De volta ao ciclo - Prêmio Abrelpe de Reportagem

Transcrição

De volta ao ciclo - Prêmio Abrelpe de Reportagem
Correio do estado
domingo, 17 de Agosto de 2014
economia 7
sustentabilidade
osvaldo júnior
Numa lógica linear,
o recurso natural,
usado como matéria-prima, é transformado em
produto, comercializado, consumido e descartado na natureza em forma de lixo – e ponto
final. Esse processo causa falsa
impressão de que o caminho é
só de ida. O problema é que o
lixo, diferentemente do que se
imagina, não pode ser lançado
fora – é sempre “jogado para
dentro”, para o meio ambiente.
E a montanha cresce cada vez
mais – os brasileiros produzem
aproximadamente 260 mil toneladas de lixo diariamente,
de acordo com o Planeta Sustentável, uma multiplataforma
de comunicação que estimula
o debate sobre questões ambientais.
Entre as saídas para atenuar
o impacto socioambiental desse processo de descarte contínuo, está o uso do lixo como
matéria-prima, o que representa duplo benefício: redução
De volta
ao ciclo
Empreendedores transformam
o lixo e o recolocam no processo
de produção e consumo
Bicicleta fabricada com
garrafas pet é alternativa
ecológica de comerciários
O que você faria com 200 garrafas pet? Certamente sua
resposta não seria: “uma bicicleta”. Por mais estranha
que possa parecer, essa alternativa foi a encontrada pelo
artista plástico uruguaio Juan Muzzi, para reduzir, com
criatividade empreendedora,
o volume de lixo. Batizadas
de Muzzicycle (em referência a seu criador), as bicicletas, produzidas por Muzzi
em São Paulo, começam a ser
introduzidas em Mato Grosso do Sul pelo Serviço Social
do Comércio (Sesc). Há, na
unidade Sesc Camillo Boni,
em Campo Grande, 30 bikes
ecológicas, que são usadas
em eventos que promovem
o esporte, aliado à qualidade
de vida e preservação ambiental.
De acordo com o assessor
técnico do Sesc, José Carlos
Rigo, estão sendo definidas
estratégias para possibilitar
aos comerciários a utilização,
com maior frequência, das bicicletas. “Estamos avaliando
algumas formas. Elas ficarão
disponíveis aos comerciários
em atividades de esporte e
recreação no Camillo Boni.
Além disso, tem a possibilidade de montarmos grupos de
passeios, que deverão ocor-
rer semanalmente”, afirmou.
As bicicletas ecológicas já
foram usadas pelo Sesc na
Conferência Mundial de Ecoturismo, realizada em maio
deste ano em Bonito, a 257
quilômetros da Capital. Na
ocasião, os participantes do
evento puderam percorrer
pequenos trajetos com as bikes. A Muzzicycle também foi
utilizada na Pedada Noturna,
realizada, em Campo Grande,
pelo Sesc. As pessoas pedalaram pela ciclovia da Afonso
Pena, em um percurso de ida
e volta entre a unidade do Sesc
Camillo Boni e o Parque das
Nações Indígenas.
Uma fortuna jogada fora
O Brasil
reaproveita
No Brasil,
55%
98%
das garrafas
PET são
reaproveitadas.
das latas de
alumínio.
No entanto, os
Os 45%
restantes
representam
2%
restantes
correspondem
ao montante
aproximado de
R$ 254
milhões
jogados fora
por ano.
Isso significa que apenas com
garrafas PET e latas de alumínio
o Brasil joga fora
R$ 262 milhões por ano.
R$ 8
milhões anuais.
Com esse valor seria
possível, por exemplo,
construir aproximadamente
3.750 casas populares.
Fonte: Adaptado de planetasustentavel.abril.com.br
benefícios
A Muzzicycle, que começa
a ser melhor conhecida em
Mato Grosso do Sul, já está
patenteada em 140 países,
segundo informações da Fecomércio. O quadro de cada
bicicleta, predominantemente plástico, é feito com
200 garrafas pet e tem as seguintes características: não
enferruja, não tem solda nem
pintura, tem proteção UV
(contra a radiação ultravioleta), absorve os impactos provocados pelas imperfeições
dos pavimentos e permite um
andar macio.
A contribuição ecológica
também se relaciona a não
utilização de minérios de ferro e bauxita na fabricação do
produto.
A bicicleta, que pode ser
encomendada de São Paulo,
custa de R$ 800 a R$ 1,3 mil.
O preço varia conforme a presença ou não de alguns componentes, como marcha, por
exemplo. (OJ)
de resíduos sólidos e produção de novas mercadorias
sem utilização de recursos
naturais. Bicicletas de garrafas pet, objetos de vidros de
lixões, poltronas produzidas
com tambores e móveis feitos de sucatas de motocicletas são pequenos exemplos,
que indicam que há grande
possibilidade de soluções
para o problema do acúmulo
de lixo. Iniciativas como estas
tornam cíclico o processo que
as pessoas acostumaram a
encarar como linear – assim,
produção, comercialização,
consumo e descarte não são
etapas estanques, mas integram, de modo sistêmico, o
mesmo universo, do qual
fazem parte o ser humano e
toda a natureza.
O Correio do Estado publica, a partir desta edição, uma
série de reportagens sobre
ações empreendedoras, que
trazem de volta para o ciclo
da produção e consumo materiais já tidos como fora desse processo.
Natureza e saúde. Bicicleta ecológica é introduzida em MS
Iniciativa de entidade reduz
o desperdício de alimentos
A utilização das bicicletas ecológicas se insere no conjunto
de iniciativas do Sesc de redução da emissão de resíduos
sólidos na natureza, de acordo
com a diretora da entidade em
Mato Grosso do Sul, Regina
Ferro. “O reúso de produtos,
parte deles ou o seu redirecionamento para que outro use
aquilo que não será aproveitado pelas empresas e pessoas
em geral são o caminho para
contribuirmos com a saúde
do planeta”, afirma Regina.
