DISGRAFIA: a dificuldade por detrás da aprendizagem nos anos
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DISGRAFIA: a dificuldade por detrás da aprendizagem nos anos
DISGRAFIA: a dificuldade por detrás da aprendizagem nos anos iniciais RESUMO Este é um estudo bibliográfico no qual provocamos uma reflexão sobre as dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita, especificamente sobre a Disgrafia. Tendo sua importância no entendimento da “disgrafia”, de forma que possamos compreender os fatores que influenciam diretamente nas dificuldades de aprendizagem da escrita. Apresentamos os principais fatores elencados como eliciadores que mais prejudicam a criança com disgrafia. De acordo com os autores utilizados estes estão na falta de noção sobre orientação e organização espacial, lateralidade, fatores emocionais, ortografia, canhoto e o desenvolvimento motor. Palavras-chave: Disgrafia. Dificuldade. Problema. Escrita. Métodos. ABSTRACT This is a bibliographical study which provoked a reflection on learning difficulties in reading and writing, specifically on Dysgraphia. Having its importance in understanding the "dysgraphia", so that we can understand the factors that influence directly in writing learning difficulties. We present the main factors listed as elicitors that most affect children with dysgraphia in this cluelessness about orientation and spatial organization, laterality, emotional factors, spelling, left-handed and motor development. Keywords: Dysgraphia. Difficulty. Issue. Writing Methods. INTRODUÇÃO Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. (Paulo Freire) A disgrafia é uma dificuldade que pode ser percebida desde os anos iniciais do ensino fundamental. Através dos estudos literários que referenciam o tema em estudo, percebemos que a Disgrafia, ainda nos dias atuais é pouco conhecida; para muitos educadores um verdadeiro desafio, que pode geralmente estar relacionada à falta de conhecimento dos mesmos e de como aprender a lidar com o desconhecido. O motivo principal em pesquisar esse tema, está diretamente relacionado às vivências ligadas à educação, da necessidade de compreender por que algumas pessoas possuem a grafia tão “feia”. Somente após os estudos realizados sobre a Disgrafia pudemos entender que a falta de conhecimento do educador sobre qualquer dificuldade de aprendizagem que a criança apresenta no início de sua vida escolar, poderá prejudicar seu desenvolvimento. Assim, estudamos a “disgrafia” enquanto disfunção do desenvolvimento do ato de escrever. Ao longo do trabalho também ressaltamos a importância de um diagnóstico precoce em relação à Disgrafia. Esperamos contribuir com os profissionais da educação e aos pais, sobre esse distúrbio de aprendizagem que muitas crianças sofrem, passando muitas vezes despercebidos e sendo rotulados como crianças “relaxadas” e “preguiçosas”. Pode-se perceber que uma criança com esse distúrbio não apresenta nenhum problema visual, motor ou intelectual, apenas têm a escrita mal elaborada, que levando a enfrentar muitos obstáculos na iniciação a vida escolar, provocando baixa autoestima, desmotivação, entre outros problemas. Destacamos também alguns dos principais fatores que acarretam o aparecimento deste distúrbio na escrita e como eles influenciam no desempenho escolar das crianças que tem dificuldade de aprendizagem na escrita. Caracterizamos assim a disgrafia e a importância do trabalho em conjunto da família e escola considerando-se os aspectos neurológicos, psicológicos e sociais relacionados a este déficit. Definições da Disgrafia A Disgrafia é definida como uma alteração da escrita na qual a criança apresenta dificuldades em escrever letras e números, apresentam uma escrita fora da normalidade em relação à norma-padrão, isto é, uma caligrafia deficiente, com letras mal elaboradas e mal proporcionadas, neste caso conhecida como “letra feia”. Isso acontece quando a criança não consegue associar o desenho da letra que corresponde a sua representação e, é na tentativa de controlar essa dificuldade que a criança torna a escrita lenta, escrevendo um amontoado de letras, deixando assim a escrita ilegível e desorganizado. Será considerada disgráfica toda criança cuja escrita seja defeituosa, quando ela não tiver um importante déficit neurológico ou intelectual que justifique. As crianças intelectualmente normais escrevem devagar e de forma ilegível o que atrasa seu processo escolar. É um transtorno psicomotor que costuma surgir como parte da síndrome dispráxica ou dentro do quadro da debilidade motora. (GÓMEZ E TERÁN, 2009, p.163) Atualmente a disgrafia ainda é um distúrbio pouco conhecido entre os pais e professores e, é somente na escola quando a criança começa a desenvolver a escrita, que o professor (a) percebe que a criança tem dificuldade na escrita, demora mais para concluir as atividades ou geralmente não