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JORNAL DA MEDIUNIDADE
LEEPP
Impresso
Especial
7317034806/2006-DR/MG
LEEPP
LIVRARIA ESPÍRITA EDIÇÕES “PEDRO E PAULO”
UBERABA-MG
–
INFORMATIVO OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO
EDITORIAL
REALIZADO, EM BELO HORIZONTE, O IV ENCONTRO
NACIONAL DOS AMIGOS DE CHICO XAVIER E SUA OBRA
Nos últimos dias 10 e 11 de setembro,
realizou-se, com os resultados esperados, em
Belo Horizonte, o IV Encontro Nacional dos
Amigos de Chico Xavier e a sua Obra.
No salão “Topázio” do Centro de
Convenções “Minas Centro”, cerca de 1.500
pessoas, procedentes das mais diferentes
partes do Brasil, estiveram reunidas para
estudarem a importância da obra que
Emmanuel realizou através de Chico Xavier, no
desdobramento da Codificação.
Todos os expositores falaram com
profundidade sobre o tema escolhido para o
Evento, destacando a trajetória e a
responsabilidade daquele sábio e amoroso
Mentor Espiritual como um dos integrantes da
Falange do Espírito da Verdade.
O Encontro, como não poderia deixar de
ser, foi abrilhantado por várias apresentações
artísticas a arrebatarem todo o público presente,
que, no sábado pela manhã e no domingo à
tarde, em grande número, ainda se dirigiu para
Pedro Leopoldo, berço natal do querido
medianeiro, onde o Coral “Vida e Luz”, da
“Irradiação Espírita-Cristã”, de
Goiânia, teve oportunidade de se
apresentar no logradouro central da
cidade – a Praça “Chico Xavier”!
Depois de encerrado o Encontro,
muitos caravaneiros se dirigiram para
a Casa de Chico Xavier, ainda em
Pedro Leopoldo, participando do culto
que, todos os domingos, a partir das
dezoito horas, lá se realiza, com
grande afluência de confrades de toda
parte.
Os Coordenadores do referido
Encontro decidiram que, doravante,
ele haverá de percorrer o Brasil, sendo
também realizado em outros Estados.
Sob a aprovação dos presentes, ficou,
então, escolhida a cidade de
Votuporanga, no Estado de São Paulo, como a
sede do Encontro de 2012, patrocinado pelo
Grupo Espírita “Maria de Nazaré”. No mesmo
instante, vários outros Estados se inscreveram
para hospedarem os futuros Eventos:
Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro...
Vale ressaltar que, como sempre acontece,
a inscrição para o Encontro foi gratuita, não
passando de mera formalidade o preenchimento
da ficha por parte dos interessados, mediante
exigência da direção do “Minas Centro”, que foi
locado para tal finalidade. Na oportunidade, dois
livros da lavra mediúnica de Chico Xavier,
“Bastão de Arrimo” e “Indicações do Caminho”,
editados pela “UEM” e pelo “GEEM”, de Belo
Horizonte e São Bernardo do Campo, foram
ofertados, graciosamente, a todos os inscritos.
O Evento foi transmitido ao vivo pela TVWeb “A Caminho da Luz”, da cidade de Itapira,
São Paulo, como também gravado em DVD, pela
Ve r s á t i l H o m e V í d e o , p a r a p o s t e r i o r
comercialização.
Aspecto parcial do público presente no IV Encontro.
Lançamentos
CORREIOS
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–
N.º 29
RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE
GLORIOSA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Josyan Courté (Itatiba, SP)
Na noite fria de 09.08.1996, sob um luar
intenso, Chico e eu dirigimo-nos ao lar dos
irmãos João e Lázaro, para participarmos do
Culto da Oração que lá se realizava, em
periferia distante, na cidade de Uberaba.
Sentamo-nos à pequena e rústica mesa
com alguns poucos companheiros.
Chico pediu-me para proferir a oração
inicial. Eu tinha acabado de memorizar a “Prece
de Lívia”, porém, mesmo assim, retirei do
bolso um fragmento de papel, onde li,
pausadamente:
“— Senhor Jesus, abençoa-nos a fé com
que esperamos por ti!... Agradecemos-te a
felicidade de nosso encontro e o tesouro da
amizade com que nos teces a união. Louvores
te rendemos pelo auxílio de nossos
companheiros e pelas lições de nossos
inimigos. Ensina-nos a descobrir a tua
vontade no escuro caminho de nossas
provas... Dá-nos a conformação ante a dor e a
certeza de que as trevas nos conduzirão à
verdadeira luz! Senhor, concede-nos a
humildade de teu exemplo e a ressurreição de
tua cruz! Assim seja!...”
Após a prece, ouviu-se um ruído forte e
rouco, como de vento impetuoso, e o médium
Xavier começou a psicografar a página
“Prodígios da fé”, de Albino Teixeira.
Quando o vento silenciou, vimos o
médium colocar o lápis à sua frente, apoiando
a cabeça com as duas mãos e mantendo os
olhos cerrados.
Supúnhamos que a reunião estava para
terminar, mas tal não ocorreu.
Chico retomou o lápis e psicografou o lindo
soneto “Caridade”, de Auta de Souza.
Após a psicografia, Lázaro retornou a
palavra a Chico, que começou a orar a Prece
Dominical, para finalizar a reunião.
Nesse momento, irrompeu maravilhoso
fenômeno de efeitos físicos!
