assegurando a resiliência climática

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assegurando a resiliência climática
Novembro de 2013
ASSEGURANDO A RESILIÊNCIA CLIMÁTICA
Como seguradoras estão reagindo à mudança climática.
E como elas podem ser parte de uma reação governamental eficaz.
Reflexões a partir de uma pesquisa global da UNEP FI sobre a
indústria de seguros
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CONTEÚDO
Sumário Executivo
1. Introdução
2. Relevância das mudanças climáticas
3. Reagindo às mudanças climáticas
4. Medidas para construir resiliência climática
5. O papel dos governos
6. Interação dos stakeholders
Referências
Anexo 1: Questionário de pesquisa
Anexo 2: Perfil dos entrevistados
Anexo 3: Perfil dos produtos de seguro
Agradecimentos
SUMÁRIO EXECUTIVO
Este relatório baseia-se na experiência acumulada do setor de seguros e sua especialidade em gestão e
transferência de risco para informar o trabalho da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do
Clima (UNFCCC) sobre a forma como o seguro pode ser usado para ajudar os países que estão mais vulneráveis a
perdas e danos a partir de mudanças climáticas. A informação é baseada em uma pesquisa com organizações de
seguros conduzida pela Iniciativa Financeira do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP FI). Os
entrevistados representam uma ampla gama de países, organizações e responsabilidades funcionais.
A indústria de seguros tem percebido que as mudanças climáticas são um verdadeiro desafio que hoje está
aumentando o risco para seus clientes. A ameaça é mais aparente em seguros de propriedade, onde já pode ser
visto em dados de sinistros de seguro. Espera-se que os efeitos se espalhem nos próximos anos para outros
grandes ramos de seguro, como vida, acidentes e seguro de saúde, que também são áreas importantes para o
setor público.
A indústria de seguro já está se adaptando às mudanças climáticas. Ambas as seguradoras locais e internacionais
estão buscando ativamente melhorias na gestão e transferência de riscos.
Surpreendentemente, as seguradoras veem o controle de risco (ou seja, a gestão de riscos físicos, incluindo a
identificação, prevenção e redução de riscos) como mais eficaz e benéfico para a sociedade do que
simplesmente transferir os riscos das partes para as seguradoras através do seguro. Assim, medidas como
controle de enchentes, regulação do uso do solo e melhoria de drenagem são vistos como questões de alta
prioridade.
Haverá sempre um risco residual após um processo de controle de risco, e, no contexto de fazer com que a
transferência de risco seja acessível às comunidades vulneráveis, as seguradoras acreditam que a melhor
abordagem de seguro é uma colaboração público-privada. Isto combina a autoridade do governo para exigir
certas medidas com a inovação e custo-eficiência do setor privado, o que libera recursos públicos para outras
necessidades prioritárias.
Estrategicamente, os melhores caminhos para que a intervenção do governo promova o desenvolvimento dos
mercados de seguros são gestão de desastres mais eficazes e a melhora da base de conhecimentos através de
uma melhor disponibilidade, confiabilidade e acessibilidade de dados meteorológicos, onde a regulamentação
(incluindo subsídios) é vista como menos eficaz.
A principal mensagem é que a eficácia de todas as três estratégias é mais elevada a nível nacional. Este é o nível
em que as principais decisões de alocação de recursos organizacionais e são feitos nos setores público e privado.
A dimensão internacional também é importante para a base de conhecimento, devido à necessidade de
cooperação internacional na coleta, padronização e análise de dados, que são relevantes para a regulação e
gestão de risco. Finalmente, a ação a nível local é fundamental para a gestão de riscos, já que a forma e a
intensidade dos diferentes riscos vão depender das características locais de onde eles se materializar.
Especificamente, as seguradoras acreditam que as principais e mais eficazes formas de intervenção do governo
devem ocorrer em diferentes níveis:

As intervenções do governo no plano internacional devem se concentrar em melhorar a base de
conhecimento. Estes incluem a pesquisa de adaptação às alterações climáticas no contexto da gestão de riscos e
seguros; melhorias na disponibilidade, confiabilidade e acessibilidade do tempo e do clima de dados, o
desenvolvimento de modelos de perda que correlacionam dados meteorológicos e estatísticas de ativos (por
exemplo, humano, renda, propriedade), e a promoção do diálogo sobre estas questões entre os stakeholders
relevantes.

As intervenções do governo no nível local deve se concentrar na melhoria do risco físico e gestão de desastres.
Estes incluem melhorias na prevenção de inundações e sistemas de controle; melhorias nos sistemas de
drenagem; melhorias no uso da terra, planejamento e gestão; melhorias no planejamento e gestão de desastres,
e melhorias na capacidade de resistência e segurança da infraestrutura (incluindo o reforço e aplicação de
códigos de construção).

As intervenções do governo em nível nacional devem concentrar-se nas questões acima referidas, bem como
o estabelecimento de abordagens de gestão integrada dos riscos e soluções de transferência de risco,
incluindo parcerias com o setor de seguros (ou seja, público-privado); melhorias no zoneamento costeiro (por
exemplo, vento, inundações, terra); melhorias na gestão, conservação e recuperação dos ecossistemas;
melhorias nas estatísticas de ativos (por exemplo, humanos, rendimentos, propriedade), incluindo a
vulnerabilidade de ativos e distribuição geográfica de seus valores, e a ação de promover a litertura de seguros.
Além disso, as seguradoras acreditam que intervenções regulatórias do setor de seguros serão mais eficazes se
realizadas a nível nacional.
Dada à importância percebida e eficácia da intervenção governamental a nível nacional pode-se argumentar que
o principal papel da comunidade internacional (através, por exemplo, o regime internacional sobre mudança
climática) poderia ser a de apoiar os governos nacionais dos países em desenvolvimento para realizar estas
ações.
1.
INTRODUÇÃO
Dados de sinistros de seguro globais mostram um rápido aumento na perda e nos danos causados por eventos
climáticos extremos. Apesar das mudanças nos fatores sócio-econômicos terem acontecido, ainda há uma
tendência ascendente distinta, o que parece confirmar que o efeito da mudança climática já está presente (Swiss
Re, 2012; Munich Re, 2013). Os mais afetados por esta evolução negativa são as comunidades de baixa renda em
países em desenvolvimento onde, em contraste com os países desenvolvidos, não há capacidade suficiente para
se adaptar (IPCC, 2012).
