Relatório anual 2005

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Relatório anual 2005
ÍNDICE
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO NO ANO DE 2005 ....................................... 02 a 09
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
BALANÇOS PATRIMONIAIS ...................................................................................... 10
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ........................................................................ 11
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO .........................
12
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS ..................... 13
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (INFORMAÇÃO ADICIONAL) ............ 14
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (INFORMAÇÃO ADICIONAL) .......... 15
BALANÇO SOCIAL (INFORMAÇÃO ADICIONAL) ..................................................... 16
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO
DE 2005 E 2004. ....................................................................................................... 17 a 31
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES ......................................................... 32
PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................... 33
Relatório da Administração no ano de 2005
A Diretoria da ALUNORTE – Alumina do Norte do Brasil S.A. em cumprimento às
disposições legais e estatutárias, submete à apreciação do Conselho de Administração o
presente Relatório e as Demonstrações Contábeis referentes ao exercício de 2005,
acompanhadas do parecer dos Auditores Independentes.
Desempenho Industrial
Em 2005, a ALUNORTE produziu 2.570,2 mil toneladas de alumina calcinada, versus
2.548,3 mil toneladas em 2004.
A ALUNORTE possui um dos mais baixos custos de conversão do mundo, com média de
US$ 79,16/t no ano de 2005.
A qualidade da alumina e a produtividade da refinaria foram dois pontos de destaque na
ALUNORTE, garantindo a satisfação dos clientes e colocando a empresa como uma das
mais competitivas no mercado mundial.
Atividades Comerciais
Em 2005 foram comercializadas 2.586,5 mil toneladas de alumina calcinada,
representando um acréscimo de 1,02% em relação ao ano de 2004, onde foram
comercializadas 2.560,4 mil toneladas. As vendas de alumina do ano com a seguinte
distribuição:
Vendas
2
Desempenho Econômico/Financeiro
A geração de caixa operacional, medida através do EBITDA atingiu o valor de R$ 501,9
milhões em 2005, contribuindo para o lucro líquido de R$ 231,2 milhões apurado no
encerramento do exercício de 2005, correspondendo a R$ 0,14 por ação do capital social
integralizado até 31.12.05.
Foram recuperados impostos, principalmente PIS e COFINS não cumulativo, durante o
ano de 2005, no valor de R$ 76,4 milhões.
Premiações
Em 2005, a ALUNORTE recebeu as seguintes premiações:
Prêmio ABS 2005, melhor desempenho em segurança e saúde da Agência Brasil de
Segurança – ABS;
Prêmio ABS 2005, medalha de bronze na auditoria do sistema de gestão de
segurança;
Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica, vencedor da região norte, categoria
inovação social;
Prêmio CNI 2005, projeto Plasticultura, 2º lugar na Etapa Regional;
Prêmio Ambiental da Câmara de Comércio Brasil-México, projeto Cerâmica de
Lama Vermelha, vencedor da etapa nacional;
Prêmio Aberje, categoria comunicação com o público interno, classificado entre os
três primeiros lugares na fase regional;
Prêmio SESI de Qualidade de Vida no Trabalho, programa Qualidade de Vida,
classificado em segundo lugar na fase regional;
Troféu Transparência ANEFAC-FIPECAFI-SERASA 2005, demonstrações
contábeis, classificado entre as cinco primeiras empresas na categoria capital
fechado.
Gestão de Recursos Humanos
Em 2005, a ALUNORTE consolidou seu modelo de gestão de pessoas por
competências, cujos desdobramentos foram retratados com a complementação do tripé:
habilidades, conhecimentos e acessos, possibilitando aos gestores um adequado
dimensionamento entre demandas e desafios com relação ao potencial das equipes de
trabalho.
A Educação corporativa da ALUNORTE totalizou 116.578 HHT (homens horas
treinados), contando com 973 eventos para o desenvolvimento técnico/comportamental
dos empregados, por meio de parceria com entidades reconhecidas no mercado.
Com o objetivo de melhorar os relacionamentos interpessoais, foi implementado o
programa Fortalecimento da Confiança e Orgulho de ser ALUNORTE - FOCO, que visa
desenvolver e motivar pessoas e suas habilidades. A realização da pesquisa de clima
organizacional foi uma das ações de trabalho do FOCO, que terá seus desdobramentos
durante o ano de 2006.
O aperfeiçoamento das habilidades gerenciais teve programação personalizada com
ações que proporcionaram mudanças relevantes para a empresa. Foram utilizadas
técnicas como a Construção de Time de Alta Performance (Team Building) e
3
Treinamento ao Ar Livre - TEAL. Também foram promovidas palestras com
personalidades reconhecidas no mercado nacional e internacional para todos os níveis de
liderança.
A ALUNORTE inovou com o programa Diálogo Aberto, com a participação do Diretor
industrial e do Diretor-presidente, estreitando as relações com os empregados, bem
como a melhoria da comunicação de temas relevantes à empresa.
Foram implementados programas de capacitação profissional, como o de Menores
Aprendizes e o Bolsa de Talentos Especiais.
A ALUNORTE alterou sua estrutura de gestão, incluindo o cargo de gerente de divisão
para atuação no nível tático, permitindo maior foco dos gerentes de área na atuação
estratégica.
O projeto de Qualidade de Vida da ALUNORTE contratou profissionais de saúde, com
foco na identificação do nível de estresse dos empregados. Como ação, foi
implementado o programa do Bem Estar.
Foram adequados 100% dos processos de gestão apontados pelos requisitos da norma
Sarbanes – Oxley.
Meio Ambiente
Ao longo do ano de 2005 a empresa trabalhou no sentido de garantir o atendimento aos
requisitos legais aplicáveis, previstos no sistema de gestão ambiental:
Obtenção da licença de operação da fábrica para produção total de alumina calcinada
de 4.505.000 t/ano;
Obtenção da licença de instalação - Expansão 3 – para produção de alumina
calcinada de 6.375.000 t/ano;
Solicitação da renovação da licença de operação junto a Secretaria Executiva de
Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – SECTAM tanto para o Porto de Vila do
Conde (para operação do terminal de granéis líquidos e sólidos), quanto para
captação de águas subterrâneas;
Realizou também outros projetos e melhorias:
Implantação do sistema para adequação ao SARBOX/CVRD;
Implantação do SIGMA - Sistema de Gestão de Meio Ambiente;
Start-up da nova estação de tratamento de efluentes (ETE);
Acompanhamento do projeto de alteamento dos taludes do depósito de resíduos
sólidos e a manutenção do sistema de drenagem das mantas de revestimento e das
vias de acesso ao depósito, realizado pela engenharia da ALUNORTE;
Desenvolvimento de equipamentos para amostragem de água subterrânea, que
contribuiu para redução do tempo da tarefa, na qualidade dos resultados analíticos e
na condição ergonômica de realização do trabalho;
Desenvolvimento de equipamentos para amostragem de grandes corpos hídricos;
Desenvolvimento de plugs para amostragem nas fontes de emissão atmosférica dos
Calcinadores “A” e “B”;
Em desenvolvimento o projeto de reciclagem da lama vermelha na confecção de
cerâmica, tijolos e telhas;
Auditoria ambiental realizada pela CVRD, sem detecção de pontos passíveis de nãoconformidade, com recomendações que serão implementadas em 2006.
4
No ano 2005, foram realizados gastos totalizando R$ 5,0 milhões, visando aprimorar
ainda mais a qualidade do controle ambiental na ALUNORTE, dos quais destacamos os
seguintes:
Taludes na área 54A - Bacia de rejeito da lama vermelha;
Melhorias do sistema de tratamento afluentes;
Alteamento depósito rejeito sólido (DRS);
Sistema de monitoramento ambiental;
Plano de fechamento e recuperação de bacias de rejeito da lama vermelha-DRS;
Barreira absorvedora de óleo para área 82C – Tratamento Efluentes Industriais.
