Sumário - SIGAA
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Sumário - SIGAA
Sumário 1 / 415 ÍNDICE NÚMERO 04 - JUNHO/JULHO 2012 4 - Apresentação Pode o ambiente do trópico úmido suportar agrossistemas sustentáveis, ou a agricultura itinerante será sempre uma ameaça às florestas remanescentes? 5 - A Ciência na Histório do Maranhão 24 - Novas tecnologias na educação para auxiliar a difusão do conhecimento 28 - A procura pelo saber 31 Pesquisas temáticas da Universidade Federal do Maranhão 45 - A energia maremotriz no Maranhão: uma análise crítica 83 - Ectoparasitos de animais silvestres no Maranhão 92 - Recursos pesqueiros do litoral maranhense: pesca e biomonitoramento 128 - Controle de qualidade e métodos analíticos para drivados de petróleo e biocombustíveis 66 Implementação de um conversor de alta eficiência e baixo custo para sistema fotovoltaico de bombeamento de água 104 152 - Tecnologia e inovação, a criação da área de PD&I da Alcoa no Brasil 172 - Tecnologia de ponta é usada nas operações portuárias da VALE 174 - Desenvolvimento e prototipagem de um centro de gestão da proteção da rede elétrica da CEMAR 185 - Maranhão em se plantando, tudo dá 2 / 415 ÍNDICE NÚMERO 04 - JUNHO/JULHO 2012 Laboratório de Genética e Biologia Molecular do CESC/UEMA: pesquisa ictiofauna do Itapecuru 194 - O sistema híbrido eólico-solar de geração elétrica sustentável da ilha de Lençóis: uma solução viável para atendimento elétrico de ilhas do litoral do Maranhão 203 - Levantamento da flora apícola em São José de Ribamar - MA 218 Curtimento de pele de pescada amarela com o uso de tanquinho de lavar 241 Projeto AeroDesign UEMA: Maranhão alçando maiores voos 267 224 - Leishmaniose visceral canina: uma doença que perdura trinta anos na ilha de São Luís 235 - Conhecendo a fauna silvestre maranhense: aspectos biólogicos de Jurará 248 - Central geradora elétrica flutuante: hidreletricidade, ecologia e sustentabilidade às populações ribeirinhas do Itapecuru. 252 - Avaliação das propriedades de um composto à base de mel de abelhas e extrato de acerola 272 - Pesquisadores do IFMA 285 - Pesquisadores da UEMA Pesquisadores da UFMA 330 3 / 415 APRESENTAÇÃO A quarta edição da revista Plural é totalmente dedicada à divulgação das atividades científicas no Maranhão. Com o apoio e a colaboração dos dirigentes da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, da Universidade Estadual do Maranhão/UEMA, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia/IFMA, além de outras instituições de ensino e pesquisa, reunimos um conjunto de informações que ajudarão nossos leitores a aprofundar os seus conhecimentos sobre os profissionais que lidam com Ciência em nosso estado. No próximo mês de julho, no período de 22 a 27, São Luís sediará a 64ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que abordará, como tema central, “Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para Enfrentar a Pobreza”. Assim, com esta edição especial, esperamos dar uma pequena contribuição para divulgar o talento, a dedicação e o pioneirismo de estudantes, professores, pesquisadores e profissionais que fazem Ciência no Maranhão. Jorge Murad Presidente do Conselho Deliberativo Instituto Geia Sumário 4 / 415 A CIÊNCIA NA HISTÓRIA DO MARANHÃO (Algumas indicações ligeiras) Sebastião Moreira Duarte Não há pergunta que não traga em si uma parte de sua resposta. A pergunta sobre o que se tem O atraso no feito com a ciência e pela ciência no Maranhão, e domínio das quem a fez, indica, para não fugir à regra, o roteiro ciências não a seguir na procura da resposta. A questão está em decorreu de ato que a resposta pode ser, de saída e sem mais, nede vontade, mas gativa – “no Maranhão não há, não houve, ciência” de condições – sobretudo se estivermos atentos a certa queda objetivas. Não se tratava, de para fazer pouco e dar por menos, que parece ser forma alguma – marca distintiva e indelével, ao longo de quatro sécomo a ideologia culos, do temperamento maranhense. do colonialismo Tenhamos presente, no entanto, a pedagogia anpretendeu fixar tiga segundo a qual a prudência vem depois da – de inaptidão natural do sabedoria e por ela se orienta: ou seja, conhecer brasileiro para a precede fazer, não importando o quanto de rudiciência. No campo mentar seja ainda o conhecimento. Tomando essa da ciência, o Brasil lição como método, abriremos vereda para a entracontinuava a ser da da ciência no Maranhão, desde os primórdios de apenas objeto... (Nelson Werneck sua história. Sodré, Síntese de Deveu-se à ciência – e não a simples acaso ou história da cultura a lances de sorte, ou aventura – o fato de os franbrasileira. 11ª ed. ceses haverem chegado, com sucesso, ao MaSão Paulo: Difel, ranhão antes dos portugueses. Os marinheiros 1983, p. 74) bretões tinham melhor conhecimento dos mares para onde escorrem as águas do Amazonas. Sumário 5 / 415 Os capitães lusos mal sabiam para que lado ficavam as terras que lhes doara el-rei. Naufragaram um depois do outro, antes de aqui chegarem. Por outro lado, é o Maranhão que logo entra na ciência, faz-se objeto de estudo para aqueles herdeiros do Renascimento, tocados pela curiosidade de saber. Apenas quatro meses passados do 8 de setembro inaugural, frei Claude d’Abbeville, ainda em 1612, volta à França e escreve a História da missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas, que é ao mesmo tempo o relato de um místico encantado e um compêndio de geografia, linguística, antropologia, zoologia e botânica da nova terra.1 Tanta informação ainda parece pouca a seu superior Yves d’Evreux, que quase o repreende por apressado e incompleto, quando dá a publicar, com o título de Viagem ao Norte, a sua Continuação da história das coisas memoráveis havidas no Maranhão nos anos de 1613 e 1614.2 Do significado dessas obras para a cultura ocidental se dirá bastante, se se lembrar que servirão de reforço à criação do mito do “Bom Selvagem”, fermento da filosofia de Rousseau, da Revolução Francesa e do Romantismo. Retomada a terra pelos portugueses, estes a conhecem melhor, mas não se surpreendem menos quando lhe descrevem a fauna e a flora, e as abundantes riquezas do solo. Epítome dessa impressão está na propaganda feita por Simão Estácio da Silveira em sua Relação sumária das cousas do Maranhão, de 1624, escrita com o objetivo de atrair povoadores para a nova conquista.3 Dele fi- 1 O livro de Claude d’Abbeville saiu em Paris, pela Imprimerie de François Huby, em 1614. A tradução portuguesa, a cargo de César Marques, demorou muito e saiu muito defeituosa (História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. São Luís: Tipografia do Frias, 1874). Uma segunda tradução foi feita por Sérgio Milliet (História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e suas circunvizinhanças. São Paulo: Martins, 1945) e reeditada, a partir de 1975, pela Editora Itatiaia, de Belo Horizonte. Há poucos anos, voltou a velha tradução de César Marques (São Paulo: Siciliano, 2002; Coleção Maranhão Sempre). Todas essas edições estão esgotadas. 2 Impresso com o título Svitte de l’histoire des choses plvs memorables advenues en Maragnan ès années 1613 & 1614 (Paris, 1615), o livro de Yves d’Evreux não foi a público, atendendo a interesses diplomáticos entre França e Espanha. Ferdinand Denis reeditou-o a partir de um exemplar que encontrou na Biblioteca de Paris, dando-lhe o título Voyage dans le nord du Brésil fait durant les années 1613 et 1614 par le Père Yves d’Evreux (Leipzig: & Paris: Librairie A Franck/ Albert L. Herold, 1864) e uma introdução. A tradução portuguesa é também de César Marques: História da missão dos padres capuchinhos (Viagem ao norte do Brasil feita nos anos de 1613 a 1614) e reapareceu outras vezes (2ª ed.: Rio de Janeiro: Livraria Leite Ribeiro, 1929; 3ª ed.: São Paulo: Siciliano, 2002; 4ª ed.: Brasília: Senado Federal, 2007; 5ª ed.: Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009). Sumário 6 / 415 zeram fama as palavras: “Eu me resolvo que esta é a melhor terra do mundo, donde os naturais são muito fortes e vivem muitos anos, e consta-nos que, do que correram os portugueses, o melhor é o Brasil, e o Maranhão é Brasil melhor.” Outro catálogo de coisas maranhenses é a História dos animais e árvores do Maranhão, de Frei Cristóvão de Lisboa (1583-1652), ou a ele atribuído, importante compêndio da botânica e zoologia (pré)-amazônica do século XVII.4 Cresce a população, forma-se o núcleo da capital, busca-se dominar o vasto território, expandem-se aldeias pelo interior. Chegam os educadores: os jesuítas, cruzados medievais mandados ao novo continente, místicos teimosos capazes do último sacrifício e, nada menos, os intelectuais mais refinados que nos pode mandar a catolicidade europeia. Iríamos longe, se tivéssemos de contar o número de jesuítas que, por quase dois séculos, deram o melhor de sua 3 A Relação sumária... de Diogo de Campos Moreno (Lisboa: Geraldo da Vinha, 1624), de apenas 23p. na edição original, foi reeditada nas Memórias para a história do extinto Estado do Maranhão, de Cândido Mendes de Almeida (Rio de Janeiro: Nova Tip. de J. Paulo Hildebrand, 1874, t. III, p. 1-31; Paraíba do Sul: Tip. de C. M. de A.; Revista do Instituto do Ceará; t. XIX (1905), p. 124-54; Lisboa: Imprensa Nacional, 1911; Boston, MA: Massachusetts Historical, 1929; Anais da Biblioteca Nacional, v. 94 (1874), p. 97-105). Sua última edição saiu pela Editora Siciliano (Coleção Maranhão Sempre), em 2001. 4 Frei Cristóvão de Lisboa veio ao Maranhão como Visitador e Inquisidor Apostólico. Sua obra saiu inicialmente pelo Arquivo Histórico Ultramarino/Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, em 1967. Além de recente edição portuguesa, foi reeditada três vezes no Brasil, a última das quais em 1998 (São Luís: Alumar; Coleção Documentos Maranhenses). Sumário 7 / 415 abnegação para formar o intelecto de nossos curumins coloniais, não sem intrigas incríveis e maquinações inconfessáveis, ainda que “tudo para a maior glória de Deus”. Exemplo maior deles é o Padre Antônio Vieira (1608-1697), sem dúvida, a voz mais vigorosa de que se tem notícia, como orador sacro, capaz de reunir em si o melhor de Erasmo e o pior de Maquiavel. No Maranhão, ou por causa do Maranhão, Vieira pronunciou sermões e escreveu cartas que são verdadeiros tratados de teologia, filosofia, ciência política, do planejamento e diplomacia. Mas os jesuítas, como é notório, sabiam, com o mesmo ardor da profissão religiosa, trabalhar no terreno estrito da técnica e das coisas práticas. Causará assombro, ainda hoje, visitarmos o sítio Tamancão, à beira da baía de São Marcos, em São Luís, e, por suas ruínas, conhecermos o quanto de ciência foi aplicada a uma indústria de descascar arroz que aí eles construíram a meados do século XVIII, com energia gerada do movimento das marés. Estoque não menor de ciência terá despendido, em inícios do século XIX, o físico-mor da Capitania do Maranhão, Antônio José Padre Antônio Vieira da Silva Pereira, no complexo industrial em que girava uma indústria de velas, outra de fogos de artifício, um curtume e uma cerâmica, segundo se depreende dos alicerces e paredes que restam do sítio Santo Antônio das Alegrias, conhecido como Sítio do Físico, também em São Luís. Engenheiros por aqui andaram muitos. O que por primeiro se registra é Francisco Frias de Mesquita, aqui chegado em companhia de Jerônimo de Albuquerque. Para não perdermos a cronologia, fixemos, de passagem, o nome do coronel Antônio Bernar- Sumário 8 / 415 dino Pereira do Lago (...-1847), do Real Corpo de Engenheiros, que, com seu colega Joaquim Cândido Guilhobel, “desenhista, e dizem que [...] muito hábil” (César Marques), nos deixou, às vésperas da Independência, uma Carta Geral da Capitania do Maranhão, “a primeira de semelhante natureza que se fazia” (César Marques), além de um Itinerário da Província do Maranhão e uma Estatística histórico-geográfica da Província doMaranhão.5 Pereira do Lago foi também meteorologista, autor das primeiras pesquisas do gênero, nesta terra. Às vésperas da Independência, aparecem os pioneiros da ciência econômica da velha Capitania: Joaquim José Sabino de Resende Faria e Silva (1759-1843), com sua Memória político-econômica sobre o Maranhão,6 e Raimundo José de Sousa Gaioso (1747- 1813), autor do Compêndio histórico-político dos princípios da lavoura do Maranhão,7 textos que prenunciam a mudança de paradigmas econômicos e a ruptura política inevitável. Ainda às vésperas da Independência, o major Francisco de Paula Ribeiro (...-1823), em sua faina de explorador dos sertões, evidencia intuições de antropólogo, quando propõe uma política indigenista que harmonize a ocupação do território com a necessidade de convivência pacífica com os nossos silvícolas.8 Ao novo país que se forma, o Maranhão chega de forma tardia e traumática, mas cedo toma posição de frente no plano intelectual. De Coimbra, aonde foram mandados a estudar, voltam os filhos dos nossos barões da terra, enriquecidos com o crescimento econômico do final do século an- 5 O Itinerário... de Pereira do Lago, de 1820, ganhou letra de forma na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (p. 385-422), a partir de manuscrito existente na Secretaria de Governo do Maranhão. Reeditou-a o Departamento de Cultura do Estado, a cargo de Domingos Vieira Filho, em 1938. Uma edição recente integra a Coleção Maranhão Sempre (São Paulo: Siciliano, 2001). A Estatística (Lisboa: Na Typ. Da Academia Real das Ciências, 1822) teve a última edição, em 2001, pela mesma Editora. 6 A Memória... de Sabino, deixada em manuscrito e guardada na Biblioteca da Ajuda, em Lisboa, foi objeto de tese doutoral de Milton Torres, publicada com o título de O Maranhão e o Piauí no espaço colonial (São Luís: Instituto Geia, 2006; Coleção Geia de Temas Maranhenses). 7 O Compêndio... de Gaioso (Paris: Oficina de P. N. Rougeron, 1818) recebeu edição fac-similar em 1970, aos cuidados da extinta Sudema, no Maranhão. Foi republicada, com ortografia atualizada, pelo Instituto Geia, em 2011. 8 Ver os seus escritos reunidos aos cuidados de Manuel de Jesus Barros Martins, sob o título de Memórias dos sertões maranhenses (São Paulo: Siciliano, 2002; Coleção Maranhão Sempre). 9 VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira. 4ª ed. Brasília: Editora da UnB, 1963, p. 185. (Biblioteca Básica Nacional). Sumário 9 / 415 terior. Forma-se o Grupo Maranhense, epíteto dado por José Veríssimo àqueles que fizeram valer a São Luís a antonomásia de Atenas Brasileira.9 Como de costume à época, os homens de letras se desdobram em homens de ciência. E, cada um em sua área, os primeiros: Manuel Odorico Mendes (1799-1864), na filologia e nos estudos clássicos; Francisco Sotero dos Reis (1800-1871), na gramática; João Francisco Lisboa (18121863), na historiografia; Joaquim Gomes de Sousa (1829-1863), na matemática. E mais famoso que todos, Antônio Gonçalves Dias (1823-1864), o qual, cientista tanto quanto poeta, como Goethe, foi historiador, antropólogo, naturalista, pesquisador de campo.10 Odorico será, por largo tempo, o único brasileiro a traduzir todo o Virgílio e todo o Homero. Seu trabalho lhe dará o prestígio de Patrono dos Tradutores Brasileiros. (O outro tradutor da obra inteira dos dois clássicos surge já no século XX, e será também um maranhense: Carlos Alberto Nu- nes); Francisco Sotero dos Reis será mestre da Gramática; de João Francisco Lisboa, que polemizou com Varnhagen, o historiógrafo cortesão do Brasil Imperial, temos o depoimento do próprio Varnhagen, de que ele foi “o nosso primeiro e único historiador, o pai da nossa História”. Caso, porém, de causar nada menos que espanto no culto à ciência prestado por um maranhense é Joaquim Gomes de Sousa. Nascido em Itapecuru-Mirim,11 já aos 15 anos encontramo-lo matriculado no curso de Medicina do Rio de Janeiro. Aos 18, requer exame das matérias da Engenharia, que estudara sozinho. No ano seguinte, mediante concurso, se faz catedrático da Faculdade que relutara em recebê-lo como aluno. Ao certame, que se realiza em etapas, vem assistir, incrédulo, o próprio imperador Pedro II. E não fica nisso o nosso Sousinha: em 1854, aos 25 anos, na França – como depõe Humberto de Campos –, “corre a assistir uma aula do famoso professor Crouchy, que 10 Odorico Mendes, Sotero dos Reis, João Francisco Lisboa, Gomes de Sousa e Gonçalves Dias estão biografados no Pantheon maranhense, de Antônio Henriques Leal. Ver, respectivamente, na 2ª ed. (Rio de Janeiro: Alhambra, 1987. Coleção Documentos Maranhenses, da Academia Maranhense de Letras): t. I, p. 7-54 e notas, p. 139-44; p. 65-94; p. 237254 e notas, p. 145-166; t. II, p. 295-387 e notas, p. 431-51; p. 3-168 e apêndice, p. 169-289. Por extensa e mais conhecida, omite-se a bibliografia desses autores. 11 Em São Luís, o nome de Gomes de Sousa está associado ao casarão de seus pais, situado à Rua do Sol, onde hoje está o Museu Histórico do Maranhão. Sumário 10 / 415 era, na opinião geral, o maior matemático do tempo. Em meio da aula, apresentada por este uma equação como não integralizável, Gomes de Sousa ergue-se, e pede: “– Dá licença? “E, dirigindo-se à pedra, mostra por duas vezes, o engano do sábio que, diz-se, o abraçou, comovido, e se tornou depois o maior de seus amigos.”12 Ainda em Paris, conclui o curso de Medicina interrompido no Rio de Janeiro. Sua fama corre a Europa. Recebido no Instituto de França, aí apresenta memórias que se intitulam Dissertação sobre o modo de indagar novos astros sem auxílio das observações diretas e Métodos gerais de integração e da integral da equação diferencial do problema do som. Na Inglaterra, discorre sobre a Propagação dos movimentos nos meios elásticos, compreendendo o movimento nos meios cristaloides, e teoria da luz, e sobre a Fisiologia geral das ciências matemáticas e uniformização dos métodos analíticos, entre outras. Vida luminosa como a que levou Gomes de Sousa extinguir-se-ia como um meteoro (1.6.1863). “Esse homem formidável, que foi matemático, médico, astrônomo, geólogo, financista, engenheiro, historiador, jurista, crítico literário, um completo erudito, em suma”, viveu apenas “trinta e quatro anos, três meses e quinze dias.”13 Mas o número de cientistas maranhenses do século XIX não se fecha com o Grupo Maranhense. Quatro, em especial, dos maiores do Brasil em seu tempo, obrigam-nos a relembrá-los neste rápido escorço: Frei Custódio Alves da Pureza Serrão, Cândido Mendes de Almeida, Raimundo Teixeira Mendes e Raimundo Nina Rodrigues. Frei Custódio Alves Serrão (1799-1873), religioso do convento do Carmo de Alcântara, depois secularizado, estudante em Coimbra pelos últimos anos do Período Colonial, teve os mesmos mestres que Odorico Mendes, mas não se notabilizou pelo culto aos clássicos como o seu colega. Consagrou-se, em vez, às ciências naturais. De Portugal, depois de formado, transfere-se para o Rio de Janeiro, em cuja Academia Militar (18261832) foi sucessivamente lente de 12 CAMPOS, Humberto de. Carvalhos e roseiras. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1962, p. 64-65. 13 Idem, op. cit., p. 68. Sumário 11 / 415 Geologia, Botânica, Química, Física e Mineralogia. “Em dia com os progressos e descobertas da ciência” – lembra seu biógrafo Antônio Henriques Leal – “mal começava a firmar-se na Europa a teoria atômica, já o sábio professor punha seus discípulos ao corrente dela, explicando-a primeiro da cadeira, e depois em 1840, pela imprensa, em um folheto que tive o prazer de consultar admirando nele a clareza da exposição de suas ideias científicas sobre a matéria, e os argumentos bem deduzidos e vigorosos com que as sustentou e desenvolveu.”14 Como diretor do Museu Nacional e, depois, do Jardim Botânico da Lagoa Rodrigo de Freitas, alcançou reconhecimento nacional. Foi também membro do Conselho da Casa da Moeda e, como botânico, do Instituto Fluminense de Agricultura. “O Dr. Fr. Custódio” – conclui Henriques Leal – “não era só botânico, nem só mineralogista, mas também astrônomo, e ao lado dos microscópios e maçaricos tinha o seu telescópio, que aparelhava para se engolfar na contemplação das maravilhas celestes”.15 Cândido Mendes (1818-1881), natural de Brejo de Anapurus, foi o Geógrafo Brasileiro do século XIX, além de jurista e historiador. O País lhe deve o Atlas do Império do Brasil (1868); a Província natal, a exata configuração de seu mapa geográfico, por ele defendido em A Carolina ou a definitiva fixação dos limites entre as Províncias de Goiás e do Maranhão (1852-54). Seu saber jurídico ficou reconhecido, em especial, por seus comentários e anotações ao Código Filipino (1874), de grande utilidade, até hoje, para os estudiosos da matéria. Cândido Mendes 14 Pantheon maranhense, ed. cit., t. II, p, 416. 15 Op. cit., p. 422-23. Sumário 12 / 415 Raimundo Teixeira Mendes Raimundo Teixeira Mendes (1855-1927), caxiense, filósofo e engenheiro, exerceu um duplo apostolado: o do Positivismo e o da República brasileira. Ao lado de Miguel Lemos, é figura central da Religião da Humanidade no Brasil. Republicano por motivação religiosa, foi o idealizador da Bandeira Nacional. Pouco é falar dele, se, às virtudes de seu intelecto, não se somar o exemplo de dignidade em que viveu e serviu à causa republicana, a ponto de impor-se ao respeito e à venera- ção de autoridades que não comungavam na sua mesma fé. Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906), nascido em Vargem Grande, médico, criminalista e etnógrafo, foi o criador da Medicina Legal e da antropologia negra no Brasil. “Internacionalmente reconhecido por seu saber” – comenta Jomar Moraes -, mereceu inúmeras distinções de entidades estrangeiras dedicadas à Ciência.”16 A autópsia por ele feita do crânio de Antônio Conselheiro, o líder da revolta de Canudos, correu o mundo em francês e inglês, e surpreendeu a expectativa dos homens de ciência de seu tempo quando o deu por “normal”. Neste ponto, antes que avancemos com o elenco dos que fizeram ciência no Maranhão no Período Republicano, convém responder a uma pergunta e fazer algumas considerações. A pergunta: não foram poucos os cientistas desta terra nos tempos da Colônia e do Império, além de pouco diversificados no espectro de suas qualificações profissionais? A questão é problemática para os que se detêm a ver o mundo pela ótica de nossos dias, do modo 16 In Apontamentos de literatura maranhense, 2ª ed. São Luís: Sioge, p.194. Sumário 13 / 415 de vida que levamos hoje, e do que isso implica em termos de necessidades habituais. Consideremos, porém, que a história dos tempos passados, no Brasil e fora do Brasil, não registra conflitos sociais ou desequilíbrios econômicos provocados por um baixo estoque de alto saber – e isso talvez nos ajude no devido enquadramento da questão. A ciência não aparece de forma hipostática sobre o tempo e o meio, como surgindo do nada, à espera de ser admirada ou posta em uso. No caso brasileiro e maranhense, a nossa sociedade produzia a ciência por quanto dela carecia, num ambiente de lenta mudança, papéis sociais quase estáticos, marcadamente rural e extrativista, no qual as necessidades básicas de sustento e bem-estar eram satisfeitas pela lei do mais fácil, acionando-se as mãos mais que a mente. Nossos bacharéis eram filhos de coronéis. Escapava-lhes, por anacrônico, o sentido utilitário do conhecimento científico. A ciência jurídica continha a suma do que precisavam, de imediato, para acomodar eventuais proble- mas de instabilidade social ou econômica. Daí que, sem maiores consequências, pudessem cultivar um saber ornamentício, que lhes garantisse prestígio ao clã familiar e dilatasse pelos anos a vir a ordem do sistema agrário-patriarcal.17 Veja-se, a propósito, que, na passagem da Colônia para o País independente, os nossos juristas e beletristas imperiais mudaram de escola, sem mudarem a escola. De Coimbra, passaram para Olinda. No panorama nacional, não há diferença, sob este aspecto, entre Gonçalves Dias e Castro Alves. (A exceção também fazia parte da regra: havia, é certo, uns poucos que estudaram medicina ou algum tipo de engenharia – e iam se formar em outra praça, até no Exterior, mas sem se afastarem, no geral, do que lhes solicitava o “perfil profissiográfico” da Província estagnada). Já antes, porém, por efeitos da Revolução Industrial, havia chegado a hora em que o mundo haveria de guiar-se por novos parâmetros. A ideia de progresso difundia-se como o elemento que 17 Neste saber para efeitos decorativos encantava-se a classe aristocrática maranhense e enganavam-se os nossos visitantes. Daniel Kidder anotará em 1841 que “os maranhenses alegam possuir, e não sem razão, um grau de desenvolvimento intelectual e moral comparável aos seus patrícios das maiores cidades do Império”. (Reminiscências de viagens e permanências nas Províncias do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, p. 235) Sumário 14 / 415 asseguraria, com toda certeza, a felicidade universal. A humanidade alcançava, enfim, o “moderno”, e este se prometia como a última e irreversível fronteira da civilização. A nova idade obrigava ao uso mais do cérebro que do braço humano. Está aí identificado o marco diferenciador, sinalizando, também para nós, a virada histórica para a agenda de aggiornamento, que tardamos a cumprir, porque o modelo de sociedade – e até as facilidades da natureza – garantiam um bem-estar sem esforço para uns poucos, mas que nem para esses iria muito adiante. Sem muito nos darmos conta, perdemos o passo da História. Pagamos o preço do atraso. Calculamo-lo mal. Assim atravessaremos os tempos. A nossa produção econômica, de base não mais que extrativista, chegará a momentos de pico, e será levada até ao mercado internacional, como aconteceu, por exemplo, nas décadas da Companhia-Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão (1755-1775), mas isso só enquanto outros centros produtivos não incorporavam avanços mecânico-tecnológicos que, fechando o arco do tempo, tornariam obsoleto o parque industrial maranhense, pouco mais de um século diante. Inexistente o capital humano, por utilização da ciência útil, ineficiente se fez até o investimento do capital financeiro em nossa indústria incipiente. É este o sentido da crise republicana, que nos trouxe um choque de modernidade, mas ao qual, no isolamento maranhense, não poderíamos responder, porque sequer pudemos adverti-lo. A república – aqui e lá fora, no cenário nacional – foi um gesto voluntarista de militares e intelectuais de gabinete, uma violência que apanhou “bestializado” não apenas ao povo, mas boa parte de nossa elite. Queríamos os fins. Não tínhamos os meios. Não os enxergávamos de perto, nem fazíamos ideia de onde encontrá-los. Guiamo-nos – aqui mais do que lá fora – pelo instinto de acomodação que do “crepúsculo vesperal da monarquia” (Humberto de Campos) prolongava-se na “tristíssima e caliginosa noite” (Antônio Lobo) em que, ilhado, mergulhou o Maranhão por décadas a fio. Nada dava certo. Nada iria dar certo. Não faltaram luzes no semáforo, tênues embora, que acenassem à necessidade de devassar caminhos mais esclarecidos para a República nestas plagas: as conferências da “Universidade Popu- Sumário 15 / 415 lar” dos positivistas – pouco eficazes, pelo formato fragmentário em que se organizavam – e a voz do poeta Sousândrade que, recém-vindo de longe, via, em contraste, a sonolência em que permanecia o Maranhão, e chegou a oferecer a própria residência para que, pela universidade que nela se abrisse, entrasse o sopro renovador do século que viria, com sua cobrança inexorável. A sonolência continuou. O Poeta visionário, ridicularizado, morreu pobre e esquecido. Aqui, outra vez, as exceções – que é bom não esquecer, por tudo quanto revestem de exemplar – não fogem à regra senão para confirmá-la, isto é, para expor às claras a falta que o domínio do conhecimento aplicado fez em nosso meio. Registremos, no ramo farmacêutico, misturados com nomes estrangeiros que se facilmente se veem nos almanaques maranhenses de fins do século XIX, as iniciativas de João Vital de Matos e Jesus Norberto Gomes, “pioneiras de uma indústria farmacêutica que teria um apreciável desenvolvimento ainda na primeira metade ou, pelo menos, no primeiro quartel do século XX.”18 Faltavam ao Maranhão as instituições de alta cultura, imprescindíveis para dar suporte à sua produção de riqueza. Carecíamos de universidade. Na verdade, chegava à plena evidência o impasse: não tínhamos universidade porque não tínhamos riqueza, não tínhamos riqueza porque não tínhamos universidade, pois uma coisa não se dá antes nem depois da outra. Com isso, perdíamos mais que a universidade: não tínhamos as escolas de mais baixo nível, e continuávamos “o estado essencialmente agrícola”, dominado por coronéis analfabetos explorando lavradores analfabetos, satisfeitos na arcaica agricultura rudimentar. Nossas elites urbanas estremeceram perante tamanho atraso e pretenderam remediá-lo, mas 18 MEIRELES, Mário M. Apontamentos para a História da Farmácia no Maranhão, in Dez estudos históricos. São Luís: Alumar, 1984, p. 183. (Coleção Documentos Maranhenses). “João Vital de Matos & Irmãos” – continua Mário Meireles – [foram] “proprietários da Pharmacia Mattos, na Rua do Quebra-Costa, nº 17, com seu Elixir de Carnaúba, e sua conhecidíssima Tintura Preciosa, sem se contar com mais uma dezena de produtos outros e que tudo já lhe dera, anteriormente, medalhas de prata na Exposição da Festa Popular do Trabalho, no Maranhão, e na Grande Exposição Universal de Saint Louis, nos Estados Unidos da América do Norte, além de uma de ouro na última Exposição Nacional do Rio de Janeiro. [...] Jesus Norberto Gomes [...] foi por muito tempo na Rua do Sol, defronte ao Largo do Carmo, fabricante dos conhecidíssimos produtos Jesus – o Hidrocálcio, o Antigripal e o Guaraná” (p. 188-89), produto, este último, que tem perdurado até os nossos dias. Sumário 16 / 415 com vistas para seu serviço e seus interesses, apenas. Passamos assim todo o período da Primeira República e a primeira parte da Segunda. E foi por essa forma que surgiram em São Luís, a duras resistências, em 1918 (1º de junho, data de seu funcionamento), a Faculdade de Direito do Maranhão,19 e, no ano seguinte (1º de setembro), a Escola de Enfermagem do Instituto de Assistência à Infância, que ainda enfrentou dificuldades para ser reconhecida como faculdade.20 Em 1922 (12 de março), apareceu uma Escola de Belas-Artes, que não foi muito à frente. No mesmo ano (3 de maio), a Escola de Farmácia,21 a que se agrega, em 1925, um Curso de Odontologia, sendo a Casa designada, a partir de então, Escola de Farmácia e Odontologia do Maranhão.22 Em 1929, tentou-se a Faculdade de Medicina, malograda, embora, para mantê-la, se tenha cogitado até da criação de uma loteria.23 Malogrou também, em 1932, a Escola de Agronomia,24 fechada em 1939, por não atender ao que lhe exigia a Inspeção Escolar. Esse quadro é ainda mais desolador em 1941, quando o Departamento Nacional de Ensino (correspondente ao atual Conselho Nacional de Educação) cassa a equiparação das duas únicas faculdades maranhenses – Direito e Farmácia e Odontologia –, e estas encerram suas atividades, obrigadas a recolher seus arquivos ao Ministério da Educação e 19 Instalada inicialmente no Beco da Sé, a Faculdade de Direito passou depois para a Rua do Sol, em frente ao Teatro Artur Azevedo, onde fez tradição por muitos anos, até, rebaixada à condição de Departamento Acadêmico, ser transferida, com a Universidade Federal, para o campus universitário do Bacanga. 20 Não deixa de ser sintomática a participação de estrangeiros na criação desta e de outras instituições. A Escola de Enfermagem muito deveu ao português Fran Paxeco, animador cultural polivalente a quem muito deve o Maranhão, e às enfermeiras inglesas Margareth Laurie e Gertrudes Colet. Significativo também é o fato que tais escolas nasceram pela ação de pessoas de boa vontade, contentando-se o Governo a reconhece-las de utilidade pública e a votar-lhes subsídios orçamentários. 21 A Escola de Farmácia abriu portas à Rua do Sol, onde funcionava o Grupo Escolar Raimundo Correia. Em 1925, adquiriu sede própria: a casa que fora residência de Antônio Lobo, na Praça de Santo Antônio. 22 A carência de profissionais nesta área era tal, lembra Mário Meireles, que o Estado, alguns anos antes, autorizara (lei nº 764, de 23.4.1917) cirurgiões-dentistas do Pará a virem trabalhar no Maranhão. Ver O Ensino Superior no Maranhão: Esboço Histórico, in Dez estudos históricos, cit., p. 69. 23 Com a palavra, outra vez, Mário Meireles, para um detalhe que retrata bem o “espírito” que andava em meio às nossas classes sociais ao tratarem do problema: “Conta-se, a respeito, que um dos maiores industriais da terra, procurado pela missão organizadora [do que poderia ser a Faculdade de Medicina] a fim de dar sua ajuda, teria respondido que o procurassem quando fosse para a feitura do telhado do prédio que naturalmente seria preciso construir para abrigar a pretendida faculdade; antes... não daria nada! Por outro lado, na própria comunidade, apontava-se, como óbice maior para a concretização dela, a dificuldade na obtenção dos cadáveres necessários ao estudo de Anatomia.” (Op. cit., p. 66). 24 Funcionava essa Escola à Rua da Palma, esquina com a de Sant’Ana. Sumário 17 / 415 Cultura. Reabertas com o aporte de recursos da Fundação Paulo Ramos (19.7.1944), só serão reconhecidas três anos depois. Por fim, em fins de 1950 (1º de dezembro) – transcorrida, portanto, a metade do século XX –, as duas casas de educação são federalizadas. Nesse ínterim, surge uma terceira unidade de ensino superior no Maranhão, a Escola de Enfermagem São Francisco de Assis, a cargo das Irmãs Terceiras Capuchinhas.25 Também de iniciativa religiosa foi o que afinal se chamou Faculdade de Serviço Social do Maranhão, já em 1960, embora o respectivo curso tivesse sido aberto desde 1953. Também por esse tempo, a união de esforços da Academia Maranhense de Letras e da Arquidiocese do Maranhão fizera nascer (15.8.1952) a Faculdade de Filosofia de São Luís do Maranhão. Através da mesma Arquidiocese criou-se, em condições muito precárias, uma Faculdade de Ciências Médicas (3.7.1958),26 e, ainda mais precária, uma Faculdade de Ciências Econômicas (11.8.1958, com curso reconhecido só dez anos depois, quando já incorporado à Universidade Federal).27 Estava a caminho a Universidade Católica do Maranhão (18.1.1958), de penosa história e curta duração, e a qual mais não faria que incorporar e agregar faculdades já existentes. Andavam já os anos 60, quando a meados daquela década, já administração de José Sarney, o Governo empenhou-se numa dupla frente: forçar, em Brasília, a criação da Universidade Federal do Maranhão (21.10.1966)28 e, na esfera estadual, abrir os cursos e faculdades que formariam a Federação de Escolas Superiores e, depois, a Universidade Estadual (31.3.1981). Está aí, em linhas sumárias, o doloroso percurso de quase um século para o surgimento de uma plataforma de ensino superior 25 Com seu Regimento datado de 15.7.1948, essa Escola, instalada à Rua Rio Branco, em São Luís, só foi reconhecida pela autoridade federal em 11.3.1952. Sua criação deveu-se ao Dr. Carlos Macieira e à madre Josefa Maria de Aquiraz, superiora da referida ordem religiosa mantenedora. 26 Aberta inicialmente nas dependências do Hospital Presidente Dutra, mudou-se, por injunções legais, para um prédio do Largo dos Amores, que abrigava um Grupo Escolar. 27 Esta Faculdade oferecia seu curso à Rua Formosa, esquina com a Rua Direita, em São Luís. 28 Josué Montello, que era membro do então Conselho Federal de Educação, afirmava que um dos principais opositores da criação da UFMA era Anísio Teixeira, a mais respeitada autoridade em educação à época. Seu argumento era que o Maranhão não reunia um corpo docente à altura de formar uma universidade. De fato, o que aconteceu quando fundou-se a Universidade, e por alguns anos adiante, foi que os melhores professores do Liceu Maranhense passaram a integrar o quadro de magistério da Universidade, esvaziando, em alguma meida, aquela escola secundária do prestígio de que desfrutava. Sumário 18 / 415 Foto: Albani Ramos para o Maranhão. Observe-se que a maior parte dos cursos oferecidos por nossas universidades destinam, ainda hoje, à formação de professores, desfocados, ainda assim, das necessidades prementes de mestres na área técnico-científica em nossas escolas. As licenciaturas, como se sabe, não emprestam grande nome às instituições que as mantêm, mas empenham custos comparativamente inferiores. Não será, todavia, de cursos dessa natureza que se há de esperar o cabedal de ciência que sirva de força motriz do desenvolvimento do Estado. Não se menciona também, até aqui, a pós-graduação: esta, iniciada em meados da década 80, só nos anos 90 despontará com alguma visibilidade. Posto e exposto o panorama em que se instalam e funcionam os estabelecimentos de onde se espera sair a ciência maranhense e para o Maranhão, estamos em condição de voltar com melhor entendimento à questão posta no início. Reapresentemo-la com mais clareza: tem a produção acadêmica da universidade maranhense se ocupado da problemática de seu Meio, a ponto de, incorporando-a a seus estudos, restituir-lhe soluções “de nível superior”, garantindo interpretações conscientes, intervenções seguras, ações eficazes, transformações irreversíveis? A resposta é: ainda não - e poderia surpreender se fosse outra. Mas não façamos, de saída, nenhum exercício de autopunição por isso. Neguemos, em sentido provisório pelo menos, a famosa declaração – que é de um maranhense – segundo a qual intelectual gosta mesmo é de pobreza. Alarguemos o foco da questão, Sumário 19 / 415 para apresentarmos mais abertamente algumas premissas de nosso argumento: 1.Não existe, na história do pensamento humano, instituição em que o intelectual possa engajarse, quo talis, com maior sentido de serviço público, do que a universidade. Essa é uma verdade que atravessa a academia grega e chega à aldeia pós-moderna, e, se afirma a permanência da universidade, fala também da grandeza e elevação desse serviço; 2.É tarefa da universidade, para que possa bem servir à civilização e à cultura pátria, pôr a serviço do maior número de indivíduos o patrimônio de ciência e técnica de que se fez herdeira, e que lhe compete guardar, transmitir e ampliar. É indissociável dessa missão, por ser a ela inerente, o comprometimento político – em seu amplo e verdadeiro significado – e o compromisso ético; 3.As universidades situadas na periferia do mundo, política e ética acrescentam, aos encargos do cotidiano acadêmico, a responsabilidade pelo correto equacionamento e busca de solução viável para os problemas do atraso econômico, social e cultural de seus países. Em síntese: para a inclusão de todos no projeto que o corpo social implementa na realização da humanidade do ser humano; 4.A universidade brasileira, em geral, tem sido largamente inadimplente da dívida que arrolamos. Nas palavras de um de seus líderes mais inspirados: “Há crença generalizada que a universidade não tem conseguido cumprir esses objetivos, nem mesmo quanto à quantidade de profissionais. Certamente temos motivos sobejos para envaidecer-nos de muitos cientistas brasileiros que, nas universidades, vêm contribuindo, pela investigação científica original, para o progresso da ciência [...]