As palavras saíram da boca do médium,
como escritas em pontos de luz, revestidos de
intenso brilho dourado, como que flutuando no
ar, desaparecendo bem devagar.
Ah, Jesus! Como te agradecer, Senhor, as
bênçãos recebidas através da mediunidade
gloriosa de Francisco Cândido Xavier?
Os demais componentes da mesa, tão
surpresos como eu, tentavam tocar as lindas
palavras luminosas com as pontas dos dedos,
o que fazia expandir intenso aroma, que mais
tarde vim a identificar como sendo de nardo
puro.
Demoramo-nos a nos recompor da
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emoção e, quando saímos em direção do carro,
para retornarmos, pequena multidão de
carentes, vizinhos dos irmãos João e Lázaro,
tão necessitados quanto eles próprios, se
comprimiam, aguardando a presença de
Chico, como a derradeira esperança de amparo
naquela noite clara e gelada!
Espontaneamente, formaram uma fila.
Chico não relutou em atendê-los um a um,
conversando com cada qual, quanto
quisessem, entregando a todos, sem exceção,
cédulas de papel-moeda de pequeno valor, o
que denominou alegremente como sendo
“distribuição de laranjada”, mas que na
verdade, foi um dos “cultos de assistência”
mais relevantes que presenciei na minha vida.
Aquelas pessoas, que para o mundo
ilusório de César nada significavam, para Chico
eram muito, mas muito importantes mesmo,
tanto que lhes declinava o nome, com intensa
amabilidade, como em um encontro de
familiares muito queridos.
Foi nessa oportunidade que indaguei do
ancião Joãozinho se ele sabia, desde quando o
Chico, mantinha coberta a cabeça, com um
gorro escuro que cobria desde a testa à nuca.
Respondeu-me que no dia anterior o teria visto,
sem tal acessório da indumentária. Naquela
noite, ninguém sabia ainda o que ele queria
ocultar – as marcas dos sinais da crucificação
do Cristo, em sua própria cabeça, marcas que
apareceriam e sumiriam até se fixarem em
definitivo, obrigando-o ao sigilo absoluto.
Já dentro do carro, lembro-me de que
Chico falou da sua grande alegria em ter
recebido a comunicação de Auta de Souza, que
retornou através da psicografia após muito
tempo de ausência.
Perguntei-lhe da identidade de Albino
Teixeira; ele respondeu-me tratar-se de pessoa
que vivera na Guanabara e, na Vida Espiritual,
apresentava-se como um “espírito
completista”.
A respeito do fenômeno observado na
prece final, pretendi obter melhores
esclarecimentos, mas ele apenas respondeume ter sentido no encerramento da reunião a
presença de sua mãe e nada mais adiantou.
Retornando a São Paulo, dei-me pressa em
relatar os detalhes da viagem a José Gonçalves
Pereira, o construtor da magnífica obra
assistencial levantada às margens do Tietê, na
altura do Belenzinho, nos idos de 1960.
Gonçalves, Joaquim Alves, José Bissolli,
eram amigos de Chico desde a época em que
ele realizava sessões de materialização (19521953), ocasião em que D. Alvina, mãe de
Gonçalves, se materializara por inteiro à frente
do filho.
Essas magníficas reuniões, que
apresentavam os espíritos revestidos com o
“ectoplasma” transcendente e luminoso de
Chico, foram suspensas por Emmanuel, para
atender a prioridade do livro, já que o desgaste
físico do Chico era enorme!
Porém, depois daquelas reuniões, só
restou àqueles companheiros construírem a
“Casa Transitória de Fabiano”, encabeçados
pela liderança de Gonçalves dentro do princípio
evangélico “que muito se pedirá a quem muito
recebeu”.
R e l a t o u -n o s J u l i n h a ( J u l i a Te c l a
Kolheisen), a mensageira da caridade junto aos
hansenianos abrigados em Pirapitingui, que
Emmanuel, quando encerrou aqueles
trabalhos de materialização, dissera aos
presentes que lhes estavam sendo adiantados
“50 anos de aprendizado prático espírita”.
Gonçalves e os demais companheiros
compreenderam perfeitamente o recado e
procuraram dar conta do crédito espiritual
recebido.
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JORNAL DA MEDIUNIDADE
Página 2
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO
SÔNIA BARSANTE - Tributo de Gratidão NOVA ALVORADA
Neste número, o “Jornal da
Mediunidade”, em nome de toda a família
espírita de Uberaba, presta justo tributo de
gratidão à valorosa companheira de Ideal,
Sônia Maria Barsante Santos, que, por vários
lustros, vem se consagrando com dedicação
incomum à Causa do Evangelho de Jesus, nas
bênçãos da Doutrina Espírita.
D. Sônia, como carinhosamente é tratada
por nós, os seus admiradores, amiga de Chico
Xavier de longa data – ela e toda a família, a
partir de Sylvia Barsante, sua genitora,
residente na cidade de Araxá, Minas Gerais –,
há muitos anos labora no campo da
Evangelização Infantil, coordenando, à frente
da Aliança Municipal Espírita (AME), de
Uberaba, este abençoado trabalho que se
estende por dezenas e dezenas de casas
espíritas de nossa cidade e região. Sim,
porque, ainda, através de seu dinamismo
exemplar, ela também constitui um dentre os
responsáveis pela tarefa de formar e orientar
novos evangelizadores na COMMETRIM
(Confraternização de Mocidades e Madureza
Espíritas do Triângulo Mineiro), tendo já se
esmerado na confecção de farto e rico
material pedagógico a este respeito, difundido
graciosamente entre os interessados.
