UFRB meu PORTIFÓLIO - Pet/Conexão – UFRB e Recôncavo em

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UFRB meu PORTIFÓLIO - Pet/Conexão – UFRB e Recôncavo em
Programa de Educação Tutorial
UFRB
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCÂVO DA BAHIA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLOGICAS – (CCAAB)
LICENCIATURA EM BIOLOGIA
PORTIFÓLIO PEDAGÓGICO
Programa de Educação Tutorial – Pet
Conexões de Saberes
Cruz das Almas
2011
Discente: Aline Santos dos santos
Tutor: Claudio Orlando Nascimento
Portifólio apresentado ao Programa de Educação
Tutorial – PET Conexões de Saberes como pré
requisito de avaliação parcial sob orientação do
professor Claudio Orlando Nascimento.
Cruz das Almas – BA
2011.1
SUMÁRIO
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:
1. Leitura dos fragmentos e textos:
1. Quem somos! ;
2. Baobá: Diz sobre nossa história, memória e identidade;
3. Um Negro Baiano em Ketu: Mestre Didi;
4. Biografia da Profª Drª Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva;
5. Ser-sendo Professor-Pesquisador... Autobiografia, Implicações e
Diversidade;
6. Território e Expressão de Sabedoria: sobre a Comunidade de Três Lagoas no Recôncavo
da Bahia;
7. Tratado Semântico entre a Comunidade Acadêmica;
8. Próximas atividades de Pesquisa;
9. Apontamentos Bibliográficos.
2.
Atividades: texto autobiográfico, marcos, marcas e situações significativas/ resumo
autobiográfico.
3. Currículo Lattes.
4. Cronogramas das atividades Dez/Mar.
5. Dias / horas disponíveis para atividades do PET.
6. CONHECIMENTOS PRÉVIOS SOBRE OS ENFOQUES DA PESQUISA.
7. Leitura introdutória/exploratória dos textos abaixo.
7.1. A UFRB E O RECÔNCAVO DA BAHIA - Prof. Dr. Walter Fraga
7.2. RECÔNCAVO DA BAHIA: UM UNIVERSO ENTRE O MAR E O SERTÃO Prof. Dr.
Paulo Gabriel Soledade Nacif
7.3. Arquivo: Livro UFRB 5 Anos - Caminhos, Histórias e Memórias
http://www.ufrb.edu.br/portal/documentos/36-livro-ufrb-5-anos-caminhos-historias-ememorias
10. Curso de Extensão: Diversidade na universidade 2011
 MÓDULO 1: Diversidade na Universidade: Questões Indígenas
Data: 27/04/2011 Local: CAHL
 MÓDULO 2: Diversidade na Universidade: Educação, Religiosidade e
Negritude
Data: 13/05/2011 Local: CFP
 MÓDULO 3: Diversidade na Universidade: Direitos Geracionais
Data: 12/08/2011 Local: CCS
 MÓDULO 4: Diversidade na Universidade: Questões de Gênero
Data: 02/06/2011 Local: CETEC
 MÓDULO 5: Diversidade na Universidade: Acessibilidade
Data: 15/06/2011 Local: CCAAB
 MÓDULO 6: Universidade e Diversidade Sexual
Data: 04/07/2011 Local: CAHL
11. Resumos Estendidos do Curso de Extensão: Diversidade na Universidade
Resumo Estendido: Diversidade na Universidade: Questões Indígenas
Resumo Estendido: Educação, Religiosidade e Negritude
Resumo Estendido: Direitos Geracionais
Resumo Estendido: Questões de Gênero
Resumo Estendido: Acessibilidade
Resumo Estendido: Universidade e Diversidade Sexual

12. Participação no IV Seminário do Conexões de Saberes na UFRPE
Extensão Universitária e Comunidades populares: Promovendo Cidadania e inclusão social.
Realizado no dia 8 e 9 de Setembro de 2011. Com o Tema: Ações Afirmativas e Diversidade na
Universidade e INGRESSOS E PERMANÊNCIAS DE JOVENS NAS UNIVERSIDADES E
SUAS IMPLICAÇÕES.
12. Paralisação dos estudantes com o movimento
#ParalisarParaMobilizar
13. Camisa Pet- Conexões de Saberes
14. Participação do grupo Pet- Conexões de Saberes na Reunião Anual de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Cultura no Recôncavo da Bahia- Recitec
15. Ações Afirmativas e Diversidade na Universidade
16. Pesquisa sobre: Currículo
17. Assembléia dos estudantes de Biologia em Licenciatura
18. Fórum 20 de Novembro 2011
19. Mesa Redonda: História da Universidade e Universidade Popular
20. I Colóquio Universidade – Diversidade, Formação e Desenvolvimento
Programa Nacional de Conexões de Saberes
21. INTERPET-AMARGOSA
I.
FRAGMENTOS E TEXTOS
1. Quem somos!
Profa. Dra. Rita de Cássia Dias Pereira de Jesus
Negra, nasceu em Cachoeira-BA, possui graduação em Pedagogia pela Universidade
Federal da Bahia (1997), graduação em Direito pela Universidade Ca t ó l i c a d o S a lva d
o r ( 1 9 9 3 ) , especialização em Direitos Humanos pela UNEB/Ministério Público da Bahia
(2002), mestrado em Educação pela Universidade Federal da Bahia (2001), Doutorado em
Educação, UFBA (2007). Atualmente é professora adjunta I da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia, Centro de Artes, Humanidades e Letras – CAHL-UFRB e Pró-Reitora
de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis – PROPAAE-UFRB, responsável por instituir
as políticas de acesso, permanência, póspermanência de estudantes no ensino superior em
articulação com o desenvolvimento regional do Recôncavo da Bahia. Tem experiência na
área de Educação, com ênfase em Teoria Geral de Planejamento e Desenvolvimento
Curricular, atuando principalmente nos seguintes temas: formação docente, organização
curricular/planejamento estratégico, multiculturalismo - currículo, cultura de paz, direitos
humanos-estudos étnico-raciais e cidadania. Destaca-se a Coordenação do Programa de
Permanência Qualificada da PROPAAE-UFRB, do Programa Conexões de Saberes: diálogo
entre a universidade e as comunidades populares e a realização dos Fóruns Pró-Igualdade
Racial e Inclusão Social
do Recôncavo.
Membro dos grupos de pesquisa: NEAB - Núcleo de Estudos Afrobrasileiros do Recôncavo
da Bahia: Negros e Educação(UFRB); CAF – Grupo de Pesquisa em Currículo, Avaliação e
Formação (CFP-UFRB) e do Grupo Currículo, Cultura, Formação de Professores e
Tecnologia (FACED-UFBA) Membro do INPAZ – Instituto Nacional de Educação para a Paz
e os Direitos Humanos.
E-mail: [email protected]
Agô! Kauô Kabiesile!
Prof. Dr. Cláudio Orlando Costa do Nascimento
Negro, nasceu em Salvador-BA, Professor Adjunto I no Centro de Formação de Professores
(CFP), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Coordenador de Políticas
Afirmativas na Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE UFRB). Doutor em Educação pela Faculdade de Educação (FACED) da Universidade
Federal da Bahia (UFBA), Mestre em Educação (FACED-UFBA), Pós-Graduado e Psicologia
Organizacional (UNIFACS-Ba) e Graduado em Pedagogia e Supervisão Escolar pela
Universidade Católica do Salvador (UCSAL-Ba).
Atuou como docente na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Faculdade Social da
Bahia (FSBA); na Secretaria de Educação e Cultura (SMEC) - Prefeitura Municipal de
Salvador exerceu o cargo de Coordenador Pedagógico; na Secretaria de Educação, Cultura
e Lazer de Mutuípe (SEDUC) e no Desafio Núcleo de Estudos e Ação Pedagógico
desenvolveu atividades de consultoria. Também foi Consultor, Coordenador de Formação
e Gestão na Rede MIAC - Movimento de Intercâmbio Artístico Cultural pela Cidadania, e
integrante da Rede - Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Currículo, Didática e Formação em
dialogia com os temas/campos relativos à Pesquisa, ao Pensamento Complexo e
Multirreferencial, à Formação Inicial/Continuada de Professores, aos Estudos Culturais, à
Diversidade, à Educação das Relações Étnico-Raciais e à Política e Gestão Pública. Destacase a Coordenação do Programa de Permanência Qualificada da PROPAAE-UFRB, do
Programa Conexões de Saberes: diálogo entre a universidade e as comunidades populares
e a realização dos Fóruns Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo.
Membro dos grupos de pesquisa: NEAB - Núcleo de Estudos Afro-brasileiros do Recôncavo
da Bahia (UFRB); CAF – Grupo de Pesquisa em Currículo, Avaliação e Formação (CFPUFRB) e FORMACCE- em aberto - Grupo de Pesquisa em Currículo e Formação: Currículo e
(in) formação (FACED-UFBA).
E-mail: [email protected] Tel: (71)99282699 e (75)99781069
2. BAOBÁ: Diz sobre nossa história, memória e identidade
O Baobá nos inspira. Uma árvore que simboliza a memória dos nossos ancestrais, os
conhecimentos e expressões de sabedorias dos nossos antepassados. Inspira-nos a pensar
uma Pedagogia Afirmativa, um currículo como dispositivo de ação, resistência, ou melhor,
de uma re-existência definida pelo respeito e promoção da diversidade. Desta forma, nos
referimos a uma educação que afirma uma existência, ampla e inteira, com florescimento e
enraizamento de atitudes que propiciem a diversidade e a educação das relações étnicoraciais.
Baobá
Esse canto é uma forma de oração
Ele fala da nossa tradição
Dos nossos antepassados
Os ancestrais do outro lado do mar
Que com suas sabedorias e histórias
Estão aqui e lá, Baobá!
Uma semente foi plantada
Trazida por Sacerdotes Africanos
Fincada em solo baiano
Os ancestrais atravessaram o mar
Com suas sabedorias e histórias
Estão aqui e lá, Baobá!
Esse canto fala ao coração
Diz sobre nossa formação, nossa identidade
História, Cultura e Ancestralidade...
Por isso, temos que cantar, falar e ensinar, Baobá!
Cláudio Orlando (poesia pró-implantação da Lei 10.639/03),
Extraído do livro: NASCIMENTO, Cláudio Orlando Costa do; JESUS, Rita de Cássia Dias Pereira de. Currículo e
Formação: diversidade e educação das relações étnico-raciais. Curitiba: Progressiva, 2010 (no prelo).
Os baobás, embondeiros, imbondeiros ou calabaceiras (Adansonia) são um gênero de
árvore com oito espécies, nativas da ilha de Madagascar (o maior centro de diversidade,
com seis espécies), do continente africano e da Austrália (com uma espécie em cada).
As espécies alcançam alturas entre de 5 a 25 m (excepcionalmente 30 m), e até 7 m no
diâmetro do tronco (excepcionalmente 11 m). Destacam-se pela capacidade de
armazenamento de água dentro do tronco, que pode alcançar até 120.000 litros.
Os baobás desenvolvem-se em zonas sazonalmente áridas, e são árvores de folha caduca,
caindo suas folhas durante a estação seca. Alguns têm a fama de terem vários milhares de
anos, mas como a sua madeira não produz anéis de crescimento, isso é impossível de ser
verificado: poucos botânicos dão crédito a essas reivindicações de idade extrema.
O baobá é a árvore nacional de Madagascar e o emblema nacional do Senegal.
O nome Adansonia foi dado por Bernard de Jussieu em homenagem a Michel Adanson
(1727-1806), botânico e explorador francês, quem primeiro descreveu o baobá no
Senegal.
Espécies
*Adansonia digitata - Baobá Africano (África Central e do Sul)
*Adansonia grandidieri - Baobá de Grandidier (Madagascar)
*Adansonia gregorii (syn. A. gibbosa) - Boab ou Baobá Australiano (Noroeste da Austrália)
*Adansonia madagascariensis - Baobá de Madagascar (Madagascar)
*Adansonia perrieri - Baobá de Perrier (Madagascar)
*Adansonia rubrostipa (syn. A. fony) - Fony Baobab (Madagascar)
*Adansonia suarezensis - Baobá Suarez (Madagascar)
* Adansonia za - Za Baobab (Madagascar)
História
Em 1445, navegantes portugueses conduzidos por Gomes Pires chegaram à ilha de Gorée,
no Senegal; eles descobriram o brasão do Infante D. Henrique gravado em árvores. O
cronista Gomes Eanes de Zurara assim descreveu a árvore: Árvores muito grandes e de
aparência estranha; entre elas, algumas tinham desenvolvido um cinturão de 108 palmos a
seu pé (ao redor 25 metros). O tronco de um baobá não mais alto do que o tronco de uma
árvore de noz; rende uma fibra forte usada para cordas e pano; queima da mesma maneira
como linho. Tem um grande fruta lenhosa como abóbora cujas sementes são do tamanho
de avelãs; pessoas locais comem a fruta quando verde, secam as sementes e armazenam
uma grande quantidade delas.
Em Angola e Moçambique, esta árvore é conhecida por embondeiro, ou imbondeiro. Em
certas regiões de Moçambique, o tronco desta árvore é escavado por carpinteiros
especializados para servir como cisterna comunitária.
Ainda em Moçambique, o fruto, chamado malambe na língua xi-nyungwe da província de
Tete, tem uma polpa branca que seca no próprio fruto e que é utilizada para a
alimentação, em tempos de escassez de comida; também é referida como cura para a
malária.
No Brasil
No Brasil existem poucas árvores de Baobá, que foram trazidas pelos sacerdotes africanos
e foram plantadas em locais específicos para o culto das religiões africanas.
Pernambuco
Essas árvores concentram-se principalmente no estado de Pernambuco (onde há 16
catalogados) e, nesse estado, na sua capital, Recife.
No Recife, o baobá da Praça da República é a possível fonte de inspiração de Saint
Exupéry, quando por ali passou, ao escrever O pequeno príncipe. Há um na Faculdade de
Direito do Recife e outro na Cidade Universitária. Existem outros espalhados pela cidade,
como em Ponte d'Uchoa e Poço da Panela. Existem três plantadas na Estância Rica Flora,
em Aldeia, Camaragibe. No Sitio de Pai Adão existe um Baobá com mais de cem anos com
um tronco de mais de 10 metros de circunferência.
Na vila de Nossa Senhora do Ó, Ipojuca, há um Baobá com mais de 350 anos e 15 metros
de circunferência. No Engenho Poço Comprido (Vicência) há dois espécimes.
Rio Grande do Norte
Outro estado com grande quantidade de baobás é o Rio Grande do Norte. Há exemplares
em Natal e Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte.
Em Assú no Rio Grande do Norte existem 11 baobás de aproximadamente 400 anos e
atualmente estão em processo de tombamento histórico.
Outros estados
No Estado do Rio de Janeiro existem três baobás: um fica no Passeio Público (Rio de
Janeiro), o outro está plantado no pátio do Museu Histório de Quissamã Norte do Estado,
antiga Fazenda Quissamã e o último fica na Lagoa Rodrigo de Freitas, na altura da Borges
de Medeiros, nº3000 e paquetá, na praia dos tamoios.
Em Fortaleza, Estado do Ceará, existe na um na praça do Passeio Público, onde foram
fuzilados alguns revolucionários da Confederação do Equador.
Usos e folclore
Em Kimberleys, na Austrália ocidental, prisioneiros foram confinados dentro de seu tronco
oco. Os aborígines comem a sua fruta e usam as folhas como planta medicinal.
Na história O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, o menino narra que o solo
de seu pequeno asteróide era infestado de sementes de baobá. Preocupado com os
possíveis danos que estas plantas pudessem causar quando adultas, após completar a sua
toilete matinal, dedicava-se à toilete do asteróide, arrancando regularmente os seus
pequenos brotos
A famosa Maria Gorda, de Paquetá! plantada em 1917
A Maria Gorda é um baobá - uma árvore que existe na Praia dos Tamoios, quase na
esquina da Ladeira do Vicente. Ela é originária das savanas da África, e também existe em
quantidade no asteróide B 612 de "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry...Ela
é muito conhecida por aqui, não só por ser a maior representante do nosso reino vegetal e
pela beleza das suas formas e das suas flores, mas também pela lenda que em torno dela
se desenvolveu em Paquetá.
Maria Gorda é como os escravos chamavam Maria Apolinária da Nação Cabinda - uma
mucama simpática e de sorriso largo, que trabalhava na casa de um rico comerciante
português que morava na Ilha e que tinha muitos escravos.
Maria Apolinária não se conformava com a escravidão e principalmente com o que
chamava de ingratidão dos seus senhores brancos, que moravam nas casas construídas
pelos negros, andavam pelas ruas abertas pelos negros, comiam a comida plantada e
preparada pelos negros, usufruíam do trabalho escravo realizado pelos negros... mas não
mostravam sequer um ato de gratidão que marcasse a lembrança do trabalho africano por
aqui...
E Maria Apolinária sempre dizia que marcaria essa história. Que quando morresse pediria
aos seus orixás para que providenciassem uma forma qualquer de deixar enraizado em
nossa Ilha essa lembrança da África negra, que se não era reconhecida no nome das ruas,
das praças, e dos monumentos, de alguma forma o seria pela própria Natureza de
Paquetá.
E assim realmente aconteceu: numa manhã de primavera, a rede de Maria Apolinária na
senzala da casa do seu dono português amanheceu vazia... e ninguém nunca mais viu
Maria - a "Gorda"... mas alguém notou que nesse mesmo dia, em frente à casa onde
morava Maria, apareceu um arbusto que nunca existira em Paquetá e, ainda mais, que ao
contrário do que sempre ocorre, este era um exemplar solitário, diferente do que costuma
acontecer no seu local de origem: as savanas da África.
E dizem que no mesmo dia em que Maria Apolinária morreu a Maria Gorda nasceu
fincando assim raízes profundas da África em Paquetá.
REFERÊNCIAS
Fonte: Wikipeia, Correio Nagô e Flick http://pretinhosidade.multiply.com/journal/item/ 48/
48, Sep 2, '08 8:57 AM para todos
3. UM NEGRO BAIANO EM KETU
Mestre Didi (Deoscoredes Maximiliano dos Santos)
Mestre Didi é um sacerdote-artista. Seu pai Arsenio dos Santos, pertencia a
"elite" dos alfaiates da Bahia, mais tarde iria transferir-se para o Rio de
Janeiro na época em que houve uma grande emigração de baianos para
a então capital do Brasil. Sua mãe Maria Bibiana do Espírito Santo, mais
conhecida como Mãe Senhora era descendente da tradicionalfamília Asipa, originária de
Oyo e Ketu, importantes cidades do império Ioruba.
Ouvia sempre minha mãe e várias pessoas mais velhas descendentes de africanos dizerem
que nós descenderíamos de uma das sete famílias reais do reino de Ketu. Porém eu nunca
dei importância e achava até ridículo comentar o assunto com outras pessoas. Eu pensava
que tudo aquilo que ouvia com referência a minha família real e levando em consideração
as dificuldades que os negros sempre tiveram para manter e preservar a tradição afro no
Brasil, e principalmente na Bahia, fosse um pretexto para afirmar-se, fazendo o culto e a
nossa religião afro-baiana mais respeitada no meio social. Até quando me concedida pela
UNESCO uma bolsa, por intermédio do CEAO da UFBA, para fazer uma pesquisa
comparada sobre arte sacra da África Ocidental no Brasil, na Nigéria e em Dahomey, atual
República do Benin, durante um período de três meses.
Assim foi que, no período de 6 de janeiro de 1967, embarcamos, eu e minha mulher Juana
Elbein dos Santos, Research Fellow do Institute for the Study of Man, New York, que
também obteve uma bolsa na ocasião para colaborar na pesquisa.
Chegamos em Lagos no dia 7. Três dias depois, viajamos para Ibadan onde, depois de
termos nos apresentado ao Prof. Hebert G. Armstrong, Diretor do Institute of African
Studies da Universidade de Ibadan, Armamos o nosso quartel-general. No dia seguinte, ou
seja, no dia 11, nos encontramos como Pierre Verger. Com a sua ajuda e do seu pequeno
carro Citroen de 2 cavalos, começamos a fazer viagens curtas, para manter os primeiros
contatos.
No dia 21 atravessamos a fronteira e viajamos para Dahomey, ficando hospedados em
Porto Novo no Hotel des Deputes. Partimos no dia 23, um dia depois do falecimento de
minha mãe, acontecimento do qual só vim tomar conhecimento ao regressar para Ibadan,
11 dias depois.
Partimos para o reino de Ketu, acompanhados de um intérprete funcionário do I.R.A.D., a
fim de continuar nossas pesquisas e fazer uma visita ao Rei em meu nome, em nome de
todos os irmãos descendentes de Ketu residentes na Bahia. Longe estava eu de imaginar
que poderia encontrar alguma pessoa descendente daquela família real de que tanto
falavam. Por mais incrível que pareça, até este momento nenhum comentário tinha sido
feito a respeito dessa possibilidade. Na passagem por Cotonu fomos ao Monoprix e
compramos um bom vinho francês para dar presente ao Rei, procurando, dessa maneira,
seguir os costumes tradicionais, e em seguida retomamos o caminho. O Citroenzinho
guiado pelo seu dono, Pierre Verger, avançava pela estrada afora parecendo uma besta
com os freios tomados no dentes, passando por vários povoados, espantando porquinhos,
cabritos e galinhas, descendo e subindo ladeiras empinadas, cheias de curvas, de campos e
lindas paisagens. Depois de muito tempo, começamos a percorrer um caminho de terras
vermelhas, a poeira tingindo de vermelho a paisagem, até chegar na entrada do reinado
de Ketu. Na cidade, depois de 4 horas e meia de viagem, paramos no armazém de um
simpático senhor por nome Exu, nome de um dos Orixás que, erradamente, é sincretizado
como o Diabo no Brasil, para fazer uma breve refeição com sardinhas, pão e mocacola, um
delicioso refrigerante feito a base de café. Meia hora depois chegamos ao palácio do Rei,
como eu me sentia bem! Com todos e tudo o que eu via e ouvia, apesar de andar
brigando com o meu Yorubá, pois, devido a não estar habituado a falar cotidianamente,
ainda não podia seguir diretamente as conversações muito prolongadas. Além disso, os
dialetos Yorubá variam muito de um lugar para outro.
Pierre Verger, a quem todos conhecem em toda a região por Babalaô Fatumbi e que já
conhecia o Rei, fez a nossa apresentação. Entreguei o presente. Logo o Rei mandou abrir a
garrafa e servir a todos os presentes, ficando ele, como é de costume, para se servir por
último. Conversa vai, conversa vem, eu disse ao Rei que era descendente da terra de Ketu.
Ele, muito espantado com o meu Nagô Yorubá, mandou que eu desse prova do que tinha
dito. E assim foi que cantei algumas cantigas enaltecendo a terra, o Rei e a riqueza do seu
povo.
O Rei, todos os seus ministros e as demais pessoas que lá se encontravam na ocasião
ficaram surpresos e me escutavam emocionados, pois eles nunca tinham imaginado que,
do outro lado do Oceano, pudessem ainda existir pessoas como eu, capazes de cantar os
cânticos tradicionais que eram cantados pelos nossos antepassados.
Quando terminei de cantar, o Rei, bastante emocionado, passou a mostrar a coroa que
estava usando e, traduzindo uma das cantigas, nos disse que não era aquela coroa a que
cantiga se referia e sim a outra com a qual são consagrados os Reis.
Existia a maior alegria no recinto e todos me admiravam com muito carinho e uma certa
ternura se estampava nas faces.
Enquanto isso, a minha mulher se lembrou do caso da família real e perguntou porque eu
não recitava o Orilé de minha família, o que eu chamo do brasão oral. Não dei atenção à
pergunta. Mas ela e Verger insistiram tanto, que fui forçado a recitar o Oriki, mesmo
porque o Rei observou quando Juana falou em francês para Verger e ficou muito
interessado.
Tive que dizer as seguintes palavras em Nagô: Asipá Borocun Elesé Kan GonGoo. Quando
terminei, só vimos o Rei de repente exclamar: Há! Asipá! E, levantando-se da cadeira onde
estava sentado, apontou para um dos lados do palácio, dizendo: sua família mora ali.
Todos nós ficamos parados, era uma coisa inacreditável. Em seguida, o Rei chamou uma
pessoa das mais velhas, a Iyá Nana, e nos mandou levar à casa dos Asipá.
Quando chegamos ao lugar, descobrimos que era todo um bairro, em vez de uma casa.
Fomos levados à casa principal. Por ser um dia de semana, a maior parte dos homens
estavam trabalhando na roça da família denominada Kosikú, „não há morte‟. Mesmo assim
fui apresentado a todos os que estavam presentes e quando recitei o Oriki foi uma alegria
geral, todos bateram palmas, vieram apertar minhas mãos, queriam estabelecer
conversações comigo e eu estava tão emocionado que não entendia nem sabia nada. Só
via alegria, alegria no semblante de todos os que acercavam para me cumprimentar. Logo
nos levaram ao Ojubó Ode, lugar de adoração a Oxossi, nos mostrando onde estava o Axé
da casa, e foram chamar uma das pessoas mais velhas pertencentes à família, a fim de nos
fornecer as informações precisas.
Assim foi que ficamos sabendo que tudo o que minha mãe Senhora e as pessoas mais
velhas falavam na Bahia era verdade. Independentemente de minha linhagem real, a
nossa família foi uma das sete principais famílias que fundaram o Reino de Ketu.
REFERÊNCIA
SANTOS, Deoscoredes M. dos. Contos negros da Bahia e Contos de nagô. Salvador:
Corrupio, 2003. p. 9-12.
4. BIOGRAFIA DE PETRONILHA BEATRIZ GONÇALVES E SILVA
A Profª Drª Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, na verdade Pós-Doutora,
é gaúcha de Porto Alegre e, ao mesmo tempo, um nome nacional com
largo trânsito no exterior. Graduada em Letras pela Ufrgs, com
licenciatura em português e francês, sua trajetória em educação é bonita
e diversificada.
Do magistério nas redes pública e particular, partiu para a busca de maior preparo,
aprofundando a formação profissional. A especialização em administração e planejamento
de sistemas de ensino pela Unesco em Paris, França, o mestrado em planejamento da
educação e o doutorado em ciências humanas na Ufrgs, seguido do pós-doutorado em
teoria da educação na África do Sul, não são apenas títulos - consubstanciam-se em
trabalho produtivo e relevante.
Da docência e coordenação pedagógica no ensino médio em escolas como Godói e
Sévigné ou cargos técnicos na Secretaria de Educação do RS, Conselho Estadual de
Educação do RS e atividades ligadas à PUCRS, ela foi chamada para a UFSCar, em São
Carlos-SP. Dali foi irradiando suas potencialidades em ações vinculadas à USP, eventos
científicos em outros Estados brasileiros e no Peru, México, EUA, Canadá, Senegal.
Indicada pelo movimento negro para a câmara de educação superior do Conselho
Nacional de Educação, Petronilha integrou a comissão que elaborou o parecer CNE/CP n.º
3/2004, sendo relatora. O parecer regulamenta a lei 10639/2004 e estabelece diretrizes
para o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo da Rede de
Ensino do Brasil. Seu voto, em nome da comissão foi aprovado por unanimidade no
Conselho Pleno do CNE.
Participação em bancas de pós-graduação, viagens de estudos e menções recebidas dão
idéia do envolvimento profissional e social. Afeita ao trabalho em equipe, talvez por isso
seus textos apareçam em geral publicados em parceria com outros nomes importantes da
educação no país. Ou em obras coletivas como Educação e ações afirmativas, organizado
por ela e o Prof. Dr. Válter Roberto Silvério, também negro e da UFSCar.
As responsabilidades de Petronilha são muitas, mas ela é metódica, objetiva e
conseqüente. Comunica-se com leveza, de modo calmo, e ao mesmo tempo sabe ser
incisiva "sin perder la ternura jamás", na expressão do Che. Atenta, aberta ao diálogo e
parecendo em atitude de constante aprendizado, é pessoa afável e generosa.
Trabalhadora incansável e competente, culta, consciente e sensível - são mais alguns traços
que se juntam ao perfil humano e ao extenso histórico profissional da educadora. Neste
final de ano e de seu mandato no CNE, surpreendeu prestando contas ao movimento
negro em relatório detalhado. Mas não surpreendeu por completo - tratando-se de
Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, era de se esperar esse exemplo de responsabilidade e
correção.
REFERÊNCIA
Fonte(s): http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090611080216AAdGxjC
http://negraldeia.blogspot.com/2007/01/p… 20,Jul,2010; 19:00h.
5. SER-SENDO PROFESSOR-PESQUISADOR1... AUTOBIOGRAFIA, IMPLICAÇÕES E
DIVERSIDADE
Cláudio Orlando Costa do Nascimento
“Formar é sempre formar-se...”
(Antônio Nóvoa, 2002)
De quem é o olhar que espreita por meus olhos?
Quando penso que vejo, quem continua vendo enquanto estou pensando?
(Fernando Pessoa)
Só o olhar para dentro reconhece o percurso, apropriando-se dos seus
sentidos.
1
Extraído do livro: NASCIMENTO, Cláudio Orlando Costa do; JESUS, Rita de Cássia Dias Pereira de. Currículo
e Formação: diversidade e educação das relações étnico-raciais. Curitiba: Progressiva, 2010 (no prelo).
Optei por um estilo de escrita pessoal, utilizando, inclusive, a primeira pessoa do singular, o que não deve ser
entendido como uma falta de rigor, e sim, uma opção pela subjetividade, pela sensibilidade, pela
flexibilidade, condições postas nos estudos de inspirações etnográficas. (MACEDO, 2000). Ser-sendo
professor-pesquisador representa uma inspiração ontológica no campo da formação continuada. Um
conceito extraído do livro “O Ser-sendo da Filosofia”, de autoria do professor Dante Augusto Galeffi.
O caminho dissociado das experiências de quem o percorre é apenas uma
proposta de trajeto, não um projeto, muito menos o próprio projeto de vida.
O caminho está lá, mas verdadeiramente só existe quando o percorremos –
e só o percorremos quando o vemos e o percebemos dentro de nós.
(Rubem Alves)
A escrita deste texto reforça o posicionamento de que o pesquisador não está fora da
situação pesquisada, de que os olhares intencionais, que recortam temas, constroem
conexões, produzem questões para estudos, escondem/revelam permanentes imagens
relacionadas à sua história de vida, experiência pessoal/profissional, dentre outros aspectos
relativos aos diversos níveis de implicação.
Em outras palavras, nessa oportunidade, ao reescrever minha (auto)biografia, minhas
memórias de formação, busco observar observando-me, explicitar o contexto, o tempolugar de onde narro as minhas histórias de vida, as experiências, os saberes, ao tempo em
que, sinto-me impelido a produzir novas questões, novos sentidos consoantes com os
avanços ocorridos no campo da pesquisa sobre formação continuada de professores.
Essa (auto)biografia/implicacional deriva do texto Minhas itinerâncias e implicações com a
questão da formação continuada de educadores, que integra a Pesquisa intitulada: O que
querem os professores ante a formação continuada: Itinerâncias, produção de sentidos e
autorias nas narrativas docentes. (NASCIMENTO, 2003) e do texto O Pesquisador tem uma
Biografia, da Tese intitulada: Observatórios etnoformadorees: Outros olhares em/na
formação continuada de professores, (NASCIMENTO, 2007). E dentre as atualizações
realizadas, destaco: a observação dos vieses/marcos referentes às vivências de formação, o
que representa uma atenção mais consciente das minhas implicações nas situações
formativas.
Ressalto, também, que esse enfoque expressa meu posicionamento político-epistemológico
em relação às concepções de conhecimento em educação. Uma posição em conformidade
com o que Santos (2002) chamou de paradigma emergente, em contraposição ao
dominante. O que representa assumir uma nova perspectiva acerca da produção do
conhecimento e aqui, em especial, na pesquisa sobre formação de professores, na medida
em que inclui e articula as dimensões socioculturais.
Em síntese, tratando-se de pesquisa e formação de professores, essa abordagem
contemplou, numa primeira instância, as circunstâncias, os vieses, as interdependências e
complementaridades relativas aos aspectos (auto) biográficos e implicacionais presentes na
minha trajetória de formação, ao tempo em que contribuiu significativamente para que
os(as) professores(as), sujeitos da Pesquisa, pudessem refletir sobre as suas próprias
narrativas, com a intenção de compreender as relações estabelecidas entre vivências,
experiências e implicações na formação continuada. Situações em que os(as)
professores(as) em formação observam observando-se, descrevem descrevendo-se,
refletem refletindo-se.
Por fim, pretendi também dialogar com a reflexão feita por Delory-Momberger, quando na
escrita da apresentação do livro Produzir sua obra: o momento da tese, do professor Remi
Hess, indaga se “O pesquisador tem, ele, uma biografia?” (DELORY-MOMBERGER, 2005,
p.15). Assim como ela, concordo que essa “empreitada de biografização” precisa ser
refletida e tematizada nas suas relações e implicações “históricas, sociais, culturais,
familiares [...] um percurso biográfico a partir de um eixo exploratório determinado”
(DELORY-MOMBERGER, 2005, p.15-16).
A re-escrita apresentada a seguir compreende alguns marcos referenciais que constituem
minha história de vida, vivências e implicações relativas ao conhecimeno de si (SOUZA,
2006), à formação e à pesquisa na área da educação, em especial, no campo da formação
de professores(as).
HISTÓRIAS DE VIDA E IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Lembrar é lidar com tempos, espaços, vivências, experiências, itinerários de sentidos. As
histórias reconstituídas aqui representam esse exercício de observação consciente das
minhas implicações, dos temas e problemas, ou seja, das situações significativas que
contribuíram para “eu me tornar o que sou“ 2.
A INFÃNCIA E A INICIAÇÃO NA ESCOLA
As primeiras lembranças estão relacionadas às vivências de infância. A minha iniciação na
educação infantil implicou numa série de rituais relacionados à transição, ampliação de
referências e práticas em relação aos novos espaços, tempos e grupos sociais. O ingresso
na escola foi cercado de muitas expectativas e apreensões, sentimentos que a escola, em
geral, compreende como naturais nessa fase de adaptação. Considero que os apoios do
meu pai e da minha mãe foram muito importantes para essa iniciação. Os cuidados,
2
Noção de formação a partir Nietzsche, „Escritos sobre educação, São Paulo: Ed. Loyola; Rio de Janeiro: Ed.
PUC-Rio, 2003, apresentada pela Profa. Maria Inês Carvalho, no Congresso de Pesquisadores do Recôncavo
Sul – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, no período de 08 a 11 de maio de 2007, em AmargosaBA.
atenções e providências relacionadas ao fardamento, ao transporte, à merenda, ao
material didático, ao dever de casa foram me ensinando a valorizar e a gostar da escola
como um lugar de brincadeiras, de relações e aprendizagens. Penso que essa era a ordem
das minhas motivações, curiosidades e interesses; em primeiro lugar estavam as
brincadeiras, depois as relações de amizade com a professora e colegas e, posteriormente,
valorizava as novas aprendizagens construídas nesse lugar.
Lembro-me, mais claramente, da „minha criança‟ a partir dos oito anos de idade, quando
brincava de escola, numa escola de verdade. Isso por que, mesmo antes de freqüentar a
escola pública oficial – Escola Baronesa de Sauípe e Escola Estadual Alfredo Amorim – já
morava durante as férias e nos finais de semana na escola da minha tia Chiquinha, como
carinhosamente era chamada. Então foi na Escola Santa Rita de Cássia, na Rua Barão de
Cotegipe, que eu comecei a brincar de me tornar professor.
