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WWW.ALUNONOTA10.COM Mito e Ciência na Explicação da Origem do Homem “A atividade humana sempre esteve relacionada com uma certa visão do mundo, visão esta que, aparentemente, nunca se limitou ao mundo sensível. O ser humano conserva de maneira permanente a noção ou a obsessão de um prolongamento do seu universo, de um mundo a que chama de sobrenatural”. (ARAÚJO, Pedro H. Angueth. Mito, religião e magias primitivas.) Normalmente, associa-se, erroneamente, o conceito de mito a: mentira, ilusão, ídolo e lenda. O mito não é uma mentira, pois é verdadeiro para quem vive. A narração de determinada história mítica é uma primeira atribuição de sentido ao mundo, sobre o qual a afetividade e a imaginação exercem grande papel. Podemos considerar que o mito apresenta algumas funções típicas: Ele é narrativo (procura descrever a relação entre fatos, pessoas, símbolos... com forças desconhecidas ); Ele é pedagógico (procura ensinar a Verdade); Ele também se mostra como o que nos traz um Julgamento sobre a origem do Homem e do Mundo tentando procurar conhecer a finalidade de sua existência. Entre as fontes do conhecimento humano estão: 1- O Mito; 2A Religião e 3- A Ciência. No sentido literal, quando tentamos compreender o mito, através da ciência, não conseguimos. Também quando tentamos compreender o mito, através da religião, não temos sucesso. O mito representa a primeira etapa do conhecimento de uma realidade. O mito é diferente da religião e nem toda religião é mitológica, como querem alguns. Contudo, a religião é, essencialmente, um conjunto de crenças e de práticas que advoga a noção de um mundo sobrenatural, simultaneamente, um esforço no sentido de entrar em contato com ele. O religioso é o “sagrado”, o que é separado do profano, por obrigações ritualisticamente próprias. e os peixes ósseos, sendo que ambos viveram nos oceanos. Se os criacionistas estivessem corretos seria de se esperar que encontrássemos, pelo menos alguma vez, fósseis dessas duas formas de vida juntos. Entretanto não é o que ocorre, os trilobitas parecem ter perecido cerca de cem mil anos antes do primeiro peixe ósseo ser encontrado no registro fóssil. De forma ainda mais drástica, o último dinossauro fóssil aparece na camada correspondente a 60 milhões de anos, enquanto o primeiro humano aparece, pela primeira vez, na camada próxima a 5 milhões de anos. Dinossauros e humanos parecem ter se encontrado apenas recentemente, nos filmes de Spielberg”. (Adaptado de ® Chico On Line. Prosdocimi, F. 2001-2. ) (Fonte: FERREIRA, José Roberto Martins. História. Ed. reform., São Paulo, FTD, 1997, p.37) Criacionismo Darwinismo e a Seleção Natural O criacionismo contrapõe-se às teorias de Darwin sobre a evolução do homem. Baseia-se no Gênesis bíblico para defender que o mundo e a humanidade foram criados por um deus sobrenatural.Os criacionistas defendem que a Terra foi criada numa só semana há cerca de 10 000 anos. Para eles, a maioria dos acidentes geográficos aconteceram devido ao dilúvio da época de Noé e as formas de vida não evoluíram de forma significativa desde a sua criação.Por falta de uma base factual, a teoria do criacionismo, que mais não é do que uma explicação religiosa do processo evolutivo, não é reconhecida pela comunidade científica. “Segundo os criacionistas, o processo de criação de novas espécies nunca ocorre, já que todas foram criadas por Deus durante os sete dias da criação. Se considerarmos tal argumento como verdade esperaríamos encontrar, no registro fóssil, evidências de todos os animais em todas as camadas geológicas, afinal eles têm coexistido juntos desde os tempos mais remotos de nosso planeta. Há centenas de dinossauros fósseis e, entretanto, nenhum foi encontrado junto a um fóssil humano ou de alguma ave. Além disso, dois dos mais comuns fósseis encontrados são os trilobitas Com o decorrer dos séculos, para a maioria das pessoas era muito fácil encontrar uma explicação para o aparecimento e evolução do Homem a partir da criação divina.No entanto, desde sempre existiram alguns pensadores que, não concordando com esta teoria, tentavam encontrar explicações mais plausíveis para a existência humana e a evolução das espécies. Foi assim que a mutação e desenvolvimento das espécies começaram a surgir como uma certeza. Alguns estudos revelam que 1 HISTÓRIA A A Pré-História WWW.ALUNONOTA10.COM A Pré-História já na Grécia Antiga existia esta noção, apesar de ter sido esquecida até ao séc. XVIII altura em que reapareceu nas mentes de pensadores como Pierre de Maupertuis ou Erasmus Darwin. E foi Charles Darwin (neto de Erasmus), juntamente com Alfred Russel Wallace, que estabeleceu a teoria da evolução, que ficou conhecida como darwinismo. Nesta obra, A Origem das Espécies, Darwin explica o processo evolutivo pelos princípios de seleção natural. A seleção natural foi reconhecida por Darwin e Wallace como um processo que ocorre na natureza e pelo qual os indivíduos mais bem dotados relativamente às condições do