Sumário - SIGAA

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Sumário - SIGAA
Sumário
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ÍNDICE
NÚMERO 04 - JUNHO/JULHO 2012
4 - Apresentação
Pode o ambiente do
trópico úmido suportar
agrossistemas sustentáveis,
ou a agricultura itinerante
será sempre uma ameaça às
florestas remanescentes?
5 - A Ciência na Histório do
Maranhão
24 - Novas tecnologias na educação
para auxiliar a difusão do
conhecimento
28 - A procura pelo saber
31
Pesquisas temáticas da
Universidade Federal do
Maranhão
45 - A energia maremotriz no
Maranhão: uma análise crítica
83 - Ectoparasitos de animais
silvestres no Maranhão
92 - Recursos pesqueiros do litoral
maranhense: pesca e
biomonitoramento
128 - Controle de qualidade e métodos
analíticos para drivados de
petróleo e biocombustíveis
66
Implementação de
um conversor de alta
eficiência e baixo custo
para sistema fotovoltaico
de bombeamento de água
104
152 - Tecnologia e inovação, a criação
da área de PD&I da Alcoa no
Brasil
172 - Tecnologia de ponta é usada nas
operações portuárias da VALE
174 - Desenvolvimento e prototipagem
de um centro de gestão da
proteção da rede elétrica da
CEMAR
185 - Maranhão em se plantando, tudo
dá
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ÍNDICE
NÚMERO 04 - JUNHO/JULHO 2012
Laboratório de Genética
e Biologia Molecular do
CESC/UEMA: pesquisa
ictiofauna do Itapecuru
194 - O sistema híbrido eólico-solar de
geração elétrica sustentável da
ilha de Lençóis: uma solução
viável para atendimento elétrico
de ilhas do litoral do Maranhão
203 - Levantamento da flora apícola em
São José de Ribamar - MA
218
Curtimento de pele de
pescada amarela com
o uso de tanquinho de
lavar
241
Projeto AeroDesign
UEMA: Maranhão
alçando maiores voos
267
224 - Leishmaniose visceral canina:
uma doença que perdura trinta
anos na ilha de São Luís
235 - Conhecendo a fauna silvestre
maranhense: aspectos biólogicos
de Jurará
248 - Central geradora elétrica
flutuante: hidreletricidade,
ecologia e sustentabilidade
às populações ribeirinhas do
Itapecuru.
252 - Avaliação das propriedades de
um composto à base de mel de
abelhas e extrato de acerola
272 - Pesquisadores do IFMA
285 - Pesquisadores da UEMA
Pesquisadores da UFMA
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APRESENTAÇÃO
A quarta edição da revista Plural é totalmente dedicada
à divulgação das atividades científicas no Maranhão. Com
o apoio e a colaboração dos dirigentes da Universidade
Federal do Maranhão/UFMA, da Universidade Estadual
do Maranhão/UEMA, do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia/IFMA, além de outras instituições de
ensino e pesquisa, reunimos um conjunto de informações
que ajudarão nossos leitores a aprofundar os seus
conhecimentos sobre os profissionais que lidam com Ciência
em nosso estado.
No próximo mês de julho, no período de 22 a 27, São Luís
sediará a 64ª reunião anual da Sociedade Brasileira para
o Progresso da Ciência, que abordará, como tema central,
“Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para Enfrentar
a Pobreza”. Assim, com esta edição especial, esperamos
dar uma pequena contribuição para divulgar o talento,
a dedicação e o pioneirismo de estudantes, professores,
pesquisadores e profissionais que fazem Ciência no
Maranhão.
Jorge Murad
Presidente do Conselho Deliberativo
Instituto Geia
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A CIÊNCIA NA HISTÓRIA
DO MARANHÃO
(Algumas indicações ligeiras)
Sebastião Moreira Duarte
Não há pergunta que não traga em si uma parte
de sua resposta. A pergunta sobre o que se tem
O atraso no
feito com a ciência e pela ciência no Maranhão, e
domínio das
quem a fez, indica, para não fugir à regra, o roteiro
ciências não
a seguir na procura da resposta. A questão está em
decorreu de ato
que a resposta pode ser, de saída e sem mais, nede vontade, mas
gativa – “no Maranhão não há, não houve, ciência”
de condições
– sobretudo se estivermos atentos a certa queda
objetivas. Não
se tratava, de
para fazer pouco e dar por menos, que parece ser
forma alguma –
marca distintiva e indelével, ao longo de quatro sécomo a ideologia
culos, do temperamento maranhense.
do colonialismo
Tenhamos presente, no entanto, a pedagogia anpretendeu fixar
tiga segundo a qual a prudência vem depois da
– de inaptidão
natural do
sabedoria e por ela se orienta: ou seja, conhecer
brasileiro para a
precede fazer, não importando o quanto de rudiciência. No campo
mentar seja ainda o conhecimento. Tomando essa
da ciência, o Brasil
lição como método, abriremos vereda para a entracontinuava a ser
da da ciência no Maranhão, desde os primórdios de
apenas objeto...
(Nelson Werneck
sua história.
Sodré, Síntese de
Deveu-se à ciência – e não a simples acaso ou
história da cultura a lances de sorte, ou aventura – o fato de os franbrasileira. 11ª ed.
ceses haverem chegado, com sucesso, ao MaSão Paulo: Difel,
ranhão antes dos portugueses. Os marinheiros
1983, p. 74)
bretões tinham melhor conhecimento dos mares para onde escorrem as águas do Amazonas.
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Os capitães lusos mal sabiam
para que lado ficavam as terras
que lhes doara el-rei. Naufragaram um depois do outro, antes de
aqui chegarem.
Por outro lado, é o Maranhão
que logo entra na ciência, faz-se
objeto de estudo para aqueles herdeiros do Renascimento, tocados
pela curiosidade de saber. Apenas
quatro meses passados do 8 de
setembro inaugural, frei Claude
d’Abbeville, ainda em 1612, volta
à França e escreve a História da
missão dos padres capuchinhos
na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas, que é ao mesmo tempo o relato de um místico encantado e um compêndio de geografia,
linguística, antropologia, zoologia
e botânica da nova terra.1 Tanta
informação ainda parece pouca a
seu superior Yves d’Evreux, que
quase o repreende por apressado
e incompleto, quando dá a publicar, com o título de Viagem ao Norte, a sua Continuação da história
das coisas memoráveis havidas
no Maranhão nos anos de 1613 e
1614.2 Do significado dessas obras
para a cultura ocidental se dirá
bastante, se se lembrar que servirão de reforço à criação do mito
do “Bom Selvagem”, fermento da
filosofia de Rousseau, da Revolução Francesa e do Romantismo.
Retomada a terra pelos portugueses, estes a conhecem melhor,
mas não se surpreendem menos
quando lhe descrevem a fauna e
a flora, e as abundantes riquezas
do solo. Epítome dessa impressão
está na propaganda feita por Simão Estácio da Silveira em sua
Relação sumária das cousas do
Maranhão, de 1624, escrita com
o objetivo de atrair povoadores
para a nova conquista.3 Dele fi-
1 O livro de Claude d’Abbeville saiu em Paris, pela Imprimerie de François Huby, em 1614. A tradução portuguesa, a
cargo de César Marques, demorou muito e saiu muito defeituosa (História da missão dos padres capuchinhos na Ilha
do Maranhão e terras circunvizinhas. São Luís: Tipografia do Frias, 1874). Uma segunda tradução foi feita por Sérgio
Milliet (História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e suas circunvizinhanças. São Paulo: Martins,
1945) e reeditada, a partir de 1975, pela Editora Itatiaia, de Belo Horizonte. Há poucos anos, voltou a velha tradução de
César Marques (São Paulo: Siciliano, 2002; Coleção Maranhão Sempre). Todas essas edições estão esgotadas.
2 Impresso com o título Svitte de l’histoire des choses plvs memorables advenues en Maragnan ès années 1613 & 1614
(Paris, 1615), o livro de Yves d’Evreux não foi a público, atendendo a interesses diplomáticos entre França e Espanha.
Ferdinand Denis reeditou-o a partir de um exemplar que encontrou na Biblioteca de Paris, dando-lhe o título Voyage
dans le nord du Brésil fait durant les années 1613 et 1614 par le Père Yves d’Evreux (Leipzig: & Paris: Librairie A Franck/
Albert L. Herold, 1864) e uma introdução. A tradução portuguesa é também de César Marques: História da missão dos
padres capuchinhos (Viagem ao norte do Brasil feita nos anos de 1613 a 1614) e reapareceu outras vezes (2ª ed.: Rio de
Janeiro: Livraria Leite Ribeiro, 1929; 3ª ed.: São Paulo: Siciliano, 2002; 4ª ed.: Brasília: Senado Federal, 2007; 5ª ed.:
Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009).
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zeram fama as palavras: “Eu me
resolvo que esta é a melhor terra do mundo, donde os naturais
são muito fortes e vivem muitos
anos, e consta-nos que, do que
correram os portugueses, o melhor é o Brasil, e o Maranhão é
Brasil melhor.” Outro catálogo de
coisas maranhenses é a História
dos animais e árvores do Maranhão, de Frei Cristóvão de Lisboa
(1583-1652), ou a ele atribuído,
importante compêndio da botânica e zoologia (pré)-amazônica do
século XVII.4
Cresce a população, forma-se o
núcleo da capital, busca-se dominar o vasto território, expandem-se aldeias pelo interior. Chegam
os educadores: os jesuítas, cruzados medievais mandados ao novo
continente, místicos teimosos capazes do último sacrifício e, nada
menos, os intelectuais mais refinados que nos pode mandar a catolicidade europeia. Iríamos longe,
se tivéssemos de contar o número de jesuítas que, por quase dois
séculos, deram o melhor de sua
3 A Relação sumária... de Diogo de Campos Moreno (Lisboa: Geraldo da Vinha, 1624), de apenas 23p. na edição original,
foi reeditada nas Memórias para a história do extinto Estado do Maranhão, de Cândido Mendes de Almeida (Rio de Janeiro: Nova Tip. de J. Paulo Hildebrand, 1874, t. III, p. 1-31; Paraíba do Sul: Tip. de C. M. de A.; Revista do Instituto do
Ceará; t. XIX (1905), p. 124-54; Lisboa: Imprensa Nacional, 1911; Boston, MA: Massachusetts Historical, 1929; Anais da
Biblioteca Nacional, v. 94 (1874), p. 97-105). Sua última edição saiu pela Editora Siciliano (Coleção Maranhão Sempre),
em 2001.
4 Frei Cristóvão de Lisboa veio ao Maranhão como Visitador e Inquisidor Apostólico. Sua obra saiu inicialmente pelo
Arquivo Histórico Ultramarino/Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, em 1967. Além de recente edição portuguesa, foi reeditada três vezes no Brasil, a última das quais em 1998 (São Luís: Alumar; Coleção Documentos Maranhenses).
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abnegação para formar o intelecto de nossos curumins coloniais,
não sem intrigas incríveis e maquinações inconfessáveis, ainda
que “tudo para a maior glória de
Deus”. Exemplo maior deles é o
Padre Antônio Vieira (1608-1697),
sem dúvida, a voz mais vigorosa
de que se tem notícia, como orador sacro, capaz de reunir em si
o melhor de Erasmo e o pior de
Maquiavel. No Maranhão, ou por
causa do Maranhão, Vieira pronunciou sermões e escreveu cartas que são verdadeiros tratados
de teologia, filosofia, ciência política, do planejamento e diplomacia.
Mas os jesuítas, como é notório, sabiam, com o mesmo ardor
da profissão religiosa, trabalhar
no terreno estrito da técnica e das
coisas práticas. Causará assombro, ainda hoje, visitarmos o sítio
Tamancão, à beira da baía de São
Marcos, em São Luís, e, por suas
ruínas, conhecermos o quanto de
ciência foi aplicada a uma indústria de descascar arroz que aí eles
construíram a meados do século
XVIII, com energia gerada do movimento das marés.
Estoque não menor de ciência
terá despendido, em inícios do século XIX, o físico-mor da Capitania do Maranhão, Antônio José
Padre Antônio Vieira
da Silva Pereira, no complexo industrial em que girava uma indústria de velas, outra de fogos de
artifício, um curtume e uma cerâmica, segundo se depreende dos
alicerces e paredes que restam do
sítio Santo Antônio das Alegrias,
conhecido como Sítio do Físico,
também em São Luís.
Engenheiros por aqui andaram muitos. O que por primeiro
se registra é Francisco Frias de
Mesquita, aqui chegado em companhia de Jerônimo de Albuquerque. Para não perdermos a cronologia, fixemos, de passagem, o
nome do coronel Antônio Bernar-
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dino Pereira do Lago (...-1847), do
Real Corpo de Engenheiros, que,
com seu colega Joaquim Cândido
Guilhobel, “desenhista, e dizem
que [...] muito hábil” (César Marques), nos deixou, às vésperas da
Independência, uma Carta Geral da Capitania do Maranhão, “a
primeira de semelhante natureza que se fazia” (César Marques),
além de um Itinerário da Província do Maranhão e uma Estatística histórico-geográfica da Província doMaranhão.5 Pereira do Lago
foi também meteorologista, autor
das primeiras pesquisas do gênero, nesta terra.
Às vésperas da Independência,
aparecem os pioneiros da ciência
econômica da velha Capitania:
Joaquim José Sabino de Resende Faria e Silva (1759-1843), com
sua Memória político-econômica
sobre o Maranhão,6 e Raimundo José de Sousa Gaioso (1747-
1813), autor do Compêndio histórico-político dos princípios da
lavoura do Maranhão,7 textos que
prenunciam a mudança de paradigmas econômicos e a ruptura
política inevitável.
Ainda às vésperas da Independência, o major Francisco de Paula
Ribeiro (...-1823), em sua faina de
explorador dos sertões, evidencia
intuições de antropólogo, quando
propõe uma política indigenista
que harmonize a ocupação do território com a necessidade de convivência pacífica com os nossos
silvícolas.8
Ao novo país que se forma, o
Maranhão chega de forma tardia
e traumática, mas cedo toma posição de frente no plano intelectual. De Coimbra, aonde foram
mandados a estudar, voltam os
filhos dos nossos barões da terra,
enriquecidos com o crescimento
econômico do final do século an-
5 O Itinerário... de Pereira do Lago, de 1820, ganhou letra de forma na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
(p. 385-422), a partir de manuscrito existente na Secretaria de Governo do Maranhão. Reeditou-a o Departamento de
Cultura do Estado, a cargo de Domingos Vieira Filho, em 1938. Uma edição recente integra a Coleção Maranhão Sempre
(São Paulo: Siciliano, 2001). A Estatística (Lisboa: Na Typ. Da Academia Real das Ciências, 1822) teve a última edição,
em 2001, pela mesma Editora.
6 A Memória... de Sabino, deixada em manuscrito e guardada na Biblioteca da Ajuda, em Lisboa, foi objeto de tese
doutoral de Milton Torres, publicada com o título de O Maranhão e o Piauí no espaço colonial (São Luís: Instituto Geia,
2006; Coleção Geia de Temas Maranhenses).
7 O Compêndio... de Gaioso (Paris: Oficina de P. N. Rougeron, 1818) recebeu edição fac-similar em 1970, aos cuidados
da extinta Sudema, no Maranhão. Foi republicada, com ortografia atualizada, pelo Instituto Geia, em 2011.
8 Ver os seus escritos reunidos aos cuidados de Manuel de Jesus Barros Martins, sob o título de Memórias dos sertões
maranhenses (São Paulo: Siciliano, 2002; Coleção Maranhão Sempre).
9 VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira. 4ª ed. Brasília: Editora da UnB, 1963, p. 185. (Biblioteca Básica
Nacional).
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terior. Forma-se o Grupo Maranhense, epíteto dado por José Veríssimo àqueles que fizeram valer
a São Luís a antonomásia de Atenas Brasileira.9 Como de costume
à época, os homens de letras se
desdobram em homens de ciência.
E, cada um em sua área, os primeiros: Manuel Odorico Mendes
(1799-1864), na filologia e nos estudos clássicos; Francisco Sotero
dos Reis (1800-1871), na gramática; João Francisco Lisboa (18121863), na historiografia; Joaquim
Gomes de Sousa (1829-1863), na
matemática. E mais famoso que
todos, Antônio Gonçalves Dias
(1823-1864), o qual, cientista tanto quanto poeta, como Goethe, foi
historiador, antropólogo, naturalista, pesquisador de campo.10
Odorico será, por largo tempo,
o único brasileiro a traduzir todo
o Virgílio e todo o Homero. Seu
trabalho lhe dará o prestígio de
Patrono dos Tradutores Brasileiros. (O outro tradutor da obra inteira dos dois clássicos surge já
no século XX, e será também um
maranhense: Carlos Alberto Nu-
nes); Francisco Sotero dos Reis
será mestre da Gramática; de
João Francisco Lisboa, que polemizou com Varnhagen, o historiógrafo cortesão do Brasil Imperial,
temos o depoimento do próprio
Varnhagen, de que ele foi “o nosso
primeiro e único historiador, o pai
da nossa História”.
Caso, porém, de causar nada
menos que espanto no culto à ciência prestado por um maranhense é Joaquim Gomes de Sousa.
Nascido em Itapecuru-Mirim,11 já
aos 15 anos encontramo-lo matriculado no curso de Medicina
do Rio de Janeiro. Aos 18, requer
exame das matérias da Engenharia, que estudara sozinho. No ano
seguinte, mediante concurso, se
faz catedrático da Faculdade que
relutara em recebê-lo como aluno. Ao certame, que se realiza em
etapas, vem assistir, incrédulo, o
próprio imperador Pedro II. E não
fica nisso o nosso Sousinha: em
1854, aos 25 anos, na França –
como depõe Humberto de Campos –, “corre a assistir uma aula
do famoso professor Crouchy, que
10 Odorico Mendes, Sotero dos Reis, João Francisco Lisboa, Gomes de Sousa e Gonçalves Dias estão biografados no
Pantheon maranhense, de Antônio Henriques Leal. Ver, respectivamente, na 2ª ed. (Rio de Janeiro: Alhambra, 1987.
Coleção Documentos Maranhenses, da Academia Maranhense de Letras): t. I, p. 7-54 e notas, p. 139-44; p. 65-94; p. 237254 e notas, p. 145-166; t. II, p. 295-387 e notas, p. 431-51; p. 3-168 e apêndice, p. 169-289. Por extensa e mais conhecida,
omite-se a bibliografia desses autores.
11 Em São Luís, o nome de Gomes de Sousa está associado ao casarão de seus pais, situado à Rua do Sol, onde hoje está
o Museu Histórico do Maranhão.
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era, na opinião geral, o maior matemático do tempo. Em meio da
aula, apresentada por este uma
equação como não integralizável,
Gomes de Sousa ergue-se, e pede:
“– Dá licença?
“E, dirigindo-se à pedra, mostra
por duas vezes, o engano do sábio
que, diz-se, o abraçou, comovido,
e se tornou depois o maior de seus
amigos.”12
Ainda em Paris, conclui o curso de Medicina interrompido no
Rio de Janeiro. Sua fama corre a
Europa. Recebido no Instituto de
França, aí apresenta memórias
que se intitulam Dissertação sobre o modo de indagar novos astros sem auxílio das observações
diretas e Métodos gerais de integração e da integral da equação diferencial do problema do som. Na
Inglaterra, discorre sobre a Propagação dos movimentos nos meios
elásticos, compreendendo o movimento nos meios cristaloides, e
teoria da luz, e sobre a Fisiologia
geral das ciências matemáticas e
uniformização dos métodos analíticos, entre outras.
Vida luminosa como a que levou Gomes de Sousa extinguir-se-ia como um meteoro (1.6.1863).
“Esse homem formidável, que foi
matemático, médico, astrônomo,
geólogo, financista, engenheiro,
historiador, jurista, crítico literário, um completo erudito, em
suma”, viveu apenas “trinta e
quatro anos, três meses e quinze
dias.”13
Mas o número de cientistas maranhenses do século XIX não se
fecha com o Grupo Maranhense.
Quatro, em especial, dos maiores
do Brasil em seu tempo, obrigam-nos a relembrá-los neste rápido
escorço: Frei Custódio Alves da
Pureza Serrão, Cândido Mendes
de Almeida, Raimundo Teixeira
Mendes e Raimundo Nina Rodrigues.
Frei Custódio Alves Serrão
(1799-1873), religioso do convento do Carmo de Alcântara, depois
secularizado, estudante em Coimbra pelos últimos anos do Período
Colonial, teve os mesmos mestres
que Odorico Mendes, mas não se
notabilizou pelo culto aos clássicos como o seu colega. Consagrou-se, em vez, às ciências naturais.
De Portugal, depois de formado,
transfere-se para o Rio de Janeiro,
em cuja Academia Militar (18261832) foi sucessivamente lente de
12 CAMPOS, Humberto de. Carvalhos e roseiras. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1962, p. 64-65.
13 Idem, op. cit., p. 68.
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Geologia, Botânica, Química, Física e Mineralogia. “Em dia com os
progressos e descobertas da ciência” – lembra seu biógrafo Antônio
Henriques Leal – “mal começava a
firmar-se na Europa a teoria atômica, já o sábio professor punha
seus discípulos ao corrente dela,
explicando-a primeiro da cadeira,
e depois em 1840, pela imprensa, em um folheto que tive o prazer de consultar admirando nele
a clareza da exposição de suas
ideias científicas sobre a matéria,
e os argumentos bem deduzidos
e vigorosos com que as sustentou
e desenvolveu.”14 Como diretor
do Museu Nacional e, depois, do
Jardim Botânico da Lagoa Rodrigo de Freitas, alcançou reconhecimento nacional. Foi também
membro do Conselho da Casa da
Moeda e, como botânico, do Instituto Fluminense de Agricultura. “O Dr. Fr. Custódio” – conclui
Henriques Leal – “não era só botânico, nem só mineralogista, mas
também astrônomo, e ao lado dos
microscópios e maçaricos tinha
o seu telescópio, que aparelhava
para se engolfar na contemplação das maravilhas celestes”.15
Cândido Mendes (1818-1881),
natural de Brejo de Anapurus, foi
o Geógrafo Brasileiro do século
XIX, além de jurista e historiador.
O País lhe deve o Atlas do Império
do Brasil (1868); a Província natal, a exata configuração de seu
mapa geográfico, por ele defendido em A Carolina ou a definitiva
fixação dos limites entre as Províncias de Goiás e do Maranhão
(1852-54). Seu saber jurídico ficou reconhecido, em especial, por
seus comentários e anotações ao
Código Filipino (1874), de grande
utilidade, até hoje, para os estudiosos da matéria.
Cândido Mendes
14 Pantheon maranhense, ed. cit., t. II, p, 416.
15 Op. cit., p. 422-23.
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Raimundo Teixeira Mendes
Raimundo Teixeira Mendes
(1855-1927), caxiense, filósofo e
engenheiro, exerceu um duplo
apostolado: o do Positivismo e o
da República brasileira. Ao lado
de Miguel Lemos, é figura central
da Religião da Humanidade no
Brasil. Republicano por motivação religiosa, foi o idealizador da
Bandeira Nacional. Pouco é falar
dele, se, às virtudes de seu intelecto, não se somar o exemplo de
dignidade em que viveu e serviu
à causa republicana, a ponto de
impor-se ao respeito e à venera-
ção de autoridades que não comungavam na sua mesma fé.
Raimundo
Nina
Rodrigues
(1862-1906), nascido em Vargem
Grande, médico, criminalista e etnógrafo, foi o criador da Medicina Legal e da antropologia negra
no Brasil. “Internacionalmente
reconhecido por seu saber” – comenta Jomar Moraes -, mereceu
inúmeras distinções de entidades
estrangeiras dedicadas à Ciência.”16 A autópsia por ele feita do
crânio de Antônio Conselheiro, o
líder da revolta de Canudos, correu o mundo em francês e inglês,
e surpreendeu a expectativa dos
homens de ciência de seu tempo
quando o deu por “normal”.
Neste ponto, antes que avancemos com o elenco dos que fizeram ciência no Maranhão
no Período Republicano, convém responder a uma pergunta
e fazer algumas considerações.
A pergunta: não foram poucos
os cientistas desta terra nos tempos da Colônia e do Império, além
de pouco diversificados no espectro de suas qualificações profissionais?
A questão é problemática para
os que se detêm a ver o mundo
pela ótica de nossos dias, do modo
16 In Apontamentos de literatura maranhense, 2ª ed. São Luís: Sioge, p.194.
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de vida que levamos hoje, e do que
isso implica em termos de necessidades habituais. Consideremos,
porém, que a história dos tempos
passados, no Brasil e fora do Brasil, não registra conflitos sociais
ou desequilíbrios econômicos provocados por um baixo estoque de
alto saber – e isso talvez nos ajude no devido enquadramento da
questão.
A ciência não aparece de forma
hipostática sobre o tempo e o meio,
como surgindo do nada, à espera
de ser admirada ou posta em uso.
No caso brasileiro e maranhense, a nossa sociedade produzia a
ciência por quanto dela carecia,
num ambiente de lenta mudança, papéis sociais quase estáticos,
marcadamente rural e extrativista, no qual as necessidades básicas de sustento e bem-estar eram
satisfeitas pela lei do mais fácil,
acionando-se as mãos mais que
a mente. Nossos bacharéis eram
filhos de coronéis. Escapava-lhes,
por anacrônico, o sentido utilitário do conhecimento científico. A
ciência jurídica continha a suma
do que precisavam, de imediato,
para acomodar eventuais proble-
mas de instabilidade social ou
econômica. Daí que, sem maiores
consequências, pudessem cultivar um saber ornamentício, que
lhes garantisse prestígio ao clã familiar e dilatasse pelos anos a vir
a ordem do sistema agrário-patriarcal.17
Veja-se, a propósito, que, na
passagem da Colônia para o País
independente, os nossos juristas
e beletristas imperiais mudaram
de escola, sem mudarem a escola.
De Coimbra, passaram para Olinda. No panorama nacional, não
há diferença, sob este aspecto, entre Gonçalves Dias e Castro Alves.
(A exceção também fazia parte da
regra: havia, é certo, uns poucos
que estudaram medicina ou algum tipo de engenharia – e iam
se formar em outra praça, até no
Exterior, mas sem se afastarem,
no geral, do que lhes solicitava o
“perfil profissiográfico” da Província estagnada).
Já antes, porém, por efeitos da
Revolução Industrial, havia chegado a hora em que o mundo haveria de guiar-se por novos parâmetros. A ideia de progresso
difundia-se como o elemento que
17
Neste saber para efeitos decorativos encantava-se a classe aristocrática maranhense e enganavam-se os nossos
visitantes. Daniel Kidder anotará em 1841 que “os maranhenses alegam possuir, e não sem razão, um grau de
desenvolvimento intelectual e moral comparável aos seus patrícios das maiores cidades do Império”. (Reminiscências de
viagens e permanências nas Províncias do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, p. 235)
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asseguraria, com toda certeza, a
felicidade universal. A humanidade alcançava, enfim, o “moderno”,
e este se prometia como a última
e irreversível fronteira da civilização. A nova idade obrigava ao uso
mais do cérebro que do braço humano.
Está aí identificado o marco diferenciador, sinalizando, também
para nós, a virada histórica para
a agenda de aggiornamento, que
tardamos a cumprir, porque o modelo de sociedade – e até as facilidades da natureza – garantiam um
bem-estar sem esforço para uns
poucos, mas que nem para esses
iria muito adiante. Sem muito nos
darmos conta, perdemos o passo
da História. Pagamos o preço do
atraso. Calculamo-lo mal.
Assim atravessaremos os tempos. A nossa produção econômica,
de base não mais que extrativista, chegará a momentos de pico,
e será levada até ao mercado internacional, como aconteceu, por
exemplo, nas décadas da Companhia-Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão (1755-1775),
mas isso só enquanto outros centros produtivos não incorporavam
avanços mecânico-tecnológicos
que, fechando o arco do tempo,
tornariam obsoleto o parque industrial maranhense, pouco mais
de um século diante. Inexistente o
capital humano, por utilização da
ciência útil, ineficiente se fez até o
investimento do capital financeiro
em nossa indústria incipiente.
É este o sentido da crise
republicana, que nos trouxe um
choque de modernidade, mas ao
qual, no isolamento maranhense,
não poderíamos responder, porque sequer pudemos adverti-lo. A
república – aqui e lá fora, no cenário nacional – foi um gesto voluntarista de militares e intelectuais de gabinete, uma violência
que apanhou “bestializado” não
apenas ao povo, mas boa parte
de nossa elite. Queríamos os fins.
Não tínhamos os meios. Não os
enxergávamos de perto, nem fazíamos ideia de onde encontrá-los.
Guiamo-nos – aqui mais do que lá
fora – pelo instinto de acomodação
que do “crepúsculo vesperal da
monarquia” (Humberto de Campos) prolongava-se na “tristíssima
e caliginosa noite” (Antônio Lobo)
em que, ilhado, mergulhou o Maranhão por décadas a fio. Nada
dava certo. Nada iria dar certo.
Não faltaram luzes no semáforo,
tênues embora, que acenassem
à necessidade de devassar caminhos mais esclarecidos para a
República nestas plagas: as conferências da “Universidade Popu-
Sumário
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lar” dos positivistas – pouco eficazes, pelo formato fragmentário em
que se organizavam – e a voz do
poeta Sousândrade que, recém-vindo de longe, via, em contraste,
a sonolência em que permanecia
o Maranhão, e chegou a oferecer a
própria residência para que, pela
universidade que nela se abrisse, entrasse o sopro renovador
do século que viria, com sua cobrança inexorável. A sonolência
continuou. O Poeta visionário, ridicularizado, morreu pobre e esquecido.
Aqui, outra vez, as exceções
– que é bom não esquecer, por
tudo quanto revestem de exemplar – não fogem à regra senão
para confirmá-la, isto é, para expor às claras a falta que o domínio do conhecimento aplicado fez
em nosso meio. Registremos, no
ramo farmacêutico, misturados
com nomes estrangeiros que se
facilmente se veem nos almanaques maranhenses de fins do século XIX, as iniciativas de João
Vital de Matos e Jesus Norberto
Gomes, “pioneiras de uma indústria farmacêutica que teria um
apreciável desenvolvimento ainda
na primeira metade ou, pelo menos, no primeiro quartel do século
XX.”18
Faltavam ao Maranhão as instituições de alta cultura, imprescindíveis para dar suporte à sua
produção de riqueza. Carecíamos
de universidade. Na verdade, chegava à plena evidência o impasse:
não tínhamos universidade porque não tínhamos riqueza, não
tínhamos riqueza porque não tínhamos universidade, pois uma
coisa não se dá antes nem depois da outra. Com isso, perdíamos mais que a universidade: não
tínhamos as escolas de mais baixo
nível, e continuávamos “o estado
essencialmente agrícola”, dominado por coronéis analfabetos explorando lavradores analfabetos,
satisfeitos na arcaica agricultura
rudimentar.
Nossas elites urbanas estremeceram perante tamanho atraso
e pretenderam remediá-lo, mas
18 MEIRELES, Mário M. Apontamentos para a História da Farmácia no Maranhão, in Dez estudos históricos. São
Luís: Alumar, 1984, p. 183. (Coleção Documentos Maranhenses). “João Vital de Matos & Irmãos” – continua Mário
Meireles – [foram] “proprietários da Pharmacia Mattos, na Rua do Quebra-Costa, nº 17, com seu Elixir de Carnaúba,
e sua conhecidíssima Tintura Preciosa, sem se contar com mais uma dezena de produtos outros e que tudo já lhe dera,
anteriormente, medalhas de prata na Exposição da Festa Popular do Trabalho, no Maranhão, e na Grande Exposição
Universal de Saint Louis, nos Estados Unidos da América do Norte, além de uma de ouro na última Exposição Nacional
do Rio de Janeiro. [...] Jesus Norberto Gomes [...] foi por muito tempo na Rua do Sol, defronte ao Largo do Carmo,
fabricante dos conhecidíssimos produtos Jesus – o Hidrocálcio, o Antigripal e o Guaraná” (p. 188-89), produto, este
último, que tem perdurado até os nossos dias.
Sumário
16 / 415
com vistas para seu serviço e seus
interesses, apenas. Passamos assim todo o período da Primeira
República e a primeira parte da
Segunda. E foi por essa forma que
surgiram em São Luís, a duras
resistências, em 1918 (1º de junho, data de seu funcionamento),
a Faculdade de Direito do Maranhão,19 e, no ano seguinte (1º de
setembro), a Escola de Enfermagem do Instituto de Assistência à
Infância, que ainda enfrentou dificuldades para ser reconhecida
como faculdade.20 Em 1922 (12
de março), apareceu uma Escola
de Belas-Artes, que não foi muito à frente. No mesmo ano (3 de
maio), a Escola de Farmácia,21 a
que se agrega, em 1925, um Curso de Odontologia, sendo a Casa
designada, a partir de então, Escola de Farmácia e Odontologia do
Maranhão.22 Em 1929, tentou-se
a Faculdade de Medicina, malograda, embora, para mantê-la, se
tenha cogitado até da criação de
uma loteria.23 Malogrou também,
em 1932, a Escola de Agronomia,24 fechada em 1939, por não
atender ao que lhe exigia a Inspeção Escolar. Esse quadro é ainda
mais desolador em 1941, quando
o Departamento Nacional de Ensino (correspondente ao atual Conselho Nacional de Educação) cassa a equiparação das duas únicas
faculdades maranhenses – Direito e Farmácia e Odontologia –, e
estas encerram suas atividades,
obrigadas a recolher seus arquivos ao Ministério da Educação e
19 Instalada inicialmente no Beco da Sé, a Faculdade de Direito passou depois para a Rua do Sol, em frente ao Teatro
Artur Azevedo, onde fez tradição por muitos anos, até, rebaixada à condição de Departamento Acadêmico, ser transferida,
com a Universidade Federal, para o campus universitário do Bacanga.
20 Não deixa de ser sintomática a participação de estrangeiros na criação desta e de outras instituições. A Escola de
Enfermagem muito deveu ao português Fran Paxeco, animador cultural polivalente a quem muito deve o Maranhão, e às
enfermeiras inglesas Margareth Laurie e Gertrudes Colet. Significativo também é o fato que tais escolas nasceram pela
ação de pessoas de boa vontade, contentando-se o Governo a reconhece-las de utilidade pública e a votar-lhes subsídios
orçamentários.
21 A Escola de Farmácia abriu portas à Rua do Sol, onde funcionava o Grupo Escolar Raimundo Correia. Em 1925,
adquiriu sede própria: a casa que fora residência de Antônio Lobo, na Praça de Santo Antônio.
22 A carência de profissionais nesta área era tal, lembra Mário Meireles, que o Estado, alguns anos antes, autorizara (lei
nº 764, de 23.4.1917) cirurgiões-dentistas do Pará a virem trabalhar no Maranhão. Ver O Ensino Superior no Maranhão:
Esboço Histórico, in Dez estudos históricos, cit., p. 69.
23 Com a palavra, outra vez, Mário Meireles, para um detalhe que retrata bem o “espírito” que andava em meio às nossas classes sociais ao tratarem do problema: “Conta-se, a respeito, que um dos maiores industriais da terra, procurado
pela missão organizadora [do que poderia ser a Faculdade de Medicina] a fim de dar sua ajuda, teria respondido que o
procurassem quando fosse para a feitura do telhado do prédio que naturalmente seria preciso construir para abrigar a
pretendida faculdade; antes... não daria nada! Por outro lado, na própria comunidade, apontava-se, como óbice maior
para a concretização dela, a dificuldade na obtenção dos cadáveres necessários ao estudo de Anatomia.” (Op. cit., p. 66).
24 Funcionava essa Escola à Rua da Palma, esquina com a de Sant’Ana.
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Cultura. Reabertas com o aporte
de recursos da Fundação Paulo
Ramos (19.7.1944), só serão reconhecidas três anos depois. Por fim,
em fins de 1950 (1º de dezembro)
– transcorrida, portanto, a metade do século XX –, as duas casas
de educação são federalizadas.
Nesse ínterim, surge uma terceira unidade de ensino superior
no Maranhão, a Escola de Enfermagem São Francisco de Assis, a
cargo das Irmãs Terceiras Capuchinhas.25 Também de iniciativa
religiosa foi o que afinal se chamou Faculdade de Serviço Social
do Maranhão, já em 1960, embora o respectivo curso tivesse sido
aberto desde 1953. Também por
esse tempo, a união de esforços da
Academia Maranhense de Letras
e da Arquidiocese do Maranhão
fizera nascer (15.8.1952) a Faculdade de Filosofia de São Luís do
Maranhão. Através da mesma Arquidiocese criou-se, em condições
muito precárias, uma Faculdade
de Ciências Médicas (3.7.1958),26
e, ainda mais precária, uma Faculdade de Ciências Econômicas
(11.8.1958, com curso reconhecido só dez anos depois, quando
já incorporado à Universidade Federal).27 Estava a caminho a Universidade Católica do Maranhão
(18.1.1958), de penosa história e
curta duração, e a qual mais não
faria que incorporar e agregar faculdades já existentes. Andavam
já os anos 60, quando a meados
daquela década, já administração
de José Sarney, o Governo empenhou-se numa dupla frente: forçar, em Brasília, a criação da Universidade Federal do Maranhão
(21.10.1966)28 e, na esfera estadual, abrir os cursos e faculdades
que formariam a Federação de Escolas Superiores e, depois, a Universidade Estadual (31.3.1981).
Está aí, em linhas sumárias, o
doloroso percurso de quase um
século para o surgimento de uma
plataforma de ensino superior
25 Com seu Regimento datado de 15.7.1948, essa Escola, instalada à Rua Rio Branco, em São Luís, só foi reconhecida
pela autoridade federal em 11.3.1952. Sua criação deveu-se ao Dr. Carlos Macieira e à madre Josefa Maria de Aquiraz,
superiora da referida ordem religiosa mantenedora.
26 Aberta inicialmente nas dependências do Hospital Presidente Dutra, mudou-se, por injunções legais, para um prédio
do Largo dos Amores, que abrigava um Grupo Escolar.
27 Esta Faculdade oferecia seu curso à Rua Formosa, esquina com a Rua Direita, em São Luís.
28 Josué Montello, que era membro do então Conselho Federal de Educação, afirmava que um dos principais opositores
da criação da UFMA era Anísio Teixeira, a mais respeitada autoridade em educação à época. Seu argumento era que o
Maranhão não reunia um corpo docente à altura de formar uma universidade. De fato, o que aconteceu quando fundou-se a Universidade, e por alguns anos adiante, foi que os melhores professores do Liceu Maranhense passaram a integrar
o quadro de magistério da Universidade, esvaziando, em alguma meida, aquela escola secundária do prestígio de que
desfrutava.
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Foto: Albani Ramos
para o Maranhão. Observe-se que
a maior parte dos cursos oferecidos por nossas universidades
destinam, ainda hoje, à formação
de professores, desfocados, ainda
assim, das necessidades prementes de mestres na área técnico-científica em nossas escolas. As
licenciaturas, como se sabe, não
emprestam grande nome às instituições que as mantêm, mas empenham custos comparativamente inferiores. Não será, todavia,
de cursos dessa natureza que se
há de esperar o cabedal de ciência que sirva de força motriz do
desenvolvimento do Estado. Não
se menciona também, até aqui,
a pós-graduação: esta, iniciada
em meados da década 80, só nos
anos 90 despontará com alguma
visibilidade.
Posto e exposto o panorama em
que se instalam e funcionam os estabelecimentos de onde se espera
sair a ciência maranhense e para
o Maranhão, estamos em condição de voltar com melhor entendimento à questão posta no início.
Reapresentemo-la com mais clareza: tem a produção acadêmica
da universidade maranhense se
ocupado da problemática de seu
Meio, a ponto de, incorporando-a
a seus estudos, restituir-lhe soluções “de nível superior”, garantindo interpretações conscientes,
intervenções seguras, ações eficazes, transformações irreversíveis?
A resposta é: ainda não - e poderia
surpreender se fosse outra.
Mas não façamos, de saída, nenhum exercício de autopunição
por isso. Neguemos, em sentido
provisório pelo menos, a famosa
declaração – que é de um maranhense – segundo a qual intelectual gosta mesmo é de pobreza.
Alarguemos o foco da questão,
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para apresentarmos mais abertamente algumas premissas de nosso argumento:
1.Não existe, na história do
pensamento humano, instituição
em que o intelectual possa engajarse, quo talis, com maior sentido
de serviço público, do que a universidade. Essa é uma verdade
que atravessa a academia grega e
chega à aldeia pós-moderna, e, se
afirma a permanência da universidade, fala também da grandeza
e elevação desse serviço;
2.É tarefa da universidade, para
que possa bem servir à civilização
e à cultura pátria, pôr a serviço
do maior número de indivíduos
o patrimônio de ciência e técnica de que se fez herdeira, e que
lhe compete guardar, transmitir
e ampliar. É indissociável dessa
missão, por ser a ela inerente, o
comprometimento político – em
seu amplo e verdadeiro significado – e o compromisso ético;
3.As
universidades
situadas na periferia do mundo, política e ética acrescentam, aos
encargos do cotidiano acadêmico, a responsabilidade pelo
correto equacionamento e busca de
solução viável para os problemas
do atraso econômico, social e cultural de seus países. Em síntese:
para a inclusão de todos no projeto
que o corpo social implementa na
realização da humanidade do ser
humano;
4.A universidade brasileira, em
geral, tem sido largamente inadimplente da dívida que arrolamos.
Nas palavras de um de seus líderes mais inspirados: “Há crença
generalizada que a universidade
não tem conseguido cumprir esses objetivos, nem mesmo quanto à quantidade de profissionais.
Certamente temos motivos sobejos para envaidecer-nos de muitos cientistas brasileiros que, nas
universidades, vêm contribuindo,
pela investigação científica original, para o progresso da ciência
[...]. Os cientistas autênticos são,
porém, muito poucos em relação
às enormes demandas da Nação,
assim como são poucas as faculdades realmente boas entre as
centenas existentes. A verdade é
que prevalece a inicial afirmativa
do precário rendimento de nossas
universidades.”29
5.Corre-se o risco de ser injusto
com a Universidade maranhense,
se, em ajuizarmos o seu desempe-
29 Palavras do Prof. Zeferino Vaz, fundador da Unicamp, em texto mimeografado, sem data, intitulado A Problemática
da Universidade Brasileira.
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Foto: Albani Ramos
nho, deixarmos de levar em conta
o que diz o fundador de uma das
mais renomadas universidades
do Brasil.
Ponto final? Não. Reconheçamos, para sermos justos, que,
para o intelectual maranhense,
nenhuma instituição se compara à sua universidade em termos
de serventia pública a essa região
brasileira. Com, ainda, esta diferença fundamental: nenhuma repartição pública do Estado tem
praticado, de forma tão continuada, incontentável e exasperante,
a autocrítica e a avaliação de desempenho.
Outra observação que me parece pertinente é a seguinte: não é
tão verdade, como se pode deduzir por uma visão superficial, que
a nossa Universidade é carente de
inserção social, ou seja, que não
tem respostas, através da ciência,
às necessidades de melhoria da
qualidade de vida dos maranhenses. Aquilo que se tem visto como
sua impotência ou inapetência em
atacar esses problemas decorre,
segundo penso, de um salvacionismo exacerbado, o qual se exaspera pela insolução de problemas
crônicos, às vezes autênticos círculos viciosos, e quer apressar-se em resolvê-los sozinho, sobrepondo-se ou substituindo outras
agências da coisa pública – o que
também representa um desvio
da própria missão universitária.
Essa sobrecarga não é nenhum
serviço à instituição. Pelo contrário, pode estar aí uma das causas
originais da flagelação autofágica
a que as universidades às vezes
se entregam e em que se danam.
A revista em que se inscreve
este artigo há de documentar o
que digo com o catálogo atualizado dos mais destacados pesquisadores das Universidades do Maranhão.
Ratificando, então, nosso juízo
anterior, de que a Universidade
maranhense ainda não responde
aos desafios de nossa realidade,
Sumário
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esse individualismo, que, visivelmente entre nós, soube refugiar-se no cultivo das belas-letras?
Ainda nos tempos pós-modernos,
ignoramos o estatuto da ciência
moderna, que valoriza mais o laboratório, o colegiado de pesquisadores, que o cientista isolado,
dono exclusivo de suas próprias
descobertas;
2. Já deixamos demonstrado
como a nossa mais alta instituição de ensino e pesquisa tardou,
por décadas, a firmar-se. Chega-
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Foto: Albani Ramos
ao nível em que também ela mesma espera, meditemos um pouco
sobre as razões por que isso tem
acontecido, em primeiro lugar
para que não transpareça qualquer sentimento negativo nessa
constatação e, muito especialmente, para que isto sirva de convocação às gerações futuras, a quem a
presente geração entregará a universidade que fez com as energias
e os meios de que dispunha, a fim
que essa obra, sempre em construção, possa, às mãos dos jovens
de hoje e cientistas maduros de
amanhã, realizar em plenitude o
ideal de um universidade de alto
saber plenamente assestada aos
objetivos e necessidades do grande Estado – e do País – que eles
estarão fazendo ainda melhor:
1. A Universidade brasileira – e
os seus quadros, dentro dela – ainda exibe uma forte impregnação
intelectualista-individualista, que
é uma das características da inteligência brasileira. O protótipo do
cientista brasileira é o estudioso,
o inventor, o pesquisador solitário. Lembremos Santos Dumont:
alguém sabe dizer qual foi a equipe de trabalho alistada no projeto
pioneiro de Santos Dumont? Estaria a Universidade maranhense, temporã e isolada por força da
geografia e da cultura, imune a
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mos tarde e pobremente, para dar conta de um produto que demanda tempo e paciência para se mostrar. A ciência não pode nascer por
geração espontânea. Tributária de seutempo e meio, a Universidade
maranhense haverá de contar com o apoio e o reconhecimento da sociedade a que serve – sobretudo, de suas forças produtivas – para que
se eleve a padrões ainda mais altos de serviço público, e os cidadãos
maranhenses possam alistá-la com orgulho entre as obras que efetivamente lhes pertencem.
3. Sobretudo, perdemos um tempo precioso em iniciarmos programas
de pós-graduação na Universidade maranhense. Sem pós-graduação,
pesquisa não há. E sem pesquisa, pós-graduação não é. A pesquisa e
a pós-graduação são requisitos fundamentais para o reconhecimento
público de uma universidade;
4. Por último, e a despeito da aceleração que teve a nossa Universidade na qualificação de seus quadros nos últimos anos, nossos recursos
humanos de alto nível são ainda insuficientes para a escala imensa de
possibilidades e problemas com que se depara a nossa Província.
A Universidade do Maranhão é, em sua história, um recorte mimético da história do Maranhão.
E que se lembrem todos – sobretudo os que nela estudam hoje para que
a façam melhor amanhã – que a melhor universidade é a universidade
dos melhores.
Sebastião Moreira Duarte
M.Sc Administração Universitária, University of Alabama; PhD em Literatura Latino
Americana, University Illinois, membro da Academia Maranhense de Letras.
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Novas Tecnologias na
Educação para auxiliar
a difusão do
conhecimento
Josie Bastos
A quarta edição da revista eletrônica Plural traz como tema
central a produção da ciência
e tecnologia no Maranhão. Em
uma mesma plataforma digital, o
leitor poderá ter acesso, nos formatos áudio, imagem e texto, às
informações sobre as pesquisas
científicas que mais se destacam
no Estado, no âmbito nacional e
internacional. O assunto se torna ainda mais relevante no ano
em que a Universidade Federal
do Maranhão realiza, pela segunda vez, o maior evento científico
da América Latina, a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
– SBPC. A temática nos leva a refletir sobre a importância do uso
das Tecnologias da Informação
e Comunicação - as TICs (PCs,
telefonia móvel, internet, TV por
assinatura, tecnologias digitais
de captação de imagens e sons,
entre outros) - no campo da educação como ferramenta de produção e difusão do conhecimento. Hoje, é cada vez maior o leque
de opções metodológicas que o
professor encontra para introduzir um tema, trabalhar com
os alunos de forma presencial
ou virtualmente. Nos veículos de
comunicação não é diferente. O
mesmo conteúdo exibido na tela
da TV, impresso no jornal ou em
uma revista pode ser veiculado,
até mesmo em tempo real, no
mesmo formato ou com adaptações, na mídia digital. Este instrumento potencializa ainda mais a
difusão do saber em sala de aula
associado a outros instrumentos
de investigação e análise. Para
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Demo (2009), um estudioso da
área de Educação, o atual processo de aprendizagem requer
a condição do sujeito participativo, envolvido na posição ativa
de construção e reconstrução do
conhecimento. Nesta perspectiva, o uso das ferramentas digitais se torna essencial, já que
atua como suporte para a produção de uma formação integrada
aliada à tecnologia. Uma fórmula
capaz de produzir efeitos significativos entre os indivíduos, visto
que eles não só consomem, mas
se tornam atores do processo de
difusão da informação.
No entanto, apesar de sua importância e seu alcance, o uso das
novas tecnologias é um desafio
que até agora não foi enfrentado
pela maioria das instituições de
ensino brasileiras. Para Demo
(2009), o que se vê são apenas
adaptações, mudanças pouco
profundas. Sua crítica é quanto à persistência do emprego de
uma pedagogia restrita às concepções mais tradicionais. Para
ele, este modelo está fadado ao
fracasso diante de um mundo de
informações e tecnologias disponíveis. Introduzir as plataformas
virtuais dinâmicas em ferramentas que auxiliam o aprendizado
e a formação depende, acima de
tudo, do próprio docente. Toda a
proposta pedagógica que investe na aplicação das TICs somente consegue alcançar resultados
desejáveis se passar pelas mãos
do educador, pois é ele que desempenha um papel de produtor
de mensagens em meios tecnológicos como um usuário ativo
e crítico. As TICs podem possibilitar novos modos de alfabetização, mais envolventes, atuais,
possibilitando a formação de novas habilidades para o século
XXI. Nas instituições de ensino, estes recursos impulsionam uma
nova forma de repassar o conhecimento em favor da autoridade
do argumento contra o argumento da autoridade. Ensinar com as
novas mídias é, acima de tudo,
mudar os paradigmas convencionais de ensino, pesquisar novos caminhos de integração entre o ser humano e a tecnologia,
do presencial e virtual em sala
de aula, no trabalho e na vida.
As plataformas tecnológicas significam novas oportunidades de
aprendizagem e formação. Um
direito de todos, disponíveis no
mercado no intuito de potencializar o conhecimento continuamente. No início deste ano, o Ministé-
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rio da Educação anunciou o investimento de cerca de R$ 150
milhões para a compra de 600
mil “tablets” para uso dos professores do ensino médio de escolas públicas federais, estaduais e municipais. A intenção é
incentivar o uso intensivo das
TICs no processo de ensino-aprendizagem. Um projeto arrojado e desafiador se levarmos em
consideração os déficits educativos e as desigualdades regionais
tão elevadas no país. O projeto
compreende o uso do computador interativo (equipamento desenvolvido pelo MEC que reúne
projeção, computador, microfone, DVD, lousa e acesso à internet, e o tablet). Aos computadores serão integradas as lousas
eletrônicas, compostas de caneta
e receptor, acopladas ao computador interativo. Os professores
poderão trabalhar os conteúdos
pedagógicos disponíveis em uma
parede ou quadro rígido, sem a
necessidade de manuseio do teclado ou do PC. A iniciativa do
Ministério revela a importância
de iniciativas reais de mudanças
na educação brasileira, que demanda soluções práticas e inovadoras.
Na educação superior, vemos
o crescimento exponencial do
Ensino a Distância, que hoje se
destaca pelo uso de ambientes
virtuais interativos de aprendizagem. Nessa modalidade, como
afirmam Torres e Fialho (2009),
o uso das tecnologias interativas
- como a internet e a videoconferência - “prioriza os processos
de comunicação” (p.457). Eles
compreendem que a tecnologia
da informação tornou a comunicação uma das principais características da EAD contemporânea, um modelo que vem se
fortalecendo a partir da década
de 90 e encontra-se, desde então, consolidado nas grandes
universidades do mundo. De
acordo com Alves (2009), o Brasil conta com 158 instituições
credenciadas pelo Governo Federal para ministrar cursos de
graduação e pós-graduação lato
sensu (dados de 2008). Acredita-se, também, haver mais de 500
entidades públicas ou privadas
utilizando a EAD como ferramenta de ensino-aprendizagem
para promoção de cursos livres e
programas ministrados por empresa (dentre as quais denominadas de “universidades corporativas”). No estado, o Núcleo de
Educação a Distância (NEAD) da
Universidade Federal Maranhão
vem utilizando, de forma otimi-
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zada, o uso das TICs para promover um aprendizado colaborativo
on-line, agregando as mídias anteriores às tecnologias interativas. Atualmente, a democratização deste processo leva o ensino
da graduação e pós-graduação
a um número considerável de
alunos no interior com mais de
11 mil matriculados e uma meta
para chegar a 20 mil nos próximos anos. Exemplos como estes
citados acima, tanto na educa-
ção fundamental como na superior, demonstram o quanto o uso
das TICs se torna fundamental
no processo de hibridização de
tecnologias do ensino-aprendizagem. A educação, como campo
ilimitado de investigação científica, deve assumir, desde sempre,
seu lugar de incerteza, e, como
tal, se constituir como ambiente propício para experimentação
e inovação com o uso de toda a
tecnologia possível.
REFERÊNCIAS
ALVES, João Roberto Moréia. A história da EAD no Brasil. In: LITTO,
Michael Fredric, FORMIGA, Manuel Marcos (orgs.), São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2009.
DEMO, Pedro. Aprendizagem e Novas tecnologias. Revista Brasileira
de Docência, Ensino e Pesquisa em Educação Física – São Paulo Vol. 1, n. 1, p.53-75, Agosto/2009. Disponível em http://www.
facec.edu.br/seer/index.php/docenciaepesquisaeducacaofisica/
article/viewFile/80/140. Acesso em: 18 jul.2011
TORRES, Lupion Patrícia, FIALHO, Pereira Antônio Francisco.
Educação a distancia: passado, presente e futuro. In: LITTO, Michael
Fredric, FORMIGA, Manuel Marcos (orgs.), São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2009.
Josie Bastos
Jornalista, Coordenadora e Editora do Núcleo de TV da Assessoria de Comunicação da
Universidade Federal do Maranhão.
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A procura pelo saber
Juliana Braga Furtado
V
ocação é vocação. Desde pequena, sabia
que queria ser pesquisadora, cientista por
assim dizer. Minhas brincadeiras favoritas
tinham a ver com pesquisa: adorava fazer projetos! Lembro como se fosse ontem de um caderno
que tinha, onde desenhava os pássaros que via
no jardim, e anotava observações sobre seus comportamentos. E da vez em que limpei e organizei
um quartinho pequeno que havia na garagem de
casa, para chamá-lo de meu laboratório. Meu sonho? Descobrir! Qualquer coisa, não era exigente.
Um inseto novo, uma informação nova, uma cor
nova que fosse. E assim, a escolha da profissão me
veio fácil: biologia. Uma área tão linda e tão ampla
em possibilidades, que me encantou mais do que
qualquer outra. E realmente não me imagino com
outra profissão.
Devo à minha mãe a minha experiência profissional. Sem a insistência dela, nunca teria ido a
São Paulo estudar, e hoje vejo o quanto essa experiência me ajudou a crescer, não só como profissional, mas como pessoa. Sempre fui estudiosa
e perfeccionista, o que me facilitou, rapidamente,
conseguir um estágio, já no meu segundo semestre
de faculdade, em um dos laboratórios mais conhecidos pelos profissionais da área: o laboratório de
Biologia Celular e Histologia da Faculdade de Medicina da USP, uma vez administrado pelo famoso
professor Junqueira (dos livros Biologia Celular e
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Molecular, e Histologia Básica, escritos por ele e por um
outro colega). Lá me desenvolvi como pesquisadora. Tive
contato com excelentes profissionais e participei de várias pesquisas; fiz minha iniciação científica e meu trabalho de conclusão do curso; fui em congressos, palestras, simpósios, nacionais e internacionais. Foram três
anos e meio que nunca esqueço, e que valorizo muito.
Mas apesar do meu amor pela biologia celular e histologia, na faculdade desenvolvi dois amores ainda maiores:
citogenética e biologia molecular.
Sabe a importância que um bom professor tem na sua
vida? Um bom professor pode te apresentar a um amor
que você não imaginaria ter, fazer você se encantar e não
querer trabalhar com outra coisa. Devo a duas excelentes professoras os meus amores de hoje. Então, quando
foi a hora de me formar, decidi perseguir essas áreas e
fui fazer a prova de especialização em Citogenética e em
Biologia Molecular, no Hospital Israelita Albert Einstein.
Lembro que na entrevista fui questionada se realmente
tinha interesse em fazer as duas especializações de uma
vez só, porque seria muito cansativo, trabalhoso e difícil.
Mas nunca tive dúvidas: apesar da Citogenética dominar
meu coração, sabia que a Biologia Molecular seria essencial, pois é o futuro de todas as técnicas laboratoriais. E
passei, nas duas provas.
Foi um ano maravilhoso! Estar no meio de alguns dos
melhores profissionais dessas áreas e aprender com eles,
não tem preço. Aprendi muito, e no final do ano, decidi
que era hora de levar os meus conhecimentos para o Maranhão e, enfim, voltar para casa. Sei que sem a minha
experiência em São Paulo, não seria a profissional que
sou hoje, mas o meu coração sempre esteve no Maranhão.
E continuo fazendo pesquisas, projetos, trabalhos, artigos. O Maranhão me faz ainda mais querer descobrir, e
quem sabe poder ajudar de alguma forma a população,
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o povo maranhense. Sou muito feliz por conseguir trabalhar no que amo, no lugar que amo, com pessoas que
amo.
Saber é poder. Realmente, a única coisa que ninguém
nunca poderá tirar de você são os seus conhecimentos.
Isso que me encanta tanto na pesquisa, na ciência... essa
procura pelo saber, pelo descobrir o que ninguém sabe.
Esse poder que o conhecimento traz, me fascina. Desde
sempre.
Juliana Braga Furtado
Bióloga, especialista em Biologia Molecular e Citogenética
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Alana das Chagas Ferreira Aguiar
Emanoel Gomes de Moura
Mariana da Silva Corrêa
Natália de Jesus F. Costa
A agricultura itinerante, o ambiente
e os agricultores
A agricultura itinerante na fronteira amazônica é uma
das maiores ameaças à floresta tropical, porque a vegetação tem historicamente sido vista pelos agricultores como
uma fonte de nutrientes capaz de sustentar o crescimento
das culturas e das pastagens. O termo “itinerante” indica o
movimento de uma área para outra, mas esta agricultura
também pode ser conhecida como agricultura de corte-e-queima, que se refere à forma de preparo da área vegetada para o plantio, a fim de aproveitar a cinza para adubar
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Foto: Albani Ramos
o solo. As fases envolvidas na agricultura itinerante são:
corte da cobertura vegetal, secagem, queima da biomassa,
cultivo, abandono da área (pousio), novo desmatamento e
assim, sucessivamente. Isto significa que no trópico úmido
brasileiro ainda não foram superados os desafios tecnológicos para o estabelecimento e a manutenção de sistemas
agrícolas mantidos em uma mesma área e capazes de serem produtivos e sustentáveis.
Entre outras causas, a baixa fertilidade natural dos solos
e a ausência de alternativas tecnológicas são os principais
fatores que induzem as comunidades a fazer uso predatório
da vegetação natural como forma de garantir a subsistência das famílias, o que constitui uma das fontes de pressão
sobre os recursos naturais. Nas regiões de transição para
a Amazônia, como a do norte do estado do Maranhão, por
exemplo, as áreas com a vegetação original já devastada
têm hoje um enorme passivo social representado por um
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grande contingente de agricultores sobrevivendo abaixo
da linha de pobreza, em municípios com os menores IDHs
do Brasil, (PNUD, 2000).
Como em muitas outras partes do trópico, a existência do
sistema do corte-e-queima na periferia amazônica desencadeia uma série de efeitos negativos tanto ao nível local
quanto global. No nível local, o crescimento da população
aumenta a demanda por terras cultiváveis o que resulta na
diminuição do tempo de pousio. Assim, queimadas sucessivas em intervalos cada vez mais curtos conduzem à extinção de espécies mais sensíveis à queima, e ao predomínio
das mais resistentes, diminuindo então a biodiversidade
da região e empobrecendo os seus ecossistemas (Figura 1).
Estabelece-se assim um círculo vicioso em que as carências aumentam a pressão sobre os recursos e a degradação
crescente dos recursos aumenta as carências (MOURA et
al., 2009).Tudo isso sem a esperada contrapartida em termos de retornos econômicos ou sociais.
No contexto global, estima-se que 36% de todas as emissões de CO2 ocorridas no Brasil se devem aos incêndios
descontrolados,
geralmente conduzidos para a
implantação
de
lavouras
ou pastagens.
Aproximadamente 195 toneladas de CO2
são
emitidas
por hectare de
floresta queimada.
Do ponto de
Figura 1. Área recém-queimada em pousio, com predominância massiva da palmeira de babaçu vista
agronôresistente ao fogo.
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mico, as vantagens do corte-e-queima que eram óbvias no
passado, quando se dispunha de vegetação abundante e
baixa densidade demográfica, não são mais evidentes, e o
sistema não pode mais nem alimentar as famílias, muito
menos oferecer-lhes a dignidade que merecem. Por tudo
isso, um dos maiores desafios daqueles que lidam com a
pesquisa em agricultura no trópico úmido é o de oferecer
alternativas tecnológicas que permitam o manejo sustentável do solo nas condições do trópico úmido. Isto significa
estabelecer um conjunto de práticas que permitam o cultivo intensivo e constante da mesma área sem perda da fertitildade do solo e sem queda da produtividade das culturas.
Como complicador adicional, deve ser ressaltado que o paradigma da agricultura extensiva e monocultural estabelecido e adotado nas regiões sul e sudeste do Brasil, baseado
na saturação do solo com nutrientes derivados de adubos
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solúveis, não é adequado para as condições ambientais do
trópico úmido, além de não satisfazer as peculiaridades das
comunidades da região composta, em sua grande maioria,
de agricultores familiares.
Uma alternativa proposta pelos
pesquisadores do Maranhão
Por isso, levando em conta as condicionantes sociais e
ambientais da região do trópico úmido, pesquisadores do
Programa de Pós-Graduação em Agroecologia da Universidade Estadual do Maranhão (MOURA et al 2010, AGUIAR
et al 2010) conceberam e aprimoraram um agrossistema
denominado de “plantio direto na palha de leguminosas em
aleias”, que combina as vantagens do “plantio direto na palha” com os benefícios do “cultivo em aleias”.
O “plantio direto na palha” consiste no plantio sem o preparo do solo com grade ou arado, logo após a colheita e, portanto, em cima da palha da cultura anterior. Este sistema
se adapta às regiões com chuvas o ano todo e nas quais as
culturas de inverno e de verão são semeadas em sucessão
e quase sem nenhum intervalo entre a colheita de uma e a
semeadura da outra. Este sistema oferece inúmeras vantagens porque: i) diminui o escorrimento da água na superfície do solo e melhora o controle da erosão; ii) protege o
solo contra o aumento da temperatura e o mantém úmido
por mais tempo; iii) aumenta a atividade dos organismos
e a matéria orgânica do solo. Infelizmente no Maranhão a
época de plantio das culturas de verão (dezembro/janeiro)
é precedida de um período de seca intenso (agosto/novembro) que não possibilita a produção de palha de plantas
anuais suficiente para a adoção desse sistema.
Por sua vez, o “sistema de cultivo em aleias” foi criado
para uso em encostas de morros e consiste em plantar as
culturas entre fileiras de árvores (alas), que se destinam a
seccionar o comprimento da rampa, diminuir o escorrimento superficial da água das chuvas e controlar a erosão do
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solo. Neste sistema os galhos e folhas das árvores podem
ser utilizados para alimentação de animais, como fonte de
energia, ou processamento do chá.
O sistema de “plantio direto na palha de leguminosas em
aleias” combina os dois sistemas porque, além do plantio
direto, os ramos das árvores são cortados e aplicados entre
as fileiras das culturas com as seguintes vantagens: i) produz palha rica em nutrientes no período seco, porque utiliza espécies de árvores adaptadas e preparadas para crescer neste período; ii) retorna para a superfície os nutrientes
das camadas mais profundas do solo por onde crescem as
raízes das árvores; iii) ajuda no controle do mato, porque
os ramos e folhas aplicados ao solo sufocam as sementes
das ervas, diminuindo sua germinação; iv) aumenta a fertilidade do solo, principalmente pela fixação e reciclagem
de nitrogênio, garantindo a sustentabilidade dos sistemas
agrícolas (Figura 2).
O controle de ervas espontâneas, sem herbicida e sem
Figura 2. Milho semeado em plantio direto na palha de leguminosas em aleias no município de Miranda do Norte
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gradagem do solo, deve ser feito por supressão permanente, ocupando a área com leguminosas anuais, que devem
ser semeadas entre o final e o início do período chuvoso
junto à cultura de feijão caupi, ambas inoculadas com estirpes selecionadas na região do trópico úmido. Além disso,
sem mudança de área e sem o uso do fogo, o plantio todo
ano da mesma área contínua oportuniza um aumento exacerbado de algumas pragas, o que pode ser diminuído com
a rotação de culturas e com o plantio de faixas alternadas
de culturas de portes maiores, como a mandioca e o milho,
entre aquelas de menor porte, como o arroz e a abóbora,
que devem ser também alternadas ano a ano (Figura 3).
Os baixos teores de Cálcio e Fósforo dos solos, aliados ao
alto grau de exigências das leguminosas nestes nutrientes,
exigem uma aplicação de calcário e fosfato inicial elevando
seus níveis a um patamar adequado para que o sistema de
aléias exerça seu potencial de reciclagem de nutrientes.
Para a adoção desse sistema alternativo, os agricultures
desta região precisam ter certeza do aumento da produtivi-
Figura 3. Arroz, mandioca e milho cultivados em aleias de sombreiro (uma leguminosa arbórea) em faixas alternadas, no município de Miranda do Norte.
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dade e da sustentabilidade de suas pequenas áreas designadas às culturas.
Resultados obtidos pelos pesquisadores
que atestam a eficiência do sistema
A experiência proposta neste artigo já foi instalada com
êxito em várias áreas de agricultores, depois de avaliada em
área experimental, com recursos principalmente do CNPq,
CNPq/MDA e FAPEMA. Nestes ensaios os pesquisadores da
Agroecologia testaram várias leguminosas arbóreas, combinadas ou isoladas, que permitiram diferentes níveis de cobertura do solo e que produziram folhas e galhos de qualidades variadas, como se verifica na Tabela 1. Foi observada
uma grande variação temporal dos dados de massa vegetal
produzida pelas leguminosas, mostrando que o estabelecimento e sustentabilidade do sistema de plantio direto na
palha de leguminosas em aleias podem ser primeiro afetados pela produtividade anual das leguminosas. As mais
diferentes foram o ingá, que só se estabeleceu no terceiro
ano, e o guandu, que teve seu pico de produtividade no segundo e não produziu nenhuma brotação já no quinto ano.
Para efeito de cobertura de solo, o sombreiro foi a leguminosa de melhor desempenho tanto pela quantidade quanto pela durabilidade dos resíduos produzidos, seguida pelo
ingá. No caso da leucena, embora a quantidade produzida
possa ser considerada relevante, as condições de umidade
e temperatura do experimento, associada à alta qualidade
de seus resíduos, diminuem sensivelmente sua capacidade
de proteção do solo.
Para o balanço de nutrientes no sistema depois de cinco anos, deve ser ressaltada a significativa contribuição da
leucena e do sombreiro para manutenção dos níveis de potássio, o que pode ser importante para implantação de sistemas orgânicos, nos quais a adição de adubos potássicos
constitui um de seus principais problemas. As quantidades recicladas de cálcio e magnésio foram relevantes para
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manter em níveis razoáveis os teores destes elementos no
sistema, o que tem grande importância para regiões em
que são raras as fontes desses elementos. No caso do nitrogênio, observou-se grande variação entre os teores produzidos pelas leguminosas, o que abre espaço importante para
estudos sobre o aumento do sincronismo entre a liberação
e absorção de N, principalmente em sistemas com espécies
como o sombreiro.