Entre as ações mencionadas pela diretora, está o projeto Mesa Brasil Sesc, que busca
minimizar um sério proble-
ma: o desperdício de alimentos – de acordo com a plataforma Planeta Sustentável, de
todo o lixo produzido no País
(260 mil toneladas por dia),
53% são material orgânico.
“A proposta do Mesa Brasil
é recolher de empresas e instituições as sobras que não
estão boas para a comercialização, mas que ainda são
perfeitamente possíveis para consumir, tais como frutas muito maduras ou com a
embalagem pouco atrativa
ao cliente pelo desgaste. Entregamos esses produtos a
abrigos infantis, asilos, creches e centro de recuperação
de dependentes químicos.
Com isso é possível beneficiar pessoas e diminuir a
emissão de lixo mesmo que
orgânico. Estamos falando
de um movimento de toneladas por mês”, explica Regina.
A diretora acrescentou
que há, ainda, um programa
de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde
implantados nas clínicas
odontológicas do Sesc. De
acordo com Regina, com
esse gerenciamento, as clínicas dão destinação segura
aos resíduos como também
reduzem sua produção. (OJ)
mercadorias do lixo
Alguns produtos mencionados nesta e nas próximas reportagens
r$ 350
r$ 850
Poltrona feita com tambor, mola
de carro, entre outros materiais
reaproveitados. Contato: Kenzo Murata –
(67) 3331-2324 ou 8141-2223
Suporte
para plantas,
produzido com
correntes e
outras peças de
motocicletas de
ferro-velho.
Contato: Jonas
Barcellos – (67)
3026-2295 ou
9136-7997
Jogo de pratos com o desenho de “Aristide
Bruant”, obra de Henri de ToulouseLautrec. Há outras pinturas de artistas
clássicos, como Edvard Munch, Picasso e
Van Gogh. Contato: Silvia Stumpo (67)
3351-7246 ou 9954-5492.
r$ 120
De r$ 800 a R$ 1.300
Bicicleta ecológica, batizada de Muzzicycle.
O produto é feito, predominantemente, de
garrafas pet. A produção é em São Paulo.
Contato: www.muzzicycles.com.br
8 economia
Correio do estado
sEgunda-feira, 18 de Agosto de 2014
o ronco da reciclagem
fotos: álvaro rezende
Sucatas de
motos se
transformam
em novas
mercadorias
Artesão fabrica vários objetos
com peças do ferro-velho
“moto-arte”. Jonas Barcellos durante processo de fabricação; produtos diversos têm como matéria-prima peças de motos velhas
osvaldo júnior
Uma ave, que lembra a personagem
infantil Papa-Léguas, “passeia” no
jardim do artesão Jonas Eilert
Barcellos, 34 anos. A escultura
e outras peças, que ornamentam a casa do artista, têm uma
particularidade: são feitas de
sucatas de motocicletas – em
sua maioria, o material é aço
automobilístico, que demora,
aproximadamente um século,
para se decompor (veja infográfico abaixo).
Comercializados por valores que variam de R$ 50 a R$
800, os produtos de Barcellos
recolocam no ciclo de produção e consumo materiais
que já estavam às margens
desse processo.
A atividade de fazer produtos diversos a partir de sucatas
de motos teve início com a
tentativa frustrada de Barcellos de tocar uma serralheria.
“Eu e um amigo resolvemos
montar uma serralheria. Co-
Colocar de volta
no ciclo. Este é
o significado de
reciclar”
Jonas Barcellos,
artesão
mo nós dois gostamos de arte,
achávamos muito chato ter de
ficar fazendo portões, janelas... Ficávamos então fazendo coisas diferentes. Assim,
terminamos fechando o negócio”, lembra-se.
Depois dessa experiência,
o então serralheiro começou
a produzir diversos produtos
usando peças de motocicletas
de ferro-velho, sobretudo, as
correntes. “Na natureza, esse
material demora muitos e muitos anos para se decompor,
porque é um aço resistente,
causando, assim, um impacto
imenso ao ambiente. A fabricação de objetos com o uso
de correntes e outras peças de
motos representa grande colaboração para redução desse
impacto”, comenta o artesão.
Com os restos de velhas
motocicletas, Barcellos faz
esculturas, cadeiras, vasos
de flores, bancos, mesas, namoradeiras, etc. Os produtos
são vendidos com a ajuda
da internet ou por meio de
propaganda boca a boca. Em
parte, são fabricados sob encomenda. “São vários os valores. Um suporte para planta,
por exemplo, custa a partir de
R$ 50, um banco, R$ 120, uma
namoradeira, R$ 800”, lista.
Formado em Filosofia, Barcellos busca na própria etimologia de “reciclagem” o sentido
para o seu trabalho de transformar lixo em mercadoria,
que é recolocada no processo
de produção e consumo. “Colocar de volta no ciclo. Este é o
significado de reciclar”, ensina
o artista.
Tempo de decomposição de alguns materiais
Garrafa plástica
Papel
400 anos
Vidro
3 a 6 meses
Alumínio
mais de
4.000 anos
Latas de
conserva
200 a
500 anos
100 anos
Madeira pintada
Aço
13 anos
100 anos
Fonte: Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Ambiente Brasil
INDICADORES
COTAÇÕES E ÍNDICES
PISO RURAL
2014
Em R$
Compra
2,262
2,190
2,07
Venda
2,264
2,350
2,46
Fonte: FOLHA
Em % ao mês. IGP2, IGP1, IPA1, IPC1, respectivamente
ÍndicesABR MAIJUNJUL 12M.