Com as mudanças climáticas em curso, as comunidades vulneráveis serão ainda mais impactadas. Apesar dos
esforços passados, atuais e futuros para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, as alterações
climáticas continuará a se desdobrar, intensificando perdas e danos devido a eventos climáticos extremos, como
inundações, tempestades, furacões e secas, bem como eventos lentos de início, como elevação do nível do mar,
a desertificação e o desaparecimento de geleiras (IPCC, 2012).
Neste contexto, o Programa de Trabalho por Perdas e Danos e dentro do processo da UNFCCC visa informar uma
decisão sobre como a comunidade internacional, por meio de seu regime global sobre mudanças climáticas
pode, deve ou vai apoiar os países em desenvolvimento em particular para lidar com a perda e danos associados
com as implicações meteorológicas e hidrológicas das mudanças climáticas. O seguro é uma das possíveis
abordagens a serem investigados (UNFCCC, website).
A indústria de seguros tem acumulado uma vasta experiência e conhecimento em gestão de risco 1 e
transferência de riscos2 relativos a eventos climáticos, como tempestades, inundações e secas. Melhorar a
gestão do risco físico suporta diretamente o benefício de transferência de risco proporcionada pela cobertura de
seguro, reduzindo o risco e pode trazer benefícios para todas as partes expostas (Santam et al., 2012). É natural,
portanto, ouvir a opinião da indústria de seguros sobre esses aspectos da política de adaptação.
É verdade que, no momento, a penetração de seguros nos países em desenvolvimento, particularmente entre
comunidades de baixa renda vulneráveis, é insuficiente e muito menos do que em países-OCDE (esta é
precisamente uma das principais deficiências que este estudo aborda) (UNFCCC, 2008). No entanto, o setor de
seguros já está se esforçando para expandir o seu papel nessas regiões, como este relatório vai mostrar.
Este relatório de pesquisa foca na possível redução da vulnerabilidade e como ele pode ser alcançado,
envolvendo o setor de seguros. O seguro é um investimento na proteção de ativos e atividades, o que pode
diminuir a vulnerabilidade das comunidades e, portanto, aumentar a sua capacidade de resiliência. Isto é
especialmente importante para os países em desenvolvimento, onde as perdas causadas por impactos das
mudanças climáticas são esperados que sejam muito altas. Portanto, mobilizar as seguradoras para oferecer
serviços de gestão de riscos e produtos de transferência de risco para as comunidades vulneráveis é um desafio
importante.
Através de uma pesquisa global no quarto trimestre de 2011, a UNEP FI conheceu mais de 50 organizações de
seguros ao redor do mundo que estão respondendo às mudanças climáticas. As principais mensagens são
altamente relevantes hoje.
1
A gestão de risco aqui é definida como as atividades auxiliares envolvidos em lidar com riscos. Estas incluem de riscos
período, a avaliação do risco, medidas de prevenção de perdas, e as medidas de redução de perdas.
2
A transferência de risco aqui é definida como as atividades de seguros do núcleo. Estes incluem subscrição de riscos
(juntando termos e condições de seguro para situações individuais, desenvolvimento de produto (projetar produtos de
seguros generalizados), gestão de sinistros e resseguro.
Criticamente, UNEP FI perguntou o que as companhias de seguros precisam dos governos e reguladores a nível
local, nacional e internacional para fazer com que as habilidades de sua gestão de risco e de transferência de
risco sejam mais acessíveis para as comunidades vulneráveis dos países em desenvolvimento.
Dentro do processo da UNFCCC, a discussão centra-se na exploração de uma variedade de abordagens e
mecanismos potenciais, incluindo uma instalação internacional, para tratar de perdas e danos associados com os
efeitos adversos da mudança do clima (UNFCCC, website). Esta pesquisa sugere que o uso das estruturas
existentes e envolver o setor privado podem ser um elemento importante em qualquer solução, e pode servir
como suporte para um mecanismo institucional mais complexo. O envolvimento do setor privado poderia
facilitar a implementação de novas medidas, ser mais rentável e reduzir as exigências sobre as finanças públicas.
Ao mesmo tempo, existem outros importantes processos de políticas públicas internacionais, estruturas e
plataformas que possam explorar i) o papel e o potencial da indústria de seguros na construção e catalisação de
resiliência e ii) o papel dos governos e reguladores para facilitar isso.
Estes incluem:

O quadro pós-2015 para a Redução do Risco de Desastres, que sucederá o "Quadro de Ação de Hyogo 20052015: reforço da resiliência das nações e comunidades a desastres"

A Agenda de Desenvolvimento pós-2015, que irá suceder os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU

O Quadro Global para Serviços Climáticos

A Cúpula Humanitária Mundial 2016
Os resultados desta pesquisa podem ajudar os formuladores de políticas de orientação para as políticas públicas
que irão mobilizar a expertise de gestão de risco e os recursos da indústria global de seguros, a fim de ajudar a
enfrentar o desafio da construção comunidade e economias resilientes aos desastres climáticos.
2.
RELEVÂNCIA
DAS
MUDANÇAS
CLIMÁTICAS
Os entrevistados na pesquisa acreditam esmagadoramente que a mudança climática é real (ver anexo 2). Um
fator-chave que sustenta a consciência e aceitação de uma mudança climática por atores na indústria de seguros
são dados os créditos de seguros em si. Isto sugere que o impacto da mudança climática já é evidente. Assim, os
entrevistados acreditam que os riscos relacionados com o clima são relevantes para as atividades de
gerenciamento de riscos e de transferência de riscos de suas empresas.
Os participantes foram convidados a marcar a relevância das mudanças climáticas, de 0 (não relevante) a 3
(muito relevante). Em geral, as seguradoras atualmente consideram os riscos relacionados com o clima de
“baixo” a “relevância moderada” (ver Figura 1, todas as linhas). Eles também acreditam que as mudanças
climáticas e estas mudanças relacionadas a paisagens vão ganhar mais importância ao longo da próxima década
e posteriormente, atingindo um nível de “relevância mdoerada” em todas as linhas de negócios. No entanto,
para a propriedade, os riscos climáticos já estão nesse nível, a avançar para a “alta relevância” nos próximos
anos (ver Figura 1, de propriedade). Isto coincide com os estudos anteriores, explicando como a indústria já
enfrentou maiores perdas nesta área (Długołęcki et al, 1995;.. Vellinga e Mills et al 2001; A Associação de
Genebra de 2009;. Długołęcki et al, 2009; Mills, 2009).
