UTILIZAÇÃO DA GLICERINA EM APLICAÇÕES AGRÍCOLAS
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UTILIZAÇÃO DA GLICERINA EM APLICAÇÕES AGRÍCOLAS
APLICAÇÃO DO CO-PRODUTO DE OBTENÇÃO DE BIODIESEL COMO ADJUVANTE AGRÍCOLA LIMA1, Márcia V. S.; NUNES1, Rafael C. da R.; ARAÚJO1, Bruno Q.; FIGUEIREDO2, Fancisco C.; SANTOS3, José A. V.; SANTOS JÚNIOR3, José R. dos. 1Graduando em Química, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil, [email protected] 2Mestrando em Ciências e Materiais, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil. 3Pesquisador, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil. A água é um solvente universal para moléculas polarizadas e o veículo mais importante para diluir formulações de defensivos agrícolas aplicados através de pulverizações. Entretanto ela apresenta baixa capacidade de retenção quando aplicada sobre alvos com superfícies cerosas e hidrofóbicas. Devido a essa característica deve ser feita a adição de surfatantes (adjuvantes) à calda com o objetivo de melhorar a eficiência das pulverizações. Os surfatantes diminuem a tensão superficial do líquido de pulverização, contribuindo para a formação de filmes líquidos sobre a superfície das plantas. A utilização de herbicidas é a principal estratégia utilizada para o controle de plantas daninhas na agricultura empresarial. Esse produto é largamente utilizado em função de sua alta eficiência; facilidade de utilização; por ter ação rápida e a um custo acessível. A eficiência dos herbicidas pode ser influenciada por diversos fatores: espécies e tamanho de plantas daninhas, condições ambientais, momento e dose de aplicação e uso de adjuvantes. Este trabalho tem como objetivo avaliar o índice de eficiência da glicerina resultante da reação de transesterificação como adjuvante agrícola. A primeira etapa consistiu do tratamento da glicerina com uma solução ácida. Posteriormente foi realizada a preparação da calda. No preparo das caldas foi utilizado o herbicida Glyz 480 SL com e sem a adição de glicerina. A eficiência das pulverizações foi medida no tempo levado para que 100% das plantas morressem. A ação da calda contendo a glicerina apresentou o menor tempo para extermínio das plantas em diferentes áreas pulverizadas com a mesma concentração do herbicida. Para aplicações na ausência de glicerina os efeitos foram vistos muito tempo depois. Isso sugere que na presença de glicerina é possível a redução do herbicida, gerando economia na aplicação e diminuindo os riscos de intoxicação uma vez que o produto está mais diluído. As gotas da calda da aplicação do defensivo agrícola aquoso eram mais esféricas, diferente da calda contendo o glicerol, já que na mesma houve a formação de películas líquidas sobre as superfícies foliares, resultantes do processo de coalescência das gotas, aderindo melhor na superfície. Outro fator significante na eficiência do glicerol como adjuvante, foi a utilização de uma solução ácida na preparação da calda, essa característica contribui para que as ceras, cutículas entre outras estruturas presente na superfície das folhas fossem removidas, favorecendo a eficiência do herbicida. O glicerol pode ser utilizado como agente surfatante na preparação de defensivos agrícolas, já que reduziu a tensão superficial do líquido de pulverização, aderindo às superfícies foliares de maneira satisfatória, não interferindo nas características e propriedades fitotóxicas do herbicida aplicado, promovendo conseqüentemente uma maior eficiência do produto agrícola.