixamos envolver pela ressurreição de Jesus, sentindo
nela nossa própria ressurreição. Em Cristo, Deus nos mostra seu
projeto inicial em relação a cada homem e a cada mulher: comunhão
absoluta e eterna com a Santíssima Trindade.
É na aceitação e autêntica vivência do projeto de Deus,
manifestado na radicalidade do amor em Jesus Cristo, que descobriremos que o caminho da vida eterna está em refazer em nós a
imagem e semelhança de Deus, desfigurada pelo pecado (Jo 17,
3). E, nesta dinâmica da reconstrução da imagem de Deus em nós,
o mistério da morte não nos abala e podemos dar aquele grito de
Oseias, repetido, na plenitude dos tempos, na voz de Paulo: “Onde
está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”
(ICor 15, 55). O Apóstolo nos aponta a vitória sobre a morte: o Cristo
Ressuscitado (ICor 15,57). Para o cristão, com a ressurreição de
Cristo, assumindo-a e fazendo-a sua, a morte torna-se passagem
para a vida eterna.
Neste final de nossa breve reflexão, cuja finalidade principal foi apresentar rápidas idéias sobre o mistério da morte e o mistério da ressurreição, motivados pelas duas primeiras celebrações do
mês de novembro, desejamos ouvir mais uma vez a Igreja. Agora,
ela responde à pergunta que se encontra no Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, na questão de número 204: “Qual é a relação
entre a Ressurreição de Cristo e a nossa?” Com base nos parágrafos 998 e 1002-1003 do Catecismo da Igreja Católica, ela, no próprio
Compêndio, nos dá a resposta: “Como Cristo ressurgiu verdadeiramente dos mortos e vive para sempre, assim ele próprio ressuscitará
a todos no último dia, com um corpo incorruptível: “Aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para a vida: e aqueles que praticaram o mal,
para a condenação” (Jo 5, 29).” Tenhamos a consciência de Teresa
de Lisieux, Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face,
que, comentando sua própria morte que se avizinhava, confessou:
“Não morro, entro na vida.” (In Lettres Génélaes, Paris, 1968)
Outubro - 2014
DIÁCONOS
Mensagem do Papa
Inveja, incompreensão, marginalização desmembram a Igreja
Por Redacão
CIDADE DO VATICANO, 22 de Outubro de 2014 (Zenit.org) “Igreja, Corpo de Cristo” foi o tema da catequese do Papa Francisco,
nesta quarta-feira, 22 de outubro. Eis o texto na íntegra:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia
Quando se quer evidenciar como os elementos que
compõem uma realidade estão estreitamente unidos uns aos outros
e formam juntos uma só coisa, usa-se muitas vezes a imagem do
corpo. A partir do apóstolo Paulo, esta expressão foi aplicada à Igreja
e foi reconhecida como o seu traço distintivo mais profundo e mais
belo. Hoje, então, queremos nos perguntar: em que sentido a Igreja
forma um corpo? E por que é definida como “corpo de Cristo”?
No Livro de Ezequiel, é descrita uma visão um pouco particular, impressionante, mas capaz de infundir confiança e esperança
nos nossos corações. Deus mostra ao profeta um vale de ossos, separados uns dos outros e ressecados. Um cenário desolador.. Imaginem toda uma planície cheia de ossos. Deus lhe pede, então, para
invocar sobre eles o Espírito. Naquele momento, os ossos se movem,
começam a se aproximar e a se unir, sobre eles crescem primeiro
os nervos e depois a carne e se forma assim um corpo, completo e
cheio de vida (cfr Ez 37, 1-14). Esta é a Igreja! Recomendo hoje que
peguem a Bíblia em casa, no capítulo 37 do profeta Ezequiel, não
se esqueçam, e leiam isto, é belíssimo. Esta é a Igreja, é uma obraprima, a obra-prima do Espírito, que infunde em cada um a vida nova
do Ressuscitado e nos coloca uns próximos aos outros, um a serviço
do outro e como apoio do outro, fazendo assim de todos nós um só
corpo, edificado na comunhão e no amor.
A Igreja, porém, não é somente um corpo edificado no Espírito: a Igreja é o corpo de Cristo! E não se trata simplesmente de
um modo de dizer: mas o somos realmente! É o grande dom que
recebemos do dia do nosso Batismo! No sacramento do Batismo, de
fato, Cristo nos faz seus, acolhendo-nos no coração do mistério da
cruz, o mistério supremo do seu amor por nós, para nos fazer depois
ressurgir com ele, como novas criaturas. Assim nasce a Igreja, e assim a Igreja se reconhece corpo de Cristo! O Batismo constitui um
verdadeiro renascimento em Cristo, torna-nos parte dele, e nos une
intimamente entre nós, como membros do mesmo corpo, do qual ele
é a cabeça (cfr Rm 12, 5; 1 Cor 12, 12-13).
Aquela que surge, então, é uma profunda comunhão de
amor. Neste sentido, é iluminante como Paulo, exortando os maridos
a “amar as esposas como o próprio corpo” afirma: “Como também
Cristo faz com a Igreja, porque somos membros do seu corpo” (Ef 5,
28-30). Que belo se nos recordássemos mais muitas vezes daquilo
que somos, do que fez de nós o Senhor Jesus: somos o seu corpo,
aquele corpo que nada e ninguém pode arrancar dele e que ele recobre de toda a sua paixão e de todo o seu amor, próprio como um
esposo com a sua esposa. Este pensamento, porém, deve fazer surgir em nós o desejo de corresponder ao Senhor Jesus e de partilhar
o seu amor entre nós, como membros vivos do seu próprio corpo. No
tempo de Paulo, a comunidade de Corinto encontrava muitas dificuldades em tal sentido, vivendo, como muitas vezes também nós, a
experiência das divisões, da inveja, das incompreensões e da marginalização. Todas essas coisas não vão bem, porque, em vez de
edificar e fazer crescer a Igreja como corpo de Cristo, fraturam-na em
tantas partes, desmembram-na.
E isto acontece também nos nossos dias. Pensemos nas
comunidades cristãs, em algumas paróquias, pensemos nos nossos
bairros quantas divisões, quanta inveja, como se fala pelas costas,