. Os cientistas autênticos são, porém, muito poucos em relação às enormes demandas da Nação, assim como são poucas as faculdades realmente boas entre as centenas existentes. A verdade é que prevalece a inicial afirmativa do precário rendimento de nossas universidades.”29 5.Corre-se o risco de ser injusto com a Universidade maranhense, se, em ajuizarmos o seu desempe- 29 Palavras do Prof. Zeferino Vaz, fundador da Unicamp, em texto mimeografado, sem data, intitulado A Problemática da Universidade Brasileira. Sumário 20 / 415 Foto: Albani Ramos nho, deixarmos de levar em conta o que diz o fundador de uma das mais renomadas universidades do Brasil. Ponto final? Não. Reconheçamos, para sermos justos, que, para o intelectual maranhense, nenhuma instituição se compara à sua universidade em termos de serventia pública a essa região brasileira. Com, ainda, esta diferença fundamental: nenhuma repartição pública do Estado tem praticado, de forma tão continuada, incontentável e exasperante, a autocrítica e a avaliação de desempenho. Outra observação que me parece pertinente é a seguinte: não é tão verdade, como se pode deduzir por uma visão superficial, que a nossa Universidade é carente de inserção social, ou seja, que não tem respostas, através da ciência, às necessidades de melhoria da qualidade de vida dos maranhenses. Aquilo que se tem visto como sua impotência ou inapetência em atacar esses problemas decorre, segundo penso, de um salvacionismo exacerbado, o qual se exaspera pela insolução de problemas crônicos, às vezes autênticos círculos viciosos, e quer apressar-se em resolvê-los sozinho, sobrepondo-se ou substituindo outras agências da coisa pública – o que também representa um desvio da própria missão universitária. Essa sobrecarga não é nenhum serviço à instituição. Pelo contrário, pode estar aí uma das causas originais da flagelação autofágica a que as universidades às vezes se entregam e em que se danam. A revista em que se inscreve este artigo há de documentar o que digo com o catálogo atualizado dos mais destacados pesquisadores das Universidades do Maranhão. Ratificando, então, nosso juízo anterior, de que a Universidade maranhense ainda não responde aos desafios de nossa realidade, Sumário 21 / 415 esse individualismo, que, visivelmente entre nós, soube refugiar-se no cultivo das belas-letras? Ainda nos tempos pós-modernos, ignoramos o estatuto da ciência moderna, que valoriza mais o laboratório, o colegiado de pesquisadores, que o cientista isolado, dono exclusivo de suas próprias descobertas; 2. Já deixamos demonstrado como a nossa mais alta instituição de ensino e pesquisa tardou, por décadas, a firmar-se. Chega- Sumário Foto: Albani Ramos ao nível em que também ela mesma espera, meditemos um pouco sobre as razões por que isso tem acontecido, em primeiro lugar para que não transpareça qualquer sentimento negativo nessa constatação e, muito especialmente, para que isto sirva de convocação às gerações futuras, a quem a presente geração entregará a universidade que fez com as energias e os meios de que dispunha, a fim que essa obra, sempre em construção, possa, às mãos dos jovens de hoje e cientistas maduros de amanhã, realizar em plenitude o ideal de um universidade de alto saber plenamente assestada aos objetivos e necessidades do grande Estado – e do País – que eles estarão fazendo ainda melhor: 1. A Universidade brasileira – e os seus quadros, dentro dela – ainda exibe uma forte impregnação intelectualista-individualista, que é uma das características da inteligência brasileira. O protótipo do cientista brasileira é o estudioso, o inventor, o pesquisador solitário. Lembremos Santos Dumont: alguém sabe dizer qual foi a equipe de trabalho alistada no projeto pioneiro de Santos Dumont? Estaria a Universidade maranhense, temporã e isolada por força da geografia e da cultura, imune a 22 / 415 mos tarde e pobremente, para dar conta de um produto que demanda tempo e paciência para se mostrar. A ciência não pode nascer por geração espontânea. Tributária de seutempo e meio, a Universidade maranhense haverá de contar com o apoio e o reconhecimento da sociedade a que serve – sobretudo, de suas forças produtivas – para que se eleve a padrões ainda mais altos de serviço público, e os cidadãos maranhenses possam alistá-la com orgulho entre as obras que efetivamente lhes pertencem. 3. Sobretudo, perdemos um tempo precioso em iniciarmos programas de pós-graduação na Universidade maranhense. Sem pós-graduação, pesquisa não há. E sem pesquisa, pós-graduação não é. A pesquisa e a pós-graduação são requisitos fundamentais para o reconhecimento público de uma universidade; 4. Por último, e a despeito da aceleração que teve a nossa Universidade na qualificação de seus quadros nos últimos anos, nossos recursos humanos de alto nível são ainda insuficientes para a escala imensa de possibilidades e problemas com que se depara a nossa Província. A Universidade do Maranhão é, em sua história, um recorte mimético da história do Maranhão. E que se lembrem todos – sobretudo os que nela estudam hoje para que a façam melhor amanhã – que a melhor universidade é a universidade dos melhores. Sebastião Moreira Duarte M.Sc Administração Universitária, University of Alabama; PhD em Literatura Latino Americana, University Illinois, membro da Academia Maranhense de Letras. Sumário 23 / 415 Novas Tecnologias na Educação para auxiliar a difusão do conhecimento Josie Bastos A quarta edição da revista eletrônica Plural traz como tema central a produção da ciência e tecnologia no Maranhão. Em uma mesma plataforma digital, o leitor poderá ter acesso, nos formatos áudio, imagem e texto, às informações sobre as pesquisas científicas que mais se destacam no Estado, no âmbito nacional e internacional. O assunto se torna ainda mais relevante no ano em que a Universidade Federal do Maranhão realiza, pela segunda vez, o maior evento científico da América Latina, a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC. A temática nos leva a refletir sobre a importância do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação - as TICs (PCs, telefonia móvel, internet, TV por assinatura, tecnologias digitais de captação de imagens e sons, entre outros) - no campo da educação como ferramenta de produção e difusão do conhecimento. Hoje, é cada vez maior o leque de opções metodológicas que o professor encontra para introduzir um tema, trabalhar com os alunos de forma presencial ou virtualmente. Nos veículos de comunicação não é diferente. O mesmo conteúdo exibido na tela da TV, impresso no jornal ou em uma revista pode ser veiculado, até mesmo em tempo real, no mesmo formato ou com adaptações, na mídia digital. Este instrumento potencializa ainda mais a difusão do saber em sala de aula associado a outros instrumentos de investigação e análise. Para Sumário 24 / 415 Demo (2009), um estudioso da área de Educação, o atual processo de aprendizagem requer a condição do sujeito participativo, envolvido na posição ativa de construção e reconstrução do conhecimento. Nesta perspectiva, o uso das ferramentas digitais se torna essencial, já que atua como suporte para a produção de uma formação integrada aliada à tecnologia. Uma fórmula capaz de produzir efeitos significativos entre os indivíduos, visto que eles não só consomem, mas se tornam atores do processo de difusão da informação. No entanto, apesar de sua importância e seu alcance, o uso das novas tecnologias é um desafio que até agora não foi enfrentado pela maioria das instituições de ensino brasileiras. Para Demo (2009), o que se vê são apenas adaptações, mudanças pouco profundas. Sua crítica é quanto à persistência do emprego de uma pedagogia restrita às concepções mais tradicionais. Para ele, este modelo está fadado ao fracasso diante de um mundo de informações e tecnologias disponíveis. Introduzir as plataformas virtuais dinâmicas em ferramentas que auxiliam o aprendizado e a formação depende, acima de tudo, do próprio docente. Toda a proposta pedagógica que investe na aplicação das TICs somente consegue alcançar resultados desejáveis se passar pelas mãos do educador, pois é ele que desempenha um papel de produtor de mensagens em meios tecnológicos como um usuário ativo e crítico. As TICs podem possibilitar novos modos de alfabetização, mais envolventes, atuais, possibilitando a formação de novas habilidades para o século XXI. Nas instituições de ensino, estes recursos impulsionam uma nova forma de repassar o conhecimento em favor da autoridade do argumento contra o argumento da autoridade. Ensinar com as novas mídias é, acima de tudo, mudar os paradigmas convencionais de ensino, pesquisar novos caminhos de integração entre o ser humano e a tecnologia, do presencial e virtual em sala de aula, no trabalho e na vida. As plataformas tecnológicas significam novas oportunidades de aprendizagem e formação. Um direito de todos, disponíveis no mercado no intuito de potencializar o conhecimento continuamente. No início deste ano, o Ministé- Sumário 25 / 415 rio da Educação anunciou o investimento de cerca de R$ 150 milhões para a compra de 600 mil “tablets” para uso dos professores do ensino médio de escolas públicas federais, estaduais e municipais. A intenção é incentivar o uso intensivo das TICs no processo de ensino-aprendizagem. Um projeto arrojado e desafiador se levarmos em consideração os déficits educativos e as desigualdades regionais tão elevadas no país. O projeto compreende o uso do computador interativo (equipamento desenvolvido pelo MEC que reúne projeção, computador, microfone, DVD, lousa e acesso à internet, e o tablet). Aos computadores serão integradas as lousas eletrônicas, compostas de caneta e receptor, acopladas ao computador interativo. Os professores poderão trabalhar os conteúdos pedagógicos disponíveis em uma parede ou quadro rígido, sem a necessidade de manuseio do teclado ou do PC. A iniciativa do Ministério revela a importância de iniciativas reais de mudanças na educação brasileira, que demanda soluções práticas e inovadoras. Na educação superior, vemos o crescimento exponencial do Ensino a Distância, que hoje se destaca pelo uso de ambientes virtuais interativos de aprendizagem. Nessa modalidade, como afirmam Torres e Fialho (2009), o uso das tecnologias interativas - como a internet e a videoconferência - “prioriza os processos de comunicação” (p.457). Eles compreendem que a tecnologia da informação tornou a comunicação uma das principais características da EAD contemporânea, um modelo que vem se fortalecendo a partir da década de 90 e encontra-se, desde então, consolidado nas grandes universidades do mundo. De acordo com Alves (2009), o Brasil conta com 158 instituições credenciadas pelo Governo Federal para ministrar cursos de graduação e pós-graduação lato sensu (dados de 2008). Acredita-se, também, haver mais de 500 entidades públicas ou privadas utilizando a EAD como ferramenta de ensino-aprendizagem para promoção de cursos livres e programas ministrados por empresa (dentre as quais denominadas de “universidades corporativas”). No estado, o Núcleo de Educação a Distância (NEAD) da Universidade Federal Maranhão vem utilizando, de forma otimi- Sumário 26 / 415 zada, o uso das TICs para promover um aprendizado colaborativo on-line, agregando as mídias anteriores às tecnologias interativas. Atualmente, a democratização deste processo leva o ensino da graduação e pós-graduação a um número considerável de alunos no interior com mais de 11 mil matriculados e uma meta para chegar a 20 mil nos próximos anos. Exemplos como estes citados acima, tanto na educa- ção fundamental como na superior, demonstram o quanto o uso das TICs se torna fundamental no processo de hibridização de tecnologias do ensino-aprendizagem. A educação, como campo ilimitado de investigação científica, deve assumir, desde sempre, seu lugar de incerteza, e, como tal, se constituir como ambiente propício para experimentação e inovação com o uso de toda a tecnologia possível. REFERÊNCIAS ALVES, João Roberto Moréia. A história da EAD no Brasil. In: LITTO, Michael Fredric, FORMIGA, Manuel Marcos (orgs.), São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. DEMO, Pedro. Aprendizagem e Novas tecnologias. Revista Brasileira de Docência, Ensino e Pesquisa em Educação Física – São Paulo Vol. 1, n. 1, p.53-75, Agosto/2009. Disponível em http://www. facec.edu.br/seer/index.php/docenciaepesquisaeducacaofisica/ article/viewFile/80/140. Acesso em: 18 jul.2011 TORRES, Lupion Patrícia, FIALHO, Pereira Antônio Francisco. Educação a distancia: passado, presente e futuro. In: LITTO, Michael Fredric, FORMIGA, Manuel Marcos (orgs.), São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. Josie Bastos Jornalista, Coordenadora e Editora do Núcleo de TV da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal do Maranhão. Sumário 27 / 415 A procura pelo saber Juliana Braga Furtado V ocação é vocação. Desde pequena, sabia que queria ser pesquisadora, cientista por assim dizer. Minhas brincadeiras favoritas tinham a ver com pesquisa: adorava fazer projetos! Lembro como se fosse ontem de um caderno que tinha, onde desenhava os pássaros que via no jardim, e anotava observações sobre seus comportamentos. E da vez em que limpei e organizei um quartinho pequeno que havia na garagem de casa, para chamá-lo de meu laboratório. Meu sonho? Descobrir! Qualquer coisa, não era exigente. Um inseto novo, uma informação nova, uma cor nova que fosse. E assim, a escolha da profissão me veio fácil: biologia. Uma área tão linda e tão ampla em possibilidades, que me encantou mais do que qualquer outra. E realmente não me imagino com outra profissão. Devo à minha mãe a minha experiência profissional. Sem a insistência dela, nunca teria ido a São Paulo estudar, e hoje vejo o quanto essa experiência me ajudou a crescer, não só como profissional, mas como pessoa. Sempre fui estudiosa e perfeccionista, o que me facilitou, rapidamente, conseguir um estágio, já no meu segundo semestre de faculdade, em um dos laboratórios mais conhecidos pelos profissionais da área: o laboratório de Biologia Celular e Histologia da Faculdade de Medicina da USP, uma vez administrado pelo famoso professor Junqueira (dos livros Biologia Celular e Sumário 28 / 415 Molecular, e Histologia Básica, escritos por ele e por um outro colega). Lá me desenvolvi como pesquisadora. Tive contato com excelentes profissionais e participei de várias pesquisas; fiz minha iniciação científica e meu trabalho de conclusão do curso; fui em congressos, palestras, simpósios, nacionais e internacionais. Foram três anos e meio que nunca esqueço, e que valorizo muito. Mas apesar do meu amor pela biologia celular e histologia, na faculdade desenvolvi dois amores ainda maiores: citogenética e biologia molecular. Sabe a importância que um bom professor tem na sua vida? Um bom professor pode te apresentar a um amor que você não imaginaria ter, fazer você se encantar e não querer trabalhar com outra coisa. Devo a duas excelentes professoras os meus amores de hoje. Então, quando foi a hora de me formar, decidi perseguir essas áreas e fui fazer a prova de especialização em Citogenética e em Biologia Molecular, no Hospital Israelita Albert Einstein. Lembro que na entrevista fui questionada se realmente tinha interesse em fazer as duas especializações de uma vez só, porque seria muito cansativo, trabalhoso e difícil. Mas nunca tive dúvidas: apesar da Citogenética dominar meu coração, sabia que a Biologia Molecular seria essencial, pois é o futuro de todas as técnicas laboratoriais. E passei, nas duas provas. Foi um ano maravilhoso! Estar no meio de alguns dos melhores profissionais dessas áreas e aprender com eles, não tem preço. Aprendi muito, e no final do ano, decidi que era hora de levar os meus conhecimentos para o Maranhão e, enfim, voltar para casa. Sei que sem a minha experiência em São Paulo, não seria a profissional que sou hoje, mas o meu coração sempre esteve no Maranhão. E continuo fazendo pesquisas, projetos, trabalhos, artigos. O Maranhão me faz ainda mais querer descobrir, e quem sabe poder ajudar de alguma forma a população, Sumário 29 / 415 o povo maranhense. Sou muito feliz por conseguir trabalhar no que amo, no lugar que amo, com pessoas que amo. Saber é poder. Realmente, a única coisa que ninguém nunca poderá tirar de você são os seus conhecimentos. Isso que me encanta tanto na pesquisa, na ciência... essa procura pelo saber, pelo descobrir o que ninguém sabe. Esse poder que o conhecimento traz, me fascina. Desde sempre. Juliana Braga Furtado Bióloga, especialista em Biologia Molecular e Citogenética Sumário 30 / 415 Alana das Chagas Ferreira Aguiar Emanoel Gomes de Moura Mariana da Silva Corrêa Natália de Jesus F. Costa A agricultura itinerante, o ambiente e os agricultores A agricultura itinerante na fronteira amazônica é uma das maiores ameaças à floresta tropical, porque a vegetação tem historicamente sido vista pelos agricultores como uma fonte de nutrientes capaz de sustentar o crescimento das culturas e das pastagens. O termo “itinerante” indica o movimento de uma área para outra, mas esta agricultura também pode ser conhecida como agricultura de corte-e-queima, que se refere à forma de preparo da área vegetada para o plantio, a fim de aproveitar a cinza para adubar Sumário 31 / 415 Foto: Albani Ramos o solo. As fases envolvidas na agricultura itinerante são: corte da cobertura vegetal, secagem, queima da biomassa, cultivo, abandono da área (pousio), novo desmatamento e assim, sucessivamente. Isto significa que no trópico úmido brasileiro ainda não foram superados os desafios tecnológicos para o estabelecimento e a manutenção de sistemas agrícolas mantidos em uma mesma área e capazes de serem produtivos e sustentáveis. Entre outras causas, a baixa fertilidade natural dos solos e a ausência de alternativas tecnológicas são os principais fatores que induzem as comunidades a fazer uso predatório da vegetação natural como forma de garantir a subsistência das famílias, o que constitui uma das fontes de pressão sobre os recursos naturais. Nas regiões de transição para a Amazônia, como a do norte do estado do Maranhão, por exemplo, as áreas com a vegetação original já devastada têm hoje um enorme passivo social representado por um Sumário 32 / 415 Divulgação grande contingente de agricultores sobrevivendo abaixo da linha de pobreza, em municípios com os menores IDHs do Brasil, (PNUD, 2000). Como em muitas outras partes do trópico, a existência do sistema do corte-e-queima na periferia amazônica desencadeia uma série de efeitos negativos tanto ao nível local quanto global. No nível local, o crescimento da população aumenta a demanda por terras cultiváveis o que resulta na diminuição do tempo de pousio. Assim, queimadas sucessivas em intervalos cada vez mais curtos conduzem à extinção de espécies mais sensíveis à queima, e ao predomínio das mais resistentes, diminuindo então a biodiversidade da região e empobrecendo os seus ecossistemas (Figura 1). Estabelece-se assim um círculo vicioso em que as carências aumentam a pressão sobre os recursos e a degradação crescente dos recursos aumenta as carências (MOURA et al., 2009).Tudo isso sem a esperada contrapartida em termos de retornos econômicos ou sociais. No contexto global, estima-se que 36% de todas as emissões de CO2 ocorridas no Brasil se devem aos incêndios descontrolados, geralmente conduzidos para a implantação de lavouras ou pastagens. Aproximadamente 195 toneladas de CO2 são emitidas por hectare de floresta queimada. Do ponto de Figura 1. Área recém-queimada em pousio, com predominância massiva da palmeira de babaçu vista agronôresistente ao fogo. Sumário 33 / 415 Divulgação mico, as vantagens do corte-e-queima que eram óbvias no passado, quando se dispunha de vegetação abundante e baixa densidade demográfica, não são mais evidentes, e o sistema não pode mais nem alimentar as famílias, muito menos oferecer-lhes a dignidade que merecem. Por tudo isso, um dos maiores desafios daqueles que lidam com a pesquisa em agricultura no trópico úmido é o de oferecer alternativas tecnológicas que permitam o manejo sustentável do solo nas condições do trópico úmido. Isto significa estabelecer um conjunto de práticas que permitam o cultivo intensivo e constante da mesma área sem perda da fertitildade do solo e sem queda da produtividade das culturas. Como complicador adicional, deve ser ressaltado que o paradigma da agricultura extensiva e monocultural estabelecido e adotado nas regiões sul e sudeste do Brasil, baseado na saturação do solo com nutrientes derivados de adubos Sumário 34 / 415 solúveis, não é adequado para as condições ambientais do trópico úmido, além de não satisfazer as peculiaridades das comunidades da região composta, em sua grande maioria, de agricultores familiares. Uma alternativa proposta pelos pesquisadores do Maranhão Por isso, levando em conta as condicionantes sociais e ambientais da região do trópico úmido, pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia da Universidade Estadual do Maranhão (MOURA et al 2010, AGUIAR et al 2010) conceberam e aprimoraram um agrossistema denominado de “plantio direto na palha de leguminosas em aleias”, que combina as vantagens do “plantio direto na palha” com os benefícios do “cultivo em aleias”. O “plantio direto na palha” consiste no plantio sem o preparo do solo com grade ou arado, logo após a colheita e, portanto, em cima da palha da cultura anterior. Este sistema se adapta às regiões com chuvas o ano todo e nas quais as culturas de inverno e de verão são semeadas em sucessão e quase sem nenhum intervalo entre a colheita de uma e a semeadura da outra. Este sistema oferece inúmeras vantagens porque: i) diminui o escorrimento da água na superfície do solo e melhora o controle da erosão; ii) protege o solo contra o aumento da temperatura e o mantém úmido por mais tempo; iii) aumenta a atividade dos organismos e a matéria orgânica do solo. Infelizmente no Maranhão a época de plantio das culturas de verão (dezembro/janeiro) é precedida de um período de seca intenso (agosto/novembro) que não possibilita a produção de palha de plantas anuais suficiente para a adoção desse sistema. Por sua vez, o “sistema de cultivo em aleias” foi criado para uso em encostas de morros e consiste em plantar as culturas entre fileiras de árvores (alas), que se destinam a seccionar o comprimento da rampa, diminuir o escorrimento superficial da água das chuvas e controlar a erosão do Sumário 35 / 415 Divulgação solo. Neste sistema os galhos e folhas das árvores podem ser utilizados para alimentação de animais, como fonte de energia, ou processamento do chá. O sistema de “plantio direto na palha de leguminosas em aleias” combina os dois sistemas porque, além do plantio direto, os ramos das árvores são cortados e aplicados entre as fileiras das culturas com as seguintes vantagens: i) produz palha rica em nutrientes no período seco, porque utiliza espécies de árvores adaptadas e preparadas para crescer neste período; ii) retorna para a superfície os nutrientes das camadas mais profundas do solo por onde crescem as raízes das árvores; iii) ajuda no controle do mato, porque os ramos e folhas aplicados ao solo sufocam as sementes das ervas, diminuindo sua germinação; iv) aumenta a fertilidade do solo, principalmente pela fixação e reciclagem de nitrogênio, garantindo a sustentabilidade dos sistemas agrícolas (Figura 2). O controle de ervas espontâneas, sem herbicida e sem Figura 2. Milho semeado em plantio direto na palha de leguminosas em aleias no município de Miranda do Norte Sumário 36 / 415 Divulgação gradagem do solo, deve ser feito por supressão permanente, ocupando a área com leguminosas anuais, que devem ser semeadas entre o final e o início do período chuvoso junto à cultura de feijão caupi, ambas inoculadas com estirpes selecionadas na região do trópico úmido. Além disso, sem mudança de área e sem o uso do fogo, o plantio todo ano da mesma área contínua oportuniza um aumento exacerbado de algumas pragas, o que pode ser diminuído com a rotação de culturas e com o plantio de faixas alternadas de culturas de portes maiores, como a mandioca e o milho, entre aquelas de menor porte, como o arroz e a abóbora, que devem ser também alternadas ano a ano (Figura 3). Os baixos teores de Cálcio e Fósforo dos solos, aliados ao alto grau de exigências das leguminosas nestes nutrientes, exigem uma aplicação de calcário e fosfato inicial elevando seus níveis a um patamar adequado para que o sistema de aléias exerça seu potencial de reciclagem de nutrientes. Para a adoção desse sistema alternativo, os agricultures desta região precisam ter certeza do aumento da produtivi- Figura 3. Arroz, mandioca e milho cultivados em aleias de sombreiro (uma leguminosa arbórea) em faixas alternadas, no município de Miranda do Norte. Sumário 37 / 415 dade e da sustentabilidade de suas pequenas áreas designadas às culturas. Resultados obtidos pelos pesquisadores que atestam a eficiência do sistema A experiência proposta neste artigo já foi instalada com êxito em várias áreas de agricultores, depois de avaliada em área experimental, com recursos principalmente do CNPq, CNPq/MDA e FAPEMA. Nestes ensaios os pesquisadores da Agroecologia testaram várias leguminosas arbóreas, combinadas ou isoladas, que permitiram diferentes níveis de cobertura do solo e que produziram folhas e galhos de qualidades variadas, como se verifica na Tabela 1. Foi observada uma grande variação temporal dos dados de massa vegetal produzida pelas leguminosas, mostrando que o estabelecimento e sustentabilidade do sistema de plantio direto na palha de leguminosas em aleias podem ser primeiro afetados pela produtividade anual das leguminosas. As mais diferentes foram o ingá, que só se estabeleceu no terceiro ano, e o guandu, que teve seu pico de produtividade no segundo e não produziu nenhuma brotação já no quinto ano. Para efeito de cobertura de solo, o sombreiro foi a leguminosa de melhor desempenho tanto pela quantidade quanto pela durabilidade dos resíduos produzidos, seguida pelo ingá. No caso da leucena, embora a quantidade produzida possa ser considerada relevante, as condições de umidade e temperatura do experimento, associada à alta qualidade de seus resíduos, diminuem sensivelmente sua capacidade de proteção do solo. Para o balanço de nutrientes no sistema depois de cinco anos, deve ser ressaltada a significativa contribuição da leucena e do sombreiro para manutenção dos níveis de potássio, o que pode ser importante para implantação de sistemas orgânicos, nos quais a adição de adubos potássicos constitui um de seus principais problemas. As quantidades recicladas de cálcio e magnésio foram relevantes para Sumário 38 / 415 manter em níveis razoáveis os teores destes elementos no sistema, o que tem grande importância para regiões em que são raras as fontes desses elementos. No caso do nitrogênio, observou-se grande variação entre os teores produzidos pelas leguminosas, o que abre espaço importante para estudos sobre o aumento do sincronismo entre a liberação e absorção de N, principalmente em sistemas com espécies como o sombreiro. Tabela 1. Produção de massa vegetal seca e nutrientes reciclados pelos ramos de quatro leguminosas arbóreas em aleias, em cinco anos de corte. Adaptado de Leite et al., (2008) Ano de corte 1996 1997 Tratamentos Guandu (Cajanus. Cajan) Ingá (Ingá edulis) 1998 1999 2001 Total Matéria seca em Mg ha-1 0,97 a 8,50 a 3,55b 2,43c 0,00b 0,88c 3,21b 3,27c 0,00d 15.45 4,95c 12.31 Leucena (Leucaena leucochephala) 0,04b 3,50b 6,39a 8,21b 6,61b 28.75 Sombreiro (Clitoria fairchildiana) 0,22b 6,98 a 7,64a 12,40a 10,82ª 38.06 N Nutrientes (kg ha-1) P K Ca Mg Guandu (Cajanus. Cajan) 408,7 22,1 283,6 76,5 33,7 Ingá (Ingá edulis) 1261,9 68,1 688,6 161,8 131,1 Leucena (Leucaena leucochephala) 1189,8 68,1 934,7 248,9 119,5 Sombreiro (Clitoria fairchildiana) 385,9 21,3 119,8 185,5 38,9 Letras diferentes na mesma coluna indicam diferença significativa ao nível de 5% pelo teste deTukey. Para um melhor aproveitamento do extenso período chuvoso que a região apresenta, os pesquisadores recomendam o cultivo de uma segunda safra de final das chuvas. Sumário 39 / 415 Junto da cultura de segunda safra, deve ser semeada uma leguminosa de ciclo anual, para ocupar a área no final do período chuvoso, diminuir a incidência de ervas espontâneas e produzir resíduos de alta qualidade para compensar a baixa qualidade das folhas da leguminosa arbórea utilizada para cobertura do solo. Com este objetivo foram testadas várias espécies de leguminosas anuais, para plantio junto à cultura de safrinha, quanto à capacidade de aporte e reciclagem de nutrientes e supressão de ervas daninhas. Entre as espécies testadas, o feijão de porco se destacou, sobretudo por sua maior resistência à seca. Esta característica lhe permitiu maior produção de matéria seca com a consequente maior reciclagem de nutrientes (Figura 4). Figura 4. Capacidade potencial de aporte ou ciclagem de N, P, K, Ca e Mg da parte aérea de leguminosas cultivadas em um sistema de aleias com sombreiro, Miranda do Norte - MA, 2003. Adaptado de Araújo et al., (2007) A mesma característica deu ao feijão de porco maior capacidade de supressão de ervas daninhas no final do períSumário 40 / 415 odo chuvoso, o que pode ser crítico nos sistemas de plantio direto sem preparo do solo (Tabela 2). Neste sistema, deve ser evitada, ao máximo, a produção de sementes das ervas espontâneas, sob pena de se ter que utilizar o controle químico das ervas no início do período chuvoso. Tabela 2. Média e desvio padrão da densidade, número de espécies, índice de diversidade e biomassa das ervas espontâneas em um agrossistema com várias leguminosas anuais. Adaptado de Araújo et al., (2007) Tratamento Mucura Nº de espécies Diversidade Biomassa (Índice de Plantas m-2 espécies m-2 Shannong m-2 -Wiener) 59,0 (±12,2) 5,2 (±1,1) 1,0 (±0,2) 377,9 (±93,8) Guandu 51,8 (±11,3) 5,2 (±1,7) 0,9 (±0,4) 392,9 (±58,4) Feijão-de-porco 44,8 (±6,1) 3,8 (±0,8) 0,8 (±0,2) 158,6 (±49,8) Calopogônio 53,4 (±9,5) 6,4 (±1,6) 1,0 (±0,2) 414,6 (±24,4) 73,8 (±16,5) 6,4 (±1,1) 1,0 (±0,2) 428,4 (±122) Controle Densidade Para efeito de avaliação do sistema, tem sido enfatizado o plantio e acompanhamento da cultura do milho, utilizada como indicadora da qualidade do solo, inclusive com a concordância dos agricultores que entendem que “se uma terra dá milho então se pode plantar qualquer “ligume””. Os resultados alcançados até agora mostram que o sistema tornou-se produtivo mesmo para cultura mais exigente em solo de muito baixa fertilidade natural. Como se observa, na Figura 5, a aplicação combinada dos galhos de leguminosas ao solo propiciou produção crescente ano a ano para todos os tratamentos com leguminosas. Alguns tratamentos, como a combinação leucena + sombreiro, produziu o dobro de grãos do que não recebeu os ramos de leguminosas. Sumário 41 / 415 Figura 5 – Produção de grãos de milho de um sistema em aleias com quatro espécies de leguminosas combinadas (L leucena, G guandu, A acácia S sombreiro e Test testemunha), Aguiar et al., (2010). a -1 Peso de grãos (Mg ha ) 4,0 3,5 a a 3,0 a b 1,5 a b c c c 2004 2005 b b b 2003 a b 2,5 2,0 a c 1,0 2006 b b c 0,5 0,0 S+G L+G A+G S+L L+A Test Tratamentos Estas diferenças confirmam o caráter sustentável do sistema de plantio direto na palha de leguminosas arbóreas, o que o torna adequado para o manejo dos solos de baixa fertilidade natural da região, podendo, portanto, ser recomendado aos agricultores para substituição do modelo tradicional de corte e queima que não assegura sustentabilidade nem econômica nem ambiental. Recomendações e considerações finais Além disso, várias outras condições devem ser cumpridas a fim de não frustrar as expectativas dos agricultores. A primeira é que este sistema só deve ser recomendado para regiões onde a estação das chuvas não é interrompida por veranicos, como acontece em muitas regiões tropicais, porque, neste caso, as leguminosas arbustivas e as culturas de rendimento competiriam por água. A segunda condição é que os efeitos, tanto do corte das leguminosas quanto da correção do solo, só vão ocorrer a partir do segundo ano em Sumário 42 / 415 diante, o que significa que o sistema só irá atingir a maturidade completa no terceiro ano de plantio. Além disso, deve ser enfatizado que é necessário que o conteúdo de cálcio e fósforo no solo esteja em um nível satisfatório, para que as leguminosas alcancem seu potencial de reciclagem de nutrientes, especialmente do nitrogênio. Para o futuro, a recomendação do uso massivo deste sistema aqui descrito deve levar em conta que a substituição de um modelo de agricultura simples, como o do corte-e-queima, por outro mais complexo, como o plantio direto na palha de leguminosas em aleias, não poderá ser realizado com êxito sem o apoio eficiente do poder público aos agricultores familiares. Este apoio deve incluir o aumento da disponibilidade de vetores tecnológicos básicos, como corretivos, fertilizantes fosfatados para construção da aptidão das terras, que no trópico úmido são quase sempre de baixa fertilidade natural. Além disso, deve também ser facilitada a aquisição de pequenos equipamentos, principalmente de plantio e colheita, que diminuam a penosidade e aumente a produtividade do trabalho. Deve ser ressaltado ainda que tudo isso deve ser conduzido ao lado de um programa de assistência técnica que seja competente, comprometido e dedicado ao desenvolvimento dos territórios e das comunidades rurais. Referências AGUIAR, A. C. F., BICUDO, S. J., COSTA SOBRINHO, J. R. S., MARTINS, A. L. S., COELHO, K. P., MOURA, E. G. (2010): Nutrient recycling and physical indicators of an alley cropping system in a sandy loam soil in the Pre‑Amazon region of Brazil. Nutr. Cycl. Agroecosyst. 86, 189-198. ARAÚJO, J. C.; MOURA, E. G.; AGUIAR, A. C. F.; MENDONÇA, V. C. M. (2007) Supressão de plantas daninhas por leguminosas anuais em sistema agroecológico na Pré-Amazônia. Planta Daninha, v.25, n.2, p.267-275. MOURA, E. G., MOURA, N. G., MARQUES, E. S., PINHEIRO, K. M., COSTA SOBRINHO, J. R. S., AGUIAR, A. C. F. Sumário 43 / 415 (2009): Evaluating chemical and physical quality indicators for a structurally fragile tropical soil. Soil Use Manag. 25, 368–375. LEITE, A. A. L.; FERRAZ JÚNIOR, A. S. L.; MOURA, E. G.; AGUIAR, A. C. F. (2008). Comportamento de dois genótipos de milho cultivados em sistemas de aleias preestabelecidos com diferentes leguminosas arbóreas. Bragantia 67, 875882. MOURA, E. G., ARAUJO J. R. G., MONROE, P. H. M., NASCIMENTO, I. O., AGUIAR, A. C. F. (2010). Patents on Periphery of the Amazon Rainforest. Recent Patents on Food, Nutrition & Agriculture 1:142-148. PNUD. Relatório de Desenvolvimento Humano 2000. Disponível em: www.pnud.org.br. Acesso em: 27 dez 2010. Alana das Chagas Ferreira Aguiar Doutora em Agronomia (Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Professora da Universidade Federal do Maranhão. Emanoel Gomes de Moura Doutor em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Professor da Universidade Estadual do Maranhão. Mariana da Silva Corrêa Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão. Natália de Jesus F. Costa Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão. Sumário 44 / 415 A ENERGIA MAREMOTRIZ NO MARANHÃO: uma análise crítica Luiz A. Ribeiro Márcio Vaz dos Santos Osvaldo R. Saavedra Pedro Bezerra Neto O s grandes desafios associados ao setor energético mundial, tais como a crescente demanda de energia e limitações relacionadas ao uso de recursos fósseis, têm proporcio nado um aumento significativo no desenvolvimento e utilização de fontes renováveis de energia (Bezerra, Saavedra, Camelo e Ribeiro, 2010). Especificamente no contexto da energia eletromaremotriz, o uso de pequenos aproveitamentos pode ser uma alternativa bastante atrativa. Como exemplo, dezenas de pequenas usinas encontram-se em operação na China, a maior delas com uma potência instalada de 304kW (Charlier, 2009). O surgimento de novas tecnologias para a exploração de baixas quedas tem contribuído para tornar comercialmente viável esse tipo de exploração. Atualmente, ocusto da energia produzida em uma usina eletromaremotriz de pequeno porte se equipara, por exemplo, ao de geração em uma pequena central hidrelétrica (PCH). De acordo com estudos preliminares encomendados pela ELETROBRÁS na década de 80 (Sondotécnica, 1981), o Brasil apresenta um potencial eletromaremotriz bastante significativo, principalmente na costa do Maranhão, Pará e Amapá. Esse potencial energético é da ordem de 72TWh, o equivalente a Sumário 45 / 415 16,8% do consumo nacional do Brasil em 2008, de acordo com dados do Balanço Energético Nacional (EPE, 2009). Apenas na baía de Turiaçu, no Maranhão, a potência extraível é da ordem de 3.402 MW (Sondotécnica, 1981), ou seja, aproximadamente 40% da potência instalada da UHE de Tucuruí. Entretanto, apesar desse enorme potencial energético, a exploração de toda essa energia enfrenta, na conjuntura atual, obstáculos ambientais, logísticos e econômicos sérios. Este trabalho trata do levantamento de potencial maremotriz da baia de Turiaçu, no Maranhão, e discute a viabilidade tanto técnica, econômica, como ambiental da sua exploração. Turiaçu e o Litoral Maranhense Fig. 1 - Turiaçu em vermelho. Maranhão em marrom claro. (Fonte: Wikipédia). Sumário Na Fig. 1 ilustra-se a posição geográfica de Turiaçu, a 195 km da capital São Luís, na região da Amazônia Legal. Esse município tem aproximadamente 32.491 habitantes e está dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) das Reentrâncias Maranhenses, criada em junho de 1991, que abrange todo o litoral ocidental do estado, desde a Baía de São Marcos até o rio Gurupi. Esta área possui reentrâncias e muitos estuários cobertos de manguezais que são importantes berçários para milhares de espécies de peixes, crustáceos, mo46 / 415 Divulgação luscos e pássaros. O clima é chuvoso de dezembro a agosto. Sua precipitação média anual é de 2.000mm (Oliveira, Leite Neto, Costa Júnior, Camelo, Saavedra, Santos, 2009). As principais atividades econômicas são a pesca, a agricultura de subsistência, a caça e o garimpo. Os manguezais são explorados também com a retirada de madeira para construção de casas, barcos e produção de carvão. Há potencial para atividades turísticas, embora existam muitas áreas inacessíveis. Na Fig. 2 mostra-se a região portuária do estuário de Turiaçu durante uma baixa-mar. Pela ponta superior da proa do barco, nivelada com a altura do cais acostável, tem-se uma percepção visual da altura da maré. Fig. 2 - Região portuária do estuário de Turiaçu durante a baixa-mar. (Fonte: NEA). Sumário 47 / 415 Litoral ocidental maranhense Na Fig. 3 tem-se uma visão panorâmica do litoral maranhense, destacando-se no círculo a baía de Turiaçu. Fig. 3 - Localização da área em estudo na zona costeira maranhense. Fonte: (NEA). A Fig. 4 é a mesma 3 incluindo-se as curvas de níveis máximos de alturas de marés para o litoral maranhense. Nota-se que na baía de Turiaçu a preamar alcança uma altura máxima de 7m. Fig. 4 Altura maxima de mare para o litoral maranhense. Fonte (NEA) Sumário 48 / 415 Fig. 5 - Litoral ocidental maranhense com mangue. Fonte: (NEA). Fig. 6 - Litoral maranhense sem mangue. Fonte: (NEA). Sumário Na Fig. 5 apresenta-se a região de manguezal do litoral ocidental maranhense, com uma área de mais de 3.000km² de extensão. Essa região corresponde a 60% da área de manguezais de todo o Estado (Oliveira, Leite Neto, Costa Júnior, Camelo, Saavedra, Santos, 2009). A Fig 6 é uma representação de como seria o litoral maranhense sem mangue. Nesta figura simula-se o mangue como sendo água.Comparando-se as figuras 5 e 6, pode-se concluir que represamentos interpretando áreas de manguezal como se fossem sólidas e apropriadas para esse tipo de construção demandam barragens de dimensões consideravelmente maiores do que poderia parecer em uma avaliação preliminar. 