Tabela 1. Produção de massa vegetal seca e nutrientes
reciclados pelos ramos de quatro leguminosas arbóreas em aleias, em cinco anos de corte. Adaptado de
Leite et al., (2008)
Ano de corte
1996 1997
Tratamentos
Guandu (Cajanus. Cajan)
Ingá (Ingá edulis)
1998
1999
2001
Total
Matéria seca em Mg ha-1
0,97 a 8,50 a 3,55b 2,43c
0,00b 0,88c 3,21b
3,27c
0,00d 15.45
4,95c 12.31
Leucena (Leucaena leucochephala) 0,04b 3,50b 6,39a 8,21b 6,61b 28.75
Sombreiro (Clitoria fairchildiana) 0,22b 6,98 a 7,64a 12,40a 10,82ª 38.06
N
Nutrientes (kg ha-1)
P
K
Ca
Mg
Guandu (Cajanus. Cajan)
408,7
22,1
283,6
76,5
33,7
Ingá (Ingá edulis)
1261,9
68,1
688,6
161,8
131,1
Leucena (Leucaena leucochephala) 1189,8
68,1
934,7
248,9
119,5
Sombreiro (Clitoria fairchildiana) 385,9
21,3
119,8
185,5
38,9
Letras diferentes na mesma coluna indicam diferença significativa ao nível de 5% pelo teste deTukey.
Para um melhor aproveitamento do extenso período chuvoso que a região apresenta, os pesquisadores recomendam o cultivo de uma segunda safra de final das chuvas.
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Junto da cultura de segunda safra, deve ser semeada uma
leguminosa de ciclo anual, para ocupar a área no final do
período chuvoso, diminuir a incidência de ervas espontâneas e produzir resíduos de alta qualidade para compensar
a baixa qualidade das folhas da leguminosa arbórea utilizada para cobertura do solo. Com este objetivo foram testadas várias espécies de leguminosas anuais, para plantio
junto à cultura de safrinha, quanto à capacidade de aporte
e reciclagem de nutrientes e supressão de ervas daninhas.
Entre as espécies testadas, o feijão de porco se destacou,
sobretudo por sua maior resistência à seca. Esta característica lhe permitiu maior produção de matéria seca com a
consequente maior reciclagem de nutrientes (Figura 4).
Figura 4. Capacidade potencial de aporte ou ciclagem de N, P, K, Ca e Mg da parte aérea de leguminosas cultivadas em um sistema de aleias com sombreiro, Miranda do Norte - MA, 2003. Adaptado de Araújo
et al., (2007)
A mesma característica deu ao feijão de porco maior capacidade de supressão de ervas daninhas no final do períSumário
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odo chuvoso, o que pode ser crítico nos sistemas de plantio
direto sem preparo do solo (Tabela 2). Neste sistema, deve
ser evitada, ao máximo, a produção de sementes das ervas
espontâneas, sob pena de se ter que utilizar o controle químico das ervas no início do período chuvoso.
Tabela 2. Média e desvio padrão da densidade, número de espécies, índice de diversidade e biomassa das
ervas espontâneas em um agrossistema com várias leguminosas anuais. Adaptado de Araújo et al., (2007)
Tratamento
Mucura
Nº de espécies Diversidade Biomassa
(Índice de
Plantas m-2
espécies m-2
Shannong m-2
-Wiener)
59,0 (±12,2)
5,2 (±1,1)
1,0 (±0,2) 377,9 (±93,8)
Guandu
51,8 (±11,3)
5,2 (±1,7)
0,9 (±0,4)
392,9 (±58,4)
Feijão-de-porco
44,8 (±6,1)
3,8 (±0,8)
0,8 (±0,2)
158,6 (±49,8)
Calopogônio
53,4 (±9,5)
6,4 (±1,6)
1,0 (±0,2)
414,6 (±24,4)
73,8 (±16,5)
6,4 (±1,1)
1,0 (±0,2)
428,4 (±122)
Controle
Densidade
Para efeito de avaliação do sistema, tem sido enfatizado
o plantio e acompanhamento da cultura do milho, utilizada como indicadora da qualidade do solo, inclusive com a
concordância dos agricultores que entendem que “se uma
terra dá milho então se pode plantar qualquer “ligume””.
Os resultados alcançados até agora mostram que o sistema tornou-se produtivo mesmo para cultura mais exigente em solo de muito baixa fertilidade natural. Como se
observa, na Figura 5, a aplicação combinada dos galhos de
leguminosas ao solo propiciou produção crescente ano a
ano para todos os tratamentos com leguminosas. Alguns
tratamentos, como a combinação leucena + sombreiro,
produziu o dobro de grãos do que não recebeu os ramos de
leguminosas.
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Figura 5 – Produção de grãos de milho de um sistema
em aleias com quatro espécies de leguminosas combinadas (L leucena, G guandu, A acácia S sombreiro e
Test testemunha), Aguiar et al., (2010).
a
-1
Peso de grãos (Mg ha )
4,0
3,5
a a
3,0
a
b
1,5
a
b
c
c
c
2004
2005
b
b
b
2003
a
b
2,5
2,0
a
c
1,0
2006
b
b
c
0,5
0,0
S+G
L+G
A+G
S+L
L+A
Test
Tratamentos
Estas diferenças confirmam o caráter sustentável do sistema de plantio direto na palha de leguminosas arbóreas,
o que o torna adequado para o manejo dos solos de baixa
fertilidade natural da região, podendo, portanto, ser recomendado aos agricultores para substituição do modelo tradicional de corte e queima que não assegura sustentabilidade nem econômica nem ambiental.
Recomendações e considerações finais
Além disso, várias outras condições devem ser cumpridas
a fim de não frustrar as expectativas dos agricultores. A
primeira é que este sistema só deve ser recomendado para
regiões onde a estação das chuvas não é interrompida por
veranicos, como acontece em muitas regiões tropicais, porque, neste caso, as leguminosas arbustivas e as culturas
de rendimento competiriam por água. A segunda condição
é que os efeitos, tanto do corte das leguminosas quanto da
correção do solo, só vão ocorrer a partir do segundo ano em
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diante, o que significa que o sistema só irá atingir a maturidade completa no terceiro ano de plantio. Além disso, deve
ser enfatizado que é necessário que o conteúdo de cálcio
e fósforo no solo esteja em um nível satisfatório, para que
as leguminosas alcancem seu potencial de reciclagem de
nutrientes, especialmente do nitrogênio. Para o futuro, a
recomendação do uso massivo deste sistema aqui descrito
deve levar em conta que a substituição de um modelo de
agricultura simples, como o do corte-e-queima, por outro
mais complexo, como o plantio direto na palha de leguminosas em aleias, não poderá ser realizado com êxito sem o
apoio eficiente do poder público aos agricultores familiares.
Este apoio deve incluir o aumento da disponibilidade de
vetores tecnológicos básicos, como corretivos, fertilizantes
fosfatados para construção da aptidão das terras, que no
trópico úmido são quase sempre de baixa fertilidade natural. Além disso, deve também ser facilitada a aquisição de
pequenos equipamentos, principalmente de plantio e colheita, que diminuam a penosidade e aumente a produtividade do trabalho. Deve ser ressaltado ainda que tudo isso
deve ser conduzido ao lado de um programa de assistência
técnica que seja competente, comprometido e dedicado ao
desenvolvimento dos territórios e das comunidades rurais.
Referências
AGUIAR, A. C. F., BICUDO, S. J., COSTA SOBRINHO, J.
R. S., MARTINS, A. L. S., COELHO, K. P., MOURA, E. G.
(2010): Nutrient recycling and physical indicators of an alley cropping system in a sandy loam soil in the Pre‑Amazon
region of Brazil. Nutr. Cycl. Agroecosyst. 86, 189-198.
ARAÚJO, J. C.; MOURA, E. G.; AGUIAR, A. C. F.; MENDONÇA, V. C. M. (2007) Supressão de plantas daninhas
por leguminosas anuais em sistema agroecológico na Pré-Amazônia. Planta Daninha, v.25, n.2, p.267-275.
MOURA, E. G., MOURA, N. G., MARQUES, E. S., PINHEIRO, K. M., COSTA SOBRINHO, J. R. S., AGUIAR, A. C. F.
Sumário
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(2009): Evaluating chemical and physical quality indicators for a structurally fragile tropical soil. Soil Use Manag.
25, 368–375.
LEITE, A. A. L.; FERRAZ JÚNIOR, A. S. L.; MOURA, E. G.;
AGUIAR, A. C. F. (2008). Comportamento de dois genótipos
de milho cultivados em sistemas de aleias preestabelecidos
com diferentes leguminosas arbóreas. Bragantia 67, 875882.
MOURA, E. G., ARAUJO J. R. G., MONROE, P. H. M., NASCIMENTO, I. O., AGUIAR, A. C. F. (2010). Patents on Periphery of the Amazon Rainforest. Recent Patents on Food,
Nutrition & Agriculture 1:142-148.
PNUD. Relatório de Desenvolvimento Humano 2000. Disponível em: www.pnud.org.br. Acesso em: 27 dez 2010.
Alana das Chagas Ferreira Aguiar
Doutora em Agronomia (Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho e Professora da Universidade Federal do Maranhão.
Emanoel Gomes de Moura
Doutor em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho e Professor da Universidade Estadual do Maranhão.
Mariana da Silva Corrêa
Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão.
Natália de Jesus F. Costa
Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão.
Sumário
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A ENERGIA MAREMOTRIZ NO
MARANHÃO: uma análise crítica
Luiz A. Ribeiro
Márcio Vaz dos Santos
Osvaldo R. Saavedra
Pedro Bezerra Neto
O
s grandes desafios associados ao setor energético mundial, tais como a crescente demanda de energia e limitações relacionadas
ao uso de recursos fósseis, têm proporcio nado um
aumento significativo no desenvolvimento e utilização de fontes renováveis de energia (Bezerra, Saavedra, Camelo e Ribeiro, 2010). Especificamente no
contexto da energia eletromaremotriz, o uso de pequenos aproveitamentos pode ser uma alternativa
bastante atrativa. Como exemplo, dezenas de pequenas usinas encontram-se em operação na China, a maior delas com uma potência instalada de
304kW (Charlier, 2009).
O surgimento de novas tecnologias para a exploração de baixas quedas tem contribuído para tornar
comercialmente viável esse tipo de exploração. Atualmente, ocusto da energia produzida em uma usina eletromaremotriz de pequeno porte se equipara,
por exemplo, ao de geração em uma pequena central
hidrelétrica (PCH).
De acordo com estudos preliminares encomendados pela ELETROBRÁS na década de 80 (Sondotécnica, 1981), o Brasil apresenta um potencial eletromaremotriz bastante significativo, principalmente
na costa do Maranhão, Pará e Amapá. Esse potencial energético é da ordem de 72TWh, o equivalente a
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16,8% do consumo nacional do Brasil em 2008, de acordo
com dados do Balanço Energético Nacional (EPE, 2009).
Apenas na baía de Turiaçu, no Maranhão, a potência extraível é da ordem de 3.402 MW (Sondotécnica, 1981),
ou seja, aproximadamente 40% da potência instalada
da UHE de Tucuruí. Entretanto, apesar desse enorme
potencial energético, a exploração de toda essa energia
enfrenta, na conjuntura atual, obstáculos ambientais,
logísticos e econômicos sérios. Este trabalho trata do levantamento de potencial maremotriz da baia de Turiaçu,
no Maranhão, e discute a viabilidade tanto técnica, econômica, como ambiental da sua exploração.
Turiaçu e o Litoral
Maranhense
Fig. 1 - Turiaçu em vermelho. Maranhão em marrom claro.
(Fonte: Wikipédia).
Sumário
Na Fig. 1 ilustra-se a
posição geográfica de Turiaçu, a 195 km da capital São Luís, na região da
Amazônia Legal. Esse município tem aproximadamente 32.491 habitantes
e está dentro da Área de
Proteção Ambiental (APA)
das Reentrâncias Maranhenses, criada em junho
de 1991, que abrange todo
o litoral ocidental do estado, desde a Baía de São
Marcos até o rio Gurupi.
Esta área possui reentrâncias e muitos estuários cobertos de manguezais que
são importantes berçários
para milhares de espécies
de peixes, crustáceos, mo46 / 415
Divulgação
luscos e pássaros. O clima é chuvoso de dezembro a agosto. Sua precipitação média anual é de 2.000mm (Oliveira, Leite Neto, Costa Júnior, Camelo, Saavedra, Santos,
2009). As principais atividades econômicas são a pesca,
a agricultura de subsistência, a caça e o garimpo. Os
manguezais são explorados também com a retirada de
madeira para construção de casas, barcos e produção de
carvão. Há potencial para atividades turísticas, embora
existam muitas áreas inacessíveis.
Na Fig. 2 mostra-se a região portuária do estuário de
Turiaçu durante uma baixa-mar. Pela ponta superior da
proa do barco, nivelada com a altura do cais acostável,
tem-se uma percepção visual da altura da maré.
Fig. 2 - Região portuária do estuário de Turiaçu durante a baixa-mar. (Fonte: NEA).
Sumário
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Litoral ocidental maranhense
Na Fig. 3 tem-se uma visão panorâmica do litoral maranhense, destacando-se no círculo a baía de Turiaçu.
Fig. 3 - Localização da área em estudo na zona costeira maranhense. Fonte: (NEA).
A Fig. 4 é a mesma 3 incluindo-se as curvas de níveis
máximos de alturas de marés para o litoral maranhense.
Nota-se que na baía de Turiaçu a preamar alcança uma
altura máxima de 7m.
Fig. 4 Altura maxima de mare para o litoral maranhense. Fonte (NEA)
Sumário
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Fig. 5 - Litoral ocidental maranhense com mangue. Fonte: (NEA).
Fig. 6 - Litoral maranhense sem mangue. Fonte: (NEA).
Sumário
Na Fig. 5 apresenta-se a região de
manguezal do litoral ocidental maranhense, com uma
área de mais de
3.000km² de extensão. Essa região
corresponde a 60%
da área de manguezais de todo o Estado (Oliveira, Leite
Neto, Costa Júnior,
Camelo, Saavedra,
Santos, 2009).
A Fig 6 é uma
representação
de
como seria o litoral
maranhense sem
mangue. Nesta figura simula-se o
mangue como sendo água.Comparando-se as figuras 5 e
6, pode-se concluir
que represamentos
interpretando áreas de manguezal
como se fossem sólidas e apropriadas
para esse tipo de
construção demandam barragens de
dimensões consideravelmente maiores
do que poderia parecer em uma avaliação preliminar.
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A Fig. 7 simula uma
barragem hipotética represando toda a baía de
Turiaçu. Os volumes de
renovação de maré para
essa represa são apresentados na Tab. 1. Nesta tabela pode-se apreciar
os volumes de renovação
de maré tanto na área de
mangue quanto no curso d´água do canal, para
uma altura média de 4,7
e 7m, respectivamente.
Considerando as marés
de sizígia, o volume de
água que tem de ser renovada é da ordem de 5,8
bilhões de m³. O potencial energético associado
a esse volume é de grandes proporções, entretanto não-acessível como
discorrido mais adiante
neste documento.
Fig. 7 - Detalhe da área de estudo da baía de Turiaçu com mangue
e terra firme. Fonte: (NEA).
Tab. 1 - Volumes de renovação de maré para baía de Turiaçu
(área de estudo mostrada na Fig. 7)
Aréa­ inundável
(km²)
Volume (m³) na altura
média de 4,7 m
Volume (m³) na altura
máxima de 7 m
MANGUE
548,09
602.899,000
1.096.180,000
CURSO D’ ÁGUA
685,03
3.219.641,000
4.795.210.000
TOTAL
1.233,12
3.822.540,000
5.891.390,000
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A Fig. 8 representa o curso d’água de um canal genérico
em área de mangue ilustrando várias camadas em função
da altura da maré. Essas camadas são parte da dinâmica do
ecossistema dos mangues e influenciam diretamente na discussão sobre a possibilidade de aproveitamento do potencial
maremotriz. As águas do canal são divididas em volume residente, da cota 0 a -20m, e de renovação, da cota -2,0 a 4,0m.
O volume residente do canal, região em azul, comporta a água
que não está sujeita a renovação.
Deve-se observar que o mangue já começa dentro do canal
e se localiza a partir da cota 0m (referência Datum Imbituba,
SC) até 4m. As cotas de -0,8 a 2,2m inundam diariamente,
renovando seu volume de água. Da cota 2,2 a 4,0m a inundação é quinzenal. Também ficam em exposição (sem inundação) quinzenalmente as cotas de -0,8 a -2,0m. O lavado corresponde às cotas de 0 a -2,0m. Uma parte do lavado, de 0 a
-0,8m, inunda diariamente; a outra, de -0,8 a -2,0m, somente
se expõe quinzenalmente. Define-se a altura média de maré,
h, como a média entre as preamares de sizígia e quadratura,
menos a média entre baixa-mares também de quadratura e
sizígia, donde, conforme a Fig.8, h = (3,1m) - (-1,4m) = 4,4m.
Para se fazer a seleção, avaliação e estimativa do potencial
maremotriz de qualquer localidade – e possivelmente decidir
Fig. 8 - Perfil típico da área de manguezal. Fonte: (NEA).
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pelo seu aproveitamento –, segue-se uma estratégia norteadora de critérios e procedimentos gerais.
Resumo do inventário feito na Baía de Turiaçu
A baía de Turiaçu apresenta a maior área inundada por maré
no Maranhão – 616 km2 – e a maior quantidade de energia
estimada extraível – 9.114GWh; com maré de 4,7m de altura
média, atingindo até 7m de pico (Sondotecnica, 1981). Na Fig.
1 mostram-se as áreas avaliadas preliminarmente (Oliveira,
Leite Neto, Costa Júnior, Camelo, Saavedra, Santos, 2009),
onde se aponta com a seta vermelha três propostas de barragens nas linhas 29, 29A e 29B, respectivamente, ficando a
jusante abaixo de cada linha. Na Tab. 1 mostram-se dados de
maré relativos a essas três barragens.
Localização Geográfica
Conforme a Fig. 9, são propostas três alternativas de
barragens, identificadas pelos números 29, 29A e 29B. Cada
uma com comprimentos aproximados de 21,5km, 17km e
10,5km, respectivamente (ver Tab. 2). Na mesma Figura, nota-se que as cabeceiras destas barragens teriam suas bases
em áreas de manguezal, isto é, áreas inundadas diariamente
e sem estrutura geológica adequada para dar suporte a estas
barragens. Além do mais, para as três alternativas observa-se
a inviabilidade de alcançar aqueles lugares por outra via que
não seja marítima. A construção de estradas envolveria atravessar pelo menos 20km de mangue e reentrâncias a partir
da sede de Turiaçu, com inúmeras pontes e aterros de custos
extremos, tanto financeiros quanto ambientais.
Deve-se também considerar que no período de preamar todos esses manguezais ficam submersos, limitando a capacidade de represamento das hipotéticas barragens. Além disso,
há grande perda de volume represado nos próprios manguezais.
As áreas envolvidas na avaliação da Sondotécnica são
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grandes e compreendem volumes da ordem de milhões de m³ de
água. A construção de barramentos para os aproveitamentos
são inviáveis do ponto de vista de escoamento dos volumes de
água, uma vez que, para acontecer os volumes de renovação
envolvidos em cada ciclo de maré, seria necessária a adoção
de ‘centenas’ de unidades de turbinas ou a construção de vertedouros, os quais corresponderiam à maior parte do barramento.
Fig. 9 - Baía de Turiaçu. Fonte: (Sondotécnica, ELETROBRAS,1981).
Tab. 2 - Dados da baía de Turiaçu relativos às três propostas de barragens indicadas na
Fig. 9 (Fonte: Sondotécnica, ELETROBRAS,1981).
Altura média
Comprimento
Área da baía
da maré (m) aproximado d barragem (km)
(km²)
Potência
extraível
(MW)
Distância da
Cidade de Turiaçu
Energia
anual (10³)
Turiaçu 29
4,7
21,5
616
3.402
37,5 km
9.114
Turiaçu 29 A
4,7
17
494
2.728
29,5 Km
7.309
Turiaçu 29 B
4,7
10,5
290
1.602
20,5 Km
4.209
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Impacto Ambiental
O ecossistema dos manguezais tem sua existência intimamente ligada ao regime de alternância de marés; isto é, períodos de submersão e períodos de exposição. O represamento d’água através de barragens compromete essa alternância
com resultados nefastos para a flora e fauna de mangues.
Esse aspecto é extremamente crítico e deve ser avaliado na sua
adequada dimensão para cada alternativa de aproveitamento. Nos três aproveitamentos em análise, a questão ambiental
é dominante, porque implica também em extensos aterros de
manguezais para alcançar as cabeceiras das barragens sugeridas.
A construção de barramentos nos locais sugeridos, além do
impacto já anunciado no parágrafo anterior, causa mudanças nos regimes de correntes marítimas que adentram os canais. As consequências dessas mudanças afetam o volume
de renovação das águas do mangue, com implicações para a
sobrevivência do manguezal.
Viabilidade Técnica Econômica
As potências extraíveis, na ordem de 3,402 GW, corresponde a uma potência instalada extremamente elevada para a
demanda da região. Isso leva à necessidade de escoar esta
potência para grandes centros de consumo, demandando a
instalação de linhas de transmissão em alta tensão, que deverão atravessar a mesma área de manguezal já referida, além
da distância a percorrer a partir da sede de Turiaçu até à subestação concessionária de alta tensão mais próxima.
Para aproveitamento total do potencial extraível, a represa
deveria ser esvaziada a cada seis horas, o que implicaria geração intermitente, ficando a linha de transmissão inoperante
durante algum período, que varia de acordo com o modo de
operação (efeito simples ou duplo, por exemplo).
Por outro lado, as dimensões das barragens sugeridas a
serem construídas em área de manguezal implicam em um
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movimento de material extremamente alto e não disponível,
nesse nível de escala, na região.
Logo, conclui-se que os potenciais energéticos, apesar de
serem significativos, têm sua exploração fortemente comprometida por questões de viabilidade econômica, geográfica e
ambiental.
Os fatores críticos que comprometem esses empreendimentos são:
•Tamanho do empreendimento e distância;
•Dificuldade de acesso; e
•Localização em áreas de manguezais.
Da análise realizada nesta seção, à luz de critérios atuais
de viabilidade, envolvendo impacto ambiental, equilíbrio econômico-financeiro, acessibilidade, etc., os aproveitamentos
discutidos se tornam inviáveis. Poder-se-ia concluir que a exploração maremotriz nessa região é inviável? Não a priori. A
resposta depende, para cada caso, da intensidade de cada fator analisado. Uma tendência que se vislumbra é que aproveitamentos maremotrizes devem localizar-se mais próximos de
terra firme e de áreas habitadas. Esses aspectos contribuem
positivamente para reduzir o impacto ambiental ao aproximar a geração da demanda, melhorando significativamente
as chances de viabilidade.
Pequenos aproveitamentos para exploração maremotriz
na Baía de Turiaçu
Na Fig. 10 vê-se uma fotografia aérea do município de
Turiaçu registrada em maio de 2009. A baía é realçada em
azul e a seta aponta para a localização da cidade. Dentro da
elipse mostram-se os dois canais e reentrâncias que ficam bem
próximos da cidade os quais são o objeto da atual proposta
para estudos exploratórios.
Os fatores que contribuem para um aproveitamento energético maremotriz de pequena escala se tornar viável são:
a)Distância do mercado – facilidade de acesso (redução de
custo de construção);
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b)Geração compatível com a demanda;
c)Possibilidade de aproveitamento parcial do potencial da
represa;
d)Impacto ambiental relativamente reduzido; e
e)Possibilidade de exploração apenas hidrocinética (sem
barragem).
A avaliação, bem como o peso de cada um destes fatores no
empreendimento, depende de cada caso, exigindo necessariamente a realização de um estudo específico. De fato, não há
garantia de que todos os pequenos empreendimentos sejam
viáveis. Mas, a possibilidade de se tornarem viáveis é muito
maior do que para grandes projetos, como os casos analisados nas seções anteriores.
Fig. 10 - Município apontado pela seta e Estuário de Turiaçu destacado em azul. Fonte Google
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Bacias Escolhidas
Na Fig.11 mostram-se os pequenos canais e reentrâncias, em tom cinza, e o manguezal adjacente que ficam no entorno da cidade. Note-se, também, sobretudo, as pequenas porções de terra firme que podem servir
de base para as cabeceiras das barragens correspondentes​
às sub-bacias de 1 a 4 – estas representadas na Fig. 12 e descritas nas seções seguintes.
Fig. 11- Destaque para canais, reentrâncias e manguezal. Fonte: (NEA).
Na Fig. 12 são destacadas as quatro bacias escolhidas para
análise especifica de potencial maremotriz, levando em conta
o critério de proximidade de mercado, facilidade de acesso,
etc. Em sua legenda descrevem-se suas principais características.
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Fig. 12 - Bacias escolhidas para estudo. Fonte: (NEA).
Na Tabela 3 identificam-se as quatro bacias – 1, 2, 3 e 4
– em análise, com a relação de áreas inundáveis por maré e
volumes de renovação hídrica. A partir desses dados pode ser
deduzido o volume residente. Os volumes de renovação referidos nesta tabela são por maré. Deve-se observar que as marés maranhenses são do tipo semidiurno – duas preamares e
duas baixa-mares diárias.
Tab. 3 - Relação das áreas inundáveis por maré e volumes de
renovação hídrica para as sub-bacias (1, 2, 3 e 4) em estudo.
Bacia
Descrição
Área inundável
total (km2)
Volume de renovação
médio (milhões m³)
Volume de renovação
máxima (milhões m³)
1
Mediana a sudoeste de Turiaçu
39,6
10,6
32,9
2
Mediana a sudeste de Turiaçu
10,6
8
23,1
3
De pequeno porte adjacente à sede municipal
3.822.540,000
5.891.390,000
2,2
4
De pequeno porte adjacente à sede municipal
( integrante da sub-bacia mediana a sudoeste
3,5
1,8
5,4
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A seguir são apresentados resultados de estudos específicos realizados para cada uma das sub-bacias referidas que,
por simplificação, passarão a ser denominadas apenas de bacias.
Bacia 1
A bacia 1 – mediana localizada a sudoeste da cidade de Turiaçu – é identificada por linha tracejada em branco na Fig.
12, abrangendo o braço esquerdo do canal bifurcado. Das
quatro bacias, esta tem a maior área inundável, abrangendo
uma grande extensão de manguezal. Na Fig. 13 mostra-se o
volume em função da cota do reservatório.
A barragem necessária para fechamento do canal é relativamente pequena, com um comprimento aproximado de 240m,
com encosta das cabeceiras em terra firme, porém passando
por um trecho de manguezal. Além deste fator, esse aproveitamento pode ser comprometido em termos de viabilidade
pelo fato de que uma extensa área de manguezal pode vir a
ficar submersa (dependendo da dinâmica de esvaziamento
do reservatório), causando o afogamento da flora local.
Fig. 13 - Volume em função da cota de maré na Bacia 1. Fonte: (NEA).
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Bacia 2
A Bacia 2 está localizada a sudeste de Turiaçu envolvendo
o braço direito do canal bifurcado adjacente ao porto, envolta
pelo tracejado marrom na Fig.12.
Na Fig. 14 mostra-se o volume em função de cada cota do
reservatório.
Analogamente ao caso anterior, a barragem necessária para
fechamento desse canal é pequena, com um comprimento
aproximado de 190m, com uma cabeceira em terra firme e
a outra em área de manguezal. Igual ao caso anterior, esse
aspecto, somado ao fato que uma extensa área de manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica de
esvaziamento do reservatório), também pode inviabilizar esse
aproveitamento em termos de impacto ambiental.
Fig. 14 - Volume em função da cota do reservatório da Bacia 2. Fonte: (NEA).
Bacia 3
A Bacia 3 corresponde a uma microbacia adjacente à cidade de Turiaçu, envolvendo uma pequena reentrância próxima
da cidade. Na Fig. 15 mostra-se o volume em função da cota
do reservatório.
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A barragem necessária para fechamento dessa reentrância tem um comprimento aproximado de 800m (da ordem da
barragem do Bacanga), com ambas as cabeceiras em terra
firme, porém passando por área de manguezais. Igual aos casos anteriores, esse aspecto, somado ao fato que uma área de
manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica de esvaziamento do reservatório), assim como a dimensão da barragem, podem tornar crítico esse aproveitamento
em termos de impacto ambiental e viabilidade econômica.
Bacia 4
Essa última microbacia é próxima à cidade de Turiaçu,
envolvendo outra pequena reentrância, como indicado na
Fig. 12. Na Fig. 15 mostra-se o volume em função da cota do
reservatório.
A barragem necessária para fechamento dessa reentrância
tem um comprimento aproximado de 700m (também da ordem da barragem do Bacanga), com ambas as cabeceiras em
terra firme, porém passando por área de manguezais. Igual
aos casos anteriores, esse aspecto, somado ao fato que área
Fig. 15 - Volume em função da cota do reservatório da Bacia 4. Fonte: (NEA).
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de manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica de esvaziamento do reservatório), assim como a dimensão da barragem, podem tornar crítico esse aproveitamento
em termos de impacto ambiental e viabilidade econômica.
Discussão
Com relação às bacias estudadas deve-se aplicar a sequência geral de procedimentos, descrita no Capítulo 3, para escolher e avaliar sítios candidatos para aproveitamento de energia maremotriz, com especial atenção no que diz respeito à
preservação da flora e fauna, bem como com relação à construção de barragem.
Estudos complementares também devem ser feitos para
avaliação dos impactos ambientais positivos e negativos decorrentes da construção de uma barragem. A escolha de um
local para implantação de uma usina eletromaremotriz depende do mínimo de impacto ambiental negativo, menor risco de
construção, da viabilidade econômica e da justificativa social.
A escolha acaba condicionada à metodologia de aquisição e
do processamento de dados, bem como à meticulosidade da
pesquisa e da disponibilidade de fontes confiáveis.
No que se refere à preservação do manguezal represado
pela barragem, uma adequada operação do reservatório, que
permita reproduzir o ciclo normal de maré para o mangue,
isto é, que o volume a ser turbinado por ciclo garanta que no
final deste o mangue fique exposto, possibilita que o aproveitamento atenda adequadamente a critérios ambientais. Essa
estratégia pode tornar viáveis grande quantidade de canais e
reentrâncias plausíveis de exploração em pequena escala.
Comentários Finais e Conclusões
O relatório da Sondotécnica/Eletrobrás fornece um panorama otimista do potencial energético, sem considerar a acessibilidade dessa energia do ponto de vista econômico, logístico
e de impactos ambientais. A riqueza desse relatório, além de
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ser o marco zero nos estudos maremotrizes no Brasil, está no
fato de prover o mapa de potencialidades das marés no litoral
brasileiro.
Entretanto, no contexto atual, devem ser considerados vários aspectos altamente críticos que definirão se os potenciais
identificados são realmente extraíveis. No presente relatório,
esses aspectos críticos foram conjugados com o estuário piloto de Turiaçu, sem perda de generalidade, de forma a constituir um documento técnico que dê suporte a decisões futuras
no que tange a exploração de maremotriz para geração de
energia elétrica.
Da análise realizada à luz de critérios atuais de viabilidade,
envolvendo impacto ambiental, equilíbrio econômico financeiro, acessibilidade, etc., os aproveitamentos objeto de discussão se tornam inviáveis. A questão que surge é: ao apresentar
cenários semelhantes, todos os demais locais são inviáveis?
A resposta é necessariamente não, dependendo, para cada
caso, da intensidade de cada fator crítico.
Uma tendência que se vislumbra é que aproveitamentos
maremotrizes devem localizar-se mais próximos de terra firme e de áreas habitadas. Esses aspectos contribuem positivamente para reduzir o impacto ambiental ao aproximar a geração da demanda. Essa tendência vem acompanhada com
a redução da ordem dos aproveitamentos, os quais basicamente envolvem canais com volume de água a ser represado
eventualmente bastante menor do que os discutidos neste
documento e com dimensões de barragens bem realistas – da
ordem da construída no Rio Bacanga.
Em outras palavras, aproveitamentos maremotrizes se tornam mais viáveis e possíveis de implementar quando são
de pequena escala. Essa constatação está sintonizada com
uma realidade da região norte-nordeste, onde há um número grande de pequenas comunidades isoladas, sem energia,
atendidas parcialmente, ou com serviço de baixa qualidade.
Pode-se concluir que a energia maremotriz em pequena escala torna-se uma alternativa para mitigar os níveis de exclusão
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elétrica, propiciando estímulos à melhoria dos cenários sócio-econômicos dessas comunidades. Isso pode se traduzir também como empreendimento com ênfase em retorno social.
Portanto, a viabilidade econômica e ambiental, assim como a
melhor forma de implantar o aproveitamento, deve ser objeto
de estudo individualizado.
É opinião dos autores que esforços devem ser realizados no
sentido de aprofundar estudos objetivando pequenos aproveitamentos maremotrizes, de forma a se ter um panorama
em detalhe dos micro-estuários atualmente com viabilidade
técnico-econômica, assim como daqueles que no futuro próximo podem vir a se tornar viáveis em função das demandas
de mercado e desenvolvimento.
Agradecimentos
Este trabalho contou com os apoios da ELETROBRAS através do Convênio ECV 085/2005, do Projeto BRA 99/011/
PNUD através de C.A. 07/47-3952 e do CNPq.
Referências
Bezerra Neto, P.; Saavedra, Osvaldo R.; Camelo, Nelson José;
Ribeiro, L. A. S. (2010), Viabilidade de Pequenos Aproveitamentos para Geração de Energia Eletromaremotriz. In: XVIII
Congresso Brasileiro de Automática, 2010, Bonito: UNESP,
2010. v. 1. p. 66286.
Charlier, Roger Henri. 2009. Ocean Energy. Tide and Tidal
Power. Springer-Verlag Berlin Heidelberg.
EPE – Empresa de Pesquisa Energética. 2009. Balanço Energético Nacional 2009. Resultados Preliminares. Rio de Janeiro. Brasil.
Leite Neto, P. B., Oliveira, D. Q., N. J. Camelo, O. R. Saavedra.
2009. Estudo do Potencial para Geração de Energia Elétrica a partir de Fonte Maremotriz. 8th Latin-American Congress: Electricity Generation and Transmission, 2009, Ubatuba. Anais do VIII CLAGTEE. Guaratinguetá : UNESP. v. 1.
p. 709.
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MJ2 Technologies. 2010. www.vlh-turbine.com
Oliveira, D. Q., Leite Neto, P. B., Costa Júnior, A. L., Camelo,
N. J., O. R. Saavedra, Santos, M. C. F. V. (2009). Relatório do
Potencial Maré-Motriz do Estuário e Memória Técnica – Estuário de Turiaçu. Projeto BRA 99/011/PNUD, Ministério de
Minas e Energia – PLPT.
Sondotécnica Engenharia de Solos S.A., Eletrobrás. (1981).
Aproveitamentos Maremotrizes na Costa Maranhão – Pará –
Amapá. Inventário Preliminar.
Luiz A. Ribeiro
Professor da Universidade Federal do Maranhão.
Márcio Vaz dos Santos
Doutor em Ciências Ambientais pela University of Virginia, Estados Unidos.
Osvaldo R. Saavedra
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Secretário
Adjunto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.
Pedro Bezerra Neto
Engenheiro Elétrico pela Universidade Federal do Maranhão.
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Pesquisas temáticas
da Universidade
Federal do maranhão
Agrotóxicos
O
Núcleo de Análise de Resíduos de Pesticidas (NARP)
da UFMA vem realizando trabalhos de pesquisa
relacionados com a problemática ambiental causada pela intensa aplicação de pesticidas. O Estado do Maranhão localiza-se em uma região que vem sendo bastante
aproveitada nos grandes projetos de monoculturas agrícolas. Nesses projetos, é comum ocorrer consumo considerável de pesticidas. A região tem grande disponibilidade de
recursos hídricos e, além disso, conta com elevadas taxas
pluviométricas. Esses fatores levam à necessidade de um
monitoramento frequente dos recursos naturais, no senSumário
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tido de controlar possíveis problemas de contaminação
ambiental. O NARP desenvolve e aplica metodologias analíticas para determinação dos resíduos de pesticidas presentes em amostras ambientais, embora já tenha, também,
analisado outros tipos de matrizes (p. ex., alimentos). As
técnicas utilizadas nas determinações incluem metodologias convencionais (por exemplo, cromatografia líquida e a
gás) e outras inovações (por exemplo, biossensores), com
as quais é possível a determinação, bem como o estudo de
monitoramento dos resíduos de pesticidas e seus respectivos produtos de degradação, prevendo, assim, a persistência e a transformação destes compostos em ambientes
naturais. Vários desses trabalhos têm sido feitos a partir
de informações fornecidas ou solicitações feitas pelo órgão
ambiental do Estado, o qual identifica os pontos de estudo.
Dessa forma, tem sido possível apontar problemas de contaminação e participar de estratégias de minimização dos
impactos gerados pelos uso de pesticidas na região. Mais
recentemente, o grupo tem desenvolvido projetos envolvendo outras classes de contaminantes orgânicos, p. ex.: resíduos de fármacos, plastificantes, etc. O grupo também
iniciou em 2009 ensaios toxicológicos com substâncias potencialmente tóxicas em ambientes marinhos.
Principais Pesquisadores
• Gilvanda Silva Nunes
• Paulo Roberto Brasil de Oliveira Marques
• Natilene Mesquita Brito
• Ricardo Luvizotto Santos
• Ney de Barros Bello Filho
• Teresa Cristina Rodrigues dos Santos Franco
• Ozelito Possidônio de Amarante Junior
• Thomas Bonierbale
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Biocombustíveis e Derivados de Petróleo
O Núcleo de Combustíveis, Catálise e Ambiental - NCCA
vem desenvolvendo várias pesquisas voltadas tanto para a
produção e uso de biocombustíveis (etanol e biodiesel), tais
como otimização da síntese de biodiesel com e sem microondas, novos catalisadores heterogêneos para a produção de
biodiesel, reaproveitamento dos resíduos do refino dos óleos
vegetais e dos subprodutos do processo do biodiesel, desenvolvimento de métodos analíticos para o controle e qualidade
do biodiesel e de suas matérias primas e do etanol. Outras
pesquisas estão em andamento no laboratório, como a preparação de microemulsões combustíveis para serem empregadas em comunidades isoladas, transformações dos subprodutos do processo de produção de biodiesel, utilização
de sensores capacitivos para monitoramento de adulteração
de combustíveis e dessulfurização do diesel de petróleo utilizando líquidos iônicos.
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Principais Pesquisadores
• Fernando Carvalho Silva (Coordenador do Núcleo)
• Adeílton Pereira Maciel (Pesquisador)
• Kátia Regina Marques Moura (Pesquisador)
• Thoma Bonierbale (Pesquisador)
• Francisco Sávio Mendes Sinfrônio (Pesquisador)
• Antônio Carlos Sales Vasconcelos (Colaborador)
• Jomar Sales Vasconcelos (Colaborador)
• Antônio Gouveia de Souza (Colaborador)
• Jose Hílton Gomes Rangel (Colaborador)
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Biodiversidade e conservação
O grupo, denominado inicialmente “Ecologia Evolutiva”,
foi criado em 1999, a partir da integração dos seus pesquisadores no sentido de elaborar e desenvolver projetos em
conjunto, que respondessem a perguntas ecológicas e levassem ao entendimento da estruturação e funcionamento
de populações e comunidades em ecossistemas maranhenses. Nessa perspectiva, desenvolvemos importantes projetos, em conjunto com outros grupos de pesquisa, apoiados
pelo Programa Norte de Pesquisa e Pós-Graduação, pelo
PROBIO, entre outros. O trabalho do grupo contribui decisivamente para tomadas de decisão na área ambiental no
âmbito regional, uma vez que fornece dados básicos sobre
as populações e comunidades do presente e do passado
(Cretaceo) nos ecossistemas maranhenses. Pesquisando
em áreas que vêm sofrendo contínuo processo de empobrecimento ambiental decorrente da fragmentação de seus
ecossistemas, esperamos levar a região a agregar valor sócio-ambiental adequado.
Principais Pesquisadores
• Silma Regina Ferreira Pereira
• Patrícia Maia Correia de Albuquerque
• Gilda Vasconcellos de Andrade
• José Manuel Macário Rebêlo
Ciência Animal e Agroecologia
Os grupos de ciência animal e agroecologia da UFMA estão sediados em Chapadinha. Eles têm por objetivo desenvolver produtos para o controle de parasitos animais, enfocando desde a procura de novas moléculas através da
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etnobotânica e estudo químico e bioquímico de plantas,
com os respectivos ensaios biológicos para testes contra
protozoários, artrópodes e helmintos parasitos dos animais
domésticos e finalizando a cadeia com a síntese e manipulação de moléculas visando o desenvolvimento de medicamentos veterinários; e gerar conhecimentos e transformá-los em alternativas tecnológicas para o desenvolvimento
da agricultura familiar da região do Baixo Parnaíba, trabalhando com o uso sustentável dos agroecossistemas como
um todo, levando em consideração o manejo de solos, plantas daninhas, doenças e pragas, formando um conjunto de
práticas aplicáveis na agricultura familiar.
Principais Pesquisadores
• Alana das Chagas Ferreira Aguiar
• Lívio Martins Costa Júnior
• Cristiane Rêgo Oliveira
• Izumy Pinheiro Doihara
• Edneia de Lucena Vieira
• Jane Mello Lopes
• Alexandra Martins dos Santos Soares
• André Luiz Gomes da Silva
• Múcio Flávio Barbosa Ribeiro
• Cláudio Gonçalves da Silva
• Nelder de Figueiredo Gontijo
• Daniel Praseres Chaves
• Olga Lima Tavares Machado
• Edison Fernandes da Silva
• Sinval Garcia Pereira
• Fredgardson Costa Martins
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Eletroquímica
A implantação do Grupo de Eletroquímica da Universidade Federal do Maranhão (GELQ-UFMA) foi iniciado em
1994, junto ao projeto de implantação do curso de Mestrado em Química e a sua infra-estrutura inicial financiada
com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
do Maranhão (FAPEMA). As linhas de pesquisa atuais do
GELQ-UFMA objetivam o desenvolvimento, a caracterização e o estudo das propriedades eletroquímicas de novos
materiais de eletrodos e superfícies quimicamente modificadas para 1) a eletrocatálise de reações envolvidas em
sistemas eletroquímicos de geração e armazenamento de
energia, como as células a combustível, e 2) a eletroanálise
de espécies de interesses farmacêutico, biológico e ambiental para aplicações na área de sensores eletroquímicos.
Principais Pesquisadores
• Auro Atsushi Tanaka
• Manuel de Jesus Santiago Farias
• Ilanna Campelo Lopes
• Marlus Pinheiro Rolemberg
• Isaide de Araújo Rodrigues
• Quésia Guedes da Silva
• Jaldyr de Jesus Gomes Varela Júnior
• Roberto Batista de Lima
• José Wilson da Silva
• Sônia Maria Carvalho Neiva Tanaka
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Energias Alternativas
O grupo tem apresentado uma considerável produção
científica envolvendo estudos com aplicações de técnicas
inteligentes e de confiabilidade em problemas de sistemas
de potência. Atendendo à vocação natural do Estado, criou
o Laboratório de Energias Alternativas. Apesar do grupo ser
novo nesta região, já há iniciativas concretas de cooperação com o setor produtivo local, em especial com as empresas de energia elétrica. O principal marco foi a execução do
projeto de energias alternativas na Ilha dos Lençóis, com a
implantação de um sistema híbrido de energia. O sistema
híbrido solar-eólico-diesel instalado possui um conjunto
de elementos interdependentes composto por três turbinas
eólicas, cabos de transmissão subterrânea de energia das
turbinas para a casa de força, painéis voltaicos, bancos de
baterias, entre outros. Além do desenvolvimento de uma
nova tecnologia para o Estado, o projeto foi bastante marcante devido aos desafios propostos e vencidos pela equipe,
pois a região é de difícil acesso e isso dificultou a atuação
do grupo, além do transporte dos equipamentos, que teve
grandes percalços. O projeto é financiado pelo Ministério
de Minas e Energia, teve duração de três anos e um investimento médio de 1 milhão e meio de reais.
Principais Pesquisadores
• Osvaldo Ronald Saavedra Mendez
• José Eduardo Onoda Pessanha
• Ricardo Bernardo Prada
• Luiz Antônio de Souza Ribeiro
• Vicente Leonardo Paucar Casas
• Maria da Guia da Silva
• Anselmo Barbosa Rodrigues
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Farmacologia, Imunologia e
Toxicologia de Produtos Naturais
As plantas superiores são utilizadas com finalidade curativa desde épocas remotas e ainda hoje são consumidas
por cerca de 80% da população mundial na forma de chás,
infusões, xaropes, etc. Além disso, cerca de 35% dos constituintes das formulações farmacêuticas, desenvolvidas pela
industria mundial, são de origem vegetal. O trabalho desse
grupo visa fornecer metodologia e informações que possibilitem a utilização segura de plantas e/ou seus produtos a
partir da avaliação dos efeitos biológicos, toxicológicos e caracterização química. Dentre os efeitos biológicos será dado
Sumário
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enfoque aos aspectos imunológicos e farmacológicos São
objetivos do grupo: fornecer subsídios à utilização segura
de plantas medicinais usadas pela população maranhense;
desenvolver e gerenciar ações interdisciplinares relacionadas ao aproveitamento das plantas medicinais; possibilitar
a exploração racional das plantas medicinais locais; determinar parâmetros de controle de qualidade das matérias
primas vegetais e seus produtos intermediários e acabados. Fatores considerados relevantes na definição do tema
central do projeto: viabilizar o uso de plantas medicinais de
acordo com as normas de segurança, eficácia e qualidade;
organizar os dados científicos sobre plantas medicinais em
um banco de dados acessível à população.
Principais Pesquisadores
• Flávia Raquel Fernandes do Nascimento
• Rosane Nassar Meireles Guerra
• Antônio Carlos Romão Borges
• Maria do Socorro de Sousa Cartágenes
• Maria Nilce de Sousa Ribeiro
• Cecília Cláudia Costa Ribeiro
• Marilene Oliveira da Rocha Borges
• Flávia Maria Mendonça do Amaral
• Silma Regina Ferreira Pereira
• Ivone Garros Rosa
• Valério Monteiro Neto
• Lucilene Amorim Silva
Sumário
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Materiais
Nesta temática, vários materiais com potenciais aplicações tecnológicas têm sido investigados, desde aqueles com
interesse da indústria do petróleo, farmacêutica, da agricultura e para aplicações ótica - eletrônica. Assim, diversos tipos de materiais como ferroelétricos, multiferroicos,
condutores iônicos, isolantes, materiais com alta constante dielétrica, catalisadores, termistores, semicondutores e
magnéticos, sob a forma de cerâmicos, monocristais e poliméricos têm sido sintetizado e caracterizados. A caracterização envolve técnicas de difração de raios-X, dilatometria,
ressonância paramagnética eletrônica, espectroscopia Raman, espectroscopia óptica, luminescência e técnicas fototérmicas, análise térmica e medidas magnéticas, calorimétricas e de transporte, caracterização elétrica e dielétrica.
As pesquisas estão centralizadas em São Luis e Imperatriz.
Principais Pesquisadores
• Carlos William de Araújo Paschoal
• Jerias Alves Batista
• Éder Nascimento Silva
• Adenílson Oliveira dos Santos
• Luzeli Moreira da Silva
• Alan Silva de Menezes
• Márcio José Barboza
• Alysson Steimacher
• Marta Célia Dantas Silva
• Pedro de Freitas Façanha Filho
• Cleber Candido da Silva
• Ricardo Jorge Cruz Lima
• Franciana Pedrochi
Sumário
76 / 415
Núcleo de Computação Aplicada
O Núcleo de Computação Aplicada (NCA) é um espaço
destinado à produção e desenvolvimento de tecnologia de
ponta. O NCA agrega em um mesmo ambiente, as atividades de três laboratórios da UFMA: o de Sistemas Avançados da Web (Laws), de Mídias Interativas (Labmint) e o de
Processamento e Análise de Imagens (Labpai), que realizam pesquisas nas áreas de processamento de imagens,
visão computacional, visualização e interação com dados
complexos e sistemas de informações geográficas.
A implantação do NCA insere a UFMA na rede temática
de Computação Científica e Visualização, conhecida como
rede Galileu, criada em 2006, que integra universidades
de todo o país, como USP, PUC e Universidade Federal do
Rio de Janeiro. Estas Universidades, e agora a UFMA, estão em parceria com a empresa Petrobrás para desenvolver
tecnologias e recursos humanos de alto nível, proporcionados após o investimento da empresa brasileira de Petróleo,
que já destinou para o Núcleo avançado da UFMA, cerca de
1,5 milhões de reais.
Ao todo, trabalham no laboratório, quarenta e três alunos de graduação, vinte e dois na pós-graduação, incluindo mestrandos e doutorandos e quatro doutores em Computação.
Odontologia
Grupo de pesquisa em Odontologia vem trabalhando com
pesquisas exploratórias e explicativas, realizando levantamentos epidemiológicos das doenças bucais em diversas
comunidades do Estado do Maranhão. Já foram realizados
alguns trabalhos clínicos visando a melhoria da qualidade
de vida das diversas comunidades através da saúde bucal.
Sumário
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Principais Pesquisadores
• Cláudia Maria Coelho Alves
• Adriana de Fátima Vasconcelos Pereira
• Elizabeth Lima Costa
• Alex Luiz Pozzobon Pereira
• Érika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz
• Ana Emília Figueiredo de Oliveira
• Fernanda Ferreira Lopes
• Antônio Luiz Amaral Pereira
• Maria Carmen Fontoura Nogueira da Cruz
• Bruno Braga Benatti
• Rubenice Amaral da Silva
• Cecília Cláudia Costa Ribeiro
• Silvana Amado Libério
• Soraia de Fátima Carvalho Souza
• Eider Guimarães Bastos Vanessa
• Camila da Silva
Políticas Públicas
O Grupo de Avaliação e Estudo da Pobreza e de Políticas
Direcionadas à Pobreza desenvolve atividades de pesquisa, de consultoria, assessoria e capacitação de recursos
humanos, privilegiando a temática pobreza, trabalho, políticas sociais e análise e avaliação de Políticas Públicas.
Entre os trabalhos mais relevantes, temos: assessorias à
Política de Assistência Social: Conferências, Planos e Política de Assistência Social do Maranhão, 2001 e 2006;
Programas de Transferência de Renda implementados por
municípios e estados brasileiros; avaliação do Plano Estadual de Qualificação Profissional do Maranhão, 1996-2002,
com avaliações política, do processo de implementação e
Sumário
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de impactos na população alvo; avaliações do Programa
Primeiro Emprego do Estado do Maranhão (1998, 2005),
o processo de implementação e os impactos do Programa;
avaliação do Programa Comunidade Solidária, sua implementação no Estado do Maranhão, 1999/2000; avaliação
da implantação do Sistema Descentralizado e Participativo
da Política de Assistência Social no Estado do Maranhão,
1998/1999; avaliação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no Maranhão, 2003; avaliação das Políticas
de Assistência Social, da Habitação e do Trabalho e Renda
no Maranhão, 1999/2002, considerando implementação e
impactos; pesquisas sobre Programas de Transferência de
Renda no Brasil, com produção divulgada nacional e internacionalmente; capacitação de profissionais e membros de
Conselhos de Gestão e capacitação em Avaliação de Políticas e Programas Sociais para profissionais, no Estado do
Maranhão e em outros estados; avaliação da implantação
e implementação do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS), 2006/2010.
Principais Pesquisadores
• Maria Ozanira da Silva e Silva
• Annova Míriam Ferreira Carneiro
• Maria Virgínia Moreira Guilhon
• Cleonice Correia Araújo
• Salviana de Maria Pastor Santos Sousa
• Maria Eunice Ferreira Damasceno Pereira
• Talita Teresa Gomes Furtado
• Valéria Ferreira Santos de Almada Lima
Sumário
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Processamento e Análise
de Imagens Médicas
O grupo de informática aplicada vem desenvolvendo diversas pesquisas voltadas a aplicação de modelos computacionais a problemas de ordem prática. A principal tem o
objetivo de investigar novas técnicas para o melhoramento,
segmentação e identificação de imagens médicas e o desenvolvimento de metodologias e ferramentas que auxiliem
o diagnóstico de patologias com base em imagens e técnicas de realidade virtual, dando origem a diversos projetos
de impacto, como detecção e diagnóstico precoce de câncer
de mama baseado em análise de imagens médicas multimodais e imagens médicas: processamento, análise e visualização para detecção e diagnóstico de câncer de mama e
pulmão. O grupo trabalha, também, no desenvolvimento
de ferramentas e tecnologias de software para o desenvolvimento de sistemas de informações geográficas em duas e
três dimensões, baseados na Web e em computação móvel
que possam disponibilizar funcionalidades de análise espacial e processamento de imagens de satélite.
Principais Pesquisadores
• Alexandre César Muniz de Oliveira
• Carlos de Salles Soares Neto
• Ângelo Rodrigo Bianchini
• Geraldo Braz Júnior
• Anselmo Cardoso de Paiva
• Mário Antônio Meireles Teixeira
• Aristófanes Corrêa Silva
• Simara Vieira da Rocha
Sumário
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Programa de Transplante Renal
do Hospital Universitario
O Programa de Transplante Renal do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA)
vem sendo desenvolvido há doze (12)anos somando 359
transplantes até o dia de hoje, somando doadores vivos e
falecidos, com resultados equiparáveis aos de outros serviços nacionais e internacionais. O pimeiro transplante renal
aconteceu em 18 de março de 2000, a equipe do Transplante Renal destaca esta data como um marco, apontando um grande avanço na medicina do Maranhão. Para que
fosse realizado esse serviço no Estado o HUUFMA teve de
modernizar e ampliar sua estrutura, a exemplo podemos
citar, a melhoria e compra de novos equipamentos para o
Laboratório de Análises Clínicas e Coleta, a criação do Laboratório de Histocompatibilidade e Genoma, e do Serviço
de Urologia e Litotripsia. Estes serviços dão suporte à realização dos transplantes de órgãos.
O primeiro transplante realizado com doador falecido aconteceu em 07 de outubro de 2005. O Serviço de Transplante Renal do HUUFMA é um celeiro para fomento e desenvolvimento de pesquisas científicas, servindo assim, não
só para os graduandos mais também para os profissionais
que trabalham nesta linha.
Saúde Coletiva
O grupo tem realizado pesquisas de relevância para o conhecimento da realidade da saúde materno-infantil no Estado, como por exemplo o trabalho Saúde, nutrição e mortalidade infantil no maranhão, livro publicado em 1997.
Em 2000, publicou outro livro, Avaliação de qualidade de
maternidades, onde foram estudadas 4 maternidades públicas. Nesse trabalho, as maternidades foram hierarquizaSumário
81 / 415
das pelo nível de qualidade, levando-se em conta a estrutura, o processo e o resultado, utilizando-se a metodologia
de Donabedian. O grupo tem realizado pesquisas sobre a
epidemiologia da cesárea, tendo publicado recentemente
artigo onde foi observada associação entre cesárea e baixo
peso ao nascer. Há indicações de que o excesso de cesáreas
eletivas pode estar sendo a causa de baixo peso ao nascer
entre partos prematuros. Foram concluídas recentemente
pesquisas sobre: gravidez na adolescência e prematuridade, expansão da hanseníase em São Luís, fatores associados à inadequação do uso da assistência pré-natal, tendências da incidência e da mortalidade por AIDS no Maranhão
e expansão espacial da leishmaniose visceral americana
em São Luís. Intercâmbios vêm sendo desenvolvidos com
o NESCA (Núcleo de Estudos de Saúde da Criança e do
Adolescente) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,
USP, para realização da pesquisa conjunta “Comparação
de indicadores epidemiológicos de dois estudos de coorte
populacional sobre saúde perinatal”.
Principais Pesquisadores
• Antônio Augusto Moura da Silva
• Alcione Miranda dos Santos
• Maria Teresa Seabra Soares de Britto e Alves
• Raimundo Antônio da Silva
• Arlene de Jesus Mendes Caldas
• Valdinar Sousa Ribeiro
• Elba Gomide Mochel
• Vânia Maria de Farias Aragão
• Érika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz
• Wellington da Silva Mendes
• Fernando Lamy Filho
• Wildoberto Batista Gurgel
• Ivan Abreu Figueiredo
• Zeni Carvalho Lamy
• Liberata Campos Coimbra
Sumário
82 / 415
Ectoparasitos de
animais silvestres
no Maranhão
Foto: Jaqueline Matias
Ana Clara G. Santos
Mayra A.P. Figueiredo
Rita de Maria S.N.C. Guerra
Objetivou-se identificar os ectoparasitos de animais silvestres recepcionados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres, São Luís, Maranhão. Os ectopararasitos identificados
foram: piolhos Acidoproctus sp., Trinoton sp., Ciconiphilus sp, Austromenopon sp., Quadraceps
sp., Saemundssonia
sp. e Trichodectes
canis; carrapato Amblyomma
rotundatum e Rhipicephalus
sanguineus; pulgas
Ctenocephalides felis
e larvas de Cochliomyia
hominivorax.
Os resultados apresentados documentam a infestação de
mamíferos,
répteis
e aves silvestres por
ectoparasitos.
Carrapato Amblyomma rotundatum
Sumário
83 / 415
INTRODUÇÃO
O Brasil é um dos seis países com maior diversidade biológica do mundo, com estimativas de dois milhões de espécies e aproximadamente duzentas mil catalogadas (Lewinsohn & Prado 2002). Gerenciar este patrimônio biológico
requer o estabelecimento de estratégias, planos e programas que assegurem a utilização sustentável dos recursos
naturais (Dias 2001).
Diante dessa conjuntura tem se intensificado as pesquisas sobre a fauna silvestre no Brasil, para tentar amenizar o desequilíbrio ecológico causado pela retirada histórica
desses animais do hábitat natural. Os Centros de Triagens,
os zoológicos e os criadouros são locais importantes para
as pesquisas sobre animais silvestres em situação de cativeiro, principalmente a pesquisa clínica e laboratorial. Possibilitam conhecer as condições que podem tornar parasitos naturais em patogênicos, quando os animais estão sob
o estresse do cativeiro (Arrojo 2002), evitando o óbito dos
animais por doenças com agente e tratamento conhecidos
(Catão-Dias 2003).
Dessa forma, o estudo das doenças parasitárias e da interação parasito-hospedeiro de animais silvestres cativos
e de vida livre é uma ferramenta importante para auxiliar
nos programas de conservação e preservação, prevenindo
impactos negativos sobre a biodiversidade e a saúde pública (Catão-Dias 2003). A relevância da pesquisa da fauna
parasitária é reconhecida e exigida em protocolos de reintrodução (UICN 1998, FELASA 1999) e na rotina clínica de
animais silvestres.
O objetivo desse trabalho foi identificar os ectoparasitos
dos animais silvestres recepcionados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
de São Luís, Maranhão.
Sumário
84 / 415
MATERIAL E MÉTODOS
University of Nebraska
O CETAS localiza-se no Bairro da Maiobinha, São Luís,
Maranhão, recebe animais apreendidos pela Polícia Florestal, Bombeiros e da população. Por existir apenas esse centro
no estado, atualmente exerce a função de centro de manejo
e de triagem dos animais silvestres. As coletas de amostras
ocorreram quando da admissão dos animais no CETAS. Os
animais foram inspecionados no período de agosto de 2006
a julho de 2008 para pesquisa de ectoparasitos.
Para a coleta dos ectoparasitos, os animais eram inspecionados manualmente e visualmente e os espécimes coletados acondicionados em frascos com álcool a 70°GL e
encaminhados ao Laboratório de Parasitologia Veterinária
do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão para triagem, processamento e identificação. Em casos suspeitos de sarna e de otite parasitária,
realizaram-se raspados de pele e swabs de ouvido, respectivamente, para pesquisa de ácaros. A identificação dos artrópodes foi realizada com chaves propostas por Aragão &
Fonseca (1961), Furman & Catts (1970), Linard & Guimarães (2000) e Price et al. (2003).
Larvas de Cochliomyia hominivorax
Sumário
85 / 415
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados encontram-se sumarizados no Quadro 1.
Quadro 1. Espécies de hospedeiros examinados, números de animais amostrados, ectoparasitos identificados em animais silvestres no período de agosto/2006
a julho/2008 no Centro de triagem de Animais Silvestres (Cetas) Maranhão, Brasil
Espécie de hospedeiro
examinado
Nº de animais
amostrados
Boa constrictor
Iguana iguana
Cerdocyon thous
Nasua nasua
Nasua nasua
Galactis cuja
Galactis cuja
Tamandua tetradactyla
Thalasseus maximus
Thalasseus maximus
Thalasseus maximus
Dendrocygna viduata
Dendrocygna autumnalis
Butorides striatus
07
01
03
08
08
02
02
01
03
03
03
24
10
02
Nº de animais
positivos para
Ectoparasitos
06
01
02
08
04
02
01
01
03
24
10
02
Ectoparasito
identificado
Amblyomma rotundatum
Amblyomma rotundatum
Trichodectes canis
Trichodectes canis
Ctenocephalides felis
Rhipicephalus sanguineus
Cochliomyia hominivorax
Amblyomma sp.
Austromenopon
Quadraceps
Saemundssonia
Acidoproctus
Acidoproctus
Ciconiphiluis
Jibóias (Boa constrictor) e iguanas (Iguana iguana) estavam infestadas por carrapatos adultos da espécie Amblyomma rotundatum, ectoparasito já identificado em outros répteis no Maranhão (Guerra et al. 2000). A literatura
cita diversos hospedeiros heterotérmicos para esse carrapato (Teixeira et al. 2003, Dantas-Torres et al. 2005).
Detectou-se parasitismo por piolhos da espécie Trichodectes canis em raposinha (Cerdocyon thous) e em quati
(Nasua nasua). Resultados semelhantes aos obtidos por
Dominguez (2003) na Espanha, que identificou em caníSumário
86 / 415
deos silvestres de vida livre esta espécie de piolho.
As pulgas da espécie Ctenocephalides felis foram identificada em quati. No Brasil, este pulicídeo já foi registrado
em quatis por Linard & Guimarães (2000) e Rodrigues et
al. (2006) - estes últimos autores assinalam também o parasitismo por Rhopalopsyllus lutzi lutzi. Comentam ainda
que os quatis podem manter espécies de ectoparasitos e
intercambiá-los entre os ambientes rural e urbano, considerando que sua amostragem foi proveniente de um fragmento de mata na área urbana.
Em furão (Galictis cuja) identificaram-se adultos Rhipicephalus sanguineus e em tamanduá-mirim (Tamandua
tetradactyla) larvas Amblyomma sp. Labruna et al. (2002)
relataram o encontro de Amblyomma cajennense em nove
hospedeiros, Mymercophaga tridactyla, Tamandua tetradactyla, Puma concolor, Cerdocyon thous, Tayassu tajacu,
Mazana gouazoubira, Hydrochaeris hydrochaeris, Alouatta
caraya e Cebus apella. Torres-Mejia & Fuente (2006) também identificaram Amblyomma sp. em T. tetradactyla na
Colômbia, confirmando a polixevia deste gênero.
Larvas de terceiro estágio do díptero Cochliomyia hominivorax foram identificadas em lesão cutânea de furão. Este
achado comprova que os animais silvestres também estão
expostos as miíases.
As aves são frequentemente parasitadas por piolhos. Fato
que pode ser observado no presente estudo onde se constatou em trinta-réis-real (Thalasseus maximus) o parasitismo
por Austromenopon sp., Quadraceps sp. e Saemundssonia
sp. Resultados semelhantes foram obtidos por González-Acuña et al. (2006), no Chile, ao identificarem espécies dos
gêneros Quadraceps e Saemundssonia em aves da ordem
Charadriiformes, família Laridae, mesma classe taxonômica de T. maximus. Espécies dos gêneros Austromenopon e
Quadraceps são comumente registradas parasitando membros da família Laridae (González-Acuña et al. 2006).
Em irerê (Dendrocygna viduata) e marreca cabocla (DenSumário
87 / 415
Pulga Ctenocephalides felis
drocygna autumnalis) verificou-se o parasitismo por piolhos
do gênero Acidoproctus. Segundo Arnold (2006), o gênero
Acidoproctus é freqüentemente encontrado em aves da ordem Anseriformes (famílias Anatidae e Anseranatidae), embora Brum et al. (2005) não tenham registrado este gênero
nas aves anseriformes da família Anatidae (Netta peposaca e Cygnus melancoryphus) amostradas no Rio Grande
do Sul. Posteriormente a espécie Acidoproctus fuligulae foi
assinalada neste estado por Paulsen & Brum (2007), indicando que estudos desta natureza devem ser contínuos,
objetivando verificar as associações parasitárias. Valim et
al. (2005) registram por primeira vez no Brasil parasitismo
em Dendrocygna bicolor por Acidoproctus rostratus.
Em socozinho (Butorides striatus), identificou-se o gênero
Ciconiphilus. Este gênero contém espécies de piolhos cuja
distribuição está limitada a determinados hospe-deiros das
ordens Ciciniformes e Anseriorformes. Silva et al.(2009)
registraram o encontro de Ciconiphilus pectiniventris em
Cygnus atratus (Anseriformes, Anatidae) e Price & Graham
(1997) relatam que várias espécies de aves das ordens Ciconiformes e Anseriformes são hospedeiros desta espécie
de piolho. O gênero Trinoton foi identificado em sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) e irerê, e o díptero Hippoboscidae Pseudolynchia sp. em
socozinho.
Segundo Valim et al.
(2005), a análise de malófagos provenientes de
aves apreendidas ou
cativas poderá fornecer
subsídios que permitam
compreender a fauna de
piolhos no Brasil, especialmente
considerando-se a dificuldade de
Sumário
88 / 415
amostrar animais de vida livre.
A pesquisa de microscopia de pele e os swabs de ouvidos
foram negativos para todos os felinos amostrados, assim
como para os macacos-pregos, saguis dos tufos brancos e
raposinhas.
Estudos desta natureza contribuem para o conhecimento da fauna parasitária de animais silvestres ao tempo em
que permitem estabelecer novas áreas de ocorrência e distribuição geográfica de ectoparasitos, especialmente em
locais pouco estudados como o estado do Maranhão. De
igual forma oportunizam conhecer os potenciais vetores de
zoonoses.
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no Zoológico de São Paulo, SP, Brasil. Revta Bras. Entomol.
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Ana Clara G. Santos
Doutora em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e
Professora da Universidade Estadual do Maranhão
Mayra A.P. Figueiredo
Mestranda em Medicina Veterinária (área Patologia Animal) na Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho-Unesp.
Rita de Maria S.N.C. Guerra
Doutora em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz e Professora da
Universidade Estadual do Maranhão.
Sumário
91 / 415
RECURSOS PESQUEIROS
DO LITORAL
MARANHENSE: PESCA E
BIOMONITORAMENTO
Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta
Zafira da Silva de Almeida
INTRODUÇÃO
E
studos científicos sobre a biologia e a pesca da
fauna marinha e estuarina do litoral maranhense
vêm sendo desenvolvidos desde a década de 70 do
século XX. Contudo, ainda existem lacunas nesse campo
do conhecimento, especialmente no que se refere aos recursos pesqueiros da plataforma continental e da costa leste
do Estado do Maranhão (Almeida et al 2007). Além disso,
são recentes os estudos que utilizam metodologias de biomonitoramento dos recursos aquáticos maranhenses.
As pescarias realizadas no litoral do Maranhão, apesar de
serem consideradas todas de caráter artesanal, não representam um conjunto homogêneo. Estudos realizados pelo
nosso grupo de pesquisa do “Laboratório de Pesca, Biodiversidade e Dinâmica Populacional de Peixes” da UEMA
permitiram identificar unidades distintas no Maranhão,
resultando em 21 Sistemas de Produção Pesqueira (SPP),
distribuídos em 24 municípios litorâneos (Almeida et al.,
2009).
Sumário
92 / 415
Na comparação desses 21 sistemas de produção pesqueira (SPP) artesanais do litoral maranhense por meio de
50 atributos – considerando-se as dimensões social, ecológica, tecnológica, econômica e de manejo -, evidenciou-se
a formação de três grupos de sistemas: “de subsistência”,
“intermediário” e “semi-industrial” (Almeida et al., 2011).
Esses grupos foram diferenciados principalmente pelas
tecnologias de pesca e níveis de renda dos pescadores.