IPCA do IBGE (%)
IPCA Esp. IBGE (%)
INPC/IBGE (%)
IGP-M/FGV (%)
IGP-DI/FGV (%)
INCC do IGP/FGV (%)
IPC/FIPE (%)
ICV do Dieese (%)
ICVM-Ordem (%)
CUB - Sinduscon (%)
IPC (C.GDE) (%)
0,67
0,78
0,78
0,78
0,45
0,88
0,53
0,57
0,59
0,15
-
R$ 785
POUPANÇA
abril
INFLAÇÃO
0,46
0,58
0,60
-0,13
-0,45
2,05
0,25
0,14
0,24
1,71
-
0,40
0,47
0,26
-0,74
-0,63
0,66
0,04
0,00
0,14
2,77
0,01
“Todos são responsáveis por
seus resíduos”, diz especialista
Ser sustentável é um bom negócio: além dos ganhos socioambientais, proporciona
economia financeira para a
empresa. E, com a Política
Nacional de Resíduos Sólidos
(instituída pela Lei 12.305/10),
esse bom negócio se apresenta também como obrigação do
empresário. “Todo mundo se
torna legalmente responsável
por seus resíduos”, afirma Vítor Gonçalves Faria, analista
técnico do Sebrae/MS e representante do Comitê de Sustentabilidade da entidade.
Faria enfatiza que a Lei
12.305 prevê a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos. “Com isso,
pode surgir um mercado de
resíduos. A empresa, buscando a melhor destinação para
o seu lixo, poderá vendê-lo
para outra empresa para ser
usado como matéria-prima”,
comenta. “Isso resulta em um
ganho duplo: as empresas não
têm desembolsos com a coleta
do lixo e ainda têm receita com
a comercialização desse material”, acrescenta.
Independemente das determinações legais, a destina-
EUro
US$ 1,3400
ção correta de resíduos pelas
empresas é sempre necessária, lembra o técnico. Em
menção ao princípio dos 3R’s
(Reduzir, Reutilizar e Reciclar), Faria enfatiza: “Desde a
compra, o empresário deve se
atentar para não ter desperdício. Alguns insumos também
podem ser reutilizados e outros reciclados. A reciclagem
é importante, mas deve ser o
último recurso. Não é por acaso que é o último ‘R’. É que na
reciclagem ainda há gasto de
energia”, orienta. “Essas práticas proporcionam significativa
economia aos empresários”,
acrescenta.
Além do ganhos ambientais
e financeiros, a rotina sustentável em uma empresa também colabora para avanços
sociais, de acordo com Faria.
“Por exemplo, com a mudança do comportamento com
relação ao lixo, as famílias que
trabalham com reciclagem
poderão deixar o ambiente
hostil de um lixão para trabalhar com material reciclável
em espaços mais adequados,
tendo, assim, mais qualidade
de vida”, afirma o técnico.
Saiba
Feira terá stand
de centro de
sustentabilidade
Na Feira do
Empreendedor,
haverá um stand do
Centro Sebrae de
Sustentabilidade,
informa Vítor Faria.
O evento será
realizado no Centro de
Convenções Albano
Franco, em Campo
Grande, de 21 a 24 de
agosto.
Faria informa que as micros e pequenas empresas,
que buscam implantar práticas sustentáveis, podem
procurar o Sebrae. “O empresário contará, por exemplo, com auxílio na elaboração de projeto de licença
ambiental. Também pode
participar de cursos e contar
com consultorias”, detalha.
Ele completa que no site da
entidade (www.sebrae.com.
br) há outras orientações e
informações sobre cursos.
dólar
bovespa
R$ 2,264
56.963
2,12%
Fechamento: 15 de agosto de 2014
CâMBIO
Moeda
dólar COMERCIAL
DÓLAR TURISMO (BB)
DÓLAR PARALELO
transformação. Jonas em cadeira produzida com aro de moto; escultura feita de correntes
-
0,17
-
-0,61
-
-
0,16
-
-
0,59
0,22
6,52
6,51
6,06
5,32
5,77
7,23
5,38
6,19
6,45
6,32
5,86
CUB – Custo Unitário Básico; ICV - Índice do Custo de
Vida; INPC - Índice Nacional de Preço ao Consumidor;
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos; ICVM - Índice do Custo de Vida da
Classe Média da Ordem dos Economistas; IPCA - Índice
Nacional de Preço ao Consumidor Amplo; IGP - Índice
Geral de Preços da Fundação Getúlio Vargas; IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado da Fundação Getúlio
Vargas; fipe - Índice de Preços do Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas; INCC - Índice
Nacional do Custo da Construção.