49 / 415 A Fig. 7 simula uma barragem hipotética represando toda a baía de Turiaçu. Os volumes de renovação de maré para essa represa são apresentados na Tab. 1. Nesta tabela pode-se apreciar os volumes de renovação de maré tanto na área de mangue quanto no curso d´água do canal, para uma altura média de 4,7 e 7m, respectivamente. Considerando as marés de sizígia, o volume de água que tem de ser renovada é da ordem de 5,8 bilhões de m³. O potencial energético associado a esse volume é de grandes proporções, entretanto não-acessível como discorrido mais adiante neste documento. Fig. 7 - Detalhe da área de estudo da baía de Turiaçu com mangue e terra firme. Fonte: (NEA). Tab. 1 - Volumes de renovação de maré para baía de Turiaçu (área de estudo mostrada na Fig. 7) Aréa inundável (km²) Volume (m³) na altura média de 4,7 m Volume (m³) na altura máxima de 7 m MANGUE 548,09 602.899,000 1.096.180,000 CURSO D’ ÁGUA 685,03 3.219.641,000 4.795.210.000 TOTAL 1.233,12 3.822.540,000 5.891.390,000 Sumário 50 / 415 A Fig. 8 representa o curso d’água de um canal genérico em área de mangue ilustrando várias camadas em função da altura da maré. Essas camadas são parte da dinâmica do ecossistema dos mangues e influenciam diretamente na discussão sobre a possibilidade de aproveitamento do potencial maremotriz. As águas do canal são divididas em volume residente, da cota 0 a -20m, e de renovação, da cota -2,0 a 4,0m. O volume residente do canal, região em azul, comporta a água que não está sujeita a renovação. Deve-se observar que o mangue já começa dentro do canal e se localiza a partir da cota 0m (referência Datum Imbituba, SC) até 4m. As cotas de -0,8 a 2,2m inundam diariamente, renovando seu volume de água. Da cota 2,2 a 4,0m a inundação é quinzenal. Também ficam em exposição (sem inundação) quinzenalmente as cotas de -0,8 a -2,0m. O lavado corresponde às cotas de 0 a -2,0m. Uma parte do lavado, de 0 a -0,8m, inunda diariamente; a outra, de -0,8 a -2,0m, somente se expõe quinzenalmente. Define-se a altura média de maré, h, como a média entre as preamares de sizígia e quadratura, menos a média entre baixa-mares também de quadratura e sizígia, donde, conforme a Fig.8, h = (3,1m) - (-1,4m) = 4,4m. Para se fazer a seleção, avaliação e estimativa do potencial maremotriz de qualquer localidade – e possivelmente decidir Fig. 8 - Perfil típico da área de manguezal. Fonte: (NEA). Sumário 51 / 415 pelo seu aproveitamento –, segue-se uma estratégia norteadora de critérios e procedimentos gerais. Resumo do inventário feito na Baía de Turiaçu A baía de Turiaçu apresenta a maior área inundada por maré no Maranhão – 616 km2 – e a maior quantidade de energia estimada extraível – 9.114GWh; com maré de 4,7m de altura média, atingindo até 7m de pico (Sondotecnica, 1981). Na Fig. 1 mostram-se as áreas avaliadas preliminarmente (Oliveira, Leite Neto, Costa Júnior, Camelo, Saavedra, Santos, 2009), onde se aponta com a seta vermelha três propostas de barragens nas linhas 29, 29A e 29B, respectivamente, ficando a jusante abaixo de cada linha. Na Tab. 1 mostram-se dados de maré relativos a essas três barragens. Localização Geográfica Conforme a Fig. 9, são propostas três alternativas de barragens, identificadas pelos números 29, 29A e 29B. Cada uma com comprimentos aproximados de 21,5km, 17km e 10,5km, respectivamente (ver Tab. 2). Na mesma Figura, nota-se que as cabeceiras destas barragens teriam suas bases em áreas de manguezal, isto é, áreas inundadas diariamente e sem estrutura geológica adequada para dar suporte a estas barragens. Além do mais, para as três alternativas observa-se a inviabilidade de alcançar aqueles lugares por outra via que não seja marítima. A construção de estradas envolveria atravessar pelo menos 20km de mangue e reentrâncias a partir da sede de Turiaçu, com inúmeras pontes e aterros de custos extremos, tanto financeiros quanto ambientais. Deve-se também considerar que no período de preamar todos esses manguezais ficam submersos, limitando a capacidade de represamento das hipotéticas barragens. Além disso, há grande perda de volume represado nos próprios manguezais. As áreas envolvidas na avaliação da Sondotécnica são Sumário 52 / 415 grandes e compreendem volumes da ordem de milhões de m³ de água. A construção de barramentos para os aproveitamentos são inviáveis do ponto de vista de escoamento dos volumes de água, uma vez que, para acontecer os volumes de renovação envolvidos em cada ciclo de maré, seria necessária a adoção de ‘centenas’ de unidades de turbinas ou a construção de vertedouros, os quais corresponderiam à maior parte do barramento. Fig. 9 - Baía de Turiaçu. Fonte: (Sondotécnica, ELETROBRAS,1981). Tab. 2 - Dados da baía de Turiaçu relativos às três propostas de barragens indicadas na Fig. 9 (Fonte: Sondotécnica, ELETROBRAS,1981). Altura média Comprimento Área da baía da maré (m) aproximado d barragem (km) (km²) Potência extraível (MW) Distância da Cidade de Turiaçu Energia anual (10³) Turiaçu 29 4,7 21,5 616 3.402 37,5 km 9.114 Turiaçu 29 A 4,7 17 494 2.728 29,5 Km 7.309 Turiaçu 29 B 4,7 10,5 290 1.602 20,5 Km 4.209 Sumário 53 / 415 Impacto Ambiental O ecossistema dos manguezais tem sua existência intimamente ligada ao regime de alternância de marés; isto é, períodos de submersão e períodos de exposição. O represamento d’água através de barragens compromete essa alternância com resultados nefastos para a flora e fauna de mangues. Esse aspecto é extremamente crítico e deve ser avaliado na sua adequada dimensão para cada alternativa de aproveitamento. Nos três aproveitamentos em análise, a questão ambiental é dominante, porque implica também em extensos aterros de manguezais para alcançar as cabeceiras das barragens sugeridas. A construção de barramentos nos locais sugeridos, além do impacto já anunciado no parágrafo anterior, causa mudanças nos regimes de correntes marítimas que adentram os canais. As consequências dessas mudanças afetam o volume de renovação das águas do mangue, com implicações para a sobrevivência do manguezal. Viabilidade Técnica Econômica As potências extraíveis, na ordem de 3,402 GW, corresponde a uma potência instalada extremamente elevada para a demanda da região. Isso leva à necessidade de escoar esta potência para grandes centros de consumo, demandando a instalação de linhas de transmissão em alta tensão, que deverão atravessar a mesma área de manguezal já referida, além da distância a percorrer a partir da sede de Turiaçu até à subestação concessionária de alta tensão mais próxima. Para aproveitamento total do potencial extraível, a represa deveria ser esvaziada a cada seis horas, o que implicaria geração intermitente, ficando a linha de transmissão inoperante durante algum período, que varia de acordo com o modo de operação (efeito simples ou duplo, por exemplo). Por outro lado, as dimensões das barragens sugeridas a serem construídas em área de manguezal implicam em um Sumário 54 / 415 movimento de material extremamente alto e não disponível, nesse nível de escala, na região. Logo, conclui-se que os potenciais energéticos, apesar de serem significativos, têm sua exploração fortemente comprometida por questões de viabilidade econômica, geográfica e ambiental. Os fatores críticos que comprometem esses empreendimentos são: •Tamanho do empreendimento e distância; •Dificuldade de acesso; e •Localização em áreas de manguezais. Da análise realizada nesta seção, à luz de critérios atuais de viabilidade, envolvendo impacto ambiental, equilíbrio econômico-financeiro, acessibilidade, etc., os aproveitamentos discutidos se tornam inviáveis. Poder-se-ia concluir que a exploração maremotriz nessa região é inviável? Não a priori. A resposta depende, para cada caso, da intensidade de cada fator analisado. Uma tendência que se vislumbra é que aproveitamentos maremotrizes devem localizar-se mais próximos de terra firme e de áreas habitadas. Esses aspectos contribuem positivamente para reduzir o impacto ambiental ao aproximar a geração da demanda, melhorando significativamente as chances de viabilidade. Pequenos aproveitamentos para exploração maremotriz na Baía de Turiaçu Na Fig. 10 vê-se uma fotografia aérea do município de Turiaçu registrada em maio de 2009. A baía é realçada em azul e a seta aponta para a localização da cidade. Dentro da elipse mostram-se os dois canais e reentrâncias que ficam bem próximos da cidade os quais são o objeto da atual proposta para estudos exploratórios. Os fatores que contribuem para um aproveitamento energético maremotriz de pequena escala se tornar viável são: a)Distância do mercado – facilidade de acesso (redução de custo de construção); Sumário 55 / 415 b)Geração compatível com a demanda; c)Possibilidade de aproveitamento parcial do potencial da represa; d)Impacto ambiental relativamente reduzido; e e)Possibilidade de exploração apenas hidrocinética (sem barragem). A avaliação, bem como o peso de cada um destes fatores no empreendimento, depende de cada caso, exigindo necessariamente a realização de um estudo específico. De fato, não há garantia de que todos os pequenos empreendimentos sejam viáveis. Mas, a possibilidade de se tornarem viáveis é muito maior do que para grandes projetos, como os casos analisados nas seções anteriores. Fig. 10 - Município apontado pela seta e Estuário de Turiaçu destacado em azul. Fonte Google Sumário 56 / 415 Bacias Escolhidas Na Fig.11 mostram-se os pequenos canais e reentrâncias, em tom cinza, e o manguezal adjacente que ficam no entorno da cidade. Note-se, também, sobretudo, as pequenas porções de terra firme que podem servir de base para as cabeceiras das barragens correspondentes às sub-bacias de 1 a 4 – estas representadas na Fig. 12 e descritas nas seções seguintes. Fig. 11- Destaque para canais, reentrâncias e manguezal. Fonte: (NEA). Na Fig. 12 são destacadas as quatro bacias escolhidas para análise especifica de potencial maremotriz, levando em conta o critério de proximidade de mercado, facilidade de acesso, etc. Em sua legenda descrevem-se suas principais características. Sumário 57 / 415 Fig. 12 - Bacias escolhidas para estudo. Fonte: (NEA). Na Tabela 3 identificam-se as quatro bacias – 1, 2, 3 e 4 – em análise, com a relação de áreas inundáveis por maré e volumes de renovação hídrica. A partir desses dados pode ser deduzido o volume residente. Os volumes de renovação referidos nesta tabela são por maré. Deve-se observar que as marés maranhenses são do tipo semidiurno – duas preamares e duas baixa-mares diárias. Tab. 3 - Relação das áreas inundáveis por maré e volumes de renovação hídrica para as sub-bacias (1, 2, 3 e 4) em estudo. Bacia Descrição Área inundável total (km2) Volume de renovação médio (milhões m³) Volume de renovação máxima (milhões m³) 1 Mediana a sudoeste de Turiaçu 39,6 10,6 32,9 2 Mediana a sudeste de Turiaçu 10,6 8 23,1 3 De pequeno porte adjacente à sede municipal 3.822.540,000 5.891.390,000 2,2 4 De pequeno porte adjacente à sede municipal ( integrante da sub-bacia mediana a sudoeste 3,5 1,8 5,4 Sumário 58 / 415 A seguir são apresentados resultados de estudos específicos realizados para cada uma das sub-bacias referidas que, por simplificação, passarão a ser denominadas apenas de bacias. Bacia 1 A bacia 1 – mediana localizada a sudoeste da cidade de Turiaçu – é identificada por linha tracejada em branco na Fig. 12, abrangendo o braço esquerdo do canal bifurcado. Das quatro bacias, esta tem a maior área inundável, abrangendo uma grande extensão de manguezal. Na Fig. 13 mostra-se o volume em função da cota do reservatório. A barragem necessária para fechamento do canal é relativamente pequena, com um comprimento aproximado de 240m, com encosta das cabeceiras em terra firme, porém passando por um trecho de manguezal. Além deste fator, esse aproveitamento pode ser comprometido em termos de viabilidade pelo fato de que uma extensa área de manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica de esvaziamento do reservatório), causando o afogamento da flora local. Fig. 13 - Volume em função da cota de maré na Bacia 1. Fonte: (NEA). Sumário 59 / 415 Bacia 2 A Bacia 2 está localizada a sudeste de Turiaçu envolvendo o braço direito do canal bifurcado adjacente ao porto, envolta pelo tracejado marrom na Fig.12. Na Fig. 14 mostra-se o volume em função de cada cota do reservatório. Analogamente ao caso anterior, a barragem necessária para fechamento desse canal é pequena, com um comprimento aproximado de 190m, com uma cabeceira em terra firme e a outra em área de manguezal. Igual ao caso anterior, esse aspecto, somado ao fato que uma extensa área de manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica de esvaziamento do reservatório), também pode inviabilizar esse aproveitamento em termos de impacto ambiental. Fig. 14 - Volume em função da cota do reservatório da Bacia 2. Fonte: (NEA). Bacia 3 A Bacia 3 corresponde a uma microbacia adjacente à cidade de Turiaçu, envolvendo uma pequena reentrância próxima da cidade. Na Fig. 15 mostra-se o volume em função da cota do reservatório. Sumário 60 / 415 A barragem necessária para fechamento dessa reentrância tem um comprimento aproximado de 800m (da ordem da barragem do Bacanga), com ambas as cabeceiras em terra firme, porém passando por área de manguezais. Igual aos casos anteriores, esse aspecto, somado ao fato que uma área de manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica de esvaziamento do reservatório), assim como a dimensão da barragem, podem tornar crítico esse aproveitamento em termos de impacto ambiental e viabilidade econômica. Bacia 4 Essa última microbacia é próxima à cidade de Turiaçu, envolvendo outra pequena reentrância, como indicado na Fig. 12. Na Fig. 15 mostra-se o volume em função da cota do reservatório. A barragem necessária para fechamento dessa reentrância tem um comprimento aproximado de 700m (também da ordem da barragem do Bacanga), com ambas as cabeceiras em terra firme, porém passando por área de manguezais. Igual aos casos anteriores, esse aspecto, somado ao fato que área Fig. 15 - Volume em função da cota do reservatório da Bacia 4. Fonte: (NEA). Sumário 61 / 415 de manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica de esvaziamento do reservatório), assim como a dimensão da barragem, podem tornar crítico esse aproveitamento em termos de impacto ambiental e viabilidade econômica. Discussão Com relação às bacias estudadas deve-se aplicar a sequência geral de procedimentos, descrita no Capítulo 3, para escolher e avaliar sítios candidatos para aproveitamento de energia maremotriz, com especial atenção no que diz respeito à preservação da flora e fauna, bem como com relação à construção de barragem. Estudos complementares também devem ser feitos para avaliação dos impactos ambientais positivos e negativos decorrentes da construção de uma barragem. A escolha de um local para implantação de uma usina eletromaremotriz depende do mínimo de impacto ambiental negativo, menor risco de construção, da viabilidade econômica e da justificativa social. A escolha acaba condicionada à metodologia de aquisição e do processamento de dados, bem como à meticulosidade da pesquisa e da disponibilidade de fontes confiáveis. No que se refere à preservação do manguezal represado pela barragem, uma adequada operação do reservatório, que permita reproduzir o ciclo normal de maré para o mangue, isto é, que o volume a ser turbinado por ciclo garanta que no final deste o mangue fique exposto, possibilita que o aproveitamento atenda adequadamente a critérios ambientais. Essa estratégia pode tornar viáveis grande quantidade de canais e reentrâncias plausíveis de exploração em pequena escala. Comentários Finais e Conclusões O relatório da Sondotécnica/Eletrobrás fornece um panorama otimista do potencial energético, sem considerar a acessibilidade dessa energia do ponto de vista econômico, logístico e de impactos ambientais. A riqueza desse relatório, além de Sumário 62 / 415 ser o marco zero nos estudos maremotrizes no Brasil, está no fato de prover o mapa de potencialidades das marés no litoral brasileiro. Entretanto, no contexto atual, devem ser considerados vários aspectos altamente críticos que definirão se os potenciais identificados são realmente extraíveis. No presente relatório, esses aspectos críticos foram conjugados com o estuário piloto de Turiaçu, sem perda de generalidade, de forma a constituir um documento técnico que dê suporte a decisões futuras no que tange a exploração de maremotriz para geração de energia elétrica. Da análise realizada à luz de critérios atuais de viabilidade, envolvendo impacto ambiental, equilíbrio econômico financeiro, acessibilidade, etc., os aproveitamentos objeto de discussão se tornam inviáveis. A questão que surge é: ao apresentar cenários semelhantes, todos os demais locais são inviáveis? A resposta é necessariamente não, dependendo, para cada caso, da intensidade de cada fator crítico. Uma tendência que se vislumbra é que aproveitamentos maremotrizes devem localizar-se mais próximos de terra firme e de áreas habitadas. Esses aspectos contribuem positivamente para reduzir o impacto ambiental ao aproximar a geração da demanda. Essa tendência vem acompanhada com a redução da ordem dos aproveitamentos, os quais basicamente envolvem canais com volume de água a ser represado eventualmente bastante menor do que os discutidos neste documento e com dimensões de barragens bem realistas – da ordem da construída no Rio Bacanga. Em outras palavras, aproveitamentos maremotrizes se tornam mais viáveis e possíveis de implementar quando são de pequena escala. Essa constatação está sintonizada com uma realidade da região norte-nordeste, onde há um número grande de pequenas comunidades isoladas, sem energia, atendidas parcialmente, ou com serviço de baixa qualidade. Pode-se concluir que a energia maremotriz em pequena escala torna-se uma alternativa para mitigar os níveis de exclusão Sumário 63 / 415 elétrica, propiciando estímulos à melhoria dos cenários sócio-econômicos dessas comunidades. Isso pode se traduzir também como empreendimento com ênfase em retorno social. Portanto, a viabilidade econômica e ambiental, assim como a melhor forma de implantar o aproveitamento, deve ser objeto de estudo individualizado. É opinião dos autores que esforços devem ser realizados no sentido de aprofundar estudos objetivando pequenos aproveitamentos maremotrizes, de forma a se ter um panorama em detalhe dos micro-estuários atualmente com viabilidade técnico-econômica, assim como daqueles que no futuro próximo podem vir a se tornar viáveis em função das demandas de mercado e desenvolvimento. Agradecimentos Este trabalho contou com os apoios da ELETROBRAS através do Convênio ECV 085/2005, do Projeto BRA 99/011/ PNUD através de C.A. 07/47-3952 e do CNPq. Referências Bezerra Neto, P.; Saavedra, Osvaldo R.; Camelo, Nelson José; Ribeiro, L. A. S. (2010), Viabilidade de Pequenos Aproveitamentos para Geração de Energia Eletromaremotriz. In: XVIII Congresso Brasileiro de Automática, 2010, Bonito: UNESP, 2010. v. 1. p. 66286. Charlier, Roger Henri. 2009. Ocean Energy. Tide and Tidal Power. Springer-Verlag Berlin Heidelberg. EPE – Empresa de Pesquisa Energética. 2009. Balanço Energético Nacional 2009. Resultados Preliminares. Rio de Janeiro. Brasil. Leite Neto, P. B., Oliveira, D. Q., N. J. Camelo, O. R. Saavedra. 2009. Estudo do Potencial para Geração de Energia Elétrica a partir de Fonte Maremotriz. 8th Latin-American Congress: Electricity Generation and Transmission, 2009, Ubatuba. Anais do VIII CLAGTEE. Guaratinguetá : UNESP. v. 1. p. 709. Sumário 64 / 415 MJ2 Technologies. 2010. www.vlh-turbine.com Oliveira, D. Q., Leite Neto, P. B., Costa Júnior, A. L., Camelo, N. J., O. R. Saavedra, Santos, M. C. F. V. (2009). Relatório do Potencial Maré-Motriz do Estuário e Memória Técnica – Estuário de Turiaçu. Projeto BRA 99/011/PNUD, Ministério de Minas e Energia – PLPT. Sondotécnica Engenharia de Solos S.A., Eletrobrás. (1981). Aproveitamentos Maremotrizes na Costa Maranhão – Pará – Amapá. Inventário Preliminar. Luiz A. Ribeiro Professor da Universidade Federal do Maranhão. Márcio Vaz dos Santos Doutor em Ciências Ambientais pela University of Virginia, Estados Unidos. Osvaldo R. Saavedra Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Secretário Adjunto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. Pedro Bezerra Neto Engenheiro Elétrico pela Universidade Federal do Maranhão. Sumário 65 / 415 Pesquisas temáticas da Universidade Federal do maranhão Agrotóxicos O Núcleo de Análise de Resíduos de Pesticidas (NARP) da UFMA vem realizando trabalhos de pesquisa relacionados com a problemática ambiental causada pela intensa aplicação de pesticidas. O Estado do Maranhão localiza-se em uma região que vem sendo bastante aproveitada nos grandes projetos de monoculturas agrícolas. Nesses projetos, é comum ocorrer consumo considerável de pesticidas. A região tem grande disponibilidade de recursos hídricos e, além disso, conta com elevadas taxas pluviométricas. Esses fatores levam à necessidade de um monitoramento frequente dos recursos naturais, no senSumário 66 / 415 tido de controlar possíveis problemas de contaminação ambiental. O NARP desenvolve e aplica metodologias analíticas para determinação dos resíduos de pesticidas presentes em amostras ambientais, embora já tenha, também, analisado outros tipos de matrizes (p. ex., alimentos). As técnicas utilizadas nas determinações incluem metodologias convencionais (por exemplo, cromatografia líquida e a gás) e outras inovações (por exemplo, biossensores), com as quais é possível a determinação, bem como o estudo de monitoramento dos resíduos de pesticidas e seus respectivos produtos de degradação, prevendo, assim, a persistência e a transformação destes compostos em ambientes naturais. Vários desses trabalhos têm sido feitos a partir de informações fornecidas ou solicitações feitas pelo órgão ambiental do Estado, o qual identifica os pontos de estudo. Dessa forma, tem sido possível apontar problemas de contaminação e participar de estratégias de minimização dos impactos gerados pelos uso de pesticidas na região. Mais recentemente, o grupo tem desenvolvido projetos envolvendo outras classes de contaminantes orgânicos, p. ex.: resíduos de fármacos, plastificantes, etc. O grupo também iniciou em 2009 ensaios toxicológicos com substâncias potencialmente tóxicas em ambientes marinhos. Principais Pesquisadores • Gilvanda Silva Nunes • Paulo Roberto Brasil de Oliveira Marques • Natilene Mesquita Brito • Ricardo Luvizotto Santos • Ney de Barros Bello Filho • Teresa Cristina Rodrigues dos Santos Franco • Ozelito Possidônio de Amarante Junior • Thomas Bonierbale Sumário 67 / 415 Biocombustíveis e Derivados de Petróleo O Núcleo de Combustíveis, Catálise e Ambiental - NCCA vem desenvolvendo várias pesquisas voltadas tanto para a produção e uso de biocombustíveis (etanol e biodiesel), tais como otimização da síntese de biodiesel com e sem microondas, novos catalisadores heterogêneos para a produção de biodiesel, reaproveitamento dos resíduos do refino dos óleos vegetais e dos subprodutos do processo do biodiesel, desenvolvimento de métodos analíticos para o controle e qualidade do biodiesel e de suas matérias primas e do etanol. Outras pesquisas estão em andamento no laboratório, como a preparação de microemulsões combustíveis para serem empregadas em comunidades isoladas, transformações dos subprodutos do processo de produção de biodiesel, utilização de sensores capacitivos para monitoramento de adulteração de combustíveis e dessulfurização do diesel de petróleo utilizando líquidos iônicos. Sumário 68 / 415 Principais Pesquisadores • Fernando Carvalho Silva (Coordenador do Núcleo) • Adeílton Pereira Maciel (Pesquisador) • Kátia Regina Marques Moura (Pesquisador) • Thoma Bonierbale (Pesquisador) • Francisco Sávio Mendes Sinfrônio (Pesquisador) • Antônio Carlos Sales Vasconcelos (Colaborador) • Jomar Sales Vasconcelos (Colaborador) • Antônio Gouveia de Souza (Colaborador) • Jose Hílton Gomes Rangel (Colaborador) Sumário 69 / 415 Biodiversidade e conservação O grupo, denominado inicialmente “Ecologia Evolutiva”, foi criado em 1999, a partir da integração dos seus pesquisadores no sentido de elaborar e desenvolver projetos em conjunto, que respondessem a perguntas ecológicas e levassem ao entendimento da estruturação e funcionamento de populações e comunidades em ecossistemas maranhenses. Nessa perspectiva, desenvolvemos importantes projetos, em conjunto com outros grupos de pesquisa, apoiados pelo Programa Norte de Pesquisa e Pós-Graduação, pelo PROBIO, entre outros. O trabalho do grupo contribui decisivamente para tomadas de decisão na área ambiental no âmbito regional, uma vez que fornece dados básicos sobre as populações e comunidades do presente e do passado (Cretaceo) nos ecossistemas maranhenses. Pesquisando em áreas que vêm sofrendo contínuo processo de empobrecimento ambiental decorrente da fragmentação de seus ecossistemas, esperamos levar a região a agregar valor sócio-ambiental adequado. Principais Pesquisadores • Silma Regina Ferreira Pereira • Patrícia Maia Correia de Albuquerque • Gilda Vasconcellos de Andrade • José Manuel Macário Rebêlo Ciência Animal e Agroecologia Os grupos de ciência animal e agroecologia da UFMA estão sediados em Chapadinha. Eles têm por objetivo desenvolver produtos para o controle de parasitos animais, enfocando desde a procura de novas moléculas através da Sumário 70 / 415 etnobotânica e estudo químico e bioquímico de plantas, com os respectivos ensaios biológicos para testes contra protozoários, artrópodes e helmintos parasitos dos animais domésticos e finalizando a cadeia com a síntese e manipulação de moléculas visando o desenvolvimento de medicamentos veterinários; e gerar conhecimentos e transformá-los em alternativas tecnológicas para o desenvolvimento da agricultura familiar da região do Baixo Parnaíba, trabalhando com o uso sustentável dos agroecossistemas como um todo, levando em consideração o manejo de solos, plantas daninhas, doenças e pragas, formando um conjunto de práticas aplicáveis na agricultura familiar. Principais Pesquisadores • Alana das Chagas Ferreira Aguiar • Lívio Martins Costa Júnior • Cristiane Rêgo Oliveira • Izumy Pinheiro Doihara • Edneia de Lucena Vieira • Jane Mello Lopes • Alexandra Martins dos Santos Soares • André Luiz Gomes da Silva • Múcio Flávio Barbosa Ribeiro • Cláudio Gonçalves da Silva • Nelder de Figueiredo Gontijo • Daniel Praseres Chaves • Olga Lima Tavares Machado • Edison Fernandes da Silva • Sinval Garcia Pereira • Fredgardson Costa Martins Sumário 71 / 415 Eletroquímica A implantação do Grupo de Eletroquímica da Universidade Federal do Maranhão (GELQ-UFMA) foi iniciado em 1994, junto ao projeto de implantação do curso de Mestrado em Química e a sua infra-estrutura inicial financiada com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão (FAPEMA). As linhas de pesquisa atuais do GELQ-UFMA objetivam o desenvolvimento, a caracterização e o estudo das propriedades eletroquímicas de novos materiais de eletrodos e superfícies quimicamente modificadas para 1) a eletrocatálise de reações envolvidas em sistemas eletroquímicos de geração e armazenamento de energia, como as células a combustível, e 2) a eletroanálise de espécies de interesses farmacêutico, biológico e ambiental para aplicações na área de sensores eletroquímicos. Principais Pesquisadores • Auro Atsushi Tanaka • Manuel de Jesus Santiago Farias • Ilanna Campelo Lopes • Marlus Pinheiro Rolemberg • Isaide de Araújo Rodrigues • Quésia Guedes da Silva • Jaldyr de Jesus Gomes Varela Júnior • Roberto Batista de Lima • José Wilson da Silva • Sônia Maria Carvalho Neiva Tanaka Sumário 72 / 415 Energias Alternativas O grupo tem apresentado uma considerável produção científica envolvendo estudos com aplicações de técnicas inteligentes e de confiabilidade em problemas de sistemas de potência. Atendendo à vocação natural do Estado, criou o Laboratório de Energias Alternativas. Apesar do grupo ser novo nesta região, já há iniciativas concretas de cooperação com o setor produtivo local, em especial com as empresas de energia elétrica. O principal marco foi a execução do projeto de energias alternativas na Ilha dos Lençóis, com a implantação de um sistema híbrido de energia. O sistema híbrido solar-eólico-diesel instalado possui um conjunto de elementos interdependentes composto por três turbinas eólicas, cabos de transmissão subterrânea de energia das turbinas para a casa de força, painéis voltaicos, bancos de baterias, entre outros. Além do desenvolvimento de uma nova tecnologia para o Estado, o projeto foi bastante marcante devido aos desafios propostos e vencidos pela equipe, pois a região é de difícil acesso e isso dificultou a atuação do grupo, além do transporte dos equipamentos, que teve grandes percalços. O projeto é financiado pelo Ministério de Minas e Energia, teve duração de três anos e um investimento médio de 1 milhão e meio de reais. Principais Pesquisadores • Osvaldo Ronald Saavedra Mendez • José Eduardo Onoda Pessanha • Ricardo Bernardo Prada • Luiz Antônio de Souza Ribeiro • Vicente Leonardo Paucar Casas • Maria da Guia da Silva • Anselmo Barbosa Rodrigues Sumário 73 / 415 Farmacologia, Imunologia e Toxicologia de Produtos Naturais As plantas superiores são utilizadas com finalidade curativa desde épocas remotas e ainda hoje são consumidas por cerca de 80% da população mundial na forma de chás, infusões, xaropes, etc. Além disso, cerca de 35% dos constituintes das formulações farmacêuticas, desenvolvidas pela industria mundial, são de origem vegetal. O trabalho desse grupo visa fornecer metodologia e informações que possibilitem a utilização segura de plantas e/ou seus produtos a partir da avaliação dos efeitos biológicos, toxicológicos e caracterização química. Dentre os efeitos biológicos será dado Sumário 74 / 415 enfoque aos aspectos imunológicos e farmacológicos São objetivos do grupo: fornecer subsídios à utilização segura de plantas medicinais usadas pela população maranhense; desenvolver e gerenciar ações interdisciplinares relacionadas ao aproveitamento das plantas medicinais; possibilitar a exploração racional das plantas medicinais locais; determinar parâmetros de controle de qualidade das matérias primas vegetais e seus produtos intermediários e acabados. Fatores considerados relevantes na definição do tema central do projeto: viabilizar o uso de plantas medicinais de acordo com as normas de segurança, eficácia e qualidade; organizar os dados científicos sobre plantas medicinais em um banco de dados acessível à população. Principais Pesquisadores • Flávia Raquel Fernandes do Nascimento • Rosane Nassar Meireles Guerra • Antônio Carlos Romão Borges • Maria do Socorro de Sousa Cartágenes • Maria Nilce de Sousa Ribeiro • Cecília Cláudia Costa Ribeiro • Marilene Oliveira da Rocha Borges • Flávia Maria Mendonça do Amaral • Silma Regina Ferreira Pereira • Ivone Garros Rosa • Valério Monteiro Neto • Lucilene Amorim Silva Sumário 75 / 415 Materiais Nesta temática, vários materiais com potenciais aplicações tecnológicas têm sido investigados, desde aqueles com interesse da indústria do petróleo, farmacêutica, da agricultura e para aplicações ótica - eletrônica. Assim, diversos tipos de materiais como ferroelétricos, multiferroicos, condutores iônicos, isolantes, materiais com alta constante dielétrica, catalisadores, termistores, semicondutores e magnéticos, sob a forma de cerâmicos, monocristais e poliméricos têm sido sintetizado e caracterizados. A caracterização envolve técnicas de difração de raios-X, dilatometria, ressonância paramagnética eletrônica, espectroscopia Raman, espectroscopia óptica, luminescência e técnicas fototérmicas, análise térmica e medidas magnéticas, calorimétricas e de transporte, caracterização elétrica e dielétrica. As pesquisas estão centralizadas em São Luis e Imperatriz. Principais Pesquisadores • Carlos William de Araújo Paschoal • Jerias Alves Batista • Éder Nascimento Silva • Adenílson Oliveira dos Santos • Luzeli Moreira da Silva • Alan Silva de Menezes • Márcio José Barboza • Alysson Steimacher • Marta Célia Dantas Silva • Pedro de Freitas Façanha Filho • Cleber Candido da Silva • Ricardo Jorge Cruz Lima • Franciana Pedrochi Sumário 76 / 415 Núcleo de Computação Aplicada O Núcleo de Computação Aplicada (NCA) é um espaço destinado à produção e desenvolvimento de tecnologia de ponta. O NCA agrega em um mesmo ambiente, as atividades de três laboratórios da UFMA: o de Sistemas Avançados da Web (Laws), de Mídias Interativas (Labmint) e o de Processamento e Análise de Imagens (Labpai), que realizam pesquisas nas áreas de processamento de imagens, visão computacional, visualização e interação com dados complexos e sistemas de informações geográficas. A implantação do NCA insere a UFMA na rede temática de Computação Científica e Visualização, conhecida como rede Galileu, criada em 2006, que integra universidades de todo o país, como USP, PUC e Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estas Universidades, e agora a UFMA, estão em parceria com a empresa Petrobrás para desenvolver tecnologias e recursos humanos de alto nível, proporcionados após o investimento da empresa brasileira de Petróleo, que já destinou para o Núcleo avançado da UFMA, cerca de 1,5 milhões de reais. Ao todo, trabalham no laboratório, quarenta e três alunos de graduação, vinte e dois na pós-graduação, incluindo mestrandos e doutorandos e quatro doutores em Computação. Odontologia Grupo de pesquisa em Odontologia vem trabalhando com pesquisas exploratórias e explicativas, realizando levantamentos epidemiológicos das doenças bucais em diversas comunidades do Estado do Maranhão. Já foram realizados alguns trabalhos clínicos visando a melhoria da qualidade de vida das diversas comunidades através da saúde bucal. Sumário 77 / 415 Principais Pesquisadores • Cláudia Maria Coelho Alves • Adriana de Fátima Vasconcelos Pereira • Elizabeth Lima Costa • Alex Luiz Pozzobon Pereira • Érika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz • Ana Emília Figueiredo de Oliveira • Fernanda Ferreira Lopes • Antônio Luiz Amaral Pereira • Maria Carmen Fontoura Nogueira da Cruz • Bruno Braga Benatti • Rubenice Amaral da Silva • Cecília Cláudia Costa Ribeiro • Silvana Amado Libério • Soraia de Fátima Carvalho Souza • Eider Guimarães Bastos Vanessa • Camila da Silva Políticas Públicas O Grupo de Avaliação e Estudo da Pobreza e de Políticas Direcionadas à Pobreza desenvolve atividades de pesquisa, de consultoria, assessoria e capacitação de recursos humanos, privilegiando a temática pobreza, trabalho, políticas sociais e análise e avaliação de Políticas Públicas. Entre os trabalhos mais relevantes, temos: assessorias à Política de Assistência Social: Conferências, Planos e Política de Assistência Social do Maranhão, 2001 e 2006; Programas de Transferência de Renda implementados por municípios e estados brasileiros; avaliação do Plano Estadual de Qualificação Profissional do Maranhão, 1996-2002, com avaliações política, do processo de implementação e Sumário 78 / 415 de impactos na população alvo; avaliações do Programa Primeiro Emprego do Estado do Maranhão (1998, 2005), o processo de implementação e os impactos do Programa; avaliação do Programa Comunidade Solidária, sua implementação no Estado do Maranhão, 1999/2000; avaliação da implantação do Sistema Descentralizado e Participativo da Política de Assistência Social no Estado do Maranhão, 1998/1999; avaliação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no Maranhão, 2003; avaliação das Políticas de Assistência Social, da Habitação e do Trabalho e Renda no Maranhão, 1999/2002, considerando implementação e impactos; pesquisas sobre Programas de Transferência de Renda no Brasil, com produção divulgada nacional e internacionalmente; capacitação de profissionais e membros de Conselhos de Gestão e capacitação em Avaliação de Políticas e Programas Sociais para profissionais, no Estado do Maranhão e em outros estados; avaliação da implantação e implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), 2006/2010. Principais Pesquisadores • Maria Ozanira da Silva e Silva • Annova Míriam Ferreira Carneiro • Maria Virgínia Moreira Guilhon • Cleonice Correia Araújo • Salviana de Maria Pastor Santos Sousa • Maria Eunice Ferreira Damasceno Pereira • Talita Teresa Gomes Furtado • Valéria Ferreira Santos de Almada Lima Sumário 79 / 415 Processamento e Análise de Imagens Médicas O grupo de informática aplicada vem desenvolvendo diversas pesquisas voltadas a aplicação de modelos computacionais a problemas de ordem prática. A principal tem o objetivo de investigar novas técnicas para o melhoramento, segmentação e identificação de imagens médicas e o desenvolvimento de metodologias e ferramentas que auxiliem o diagnóstico de patologias com base em imagens e técnicas de realidade virtual, dando origem a diversos projetos de impacto, como detecção e diagnóstico precoce de câncer de mama baseado em análise de imagens médicas multimodais e imagens médicas: processamento, análise e visualização para detecção e diagnóstico de câncer de mama e pulmão. O grupo trabalha, também, no desenvolvimento de ferramentas e tecnologias de software para o desenvolvimento de sistemas de informações geográficas em duas e três dimensões, baseados na Web e em computação móvel que possam disponibilizar funcionalidades de análise espacial e processamento de imagens de satélite. Principais Pesquisadores • Alexandre César Muniz de Oliveira • Carlos de Salles Soares Neto • Ângelo Rodrigo Bianchini • Geraldo Braz Júnior • Anselmo Cardoso de Paiva • Mário Antônio Meireles Teixeira • Aristófanes Corrêa Silva • Simara Vieira da Rocha Sumário 80 / 415 Programa de Transplante Renal do Hospital Universitario O Programa de Transplante Renal do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA) vem sendo desenvolvido há doze (12)anos somando 359 transplantes até o dia de hoje, somando doadores vivos e falecidos, com resultados equiparáveis aos de outros serviços nacionais e internacionais. O pimeiro transplante renal aconteceu em 18 de março de 2000, a equipe do Transplante Renal destaca esta data como um marco, apontando um grande avanço na medicina do Maranhão. Para que fosse realizado esse serviço no Estado o HUUFMA teve de modernizar e ampliar sua estrutura, a exemplo podemos citar, a melhoria e compra de novos equipamentos para o Laboratório de Análises Clínicas e Coleta, a criação do Laboratório de Histocompatibilidade e Genoma, e do Serviço de Urologia e Litotripsia. Estes serviços dão suporte à realização dos transplantes de órgãos. O primeiro transplante realizado com doador falecido aconteceu em 07 de outubro de 2005. O Serviço de Transplante Renal do HUUFMA é um celeiro para fomento e desenvolvimento de pesquisas científicas, servindo assim, não só para os graduandos mais também para os profissionais que trabalham nesta linha. Saúde Coletiva O grupo tem realizado pesquisas de relevância para o conhecimento da realidade da saúde materno-infantil no Estado, como por exemplo o trabalho Saúde, nutrição e mortalidade infantil no maranhão, livro publicado em 1997. Em 2000, publicou outro livro, Avaliação de qualidade de maternidades, onde foram estudadas 4 maternidades públicas. Nesse trabalho, as maternidades foram hierarquizaSumário 81 / 415 das pelo nível de qualidade, levando-se em conta a estrutura, o processo e o resultado, utilizando-se a metodologia de Donabedian. O grupo tem realizado pesquisas sobre a epidemiologia da cesárea, tendo publicado recentemente artigo onde foi observada associação entre cesárea e baixo peso ao nascer. Há indicações de que o excesso de cesáreas eletivas pode estar sendo a causa de baixo peso ao nascer entre partos prematuros. Foram concluídas recentemente pesquisas sobre: gravidez na adolescência e prematuridade, expansão da hanseníase em São Luís, fatores associados à inadequação do uso da assistência pré-natal, tendências da incidência e da mortalidade por AIDS no Maranhão e expansão espacial da leishmaniose visceral americana em São Luís. Intercâmbios vêm sendo desenvolvidos com o NESCA (Núcleo de Estudos de Saúde da Criança e do Adolescente) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, para realização da pesquisa conjunta “Comparação de indicadores epidemiológicos de dois estudos de coorte populacional sobre saúde perinatal”. Principais Pesquisadores • Antônio Augusto Moura da Silva • Alcione Miranda dos Santos • Maria Teresa Seabra Soares de Britto e Alves • Raimundo Antônio da Silva • Arlene de Jesus Mendes Caldas • Valdinar Sousa Ribeiro • Elba Gomide Mochel • Vânia Maria de Farias Aragão • Érika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz • Wellington da Silva Mendes • Fernando Lamy Filho • Wildoberto Batista Gurgel • Ivan Abreu Figueiredo • Zeni Carvalho Lamy • Liberata Campos Coimbra Sumário 82 / 415 Ectoparasitos de animais silvestres no Maranhão Foto: Jaqueline Matias Ana Clara G. Santos Mayra A.P. Figueiredo Rita de Maria S.N.C. Guerra Objetivou-se identificar os ectoparasitos de animais silvestres recepcionados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres, São Luís, Maranhão. Os ectopararasitos identificados foram: piolhos Acidoproctus sp., Trinoton sp., Ciconiphilus sp, Austromenopon sp., Quadraceps sp., Saemundssonia sp. e Trichodectes canis; carrapato Amblyomma rotundatum e Rhipicephalus sanguineus; pulgas