Divulgação
Para gerenciar os diferentes sistemas de produção pesqueira são necessárias propostas construídas com base
prioritariamente na organização social e políticas públicas,
mas que tenham a dimensão ecológica como eixo norteador. Nesse sentido, novas metodologias e novos estudos
direcionados para o monitoramento dos recursos aquáticos são importantes para subsidiar uma gestão ambiental
ampla e integrada do litoral maranhense. Algumas dessas
metodologias já vêm sendo testadas na costa maranhense
pelo nosso grupo de pesquisa, que tem validado biomarcadores de contaminação aquática em peixes da Baía de São
Marcos-MA (Carvalho-Neta et al., 2012).
Embarcações de Fibra de vidro - MAR
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AS METODOLOGIAS
A utilização da metodologia conhecida como Rapfish mostrou-se adequada para a comparação do desempenho dos
sistemas de produção pesqueira do litoral maranhense e
permitiu tanto caracterizar as modalidades de pesca como
avaliá-las a partir de indicadores de sustentabilidade, em
uma abordagem multidimensional. Esse método tem sido
recomendado para o diagnóstico rápido de pescarias, visando identificar problemas de depleção ou colapso, quando
informações científicas mais precisas não são disponíveis.
O método permitiu ordenar os 21 sistemas de produção
pesqueira do estado do Maranhão de acordo com os níveis de sustentabilidade em cada uma das áreas temáticas
analisadas (Almeida et al., 2011). Esses resultados podem
servir como subsídio para decidir sobre quais medidas de
manejo seriam mais adequadas para cada situação.
Por outro lado, em termos de biomonitoramento dos
ambientes aquáticos, vários estudos têm apontado a necessidade da utilização de metodologias que utilizem biomarcadores em peixes. Essas metodologias possibilitam
a obtenção de diferentes tipos de respostas biológicas dos
peixes que podem ser comparadas e confrontadas, proporcionando um diagnóstico mais preciso e confiável da situação da área estudada (Carvalho-Neta e Abreu-Silva, 2010).
A utilização de biomarcadores em estudos com peixes tem
apresentado muitas vantagens, tais como: detecção precoce da existência de contaminação por substâncias tóxicas biologicamente significativas; identificação de espécies
ou de populações em risco de contaminação; avaliação da
magnitude da contaminação; e determinação do grau de
severidade dos efeitos causados pelos contaminantes nas
populações de peixes de interesse comercial.
OS SISTEMAS PESQUEIROS
No Maranhão, o baixo custo de equipamentos e o livre
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Divulgação
acesso aos recursos
aquáticos colaboraram para o aumento
do número de pescadores explorando os
sistemas nos últimos
anos (Silva, 1980; Beckman, 2006). Tais
fatos implicaram na
intensificação
das
pescarias no Estado, as quais, embora artesanais, vêm
causando impactos
tanto aos recursos
Pescaria com tapagem
pesqueiros quanto ao
ambiente.
Os sistemas de pesca artesanais de grande escala têm
surgido recentemente e parte da frota é oriunda de outros
estados do Nordeste. Isso resultou da crise provocada pela
sobre-explotação dos recursos em outros pesqueiros, a
exemplo do ocorrido com pargo e lagosta em vários estados
da região nordeste do Brasil.
Os sistemas pesqueiros do Pargo e da Lagosta do litoral
maranhense, analisados pela metodologia Rapfish, apresentaram bons indicadores de sustentabilidade, principalmente nas dimensões social e econômica. Isso ocorreu porque os sistemas apresentam bons rendimentos financeiros,
devido à grande demanda do mercado pelos seus produtos,
bem como subsídios do governo, o que permite investimentos de capital, como pode ser observado nas comunidades
de Barrerinhas e Raposa. Por outro lado, os referidos recursos são explorados intensamente, percebendo-se a ausência de uma política de gestão, o que conduz ao esgotamento dos estoques pesqueiros. Adicionalmente, a captura
da lagosta é feita com rede de malha que é arrastada pelo
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fundo, considerada destruidora do substrato marinho. Por
isso, para esse grupo de sistemas, é imperioso a formulação
de medidas eficientes de controle do esforço pesqueiro para
evitar o colapso dessa atividade econômica, ora próspera.
Apesar da existência de medidas que regulamentam essas pescarias no Nordeste do Brasil, o controle do esforço
de pesca nunca foi adequadamente implantado (Dias Neto
e Marrul Filho, 2003). No Maranhão, o IBAMA, com base
na legislação nacional (IN n. 206 de 14/11/2008), realiza o
monitoramento e fiscalização do defeso da lagosta (período
reprodutivo), que ocorre de dezembro a maio. Entretanto,
a fiscalização é ineficiente. Outro fator agravante, é que os
pesqueiros do sistema encontram-se em uma Unidade de
Conservação estadual (Parcel de Manuel Luís), considerada de grande vulnerabilidade ecológica.
Dentro do grupo de sistemas artesanais de grande escala
o sistema que se destacou como mais sustentável foi o que
utiliza espinhel, por ser uma pescaria que utiliza uma arte
seletiva e cujos pescadores apresentam melhores indicadores sociais. Isso ocorre, em parte, porque a frota é pequena e de atuação esporádica. O incremento do número de
barcos nessas pescarias de espinhel pode ser considerado
perigoso, particularmente pela captura de tubarões e meros, que são espécies k-estrategistas. O ordenamento da
atividade pesqueira que possa ser efetivamente aceito pelos
pescadores e controlado de forma coletiva deve ser objetivo
da gestão ambiental, como forma de buscar maior eficiência e governança no manejo pesqueiro dessas modalidades
de pesca. Contudo, pelo estado de exploração das espécies
alvo e pelos antecedentes de sobre-explotação no Estado
ou em estados vizinhos, a principal recomendação para essas modalidades de pesca deve ser o controle ou mesmo a
redução do esforço total, bem como a efetiva implantação e
fiscalização de áreas de exclusão da pesca (no take zones),
principalmente nos arredores das unidades de conservação. Essas medidas poderão garantir a recuperação dos esSumário
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Pescada-amarela (Cynoscion acoupa)
toques, se corretamente implantadas.
Os sistemas que compõem a frota de escala intermediária são os de maior expressividade da pesca maranhense,
responsáveis pela grande contribuição social e econômica
da pesca, em nível estadual. Nesse grupo ocorre a maior
utilização das artes multi-específicas, envolvendo recursos
como as pescadas, peixes serras, bagres e camarões. Essas formas de pesca geram impactos importantes sobre o
ambiente, destruindo o habitat e capturando espécies de
fauna acompanhante, com grande incidência de indivíduos
juvenis de espécies k-estrategistas, a exemplo de tubarões.
Para a melhor gestão e o alcance de melhores indicadores
de sustentabilidade das pescarias intermediárias recomenda-se maior fiscalização no tamanho das redes e abertura
de malha, cumprindo a legislação existente (Portaria 121
de 24/08/1998). Essas medidas devem ser pensadas de
forma que a pescaria seja viável economicamente. Assim,
serão necessários estudos econômicos que definam as melhores condições de rentabilidade da pesca. Para o manejo
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desses sistemas intermediários, existe um grande desafio
representado pela necessidade de resolução dos conflitos
existentes entre os pescadores de cada sistema. A regulamentação de áreas de pesca se faz assim necessária, mas
deverá ser feita da forma mais participativa possível.
Dentre os sistemas intermediários e de pequena escala,
as pescarias mais sustentáveis são as que utilizam linhas e
anzóis e as manuais. Sistemas como os do sururu e aqueles
que ultilizam redes gozeira destacam-se sustentavelmente
por realizarem curtas viagens e apresentarem tecnologias
simples, o que não impacta gravemente o ecossistema (Almeida et al, 2006). Os sistemas que utilizam embarcação
de pequeno a médio porte apresentam rendimentos individuais baixos, mas produção total alta. Embora os estudos
sobre a biologia e pesca do sistema pescada amarela sejam
incipientes, já apontam para indícios da diminuição do tamanho do pescado, decréscimo na abertura de malhas de
200mm para 100mm e aumento no número das embarcações. Surge, assim, a necessidade de medidas de manejo efetivas, como defeso (período reprodutivo), proteção de
áreas de reprodução, determinação do tamanho mínimo de
captura e aumento do tamanho de malha das redes.
As pescarias manuais, consideradas de pequena escala,
possuem condições de sustentabilidade precárias, principalmente pelos baixos indicadores sociais e pelos conflitos
na conservação ambiental. É nítida a degradação dos ambientes estuarinos, principalmente nas áreas de captura
de sururu e sarnambi. Os bancos de sururu vêm sendo
destruídos pelo uso de pás na retirada do molusco, além
das queimadas para utilização do recurso como isca. Atualmente esses recursos estão diminuindo em tamanho no
mercado. O primeiro passo a ser tomado deve ser o fortalecimento da organização social, acompanhado de desenvolvimento de processos de alternativas de renda, visando à
recuperação das áreas de pesca.
No Maranhão, constata-se uma contínua diminuição dos
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estoques e redução do tamanho dos espécimes do caranguejo e do siri. Neste segundo caso, o declínio do recurso
pode ser atribuído à sobrepesca e à captura preferencial de
fêmeas ovadas. No caso do caranguejo, as alterações no tamanho das populações e dos espécimes são agravadas pela
crescente demanda por esse recurso, principalmente devido ao decréscimo do recurso em outros estados brasileiros.
Contudo, o sistema caranguejo foi um dos mais sustentáveis na categoria de pescarias de pequena escala. Isto pode
ser atribuído à relativamente boa organização social dos
coletores, assim como a existência das medidas de manejo
tradicionais durante o período de acasalamento e na proteção das fêmeas. Um problema para esta atividade é que
durante o período de acasalamento, devido à facilidade da
captura, um grande número de pessoas oportunistas das
regiões vizinhas se desloca para os manguezais na busca
dos caranguejos. Para essa situação, sugere-se a determinação de áreas exclusivas de exploração para os coletores, com licenças individuais, os quais ficariam legalmente
amparados para a captura durante os períodos legalmente
autorizados.
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Caranguejo-uçá
Com exceção do caranguejo, nos sistemas de produção
pesqueira de pequena escala, os maiores problemas são a
ausência de manejo tradicional e/ou governamental, falta
de pontos de referência sobre os volumes a serem capturados ou sobre as biomassas dos estoques e do dimensionamento dos impactos humanos sobre o ambiente e sobre as
espécies alvo e da fauna acompanhante.
Alguns órgãos como o IBAMA e o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) já atuam
nas comunidades costeiras na busca de formas de manejo
que garantam a sustentabilidade da pesca, com ações de
sensibilização, capacitação para o exercício de atividades
que representem alternativas de renda, criação de conselhos deliberativos e preparação no exercício da gestão compartilhada.
A grande extensão da costa maranhense e a falta de pessoal qualificado para o correto controle dos problemas ambientais são os principais fatores que contribuem para o
ineficiente quadro da fiscalização e crescimento desordenado da pesca no Estado. As propostas de manejo devem
ser constituídas através de eixos norteadores que são: gerenciamento da pesca, sustentabilidade do recurso, organização social e educação ambiental e devem respeitar as
características tecnológicas e culturais de cada modalidade
ou sistema de pesca. Os investimentos em pesquisas ambientais e sócio-econômicas sobre estas modalidades permitirão uma melhor compreensão e adequação de futuras
medidas de monitoramento e manejo dos recursos aquáticos maranhenses.
O BIOMONITORAMENTO DOS RECURSOS AQUÁTICOS
Os estudos de biomonitoramento com espécies de peixes
de interesse comercial do litoral maranhense têm mostrado alterações bioquímicas (enzimáticas), lesões hepáticas
e lesões branquiais graves nos organismos capturados em
regiões próximas aos complexos portuários da baía de São
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Marcos (Carvalho
Neta et al., 2012).
Por outro lado, os
peixes das Unidades de Conservação
não têm apresentado alterações morfológicas, indicando a importância
dessas áreas para a
proteção dos estoSerra (Scomberomorus brasiliensis)
ques pesqueiros.
A experiência adquirida durante as pesquisas com biomonitoramento de
peixes de importância comercial permitiu inferir a necessidade de algumas linhas de ação, sugeridas por Carvalho
Neta (2010) a seguir:
• estudos adicionais, com base nos mecanismos genéticos
e proteômicos, para tornar o modelo de biomonitoramento
baseado em biomarcadores bioquímicos e histopatológicos
mais acurado;
•análises histopatológicas de brânquias e fígados com
uso de microscopia eletrônica, para que se possa definir
com maior resolução a escala das lesões observadas nos
peixes de áreas potencialmente contaminadas;
•implementação de biomonitoramento baseado em biomarcadores, a partir de iniciativas de órgãos públicos ou
privados comprometidos com o meio ambiente, visto que
requer a manutenção de equipamentos instalados em campo que devem ser inspecionados em uma rotina técnica.
A metodologia testada para biomonitoramento a partir da
validação de biomarcadores em peixes oferece a possibilidade de se inferir dados sobre o ambiente monitorado com
seletividade e relativo baixo custo, a partir de um modelo
funcional capaz de prever consequências biológicas da contaminação aquática em peixes de importância comercial do
litoral maranhense.
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REFERÊNCIAS
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ISAAC-NAHUM, V. J. Inventário e diagnóstico das espécies
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CARVALHO-NETA, R. N. F.; TORRES JR., A. R.; ABREUSILVA, A. L. Biomarkers in Catfish Sciades herzbergii (Teleostei: Ariidae) from Polluted and Non-polluted Areas (São
Marcos’ Bay, Northeastern Brazil). Applied Biochemistry
and Biotechnology. V. 166, n. 1, p. 1-12, 2012.
Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta
Doutora em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia e Professora da
Universidade Estadual do Maranhão.
Zafira da Silva de Almeida
Doutora em Zoologia pela Universidade Federal do Pará e Professora da Universidade
Estadual do Maranhão.
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Implementação de um
Conversor de Alta Eficiência e
Baixo Custo para Sistema
Fotovoltaico de
Bombeamento de Água
Guilherme de C. Farias
João Victor M. Caracas
Luis Felipe M. Teixeira
Luiz A. de S. Ribeiro
Este artigo apresenta o projeto de um conversor para sistemas de bombeamento d’água composto por um motor de
indução trifásico alimentado a partir de uma fonte fotovoltaica. A motivação para o desenvolvimento do mesmo foi o
lançamento do edital da competição International Future
Energy Challenge (IFEC), patrocinada pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), com o objetivo
de melhorar a qualidade de vida de comunidades carentes.
O sistema desenvolvido foi capaz de operar sob restrições
de potência variável (radiação solar), maximizando a energia produzida pelo painel e a quantidade de água bombeada, além de possuir alta eficiência, baixo custo (90 dólares
americanos), operação autônoma, robustez, expectativa de
vida alta. O protótipo desenvolvido é uma solução comercialmente viável, permitindo assim a utilização em locais
que necessitam desse tipo de sistema. O projeto conseguiu
2 prêmios (Outstanding Performance Award and Best Technical Presentation Award) na referida competição no ano
2011, além de ser o protótipo de menor tamanho e custo
da competição.
Sumário
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INTRODUÇÃO
O IFEC (International Future Energy Challenge) é uma
competição internacional para alunos de engenharias elétrica, eletrônica e áreas afins, que visa incentivar a inovação, conservação e uso eficiente da energia elétrica. A competição é promovida pelo IEEE (Institute of Electrical and
Electronic Engeniering), que é o maior órgão mundial de
pesquisa, regulamentação e incentivo ao desenvolvimento
nas áreas relacionadas à energia elétrica. O IFEC, além de
já possuir um grande prestígio internacional, está se tornando referência nas universidades brasileiras, tornando-se um importante evento da área.
A competição é realizada em regime bienal nos quais são
sempre propostos 2 tópicos de interesse mundial. Cada Universidade pode realizar uma solução para participar e resolver o desafio proposto por apenas um dos tópicos. Essa
Sumário
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proposta é julgada e as Universidades classificadas participam do desafio. Na edição do evento (IFEC’11), o tópico B
da competição teve como objetivo incentivar o desenvolvimento de acionamentos elétricos de bombas d’água voltados para a otimização de sistemas de tratamento de água
alimentados por sistemas solares.
A Universidade Federal do Maranhão foi selecionada para
participar da competição no ano de 2011. Esta equipe era
composta por três alunos: Eng. João Victor Mapurunga
Caracas, Guilherme de Carvalho Farias e Luis Felipe Moreira Teixeira e pelo professor Dsc. Luiz Antonio de Souza
Ribeiro, todos do Departamento de Engenharia Elétrica da
UFMA.
Inicialmente foram inscritas 30 equipes de todo o mundo. A primeira eliminatória foi baseada na análise da solução proposta, sendo classificadas somente 13 equipes para
a etapa seguinte. A segunda etapa foi realizada em um
Workshop ocorrido no mês de março/2011, na conferência
Applied Power Eletronics Conference and Exposition, realizada na cidade Fort Worth - Texas nos EUA.
Das 13 equipes que participaram do workshop, 13 foram
selecionadas para a final do evento, a saber: Cologne University of Applied Sciences – Germany; Delhi Technological University – India; Federal University of Ceara – Brazil;
Federal University of Maranhao – Brazil; Federal University
of Mato Grosso do Sul – Brazil; Los Andes University – Colombia; University of Illinois at Urbana-Champaign – USA;
University of Puerto Rico-Mayaguez – Puerto Rico; Consortia of UT-Dallas and Texas Christian University – USA;
Yangzhou University – China.
O último encontro foi realizado no Rio de Janeiro em julho de 2011. Neste período, um grupo de juízes, formado
por pesquisadores e profissionais internacionais na área de
eletrônica de potência, avaliou as equipes e o desempenho
dos protótipos desenvolvidos. Após dois dias de testes experimentais, apresentações e análises dos relatórios técnicos,
Sumário
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a equipe da UFMA conseguiu 2 prêmios da competição:
Outstanding Performance Award (Melhor Desempenho) e
Best Technical Presentation Award (Melhor Apresentação
Técnica).
Este trabalho apresenta a solução proposta pela equipe
da UFMA para solucionar o problema proposto pela competição. Nas próximas seções serão descritos os problemas
de água existentes no mundo, as soluções existentes e a
nossa proposta.
PROBLEMA FUNDAMENTAL
A água cobre ¾ da superfície do nosso planeta. De toda
água existente no planeta, cerca de 97,5% é salgada e apenas 2,5% é doce; e somente 0,4% dessa água é encontrada
em rios, lagos e na atmosfera [1]. Considerando que, grande parte da água doce é encontrada em geleiras ou em regiões subterrâneas.
A vida não seria possível sem a presença de água, que é
responsável pela constituição de 70 % do corpo humano. A
sociedade tem negligenciado a possibilidade de esgotamento dos recursos hídricos. Mas é importante que se observe
alguns dados importantes:
•Cerca de 1,1 bilhão de pessoas sofrem com dificuldade de
acesso à fonte de água potável. Desse total, uma grande
parcela encontra-se isolada em áreas rurais;
•Em todo mundo, mais de 6.000 crianças morrem todos
os dias vítimas de algum tipo de doença provocada por
água contaminada;
•Segundo a ONU, aproximadamente em 2050, 2 bilhões
de pessoas sofrerão com a escassez de recursos hídricos;
•O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC) alerta que em 2020 aproximadamente 250 milhões
de africanos sofrerão com a escassez de água;
•Novos conflitos internacionais, motivados pela disputa de
água, deverão aparecer nas próximas décadas.
Sumário
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III. SOLUÇÃO DO PROBLEMA
Uma solução proposta para esse problema seria aproveitar a água de três formas:
•Utilizar água subterrânea, que é de melhor qualidade, por
estar localizada em lençóis mais profundos, sendo livres
de contaminação;
•Utilizar a água dos mares, que existe em grande quantidade no mundo. Neste caso é necessária a dessalinização
da mesma;
•Tratar a água do esgoto dos grandes centros urbanos,
pois em grande parte do mundo essa água não é reutilizada de forma adequada.
Em todas essas opções é necessário um sistema de bombeamento, podendo este ser elétrico ou a diesel. Como o
diesel é derivado do petróleo, é uma fonte de poluição do
meio ambiente, não sendo uma boa alternativa para tais
aplicações.
Uma das formas mais eficientes e promissoras para resolver esse problema é o bombeamento de água com uso
de energia elétrica. Para tornar o sistema sustentável, a
energia elétrica deve ser proveniente de fontes renováveis,
sendo a solar fotovoltaica interessante, pois essa energia é
encontrada em qualquer lugar do mundo: regiões urbanas,
rurais e até em alto mar.
Tais sistemas não são novos e já são utilizados por mais
de três décadas [2-3]. Porém, até hoje, a maioria deles é
baseado em um sistema de armazenamento intermediário
utilizando baterias ou usam motores de corrente contínua
para acionar a bomba de água [4].
As baterias permitem que o sistema sempre funcione em
sua potência nominal, mesmo em condições temporárias
de baixa radiação solar. Isso facilita o acoplamento da dinâmica elétrica do painel solar e do motor utilizado para o
bombeamento [5].
Geralmente, as baterias utilizadas nesse tipo de sistema
têm uma expectativa de vida útil baixa, de aproximadaSumário
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mente dois anos, em média [6]. Essa expectativa é extremamente baixa se comparada à vida útil de 15 anos de um
módulo fotovoltaico. Além disso, apresentam um alto custo
de instalação e manutenção, tornando esse tipo de sistema economicamente inviável para regiões com população
de baixo poder aquisitivo. A falta de reposição de baterias
é responsável pelo fracasso total desses sistemas em áreas
isoladas.
Classicamente, esses sistemas geralmente utilizam motores de baixa tensão em corrente contínua, evitando-se assim uma etapa de conversão entre o painel e o motor FV [7].
Infelizmente, este tipo de motor tem baixa eficiência e alto
custo de manutenção e não é adequado para aplicações em
regiões isoladas.
O desafio consiste em acionar uma bomba de água com
motor de indução trifásico de 0,16Hp a partir de um painel solar de 205W. Para isso foi necessário o projeto de um
conversor de energia capaz de fazer a interface entre o painel fotovoltaico e a bomba, adequando a energia produzida
pelo painel à necessária para se acionar a bomba. Portanto,
este trabalho propõe um novo conversor para sistemas de
bombeamento e tratamento de água a partir de fontes fotovoltaicas.
PROPOSTA DE PROJETO
O trabalho propõe um conversor para bombeamento fotovoltaico de água, usando motor de indução trifásico. A
escolha deste motor se deve fundamentalmente às suas características favoráveis: elevado grau de robustez, disponibilidade para compra no mercado, baixo custo, maior eficiência e menor custo de manutenção, em comparação a
outros tipos de motores de mesma potência. Este motor
será alimentado por um único painel fotovoltaico. Assim,
toda a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos é imediatamente transferida para o motor. A Figura 1 mostra o
diagrama de blocos do sistema proposto.
Sumário
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Figura 1. Diagrama de Blocos do Sistema Proposto
O conversor deve ser capaz de acoplar a dinâmica do painel fotovoltaico com aquela do motor de indução trifásico
da forma mais eficiente possível, e ainda ser capaz de bombear o máximo de água possível com menor energia. Além
disso, o conversor deve possuir:
• Alta eficiência – devido à baixa quantidade de energia disponível;
• Baixo custo – para permitir a sua implantação onde é mais
necessária e sua efetiva melhoria da qualidade de vida das
classes com menor poder aquisitivo da sociedade;
• Operação autônoma – sem necessidade de interferência
humana e, portanto, sem necessidade de formação de mão
de obra qualificada para a operação do sistema;
• Robustez – mínima manutenção possível, devendo ser
simples e possuir poucos componentes;
• Alta expectativa de vida – comparável à de 15 anos de vida
útil de um painel fotovoltaico.
Para que o sistema seja eficiente, a energia do painel deve
ser maximizada de modo que o mesmo deve operar em seu
ponto de máxima potência, fazendo com que o motor bombeie o máximo de água possível.
Partindo do pressuposto de que um motor de indução
comercialmente disponível será de 380/220V, 60hz, o conversor projetado deve ser capaz de:
• Aumentar a tensão do painel fotovoltaico para criar um
Sumário
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barramento CC de alta tensão antes que a mesma seja invertida para 220V alternada, já que a tensão do módulo
fotovoltaico é bem menor do que a tensão necessária;
• Aplicar a lógica MPPT (seguidor de máxima potência) para
rastrear o ponto de máxima potência do painel fotovoltaico;
• Controlar o motor de forma eficiente para que ele possa
realizar as variações dinâmicas dos níveis de potência causadas pelas variações nos níveis de radiação;
• Ser autônomo, permitindo uso por qualquer pessoa sem
experiência técnica.
IMPLEMENTAÇÃO DO CONVERSOR
O hardware do conversor foi divido em dois estágios: o
primeiro é responsável pela elevação à tensão CC de um
painel para nível que possa ser usado pelo motor; o segundo estágio é responsável em transformar a tensão CC em
tensão CA para motor.
Conversor CC/CC
Devido à baixa tensão do painel fotovoltaico, é necessário
um conversor CC/CC, responsável por elevar a tensão do
painel a um nível que possa acionar o motor de indução trifásico. Alem disso, ele deve ter alta eficiência e ser capaz de
operar o painel fotovoltaico no seu ponto de potência máxima (MPP). Alem disso, a ondulação de corrente na entrada
deste conversor deve ser pequena para que não haja grande oscilação do painel em torno do seu ponto de máxima
potência. Dessa forma aproveita-se o máximo da energia
solar disponível a cada instante [8-10].
Neste trabalho é proposto o uso como conversor CC/CC
chamado Two Inductor Boost Converter (TIBC), com alguma modificação para melhorar sua eficiência [11-12]. A Figura 2 mostra sua topologia clássica.
Os conversores alimentados em corrente têm algumas
vantagens. Normalmente, eles têm um indutor na entraSumário
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Figura 2. Topologia clássica do conversor Two-inductor isolated boost (TIBC)
da para que o sistema possa ser dimensionado para ter
corrente de entrada com ondulação baixa, eliminando assim a necessidade de elevados capacitores de entrada, que
normalmente são eletrolíticos. Esses capacitores têm baixa
expectativa de vida, resultando em um pequeno período de
vida do conversor e afetando a vida útil e MTBF do sistema.
Essas características fazem dele uma escolha atraente
para alcançar a especificação necessária do sistema. Alem
do alto ganho de tensão CC, o conversor TIBC, quando
comparado a outros conversores alimentados em corrente,
apresenta menor estresse nas chaves, menor perda de condução e uma boa utilização do transformador [13-14].
Na implementação clássica do TIBC, as perdas elevadas
de chaveamento são elevadas. No entanto, ele pode ser facilmente modificado para um conversor quase-ressonante,
adicionando-se um circuito tanque ressonante ao enrolamento secundário do transformador [15]. Esse circuito tanque é formado principalmente pela indutância de magnetização do transformador e um capacitor, como mostra a
Figura 3 (a).
Adicionando-se esse capacitor é possível alcançar comutação com corrente nula (ZCS) para todas as chaves e diodos retificadores, fazendo o conversor ser capaz de operar
com uma boa eficiência em altas frequências.
Outra modificação importante no TIBC é o uso de um
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Figura 3. Modificação do conversor TIBC: (a) Circuito tank ressonante; (b) Dobrador de tensão;
(c)snubber
retificador dobrador de tensão no enrolamento secundário do transformador, como mostrado na Figura 3(b). Com
essa modificação, é possível reduzir a relação de espiras
do transformador. Dessa maneira, um transformador mais
barato pode ser usado.
Classicamente, o TIBC tem uma carga de operação mínima. Isso ocorre porque os indutores são carregados mesmo
que não haja corrente na saída, ou seja, mesmo se o conversor estiver vazio. Como resultado, esse conversor tem
um inconveniente ao ser utilizado em sistemas de acionamento de motores, uma vez que o motor tem uma carga
variável com baixa demanda de energia em alguns momentos. A literatura técnica aborda algumas soluções para esse
problema: em [15-16] e adicionado um transformador auxiliar em série com os indutores de entrada. Este trabalho
propõe a utilização de um snubber de tensão, Figura 3 (c),
juntamente com um controlador de histerese para superar
essa condição de carga mínima. A adição deste snubber
também ajuda a melhorar a eficiência e reduzir o tamanho do transformador, uma vez que parte da energia será
transferida através do mesmo.
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Conversor CC/CA
A topologia mais clássica para o inversor trifásico CC/AC
é o padrão de seis interruptores em ponte H. O baixo custo,
projeto simples e fácil controle contribuem para sua ampla
utilização. A Figura 4 mostra uma visão geral dessa topologia. As perdas nesse inversor são as perdas de comutação,
de condução e o consumo de energia dos drivers.
Figura 4. Inversor Trifásico
Controle do Sistema
Um dos aspectos mais importantes do controle desse sistema é o fato de que essa aplicação permite o uso de uma
tensão de saída não controlada e ciclo de trabalho fixo do
primeiro estágio (conversor CC/CC). Isso é vantajoso porque o conversor CC/CC tem uma melhor eficiência quando
o ciclo de trabalho for o mais alto possível. Nesses casos,
a energia é transferida durante todo o ciclo de trabalho, e
para um mesmo nível de tensão e potência do conversor, a
corrente que passa pelas chaves é menor, e, portanto, causam menores perdas de condução.
A operação com ciclo de trabalho fixo faz o conversor trabalhar com ganho (K) constante, quase independente da
tensão de entrada. Com o projeto correto de K, o conversor
sempre poderá transferir energia do painel fotovoltaico para
que o motor opere mesmo em condições de baixa irradiação
solar. A Figura 5 mostra a característica I x V de um painel
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solar típico. Pode-se
observar que a tensão
para operação no ponto de máxima potência
(Vmpp) tem pequena
variação para diferentes níveis de irradiação solar. Esses pontos são representados
pela linha azul. Alem
disso, essa variação é
aproximadamente linear.
Também é importante analisar que existe
uma tensão mínima
do barramento CC neFigura 5. Variação da Tensão do Ponto de Máxima Potência de
cessária para operar o
um Painel Fotovoltaico
motor em um determinado nível de potência.
Ignorando o efeito de escorregamento do motor em máquinas de indução e considerando que a bomba de água
centrífuga tem o seu conjugado proporcional ao quadrado
da frequência, e que a frequência no controle V/Hz é proporcional à tensão, pode-se concluir que a energia do motor pode ser expressa como uma função cúbica da tensão
do barramento.
A Figura 6 mostra uma comparação entre a tensão de
saída do conversor CC/CC (linha azul) para um ganho K
constante e a tensão CC mínima necessária para operar o
motor (linha preta) em toda faixa de potência máxima. Pode
ser visto que para um projeto correto de K, a tensão de saída do conversor do primeiro estágio sempre será maior do
que a tensão mínima necessária para acionar o motor
Para que o painel fotovoltaico trabalhe sempre no seu
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Figura 6. Comparação entre a tensão mínima de entrada do inversor para operação com V/Hz
constante e a tensão de saída do conversor CC/CC para um ganho K constante.
ponto de máxima potência, foi implementado um algoritmo
para rastreá-lo. Este ponto não está fixo e varia de acordo com a luminosidade do sol e da temperatura do painel.
Assim, para maximizar a quantidade de energia produzida
e, consequentemente, a quantidade de água bombeada, é
importante para manter o ponto de operação do painel PV
no MPP.
O algoritmo Hill Climbing (Subida da Montanha) baseia-se na curva da potência do painel PV, mostrada na Figura
7.Esta curva pode ser dividida em dois lados, à esquerda e
à direita do ponto de máxima potência (Pmpp). Ao analisar
a variação de potência e tensão, pode-se deduzir em qual
lado da curva o painel está operando atualmente. Assim,
pode-se ajustar a referência da tensão de saída para se alcançar o ponto de interesse (Pmpp).
O valor de saída do algoritmo Hill Climbing é usado como referência para um controlador PI. Este controlador é usado para
regular a tensão do painel. A combinação do algoritmo HillSumário
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Figura 7. Algoritmo Hill-Climbing
-Climbing e o controlador PI forma a estratégia MPPT.
O controle do inversor trifásico é baseado em modulação
por largura de pulso (PWM). A estratégia utilizada é a Injeção de Terceira Harmônica (THIPWM). O principio THIPWM
é injetar uma componente de terceira harmônica na forma de onda da componente fundamental da tensão, como
mostro na Figura 8. As três tensões de fase de referência do
modulador são:
Onde M é o índice de modulação em amplitude e m o fator de escala da terceira componente harmônica. Segundo
a teoria, o valor ótimo de m é [18]:
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Figura 8. Tensão de linha do THIPWM
Em comparação com a modulação senoidal (SPWM), o
THIPWM é capaz de gerar uma tensão maior de saída com
a mesma tensão do barramento CC, uma vez que o índice
de modulação pode ser maior. Dessa forma, para uma dada
tensão de saída é necessária uma tensão menor no barramento CC menor. O THIPWM também reduz os harmônicos na corrente de saída, reduzindo as perdas de potência
do sistema. As perdas por chaveamento também são reduzidas, já que nessa modulação há menos chaveamento que
na modulação senoidal.
O índice de modulação é calculado com base no controle Volt-Hertz. O controle Volt-Hertz é usado para manter a
capacidade do motor de produzir conjugado nominal independente da velocidade de operação. Sabendo que o fluxo
do motor é diretamente proporcional à tensão e inversamente proporcional à frequência da tensão de entrada, se
mantivermos a relação tensão/ frequência constante, a capacidade do motor em fornecer conjugado nominal é mantida, apesar da velocidade. Isso é feito através do cálculo
de um índice de modulação proporcional à tensão de saída
para desejada frequência.
Sumário
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PROJETO DO SISTEMA
O hardware foi projetado para se obter um sistema final
com custo baixo, portanto, um produto acessível à população carente. O motor usado na bomba centrífuga é um motor de indução trifásico de 0,2HP. Considerando a potência
nominal e eficiência do motor, um painel fotovoltaico 210W
foi escolhido. As principais características utilizadas para o
projeto do conversor são apresentadas na Tabela 1.
Eficiência, custo baiParâmetros
Values
xo e robustez do sisteModelos do PV
KD210GX ma dependem diretaPotência do PV
210W
mente da escolha dos
componentes e do proTensão de circulo aberto do PV (Voc)
29.9 V
jeto do leiaute da plaCorrente de curto-circuito do PV (ISC)
6.98 A
ca do conversor. Para
Tensão máxima de MPP (Vmpp, max)
26.6 V
obter o nível esperado
Potência nominal do motor
0.2 HP
mais elevado de eficiTensão nominal do motor ( Vrms)
220 V3 ø
ência, cada componenTensão nominal do barramento
350 V
te foi cuidadosamente
Frequência nominal do motor
60kHz
selecionado. A Figura 9
Ondulação de corrente na entrada
≤ 5%
mostra todas as etapas
de desenvolvimento do
Frequência de chaveamento do 1º estágio 100kHz
conversor.
Frequência de chaveamento do 2º estágio 7,7 kHz
Uma das principais
Tabela 1. Especificações do Sistema
preocupações sobre a
implementação do protótipo foi evitar o uso de capacitores
eletrolíticos. Capacitores eletrolíticos possuem uma vida
útil baixa, e MTFB baixo. Com o tempo de uso do capacitor,
Figura 9. Etapas de desenvolvimento do conversor
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o dielétrico se degrada rapidamente. Isso faz com que ocorram mudanças na capacitância e tensão de junção. Alem
disso, o ESR também é alterado e o capacitor começa a perder mais energia, aumentando as chances de falha. A vida
útil de capacitores eletrolíticos é de cerca de 2000 horas. É
um tempo muito pequeno se comparado ao tempo de vida
de 15 anos de um painel solar.
Por outro lado, capacitores de tântalo normalmente têm
uma vida útil de mais de 10 anos. Eles têm uma melhor
resposta às mudanças na temperatura e têm um menor
ESR. A principal desvantagem do capacitor de tântalo é a
sua natureza de baixa tensão. Mas se for considerado que
em tais aplicações a robustez é fundamental, esses capacitores devem ser usados.
O sistema de controle foi todo implementado em um controlador digital de sinal (DSP). A Figura 10 apresenta uma
visão geral do sistema de controle. Com base na tensão
e corrente do painel, Vpv e Ipv, respectivamente, o MPPT
estima uma referência de frequência, fop, que serve para
regular a tensão do painel, modificando a quantidade de
energia transferida para o motor. Um controlador de Volt-Hertz calcula a tensão de saída com base na frequência de
operação. A tensão de saída é então usada para calcular o
índice de modulação em amplitude, M, do PWM, gerando
os sinais de saída para acionamento do inversor.
Figura 10. Visão geral do sistema de controle
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O microcontrolador utilizado é o dsPIC30F4011 da Microchip. Ele tem um módulo de controle de motores com
seis saídas PWM, o que pode ser configurado como saídas
complementares, e geração de tempo morto. Ele também
tem um modulo A/D de 10-bit, que é usado para fazer as
medições necessárias para implementar o controle do conversor CC/CC e o inversor CC/AC, para execução do algoritmo MPPT, do controle V/Hz e da modulação THIPWM.
Algumas rotinas do código foram escritas em assembler
para manter o tempo de execução e frequência do processador o mais baixo possível. Quando o processador está
entre as tarefas, ele é colocado em um estado ocioso para
reduzir o consumo de energia. Os periféricos foram configurados para continuar funcionando quando em estado
ocioso. Dessa forma, a potência consumida pelo circuito de
controle foi drasticamente reduzida.
RESULTADOS EXPERIMENTAIS
A Figura 11 mostra uma foto do protótipo desenvolvido. Ele foi testado num sistema de bombeamento de água
usando como fonte um painel solar. Uma operação completamente autônoma foi observada. Isso incluiu a correta
entrada em funcionamento e desligamento do sistema de
acordo com o nível de irradiação solar.
Os ensaios de desempenho foram realizados com uma fonte de potência programável. A mesma foi configurada para
simular o perfil do painel durante um dia normal de radiação. A Figura 12 mostra as curvas de tensão e corrente. O
sistema foi capaz de operar próximo do ponto ideal de tensão
(Vmpp) e corrente (Impp) de máxima potência, mostrados pelas
curvas verdes, durante o tempo programado. Isso comprova
que o algoritmo de MPPT funcionou corretamente.
A análise da rotina de MPPT também foi realizada usando
um módulo fotovoltaico real. Uma análise em tempo real do
ponto de operação foi feita. Esta analise consistia em verificar se o sistema é capaz de manter-se estavelmente no
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Figura 11. Protótipo desenvolvido
Figura 12. Curvas de tensão e corrente durante o teste de emulação do painel: as curvas vermelhas mostram a tensão de circuito aberto e corrente de curto-circuito; as
curvas verdes são a tensão e corrente ideais no ponto de máxima potência; as curvas
azuis são a tensão e corrente do sistema durante o teste.
MPP do painel solar. A Figura 13(a) mostra a curva I-V e o
ponto de operação do sistema, enfatizado pelo ponto mais
claro e a seta. A Figura 13(b) mostra a curva I-V e o ponto
de operação do sistema para diferentes valores de radiação
solar. Observa-se que o sistema foi capaz de manter-se no
ponto de máxima potência mesmo em situação dinâmicas.
Devido a alta frequência do sinal PWM de saída do conversor que alimenta o motor não é trivial medir a sua eficiência, pelo menos sem usar equipamentos de elevado
valor. Considerando que o motor de indução converte em
energia mecânica somente as componentes fundamentais
de tensão e corrente, a medição de eficiência foi baseada na
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Figura 13. (a) Operação em tempo real no MPP do módulo PV;
Figura 13. (b) Operação em diferentes pontos Mpp para
diferentes curvas IxV
componente fundamental de potência de saída. A Figura
14 mostra a eficiência medida considerando a potência de
entrada e potência fundamental de que alimenta o motor.
Uma eficiência máxima de 91% foi obtida.
A Figura 15 apresenta a distribuição dos custos de todo
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Figura 14. Eficiência medida considerando somente a potência fundamental de
saída
o sistema e do protótipo. A partir da Figura 15(a) pode ser
visto que o custo do conversor é aproximadamente 10% do
custo total do sistema. A Figura 15(b) mostra a distribuição
dos custos das partes do próprio conversor. O preço total
do protótipo, considerando produção em larga escala, é de
U$ 90,90.
CONCLUSÃO
Figura 15. Distribuição de preços: (a) sistema; (b) conversor.
Sumário
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Neste trabalho foi apresentado um conversor fotovoltaico
para sistema de bombeamento de água usando motor de
indução trifásico. O conversor projetado alcançou alta eficiência devido a abordagem inovadora para o conversor CC/
CC e seu sistema de controle e conseguiu atender todas as
expectativas do projeto, tais como: tamanho, peso e volume satisfatórios, um MTBF e vida útil elevadas, já que não
possui capacitores eletrolíticos; uma alta eficiência, tanto
por causa da topologia escolhida e componentes utilizados,
quanto por causa das técnicas de controle aplicadas, maximizando a energia do painel fotovoltaico e da bomba; baixo custo, já que o conversor é simples e não utiliza muitos
componentes eletrônicos.
Os resultados experimentais sugerem que o conversor
proposto poder ser uma solução viável para esse problema
da falta de água. Em nível da competição, a equipe conseguiu desenvolver o protótipo com menor custo, menor peso
e volume e com maior desempenho no bombeamento de
água.
AGRADECIMENTOS
Os autores gostariam de agradecer a motivação e o apoio
financeiro providos pelo Instituto de Engenharia Elétrica
da Universidade Federal do Maranhão, pelo Laboratório de
Engenharia de Sofware e Rede (LESERC/UFMA), pela CP
Eletrônica, pela Elétrica Visão, pela Alumar, e pela Texas
Instruments.
REFERÊNCIAS
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Power Converters: principles and pratice, IEEE John Wiley
& Sons, 2003.
Guilherme de C. Farias
Estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.
João Victor M. Caracas
Estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.
Luiz A. de S. Ribeiro
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da
Universidade Federal do Maranhão.
Luis Felipe M. Teixeira
Estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.
Sumário
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CONTROLE DE
QUALIDADE E MÉTODOS
ANALÍTICOS PARA
DERIVADOS DE
PETRÓLEO
E BIOCOMBUSTÍVEIS.
Eletroanálises de Metais em Combustíveis
Aldaléa L.Brandes Marques
Cristina A.Lacerda
Edmar P.Marques
Glene H. R.Cavalcante
Jemmla M. Trindade
Lorena C. Martiniano
Vivia Ruth Abrantes
Neste artigo é apresentada uma visão geral sobre Qualidade de Combustíveis, focando de modo particular as ações
desenvolvidas pela ANP, no que diz respeito ao padrão de
qualidade nacional (especificações) para os combustíveis
automotivos. Mostra-se também, a atuação do laboratório
LAPQAP/UFMA no programa PMQC, da ANP, bem como alguns dos principais resultados deste laboratório em termos
de pesquisas sobre o desenvolvimento de sensores e métodos eletroanalíticos voltados para a Qualidade de Combustíveis.
Sumário
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INTRODUÇÃO
Entre os principais requisitos dos combustíveis estão características importantes, como baixo custo por conteúdo
energético, disponibilidade, facilidade de transporte e armazenamento, possibilidade de utilização dentro de tecnologias disponíveis, baixo custo operacional e de investimento, qualidade frente às especificações, etc. Durante muitos
anos, os derivados de petróleo preencheram a maioria destas características e se tornaram o tipo mais utilizado de
combustível industrial. Nas décadas recentes, outros tipos
de combustíveis têm sido utilizados e pesquisados, principalmente aqueles que produzem menor impacto ambiental
que os combustíveis fósseis.
Os combustíveis líquidos continuam sendo amplamente utilizados na indústria e em veículos automotivos, pelas facilidades de armazenamento, operação e transporte,
e os derivados de petróleo estão presentes na grande maioria destas aplicações. A caracterização destes combustíveis
líquidos compreende a medição de propriedades que são
definidas através de especificações determinadas pelo governo, através de uma agência reguladora. Os padrões de
combustíveis para veículos estão diretamente relacionados
aos níveis de contaminantes que causam a poluição do ar.
A redução na emissão depende também da aplicação de
tecnologias de controle de poluição nos veículos, onde a
qualidade dos combustíveis tem um papel fundamental no
uso de tais tecnologias.
Os derivados de petróleo, principalmente a gasolina, têm
sido usados como combustíveis para os veículos com motores de combustão interna por mais de um século. E apesar de estar sendo observado um aumento na produção de
biocombustíveis no mundo, possibilitando o uso de carros
Flex, há preocupação com o uso de matéria vegetal para
produção de biocombustíveis, principalmente considerando possíveis crises na área de alimentos no mundo.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
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Biocombustíveis (ANP), 45% da energia e 18% dos combustíveis consumidos no Brasil já são renováveis. No resto do
mundo, 86% da energia são procedentes de fontes energéticas não-renováveis. O Brasil tem, portanto, alcançado posições pioneiras no uso de biocombustíveis, entre os países
que buscam fontes renováveis de energia, como alternativas estratégicas ao petróleo. Por outro lado, considerando
a importância de um padrão de qualidade mundial, o Brasil também tem buscado o estabelecimento de parâmetros
que atendam especificações com as necessárias evoluções
tecnológicas que atendam aos requisitos ambientais.
Neste sentido, após a quebra do monopólio do setor petróleo, no Brasil, muitos laboratórios e grupos de pesquisa foram implantados, e muitas pesquisas têm sido desenvolvidas buscando o desenvolvimento e aprimoramento de
métodos analíticos, rápidos, eficazes e precisos nesta área,
por exemplo, na detecção de contaminantes em concentrações cada vez mais baixas.
QUALIDADE DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL
Os padrões de qualidade para os combustíveis geralmente são regulados por agências governamentais, como é o
caso da ANP, no Brasil. As normas atuais, em termos de
especificações, dos principais combustíveis são as apresentadas, a seguir, na Tabela 1, cujo detalhamento pode ser
encontrado no site da ANP (www.anp.gov.br).
Gasolina
Portaria ANP nº
309/2011
COMBUSTÍVEL
Diesel
Etanol
Biodiesel
Resolução ANP nº Resolução ANP nº Resolução ANP nº
42/2009
07/2011
07/2008
Tabela 1
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Especificações são definições técnicas preparadas pelas
partes interessadas, em consenso e transparência, sob a
égide de organizações de normatização e adotadas voluntariamente.
Infelizmente, em muitos países, as pessoas intencionalmente adicionam substâncias orgânicas mais baratas
em uma tentativa de aumentar margens de lucro. Essa
prática ilegal é chamada “adulteração”.
Os padrões de qualidade para os combustíveis estão relacionados, por um lado, com a eficiência do combustível
para os motores, mas também, por outro lado, com a ausência de contaminantes e de substâncias adulterantes. A
adulteração de combustíveis é um caso preocupante, de
grande ocorrência em todo o território nacional, e tem levado a ANP a intensificar esforços no sentido de coibir essa
ação ilícita. Ela afeta os cofres públicos através da sonegação de impostos, uma vez que solventes como aguarrás
mineral, querosene, solventes de borracha, nafta, e outros
mais leves são cobrados por diferentes impostos (PEREIRA et al., 2006). Eles também podem danificar gravemente os motores e produzir emissões que aumentam a poluição ambiental.
A adição de solventes como o tolueno provoca a deterioração de tubos e mangueiras de borracha. Os resíduos tendem a depositar-se no diafragma da bomba de gasolina.
Um diafragma sujo tem seu poder de sucção diminuído,
o que será sentido pelo veículo caso este necessite vencer
obstáculos como rampas e ladeiras. Além da ação sobre
o veículo, o uso de combustíveis adulterados afeta o meio
ambiente, uma vez que a combustão torna-se irregular e
a emissão de compostos como NOx e SOx, causadores de
chuva ácida, e CO, que é altamente asfixiante, aumenta.
Dentre os motivos que favorecem a prática de adulteração temos a abertura de mercado, após quase meio século
de monopólio, o que foi agravado pela redução do subsídio
ao álcool hidratado e anidro e pela liberação da importação
Sumário
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de solventes, tornando os custos destes bastante inferiores aos da gasolina. Além disso, a elevada incidência de
impostos que recaem sobre a gasolina representada pelos
tributos ICMS, CIDE, PIS e COFINS contribuem para a alta
ocorrência deste tipo de fraude.
Na tentativa de coibir fraudes, a ANP realiza periodicamente coletas de amostras de combustíveis em todo o país,
e sobre estas amostras são realizados diversos ensaios a fim
de verificar a conformidade ou não com as especificações.
A ANP tem como uma de suas principais atribuições assegurar a qualidade dos combustíveis, derivados de petróleo e biocombustíveis comercializados em todo o território
brasileiro, conforme o Art. 8º da Lei nº 9.478/1997, a Lei do
Petróleo. Esta ação é feita através do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis Líquidos - PMQC.
Através deste programa, os índices de não conformidade
dos combustíveis (gasolina, etanol, óleo diesel, óleos lubrificantes e, mais recentemente, o biodiesel) comercializados
nos postos revendedores do Brasil são monitorados periodicamente.
O PMQC foi instituído em 1998, e desde 2005 atua em todas as unidades da Federação, sendo coordenado pela Superintendência de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos (SBQ), e regulamentado, atualmente, pela Resolução
ANP nº 8, de 9 de fevereiro de 2011, que revogou a Resolução ANP nº 29, de 26/10/2006. Através de indicadores de
qualidade, o PMQC tem a finalidade de detectar focos de
não-conformidade, identificando a existência de produtos
que não atendem às especificações técnicas determinadas
pela ANP. As amostras são analisadas em relação a diversos parâmetros técnicos no Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas da ANP (CPT, localizado em Brasília) e nos
22 laboratórios de universidades e instituições de pesquisa
contratados pela Agência.
No Maranhão, o Laboratório de Análises e Pesquisa em
Química Analítica de Petróleo e Biocombustíveis - LAPQAP,
Sumário
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da UFMA, é responsável pela execução do PMQC/ANP, onde
os resultados das análises, obtidos regularmente, são enviados ao Escritório Central da Agência, no Rio de Janeiro.
Através de um Programa Interlaboratorial de Combustíveis, realizado semestralmente pela ANP, do qual participam
todas as instituições contratadas, a qualidade e a padronização dos serviços destes laboratórios são avaliadas. São
verificados os procedimentos de coleta, transporte e armazenamento de amostras, bem como a realização das análises e tratamento e envio de resultados. Gradualmente, estes laboratórios vêm adotando a Norma BR ISO IEC 17025,
que estabelece requisitos para acreditação de ensaios e de
calibração de equipamentos. Como resultado do PMQC, os
índices de não-conformidade dos combustíveis vêm caindo
nitidamente, no país, conforme demonstra a Figura 1 abaixo, que é disponibilizado no site da ANP (www.anp.gov.br). Figura 1 - Evolução nos índices de não-conformidade dos combustíveis brasileiros na década 2000-2010
(Fonte: www.anp.gov.br).
A ANP disponibiliza em seu site (www.anp.gov.br) todas
as informações sobre a qualidade dos combustíveis automotivos usados no Brasil, onde são encontradas informações atualizadas, regionais e estaduais.
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A ATUAÇÃO DO LAPQAP/UFMA NO PROGRAMA DE
“QUALIDADE DE COMBUSTÍVEIS” DA ANP
O laboratório LAPQAP da UFMA (criado pelo projeto de
pesquisa de mesmo nome, Resolução UFMA/CONSEPE No
221/2001) foi pioneiro no Estado do Maranhão em pesquisas na área de petróleo e combustíveis, tendo aprovado vários projetos desde o lançamento do primeiro Edital FINEP,
em 1999, dentro do Programa CTPETRO (Ciência e Tecnologia para o Setor Petróleo e Gás Natural), tendo já aprovado dezenas de projetos ao longo dos últimos 11 anos.
Além de ser um dos integrantes da Rede Nacional do
PMQC/ANP, sendo responsável, oficialmente, pelo monitoramento da qualidade dos combustíveis no Estado do Maranhão, o Laboratório de Combustíveis da UFMA (LAPQAP)
também participa de outros importantes programas do Governo Federal através de órgãos como a ANP, PETROBRAS
e FINEP.
A equipe do LAPQAP desenvolve atividades de ensino,
pesquisa e extensão, voltadas para diversos temas, como
desenvolvimento e aplicações de metodologias analíticas,
especialmente usando técnicas eletroquímicas, espectroscópicas e cromatográficas, aplicadas a diversas matrizes de
interesse ambiental, toxicológico, petróleo e qualidade de
combustíveis.
As atividades de análises de combustíveis (monitoramento da qualidade) são desenvolvidas por uma equipe técnica
especializada, enquanto que as atividades de pesquisas são
desenvolvidas, conjuntamente, com o LPQA (Laboratório
de Pesquisa em Química Analítica), por alunos de graduação e pós-graduação e pesquisadores pós-doutorandos da
UFMA, orientados e supervisionados por professores desta
universidade, vinculados aos dois laboratórios LPQA e LAPQAP, ambos vinculados ao Núcleo de Estudos em Petróleo
e Energia - NEPE, da UFMA.
Este núcleo de petróleo foi criado a partir das atuações
acadêmicas, voltadas para petróleo e biocombustíveis, dos
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pesquisadores dos laboratórios LAPQAP e LPQA.
A Figura 2 mostra uma visão das amostras de combustíveis armazenadas para análise (A) e um dos equipamentos
mais importantes na análise de derivados de petróleo (Destilador automático) (B).
Figura 2 - (A) Amostras de combustíveis acondicionadas para análise, em baixa temperatura.
Figura 2 - (B) Destiladores automáticos sendo usados na análise de combustíveis por um dos técnicos especializados do laboratório.
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Inúmeras atividades acadêmicas do NEPE/LAPQAP envolvem a oferta de cursos na área de combustíveis em geral
por pesquisadores da UFMA e também ministrados por especialistas, convidados, da PETROBRAS e de outras instituições de pesquisa do país. Destaca-se, na área de ensino,
a recente aprovação junto à ANP, do Programa de Formação de Recursos Humanos voltado para Biocombustíveis
e Energia. Este programa atende a vários cursos do CCET
(Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da UFMA). São eles:
Química, Química Industrial, Engenharia Química, Engenharia Elétrica e Informática. Estes cursos são nos níveis
de Doutorado, Mestrado e Graduação.
Uma visão mais abrangente das atividades de ensino, pesquisa e extensão (projetos de pesquisa, formação de recursos humanos, publicações, etc.) dos laboratórios LAPQAP
e LPQA podem ser visualizadas no site www.nepe.ufma.br.
MÉTODOS ANALÍTICOS PARA
METAIS EM COMBUSTÍVEIS
Os combustíveis, especialmente derivados de petróleo,
são considerados como matrizes complexas, em termos
de composição, os quais são, geralmente, classificados em
dois grupos: hidrocarbonetos e heterocompostos [BEENS,
2000]. Os hidrocarbonetos contêm apenas hidrogênio e
carbono, enquanto que, para os hetero-compostos, além de
hidrogênio e carbono, contêm também enxofre, nitrogênio,
oxigênio, vanádio, níquel ou ferro. São vários os tipos de
hidrocarbonetos, entre eles, alcanos acíclicos (parafinas) e
cíclicos (naftenos), alcenos (olefinas) e aromáticos.
Em petróleo pesado, são encontrados metais como níquel
e vanádio, na forma de complexos de porfirinas [BAKER,
1978, DOUKKALI, 2003]. Outros elementos, menos abundantes, tais como Ba, Be, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Hg, Pt, Rh, Se,
Si, Sn, Tl e Zn) também podem estar presentes no petróleo
e em suas frações, em concentrações ao nível de traços [MILNER,1952; ZENG,1992].
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A avaliação da qualidade da matéria prima e dos produtos
da indústria petroquímica, como os combustíveis, passa,
necessariamente, pela quantificação dos elementos químicos metálicos e metaloides. Assim, com o objetivo de avaliar
a qualidade dos produtos, muitas plantas petroquímicas
e refinarias necessitam monitorar, cuidadosamente, traços
de vários elementos químicos presentes [MCELROY et al.,
1998; VARNES, 1985].
Este tema passou a ter maior importância, principalmente, em países tropicais, onde a umidade pode influenciar
na oxidação dos biocombustíveis. A introdução de metais
pode ocorrer também a partir do material dos tanques e
containers durante o período de armazenamento. Metais
de transição têm habilidade de catalisar a oxidação de combustíveis em geral, mas no caso do biodiesel, a análise destes elementos é um aspecto relevante nos estudos sobre a
estabilidade do biodiesel.
A determinação destes metais, mesmo a nível de traços,
em combustíveis (derivados de petróleo ou em biocombustíveis) é de elevada importância tanto para a indústria de
uma maneira geral, como para o meio ambiente, devido às
possíveis emissões veiculares, além da diminuição da qualidade dos combustíveis, causando precipitação e danos no
motor.
Vários metais podem estar presentes no petróleo bruto, na
forma de complexos organometálicos [AL-SWAIDAN, 1996]
e informações sobre a concentração destes metais são de
interesse para estudos geológicos (origem, migração e tipos)
e ambientais (em muitas regiões os derivados de petróleo se
constituem na principal fonte de emissão de espécies metálicas na atmosfera) [KHUHAWAR, 1996]. Entre os principais problemas à indústria petrolífera, a presença de metais
provoca a corrosão de equipamentos e o envenenamento de
catalisadores, afetando o processo de craqueamento de petróleo [DOUKKALI, 2002; MILNER, 1952; ZENG, 1992; AL-SWAIDAN, 1996; KHUHAWAR, 1996; KARCHMER, 1952].
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O mercúrio é o elemento que mais preocupa a indústria petrolífera porque, além dos danos materiais causados, seus
operários ficam facilmente expostos aos conhecidos danos
tóxicos causados pela contaminação por este metal no ambiente de trabalho [WILHELM, 2000].
Geralmente, as técnicas analíticas usadas para a determinação de metais em combustíveis são as espectroscópicas.
A Tabela 2 mostra que em uma publicação recente (SOINA,
2010), a determinação de metais em combustíveis derivados de petróleo, muitos metais são determinados apenas
por técnicas espectroscópicas.
Tabela 2 - Parâmetros de alguns métodos padrão para elementos em produtos de petróleo (SOINA, 2010)
5—determination of Ba, Ca, Mg, and Zn in waste oil;
1—determination of Ni, V, Fe, Na in raw oils and
waste fuel
2—determination of Ba, B, Ca, Cu, Mg, Mo, P, S, Zn
in lubricant oils by inductively coupled plasma optical emission spectrometry;
3—determination of Al and Si in fuel oils;
4—determination of metal traces in turbine fuel;
6 —determination of element traces in wastes;
7—determination of Al, Si, V, Ni, Fe, Ca, Zn, and Na in
residual oils;
8—determination of metal traces in petroleum products
and organics;
9—determination of Ba, Ca, Mg, and Zn in lubricant oils.
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Por outro lado, pode-se ver também na Tabela 2 que os
métodos de preparação das amostras são geralmente por
meio de tratamentos de digestão exaustivos. Esse tipo de
preparo de amostra para análise, além de ser demorado, é
feito com o uso de muitos reagentes que introduzem contaminantes, causando erros nos resultados. Atualmente,
novas estratégias estão sendo analisadas (STRADIOTTO,
2007; MARQUES, 2012), onde amostras complexas, como
as de combustíveis, podem ser diluídas em um solvente orgânico adequado (Stradiotto, 2007), ou microemulsionadas
(AUCELIO, 2007).
Em uma recente revisão na literatura (ainda não publicada), mas apresentada em conferência, recentemente (MARQUES, 2012), verificou-se que houve grande evolução nos
estudos envolvendo o uso de técnicas eletroquímicas para
a análise de metais em combustíveis na última década. Inclusive, verificou-se que a maior contribuição é do Brasil
(grupo do Instituto de Química da UNESP, liderado pelo
Prof. Nelson Ramos Stradiotto, com quem o grupo da UFMA
(LAPQAP) mantém parceria).
Apesar da importância sobre a análise de metais em combustíveis, inclusive por métodos alternativos, ainda existem
poucas aplicações de técnicas eletroquímicas na análise
de metais em combustíveis. A Figura 3 mostra o resultado
desta recente revisão, onde pode se
ver que houve um
nítido crescimento no interesse
em pesquisas envolvendo o tema
“Eletronálise em
Combustíveis”,
tendo sido encontrado menos de
100 trabalhos.
Figura 3 - Número de publicação na última década envolvendo pesquisas sobre
eletroanálise em combustíveis.
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A pesquisa foi realizada na base Web of Science, usando
as palavras-chave Fuel, biofuel, Gasoline, diesel, ethanol,
electrode, electroanalysis, em um total de 93 trabalhos.
A Figura 4 mostra a distribuição destas publicações envolvendo o tema “Eletroanálise em Combustíveis” nos diferentes combustíveis, no período 2002-2012.
Figura 4 - Distribuição das publicações envolvendo o tema “Eletroanálise em
Combustíveis” no período 2002-2012.
Nesta pesquisa, verificou-se ainda que 80% das publicações são de pesquisadores brasileiros, sendo que o grupo
de Nelson Stradiotto representa 31% desta produção.
Apesar do desenvolvimento de pesquisas sobre métodos
para análise de metais em combustíveis por técnicas espectrométricas (GHISI, MARQUES et al., 2011; SOUSA, MARQUES, 2007), “Eletroanálise em Combustíveis” é uma das
principais áreas de atuação do grupo de pesquisa do LAPQAP da UFMA (CARDOSO, MARQUES et al., 2010; TRINDADE, MARQUES et al, 2006; TRINDADE, MARQUES et
al, 2012). O grupo tem recebido destacado apoio da PETROBRAS e mantém importante parceria com o CENPES,
através de projetos de pesquisa que vêm sendo financiados
desde o ano de 2005.
Vários trabalhos estão sendo desenvolvidos e que usam
estes novos procedimentos de preparo de amostras com detecção eletroquímica, conforme é apresentado a seguir. AlSumário
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guns desses trabalhos foram concluídos recentemente, estão em fase final de publicação (MARTINIANO, MARQUES,
et al., 2012; ABRANTES, MARQUS, et al., 2012) e serão
apresentados, resumidamente, a seguir. Outros trabalhos
do grupo já foram publicados, e envolvem a determinação de metais em combustíveis (CARDOSO, MARQUES et
al., 2010; TRINDADE, MARQUES et al, 2006; TRINDADE,
MARQUES et al, 2012).
A seguir, apresentam-se os principais resultados alcançados nos estudos realizados e que resultaram em publicações, em qualificados periódicos especializados, alguns em
fase final de publicação.
Determinação Simultânea de Cu e Pb
em Álcool Combustível
Um procedimento eletroanalítico foi desenvolvido para a
determinação simultânea de metais em álcool combustível utilizando a técnica Voltametria de Redissolução Anódica (ASV). Neste estudo, a amostra de etanol foi apenas
diluída, sendo os íons metálicos quantificados diretamente
em amostras de álcool combustível utilizando apenas um
eletrólito suporte no meio reacional e subsequente análise
voltamétrica após um tempo de pré-concentração.
Neste estudo os parâmetros experimentais ótimos foram
os seguintes: concentração de HNO3: 5,0 x 10-3mol.L-1, tpré:
6 minutos, Edep:-700mV, v: 20mV.s-1, Amp.: 50mV, pH: 2.0
e composição da solução mista água/etanol: 80/20%. As
concentrações dos íons Cd(II), Pb(II) e Cu(II) foram estudadas na faixa de concentração entre 2,0 x 10-9 e 1,0 x
10-8mol.L-1. A Figura 5 mostra um gráfico representativo da
análise.
Os limites de detecção encontrados para Cd(II), Pb(II) e
Cu(II) foram de 4,2 x 10-10mol.L-1, 4,6 x 10-10mol.L-1 e 9,0 x
10-10mol.L-1, respectivamente. Os limites de quantificação
foram 1,4 x 10-9mol.L-1, 1,5 x 10-9mol.L-1 e 2,0 x 10-9mol.L-1
para Cd(II), Pb(II) e Cu(II), respectivamente.
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A aplicação do procedimento otimizado em amostras de
etanol combustível comercial apresentou boa resposta analítica e as concentrações dos metais foram determinadas
pelo método de adição padrão, apresentando os seguintes
resultados: 4,7 x 10-8mol.L-1 para Pb(II) e 1,7 x 10-7mol.L-1
para Cu(II). Cd(II) não foi encontrado nas amostras analisadas. A avaliação estatística apresentou bons resultados de
precisão, referente a coeficiente de variação (CV) para Pb(II)
18.7% e Cu(II) 8.6%. A exatidão foi avaliada comparando os
resultados obtidos pelo método proposto com Espectrofotometria de Absorção Atômica com Forno de Grafite (GFAAS),
para quantificação das espécies metálicas em etanol combustível comercial e os resultados mostraram boa concordância entre as duas técnicas.
25
Chumbo
Cobre
Cádmio
20
Ip (A)
15
10
5
0
0,0
1,0x10
-7
2,0x10
-7
3,0x10
-7
4,0x10
-7
5,0x10
-7
6,0x10
-7
-1
Concentração (mol L )
Figura 5 - (A) Voltamogramas para diferentes concentrações de Pb(II) e Cu(II) em solução etanólica utilizando VRADP. Condições: mistura 80/20%, solução 5,0 x 10-3mol.L-1 ácido nítrico/etanol, Edep: -700 mV. tpré: 6 min., pH 2,0, Amp: 50mV, v: 20 mV.
s-1, concentrações Pb(II) e Cu(II): 2,0; 4,0; 6,0; 8,0 e 10 x 10-9mol.L-1. (B) Respectivas curvas analíticas para os íons metálicos
Pb(II) e Cu(II). Dados obtidos através da Figura 5 (A).
Método para Determinação simultânea de Pb(II) e Cu(II)
em Biodiesel pela técnica Voltametria de Redissolução
Anódica
Nesse estudo, um eletrodo de filme de mercúrio foi usado para determinar direta e simultaneamente Pb(II) e Cu(II)
em Biodiesel, pela técnica Voltametria de Redissolução
Anódica, sem nenhum procedimento de digestão da amostra. Observou-se dois picos voltamétricos, em -410mV para
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142 / 415
(Pb(II)) e -100mV para (Cu(II)). A resposta linear foi obtida
para Pb(II) e Cu(II) na faixa de concentração de 2,0 x 10-8 1,0 x 10-7mol L-1, com limites de detecção de 2,91x 10-9mol
L-1 e 4,69 x 10-9mol L-1 para Pb(II) e Cu(II), respectivamente.
Neste estudo, as amostras foram microemulsionadas,
antes das anáslises eletroquímicas.
A utilização de microemulsões provou ser um modo muito interessante para superar os problemas associados com
a elevada viscosidade de biodiesel e a força iônica necessária
para as medições eletroquímicas neste meio orgânico. Os
resultados obtidos por voltametria de redissolução anódica,
no modo pulso diferencial, apresentou valores satisfatórios
para exatidão e precisão e o procedimento foi empregado
com sucesso em amostras de biodiesel. O procedimento é
simples.
A Figura 6 mostra os resultados obtidos para a análise de uma amostra de biodiesel, na determinação de
Cu(II) e Pb(II), ao nível de traços. Observam-se picos de
forma bem definidas e bons resultados em termos de desempenho analítico, indicando uma boa alternativa para a
Figure 6 - Voltamogramas (A) curvas de adição padrão (B) para quantificação de Pb(II) and Cu(II) em microemulsão de Biodiesel.
[metal]: 2.0 x 10-8 para 9 x 10-7mol.L-1; Edep: -700mV, Amplitude: 50mV; υ: 20mV.s-1; tp: 300 s.
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quantificação desses metais em combustíveis.
A Tabela 3 mostra resultados estatísticos que mostram
bons resultados em termos de desempenho analítico e exatidão do procedimento.
Valor adicionado
Valor recuperado
% de
Pb(II) e Cu(II)
(mol L-1)
recuperação
Pb(II)
Cu(II)
Pb(II)
Cu(II)
3,0 x 10 -8
2,85 x 10 -8
3,14 x 10 -8
95,0
104,7
6,0 x 10 -8
5,55 x 10 -8
6,22 x 10 -8
92,5
103,7
9,0 x 10 -8
8,92 x 10 -8
9,26 x 10 -8
99,1
102,9
1,2 x 10 -7
1,17 x 10 -7
1,31 x 10 -7
97,5
109,2
1,5 x 10 -7
1,41 x 10 -7
1,65 x 10 -7
94,0
110,0
(mol L-1)
Table 3. Testes de recuperação para determinação de Pb(II) e Cu(II) em Biodiesel
Design Experimental acoplado a Voltametria
de Redissolução Anódica para Determinação
Simultânea de Zn+2, Cu+2, Pb+2 e Cd+2 em gasolina
Neste trabalho, um método rápido acoplando Voltametria
de Redissolução Anódica (ASV) e design experimental foi
desenvolvido para determinação simultânea de Zn2+, Cd2+,
Pb2+, e Cu2+ em amostras de gasolina. As amostras foram
digeridas em microondas antes das medidas voltamétricas. O
limite de determinação foi de 0,24µgL–1 de Zn2+; 8,58 x 104
µgL–1 de Cd2+; 0,13µgL–1 para Pb2+, e 0,87 µgL–1 de Cu2+.