3387-8884 - Sinduscon
(Dep. feitos
até 03/05/12)
18/7 = 0,5661
19/7 = 0,5607
20/7 = 0,5554
21/7 = 0,5279
22/7 = 0,5564
23/7 = 0,5859
24/7 = 0,6027
25/7 = 0,6088
26/7 = 0,5890
27/7 = 0,5799
28/7 = 0,5536
29/7 = 0,5536
30/7 = 0,5536
31/7 = 0,5536
1/8 = 0,6059
2/8 = 0,6198
3/8 = 0,6118
4/8 = 0,5625
5/8 = 0,5668
6/8 = 0,5968
a
maio
NOVA
POUPANÇA
(Dep. feitos
a partir de
04/05/12)
JANEIROI
18/7 = 0,5661
19/7 = 0,5607
20/7 = 0,5554
21/7 = 0,5279
22/7 = 0,5564
23/7 = 0,5859
24/7 = 0,6027
25/7 = 0,6088
26/7 = 0,5890
27/7 = 0,5799
28/7 = 0,5536
29/7 = 0,5536
30/7 = 0,5536
31/7 = 0,5536
1/8 = 0,6059
2/8 = 0,6198
3/8 = 0,6118
4/8 = 0,5625
5/8 = 0,5668
6/8 = 0,5968
7/8 = 0,6434
8/8 = 0,6072
9/8 = 0,6403
10/8 = 0,5937
11/8 = 0,5532
12/8 = 0,5500
13/8 = 0,5783
14/8 = 0,6431
15/8 = 0,6103
16/8 = 0,6211
17/8 = 0,6069
18/8 = 0,5545
7/8 = 0,6434
8/8 = 0,6072
9/8 = 0,6403
10/8 = 0,5937
11/8 = 0,5532
12/8 = 0,5500
13/8 = 0,5783
14/8 = 0,6431
15/8 = 0,6103
16/8 = 0,6211
17/8 = 0,6069
18/8 = 0,5545
UNIDADES FISCAIS
Em R$
UFERMS (agosto/14)
UAM/MS (agosto/14)
UFIR (Out 00)
19,13
2,423
1,0641
ALUGUEL
Reajustes de aluguel e outros contratos
Acumulado % até maio(*)
até junho(*)
ÍndicesTrimQuad Sem AnualTrim Quad Sem Anual
FIPE 1,53 2,06 3,69 5,36 0,83 1,57 3,06 5,07
IGP-DI 1,48 2,34 3,46 7,26 -0,64 0,84 2,10 5,77
IGP-M 2,33 2,72 3,83 7,84 -0,10 1,57 2,45 6,24
INPC 2,22 2,87 4,26 6,08 1,65 2,48 3,79 6,06
*Acumulado até maio reajusta aluguéis e contratos a partir de
junho, para pagamento em julho; acumulado até junho reajusta a
partir de julho, para pagamento em agosto.
AGROPECUÁRIO
INSS
ouro
Fechamento: 15 de agosto de 2014
Contribuição à Previdência Social Julho*
Grama - BM&F
Grãos
Milho (60 kg)
Soja (60 kg)
Algodão (arroba)
Compra
16,00
54,00
19,00
Venda
16,00
59,00
19,00
R$ 94,5
VARIAção
-0,6309%
Facultativo
Contribui com 20% entre o mínimo de R$ 724 (R$ 144,80) e o
máximo de R$ 4.390,24 (878,05) por meio de carnê.
Empresário/Empregador
Contribui com 11% sobre o pró-labore variando de R$ 724 (R$
79,64) e o máximo de R$ 4.390,24 (R$ 482,93) por meio de GPS.
SALÁRIO MÍNIMO
R$ 724
Janeiro/2014
Autônomo
Suíno vivo
Kg
Mínimo
3,50
Máximo
3,50
Frango
Kg/granja
Mínimo
3,75
Máximo
4,25
Bovinos
Arroba à vista
Boi Gordo
Boi Gordo Rastreado
Vaca Gorda
Vaca Gorda Rastreada
Mínimo
Máximo
s/inf
118,00
s/inf
106,00
s/inf
118,00
s/inf
106,00
Leite C ao produtor
Litro bruto
Mínimo
0,92
Máximo
0,92
Fontes: Ceasa - www.ceasa.ms.gov.br - conseleite
Preços ao produtor – Campo Grande, MS (em reais, FOB, IMCS
Exclusivo)
Só recebe de pessoas físicas: recolhe, por carnê, 20% sobre o que
recebe, respeitando o mínimo de R$ 724 (R$144,80) e o máximo
de R$ 4.390,24 (R$ 878,05).
Só recebe de pessoas jurídicas: tem desconto de 11% sobre o que
recebe, até o máximo de R$ 4.390,24 (482,93). A empresa recolhe
por meio de GPS.
Recebe de pessoas jurídicas e físicas: tem desconto, via GPS, de
11% sobre o que recebe de jurídica, até o teto de R$ 4.390,24 (R$
482,93). Se não atingir o teto, recolhe 20%, via carnê, sobre a diferença até R$ 4.390,24.
Autônomo especial
Recolhe 11%, por carnê, sobre R$ 724 (R$ 79,64), mas só poderá
se aposentar por idade
Empregada doméstica (*)
Alíquotas % Mínimo R$ (1)
Empregado
8 a 11
57,92
Empregador
12
86,88
Total
20 a 23
144,80
Máximo R$ (2)
482,93
526,83
1.009,76
(1) Cálculo sobre o piso do salário de contribuição de junho
R$ 724,00
(2) Cálculo sobre o teto do salário de contribuição de junho
R$ 4.390,24
Trabalhador assalariado
Salário de contribuição (R$)Alíquotas (%)
Até 1.317,07
8
De 1.317,08 até 2.195,12
9
De 2.195,13 até 4.390,24
11
(*) Pessoas físicas têm prazo para pagar até 15/08 e empresas
até 20/08. A partir desses vencimentos há multa de 0,33% ao
dia, limitada a 20%, e juros pela taxa Selic acumulada mensalmente, sendo 1% no mês do pagamento.
IMPOSTO DE RENDA
Agosto
Tabela oficial da Receita Federal
Rendimento
em (R$)
Até 1.787,77
de 1.787,78
até 2.679,29
de 2.679,30
até 3.572,43
de 3.572,44
até 4.463,81
Acima de 4.463,81
Alíquota
(%)
Isento
Parcela a
deduzir (R$)
-
7,5
134,08
15
335,03
22,5
27,5
602,96
826,15
Obs.: Deduções: a) Trabalhador assalariado: 1 - R$ 179,71
por dependente; 2 - pensão alimentícia paga por acordo judicial
ou por escritura pública; 3 - contribuição à Previdência Social;
4 - R$ 1.787,77 por aposentadoria a quem já completou 65
anos de idade; 5 - contribuições p/a previdência e p/ os Fapi pelo contribuinte; b) Carnê-leão; as mencionadas nos itens 1 a 3
as despesas escrituradas no livro caixa. Juros da 5ª parcela do
IRPF/2014: 3,64%. Vencimento: 29/08.