Ctenocephalides felis e larvas de Cochliomyia hominivorax. Os resultados apresentados documentam a infestação de mamíferos, répteis e aves silvestres por ectoparasitos. Carrapato Amblyomma rotundatum Sumário 83 / 415 INTRODUÇÃO O Brasil é um dos seis países com maior diversidade biológica do mundo, com estimativas de dois milhões de espécies e aproximadamente duzentas mil catalogadas (Lewinsohn & Prado 2002). Gerenciar este patrimônio biológico requer o estabelecimento de estratégias, planos e programas que assegurem a utilização sustentável dos recursos naturais (Dias 2001). Diante dessa conjuntura tem se intensificado as pesquisas sobre a fauna silvestre no Brasil, para tentar amenizar o desequilíbrio ecológico causado pela retirada histórica desses animais do hábitat natural. Os Centros de Triagens, os zoológicos e os criadouros são locais importantes para as pesquisas sobre animais silvestres em situação de cativeiro, principalmente a pesquisa clínica e laboratorial. Possibilitam conhecer as condições que podem tornar parasitos naturais em patogênicos, quando os animais estão sob o estresse do cativeiro (Arrojo 2002), evitando o óbito dos animais por doenças com agente e tratamento conhecidos (Catão-Dias 2003). Dessa forma, o estudo das doenças parasitárias e da interação parasito-hospedeiro de animais silvestres cativos e de vida livre é uma ferramenta importante para auxiliar nos programas de conservação e preservação, prevenindo impactos negativos sobre a biodiversidade e a saúde pública (Catão-Dias 2003). A relevância da pesquisa da fauna parasitária é reconhecida e exigida em protocolos de reintrodução (UICN 1998, FELASA 1999) e na rotina clínica de animais silvestres. O objetivo desse trabalho foi identificar os ectoparasitos dos animais silvestres recepcionados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) de São Luís, Maranhão. Sumário 84 / 415 MATERIAL E MÉTODOS University of Nebraska O CETAS localiza-se no Bairro da Maiobinha, São Luís, Maranhão, recebe animais apreendidos pela Polícia Florestal, Bombeiros e da população. Por existir apenas esse centro no estado, atualmente exerce a função de centro de manejo e de triagem dos animais silvestres. As coletas de amostras ocorreram quando da admissão dos animais no CETAS. Os animais foram inspecionados no período de agosto de 2006 a julho de 2008 para pesquisa de ectoparasitos. Para a coleta dos ectoparasitos, os animais eram inspecionados manualmente e visualmente e os espécimes coletados acondicionados em frascos com álcool a 70°GL e encaminhados ao Laboratório de Parasitologia Veterinária do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão para triagem, processamento e identificação. Em casos suspeitos de sarna e de otite parasitária, realizaram-se raspados de pele e swabs de ouvido, respectivamente, para pesquisa de ácaros. A identificação dos artrópodes foi realizada com chaves propostas por Aragão & Fonseca (1961), Furman & Catts (1970), Linard & Guimarães (2000) e Price et al. (2003). Larvas de Cochliomyia hominivorax Sumário 85 / 415 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados encontram-se sumarizados no Quadro 1. Quadro 1. Espécies de hospedeiros examinados, números de animais amostrados, ectoparasitos identificados em animais silvestres no período de agosto/2006 a julho/2008 no Centro de triagem de Animais Silvestres (Cetas) Maranhão, Brasil Espécie de hospedeiro examinado Nº de animais amostrados Boa constrictor Iguana iguana Cerdocyon thous Nasua nasua Nasua nasua Galactis cuja Galactis cuja Tamandua tetradactyla Thalasseus maximus Thalasseus maximus Thalasseus maximus Dendrocygna viduata Dendrocygna autumnalis Butorides striatus 07 01 03 08 08 02 02 01 03 03 03 24 10 02 Nº de animais positivos para Ectoparasitos 06 01 02 08 04 02 01 01 03 24 10 02 Ectoparasito identificado Amblyomma rotundatum Amblyomma rotundatum Trichodectes canis Trichodectes canis Ctenocephalides felis Rhipicephalus sanguineus Cochliomyia hominivorax Amblyomma sp. Austromenopon Quadraceps Saemundssonia Acidoproctus Acidoproctus Ciconiphiluis Jibóias (Boa constrictor) e iguanas (Iguana iguana) estavam infestadas por carrapatos adultos da espécie Amblyomma rotundatum, ectoparasito já identificado em outros répteis no Maranhão (Guerra et al. 2000). A literatura cita diversos hospedeiros heterotérmicos para esse carrapato (Teixeira et al. 2003, Dantas-Torres et al. 2005). Detectou-se parasitismo por piolhos da espécie Trichodectes canis em raposinha (Cerdocyon thous) e em quati (Nasua nasua). Resultados semelhantes aos obtidos por Dominguez (2003) na Espanha, que identificou em caníSumário 86 / 415 deos silvestres de vida livre esta espécie de piolho. As pulgas da espécie Ctenocephalides felis foram identificada em quati. No Brasil, este pulicídeo já foi registrado em quatis por Linard & Guimarães (2000) e Rodrigues et al. (2006) - estes últimos autores assinalam também o parasitismo por Rhopalopsyllus lutzi lutzi. Comentam ainda que os quatis podem manter espécies de ectoparasitos e intercambiá-los entre os ambientes rural e urbano, considerando que sua amostragem foi proveniente de um fragmento de mata na área urbana. Em furão (Galictis cuja) identificaram-se adultos Rhipicephalus sanguineus e em tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) larvas Amblyomma sp. Labruna et al. (2002) relataram o encontro de Amblyomma cajennense em nove hospedeiros, Mymercophaga tridactyla, Tamandua tetradactyla, Puma concolor, Cerdocyon thous, Tayassu tajacu, Mazana gouazoubira, Hydrochaeris hydrochaeris, Alouatta caraya e Cebus apella. Torres-Mejia & Fuente (2006) também identificaram Amblyomma sp. em T. tetradactyla na Colômbia, confirmando a polixevia deste gênero. Larvas de terceiro estágio do díptero Cochliomyia hominivorax foram identificadas em lesão cutânea de furão. Este achado comprova que os animais silvestres também estão expostos as miíases. As aves são frequentemente parasitadas por piolhos. Fato que pode ser observado no presente estudo onde se constatou em trinta-réis-real (Thalasseus maximus) o parasitismo por Austromenopon sp., Quadraceps sp. e Saemundssonia sp. Resultados semelhantes foram obtidos por González-Acuña et al. (2006), no Chile, ao identificarem espécies dos gêneros Quadraceps e Saemundssonia em aves da ordem Charadriiformes, família Laridae, mesma classe taxonômica de T. maximus. Espécies dos gêneros Austromenopon e Quadraceps são comumente registradas parasitando membros da família Laridae (González-Acuña et al. 2006). Em irerê (Dendrocygna viduata) e marreca cabocla (DenSumário 87 / 415 Pulga Ctenocephalides felis drocygna autumnalis) verificou-se o parasitismo por piolhos do gênero Acidoproctus. Segundo Arnold (2006), o gênero Acidoproctus é freqüentemente encontrado em aves da ordem Anseriformes (famílias Anatidae e Anseranatidae), embora Brum et al. (2005) não tenham registrado este gênero nas aves anseriformes da família Anatidae (Netta peposaca e Cygnus melancoryphus) amostradas no Rio Grande do Sul. Posteriormente a espécie Acidoproctus fuligulae foi assinalada neste estado por Paulsen & Brum (2007), indicando que estudos desta natureza devem ser contínuos, objetivando verificar as associações parasitárias. Valim et al. (2005) registram por primeira vez no Brasil parasitismo em Dendrocygna bicolor por Acidoproctus rostratus. Em socozinho (Butorides striatus), identificou-se o gênero Ciconiphilus. Este gênero contém espécies de piolhos cuja distribuição está limitada a determinados hospe-deiros das ordens Ciciniformes e Anseriorformes. Silva et al.(2009) registraram o encontro de Ciconiphilus pectiniventris em Cygnus atratus (Anseriformes, Anatidae) e Price & Graham (1997) relatam que várias espécies de aves das ordens Ciconiformes e Anseriformes são hospedeiros desta espécie de piolho. O gênero Trinoton foi identificado em sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) e irerê, e o díptero Hippoboscidae Pseudolynchia sp. em socozinho. Segundo Valim et al. (2005), a análise de malófagos provenientes de aves apreendidas ou cativas poderá fornecer subsídios que permitam compreender a fauna de piolhos no Brasil, especialmente considerando-se a dificuldade de Sumário 88 / 415 amostrar animais de vida livre. A pesquisa de microscopia de pele e os swabs de ouvidos foram negativos para todos os felinos amostrados, assim como para os macacos-pregos, saguis dos tufos brancos e raposinhas. Estudos desta natureza contribuem para o conhecimento da fauna parasitária de animais silvestres ao tempo em que permitem estabelecer novas áreas de ocorrência e distribuição geográfica de ectoparasitos, especialmente em locais pouco estudados como o estado do Maranhão. De igual forma oportunizam conhecer os potenciais vetores de zoonoses. REFERÊNCIAS Aragão H.B. & Fonseca F. 1961. Notas de Ixodologia. VII. Lista e chave para os representantes da fauna ixodológica brasileira. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 59:115-149. Arnold D.C. 2006. Review of the genus Acidoproctus (Phthiraptera: Ischnocera: Philopteridae), with description of the new species. J. Kansas Entomol. Soc. 79:272-282. Arrojo L. 2002. Parásitos de animales silvestres en cativerio en Lima, Perú. Revta Peru. Biol. 2:118-120. Brum J.B.W., Coimbra M.A., Albano A.P. & Paulsen R.M.M. 2005. Parasitos de animais silvestres no Rio Grande do Sul: I-piolhos de alguns anseriformes. Arqs Inst. Biológico, São Paulo, 72:261-262. Catão-Dias J.L. 2003. Doenças e seus impactos sobre a biodiversidade. Ciência e Cultura 55:32-34. Dantas-Torres F., Oliveira-Filho E.F., Souza B.O.F. & Sá F.B. 2005. First record of Amblyomma rotundatum Koch, 1844 (Acari: Ixodidae) parasitizing Crotalus durissus cascavella (Wagler, 1824) (Squamata: Viperidae) in the state of Pernambuco, Brazil. Arqs Inst. Biológico, São Paulo, 72:389-390. 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Sumário 91 / 415 RECURSOS PESQUEIROS DO LITORAL MARANHENSE: PESCA E BIOMONITORAMENTO Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta Zafira da Silva de Almeida INTRODUÇÃO E studos científicos sobre a biologia e a pesca da fauna marinha e estuarina do litoral maranhense vêm sendo desenvolvidos desde a década de 70 do século XX. Contudo, ainda existem lacunas nesse campo do conhecimento, especialmente no que se refere aos recursos pesqueiros da plataforma continental e da costa leste do Estado do Maranhão (Almeida et al 2007). Além disso, são recentes os estudos que utilizam metodologias de biomonitoramento dos recursos aquáticos maranhenses. As pescarias realizadas no litoral do Maranhão, apesar de serem consideradas todas de caráter artesanal, não representam um conjunto homogêneo. Estudos realizados pelo nosso grupo de pesquisa do “Laboratório de Pesca, Biodiversidade e Dinâmica Populacional de Peixes” da UEMA permitiram identificar unidades distintas no Maranhão, resultando em 21 Sistemas de Produção Pesqueira (SPP), distribuídos em 24 municípios litorâneos (Almeida et al., 2009). Sumário 92 / 415 Na comparação desses 21 sistemas de produção pesqueira (SPP) artesanais do litoral maranhense por meio de 50 atributos – considerando-se as dimensões social, ecológica, tecnológica, econômica e de manejo -, evidenciou-se a formação de três grupos de sistemas: “de subsistência”, “intermediário” e “semi-industrial” (Almeida et al., 2011). Esses grupos foram diferenciados principalmente pelas tecnologias de pesca e níveis de renda dos pescadores. Divulgação Para gerenciar os diferentes sistemas de produção pesqueira são necessárias propostas construídas com base prioritariamente na organização social e políticas públicas, mas que tenham a dimensão ecológica como eixo norteador. Nesse sentido, novas metodologias e novos estudos direcionados para o monitoramento dos recursos aquáticos são importantes para subsidiar uma gestão ambiental ampla e integrada do litoral maranhense. Algumas dessas metodologias já vêm sendo testadas na costa maranhense pelo nosso grupo de pesquisa, que tem validado biomarcadores de contaminação aquática em peixes da Baía de São Marcos-MA (Carvalho-Neta et al., 2012). Embarcações de Fibra de vidro - MAR Sumário 93 / 415 AS METODOLOGIAS A utilização da metodologia conhecida como Rapfish mostrou-se adequada para a comparação do desempenho dos sistemas de produção pesqueira do litoral maranhense e permitiu tanto caracterizar as modalidades de pesca como avaliá-las a partir de indicadores de sustentabilidade, em uma abordagem multidimensional. Esse método tem sido recomendado para o diagnóstico rápido de pescarias, visando identificar problemas de depleção ou colapso, quando informações científicas mais precisas não são disponíveis. O método permitiu ordenar os 21 sistemas de produção pesqueira do estado do Maranhão de acordo com os níveis de sustentabilidade em cada uma das áreas temáticas analisadas (Almeida et al., 2011). Esses resultados podem servir como subsídio para decidir sobre quais medidas de manejo seriam mais adequadas para cada situação. Por outro lado, em termos de biomonitoramento dos ambientes aquáticos, vários estudos têm apontado a necessidade da utilização de metodologias que utilizem biomarcadores em peixes. Essas metodologias possibilitam a obtenção de diferentes tipos de respostas biológicas dos peixes que podem ser comparadas e confrontadas, proporcionando um diagnóstico mais preciso e confiável da situação da área estudada (Carvalho-Neta e Abreu-Silva, 2010). A utilização de biomarcadores em estudos com peixes tem apresentado muitas vantagens, tais como: detecção precoce da existência de contaminação por substâncias tóxicas biologicamente significativas; identificação de espécies ou de populações em risco de contaminação; avaliação da magnitude da contaminação; e determinação do grau de severidade dos efeitos causados pelos contaminantes nas populações de peixes de interesse comercial. OS SISTEMAS PESQUEIROS No Maranhão, o baixo custo de equipamentos e o livre Sumário 94 / 415 Divulgação acesso aos recursos aquáticos colaboraram para o aumento do número de pescadores explorando os sistemas nos últimos anos (Silva, 1980; Beckman, 2006). Tais fatos implicaram na intensificação das pescarias no Estado, as quais, embora artesanais, vêm causando impactos tanto aos recursos Pescaria com tapagem pesqueiros quanto ao ambiente. Os sistemas de pesca artesanais de grande escala têm surgido recentemente e parte da frota é oriunda de outros estados do Nordeste. Isso resultou da crise provocada pela sobre-explotação dos recursos em outros pesqueiros, a exemplo do ocorrido com pargo e lagosta em vários estados da região nordeste do Brasil. Os sistemas pesqueiros do Pargo e da Lagosta do litoral maranhense, analisados pela metodologia Rapfish, apresentaram bons indicadores de sustentabilidade, principalmente nas dimensões social e econômica. Isso ocorreu porque os sistemas apresentam bons rendimentos financeiros, devido à grande demanda do mercado pelos seus produtos, bem como subsídios do governo, o que permite investimentos de capital, como pode ser observado nas comunidades de Barrerinhas e Raposa. Por outro lado, os referidos recursos são explorados intensamente, percebendo-se a ausência de uma política de gestão, o que conduz ao esgotamento dos estoques pesqueiros. Adicionalmente, a captura da lagosta é feita com rede de malha que é arrastada pelo Sumário 95 / 415 fundo, considerada destruidora do substrato marinho. Por isso, para esse grupo de sistemas, é imperioso a formulação de medidas eficientes de controle do esforço pesqueiro para evitar o colapso dessa atividade econômica, ora próspera. Apesar da existência de medidas que regulamentam essas pescarias no Nordeste do Brasil, o controle do esforço de pesca nunca foi adequadamente implantado (Dias Neto e Marrul Filho, 2003). No Maranhão, o IBAMA, com base na legislação nacional (IN n. 206 de 14/11/2008), realiza o monitoramento e fiscalização do defeso da lagosta (período reprodutivo), que ocorre de dezembro a maio. Entretanto, a fiscalização é ineficiente. Outro fator agravante, é que os pesqueiros do sistema encontram-se em uma Unidade de Conservação estadual (Parcel de Manuel Luís), considerada de grande vulnerabilidade ecológica. Dentro do grupo de sistemas artesanais de grande escala o sistema que se destacou como mais sustentável foi o que utiliza espinhel, por ser uma pescaria que utiliza uma arte seletiva e cujos pescadores apresentam melhores indicadores sociais. Isso ocorre, em parte, porque a frota é pequena e de atuação esporádica. O incremento do número de barcos nessas pescarias de espinhel pode ser considerado perigoso, particularmente pela captura de tubarões e meros, que são espécies k-estrategistas. O ordenamento da atividade pesqueira que possa ser efetivamente aceito pelos pescadores e controlado de forma coletiva deve ser objetivo da gestão ambiental, como forma de buscar maior eficiência e governança no manejo pesqueiro dessas modalidades de pesca. Contudo, pelo estado de exploração das espécies alvo e pelos antecedentes de sobre-explotação no Estado ou em estados vizinhos, a principal recomendação para essas modalidades de pesca deve ser o controle ou mesmo a redução do esforço total, bem como a efetiva implantação e fiscalização de áreas de exclusão da pesca (no take zones), principalmente nos arredores das unidades de conservação. Essas medidas poderão garantir a recuperação dos esSumário 96 / 415 Divulgação Pescada-amarela (Cynoscion acoupa) toques, se corretamente implantadas. Os sistemas que compõem a frota de escala intermediária são os de maior expressividade da pesca maranhense, responsáveis pela grande contribuição social e econômica da pesca, em nível estadual. Nesse grupo ocorre a maior utilização das artes multi-específicas, envolvendo recursos como as pescadas, peixes serras, bagres e camarões. Essas formas de pesca geram impactos importantes sobre o ambiente, destruindo o habitat e capturando espécies de fauna acompanhante, com grande incidência de indivíduos juvenis de espécies k-estrategistas, a exemplo de tubarões. Para a melhor gestão e o alcance de melhores indicadores de sustentabilidade das pescarias intermediárias recomenda-se maior fiscalização no tamanho das redes e abertura de malha, cumprindo a legislação existente (Portaria 121 de 24/08/1998). Essas medidas devem ser pensadas de forma que a pescaria seja viável economicamente. Assim, serão necessários estudos econômicos que definam as melhores condições de rentabilidade da pesca. Para o manejo Sumário 97 / 415 desses sistemas intermediários, existe um grande desafio representado pela necessidade de resolução dos conflitos existentes entre os pescadores de cada sistema. A regulamentação de áreas de pesca se faz assim necessária, mas deverá ser feita da forma mais participativa possível. Dentre os sistemas intermediários e de pequena escala, as pescarias mais sustentáveis são as que utilizam linhas e anzóis e as manuais. Sistemas como os do sururu e aqueles que ultilizam redes gozeira destacam-se sustentavelmente por realizarem curtas viagens e apresentarem tecnologias simples, o que não impacta gravemente o ecossistema (Almeida et al, 2006). Os sistemas que utilizam embarcação de pequeno a médio porte apresentam rendimentos individuais baixos, mas produção total alta. Embora os estudos sobre a biologia e pesca do sistema pescada amarela sejam incipientes, já apontam para indícios da diminuição do tamanho do pescado, decréscimo na abertura de malhas de 200mm para 100mm e aumento no número das embarcações. Surge, assim, a necessidade de medidas de manejo efetivas, como defeso (período reprodutivo), proteção de áreas de reprodução, determinação do tamanho mínimo de captura e aumento do tamanho de malha das redes. As pescarias manuais, consideradas de pequena escala, possuem condições de sustentabilidade precárias, principalmente pelos baixos indicadores sociais e pelos conflitos na conservação ambiental. É nítida a degradação dos ambientes estuarinos, principalmente nas áreas de captura de sururu e sarnambi. Os bancos de sururu vêm sendo destruídos pelo uso de pás na retirada do molusco, além das queimadas para utilização do recurso como isca. Atualmente esses recursos estão diminuindo em tamanho no mercado. O primeiro passo a ser tomado deve ser o fortalecimento da organização social, acompanhado de desenvolvimento de processos de alternativas de renda, visando à recuperação das áreas de pesca. No Maranhão, constata-se uma contínua diminuição dos Sumário 98 / 415 estoques e redução do tamanho dos espécimes do caranguejo e do siri. Neste segundo caso, o declínio do recurso pode ser atribuído à sobrepesca e à captura preferencial de fêmeas ovadas. No caso do caranguejo, as alterações no tamanho das populações e dos espécimes são agravadas pela crescente demanda por esse recurso, principalmente devido ao decréscimo do recurso em outros estados brasileiros. Contudo, o sistema caranguejo foi um dos mais sustentáveis na categoria de pescarias de pequena escala. Isto pode ser atribuído à relativamente boa organização social dos coletores, assim como a existência das medidas de manejo tradicionais durante o período de acasalamento e na proteção das fêmeas. Um problema para esta atividade é que durante o período de acasalamento, devido à facilidade da captura, um grande número de pessoas oportunistas das regiões vizinhas se desloca para os manguezais na busca dos caranguejos. Para essa situação, sugere-se a determinação de áreas exclusivas de exploração para os coletores, com licenças individuais, os quais ficariam legalmente amparados para a captura durante os períodos legalmente autorizados. Sumário 99 / 415 Divulgação Caranguejo-uçá Com exceção do caranguejo, nos sistemas de produção pesqueira de pequena escala, os maiores problemas são a ausência de manejo tradicional e/ou governamental, falta de pontos de referência sobre os volumes a serem capturados ou sobre as biomassas dos estoques e do dimensionamento dos impactos humanos sobre o ambiente e sobre as espécies alvo e da fauna acompanhante. Alguns órgãos como o IBAMA e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) já atuam nas comunidades costeiras na busca de formas de manejo que garantam a sustentabilidade da pesca, com ações de sensibilização, capacitação para o exercício de atividades que representem alternativas de renda, criação de conselhos deliberativos e preparação no exercício da gestão compartilhada. A grande extensão da costa maranhense e a falta de pessoal qualificado para o correto controle dos problemas ambientais são os principais fatores que contribuem para o ineficiente quadro da fiscalização e crescimento desordenado da pesca no Estado. As propostas de manejo devem ser constituídas através de eixos norteadores que são: gerenciamento da pesca, sustentabilidade do recurso, organização social e educação ambiental e devem respeitar as características tecnológicas e culturais de cada modalidade ou sistema de pesca. Os investimentos em pesquisas ambientais e sócio-econômicas sobre estas modalidades permitirão uma melhor compreensão e adequação de futuras medidas de monitoramento e manejo dos recursos aquáticos maranhenses. O BIOMONITORAMENTO DOS RECURSOS AQUÁTICOS Os estudos de biomonitoramento com espécies de peixes de interesse comercial do litoral maranhense têm mostrado alterações bioquímicas (enzimáticas), lesões hepáticas e lesões branquiais graves nos organismos capturados em regiões próximas aos complexos portuários da baía de São Sumário 100 / 415 Divulgação Marcos (Carvalho Neta et al., 2012). Por outro lado, os peixes das Unidades de Conservação não têm apresentado alterações morfológicas, indicando a importância dessas áreas para a proteção dos estoSerra (Scomberomorus brasiliensis) ques pesqueiros. A experiência adquirida durante as pesquisas com biomonitoramento de peixes de importância comercial permitiu inferir a necessidade de algumas linhas de ação, sugeridas por Carvalho Neta (2010) a seguir: • estudos adicionais, com base nos mecanismos genéticos e proteômicos, para tornar o modelo de biomonitoramento baseado em biomarcadores bioquímicos e histopatológicos mais acurado; •análises histopatológicas de brânquias e fígados com uso de microscopia eletrônica, para que se possa definir com maior resolução a escala das lesões observadas nos peixes de áreas potencialmente contaminadas; •implementação de biomonitoramento baseado em biomarcadores, a partir de iniciativas de órgãos públicos ou privados comprometidos com o meio ambiente, visto que requer a manutenção de equipamentos instalados em campo que devem ser inspecionados em uma rotina técnica. A metodologia testada para biomonitoramento a partir da validação de biomarcadores em peixes oferece a possibilidade de se inferir dados sobre o ambiente monitorado com seletividade e relativo baixo custo, a partir de um modelo funcional capaz de prever consequências biológicas da contaminação aquática em peixes de importância comercial do litoral maranhense. Sumário 101 / 415 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Z. S. Os recursos pesqueiros marinos e estuarinos do Maranhão: Biologia, tecnología, socioeconomia, estado da arte e manejo. 2009. 286 f. Tese (Programa de PósGraduação em Zoologia) – Universidade Federal do Pará/ Museu Emílio Goeldi, Belém, 2009. ALMEIDA, Z. S.; ISAAC, V. J.; SANTOS, N. B; PAZ, A. C. Sustentabilidade dos Sistemas de produção pesqueira maranhense. In: HAMOVIC, M. (Org.) Sistemas Pesqueiros Marinhos e Estuarinos do Brasil. Rio Grande: FURG. p. 25-38. 2011. de ALMEIDA, Z. S.; COELHO, G. K. F.; MORAIS, G. C.; ISAAC-NAHUM, V. J. Inventário e diagnóstico das espécies ícticas comerciais marinhas e estuarinas maranhense. In: SILVA, A. C.; FORTES, J. L. O. (Orgs.). Diversidade Biológica, Uso e Conservação de Recursos Naturais no Maranhão. Projetos e Ações em Biologia e Química, vol. II. São Luís: UEMA, 2007. p. 13 – 66. de ALMEIDA, Z. S.; CASTRO, A. C. L.; PAZ, A. C.; RIBEIRO, D.; BARBOSA, N. e RAMOS, T. Diagnóstico da pesca artesanal no litoral do estado do Maranhão. In: ISAAC, V. J.; MARTINS, A. S.; HAIMOVICI, M. e ANDRIGUETTO FILHO, J. M. (Orgs.). A pesca marinha e estuarina do Brasil no início do século XXI: recursos, tecnologias, aspectos socioeconômicos e institucionais. Belém: UFPA, 2006, p. 41 – 65. BECKMAN, S. 70 mil pescadores vão receber novas carteiras. Jornal O Imparcial on-line. São Luís, 19 de julho de 2006. Economia, Disponível em:< http://www.gabmilitar. ma.gov.br/ > Acesso em 12 de dezembro de 2007. CARVALHO-NETA, R. N. F. 2004. Fauna de peixes estuarinos da Ilha dos Caranguejos-MA: Aspectos ecológicos e relações com a pesca artesanal. Dissertação de Mestrado em Sustentabilidade de ecossistemas/UFMA, 244f. DIAS NETO J. N.; MARRUL FILHO, S. Síntese da situação Sumário 102 / 415 da pesca extrativista no Brasil. Brasília, DF. IAMA/DIFAP/ CGREP. 2003. 53 p. SILVA, J. de R. da C. Aspectos conjunturais da pesca maranhense. São Luís: SAGRIMA, 1980, 50 p. CARVALHO-NETA, R. N. F.; ABREU-SILVA, A. L. Sciades herzbergii oxidative stress biomarkers: An in situ study of estuarine ecosystem (São Marcos’ Bay, Maranhão, Brazil). Brazilian Journal of Oceanography, v.58, p.11-17, 2010. CARVALHO-NETA. R. N. F. Biomarcadores e inteligência artificial para monitoramento de impactos ambientais no Complexo Portuário de São Luís-Maranhão. 2010. 119 f. Tese (Doutorado em Biotecnologia). RENORBIO – Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, 2010. CARVALHO-NETA, R. N. F.; TORRES JR., A. R.; ABREUSILVA, A. L. Biomarkers in Catfish Sciades herzbergii (Teleostei: Ariidae) from Polluted and Non-polluted Areas (São Marcos’ Bay, Northeastern Brazil). Applied Biochemistry and Biotechnology. V. 166, n. 1, p. 1-12, 2012. Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta Doutora em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia e Professora da Universidade Estadual do Maranhão. Zafira da Silva de Almeida Doutora em Zoologia pela Universidade Federal do Pará e Professora da Universidade Estadual do Maranhão. Sumário 103 / 415 Implementação de um Conversor de Alta Eficiência e Baixo Custo para Sistema Fotovoltaico de Bombeamento de Água Guilherme de C. Farias João Victor M. Caracas Luis Felipe M. Teixeira Luiz A. de S. Ribeiro Este artigo apresenta o projeto de um conversor para sistemas de bombeamento d’água composto por um motor de indução trifásico alimentado a partir de uma fonte fotovoltaica. A motivação para o desenvolvimento do mesmo foi o lançamento do edital da competição International Future Energy Challenge (IFEC), patrocinada pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de comunidades carentes. O sistema desenvolvido foi capaz de operar sob restrições de potência variável (radiação solar), maximizando a energia produzida pelo painel e a quantidade de água bombeada, além de possuir alta eficiência, baixo custo (90 dólares americanos), operação autônoma, robustez, expectativa de vida alta. O protótipo desenvolvido é uma solução comercialmente viável, permitindo assim a utilização em locais que necessitam desse tipo de sistema. O projeto conseguiu 2 prêmios (Outstanding Performance Award and Best Technical Presentation Award) na referida competição no ano 2011, além de ser o protótipo de menor tamanho e custo da competição. Sumário 104 / 415 Divulgação INTRODUÇÃO O IFEC (International Future Energy Challenge) é uma competição internacional para alunos de engenharias elétrica, eletrônica e áreas afins, que visa incentivar a inovação, conservação e uso eficiente da energia elétrica. A competição é promovida pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engeniering), que é o maior órgão mundial de pesquisa, regulamentação e incentivo ao desenvolvimento nas áreas relacionadas à energia elétrica. O IFEC, além de já possuir um grande prestígio internacional, está se tornando referência nas universidades brasileiras, tornando-se um importante evento da área. A competição é realizada em regime bienal nos quais são sempre propostos 2 tópicos de interesse mundial. Cada Universidade pode realizar uma solução para participar e resolver o desafio proposto por apenas um dos tópicos. Essa Sumário 105 / 415 proposta é julgada e as Universidades classificadas participam do desafio. Na edição do evento (IFEC’11), o tópico B da competição teve como objetivo incentivar o desenvolvimento de acionamentos elétricos de bombas d’água voltados para a otimização de sistemas de tratamento de água alimentados por sistemas solares. A Universidade Federal do Maranhão foi selecionada para participar da competição no ano de 2011. Esta equipe era composta por três alunos: Eng. João Victor Mapurunga Caracas, Guilherme de Carvalho Farias e Luis Felipe Moreira Teixeira e pelo professor Dsc. Luiz Antonio de Souza Ribeiro, todos do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMA. Inicialmente foram inscritas 30 equipes de todo o mundo. A primeira eliminatória foi baseada na análise da solução proposta, sendo classificadas somente 13 equipes para a etapa seguinte. A segunda etapa foi realizada em um Workshop ocorrido no mês de março/2011, na conferência Applied Power Eletronics Conference and Exposition, realizada na cidade Fort Worth - Texas nos EUA. Das 13 equipes que participaram do workshop, 13 foram selecionadas para a final do evento, a saber: Cologne University of Applied Sciences – Germany; Delhi Technological University – India; Federal University of Ceara – Brazil; Federal University of Maranhao – Brazil; Federal University of Mato Grosso do Sul – Brazil; Los Andes University – Colombia; University of Illinois at Urbana-Champaign – USA; University of Puerto Rico-Mayaguez – Puerto Rico; Consortia of UT-Dallas and Texas Christian University – USA; Yangzhou University – China. O último encontro foi realizado no Rio de Janeiro em julho de 2011. Neste período, um grupo de juízes, formado por pesquisadores e profissionais internacionais na área de eletrônica de potência, avaliou as equipes e o desempenho dos protótipos desenvolvidos. Após dois dias de testes experimentais, apresentações e análises dos relatórios técnicos, Sumário 106 / 415 a equipe da UFMA conseguiu 2 prêmios da competição: Outstanding Performance Award (Melhor Desempenho) e Best Technical Presentation Award (Melhor Apresentação Técnica). Este trabalho apresenta a solução proposta pela equipe da UFMA para solucionar o problema proposto pela competição. Nas próximas seções serão descritos os problemas de água existentes no mundo, as soluções existentes e a nossa proposta. PROBLEMA FUNDAMENTAL A água cobre ¾ da superfície do nosso planeta. De toda água existente no planeta, cerca de 97,5% é salgada e apenas 2,5% é doce; e somente 0,4% dessa água é encontrada em rios, lagos e na atmosfera [1]. Considerando que, grande parte da água doce é encontrada em geleiras ou em regiões subterrâneas. A vida não seria possível sem a presença de água, que é responsável pela constituição de 70 % do corpo humano. A sociedade tem negligenciado a possibilidade de esgotamento dos recursos hídricos. Mas é importante que se observe alguns dados importantes: •Cerca de 1,1 bilhão de pessoas sofrem com dificuldade de acesso à fonte de água potável. Desse total, uma grande parcela encontra-se isolada em áreas rurais; •Em todo mundo, mais de 6.000 crianças morrem todos os dias vítimas de algum tipo de doença provocada por água contaminada; •Segundo a ONU, aproximadamente em 2050, 2 bilhões de pessoas sofrerão com a escassez de recursos hídricos; •O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alerta que em 2020 aproximadamente 250 milhões de africanos sofrerão com a escassez de água; •Novos conflitos internacionais, motivados pela disputa de água, deverão aparecer nas próximas décadas. Sumário 107 / 415 III. SOLUÇÃO DO PROBLEMA Uma solução proposta para esse problema seria aproveitar a água de três formas: •Utilizar água subterrânea, que é de melhor qualidade, por estar localizada em lençóis mais profundos, sendo livres de contaminação; •Utilizar a água dos mares, que existe em grande quantidade no mundo. Neste caso é necessária a dessalinização da mesma; •Tratar a água do esgoto dos grandes centros urbanos, pois em grande parte do mundo essa água não é reutilizada de forma adequada. Em todas essas opções é necessário um sistema de bombeamento, podendo este ser elétrico ou a diesel. Como o diesel é derivado do petróleo, é uma fonte de poluição do meio ambiente, não sendo uma boa alternativa para tais aplicações. Uma das formas mais eficientes e promissoras para resolver esse problema é o bombeamento de água com uso de energia elétrica. Para tornar o sistema sustentável, a energia elétrica deve ser proveniente de fontes renováveis, sendo a solar fotovoltaica interessante, pois essa energia é encontrada em qualquer lugar do mundo: regiões urbanas, rurais e até em alto mar. Tais sistemas não são novos e já são utilizados por mais de três décadas [2-3]. Porém, até hoje, a maioria deles é baseado em um sistema de armazenamento intermediário utilizando baterias ou usam motores de corrente contínua para acionar a bomba de água [4]. As baterias permitem que o sistema sempre funcione em sua potência nominal, mesmo em condições temporárias de baixa radiação solar. Isso facilita o acoplamento da dinâmica elétrica do painel solar e do motor utilizado para o bombeamento [5]. Geralmente, as baterias utilizadas nesse tipo de sistema têm uma expectativa de vida útil baixa, de aproximadaSumário 108 / 415 mente dois anos, em média [6]. Essa expectativa é extremamente baixa se comparada à vida útil de 15 anos de um módulo fotovoltaico. Além disso, apresentam um alto custo de instalação e manutenção, tornando esse tipo de sistema economicamente inviável para regiões com população de baixo poder aquisitivo. A falta de reposição de baterias é responsável pelo fracasso total desses sistemas em áreas isoladas. Classicamente, esses sistemas geralmente utilizam motores de baixa tensão em corrente contínua, evitando-se assim uma etapa de conversão entre o painel e o motor FV [7]. Infelizmente, este tipo de motor tem baixa eficiência e alto custo de manutenção e não é adequado para aplicações em regiões isoladas. O desafio consiste em acionar uma bomba de água com motor de indução trifásico de 0,16Hp a partir de um painel solar de 205W. Para isso foi necessário o projeto de um conversor de energia capaz de fazer a interface entre o painel fotovoltaico e a bomba, adequando a energia produzida pelo painel à necessária para se acionar a bomba. Portanto, este trabalho propõe um novo conversor para sistemas de bombeamento e tratamento de água a partir de fontes fotovoltaicas. PROPOSTA DE PROJETO O trabalho propõe um conversor para bombeamento fotovoltaico de água, usando motor de indução trifásico. A escolha deste motor se deve fundamentalmente às suas características favoráveis: elevado grau de robustez, disponibilidade para compra no mercado, baixo custo, maior eficiência e menor custo de manutenção, em comparação a outros tipos de motores de mesma potência. Este motor será alimentado por um único painel fotovoltaico. Assim, toda a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos é imediatamente transferida para o motor. A Figura 1 mostra o diagrama de blocos do sistema proposto. Sumário 109 / 415 Figura 1. Diagrama de Blocos do Sistema Proposto O conversor deve ser capaz de acoplar a dinâmica do painel fotovoltaico com aquela do motor de indução trifásico da forma mais eficiente possível, e ainda ser capaz de bombear o máximo de água possível com menor energia. Além disso, o conversor deve possuir: • Alta eficiência – devido à baixa quantidade de energia disponível; • Baixo custo – para permitir a sua implantação onde é mais necessária e sua efetiva melhoria da qualidade de vida das classes com menor poder aquisitivo da sociedade; • Operação autônoma – sem necessidade de interferência humana e, portanto, sem necessidade de formação de mão de obra qualificada para a operação do sistema; • Robustez – mínima manutenção possível, devendo ser simples e possuir poucos componentes; • Alta expectativa de vida – comparável à de 15 anos de vida útil de um painel fotovoltaico. Para que o sistema seja eficiente, a energia do painel deve ser maximizada de modo que o mesmo deve operar em seu ponto de máxima potência, fazendo com que o motor bombeie o máximo de água possível. Partindo do pressuposto de que um motor de indução comercialmente disponível será de 380/220V, 60hz, o conversor projetado deve ser capaz de: • Aumentar a tensão do painel fotovoltaico para criar um Sumário 110 / 415 barramento CC de alta tensão antes que a mesma seja invertida para 220V alternada, já que a tensão do módulo fotovoltaico é bem menor do que a tensão necessária; • Aplicar a lógica MPPT (seguidor de máxima potência) para rastrear o ponto de máxima potência do painel fotovoltaico; • Controlar o motor de forma eficiente para que ele possa realizar as variações dinâmicas dos níveis de potência causadas pelas variações nos níveis de radiação; • Ser autônomo, permitindo uso por qualquer pessoa sem experiência técnica. IMPLEMENTAÇÃO DO CONVERSOR O hardware do conversor foi divido em dois estágios: o primeiro é responsável pela elevação à tensão CC de um painel para nível que possa ser usado pelo motor; o segundo estágio é responsável em transformar a tensão CC em tensão CA para motor. Conversor CC/CC Devido à baixa tensão do painel fotovoltaico, é necessário um conversor CC/CC, responsável por elevar a tensão do painel a um nível que possa acionar o motor de indução trifásico. Alem disso, ele deve ter alta eficiência e ser capaz de operar o painel fotovoltaico no seu ponto de potência máxima (MPP). Alem disso, a ondulação de corrente na entrada deste conversor deve ser pequena para que não haja grande oscilação do painel em torno do seu ponto de máxima potência. Dessa forma aproveita-se o máximo da energia solar disponível a cada instante [8-10]. Neste trabalho é proposto o uso como conversor CC/CC chamado Two Inductor Boost Converter (TIBC), com alguma modificação para melhorar sua eficiência [11-12]. A Figura 2 mostra sua topologia clássica. Os conversores alimentados em corrente têm algumas