O que já se sabe e o que ainda falta saber sobre a

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O que já se sabe e o que ainda falta saber sobre a
Fala Goiás
GOIÂNIA, 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2016
WWW.FALAGOIAS.COM
ANO 1 - EDIÇÃO 22 - R$ 1,00
VÍRUS ZIKA
O que já se sabe e o que ainda
falta saber sobre a epidemia
A escalada do vírus Zika nos noticiários e nas agendas dos governantes
reflete a preocupação com a crescente epidemia pelo mundo. Mais de 30
países e territórios já registram casos autóctones da doença – a maioria
deles no continente americano, incluindo o Brasil – e outros 17, como
Alemanha, Espanha e Estados Unidos, notificaram casos de pessoas que
contraíram a doença no exterior. Veja o que se sabe e o que falta
saber sobre a doença. >> Pág. 8
VILA NOVA
>> Pág. 15
Substituição não preocupa Frontini
Gotinhas milagrosas
>> Pág. 8
GOIÂNIA
Prefeitura oferece curso na área da beleza
>> Pág. 6
POLÍCIA
Rapaz é morto após assalto
ECONOMIA
SAÚDE
>> Pág. 10
Governo libera R$ 20 bilhões para
operações de crédito
POLÍTICA
“José Eliton não é candidato natural”
>> Pág. 4
Remédio homeopático é usado no tratamento da dengue,
chikungunya e vírus Zika porque reforçam o sistema
imunológico. Medicamento é oferecido gratuitamente pelo
Hospital de Medicina Alternativa (HMA), em Goiânia. >> Pág. 9
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
ARTIGO
O certo e o errado
Fernando Henrique
Cardoso
O
castelo de areia das grandezas do lulopetismo está
desabando ao sopro da crise
econômica e da Lava Jato, como
tantas vezes escrevi. Em meio ao
desmoronamento, o lulopetismo
procura embaçar a vista de quem
assiste à sua queda dizendo que
tudo não passa de uma trama “da
direita” para desacreditá-lo por
ser “de esquerda”.
Para desmontar a farsa, vale
a pena ler a entrevista dada às
páginas amarelas da Veja, na semana passada, por José de Sousa
Martins, importante sociólogo e
insuspeito de ser “de direita”.
Martins diz que, no caso do
PT, a dicotomia direita/esquerda provém da metamorfose do
pensamento católico, que separa
os bons dos maus, os fiéis dos
que não creem. Há na matriz do
petismo um reducionismo que
transforma os adversários em
inimigos e tem dificuldade de
lidar com nuances de opinião.
É a essa matriz que o lulopetismo busca retornar, agora como
farsa.
Sobre a “esquerda” e a “direita” no Brasil, há anos eu repito
a frase que ouvi do historiador
Sergio Buarque de Holanda
quando examinava uma tese de
livre-docência sobre a política
brasileira no Império. No trabalho, o autor confrontava o pensamento liberal, conservador e
progressista. Sergio, referindose a um personagem simbólico
de nossos conservadores naquele período, perguntou com certa
ironia ao candidato: você acredita que Bernardo Pereira de Vasconcelos lia Edmund Burke (um
clássico do conservadorismo
inglês, que via com maus olhos
a Revolução Francesa)? Não,
respondeu o próprio Sergio, ele
não era um verdadeiro conservador, não defendia ideias; ele era
apenas um “atrasado”. Boa parte
dos atuais lulopetistas tampouco
são de esquerda, defendem ou
creem apenas em noções atrasadas.
Mas a disputa política não é
uma batalha para ver quem são
os mais bem informados. Ela
sempre envolve percepções. Assim, o chavão dos “pobres versus ricos”, por mais que seja tosco, pode funcionar. Do mesmo
modo pode aliciar muita gente o
embuste de que a Lava Jato seja
uma manobra para perseguir os
deserdados da fortuna em favor
dos poderosos, como se os poderosos nos últimos treze anos
não tenham sido eles, em ligação corrupta com parte da elite
econômica e política.
Por isso, cabe aos políticos
de oposição, na luta ideológica,
continuar a desmantelar as fortalezas do atraso. Além de desmontar o argumento da “armação jurídica”, é preciso reduzir
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Goiás
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ao ridículo a ladainha de que a
crise atual decorre de fatores externos: vejam só, dizem eles, estávamos certos, foram as ondas
externas (não mais marolas, mas
tsunamis) que nos afetaram. Tão
certos pensam que estavam que,
ao derrubar o ministro Levy, renasceu a esperança do “mais do
mesmo”, ou seja, mais crédito e
mais consumo (por quem já está
endividado e muitas vezes com
menos renda e não raro sem emprego).
O que está claro para quem
tem alguma noção das coisas e
da história pode ser turvo para o
cidadão comum. Por isso a repetição petista de uma argumentação descabelada pode parecer
inútil, mas não é; é uma tentativa
de preservar a imagem de que só
o PT defende os pobres e só ele
se opõe ao capitalismo desumano. Convém persistir em mostrar
que o que foi feito na política
econômica petista não foi obra
do inevitável, mas produto de
erros crassos.
Erros que não remetem à divisão esquerda/direita, mas se
explicam pelo atraso na compreensão da política econômica
e pelo interesse em manter o
poder e os bolsos dos partidos
e de alguns de seus dirigentes
recheados com dinheiro alheio,
dinheiro do povo. Que medida
no presente pode ser mais “de
esquerda”, mais progressista,
do que recuperar o emprego e o
poder de compra da maioria da
população? E como fazer isso,
sem debelar a inflação? E como
debelar a inflação sem ajuste fiscal? E como garantir o emprego
futuro sem reconquistar a confiança do setor privado, já que o
Estado sem os capitais privados
não pode assegurar a retomada
do investimento?
Qual a alternativa “de esquerda” a essas medidas? O
novo “pacote de crédito público”, versão envergonhada da
política que pedalou a ilusão da
prosperidade em 2013 e 2014
rumo à reeleição, e que resultou
em mais dívida para as famílias
e mais desarranjo das finanças
públicas, esta preocupação “de
direita”, que obceca os “neoliberais”?
Houve quem escrevesse, e o
fez em inglês, que às vezes há
uma confusão no senso comum
entre os conceitos políticos de
esquerda e direita (right) e as noções corriqueiras de certo (right)
e errado. As políticas de crescimento econômico do lulopetismo não foram “de esquerda”,
mas certamente foram erradas.
É importante repisar isso para
mostrar que as políticas de distribuição de renda precisam ser
sustentáveis para produzir resultados duradouros. Muito do que
foi conquistado desde o Plano
Real está hoje ameaçado. Para
amenizar o drama da terrível crise atual é preciso manter a rede
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de proteção social que foi tecida em meu governo e reforçada
no governo Lula. Mas é urgente
corrigir os desatinos fiscais do
lulopetismo, desaparelhar o Estado, reconquistar a confiança
da sociedade e retomar a agenda
de reformas que o lulopetismo
abandonou em favor de anabolizantes pró-crescimento que
produziram medonhos efeitos
colaterais para o país. Só assim
será possível retomar a trajetória
que corresponde às aspirações
da Constituição de 1988, contra
a qual o PT votou, por julgá-la
conservadora: um Brasil democrático, não apenas mais desenvolvido, mas sobretudo socialmente mais justo.
Há forças capazes de corrigir
os desatinos cometidos. Para
isso, é preciso que lideranças
não comprometidas com o lulopetismo, apoiadas pelos grupos
sociais que nunca se deixaram
ou não se deixam mais seduzir
pelo seu falso encanto, assumam
a sua responsabilidade histórica,
dentro da Constituição, para fazer o certo em benefício do povo
e do país.