consegue terminá-las. As principais características apresentadas na Disgrafia estão na pressão da letra e a falta de coordenação dos movimentos, geralmente a criança força o lápis ou a caneta, traçando fortemente a letra ou levemente como forma de compensar; a letra tem dimensões irregulares, angulações, tremores, inclinações e arranjo espacial desordenado; a letra disgráfica muitas vezes é confundida com a má caligrafia, devido à falta de conhecimento dos pais e professores em relação à Disgrafia entende-se que ela seria a continuidade de uma fase pré-caligráfica, onde muitas vezes passa despercebida, sendo identificada apenas quando a criança começa a ter problemas na escola, ou seja, um problema que se apresenta quando a criança tem dificuldade em passar para a escrita o estímulo visual da palavra impressa, interferindo, assim na aprendizagem, fazendo com que os disgráficos sejam rotulados como relaxados e preguiçosos. (SAMPAIO, 2011, p.108). De acordo com os estudos de Almeida (2010, p. 8) a Disgrafia pode ser diagnosticada já nos primeiros anos escolares, é possível perceber através de observação no traçado da criança com três ou quatro anos de vida, se ao escrever ela coloca muita força no lápis. Diante da suspeita de que a criança venha a ser Disgráfico, o primeiro passo é iniciar uma investigação minuciosa comparando o traçado da criança em relação à grafia de outras crianças com a idade equivalente, sendo possível diagnosticar, através de desenho, rabiscos e outros. Existem atualmente estudos que defendem a tese de que crianças com Disgrafia terão, provavelmente, no futuro L.E.R. (lesão por esforço repetitivo), e outras complicações envolvidas com ombros, braços, mãos e dedos, considerando-se que tais casos, a pessoa traz em si uma tendência para tensão que se inicia na cabeça, passando para o pescoço e avançando ate as extremidades, ou seja, até a ponta dos dedos. São definidos dois grupos básicos de desempenho no que diz respeito à forma de pressão, tipo de traçado, noção de espaço e energia empreendida na atividade: Criança Hipertônica- esse tipo de crianças não tem noção de medida de força que ira usar, apertará muito o lápis, chegando às vezes a machucar os dedos. Terá tensão forte nos ombros e nos braços, também terá dificuldade em dosar a energia necessária para interromper um traçado. Criança Hipotônica- a criança com esse tipo de problema terá tendência a escorregar sobre a folha de papel e as letras serão disformes. Terá dificuldade em relação à direção que irá dar ao lápis. (ALMEIDA, 2010, p. 9) A disgrafia pode estar relacionada a um problema perceptivo-motor, nas disposições das letras e dos conjuntos gráficos do espaço utilizado. A criança com disgrafia não apresenta necessariamente dificuldades visuais ou motor, nem apresenta qualquer comprometimento intelectual, elas simplesmente apresentam desordem no texto, margens mal feita, que não são respeitadas, espaços irregulares entre palavras e linhas, traçados de má qualidade, pequenos ou grande demais, movimentos contrários aos da escrita convencional, isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra, quando o disgráfico tenta recordar as letras ele escreve lentamente unindo inadequadamente as letras, tornando assim ilegível. Para Sampaio, (2011), A disgrafia caracteriza-se por uma escrita mal elaborada, feia, não se conseguindo muitas vezes decifrar o que esta escrita. Há vezes nem a própria criança consegue entender o que escreveu. Entre os adultos a disgrafia é encontrada, de modo tradicional, principalmente no meio médico, pois poucos são os que conseguem decifrar o que foi escrito no receituário. (SAMPAIO, 2011, p.105) Uma criança que não tenha solidificado realmente na alfabetização poderá tornar-se frustrada diante da educação formal, e terá dificuldade em todo seu processo evolutivo de aprendizagem, apresentará baixo rendimento escolar e sua auto-estima aos poucos será minada, podendo manifestar ações reativas de comportamento anti-social, desinteresse e, muitas vezes, a evasão escolar. A aprendizagem do dispráxico caracteriza também no adulto, jovem e adolescente, pode se observar que ao trabalhar com adultos, percebem-se em sua trajetória as conseqüências pessoais e sociais da ausência de um diagnostico precoce da Disgrafia. As reações impeditivas do aprendizado antes manifestada na escolaridade, agora são transpostas à vida familiar, a qualificação profissional e ao mercado de trabalho. Questões na aprendizagem da escrita, não resolvidas em tempo hábil, seguem e se agravam no decorrer da vida adulta. No entanto mantém também no adulto a possibilidade de serem resgatadas trabalhadas e solucionadas mediante avaliação e atendimento psicopedagógico ou psicológico (ROTTA, 2007, p. 246). Fatores que causam a Disgrafia Segundo Ajuriaguerra (apud MORAIS, 2006, p.137) em suas pesquisas realizadas na França detectou