vantagens. Normalmente, eles têm um indutor na entraSumário 111 / 415 Figura 2. Topologia clássica do conversor Two-inductor isolated boost (TIBC) da para que o sistema possa ser dimensionado para ter corrente de entrada com ondulação baixa, eliminando assim a necessidade de elevados capacitores de entrada, que normalmente são eletrolíticos. Esses capacitores têm baixa expectativa de vida, resultando em um pequeno período de vida do conversor e afetando a vida útil e MTBF do sistema. Essas características fazem dele uma escolha atraente para alcançar a especificação necessária do sistema. Alem do alto ganho de tensão CC, o conversor TIBC, quando comparado a outros conversores alimentados em corrente, apresenta menor estresse nas chaves, menor perda de condução e uma boa utilização do transformador [13-14]. Na implementação clássica do TIBC, as perdas elevadas de chaveamento são elevadas. No entanto, ele pode ser facilmente modificado para um conversor quase-ressonante, adicionando-se um circuito tanque ressonante ao enrolamento secundário do transformador [15]. Esse circuito tanque é formado principalmente pela indutância de magnetização do transformador e um capacitor, como mostra a Figura 3 (a). Adicionando-se esse capacitor é possível alcançar comutação com corrente nula (ZCS) para todas as chaves e diodos retificadores, fazendo o conversor ser capaz de operar com uma boa eficiência em altas frequências. Outra modificação importante no TIBC é o uso de um Sumário 112 / 415 Figura 3. Modificação do conversor TIBC: (a) Circuito tank ressonante; (b) Dobrador de tensão; (c)snubber retificador dobrador de tensão no enrolamento secundário do transformador, como mostrado na Figura 3(b). Com essa modificação, é possível reduzir a relação de espiras do transformador. Dessa maneira, um transformador mais barato pode ser usado. Classicamente, o TIBC tem uma carga de operação mínima. Isso ocorre porque os indutores são carregados mesmo que não haja corrente na saída, ou seja, mesmo se o conversor estiver vazio. Como resultado, esse conversor tem um inconveniente ao ser utilizado em sistemas de acionamento de motores, uma vez que o motor tem uma carga variável com baixa demanda de energia em alguns momentos. A literatura técnica aborda algumas soluções para esse problema: em [15-16] e adicionado um transformador auxiliar em série com os indutores de entrada. Este trabalho propõe a utilização de um snubber de tensão, Figura 3 (c), juntamente com um controlador de histerese para superar essa condição de carga mínima. A adição deste snubber também ajuda a melhorar a eficiência e reduzir o tamanho do transformador, uma vez que parte da energia será transferida através do mesmo. Sumário 113 / 415 Conversor CC/CA A topologia mais clássica para o inversor trifásico CC/AC é o padrão de seis interruptores em ponte H. O baixo custo, projeto simples e fácil controle contribuem para sua ampla utilização. A Figura 4 mostra uma visão geral dessa topologia. As perdas nesse inversor são as perdas de comutação, de condução e o consumo de energia dos drivers. Figura 4. Inversor Trifásico Controle do Sistema Um dos aspectos mais importantes do controle desse sistema é o fato de que essa aplicação permite o uso de uma tensão de saída não controlada e ciclo de trabalho fixo do primeiro estágio (conversor CC/CC). Isso é vantajoso porque o conversor CC/CC tem uma melhor eficiência quando o ciclo de trabalho for o mais alto possível. Nesses casos, a energia é transferida durante todo o ciclo de trabalho, e para um mesmo nível de tensão e potência do conversor, a corrente que passa pelas chaves é menor, e, portanto, causam menores perdas de condução. A operação com ciclo de trabalho fixo faz o conversor trabalhar com ganho (K) constante, quase independente da tensão de entrada. Com o projeto correto de K, o conversor sempre poderá transferir energia do painel fotovoltaico para que o motor opere mesmo em condições de baixa irradiação solar. A Figura 5 mostra a característica I x V de um painel Sumário 114 / 415 solar típico. Pode-se observar que a tensão para operação no ponto de máxima potência (Vmpp) tem pequena variação para diferentes níveis de irradiação solar. Esses pontos são representados pela linha azul. Alem disso, essa variação é aproximadamente linear. Também é importante analisar que existe uma tensão mínima do barramento CC neFigura 5. Variação da Tensão do Ponto de Máxima Potência de cessária para operar o um Painel Fotovoltaico motor em um determinado nível de potência. Ignorando o efeito de escorregamento do motor em máquinas de indução e considerando que a bomba de água centrífuga tem o seu conjugado proporcional ao quadrado da frequência, e que a frequência no controle V/Hz é proporcional à tensão, pode-se concluir que a energia do motor pode ser expressa como uma função cúbica da tensão do barramento. A Figura 6 mostra uma comparação entre a tensão de saída do conversor CC/CC (linha azul) para um ganho K constante e a tensão CC mínima necessária para operar o motor (linha preta) em toda faixa de potência máxima. Pode ser visto que para um projeto correto de K, a tensão de saída do conversor do primeiro estágio sempre será maior do que a tensão mínima necessária para acionar o motor Para que o painel fotovoltaico trabalhe sempre no seu Sumário 115 / 415 Figura 6. Comparação entre a tensão mínima de entrada do inversor para operação com V/Hz constante e a tensão de saída do conversor CC/CC para um ganho K constante. ponto de máxima potência, foi implementado um algoritmo para rastreá-lo. Este ponto não está fixo e varia de acordo com a luminosidade do sol e da temperatura do painel. Assim, para maximizar a quantidade de energia produzida e, consequentemente, a quantidade de água bombeada, é importante para manter o ponto de operação do painel PV no MPP. O algoritmo Hill Climbing (Subida da Montanha) baseia-se na curva da potência do painel PV, mostrada na Figura 7.Esta curva pode ser dividida em dois lados, à esquerda e à direita do ponto de máxima potência (Pmpp). Ao analisar a variação de potência e tensão, pode-se deduzir em qual lado da curva o painel está operando atualmente. Assim, pode-se ajustar a referência da tensão de saída para se alcançar o ponto de interesse (Pmpp). O valor de saída do algoritmo Hill Climbing é usado como referência para um controlador PI. Este controlador é usado para regular a tensão do painel. A combinação do algoritmo HillSumário 116 / 415 Figura 7. Algoritmo Hill-Climbing -Climbing e o controlador PI forma a estratégia MPPT. O controle do inversor trifásico é baseado em modulação por largura de pulso (PWM). A estratégia utilizada é a Injeção de Terceira Harmônica (THIPWM). O principio THIPWM é injetar uma componente de terceira harmônica na forma de onda da componente fundamental da tensão, como mostro na Figura 8. As três tensões de fase de referência do modulador são: Onde M é o índice de modulação em amplitude e m o fator de escala da terceira componente harmônica. Segundo a teoria, o valor ótimo de m é [18]: Sumário 117 / 415 Figura 8. Tensão de linha do THIPWM Em comparação com a modulação senoidal (SPWM), o THIPWM é capaz de gerar uma tensão maior de saída com a mesma tensão do barramento CC, uma vez que o índice de modulação pode ser maior. Dessa forma, para uma dada tensão de saída é necessária uma tensão menor no barramento CC menor. O THIPWM também reduz os harmônicos na corrente de saída, reduzindo as perdas de potência do sistema. As perdas por chaveamento também são reduzidas, já que nessa modulação há menos chaveamento que na modulação senoidal. O índice de modulação é calculado com base no controle Volt-Hertz. O controle Volt-Hertz é usado para manter a capacidade do motor de produzir conjugado nominal independente da velocidade de operação. Sabendo que o fluxo do motor é diretamente proporcional à tensão e inversamente proporcional à frequência da tensão de entrada, se mantivermos a relação tensão/ frequência constante, a capacidade do motor em fornecer conjugado nominal é mantida, apesar da velocidade. Isso é feito através do cálculo de um índice de modulação proporcional à tensão de saída para desejada frequência. Sumário 118 / 415 PROJETO DO SISTEMA O hardware foi projetado para se obter um sistema final com custo baixo, portanto, um produto acessível à população carente. O motor usado na bomba centrífuga é um motor de indução trifásico de 0,2HP. Considerando a potência nominal e eficiência do motor, um painel fotovoltaico 210W foi escolhido. As principais características utilizadas para o projeto do conversor são apresentadas na Tabela 1. Eficiência, custo baiParâmetros Values xo e robustez do sisteModelos do PV KD210GX ma dependem diretaPotência do PV 210W mente da escolha dos componentes e do proTensão de circulo aberto do PV (Voc) 29.9 V jeto do leiaute da plaCorrente de curto-circuito do PV (ISC) 6.98 A ca do conversor. Para Tensão máxima de MPP (Vmpp, max) 26.6 V obter o nível esperado Potência nominal do motor 0.2 HP mais elevado de eficiTensão nominal do motor ( Vrms) 220 V3 ø ência, cada componenTensão nominal do barramento 350 V te foi cuidadosamente Frequência nominal do motor 60kHz selecionado. A Figura 9 Ondulação de corrente na entrada ≤ 5% mostra todas as etapas de desenvolvimento do Frequência de chaveamento do 1º estágio 100kHz conversor. Frequência de chaveamento do 2º estágio 7,7 kHz Uma das principais Tabela 1. Especificações do Sistema preocupações sobre a implementação do protótipo foi evitar o uso de capacitores eletrolíticos. Capacitores eletrolíticos possuem uma vida útil baixa, e MTFB baixo. Com o tempo de uso do capacitor, Figura 9. Etapas de desenvolvimento do conversor Sumário 119 / 415 o dielétrico se degrada rapidamente. Isso faz com que ocorram mudanças na capacitância e tensão de junção. Alem disso, o ESR também é alterado e o capacitor começa a perder mais energia, aumentando as chances de falha. A vida útil de capacitores eletrolíticos é de cerca de 2000 horas. É um tempo muito pequeno se comparado ao tempo de vida de 15 anos de um painel solar. Por outro lado, capacitores de tântalo normalmente têm uma vida útil de mais de 10 anos. Eles têm uma melhor resposta às mudanças na temperatura e têm um menor ESR. A principal desvantagem do capacitor de tântalo é a sua natureza de baixa tensão. Mas se for considerado que em tais aplicações a robustez é fundamental, esses capacitores devem ser usados. O sistema de controle foi todo implementado em um controlador digital de sinal (DSP). A Figura 10 apresenta uma visão geral do sistema de controle. Com base na tensão e corrente do painel, Vpv e Ipv, respectivamente, o MPPT estima uma referência de frequência, fop, que serve para regular a tensão do painel, modificando a quantidade de energia transferida para o motor. Um controlador de Volt-Hertz calcula a tensão de saída com base na frequência de operação. A tensão de saída é então usada para calcular o índice de modulação em amplitude, M, do PWM, gerando os sinais de saída para acionamento do inversor. Figura 10. Visão geral do sistema de controle Sumário 120 / 415 O microcontrolador utilizado é o dsPIC30F4011 da Microchip. Ele tem um módulo de controle de motores com seis saídas PWM, o que pode ser configurado como saídas complementares, e geração de tempo morto. Ele também tem um modulo A/D de 10-bit, que é usado para fazer as medições necessárias para implementar o controle do conversor CC/CC e o inversor CC/AC, para execução do algoritmo MPPT, do controle V/Hz e da modulação THIPWM. Algumas rotinas do código foram escritas em assembler para manter o tempo de execução e frequência do processador o mais baixo possível. Quando o processador está entre as tarefas, ele é colocado em um estado ocioso para reduzir o consumo de energia. Os periféricos foram configurados para continuar funcionando quando em estado ocioso. Dessa forma, a potência consumida pelo circuito de controle foi drasticamente reduzida. RESULTADOS EXPERIMENTAIS A Figura 11 mostra uma foto do protótipo desenvolvido. Ele foi testado num sistema de bombeamento de água usando como fonte um painel solar. Uma operação completamente autônoma foi observada. Isso incluiu a correta entrada em funcionamento e desligamento do sistema de acordo com o nível de irradiação solar. Os ensaios de desempenho foram realizados com uma fonte de potência programável. A mesma foi configurada para simular o perfil do painel durante um dia normal de radiação. A Figura 12 mostra as curvas de tensão e corrente. O sistema foi capaz de operar próximo do ponto ideal de tensão (Vmpp) e corrente (Impp) de máxima potência, mostrados pelas curvas verdes, durante o tempo programado. Isso comprova que o algoritmo de MPPT funcionou corretamente. A análise da rotina de MPPT também foi realizada usando um módulo fotovoltaico real. Uma análise em tempo real do ponto de operação foi feita. Esta analise consistia em verificar se o sistema é capaz de manter-se estavelmente no Sumário 121 / 415 Figura 11. Protótipo desenvolvido Figura 12. Curvas de tensão e corrente durante o teste de emulação do painel: as curvas vermelhas mostram a tensão de circuito aberto e corrente de curto-circuito; as curvas verdes são a tensão e corrente ideais no ponto de máxima potência; as curvas azuis são a tensão e corrente do sistema durante o teste. MPP do painel solar. A Figura 13(a) mostra a curva I-V e o ponto de operação do sistema, enfatizado pelo ponto mais claro e a seta. A Figura 13(b) mostra a curva I-V e o ponto de operação do sistema para diferentes valores de radiação solar. Observa-se que o sistema foi capaz de manter-se no ponto de máxima potência mesmo em situação dinâmicas. Devido a alta frequência do sinal PWM de saída do conversor que alimenta o motor não é trivial medir a sua eficiência, pelo menos sem usar equipamentos de elevado valor. Considerando que o motor de indução converte em energia mecânica somente as componentes fundamentais de tensão e corrente, a medição de eficiência foi baseada na Sumário 122 / 415 Figura 13. (a) Operação em tempo real no MPP do módulo PV; Figura 13. (b) Operação em diferentes pontos Mpp para diferentes curvas IxV componente fundamental de potência de saída. A Figura 14 mostra a eficiência medida considerando a potência de entrada e potência fundamental de que alimenta o motor. Uma eficiência máxima de 91% foi obtida. A Figura 15 apresenta a distribuição dos custos de todo Sumário 123 / 415 Figura 14. Eficiência medida considerando somente a potência fundamental de saída o sistema e do protótipo. A partir da Figura 15(a) pode ser visto que o custo do conversor é aproximadamente 10% do custo total do sistema. A Figura 15(b) mostra a distribuição dos custos das partes do próprio conversor. O preço total do protótipo, considerando produção em larga escala, é de U$ 90,90. CONCLUSÃO Figura 15. Distribuição de preços: (a) sistema; (b) conversor. Sumário 124 / 415 Neste trabalho foi apresentado um conversor fotovoltaico para sistema de bombeamento de água usando motor de indução trifásico. O conversor projetado alcançou alta eficiência devido a abordagem inovadora para o conversor CC/ CC e seu sistema de controle e conseguiu atender todas as expectativas do projeto, tais como: tamanho, peso e volume satisfatórios, um MTBF e vida útil elevadas, já que não possui capacitores eletrolíticos; uma alta eficiência, tanto por causa da topologia escolhida e componentes utilizados, quanto por causa das técnicas de controle aplicadas, maximizando a energia do painel fotovoltaico e da bomba; baixo custo, já que o conversor é simples e não utiliza muitos componentes eletrônicos. Os resultados experimentais sugerem que o conversor proposto poder ser uma solução viável para esse problema da falta de água. Em nível da competição, a equipe conseguiu desenvolver o protótipo com menor custo, menor peso e volume e com maior desempenho no bombeamento de água. AGRADECIMENTOS Os autores gostariam de agradecer a motivação e o apoio financeiro providos pelo Instituto de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Maranhão, pelo Laboratório de Engenharia de Sofware e Rede (LESERC/UFMA), pela CP Eletrônica, pela Elétrica Visão, pela Alumar, e pela Texas Instruments. REFERÊNCIAS [1] Wikipedia, a enciclopédia livre (2012, abril)[Online]. http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua. [2] E.H.P. Andrade, L.D.S. Bezerra, F.L.M. Antunes, M.R.B. Neto, Sistema de Bombeamento de Água com Energia Solar Fotovoltaica Utilizando Motor de Indução Trifásico, Sept 2008. [3] Hahn, A. Technical maturity and reliability of photovoltaic pumping systems. In: 13th European Photovoltaic SoSumário 125 / 415 lar Energy Conference, Nice, France, pp. 1783-1786. 1995. [4] Vitorino, M.A.; Correa, M.B.R., “High performance photovoltaic pumping system using induction motor,” Power Electronics. Conference, 2009. COBEP ‘09. 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Ribeiro Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da Universidade Federal do Maranhão. Luis Felipe M. Teixeira Estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão. Sumário 127 / 415 CONTROLE DE QUALIDADE E MÉTODOS ANALÍTICOS PARA DERIVADOS DE PETRÓLEO E BIOCOMBUSTÍVEIS. Eletroanálises de Metais em Combustíveis Aldaléa L.Brandes Marques Cristina A.Lacerda Edmar P.Marques Glene H. R.Cavalcante Jemmla M. Trindade Lorena C. Martiniano Vivia Ruth Abrantes Neste artigo é apresentada uma visão geral sobre Qualidade de Combustíveis, focando de modo particular as ações desenvolvidas pela ANP, no que diz respeito ao padrão de qualidade nacional (especificações) para os combustíveis automotivos. Mostra-se também, a atuação do laboratório LAPQAP/UFMA no programa PMQC, da ANP, bem como alguns dos principais resultados deste laboratório em termos de pesquisas sobre o desenvolvimento de sensores e métodos eletroanalíticos voltados para a Qualidade de Combustíveis. Sumário 128 / 415 INTRODUÇÃO Entre os principais requisitos dos combustíveis estão características importantes, como baixo custo por conteúdo energético, disponibilidade, facilidade de transporte e armazenamento, possibilidade de utilização dentro de tecnologias disponíveis, baixo custo operacional e de investimento, qualidade frente às especificações, etc. Durante muitos anos, os derivados de petróleo preencheram a maioria destas características e se tornaram o tipo mais utilizado de combustível industrial. Nas décadas recentes, outros tipos de combustíveis têm sido utilizados e pesquisados, principalmente aqueles que produzem menor impacto ambiental que os combustíveis fósseis. Os combustíveis líquidos continuam sendo amplamente utilizados na indústria e em veículos automotivos, pelas facilidades de armazenamento, operação e transporte, e os derivados de petróleo estão presentes na grande maioria destas aplicações. A caracterização destes combustíveis líquidos compreende a medição de propriedades que são definidas através de especificações determinadas pelo governo, através de uma agência reguladora. Os padrões de combustíveis para veículos estão diretamente relacionados aos níveis de contaminantes que causam a poluição do ar. A redução na emissão depende também da aplicação de tecnologias de controle de poluição nos veículos, onde a qualidade dos combustíveis tem um papel fundamental no uso de tais tecnologias. Os derivados de petróleo, principalmente a gasolina, têm sido usados como combustíveis para os veículos com motores de combustão interna por mais de um século. E apesar de estar sendo observado um aumento na produção de biocombustíveis no mundo, possibilitando o uso de carros Flex, há preocupação com o uso de matéria vegetal para produção de biocombustíveis, principalmente considerando possíveis crises na área de alimentos no mundo. Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Sumário 129 / 415 Biocombustíveis (ANP), 45% da energia e 18% dos combustíveis consumidos no Brasil já são renováveis. No resto do mundo, 86% da energia são procedentes de fontes energéticas não-renováveis. O Brasil tem, portanto, alcançado posições pioneiras no uso de biocombustíveis, entre os países que buscam fontes renováveis de energia, como alternativas estratégicas ao petróleo. Por outro lado, considerando a importância de um padrão de qualidade mundial, o Brasil também tem buscado o estabelecimento de parâmetros que atendam especificações com as necessárias evoluções tecnológicas que atendam aos requisitos ambientais. Neste sentido, após a quebra do monopólio do setor petróleo, no Brasil, muitos laboratórios e grupos de pesquisa foram implantados, e muitas pesquisas têm sido desenvolvidas buscando o desenvolvimento e aprimoramento de métodos analíticos, rápidos, eficazes e precisos nesta área, por exemplo, na detecção de contaminantes em concentrações cada vez mais baixas. QUALIDADE DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL Os padrões de qualidade para os combustíveis geralmente são regulados por agências governamentais, como é o caso da ANP, no Brasil. As normas atuais, em termos de especificações, dos principais combustíveis são as apresentadas, a seguir, na Tabela 1, cujo detalhamento pode ser encontrado no site da ANP (www.anp.gov.br). Gasolina Portaria ANP nº 309/2011 COMBUSTÍVEL Diesel Etanol Biodiesel Resolução ANP nº Resolução ANP nº Resolução ANP nº 42/2009 07/2011 07/2008 Tabela 1 Sumário 130 / 415 Especificações são definições técnicas preparadas pelas partes interessadas, em consenso e transparência, sob a égide de organizações de normatização e adotadas voluntariamente. Infelizmente, em muitos países, as pessoas intencionalmente adicionam substâncias orgânicas mais baratas em uma tentativa de aumentar margens de lucro. Essa prática ilegal é chamada “adulteração”. Os padrões de qualidade para os combustíveis estão relacionados, por um lado, com a eficiência do combustível para os motores, mas também, por outro lado, com a ausência de contaminantes e de substâncias adulterantes. A adulteração de combustíveis é um caso preocupante, de grande ocorrência em todo o território nacional, e tem levado a ANP a intensificar esforços no sentido de coibir essa ação ilícita. Ela afeta os cofres públicos através da sonegação de impostos, uma vez que solventes como aguarrás mineral, querosene, solventes de borracha, nafta, e outros mais leves são cobrados por diferentes impostos (PEREIRA et al., 2006). Eles também podem danificar gravemente os motores e produzir emissões que aumentam a poluição ambiental. A adição de solventes como o tolueno provoca a deterioração de tubos e mangueiras de borracha. Os resíduos tendem a depositar-se no diafragma da bomba de gasolina. Um diafragma sujo tem seu poder de sucção diminuído, o que será sentido pelo veículo caso este necessite vencer obstáculos como rampas e ladeiras. Além da ação sobre o veículo, o uso de combustíveis adulterados afeta o meio ambiente, uma vez que a combustão torna-se irregular e a emissão de compostos como NOx e SOx, causadores de chuva ácida, e CO, que é altamente asfixiante, aumenta. Dentre os motivos que favorecem a prática de adulteração temos a abertura de mercado, após quase meio século de monopólio, o que foi agravado pela redução do subsídio ao álcool hidratado e anidro e pela liberação da importação Sumário 131 / 415 de solventes, tornando os custos destes bastante inferiores aos da gasolina. Além disso, a elevada incidência de impostos que recaem sobre a gasolina representada pelos tributos ICMS, CIDE, PIS e COFINS contribuem para a alta ocorrência deste tipo de fraude. Na tentativa de coibir fraudes, a ANP realiza periodicamente coletas de amostras de combustíveis em todo o país, e sobre estas amostras são realizados diversos ensaios a fim de verificar a conformidade ou não com as especificações. A ANP tem como uma de suas principais atribuições assegurar a qualidade dos combustíveis, derivados de petróleo e biocombustíveis comercializados em todo o território brasileiro, conforme o Art. 8º da Lei nº 9.478/1997, a Lei do Petróleo. Esta ação é feita através do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis Líquidos - PMQC. Através deste programa, os índices de não conformidade dos combustíveis (gasolina, etanol, óleo diesel, óleos lubrificantes e, mais recentemente, o biodiesel) comercializados nos postos revendedores do Brasil são monitorados periodicamente. O PMQC foi instituído em 1998, e desde 2005 atua em todas as unidades da Federação, sendo coordenado pela Superintendência de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos (SBQ), e regulamentado, atualmente, pela Resolução ANP nº 8, de 9 de fevereiro de 2011, que revogou a Resolução ANP nº 29, de 26/10/2006. Através de indicadores de qualidade, o PMQC tem a finalidade de detectar focos de não-conformidade, identificando a existência de produtos que não atendem às especificações técnicas determinadas pela ANP. As amostras são analisadas em relação a diversos parâmetros técnicos no Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas da ANP (CPT, localizado em Brasília) e nos 22 laboratórios de universidades e instituições de pesquisa contratados pela Agência. No Maranhão, o Laboratório de Análises e Pesquisa em Química Analítica de Petróleo e Biocombustíveis - LAPQAP, Sumário 132 / 415 da UFMA, é responsável pela execução do PMQC/ANP, onde os resultados das análises, obtidos regularmente, são enviados ao Escritório Central da Agência, no Rio de Janeiro. Através de um Programa Interlaboratorial de Combustíveis, realizado semestralmente pela ANP, do qual participam todas as instituições contratadas, a qualidade e a padronização dos serviços destes laboratórios são avaliadas. São verificados os procedimentos de coleta, transporte e armazenamento de amostras, bem como a realização das análises e tratamento e envio de resultados. Gradualmente, estes laboratórios vêm adotando a Norma BR ISO IEC 17025, que estabelece requisitos para acreditação de ensaios e de calibração de equipamentos. Como resultado do PMQC, os índices de não-conformidade dos combustíveis vêm caindo nitidamente, no país, conforme demonstra a Figura 1 abaixo, que é disponibilizado no site da ANP (www.anp.gov.br). Figura 1 - Evolução nos índices de não-conformidade dos combustíveis brasileiros na década 2000-2010 (Fonte: www.anp.gov.br). A ANP disponibiliza em seu site (www.anp.gov.br) todas as informações sobre a qualidade dos combustíveis automotivos usados no Brasil, onde são encontradas informações atualizadas, regionais e estaduais. Sumário 133 / 415 A ATUAÇÃO DO LAPQAP/UFMA NO PROGRAMA DE “QUALIDADE DE COMBUSTÍVEIS” DA ANP O laboratório LAPQAP da UFMA (criado pelo projeto de pesquisa de mesmo nome, Resolução UFMA/CONSEPE No 221/2001) foi pioneiro no Estado do Maranhão em pesquisas na área de petróleo e combustíveis, tendo aprovado vários projetos desde o lançamento do primeiro Edital FINEP, em 1999, dentro do Programa CTPETRO (Ciência e Tecnologia para o Setor Petróleo e Gás Natural), tendo já aprovado dezenas de projetos ao longo dos últimos 11 anos. Além de ser um dos integrantes da Rede Nacional do PMQC/ANP, sendo responsável, oficialmente, pelo monitoramento da qualidade dos combustíveis no Estado do Maranhão, o Laboratório de Combustíveis da UFMA (LAPQAP) também participa de outros importantes programas do Governo Federal através de órgãos como a ANP, PETROBRAS e FINEP. A equipe do LAPQAP desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão, voltadas para diversos temas, como desenvolvimento e aplicações de metodologias analíticas, especialmente usando técnicas eletroquímicas, espectroscópicas e cromatográficas, aplicadas a diversas matrizes de interesse ambiental, toxicológico, petróleo e qualidade de combustíveis. As atividades de análises de combustíveis (monitoramento da qualidade) são desenvolvidas por uma equipe técnica especializada, enquanto que as atividades de pesquisas são desenvolvidas, conjuntamente, com o LPQA (Laboratório de Pesquisa em Química Analítica), por alunos de graduação e pós-graduação e pesquisadores pós-doutorandos da UFMA, orientados e supervisionados por professores desta universidade, vinculados aos dois laboratórios LPQA e LAPQAP, ambos vinculados ao Núcleo de Estudos em Petróleo e Energia - NEPE, da UFMA. Este núcleo de petróleo foi criado a partir das atuações acadêmicas, voltadas para petróleo e biocombustíveis, dos Sumário 134 / 415 pesquisadores dos laboratórios LAPQAP e LPQA. A Figura 2 mostra uma visão das amostras de combustíveis armazenadas para análise (A) e um dos equipamentos mais importantes na análise de derivados de petróleo (Destilador automático) (B). Figura 2 - (A) Amostras de combustíveis acondicionadas para análise, em baixa temperatura. Figura 2 - (B) Destiladores automáticos sendo usados na análise de combustíveis por um dos técnicos especializados do laboratório. Sumário 135 / 415 Inúmeras atividades acadêmicas do NEPE/LAPQAP envolvem a oferta de cursos na área de combustíveis em geral por pesquisadores da UFMA e também ministrados por especialistas, convidados, da PETROBRAS e de outras instituições de pesquisa do país. Destaca-se, na área de ensino, a recente aprovação junto à ANP, do Programa de Formação de Recursos Humanos voltado para Biocombustíveis e Energia. Este programa atende a vários cursos do CCET (Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da UFMA). São eles: Química, Química Industrial, Engenharia Química, Engenharia Elétrica e Informática. Estes cursos são nos níveis de Doutorado, Mestrado e Graduação. Uma visão mais abrangente das atividades de ensino, pesquisa e extensão (projetos de pesquisa, formação de recursos humanos, publicações, etc.) dos laboratórios LAPQAP e LPQA podem ser visualizadas no site www.nepe.ufma.br. MÉTODOS ANALÍTICOS PARA METAIS EM COMBUSTÍVEIS Os combustíveis, especialmente derivados de petróleo, são considerados como matrizes complexas, em termos de composição, os quais são, geralmente, classificados em dois grupos: hidrocarbonetos e heterocompostos [BEENS, 2000]. Os hidrocarbonetos contêm apenas hidrogênio e carbono, enquanto que, para os hetero-compostos, além de hidrogênio e carbono, contêm também enxofre, nitrogênio, oxigênio, vanádio, níquel ou ferro. São vários os tipos de hidrocarbonetos, entre eles, alcanos acíclicos (parafinas) e cíclicos (naftenos), alcenos (olefinas) e aromáticos. Em petróleo pesado, são encontrados metais como níquel e vanádio, na forma de complexos de porfirinas [BAKER, 1978, DOUKKALI, 2003]. Outros elementos, menos abundantes, tais como Ba, Be, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Hg, Pt, Rh, Se, Si, Sn, Tl e Zn) também podem estar presentes no petróleo e em suas frações, em concentrações ao nível de traços [MILNER,1952; ZENG,1992]. Sumário 136 / 415 A avaliação da qualidade da matéria prima e dos produtos da indústria petroquímica, como os combustíveis, passa, necessariamente, pela quantificação dos elementos químicos metálicos e metaloides. Assim, com o objetivo de avaliar a qualidade dos produtos, muitas plantas petroquímicas e refinarias necessitam monitorar, cuidadosamente, traços de vários elementos químicos presentes [MCELROY et al., 1998; VARNES, 1985]. Este tema passou a ter maior importância, principalmente, em países tropicais, onde a umidade pode influenciar na oxidação dos biocombustíveis. A introdução de metais pode ocorrer também a partir do material dos tanques e containers durante o período de armazenamento. Metais de transição têm habilidade de catalisar a oxidação de combustíveis em geral, mas no caso do biodiesel, a análise destes elementos é um aspecto relevante nos estudos sobre a estabilidade do biodiesel. A determinação destes metais, mesmo a nível de traços, em combustíveis (derivados de petróleo ou em biocombustíveis) é de elevada importância tanto para a indústria de uma maneira geral, como para o meio ambiente, devido às possíveis emissões veiculares, além da diminuição da qualidade dos combustíveis, causando precipitação e danos no motor. Vários metais podem estar presentes no petróleo bruto, na forma de complexos organometálicos [AL-SWAIDAN, 1996] e informações sobre a concentração destes metais são de interesse para estudos geológicos (origem, migração e tipos) e ambientais (em muitas regiões os derivados de petróleo se constituem na principal fonte de emissão de espécies metálicas na atmosfera) [KHUHAWAR, 1996]. Entre os principais problemas à indústria petrolífera, a presença de metais provoca a corrosão de equipamentos e o envenenamento de catalisadores, afetando o processo de craqueamento de petróleo [DOUKKALI, 2002; MILNER, 1952; ZENG, 1992; AL-SWAIDAN, 1996; KHUHAWAR, 1996; KARCHMER, 1952]. Sumário 137 / 415 O mercúrio é o elemento que mais preocupa a indústria petrolífera porque, além dos danos materiais causados, seus operários ficam facilmente expostos aos conhecidos danos tóxicos causados pela contaminação por este metal no ambiente de trabalho [WILHELM, 2000]. Geralmente, as técnicas analíticas usadas para a determinação de metais em combustíveis são as espectroscópicas. A Tabela 2 mostra que em uma publicação recente (SOINA, 2010), a determinação de metais em combustíveis derivados de petróleo, muitos metais são determinados apenas por técnicas espectroscópicas. Tabela 2 - Parâmetros de alguns métodos padrão para elementos em produtos de petróleo (SOINA, 2010) 5—determination of Ba, Ca, Mg, and Zn in waste oil; 1—determination of Ni, V, Fe, Na in raw oils and waste fuel 2—determination of Ba, B, Ca, Cu, Mg, Mo, P, S, Zn in lubricant oils by inductively coupled plasma optical emission spectrometry; 3—determination of Al and Si in fuel oils; 4—determination of metal traces in turbine fuel; 6 —determination of element traces in wastes; 7—determination of Al, Si, V, Ni, Fe, Ca, Zn, and Na in residual oils; 8—determination of metal traces in petroleum products and organics; 9—determination of Ba, Ca, Mg, and Zn in lubricant oils. Sumário 138 / 415 Por outro lado, pode-se ver também na Tabela 2 que os métodos de preparação das amostras são geralmente por meio de tratamentos de digestão exaustivos. Esse tipo de preparo de amostra para análise, além de ser demorado, é feito com o uso de muitos reagentes que introduzem contaminantes, causando erros nos resultados. Atualmente, novas estratégias estão sendo analisadas (STRADIOTTO, 2007; MARQUES, 2012), onde amostras complexas, como as de combustíveis, podem ser diluídas em um solvente orgânico adequado (Stradiotto, 2007), ou microemulsionadas (AUCELIO, 2007). Em uma recente revisão na literatura (ainda não publicada), mas apresentada em conferência, recentemente (MARQUES, 2012), verificou-se que houve grande evolução nos estudos envolvendo o uso de técnicas eletroquímicas para a análise de metais em combustíveis na última década. Inclusive, verificou-se que a maior contribuição é do Brasil (grupo do Instituto de Química da UNESP, liderado pelo Prof. Nelson Ramos Stradiotto, com quem o grupo da UFMA (LAPQAP) mantém parceria). Apesar da importância sobre a análise de metais em combustíveis, inclusive por métodos alternativos, ainda existem poucas aplicações de técnicas eletroquímicas na análise de metais em combustíveis. A Figura 3 mostra o resultado desta recente revisão, onde pode se ver que houve um nítido crescimento no interesse em pesquisas envolvendo o tema “Eletronálise em Combustíveis”, tendo sido encontrado menos de 100 trabalhos. Figura 3 - Número de publicação na última década envolvendo pesquisas sobre eletroanálise em combustíveis. Sumário 139 / 415 A pesquisa foi realizada na base Web of Science, usando as palavras-chave Fuel, biofuel, Gasoline, diesel, ethanol, electrode, electroanalysis, em um total de 93 trabalhos. A Figura 4 mostra a distribuição destas publicações envolvendo o tema “Eletroanálise em Combustíveis” nos diferentes combustíveis, no período 2002-2012. Figura 4 - Distribuição das publicações envolvendo o tema “Eletroanálise em Combustíveis” no período 2002-2012. Nesta pesquisa, verificou-se ainda que 80% das publicações são de pesquisadores brasileiros, sendo que o grupo de Nelson Stradiotto representa 31% desta produção. Apesar do desenvolvimento de pesquisas sobre métodos para análise de metais em combustíveis por técnicas espectrométricas (GHISI, MARQUES et al., 2011; SOUSA, MARQUES, 2007), “Eletroanálise em Combustíveis” é uma das principais áreas de atuação do grupo de pesquisa do LAPQAP da UFMA (CARDOSO, MARQUES et al., 2010; TRINDADE, MARQUES et al, 2006; TRINDADE, MARQUES et al, 2012). O grupo tem recebido destacado apoio da PETROBRAS e mantém importante parceria com o CENPES, através de projetos de pesquisa que vêm sendo financiados desde o ano de 2005. Vários trabalhos estão sendo desenvolvidos e que usam estes novos procedimentos de preparo de amostras com detecção eletroquímica, conforme é apresentado a seguir. AlSumário 140 / 415 guns desses trabalhos foram concluídos recentemente, estão em fase final de publicação (MARTINIANO, MARQUES, et al., 2012; ABRANTES, MARQUS, et al., 2012) e serão apresentados, resumidamente, a seguir. Outros trabalhos do grupo já foram publicados, e envolvem a determinação de metais em combustíveis (CARDOSO, MARQUES et al., 2010; TRINDADE, MARQUES et al, 2006; TRINDADE, MARQUES et al, 2012). A seguir, apresentam-se os principais resultados alcançados nos estudos realizados e que resultaram em publicações, em qualificados periódicos especializados, alguns em fase final de publicação. Determinação Simultânea de Cu e Pb em Álcool Combustível Um procedimento eletroanalítico foi desenvolvido para a determinação simultânea de metais em álcool combustível utilizando a técnica Voltametria de Redissolução Anódica (ASV). Neste estudo, a amostra de etanol foi apenas diluída, sendo os íons metálicos quantificados diretamente em amostras de álcool combustível utilizando apenas um eletrólito suporte no meio reacional e subsequente análise voltamétrica após um tempo de pré-concentração. Neste estudo os parâmetros experimentais ótimos foram os seguintes: concentração de HNO3: 5,0 x 10-3mol.L-1, tpré: 6 minutos, Edep:-700mV, v: 20mV.s-1, Amp.: 50mV, pH: 2.0 e composição da solução mista água/etanol: 80/20%. As concentrações dos íons Cd(II), Pb(II) e Cu(II) foram estudadas na faixa de concentração entre 2,0 x 10-9 e 1,0 x 10-8mol.L-1. A Figura 5 mostra um gráfico representativo da análise. Os limites de detecção encontrados para Cd(II), Pb(II) e Cu(II) foram de 4,2 x 10-10mol.L-1, 4,6 x 10-10mol.L-1 e 9,0 x 10-10mol.L-1, respectivamente. Os limites de quantificação foram 1,4 x 10-9mol.L-1, 1,5 x 10-9mol.L-1 e 2,0 x 10-9mol.L-1 para Cd(II), Pb(II) e Cu(II), respectivamente. Sumário 141 / 415 A aplicação do procedimento otimizado em amostras de etanol combustível comercial apresentou boa resposta analítica e as concentrações dos metais foram determinadas pelo método de adição padrão, apresentando os seguintes resultados: 4,7 x 10-8mol.L-1 para Pb(II) e 1,7 x 10-7mol.L-1 para Cu(II). Cd(II) não foi encontrado nas amostras analisadas. A avaliação estatística apresentou bons resultados de precisão, referente a coeficiente de variação (CV) para Pb(II) 18.7% e Cu(II) 8.6%. A exatidão foi avaliada comparando os resultados obtidos pelo método proposto com Espectrofotometria de Absorção Atômica com Forno de Grafite (GFAAS), para quantificação das espécies metálicas em etanol combustível comercial e os resultados mostraram boa concordância entre as duas técnicas. 