seu meio ambiente se reproduzem melhor e produzem mais descendentes. A seleção natural tem como efeito cumulativo à adaptação, ou seja, a capacidade que os seres vivos, incluindo o Homem, têm de adaptar o seu corpo, através dos anos ou dos séculos, às novas realidades ou aos diferentes meios.Um dos exemplos desta adaptação é a alteração que os dentes do Homem têm vindo a sofrer através dos tempos, com a progressiva diminuição do seu tamanho e força. Outro exemplo bem visível é a atual postura ereta do Homem, que se foi desenvolvendo através das épocas. A teoria da seleção natural tem como base a variação existente entre os organismos de uma mesma população. Segundo Darwin, os elementos que apresentam características que melhor os adaptam ao ambiente serão aqueles que mais provavelmente sobreviverão e procriarão, passando estas características favoráveis à sua descendência. Ao longo das gerações, o acumular de pequenas alterações terá como resultado a alteração das características da população, ou seja, a evolução. Neodarwinismo Dá-se o nome de neodarwinismo à teoria moderna da evolução, elaborada a partir da década de 1930 pela combinação da Teoria da Evolução através da seleção natural, do cientista inglês do século XIX Charles Darwin, com a Teoria da Hereditariedade, baseada no trabalho do biólogo austríaco Gregor Mendel. A teoria da evolução dos organismos através da seleção natural, da forma como foi sugerida por Charles Darwin em seu livro “Sobre a origem das espécies” de 1859, já provou estar correta em muitos sentidos. Darwin, entretanto, não conseguiu mostrar como a variabilidade natural que existe entre os indivíduos podia ser gerada, já que em sua época, mesmo o conceito de gene era obscuro. No século XX, as novas descobertas da genética e da biologia molecular nos permitiram entender como acontece a evolução ao nível molecular. É interessante notar que pouquíssimas pessoas, no mundo de hoje, compreendem de fato como a evolução biológica ocorre. “Nosso corpo é feito dos mais diferentes tipos celulares presentes em cada tecido e, cada um deles, realiza sua atividade 2 específica através da produção de proteínas específicas à sua função. Essas proteínas são compostas por longas cadeias de moléculas conhecidas como aminoácidos, e são formadas através da tradução do DNA através do código genético.Vários problemas podem causar danos em nosso DNA: a exposição à luz ultravioleta do sol e aos raios X, a ingestão de moléculas muito ionizadas (como os radicais livres), erros durante a replicação, presença de toxinas, etc. É interessante notar que, se o DNA fosse uma molécula que não sofresse danos e que não produzisse erros durante seu processo de cópia, a evolução não teria acontecido e é bem provável que não estivéssemos aqui”. O neodarwinismo defende que a evolução ocorre porque o ambiente está em lenta modificação, aplicando uma pressão seletiva nos indivíduos de uma população. Aqueles com características mais adaptadas ao ambiente têm mais possibilidades de sobreviver e de ter descendência e, conseqüentemente, de transmitir estas características favoráveis. A composição genética da população altera-se ao longo do tempo e, em última instância, uma nova espécie aparece. O Processo de Hominização Dá-se o nome de hominização ao processo segundo o qual o Homem foi evoluindo, física e intelectualmente, desde a sua origem primata até ao estágio de desenvolvimento atual.Esta evolução foi fruto do condicionamento sofrido pelos antepassados do homem, tanto a nível externo como interno. A posição erecta, o tamanho do crânio (associado ao desenvolvimento da inteligência), a modificação dos dentes e a proporcionalidade entre membros inferiores e superiores, foram alterações que surgiram no Homem durante a sua evolução. Também o desenvolvimento do engenho do Homem, e conseqüente desenvolvimento das suas capacidades manuais, levaram-no a construir instrumentos cada vez mais sofisticados, até chegar aos níveis de perfeição de hoje. Desde o mais primitivo australopitecus até ao Homem atual, passou-se mais de 3 milhões de anos. A hominização foi um processo lento e gradual e nada nos garante que o Homem não venha a sofrer mais transformações... Do Australopitecos ao Homo Sapiens Australopithecus Esta é a designação dada aos primeiros hominídeos, que viveram há cerca de 3,5 a 4 milhões de anos. Os australopitecos são um gênero extinto de hominídeos, que reúne os fósseis designados por australopithecus, plesianthropus, paranthropus e zinjanthropus.As suas características são semelhantes às dos humanos, mas tem também algumas de origem simiesca. Os pequenos australopitecos eram bípedes, mediam cerca de 1,20m e pesavam entre 25 e 50 quilos, com capacidade craniana média de 500 cm³ . Seus primeiros fósseis foram encontrados na garganta de Olduvai, Tanzânia, na África, junto a seixos grosseiramente trabalhados à mão. A postura vertical trazia a vantagem de libertar as mãos para a manipulação; a associação dos movimentos das mãos com os olhos