alguns fatores podem ser consideradas causas das disgrafia como: o desenvolvimento motor, o predomínio lateral, a orientação e organização espacial, desenvolvimento mental, desenvolvimento da linguagem, fatores ambientais, adaptação afetiva e a ortografia. O desenvolvimento motor apropriado é muito importante para ter uma qualidade gráfica, pois a escrita é uma atividade motora. Ao escrever a criança realiza uma série de movimentos no corpo, somente quando atingir o nível ideal de desenvolvimento motor, passa a desenvolver uma escrita rápida, precisa, legível e sem cansaço. A coordenação motora passa por diversos estágios, sendo que em cada estágio de desenvolvimento, os movimentos corporais desempenham uma determinada função, até atingir total controle do grafismo. Isto acontece através da fixação do cotovelo na mesa e na movimentação ligeira dos dedos e mãos durante a escrita. No desenvolvimento da motricidade, a escrita exige certa habilidade e perfeito domínio do gesto, além da pressão do lápis, é necessário coordenar e frear os movimentos para que sejam suficientemente desenvolvidos. (MORAIS, 2006, p.137). Uma criança Disgráfica que não possui predomínio lateral pode vir a desencadear vários problemas de aprendizagem. Uma criança que é obrigada a escrever com a mão não dominante pode vir apresentar uma serie de dificuldades gráficas (geralmente, este fato ocorre com crianças canhotas que são obrigadas a se utilizarem da mão direita por pressão dos pais e professores). A escrita destas crianças caracteriza-se por tremores, falta de precisão gráfica, dificuldades de organização espacial e cansaço freqüente. (MORAIS, 2006 p. 138). E se a criança é destra nas extremidades e no olho apresenta uma grafia mais uniforme e harmônica, o caso se complica ainda mais quando existe uma lateralidade contrariada, cruzada e indefinida, ou seja, quando os olhos e as mãos não apresentam uma lateralização comum (MORAIS, p.138). No caso do canhoto eles têm mais probabilidade de desenvolver uma disgrafia do que o destro. Pode-se afirmar que ambos estão sujeitos a apresentarem uma disgrafia, se não forem adequadamente orientados sobre a postura corporal a adotar durante a escrita, sobre a posição da folha de papel e a pressão do lápis. (MORAIS, 2006 p.138) Morais (2006, p.138) afirma que vivemos em uma sociedade que valoriza o uso da mão direita e tem variedades de modelo de postura a ser adotado, o canhoto geralmente precisa de orientações concretas para desenvolver o comportamento gráfico adequado, o professor deve estar sempre atento em relação à postura adequada que a criança deve adotar, geralmente a letra feia e desorganizada é fruto de uma postura incômoda, que causa distensão muscular, fortes dores e grande cansaço, porém a mão em asa é a única forma que a criança tem para escrever rápido e poder visualizar o que esta escrevendo, muitas vezes eles até percebem a causa da letra feia, mas por si só não conseguem melhorar, sem as devidas orientações, provavelmente o canhoto apresentará sérios problemas posturais que vão afetar seu nível gráfico. Para dar inicio à escrita a criança precisa ter noção de orientação e organização espacial, esse conhecimento eles vão adquirindo no decorrer da aprendizagem, que para escrever precisam começar da esquerdo-direita e de cima para baixo. Que as letras devem seguir uma seqüência, o mesmo deve acontecer com a colocação das palavras no texto. Para que uma historia escrita tenha sentido lógico e que possa ser compreendia por quem a lê, deverá ser apresentada de forma bem organizada. As linhas devem ser retas, as margens respeitadas, as idéias colocadas em determinada seqüência. Se a criança inicia a historia no meio da folha e a termina na parte superior da mesma, dificilmente conseguira transmitir o que deseja. (MORAIS, 2006 p. 139) A criança precisa entender que é possível escrever uma palavra alterando a seqüência visual ou auditiva da mesma, por isso, é muito importante a organização do texto na folha, se a criança não adquirir esse conhecimento, geralmente vão apresentar disgrafia, tanto as dificuldades de orientação espacial quando a utilização da folha de papel, as posturas inadequadas para escrever, ambas incidem diretamente sobre a produção gráfica da criança. A ausência do pré-requisito orientação temporal, pode causar dificuldades na pronuncia e na escrita de palavras, trocando a ordem das letras ou invertendo-as especialmente quando se trata de realizar ditado. Quando a escrita não respeita a direção horizontal do traçado, ocorrendo movimentos descendentes ou ascendestes, não respeita os limites da folha, acumulando as palavras ao sentir que a folha vai acabar ou, continua a escrever na folha continua, escrita irregular tanto em nível de direção como na dimensão das letras (MORAIS, 2006 p.37 - 38) A dificuldade de ritmo, em relação à escrita pode contribuir para