Correio do estado
domingo, 24 de Agosto de 2014
economia 7
cacos reconstruídos
Artesã transforma vidro do lixo
e de construções em arte clássica
Picasso, Van Gogh, Lautrec e Escher são alguns dos artistas usados nas produções
fotos: paulo ribas
osvaldo júnior
O cantor, dono de bordel
e comediante
francês Aristide Bruant, imortalizado em
cartaz pintado por Henri de
Toulouse-Lautrec, ornamenta um par de pratos feito de
pedaços de vidros, retirados
de entulhos de construção.
O momento de êxtase, materializado em “O Grito”, de
Edvard Munch, aparece em
outro par de pratos, também
produzido com vidros que
degradariam a natureza. O
mesmo ocorre com o “Dia e
Noite”, de Escher, que “brincará com a percepção” de
quem usar os pratos com o
desenho. Obras de Picasso
e Van Gogh, entre outros artistas geniais, completarão o
jogo de jantar. E essa transformação toda – do vidro, que
agride a natureza e pode machucar as pessoas, para peças
com a riqueza dos clássicos
da pintura – é realizada pela
artesã Silvia Stumpo, 71 anos.
“Quando pintou ‘O Grito’,
Edvard Munch não quis retratar medo ou angústia, mas
sim o êxtase diante do pôr do
sol”, ensinou Silvia, enquanto
mostrava seus trabalhos durante entrevista em seu ateliê. Formada na antiga Escola
Nacional de Belas Artes, hoje
Escola de Belas Artes (EBA)
da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), Silvia lecionou Artes e, com o
Saiba
Copa ajudou a
fomentar vendas
para o exterior
“minha vida”. Silvia mostra parte de sua produção em seu ateliê: “Isso aqui é minha vida”, afirma
tempo, passou a fazer vitrais.
Para produzi-los, a artesã
precisa comprar vidros de
outros países, em razão da
baixa qualidade do material
brasileiro. Ela explica que, no
Brasil, não se encontra vidro
apropriado. Por essa razão,
encara o peso de uma carga
tributária e frete salgados.
“Uma vez, por exemplo, comprei R$ 1.800 de vidro e tive de
pagar R$ 4.500 com frete e impostos”, ilustra.
MATERIAL NOS LIXÕES
Os vidros importados conduziram Silvia para os vidros jogados nos lixos de
Campo Grande. As sobras
da matéria-prima dos vitrais começaram a martelar
algumas preocupações na
cabeça da artista. “Não sabia
como jogar fora os restos de
vidro, que eu estava amontoando em casa. Ficava preocupada com o lixeiro, que
poderia se machucar, com a
criança que estava no lixão,
Silvia, que faz clientes
em outros estados
brasileiros pela internet,
contou, neste ano, com
o impulso da Copa do
Mundo, para que seus
produtos começassem
a ir além das fronteiras
nacionais. Ela integrou
o grupo de artesãs do
projeto Brasil Original,
desenvolvido pelo Sebrae.
Por meio dessa iniciativa,
técnicos do Sebrae
auxiliaram artesãos a criar
e comercializar produtos
diferenciados nas cidadessedes dos jogos do
Mundial. Silvia também
é uma das vencedoras do
“Top 100” de 2012, um
prêmio da instituição, que
reúne as 100 iniciativas
de artesanato de maior
destaque no País
que cortaria a mão”, conta.
As ideias, que pipocavam
dúvidas e preocupações em
Silvia, incutiram uma decisão. Ela resolveu o problema
com algo que domina bem:
a arte. Começou, assim, a
transformar restos de vidros
em inúmeros objetos: bijuterias, luminárias, abajures,
enfeites para mesas, para
a parede, cinzeiros, etc.
Em pouco tempo, as sobras dos vitrais não foram
suficientes para os propósitos da artista. Passou, então,
a buscar matéria-prima nos
lixões. Há cinco anos, a empresa de cosméticos O Boticário aprovou a iniciativa
e passou a fornecer frascos
de seus produtos a Silvia. A
própria empresa adquire
parte das mercadorias. Recentemente, a artista acrescentou a seu rol de produção peças de jantar com pinturas de artistas clássicos.
SINGULAR
“Cada peça é única”, diz a
artesã. A singularidade de
cada artigo conta, por vezes,
com a imprevisibilidade
do processo de produção.
“Olha isso aqui, por exemplo. Quando tirei do forno
vi como ficou bacana”, diz
Silvia, exibindo um cinzeiro
que ganhou formas de uma
ave com asas abertas.
Cada produto é singular
também pelo cuidado e demora na fabricação. A artesã
conta que faz, em geral, duas peças a cada fornada. Antes de levar o vidro ao forno,
Silvia esculpe as formas em
pedaços de concreto celular
(um tipo de concreto mais
leve), que é resistente ao fogo. Depois, coloca as formas
e o vidro no forno, ligado a
800 graus. Após um dia inteiro funcionando, o forno é
desligado. E são necessárias
mais 30 horas para que possa ser desaquecido e aberto.
O trabalho exige paciência e talento, qualidades
que Silvia aparenta ter em
grandes doses. Por gostar
do que faz, passa quase todo
o dia em seu ateliê, em meio
a seus vidros, seus livros de
arte, suas peças, suas criações e seus projetos. “Isso
aqui é minha vida”, define.
R$ 15
Talento no vidro. Abajur, luminária, pratos com desenhos de
pintores clássicos são algumas das produções de Silvia Stumpo
preço mínimo
Diversas peças
produzidas por Silvia
têm preços acessíveis.