25 Chumbo Cobre Cádmio 20 Ip (A) 15 10 5 0 0,0 1,0x10 -7 2,0x10 -7 3,0x10 -7 4,0x10 -7 5,0x10 -7 6,0x10 -7 -1 Concentração (mol L ) Figura 5 - (A) Voltamogramas para diferentes concentrações de Pb(II) e Cu(II) em solução etanólica utilizando VRADP. Condições: mistura 80/20%, solução 5,0 x 10-3mol.L-1 ácido nítrico/etanol, Edep: -700 mV. tpré: 6 min., pH 2,0, Amp: 50mV, v: 20 mV. s-1, concentrações Pb(II) e Cu(II): 2,0; 4,0; 6,0; 8,0 e 10 x 10-9mol.L-1. (B) Respectivas curvas analíticas para os íons metálicos Pb(II) e Cu(II). Dados obtidos através da Figura 5 (A). Método para Determinação simultânea de Pb(II) e Cu(II) em Biodiesel pela técnica Voltametria de Redissolução Anódica Nesse estudo, um eletrodo de filme de mercúrio foi usado para determinar direta e simultaneamente Pb(II) e Cu(II) em Biodiesel, pela técnica Voltametria de Redissolução Anódica, sem nenhum procedimento de digestão da amostra. Observou-se dois picos voltamétricos, em -410mV para Sumário 142 / 415 (Pb(II)) e -100mV para (Cu(II)). A resposta linear foi obtida para Pb(II) e Cu(II) na faixa de concentração de 2,0 x 10-8 1,0 x 10-7mol L-1, com limites de detecção de 2,91x 10-9mol L-1 e 4,69 x 10-9mol L-1 para Pb(II) e Cu(II), respectivamente. Neste estudo, as amostras foram microemulsionadas, antes das anáslises eletroquímicas. A utilização de microemulsões provou ser um modo muito interessante para superar os problemas associados com a elevada viscosidade de biodiesel e a força iônica necessária para as medições eletroquímicas neste meio orgânico. Os resultados obtidos por voltametria de redissolução anódica, no modo pulso diferencial, apresentou valores satisfatórios para exatidão e precisão e o procedimento foi empregado com sucesso em amostras de biodiesel. O procedimento é simples. A Figura 6 mostra os resultados obtidos para a análise de uma amostra de biodiesel, na determinação de Cu(II) e Pb(II), ao nível de traços. Observam-se picos de forma bem definidas e bons resultados em termos de desempenho analítico, indicando uma boa alternativa para a Figure 6 - Voltamogramas (A) curvas de adição padrão (B) para quantificação de Pb(II) and Cu(II) em microemulsão de Biodiesel. [metal]: 2.0 x 10-8 para 9 x 10-7mol.L-1; Edep: -700mV, Amplitude: 50mV; υ: 20mV.s-1; tp: 300 s. Sumário 143 / 415 quantificação desses metais em combustíveis. A Tabela 3 mostra resultados estatísticos que mostram bons resultados em termos de desempenho analítico e exatidão do procedimento. Valor adicionado Valor recuperado % de Pb(II) e Cu(II) (mol L-1) recuperação Pb(II) Cu(II) Pb(II) Cu(II) 3,0 x 10 -8 2,85 x 10 -8 3,14 x 10 -8 95,0 104,7 6,0 x 10 -8 5,55 x 10 -8 6,22 x 10 -8 92,5 103,7 9,0 x 10 -8 8,92 x 10 -8 9,26 x 10 -8 99,1 102,9 1,2 x 10 -7 1,17 x 10 -7 1,31 x 10 -7 97,5 109,2 1,5 x 10 -7 1,41 x 10 -7 1,65 x 10 -7 94,0 110,0 (mol L-1) Table 3. Testes de recuperação para determinação de Pb(II) e Cu(II) em Biodiesel Design Experimental acoplado a Voltametria de Redissolução Anódica para Determinação Simultânea de Zn+2, Cu+2, Pb+2 e Cd+2 em gasolina Neste trabalho, um método rápido acoplando Voltametria de Redissolução Anódica (ASV) e design experimental foi desenvolvido para determinação simultânea de Zn2+, Cd2+, Pb2+, e Cu2+ em amostras de gasolina. As amostras foram digeridas em microondas antes das medidas voltamétricas. O limite de determinação foi de 0,24µgL–1 de Zn2+; 8,58 x 104 µgL–1 de Cd2+; 0,13µgL–1 para Pb2+, e 0,87 µgL–1 de Cu2+. Verificou-se que as interferências de íons metálicos concomitantes foram desprezíveis. Amostras de gasolina coletadas na cidade de São Luís (MA) foram analisadas e os resultados demonstraram que este método é confiável e preciso. Sumário 144 / 415 Os principais resultados, em termos de desempenho analítico do método, são apresentados na Figura 7 e na Tabela 4. Figura 7 - (A) Otimização de parâmetros através de Planejamento Experimental; (B) Voltamogramas para determinação simultânea dos metais Zn, Cd, Pb e Cu, em condições otimizadas apresentadas em (A). Tabela 4: Valores de concentração de Zn, Cd, Pb e Cu obtidos por ASV em amostra de gasolina digerida com a mistura nítrico peróxido. Concentração Metal Curva analítica R2 (µg L-1) X ± st/√n Zn Y = 1,40 10-7 + 5,42 10-6 X 0,999 1,57 ±0,07 Cd Y = 7,68 10-10 + 4,44 10-6 X 0,999 ND Pb Y = 9,784 10-7 + 3,44 10-5 X 0,998 1,08 ± 0,04 Cu Y = 3,08 10-8 + 1,3 10-6 X 0,997 0,52 ± 0,03 X: valor médio (n = 3), t: t de student (P < 0.05), s: desvio padrão. ND = não detectado Sumário 145 / 415 CONCLUSÃO Mesmo considerando a crescente busca por combustíveis alternativos, os combustíveis derivados de petróleo ainda continuam tendo destaque e importância fundamental na matriz enérgética mundial. A adulteração de combustíveis é um tema preocupante e relevante, que tem levado os governos a dispender muitos esforços visando manter a qualidade dos combustíveis. O objetivo é evitar danos econômicos para a sociedade em geral. Um aspecto importante para minimizar o problema é através do monitoramento da qualidade dos combustíveis, a exemplo do bem sucedido programa PMQC/ANP no Brasil. Entre os novos métodos analíticos descritos na literatura para avaliação da qualidade dos combustíveis, os estudos envolvendo métodos eletroquímicos para combustíveis tiveram um importante crescimento na última década, onde o Brasil teve uma participação significativa que chega a 80% da produção científica mundial. Na UFMA, o grupo de pesquisa do LAPQAP, vinculado ao NEPE, vem desenvolvendo pesquisas sobre este tema, o que representa uma importante contribuição quanto aos métodos alternativos para a qualidade de combustíveis. Estas pesquisas vêm sendo desenvolvidas em parceria com o CENPES/PETROBRAS e são financiadas pela própria PETROBRAS. Sumário 146 / 415 REFERÊNCIAS AL-SWAIDAN, H.M. The determination of lead, nickel and vanadium in Saudi Arabian crude oil by sequential injection analysis/inductively-coupled plasma mass spectrometry. Talanta 43 (1996) 1313-1319. BAKER, E.W. ; PALMER, S.E. . The Porphyrins, Vol. 1, D. Dolphin Ed Academic Press, New York, (1978) (Chapter 11, 486-552. 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Edmar P.Marques Doutor em Química (Química Analítica) pela Universidade de São Paulo (USP) e Professor da Universidade Federal do Maranhão. Glene H. R.Cavalcante Mestre em Química Analítica pela Universidade Federal do Maranhão e Gerente Técnico do Laboratório de Combustíveis da UFMA (LAPQAP). Jemmla M. Trindade Doutor em Química pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da Universidade Federal do Maranhão. Lorena C. Martiniano Doutora em Química pela Universidade Federal da Paraíba e Professora da Universidade Federal do Maranhão. Vivia Ruth Abrantes Mestre em Química pela Universidade Federal do Maranhão. Sumário 150 / 415 Sumário 151 / 415 Tecnologia e Inovação, a criação da área de PD&I da Alcoa no Brasil Jorge Borges Gallo Otávio Carvalheira I novação é um processo fundamental para que qualquer instituição possa crescer sustentavelmente no meio que está inserida. Sua ausência pode implicar em diminuição de valor, estagnação e desaparecimento. O modelo tradicional de inovação caracteriza-se pela criação isolada de diferencial competitivo como resultado da aplicação de uma quantidade elevada de recursos financeiros próprios, em ambiente interno à empresa. Apesar do benefício, da propriedade intelectual exclusiva, este modelo não tira proveito dos recursos que outras organizações poderiam adicionar ao processo de P&D para ampliar seus limites, diminuir custos e obter benefícios compartilhados e sustentáveis de longo prazo. Este artigo relata a criação da área de PD&I da Alcoa, fundamentada numa filosofia de inovação em rede, com quatro focos temáticos: materiais, clientes, energia e meio ambiente, sua institucionalização, desafios e impactos sobre a sustentabilidade da companhia. O economista austríaco Joseph Schumpeter propôs a existência dos seguintes tipos de inovações: introdução de um novo produto ou mudança qualitativa em produto existente; inovação de processo que seja novidade para uma indústria; abertura de um novo mercado; desenvolvimento de novas fontes de matéria-prima ou outros insumos; mudanças na organização industrial1. De forma análoga, mas um pouco mais geral, definiremos inovação Sumário 152 / 415 como “qualquer mudança em produtos, processos, serviços, abordagem de mercado ou desenho organizacional que resulte em significativa geração de valor para a empresa e para as comunidades em que atua”. Segundo o relatório Global Survey2, elaborado pela Aon Risk Solutions a cada dois anos, o risco relacionado à falta de inovação ficou em 6º lugar na lista de 2011. “Na dura batalha para conquistar os corações e mentes dos clientes, que exigem a mais nova, melhor e mais rápida entrega de serviços e produtos, as empresas podem rapidamente perder mercado se falharem no investimento em produtos inovadores”, aponta o estudo, ficando atrás da desaceleração econômica, seguida de mudanças regulatórias/legislativas, aumento da concorrência, danos à reputação/marca e interrupção de negócios. Considerando o desafio de mudar paradigmas de consumo e produção a fim de deixar um legado sustentável às gerações futuras, concluiremos que inovação é, simplesmente, a chave para o desenvolvimento sustentável de empresas e países, embora nem todos já tenham se apercebido disto. De fato, pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (IPEA)3 concluiu que apenas 1,57% do total das empresas brasileiras são efetivamente inovadoras, mas que estas são responsáveis por nada menos do que 26% do faturamento industrial total do país e faturam 100 vezes mais que aquelas que ainda não capturaram o que está acontecendo. 1. A ALCOA E INOVAÇÃO Fundada no espírito inovador de Charles Martin Hall, que deu início à indústria do Alumínio (em 01/10/1888, com a Pittsburgh Reduction Company em Pittsburgh, PA, EUA), a Alcoa possui hoje mais de 2.600 patentes ativas, o maior centro de pesquisas em metais não ferrosos (Alcoa Technical Center, PA, EUA) e investe anualmente cerca de 1% de seu faturamento em PD&I, a fim de re-construir continuamente suas estruturas para o futuro. Sumário 153 / 415 Divulgação Pode-se conhecer a história da Alcoa, bem como outros fatos marcantes da indústria do alumínio, consultando-se um sítio da rede mundial de computadores, disponibilizado pela companhia4. São dados, abaixo, alguns exemplos significativos de Inovações históricas lá descritas: •Primeiro processo industrial de produção de alumínio – 1886 •Primeiro uso sustentável de energia para produzir alumínio – 1893 •Primeiro Centro de Pesquisa sobre alumínio – 1930 •Primeira produção em larga escala de latas de alumínio – 1968 •Primeira roda de alumínio – 1948 As inovações da Alcoa continuam a revolucionar o mundo por meio do engajamento de cientistas, técnicos e engenheiros nas mais de trezentas localidades em trinta e quatro países, nos seis continentes5. A comunidade científica da Alcoa é conectada globalmente com centros de pesquisas e universidades no Brasil, Rússia, Índia, China, Austrália, Europa e Estados Unidos. No Brasil, cabe destaque à implantação da Divisão de Produtos Químicos a partir do desenvolvimento do processo inovador de produção de aluminas especiais em calcinador de leito fluidizado e ao pioneiro convênio com o Grupo de Engenharia e Microestrutura de Materiais, estabelecido no edifício Alcoa (Figura 1), o primeiro de uma série de bem sucedidas experiências de interação universidade/indústria coordenadas pela antiga Área de Aplicações, Desenvolvimentos e Vendas de Figura 1: Edifício Alcoa na UFSCar Sumário 154 / 415 Produtos Especiais, a qual viria a servir de núcleo para a implantação da Área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Alcoa. 2. RAZÕES PARA CRIAR UMA ÁREA DE PD&I NO BRASIL Motivações para instalação de áreas de PD&I no país podem ser divididas em permanentes e conjunturais. No primeiro grupo destacam-se as respeitáveis infra-estruturas científica, industrial, financeira e de telecomunicações, o mercado doméstico com significativo poder de compras, biodiversidade e proporção de fontes de energias renováveis, a presença marcante de corporações transnacionais e a liderança exercida na América Latina, região com um dos maiores potenciais para crescimento econômico do globo. No segundo grupo incluem-se os eventos Copa do Mundo de 2014, Olimpíadas de 2016 e as grandes obras de infra-estrutura em andamento no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Adicionalmente, a regulamentação da lei de inovação no final de 2005, que estimulou a criação de ambientes especializados e cooperativos de inovação no Brasil, e o grande esforço de superação da grande crise de 2008 despertaram na Alcoa a necessidade de desenvolver no país uma disciplina que a tornasse menos suscetível a efeitos externos e mais robusta na capacidade de gerar crescimento sustentável. Aos poucos foi ficando claro que esta seria a competência para inovar. O Brasil foi apontado entre os seis melhores países para investir em P&D, numa pesquisa realizada pela The Economist Inteligence Unit, em 2004, com 104 executivos seniores de empresas de todo o mundo, ultrapassado apenas por China, EUA, Índia Reino Unido e Alemanha6. Um estudo promovido pela ABDI (Agência Brasileira para o Desenvolvimento Industrial) comparou as estratégias de inovação de sete dos países mais inovadores do mundo (EsSumário 155 / 415 tados Unidos, Canadá, Irlanda, França, Inglaterra, Finlandia e Japão) com as do Brasil e concluiu que “O desafio da inovação no Brasil não é devido à falta de recursos ou de capacidade empreendedora, mas fazer com que os desconectados esforços realizados por governo, universidades e iniciativa privada convirjam para gerar inovações reais em produtos e serviços”7. Para estar em sintonia com a realidade de inovação do país, a Área de Inovação da Alcoa deveria, portanto, ter um forte componente de interação com universidades, centros de pesquisa, clientes, fornecedores e órgãos do governo com foco em PD&I. 3. ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA UMA ÁREA DE PD&I A partir de um extenso debate com diversas partes interessadas, internas e externas à companhia, entendeu-se que a criação de uma área de PD&I deveria partir do estabelecimento de uma filosofia de inovação adequada à estratégia da Alcoa e à conjuntura do Brasil, de um modelo de governança, de um time de pessoas com as competências necessárias para atuar sustentavelmente conforme a filosofia de atuação escolhida e dos campos temáticos considerados essenciais para o crescimento sustentável. 3.1. Filosofia de inovação Crescentes aumentos da complexidade tecnológica, dos custos de mão de obra especializada e da infra-estrutura científica têm provocado a migração da filosofia tradicional de PD&I (pela qual cada empresa mantém internamente todos os recursos necessários para gerar inovação) para um modelo baseado na interconexão com entidades externas, tais como outras empresas, universidades e institutos de pesquisa, que tem sido denominado de Inovação em Rede8 e é ilustrado na Figura 2. Destaca-se o termo “Partes Interessadas”, que refere-se aos agentes que podem ganhar ou perder Sumário 156 / 415 com as inovações e devem cooperar para que as mesmas sejam sustentáveis. Os dois modelos não são mutuamente exclusivos. Pode-se, por exemplo, tratar determinados campos estratégicos Figura 2: Modelo de Inovação em Rede entre Partes Interessadas para a empresa de uma forma mais fechada, a qual exigirá recursos mais intensos e um forte esquema de sigilo enquanto outros campos que requererem maior compartilhamento de recursos são tratados de forma aberta. Optou-se pelo modelo de inovação em rede, dados os motivos acima e a necessidade de sintonia entre partes interessadas para alavancar a inovação no Brasil. 3.2. Modelo de Governança É comum que investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em empresas diluam-se na rotina operacional sem que haja planejamento prévio dessa atividade. Em consequência, os esforços acabam sendo realizados sem que a empresa tenha condições de alinhá-los com sua estratégia e muito menos de antever o quanto e no que deve investir para crescer sustentavelmente. Nestes casos, a empresa navega ao sabor das crises, dependendo de fatores externos e conjunturais, além de não conseguir usufruir dos benefícios oferecidos pelos mecanismos públicos de estímulo à inovação, tais como subvenções, apoio a formação Sumário 157 / 415 e contratação de mestres e doutores e incentivos fiscais (Lei de Inovação e MP do Bem). Não por acaso, tais benefícios exigem formulação, apresentação e execução de projetos de forma específica para PD&I, muito diferente da cultura de projetos de gastos de capital, típica da visão convencional de engenharia. A razão pela qual é feita esta exigência decorre do fato destes estímulos não terem sido criados como um fim em si mesmo, mas para que as empresas que atuam no país construam estruturas permanentes que as habilitem a inovar de forma sustentável, mesmo quando os estímulos forem retirados, o que inevitavelmente ocorrerá, dada a grande carência de investimentos em diversos outros setores do nosso país. O modelo de governança da área de PD&I da Alcoa deveria, portanto, dotar a empresa de uma forma permanente para identificar, selecionar, elaborar, implementar e medir o resultado de seus projetos de inovação. A área de PD&I deveria atuar em sintonia com as prioridades estratégicas da Alcoa, definidas como: Crescimento Sustentável, Vantagens Alcoa e Execução Disciplinada. O requisito de crescimento sustentável exige alinhamento com a realidade do país com relação aos três pilares da sustentabilidade (Econômico, Financeiro e Ambiental) e assim determina o universo temático dos esforços a serem despendidos (capitulo 4.4). A área de PD&I deveria ser construída sob o alicerce das Vantagens Alcoa (ilustradas por sua competência histórica para inovar), o que exigiria forte conexão com os centros de pesquisas da Alcoa no exterior e com as diferentes unidades de negócio que compõem a companhia. Por fim, a execução disciplinada exigiria um modelo de governança composto por ferramentas de gestão de projetos de inovação e mecanismos de alinhamento com estratégias da companhia. Portanto, os componentes do modelo de governança da área de PD&I da Alcoa foram definidos como: Comitê de Inovação, Ferramentas para seleção e priorização de projetos, Gestão de projetos por análise de Sumário 158 / 415 estágios, Degraus de Implementação, A3, Orçamento Específico, Sistema de registro do conhecimento e Centralização das comunicações sobre PD&I. 3.2.1. Comitê de inovação Constituído pelo presidente e pelos diretores da Alcoa AL&C, tem a função de garantir o alinhamento dos esforços de PD&I com a estratégia da Alcoa no Brasil e no mundo e deliberar sobre prioridades e recursos a serem utilizados. O comitê reúne-se a cada quatro meses, é liderado pelo Presidente da Alcoa na região e coordenado pelo Gerente da Área de PD&I. 3.2.2. Ferramentas para seleção e priorização dos projetos Cada projeto é avaliado de acordo com os critérios de sustentabilidade e a análise de riscos definidos abaixo, com os valores presentes dos ganhos descontados dos investimentos a cada ano, até cinco anos após o início do projeto, conforme mostrado na Figura 3. Figura 3: Matriz para análise de viabilidade dos projetos Sumário 159 / 415 Sustentabilidade Previsão de impacto em negócios é de curto, médio ou longo prazo? Quão grandes são os potenciais para criação de valor, tais como: aumentos de volume de vendas, margem de lucro e vida útil ou reduções de custos, de consumo de energia, de passivo ambiental ou de emissões de CO2? O novo conceito reduziria ou eliminaria passivos ambientais? O novo conceito melhora as condições de saúde e segurança dos funcionários? Análise de riscos Quão distante está a condição atual da condição alvo necessária para viabilizar criação de valor? (Recursos financeiros, tecnológicos, humanos, logísticos, etc…) Existem aspectos regulatórios ou legais que restringem a aplicação do conceito? Existem conflitos de propriedade intelectual? A inovação proposta é convencional, incremental ou de ruptura? 3.2.3. Análise de estágios O processo pelo qual as inovações ocorrem pode ser descrito como uma sequência que vai de um estalo criativo (Eureka!) até o momento da consolidação de seus resultados finais, mais ou menos conforme as etapas descritas na Figura 4, fundamentada nas diretrizes para gerenciamento de inovações do Departamento de Energia dos EUA9. As portas mencionadas na figura referem-se a tomadas de decisão por equipes multidisciplinares sobre o prosseguimento para a fase seguinte. Sumário 160 / 415 Figura 4: Modelo de Gerenciamento dos projetos de inovação 3.2.4.Degraus de Implementação Os projetos selecionados seguem na sequência dos estágios até a passagem pela porta 3, quando o conceito é considerado provado em escala laboratorial. Neste momento tem início a etapa de implementação, avaliada por meio dos Sumário 161 / 415 Degraus de Implementação (DI), ilustrados na parte inferior da Figura 5. Os DIs são validados pelas controladorias de cada localidade da Alcoa e monitorados globalmente. Figura 5: Relação entre análise de estágios e degraus de implementação. Note-se na Figura 5 a característica forma do funil da inovação, que ilustra o fato de que as áreas de PD&I devem ter a liberdade de lidar com os conceitos que serão abandonados ao longo do caminho para ser capaz de adquirir a capacidade de desenvolver os que no final darão origem às verdadeira inovações. 3.2.5.A3 Destaca-se na Figura 6 outro componente importante da cultura de gestão de projetos da Alcoa, o chamado A3, que deve ser elaborado após a etapa de definição do conceito do projeto. Os A3 são elaborados conforme a sequência abaixo: Contextualização Situa o problema ou a oportunidade em relação à estratégia da companhia, identifica partes interessadas e define metas; Sumário 162 / 415 Situação atual Descreve atividades, fluxos, conexões e todas as condições de contorno relevantes, capturados por observação minuciosa da realidade do momento; Situação Alvo Descreve atividades, fluxos, conexões e todas as condições de contorno relevantes, que devem ser modificados na situação atual a fim de resolver o problema ou capturar a oportunidade; Plano de ação Explicita escopo, responsabilidades e prazos em todas as atividades necessárias para provar que a transformação da situação atual na situação alvo resolve o problema ou captura a oportunidade (e.g. prova o conceito). 3.2.6. Orçamento específico de PD&I Figura 6: As partes que compõem o A3 A correta atribuição das despesas de P&D estabelece o histórico de gastos por projeto e por instituição parceira, utilizado na preparação do formulário de P&D da declaraSumário 163 / 415 ção de imposto de renda da companhia e permite a verificação da conformidade das informações por meio de auditorias, viabilizando desta forma a captura de incentivos fiscais proporcionado pela lei de Inovação e pela MP do Bem. A previsão, registro e execução de um orçamento específico capacita a empresa a sintonizar seus esforços de inovação conforme as demandas definidas pela estratégia escolhida e pelas contingências do caminho. Por fim, a previsibilidade proporcionada por um orçamento específico confere autonomia e agilidade para tomada de decisão por parte do gestor de P&D, por não precisar submeter a aprovações específicas cada recurso necessário à realização das atividades cotidianamente requeridas à execução dos projetos. 3.2.7. Sistema de registro e difusão do conhecimento Definiu-se pela elaboração e arquivo de relatórios denominados “Relatórios de PD&I” sempre que uma atividade qualquer tenha completado um ciclo de começo, meio e fim e pela disponibilização dos mesmos na intranet da companhia para um grupo de funcionários previamente cadastrados e treinados para discernir o que pode e o que não pode ser divulgado. Definiu-se também que a área de PD&I teria entre suas atribuições a difusão do conhecimento e a permeação dos conceitos de inovação por todas as áreas da companhia. 3.2.8. Centralização das comunicações sobre PD&I A fim de garantir o rigor das informações comunicadas a órgãos do governo (IBGE, MCT, Receita Federal, ABDI), bem como a outras instituições públicas ou privadas que trabalham com dados sobre inovação, definiu-se que a área de PD&I seria a instância da Alcoa no país responsável por coletar e divulgar estas informações. Sumário 164 / 415 3.3. Sustentabilidade humana e alocação da equipe de PD&I Decidiu-se pela utilização da antiga área de Aplicações, Desenvolvimentos e Vendas de Produtos Especiais como núcleo de pessoas para a criação da área de PD&I dadas a competência de inovação em rede que aquela equipe havia acumulado ao longo da implantação da Divisão de Produtos Químicos e o já existente grande número de conexões com Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs). Seis funcionários da antiga área foram transferidos para a nova área de PD&I, um dos quais com doutorado e três com mestrado, todos strictu sensus em renomadas instituições de ensino superior do Brasil ou do exterior. Os dois funcionários restantes estão em processo de realização do mestrado. Decidiu-se que, em adição ao papel de parceria tecnológica necessária à realização dos projetos, os convênios com universidades passariam a ter um papel de formação continuada de talentos, recrutados dentro da Alcoa, bem como de novos estudantes de graduação, iniciação científica, mestrado e doutorado, recrutados dentro da instituição parceira. Desta maneira, os recursos humanos necessários à transformação de ciência em inovação viriam a ser formados naturalmente na medida em que as diferentes redes temáticas forem sendo nucleadas, conectadas e implementadas. O grande desafio humano de uma área de PD&I é encontrar um balanço entre especialização e generalização que permita às pessoas realizarem investigações rigorosas, criar e testar soluções fora da caixa, enquanto garantem a abordagem sistêmica necessária à realização da inovação. Este compromisso coloca os membros da área de PD&I em constantes situações paradoxais, particularmente diante da velocidade exigida pela dinâmica da vida corporativa. Assim, os pesquisadores correm sempre o risco de serem sugados por um redemoinho de empreendimentos superficiais que inviabiliza a atenção necessária à realização de Sumário 165 / 415 investigações eficientes e eficazes. Sem a competência para lidar com este paradoxo, os recursos humanos potencialmente inovadores não são realmente capazes de ir além do convencional. Por fim, decidiu-se que a área de PD&I responderia para a Diretoria Comercial da Divisão de Produtos Primários, a fim de garantir o alinhamento com o foco dos clientes da Companhia. 4 Campos temáticos de PD&I na Alcoa O primeiro desafio de uma área de inovação em rede é o de escolher as áreas do conhecimento dentro das quais serão iniciados os processos de nucleação, conexão e implementação de parcerias, os chamados Campos Temáticos de PD&I. A correta identificação destes campos garantirá o alinhamento da organização com relação ao custo benefício dos referidos processos. Caso contrário, corre-se o risco de não haver apoio suficiente para superar a etapa inicial naturalmente lenta e trabalhosa do estabelecimento das redes, durante a qual as áreas de PD&I devem simultaneamente construir o futuro e dar resultados de curto prazo, sem os quais a empresa não sobrevive. A Figura 7 ilustra que, para conseguir adquirir a competência para criar inovações de forma sustentável, uma empresa deve ser capaz de superar essa etapa. Uma característica interessante de um campo temático é que ele é de certa forma similar à semente de uma planta, que não contém tudo que a mesma precisa Figura 7: Curto prazo versus longo prazo Sumário 166 / 415 para crescer, apenas propicia a base sobre a qual todas as suas estruturas serão construídas. Assim, os campos devem ser escolhidos de forma a propiciar a construção de redes sociais em PD&I, que, maduras, proporcionarão os recursos necessários para o crescimento sustentável da companhia junto com o meio em que vive. Não é necessário que se crie tantos campos quantos forem as disciplinas relevantes para a companhia. A Alcoa decidiu construir suas redes de PD&I nos quatro campos temáticos ilustrados na Figura 8 e focar os projetos de inovação em suas intersecções. Figura 8: As quatro redes temáticas de PD&I da Alcoa 4.1. Clientes A rede Clientes é composta pelas conexões científicas e tecnologias com impacto no crescimento sustentável da Alcoa e de seus clientes, tais como: equipes de PD&I e de Sumário 167 / 415 Assistência Técnica dos Clientes, Instituições Científicas e Tecnológicas com as quais os clientes tenham parcerias estabelecidas, Associações Técnicas e Institucionais das quais os clientes façam parte, Áreas Internas da Alcoa no Brasil e no exterior, que tenham impacto nos projetos com clientes, tais como: Centros de Pesquisas, Engenharia de Aplicações, Marketing, Vendas, Compras (no caso da Alcoa comprar produtos deste cliente), Engenharias de Processo e de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc. A missão da rede clientes é: Desenvolver inovações de ruptura, com foco do cliente, que propiciem de forma sustentável aumento de valor agregado ou de volume nas vendas dos produtos Alcoa 4.2.Materiais A rede Materiais é composta pelas conexões científicas e tecnologias com impacto na utilização dos materiais estratégicos para o crescimento sustentável da Alcoa, tais como: Equipes de PD&I e de Assistência Técnica dos fornecedores, Instituições Científicas e Tecnológicas com as quais os fornecedores tenham parcerias estabelecidas, Associações Técnicas e Institucionais das quais os fornecedores façam parte, Áreas Internas da Alcoa no Brasil e no exterior que tenham impacto nos projetos com fornecedores, tais como: Centros de Pesquisas, Compras, Marketing, Vendas (no caso da Alcoa vender produtos para este fornecedor), Engenharias de Processo e de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc. A missão da rede Materiais é: Desenvolver inovações de ruptura em materiais que propiciem de forma sustentável redução de custos de materiais, aumento de disponibilidade operacional de equipamentos e redução da geração de resíduos industriais. Sumário 168 / 415 4.2.1.Meio Ambiente A rede Meio Ambiente é composta pelas conexões científicas e tecnologias com impacto na sustentabilidade ambiental da Alcoa, tais como: Equipes de PD&I e de Assistência Técnica de Clientes e Fornecedores e Instituições Científicas e Tecnológicas com as quais tenham parcerias estabelecidas, e Associações Técnicas e Institucionais das quais façam parte e Áreas Internas da Alcoa, no Brasil e no exterior,que tenham impacto em sustentabilidade, tais como: Área de Sustentabilidade, Centros de Pesquisas, Compras, Marketing, Vendas, Engenharias de Processo e de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc. A missão da rede Meio Ambiente é criar inovações que resultem em: Redução de Geração, Reciclagem, Vendas ou Disposição Sustentável para os resíduos industriais da Alcoa e Redução de emissões de CO2. 3.3.4.Meio Ambiente A rede Energia é composta pelas conexões científicas e tecnologias com impacto na utilização eficiente de Eenergia pela Alcoa, tais como: Agência Nacional de Energia Elétrica, Equipes de PD&I e de Assistência Técnica de Clientes e Fornecedores e Instituições Científicas e Tecnológicas e outras Associações do setor energético, Áreas Internas da Alcoa, no Brasil e no exterior, que tenham impacto em eficiência energética, tais como: Divisão de Energia, Centros de Pesquisas, Compras, Marketing, Vendas, Engenharias de Processo e de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc. A missão da rede Energia é criar inovações que resultem em: Aumentos de Eficiência Energética e do Uso de Fontes de Energia Limpas e Renováveis e Redução de emissões de CO2. Sumário 169 / 415 5. PRINCIPAIS DESAFIOS DA ÁREA DE PD&I ALCOA Tendo sido parida em Março de 2010, a área de PD&I da Alcoa se encontra na etapa inicial, ilustrada na Figura 7, a qual consiste na construção do ecossistema necessário (estrutura contábil, nucleações, conexões, cultura de inovação, etc.) para o cumprimento das missões de cada rede e na simultânea geração de inovações de curto prazo que provem sua importância. Os principais projetos em cada rede são respectivamente para as redes de Clientes, Materiais, Meio Ambiente e Energia: Desenvolvimento de novas ligas de alumínio, desenvolvimento de novos conceitos ou novos fornecedores de refratários para uso da Alcoa, desenvolvimento de vendas ou reciclagem para resíduos de bauxita e carbonáceos e aumento de eficiência energética dos processos industriais da companhia. Referências The measurement of Scientific and Technological Activities, The Oslo Manual, Third Edition, OECD 2005 2011 Aon Global Risk Management Survey Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras/ João Alberto De Negri, Mario Sergio Salerno, Brasília: IPEA, 2005. Alcoa Celebrates 120 Years of Innovation Passeio Virtual pelo salão de exposições de Inovações da Alcoa no Centro de Pesquisas de Pittsburgh (ATC). Scattering the seeds of invention: the globalisation of research and development, The Economist Intelligence Unit, 2004. International Strategies for innovation: A study of seven countries and Brazil, Brazil Institute special report – Woodrow Wilson International Center for Scholars, 2008. Das redes sociais à Inovação, Maria Inês Tomaél, Adriana Rosecler Alcará e Ivone Guerreiro Di Chiara, Scielo, Ci. Inf., Sumário 170 / 415 Brasília, v. 34, n. 2, p. 93-104, maio/ago. 2005. Stage-Gate Innovation Management Guidelines, Managing risk through structured project decision-making, Version 1.3, US Department of Energy, February 2007. Jorge Gallo e Otávio Cavalheira Gerente de PD&I da Alcoa América Latina e Caribe, com Mestrado em retardantes de chama para polímeros e Doutorado em aluminas para cerâmicas de alto desempenho pelo Depto. de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos. Entre Julho de 2008 e Setembro de 2009, atuou como pesquisador visitante no Centro de Pesquisas da Alcoa em Pittsburgh, nos EUA, considerado o maior centro de pesquisa em materiais não ferrosos do planeta, onde realizou pesquisas com materiais cerâmicos avançados para utilização no processo eletrolítico de produção de alumínio. Retornando ao Brasil, elaborou conceito e criou, juntamente com o Diretor Comercial da Alcoa, Otávio Carvalheira, a primeira Área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Alcoa na região da América Latina e Caribe, onde vem atuando desde então com o desafio de gerar inovações de grande impacto na sustentabilidade de negócios da companhia na região. Sumário 171 / 415 Informativo Vale Tecnologia de ponta é usada nas operações portuárias da Vale Como prática de adotar inovação em seus projetos, a Vale possui um modelo reduzido da sua área do porto, em São Luís (MA). O modelo permite a simulação de manobras de navios, antes que elas se tornem reais. O protótipo - espécie de maquete “gigante” ou miniatura da área portuária operada pela Vale - foi desenvolvido pelo renomado Laboratório de Hidráulica da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica – FCTH, que é referência nacional na construção de modelos semelhantes. A FCTH é ligada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Poli/ USP. Dentre os objetivos do modelo reduzido, estão: avaliar movimentos e forças de amarração associadas sobre os navios atracados e nas defensas dos píeres, visando verificar as condições de limites operacionais e de segurança; estudar e propor obras e otimização de planos de amarração, em prol de uma maior segurança nas operações; estudar as Sumário 172 / 415 manobras de navios rádio-controlados para diversas condições de marés, entre outras. Por meio do modelo reduzido, os especialistas da USP, da Vale e da Praticagem simulam manobras de aproximação, atracação, desatracação e afastamento de diferentes modelos de navios. O modelo reproduz todas as áreas da baía de São Marcos que influenciam as operações portuárias. Parceria - A FCTH foi escolhida pela Vale para desenvolver o modelo reduzido por conta do seu reconhecido know-how. A parceria da Vale com a FCTH iniciou-se em 1981, com o desenvolvimento do primeiro estudo da Área Portuária do Maranhão. O acervo técnico do laboratório é o mais completo da área de hidráulica no país e abrange levantamentos hidrográficos, estudos de correntes marítimas e trajetórias de sedimentos, acompanhando a implantação dos projetos portuários existentes na baía de São Marcos. Este acervo constitui-se em importante base de dados que fundamenta estudos e projetos de expansão desta área portuária, de grande importância econômica para o Maranhão. Sumário 173 / 415 Desenvolvimento e Prototipagem de um Centro de Gestão da Proteção da Rede Elétrica da CEMAR Adrianno B. R. A. Bastos Denivaldo C. P. Lopes Johnneth S. Fonsêca Leonardo Paucar Nierbeth C. Brito Renato M. Souza Ronnie S. Loureiro Zair Abdelouahab E ste trabalho descreve o desenvolvimento de um protótipo de Centro de Gestão da Proteção (CGP). O sistema do CGP tem por objetivo a recuperação e o armazenamento de dados dos relés digitais do sistema de proteção da rede elétrica para posterior análise e apresentação das informações. O acesso a estes dados é feito através de um Web browser executado em um notebook ou desktop ou através do aplicativo cliente do CGP executado em um dispositivo móvel (por exemplo, smartphone). O CGP prevê redundância da infraestrutura de comunicação com a Internet através da comunicação via telefonia móvel 3G. Os conceitos de aplicação Web, paradigma orientado a objetos, computação móvel, telefonia móvel 3G, serviços Web, segurança e plataforma Java foram explorados no desenvolvimento do projeto. O sisSumário 174 / 415 tema CGP tem possibilitado a análise e a interpretação dos eventos ocorridos no sistema elétrico da Companhia Energética do Maranhão (CEMAR). Introdução A implantação de centros de gestão da proteção por parte das companhias de distribuição tem como objetivos básicos facilitar a aquisição de dados dos relés, configuração dos relés digitais, aquisição de ajustes implantados, sequência de eventos, medições e arquivos de oscilografias [1], [2], [3]. A Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) possui relés digitais [3] no sistema de proteção das subestações, o que permite obter informações instantâneas sobre as variáveis monitoradas como tensão, corrente, demanda, etc. Entretanto, os seguintes problemas constituem um empecilho para a disponibilidade destes dados: • A rede de dados que interliga as subestações, onde se localizam os relés digitais, pode perder a conectividade, deixando os relés digitais inacessíveis; • As variáveis monitoradas são armazenadas temporariamente nos relés digitais e, quando a memória limitada esteja cheia de dados, estes são sobrescritos, ocorrendo a perda de dados e do histórico das variáveis medidas. O objetivo deste trabalho de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é a concepção e o desenvolvimento de um sistema do Centro de Gestão da Proteção (CGP), que forneça: • Redundância da infraestrutura de comunicação com os relés digitais via telefonia móvel 3G [4]; • Um sistema de software que permita o acesso aos dados dos relés digitais e o armazenamento de forma persistente em um banco de dados. O acesso às informações do CGP pode ser feito via Web browser ou via um aplicativo para dispositivo móvel (por exemplo, smartphone). Sumário 175 / 415 A metodologia da infraestrutura de comunicação consiste na definição de arquiteturas de hardware nas quais um modem 3G permite a redundância da rede de comunicação com a Internet. A metodologia de desenvolvimento do sistema de software do CGP consiste na concepção de uma arquitetura organizada em camadas, cada uma independente da outra e com funcionalidades bem definidas. O produto resultante deste projeto P&D é formado por arquiteturas de hardware e por um sistema de software. A arquitetura de hardware suporta a redundância da via de comunicação graças à telefonia móvel 3G. O sistema de software do CGP permite que os eventos ocorridos nas subestações possam ser recuperados, armazenados e, posteriormente, analisados para auxiliar nas tomadas de decisão sobre manobras, configuração, medição e planejamento da rede elétrica da concessionária. Sistema do centro de gestão da proteção Nesta seção descrevem-se o contexto de utilização do sistema do CGP proposto, a metodologia e as tecnologias empregadas, as arquiteturas de hardware e de software e testes. Contexto de Utilização A Figura 1 apresenta o contexto de utilização do sistema CGP. Na parte inferior desta figura, tem-se o relé digital conectado a um transceiver/remota e este último conectado ao servidor de acesso da CEMAR, dando assim acesso remoto ao relé digital. Este