Fernando Henrique
Cardoso é sociólogo e ex
-presidente do Brasil
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Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
Notas de bastidores
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Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
ENTREVISTA JALES FONTOURA
“Eliton não é candidato natural”
Divino Olávio
O
vice-governador José Eliton
Júnior não possui o cacife de
candidato natural à sucessão do
governador Marconi Perillo, em
2018. A afirmação é do prefeito de Goianésia, Jales Fontoura
(PSDB), ante ao questionamento
da possibilidade de confirmação
da indicação do vice para candidato à sucessão de Marconi. “O
vice-governador não tem esse
cacife de candidato natural”, disse Jales, acrescentando que não
existe hoje nenhum nome com
o perfil de candidato natural na
base. Filho do ex-governador
Otávio Lage de Siqueira, morto
em um acidente de carro, em julho de 2006, Jales alerta que as
definições acerca da sucessão de
2018 não acontecerão sem passar por Goianésia, que segundo
ele, tem nomes a indicar. Ele
citou uma lista de três nomes,
da qual um poderá ser indicado candidato, em 2018: Vilmar
Rocha, ex-deputado federal; o
atual presidente da Assembleia
Legislativa, Helio de Sousa e o
deputado federal Thiago Peixoto, que foi votado na cidade. Embora por modéstia ele não citou
o seu próprio nome, Jales é uma
das lideranças políticas mais expressivas da região Norte e Vale
do São Patrício. Sua família controla o complexo empresarial
Jales Machado, o maior polo da
agroindústria do Estado.
Fala Goiás – Prefeito Jales
Fontoura, na sua opinião a definição do candidato da base a
governador para as eleições de
2018, já está?
Jales Fontoura – Não está.
Acredito que nós ainda não temos candidatos naturais à sucessão do governador Marconi
Perillo. Uma vez que o próprio
governador não poderá mais ser
candidato, este futuro começa a
partir do resultado das eleições
de 2016. A eleição municipal
questiona toda a política estadual, projeta valores, articula como
será o jogo principal para 2018.
Então, o jogo agora está em uma
fase preliminar. Como não há
candidatos naturais, todas essas
questões serão bastante discutidas em um momento oportuno.
FG – Há quem veja o vicegovernador José Eliton Júnior
quase um candidato natural.
Qual é a avaliação do senhor?
JF – O grande trunfo do vicegovernador José Éliton é o fato
de que ele assumirá o governo,
quando o governador Marconi
Perillo se afastar para disputar possivelmente uma vaga no
Senado. Nesse caso, o vice-governador terá a oportunidade de
assumir no último ano do mandato, em 2018. Isso é um cacife
forte, um argumento poderoso.
Vejo que ele tem se esforçado,
trabalhando intensamente para a
escolha do seu nome. Isso é um
direito, uma oportunidade, um
grande argumento que o vicegovernador tem. Agora, hoje, em
política dois anos já é considerado um longo prazo.
FG – Ele não é, então, um
candidato natural.
JF – Sim, o vice-governador
não tem esse cacife de candidato
natural e hoje nós não temos nenhum candidato natural que une
as forças como, por exemplo, o
ex-governador Iris Rezende une
toda a oposição em torno da sua
candidatura a prefeito de Goiânia. Iris, sim, é o candidato natural, ou como foi o governador
Marconi Perillo, em 2014.
FG – Com o peso político
que sempre teve nas definições
políticas do Estado, com a Região Norte, o Vale do São Patrício, Goianésia tem nomes a
oferecer na sucessão estadual
de 2018?
Jales – Tem vários nomes.
Primeiro o ex-deputado Vilmar
Rocha, que foi quem mais tempo
representou Goianésia na Câmara Federal. E hoje, nós temos o
presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Hélio de Sousa, um político respeitado, uma
pessoa honesta, correta, que está
conseguindo mudar a Assembleia dentro dos princípios da
autoridade, da honestidade, enfim. Goianésia hoje tem também
valores como o deputado Thiago
Peixoto. Será muito importante
essa participação.
FG – Quer dizer então que
as definições de 2018 passarão
necessariamente por Goianésia?
JF – Espero que sim. Goianésia, hoje, tem uma participação
importante [na vida do Estado],
aliás nós temos tido muito destaque ultimamente, como podemos citar o jogador Wendel
Lira, que se tornou um herói
de Goianésia, tornando a nossa cidade conhecida em todo o
mundo. Goianésia se tornou um
centro regional. Costumo usar a
seguinte comparação: Goianésia
deixou de ser uma paróquia para
ser uma diocese, para usar aqui
uma simbologia católica.
FG – É importante então
que se escolha bem quem po-
derá ser o futuro governador,
que conduzirá o Estado por
quatro anos, com toda a sua
complexidade.
JF – Sim, eu espero que Goiás tenha um bom projeto, isso é
necessário. O grande segredo do
desenvolvimento é justamente
escolher boas lideranças. O Brasil está sofrendo muito. Segundo
um grande intelectual pernambucano “o Brasil tem muitas
qualidades, mas tem dois problemas graves: um é a corrupção, o
outro é a incompetência”.
FG – O senhor acredita que
esse quarto governo de Marconi Perillo será de grandes
realizações como os o mandato anterior, dada à crise vivida
pelo País?
JF – Em um mandato de
quatro anos, cada ano é um ano,
totalmente diferente um do ano.
Agora imagine quatro mandatos.
Cada mandato tem características muito diferentes. No terceiro
mandato do governador ele teve
alguns momentos de crise, o que
aconteceu na mesma época do
escândalo do “Mensalão”, mas
ele conseguiu superar tudo isso
com muita competência e criatividade política.
FG – Ele conseguiu driblar
a crise.
JF – [O governador] descobriu o filão do endividamento, já
que a situação do Estado estava
muito saudável e ainda continua
hoje. Ele
conseguiu fazer operações de
endividamento com o BNDS,
Caixa Econômica, com o Banco
do Brasil, para um grande programa de obras e investiu muito
em obras. Foram R$ 7 bilhões de
investimentos. Agora a política
econômica impediu a continuidade neste modelo de desenvolvimento a partir de financiamentos está paralisado. E até agora,
nesse quarto mandato, o governo
ficou parado em razão desta dificuldade. Quando um governo
fica apenas pagando a folha dos
servidores, fica impedido de seguir com outros projetos.
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
PROCESSO DE IMPEACHMENT
Dilma pede ao STF
rejeição de recurso
Presidente solicita o
não conhecimento dos
embargos de Eduardo
Cunha (PMDB)
A
Advocacia-Geral da União
(AGU), representando a
presidenta Dilma Rousseff, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), manifestação em
que pede o desprovimento do
recurso enviado pelo presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que
questiona o rito definido pela
Corte para o processo de impeachment.
“Diante do exposto, a Presidenta da República requer,
em preliminar, o não conhecimento dos presentes embargos,
tendo em vista a ausência de
acórdão formalizado que possa
ser objeto de questionamento.
Acaso ultrapassada a questão
preliminar, o que se admite por
eventualidade, requer o desprovimento [rejeição] dos embargos de declaração opostos
pela Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados”, diz o texto.
A manifestação, protocolada
na noite de sexta-feira (19), foi
solicitada pelo ministro Luís
Roberto Barroso para julgar
o recurso em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), tenta modificar
o julgamento no qual a Corte
decidiu invalidar, em dezembro do ano passado, a eleição
da chapa avulsa para formação
da comissão especial da Casa
que conduzirá o processo de
impeachment. Cunha sustenta também que os senadores
devem dar prosseguimento a
decisão que for tomada pelos
deputados.
O documento é assinado
pelo advogado-Geral da União
substituto Fernando Luiz Albuquerque Faria. No início da
manifestação, o texto analisa o
fato de o recurso ter sido apresentado por Cunha antes da
publicação do acórdão, o texto
final da decisão. “Como apontar omissão, contradição ou
obscuridade em acórdão ainda
não formalizado?” E completa:
“Sendo assim, como o acórdão do julgamento de mérito
desta arguição ainda pende de
formalização e publicação, os
presentes embargos de declaração são intempestivos, não
merecendo conhecimento.”
Enviado pela AGU, o documento defende que não há, na
decisão do STF, contradição
ou “premissa equivocada” com
relação “à impossibilidade de
existência de candidatura avulsa para a formação da Comissão Especial de impeachment”,
como alegado pela Câmara.
Em dezembro do ano passado,
por 6 votos a 5, a Corte entendeu que a comissão deve ser
formada por representantes indicados pelos líderes dos partidos, escolhidos por meio de
chapa única, e não por meio
de chapa avulsa. O documento
discorda ainda do posiciona-
mento da Câmara quanto outros pontos como por exemplo,
o papel Senado no processo.