WWW.ALUNONOTA10.COM A Pré-História estimulava o cérebro. Assim, o bipedismo constituiu uma base para as habilidades culturais. Este Australopitecos tinham uma face parecida com a dos macacos, o nariz não era saliente, o osso da crista supraorbitária bastante salientes. As fêmeas eram mais pequenas que os machos (dimorfismos sexual), tinham cerca de 65% do peso do macho. O crânio é similar ao do chimpanzé exceto nos dentes em que é parecido com o Homo sapiens. A forma do maxilar está entre a forma retangular dos outros símios e a forma parabólica do Homem atual. Os ossos das pernas e da pélvis são bastante semelhantes aos do Homem o que não deixa qualquer dúvida acerca do bipedismo destes hominídeos. O dedo grande do pé está em linha com os outros dedos e são mais compridos que os dos Homens, mas as mãos são bastante semelhantes às nossas o que indica, segundo alguns especialistas, que ainda subiam nas árvores. Quanto a utensílios não existem indícios que indiquem a sua utilização. O seu habitat era de savana semi-árida e floresta. O primeiro exemplar desta espécie foi encontrado por Dart, em 1925, em Taung, na África do Sul. Lucy, um australopiteco do sexo feminino que viveu há 3,2 milhões de anos, era o mais velho antepassado conhecido pela humanidade, até à descoberta, por uma equipa de antropólogos sul-africanos, de um esqueleto fossilizado de um australopiteco com uma idade estimada em 3,6 milhões de anos, encontrado em 1998 nos arredores de Joanesburgo. Este achado levanta muitas questões sobre a origem do Homem, nomeadamente transportando-a do Leste africano para o sul de África. Em 1999, um grupo de cientistas identificou uma nova espécie de Australopithecus. Batizado de Australopithecus garhi, este Australopithecus bípede, com 2,5 milhões de anos, já manuseava utensílios para cortar carne. Os vestígios, ossos do crânio e dentes, foram encontrados em Bouri, uma zona desértica na Etiópia.De acordo com os fósseis encontrados, os cientistas colocam o novo Australopithecus entre a conhecida Lucy, um Australopithecus afarensis de há cerca de 3,2 milhões de anos, e o Homo habilis. Homo Habilis Espécie extinta de hominídeo ereto da África Ocidental, com algumas características do Homem atual. Existiu num período entre 1,5 a 2 milhões de anos atrás. É considerada a primeira forma de Homo que conduziu ao Homem moderno. Na região frontal situa-se a parte mais larga do seu crânio. Possui características dentárias e mandibulares de tipo mais humano e foi o autor da indústria lítica de seixos. Os seus restos fósseis foram encontrados por Leakey, em Olduvai, na Tanzânia. Estima-se que tenha (Fonte: FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo, FTD, 1997 P 41) vivido há cerca de 1 800 000 anos atrás. Homo Erectus Depois dos australopitecos, os fósseis encontrados foram classificados como pertencentes ao estágio pitecantropóide. Os primeiros pitecantropos ou “homo erectus” datam de cerca de 500 000 anos e foram descobertos em Java (Indonésia), Pequim (China), Heidelberg (Alemanha), Tenerife (Marrocos), Olduvai (Tanzânia) e na Hungria. Viveram na Segunda fase interglaciária e seu cérebro possuía capacidade craniana média de 1 000 cm³. (Fonte: FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo, FTD, 1997, P 41) Os pitecantropos conheciam o fogo, fato que lhes permitia habitar em cavernas e prolongar o período das atividades, antes limitado pelo cair da noite. Nas cavernas onde moravam, inclusive em lugares muito frios como na Europa, foram encontradas boas quantidades de carvão acumuladas, indicando que várias gerações deles acendiam fogueiras. Eram carnívoros, andarilhos e praticavam a caça de rastreio. Proporcionando luz para habitar as cavernas, calor para enfrentar climas mais frios e um método para preservar a carne, o fogo representou uma grande revolução na cultura dos hominídeos. E com sua ajuda, provavelmente iniciaram a migração pelo planeta, visto que os hominídeos do estágio pitecantropóide só não foram encontrados na América e na Austrália. Depois dos pitecantropos, há uma nova lacuna paleontológica de mais ou menos 400 000 anos. Só então começam a aparecer os esqueletos do homem de Neandertal. Homo Sapiens Neanderthalensis O Homo sapiens neanderthalensis pertencia à extinta subespécie de humanos poderosos e fisicamente robustos, que habitavam a Europa e a Ásia Oriental e Central. Viveram entre 100 000 e 40 000 anos atrás e possuíam uma capacidade cerebral próxima à do homem moderno. Era corpulento, mas baixo, fossas nasais largas e arcadas suprafaciais pronunciadas. Eles poderiam ser descritos como possuidores de uma caixa craniana moderna e uma face próxima à dos 3 WWW.ALUNONOTA10.COM A Pré-História pitecantropos. Talhou machados e facas de pedra e utilizou ferramentas e armas de madeira. Este tipo de Homem habitava nas cavernas, embora existam provas de que fazia também acampamento ao ar livre. Foi a primeira espécie do gênero Homo a enterrar os seus mortos, utilizando, para tal, as cavernas. Descobriu-se que um esqueleto