D. Sônia, viúva de Ariovaldo Santos,
sobrinho de Lilito Chaves, de saudosa
memória, mãe de muitos filhos e avó de
muitos netos, aos quais ama com
enternecimento e carinho, não limita, porém,
suas atividades doutrinárias à Evangelização
da Criança. Dos mais bem preparados
expositores de nossos princípios doutrinários,
com sua palavra fluente e agradável, ela
profere palestras onde lhe seja possível
atender os diversos convites que lhe chegam,
tanto das casas espíritas de Uberaba quanto de
cidades de outros Estados – principalmente,
no entanto, no Centro Espírita Uberabense, às
segundas-feiras, e no “Grupo Espírita da
Prece”, aos sábados.
Trata-se, sem dúvida, de um dos baluartes
do Movimento Espírita Brasileiro, sempre
fazendo questão de atuar no anonimato, sem
que, porém, nos seja possível lhe continuar
ignorando os méritos e os muitos exemplos de
fidelidade a Jesus, a Kardec e a Chico Xavier.
Como atual Presidente do Centro Espírita
Uberabense, Casa-Máter da Doutrina em
nossa cidade, D. Sônia Barsante é Diretora do
Sanatório Espírita, desdobrando-se para o
bom funcionamento da referida instituição,
que, sem dúvida, é uma das maiores
referências no campo da Psiquiatria Espírita
no mundo.
Ela é uma dama do Espiritismo em
Uberaba, sempre zelosa pela união e
entendimento entre os companheiros, tendo,
em todas as ocasiões, uma palavra
conciliadora e de encorajamento a todos os
integrantes da grande família espírita à qual
temos a honra de pertencer.
Por mais de três décadas, responsável,
com valorosas irmãs, pela Evangelização da
Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, grupo
que frequentamos há mais de quarenta anos,
D. Sônia foi a evangelizadora de meus dois
filhos, Thiago e Marcela, que, graças aos
princípios espíritas-cristãos que dela
receberam, e de nós, Baccelli e Márcia, os seus
pais, se encontram hoje perfeitamente
integrados na Doutrina, cada qual, um em
Uberaba e outro em Guarujá, no cumprimento
do dever espiritual que lhe cabe.
Vale ressaltar, todavia, que suas
atividades não se circunscrevem ao campo
teórico da Doutrina, visto ei-la sempre
envolvida nas tarefas de natureza assistencial,
como pela época do Natal, nas distribuições
que promove de gêneros alimentícios, roupas
e brinquedos a famílias carentes do “Jardim
Triângulo”, na sede do Grupo Espírita “Irmão
José”, localizado na periferia.
Por tudo isto e muito mais, em meu nome
e, tenho certeza, em nome da grande maioria
dos integrantes da família espírita de Uberaba
e mesmo da comunidade de nossa cidade, que
a estima na condição de benfeitora, desejamos
externar o nosso tributo de gratidão à querida
D. Sônia Maria Barsante Santos, rogando a
Jesus, nosso Mestre e Senhor, que, junto a toda
a sua família, a cubra de bênçãos, para que,
durante muito tempo ainda, possamos
continuar contando com a luz de sua presença
entre nós, sobre a Terra.
Carlos A. Baccelli
Uberaba - MG, 16 de setembro de 2011.
Não se entregue à derrota ou ao
pessimismo.
Imagino que, possivelmente, o
momento que esteja passando seja
de extrema dificuldade...
E que por isso você pensa sobre
onde está a razão disso tudo e se
existe mesmo necessidade de se
passar por tantas aflições e
tormentos na vida.
Refletir a respeito da luta que
vivenciamos no Planeta é positivo,
mas acalentar ideias que possam
aumentar a angústia e, quiçá, levar
a uma tentativa de fuga é sempre
algo muito perigoso.
Porquanto lhe peço que ouça o
conselho de um amigo, ainda
imperfeito – é bem verdade, mas
que apenas deseja o seu bem:
Tenha calma! Tudo passa!
Talvez neste momento da leitura,
alguém indague: Mas como é
possível que uma pessoa seja
capaz de desejar o meu bem, se ela
nem mesmo me conhece?
É compreensível essa sua
maneira de pensar, mas quero lhe
dizer que você é filho de Deus,
assim como eu, sendo, assim, meu
irmão.
Afinal, todos nós fazemos parte
da imensa família do Pai Celestial!
E, por mais que a luta seja árdua,
tendo o caminho repleto de pedras e
de espinhos, confiemos em Deus,
não perdendo a nossa fé!
Pedimos licença para
transcrever mensagem de que
gostamos muito, da lavra mediúnica
de Chico Xavier, pelo espírito
Meimei, inserida no livro “Amizade”,
intitulada “Ora e confia”:
Thiago Silva Baccelli
“Se, um dia, te encontrares em
situações difíceis, que a vida te
pareça um cárcere sem portas, sob
o cerco de perseguidores
aparentemente imbatíveis;
sofrendo a conspiração de intrigas
domésticas; na trama de processos
obsessivos; no campo de moléstias
consideradas irreversíveis; no laço
de paixões que te conturbem a
mente; debaixo de provas que te
induzam à desolação e ao
desânimo; sob a pressão de hábitos
infelizes; em extrema penúria, sem
trabalho e sem meios de
sobrevivência; de alma relegada a
supremo abandono; na área de
problemas criados pelos entes a
que mais ames; não desesperes.