o fato da criança não respeitar o espaço em branco entre palavras, escrevendo duas ou mais palavras unidas, apresentam dificuldades no ornamento das letras dentro das palavras, provocando omissões ou adições de silabas e falha na acentuação das palavras e principalmente durante a leitura. A falta de habilidade rítmica pode ser causa de uma leitura lenta e silabada, já que a leitura é constituída por uma sucessão de elementos sonoros. A pontuação e a entonação que a criança dá, durante a leitura de um texto também são conseqüência da habilidade rítmica. (MORAIS, 2006 p. 39) Por isso, é de suma importância trabalhar o ritmo durante o período da préescolar, desta forma a criança vai desenvolver a percepção de tempo, duração dos sons e das pausas. O desenvolvimento mental é uma variável importante dentro do processo gráfico, pois ao escrever, é imprescindível que se compreenda o significado dos signos gráficos traçados. Ao escrever, além de obedecer a uma determinada orientação e seqüência espacial, devem-se respeitar a seqüência dos sons, uns ocorrem antes outros depois, ao transcrevê-los para o papel. No desenvolvimento da linguagem o objetivo da escrita é a transmissão da linguagem oral, fica claro que um bom domínio da mesma, facilita a rapidez da escrita. Se a criança, ao falar, troca letras, inverte a seqüência dos sons, tem vocabulário pobre, terá mais dificuldade para escrever do que outros que não apresenta essa dificuldade. A criança que apresenta dúvida, em relação à grafia correta para traduzir determinada som, apresenta em seus escritos retoques e má formação de letras e palavras. Porém, ainda percebemos que dentre todos estes fatores existe a predominância da adaptação afetiva, onde se leva em consideração que a família é a primeira sala de aula na educação da criança e o estado emocional esta diretamente ligada com o desenvolvimento da disgrafia. A criança quando não entende o objetivo da escrita, geralmente encaram a atividade como uma tortura não sente motivação para escrever e, quando escrevem a letra é descuidada, normalmente escrevem errado, com uniões de letras, etc. O nível de ansiedade é outro fator que tem relação direta coma qualidade gráfica. Pode-se observar que crianças muito ansiôgenas, apresentam uma escrita muito tremida, que é ocasionada pela incapacidade de controlar o movimento da mão. Da mesma forma, o tamanho da letra parece estar relacionado com as características da personalidade da criança. Uma criança tímida com dificuldades de se relacionar com o ambiente e de tomar iniciativa costuma ter uma escrita demasiadamente pequena, enquanto que uma criança extrovertida tende a fazer uma letra grande. (MORAIS, 2006 p. 140) Para um bom desenvolvimento sócio-afetivo da escrita ela depende de uma aprendizagem escolar e, para que essa aprendizagem se conclua, é necessário que a criança tenha motivação para estudar e aprender, ou seja, é necessário um bom relacionamento entre pais, professores e colegas. Uma criança com problemas familiares, que não interage com os colegas e professores, que não se interessa em aprender a ler e escrever provavelmente vai apresentar dificuldades na aprendizagem. Fatores emocionais, diferentes desajustes emocionais também podem surgir em função de uma dificuldade de aprendizagem. A aprendizagem da escrita é considerada como uma das tarefas mais importante na escolaridade precoce. As crianças que falharam nessa área podem ter a auto estima afetada. As dificuldades de aprendizagem e os problemas emocionais freqüentemente estabelecem uma relação recípocra, podem produzir leves desajustes emocionais e estes, por sua vez, pode agravar os problemas de aprendizagem. Neste caso uma vez compensado a dificuldade, podemos ver que a parte emocional também melhora. (GOMEZ e TERÁM, 2009, p.102). Diante dos problemas emocionais a família deve oferecer condições adequadas para que o ensino aprendizagem seja um sucesso. Neste caso, a escolaridade dos pais é um fator importante para influenciar o desempenho e a estimulação da criança para um melhor envolvimento com os estudos. O hábito da leitura é fundamental para o desenvolvimento cognitivo da criança, no caso de famílias com problemas de alcoolismo, drogas e outras dependências são fatores que influenciam diretamente o estado emocional da criança, ao relacionar à autoimagem negativa dos problemas familiares, traduz nas dificuldades que as crianças apresentam no manuseio do lápis ou caneta e das dificuldades de orientação espacial (RELVAS, 2010, p.59). Em relação ao meio ambiente segundo Morais (2006, p. 37-38), estas crianças podem apresentar dificuldade em organizar-se, deixando objetos de uso pessoal e escolar desordenadamente, ao locomover-se frequentemente esbarram em objetos ou outras pessoas e dificuldade na escolha de caminhos ao desviar de obstáculos. A importância da relação que a criança mantém com