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Nova Venécia / ES - Ano XVIII, Edição 291 - Novembro de 2015 - www.veneza.coop.br DESDE 1953 Projeto MaisGenétika já é sucesso confirmado O s primeiros resultados apresentados pelo projeto de transferência de embriões por meio de Fertilização In Vitro (FIV), “MaisGenétika”, já demonstram que os cooperados estão no caminho certo quando o assunto é gerar bezerras com alto valor genético e características ideais para a produção de leite. Na primeira rodada do projeto, dez propriedades receberam os técnicos da In Vitro Brasil (empresa responsável pela idealização da FIV junto à Veneza), Concurso Leiteiro em Mantenópolis onde foram protocolados 271 animais e posteriormente realizada a transferência em 220 deles. Após 60 dias, a equipe retornou às propriedades para a realização dos ultrassons que confirmaram prenhes em 101 animais, ou seja, 45,9% de sucesso. Por meio da Fertilização In Vitro é possível adiantar quatro ou até mais gerações em busca do melhoramento genético do animal Página 5 Agroshow reúne produtores rurais em Mucurici O Página 3 Colaboradores recebem treinamentos Novembro / 2015 Página 6 s municípios de Mucurici e Ponto Belo promoveram o I Agroshow, no Sindicato Rural de Mucurici, com a realização de torneio leiteiro, feira de animais, showroom, palestras técnicas e feira de produtos da agricultura familiar. Confira na página 4. Mulheres participam de palestra sobre o câncer de mama Página 9 Integrante do Núcleo Feminino aumenta renda com produção de doces Página 19 CURTAS PALAVRA DO PRESIDENTE “Estamos com índices de região semiárida” Especificamente na nossa região, basta pegarmos os índices pluviométricos dos últimos anos para constatarmos que de um tempo para cá, essa quantidade tem diminuído enquanto o consumo, o mau uso, o desperdício e a falta de investimento tem sido a grande tônica do agravamento da situação. Só para falarmos em volume de chuvas, fechamos o ano passado com apenas 659 milímetros e este ano registramos até o momento 450 milímetros. José Carnieli Presidente da Veneza P ara muitas pessoas a ameaça da falta de água pode até parecer exagero, mas não é. A diminuição na quantidade da água disponível é nítida e a cada ano que passa constatamos que essa triste realidade persiste. Para termos essa noção, basta fazermos um comparativo de como eram nossos mananciais há anos atrás e como estão hoje. Nossas reservas de água estão diminuindo e a reposição, através apenas das chuvas, são insuficientes. Isso tem que nos levar a uma reflexão profunda – tanto no meio rural quanto nas cidades, pois todos nós somos consumidores e, portanto, responsáveis por ações corretivas ou modificativas do quadro hídrico que nos encontramos. As causas deste triste cenário são variadas. O crescente aumento do consumo, o desperdício, a poluição das águas, uso de equipamentos inadequados, entre outras. Por isso devemos insistir na mesma tecla de que é fundamental mudar nosso comportamento – hábito e cultura - com relação ao uso desse bem precioso e comum a toda sociedade que é a água. EXPEDIENTE Vale ressaltar que no ano de 2013, diferente do que vinha acontecendo, tivemos uma quantidade de água superior. Mas é preciso frisar que a maior parte das chuvas aconteceram somente no final do mês de dezembro daquele ano, ocasionando a má distribuição dos recursos hídricos. Outro agravante é em relação à evaporação dessa água que tem sido cada vez maior, por causa do aumento da nossa temperatura e de irrigações fora de horário adequado – em torno do meio dia. Esses fatores fazem com que a água que penetra no solo se evapore de maneira mais rápida, aumentando ainda mais os efeitos da seca. O consumo de forma sustentável e responsável são inadiáveis em nome da conservação dos nossos recursos hídricos. Com pequenas mudanças de hábitos, todos podemos contribuir para conservar nossas águas, aprendendo a controlar a poluição, consumir sem desperdício e de forma moderada, além do principal; preservar, investir e recuperar nascentes. Somente dessa maneira podemos minimizar os impactos desse déficit hídrico. Veneza Cooperativa Agropecuária do Norte do ES Av. Belo Horizonte, 50 - B. Filomena Caixa Postal 57 Telefax: (027) 3752-8888 CEP: 29830-000 – Nova Venécia (ES) CNPJ: 27.996.594/0001-99 / SEFA-ES: 080.179.10-0 / INSCR. MUNICIPAL: 392/01 Email: [email protected] CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Dir. Presidente 2013/2016 - José Carnieli / Dir. Vice-Presidente 2015/2018 - Erik Juliano Zottele Pagung / Dir. Eventual 2014/2017 - Juremar Pin / Conselheiro 2015/2018 - José Carlos Taglia Ferre / Conselheiro 2015/2018 Robson Luiz de Souza de Oliveira / Conselheiro 2014/2017 - João Marcarini Filho / Conselheiro 2014/2017 - Marta Soares de Souza Lima / Conselheiro 2013/2016 - Jácomo Braz Bergamin / Conselheiro 2015/2016 - Evaldo Tavares Renes / Presidente Honorário - Waldir Magevski CONSELHO FISCAL 2015/2016 Efetivos: Almir Antonio Guidi, Fátima Morgan e Otávio Cesar de Farias Pedroni. Suplentes: Margarethe da Silva Motta, Miguel Alípio Eler Guimarães e Victório Pelluzio Júnior PRODUÇÃO EDITORIAL Coord. editorial: Enfocco Assessoria de Comunicação e Sérgio Luiz Masarim Jornalista responsável: Diego Bastianello Feitosa Fotos: Equipe de Marketing da Veneza, Enfocco Comunicação, divulgação. Impressão: Gráfica Cricaré enfocco Gravando em Nova Venécia U ma equipe da TV Educativa de Vitória esteve em Nova Venécia no dia 22 de outubro para fazer uma reportagem com as mulheres que integram o Núcleo Feminino Veneza. A matéria vai falar sobre o Programa Reflorestar, do Governo do Estado, sendo desenvolvido pelas mulheres. Na ocasião, foram plantadas algumas mudas de árvores em volta de uma nascente localizada na propriedade de Geraldo Célia, situada no Córrego Pavãozinho, próximo à Chapadinha. A ideia de recuperar a nascente surgiu da produtora filha de Geraldo, Fernanda Zavarise Célia e sua mãe, Maria Zavarise Célia. Uma bela iniciativa que ser- ve como modelo para outros produtores que possuem nascentes em mau estado de preservação. A matéria ainda não tem data definida para ir ao ar. IIº Festival Gastronômico Sabores da Terra A Cooperativa Veneza esteve presente apoiando o IIº Festival Gastronômico Sabores da Terra, realizado no município de Santo Antônio de Jesus-BA, entre os dias 15 e 25 de outubro. Este ano, o festival gastronômico prestigiou a culinária regional. Com o tema “Riquezas da Terra” os 26 restaurantes participantes prepararam pratos recheados com produtos locais, sendo a grande maioria proveniente da agricultura familiar. A proposta do evento, que é organizado pelo Sindicato dos Meios de Hospedagem e Alimentação da Microrregião de Santo Antônio de Jesus (SINDBARH) e pela Rede de Bares e Restaurantes (QUALIMAX), é aumentar o atrativo turístico num período considerado de baixa visitação por parte de turistas, já que o Festival Gastronômico tem se tornado sinônimo de cidade lotada. O vice-presidente do SINDBARH e presidente da Central de Negócios Qualimax, Melentino Antonio Tedesco; o representante da Veneza, Wanderley Pandini e o presidente do SINDBARH, Ruy Carlos Tourinho Oliveira O público presente pôde degustar pratos que concorreram nas seguintes categorias: prato principal, petisco, lanche e sobremesa. O evento contou também com qualificação de profissionais e empresários - promovida pelo SEBRAE e SENAC, capacitação em responsabilidade so- cial com o uso de ingredientes de produtos da agricultura familiar, a “Cozinha Show na Praça Renato Machado” com as diversas utilizações dos produtos da agricultura familiar na cozinha, apresentações culturais, shows musicais de artistas locais e promoção dos estabelecimentos participantes, incluído a Veneza. NOTA DE FALECIMENTO - É com pesar que comunicamos o falecimento do cooperado Claudeomiro Kalke, falecido no dia 15 de outubro de 2015. O cooperado residia no Córrego da Figueira, Vila Pavão – ES. A Cooperativa lamenta profundamente o falecimento e menciona os sinceros votos de pesar aos familiares. 