Na escola de tia Chiquinha, lembro-me perfeitamente das carteiras arrumadas nas salas,
dos materiais didáticos e até das imitações e representações que eu e meus primos
fazíamos das aulas. Experimentávamos ao mesmo tempo ser aluno e ser professor.
Naquela época falávamos sobre passar dever, fazer chamada e dar falta, vou dizer a seu
pai e vou te botar de castigo. Também sonhávamos muito com as histórias que criávamos,
com as experiências científicas de germinação, de mudanças de temperatura e de pressão
atmosférica que inventávamos.
No parque, sempre fazíamos ginástica e brincadeiras, onde experimentávamos cuidar e
reclamar. Também vivenciávamos nossas alegrias e nossos medos. Lembro-me de quando
apareceu um gato enorme, cego de um olho; imaginávamos que ele trazia histórias e
mensagens de terror. Um gato contador de estórias de assombração! Isso nos fascinava, e
ao mesmo tempo nos ameaçava.
Também eram muito significativos os rituais religiosos e cívicos que realizávamos na escola
real e na escola de brinquedo. Sempre cantávamos no início das aulas nos pátios das
Escolas, os hinos; Nacional, da Bandeira, da Independência, do Dois de Julho, do Senhor
do Bonfim, e depois, dentro das salas, rezávamos e pedíamos a Deus um bom dia de aula.
Considero oportuno lembrar, que aprendi muito com as histórias de várias outras “tiastias”, ou seja, outras “tias-professoras”, tias que também exerciam a profissão de professora:
tia Diva; tia Lourdes; tia Jacinira; tia Jandira, através das histórias festivas e culturais
realizadas em Cassenda e, posteriormente, numa escola na cidade de Candeias, na qual eu
passava minhas férias juninas. Tia Jurene, que conta com muito orgulho, que no período
da sua primeira investidura (primeira experiência como professora) ela se tornou
professora na cidade de Porto Velho, e que no período das férias de final de ano, quando
retornava a Salvador, seus alunos e familiares enchiam um vagão de trem de presentes da
roça. Ainda tia Jacira/Chiquinha, também conta muito orgulhosamente, que sua primeira
investidura ocorreu em Cabaceiras, na cidade de Castro Alves.
A OPÇÃO PELA PEDAGOGIA E A INSPIRAÇÃO „FREIRIANA‟
Minha primeira opção de estudo foi Pedagogia. Cursei Licenciatura em Pedagogia com
opção em Supervisão Escolar, na Universidade Católica de Salvador (UCSAL). Período de
intensa participação no movimento estudantil em defesa da escola pública, da
democratização e qualidade da educação na Bahia e no Brasil. Na condição de dirigente
do Diretório Acadêmico (DA), fui indicado, em um encontro estadual de estudantes de
pedagogia, para integrar a Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia (ENEPE),
responsável pelas discussões da reformulação do currículo desse curso, e pela realização
dos encontros nacionais de estudantes. Nos dois anos em que estive como representante
da Bahia, realizamos dois encontros baianos e os encontros nacionais de Cuiabá – MT e de
Florianópolis – SC, sendo as temáticas quase sempre relacionadas à formação docente e à
formação do(a) pedagogo(a).
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
No decorrer dessa trajetória, vivenciei minha primeira implicação como educador na
formação de professores. Essa primeira experiência surgiu a partir de uma proposta de
trabalho em escolas comunitárias de Tanquinho de Lençóis, na Chapada Diamantina.
Naquela ocasião, meados da década de 80, fiz a opção de deixar o cargo de Operador de
Processos Petroquímicos no Pólo de Camaçari (COPENE), para participar de um projeto
vinculado ao Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), que realizava formação de
professores de escolas comunitárias em Lençóis e em Salvador, nos bairros de São Gonçalo
do Retiro, Sete de Abril, Pau da Lima e no Subúrbio Ferroviário.
A condição de recém-formado em Pedagogia, num período em que o currículo do Curso
simplificava
a
compreensão
das
ciências
da
educação,
adotando
quase
que
exclusivamente as contribuições das psicologias comportamentalista e cognitiva, como
forma única de conhecimento dos processos de desenvolvimento e de aprendizagem
humana, dificultou a minha compreensão das experiências e vivências culturais, que eram
produzidas pelos professores e pelas escolas comunitárias.
Entretanto, o trabalho de formação realizado pela equipe dos professores formadores era
bastante crítico e focado nas demandas e potencialidades dos professores e das escolas
comunitárias. Conseqüentemente, pude perceber outras abordagens sobre educação, e
re-significar o olhar construído na minha formação inicial. Dentre as novas abordagens,
destaco as contribuições de Paulo Freire, sobretudo pela forma como se implica e
(re)inventa a condição existencial humana.
A perspectiva dialógica freireana me ensinou a conviver e a construir com o outro, com o
diferente. O que fundava nossas relações era uma ética de vida, de resistência e luta. Nessa
experiência de formação, a realidade percebida e interpretada se constituía no tema, no
problema e tornava-se um desafio pedagógico coletivo.
Em minha experiência na formação de educadores em Plataforma, o foco era relacionado
às questões ambientais. Lembro-me de uma das atividades, quando debatíamos a
possibilidade de realizar um trabalho ecológico, de educação ambiental através da coleta
seletiva do lixo, e de repente uma professora me indagou se eu sabia que as crianças
brincavam no lixo. Para essas crianças o lixo não era lixo, era brinquedo. Então,
percebemos que estávamos diante de um grande e complexo desafio, quando,
inicialmente, a professora imaginava e argumentava sobre a impossibilidade de fazer o
trabalho que representava, para as crianças, a perda dos seus brinquedos, do seu lazer, das
suas fantasias.
ITINERÂNCIAS SOCIAIS E IMPLICAÇÕES MULTICULTURAIS
Ainda no Subúrbio Ferroviário iniciamos a construção de um projeto no Parque São
Bartolomeu--Pirajá, um projeto multicultural, que tinha como propósito de desenvolver um
processo de formação comunitária, de jovens guardiãs do Parque e de professores(as) das
escolas municipais de Salvador, abordando aspectos históricos, culturais, religiosos e
ambientais. Estive outra vez envolvido e participando de um cenário de formação
continuada que tinha como estratégia a mobilização social em defesa do Parque e das
comunidades suburbanas situadas em seu entorno. Considero que essa experiência
marcou minha iniciação em relação às questões étnico-raciais, aos estudos históricos e
culturais dos Índios e dos Negros, no que concernem às contribuições desses povos para
independência e constituição da nossa Cidade, do nosso Estado, do nosso País.
Esse
cenário
multicultural
favoreceu,
significativamente,
para
que
eu
pudesse
compreender minha implicação e pertencimento étnico-racial e, fundamentalmente,
contribuiu para uma reflexão acerca das relações de poder estabelecidas nesses contextos
socioculturais.
O DESAFIO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
Uma outra vivência, que ora passo a relatar ocorreu no início dos anos de 1990, quando
junto a Jumara Novaes Sotto Maior e Patrícia Dias, construímos uma experiência coletiva
denominada Desafio – Núcleo de Estudos e Ação Pedagógica, com o propósito de
trabalhar a formação continuada de professores, a partir de projetos que incluíssem a
participação e cooperação de educadores, secretarias municipais, escolas e sindicatos.
Nessas atividades de estudo, publicação e formação continuada construímos relações com
outros espaços com propostas muito significativas, com outros educadores: Peter McLaren,
do Colégio de Educação da Universidade da Califórnia; Estanislao Antelo e Sílvia Serra da
Universidade de Rosário e do Centro de Estudos em Pedagogia Crítica de Rosário; Tomaz
Tadeu e Silva e Fernando Becker da UFRS; Pablo Gentili da UERJ; Sônia Kramer da UFRJ;
Madalena Freire do Espaço Pedagógico; Terezinha Fróes Burnham do NEPEC-UFBA; Stella
Rodrigues da UNEB; César Leiro da UFBA e UNEB, que teve uma participação mais
orgânica junto ao Desafio; Elizeu Souza da UNEB, Cleide Terzi do Ronca e Terzi de SP,
Carmem Campoi da USP, Vera Placco da PUC-SP etc.
Seria impossível enumerar os temas dos encontros de formação continuada; no entanto,
considero oportuno salientar que as temáticas se articulavam com as perspectivas críticas e
progressistas de políticas públicas de educação, de currículo de formação inicial e
continuada. Nesse período, participamos ativamente dos debates sobre a reforma do
ensino, sobretudo na defesa das propostas oriundas das comunidades escolares, das
entidades sindicais e representativas dos professores. Portanto, tínhamos uma posição
divergente da política que o Ministério da Educação (MEC) implantou na reorganização do
currículo da escola básica. Para nós, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
associados à proposta de construção de novos projetos pedagógicos por escola, se
constituía em uma estratégia de desautorização do saber e do fazer docente. Uma
estratégia de intervenção e implementação de uma política através de uma peça técnica e
burocrática. Assim estava caracterizado o tensionamento entre a perspectiva de formação
continuada que trabalhávamos e a perspectiva verticalizada e homogeneizadora do
Programa Parâmetros em Ação.
O sentimento compartilhado nas conversas com esses educadores, e também nas
atividades de formação expressavam uma profunda indignação com relação aos métodos
que o Ministério da Educação (MEC) adotava para legitimar sua proposta de implantação
da reforma. O texto dos PCN denominado documento introdutório, enviado
estrategicamente para que alguns educadores fizessem suas contribuições e dessem seus
pareceres3, representava um desrespeito não só a esses próprios educadores, mas,
sobretudo, ao pensamento pedagógico brasileiro. Esse documento introdutório já se
constituía em um documento pronto, encomendado pelo MEC junto a alguns consultores,
inclusive aqueles que conceberam a reforma do ensino em outros países da América
Latina e da Europa.
PEDAGOGIA CRÍTICA E MOBILIZAÇÃO SOCIAL
Conseqüentemente, além de realizarmos formação nas escolas e no sindicato dos
professores, também realizávamos mobilização social. Nessa oportunidade, realizamos um
grande encontro internacional, denominado Seminário Internacional de Pedagogia Crítica.
Uma estratégia de problematização do macro discurso hegemônico, das políticas
educacionais impostas de forma verticalizada, dos modelos já programados, enfim, das
concepções arcaicas de currículo e de formação continuada desenvolvidos em várias
escolas.
Um outro acontecimento muito importante foi o período em que, na condição de
professor do ensino básico, estive implicado com as políticas práticas de formação de
professores no âmbito do Sindicato dos Professores (SINPRO). Essa vivência ocorreu
motivada por duas situações de referência: como base sindical, quando estive como
professor das disciplinas Psicologia da Educação e Estrutura e Funcionamento do Ensino
no curso de Magistério do Instituto Social da Bahia (ISBA), e, como coordenador
pedagógico, quando participei das discussões de concepção e da realização das atividades
de formação continuada, através de cursos, jornadas e congressos. Vale destacar que
nesse momento, meados dos anos 90, os professores faziam o debate em defesa de uma
“outra qualidade de educação, de escola e de formação discente e docente”, diferente dos
discursos de formação docente comprometidos com o empreendedorismo individual e
com a qualidade total.
Esse debate também circulava em dois outros espaços em que eu trabalhava na época;
como professor substituto da disciplina Psicologia da Educação, na Faculdade de
3
Vide posições da FACED/UFRGS, ANFOPE e ANPED.
Educação da Universidade Federal da Bahia e em uma escola de ensino fundamental,
onde exercia a função de coordenador pedagógico.
O MIAC: A EXPERIÊNCIA DA DIVERSIDADE E A FORMAÇÃO MULTICULTURAL EM REDE
Durante alguns anos, a minha trajetória esteve relacionada a outras experiências. O
trabalho junto ao Movimento de Intercâmbio Artístico Cultural pela Cidadania (MIAC)
possibilitou-me uma vivência de formação conjunta entre jovens e educadores, tendo a
arte-educação, a cultura, diversidade e arte como veios articuladores de outras
abordagens. Um contexto multicultural de formação continuada com o propósito de atuar
junto aos espaços de formulação de políticas públicas, nas instituições públicas de saúde e
educação, e também nos movimentos sociais. Nessa oportunidade realizei o curso de
Gestão em Rede para os coordenadores do movimento.
Minha participação orgânica na Rede MIAC se deu através do Fórum Paulo Freire, um
coletivo de educadores que realizava trabalho de formação de professoras em escolas
comunitárias, embasado nas contribuições freirianas. Em geral, essas atividades eram
realizadas em escolas localizadas nos bairros de Pau da Lima, 7 de abril e em Fazenda
Grande do Retiro.
A experiência de interações pautadas na diversidade favoreceu que criássemos o grupo
denominado ERE – Espaço de Referência Étnico Racial, que introduziu na Rede MIAC a
discussão referente às ações afirmativas e a implantação da lei 10.639-03, que obriga que
as escolas incluam no currículo a História e a Cultura Africana e Afro-brasileira e assegure
educação das relações raciais. Posteriormente o ERE se tornou ERE-GEGE, incluindo a
temática de gênero como política pública e de formação.
ASSESSORIA PARLAMENTAR A AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO
Uma outra experiência, iniciada em 1997, foi a de Assessor Parlamentar na área de
Educação, inicialmente, na Câmara Municipal de Salvador e, depois, na Assembléia
Legislativa da
Bahia.
Considero esses
lugares
como
espaços
privilegiados
de
aprendizagem, especialmente no que se refere à formulação de concepções de políticas
públicas. Nesse espaço, através de reuniões com os segmentos sociais interessados,
construímos algumas proposições legislativas e projetos de leis que pretendiam
corresponder à condição de democratização da escola, do ensino como um bem público,
de formação, promoção e valorização docente.
Vale destacar “o projeto de lei que regulamenta o número de alunos em sala de aula”, “o
que propõe eleições diretas para os diretores e vice-diretores das escolas estaduais”, “o que
adota medidas preventivas com relação à saúde do professor”, “o que propõe formação
pedagógica e de direitos humanos para os vigilantes que trabalham em escolas”, “o que
propõe obrigatoriedade de filosofia e sociologia no currículo”, e, especialmente, “o projeto
de lei que assegura o direito do professor se afastar periodicamente para atividades de
formação continuada, conforme prevê o texto das diretrizes e bases da educação
nacional”.
Além do MIAC e do espaço parlamentar, em meados do ano 2000, estive também
realizando atividades de formação continuada de professores junto ao Sindicato de
Professores Municipais de Vitória da Conquista (SIMMP); uma experiência que buscava
articular formação, participação e formulação de políticas educacionais e sindicais.
OUTRAS EXPERIÊNCIAS DOCENTES
No que concerne às minhas implicações com o ensino formal superior, além da
experiência da UFBA, citada anteriormente, participei como professor da disciplina
Educação e Ludicidade, em 2002, na FACED/UFBA, quanto junto com o Professor César
Leiro e os alunos da turma, fizemos uma reflexão complexa e multirreferencial da temática
Ludicidade, como forma de dialogar com as perspectivas presentes nos discursos dos
professores em formação. Como resultado desse trabalho, construímos um site para
disponibilizarmos as produções do grupo.
Ainda no ensino superior, na Faculdade Social da Bahia (FSBA) trabalhei como docente
das disciplinas Políticas Públicas e Educação, Educação e Movimentos Sociais, Educação e
Cultura, e Currículo, nos cursos de Pedagogia e Normal Superior. Na Universidade Estadual
da Bahia (UNEB) lecionei Didática no curso de Educação Física. E atualmente, na
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, estive lecionando Organização da
Educação no Brasil e Didática, no curso de História; Antropolologia e Educação, nos cursos
de Filosofia e Pedagogia, agora, leciono Currículo no curso de Pedagogia, no Centro de
Formação de Professores (Centro de Formação de Professores - CFP/UFRB), em Amargosa.
A meu ver, essas experiências expressam uma crescente implicação profissional na
formação inicial superior de professores. Penso que uma compreensão complexa da
formação continuada não deve prescindir dessas experiências de formação inicial docente.
O FORMACCE E O APRENDIZADO DA PESQUISA IMPLICADA E INTERCRÍTICA
Uma outra experiência bastante significativa no campo da formação docente está
relacionada à minha implicação no espaço acadêmico. Como membro-colaborador do
Grupo de Pesquisa em Currículo, Complexidade e Formação (FORMACCE), vinculado ao
Programa de Pesquisa e Pós-Graduação da FACED/UFBA, realizei em 2001-2003 um
estudo intitulado: O que querem os professores ante a formação continuada? Itinerâncias,
produção de sentidos e autorias nas narrativas docentes, tendo nessa oportunidade
analisado as narrativas dos professores, suas percepções e compreensões de/na formação
continuada, considerando suas itinerâncias, especialmente nos espaços não instituídos
oficialmente para formação nas escolas e na sua entidade de classe, a exemplo das
experiências desenvolvidas no contexto sindical.
Conforme os resultados da pesquisa, os professores demonstraram a emergência de vários
olhares, várias polifonias, sentidos e significados de formação. Refiro-me a „vozes
autorizadas‟
constitutivas
do
professor-ator-autor,
portanto,
contextualizadas,
interpretativas, instituintes de outro etho de formação docente.
Ainda nessa esfera acadêmica, no período de 2002-2004, participei de uma pesquisa
colaborativa, desenvolvida coletivamente pelo FORMACCE em parceria com o SINPRO-BA,
representado pelos seus professores-diretores e outros professores sindicalizados, com o
propósito de contribuir na construção dos eixos norteadores do Departamento PolíticoPedagógico e do Projeto de Formação de Professores dessa entidade.
Ressalto
que
através
dessa
vivência
fomos
coletivamente
aprendendo
a
ser,
simultaneamente, sujeito e objeto da investigação, produzindo novos olhares, sentidos,
ações e estratégias de pesquisa, conforme a perspectiva inovadora como realizamos o
referido estudo e que concebemos a relação colaborativa entre o Sindicato e a
Universidade.
A PROPAAE-UFRB E AS POLÍTICAS AFIRMATIVAS
Acrescento que no decorrer dos últimos doze meses, ou seja, desde novembro de 2006,
quando assumi a Coordenação de Políticas Afirmativas, da Pró-Reitoria de Políticas
Afirmativas e Assuntos Estudantis, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
venho trabalhando com ações, programas e políticas de acesso, permanência e póspermanência no ensino superior. Esses projetos buscam contemplar jovens com baixa
renda familiar, de origem popular e, fundamentalmente, que declaram pertencimento
étnico-racial, conforme as matrizes culturais africanas e indígenas. A política da PROPAAE
também inclui estratégias de formação vinculada ao desenvolvimento regional. Em relação
à formação, são beneficiários os jovens participantes dos programas de permanência,
assim como, outros sujeitos sociais, a exemplo dos jovens estudantes e professores(as) da
educação básica, conforme prevê o Programa Conexões de Saberes: diálogos entre a
universidade e as comunidades populares, no que concerne às políticas e práticas de
implantação da Lei 10.639/03 e depois da Lei 11.645/08.
Tendo em vista essas políticas e práticas de formação, considero que essa experiência nos
remete a pensar em diversos níveis de implicação. Ou seja, a idéia de formação nesse
Programa se sustenta no propósito de afirmação do sujeito social, conforme a produção e
publicação das suas histórias (auto)biográficas, da sua inserção na pesquisa, na extensão,
enfim, mediante ações protagonistas implicadas com as políticas afirmativas, a democracia
e a justiça social.
Por fim, busco ressaltar a seguir dentre as minhas experiências em educação e, em
especial, na formação continuada de professores, uma passagem muitíssimo importante
que focaliza, de maneira mais pertinente, o tema da visão na educação, a questão do
sentido do olhar do(a) professor(a), da observação das políticas e práticas educativas, das
implicações e possibilidades de outros olhares como inspiração e recurso pedagógico.
OLHANDO O CORPO HUMANO... SOBRE COMPLEXIDADE E DIVERSIDADE
Refiro-me a um trabalho realizado há alguns anos na cidade de Lençóis-Bahia, quando
estive coordenando um projeto de formação de professoras em serviço. O grupo era
constituído, fundamentalmente, por professoras da educação infantil e das séries iniciais
do ensino fundamental, que haviam conquistado um tempo, dentro do horário de
trabalho, e um espaço, na própria escola em que trabalhavam para realização de grupos
de estudos e encontros de formação. Os nossos encontros ocorriam na única escola
comunitária do município, durante dois dias seguidos, numa periodicidade de dez dias.
Nesta oportunidade estivemos refletindo sobre o „olhar docente‟, os olhares das
professoras presentes no trabalho. O que cada professora observava nas salas de aulas?
Nos currículos? Nos planejamentos? Nos alunos? E a partir dessa proposta de observação
iniciamos uma discussão profunda relacionada à auto-observação, à diversidade do olhar,
em especial, dos diferentes olhares epistemológicos, ou seja, o que cada pessoa
considerava como conhecimento e, por conseguinte, como eram organizadas as
intervenções pedagógicas.
Revendo os vários relatos produzidos nesse trabalho, considero até hoje muito
significativo, pela sua natureza processual e problematizadora, a narrativa construída por
uma das professoras sobre a experiência de observar o seu próprio olhar, em relação ao
conteúdo e à forma de ensinar as crianças, associando-o às questões epistemológicas e aos
modelos didático-pedagógicos vigentes na escola.
A história surgiu de uma atividade realizada numa turma de segunda série do ensino
fundamental, quando a professora abordava o conteúdo “corpo humano”. Dois dias após
a aula, tivemos um encontro de formação com o grupo, quando refletimos sobre as
diversas vivências escolares e as observações feitas pelas professoras no decorrer da
semana. Nessa oportunidade, conversamos que esse olhar que observa, em geral, é
intencional e que, portanto, não era um olhar neutro, isento, embora também fosse um
olhar limitado, constituído a partir das implicações e referenciais de cada um.
Então, a referida professora, ao falar das suas observações registrou que estava bastante
incomodada com suas últimas aulas, quando havia explicado o assunto “corpo humano”
usando os recursos didáticos que dispunha na escola, ou seja, os mapas que identificam os
órgãos e as partes que compõem biologicamente o nosso corpo. Para ela esse olhar da
escola/da educação sobre o corpo humano não correspondia ao seu próprio olhar e nem
tampouco se identificava com os olhares das crianças. Por conseguinte, ela tinha muitas
dúvidas sobre o seu ensino e o aprendizado dos alunos, tendo, inclusive, formulado
algumas reflexões: “será que os alunos se percebem como corpos humanos? Será que eu
me mostro como corpo humano?” Ela continuou refletindo, “...já pensou eu perguntar
para eles se tem algum corpo humano aqui na sala? E aí eles responderem que os corpos
humanos são aqueles dos mapas apresentados na aula!”.
Então, o grupo começou a observar/refletir que esse olhar sugerido através dos mapas
ilustrativos do “corpo humano”, correspondia a uma forma simplista e reduzida de abordar
o tema e que, por exemplo, não incluía outras dimensões humanas, a exemplo dos
referenciais culturais. Uma reflexão que já introduz a discussão da condição do sujeito
cultural na educação, ao tempo em que aborda o processo de formação associado à
necessidade de compreensão de si, do outro, da relação com os seus pares; do sujeito
implicado, complexo, constituído a partir de diversas referências: existenciais, afetivas,
cognitivas, biológicas, culturais, inteiro e, não apenas dos seus fragmentos, partes: cabeça,
tronco e membros, conforme a concepção epistemológica e o modelo pedagógico que
recorta e reduz a realidade.
Eu acredito que essas vivências, essas implicações, essas histórias de vida são constitutivas
do ser que sou e do saber que sei, que dizem respeito a complexidade e a diversidade do
ser-sendo. Um sujeito singular, particular e ao mesmo tempo social, coletivo e em
movimento. Assim, o tema da formação, na perspectiva em que se coloca nesse estudo,
também está encharcado dessa minha forma de prestar atenção nas coisas, do meu „olhar
educado‟, minhas interpretações, meus referenciais... necessariamente humanos!
6. TERRITÓRIO E EXPRESSÃO DE SABEDORIA:
SOBRE A COMUNIDADE DE TRÊS LAGOAS NO RECÔNCAVO DA BAHIA4
Agnaldo Souza do Nascimento, Esmeralcy de Almeida Santos , Genlan
Cardoso Sampaio, Jailton Almeida dos Santos Barbosa, Maria Joseni Borges
de Souza, Robenilson Ferreira dos Santos, Roseane do Carmo Teixeira,
5
Vanessa Morais Paixão
Prof. Dr. Eduardo David Oliveira, Prof. Dr. Cláudio Orlando Costa do
Nascimento, Prof. Dr. Emanoel Soares e Profa. MS. Rita de Cácia Santos
6
Chagas
RESUMO
Este artigo traz uma reflexão acerca da vida e da cultura da comunidade rural de Três Lagoas, no
município de Amargosa-Ba. A escolha dessa comunidade corresponde aos objetivos e metas do
Programa Conexões de Saberes na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, em
especial, por congregar significativas experiências culturais relacionadas à tradição afro-brasileira.
Referenciais que o grupo busca estudar, a fim de aprender com os mais velhos, as suas expressões
de sabedoria e a produção da vida sócio-cultural local. A nossa opção metodológica baseou-se na
experiência de convivência, no diálogo sobre as vivências produzidas pela comunidade. Observouse as formas de viver a vida, a relação com o território, a cultura, a luta pela sobrevivência, o
respeito entre os pares, a solidariedade, o trabalho coletivo, atividades referentes a um saber que
transcende a condição da escrita.
Palavras-chave: Vivência Cultural. Comunidade Rural. Expressões de Sabedoria.
4
O texto se encontra no prelo e será publicado pela SECAD/MEC.
Estudantes do Programa Conexões de Saberes e Voluntários - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
- UFRB
6
Professores que integram o Programa Conexões de Saberes e que contribuíram na orientação e produção
desse trabalho.
5
1 INTRODUÇÃO
À primeira vista... De longe ouvimos um canto que nos trouxe a memória algo
singular e emocionante. Por um momento todos se calaram. Aquelas vozes mexiam
com nossos sentimentos, uma saudade de um passado não contado, de uma
história que não tínhamos conhecimento até aquele momento. Nossas mães
africanas certamente deviam lavar roupa no riacho cantando assim, espantando os
males e trazendo para os filhos o acolhimento da voz firme e doce, da guerreira e
bela mulher. Então o canto foi interrompido por alguns estudantes que queriam
aprender com elas... Jamais esqueceremos o canto, o trabalho e o encantamento
trazido por aquela linda mensagem.
Vanessa Morais Paixão (Estudante da UFRB, 2008)
Este artigo traz uma reflexão acerca dos referenciais territoriais, socioculturais, da
vida e da cultura da comunidade rural de Três Lagoas, no município de Amargosa-Ba. A
escolha dessa comunidade corresponde aos objetivos e metas do Programa Conexões de
Saberes, (vinculado à Pró Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis –
PROPAAE, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB), em especial, por
congregar significativos aspectos culturais relacionados à tradição afro-brasileira, e por
considerarmos importante a conexão, ou melhor, interlocução de saberes entre a
academia e a referida comunidade.
Os primeiros passos foram dados nos nossos seminários de planejamento das ações,
quando definimos nossas metas e objetivos estratégicos do Programa, que construímos
nossos norteamentos referentes à pesquisa sobre os „Territórios‟ e os „Griôs‟ do Recôncavo.
Os passos seguintes foram dados pelos estudantes e professores do Centro de Formação
de Professores – CFP, campus de Amargosa, que formaram um grupo de estudos: Cultura
e Identidade do Recôncavo Baiano,7 que tinha como propósito aprofundar o
conhecimento sobre as manifestações culturais da região, levando em conta relações
familiares e de trabalho, a religiosidade, tradições, além de conhecimentos populares
gerais.
Como dissemos, um dos objetivos do Programa Conexões de Saberes é o
estreitamento de relações, de diálogos e conexões entre as comunidades acadêmicas e as
comunidades tradicionais, populares. Sendo assim, vivenciamos e pesquisamos sobre a
cultura e a identidade de uma comunidade com essas características. Fomos a campo para
7
O grupo de estudo e formação, vinculado ao Programa Conexões de Saberes, teve a orientação inicial do
Professor Eduardo Oliveira, posteriormente, incorporou as contribuições do Professor Emanoel Soares e do
Professor Cláudio Nascimento. Os estudos sobre a Comunidade de Três Lagoas também integra o Projeto de
Pesquisa Ruralidades diversas-diversas ruralidades: sujeitos, instituições e práticas pedagógicas nas escolas do
campo, Bahia-Brasil. (Grupo de Pesquisa Currículo, Avaliação e Formação – CAF – UFRB), realizado pelos
Professores Eduardo Oliveira e Cláudio Orlando C. do Nascimento (Coordenador de Políticas Afirmativas e do
Programa Conexões de Saberes – UFRB).
compreender as formas de produções rurais, culturais da comunidade de Três Lagoas. A
escolha dessa comunidade não foi aleatória, uma vez que esse lugar congrega uma
diversidade de referências culturais locais, sobretudo, por congregar significativos aspectos
culturais presentes em comunidades quilombolas.
A nossa opção metodológica baseou-se na experiência de convivência, no diálogo
sobre as vivências produzidas pela comunidade. Observou-se as formas de viver a vida, a
cultura, a luta pela sobrevivência, o respeito entre os pares, a solidariedade, o trabalho
coletivo, atividades referentes a um saber que transcende a condição da escrita.
O nosso estudo buscou conhecer os significados sociais a partir de uma investigação
contextualizada em um espaço e tempo histórico, com olhar atento e a escuta sensível
para entender o ethos e a visão de mundo dos sujeitos sociais do povoado de Três Lagoas.
Neste sentido, dialogamos com benzedeiras, rezadeiras, feirantes, pessoas que mantém a
tradição do samba de roda, e da religião de matriz africana. Aqui nos aproximamos das
idéias de Bhabha (1998) e Oliveira (2006), em relação aos sentidos de cultura inspirados
nas diversidades das experiências dos seres humanos. (NASCIMENTO, 2007).
Para Nascimento (2007), essa concepção de estudo implica em vivenciarmos
referenciais no âmbito do território e da cultura como cenários de aprendizagens. Uma
perspectiva em que também nos implicamos e nos pensamos como sujeitos portadores de
identidades culturais. Conforme ainda Nascimento (2007), essa reflexão relativa à
implicação cultural, representada pela idéia de convivência e aprendizagem social no lugar
da cultura, vai ao encontro do ponto de vista produzido por Bhabha (1998), que reflete
sobre as tendências contemporâneas da cultura na virada do século. Um movimento
transitório em que espaço e tempo se entrecruzam, produzindo sentidos complexos: de
diferença e identidade, de passado e presente, interior e exterior, inclusão e exclusão.
2. IDENTIDADE TRADICIONAL E LEGITIMIDADE LOCAL
A diversidade sociocultural brasileira deve-se às diversas matrizes étnicas que
constituíram o Brasil no seu processo histórico de formação de seu povo. Na Bahia a
presença do Negro (originário da África) teve uma contribuição importante para a
construção da identidade cultural de alguns municípios, como Salvador e as cidades da
Região do Recôncavo. É bem verdade que durante muito tempo - em Amargosa e no
Brasil - a cultura negra foi vista como sinônimo de marginalidade, de inferioridade. Isso se
deve não só ao preconceito racial, mas também, a compreensão de cultura que as pessoas
tinham ou ainda têm. Para Oliveira:
Cultura, portanto, é um modo de organizar a vida e as relações para mantê-la seja
em condições de liberdade ou de escravidão [...] A identidade de um povo
normalmente é construída quando este povo passa por problemas de afirmação ou,
pelo contrário, quando determinado povo procura ascendência social. Tanto num
caso como no outro, seja como dominador ou dominado, a identidade joga ai papel
fundamental: a de conferir legitimidade (OLIVEIRA, 2006).
Neste sentido, a cultura do povoado de Três Lagoas, do samba de roda, das
bezendeiras, rezadeiras, são identidades que conferem legitimidade às pessoas que
preservam a tradição de vivenciar e transmitir esses saberes diversos para as gerações mais
novas, com o intuito de manter os valores culturais dessa comunidade. Assim:
O conceito de cultura ao qual me atenho não possui referentes múltiplos nem
qualquer ambigüidade fora do comum, segundo me parece: ele denota um padrão
de significados transmitidos historicamente, incorporado em símbolos, um sistema
de concepções herdadas expressas em formas simbólicas por meio das quais os
homens comunicam, perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e suas atividades
em relação a vida (GEERTZ, 1989, p.66).
Em nossos diálogos/entrevistas aparecem nas falas dos entrevistados e nas nossas
observações a relação entre a cultura tradicional, herdada dos antepassados e a vida vivida
por mulheres, homes e crianças do povoado de Três Lagoas. Essa comunidade revela suas
diversas expressões culturais com beleza, força, sabedoria popular, crença e a experiência
de vida de um povo resistente que consegue manter vivas suas tradições, a exemplo, da
valorização dos moradores mais antigos e os saberes do lugar.
3. DIÁLOGOS E EXPRESSÕES DE SABEDORIA
O Projeto foi iniciado em março de 2007. Três Lagoas é uma comunidade distante 8
km da zona urbana de Amargosa. Em nossas caminhadas entre o verde exuberante, as
plantações de cajueiros, amendoim, mandioca, aipim, batata doce e as estradas de difícil
acesso, para irmos ao encontramos de cerca de 520 habitantes, que fazem samba de roda,
cultivam ervas, que são trabalhadores, rezadeiras, benzedeiras, capoeiristas...
Chegamos a Três Lagoas após percorrer uma estrada de terra molhada. No
percurso encontramos crianças que estavam indo para a escola, que fica no centro do
povoado. Seguimos à procura de Dona Santa. Ouvimos os cânticos das lavadeiras, como
forma de desejar boas vindas. Para nós, foi uma surpresa agradável, porque não estávamos
acostumados a sermos recepcionados com música, em especial, com cânticos de
lavadeiras, que é um dos rituais, um dos símbolos da cultura desse lugar (Três Lagoas).
Geertz afirma que:
Na discussão antropológica recente, os aspectos morais (e estéticos) de uma dada
cultura, os elementos valorativos, foram resumidos sob o termo “ethos”, enquanto os
aspectos cognitivos, existenciais foram designados pelo termo “visão de mundo”. O
ethos de um povo é o tom, o caráter e a qualidade de sua vida, seu estilo moral e
estético, e sua disposição é a atitude subjacente em relação a ele mesmo e ao seu
mundo que a vida reflete. A visão de mundo que esse povo tem é o quadro que
elabora das coisas como elas são na simples realidade, seu conceito de natureza, de
si mesmo, da sociedade (GEERTZ, 1989, p. 93).
Certamente, nos deparamos com um cenário das coisas como elas são na simples
realidade, por Dona Santa, Sr. Joventino, Dona Lindaura. e Sr. Joventino, que tem 80 anos
e carrega uma sabedoria de vida muito rica. Em nossa entrevista ele falou sobre o
significado de viver em Três Lagoas. Ele disse: “[...] Aqui falta oportunidade profissional
para os mais jovens” (Sr. Joventino). Percebemos na fala de Sr. Joventino a preocupação
com o futuro da juventude. Pode ser que a permanência do jovem no lugar em que vive e
com condições de trabalho, signifique também, preservar as tradições do povoado.
Outra pessoa que muito nos ensinou foi Dona Lindaura, que nasceu e vive até hoje
em Três Lagoas. Ela é benzedeira e rezadeira. As benzedeiras são mulheres que desde
muito cedo aprenderam o conhecimento de espantar os males das outras pessoas, como
mau-olhado e doenças de mau-dizer.