Na sexta-feira, a Advocacia do Senado também enviou
manifestação sobre o tema na
qual defende que a Casa não
é obrigada a seguir a decisão
que for tomada pela Câmara
dos Deputados no processo
de impeachment da presidenta
Dilma Rousseff. A manifestação também foi solicitada pelo
ministro Luís Roberto Barroso.
O recurso de Cunha foi
apresentado em 1º de fevereiro. No dia 5 deste mês, Barroso
decidiu que a Presidência da
República e o Senado Federal
deveriam se manifestar sobre o
recurso.
Em uma segunda etapa, a
Advocacia-Geral da União e
a Procuradoria-Geral da República também serão ouvidas
sobre o assunto e também terão prazo para apresentarem
pareceres. Apenas após essas
manifestações, Barroso decidirá sobre o recurso. Segundo o
ministro, a medida é necessária
pela relevância da ação e pela
necessidade de se preservar o
princípio do contraditório e da
ampla defesa.
JUIZ
Moro está preocupado
com eleições
O juiz federal Sérgio Moro
disse na última segunda-feira
(22) que é preciso prevenir que
dinheiro de origem criminosa
contamine as eleições municipais de outubro. A manifestação
do juiz está na decisão na qual
ele decretou as prisões da 23ª
fase da Operação Lava Jato,
deflagrada hoje (22). Por decisão do juiz, foram emitidos oito
mandados de prisão decretados,
entre eles o do publicitário João
Santana e de sua mulher, Mônica Moura.
Para justificar as prisões preventivas dos investigados, Moro
disse que as medidas são necessárias, devido à longa duração
do cometimento dos crimes de
corrupção.
“Seria também ela [prisão]
necessária para interromper a
prática delitiva, o que parece ser
imperativo diante da aparente
habitualidade dos investigados
em aceitar pagamentos subreptícios de serviços, máxime considerando que 2016 é ano eleitoral
no Brasil, e é preciso prevenir
que dinheiro de possível origem
criminosa contamine as eleições
vindouras”. argumentou o juiz.
A defesa do publicitário João
Santana e de sua mulher, Mônica Moura, informaram ao juiz
federal Sérgio Moro que eles
vão se entregar à Polícia Federal assim que desembarcarem
no Brasil. Santana e a esposa
tiveram prisão decretada na segunda-feira (22) na nova etapa
da Operação Lava Jato, mas os
mandados não foram cumpridos
porque ambos estão na República Dominicana.
SENADOR
Delcídio deixa a prisão
A empresa Brasif confirmou ter contratado a jornalista Mirian Dutra Schmidt, em
2002, mas negou participação
do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso (FHC) na
contratação ou no depósito de
dinheiro na conta da empresa
para ser repassado a ela. Em
nota divulgada, a empresa negou as afirmações de Mirian
de que recebia dinheiro de
FHC por meio da Brasif.
“A Eurotrade Ltd., plataforma logística internacional
das operações da Brasif Duty
Free Shop Ltda., contratou,
em dezembro de 2002, a jornalista Miriam Dutra para realizar pesquisas sobre os preços em lojas e free shops na
Europa. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não
teve qualquer participação
nessa contratação, tampouco
fez qualquer depósito na Eurotrade ou em outra empresa
da Brasif”.
A empresa também disse que
a contratação de Mirian foi uma
indicação de Fernando Lemos,
cunhado da jornalista. A nota
informa que a Brasif Duty Free
Shop e a Eurotrade Ltd foram
vendidas em 2006. A suspeita de
que FHC mandava dinheiro para
o exterior usando a Brasif surgiu
após entrevistas de Mirian para
a imprensa brasileira em que dá
detalhes sobre o relacionamento
com o ex-presidente e repasses
de dinheiro recebidos no exterior.
Em entrevista à revista BrazilcomZ deste mês, Mirian confirmou que teve um relacionamento com Fernando Henrique
Cardoso antes de ele tornar presidente da República, durante
parte dos anos 1980 e início da
década de 1990, e afirmou que
seu filho, Tomás Dutra Schmidt, hoje com 23 anos, é filho de
FHC. Mirian disse ainda que o
ex-presidente usou uma empresa
para enviar dinheiro para o filho
no exterior.
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
POLÍCIA
Morto após reagir a voz de prisão
Edivaldo Barbosa
N
a noite do último domingo
(21), um rapaz suspeito de
ter praticado assalto no Centro
Cultural Oscar Niemeyer, em
Goiânia, acabou morrendo após
ser surpreendido pela Polícia Militar minutos depois de ter cometido o crime. O homem, que não
teve o nome revelado pela PM,
fugia do local com vários pertences de frequentadores.
De acordo com a Polícia Militar, os policiais deram voz de
prisão. Porém, o suspeito teria
parado com uma “pistola” em
mãos e a direcionou para os policiais. Um dos agentes disparou
a arma e acertou o homem, que
não resistiu e morreu antes que o
socorro pudesse chegar.
Com o rapaz caído os policiais
se aproximaram e descobriram
que a arma usada pelo bandido
era de plástico. O suspeito estava
com uma bolsa de uma das vítimas que continha vários celulares
e carteiras das demais pessoas
roubadas. Ele teria assaltado, conforme testemunhas, outras pessoas que estavam no Centro Cultural Oscar Niemeyer.
Estelionato
Na manhã da última segundafeira, um suspeito da prática de crime de estelionato foi apresentado
à imprensa na Delegacia do Consumidor (Decon). Segundo a PC,
Ednaldo Dias da Silva, de 40 anos,
teria praticado crimes em Goiânia
e também em Cuiabá.
O suspeito foi preso na última
quinta-feira (18), acusado de aplicar
golpes em consumidores de lojas de
eletrodomésticos e até em empresas
de locação de materiais para eventos.
Segundo o delegado Eduardo
Prado, o rapaz praticava os golpes
se fazendo passar por entregador
de uma grande rede de eletrodomésticos e tinha, inclusive, uniformes para enganar os clientes.
O suspeito trabalhava como montador de móveis.
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
ENTORNO DO DF
Saneamento é questão de luta
para moradores do entorno
Relatório mostra Brasil
sem perspectivas para
instituir universalização
do saneamento básico
U
m relatório divulgado
pelo Ministério de Cidades revela que ocorreu estagnação no percentual de pessoas atendidas por redes de
águas e esgoto no Brasil em
2014. A meta do Brasil é que
ocorra a universalização do
saneamento em 2033.
Paralelo ao estudo do Ministério das Cidades, a Confederação Nacional da Indústria
(CNI) realizou levantamento
que revela a possibilidade de
atrasar em 20 anos a conquista
desta meta.
Estados como Goiás apresentaram significativa evolução nas últimas décadas, mas
ainda existe muito a fazer. A
região metropolitana de Brasília é representativa do atraso
da situação nacional.
Cidades como Luziânia
estão avançadas no processo
de construção deste sistema
de tratamento sanitário. Mas
ainda sim existem diversos
municípios que precisam do
benefício.
O senador goiano Wilder
Morais afirma que o ideal é
que o Brasil apresente índices
de saneamento dos países do
primeiro mundo, já que cada
real investido em esgoto economiza outros quatro reais
gastos pelo sistema de saúde
pública. “Mas é uma questão
complexa. Observamos agora
mesmo uma possível redução
de investimentos com a crise.
O Brasil precisa desembolsar
cerca de R$ 25 bilhões para
cumprir tal meta”, diz o parlamentar.
Wilder diz que se preocupa
em especial com as cidades do
Entorno do Distrito Federal.
Gostaríamos que as cidades
da região liderassem o ranking
de saneamento do país. E uma
das formas é pressionar para
que ocorram mais investimentos. O PAC que está fora de
moda tem que voltar e levar
recursos para nossas cidades”,
fala o senador.
Engenheiro civil por formação, Wilder informa que obras
de saneamento requerem engenhosas construções e por
isso devem ser planejadas.
“Não se deve adotar improvisos. Caso contrário, o barato
sai caro. Saneamento é algo
complexo, pois se insere no
contexto geral de saúde pública”, diz Wilder.
O senador reitera que cidades como Luziânia já apresentam um sistema de saneamento, mas outras ainda carecem
desta solução urbana para
melhorar a qualidade de vida.
“Esta ideia de planejamento já
é senso comum. Temos acompanhado o trabalho da UNB,
que realizou no ano passado
um amplo prognóstico para
entender o saneamento na região do Entorno. É a partir
destes diagnósticos que devemos trabalhar projetos para a
região”.