Verificou-se que as interferências de íons metálicos concomitantes foram desprezíveis​​. Amostras de gasolina coletadas na cidade de São Luís (MA) foram analisadas e
os resultados demonstraram que este método é confiável e
preciso.
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Os principais resultados, em termos de desempenho
analítico do método, são apresentados na Figura 7 e na
Tabela 4.
Figura 7 - (A) Otimização de parâmetros através de Planejamento Experimental; (B) Voltamogramas para determinação
simultânea dos metais Zn, Cd, Pb e Cu, em condições otimizadas apresentadas em (A).
Tabela 4: Valores de concentração de Zn, Cd, Pb e Cu obtidos
por ASV em amostra de gasolina digerida com a mistura nítrico
peróxido.
Concentração
Metal
Curva analítica
R2
(µg L-1)
X ± st/√n
Zn
Y = 1,40 10-7 + 5,42 10-6 X
0,999
1,57 ±0,07
Cd
Y = 7,68 10-10 + 4,44 10-6 X
0,999
ND
Pb
Y = 9,784 10-7 + 3,44 10-5 X
0,998
1,08 ± 0,04
Cu
Y = 3,08 10-8 + 1,3 10-6 X
0,997
0,52 ± 0,03
X: valor médio (n = 3), t: t de student (P < 0.05), s: desvio padrão. ND = não detectado
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145 / 415
CONCLUSÃO
Mesmo considerando a crescente busca por combustíveis
alternativos, os combustíveis derivados de petróleo ainda
continuam tendo destaque e importância fundamental na
matriz enérgética mundial.
A adulteração de combustíveis é um tema preocupante e
relevante, que tem levado os governos a dispender muitos
esforços visando manter a qualidade dos combustíveis. O
objetivo é evitar danos econômicos para a sociedade em geral. Um aspecto importante para minimizar o problema é
através do monitoramento da qualidade dos combustíveis,
a exemplo do bem sucedido programa PMQC/ANP no Brasil.
Entre os novos métodos analíticos descritos na literatura
para avaliação da qualidade dos combustíveis, os estudos
envolvendo métodos eletroquímicos para combustíveis tiveram um importante crescimento na última década, onde o
Brasil teve uma participação significativa que chega a 80%
da produção científica mundial. Na UFMA, o grupo de pesquisa do LAPQAP, vinculado ao NEPE, vem desenvolvendo
pesquisas sobre este tema, o que representa uma importante contribuição quanto aos métodos alternativos para
a qualidade de combustíveis. Estas pesquisas vêm sendo
desenvolvidas em parceria com o CENPES/PETROBRAS e
são financiadas pela própria PETROBRAS.
Sumário
146 / 415
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Aldaléa L.Brandes Marques
Doutora em Química (Química Analítica) pela Universidade de São Paulo (USP) e
Professora da Universidade Federal do Maranhão.
Cristina A.Lacerda
Doutora em Química (Físico-Química) pela Universidade de São Paulo (USP) e
Professora da Universidade Federal do Maranhão.
Edmar P.Marques
Doutor em Química (Química Analítica) pela Universidade de São Paulo (USP) e Professor
da Universidade Federal do Maranhão.
Glene H. R.Cavalcante
Mestre em Química Analítica pela Universidade Federal do Maranhão e Gerente Técnico do
Laboratório de Combustíveis da UFMA (LAPQAP).
Jemmla M. Trindade
Doutor em Química pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da Universidade
Federal do Maranhão.
Lorena C. Martiniano
Doutora em Química pela Universidade Federal da Paraíba e Professora da Universidade
Federal do Maranhão.
Vivia Ruth Abrantes
Mestre em Química pela Universidade Federal do Maranhão.
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Tecnologia e Inovação,
a criação da área de PD&I
da Alcoa no Brasil
Jorge Borges Gallo
Otávio Carvalheira
I
novação é um processo fundamental para que qualquer instituição possa crescer sustentavelmente no
meio que está inserida. Sua ausência pode implicar
em diminuição de valor, estagnação e desaparecimento. O
modelo tradicional de inovação caracteriza-se pela criação
isolada de diferencial competitivo como resultado da aplicação de uma quantidade elevada de recursos financeiros
próprios, em ambiente interno à empresa. Apesar do benefício, da propriedade intelectual exclusiva, este modelo
não tira proveito dos recursos que outras organizações poderiam adicionar ao processo de P&D para ampliar seus
limites, diminuir custos e obter benefícios compartilhados
e sustentáveis de longo prazo. Este artigo relata a criação
da área de PD&I da Alcoa, fundamentada numa filosofia de
inovação em rede, com quatro focos temáticos: materiais,
clientes, energia e meio ambiente, sua institucionalização,
desafios e impactos sobre a sustentabilidade da companhia.
O economista austríaco Joseph Schumpeter propôs a
existência dos seguintes tipos de inovações: introdução
de um novo produto ou mudança qualitativa em produto existente; inovação de processo que seja novidade para
uma indústria; abertura de um novo mercado; desenvolvimento de novas fontes de matéria-prima ou outros insumos; mudanças na organização industrial1. De forma
análoga, mas um pouco mais geral, definiremos inovação
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como “qualquer mudança em produtos, processos, serviços, abordagem de mercado ou desenho organizacional que
resulte em significativa geração de valor para a empresa e
para as comunidades em que atua”.
Segundo o relatório Global Survey2, elaborado pela Aon
Risk Solutions a cada dois anos, o risco relacionado à falta
de inovação ficou em 6º lugar na lista de 2011. “Na dura
batalha para conquistar os corações e mentes dos clientes,
que exigem a mais nova, melhor e mais rápida entrega de
serviços e produtos, as empresas podem rapidamente perder mercado se falharem no investimento em produtos inovadores”, aponta o estudo, ficando atrás da desaceleração
econômica, seguida de mudanças regulatórias/legislativas,
aumento da concorrência, danos à reputação/marca e interrupção de negócios.
Considerando o desafio de mudar paradigmas de consumo e produção a fim de deixar um legado sustentável às gerações futuras, concluiremos que inovação é, simplesmente, a chave para o desenvolvimento sustentável de empresas
e países, embora nem todos já tenham se apercebido disto.
De fato, pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (IPEA)3 concluiu que apenas 1,57% do total das empresas brasileiras são efetivamente inovadoras,
mas que estas são responsáveis por nada menos do que
26% do faturamento industrial total do país e faturam 100
vezes mais que aquelas que ainda não capturaram o que
está acontecendo.
1. A ALCOA E INOVAÇÃO
Fundada no espírito inovador de Charles Martin Hall, que
deu início à indústria do Alumínio (em 01/10/1888, com a
Pittsburgh Reduction Company em Pittsburgh, PA, EUA),
a Alcoa possui hoje mais de 2.600 patentes ativas, o maior
centro de pesquisas em metais não ferrosos (Alcoa Technical Center, PA, EUA) e investe anualmente cerca de 1% de
seu faturamento em PD&I, a fim de re-construir continuamente suas estruturas para o futuro.
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Divulgação
Pode-se conhecer a história da Alcoa, bem como outros
fatos marcantes da indústria do alumínio, consultando-se
um sítio da rede mundial de computadores, disponibilizado
pela companhia4. São dados, abaixo, alguns exemplos significativos de Inovações históricas lá descritas:
•Primeiro processo industrial de produção de alumínio –
1886
•Primeiro uso sustentável de energia para produzir alumínio – 1893
•Primeiro Centro de Pesquisa sobre alumínio – 1930
•Primeira produção em larga escala de latas de alumínio –
1968
•Primeira roda de alumínio – 1948
As inovações da Alcoa continuam a revolucionar o mundo por meio do engajamento de cientistas, técnicos e engenheiros nas mais de trezentas localidades em trinta e quatro países, nos seis continentes5.
A comunidade científica da Alcoa é conectada globalmente com centros de pesquisas e universidades no Brasil, Rússia, Índia, China, Austrália, Europa e Estados Unidos.
No Brasil, cabe destaque à implantação da Divisão de
Produtos Químicos a partir do desenvolvimento do processo inovador de produção de
aluminas especiais em calcinador de leito fluidizado e
ao pioneiro convênio com o
Grupo de Engenharia e Microestrutura de Materiais,
estabelecido no edifício Alcoa (Figura 1), o primeiro de
uma série de bem sucedidas experiências de interação universidade/indústria
coordenadas pela antiga
Área de Aplicações, Desenvolvimentos e Vendas de
Figura 1: Edifício Alcoa na UFSCar
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Produtos Especiais, a qual viria a servir de núcleo para a
implantação da Área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Alcoa.
2. RAZÕES PARA CRIAR UMA
ÁREA DE PD&I NO BRASIL
Motivações para instalação de áreas de PD&I no país podem ser divididas em permanentes e conjunturais. No primeiro grupo destacam-se as respeitáveis infra-estruturas
científica, industrial, financeira e de telecomunicações, o
mercado doméstico com significativo poder de compras,
biodiversidade e proporção de fontes de energias renováveis, a presença marcante de corporações transnacionais e
a liderança exercida na América Latina, região com um dos
maiores potenciais para crescimento econômico do globo.
No segundo grupo incluem-se os eventos Copa do Mundo
de 2014, Olimpíadas de 2016 e as grandes obras de infra-estrutura em andamento no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
Adicionalmente, a regulamentação da lei de inovação no
final de 2005, que estimulou a criação de ambientes especializados e cooperativos de inovação no Brasil, e o grande
esforço de superação da grande crise de 2008 despertaram
na Alcoa a necessidade de desenvolver no país uma disciplina que a tornasse menos suscetível a efeitos externos e
mais robusta na capacidade de gerar crescimento sustentável. Aos poucos foi ficando claro que esta seria a competência para inovar.
O Brasil foi apontado entre os seis melhores países para
investir em P&D, numa pesquisa realizada pela The Economist Inteligence Unit, em 2004, com 104 executivos seniores de empresas de todo o mundo, ultrapassado apenas por
China, EUA, Índia Reino Unido e Alemanha6.
Um estudo promovido pela ABDI (Agência Brasileira para
o Desenvolvimento Industrial) comparou as estratégias de
inovação de sete dos países mais inovadores do mundo (EsSumário
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tados Unidos, Canadá, Irlanda, França, Inglaterra, Finlandia e Japão) com as do Brasil e concluiu que “O desafio da
inovação no Brasil não é devido à falta de recursos ou de
capacidade empreendedora, mas fazer com que os desconectados esforços realizados por governo, universidades e
iniciativa privada convirjam para gerar inovações reais em
produtos e serviços”7. Para estar em sintonia com a realidade de inovação do país, a Área de Inovação da Alcoa deveria, portanto, ter um forte componente de interação com
universidades, centros de pesquisa, clientes, fornecedores
e órgãos do governo com foco em PD&I.
3. ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA
UMA ÁREA DE PD&I
A partir de um extenso debate com diversas partes interessadas, internas e externas à companhia, entendeu-se
que a criação de uma área de PD&I deveria partir do estabelecimento de uma filosofia de inovação adequada à estratégia da Alcoa e à conjuntura do Brasil, de um modelo de
governança, de um time de pessoas com as competências
necessárias para atuar sustentavelmente conforme a filosofia de atuação escolhida e dos campos temáticos considerados essenciais para o crescimento sustentável.
3.1. Filosofia de inovação
Crescentes aumentos da complexidade tecnológica, dos
custos de mão de obra especializada e da infra-estrutura
científica têm provocado a migração da filosofia tradicional
de PD&I (pela qual cada empresa mantém internamente todos os recursos necessários para gerar inovação) para um
modelo baseado na interconexão com entidades externas,
tais como outras empresas, universidades e institutos de
pesquisa, que tem sido denominado de Inovação em Rede8 e
é ilustrado na Figura 2. Destaca-se o termo “Partes Interessadas”, que refere-se aos agentes que podem ganhar ou perder
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com as inovações e devem
cooperar para
que as mesmas
sejam
sustentáveis.
Os dois modelos não são
mutuamente exclusivos.
Pode-se, por
exemplo, tratar determinados campos
estratégicos
Figura 2: Modelo de Inovação em Rede entre Partes Interessadas
para a empresa de uma forma mais fechada, a qual exigirá recursos
mais intensos e um forte esquema de sigilo enquanto outros campos que requererem maior compartilhamento de
recursos são tratados de forma aberta.
Optou-se pelo modelo de inovação em rede, dados os motivos acima e a necessidade de sintonia entre partes interessadas para alavancar a inovação no Brasil.
3.2. Modelo de Governança
É comum que investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em empresas diluam-se na rotina operacional sem que haja planejamento prévio dessa atividade. Em consequência, os esforços acabam sendo realizados
sem que a empresa tenha condições de alinhá-los com sua
estratégia e muito menos de antever o quanto e no que deve
investir para crescer sustentavelmente. Nestes casos, a empresa navega ao sabor das crises, dependendo de fatores
externos e conjunturais, além de não conseguir usufruir
dos benefícios oferecidos pelos mecanismos públicos de estímulo à inovação, tais como subvenções, apoio a formação
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e contratação de mestres e doutores e incentivos fiscais (Lei
de Inovação e MP do Bem). Não por acaso, tais benefícios
exigem formulação, apresentação e execução de projetos de
forma específica para PD&I, muito diferente da cultura de
projetos de gastos de capital, típica da visão convencional
de engenharia.
A razão pela qual é feita esta exigência decorre do fato
destes estímulos não terem sido criados como um fim em
si mesmo, mas para que as empresas que atuam no país
construam estruturas permanentes que as habilitem a inovar de forma sustentável, mesmo quando os estímulos forem retirados, o que inevitavelmente ocorrerá, dada a grande carência de investimentos em diversos outros setores
do nosso país. O modelo de governança da área de PD&I
da Alcoa deveria, portanto, dotar a empresa de uma forma
permanente para identificar, selecionar, elaborar, implementar e medir o resultado de seus projetos de inovação.
A área de PD&I deveria atuar em sintonia com as prioridades estratégicas da Alcoa, definidas como: Crescimento Sustentável, Vantagens Alcoa e Execução Disciplinada.
O requisito de crescimento sustentável exige alinhamento
com a realidade do país com relação aos três pilares da sustentabilidade (Econômico, Financeiro e Ambiental) e assim
determina o universo temático dos esforços a serem despendidos (capitulo 4.4). A área de PD&I deveria ser construída sob o alicerce das Vantagens Alcoa (ilustradas por
sua competência histórica para inovar), o que exigiria forte
conexão com os centros de pesquisas da Alcoa no exterior
e com as diferentes unidades de negócio que compõem a
companhia. Por fim, a execução disciplinada exigiria um
modelo de governança composto por ferramentas de gestão
de projetos de inovação e mecanismos de alinhamento com
estratégias da companhia. Portanto, os componentes do
modelo de governança da área de PD&I da Alcoa foram definidos como: Comitê de Inovação, Ferramentas para seleção
e priorização de projetos, Gestão de projetos por análise de
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estágios, Degraus de Implementação, A3, Orçamento Específico, Sistema de registro do conhecimento e Centralização
das comunicações sobre PD&I.
3.2.1. Comitê de inovação
Constituído pelo presidente e pelos diretores da Alcoa
AL&C, tem a função de garantir o alinhamento dos esforços
de PD&I com a estratégia da Alcoa no Brasil e no mundo e
deliberar sobre prioridades e recursos a serem utilizados. O
comitê reúne-se a cada quatro meses, é liderado pelo Presidente da Alcoa na região e coordenado pelo Gerente da
Área de PD&I.
3.2.2. Ferramentas para seleção
e priorização dos projetos
Cada projeto é avaliado de acordo com os critérios de sustentabilidade e a análise de riscos definidos abaixo, com os
valores presentes dos ganhos descontados dos investimentos a cada ano, até cinco anos após o início do projeto, conforme mostrado na Figura 3.
Figura 3: Matriz para análise de viabilidade dos projetos
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Sustentabilidade

Previsão de impacto em negócios é de curto, médio ou
longo prazo?

Quão grandes são os potenciais para criação de valor, tais
como: aumentos de volume de vendas, margem de lucro
e vida útil ou reduções de custos, de consumo de energia,
de passivo ambiental ou de emissões de CO2?

O novo conceito reduziria ou eliminaria passivos ambientais?

O novo conceito melhora as condições de saúde e segurança dos funcionários?
Análise de riscos

Quão distante está a condição atual da condição alvo necessária para viabilizar criação de valor? (Recursos financeiros, tecnológicos, humanos, logísticos, etc…)

Existem aspectos regulatórios ou legais que restringem a
aplicação do conceito?

Existem conflitos de propriedade intelectual?

A inovação proposta é convencional, incremental ou de
ruptura?
3.2.3. Análise de estágios
O processo pelo qual as inovações ocorrem pode ser descrito como uma sequência que vai de um estalo criativo
(Eureka!) até o momento da consolidação de seus resultados finais, mais ou menos conforme as etapas descritas na
Figura 4, fundamentada nas diretrizes para gerenciamento
de inovações do Departamento de Energia dos EUA9. As
portas mencionadas na figura referem-se a tomadas de decisão por equipes multidisciplinares sobre o prosseguimento para a fase seguinte.
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Figura 4: Modelo de Gerenciamento dos projetos de inovação
3.2.4.Degraus de Implementação
Os projetos selecionados seguem na sequência dos estágios até a passagem pela porta 3, quando o conceito é considerado provado em escala laboratorial. Neste momento
tem início a etapa de implementação, avaliada por meio dos
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Degraus de Implementação (DI), ilustrados na parte inferior
da Figura 5. Os DIs são validados pelas controladorias de
cada localidade da Alcoa e monitorados globalmente.
Figura 5: Relação entre análise de estágios e degraus de implementação.
Note-se na Figura 5 a característica forma do funil da
inovação, que ilustra o fato de que as áreas de PD&I devem
ter a liberdade de lidar com os conceitos que serão abandonados ao longo do caminho para ser capaz de adquirir a
capacidade de desenvolver os que no final darão origem às
verdadeira inovações.
3.2.5.A3
Destaca-se na Figura 6 outro componente importante da
cultura de gestão de projetos da Alcoa, o chamado A3, que
deve ser elaborado após a etapa de definição do conceito do
projeto. Os A3 são elaborados conforme a sequência abaixo:
Contextualização

Situa o problema ou a oportunidade em relação à estratégia da companhia, identifica partes interessadas e define
metas;
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Situação atual

Descreve atividades, fluxos, conexões e todas as condições de contorno relevantes, capturados por observação
minuciosa da realidade do momento;
Situação Alvo

Descreve atividades, fluxos, conexões e todas as condições de contorno relevantes, que devem ser modificados
na situação atual a fim de resolver o problema ou capturar a oportunidade;
Plano de ação

Explicita escopo, responsabilidades e prazos em todas as
atividades necessárias para provar que a transformação
da situação atual na situação alvo resolve o problema ou
captura a oportunidade (e.g. prova o conceito).
3.2.6. Orçamento específico de PD&I
Figura 6: As partes que compõem o A3
A correta atribuição das despesas de P&D estabelece o
histórico de gastos por projeto e por instituição parceira,
utilizado na preparação do formulário de P&D da declaraSumário
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ção de imposto de renda da companhia e permite a verificação da conformidade das informações por meio de auditorias, viabilizando desta forma a captura de incentivos fiscais
proporcionado pela lei de Inovação e pela MP do Bem.
A previsão, registro e execução de um orçamento específico capacita a empresa a sintonizar seus esforços de inovação conforme as demandas definidas pela estratégia escolhida e pelas contingências do caminho.
Por fim, a previsibilidade proporcionada por um orçamento específico confere autonomia e agilidade para tomada de
decisão por parte do gestor de P&D, por não precisar submeter a aprovações específicas cada recurso necessário à
realização das atividades cotidianamente requeridas à execução dos projetos.
3.2.7. Sistema de registro e difusão do conhecimento
Definiu-se pela elaboração e arquivo de relatórios denominados “Relatórios de PD&I” sempre que uma atividade
qualquer tenha completado um ciclo de começo, meio e fim
e pela disponibilização dos mesmos na intranet da companhia para um grupo de funcionários previamente cadastrados e treinados para discernir o que pode e o que não pode
ser divulgado.
Definiu-se também que a área de PD&I teria entre suas
atribuições a difusão do conhecimento e a permeação dos
conceitos de inovação por todas as áreas da companhia.
3.2.8. Centralização das comunicações sobre PD&I
A fim de garantir o rigor das informações comunicadas
a órgãos do governo (IBGE, MCT, Receita Federal, ABDI),
bem como a outras instituições públicas ou privadas que
trabalham com dados sobre inovação, definiu-se que a área
de PD&I seria a instância da Alcoa no país responsável por
coletar e divulgar estas informações.
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3.3. Sustentabilidade humana e
alocação da equipe de PD&I
Decidiu-se pela utilização da antiga área de Aplicações,
Desenvolvimentos e Vendas de Produtos Especiais como
núcleo de pessoas para a criação da área de PD&I dadas a
competência de inovação em rede que aquela equipe havia
acumulado ao longo da implantação da Divisão de Produtos
Químicos e o já existente grande número de conexões com
Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs). Seis funcionários da antiga área foram transferidos para a nova área
de PD&I, um dos quais com doutorado e três com mestrado, todos strictu sensus em renomadas instituições de ensino superior do Brasil ou do exterior. Os dois funcionários
restantes estão em processo de realização do mestrado.
Decidiu-se que, em adição ao papel de parceria tecnológica necessária à realização dos projetos, os convênios
com universidades passariam a ter um papel de formação
continuada de talentos, recrutados dentro da Alcoa, bem
como de novos estudantes de graduação, iniciação científica, mestrado e doutorado, recrutados dentro da instituição
parceira. Desta maneira, os recursos humanos necessários
à transformação de ciência em inovação viriam a ser formados naturalmente na medida em que as diferentes redes
temáticas forem sendo nucleadas, conectadas e implementadas.
O grande desafio humano de uma área de PD&I é encontrar um balanço entre especialização e generalização
que permita às pessoas realizarem investigações rigorosas,
criar e testar soluções fora da caixa, enquanto garantem a
abordagem sistêmica necessária à realização da inovação.
Este compromisso coloca os membros da área de PD&I em
constantes situações paradoxais, particularmente diante
da velocidade exigida pela dinâmica da vida corporativa.
Assim, os pesquisadores correm sempre o risco de serem
sugados por um redemoinho de empreendimentos superficiais que inviabiliza a atenção necessária à realização de
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investigações eficientes e eficazes. Sem a competência para
lidar com este paradoxo, os recursos humanos potencialmente inovadores não são realmente capazes de ir além do
convencional.
Por fim, decidiu-se que a área de PD&I responderia para
a Diretoria Comercial da Divisão de Produtos Primários, a
fim de garantir o alinhamento com o foco dos clientes da
Companhia.
4 Campos temáticos de PD&I na Alcoa
O primeiro desafio de uma área de inovação em rede é o
de escolher as áreas do conhecimento dentro das quais serão iniciados os processos de nucleação, conexão e implementação de parcerias, os chamados Campos Temáticos
de PD&I.
A correta identificação destes campos garantirá o alinhamento da organização com relação ao custo benefício dos
referidos processos. Caso contrário, corre-se o risco de não
haver apoio suficiente para superar a etapa inicial naturalmente lenta e trabalhosa do estabelecimento das redes,
durante a qual as áreas de PD&I devem simultaneamente
construir o futuro e dar resultados de curto prazo, sem os
quais a empresa não sobrevive. A Figura 7 ilustra que, para
conseguir adquirir a
competência para criar
inovações de forma sustentável, uma empresa
deve ser capaz de superar essa etapa.
Uma característica interessante de um campo temático é que ele é
de certa forma similar à
semente de uma planta,
que não contém tudo
que a mesma precisa
Figura 7: Curto prazo versus longo prazo
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para crescer, apenas propicia a base sobre a qual todas as
suas estruturas serão construídas. Assim, os campos devem ser escolhidos de forma a propiciar a construção de
redes sociais em PD&I, que, maduras, proporcionarão os
recursos necessários para o crescimento sustentável da
companhia junto com o meio em que vive. Não é necessário
que se crie tantos campos quantos forem as disciplinas relevantes para a companhia.
A Alcoa decidiu construir suas redes de PD&I nos quatro
campos temáticos ilustrados na Figura 8 e focar os projetos
de inovação em suas intersecções.
Figura 8: As quatro redes temáticas de PD&I da Alcoa
4.1. Clientes
A rede Clientes é composta pelas conexões científicas e
tecnologias com impacto no crescimento sustentável da Alcoa e de seus clientes, tais como: equipes de PD&I e de
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Assistência Técnica dos Clientes, Instituições Científicas
e Tecnológicas com as quais os clientes tenham parcerias
estabelecidas, Associações Técnicas e Institucionais das
quais os clientes façam parte, Áreas Internas da Alcoa no
Brasil e no exterior, que tenham impacto nos projetos com
clientes, tais como: Centros de Pesquisas, Engenharia de
Aplicações, Marketing, Vendas, Compras (no caso da Alcoa
comprar produtos deste cliente), Engenharias de Processo
e de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc.
A missão da rede clientes é: Desenvolver inovações de
ruptura, com foco do cliente, que propiciem de forma sustentável aumento de valor agregado ou de volume nas vendas dos produtos Alcoa
4.2.Materiais
A rede Materiais é composta pelas conexões científicas e
tecnologias com impacto na utilização dos materiais estratégicos para o crescimento sustentável da Alcoa, tais como:
Equipes de PD&I e de Assistência Técnica dos fornecedores, Instituições Científicas e Tecnológicas com as quais os
fornecedores tenham parcerias estabelecidas, Associações
Técnicas e Institucionais das quais os fornecedores façam
parte, Áreas Internas da Alcoa no Brasil e no exterior que
tenham impacto nos projetos com fornecedores, tais como:
Centros de Pesquisas, Compras, Marketing, Vendas (no
caso da Alcoa vender produtos para este fornecedor), Engenharias de Processo e de Manutenção, Área de Logística,
EHS, etc.
A missão da rede Materiais é: Desenvolver inovações de
ruptura em materiais que propiciem de forma sustentável
redução de custos de materiais, aumento de disponibilidade operacional de equipamentos e redução da geração de
resíduos industriais.
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4.2.1.Meio Ambiente
A rede Meio Ambiente é composta pelas conexões científicas e tecnologias com impacto na sustentabilidade ambiental da Alcoa, tais como: Equipes de PD&I e de Assistência Técnica de Clientes e Fornecedores e Instituições
Científicas e Tecnológicas com as quais tenham parcerias
estabelecidas, e Associações Técnicas e Institucionais das
quais façam parte e Áreas Internas da Alcoa, no Brasil e
no exterior,que tenham impacto em sustentabilidade, tais
como: Área de Sustentabilidade, Centros de Pesquisas,
Compras, Marketing, Vendas, Engenharias de Processo e
de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc.
A missão da rede Meio Ambiente é criar inovações que
resultem em: Redução de Geração, Reciclagem, Vendas ou
Disposição Sustentável para os resíduos industriais da Alcoa e Redução de emissões de CO2.
3.3.4.Meio Ambiente
A rede Energia é composta pelas conexões científicas e
tecnologias com impacto na utilização eficiente de Eenergia
pela Alcoa, tais como: Agência Nacional de Energia Elétrica, Equipes de PD&I e de Assistência Técnica de Clientes
e Fornecedores e Instituições Científicas e Tecnológicas e
outras Associações do setor energético, Áreas Internas da
Alcoa, no Brasil e no exterior, que tenham impacto em eficiência energética, tais como: Divisão de Energia, Centros
de Pesquisas, Compras, Marketing, Vendas, Engenharias
de Processo e de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc.
A missão da rede Energia é criar inovações que resultem
em: Aumentos de Eficiência Energética e do Uso de Fontes
de Energia Limpas e Renováveis e Redução de emissões de
CO2.
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5. PRINCIPAIS DESAFIOS DA ÁREA DE PD&I ALCOA
Tendo sido parida em Março de 2010, a área de PD&I da
Alcoa se encontra na etapa inicial, ilustrada na Figura 7,
a qual consiste na construção do ecossistema necessário
(estrutura contábil, nucleações, conexões, cultura de inovação, etc.) para o cumprimento das missões de cada rede
e na simultânea geração de inovações de curto prazo que
provem sua importância.
Os principais projetos em cada rede são respectivamente para as redes de Clientes, Materiais, Meio Ambiente e
Energia: Desenvolvimento de novas ligas de alumínio, desenvolvimento de novos conceitos ou novos fornecedores de
refratários para uso da Alcoa, desenvolvimento de vendas
ou reciclagem para resíduos de bauxita e carbonáceos e
aumento de eficiência energética dos processos industriais
da companhia.
Referências
The measurement of Scientific and Technological Activities,
The Oslo Manual, Third Edition, OECD 2005
2011 Aon Global Risk Management Survey
Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas
industriais brasileiras/ João Alberto De Negri, Mario Sergio
Salerno, Brasília: IPEA, 2005.
Alcoa Celebrates 120 Years of Innovation
Passeio Virtual pelo salão de exposições de Inovações da
Alcoa no Centro de Pesquisas de Pittsburgh (ATC).
Scattering the seeds of invention: the globalisation of
research and development, The Economist Intelligence
Unit, 2004.
International Strategies for innovation: A study of seven countries and Brazil, Brazil Institute special report –
Woodrow Wilson International Center for Scholars, 2008.
Das redes sociais à Inovação, Maria Inês Tomaél, Adriana
Rosecler Alcará e Ivone Guerreiro Di Chiara, Scielo, Ci. Inf.,
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Brasília, v. 34, n. 2, p. 93-104, maio/ago. 2005.
Stage-Gate Innovation Management Guidelines, Managing
risk through structured project decision-making, Version
1.3, US Department of Energy, February 2007.
Jorge Gallo e Otávio Cavalheira
Gerente de PD&I da Alcoa América Latina e Caribe, com Mestrado em retardantes de chama
para polímeros e Doutorado em aluminas para cerâmicas de alto desempenho pelo Depto. de
Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos. Entre Julho de 2008 e Setembro
de 2009, atuou como pesquisador visitante no Centro de Pesquisas da Alcoa em Pittsburgh, nos
EUA, considerado o maior centro de pesquisa em materiais não ferrosos do planeta, onde realizou
pesquisas com materiais cerâmicos avançados para utilização no processo eletrolítico de produção
de alumínio.
Retornando ao Brasil, elaborou conceito e criou, juntamente com o Diretor Comercial da Alcoa,
Otávio Carvalheira, a primeira Área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Alcoa na região
da América Latina e Caribe, onde vem atuando desde então com o desafio de gerar inovações de
grande impacto na sustentabilidade de negócios da companhia na região.
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Informativo Vale
Tecnologia de ponta
é usada nas operações
portuárias da Vale
Como prática de adotar inovação em seus projetos, a Vale
possui um modelo reduzido da sua área do porto, em São
Luís (MA). O modelo permite a simulação de manobras de
navios, antes que elas se tornem reais.
O protótipo - espécie de maquete “gigante” ou miniatura
da área portuária operada pela Vale - foi desenvolvido pelo
renomado Laboratório de Hidráulica da Fundação Centro
Tecnológico de Hidráulica – FCTH, que é referência nacional
na construção de modelos semelhantes. A FCTH é ligada
à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Poli/
USP. Dentre os objetivos do modelo reduzido, estão: avaliar
movimentos e forças de amarração associadas sobre os navios atracados e nas defensas dos píeres, visando verificar
as condições de limites operacionais e de segurança; estudar e propor obras e otimização de planos de amarração,
em prol de uma maior segurança nas operações; estudar as
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manobras de navios rádio-controlados para diversas condições de marés, entre outras.
Por meio do modelo reduzido, os especialistas da USP, da
Vale e da Praticagem simulam manobras de aproximação,
atracação, desatracação e afastamento de diferentes modelos de navios. O modelo reproduz todas as áreas da baía de
São Marcos que influenciam as operações portuárias.
Parceria - A FCTH foi escolhida pela Vale para desenvolver
o modelo reduzido por conta do seu reconhecido know-how.
A parceria da Vale com a FCTH iniciou-se em 1981, com o
desenvolvimento do primeiro estudo da Área Portuária do
Maranhão. O acervo técnico do laboratório é o mais completo da área de hidráulica no país e abrange levantamentos
hidrográficos, estudos de correntes marítimas e trajetórias
de sedimentos, acompanhando a implantação dos projetos
portuários existentes na baía de São Marcos.
Este acervo constitui-se em importante base de dados que
fundamenta estudos e projetos de expansão desta área portuária, de grande importância econômica para o Maranhão.
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Desenvolvimento e
Prototipagem de um
Centro de Gestão
da Proteção da Rede
Elétrica da CEMAR
Adrianno B. R. A. Bastos
Denivaldo C. P. Lopes
Johnneth S. Fonsêca
Leonardo Paucar
Nierbeth C. Brito
Renato M. Souza
Ronnie S. Loureiro
Zair Abdelouahab
E
ste trabalho descreve o desenvolvimento de um
protótipo de Centro de Gestão da Proteção (CGP).
O sistema do CGP tem por objetivo a recuperação
e o armazenamento de dados dos relés digitais do sistema de proteção da rede elétrica para posterior análise e
apresentação das informações. O acesso a estes dados é
feito através de um Web browser executado em um notebook ou desktop ou através do aplicativo cliente do CGP
executado em um dispositivo móvel (por exemplo, smartphone). O CGP prevê redundância da infraestrutura de
comunicação com a Internet através da comunicação via
telefonia móvel 3G. Os conceitos de aplicação Web, paradigma orientado a objetos, computação móvel, telefonia
móvel 3G, serviços Web, segurança e plataforma Java
foram explorados no desenvolvimento do projeto. O sisSumário
174 / 415
tema CGP tem possibilitado a análise e a interpretação
dos eventos ocorridos no sistema elétrico da Companhia
Energética do Maranhão (CEMAR).
Introdução
A implantação de centros de gestão da proteção por
parte das companhias de distribuição tem como objetivos
básicos facilitar a aquisição de dados dos relés, configuração dos relés digitais, aquisição de ajustes implantados,
sequência de eventos, medições e arquivos de oscilografias [1], [2], [3].
A Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) possui
relés digitais [3] no sistema de proteção das subestações,
o que permite obter informações instantâneas sobre as
variáveis monitoradas como tensão, corrente, demanda,
etc. Entretanto, os seguintes problemas constituem um
empecilho para a disponibilidade destes dados:
• A rede de dados que interliga as subestações, onde
se localizam os relés digitais, pode perder a conectividade, deixando os relés digitais inacessíveis;
• As variáveis monitoradas são armazenadas
temporariamente nos relés digitais e, quando a memória limitada esteja cheia de dados, estes são sobrescritos, ocorrendo a perda de dados e do histórico das
variáveis medidas.
O objetivo deste trabalho de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é a concepção e o desenvolvimento de um sistema do Centro de Gestão da Proteção (CGP), que forneça:
• Redundância da infraestrutura de comunicação
com os relés digitais via telefonia móvel 3G [4];
• Um sistema de software que permita o acesso aos
dados dos relés digitais e o armazenamento de forma
persistente em um banco de dados. O acesso às informações do CGP pode ser feito via Web browser ou
via um aplicativo para dispositivo móvel (por exemplo,
smartphone).
Sumário
175 / 415
A metodologia da infraestrutura de comunicação consiste na definição de arquiteturas de hardware nas quais
um modem 3G permite a redundância da rede de comunicação com a Internet. A metodologia de desenvolvimento do sistema de software do CGP consiste na concepção
de uma arquitetura organizada em camadas, cada uma
independente da outra e com funcionalidades bem definidas.
O produto resultante deste projeto P&D é formado por
arquiteturas de hardware e por um sistema de software.
A arquitetura de hardware suporta a redundância da via
de comunicação graças à telefonia móvel 3G. O sistema de software do CGP permite que os eventos ocorridos
nas subestações possam ser recuperados, armazenados
e, posteriormente, analisados para auxiliar nas tomadas
de decisão sobre manobras, configuração, medição e planejamento da rede elétrica da concessionária.
Sistema do centro de gestão da proteção
Nesta seção descrevem-se o contexto de utilização do
sistema do CGP proposto, a metodologia e as tecnologias
empregadas, as arquiteturas de hardware e de software
e testes.
Contexto de Utilização
A Figura 1 apresenta o contexto de utilização do sistema CGP. Na parte inferior desta figura, tem-se o relé
digital conectado a um transceiver/remota e este último
conectado ao servidor de acesso da CEMAR, dando assim
acesso remoto ao relé digital. Este acesso pode ser feito
via um Laptop + modem 3G ou smartphone com comunicação 3G ou via um notebook ou desktop com comunicação com a Internet via Web browser. A redundância
da comunicação é garantida através da configuração e
instalação de um modem 3G no switch da rede da subestação de energia elétrica.
Sumário
176 / 415
O acesso remoto dos relés tem como vantagem a configuração remota, análise em tempo real, comissionamento remoto, suporte à equipe de manutenção local na solução de problema, e o monitoramento de equipamentos
distantes.
Figura 1. Contexto do sistema CGP.
Metodologia e Tecnologias
Durante a pesquisa, buscou-se desenvolver um sistema computacional que privilegiasse uma organização em
camadas, cada uma com uma funcionalidade bem definida e fraco acoplamento entre os níveis adjacentes. Sendo
assim, optou-se por uma arquitetura em camadas conforme a Figura 2. Também utilizou-se a análise e projeto
orientado a objetos e a programação orientada a objeto.
Além disso, alguns conceitos de concorrência são utilizaSumário
177 / 415
dos para que o sistema possa ser acessado por múltiplos
usuários.
Figura 2. Arquitetura de hardware baseada em remota e concentradora.
Uma vez definida a arquitetura em diagramas de blocos,
optou-se por criar modelos em Unified Modeling Language (UML) [5], para melhor expressar o sistema independente de tecnologia ou plataforma. Em seguida, definiram-se as tecnologias e plataformas a serem usadas em
cada nível.
As principais tecnologias empregadas no desenvolvimento do CGP são as seguintes:
• Modelagem: Unified Process (UP) [5] foi utilizado
como metodologia de desenvolvimento. Unified Modeling Language (UML) foi utilizada para análise de requisitos e projeto do Sistema CGP;
• Implementação: Plataforma e Linguagem Java
(J2SDK, J2EE, JME) [6]; Banco de dados relacional
Oracle; e a interoperabilidade foi garantida graças a
tecnologia de Serviços Web [7], segurança de comunicação baseada em assinatura digital e RSA (algoritmo
de chaves assimétricas) [8].
Sumário
178 / 415
Arquiteturas de Hardware
Três arquiteturas de hardware foram propostas, após
análise da planta de subestações de energia elétrica da
CEMAR. A Figura 2 apresenta a arquitetura de hardware
que exigiu menos mudanças na planta atual da CEMAR.
O modem de telefonia móvel 3G é conectado ao switch. Para esta arquitetura, foi pesquisado no mercado
um modem 3G com capacidade de perceber a ausência
de conectividade com a Internet e comutação automática para rede de telefonia móvel 3G. Assim, a tolerância a
falhas da rede de comunicação é garantida, deixando o
sistema sempre disponível.
Sistema de Software CGP: Arquitetura e funcionalidade
Arquitetura em camada do Sistema CGP
Figura 3
Sumário
179 / 415
A Figura 3 apresenta a arquitetura em camadas do CGP
que são descritas como:
• Interface Homem-Máquina: permite o acesso ao
sistema do CGP através de um browser Web ou um
dispositivo móvel;
• Controle de sessão: gerencia sessões de usuários,
permitindo que as tarefas sejam realizadas mesmo com
desconexões da rede, guardando o espaço de trabalho
dos usuários;
• Lógica do Negócio: gerencia e executa as funcionalidades de acesso e controle de um relé digital de
forma uniforme e independente do tipo de relé;
• Acesso a Informação ou controle de atuação: permite gerenciar os acessos múltiplos tanto de consulta
de dados quanto de controle de atuação;
• Aquisição de Dados e Atuação: este nível comunica
diretamente com relés digitais (por exemplo, SEL 351),
utilizando protocolos tal como LMD/SEL ou DNP3.
A modularidade da arquitetura em camadas do sistema do CGP permite que qualquer camada seja substituída, por exemplo, uma camada de Aquisição de Dados e
Atuação que comunica via LMD/SEL pode ser substituída por uma camada que comunica via DNP3 sem haver
necessidade de alteração na camada de Acesso a Informação ou controle de atuação.
Implantação e Testes do CGP
O Sistema do CGP foi implantado na subestação São
Francisco da CEMAR. A Figura 4 ilustra uma captura de
tela apresentando informações obtidas pelo CGP.
Sumário
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Figura 4. Sistema do CGP: demandas.
A Figura 5 apresenta o sistema do CGP sendo acessado por um smartphone. A execução do sistema CGP móvel é mostrada na Figura 6 através de um smartphone.
Figura 5. Aplicativo do sistema do CGP para dispositivo móvel: acessando
eventos via smartphone.
Sumário
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Figura 6. Aplicativo do sistema do CGP para dispositivo móvel: execução
com smartphone.
Na Figura 7 são mostrados parte dos equipamentos adquiridos para
o projeto: relés digitais SEL-351A e a
plataforma SEL-3351, instalados na
Subestação São Francisco da CEMAR.
Conclusão
Figura 7. Equipamentos instalados na subestação São
Francisco da CEMAR
Neste trabalho, um sistema computacional protótipo de Centro de
Gestão da Proteção-CGP da CEMAR
foi desenvolvido através das tecnologias 3G, serviços Web, Java, computação móvel, o que possibilitou a
implementação de um sistema de
software e a definição de três arquiteturas de hardware. O protótipo
de CGP foi testado com sucesso no
Sumário
182 / 415
Centro de Operação do Sistema da CEMAR, em São Luís
do Maranhão, demonstrando a utilidade da tecnologia
3G para comunicação como canal redundante.
Um dos principais resultados obtidos pelo projeto foi a
recuperação e armazenamento de inúmeras informações
contidas nos relés digitais que podem servir para diferentes tipos de análise, tal como crescimento da demanda.
Como o sistema de software do CGP foi implementado de
uma forma modular e utilizando a tecnologia Java, ele
facilmente poderá ser adaptado a diversos tipos de hardware, além das opções de reusabilidade e integração.
Trabalhos futuros relacionados com o sistema CGP podem incluir, por exemplo, tratamento de dados servindo
na pesquisa para tomada de decisão operacional, utilizando algum método de inteligência artificial e análise de
detecção e diagnóstico de falhas para manutenção.
Referências
[1] F. Zavoda, “The key role of intelligent electronic devices (IED) in advanced Distribution Automation (ADA),”
China International Conference on Electricity Distribution - CICED, pp. 1-7, Dec. 2008.
[2] M. Qureshi et al. “A Communication Architecture for
Inter-substation Communication,” IEEE 8th Int. Conf. on
Computer and Information Technology Workshops - CIT,
Sydney, pp. 577-582, July 2008.
[3] D. V. Coury, M. Oleskovicz e R. Giovanini, Proteção
Digital de Sistemas Elétricos de Potência: dos Relés Eletromecânicos aos Microprocessados Inteligentes, São
Carlos: EESC-USP, 2007.
[4] H. Holma and A. Toskala, HSDPA/HSUPA for UMTS:
High Speed Radio Access for Mobile Communications, 1st
edition, Wiley, 2006.
[5] J. Arlow and I. Neustadt, UML 2 and the Unified Process, 2nd ed., Addison Wesley, 2005.
[6] H. M. Deitel, P. Deitel, Java How to Program, 8th ediSumário
183 / 415
tion, Prentice Hall, 2009.
[7] G. Alonso, F. Casati, H. Kuno, and V. Machiraju, Web
Services: Concepts, Architectures and Applications, 1st
edition, Springer, 2010.
[8] W. Stallings, Cryptography and Network Security:
Principles and Practice, 5th Edition, Prentice Hall, 2010.
Adrianno B. R. A. Bastos
Engenheiro Elétrico.
Denivaldo C. P. Lopes
Doutor em Informática pelo Université de Nantes, França e Professor da
Universidade Federal do Maranhão.
Johnneth S. Fonsêca
Mestre em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal do
Maranhão
Leonardo Paucar
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Professor da
Universidade Federal do Maranhão.
Nierbeth C. Brito
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Professor da
Universidade Federal do Maranhão.
Renato M. Souza
MBA em Gestão de Negócios em Energia Elétrica pela Fundação Getúlio Vargas - RJ e
Executivo de Projetos e Obras Alta Tensão da Companhia Energética do Maranhão.
Ronnie S. Loureiro
Especialista em Engenharia Elétrica pelo Instituto Federal do Maranhão e
trabalha na Companhia Energética do Maranhão.
Zair Abdelouahab
Mestre em Computing Science pela University Of Glasgow , Doutor em
Computer Studies pela University Of Leeds e Professor da Universidade Federal do
Maranhão.
Sumário
184 / 415
Informativo FAPEMA
Maranhão:
Em se plantando,
tudo dá!
Ivandro Coêlho
Priscila Cardoso
P
romover o progresso da
educação é o caminho mais
seguro para a estruturação
sólida de uma sociedade
desenvolvida. No Maranhão, uma linha de investimentos que tem crescido
bastante no país é a aplicação
de recursos na pesquisa científica. E, ao contrário do que muitos
pensam, investir em ciência, tecnologia e inovação, além de estímulo intelectual, também traz
resultados financeiros.
A Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do
Maranhão (FAPEMA), maior agência de fomento à pesquisa local, acredita que este é um
meio bastante nobre de se chegar a esse objetivo.
“Somente para 2012, estão previstos 40 editais que
somam mais de R$ 26 milhões em investimentos na
Ciência, Tecnologia & Inovação do Maranhão, destinados a bolsas, auxílios, convênios federais, programas de divulgação científica, inserção de pesquisadores nas empresas e projetos estratégicos para
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185 / 415
o Maranhão, em todas as áreas do conhecimento”, conta
Rosane Guerra, diretora-presidente da Fundação.
O interesse e a capacidade dos pesquisadores em apresentar projetos inovadores e revolucionários têm chamado a atenção da FAPEMA. Alguns trabalhos apoiados pela
Fundação merecem destaque, tanto pela qualidade no desenvolvimento da pesquisa, como pela perspectiva de retornos financeiros.
É MAMÃO COM AÇÚCAR!
Uma das pesquisas apoiadas pela FAPEMA busca aumentar a produtividade do mamão na área do Baixo Parnaíba. Analisando a realidade do estado, a professora Dra.
Maria da Cruz Chaves Lima Moura, do Centro de Ciências
Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão (CCAA/UFMA), desenvolve um projeto que tem como
objetivo selecionar variedades de mamão mais adaptadas
às condições de clima e solo da região, levando em consideração a produtividade e o tipo preferido pelo consumidor.
“O Maranhão é tradicionalmente importador de produtos
hortifrutis, entre eles, o mamão. Apesar de ser uma fruta
com grande potencial produtivo e de consumo para o estado, há um déficit na oferta desse produto, que é trazido
principalmente do estado do Pará”, explica a pesquisadora.
O projeto – intitulado “Seleção de Genótipos de Mamoeiro (carica
papaya l.) para Produção Comercial
na Microrregião de Chapadinha, Nordeste Maranhense” – teve início
em 2010, no município de Brejo.
“Estamos testando dez variedades de mamoeiro
dos grupos ‘Solo’
e ‘Formosa’ para
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186 / 415
saber qual a mais produtiva e a que tem mais preferência
no consumo local e regional”, informou a professora Maria
Moura, coordenadora do projeto. Para ela, esse processo de
introdução e avaliação de genótipos de mamão é necessário
porque ainda não se conhece o desempenho desses materiais genéticos nas condições de solo e clima da região.
De acordo com a professora Maria Moura, a exploração
comercial da cultura do mamoeiro poderá se transformar
numa excelente oportunidade para a diversificação agrícola
do Maranhão. Além disso, a pesquisa também vai proporcionar o treinamento dos viveiristas e produtores do Baixo
Parnaíba, fortalecendo o mercado local não só do produto,
mas das sementes selecionadas.
Para a pesquisadora, outro aspecto importante da pesquisa é o fortalecimento da agricultura familiar. Atualmente, o
cenário produtivo da região é mais voltado para a produção
de grãos, principalmente a soja, destinados à exportação.
Segundo ela, a cultura do mamão pode ser uma alternativa
de produção de alimentos para essa região. “A vantagem da
cultura do mamão não é apenas agronômica, mas social,
uma vez que ela absorve uma grande parcela da agricultura familiar. Trata-se de um produto bastante rentável e que
pode ser produzido em pequenas áreas”, explicou a professora Maria Moura.
TERAPIA DAS FLORES
Pesquisas voltadas para a área da saúde também recebem o apoio da FAPEMA. Nesta, o pesquisador Tonicley
Alexandre da Silva descobriu outra função para as flores.
Em seu trabalho de mestrado em Ciências da Saúde, pela
Universidade Federal do Maranhão, o nutricionista investigou os efeitos de diferentes partes do cajueiro no tratamento da diabetes. Depois de retirar extratos vegetais de folhas,
cascas e flores e administrá-los oralmente em camundongos que apresentavam predisposição para diabetes, ele observou um efeito muito positivo das flores.
Sumário
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Flor cajueiro
A descoberta suscitou o interesse do pesquisador em investigar a fundo o efeito das flores do cajueiro no tratamento e na prevenção dos sintomas que a doença provoca no
organismo. “A literatura já mostrava vários estudos feitos a
partir da casca, das folhas e de outras partes do cajueiro,
mas nada relacionado às flores no tratamento da diabetes.
Em nossa pesquisa, observamos que as flores também têm
essa propriedade e a concentração encontrada nelas, em
relação a outros extratos, é muito maior”, explica Tonicley
Silva.
Segundo o pesquisador, a alta concentração do princípio ativo derruba um grande obstáculo que inviabilizava
a comercialização do medicamento extraído do cajueiro.
“Antes, seria necessária uma quantidade muito grande de
substrato (folhas e cascas) para se conseguir uma quantiSumário
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dade de produto capaz de ter esse efeito benéfico. Com as
flores, observamos que uma pequena quantidade já teria o
mesmo efeito de uma grande quantidade de outras partes
da planta”, garante o nutricionista e também doutorando
em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio).
Na pesquisa, Tonicley Silva obteve grandes resultados
com a utilização das flores do cajueiro, como a diminuição
da fome e da sede dos animais e a redução da glicose sanguínea. Além disso, observou um aumento na produção
de insulina (hormônio responsável por transportar glicose
do sangue para dentro das células) e uma diminuição de
triglicerídeos, causadores de problemas cardiovasculares e
de doenças relacionadas ao metabolismo de gordura no organismo.
A descoberta do novo produto pode significar o desenvolvimento de uma nova opção terapêutica para o tratamento
da diabetes, com possibilidade de menos efeitos colaterais
que as já disponíveis no mercado. “Além disso, se conseguirmos descobrir um princípio ativo a partir de uma planta que é nativa, não só do nosso estado, mas do Nordeste,
que é uma região de certa forma carente, possibilitaremos a
exploração dessa espécie que é abundante, proporcionando um incremento da renda dessa população que trabalha
com a planta”, pontua Tonicley, que garante ter, até 2014,
os resultados finais da pesquisa.
Flor cajueiro
Sumário
189 / 415
Outra pesquisa,
que promete aliar
retorno financeiro
e sustentabilidade, busca otimizar
a produção de etanol no Baixo Parnaíba sem agredir
o meio ambiente.
O trabalho está
sendo desenvolvidos pela professora Francirose Shi- Adubação nitrogenada realizada no segundo ano.
gaki, do Centro de
Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do
Maranhão (CCAA/UFMA).
Intitulado “Seleção de variedades de cana de açúcar para
o estado do Maranhão visando a produção sustentável de
etanol”, a pesquisa tem como objetivo principal indicar variedades de cana de açúcar mais adaptadas às condições
de solo e clima da região do Baixo Parnaíba, além de avaliar as técnicas de manejo para a produção sustentável do
etanol. O projeto foi implantado em 2009, numa fazenda de
produção de cachaça da cidade de Brejo, depois que os pesquisadores constataram que a produção de cana de açúcar
na região era baixa porque os produtores utilizavam variedades ultrapassadas e também não aplicavam técnicas de
manejo mais eficientes, como a adubação nitrogenada e a
irrigação.
A primeira etapa do projeto foi dedicada à seleção de variedades e a segunda, à avaliação do impacto ambiental. Na
terceira fase, os pesquisadores realizam análises tecnológicas da cana de açúcar produzida no experimento, visando
a produção do etanol. “A intenção inicial era selecionar algumas variedades e tentar utilizar subprodutos da própria
Sumário
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(Fonte: pesquisadora Francirose Shigaki
ETANOL VERDE
produção - no caso de Brejo, o vinhoto - para substituir
a adubação nitrogenada. Depois fazer o manejo adequado
com essas variedades para observar o potencial de produtividade de acordo com as condições edafoclimáticas (solo
e clima) da região”, explicou a pesquisadora.
O resultado desse trabalho de seleção e manejo correto foi
um aumento de produtividade obtido no primeiro ano com
a cana plantada em torno de 120 toneladas por hectares,
considerada maior que a produtividade da região, que é de
50 toneladas. “A gente quer ver agora se a variedade que
apresentou maior produtividade no primeiro ano também é
melhor no segundo e assim sucessivamente nos próximos
anos de rebrota”, declarou a professora Francirose.
Sumário
/ 415
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415
UM FUTURO MAIS INTERATIVO
Tecnologia e Inovação também ganham espaço quando o
assunto é investimento em pesquisa científica. A FAPEMA
está apoiando o projeto do pesquisador Márcio Carneiro
que visa revolucionar a TV Digital, explorando uma de suas
facetas que nem todo mundo conhece: a interatividade.
Muita gente acha que a TV digital traz consigo apenas o
conceito de excelência no que diz respeito a som e imagem,
mas poder agregar a esse fluxo um terceiro tipo de conteúdo, como aplicações e softwares, já é uma realidade.
Por meio da interatividade na TV digital, informações antes acessadas apenas pela internet estariam disponíveis,
agora, com o simples auxílio do controle remoto. A diferença é que isto seria possível com menos restrições, já
que, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo instituto
Sensus, apenas 44,9% da população brasileira tem acesso
à rede mundial de computadores. “Nesse caso, a interatividade na TV digital pode até ser considerada uma política
pública, porque é uma forma de inclusão social, de você
oferecer serviços públicos para todo o Brasil, independente
de classe social, porque a televisão está em todos os lugares”, argumenta Márcio Carneiro, jornalista e pesquisador
nas áreas de Convergência e TV Digital.
Mas, afinal, se a interatividade na TV é tão fantástica assim, por que ainda não foi disseminada? Um dos maiores
problemas encontrados pelas emissoras de televisão é o
custo. Além de pessoal com conhecimento em linguagem de
programação, o desenvolvimento de um aplicativo funcional
e com layout chamativo levaria meses. “Quem desenvolve
um aplicativo geralmente não tem domínio sobre design e
acaba apresentando um software bruto, pouco atrativo, o
que facilita a reprovação do produto pela empresa”, justifica Carneiro, que também é Coordenador do Laboratório de
TV do Curso de Comunicação Social da UFMA.
A solução encontrada por Márcio Carneiro foi democratizar a interatividade via TV digital e sistemas IPTV. Para
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isso, ele desenvolveu um software voltado especificamente para jornalistas, editores, publicitários, ou seja, para
os responsáveis pela produção do conteúdo da televisão.
“Com o T-Autor, os produtores de conteúdo passam a ter
mais liberdade, numa tendência que segue o que já existe
no ambiente de Internet. Para as empresas, o programa
permite a inclusão da interatividade nos fluxos de trabalho com redução de custos, menor necessidade de pessoal
especializado, agilidade no desenvolvimento e muito mais
possibilidades de criar e experimentar novos formatos, utilizando a ferramenta para testes e versões finalizadas para
veiculação”, esclarece.
O projeto recebe apoio da FAPEMA por meio do PAPPE
(Programa de Apoio à Pesquisa na Empresa), que visa estimular a inovação, aumentando a competitividade das empresas maranhenses. “E a inovação onde está? Está em
trazer algo que antes era restrito a programadores para as
pessoas que efetivamente fazem televisão. Não existe nada
parecido no mercado tão focado para esse público”, justifica.
No mundo virtual, por meio das redes sociais, principalmente dos blogs, as pessoas saíram da posição passiva e
passaram a ser também autores de conteúdo. Na TV, isso
também será possível. “Imagine um professor preparando uma videoaula de geografia. Com o T-Autor, ele poderia, por exemplo, tornar a exposição bem mais dinâmica,
criando um menu que desse acesso a mapas, dados históricos, informações adicionais e assim por diante”, vislumbra Carneiro.
Com o desenvolvimento destas novas ferramentas, uma
coisa é certa: ninguém mais vai adormecer vendo televisão.
Ivandro Coêlho
Assessor de imprensa da FAPEMA
Priscila Cardoso
Assessora de imprensa da FAPEMA
Sumário
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O Sistema Híbrido
Eólico-Solar de
Geração Elétrica
Sustentável da Ilha
de Lençóis: uma
solução viável
para atendimento
elétrico de ilhas do
litoral
do Maranhão
Luis Antonio de Souza Ribeiro
João Victor M. Caracas
José Gomes de Matos
Osvaldo R. Saavedra
Shigeaki L. Lima
Sumário
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Introdução
Parte significativa da população mundial não tem acesso à energia elétrica e, consequentemente, não tem acesso a serviços relacionados à educação, saúde, telecomunicações, lazer, segurança, etc. A situação é semelhante no
Brasil, onde boa parte da população carece de serviços e
confortos da vida contemporânea que são provenientes do
acesso à eletricidade. São diversos os fatores que geraram
e mantêm essa situação, tais como: restrições econômicas
e ambientais, residências com baixo consumo, população
dispersa e inexistência de atividade econômica que demande energia, entre outros. São aspectos que dificultam a realização de investimentos na construção e/ou expansão de
sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia
elétrica, principalmente nas regiões mais pobres e distantes dos centros urbanos, como é o caso de muitas comunidades do Brasil, um país com dimensões continentais.
Nesse aspecto, destaca-se o caso do Maranhão, um estado
grande e com diversas comunidades habitando ilhas isoladas de seu extenso litoral.
O Programa Luz para Todos do Governo Federal tem como
meta que todos os consumidores, residenciais ou não, tenham acesso à energia e sejam atendidas até determinado
prazo. Em outras palavras, isso significa que todas as concessionárias em operação no Brasil devem abastecer eletricamente a totalidade (ou 100%) das residências que não
disponham de energia elétrica até os dias de hoje, não importando mais se esses consumidores estão dispersos ou
se são pequenos. Este é um desafio de grandes dimensões,
que, para ser atendido, demanda soluções clássicas, mas
também soluções inovadoras.
Este trabalho se concentra na problemática de como atender às comunidades que residem nas numerosas ilhas do
litoral brasileiro, e mais especificamente, no litoral do Maranhão.
Com esse objetivo, o Instituto de Energia Elétrica da
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UFMA, através do seu Núcleo de Energia Alternativa, desenvolveu, instalou e vem mantendo em operação desde
julho de 2008 um sistema piloto inovador para atender a
esses tipos de comunidades. Os recursos para implantação
do sistema foram disponibilizados pelo Ministério de Minas
e Energia.
O sistema de geração foi concebido de forma a apresentar
as seguintes características relevantes:
a) Transparência: Este aspecto constitui uma das principais contribuições inovadoras do Projeto. O fornecimento
de energia elétrica tem sido feito transparentemente e com
continuidade para o usuário do sistema, sem que ele perceba de qual fonte está recebendo a energia.
b) Confiabilidade: a tecnologia aplicada no Projeto tem se
apresentado segura e robusta, com alternativas automáticas que têm evitado o não atendimento da comunidade,
ainda em condições de falha parcial do sistema de geração.
c) Respeito ao meio ambiente: A geração de energia elétrica tem sido feita atendendo a critérios de preservação e
respeito ao meio ambiente.
d) Integração da comunidade: O projeto foi implantado
tendo a comunidade como um parceiro do empreendimento, articulando para que a mesma percebesse a importância do projeto, interessando-se, assim, pela sua sustentabilidade e continuidade.
Descrição do Sistema
A topologia/configuração do sistema de geração foi definida considerando os aspectos em termos das necessidades
da comunidade, assim como das potencialidades energéticas do local, tendo sido verificado o seguinte:
- O potencial de energia solar na Ilha dos Lençóis é elevado,
em função da mesma estar situada próxima da linha do
Equador;
- A documentação técnica relativa às velocidades de vento
para a região apontou que a ilha tem potencial energético
Sumário
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adequado para esse tipo de geração, registrando-se ventos
médios anuais da ordem de 7 a 8 m/s;
- A Ilha se encontra em uma reserva extrativista, controlada pelo ICMBIO (RESEX de Cururupu-Ma), portanto,
a utilização de fontes energéticas renováveis para atendimento da sua comunidade é altamente desejável.
Com estas constatações e com o estudo de demanda da
Ilha, foi desenvolvida uma solução híbrida de geração, usando como fontes primárias o sol e o vento. Fisicamente, o
sistema de geração é formado pelos seguintes subsistemas,
conforme mostrado no diagrama de blocos da Figura 1:
Figura 1. Diagrama de Blocos do Sistema.
•Um subsistema de geração eólica, composto por três turbinas de 7.5kW cada;
Sumário
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Divulgação
•Um subsistema de geração solar, formado por 162 módulos fotovoltaicos de 130Wp cada, o que totaliza uma
potência de pico instalada de 21kW;
•Um subsistema de armazenamento de energia, formado
por 120 baterias de 220Ah;
•Um subsistema de inversão de tensão, formado por 2 inversores de 20kVA, que operam em paralelo e tem a função de adequar a energia gerada a partir do sol e do vento,
de tal forma que ela possa ser consumida pela comunidade no padrão de tensão comercial de 220V e frequência
de 60Hz;
•Um sistema de backup composto por um gerador a diesel
de 53kVA, que tem a função de suprir os consumidores
no caso de períodos prolongados de falta de vento e ou de
sol ou ainda no caso de defeito ou necessidade de manutenção do sistema de geração a partir das fontes renováveis.
A figura 2 apresenta uma vista geral da Ilha dos Lençóis,
com um relevo predominantemente de dunas. A ilha é habitada basicamente por pescadores, com uma população em
torno de 400 pessoas (aproximadamente 90 residências).
Figura 2. Vista panorâmica da Ilha de Lençóis.
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Divulgação
Divulgação
Figura 3. Casa de controle do sistema de geração.
Divulgação
Figura 4. Vista do painel fotovoltaico de 21kWp.
A Figura 3 mostra a casa de controle que foi construída
para o sistema de geração. Sobre a cobertura dessa casa está
instalado o painel fotovoltaico de 21kWp,
conforme mostrado
na Figura 4.
A figura 5 mostra
as três turbinas eólicas, de 7.5kW (modelo Bergey Excel R
7.5 kW). Essas turbinas têm rotor com
diâmetro de 7 metros
e estão instaladas em
torre de aço galvanizado de 30 metros de
altura.
Resultados e
discussão
O sistema híbrido
de geração elétrica da
Ilha de Lençóis está
em operação desde
julho de 2008. Nesse período o sistema
tem sido capaz de
suprir a comunidade
com energia elétrica
24 horas por dia, inclusive com iluminação pública. A Figura
Figura 5. Subsistema de geração eólica.
Sumário
199 / 415
Divulgação
Divulgação
6, por exemplo, mostra uma típica família
da Ilha de Lençóis usufruindo dos benefícios
do projeto, através da
iluminação elétrica e do
entretenimento a partir
do uso da televisão. Já
a Figura 7 mostra detalhes do sistema de iluminação das vias públicas que foi instalado
na ilha. Trata-se de um
Figura 6. Uso da energia por típica família da Ilha.
sistema eficiente, com
lâmpadas de baixa potência, porém capaz de atender plenamente às necessidades da comunidade.
A chegada da energia elétrica à Ilha de Lençóis, com a
implantação do sistema híbrido de
geração pelo IEE-UFMA, representou um vetor para uma considerável melhoria na qualidade de vida
dos seus habitantes. O acesso à
informação e ao lazer, através da
chegada da televisão, juntamente com a possibilidade de melhor
conservação dos alimentos, através do uso da geladeira ou freezers,
são exemplos óbvios do incremento positivo que teve a qualidade de
vida das pessoas.
No plano educacional, a escola
municipal existente pôde funcionar em três turnos, com destaque
para a oferta de cursos noturnos
de alfabetização de adultos, o que
era inviável antes da chegada da
energia.Outro ponto a destacar
Figura 7. Sistema de Iluminação das vias públicas.
foi a melhoria do atendimento no
Sumário
200 / 415
posto de saúde local, tendo em vista a possibilidade de conservação de medicamentos e vacinas, bem como a esterilização de ferramentas e equipamentos para pequenos procedimentos médicos.
A atividade turística da Ilha tem sido significadamente
incrementada, com o surgimento de várias pousadas criadas por moradores locais, tornando atrativa e confortável a
estadia dos turistas que têm visitado a Ilha.
Em termos científicos e tecnológicos, o desenvolvimento
do projeto resultou em considerável expertise da equipe do
IEE-UFMA na área de geração de energia elétrica a partir
de fontes renováveis, notadamente as fontes solar e eólica.
Importantes parcerias foram feitas entre a UFMA e empresas privadas, face ao caráter emblemático do projeto. Em
especial, vale destacar a parceria formada entre a UFMA e
a CP ELETRÔNICA (ver www.cp.com.br), a qual foi primordial para o desenvolvimento, com tecnologia 100% brasileira, dos inversores de tensão que estão sendo utilizados no
sistema elétrico da Ilha de Lençóis.
Conclusões
As tecnologias fotovoltaica e eólica têm sido eficazes no
abastecimento de comunidades isoladas. São soluções que
vêm se mostrando robustas e adequadas para áreas de difícil acesso, dispersas, com restrições ambientais ou com
baixo poder aquisitivo. O Estado do Maranhão, em particular, apresenta um elevado número de ilhas e comunidades
isoladas. São regiões onde a velocidade do vento é significativa durante vários meses do ano e onde é grande a disponibilidade de radiação solar.
Em atenção a estes antecedentes, o IEE-UFMA, através
do Núcleo de Energias Alternativas, desenvolveu este projeto piloto inovador para levar energia elétrica para as ilhas
da região, de forma a impulsionar o desenvolvimento sustentado e estável dessas comunidades. A área piloto escolhida foi a Ilha de Lençóis, onde foi feita a instalação de
Sumário
201 / 415
três turbinas eólicas juntamente com um sistema fotovoltaico de geração, de forma que toda a demanda pudesse ser
atendida com energia limpa e de qualidade, sem agredir a
natureza.
O desenvolvimento do Projeto foi guiado por uma série
de premissas, todas orientadas para a realização de um
empreendimento que atendesse a todos os critérios de
qualidade de serviço, confiabilidade, redução de custos,
sustentabilidade. Este Projeto é uma amostra real de que é
possível aproximar a Universidade dos setores mais carentes da sociedade, atendendo sua necessidade de realização
de pesquisa aplicada e ao mesmo tempo solucionando problemas cruciais dessas comunidades carentes, como, por
exemplo, acesso a energia elétrica.
O projeto foi financiado pelo MME, no âmbito do Programa Luz para Todos do Governo Federal, como um modelo
a ser replicado nas demais ilhas existentes na região.
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio do MME e da UFMA.
João Victor M. Caracas
Mestrando de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.
José Gomes de Matos
Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da
Universidade Federal do Maranhão.
Luis Antonio de Souza Ribeiro
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da
Universidade Federal do Maranhão.
Osvaldo R. Saavedra
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Secretário
Adjunto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.
Shigeaki L. Lima
Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.