dessa espécie, desenterrado em Shanidar, foram recoberto com oito espécies diversas de flores. Isso demonstra a existência de ritos conscientes, além de uma vida social organizada tal qual a das tribos primitivas de homo sapiens-sapiens. África e 40 000 na América. O fim da Pré-história ocorreu primeiramente em regiões do Oriente Próximo - no Egito e na Mesopotâmia - por volta de 4 000 a.C., com a invenção da escrita ligada ao desenvolvimento das primeiras civilizações. Na América, na África Central e na Austrália, o fim da Pré-história se deu com a conquista dessas regiões pelos europeus a partir do século XV, portanto, bem mais tarde. A Pré-história foi dividida por Lubock, em 1886, nas Idades da Pedra Lascada ou período Paleolítico e da Pedra Polida ou período Neolítico, denominações referentes ao tipo de instrumentos usados pelos homens em cada época. Homo Sapiens Espécie que compreende o Homem atual e grande parte de restos de fósseis. São os elementos desta espécie que têm maior capacidade craniana, grande desenvolvimento do néocortex e uma face substancialmente mais reduzida do que a das outras espécies de Homo. Demonstrou um grande progresso técnico e social e realização de algumas manifestações artísticas. Homo Sapiens Sapiens Os esqueletos sucessivos aos neandertaleneses são denominados de CroMagnon ou Homo sapiens-sapiens. Foram encontrados numa localidade da França que lhes deu o nome, a cerca de 35 000 anos, no Paleolítico superior. O uso de instrumentos de caça provavelmente ativou o desenvolvimento do cérebro e a redução das mandíbulas e dos dentes até então usados como ataque e defesa. Os Homo sapiens sapiens tinham uma estatura alta, esqueleto robusto e fronte larga e elevada, tal como a dos homens atuais. As diferentes características, tais como pele, forma do cabelo, da cara e do nariz, grupo sanguíneo, entre outras, deram origem a diferentes grupos ou raças de homens derivados do Homo sapiens sapiens. Os investigadores admitem a existência de 27 raças, divididas em 4 grupos: raças primitivas, raças negras ou negróides, raças brancas e raças amarelas. Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada Esse foi o primeiro e mais longo período da Pré-história. O Paleolítico (paleo – antigo e lítico – pedra), vai desde o surgimento do ser humano, cerca de 600 mil anos atrás, até aproximadamente 12 mil anos. O nome de Pedra Lascada advém da utilização da pedra na fabricação dos instrumentos pelos hominídeos. No entanto eles não faziam instrumentos/utensílios somente de pedras. Eram utilizados também ossos e madeiras. O Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada comporta ainda três outras subdivisões: Paleolítico Inferior, Médio e Superior. No entanto optamos por traçar as características gerais de todo o período sem levar em consideração as subdivisões. O homem do Paleolítico vivia da coleta e da caça. Alimentavase de frutos, de raízes e de bagas, capturava pequenos mamíferos, lagartos. Começou cedo a caçar animais grandes: os arqueólogos descobrem muitas vezes, entre os utensílios primitivos, ossos de mamutes e de bisontes. A sua sobrevivência era difícil não podia rivalizar com os terríveis animais carnívoros, nem pela rapidez nem pela força física. A fome espreitava-o sempre, assim como a morte, sob as garras dos animais. Os homens fósseis sobreviveram e triunfaram por duas razões: primeiro eram capazes de fabricar utensílios; depois, agiam desde o início em conjunto. A fabricação de utensílios só foi possível em coletividade, pois é esta última que conserva e consolida as aquisições, a experiência primitiva em matéria de produção, e que assegura a sua transmissão hereditária. Os Períodos da Pré-história Do aparecimento do gênero humano sobre a terra à invenção da escrita, decorreu enorme período de tempo, denominado Préhistória, cujo princípio e fim variam segundo as diversas regiões do globo. A cronologia mais utilizada para o início da Pré-história considera que os vestígios mais antigos do homem primitivo datam de cerca de 2 000 000 de anos na África, de 1 500 000 anos na Europa e de 15 000 anos na América. Descobertas arqueológicas recentes têm ampliado essas datas para 5 000 000 de anos na 4 (Fonte: NOVAES, Carlos Eduardo & RODRIGUES, Vilma. Capitalismo para principiantes. São Paulo, Ática, 1994, P. 06) A caça, sobretudo a dos animais grandes que eram assustados pelo fogo e afastados à pedrada para o precipício ou um pântano, era feita em comum. É esta coletividade de homens do Paleolítico WWW.ALUNONOTA10.COM A Pré-História que tem o nome convencional de horda primitiva. “Dentro das condições... descritas evidentemente os bandos ‘primitivos’ eram nômades: os homens viviam mudando de região constantemente, à procura de novas áreas de caça, de rios mais piscosos, ou impelidos pela variação climáticas”. (Aquino). Esse modo de vida é conhecido como nomadismo. As cavernas e as habitações feitas de galhos de árvores constituíam as moradas dos homens do Paleolítico. Já existia um artesanato rudimentar: as armas e ferramentas e o vestuário, feito de peles de animais. Os utensílios e as ferramentas eram de uso pessoal, cada homem fabricava e possuía o seu. “As florestas, os rios, eram possuídos, usados e usufruídos coletivamente. A esse regime de propriedade coletiva dos meios de produção dá-se o nome de regime de comunidade primitiva”. (Aquino) Dentro destas comunidades possivelmente já existia uma divisão natural do trabalho, em função do sexo: os homens consagram-se à caça deixando a coleta para as mulheres e as crianças. Porém, vale salientar que os homens e as mulheres desempenhavam o mesmo papel na economia. Para fabricar seus instrumentos os primeiros homens usavam uma técnica conhecida como lascamento. Com um pedaço de rocha mais dura batiam num bloco de sílex, obtendo pedaços de lascas. Essas lascas eram amarradas a hastes de madeira, compondo machado ou zagaias. Alguns grupos criaram técnicas para afiar as lascas com areia e água: é o que chamamos de polimento. Porém a maioria dos primeiros homens usava apenas pedras lascadas. Usando as técnicas descritas fabricavam zagaias de marfim ou sílex, punhais de chifres, arpões de pesca e de caça, raspadores e placas para esquartejar os animais mortos e tratar as peles. Costurava-se o vestuário feito de peles de animais com agulhas de osso. Buris de sílex são preparados para trabalhar o chifre ou o osso. Uma das grandes descobertas do período Paleolítico foi o fogo. Ao dominar o fogo, o Homem acreditou nas suas capacidades e preparou novas descobertas. De fato, a produção do fogo veio alterar, profundamente, os hábitos do homem primitivo e abrir-lhe caminho a outras inovações. O Homo Erectus já sabia produzir o fogo. Com efeito, há mais de meio milhão de anos, esse antigo antepassado do homem já acendia fogueiras, como se comprova pelo fato de aparecerem vestígios de fogo em lugares por si habitados. Com esta invenção, o homem primitivo alterou, profundamente, a sua maneira de viver. O domínio do fogo alterou a vida do homem primitivo, pois veio permitir-lhe: • aperfeiçoar os instrumentos utilizados na caça e na pesca; • cozinhar os alimentos, até aí comidos crus; • defender-se melhor dos animais que o cercavam ou empurrá-los para os locais pretendidos; • iluminar as cavernas, de que ocasionalmente se servia, através da utilização da gordura dos animais que abatia. A obtenção do fogo… “Deu ao homem pela primeira vez o império sobre uma força da natureza e, assim, separou-o definitivamente do reino animal” (F. Engels) Neolítico Com o significado de “nova idade da pedra”, o termo neolítico surgiu no século XIX, identificando a idade da pedra polida. “Porém o termo neolítico não mais identifica métodos de trabalho em pedra e, sim, de produção de alimentos. Durante o Neolítico o controle sobre a reprodução de plantas e animais e a estocagem de proteína animal e vegetal tornou-se possível com a criação de rebanhos e o cultivo dos campos”. (Guglielmo) A esse processo histórico, que propiciou ao homem o domínio sobre as fontes produtoras de alimentos, denominamos de “Revolução Neolítica”. (Fonte: PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo, Atual, 1994, P. 32) O início do período Neolítico também é marcado pelo surgimento da agricultura. Grupos humanos que então habitavam o Crescente Fértil deram início às primeiras práticas agrícolas, plantando algumas espécies de cereais. O desenvolvimento da agricultura é pouco conhecido pelos estudiosos, mas sabe-se que a observação da natureza foi importante para o desenrolar desse processo. Durante milhares de anos, os grupos humanos observaram o crescimento das plantas e o clima e descobriram a necessidade de selecionar sementes para o cultivo e de fazer a colheita no tempo certo. Algumas centenas de anos foram necessários para começar a proteger a plantação e passar a armazenar partes dos grãos em potes de cerâmica para semeá-los na estação seguinte. Além disso, os animais passaram a ser utilizados em várias atividades rotineiras. O cavalo e o boi, por exemplo, foram empregados como força de tração. Atrelados aos arado, podiam preparar o solo para o cultivo com maior rapidez. O desenvolvimento da agricultura e da pecuária foi fundamental para o processo de fixação ou sedentarização dos grupos humanos. O cultivo de algumas espécies de cereais exigia a presença constante dos agricultores para cuidar das plantações. (BONIFAZI, Elio & outros, Descobrindo a história: Idade antiga e medieval. São Paulo, Ática, P 28) Com a atividade da criação e da plantação os seres humanos passaram a se alimentar melhor. Com isso ocorreu uma diminuição da mortalidade e a expectativa de vida melhorou, provocando um aumento na população. “Estima-se que a população humana entre 10.000 e 6.000 anos atrás saltou de cerca de 100.000 para 3,2 milhões de indivíduos na região do crescente fértil. (Guglielmo)”. Instrumentos de pedra – aperfeiçoaram os instrumentos e inventaram o pilão. Cerâmica -Ele desenvolveu a técnica de aquecer argila no fogo e, dando-lhe forma, produziu os primeiros vasos cerâmicos. 