quanta incompreensão e marginalização. E o que isso implica? Desmembra-nos entre nós. É o início da guerra. A guerra não começa no
campo de batalha: a guerra, as guerras começam no coração, com in-
05
compreensões, divisões, inveja, com
esta luta com os outros.
A comunidade de Corinto
era assim, eram campeã nisso! O
apóstolo Paulo disse aos Coríntios alguns conselhos concretos que valem
também para nós: não ser ciumento,
mas apreciar nas nossas comunidades os dons e as qualidades dos
nossos irmãos. O ciúmes: “Aquele
comprou um carro”, e eu sinto aqui
um ciúme; “Este ganhou na loteria”,
e outro ciúme; “Este outro está indo
bem bem nisso”, e um outro ciúme.
Tudo isso desmembra, faz mal, não
se deve fazer! Porque assim o ciúme
cresce e enche o coração. E um coração ciumento é um coração
ácido, um coração que em vez de sangue parece ter vinagre; é um
coração que nunca está feliz, é um coração que desmembra a comunidade.
Mas o que devo fazer então? Apreciar nas nossas comunidades os dons e as qualidades dos outros, dos nossos irmãos. E
quando me vem o ciúme – porque vem a todos, todos somos pecadores – devo dizer ao Senhor: “Obrigado, Senhor, porque destes isto
àquela pessoa”. Apreciar as qualidades, fazer-se próximo e participar
do sofrimento uns dos outros e dos mais necessitados; exprimir a
própria gratidão a todos. O coração que sabe dizer obrigada é um
coração bom, é um coração nobre, é um coração que é feliz. Pergunto-vos: todos nós sabemos dizer obrigado sempre? Nem sempre,
porque a inveja, o ciúme nos para um pouco.
E, por último, o conselho que o apóstolo Paulo dá aos
Coríntios e também nós devemos dar uns aos outros: não considerar
ninguém superior aos outros. Quanta gente se sente superior aos
outros! Também nós, tantas vezes dizemos como aquele fariseu da
parábola: “Agradeço-te, Senhor, porque não sou como aquele, sou
superior”. Mas isto é ruim, não é preciso nunca fazê-lo! E quando estás para fazê-lo, lembre-se dos teus pecados, daqueles que ninguém
conhece, envergonhe-se diante de Deus e diga: “Mas tu, Senhor, tu
sabes quem é superior, eu fecho a boca”. E isto faz bem. E sempre na
caridade considerar-se membro uns dos outros, que vivem e se doam
em benefício de todos (cfr 1 Cor 12-14).
Queridos irmãos e irmãs, como o profeta Ezequiel e como
o apóstolo Paulo, invoquemos também nós o Espírito Santo, para
que a sua graça e abundância dos seus dons nos ajudem a viver
realmente como corpo de Cristo, unidos como família, mas uma
família que é o corpo de Cristo, e como sinal visível e belo do amor
de Cristo.
((Tradução:Canção
ç
ç Nova)
Outubro - 2014
Notícias
Edital de Convocação da X Assembleia
Geral Eletiva e Comemorativa da CND
Retiro anual dos Diáconos Permanentes da Diocese
de Petrópolis
Aconteceu nos dias 24 e 25 de outubro o retiro anual dos
Diáconos Permanentes da Diocese de Petrópolis, no sítio do Seminário Nossa Senhora do Amor Divino, em Secretário. O retiro inciou
na sexta feira após o jantar com um momento Mariano seguido da
Adoração ao Santíssimo Sacramento onde os Diáconos rezaram as
Completas.
No dia 25 as atividades começaram com a oração das
Laudes e logo após a Santa Missa presidida pelo Pe. Thiago de Freitas que falou sobre “vida de oração”. Terminada a Santa Missa foi
servido o café e logo após o segundo tema sobre a “Liturgia” que foi
apresentado pelo seminarista Leonardo (Léo).
O retiro continuou na parte da tarde com a palestra sobre
“unidade” apresentada pela Michele da Comunidade Matter Dolorosa.
A última palestra “perseverança” foi apresentada pelo Diácono José
Marinho. O retiro foi encerrado com a adoração ao Santíssimo Sacramento e oração das Vésperas.
Colaboração: diácono Marco Carvalho
http://www.diocesepetropolis.org.br/diaconatopermanente/?p=91
Dom Fernando dá posse à nova diretoria da Escola
Teológica da Arquidiocese de Olinda e Recife
Nos próximos três anos a Escola Teológica para Leigos será coordenada pelos diáconos permanentes Adrião Freitas, diretor, e Genival Cunha,
vice diretor. A nova equipe tomou posse na noite de quinta-feira, 11 de setembro, durante Missa presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Fernando Saburido. A celebração foi na Igreja Matriz Santíssimo Sacramento no bairro da
Boa Vista, área central do Recife, local onde funciona o Instituto de Teologia
e Filosofia da Arquidiocese de Olinda e Recife (IFTAOR).
Há mais de uma década a escola é referência na formação dos leigos e também dos diáconos permanentes. O IFTAOR foi fundado pelo então
arcebispo Dom José Cardoso, que atendeu aos constantes pedidos dos fiéis que
queriam aprofundar os conhecimentos teológicos. O pároco da Paróquia da
Boa Vista e chanceler da Cúria Metropolitana, padre Cícero Ferreira, assumiu
a função a pedido de Dom José quando tomou posse da paróquia.
IMG_2064
O sacerdote renunciou à função após 11 anos. “Existe um determinado momento que a gente tem que parar para poder exercer bem algumas funções. Minha atitude é de colaboração. Os dois diáconos chegam com sangue
novo e tenho certeza que essa obra crescerá ainda mais. Continuarei na medida
do possível como colaborador”, afirmou padre Cícero. Os alunos do instituto,
num gesto de gratidão, aplaudiram o padre de pé.
De acordo com o ex-diretor, os cursos não são reconhecidos pelo Ministério da
Educação (MEC), mas que o conteúdo é vasto e tem superado as expectativas.
O número de alunos tem crescido.
O diácono Adrião ressaltou a missão dos diáconos. “Somos ordenados para o serviço à Igreja, sobretudo aos mais necessitados”, disse. E agradeceu a padre Cícero: “O senhor nos ajudou e nos ensinou a amar a Igreja e
nos dedicarmos a conhecê-la mais profundamente.”
Da Assessoria de Comunicação AOR
06
Veja mais novidades em nosso site: www.
cnd.org.br
Facebook: Comissão Nacional dos Diáconos
Outubro - 2014