a escrita no ambiente em que vive, é que ele pode elaborar e testar hipótese acerca da lógica de seu funcionamento, ela assimila a escrita interpretando-a de acordo com seu conhecimento. Durante o processo de alfabetização, as crianças desenham letras, copiam ou formam palavras, escrevem palavras ditadas pela professora, completam-nas, dominam a mecânica de decodificar o que estaescrita, independentemente do significado que as palavras escritas têm pra eles. (FONTANA e CRUZ, 1997, p.172). De acordo com Morais (2006, p.139) quando a criança não tem domínio da ortografia este poderá ser um fator que acarretar uma Disgrafia. A partir do momento que exige rapidez e um determinado ritmo gráfico, de uma criança que ainda não automatizou a relação SomLetra. Neste caso, a escrita das palavras é lenta e a maioria das vezes incompleta, porque o aluno tem dificuldade em recordar com rapidez qual grafia representa determinado som, esta duvida podem ocasionar uma escrita ilegível, retocada e confusa. (MORAIS, 2006 p.139) Uma deficiência em qualquer um desses fatores pode ocasionar, na criança, dificuldades na aprendizagem na escrita. Estas dificuldades podem traduzir-se numa disgrafia, ou uma disortográfica que é uma dificuldade de escrever corretamente a língua falada. A habilidade de escrever corretamente as palavras é o principal fator que leva a pessoa a ser eficiente na forma de expressão escrita. As deficiências do aprendizado de escrever podem advir de diversos motivos como, deficiência no período de alfabetização, má pronuncia das palavras, uma má qualidade de orientação no ensino da ortografia, problemas de visão e audição e não compreensão do significado das palavras. Tanto na Dislexia, quanto na Disgrafia o rendimento da aprendizagem escolar apresenta-se sempre muito inferior ao esperado e as crianças têm dificuldade de decodificar os escritos. O aprendizado da leitura envolve habilidades perceptivas, memória, decomposição das palavras em seus sons constituintes, a ligação da forma escrita da palavra com a forma falada, habilidades que devem se agrupar quando a criança começa a ler. No entanto, com base nesses pré-requisitos, muitos déficits têm sido apontados como causa da Dislexia e Disgrafia. (ALMEIDA, 2010, p. 20 a 21). No Desenvolvimento Psiconeurológico, os disgráficos em grande número de casos apresentam também uma dificuldade no desenvolvimento psiconeurológico. Para a realização de um trabalho eficaz, é necessário se fazer exercícios específicos para disgráficos bem como de forma geral, levando-se sempre em conta as etapas a serem seguidos, pois desenvolvimento neurológico e Disgrafia estão atrelados um ao outro. (ALMEIDA, 2010, p. 10). Algumas características psicológicas das crianças disgráficas Por que uma criança que não apresenta outros tipos de dificuldades geralmente escreve mal? Para Novaes (1976, p.258) o mecanismo da escrita exige certas condições sem as quais não haverá uma evolução harmoniosa neste setor. Assim, podemos destacar os seguintes: O desenvolvimento da motricidade – é imprescindível que as possibilidades de coordenação e de controle dos movimentos sejam suficientemente desenvolvidas para poder responder as exigências de precisão e rapidez de aprendizagem da escrita; O desenvolvimento mental- considerado no seu aspecto global e especifico relativo à função simbólica, uma vez que a escrita implica na compreensão do valor simbólico dos sinais traçados. Por outro lado, é uma atividade praxi-gnósica, complexa que exige orientação e estruturação no espaço, sucessão e ordenação no tempo; Desenvolvimento da linguagem, uma vez que tem por função essencial transmitir a linguagem oral. Através do resultado destes desenvolvimentos que há possibilidade de uma aprendizagem interna, na qual numerosos fatores, como relações parentais e comprometimento com a professora, podem influir. Para Assumpção Jr (2014, p.122) a disgrafia é a incapacidade de produzir uma escrita culturalmente aceitável, isso acontece quando o individuo não possui um nível intelectual adequado, que não recebeu a divida instrução e foi submetido ao mesmo processo de pratica da escrita que seus pares no decorrer de sua formação. Os diagnósticos que permitem a detecção das alterações na expressão escrita que se caracterizam por meio de avaliações das habilidades de escrita podem ser avaliadas considerando a idade cronológica, a inteligência e a idade apropriada para a vida escolar, falta de habilidade pode interferir significadamente no rendimento escolar ou em atividade da vida diária; a presença de um déficit sensorial, as dificuldades nas habilidades de escrita excedem as habitualmente associadas com esses problemas. Tipos de Disgrafia Na aprendizagem podemos destacar dois tipos de Disgrafia: a Disgrafia motora e a Disgrafia perceptiva. Na Disgrafia motora ou Discaligrafia, a criança ao executar a escrita, encontra