Sumário
202 / 415
Levantamento da Flora
Apícola em São José de
Ribamar-MA
O
Eleuza Gomes Tenório
Francisco V. de Paula Lima Filho
conhecimento da flora
apícola (nectarífera e polinífera) é um passo importante para a exploração racional
e para programas de conservação de abelhas, facilitando as
operações de manejo, como, também, possibilitando a identificação, preservação e multiplicação
das espécies vegetais mais importantes (WIESE, 1995). Para a
criação racional de abelhas, as
informações sobre as floradas
podem determinar a capacidade de sustentação das colônias
num dado ambiente. Além disso,
possibilitam o planejamento das
atividades por meio do calendário apícola, onde é identificado o
período de extração do mel, da
alimentação artificial, da multiplicação das colônias, de instalação de caixas-isca, bem como
da migração das colônias. (MOREIRA, 1991).
Sabe-se que a maior parte do
néctar aproveitado na apicultura brasileira provém de plantas
nativas, não cultivadas. O conhecimento detalhado da época
de floração das plantas visitadas
auxilia na determinação das espécies vegetais que contribuem
para formação do mel produzido.
No Maranhão, tanto a apicultura
quanto a meliponicultura têm se
tornado uma atividade econômica alternativa para os agricultores. Por outro lado, o incremento dessas atividades também
contribui para a manutenção
de áreas com vegetação natural,
que são importantes na preservação de reservas. Entretanto,
essas atividades ressentem-se
de trabalhos de cunho extensivo sobre as plantas nectaríferas
e poliníferas, como dados sobre
espécies, variedades, épocas de
florescimento, concentração dos
Sumário
203 / 415
açúcares do néctar, métodos de
propagação do vegetal, etc.
A identificação dos grãos de pólen tem sido utilizada para a determinação geográfica e botânica
do mel, indicando o tipo floral do
mel produzido. Todas essas informações refletem diretamente
sobre os aspectos relacionados à
comercialização desse produto.
Assim, este trabalho visa identificar as plantas que poderão
compor o pasto apícola utilizado
tanto por abelhas africanizadas
Apis mellifera quanto por abelhas indígenas sem ferrão, como,
por exemplo, a Melipona fasciculata (tiúba), na região de São
José de Ribamar–MA.
Material e Métodos
Área do estudo
O estudo foi realizado numa
propriedade particular da zona
rural de São José de Ribamar,
localidade Quinta, situada na
extremidade leste da ilha de São
Luís (02° 34’ 07’’S, 44° 08’ 12’’W),
a 31 quilômetros da capital do
estado. O município apresenta solo do tipo Latosso Amarelo
e vegetação caracterizada pela
presença de mata ciliar, manguezais, mosaico de pastagens e
de agricultura familiar, florestas
abertas e vegetação degradada
com capoeiras e babaçuais (NUGEO–UEMA).
O clima é tropical mesotérmico
e úmido, com duas estações bem
definidas. A chuvosa, de janeiro
a junho, concentra, em média,
94% do total anual das chuvas;
a estação seca, de junho a dezembro, concentra apenas 6%.
O total pluviométrico médio é de
1.900 milímetros anuais. As temperaturas são elevadas durante
o ano todo (média de 26ºC), com
variação anual pequena, principalmente nos meses de abril,
maio e junho (RIOS, 2001).
Coleta do material botânico
Para o reconhecimento da florada presente na área, as Angiospermas encontradas floridas
foram coletadas mensalmente
durante os anos de 2008, 2009
e 2010.
O material botânico coletado
foi desidratado, identificado, catalogado e depositado no Herbário da Universidade Estadual do
Maranhão–UEMA. O botão floral
fechado de cada espécie vegetal
também foi coletado para identificação e caracterização dos
grãos de pólen de acordo com Erdtman (1960), utilizando o método da acetólise.
Para identificação das famílias,
Sumário
204 / 415
o sistema de classificação adotado foi o APG II (SOUZA & LORENZI, 2008). Os grãos de pólen
observados no microscópio óptico (aumento 40x e 100x) foram
fotografados e separados em tipos polínicos de acordo com sua
morfologia. A identificação ocorreu por comparação com a palinoteca da flora inventariada da
área e pela literatura especializada.
Resultados e Discussão
As plantas identificadas na
área de estudo representam 36
famílias, 77 gêneros e 91 espécies discriminadas na Tabela 1.
As famílias mais representativas foram Fabaceae (com destaque para as subfamílias Mimosoideae e Caesalpinioideae) e,
Malvaceae, seguidas de Asteraceae, Arecaceae, Myrtaceae e
Solanaceae (Figura 1).
Plantas identificadas na área do estudo
Tabela 1
FAMÍLIA
AMARANTHACEAE
ANACARDIACEAE
ARECACEAE
ASTERACEAE
BIGNONIACEAE
BIXACEAE
CARYOCARACEAE
COMMELIACEAE
NOME CIENTÍFICO
NOME
VULGAR
PORTE
Alternanthera tenella
Apaga-fogo
Herbáceo
Alternanthera brasiliana
Carrapichinho
Herbáceo
Gomphrena sp.
-
Anacardium occidentales
Caju
Arbóreo
Mangifera indica
Manga
Arbóreo
Tapira guianensis
Pau pombo
Arbóreo
Cocos nucifera
Coco d’água
Arbóreo
Euterpe oleraceae
Juçara
Arbóreo
Mauritia flexuosa
Buriti
Arbóreo
Orbignya phalerata
Babaçu
Arbóreo
Emilia coccinea
Pincel
Herbáceo
Elephantopus mollis
Lingua-de-vaca
Herbáceo
Wulffia baccata
Camará
Herbáceo
Tabebuia sp.
Ipê amarelo
Tecoma stans
Ipezinho-de-jardim
Bixa orellana
Urucum
Cariocar brasiliense
Pequi
Commelina benghalensis
Trapoeraba
Sumário
J
MESES DE FLORAÇÃO
F M A M J
J A S O N D
205 / 415
FAMÍLIA
CONVOLVULACEAE
CUCURBITACEAE
EUPHORBIACEAE
FABACEAE: Caesalpinioideae
NOME CIENTÍFICO
NOME
VULGAR
Ipomea sp.
Jitirana vermelha
Ipomea tribola
Corda de viola
Ipomoca finbriosepala
Jitirana
Merremia umbellata
Jitirana amarela
*Citrullus lanatus
Melancia
*Cucurbita pepo
Abóbora
Momordica chantaria
Melão de São
Caetano
Cnidoscolus urens
Cansanção
Croton lobatus
-
Caesalpinia sp.
Pau-brasil
Arbóreo
Cassia fistula
Chuva de ouro
Arbóreo
Cassia sp.
Cássia
Arbóreo
Delonix regia
Flamboyant
Arbóreo
Senna obtusifolia
Fedegoso
Herbáceo
Senna occidentalis
Herbáceo
Crotalaria spectabilis
Fedegoso
Amendoim forrageiro
Chocalho
Centrosema sp.
-
Herbáceo
Centrosema brasilianum
-
Herbáceo
Acacia polyphylla
-
Arbóreo
Inga edulis
Ingá
Arbóreo
Leucaena leucocephala
Leucena
Arbóreo
Mimosa caesalpiniifolia
Sabiá
Arbóreo
Mimosa invisa
Mimosa
Herbáceo
Mimosa pudica
Sensitiva
Herbáceo
Mimosa sp.
-
Arachis pintoi
FABACEAE: Faboideae
FABACEAE: Mimosoideae
FABACEAE: Mimosoideae
PORTE
Hydrolea spinosa
HYPERICACEAE
Vismia guianensis
Lacre
Hyptis suaveolens
Bamburral
Herbáceo
Ocimum campechianum
Alfavaca
Herbáceo
Hyptis atrorubens
Mentinha
Herbáceo
LAURACEAE
Persea americana
Abacate
LYTHRACEAE
Punica granatum
Romã
Byrsonima crassifolia
Murici
Arbóreo
Arvoreta
ou Arbusto
Arvoreta
Malpighia emarginata
Acerola
Arvoreta
MALPIGHIACEAE
Sumário
J A S O N D
Herbáceo
HYDROLEACEAE
LAMIACEAE
F M A M J
Herbáceo
Espinheiro preto
Amoroso
Mimosa sp.
J
MESES DE FLORAÇÃO
Arbóreo
Herbáceo
206 / 415
NOME CIENTÍFICO
NOME
VULGAR
*Abelmoschus esculentos
Quiabo
*Gossypium sp.
Algodão
*Hibiscus acetosela
Vinagreira roxa
*Hibiscus sabdariffa
Hibiscus rosa-sinensis
Vinagreira
Vinagreira
branca
Hibisco
Luchea sp.
Açoita-cavalo
Arbóreo
Sida acuta
Relógio
Herbáceo
Sida cordifolia
Malva-branca
Herbáceo
Sida sp.
-
Herbáceo
Triumfetta rhomboidea
Carrapichão
Herbáceo
Pavonia cancellata
Malva-rasteira
Herbáceo
Tipo Melastomataceae
-
-
Artocarpus heterophyllus
Jaca
Arbóreo
Moringa oleifera
Moringa
Arbóreo
Eucalyptus sp.
Eucalipto
Arbóreo
Eugenia sp.
-
-
Syzygium malaccense
Jambo
Arbóreo
Psidium guajava
Goiaba
Arvoreta
Bougainvillea glabra
Primavera
Arbustivo
Ouratea sp.
-
Arbusto
*Pennisetum purpureum
Capim-elefante
Herbáceo
*Zea mays
Milho
Herbáceo
PONTEDERIACEAE
Eichhornia crassipes
Aguapé
Herbáceo
PORTULACACEAE
Talinum triangulare
João Gomes
Herbáceo
Ixora sp.
Alfinete
Herbáceo
Morinda citrifoli
Noni
Arbóreo
Spermacoce capitata
Vassourinha
Herbáceo
Spermacoce verticillata
Vassourinha-de-botão
Herbáceo
SAPINDACEAE
Sapindus saponaria
Sabonete
Arbóreo
SAPOTACEAE
Manilkara zapota
Sapoti
Arbóreo
*Capsicum sp.
Pimenta
Herbáceo
Nicandra physalodes
Juá-de-capote
Herbáceo
*Solanum lycopersicum
Tomate
Arbustivo
Solanum sp.
-
Arbustivo
Turnera subulata
Chanana
Herbáceo
Lantana camara
Chumbinho
FAMÍLIA
*Hibiscus sp.
MALVACEAE
MELASTOMATACEAE
MORACEAE
MORINGACEAE
MYRTACEAE
NYCTAGINACEAE
OCHNACEAE
POACEAE
RUBIACEAE
SOLANACEAE
TURNERACEAE
VERBENACEAE
Sumário
PORTE
J
MESES DE FLORAÇÃO
F M A M J
J A S O N D
207 / 415
Principais Famílias encontradas na área de estudo
Figura 1
As subfamílias de Fabaceae Caesalpinioideae, Faboideae e
Mimosoideae - têm sido reportadas como de grande importância no fornecimento de pólen
para as abelhas em algumas regiões do Maranhão (REIS-NETO, 2003). Em um levantamento
apibotânico realizado no município de Itapecuru-Mirim, foram
identificados 18 diferentes tipos
polínicos nas amostras de pólen
coletadas, distribuídos em 10 famílias botânicas, tendo como as
subfamílias mais importantes
Mimosoideae e Caesalpinioideae
(BRITO & MUNIZ, 2007).
Diversos autores (KERR et
al., 1986/87; RAMALHO et al.,
1990; MARQUES-SOUZA et al.,
2007) constataram a importância de espécies da subfamília
Caesalpinioideae na dieta de várias espécies de meliponíneos e
de A. mellifera, com uma maior
frequência de coleta para as
abelhas sem ferrão. Essa família
apresenta muitas espécies vegetais – as cássias, por exemplo
(MARQUES-SOUZA, 1996). Além
Sumário
208 / 415
do gênero Cassia, outras famílias botânicas, tais como Myrtaceae, Mimosaceae, Melastomataceae e Arecaceae possuem
anteras poricidas, apresentando
pólen abundante e pulverulento
(RAMALHO et al., 2007).
De acordo com Nunes-Silva et
al. (2010), anteras do tipo poricida apresentam mecanismos de
liberação de pólen que restringem a retirada de todos os grãos
em uma única visita, fazendo
com que seja liberada somente
uma pequena porcentagem. Esse
mecanismo garante a visita de
vários polinizadores, promovendo maior sucesso na dispersão
do pólen. Neste caso, as abelhas
usam sua musculatura torácica
para vibrar as anteras e liberar os
grãos de pólen, processo conhecido por polinização por vibração
ou “buzz pollination” (NUNES-SILVA et al., 2010). Como as
abelhas A. mellifera não vibram
as anteras, elas têm dificuldades
na coleta de pólen dessas espécies, ao contrário das espécies
de Melipona, que utilizam o método de vibração em suas coletas
(MARQUES-SOUZA, 1996).
As espécies da subfamília Mimosoideae, além de abrangerem
plantas essencialmente nectaríferas, que produzem muito néc-
tar, são constituídas ainda de
plantas poliníferas, aquelas que
produzem muito pólen e relativamente pouco néctar, sendo
super-representadas nos espectros polínicos, que servem de
fontes para as abelhas eussociais (KERR et al.,1986/1987;
BARTH, 1989; RAMALHO et al.,
1990).
Carvalho et al.(2001, 2006)
afirmaram que espécies do gênero Mimosa florescem ao longo de
todo o ano. Tal fato torna esse gênero importante fonte de recurso
para as abelhas, principalmente
no período de escassez de outras
plantas. A potencialidade apícola do gênero Mimosa é bastante
representativa na região.
A família Malvaceae apresentou maior número de espécies
de plantas encontradas na área
(Tabela 1), algumas cultivadas.
A família Arecaceae foi muito
bem representada por Orbignya phalerata (babaçu), Euterpe
oleracea (juçara) e Mauritia flexuosa (buriti). Venturieri et al.
(2005) destacaram os meliponíneos como os principais responsáveis pela manutenção dessas
palmeiras. Consideram-se ainda
como os melhores insetos para
a polinização em cultivos comerciais de açaizeiro, com vistas ao
Sumário
209 / 415
aumento da produção de frutos, corroborando a importância
desse grupo de abelhas na manutenção de cultivos agrícolas
(WIESE, 1995).
As palmeiras são muito requisitadas pelas abelhas para coleta
de recursos devido à abundância
de pólen em suas inflorescências
e pela duração do seu florescimento, além de ser de fácil acesso (OLIVEIRA et al., 2009). Em
estudos realizados na região da
baixada maranhense, Martins
(2008) comprovou a relevância
do pólen de babaçu para M. fasciculata nos meses de setembro
a fevereiro. Ramalho et al. (1990)
também destaca a família Arecaceae como importante fonte de
recursos para os Trigonini e espécies do gênero Melipona.
Luz (2007), ao estudar os recursos tróficos de A. mellifera,
mostrou a importância das palmeiras para a alimentação dessas abelhas, sendo bastante representada nos meses de maio e
junho. Alguns autores observaram ainda que as palmeiras são
importantes fontes de pólen para
outras abelhas, como Pebleia
sp. e também para os Trigonini
(CARVALHO et al., 1999).
Outros autores (ABSY et al.,
1984; KERR, 1996), em traba-
lhos com M. fasciculata, a palmeira O. phalerata foi o tipo polínico mais representativo em
todas as coletas.
De acordo com Silva et al
(2004), Solanum L. é um dos
mais importantes gêneros da família Solanaceae, que tem ampla
distribuição, principalmente nas
áreas tropicais e subtropicais da
América do Sul e constitui fonte potencial de pólen para diferentes espécies de abelhas com
e sem ferrão.
Um tipo polínico da família
Melastomataceae foi identificado pela Drª Maria Lúcia Absy
(INPA). As espécies dessa família
são normalmente citadas como
espécies que produzem pólen e
néctar (MARQUES-SOUZA et al.,
2007). Entretanto, há divergências quanto ao recurso oferecido
pelas espécies de Melastomataceae. Plantas dessa família são
fontes de pólen (FARIA-MUCCI
et al., 2003; FRACASSO & SAZIMA, 2004) e, segundo Souza e
Lorenzi (2008), não apresentam
disco nectarífero.
A família Myrtaceae tem grande importância apícola no Brasil, estando presente em quase
todos os estudos que envolvem
a determinação de espécies vegetais de interesse para abelhas
Sumário
210 / 415
(GRESSLER et al., 2006; MARQUES-SOUZA et al., 2007). Na
área do estudo, foram encontradas as espécie Eucalyptus sp.,
Eugenia sp. Syzygium malaccense (jambo) e Psidium guajava
(goiaba)
A espécie Spermacoce capitata (vassourinha), da família Rubiaceae, é uma planta daninha
(SOUZA & LORENZI, 2008), que
floresce o ano todo e é reconhecidamente importante para produção de mel, fato comprovado
pela presença de grãos de pólen
em alta concentração no espectro polínico de amostras de abelhas A. mellifera (BRITO & MUNIZ, 2007).
Abaixo, seguem alguns trabalhos em que foram identificadas
as principais espécies visitadas
pelas abelhas africanizadas e pelas abelhas tiúba no Estado do
Maranhão.
Segundo os levantamentos de
Reis-Neto (2003) em Paço do Lumiar, as espécies de maior frequência encontradas no espectro
polínico do mel de A. mellifera foram das famílias Fabaceae: Faboideade e Lameaceae. Em São
Luís, na Vila Embratel, Arecaceae (Orbygnia sp. e Mauritia sp.),
além de Passifloraceae, foram as
mais importantes. Já no campus
da UEMA e na FESL (Fazenda
Escola de São Luís), as famílias
Lamiaceae (Hyptis sp.), Rubiaceae (Spermacoce sp.) e Fabaceae:
Mimosoideae (Mimosa sp.) foram
as mais representativas.
Brito & Muniz (2007) identificaram no espectro polínico do
mel de A. mellfera no município
de Itapecuru-Mirim. Observaram os gêneros Cassia sp, Acacia
polyphylla, Mimosa pudica, Eugenia biflora, Spermacoce verticillata e Turnera ulmifolia como
importantes recursos para essa
espécie de abelha.
Segundo os trabalhos de Martins (2008) realizados no município de Palmeirândia, verificou-se
que as famílias mais visitadas
por M. fasciculata para obtenção de pólen foram: Fabaceae
(26%), Arecaceae (13,30%), Anacardiaceae (9%), Bixaceae (8%) e
Lecythidaceae (7%). As espécies
em destaque foram Senna alata
(14%), Orbgnya phalerata (13%),
Astronium sp. (6%), Gustavia augusta (6%), Pontederia parviflora
(5%) Solanum juripeba (5%), que
foram responsáveis por 49,18%
de todo carregamento polínico
dessa espécie de abelha.
De acordo com os dados obtidos
por Costa (2009), que analisou
o espectro polínico do mel de A.
Sumário
211 / 415
mellifera do município de Anajatuba, foram encontrados 39 tipos
polínicos distribuídos em 15 famílias. Fabaceae, Arecaceae e
Myrtaceae foram as de maior destaque, caracterizando as amos-
tras de mel como heteroflorais.
Carvalho et al. (2009) analisaram o espectro polínico e o
carregamento de pólen de M.
fasciculata no município de Anajatuba, onde verificaram que es-
Tabela 2
Aspecto geral e detalhes da flor e do grão de pólen
das plantas importantes para apicultura e para a meliponicultura.
ESPÉCIE
F. Arecaceae
phalerata
ASPECTO GERAL
FLOR
PÓLEN
- Orbignya
(babaçu)
F. Arecaceae Euterpe oleraceae
(juçara)
F. Convolvulaceae - Ipomoca finbriosepala
(jitirana)
F. Lamiaceae - Hyptis suaveolens
(bamburral)
Sumário
212 / 415
ESPÉCIE
ASPECTO GERAL
FLOR
PÓLEN
F. Lamiaceae - Hyptis atrorubens (hortelanzinho)
F. Fabaceae: Mimosoidea
– Mimosa caesalpiniifolia
(sabiá)
F. Fabaceae: Mimosoidea –
Mimosa sp. (espinheiro preto)
F. Fabaceae: Mimosoidea Mimosa pudica (mimosa)
F. Malvaceae Sida acuta (relógio)
F. Myrtaceae Eucalyptus sp.
(eucalipto)
F. Rubiaceae - Spermacoce
capitata
(vassourinha)
F. Solanaceae - Solanum sp
Sumário
213 / 415
sas abelhas visitaram 98 tipos
polínicos. Os mais frequentes
foram Mouriri sp. (16,81%), O.
pharelata (16,8%), T 64 (8,8%),
Solanum juripeba (7,88%), Solanum sp. (7,26%), Spermacoce
sp. (5,31%), T60 (3,66%), M. caesalpiniifolia (3,33%) e Syzygium
cumini (3,27%).
Barbosa (2010), que avaliou os
tipos de grãos de pólen presentes
nos potes da colônia, bem como
o espectro polínico do mel de M.
fasciculata mês a mês nos municípios de Matinha e São João
Batista, destacou as espécies M.
pudica, M. caesalpiniifolia, Solanum sp., O. phalerata, Bauhinia
sp., Centrosema sp. e Protium
sp como importantes fontes de
pólen. Já o mel foi caracterizado
como monofloral de Protium sp.
(em junho), de M. pudica e de M.
caesalpiniifolia (outubro e fevereiro).
Algumas das espécies importantes para produção de mel no
estado do Maranhão foram en-
contradas na área de estudo,
conforme a Tabela 2, que apresenta o aspecto geral da planta
e detalhes da flor e do grão de
pólen.
Conclusão
A vegetação variada encontrada na comunidade Quinta, município de São José de Ribamar,
mostra um grande potencial tanto para a apicultura quanto para
a meliponicultura.
Agradecimentos
Ao Prof. Helder Luís Chaves
Dias, do Departamento de Zootecnia da UEMA, pela área do
estudo e auxílio na identificação
das plantas. À Profª Ana Maria Maciel Leite, do Herbário da
UEMA, pelo auxílio na herborização e identificação das plantas. À Drª Maria Lúcia Absy, do
INPA, pela técnica de montagem
das lâminas e pelo auxílio na
identificação polínica. Ao BNB,
pelo apoio financeiro.
Referências
Absy,
M.,L.;
Camargo,
J.
M.
F.;
Kerr,
W.;
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Sumário
214 / 415
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Eleuza G. Tenório
Mestre em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa e Professora da Universidade
Estadual do Maranhão
Francisco Valdécio de Paula Lima Filho
Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão
Sumário
217 / 415
Sumário
218 / 415
Wagner Moreira
Laboratório de
Genética e
Biologia
Molecular do
CESC/UEMA
Pesquisa
Ictiofauna do
Itapecuru
F
O Laboratório de
Genética e Biologia
Molecular (GENBIMOL) do Centro
de Estudos Superiores de Caxias da
UEMA está desenvolvendo pesquisas
sobre a fauna de
peixes (ictiofauna)
do Rio Itapecuru.
Os estudos buscam conhecer e
propor um modelo
de utilização sustentável dos recursos naturais da região.
uncionando há cerca de dois anos, o GENBIMOL é coordenado pelos professores-doutores Claudene Barros e Elmary Fraga. O Laboratório desenvolve atividades ligadas à
genética e à biologia molecular. Nele, professores
e alunos realizam pesquisas básicas e avançadas
que vão da extração de DNA a sequenciamento
de genes.
Alguns projetos realizados no laboratório também recebem a colaboração da Universidade Federal do Pará (UFPA), do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Museu da
Universidade de São Paulo (MZUSP) e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Dentre os atuais
estudos desenvolvidos por docentes e acadêmicos do GENBIMOL, alguns se referem à classificação genética de peixes. “Com o sequenciamento de DNA é possível mapear espécies de peixes
e, a partir disso, detectar a variabilidade genética
entre elas, para que possamos subsidiar programas de manejo e conservação”, explica o pesquisador Elmary.
A caracterização genética de peixes de importância econômica da bacia do rio Itapecuru,
como a pescada corvina (Plagioscion squamosissimus), o surubim (Pseudoplatystoma fasciatus),
o curimatá (Prochilodus sp), constituem parte do
grupo de espécies investigadas no Laboratório do
CESC/UEMA.
Os estudos básicos sobre a biologia da “ictiofauna” do rio Itapecuru visam a geração de modelos
de funcionamento do ecossistema e ao subsídio
de uma proposta de uso racional dos recursos
naturais. De acordo com a proposta dos pesquisadores, a compreensão dos aspectos da dinâmica populacional é importante para o estabeleSumário
219 / 415
cimento de políticas de manejo e para o planejamento dos
períodos de captura e defeso dos peixes. Esse procedimento
ordenado e sistematizado irá possibilitar, conforme os professores, a integração com os setores produtivos da região.
Além do estímulo às políticas de preservação, o estudo da
genética dos recursos pesqueiros da bacia do rio Itapecuru
favorece também a formação de recursos humanos, com o
incremento das pesquisas acadêmicas e a consolidação do
Curso de Ciências Biológicas da UEMA, em Caxias.
Segundo estudantes deste laboratório, os trabalhos nele
executados favorecem o conhecimento genético e estimulam a aproximação do aluno com a biotecnologia. “Com
esse contato, percebe-se a relevância da genética no estudo
da biodiversidade”.
O professor Elmary afirma que a pesquisa sobre a fauna
dos peixes da bacia do rio Itapecuru tem uma importância
vital, já que a maioria das pessoas, daquela região, depende economicamente do rio. “Estudar a fauna de peixes é
necessário porque, assim, saberemos dos problemas e estaremos mais preparados para fazer um monitoramento e
sugerir soluções”, reitera.
Claudene Barros
Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará e Professora da
Universidade Estadual do Maranhão em Caxias.
Elmary Fraga
Doutor em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Pará e Professor da
Universidade Estadual do Maranhão, em Caxias.
Sumário
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Sumário
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Sumário
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Sumário
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LEISHMANIOSE VISCERAL
CANINA: UMA DOENÇA QUE
PERDURA TRINTA ANOS NA
ILHA DE SÃO LUÍS
Ana Lúcia Abreu Silva
Nádia Selene Guimarães Vendrusculo
No final da década de 90, verificou-se um aumento do número
de casos, expansão geográfica
e a urbanização da leishmaniose visceral no Brasil. As alterações climáticas, desmatamentos,
migração para centros urbanos,
saneamento básico precário e
descontinuidade das ações de
controle, são incriminados como
fatores responsáveis pela endemicidade desta zoonose. O cão é
considerado o principal reservatório epidemiológico da LV no ambiente doméstico, sendo que os
casos caninos geralmente precedem os humanos. Por ser o distrito do Tirirical o maior notificador
de casos caninos e humanos da
LV, nos últimos vinte anos no mu-
nicípio de São Luís-MA, realizou-se um estudo com o objetivo de
determinar a prevalência e distribuição espacial da LVC em localidades da zona urbana e rural do
distrito, a fim de encontrar relação com as condições socioeconômicas, ambientais e a ocorrência
do fenômeno El Niño. 270 cães,
de seis localidades, foram avaliados utilizando a técnica molecular PCR, com aplicação de questionário aos proprietários para
identificação de possíveis fatores
de risco, assim como a realização
do georreferenciamento das residências no momento da colheita.
Verificou-se uma prevalência canina de 37,04% (n=100) no distrito, sendo a zona rural a que ob-
Sumário
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teve maior prevalência (42,22%),
porém sem diferença estatística.
A análise univariada não associou
nenhuma variável perguntada no
questionário como fator de risco
para LVC. Condições precárias de
saneamento básico, a proximidade com o aterro municipal, aliadas à baixa renda dos moradores,
à alta densidade populacional e
à expansão urbana desordenada nas localidades estudadas são
provavelmente algumas das causas responsáveis pelas altas taxas
de prevalência nesse distrito. Observou-se que o efeito indireto do
El Niño também contribuiu com
uma maior prevalência da leishmaniose canina no município de
São Luís, devido ao aumento da
migração.
Introdução
A leishmaniose visceral (LV) ou
calazar é causada por um protozoário do gênero Leishmania e
transmitida por um inseto denominado de flebótomo, também popularmente conhecido como cangalhinha, péla égua, arrupiado,
mosquito palha. A doença foi descrita inicialmente na Grécia em
1835 e recebeu o nome de ponos
ou hapoplinakon. Trinta e quatro
anos depois recebeu, na Índia, a
denominação de kalaazar, que em
hindu significa febre negra. Essa
denominação foi devido ao discreto aumento da pigmentação da
pele em pacientes com a doença
(MARZOCHI et al., 1985).
Somente em 1908, na Tunísia,
foi confirmada a participação do
cão na cadeia epidemiológica da
leishmaniose. Posteriormente foram relatados casos da doença
canina em países asiáticos como
Índia e China; e na Espanha, Itália, Grécia, Malta, França, Argélia
e em outros países mediterrâneos.
O primeiro surto de LV no Brasil
foi relatado no Ceará por Pessôa,
em 1953, que chamou a atenção
para novos aspectos epidemiológicos da doença, isto é, a predominância na área rural, mas
também de ocorrência nas zonas
suburbanas e urbanas. Em 1956,
no Brasil, Deane e Alencar elucidaram os aspectos epidemiológicos da Leishmaniose no Ceará,
definiram se tratar de zoonose e
encontraram um reservatório silvestre infectado, a raposa (Lycalopex vetulus), e sugeriram métodos
diagnósticos que facilitaram as
investigações e conhecimento da
doença (MARZOCHI et al., 1985).
Estudos realizados por pesquisadores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) demonstraram que a prevalência em duas
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Divulgação
localidades do município de São
José de Ribamar foi de 21% (Quinta) e 25% (Vila Sérgio Tamer), ambos na Ilha de São Luís (GUIMARÃES et al., 2005). No município
de São Luís, dados recentes mostram que em determinadas localidades do distrito do Tirirical a soroprevalência pode atingir índices
superiores a 70% (OLIVEIRA et
al., 2006).
O cão apresenta variação no
quadro clínico da leishmaniose visceral, passando de animais
aparentemente sadios a oligossintomáticos, podendo chegar a estágios graves da doença, com intenso parasitismo cutâneo (FEITOSA
et al., 2000; SILVA et al., 2001;
RONDON et al., 2008). Os principais sinais clínicos apresentados pelo cão são: lesões cutâneas
(foto ), aumento do fígado, baço,
aumento dos linfonodos, lesões
oculares. Vale ressaltar que ape-
Figura 01: Cão com leishmaniose visceral apresentando lesões cutâneas na região da cabeça e crescimento exagerado das unhas
nas o diagnóstico sorológico ou
exame parasitológico podem confirmar se o animal está infectado
pela Leishmania.
A maioria dos cães infectados
não apresenta sinais clínicos (CABRAL et al.,1998; GUIMARÃES
et al., 2005), e há evidências de
que as taxas de prevalência da
infecção são maiores que as encontradas por estudos sorológicos. Por isso, testes diagnósticos
confiáveis são requisitados para a
detecção da leishmaniose visceral
canina (LVC) em cães sintomáticos e assintomáticos (LACHAUD
et al., 2002).
Material e métodos
A presente pesquisa trata-se de
um estudo epidemiológico analítico observacional transversal, desenvolvido segundo as etapas: seleção da área de estudo, seleção da
população, amostragem, colheita
de dados e análise estatística.
Seleção da área de estudo
O município de São Luís, capital do Estado do Maranhão, está
localizado a oeste da Ilha de São
Luís (Ilha do Maranhão), situada
ao norte do Estado que pertence à região Nordeste do Brasil. A
área está localizada entre as co-
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226 / 415
ordenadas geográficas 02°28’12’’e
02°48’09’’ de latitude sul e
44°10’18’’ e 44°35’37’’ de longitude oeste. Possui o clima tropical
chuvoso (quente úmido), segundo
classificação de Köeppen, com a
temperatura variando de 22ºC a
33ºC, com média de 26,7ºC, umidade relativa do ar acima de 85% e
precipitação pluviométrica média
anual de aproximadamente 2.000
mm, apresentando duas estações
bem definidas, uma chuvosa, de
janeiro a julho, e a outra, seca, de
agosto a dezembro (PREFEITURA
DE SÃO LUÍS, 2006; LABMET/
NUGEO/CCA/UEMA, 2010).
Segundo registros de inquéritos
sorológicos realizados pelo Centro
de Controle de Zoonoses (CCZ) de
São Luís, desde a década de 80, o
município é uma área endêmica
para LV, com prevalências anuais
bem próximas, demonstrando assim sua plena adaptação às condições ambientais da região.
Os sete distritos sanitários em
que o município de São Luís está
dividido apresentam áreas territoriais, densidades populacionais
e características socioeconômicas
diferentes (PREFEITURA DE SÃO
LUÍS, 2008).
Como critério de seleção da área
de estudo, escolheu-se para esta
pesquisa, entre os distritos sanitá-
rios, o distrito do Tirirical, por ser
o que possui a maior prevalência
da leishmaniose visceral humana
e canina nas duas últimas décadas (OLIVEIRA et al., 2006).
Durante o período de fevereiro
a agosto de 2009, este estudo foi
realizado em seis localidades no
distrito do Tirirical, distribuídas
da seguinte forma: três localidades da zona urbana e três da zona
rural, de acordo com a classificação adotada pela secretaria municipal de Saúde do município de
São Luís (SEMUS).
Seleção da população
A população em estudo foi constituída por cães domiciliados nas
zonas urbana e rural do distrito do
Tirirical, de ambos os sexos, com
ou sem raça definida, com idade
mínima de quatro meses, cujos
proprietários aceitaram participar
após o conhecimento dos objetivos
e importância do estudo mediante
consentimento livre e esclarecido.
Amostra
Para se estabelecer o tamanho
da amostra (n), foi adotado, como
valor de referência, a prevalência observada por Oliveira et al.
(2006), que foi de 78%, no distrito do Tirirical. A fórmula adotada
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227 / 415
foi a de Thrusfield (2004), considerando-se uma margem de erro
de 5% e um nível de confiança de
95%, obtendo um tamanho amostral mínimo de 263 amostras (n=
263), sendo que nas ações de campo foi colhido o sangue periférico
de 45 cães por localidade, totalizando, assim, 270 amostras (n =
6 localidades x 45 cães = 270).
Colheita de Dados
A colheita de dados foi constituída pelas etapas de colheita das
amostras, georreferenciamento,
aplicação do questionário epidemiológico, realização da técnica
molecular PCR para o diagnóstico
da infecção canina, e, posteriormente, pelo geoprocessamento
dos dados obtidos nas etapas anteriores.
Aplicação do questionário
epidemiológico
Em cada residência foi aplicado
um questionário para identificar
possíveis fatores de risco para a
LV nas localidades. Foram consideradas as variáveis socioeconômicas do proprietário (idade,
escolaridade e renda familiar),
variáveis do animal (idade, raça,
cor e comprimento do pêlo, estado geral, presença de sinais clíni-
cos de LV, assistência veterinária,
acesso à rua), e ambientais (presença de mosquitos, métodos de
proteção, criação de outras espécies, presença de animais silvestres, proximidade de mata); assim
como avaliação do conhecimento
do proprietário sobre a enfermidade.
Técnica molecular Reação em
Cadeia da Polimerase (PCR)
As etapas extração de DNA, preparação do mix, amplificação do
DNA e eletroforese foram realizadas no Laboratório de Patologia
Molecular do curso de Medicina
Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA.
Utilizou-se o kit comercial (Wizard® Genomic DNA Purification Kit 500 isolations - Promega®), um sistema de extração e
purificação de DNA, que submete
uma alíquota de 300 µL de sangue
periférico a lavagens sucessivas
com soluções pré-determinadas,
obtendo-se no final do processo um
material adequado à amplificação.
A extração do DNA foi realizada
de acordo com o protocolo do
fabricante.
Resultados e discussão
No estudo realizado no Distri-
Sumário
228 / 415
to do Tirirical, no ano de 2010,
Verificou-se que do total de 270
cães testados, 37,04% (n=100) foram positivos para o DNA de L.
chagasi. Os valores de prevalência do trabalho são superiores aos
encontrados por Carvalho Filho
(2008), que verificou uma prevalência de 22,16% em cães de raça
pura do município de São Luís-MA; por Barboza et al. (2006), na
região metropolitana de Salvador-BA, que obtiveram 18,40% de
um total de 147 amostras analisadas; por Naveda et al. (2006),
que verificaram a prevalência de
1,4% em 2.185 cães da cidade de
Pedro Leopoldo-MG. Já Cortada
et al. (2004) encontraram 75,3%
de positividade em cães de Anastácio-MS. Tais diferenças podem
estar relacionadas a fatores como
área avaliada, método diagnóstico
empregado, além do tamanho da
amostra utilizada. Entretanto, os
resultados dos estudos indicam
que a infecção por este parasito
ocorre em prevalências importantes nas áreas estudadas.
Observou-se que a prevalência
da infecção por L. chagasi encontrada neste estudo (37,04%), fazendo o uso da PCR, foi alta, porém menor do que a encontrada no
trabalho de Cortada et al. (2004).
Isto se deve ao fato de que esses
autores utilizaram testes sorológicos, que possuem boa sensibilidade, porém baixa especificidade,
com muitos falso-positivos levando a resultados superestimados.
Cães acima de 36 meses apresentaram 1,06 mais chances de
apresentar a doença que cães em
idade inferior, associado provavelmente ao longo período de incubação da doença e ao convívio
com outros animais que podem
estar infectados
Em humanos, a leishmaniose se
mostra como doença oportunista
comum em indivíduos imunossuprimidos de áreas endêmicas
(MONTALBÁN et al., 1989). Já o
presente estudo mostrou que animais portadores de doenças prévias/anteriores não apresentaram
um maior risco para a ocorrência
de LV.
O desconhecimento dos meios
de transmissão da LV aumentou a
ocorrência da doença em 1,20, no
presente estudo. Tal fato se deve
à ausência da implantação de medidas individuais, como utilização
de repelentes cutâneos, mosquiteiros, telas com malhas finas em
portas e janelas e a solicitação por
medidas de controle massal como
busca ativa de doentes e encaminhamento para diagnóstico e
tratamento; inquérito sorológico
Sumário
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canino; apreensão e eliminação
sumária dos cães soropositivos;
borrifação sistemática de inseticida residual nos domicílios e peri-domicílios e programas de educação comunitária.
A permanência do ciclo de transmissão do parasito em várias áreas
de risco é provavelmente causada
por uma série de fatores inter-relacionados, entretanto, pouco estudados, como presença de
animais silvestres e sinantrópicos
atuando como reservatórios da
L. chagasi, humanos infectados,
cães assintomáticos e animais
domésticos (suínos, galinhas, cavalos etc.) atuando na alimentação e na atração dos vetores para
o peri-domicílio (CABRERA et al.,
2003; DEREURE et al., 2003).
A LVC, no Brasil, coexiste com a
doença humana em todos os focos
conhecidos, sendo, porém, mais
prevalente. Souza et al (2005)
confirmaram essa situação ao estudar a ocorrência da LV em Belo
Horizonte (MG), onde verificou,
através da análise espacial da epidemia, que havia correlação entre
a LV canina e a humana, e que os
casos caninos precediam os casos
humanos. Neste estudo, a presença de casos humanos na família
aumentou em 1,30 a probabilidade de ocorrência da LV em cães.
O relato sobre a presença de L.
chagasi em espécies silvestres é
comum na literatura, no entanto,
o atual conhecimento sobre a relação dessas espécies como fator
de risco para cães é insuficiente
para proporcionar uma posição
mais definida sobre o tema. Cabrera et al. (2003), em estudo realizado em área com casos caninos
de LV no Rio de Janeiro, observaram que os cães pertencentes
às casas onde marsupiais foram
capturados estavam 2,6 vezes
mais expostos a infecção por L.
chagasi. Segundo Deane (1953), a
raposa não é essencial na transmissão do parasito, apesar de ser
considerada como um importante
reservatório silvestre.
Um dos principais fatores de risco é o fenômeno da urbanização,
intimamente relacionado com o
aumento da migração. Fatores
socioeconômicos, demográficos,
culturais, políticos e ambientais
têm forçado mais pessoas a abandonar suas aldeias e vilas e mudar-se para as periferias pobres
das cidades. Mudanças ocorreram
nos padrões de migração ao longo
do tempo em países em desenvolvimento e urbanizados, tais como
o fluxo de migração deixou de ser
rural-rural para rural-urbano, e
finalmente urbano-urbano. Este
Sumário
230 / 415
fato tem levado a um rápido surgimento de megacidades, onde as
condições de moradia e saneamento são inadequadas, criando
assim um ambiente propício para
a transmissão de doenças como as
leishmanioses (DESJEUX, 2001;
WHO, 2002).
Em 1950, menos de um terço
da população mundial vivia em cidades; atualmente, 50% está urbanizada e, dentro dos próximos
50 anos, mais de cinco bilhões de
pessoas serão moradoras das cidades. Na América do Sul, mais
de 70% da população está urbanizada. Esta tendência faz com
que doenças rurais se desloquem
para áreas urbanas, onde a alta
concentração de populações humanas e de vetores favorece o aumento da incidência de infecção
(WHO, 2002).
A proximidade do aterro é uma
hipótese razoável a ser considerada que justifique o distrito do Tirirical possuir a maior prevalência
da LV humana e canina dentre
os distritos, e principalmente a
localidade mais próxima do aterro. Esta hipótese corrobora com
Rebêlo et al. (1999) e Moreno et
al. (2002), que citaram a problemática do lixo acumulado sem
armazenagem e tratamento corretos como um dos fatores contri-
buintes para ocorrência da doença; e com Campos et al. (2009),
que ao estudarem o aterro sanitário da Ribeira, verificaram um
agravamento da contaminação,
pois nenhuma medida de controle dos resíduos sólidos e efluentes
vem sendo executada, o que tem
causado vários impactos ao ambiente, entre os quais pode-se citar: exposição de lixo a céu aberto com o aparecimento de micro
e macro vetores transmissores de
doenças (artrópodes, roedores e,
principalmente, insetos), presença de urubus (risco para o tráfego
aéreo, devido à proximidade com
o aeroporto Marechal Cunha Machado) e exposição de chorume a
céu aberto, contaminando o solo,
o lençol freático e, consequentemente, o Igarapé do Sabino ou da
Ribeira, um dos afluentes do rio
Tibiri.
Considerações finais
Trinta anos após o primeiro
surto da leishmaniose visceral em
humanos, a doença continua a
vitimar anualmente milhares de
cães em toda a Ilha de São Luís.
É necessário medidas que visem
a redução do números de casos
da doença em cães.
O cão atua como sentinela nas
áreas endêmicas para a leishmaniose.
Sumário
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acesso em setembro de 2009.
Ana Lúcia Abreu Silva
Doutora em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz e Professora da
Universidade Estadual do Maranhão.
Nádia Selene Guimarães Vendrusculo
Mestre em Ciência Animal pela Universidade Estadual do Maranhão.
Sumário
234 / 415
Divulgação
Jurará (Kinosternon scorpioides)
Conhecendo a Fauna
Silvestre Maranhense:
aspectos biológicos do
Jurará
Alana Lislea de Sousa
O
jurará (Kinosternon scorpioides) é um quelônio
semi-áquático de água
doce que tem sido alvo de grande atividade exploratória no delta do Amazonas e, no Estado do
Maranhão, na região da Baixada
Maranhense. Estudos mostram
que na cidade de São Bento – MA,
a atividade extrativista dessa espécie, por muitos anos, fez parte
da economia local, com a venda
para o consumo alimentar devido
ao sabor apreciado de sua carne,
Sumário
235 / 415
espécie ao longo dos anos põem
em perigo os estoques disponíveis
da espécie na natureza, o que já é
percebido pelos pescadores mais
idosos em relatos, e o desconhecimento da espécie pelos mais jovens. Sabe-se que estes animais
apresentam comportamento biológico influenciado pelo clima da
região, sendo que no período das
chuvas eles são encontrados nos
lagos que se formam, momento
favorável à cópula da espécie, que
ocorre dentro da água e também à
sua sobrevivência pela maior disponibilidade alimentar. O período
do verão intenso coincide com o
momento de desova das fêmeas,
e também ao processo de estivação “dormência metabólica”, pois
é hábito desses animais se enterrarem buscando abrigo no solo
protegido por vegetações, além do
depósito de ovos para a incubação natural (Fig. 01).
Divulgação
a qual é consumida como prato
exótico em bares e restaurantes,
servida sob a forma de casquinha
em sua própria carapaça. A venda
desses animais era destinada, em
sua maioria, para a cidade de São
Luís, comercializados principalmente nas praias e feiras, ainda vivos, em pencas de dúzias, à semelhança do que até hoje é praticado
com os caranguejos. A partir da
implementação da Lei 9605/98,
que trata de crimes ambientais, e
a política adotada de fiscalização
coibindo este modo de venda, esta
atividade passou a ser realizada
de forma clandestina, com entrega sob encomenda. Ações do consumo intensivo, associado com as
práticas de manejo na agricultura
na região da baixada, como o método de queimada da roça para um
novo plantio, as mudanças climáticas, o desmatamento, o próprio
desconhecimento da biologia da
Fig: 01 – Jurará (Kinosternon scorpioides). Em A - Ninho com ovos e em B – Animal em estivação.
Sumário
236 / 415
Este é amarelo e possui dobradiças no lobo anterior e posterior
que permite fechar total ou parcialmente a carapaça, servindo de
proteção contra ataques na cabeça, pernas e cauda (PRITCHARD
& TREBBAU, 1984). O dimorfismo sexual é evidente, sendo as fêmeas robustas e maiores que os
machos (Fig 02). O comprimento
médio de carapaça e do plastrão
das fêmeas é de 15,26 e 13,35cm,
e para machos é de 14,79 e
12,30cm, respectivamente (CASTRO, 2006). A carapaça nos machos é mais baixa, a cauda é três
vezes mais longa que a da fêmea,
possuindo uma unha córnea cuja
finalidade no macho é prender a
fêmea no momento do acasalamento. O plastrão é côncavo para
Divulgação
Este é um mecanismo biológico
de sobrevivência da espécie quando da baixa oferta de alimentos,
aguardando um período favorável
de temperatura e de disponibilidade alimentar, entretanto torna-se crítico para a sobrevivência
dos animais pois eles estão mais
vulneráveis a serem coletados ou
mesmo com a queima do solo para
o momento do preparo da terra
para o plantio da agricultura de
subsistência. Como característica
morfológica o jurará possui uma
carapaça forte, de coloração marrom escura, verde oliva ou preta,
com manchas vermelhas ou alaranjadas, dorsalmente existem
três quilhas, e está ligado ao plastrão através de uma ponte larga.
Fig: 02 – Dimorfismo sexual de Jurará Kinosternon scorpioides.
Em A – macho e em B – fêmea.
Sumário
237 / 415
a condição de preservação deste
quelônio no Estado do Maranhão.
Dessa forma, o passo inicial foi
a criação do Núcleo de Estudos
e Preservação de Animais Silvestres - NEPAS do Curso de Medicina Veterinária da Universidade
Estadual do Maranhão, em 1996,
atualmente licenciado como Criadouro Científico pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Renováveis – IBAMA/
MA (1899339/2008) para o jurará, que vem permitindo a execução dos estudos os quais dão suporte à linha de pesquisa sobre a
morfofisiologia, reprodução e conservação da espécie do Curso de
Mestrado em Ciência Animal da
UEMA (Fig 3).
Divulgação
facilitar a cópula, cabeça bastante
pigmentada chegando a ser negra
e unhas mais longas e curvas. A
fêmea apresenta sua cauda menor que a do macho, o plastrão é
reto e a cabeça é mais clara (CASTRO, 2006; PEREIRA et al., 2007;
CARVALHO et al., 2010). O jurará
é uma espécie de hábito alimentar
diversificado, sendo carnívoros
e onívoros oportunistas, podendo se alimentar de girinos, peixes, materiais em decomposição
e pequena quantidade de vegetais
(PRITCHARD, 1979). Nos últimos
anos este quelônio vem sendo objeto de estudo de um grupo de pesquisadores do Curso de Medicina
Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão, com a criação
de projetos que possam melhorar
Fig: 03 – Instalações do Criadouro Científico de Jurará (Kinosternon scorpioides).
Sumário
238 / 415
Denota-se que as pesquisas vêm mostrando a viabilidade reprodutiva da espécie em cativeiro, tanto em ninho natural quanto artificial,
bem como a importância desses estudos sobre os aspectos morfofisiológicos desta espécie para o Estado do Maranhão. Destaca-se o conhecimento da biologia da reprodução como o primeiro passo de ações visando o manejo reprodutivo da espécie com as informações já obtidas
e aquelas ainda a serem esclarecidas, pois servirão de referência não
somente para o conhecimento morfológico, mas também para a padronização biológica e ecológica para a própria espécie, o que ainda não foi
relatado cientificamente até o presente momento, possibilitando que
estas possam ser aplicadas em programas de manejo, conservação e
de educação ambiental, bem como ainda subsidiar a criação comercial, podendo ser a espécie adotada em políticas publicas de governo
como alternativa econômica aos pequenos produtores ribeirinhos da
Baixada Maranhense, além de estarmos favorecendo para que esta espécie não venha a desaparecer da fauna silvestre maranhense.
Agradecimentos
Ao IBAMA-MA; CAPES/Projeto Procad Amazônia; FAPEMA, FMVZ/
USP e UEMA.
Referências
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- Curso de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Federal
do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia, Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária, Universidade Rural da Amazônia, Belém,
2006.
PEREIRA, L.A.; LEMOS, J.J.S.; SOUSA, A.L. Extrativismo de jurará
Kinosternon scorpioides Linnaeus, 1766 (Reptila, Chelonia, Kinosternidae) e avaliação sócio-ambiental dos pescadores no Município de
Sumário
239 / 415
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Alana Lislea de Sousa
Doutora em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo
e Professora da Universidade Estadual do Maranhão.
Sumário
240 / 415
Divulgação
Curtimento de Pele
de Pescada Amarela
com o uso de
Tanquinho de Lavar
Uma ideia sustentável e economicamente viável
Jacirene França de Souza
Sumário
241 / 415
Divulgação
A atividade pesqueira, essencialmente na capital maranhense,
foi o ponto de partida para o desenvolvimento do projeto “Curtimento da pele de pescada amarela
com o uso de tanquinho de lavar:
uma ideia sustentável e economicamente viável”. A pescada amarela (Cynoscion acoupa), hoje, representa o maior percentual em
peso obtido no município de São
Luís. É um peixe de grande porte,
alto valor comercial e praticamente não existe nenhum aproveitamento de seus subprodutos. O
método de curtimento através do
tanquinho de lavar representa um
processo inovador, com o objetivo de atingir comunidades envolvidas com a atividade pesqueira.
O projeto tem ainda como objetivo favorecê-las através da consciência ecológica, da educação ambiental, da geração de renda e da
garantia da sustentabilidade através do aproveitamento de subprodutos de peixes, essencialmente
a pele da pescada amarela. Junto
ao processo de curtimento está inserida a pesquisa, a tecnologia e o
conhecimento em tendências voltadas ao desenvolvimento de produtos. O aproveitamento dos subprodutos, apesar de não ser uma
atividade comum no Estado, pode
representar abertura de mercado,
extensão da prática de curtimento
nas comunidades e melhor qualidade de vida.
Sumário
242 / 415
Divulgação
INTRODUÇÃO
Desde o início das civilizações, a pesca representa um meio para a sobrevivência de uma grande
parcela da população mundial, sendo uma importante atividade, no ponto de vista econômico, social
e cultural. No Brasil, a pesca extrativa marinha e
estuarina representa a principal fonte de alimento
de origem aquática, gerando aproximadamente 800
mil empregos diretos e indiretos, dos quais dependem cerca de 3 milhões de pessoas. Em decorrência
disso, a importância dessa atividade no contexto da
produção de alimentos e geração de empregos para
as populações atuais e futuras não deve ser subestimada (PAULY; WATSON, 2003).
Sumário
243 / 415
Divulgação
O Maranhão, dentre as inúmeras
características peculiares, destaca-se também pela pesca, uma
vez que essa atividade é realizada por todo o litoral do Estado,
destacando-se algumas regiões
especiais ccomo os municípios
de São Luís, Raposa, São José
de Ribamar, Barreirinhas,
Icatu, etc. Segundo os dados
do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística–
IBGE, esses municípios
detêm 28% do total em
peso (ALMEIDA et al.,
2002).
A piscicultura, hoje,
no Estado, está voltada para a produção de carne, especialmente em filés; entretanto, a necessidade do
aproveitamento integral dos subprodutos gerados pelo cultivo
de peixes é crescente, principalmente devido à porcentagem elevada dos resíduos após filetagem.
Como resíduos do processamento de peixes considera-se a cabeça, nadadeiras, pele e vísceras que, dependendo da espécie, pode
chegar a 66% em relação ao peso total (CONTRERAS-GUZMÁN,
1994). E dentre esses resíduos está a pele como o principal subproduto.
As peles, atualmente, estão sendo desperdiçadas ou subutilizadas devido à falta de conhecimento das técnicas possíveis para a
sua transformação e aplicação na indústria de confecção de vestuários, de calçados ou de artefatos em geral.
Portanto, com a viabilidade no processamento de peles de peixes
com o uso do tanquinho de lavar e um estímulo na criação, haverá
uma agregação de valor à atividade, tornando-a interessante como
mais uma fonte alternativa na propriedade, principalmente para as
Sumário
244 / 415
Divulgação
comunidades produtoras.
A pele do peixe é um
produto nobre e de
alta qualidade, possuindo a resistência
como característica
peculiar. Para Adeodato (1995), a pele de
peixe, em uma mesma espessura, fornece um couro mais
resistente que o de
bovino, devido à forma de disposição e
entrelaçamento das
fibras colágenas.
A Pescada amarela
(Cynoscion acoupa)
é um peixe de grande
porte e costuma alcançar de 1 a 3m de
comprimento, sendo
encontrada em fundos excedentes na lama e na areia, em estuários do rio, a uma
profundidade de aproximadamente 25m; costuma ser bastante comum no litoral maranhense.
JUSTIFICATIVA
A atividade pesqueira no Esta do é uma prática comum, mas o seu
aproveitamento está voltado para o corte (90%), ou seja, a sua produção está voltada para a comercialização da carne.
Grande parte dos subprodutos é desperdiçada, como a pele, os
otólitos, as escamas, entre outros, os quais poderão adquirir inúmeras funcionalidades quando bem aproveitados. Tanto na área da
estética quanto da saúde, eles poderão ser estudados e desenvolviSumário
245 / 415
Divulgação
dos, adquirindo grande potencial de mercado.
O método de curtimento através do tanquinho de lavar viabiliza o processo, tornando-o mais barato e
acessível às comunidades.
O uso de dornas dificulta
em quase 95% o desenvolvimento da técnica, uma vez
que o acesso à compra torna-se mais difícil e o custo é oito
vezes maior.
A viabilidade no processamento de peles de pescada
amarela através do tanquinho
de lavar, com um estímulo na
criação, permitirá uma agregação de valor à atividade,
tornando-a interessante como
mais uma fonte alternativa de
renda para a comunidade.
O exemplo disso é a
comunidade pesqueira de
Mato Grosso do Sul, que tem
como renda principal a confecção de acessórios de moda,
o cinto, a bolsa, e a biju, a
partir de subprodutos como
escamas e peles.
Com isso, percebe-se que a
elaboração do couro a partir
das peles residuais da filetagem
de pescados pode representar uma fonte
alternativa de renda para as comunidades ribeirinhas com a confecção de artigos de moda ou produtos
em geral.
Além disso, Rubens Pimentel, da Business Research Office (BRO),
Sumário
246 / 415
uma empresa de desenvolvimento de soluções na área de meio ambiente e social, que presta serviço com um canal de distribuição
dos produtos de couro de peixe, ressaltou que a pele agrega 30%
de valorização ao peixe, além de ser uma iniciativa ecologicamente
positiva, visto que a pele de peixe descartada na natureza provoca
poluição biológica.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Promover o desenvolvimento social, econômico e ecológico de comunidades, através do aproveitamento de peles de pescada amarela
a partir do curtimento viabilizado com o uso de tanquinho de lavar.
Objetivos Específicos
• Desenvolver a consciência ecológica;
• Aproveitar as peles de pescada amarela;
• Desenvolver a técnica de curtimento através de tanquinho de lavar;
• Promover a geração de emprego e renda para as comunidades
Jacirene França de Souza
Especialista em Artes Visuais Cultura e Criação pelo Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial (SENAI/MA) e Professora do Centro Unificado do Maranhão-UniCEUMA.
Sumário
247 / 415
Hidreletricidade,
Ecologia e
Sustentabilidade
às populações
ribeirinhas do
Itapecuru.
Sumário
Rógerio da Silva Logrado Júnior
248 / 415
Divulgação
Central Geradora
Elétrica Flutuante:
Gênese e consequências
L
“...com apenas
15 anos, fui
o 2° lugar do
Prêmio Jovem
Cientista, um
dos prêmios
científicos mais
importantes
da América
Latina; além
desse prêmio,
com 16 anos fui
escolhido um
dos 10 jovens
gênios do país
na edição de
aniversário da
revista Galileu,
em agosto de
2011.”
ogo que iniciei o meu primeiro trabalho
científico, sobre a influência da Papaína
caricacia no tratamento de espinhas e
verrugas, sem resultados significativos em produções de fármacos para o tratamento da acne,
ou quando estudei a influência da astronomia
nas culturas ocidentais e asiáticas, trabalho este
baseado em mera explanação, jamais pensei que
fosse realizar um trabalho científico que causasse repercussão nacional e que pudesse realmente
interferir de maneira positiva na vida da sociedade. Um dia, ao ver nos jornais a problemática
existente em relação aos ribeirinhos maranhenses, resolvi desenvolver um projeto que pudesse
resolver um dos problemas aos quais estes estão submissos, a dificuldade no fornecimento de
energia permanente e independente de enchentes. Depois de árduo trabalho, consegui produzir,
juntamente ao meu orientador, o professor Antônio Motta Ferro, uma central geradora que pode
fornecer energia limpa, barata e não dependente
das condições de enchente ou vazante dos rios, o
que me deixou profundamente satisfeito e já me
proporcionou 2 prêmios, um em nível nacional e
outro em nível continental.
O primeiro problema que encontrei foi procurar um projeto que pudesse servir de base para o
meu trabalho. Em pesquisa na internet, encontrei 2 projetos que determinaram minhas diretrizes: o primeiro, realizado em Massachussets, era
uma hélice submersa que produzia energia elétrica a partir de energia hidráulica, porém o uso de
hélices era muito dispendioso em relação a manutenção, a qual deveria ser realizada periodicaSumário
249 / 415
mente, devido a alta sedimentação dos rios brasileiros, o
que afetaria a integridade das referidas hélices. O outro
projeto foi o de uma roda d’água fixa no rio, que se mostrou uma alternativa à hélice.
Depois de estudos hidrográficos, realizou-se uma delimitação do rio em que o trabalho seria desenvolvido.
Escolheu-se o rio Itapecuru, pela relativa proximidade à
capital e pela alta sedimentação (provocada pelo assoreamento), característica necessária ao desenvolvimento do
projeto. A sedimentação é necessária para gerar torque
na roda d`água, que seria reforçado por um sistema de
polias acoplado a esta. Após isso, solucionou-se o problema da flutuação da roda por meio da utilização de balsa
de garrafas PET (alternativa sustentável) e o problema de
oxidação das instalações elétricas por meio da utilização
de magnésio como metal de sacrifício.
Após o fim do trabalho, o projeto concluiu-se desta maneira: central de energia com 2 partes, cada parte com 64
células, cada célula com 6 garrafas PET de 2 litros, dando um coeficiente de empuxo de 1536kg. A balsa possui
uma roda d’água com eixo fixado dos dois lados (para evitar o deslocamento na direção do próprio eixo provocado
pela rotação); esta roda está ligada por um sistema de 3
polias separadas (o sistema de polias acopladas não se
mostrou eficiente ) a um gerador Alterima (alternador), o
qual está ligado por um circuito a 3 ou 6 baterias de 12
volts, que funcionam como “No Break”; o ponto final deste circuito é a habitação a ser subsidada. Os resultados
apresentados foram: para 1 roda d’água de palheta de 1
metro, fornecimento de energia a 16 pontos de luzes, um
motor de ¼ HP (geladeira) e televisor ou computador de
mesa, sendo mais eficiente para televisor.
O projeto limitou-se a protótipos, porém se mostrou
eficiente e barato. Rendeu 2 prêmios: com apenas 15
anos, fui o 2° lugar do Prêmio Jovem Cientista, um dos
prêmios científicos mais importantes da América Latina;
Sumário
250 / 415
além desse prêmio, com 16 anos fui escolhido um dos 10
jovens gênios do país na edição de aniversário da revista
Galileu, em agosto de 2011. Espero que esse projeto sirva de incentivo para que outros jovens possam desenvolver trabalhos que ajudem a vida das pessoas e busquem
solucionar os flagelos da sociedade, não pelos resultados
individuais que eles possam trazer, e sim pelos resultados coletivos que poderão ser alcançados por meio dos
árduos esforços de quem realmente se importa com o
meio em que vive.
Rógerio da Silva Logrado Júnior
Estudante de Medicina da Universidade Federal do Maranhão.
Sumário
251 / 415
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE UM
COMPOSTO À BASE DE
MEL DE ABELHAS E EXTRATO DE ACEROLA
Daniel S. Albuquerque
Teresa Cristina R. S. Franco
Wanleysson L. D. Martins
O mel é um produto singular no que se refere às suas
propriedades nutricionais e potencialidades terapêuticas. No entanto, a despeito disso, seu conteúdo vitamínico, em especial a vitamina C, é consideravelmente baixo. O preparo de misturas feitas com mel de abelhas e
suco (extrato) de acerola pode ser comercialmente interessante, visto que junta as qualidades do mel ao potencial vitamínico da fruta, reconhecidamente rica em ácido
ascórbico, além de conter significativas quantidades de
antocianinas e carotenoides. Este trabalho objetivou obter uma mistura de mel e acerola, denominada de “composto de mel”, no qual pudessem ser preservadas as principais propriedades do mel e da acerola, observando-se
a manutenção destas propriedades ao longo do tempo. O
extrato da acerola foi obtido de duas maneiras, pela concentração da fruta e também por secagem do suco em
microondas. Avaliando-se os teores de ácido ascórbico,
acidez, hidroximetilfurfural e umidade na mistura mel-acerola, não foram observadas alterações significativas
destas propriedades durante um mês de estudo.
Sumário
252 / 415
INTRODUÇÃO
Nobre produto das abelhas, desde a antiguidade se reconhece no mel a importância como alimento e produto
terapêutico. Rico em açúcares simples, facilmente absorvidos no organismo, o mel também possui ácidos orgânicos, que lhe conferem a resistência aos organismos
patogênicos, além de aminoácidos, proteínas, enzimas e
sais minerais importantes na alimentação humana. Para
além das propriedades importantes do mel, a apicultura resulta em benefícios que se estendem ao ambiente
como um todo visto que, ao elaborar o mel, as abelhas
desempenham a polinização, mantendo, assim, a biodiversidade ecológica (SILVA et al., 2005, EVANGELISTA-RODRIGUES et al., 2005).
No Brasil, a produção e a comercialização do mel de
abelhas Apis mellifera apresentam considerável potencial devido ao clima e vegetação que influenciam diretamente na composição, variedade e qualidade do mel. As
condições edafoclimáticas do país também beneficiam a
produção de frutas e, no caso do nordeste, a acerola (Malpighia glabra L.) tem mercado garantido pelo principal
atrativo da fruta, seu teor de vitamina C, até 100 vezes
superior a outras frutas como laranja ou limão (CHAVES
et al., 2004, ARONSON, 2001, p.29).
Originária da região das Antilhas, América Central e
norte da América do Sul, a acerola, ou “cereja-das-antilhas”, teve seu elevado teor de vitamina C descoberto na
década de 40, despertando, a partir de então, interesse
pela utilização da vitamina C da fruta (LIMA, 2003, p.4).
A vitamina C, quimicamente chamada de ácido ascórbico, é fundamental para o organismo humano, pois previne doenças como o escorbuto, combate a debilidade,
fadiga, perda de apetite, infecções e dores musculares e
articulares. Poderoso antioxidante, a vitamina C também
combate os radicais livres e influencia positivamente na
absorção do ferro e na síntese do colágeno na pele (BASU
Sumário
253 / 415
& SCHORAH, 1982, p.10). Assim como a maioria das vitaminas, entretanto, a vitamina C não é fabricada pelo
ser humano, devendo ser fornecida pela alimentação diária (MOSER & BENDICH, 1991, p. 195).
A Ingestão Diária Recomendada (IDR) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária é de 60mg de vitamina C
(AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 1998).
Essa dosagem pode ser facilmente obtida pelo consumo
da acerola, visto que, em 100g da fruta in natura, aproximadamente 1.400mg de vitamina C podem estar presentes. Outra vantagem benéfica para o consumo da acerola
é a presença de precursores das vitaminas A e do complexo B (RIGHETTO, 2003, p.5-6).
Os teores de vitamina C na acerola dependem, entretanto, do seu grau de maturação, tendo sido observadas perdas significativas após 5 dias do fruto maduro.
Também mantida sob refrigeração, a vitamina C decresce significativamente no intervalo de 20 dias (RIGHETTO, 2003, p.1). Uma forma, então, de manter a vitamina
C da acerola é transformar a fruta em extrato, mantendo
em ambiente que reduza a perda da vitamina C. O mel,
embora rico em várias substâncias, tem baixíssimo teor
vitamínico. Por outro lado, a presença de vários constituintes, dentre estes, açúcares e substâncias ácidas, fazem do mel um alimento que “não estraga”.
No presente trabalho, objetivou-se aliar as potencialidades do mel e da acerola através da elaboração de um
único produto, um composto de mel com extrato de acerola, concentrado em vitamina C, nas proporções de menor prejuízo para as propriedades de cada componente.
Sumário
254 / 415
MATERIAL E MÉTODOS Equipamentos, reagentes e amostras
Para as medidas de umidade, relacionadas com o índice de refração, utilizou-se um refratômetro digital portátil da Atago, modelo PAL-RI, com faixas de medição de
nd de 1,3330 a 1,4098, resolução 0,0001. Medidas de
absorbância foram realizadas no espectrofotômetro Ultravioleta-visível CARY 50, da Varian. Para medidas de
pH, utilizou-se o pHmetro Hanna (Hanna Instruments),
com eletrodo de pH HI 1110B (de vidro combinado),
modelo pH 21, padronizado com soluções-tampão pH
4,01 e 7,00 obtidas da Merck. No preparo das soluções
padrões foram utilizados a balança analítica Bel Mark
210 A e o Ultrapurificador de Água DirectQ, da Millipore.
Os reagentes ferricianeto de potássio trihidratado, acetato de zinco dihidratado, bissulfito de sódio, amido
puro, iodeto de potássio e iodato de potássio utilizados
no preparo das soluções foram obtidos da Merck. Hidróxido de sódio foi obtido da Quimex. Os ácidos clorídrico e sulfúrico foram adquiridos, respectivamente, da
Merck e da Vetec.
A solução de KIO3 foi preparada a 0,01Eq.gL-1, para
que se fizesse a titulação da amostra diluída em solução
de H2SO4 a 20% em presença de 1mL de solução de
amido a 1% e de KI a 10%. Demais soluções foram em
concentração 0,05Eq.gL-1, com devida padronização.
Amostras de mel foram obtidas na cidade de Santa Luzia do Paruá, no estado do Maranhão. As amostras de mel
foram coletadas no período de agosto/2007, em apiário
previamente definido para o estudo. Optou-se por fazer
coleta neste apiário em função da localização, conhecimento do histórico e acompanhamento da colmeia. Coletou-se cerca de 15kg de mel, armazenados em frascos de
vidro, vedados com tampa plástica e envoltos em papel
Sumário
255 / 415
alumínio, a fim de evitar degradação de alguns compostos por ação da luz. Foi feita a vedação dos frascos visando também impedir a entrada de ar e início de processos
fermentativos. As amostras foram conservadas em temperatura ambiente, por 12 meses.
As amostras de acerola foram obtidas diretamente de
mercados populares dos bairros da cidade de São Luís,
obedecendo aos padrões de consumo como maturidade,
aparência, tempo de exposição ao consumidor e higiene
do vendedor. Depois de coletadas, as amostras foram
acondicionadas em embalagens comerciais de polietileno,
conservadas em recipientes refrigerados e transportadas
para o laboratório.