É o caso das bijuterias,
vendidas a partir de
R$ 15. Cada enfeite
de garrafa, um
dos produtos mais
comercializados, de
acordo com a artesã,
custa R$ 20, mesmo
valor do cinzeiro e de
outras peças menores.
Já o jogo de pratos,
com pinturas de artistas
clássicos, é vendido
por R$ 120, e peças
decorativas custam
R$ 100. Há inúmeras
peças feitas pela artesã
com vidros tirados do
lixo. Além disso, Silvia
trabalha com produção
de vitrais
Empreendedora tem projeto de
educação e geração de renda
Silvia Stumpo busca concretizar um sonho há 15 anos. “Eu
tenho um projeto de tirar todo
e qualquer vidro do lixo”, conta. “Desde 2008, eu venho pesquisando”, acrescenta.
Na época das dúvidas quanto ao descarte correto dos vidros acumulados em sua casa,
Silvia passou a estudar Química e Física para aprender técnicas de fusão e transformação desse material. Também
pesquisou sobre os perigos do
vidro jogado no lixo. “Fiquei
alarmada com a quantidade
de pessoas que chega aos hospitais por causa de acidentes
com vidros”, contou.
Os novos conhecimentos,
aliados à consciência socioambiental e a seu histórico de
professora, despertaram em
Silvia um desejo: o de ensinar
às pessoas técnicas de produção de objetos com vidros
de lixo. A iniciativa objetiva,
segundo Silvia, proporcionar uma alternativa de renda
aos participantes do projeto e
aproximá-los de conhecimentos sobre arte.
A efetivação da ideia depende de uma estrutura que
Silvia ainda não tem. “Apesar
de todas as dificuldades, ainda continuo com esse sonho”,
afirma. (OJ)
Este frasco de
vidro estava
caído no chão.
Com certeza, iria
machucar alguém
e iria demorar
muito tempo para
se desintegrar na
natureza... Então,
eu faço algo para
quebrar esse
movimento”
Silvia Stumpo, artesã
sustentabilidade ao pé da letra
Em seus produtos, Silvia apresenta informações sobre os objetos usados como
matéria-prima. É a arte sustentável aliada à preocupação com a educação. No colar
da foto acima, por exemplo, ela informa sobre onde coleta os materiais, sua técnica e
algumas curiosidades sobre a arara-vermelha. A pena da ave, que embeleza a peça, foi
coletada no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de Campo Grande.
Correio do estado
Segunda-Feira, 1º de Setembro de 2014
economia 9
criatividade sustentável
Com técnica
do upcycle,
empresário
proporciona
beleza ao lixo
Resíduo sólido e oportunidades de negócios
Da mesma forma que os empreendedores desta série, outras pessoas podem fazer
do lixo um bom negócio. O Guia Prático para Sustentabilidade nos Pequenos
Negócios, elaborado pelo Sebrae, traz sugestões neste sentido. Abaixo, estão
algumas delas:
Coleta de recicláveis em condomínios
Os condomínios são responsáveis pela geração de
um grande volume de material reciclável. Existe
muito espaço para atuação de empreendedores
nesse setor, sobretudo para empresas que se
proponham a realizar a coleta e o gerenciamento
dos resíduos, não só para prédios, mas também
bares, restaurantes, centros comerciais e outros.
Reciclagem de pilhas e baterias
O mercado de coleta e tratamento de pilhas
e baterias no Brasil conta com somente uma
iniciativa de destaque, o que representa apenas
1% do potencial apresentado pelo mercado. Cada
vez mais, redes de varejo se mostram
interessadas em terem coletores para o
armazenamento destes materiais.
Kenzo transforma tambores em
poltronas e garrafas em lustres
osvaldo júnior
“Upcycle” – a
palavra pode
não ser muito conhecida,
mas a prática é mais comum
do que se imagina. O reaproveitamento de uma roupa esquecida no armário ou o uso
de uma caneca trincada como
vaso de planta são exemplos
de soluções caseiras que remetem ao upcycle. E, é claro,
esse processo é uma alternativa criativa de fazer bons negócios com materiais que estavam ou que iriam para o lixo.
Essa técnica faz parte da rotina do empresário Kenzo Minata, 27 anos, que começou,
há dois meses, fabricar poltronas com tambores de ferro
velho e lustres com garrafas
descartadas pelos bares. Ele
explica que, diferentemente
da reciclagem, no upcycle não
há mudança brusca na forma
do objeto. “O produto que
estava no lixo é reaproveitado na sua própria forma. Isso
é ainda mais ecológico que
a reciclagem, que precisa de
energia para transformar uma
forma em outra”, compara.
Minata, que já trabalhava com comunicação visual
em metais, iniciou, no ano
passado, uma pesquisa sobre reaproveitamento, como
matéria-prima, de objetos
descartados no lixo. Nessas
pesquisas, chegou ao upcycle
e verificou o uso da técnica na
criação de produtos diversos,
como a própria poltrona feita
de tambor.
O empresário passou, na
Madeira plástica
É possível obter a mesma qualidade da madeira
convencional utilizando o plástico. O desenvolvimento
deste tipo de produto está em ascensão no Brasil:
uma das poucas empresas que realiza este trabalho
afirma que sua capacidade produtiva está aquém da
demanda.
+
=
Revalorização da sucata eletrônica
No Brasil, não existe tecnologia para extrair a
parte mais nobre da sucata eletrônica. Parte
do resíduo não reciclado em terras brasileiras
é enviado e processado em países da Ásia.
Empreendedores com recursos e disposição para
investir maciçamente nesse setor tem um grande
potencial de crescimento rápido.