Wilder afirma que Luziânia, um dos municípios com
melhor atendimento, ainda
tem muito a crescer no tocante
ao esgotamento sanitário. “O
Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Luziânia atende a 16,61% da população. E
pelo que temos observado está
implantado mais no centro da
cidade. Ou seja, o restante é
atendido através de sistemas
fossa/sumidouro ou apenas as
fossas mais tradicionais”.
Conforme Wilder, a questão de saneamento vai além
do que a maioria da população
percebe. O controle de roedores e artrópodes, por exemplo,
é uma das ações mais necessárias, tendo em vista a sani-
dade dos municípios, alerta o
senador.
O parlamentar goiano diz
que a questão do conjunto das
cidades que integra a região
do Entorno do Distrito Federal é de urgência e não depende apenas dos municípios ou
dos Estados (o Entorno reúne
cidades de Goiás, Minas Gerais e do Distrito Federal).
Para ele, a própria instituição
da Rede de Integrada de Desenvolvimento do Distrito
Federal (RIDE) já “canta a pedra”: “É óbvio que o Governo
Federal tem o dever de investir no Entorno e ainda mais
no saneamento, que considero
instrumento democrático para
possibilitar a efetiva habitação
das populações”, diz.
Wilder fala em “erro histórico” com os moradores do
Entorno do Distrito Federal.
“Não custa nada lembrar: parte considerável dos residentes
no Entorno é de gente pioneira
ou filhos de pioneiros, que foram chamados para construir
Brasília nas décadas de 1950
e 1960”, diz Wilder.
“Não estamos pedindo
esmola”, diz senador
Ele afirma que a grande injustiça aconteceu quando Brasília não abraçou todos seus
filhos e construtores, deixando,
assim, com que estes fossem
expulsos. “É digno viver no
Entorno, pois estamos falando
de pessoas com coragem para
transformar o país. O que não
é digno é a forma com que o
poder público federal tratou e
sempre trata esta região. Não
estamos pedindo esmola. Queremos apenas o retorno dos
impostos pagos aqui, para que
retornem em forma de saneamento básico”, diz.
Para Wilder, que apresentará
requerimento ao Governo Federal tendo em vista o aporte
de recursos para investimentos
nas cidades do Entorno, a drenagem urbana também entra no
mesmo pacote de necessidades
e urgências dos municípios.
“Um dos casos mais emblemáticos aconteceu no mês passado, quando Pirenópolis sofreu
com temporais e enchentes,
que deixaram a cidade em esta-
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
ZIKA
O que já se sabe e
o que ainda falta
saber sobre o zika
A
escalada do vírus Zika nos
noticiários e nas agendas
dos governantes reflete a preocupação com a crescente epidemia.
Mais de 30 países e territórios
já registram casos autóctones
da doença – a maioria deles no
continente americano, incluindo o Brasil – e outros 17, como
Alemanha, Espanha e Estados
Unidos, notificaram casos de
pessoas que contraíram a doença
no exterior.
A gravidade da epidemia colocou pesquisadores de todo o
mundo em alerta e, embora muita coisa já tenha sido descoberta, muitos pontos sobre o Zika
continuam obscuros, como a relação do vírus com os casos de
microcefalia que ainda não foi
comprovada.
Confira abaixo os principais
tópicos sobre o que já se sabe e
o que ainda falta descobrir sobre
o vírus Zika:
O que já se sabe
Da família Flaviviridae e do
gênero Flavivirus, o vírus Zika
provoca uma doença com sin-
tomas muito semelhantes aos da
dengue, febre amarela e chikungunya. De baixa letalidade, causa febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem
secreção e sem coceira, artralgia
(dores nas articulações) e exantema maculo-papular (manchas
ou erupções na pele com pontos
brancos ou vermelhos), dores
musculares, dor de cabeça e dor
nas costas.
O vírus é transmitido, na
maioria das vezes, pela picada
dos mosquitos da família Aedes
(aegypti, africanus, apicoargenteus, furcifer, luteocephalus e
vitattus), encontrados nas regiões tropicais da América, África, Ásia e Oceania. A partir da
picada infectada, a doença tem
um período de incubação de
aproximadamente quatro dias
até os sintomas começarem a se
manifestar. Os sinais e sintomas podem durar até sete dias.
Há evidências de que a doença
pode ser transmitida por meio
do contato com o sêmen infectado durante relações sexuais.
Grávidas infectadas também
podem passar o vírus para o feto
durante a gestação.
Como ainda não existe vacina ou um medicamento específico contra o vírus, o tratamento
feito serve apenas para aliviar
os sintomas. Assim, o uso de paracetamol, sob orientação médica, é indicado nesses casos.
O que ainda não se sabe
Ainda não há dados consolidados e precisos do número
de casos da doença nos países
que registraram a ocorrência do
vírus. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde
(Opas), braço da Organização
Mundial da Saúde (OMS) nas
Américas, entre 3 e 4 milhões
de pessoas devem contrair o
zika vírus em 2016 no continente americano. Cerca de 1,5
milhão destes casos deve ocorrer no Brasil. O cálculo considera o número de infectados
por dengue, doença transmitida
pelo mesmo vetor, o mosquito
Aedes aegypti, em 2015, e a
falta de imunidade da população ao vírus.
GOIÂNIA
Prefeitura de Goiânia inicia cursos gratuitos
A Prefeitura de Goiânia, iniciou na última segunda-feira
(22), no Centro de Referência de
Assistência Social (Cras) Vera
Cruz, o curso profissionalizante
de cabeleireiro. Gratuita, a atividade tem os objetivos de oportunizar novas colocações no mercado de trabalho e de gerar renda
as famílias dos inscritos nas atividades.
Segundo a professora Denilza Martins da Silva, o curso
é bem abrangente, e passa por
todas as etapas dando condições
para que os alunos ingressem
no mercado de trabalho. “Acreditamos que, qualificando estas
pessoas, nós contribuímos com
a geração de emprego e renda
do município”, disse a professora do curso.
O curso aborda os seguintes
temas: cuidados com os cabelos,
doenças capilares, lavagem e reconstrução, escova, progressiva,
alisamento, penteado, selagem e
tintura. As aulas acontecem das 8h
às 11h e têm previsão de término no
dia 11 de maio. A turma é de 10 alunos. Os participantes da atividade
têm acima de 18 anos e estão inscritos no Cadastro Ùnico.
GOIÁS
Conselho Nacional vai
emitir parecer sobre OSs
O Conselho Nacional de
Educação (CNE) analisa o projeto goiano de transferência da
administração de escolas públicas estaduais para organizações sociais (OSs) e, a pedido
do Sindicato dos Trabalhadores
em Educação de Goiás (Sintego), deverá expedir um parecer sobre a questão em até três
meses. Segundo conselheiros, é
papel do Estado ofertar educação de qualidade e a transferência pode configurar uma “declaração de incompetência”.
Embora o conselho ainda
não tenha um posicionamento oficial, a questão preocupa
os integrantes do colegiado,
que têm muitas dúvidas sobre
o projeto. Na última semana,
durante reunião da Câmara de
Educação Básica, que analisa a
questão, a Agência Brasil conversou com conselheiros sobre
a proposta do governo goiano.
“Não podemos responder
por qualquer estado brasileiro
que faça isso, porque tem direito de fazer, há brechas legais,
espaços legais”, disse o presidente da Câmara de Educação
Básica, Luiz Roberto Alves.
Ele destacou, no entanto, que
a Constituição Federal e leis
educacionais definem que o
responsável pela oferta de educação pública “é o instituído,
que é o governador, secretário
e as demais pessoas, esses são
os responsáveis. O estado tem
responsabilidade plena no processo de oferta e qualidade da
educação”.
Para o conselheiro Antonio
Ibañez, a iniciativa de Goiás
demonstra falhas na gestão estadual da educação. “Estranho
que o estado tenha que apelar
para uma organização social
para dizer que vai melhorar a
educação. Isso para mim é uma
declaração de incompetência.
O estado não pode fazer isso
porque ele continua sendo responsável”.
RIO VERDE
Moradores têm novo prazo
para migrar para TV Digital
Na casa da doméstica Marly Gomes Maia, moradora de
Rio Verde, o sinal de televisão
já é digital. “Está muito bom.