As rezadeiras, segundo ela, (Dona Lindaura) são pessoas que “oram” para algum
Santo em uma época do ano. Oram por devoção. Dona Lindaura nos contou a história do
nome da localidade. Ela nos disse, “que há muito tempo existiam pessoas que trabalhavam
nessas terras e nelas faziam moradas, com gravetos chamados gramios. Mas os fazendeiros
não gostavam dos agricultores em suas terras, então mandavam queimar suas casas. Eles
não se importavam se pessoas estavam ou não dentro de suas casas. Logo, os camponeses
começaram a serem chamados de Gramiás, dando origem ao nome da região. Há alguns
anos este nome foi então mudado de Gramiá para Três Lagoas, devido aos reservatórios
d‟água próximos a comunidade” (Dona Lindaura)
Tivemos ainda, a oportunidade de conhecer Dona Santa. É uma senhora de uma
energia contagiante, uma típica matriarca de Três Lagoas. Ela impõe respeito a todos por
ser muito atuante no povoado. É uma mulher politizada, trabalha junto ao sindicato e luta
pelos interesses da comunidade. É uma mulher que exerce muitas funções importantes na
comunidade. Líder do Samba de Roda, Dona Santa consegue agregar os principais focos
de nossa pesquisa: rezadeira, benzedeira, tem grande conhecimento sobre as ervas
medicinais e pratica a religião da Umbanda.
Uma paisagem da Comunidade
A paisagem natural da região já foi
há muito devastada. A Mata Atlântica
original foi cedendo lugar à caantiga, que
adentra cada vez mais agressiva, devido às
pastagens.
A
predominantemente
Comunidade
cercada
é
por
latifúndios, o que demonstra a imposição
econômica dentro da realidade de Três
Lagoas.
Segundo uma pesquisa realizada pela Pastoral da Terra, um boi no Brasil tem mais
terra do que cinco famílias. Tem muitas vacas na região, porém nenhuma pertence aos
moradores de Três Lagoas, cujas propriedades são muito pequenas e não possibilitam
plantio com maior diversidade de gêneros nem maior quantidade, o que daria melhores
condições de vida às famílias.
3.1 O significado da religião, das ervas e das curas
Orar é uma tradição muito antiga. Em toda a região do Vale do Jiquiriçá, onde fica a
comunidade de Três Lagoas, as rezas ocorrem em dias dedicados aos Santos. Um exemplo
é o dia 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara. É uma festa muito comemorada nesta
comunidade. Dona Santa presta homenagens não apenas à Santa Bárbara, mas também a
São Cosme e Damião, devido à grande devoção e crença na proteção deles.
Os rituais de organização do evento começam com preparação das comidas
próprias (caruru, vatapá, arroz e galinha), em torno das quais as mulheres se reúnem para
ajudar. É colocada no altar a primazia da comida/oferenda pronta.
No final da tarde, sete crianças são convidadas para sentarem-se na esteira em
frente ao altar dos Santos. São elas as primeiras a comerem a comida. À noite, enquanto a
reza não começa, os convidados conversam em volta da fogueira acesa no terreiro, que
simboliza a festividade.
Antes de começar a reza a casa é incensada. Um ritual que inclui alguns cânticos.
Esses cânticos prosseguem nas ladainhas, que são de acordo com os Santos
homenageados. As ladainhas são rezadas em latim e oferecidas aos Santos. Em seguida,
reza-se o Senhor Deus (pedindo perdão pelos pecados), uma reza iniciada pelos homens e
acompanhada pelas mulheres. Ajoelhados os homens e as mulheres vão próximo do altar
e fazem uma reverência, sempre ao som de um cântico. Neste sentido, Geertz afirma que:
[...] a noção de que a religião ajusta as ações humanas a uma ordem cósmica
imaginada e projeta imagens da ordem cósmica no plano da experiência humana
não é uma novidade.
[...] A perspectiva religiosa difere da perspectiva do senso comum, como já dissemos,
porque se move além das realidades da vida cotidiana em direção a outras mais
amplas, que as corrigem e completam, e sua preocupação definidora não é a ação
sobre essas realidades mais amplas, mas sua aceitação, a fé nelas (GEERTZ, 1989, p.
67-82).
Por este veio, a religião possibilita além de uma aproximação com o Divino a
interação e socialização de saberes dos sujeitos sociais através da fé. Segundo Dona Santa,
existem rezas para todos os tipos de doenças. Para cada doença usa-se uma folhagem
diferente. A reza é passada de geração para geração. Dona Santa diz que só há três tipos
de doenças no mundo, a saber: (1) Vento caído: ocorre principalmente com crianças com
poucos meses de vida, quando levantadas acima da cabeça de um adulto. A criança de
vento caído fica com diarréia e os pés de tamanho diferente. (2) Ar do vento: É um vento
que passa e deixa partes do corpo da pessoa paralisadas. (3) Olhado: ocorre quando uma
pessoa olha com maldade e inveja para outra pessoa, para uma planta ou animal. É o
chamado “olho grande” ou “mau-olhado‟.
Todos estes males são curados através da reza. Dona Santa nos disse que às vezes as
pessoas fazem fila em sua barraca na Feira, onde ela vende ervas para cura desses males.
Por exemplo, alerta Dona Santa, se uma pessoa que sofre de mau-olhado, facilmente
pegará outras doenças.
Ela afirma que já salvou muitas pessoas que tinham epilepsia. As folhas que são
usadas para benzer são Maria Milagrosa (para ar do vento), Pião e Vassourinha (para o
mau-olhado).
Desde as mais antigas comunidades da América Latina as plantas são usadas para
tratar os males das pessoas. A cultura tradicional, popular preserva os conhecimentos das
ervas e das raízes. No Recôncavo da Bahia são utilizadas ervas para curar as mais diversas
enfermidades. Existem plantas que servem para curar mais de uma doença. Dona Santa
lida com as ervas desde criança e é um saber adquirido de gerações anteriores de sua
família. Ela agora continua essa tradição, e sinaliza que já ensinou aos seus filhos como se
colhe e se preparam as ervas. Por fim, Dona Santa sentencia que cada erva tem sua
especificidade.
3.2. Samba de Roda... Para finalizar!
Oh minha gente venha vê que coisa boa
viemos apresentar o samba das Três Lagoas,
viemos das Três Lagoas nós viemos aqui samba,
nosso samba de roda viemos apresentar.
Viemos vender casca e também vender raiz,
no nosso samba de roda todo mundo ta feliz,
viemos vender folha e também vender flor,
a nossa cultura negra que nós já reativou.
Vamos rancar aipim e comer batata quente,
que o nosso samba de roda ta envolvendo muita gente.
Vambora gente pra Amargosa,
nossa cultura é deliciosa .
Vambora gente pra Amargosa,
nossa cultura é maravilhosa.
Vambora gente pra Três Lagoas,
nós vai de carro e vai de ônibus e de canoa (bis).
Vamos minha gente venha vê que coisa boa,
viemos apresentar o samba das Três Lagoas,
viemos das Três Lagoas,
nós viemos aqui sambar,
o nosso samba de roda,
ta em primeiro lugar8.
Vivenciamos o Samba de Roda e aprendemos a sambar, assim como aprendemos
um pouco sobre a forma de viver, a religião, a relação com o território, o espaço, a erva, a
cura, o trabalho, a luta pela sobrevivência, a solidariedade, a vivência coletiva... Que
constituem a identidade histórica e cultural do Ser-Negro no Recôncavo. Referimo-nos as
resistências e lutas pela preservação dos referenciais da cultura africana nessa Região, que
certamente, a Universidade deve muito dialogar e conectar saberes. Concluímos,
afirmando que iremos mais vezes à Comunidade de Três Lagoas, porque temos muito
8
Samba de Roda - Dona Santa.
ainda o que apreender, pois as comunidades tradicionais do Recôncavo da Bahia têm
muito a nos ensinar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BHABHA, Homi K. Novas ordens, novas teorias? O local da cultura. Belo Horizonte, Editora da
UFMG, 1998.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Editoras S.A, 1989.
_______________. Obras e vidas. O antropólogo como autor. Rio de Janeiro: UFRJ, 2002.
GONZÁLEZ, Leopoldo Jesús Fernándes & DOMINGOS, Tânia Regina Eduardo. Antropologia e
Educação. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.
NASCIMENTO, Cláudio O. C. Observatórios Etnoformadores: outros Olhares em/na Formação
Continuada de Professores. Tese Doutorado na Faculdade de Educação - Faced-UFBA, 2007
OLIVEIRA, Eduardo David. Cosmovisão Africana no Brasil: elementos para uma filosofia
afrodescendente. Curitiba: Editora Gráfica Popular, 2006
http://www.brasiloeste.com.br/noticia/1202/samba-de-roda-reconcavo-bahiano
http://www.rosanevolpatto.trd.br/sambabrasil.htm, acesso em 21 de novembro de 2007.
7. TRATADO SEMÂNTICO ENTRE A COMUNIDADE ACADÊMICA
Profa. Karina Rego (FSBA)
SUMÁRIO
1. LEITURA
1.1 LEITURA E MÉTODOS DE ESTUDO
1.2 METODOLOGIA PARA LEITURA
2. ANÁLISE TEXTUAL
2.1 OBJETIVOS
2.2 ANÁLISE E SUAS PARTES
3. COMUNICAÇÃO ESCRITA
3.1 O QUE É ESQUEMA
3.2 O QUE É RELATÓRIO
3.3 O QUE É RESUMO
4. RESENHA
4.1 ESTRUTURA DA RESENHA CRÍTICA
5. FICHAMENTO
5.1 CONCEITO
5.2 MODELO DE FICHAR
6. ARTIGO CIENTÍFICO
6.1 DEFINIÇÃO
6.2 ESTRUTURA DO ARTIGO
7. MONOGRAFIA
8. PESQUISA
8.1 PROCESSOS
8.2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
8.3 A PESQUISA CIENTÍFICA
8.4 PROJETO DE PESQUISA
9. COMUNICAÇÃO ORAL: SEMINÁRIO
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. LEITURA
Comunicar-se bem hoje já é uma necessidade notória. Fórmulas milagrosas são oferecidas
a muitos profissionais e alunos diariamente. Mas, escrever é antes de tudo expressar seus
pensamentos através de palavras. Elas, as palavras, são nossas quando conseguimos nos
apropriar, não só do seu significado, mas também da sua maneira de estar presente de
forma clara e precisa na escrita. A leitura e escrita ampliam nossa consciência critica e cria
possibilidades diversas de pensarmos sobre as coisas do mundo. Cada um tem sua forma
própria de escrever. A criação de um elo entre escritor(a) e leitor(a) acontece quando nos
permitimos entrar na mente do outro sem preconceitos ou opiniões já formadas. A leitura
possibilita crescimento não só intelectual, mas também existencial. Alguns textos são mais
complicados de serem compreendidos, desta forma apresentarei um dos métodos de
estudo que utilize a descoberta de outra leitura.
1.1 LEITURA E MÉTODOS DE ESTUDO
a) Conceito de Leitura.
b) Tipos de leitura.
c) Como fazer uma leitura produtiva.
d) Identificação do texto- Passos para começar a leitura:
 O título - questionar, procurar compreender o significado.
 A data de publicação.
 A ficha catalográfica.
 A “orelha”.
 O índice ou sumário.
 A introdução ou o prefácio.
 A bibliografia.
e) Leitura proveitosa
 Atenção: mente e espírito para apreensão do conteúdo básico (usar o dicionário
geral ou específico).
 Intenção: Qual sua razão para fazer a leitura? Obter proveito intelectual?
 Reflexão: Consideração sobre o que se lê, observando a forma de condução da
escrita pelo autor(a) do texto. O espírito crítico, julgamento, comparação, ligações
de conhecimentos (formal ou de vida) devem estar presentes no momento da
leitura. As idéias contidas no texto lido devem ser analisadas, refletidas e discutidas.
 Análise: compreensão do tema e divisão do texto em subtemas para entender a
organização textual.
f) Sublinhar e resumir
 Compreender que, cada texto, capítulo, subdivisão ou mesmo parágrafo existe uma
idéia principal, um conceito fundamental, uma palavra-chave, que se apresenta
como um fio condutor.
 Cada parágrafo possui um tópico frasal- Frase ou período que orienta todas as
idéias do parágrafo.
Dica para fazer uma leitura ideal:
a) Leia o texto mais de uma vez.
b) Na primeira, não sublinhar, mas tentar apreender o tema central do texto.
c) Na segunda, buscar: apreender as principais proposições do autor(a),
conhecer seus argumentos, identificar sua tese e avaliar suas idéias.
d) Perceber a intencionalidade discursiva contida no texto:
 Quem escreveu? Pesquisar a vida do escritor(a): nacionalidade, formação,
profissão e curiosidades.
 Para quem? Através da forma de estrutura frasal, escolha vocabular, tema
e meio de comunicação utilizado na veiculação do texto fica mais fácil
perceber o seu tipo de público.
 Qual a intenção da escrita? Analisar o conteúdo do texto.
 Qual o contexto? Em que momento sócio-cultural e econômico foi escrito
o texto?
1.2 METODOLOGIA PARA LEITURA E SUBLINHADO DO TEXTO
Sugestão apresentada por LAKATOS & MARCONI e por João Bosco Medeiros:
a) no parágrafo: sublinhar apenas as idéias principais, usando dois traços para as
palavras-chave e um para os dados secundários, mas significativos.
b) Idéia central: as idéias centrais do texto devem ser inteiramente assinadas com uma
linha vertical, à margem.
c) Dúvidas: as informações que geram dúvidas ou parecem contraditórias devem ser
assinaladas com um ponto de interrogação, para posterior averiguação.
2. ANÁLISE TEXTUAL
Decorre quase que, automaticamente, do processo de leitura.
2.1 TEM, ENTRE OUTROS, OS OBJETIVOS DE:





Reconhecer a organização e estrutura de uma obra ou texto.
Separar o essencial do secundário.
Distinguir hipóteses (teoria provável, mas não demonstrada) e problemas (proposta
para ser solucionada, dúvida).
Perceber como as idéias se relacionam.
Identificar as conclusões e as bases que as sustentam.
2.2 A ANÁLISE DEVE SER FEITA EM TRÊS PARTES:



Análise de elementos: idéias principais, modelo teórico, doutrina, juízos de valor
expostos, conclusões.
Análise das relações: busca de relações entre as hipóteses e as provas e conclusões,
as idéias principais e secundárias, as causas e conseqüências.
Análise da estrutura: estuda as partes do texto, buscando suas relações com o todo,
onde se pode perceber a posição do autor(a) e a sua forma de trabalhar o material
exposto.
3. COMUNICAÇÃO ESCRITA
“Para escrever, devemos atender a três funções básicas: produzir uma resposta, tornar o
pensamento comum aos outros e persuadir” Blikstein
3.1 O QUE É ESQUEMA - Pode ser considerado um resumo não redigido. Há várias formas
de se esquematizar um texto: com palavras, gráficos, desenhos, flechas.
3.2 O QUE É UM RELATÓRIO - é a descrição de fatos passados com a finalidade de orientar
determinada ação de um supervisor por exemplo. De acordo com Beltrão e Beltrão podem
ser classificados segundo alguns critérios: número de signatários, periodicidade, finalidade.
Relatório técnico-científico: documento que descreve os passos dados e atividades
realizadas relativas a um projeto. Apresenta os progressos de um trabalho em andamento.
Estrutura:
 Introdução: apresentação das justificativas que motivaram determinadas
realizações, as diretrizes que orientaram o texto e outras especificações necessárias
ao entendimento do relatório.
 Desenvolvimento: descrição funcional e cronológica do trabalho desenvolvido
possibilitando o entendimento das atividades desenvolvidas. As avaliações feitas
devem ser acompanhadas de evidências.
 Conclusões: confirmação do que foi apresentado no desenvolvimento com
sugestões de atividades para aprofundamento.
Deve apresentar:
a) Capa.
b) Folha de rosto.
c) Resumo.
d) Sumário.
e) Introdução.
f) Desenvolvimento.
g) Conclusões.
h) Anexos.
i) Referência.
→o relatório de atividades acadêmicas apresenta a mesma estrutura dos outros relatórios,
variando o vocabulário de acordo com o objetivo estabelecido (visita, estágio...)
3.3 O QUE É RESUMO
A ABNT (na norma NBR 6028) define resumo como “apresentação concisa de pontos
relevantes de um texto”.
Para MEDEIROS, resumo é uma apresentação sintética e seletiva das idéias de um texto,
ressaltando a progressão e articulação delas.
O resumo deve conter:
 O assunto do texto.
 O objetivo.
 A articulação das idéias.
 As conclusões do autor(a).
A redação deve ser feita:
 Com linguagem objetiva.
 Evitar a repetição de frases inteiras do original.
 Respeitar a ordem em que às idéias ou fatos são apresentados.
O resumo:
 Não deve apresentar juízo valorativo ou crítico.
 Deve ser compreensível por si mesmo sem a necessidade da leitura do original.

Precisa responder às questões: “ o que o autor pretende demonstrar?” e “do que
trata o texto?”
 Não pode ser um texto grande, visto que está apenas apresentando as idéias
principais (fios condutores).
O cabeçalho do resumo deve conter:
 Ficha técnica com:
a) Sobrenome do autor(a), nome.
b) Título do texto.
c) Local de publicação do texto.
d) Editora.
e) Ano.
f) Número de páginas.
Tipo de texto, gênero - literário, didático, acadêmico.
MEDEIROS sugere a utilização de quatro passos para a realização do resumo ou síntese
das idéias centrais do texto:
1) SUPRESSÃO: eliminar palavras secundárias - advérbios, adjetivos, preposições,
conjunções... desde que não sejam necessárias à compreensão. Ex: A bonita
paisagem do Rio de Janeiro estava embaçada por uma neblina densa que impedia
enxergar um palmo a frente do nariz e ver o belíssimo Pão de Açúcar→ A paisagem
estava embaçada por uma neblina que impedia enxergar o Pão de Açúcar.
2) GENERALIZAÇÃO: substitui elementos específicos por outros genéricos. EX: “Fulano
come manga, goiaba, banana, melão, melancia”→ “Fulano come frutas.”
3) SELEÇÃO: elimina obviedades e informações secundárias e que exige, para a
realização adequada, alguns procedimentos, como seleção do material, cuidando
para que a unidade delimitada compreenda uma totalidade e não mero fragmento,
contexto, ideologia.→ “ a leitura exige procedimentos como seleção e delimitação
de uma totalidade e [ que não seja feita a partir de um] fragmento [destituído do
contexto].”
4) CONSTRUÇÃO: respeitando as idéias do texto original, constrói-se uma nova frase
(paráfrase). Ex: “ A seleção e a leitura que devem levar em consideração o
contexto”.
4. RESENHA
A ABNT, na NBR 6028, denomina a resenha como um “resumo crítico”. Seu objetivo é
oferecer informações para que o leitor possa decidir quanto à consulta ou não do texto
original.
A resenha pode ser dividida em: resenha descritiva e resenha crítica. O objetivo da escrita
resenha pode ser um acontecimento, um texto, ou ainda obras culturais, como romance,
peças de teatro ou filmes. A diferença entre a descritiva e a crítica é que a resenha crítica
apresenta ainda uma apreciação crítica do resenhista sobre a obra.
Segundo o Manual Geral da Redação da Folha de São Paulo (1987), a resenha é um
resumo crítica de um livro deve ser informativa, dando ao leitor a idéia de quem é o autor
do livro, comentar sua biografia e resumir a idéia central. A critica precisa ser pautada no
conhecimento profundo do objeto resenhado.
A resenha deve também vir precedida da referencia bibliográfica do texto original, ou das
indicações da peça cultural, filme, televisão...
4.1- ESTRUTURA DA RESENHA CRÍTICA
Ela deve ser feita em forma de texto e não em tópicos. Conforme LAKATOS & MARCONI:
a) Referência bibliográfica: autor(a), título da obra, elementos de impressa (local de
publicação, editora, data), número de páginas e formato.
b) Credenciais do autor(a): informações sobre o autor(a), nacionalidade, formação
universitária, títulos, livros ou artigos publicados, curiosidades.
c) Resumo da obra: idéias principais. De que se trata o texto? Qual sua característica
principal? Exige algum conhecimento prévio para entendê-la?
d) Descrição do conteúdo dos capítulos ou parte da obra.
e) Conclusões do autor(a) da obra resenhada: quais as conclusões a que o autor da
obra resenhada chegou? – para responder ao questionamento peste atenção na
utilização de expressões como “portanto”, “logo”, “ em conseqüência”... ao longo do
texto .
f) Metodologia utilizada pelo autor(a) da obra: Que método utilizou? Dedutivo
 Dedutivo: conseqüência de um raciocínio. Do geral para o particular
 Indutivo: de fatos particulares se tira uma conclusão genérica. Do particular
para o geral.
 Histórico? Comparativo? Estatístico?
 Que técnicas utilizou? Entrevista? Questionários?
 Tipo de textos pesquisados, autores que serviram como referência.
j) Quadro de referências do autor(a):
 Que teoria serve de apoio ao estudo apresentado?
 Qual o modelo teórico utilizado?
l) Crítica do resenhista (apreciação) - Julgamento da obra.
 Qual a contribuição da obra para seu público, momento histórico,
econômico, social, cultural...?
 As idéias são originais?
 Qual e como são o estilo do(a) autor(a)? –conciso, objetivo, simples,
rebuscado, idealista, realista...
 A obra revela originalidade?
M) Indicação do resenhista:
 A quem é a obra é dirigida?
 A obra pode ser endereçada a que disciplina?
 Pode ser adotada por algum grupo? Qual? Por quê?
→ A linguagem deve ser de nível científico. Observar: estrutura gramatical, exposição do
tema e tipo de vocabulário utilizado.
Somente em RESENHAS CRÍTICAS
 Em alguns casos, não é possível dar respostas a todas as interrogações feitas; outras
vezes, a resenha é publicada em algum jornal especializado e, então, pode-se omitir
um ou outro elemento.
 Numa publicação científica, porém, a estrutura deverá ser mantida.
 Cuidado para não confundir as denominações e seus conceitos: resenha, resenha
descritiva e resenha crítica.
ESTRUTURA DA RESENHA CRÍTICA
Capa
Sumário
1- Introdução
2- Descrição do
Assunto
1. Conhecimento completo da obra, não deve se limitar à leitura
do índice, prefácio e de um ou outro capítulo.
2. Competência na matéria exposta no livro, bem como a respeito
do método empregado.
3. Capacidade de juízo crítico para distinguir claramente o
essencial do supérfluo.
3- Apreciação Crítica 4. Independência de juízo; o que importa não é saber se as
conclusões do autor coincidem com as nossas opiniões, mas se
4. Considerações
foram deduzidas corretamente.
Finais
5. Correção e urbanidade; respeitando sempre a pessoa do autor e
5- Referências
suas intenções.
Bibliográficas
6- Anexos
6. Fidelidade ao pensamento do autor, não falsificando suas
opiniões, mas assimilando com exatidão suas idéias, para examinar
cuidadosamente e com acerto sua posição
Evidentemente, uma resenha crítica bem feita pode converter-se num pequeno artigo
científico e até mesmo num trabalho monográfico, podendo ser publicada em revistas
especializadas.
A resenha crítica compreende abordagens:
 Objetiva -onde se descreve o assunto ou algo que foi observado, sem emitir juízo de
 Subjetiva -apreciação crítica onde se evidenciam os juízos de valor de quem está
elaborando a resenha crítica.
RESENHISTAS
 O cientista tem uma capacidade de juízo crítico mais desenvolvida.
 O estudante esforça-se para o exercício de compreensão e crítica inicial.
A resenha facilita o trabalho do profissional ao trazer um breve comentário sobre a obra e
uma avaliação da mesma.
Estrutura da escrita:
 introdução -o acadêmico deve apresentar o assunto de forma genérica até chegar ao
foco de interesse, ou ao ponto de vista o qual será focalizado. Uma vez apresentado o
foco de interesse, o acadêmico procura mostrar a importância do mesmo, a fim de
despertar o interesse do leitor. Por último, deixa-se claro, o caminho/método que
orienta
o
trabalho.



A descrição do assunto do livro, texto, artigo ou ensaio- compreende a
apresentação das idéias principais e das secundárias que sustentam o pensamento
do autor. Para facilitar a descrição do assunto sugere-se a construção dos
argumentos por progressão, que consiste no relacionamento dos diferentes
elementos, mas encadeados em seqüência lógica, de modo a haver sempre uma
relação evidente entre:
Um elemento.
Antecedente.

A apreciação crítica- deve ser feita em termos de concordância ou discordância,
levando em consideração a validade ou a aplicabilidade do que foi exposto pelo
autor. Para fundamentar a apreciação crítica, deve-se levar em conta a opinião de
autores da comunidade científica, experiência profissional, a visão de mundo e a
noção
histórica
do
país.

Considerações finais, deve-se apresentar as principais reflexões e constatações
decorrentes do desenvolvimento do trabalho. As referências bibliográficas seguem
a NBR-6023 de 2000 da ABNT sobre referências bibliográficas.
5. FICHAMENTO
5.1- CONCEITO
A referência bibliográfica é parte essencial de um trabalho científico. Nela estão contidas as
informações sobre livros utilizados na pesquisa. Mas, além da pesquisa, uma referência
completa e as informações sobre livros já utilizados é sempre útil na vida acadêmica.
Dentro de uma área específica, frequentemente o aluno vai acabar deparando-se com
obras já consultadas e que precisam ser revistas.
O fichamento de obras é a melhor forma de poupar trabalho/tempo e auxiliar também na
compreensão do material. Como ele, o educando, pode montar um “arquivo de leitura”,
registrando:
 Resumos,
 Opiniões,
 Citações,
 Comentários.
5.2- MODELO DE FICHAR
Pode ser feito em papel ou através da informática o que pode facilitar a busca. Modelos:
1. Ficha de transcrição: são apresentadas transcrições diretas do texto, contendo as
partes mais significativas para o interesse do usuário. Segue as normas brasileiras
de redação, no que diz respeito às citações (NBR 6023/89). Atenção para
transcrever o texto na íntegra, sem alterações de palavras!!!
2. Ficha de resumo: utilizar a ficha para arquivo do resumo do texto.
3. Ficha de comentário:
 O usuário deve escrever sobre a extensão do texto.
 Sobre sua constituição (ilustrações, exemplos, bibliografia, citações),
conceitos abordados.
 Levantar as hipóteses do autor(a), seus objetivos e as idéias que
fundamentam o texto.
 Verificar se a organização do texto é clara, lógica, consistente, se utiliza um
tom formal ou informal.
 Se há pontos fortes e fracos na argumentação, se sua terminologia é
precisa, se a conclusão é convincente.
 Finalmente, deve ser uma avaliação da obra.
O fichamento, quando não solicitado, é uma opção pessoal e seu modelo também é
variável.
6. ARTIGO CIENTÍFICO
6.1 DEFINIÇÃO
Apresenta o resultado de estudos e pesquisas científicas com a descrição da
metodologia empregada, do processamento utilizado e dos resultados obtidos, permite a
repetição da experiência.
É composto das seguintes partes:
1. Título.
2. Autor(a).
3. Credenciais do autor.
4. Local das atividades.
5. sinopse ou resumo em português ou em língua estrangeira, de preferência em
inglês –até 100 palavras.
6. corpo do artigo:
 INTRODUÇÃO: apresentação do assunto, ponto de vista, objetivo,
metodologia, limitações e proposições.
 DESENVOLVIMENTO DO TEXTO: exposição, explicação e demonstração do
material, avaliação dos resultados e comparação com obras anteriores.
 COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES: dedução lógica, baseada e fundamentada
no texto, de forma resumida.
 PARTE REFERENCIAL: referências bibliografias, como notas de rodapé ou de
final de capítulo, biografia, apêndice, anexos, agradecimentos, datas.
6.2 ESTRUTURA DO ARTIGO
7. MONOGRAFIA
Pressupõe o resumo e a resenha, na medida em que pode ser definida como uma síntese
de leituras. Mas é também investigação, observação e reflexão. Se estrutura em torno de
um tema de uma problematização. Sua principal característica é a especificação do tema e
do problema. As etapas do trabalho iniciam-se na escolha e delimitação do tema, analise
da historiografia e definição de problemáticas. Segundo momento, analise dos dados
coletados.terceiro momento, organização dos dados, revisão e comprovação das
hipóteses.
8. PESQUISA
“É um procedimento reflexivo sistemático e crítico, que permite descobrir novos fatos ou
dados,
relações
ou
leis,
em
qualquer
campo
do
conhecimento”.
(Anger-Egg, 1978:28)


A pesquisa pode ser considerada um procedimento formal, com método e
tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou
para se descobrir verdades parciais.
Significa muito mais do que apenas procurar a verdade. É encontrar respostas para
questões propostas, utilizando métodos científicos.
8.1. PROCESSOS
A pesquisa implica o levantamento de variadas fontes e pode ser feita através de dois
processos:
1. Documentação direta: dados levantados no próprio local onde ocorrem os
fenômenos, através da pesquisa de campo ou da pesquisa de laboratórioaqui, são utilizadas técnicas como a observação, as entrevistas, a aplicação de
questionários, entre outras.
2. documentação indireta: utiliza como fonte dados coletados por outras
pessoas, tanto de pontes primárias- pesquisa documental: estatísticas, mídia
eletrônica, fotografias, documentos históricos-, quando de fontes
secundárias- pesquisa bibliográfica- tudo o que já foi escrito sobre o assunto.
8.2. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
LAKATOS & MARCONI e MEDEIROS identificam oito fases distintas na elaboração da
pesquisa bibliográfica. São elas:
1. Escolha do tema: tema é o assunto a ser desenvolvido, geralmente um “problema”
(dificuldade ainda sem solução), que é preciso ser determinado com precisão para,
posteriormente, ser examinado e avaliado criticamente e para o qual será proposta
uma solução- proposição pessoal. Para escolher o tema é preciso levar em
consideração:
 Aptidão e inclinação para trabalhar cientificamente tal tema;
 Opção por um assunto compatível com as qualificações pessoais;
 Encontrar objeto que mereça ser investigado cientificamente;
 Disponibilidade de tempo para realizar a pesquisa;
 Existência de bibliografia disponível sobre o assunto; e possibilidade de
encontrar especialistas no assunto para análise e orientação.
 Delimitação do assunto (recorte do tema)
→ Diferenciar o sujeito do objeto da questão:
Exemplo: Liberdade (objeto) de imprensa (sujeito).
2. Elaboração do plano de trabalho: o plano deve conter a estrutura do trabalho. Uma
organização prévia é necessária, mesmo que esta venha a ser alterada
posteriormente.
 Introdução: formulação clara e simples do tema, sua delimitação,
importância, caráter, justificativa, metodologia empregada e apresentação
sintética da questão.
 Desenvolvimento: fundamentação lógica do trabalho, coma finalidade de
demonstrar suas principais idéias. Divide-se em (nem sempre seguindo esta
ordem);
a) Explicação: apresenta o tema, buscando analisar e compreender seu sentido.
b) Discussão: argumentação e explicação do tema. Discute, fundamenta e
enuncia proposições.
c) Demonstração: dedução lógica, implica o exercício do raciocínio.
 Conclusão: resumo completo, mas sintético da argumentação desenvolvida.
Deve conter as diferentes partes da argumentação, a união de idéias e a
síntese da reflexão.
→ Umberto ECO em seu livro intitulado Como se faz uma tese, sugere que se inicie pela
elaboração do título, introdução e índice final, para se ter uma idéia geral do conteúdo.
Claro que posteriormente, esses poderão estar sujeitos a alterações, mas servirão de guia
para realização do trabalho.

3.
4.
5.
6.
7.






Identificação: consiste na identificação do material já publicado sobre o assunto. Isso
deve ser feito em livros, revistas especializadas, bibliotecas, como também, consultar
a internet.
Localização: Após o levantamento bibliográfico, faz-se necessária a localização das
obras que serão pesquisadas.
Compilação: reunião de todo material a ser utilizado: publicações, cópias
xerográficas, documentos.
Fichamento: todo o material deve ser lido e fichado, já que a ficha é de fácil
manipulação, permite a ordenação do assunto, ocupa pouco espaço e pode ser
transportada facilmente. Além disso, ela leva o pesquisador a ordenar o material da
pesquisa e possibilita fazer uma constante seleção do mesmo.
Análise e Interpretação: A análise deve ser feita com base nos procedimentos já
apresentados para identificar as idéias centrais de cada autor, contrapô-las, agrupalas e, com base nisso, apresentar a opinião da pesquisa.
Redação: A redação da pesquisa bibliográfica varia de acordo com o tipo de
trabalho científico que se deseja apresentar. A redação deve ser feita numa
linguagem científica e a apresentação deve seguir as normas da ABNT.
Capa.◦
Folha de rosto.
Termo de aprovação (somente para trabalhos de obtenção de graduação/
mestrado/doutorado).
Epígrafe ou dedicatória.
Agradecimentos.
Sumário.*
 Lista de tabelas, ilustrações, abreviaturas, siglas e símbolos (se houver).*
 Resumo (só se for solicitado).*
 Texto: introdução, revisão literária, desenvolvimento, conclusão.*
 Anexos (se houver).*
 Glossário.
 Referencias bibliográficas.*
* itens obrigatórios.
8.3 A PESQUISA CIENTÍFICA
Conforme o Manual da Universidade do Paraná (UFPR), os trabalhos científicos
apresentam algumas características próprias quando a estrutura e estilo.
É preciso observar:
a) Objetividade: Lógica e continuidade no desenvolvimento das idéias que não devem ser
desviadas do assunto. O texto deve apoiar-se em dados e provas e não em opiniões sem
confirmação.
b) Clareza: as idéias devem ser apresentadas com clareza para que não ocorra
ambigüidades. Vocabulário adequado e frases curtas objetivando prender a atenção do
leitor.
c) Precisão: usar as palavras ou conceitos nos seus sentidos universalmente aceitos ou
definidos anteriormente no trabalho.
 Cada expressão deve traduzir com exatidão o que se quer transmitir. Indicar
como, quando e onde os dados foram obtidos. Utilizar nomenclatura técnica
apropriada.
 Evitar adjetivos que não indiquem claramente à proporção dos objetos.
 Evitar expressões como “quase todos”, “nem todos” ... Ser preciso.
 Não empregar advérbios que não explicitem exatamente o tempo, modo ou
lugar (aproximadamente, antigamente, recentemente, possivelmente...)
d) Coerência: manter uma seqüência lógica e ordenada na apresentação das idéias.
Tratamento equilibrado de todo o texto (padronização). Nos títulos, não usar substantivos
para uns, frases ou verbos para outros.
→Números, símbolos e unidades de medida: a apresentação deve ser coerente e
padronizada em todo o trabalho.
→ abreviaturas: Apenas abreviaturas essenciais devem ser utilizadas, abreviaturas e siglas
devem aparecer por extenso, antes do texto.
8.4 PROJETO DE PESQUISA
O trabalho científico deve ser planejado. Apresento o projeto de pesquisa contido no livro
“O Texto Cientifico - Diretrizes para Elaboração e Apresentação:
 Capa.
 Folha de rosto.
 Sumário.
 Introdução: Apresentação do tema, fornecendo uma visão geral do assunto.
 Justificativa: apresenta as razões teóricas que justifiquem o trabalho de investigação.
 Formulação do problema: Formulação de indagação sobre o tema.