5 WWW.ALUNONOTA10.COM A Pré-História (Fonte: http://www.indiana.edu/~archaeol/franchthi/images/350/ Fr01.52.JPG) especialização dentro como entre as cidades neolíticas têm surpreendido os arqueólogos: casas de construção de móveis, ferramentas, matadouros, curtumes, olarias, etc, indicam diversificação e produção em larga escala, sugerindo que o comércio ocorria, por vezes, entre cidades muito distantes. A criação de rebanhos e a estocagem de grãos também implicaram profundas alterações econômicas e políticas que resultaram do acesso diferenciado a terras férteis, água e outros recursos básicos. Diferenciações de riqueza e poder surgiram a partir do controle desses recursos. Finalmente, graças ao desenvolvimento agrícola, houve condições para o surgimento das grandes cidades, Estados e impérios. (GUGLIELMO, Antonio Roberto. A Pré-história: uma abordagem ecológica. São Paulo, Brasiliense, 1999). Tecelagem – No Neolítico, o homem começou a fiar e a tecer, confeccionando as primeiras vestimentas de linho, algodão e lã. Casas e aldeias - O homem passou a construir sua casas, ou seja, moradias fixas. O interesse por esse tipo de habitação está relacionado ao processo de sedentarização das comunidades. Utilização da roda – Os homens tiveram grandes dificuldades para transportar objetos pesados, então o homem pegou grandes torras que deslizavam ou seja rodavam. Com o aprimoramento da divisão do trabalho e o aparecimento de novas funções, a vida social foi se tornando mais complexa, surgindo, assim, aldeias agrícolas sedentárias. Com o tempo, essas aldeias foram se tornando cada vez maiores, dando origem, posteriormente, às primeiras cidades. (Fonte: SCHMIDT, Mário Furley. Nova história crítica. Nova Geração, 1999. pp. 58 e 59) (Fonte: NOVAES, Carlos Eduardo & RODRIGUES, Vilma. Capitalismo para principiantes. São Paulo, Ática, 1994, P. 10) Na medida em que novas espécies foram domesticadas, desenvolveram-se aceleradamente ferramentas, técnicas produtivas e novas formas de vida social. Recentes descobertas tornam evidente que grandes cidades eram comuns há 10.000 anos, e a presença de muralhas, fossos e torres que as cercavam desmentem a imagem romântica atribuída ao Neolítico. Sua prosperidade indica o desenvolvimento do comércio com a exportação de gado e cereais em troca de vários artigos e matérias-primas. O grau de 6 Costumes A pintura pré-histórica recebeu o nome de arte rupestre ou parietal pelo fato de ter se desenvolvido quase que exclusivamente em paredes de pedra, no interior de cavernas e grutas e, com menor freqüência, fora delas. O artista paleolítico não desperdiçou muito do seu tempo com a paisagem nem com os seres humanos. Curiosamente, estes são sempre mostrados de forma irreal, abstrata e estilizados, enquanto os animais são desenhados com absoluta atenção aos detalhes. Como você entende a relação entre mito e ciência na explicação da origem do homem? Para muitos estudiosos, as pinturas rupestres podem ter um sentido mágico, religioso, estético e educativo. As reproduções de cenas de caça, por exemplo, podem ser uma tentativa de interferir na captura do animal. Retratando-o, o indivíduo julgava estar aumentando suas próprias chances de sucesso nas caçadas ou as do grupo. Mas o objetivo exato dessas pinturas ainda permanece WWW.ALUNONOTA10.COM A Pré-História um mistério. (BONIFAZI, Elio & outros, Descobrindo a História: Idade antiga e medieval. São Paulo, Ática, 2002) mostram uma desproporção deliberada entre os genitais e as demais partes do corpo, o que reforça a teoria de mulher-mãe-natureza. Vênus de Laussel ou Dama de Ouro – Museu de Aquitânia, Bordéus (Touro vermelho em uma caverna, na França. São Raimundo Nonato Piauí, Brasil. Fonte: GIOVANNI, Cristina Visconti & outros. História: compreender para aprender. São Paulo, FDT, 1998, P. 35) As pinturas do paleolítico (25000 a.C. - 8000 a.C.) concentraramse em três temas principais: Ø a representação de animais, (principalmente cavalos e bisões e, em menor número, cervos, leões, mamutes e touros); Ø o desenho de signos, cujo verdadeiro significado ainda se desconhece, apesar das diferentes hipóteses; Ø e a figura humana, tanto masculina quanto feminina, ou em combinação com formas animais. As cores empregadas foram o preto e as tonalidades avermelhadas, ocres e violáceas, que são as mais fáceis de se obter na natureza. Avançando em direção ao mesolítico (8000 a.C.), surgem os seixos pintados, ou amuletos, com símbolos e cercaduras, entre geométricas e abstratas. Já no neolítico (5000 a.C. - 3000 a.C.), além das primeiras peças de cerâmica decoradas, encontram-se verdadeiras cenas murais que documentam a vida de então. Pelo estudo dos desenhos, pode-se deduzir que o homem pré-histórico não só pintava com os dedos, mas também com pincéis e espátulas, além de empregar um sistema de nebulização para obter os sombreados de mão em negativo. Por volta do ano 2000 a.C., em plena idade do bronze, produziuse uma evolução cuja tendência era