Até canais que não pegavam
está pegando, e limpinho mesmo”, comemora. Como beneficiária do programa Minha
Casa, Minha Vida, ela teve direito a pegar de graça a antena
e o conversor necessários para
receber o sinal digital.
O sinal analógico em Rio
Verde deverá ser totalmente
desligado no dia 29 de fevereiro, quando será transmitido apenas o sinal digital pelas
emissoras de televisão. Na
última segunda-feira (15), o
sinal analógico de três emissoras já foi desligado, mas,
como a meta de casas que já
recebem o sinal digital ainda
não foi atingida, o prazo foi
ampliado para outras quatro
emissoras da cidade.
Marly é uma das 12 mil
pessoas de Rio Verde que
já retiraram de graça os kits
para a captação da TV digital na cidade. Outras 13
mil pessoas que têm direito
ainda não retiraram os equipamentos. Podem retirar os
equipamentos de graça os
beneficiários do Bolsa Família ou inscritos no Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal.
A distribuição dos kits da
cidade está sendo feita pela
Entidade A
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
comunidade alerta!
VACINA
O poder das gotinhas
Carlos Costa
ELIAS JUNIOR
Remédio homeopático
é usado no tratamento
da dengue, chikungunya
e zika
G
otas que reforçam o sistema
imunológico, que amenizam sintomas e também aceleram a cura da dengue, chikungunya e zika. Essa é a definição
do diretor geral do Hospital de
Medicina Alternativa (HMA),
Nestor Carvalho, para um composto homeopático, produzido
pelo próprio hospital, que desde
2013 vem sendo administrado
em pessoas de todas as idades.
Plantas medicinais, fósforo,
Crotalushorridusch (veneno de
cobra) e outros itens fazem parte
desse remédio que é produzido
gratuitamente e distribuído para
a população. O nome do projeto
é Homeopatia Contra a Dengue,
mas com o surgimento da chikungunya e zika, que também
são doenças transmitidas pelo
Aedes aegypti, a mesma fórmula homeopáticaé usada, já que
os sintomas são semelhantes,
afirmou o diretor do HMA.
Para quem nunca teve alguma das doenças é necessário
tomar duas gotas, a cada três
meses. Quem está doente, deve
ingerir cinco gotas, durante dez
dias, para amenizar os efeitos
e acelerar a cura. Não existem
contraindicações. A única restrição é para bebês que mamam
no peito, já que o medicamento deve ser ingerido pela mãe.
Dessa forma,o bebê fica protegido através do aleitamento.
Com o objetivo de alcançar
um maior número de pessoas,
campanhas estão sendo feitas
em empresas, associações,
órgãos públicos e outros grupos da sociedade. Na semana
passada, a Assembleia Legislativa de Goiás realizou pela
quarta vez a campanha com
seus servidores e público em
geral. Só lá, mais de três mil
doses foram administradas
desde a primeira ação.
Para agendar a campanha
Homeopatia Contra a Dengue, basta ligar no 3201-3600
ou 3201-3601. Em Goiânia, o
composto pode ser tomado no
Hospital de Medicina Alternativa, que fica no Km 08 da BR
153, no Bairro Santo Antônio,
no horário comercial, de segunda à sexta-feira.
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
ESTADOS E MUNICÍPIOS
Governo libera R$ 20
bilhões para operações
Liberação é anunciada
pelo Ministério da
Fazenda após reunião
com governadores
O
s estados e municípios poderão pegar emprestados
até R$ 20 bilhões no sistema financeiro este ano. A liberação do
valor foi anunciada pelo Ministério da Fazenda, após reunião
do ministro Nelson Barbosa
com governadores.
De acordo com a Fazenda,
dos R$ 20 bilhões de crédito
a que os governos locais terão
direito, R$ 17 bilhões terão
garantia do Tesouro Nacional
(que assumirá a dívida em caso
de calote) e R$ 3 bilhões não
terão a garantia da União. Da
parcela garantida pelo gover-
no federal, R$ 12,3 bilhões se
destinam aos estados e R$ 4,7
bilhões aos municípios.
Em relação a empréstimos
no exterior, os estados poderão contrair R$ 8,15 bilhões
em operações de crédito; e os
municípios, R$ 4,1 bilhões.
Geralmente, os empréstimos
internacionais dos governos
locais são feitos por meio
de instituições multilaterais,
como Banco Mundial, Banco
Interamericano de Desenvolvimento e Corporação Andina de
Fomento.
A liberação do limite de crédito faz parte de medidas da
União para aliviar o caixa dos
estados em meio à crise econômica. Na reunião de hoje,
Barbosa propôs o alongamento
em 20 anos da dívida dos estados com a União. Em troca,
as unidades da federação terão
de fornecer contrapartidas, que
incluem a aprovação de leis
estaduais de responsabilidade
fiscal, a limitação de gastos
com o funcionalismo local, a
adesão à reforma do Imposto
sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e
apoio à recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)
e à Desvinculação de Receitas
da União (DRU).
Ao sair da reunião, o governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, manifestou disposição em negociar com o governo. “Uma parte da nossa
proposta são os financiamentos
para investimentos, obras. Investimento é um gasto extremamente positivo. Sugeriu-se
a questão de financiamento e
sugeri que podemos ajudar os
governadores em reformas estruturantes. Entre essas reformas a da Previdência, tributária, do ICMS e outras”, disse.
Além da renegociação da
dívida dos estados, o estabelecimento dos limites de empréstimo era uma reivindicação
antiga dos governadores. Originalmente, a divulgação desses limites estava prevista para
o início do mês, mas o anúncio
só saiu agora.
Pela legislação, cabe ao Tesouro Nacional definir o espaço
fiscal que os governos estaduais podem pegar emprestado,
tanto dentro do país quanto por
meio de financiamentos externos com instituições multilaterais. Em 2015, o Tesouro não
tinha autorizado a contratação
de novos empréstimos.
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Projeção para queda do PIB chega a 3,4% este ano
A projeção de instituições financeiras para a queda da economia, este ano, está cada vez maior,
enquanto a expectativa de recuperação em 2017 diminui há cinco
semanas seguidas. As estimativas
fazem parte do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente
pelo Banco Central (BC), com
base em projeções de instituições
financeiras para os principais indicadores econômicos.
A estimativa para a queda do
Produto Interno Bruto (PIB),
soma de todos os bens e serviços produzidos no país, este ano,
passou de 3,33% para 3,40%, no
quinto ajuste consecutivo. Para
2017, a estimativa de crescimento
do PIB caiu de 0,59% para 0,50%.
As instituições financeiras
projetam que a inflação, medida
pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA),
feche este ano em 7,62%, no oitavo ajuste seguido. Na semana
passada, a estimativa era 7,61%.
Essa projeção ultrapassa o teto da
meta para 2016, de 6,5%. Para o
próximo ano, a expectativa é que o
IPCA alcance o teto da meta (6%).
O centro da meta de inflação para
os dois anos é 4,5%.
Selic
Em um cenário de retração da
economia, as instituições financeiras não esperam por alteração na
taxa básica de juros, a Selic, neste ano. A expectativa é que a taxa
encerre o período no atual patamar
de 14,25% ao ano. A próxima reunião do Copom está marcada para
os dias 1° e 2 de março.
Para 2017, a mediana das expectativas (desconsidera os extre-
mos nas projeções) é que a Selic
encerre o período em 12,63% ao
ano, ante a projeção anterior de
12,75% ao ano.
A taxa é usada nas negociações
de títulos públicos no Sistema
Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros
da economia. Ao reajustá-la para
cima, o BC contém o excesso de
demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam
a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o
crédito e incentiva a produção e
o consumo, mas alivia o controle
sobre a inflação.
IGP-DI
A pesquisa do BC também traz
a projeção para a inflação medida
pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI),
que foi ajustada de 7,98% para
7,84% este ano. Para o Índice
Geral de Preços-Mercado (IGP
-M), a estimativa passou de
7,72% para 7,75%. A projeção
para os dois índices em 2017 segue em 5,50%.
A estimativa para o Índice de
Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), foi mantida
em 7,04%, em 2016, e em 5,40%,
no próximo ano.