Segurança e Saúde no Trabalho
A ALUNORTE ampliou o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT), como requer o atual sistema de gestão face à expansão da refinaria, principais
destaques:
Manutenção da certificação do Sistema de Gestão de Segurança pelo BVQI;
Consolidação do processo de ergonomia com a implementação de 73 ações de
melhorias no decorrer de 2005;
Acompanhamento da condução e conclusão dos planos de melhorias ergonômicas,
relativas às questões mais complexas identificadas em 2004 e 2005;
A taxa de freqüência de acidentes acumulados em 2005 foi reduzida em 27,6 % em
relação a 2004;
Campanhas voltadas a prevenção de doenças do coração, câncer de mama, próstata e
cólon do útero, tabagismo, AIDS, saúde mental, doação de sangue e combate a
dengue;
Participação com a SEMUSB da campanha de combate à proliferação do caramujo
africano e o Calazar;
Capacitação de 15 empregados da ALUNORTE e 5 de contratadas no curso de
Suporte Básico de Vida no Trauma – SBVT através de consultoria especializada;
Campanhas para imunização contra febre amarela, hepatite, rubéola e tétano,
extensiva a contratadas;
Capacitação de 16 empregados da ALUNORTE e 3 de empresas contratadas no
treinamento e simulação de resgate em espaço confinado;
Treinamento em ergonomia para novos membros dos comitês e empregados de
turno;
Reforma da academia de educação física do Cabana Clube, na Vila dos Cabanos
como parte do programa de qualidade de vida.
Gestão Empresarial
Em 2005 através do sistema de Gestão Total Productive Management-TPM, a
ALUNORTE consolidou a implantação dos pilares de Manutenção Autônoma-MA.
Foram treinados 100% dos novos empregados, que passaram a compor os Grupos de
Manutenção Autônoma-GMA das gerências de área. Foram formados 84 grupos que
trabalharam em 91 equipamentos importantes para a continuidade operacional.
Os Grupos de Melhorias Específicas deram continuidade aos trabalhos visando à redução
das perdas. O principal foco foi o da redução do consumo de vapor de 1,55 para 1,41
5
toneladas de vapor por toneladas de hidrato, com impacto relevante na redução dos custos
operacionais.
Foi realizado o 1º Seminário Interno de Melhorias onde foram apresentados 8 trabalhos,
previamente selecionados nas áreas, executados por funcionários de todos os níveis da
organização.
Promoveu-se a consolidação da ferramenta Geração de Valor ao Acionista-GVA, cujas
principais ações foram: Formação de um grupo de facilitadores para a disseminação dos
conceitos ao nível operacional, os quais utilizarão uma metodologia ilustrada e de fácil
entendimento. Também foi desenvolvido programa corporativo de Indicadores de
Desempenho para que os principais indicadores (CVA, CFROGI, EBITDA) possam ser
gerenciados mensalmente pelas áreas.
Visando a certificação em 2006, da SA 8000 Responsabilidade Social, foi ministrado
treinamento para um grupo de 30 facilitadores representantes de todas as áreas da
empresa.
Investimentos
A Expansão 2 com suas obras de instalação das linhas 4 e 5 está ampliando a capacidade
da planta para 4.175,0 mil toneladas/ano.
A curva de Progresso Físico apresentou um avanço real de 98,87% até 31.12.05.
Foram desembolsados até 31.12.05, com a Expansão 2 o valor de US$ 556,3 milhões de
um total previsto para o projeto de US$ 582,8 milhões.
Prevista para o 1º trimestre de 2006 a entrada em operação da expansão 2.
Quando for atingida a produção da expansão 2, a ALUNORTE será a maior refinaria de
alumina do mundo.
Em 2005 também foram aprovados e iniciados os seguintes projetos:
Sistema de filtração de semente grossa, com avanço de 95,89% até dez/05;
Nova moagem, com avanço de 99,36 % até dez/05;
Co-geração de energia - Fase 2, já registrando um avanço físico de 6,24% até dez/05.
Apoio Comunitário e Desenvolvimento Social
Em 2005, a Responsabilidade Social da empresa ficou mais uma vez comprovada através
da ampliação de projetos existentes e do apoio a novas iniciativas:
Projeto Barcarena do Futuro:
Contratação de assessoria técnica e apoio administrativo necessário para o
desenvolvimento das atividades da Cooperativa de Extração e Desenvolvimento
Agrícola de Barcarena - CEDAB, permitindo a manutenção dos projetos já
iniciados, e a ampliação das ações através de novas iniciativas;
Reestruturação organizacional e auto-sustentabilidade;
Implantação do projeto de Plasticultura, utilizando tubos de trocadores de calor
sucateados para construção de estufas, reduzindo o custo da utilização desta
tecnologia para os agricultores de baixa renda e beneficiando 24 famílias;
Suporte para a comercialização da produção de hortifrutis.
Projeto de Educação Sócio Ambiental:
Patrocínio de duas estufas (Plasticultura), uma na Escola SEI – Sistema de Ensino
Integrado na Vila dos Cabanos, município de Barcarena e outra na Escola Bosque,
referência em Educação Ambiental, localizada em Outeiro, município de Belém,
6
ambas servirão de salas de aula voltadas à Educação Sócio Ambiental para alunos
desde o ensino infantil até o ensino técnico.
Projeto Bola pra Frente, Educação pra Gente:
Patrocínio do time de estudantes de Barcarena, no “ALUNORTE Rain Forest”, para
a Copa da Noruega, que é o maior torneio de futebol infanto-juvenil do mundo,
realizada em Oslo, no mês de julho;
Patrocínio para a V Copa ALUNORTE de Futebol, envolvendo 21 escolas de
Barcarena, produto social de educação e cidadania através da prática esportiva
incentivando os alunos a melhorarem seu desempenho escolar e ampliando a visão
de mundo dos participantes levando a uma integração sócio-cultural do município;
Promoção do IV Prêmio Educacional Bola pra Frente, Educação pra Gente,
alcançando mais de 2000 estudantes de Barcarena, numa ação de incentivo por
melhor rendimento escolar, com o vencedor sendo integrado a equipe do
ALUNORTE Rain Forest que irá para a Noruega em Julho de 2006.
Projeto Digitando Cidadania:
Parceria com o Comitê para Democratização da Informática – CDI, curso avançado
de informática e manutenção de três Escolas de Informática e Cidadania, nas
comunidades de Vila do Conde, Itupanema e Laranjal, beneficiando mais de 500
cidadãos e implantação da EIC na comunidade de São Francisco.
Projeto de Voluntariado Corporativo:
Foi lançado em Dezembro de 2005 o programa de Voluntariado Corporativo,
oficializando as atividades individuais já exercidas pelos empregados com o apoio
da ALUNORTE e fazendo parte do planejamento estratégico da empresa.
Outras iniciativas de destaque:
Apoio aos empregados voluntários no desenvolvimento de atividades de capacitação
e auto-sustentabilidade da comunidade de Barcarena;
Doação dos recursos obtidos com a venda dos cartuchos vazios utilizados na
empresa para a Associação Voluntariado de Apoio à Oncologia – AVAO;
Participação na construção do quartel do corpo de bombeiros da Vila dos Cabanos;
Através do programa de visitas para comunidades - ALUNORTE por Dentro, os
moradores das comunidades de Vila do Conde, Vila Nova, Itupanema, Laranjal, São
Francisco e Ilha da Trambioca continuam se inteirando das ações sociais, de
preservação ambiental, segurança e saúde no trabalho desenvolvido pela empresa.