 Objetivos: indicação do que se pretende com o desenvolvimento da pesquisa e
quais os resultados esperados.

Hipóteses da pesquisa: Apresentação de uma ou mais proposições verbais
relacionadas ao problema de pesquisa que são susceptíveis de serem testados.
Metodologia: apresentação do delineamento da pesquisa, fazendo referencia a fontes
bibliográficas que contenham a descrição detalhada da abordagem metodológica
proposta.
 Contexto e participantes: delimitação e características da área geográfica em que se
pretende desenvolver o trabalho.
 Etapas de desenvolvimento da pesquisa.
 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados: indicações de estratégias e
instrumentos para coleta de dados.
 Procedimentos para organização e análise de dados: organização dos dados a
serem adotados.
 Cronograma de atividades
 Recursos necessários
 Orçamento
 Anexos
 Referências.
Comunicação Oral - é a comunicação que acontece em momento integral. Ocorre trocas
de informações ou intercambio entre os falantes. Em comunicações realizadas em escolas,
faculdades, ambientes informais ocorre maior exigência do domínio da norma culta da
língua portuguesa.
9. COMUNICAÇÃO ORAL ENFOCANDO A INTERATIVIDADE: SEMINÁRIO
De acordo com Hühne (2000), o objetivo fundamental de um seminário é a apresentação
para debate de um estudo aprofundado de uma questão. Isto implica que, quando formos
participar de um seminário, devemos providenciar:



Estudo aprofundado que não se restrinja às características de um fichamento.
Estudo com vistas À comunicação e discussão. Pensar nas pessoas que ouvirão.
Estudo que só pode ser bem debatido se partir de um texto-roteiro,
preferencialmente entregue aos demais participantes.
Para isso, Hühne sugere as seguintes tarefas:
1. Tarefas em grupo:
 Problematização do tema (geralmente introduzido pelo professor)
 Estabelecimento de um cronograma que preveja:
 Encontro de grupo para analisar a lista bibliográfica
(levantamento e seleção de livros)
 Encontro para discussão da problemática à luz das
fichas de leitura dos integrantes do grupo
(todos já devem ter lido e fichado os textos)
 Encontro para elaboração de um texto-roteiro para o
seminário (que deve ser distribuído depois aos
estudantes da turma)
 Encontro para operacionalizar a apresentação do seminário (recursos audiovisuais,
técnicas de grupo, etc.).
2. Tarefas individuais:
 Elucidação do tema ou do texto (ver sua pare dentro do grupo).
 Leitura e fichamentos.
 Situar a sua parte no contexto do grupo.
É recomendável a elaboração de um texto - síntese do trabalho desenvolvido, que deverá
ser distribuído ao publico com pelo menos um semana de antecedência segundo
MIYAMOTO.
Para o citado autor, a exposição poderá ser feita de acordo com os itens e nessa seqüência:
1. introdução - Rápida. Seu objetivo é apresentar a trajetória expositiva; situar o
assunto; apresentar as contribuições teóricas. Deve ser apresentada em uma única
transparência para que todos possam acompanhar.
2. metodologia - descrever como o trabalho foi desenvolvido, enfatizando os
fundamentos do método e técnicas utilizadas.
3. resultados- parte a ser bem destacada. Os resultados devem ser organizados de
forma simples para que sejam compreendidos na projeção.
4. discussão - buscar explicar os resultados obtidos e destacar a importância do
trabalho.
5. conclusões - devem fundamentar-se no trabalho apresentado.
Considerações finais
Livros a serem pesquisados, apropriação de uma forma de comunicação mais direta e
objetiva sem perder de vista a importância de trabalhar com a linguagem acadêmica faz
parte da vida cotidiana de todo o educador. Os objetivos de melhorar a comunicação da
comunidade acadêmica não acabaram com o término deste despretensioso texto. Toda
atividade acadêmica produzida e pensada pela FSBA e seu corpo docente e discente será
motivo de mover a engrenagem da pesquisa a fim do bem de todos. As modificações
acontecerão com a sua contribuição. Comece logo a interagir com a comunicação
acadêmica.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ECO, U. Como se faz uma tese. 15. ed. São Paulo: Perspectiva, 1999.
EMEDIATO, Wander. A fórmula do texto. São Paulo: Geração Editorial, 2004.
FOLHA DE SÃO PAULO.Manual geral da redação. São Paulo, 1987.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1991.
MEDEIROS, J. B. Português instrumental. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
_________. Redação científica: a prática de fichamento, resumos, resenhas. São Paulo:
Atlas, 1991.
MIYAMOTO, M. Administração de congressos científicos e técnicos: assembléia,
convenção, painel, seminário e outros. São Paulo: Pioneira; São Paulo: EDUSP, 1987.
POZZEBON, Paulo Moacir Godoy. Mínima Metodológica. Campinas, SP: Editora Alínea,
2004.
Literatura recomendada
FRAGATA, Júlio S.I. Noções de metodologia: para elaboração de um trabalho científico:
para uso de estudantes universitários. 3. ed. Porto: Tavares Martins, 1980. capiíulo 3.
SERAFIni, M.T. Como escrever textos. Tradução de Maria Augusta bastos de Matos. Rio de
Janeiro: Globo, 1987.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de
trabalhos. 4.ed.Curitiba, 1994.v.3: Relatórios.
8. Próximas atividades de Pesquisa:
Seminário para compreensão do Projeto de Pesquisa-formação. Que de um modo geral,
compreende estudos relativos à produção de dados, análises e escrita de relatórios
referentes às histórias de vida de estudantes universitários de origem popular e suas
implicações curriculares, formativas, dando ênfase aos aspectos concernentes às políticas
afirmativas e aos estudos sobre diversidade, etnicidade, ao acesso, permanência, póspermanência no ensino superior, relacionado ao trabalho, emprego, renda e ao
desenvolvimento regional.
9. Apontamentos Bibliográficos
ARDOINO, Jacques. Abordagem multirreferencial (plural) das situações educativas e formativas. In:
BARBOSA, J. G. (Org.). Multirreferencialidade nas ciências e na educação. São Carlos: EdUFSCar,
1998. Cap.2, p.23-34.
AZEVEDO, Eliane. Raça conceito e preconceito. São Paulo. Ed. Ática, 1997.
BHABHA, Homi K. “Novas ordens, novas teorias? O local da cultura”. Belo Horizonte, Editora da
UFMG, 1998.
BORGES, Edson; MEDEIROS; Carlos Alberto; d´ADESKY, Jacques. Racismo preconceito e
intolerância. (Orgs.) São Paulo: Atual, 2002. 31 p.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 23 de dez. de1996.
pp.27833-27841.
BUENO, Belmira Oliveira, Pesquisa em colaboração na formação contínua de professores. In:
BUENO, Belmira O., CATANI, Denice e SOUSA, Cynthia (orgs.). A vida e o ofício dos professores:
formação contínua, autobiografia e pesquisa em colaboração. 2a. ed. São Paulo: Escrituras, 2000. p.
7/20.
CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Discursos e práticas racistas na Educação infantil: a produção da
submissão social e do fracasso escolar. In: Educação, racismo e anti-racismo. Programa a cor da
Bahia, coleção Novos Toques, Salvador, 2000. 195 – 219 p.
CIVILETTI, Maria. O cuidado às crianças pequenas no Brasil escravista. Caderno de Pesquisa, São
Paulo FCC n.79, p. 31- 40,1991.
COLLARES, C. A. Lima; MOYSÉS, M. A. Affonso; GERALDI, J. Wanderley. Educação continuada: a
política da descontinuidade. Educação e Sociedade: formação de profissionais da educação:
políticas e tendências, Campinas,: n.68,1999.
COLLEGE, M. E. e KING J. E. Usando o Pensamento Africano e o Conhecimento Nativo da
Comunidade. In: GOMES, N. L. e SILVA, P. B. G. (Org.). Experiências Étnico-culturais para a Formação
de Professores. Minas Gerais: Autêntica, 2002.
COSTA, Marisa Vorraber. Novos olhares na pesquisa em educação. In: COSTA, Marisa Vorraber
(org.). Caminhos Investigativos: novos olhares na pesquisa em educação. 2a. ed. Rio de Janeiro:
DP&A, 2002
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o Encontro de especialistas em aspectos da discriminação
racial Relativos ao Gênero. Revistas de Estudos Feministas. Rio de Janeiro, vol 10, n.1 Jan, p.171188, 2002.
CUNHA JR., Henrique. “As estratégias de combate ao racismo”. Texto apresentado no Seminário
Nacional, Universidade de São Paulo- USP/SP, 1995.
CUNHA JR., Henrique. Afrodescendência pluralismo e educação. São Paulo. Revista Pátio, São Paulo
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D‟ADESKY, Jacques. Pluralismo étnico e multiculturalismo: Racismos e Anti-racismos no Brasil. Rio
de Janeiro: Pallas, 2001.
D‟ADESKY, Jacques..Anti Racismo: Liberdade e Reconhecimento. Rio de Janeiro: Daudt, 2006
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classe. São Paulo: Dominus, 1965.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia
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GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no
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Educação, Coleção Educação para todos. Brasília. 2005. 39-62 p.
GUIMARAES, Antonio Sérgio. Racismo e Anti-Racismo no Brasil . 2ª Ed. Revista. São Paulo:
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HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-modernidade. 10. ed. Rio de Janeiro:DP&A, 2005.
HASENBALG, Carlos Alfredo; SILVA, Nelson Valle. Educação e Diferenças Raciais na Mobilidade
Ocupacional no Brasil. In: HASENBALG, Carlos Alfredo & Silva, Nelson Valle e LIMA, Márcia (Org.).
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HENRIQUES, Ricardo. Raça e Gênero nos sistemas de ensino: os limites das políticas universalistas
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MACEDO, Roberto Sidnei. Etnopesquisa crítica, etnopesquisa-formação. Brasília: Líber Livro Editora,
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MEDEIROS,Carlos Alberto.Na lei e na raça: legislação e relações raciais, Brasil - Estados Unidos.Rio
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OXÓSSI, Mãe Stella de e VIANA, Juvany / PRETTO, Nelson De Luca e SERPA, Luiz Felippe Perret
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Diretrizes Curriculares para a Inclusão da História e Cultura Afro-brasileira e Africana no Sistema
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SCHWARCZ, Lilia Motriz. Raça como negociação. Sobre teorias raciais em finais do século XIX no
Brasil. In: FONSECA, Maria Nazaré soares (Org.). Brasil afro-brasileiro. Belo Horizonte: Autêntica,
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SILVA, Maria Aparecida Cidinha da. Ações Afirmativas para crianças negras: da pré-escola ao
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SILVA, Tomaz Tadeu da. Documento de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo
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SIQUEIRA. M. L. Intelectualidade Negra e Pesquisa Científica. Salvador: Edufba, 2006
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TELLES, Edward. Racismo à brasileira: uma nova perspectiva sociológica. Rio de. Janeiro: RelumeDumará: Fundação Ford, 2003.
TEODORO, Maria de Lurdes. Elementos Básicos das Políticas de Combate ao Racismo Brasileiro. In:
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Edusp/Estação Ciências, 1996. 95-111 p.
WADE, Peter. Race and ethnicity in Latin América. London-Chicago-Illinois, Ed. Pluto Press, 1997
2. TEXTO AUTOBIOGRÁFICO MARCOS, MARCAS E SITUAÇÕES SIGNIFICATIVAS
Chamo-me Aline Santos dos Santos, tenho 20 anos de idade, negra, tenho um irmão que se chama
Rodrigo Morais Santos com 17 anos e os meus pais se chamam Aneliça Morais Santos com 45 anos
e Roque Gonçalves dos Santos com 45 anos de idade. Sou natural de Valença-BA e moro com os
meus pais.
Na minha infância morei na periferia no Bairro do Jambeiro em Valença-BA com minha família, eu
e meu irmão passamos à maior parti da nossa infância com um casal de vizinho que também tinham
filhos, o motivo da distância dos meus pais era o trabalho, na época eles eram camelos viviam
viajando e às vezes só nos viam de quinze em quinze dias. Aos cinco anos de idade comecei a
estudar em uma escolinha próxima ao bairro onde morava, no começo foi difícil como qualquer
outra iniciação acadêmica, pois, eu era muito tímida. Esse momento de escolinha foi muito
importante para mim devido ao fato de conviver com crianças da minha faixa etária, as professoras
que na época chamávamos de tia eram carinhosas conosco e a diretora também, sempre nas sextasfeiras assistíamos a filmes infantis em vídeo cassete era bem divertido, porém a falta dos meus pais
persistia, quem me buscava na escola era as filhas do casal com quem eu e meu irmão passava à
maior parti do tempo. O período da escolinha foi maravilhoso, pois fiz amizades que tenho até hoje.
Aos sete anos de idade meus pais passaram a viajar com menor freqüência devido ao cansaço e a
falta da presença dos dois comigo e com meu irmão, ficávamos um mês inteiro juntos, nesse
período meus pais ficaram trabalhando na cidade de Valença e nas cidades da região. Comecei a
freqüentar a catequese do bairro e participar do coral da igreja de Nossa Senhora de Guadalupe
passei momentos maravilhosos, pois nesse decorrer em contato com a igreja tive interação com
outras comunidades e outros grupos de jovens onde tive a oportunidade de conhecer outras pessoas
e participar de um grupo de dança da igreja que infelizmente o grupo não durou muito tempo. Com
nove anos de idade estudei no Colégio Estadual Conselheiro Zacarias, o colégio era grande e com
um estilo de Casarão antigo, todas as segundas-feiras antes de começar as aulas todos tinham que se
reunir na frente do colégio e cantar o hino nacional do Brasil e o da cidade, todos que passavam na
rua paravam para olhar e cantar também. Esse tempo de primeira a quarta série foi muito
aproveitoso tanto no âmbito escolar como na família, pois na escola aprendi diversas brincadeiras
com os colegas e os assuntos acadêmicos principalmente por ser uma época de descobertas como,
por exemplo, a primeira menstruação e a sentir sentimentos pelo o sexo oposto, tive mais contato
com minha família com a presença da minha avó que morava na zona rural e passou a morar na
cidade, com isso eu e meu irmão passamos a ficar sobre os cuidados dela e da minha tia mais nova
irmã da minha mãe, com as viagens dos meus pais passei a dormir na casa da minha avó até os
meus treze para quartoze anos, aprendi muitas histórias com ela como por exemplo cantigas de
roda, rezas e brincadeiras. Nessa ocasião eu dava aula de catequese e era líder do coral da igreja. Da
quinta até oitava série houve vários acontecimentos importantes como, por exemplo: Nessa ocasião
já adolescente estudava no colégio Estadual João Leonardo da Silva, gostava de estudar e fazer
trabalhos escolares em equipe, na escola todo ano tinha gincana, evento que interagiam todas as
séries da escola com jogos esportivos, ação comunitária como arrecadar alimentos para famílias de
baixa renda etc. foi nessa escola que eu tive o incentivo da leitura por uma professora e escritora da
cidade Rosângela Góes, ela leu a metade de um dos contos do livro: Contos de Aprendiz do escritor
Carlos Drummond de Andrade e depois falou se alguém estivesse curioso para saber o final da
história, que pegasse o livro para ler, como eu era e sou muito curiosa no mesmo dia pedi a minha
professora de Português para me emprestar o livro, pois na época não tinha biblioteca na escola e
ela me emprestou eu li todos os contos e gostei muito, ganhei o livro da professora e o tenho até
hoje. Aparte daí comecei a ler livros sobre diversos temas principalmente quando eu passei para o
ensino médio onde na escola tinha biblioteca, nas férias da escola sempre ficava com os meus pais
ajudando-os na fera ou ia para a zona rural onde meus tios moram, quando meus pais viajavam para
cidades circo vizinhas da região eu ia com eles ajudava na venda de roupas e ao mesmo tempo
conhecia a cidade e um pouco da cultura do local, passávamos três a quatro noites em uma
determinada cidade, por exemplo, a cidade de Ituberá na época de festa do padroeiro da cidade
dormiamos em cima da barraca tomava banho em banheiro de lanchonete e ao mesmo tempo em
que era cansativo era também divertido, pois meus pais conheciam quase todas as pessoas que
também trabalhavam de camelô que estavam ao lado da barraca e sempre conversávamos e eu
perguntava muito sobre a cidade da pessoa, se era bonita, se tinha praças, se era longe de Valença,
etc.
Meus pais gostam muito de roça e temos muitos parentes na zona rural, então quando tinha reza na
casa de algum tio, ou bingo na casa de amigos deles a gente ia e eram momentos de muito
aprendizado, eu achava muito estranho o jeito de como era realizado o ritual de oferenda de um
santo, por exemplo, depois eu perguntava o porquê de rezar para um santo, oferecer caruru, sambar,
porque o cabloco encosta quando samba, esse contato com o diferente contribuíram muito para a
construção do que eu sou hoje, toda criança e adolescente deveria ter uma aproximação de saber o
que é candomblé, umbanda ,etc. porque isso contribui para diminuir o preconceito tanto de religiões
de matrizes africanas quanto as religiões árabes e assim por diante.
Apesar da ausência dos meus pais na minha infância e parte da adolescência eles sempre tiveram
total confiança em mim, desde pequena eles me contam como foi a infância e a adolescência deles,
sem estudo e só a base do trabalho, mais eu e meu irmão viam o quanto eles trabalhavam e
trabalham para nos manter e temos os dois como pais, amigos e exemplo de vida.
Quando iniciei o ensino médio me mudei do bairro do Jambeiro para o Bairro da Bolívia por conta
da distância do trabalho dos meus pais devido também ao grande número de ladeira e a violência
que era algo constante. Estudei o ensino médio no (COESVA) Colégio Estadual de Valença, onde
fiz novas amizades, organizei a gincana da minha sala onde eu era líder, participava sempre de
grupo de dança quando tinha encerramento de algum projeto na escola, participava de quadrilha
junina do colégio, no segundo ano do ensino médio tinha sempre palestra sobre educação sexual,
higiene bucal, quando estava no período das eleições os políticos iam sempre mostrar suas
propostas e a escola tinha uma área grande com sala de multimídia para assistir filmes, sala de
informática e uma biblioteca maravilhosa. Na época de ensino médio fiz curso de informática e um
de secretariado pago com grande esforço dos meus pais, apareceram alguns trabalhos como
estagiaria secretaria de advogado, porém a ultima pessoa que tinha trabalhado disse que estava, mas
para estágio escravo, então minha mãe não deixou. No terceiro ano depois do São João comecei a
colocar currículo nas lojas, e sempre nas datas festivas eu trabalhava com minha mãe. Ao sair do
ensino médio minha mãe sempre falava que eu tinha que fazer uma faculdade para ter oportunidade
de um emprego melhor que o dela. Em dezembro mês em que as lojas começam a contratar pessoas
novas eu fiquei super esperançosa para ser chamada, porém não me chamaram e minhas colegas
com quem eu andava junta foram trabalhar em uma das lojas, tudo bem, trabalhei com minha mãe,
aí conversei com alguns colega para estudarmos nos finas de semana para o Enem e vestibulares,
sempre que eu ficava em casa estudava e também nos finas de semana, pedia dicas a colegas que
passaram em vestibular e boas notas no Enem. Passei 2009 estudando e colocando currículos em
casas comercias, fiquei um mês fazendo planfetagem para uma escola de idiomas e fui uma semana
em um consultório veterinário para aprender a da banho e tosa em cachorros, não fiquei tinha medo
dos cachorros apesar de que eu tinha um e tenho até hoje. Foi uma fase difícil para mim tudo o que
eu queria eu corria atrás, porém não conseguia e minha mãe sempre falava para mim que as coisas
acontecem no tempo certo e ter paciência era muito importante para ter o que se deseja. No final de
2009 fiz o Enem, a UNEB e a UFBA. Na UNEB não passei só fui selecionada para as outras
chamadas coloquei o curso para administração e direito, na UFBA coloquei para biologia passei na
primeira fase fiquei super feliz, porém na segunda não passei então veio à nota do Enem, como eu
pesquisava muito lia sempre sobre os diversos cursos de que eu gostava e biologia era um deles,
porém a cidade mais perto era em Cruz das Almas coloquei a minha nota e não passei na primeira
lista, lá para terceira lista eu fui aprovada em Biologia licenciatura na Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia. Não tinha onde ficar em Cruz das Almas só em Santo Antonio de Jesus casa
da minha tia e no momento meus pais estava sem condições de alugar um lugar para eu ficar devido
às despesas de alimentação, a saúde do meu pai não ia bem devido ao diabete e hipertensão, então
fui morar com minha tia enquanto não abria as inscrições para a residência da universidade. Em
Santo Antonio de Jesus eu ia de topique para a universidade era muito cansativo e principalmente o
curso era a noite chegava sempre atrasada na sala e quando ia para casa ficava exalta por conta da
viagem. A casa da minha tia não era um ambiente adequado para estudar, lá era um bar e moravam
cinco pessoas minha tia e meus primos e um dos filhos dela tinha problema de cabeça, assim que
abriram as inscrições da Propaae eu fui me escrever, porém nem cheguei a me escrever devido à
confusão que estava enfim depois de tanto desgaste esperando para entregar os documentos desistir,
sempre que eu ia tinha que voltar para Santo Antônio de Jesus porque faltava algum documento ai
eu não agüentei, pensei em até desistir da universidade, então vinha o meu porto seguro que era
Deus e minha mãe que sempre me dava forças para continuar.O período do meu primeiro semestre
foi bastante complicado, era um momento de muitas coisas novas, de inicio não conhecia ninguém
sempre quando entrava na sala me dava um frio na barriga, sentia muita saudades dos meus pais, do
meu irmão e amigos, chorava bastante meus primos sempre falavam que eu não iria ficar na
universidade devido a distância dos meus pais. No segundo semestre conhece cinco meninas que
moravam em casa alugada e precisava de outra para dividi as despesas falei com os meus pais e eles
concordaram porque não dava mais para ficar com minha tia atrapalhava muito os meus estudos,
apertando o orçamento da minha família eu fui morar em Cruz das Almas. Morando em Cruz tive
mais contato com meus colegas e fiquei mais próxima da universidade. Comecei a fazer parti do
projeto Utilixo nas escolas públicas de Cruz das Almas com a orientadora Girlene que foi minha
professora no primeiro semestre atuando como voluntária sem bolsa e tentei novamente o auxílio da
Propaae pedi o auxilio pecuniário não passei aí tentei o Pet conexões do saber e fui selecionada,
depois de tantas tentativas conseguir uma bolsa que irá ajudar nas minhas despesas como aluguel,
alimentação, assim ajudando os meus pais com os gastos.
Ao ler sobre o programa Pet conexões dos saberes fiquei muito feliz com o objetivo de interagir
com outras comunidades acadêmicas e comunidades populares, que proporciona trocar experiências
e conhecer outras culturas.
No segundo semestre tive a matéria Anatomia Humana Básica com o professor Gabriel Ribeiro, foi
a disciplina que eu mais me identifiquei, gostava muito de saber as funcionalidades de cada órgão e
ficava fascinada com as “peças da máquina do nosso corpo”, então eu e duas colegas pedimos para
ele participar de algum projeto que ele tenha sobre Anatomia Humana, então ele nos deu uma cópia
de um projeto que ele escreveu com os alunos anteriores sobre obesidade infantil, para a gente ter
como base e escrever no período das férias o projeto sobre cronobiologia, eu e minha colega
estamos escrevendo e iremos entrar em contato com ele.
Pretendo concluir o curso de biologia licenciatura atuar como pesquisadora e professora na área,
fazer um mestrado, dependendo dos resultados fazer outra graduação na área de saúde e não parar
de estudar, com isso ajudar os meus pais financeiramente proporcionando bem estar para a minha
família, pois se não fosse o apoio deles em todos os sentidos eu não estaria em uma universidade.
Pretendo também elaborar projetos sociais com crianças e adolescentes carentes sobre o meio
ambiente, educação sexual, etc.
Aqui na região principalmente em Valença as oportunidades de emprego são escassas, geralmente
no comercio para conseguir um trabalho é por meio de alguém influente e quando tem alguma vaga
de trabalho impossibilita a pessoa de fazer algum curso, faltam políticas públicas voltadas para os
jovens, a maioria quando termina o ensino médio e as vezes nem termina vão embora para as ilhas
do Rio de Janeiro ou São Paulo e com isso um vai levando o outro. Sempre na época de eleições os
políticos visam melhorar a vida dos jovens da cidade, com cursos gratuitos e oportunidade de
emprego, porém não passa de apenas palavras, pois são anos de promessas e nada é feito, também
as pessoas não se unem para exigir o que é seu por direito acabam deixando a cidade em busca de
algo melhor.
Resumo da minha história de vida
Aline Santos dos Santos
Negra, nasceu em Valença-Ba, graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia (2010.1), sempre estudou em escola pública, passou parte da infância e
adolescência longe dos pais devido ao trabalho deles, Fez parte de um coral da igreja de Nossa
Senhora de Guadalupe, foi professora de catequese, participou de um grupo de dança vinculado à
igreja católico por um curto período, na escolinha e na escola Estadual Conselheiro Zacarias fez
amizades que tem até hoje, no Colégio Estadual João Leonardo da Silva participou de gincanas
evento que unia todas as séries com brincadeiras educativas, arrecadação de Alimentos para as
famílias da região do Mangue Seco com altos índices de pobreza, foi nessa escola que teve contato
com um livro de literatura do escritor Carlos Drumonnd de Andrade aparte da leitura de um dos
contos do Livro: Contos de Aprendiz pela professora e escritora Rosângela Góes. Iniciou o ensino
médio no ano de 2006, no (COESVA) Colégio Estadual de Valença onde sempre fez parte de
atividades ligada a dança, freqüentemente pegava livros e revistas de literatura e demais tema para
leitura na biblioteca da escola, participava de palestras realizadas pela a escola, eventos também
fora da escola como feira de saúde, levando informações para a comunidade, projetos nos dias de
sábado sobre educação sexual, violência, drogas, etc. Nesse período fez cursos de informática e um
de secretariado com grande esforço dos seus pais, no final de 2008 terminou o ensino médio,
colocou currículos em várias lojas comercias em Valença, não conseguiu trabalho, sempre trabalhou
com a mãe na feira livre de Valença vendendo roupa, em 2009 fez grupo de estudo com colegas
para prestar o Enem e vestibular, fez UFBA, UNEB e o ENEM, não teve êxito nos vestibulares da
UFBA e UNEB, no inicio de 2010 colocou a nota do Enem para o curso de Biologia licenciatura na
cidade de Cruz das Almas na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, sendo aprovada na
terceira chamada, foi morar em Santo Antônio de Jesus na casa da tia onde era um bar, ambiente
inadequado para estudo, tentou inscrição para residência na PROPAAE não conseguiu, devido às
dificuldades do ambiente onde morava e longe da universidade foi morar em Cruz das Almas em
uma casa alugada com cinco meninas dividindo as despesas como aluguel, alimentação, etc. No
segundo semestre iniciou um projeto como voluntária nas escolas públicas de Cruz das Almas,
projeto UTILIXO como orientadora Prof. Dra. Girlene Santos de Souza, esse projeto trouxe uma
experiência muito significativa, mostrando aos estudantes a importância de cuidar da natureza, as
sérias conseqüências do lixo e a interação com a turma foi maravilhosa, pois todos aprendiam
juntos. Atualmente estar escrevendo um projeto de Cronobiologia com duas colegas e como
orientador Professor Mestre, Gabriel Ribeiro e no mês de Novembro de 2010 foi selecionada para o
programa Pet conexões dos Saberes, o objetivo do programa chamou-lhe muito atenção por conta
das experiências de alunos anteriores de conhecer a historia de comunidades populares e
comunidades acadêmicas através do diálogo proporcionando conhecimento de outras culturas.
Imail: [email protected]
Tel: 75 8103-6151
Aline Santos dos Santos
Curriculum Vitae
Agosto/2011
Aline Santos dos Santos
Curriculum Vitae
____________________________________________________________________________
__________
Dados Pessoais
Nome
Aline Santos dos Santos
Nome em citações bibliográficas
SANTOS, A. S.
Sexo
feminino
Filiação
Roque Gonçalves dos Santos e Amelica Morais Santos
Nascimento 30/11/1990 - valença/BA - Brasil
Carteira de Identidade
1470278880 SSP - BA - 25/10/2005
CPF
03818327599
Endereço residencial
Rua José Henrique Andrade
Ana Lúcia - Cruz das Almas
44380-000, BA - Brasil
Telefone: 075 81036151
Endereço profissional
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de
ciencias agrarias, ambientais e biologicas
RUA RUI BARBOSA S/N SEDE DA UFRB CENTRO
Ana Lúcia - Cruz das Almas
44380-000, BA - Brasil
Telefone: 075 36212350
Endereço eletrônico
e-mail para contato : [email protected]
____________________________________________________________________________
__________
Formação Acadêmica/Titulação
2010
Graduação em Biologia.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz Das Almas,
Brasil
____________________________________________________________________________
__________
Formação complementar
2011 - 2011
Curso de curta duração em Florística da Mata Atlântica.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz Das Almas,
Brasil
2011 - 2011
Curso de curta duração em Polinização Dirigida com Abelhas.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz Das Almas,
Brasil
2010 - 2010
Curso de curta duração em Moléculas e Mediadores Químicos de sinais.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz Das Almas,
Brasil
2010 - 2010
Curso de curta duração em Decodificação Biológica das Patologias.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz Das Almas,
Brasil
2010 - 2010
Extensão universitária em Educação Ambiental Crítica.
Instituto de Gestão das Águas e Clima, INGÁ, Salvador, Brasil
2010 - 2010
Curso de curta duração em Métodos de Estudos em Histologia Vegetal.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz Das Almas,
Brasil
2010 - 2010
Curso de curta duração em Primeira semana de biologia da UFRB.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz Das Almas,
Brasil
2010 - 2010
Curso de curta duração em Serpentes e ofidismo.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz Das Almas,
Brasil
2008 - 2008
Curso de curta duração em Técnicas de Venda, Atendente de Clinicas.
Dinâmica Cursos, DC, Brasil
2006 - 2006
Básico de operação e digitação em computadores.
Info World, INFOR WORLD, Brasil
2006 - 2006
Avançado de operação e digitação em computadores.
Info World, INFOR WORLD, Brasil
____________________________________________________________________________
__________
Atuação profissional
1.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB
__________________________________________________________________
__________
Vínculo institucional
2010 - 2011
Vínculo: Colaborador , Enquadramento funcional: Estudante
em Graduação em Biologia , Carga horária: 20
__________________________________________________________________
__________
Atividades
2010 - 2011
Projetos de pesquisa, Centro de ciencias agrarias, ambientais e
biologicas
Participação em projetos:
Projeto Utilixo: Uma Experiência de Educação Ambiental nas Escolas Públicas
Municipais de Cruz das Almas
____________________________________________________________________________
__________
Projetos
2010 - 2011
Projeto Utilixo: Uma Experiência de Educação Ambiental nas Escolas
Públicas Municipais de Cruz das Almas
Descrição: Descrição: Este trabalho será conduzido com o objetivo de colaborar para a
melhoria da qualidade de vida do povo de Cruz das Almas; promover, por meio de ensino
formal a conscientização sobre os problemas ambientais em nossa sociedade, em especial,
sobre o lixo, seu destino e possíveis formas de reaproveitamento; utilizar a temática lixo em
sala de aula dos diferentes componentes curriculares; organizar campanhas comunitárias de
redução, reciclagem e reutilização de lixo nas escolas; difundir a idéia sustentável de que o lixo
é fonte de renda e economia da natureza; separar os materiais cujo destino é o lixo e
reaproveitá-los em aulas de ciências, artes dentre outras, visando melhorar as relações entre
sociedade e ambiente. O período de vivência terá duração de 180 dias (agosto/2010 a
julho/2011), dividido em quatro momentos: I Estudo dos estabelecimentos de ensino objeto de
estudo; II visita in loco aos estabelecimentos de ensino; III - Vivência em sala de aula e IV elaboração e divulgação de jornais, folder e cartilha informativa. O projeto gestão do lixo uma
experiência de educação ambiental trará resultados satisfatórios atendendo a todas as
expectativas. As cartilhas e jornais elaborados contribuirão para a formação de um cidadão
consciente e critico dos problemas causados pela má gestão do lixo. A realização desse
trabalho se pauta em estudos bibliográficos e qualitativos sobre a educação ambiental e
reciclagem do lixo através de projetos interdisciplinares.. Situação: Em andamento; Natureza:
Extensão. Alunos envolvidos: Graduação ( 2) . Integrantes: Girlene Santos de Souza Coordenador / Anacleto Ranulfo dos Santos - Integrante / Viviane Borges Dias - Integrante /
Poliana Brandão Machado - Integrante / Djane dos Reis Ferreira - Integrante.Financiador(es):
Prefeitura Municipal de Cruz das Almas - Cooperação / Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia - Cooperação..
Situação: Em Andamento Natureza: Extensão
Alunos envolvidos: Graduação (3); Doutorado (3);
Integrantes: Aline Santos dos Santos; Ferreira, D. R.; Machado, P. B.; Souza, G. S
(Responsável); Dias, V. B; Santos, A. R.
Financiador(es):
Produção em C, T& A
Eventos
Participação em eventos
1. Encontro Nacional dos Estudantes de Biologia, 2011. (Encontro)
.
2. Dia Nacional da Mata Atlântica no ano Internacional das florestas, 2011. (Encontro)
.
3. Apresentação Oral no(a) Seminário: Jovem no Cenário das Políticas Públicas com
Perspectiva de Desenvolvimento Profissional, 2008. (Seminário)
O Jovem no Cenário das Políticas Públicas com Perspectiva de Desenvolvimento Profissional.
Organização de evento
1. SANTOS, A. S.
Reunião regional da SBPC no Recôncavo da Bahia, 2010. (Congresso, Organização de
evento)
Referências adicionais : Brasil/Português. Meio de divulgação: Outro
Monitor da SBPC Mirim durante a Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia / Quarto Seminário de Pesquisa
do Recôncavo da Bahia / Quarto Seminário Estudantil de Pesquisa da UFRB/ quarto Seminário da Pós - Graduação da
UFRB / Quarta Jornada Científica da Embrapa promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Campus de Cruz das Almas, no período de 14 a 17 de setembro de
2010.
______________________________________________________________________________________
Totais de produção
Eventos
Participações em eventos
(seminário)......................................................
Participações em eventos
(encontro).......................................................
Organização de evento
(congresso).........................................................
1
2
1
4.Cronogramas das atividades Dez/Mar.
Períodos 2010/2011
Atividades
1. Leitura dos fragmentos e textos postados abaixo.
2. Reescrita de seu texto autobiográfico abordando sua
trajetória de vida e formação pessoal, escolar/acadêmica, o
acesso, a permanência e a perspectiva de pós-permanência
no ensino superior, a questão do trabalho, emprego e renda
associado ao desenvolvimento regional.
3. Destacar marcos, marcas e situações significativas nesse
texto. Situar, contextualizar esses marcos (onde?, como?,
quando?, quem?, por que?)
Dez/Jan/Fev
Até
Até Até
16/02/2011 23
28
x
x
x
Março
Até
21
4. Estabelecer uma relação desses marcos significativos de
sua história de vida com a formação de sua identidade.
Produzir um resumo. Veja os exemplo em “Quem somos!”
x
5. Enviar essas primeiras produções individuais.
x
6. Fazer e/ou atualizar os Currículos Lattes.
x
5. Dias / horas disponíveis para atividades do PET com o grupo.
Segunda - feira
16:00h ás 18:00h
Sábado
13:00h ás15:00h
2. 6_ CONHECIMENTOS PRÉVIOS SOBRE OS ENFOQUES DA
PESQUISA.