24/10/1952 15/10/2015 Assessoria de Comunicação 2 Novembro / 2015 Premiação NOTÍCIAS 40kg de leite por dia: Cooperado vence concurso leiteiro em Mantenópolis Produtores rurais participantes e organizadores do evento durante o concurso leiteiro P rodutores rurais cooperados da Veneza mais uma vez se sobressaem mostrando o diferencial quando o assunto é produção de leite. Dessa vez no Torneio Leiteiro Expoagro realizado nos dias 9, 10 e 11 de outubro, no município de Mantenópolis-ES. Na categoria Livre, geralmente a mais acirrada em concursos leiteiros, o grande vencedor foi o cooperado Adilson Gregório, que produziu 38,630 litros de leite por dia durante o concurso, com sua vaca Crioula. Segundo o produtor, o principal fator que conta em um concurso leiteiro é o tratamento ofertado ao animal desde a propriedade até o dia do evento. “A gente vem preparando o animal para participar em alto nível de um concurso. O ideal é fazer com que o animal estresse o mínimo possível para que o leite não caia. Além disso, claro que para ganhar um torneio leiteiro precisamos participar com animais de alto potencial Novembro / 2015 Na categoria até 30kg, o cooperado Francis, com a vaca Limosana, foi o vencedor 100 MAIS 100 MAIORES PRODUTORES DE LEITE O cooperado Adilson Gregório ao lado de sua vaca campeã, Crioula genético e sempre trabalhar a alimentação da forma correta”, relatou o produtor. Já na categoria até 30kg, o cooperado Francis, com a vaca Limosana, foi o vencedor. Com a média de 20.090 litros de leite produzidos por dia, o cooperado faz planos para participar de outros concursos. “Acho que foi uma experiência boa e pretendo focar em alguns concursos que por ventura possam surgir daqui para a frente. Isso é uma maneira de incentivar o produtor a buscar o ideal na produção”, enalteceu. Os participantes do concurso leiteiro foram premiados com rações, minerais, Real H e doses de sêmen. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 REGINA PAIVA BANDEIRA DE MELO ALDECYR PINTO PIRSHNER ROSSANO CONTARATO MININO BRUNO PILON BASTIANELLO CLAUDOMIRO ALVES DE OLIVEIRA PAULO DADALTO FRANCISCO RORIZ VERISSIMO PAULO CEZAR GALLO FRANCISCO CEZANA GILBERTO MILANEZ JUREMAR PIN NAILTON BATISTA DOS SANTOS GUSTAVO FRIGERIO LIVIO WALMIR BOLSANELLO MARCO ANTONIO RODRIGUES ESPOLIO DE JOSE REINOSO DE CERQUEIRA EVALDO TAVARES RENES RENATA LIMA RIBEIRO ZANOTELI JOSE CARLOS TAGLIA FERRE ROSA BORTOLON LUBIANA MARTINHO DEMONER ROBLEDO RAMIRES CAPUCHO ELDER BETTIM PAULO MACHADO SARMENTO JOSE SILVA LOPES GELSON RIGUETE BETIM ALDAIR RAIMUNDO RIBEIRO DANIEL FRANCISCO DOS SANTOS ANTONIO BRESSAN SOBRINHO SERGIO DELAYR COVER ANTONIO SPEROTTO FILHO RENATO CUNHA RODRIGUES MARIA IDALINA J. DOS SANTOS OLAVO BERGAMIN FERRARI ELIZARDO JOÃO CAPUCHO RAYNE FRISSO OLIVEIRA JOAO ANTONIO DE AMORIM VALTAIR BOLDT JACOMO BRAZ BERGAMIN EDSON QUIMQUIM EDMAR ALFREDO SCHULZ ESMERALDO ABREU CANZIAN GENTIL VEZONE BIANCHI JOSE GERALDO LOPES AURORA FERREIRA SOUZA JOSE WENCESLAU CEZANA JUDAS TADEU COLOMBI CARLOS ROBERTO RODRIGUES BORSOI JOAQUIM GRECHI NEWTON LOPES FAGUNDES 51 RONALDO BATISTA DE SOUZA 52 ARNALDO CESANA 53 MIGUEL ALIPIO ELER GUIMARAES 54 MARGARETE VIEIRA AMARAL 55 JOSE LINO BETTIM 56 ANTONIO CAVALINE CALVI 57 EDMAR HOFFMANN 58 EVANILDO SCULZ 59 ARGEMIRO BETTIM 60 JOSE CARLOS PESSIN 61 RONILSON JUNIO MEDEIROS DE LIMA 62 ANOCH ROSA 63 ADELSON HERZOG JUNIOR 64 ANTONIO BIANCHI 65 MOISES SALVADOR 66 EXPEDITO ALVES BARBOSA 67 ADEMIR CASTELAR 68 IDALECIO ROSSINI BOLSANELLO 69 ADAIR GERALDO MARTINS 70 ERIK JULIANO ZOTTELE PAGUNG 71 ROBSON LUIZ DE SOUZA DE OLIVEIRA 72 ARMINDO BENING 73 MARIA DE LOURDES ZAVARESE SECHIM 74 JOSE OSIMAR ZUCATELLI 75 WINICIO DOMINGOS FRISSO CALLEGARI 76 AURELIO BASTIANELLI 77 ANTESMINO FERREIRA 78 SUELIS BELUCIO 79 RENATO FONTANA BIS 80 OTAVIO CESAR DE FARIAS PEDRONI 81 OLEI PANSIERE 82 JOSE NEME 83 GERSON VIEIRA DE SOUZA 84 RUAN QUINELATO 85 WYLSON ZON 86 JOAO NITEROI DE OLIVEIRA 87 HELENA PANCIERE 88 CARLOS ALBERTO NASSUR 89 DATIVO MIGUEL JARDIM 90 VALTER NUNES CABRAL 91 VITOR MAGNAGO SIMADAO 92 AGNORAR ALVES LACERDA 93 JUREMIR PIN 94 SILVANO SANDRE CAPUCHO 95 CARLOS GABRIEL RIGO 96 ADELSON OHNESORGE BELZ 97 LEILA SAMPAIO ALMEIDA CARDOSO 98 MARIA ALDACIR GUTTER 99 DOMICIANO JOSE DE LIMA 100 MARIO DE OLIVEIRA SANTANA 3 Agroshow reúne produtores rurais em Mucurici O s municípios de Mucurici e Ponto Belo promoveram o I Agroshow, no Sindicato Rural de Mucurici, com a realização de torneio leiteiro, feira de animais, showroom, palestras técnicas e feira de produtos da agricultura familiar. O evento teve apoio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Prefeitura Municipal de Mucurici, do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), além de outros parceiros. O Agroshow teve como objetivo aproximar os produtores rurais, mostrar a força e a importância do trabalho de todos na produção de leite, na agricultura, no artesanato e na agroindústria dos dois municípios. O extensionista do escritório do Incaper em Vila Pavão, Rogério Durães, proferiu uma palestra sobre o manejo de piquetes. Na ocasião, foram abordados também o manejo de solo, qualidade e exigência nutricional das forrageiras e principalmente sobre a importância do estudo da propriedade pelo produtor e o técnico, para que juntos possam conhecer e realizar o diagnóstico real das condições produtivas da atividade. Também foi realizada uma palestra sobre os aspectos legais da construção, reforma e limpeza de barragens com o técnico do escritório do Idaf de Montanha, Dalvan Mendes. Por fim, mais uma palestra abordando a criação de bezerras e novilhas leiteiras, com o extensionista Lázaro Samir, do escritório de Ecoporanga. Na ocasião foram enfatizados a importância do manejo das vacas em pré-parto e a alimentação de bezerras. Lázaro abordou também a adoção da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) e a fertilização in vitro (FIV) e a sua influência na qualidade genética dos animais. Evento NOTÍCIAS O Agroshow teve objetivo aproximar os produtores rurais, mostrar a força e a importância do trabalho de todos na produção Concurso leiteiro O produtor Ramon Sebastião do Carmo Garcia teve a vaca campeã do torneio leiteiro com “Montanha”, que concorreu com outros 17 animais e com média de lactação de 21,84 kg por dia. Financiamento de veículo e a ilegalidade de taxas bancárias serem custeadas, mas que na verdade eram repassadas aos clientes, sob os mais diversos nomes e títulos, causando ainda mais confusão ao consumidor que de boa-fé financiava seu veículo. Estas taxas contêm valor único, mas são inseridas no valor financiamento, aumentando o valor do CET – Custo Efetivo Total, e consequentemente, deixando o valor das parcelas mais alto. O Brasil viveu momentos de apogeu na indústria automobilística, no final da primeira década deste milênio, início da segunda, com a baixa dos juros e a facilidade na obtenção de financiamento junto a instituições financeiras, e até mesmo com diversas promoções feitas pelas montadoras e seus bancos particulares, com programas de parcelamento em 36 e até 60 vezes sem juros. 