As ações sociais da empresa também foram divulgadas através do informativo ALO,
distribuído nos centros comunitários da região;
Início da construção do mercado de peixe, beneficiando a comunidade de Vila do
Conde;
Parceria entre ALUNORTE e escola bosque na formação de multiplicadores em
educação sócio ambiental;
Estudo e implantação de projetos de capacitação e auto-sustentabilidade para as
comunidades de Barcarena;
Torneio esportivo integrativo entre as comunidades de Barcarena;
Distribuição de cesta básica e brinquedos;
Realização do 1º Fórum de Responsabilidade Social da ALUNORTE envolvendo
empresas do pólo industrial de Barcarena;
Palestras e campanhas de conscientização e cidadania para a comunidade;
Patrocínio a participação dos empregados no Torneio das Indústrias como meio de
integração e de socialização;
Ministrado curso de capacitação em Gestão para as Lideranças Comunitárias.
7
Metas para o ano de 2006:
O objetivo maior da empresa é a busca permanente na geração de valor para os acionistas
e demais partes interessadas, através de uma gestão estratégica e participativa, focada em
metas que visam a maior produtividade com melhores resultados.
Para 2006 as principais metas são as seguintes:
Consolidar o processo de Gestão de Valor ao Acionista – GVA;
Superar as metas de produção, com maior produtividade e menores custos
operacionais;
Cumprir o cronograma físico/financeiro planejado para o projeto Expansão 2;
Consolidar o projeto Expansão 3 e cumprir o cronograma físico/financeiro
planejado;
Garantir as condições para a redução dos índices de acidentes com empregados da
ALUNORTE e contratadas;
Consolidar o Programa FOCO, como modelo de gestão de pessoas, e promover a
melhoria do clima organizacional;
Consolidar o projeto VISA implantado pela Área de Tecnologia da Informação-TI;
Consolidar o Seminário Interno de Inovações Tecnológicas como ferramenta para
estimular o desenvolvimento de soluções de redução de custo e aumento de
produtividade;
Adequar a Certificação ISO 14001 e consolidar o sistema de gestão ambiental;
Obter a certificação SA 8000;
Consolidar o programa Qualidade de Vida dos Empregados;
Implementar e consolidar projetos de responsabilidade social, com ênfase em ações
de capacitação para geração auto-sustentável de renda;
Dar continuidade à implantação do “Total Productive Management”-TPM visando
melhorar a confiabilidade dos equipamentos.
8
Barcarena, 27 de janeiro de 2006.
Diretoria
Ricardo Rodrigues de Carvalho
Daryush Albuquerque Khoshneviss
Diretor Presidente
Diretor Industrial
Conselho de Administração
Murilo Pinto de Oliveira Ferreira
Presidente
Carlos Augusto Parisi
Conselheiro
Seichi Sato
Conselheiro
Olav Skalmeraas
Conselheiro
Takeshi Maeda
Conselheiro
Toshio Shimamura
Conselheiro
9
Balanços Patrimoniais Levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004
(Em milhares de reais)
ATIVO
CIRCULANTE
Disponibilidades
Contas a receber de clientes
Estoques
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Impostos a recuperar
Adiantamentos a fornecedores
Outros
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Despesas antecipadas
Depósitos judiciais
Outros
PERMANENTE
Investimentos
Imobilizado
Diferido
TOTAL
2005
2004
66.990
115.810
222.986
32.390
28.702
16.182
3.710
486.770
93.020
184.633
143.448
26.119
5.977
1.198
6.021
460.416
141.813
8.559
8.527
15
158.914
190.222
9.566
7.881
1.318
208.987
63
3.115.621
92.233
3.207.917
63
2.254.475
78.223
2.332.761
3.853.601
3.002.164
163.327
212.205
5.113
1.074
54.899
2.309
438.927
200.288
112.523
4.554
6.170
24.893
1.588
350.016
1.200.787
2.609
1.203.396
892.297
469
892.766
1.113.412
722.403
1.835.815
119.288
256.175
2.211.278
934.590
606.367
1.540.957
138.504
79.921
1.759.382
3.853.601
3.002.164
PASSIVO
CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores e empreiteiros
Salários e encargos sociais
Tributos e contribuições
Dividendos propostos
Outros
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos e financiamentos
Outros
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social
Residentes no país
Residentes no exterior
Capital realizado
Reservas de capital
Reservas de lucro
TOTAL
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
10
Demonstração do Resultado para os exercícios findos em 31 de dezembro
de 2005 e 2004 (Em milhares de reais, exceto lucro por ação)
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Venda de produtos
Outras receitas operacionais
2005
1.518.251
4.355
1.641.849
3.693
1.522.606
1.645.542
Impostos sobre vendas e outras deduções
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
2004
(54.175)
1.468.431
(1.006.441)
LUCRO BRUTO
461.990
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS
Com vendas e comerciais
(51.593)
1.593.949
(956.025)
637.924
(5.478)
(6.505)
(33.430)
(18.947)
(27.644)
(19.793)
9.851
2.154
(48.004)
(51.788)
413.986
586.136
(124.616)
(87.693)
83.363
56.873
(41.253)
(30.820)
372.733
555.316
Gerais e administrativas
Depreciação e amortização
Outras
RESULTADO OPERACIONAL ANTES DOS EFEITOS
FINANCEIROS
Resultado financeiro líquido
Variações monetárias e cambiais líquidas
RESULTADO OPERACIONAL
RESULTADO NÃO OPERACIONAL, LÍQUIDO
(905)
54
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
371.828
555.370
Corrente
(98.537)
(150.013)
Diferido
(42.138)
(140.675)
11.622
(138.391)
231.153
416.979
0,14
0,30
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO
LUCRO POR AÇÃO
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
11
Demonstração das mutações do patrimônio líquido para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004
(Em milhares de reais)
Reservas de capital
Capital
social
subscrito
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003
Aumento de capital (RCA de 7 de janeiro, AGE de 8 de junho
e RCA de 8 de novembro de 2004)
Incentivos fiscais ADA
Lucro líquido do exercício
Destinação dos lucros:
Reserva legal
Dividendos propostos
Reserva de lucros para expansão/investimentos
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004
Aumento de capital (RCA de 6 de maio de 2005 e
RCA de 8 de novembro de 2005)
Utilização do AFRMM na amortização de financiamento de embarcações
Incentivos fiscais ADA
Aumento de capital (AGE de 7 de dezembro de 2005)
Capitalização da reserva de incentivo fiscal ADA
(AGE de 28 de dezembro de 2005)
Lucro líquido do exercício
Destinação dos lucros:
Reserva legal
Dividendos propostos
Reserva de lucros para expansão/investimentos
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
Capital
social
a realizar
Capital
social
realizado
1.164.067
1.164.067
376.890
376.890
Ágio na
emissão
de ações
Incentivos Subvenção
fiscais
AFRMM
Reservas de lucros
Lucros
Expansão/ (prejuízos)
Legal investimentos acumulados
28.020
(312.165)
879.922
416.979
376.890
110.484
416.979
110.484
5.241
74.680
1.540.957
1.540.957
192.049
192.049
28.020
110.484
5.241
(5.241)
(24.893)
(74.680)
74.680
192.049
14.669
68.924
68.924
(884.473)
102.809
102.809
(102.809)
11.558
164.696
2.720.288
(24.893)
1.759.382
14.669
884.473
Total
(884.473)
12
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
1.835.815
28.020
76.599
14.669
16.799
239.376
231.153
231.153
(11.558)
(54.899)
(164.696)
(54.899)
2.211.278
Demonstração das origens e aplicações de recursos