voltada para a abstração, principalmente nas representações rupestres. Escultura A escultura da Pré-história corresponde à chamada arte móvel e abrange tanto os objetos religiosos e artísticos quanto os utensílios. Os gêneros desenvolvidos foram a estatueta e a gravação, tanto em pedras calcárias quanto em argila ou madeira queimada. As figuras femininas foram mais numerosas, sem dúvida devido à sua clara relação com o culto à fecundidade. Todos os objetos encontrados, a maior parte pertencente ao período paleolítico (25000 a.C. - 8000 a.C.), As estatuetas são conhecidas como os especialistas Vênus Esteatopígeas. Entre elas, as mais famosas são a Vênus de Lespugne, na França, e a Vênus de Willendorf, na Áustria. As gravações repetem os esquemas e motivos da modelagem, ressalvando-se que as representações costumam ser de tamanho maior. As gravações repetem os esquemas e motivos da modelagem, ressalvando-se, entretanto, que as representações costumam ser de tamanho maior. Uma das características mais evidentes dessas manifestações paleolíticas é que as figuras representadas são verdadeiras adaptações das formas naturais da pedra, fato que deve ter desafiado a imaginação do artista, mas que com certeza lhe poupou trabalho na etapa de modelagem face aos utensílios primitivos da época. Estes tipos de gravações surgiam das formas naturais das rochas. As primeiras peças de cerâmica eram cozidas diretamente no fogo, tendo pouca resistência e, até o surgimento dos primeiros fornos, a terça parte das peças se quebravam ao secar, por isso às vezes misturava-se ao barro fios de palha. No período neolítico (5000 a.C.-3000 a.C.), o homem já conhece o fogo e especializa-se na combinação de materiais. As comprovações desse fato são as peças de cerâmica cozida, em forma de vasos e conchas, com cercaduras decorativas de motivos geométricos gravadas na superfície. A partir da idade do bronze alcançouse uma diversificação muito grande na arte da cerâmica, em razão da importância que esses artefatos tinham como utensílios domésticos e recipientes para o transporte de Vaso antropomorfo – alimentos. Museu de Oltenita, Romênia A Origem do Homem na América e no Brasil: As Sociedades Ameríndias Vênus de Lespugne – Museu do Homem, Paris Teorias do Povoamento da América Acredita-se que a América foi provavelmente o último continente a ser ocupado pelo ser humano. No entanto existem 7 WWW.ALUNONOTA10.COM A Pré-História muitas controvérsias a respeito da data em que isso teria ocorrido. As discussões giram em torno de quando e como os primeiros povoadores aqui chegaram. Teoria Clóvis: os primeiros habitantes teriam chegado ao continente há aproximadamente 12.000 anos depois de cruzar a Beríngia. Naquela época, o planeta vivia uma era glacial, e grandes geleiras ocupavam boa parte do Hemisfério Norte. O nível dos mares desceu bastante fazendo com que emergisse uma faixa de terra de 1.500km de largura, da Sibéria ao Alasca. Criando uma nova região que os cientistas chamam de Beríngia. Essa teoria apoia-se nos vestígios do sítio arqueológico de Clóvis ou Folsom, Novo México, Estados Unidos, com 11.200 anos, exatamente o tempo necessário para que os caçadores fizessem a viagem do Alasca até o Novo México – 7.000 km em 800 anos. Aparentemente, Clóvis era um lugar de abate, juntos aos ossos foram encontradas grandes quantidades de pontas de flechas usadas para a caça. Além de bonitas, as pontas de flechas eram preparadas com a técnica de acanalamento que fascinou os cientistas por sua complexidade. O modelo Clóvis transformou-se no grande paradigma da arqueologia norteamericana. Atualmente, a teoria Clóvis não se sustenta devido à descoberta de dois novos achados. Em 1976, lenhadores desenterraram presas de um mastodonte em Monte Verde, sul do Chile, onde o arqueólogo Tom Dillehay desde então, vem trabalhando e encontrando um tesouro arqueológico inestimável de um grupo com horizonte cultural paleoíndio, que vai desde ferramentas de pedras até uma pegada de um menino, de 13 cm de comprimento, gravada em argila. Se o grupo de Monte Verde viveu na região há 12.500 anos, conforme o reconhecimento em março de 1998 da Sociedade Americana de Arqueologia e estava a 15.000 km de Bering, seus antepassados teriam gastado cerca de 15.000 anos para percorrer a distância que separa o Alasca do sul do Chile. Portanto, levase a conclusão que o homem penetrou na América, no mínimo, há pelo menos 27.500 anos. Outra descoberta mais recente foi anunciada por arqueólogos do Museu de História Natural de Santa Bárbara, Califórnia, Estados Unidos; John Johnson e Lisa Urone atestaram a existência de dois ossos da coxa de uma mulher batizada de Arlington, encontrada na Califórnia e datada de 13.000 anos. Ainda em relação ao povoamento da América, há muitas descobertas arqueológicas ainda em discussão quanto à autenticidade e possibilidade, que questionam a entrada no período de 12.000 anos passados. A arqueóloga Maria da Conceição Beltrão afirma, após escavações no sertão baiano, Brasil, que entre 