Fonte: Guia Prático para Sustentabilidade nos Pequenos Negócios/ Centro Sebrae de Sustentabilidade/ Sebrae-MS e Sebrae-MT
sequência, para a fase dos
projetos. Desenhou alguns
modelos, aprimorando as
qualidades dos objetos pesquisados. Na “poltronatambor”, por exemplo, que é
seu carro-chefe, ele colocou
suportes, feitos de molas de
carro e de linguetas de postes
de luz. O assento – única parte
que não tem material reaproveitado – é produzido com
compensado e sua almofada é
revestida com courino ecológico. No acabamento, há emprego de funilaria automotiva,
o que proporciona, de acordo
com Minata, maior durabilidade para a pintura.
Embora criada há pouco
tempo, a poltrona-tambor,
que custa R$ 850 ou R$ 1,2 mil
(conforme o acabamento),
já foi exposta em dois even-
tos em Campo Grande.
O tambor tem, ainda, inspirado o empresário a projetar outros produtos. Ele
criou, por exemplo, uma
mesa de apoio, que pode
ser usada para colocar copos e bebidas em ocasiões
festivas.
LUSTRES E OUTRAS IDEIAS
Garrafas de whisky, vodka,
cerveja... descartadas pelos
bares de Campo Grande
podem retornar como lustres a esses estabelecimentos. Também com design do
upcycle, esses produtos têm
agradado empresários do
segmento de bares e restaurantes da cidade. A técnica
é simples – as garrafas funcionam como soquetes das
lâmpadas –, mas o efeito é,
no mínimo, admirável.
Outras criações estão por
nascer do plantel de ideias
sustentáveis de Minata. “Estou com projetos de móveis
de pallets [estrados de madeira, usados, por exemplo,
em caixas de mercados] e
de alguns produtos feitos
com pneus de carro”, conta.
HERANÇA JAPONESA
Kenzo, descendente de japoneses e, de certo modo,
filho da Segunda Guerra
Mundial (o bisavô dele deixou Hiroshima e se mudou
para o Brasil em 1941, quatro anos da bomba atômica), conserva, segundo afirma, princípios orientais em
suas iniciativas. “Na cultura
japonesa, isso (preocupação
com o meio ambiente) é algo
forte. Acho que o que eu faço
tem a ver com a cultura do
meu povo”, finaliza.
paulo ribas
bruno henrique
arquivo pessoal
criação do lixo. Kenzo transforma tambores do ferro velho em poltronas e usa garrafas descartadas pelos bares na produção de lustres
INDICADORES
COTAÇÕES E ÍNDICES
PISO RURAL
2014
Em R$
Compra
2,237
2,160
2,08
Venda
2,239
2,320
2,38
Fonte: FOLHA
Em % ao mês. IGP2, IGP1, IPA1, IPC1, respectivamente
ÍndicesABRMAIJUNJUL 12M.
IPCA do IBGE (%)
IPCA Esp. IBGE (%)
INPC/IBGE (%)
IGP-M/FGV (%)
IGP-DI/FGV (%)
INCC do IGP/FGV (%)
IPC/FIPE (%)
ICV do Dieese (%)
ICVM-Ordem (%)
CUB - Sinduscon (%)
IPC (C.GDE) (%)
0,67
0,78
0,78
0,78
0,45
0,88
0,53
0,57
0,59
0,15
-
R$ 785
POUPANÇA
abril
INFLAÇÃO
0,46
0,58
0,60
-0,13
-0,45
2,05
0,25
0,14
0,24
1,71
-
0,40
0,47
0,26
-0,74
-0,63
0,66
0,04
0,00
0,14
2,77
0,01
US$ 1,3133
dólar
bovespa
R$ 2,239
61.288
1,65%
Fechamento: 29 de agosto de 2014
CâMBIO
Moeda
dólar COMERCIAL
DÓLAR TURISMO (BB)
DÓLAR PARALELO
EUro
-
0,17
-
-0,61
-
-
0,16
-
-
0,59
0,22
6,52
6,51
6,06
5,32
5,77
7,23
5,38
6,19
6,45
6,32
5,86
CUB – Custo Unitário Básico; ICV - Índice do Custo de
Vida; INPC - Índice Nacional de Preço ao Consumidor;
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos; ICVM - Índice do Custo de Vida da
Classe Média da Ordem dos Economistas; IPCA - Índice
Nacional de Preço ao Consumidor Amplo; IGP - Índice
Geral de Preços da Fundação Getúlio Vargas; IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado da Fundação Getúlio
Vargas; fipe - Índice de Preços do Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas; INCC - Índice
Nacional do Custo da Construção.