4 Ocorre que, na ânsia de realizar o sonho de ter seu primeiro veículo ou seu carro zero ou até mesmo o carro dos sonhos, o consumidor estava sendo lesado, com a inserção sorrateira de diversas taxas que são ilegais aos olhos do CDC – Código de Defesa do Consumidor. Essas taxas foram consideradas ilegais, por serem despesas operacionais dos bancos e financeiras, devendo por eles Uma enxurrada de ações foi proposta nos Fóruns de todo país, levando o Superior Tribunal de Justiça a julgar quais taxas poderiam ou não ser inseridas e cobradas do consumidor nos contratos, decidindo, nos Recursos Especiais nº 1.251.331-RS e 1.255.573RS, que o consumidor que adquiriu veículo sob com financiamento, a partir de 30 de abril de 2008, teria direito a receber em dobro a quantia em dinheiro paga pela Taxa de Abertura de Crédito (TAC) ou pela Taxa de Emissão do Carnê (TEC). Além destas taxas, quaisquer outras que forem cobradas nos contratos, que tenham nominação diferente desta, mas que tenha o mesmo objetivo, também são consideradas ilegais, sendo restituídas em dobro ao contratante. O consumidor que se sentir lesado deverá procurar o PROCON portando o contrato do financiamento de seu veículo, ou ingressar judicialmente para que o valor pago indevidamente seja restituído pela instituição financeira. E se o consumidor perdeu ou não recebeu o contrato, o que fazer? O contrato firmado deve ser ARTIGO entregue ao consumidor no ato de sua assinatura para que o mesmo tenha ciência e possa fazer valer seus direitos futuramente, caso assim deseje, entretanto, caso isso não tenha ocorrido ou o consumidor tenha perdido a via de seu contrato, deverá procurar o banco ou a instituição financeira pela qual financiou o veículo e requerer uma via de seu contrato integral, inclusive dos anexos que o compõe, devidamente assinado pela instituição, ressaltando-se ainda a possibilidade de requerer judicialmente o contrato em caso de recusa do banco ou da instituição financeira. Envie-nos suas dúvidas sobre temas jurídicos, inclusive sobre esta e outras matérias, através dos nossos canais de comunicação. Dr. DENISSON RABELO REBONATO - RRC ADVOCACIA Ass. e Consultoria Jurídica e Empresarial / Nova Venécia, Colatina e Vitória Contatos: (27) 3721-0361 / (27) 3029-4794 / 99904-3234 / 99989-9486 www.rrcadvocacia.com.br Novembro / 2015 Primeiros Resultados NOTÍCIAS Projeto de FIV da Veneza apresenta resultado acima da média nacional Dos 101 animais que confirmaram prenhes, 92 são fêmeas com ótima genética voltada para o leite O s primeiros resultados apresentados pelo projeto de transferência de embriões por meio de Fertilização In Vitro (FIV), “MaisGenétika”, lançado no dia 28 de julho pela Veneza, já demonstram que os cooperados estão no caminho certo quando o assunto é gerar bezerras com alto valor genético e características ideais para a produção de leite. Na primeira rodada do projeto, dez propriedades receberam os técnicos da In Vitro Brasil (empresa responsável pela idealização da FIV junto à Veneza), onde foram protocolados 271 animais e posteriormente realizada a transferência em 220 deles. Após 60 dias, a equipe retornou às propriedades para a realização do diagnóstico de sexagem que confirmaram prenhes em 101 animais, ou seja, 45,9% de sucesso. Desses, 92 são fêmeas. Em uma propriedade específica, o índice chegou a 68% de prenhes confirmada. De acordo com os próprios técnicos da In Vitro Brasil, a média nacional se aproxi- ma de 40% de confirmação de prenhes. O bom índice é graças às boas condições dos animais no momento da transferência e o comprometimento dos cooperados e técnicos envolvidos com o trabalho. Segundo o vice-presidente da Veneza, Erik Zottele Pagung, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, o resultado animou toda a equipe e produtores, que no momento já estão realizando a quinta rodada. “Já deu para perceber que estamos no caminho certo nesse auxílio ao cooperado que deseja produzir esses animais e melhorar a atividade leiteira. O projeto MaisGenétiKa visa adiantar o processo de melhoramento genético tão almejado pelo produtor e leva o melhor da técnica que existe na atualidade”, disse Pagung. Por meio da Fertilização In Vitro, um processo que duraria quatro ou até mais gerações, em busca do melhoramento genético, pode ser antecipado em apenas uma gestação do animal. Técnicos da In Vitro Brasil durante realizações de FIV Outras rodadas realizadas Tabela de Preços Aplenc Produtores e técnicos estão otimistas com os próximos resultados Outras quatro rodadas do projeto MaisGenétiKa de Fertilização In Vitro já aconteceram junto a cooperados da Veneza e aguardam os resultados de confirmação de prenhes. Ao todo, mais 27 propriedades receberam os técnicos da In Vitro Brasil, onde foram protocolados 1204 animais no total, transferidos embriões para 540 delas e as demais aguardam o prazo para realização do diagnóstico de sexagem. Como funciona No processo de Fertilização In Vitro é coletado o óvulo da doadora e fecundado, em laboratório, com o sêmen do doador. O embrião é congelado para depois ser transferido ao útero de uma vaca receptora, que trabalha apenas como barriga de aluguel, sem ter suas características influenciadas na formação da bezerra em que está gestando. A vantagem é que o embrião é formado com as qualidades dos doadores, de acordo com a necessidade do produtor rural, além de ser utilizado sêmen sexado para a geração apenas de fêmeas. Para levar essa novidade ao produtor, a Veneza firmou par- ceria com a empresa In Vitro Brasil, que atualmente é líder mundial em produção de embriões, atuando em 11 países e abrangendo 45% do mercado mundial. VENDE-SE GRADE ARADORA - ESPECIFICAÇÃO: 14 X 28, BALDAN. ANO 2011 (SEMI NOVA). PREÇO A COMBINAR – TRATAR COM VITOR MAGNAGO SIMADÃO: (27)99756 0165. Novembro / 2015 5 Segurança no Trabalho NOTÍCIAS Veneza aplica treinamentos voltados para Segurança e Saúde do colaborador Colaboradores durante treinamentos de Brigada de Incêndio, Operador de Máquina Agrícola e Trabalho em Altura A Cooperativa