A projeção para os preços administrados caiu de 7,70% para
7,50% este ano e permanece em
5,50% em 2017.
A projeção para a cotação do
dólar foi alterada de R$ 4,38 para
R$ 4,36, ao fim de 2016, e segue
em R$ 4,40 ao fim de 2017.
EMPRESAS
Prazo para
entrega
termina
dia 29 de
fevereiro
O comprovante de
rendimento para o trabalhador preencher a
Declaração do Imposto
de Renda Pessoa Física
(IRPF) 2016 terá que
ser entregue pela fonte
pagadora, pessoas físicas e jurídicas, até o dia
29 de fevereiro.
Este ano o prazo de
entrega da declaração
para as pessoas físicas
vai de 1º de março a 29
de abril. De acordo com
o Supervisor do Imposto de Renda, Joaquim
Adir, a multa por atraso
para as fontes pagadoras é de R$ 41,43 por
documento.
De acordo com a Receita, a fonte pagadora
que prestar, ainda, informação falsa sobre
rendimentos pagos, deduções ou imposto retido na fonte, está sujeita
à multa de 300% sobre
o valor que for indevidamente utilizado como
redução do imposto
sobre a renda devido,
independentemente de
outras penalidades administrativas ou criminais. Na mesma penalidade incorre aquele
que se beneficiar de
informação sabendo ou
devendo saber da irregularidade.
No caso de retenção
na fonte e não fornecimento do comprovante,
o contribuinte deve comunicar o fato à unidade de atendimento da
Receita Federal para
que sejam adotas medidas legais.
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
COMÉRCIO
Brasil e Argentina
tentam novo acordo
Países vão começar a
renegociar uma nova
política comercial do
setor automotivo
O
s governos brasileiro e argentino vão começar a renegociar, em abril, o acordo automotivo entre os dois países, que vence
no dia 30 de junho. Entretanto,
o ministro do Desenvolvimento,
Industria e Comercio Exterior,
Armando Monteiro, disse que
a criação de um regime de livre
comércio neste setor ainda vai demorar. “Eu imagino um horizonte
inferior a cinco anos”, disse .
Monteiro deu entrevista após
um encontro, em Buenos Aires,
com o ministro da Produção da
Argentina, Francisco Cabrera, no
qual o principal tema foi o acordo automotivo. Uma das questões
que tem dificultado a liberalização do setor é a adoção, por parte
de cada país, de políticas próprias
de incentivos à indústria, que acabaram criando assimetrias.
Apesar de reconhecer que elas
existem e precisam ser eliminadas, Monteiro explicou que não se
pode fazer isso “em um estalar de
dedos”. No caso do Brasil, o programa de incentivos Inovar-Auto
tem duração prevista até 2017 –
apesar de ter sido questionado na
Organização Mundial do Comércio (OMC) e pelos argentinos.
Pelo atual regime automotivo,
cada vez que o Brasil exporta
US$ 1,5 em veículos e autopeças
para a Argentina, tem que importar US$ 1 desses produtos do
país vizinho. Os dois governos
reconheceram que, na atual conjuntura internacional, interessa
a ambos superar os obstáculos e
construir uma “plataforma industrial integrada” para conquistar
outros mercados.
Monteiro citou como exemplo
os países da Aliança do Pacifico,
mas também falou na necessidade de criar uma indústria regional
competitiva para fazer frente a
outros blocos econômicos. “Estamos negociando um acordo
[de integração] com a União
Europeia (UE)”, disse Monteiro.
“Se não tivermos capacidade de
construir uma plataforma nova e
competitiva no setor automotivo,
como vamos nos relacionar com
os europeus?”
Segundo o ministro, as negociações entre o Mercosul (mercado comum integrado por Brasil,
Argentina, Paraguai, Uruguai e
Venezuela) e os 28 países da UE
estão avançando rapidamente. Ele
acha que o processo de negociações para liberalizar o comércio
entre os dois blocos pode começar esse semestre. “Quem sabe
ainda nesse trimestre”, disse.
Monteiro também manifestou
satisfação com a decisão do novo
governo argentino de eliminar a
Declaração Antecipada de Importação (DJAI) - um mecanismo
que restringia as importações e
afetava os exportadores brasileiros. Em seu lugar foram adotadas
outras medidas para assegurar o
equilíbrio da balança comercial
mas, segundo o ministro, o número de produtos brasileiros afetados é pequeno.
HEMISFÉRIO SUL
Ciclone causa evacuação nas ilhas Fiji
As Ilhas Fiji, no Sul do Oceano Pacífico, foram atingidas no
último sábado (20) pelo mais forte
ciclone já sentido no Hemisfério
Sul. Foram registradas evacuações
em massa, o toque de recolher foi
ativado, e a população cobriu todas as janelas com cobertores.
A tempestade, que atingiu a
categoria cinco, o nível mais
elevado, atingiu a ilha principal
de Viti Levu durante a noite, de
acordo com o Joint Typhoon
Warning Center (JTWC). Desde
o início do dia, voos foram cancelados e os centros de evacuação foram ativados.
“Como nação, estamos enfrentando uma provação do tipo
mais grave. Temos que ficar
juntos, como povo, e olhar uns
pelos outros. Estejam alerta e
preparados”, disse o primeiroministro, Voreqe Bainimarama,
em discurso nacional.
Com ventos de até 220 quilômetros por hora (km/h) e rajadas
de até 315 (km/h), o ciclone Winston foi o primeiro de categoria
cinco a atingir a região, noticiou o
jornal Fiji Times.
O Diretor Nacional de Gestão
de Desastres, Akapusi Tuifagalele,
disse que foram ativados 758 cen-
tros de evacuação naquela região,
onde vivem cerca de 900 mil habitantes.
O ciclone Winston atingiu no
sábado a ilha mais a norte de Vanua Levu. Há relatos ainda não
confirmados de árvores caídas e
telhados de casas arrancados.
As companhias aéreas Fiji Airways, Virgin Australia e Jetstar
cancelaram todos os voos para Fiji,
destino de férias bastante popular
entre australianos e neozelandeses.
O governo impôs um toque
de recolher em todo o país, com
avisos aos moradores para não
saírem de casa.
ANTÁRTIDA
Iceberg ameaça 150mil
pinguins-de-adélia
Cerca de 150 mil pinguins-de-adélia, uma das
espécies mais famosas da
Antártida, estão incapazes de voltar à sua colônia desde que um iceberg
gigante lhes barrou o caminho, forçando-os a um
longo desvio para encontrar comida, revelou um
estudo científico. Esta colônia de pinguins vive no
Cabo Denison, um cabo
rochoso situado na baía de
Commonwealth, no leste
do continente antártico.
O icebergue B09B, que
mede 100 quilômetros
quadrados (km²), área
equivalente à da cidade
de Paris, encalhou na Baía
de Commonwealth em dezembro de 2010, indicam
investigadores australianos e neozelandeses na revista Ciência da Antártida,
publicada este mês.
A população da colônia
de pinguins-de-adélia foi
contabilizada em cerca
de 160 mil indivíduos em
fevereiro de 2011. Em de-
zembro de 2013, eles não
somavam mais do que 10
mil, dizem os pesquisadores.
A chegada do iceberg e
a formação de gelo permanente que se seguiu forçou
os pinguins a prolongar
o seu percurso em 60 km
para conseguir chegar ao
lugar onde encontram alimentos, o que dificulta seu
processo reprodutivo.
“A população do Cabo
Denison poderá extinguirse nos próximos 20 anos,
a menos que o B09B se
mova, ou que o gelo permanente costeiro que se
formou se quebre”, escreveram os investigadores
do centro de pesquisa sobre as alterações climáticas na Universidade de
Nova Gales do Sul e da
New Zealand’s West Coast
Penguin Trust.
Ao contrário do iceberg, o gelo permanente
não fica à deriva e pode
atingir uma espessura
considerável.
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
CULTURA
Pianista brasileira
brilha no Grammy
Eliane Elias levou o
Grammy pelo álbum
Made in Brasil,
escolhido o melhor
álbum na categoria Jazz
A
pianista e cantora brasileira Eliane Elias ganhou o
Grammy com o álbum Made in
Brazil, considerado o melhor na
categoria jazz latino. Lançado em
31 de março de 2015, o álbum é o
24º da artista – primeiro gravado
no Brasil – que se mudou para os
Estados Unidos em 1981.