Ora em silêncio e confia em
Deus, esperando pela Divina
Providência, porque Deus tem
estradas onde o mundo não tem
caminhos.
É por isto que a tempestade
pode rugir à noite, mas não existem
forças na Terra que impeçam, cada
dia, a chegada de novo
amanhecer.”
Se, por um lado, é verdade que a
dor que sente no momento muito o
incomoda, lembre-se de que ela
apenas existe em favor do seu
aprendizado e crescimento.
Portanto, meu amigo, chega de
desalento!...
Deixe de lado todo pensamento
menos feliz, caminhando com
Jesus rumo à Nova Alvorada, que
acreditamos chegará em breve
tempo para todos os trabalhadores
que semeiam a paz e o amor na
Terra!
e-mail: [email protected] - blog: http://thiagosilvabaccelli.zip.net/
De “O Livro dos Espíritos”
146 – A alma tem, no corpo, uma sede determinada e circunscrita?
— Não. Mas ela se situa mais particularmente na cabeça, entre os grandes gênios e
todos aqueles que usam bastante o pensamento, e no coração dos que sentem
bastante, dedicando todas as suas ações à Humanidade.
Renovação Íntima
De “O Livro dos Médiuns”
“Os espíritos que se apegam aos locais ou às coisas materiais não são jamais
espíritos superiores, mas, sem seres superiores, eles podem não ser maus e não
terem nenhuma intenção má; eles são mesmo algumas vezes comensais mais úteis
que nocivos, porque, se se interessarem pelas pessoas, eles podem protegê-las.”
(Cap. IX – Lugares Assombrados)
Através da renovação íntima, a alma acelera sua progressão
espiritual.
Se te sentes sitiado pela dor, pondera e renova teu modo de ser.
Estamos vivendo num mundo ansioso, tenso e aflito.
As arestas precisam ser afastadas, para que tenhamos
oportunidade de amparar e auxiliar os outros.
Deus é a Providência que contemporiza as dificuldades do
momento que passa.
Observa em torno de ti mesmo e contempla aqueles que estão
distanciados do bem...
Abre as asas do amor e recolhe em teu ser os necessitados de fé
e esperança.
Sê valente peregrino, que escuta as amarguras e tem
oportunidade de amenizar tantas dores!
Crê em, Deus! Informa a Ele as necessidades e provas do
caminhar.
Perceberás a alegria de ver as águas das fontes murmurando
para servir a todos.
Caminharás à maneira de barco no oceano revolto e, com Ele,
encontrarás o equilíbrio que reina em torno de ti.
Se a dor te ameaçar em forma de angústia ou abandono, recorre
a Ele!
Busca a Deus primeiro e sentirás que a vida é uma bênção de
luz, para sempre guardada nos braços do Eterno Amor!...
De “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
“Toda ideia nova forçosamente encontra oposição e nenhuma há que se implante
sem luta. Ora, nesses casos, a resistência é sempre proporcional à importância dos
resultados previstos, porque, quanto maior ela é, tanto mais numerosos são os
interesses que fere.” (Cap. XXIII – Estranha Moral)
De “O Céu e o Inferno”
“2º A felicidade perfeita está ligada à perfeição, quer dizer, à depuração completa do
espírito. Toda imperfeição é, ao mesmo tempo, uma causa de sofrimento e de
privação de prazer, do mesmo modo que toda qualidade adquirida é uma causa de
prazer e de atenuação dos sofrimentos.” (Cap. VII – As Penas Futuras Segundo o
Espiritismo)
De “A Gênese”
“Logo que um mundo alcança um dos seus períodos de transformação que o deve
fazer galgar a hierarquia, operam-se mutações em sua população encarnada e
desencarnada; é então que se realizam as grandes emigrações e imigrações.” (Cap.
XI – Gênese Espiritual)
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Márcia Queiroz Silva Baccelli
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OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO
JORNAL DA MEDIUNIDADE
Página 3
Lição 137 de “O Evangelho de Chico Xavier”
(Editora “Didier”), de Carlos A. Baccelli
“Tinha eu dezessete anos, em 1927,
quando na noite de 8 de julho do referido
ano, em uma reunião de preces, escutei,
através de uma senhora presente, D.
Carmem Penna Perácio, já falecida, a
recomendação de um amigo espiritual,
aconselhando-me a tomar papel e lápis,
a fim de escrever mediunicamente. Eu
não possuía conhecimento algum do
assunto em que estava entrando, mesmo
porque ali comparecia acompanhando
uma irmã doente que recorria aos passes
curativos daquele círculo íntimo, formado
por pessoas dignas e humildes, todas
elas de meu conhecimento pessoal. Do
ponto de vista espiritual, apesar de muito
jovem, era fervoroso católico que se
confessava e recebia a Sagrada
Comunhão, deste 1917, aos sete
janeiros de idade. Ignorando se me
achava transgredindo algum preceito da
Igreja, que eu considerava minha mãe
espiritual, tomei o lápis que um amigo me
estendera com algumas folhas de papel
em branco, e meu braço, qual se
estivesse desligado do meu corpo,
passou a escrever, sob os meus olhos
cerrados, certa mensagem que nos
exortava a trabalhar, em nome de Nosso
Senhor Jesus Cristo. A mensagem era
constituída de dezessete páginas e veio
assinada por um mensageiro que se
declarava “Um amigo espiritual”, que
somente conheceria depois. Nenhuma
das pessoas presentes se interessou em
conservar o comunicado, inclusive eu
mesmo, pois nenhum de nós, os
companheiros que formavam o círculo de
orações, poderia prever que a tarefa de
escrever mediunicamente se
desdobraria para mim, através de vários
decênios.