Pesquisa autobiográfica – A pessoa narra à história da sua vida, que consiste na
narração da experiência vivida do indivíduo. A autobiografia pode ter diferentes
formatos, tais como: as memórias, diários, e dentre outras formas.
Etnografia – Sua origem é da Antropologia Social, tem como objetivo entender uma
cultura não familiar, conhecendo suas práticas, técnicas e passando isso para outras
pessoas.
Multirreferencialidade – Uma construção menos redutiva da realidade, pois esta exige
muitas referencias de leitura.
Multiculturalismo – Várias culturas em determinada região, separadas
geograficamente, cada uma com suas particularidades como crenças, dança, culinária
etc.
Complexidade – Estudo de um determinado sistema com características especial com
ênfase no comportamento do mundo real.
Territorialidade – Um espaço onde se expressa determinada lei, cultura com limitação
para que outros povos também obtenham o seu.
Identidade – Características próprias e exclusivas adiquiridas com as experiências de
vida.
Educação das relações étnico-raciais – Devido as baixos índices de alfabetização e
escolaridade por conta do racismo, várias escolas encontram-se com projetos para
diminuir essa evasão escolar com apresentação de diversas culturas, e a Lei 10.639 de
nove de janeiro de 2003 que altera a LDB “para incluir no currículo oficial da Rede de
Ensino “a obrigatoriedade da temática História e Cultura afro-brasileira”. Com o intuito
de viabilizar a implementação da lei, são elaboradas as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o ensino de História e
cultura afro-brasileira e africana, aprovada pelo Conselho Nacional de educação em 10
de março de 2004. E além de planos do governo como cotas nas universidades para
negros, índios, etc
Política de acesso, permanência e pós-permanência – A política de acesso a
universidade possibilita aos estudantes uma vaga no ensino superior através das cotas e
faculdades particulares com o Prouni. As políticas de permanência têm o auxílio de
bolsa que os estudantes recebem para e os discentes fazem atividades de pesquisa
relacionadas a cultura afro- brasileira e dentre outras, e também interagem com outros
grupos relacionados aos programas de acesso, permanência e pós-permanencia.
Exemplo de políticas de acesso é o PET, Pete conexões de Saberes que proporciona
troca de informações de diversas culturas, conhecimento regional, interação com outros
grupos, tal programa é de extrema importância para os discentes ter uma visão global de
universidade e saber conviver com as diferenças.
Currículo - Documento onde é registrado as atividades acadêmicas e atividades extras
como: minicursos, membro de organizador de eventos, participação em palestras,
apresentação de trabalhos em congressos, etc.
Formação – Indivíduo com formação em áreas a fins, como: Formado em Biologia, em
Engenharia, etc.
Egresso – Entendo egresso como um indivíduo que se formou em um ensino médio ou
superior com o seu certificado ou diploma e o que ele trouxe para a sociedade do seu
curso com ênfase na sua profissionalidade.
Profissionalidade – Capacidade de exercer uma profissão.
Desenvolvimento Regional – Crescimento de uma região na área de educação,
emprego, produção de alimentos ou produtos de diversos gêneros e uma região com boa
infra-estrutura que atenda as necessidades da população.
Português Instrumental e Redação
Em português instrumental sinto um pouco de dificuldade de fazer um artigo, resumo
etc. Devido a várias redações que eu fiz para o vestibular sinto- me bem, porém
aperfeiçoar as práticas de redação é bom para fazer provas de concursos.
Idioma Estrangeiro Instrumental
Não tenho curso de idiomas estrangeiro, leio pouco espanhol e não escrevo e nem leio
inglês.
Metodologia da Pesquisa Científica:
Consiste no desenvolvimento de uma leitura crítica, levantamento e formulação de
problemas, coleta de dados para responder a questionários, analisar e interpretar e
comunicar resultados sempre com objetivo final de produção de conhecimento.
Políticas Afirmativas
Elas visam oferecer aos grupos discriminados e excluídos um tratamento diferenciado
para compensar as desvantagens devidas à sua situação de vítimas do racismo e de
outras formas de discriminação.
Cenários socioeconômicos, produtivos e profissionais das regiões do Recôncavo e
do Vale do Jiquiriçá  Vale do Jiquiriçá:
O setor rural do Vale do Jiquiriçá apresenta uma agricultura frágil e pouco
capitalizada e uma pecuária, sobretudo bovina e para corte, demandante de
pequeno contingente de mão-de-obra, em quase nada relacionada com as cadeias
produtivas da carne, do leite e do couro. A agroindústria, contrastando com as
potencialidades da região, é ainda incipiente.
Com o objetivo de promover o desenvolvimento setorial de agronegócios
nos Municípios da região, o Consórcio elaborou um plano específico, reunindo as
propostas economicamente mais viáveis dentre as várias alternativas que a bacia
oferece. Foram selecionadas sete cadeias produtivas prioritárias: fruticultura,
olericultura, mandiocultura, floricultura, cana de açúcar, apicultura, leite e
derivados. A figura 5 do Anexo 2 indica como estas cadeias produtivas se distribuem
nos Municípios da Bacia do Jiquiriçá.
Tendo em vista a produção atual de cítricos, do tomate e das hortaliças na
Bacia do Jiquiriçá, a fruticultura e a olericultura são consideradas as mais
expressivas possibilidades para o desenvolvimento da bacia, tanto na
comercialização dos produtos in natura como no processamento industrial, nos
ramos de bebidas e alimentos. A produção da mandioca já está presente em quase
todos os Municípios da bacia e é proposto o lançamento de um projeto de
31
2- Processo de Implantação da Prática
industrialização da farinha e outros derivados, com elevado padrão de qualidade
que assegure sua comercialização em escala nacional.
A floricultura já é bem desenvolvida em alguns Municípios, com uma
Associação Regional de Floricultores razoavelmente eficiente nos Municípios de
Mutuípe, Ubaíra e Brejões. Falta um projeto de porte que garanta financiamento ao
pequeno produtor. Maracás tem sido um bom exemplo na produção de flores com o
incentivo dado pela Prefeitura, através da doação de sementes e mudas, adubo químico
e orgânico, assistência comercial e técnica, cestas básicas (durante três meses até que as
famílias possam comercializar sua produção).
A cana de açúcar, apesar de ter uma produção pequena na bacia, merece
apoio com assistência técnica adequada, por estar relacionada a processos
produtivos alternativos da forragem para o animal, da rapadura, do açúcar mascavo e da
aguardente de cana, além, é claro, do açúcar e do álcool.
Os projetos de apicultura estão associados aos de recomposição de mata
ciliar. Com relação à cadeia produtiva do leite e seus derivados, essa é uma boa
oportunidade de investimento considerando que a produção atual do leite, ainda
realizada sem maiores recursos tecnológicos, ocupa um bom lugar entre os
Municípios do Estado da Bahia.
Investir neste projeto significa consolidar o processo de desenvolvimento
integrado e sustentável na região, fortalecer a organização e a cooperação dos
empreendedores locais das cadeias produtivas selecionadas e aumentar a
comercialização dos produtos com a melhoria da qualidade de vida dos produtores
rurais.
Recôncavo da Bahia:
A economia do Recôncavo, que esteve fundamentalmente vinculada à lavoura
açucareira desde o período colonial, sofreu grandes oscilações em seus quatro séculos
de existência. No início a cultura da cana-de-açúcar era próspera e gera grandes lucros
aos exportadores, pois contava com preços compensadores, proteção e estímulos
governamentais, liberdade de produção e facilidade de transporte. Nos terrenos
impróprios à cana-de-açúcar, foi implantada a cultura do fumo que despontava como
segunda alternativa de cultivo econômico, e ao lado destas lavouras desenvolveram-se
culturas de subsistência, especialmente a mandioca, como base importante da
alimentação dos povos da região.
Outra cultura de destaque no ciclo de desenvolvimento do Recôncavo foi o algodão
que também foi um dos produtos de exportação nos meados do século XVI sendo que
sua produção jamais se igualou a da cana-de-açúcar por causa das contingências do
mercado internacional (REZENDE, 2004). No século XVIII a cultura do café foi
introduzida a partir de Maragogipe
as partes mais altas do Recôncavo Sul, cultivada em sub-bosque sendo determinante
para as partes mais altas do Recôncavo Sul, cultivada em sub-bosque sendo
determinante para a ocupação de Amargosa e nos municípios vizinhos do vale do
Jiquiriça. Com o declínio da cultura Costeiros, com ênfase aos municípios de Cruz das
Almas até Santo Antonio de Jesus. Porém, como os demais ciclos de cultivos, a
citricultura entrou em declínio nas últimas décadas, com significativa redução na área
plantada e na produtividade dos pomares, gerando instabilidade econômica e
desconfiança dos produtores pela continuidade dessa atividade.
Dessa forma, a vegetação original de quase toda a região foi no decorrer dos anos,
sendo paulatinamente substituída pelas atividades econômicas, cedendo espaço para a
cana, fumo, exploração de madeira, café, citricultura, cacauicultura, o dendê e as
culturas de subsistência. A expansão da pecuária é posterior aos ciclos de exploração
iniciais a exceção dos municípios próximos a Castro Alves, onde não havia proibição
para criação de gado.
Referências:
Disponível em: http://www.ufpa.br/beiradorio/novo/index.php/2009/3-edicao72/27-egresso-e-universidade
Acesso em: 22 de Abril de 2011
Disponível em: http://www4.uninove.br/grupec/EdgarMorin_Complexidade.htm
Acesso em: 22 de Abril de 2011
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n32/a03v11n32.pdf
Acesso em: 22 de Abril de 2011-05-01
Disponível
em:
http://www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/trabalho/GT21-2372--Int.pdf
Acesso em: 22 de Abril de 2011
Disponível
em:
http://www.caixamelhorespraticas.com.br/wpcontent/uploads/e_jiquirica.pdf
Acessado em: 12 de Maio de 2011
7.Leitura introdutória/exploratória dos textos abaixo.
7.1_A UFRB E O RECÔNCAVO DA BAHIA - Prof. Dr. Walter Fraga
7.2_RECÔNCAVO DA BAHIA: UM UNIVERSO ENTRE O MAR E O
SERTÃO Prof. Dr. Paulo Gabriel Soledade Nacif
7.3_Arquivo: Livro UFRB 5 Anos - Caminhos, Histórias e Memórias
http://www.ufrb.edu.br/portal/documentos/36-livro-ufrb-5-anos-caminhoshistorias-e-memorias
A UFRB e o Recôncavo da Bahia
Por Walter Fraga
Recôncavo significa terra ao redor de qualquer baía.
O recôncavo foi à primeira região da América Portuguesa a ser sistematicamente
colonizada.
A ilha de Itaparica os arredores da cidade do Salvador e o Vale do Paraguaçu eram
ocupados há séculos por índios Tupinambás. Mas à medida que a ocupação colonial se
expandiu para os sertões outros grupos indígenas foram forçados a migrar para as
povoações do Recôncavo. Muitos vieram para combater outras comunidades indígenas
que resistiam a ocupação ou a catequese jesuítica. Outros foram trabalhar em lavouras
de canas. Indígenas contribuíram para a formação cultural do Recôncavo. Depois
vieram os africanos com Tomé de Souza para fundar Salvador. A cultura Africana
passou a se difundir na Bahia e depois o Brasil.
No fim do século dezenove quase 70% da população local eram negros e descendentes
no Recôncavo.
As memórias da África marcaram para sempre a música, dança, culinária, os
sentimentos, a forma de se vestir, etc.
Quando a medicina falhava era no recôncavo que a população Bahiana buscava os mais
famosos curandeiros africanos.
No recôncavo as festas de santos e santos são animadas com muita música, dança,
comida e bebidas. Isto porque o catolicismo popular incorporou características
importantes das traduções religiosas de matriz africana: a aceleração da vida.Isso fez
das celebrações religiosas momentos de fé carregados de muitos coloridos, movimento
e alegria de festa de largo. Além do culto católico, o objetivo principal das irmandades,
era promover ajuda mútua, socorrer os irmãos e irmãs em dificuldades e garantir eterno
digno em local sagrado. Sabe-se no tempo do cativeiro muitas dessas irmandades
promoviam a alforria de irmãos e irmãs.
Uma característica importante do candomblé é a sacralização dos elementos da
natureza, rios, árvores, montanhas, e animais abrigam divindades ou encarnam
divindades.
O samba de roda certamente é a expressão da rica musicalidade. A palavra samba vem
de Semba, que na região de Angola denomina a reunião em círculo de músicas e
dançarinos que se alternam executando passos cadenciados com braços, pernas e
quadris.
A sociedade era desigual e intolerante com as tradições culturais indígenas e africanas.
A capoeira só foi reconhecida com cultura na década de 1930.
Esse legado de luto contra a intolerância é também um traço cultural dos povos que
formaram a região do Recôncavo. Aliás, esse legado cultural marcou a própria fundação
do Brasil como país.
(...) A luta do povo do Recôncavo contra o cativeiro e pela cidadania avançou pelo
século dezenove e emergiu com força no movimento antiescravista nas décadas de 1870
e 1880.
O recôncavo concentrava maior parte da população e onde se produziam os principais
gêneros de exportação da província, o açúcar e o fumo. Daqui saíam também a farinha
de mandioca que abastecia Salvador.
Na década de 1960, o governo criou o CIA, Centro Industrial de Aratu, área –
estruturada para receber investimentos, algo que terminou aumentando o distanciamento
entre Salvador e Recôncavo.
Recôncavo da Bahia:
Um Universo entre e o Mar e o Sertão
Por: Paulo Gabriel Soledade Nacif
Originalmente o Recôncavo era coberto pela Mata Atlântica. Atualmente, a região
apresenta um dos mais baixos percentuais de remanescentes florestais do Brasil.
O Recôncavo produziu grandes riquezas. No entanto, a resistência ás inovações está
entre os motivos que determinaram um grave atraso na sua modernização
socioeconômica.
A modernidade do Recôncavo, inclusive em Salvador, só ocorreu com a exploração do
petróleo no século xx, quando aconteceram importantes mudanças nas relações de poder
nessa sociedade.
Resumo Estendido: Diversidade na Universidade: Questões Indígenas
Questões Indígenas: Um desafio para a nova organização dos povos
indígenas
Aline Santos dos Santos¹
Djane dos Reis Ferreira¹
Claudio Orlando Nascimento²
Temática: Entendendo as questões indígenas
Palavras- Chave: Tribos indígenas, cultura, colonização.
Há 500 anos quando os portugueses chegaram ao litoral brasileiro, iniciou-se o processo
de colonização, milhares de indígenas morreram com o contato direto e indireto com os
europeus e as doenças por eles trazidas, centenas de tribos indígenas foram
exterminadas, culturas desfeitas com o processo de catequização dos índios. As
conquistas européias sobre as populações nativas das Américas foram imensas, e não
existem números precisos sobre a população existente na época da chegada dos
europeus, apenas estimativas. Os números referentes à população indígena no território
brasileiro em 1500 variam entre 1 a 10 milhões de habitantes. Em termos de línguas
existiam na época cerca de 1.300 línguas diferentes eram faladas.
A necessidade existente vista por pesquisadores antropólogos de mostrar a cultura
indígena para o seu país e para o mundo, em 1987 na cidade de São Paulo foi criado o
Projeto Vídeo nas Aldeias. A finalidade do projeto era de incentivar os índios a
realizarem e a observarem sua própria imagem além de buscar a formação de uma rede
de troca de experiências entre os diversos grupos indígenas.
Aos olhos dos portugueses os índios, assim denominados pelos europeus eram
desprovidos de alma, inimigos da coroa, traidores do imperador, ameaça a integridade
do território e a soberania do Brasil. A miscigenação forçada, a catequização, as
doenças trazidas pelos colonizadores extinguiram diversas tribos indígenas. Mais de 300
mil índios vivem espalhados por todo território nacional, aproximadamente mais de
60% da população indígena vive na região da Amazônia legal brasileira, e 40% vivem
no Nordeste, Sudeste, Sul e Mato Grosso do Sul. Em geral, as formas indígenas de
ocupação dos seus territórios, são extensivas, não constituem aldeias com população
numerosas. Uma aldeia com 200 pessoas já pode ser considerada populosa.
Tradicionalmente os índios brasileiros são seminômades, deslocando periodicamente
pelo mesmo grande território.
Há povos indígenas que vivem ás margens de grandes rios, e têm nas águas sua fonte
principal de alimentos e de comunicação entre as aldeias. Por estarem dispersos em um
território como no Brasil e tribos que vivem isoladas que não tem contato com o homem
branco, a dificuldade de implantar políticas públicas.
As sociedades tribais não se estruturam politicamente da forma vertical e hierarquizadas
das nossas sociedades, jamais tiveram necessidade de organizar estados. Há grupos que
não existem chefe, cacique ou tuxáua, e que decidem de forma bastante coletivamente.
"Para os povos indígenas, a terra é muito mais do que simples
meio de subsistência. Ela representa o suporte da vida social
e está diretamente ligada ao sistema de crenças e
conhecimento. Não é apenas um recurso natural - e tão
importante quanto este - é um recurso sócio-cultural"
(RAMOS, Alcida Rita - Sociedades Indígenas).
É dever da União Federal, que busca, com a demarcação das terras indígenas: a)
resgatar uma dívida histórica com os primeiros habitantes destas terras; b) propiciar as
condições fundamentais para a sobrevivência física e cultural desses povos; e c)
preservar a diversidade cultural brasileira, tudo isto em cumprimento ao que é
determinado pelo caput do artigo 231 da Constituição Federal. A demarcação de terra
dos povos indígenas é de suma importância principalmente pelas riquezas contidas
nesses territórios, muitos fazendeiros, estrangeiros invadem as terras indígenas para
desmatar a área implantando a pecuária, a extração de minérios e coletas de plantas e
animais exóticos para fins farmacológicos e venda ilegal no exterior de animais.
O contato com a cultura ocidental e a indução de matérias nunca utilizadas pelas tribos
indígenas fomentou a cultura original dos povos indígenas, em diversas tribos onde a
casa é uma oca, com a natureza ali circundante as crianças já não brincam mais de arco,
flecha, com o rio, com árvores e animais, as brincadeiras são as de desenho animados de
polícia e ladrão, a essência da cultura vai se perdendo aos poucos com a ilusão de que a
vida urbana é melhor com mais conforto, muitos começarão a aderir o acúmulo de
dinheiro para fins materiais, vendendo para estrangeiros seus conhecimentos
medicinais, e até animais.
O projeto Vídeo nas Aldeias elaborado em 1987 na cidade de São Paulo levou a muitas
tribos indígenas como: os Xavantes, os Waiãpi e entre outros, equipamentos
audiovisuais para filmagem de sua cultura, o seu cotidiano, as danças, os rituais,
culinárias, as musicas, as danças, etc. Os índios aprenderam como utilizar as câmeras e
sempre no final das filmagens eles passavam e viam o que tinha ficado ruim e repetiam
novamente. Para eles os equipamentos são de grande importância, pois eles percebem o
que ficou para trás de rituais e fazem novamente para ficar gravado, e vêem os objetos
audiovisuais como uma arma para reivindicação dos seus direitos e interação com outras
comunidades.
Assim, podemos concluir que a sociedade brasileira tem uma visão estereotipada dos
índios, são vistos como pessoas que andam nuas, com o arco e flecha na mão sem se
importarem com o que acontece no mundo, por muitos que convivem próximos a eles as
populações rurais são vistos como ladrões, preguiçosos, em fim em tudo o que pode
desqualificá-los. Um olhar preconceituoso, pois nem se quer lembram que os donos
desse imenso território brasileiro são os indígenas, que hoje não são respeitados que têm
os seus direitos violados em prol do capital vigente que vai financiar os descendentes
daqueles que um dia foram os seus colonizadores. Muitos não reconhecem as lutas que
os povos indígenas tiveram contra os europeus no período da colonização, a
domesticação e a catequização exterminarão milhares de indígenas.
Infelizmente a nossa constituição é cheia de “buracos”, são poucos aqueles ou quase
nenhum que pagam os crimes cometidos contra os povos indígenas.
Referências:
Novas, Sylvia Cainby. O Brasil em Imagens: Caminhos que Antecedem e Marcam a
Antropologia Visual no Brasil. / livro – docente em Antropologia pela Universidade São
Paulo (USP).
Formação da mesa redonda com os professores no Módulo I A QUESTÃO INDÍGINA,
Orientador Xavier, Claudio Orlando, Jurema (CAAL) e, estudante Aldemir, Jose
Augusto antropólogo ((UNEB, ANAI), “A inteligência supera sua deficiência”), Jerry
Matalouê (coordenador de política para os índios da SJDA da Balma), Anary Pataxó
(mestranda em letras (UFBA).
Disponível em:
http://www.videonasaldeias.org.br/2009/biblioteca.php?c=20
Acessado em: 28 de Maio de 2011
Disponível em:
http://www.funai.gov.br/indios/terras/conteudo.htm
Acessado em: 28 de Maio de 2011
Educação, Religiosidade e Negritude
Djane dos reis Ferreira¹
Aline Santos dos Santos¹
Cláudio Orlando Nascimento²
Temática: O preconceito relacionado às religiões afrodescendentes.
Palavras-chave: Candomblé, negros, intolerância.
Desde o início da vida humana, procuram-sediferentes tipos de deuses para tentar
explicar coisas praticamente “inexplicáveis”. Mas hoje? Quando descobrimosdiversas
coisas que tinham sua explicação baseada na religiosidade, e que hoje são ensinadas em
escolas e universidades, como saber qual das explicações é a “verdadeira”? Acredita-se,
hoje, que no que diz respeito às religiões não existam verdades ou mentiras, bem ou
mal, mas sim, que existe pessoas que se aproveitam das religiões para fazer o bem ou
mal, mentir ou dizer a verdade.
Um dos principais temas, hoje, no Brasil é a defesa da liberdade religiosa, onde se
podedesde que não ofendam a outas pessoas, cultuar a religião que se quiser:
Cristianismo,
Budismo,
Hinduísmo,
Xamanismo,
Agnosticismo,
Espiritismo,
Candomblé, Umbanda, Mina Jeje-Nagô, Umolocô, entre outras.Quem não quiser estará
livre para não cultuar nenhuma, o que é denominado ateísmo. No emaranhado de
interesses diversos, praticamente todas as religiões se jogam na busca pela Verdade, seja
para uma melhoria de aperfeiçoamento, seja como apontador de ações. Porém, existe
uma grande intolerância, relacionada às religiões, que até surgiu um ditado, por sinal,
bastante conhecido “religião e política não se discute” onde, na verdade, ao sairmos de
uma esfera individual para uma coletiva, percebemos que uma discussão relacionada à
religião pode diminuir essa lamentável intolerância. Talvez por resistirmos a esses
debates e discussões é que no Brasil, dentre outras formas de descriminação, existe a
intolerância às religiões, principalmente, às afrodescendentes.
Infelizmente, muitas igrejas e manifestações individuais demonizam outras religiões,
julgando-as ridicularmente segundo seus dogmas irredutíveis. Sendo os negros a
principal etnia de nossa formação, as condenações para esse grupo de pessoas,
principalmente no Brasil, são inadmissíveis, pois, não só as religiões afrodescendentes,
mas como todos os adeptos aos cultos afros, se queixam de preconceitos.
A
construção
e
supervivência
histórica
das
Casas
de
Axé,
mais
especificamente, o Candomblé, da perseguição aos seus cultos e da
intolerância para com as religiões de matriz africana comprovam o quanto é
importante representar a presença do sagrado para a história dos negros,
configurando-se num forte referencial de resistência e sobrevivência cultural,
onde o desafioà imposição religiosa permitiu a reconstrução cultural e social do
negro, resguardando seus vínculos identitários com a África e o Brasil.
Segundo
Pacheco 2010,
o Candomblé surgiu de um processo de
institucionalização das crenças trazidas da África com novas crenças herdadas
(dos indígenas) ou criadas no Brasil, e sua formação afrontou a sociedade
escravista que, numa de suas justificativas para a escravidão, alegava que
estava fazendo um ato de bondade ao desterrar o africano da terra em que
praticava cultos pagãos e demoníacos batizando-os como católicos. Burlando,
pois, as expectativas e a lei da época, o cativo e posteriormente, o negro liberto
executava suas crenças e valores o que, mais tarde, foi amplamente
assimilado pela cultura nacional. O Brasil e sua religiosidade são mesclados
com as crenças africanistas ou afro-brasileiras. Alguns babalorixás e yálorixás
previnem sua religião de certos preconceitos, marcando os cultos do
candomblé com “segredos religiosos”, ficando assim, uma pequena parte da
religião aberta ao público em geral.
“O candomblé caracteriza-se, entre outras coisas, por ser uma
religião iniciática e de possessão extremamente ritualizada, onde os
ritos são um acesso privilegiado às demais dimensões que o
estruturam
como
o
tempo,
espaço,
corporalidade,
conduta,
hierarquia, cargos, nominação, panteão, etc. Conseqüentemente, o
ingresso na religião implica uma ritualização correspondente do
cotidiano dos seus adeptos que absorvem, particularizam e
transformam essa estrutura a partir do modo como os ritos são
rotinizados (vividos dentro da circunstância própria) por cada grupo
ao longo do tempo.” (SILVA, 1995).
Assim, esse movimento de “esconder” as tradições do Candomblé provoca
uma necessidade de se fazer aceito socialmente, e também visa preservar o
que se caracteriza como sendo parte elementar de seu grupo diferenciado.
REFERÊNCIAS
SOARES, R. E. Tolerância do Africano à afrodescendência. In: Livro O
Pensamento pedagógico Hoje. Orgs: José Gerardo Vasconcelos e José
Rogério Santana. Fortaleza: Edições UFRC. 2011
CUNHA, H. Identidades negras e bairros negros: refletindo sobre o
pensamento negro em educação. In: Livro O Pensamento pedagógico Hoje.
Orgs: José Gerardo Vasconcelos e José Rogério Santana. Fortaleza: Edições
UFRC. 2011
Diversidade na Universidade: Questões de Gênero
Aline Santos dos Santos¹
Tutor: Claudio Orlando Nascimento²
Temática: Questões de Gênero
Palavra chave: autoria feminina; ensino; literatura; gênero
As mulheres no cenário da produção literária são meramente invisíveis e quando se trata
de produção acadêmica de mulheres negras esse quadro de invisibilidade se torna pior.
No ensino fundamental a literatura é utilizada para o conhecimento de obras e treino de
leitura, na educação do ensino médio o objetivo é voltado para conhecer a sua
historiografia.
A expressão “Gênero” rótula, sobre tudo as mulheres que é vista como a que cuida do
lar, das crianças, a frágil e das atividades domesticas. As mulheres ainda continuam
conquistando espaço, nos anos 80 entrou para a política com os movimentos feministas
e hoje detêm direitos, porém poucos.
Os autores da época do século XVIII e XIX estereotipam os homens e mulheres negros
dando-lhes características como sensualidade, trabalho depreciativa, virilidades
exacerbada devido à exploração da escravidão, com isso muitos tem cargos de trabalhos
menos almejados, suas obras literárias não são reconhecidas e vivem em condições de
riscos. No ensino fundamental as crianças e adolescentes transcrevem tudo o que
escritores de época falam sobre os homens e mulheres negras, não tendo contato com
obras feitas por mulheres e principalmente negras e tomam para se o que foi posto pelos
os professores e muitas vezes os próprios educadores não tem conhecimento de obras
produzidas por mulheres negras. A diversidade não é trabalhada no âmbito escolar e
proporciona o preconceito racial por conta de informações impostas e falta de debates
com os estudantes, pois estes não são provocados a se questionarem o porquê da não
apresentação das obras escritas de literatura por negros. No ensino médio são
transferidos para os indivíduos a historiografia das obras literárias, também não os
incentiva a escrever as suas próprias obras ao senso crítico tornando assim o
aprendizado restrito.
As mulheres são inferiorizadas, pois os homens produzem e as mulheres reproduzem,
mas essa expressão vem mudando, as mulheres hoje vêm conquistando espaços que
antes que só os homens dominavam como na categoria trabalho, por exemplo, mulheres
são vistas em postos comerciais como executivo, presidente de um país, presente de
empresas, pedreiras e dentre outros, contudo oportunidades com altos salários e
reconhecimento em relação às mulheres negras ainda tem um percentagem muito
pequena.
Existem aquele que ocupam posição não
especificadas (sem marcações sexuais, racial e
religioso) universal, e aqueles que são definidos
reduzidos e marcados por sua diferença, sempre
aprisionado em suas especificidades, designados o
outro. (Simone de Beauvoier 1949 obra: O segundo
Sexo)
Várias leis foram feitas para as mulheres por conta do seu clamor de ser cidadã e ter o
direito de ter direitos, tais como licença pós-parto, legalização do aborto (permitida em
casos especiais), violência doméstica entre outras. A mulher inclusive tem uma
delegacia somente para ela, foi criada a Delegacia de Polícia Civil da Mulher, onde a
mesma pode reclamar seus Direitos, denunciar seus parceiros nos casos de violência
doméstica, porém tais delegacias em muitos estados brasileiros encontram-se em
descaso, sem estrutura para a acomodação das vítimas e muitos casos que requer prisão
imediata do agressor não é possível por falta de funcionários.
É necessário nas escolas professores que tenham uma prática pedagógica libertadora
para que os jovens passem a escrever o que eles sentem trazendo para o seu dia a dia a
produção acadêmica extinguindo o método massacrante de aprender por transferência e
restringindo outros conhecimentos, mostrar que as mulheres também publicam obras
literárias principalmente as negras estudá-las e compartilhar com a sociedade em geral.
A mulher atualmente recebe em média 20% (vinte por cento) a menos do que o salário
do homem, uma situação incomoda e injusta. O exercício em alguns cenários evolutivos
de gênero de trabalhos domésticos, o homem passou a fazer parte das atividades do lar
por sua mulher também trabalhar fora de casa e ter a consciência de que a limpeza ou a
comida também é para si e passando a compartilhar essas necessidades, porém nem
todos têm essa visão de divisão desses trabalhos como lavar a louça, varrer a casa, levar
as crianças na escola, participar de reuniões escolares e dentre outras.
Referências:
SILVA, Ana Rita Santiago da. Gênero e Literatura na Educação Básica. In:
Fórum Nacional de Crítica Cultural 2 Educação básica e cultura: diagnósticos,
proposições e novos agenciamentos. 18 a 21 de novembro de 2010
Katia Corrêa. Gênero: Violência Doméstica Contra a Mulher. Artigos Científicos,
Balneário
Camboriú,
31
out.
2006.
Disponível
em:
http://quintanilhaartigosdireito.blogspot.com/2006/10/gnero-violncia-domstica-contramulher.html. Acesso em: 13/06/2011.

12. Participação no IV Seminário do Conexões de Saberes na UFRPE
Extensão Universitária e Comunidades populares: Promovendo Cidadania e inclusão
social. Realizado no dia 8 e 9 de Setembro de 2011.
IV Seminário do Conexões de Saberes na UFRPE
Extensão Universitária e Comunidades Populares: promovendo
Cidadania e Inclusão Social - 8 e 9 de setembro de 2011 –
Recife, PE
AÇÕES AFIRMATIVAS E DIVERSIDADE NA
UNIVERSIDADE
Autoria: Djane dos Reis Ferreira9; Aline Santos10; Juliana Santana de Araújo11; Tamires
Conceição Costa12; Danielle Machado Cavalcante13;
9
Graduanda em Biologia (Licenciatura) pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, bolsista do
PET CONEXÕES, orientada pelo professor Cláudio Orlando Nascimento, [email protected]
10
Graduanda em Biologia (Licenciatura) pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, bolsista do
PET CONEXÕES, orientada pelo professor Cláudio Orlando Nascimento, [email protected].
11
Graduanda em Matemática (Licenciatura) pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, bolsista
do
PET
CONEXÕES,
orientada
pelo
professor
Cláudio
Orlando
Nascimento,
[email protected].
Cláudio Orlando do Nascimento (Professor Tutor-orientador)
Linha temática GT 5: Ações afirmativas e inclusão no ensino superior.
RESUMO
As discussões sobre a democratização do ensino superior no Brasil tem se alargado nas
ultimas décadas, inserir estudantes oriundos de escolas públicas e reparar uma dívida
com a população negra é o principal objetivo das medidas de acesso ao ensino superior.
No entanto, sabemos que para democratizar o ensino público, é necessário além de
garantir o ingresso dos estudantes na universidade, qualificar seus alunos e assegurar
principalmente a permanência na vida acadêmica. De modo geral a democratização do
ensino superior, através das políticas de acesso, não garante a democratização após o
ingresso do estudante, ou seja, os alunos oriundos de comunidades populares continuam
vivenciando, dentro do universo acadêmico, desigualdade que podem acompanhá-los
por toda sua vida. As diferenças sócio-econômicas e culturais também se apresentam e
polarizam o espaço universitário, ocasionando o aumento do egresso prematuro desses
estudantes. Em suma, os programas de governo têm se preocupado mais com o acesso e
a democratização do ensino superior aos estudantes de origem popular, e por sua vez
esquecem as realidades vivenciadas dentro das instituições federais, ou seja: como esses
estudantes vão permanecer e se qualificar de forma igualitária na universidade? É
necessário se atentar para estas questões de modo que os alunos tenham convicção de
sua permanência e pós-permanência na universidade. Consideramos que temos como
desafio a articulação das políticas de ações afirmativas e assistência estudantil (moradia,
alimentação, transporte, creche e saúde) em prol da diversidade, ou seja, que assegurem
o acesso, a permanência e a pós-permanência das diferenças na universidade.
Palavras-chave: Ações afirmativas, programas de permanência e inclusão.
INTRODUÇÃO
A produção desse trabalho baseia-se na trajetória de tutoria e formação que
temos realizado no âmbito do Programa de Educação Tutorial – PET Conexões de
Saberes, ‘Projeto UFRB e Recôncavo em Conexão - BA’. Referimo-nos, especialmente,
às questões abordadas na nossa atividade de extensão e formação política denominada
„Diversidades na Universidade‟, através da qual temos buscado dialogar os conceitos e
políticas de ações afirmativas e das diversidades, sejam elas étnico-raciais, geracionais,
12
Graduanda em História (Licenciatura)
PET
CONEXÕES,
orientada
[email protected].
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Graduanda em História (Licenciatura)
PET
CONEXÕES,
orientada
[email protected].
pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, bolsista do
pelo
professor
Cláudio
Orlando
Nascimento,
pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, bolsista do
pelo
professor
Cláudio
Orlando
Nascimento,
de gênero, sexuais, religiosas, dentre outras. Nossa implicação, acadêmica e social,
frente essa questão se ampliou desde o momento em que constituímos um grupo PETConexões, Lote G ‘exclusivamente estudantes de graduação oriundos de comunidades
populares urbanas’ (Edital no. 09 PET 2010 – MEC/SESu/SECAD), formado por
estudantes conforme os critérios de renda familiar, local de moradia, escolaridade dos
pais, proveniência de escolas pública, preferencialmente cursando até os 4 (quatro)
semestres de graduação, e outros critérios complementares, a exemplo do ingresso
mediante o sistema de reservas de vagas/cotas. Esse é o „estado da arte‟ do nosso grupo
em formação, e nessa oportunidade, para efeito de tomada de consciência de outras
visões acerca da temática, apresentamos alguns referenciais da pesquisa realizada pela
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior –
ANDIFES.