Documentos relacionados

Diáconos 56 - março 2011.indd - Comissão Nacional dos Diáconos

Diáconos 56 - março 2011.indd - Comissão Nacional dos Diáconos de uma autêntica defesa do meio-ambiente. Recordando que o dever de cuidar do meio-ambiente é um imperativo que nasce da consciência de que Deus con a Sua criação ao homem não para que este exerça ...

Leia mais

diconos 117- abril 2016 - Comissão Nacional dos Diáconos

diconos 117- abril 2016 - Comissão Nacional dos Diáconos Estiveram presentes na apresentação da exortação apostólica Pós Sinodal ‘Amoris laetitia’ o secretário geral do Sínodo dos bispos, o cardeal Lorenzo Baldisseri; o cardeal Christoph Schonborn, arceb...

Leia mais

Diáconos 32 - março 2009.indd - Comissão Nacional dos Diáconos

Diáconos 32 - março 2009.indd - Comissão Nacional dos Diáconos Pe. José Adalberto Vanzella – Secretário – executivo da CF

Leia mais

Diáconos 64 - novembro 2011.indd

Diáconos 64 - novembro 2011.indd da CND, e Diácono Wilson dos Santos Costa. Esse reconhecimento é dado através das documentações sobre número de diáconos, Escolas Diaconais e dioceses que contam com o Diaconado Permanente, e aprov...

Leia mais