Figura 1
Relevância das mudanças climáticas para gestão e transferência de riscos por parte das seguradoras. A
relevância foi ranqueada em uma escala de 0 = “irrelevânte” a 3 = “alta relevância”.
A tendência de aumento da relevância dos riscos relacionados com o clima ao longo do tempo é evidente em
todos os ramos de seguros pesquisados (ver Figura 2). Imediatamente após Propriedade, vêm outras linhas de
seguro muito expostas ao tempo: Agroflorestais; Engenharia; e Marinha, Aviação, Transporte.
Em comparação com os seguros gerais, os riscos relacionados com o clima parecem ter baixa relevância para os
seguros de Vida, Acidentes e de Saúde. No entanto, a relevância atinge ou se aproxima de "moderado" dentro
das próximas duas décadas. Estes são ramos de seguro extremamente grandes, muitas vezes no setor público, e
muitas vezes esquecido em termos de tensões climáticas já que ocorrem relativamente poucas mortes em
eventos extremos nos países desenvolvidos. O atual baixo valor de relevância de Vida e Acidentes & Saúde é
consistente com estudos anteriores (Mills, 2009; Długołęcki et al, 2009). No entanto, o aumento da relevância
futuro das seguradoras sobre essas áreas pode refletir o fato de que os principais pesquisadores e entidades
científicas projetaram que a mudança climática terá impactos negativos significativos sobre a saúde humana
(Organização Mundial de Saúde, 2009).
Figura 2
Relevância das mudanças climáticas para gestão e transferência de riscos por parte das seguradoras. A
relevância foi ranqueada em uma escala de 0 = “irrelevânte” a 3 = “alta relevância”.
3. RESPONDENDO ÀS MUDANÇAS
CLIMÁTICAS
Parece óbvio que a importância crescente das mudanças climáticas requer atenção. Portanto, os participantes
foram questionados como suas empresas estão respondendo aos riscos relacionados com o clima em suas
atividades principais.
A pesquisa definiu onze atividades relacionadas à gestão de riscos e de transferência de risco, como apresentado
no eixo vertical na Figura 3. Os entrevistados foram perguntados quais "grandes mudanças" que haviam iniciado
nessas áreas nos últimos 5 anos, e da mesma forma, quais as principais mudanças foram antecipadas para os
próximos 5 anos. A ação foi concentrada nas 55 entrevistados cujas empresas cobrem propriedade. No total,
eles relataram 290 inovações principais que antecederam a pesquisa, e já sabia de 323 que se seguiriam nos
próximos cinco anos, um aumento de 11% na taxa de inovação.
A Figura 3 mostra que a maioria das grandes mudanças encontram-se na área de gestão de risco, 363 do total de
613, ou 59%. Isso reflete o fato de que a indústria de seguros tem processos de transferência de risco bem
desenvolvidas para cada classe de negócio, e que estes podem ser facilmente transferidos de países
desenvolvidos para países em desenvolvimento. No entanto, a gestão de riscos exige um exercício fundamental
para se envolver com outras partes interessadas e para colher informações mais detalhadas, que pode, então,
ser convertido em um contexto relevante de risco. Este processo está em curso nos países desenvolvidos, mas é
apenas embrionário nos países em desenvolvimento.
Figura 3
Grandes mudanças impulsionadas pelas mudanças climáticas, nos últimos 5 anos e nos próximos 5 anos
A Figura 4 mostra claramente isto. O número de grandes inovações reduzirá de 3,3 a 2,1 por seguradora nos
países desenvolvidos, ao longo do período de 10 anos cobertos. Outras alterações são suscetíveis a serem
incrementadas naturalmente, em vez de grandes alterações de processos e sistemas. No entanto, a taxa de
mudança aumentará de 4,6 a 6,2 por seguradora nos países em desenvolvimento. Os comentários incidentais
fornecidos referem-se a questões como procedimentos de aceitação de risco melhorados (através de pesquisas,
relatórios e análises mais profundas; melhor mapeamento, em particular, com referências da grade e dados de
elevação, e os contratos de resseguro projetados com mais rigor).
Algumas seguradoras também se referiram à necessidade de se envolver com as partes interessadas para a
gestão eficaz dos riscos (ver capítulo 6, onde este aspecto é visto em mais detalhes). Seguradoras internacionais
são as mais ativas, e continuarão a ser. Isto é devido ao fato de que eles lidam com uma gama maior de
territórios, e têm mais recursos para realizar pesquisas e diálogos com as partes interessadas.
Interessantemente, muitas de suas atividades são dirigidas para os países em desenvolvimento. Um entrevistado
se refere a uma série de grandes projetos no Senegal, Camboja, Europa, Índia e Indonésia, incluindo a utilização
dos dados recolhidos por satélite.
Figura 4
Grandes mudanças impulsionadas pelas mudanças climáticas, por seguradora, nos últimos 5 anos e os próximos
5 anos
4.
MEDIDAS PARA CRIAR A RESILIÊNCIA
CLIMÁTICA
O modo clássico de lidar com qualquer risco é, primeiro, aplicar a gestão de riscos físicos, incluindo evitar o risco,
se possível, bem como a redução dele. O risco residual pode, então, ser transferido (segurado), ou mantido pela
parte em situação de risco (UNEP FI, 2007). Esta abordagem aplica-se aos riscos relacionados com o clima em
comunidades vulneráveis em que a gestão de risco físico compreende medidas como a implementação do
zoneamento efetivo (ou seja, atividades de prescrição e de estruturas em locais designados), restrições ao uso
do solo, prevenção de enchentes, sistemas de drenagem, sistemas de irrigação, infraestrutura resiliente e gestão
eficaz de desastre. Além de reduzir o risco real, estas medidas ajudam a diminuir o risco para as seguradoras, e,
portanto, fazer o seguro mais acessível para as comunidades vulneráveis.
Os entrevistados foram convidados a avaliar o custo e o benefício para oito soluções de gerenciamento de riscos
(ver Figura 5) em uma escala de 0 (sem custo-eficácia, ou nenhum benefício) a 3 (alta relação custo-eficácia, ou
alto benefício). Os sistemas de prevenção e controle de enchentes são o líder claro, por motivos tanto de custoeficácia, quanto de benefício. A medida relativa da melhoria da drenagem também pontua bem na relação
custo-eficácia, embora não tão bem no benefício, uma vez que só podem aliviar o risco de inundação. Controle
do uso da terra também é visto como altamente benéfico, mas menos rentável do que o controle de enchentes.