dificuldade no traçado da coordenação motora fina, mesmo dominando a leitura e a fala. Na Disgrafia perceptiva, a dificuldade acontece na associação do símbolo e a grafia que representa o som das palavras e frases. Uma boa produção gráfica depende de vários fatores como: a postura adequada para sentar e pegar o instrumento da escrita, a posição da folha de papel, a perfeita coordenação motora fina, a capacidade de organização do traçado gráfico na folha de papel. Um déficit em qualquer um destes aspectos, sem duvida alguma, afeta o ritmo gráfico, a legibilidade do traçado e sua organização. Para Ajuriaguerra (1977, apud, MORAIS, 2006, p. 141), a disgrafia embora tenha características comuns, apresentam diferenças evidentes podendo-se destacar quatro tipos que se caracterizam por: rigidez no traçado, relaxamento gráfico, impulsividade e instabilidade no traçado, esforço excessivo de precisão e lentidão: Os rígidos: possuem uma escrita muito inclinada, geralmente comprimida, mas regular de direção, crispada, sobrecarregada de ângulos e empelotamentos, dando a idéia de extrema tensão, como se a própria criança fizesse grande esforço compensatório, o que agrava o problema. Os relaxados: o traçado relaxado é irregular a direção e as dimensões das letras mal formadas dispersas e pouco precisa, as linhas são mal feitas e as margens mal organizadas. Os impulsivos: os traçados impulsivos apresentam falta de controle no gesto gráfico, apressado e confuso, traçados rápidos e precipitado, falta de controle e organização, a escrita é irregular e estável, evidenciando-se prolongamento nos finais das palavras, nos acentos e pontuação; Os lentos: o traçado é extremamente lento, grande esforço de aplicação e de controle, procuram ter organização e controle nas letras e nas páginas, a escrita é regular tanto na dimensão como na inclinação. Naturalmente, há associações e exclusões entre os aspectos características desses tipos, sendo algumas exclusões nítidas, como, por exemplo, é impossível a criança ter ao mesmo tempo traçado lento e impulsivo. A associação mais freqüente é a do traçado irregular e impulsivo. Pode-se notar que é impossível falar de um único tipo de disgrafia, esta dificuldade gráfica pode-se desenvolver e manifestar-se de diferentes formas, dependendo da historia de vida de cada criança e da maneira como ela reage às pressões e as expectativas ambientais. O diagnóstico de uma criança com disgrafia e seu enquadramento num determinado grupo, de acordo com as características de seu traçado gráfico, não é a etapa final do trabalho do professor. Não há dúvidas da importância de um diagnóstico precoce, e de aceitar as dificuldades gráficas de uma criança, as quais a impedem de realizar um traçado de forma aceitável, mas só isso não basta para que os distúrbios do grafismo sejam superados. O professor deve ficar atento as possíveis posturas inadequadas para poderem corrigi-las o mais cedo possível e, com profissionais especializados, estabelecer estratégias de ajuda que favoreçam a qualidade do traçado gráfico. A escrita é a soma da praxia e da linguagem e somente pode ser realizada a partir de certo grau de organização da motricidade que implica numa fina coordenação de movimento e de desenvolvimento espacial. Há crianças com disgrafia que escrevem muito rápido e que não se atentam para a forma ou proporção das letras e a organização espacial é defeituosa, outras que possuem uma letra extremamente pequena, chamada micrografia, que torna difícil a compreensão do escrito. (GÓMEZ e TERÀN, 2009, p.130). O desenvolvimento do grafismo esta unida a maturação dos dedos médios e indicador, que permite obter o trípode manual, isso se refere à postura desses três dedos para segurar o lápis. Entre os quatro e os seis anos a criança já desenvolveu os movimentos finos de flexão e extensão que permitem o desenho e, sobre tudo a escrita. De acordo com Teberosky (1991, apud, SANTOS, 2009, p.29) A aprendizagem da escrita não é uma tarefa simples para a criança, já requer um processo complexo de construção em que suas idéias nem sempre coincide com as dos adultos. Para ler bem é preciso escrever bem. É um exercício constante, requer estímulo, requer conhecer o limite de casa um e é imprescindivelmente dar sentido ao que está sendo proposto. A sala de aula é um ambiente de troca da qual o professor ensina e é ensinado. Os pais e professores devem sempre estar estimulando as crianças a lerem e escreverem desde pequenos mesmos quando eles fazem apenas rabiscos, incentivar principalmente no período em que estão em processo de desenvolvimento da leitura e da escrita. A leitura e a escrita não podem ser consideradas atividades isoladas no processo de desenvolvimento da criança, estes dois processos gráficos fazem parte da evolução da linguagem, que se iniciam logo nos primeiros anos de vida. Para o professor poder ajudar