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (em milhares de reais)
2005
ORIGEM DOS RECURSOS
Lucro líquido do exercício
Itens que não afetam o capital circulante líquido:
· Depreciação e amortização
· Imposto de renda e contribuição social diferidos
· Reserva de Capital - Incentivo Fiscal
· Provisão (reversão) para contingências
· Variações monetárias e cambias referentes aos passivos de longo prazo
· Valor residual do ativo imobilizado baixado por alienação
Recursos oriundos das operações
Transferência do realizável a longo prazo para o circulante
Aumento de capital
Recursos provenientes da AFRMM
Captação de empréstimos a longo prazo
Total das origens
APLICAÇÕES DE RECURSOS
Adições ao ativo permanente
Empréstimos e financiamentos e outros transferidos de longo para curto prazo
Dividendos propostos
Aumento do realizável a longo prazo
Total das aplicações
231.153
416.979
87.916
42.138
68.924
2.586
( 68.463)
15.912
380.166
83.330
( 11.622)
110.484
( 571)
( 55.629)
70
543.041
7.935
192.049
14.669
575.773
1.170.592
1.034.693
143.557
54.899
1.233.149
AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
2004
1.621
376.890
269.971
1.191.523
582.772
192.484
24.893
37.470
837.619
( 62.557)
353.904
486.770
460.416
26.354
460.416
419.628
40.788
438.927
350.016
88.911
350.016
663.132
( 313.116)
( 62.557)
353.904
A VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO É ASSIM DEMONSTRADO:
ATIVO CIRCULANTE
· No fim do exercício
· No início do exercício
PASSIVO CIRCULANTE
· No fim do exercício
· No início do exercício
AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
13
Demonstração dos fluxos de caixa para os exercícios findos em 31
de dezembro de 2005 e 2004 - informação adicional (em milhares de reais)
2005
Fluxo de caixa proveniente das operações:
Lucro líquido do exercício
Ajustes para reconciliar o resultado do exercício com
recursos provenientes de atividades operacionais:
· Depreciação e amortização
· Imposto de renda e contribuição social diferidos
· Reserva de capital - incentivo fiscal
· Provisão (reversão) para contingências
· Variações monetárias e cambiais líquidas dos ativos e passivos
· Valor residual do ativo imobilizado baixado por alienação
231.153
416.979
87.916
42.138
68.924
2.586
( 75.157)
15.912
373.472
83.330
( 11.622)
110.484
( 571)
( 70.588)
70
528.082
73.037
( 79.538)
( 14.984)
( 15.957)
( 37.442)
( 67.485)
14.355
( 1.114)
1.442
( 52.802)
99.258
559
( 2.237)
97.580
433.610
( 1.589)
( 196)
( 8.714)
( 10.499)
464.781
( 1.034.693)
( 1.034.693)
( 582.772)
( 582.772)
Redução (aumento) nos ativos:
· Contas a receber de clientes
· Estoques
· Adiantamento a fornecedores
· Outros
Aumento (redução) nos passivos:
· Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros
· Salários e encargos sociais
· Outros
Recursos líquidos provenientes das atividades operacionais
Fluxo de caixa utilizado nas atividades de investimentos:
Adições ao ativo permanente
Recursos líquidos utilizados nas atividades de investimento
2004
Fluxo de caixa proveniente das atividades de financiamento:
Empréstimos captados a longo prazo
Empréstimos captados a curto prazo, líquido
Pagamentos de empréstimos e financiamentos de longo prazo
Recursos provenientes da AFRMM
Dividendos pagos a acionistas
Aumento de capital
Recursos líquidos provenientes das atividades de financiamento
575.773
( 26.800)
( 155.745)
14.669
( 24.893)
192.049
575.053
269.971
( 502.496)
376.890
144.365
Aumento (redução) no caixa e equivalentes:
Disponibilidades no início do exercício
Disponibilidades no final do exercício
( 26.030)
93.020
66.990
26.374
66.646
93.020
Pagamentos efetuados durante o período com:
· Juros
· Imposto de Renda e Contribuição Social
( 56.471)
(42.684)
( 69.771)
(45.216)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
14
Demonstração do valor adicionado para os exercícios findos em
31 de dezembro de 2005 e 2004 - informação adicional(em milhares de reais)
GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Receita operacional bruta
Outras receitas e despesas
Aquisição de produtos
Serviços contratados
Custo de serviços vendidos
Materiais
Energia elétrica
Óleo combustível e gases
Comerciais e administrativas
2005
2004
1.522.606
8.946
( 537.031)
( 36.260)
( 2.040)
( 46.464)
( 42.519)
( 246.691)
( 20.354)
1.645.542
2.208
( 569.272)
( 31.421)
( 1.685)
( 39.191)
( 43.459)
( 184.963)
( 18.591)
VALOR ADICIONADO BRUTO
Depreciações e amortizações
600.193
( 87.916)
759.168
( 83.330)
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO
Receitas financeiras e variações monetárias ativas
Incentivo fiscal - ADA
512.277
( 75.576)
( 68.924)
675.838
( 37.202)
( 110.484)
VALOR ADICIONADO TOTAL
367.777
528.152
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Empregados
Governo
Financiadores
Acionistas
Reinvestido
37.840
142.534
( 43.750)
54.899
176.254
33.087
89.785
( 11.699)
24.893
392.086
367.777
528.152
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
15
Balanço Social para os exercícios findos em 31 de dezembro
de 2005 e 2004 - Informação Adicional (Em milhares de reais)
2005
2004
BASE DE CÁLCULO
Faturamento Bruto
1.522.606
1.645.542
Folha de Pagamento Bruta
26.725
20.247
Remuneração Paga a Terceiros
40.110
290.640
Resultado Operacional
Receita Operacional Líquida
372.733
555.316
1.468.431
1.593.949
2.205
2.117
10.033
7.247
INDICADORES LABORAIS
Alimentação
Encargos Sociais Compulsórios
Previdência Privada
424
386
Saúde
2.613
2.346
Educação
3.764
3.068
Participação dos Trabalhadores nos Resultados
3.467
4.057
Transporte
1.997
1.031
199
115
2.353
1.453
136.025
104.681
Seguro
Outros Benefícios
INDICADORES SOCIAIS
Impostos
Contribuições para a Sociedade e Investimentos na Cidadania
Investimento em Meio Ambiente
260
601
5.004
8.883
1.108
870
305
212
INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL
Número de empregados no final do exercício
Número de admissões durante o exercício
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
16
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis para os exercícios findos em 31
de dezembro de 2005 e 2004 (Valores expresso em milhares de reais)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Companhia foi constituída em junho de 1978, tendo por objetivo principal a industrialização
de alumina, matéria-prima na produção de alumínio. A Companhia entrou em operação em
1995, com a capacidade de produção de 1.100 mil toneladas de alumina por ano. Em 1999,
devido a melhorias operacionais implantadas, a capacidade nominal plena foi redefinida,
passando para 1.500 mil toneladas/ano. Em abril de 2003 a Empresa concluiu a expansão 1 de
seu Parque Industrial, elevando a sua capacidade de produção para 2.325 mil toneladas/ano,
durante o ano de 2004 a produção atingiu 2.549 mil toneladas/ano.
Encontra-se em andamento o projeto de expansão 2, previsto conclusão no 1º trimestre de
2006, que irá ampliar a capacidade da planta para 4.175 mil toneladas/ano.
No ano de 2005, foram produzidas 2.570 mil toneladas, e comercializadas 2.587 mil
toneladas.
2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis que estão sendo apresentadas foram elaboradas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil, consubstanciadas na Lei das Sociedades por Ações.