Isso pode refletir o custo de oportunidade de não desenvolver a terra em risco. Zoneamento, gestão do
ecossistema, melhor infraestrutura e melhoria da irrigação são vistos como moderadamente rentáveis e
benéficos. Talvez surpreendentemente, os resultados de gestão de desastres mais eficazes são apontados como
mais baixos em relação custo-eficácia, e penúltimo em benefício. Isso pode ser porque alguns vêem que a gestão
de desastres não reduz o risco, mas está preocupado em minimizar o impacto de uma perda que já aconteceu.
Há uma clara diferença entre a redução de risco de desastres e recuperação pós-desastre, e ambos são
necessários para a gestão global de seus riscos.
Figura 5
Benefícios e custos por solução de gestão de risco para criar resiliência climática em comunidades vulneráveis
Figura 6
Benefícios e custos por solução de gestão de risco para criar resiliência climática em comunidades vulneráveis
A Figura 6 mostra os benefícios e os custos para soluções de transferência de risco diferentes, como expressas
pelas seguradoras participantes. O primeiro ponto a salientar é que a comparação das taxas de transferência de
risco na Figura 6, com a pontuação de gestão de risco na Figura 5, as seguradoras geralmente avaliam a gestão
de riscos significativamente acima da transferência de risco, particularmente em termos de benefício para a
sociedade. É melhor prevenir os riscos, em vez de simplesmente transferi-los para terceiros. Em particular, o
investimento em prevenção de riscos e atividades de redução, para riscos relacionados com o clima de baixa
severidade, mas alta frequência, é a abordagem mais rentável.
Considerando soluções de transferência de risco por si só, na Figura 6, a melhor solução é claramente um
sistema de seguro público-privado, que alcança altos benefícios (uma pontuação de 2.4 de 3), e também é
melhor do que moderadamente rentável. É o único sistema de transferência de risco que corresponde à maioria
das taxas de soluções de gerenciamento de risco na Figura 5 (só o controle de enchentes supera isso). Sistemas
de seguros públicos ou privados unidimensionais são considerados menos eficazes, e muito menos benéficos. As
vantagens de um sistema de seguro público-privado é que ela combina os maiores recursos do Estado, que estão
disponíveis para lidar com catástrofes de pico, e a autoridade do governo para exigir certas medidas, com a
inovação e eficiência de custos do setor privado. Além disso, as seguradoras do setor privado podem
desempenhar um papel importante, liberando os recursos públicos para outras necessidades prioritárias.
(UNFCC, 2008)
Comparando o seguro indexado contra o seguro por indenização (ver Figura 6), o primeiro é visto como menos
benéfico, provavelmente refletindo a existência do primeiro risco.
Entre os comentários adicionais fornecidos pelos entrevistados, dois são dignos de menção. Primeiro, o
microsseguro pode ser um apoio útil para as instituições de microfinanças, que são vulneráveis a eventos
catastróficos, como furacões e enchentes. Em segundo lugar, os governos poderiam exigir que todas as
organizações envolvidas a prestarem serviços de linha de vida (por exemplo, água e electricidade, para publicar
sua gestão de risco os planos para lidar com os riscos relacionados com o clima específicos).
5.
O PAPEL DO GOVERNO NOS NÍVEIS
LOCAL, NACIONAL E INTERNACIONAL
As seções anteriores deste relatório mostram que as mudanças climáticas são de crescente relevância para as
seguradoras, e que as seguradoras estão se esforçando para melhorar as suas capacidades nesta importante
área. Mas, na prática, há muitos obstáculos em diferentes níveis que impedem a adoção de seguros como parte
de uma abordagem integrada para a gestão dos efeitos adversos dos eventos climáticos extremos. Este é
especialmente o caso nas comunidades mais vulneráveis onde se espera o aumento da exposição e onde há
pouca proteção.
O regime climático internacional, sob a égide da UNFCCC, está examinando a questão de como incluir o
conhecimento, a experiência e os produtos das seguradoras para a perda de endereço e danos.
Essa pesquisa colocou esta questão para as seguradoras: "Como os governos podem ajudar o setor de seguros a
desenvolver e ampliar seus produtos e serviços, a fim de construir a resiliência das comunidades vulneráveis ao
clima?" E forneceu-lhes um "menu" de 18 medidas possíveis.
Os entrevistados foram solicitados a classificar estes para a eficácia em uma escala de 0 = "ineficaz", 1 =
"ligeiramente eficaz", 2 = "moderadamente eficaz" a 3 = "altamente eficazes". As 18 medidas se dividem em três
tipos: os três estão envolvidos com a regulação, seis referem-se a informações e nove acordo com a gestão de
riscos. A Figura 7 mostra a eficácia média dos três tipos de ação governamental na construção de resiliência
climática para as comunidades vulneráveis em nível local, nacional e internacional.
Figura 7
Média de eficácia das ações governamentais na construção de resiliência climática para as comunidades
vulneráveis em nível local, nacional e internacional
A principal mensagem é de que a eficácia de todos os três tipos de ação é mais elevada no nível nacional. Sem dúvida, isso
reflete o fato de que este é o nível em que a chave organizacional e as decisões de alocação de recursos são feitas pelo
setor público e privado. A dimensão internacional também é importante para a base de conhecimento, devido à
necessidade de cooperação internacional na coleta e na análise de dados, as quais são relevantes para a regulação e gestão
de risco. Por fim, a ação no nível local é central par ao gerenciamento de risco já que a forma e a intensidade dos diferentes
riscos vão depender das características do local onde ele se materializa.
A figura 8 mostra que as seguradoras não consideram nenhuma das três ações “reguladoras” (ou seja, a divulgação dos
planos de adaptação coorporativa, suporte regulatório para o microsseguro, ou subsídios a prêmios para segmentos de
baixa renda) como um elemento importante no desenvolvimento do mercado de seguros para enfrentar as perdas e danos
causados pelas mudanças climáticas.