Veneza tem aplicado frequentemente treinamentos, junto aos colaboradores, voltados para Segurança e Saúde no ambiente de trabalho. Nos últimos meses os funcionários participaram de vários cursos de capacitação, entre eles o treinamento em Espaço Confinado, Trabalho em Altura, Segurança na Operação de Caldeira, Instalações Elétricas, Operador de Máquina Agrícola e a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, que acontece a cada ano. As atividades são voltadas não apenas para a prevenção de acidentes no traba- lho, mas também para evitar doenças ocupacionais. Todos os treinamentos são conduzidos pelo Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), setor criado dentro da empresa para cuidar especificamente do assunto. A equipe é composta por dois técnicos de Segurança do Trabalho e um médico do Trabalho. Esses profissionais realizam diariamente tarefas e procedimentos de rotina, programas de prevenção, utilização de equipamentos de proteção e normas de segurança. O objetivo é diminuir os riscos de acidentes e melhorar as condições e desempenho na rotina de tarefas na empresa. De acordo com o responsável pelo setor, o técnico em Segurança do Trabalho, Eltton Milanez, a implantação do sistema é eficaz e os resultados são reconhecidos. “Com o treinamento, o funcionário passa a conhecer os riscos inerentes à sua atividade e adota medidas para não sofrer ou causar qualquer tipo de acidente, evitando também adquirir doenças ocupacionais. Nós trabalhamos de olho na preservação da saúde e integridade física do trabalhador”, explica Milanez. A utilização dos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), que são utensílios como capacetes, óculos, luvas protetores auditivos, botinas, respiradores descartáveis, entre outros, e também dos EPC’s (Equipamentos de Proteção Coletiva), que beneficiam o grupo de trabalhadores, é obrigatória em determinados setores da Cooperativa. Além disso, os novos colaboradores admitidos pela Veneza, recebem um treinamento introdutório antes mesmo de começarem a atuar. População trocou garrafas pet e óleo de cozinha usado por pães Veneza presente no Dia do Pão A Cooperativa Veneza participou ofertando alguns produtos para o coffe break no evento onde os moradores de Nova Venécia trocaram garrafas pet e óleo de cozinha usado por pães, em uma ação realizada pelo Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria do Espírito Santo (Sindipães) e Sebrae-ES. O evento, que faz referência ao Dia Mundial do Pão - celebrado em 16 de outubro - aconteceu na Praça Jones dos Santos Neves, no Centro do município. 6 De acordo com Delson Zampirolli, um dos organizadores, o material recolhido foi entregue à Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Nova Venécia (ACAMARER). O foco da campanha deste ano englobou a escassez dos recursos hídricos. Devido à seca histórica vivenciada em Nova Venécia, moradores que levaram as duas últimas contas de água demonstrando que conseguiram economizar, também ganharam um pacote com pães. O principal objetivo da ação é conscientizar os consumidores e os empresários da panificação sobre a responsabilidade socioambiental e o consumo sustentável. Em uma caminhada por um túnel montado no local, os visitantes aprenderam sobre os conceitos de reduzir, reutilizar e reciclar por meio de jogos e explicações de técnicos, que também deram dicas de reutilização de materiais. Novembro Média Normal: 218 mm Média Esperada: 231 mm Dezembro Média Normal: 196 mm Média Esperada: 138 mm O mês começa com sol e muito calor. Uma frente fria chega por volta do dia 5 e aumenta a condição para pancadas de chuva. O restante da primeira quinzena será de sol e calor. Durante a segunda quinzena o predomínio será de sol e calor, mas com retorno das condições para pancadas mais fortes de chuva. Pode chover forte entre os dias 16 e 18, por volta do dia 20 e a partir do dia 27. O mês de dezembro deve ser instável, com a previsão de pelo menos 15 pancadas de chuva. Mesmo assim deve chover menos do que o normal. O mês será quente e essas pancadas serão de forma isolada e passageira, sem formação de ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul). Novembro / 2015 A NATA DO LEITE Sabe um daqueles dias mágicos, de pleno estado de felicidade e que você não quer que acabe? Pois um desses dias aconteceu na sexta-feira, 02 de outubro de 2015, quando participei de um dia de campo na Fazenda Nata da Serra, no município de Serra Negra, SP, encerrando com ‘chave de ouro’ um evento de pecuária leiteira, promovido pela Scot Consultoria. Seu proprietário, Ricardo José Schiavinato, pratica uma forma muito interessante de agropecuária orgânica de alto rendimento, produzindo eucalipto, café, olerícolas como tomate e berinjela, frutíferas como morango, sendo o leite, porém, sua atividade principal respondendo atualmente por 60% do faturamento anual da propriedade deixando muito agropecuarista convencional de boca aberta. Mas nem sempre foi assim. Em sua apresentação, Ricardo fez um breve relato de sua trajetória profissional desde o curso de agronomia, passando pelo comando assumido de uma propriedade de quase 100 ha, recém comprada por seu pai no início da década de 1990, onde aplicou os conhecimentos adquiridos na condução de várias culturas agrícolas. Logo comprou umas vacas leiteiras para fornecimento do leite às famílias de seus empregados. Porém, com o passar do tempo, o leite ganhou volume e com investimentos na aquisição de animais, a produção leiteira girava em torno de 1.000 litros por dia. O problema é que a inflação na época corroia os resultados econômicos da atividade leiteira que apresentava baixos índices de desempenho e levava consigo as outras atividades agrícolas. Para tentar não perder tanto dinheiro, resolveu processar o leite na propriedade produzindo o famoso ‘barriga mole’, leite pasteurizado de saquinho, que era vendido no comércio da região. Aí mesmo é que as coisas não foram bem e os resultados cada vez mais desanimadores o obrigaram a se desfazer de parte de seus bens para honrar dívidas, que pareciam não ter fim. Chegando ao fundo do poço e totalmente frustrado sob o ponto de vista profissional, pensou em se desfazer da propriedade, mas seu pai interveio e lhe deu todo o suporte financeiro e emocional que precisava até que as coisas melhorassem. Porém, Ricardo não via outra saída senão fechar as portas, Novembro / 2015 até que se interessou e resolveu trabalhar com agricultura orgânica, a fim de explorar esse mercado diferenciado de produção, aproveitando a proximidade da cidade de São Paulo, um potencial centro consumidor. Iniciou a empreitada orgânica com muito sucesso em relação aos produtos agrícolas como tomate, berinjela, abobrinha dentre outros, com elevadas produtividades e uma qualidade de encher os olhos. No entanto, quanto ao leite, as coisas patinavam e não iam bem. Faltava informação de como conduzir um rebanho leiteiro de forma orgânica de maneira a obter resultados zootécnicos e financeiros satisfatórios. O rebanho de bom potencial genético composto por vacas