Com o objetivo de aprimorar as informações prestadas, a Companhia apresenta, como
informação adicional, as Demonstrações dos Fluxos de Caixa, do Valor Adicionado e do
Balanço Social. A Demonstração do Valor Adicionado objetiva a apresentação de informações
econômicas referentes à criação de riqueza (agregação de valores) pela Companhia e à
distribuição dessa riqueza pelos fatores que contribuíram para sua criação. O Balanço Social
visa apresentar à sociedade as aplicações de recursos da Companhia em projetos de caráter
social.
3. SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
3.1 Disponibilidades
Estão representadas por depósitos bancários e aplicações financeiras de curto prazo,
avaliadas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do
balanço patrimonial.
3.2 Clientes
São registrados no balanço pelo valor nominal dos títulos representativos desses
créditos e acrescidos das variações monetárias ou cambiais, quando contratadas.
3.3 Estoques
Os estoques estão demonstrados ao custo médio de produção ou aquisição, ou
mercado, entre esses o menor.
17
3.4 Demais ativos circulantes e realizável a longo prazo
Os demais ativos circulantes e realizáveis a longo prazo são demonstrados aos valores
de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos.
3.5 Imobilizado
Avaliado pelo custo de aquisição ou construção acrescido dos juros ou variações
monetárias e cambiais durante a fase de construção quando de existência de
financiamento específico para a obra, corrigido monetariamente até 31 de dezembro
de 1995. A depreciação é calculada com base no método linear, tomando-se por base a
vida útil estimada dos bens, sendo as seguintes taxas anuais de depreciação:
edificações - 2,5%; instalações - 2,5%; 5% e 10%; máquinas e equipamentos - 2,5% e
10%; encargos capitalizados - 2,5%; veículos - 20%; e outros ativos - 2,5%; 10% e
20%.
3.6 Diferido
Refere-se a despesas pré-operacionais reconhecidas pelo custo. As amortizações são
computadas pelo método linear em até 10 anos, a partir do início das operações.
3.7 Ativos e passivos sujeitos à atualização monetária
Contas sujeitas à atualização monetária são atualizadas com base nos índices definidos
legalmente ou em contrato.
3.8 Transações em moeda estrangeira
Transações em moeda estrangeira são contabilizadas pela taxa de câmbio do dia da
transação. Ativos ou passivos denominados em moedas estrangeiras são convertidos
utilizando-se a taxa de câmbio na data do balanço patrimonial. As variações cambiais
são reconhecidas nas demonstrações do resultado à medida que ocorrem.
3.9 Imposto de renda e contribuição social
São computados com base nas disposições da legislação vigente às alíquotas
aplicáveis. Impostos diferidos ativos e são reconhecidos sobre prejuízos fiscais, base
negativa de contribuição social e diferenças temporais na extensão em que a sua
realização seja provável.
A Companhia adota o critério de reconhecer ativos de impostos diferidos sobre
prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social, quando sua realização é
provável, com base em estudos internos e projeções. Os créditos referentes a
diferenças temporais relativos às provisões não dedutíveis, constituídos
principalmente de contingências trabalhistas e tributos em discussão judicial, serão
realizadas à medida que os processos correspondentes sejam concluídos.
18
3.10
Empréstimos e financiamentos
Atualizados com base nas variações monetárias e cambiais, acrescidos dos respectivos
encargos incorridos, até a data de encerramento do exercício.
3.11
Demais passivos circulantes e exigíveis a longo prazo
Os demais passivos circulantes e exigíveis a longo prazo são demonstrados pelos
valores conhecidos ou exigíveis, acrescidos, quando aplicável, dos respectivos
encargos e variações monetárias e cambiais.
3.12
Contingências
Provisões para contingências relacionadas a processos trabalhistas, tributários, cíveis e
ambientais, nas instâncias administrativas e judiciais, são reconhecidas com base nas
opiniões dos assessores legais e melhores estimativas da administração sobre o
provável resultado dos processos pendentes na data do balanço.
3.13
Demonstrações financeiras do exercício anterior
As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de
2004 foram reclassificadas, quando aplicável, para fins de comparação.
3.14
Apuração do resultado
As receitas e despesas são registradas conforme o período de competência.
3.15
Lucro por ação
O lucro por ação é calculado com base no número de ações em circulação na data do
balanço.
19
4. PARTES RELACIONADAS
Os saldos destas contas estão representados por valores a receber e/ou a pagar relativos a transações
comerciais, bem como por financiamentos remunerados a taxas usuais de mercado, com prazos de
resgate variáveis.
2005
2004
Ativos
Passivos
Ativos
Passivos
Companhia Vale do Rio Doce - CVRD
22.049
264.920
18.135
347.697
ALBRAS - Alumínio Brasileiro S.A.
15.594
1.520
555
52.310
Itabira Rio Doce Company Ltd. - ITACO
93.928
26.297
Nippon Amazon Aluminium Co. Ltd. -NAAC
13.272
45.123
148
130
68.844
44.227
Navegação Vale do Rio Doce S.A. - DOCENAVE
Mineração Rio do Norte S.A. - MRN
Valesul Alumínio S.A.
Glencore International A.G.
Hydro Aluminium ASA
10
2.693
18.465
75.474
35.925
Norsk Hydro Produksjon A.S.
42
133
101
Norsk Hydro Brasil Ltda.
Total
25
115.820
441.800
151.132
438.865
Esses saldos com partes relacionadas estão incluídos nas seguintes contas do balanço patrimonial:
2005
Ativos
Passivos
2004
Ativos
Passivos
Ativo circulante:
· Disponibilidades
· Clientes
· Outros
240
115.810
150.315
10
577
Passivo circulante:
· Empréstimos e financiamentos
66.360
85.814
· Fornecedores e empreiteiros
69.125
44.525
2.024
1.520
304.291
307.006
· Outros
Exigível a longo prazo:
· Empréstimos e financiamentos
Total
115.820
441.800
151.132
438.865
20
Os valores referentes às transações comerciais e financeiras com partes relacionadas são os seguintes:
2004
2005
Receita
Venda de alumina:
· ALBRAS - Alumínio Brasileiro S.A.
· Itabira Rio Doce Company Ltd. ITACO
· Companhia Vale do Rio Doce - CVRD
· Valesul Alumínio S.A.
· Hydro Aluminium ASA
· Glencore International A.G.
Compra de matéria prima:
· Mineração Rio do Norte S.A. - MRN
Despesas comerciais:
· Hydro Aluminium ASA
Financeiras e variações monetárias e cambiais:
· Companhia Vale do Rio Doce - CVRD
· Nippon Amazon Aluminium Co. Ltd. - NAAC
· Glencore International A.G.
· Hydro Aluminium ASA
· ALBRAS - Alumínio Brasileiro S.A.