20 e 30 milênios atrás, o homem 8 já habitava o lugar, apoiada nos ossos de animais que exibem marcas de ação humana. Niéde Guidon em 1971, na serra da Capivara, Piauí anunciou a descoberta de vestígios de carvão de uma suposta fogueira datada de 40.000 anos, sendo assim, os primeiros grupos teriam, há pelo menos 70.000 anos, adentrado a América pelo Estreito de Bering. Essa teoria tem sido pesquisada seriamente pela comunidade científica de arqueologia, recebendo adesões de importantes arqueólogos. A existência de um grande número de sítios arqueológicos que contém uma indústria lítica de pré-pontas de projétil, como talhadores pesados de grandes dimensões, raspadores, raspadoresplanos, facas e batedores, muitas vezes em notável abundância, por exemplo, no Chile, Argentina e Uruguai; em outros como El Jobo e Cumare, Venezuela, os artefatos ocorrem em altos e distantes terraços fluviais; em Farmigton, na Califórnia, eles estão soterrados abaixo de 5 metros de aluvião. No abrigo-sob-rocha de Levi no Texas, eles estão estratigraficamente abaixo das pontas de projétil (Fonte: Folha de São Paulo, 19 de março de 2000. Caderno Mais, P. 8) WWW.ALUNONOTA10.COM A Pré-História mais antigas. Restos de animais que faziam parte da dieta estão associados com estes artefatos em variadas áreas. As datações destes sítios chegam a ultrapassar 24.000 anos. Porém, apesar de dois principais fatores atestarem sua credibilidade, como a existência de uma ponte terrestre anterior há 37.000 anos, a qual foi cruzada pelo caribu e mamute peludo e provavelmente o homem os seguiram; e a magnitude de datas procedentes do norte a sul, visto que a expansão geográfica foi muito lenta e a população inicial muito pequena; estes achados não são considerados como feitos pelo homem. Diversas são as razões para o questionamento: pedras rudemente lascadas podem ter sido feitas por ação natural; alegam que em muitos sítios, a datação pelo carbono-14 e os restos culturais não foi correta; a antigüidade do contexto geológico ou os artefatos são intrusivos e de origem mais recente; e, principalmente, a inexistência de fósseis humanos mais antigos, especialmente localizados na região da América do Norte ou até mesmo em outra região qualquer. Outro caminho normalmente lembrado para a chegada do homem primitivo à América e pelo Oceano Pacifico. Possivelmente, usando as inúmeras ilhas da região como escala, os bandos humanos teriam atravessado o extenso oceano, passando da Ásia para a costa da América do Sul. É também possível que esses caminhos e ainda vários outros tenham sido todos eles realizados na pré-história, permanecendo a incógnita, no entanto sobre qual teria sido o primeiro trilhado pelos homens primitivos. (VICENTINO, Cláudio & DORIGO, Gianpaolo. História do Brasil. São Paulo, 1998, Scipione, P. 14) A multiplicidade biológica, lingüística e outras evidências dos ameríndios já estudadas favorecem a hipótese de que o povoamento da América foi feito também por australianos e habitantes das ilhas do oceano Pacifico através da Terra do Fogo e da Antártida. PROUS, André. Povoamento das Américas, um debate sem fim. Revista Ciência Hoje, vol. 25, nº 149, maio de 1999, p.40-45. TORRONTEGUY, Teófilo. A Pré-História. São Paulo: FTD. Coleção Para Conhecer Melhor. Filmes: Elo Perdido. Estados Unidos, 1980. Direção: Carol Hughes. A Guerra do Fogo. França/Canadá, 1981. Direção: Jean-Jacques Annaud. Evolução. Canadá. Desenho animado de Michael Mills. Nanook, o Esquimó. Estados Unidos. 1922. Documentário dirigido por Robert J. Flaherty. Raízes da América: a procura dos primeiros habitantes da América. Documentário do History channel. Caminhando com criaturas pré-históricas: Australopithecos. Documentário do Discovery channel. Os ancestrais do homem. Documentário da Discovery channel. A evolução do Australopithecus ao homem de Neanderthal. Documentário da Discovery channel. Reescrevendo a História do Brasil, Niède Guidon. Programa Globo Ciência, Rio de Janeiro, TV Globo. Pré-histórias da Pedra Furada, direção de Carlos Alberto Vivalvi, 1992, São Paulo: TV Cultura, Fundação Padre Anchieta, 59 minutos. Ampliando seus conhecimentos: Internet: www.ib.usp.br/evolução/inic/cienc.htm www.neanderthal.de www.nhm.ac.uk http://pessoal.mandic.com.br/~mandolo/pre-historia.htm www.bhtec.com.br/techtrek www.museupucminas.com.br www.mae.usp.br www.museudoindio.org./br/home.htm http://www.veu.unican.es/arte/prehist/paleo/b/default.htm www.unitru.edu.pe/arq www.ibase.org.br/~museudoindio Livros: CARDOSO, Ciro Flamarion S. América pré-colombiana. 5ª ed., São Paulo: Brasiliense, 1986. Coleção Tudo é História. DIAKOV, V; KOVALEV, S. A sociedade primitiva. 3ª ed., São Paulo: Global, 1987. GUGLIELMO, Antônio Roberto. A Pré-história, uma Abordagem Ecológica. São Paulo: Brasiliense, 1999. JOHANSON, Donald; SHREEVE, James. O Filho de Lucy, a descoberta de um ancestral humano. Bertrand do Brasil. LIMA, Celso P. de. Evolução humana. Série Princípios (190), São Paulo: Ática. 9 WWW.ALUNONOTA10.COM A Pré-História 10