FIGURA 8: Eficácia média das ações governamentais na área da regulação
FIGURA 9: Eficácia média das diferentes ações governamentais na área do conhecimento
A figura 9 indica que todas as ações de conhecimento sugeridas são consideradas úteis e efetivas, particularmente
melhorias na qualidade, disponibilidade e acessibilidade dos dados do tempo e do clima. Os outros cinco (em ordem de
eficácia: pesquisa básica sobre riscos climáticos; promoção do diálogo das partes interessadas; desenvolvimento de
modelos de eventos; criação de uma base de dados de ativos de risco, e educação do consumidor em relação à função do
seguro), foram todos classificados acima do que qualquer uma das ações regulatórias.
FIGURA 10: Eficácia média das diferentes ações governamentais na área de gestão de riscos
As respostas sobre a ação governamental na área de gestão de risco são semelhante ás opiniões anteriores sobre relação
custo-eficácia e os benefícios da gestão de riscos (ver figura 10). As seguradoras avaliam todas as oito ações como úteis. No
entanto, uma gestão mais eficaz de riscos é, neste caso, considerada como a maior prioridade.
As ações específicas (por ordem de eficácia: melhorias nos sistemas de prevenção e controle de enchentes, melhorias no
uso da terra, planejamento e gestão, melhorias na proteção e restauração dos ecossistemas, melhorias na segurança e
resiliência da infraestrutura [ou seja, por meio de códigos de construção], melhorias no zoneamento, isto é,
estabelecimento de uma Gestão Integrada de Abordagens de Riscos incluindo a transferência de risco, melhorias no sistema
de drenagem, e melhoria na irrigação) estão todas classificadas acima do que as três medidas regulatórias.
Em termos de intervenções governamentais específicas, a Tabela 1 mostra as medidas que as seguradoras consideram que
seria a mais eficaz, por diferentes níveis de jurisdição.
Tabela 1: Intervenções governamentais mais eficazes em diferentes níveis de jurisdição: uma pontuação de 2 ou mais
Ficou claro que as intervenções a nível nacional são consideradas essenciais, com treze políticas avaliadas como tendo
“eficácia moderada ou superior” (uma pontuação de 2 ou mais de até 3 possíveis), enquanto apenas cinco intervenções no
nível local, e apenas quatro intervenções a nível internacional atingiram o mesmo nível de eficácia.
As intervenções públicas fundamentais para ajudar a indústria de seguros a se desenvolver e a expandir seus produtos e
serviços, a fim de construir resiliência climática em comunidades vulneráveis, são:
Localmente: melhorias nos sistemas de prevenção e controle de enchentes; melhorias nos sistemas de drenagem;
melhorias no uso da terra, planejamento e gestão; e melhorias na capacidade de resiliência e segurança da infraestrutura
(incluindo o reforço e aplicação de códigos de construção).
Internacionalmente: Pesquisa a adaptação às alterações climáticas no contexto da gestão de riscos e seguros; melhorias na
disponibilidade, confiabilidade e acessibilidade dos dados de tempo e clima, o desenvolvimento de modelos que
correlacione os dados do tempo e a estatística dos ativos (por exemplo, humano, renda, propriedade); bem como a
promoção de diálogo das partes interessadas a respeito dessas questões.
Nacionalmente: as medidas acima, e também o estabelecimento de abordagens de gestão integrada dos riscos e soluções
de transferência de risco, incluindo parcerias com o setor de seguros (ou seja, parceria público-privado); melhorias no
zoneamento (por exemplo, o costeiro, com ventos, inundações, terras); melhorias na gestão, conservação e restauração dos
ecossistemas; melhorias nas estatísticas de ativos (por exemplo, humano, renda, propriedade), incluindo a vulnerabilidade
dos ativos e a distribuição geográfica dos valores dos mesmos; e a promoção conscientização do papel do seguro.
Dada à importância percebida e eficácia da intervenção governamental a nível nacional, pode-se argumentar que o
principal papel da comunidade internacional (através, por exemplo, do regime internacional sobre mudanças climáticas)
poderia ser o de apoiar os governos nacionais dos países em desenvolvimento na realização destas ações.
Estes resultados refletem o ponto de vista prévio de um Livro Técnico sobre os mecanismos financeiros para gerenciar
riscos climáticos do UNFCCC: “planos de adaptação nacional poderiam servir de base para as parcerias público-privadas que
teriam como objetivo gerenciar os custos econômicos dos impactos climáticos através dos seguros. As principais áreas para
as finanças públicas incluem o financiamento de bens públicos, tais como os dados relevantes sobre riscos (por exemplo,
mapas meteorológicos) e projetos de redução de grandes riscos (por exemplo, controle de enchentes). Os estudos de
viabilidade, incluindo demonstrações ou regimes de seguro-piloto que também podem ser financiados.” (UNFCCC,2008)
6. Interações entre as partes interessadas
Realizar gestão e transferência de risco é complexo. As companhias de seguros foram convidadas a descrever suas
interações com os participantes do mercado e as partes interessadas. As figuras 11 e 12 ilustram o escopo deste
compromisso, como revelado pela pesquisa.
Figura 11: Compromisso entre os participantes da pesquisa e as partes interessadas na gestão e atividades de
transferência de riscos relativos às mudanças climáticas.
Como esperado, a Figura 11 mostra que as seguradoras internacionais estão envolvidas com a maior gama de interessados,
por causa do número de jurisdições e a variedade dos sistemas de mercado que estão inseridas. As seguradoras de países
em desenvolvimento estão em segundo lugar, refletindo a natureza exploratória de seus mercados. As seguradoras de
países desenvolvidos são menos diversificadas em suas interações, pois, nesses mercados, instituições como as associações
da indústria de seguros são geralmente bem estabelecidas e podem exercer algumas funções, tais como discussões com o
governo e com o regulador.
Nos três casos, há mais interações envolvidas com a gestão de risco do que com o seguro. Isto é devido à natureza
complexa das informações necessárias para avaliar os riscos climáticos, relacionados ao clima, a terra, e os ativos e
atividades de risco, além do fato de que tais informações ainda não estão bem documentadas.
A figura 12 mostra que, para a transferência de risco, as principais partes são resseguradoras, seguradoras, intermediários
de seguros e resseguros, e prestadores de serviços (principalmente empresas de modelagem de catástrofes). No caso da
gestão de risco, a interação são em geral mais numerosas e diversificadas. Mais diretrizes dos diferentes atores são
necessárias e existem mais lacunas de informações.
Figura 12: Compromisso entre os participantes do mercado e entre as partes interessadas na gestão e atividades de
transferência de riscos.