da raça Holandesa variedade Vermelha e Branca mantido em pastos degradados, manejados de forma extensiva, suplementando-se a alimentação dos animais ao longo do ano com capim-elefante picado misturado à cevada e água resultando num ‘sopão’ era o atestado de falência da atividade que levou a morte a maioria de suas vacas e grande parcela de suas crias. A atitude desesperada de mudar o rebanho para vacas mais ‘resistentes’ ou ‘rústicas’ não surtiu o efeito desejado, visto que sua produção caiu para 200 litros diários. Inconformado com os baixos resultados da pecuária leiteira e sabendo que não é por ser orgânico que precisa ser ineficiente sob o ponto de vista agronômico, zootécnico e econômico, conheceu o programa Balde Cheio em 2007 e viu ali uma ponte entre suas necessidades e futuras realizações. Ricardo foi pessoalmente à Embrapa Pecuária Sudeste em São Carlos, SP, e propôs uma parceria. Ao contrário do que esperam aqueles que pensam existir um abismo entre as duas formas de se produzir leite, a coordenação do Balde Cheio entendeu que à sua frente estava um empreendedor e não um ‘ecochato’ ou ‘biodesagradável’, que além de produzir, queria ganhar dinheiro com leite. Topado o desafio, dias depois visitava a Fazenda Nata da Serra, o agrônomo André Luiz Monteiro Novo. Após a visita, André e Ricardo fizeram uma avaliação e constataram que se a agricultura ali praticada era de qualidade, a pecuária leiteira era sofrível e que se ele aceitasse, transformariam sua fazenda na primeira ‘sala de aula orgânica’ do Balde Cheio no País, onde produtor e pesquisadores, seriam alunos, já que muito teria de ser aprendido e adaptado ao mundo orgânico. Estavam conscientes de que os conceitos básicos para se ter uma produção leiteira eficiente zootecnicamente rentável economicamente e correta ambientalmente devem ser os mesmos a serem aplicados em qualquer sistema de produção leiteira, ou seja, alicerçado na fertilidade do solo, na produção e manejo intensivo das gramíneas forrageiras tropicais, na otimização dos índices zootécnicos do rebanho, na escrituração e no gerenciamento profissional da empresa. Regras do jogo explicadas e aceitas por ambas as partes, o trabalho foi iniciado. Foram aprendendo e adotando as práticas possíveis no universo orgânico, percebendo grande afinidade com o que já se praticava no Balde Cheio, como adubação com compostos orgânicos, controle biológico de pragas com fungos, irrigação outorgada, respeito aos animais e às legislações ambientais, utilização de madeira plástica, entre outros, o que facilitou a obtenção dos primeiros resultados. Assim, a antiga capineira de capim-elefante virou o primeiro módulo de pastejo, sendo dividida em 35 piquetes de 450 m2 cada um. Com os expressivos resultados veio a motivação de mais módulos de pastejo com os capins mombaça e braquiarão e as gramas estrela, tifton e jiggs, todos irrigados, permitindo alojar o rebanho numa pequena gleba de terra, com farta disponibilidade de comida. Algumas dúvidas surgiram como, por exemplo, fazer as adubações nitrogenadas após o pastejo sem o uso dos adubos químicos, proibidos nos cultivos orgânicos. Além do uso de 40 toneladas de compostos orgânicos aplicados por hectare por ano, divididas em duas aplicações, que, no entanto, apresenta baixa concentração de nitrogênio (algo ao redor de 2% na matéria seca), o proprietário sugeriu, e foi acatado, que ao invés de se utilizar a lotação de 10 vacas por hectare, fossem postas apenas 7 vacas na mesma área, deixando uma sobra proposital de 30% do que foi produzido, que por possuir estreita relação Carbono: Nitrogênio, sofreria uma rápida decomposição após a roçada quando da retirada dos animais do piquete, fornecendo nitrogênio para a própria planta numa versão de ‘auto adubação verde’. Isso criou um banco permanente de nitrogênio no sistema solo-planta, deixando o capim com um verde intenso, como se tivesse recebido adubação nitrogenada com ureia. O monitoramento da fertilidade do solo via análises anuais confirma os elevados índices obtidos. A umidade é garantida por um criterioso projeto de irriga- ção, que além de aplicar água, também auxilia na aplicação de fungos e dejetos do curral e do laticínio, via fertirrigação, proporcionando às gramíneas forrageiras produções dignas dos bons projetos convencionais. No inverno as pastagens são sobressemeadas com Aveia Preta e Azevém, gramíneas de clima temperado que otimizam a produção no período, sendo o rebanho suplementado nessa época com cana-de-açúcar e, mais recentemente, com silagem de milho já que não é barato corrigir as deficiências protéicas da cana-de-açúcar somente com farelos como o de soja ou de algodão, que assim como os demais concentrados utilizados em suplementação ao pasto, precisam também ser oriundos de fonte orgânica de produção, elevando muito seu custo de aquisição. Todas as etapas de plantio realizadas na fazenda de novos módulos de pastejo, cana-de-açúcar ou milho para ensilagem, são precedidas de adubação verde com a leguminosa crotalária juncea, de elevado potencial produtivo, que incorporada ao solo fornece à futura lavoura, até 200 kg/ha de nitrogênio. O rebanho é outro ponto interessante. No início era formado por animais com baixa aptidão leiteira. Dois a três anos após a adequação da alimentação o rebanho começou a passar por enorme transformação sendo atualmente formado por vacas cruzadas entre as raças Holandesa variedade Preta e Branca, Jersey e Sueca Vermelha mantendo o vigor híbrido por mais gerações. Está em processo de avaliação o cruzamento com uma quarta raça europeia especializada na produção leiteira, a fim de manter a heterose (vigor híbrido) em patamares acima de 90% e se obter animais de porte mediano, adaptados ao pastoreio, dóceis, de elevada fertilidade e diferenciado teor de sólidos do leite, ou seja, o gado “Vira Latas”, que muito contribui para o rendimento dos produtos lácteos orgânicos fabricados na propriedade como queijos, iogurtes, ricota, manteiga dentre outros. Tratado com respeito e paciência pela equipe de empregados, esse gado não apresenta qualquer sinal de estresse, o que confere maior resistência às doenças, que são tratadas, ou preferencialmente prevenidas com uso da homeopatia e vacinações. Esses fatores reunidos conferem elevados índices zootécnicos e uma produção diária atual de 1.400 litros, que numa área explorada de 25 ha proporcionam uma produtividade acima ARTIGO BALDE CHEIO de 20.000 litros de leite/ha/ ano, dez vezes mais que a produtividade encontrada no início do trabalho em 2007, quando o volume de leite médio era de 250 litros diários e a área explorada pelo rebanho alcançava 45 ha. Produtividades como a atualmente obtida na Fazenda Nata da Serra conseguem ser obtidas em algumas propriedades de leite convencional na Nova Zelândia e nos Estados Unidos, importantes produtores e exportadores mundiais de lácteos. Essa produtividade da fazenda, no entanto, não significa que se tenha atingido o limite, até porque o máximo é o que menos se sabe em se tratando de potencial de sistemas