No dia seguinte, após a missa da
manhã, procurei o Padre Sebastião
Scarzelli, que era meu confessor e
protetor, e contei-lhe o sucedido,
pedindo-lhe que me aconselhasse
quanto ao que me caberia fazer. Ele era
um padre moço, creio que de origem
italiana. O querido sacerdote, que muitas
vezes fora o meu apoio nas dificuldades
psicológicas e mediúnicas, que eu
periodicamente atravessava, me falou
com bondade que ele mesmo nunca lera
livros espíritas, mas, se eu me sentia bem
no círculo de preces a que comparecera,
seria justo buscar a paz que me faltava, já
que o nome de Jesus presidia aquele
grupo de pessoas honestas, e ainda me
afirmou que poderia frequentá-lo, mas
lembrando a minha devoção a Nossa
Senhora, pois ele acreditava que nossa
Mãe Santíssima intercederia em meu
benefício em qualquer circunstância.
Depois desse entendimento, não mais vi o
Padre Scarzelli, que fora removido para a
cidade de Joinville, no Estado de Santa
Catarina, onde faleceu, há poucos anos,
na condição de monsenhor e onde se pode
ver a obra imensa de benemerência que
realizou em favor da comunidade.
Sem a presença daquele apóstolo do
Bem, dediquei-me ao grupo espírita, com a
mesma fé com a qual comparecia às
atividades católicas.
Tudo seguia em ordem, quando, na
noite de 10 de julho referido, dois dias
depois de haver recebido a primeira
mensagem, quando eu fazia as orações da
noite, vi o meu quarto pobre se iluminar, de
repente. As paredes refletiam a luz de um
prateado lilás. Eu estava de joelhos,
conforme os meus hábitos católicos, e
descerrei os olhos, tentando ver o que se
passava. Vi, então, perto de mim uma
senhora de admirável presença, que
irradiava a luz que se espraiava pelo
q u a r t o . Te n t e i l e v a n t a r - m e p a r a
demonstrar-lhe respeito e cortesia, mas
não consegui permanecer de pé e dobrei,
involuntariamente, os joelhos diante dela.
A dama iluminada fitou uma imagem de
Nossa Senhora do Pilar que eu mantinha
em meu quarto e, em seguida, falou em
castelhano que eu compreendi, embora
sabendo que eu ignorava o idioma, em que
ela facilmente se expressava:
— “Francisco – disse-me
pausadamente – em nome de Nosso
Senhor Jesus Cristo, venho solicitar o seu
auxílio em favor dos pobres, nossos
irmãos.”
A emoção me possuía a alma toda,
mas pude perguntar-lhe, embora as
lágrimas que me cobriam o rosto:
— Senhora, quem sois vós?
Ela me respondeu:
— “Você não se lembra agora de mim,
no entanto eu sou Isabel, Isabel de
Aragão.”
Eu não conhecia senhora alguma que
tivesse este nome e estranhei o que ela
dizia, entretanto uma força interior me
continha e calei qualquer comentário, em
torno de minha ignorância. Mas o diálogo
estava iniciado e indaguei:
— Senhora, sou pobre e nada tenho
para dar. Que auxílio poderei prestar aos
mais pobres do que eu mesmo?
Ela disse:
— “Você nos auxiliará a repartir pães
com os necessitados.”
Clamei com pesar:
— Senhora, quase sempre não tenho
pão para mim. Como poderei repartir pães
com os outros?...
A dama sorriu e me esclareceu:
— “Chegará o tempo em que você
disporá de recursos. Você vai escrever
para as nossas gentes peninsulares e,
trabalhando por Jesus, não poderá receber
vantagem material alguma pelas páginas
que produzir, mas vamos providenciar para
que os Mensageiros do Bem lhe tragam
recursos para iniciar a tarefa. Confiemos
na Bondade do Senhor!”
Em seguida a estas palavras, que
anotei em 1927, a dama se afastou,
deixando o meu quarto em pleno escuro.
Chorei sob emoção para mim inexplicável,
até o amanhecer do dia imediato. Não tinha
mais o Padre Scarzelli para consultar e
notei que os meus novos companheiros
não poderiam me auxiliar, porque eu não
sabia o que vinha a ser a expressão
“gentes peninsulares” ouvidas por mim;
quanto a estas duas palavras, nenhum
deles conseguiu fornecer qualquer
explicação. Sentindo-me a sós com a
lembrança da inesquecível visão, passei a
orar, todas as noites, pedindo a Nossa
Senhora para que alguém me socorresse
com as informações que eu julgava
precisas. Duas semanas após a
ocorrência, estando eu nas preces da
noite, apareceu-me um senhor vestido em
roupa branca que, por intuição, notei tratarse de um sacerdote.
Saudei-o com muito respeito e ele me
respondeu com bondade, explicando-se:
— “Irmão Francisco, fui no século XIV
um dos confessores da Rainha Santa, D.