Bibliografia
Dlugolecki, A. et al. (1995) Financial Services. Chapter 17, Working Group II, Second Assessment Report. Intergovernmental
Panel on Climate Change (IPCC)
Dlugolecki, A. et al. (2009) Coping with Climate Change: Risks and opportunites for Insurers. CII_3112 Chartered Insurance
Institute, Londres
Dlugolecki, A., R. Mechler and R. Kalra (2013) Caribbean Catastrophe Risk Insurance Facility (CCRIF) An independent review
in 2012 commissioned by DFID/CIDA. TI-UP, Londres
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IPCC (2012) Managing the risks of extreme events and disasters to advance climate change adaptation.
http://www.ipcc-wg2.gov/SREX/images/uploads/SREX-All_FINAL.pdf
Mills, E. (2009) From Risk to Opportunity 2008: Insurer Responses to Climate Change. Ceres.
Munich Re (2013) Natural catastrophes 2012: Analyses, assessments, positions. Munique
Santam, Council for Scientific & Industrial Research, WWF, University of Cape Town and UNEP FI (2012).
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http://www.unepfi.org/fileadmin/documents/insurance_changing_risk_landscape.pdf
Swiss Re (2012a) Natural catastrophes and man-made disasters in 2011: Historic losses surface from record earthquakes
and flood. Sigma 2/2012.Zurique.
Swiss Re (2012b) Insurance-linked securities market update. Zurique.
UNEP FI (2007) Insuring for sustainability – Why and how the leaders are doing it. Genebra.
UNEP FI (2009) The global state of sustainable insurance – Understanding and integrating environmental, social and
governance factors in insurance. Genebra.
UNEP FI (2011) Advancing adaptation through climate information services. Genebra.
UNFCCC (website) Approaches to address loss and damage associated with climate change impacts.
http://unfccc.int/adaptation/cancun_adaptation_framework/loss_and_damage/items/6056.php
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TP/2008/9.
Vellinga and Mills et al. (2001) Insurance and Other Financial Services. Chapter 8, WGII, IPCC Third Assessment Report.
Warner, K. et al. (2009) Vulnerable Countries and People : How Disaster Risk Reduction & Insurance Can Help Manage the
Risks of Climate Change. MCII, Bonn.
World Health Organization (2009) Protecting health from climate change: connecting science, policy and people. Geneva.
Anexo 1
Questionário da pesquisa
Q1.
A. No geral, a sua companhia está convencida de que as mudanças climáticas estão acontecendo?
B. Quais fatores você acha que influenciaram a sua companhia a acreditar que as mudanças climáticas estão
acontecendo ou não?
Q2.
A. Quão relevante são os riscos relacionados ao clima para a gestão e transferência de riscos/atividades de
seguro da sua empresa?


Exemplos de atividades de gestão de riscos (físicos): identificação do risco, avaliação do risco, medidas de
prevenção de perdas, medidas de redução de perdas
Exemplos de transferência de risco (financeiro/ atividades de seguro: risco de subscrição, gestão de sinistros e
desenvolvimento de produto
Por favor, classifique por ramo de seguro e ao longo do tempo (agora, dentro de 10 anos, além de 10 anos)
Relevância
Sem relevância
Baixa relevância
Relevância moderada
Alta relevância
Linha de seguro não aplicável a minha companhia
Q3.
A. Como a sua empresa está respondendo aos riscos relacionados ao clima?
Escala
0
1
2
3
N/A
B. Nos últimos 5 anos, em quais atividades a sua empresa realizou grandes mudanças?
C. Nos próximos 5 anos, em quais atividades você espera que a sua companhia realize
Favor especificar tais mudanças onde for aplicável
grandes mudanças?
Favor usar as categorias abaixo
Gestão de risco









Q4. A.
clima?


Identificação do risco (pesquisa do risco, mapeamento do risco)
Avaliação do risco (pesquisa do risco, quantificação e modelamento do risco)
Medidas de prevenção de perdas (para prevenir uma perda de ocorrer)
Medidas de redução de perdas ( para reduzir a perda se ela vir a ocorrer)
Transferência de risco
Subscrição de riscos (por exemplo, orientações, precificação, cobertura, limites, garantias, exclusões e os demais
termos e condições da apólice)
Gestão de sinistros
Desenvolvimento de produtos
Resseguro e retrocessão tradicionais
Títulos vinculados a seguros (por exemplo, a emissão de títulos de catástrofes o qual transfere o pico dos riscos
para o mercado de capitais)
Quais tipos de transferência de risco/ produtos de seguro a sua companhia fornece para riscos relacionados ao
O seguro tradicional á base de indenização (em que a avaliação de perda é baseada na perda real ocorrida)
Seguros baseados em índices (em que a avaliação de perda é baseada em um índice, como a chuva ou a velocidade
do vento)
Q5. A.
A sua empresa está usando títulos vinculados a seguros como uma forma alternativa para diversificar o pico
das exposições relacionadas com o clima (Por exemplo, a emissão de títulos de catástrofes o qual transfere o pico dos
riscos para o mercado de capitais)?
B.
Se sim, você espera que sua empresa utilize cada vez mais títulos vinculados a seguros como uma
alternativa ao resseguro e retrocessão tradicionais?
Q6. A. Com quais participantes do mercado e stakeholders a sua companhia está engajada no desenvolvimento do
gerenciamento de risco relacionado ao clima e a transferência de riscos/produtos de seguros para os clientes?











Seguradoras
Resseguradoras
Agentes de seguros e corretores
Outros provedores de gestão de riscos e serviços de seguros (por exemplo, ajustadores de perdas, fornecedores de
modelos de catástrofes, topógrafos de riscos e consultores)
Associações de seguro e de resseguro
Reguladores de seguro
Governos
Organizações intergovernamentais (por exemplo, agências das nações Unidas_
Empresas e indústrias
Organizações da sociedade civil (organizações não governamentais), Academia e comunidade científica
Outros (favor especifica)
Q7.
A.
Quais tipos de soluções do governo e/ou da indústria de seguros são rentáveis e benéficas na construção
da resiliência climática das comunidades vulneráveis?