Preparo das amostras
As acerolas foram higienizadas e secas para, em seguida, serem trituradas intensa e rapidamente em aparelho
liquidificador. O produto triturado foi ainda peneirado
em peneira de nylon, resultando em uma massa de extrato de acerola densa e viscosa, com textura semelhante ao mel.
A adição de extrato de acerola ao mel foi feita na proporção 1 parte de acerola para 9 partes de mel, e as
amostras do composto resultante foram acondicionadas
em recipientes plásticos, em ambiente refrigerado a 10 ±
0,5°C.
As amostras do mel composto a 10% (m/m) foram lavadas com solução de ácido sulfúrico 20% e filtradas.
Em seguida, na presença de amido e iodeto de potássio,
as amostras foram tituladas com iodato de potássio.
Determinação do teor de ácido ascórbico (vitamina C)
O teor de vitamina C foi analisado segundo o método utilizado pelo Instituto Adolfo Lutz, ou seja, através
de titulação da amostra com solução de iodato de potássio (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985, p. 283-287).
Sumário
256 / 415
A titulação, feita em triplicata, utilizou 10g da amostra
processada que foi filtrada com 20,0mL de solução de
ácido sulfúrico a 20%. Foram acrescentados à amostra
depois de filtrada 1,0mL da solução de iodeto de potássio
e 1,0mL da solução de amido a 1,0%. A titulação foi feita, em seguida, com solução de iodato de potássio (KIO3)
a 0,01Eg.gL-1, com o teor de ácido ascórbico calculado a
partir da quantidade reagente deste.
Determinação de parâmetros físico-químicos para o
mel e composto de mel-acerola utilizados no estudo
A determinação da umidade foi feita procedendo-se à
leitura do índice de refração e da temperatura em um
refratômetro do tipo Abbé. Usou-se como referência a tabela de Chataway. A correção de temperatura foi feita
acrescentando-se à leitura do índice de refração o valor
de 0,00023 para cada grau acima de 20ºC e subtraindo-se 0,00023 para cada grau abaixo de 20°C.
A determinação de hidroximetilfurfural (HMF) foi feita
preparando-se 50mL de uma solução com 10g de amostra de mel, 0,5mL de solução de Carrez 1(15g de ferricianeto de potássio trihidratado em 100mL de solução
aquosa), 0,5mL de solução de Carrez 2 (30g de acetato de
zinco dihidratado em 100mL de solução aquosa) e água
deionizada. Filtrou-se a solução da amostra com papel
de filtro, descartando-se os 10mL iniciais. Em seguida,
pipetou-se 5mL do filtrado em dois tubos de ensaio, adicionando-se no primeiro tubo 5mL de água desionizada
e no segundo 5mL de bissulfito de sódio como referência.
Mediu-se a absorbância da amostra nos comprimentos
de onda de 284 e 336nm. Para o cálculo da quantidade
de hidroximetilfurfural (HMF), utilizou-se a relação citada no Manual do Instituto Adolfo Lutz (1985, p. 382).
A determinação da acidez baseou-se no método titulométrico, utilizando-se soluções de hidróxido de sódio
0,05Eq.g L-1 e de ácido clorídrico 0,05Eq.gL-1. Pesou-se
Sumário
257 / 415
10g de amostra de mel e acrescentou-se 75mL de água livre de CO2. Titulou-se sob agitação com NaOH a 0,05Eq.
gL-1 até o pH chegar a 8,5, com velocidade de aproximadamente 5mL/minuto. Acrescentou-se 10mL de NaOH a
0,05Eq.gL-1 imediatamente e titulou-se com HCl a 0,05Eq.
gL-1 até o pH atingir 8,3, com a mesma velocidade. Para o
valor do branco, colocou-se em um béquer 75mL de água
e titulou-se com NaOH a 0,05Eq.gL-1 até atingir pH 8,5.
Trabalhou-se com o potencial hidrogeniônico medido no
pHmetro para valores obtidos na titulação ácido-base.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Caracterização do mel utilizado no estudo
Avaliação
Pureza
* Fonte: BRASIL, Instrução Normativa No. 11, de 20/10/2000.
# Fonte: Portaria No 6 de 25/07/1985, do Ministério da Agricultura.
Maturidade
Parâmetro (unidade)
Sol.insolúveis (%, m/m)
Cinzas (%, m/m)
0,24 a 0,27
£ 0,6
Açúc. redutores (%, m/m) 68,5 a 73,4
³ 65,0
Sacarose (%, m/m)
5,4 a 5,9
£ 6,0
Umidade (%, m/m)
17,8 a 18,0
£ 20
Acidez (mEgg kg-1)
Deterioração
Amostras
Limites da
de mel em
Legislação*
estudo
0,03 a 0,04
£ 0,1
HMF (mg kg-1)
Ativ. Diastásica
Cor
18,75 a
36,63
3,72 a
4,28
10,28 a
12,75
Âmbar
claro
£ 50,0
£ 60
³8
Branco
d’água a âmbar-escuro
(A =
0,358)
pH
3,26 a 3,39
3,3 – 4,6#
Demais Parâmetros
Líquido denso e viscoso,
Características organolép- odor agradável e caracticas
terístico, sabor próprio e
doce.
Tabela 1. Avaliação físico-química das amostras de mel em estudo.
Sumário
Previamente foram
feitas as determinações dos principais
parâmetros de qualidade do mel em estudo, feito pelo grupo
de pesquisa envolvido no trabalho. Os
resultados das análises físico-químicas
são apresentados na
Tabela 1. Pelos parâmetros avaliados,
observou-se que o
mel em estudo atendeu adequadamente
ao padrões de qualidade estabelecidos
na Instrução Normativa No. 11, de 20 de
outubro de 2000, do
Ministério da Agri258 / 415
cultura e Abastecimento (Brasil, 2000).
Quanto à origem, conforme informações diretamente
obtidas com os apicultores, o mel foi produzido por abelhas africanizadas que obtinham de plantas silvestres a
matéria-prima do mel, sendo, portanto, um mel polifloral. As plantas visitadas pelas abelhas da colmeia foram
tipicamente a chanana, assa-peixe, vassourinha de botão, hortelanzinho, bamburral, juçara, embaúba, maria-mole, cajueiro, laranjeira e seringueira. Os citados nomes são populares e, para a identificação das floradas do
mel, seria necessário um estudo mais detalhado envolvendo a identificação do nome científico de cada planta e
a análise polínica do referido mel.
Obtenção do extrato de acerola e verificação da estabilidade da vitamina C no extrato adicionado ao mel
Embora o mel possua uma resistência considerável à
deterioração e ação de microorganismos, um parâmetro
que precisou ser investigado ao manipular o mel foi seu
teor de umidade, visto que em valores superiores a 20%
poderia ocorrer a proliferação de leveduras osmofilíticas,
com consequente fermentação do produto apícola (Moreira & Maria, 2001). Desta forma, a adição da acerola
ao mel implicou, necessariamente, em processos de eliminação de água, ou obtenção de um “extrato” da fruta,
de forma a não comprometer a mistura mel-acerola ao
longo do tempo.
Em contrapartida, para garantir a estabilidade do ácido
ascórbico, reconhecidamente termolábil e instável quando exposto a substâncias oxidantes, ou ainda quando
sujeito a aquecimentos e/ou exposição à luz solar, o mínimo de manipulação foi feito com a acerola. Assim sendo, optou-se por proceder à secagem da fruta de forma
branda, sem exposição aos citados fatores de instabilidade da vitamina C (RIGHETTO, 2003, p. 12).
Sumário
259 / 415
No processo de obtenção do extrato da acerola a ser
adicionado ao mel, outro parâmetro a considerar foi a
simplicidade do processo de secagem e obtenção do extrato da fruta. Os primeiros testes foram feitos em microondas, porém perdas médias de 43,5% da vitamina
C foram observadas. Considerando que a intenção do
trabalho era de propiciar ao produtor rural um aumento de vida útil e também a agregação de valor aos seus
produtos, optou-se por tornar o processo o mais simples
possível, realizando-se, então, apenas a rápida trituração da fruta em liquidificador, peneiramento e posterior
adição ao mel. A Tabela 2 apresenta os valores médios de
vitamina C obtidos para acerola in natura e no extrato,
antes da adição no mel.
Fruta
Acerola in natura
Acerola em extrato
Teor
(mg/100g)
1.441,4
Coef. de Variação (%)
1,82
973,7
4,04
Tabela 2: Teor de vitamina C na acerola – fruta in natura e no extrato concentrado (n=5).
A perda observada para a vitamina C foi de 32,4%. Ainda assim, optou-se por utilizar o referido método na obtenção do extrato da fruta, considerando-se que o teor
de vitamina C ainda era relativamente elevado, podendo
significar um razoável acréscimo de vitamina C ao mel.
Para o mel puro, a concentração de vitamina C antes da
adição do extrato de acerola foi desprezível.
A estabilidade no teor da vitamina C no composto de
mel com acerola foi também avaliada, determinando-se a
concentração de vitamina C logo após o preparo da mistura ‘extrato de acerola – mel’ na proporção 1:10 e após
15 e 30 dias de armazenamento da mistura em ambiente
refrigerado. A Tabela 3 mostra os resultados obtidos.
Sumário
260 / 415
Tempo (dias)
Vitamina C
(mg/100g)
Coeficiente de Variação (%)
0
15
30
83,8559
80,3993
80,0569
1,52
1,30
0,54
Tabela 3: Variação no teor de vitamina C na mistura extrato de
acerola – mel, na proporção 1:10 (armazenado em geladeira; n=5).
Os valores obtidos evidenciaram uma significativa estabilidade do “composto de mel com acerola” na condição de refrigeração e no recipiente de armazenamento a
que foi submetido, resultando em uma sutil perda de vitamina C (de 4,53% em 30 dias). Levando-se em consideração o intervalo de tempo entre produção, distribuição,
prateleira e consumo de determinados produtos naturais comercializados no mercado comum, como algumas
geleias e outros produtos naturais (cerca de 30 dias),
pode-se afirmar que o “composto de mel com acerola”
proposto neste trabalho tem condições de ser comercializado, tendo-se uma perda de vitamina C relativamente
pequena. Etapas posteriores do estudo deverão ser feitas, de forma a avaliar se tais perdas aumentam em tempos superiores aos 30 dias de armazenamento. Durante
o período de estudo não foi observada a cristalização do
composto de mel.
Avaliação das propriedades do mel no composto
mel-acerola em função do tempo de armazenamento
Foram investigados os principais parâmetros de deterioração (HMF e acidez) e de fermentação do mel (umidade) após a adição da acerola ao mel. A Tabela 4 apresenta
os resultados das análises referentes ao monitoramento
dos parâmetros físico-químicos do mel que poderiam ser
alterados com a adição do extrato de acerola.
Sumário
261 / 415
Os valores
obtidos perParâmetro
Mel puro
0
15
30
mitiram traçar o comHMF (mg/kg)
17,12
17,95 19,25 20,36
portamento
dos níveis de
Umidade (%)
18,4
25,1
23,2
23,0
HMF, umidade e acidez
Acidez (meq/kg)
36,30
81,24 43,43 43,33
em função do
Tabela 4: Parâmetros de deterioração (HMF e acidez) e de fer- tempo (Figumentação do mel (umidade) após a adição do extrato de acerola
ra 1). Conforao mel.
me a legislação brasileira vigente, que determina os valores padrões
para os parâmetros físico-químicos do mel, todos os valores obtidos para índice de HMF foram satisfatórios, visto
que o valor máximo permitido é de 60mg/kg, observando-se apenas um pequeno aumento no valor deste após
a adição do extrato ao mel. Este aumento não representou necessariamente efeito da adição do extrato, visto
que, normalmente, a concentração do hidroximetilfurfural tende a aumentar ao longo do tempo de armazenamento do mel puro.
Tempo (dias)
Figura 1: Variação nos principais parâmetros de
avaliação do mel (deterioração e fermentação) após a
adição da acerola à mistura.
Sumário
262 / 415
Quanto ao parâmetro umidade, os valores obtidos após
a adição do extrato ao mel foram superiores ao máximo
permitido pela legislação, ou seja, de 21%. Tal diferença, no entanto, não representou um problema para a
conservação do composto de mel, considerando que, no
mesmo período de estudo, ocorreu um aumento da acidez, que depois diminuiu em função do tempo, contribuindo, assim, para a inibição no desenvolvimento de
microorganismos na mistura mel-acerola. Embora o limite estabelecido pela legislação para o teor de acidez no
mel fosse inferior a 50mEqgkg-1, os teores de acidez na
mistura também foram inferiores a este valor no intervalo do tempo de estudo da mistura. Observou-se ainda
que a umidade aumentou logo após a adição do extrato,
já que este é rico em água proveniente da fruta, porém
diminuiu gradativamente ao longo do tempo devido à baixa umidade presente no ambiente de armazenamento da
mistura.
CONCLUSÕES
A simplicidade no processo de preparo do composto
de mel e acerola evidenciou a possibilidade de adição do
extrato de acerola ao mel, obtendo-se, ao longo de um
mês, um produto de fácil comercialização, cujas principais propriedades da fruta e do mel foram mantidas.
Desta forma, foi possível garantir a agregação de valor ao
mel e maior longevidade à acerola.
O custo de produção foi analisado, verificando-se ser
relativamente baixo, dependendo em maior extensão do
valor do mel e em menor escala do preço da fruta, vendida a preços bastante accessíveis. Considerando-se a
proporção de acerola e mel na mistura estudada e os
preços de ambos os produtos no comércio local, verificou-se para o preparo do composto de mel e acerola
gastos de aproximadamente 92% em mel e 8% em aceSumário
263 / 415
rola. Em termos de equipamentos, também verificou-se
custo relativamente baixo para a produção do composto
de mel, representando, assim, considerável rentabilidade na venda do composto de mel, com real agregação de
valor comercial ao produto.
Diante da pesquisa realizada e dos resultados obtidos,
concluiu-se que a produção do composto de mel e acerola é economicamente viável para o pequeno produtor.
A vitamina C, principal constituinte da fruta, permaneceu relativamente estável, representando um ganho de
qualidade ao produto proposto.
O presente estudo também evidenciou a qualidade do
mel utilizado no estudo, observando-se cumprir os critérios de qualidade exigidos pela legislação brasileira.
Para a mistura acerola e mel não se observou alterações
físico-químicas significativas que pudessem comprometer a qualidade do mel após a adição do extrato de acerola.
Levando-se em consideração a estabilidade da vitamina
C no extrato de acerola adicionado ao mel e os principais
parâmetros físico-químicos, a produção do composto de
mel foi considerado exequível, tendo-se como vantagem
adicional, além das propriedades intrínsecas dos componentes naturais, o potencial de produção de ambas as
matérias-primas no local em estudo.
AGRADECIMENTOS
Ao Banco do Nordeste do Brasil S.A., pelo financiamento do projeto. W.L.D. Martins e D. S. Albuquerque agradecem, respectivamente, ao CNPq, pela Bolsa de Apoio
Técnico, e ao PIBIC/UFMA, pela bolsa de Iniciação Científica.
REFERÊNCIAS
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264 / 415
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2004.
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Paraíba. Cienc. Rural. 35, 5, 1166-1171. 2005.
CHAVES, M. C. V., GOUVEIA, J. P.G., ALMEIDA, F.
A. C., LEITE, J. C. A., SILVA, F. L. H. Caracterização
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ARONSON, J. K. Forbidden fruit. Nature Medicine, v. 7,
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LIMA, R. S. Caracterização físíco-química da acerola e estudo da estabilidade da vitamina C nos extratos para uso
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Acesso em 23/11/2005.
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MOREIRA, R. F. A., MARIA, C. A. B. Glicídios no mel.
Química Nova, v. 24, 4, 516 – 525, 2001.
Daniel S. Albuquerque
Graduado em Química industrial pela Universidade Federal do Maranhão.
Teresa Cristina R. S. Franco
Doutora em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e
Diretora do Departamento de Pós-Graduação da Universidade Federal do Maranhão.
Wanleysson L. D. Martins
Especialista em Engenharia Ambiental pelo Centro Universitário do Maranhão.
Sumário
266 / 415
Conceito da Aeronave 2012
Projeto
AeroDesign
UEMA:
Maranhão
alçando
maiores
voos
O
Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais realizado pela Society of Automotive Engineers (SAE BRASIL), através da
Seção São José dos Campos – SP, tendo
como principal objetivo proporcionar a
difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimento de Engenharia Aeronáutica
entre estudantes e futuros profissionais
deste importante seguimento e modalidade vinculados às instituições de ensino superior em todo Brasil e pelo mundo, através de aplicações práticas e da
competição entre equipes.
O Projeto AeroDesign no Maranhão é
um Projeto Especial do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual – UEMA que, nos últimos 10 (dez)
anos, várias equipes de alunos representaram o Estado na Classe Regular (onde
somente alunos de graduação podem
participar), tendo a oportunidade de experimentar a prática de atividades concernentes ao projeto de aeronaves junSumário
267 / 415
to ao grande centro de referência nacional na área: o Departamento
Central de Tecnologia Aeronáutica, onde encontram-se importantes
órgãos e empresas, tais como o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), o INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) e a EMBRAER.
A Competição SAE BRASIL AeroDesign tem o apoio institucional do
Ministério da Educação, por alinhar-se e vir ao encontro de objetivos
das políticas e diretrizes deste Ministério.
HISTÓRICO DO MARANHÃO NA COMPETIÇÃO
A competição SAE
AeroDesign ocorre nos
Estados Unidos desde
1986, tendo sido concebida e realizada pela
SAE International. A
partir de 1999 esta competição passou a constar
também no calendário
de eventos estudantis
da SAE BRASIL. Ao longo de todos esses anos
de existência, o AeroDesign no Brasil tornou-se
visivelmente um evento
crescente em quantidade
e qualidade dos projetos
participantes.
Aero UEMA – 2001/
2002: Aero UEMA foi a
primeira equipe do curso
de Engenharia Mecânica
da Universidade Estadual do Maranhão, sendo
formada por 12 estudantes;
Z-01
Z -02
Sumário
268 / 415
Equipe Vortex – 2004:
Devido à graduação dos
integrantes do projeto,
fez-se necessário a reorganização que fez surgir em
2004 a Equipe Vortex, que
participou da 6ª edição da
competição. Nos proximos
2 anos não houve condições para que o Projeto
fosse desenvolvido.
Equipe Zeus – 20072011: No ano de 2007, a
Z-03
equipe concluiu o projeto, porém não foi possível viajar devido a falta de
recursos financeiros para
custear a viagem, mas em
2008 a Equipe Zeus Aero
Design leva o nome da
UEMA a participar pela 4ª
vez da competição. Com
o Z-01, obteve a 56ª colocação, na 10ª edição da
competição;
Em 2009, novamente a
Athos 2011
equipe Zeus Aero Design
participou, agora com o
aeromodelo Z-02, e obteve a 55ª colocação, na 11ª edição da competição;
Em 2010, com a admissão de novos integrantes (8 acadêmicos viajaram para SJC) a Equipe passou por mudanças na organização das
comissões de projeto, permitindo um salto para a 34ª posição no quadro geral, na 12ª Edição do SAE Brasil AeroDesign;
Em 2011, dando continuidade ao trabalho diferenciado, a equipe
apostou no aprofundamento na abordagem de Projetos Aeronáuticos
e no uso de materiais compósitos e fabricação avançada, culminando
na 17ª colocação geral da Competição, além do 1º lugar na Retirada de
Sumário
269 / 415
Carga, com direito a menção honrosa;
Equipe Zeus 2012
“Hoje entendemos o
que motivou os primeiros
estudantes da UEMA a
ousarem instalar o Projeto
SAE Brasil AeroDesign
em nossa instituição:
a necessidade do
intercâmbio de informações
e conhecimentos, a
experiência de organizar
e gerenciar grupos e
projetos, além do ambiente
de competição, fazem com
que o AeroDesign seja um
diferencial na formação do
profissional que o mercado
de trabalho procura”.
João Luís de Meneses,
estudante do 7º período
Para este ano, graças ao respeito e
o nível técnico que se alcançaram ao
longo da evolução do projeto, os acadêmicos decidiram apostar na representação do Estado não somente na
Classe Regular (constituída de 7 estudantes de graduação), mas também
na Classe Advanced (4 estudantes),
onde os requisitos do Regulamento
de Competição são mais próximos
daqueles encontrados na Regulamentação Aeronáutica, e os acadêmicos
de graduação da UEMA estarão competindo diretamente com estudantes
de pós-graduação nas áreas de Engenharia da Mobilidade.
IMPORTÂNCIA DO PROJETO:
VISÃO DOS ALUNOS
Para o componente da equipe Zeus,
João Wilker Barros, do 6ª período de
Engenharia Mecânica, a Competição
SAE BRASIL representa “um laboratório, onde temos a oportunidade de
colocar em prática os conteúdos que
aprendemos em sala de aula, bem
como podemos alinhar desenvolvimento acadêmico com o tecnológico,
tendo a pesquisa aeronáutica como
foco. A UEMA também é engrandecida pela nossa participação no evento
competitivo”, afirmou o estudante.
Sumário
270 / 415
Acadêmicos
que já
participaram
do Projeto
Aero UEMA 2001-2002
Carlos Cesar Silva Viegas;
David Augusto Vieira Sousa;
Diego Fernando de Araújo Costa;
Dielson Silva Martins;
Edson Ribamar Morais;
Edvaldo Sousa de Oliveira Junior;
Flavio Nunes Pereira;
Franco Jefferds dos Santos Silva;
Jaime Muniz Pinto Sobrinho;
Jose de Ribamar Silva do Nascimento;
Luciano Porto Bontempo;
Tonnyfran Xavier de Araújo Sousa.
Vortex 2004
Kátrine Evelen Carole da S. Sousa;
Luciano Soares da Silva;
Rosemile Mota Costa;
Érico Araujo Noleto;
Daniel Augusto do Carmo;
Aldomir Nascimento de Oliveira;
Assedino Pereira as Queiroga Neto;
Deivison Lima da Silva;
Dielson Silva Martins;
Edvaldo Sousa de Oliveira Junior;
Flavio da Conceição Lima de Oliveira;
Jaciara Pires Aguiar;
Luana Maria Lima dos Santos;
Maria Raimunda Rocha Gomes;
Cassio Daniel Salomão Silva.
Equipe Zeus 2008-2012
Gyovanni Pinheiro Saraiva Coelho
João Luís de Meneses Barros
João Wilker Ribeiro Barros Lima
Edilson Dantas Nóbrega
Hércules Araújo Oliveira
Thallys Anderson Machado Ferreira
Carlos Henrique Cunha Caetano
André Gustavo Amorim Nogueira
Fernando Antonio Moreira Abreu
Marco Antônio Lima Junior
Ediharlly João Alves dos Santos
Igor Fernandes Araújo
Edilberto dos Anjos Teixeira
Kátia Assunção
Edgard Coelho Couto
Luana Roberta
Sumário
271 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Adalto Rodrigues Gomes dos Santos Filho
Possui graduação em Bacharelado Em Física pela Universidade de São
Paulo (1991), mestrado em Física pela Universidade Federal da Paraíba (1995) e doutorado em Física das Partículas Elementares e Campos pela Universidade Federal da Paraíba (2005). Atualmente é Professor Adjunto IV do Departamento de Física do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). Tem atuado nos
seguintes temas de pesquisa: teorias clássicas de gravidade; defeitos
topológicos; branas em dimensões extras; aplicações de teoria de campos em óptica; violação da simetria de Lorentz. Desde março de 2010 é
pesquisador nível 2 do CNPq.
Aluísio Alves Cabral Júnior
Graduado em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1990),
mestre em Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São
Carlos (1995), doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (2000) e estágio de pós-doutorado na
Universidade Federal de São Carlos (2006). Atualmente é professor associado do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e
Metalúrgica, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos
seguintes temas: glass ceramics, glass-forming ability e thermal analysis. Atualmente, é revisor dos seguintes periódicos Journal of Non-Crystalline Solids, Materials Research e Journal of the American Ceramic Societ; dentre outros.
Sumário
272 / 415
Pesquisadores
do IFMA
André Mantegazza Camargo
Possui graduação (concluído em março de 2007) e mestrado (concluído
em julho de 2008) em Zootecnia pela UFRRJ. Atuou como professor titular do curso de graduação em Zootecnia da Faculdade de Imperatriz
entre agosto de 2008 e março de 2009 e no departamento de compra
de gado da Bertin S.A. entre abril de 2009 e janeiro de 2010. Desde
fevereiro de 2010 é professor do ensino básico, técnico e tecnológico
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
- Campus Codó onde já atuou como coordenador do curso de Licenciatura Plena em Ciências Agrárias entre os meses de agosto e dezembro
de 2010. Em janeiro de 2011 assumiu a Chefia do Departamento de
produção e pesquisa - DPP da mesma instituição, cargo que ocupa até
a presente data.
Andréia Freitas de Oliveira
Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal
Rural do Semiárido (2004) e mestrado em Mestrado Em Ciência Animal pela Universidade Federal Rural do Semi Árido (2008). Atualmente
é professor do ensino básico, técnico e tecnológico do Instituto Federal
do Maranhão, Campus São Raimundo das Mangabeiras. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Patologia, Manejo
e Sanidade de Animais de Laboratório, atuando principalmente nos
seguintes temas: animais silvestres, Trypanosoma vivax, plantas medicinais.
Sumário
273 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Andréia Serra Galvão
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Maranhão (2003) e Mestrado em Fitossanidade área Entomologia Agrícola
pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2006) e Doutorado
em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2009). Desenvolve trabalhos na área de Entomologia Agrícola,
Acarologia Agrícola, Ecologia de ácaros e Controle Biólogico. Atualmente é professora efetiva do Instituto Federal do Maranhão onde leciona
as disciplinas de Entomologia, Fitopatologia e Fruticultura.
Antonio Ernandes Macêdo Paiva
Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual
do Maranhão (1987), mestrado em Ciência e Engenharia dos Materiais
pela Universidade Federal de São Carlos (1996) e doutorado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (2002). Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Maranhão e Sub-Coordenador do Programa de
Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Tem experiência na área
de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Materiais
Cerâmicos, atuando principalmente nos seguintes temas: refratários,
reologia, concretos, processamento e suspensões cerâmicas.
Sumário
274 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Déa Nunes Fernandes
Graduada em Matemática Licenciatura pela Universidade Federal do
Maranhão (1988), Mestre em Educação Matemática pelo Programa de
Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho campus Rio Claro (2001). Doutora em
Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista campus Rio
Claro (2011). Membro do grupo de pesquisa “ História Oral e Educação
Matemática”- GHOEM. Membro do Corpo de Assessores Científicos da
Revista “Acta Tecnológica” do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Maranhão- IFMA. Professora do 3º grau do Departamento de Matemática do IFMA. Tem experiência nas áreas Ciencias Exatas
e da Terra , Ciências Humanas e Multidisciplinar com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: matemática, ensino,aprendizagem e formação de professores.
Evaldinolia Gilbertoni Moreira
Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Maranhão (1996), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela
Universidade Federal do Maranhão (1998) e doutorado em Computação
Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2009). Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Computação,
com ênfase em GeoInformação, Metodologia e Técnicas da Computação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação profisional, linguagem de programação, informática e curso tecnológico.
Sumário
275 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Fábio Henrique Silva Sales
Graduado em Física Licenciatura pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Mestrado e Doutorado em Física da Matéria Condensada
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professor
Efetivo e Coordenador do Curso de Física Licenciatura do Departamento de Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão (IFMA), Campus Monte Castelo. Pesquisador do Grupo Teórico, cadastrado no CNPq, de Magnetismo e Materiais Magnéticos do
Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN. Coordenador
Regional pelo Estado do Maranhão da Olimpíada Brasileira de Física e
da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas. Professor Coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Lider
dos grupos de pesquisa, cadastrados no CNPq, de Iniciação Científica
Junior, Ensino de Física do IIFMA e Estudo de Fases Magnéticas em
nanoestruturas Terras-Raras. Consultor AH DOC de Bolsas de Iniciação Científica do IFMA. Avaliador de artigos científicos do VII Congresso
de Pesquisa e Inovação da Rede Norte e Nordeste de Educação Tecnológica (CONNEPI). Coordenador Operacional do Dinter da Matéria Condensada Gestão 2012, do IFMA com a UFC. Professor Jovem Cientista
da FAPEMA. Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Materiais do IFMA.
Sumário
276 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Ginalber Luiz de Oliveira Serra
Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do
Maranhão (1999), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal do Maranhão (2001), doutorado (2005) e pós-doutorado (2005-2006) em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de
Campinas. Atualmente é revisor dos seguintes periódicos: IEEE Transactions on Fuzzy Systems (1063-6706), IEEE Transactions on Neural
Networks (1045-9227), IEEE Transactions on Systems Man and Cybernetics (0018-9472), International Journal of Systems and Control
Engineering, Fuzzy Sets and Systems; membro da Working Group on
Computers: World Scientific Engineering Academy Society, e professor
adjunto I do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com
ênfase em Controle de Processos Eletrônicos, Retroalimentação, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas nebulosos, identificação de sistemas, redes neurais, sistemas não-lineares no tempo
discreto e algoritmos genéticos.
Iêdo Alves de Souza
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco (1986), mestrado em Engenharia de Recursos Hídricos pela Universidade Federal da Paraíba-Campus de Campina Grande (1991) e
doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de
Mesquita Filho (2006). Atualmente é professor adjunto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência
na área de Química, com ênfase em Cerâmica de eletrônica e estrutural, atuando principalmente nos seguintes temas: photoluminescence
e pechini.
Sumário
277 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Isabela Vieira dos Santos Mendonça
Possui Mestrado em Biologia Vegetal (Universidade Federal de Pernambuco - 2006), área de concentração em ecologia e Graduação em Ciências Biológicas (Universidade Federal do Maranhão - 2004). Tem experiência em consultoria ambiental em área de manguezais assim como
em gestão ambiental empresarial. Tem experiência no ensino superior
(Profª Substituta em Fisiologia Animal no Curso de Ciencias Biológicas
da UFMA - 2007 a 2008), médio e fundamental. Atualmente é Professora
do Instituto Federal do Maranhão, onde ministra disciplinas nos níveis
superior (Licenciatura em Biologia) e médio-técnico. Também lecionou
disciplinas em cursos de pós-Graduação ( Saúde e Segurança do Trabalho, Saúde Ambiental) e tem experiência como consultora ambiental
para o Sebrae-MA. Atua nas áreas de Saúde Coletiva, Saúde Ambiental
e Ecologia de manguezal. É Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em
Gestão e Educação Ambiental (CNPq) e doutorando em Saúde Coletiva
no Programa de Pós Graduação da UFMA
Izabel Cristina da Silva Almeida Funo
Possui graduação em Ciências Aquáticas pela Universidade Federal do
Maranhão/2004 (Bolsista CNPq), Mestrado em Recursos Pesqueiros
e Aqüicultura pela Universidade Federal Rural de Pernambuco/2006
(Bolsista FAPEMA) e curso de aperfeiçoamento na área de Cultivo de
Moluscos Comerciales na Universidad Catolica del Norte - Chile/2006
(Bolsista JICA). Doutoranda em Recurso Pesqueiro e Aquicultura pela
UFRPE. Atualmente é professora de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, do quadro permanente do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia - Campus São Luís Maracanã. Na área de docência minisSumário
278 / 415
Pesquisadores
do IFMA
tra as disciplinas de Malacocultura, Introdução à Pesca e Aquicultura,
Cultivo de peixes ornamentais e Aquicultura especial do Curso Técnico
subsequente em Aquicultura . Tem experiência na coordenação de projetos na área de Cultivo de Moluscos e Educação Ambiental.
Jean Robert Pereira Rodrigues
Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual do Maranhão (1997), mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (1999) e doutorado em Engenharia
Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Atualmente
é Professor adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e professor
do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área de
Engenharia de Fabricação e Materiais, com ênfase em Usinagem Não
Tradicional e Convencional e Solidificação de Metais, atuando principalmente nos seguintes temas: Eletroerosão, Torneamento , Furação e
Solidificação de Ligas não-ferrosas.
Jomar Sales Vasconcelos
Possui graduação em Engenahria Elétrica pela Universidade Federal
da Paraíba (1986), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade
Federal da Paraíba (1990) e doutorado em Química pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2004). Atualmente é professor associado I do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Coordenador do NIT-IFMA, Coordenador Operacional
do dinter IFMA/UFCG. Consultor da Fundação de Amparo à Pesquisa ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Avaliador do Instituto
Sumário
279 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixieira. Tem
experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Sistemas
de Energia Elétrica e Sistemas Embarcados e, na área de Química, com
ênfase em Físico Química Inorgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: microondas, filmes finos, cerâmicos e tratamento térmicos. Integrante do INCTMN. Tem 5 (cinco) solicitações de pedidos de
patentes.
José Manuel Rivas Mercury
Possui graduação em Engenharia Quimica pela Universidade Federal do
Pará (1987), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará (1995) e doutorado em Tendencias Act en Quím Analitica
e Inorgánica - Universidad Autonoma de Madrid (2004). Pós-doutorado
em Mineralogia Aplicada no Instituto de Geociências da UFPA (2010).
Atualmente é professor de ensino medio e tecnologico do Instituto Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais
e Metalúrgica, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos
seguintes temas: caracterizacao de materiais, lama vermelha, cerâmica
vermelha, aluminatos de calcio e residuo de bauxita.
Kleber Zuza Nóbrega
Possui graduação em Engenharia Eletrica pela Universidade Federal
do Ceará (1999), mestrado em Engenharia Eletrica pela Universidade Federal do Ceará (2000) e doutorado em Engenharia Elétrica pela
Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é Professor
Adjunto IV do Instituto Federal do Maranhão, e atua como pesquisador colaborador da Universidade Federal do Paraná, UNICAMP e UFEs.
Sumário
280 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletromagnetismo Computacional, atuando principalmente nos seguintes
temas: propagação de ondas eletromagnéticas, métodos numéricos, comunicações ópticas e nanomagnetismo.
Luís Presley Serejo dos Santos
Professor Adjunto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), doutor em Química (área de concentração
Físico-Química) pela Universidade Federal de São Carlos (2006), mestre em Ciências e Engenharia de Materiais pela USP-São Carlos (2002).
Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica,
com ênfase em Materiais Não-Metálicos, atuando principalmente nos
seguintes áreas: Nanotecnologia, desenvolvimento de sínteses químicas, fotoluminescência, pigmentos inorgânicos, catálise heterogênea e
Educação na modalidade a Distância. Membro fundador da Sociedade
Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) e da Associação Brasileira de Análise Térmica e Calorimetria (ABRATEC). Pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia
(INCTMN).
Sumário
281 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Marcelo Moizinho Oliveira
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal da
Paraíba (1994), mestrado em Química Inorgânica pela Universidade
Federal da Paraíba (1997) e doutorado em Ciências, área de Concentração Físico-Química, pela Universidade Federal de São Carlos (2002).
Atualmente é professor associado I do Departamento Acadêmico de
Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão - Campus São Luís Monte Castelo e professor do Programa
de Pós-Graduação de Engenharia de Materiais deste instituto. Tem
experiência na área de Engenharia de Materiais, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos seguintes temas: varistores, SnO2
e nanomateriais, possuindo também trabalhos na área de Educação
Química. É também professor/pesquisador da Universidade Aberta do
Brasil (UAB) pela Educação à Distância do Instituto. Recebeu o prêmio
de melhor professor pesquisador do IFMA em 2011.
Maria das Graças Sampaio Costa
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do
Maranhão (1989), graduação em Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do
Maranhão (1998), mestrado em Química Analítica pela Universidade
Federal do Maranhão (2002) e doutorado em Físico-Química pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (2009). É professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área
de Química de Materiais e Química Analítica.
Sumário
282 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Maria Verônica Meira de Andrade
É Zootecnista formada pela Universidade Federal da Paraíba (2002),
Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (2003-2005)
e Doutorado em Zootecnia pelo Programa de Doutorado Intergrado em
Zootecnia (PDIZ) UFPB/UFRPE/UFC (2005-2008). Atuou como Pesquisadora bolsista (PCI/MCT) no Instituto Nacional do Semiárido (INSA).
Atualmente é professora do IFMA, Campus Caxias. Tem experiência na
área de Forragicultura, atuando principalmente nas seguintes áreas:
Caatinga, Plantas Nativas, Estrato Herbáceo da Caatinga, Avaliação de
Forrageira, Dinâmica de Espécies Nativas e Produção e Conservação de
Forragem.
Omar Andres Carmona Cortes
Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Maranhão (jan/1997), mestrado em Ciências da Computação e
Matemática Computacional pela Universidade de São Paulo (1999) e
doutorado em Ciências da Computação e Matemática Computacional
pela Universidade de São Paulo (2004). Atualmente é professor doutor
do Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Maranhão
(IFMA). Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Computação Paralela Distribuída, atuando principalmente nos
seguintes temas: computação móvel, algoritmos evolutivos, lógica nebulosa e informática na educação.
Sumário
283 / 415
Pesquisadores
do IFMA
Yrla Nívea Oliveira Pereira
É Doutora em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO). Possui Mestrado em Saúde e Ambiente (Universidade Federal
do Maranhão - 2004) e Graduação em Ciências Habilitação em Biologia
(Universidade Estadual do Maranhão - 2000). É professora do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Departamento de Biologia). Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase
em Entomologia de insetos vetores de doenças tropicais, atuando principalmente nos seguintes temas: Maranhão, Anofelinos e Malária, Aedes e Dengue, Leishmaniose e Lutzomyia, Produtos naturais.
Sumário
284 / 415
Pesquisadores
da UEMA
Adriana Maria de Souza Zierer
Possui graduação, mestrado e doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2004). Atualmente é Professor Adjunto III da
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Professora Colaboradora do Mestrado em História Social (UFMA). Tem experiência na área
de História, com ênfase em História Antiga e Medieval, atuando principalmente nos seguintes temas: Idade Média, Portugal, Ramon Llul,
imaginário medieval, cavalaria, mulher medieval, viagens imaginárias
e rei Artur. Desde 2005 coordena bianualmente os Encontros Internacionais de História Antiga e Medieval do Maranhão na UEMA. Participa
de vários periódicos como as revistas Brathair, Mirabilia, Outros Tempos, Opsis e Angelus Novus. (História)
Alan Kardec Gomes Pacheco Filho
Possui doutorado em História Social pela Universidade Federal Fluminense (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de História, com ênfase
em História do centro sul maranhense, atuando principalmente nos
seguintes temas: Sertão, Sul do Maranhão, navegação fluvial, história
oral, Maranhão Republicano. (História)
Alana Lislea de Sousa
Possui doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres
pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade
de São Paulo (1998). Atualmente é avaliador do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais e Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão, nas disciplinas de Anatomia. Tem expeSumário
285 / 415
Pesquisadores
da UEMA
riência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em morfofisiologia
veterinária de animais domésticos e silvestres, atuando principalmente
nos seguintes temas: morfofisiologia reprodutiva de kinosternon scorpioides (jurará ou muçuã). Presidente do Comitê de Ética e Experimentação Animal do Curso de Medicina Veterinária da UEMA. Docente
permanente do mestrado em Ciência Animal da UEMA. Presidente da
Sociedade de Medicina Veterinária do Maranhão. Conselheira Efetiva
do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Maranhão. Presidente
da Comissão de Ética do CRMV-MA e Membro da Comissão de Ensino
do CRMV-MA. (Veterinária)
Alex Oliveira de Souza
Doutor em Planejamento do Espaço e Urbanismo pela Universidade
Paris Est (2009). Atualmente é Chefe do Departamento de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência
na área de Planejamento Urbano e Regional, com ênfase em Técnicas
de Análise e Avaliação Urbana e Regional, atuando principalmente nos
seguintes temas: São Luís, espaços públicos, criação urbana e conservação integrada. (Arquitetura)
Algemira de Macedo Mendes
Possui doutorado sanduiche em Coimbra-PT (2005). Doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2006).
Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Feminina,
História da Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas:
literatura brasileira, literatura piauiense, literatura e ensino. (Letras)
Sumário
286 / 415
Pesquisadores
da UEMA
Ana Clara Gomes dos Santos
Possui doutorado em Medicina Veterinária (Parasitologia Veterinária)
pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ, 1999). Professora de Pós-Graduação em Ciência Animal (UEMA). Atualmente Bolsista de Fixação de Doutor, Universidade Estadual do Maranhão. Tem
experiência na área de Parasitologia Veterinária, com ênfase em Entomologia, Acarologia e Helmintologia de animais de produção e companhia, e pesquisa com plantas para aplicação de remédios no controle
de parasitoses de animais de produção. Consultora ad hoc aos projetos
de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento
Tecnológico do Estado do Maranhão (FAPEMA). (Veterinária)
Ana Lívia Bomfim Vieira
Possui doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro (2005), tendo realizado doutorado Sanduíche pela Université de Liège, Bélgica. É professora de História Antiga na Universidade
Estadual do Maranhão e é uma das coordenadoras do grupo de pesquisa em História Antiga e Medieval. Tem experiência na área de História,
Arqueologia e Antropologia, com ênfase em Historia Antiga Grega.
(História)
Ana Lúcia Abreu Silva
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2.
Professora Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão; Doutora em Ciências, área de concentração de Patologia. Professora dos programas de Pós-Graduação: Mestrado em Ciência Animal e Doutorado
Sumário
287 / 415
Pesquisadores
da UEMA
em rede RENORBIO – Rede Nordeste de Biotecnologia. (Veterinária)
Ana Maria Silva de Araújo
Possui doutorado em Agronomia (Ciência do Solo) pela Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é Professora Assistente da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na
área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Nutrição Mineral de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: absorção
e metabolismo de nitrogênio em plantas, mineralização de carbono e
nitrogênio no solo, enzimas envolvidas no metabolismo de nitrogênio,
nutrição de plantas, arroz. (Agronomia)
Andrea Christina Gomes de Azevedo Cutrim
Possui Doutorado em Ciências pela Universidade Federal de Pernambuco, com área de concentração em Oceanografia. Tem prestado consultoria em ambientes aquáticos e trabalhado em projetos de pesquisa
como REVIZEE, PIATAM Mar e PIATAM Oceano. Atualmente é Professora Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência em Botânica, com ênfase em Taxonomia e Ecologia Vegetal e Oceanografia, atuando principalmente nas seguintes áreas: fitoplâncton
marinho e estuarino, diatomáceas, estuários, manguezais e educação
ambiental. É Coordenadora Geral do Programa Darcy Ribeiro - programa de formação docente, priorizando as Ciências, em todo o estado do
Maranhão. (Biologia)
Sumário
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Pesquisadores
da UEMA
Andréa de Araújo
Possui doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Tem experiência na área de Botânica, atuando principalmente nos seguintes temas:
Maranhão, educação ambiental, fito plâncton, unidade de conservação
e sensibilização ambiental. (Biologia)
Antônia Alice Costa Rodrigues
Possui doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural de
Pernambuco (2003). Atualmente é Professor Adjunto II. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: fusarium oxysporum, mecanismos de
defesa, indução de resistência. (Agronomia)
Antônia Santos Oliveira
Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinária (2010). Atualmente é Professora Adjunto I da
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Fisiologia Animal, com ênfase em Metabolismo energético, atuando principalmente nos seguintes temas: animal silvestre, fisiologia digestiva e
fisiologia metabólica.Veterinária
Antônio Francisco Fernandes de Vasconcelos
Professor Adjunto II de Química da Universidade Estadual do Maranhão.
Atuando nas seguintes pesquisas: análise térmica, armazenamento de
misturas de biodiesel, cálculo quântico computacional, construção de
dispositivos educacionais com sucata eletrônica e material alternatiSumário
289 / 415
Pesquisadores
da UEMA
vo, inovação tecnológica, síntese de biocombustíveis, caracterização de
óleos vegetais e biodiesel, qualidade de mel de abelhas nativas e óleo
de copaíba. Doutor em Química Orgânica (concluído na UFPB, 2009),
atualmente coordena o Núcleo de Inovação Tecnológica da UEMA e
atua como tutor supervisor nos cursos de Graduação e Especialização
na área de Administração Pública. Integra a equipe de elaboração de
material didático do Programa Darcy Ribeiro. (Química)
Antônio Luiz Alencar Miranda
Possui mestrado em Letras, Semiologia, pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (2001). Tem experiência na área de Lingüística e Letras,
com ênfase em leitura, discurso, identidade, sujeito, letramento, prática discursiva e análise linguística, com disciplinas de Semiótica do
Texto, Prática Interdisciplinar de Leitura e Escrita, Sintaxe, Semântica,
Fonética/Fonologia na Graduação e Análise do Discurso, Semiótica e
Aquisição da Linguagem, na Pós-Graduação. Orienta duas alunas de
iniciação científica em Sociolinguística e Análise do Discurso, estudando atitudes, crenças, variação, mudança, discurso pedagógico, identidade e ideologia. Atualmente cursa doutorado em Linguística, pela
UFRJ. (Letras)
Ariadne Enes Rocha
Possui doutorado em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba
(2011), com área de concentração em Ecologia e Meio Ambiente. Atualmente é Professora Assistente II do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do
Maranhão. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Silvicultura, atuando principalmente nos
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Pesquisadores
da UEMA
seguintes temas: agricultura familiar, mata ciliar, educação ambiental,
composição florística, fitossociologia, ciclagem de nutrientes, indicadores de qualidade do ambiente, recuperação de áreas degradadas e produção de mudas de espécies florestais nativas. (Agronomia)
Carlos Augusto Silva de Azevedo
Possui Doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) no Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (2009). Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência em Entomologia,
com ênfase em Ordem Megaloptera, atuando principalmente com estudos de Taxonomia, Biologia e Ecologia dessa ordem. (Biologia)
Christian Jacques Henri Delon
Possui doutorado em Ciências da Informação e da Comunicação, Université Paul Verlaine-Metz (2007). Atualmente é Professor Titular, visitante estrangeiro, da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Informação e da Comunicação, com ênfase
na democratização da comunicação e as mídias livres e/ou comunitárias. Colabora como pesquisador associado no Centro de Pesquisa
sobre as Mediações (Centre de Recherche sur les Médiations-CREM/
CNRS França). É jornalista desde 1990 e fotógrafo. (Ciências Sociais)
Christoph Gehring
Possui doutorado em Agronomia pela Universität Bonn (2003). Desde
2004 é Professor/Pesquisador no Curso de Mestrado em Agroecologia
da Universidade Estadual do Maranhão e Pesquisador Adjunto desde
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Pesquisadores
da UEMA
junho de 2011. Tem experiência nas áreas de Agronomia e Ecologia,
atuando principalmente nos seguintes temas: rizipiscicultura na Baixada Maranhense; efeitos ecológicos e agronômicos da palmeira de babaçu; carbono preto em áreas frequentemente queimadas; potencial do
carvão fino na olericultura; produção de mudas e arroz irrigado; emissão de gases efeito estufa; mapeamento e recuperação de mata ciliar;
comparação de sistemas de uso/manejo da terra e indicadores ecológicos. (Agronomia)
Cícero Costa Quarto
Professor Assistente II do curso de Engenharia da Computação da Universidade Estadual do Maranhão. Obteve o mestrado em Engenharia
de Eletricidade, na área de Concentração Ciência da Computação, pela
Universidade Federal do Maranhão. Tópicos de pesquisa: Sistemas Colaborativos, Aprendizagem Colaborativa, Engenharia de Groupware e
Educação a Distância. (Engenharia da Computação)
Cláudia Maria Magalhães Motta
Possui mestrado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (2008).
(Letras)
Claúdio Eduardo de Castro
Possui mestrado em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (2004). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual do
Maranhão. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: educaSumário
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Pesquisadores
da UEMA
ção ambiental, ecoturismo, manejo de unidades de conservação, educação e desenvolvimento e meio ambiente. (Geografia)
Claudio Luís Nina Gomes
Em 2004, iniciou carreira de Professor do Departamento de Clínicas
Veterinárias (DCV) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UEMA,
onde leciona a disciplina de Clínica Médica e Terapêutica de Equídeos.
Em 2005, concluiu mestrado no curso de pós-graduação em Ciências
da Saúde na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), na área de
Imunofisiologia. Em 2006, iniciou doutorado no Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Viçosa
(UFV), em Viçosa-MG, na área de Clínica e Cirurgia Veterinária, obtendo, em 2010, o título de Doctor Scientiae em Medicina Veterinária.
(Veterinária)
Cynthia Carvalho Martins
Possui doutorado em antropologia social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente é Professora da UEMA e Coordenadora do
curso de especialização intitulado Sociologia das Interpretações do Maranhão: povos e comunidades tradicionais, desenvolvimento sustentável e grupos étnicos. Tem experiência em pesquisa de campo na área
de Antropologia-Sociologia, com ênfase em antropologia dos grupos étnicos e movimentos sociais, atuando principalmente nos seguintes temas: movimentos sociais; territorialidade; metodologia da pesquisa em
Ciências Sociais. Pesquisadora do Projeto Nova Cartografia Social da
Amazônia (PNCSA) e Grupo de Estudos Sócio Econômicos da Amazônia
(GESEA). (Ciências Sociais)
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Pesquisadores
da UEMA
Daniel Praseres Chaves
Médico Veterinário e Doutor em Medicina Veterinária UNESP/Jaboticabal (2009). Docente na UEMA. Experiência em diagnóstico laboratorial
de Doenças Infecciosas, Metabólicas e Tóxicas dos animais. Membro
efetivo das comissões de ensino e de ética do CRMV-MA; membro da câmara setorial para o desenvolvimento da cadeia produtiva de caprinos
e ovinos da Secretaria de Agricultura do Estado do Maranhão. Docente do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Animal; Coordenador
do Curso Técnico em Alimentos; Diretor do Núcleo de Biotecnologia do
Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do Maranhão;
Responsável Técnico pelo Laboratório de Bioprodutos Ltda.
(Veterinária)
Débora Martins Silva Santos
Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (Jaboticabal-SP, 2010). Atualmente
é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Histologia e
Medicina Veterinária Preventiva. (Biologia)
Deline Maria Fonseca Assunção
Possui mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará
(2004). Atualmente é Professora Assistente IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase
em Análise do Discurso e Linguística Textual. Doutoranda em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Letras)
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Pesquisadores
da UEMA
Diógenes Buenos Aires de Carvalho
Possui doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul (2006). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade Estadual do Maranhão, Chefe do Departamento de Letras-CESC/UEMA, e Líder do grupo de pesquisa Literatura, Leitura e Ensino (CNPq/UEMA). Professor Convidado do Mestrado em Letras da
UFPI. Membro do Comitê Institucional de Pesquisa da UEMA. Membro
do Conselho Editorial dos periódicos Cadernos de Aplicação/UFRGS,
Pesquisa em Foco/UEMA e Signos/UNIVATES. Membro do GT Leitura
e Literatura infantil e juvenil da ANPOLL. Pesquisador Associado da
RELER/Cátedra Unesco de Leitura PUCRio. Tem experiência na área
de Letras, com ênfase em Teoria Literária, atuando principalmente nos
seguintes temas: estética da recepção, literatura infantil e juvenil, leitura literária, formação do leitor, ensino de literatura e história da literatura. (Letras)
Eduardo Aurélio Barros Aguiar
Possui Doutorado em Engenharia Civil (Engenharia de Estruturas) pela
Universidade de São Paulo (2010). Atualmente é Professor Adjunto da
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Estruturas, atuando principalmente nos
seguintes temas: ligações viga-pilar, concreto pre-moldado, concreto
armado, concreto protendido, análise estrutural. (Engenharia Civil)
Elizabeth Nunes Fernandes
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do
Maranhão (1995), mestrado em Química Analítica pela Universidade
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Pesquisadores
da UEMA
Federal do Maranhão (1998) e doutorado em Química Analítica pela
Universidade Federal de São Carlos (2004). Atualmente é professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e técnico em laboratório da Universidade Federal do Maranhão, atuando junto ao Curso de
Engenharia de Alimentos. Tem experiência na área de Química, com
ênfase em Análise em Fluxo e Eletroanalítica, atuando principalmente
nos seguintes temas: multicomutação, espectrofotometria, quimiluminescência, reações enzimáticas, eletrodos quimicamente modificados.
(Química)
Elizabeth Sousa Abrantes
Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense
(2010). Atualmente é Professor Adjunto I do Departamento de História
e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão, Coordenadora do
Grupo de Pesquisa Cultura e Sociedade Contemporânea e foi Diretora
do Núcleo Regional da Associação Nacional de História (ANPUH-MA)
no período de 2003 a 2005. Tem experiência na área de História, com
ênfase em História do Brasil e do Maranhão, atuando principalmente
nos seguintes temas: gênero, mulher, dote e educação, nos séculos XIX
e XX. (História)
Elizete Santos Abreu
Possui mestrado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos
Sinos (2009). Professora da Universidade Estadual do Maranhão. Tem
experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: infância, brinquedo, gênero, étnico/racial e formação de professores. Sócia fundadora da Sociedade Negra Quilombola de Caxias/
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Pesquisadores
da UEMA
MA; atualmente é diretora do Centro de Estudos Superiores de Coelho
Neto-CESCN/UEMA. (Educação)
Elmary da Costa Fraga
Possui doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade
Federal do Pará (2005). Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Estadual do Maranhão e Diretor do Curso de Ciências do Centro
de Estudos Superiores de Caxias (UEMA). Tem experiência na área de
Genética, com ênfase em Genética de Populações e Sistemática Molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: sequenciamento
de genes mitocondriais e nuclear, sistemática molecular de peixes e
genética de populações de insetos. (Biologia)
Emanoel Gomes de Moura
Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 do CNPq. Possui doutorado
em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995). Atualmente é Professor Adjunto III
da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Professor do Curso de
Doutorado da Rede Bionorte; Professor do Programa de Pós- Graduação em Agroecologia da UEMA e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal CCAA-UFMA. Atua como pesquisador na área de avaliação e melhoria dos indicadores de qualidade dos solos, com ênfase no
aumento da disponibilidade e da eficiência do uso de nutrientes para o
manejo sustentável dos agrossistemas tropicais. Coordena vários projetos de implantação e avaliação de agrossistemas que objetivam conceber alternativa para o manejo agroecológico de sistemas de produção
familiar do trópico úmido. (Agronomia)
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Pesquisadores
da UEMA
Érico Peixoto Araújo
Possui mestrado em Engenharia na área de Controle de Processos e Manufaturas pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente
é Professor Assistente VI da Universidade Estadual do Maranhão. Atua
em pesquisas historiográficas sobre obras públicas e desenvolvimento
das cidades, e, também, pesquisas na área da informática que envolvam a tecnologia BIM (Building Information Modeling) no processo de
concepção de projetos. (Arquitetura)
Ester Azevedo da Silva
Possui doutorado em Agronomia/Entomologia pela Universidade Federal de Lavras. Atualmente leciona e pesquisa (Área: Acarologia) na
Universidade Estadual do Maranhão. (Agronomia)
Fabíola de Jesus Soares Santana
Possui mestrado em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é Professora Assistente
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de
Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino, língua e escrita. (Letras)
Fabíola de Oliveira Aguiar
Arquiteta e Urbanista pela Universidade Estadual do Maranhão (1998)
e mestre em Engenharia Urbana pela Universidade Federal de São Carlos (2003). A partir de 2003 é Professora do Curso de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão (onde, atualmente,
está enquadrada na categoria de Professor Adjunto I). É doutora em
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Pesquisadores
da UEMA
Engenharia de Transportes ( 2010) pela Escola de Engenharia de São
Carlos, Universidade de São Paulo (EESC/USP). Realizou estágio no
exterior, na Universidade do Minho, em Braga/Portugal (outubro 2008
a fevereiro 2009), como parte do programa de Doutorado. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em conforto
ambiental e planejamento urbano e de transportes, atuando principalmente nos seguintes temas: avaliação de circulação, transporte público, mobilidade de pedestres, mobilidade urbana e acessibilidade. Está
no cargo de Diretora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão desde janeiro de 2010. (Arquitetura)
Fabrício de Oliveira Reis
Possui doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do
Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2003-2007). Atuou como pesquisador
com Bolsa de Pós-Doutorado na Universidade Federal do Espírito Santo (2007-2009). Atualmente é Professor Adjunto de Fisiologia Vegetal
na Universidade Estadual do Maranhão e Coordenador do Programa
de Pós-Graduação em Agroecologia. Tem experiência na área de Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: mamão,
eucalipto, maracujá e milho, trocas gasosas, fluxo de seiva, eficiência
fotoquímica, estresses abióticos e fisiologia pós-colheita. (Agronomia)
Ferdinan Almeida Melo
Doutor em Patologia na área de Patologia Geral pela Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG (2008). Atualmente é Professor Adjunto
do Curso de Medicina Veterinária/Departamento de Patologia e Professor do Mestrado em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do
Maranhão (UEMA), onde é responsável pela disciplina de Doenças InSumário
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Pesquisadores
da UEMA
fecciosas. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, Anatomia
Patológica Animal, Patologia Geral, Doenças Infecciosas e Parasitárias.
(Veterinária)
Francisca Helena Muniz
Possui doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). É Professor
Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão. Atua como consultor ad hoc nas revistas Pesquisa em Foco e Árvore, e na FAPEMA.
Ensina e orienta na graduação, especialização e mestrado nas áreas de
Ecologia, com ênfase em Estrutura e Dinâmica de Ecossistemas Terrestres e Educação Ambiental formal e não formal. (Biologia)
Francisca Neide Costa
Possui doutorado em Medicina Veterinária Preventiva pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Jaboticabal, 2002). Atualmente é docente Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão/
UEMA, responsável pelas disciplinas Ornitopatologia e Microbiologia
de Produtos de Origem Animal, no curso de graduação em Medicina
Veterinária e docente e orientadora do programa de mestrado em Medicina Veterinária, onde é responsável pelas disciplinas Epidemiologia
e Controle das Enfermidades Veiculadas por Alimentos e Planejamento
e Administração Sanitária. Atua na linha de pesquisa: Microbiologia e
controle de qualidade dos alimentos de origem animal, com ênfase em
Microrganismos indicadores (coliformes, bolores e leveduras, mesófilos
e pscrotróficos), Salmonella, E.coli. Listeria, Sthaphylococcus e Aeromonas. (Veterinária)
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Pesquisadores
da UEMA
Francisco José Araújo
Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e Professor do Centro Universitário do Maranhão.
Tem experiência na área de Ciência Política e Sociologia, trabalhando
com as seguintes temáticas: cultura política, Estado e poder, transparência, responsabilidade social, organizações sociais, comunidades negras rurais. (Ciências Sociais)
Francisco José Araújo
Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e Professor do Centro Universitário do Maranhão.
Tem experiência na área de Ciência Política e Sociologia, trabalhando
com as seguintes temáticas: cultura política, Estado e poder, transparência, responsabilidade social, organizações sociais, comunidades negras rurais. (Educação)
Francisco Laurindo da Silva
Possui doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2004). Tem experiência na área de
Microbiologia, com ênfase em Microbiologia, atuando principalmente
nos seguintes temas: multiplicação intracelular, infecção, hospedeiro,
fatores de virulência, paracoccidioides brasiliensis, virulência, e penicilliumsp, infecção, adesão. (Saúde)
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Pesquisadores
da UEMA
Francisco Limeira de Oliveira
Possui doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (2003). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade Estadual do Maranhão, Revisor de periódico
da Acta Amazônica (Impresso) e da Revista Brasileira de Biociências
(Impresso). Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Taxonomia dos Grupos Recentes. Atuando principalmente nos seguintes
temas: insecta, diptera, tabanidae, mutuca, inseto praga e Maranhão.
(Biologia)
Francismar Rodrigues de Sousa
Possui mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Minas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1982). Atualmente é Professor Assistente da Universidade Federal do Maranhão e Professor Assistente da
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em tratamentos térmicos dos aços, propriedades mecânicas dos metais e ligas, atuando
principalmente nos seguintes temas: ensaios e seleção dos materiais,
tratamentos térmicos dos aços, proteção anticorrosiva, gestão em segurança no trabalho, estatística descritiva, estação de trabalho e pintura industrial. (Engenharia Mecânica)
Gilson Soares da Silva
Possui doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade Federal de Viçosa (1988). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão e membro de corpo editorial da Summa
Phytopathologica (Impresso). Tem experiência na área de Agronomia,
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Pesquisadores
da UEMA
com ênfase em Fitossanidade. Atuando principalmente nos seguintes
temas: crotalaria, nematoides, controle. (Agronomia)
Gonçalo Mendes da Conceição
Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro de Ensino Superior do Piauí (1992), Graduação em Ciências pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (1984), Mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (2000) e Doutorado em Zootecnia pela
UNESP/Jaboticabal (2012). Atualmente é Técnico de Nível Superior da
Universidade Estadual do Piaui, lotado na Pro-Reitoria dos Cursos Sequencias, onde exerceu o cargo de Chefe de Coordenação dos Cursos
Sequencias do Interior do Estado do Piaui. É Professor Assistente II
da Universidade Estadual do Maranhão, lotado no Centro de Estudos
Superiores de Caxias (CESC/UEMA). Foi Diretor do Curso de Ciências
do CESC/UEMA, no Estado do Maranhão. Tem experiência na área de
Biologia Geral, com ênfase em Botânica, Ecologia, Educação Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Estudos Florísticos,
Vegetação de Cerrado, Estudos Fitossociologicos. Desenvolve levantanetos florísticos com Pteridófitas, Briófitas, Fragmentação do Cerrado,
Levantamento de Myrtaceae, Convolvulaceae, Bryofitas, Melastomataceae, Cypraceae, Etnobotanica, Forrageira Nativa do Cerrado, etc..
(Biologia)
Grete Soares Pflueger
Doutora em Urbanismo pelo PROURB-UFRJ. Mestre em Desenvolvimento Urbano pelo MDU-UFPE. Professora Adjunta do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão, onde foi
diretora de curso de arquitetura (2002-04) e Pró-reitora de extensão
Sumário
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Pesquisadores
da UEMA
(2007-2010) e assessora. Pesquisadora da UEMA e FAPEMA, com ênfase nos seguintes temas: patrimônio histórico, arquitetura moderna,
planejamento urbano, formação das cidades (São Luís e Alcântara ).
Consultora Fapema, FINEP, PROEX e membro do IAB-MA e CREA-MA.
(Arquitetura)
Guillaume Xavier Rousseau
Possui doutorado em Biologia Vegetal pela Universite Laval (2005). Tem
experiência na área de Biologia do Solo, com ênfase em indicadores da
saúde do solo, atuando principalmente nos seguintes temas: macrofauna, microbiologia, indicadores, sistemas agroflorestais, Amazônia,
América Central. (Agronomia)
Hamilton Pereira Santos
Possui doutorado em Ciência Animal pela Universidade Federal Rural
de Pernambuco. Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão. Experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em
Doenças Infecciosas de Animais, atuando principalmente nos seguintes
temas: Leucose Enzoótica Bovina, Brucelose, Tuberculose, Leptospirose, Diarréia Viral Bovina, Rinotraqueíte Infecciosa Bovina e Doenças
Infecciosas da Reprodução de Ruminantes. (Veterinária)
Helciane de Fátima Abreu Araújo
Possui doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará
(2010). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do
Maranhão. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em SoSumário
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Pesquisadores
da UEMA
ciologia Rural, atuando principalmente nos seguintes temas: movimentos sociais, babaçu, mulheres, educação e política. (Letras)
Helder Moraes Pereira
Possui Doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres
pela Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área
de Medicina Veterinária, com ênfase em Clínica Veterinária, atuando
principalmente nos seguintes temas: Clínica Médica e Cirúrgica de Ruminantes Domésticos e Morfologia do fígado.(Veterinária)
Helidacy Maria Muniz Corrêa
Possui doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense
(2011). É Professor Adjunto do Departamento de História e Geografia
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de
História, especificamente em Historia do Brasil e Maranhão Colonial.
Orienta pesquisas relacionadas às práticas políticas dos moradores do
Estado do Maranhão e Grão-Pará no mundo luso-imperial, durante os
séculos XVII e primeira metade do século XVIII. É líder do Núcleo de
Documentação e Pesquisa sobre Maranhão e Grão-Pará e suas relações
no mundo ibérico - MAREGRAM. Participa de projeto de pesquisa interinstitucional entre a UFRJ e EHESS. (História)
Hermeneilce Wasti Aires Pereira Cunha
Possui mestrado em Agroecologia pela Universidade Estadual do Maranhão (2003). Atualmente é Professora da Universidade Estadual do
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Pesquisadores
da UEMA
Maranhão. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Urbana. Faz Doutoramento pela UNESP (Presidente Prudente).
Projeto de pesquisa contempla a acessibilidade da pessoa com deficiência na capital maranhense. (Geografia)
Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra
Possui Doutorado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
(2003) e Doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural
de Pernambuco (2006). Professora Assistente I de Microbiologia do Departamento de Química e Biologia (UEMA). Tem experiência na área de
Agronomia e Biologia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: taxonomia e fisiologia de fungos, indução
de resistência, doenças em flores tropicais e fruteiras tropicais e microbiologia geral. (Biologia)
Ivaneide de Oliveira Nascimento
Possui mestrado em Agroecologia pela Universidade Estadual do Maranhão (2009). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em
Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: medicina alternativa, etnobotânica, princípios anti-impacto ambiental,
botânica e meio ambiente. (Agronomia)
Ivanildo Silva Abreu
Possui doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do
Pará (2008). Atualmente é Professor da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em análiSumário
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Pesquisadores
da UEMA
se numérica, pesquisa operacional, sistemas inteligentes e técnicas de
otimização para sistemas dinâmicos multivariáveis.
(Engenharia da Computação)
Jailson de Macedo Sousa
Possui mestrado em Geografia pelo Instituto de Estudos Sócioambientais da Universidade Federal de Goiás (2005). Atualmente é Professor
Assistente I do Centro de Estudos Superiores da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA/CESI e do Centro de Ensino Médio Graça Aranha. Está vinculado ao Instituto de Geografia da Univesidade Federal
de Uberlândia-IG/UFU (Programa de Pós-graduação em Geografia), desenvolvendo tese de doutoramento. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos
seguintes temas: cidade e região; cidades médias; planejamento urbano e regional na Amazônia; educação geográfica e ensino de Geografia.
(Geografia)
João Coelho Silva Filho
Doutor em Engenharia Elétrica/Telemática pela UNICAMP (2008). É
professor do DEMATI-UEMA, onde é docente dos cursos de Matemática, Fisica e Engenharia e do Mestrado em Engenharia da Computação.
Possui experiência em Matemática pura e aplicada nas áreas de Teoria
dos Números, Álgebra, Teoria da Codificação e Educação Matemática.
(Matemática)
Sumário
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Pesquisadores
da UEMA
Joaquim Teixeira Lopes
Possui Mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual
de Campinas (2004), Doutorando em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia/MG. Atualmente é professor C3 do
Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão e Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na
área de Física e Engenharia Mecânica, com ênfase nos seguintes temas: física clássica, física moderna, coletor solar, energia alternativa,
energia solar, laboratório de física e fogão solar. (Física)
Joel Manoel Alves Filho
Possui doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2002). Atualmente é Professor Adjunto da
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Controle de Ruído e Vibração no
Ambiente de Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas:
ruído industrial, comunitário e urbano. (Engenharia Mecânica)
Jorge Diniz de Oliveira
Possui doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é professor Ajunto II da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Química,
com ênfase em Química Analítica e Ambiental, atuando principalmente
nos seguintes temas: poluição e contaminação de sistemas aquáticos,
despejos urbano, metais potencialmente tóxicos, biodisponibilidade de
metais, especiação de metais, saneamento básico. (Química)
Sumário
308 / 415
Pesquisadores
da UEMA
José Antonio R. de Carvalho
Possui mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa
Catarina (2001). Atualmente é Professor Assistente III da Universidade
Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação e Sociologia, atuando principalmente nos seguintes
temas: religião afro-brasileira, gestão pública, espiritismo-Maranhão,
discriminação, política cultural e gestão do patrimônio público.