Isabel de Aragão, que se fez esposa do
Rei de Portugal, D. Dinis. Ela
desenvolveu elevadas iniciativas de
beneficência e instrução nos dois reinos
que formam a Península, conhecida na
Europa, e voltou ao Mundo Espiritual em
4 de julho de 1336. Desde então, ela
protege todas as obras de caridade e
educação na Espanha e Portugal. Foi ela
que o visitou, há alguns dias, nas preces
da noite, e prometeu-lhe assistência. Ela
me recomenda dizer-lhe que não lhe
faltarão recursos para a distribuição de
pães com os necessitados. Meu nome,
em 1336, era Fernão Mendes.
Confiemos em Jesus e trabalhemos na
sementeira do bem.”
Eu não tive garganta livre para falar.
O padre se retirou e, sentindo a
premência do que desejava a nobre
senhora, que eu não sabia ter sido, na
Terra, tão amada e tão ilustre rainha. No
primeiro sábado que se seguiu às
ocorrências que descrevo, fui com minha
irmã Luíza (atualmente desencarnada) a
uma ponte muito pobre, até hoje
existente e reformada, na cidade de
Pedro Leopoldo, Minas, onde nasci,
conduzindo um pequeno cesto com oito
pães. Ali estavam refugiados alguns
indigentes. Parti os pães, a fim de que
cada um tivesse um pedaço, e assim foi
iniciado o nosso serviço de assistência
que perdura até hoje. Em Pedro
Leopoldo, com alguns companheiros, fiz
a distribuição de pães, de 1927 a 1958.
Em janeiro de 1959, mudei-me para esta
cidade de Uberaba, aqui chegando no dia
5 de janeiro de 1959. Um grupo de
amigos já nos esperava e promovemos a
distribuição de pães numa vila da
periferia uberabense. Essa distribuição
semanal, aos sábados, permanece ativa
até hoje. Moramos numa casa vizinha de
três núcleos de favelados e a nossa
distribuição de pães, atualmente, se
eleva ao número de um mil e quinhentos
por semana, divididos entre os
necessitados das três favelas a que me
referi.”
Melhora Súbita
Improvisemos temporária melhora
para o agonizante,
a fim de sossegar-lhe a mente aflita.
Somente depois de semelhante
medida,
conseguiremos retirá-lo, sem maior
impedimento.
(Obreiros da vida eterna, André
Luiz, psicografia de Chico Xavier)
O cheiro de éter expandia-se por
todos os cantos do quarto. Já
respirava com dificuldade. Os
parentes, preocupados, chegavam
para as visitas. Seus olhos
movimentavam-se por todos os
lados. Era a única coisa que nela
ainda expressava vida.
Depois de tentar respirar fundo,
fechou e abriu os olhos com dor.
Lembrou-se da grande jornada.
Abandonar o Norte e pegar estrada
rumo ao Sul, sem marido, com os
filhos ainda adolescentes. A vida ia
e vinha, em flashback, como num
filme.
Agora, a enfermeira chegava com
mais um frasco de soro para ser
trocado. Os netos, já adultos,
arredavam, para darem passagem.
O tempo passava lento, e a dor
agitava-se rápida. De repente, teve a
impressão de ouvir no cérebro as
lentas batidas do coração.
O som das buzinas incessantes, lá
embaixo, sinalizava a hora do rush.
Mas também era hora da Ave Maria, e
bem longe se ouvia o tanger dos sinos,
numa aldeia que ficara para trás,
esquecida havia muito tempo.
Súbito, voltou os olhos para o
pequeno quarto. Os filhos e os netos
estavam lá, esperando por algo que
nem ela sabia ao certo.
Então o milagre aconteceu. As
batidas do coração regularizaram-se,
o suor frio estancou-se e ela pediu
água! Sentou-se na cama e bebeu
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devagar, gole a gole, como se a vida
retornasse aos poucos. As mãos agora
pareciam duas âncoras, diferentes de
antes, em que não conseguia firmálas.
Os olhares ansiosos revelavam
surpresa, alívio e bem-estar. Ao
poucos, o quarto esvaziara-se. Era
preciso que a enferma descansasse,
recuperasse as energias para o dia
seguinte. Alguns familiares
exaltavam o avanço da Medicina em
que tudo seria possível!
Ficara apenas uma filha que iria
pernoitar na cama ao lado. O ar
parecia mais leve e a enferma
ressonava profundamente. Já não
estava tão pálida como no dia anterior.
O relógio do corredor devorava o
tempo, quando uma fresta de luz
invadiu a cortina do quarto,
anunciando o dia seguinte. A filha
dormira com um livro sobre o peito.
Acordara relutando com as mãos,
Maria Cristina Baracat
para esconder-se da réstia de
claridade que anunciava o
amanhecer. Um pássaro pousou no
parapeito da janela e fugiu, num voo
rápido.
Lembrou-se de tocar a
campainha próxima à mesa, para
chamar a enfermeira. O soro fora
desligado, mas estava na hora dos
remédios. Tocou as mãos da mãe,
que dormia. Só então percebeu que
elas estavam gélidas como o
mármore.
Num átimo, veio à memória o
dia anterior. Os risos dos sobrinhos e
a atmosfera de alívio que
anunciavam a esperança. Recordouse do passarinho que fazia pouco
pousara na fresta da janela. Agora,
ela havia entendido o segredo. As
almas escapam leves e suaves,
sobretudo quando têm merecimento
para isso.