acesso pode ser feito via um Laptop + modem 3G ou smartphone com comunicação 3G ou via um notebook ou desktop com comunicação com a Internet via Web browser. A redundância da comunicação é garantida através da configuração e instalação de um modem 3G no switch da rede da subestação de energia elétrica. Sumário 176 / 415 O acesso remoto dos relés tem como vantagem a configuração remota, análise em tempo real, comissionamento remoto, suporte à equipe de manutenção local na solução de problema, e o monitoramento de equipamentos distantes. Figura 1. Contexto do sistema CGP. Metodologia e Tecnologias Durante a pesquisa, buscou-se desenvolver um sistema computacional que privilegiasse uma organização em camadas, cada uma com uma funcionalidade bem definida e fraco acoplamento entre os níveis adjacentes. Sendo assim, optou-se por uma arquitetura em camadas conforme a Figura 2. Também utilizou-se a análise e projeto orientado a objetos e a programação orientada a objeto. Além disso, alguns conceitos de concorrência são utilizaSumário 177 / 415 dos para que o sistema possa ser acessado por múltiplos usuários. Figura 2. Arquitetura de hardware baseada em remota e concentradora. Uma vez definida a arquitetura em diagramas de blocos, optou-se por criar modelos em Unified Modeling Language (UML) [5], para melhor expressar o sistema independente de tecnologia ou plataforma. Em seguida, definiram-se as tecnologias e plataformas a serem usadas em cada nível. As principais tecnologias empregadas no desenvolvimento do CGP são as seguintes: • Modelagem: Unified Process (UP) [5] foi utilizado como metodologia de desenvolvimento. Unified Modeling Language (UML) foi utilizada para análise de requisitos e projeto do Sistema CGP; • Implementação: Plataforma e Linguagem Java (J2SDK, J2EE, JME) [6]; Banco de dados relacional Oracle; e a interoperabilidade foi garantida graças a tecnologia de Serviços Web [7], segurança de comunicação baseada em assinatura digital e RSA (algoritmo de chaves assimétricas) [8]. Sumário 178 / 415 Arquiteturas de Hardware Três arquiteturas de hardware foram propostas, após análise da planta de subestações de energia elétrica da CEMAR. A Figura 2 apresenta a arquitetura de hardware que exigiu menos mudanças na planta atual da CEMAR. O modem de telefonia móvel 3G é conectado ao switch. Para esta arquitetura, foi pesquisado no mercado um modem 3G com capacidade de perceber a ausência de conectividade com a Internet e comutação automática para rede de telefonia móvel 3G. Assim, a tolerância a falhas da rede de comunicação é garantida, deixando o sistema sempre disponível. Sistema de Software CGP: Arquitetura e funcionalidade Arquitetura em camada do Sistema CGP Figura 3 Sumário 179 / 415 A Figura 3 apresenta a arquitetura em camadas do CGP que são descritas como: • Interface Homem-Máquina: permite o acesso ao sistema do CGP através de um browser Web ou um dispositivo móvel; • Controle de sessão: gerencia sessões de usuários, permitindo que as tarefas sejam realizadas mesmo com desconexões da rede, guardando o espaço de trabalho dos usuários; • Lógica do Negócio: gerencia e executa as funcionalidades de acesso e controle de um relé digital de forma uniforme e independente do tipo de relé; • Acesso a Informação ou controle de atuação: permite gerenciar os acessos múltiplos tanto de consulta de dados quanto de controle de atuação; • Aquisição de Dados e Atuação: este nível comunica diretamente com relés digitais (por exemplo, SEL 351), utilizando protocolos tal como LMD/SEL ou DNP3. A modularidade da arquitetura em camadas do sistema do CGP permite que qualquer camada seja substituída, por exemplo, uma camada de Aquisição de Dados e Atuação que comunica via LMD/SEL pode ser substituída por uma camada que comunica via DNP3 sem haver necessidade de alteração na camada de Acesso a Informação ou controle de atuação. Implantação e Testes do CGP O Sistema do CGP foi implantado na subestação São Francisco da CEMAR. A Figura 4 ilustra uma captura de tela apresentando informações obtidas pelo CGP. Sumário 180 / 415 Figura 4. Sistema do CGP: demandas. A Figura 5 apresenta o sistema do CGP sendo acessado por um smartphone. A execução do sistema CGP móvel é mostrada na Figura 6 através de um smartphone. Figura 5. Aplicativo do sistema do CGP para dispositivo móvel: acessando eventos via smartphone. Sumário 181 / 415 Figura 6. Aplicativo do sistema do CGP para dispositivo móvel: execução com smartphone. Na Figura 7 são mostrados parte dos equipamentos adquiridos para o projeto: relés digitais SEL-351A e a plataforma SEL-3351, instalados na Subestação São Francisco da CEMAR. Conclusão Figura 7. Equipamentos instalados na subestação São Francisco da CEMAR Neste trabalho, um sistema computacional protótipo de Centro de Gestão da Proteção-CGP da CEMAR foi desenvolvido através das tecnologias 3G, serviços Web, Java, computação móvel, o que possibilitou a implementação de um sistema de software e a definição de três arquiteturas de hardware. O protótipo de CGP foi testado com sucesso no Sumário 182 / 415 Centro de Operação do Sistema da CEMAR, em São Luís do Maranhão, demonstrando a utilidade da tecnologia 3G para comunicação como canal redundante. Um dos principais resultados obtidos pelo projeto foi a recuperação e armazenamento de inúmeras informações contidas nos relés digitais que podem servir para diferentes tipos de análise, tal como crescimento da demanda. Como o sistema de software do CGP foi implementado de uma forma modular e utilizando a tecnologia Java, ele facilmente poderá ser adaptado a diversos tipos de hardware, além das opções de reusabilidade e integração. Trabalhos futuros relacionados com o sistema CGP podem incluir, por exemplo, tratamento de dados servindo na pesquisa para tomada de decisão operacional, utilizando algum método de inteligência artificial e análise de detecção e diagnóstico de falhas para manutenção. Referências [1] F. Zavoda, “The key role of intelligent electronic devices (IED) in advanced Distribution Automation (ADA),” China International Conference on Electricity Distribution - CICED, pp. 1-7, Dec. 2008. [2] M. Qureshi et al. “A Communication Architecture for Inter-substation Communication,” IEEE 8th Int. Conf. on Computer and Information Technology Workshops - CIT, Sydney, pp. 577-582, July 2008. [3] D. V. Coury, M. Oleskovicz e R. Giovanini, Proteção Digital de Sistemas Elétricos de Potência: dos Relés Eletromecânicos aos Microprocessados Inteligentes, São Carlos: EESC-USP, 2007. [4] H. Holma and A. Toskala, HSDPA/HSUPA for UMTS: High Speed Radio Access for Mobile Communications, 1st edition, Wiley, 2006. [5] J. Arlow and I. Neustadt, UML 2 and the Unified Process, 2nd ed., Addison Wesley, 2005. [6] H. M. Deitel, P. Deitel, Java How to Program, 8th ediSumário 183 / 415 tion, Prentice Hall, 2009. [7] G. Alonso, F. Casati, H. Kuno, and V. Machiraju, Web Services: Concepts, Architectures and Applications, 1st edition, Springer, 2010. [8] W. Stallings, Cryptography and Network Security: Principles and Practice, 5th Edition, Prentice Hall, 2010. Adrianno B. R. A. Bastos Engenheiro Elétrico. Denivaldo C. P. Lopes Doutor em Informática pelo Université de Nantes, França e Professor da Universidade Federal do Maranhão. Johnneth S. Fonsêca Mestre em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal do Maranhão Leonardo Paucar Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Professor da Universidade Federal do Maranhão. Nierbeth C. Brito Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Professor da Universidade Federal do Maranhão. Renato M. Souza MBA em Gestão de Negócios em Energia Elétrica pela Fundação Getúlio Vargas - RJ e Executivo de Projetos e Obras Alta Tensão da Companhia Energética do Maranhão. Ronnie S. Loureiro Especialista em Engenharia Elétrica pelo Instituto Federal do Maranhão e trabalha na Companhia Energética do Maranhão. Zair Abdelouahab Mestre em Computing Science pela University Of Glasgow , Doutor em Computer Studies pela University Of Leeds e Professor da Universidade Federal do Maranhão. Sumário 184 / 415 Informativo FAPEMA Maranhão: Em se plantando, tudo dá! Ivandro Coêlho Priscila Cardoso P romover o progresso da educação é o caminho mais seguro para a estruturação sólida de uma sociedade desenvolvida. No Maranhão, uma linha de investimentos que tem crescido bastante no país é a aplicação de recursos na pesquisa científica. E, ao contrário do que muitos pensam, investir em ciência, tecnologia e inovação, além de estímulo intelectual, também traz resultados financeiros. A Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Maranhão (FAPEMA), maior agência de fomento à pesquisa local, acredita que este é um meio bastante nobre de se chegar a esse objetivo. “Somente para 2012, estão previstos 40 editais que somam mais de R$ 26 milhões em investimentos na Ciência, Tecnologia & Inovação do Maranhão, destinados a bolsas, auxílios, convênios federais, programas de divulgação científica, inserção de pesquisadores nas empresas e projetos estratégicos para Sumário 185 / 415 o Maranhão, em todas as áreas do conhecimento”, conta Rosane Guerra, diretora-presidente da Fundação. O interesse e a capacidade dos pesquisadores em apresentar projetos inovadores e revolucionários têm chamado a atenção da FAPEMA. Alguns trabalhos apoiados pela Fundação merecem destaque, tanto pela qualidade no desenvolvimento da pesquisa, como pela perspectiva de retornos financeiros. É MAMÃO COM AÇÚCAR! Uma das pesquisas apoiadas pela FAPEMA busca aumentar a produtividade do mamão na área do Baixo Parnaíba. Analisando a realidade do estado, a professora Dra. Maria da Cruz Chaves Lima Moura, do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão (CCAA/UFMA), desenvolve um projeto que tem como objetivo selecionar variedades de mamão mais adaptadas às condições de clima e solo da região, levando em consideração a produtividade e o tipo preferido pelo consumidor. “O Maranhão é tradicionalmente importador de produtos hortifrutis, entre eles, o mamão. Apesar de ser uma fruta com grande potencial produtivo e de consumo para o estado, há um déficit na oferta desse produto, que é trazido principalmente do estado do Pará”, explica a pesquisadora. O projeto – intitulado “Seleção de Genótipos de Mamoeiro (carica papaya l.) para Produção Comercial na Microrregião de Chapadinha, Nordeste Maranhense” – teve início em 2010, no município de Brejo. “Estamos testando dez variedades de mamoeiro dos grupos ‘Solo’ e ‘Formosa’ para Sumário 186 / 415 saber qual a mais produtiva e a que tem mais preferência no consumo local e regional”, informou a professora Maria Moura, coordenadora do projeto. Para ela, esse processo de introdução e avaliação de genótipos de mamão é necessário porque ainda não se conhece o desempenho desses materiais genéticos nas condições de solo e clima da região. De acordo com a professora Maria Moura, a exploração comercial da cultura do mamoeiro poderá se transformar numa excelente oportunidade para a diversificação agrícola do Maranhão. Além disso, a pesquisa também vai proporcionar o treinamento dos viveiristas e produtores do Baixo Parnaíba, fortalecendo o mercado local não só do produto, mas das sementes selecionadas. Para a pesquisadora, outro aspecto importante da pesquisa é o fortalecimento da agricultura familiar. Atualmente, o cenário produtivo da região é mais voltado para a produção de grãos, principalmente a soja, destinados à exportação. Segundo ela, a cultura do mamão pode ser uma alternativa de produção de alimentos para essa região. “A vantagem da cultura do mamão não é apenas agronômica, mas social, uma vez que ela absorve uma grande parcela da agricultura familiar. Trata-se de um produto bastante rentável e que pode ser produzido em pequenas áreas”, explicou a professora Maria Moura. TERAPIA DAS FLORES Pesquisas voltadas para a área da saúde também recebem o apoio da FAPEMA. Nesta, o pesquisador Tonicley Alexandre da Silva descobriu outra função para as flores. Em seu trabalho de mestrado em Ciências da Saúde, pela Universidade Federal do Maranhão, o nutricionista investigou os efeitos de diferentes partes do cajueiro no tratamento da diabetes. Depois de retirar extratos vegetais de folhas, cascas e flores e administrá-los oralmente em camundongos que apresentavam predisposição para diabetes, ele observou um efeito muito positivo das flores. Sumário 187 / 415 Flor cajueiro A descoberta suscitou o interesse do pesquisador em investigar a fundo o efeito das flores do cajueiro no tratamento e na prevenção dos sintomas que a doença provoca no organismo. “A literatura já mostrava vários estudos feitos a partir da casca, das folhas e de outras partes do cajueiro, mas nada relacionado às flores no tratamento da diabetes. Em nossa pesquisa, observamos que as flores também têm essa propriedade e a concentração encontrada nelas, em relação a outros extratos, é muito maior”, explica Tonicley Silva. Segundo o pesquisador, a alta concentração do princípio ativo derruba um grande obstáculo que inviabilizava a comercialização do medicamento extraído do cajueiro. “Antes, seria necessária uma quantidade muito grande de substrato (folhas e cascas) para se conseguir uma quantiSumário 188 / 415 dade de produto capaz de ter esse efeito benéfico. Com as flores, observamos que uma pequena quantidade já teria o mesmo efeito de uma grande quantidade de outras partes da planta”, garante o nutricionista e também doutorando em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio). Na pesquisa, Tonicley Silva obteve grandes resultados com a utilização das flores do cajueiro, como a diminuição da fome e da sede dos animais e a redução da glicose sanguínea. Além disso, observou um aumento na produção de insulina (hormônio responsável por transportar glicose do sangue para dentro das células) e uma diminuição de triglicerídeos, causadores de problemas cardiovasculares e de doenças relacionadas ao metabolismo de gordura no organismo. A descoberta do novo produto pode significar o desenvolvimento de uma nova opção terapêutica para o tratamento da diabetes, com possibilidade de menos efeitos colaterais que as já disponíveis no mercado. “Além disso, se conseguirmos descobrir um princípio ativo a partir de uma planta que é nativa, não só do nosso estado, mas do Nordeste, que é uma região de certa forma carente, possibilitaremos a exploração dessa espécie que é abundante, proporcionando um incremento da renda dessa população que trabalha com a planta”, pontua Tonicley, que garante ter, até 2014, os resultados finais da pesquisa. Flor cajueiro Sumário 189 / 415 Outra pesquisa, que promete aliar retorno financeiro e sustentabilidade, busca otimizar a produção de etanol no Baixo Parnaíba sem agredir o meio ambiente. O trabalho está sendo desenvolvidos pela professora Francirose Shi- Adubação nitrogenada realizada no segundo ano. gaki, do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão (CCAA/UFMA). Intitulado “Seleção de variedades de cana de açúcar para o estado do Maranhão visando a produção sustentável de etanol”, a pesquisa tem como objetivo principal indicar variedades de cana de açúcar mais adaptadas às condições de solo e clima da região do Baixo Parnaíba, além de avaliar as técnicas de manejo para a produção sustentável do etanol. O projeto foi implantado em 2009, numa fazenda de produção de cachaça da cidade de Brejo, depois que os pesquisadores constataram que a produção de cana de açúcar na região era baixa porque os produtores utilizavam variedades ultrapassadas e também não aplicavam técnicas de manejo mais eficientes, como a adubação nitrogenada e a irrigação. A primeira etapa do projeto foi dedicada à seleção de variedades e a segunda, à avaliação do impacto ambiental. Na terceira fase, os pesquisadores realizam análises tecnológicas da cana de açúcar produzida no experimento, visando a produção do etanol. “A intenção inicial era selecionar algumas variedades e tentar utilizar subprodutos da própria Sumário 190 / 415 (Fonte: pesquisadora Francirose Shigaki ETANOL VERDE produção - no caso de Brejo, o vinhoto - para substituir a adubação nitrogenada. Depois fazer o manejo adequado com essas variedades para observar o potencial de produtividade de acordo com as condições edafoclimáticas (solo e clima) da região”, explicou a pesquisadora. O resultado desse trabalho de seleção e manejo correto foi um aumento de produtividade obtido no primeiro ano com a cana plantada em torno de 120 toneladas por hectares, considerada maior que a produtividade da região, que é de 50 toneladas. “A gente quer ver agora se a variedade que apresentou maior produtividade no primeiro ano também é melhor no segundo e assim sucessivamente nos próximos anos de rebrota”, declarou a professora Francirose. Sumário / 415 191 /191 415 UM FUTURO MAIS INTERATIVO Tecnologia e Inovação também ganham espaço quando o assunto é investimento em pesquisa científica. A FAPEMA está apoiando o projeto do pesquisador Márcio Carneiro que visa revolucionar a TV Digital, explorando uma de suas facetas que nem todo mundo conhece: a interatividade. Muita gente acha que a TV digital traz consigo apenas o conceito de excelência no que diz respeito a som e imagem, mas poder agregar a esse fluxo um terceiro tipo de conteúdo, como aplicações e softwares, já é uma realidade. Por meio da interatividade na TV digital, informações antes acessadas apenas pela internet estariam disponíveis, agora, com o simples auxílio do controle remoto. A diferença é que isto seria possível com menos restrições, já que, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo instituto Sensus, apenas 44,9% da população brasileira tem acesso à rede mundial de computadores. “Nesse caso, a interatividade na TV digital pode até ser considerada uma política pública, porque é uma forma de inclusão social, de você oferecer serviços públicos para todo o Brasil, independente de classe social, porque a televisão está em todos os lugares”, argumenta Márcio Carneiro, jornalista e pesquisador nas áreas de Convergência e TV Digital. Mas, afinal, se a interatividade na TV é tão fantástica assim, por que ainda não foi disseminada? Um dos maiores problemas encontrados pelas emissoras de televisão é o custo. Além de pessoal com conhecimento em linguagem de programação, o desenvolvimento de um aplicativo funcional e com layout chamativo levaria meses. “Quem desenvolve um aplicativo geralmente não tem domínio sobre design e acaba apresentando um software bruto, pouco atrativo, o que facilita a reprovação do produto pela empresa”, justifica Carneiro, que também é Coordenador do Laboratório de TV do Curso de Comunicação Social da UFMA. A solução encontrada por Márcio Carneiro foi democratizar a interatividade via TV digital e sistemas IPTV. Para Sumário 192 / 415 isso, ele desenvolveu um software voltado especificamente para jornalistas, editores, publicitários, ou seja, para os responsáveis pela produção do conteúdo da televisão. “Com o T-Autor, os produtores de conteúdo passam a ter mais liberdade, numa tendência que segue o que já existe no ambiente de Internet. Para as empresas, o programa permite a inclusão da interatividade nos fluxos de trabalho com redução de custos, menor necessidade de pessoal especializado, agilidade no desenvolvimento e muito mais possibilidades de criar e experimentar novos formatos, utilizando a ferramenta para testes e versões finalizadas para veiculação”, esclarece. O projeto recebe apoio da FAPEMA por meio do PAPPE (Programa de Apoio à Pesquisa na Empresa), que visa estimular a inovação, aumentando a competitividade das empresas maranhenses. “E a inovação onde está? Está em trazer algo que antes era restrito a programadores para as pessoas que efetivamente fazem televisão. Não existe nada parecido no mercado tão focado para esse público”, justifica. No mundo virtual, por meio das redes sociais, principalmente dos blogs, as pessoas saíram da posição passiva e passaram a ser também autores de conteúdo. Na TV, isso também será possível. “Imagine um professor preparando uma videoaula de geografia. Com o T-Autor, ele poderia, por exemplo, tornar a exposição bem mais dinâmica, criando um menu que desse acesso a mapas, dados históricos, informações adicionais e assim por diante”, vislumbra Carneiro. Com o desenvolvimento destas novas ferramentas, uma coisa é certa: ninguém mais vai adormecer vendo televisão. Ivandro Coêlho Assessor de imprensa da FAPEMA Priscila Cardoso Assessora de imprensa da FAPEMA Sumário 193 / 415 O Sistema Híbrido Eólico-Solar de Geração Elétrica Sustentável da Ilha de Lençóis: uma solução viável para atendimento elétrico de ilhas do litoral do Maranhão Luis Antonio de Souza Ribeiro João Victor M. Caracas José Gomes de Matos Osvaldo R. Saavedra Shigeaki L. Lima Sumário 194 / 415 Introdução Parte significativa da população mundial não tem acesso à energia elétrica e, consequentemente, não tem acesso a serviços relacionados à educação, saúde, telecomunicações, lazer, segurança, etc. A situação é semelhante no Brasil, onde boa parte da população carece de serviços e confortos da vida contemporânea que são provenientes do acesso à eletricidade. São diversos os fatores que geraram e mantêm essa situação, tais como: restrições econômicas e ambientais, residências com baixo consumo, população dispersa e inexistência de atividade econômica que demande energia, entre outros. São aspectos que dificultam a realização de investimentos na construção e/ou expansão de sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, principalmente nas regiões mais pobres e distantes dos centros urbanos, como é o caso de muitas comunidades do Brasil, um país com dimensões continentais. Nesse aspecto, destaca-se o caso do Maranhão, um estado grande e com diversas comunidades habitando ilhas isoladas de seu extenso litoral. O Programa Luz para Todos do Governo Federal tem como meta que todos os consumidores, residenciais ou não, tenham acesso à energia e sejam atendidas até determinado prazo. Em outras palavras, isso significa que todas as concessionárias em operação no Brasil devem abastecer eletricamente a totalidade (ou 100%) das residências que não disponham de energia elétrica até os dias de hoje, não importando mais se esses consumidores estão dispersos ou se são pequenos. Este é um desafio de grandes dimensões, que, para ser atendido, demanda soluções clássicas, mas também soluções inovadoras. Este trabalho se concentra na problemática de como atender às comunidades que residem nas numerosas ilhas do litoral brasileiro, e mais especificamente, no litoral do Maranhão. Com esse objetivo, o Instituto de Energia Elétrica da Sumário 195 / 415 UFMA, através do seu Núcleo de Energia Alternativa, desenvolveu, instalou e vem mantendo em operação desde julho de 2008 um sistema piloto inovador para atender a esses tipos de comunidades. Os recursos para implantação do sistema foram disponibilizados pelo Ministério de Minas e Energia. O sistema de geração foi concebido de forma a apresentar as seguintes características relevantes: a) Transparência: Este aspecto constitui uma das principais contribuições inovadoras do Projeto. O fornecimento de energia elétrica tem sido feito transparentemente e com continuidade para o usuário do sistema, sem que ele perceba de qual fonte está recebendo a energia. b) Confiabilidade: a tecnologia aplicada no Projeto tem se apresentado segura e robusta, com alternativas automáticas que têm evitado o não atendimento da comunidade, ainda em condições de falha parcial do sistema de geração. c) Respeito ao meio ambiente: A geração de energia elétrica tem sido feita atendendo a critérios de preservação e respeito ao meio ambiente. d) Integração da comunidade: O projeto foi implantado tendo a comunidade como um parceiro do empreendimento, articulando para que a mesma percebesse a importância do projeto, interessando-se, assim, pela sua sustentabilidade e continuidade. Descrição do Sistema A topologia/configuração do sistema de geração foi definida considerando os aspectos em termos das necessidades da comunidade, assim como das potencialidades energéticas do local, tendo sido verificado o seguinte: - O potencial de energia solar na Ilha dos Lençóis é elevado, em função da mesma estar situada próxima da linha do Equador; - A documentação técnica relativa às velocidades de vento para a região apontou que a ilha tem potencial energético Sumário 196 / 415 adequado para esse tipo de geração, registrando-se ventos médios anuais da ordem de 7 a 8 m/s; - A Ilha se encontra em uma reserva extrativista, controlada pelo ICMBIO (RESEX de Cururupu-Ma), portanto, a utilização de fontes energéticas renováveis para atendimento da sua comunidade é altamente desejável. Com estas constatações e com o estudo de demanda da Ilha, foi desenvolvida uma solução híbrida de geração, usando como fontes primárias o sol e o vento. Fisicamente, o sistema de geração é formado pelos seguintes subsistemas, conforme mostrado no diagrama de blocos da Figura 1: Figura 1. Diagrama de Blocos do Sistema. •Um subsistema de geração eólica, composto por três turbinas de 7.5kW cada; Sumário 197 / 415 Divulgação •Um subsistema de geração solar, formado por 162 módulos fotovoltaicos de 130Wp cada, o que totaliza uma potência de pico instalada de 21kW; •Um subsistema de armazenamento de energia, formado por 120 baterias de 220Ah; •Um subsistema de inversão de tensão, formado por 2 inversores de 20kVA, que operam em paralelo e tem a função de adequar a energia gerada a partir do sol e do vento, de tal forma que ela possa ser consumida pela comunidade no padrão de tensão comercial de 220V e frequência de 60Hz; •Um sistema de backup composto por um gerador a diesel de 53kVA, que tem a função de suprir os consumidores no caso de períodos prolongados de falta de vento e ou de sol ou ainda no caso de defeito ou necessidade de manutenção do sistema de geração a partir das fontes renováveis. A figura 2 apresenta uma vista geral da Ilha dos Lençóis, com um relevo predominantemente de dunas. A ilha é habitada basicamente por pescadores, com uma população em torno de 400 pessoas (aproximadamente 90 residências). Figura 2. Vista panorâmica da Ilha de Lençóis. Sumário 198 / 415 Divulgação Divulgação Figura 3. Casa de controle do sistema de geração. Divulgação Figura 4. Vista do painel fotovoltaico de 21kWp. A Figura 3 mostra a casa de controle que foi construída para o sistema de geração. Sobre a cobertura dessa casa está instalado o painel fotovoltaico de 21kWp, conforme mostrado na Figura 4. A figura 5 mostra as três turbinas eólicas, de 7.5kW (modelo Bergey Excel R 7.5 kW). Essas turbinas têm rotor com diâmetro de 7 metros e estão instaladas em torre de aço galvanizado de 30 metros de altura. Resultados e discussão O sistema híbrido de geração elétrica da Ilha de Lençóis está em operação desde julho de 2008. Nesse período o sistema tem sido capaz de suprir a comunidade com energia elétrica 24 horas por dia, inclusive com iluminação pública. A Figura Figura 5. Subsistema de geração eólica. Sumário 199 / 415 Divulgação Divulgação 6, por exemplo, mostra uma típica família da Ilha de Lençóis usufruindo dos benefícios do projeto, através da iluminação elétrica e do entretenimento a partir do uso da televisão. Já a Figura 7 mostra detalhes do sistema de iluminação das vias públicas que foi instalado na ilha. Trata-se de um Figura 6. Uso da energia por típica família da Ilha. sistema eficiente, com lâmpadas de baixa potência, porém capaz de atender plenamente às necessidades da comunidade. A chegada da energia elétrica à Ilha de Lençóis, com a implantação do sistema híbrido de geração pelo IEE-UFMA, representou um vetor para uma considerável melhoria na qualidade de vida dos seus habitantes. O acesso à informação e ao lazer, através da chegada da televisão, juntamente com a possibilidade de melhor conservação dos alimentos, através do uso da geladeira ou freezers, são exemplos óbvios do incremento positivo que teve a qualidade de vida das pessoas. No plano educacional, a escola municipal existente pôde funcionar em três turnos, com destaque para a oferta de cursos noturnos de alfabetização de adultos, o que era inviável antes da chegada da energia.Outro ponto a destacar Figura 7. Sistema de Iluminação das vias públicas. foi a melhoria do atendimento no Sumário 200 / 415 posto de saúde local, tendo em vista a possibilidade de conservação de medicamentos e vacinas, bem como a esterilização de ferramentas e equipamentos para pequenos procedimentos médicos. A atividade turística da Ilha tem sido significadamente incrementada, com o surgimento de várias pousadas criadas por moradores locais, tornando atrativa e confortável a estadia dos turistas que têm visitado a Ilha. Em termos científicos e tecnológicos, o desenvolvimento do projeto resultou em considerável expertise da equipe do IEE-UFMA na área de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, notadamente as fontes solar e eólica. Importantes parcerias foram feitas entre a UFMA e empresas privadas, face ao caráter emblemático do projeto. Em especial, vale destacar a parceria formada entre a UFMA e a CP ELETRÔNICA (ver www.cp.com.br), a qual foi primordial para o desenvolvimento, com tecnologia 100% brasileira, dos inversores de tensão que estão sendo utilizados no sistema elétrico da Ilha de Lençóis. Conclusões As tecnologias fotovoltaica e eólica têm sido eficazes no abastecimento de comunidades isoladas. São soluções que vêm se mostrando robustas e adequadas para áreas de difícil acesso, dispersas, com restrições ambientais ou com baixo poder aquisitivo. O Estado do Maranhão, em particular, apresenta um elevado número de ilhas e comunidades isoladas. São regiões onde a velocidade do vento é significativa durante vários meses do ano e onde é grande a disponibilidade de radiação solar. Em atenção a estes antecedentes, o IEE-UFMA, através do Núcleo de Energias Alternativas, desenvolveu este projeto piloto inovador para levar energia elétrica para as ilhas da região, de forma a impulsionar o desenvolvimento sustentado e estável dessas comunidades. A área piloto escolhida foi a Ilha de Lençóis, onde foi feita a instalação de Sumário 201 / 415 três turbinas eólicas juntamente com um sistema fotovoltaico de geração, de forma que toda a demanda pudesse ser atendida com energia limpa e de qualidade, sem agredir a natureza. O desenvolvimento do Projeto foi guiado por uma série de premissas, todas orientadas para a realização de um empreendimento que atendesse a todos os critérios de qualidade de serviço, confiabilidade, redução de custos, sustentabilidade. Este Projeto é uma amostra real de que é possível aproximar a Universidade dos setores mais carentes da sociedade, atendendo sua necessidade de realização de pesquisa aplicada e ao mesmo tempo solucionando problemas cruciais dessas comunidades carentes, como, por exemplo, acesso a energia elétrica. O projeto foi financiado pelo MME, no âmbito do Programa Luz para Todos do Governo Federal, como um modelo a ser replicado nas demais ilhas existentes na região. Agradecimentos Os autores agradecem o apoio do MME e da UFMA. João Victor M. Caracas Mestrando de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão. José Gomes de Matos Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da Universidade Federal do Maranhão. Luis Antonio de Souza Ribeiro Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da Universidade Federal do Maranhão. Osvaldo R. Saavedra Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Secretário Adjunto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. Shigeaki L. Lima Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão. Sumário 202 / 415 Levantamento da Flora Apícola em São José de Ribamar-MA O Eleuza Gomes Tenório Francisco V. de Paula Lima Filho conhecimento da flora apícola (nectarífera e polinífera) é um passo importante para a exploração racional e para programas de conservação de abelhas, facilitando as operações de manejo, como, também, possibilitando a identificação, preservação e multiplicação das espécies vegetais mais importantes (WIESE, 1995). Para a criação racional de abelhas, as informações sobre as floradas podem determinar a capacidade de sustentação das colônias num dado ambiente. Além disso, possibilitam o planejamento das atividades por meio do calendário apícola, onde é identificado o período de extração do mel, da alimentação artificial, da multiplicação das colônias, de instalação de caixas-isca, bem como da migração das colônias. (MOREIRA, 1991). Sabe-se que a maior parte do néctar aproveitado na apicultura brasileira provém de plantas nativas, não cultivadas. O conhecimento detalhado da época de floração das plantas visitadas auxilia na determinação das espécies vegetais que contribuem para formação do mel produzido. No Maranhão, tanto a apicultura quanto a meliponicultura têm se tornado uma atividade econômica alternativa para os agricultores. Por outro lado, o incremento dessas atividades também contribui para a manutenção de áreas com vegetação natural, que são importantes na preservação de reservas. Entretanto, essas atividades ressentem-se de trabalhos de cunho extensivo sobre as plantas nectaríferas e poliníferas, como dados sobre espécies, variedades, épocas de florescimento, concentração dos Sumário 203 / 415 açúcares do néctar, métodos de propagação do vegetal, etc. A identificação dos grãos de pólen tem sido utilizada para a determinação geográfica e botânica do mel, indicando o tipo floral do mel produzido. Todas essas informações refletem diretamente sobre os aspectos relacionados à comercialização desse produto. Assim, este trabalho visa identificar as plantas que poderão compor o pasto apícola utilizado tanto por abelhas africanizadas Apis mellifera quanto por abelhas indígenas sem ferrão, como, por exemplo, a Melipona fasciculata (tiúba), na região de São José de Ribamar–MA. Material e Métodos Área do estudo O estudo foi realizado numa propriedade particular da zona rural de São José de Ribamar, localidade Quinta, situada na extremidade leste da ilha de São Luís (02° 34’ 07’’S, 44° 08’ 12’’W), a 31 quilômetros da capital do estado. O município apresenta solo do tipo Latosso Amarelo e vegetação caracterizada pela presença de mata ciliar, manguezais, mosaico de pastagens e de agricultura familiar, florestas abertas e vegetação degradada com capoeiras e babaçuais (NUGEO–UEMA). O clima é tropical mesotérmico e úmido, com duas estações bem definidas. A chuvosa, de janeiro a junho, concentra, em média, 94% do total anual das chuvas; a estação seca, de junho a dezembro, concentra apenas 6%. O total pluviométrico médio é de 1.900 milímetros anuais. As temperaturas são elevadas durante o ano todo (média de 26ºC), com variação anual pequena, principalmente nos meses de abril, maio e junho (RIOS, 2001). Coleta do material botânico Para o reconhecimento da florada presente na área, as Angiospermas encontradas floridas foram coletadas mensalmente durante os anos de 2008, 2009 e 2010. O material botânico coletado foi desidratado, identificado, catalogado e depositado no Herbário da Universidade Estadual do Maranhão–UEMA. O botão floral fechado de cada espécie vegetal também foi coletado para identificação e caracterização dos grãos de pólen de acordo com Erdtman (1960), utilizando o método da acetólise. Para identificação das famílias, Sumário 204 / 415 o sistema de classificação adotado foi o APG II (SOUZA & LORENZI, 2008). Os grãos de pólen observados no microscópio óptico (aumento 40x e 100x) foram fotografados e separados em tipos polínicos de acordo com sua morfologia. A identificação ocorreu por comparação com a palinoteca da flora inventariada da área e pela literatura especializada. Resultados e Discussão As plantas identificadas na área de estudo representam 36 famílias, 77 gêneros e 91 espécies discriminadas na Tabela 1. As famílias mais representativas foram Fabaceae (com destaque para as subfamílias Mimosoideae e Caesalpinioideae) e, Malvaceae, seguidas de Asteraceae, Arecaceae, Myrtaceae e Solanaceae (Figura 1). Plantas identificadas na área do estudo Tabela 1 FAMÍLIA AMARANTHACEAE ANACARDIACEAE ARECACEAE ASTERACEAE BIGNONIACEAE BIXACEAE CARYOCARACEAE COMMELIACEAE NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR PORTE Alternanthera tenella Apaga-fogo Herbáceo Alternanthera brasiliana Carrapichinho Herbáceo Gomphrena sp. - Anacardium occidentales Caju Arbóreo Mangifera indica Manga Arbóreo Tapira guianensis Pau pombo Arbóreo Cocos nucifera Coco d’água Arbóreo Euterpe oleraceae Juçara Arbóreo Mauritia flexuosa Buriti Arbóreo Orbignya phalerata Babaçu Arbóreo Emilia coccinea Pincel Herbáceo Elephantopus mollis Lingua-de-vaca Herbáceo Wulffia baccata Camará Herbáceo Tabebuia sp. Ipê amarelo Tecoma stans Ipezinho-de-jardim Bixa orellana Urucum Cariocar brasiliense Pequi Commelina benghalensis Trapoeraba Sumário J MESES DE FLORAÇÃO F M A M J J A S O N D 205 / 415 FAMÍLIA CONVOLVULACEAE CUCURBITACEAE EUPHORBIACEAE FABACEAE: Caesalpinioideae NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR Ipomea sp. Jitirana vermelha Ipomea tribola Corda de viola Ipomoca finbriosepala Jitirana Merremia umbellata Jitirana amarela *Citrullus lanatus Melancia *Cucurbita pepo Abóbora Momordica chantaria Melão de São Caetano Cnidoscolus urens Cansanção Croton lobatus - Caesalpinia sp. Pau-brasil Arbóreo Cassia fistula Chuva de ouro Arbóreo Cassia sp. Cássia Arbóreo Delonix regia Flamboyant Arbóreo Senna obtusifolia Fedegoso Herbáceo Senna occidentalis Herbáceo Crotalaria spectabilis Fedegoso Amendoim forrageiro Chocalho Centrosema sp. - Herbáceo Centrosema brasilianum - Herbáceo Acacia polyphylla - Arbóreo Inga edulis Ingá Arbóreo Leucaena leucocephala Leucena Arbóreo Mimosa caesalpiniifolia Sabiá Arbóreo Mimosa invisa Mimosa Herbáceo Mimosa pudica Sensitiva Herbáceo Mimosa sp. - Arachis pintoi FABACEAE: Faboideae FABACEAE: Mimosoideae FABACEAE: Mimosoideae PORTE Hydrolea spinosa HYPERICACEAE Vismia guianensis Lacre Hyptis suaveolens Bamburral Herbáceo Ocimum campechianum Alfavaca Herbáceo Hyptis atrorubens Mentinha Herbáceo LAURACEAE Persea americana Abacate LYTHRACEAE Punica granatum Romã Byrsonima crassifolia Murici Arbóreo Arvoreta ou Arbusto Arvoreta Malpighia emarginata Acerola Arvoreta MALPIGHIACEAE Sumário J A S O N D Herbáceo HYDROLEACEAE LAMIACEAE F M A M J Herbáceo Espinheiro preto Amoroso Mimosa sp. J MESES DE FLORAÇÃO Arbóreo Herbáceo 206 / 415 NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR *Abelmoschus esculentos Quiabo *Gossypium sp. Algodão *Hibiscus acetosela Vinagreira roxa *Hibiscus sabdariffa Hibiscus rosa-sinensis Vinagreira Vinagreira branca Hibisco Luchea sp. Açoita-cavalo Arbóreo Sida acuta Relógio Herbáceo Sida cordifolia Malva-branca Herbáceo Sida sp. - Herbáceo Triumfetta rhomboidea Carrapichão Herbáceo Pavonia cancellata Malva-rasteira Herbáceo Tipo Melastomataceae - - Artocarpus heterophyllus Jaca Arbóreo Moringa oleifera Moringa Arbóreo Eucalyptus sp. Eucalipto Arbóreo Eugenia sp. - - Syzygium malaccense Jambo Arbóreo Psidium guajava Goiaba Arvoreta Bougainvillea glabra Primavera Arbustivo Ouratea sp. - Arbusto *Pennisetum purpureum Capim-elefante Herbáceo *Zea mays Milho Herbáceo PONTEDERIACEAE Eichhornia crassipes Aguapé Herbáceo PORTULACACEAE Talinum triangulare João Gomes Herbáceo Ixora sp. Alfinete Herbáceo Morinda citrifoli Noni Arbóreo Spermacoce capitata Vassourinha Herbáceo Spermacoce verticillata Vassourinha-de-botão Herbáceo SAPINDACEAE Sapindus saponaria Sabonete Arbóreo SAPOTACEAE Manilkara zapota Sapoti Arbóreo *Capsicum sp. Pimenta Herbáceo Nicandra physalodes Juá-de-capote Herbáceo *Solanum lycopersicum Tomate Arbustivo Solanum sp. - Arbustivo Turnera subulata Chanana Herbáceo Lantana camara Chumbinho FAMÍLIA *Hibiscus sp. MALVACEAE MELASTOMATACEAE MORACEAE MORINGACEAE MYRTACEAE NYCTAGINACEAE OCHNACEAE POACEAE RUBIACEAE SOLANACEAE TURNERACEAE VERBENACEAE Sumário PORTE J MESES DE FLORAÇÃO F M A M J J A S O N D 207 / 415 Principais Famílias encontradas na área de estudo Figura 1 As subfamílias de Fabaceae Caesalpinioideae, Faboideae e Mimosoideae - têm sido reportadas como de grande importância no fornecimento de pólen para as abelhas em algumas regiões do Maranhão (REIS-NETO, 2003). Em um levantamento apibotânico realizado no município de Itapecuru-Mirim, foram identificados 18 diferentes tipos polínicos nas amostras de pólen coletadas, distribuídos em 10 famílias botânicas, tendo como as subfamílias mais importantes Mimosoideae e Caesalpinioideae (BRITO & MUNIZ, 2007). Diversos autores (KERR et al., 1986/87; RAMALHO et al., 1990; MARQUES-SOUZA et al., 2007) constataram a importância de espécies da subfamília Caesalpinioideae na dieta de várias espécies de meliponíneos e de A. mellifera, com uma maior frequência de coleta para as abelhas sem ferrão. Essa família apresenta muitas espécies vegetais – as cássias, por exemplo (MARQUES-SOUZA, 1996). Além Sumário 208 / 415 do gênero Cassia, outras famílias botânicas, tais como Myrtaceae, Mimosaceae, Melastomataceae e Arecaceae possuem anteras poricidas, apresentando pólen abundante e pulverulento (RAMALHO et al., 2007). De acordo com Nunes-Silva et al. (2010), anteras do tipo poricida apresentam mecanismos de liberação de pólen que restringem a retirada de todos os grãos em uma única visita, fazendo com que seja liberada somente uma pequena porcentagem. Esse mecanismo garante a visita de vários polinizadores, promovendo maior sucesso na dispersão do pólen. Neste caso, as abelhas usam sua musculatura torácica para vibrar as anteras e liberar os grãos de pólen, processo conhecido por polinização por vibração ou “buzz pollination” (NUNES-SILVA et al., 2010). Como as abelhas A. mellifera não vibram as anteras, elas têm dificuldades na coleta de pólen dessas espécies, ao contrário das espécies de Melipona, que utilizam o método de vibração em suas coletas (MARQUES-SOUZA, 1996). As espécies da subfamília Mimosoideae, além de abrangerem plantas essencialmente nectaríferas, que produzem muito néc- tar, são constituídas ainda de plantas poliníferas, aquelas que produzem muito pólen e relativamente pouco néctar, sendo super-representadas nos espectros polínicos, que servem de fontes para as abelhas eussociais (KERR et al.,1986/1987; BARTH, 1989; RAMALHO et al., 1990). Carvalho et al.