Muitas vezes as ações afirmativas estão relacionadas apenas às iniciativas que
tentam reparar um débito social com as pessoas afro descendentes, indígenas, entre
outros, porém, essas ações também dizem respeito as possibilidade de igualdade de
conveniências a outros grupos que, de alguma forma, foram ou ainda são discriminados.
Quando falamos sobre ações afirmativas, não podemos deixar de mencionar
sobre os problemas étnico-sociais presentes nas Universidades brasileiras. A ANDIFES
realizou no dia 03 de agosto do corrente ano, um seminário “Assistência Estudantil e
Política de Expansão” para discussão da análise do “Perfil Socioeconômico e Cultural
dos Estudantes de Graduação das Universidades Federais Brasileiras”, a pesquisa
relacionada à esses perfis foi realizada com 22.649 estudantes das universidades
federais, e traz informações sobre a classificação econômica dos estudantes, sexo, raça,
cor, etnia, moradia, fonte de informação mais utilizada, escolaridade dos pais, dentre
vários outros aspectos considerados importantes para assistência estudantil.
A pesquisa mostrou, que cerca de 43% dos estudantes das universidades federais
são das classes C, D e E. Sendo que a região Norte lidera no percentual de alunos de
baixa renda (69%), seguidos do Nordeste (52%) e Sul (33%).
O presidente da ANDIFES, reitor João Luiz Martins (Ufop) afirmou que o
estudo é preciso e ajudará as universidade a avançar. Ele afirma que “Por meio desta
pesquisa será possível melhorarmos a assistência estudantil e também aperfeiçoarmos as
políticas afirmativas”.
As propostas de ações afirmativas não são recentes. Nos EUA, surgiu com o
movimento negro na década de 1960, portanto, as universidades brasileiras só
começaram a criar suas políticas de ação afirmativa a partir do início do século XXI, e
isso pode ter adiado o acesso às universidades por estudantes que necessitam de
programas de permanência, já que a pesquisa elaborada pelo Fórum Nacional de PróReitores de Assuntos Comunitários e Estudantis – FONAPRACE considerou em 1997
que os alunos das “categorias C, D e E” compõem “a demanda potencial da assistência
ao estudante” (ANDIFES_FONAPRACE, 1997). Encontram-se nessas categorias
44,3%, 42,8% e 43,7% dos estudantes das Universidades Federais nas pesquisas de
1996/7, 2003/4 e 2010, respectivamente, que necessitam de algum tipo de assistência
estudantil: alimentação, moradia, bolsa de trabalho, atendimento médico-odontológico,
psicológico, etc.
É notório que as políticas de inclusão, e principalmente as ações afirmativas, já
começam a mudar a essência da população universitária. O percentual de estudantes de
raça/cor/etnia preta aumentou em quase 50% em relação a 2004. A pesquisa também
demonstrou que 12,4% dos alunos trancam a matrícula interrompendo o seu curso, deste
percentual 16% estão insatisfeito com o curso, e essa insatisfação é predominantemente
nas classes A e B, 10% trancam por motivo de saúde e 15% por motivos financeiros,
sendo este, a maior concentração nas classes C, D e E. Boaventura (2004) “ressalta que
os programas de ações afirmativas devem visar, não só o acesso, como também o
acompanhamento, sobretudo durante os primeiros anos onde as taxas de abandono do
curso são consideradas altíssimas”, logo percebe-se, que o impedimento financeiro das
classes C, D e E que aumenta o índice de trancamento de matrícula dos cursos de
graduação, ratifica a ampliação dos recursos do Programa Nacional de Assistência
Estudantil - PNAES como ferramenta estratégica para expansão qualificada do ensino
superior no país.
MATERIAL E MÉTODOS
Os procedimentos metodológicos utilizados foram: pesquisas e estudos
bibliográficos. As fontes bibliográficas foram livros, dissertações autobiográficas,
artigos e Internet. As dissertações autobiográficas utilizadas foram produzidas por
alunos participantes do Programa de Educação Tutorial – PET Conexões dos Saberes,
Lote G, onde cada estudante relatou sobre o Currículo e Formação: Acesso,
permanência e pós-permanência de estudantes universitários de origem popular
(implicações no campo do trabalho, emprego, renda e desenvolvimento regional),
destacando marcos significativos de sua história de vida com a formação de sua
identidade, não deixando de levar em consideração estudos relativos à temática do PET
conexões através de análise de documentos e teorias sobre ações afirmativas e
diversidade na universidade.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Essa pesquisa busca subsídios para tomada de decisões e planejamento de ações,
já que as novas Universidades, formadas pela expansão da Reestruturação e Expansão
das Universidades Federais – REUNI, possuem como característica principal a
interiorização do ensino superior público federal. Sendo assim, os estudantes
participantes da pesquisa realizada pela ANDIFES em 2010, pertencem a um novo
contexto das políticas públicas de inclusão, proporcionando de alguma forma, um novo
grupo social nas universidades.
A grande procura por Instituições Federais é motivada pelo ensino gratuito e
pela qualidade do mesmo, portanto, verifica-se um alto índice de trancamento de
matrícula nessas universidades, e grande parte desses trancamentos resultam de
problemas financeiros, principalmente para os estudantes das classes C, D e E.
Sendo assim, não é aceitável que esses estudantes não concluam seus cursos por
falta de permanência, ou seja, apenas o acesso não é suficiente, precisamos cada vez
mais de ações que visem a permanência do estudante, (moradia, alimentação, transporte,
creche e saúde) durante todo o seu curso na Universidade, evitando assim a desistência
de muitos em concluírem a sua graduação.
REFERÊNCIAS
FORMULÁRIO-SÍNTESE DA PROPOSTA – SIGPROJ: EDITAL PET 2010 - Edital n°
09. Disponível em:< http://petconexaoufrbreconcavo.wordpress.com/documentos/
>Acesso em: 17 de agos. 2011.
Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Universidades
Federais Brasileiras. Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e
Estudantis
(FONAPRACE).
Brasília
2011.
Disponível
em:
<http://www.andifes.org.br/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=241
&Itemid=27>Acesso em: 18 de agos. 2011.
SANTOS, B. S. A Universidade no século XXI: para uma reforma democrática e
emancipatória da universidade. São Paulo: Cortez, 2004
INGRESSOS E PERMANÊNCIAS DE JOVENS NAS
UNIVERSIDADES E SUAS IMPLICAÇÕES
Apresentador14 , Dayane Veras dos Santos15,Fágna Gonçalves dos Santos16,Isaac Silva
Santos17,Núbia dos Santos Lisboa18
Linha temática: Tema 5: Ações afirmativas e inclusão no ensino superior.
RESUMO
O presente estudo vem trazer ao conhecimento da comunidade acadêmica o quanto se
faz necessário conhecer e são importantes, as histórias de vida de cada indivíduo em seu
processo de formação. É relevante que deva existir antes de tudo a apropriação de sua
história e assim depois, o ser se observe e se entenda para além de espectador se
fazendo atuante e protagonista da construção de seu caminho tanto acadêmico como
estudante, quanto docente ou profissional de sua área. Diante disso, o trabalho traz
através dessa linha, o resultado de um estudo feito com alguns dos integrantes do petconexões de saberes, que consiste na realização de pesquisa, extensão e formação com o
propósito de conhecer, acompanhar e colaborar com as experiências curriculares
desenvolvidas nos cursos da UFRB. Não desconsiderando o currículo como peça a ser
pensada, discutida a fim de perceber se nele está imbuído essa diversidade de
possibilidades, principalmente se sua finalidade se baseia na formação de indivíduos
qualificados. Para isso, foram analisadas as semelhanças entre os integrantes, como:
serem negros, oriundos de escolas públicas, com escolaridade e renda familiar baixa,
tirando como base desses dados, quais são as perspectivas desses estudantes ao
ingressarem na universidade? Como está sendo o percurso? Quais as possíveis
oportunidades profissionais ao seu egresso? E por meio dessas questões, expor não
somente a confirmação das semelhanças, mas também, como as mesmas estão fazendo
mudança no quadro atual das universidades públicas, mostrando as possibilidades de
ingresso nessas entidades por pessoas de origem urbana e popular.
Palavras-chave: pet-conexões de saberes, universidade, currículo
INTRODUÇÃO
Esse trabalho é resultado de um estudo feito com alguns componentes do grupo PETUFRB E RECÔNCAVO EM CONEXÕES, que consiste na realização de pesquisa,
extensão e formação com o propósito de conhecer, acompanhar e colaborar com as
experiências curriculares desenvolvidas nos cursos da UFRB. Com isso, discutiremos a
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Graduanda na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Bolsista do Pet-UFRB
e Recôncavo
em Conexões, orientado por Claudio Orlando Nascimento, [email protected]
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Graduanda na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Bolsista do Pet-UFRB e Recôncavo
em Conexões, orientado por Claudio Orlando Nascimento, [email protected]
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Graduanda na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Bolsista do Pet-UFRB e Recôncavo
em Conexões, orientado por Claudio Orlando
Nascimento,[email protected]
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Graduanda na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Bolsista do Pet-UFRB e Recôncavo
em Conexões, orientado por Claudio Orlando Nascimento, [email protected]
inserção desses alunos no ensino superior, bem como suas situações atuais de
permanência e perspectivas ao egresso.
Atualmente o número de pessoas de comunidades populares urbanas que ingressam na
universidade tem aumentado. Temos com referências quatro alunos que fazem parte do
grupo PET-UFRB E RECÔNCAVO EM CONEXÕES estudantes de cursos de
licenciatura em Pedagogia, Matemática, Letras com Libras e Educação Física que são
oriundos dessas comunidades e de escolas públicas. A perspectiva de ingresso desses
estudantes no ensino superior parte do pressuposto de adquirir melhores condições
profissionais e epistemológicas. Levando em considerações também, que os pais
possuem baixas escolaridade e renda familiar.
Sendo assim, para que esses ingressem e permaneçam na universidade são necessárias
políticas afirmativas que garantam a permanência qualificada desses estudantes. Pois,
essas têm como
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missão garantir à comunidade acadêmica condições básicas para o
desenvolvimento de suas potencialidades, visando à inserção cidadã, cooperativa,
propositiva e solidária nos âmbitos cultural, político e econômico da sociedade e o
desenvolvimento regional.
Não podemos deixar de considerar que o currículo deve ser pensado a partir de olhares
diversos, respeitando as necessidades e particularidades de cada ser. Sendo assim, é
válido repensar o atual currículo e perceber se nele está imbuído essa diversidade de
possibilidades, principalmente se sua finalidade está baseada na formação de indivíduos
qualificados para atender as demandas da sociedade, ou se simplesmente este contém
características baseadas apenas nas relações de poder como algo pronto e que não está
sujeito a mudanças.
Segundo Macedo, apud Gabriel, 2008, “Trata-se de construir um quadro teórico que
seja possível sustentar a concepção de um currículo “um espaço-tempo de fronteira
entre saberes”. A universidade atuando então como um espaço político deve propor
saberes, conhecimentos e culturas interligando-as e não promovendo uma só cultura.
Há uma necessidade de ter um currículo onde ensino, pesquisa e extensão dialoguem
entre si, promovendo uma formação diversa e qualificada. Nessa perspectiva, o PETUFRB E RECÔNCAVO EM CONEXÕES tem propiciado essa interação. Pois, enfatiza
as questões curriculares dos cursos de licenciaturas e bacharelados interdisciplinares e
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Disponível no site: < http://www.ufrb.edu.br/propaae/propaae>
na formação dos estudantes, em contraste com as políticas de permanência/ póspermanência e desenvolvimento regional.
MATERIAL E MÉTODOS
Temos como eixo norteador a produção de dados, análises e escritas referentes às
histórias de vidas de alunos universitários de origem popular e suas implicações
curriculares, formativas dando ênfase aos aspectos concernentes às políticas afirmativas,
ao acesso, permanência e pós-permanência no ensino superior, relacionado ao trabalho,
emprego, renda e ao desenvolvimento regional.
RESULTADOS
Apresentaremos em seguida algumas das escritas autobiográficas dos alunos integrantes
do PET- UFRB E RECÔNCAVO EM CONEXÕES onde afirmam suas identidades.
Estudante 1: Negro, nacido em salvador, graduando do curso de Licenciatura em
Matemática, representante da Residência Estudantil do Campus Amargosa, participante
do Projeto de Astronomia no Recôncavo da Bahia, intergrante do programa PETUFRB E RECÔNCAVO EM CONEXÕES, integrante do Centro de Entidades de Base
(CEB) pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Estudante 2: Negra, nasceu em 20 de maio de 1986 em Amargosa – BA, discente do
curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro de Formação de Professores (CFP) da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, membro do Programa de Educação
Tutorial-PET Conexões de Saberes : autobiografias, currículo e formação, acesso,
permanência e pós-permanência de estudantes universitários de origem popular
(implicações no campo do trabalho, emprego, renda e desenvolvimento regional).
Estudante 3: Graduanda do curso de Licenciatura em Educação Física do Centro de
Formação de Professores (CFP) da Universidade Federal do Recôncavo Bahia (UFRB)
3º semestre, negra, nasceu em 02 de Abril do ano de 1984 na cidade de Salvador Bahia. Atualmente é integrante voluntária do Grupo de Estudos e Pesquisas em
Educação, Formação de Professores e Educação Física - GEPEFE da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia, orientada pelo Prof. Msc. David Romão Teixeira,
atuando principalmente nos seguintes temas: ginástica, Vale do Jequiriçá, educação
física escolar, escolas públicas, componente curricular e bolsista do Programa de
Educação Tutorial Pet-conexões de saberes sob orientação do Prof. Dr. Cláudio Orlando
Costa do Nascimento.
Estudante 4: Negra, 19 anos, nasceu em 30 de abril de 1991, em Amargosa-BA,
graduanda do curso de Letras/Libras na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
(UFRB) no Centro de Formação de Professores (CFP) em Amargosa-BA, membro do
Programa de Educação Tutorial - PET Conexões de Saberes: “autobiografias, currículo
e formação: acesso, permanência e pós-permanência de estudantes universitários de
origem popular (implicações no campo do trabalho, emprego, renda e desenvolvimento
regional)”.
Diante do exposto, concluímos que os alunos que ingressaram na universidade e tem a
oportunidade de vivenciar um currículo pautado no multiculturalismo acabam se
apropriando de conhecimentos novos e, sobretudo se veem como sujeitos de suas
próprias histórias. Desse modo, faz-se necessário a construção de um currículo, onde
possa priorizar os conhecimentos já existentes pelos sujeitos ao qual deseja ser aplicado.
Através das autobiografias dos jovens urbanos de origem popular é perceptível os seus
protagonismos referente à suas formações, pois conseguem relacionar as suas vivências
e términos dos cursos, ao perfil dos egressos, a profissionalidade/profissão em curso.
Ainda como forma de proposta de permanência e pós-permanência de estudantes nas
universidades, as ações afirmativas também exerce fundamental importância nesse
processo. Fomentando efetivas participações nas dimensões que compõe a universidade,
ensino, pesquisa e extensão.
De acordos com as experiências curriculares dos cursos da UFRB os sujeitos da
pesquisa se demonstram seres conscientes, preocupados e dispostos a modificar a
realidade muitas vezes posta como imutável, assim como sujeitos a relacionar suas
vivências da formação ao desenvolvimento local-regional.
Portanto, as escritas autobiográficas dos sujeitos da pesquisa resultou no contato com
seus contextos empíricos associados as suas experiências curriculares implementadas
aos seus respectivos cursos. Construindo uma conexão de saberes num espaço chamado
de universidade com políticas que proporcionam a construção, a libertação e
autonomia.
REFERÊNCIAS
Disponível em: <http://www.ufrb.edu.br/propaae/propaae< acesso em: 19 agosto 2011.
MACEDO, Elizabeth. Criar currículo no cotidiano. Inês Barbosa de Oliveira, Luiz
Carlos Manhães; Nilda Alves (org.). 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2004.
13. Paralisação dos estudantes com o movimento
#ParalisarParaMobilizar
Após duas semanas de aulas do semestre 2011.2 os estudantes da Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia- UFRB em 01 de Setembro de 2011 em Cruz das Almas- Ba
organizaram uma assembléia geral para discutir os problemas da universidade, estava
presente os estudantes dos cinco centros ( CAHL, CFP, CETEC,CCS E CCAAB).
Nessa reunião foram posto em pauta o hospital universitário o qual começou a ser
construído e com a falência da construtora parou as obras, reparo nos prédio de aulas
PVA I e PVA II em Cruz das Almas por conta das rachaduras, infiltrações, e em
algumas salas sem parte do forro do teto, no CFP obras inacabadas, não tem restaurante
universitário sendo que somente o centro de Cruz das Almas tem o restaurante
universitário, no CFP tem o curso de Educação Física e, no entanto não tem quadra de
esporte, não tem piscina, para que os estudantes sejam profissionais completa com uma
rica bagagem de conhecimento tanto teórica como prática, em todos os centros não tem
em seus prédios de aula, laboratório e nem nas residências universitárias acessibilidade
para portadores de deficiência física, falta de laboratórios para ter aulas práticas em
algumas disciplinas, falta de reagentes nos laboratórios para que os estudantes possam
praticamente manuseá-lo e ter a aula, é visível a carência de um prédio específico para
diversos cursos, a universidade conta com seguranças, porém em números insuficientes,
no campus de Cruz das Almas o que mas teve tentativas de assaltos, estrupos, e um
estudante esfaqueado por conta do caminho do portão para os prédios os quais se
encontra com iluminação precária e sem seguranças durante o percurso, em volta da
pista de acesso aos prédio tem muito mato e só é feita uma capina quando a
universidade tem algum evento e até a iluminação tem uma melhora.
Com a ocupação da reitoria os discentes colocaram cadeados nos portões dos prédios de
aulas de todos os centros da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB para
que não tivesse aula e a greve ser geral, posteriormente o movimento fechou com
correntes e cadeados o Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas- CCAAB,
e dentre outras unidades administrativas. Durante a Reunião Anual de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Cultura no Recôncavo da Bahia- Recitec teve boatos que os
alunos do movimento #paralisarparamobilizar teriam pichados os stands do evento, que
furaram os pneus, arranharam os ônibus das escolas técnicas que estava participando do
evento e os carros da universidade, segundo o movimento o ocorrido de destruição do
patrimônio público partiu dos discentes que eram contra a greve para prejudicar o
movimento. O movimento estudantil também saiu pelas ruas de Cruz das Almas dando
explicações a sociedade Cruzalmense sobre a greve, durante a passeata os estudantes
com um carro de som cantaram musicas pedindo por melhorias da universidade e para
que o reitor se pronunciasse, pois até então as notas postas no site da instituição as
reuniões só eram propostas com os diretores de centros e alguns profissionais da área
administrativa. Visto que os estudantes acampados na reitoria não iriam sair enquanto
não houvesse uma mesa de negociação com o Magnífico Reitor Paulo Gabriel foi
marcada mesas de negociações com alguns líderes do movimento na PROGEP e os
demais estudantes assistiram sem dar opiniões, segundo alguns colegas na primeira
mesa de negociação os estudantes pediram que liberassem os telefones em todos os
centros, alimentação para os que estavam acampados, liberação das bolsas e dentre
outros pedidos. Nenhumas dessas reivindicações iniciais foram sustentadas. Com a
primeira mesa de negociações os estudantes foram criticados pelos discentes a favor e
contra ao movimento, pois deveriam aproveitar para começar a negociar o que
realmente a universidade necessitava. Em uma das assembléias um dos estudantes
contra ao movimento teve sua vez respeitada ao falar o porquê do contra ao movimento,
segundo eles a forma não deveria ser essa „greve‟ e sim reuniões com o reitor e diretores
de centros. A maioria presente na assembléia não concordou, pois os formando grande
parte do contra queria mesmo era se formar sem se prejudicar e segundo o movimento
em 2008 o reitor se comprometeu á algumas das mesmas reivindicações e nada até hoje.
Em mas ou menos um mês de greve os estudos antes contra a greve se reuniram e às
23h: 30min foram em direção aos pavilhões de aula do campus de Cruz das Almas para
quebrar os cadeados dos prédios para que possam ter início das aulas, o movimento se
reuniu em frente aos prédios para impedir que isso acontecesse, e os discentes do contra
falaram se eles não saíssem da frente iria dar pauladas em todos, o movimento
#paralisarparamibilizar não saiu e um dos discentes levantou uma arma de fogo e
disparou um tiro para cima, falando se ninguém sair da frente iria atirar. Todos que
estavam presentes não esperavam tal situação, assustados os companheiros do aluno
armado impediu falando com ele sobre o seu ato criminoso de disparar tiros, o
movimento não saiu da frente do prédio e os contra ao movimento foram embora. O
movimento também era criticado pelas festas feitas no auditório da reitoria, segundo os
ocupantes do espaço as atividades lúdicas que incluíam festas de bandas dos alunos da
universidade, oficinas de reciclagem, compostagem, etc era uma ocupação fora das
assembléias realizadas que trazia distração e conhecimento. Nos períodos de greve os
discentes da ocupação obtiveram acesso a documentos referentes a compras de
equipamentos e a construções, segundo tal informações foram postas no blog do
movimento #mobilisarparaparalizar uma nota pública, tal nota relata que:
Durante esse período de paralisação, no qual travamos intensos debates acerca
do funcionamento da nossa Universidade, o Movimento Estudantil entrou com um
recurso junto ao Ministério Público Federal no dia 30.09.2011 apresentando três
denuncias, das quais, uma possui dois processos que já estão em andamento contra a
Reitoria da Universidade.
Processos esses, que apuram irregularidades na
administração da UFRB.
A partir da análise do documento da Controladoria Geral da União (CGU)
destacamos nesta nota a seguinte situação: a equipe de auditoria da CGU constatou na
concorrência 05/2009, o exercício ilegal da profissão do engenheiro civil responsável
pela obra referente à construção das unidades de apoio acadêmico e pesquisa dos cursos
de graduação do CCAAB. Entende-se, portanto, a negligência por parte do corpo de
fiscalização da UFRB no processo de construção das unidades citadas acima.
Além da análise do documento acima referido, analisamos documentos
provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Constatamos a partir
destes, a má administração do dinheiro público, provenientes de verba do Ministério da
Ciência e Tecnologia, por parte da administração da nossa instituição. A seguir
expomos alguns pontos dos documentos:
- Dois scanners de mesa com leitor copiador e digitalizador de microfilmes no valor de
R$ 59.950,00 cada um, quando estão previstos dois scanners a R$ 2.000,00 cada um, e
uma leitora digitalizadora a 20.000,00, ou seja, os valores previstos para esses
equipamentos são bem inferiores aos valores utilizados.
(acréscimo: 499, 58%)
- Duas guilhotinas no valor de R$ 36.999,99 cada uma, quando estão previstas três
guilhotinas: Uma no valor de R$ 2.600,00 e duas no valor de R$ 2.000,00.
(acréscimo: 627,11%)
- Duas encadernadoras no valor unitário de R$ 31.829,00, quando estão previsto duas,
no valor unitário de R$ 3.000,00
(acréscimo: 1.060%)
- Duas impressoras a laser no valor de R$ 12.000,00 cada uma, quando estão previstos
duas impressoras no valor unitário de R$ 3.000,00.
(acréscimo: 400%)
Os dados acima nos revelam o mau uso do dinheiro público, o que acarreta
grande prejuízo a toda sociedade, principal mantenedora da universidade pública.
Diante disto, entendemos que as justificativas da Reitoria para os atrasos nas obras não
são frutos restritos das falhas da lei 8.666/93, sendo também incompetência e total
negligência da administração desta instituição.
As pautas do movimento estudantil contestam as práticas de irregularidades da
administração central. Diante deste quadro, o coletivo #paralisarparamobilizar reafirma
sua conduta de permanência nas dependências da UFRB até que se inicie o processo
efetivo de negociação, pois, o nosso compromisso é com a construção de uma
universidade pública de qualidade.
Sexta-feira 30 de Setembro de 2011
Durante os 40 dias de greve entorno de 17 universidades Federais entraram em greve, o
movimento #paralisarparamobilizar recebeu apoio de várias instituições como a
Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC, COMISSÃO EXECUTIVA ESTADUAL
DA ANEL BAHIA , e dentre outras instituições. O meio de divulgação das assembléias,
passeatas, ata discutidas e outras ações do movimento foi feita através de um blog
criado por eles http://paralisarparamobilizar.blogspot.com/, via rádios da cidade de Cruz
das Almas: rádio Alvorada e Santa Cruz e a cobertura da greve via TV e sites pela:TV
Subaé, TV BAHIA, sites como metrópoles, http://www.reconcavonews.com e dentre
outros.
No dia 10 de outubro de 2011, às 14:00h o Coletivo #ParalisarParaMobilizar desocupou
todas as instalações da UFRB. A desocupação se deu pelos seguintes motivos:
1) Acordo estabelecido entre a Reitoria e o coletivo de estudantes, no qual, a Reitoria
propôs a discussão de 35 pontos do total de 106. A Negociação ocorreu nos dias 06 e 07
de outubro no prédio da PROGEP, após longo período de inércia, período esse em que o
coletivo cobrou exaustivamente o restabelecimento da mesa.
2) Por considerar que os seguintes pontos são conquistas que não podem ser ignoradas:
• Transporte intercamp a ser implantado em primeiro de novembro de 2011;
• A garantia das 100 vagas de residentes para o CAHL com a aquisição de uma nova
residência em caráter emergencial;
• Criação dos infocentros para o semestre 2012.1,
• A implantação de uma revista interdisciplinar com primeira edição marcada para
dezembro de 2011;
• Que o escore não seja o pré-requisito para a manutenção das bolsas PPQ e garantia de
aumento no número e valor das bolsas PPQ;
• Garantia de manutenção do auxílio emergencial durante os meses que antecedem o
resultado do edital de permanência;
• Aquisição das primeiras obras da biblioteca básica do curso de letras;
• Isolamento acústico e instalação de ar condicionado no pavilhão de aula Leite Alves
no CAHL;
• Discussão e criação de política de estágio;
• Garantia de compensação pedagógica para os cursos deficitários, já que falta estrutura
para realização de aulas práticas.
3) A condição estabelecida no acordo de que a manutenção do atendimento aos 35
pontos de pauta estava condicionada à desocupação. O que mostra claramente o
descompromisso da administração com as necessidades da Universidade, uma vez que
as resoluções da pauta seriam inviabilizadas caso o coletivo não desocupasse.
Desconsiderando a urgência de seu atendimento em virtude do sucateamento da UFRB,
apontando a possibilidade de resolver os problemas e se negando a isso.
4) As negociações não se encerram com a desocupação. Retornará as atividades em 60
dias, tempo estipulado pela reitoria para encaminhar as resoluções dos pontos
acordados.
Por fim, por estarmos cientes que nossas ações não se findam com a desocupação, pelo
contrário, inicia-se mais um importante capítulo do movimento. Reafirmamos nosso
compromisso com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e com o povo do
Recôncavo.
Assim, por entender o que de “fatos e dados” significa a expressão vocação
democrática, que o Movimento Estudantil continuará autônomo e em luta em busca de
construirmos uma educação verdadeiramente pública, de qualidade e socialmente
referenciada.
Coletivo Paralisar para Mobilizar
Recôncavo da Bahia, 10 de Outubro de 2011
Abaixo, o acordo firmado:
Súmula das Reuniões realizadas na PROGEP em 06 e 07 de outubro de 2011, com
vistas à desocupação dialogada da Reitoria e demais espaços da Universidade até o dia
10 de outubro de 2011
A mesa de negociação teve o objetivo de discutir a pauta entregue pelo movimento
“ParalisarParaMobilizar” no dia 03 de outubro de 2011 contendo 106 itens. A referida
pauta foi analisada pela Reitoria buscando criar condições para avançar no diálogo,
permitindo que seja restaurada a normalidade quanto às atividades acadêmicas e
administrativas da UFRB já a partir do dia 10 de outubro de 2011 – estando o seu
reconhecimento com isso relacionado. Firmado o acordo entre as partes, a
Administração Central não encaminhará processo judicial de reintegração de posse, bem
como não admitirá nenhum tipo de perseguição ou retaliação política aos integrantes do
Coletivo “ParalisarParaMobilizar”.
Quatro critérios foram usados para o posicionamento da reitoria sobre as reivindicações
apresentadas pelo grupo de discentes, a saber: 1- pontos exeqüíveis em curto prazo; 2aspectos que estão no âmbito de ação direta da Administração Superior; 3- Respeito à
autonomia dos centros e dos Conselhos Superiores da Universidade e 4- Pontos que o
coletivo destacou durante o processo.
Pontos discutidos e respectivos encaminhamentos:
Aumentar o período de inscrição dos editais de programas de permanência
qualificada (PPQ), lançando-os com antecedência mínima de uma semana da
matrícula com validade de documentação de dois meses.
a) Prorrogação das inscrições do edital referente ao Programa de Permanência
Qualificada por uma semana após o retorno das atividades considerando o período
letivo 2011.2. b) Considerar a validade da documentação exigida de dois meses. C)
Lançar os editais dos Programas de permanência Qualificada com antecedência
(mínima) de uma semana da matrícula à partir do período letivo 2012.1.
Construir/melhorar estruturas adequadas aos cursos do CETEC, CAHL, CCS,
CFP e CCAAB.
a) Providenciar iluminação no campus de Cruz das Almas aumentando a segurança. B)
Providenciar o isolamento acústico das salas do CAHL, bem como a instalação de ar
condicionado. C) Construir um passeio de acesso ao campus de Amargosa (CFP) dentro
do terreno da UFRB, considerando as normas de acessibilidade. d) Criar do Conselho de
acessibilidade considerando a paridade na sua composição. E) restabelecimento da
internet da casa dos diretórios, em Cruz das Almas. f) Prazo de 60 dias para a execução
dos pontos acordados.
Ampliação do quadro docente permanente para todos os Centros.
Apresentar quadro atual de docentes lotados por Campi. Inclusão da meta e prazo de
contratação de docentes. Prazo de 15 dias para apresentação das informações.
Discutir a política de expansão do REUNI na UFRB
a) Criar comissão para organizar seminário objetivando discutir a política de expansão
do REUNI na UFRB considerando o período letivo 2011.2.
Convênios, parcerias, interação e cooperação efetiva e expressiva com empresas de
extensão, escolas públicas, ONG’s, associações, cooperativas e outros segmentos de
importância para a sociedade civil.
a) Criar comissão objetivando estabelecer Convênios, parcerias, interação e cooperação
efetiva e expressiva com empresas de extensão, escolas públicas, ONG‟s, associações,
cooperativas e outros segmentos de importância para a sociedade civil. b) Incentivar
estas ações como políticas de estágio e espaços de atividades de extensão. c)
Implantação do Programa de Políticas de Estágio da UFRB no semestre 2012.1.
Ênfase ao contexto geográfico, ecológico, social, político, econômico e cultural dos
territórios baianos. Sobretudo, as comunidades próximas da instituição.
Discutir nos Conselhos Superiores o conceito de Região de Aprendizagem que consta
em todos os documentos da UFRB, de modo a que os nossos cursos e programas de
extensão e pesquisa insiram ainda mais na sua dinâmica acadêmica o contexto
geográfico, ecológico, social, político, econômico e cultural dos territórios baianos.
Volta da Semana Acadêmica para discutir a universidade e realizar uma gestão
construída de forma participativa.
Encaminhar aos Conselhos Superiores proposta de realização da Semana Acadêmica,
cuja organização conte com a participação de todos os segmentos da comunidade
acadêmica.
Realizar e ampliar atividades de extensão, como troca de experiências e atividades
educativas nas escolas públicas. Inclusive, capacitando e formando professores do
quadro atual.
A Reitoria é favorável a essa proposta. Apoiará as atividades. Encaminhará uma
proposta aos Conselhos Superiores, regulamentando a questão.
Determinar que a Pró-Reitoria de Extensão e Políticas Afirmativas e Assuntos
Estudantis priorizem o apoio a atividades de extensão com as características ressaltadas.
Regulamentar a realização de atividades feitas por iniciativa própria dos
estudantes com registro e fomento por parte do centro de ensino e/ou, pró-reitorias
competentes, isentos de orientação docente.
A Reitoria é favorável a essa proposta. Apoiará as atividades. Encaminhará uma
proposta aos Conselhos Superiores, regulamentando a questão.
Criação da Revista interdisciplinar para a publicação de artigos dos estudantes.
a) Constituição de Conselho Editorial da Revista entre os dias 10 e 16 de outubro de
2011, com a primeira publicação em dezembro de 2011.
Garantir intervalo entre ultimas avaliações e provas finais em no mínimo uma
semana.
O calendário acadêmico é atribuição do Conselho Acadêmico. A Reitoria apoiará essa
Proposta do Movimento Estudantil.
Criar mecanismos eficientes de avaliação qualitativa e permanente do trabalho dos
professores, efetivando os já existentes com divulgação e discussão dos resultados
com a comunidade acadêmica.
A Reitoria, bem como toda a comunidade acadêmica, apóia a criação de tais
mecanismos, que deverão ser construídos pelos Conselhos Superiores, com a importante
participação da APUR. Levaremos o assunto aos Conselhos Superiores e daremos
ampla publicidade ao processo.
Fomentar pesquisas que interajam com problemas locais, produtores regionais e
que tenham aplicação prática.
A Reitoria apressará a implantação do Programa bem como toda a comunidade
acadêmica apóia a criação de tais mecanismos, que deverão ser construídos pelos
Conselhos Superiores, com a importante participação da APUR. Levaremos o assunto
aos Conselhos Superiores e daremos ampla publicidade ao processo.
Que o escore não seja utilizado como requisito para manutenção nos programas de
permanência da PROPAAE.
A reitoria encaminhará para a Câmara de Políticas Afirmativas uma proposta de
alteração da normativa 03/2011 que será construída com efetiva participação dos
discentes.
Casa do Duca (Posse, reforma e estruturação do espaço)
a)Manter o aluguel da sede provisória da Casa do Duca;
b)Fazer contato com o Coordenador da equipe da UFBA responsável pela elaboração do
projeto Arquitetônico de reforma da Casa do Duca objetivando consultar quanto ao
prazo de execução do projeto, até dia 10 de outubro. c) Estipular prazo de licitação da
obra de reforma.
Redutor de velocidade na Rodovia Amargosa – Brejões, Km dois,
Barreiros/Amargosa –BA.
a) Prazo de trinta dias para o Poder Público construir os redutores, como ficou acordado
com o município de Amargosa. Caso o município não execute a obra no prazo previsto
a UFRB se responsabilizará pela realização da construção dos redutores.
Aumento no número de bolsas e do valor das mesmas.
a) Será aumentado o número de bolsas e o valor das mesmas após conclusão de estudo
para avaliar em quanto poderá ser ajustado e ampliado. Prazo para apresentação do
estudo: trinta dias. b) Está assegurado o direito de concorrer as bolsas de extensão,
iniciação à docência e pesquisa a todos os estudantes assistidos pelos Programas de
permanência da PROPAAE.
Aumentar a capacidade de atendimento do laboratório de informática
a) A Reitoria propõe a implantação de um sistema de empréstimo de notebooks e tablets
por meio das bibliotecas, com possibilidade de financiamento por emenda parlamentar e
aquisição pela UFRB com previsão para iniciar em março de 2012.
b) A PROPAAE e PROEXT negociará convenio com a SERPRO para implantação de
05 infocentros (1 em cada centro) com prazo de 30 dias para assinatura do convenio
com A Coordenadoria Estratégica de Responsabilidade Social e Cidadania do SERPRO.