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JORNAL DA MEDIUNIDADE
Página 4
HONRA
E
GRATIDÃO
HONRA E GRATIDÃO
A festa dos corações que se irmanam no
reconhecimento justo a quem deu a própria
vida em holocausto de Amor e Renúncia,
em nome de Deus, é sempre um momento
único de congraçamento fraternal, em que
temos a oportunidade de trocas sutilíssimas
de forças novas a inspirar-nos a
continuidade do serviço de renovação
espiritual que todos abraçamos, em honra
ao Cristo Jesus, nosso divino amigo.
Rejubilemo-nos, pois! Alegremo-nos com
a bênção destes instantes e aproveitemos as
horas que passam, para retemperarmos
nossas energias fundamentais para o Bem e
a Verdade Libertadora.
Os próximos dias serão para todos nós,
os amigos da Carne e nós outros amigos do
Além, como pausa justa de gratidão e
saudade, inspirando-nos a seguir adiante.
Também nós outros, domiciliados na
Vida Espiritual, nos congregamos para
receber inumeráveis caravanas de amor,
provenientes de outros planos, vindas de
colônias espirituais distintas que
enxameiam os céus de nosso abençoado
Brasil e também de outras nações do
Planeta.
De minha parte, uma alegria diferente
me domina em especial, ao verificar a
presença de conterrâneos queridos de
nosso abençoado Sergipe, irmãos que o
ideal espírita me concedeu ao destino. E
não estou só nesta recepção amiga, pois
também faço minhas as palavras de meu
pai, Basílio, de Jupira, de Irmão Fêgo e de
Lívio Pereira da Silva.
Belo Horizonte é o palco de nossa
reunião em nome do Ideal que nos irmana
— terra querida que adotei por minha a
partir de 1949. Aqui pude tomar
conhecimento com dignos trabalhadores
de nossa Causa Espírita da primeira metade
do findo século XX. Com eles privei,
aperfeiçoando conhecimentos e serviços, e
com eles logrei conhecer a figura humana
incomparável de Francisco Cândido
Xavier, na querida cidade de Pedro
Leopoldo.
Quanta saudade! Quantas lembranças
nos dominam o sentimento de profunda
gratidão a todos eles! Hoje, todos estão
comigo, na vida espiritual, participando
ativamente da recepção de inumeráveis
amigos de outras esferas. Cito apenas
alguns deles ligados a esta casa de Luz,
Amor e Caridade, como Paschoal
Comanducci, José Jorge Borges, Paulina
Kemper, Gumercinda Caramez Santos,
Henrique Kemper, Cícero Pereira e D.
Guiomar, Bady Elias Curi e D. Bia,
Carmela Aluotto e D. Neném Aluotto,
Adélia Machado de Figueiredo, João
Machado Sobrinho, Wanda e Paulo
Noronha, Camilo Rodrigues Chaves,
Virgílio Pedro de Almeida, Antônio Loreto
Flores, Ephigênio Salles Victor, Zeca
Machado, Irmã Scheilla, Irmão Silvestre e
nosso Edson Toledo.
Todos nos unimos no ideal de
fraternidade e amor para com a magnífica
memória que, em verdade, nunca dorme.
Cada um de nós tem uma história a contar
em reconhecimento pelo muito que
recebemos do Apóstolo da Renovação
Humana, que é Chico Xavier.
Os menos avisados poderão tachar-nos
de idolatria indébita. Contudo esta não é e
nunca foi o móvel de nossas intenções mais
puras.
Os amigos leram hoje a lição do
Evangelho de Jesus: “O dever de honrar pai
e mãe”. Ora, se se espera de nós este
simples dever de gratidão a quem nos
ofertou o corpo físico pelos laços de
família, por quem nos acolheu no lar como
aves tenras necessitadas de arrimo e
proteção, por quem nos conduziu os
primeiros passos na vida terrestre, quanto
maior reconhecimento não se esperará de
nós em relação àqueles que se fizeram
nossas mães e pais espirituais?
Recordando-nos do ensinamento
imortal das letras sagradas, destacamos uma
das epístolas de Paulo de Tarso,
especialmente aquela em que o Apóstolo
dos Gentios endereça aos irmãos da cidade
de Filipos, que ele havia convertido às
bênçãos da Boa Nova do Cristo. No capítulo
segundo da carta, Paulo enumera luminoso
roteiro de nossas responsabilidades com
Jesus, instando-nos a pensar, falar e agir
irrepreensivelmente. Enumera as virtudes
que se espera ver nos que seguem a Jesus e,
por fim, impossibilitado de voltar ele
mesmo à convivência dos filipenses, tendo
em vista os compromissos assumidos,
indica e recomenda dois companheiros
considerados por ele dignos do
reconhecimento de todos. Falava o amigo
de Tarso de Timóteo e de Epafrodito,
nomeando-os como companheiros de
fidelidade inabalável ao Cristo. Haviam
renunciado ao mundo, sofrido perseguições
e vilipêndios, renunciaram a si mesmos para
se converterem em dedicados
colaboradores da Boa Nova. E, terminando
sua luminosa epístola, concluiu, com
acerto: “Honrai sempre a homens como
esses!”
Amigos da Terra, das múltiplas terras
abençoadas de nosso Brasil afora, sejam
todos muito bem-vindos ao coração das
Minas Gerais! As tradições maternais
destas plagas no coração do Brasil falam de
riquezas minerais garimpadas ao longo dos
séculos. Mas, espiritualmente falando, aqui
também tivemos o diamante mais puro da
Espiritualidade Maior e as pérolas do Mais
Além que se materializaram pelas mãos
humildes do Apóstolo Consolador, que é
Chico Xavier!