· Itabira Rio Doce Company Ltd. - ITACO
Total
Despesa
Receita
Despesa
507.582
300.042
17.318
17.474
540.739
61.758
459.050
292.583
116.825
471.766
86.015
(285.300)
(320.608)
(42)
248
(2.040)
(4.299)
25.482
3.607
6.824
1.450
(4.632)
(3.656)
1.416.492
4.593
(2.579)
(256.211)
1.442.295
(312.376)
Os valores referentes a estas transações estão incluídos nas seguintes contas da demonstração do
resultado:
Receita operacional bruta - Venda de produtos
Custo dos produtos vendidos
Despesas comerciais
Resultado financeiro, líquido
Variações monetárias e cambiais líquidas
2005
2004
1.426.239
(285.300)
(12.306)
31.648
1.444.913
(320.608)
(42)
(14.907)
20.563
1.160.281
1.129.919
2005
2004
14.076
38.069
73.773
37.746
59.322
19.015
34.712
39.523
24.441
25.757
222.986
143.448
5. ESTOQUES
Produtos acabados
Produtos em elaboração
Matéria-prima
Materiais de consumo
Materiais em trânsito e outros
21
6. IMPOSTOS A RECUPERAR
Imposto sobre produtos industrializados - IPI
Imposto de renda retido na fonte - IRRF
Contribuição para financiamento da seguridade social - COFINS
Programa de integração social - PIS
Imposto de renda Pessoa Jurídica - IRPJ
Contribuição social sobre o lucro líquido - CSLL
2005
2004
1.121
3.104
13.180
3.535
4.676
3.086
917
3.342
1.346
372
28.702
5.977
7. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Os valores de imposto de renda e contribuição social que afetaram o resultado do exercício são
demonstrados como segue:
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social
Despesa de imposto de renda e da contribuição social calculados ás alíquotas
oficiais (34%)
(Adições) Exclusões:
· Itens permanentes
· Reversão da provisão para realização
Despesa de imposto registrado na demonstração de resultado
2005
2004
371.828
555.370
(126.422)
(188.826)
(14.253)
(17.802)
68.237
(140.675)
(138.391)
Os créditos tributários oriundos de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social, para os
quais não há prazo limite para utilização, e diferenças temporárias foram registradas com base na
expectativa de geração de resultados tributáveis no futuro.
Os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos ativos são como segue:
2005
2004
Prejuízos fiscais
Base negativa de contribuição social
Diferenças temporárias
129.158
44.163
882
160.795
55.401
145
Total
174.203
216.341
Circulante
Realizável a longo prazo
32.390
141.813
26.119
190.222
Total
174.203
216.341
A Companhia obteve junto a SUDAM isenção de 100% do imposto de renda para uma produção,
limitada a 800 mil toneladas/ano de alumina, pelo período de dez anos a partir do primeiro ano de
geração de resultados tributáveis que ocorreu no ano de 2000. No caso de uma produção maior que
800 mil até 3.200 mil toneladas/ano, tal isenção é reduzida para 75%. A parcela de imposto de renda
22
correspondente a essa isenção, quando aplicável, é creditada em reserva de capital. Em 31 de
dezembro de 2005, a isenção de imposto de renda registrado na reserva de capital foi de R$ 76.599.
A Administração entende que a Companhia irá realizar seu ativo fiscal diferido (prejuízos fiscais, base
negativa de contribuição social), baseada em estudos técnicos de viabilidade de geração de lucros
tributáveis futuros. A geração de tais lucros tributáveis está baseada na projeção, principalmente, do
preço futuro do alumínio, da cotação da moeda norte-americana, dentre outras, além da entrada em
operação da expansão 2 da planta industrial da Companhia.
Devido à redução do grau de incertezas sobre os resultados positivos futuros, a Administração a partir
do exercício de 2004, deixou de constituir provisão para realização do imposto de renda e contribuição
social diferidos.
A realização dos impostos diferidos está estimada como segue:
Realização
dos créditos
tributários
Período
2006
2007
2008
2009
2010
32.390
45.180
47.794
46.161
2.678
174.203
8. IMOBILIZADO
2005
Custo
Depreciação
acumulada
Líquido
22.128
1.427.127
37.566
(3.128)
(235.861)
(13.791)
508.342
2.337
54.959
(131.641)
(991)
(43.487)
Imóveis/ terrenos
Instalações
Equipamentos
Encargos durante
a construção
Veículos
Outros
Imobilizado em
curso
1.492.061
Total
3.544.520
(428.899)
2004
Custo
Depreciação
acumulada
Líquido
19.000
1.191.266
23.775
21.401
1.427.865
39.922
(2.688)
(189.581)
(11.526)
18.713
1.238.284
28.396
376.701
1.346
11.472
508.343
2.015
56.305
(119.075)
(622)
(38.585)
389.268
1.393
17.720
1.492.061
560.701
3.115.621
2.616.552
560.701
(362.077)
2.254.475
O ativo imobilizado da Companhia está integralmente localizado no Brasil e é empregado
exclusivamente nas operações relacionadas à alumina. A Administração da Companhia entende que tal
ativo imobilizado é plenamente recuperável através do fluxo de caixa das operações futuras.
23
9. DIFERIDO
Os saldos eram representados por:
2005
2004
Despesas de organização e administração
Despesas financeiras, líquidas
Resultado líquido dos efeitos inflacionários
Custos e despesas diferidas da fase experimental
132.154
182.341
(163.908)
57.074
120.255
182.341
(163.908)
57.074
Amortização acumulada
207.661
(176.049)
195.762
(157.339)
Diferido em formação
31.612
60.621
38.423
39.800
Saldo líquido
92.233
78.223
10. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
2005
10.1 NO PAÍS
Curto
prazo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES
· Principal - Empréstimos vencíveis entre janeiro e
dezembro de 2006
· Encargos
12.195
37
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES (Expansão 1)
· Principal - Empréstimos vencíveis entre janeiro de 2006
e abril de 2011 (equivalentes a US$ 144.004 em 2005 e
US$ 159.739 em 2004)
· Encargos
63.201
1.279
Financiadora de Máquinas e Equipamentos - FINAME
· Principal - Empréstimos vencíveis entre janeiro e junho
de 2006
· Encargos
4.387
17
Companhia Vale do Rio Doce - CVRD
· Principal - Empréstimo vencível entre março de 2006 e
março de 2011 (equivalentes a US$ 110.000 em 2005 e
US$ 130.000 em 2004)
· Encargos
46.814
3.389
Companhia Vale do Rio Doce - CVRD
· Assistência Financeira - ASSFIN
Itabira Rio Doce Company Ltd.
· Principal - Empréstimo vencível entre agosto e
dezembro de 2007 (equivalentes a US$ 40.000 em 2005)
· Encargos
Longo
prazo
273.870
210.663
Curto
prazo
Longo
prazo
11.772
71
11.772
66.949
1.325
357.061
8.212
47
4.106
53.088
2.625
291.984
2.585
300
93.628
Antecipações de Cambiais
· Principal - Equivalentes a US$ 9.089 em 2004
· Encargos
Total no país
2004
24.125
176
134.204
578.161
168.390
664.923
24
2005
Curto
prazo
Longo
prazo
2004
Curto
prazo
Longo
prazo
30.045
56
15.022
10.2 NO EXTERIOR
Nippon Amazon Aluminium Co. Ltd. - NAAC
· Principal - Empréstimo vencível em junho de 2006
(equivalentes a US$ 5.659 em 2005 e US$ 16.978 em
2004)
· Encargos
13.247
25
GKA Facility
· Principal - Empréstimos vencíveis entre janeiro de 2009 e
julho de 2014 (equivalentes a US$ 171.613 em 2005 e
US$ 51.613 em 2004)
· Encargos
9.900
NIB Facility
· Principal - Empréstimos vencíveis entre janeiro de 2009 e
julho de 2014 (equivalentes a US$ 25.742 em 2005 e US$
7.742 em 2004)
· Encargos
1.623
GIEK Facility
· Principal - Empréstimos vencíveis entre janeiro de 2009 e
julho de 2014 (equivalentes a US$ 68.645 em 2005 e US$
20.645 em 2004)
· Encargos
4.328
Total no exterior
Total
401.694
137.001
1.107
60.254
20.550
188
160.678
54.801
502
29.123
622.626
31.898
227.374
163.327
1.200.787
200.288
892.297
Os empréstimos e financiamentos estão sujeitos à variação monetária e cambial, acrescida de juros.