o aluno com problemas de escrita, é preciso que realize uma observação cuidadosa e de forma constante, para poder identificar a dificuldade e como é o processo de aprendizagem da criança, ou seja, as atitudes do professor podem ajudar ou prejudicar ainda mais, pois crianças com esses problemas são muito sensível e suscetível a conflitos emocionais. O professor ao proceder às atividades de composição escrita deve criar um ambiente favorável e um clima de segurança, confiança e respeito mutúo, lembrando sempre que a criança reproduz na linguagem escrita a linguagem que usa oralmente. As idéias que as crianças expressam através da composição escrita decorrem das experiências que vivem; por isso, poderão aprimorar sua forma de expressão lendo e ouvindo trechos interessantes, ricos em conteúdos significativos e escritos numa linguagem clara, agradável, correta e literária. (SANTOS e SIMÃO, 1997, p.142) Para Sampaio (2011, p.100) o trabalho pedagógico dos professores com crianças disgráficas é primeiramente conscientizar o aluno de seu problema, não devem repreender a criança, mas motivá-los sempre que eles conseguirem conquistarem alguma coisa, na avaliação o professor deve procurar dar ênfase à expressão oral, evitar usar caneta vermelha nas correções dos cadernos e provas. Usar vários métodos para desenvolver a escrita o professor pode proporcionar atividades de forma que as crianças façam círculos, semicírculos, retas verticais e horizontais, trabalhar com letras move para eles aprenderem escrever, observar seu desenvolvimento o caça palavra tem um resultado positivo e lúdico, textos enigmáticos, usarem materiais onde eles possam utilizar as mãos e os dedos com mais freqüência. Métodos utilizados com crianças Disgráficas Alguns métodos podem ser utilizados com crianças Disgráficas como o método de relaxamento, com técnicas de pintura e de desenho que permiti o relaxamento motor e o uso de instrumento mais adequado do que os de precisão fina da escrita, a utilização de grandes desenhos e traços que importem uma amplitude maior dos movimentos e menor tensão, levando-se em conta que a escrita deve ser modo de expressão e comunicação e não de tortura ou suplicio. É nos anos iniciais que a maioria das crianças apresenta um nível de desenvolvimento mental, que possibilita a aprendizagem da leitura e da escrita, onde eles identificam e tem compreensão das palavras escritas e impressa. (MORAIS, 2006, p.17) É importante que o professor proporcione um período mais amplo de preparação do ensino de forma que seja mais individual, introduzindo gradualmente o ensino da leitura e da escrita, sempre em situações concretas. As formas gráficas a executar, devem-se considerar os seguintes componentes como, a leveza, agilidade, movimento de organização, respeitando as diferenças individuais. Na motricidade gráfica, a escrita é uma técnica de execução pessoal, que varia nas suas formas de organização de acordo com as idades, executados na base de certas atitudes posturais que devem ser conservada no decorrer dos movimentos, uma série de exercícios de progressão é destinada a melhorar a função motora. Para Almeida (2010, p.17) algumas sessões de exercícios são necessárias para um bom desenvolvimento das crianças com Disgrafia, como exercícios com as diferentes partes do corpo (braço, cotovelo-braço; ombros-antebraço; punho-mão); ensino sistemático da ortografia (ditado, treinos ortográficos com repetição de palavras de forma que a criança fixe a grafia correta das palavras, uso de dicionário); olhar a palavra e dizê-la devagar separando as silaba. Há também os métodos de relaxamento onde a criança acaricia e exercita as mãos a fim de ter total percepção na necessidade de utilização delas; grandes desenhos e traços para que tenham maior amplitude dos movimentos, diminuindo as tensões; técnicas de pintura, o professor pode utilizar o chão para grandes desenhos; colocar bolinhas de gude no chão para contorná-las com giz; exercícios de movimento para um lado e para outro, para frente e para trás, fazer teatro utilizando apenas as mãos, utilizar fantoche de dedo para realizar teatros, fazer modelagem com massinha e barro, pintura em gesso, fazer movimentos com os ombros e com os dedos uns nos outros. (ALMEIDA, 2010, p.18-19). Novaes (1976, p. 256 apud, Ajuriaguerra) fez uma pesquisa muito interessante na França com um grupo de 55 crianças que apresentavam distúrbios de linguagem e motricidade, de 8 a 14 anos, de escolaridade normal que apresentavam dificuldades na escrita e com 55 crianças da mesma faixa etária sem dificuldades gráficas. A pesquisa apresenta, varias técnicas e exames psicológicos que foram utilizadas para chegarem ao diagnóstico da disgrafia, sendo eles: teste de habilidade intelectual para testar o nível intelectual; ditados organizados com nível de dificuldade ortográfica; coordenação motora; teste de