Ônibus gratuito intercampi a ser garantido aos estudantes itinerantes.
a) Assumido o compromisso em manter ônibus gratuito intercampi. Será apresentada
uma proposta de funcionamento do sistema para ser debatida na próxima câmara
intersetorial (19/10) com o indicativo de iniciar o funcionamento a partir do dia
01/11/2011.
b) Deverá ser elaborado um instrumento normativo para regulamentação do uso do
serviço
Facilitar o acesso ao auxílio emergencial.
O pagamento do auxilio emergencial deverá ocorrer no máximo em 10 dias após a sua
concessão e que deverá permanecer enquanto durar o processo de seleção do programa
de permanência.
Reforma e ampliação do R.U (Restaurante Universitário) do Campus de Cruz das
Almas, construção dos R.U’s dos campi de Amargosa, Santo Antônio de Jesus e
Cachoeira, com administração exclusivamente pública e assegurando o modelo de
Restaurante Popular para atendimento da comunidade acadêmica, ao público
externo e garantindo a gratuita aos assistidos pelo PPQ.
A Reitoria assegura a implantação de Restaurantes universitários, em cada campi, de
acordo com as prioridades posteriormente estabelecidas, iniciando as construções em
2012, para entrega em 2013, com indicativo de amplo debate do modelo definido como
gestão pública estatal, auto sustentável, possibilitando a participação de
empreendimentos econômico-solidário.
Construção de mais Residências Universitárias nos campi e ampliação do número
de vagas de 44 para 100 vagas.
A reitoria assume construir residências que totalize 100 vagas em cada campus devendo
apresentar um cronograma em 30 dias. No CAHL será mantida as 23 vagas da
Residência Paraguassu; será entregue a nova com 44 vagas e mais 44 bolsas de auxílio
moradia. Os auxílios moradia serão mantidos até o aluguel de uma nova residência
provisória, quando 33 bolsistas serão realocados à citada residência.
Construção imediata das instalações zootécnicas
O processo licitatório foi concluído em 10/08/2011 (Conc. 03/2011), aguardando a
apresentação por parte da vencedora das garantias prevista em lei, assinatura do contrato
e emissão da ordem de serviço prevista para o dia 10/10/2011, quando então se instalará
o canteiro de obras e o inicio da construção. Com garantia de compensação pedagógica,
a ser discutida com o Colegiado do Curso.
Conclusão imediata da obra do hospital Veterinário (com transparência).
A empresa responsável pela construção não atendeu ao cumprimento do cronograma de
execução e apresentou dificuldades financeiras para continuar com o contrato; não
cumprindo os termos contratuais e a legislação (Lei 8.666/93), ocorreu por
consequência a rescisão contratual. Para retomada das obras foram concluídos os
estudos de recomposição orçamentária para nova licitação; todo o processo teve o
acompanhamento de docentes do curso que contribuíram positivamente para melhor
andamento e atendimento às condições ideais de funcionamento da estrutura para
pequenos e grandes animais. O processo licitatório já foi publicado, e a abertura das
propostas (Conc. 06/2011) deverá ocorrer no próximo dia 07 de novembro de 2011.
Com garantia de compensação pedagógica, a ser discutida com o Colegiado do Curso.
Conclusão do pavilhão de Engenharia Florestal.
Com o término do contrato e verificando o não cumprimento do objeto, foram aplicadas
as penalidades previstas na Lei (multas, expurgos de valores indevidos e notificação de
impedimentos). Aproximadamente, 80% dos serviços total previstos foram executados;
já estão sendo finalizados os estudos de recomposição dos itens não atendidos para novo
procedimento administrativo de conclusão da obra, com previsão para o lançamento do
edital no final de outubro de 2011. Com garantia de compensação pedagógica, a ser
discutida com o Colegiado do Curso.
Elaboração e transparência dos projetos de laboratório e construção em tempo
hábil para os cursos do CETEC.
A UFRB, por meio de licitação pública, contratou uma empresa especializada em
projetos de arquitetura e engenharia com objetivo de apresentar os projetos (básico e
executivo). Foi realizada a primeira revisão nos projetos com a participação dos
docentes especialistas do CETEC, encaminhados a empresa para conclusão, elaboração
de orçamento e especificações técnicas que possibilitará a publicação do processo
licitatório, previsto para ainda este ano de 2011.
Conclusão das Unidades Acadêmicas do CETEC:
Já estão sendo finalizados os estudos de recomposição dos itens não atendidos para
novo procedimento licitatório, previsto para o final de outubro de 2011, quando então
será lançado o edital para conclusão dos laboratórios. A administração se compromete
na liberação de espaços provisórios para alocar os equipamentos já comprados até o
final de outubro de 2011, ou seja, acompanhando o período proposto para a entrega dos
prédios administrativos do CETEC. A implantação de espaços temporários para
funcionamento provisório destes laboratórios deverá ser discutido juntamente com o
referido centro. Com garantia de compensação pedagógica, a ser discutida com os
Colegiados dos Cursos.
Construção de complexo poliesportivo/cultural em todos os campi. / Construção
de espaço de convivência em todos os campi. /Construções de auditórios
proporcionais às demandas dos campi.
Os itens acima deverão estar inseridos em um Plano Diretor de Desenvolvimento da
UFRB, levando em consideração aspectos intrínsecos de meio ambiente,
sustentabilidade, acessibilidade e viabilidade técnica, que poderá diferenciar-se para
cada situação nos diferentes campi, com o compromisso de implantar estes espaços ao
longo de 04 anos, de acordo com a dotação orçamentária da instituição.
Cria uma comissão junto à PROPAAE para viabilizar processo de implantação de
espaços alternativos de convivência com meta de realização até o início do segundo
semestre, 2012.2, com as seguintes indicações:
a) Reforma da Quadra e do Campo de futebol do Campus de Cruz das Almas.
b) Instalações de assentos nos espaços coletivos nos Centros (será acordado com as
Direções).
c) Palco para eventos no espaço “Escritório” no CAHL (será acordado com a Direção).
d) Quiosques na Lagoa do CFP (será acordado com a Direção).
Conclusão do processo de urbanização do CFP
O campus de Amargosa está sendo atendido com obras e serviços de urbanização (Etapa
1), incluindo Pórtico de Entrada, gradil externo de segurança e limite territorial,
estacionamento e rampas de acesso ao prédio administrativo que deverá ser concluído
ao término da vigência do contrato em dezembro de 2011.
Construção do complexo didático-esportivo para o curso de educação física – CFP.
A UFRB, por meio de licitação pública, contratou uma empresa especializada em
projetos de arquitetura e engenharia com objeto de apresentar os projetos (básico e
executivo), orçamentos e especificações técnicas; O processo licitatório já foi concluído
e a abertura das propostas (Conc. 05/2011) deverá ocorrer no próximo dia 04 de
novembro de 2011. Com garantia de compensação pedagógica, a ser discutida com o
Colegiado do Curso.
Aquisição do acervo bibliográfico para o curso de letras.
a) Foi realizado o Pregão Eletrônico Nº 00018/2011 (SRP) com 130 títulos com o total
de 2600 livros.b) Foi autorizada dispensa de licitação no valor até R$ 8.000,00 para
compra emergencial de bibliografia básica do PPP do Curso de Letras/Libras.c)
Impressão em mídia digital (DC) para ser distribuído para cada discente matriculado no
curso de Letras do CFP com as bibliografias de Libras disponibilizadas digitalmente
pelo MEC.
Comissão permanente de Negociação
a) Reuniões mensais para continuar as negociações da pauta apresentado pelo
movimento estudantil b) Os dois primeiros meses serão para acompanhamento dos
encaminhamentos do Termo de Acordo.
Descentralização do Sistema de Bibliotecas, criação do Sistema Alternativo de
Empréstimos e aumento do acervo bibliográfico e audiovisual, com acesso total ao
acervo pela comunidade acadêmica e sociedade civil (na forma de consulta),
durante todo o ano.
A Reitoria se compromete em apresentar um cronograma de realização integral do
referido ponto na reunião seguinte da Mesa Permanente de Negociação.
Implantação da TV e Rádio Universitárias em parceria com a TVE
Bahia/Educadora FM/IRDEB.
a) Criação do Conselho de Comunicação da UFRB; b) discussão da implantação dos
referidos projetos (TV e Rádio).
Cessão de espaço físico para o movimento estudantil.
a) Sede do DCE - viabilizar uma casa para o DCE da UFRB nos moldes das sedes da
APUR e ASSUFBA. b) Gestão nos centros para viabilizar ampliação dos espaços dos
DA(s) e CA(s).
Postado por #PARALISARPARAMOBILIZAR
Antes da Reunião Anual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura no Recôncavo
da Bahia- Recitec, esboçamos um modelo de camisa Pet- Conexões de Saberes, em
uma reunião votamos na cor da camisa, modelo cola V ou gola- pólo, a cor da camisa
ficou como vermelha, e o modelo gola-pólo, porém a confecção da gola-pólo demoraria
então fizemos o pedido da camisa em gola V.
Camisa Pet- Conexões de Saberes
Frente:
PET
UFRBeRecôncavo-BA
emConeXão
Costas:
Programa
PET
de
Educação
Conexões
de
Tutorial
Saberes
-
PET
Institucional
Sugestão do professor Cláudio Orlando – Tutor: desses temas abaixo com fontes
diferentes
e
criativas,
como
marca
d‟água
CurrÃculoFormaçãoTrabalhoDesenvolvimentoRegional
CurrÃculoFormaçãoTrabalhoDesenvolvimentoRegional
CurrÃculoFormaçãoTrabalhoDesenvolvimentoRegional
no
fundo.
Participação do grupo Pet- Conexões de Saberes na Reunião Anual de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Cultura no Recôncavo da Bahia- Recitec, com apresentação
oral, Tema: Ações Afirmativas e Diversidade na Universidade onde foi apresentado por
mim em uma das salas do Colégio do Estado- CEAT. Com um data show e um
computador apresentei as ações afirmativas que as universidades federais utilizam para
dar auxílio aos estudantes de classes C, D e E, com ajuda de uma pesquisa feita pela
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior –
ANDIFES, onde em um seminário “ Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes
de Graduação das Universidades Federais Brasileiras” com o levantamento de dados das
instituições federais de ensino relacionados ao perfil dos estudantes como: classe, cor,
antecedentes escolares, participação em programas de assistência estudantil, moradia
etc. Após a apresentação foi estabelecido um tempo para discussão do trabalho onde
alguns professores presentes falaram sobre o tema, elogiaram e ao término desse tempo
eu vi a necessidade de uma percepção mais criticas sobre a questão das ações
afirmativas e a diversidade na universidade, pois cada estado do Brasil tem uma
situação diferente tipo, renda, escolaridade, moradia que para qualquer pesquisa
elaborada e exposta tem que ser analisada para vim os questionamentos. O grupo PetConexões dos Saberes também participou do evento com stand com exposição dos
pôsteres com apresentação do grupo Pet- Conexões dos Saberes e trabalhos
apresentados em Recife- PE e no Recitec. Durante as exposições dos stands os
visitantes perguntavam que pet era esse, porque os pets, mas conhecidos eram os petscurso, então por ser uma nova categoria de pet- institucional as pessoas procuraram
saber, porém os visitantes foram poucos, pois o evento foi realizado em espaços
diferentes, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB campus Cruz das
Almas – Ba, Faculdade Maria Milza- FAMAM e o Colégio Estadual – CEAT, devido
ao movimento da greve estudantil e assim dificultando o deslocamento das pessoas de
um prédio para o outro. O evento em si foi bom, além de apresentar trabalho do grupo
Pet- Conexões de Saberes trabalhei como monitora no alojamento localizado no
Colégio do Estado- CEAT em um turno, participei de mini- curso, e fui co-autora de
dois trabalhos, um sobre Educação Ambiental na Escola Pública Municipal Joaquim de
Medeiros: Realidade e Desafios, apresentado em forma de pôster como autora: Vanessa
Reis, co-autores Poliana Brandão, Aline Santos e Girlene Santos de Souza e A
Informatização como Ferramenta Alternativa para o Processo de Ensino e
Aprendizagem no Ensino da Anatomia Humana, apresentação oral como autora Maria
Aparecida, co- autores Aline Santos e Gabriel Ribeiro.
14. Ações Afirmativas e Diversidade na Universidade
A produção desse trabalho baseia-se na trajetória de tutoria e formação que temos
realizado no âmbito do Programa de Educação Tutorial – PET Conexões de Saberes,
‘Projeto UFRB e Recôncavo em Conexão - BA’. Referimo-nos, especialmente, às
questões abordadas na nossa atividade de extensão e formação política denominada
„Diversidades na Universidade‟, através da qual temos buscado dialogar os conceitos e
políticas de ações afirmativas e das diversidades, sejam elas étnico-raciais, geracionais,
de gênero, sexuais, religiosas, dentre outras. Nossa implicação, acadêmica e social,
frente essa questão se ampliou desde o momento em que constituímos um grupo PETConexões, Lote G ‘exclusivamente estudantes de graduação oriundos de comunidades
populares urbanas’ (Edital no. 09 PET 2010 – MEC/SESu/SECAD), formado por
estudantes conforme os critérios de renda familiar, local de moradia, escolaridade dos
pais, proveniência de escolas pública, preferencialmente cursando até os 4 (quatro)
semestres de graduação, e outros critérios complementares, a exemplo do ingresso
mediante o sistema de reservas de vagas/cotas. Esse é o „estado da arte‟ do nosso grupo
em formação, e nessa oportunidade, para efeito de tomada de consciência de outras
visões acerca da temática, apresentamos alguns referenciais da pesquisa realizada pela
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior –
ANDIFES. O “Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das
Universidades Federais Brasileiras (ANDIFES)”, realizado com 22.649 estudantes das
universidades federais traz informações sobre a classificação econômica dos estudantes,
sexo, raça, cor, etnia, moradia, fonte de informação mais utilizada, escolaridade dos
pais, dentre vários outros aspectos considerados importantes para assistência estudantil.
Cerca de 43% dos estudantes são das classes C, D e E, compreendendo (69%) na região
Norte, seguidos do Nordeste (52%) e Sul (33%). Com base nesse estudo as ações
afirmativas não podem deixar de mencionar as questões étnico-sociais presentes nas
universidades brasileiras. Para a ANDIFES o estudo ajudará as universidades a
avançarem na assistência estudantil e nas ações afirmativas. Políticas que começam a
mudar a população universitária. O percentual de estudantes que declaram
pertencimentos de raça/cor/etnia preta aumentou significativamente (50% em relação a
2004). Consideramos que temos como desafio a articulação das políticas de ações
afirmativas e assistência estudantil (moradia, alimentação, transporte, creche e saúde)
em prol da diversidade, ou seja, que assegurem o acesso, a permanência e a póspermanência das diferenças na universidade.
Autores:
1. Djane Ferreira
2.Aline Santos
3.Juliana Araújo
4. Tamires Conceição
5. Danielle Machado
5. Prof. Dr. Cláudio orlando Costa do Nascimento (orientador)
Participação do grupo Pet- Conexões de Saberes na Reunião Anual de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Cultura no Recôncavo da Bahia- Recitec. Apresentação oral.
Participação do grupo Pet- Conexões de Saberes na Reunião Anual de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Cultura no Recôncavo da Bahia- Recitec. Apresentação dos
pôsteres.
AÇÕES AFIRMATIVAS E DIVERSIDADE NA UNIVERSIDADE
Ações afirmativas e inclusão no ensino superior.
Djane dos R. Ferreira¹; ALINE S. dos SANTOS¹; Juliana S. de Araújo²; Tamires C.Costa³; Daniele M. Cavalcante³.
Cláudio Orlando do Nascimento (Professor Tutor-orientador)
INTRODUÇÃO
A produção desse trabalho baseia-se na trajetória de tutoria e formação
que temos realizado no âmbito do Programa de Educação Tutorial –
PET Conexões de Saberes, ‘Projeto UFRB e Recôncavo em Conexão BA’. Referimo-nos, especialmente, às questões abordadas na nossa
atividade de extensão e formação política denominada „Diversidades na
Universidade‟. Nosso objetivo é dialogar os conceitos e políticas de
ações afirmativas e das diversidades, sejam elas étnico-raciais,
geracionais, de gênero, sexuais, religiosas, dentre outras. Nossa
implicação, acadêmica e social, frente essa questão se ampliou desde
o momento em que constituímos um grupo PET-Conexões, Lote G
‘exclusivamente estudantes de graduação oriundos de comunidades
populares urbanas’.
A ANDIFES realizou no dia 03 de agosto do corrente ano, um seminário
para discussão da análise do “Perfil Socioeconômico e Cultural dos
Estudantes de Graduação das Universidades Federais Brasileiras”,
essa pesquisa demonstrou, que cerca de 43% dos estudantes das
universidades federais são das classes C, D e E. O presidente da
ANDIFES, reitor João Luiz Martins (Ufop) afirmou que o estudo é
preciso e ajudará as universidades a melhorarem à assistência
estudantil e aperfeiçoar as políticas afirmativas.
METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos foram: pesquisas e estudos
bibliográficos. As fontes bibliográficas foram livros, dissertações
autobiográficas, artigos e Internet. As dissertações autobiográficas
utilizadas foram produzidas por alunos participantes do Programa
de Educação Tutorial – PET Conexões dos Saberes, onde cada
estudante relatou sobre o Currículo e Formação: Acesso,
permanência e pós-permanência de estudantes universitários de
origem popular na universidade, destacando marcos significativos
de sua história de vida com a formação de sua identidade, não
deixando de levar em consideração estudos relativos à temática
sobre ações afirmativas e diversidade na universidade.
Figura 5: Disponível em <http://4.bp.blogdpot.com/politica.jpg>. Acesso em 30 de agos. 2011.
RESULTADOS
Figura 1: Disponível em <http://saberes.mec.gov.br/saberes/img/grafismo.png> . Acesso em
30 de agos. 2011.
A grande procura por Instituições Federais é motivada pelo ensino
gratuito e pela qualidade do mesmo, portanto, verifica-se um alto
índice de trancamento de matrícula nessas universidades, e grande
parte desses trancamentos resultam de problemas financeiros,
principalmente para os estudantes das classes C, D e E. Sendo
assim, os programas de ações afirmativas devem buscar, não só a
inserção desses estudantes nas Universidades, mas também
devem acompanhá-los, para que estes, não abandonem seus
cursos e permaneçam no ensino superior.
CONCLUSÃO
Figura 2: Disponível em: <http://www.revistaconteudo.com/genero-e-diversidade-na-escola>
Acesso em 30 de agos. 2011.
Diante do exposto, não é aceitável que estudantes não concluam
seus cursos por falta de permanência, ou seja, apenas o acesso
não é suficiente, precisamos cada vez mais de ações que visem a
permanência do estudante, (moradia, alimentação, transporte,
creche e saúde) durante todo o seu curso na Universidade, evitando
assim a desistência de muitos em concluírem a sua graduação.
AGRADECIMENTOS:
Figura 3: Disponível em: <http://www.ufmg.br>
.Acesso em 30 de agos. 2011.
Figura 4: Disponível em: <http://www.porta.ufpa.br>
.Acesso em 30 de agos. 2011.
¹Graduandas em Biologia (Licenciatura) pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, bolsistas do PET CONEXÕES, orientadas pelo professor Cláudio Orlando Nascimento;
²Graduanda em Matemática (Licenciatura) pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, bolsista do PET CONEXÕES, orientada pelo professor Cláudio Orlando Nascimento;
³Graduanda s em História (Licenciatura) pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, bolsistas do PET CONEXÕES, orientadas pelo professor Cláudio Orlando Nascimento.
1
16. Pesquisa sobre: Currículo
Currículo
Aline Santos dos Santos¹
Tutor: Claudio Orlando Nascimento
O Conselho Nacional de Educação (CP) nº 2, de 19 de fevereiro de 2002 Institui a
duração e a carga horária dos cursos de 1icenciatura, de graduação plena, de formação
de professores da Educação Básica em nível Superior. Os cursos deverão ter no mínimo,
2800 (duas mil e oitocentas) horas nas quais a articulação teoria-prática garanta, nos
termos dos seus projetos pedagógicos, as seguintes dimensões dos componentes
comuns:
I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao
longo
do
curso;
II - 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início
da
segunda
metade
do
curso;
III - 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de
natureza
científico-cultural;
IV - 200 (duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmico-científicoculturais.
Parágrafo único. Os alunos que exerçam atividade docente regular na educação
básica poderão ter redução da carga horária do estágio curricular supervisionado até o
máximo
de
200
(duzentas)
horas.
Art. 2º A duração da carga horária prevista no Art. 1º desta Resolução, obedecidos
os 200 (duzentos) dias letivos/ano dispostos na LDB, será integralizada em, no mínimo,
3
(três)
anos
letivos.
Art
3º
Esta
resolução
entra
em
vigor
na
data
de
sua
publicação.
Art. 4º Revogam-se o § 2º e o § 5º do Art. 6º, o § 2º do Art. 7º e o § 2º do Art. 9º da
Resolução
CNE/CP
1/99.
No curso de Biologia em Licenciatura da universidade Federal do Recôncavo da BahiaUFRB a carga horária é de 2.818 horas distribuídas em disciplinas obrigatórias: 1972 h,
optativas: 238 h, estágio: 408 h e atividades complementares: 200 h com o tempo de
integralização, tempo mínimo: 4 anos, tempo médio: 5 anos e tempo máximo: 8 anos,
forma de ingresso: Concurso vestibular regime de matrícula: Semestral. Apesar de o
curso ter 2.818 de carga horária esta se encontra mal distribuída entre as disciplinas,
como por exemplo: Fisiologia Humana tem apenas 68 horas dividida em teórica e
prática, pois o essencial seria no mínimo 90 horas, Histologia e Embriologia também
com 68 h e ainda são administradas juntas. É necessário que amplie a carga horária do
curso para no mínimo 3.000 h com introdução de novas disciplinas como Metodologia
da Pesquisa, Estatística, parasitologia e separação de Biologia Celular de Molecular,
Zoologia dos Invertebrados I e II e dentre outras, os discentes do curso de Biologia em
Licenciatura vêem essas necessidades e as pedem constantemente a coordenação a qual
nos mostra apenas promessas. As disciplinas optativas que consta no plano de curso são
boas, infelizmente menos da metade foram aplicadas e sempre que as têm é na área de
educação, o estudante não tem direito de escolha nas disciplinas optativas, pois é
oferecida só uma semestral tendo os discentes que cursar para conseguir a carga horária
das optativas. As atividades complementares são contadas como 200 pontos e para isso
é necessário ter diversas participações em eventos o que ultrapassa das 200 horas, pois
todas as atividades equilave a uma determinada pontuação, por exemplo: estágio extracurricular máximo 60 pontos ( 01 ponto para cada 10horas), monitoria máximo 20
pontos ( 5 pontos por semestre), projetos com bolsa 10 pontos por bolsas( máximo 20
pontos), participação em projeto de pesquisa máximo 20 pontos ( 5 pontos por
semestre) etc. Ultimamente a universidade tem apresentados vários evento como a
Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência – SBPC, II Jornada de Extensão
Universitária da Bahia – Jeube, e o mais recente Reunião Anual de Ciência, Tecnologia,
Inovação e Cultura no Recôncavo da Bahia- Recitec, e também os eventos organizados
pelos cursos da universidade, estes ajuda os discentes a conseguir cumprir os 200
pontos.
O curso de Biologia em Licenciatura é noturno, as aulas práticas nos laboratórios
também são a noite onde estes se encontram distantes dos centros de aula sem
iluminação, durante as práticas falta microscópios, reagentes, e também é notória a
necessidade de um prédio de Ciências Biológicas com laboratórios didáticos.
Grade Curricular:
ISemestre
Biologia
Celular
Molecular
(85)
IISemestre
IIISemestre
IVSemestre
VSemestre
VISemestre
VIISemestre
VIIISemestre
Organização
da
Educ. Bras e
Políticas
Públicas (68)
Ecologia geral
(68)
Práticas
educacionais
em ecologia
(68)
Estágio
supervisiona
do
III
(102)
Estágio
supervisiona
do
IV (102)
Informática
Genética
Aplicada a geral
Educação
(68)
(34)
Didática
Bioquímica
(68)
(85)
Evolução
(34)
Educação
Ambiental
(51)
Oficina de
ensino em
biologia
(68)
TCC
(34)
Zoologia dos
Vertebrados
(102)
Microbiologia
(68)
Geologia e
Paleontologi
a
(68)
Optativa III
Libras
(51)
Zoologia de
Invertebrado
s
(102)
Estágio
Supervisionad
o
I
(102)
Fisiologia
Vegetal
(85)
Pesquisa em
educação
(51)
Optativa IV
Fisiologia
Humana
(68)
Avaliação e
Educação
(34)
Optativa I
Estágio
Supervisionado
II
(102)
Optativa II
Histologia e Sociologia e
e Embriologia Antropologia
(85)
da Educação
(68)
Morfologia e Anatomia
Anatomia de Humana
Angiosperma
(68)
(68)
Filosofia da Sistemática
Educação
Vegetal
(68)
(85)
Matemática
para Biologia
(51)
Psicologia
Educacional
(68)
Complemento Física
de Química
(51)
(68)
Atividades Complementares (200)
CARGA HORÁRIA DE DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS
CARGA HORÁRIA DE DISCIPLINAS OPTATIVAS
CARGA HORÁRIA DE ESTÁGIO
CARGA HORÁRIA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CARGA HORÁRIA DE MONOGRAFIA
CARGA HORÁRIA TOTAL
1938
238
408
200
34
2818
Perfil do egresso:
Formulário
Nº 07
Ao final do curso o profissional terá a capacidade de:
-atuar como professor do ensino fundamental, no ensino de Ciências Naturais, e médio,
no ensino de Biologia de forma plena;
-utilizar os recursos didáticos de forma eficiente visando facilitar o processo ensinoaprendizagem;
-elaborar um plano de curso comprometido com a realidade dos alunos aos quais
leciona e que permita uma maior interação entre o conhecimento formal e o informal,
manifestado pelas tradições culturais presentes na vida dos alunos;
-atuar em projetos de educação ambiental;
-orientar a elaboração e execução de projetos de educação ambiental e outros que visem
a melhoria da qualidade de vida e preservação do meio ambiente;
-interagir com a comunidade na qual está inserido visando detectar necessidades e
carências relacionadas a problemas ambientais, sanitários e nutricionais, propondo
ações que possam reduzir ou eliminá-los, tanto no ambiente escolar quanto extraescolar;
-elaborar e desenvolver projetos de pesquisa em educação e outras áreas das Ciências
Biológicas.
28/08/2008
Em relação ao egresso do curso é necessário que seja feita as modificações já
mencionadas para que haja a ampliação do conhecimento na área biológica, a parte
pedagógica é razoavelmente administrada teoricamente e praticamente. Atualmente as
escolas estão seguindo os avanços da tecnologia, com a inclusão da lousa digital e
posteriormente tablets, a universidade não prepara o estudante nem teoricamente e nem
praticamente a utilizar essas novas tecnologias, ao se deparar com tais instrumentos no
mercado de trabalho no campo da educação ou da pesquisa como fazer para manuseálas? A instituição tema a lousa digital, porém muitos dos professores não sabem utilizálas, pois o tempo de treinamento foi insuficiente. Grandes partes dos discentes não
sabem como fazer um projeto de pesquisa, resumo expandido por não ter contato com a
metodologia da pesquisa, às vezes aparece cursos para instruir os alunos a escreverem,
porém com carga horária ineficiente. No perfil do egresso os estudantes no final do
curso estarão hábitos a fazerem projetos na área de educação ou biológicas, até então
não são orientados a fazê-los, geralmente as disciplinas da área de educação nos
incentivam a fazer pesquisa em campo nas escolas e a escrever artigos.
Muitas vezes em sala de aula nos é mostrado por parte de alguns docentes a super
valorização da parte pedagógica e críticas as outras disciplinas voltadas para a Biologia,
é um curso de Licenciatura, porém se não focar na parte Biológica o curso passará a ser
de Pedagogia. O preconceito do curso de Biologia em Licenciatura é vigente entre
alguns docentes e discentes em Biologia Bacharelado caso estes também na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS e muitos estudantes que terminam
o bacharelado em biologia acabam fazendo a licenciatura por conta de ter uma
oportunidade trabalho na área maior do que no campo da pesquisa.
Segundo o projeto pedagógico Formulário Nª 5 : A profissão de Biólogo foi
reconhecida pela Lei nº 6684/79, de 03 de setembro de 1979, modificada pela Lei nº
7017/82, de 03 de agosto de 1982 e regulamentada pelo Decreto nº 88438/83, de 28 de
junho de 1983, que criou CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA, da seguinte forma:
Art. 1º O exercício da profissão de Biólogo é privativo dos portadores de diploma:
I devidamente registrado, de bacharel ou licenciado em curso de História Natural, ou de
Ciências Biológicas, em todas as suas especialidades ou de licenciado em Ciências, com
habilitação em Biologia, expedido por instituição brasileira oficialmente reconhecida;
II expedido por instituições estrangeiras de ensino superior, regularizado na forma da
lei, cujos cursos forem considerados equivalentes aos mencionados no inciso I.
Art. 2º Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais
igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biólogo poderá:
I formular e elaborar estudo, projeto ou pesquisa científica básica e aplicada, nos vários
setores da Biologia ou a ela ligados, bem como os que se relacionem à preservação,
saneamento e melhoramento do meio ambiente, executando direta ou indiretamente as
atividades resultantes desses trabalhos;
II orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria a empresas, fundações, sociedades e
associações de classe, entidades autárquicas, privadas ou do Poder Público, no âmbito
de sua especialidade;
III realizar perícias e emitir e assinar laudos técnicos e pareceres de acordo com o
currículo efetivamente realizado.
28/08/2008
Uma questão observada nos cursos em relação à língua estrangeira como inglês e
espanhol é que só são vistas nos cursos de letras específicos em idiomas, é muito
importante que tenha nos currículos dos cursos de graduação tais disciplinas ou cursos
gratuitos na universidade que atenda a todos que tenha interesse, pois além de ser muito
válido para fazer um intercâmbio é essencial para ingressar no mestrado, sendo que
alguns têm provas com língua estrangeira para que se possa ingressar no curso.
Tendo em vista a grade curricular atual o Art. 2º, I, II e III não é possível realizar estas
especificações, pois não temos disciplinas voltadas para tais áreas. É necessário o estudo
dos currículos entre os discentes para que possa exigir dos centros em especial a
coordenação para modificar a situação existente do nosso currículo.
Referências:
Disponível em:
http://www.curriculosemfronteiras.org/index.htm
Acessado em: 06/10/2011
Disponível em:
www.mec.org.com.br
Acessado em:
06/10/2011
Projeto Político Pedagógico do curso de Biologia em Licenciatura da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB.
„
Assembléia dos estudantes de Biologia em licenciatura
No dia 18 de Novembro de 2011 os estudantes de Biologia em Licenciatura se reuniram
juntamente com o coordenador do curso Renato de Almeida para falarmos sobre a vinda
do Mec- Ministério da Educação para reconhecimento do curso e a nova grade
curricular. Os docentes e os discentes do curso elaboraram uma nova grade curricular
com aumento de carga horária de algumas disciplinas e inserção de outras disciplinas,
foram feitas duas propostas de grade curricular onde que a primeira proposta foi eleita
pelo colegiado enquanto que a segunda grade não foi aprovada pois não estava nos
parâmetros do Mec com alguns “pacotes” assim chamados pelos professores para a
prática dimensional das disciplinas como: Zoologia dos Invertebrados e vertebrados,
Morfologia e anatomia de angiosperma e dentre outras. A maioria dos discentes
gostaram da proposta I, porém gostariam de inserir e aumentar carga horária de
disciplinas, com essas reivindicações os discentes marcaram uma reunião para que isso
fosse feito. Em relação ao Mec a discussão foi a nota que o curso poderá receber e o que
os discentes iriam falar em relação o curso. Nós não queremos que o curso tenha uma
nota 4 ou 5, pois as condições em que nos encontramos não nos cabe tais nota e maquiar
as coisas é negar que elas estão bem e cruzar os braços diante das necessidades que nos
encontramos. O dia para visita do Mec estar marcado para o dia 28 de novembro e nós
discentes ficamos nos perguntando: Nosso curso é a noite será que eles vão avaliar o
nosso curso com o seu perfil noturno ou vão vim durante o dia? O qque nós esperamos é
que essa avaliação seja a noite, porém duvidamos muito que isso possa acontecer.
PROPOSTA 01
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
Morfologia e
anatomia de
angiospermas
(85)
Biologia
celular e
molecular
(68)
Bioquímica
(85)
Zoologia II
(68)
Genética
geral
(68)
Fisiologia
humana
(68)
Microbiologia
(85)
Geologia e
Paleontologia
(68)
Optativa II
(68)
Matemática para
Biologia (51)
Sistemática
Vegetal
(85)
Zoologia I
(85)
Ecologia
(102)
Zoologia III
(102)
Evolução
(68)
TCC I
(68)
Extensão (68)
Optativa III
(68)
Fisiologia
Vegetal
(85)
Anatomia
humana
(68)
Org. da Educ.
Bras e Políticas
Públicas (68)
Estágio
supervisionado
II (102)
Educação
ambiental
(68)
TCC II
(68)
Didática
(85)
Estágio
supervisionado I
(102)
Fundamentos
Biológicos da
educação (68)
Pesquisa em
educação
(68)
Educação Não
Formal (34)
Optativa I
(68)
374
357
374
omplementos de
Química (68)
ficina de Leitura
e Escrita (34)
Filosofia da
educação
(68)
306
Física
(68)
Histologia e
Embriologia
(68)
Psicologia
Bioestatística
educacional
(68)
(68)
TIC‟s
Sociologia e
aplicadas ao
Antropologia
Ensino de
da Educação
Ciências
(68)
(34)
LIBRAS
(68)
357
306
323
306
Estágio
Estágio
supervisionado supervisionado I
III (102)
(102)
Atividades Complementares = 200h
3009h= CARGA HORÁRIA TOTAL
969h = núcleo de estudos pedagógicos629h = Núcleo de estudos gerais
1258h =
núcleo de estudos específicos
404h = núcleo estudos complementares
A dimensão prática (400h) está incorporada (transversalisada) a carga horária de alguns
dos componentes (ver em vermelho, nas tabelas abaixo). Novamente, (verde =
pedagógicas), (azul = estudos complementares), (amarelo = estudos gerais), (rosa =
específicos). Aqueles 4 componentes previstos na proposta 02 funcionariam como
OBRIGATÓRIOS apenas aos bacharéis de outros cursos e universidades, uma vez que
a dimensão prática é uma obrigatoriedade das licenciaturas. Licenciados em outros
cursos também seriam obrigados a cursar aqueles quatro componentes.
As tabelas abaixo representam, APENAS, uma distribuição dos componentes e não
representam a oficialização de um horário semanal.
306
PROPOSTA 02
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
Morfologia e
anatomia de
angiospermas
(68)
Biologia
celular e
molecular
(68)
Bioquímica
(85)
Zoologia II
(68)
Genética
geral
(68)
Fisiologia
humana
(68)
Microbiologia
(85)
Extensão (68)
Optativa II
(68)
Matemática para
Biologia (51)
Sistemática
Vegetal
(85)
Zoologia I
(68)
Ecologia
(85)
Zoologia III
(85)
Evolução
(68)
Geologia e
Paleontologia
(68)
Educação
ambiental
(68)
Optativa III
(68)
Org. da Educ.