“Estou tão feliz de compartilhar com vocês, meus queridos
amigos, que Made in Brazil acabou de ganhar o Grammy de melhor álbum latino de jazz do ano.
Obrigado por todo apoio”, disse a
artista em sua conta no Facebook.
Eliane estava no Brasil, durante a
cerimônia, e foi representada por
sua filha Amanda.
Já a cantora pop Taylor Swift
foi a grande vencedora da 58ª edição do Grammy, em Los Angeles.
O disco 1989 foi eleito o álbum
do ano dos Estados Unidos e,
com o prêmio, a artista se torna a
primeira mulher a vencer o principal prêmio do evento por duas
vezes – em 2010, com o álbum
Fearless. O disco 1989 álbum já
vendeu seis milhões de cópias nos
Estados Unidos.
O Grammy 2016 foi marcado
por homenagens a lendas musicais que faleceram recentemente.
Lady Gaga fez uma apresentação
em homenagem ao artista de rock
David Bowie, morto em janeiro deste ano, enquanto Jackson
Browne prestou homenagem ao
ex-integrante da banda Eagles
Glenn Frey, que morreu há menos
de um mês.
A canção Uptown Funk, de
Mark Ronson, com Bruno Mars
nos vocais, foi eleita a gravação
do ano. Ed Sheeran ganhou o
prêmio na categoria de canção do
ano com a música Thinking Out
Loud. O prêmio parece ter surpreendido o cantor: “Meus pais vêm
me assistir todo ano e toda vez eu
perco”, disse.
O cantor de hip hop Kendrick
Lamar recebeu 11 indicações ao
Grammy – uma a menos que o
recorde de Michael Jackson, em
1984 com o álbum Thriller. Ele
levou o prêmio de melhor álbum
de rap com a obra To Pimp a Butterfly, que já vendeu 800 mil cópias no mercado norte-americano.
LEI GOYAZES
Sai resultado da seleção de projetos
Está disponível o resultado da
seleção de projetos do Programa
Estadual de Incentivo à Cultura –
Lei Goyazes. Os projetos foram
avaliados pelo Conselho Estadual
de Cultura, que encaminhou a lista
para homologação à Secretaria de
Educação, Cultura e Esporte (Seduce) na quinta-feira passada, dia 18.
Entre os aprovados, estão projetos de diversas áreas, como literatura, música, cinema, teatro e outras. Em 2016, o Governo de Goiás
disponibiliza R$ 10 milhões para o
patrocínio desses projetos via renúncia fiscal.
Os proponentes dos projetos
aprovados podem procurar empre-
sas interessadas em financiar seus
projetos com uma carta de crédito do Governo de Goiás. O valor
aprovado para o financiamento será
descontado no pagamento do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Confira a lista: http://www.secult.go.gov.br/post/ver/140813
TEATRO GOIÂNIA
Timon de Shakespeare
será atração no teatro
O Teatro Goiânia recebe
a turnê da peça Timon, de
Shakespeare, com espetáculos nos dias 4, 5 e 6 de março. A montagem brasileira
traz Vera Holtz no papel de
Timon, numa trama adaptada para os dias atuais e localiza a ação no centro do
poder de uma grande capital
federal. Os ingressos custam
R$ 25,00 (inteira) e R$ 12,50
(meia entrada).
A trilha e direção musical são do premiado Marcelo
Alonso Neves, e os quase 50
figurinos e adereços criados
por Rita Murtinho são contemporâneos. A cenografia
de Hélio Eichbauer, aliada ao
trabalho de vídeo arte de Laís
Rodrigues, faz uso da arte
aliada à tecnologia: projeções
e animações interagem com
os objetos de cena.
Uma oficina de direção e
interpretação com a equipe
do espetáculo será realizada
no dia 5 de março. Voltada
para atores, diretores de teatro
e alunos de Artes Cênicas, o
encontro é gratuito e também
será realizado no Teatro Goiânia. Uma mesa redonda também está marcada para o dia
6 de março, logo após a apresentação. Os atores vão participar do debate, que também
será aberto a quem não assistiu o espetáculo naquele dia.
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
De camarote
[email protected] | www.herculesdias.com.br
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
PALAVRA CRUZADA
CINEMA
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
Situação
vantajosa,
cessa com
a derrota
© Revistas COQUETEL 2012
Aqui, em
francês
Autores
(abrev.)
Atores famosos
Área de preservação
como a da Serra das
Almas, no Ceará
Eclesiástico que
abençoa a água
Avião, em inglês
"Organização", na
sigla OIT
Aperto;
embaraço
Local privativo nos
estádios
Dito impróprio em
velórios
André (?),
tenista
Deutério
(símbolo)
Maior porto exportador de minério de
ferro do Brasil, situase em Vitória (ES)
(?) disso:
de forma
alguma
Sente ternura por
Cromo
(símbolo)
Mergulhar,
em inglês
Relatório
do juiz
sobre o
jogo (fut.)
Célula da
fusão de
dois gametas (pl.)
Cheio de
curiosidade
Acalanta
"Tempo
(?) dinheiro" (dito)
Adultera
(gasolina),
misturando-a
"Enfeite"
da borda
do copo de
margarita
Molho que
acompanha churrascos
Preposição
indicativa
de limite
O governo
dos Anos
de Chumbo
Explorada
"(?)
baba!",
expressão
indiana
Aparelhos
de LED,
LCD ou
plasma
Auxílio,
em inglês
Atuei
(?) Reich,
a Alemanha
de Hitler
Exímios
(fig.)
Radiano
(símbolo)
Causa
sofrimento
3/aid — ici. 4/dive. 6/batiza. 7/tubarão. 8/airplane. 10/ditatorial — parasitada.
56
Solução
I
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AS
A L
I
D A
S
R ES
BANCO
(?) de Porão, banda
de João
Gordo
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
GOIANÃO
Com “naturalidade”
Frontini encara
substituição no Vila
Atacante acredita que
time vai evoluir na
disputa do Campeonato
Goiano
Edivaldo Barbosa
A
inda devendo um bom
futebol, o atacante
Frontini tem sido substituído nos últimos jogos do Vila
Nova. Na vitória de 1 a 0
sobre o Trindade, domingo
passado, não foi diferente.
O jogador, porém, revelou
que encara como normal a
medido do técnico Márcio
Fernandes
“Encaro com naturalidade. Fui contratado para ser
um grande profissional e é
assim que um grande profissional deve agir”, disse
Frontini, após o duelo contra o Trindade. “Não adianta
só você jogar e quando sair
ficar de cara feia. Temos
de apoiar e entender que o
Márcio está tentando fazer o
melhor”, disse.
Frontini prevê o Vila
Nova vai evoluir, principalmente no Campeonato
Goiano.
O time ainda fará mais
três jogos seguidos no Serra
Dourada. Além do Anápolis
nesta quarta-feira, o alvirrubro enfrentará o Goiás no
próximo domingo. No dia 3
de março, receberá o Brasília pela Copa Verde.
Ingressos
Para o duelo com o Anápolis, a diretoria definiu
que o ingresso de arquibancada custará R$ 20 a inteira. O torcedor que apresentar cartela da Timemania
com o Vila como time do
coração, clientes Sicoob,
que patrocina o clube, estudantes e idosos pagarão
meia-entrada, ou seja, R$
10.
A diretoria decidiu que
também não haverá comercialização de ingressos para
o setor das cadeiras no Serra Dourada. Esta área, segundo o clube, será exclusiva para sócios torcedores
do plano Ouro e conselheiros do Vila Nova.
TRIATHLON
Marcus e Ariane ganham em Santos
O santista Marcus Fernandes e a porto-alegrense Ariane
Monticeli foram os vencedores
da 25º Triathlon Internacional
de Santos, competição disputada na manhã do último domingo (21), no litoral paulista, e
que contou com a participação
de mais de mil atletas inscritos,
representantes de 24 estados
brasileiros e de cinco países.
Com uma temperatura girando em torno dos 30ºC durante a prova, o triatleta Marcus Fernandes conseguiu o
tricampeonato da competição
ao cruzar a linha de chegada
com o tempo de 01h47min53seg, superando os seus
adversários diretos, Manoel
Messias, que com o tempo de
1h50min24seg chegou em segundo, a frente do experiente
Reinaldo Colucci, que cravou
o tempo de 01h50min39seg na
terceira colocação.