de produção leiteira baseados no uso intensivo de pastagens de gramíneas forrageiras tropicais. O Custo Operacional Efetivo (COE) da Nata da Serra nos últimos 12 meses (setembro de 2014 a agosto de 2015) foi de R$ 1,03/litro e seu leite é vendido ao laticínio ao preço praticado no mercado dos orgânicos a R$ 1,57/litro, deixando uma margem bruta de R$ 0,54/litro. Ao final desse dia estávamos todos realizados por encontrar um produtor com tamanho nível de absorção e aplicação disciplinada dos conceitos adotados pelo programa, cujos resultados falam por si, e que além dos índices econômicos, quer também deixar um legado de agricultura sustentável a seus filhos e netos. Além disso, é gratificante participar de um programa que, acima de tudo, interessa-se pelas pessoas e não pelos números, que entende que as pessoas é que precisam ser recuperadas em sua capacidade de acreditar em si mesmas. Um programa que não se deixa levar pela acomodação e se lança explorando mais uma vez a fronteira do conhecimento, ensinando que aprender deve ser um exercício diário de quem quer estar em permanente estado de evolução, sem preconceitos ou pré-julgamentos daquilo que não se sabe, mas antes aprendendo e praticando, para somente após tirar as devidas conclusões, me fazendo lembrar o educador Paulo Freire, que dizia: “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que num dado momento a tua fala seja a tua prática”. Lúcio Cunha Eng. Agrônomo – Projeto Balde Cheio 7 Feliz ANIVERSÁRIO... Bem vindo ao mundo... Rafael Tassinari completou 10 anos no dia 11 de novembro. O pequeno produtor é filho do cooperado José Tassinari e Laura Oliveira Tassinari. Seus pais, muito orgulhosos pelo exemplo de criança, desejam toda felicidade do mundo. Rafael ajuda o pai na ordenha das vacas todos os dias. A propriedade onde eles residem fica situada no Córrego do Limão, em Nova Venécia. O pequeno Igor Monteiro de Assis nasceu no dia 9 de outubro e já encanta quem o conhece. Na foto, o recém-nascido está bem à vontade deitado sobre seu “carrão”. Ele é filho do colaborador da Veneza, Rodrigo Calvi de Assis e Josilene Clarindo Monteiro. Matrimônio Recém Casados Os cooperados da Veneza, Aristeu Reetz e Elina Wutke Reetz, compartilham a felicidade do casamento da filha, Valquíria Wutke Reetz ao lado do genro Gil Leandro Breger Paz. Felicidades ao casal e que Deus sempre abençoe essa união! 8 No dia 26 de setembro, Alessandra Reisen Bening, filha do cooperado Armindo Bening e Nilzete Reisen Bening, se casou com Robson da Cruz Furtado no município de Vila Pavão. Os noivos fizeram questão de agradecer todas as pessoas que estiveram presentes na cerimônia. Felicidades. EM REDE 1º Aninho O pequeno e lindo, Gabriel Oliozzi Puppim completou um aninho no dia 11 de novembro. Filho de Rogério Oliozzi e Solange Puppim Oliozzi, a família reside no Córrego do Poção, em Nova Venécia. O avô paterno é o cooperado da Veneza, Angelo Oliozzi Neto e o avô materno, também cooperado, é Gilmar Vanderlei Puppim. Muita saúde, paz e prosperidade. RECEITA Batata grelhada com creme de ricota light Ingredientes 1 batata inglesa grande; 1 colher (sopa) de creme de ricota VENEZA; 1 colher (sopa) de azeite; 1 colher (café) de linhaça para salpicar em cima. Modo de preparo Corte a batata em rodelas e coloque em um prato com água no microondas pra amolecer (tem um botão próprio pra batata). Depois de cozidas no microondas, grelhe na frigideira antiaderente e pronto. Monte o prato, e enquanto as batatas estiverem quentes, despeje o creme de ricota, a colher (sopa) de azeite e salpique a linhaça. Sirva em seguida. Novembro / 2015 NÚCLEO FEMININO Mulheres participam de palestra sobre o câncer de mama C erca de 100 mulheres, na maioria integrantes do Núcleo Feminino da Veneza, foram orientadas sobre a Importância da Prevenção do Câncer de Mama. A detecção precoce dos sintomas e a prevenção foram os assuntos mais discutidos na palestra realizada no auditório do da Veneza, na manhã do dia 15 de outubro. Na ocasião, o enfermeiro do Hospital São Marcos, Wesley Sabadim Pereira, focou a necessidade e importância da realização do autoexame e dos exames clínicos. “O número de pessoas que hoje alcançam a cura é bem maior se comparada há 20 anos atrás, isso graças às campanhas de realização dos exames com antecedência que possibili- tam detectar a possível doença quando estiver ainda no início. Quando o câncer de mama é detectado precocemente, temos 95% de chances de cura. Isso é comprovado”, relatou o palestrante. As participantes fizeram várias perguntas e muitas dúvidas foram esclarecidas. “Atingimos nosso objetivo”, comentou a coordenadora do Núcleo, Zilma Mendonça. Durante a palestra, foram expostos números que revelam a incidência do câncer de mama no Brasil e no mundo. Conforme a apresentação, o câncer de mama é uma das maiores causas de morte de mulheres no mundo e a primeira quando se trata de tipos de câncer. Mulheres atentas à palestra proferida pelo enfermeiro Wesley Sabadim Pereira Depoimento Durante a palestra sobre Prevenção do Câncer de Mama e Saúde da Mulher, uma integrante do Núcleo Feminino da Veneza relatou em um comovente depoimento sua própria experiência na luta contra a doença. “Tive câncer da mama há 20 anos atrás, quando tinha 32 anos de idade. Hoje estou curada. Na época fiquei muito triste. Fiz quimioterapia e o devido tratamento necessário. Meus cabelos caíram. Perdi a mama, mas não perdi a vida. Hoje superei tudo isso e encaro como uma lição que muito me fez crescer na vida. A mulher precisa conhecer seu corpo e fazer o autoexame na mama. É fundamental que a gente faça a prevenção”, disse a participante que não teve o nome divulgado para preservar a identidade. Integrante do Núcleo Feminino aumenta renda com produção de doces A mão que lavra a terra é a mesma que transforma os alimentos cultivados em cocadas, bombons, geleias, compotas e doces em calda. É produzindo todas essas delícias que a produtora rural integrante do Núcleo Feminino da Veneza, Ilizete Regina Falqueto Guidi, 58, mostra que a mulher possui papel fundamental e estratégico no campo. frutas cristalizadas, bombons para aniversários e casamentos e doces para eventos em geral. Tudo é fabricado com frutas produzidas em um próprio pomar plantado por Ilizete. A produtora, que também ajuda o marido nas tarefas que envolvem a atividade leiteira como alimentação das vacas e ordenha, percebeu que poderia agregar renda e contribuir para o orçamento da família produzindo doces. Foi então que em 2005 Ilizete iniciou sua nova atividade e logo se tornou conhecida na região. Atualmente produzindo em média 50 quilos de doces por mês, a produtora trabalha apenas por encomendas. “Quando comecei, fazia apenas cocada comum. Depois fui adaptando para outras frutas e as pessoas passaram a procurar cada vez mais. Deu certo. Agora tenho um pomar apenas para produzir meus doces. Quando vejo uma fruta, já imagino como ficaria um doce feito com ela. Faço isso porque eu amo de paixão e aproveito para agregar renda. Estou muito satisfeita”, conclui. As cocadas, que são referência na produção, são feitas nos mais variados sabores: abacaxi, jaca, goiaba, banana, mamão, cacau, figo, entre outros. Além disso, doces de A produtora disse ainda que participa com frequência de cursos e capacitações, principalmente por meio do Senar, quando o assunto é agroindústria. Novembro / 2015 ANIVERSARIANTES DO NÚCLEO FEMININO Dezembro Dia Para encomendar doces com Ilizete, o interessado pode entrar em contato pelo telefone (27) 99978 1238 ou comparecer à sua própria residência, situada na comunidade de São Miguel, interior de Nova Venécia. A cocada, nos mais variados sabores, custa R$ 17,00 o quilo e os doces cristalizados R$ 20,00. 