literatura de ipê roxo

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literatura de ipê roxo
LITERATURA DE IPÊ ROXO
Nome Científico: Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl.
Sinônimos Científicos: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos,
Tecoma impetiginosa Mart. ex DC, Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb.
Nomes Populares: Ipê-roxo-de-bola, ipê-de-flor-roxa, ipê-mirim, ipê-uva-roxa,
ipê-cavatã, ipê-comum, ipê-preto, ipê-rosa, ipê-roxo, lapacho, pau d’arco-rosa, pau
d’arco-roxo, peúva, peúva-roxa.
Família Botânica: Bignoniaceae
Parte Utilizada: Cascas
Descrição:
Árvore de porte mediano com 20 a 35m de altura, de tronco grosso com 30 a 60cm
de diâmetro. Folhas compostas digitadas de 5 folíolos quase glabros, medindo 5 a
15cm de comprimento por 3 a 4cm de largura. Flores vermelho-arroxeadas
cobrindo quase toda a planta que fica completamente sem folhas durante a
floração. É nativa da América, ocorrendo em todo Brasil desde o Amazonas até o
Rio Grande do Sul e ao norte da Argentina.
Constituintes Químicos Principais: Naftoquinonas – lapachol, lapachona,
lapachenol, quercetina, ácido hidroxibenzóico, flavonoides, cumarinas, glicosídeos
de iridoides – ajugol, lignanas – secoisolariciresinol e cicloolivil, glicosídeos da
isocumarina 6-hidroximeleina, glicosídeos fenólicos dos derivados do metoxifenol e
vanilil 4-hidroxibenzoato, aldeídos e constituintes voláteis – 4-metoxibenzaldeído,
elemicina, trans-anetol e álcool 4-metoxibenzílico.
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
LITERATURA DE IPÊ ROXO
Indicação:
Sua madeira dura, pesada e muito resistente é apropriada para obras externas,
vigas, assoalhos, etc. A literatura etnobotânica cita o uso das cascas da planta na
medicina popular sob a forma de chá, como antiinfeccioso, antifúngico, diurético,
adstringente e no tratamento caseiro do impetigo e contra alguns tipos de câncer,
de lúpus, doença de Parkinson, psoríase e alergias. O lapachol pode ser facilmente
extraído da serragem da madeira desta planta e de outros tipos de pau d’arco para
fins farmacêuticos e até mesmo para exportação, o que permitirá o aproveitamento
deste material que, geralmente é descartado nas serrarias. Sua presença, em teor
aproveitável, pode ser avaliada juntando-se algumas gotas de amoníaco ou solução
de soda caustica a uma mistura fervida de um pouco da serragem com água e um
pouco de álcool. Os ensaios farmacológicos confirmaram sua ação benéfica no
tratamento local de inflamações da pele e mucosas (gengivas, garganta, vagina,
colo do útero e ânus), especialmente no tratamento local da cervicite e
cervicovaginite e ação antitumoral; já o extrato aquoso da madeira apresentou
moderada atividade antineoplásica, sendo tóxico em dose elevada, levando à perda
de peso, anorexia e diarreia. Várias substâncias isoladas desta planta,
principalmente o lapachol, têm apresentado nos ensaios farmacológicos atividade
antineoplásica, atividade antimicrobiana contra as bactérias do gênero Brucella,
atividade contra penetração de cercarias de Schistossoma mansoni e, ainda, ação
anticoagulante, sendo notável sua ação anti-inflamatória, comparável a da
fenilbutasona. Nos tratamentos caseiros bebe-se duas xícaras das médias, por dia,
do cozimento (decocto) preparado com 3 colheres das de sopa da entrecasca
(casca sem a parte de fora) quebrada em pequenos pedaços com quantidades
d’água suficiente para um copo. A mesma preparação pode ser usada em lavagens
locais nos casos de inflamações na pele e na mucosa da boca, anus e vagina; nos
casos de vaginites pode-se fazer uma compressa colocando-se, primeiramente, um
absorvente interno e em seguida, com auxílio de uma pêra ou seringa, 5 cc do
extrato, de preferência à noite, antes de dormir. Apesar de algumas das
substâncias isoladas desta planta terem mostrado potente atividade citotóxica para
tumores humanos, não se pode garantir que o uso de suas preparações caseiras
tenha sucesso no tratamento do câncer.
Toxicidade: O ipê-roxo é tóxico em doses elevadas.
Efeitos adversos: Altas doses causam náuseas,
anticoagulativo do sangue. Pode causar aborto.
vômitos,
diarreia,
efeito
Contraindicação: Não fazer uso durante a gravidez e o período de lactação.
Revisão de Interação:
É descrito que o ipê-roxo apresenta propriedades anticoagulantes, que podem ser
aditivas com a utilização concomitante de fármacos anticoagulantes.
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LITERATURA DE IPÊ ROXO
a) Ipê roxo + Alimentos
Nenhuma interação foi encontrada.
b) Ipê roxo + Anticoagulantes
O ipê-roxo pode ter efeitos anticoagulantes e, portanto, teoricamente, a
utilização simultânea com anticoagulantes pode ocasionar efeitos aditivos.
Evidências clínicas: Nenhum dado de interações foi encontrado. No entanto,
afirma-se que o lapachol (o principal constituinte ativo do ipê-roxo) foi
originalmente retirado do estudo clínico devido a seus efeitos
anticoagulantes adversos, mas os dados não parecem estar disponíveis.
Evidências experimentais: Em um estudo in vitro com microssomas
hepáticos de ratos, foi demonstrado que o ipê-roxo é um potente inibidor da
vitamina K epóxido redutase. Afirmou-se que esses efeitos eram similares
aos da varfarina.
Mecanismo: Os anticoagulantes, como a varfarina, exercem seus efeitos
antagonizando os efeitos da vitamina K, que é necessária para produzir
alguns fatores de coagulação. Eles fazem isso inibindo a vitamina K epóxido
redutase, que reduz a síntese da vitamina K. Essa ação parece ser
compartilhada pelo lapachol e, portanto, o uso concomitante do ipê-roxo e
anticoagulante pode ocasionar um efeito aditivo.
Importância e Conduta: A evidência é extremamente limitada, mas o fato de
o lapachol ter sido retirado dos estudos clínicos devido a seus efeitos
anticoagulantes corrobora o mecanismo teórico sugerido. Até que se
obtenham mais informações, parece prudente discutir o possível aumento
dos efeitos anticoagulantes com qualquer paciente em tratamento com
anticoagulantes que também desejar ingerir ipê-roxo. Se o uso
concomitante for considerado desejável, pode ser prudente sugerir que o
paciente verifique sua INR, assim como parâmetros de coagulação.
c) Ipê-roxo + Medicamentos fitoterápicos
Nenhuma interação foi encontrada.
Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP Brasil, 2008.
2. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações Medicamentosas
de Stockley: Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos.
Editora Artemed, Porto Alegre – RS, 2012.
3. Ipê
Roxo.
Disponível
em:
http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Tabebuia_impetiginos
a.htm
4. Ipê
Roxo.
Disponível
em:
http://ervaseinsumos.blogspot.com.br/2009/03/ipe-roxo.html
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