Os vencimentos anuais classificados a longo prazo, em 31 de dezembro de 2005, são os seguintes:
Vencimentos
2007
2008
2009
2010
2011
2012 em diante
203.646
110.018
280.740
213.790
148.233
244.360
1.200.787
Os empréstimos e financiamentos, em aberto em 31 de dezembro de 2005, estavam sujeitos a juros
anuais, como segue:
De 3,1 % a 5 %
De 5,1 % a 7 %
De 7,1 % a 9 %
De 9,1 % a 11 %
De 11,1% a 14,2 %
260.866
759.031
286.707
4.404
53.106
1.364.114
25
10.3
Garantias
Obrigação junto à CVRD - receitas de vendas futuras de alumina no valor de
R$ 150.000.
Obrigação junto ao BNDES - fiança da CVRD, hipoteca do terreno, imóveis e
instalações da fábrica da ALUNORTE, bem como hipoteca em segundo grau do
terreno, imóveis e instalações da fábrica da ALBRAS - Alumínio Brasileiro S.A.
O conjunto industrial da ALUNORTE está hipotecado ao BNDES em segundo grau,
como garantia de empréstimo concedido à ALBRAS. A CVRD também é fiadora
deste empréstimo.
Obrigação junto ao FINAME - alienação fiduciária em favor dos agentes financeiros.
Obrigação junto à NAAC (acionista) - aval do Tesouro Nacional da República
Federativa do Brasil.
Obrigação junto ao BNDES (expansão 1) - vendas futuras de alumina, em montante
igual ao saldo devedor do financiamento.
Obrigação junto aos bancos GKA Facility, NIB Facility e GIEK Facility (Agenciado
pelo ING Bank) para o projeto de expansão 2, garantia de 63% dada pela CVRD e
37% pela Hydro Aluminum ASA.
10.4
Acordo de financiamento
A Companhia firmou acordo com a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em
dezembro de 1996, no qual a CVRD repassaria à Companhia o financiamento obtido
junto a NAAC, através de fundos do Export Import Bank of Japan, a quantia em reais
equivalentes a US$ 200,000, com prazos idênticos àqueles negociados entre CVRD e
NAAC. Tal acordo estipula amortização da dívida em vinte parcelas semestrais, iguais
e consecutivas, vencíveis em 20 de março e 20 de setembro de cada ano, com início
em 2001 e término em 2011. O saldo desse financiamento em 31 de dezembro de 2005
era o equivalente a US$ 110,000.
10.5
Financiamento BNDES para projeto de expansão 1
A Companhia obteve do BNDES no ano de 2000, financiamento para expansão da sua
planta industrial, no montante total de R$ 837.848, a ser liberado em parcelas de
acordo com o fluxo de caixa do projeto da referida expansão (até 31 de dezembro de
2005, o BNDES já havia liberado o montante total de R$ 507.656).
O saldo de principal e juros em 31 de dezembro de 2005 vencerá mensalmente entre
janeiro de 2006 e abril de 2011.
10.6
Financiamento GKA/GIEK/NIB Facility para projeto de expansão 2
Em 29 de julho de 2004, foi assinado o contrato com os Bancos GKA Facility, GIEK
Facility e NIB Facility, no valor de US$ 200,0 milhões, US$ 80,0 milhões e US$ 30,0
milhões respectivamente, totalizando o montante de US$ 310,0 milhões. Até 31 de
dezembro de 2005, já haviam sido liberadas a 1a, 2a e 3a parcelas no montante de
26
US$ 171,6 milhões do GKA Facility, US$ 68,6 milhões do GIEK Facility e US$ 25,8
milhões do NIB Facility, totalizando US$ 266,0 milhões. O pagamento dos juros será
semestralmente de julho de 2005 até julho de 2014. A parte relativa ao principal será
amortizada em 12 parcelas semestrais de janeiro de 2009 a julho de 2014.
11. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
11.1
Capital
O capital social subscrito é composto por 2.209.966 mil ações ordinárias e 115.434 mil
ações preferenciais classe C, sem valor nominal.
A Companhia possui capital estrangeiro registrado no Banco Central do Brasil no
montante de US$ 223.627 e ¥2.500.000.
A AGE realizada em 25 de julho de 2003, alterou o artigo 6º do Estatuto Social da
companhia, de forma a incluir a possibilidade do capital social da companhia ser
aumentado pelo Conselho de Administração, mediante a emissão de 584.505 mil novas
ações ordinárias.
Na Reunião Extraordinária do Conselho de Administração em 07 de janeiro de 2004,
foi aprovado o aumento de capital social em 97.417 mil ações ordinárias, no valor total
de R$ 100.424.
Na AGE realizada em 08 de junho de 2004, foi aprovado o aumento de capital social
em 129.890 mil ações ordinárias, no valor total de R$ 145.070.
Na Reunião Extraordinária do Conselho de Administração em 08 de novembro de
2004 foi aprovado o aumento de capital social em 129.890 mil ações ordinárias, no
valor total de R$ 131.396.
Na Reunião Extraordinária do Conselho de Administração em 06 de maio de 2005 foi
aprovado o aumento de capital social em 129.890 mil ações ordinárias, no valor total
de R$ 115.084.
Na Reunião Extraordinária do Conselho de Administração em 08 de novembro de
2005 foi aprovado o aumento de capital social em 97.418 mil ações ordinárias, no
valor total de R$ 76.965.
Na AGE realizada em 7 de dezembro de 2005, foi aprovado a subscrição de capital
mediante a emissão de 693.726 mil ações ordinárias no valor total de R$ 884.473, a
serem integralizadas em 6 parcelas de janeiro 2006 a setembro de 2007, sendo que as
5ª e 6ª parcelas deverão ser corrigidas desde a presente data até a data das efetivas
integralizações pelo IPCA, divulgado pelo IBGE, o montante da referida correção
deverá ser contabilizado como capital, sem alteração do número de ações.
Em AGE realizada em 28 de dezembro de 2005, foi aprovado a capitalização de R$
102.809, utilizando a Reserva de Incentivos Fiscais - ADA do exercício de 2004, sem
emissão de novas ações, consoante ao artigo 545 do regulamento do Imposto de Renda
(RIR), e artigo 58 da resolução nº 11 de 14 de junho de 2005 da Agência de
Desenvolvimento da Amazônia - ADA.
27
É a seguinte a movimentação das quantidades de ações (em milhares):
Ordinárias
Preferenciais
Total
Ações subscritas até 31.12.2003
Aumento de capital em 07.01.2004
Aumento de capital em 08.06.2004
Aumento de capital em 08.11.2004
931.735
97.417
129.890
129.890
115.434
1.047.169
97.417
129.890
129.890
Ações subscritas até 31.12.2004
Aumento de capital em 06.05.2005
Aumento de capital em 08.11.2005
Aumento de capital em 07.12.2005
1.288.932
129.890
97.418
693.726
115.434
1.404.366
129.890
97.418
693.726
Ações subscritas até 31.12.2005
2.209.966
115.434
2.325.400
Ações a integralizar
(693.726)
Ações integralizadas até 31.12.2005
1.516.240
(693.726)
115.434
1.631.674
Às ações preferenciais Classe C é assegurado: (1) o direito de prioridade na distribuição de
ativos residuais no caso de liquidação da Companhia; (2) prioridade na distribuição de
dividendos com direito de receber dividendos 10% maiores do que os atribuídos às ações
ordinárias ; (3) dividendos mínimo anual de 1%, não cumulativo, calculado sobre a parcela do
capital constituído por essa classe de ações; (4) direito a voto caso os dividendos mínimos
anuais de 1% não tiverem sido pagos durante um período de 3 anos consecutivos, iniciando-se
a partir da data em que a fábrica tiver alcançado uma produção acumulada de 2.325 mil
toneladas métricas de alumina ao longo do ano.
11.2
Reservas de Capital
A Reserva de Capital é composto de Ágio na Emissão de Ações no valor de R$ 28.020,
Reservas de Incentivos Fiscais no valor de R$ 76.599 e Reserva de utilização do
Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM no valor de
R$14.669.