Nota: A Estratégia Internacional das Nações Unidas para redução de Desastres define vulnerabilidade como – as características e circunstâncias de uma
comunidade, do sistema ou do ativo que faça a mesma ser susceptível aos efeitos nocivos dos riscos – A vulnerabilidade tem muitos aspectos resultantes
dos fatores físicos, sociais e ambientais. No contexto desata pesquisa, as comunidades vulneráveis são aquelas expostas aos efeitos adversos das
mudanças climáticas que não têm fácil acesso as medidas de gestão de riscos disponíveis e, portanto, estão suscetíveis aos riscos relacionados ao clima.
Solução de gerenciamento de riscos









A gestão eficaz, a conservação e recuperação dos ecossistemas (por exemplo, florestas, mangues, recifes de coral,
bacias hidrográficas) também conhecida como “adaptação baseada nos ecossistemas”
Zoneamento eficaz (por exemplo, frente ao vento, inundações, litoral e terra)
O uso, planejamento e gestão da terra eficazes
Sistemas eficazes de prevenção e controle de enchentes
Sistemas de drenagem eficazes
Sistemas de irrigação eficazes
Infraestrutura segura e resilientes (incluindo o reforço e aplicação de códigos de construção)
Planejamento e gestão de desastres eficazes
Outros (favor especificar)
Transferência de risco/solução de seguro
 Seguro de clima indexado para as pessoas de baixa renda, em que a avaliação da perda é baseada em um índice
(por exemplo, quantidade de chuva ou velocidade do vento)
 Seguro-Clima baseado em indenização para pessoas de baixa renda, em que a avaliação de perda é baseada na
perda atual incorrida.
 Mecanismo de seguro de risco climático (níveis nacionais, regionais e internacionais), apoiado somente pelos
governos
 Mecanismo de seguro de risco climático (níveis nacionais, regionais ou internacionais) apoiado por ambos os
governos e o setor privado da indústria de seguros (ou seja, parceria
Custo-benefício
Escala
público-privada)
Baixo custo
1
 Outros (favor especificar)
Custo moderado
2
Alto custo
3
Construir
resiliência
climática
em
comunidades
vulneráveis
Sem benefício
Ligeiramente benéfico
Moderadamente
benéfico
Altamente benéfico
Escala
0
1
2
3
Q8.
A. Como os governos podem ajudar o setor de seguros a desenvolver e ampliar a sua gestão e transferência
riscos/produtos de seguros e serviços, a fim de construir resiliência climática de comunidades vulneráveis?
B. Favor avaliar a eficácia das ações do governo nos níveis subnacionais, nacionais e internacionais.
Eficácia
Não efetivo
Baixa eficiência
Eficiência moderada
Altamente efetivo
Escala
0
1
2
3
Ações do governo



















Melhorar a gestão, conservação e recuperação dos ecossistemas (por exemplo, florestas, mangues, recifes, bacias
hidrográficas), também conhecido como – adaptação baseada no ecossistema –
Melhorar o zoneamento ( por exemplo, frente ao vento, inundações, costas e terra)
Melhorar o uso, planejamento e gestão da terra
Melhorar os sistemas de prevenção e controle de inundações
Melhorar os sistemas de drenagem
Melhorar os sistemas de irrigação
Melhorar a resiliência e segurança da infraestrutura (incluindo o reforço e aplicação de códigos de construção)
Melhorar o planejamento e gestão de desastres
Melhorar a disponibilidade, confiabilidade e acessibilidade de dados meteorológicos para melhorar a gestão e
transferência de riscos/produtos e serviços de seguro, bem como as atividade de investimento das empresas de
seguros
Melhorar as estatísticas de ativos (por exemplo, humano, renda e propriedade), incluindo vulnerabilidade dos
ativos e distribuição geográfica dos valores dos ativos
Financiar o desenvolvimento de modelos de perdas que correlacionem dados meteorológicos e estatísticas de
ativos (por exemplo, humano, renda e propriedade)
Realizar pesquisas de adaptação às alterações climáticas no contexto de gestão de riscos e de seguro.
Estabelecer abordagens de gestão de riscos integradas e soluções de transferência de risco, incluindo parcerias
com a indústria de seguro (ou seja, parceria público-privado)
Estabelecer um diálogo de longo prazo e de colaboração com o setor de seguros no desenvolvimento e
implantação de políticas climáticas
Fornecer subsídios para a população de baixa renda para ajuda-los a comprar seguro
Promover a conscientização e educação sobre seguros para as pessoas de baixa renda
Estabelecer regras prudenciais sobre o seguro para as pessoas de baixa renda (incluindo a disponibilidade,
acessibilidade e acesso)
Estabelecer regras prudenciais que obriguem as empresas em todos os setores da indústria (incluindo a indústria
de seguros) a avaliar e divulgar os riscos relacionados com o clima e/ou uma maior variedade de riscos ambientais,
sociais e de governança.
Outros (favor especificar)
Anexo 2
Perfil
dos entrevistados
Geografia e função
A pesquisa da UNEP FI teve 67 entrevistados de 55 organizações de seguros. Quase metade dos entrevistados (32 de 67)
vêm de países em desenvolvimento. Olhando para a sua responsabilidade territorial (figura 1), 44% dos entrevistados têm
responsabilidades nos países em desenvolvimento, 19% nos países desenvolvidos e 37% têm um âmbito internacional.
Figura A1: Responsabilidade territorial dos entrevistados
Como mostrado na Figura A2 abaixo, mais da metade dos entrevistados têm responsabilidade de subscrição e de gestão de
riscos. Executivos e oficiais de marketing (incluindo desenvolvimento de produtos) também estão bem representados. A
ampla gama de responsabilidade dá uma fotografia holística dos pontos de vista e expectativas dos envolvidos com o
seguro.
Figura A2: Responsabilidade funcional dos participantes da pesquisa
Conhecimento sobre as mudanças climáticas
A pesquisa da UNEP FI teve 67 entrevistados de 55 organizações de seguros. Quase metade dos entrevistados (32 de 67)
vêm de países em desenvolvimento. Olhando para a sua responsabilidade territorial (figura 1), 44% dos entrevistados têm
3
responsabilidades nos países em desenvolvimento, 19% nos países desenvolvidos e 37% têm um âmbito internacional.