Bras e Políticas
Públicas (68)
TCC I
(68)
Optativa I
(68)
TCC II
(68)
omplementos de
Química (68)
Física
(51)
Histologia e
Embriologia
(68)
Fisiologia
Anatomia
Vegetal (85) humana (68)
Sociologia e
Psicologia
Estágio
Estágio
Estágio
sofia da educação Antropologia Bioestatística
Didática
educacional
supervisionado I supervisionado supervisionado
(68)
da Educação
(68)
(85)
(68)
(102)
II (102)
III (102)
(68)
Práticas
Práticas
Práticas
C‟s aplicadas ao
Pesquisa em
Educação e
Fundamentos
Educacionais
LIBRAS
Educacionais Educacionais
nsino de Ciências
educação
Saúde
Biológicos da
em Botânica
(68)
em Ecologia em Zoologia
(34)
(68)
(34)
educação (68)
(34)
(34)
(34)
289
306
357
340
340
374
357
374
Atividades Complementares = 200h
3243h= CARGA HORÁRIA TOTAL
1071h = núcleo de estudos pedagógicos
578h = Núcleo de estudos gerais
= núcleo de estudos específicos
404h = núcleo estudos complementares
1190h
Nessa proposta, a dimensão prática foi concebida como um componente (Práticas
Educacionais de Botânica + Ecologia + Zoologia + Educação e Saúde), que ainda
precisarão ser somadas a carga horária de dimensão prática em outros componentes, até
completar 400h. Vejam nas tabelas de horário, abaixo, quais componentes precisariam
fazer dimensão prática (em vermelho). Acima, (verde = pedagógicas), (azul =
complementares), (rosa = específicas), (amarelo = estudos geral). Os nomes dos
componentes ainda podem ser alterados. As tabelas abaixo representam, APENAS, uma
disposição dos componentes. Não representam a oficialização de um horário semanal.
Participação do grupo Pet- Conexões de Saberes no Fórum 20 de
Novembro
Estágio
supervisionado
(102)
306
A abertura do Fórum 20 de Novembro foi na Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia – UFRB campus de Cruz das Almas – BA no dia 18 de
Novembro, o fórum teve palestras, exposição de artes pintado em tela vindas de
Salvador-Ba, mini-cursos, etc. No dia 19 de Novembro o grupo Pet- Conexões
de Saberes participou de uma roda de discussão com o tema: Currículo e
Educação das relações étnico-raciais. A participação do grupo foi como
palestrantes, falamos sobre as problemáticas dos currículos na universidade e
nas escolas de um modo geral e o que pode ser feito para que os estudantes
venham a compreender o que é o 20 de novembro e a importância de conhecer e
dialogar na semana da consciência negra. Posteriormente participei de uma mesa
de discussão com o tema: Formação Política com o palestrante Hamilton Borges.
A participação do grupo no Fórum foi muito importante, onde dialogamos sobre
a nossa vivência no currículo e apontamos os trabalhos feito pelo grupo na área
de currículo e jovens de comunidades populares. A obtenção de conhecimento
nunca é de mais, aguça o senso crítico das coisas que estão em nossa volta.
Mesa Redonda: História da Universidade e Universidade Popular
Realizada pelo Diretório Acadêmico de Biologia – DA
A mesa redonda sobre: História da Universidade e Universidade Popular aconteceu no
dia 06 de Dezembro 2011 com a participação do professor Marcos Teixeira, uma
estudante de Serviço Social Larissa e dentre outros.
Inicialmente com a historia da universidade abordando o seu contexto histórico com a
estudante Larissa foi exposto que as primeiras instituições universitárias surgem no
Brasil na década de 20 e 30 e em 1950 ocorre o processo de democratização, os cursos
superiores vem com ascensão social. Na década de 1990 tem a intensificação do acesso
privado e educação superior.
O Reuni um projeto de 2004 com adesão em 2007 surge como expansão e
reestruturação ( interiorização) das universidades federais e com isso as políticas
públicas voltadas para a permanência e acesso dos estudantes de comunidades populares
as instituições federais de ensino. O espaço democratizado das universidades veio
apartir do Reuni.
Posteriormente o professor Marcos Teixeira fala sobre as Tendências Pedagógicas.
As tendências pedagógicas surgiram na idade média e atualmente são presentes e tem
como foco a interpretações para facilitar o entendimento do educando. Foram abordados
discurso de pensadores como: Hengel, Max em relação ao modelo de produção
capitalista que se reflete na educação, em seguida veio o questionamento: Quem
comandaria as frentes de produção? Com isso foi abordado o tecnicismo, escola nova
com tendência reprodutivista e Qual o papel da universidade na formação do indivíduo?
Sempre nós ouvimos tal discurso que o saber popular e cientifico tem como base a
abertura e democratização das universidades.
Em uma outra fala foi colocado que as política públicas de permanência não é um, favor
é uma reparação de cunho constitucional com aqueles menos favorecidos. E a
universidade é para quem? As instituições tem que ser desconstruídas, Como construir
uma Universidade Popular sem espaço?
Ao meu ver a universidade estar longe de ser democrática e espaço de todos tomo isso
como análise da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB a qual eu estudo,
vejo que a universidade é próxima de comunidades como a Sapucai e a participação
dessa comunidade e o diálogo é nulo, a instituição tem que ir até a comunidade chamar
a comunidade e me defronto com mais um questionamento Os projetos de extensão são
para quem ? como estão sendo executados em tal comunidade? se é que existe. A
universidade é elite da sociedade, mais ter medo e receio de enfrentar ninguém nunca de
comunidade popular vai ter acesso, as políticas públicas estão ai para levar essas
pessoas para tais espaços que é seu por direito.
I Colóquio Universidade – Diversidade, Formação e Desenvolvimento
Programa Nacional de Conexões de Saberes
Tutor: Cláudio Orlando Nascimento
Petiana: Aline Santos dos Santos
O I colóquio teve início no dia 8 de Dezembro de 2011 no Anfiteatro- Reitoria da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB na cidade de Cruz das Almas –
BA. O evento teve apoio do Núcleo de Estudos Afro-brasileiro do Recôncavo da BahiaNEAB, Pró- Reitoria de Graduação- PROGRAD, Pró- Reitoria de Extensão PROEXT,
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - PRPPG, Pet- Conexões: Acesso,
Permanência e Pós- permanência na UFRB e Pet- conexões: UFRB e Recôncavo em
Conexões.
No dia da solenidade de abertura teve uma conferência: Diversidade e Desenvolvimento
do Território do Recôncavo com a presença de Zezéu Ribeiro- Secretário de
Planejamento – Governo do Estado da Bahia, Paulo Gabriel Nacif reitor da UFRB e
coordenando a mesa professora Rita Chagas ( CFP- UFRB). Os participantes que
comporam a mesa falaram da importância do evento e do Programa Conexões de
Saberes, o Secretário de Planejamento Zezéu Ribeiro em sua apresentação mostrou um
mapa da Bahia em especial o Recôncavo com os biomas aqui existentes e sua
importância. A mesa 1 iniciada as 14:00 h teve como tema: Diversidade na
Universidade: Acessibilidade, Direitos Geracionais e Sexualidade com as participantes
Professora Thereza Bastos ( CFP- UFRB), professor Feizi Milane ( CCS- UFRB) com a
debatedora professora Josineide Alves (CCS- UFRB) e com o Coordenador PROPAAE
– Pró Reitor professor Ronaldo Bastos. A professora Thereza Bastos falou sobre a
acessibilidades, as leis sobre as exigências de ter rampas, piso diferenciado nas
calçadas, elevador e dentre outras foram assuntos abordados, a professora também
trouxe o tema para a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB e enfatizou
um projeto feito por ela no campus de Amargosa referente a acessibilidade, projeto feito
e planta do projeto elaborado por colaboradores do exterior, tudo em mãos,
posteriormente levado a Universidade para ser averiguado, projeto aprovado porém não
a uma iniciativa da instituição para que o projeto seja posto em prática. O professor
Fieizi Milani falou sobre a sexualidade, a influência da mídia com produtos voltados
para os adolescentes, as cirurgias plásticas, como a saúde sexual estar sendo trabalhada
na nossa sociedade? Como estamos cuidando dos nossos idosos? Foram alguns
questionamentos feito pelo o professor, posteriormente a professora Ana Cristina
abordou o tema Direitos Geracionais, posteriormente o Pró- Reitor da Propaae Ronaldo
Bastos, onde colocou a importância das políticas afirmativas e apresentou os dados da
Propaae em relação política de permanência dos estudantes oriundos de comunidades
populares.
No segundo dia do Colóquio 9 de Dezembro a mesa 3 com o tema: Universidade,
Desenvolvimento e Territorialidade teve a participação na mesa professor Silvio
Humberto da ( UEFS), Professora Rosy de Oliveira ( CCAAB), professor Marcos
Teixeira ( CCAAB- UFRB) como debatedora Ângela Figueireido ( CHAL-UFRB) e
coordenadora da Proext Pró- Reitora Ana Rita Santiago. O professor Marcos Teixeira
falou sobre o tema em relação a Educação Ambiental, o capitalismo verde foi uma de
suas fala. Na tarde a mesa 5 : Diálogo entre as IES – Experiência de pesquisa e
extensão e ações afirmativas, os participantes foram os integrantes do Conexões de
Saberes e o do Pet- UFRB e Recôncavo em Conexão e coordenando a mesa professor
Alessandro Tenório da ( UFRPE). Os participantes falaram sobre suas história de vida o
ingresso na universidade os desafios as conquistas e como estar sendo a permanência
nos programas Conexões de Saberes e Pet- Ufrb e Recôncavo em Conexão. Ao final da
tarde os conexistas e petianos apresentaram em forma de pôsteres os seus trabalhos. Dia
10 de Dezembro foi o último dia do evento inicialmente com a mesa 6: Currículo,
Formação e Diversidade, com os participantes da mesa professor Roberto Sidinei
Macedo ( UFBA), professor Emanoel Soares ( CFP-UFRB), professora Maria Zuleide
da Costa da ( UFPB), debatedora professora Maria Regina e coordenadora Pró- reitora
da Prograd professora Suzana Pimentel. O professor Roberto Sidinei iniciou falando
sobre o ensino como mediação para chegar até as pessoas que se constitui um processo
de cidadania, em seguida com o questionamento O que é formação? Aprendizagem do
sujeito que se constitui como cultura que constrói e cria saberes. A formação não se
compriende não se explica, pois não se explica a experiência do sujeito e sim,
compriende por meios educacionais. A experiência formativa não é acessada, o
currículo científico é determinado exige eficácia ,etc um dos contexto avaliado pela
CAPES, CNPQ etc. Foi abordado também o conceito de currículo nas políticas e
práticas educacionais que configura o processo de conhecimento, atividades e
competências. A formação não é uma propriedade privada formativa, formação
acontece em todos os meios culturais e a educação precisa saber disso. A diversidade
cultural é étnico etc, produz formação. As disciplinas são indigestas pois vem prontas.
Estas foram algumas reflexições feitas pelo o professor Roberto Sidinei. O professor
Emanoel falou sobre a questão do Racismo este como fruto da acadêmia e é a cadêmia
que tem que desconstruir. No período da tarde a mesa 8 tinha como tema: Diálogos
Sobre Ensino Superior, Política e Formação com os participantes da mesa professor
Naomar de Almeida ( UFBA), Sônia Sampaio ( UFBA), professor Cláudio Orlando (
CHAL- UFRB) e coordenando a mesa professora Ritas Dias. A professora Sônia
Sampaio falou sobre a relação do saber que depende da história do sujeito, e a
universidade não pode ignorar a história do estudante. A relação do saber se construiu
com relação ao outro. A necessidade de uma desmistificação da avaliação dos
professores e dos estudantes. Quem poderia avaliar os nossos professores ? Para alguns
professores ser avaliado pelos alunos é insuportável. A universidade estar organizada
apartir da docência e avaliar os professores não pode ser visto como uma arrevanche.
Depois da discussão da mesa a professora Rita agradeceu a presença de todos.
Durante o Colóquio eu participei da recepção ficando todos os dias do evento no
credenciamento, onde todos os inscritos receberam o kit com garrafa, bloco de
anotações e bolsa. Participei de todas as mesas onde obtive muitos conhecimentos. O
único dia que me chatiei e muito foi no dia 9 na sexta-feira onde um participante da
platéia pediu para fazer pergunta e acabou escolhanbamdo a universidade e os
participantes da mesa, o que mais me surpreendeu foi vêlo-lo falar que a universidade
Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB é a pior do planeta e estudantes da mesma
instituição que recebem bolsa de programas vinculados a instituição bater palmas para
essa pessoa que se diz ser professor Moisés, é repugnante tal atitude dos estudantes,
pois se não presta para que estar ocupando uma vaga para quem quer vestir a camisa da
universidade?
A minha avaliação geral é que o evento foi maravilhoso e espero que tenha nos
próximos anos e que lote o anfiteatro da UFRB.
Parabenizar a professora Gorette que ficou responsável na organização do colóquio,
pelo o seu desempenho, porém uma critica construtiva o evento deveria ter uma
organização programada anteriormente pois tudo foi feito na hora ninguém sabia o que
ia fazer mas todos se juntaram e fizeram o possível para dá tudo certo e deu. Agradecer
a professor Cláudio e professora Rita Dias pelo total envolvimento no evento como
coordenadores foram maravilhosos excelentes, obrigada por da a oportunidade a mim e
os meus colegas em participar de um evento tão grandioso em diversos sentidos.
INTERPET-AMARGOSA
Iniciou-se o I – INTERPET Organizado pelo Grupo PET-Educação e Sustentabilidade
com uma roda de capoeira que trouxe na fala dos integrantes um resgate histórico da
capoeira bem como aspectos culturais da mesma. Teve a presença dos PET´s – Mata
Atlântica: Conservação e Desenvolvimento, Afirmação, Acesso Permanência e Póspermanência, Zootecnia, Conexões Socioambientais, Ufrb e Recôncavo em Conexão e
do PET- Engenharia da Computação da UEFS Logo após se iniciou a palestra do
Professor Djeissom Silva Ribeiro doutor em educação que palestrou sobre a temática:
Conhecimento Colaborativo – Construção em Rede. Sob o aspecto metodológico a
palestra fluiu muito bem, gerou dúvidas e anseios por saber um pouco mais da temática
e o desafio constante que temos de questionar as formas de conhecimento, desde do
empírico ao teórico acadêmico. Na plenária final tivemos uma explanação de como
ficou a direção executiva da ABAPET pelo então Matias, neste sentido foi solicitado
mais esclarecimentos da direção que ficou de postar na lista de e-mails do grupo sua
composição. Trouxe também a necessidade do indicativo da organização do próximo
ENEPET, que obrigatoriamente seria no Estado da Bahia, como não tínhamos quórum
representativo no momento decidiu-se que as escolas presentes se colocaria para se tirar
um indicativo e no ENEPET se faria uma reunião para decidirmos onde seria a sede. A
única escola que se colocou foi a UEFS, que segundo o Prof. Tutor Pablo Fica reuni
fatores preponderantemente positivos para realização do próximo ENEPET, o qual a
plenária não houve descenso. Tirou-se da plenária que a realização do próximo
INTERPET institucional será decidido pela lista de e-mails devido a falta de alguns
grupos. Ao final fomos agraciados por uma dinâmica de grupo no qual se refletiu que o
conhecimento tanto constrói como desconstrói a todo momento finalizando com a voz e
som duma talentosa jovem que nos envolveu em seu ritmo africano.
II Colóquio Internacional do Observatório da Vida Estudantil- OVE
Participação como ouvinte do II Colóquio Internacional do Observatório da Vida
Estudantil- OVE 31 de Maio. Abertura do evento às 18:30 h início da primeira
conferência: Responsabilidade Social das Universidades na Sociedade Contemporânea:
Desafios e Contradições com Alain Coulon das 19:30h às 21:00h. Dia 1 de Maio
participação das mesas: Programa de Educação tutorial na universidade: estudo sobre
currículo, acesso, permanência e pós-permanência com o professor Cláudio Orlando
Nascimento das 10:30 ás 11:05, posteriormente início da mesa: Nova universidade,
novos alunos: Quem são, como vivem, o que esperam os estudantes dos Bacharelados
Interdisciplinares da UFBA, com Sônia Sampaio, Jacira Barbosa, Ilison Santos, Narla
Fernandes e Marília Dantas,das 11:05 ás 11:40, última mesa da manhã: Afiliação
Estudantil de uma estudante surda: um estudo de caso com Letícia Silveira e Sônia
Sampaio, das 11:40 às 12:15.
Mesa com o Professor Cláudio Orlando
Curso para atualização do blog
No dia 15 de Junho na Biblioteca da UFRB foi oferecido ao grupo pet um
curso
para
atualização
do
http://petconexaoufrbreconcavo.wordpress.com/
nosso
O
senhor
blog:
Geraldo
funcionário da UFRB atuante na Pró Reitoria de Políticas Afirmativas e
Assuntos Estudantis- PROPAAE foi quem ministrou o curso.
Milton Santos:
Pesquisa sobre: Currículo
Currículo
Aline Santos dos Santos
Djane Ferreira
Tutor: Claudio Orlando Nascimento
O Conselho Nacional de Educação (CP) nº 2, de 19 de fevereiro de 2002 Institui a
duração e a carga horária dos cursos de 1icenciatura, de graduação plena, de formação
de professores da Educação Básica em nível Superior. Os cursos deverão ter no mínimo,
2800 (duas mil e oitocentas) horas nas quais a articulação teoria-prática garanta, nos
termos dos seus projetos pedagógicos, as seguintes dimensões dos componentes
comuns:
I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao
longo
do
curso;
II - 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início
da
segunda
metade
do
curso;
III - 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de
natureza
científico-cultural;
IV - 200 (duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmico-científicoculturais.
Parágrafo único. Os alunos que exerçam atividade docente regular na educação
básica poderão ter redução da carga horária do estágio curricular supervisionado até o
máximo
de
200
(duzentas)
horas.
Art. 2º A duração da carga horária prevista no Art. 1º desta Resolução, obedecidos
os 200 (duzentos) dias letivos/ano dispostos na LDB, será integralizada em, no mínimo,
3
(três)
anos
letivos.
Art
3º
Esta
resolução
entra
em
vigor
na
data
de
sua
publicação.
Art. 4º Revogam-se o § 2º e o § 5º do Art. 6º, o § 2º do Art. 7º e o § 2º do Art. 9º da
Resolução
CNE/CP
1/99.
No curso de Biologia em Licenciatura da universidade Federal do Recôncavo da BahiaUFRB a carga horária é de 2.818 horas distribuídas em disciplinas obrigatórias: 1972 h,
optativas: 238 h, estágio: 408 h e atividades complementares: 200 h com o tempo de
integralização, tempo mínimo: 4 anos, tempo médio: 5 anos e tempo máximo: 8 anos,
forma de ingresso: Concurso vestibular regime de matrícula: Semestral. Apesar de o
curso ter 2.818 de carga horária esta se encontra mal distribuída entre as disciplinas,
como por exemplo: Fisiologia Humana tem apenas 68 horas dividida em teórica e
prática, pois o essencial seria no mínimo 90 horas, Histologia e Embriologia também
com 68 h e ainda são administradas juntas. É necessário que amplie a carga horária do
curso para no mínimo 3.000 h com introdução de novas disciplinas como Metodologia
da Pesquisa, Estatística, parasitologia e separação de Biologia Celular de Molecular,
Zoologia dos Invertebrados I e II e dentre outras, os discentes do curso de Biologia em
Licenciatura vêem essas necessidades e as pedem constantemente a coordenação a qual
nos mostra apenas promessas. As disciplinas optativas que consta no plano de curso são
boas, infelizmente menos da metade foram aplicadas e sempre que as têm é na área de
educação, o estudante não tem direito de escolha nas disciplinas optativas, pois é
oferecida só uma semestral tendo os discentes que cursar para conseguir a carga horária
das optativas. As atividades complementares são contadas como 200 pontos e para isso
é necessário ter diversas participações em eventos o que ultrapassa das 200 horas, pois
todas as atividades equilave a uma determinada pontuação, por exemplo: estágio extracurricular máximo 60 pontos ( 01 ponto para cada 10horas), monitoria máximo 20
pontos ( 5 pontos por semestre), projetos com bolsa 10 pontos por bolsas( máximo 20
pontos), participação em projeto de pesquisa máximo 20 pontos ( 5 pontos por
semestre) etc. Ultimamente a universidade tem apresentados vários evento como a
Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência – SBPC, II Jornada de Extensão
Universitária da Bahia – Jeube, e o mais recente Reunião Anual de Ciência, Tecnologia,
Inovação e Cultura no Recôncavo da Bahia- Recitec, e também os eventos organizados
pelos cursos da universidade, estes ajuda os discentes a conseguir cumprir os 200
pontos.
O curso de Biologia em Licenciatura é noturno, as aulas práticas nos laboratórios
também são a noite onde estes se encontram distantes dos centros de aula sem
iluminação, durante as práticas falta microscópios, reagentes, e também é notória a
necessidade de um prédio de Ciências Biológicas com laboratórios didáticos.
Grade Curricular:
ISemestre
Biologia
Celular
Molecular
(85)
IISemestre
IIISemestre
IVSemestre
VSemestre
VISemestre
VIISemestre
VIIISemestre
Organização
da
Educ. Bras e
Políticas
Públicas (68)
Ecologia geral
(68)
Práticas
educacionais
em ecologia
(68)
Estágio
supervisiona
do
III
(102)
Estágio
supervisiona
do
IV (102)
Informática
Genética
Aplicada a geral
Educação
(68)
(34)
Didática
Bioquímica
(68)
(85)
Evolução
(34)
Educação
Ambiental
(51)
Oficina de
ensino em
biologia
(68)
TCC
(34)
Zoologia dos
Vertebrados
(102)
Microbiologia
(68)
Geologia e
Paleontologi
a
(68)
Optativa III
Libras
(51)
Zoologia de
Invertebrado
s
(102)
Estágio
Supervisionad
o
I
(102)
Fisiologia
Vegetal
(85)
Pesquisa em
educação
(51)
Optativa IV
Fisiologia
Humana
Avaliação e
Educação
Optativa I
Estágio
Supervisionado
Optativa II
Histologia e Sociologia e
e Embriologia Antropologia
(85)
da Educação
(68)
Morfologia e Anatomia
Anatomia de Humana
Angiosperma
(68)
(68)
Filosofia da Sistemática
Educação
Vegetal
(68)
(85)
Matemática
para Biologia
(51)
Psicologia
Educacional
(68)
Complemento Física
de Química
(51)
(68)
(68)
(34)
II
(102)
Atividades Complementares (200)
CARGA HORÁRIA DE DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS
CARGA HORÁRIA DE DISCIPLINAS OPTATIVAS
CARGA HORÁRIA DE ESTÁGIO
CARGA HORÁRIA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CARGA HORÁRIA DE MONOGRAFIA
CARGA HORÁRIA TOTAL
1938
238
408
200
34
2818
Perfil do egresso:
Formulário
Nº 07
Ao final do curso o profissional terá a capacidade de:
-atuar como professor do ensino fundamental, no ensino de Ciências Naturais, e médio,
no ensino de Biologia de forma plena;
-utilizar os recursos didáticos de forma eficiente visando facilitar o processo ensinoaprendizagem;
-elaborar um plano de curso comprometido com a realidade dos alunos aos quais
leciona e que permita uma maior interação entre o conhecimento formal e o informal,
manifestado pelas tradições culturais presentes na vida dos alunos;
-atuar em projetos de educação ambiental;
-orientar a elaboração e execução de projetos de educação ambiental e outros que visem
a melhoria da qualidade de vida e preservação do meio ambiente;
-interagir com a comunidade na qual está inserido visando detectar necessidades e
carências relacionadas a problemas ambientais, sanitários e nutricionais, propondo
ações que possam reduzir ou eliminá-los, tanto no ambiente escolar quanto extraescolar;
-elaborar e desenvolver projetos de pesquisa em educação e outras áreas das Ciências
Biológicas.
28/08/2008
Em relação ao egresso do curso é necessário que seja feita as modificações já
mencionadas para que haja a ampliação do conhecimento na área biológica, a parte
pedagógica é razoavelmente administrada teoricamente e praticamente. Atualmente as
escolas estão seguindo os avanços da tecnologia, com a inclusão da lousa digital e
posteriormente tablets, a universidade não prepara o estudante nem teoricamente e nem
praticamente a utilizar essas novas tecnologias, ao se deparar com tais instrumentos no
mercado de trabalho no campo da educação ou da pesquisa como fazer para manuseálas? A instituição tema a lousa digital, porém muitos dos professores não sabem utilizálas, pois o tempo de treinamento foi insuficiente. Grandes partes dos discentes não
sabem como fazer um projeto de pesquisa, resumo expandido por não ter contato com a
metodologia da pesquisa, às vezes aparece cursos para instruir os alunos a escreverem,
porém com carga horária ineficiente. No perfil do egresso os estudantes no final do
curso estarão hábitos a fazerem projetos na área de educação ou biológicas, até então
não são orientados a fazê-los, geralmente as disciplinas da área de educação nos
incentivam a fazer pesquisa em campo nas escolas e a escrever artigos.
Muitas vezes em sala de aula nos é mostrado por parte de alguns docentes a super
valorização da parte pedagógica e críticas as outras disciplinas voltadas para a Biologia,
é um curso de Licenciatura, porém se não focar na parte Biológica o curso passará a ser
de Pedagogia. O preconceito do curso de Biologia em Licenciatura é vigente entre
alguns docentes e discentes em Biologia Bacharelado caso estes também na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS e muitos estudantes que terminam
o bacharelado em biologia acabam fazendo a licenciatura por conta de ter uma
oportunidade trabalho na área maior do que no campo da pesquisa.
Segundo o projeto pedagógico Formulário Nª 5 : A profissão de Biólogo foi
reconhecida pela Lei nº 6684/79, de 03 de setembro de 1979, modificada pela Lei nº
7017/82, de 03 de agosto de 1982 e regulamentada pelo Decreto nº 88438/83, de 28 de
junho de 1983, que criou CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA, da seguinte forma:
Art. 1º O exercício da profissão de Biólogo é privativo dos portadores de diploma:
I devidamente registrado, de bacharel ou licenciado em curso de História Natural, ou de
Ciências Biológicas, em todas as suas especialidades ou de licenciado em Ciências, com
habilitação em Biologia, expedido por instituição brasileira oficialmente reconhecida;
II expedido por instituições estrangeiras de ensino superior, regularizado na forma da
lei, cujos cursos forem considerados equivalentes aos mencionados no inciso I.
Art. 2º Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais
igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biólogo poderá:
I formular e elaborar estudo, projeto ou pesquisa científica básica e aplicada, nos vários
setores da Biologia ou a ela ligados, bem como os que se relacionem à preservação,
saneamento e melhoramento do meio ambiente, executando direta ou indiretamente as
atividades resultantes desses trabalhos;
II orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria a empresas, fundações, sociedades e
associações de classe, entidades autárquicas, privadas ou do Poder Público, no âmbito
de sua especialidade;
III realizar perícias e emitir e assinar laudos técnicos e pareceres de acordo com o
currículo efetivamente realizado.
28/08/2008
Uma questão observada nos cursos em relação à língua estrangeira como inglês e
espanhol é que só são vistas nos cursos de letras específicos em idiomas, é muito
importante que tenha nos currículos dos cursos de graduação tais disciplinas ou cursos
gratuitos na universidade que atenda a todos que tenha interesse, pois além de ser muito
válido para fazer um intercâmbio é essencial para ingressar no mestrado, sendo que
alguns têm provas com língua estrangeira para que se possa ingressar no curso.
Tendo em vista a grade curricular atual o Art. 2º, I, II e III não é possível realizar estas
especificações, pois não temos disciplinas voltadas para tais áreas. É necessário o estudo
dos currículos entre os discentes para que possa exigir dos centros em especial a
coordenação para modificar a situação existente do nosso currículo.
Referências:
Disponível em:
http://www.curriculosemfronteiras.org/index.htm
Acessado em: 06/10/2011
Disponível em:
www.mec.org.com.br
Acessado em:
06/10/2011
Projeto Político Pedagógico do curso de Biologia em Licenciatura da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB.
Pesquisa na Formação de Professores
Acredito que seja importante o professor do ensino básico, fundamental
e médio fazer pesquisa, porém não virá rótulo a questão “pesquisa do
professor” para que não desmereça o trabalho do profissional o qual é mal
remunerado. É importante sim o professor seguir as regras acadêmicas das
demais pesquisas, pois como estudante de licenciatura e com trabalhos feitos
em escolas e principalmente com as ideias dos meus professores em fazer
diversas pesquisas nas escolas não vejo dificuldade, até para publicar em
revistas eletrônicas é necessário seguir as regras da revista ou evento. O
professor tem que ser um pesquisador, até para conhecer mais a fundo o
espaço escolar e contribuir para sua formação. Não vejo tanta diferença assim
de um ensino superior, básico, fundamental e médio no quesito produção
acadêmica, pois todos podem fazer pesquisas e projetos. Algumas
universidades com cursos de Licenciaturas não dão incentivo para seus
estudantes a pesquisarem nas escolas ou fazerem projetos, pois os discentes
não tem uma visão de como trabalhar nas escolas no campo da pesquisa e
quando as tem é por causa de um professor que tem experiência acadêmica no
ensino escolar ( básico, fundamental e médio). As pesquisas dos discentes
durante a trajetória na universidade podem construir um novo cenário nas
escolas, cenário este que incentiva o futuro professor a querer sempre
aprofundar os conhecimentos e melhorar a educação.
Aline Santos
II Recôncitec
Gostei muito das apresentações feitas pelo nosso grupo e as que
assistir também. O evento em si eu não gostei, pois várias palestras
e minicursos foram desmarcados e as apresentações em pôster
não tiveram avaliação, falta de respeito conosco estudantes, pois
estudamos e produzimos os nossos trabalhos, mas para que? Para
ser colocados em uma sala ou no ambiente externo levar umas 2
horas assinar para pegar certificado e pronto.
Participei do mine curso Técnicas em Educação Ambiental, gostei
também apesar de não concordar com algumas coisas tipo: a
educação ambiental com disciplina no ensino fundamental. Não tem
que ser disciplina a escola deve trabalhar em conjunto a temática.
Petiana: Aline Santos dos Santos
26 de Outubro de 2012
Participação do grupo pet- UFRB e Recôncavo em Conexão no Encontro
Nordestino dos grupos pets ENEPET – 2013 em Fortaleza- Ceará
Colocar resumo????
Petiana: Aline Santos
02 DE Julho de 2013
Manifestações:
Ao lê pela internet e noticiários de jornais na TV sobre as manifestações,
inicialmente em São Paulo em razão do aumento da tarifa de ônibus fiquei
extremamente feliz, pois os atos de manifestos ultrapassaram as tarifas de ônibus. A
força jovem nas ruas gritando por melhorias de transporte público e muitos pelo passe
livre Já e dentre outros mobilizou e motivou o gigante como dizem os manifestantes: “
O Gigante Acordou” já estava na hora. Pais de família e trabalhadores saíram pelas ruas
com cartazes pedindo: educação pública de qualidade, saúde de qualidade, transporte
público de qualidade, salários digno, etc. Infelizmente as ações de muitos vândalos,
baderneiros rotularam os manifestos de arruaceiros, a polícia impedindo a população de
irem as ruas com bombas de efeito moral, spray de pimenta, onde vários cidadãos
saíram feridos e de acordo com os noticiários ocorrência de casos de morte. Aqueles
que foram revistados pelos policiais e que tiveram portando vinagre estavam sendo
preso, o vinagre na mochila estava dando até ordem de prisão, pois os manifestantes
descobriram que o vinagre amenizava a ardência do spray de pimenta, até repórteres
foram detidos por conta de estarem portando o vinagre.
Fonte: Google imagens
Mídia:
Inicialmente são “estudantes”, ou melhor, vândalos que se reuniram para saírem
as ruas e depredar os patrimônios público, isso segundo a mídia. Agora são
manifestantes que saem as ruas pacificamente pedindo melhorias na educação,
transporte, saúde, etc. Para conseguir ibope diante as outras emissoras o país assistiu os
noticiários com informações errôneos manipuladoras em relação aos atos que estavam
acontecendo em todo o país. Os brasileiros saíram nas ruas e mostraram sua cara para a
mídia nacional e internacional, gritando por melhorias e punição aos maiores corruptos
do poder público do nosso país, os quais saíram do poder por corrupção e voltaram
novamente sem ter punição e sem devolver o que roubou dos cofres públicos.
Governo:
No começo das manifestações as tropas de segurança tiveram ordem de prender,
bater, enfim violência para esses atos que prejudicam a ordem. Com a grande proporção
de cidadãos indo as ruas para protestar os governantes mudaram de estratégia: não ao
uso de bala de borracha e spray de pimenta, proteger os manifestantes dos “vândalos”
que estão atrapalhando os manifestos. Ao vê que o posicionamento crítico das pessoas
pelos altos custos de investimento na copa das confederações e Copa do Mundo, pela
falta de atendimento com qualidade e serviços de qualidade nas instituições públicas de
saúde, educação, transporte etc, finalmente a Presidenta Dilma Roussef senta com os
lideres das manifestações para ouvir o povo brasileiro. Agora no senado a tão polemica
reforma política.
Manifestação em Valença- BA:
Como houve uma contagiante onda de passeatas pelo Brasil, a cidade que eu sou
natural Valença-BA também teve o ato público de ir às ruas, que dizer da praça para a
ponte da cidade, pois com o antecedente de manifestação anterior na cidade que
ocasionou tumulto, roubos, etc os cidadãos valencianos ficaram com medo de participar,
grande parte dos manifestantes foram de jovens estudantes da cidade e os que estavam
de férias na cidade. Durante a concentração na Praça da República os comerciantes
fecharam as portas do comercio, segundo eles evitar que o ocorrido anteriormente se
repita. O manifesto foi pela falta de segurança na cidade, onde morre três, quatro por
semana, tirando as vitimas de acidentes de moto e carro. As mortes é por conta de
drogas, tráfico de armas, etc. Acho válida tal manifestação, porém tal ato de sair nas
ruas para pedir e mostrar sua voz já deveria ter acontecido a muito tempo, pois a cidade
tem jovens motivadores para tal, estudantes de direito, pedagogia, enfermagem e dentre
outros, que sabem o quanto a cidade sofre com a falta de projetos e investimentos em
áreas como a saúde por exemplo que é um caos. Muito me revolta o posicionamento de
grande parte da sociedade valenciana em ficar calada e aceitar tudo que vem de cima
para baixo. Mais assim como os jovens de São Paulo que se levantaram contra os
aumentos abusivos das tarifas de transporte os quais são geralmente em péssimas
condições e sem segurança, tenho a esperança de ver o povo valenciano participar
ativamente das decisões tomadas pelos nossos governantes municipais.
Manifestação: Vem Pro Currículo!
Inovador mudar a tão sonhada e preocupante Grande Curricular para
Componentes Curriculares como chamam os educadores, infelizmente vivi em um
período que nada podia mexer, é assim e tem que ser assim, graças aos encontros
realizados pelo Diretório Acadêmico- DA de biologia e com o colegiado do curso duais
propostas de componentes curriculares foram elaborados e posto em votação. A
reformulação dos componentes curriculares e a troca da coordenação motivaram os
estudantes de biologia a querer sonhar mais e virar alguns sonhos em realidade.
Sites de navegação sobre as manifestações:
http://www.cartacapital.com.br/
http://www.globo.com.br