3387-8884 - Sinduscon
(Dep. feitos
até 03/05/12)
20/8 = 0,5853
21/8 = 0,6273
22/8 = 0,6391
23/8 = 0,6212
24/8 = 0,5917
25/8 = 0,5561
26/8 = 0,5598
27/8 = 0,5884
28/8 = 0,6112
29/8 = 0,6112
30/8 = 0,6112
31/8 = 0,6112
1/9 = 0,5605
2/9 = 0,5531
3/9 = 0,5815
4/9 = 0,6416
5/9 = 0,6258
6/9 = 0,6141
7/9 = 0,5864
8/9 = 0,5829
a
maio
NOVA
POUPANÇA
(Dep. feitos
a partir de
04/05/12)
JANEIROI
20/8 = 0,5853
21/8 = 0,6273
22/8 = 0,6391
23/8 = 0,6212
24/8 = 0,5917
25/8 = 0,5561
26/8 = 0,5598
27/8 = 0,5884
28/8 = 0,6112
29/8 = 0,6112
30/8 = 0,6112
31/8 = 0,6112
1/9 = 0,5605
2/9 = 0,5531
3/9 = 0,5815
4/9 = 0,6416
5/9 = 0,6258
6/9 = 0,6141
9/9 = 0,5641
10/9 = 0,5935
11/9 = 0,6369
12/9 = 0,6346
13/9 = 0,6400
14/9 = 0,5960
15/9 = 0,5566
16/9 = 0,5696
17/9 = 0,5887
18/9 = 0,6323
19/9 = 0,6139
20/9 = 0,6078
7/9 = 0,5864
8/9 = 0,5829
9/9 = 0,5641
10/9 = 0,5935
11/9 = 0,6369
12/9 = 0,6346
13/9 = 0,6400
14/9 = 0,5960
15/9 = 0,5566
16/9 = 0,5696
17/9 = 0,5887
18/9 = 0,6323
19/9 = 0,6139
20/9 = 0,6078
UNIDADES FISCAIS
Em R$
UFERMS (agosto/14)
UAM/MS (agosto/14)
UFIR (Out 00)
19,13
2,423
1,0641
ALUGUEL
Reajustes de aluguel e outros contratos
Acumulado % até maio(*)
até junho(*)
ÍndicesTrimQuad SemAnual Trim Quad SemAnual
FIPE 1,53 2,06 3,69 5,36 0,83 1,57 3,06 5,07
IGP-DI 1,48 2,34 3,46 7,26 -0,64 0,84 2,10 5,77
IGP-M 2,33 2,72 3,83 7,84 -0,10 1,57 2,45 6,24
INPC 2,22 2,87 4,26 6,08 1,65 2,48 3,79 6,06
*Acumulado até maio reajusta aluguéis e contratos a partir de
junho, para pagamento em julho; acumulado até junho reajusta a
partir de julho, para pagamento em agosto.
AGROPECUÁRIO
INSS
ouro
Fechamento: 29 de agosto de 2014
Contribuição à Previdência Social Julho*
Grama - BM&F
Grãos
Milho (60 kg)
Soja (60 kg)
Algodão (arroba)
Compra
16,00
56,00
16,00
Venda
16,00
57,00
16,00
R$ 92,5
VARIAção
-0,1080%
Facultativo
Contribui com 20% entre o mínimo de R$ 724 (R$ 144,80) e o
máximo de R$ 4.390,24 (878,05) por meio de carnê.
Empresário/Empregador
Contribui com 11% sobre o pró-labore variando de R$ 724 (R$
79,64) e o máximo de R$ 4.390,24 (R$ 482,93) por meio de GPS.
SALÁRIO MÍNIMO
R$ 724
Janeiro/2014
Autônomo
Suíno vivo
Kg
Mínimo
3,60
Máximo
3,60
Frango
Kg/granja
Mínimo
3,99
Máximo
5,85
Bovinos
Arroba à vista
Boi Gordo
Boi Gordo Rastreado
Vaca Gorda
Vaca Gorda Rastreada
Mínimo
Máximo
s/inf
119,00
s/inf
111,00
s/inf
119,00
s/inf
111,00
Leite C ao produtor
Litro bruto
Mínimo
0,92
Máximo
0,92
Fontes: Ceasa - www.ceasa.ms.gov.br - conseleite
Preços ao produtor – Campo Grande, MS (em reais, FOB, IMCS
Exclusivo)
Só recebe de pessoas físicas: recolhe, por carnê, 20% sobre o que
recebe, respeitando o mínimo de R$ 724 (R$144,80) e o máximo
de R$ 4.390,24 (R$ 878,05).
Só recebe de pessoas jurídicas: tem desconto de 11% sobre o que
recebe, até o máximo de R$ 4.390,24 (482,93). A empresa recolhe
por meio de GPS.
Recebe de pessoas jurídicas e físicas: tem desconto, via GPS, de
11% sobre o que recebe de jurídica, até o teto de R$ 4.390,24 (R$
482,93). Se não atingir o teto, recolhe 20%, via carnê, sobre a diferença até R$ 4.390,24.
Autônomo especial
Recolhe 11%, por carnê, sobre R$ 724 (R$ 79,64), mas só poderá
se aposentar por idade
Empregada doméstica (*)
Alíquotas % Mínimo R$ (1)
Empregado
8 a 11
57,92
Empregador
12
86,88
Total
20 a 23
144,80
Máximo R$ (2)
482,93
526,83
1.009,76
(1) Cálculo sobre o piso do salário de contribuição de junho
R$ 724,00
(2) Cálculo sobre o teto do salário de contribuição de junho
R$ 4.390,24
Trabalhador assalariado
Salário de contribuição (R$)Alíquotas (%)
Até 1.317,07
8
De 1.317,08 até 2.195,12
9
De 2.195,13 até 4.390,24
11
(*) Pessoas físicas têm prazo para pagar até 15/08 e empresas
até 20/08. A partir desses vencimentos há multa de 0,33% ao
dia, limitada a 20%, e juros pela taxa Selic acumulada mensalmente, sendo 1% no mês do pagamento.
IMPOSTO DE RENDA
Agosto
Tabela oficial da Receita Federal
Rendimento
em (R$)
Até 1.787,77
de 1.787,78
até 2.679,29
de 2.679,30
até 3.572,43
de 3.572,44
até 4.463,81
Acima de 4.463,81
Alíquota
(%)
Isento
Parcela a
deduzir (R$)
-
7,5
134,08
15
335,03
22,5
27,5
602,96
826,15
Obs.: Deduções: a) Trabalhador assalariado: 1 - R$ 179,71
por dependente; 2 - pensão alimentícia paga por acordo judicial
ou por escritura pública; 3 - contribuição à Previdência Social;
4 - R$ 1.787,77 por aposentadoria a quem já completou 65
anos de idade; 5 - contribuições p/a previdência e p/ os Fapi pelo contribuinte; b) Carnê-leão; as mencionadas nos itens 1 a 3
as despesas escrituradas no livro caixa. Juros da 5ª parcela do
IRPF/2014: 3,64%. Vencimento: 29/08.

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