Logo atrás do santista, a briga foi acirrada até os últimos
metros da prova, quando coube ao jovem Manoel Messias
superar o seu companheiro de
clube (Sesi/SP), Reinaldo Colucci, num sprint final fantástico. “Hoje, ele (Manoel) é um
dos melhores corredores do
Brasil e do mundo e, por isso,
apesar de ter perdido o segundo lugar no finalzinho, saio daqui satisfeito com o resultado”,
explica Colucci.
Feminino
Já a disputa entre as mulheres foi tão intensa quanto
à dos homens. Melhor para a
gaúcha Ariane Monticeli, que
venceu a prova com o tempo
de 02h06min33seg, deixando
a favorita e campeã no ano de
2015, Luísa Baptista, para trás
no segundo lugar
GINÁSTICA
Ginástica artística do
Brasil ganha 2 ouros
A ginástica artística do
Brasil começou bem 2016,
ano das Olimpíadas do Rio
de Janeiro. Na primeira etapa da Copa do Mundo da
modalidade, em Baku, no
Azerbaijão, Daniele Hypolito e Flávia Saraiva tiveram
um bom desempenho e foram bem nas finais do último
domingo (21).
Flávia Saraiva garantiu
dois ouros e um bronze, en-
quanto Daniele Hypolito uma
prata nas barras assimétricas.
Flávia conquistou o ouro na
trave e no solo com 13,850,
além do bronze nas assimétricas. Já Daniele garantiu a
prata nas barras assimétricas.
Em abril, as duas voltam
a competir em evento-teste,
quando a seleção brasileira
de ginástica artística tenta a
vaga por equipe para os Jogos Olímpicos.
TÊNIS
Belucci conhece adversário
Número 35 do mundo, o
paulista Thomaz Belucci conheceu na última segundafeira (22) seu primeiro adversário na chave principal
do Brasil Open, o ATP 250
de São Paulo que é disputado
no saibro e que esse ano tem
nova sede, o Esporte Clube
Pinheiros.
Segundo cabeça-de-chave,
Bellucci saiu adiantado na
chave e vai fazer sua estreia
já nas oitavas de final contra
o espanhol Roberto Carballes
Baena, 122º do mundo, que
superou o japonês Taro Daniel (87º) no primeiro jogo da
chave principal da competição por 6/2 7/6 (7/4).
Carballes Baena entrou na
chave do torneio como lucky
-loser após a desistência do
argentino Guido Pella, finalista do Rio Open.
O duelo entre os dois será
inédito e deve acontecer nesta
quarta ou quinta-feira.
Goiânia, 22 a 28 de Fevereiro de 2016
GOIÁS
Carlos Eduardo
tem recebido
apoio de Enderson
Atacante afirma que técnico tem sido importante para o crescimento do seu futebol
Edivaldo Barbosa
A
utor de um dos três gols do
Goiás na vitória de 3 a 1 sobre a Anapolina, domingo passado, em Anápolis, o atacante Carlos Eduardo afirma que o apoio
que tem recebido do técnico Enderson Moreira tem lhe ajudado
bastante. “O treinador Enderson é
uma pessoa muito boa e me ajuda
muito”, disse
Titular do Goiás nos últimos
cinco jogos, Carlos Eduardo revelou que inspira em dois ex-com-
panheiros, os atacantes Erik, hoje
no Palmeiras, e Bruno Henrique,
no Wolfsburg (Alemanha). “Acho
que isso é questão de trabalho. Eu
não procuro ser o melhor, mas
sim ajudar a equipe. Ainda tenho
muito a aprender,sou novo e tenho muito tempo de carreira,mas
se eu alcançar o nível deles, seria
ótimo”, afirmou.
Julgamento
O Tribunal de Justiça Desportiva de Goiás (TJD-GO) julgou e
absolveu, na manhã de ontem, o
técnico Enderson Moreira e o atacante Raphael Lucas. O treinador
foi expulso no clássico contra o
Atlético, empate por 2 a 2, no dia
14, enquanto o atacante recebeu
cartão vermelho durante a vitória
sobre a Anapolina, 1 a 0, dia 6.
Dessa forma, ambos estão liberados para o confronto contra a
Aparecidense, amanhã, no Estádio
Hailé Pinheiro. Quem fica fora é
o zagueiro Wesley Mattos. O defensor recebeu o terceiro cartão
amarelo, está suspenso e deve ser
substituído por David Duarte.
UFC
Luta será transmitida no cinema
No próximo sábado, Anderson Silva volta oficialmente a
luta. O duelo será contra o inglês Michael Bisping. O canal
Combate e o UFC, em parceria
da Cinelive, vão transmitir nos
cinemas brasileiros o confronto,
a partir das 18h (horário de Brasília) em Londres.
Além da luta que terá Spider
como participante, os fãs poderão conferir todo o card principal
nas telonas, que conta também
com o representante tupiniquim
Thales Leites.
Serão aproximadamente 20
salas por todo o país. Os espectadores que forem aos cinemas
terão direito a uma transmissão
com comentários exclusivos para
as telonas e interatividade entre
os comentaristas do Combate e
espectadores, uma experiência
nova aos amantes do esporte. O
time de transmissão também será
reforçado pelo atleta do UFC
Demian Maia nos comentários
das principais disputas da noite.
Os ingressos para assistir ao
UFC ao vivo nos cinemas podem ser adquiridos no site www.
cinelive.com.br ou na bilheteria
dos cinemas participantes. A entrada custa R$ 60 e a meia-entrada será aplicada de acordo com a
legislação.
MANÉ GARRINCHA
Fla admite mandar
jogos em Brasília
No último domingo (21),
após o Fla-Flu, o presidente Eduardo Bandeira de
Mello, o diretor geral Fred
Luz e o diretor de futebol
Rodrigo Caetano estavam
na sala de entrevistas coletivas quando o treinador
fez sua queixa. Como já
havia feito quando sugeriu e foi atendido na troca
de Edson Passos por Volta
Redonda, Muricy elogiou a
partida no Mané Garrincha
e deve nortear novamente
a definição dos dirigentes
do Flamengo, em busca do
equilíbrio entre aspectos
técnicos e financeiros.
Unidade da federação
com maior renda per capta
do país, o Distrito Federal
atrai pela possibilidade de
bons públicos e alta renda no domingo, o Fla-Flu teve
mais de 30 mil pessoas e
bilheteria superior a R$ 2
milhões. O Flamengo teve,
segundo o borderô divulgado pela Ferj, receita líquida de R$ 1.012.833. Além
disso, os rubro-negros viajaram tanto na ida quanto
na volta em voos fretados,
sem passar pelo desgaste a
mais de espera em aeroportos e necessidade de dormir
fora do Rio e perder a manhã para recuperação de jogadores. O custo desse tipo
de transporte é de cerca de
R$ 200 mil - e muitas vezes
são oferecidos pelas empresas organizadores dos
eventos.
À frente das discussões
sobre o assunto, o diretor
geral do Flamengo, Fred
Luz, admite que mandar jogos na capital do país está
na pauta. Depois de Cariacica (ES) e Cuiabá (MT),
que deve ser confirmada
como palco do jogo contra o Figueirense no dia 9
de março, pela Primeira
Liga, Brasília se torna opção mais viável para unir o
pedido de Muricy e a diretoria do Flamengo. A direção do clube, porém, ainda
não desistiu de conseguir
parceiros para ampliar o
estádio Luso-Brasileiro, da
Portuguesa da Ilha do Governador, mas a solução, a
cada dia, parece mais complicada. A tendência é que,
a depender da demanda de
público para as partidas, a
diretoria do Flamengo decida entre levar para Brasília e jogar em cidades vizinhas no estado do Rio.
“Brasília sempre foi alternativa boa, porque tem
estádio grande, temos bastante torcida lá e tem bom
poder aquisitivo. Além disso, tem logística que não
chega a ser péssima, dentre as alternativas que temos fora do estado do Rio.
Mesmo em Volta Redonda
e Macaé, fazemos longas
viagens de ônibus”, disse
Luz, citando alternativas
que o Flamengo vai usar
durante o campeonato estadual.