04 05 07 10 11 12 13 14 21 23 26 27 27 30 Representante FERNANDA MARQUES RENOKE ILIZETE REGINA F. GUIDI ANGELA MARIA B. MARCHI CRISTIANE A. MOTTA DE OLIVEIRA TEREZINHA R. BONOMETTE ERICA KUSTER OLIVEIRA LUZIA DE SOUZA C. ZAVARISE LAUDISEIA VITOR R. DAS NEVES LIZANIA APDA ERLE LABARESK ELMA ROSSOW LEIDIANY SPEROTTO PIN ROSILMA LEONARDI ROZILDA BUGE TRESSMANN ANGELITA RIGUETE SALVADOR 9 CLIENTES Creme de Ricota é sucesso em estabelecimentos venecianos O mais novo produto lançado pela Veneza, o Creme de Ricota Tradicional e Light, passou por um período de apresentação junto ao público veneciano. A representante da Veneza no município, Laura da Costa Ramos, organizou alguns eventos de degustação para mostrar aos clientes o motivo pelo qual o mais novo produto já caiu no gosto do povo apresentando rapidamente ótima aceitação junto ao mercado. No dia 12 de setembro, a Rádio Nova Onda FM e a Veneza montaram um estande na Praça do Imigrante onde disponibilizaram o produto para Ação no supermercado Multishow degustação de quem passava pelo local. No dia 16 do mesmo mês, a degustação foi feita no colégio Claudina Barbosa e supermercado Rondelli. Já nos dias 2 e 3 de outubro, o produto foi levado para as lojas do supermercado Crica- ré. Outra ação de degustação aconteceu na panificadora Salute, no dia 5 de outubro. A última foi realizada no dia 3 de novembro, no supermercado Multishow, próximo à rodoviária. Confira alguns momentos: Momentos das ações em estabelecimentos Ações para divulgar o Creme de Ricota na região centro-oeste do ES C om o intuito de divulgar e massificar o Creme de Ricota Veneza em Colatina e região, a equipe da RepresentarES, empresa responsável pela comercialização da marca na região centro-oeste do Espírito Santo, tem se dedicado e realizado algumas ações de degustação do produto em alguns estabelecimentos comerciais e ambientes. O iogurte também foi oferecido em algumas ocasiões. As últimas ações aconteceram no dia 7 de outubro no Mini Super Supermercado, bairro Honório Fraga, Colatina-ES; 17 de outubro no supermercado Lavagnoli, bairro São Silvano, Colatina-ES; 23 de outubro no instituto de beleza Jeanne Espíndula, bairro São Silvano, Colatina-ES; 7 de novembro no Tresmann Supermercado, Centro de Santa Maria de Jetibá-ES e 7 de novembro no Extrabom, Centro, Colatina-ES. Veja alguns momentos das ações: Fachada do estabelecimento Frossard: produtos Veneza na orla de Porto Seguro S ituado na cidade de Porto Seguro-BA, o supermercado Frossard é mais um importante parceiro da Veneza que trabalha com praticamente o mix completo da marca. Uma padaria onde clientes e turistas podem se desfrutar de um delicioso café da manhã e café da tarde com pães de queijo, sucos, bolos, tortas e sanduíches. Um estabelecimento amplo situado na orla de Porto Seguro, mais especificamente em frente ao famoso clube de praia, Axé Moi, oferece grande diversidade de produtos nas prateleiras. Além da ótima opção de lanches para quem está hospedado na orla, o estabelecimento conta com restaurante e um ambiente climatizado para melhor acomodação dos clientes. Degustação junto a clientes A promotora Adriana, o comprador Verailton e o representante da Veneza, Milton Junior 10 Novembro / 2015 CLIENTES Divulgação do Creme de Ricota no Oriundi Supermercados N o dia 22 de setembro, o supermercado Oriundi, situado na Avenida Florestal, 555, bairro Segatto, município de Aracruz-ES, recebeu um belíssimo evento de degustação que marcou a divulgação do Creme de Ricota Veneza. Na ocasião, os clientes puderam experimentar os produtos nas versões tradicional e light, que eram servidos acompanhados por torradas e biscoitos. Segundo o representante da Veneza no local, a ideia é divulgar o máximo possível o mais novo lançamento da Veneza. “Estamos tendo uma resposta muito gratificante ao Creme de Ricota e isso tem nos surpreendi- O representante da Veneza Adelso Antonio, o comprador do supermercado Alexandre Frigini, o representante Carlos André Antonio, a compradora Elizabete Rosa da Silva e a promotora de vendas Nérias Almeida de Oliveira Papel social Vista aérea do estabelecimento do cada dia mais. Tanto nas vendas quanto na qualidade do produto. Todos que experimentam aprovam”, disse o representante Carlos André Antonio. Antigo parceiro da Veneza, o Oriundi supermercado conta com vários itens da marca em suas prateleiras. Um estabelecimento arrojado e de grande visão empreendedora que hoje conta com centenas de funcionários, que trabalham em busca do bem estar de seus clientes. Rede Hiperideal inaugura supermercado em Lauro de Freitas-BA S ituada no bairro Portão, município de Lauro de Freitas-BA, foi inaugurada no mês de julho mais uma loja da rede Hiperideal de Supermercados. Uma loja moderna e completa que chegou para oferecer aos clientes o que há de melhor. Ideal para quem precisa de preço baixo, variedade, qualidade e praticidade. Além das seções tradicionais, na loja do Hiperideal o cliente também encontra rotisseria, padaria, sushi, açougue e adega. Outro ponto que merece destaque é que o Oriundi busca garantir a qualidade e a interação das diversas atividades relacionadas aos serviços que desenvolve com tecnologia e processo de reciclagem, tendo diversas atividades filantrópicas com destino financeiro a entidades como Casa Lar de Guaraná, APAE de Aracruz, Recanto do Ancião e Centro Cultural. Desta forma, o estabelecimento tem como princípio trabalhar em parceria com clientes e fornecedores para que se tenha uma perfeita harmonia entre as partes envolvidas no negócio e também com todos os colaboradores da empresa. Creme de Ricota é lançado no Perim de Aribiri No setor de produtos lácteos, a marca Veneza está entre os que mais se destacam nas prateleiras. Mais de 20 mil itens são oferecidos no local que dispõe de grande variedade de marcas, conforto e comodidade. Um amplo estacionamento foi montado para melhor atender os clientes. P ara manter o foco e o bom relacionamento que existe junto à rede Perim de supermercados, a Veneza, por meio de seu representante, realiza com periodicidade eventos de degustação de alguns produtos nos estabelecimentos da rede. Uma prova disso foi o evento ocorrido recentemente onde a promotora, Arlaine, esteve na loja do bairro Aribiri, Vila Velha-ES, oferecendo para os clientes o Creme de Ricota Veneza, lançado recentemente. O Supermercado Perim, localizado