Quando perguntado sobre os fatores que influenciam as suas crenças na mudança do clima, dados climáticos (54 de 67
entrevistados, ou 81%) e relatórios científicos (53 dos entrevistados ou 79%) são os dois fatores mais importantes (ver
Figura 3). Também é importante observar a influência decorrente diretamente dos dados de ocorrência de sinistros (38 dos
entrevistados ou 57%). Cada entrevistado mencionou pelo menos uma dessas três fontes. Também é notável a influência de
iniciativas da indústria de seguros (30 entrevistados ou 45%) e os meios de comunicação (27 entrevistados ou 40%).
Figura A3: Fatores que influenciam o reconhecimento das mudanças climáticas
3
Isto é consistente com outras pesquisas do setor de seguros (por exemplo, UNEP FI 2009; também um levantamento dos
atuários do Reino Unido e uma pesquisa global de seguradoras fretadas - ver Dlugolecki et al, 2009 Capítulo 2)
Anexo 3
Perfil dos
Produtos de seguro
Formulação do pagamento
Uma questão que tem sido levantada em debates sobre como ampliar o uso da transferência de risco para lidar com as
mudanças climáticas é a formulação básica do produto do seguro. Tradicionalmente, os Seguros gerais são baseados em
indenizações (ou seja, o pagamento é determinado, principalmente, pela perda financeira/monetária sofridas pelo cliente,
devidamente modificados pelos termos atuais do contrato de seguro).
Uma formulação alternativa é a baseada em índice (também conhecido como seguro paramétrico). O seguro com base em
índice emitirá um pagamento, se algum limite físico for atingido. Por exemplo, a precipitação pode ser esse indicador, e um
pagamento será feito automaticamente se há pouca ou muita chuva para uma determinada área, independentemente dos
prejuízos reais. O seguro indexado tem certas vantagens: ele elimina a necessidade de verificar a perda, uma vez que os
pagamentos são determinados por uma observação factual objetiva. Isso acelera o processamento de sinistros e reduz os
custos administrativos. E também, já que o pagamento não está diretamente relacionado com as circunstâncias individuais,
reduz o problema de só atrair clientes de alto risco (seleção adversa), e o problema relacionado a uma ação mais
descuidada na gestão de riscos por parte dos clientes (risco moral). Por fim, os produtos de seguros indexados podem ser
mais simples de comunicar do que os produtos convencionais. A principal desvantagem do seguro indexado é de que o
pagamento não está diretamente correlacionado com a perda individual do cliente. Isto é conhecido como “primeiro risco”,
e isso pode significar que indivíduos podem receber muito mais ou muito menos do que os danos reais que incorrem. A
revisão do Mecanismo de Seguro de Risco para Catástrofes Caribenho, o qual é indexado, concluiu que o primeiro risco era
um problema (Dlugolecki, Mechler and Kalra,2013). Uma segunda questão prática é que os produtos indexados requerem
informações climáticas históricas e informações climáticas atuais para as seguradoras calcularem o índice limite e
determinar quando os pagamentos são devidos.
Como mostra a Figura A4, relativamente poucas seguradoras oferecem produtos indexados. Elas são principalmente
encontradas em Propriedades, como uma alternativa ao Resseguro, e também no Agroflorestal, onde são utilizados para
dar cobertura para os agricultores de baixa renda. Dados para o volume de vendas de cada tipo não estão disponíveis, mas
não há dúvida de que apenas uma pequena proporção do seguro é transacionada em produtos baseados em índices. Em
Agroflorestal, é provável que o prêmio médio seja muito pequeno. Mesmo no mercado de resseguro, onde os índices dos
produtos disponíveis foram por um tempo considerável uma alternativa ao resseguro tradicional, a esmagadora maioria da
cobertura está sob contrato de indenização, mesmo para títulos de catástrofes (Swiss Re, 2012b).
Figura A4: Formulação de produtos riscos climáticos em diferentes linhas de seguro.
Transferindo riscos para o mercado de capitais
As companhias de seguros e, particularmente as resseguradoras, enfrentam um enorme passivo se uma grande catástrofe
ocorre. Uma forma alternativa para diversificar as exposições máximas relacionadas ao clima e para aliviar um pouco esse
risco, são os títulos vinculados a seguros, dos quais os títulos de catástrofes (cat bonds, em inglês) são um exemplo
proeminente. A principal diferença é que o capital para esses produtos é fornecido em bases de relativamente curto prazo
(por exemplo, para um contrato de transferência de risco específico contra um risco de tempestade específica, em vez dos
investidores alocarem seus capitais diretamente a uma resseguradora ou seguradora). No final do período de contrato, o
capital é devolvido ao investidor, acrescido de uma taxa de juros superior ao valor praticado no mercado. No entanto se o
título é “disparado” (ou seja, o evento que se está segurando contra, como uma tempestade ou inundação, acontece de
fato), então o investidor pode perder parte ou a totalidade dos juros e do capital, que é utilizado para pagar os sinistros.
Esta técnica de transferência de exposições máximas para os investidores do mercado de capitais, como fundos de pensões,
fundos soberanos, e indivíduos com patrimônio líquido elevado. Para esses investidores, os títulos de catástrofes podem ser
atrativos por fornecem uma taxa relativamente alta de juros e seu retorno não são correlacionados com grande parte dos
mercados financeiros. Por isso, eles ajudam a alcançar uma maior diversificação do risco da carteira, e tem retorno superior
de uma classe convencional de ativos, como títulos do governo, que são historicamente muito baixos.
A Figura A5 mostra o uso atual de títulos vinculados a seguros entre as empresas participantes. Aproximadamente 19 %
estão usando atualmente este instrumento para transferir parte de seus riscos para os mercados financeiros, e outros 6%
pretendem explorar essa oportunidade para o risco de capital no futuro. No entanto, 75% das seguradoras não planejam
usar tais produtos – os usuários costumam ser tanto as companhias internacionais quanto companhias de países em
desenvolvimento envolvidas com resseguro.
No entanto, os títulos atrelados a índices poderiam desempenhar um papel fundamental na transferência e cobertura de
riscos climáticos, e também pode ajudar a diversificar o cenário do risco, o que eles já estão fazendo.
Figura A5: Uso de títulos vinculados a seguros
Sobre a Iniciativa Financeira da UNEP
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das Nações unidas para a abordagem das questões ambientais nos níveis global e regional – e o setor financeiro global.
Através da UNEP FI, a UNEP trabalha com mais de 200 bancos, seguradoras e investidores para entender melhor os
impactos das questões ambientais, sociais e de governança no seu desempenho financeiro e no desenvolvimento
sustentável.
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Agradecimentos
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Líder do Programa,
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