Nosso dever de reconhecimento e
gratidão ao trabalho que executou com
esmero neste recanto do mundo, com
inauditos sacrifícios e sublimes renúncias, é
uma obrigação de nossas consciências de
beneficiados por suas luzes e assistidos por
sua caridade. Ele, no Mais Alto, permanece
dizendo que nada fez de si senão pelo amor
de Jesus, nosso Divino Mestre. Mas nós
sabemos de seu esforço sobre-humano de
apagar-se humildemente para servir a Deus
e ao Espírito da Verdade. Como poucos na
história humana, Chico Xavier soube ouvir
a convocação de Jesus para se tornar como
sal da terra e luz do mundo.
Como os antigos habitantes de Filipos,
recebemos no século XX a dupla enviada
pelo Espírito da Verdade, Chico XavierEmmanuel, e a tais homens devemos, sim,
honrar sempre no fundo de nossas almas. E
não guardamos dúvida alguma de que
ouviremos a Voz dos Céus, à semelhança do
dito paulino, retumbar em nosso ser:
“Brilhai agora vós mesmos, a fim de vos
tornardes em luzeiros para o mundo dos
enganos e das dores!”
Genuflexo de carinho e gratidão pela
presença amiga de todos vocês, abraça-os
com renovada alegria seu irmão de fé,
José Martins Peralva Sobrinho
(Mensagem psicografada por Geraldo Lemos
Neto, em reunião pública no Centro Espírita
“Luz, Amor e Caridade”, na noite de 9 de
setembro de 2011, véspera do IV Encontro
Nacional dos Amigos de Chico Xavier e sua
Obra, que se realizou no Minascentro em Belo
Horizonte e em Pedro Leopoldo, entre os dias 10
e 11 de setembro de 2011).
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OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO
MILAGRES SÃO APENAS RESULTADOS DE
COMPETÊNCIAS AINDA DESCONHECIDAS
Antonio Baracat
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim
também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas,
porque eu vou para meu Pai.” (JESUS, João 14:12)
Embora Allan Kardec tenha optado por não tratar da questão dos supostos
milagres de Jesus, penso que já passa da hora do Espiritismo discuti-los...
Dicionários definem milagre como “feito ou ocorrência extraordinária, que
não se explica pelas leis da natureza; Acontecimento admirável, espantoso;
Portento, prodígio, maravilha”. Logo, para dicionaristas milagres indicam
derrogações da Lei Natural.
Mas multiplicando pães e peixes, transformando água em vinho ou curando
paralíticos, leprosos, loucos e cegos, as ações de Jesus não podem se enquadrar
como sobrenaturais só porque não compreendemos como isso seja possível, pois
nossa ignorância não pode ser a medida das coisas. Quando entendermos, por
exemplo, como se pode eliminar o bacilo de Hansen e restaurar os tecidos
degenerados pela sua ação, estará encerrada a polêmica.
Coisas semelhantes ocorrem cotidianamente e de forma sistemática nos
ambientes espíritas. Afinal, não é exatamente um “milagre” o que ocorre quando
um passe ou copinho de água fluidificada age sobre o organismo doente
restaurando-o? A associação de encarnados e desencarnados, guiados pela
vontade de fazer o bem, não é exatamente a fonte geradora de inúmeras
ocorrências excepcionais, que podem se classificar como “milagres”?
A diferença em relação a Jesus é que Ele possui competências no trato com a
matéria que nós ainda não temos. Ele sabe modificar a matéria de tal modo, que
durante séculos os homens, num misto de reverência e ignorância, ainda sem as
luzes da Doutrina Consoladora, pensaram que nas páginas do Evangelho estava
a narrativa de fatos que só um Deus Criador poderia executar.
Enfim, apenas um caso de falta de cuidado na leitura! Porque se atentassem
para o Versículo 12, do Capítulo 14, do Evangelho de João, verificariam que nosso
Divino Amigo nos alertou de que está perfeitamente ao nosso alcance realizar as
obras que Ele realiza e ainda fazê-las “maiores”! Para isso precisamos apenas de
ajustar nossos passos e torná-los retos em direção à Luz!
O Natal de
Sinhá Joana
É noite de Natal!... Numa choupana
Que se levanta humilde, ao pé da estrada,
Sobre uma esteira ao chão improvisada,
Agoniza, em silêncio, Sinhá Joana...
Foi pobre lavadeira, em luta insana...
Pela família agora abandonada,
Chora baixinho de alma agoniada,
Sem o conforto de presença humana...
Lá fora, o temporal se faz tremendo...
Sinhá Joana, que, aos poucos, vai morrendo,
Desprende-se do corpo magro e fraco...
E, ante a chuva que cai, sob um clarão,
Que pensa ser corisco de trovão,
Vê a Jesus entrando em seu barraco!...
Eurícledes Formiga
(Soneto recebido pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro
e Paulo”, na manhã do dia 24 de setembro de 2011, em Uberaba – MG)
EXPEDIENTE
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Jornalista Responsável: Juvan de Souza Neto - Registro: SC 01359JP
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Diretores: Edson de Sousa Marquez / Mário Alexandre Abud
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Endereço p/ correspondência: Av. Elias Cruvinel, 1202
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