Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro Estudo 9
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Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro Estudo 9
Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro Estudo 9 – Discipulado cristão na Carta aos Colossenses Colossenses 3 e 4 Elaborado por Solange Livio [email protected] “A palavra de Cristo habite ricamente em vós, em toda a sabedoria; ensinai e aconselhai-vos uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão” (Colossenses 3:16). Este precioso texto faz parte da carta aos Colossenses, livro da Bíblia selecionado para o estudo sobre discipulado cristão nesta oportunidade. Algumas informações preliminares certamente ajudarão na compreensão dos ensinamentos ali registrados. Colossos era cidade da Frígia, na província romana da Ásia, situada no vale do rio Lico. Além da população frigia, havia em Colossos um número considerável de judeus e gregos. escreveu no período de sua prisão em Roma, por volta do ano 60 DC, razão porque Colossenses está incluída entre as chamadas ‘cartas da prisão’. Motivos sérios levaram o apóstolo a escrever aos colossenses. Ele recebera a visita de Epafras, o fundador da Igreja, que lhe apresentou um relatório com muitos pontos animadores, mas também com notícias inquietantes. Em seu início, a Igreja fora bem instruída nas verdades fundamentais do Evangelho, mas o surgimento de falsos ensinos estava pondo em risco a vida espiritual dos colossenses. A carta foi, então, escrita para combater as sutis, porém perigosas, heresias que se infiltravam na Igreja e ameaçavam desviar os crentes de colossos da verdade de Cristo. Ali nasceu e cresceu uma comunidade cristã. Porém, não foi Paulo quem fundou a Igreja de Colossos. No período do seu surgimento, ele se encontrava trabalhando em Éfeso. A Igreja de Colossos nasceu como fruto do trabalho e da ministração do evangelista Epafras e, mais tarde, também de Arquipo, conforme informações da própria epístola aos Colossenses (1:7; 4:17). Onésimo (4:9) e Filemom (2) foram membros ativos desta Igreja. A maioria dos cren tes ali se compunha de gentios. Os falsos ensinos eram formados tanto por elementos judaicos como gnósticos, fazendo com que os cristãos colossenses se sentissem fortemente atraídos à observância de ritos e cerimônias do judaísmo, como por culto a anjos, visões, proibições de tocar, manusear e provar do gnosticismo, com base na doutrina de que a matéria é má. A heresia era grave, chegando à ousadia de afirmar a insuficiência de Cristo na obra de redenção do homem. A carta, no entanto, foi escrita por Paulo, embora ele não tivesse visitado a Igreja até então, como nos certifica o seu primeiro capítulo, verso 1. Ele a Diante dessas notícias, Paulo não hesitou. Escreveu aos colossenses, combatendo o problema pelo método do ensino positivo. Deu ênfase à verdade do Evangelho, em vez de contra -atacar ponto por ponto. www.pibrj.org.br Lição 9 – 3T 2010 1 A carta exalta a Cristo, o Filho de Deus; afirma que Cristo é a imagem do Deus invisível (1:15) e toda a plenitude da divindade habita nele (2:9); que Cristo é o cabeça da Igreja (1:18); que Deus nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados (1:13 -14). Para isso, há algo a que devemos dar constante atenção: fazer morrer a natureza terrena. A morte da natureza terrena (3:5), que significa deixar a prática dos antigos costumes pecaminosos, é um processo contínuo que está sob a nossa determinação e responsabilidade. Assim diz o texto: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena”. Ocasionada por uma heresia específica, a carta aos Colossenses tornou-se uma declaração de fé vital, em todos os seus aspectos: doutrinários e éticos. Divinamente inspirada, o Espírito Santo providenciou a sua inclusão na Biblia Sagrada para que os seus ensinos alcançassem os cristãos de todos os tempos. O método eficaz para isso implica em dois movimentos consecutivos, quase simultâneos, de nossa parte: despojamento do pecado e revestimento de Cristo. É pela presença doce, agradável e fortalecedora de Cristo em nós que nos tornamos capazes, dia após dia, de mantermos a renúncia ao pecado para dar lugar às virtudes de Cristo. É uma capacitação espiritual que vem da atuação do Espírito Santo em nós, em razão e por meio da nossa união com Cristo. Assim, quanto mais de Cristo, menos força têm as inclinações pecaminosas da natureza terrena. Sempre atual, como é toda a Bíblia, Colossenses apresenta o contraste entre a nova vida em Cristo e a antiga forma pecaminosa de viver; insta -nos a praticar as virtudes cristãs e ensina-nos a pautar as nossas relações interpessoais segundo os padrões da fé cristã. Dos seus preciosos ensinamentos, estamos destacando alguns, registrados nos capítulos 3 e 4. Fazendo uso da figura do batismo, símbolo da realidade espiritual que marca a conversão de uma pessoa a Cristo, o apóstolo Paulo ressalta as implicações decorrentes de uma vida que foi sepultada com Cristo em sua morte e com Ele ressurgiu para andar por um novo modo de viver. Se houve genuína conversão, o antigo modo de viver, que inclui o modo de pensar, deve desaparecer; novos interesses, novos desejos e novos objetivos devem ter lugar no coração do crente; uma nova mentalidade e um novo proceder, dignos do nome de Jesus devem ser encontrados na vida do cristão. www.pibrj.org.br A lista das práticas a serem abandonadas, no empenho em deixar morrer a natureza terrena, é semelhante às apresentadas em outras cartas de Paulo: prostituição, impurezas, lascívia, desejo maligno e avareza, que é idolatria; também ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do falar (o que nos leva a lamentar profundamente a displicência de muitos cristãos com o vocabulário que usam) e, “não mintais uns aos outros”, na forma imperativa. Deixando morrer todas essas formas de pecado, é indispensável que em seu lugar haja o revestimento com as virtudes de Cristo, também resultantes da atuação do Espírito Santo: ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade; suportar e perdoar uns aos outros, como fomos perdoados em Cristo; “acima de tudo isto, porém, esteja o amor que , é o vínculo da perfeição” (3:14). Lição 9 – 3T 2010 2 A expressão ‘ acima de tudo’ concede ao amor uma posição superior na lista das qualidades cristãs sem, no entanto, dispensar a observância das demais. Sendo vínculo, e vínculo da perfeição, ele se liga a cada uma delas, tornandose elemento facilitador à realização coerente das qualidades cristãs, ao mesmo tempo em que nos une uns aos outros. Revestido de Cristo, a expressão perfeita do amor, o discípulo cristão deverá pautar todas as suas relações interpessoais com base na fé cristã: pais e filhos, marido e esposa, patrões e empregados, devem todos agir e reagir de acordo com a mente de Cristo , perseverando na oração e com ações de graças (4:1). A garantia do sucesso espiritual está em ter “mais, mais de Cristo; mais de seu puro e santo amor...” (Hino 169 – CC). Consulta bibiográfica DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1995. McNAIR, S. E. A Bíblia Explicada. 4ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983. www.pibrj.org.br Lição 9 – 3T 2010 3
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