(Ciências Sociais)
José Fábio França Orlanda
Possui doutorado em Química pela Universidade Federal da Paraíba
(2011). Atualmente é Professor da Universidade Estadual do Maranhão,
Campus de Imperatriz, e Coordenador do Laboratório de Biotecnologia
Ambiental (LABITEC). Tem experiência na área de Química, com ênfase
em Química Analítica e Microbiologia Ambiental. (Química)
José Haroldo Bandeira Sousa
Possui mestrado em Ciência da Literatura (Teoria Literária) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é Professor
Titular - Unidade de Ensino Fundamental e Médio Barjonas Lobão - e
Professor Assistente IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem
experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: análise do discurso, ensino de
línguas e linguística. (Letras)
Sumário
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Pesquisadores
da UEMA
José Henrique de Paula Borralho
Possui doutorado pela Universidade Federal Fluminense (2009). É Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando
principalmente nos seguintes temas: identidade, intelectuais, tradição,
historiografia, polítca-literatura, literatura e história, história e cinema, teorias da História. É Professor do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sócio-Espacial e Regional
da UEMA, Coordenador Operacional do Doutorado Inter institucional
(DINTER) Novas Fronteiras em Ciências da Literatura entre a UFRJ e a
UEMA. É Coordenador Geral da Revista Outros Tempos, Vice-Coordenador do NEMO (Núcleo de Estudos sobre o Maranhão Oitocentista). É
autor das obras: Uma Athenas Equinocial: a literatura e a fundação de
um Maranhão no império brasileiro (2010); Terra e Céu de Nostalgia:
Tradição e identidade em São Luís do Maranhão. (História)
José Ribamar da Silva Júnior
Doutor em Medicina Veterinária com área de concentração em, Clínica
Veterinária. É Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase
em Anestesiologia Veterinária, atuando principalmente nos seguintes
temas: Anestesia Inalatória com Ventilação Controlada, Dor, Técnicas
de NLA. (Veterinária)
Sumário
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Pesquisadores
da UEMA
José Ribamar Gusmão Araujo
Possui doutorado em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Atualmente é Professor
Adjunto do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Agronomia, com
ênfase em Fruticultura, atuando principalmente nos seguintes temas:
manejo cultural de plantas frutíferas, porta-enxertos, prospecção e domesticação de fruteiras nativas, propagação e produção de mudas frutíferas e sistemas agroecológicos de produção vegetal com ênfase para
os componentes perenes. Atualmente, desenvolve projeto de inovações
tecnológicas na cultura do abacaxi Turiaçu, nativo do Maranhão, e realiza pesquisa com manejo agroecológico de açaizeiros nativos do município de Alcântara e Pré-Amazônia Maranhense. (Agronomia)
José Sampaio de Mattos Junior
Possui Doutorado em Geografia pela Faculdade de Ciência e Tecnologia-FCT/UNESP, Campus de Presidente Prudente/SP. É Professor Adjunto do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão, trabalhando com as disciplinas Geografia Agrária e
Geografia Regional no Curso de Graduação em Geografia. Professor e
Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento
Socioespacial e Regional, nível de Mestrado, da Universidade Estadual
do Maranhão. É coordenador do Grupo de Estudos de Dinâmica Territorial. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia
Agrária, Epistemologia da Geografia e Geografia Regional e trabalha
nas linhas de pesquisas Região, Territorialidades e Movimentos Sociais
e Políticas Públicas, Dinâmica Regional e Desenvolvimento Territorial.
(Geografia)
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Pesquisadores
da UEMA
Joseane Maia Santos Silva
Possui doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo (2010). É
Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e da rede pública estadual de ensino. Coordena o Comitê do PROLER, desde 1998,
em Caxias-MA. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: leitura, literatura infanto-juvenil, literatura infantil, formação de leitores e
poesia. (Letras)
Joseneide Teixeira Câmara
Possui mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí
(UFPI), Doutoranda de Medicina Tropical (UFG). Atualmente é Professora Assistente dos Cursos de Enfermagem e Medicina da Universidade
Estadual do Maranhão (UEMA), Coordenadora Municipal do Controle
de Infecções de Serviços Assistência à Saúde e Núcleo de Epidemiologia
Hospitalar da Prefeitura de Caxias. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Atenção Básica à Saúde e Vigilância Epidemiológica dos Serviços de Saúde, atuando principalmente nos seguintes
temas: ações de enfermagem, educação em saúde, enfermagem na saúde da família, avaliação de serviços de saúde e vigilância epidemiológica das infecções dos serviços de saúde. (Saúde)
Júlia Constança Pereira Camelo
Possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do
Pará (2010). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura
popular, bumba meu boi, sociedade, literatura, ensino, pesquisa, cocaSumário
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Pesquisadores
da UEMA
nha, apropriação, cultura popular e infância, trabalho, código.
(História)
Leônidas Antônio Chow Castillo
Possui mestrado em Master of Dairy Science pela University of Florida
(1972). Professor Assistente I da Universidade Estadual do Maranhão
e Diretor do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual
do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com
ênfase em Reprodução Animal. Atua principalmente nos seguintes temas: ciclo estral, sincronização, função endócrina, manejo reprodutivo.(Veterinária)
Lúcia Maria Coelho Alves
Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de
Medicina Veterinária, com ênfase em Inspeção de Produtos de Origem
Animal. Atuando principalmente nos seguintes temas: água de usos
múltiplos, contaminação, saúde, poluição ambiental.(Veterinária)
Manoel de Oliveira Dantas
Possui doutorado em Fisiologia Médica pela Universidade de Córdoba,
Espanha (1992). Atualmente é Professor Adjunto concursado pela Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina
Veterinária, com ênfase em Eletrocardiografia Animal, atuando princiSumário
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Pesquisadores
da UEMA
palmente nas áreas de fisiologia hemática, bioquímica sanguínea e clínica médica. Foi professor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
da UFCG, antiga UFPB, lecionando os segmentos de Fisiologia Hemática e Gênese do Eletrocardiograma. Foi nomeado por quatro anos Professor Colaborador de Honra do Departamento de Biologia Animal da
Universidade de Córdoba, Espanha. (Veterinária)
Marcelo Cheche Galves
Possui doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense
(2010). Atualmente é Professor do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão, e Professor vinculado ao
Programa de Pós-Graduação e Desenvolvimento Socioespecial e Regional da mesma Universidade. Atua nas áreas de História da América e
História do Maranhão, nos oitocentos. Orienta pesquisas sobre história
política, com ênfase na circulação de ideias e de impressos. É Coordenador do Núcleo de Estudos sobre o Maranhão Oitocentista (NEMO)
e Pesquisador Associado do Centro de Estudos do Oitocentos (UFF).
(História)
Márcia Tereza Campos Marques
Possui doutorado em Urbanismo pela Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Atua principalmente nas seguintes áreas:
arquitetura e patrimônio histórico. (Arquitetura)
Sumário
314 / 415
Pesquisadores
da UEMA
Maria Célia Pires Costa
Possui doutorado em Química pela Universidade Estadual de Campinas (1988). Diretora da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso
Ciência (SP, 2004-2007), Diretora Científica da FAPEMA - Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão, de 1991-1993, Secretária de Educação de São Luís, de 1997-1998. É Professora Adjunto
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência nas áreas de
Polímeros, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Formação de Estruturas Dissipativas e Ensino de Ciências, atuando principalmente nos seguintes temas: mel, geoprópolis e propólis, colágeno, auto-organização,
babaçu, adsorção, pedra preta da África (carvão animal) e ensino de
química. (Química)
Maria Claudene Barros
Possui doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do
Pará (2004). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual
do Maranhão no Centro de Estudos Superiores de Caxias. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Biologia Molecular, atuando
principalmente nos seguintes temas: sistemática molecular animal, filogenia animal, genética de população. Desempenha projeto relacionado com tucunarés, aedes aegypti e bacia do rio Itapecuru. (Biologia)
Maria Cristiane Pestana Chaves Miranda
Possui doutorado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica
Veterinária pela Universidade Estadual Paulista (UNESP-FCAV-Jaboticabal, 2010). Atualmente é professora Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). (Veterinária)
Sumário
315 / 415
Pesquisadores
da UEMA
Maria de Fátima Salgado
Possui Doutorado em Engenharia de Materiais pela REDEMAT (2009).
Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Física, atuando principalmente nos
seguintes temas: oxidação em altas temperaturas, teatro científico.
(Física)
Maria do Socorro Costa Oliveira Braga
Possui doutorado em Patologia Animal pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010). Atualmente é Professor Titular da
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Imunologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Mycoplasma sp, Felídeos, Neospora Caninum,
Toxoplasma gondii.(Veterinária)
Maria Goretti Cavalcante de Carvalho
Possui mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão
(2003). Atualmente é Professor Assistente I, dedicação exclusiva, do
Departamento de Educação e Filosofia; Membro do Conselho de Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais da Universidade Estadual do Maranhão. Participa do Grupo de Pesquisa sobre disciplinas da
licenciatura voltadas para o ensino de Língua Portuguesa: saberes e
práticas na formação docente-USP/UFMA. Tem experiência na área de
Educação, com ênfase em Fundamentos Educacionais. Exerce o cargo
de Gestora do Curso de Licenciatura em Música da Universidade Estadual do Maranhão. (Educação)
Sumário
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Pesquisadores
da UEMA
Maria José Neló
Doutora em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo (2011), Professor Adjunto em Linguística, Universidade
Estadual do Maranhão. Área de concentração de pesquisa: discurso
e discursividade numa perspectiva de ensino-aprendizagem de língua
materna e língua portuguesa, variante brasileira, para estrangeiros,
bem como o tratamento sobre construção e produção do humor.
(Letras)
Maria José Pinheiro Corrêa
Possui doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009). Atualmente é Professora Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência
na área de Morfologia, atuando principalmente nos seguintes temas:
absorção de macronutrientes, gergelim. (Agronomia)
Maria José Quaresma Vale
Possui mestrado em Ciência da Literatura pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (2001). Atualmente é Professor Assistente da Universidade Estadual do Maranhão, regime parcial da Faculdade Atenas Maranhense e Professora da Secretaria de Estado da Educação, atuando
principalmente nos seguintes temas: análise do discurso, texto-fábula,
coesão, literatura de cordel e leitura infantil. (Letras)
Maria José Rabelo Aroucha
Possui Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão.
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Pesquisadores
da UEMA
Atualmente é Professora do Departamento de Educação e Filosofia da
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Didática, Psicologia da Educação e Metodologia
do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática. Atua principalmente
nos seguintes temas: educação, ensino, aprendizagem, metodologia,
inclusão e trabalho. (Educação)
Maria Rosângela Malheiros Silva
Possui doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Matologia, atuando principalmente nos seguintes temas: biologia e ecologia de plantas daninhas.
(Agronomia)
Maria Teresinha de Medeiros Coelho
Possui mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (2002). Atualmente é Professor Assistente I da
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Geotécnica, atuando principalmente nos
seguintes temas: drenagem urbana, gestão urbana. (Engenharia Civil)
Maria Tereza de Alencar
Possui mestrado em Ciências da Educação pela Universidade Estadual
do Maranhão (1999). Atualmente é Professora Assistente dos cursos de
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Pesquisadores
da UEMA
Geografia da Universidade Estadual do Piauí e Universidade Estadual
do Maranhão. Doutora em Geografia pela UFS (2010). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Agrária e Regional,
atuando principalmente nos seguintes temas: ruralidade, políticas públicas, território, semiárido, espaço rural e pesquisa. Professora Permanente do Mestrado em Geografia pela UFPI. Coordenadora do Subprojeto PIBD Geografia UESPI 2011-2013. (Geografia)
Mariângela Santana Guimarães Santos
Mestre em Educação pela UFPI. Tem experiência na área de Educação,
com ênfase em Educação. Professora em faculdades privadas. A linha
de pesquisa em que desenvolve projetos educacionais é Prática Pedagógica, Formação de Professores, Docência Superior e Avaliação Educacional. Desenvolve trabalhos de consultoria em instituições de ensino
superior. (Educação)
Marluce Wall de Carvalho Venâncio
Mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de
Pernambuco (2002). Atualmente é Professora Assistente III da Universidade Estadual do Maranhão e doutoranda em Urbanismo no PROURB/
FAU-UFRJ. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com
ênfase em História da Cidade e do Urbanismo, História e Teoria da Arquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação
urbana, teorias do urbanismo, história da cidade e história do urbanismo. (Arquitetura)
Sumário
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Pesquisadores
da UEMA
Maura Célia Cunha e Silva
Possui mestrado em Química pela Universidade Federal do Piauí (2006).
Atualmente é professora da Universidade Estadual do Maranhão. (Química)
Mauro Guterres Barbosa
Possui mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade Federal do Pará (2008). Atualmente é Professor Assistente II da
Universidade Estadual do Maranhão, Professor de Matemática do Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educação e Professor Colaborador
II da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas de São Luís
do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em
Ensino-Aprendizagem. Atuando principalmente nos seguintes temas:
educação matemática, formação de professores, ensino fundamental.
(Matemática)
Milson Silva Monteiro
Possui mestrado em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal do Maranhão (2002). Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em teoria de grafos, algoritmos paralelos e distribuídos, inteligência artificial distribuída e complexidade de algoritmos.
(Engenharia da Computação)
Paulo Henrique Aragão Catunda
É Doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro (2007). Tem experiência na área de AgronoSumário
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Pesquisadores
da UEMA
mia, com ênfase em Fitotecnia, atuando principalmente nos seguintes temas: abacaxizeiro, aclimatização, brassinosteroides, substratos.
(Biologia)
Porfirio Candanedo Guerra
Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Atualmente é Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Maranhão. Tem
experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Radiologia
de Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: leptospirose, asinino, cão, radiologia e ultrassonografia. (Veterinária)
Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta
É Doutora em Biotecnologia, Mestre em Sustentabilidade de Ecossistemas, Graduada em Biologia e em Educação Artística/Artes Plásticas.
Atualmente faz pós-doutorado em Modelagem de Sistemas Biológicos
(biomarcadores) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em estudos ecológicos
de ambientes aquáticos, biomarcadores em peixes e educação ambiental. (Biologia)
Raimunda Nonata Santos de Lemos
Possui doutorado em Agronomia (Proteção de Plantas) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Atualmente é
Professora Adjunta IV do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de
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Pesquisadores
da UEMA
Agronomia, com ênfase em Manejo Integrado de Pragas, atuando principalmente nos seguintes temas: controle biológico, controle alternativo
de pragas e bioecologia - lagarta-do-cartucho, mosca-branca, mosca-negra-dos-citros. (Agronomia)
Ricardo de Macedo Chaves
Possui doutorado em Ciência Veterinária pela Universidade Federal
Rural de Pernambuco (2010). Atualmente é professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina
Veterinária, com ênfase em Fisiopatologia da Reprodução Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo reprodutivo, inseminação artificial e andrológico de bovinos, caprinos e ovinos.(Veterinária)
Rita de Maria Seabra Nogueira de Candanedo Guerra
Possui doutorado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz
(2002). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Estadual
do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com
ênfase em Acarologia, atuando principalmente nos seguintes temas:
entomologia e acarologia, vetores transmissores de doenças. (Veterinária)
Ronaldo dos Santos Barbosa
Possui mestrado em Geografia pelo Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Geografia Física e Prática de Ensino em Geografia Física e Cartografia, com ênfase
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Pesquisadores
da UEMA
em Hidrogeografia, atuando principalmente nos seguintes temas: bacia
hidrográfica, impactos ambientais, educação ambiental e cartografia
escolar. Professor Assistente I do Departamento de História e Geografia
do Centro de Estudos Superiores de Imperatriz da Universidade Estadual do Maranhão. Professor Substituto do Curso Interdisciplinar em
Ciências Humanas, Licenciatura, da Universidade Federal do Maranhão, Campus de Imperatriz. (Geografia)
Rosirene Martins Lima
Possui doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná (2007). Tem experiência na área de Geografia,
com ênfase em cidade, urbanização e meio ambiente. Ciências Sociais
Rossane Cardoso Carvalho
Possui doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade
de Brasília (2007). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade
Estadual do Maranhão. Atua principalmente nos seguintes temas: ergonomia, gestão ambiental, gestão do uso da água, gestão de resíduos
sólidos na indústria, desenvolvimento sustentável. Ocupa o cargo de
Assistente do Centro de Ciências Tecnológicas da UEMA desde março
de 2011. Atua na área de gestão ambiental em cursos de pós-graduação em São Luís/ MA. (Engenharia Mecânica)
Rudson Almeida de Oliveira
O Professor Dr. Rudson Almeida de Oliveira tem experiência na área
de Medicina Veterinária, com ênfase nos seguintes temas: Semiologia,
Sumário
323 / 415
Pesquisadores
da UEMA
Clínica Médica de Animais Domésticos, Microbiologia e Imunologia Veterinária, Doenças Infecciosas e Parasitárias, Estatística Experimental
e Metodologia Científica. (Veterinária)
Sandra Borges da Silva
Possui doutorado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro (2006). Tem experiência na área de Medicina
Veterinária, com ênfase em Doenças Parasitárias de Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: imunologia de invertebrados,
controle biológico e ecologia parasitária. Professora Auxiliar de Parasitologia Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão/UEMA.
(Veterinária)
Solange Santana Guimarães Morais
Possui mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de
Pernambuco (2002). Atualmente é Professor Assistente II do Centro de
Estudos Superiores de Caxias, da Universidade Estadual do Maranhão.
Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura. (Letras)
Sônia Maria Nogueira
Doutorado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão, no Centro de Estudos Superiores de
Imperatriz/MA; Professor Titular - Complexo E. Ensino Caminho do
Futuro; Parecerista de revistas científicas especializadas; Pesquisadora
do Grupo de Pesquisa Historiografia da Língua Portuguesa (GPeHLP)
Sumário
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Pesquisadores
da UEMA
do IP-PUC/SP do Núcleo de Estudos em Línguas, Literaturas e Cinema
(NELLCINE); Autora de artigos em anais nacionais e internacionais, revistas especializadas e capítulos de livros. Tem experiência na área de
Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos
seguintes temas: língua portuguesa, historiografia lingüística, ensino e
gramaticografia maranhense. (Letras)
Tereza Cristina Mena Barreto de Azevedo
Atualmente é aluna do Doutorado em Linguística (UFRJ). Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão (1993), graduação em Licenciatura Plena em História
pela Universidade Federal do Maranhão (1984) e mestrado em Letras
(Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(2001). É Professora Titular do Centro Universitário do Maranhão, desenvolve serviços na Fundação Municipal de Cultura de São Luís, Professora Assistente III da Universidade Estadual do Maranhão e técnica
em atividades culturais no Museu Histórico e Artístico do Maranhão.
Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa,
atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem, comunicação, museu, intertextualidade e interdiscursividade. (Letras)
Valéria Cristina Soares Pinheiro
Possui doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (2005). Atualmente é colaboradora
e consulltora ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão, Professor Adjunto III da
Universidade Estadual do Maranhão UEMA), credenciada no Programa
de Pós-Graduação em Saúde Materno Infantil - Mestrado Acadêmico da
Sumário
325 / 415
Pesquisadores
da UEMA
Universidade Federal do Maranhão e Coordenador Operacional do Dinter em Medicina Tropical da UFG/UEMA/UESPI/UFMA. Coordena o
Laboratório de Entomologia Médica (LABEM) no Campus da UEMA em
Caxias, onde desenvolve pesquisas com doenças tropicais transmitidas
por vetores, atuando principalmente nos seguintes temas: dengue, malária, leishmanioses, vetores, dinâmica de transmissão e medidas de
controle. (Saúde)
Vera Lúcia Bezerra Santos
Doutoranda em Administração pela FGV/EBAPE. Professora da Universidade Estadual do Maranhão, do departamento de Ciências Sociais.
Coordena o Grupo de Estudos em Segurança Pública (GESP-UEMA),
vinculado ao DCS/CCSA/UEMA. Linha de pesquisa voltada para área
de segurança pública, poder, polícia, políticas de segurança pública e
administração pública. (Ciências Sociais)
Vera Lúcia Neves Dias
Possui doutorado em Ciências pela Universidade Federal da Paraíba
(2009), com área de concentração em Química Analítica. Atualmente é
Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Química, atuando principalmente nos seguintes
temas: hortaliças, polpas de frutas, plantas medicinais e óleos e essências. (Química)
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326 / 415
Pesquisadores
da UEMA
Vivian Aranha Saboia
Doutora em Sociologia/Políticas Públicas pelo CNRS/Universidade Paris VIII e UFMA (2006). Atua principalmente nos seguintes temas: políticas de emprego, desenvolvimento socioeconômico, gênero. É docente
na Universidade Estadual do Maranhão e no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sócioespacial e Regional/Uema. (Ciências
Sociais)
Walter Canales Sant’Ana
Possui doutorado em Engenharia de Transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é Professor Adjunto I pelo Departamento de Expressões Gráficas e Transportes da
Universidade Estadual do Maranhão. É coordenador da Rede Asfalto.
Tem experiência na área de Infraestrutura Viária, com ênfase em Pavimentação, atuando principalmente nos seguintes temas: misturas asfálticas e estabilização de solos. (Engenharia Civil)
Welberth Santos Ferreira
Atualmente é Doutor em Física pela Universidade do Porto. Tem experiência na área de Física Experimental, com ênfase em Prop. Óticas
e Espectrosc. da Matéria Condensada; Outras Interações da Matéria
com Radiação e Partícula, atuando principalmente nos seguintes temas: semicondutores, pontos quânticos, espectroscopia vibracional em
manganitas, materiais multiferroicos e acoplamento magnetoeléctrico.
(Física)
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Pesquisadores
da UEMA
Wellinton de Assunção
Possui mestrado-profissionalizante em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é Professor Assistente III da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência
na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Gerência de Produção. Atuando principalmente nos seguintes temas: análise de valor,
qualidade, produtividade. (Engenharia Mecânica)
William da Silva Cardoso
Possui doutorado em Química Inorgânica pela Universidade Estadual
de Campinas (2005). Trabalhou como pesquisador visitante do Departamento de Química da Universidade Federal do Maranhão (2007). Atualmente é Professor de Química Inorgânica da Universidade Estadual
do Maranhão. Tem experiência em síntese inorgânica, com ênfase em
sensores eletroquímicos, atuando principalmente nos seguintes temas:
desenvolvimento de novos materiais, óxidos mistos, óxido de estanho
via sol-gel para aplicações como eletrodos quimicamente modificados.
(Química)
Wilson Araújo da Silva
Possui doutorado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (2007). Tem experiência na área de Engenharia Agrícola e Agronomia, com ênfase em Irrigação e Drenagem,
atuando principalmente nos seguintes temas: atividades de extensão,
SIG, desenho e projeto auxiliado por computador (CAD ), produção vegetal, coeficiente de cultivo, manejo e conservação do Solo e da água,
agricultura irrigada e lâmina de irrigação, agrometeorologia, fruticultuSumário
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Pesquisadores
da UEMA
ra, cana-de-açúcar e paisagismo. Atualmente está concursado na Universidade Estadual do Maranhão como Professor Adjunto I na área de
Irrigação e Drenagem. Diretor do Curso de Agronomia da UEMA/CESI.
Diretor pró-têmpore do Curso de Engenharia Florestal da UEMA-CESI
e Coordenador do Curso de Especialização em Geoprocessamento Aplicado ao Planejamento Agrícola e Ambiental. (Agronomia)
Zafira da Silva de Almeida
Possui Doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Pará/Museu Emílio Goeldi (2009). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Zoologia,
com ênfase no grupo de peixes, atuando em Gestão e Dinâmica Populacional de Recursos Pesqueiros. Principais temas: gestão de recursos
pesqueiros, Maranhão, alimentação, reprodução, elasmobrânquios e
educação ambiental. (Biologia)
Zulene Muniz Barbosa
Doutora em Ciências Sociais - Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUCSP (2002). Professora Adjunta II do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Maranhão,
exerce atualmente a coordenação do Programa de Pós-Graduação em
Desenvolvimento Socioespacial e Regional . Tem experiência na área da
Ciência Política, com ênfase em Teoria Política e Sociologia do Trabalho
e pesquisa os seguintes temas: Estado, política de desenvolvimento,
trabalho e movimento sociais. (Ciências Sociais)
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Pesquisadores
da UFMA
Adalgisa de Souza Paiva Ferreira
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
(1983), doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de
São Paulo (2002) e residência-médica pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (1987). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão, do Governo do Estado do
Maranhão, Revisor de periódico da Brazilian Journal of Medical and
Biological Research, Médico do Ministério da Saúde, orientador da Rede
Nordeste em Biotecnologia, Revisor de periódico da Clinics (USP. Impresso) e Revisor de periódico da Journal of Clinical Transplantation.
Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Clínica Médica.
Atuando principalmente nos seguintes temas: gastro.
Adeílton Pereira Maciel
Graduado em Química Industrial e mestre em Química pela Universidade Federal da Paraíba, doutor em Química pela Universidade Federal de São Carlos, Especialista em Educação a Distância. Atualmente
é professor Adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Físico-Química, atuando
principalmente nos seguintes temas: sensores, catalisadores, biocombustíveis, ambiental e educação a distância.
Adelaide Ferreira Coutinho
Graduada em Pedagogia (1982), Licenciada em Educação Artística
(1999), Especialista em Metodologia do Ensino Superior (1996) e Mestra
em Educação (1998) pela Universidade Federal do Maranhão. Doutora
Sumário
330 / 415
Pesquisadores
da UFMA
em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2005).
Atualmente é professora adjunta do Departamento de Educação II e do
Mestrado em Educação da Universidade Federal do Maranhão. Coordena o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA,
no Maranhão, pela parceria UFMA/MST/ASSEMA/CCN/ACONERUQ.
Coordena o Curso de Pedagogia da Terra-UFMA. Exerce docência nas
disciplinas Política e Planejamento Educacional, História da Educação e Educação do Campo. Realiza estudos e pesquisas vinculadas ao
NEPHECC e ao Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais da
UFMA, concentradas em Política Educacional e Financiamento, Movimentos Sociais e Educação do Campo, Estado e terceiro setor.
Adenilde Ribeiro Nascimento
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do
Maranhão (1980), mestrado em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará (1996) e doutorado em Ciências dos Alimentos
pela Universidade Federal de Lavras (2004). Atualmente é professor
adjunto IV, com as seguintes disciplinas: Introdução à Microbiologia,
Microbiologia de Alimentos e Microbiologia Aquática. É coordenadora
do Programa de Controle de Qualidade de Alimentos e Água (PCQA/
UFMA). Linhas de Pesquisa - Microbiologia de Alimentos - Segurança
Alimentar e Microbiologia Ambiental - Pesquisa sobre a contaminação
das águas e areias das praias.
Adenilson Oliveira dos Santos
Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Londrina
(1999), mestrado em Física, UNICAMP (2002) e doutorado em CiênSumário
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Pesquisadores
da UFMA
cias, UNICAMP (2006). Pós-Doutorado em Física pela UNICAMP (20062008). Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal do
Maranhão, assessor ad hoc do CNPq, FAPEMA e FAPESPA, usuário do
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), membro permanente do programa de pós graduação (Mestrado e Doutorado) em Física
da UFMA. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física
da Matéria Condensada, atuando principalmente nos seguintes temas:
Difração de Raios-X, Método de Rietveld, Difração Múltipla de Raios-X,
Radiação Sincrotron, Materias Ferroelétricos e Ferromagnéticos.
Adriana de Fátima Vasconcelos Pereira
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1994), especialização em Periodontia pela Unicastelo-CE (1997),
mestrado em Clínica Odontológica com área de concentração em Periodontia pela Universidade Estadual de Campinas (2001) e doutorado
em Odontologia com área de concentração em Materiais Dentários pela
Universidade de São Paulo (2007). Atualmente é professora adjunto da
Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Periodontia, atuando principalmente nos seguintes temas: tratamento periodontal, diagnóstico e fatores de risco.
Alcione Miranda dos Santos
Graduada em Estatística pela Universidade Federal de Pernambuco
(1991), mestrado em Estatística pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (1996) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do
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Pesquisadores
da UFMA
Maranhão, na qual vem desenvolvento atividades de pesquisas em Modelos Estatísticos aplicados, Epidemiologia, Redes Neurais Artificiais,
Análise de Sobrevivência e Inferência Bayesiana.
Aldalea Lopes Brandes Marques
Possui graduação em Química Industrial (UFMA, 1978), mestrado em
Química Analítica (IQSC-USP, 1988), doutorado em Química Analítica
(IQSC-USP, 1991) e pós-doutorado em eletrocatálise aplicada a célula a
combustíveis (Toronto, 1994). Atualmente é professora titular da Universidade Federal do Maranhão, desde 1998. Tem experiência na áreas
de Química Eletroanalítica, Eletrocatálise, Metododolia Analítica (espectroscopia e eletroquímica) para metais. Tem atuado no desenvolvimento e aplicação de métodos analíticos para metais a nível de traços,
aplicados a estudos de poluição e toxicologia; métodos eletroanalíticos aplicados a diferentes matrizes de petróleo, combustíveis e biocombustíveis; estudos envolvendo eletrocatálise por complexos metálicos,
inclusive usando nanomateriais, aplicados a células a combustíveis;
Formação de recursos humanos (cursos de extensão, ensino médio
e pós-graduação, na área de biocombustíveis, petróleo e gás natural.
Principais temas de atuação no contexto das publicações: metais-traço, eletrocatálise, combustíveis, eletrodo de grafite, espectrofotometria
e voltametria de redissolução.
Alexandre César Muniz de Oliveira
Graduado em Ciência da Computação (1992) e mestre em Engenharia
de Eletricidade (1997) pela Universidade Federal do Maranhão. Doutor
em Computação Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas EspaSumário
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Pesquisadores
da UFMA
ciais (2004). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal
do Maranhão, atuando na área de Computação, com ênfase em pesquisa operacional, otimização discreta e contínua, metaheurísticas de
busca, algoritmos paralelos e reconhecimento de padrões.
Alexandre Fernandes Corrêa
Bacharel em Ciências Sociais: Antropologia na Universidade Federal do
Rio de Janeiro (1986), Mestre em Antropologia Cultural na Universidade Federal de Pernambuco (1993), Doutor em Ciências Sociais (Antropologia) na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001) e Pós-doutorado em Antropologia, na Universidade Federal do Rio de Janeiro
(2006). Segundo Pós-Doutorado em Antropologia (UERJ-2009). Atualmente é professor Associado III da Universidade Federal do Maranhão.
Experiência na área de Antropologia Urbana e Sociologia da Cultura,
atuando nas seguintes áreas: Patrimônio Cultural, Memórias Sociais,
Novos Patrimônios, Simbolismo e Imaginário, Arte e Literatura. Membro do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (UFMA).
Líder do Grupo de Pesquisas e Estudos Culturais (CRISOL). Membro
do Conselho Estadual de Cultura do Maranhão (2008-9). Membro da
Diretoria da Federação Nacional de Sociólogos (2009-2012).
Alexandre Guida Navarro
Possui graduação em História (1997); mestrado em Arqueologia pela
Universidade de São Paulo (2001); Doutorado em Antropologia com ênfase em Arqueologia pela Universidad Nacional Autónoma de México
(2007), com estágio em Arqueologia da Paisagem no Laboratório de Paleoambiente, Patrimônio e Paisagem do Instituto de Estudios Gallegos
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Pesquisadores
da UFMA
Padre Sarmiento, Universidad de Santiago de Compostela, Espanha
(2005) e Pós-Doutorado em Arqueologia Histórica no Núcleo de Estudos
Estratégicos da UNICAMP. Realiza pesquisas na Mesoamérica, sendo
especialista na cultura Maia, com ênfase em cultura material, formação do Estado na Mesoamérica, guerra, iconografia, religião e epigrafia.
Participou de escavaçoes arqueológicas no sítio de Santa Cruz de Atizapán, no altiplano mexicano, e que possuía vínculos com a cidade de
Teotihuacán. Também participou de escavações arqueológicas em sua
área de maior interesse, a Maia, nos sítios de Chichén Itzá, Calakmul
e Ilha Cerritos (porto de Chichén Itzá durante Clássico Terminal, ca.
800-1050 d.C.). Atualmente continua participando dos projetos arqueológicos Chichén Itzá e Ilha Cerritos, sendo que coordena um projeto de
escavação na região citada.
Allan Kardec Duailibe Barros Filho
Possui graduação em Engenharia Eletrica pela Universidade Federal do
Maranhão (1991), mestrado em Information Engineering - Toyohashi
University of Technology (1995) e doutorado em Information Engineering pela Universidade de Nagoya (1998). Tem pós-doutorado pelo RIKEN (The Institute of Physics and Chemistry), Japão. Atualmente é
professor associado da Universidade Federal do Maranhão, orienta(ou)
vários alunos em nível de mestrado e doutorado, inclusive na Rede
Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO). Tem vários projetos de pesquisas em diversas áreas do domínio da energia e engenharia elétrica,
incluindo um PRONEX (Programa de Apoio a Núcleos de Excelência).
É consultor da CAPES assim como editor associado da Signal Processing, além de servir como revisor de vários periódicos e conferências
de referência internacional. Já ocupou cargos de pró-reitor, diretor de
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Pesquisadores
da UFMA
pesquisa e hoje é diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis (ANP).
Ana Emília Figueiredo de Oliveira
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especializaçao em Radiologia Odontológica e Endodontia pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestrado e Doutorado
em Radiologia Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP) e Pós-Doutorado/Professora Visitante pela Universidade da
Carolina do Norte/Chapel Hill-EUA. É Professora Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Atua principalmente nos seguintes temas:
modelos tridimensionais, cone-beam CT, repercussões das alterações
bucais sobre a saúde da mulher, controle de qualidade radiográfico e
prevenção das doenças cárie, periodontal e periodontite apical crônica.
Ana Hélia de Lima Sardinha
Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão e
doutorado em Ciências Pedagógicas pelo Ministerio de Educación del
Instituto Central Ciências Pedagógicas com título revalidado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Seis especializações cursadas:
Metodologia do Ensino Superior, UTI para Enfermeiros, Enfermagem
do Trabalho, Enfermagem Obstétrica, Administração Hospitalar e Nutrição e aperfeiçoamento em O Processo de Cuidar do Idoso pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professora Adjunta do Curso de
Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Docente do Quadro de Mestrado em Saúde e Ambiente e Enfermagem da UFMA. Líder
do grupo de Pesquisa Educação e Cuidado em Enfermagem: um enfoSumário
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Pesquisadores
da UFMA
que sobre a Saúde do Idoso (NUPECE). Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Geronto Geriátrica e Educação.
Atuando principalmente nos seguintes temas: Metodologia do Ensino,
Educação em saúde, Enfermagem, saúde do idoso e cuidador familiar.
Anselmo Cardoso de Paiva
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual
do Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Civil - Estruturas pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1993) e doutorado
em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é professor Associado I da Universidade Federal
do Maranhão. Sendo coordenador do Núcleo de Computação Aplicada
NCA-UFMA. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com
ênfase em Processamento Gráfico (Graphics), atuando principalmente
nos seguintes temas: Realidade Virtual, Computação Gráfica, GIS, Processamento de Imagens Médicas e Visualização Volumétrica.
Antônio Augusto Moura da Silva
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
(1984), Mestrado (1990) e Doutorado (1997) em Medicina Preventiva
pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São
Paulo. Realizou pós-doutorado em Epidemiologia Perinatal na National Perinatal Epidemiology Unit, Universidade de Oxford, 2003. Atualmente é docente associado III da Universidade Federal do Maranhão.
É editor associado dos Cadernos de Saúde Pública, editor assistente
de Epidemiologia da revista Ciência & Saúde Coletiva e editor de seção da Revista Brasileira de Epidemiologia. É membro da Comissão de
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Pesquisadores
da UFMA
Epidemiologia da Abrasco. É revisor de 14 periódicos, dentre os quais:
Revista de Saúde Pública, BMC Public Health, Paediatric and Perinatal
Epidemiology, Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, American
Journal of Epidemiology, Social Science & Medicine, PLOS One, Pediatrics, Brazilian Journal of Medical and Biological Research e Cadernos
de Saúde Pública. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas:
baixo peso ao nascer, mortalidade infantil, prematuridade, cesariana e
obesidade. Atualmente coordena o segundo estudo de coorte perinatal
de São Luís (estudo BRISA), iniciado em 2009, com o objetivo de estudar novos fatores de risco para nascimento pré-termo.
Antônio Carlos da Silva Ramos
Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (1992), mestrado em Engenharia Química pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1995) e doutorado em
Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (2001).
Atualmente é professor/pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Tem experiência na área de Engenharia Química, com
ênfase em Processos Orgânicos, atuando principalmente nos seguintes
temas: asfaltenos, petróleo, adsorção, aditivos e inibidores.
Antônio Carlos Leal de Castro
Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual do Maranhão (1977) , especialização em Oceonografia pela Universidade de São Paulo (1984) , mestrado em Ciências da Engenharia
Ambiental pela Universidade de São Paulo (1991) e doutorado em CiênSumário
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Pesquisadores
da UFMA
cias da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (1994) .
Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão e
Revisor de periódico do Boletim do Laboratório de Hidrobiologia. Tem
experiência na área de Ecologia , com ênfase em Ecologia Aplicada.
Atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade, comunidade, PEIXES.
Antônio Carlos Romão Borges
Concluiu graduação em Farmácia (1988) pela Universidade Federal do
Maranhão (UFMA), mestrado (1992) e doutorado (2000) em Farmacologia pela Universidade Federal de São Paulo. Atualmente é professor Associado no Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF-UFMA) e
nos Programas de Pós-Graduação: Ciências da Saúde (PPGCS-UFMA)
e Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia (PPGB-RENORBIO).
Atua na área de Farmacologia e Toxicologia Pré-Clínica, com ênfase na
investigação de atividades biológicas de produtos naturais, com potencialidades de aplicação, principalmente como hipotensor e/ou anti-hipertensivo. Além disso, é representante Estadual (Coordenador do
Ponto Focal-Maranhão) do PPGB-RENORBIO. Gerado pelo Sistema Interlattes CV-Resumé em 02/08/2006 e atualizado pelo pesquisador
em 18/11/2011.
Antônio Cordeiro Feitosa
Possui graduação em Geografia Licenciatura pela Universidade Federal
do Maranhão (1978), graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade Federal do Maranhão (2003), especialização em Geografia
Aplicada ao Planejamento e Desenvolvimento pela Universidade FedeSumário
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Pesquisadores
da UFMA
ral do Maranhão (1982), especialização em Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino pela Universidade Federal do Maranhão (1981),
especialização em Sensoriamento Remoto, Pincípios e Interpretação,
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1984),
mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (1990) e doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997). Atualmente é Professor
Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na
área de Geociências, com ênfase em Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: Processos geomorfológicos, Zona Costeira, Maranhão.
Antônio Luiz Amaral Pereira
Possui Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1980), Especialização em Periodontia pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (1981), Especialização em Imunologia pela Universidade Federal do Maranhão (1989), Mestrado em Odontologia (Periodontia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984) e Doutorado
em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(2006). Atualmente é professor Associado II da Universidade Federal do
Maranhão. Tem experiência na área acadêmica e administrativa. Vem
exercendo desde 2007 o cargo de Pró-Reitor de Extensão da UFMA. Na
pesquisa, atua principalmente nos seguintes temas: doença periodontal (epidemiologia, aspectos imunológoicos e microbiológicos), doença
periodontal associada a doenças sistêmicas, câncer oral.
Antônio Paulino de Sousa
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Pesquisadores
da UFMA
Possui graduação em Filosofia pelo CEARP (1987), graduação em Ciências Sociais - Institut Catholique de Paris (1995), mestrado em Ciências Sociais - Institut Catholique de Paris (1996), doutorado em Sociologia - Universite de Paris VII (2002) e doutorado em Ciências Sociais
- Institut Catholique de Paris (2002). Atualmente é professor da Universidade Federal do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes
temas: educação, sociologia econômica e a trajetória social do conceito
de Habitus em Pierre Bourdieu. Na Pós-Graduação leciona a disciplina
Teoria das Ciências Sociais.
Antônio Rafael da Silva
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (1968), mestrado em Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1975) e doutorado em
Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985). É Professor Titular da Universidade Federal do Maranhão, exercendo as atividades de professor na disciplina de
Doenças Infecciosas e Parasitárias no curso de graduação em Medicina
desde 1969. Coordena o Centro de Referência em Doenças Infecciosas
e Parasitárias, do Depto. de Patologia (UFMA), onde exerce atividades
de ensino, pesquisa e extensão. Professor Permanente do Programa
de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, onde desenvolve atividades
acadêmicas nas disciplinas Grandes Endemias e Seminários de Pesquisa (nesta última como coordenador). Tem experiência na área de
Medicina, com ênfase em Doenças Infecciosas e Parasitárias, atuando
principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, clínica, diagnóstico e tratamento de malária, hanseníase, leishmanioses visceral e tegumentar e micoses profundas. É membro da Sociedade Brasileira para
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Pesquisadores
da UFMA
o Progresso da Ciência e da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
É ocupante da cadeira nº 14 da academia Vitoriense/Arariense de Letras, da qual exerce, a partir de 30 de janeiro de 2010, a Presidência.
Areolino de Almeida Neto
Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal
do Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Aeronáutica e Mecânica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (1998) e doutorado em
Engenharia Aeronáutica e Mecânica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica/Universität Hannover (2003). Atualmente é professor adjunto
da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica e Mecatrônica, com ênfase em Controle de Processos
Eletrônicos, Retroalimentação, atuando principalmente nos seguintes
temas: controle neural, aprendizado por reforço, estruturas flexíveis,
controle digital, controle de processos, robótica móvel (planejamento de
trajetórias) e robótica em geral.
Aristófanes Corrêa Silva
Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Maranhão (1995), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela
Universidade Federal do Maranhão (1997) e doutorado em Informática
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem
experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Processamento Gráfico (Graphics), atuando principalmente nos seguintes
temas: imagens médicas, recuperação de imagens e imagens biométricas.
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Pesquisadores
da UFMA
Arlene de Jesus Mendes Caldas
Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (1978), Mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (1998) e Doutorado em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia (2004). Atualmente, Professor Associado I
do Departamento de Enfermagem/UFMA, Docente do Quadro Permamente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado e
Doutorado) e de Enfermagem (Mestrado), Bolsita de Produtividade em
Pesquisa da FAPEMA, Coordenadora da Comissão do HUUFMA, membro do Comitê do Centro de Pesquisa Clinica (CEPEC)-HUUFMA, Membro da Associação Brasileira de Enfermagem e da Sociedade Brasileira
de Medicina Tropical, Chefe do Departamento de Enfermagem/UFMA,
Editora Cientifica da Revista Pesquisa em Saúde do Hospital Universitário/UFMA. Líder do grupo de Pesquisa- Epidemiologia das Doenças Transmissíveis com enfâse nas linhas de pesquisas: Leishmaniose,
Hanseníase, Dengue e Tuberculose.
Auro Atsushi Tanaka
Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Federal de São Carlos (1977), mestrado em Química (Físico-Química) pela
Universidade de São Paulo (1982), doutorado em Graduate Studies in
Chemistry pela Case Western Reserve University (1986), pós-doutorado
pela Laboratoire de Chimie 1 Electrochimie Et Interactions Université
de Poitier (1992) e pós-doutorado pela Case Center For Electrochemical
Sciences (1989) . Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Maranhão, Membro de corpo editorial do Publicatio UEPG. Ciências Exatas e da Terra, Ciências Agrárias e Engenharia, Membro de
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Pesquisadores
da UFMA
corpo editorial da Brazilian Journal of Analytical Chemistry e Membro
de corpo editorial da International Journal of Electrochemistry. Tem
experiência na área de Química, com ênfase em Físico-Química. Atuando principalmente nos seguintes temas: oxygen, Macrocycle, Phtalocyanine, Porphyrin.
Azizedite Guedes Gonçalves
Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão (1978) , especialização em Bioquímica pela Universidade Federal
do Maranhão (1979) e doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela Universidade de São Paulo (1996) . Atualmente é Professor
Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na
área de Microbiologia , com ênfase em Microbiologia Aplicada. Atuando
principalmente nos seguintes temas: Escherichia coli, Padrão de adesão localizada, Escherichia coli O119 serotypes.
Benjamin Alvino de Mesquita
Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal
do Ceará (1976), mestrado em Desenvolvimento Agrícola pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1982) e Doutorado em Políticas
Públicas pela UFMA e em Geografie, Amenegement et urbanism pela
Sorbonne Nouvelle/Paris III (2006). Atualmente é professor adjunto IV
da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de
Economia, com ênfase em Economias Agrária e dos Recursos Naturais,
atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento e política agrícola, agroextrativismo, desenvolvimento regional, agronegócio e
agricultura familiar, meio ambiente, povos e comunidades tradicionais.
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Pesquisadores
da UFMA
Bruno Braga Benatti
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Estadual de Campinas (2001), mestrado (2005) e doutorado (2007) em Clínica Odontológica com ênfase em Periodontia pela Universidade Estadual de
Campinas . Atualmente é professor de Periodontia na graduação e do
programa de mestrado em Odontologia na pós-graduação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com linha de pesquisa em patogênese, fatores de risco e modulação da resposta do hospedeiro em
pacientes periodontais. Tem experiência na área de Odontologia, com
ênfase em Clínica Odontológica, atuando principalmente nas áreas de
Periodontia e Implantodontia.
Carlos Benedito Rodrigues da Silva
Possui Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de
Campinas (1978), Mestrado em Antropologia Social pela Universidade
Estadual de Campinas (1992) e Doutorado em Ciências Sociais pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente é coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFMA e professor Associado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, do
Departamento de Sociologia e Antroplogia da Universidade Federal do
Maranhão. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em
Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade cultural, relações étnico-raciais e
ação afirmativa. É Presidente do Centro de Estudos do Caribe no Brasil e Coordenador Geral da Associação Maranhense de Pesquisas Afro-Brasileiras.
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Pesquisadores
da UFMA
Carlos Martínez Ruiz
Possui graduação em Ciências Biológicas - Universidade de Barcelona
(1989) e doutorado em Ciências Biológicas: Biologia Animal I (Zoologia)
- Universidade de Barcelona (1998). Atualmente é professor adjunto no
Departamento de Biologia da Universidade Federal do Maranhão. Tem
experiência nas áreas de Ecologia e Zoologia, com ênfase em Ecologia
de Aves, atuando principalmente nos seguintes temas: Nycticorax nycticorax, Nyctanassa violacea, Eudocimus ruber, Egretta spp., ecologia
trófica e reprodutiva de aves de manguezal, ecologia de aves marinhas,
ornitofauna (com ênfase em comunidades de aves amazônicas), mastofauna e conservação de fauna.
Carlos William de Araújo Paschoal
Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal
do Ceará (1995), mestrado em Física pela Universidade Federal do Ceará (1998) e doutorado em Física pela Universidade Federal do Ceará (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do
Maranhão. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Prop.
Óticas e Espectrosc. da Mat. Condens; Outras Inter. da Mat. com Rad.
e Part., atuando principalmente nos seguintes temas: espectroscopia
vibracional e de impedância de materiais e simulação estática de sólidos dielétricos. Atualmente é Diretor do Departamento de Pesquisa da
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do
Maranhão.
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Pesquisadores
da UFMA
Cecília Cláudia Costa Ribeiro
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1993), mestrado em Odontopediatria pela Universidade Federal
de Santa Catarina (1998) e doutorado em Odontologia, área de Cariologia, pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é
professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Odontopediatria, atuando
principalmente nos seguintes temas: prevenção da cárie dental e saúde
coletiva. Professora Permanente dos Programas de Pós-Graduação em
Odontologia (Mestrado) e Saúde Coletiva (Mestrado e Doutorado).
César Augusto
Possui graduação em Biblioteconomia pela Universidade Federal do
Maranhão (1988), mestrado em Ciência da Informação pela Pontifícia
Universidade Católica de Campinas (1993) e doutorado e pós-doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é
professor associado III da Universidade Federal do Maranhão, atuando
no Programa de pós-graduação em Educação e História e no Departamento de Biblioteconomia. Coordenador do Núcleo de Estudos e Documentação em História da Educação e Práticas Leitoras - NEDHEL.
Desenvolve pesquisas na área da história da educação, da leitura e das
bibliotecas com privilégio ao século XIX. Pesquisador produtividade do
CNPq.
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Pesquisadores
da UFMA
Cícero Wellington Brito Bezerra
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do
Maranhão (1992), mestrado em Química Analítica pelo Instituto de Química de São Carlos (1995) e doutorado em Físico-Química pelo Instituto de Química de São Carlos (1999) e pós-doutorado pelo Institute for
Fuel Cell Innovation-CAN (2008). Atualmente é professor associado da
Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química Inorgânica, com ênfase em Campos de Coordenação, mas também
atua nas áreas de adsorção, remoção de metais e corantes, química de
aguardentes (tiquira), colágenos e peixes.
Cláudia Maria Coelho Alves
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1982), especialização em Periodontia pela UFRJ, mestrado
em Odontologia (Periodontia) pela Universidade de São Paulo (1995) e
doutorado em Odontologia (Dentística) pela Universidade de São Paulo (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do
Maranhão. Coordenou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica (PIBIC) da Universidade Federal do Maranhão no período de
2003 a 2007. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em
Dentística e Periodontia, atuando principalmente nos seguintes temas:
prevalência de doenças periodontais, intervenções em Saúde Bucal e
materiais odontológicos e suas propriedades.
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Pesquisadores
da UFMA
Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Maranhão (1980), mestrado em Biologia - City University of New York (1996)
e doutorado em Biologia - City University of New York (1997). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal do Maranhão e
coordenador regional do Grupo Etnobotânico Latino Americano. Tem
experiência na área de Agronomia, com ênfase em Uso, Manejo e Conservacão de Recursos Vegetais, atuando principalmente nos seguintes temas: Maranhão, etnobotânica, botânica econômica, Baixada Maranhense e babaçu. Estudioso da flora brasileira e em particular da
maranhense, tem se dedicado profissionalmente ao estudo da Botânica, mais particularmente à Etnobotânica e à Botânica Econômica. Em
2007, foi contemplado com a Medalha de Mérito Etnobotânico J. W.
Harshberger, outorgado pela Academia Nacional de Botânica da Índia,
pela sua contribuição à Etnobotânica. Em 2008 recebeu da Assembléia
Legislativa do Estado do Maranhão a Medalha Manoel Beckman, em
reconhecimento aos seus estudos sobre as plantas maranhenses. Em
2009, foi contemplado com o primeiro lugar no Prêmio FAPEMA, Categoria Pesquisador Sênior, pelos resultados de seus estudos com matas
ciliares no Maranhão.
Cláudio Zannoni
Possui graduação em História Bacharelado pela Universidade Federal
do Maranhão (1995), mestrado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998) e doutorado em Sociologia
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002).
Atualmente é editor chefe da revista Cadernos de Pesquisa da UniverSumário
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Pesquisadores
da UFMA
sidade Federal do Maranhão, professor Associado do Departamento de
Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Maranhão e Professor Regular do Mestrado em Saúde e Ambiente. Tem experiência na
área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena, atuando principalmente nos seguintes temas: ciências humanas, povos indígenas
do Maranhão, tenetehara e índios do Brasil. Coordenador do Grupo de
Pesquisa: “A contracultura dos anos de 1960 aos dias atuais”, onde
atua na área de Rock e Contracultura.
Darlon Martins Lima
Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão. Especialista, Mestre e Doutor em Dentística Restauradora pela Faculdade
de Odontologia de Araraquara - Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho - UNESP. Professor Adjunto I das Disciplinas de Dentística do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Maranhão
- UFMA. Atua na Graduação e na Pós-graduação do Curso de Mestrado
em Odontologia da UFMA.
David Lima Azevedo
Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão
(1990), mestrado em Física pelo IFGW-UNICAMP (1997) e doutorado
em Física pelo IFGW-UNICAMP (2001). Atualmente é professor da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física,
com ênfase em simulações em dinâmica molecular, cálculos ab-inito, processos de Colisão e Interações de Átomos e Moléculas, atuando
principalmente nos seguintes temas: estrutura eletrônica de clusters,
polímeros, nanotubos.
Sumário
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Pesquisadores
da UFMA
Denilson Moreira Santos
Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual do Maranhão (1990) , graduação em Física (Licenciatura Plena) pela
Universidade Federal do Maranhão (1990) , especialização em Engenharia Clínica pela Universidade Federal do Maranhão (2010) , mestrado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de
São Carlos (1999) e doutorado em Química pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005) . Atualmente é Professor Assistente da Universidade Federal do Maranhão e Livre da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de
Materiais e Metalúrgica. Atuando principalmente nos seguintes temas:
cerâmica, PZT, estrutura e propriedade elétrica, propriedades piezoelétricas.
Denise Fernandes Coutinho Moraes
Possui graduação em Farmácia, com habilitação em Bioquímica pela
Universidade Federal do Maranhão (1994), especialização em Fitoquímica pela Universidade Federal do Maranhão (1996), mestrado em Saúde
e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (1999) e doutorado
em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos pela Universidade Federal
da Paraíba (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade
Federal do Maranhão, ministrando na graduação a disciplina de Farmacognosia II. Tem experiência na área de Farmacognosia, atuando
principalmente nos seguintes temas: anatomia vegetal, estudo fitoquímico, controle de qualidade, avaliação de atividades biológicas in vitro,
levantamentos etnobotânicos e bancos de dados.
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Pesquisadores
da UFMA
Denivaldo Cicero Pavão Lopes
Possui doutorado em Informática pela Universidade de Nantes, França (2005), mestrado em Engenharia de Eletricidade (área: Ciência da
Computação) pela UFMA (2001) e bacharelado em Engenharia Elétrica
pela UFMA (1999). Sua produção bibliográfica é diversificada, contendo
artigos publicados em jornais internacionais, artigos em conferências
e workshops nacionais e internacionais. Participa como coordenador
ou pesquisador de projetos de pesquisa científica ou pesquisa e inovação tecnológica fiinanciados por órgãos de fomento a pesquisa como
CNPq, FINEP e FAPEMA. Participou/participa de projetos de Pesquisa
e Desenvolvimento (P&D) nos moldes da Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL). Atuou/atua como revisor Ad hoc de revistas e jornais
como IEEE Computer Magazine (ISSN 0018-9162), IEEE Distributed
System Online (ISSN 1541-4922), Revista de Gestão da Tecnologia e
Sistemas de Informação (ISSN: 1807-1775), Journal of Systems and
Software (ISSN: 0164-1212). É revisor permanente do Journal of Secure Software and Engineering (ISSN: 1947-3036). É membro do comitê de programa de eventos científicos como Simpósio Brasileiro de
Sistemas de Informação (SBSI), International Conference on Software Engineering Theory and Practice, Workshop on Future Trends of
Model-Driven Development (FTMDD), Workshop on Recent Trends in
SOA Based Information Systems (RTSOABIS) e Workshop on Mobile,
Wireless & Networks Security (MWNS). Depois de agosto de 2008, é
professor adjunto da UFMA, onde é professor colaborador do Programa
de Pós-Graduação em Engenharia de Eletricidade (PPGEE), na área de
Ciência da Computação. Coordena o Laboratório de Engenharia de Software e Rede de Computadores (LESERC) da UFMA. Orienta alunos de
iniciação científica e alunos de mestrado. É membro do Comitê Científico do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC
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Pesquisadores
da UFMA
da UFMA. É membro fundador da Academia Maranhense de Ciências
(AMC). Seus temas de pesquisa envolvem Engenharia Dirigida por Modelos, Serviços Web, Segurança e Telemedicina.
Dorlene Maria Cardoso de Aquino
Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão, especialização em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde
Pública da FIOCRUZ-RJ, mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão e doutorado em Patologia Humana pela
Universidade Federal da Bahia. Atualmente é professor de 3.º grau adjunto II, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal
do Maranhão. Docente do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil (Mestrado) e do Mestrado em
Enfermagem. Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade
Federal do Maranhão. Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa
do HUUFMA. Membro da Associação Brasileira de Enfermagem e da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Tem experiência na área de
Enfermagem em Doenças Transmissíveis, com ênfase em hanseníase e
leishmaniose. Membro do Núcleo de Pesquisa Epidemiologia das Doenças Transmissíveis.
Dorval do Nascimento
Possui doutorado em História pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (2006). Realizou estágio de doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales-EHESS-Paris (2004-2005). Professor Adjunto
do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA). Professor permanente do Programa de Pós-graduação em HisSumário
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Pesquisadores
da UFMA
tória (UFMA). Atua na área de História, trabalhando com os seguintes
temas: Intelectuais, Sociabilidades e História Intelectual; Relações Étnicas e Etnicidade.
Eder Nascimento Silva
Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão
(2003), mestrado (2005) e doutorado (2008) em Física pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é professor adjunto I da Universidade
Federal do Maranhão. Na pós-graduação em Física da UFMA é membro
permanente e membro do colegiado.Tem experiência na área de Física,
com ênfase em Prop. Óticas e Espectrosc. da Mat. Condens; Outras
Inter. da Mat. com Rad. e Part.,atuando principalmente nos seguintes
temas: espalhamento Raman, espectroscopia no infravermelho, dinâmica de rede, espectroscopia de impedância.
Edmar Pereira Marques
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do
Maranhão (1978), especialização em Química de Alimentos (1979), mestrado em Química (Química Analítica- IQSC) pela Universidade de São
Paulo (1988) e doutorado em Química Analítica pelo Instituto de Física
e Química de São Carlos-USP(1991), pós-doutorado na universidade de
York (Canadá, 1993-1994). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão, onde ministra as disciplinas Físico-química
e Química Analítica. Atua em pesquisa na área de eletroanalítica, com
ênfase em metodologia analítica e eletrodos quimicamente modificados.
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Pesquisadores
da UFMA
Elba Gomide Mochel
Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas
Gerais (1968), Mestrado em Enfermagem Obstétrica pela Escola Paulista de Medicina (1988) e Doutorado em Enfermagem pela Escola Paulista de Medicina, UNIFESP (1995). Atualmente é Professora Associada III da Universidade Federal do Maranhão, atuando principalmente
nos seguintes temas: saúde da mulher, enfermagem no ciclo gravídico
puerperal, hipertensão arterial, obesidade, prevenção de câncer, qualidade de vida e tanatologia.
Eliana Tavares dos Reis
Possui Graduação em Bacharelado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999), Mestrado em Ciência Política
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001), Estágio Doutoral em Ciências Sociais - Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales
(2002) e Estágio Doutoral em Sociologia Política - Paris I - Panthéon
de la Sorbonne (2006). É Doutora em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente atua como professora e
pesquisadora do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal
do Maranhão. Tem experiência na área de Ciências Sociais, com ênfase
em Ciência Política e Sociologia Política. Trabalha em investigações sobre elites culturais, engajamentos e íntervenção política.
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Pesquisadores
da UFMA
Elizabeth Maria Beserra Coelho
Possui doutorado em Sociologia (1999) e mestrado em Antropologia
Social (1989). Professora associado III da Universidade Federal do Maranhão, atuando no Departamento de Sociologia e Antropologia. Tem
experiência na área de Antropologia, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas indigenistas de saúde, terra e educação, relações interétnicas e etnologia indígena. É autora dos livros: Cultura e
Sobrevivência dos Índios no Maranhão (1987), A Política Indigenista no
Maranhão Provincial (1999), Territórios em Confronto: a dinâmica da
disputa pela terra entre índios e brancos no Maranhão (2002), Estado
multicultural e politicas indigenistas (2008).
Eloísa da Graça do Rosário Gonçalves
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
(1986), residência médica em Doenças Infecciosas e Parasitárias, mestrado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz , RJ (1995),
e doutorado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz, RJ
(2001). Atualmente é professora adjunta IV da Universidade Federal
do Maranhão, com dedicação exclusiva. Ministra a disciplina de Parasitologia para os cursos de graduação em Medicina, Farmácia, Enfermagem e Odontologia desde julho de 2002. É professora permanente
do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, onde coordena
a disciplina Grandes Endemias. Integra a equipe do Centro de Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias, da UFMA, onde exerce
atividades de pesquisa, ensino e extensão. Atua na linha de pesquisa
“Epidemiologia e controle de doenças endêmicas: malária, leishmanioses, hanseníase”. Integra a equipe do projeto Buriticupu Saudável. Tem
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Pesquisadores
da UFMA
experiência na área de Medicina, com ênfase em doenças infecciosas e
parasitárias, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, Maranhão, malária, hanseníase, calazar, Buriticupu, São Luís e
Ilha de São Luís.
Erika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz
Possui Doutorado em Saúde Pública (Epidemiologia) pelo Instituto de
Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (2007), Mestrado em
Odontologia (Diagnóstico Bucal) pela Universidade Federal da Paraíba (2001) e Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do
Maranhão (2000). Atualmente é Professora Adjunta do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão, vinculada
aos Programas de Pós-Graduação (strictu sensu) em Saúde Coletiva
da UFMA, em Odontologia (strictu sensu) da UFMA e da Rede Nordestina de Mestrado Profissionalizante em Saúde da Família (RENASF/
FioCruz). Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em
Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde coletiva, epidemiologia, saúde bucal coletiva, maloclusão, câncer bucal,
epidemiologia das doenças bucais.
Fernanda Ferreira Lopes
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1992), mestrado em Clínica Odontológica com área de concentração em Periodontia pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e
doutorado em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão.Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase
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Pesquisadores
da UFMA
em Semiologia, Patologia Oral e Periodontia, atuando principalmente
nos seguintes temas: câncer oral, manifestações orais de doenças sistêmicas, doença periodontal (fatores de risco), doença periodontal associada a doenças sistêmicas.
Fernando Carvalho Silva
Possui graduação em Química pela Universidade Federal do Maranhão
(1984), mestrado em Química pela Universidade Federal de São Carlos
(1989) e doutorado em Química pela Universidade Federal de Minas
Gerais (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química, com ênfase em
Síntese Orgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: microemulsões combustíveis, biodiesel, derivados de petróleo, sensores,
desenvolvimento de métodos de análises, cromatografia, catálise e monitoramento ambiental.
Fernando Lamy Filho
Possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (1982), mestrado (1995) e doutorado (2001) em Saúde da
Criança e da Mulher - IFF pela Fundação Oswaldo Cruz . Atualmente é
médico do Ministério da Saúde e professor associado da Universidade
Federal do Maranhão. Atua também como professor e orientador dos
programas de pós-graduação estrito senso, nível mestrado e doutorado,
“Saúde Coletiva” e “Saúde Materno-Infantil” da Universidade Federal
do Maranhão, nas disciplinas Metodologia de Pesquisa e Epidemiologia.Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neonatologia
e Perinatologia, com linhas de pesquisa nos seguintes temas: Avaliação
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Pesquisadores
da UFMA
de Programas e Serviços de Saúde; Baixo peso ao nascer, prematuridade e crescimento intra-uterino e seu impacto na morbidade; Magnitude,
tendências e fatores associados às mortalidades neonatal e perinatal.
Flávia Maria Mendonça do Amaral
Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão (1984), mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (1999) e doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos
Bioativos pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Atualmente é
professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Plantas Medicinais, atuando
principalmente nos seguintes temas: controle de qualidade, fitoquímica, análises fitoquímicas e farmacognosia.
Flávia Raquel Fernandes do Nascimento
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do
Maranhão (1992). Durante a graduação foi bolsista PET/CAPES. Fez
especialização em Imunologia, sendo bolsista do CNPq. Fez mestrado e
doutorado em Imunologia pela Universidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. Momtchilo Russo, tendo sido bolsista da CAPES e
FAPESP, respectivamente. Obteve o título de doutor em 2001. Foi bolsista recém-doutor do CNPq de 2001 até 2003. Atualmente é Professor
Adjunto IV do Departamento de Patologia da UFMA, ministrando as
disciplinas Imunologia, Imunobiologia, Parasitologia e Relação Agente-Hospedeiro e Meio Ambiente. É professora orientadora do Curso de
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Pesquisadores
da UFMA
Especialização em Imunologia (UFMA), do Mestrado em Biodiversidade
e Conservação (UFMA). É orientadora e coordenadora do Programa de
Pós-Graduação em Ciências da Saúde (UFMA). É membro permanente,
desde 2006, do Doutorado em Biotecnologia (RENORBIO). É co-orientadora no DINTER (UFMA/UERJ) em Fisiopatologia Clínica e Experimental. É membro do Comitê de Ética para o Uso de Animais da UFMA.
Foi Diretora do Biotério Central da UFMA de 2007 a 2009.Atualmente
desenvolve projetos em duas linhas gerais: 1 - o estudo da atividade
imunomodulatória de produtos naturais (extratos e frações de espécies
vegetais, produtos de abelhas nativas, lectinas, saliva de flebotomíneos e venenos de escorpião), focando nas ações anti-inflamatória, anti-tumoral e anti-parasitária; 2 - o estudo da leishmaniose, focando na
avaliação profilática e terapêutica na leishmaniose visceral canina e na
leishmaniose murina.
Flávio Bezerra de Farias
Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Maranhão (1976). Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual do Maranhão (1976). Especialização em Economia do Desenvolvimento pela Universidade Panthéon-Sorbonne (1979). Doutorado
de Terceiro Ciclo em Economia e Gestão pela Universidade de Amiens
(1981). Doutorado de Estado em Economia pela Universidade Paris-Nord (1988). Realizou três pós-doutorados na França: Universidade
Paris-Nord (1996); Universidade Paris-Nord (2002); Universidade Sorbonne-Nouvelle (2011). Realizou três visitas de Professor-Pesquisador
na Universidade Paris-Nord (2004; 2010; 2011). Professor Associado 3
da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência nas áreas de
Economia e Ciência Política, com ênfase em Estrutura e TransformaSumário
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Pesquisadores
da UFMA
ção do Estado, atuando principalmente nos seguintes temas: Estado,
globalização, crise e regulação. Atua nos Programas de Pós-Graduação
do Centro de Ciências Sociais da UFMA. Publicou os livros seguintes,
na Cortez Editora de São Paulo: O Estado capitalista contemporâneo
(2000); A globalização e o Estado cosmopolita (2001); Filosofia política
da América (2004). Foi co-autor dos livros seguintes, sob a direção de
Marcos Costa Lima: O lugar da América do Sul na nova ordem mundial (Cortez, São Paulo, 2001); Dinâmica do capitalismo pós-guerra-fria
(UNESP, São Paulo, 2008). Ex-Presidente da Associação de Professores
da UFMA (1989-1993).
Francisca Georgina Macêdo de Sousa
Enfermeira, Graduada pela Universidade Federal do Maranhão (1982),
Especialização em Enfermagem Pediátrica e Puericultura pela UFMA,
Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (2003).
Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina
na área de concentração Filosofia, Saúde e Sociedade. Doutorado Sandwich pela Escola Superior de Enfermagem do Porto – Portugal. Enfermeira assistencial – Secretaria Municipal de Saúde. Professora Adjunta
I da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do Mestrado
Acadêmico em Enfermagem da UFMA. Experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Pediátrica, atuando como pesquisadora nas seguintes temáticas: saúde da criança, cuidado à criança
com doença crônica, cuidado centrado na família, cuidado de enfermagem, enfermagem e saúde da criança, sistemas de cuidados.
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Pesquisadores
da UFMA
Francisco José da Silva e Silva
FRANCISCO SILVA é professor Associado do Departamento de Informática da UFMA, onde atua no curso de graduação em Ciência da Computação e nos programas de pós-graduação stricto-sensu em Engenharia
de Eletricidade e Ciência da Computação. É graduado em Ciência da
Computação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990),
mestre em Engenharia de Eletricidade, área de concentração em Ciência
da Computação pela UFMA (1997) e doutor em Ciência da Computação
pelo Instituto de Matemática e Estatística da USP, 2003. Sua área de
pesquisa compreende os sistemas computacionais distribuídos, com
ênfase em computação móvel, em grade e nas nuvens. É membro da
Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e da ACM (Association for
Computing Machinery) e tem atuado como membro do comitê de programa de importantes conferências nacionais e internacionais, como o
Simpósio Brasileiro de Computação Ubíqua e Pervasiva (SBCUP), o International Conference on Grid computing, High-performance and Distributed Applications (GADA) e o Workshop on Adaptive and Reflective
Middleware (ARM). É também coordenador do Laboratório de Sistemas
Distribuídos (LSD) da UFMA.
Gilda Vasconcellos de Andrade
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual
de Campinas (1982), mestrado (1987) e doutorado (1995) em Ecologia
pela Universidade Estadual de Campinas e pós-doutorado em Ecologia
e Conservação pela Universidade da Flórida (2007). Admitida por concurso público em 1988 na Universidade Federal do Maranhão, onde
atualmente é professora associada. Ministra disciplinas e é professora
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Pesquisadores
da UFMA
orientadora no Programa de Mestrado em Biodiversidade e Conservação, reconhecido pela CAPES. Tem experiência na área de Ecologia e
Zoologia, com ênfase em Ecologia e Conservação, atuando principalmente nos seguintes temas: Padrões de Diversidade, História de Vida,
Ecologia e Conservação de Vertebrados, com ênfase em Anfíbios (adultos e girinos), Ecologia e História Natural de anfíbios, lagartos e serpentes, Taxonomia de anfíbios e squamatas e Citogenética de anfíbios.