11.3
Destinação do Resultado do Exercício
A diretoria está propondo ao Conselho de Administração com base na Lei das
sociedades anônimas, e o artigo 35 do Estatuto Social da companhia, a seguinte
destinação do resultado apurado em 31 de dezembro de 2005:
ORIGENS:
· Lucro líquido do exercício findo em 31.12.05
231.153
Total das origens
231.153
DESTINAÇÕES:
· Reserva legal
· Dividendos propostos
· Reservas de lucro para expansão/investimentos
11.558
54.899
164.696
Total das destinações
231.153
28
12. OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS E CONTINGÊNCIAS
12.1
Obrigações contratuais
A Companhia está obrigada contratualmente até dezembro de 2019 a comprar 33.733
mil toneladas métricas de bauxita da Mineração Rio do Norte S.A.(empresa do grupo
CVRD).
Considerando o preço praticado de R$ 53,86/t em 31 de dezembro de 2005, teríamos a
seguinte obrigação:
Anos
2006
2007
2008
2009
2010
2011 até 2019
R$
339.000
339.000
339.000
339.000
339.000
122.000
1.817.000
Adicionalmente, a Companhia está obrigada contratualmente a entregar 31.491 mil
toneladas métricas de alumina a alguns de seus acionistas e a ALBRAS - Alumínio
Brasileiro S.A. (empresa do grupo CVRD), até dezembro/2023.
Considerando o preço praticado pela Companhia de R$ 596,55/t em 31 de dezembro
de 2005, teríamos a seguinte obrigação:
Anos
2006
2007
2008
2009
2010
2011 até 2023
R$
1.533.000
1.533.000
1.533.000
1.533.000
1.533.000
11.121.000
18.786.000
12.2
Contingências
A Companhia possui contingências cíveis, tributárias e trabalhistas, todos em virtude
do curso normal das operações. Com base nos pareceres emitidos pelos assessores
jurídicos da Companhia, a provisão de R$ 2.595 (R$ 426 em 2004) é considerada, pela
Administração, como suficiente para cobrir eventuais perdas.
29
13. INSTRUMENTOS FINANCEIROS E DERIVATIVOS
Em decorrência de suas atividades de comercialização ligadas ao preço internacional do
alumínio, a Companhia contratou operações financeiras envolvendo instrumentos derivativos,
com o propósito de proteger as operações da Companhia contra os riscos associados às
flutuações do preço do alumínio, garantindo fluxo de caixa e margens brutas estáveis. Em 31
de dezembro de 2005 estavam comprometidas 151.000 toneladas com estas operações e os
instrumentos utilizados estão sumarizados como segue:
Tipo
Puts compradas
Calls vendidas
Outros instrumentos
Total
Quantidade
(ton)
Faixa de preço
(US$/ton)
Ganho (perda)
não realizados
em R$
Último vencimento
38.000
47.000
66.000
1,375 - 1,625
1,535 - 1,625
1,400 - 1,700
9
(21.626)
(103.997)
Dezembro/2006
Dezembro/2006
Dezembro/2008
151.000
(125.614)
A perda não realizada de R$ 125.614 (R$ 147.290 em 31 de dezembro de 2004) representa o
valor atual que seria desembolsado, caso todas as operações fossem liquidadas em 31 de
dezembro de 2005.
A Companhia adota o procedimento de registrar os ganhos ou perdas nos instrumentos
derivativos quando da liquidação dos contratos. Os contratos são liquidados através de
pagamentos e/ou recebimentos sob a forma de caixa, sem entrega física de alumínio.
A Companhia tem gerenciado ativamente suas posições em instrumentos derivativos de forma
a evitar eventuais impactos de caixa. Face às políticas e práticas estabelecidas pela Companhia
para as operações com derivativos, a Administração considera improvável a ocorrência de
situações de risco não mensuráveis.
O valor contábil dos demais instrumentos financeiros equivale, aproximadamente, ao seu valor
de mercado.
14. COBERTURA DE SEGUROS
Os bens, interesses e responsabilidades estão segurados por valores que a administração
considerou suficientes para cobertura de eventuais riscos:
Limite de indenização
em R$
Descrição
Tipo de Seguro
Bens/Interesses
Responsabilidades
Bens/Interesses
Incêndio, raio, explosão, colisão e lucros cessantes
Responsabilidade civil
Risco de engenharia expansão da fábrica
Total
2005
2004
1.778.993
5.000
1.290.932
1.921.926
5.000
1.290.932
3.074.925
3.217.858
30
15. OUTRAS INFORMAÇÕES
As exportações realizadas pela Companhia têm as seguintes destinações:
América do Norte
Europa
América do Sul
Ásia
África
2005
2004
165.330
471.395
183.645
90.721
31.284
215.717
514.021
191.114
178.625
942.375
1.099.477
2005
2004
231.153
140.675
124.616
(83.363)
905
87.916
416.979
138.391
87.693
(56.873)
(54)
83.330
501.902
669.466
16. DEMONSTRAÇÃO DO EBITDA/LAJIDA
Lucro líquido do exercício
Imposto de renda e contribuição social
Resultado financeiro líquido
Variações monetárias e cambiais líquidas
Resultado não operacional líquido
Depreciação e amortização
Ricardo Rodrigues de Carvalho
Daryush Albuquerque Khoshneviss
Diretor Presidente
Diretor Industrial
Enio de Carvalho
Sebastião José Rosa
Gerente Área de Controle e TI
Gerente Divisão de Contabilidade
CRC/RJ 39332/0 – S – PA
CPF 444.627.357/49
31
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos Diretores e Acionistas da
ALUNORTE - Alumina do Norte do Brasil S.A.
Barcarena - Pará
1
Examinamos os balanços patrimoniais da ALUNORTE - Alumina do Norte do Brasil
S.A., levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do
resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos
correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade
de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas
demonstrações contábeis.
2
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e
compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o
volume de transações e os sistemas contábeis e de controles internos da Companhia; (b) a
constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e
as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas
contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia, bem como da
apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
3
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo,
representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira da ALUNORTE - Alumina do Norte do Brasil S.A. em 31 de dezembro de
2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as
origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas
datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4
As informações suplementares referentes às demonstrações dos fluxos de caixa, do valor
adicionado e do balanço social são apresentadas com o objetivo de permitir análises
adicionais e não são requeridas como parte das demonstrações contábeis básicas, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Essas informações foram por nós
examinadas de acordo com os procedimentos de auditoria mencionados no parágrafo 2º e,
em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os aspectos relevantes, em
relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
São Paulo, 24 de janeiro de 2006.
Daniel Gomes Maranhão Júnior
Sócio-contador
CRC 1SP-215856/O-5
BDO Trevisan Auditores Independentes
CRC 2SP013439/O-5
32
PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO SOBRE O RELATÓRIO DE
ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
O Conselho de Administração da ALUNORTE – ALUMINA DO NORTE DO BRASIL S.A.,
tendo examinado, o Relatório da Administração, o Balanço Patrimonial e demais
Demonstrações Financeiras da Sociedade, relativos ao exercício social encerrado em 31 de
dezembro de 2005, aprovou, por unanimidade, a referida proposição.
Face ao exposto, é de parecer que os citados documentos merecem a aprovação da Assembléia
Geral de Acionistas.
Barcarena, 31 de janeiro de 2006.
Murilo Pinto de Oliveira Ferreira
Olav Skalmeraas
Presidente
Conselheiro
Carlos Augusto Parisi
Takeshi Maeda
Conselheiro
Conselheiro
Seichi Sato
Toshio Shimamura
Conselheiro
Conselheiro
33

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