em Aribiri, Vila Velha-ES, trabalha praticamente com o mix completo da Veneza, desde o dia em que foi inaugurado. Fachada do estabelecimento O vendedor da Hélio’s e representante da Cooperativa que atende no local, João Carlos P. Lacerda, considera um dos clientes mais ativos da região. “Nossas vendas junto ao Perim são bastante expressivas e isso mostra que o público vê qualidade em nossos produtos. O aumento na demanda é outra prova de que a aceitação das mercadorias da Veneza é cada dia maior”, relata. Os produtos mais procurados pelos clientes do Perim são o queijo mussarela e toda linha pequena. De acordo com a diretoria do estabelecimento a Veneza é uma das responsáveis pelo sucesso do Perim em toda a Grande Vitória. “Com certeza a Veneza faz parte do processo de sucesso da rede Perim. Se faltar algum produto, os nossos clientes cobram. O acompanhamento de promotores da Veneza na loja é constante e isso é fundamental porque nunca faltam produtos para nós”, elogia. Cabanelas e o filho Cássio, ladeados pelos gestores do estabelecimento, João Claudio Nunes e Fábio Stern. Os encarregados de produtos perecíveis Jean e Roberto Carlos, o vendedor da Hélio’s que representa a Veneza no local, João Carlos e a degustadora Arlaine Novembro / 2015 O encarregado de produtos perecíveis Roberto Carlos, a degustadora Arlaine, a repositora Rigleia e o encarregado Jean 11 Produtor Destaque NOTÍCIAS Valto Macedo Araújo recebe visitantes constantemente que buscam conhecimentos sobre a atividade Produtor se destaca no leite em região onde predominam outras culturas agrícolas TIME EM CAMPO: O veterinário Pablo Santos Rodrigues, o vaqueiro Ricardo Borges de Oliveira e o proprietário Valto Macedo Araújo B aseado no modelo intensivo de produção de leite, com pastejo rotacionado, alimentação balanceada para o gado e trabalhando a correção do solo utilizando apenas adubo orgânico, o cooperado da Veneza, Valto Macedo Araújo, tem tocado sua terra desde 2009 com muita satisfação. A propriedade fica localizada no quilômetro 13 da rodovia que liga os municípios de Nova Venécia e São Mateus, uma região onde a produção de café e pimenta do reino é predominante. O próprio Araújo admite que no início não aplicava na prática as orientações passadas pelo técnico que prestava assistência na época e devido a isso os primeiros resultados não foram tão expressivos. Em agosto de 2014, o produtor passou a fazer parte do programa Balde Cheio e a partir daí resolveu “arregaçar as mangas”. Foi então que Araújo, por orientação técnica, resolveu vender sete vacas, obviamente as que produziam menos, para fazer investimentos em piquetes, curral e plantação de cana. Os resultados econômicos e técnicos melhoraram substancialmente de imediato a produtividade e consequentemente a renda, o que animou o produtor que agora pode, inclusive, aumentar a taxa de lotação de animais por hectare de terra. Os 50 litros de leite que eram produzidos por dia, rapidamente se transformaram em 220 e isso com 15 vacas em lactação. “Alguns animais que produziam de 10 a 12 litros passaram a produzir mais de 20 apenas mudando a alimen- 12 tação”, relata. Devido ao crescimento, o produtor precisou contratar mão de obra para o trabalho. Atualmente dois vaqueiros, Ricardo Borges de Oliveira e Agnaldo Ferreira, tomam frente dos afazeres diários enquanto o proprietário agrega renda extra em outra atividade fora da propriedade. Para mostrar a importância de aplicar a tecnologia, o produtor falou de alguns pontos que considera fundamentais na produção leiteira. “Aprendi a adubar o capim, irrigar de forma correta economizando água, oferecer alimentação balanceada ao animal o que é um dos principais fatores, fazer a higienização do curral e ordenha, tratar os animais de maneira dócil, enfim, passei a tocar minha propriedade como uma empresa”, afirma. No local, 4.7 hectares de terra são utilizados de forma intensiva para produzir leite. Os animais em lactação são divididos em três lotes separados que variam de acordo com a média de produção de cada lote. Devido ao alto índice de proteína que os capins dos piquetes apresentam, a ração ofertada aos animais no local é totalmente à base de fubá. Cada vaca come uma quantidade de ração proporcional conforme a produção. Com a maior parte dos piquetes formados por capim mombaça, Araújo já prepara um novo módulo de piquete onde plantou tífton. “Vamos fazer um teste e a intenção é que as vacas com maior média de lactação sejam colocadas nesses novos piquetes”, conclui o produtor. Valto Macedo Araújo e a esposa Crenir Manzini Macedo Ordenha sem uso de ocitocina Um fator que chama a atenção no local é que a ordenha dos animais é feita sem a utilização de ocitocina (medicamento aplicado na veia do animal com o intuito de liberar mais leite). Essa prática é bastante comum em propriedades produtoras de leite. O vaqueiro, Ricardo Borges de Oliveira, agrega isso ao manejo e adaptação dos animais na ordenha mecânica. “Tratamos as vacas com cuidado e o animal sente isso. Foram necessários 40 dias de treinamento para os animais se adaptarem ao curral e ordenha, mas conseguimos sem bater em nenhum animal. As vacas aprenderam e hoje são mansas. Acho que elas reconhecem esse tratamento e se sentem mais à vontade para dar leite”, disse o vaqueiro. D Aumento ainda por vir e acordo com o técnico que atende no local, veterinário Pablo Santos Rodrigues, o potencial produtivo que a propriedade apresenta atualmente é muito maior do que a produção atual e isso será evidente ainda este ano. Com a programação acertada, até o próximo mês onze vacas vão parir, o que promete aumentar a produção para média de 400 litros de leite por dia. “Hoje estamos com a propriedade praticamente acertada. Agora temos condições de colocar uma maior lotação de animais nos piquetes. Primeiro preparamos a base e agora estamos começando a produzir leite da maneira como realmente se deve. Com essas vacas que estão chegando, tenho certeza de que esse aumento na produção vai animar ainda mais o produtor em continuar se especializando”, relata o veterinário. Com o devido manejo, pastagem apresenta ótima desenvoltura mesmo em períodos de crise hídrica Mesmo sem precisar utilizar, canavial é mantido G raças ao devido planejamento, mesmo diante da seca enfrentada na região, não foi preciso utilizar a cana para suplementar a alimentação do gado. Os piquetes apresentam ótima desenvoltura dando conta de alimentar todas as vacas. Mas por precaução, o canavial é mantido na propriedade. “Optamos por isso porque não sabemos o que pode vir pela frente. É fundamental ter cana plantada, podemos precisar a qualquer momento. São poucas as propriedades de leite que não estão precisando alimentar o gado fora de piquetes. Se precisar comprar gado, se faltar água para irrigar o capim ou até mesmo acontecer de ser proibida a irrigação, como já está acontecendo por aí. Enfim, uma série de fatores pode fazer com que a gente precise utilizar esse recurso, então devemos nos preparar”, afirma o técnico Pablo Santos Rodrigues. Novembro / 2015