reconhecimento em relação à organização espacial e exame psicológico para testar o nível emocional e afetivo com relação à família e escola. Diante do resultado da pesquisa podem-se observar a conclusão do diagnóstico em relação à Disgrafia destacou-se das seguintes formas: No Desenvolvimento motor 50% das crianças apresentaram dificuldades nessa área. Na lateralidade 22% das crianças apresentaram dominância à esquerda ou dominância mal estabelecida, 16% escrevem com a mão esquerda. Assim, a dominância esquerda ou mal estabelecida não é suficiente para explicar, a existência de distúrbios gráfico-motor nas crianças disgráfica. Observou-se que 68% das crianças não têm noção de orientação e organização espacial. Na ortografia é interessante verificar que as classes dos alunos de 11-12 anos apresentaram maiores dificuldades, uma vez que escrevem mais rápidos e precisam de maior controle e habilidade motora. Em relação à adaptação afetivaemocional 30% das crianças apresentaram dificuldades emocionais. Assim concluíram que o aspecto psicológico mais deficitário é o da organização espacial, a seguir a da coordenação motora e o terceiro a adaptação afetiva. Pode-se verificar que a maioria das crianças que foram pesquisadas apresenta dificuldades e que pertence a uma ou duas das categorias. No entanto, tem grupos de crianças que não apresentaram nenhuma dificuldade nas provas psicológicas aplicadas. Ou seja, há caso de criança que tiveram o inicio da aprendizagem precária, sejam por questões pedagógicas, mudanças de professores ou de métodos. As perturbações da escrita apresentadas por uma criança estão raramente relacionadas com um único fator de causalidade, formas diferentes de disgrafia pode ser conseqüência do mesmo tipo de déficit, e o mesmo déficit não provoca sempre as mesmas perturbações na escrita. Para caracterizar a Disgrafia, Ajuriaguerra (1977 apud MORAIS, 2006, p.136) estabeleceu-se uma lista com três características mais freqüentemente encontradas em crianças disgráficas: má organização da pagina, má organização das letras, erros de formas e proporções. Má organização da página: esta característica esta ligada à orientação espacial. A criança tem dificuldades em organizar adequadamente sua escrita no papel, as margens são mal feitas ou inexistentes, espaços entre palavras e entre linhas irregulares, a escrita ascendente ou descendente. Má organização das letras: A característica principal é a incapacidade da criança em submeter-se a regras caligráficas. Seu traçado é de má qualidade, as letras são deformadas e empelotados, as letras são retocadas, irregulares em suas dimensões e atrofiadas. Erros de formas e proporções: esta característica esta na clareza do traçado das letras, sua dimensão é demasiadamente pequena ou grande, desorganização da escrita alongada ou comprimida. O estudo das diferentes formas de disgrafia demonstra que é preciso focalizar ao mesmo tempo os aspectos deficitários da criança e, sobre tudo modo de reação a essas dificuldades. Existem formas diversas de disgrafia que resultam de uma interação recípocra de déficits primários e de reações secundarias que deverão ser levada sempre em conta no programa de reeducação. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Maria, ALMEIDA, Amanda, ALMEIDA, Maykonn. Manual para tratamento de Disgrafia, Disortográfica e troca de letra,WWW.biblioteca 24hs. Com. ASSUMPÇÃO JR, Francisco. B. Psiquiatria da Infância e da adolescência: [recurso eletrônico]. Casos clínicos/organizador, Porto alegre: Artmed, 2014. FONTANA, Roseli; CRUZ, Maria Nazaré da. Psicologia e Trabalho Pedagógico. São Paulo: Atual, 1997. GÓMEZ, Ana Maria Salgado; TÉRAN, Nora Espinosa. Dificuldades aprendizagem: detecção e estratégias de ajuda. Brasil: Cultural, 2009. de MORAIS, Antonio Manuel Pamplona, 1959. Distúrbios de Aprendizagem: uma abordagem psicopedagógica. 12ªed. São Paulo: EDICON, 2006. RELVAS, Marta Pires. Neurociência e transtornos de aprendizagem: As múltiplas eficiências para uma educação inclusiva. 4ªed. Rio de Janeiro: Wak, 2010. ROTTA, NewraTellechea; OHLWEILER, Lygia; RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtorno de aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar: Dados eletrônicos- Porto Alegre. Artmed, 2007 SAMPAIO, Simaia; FREITAS, Ivana Braga de. Transtornos de dificuldades de aprendizagem: entendendo melhor os alunos com necessidades educativas especiais. Rio de Janeiro: VAK Editora, 2011. SANTOS, Carla Cristina Pereira dos. Dificuldades de Aprendizagem em leitura e escrita nas séries iniciais do ensino fundamental. Faculdade de Educação e Ciências Humanas (UNIMES). Núcleo de Educação a Distância - Unimes Virtual, 2009. SANTOS, Glaurea Basso dos; SIMÃO, Sueli Parada. Processo de alfabetização: subsídios para um trabalho eficiente. 10ª edição, São Paulo, Ática, 1997.
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