Gilvanda Silva Nunes
Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA,
1986). Mestre em Agroquímica pela Universidade Federal de Viçosa (UFV, 1991). Doutora em Química pelo IQ/UNESP-Araraquara,SP
(1999), doutorado sanduíche no Depto de Química Ambiental do CID/
CSIC, Barcelona, Espanha (1997-1998). Pós-Doutora em Ecotoxicologia pela Universidade de Perpignan Via Domitia (UPVD, França, 20032004). Professora concursada (área de Química Analítica) no Depto. de
Química da UFV (1991-1994). Atualmente é Professor Associado II do
Depto. de Tecnologia Química da UFMA. Desenvolve pesquisas com ênfase em Análise de Traços e Química Ambiental e orienta estudantes de
mestrado nos seguintes programas de pós-graduação: Química, Saúde
e Ambiente, Sustentabilidade de Ecossistemas, Biodiversidade e Conservação e Energia e Ambiente, todos da UFMA. É colaboradora (docente
e orientadora) dos cursos de especialização “Lato Sensu” em Educação
Ambiental e Gestão Participativa de Recursos Hídricos (IFMA), Segurança do Trabalho (Faculdade Athenas Maranhense - FAMA) e MBA em
Gestão Ambiental (Excellence - Escola de Negócios). Foi Coordenadora
do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em “Gestão Ambiental nas Empresas” (Convênio UFMA/SEBRAE, 2001-2003). Foi Diretora do Centro
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Pesquisadores
da UFMA
de Ciências Agrárias e Ambientais (Campus IV- UFMA , Chapadinha-MA, 2006-2007). Foi Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento de
Projetos de Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFMA (NUDEPRO/PPPG/UFMA, 2009-2010). Atualmente, é Diretora do Departamento de Apoio a Projetos de Inovação e
Gestão de Serviços Tecnológicos (DAPI/PPPG/UFMA).
Hildo Antônio dos Santos Silva
Graduado em Licenciatura Plena em Ciências com Habilitação em Química pela Universidade Federal do Piauí (1994). Doutorado direto em
Química Análica no Instituto de Química de São Carlos - IQSC/USP
(2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Trabalha na área de Química de coordenação e química de interface.
Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior
Possui graduação em Ciências Sociais (1986) e mestrado em Educação
Escolar Brasileira (1993) pela Universidade Federal de Goiás, e doutorado em Ciências Humanas - Sociologia - pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (2002). Atualmente atua na Universidade Federal
do Maranhão (UFMA) como professor adjunto IV do Departamento de
Sociologia e Antropologia (DESOC); Vice-Coordenador do Programa de
Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc); professor permanente
dos Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) e em
Políticas Públicas (PGPP); e líder do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), registrado no Diretório
dos Grupos de Pesquisa do CNPq. É bolsista de Produtividade da FunSumário
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Pesquisadores
da UFMA
dação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). Tem experiência na área de Sociologia,
com ênfase em Sociologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: modernidade, desenvolvimento, projetos de desenvolvimento, meio ambiente, conflitos socioambientais.
Igor Gastal Grill
Possui graduação em Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996), graduação em Bacharelado
em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(1995), mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (1999), doutorado em Ciências Sociais (Sanduíche) École des Hautes Études en Sciences Sociales (2002) e doutorado em
Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003).
Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Federal do Maranhão. Está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFMA desde 2006 e é o atual coordenador do PPGCSoc. Trabalha em pesquisas que examinam os processos, condicionantes e lógicas
de seleção de elites.
Ilse Gomes Silva
Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (1985) , especialização em Ciências Políticas pela Universidade
Federal do Maranhão (1987) , mestrado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (1996) e doutorado em Ciências Sociais
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente
é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão, Membro de
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Pesquisadores
da UFMA
corpo editorial da Lutas Sociais (PUCSP) e Membro de corpo editorial
da Lutas Sociais (PUC-SP). Tem experiência na área de Ciência Política, atuando principalmente nos seguintes temas: Movimentos sociais,
Políticas públicas, Política de Saúde, Participação popular, Reforma do
Estado.
Isabel Ibarra Cabrera
Possui graduação em História pela Universidade Federal de Goiás (1995)
e Doutorado em História Contemporânea-Universidad Complutense de
Madrid (2000). Atualmente é professora Associada I da Universidade
Federal do Maranhão. Tem realizado estudos sobre migração, memória
e identidade. Participa do Conselho Editorial das revistas Brasileira do
Caribe e Inter-ação (Goiânia) . Tem organizado varios congressos de
história oral no estado de Goiás e foi diretora regional Centro Oeste da
Associação Brasileira de História Oral de 2002- 2006. Tem experiência nas áreas de História Contemporânea, com ênfase em Cuba. Tem
desenvolvido pesquisas sobre os seguintes temas: história oral, Cuba,
Caribe, universidade.
Isaura Letícia Tavares Palmeira Rolim
Possui graduação em Enfermagem (2002), mestrado (2005) e doutorado (2008) pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é professora
Adjunto II da Universidade Federal do Maranhão, onde ensina na graduação e pós-graduação, na Residência Multiprofissional e no Mestrado
Acadêmico de Enfermagem. Tem experiência na área de Enfermagem,
com ênfase em Enfermagem médico-cirúrgica, atuando principalmente
nos seguintes temas: cuidado de enfermagem, diagnóstico de enfermaSumário
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Pesquisadores
da UFMA
gem e educação em saúde.
István van Deursen Varga
Graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (1983),
Mestrado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de
São Paulo (1995), Doutorado (2002) e pós-doutorado (2003) em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo. Coordenador da Comissão
Executiva e Presidente da II Conferência Nacional de Saúde para os Povos Indígenas (1993). Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação
em Saúde e Ambiente da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
entre outubro/2003 e abril/2009, e do Núcleo de Extensão e Pesquisa
com Populações e Comunidades Rurais, Negras Quilombolas e Indígenas (NuRuNI) do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente da
UFMA. Atualmente é Professor Adjunto do Depto. de Sociologia e Antropologia da UFMA; Coordenador do Curso de Especialização em Saúde da Mulher Negra; integrante do Corpo Editorial da Revista de Direito
Sanitário da Universidade de São Paulo. Tem formação e experiência
profissional no campo da Saúde Coletiva, e, em suas produções, pesquisas e projetos de extensão, tem abordado principalmente os seguintes
temas: autodeterminação dos povos indígenas, territorialidade e saúde
em comunidades tradicionais, política indigenista, controle social no
Sistema Único de Saúde, política de saúde para os povos indígenas, política de saúde para a população negra, políticas de saúde para comunidades rurais, atenção às DST em comunidades indígenas, atenção às
DST para a população negra, controle da malária e das DST/Aids.
Sumário
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Pesquisadores
da UFMA
Ivone Garros Rosa
Graduada em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão, Mestrado em Ciências (Bioquímica) pela Universidade Federal do
Paraná, Doutorado em Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará
. Atualmente é Associado I da Universidade Federal do Maranhão. É
professora permanente e orientadora do Programa de Pós-Graduação
de Saúde e Ambiente da UFMA. Tem experiência na área de Bioquímica, com ênfase em Glicídeos e Proteínas, atuando principalmente nos
seguintes temas: Esquistossomose, produtos naturais (carboidratos,
lectinas e qualidade de mel de abelhas), obtenção de gomas vegetais e
aplicação na biotecnologia.
Ivone Lima Santana
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão, Mestrado em Reabilitação Oral pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-Araraquara), Doutorado em Materiais Dentários pela Universidade de São Paulo-USP e Pós-Doutorado
na Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP. Atualmente é
Professora Adjunto da Universidade Federal do Maranhão, atuando com
ênfase em Prótese e Materiais Dentários, principalmente nas seguintes linhas: análise térmica de compósitos, preparos dentários, resina
composta, disfunção temporomandibular e biofilmes dentais. É líder
do grupo de pesquisa Odontologia Reabilitadora do Centro de Ciências
da Saúde da UFMA, junto ao CNPq (constituído em 2002). Faz parte do
Programa de Pós-Graduação em Odontologia-PPGO, da Universidade
Federal do Maranhão.
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Pesquisadores
da UFMA
Jerias Alves Batista
Graduado em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1994),
mestre em Física pela Universidade Estadual de Campinas (1996),
doutor em Física pela Universidade Estadual de Campinas (2001), pós-doutor em Física pela Universidade de Toronto, Canadá (2002 e 2003)
e pós-doutor em Física pela Universidade Federal do Ceará (2008 e
2009). É professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem
experiência na área de Física da Matéria Condensada, com ênfase em
propriedades térmicas e eletrônicas de semicondutores. Tem experiência na área das espectroscopias Raman e de Fotoluminescência em
nanotubos de carbono e grafeno.
Joana Aparecida Coutinho
Graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo (1987), mestrado em Ciências Sociais - Sociologia Política
- pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996) e doutorado
em Ciências Sociais - Política - pela Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (2004). Atualmente é professora Adjunta III na Universidade
Federal do Maranhão. Coordena o Observatório de Políticas Públicas e
Lutas Sociais, vinculado ao Programa de Políticas Públicas, e também
o Grupo de Estudos e Pesquisa de Política, Ideologias e Lutas Sociais.
É pesquisadora do Núcleo de Estudos de Ideologias e Lutas Sociais.
Tem experiência na área de Ciências Sociais com ênfase em Ciência
Política, atuando principalmente nos seguintes temas: ongs, movimentos sociais, sociedade civil, estado, ideologias, classes sociais e lutas de
classes.
Sumário
369 / 415
Pesquisadores
da UFMA
João Batista Santos Garcia
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA (1990), especialização em Anestesiologia e doutorado em Medicina na área de Dor pela Universidade Federal de São Paulo (2000).
Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão,
das diciplinas de Anestesiologia, Dor e Cuidados Paliativos. É membro
ativo da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (da qual foi Diretor Científico no biênio 2007-2008, Vice-Presidente 2009-2010 e atual
Presidente 2011-2012) e da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. É
professor de pós-graduação da UFMA, na qual oferece disciplina de
Fundamentos em Dor e Cuidados Paliativos. Coordena a Liga de Dor
do Maranhão, um projeto de extensão da UFMA, que agrega vários profissionais e alunos, que além do objetivo de ensino presta atendimento
de pacientes com dor no Hospital Universitário da UFMA e no Instituto
de Oncologia do Maranhão.Tem experiência na área de Medicina, com
ênfase em Tratamento da Dor Aguda e Crônica, atuando principalmente nos seguintes temas: dor aguda e crônica: dor pós-operatória, dor
oncológica, analgesia preemptiva, dor neuropática, dor miofascial, etc;
tratamento da dor e anlagésicos: opióides, antagonistas de receptor
NMDA(cetamina), anticonvulsivantes, etc; cuidados paliativos.
João Claudino Tavares
Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal da Paraíba (1991), mestrado em Economia Rural [C. Grande] pela
Universidade Federal da Paraíba (1995) e doutorado em Geografia pela
Universidade Federal de Santa Catarina (2008). Atualmente é professor permanente do mestrado em Desenvolvimento Socioeconômico da
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Pesquisadores
da UFMA
Universidade Federal do Maranhão e professor Adjunto IV do Departamento de Economia da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Geral, atuando principalmente nos seguintes temas: economia regional e urbana,
economia do trabalho, economia informal, transição social, alternativas de reprodução, profissões e alternativas de reprodução da força de
trabalho. Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Marx-Engels
(NEME).
João Viana da Fonseca Neto
É Professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba
(1982), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal
da Paraíba (1986) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (2000). Desenvolveu projetos de P&D em
Modelagem e Controle para Indústria de Alumínio do Maranhão (ALUMAR) e Sistemas Inteligentes para Tomada de Decisão para Descarga
e Estocagem de Minérios (CVRD). Atualmente desenvolve pesquisa em
Inteligência Computacional com enfoque na fusão neuro-genétio-fuzzy
para determinação e seleção de controladores ótimos do tipo LQG/LTR
para sistemas MIMO. Também desenvolve métodos bayesianos para o
treinamento de Recorrência de Riccati em Filtros Estocásticos do tipo
Kalman Padrão. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com
ênfase em Controle de Processos Eletrônicos, Retroalimentação, atuando principalmente nos seguintes temas: modelos baeados em inteligência artificial para sistemas industriais, algoritmos genéticos, sintonia
de controladres PID, medição indireta via Filtragem de Kalman, solução
neuronal da equação algébrica de Riccarti e recuperação inteligente da
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Pesquisadores
da UFMA
malha de controle LQR.
Johnni Langer
Possui Doutorado em História (UFPR, 2001) e Pós-Doutorado em História Medieval pela USP (2006-2007). Atua principalmente nos seguintes temas: história e cultura dos vikings, guerra e conflito na Escandinávia Medieval, sagas islandesas, história e literatura nórdica, história
do paganismo escandinavo, cultura material e arqueologia do medievo.
Publicou em revistas acadêmicas da Suécia, Inglaterra, França, Portugal, Argentina e em dezenas de periódicos brasileiros. É coordenador
do NEVE-NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS (www.
nevevikings.tk). Atualmente é professor adjunto em História Medieval
no curso de graduação em História e membro permanente do Mestrado
em História Social (Capes 3) da UFMA. Todos os seus estudos em Escandinávia Medieval estão disponiveis em http://ufma.academia.edu/
JohnniLanger/Papers.
Jorge Luiz Silva Nunes
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (2000), mestre em Oceanografia pela Universidade Federal de
Pernambuco (2003) e doutor em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2008). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade Federal do Maranhão. Atua no curso de graduação em Ciências Biológicas, no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade
e Conservação, no Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente
e no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal. Representante
da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e
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Pesquisadores
da UFMA
Tecnológico do Maranhão na região de Chapadinha. Área de atuação
correspondente à ecologia marinha, biologia marinha e sistemática de
peixes.
José Albuquerque de Figueiredo Neto
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba
(1987), residência em Clínica Médica no Hospital das Clínicas da FMUSP;
residência em Cardiologia no Instituto do Coração da FMUSP; Especialização em Métodos Gráficos pelo Instituto do Coração da FMUSP;
Doutorado em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (2002). Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia; Especialista em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia
Intensiva; Especialista em Hipertensão Arterial pela Sociedae Brasileira de Hipertensão Arterial; Especialista em Ecocardiografia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualmente é professor adjunto de Cardiologia da Universidade Federal do Maranhão, professor de História
da Medicina da Universidade Federal do Maranhão. Membro efetivo do
Conselho Regional de Medicina do Maranhão. Tem experiência na área
de Medicina, com ênfase em Cardiologia, atuando principalmente nos
seguintes temas: insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e saúde
da mulher.
José de Ribamar Sá Silva
Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Maranhão (1990), especialista em Metodologia do Ensino Superior pela
Universidade Federal do Maranhão (1994), mestre em Economia Rural
[C. Grande] pela Universidade Federal da Paraíba (1997) e doutor em
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Pesquisadores
da UFMA
Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (2007). Professor Associado, Departamento de Economia, Universidade Federal
do Maranhão. Tem experiência de pesquisa, ensino e gestão nas áreas de Economia, Políticas Públicas e Educação do Campo, com ênfase
em Economia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas:
segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento socioeconômico,
economia maranhense, assentamentos de reforma agrária e formação
da sociedade brasileira.
José Ferreira Costa
Mestrado em Clinica Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas (FOP-UNICAMP/2000) e Doutorado em Odontologia (Materiais
Dentários) pela Universidade de São Paulo (FO-USP/2005). Especialista em Saúde Pública (UNAERP), Dentística e Odontologia do Trabalho (CFO). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do
Maranhão e técnico do Ministério da Saúde. Tem experiência na área
de Odontologia, com ênfase em Dentística, Materiais Dentários e Odontologia Legal.
José Lúcio Alves Silveira
Possui doutorado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (2004). É professor do Mestrado em Desenvolvimento Socioeconômico e do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal
do Maranhão (UFMA). Tem experiência nas áreas de Microeconomia,
Macroeconomia e Economia do Setor Público. Atualmente está pesquisando sobre o processo de renegociação das dívidas estaduais (Lei
9.496/1997) e suas repercussões sobre a receita orçamentária do EsSumário
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Pesquisadores
da UFMA
tado do Maranhão entre 1995 e 2010.
José Manuel Macário Rebêlo
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal
do Maranhão (1986). Fez mestrado em Entomologia em 1990 pela Faculdade de Fiolosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto. Obteve o
título de Doutor em Ciências Biológicas (Zoologia) em 1993, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão. É orientador nos
Programas de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e Biodiversidade e Conservação. Apresenta conhecimento em taxonomia de abelhas.
Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase em Entomologia
de Vetores, atuando principalmente nos seguintes temas: Lutzomyia e
Leishmaniose, Anopheles e Malária, Triatomíneos e Doença de Chagas,
Aedes e Dengue.
José Menezes Gomes
Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal
de Mato Grosso (1986), mestrado em Economia Rural [C. Grande] pela
Universidade Federal da Paraíba (1991) e doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é Professor
Associado I da Universidade Federal do Maranhão no Programa de Pós-graduação Desenvolvimento Socioeconômico e no Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas. Atua na área de Teoria Econômica
com ênfase em Economia Política especialmente nos seguintes temas:
crise capitalista, imperialismo, fundos de pensão, políticas públicas e
lutas de classes.
Sumário
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Pesquisadores
da UFMA
José Policarpo Costa Neto
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará
(1967) , especialização em Programação Agrícola pelo Comissão Econômica Para a América Latina Instituto Latino Americano de Plan (1969)
, mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará
(1973) e doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (1990) . Atualmente é Adjunto 1 da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ecologia , com
ênfase em Ecologia de Ecossistemas, atuando principalmente nos seguintes temas: Limnologia, Tanques de Cultivo de Peixes, Ecotecnologia, Conteúdo de Calor em Tanques de Aquicultura, Balanço Térmico
em Tanques de Aquicultura e Peixes.
José Roberto de Oliveira Bauer
Cursou a Graduação na Universidade Estácio de Sá (RJ); na Universidade de São Paulo (FO/USP) cursou o Mestrado em Materiais Dentário
em 2004 e o Doutorado em 2007. Foi professor na Universidade Nove
de Julho (UNINOVE/SP) e fez parte de Grupo GEO na Universidade
Bandeirantes (GEO/UNIBAN). Hoje atua como Professor Adjunto II na
Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em disciplinas do curso de
graduação e pós-graduação (Mestrado), com temas relacionados com
aplicação clínica dos Materiais Dentários e ocupa o cargo de Chefe do
Departamento de Odontologia I. Coordena o primeiro Banco de Dentes
Humanos no estado do Maranhão (BDH/UFMA). Publicou mais de 20
artigos completos em periódicos e 50 resumos em anais e periódicos nacionais e internacionais. Participou em mais de 30 eventos científicos.
Orientou 2 dissertações e 5 discentes em iniciação científica. Orienta
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Pesquisadores
da UFMA
1 mestrando e 6 bolsistas de IC. Tem atuação em projetos de pesquisa
financiados por agências de fomento nacionais (CNPq, Capes e Finep) e
regionais (Fapema e Fapesp), com a colaboração de dezenas de co-autores de IES (UEPG e FO/USP). É revisor de periódicos nacionais (RGO
e Materials Research) e internacionais (Biomedical Materials, Materials
Science & Engineering. A, Structural Materials: Properties and Micro,
International Journal of Dentistry e European Journal of Orthodontics). É consultor ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). Tem
experiência na área de Odontologia, com ênfase na área de técnicas de
fundição, ligas básicas, materias usados na colagem de brackets e adesão a dentina e longevidade da adesão.
Josefa Batista Lopes
É Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão
(1970), Mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro (1979) e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (1998), com estágio em pesquisa
(“bolsa sanduíche” CAPES) no Instituto Gramsci de Roma. Foi Presidente da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - ABEPSS (1981-1983, à época ABESS), Presidente da Asociación
Latino-americana de Escuelas de Trabajo Social e do Centro Latino-americano de Trabajo Social - CELATS (1986-1989); foi membro da
Diretoria Executiva da ABEPSS, biênio 2007/2008, exercendo o cargo de Coordenadora Nacional de Pós-Graduação; foi representante do
Brasil na Asociación Latino-americana de Enseñanza e Investigación
en Trabajo Social - ALAEITS (2006-2009). É professora aposentada da
Universidade Federal do Maranhão, onde ingressou por concurso púSumário
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Pesquisadores
da UFMA
blico em 1971, e foi coordenadora do Curso de Graduação em Serviço
Social. É vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA, no qual exerceu a função de Coordenadora no biênio
2006/2007. Atua nas áreas de Serviço Social e de Políticas Públicas,
com ênfase em: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do
Serviço Social; Questões de Método; Questão Social; Relação Estado e
Sociedade Civil; América Latina e Lutas Sociais.
Larissa Nascimento Barreto
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do
Maranhão (1990), mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília
(1993) e doutorado em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (1999). Atualmente está cursando pos-doc em
Ecologia da Paisagem e Modelagem da Dinâmica da Paisagem pela Universidade de Wageningen, na Holanda, com bolsa da Capes de 20072008. É professora adjunto da Universidade Federal do Maranhão desde 2002 e foi professora visitante de 1999-2002. Tem experiência na
área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Comunidades, atuando
principalmente nos seguintes temas: conservação, cerrado, biodiversidade, ecologia de tartarugas, ecologia da paisagem, modelagem da dinâmica da paisagem.
Lívio Martins Costa Junior
Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Maranhão (2001), mestrado em Parasitologia pela Universidade
Federal de Minas Gerais (2003), doutorado Sanduiche na Universitat
Munchen (Ludwig-Maximilians) (2005) e Doutorado em Parasitologia
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Pesquisadores
da UFMA
pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007). Atualmente é Professor Adjunto I do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase em Entomologia e Protozoologia de Parasitos, atuando
principalmente nos seguintes temas: Biologia e Controle de Ixodídeos e
Helmintos, e Epidemiologia, Diagnóstico e controle de Hemoparasitos.
Lourdes de Maria Leitão Nunes Rocha
Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão (1980), Mestrado em Políticas Públicas pela Universidade Federal
do Maranhão (1998) e Doutorado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (2005). Primeira Secretária da Secretaria de
Estado da Mulher do Maranhão no período de janeiro de 2007 a abril
de de 2009.Professora adjunta da Universidade Federal do Maranhão.
Coordena o Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Relações de Gênero,
Étnico-Raciais, Geracional, Mulheres e Feminismos – GERAMUS. Tem
experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social da
Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: serviço social, organização, movimentos sociais, gênero, feminismo, violência de
gênero, violência doméstica e ética profissional. Autora do livro Casas-Abrigo no Enfrentamento da Violência de Gênero (Editora Veras, 2007).
Luciane Maria Oliveira Brito
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão, Mestrado e Doutorado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Professora Associado III do Departamento de Medicina III da
Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Vice-Coordenadora do ProSumário
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Pesquisadores
da UFMA
grama de Pós-Graduação Saúde Materno-Infantil da UFMA. Membro
Titular da Sociedade Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e
Colposcopia e Presidente do Capítulo do Maranhão. Membro Titular da
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro fundador da Academia Maranhense de Ciências,
Acadêmica Titular da Academia Maranhense de Medicina, Consultora
ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão, Conselheira Titular do Conselho Regional de Medicina do Maranhão. Coordenadora do Banco de Tumores
e DNA do Maranhão. Área de Atuação: HPV, Ginecologia Oncológica,
Climatério e Menopausa.
Luiz Antônio de Souza Ribeiro
Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do
Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (1994) e doutorado em Engenharia Elétrica pela
Universidade Federal da Paraíba (1998). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área
de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica Industrial, atuando
principalmente nos seguintes temas: ac drives, induction motors, acionamentos estáticos, parameter estimation e estimaçãoo; acionamento
estático; máquina indução.
Luiz Edmundo Bastos Soledade
É professor adjunto, nível inicial, da Universidade Federal do Maranhão.
Atua como professor de Química, no campus de Pinheiro, no Curso de
Licenciatura de Ciências Naturais. Possui graduação em Engenharia
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Pesquisadores
da UFMA
Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968), mestrado
em Ciência dos Combustíveis pela The Pennsylvania State University ,
USA (1976) e doutorado em Química pela Universidade Federal de São
Carlos (2003). Tem experiência na área de Química do Estado Sólido,
com ênfase em Propriedades Ópticas e Espectroscópicas da Matéria
Condensada. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: carvão,
coque, gerenciamento de energia, combustíveis renováveis, catalisadores, biodiesel, pigmentos e fotoluminescência.
Luzeli Moreira da Silva
Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Londrina
(2001), mestrado em Física (2003) e doutorado em Ciências (2006) pela
Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP. Pós-doutorado em Física na UNICAMP (2007-08). Atualmente é professora adjunto I e membro da pós-graduação em Física da Universidade Federal do Maranhão.
Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria
Condensada, atuando principalmente com os seguintes temas: propriedades magnéticas, materiais magnetocalóricos, calorimetria, sistemas fortemente correlacionados e epr.
Lyndon de Araújo Santos
Possui Graduação em História, Licenciatura, pela UNESP (1992), Mestrado em Ciências da Religião pela UNESP (1995) e Doutorado em História pela UNESP (2005). Professor Adjunto III do Depto. de História e
Diretor do Centro de Ciências Humanas da UFMA (2006-2011). Tem
experiência nas áreas de História e Ciências Sociais, com ênfase nos
estudos do campo religioso brasileiro, atuando principalmente nos seSumário
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Pesquisadores
da UFMA
guintes temas: história das religiões e religiosidades, história cultural, protestantismo, catolicismo, teoria da história. Foi presidente da
ABHR-Associação Brasileira de História das Religiões nos anos de 2006
a 2011. Integra o quadro de pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em História e de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFMA,
Coordena o GPHR-Grupo de Pesquisa História e Religião.
Manoel Messias Ferreira Junior
Possui graduação em Bacharelado em Física pela Universidade Estadual de Campinas (1993), mestrado em Física pela Universidade Estadual de Campinas (1995) e doutorado em Física pelo Centro Brasileiro
de Pesquisas Físicas (2001). Atualmente é professor Associado I da
Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física das Partículas Elementares e Campos, atuando principalmente nos
seguintes temas: teorias com violação da simetria de Lorentz, modelo
padrão estendido com violação de Lorentz, sistemas de baixa dimensão (sistemas planares), eletrodinâmica planar e aspectos topológicos,
defeitos topológicos. Orienta atualmente dissertações de Mestrado em
tópicos relacionados às linhas acima, buscando temas que proporcionem formação básica ao aluno e impliquem na produção de 1 artigo
internacional indexado (qualis A). Desde 2006, finalizou orientação de
8 dissertações de Mestrado, associadas à produção de 12 artigos internacionais, concebidos e produzidos in locus (na UFMA). Atualmente,
coordena um Projeto PRONEX que congrega as atividades do Grupo de
Física de Partículas e Campos da UFMA no Estado. É o atual coordenador do Programa de Pós-graduação em Física da UFMA.
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Pesquisadores
da UFMA
Manuel Alfredo Araújo Medeiros
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do
Maranhão (1987), mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade
Federal do Pará (1994) e doutorado em Geociências pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de
Zoologia, com ênfase em Paleontologia de Vertebrados, atuando principalmente nos seguintes temas: Formação Alcântara, Cenomaniano,
Albiano e Cretáceo.
Manuel dos Santos Faria
Possui mestrado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(1976), doutorado sanduiche em Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade de Londres (1994). Atualmente
é Professor Associado da Disciplina de Endocrinologia da Universidade
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Endocrinologia, atuando principalmente nos seguintes temas:
Hipófise, Hipertiroidismo, Osteoporose, Diabetes e Obesidade.
Marcelo Domingos Sampaio Carneiro
Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal
Rural da Amazônia (1986), graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (1992), mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Pará (1994), doutorado em
Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004) e doutorado em Doutorado Sandwich - Ecole des Hautes Etudes en Sciences
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Pesquisadores
da UFMA
Sociales (2003). Atualmente é professor adjunto 3 da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase
em Sociologia Rural, Sociologia Econômica, Sociologia do Trabalho e
Sociologia do Meio Ambiente.
Márcia Manir Miguel Feitosa
Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual de Campinas
(1984), mestrado em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade
de São Paulo (1992) e doutorado em Letras (Literatura Portuguesa) pela
Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é Professora Associada nível III da Universidade Federal do Maranhão. Membro efetivo do
corpo docente do Programa de Mestrado Interdisciplinar em Cultura
e Sociedade da UFMA. Coordenadora Operacional do DINTER em Linguística e Língua Portuguesa em convênio com a UNESP de Araraquara. Ex-Presidente da ABRAPLIP (Associação Brasileira de Professores
de Literatura Portuguesa) na gestão 2010-2011. Tem experiência na
área de Letras, com ênfase em Outras Literaturas Vernáculas, atuando
principalmente nos seguintes temas: teoria da percepção da paisagem,
literatura portuguesa e africana de língua portuguesa, cultura e identidade.
Márcia Maria Corrêa Rêgo
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do
Maranhão (1986), Mestrado (1990) e Doutorado (1998) em Entomologia
pela FFCL-USP Ribeirão Preto. Atualmente é membro do corpo docente
permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação da Universidade Federal do Maranhão. É professora associada
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Pesquisadores
da UFMA
do Departamento de Biologia da UFMA. Pesquisadora da FAPEMA (Bolsa Produtividade). Coordena e orienta diversos projetos no Lea- Laboratório de Estudos sobre Abelhas DEBIO-UFMA em parcerias também
com outros pesquisadores do Museu Goeldi , EMBRAPA-Belém Oriental e Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de
Ecologia de abelhas, com ênfase em Estrutura de Comunidades Apícolas, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemática, biologia
da polinização, nidificação e meliponicultura.
Marco Valério Jansen Cutrim
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal
do Maranhão (1987), mestrado em Botânica pela Universidade Federal
Rural de Pernambuco (1990) e doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é professor
associado da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na
área de Botânica, com ênfase em Botânica Aquática, atuando principalmente nos seguintes temas: ambientes marinhos e estuarinos, fitoplancton, indicadores biológicos e monitoramento ambiental.
Maria Bethânia da Costa Chein
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil.
Graduação em Medicina pela Universidade Gama Filho. Especialista
em Ginecologia pelo Instituto de Ginecologia da UFRJ. Especialista em
Oncologia Clínico-Cirúrgica pelo INCA-UFF. Mestre em Medicina Ginecologia pela UFRJ. Doutora em Medicina Mastologia pela UNIFESP.
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil da UFMA. Membro Fundador da Academia Maranhense de CiênSumário
385 / 415
Pesquisadores
da UFMA
cias. Coordena as Disciplinas de Ginecologia na Graduação em Medicina e Epidemiologia na Pós-Graduação (PPGSMIN). Consultora adhoc
do PIBIC-UFMA-CNPq, FAPEMA e DECIT-MS. Membro com Título da
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Sociedade Brasileira de Mastologia, Associação Brasileira de
Genitoscopia. Áreas de Atuação: Saúde da Mulher. Mastologia. Ginecologia. Obstetrícia.
Maria Carmen Fontoura Nogueira da Cruz
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1986), mestrado em Patologia Oral pela Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (1996) e doutorado em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor
adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na
área de Odontologia, com ênfase em Patologia Oral, atuando principalmente nos seguintes temas: câncer de boca e manifestações orais de
doenças sistêmicas.
Maria da Guia da Silva
Maria da Guia possui graduação(1978) e mestrado(1983) em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e doutorado em Engenharia Elétrica pela University Of Manchester Institute Of Science
And Technology-UMIST (1993). Atualmente é professor associado da
Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: confiabilidade e qualidade de energia e métodos probabilísticos aplicados a
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Pesquisadores
da UFMA
sistemas de potência. Orienta Mestrado e Doutorado. Além das atividades de ensino, pesquisa e orientação, tem experiência de administração
na UFMA, como coordenadora do curso de graduação em Engenharia
Elétrica, coordenadora do programa de pós-graduação em Engenharia
de Eletricidade e como diretora do departamento de pós-graduação da
UFMA.
María del Rosario Girardi Gutiérrez
Doutor em Informática, Universidade de Genebra, Suíça, 1996. Mestre
em Ciência da Computação, UFRGS, Brasil, 1991. Engenheiro de Sistemas em Computação, UdelaR, Uruguai, 1982. Professor Associado
da Universidade Federal do Maranhão. Atua como docente, pesquisador e orientador no Curso de Pós-graduação em Engenharia Elétrica
e no Curso de Graduação em Ciência da Computação. Suas áreas de
especialização são Engenharia de Software, Inteligência Artificial e Engenharia da Informação.
Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
(1977), mestrado em Medicina Tropical pela Universidade Federal de
Goiás (1986) e doutorado em Medicina pela Universidade Federal de
São Paulo (1996). Atualmente é professora do curso de doutorado da
Rede Nordeste de Biotecnologia, vice-coordenadora do Dinter UERJ-UFMA, consultora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, consultora da Fundação de Amparo à Pesquisa e
ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) e
Confreira da Academia Maranhense de Ciências, estatutária-docente
Sumário
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Pesquisadores
da UFMA
do Hospital Universitário da UFMA, sócia da Sociedade Brasileira de
Oncologia Clínica, bolsista de pós-doutorado - Programa Nacional de
Cooperação Acadêmica, membro da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical, membro do comitê de Micologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia,
vice-presidente do capítulo do Maranhão da Sociedade Brasileira de
Citopatologia, sócia da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - São Paulo, II secretária da Academia Maranhense de Medicina,
professora adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e professor
adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na
área de Medicina, com ênfase nos seguintes temas: doenças infecciosas e parasitárias; cancerologia (oncologia); ensino em saúde; gestão; e
auditoria em saúde.
Maria do Rosário da Silva Ramos Costa
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1979), mestrado em Medicina (Pneumologia) pela Universidade
Federal de São Paulo (1995) e doutorado em Medicina (Pneumologia)
pela Universidade Federal de São Paulo (2002). Atualmente é professor
Adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão e chefe do Departamento de Medicina I da UFMA. Presidente da Associação Maranhense
de Pneumologia e Cirurgia Torácica. Coordenadora do DINTER com a
UERJ. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Pneumologia, atuando principalmente nos seguintes temas: asma, tuberculose
e bronquiectasia. Em asma: programa de educação, qualidade de vida,
asthma education, análise crítica de atendimento médico, pico de fluxo
expiratório, asma e controle ambiental. Em tuberculose: cursos de capacitação para profissionais da saúde, fatores de adesão, diagnóstico e
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Pesquisadores
da UFMA
tratamento. Em Bronquiectasia: diagnóstico diferencial, hiperresponsividade na bronquiectasia. Coordenadora do Programa de Assistência
ao Paciente Asmático.
Maria Izabel Barboza de Morais Oliveira
Possui graduação em História pela Universidade Estadual do Oeste do
Paraná (2000), Mestrado em História Social pela Universidade Federal
Fluminense (2003), Doutorado em História Cultural pela Universidade de Brasília (2009). Lecionou na Universidade Estadual de Goiás e
na Universidade Luterana do Brasil/ULBRA (GO). Atualmente é professora adjunta do Departamento de História da Universidade Federal
do Maranhão/UFMA. É professora permanente do Programa de Pós-Graduação em História da UFMA. Atua na área de História. Trabalha
com os temas: História intelectual, história das ideias políticas, poder
e sociabilidades, espelhos de príncipes, soberania, guerra e paz.
Maria Nilce de Sousa Ribeiro
Possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal
do Pará (1973), Mestrado em Química Orgânica pela Universidade de
São Paulo (1979) e Doutorado em Química Orgânica pela Universidade
de São Paulo (1983). Atualmente é Professora Associada I da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência em Quimica de Produtos Naturais, atuando nos temas: metabólitos secundários bioativos de
plantas medicinais e produtos de abelhas sem ferrão.
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Pesquisadores
da UFMA
Maria Ozanira da Silva e Silva
Maria Ozanira da Silva e Silva possui graduação em Serviço Social
pela Universidade Federal do Maranhão (1966), cursou Master of Social Work pela Western Michigan University (1976), mestrado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1980) e
doutorado em Serviço Social, com área de concentração em Política Social, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1987). Desenvolveu estágio pós-doutoral no Núcleo de Estudo de Políticas Públicas
da Universidade de Campinas (1995-1996). Atualmente é professora
do Departamento de Serviço Social; coordenadora e professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Publicas (www.pgpp.ufma.br); é
coordenadora do Grupo de Avaliação e Estudo da Pobreza e de Políticas
Direcionadas à Pobreza - GAEPP (www.gaepp.ufma.br) na Universidade Federal do Maranhão. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do
CNPq nível 1A. Membro do Corpo Editorial de 8 Revistas de abrangência nacional e internacional. Foi representante adjunto na Área de Serviço Social na CAPES nos períodos 2001-2004 e 2005-2007; membro
do Comitê de Assessoramento de Psicologia e Serviço Social no CNPq
no período 2003/2005 e voltou a ser membro titular do mesmo Comitê com mandato de 07/2008 a 06/2011. Até fevereiro de 2012, publicou 40 artigos em periódicos especializados nacionais e internacionais
e 52 trabalhos completos em anais de eventos científicos nacionais e
internacionais. Possui 35 capítulos de livros; 10 livros textos integrais
e 12 livros organizados ou coordenados publicados. Orientou 15 dissertações de mestrado e co-orintou 01; orientou 10 teses de doutorado e co-orientou 02, na área de Políticas Públicas. Entre 1991 a 2010
coordenou 17 projetos de pesquisa. Atualmente coordena 03 projetos
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Pesquisadores
da UFMA
de pesquisa.Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase
em Avaliação de Políticas e Programas Sociais, atuando principalmente
nos seguintes temas: Pobreza, Políticas Sociais, com destaque à Política de Assistência Social e Programas de Transferência de Renda.
Marilene Oliveira da Rocha Borges
Marilene Oliveira da Rocha Borges concluiu o doutorado em Farmacologia pela Universidade Federal de São Paulo em 2000. Atualmente
é Professora Associada da Universidade Federal do Maranhão. Publicou 15 artigos em periódicos especializados e 64 trabalhos em anais
de eventos. Participou do desenvolvimento de 50 produtos tecnológicos. Orientou 14 dissertações de mestrado e co-orientou 2, além de ter
orientado 10 trabalhos de iniciação científica e 15 trabalhos de conclusão de curso nas áreas de Farmácia, Farmacologia, Medicina e Bioquímica. Recebeu prêmio José Ribeiro do Vale da Sociedade Brasileira de
Farmacologia e Terapêutica Experimental, Prêmio FAPEMA, categoria
Jovem Cientista-Orientadora, e prêmios no SEMIC/UFMA. Atualmente
é Chefe do Departamento de Ciências Fisiológicas e Vice-coordenadora
do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Atua na área
de Farmacologia, com ênfase em Farmacologia de Produtos Naturais.
Em suas atividades profissionais interagiu com 61 colaboradores em
co-autorias de trabalhos científicos.
Marilete Geralda da Silva
Possui graduação em Pedagogia pela Fundação Norte-Mineira de Ensino Superior, atual Universidade Estadual de Montes Claros (1982),
Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (2002)
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Pesquisadores
da UFMA
e Doutorado em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (2007). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Educação II e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão. Participa do Grupo de Pesquisa em Educação
Especial deste programa. Atua, principalmente, nos seguintes temas:
As teorias psicológicas do desenvolvimento e aprendizagem; Psicanálise
e Educação; Orientação a pais e professores de alunos do atendimento
educacional especializado.
Marina Maciel Abreu
É graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão
(1970), Mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro (1977) e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (2001). Foi membro da diretoria da
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social-ABEPSS,
exercendo o cargo de Presidente no período 2007-2008, de Coordenadora Nacional de Pós-Graduação em 2005-2006 e Vice-Presidente Regional Norte em 1985-1986. Ingressou como docente na Universidade
Federal do Maranhão em 1971, vinculada ao Departamento de Serviço
Social e exerceu a função de Coordenadora do Curso de Graduação em
Serviço Social no período 1988/1989. Atualmente é professora aposentada, com vinculação ao Programa de Pós-Graduação em Políticas
Públicas da Universidade Federal do Maranhão e pesquisadora do Grupo de Estudos, Pesquisa e Debates em Serviço Social e Movimento Social -GSERMS. Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase
em Fundamentos Históricos e Teórico-metodológicos do Serviço Social,
atuando principalmente nos seguintes temas: Serviço Social, relação
estado e sociedade civil, trabalho e lutas sociais.
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Pesquisadores
da UFMA
Marlus Pinheiro Rolemberg
Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (1995) , mestrado em Engenharia Química pela
Universidade Estadual de Campinas (1998) , doutorado em Engenharia
Química pela Universidade Estadual de Campinas (2002) , pós-doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (2005) e curso-técnico-profissionalizante em Curso Técnico em Geologia pela Escola Técnica
Federal do Rio Grande do Norte (1988) . Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de
Química, com ênfase em Físico-Química. Atuando principalmente nos
seguintes temas: Equilíbrio sólido-líquido, Triglicerídeos, Óleos graxos,
DSC.
Marta Célia Dantas Silva
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2F, Produtividade em Pesquisa do CNPq - nível 2F. Graduação em Licenciatura em Química, Universidade Federal da Paraíba (1996), mestrado em Química
pela Universidade Federal da Paraíba (2000) e doutorado em Química,
Universidade Federal da Paraíba (2005). Pós-doutorado, Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor adjunto
nível II do Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão, atuando também como colaboradora e pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba. Membro permanente
do Programa de Pós-graduação em Energia e Ambiente da UFMA. Tem
experiência na área de Química, com ênfase em Análise Térmica, atuando principalmente nos seguintes temas: cinética, corante natural de
urucum, biocombustíveis e aditivos.
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Pesquisadores
da UFMA
Maxwell Mariano de Barros
Possui graduação em Matemática (Licenciatura) pela Universidade Federal de Alagoas (1985), mestrado em Matemática pela Universidade
Federal do Ceará (1989) e doutorado em Matemática pela Universidade
de São Paulo (1998). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Matemática,
com ênfase em Geometria Diferencial, atuando principalmente nos seguintes temas: subvariedades tipo-espaço em formas espacias semi-Riemannianas, subvaridades em variedades com estrutura de contato
e subvariedades Pseudo-parallelas.
Natalino Salgado Filho
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
(1973), mestrado em Medicina (Nefrologia) pela Universidade Federal
de São Paulo (1987) e doutorado em Medicina (Nefrologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1994). Atualmente é professor associado
da Universidade Federal do Maranhão, vice-presidente da Sociedade
Brasileira de Nefrologia, presidente da comissão - Ass. Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, membro efetivo
- Kidney International Society e membro efetivo da Sociedade Brasileira de História da Medicina. Tem experiência na área de Medicina, com
ênfase em Nefrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: hipertensão arterial, nefropatia, diabetes, envolvimento renal e diabetes
mellitus.
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Pesquisadores
da UFMA
Ney de Barros Bello Filho
Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Maranhão
(1990), mestrado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2000) e doutorado em Direito Ambiental pela Universidade Federal
de Santa Catarina (2006), com pesquisa elaborada na Universidade
de Coimbra, Portugal, e na Universitá Degli Studi di Lecce, Itália. Pós-doutorado em Direito Constitucional pela PUC-RS. Atualmente é Juiz
Federal no Maranhão, é integrante do Conselho Editorial das Revista
Brasileira de Direito Ambiental e Revista de Direito Ambiental, é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na
área de Direito Público, com ênfase em Direito Constitucional e Direito
Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: direito ambiental, direito constitucional, direito constitucional ambiental e responsabilidade penal ambiental. Possui diversas obras publicadas.
Nivaldo Magalhães Piorski
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal
do Maranhão (1991), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997) e doutorado em Genética e Evolução pela Universidade Federal de São Carlos
(2010). Atualmente é consultor ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico e professor adjunto III da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área
de Zoologia, com ênfase em Sistemática dos Peixes de Água Doce, atuando principalmente nos seguintes temas: morfometria multivariada,
neotropical, ictiofauna, ecomorfologia e taxonomia.
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Pesquisadores
da UFMA
Orlando Jorge Martins Torres
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
(UFMA-1987), Mestrado em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR-1994), Doutorado em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR-1997) e Livre-Docência em Clínica
Cirúrgica pela Universidade Federal do Ceará (UFC-2000). Estágio em
Cirurgia de Hérnia no Shouldice Institute (Canadá-1999). Estágio em
Cirurgia do Fígado e Vias Biliares no Memorial Sloan-Kettering Cancer
Center (New York - USA - 2000). Estágio em Transplante de Fígado no
Thomas Starzl Liver Transplantation (University of Pittsburgh Medical
Center - USA - 2005). Estágio em Cirurgia do Fígado e Vias Biliares no
MD Anderson Cancer Center (Houston - Texas - USA - 2010). Atualmente é Professor Livre-Docente do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência em Cirurgia do Aparelho Digestivo, atuando principalmente nos seguintes temas: Câncer
do Aparelho Digestivo, Cirurgia do Fígado, Vias Biliares e Pâncreas,
Videolaparoscopia.
Osvaldo Ronald Saavedra Mendez
Osvaldo Ronald Saavedra Mendez concluiu o doutorado em Engenharia
Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas em 1993. Atualmente
é professor titular da Universidade Federal do Maranhão. É co-fundador do programa de Pós-Graduação de Engenharia de Eletricidade da
UFMA, fundador do Núcleo de Energias Alternativas da UFMA, coordenou a fundação do Instituto de Energia Elétrica na UFMA. Coordenou
e/ou participou em mais de 20 projetos de pesquisa e de desenvolvimento, de colaboração nacional e internacional, e de pesquisa aplicada.
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Pesquisadores
da UFMA
Foi presidente do VII SBAI/IEEE-LARS, coordenador local SBRN 2004,
coordenador local do 2004 IEEE MLSP e membro frequente de comitês
de congressos nacionais e internacionais. Foi Coordenador da Região
nordeste da Sociedade Brasileira de Automática e membro do Conselho
Superior dessa Sociedade por dois períodos. Atualmente ocupa o cargo
de vice-presidente da SBA pelo biênio 2010-2012 e membro da Comissão de Área-Engenharias IV- CAPES. É membro do comitê editorial de
várias revistas, revisor de vários periódicos, membro da SBA e IEEE.
Seus interesses abrangem operação de sistemas de potência em ambiente competitivo, serviços ancilares e energias renováveis.
Patrícia Maia Correia de Albuquerque
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do
Maranhão (1986), Mestrado (1990) e Doutorado (1998) em Entomologia
pela FFCL-USP Ribeirão Preto. Realizou estágio pós doutoral no Museu
de História Natural da Universidade de Oxford, Inglaterra (2002-2003),
em Biologia da Nidificação de Abelhas. Atualmente é membro do corpo
docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade
e Conservação da Universidade Federal do Maranhão. É professor Associado II do Departamento de Biologia da UFMA. Tem experiência na
área de Ecologia, com ênfase em Estrutura de Comunidades Apícolas
e Florísticas, atuando principalmente nos seguintes temas: apoidea,
abelhas, sistemática, biologia da polinização, nidificação e meliponicultura.
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Pesquisadores
da UFMA
Paulo Fernandes Keller
Professor Adjunto II do Departamento de Sociologia e Antropologia e do
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde atua na Linha de Pesquisa:
Relações de Produção e Ação Coletiva. Colíder do Grupo de Estudos e
Pesquisas “Trabalho e Sociedade” do PPGCSOC/UFMA. Bacharel em
Ciências Sociais (1993), Mestre em Sociologia (1996) e Doutor em Ciências Humanas - Sociologia (2004) - pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro, com Dissertação e Tese nas subáreas Sociologia da Indústria
e Sociologia do Trabalho. Pós-Doutor Júnior pela Universidade de Brasilia (2005/06), com atividades de pesquisa nas subáreas Sociologia do
Trabalho e Sociologia Econômica.
Regina Célia de Sousa
Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão
(1988), mestrado em Física pela Universidade Federal do Ceará (1991)
e doutorado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade
Federal de São Carlos (1996). Atualmente é associado I da Universidade
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Caracterização Microestrutural,
atuando principalmente nos seguintes temas: caracterização metalográfica, aços microligados, aços inoxidáveis, recristalização secundária
e sensitização.
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Pesquisadores
da UFMA
Roberto Batista de Lima
Possui graduação em Química (bacharelado) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2001), Mestrado em Físico-Química pela
Universidade de São Paulo (2003) e Doutorado em Físico-Química pela
Universidade de São Paulo (2006). Tem experiência na área de Química, com ênfase em Eletroquímica, atuando principalmente nos seguintes temas: Eletrocatálise, Eletroxidação de pequenas moléculas (álcoois, aldeídos, ácidos carboxílicos), Espectroscopia Vibracional (FTIRAS,
SEIRAS) aplicada a estudos de sistemas eletroquímicos e superfícies
metálicas monocristalinas. Realizou pós-doutoramento no Grupo de
Eletroquímica do Instituto de Química de São Carlos da USP com enfase em sistemas complexos e dinâmica não linear. Atualmente é Professor Adjunto na Universidade Federal do Maranhão.
Roberto Sigfrido Gallegos Olea
Possui Graduação em Químico Laboratorista pela Universidade de Tarapacá (1979), Mestrado em Química Orgânica pela Universidade de
São Paulo (1990) e Doutorado em Química Orgânica pela Universidade
de São Paulo (1995). Realizou um Pós-Doutoramento em Química de
Produtos Naturais no Instituto de Química da UNESP entre os anos de
2004 e 2005. Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal
do Maranhão. Desenvolve atividades docentes em Química Orgânica
e de pesquisa em Química dos Produtos Naturais, atuando principalmente na linha de pesquisa: Química e Farmacologia de espécies vegetais do Estado do Maranhão.
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Pesquisadores
da UFMA
Rodolfo Alván Casana Sifuentes
Possui graduação em Física - Universidad Nacional de Ingeniería (1992),
mestrado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (1997) e
doutorado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (2000).
Tem experiência na área de Física, com ênfase em Teoria Geral de Partículas e Campos, atuando principalmente nos seguintes temas: modelos bidimensionais, quebra da simetria de Lorentz e CPT, teoria de
campos à temperatura finita e teoria de campos em espaços curvos.
Rosane Nassar Meireles Guerra
Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula
(1980), Mestrado em Patologia Experimental pela Universidade Federal
Fluminense (1988) e Doutorado em Imunologia pela Universidade de
São Paulo (1996). Pós-doutorado (2007) no Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz - FIOCRUZ. Funções atuais: professora Associada II da Universidade Federal do Maranhão e Diretora-Presidente da Fundação de
Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico do
Maranhão - FAPEMA. Área de atuação: Imunologia com enfoque nos
seguintes temas: efeito de plantas medicinais sobre o sistema imune;
autoimunidade e imunidade oral.
Salviana de Maria Pastor Santos
Possui graduação em Serviço Social, mestrado e doutorado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Fez doutorado sanduiche na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É
Professora Associada III com exercício no Departamento de Serviço SoSumário
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Pesquisadores
da UFMA
cial e no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA.
Neste último, foi eleita Coordenadora para o biênio 2012-2013. É pesquisadora, bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2,
membro do Grupo de Avaliação e Estudos da Pobreza e das Políticas
Direcionadas à Pobreza-GAEPP. Tem experiência em avaliação de políticas públicas, particularmente nos campos da pobreza, assistência
social, saúde e educação profissional.
Sandra Maria Nascimento Sousa
Possui Doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000). Atualmente é Professora Associada 2 da
Universidade Federal do Maranhão. Tem experiências na área de Sociologia e Antropologia, atuando principalmente na produção de conhecimento relativo aos seguintes temas: gênero e sexualidade, relações de gênero, memória e identidade, desigualdades sociais e cultura
histórica. Atualmente ministra aulas e orienta trabalhos de alunos da
Graduação e Pós-Graduação em Ciências Sociais e do Mestrado Interdisciplinar Cultura e Sociedade. Coordena Grupo de Estudos e Pesquisas na temática destacada.
Sergio Figueiredo Ferretti
SERGIO FIGUEIREDO FERRETTI, graduado em História (UB/UFRJ 1962) e Museologia (MHN/ Uni Rio - 1962), Mestre em Ciências Sociais
- Antropologia (UFRN - 1983) e Doutor em Ciências - Antropologia Social (USP - 1991). Professor Emérito da Universidade Federal do MaSumário
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Pesquisadores
da UFMA
ranhão, tendo sido Coordenador da Graduação em Ciências Sociais e
dos Mestrados em Políticas Públicas e em Ciências Socias. Áreas preferenciais de pesquisa e orientação: religiões afro-brasileiras, tambor de
mina, Casa das Minas, cultura popular, tambor de crioula e sincretismo. É autor de artigos em periódicos científicos, capítulos de livros e
livros. Membro de conselhos editoriais de vários periódicos científicos.
Membro da Comissão Maranhense de Folclore.
Silma Regina Ferreira Pereira
Graduada em Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura) pela
Universidade Federal do Maranhão (1987), mestrado em Genética pela
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1990), doutorado em Ciências Biológicas (Genética) pela Universidade de São Paulo (2000) e atualmente realizando Pós-doutoramento em Georgetown
University Medical Center, em Washington DC, EUA. É professora Associada II do Departamento de Biologia da Universidade Federal do
Maranhão, ministrando a disciplina de Genética na graduação para os
cursos de Ciências Biológicas e Medicina. Professora permanente do
Mestrado em Biodiversidade e Conservação e do Mestrado em Ciências
da Saúde da UFMA. Com experiência na área de Genética, com ênfase
em Genética Humana e Médica, atuando principalmente nos seguintes
temas: citogenética humana, genética de doenças infecciosas e parasitárias e mutagênese.
Silvana Maria Moura da Silva
Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal do
Maranhão (1987), mestrado em Educação Especial (Educação do IndiSumário
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Pesquisadores
da UFMA
víduo Especial) pela Universidade Federal de São Carlos (1994). Doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas
(1998). Pós-Doutorado pelo Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (2009). Professora Associada Nível III do
Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Professora e Orientadora nos Mestrados em Educação e
Saúde Materno Infantil da UFMA. Coordenadora do Grupo de Pesquisa
em Educação Especial do Mestrado em Educação da UFMA. Coordenadora Geral do Centro de execelência do Paradesporto da UFMA. Tem
experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física Adaptada, atuando principalmente nos seguintes temas: brinquedoteca, Educação Física Hospitalar (Terapia para Enfermos Especiais),
Educação Física Adaptada, primeira infância, estimulação precoce,
crianças e deficiência visual.
Silvano Alves Bezerra da Silva
Possui graduação em Educação Artística pela Universidade Federal da
Paraíba (1984), mestrado em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba (1998) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2005). Atualmente é
professor do Curso de Comunicação Social e também do Programa de
Pós-graduação em Cultura e Sociedade (Mestrado - PGCULT) da Universidade Federal do Maranhão. É também diretor da TV UFMA. Tem
experiência na área de Comunicação, com ênfase em Estética e Linguagem, atuando principalmente nos seguintes temas: processos estéticos
através da mídia, estética e funcionamento discursivo, jornalismo, persuasão e retórica.
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Pesquisadores
da UFMA
Silvete Coradi Guerini
Possui graduação em Física pela Universidade Federal de Santa Maria
(1995), mestrado em Física pela Universidade Federal de Santa Maria
(2000) e doutorado em Física pela Universidade Federal de Santa Maria
(2004). Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal do
Maranhão. Tem experiência na área de Ciências Exatas e da Terra, com
ênfase em estados eletrônicos, atuando principalmente nos seguintes
temas: dft, ab initio, bn, propriedades eletrônicas e nanotubes.
Sirlane Aparecida Abreu Santana
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal
do Maranhão (1991), mestrado em Química Inorgânica pela Universidade Federal do Ceará (1998), doutorado em Química Analítica pelo
Instituto de Química de São Carlos-Universidade de São Paulo (2003)
e Pós-Doutorado pelo Instituto de Química da Universidade Estadual
de Campinas (2009). Atualmente é professor adjunto da Universidade
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química, atuando
principalmente nos seguintes temas: adsorção e química de meio ambiente.
Sirliane de Souza Paiva
Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão
(1989), Mestrado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1997)
e Doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (2001);
Pós-Doutora em Enfermagem EEUSP (2008). Atualmente é Asssociada
I da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de
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Pesquisadores
da UFMA
Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Médico-Cirúrgica, atuando
principalmente nos seguintes temas: Enfermagem em Emergência e
Processo Ensino-Aprendizagem em Enfermagem. Atualmente participa
do Grupo de Habilidades Psicomotoras para o cuidado, cadastrado no
CNPq.
Soraia de Fátima Carvalho Souza
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1988), especialização em Endodontia pelo Centro Técnico Aeroespacial /Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo(1991),
Mestrado em Clínica Odontológica com Concentração em Endodontia
pela Universidade Estadual de Campinas (2000), Doutorado em Odontologia (Materiais Dentários) pela Universidade de São Paulo (2007).
Realizou estágio Pós-Doutoral durante 12 meses no Departamento de
Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
sob a supervisão do Prof. Dr. Antônio Carlos Bombana (2008). Atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal do Maranhão.
Pesquisadora vinculada ao Programa de Pós-graduação em Odontologia
(PPGO). Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Endodontia e Materiais Dentários, atuando principalmente nos seguintes
temas: alterações bucais relacionadas às doenças sistêmicas (Anemia
Falciforme), Epidemiologia, diagnóstico e tratamento dos traumatismos
dentários, efetividade das medicações intracanal, propriedades físicas
e mecânicas dos materiais de obturação endodôntica e propriedades
mecânicas da dentina radicular.
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Pesquisadores
da UFMA
Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo
Possui graduação em História pela Universidade Federal do Maranhão
(1980) e doutorado em Ciências Pedagógicas pelo Instituto Central de
Ciências Pedagógicas - Universidade de Havana - Cuba (2005). Título
de Doutora reconhecido no Brasil pela UNB. Atualmente é professor
titular da Universidade Federal do Maranhão e Consultora Pedagógia
do Programa de Qualificação de Docentes da Universidade Estadual
do Maranhão-UEMA. Desenvolve atividades didático-pedagógicas em
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, atuando principalmente nos
seguintes temas: ensino de história; parâmetros curriculares; livro didático; estutura e funcionamento da educação básica e do ensino superior, competências e habilidades na formação de professores; reforma
curricular; formação docente, pesquisa e extensão. Ensino de História
do Brasil, da América e Metodologia da Pesquisa, Novas Tecnologias da
Educação, História da África, Gestão, Supervisão e Orientação Escolar
e Educação Comparada.
Teresa Cristina Rodrigues dos Santos Franco
Atuação em Química Analítica Ambiental com ênfase no desenvolvimento e aplicação de metodologias analíticas para determinação de
contaminantes orgânicos em diversas matrizes. Graduada em Química
Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1984), com mestrado em Química (Química Analítica Inorgânica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1989) e doutorado em Química
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999).
É professor adjunto IV e diretora do Departamento de Pós-Graduação
da Universidade Federal do Maranhão. Atualmente realiza estudos enSumário
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Pesquisadores
da UFMA
volvendo mel de abelhas (controle de qualidade e desenvolvimento de
produtos de valor agregado) e contaminantes de ambientes marinhos
(tintas antiincrustantes).
Valdinar Sousa Ribeiro
Valdinar Sousa Ribeiro concluiu o doutorado em Medicina, em Ribeirão Preto, pela Universidade de São Paulo, em 2003. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão, com atuação no
ensino da graduação em Pediatria e da pós-graduação em Saúde-Coletiva. Consultor ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão–FAPEMA. Atua na área de Medicina, com ênfase
em Saúde Materno-Infantil e Epidemiologia. Em seu currículo Lattes,
os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Epidemiologia, Saúde Perinatal,
Saúde Materno-Infantil, Mortalidade Infantil e Neonatal, Baixo Peso, e
Prematuridade em estudos populacionais, Saúde Coletiva, Assistência
Pré-Natal, Saúde Pública.
Valério Monteiro Neto
Possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal
do Maranhão (1988), doutorado em Ciências (Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro) pela Universidade de São Paulo (2000) e pós-doutorado em Microbiologia pela University of Arizona (EUA). Atualmente é
professor titular do Centro Universitário do Maranhão. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: patogenicidade bacteriana,
microbiologia oral e bioprospecção de produtos com atividade antimicrobiana.
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Pesquisadores
da UFMA
Vanda Maria Ferreira Simões
Médica graduada pela Universidade Federal do Maranhão (1981), com
Residência Médica em Pediatria pelo Instituto Nacional de Assistência
Médica e Previdência Social – INAMPS (1984), com Titulo de Especialização em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão –
UFMA (2001). Doutorado em Medicina, área de concentração em Saúde
da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto – USP. Professora Adjunta da Universidade Federal do Maranhão.
Participa do quadro permanente de professores da Pós-Graduação em
Saúde Coletiva e na Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Pediatria, com
ênfase em Neonatologia e Saúde Coletiva, atuando principalmente nos
seguintes temas: crescimento e desenvolvimento, estudos de coorte e
doenças crônicas não-transmissíveis, saúde da criança e do adolescente, recém-nascido de risco, prematuridade, baixo peso ao nascer,
mortalidade infantil. Atualmente faz parte da equipe de coordenação
do segundo estudo de coorte perinatal de São Luís (BRISA), iniciado em
2009, que tem como objetivo principal estudar novos fatores etiológicos
para nascimento pré-termo.
Vanessa Camila da Silva
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (1999), Especialização (2001), Mestrado (2004)
e Doutorado (2008) em Odontologia (Periodontia) [Araraquara] pela
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é
professora de Anestesiologia e Cirurgia Bucal no curso de Odontologia
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Pesquisadores
da UFMA
da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Tem experiência na área
de Odontologia, com ênfase em Periodontia e Cirurgia.
Vicente Leonardo Paucar Casas
Bacharel e Engenheiro Eletricista pela Universidad Nacional del Centro
del Perú-UNCP, Mestre em Engenharia Elétrica pela Pontificia Universidad Católica de Chile-PUC-CL (1989) e Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP (1998). Ex-Professor Titular da Universidad Nacional de Ingeniería-UNI, FIEE.
Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão-UFMA, Departamento de Engenharia de Eletricidade. Sua experiência
profissional e acadêmica inclui a realização de consultorias, projetos
de pesquisa (P&D) e publicações de artigos científicos. Suas atividades incluem o desenvolvimento de metodologias e software de análise
para a operação e planejamento de sistemas de energia elétrica (SEE),
simulação e gestão de mercados elétricos competitivos, aplicações de
inteligência artificial e realidade virtual em SEE e centros de controle,
e segurança dinâmica de sistemas interligados. É Senior Member do
IEEE.
Victor Elias Mouchrek Filho
Graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1994), Especialização em Magistério Superior pela Universidade Federal do Maranhão (2003), Mestrado em Química Analítica pela
Universidade de São Paulo (1997) e Doutorado em Química Analítica
pela Universidade de São Paulo (2000). Ex-Chefe do Departamento de
Tecnologia Química-UFMA (2002 a 2005). Atualmente é Professor AsSumário
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Pesquisadores
da UFMA
sociado II do Departamento de Tecnologia Química, da Pós-Graduação
em Química (Mestrado) e Sub-Coordenador do Programa de Controle
de Qualidade de Alimentos e Águas-PCQA da Universidade Federal do
Maranhão, Consultor Técnico do Centro de Pesquisa e Processamento de Alimento-CEPPA da Universidade Federal do Paraná, Assessor
Científico do MACKPESQUISA do Instituto Presbiteriano Mackenzie e
consultor ad hoc da Universidade Estadual do Maranhão e da Universidade Federal do Maranhão. Orientador credenciado no Programa de
Pós-Graduação em Química (Doutorado) da Universidade Federal da
Paraíba. Tem experiência nas áreas de Química e Alimentos, com ênfase em Óleos Essenciais e Análises de Alimentos.
Vinícius José da Silva Nina
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
(1993), doutorado em Medicina (Cirurgia Torácica e Cardiovascular) pela
Universidade de São Paulo (2003) e especialização em Cirurgia Cárdio-Torácica na Universidade do Alabama (EUA) e no The Prince Charles
Hospital (Austrália). É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular/AMB e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira
de Cardiologia do Maranhão. Atualmente é Professor Adjunto do Curso
de Medicina e Diretor Geral do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão e Chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular. Professor dos Mestrados em Saúde Materno-Infantil e Ciências da
Saúde da Universidade Federal do Maranhão, e do Curso de Medicina
do Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA). Cirurgião e Chefe do Serviço de Cirurgia Cardíaca do UDI Hospital. Tem experiência
na área de Medicina, com ênfase em Cirurgia Cardiovascular, atuando principalmente nos seguintes temas: cirurgia cardíaca, resultados,
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Pesquisadores
da UFMA
transplante cardíaco, cardiopatias congênitas, cardiopatias valvares e
doença coronariana.
Wildoberto Batista Gurgel
(AYALA GURGEL) nasceu em Alexandria-RN, em 07.08.1971. É Bacharel em Filosofia (1997), Mestre em Filosofia (2001), ambos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e Doutor em Políticas Públicas
(2008) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com a tese
Direitos Sociais dos Moribundos, premiada pela Capes com Menção
Honrosa na Edição 2010 do Prêmio Capes de Teses. Atualmente cursa
Especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LABORO), é
professor da UFMA e desenvolve pesquisas na área de políticas públicas voltadas para a morte-morrer e na área de saúde coletiva, na área
de saúde mental. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em
Ética, Bioética, Tanatologia e Saúde Mental. É membro da Academia
Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), da Liga Acadêmica de Tanatologia (THANATOS) e da Association for the Advancement of Philosophy
& Psychiatry (AAPA). Autor de artigos na área, dentre os quais se destacam seus trabalhos sobre a impossibilidade de uma moral privada, a
mercantilização da morte-morrer e a relação dialética entre as formas-de-Estado e as formas-de-Morte.
Zair Abdelouahab
Possui graduação em Ciência da Computação pela University Of Setif (1985) , mestrado em Computing Science pela University Of Glasgow (1988) e doutorado em Computer Studies pela University Of LeeSumário
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Pesquisadores
da UFMA
ds (1993) . Atualmente é professor titular da Universidade Federal do
Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Computação , com
ênfase em Sistemas de Computação. Atuando principalmente nos seguintes temas: Orientação a Objeto, Linguagens de programação, Programação Concorrente e Paralela, Arquiteturas Paralelas.
Zeni Carvalho Lamy
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
(1982), Residência Médica em Pediatria (1985), Título de Especialista
em Pediatria com habilitação em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria, mestrado em Saúde da Criança (1995) e doutorado em
Saúde da Criança e da Mulher (2000), ambos pelo Instituto Fernandes Figueira - Fiocruz. Professora Adjunta do Departamento de Saúde
Pública da UFMA, com inserção nos Programas de Pós-Graduação em
Saúde Coletiva e em Saúde Materno Infantil. Consultora ad hoc da FAPEMA. Consultora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento
Materno do Ministério da Saúde. Experiência na área de Medicina, com
ênfase em Saúde Coletiva e em Saúde Materno-Infantil.
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EXPEDIENTE
Editor: Jorge Murad
Edição: Instituto Geia
Gerente Executiva: Josilene Maia
Editoração Eletrônica: Aline Durans
Capa e Vídeo: Farol Digital
Fotografia: Albani Ramos e Wagner Moreira
Desenvolvedor Web: Helder Maia
Colaboradores: Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Sebastião
Moreira Duarte, Senai/MA, Universidade Estadual do Maranhão e Universidade Federal do Maranhão.
Plural é uma publicação bimensal editada pelo Instituto Geia,
localizada na Av. Cel.Colares Moreira, nº 1, Q. 121, sala 102,
São Luís–MA CEP 65.075-440 Fonefax: +55 98 3227 6655.
[email protected]
www.geiaplural.org.br
ISSN: 2238-4413
As opiniões e conceitos emitidos pelos autores são de exclusiva
responsabilidade dos mesmos, não refletindo a opinião da revista
nem do Instituto Geia. Sua publicação tem o propósito de estimular
o debate e refletir as diversas opiniões do pensamento atual.
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geia.org.br
EMPRESAS ASSOCIADAS
Agropecuária e Industrial Serra Grande
Alpha Máquinas e Veículos do Nordeste
ALUMAR
Atlântica Serviços Gerais
Bel Sul Administração e Participações
CEMAR - Companhia Energética do Maranhão
CIGLA - Cia. Ind. Galletti de Laminados
Ducol Engenharia
Grupo Mateus
Lojas Gabryella
Mardisa Veículos
Moinhos Cruzeiro do Sul
Niágara Empreendimentos
Oi
Rápido London
SempreVerde
Televisão Mirante
UDI Hospital
VALE
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