(2001, 2006) afirmaram que espécies do gênero Mimosa florescem ao longo de todo o ano. Tal fato torna esse gênero importante fonte de recurso para as abelhas, principalmente no período de escassez de outras plantas. A potencialidade apícola do gênero Mimosa é bastante representativa na região. A família Malvaceae apresentou maior número de espécies de plantas encontradas na área (Tabela 1), algumas cultivadas. A família Arecaceae foi muito bem representada por Orbignya phalerata (babaçu), Euterpe oleracea (juçara) e Mauritia flexuosa (buriti). Venturieri et al. (2005) destacaram os meliponíneos como os principais responsáveis pela manutenção dessas palmeiras. Consideram-se ainda como os melhores insetos para a polinização em cultivos comerciais de açaizeiro, com vistas ao Sumário 209 / 415 aumento da produção de frutos, corroborando a importância desse grupo de abelhas na manutenção de cultivos agrícolas (WIESE, 1995). As palmeiras são muito requisitadas pelas abelhas para coleta de recursos devido à abundância de pólen em suas inflorescências e pela duração do seu florescimento, além de ser de fácil acesso (OLIVEIRA et al., 2009). Em estudos realizados na região da baixada maranhense, Martins (2008) comprovou a relevância do pólen de babaçu para M. fasciculata nos meses de setembro a fevereiro. Ramalho et al. (1990) também destaca a família Arecaceae como importante fonte de recursos para os Trigonini e espécies do gênero Melipona. Luz (2007), ao estudar os recursos tróficos de A. mellifera, mostrou a importância das palmeiras para a alimentação dessas abelhas, sendo bastante representada nos meses de maio e junho. Alguns autores observaram ainda que as palmeiras são importantes fontes de pólen para outras abelhas, como Pebleia sp. e também para os Trigonini (CARVALHO et al., 1999). Outros autores (ABSY et al., 1984; KERR, 1996), em traba- lhos com M. fasciculata, a palmeira O. phalerata foi o tipo polínico mais representativo em todas as coletas. De acordo com Silva et al (2004), Solanum L. é um dos mais importantes gêneros da família Solanaceae, que tem ampla distribuição, principalmente nas áreas tropicais e subtropicais da América do Sul e constitui fonte potencial de pólen para diferentes espécies de abelhas com e sem ferrão. Um tipo polínico da família Melastomataceae foi identificado pela Drª Maria Lúcia Absy (INPA). As espécies dessa família são normalmente citadas como espécies que produzem pólen e néctar (MARQUES-SOUZA et al., 2007). Entretanto, há divergências quanto ao recurso oferecido pelas espécies de Melastomataceae. Plantas dessa família são fontes de pólen (FARIA-MUCCI et al., 2003; FRACASSO & SAZIMA, 2004) e, segundo Souza e Lorenzi (2008), não apresentam disco nectarífero. A família Myrtaceae tem grande importância apícola no Brasil, estando presente em quase todos os estudos que envolvem a determinação de espécies vegetais de interesse para abelhas Sumário 210 / 415 (GRESSLER et al., 2006; MARQUES-SOUZA et al., 2007). Na área do estudo, foram encontradas as espécie Eucalyptus sp., Eugenia sp. Syzygium malaccense (jambo) e Psidium guajava (goiaba) A espécie Spermacoce capitata (vassourinha), da família Rubiaceae, é uma planta daninha (SOUZA & LORENZI, 2008), que floresce o ano todo e é reconhecidamente importante para produção de mel, fato comprovado pela presença de grãos de pólen em alta concentração no espectro polínico de amostras de abelhas A. mellifera (BRITO & MUNIZ, 2007). Abaixo, seguem alguns trabalhos em que foram identificadas as principais espécies visitadas pelas abelhas africanizadas e pelas abelhas tiúba no Estado do Maranhão. Segundo os levantamentos de Reis-Neto (2003) em Paço do Lumiar, as espécies de maior frequência encontradas no espectro polínico do mel de A. mellifera foram das famílias Fabaceae: Faboideade e Lameaceae. Em São Luís, na Vila Embratel, Arecaceae (Orbygnia sp. e Mauritia sp.), além de Passifloraceae, foram as mais importantes. Já no campus da UEMA e na FESL (Fazenda Escola de São Luís), as famílias Lamiaceae (Hyptis sp.), Rubiaceae (Spermacoce sp.) e Fabaceae: Mimosoideae (Mimosa sp.) foram as mais representativas. Brito & Muniz (2007) identificaram no espectro polínico do mel de A. mellfera no município de Itapecuru-Mirim. Observaram os gêneros Cassia sp, Acacia polyphylla, Mimosa pudica, Eugenia biflora, Spermacoce verticillata e Turnera ulmifolia como importantes recursos para essa espécie de abelha. Segundo os trabalhos de Martins (2008) realizados no município de Palmeirândia, verificou-se que as famílias mais visitadas por M. fasciculata para obtenção de pólen foram: Fabaceae (26%), Arecaceae (13,30%), Anacardiaceae (9%), Bixaceae (8%) e Lecythidaceae (7%). As espécies em destaque foram Senna alata (14%), Orbgnya phalerata (13%), Astronium sp. (6%), Gustavia augusta (6%), Pontederia parviflora (5%) Solanum juripeba (5%), que foram responsáveis por 49,18% de todo carregamento polínico dessa espécie de abelha. De acordo com os dados obtidos por Costa (2009), que analisou o espectro polínico do mel de A. Sumário 211 / 415 mellifera do município de Anajatuba, foram encontrados 39 tipos polínicos distribuídos em 15 famílias. Fabaceae, Arecaceae e Myrtaceae foram as de maior destaque, caracterizando as amos- tras de mel como heteroflorais. Carvalho et al. (2009) analisaram o espectro polínico e o carregamento de pólen de M. fasciculata no município de Anajatuba, onde verificaram que es- Tabela 2 Aspecto geral e detalhes da flor e do grão de pólen das plantas importantes para apicultura e para a meliponicultura. ESPÉCIE F. Arecaceae phalerata ASPECTO GERAL FLOR PÓLEN - Orbignya (babaçu) F. Arecaceae Euterpe oleraceae (juçara) F. Convolvulaceae - Ipomoca finbriosepala (jitirana) F. Lamiaceae - Hyptis suaveolens (bamburral) Sumário 212 / 415 ESPÉCIE ASPECTO GERAL FLOR PÓLEN F. Lamiaceae - Hyptis atrorubens (hortelanzinho) F. Fabaceae: Mimosoidea – Mimosa caesalpiniifolia (sabiá) F. Fabaceae: Mimosoidea – Mimosa sp. (espinheiro preto) F. Fabaceae: Mimosoidea Mimosa pudica (mimosa) F. Malvaceae Sida acuta (relógio) F. Myrtaceae Eucalyptus sp. (eucalipto) F. Rubiaceae - Spermacoce capitata (vassourinha) F. Solanaceae - Solanum sp Sumário 213 / 415 sas abelhas visitaram 98 tipos polínicos. Os mais frequentes foram Mouriri sp. (16,81%), O. pharelata (16,8%), T 64 (8,8%), Solanum juripeba (7,88%), Solanum sp. (7,26%), Spermacoce sp. (5,31%), T60 (3,66%), M. caesalpiniifolia (3,33%) e Syzygium cumini (3,27%). Barbosa (2010), que avaliou os tipos de grãos de pólen presentes nos potes da colônia, bem como o espectro polínico do mel de M. fasciculata mês a mês nos municípios de Matinha e São João Batista, destacou as espécies M. pudica, M. caesalpiniifolia, Solanum sp., O. phalerata, Bauhinia sp., Centrosema sp. e Protium sp como importantes fontes de pólen. Já o mel foi caracterizado como monofloral de Protium sp. (em junho), de M. pudica e de M. caesalpiniifolia (outubro e fevereiro). Algumas das espécies importantes para produção de mel no estado do Maranhão foram en- contradas na área de estudo, conforme a Tabela 2, que apresenta o aspecto geral da planta e detalhes da flor e do grão de pólen. Conclusão A vegetação variada encontrada na comunidade Quinta, município de São José de Ribamar, mostra um grande potencial tanto para a apicultura quanto para a meliponicultura. Agradecimentos Ao Prof. Helder Luís Chaves Dias, do Departamento de Zootecnia da UEMA, pela área do estudo e auxílio na identificação das plantas. À Profª Ana Maria Maciel Leite, do Herbário da UEMA, pelo auxílio na herborização e identificação das plantas. À Drª Maria Lúcia Absy, do INPA, pela técnica de montagem das lâminas e pelo auxílio na identificação polínica. Ao BNB, pelo apoio financeiro. Referências Absy, M.,L.; Camargo, J. M. F.; Kerr, W.; Miranda, I. P. A. Espécies de plantas visitadas por Meliponinae (Hymenoptera, Apoidea) para coleta de pólen na Região do Médio Amazonas. Revista Brasileira de Biologia, São Paulo, v.44, p. 227-237, 1984. Sumário 214 / 415 Barth, O. M. O pólen no Mel Brasileiro. Rio de Janeiro: Instituto Oswaldo Cruz, 1989. 150 p. Barbosa, M. M. A utilização do pólen na interpretação da flora meliponícola da região da Amazônia Oriental Maranhense, Brasil. 2010. 29f. Monografia (Graduação em Biologia). Universidade Federal do Maranhão. 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Os estudos buscam conhecer e propor um modelo de utilização sustentável dos recursos naturais da região. uncionando há cerca de dois anos, o GENBIMOL é coordenado pelos professores-doutores Claudene Barros e Elmary Fraga. O Laboratório desenvolve atividades ligadas à genética e à biologia molecular. Nele, professores e alunos realizam pesquisas básicas e avançadas que vão da extração de DNA a sequenciamento de genes. Alguns projetos realizados no laboratório também recebem a colaboração da Universidade Federal do Pará (UFPA), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Museu da Universidade de São Paulo (MZUSP) e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Dentre os atuais estudos desenvolvidos por docentes e acadêmicos do GENBIMOL, alguns se referem à classificação genética de peixes. “Com o sequenciamento de DNA é possível mapear espécies de peixes e, a partir disso, detectar a variabilidade genética entre elas, para que possamos subsidiar programas de manejo e conservação”, explica o pesquisador Elmary. A caracterização genética de peixes de importância econômica da bacia do rio Itapecuru, como a pescada corvina (Plagioscion squamosissimus), o surubim (Pseudoplatystoma fasciatus), o curimatá (Prochilodus sp), constituem parte do grupo de espécies investigadas no Laboratório do CESC/UEMA. Os estudos básicos sobre a biologia da “ictiofauna” do rio Itapecuru visam a geração de modelos de funcionamento do ecossistema e ao subsídio de uma proposta de uso racional dos recursos naturais. De acordo com a proposta dos pesquisadores, a compreensão dos aspectos da dinâmica populacional é importante para o estabeleSumário 219 / 415 cimento de políticas de manejo e para o planejamento dos períodos de captura e defeso dos peixes. Esse procedimento ordenado e sistematizado irá possibilitar, conforme os professores, a integração com os setores produtivos da região. Além do estímulo às políticas de preservação, o estudo da genética dos recursos pesqueiros da bacia do rio Itapecuru favorece também a formação de recursos humanos, com o incremento das pesquisas acadêmicas e a consolidação do Curso de Ciências Biológicas da UEMA, em Caxias. Segundo estudantes deste laboratório, os trabalhos nele executados favorecem o conhecimento genético e estimulam a aproximação do aluno com a biotecnologia. “Com esse contato, percebe-se a relevância da genética no estudo da biodiversidade”. O professor Elmary afirma que a pesquisa sobre a fauna dos peixes da bacia do rio Itapecuru tem uma importância vital, já que a maioria das pessoas, daquela região, depende economicamente do rio. “Estudar a fauna de peixes é necessário porque, assim, saberemos dos problemas e estaremos mais preparados para fazer um monitoramento e sugerir soluções”, reitera. Claudene Barros Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará e Professora da Universidade Estadual do Maranhão em Caxias. Elmary Fraga Doutor em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Pará e Professor da Universidade Estadual do Maranhão, em Caxias. Sumário 220 / 415 Sumário 221 / 415 Sumário 222 / 415 Sumário 223 / 415 LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA: UMA DOENÇA QUE PERDURA TRINTA ANOS NA ILHA DE SÃO LUÍS Ana Lúcia Abreu Silva Nádia Selene Guimarães Vendrusculo No final da década de 90, verificou-se um aumento do número de casos, expansão geográfica e a urbanização da leishmaniose visceral no Brasil. As alterações climáticas, desmatamentos, migração para centros urbanos, saneamento básico precário e descontinuidade das ações de controle, são incriminados como fatores responsáveis pela endemicidade desta zoonose. O cão é considerado o principal reservatório epidemiológico da LV no ambiente doméstico, sendo que os casos caninos geralmente precedem os humanos. Por ser o distrito do Tirirical o maior notificador de casos caninos e humanos da LV, nos últimos vinte anos no mu- nicípio de São Luís-MA, realizou-se um estudo com o objetivo de determinar a prevalência e distribuição espacial da LVC em localidades da zona urbana e rural do distrito, a fim de encontrar relação com as condições socioeconômicas, ambientais e a ocorrência do fenômeno El Niño. 270 cães, de seis localidades, foram avaliados utilizando a técnica molecular PCR, com aplicação de questionário aos proprietários para identificação de possíveis fatores de risco, assim como a realização do georreferenciamento das residências no momento da colheita. Verificou-se uma prevalência canina de 37,04% (n=100) no distrito, sendo a zona rural a que ob- Sumário 224 / 415 teve maior prevalência (42,22%), porém sem diferença estatística. A análise univariada não associou nenhuma variável perguntada no questionário como fator de risco para LVC. Condições precárias de saneamento básico, a proximidade com o aterro municipal, aliadas à baixa renda dos moradores, à alta densidade populacional e à expansão urbana desordenada nas localidades estudadas são provavelmente algumas das causas responsáveis pelas altas taxas de prevalência nesse distrito. Observou-se que o efeito indireto do El Niño também contribuiu com uma maior prevalência da leishmaniose canina no município de São Luís, devido ao aumento da migração. Introdução A leishmaniose visceral (LV) ou calazar é causada por um protozoário do gênero Leishmania e transmitida por um inseto denominado de flebótomo, também popularmente conhecido como cangalhinha, péla égua, arrupiado, mosquito palha. A doença foi descrita inicialmente na Grécia em 1835 e recebeu o nome de ponos ou hapoplinakon. Trinta e quatro anos depois recebeu, na Índia, a denominação de kalaazar, que em hindu significa febre negra. Essa denominação foi devido ao discreto aumento da pigmentação da pele em pacientes com a doença (MARZOCHI et al., 1985). Somente em 1908, na Tunísia, foi confirmada a participação do cão na cadeia epidemiológica da leishmaniose. Posteriormente foram relatados casos da doença canina em países asiáticos como Índia e China; e na Espanha, Itália, Grécia, Malta, França, Argélia e em outros países mediterrâneos. O primeiro surto de LV no Brasil foi relatado no Ceará por Pessôa, em 1953, que chamou a atenção para novos aspectos epidemiológicos da doença, isto é, a predominância na área rural, mas também de ocorrência nas zonas suburbanas e urbanas. Em 1956, no Brasil, Deane e Alencar elucidaram os aspectos epidemiológicos da Leishmaniose no Ceará, definiram se tratar de zoonose e encontraram um reservatório silvestre infectado, a raposa (Lycalopex vetulus), e sugeriram métodos diagnósticos que facilitaram as investigações e conhecimento da doença (MARZOCHI et al., 1985). Estudos realizados por pesquisadores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) demonstraram que a prevalência em duas Sumário 225 / 415 Divulgação localidades do município de São José de Ribamar foi de 21% (Quinta) e 25% (Vila Sérgio Tamer), ambos na Ilha de São Luís (GUIMARÃES et al., 2005). No município de São Luís, dados recentes mostram que em determinadas localidades do distrito do Tirirical a soroprevalência pode atingir índices superiores a 70% (OLIVEIRA et al., 2006). O cão apresenta variação no quadro clínico da leishmaniose visceral, passando de animais aparentemente sadios a oligossintomáticos, podendo chegar a estágios graves da doença, com intenso parasitismo cutâneo (FEITOSA et al., 2000; SILVA et al., 2001; RONDON et al., 2008). Os principais sinais clínicos apresentados pelo cão são: lesões cutâneas (foto ), aumento do fígado, baço, aumento dos linfonodos, lesões oculares. Vale ressaltar que ape- Figura 01: Cão com leishmaniose visceral apresentando lesões cutâneas na região da cabeça e crescimento exagerado das unhas nas o diagnóstico sorológico ou exame parasitológico podem confirmar se o animal está infectado pela Leishmania. A maioria dos cães infectados não apresenta sinais clínicos (CABRAL et al.,1998; GUIMARÃES et al., 2005), e há evidências de que as taxas de prevalência da infecção são maiores que as encontradas por estudos sorológicos. Por isso, testes diagnósticos confiáveis são requisitados para a detecção da leishmaniose visceral canina (LVC) em cães sintomáticos e assintomáticos (LACHAUD et al., 2002). Material e métodos A presente pesquisa trata-se de um estudo epidemiológico analítico observacional transversal, desenvolvido segundo as etapas: seleção da área de estudo, seleção da população, amostragem, colheita de dados e análise estatística. Seleção da área de estudo O município de São Luís, capital do Estado do Maranhão, está localizado a oeste da Ilha de São Luís (Ilha do Maranhão), situada ao norte do Estado que pertence à região Nordeste do Brasil. A área está localizada entre as co- Sumário 226 / 415 ordenadas geográficas 02°28’12’’e 02°48’09’’ de latitude sul e 44°10’18’’ e 44°35’37’’ de longitude oeste. Possui o clima tropical chuvoso (quente úmido), segundo classificação de Köeppen, com a temperatura variando de 22ºC a 33ºC, com média de 26,7ºC, umidade relativa do ar acima de 85% e precipitação pluviométrica média anual de aproximadamente 2.000 mm, apresentando duas estações bem definidas, uma chuvosa, de janeiro a julho, e a outra, seca, de agosto a dezembro (PREFEITURA DE SÃO LUÍS, 2006; LABMET/ NUGEO/CCA/UEMA, 2010). Segundo registros de inquéritos sorológicos realizados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Luís, desde a década de 80, o município é uma área endêmica para LV, com prevalências anuais bem próximas, demonstrando assim sua plena adaptação às condições ambientais da região. Os sete distritos sanitários em que o município de São Luís está dividido apresentam áreas territoriais, densidades populacionais e características socioeconômicas diferentes (PREFEITURA DE SÃO LUÍS, 2008). Como critério de seleção da área de estudo, escolheu-se para esta pesquisa, entre os distritos sanitá- rios, o distrito do Tirirical, por ser o que possui a maior prevalência da leishmaniose visceral humana e canina nas duas últimas décadas (OLIVEIRA et al., 2006). Durante o período de fevereiro a agosto de 2009, este estudo foi realizado em seis localidades no distrito do Tirirical, distribuídas da seguinte forma: três localidades da zona urbana e três da zona rural, de acordo com a classificação adotada pela secretaria municipal de Saúde do município de São Luís (SEMUS). Seleção da população A população em estudo foi constituída por cães domiciliados nas zonas urbana e rural do distrito do Tirirical, de ambos os sexos, com ou sem raça definida, com idade mínima de quatro meses, cujos proprietários aceitaram participar após o conhecimento dos objetivos e importância do estudo mediante consentimento livre e esclarecido. Amostra Para se estabelecer o tamanho da amostra (n), foi adotado, como valor de referência, a prevalência observada por Oliveira et al. (2006), que foi de 78%, no distrito do Tirirical. A fórmula adotada Sumário 227 / 415 foi a de Thrusfield (2004), considerando-se uma margem de erro de 5% e um nível de confiança de 95%, obtendo um tamanho amostral mínimo de 263 amostras (n= 263), sendo que nas ações de campo foi colhido o sangue periférico de 45 cães por localidade, totalizando, assim, 270 amostras (n = 6 localidades x 45 cães = 270). Colheita de Dados A colheita de dados foi constituída pelas etapas de colheita das amostras, georreferenciamento, aplicação do questionário epidemiológico, realização da técnica molecular PCR para o diagnóstico da infecção canina, e, posteriormente, pelo geoprocessamento dos dados obtidos nas etapas anteriores. Aplicação do questionário epidemiológico Em cada residência foi aplicado um questionário para identificar possíveis fatores de risco para a LV nas localidades. Foram consideradas as variáveis socioeconômicas do proprietário (idade, escolaridade e renda familiar), variáveis do animal (idade, raça, cor e comprimento do pêlo, estado geral, presença de sinais clíni- cos de LV, assistência veterinária, acesso à rua), e ambientais (presença de mosquitos, métodos de proteção, criação de outras espécies, presença de animais silvestres, proximidade de mata); assim como avaliação do conhecimento do proprietário sobre a enfermidade. Técnica molecular Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) As etapas extração de DNA, preparação do mix, amplificação do DNA e eletroforese foram realizadas no Laboratório de Patologia Molecular do curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA. Utilizou-se o kit comercial (Wizard® Genomic DNA Purification Kit 500 isolations - Promega®), um sistema de extração e purificação de DNA, que submete uma alíquota de 300 µL de sangue periférico a lavagens sucessivas com soluções pré-determinadas, obtendo-se no final do processo um material adequado à amplificação. A extração do DNA foi realizada de acordo com o protocolo do fabricante. Resultados e discussão No estudo realizado no Distri- Sumário 228 / 415 to do Tirirical, no ano de 2010, Verificou-se que do total de 270 cães testados, 37,04% (n=100) foram positivos para o DNA de L. chagasi. Os valores de prevalência do trabalho são superiores aos encontrados por Carvalho Filho (2008), que verificou uma prevalência de 22,16% em cães de raça pura do município de São Luís-MA; por Barboza et al. (2006), na região metropolitana de Salvador-BA, que obtiveram 18,40% de um total de 147 amostras analisadas; por Naveda et al. (2006), que verificaram a prevalência de 1,4% em 2.185 cães da cidade de Pedro Leopoldo-MG. Já Cortada et al. (2004) encontraram 75,3% de positividade em cães de Anastácio-MS. Tais diferenças podem estar relacionadas a fatores como área avaliada, método diagnóstico empregado, além do tamanho da amostra utilizada. Entretanto, os resultados dos estudos indicam que a infecção por este parasito ocorre em prevalências importantes nas áreas estudadas. Observou-se que a prevalência da infecção por L. chagasi encontrada neste estudo (37,04%), fazendo o uso da PCR, foi alta, porém menor do que a encontrada no trabalho de Cortada et al. (2004). Isto se deve ao fato de que esses autores utilizaram testes sorológicos, que possuem boa sensibilidade, porém baixa especificidade, com muitos falso-positivos levando a resultados superestimados. Cães acima de 36 meses apresentaram 1,06 mais chances de apresentar a doença que cães em idade inferior, associado provavelmente ao longo período de incubação da doença e ao convívio com outros animais que podem estar infectados Em humanos, a leishmaniose se mostra como doença oportunista comum em indivíduos imunossuprimidos de áreas endêmicas (MONTALBÁN et al., 1989). Já o presente estudo mostrou que animais portadores de doenças prévias/anteriores não apresentaram um maior risco para a ocorrência de LV. O desconhecimento dos meios de transmissão da LV aumentou a ocorrência da doença em 1,20, no presente estudo. Tal fato se deve à ausência da implantação de medidas individuais, como utilização de repelentes cutâneos, mosquiteiros, telas com malhas finas em portas e janelas e a solicitação por medidas de controle massal como busca ativa de doentes e encaminhamento para diagnóstico e tratamento; inquérito sorológico Sumário 229 / 415 canino; apreensão e eliminação sumária dos cães soropositivos; borrifação sistemática de inseticida residual nos domicílios e peri-domicílios e programas de educação comunitária. A permanência do ciclo de transmissão do parasito em várias áreas de risco é provavelmente causada por uma série de fatores inter-relacionados, entretanto, pouco estudados, como presença de animais silvestres e sinantrópicos atuando como reservatórios da L. chagasi, humanos infectados, cães assintomáticos e animais domésticos (suínos, galinhas, cavalos etc.) atuando na alimentação e na atração dos vetores para o peri-domicílio (CABRERA et al., 2003; DEREURE et al., 2003). A LVC, no Brasil, coexiste com a doença humana em todos os focos conhecidos, sendo, porém, mais prevalente. Souza et al (2005) confirmaram essa situação ao estudar a ocorrência da LV em Belo Horizonte (MG), onde verificou, através da análise espacial da epidemia, que havia correlação entre a LV canina e a humana, e que os casos caninos precediam os casos humanos. Neste estudo, a presença de casos humanos na família aumentou em 1,30 a probabilidade de ocorrência da LV em cães. O relato sobre a presença de L. chagasi em espécies silvestres é comum na literatura, no entanto, o atual conhecimento sobre a relação dessas espécies como fator de risco para cães é insuficiente para proporcionar uma posição mais definida sobre o tema. Cabrera et al. (2003), em estudo realizado em área com casos caninos de LV no Rio de Janeiro, observaram que os cães pertencentes às casas onde marsupiais foram capturados estavam 2,6 vezes mais expostos a infecção por L. chagasi. Segundo Deane (1953), a raposa não é essencial na transmissão do parasito, apesar de ser considerada como um importante reservatório silvestre. Um dos principais fatores de risco é o fenômeno da urbanização, intimamente relacionado com o aumento da migração. Fatores socioeconômicos, demográficos, culturais, políticos e ambientais têm forçado mais pessoas a abandonar suas aldeias e vilas e mudar-se para as periferias pobres das cidades. Mudanças ocorreram nos padrões de migração ao longo do tempo em países em desenvolvimento e urbanizados, tais como o fluxo de migração deixou de ser rural-rural para rural-urbano, e finalmente urbano-urbano. Este Sumário 230 / 415 fato tem levado a um rápido surgimento de megacidades, onde as condições de moradia e saneamento são inadequadas, criando assim um ambiente propício para a transmissão de doenças como as leishmanioses (DESJEUX, 2001; WHO, 2002). Em 1950, menos de um terço da população mundial vivia em cidades; atualmente, 50% está urbanizada e, dentro dos próximos 50 anos, mais de cinco bilhões de pessoas serão moradoras das cidades. Na América do Sul, mais de 70% da população está urbanizada. Esta tendência faz com que doenças rurais se desloquem para áreas urbanas, onde a alta concentração de populações humanas e de vetores favorece o aumento da incidência de infecção (WHO, 2002). A proximidade do aterro é uma hipótese razoável a ser considerada que justifique o distrito do Tirirical possuir a maior prevalência da LV humana e canina dentre os distritos, e principalmente a localidade mais próxima do aterro. Esta hipótese corrobora com Rebêlo et al. (1999) e Moreno et al. (2002), que citaram a problemática do lixo acumulado sem armazenagem e tratamento corretos como um dos fatores contri- buintes para ocorrência da doença; e com Campos et al. (2009), que ao estudarem o aterro sanitário da Ribeira, verificaram um agravamento da contaminação, pois nenhuma medida de controle dos resíduos sólidos e efluentes vem sendo executada, o que tem causado vários impactos ao ambiente, entre os quais pode-se citar: exposição de lixo a céu aberto com o aparecimento de micro e macro vetores transmissores de doenças (artrópodes, roedores e, principalmente, insetos), presença de urubus (risco para o tráfego aéreo, devido à proximidade com o aeroporto Marechal Cunha Machado) e exposição de chorume a céu aberto, contaminando o solo, o lençol freático e, consequentemente, o Igarapé do Sabino ou da Ribeira, um dos afluentes do rio Tibiri. Considerações finais Trinta anos após o primeiro surto da leishmaniose visceral em humanos, a doença continua a vitimar anualmente milhares de cães em toda a Ilha de São Luís. É necessário medidas que visem a redução do números de casos da doença em cães. O cão atua como sentinela nas áreas endêmicas para a leishmaniose. Sumário 231 / 415 Referências Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Brasília: Ministério da Saúde, p.99, 2003. Cabral, M., O’Grady, J. E., Gomes, S. et al. The immunology of canine leishmaniosis: strong evidence for a developing disease spectrum from asymptomatic dogs. Vet Parasitol, v.76, n.3, p.173-80, 1998. Cabrera, M. A., Paula, A. A., Camacho, L. A. et al. Canine visceral leishmaniasis in Barra de Guaratiba, Rio de Janeiro, Brazil: assessment of risk factors. Rev Inst Med Trop Sao Paulo, v.45, n.2, p.79-83, 2003. Campos, A. E. L.; Nunes, G. S.; Oliveira, J. C. S.; Toscano, I. A. S. Avaliação da contaminação do Igarapé do Sabino (Bacia do Rio Tibiri) por metais pesados, originados dos resíduos e efluentes do Aterro da Ribeira, em São Luís, Maranhão. Química Nova, São Paulo, v. 32, n. 4, p. 960-964, 2009. Carvalho Filho, N. W. B. Aspectos epidemiológicos e soroprevalência da leishmaniose e babesiose em cães de raça no município de São Luis-Ma. 51p. Dissertação (mestrado em Ciências Veterinárias)-Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, 2008. Cortada, V. M., Doval. M. E., Souza Lima, M. A. Canine visceral leishmaniosis in Anastácio, Mato Grosso do Sul state, Brazil, Vet Res Commun, v.28, n.5, p.36574, 2004. Deane L. M.; Deane M. P. A leishmaniose visceral no Brasil: distribuição geográfica e transmissão. Rev Inst Med Trop, São Paulo, v. 4, p. 198–212, 1953. Desjeux, P. The increase in risk factors for leishmaniasis worldwide. Trans. Royal Soc. Trop Med. Hyg, v. 95, p. 239-243, 2001. Dereure, J., El-Safi, S. H., Bucheton, B. et al. 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Estudos mostram que na cidade de São Bento – MA, a atividade extrativista dessa espécie, por muitos anos, fez parte da economia local, com a venda para o consumo alimentar devido ao sabor apreciado de sua carne, Sumário 235 / 415 espécie ao longo dos anos põem em perigo os estoques disponíveis da espécie na natureza, o que já é percebido pelos pescadores mais idosos em relatos, e o desconhecimento da espécie pelos mais jovens. Sabe-se que estes animais apresentam comportamento biológico influenciado pelo clima da região, sendo que no período das chuvas eles são encontrados nos lagos que se formam, momento favorável à cópula da espécie, que ocorre dentro da água e também à sua sobrevivência pela maior disponibilidade alimentar. O período do verão intenso coincide com o momento de desova das fêmeas, e também ao processo de estivação “dormência metabólica”, pois é hábito desses animais se enterrarem buscando abrigo no solo protegido por vegetações, além do depósito de ovos para a incubação natural (Fig. 01). Divulgação a qual é consumida como prato exótico em bares e restaurantes, servida sob a forma de casquinha em sua própria carapaça. A venda desses animais era destinada, em sua maioria, para a cidade de São Luís, comercializados principalmente nas praias e feiras, ainda vivos, em pencas de dúzias, à semelhança do que até hoje é praticado com os caranguejos. A partir da implementação da Lei 9605/98, que trata de crimes ambientais, e a política adotada de fiscalização coibindo este modo de venda, esta atividade passou a ser realizada de forma clandestina, com entrega sob encomenda. Ações do consumo intensivo, associado com as práticas de manejo na agricultura na região da baixada, como o método de queimada da roça para um novo plantio, as mudanças climáticas, o desmatamento, o próprio desconhecimento da biologia da Fig: 01 – Jurará (Kinosternon scorpioides). Em A - Ninho com ovos e em B – Animal em estivação. Sumário 236 / 415 Este é amarelo e possui dobradiças no lobo anterior e posterior que permite fechar total ou parcialmente a carapaça, servindo de proteção contra ataques na cabeça, pernas e cauda (PRITCHARD & TREBBAU, 1984). O dimorfismo sexual é evidente, sendo as fêmeas robustas e maiores que os machos (Fig 02). O comprimento médio de carapaça e do plastrão das fêmeas é de 15,26 e 13,35cm, e para machos é de 14,79 e 12,30cm, respectivamente (CASTRO, 2006). A carapaça nos machos é mais baixa, a cauda é três vezes mais longa que a da fêmea, possuindo uma unha córnea cuja finalidade no macho é prender a fêmea no momento do acasalamento. O plastrão é côncavo para Divulgação Este é um mecanismo biológico de sobrevivência da espécie quando da baixa oferta de alimentos, aguardando um período favorável de temperatura e de disponibilidade alimentar, entretanto torna-se crítico para a sobrevivência dos animais pois eles estão mais vulneráveis a serem coletados ou mesmo com a queima do solo para o momento do preparo da terra para o plantio da agricultura de subsistência. Como característica morfológica o jurará possui uma carapaça forte, de coloração marrom escura, verde oliva ou preta, com manchas vermelhas ou alaranjadas, dorsalmente existem três quilhas, e está ligado ao plastrão através de uma ponte larga. Fig: 02 – Dimorfismo sexual de Jurará Kinosternon scorpioides. Em A – macho e em B – fêmea. Sumário 237 / 415 a condição de preservação deste quelônio no Estado do Maranhão. Dessa forma, o passo inicial foi a criação do Núcleo de Estudos e Preservação de Animais Silvestres - NEPAS do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão, em 1996, atualmente licenciado como Criadouro Científico pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – IBAMA/ MA (1899339/2008) para o jurará, que vem permitindo a execução dos estudos os quais dão suporte à linha de pesquisa sobre a morfofisiologia, reprodução e conservação da espécie do Curso de Mestrado em Ciência Animal da UEMA (Fig 3). Divulgação facilitar a cópula, cabeça bastante pigmentada chegando a ser negra e unhas mais longas e curvas. A fêmea apresenta sua cauda menor que a do macho, o plastrão é reto e a cabeça é mais clara (CASTRO, 2006; PEREIRA et al., 2007; CARVALHO et al., 2010). O jurará é uma espécie de hábito alimentar diversificado, sendo carnívoros e onívoros oportunistas, podendo se alimentar de girinos, peixes, materiais em decomposição e pequena quantidade de vegetais (PRITCHARD, 1979). Nos últimos anos este quelônio vem sendo objeto de estudo de um grupo de pesquisadores do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão, com a criação de projetos que possam melhorar Fig: 03 – Instalações do Criadouro Científico de Jurará (Kinosternon scorpioides). Sumário 238 / 415 Denota-se que as pesquisas vêm mostrando a viabilidade reprodutiva da espécie em cativeiro, tanto em ninho natural quanto artificial, bem como a importância desses estudos sobre os aspectos morfofisiológicos desta espécie para o Estado do Maranhão. Destaca-se o conhecimento da biologia da reprodução como o primeiro passo de ações visando o manejo reprodutivo da espécie com as informações já obtidas e aquelas ainda a serem esclarecidas, pois servirão de referência não somente para o conhecimento morfológico, mas também para a padronização biológica e ecológica para a própria espécie, o que ainda não foi relatado cientificamente até o presente momento, possibilitando que estas possam ser aplicadas em programas de manejo, conservação e de educação ambiental, bem como ainda subsidiar a criação comercial, podendo ser a espécie adotada em políticas publicas de governo como alternativa econômica aos pequenos produtores ribeirinhos da Baixada Maranhense, além de estarmos favorecendo para que esta espécie não venha a desaparecer da fauna silvestre maranhense. Agradecimentos Ao IBAMA-MA; CAPES/Projeto Procad Amazônia; FAPEMA, FMVZ/ USP e UEMA. Referências CARVALHO, R.C.; OLIVEIRA, S. C.R.; BOMBONATO, P. P., OLIVEIRA, A. S.; SOUSA, A. L. Morfologia dos órgãos genitais masculinos do jurará (Kinosternon scorpioides). Pesquisa Veterinária Brasileira (Impresso). , v.30, p.289 - 294, 2010. CASTRO, A. B. Biologia reprodutiva do muçuã Kinosternon scorpioides (Linnaeus, 1776) em cativeiro. 2006. 100 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Universidade Rural da Amazônia, Belém, 2006. PEREIRA, L.A.; LEMOS, J.J.S.; SOUSA, A.L. Extrativismo de jurará Kinosternon scorpioides Linnaeus, 1766 (Reptila, Chelonia, Kinosternidae) e avaliação sócio-ambiental dos pescadores no Município de Sumário 239 / 415 São Bento-MA. In: SILVA, A.C.; FORTES, J.L.O. Diversidade Biológica Uso e conservação de Recursos Naturais no Maranhão. Projeto e ações em Biologia e Química.v.II. 2007.p.269-299. PRITCHARD,P.C.H. Encyclopédia of turtles. New Jersey: T.F.H,1979.p.326-3 PRICHARD, P. C.; P. TREBBAU. The Turtles of Venezuela. Society the study of amphibians and reptiles. Ithaca. 403p. 47plates. 16 maps. 1984. Alana Lislea de Sousa Doutora em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo e Professora da Universidade Estadual do Maranhão. Sumário 240 / 415 Divulgação Curtimento de Pele de Pescada Amarela com o uso de Tanquinho de Lavar Uma ideia sustentável e economicamente viável Jacirene França de Souza Sumário 241 / 415 Divulgação A atividade pesqueira, essencialmente na capital maranhense, foi o ponto de partida para o desenvolvimento do projeto “Curtimento da pele de pescada amarela com o uso de tanquinho de lavar: uma ideia sustentável e economicamente viável”. A pescada amarela (Cynoscion acoupa), hoje, representa o maior percentual em peso obtido no município de São Luís. É um peixe de grande porte, alto valor comercial e praticamente não existe nenhum aproveitamento de seus subprodutos. O método de curtimento através do tanquinho de lavar representa um processo inovador, com o objetivo de atingir comunidades envolvidas com a atividade pesqueira. O projeto tem ainda como objetivo favorecê-las através da consciência ecológica, da educação ambiental, da geração de renda e da garantia da sustentabilidade através do aproveitamento de subprodutos de peixes, essencialmente a pele da pescada amarela. Junto ao processo de curtimento está inserida a pesquisa, a tecnologia e o conhecimento em tendências voltadas ao desenvolvimento de produtos. O aproveitamento dos subprodutos, apesar de não ser uma atividade comum no Estado, pode representar abertura de mercado, extensão da prática de curtimento nas comunidades e melhor qualidade de vida. Sumário 242 / 415 Divulgação INTRODUÇÃO Desde o início das civilizações, a pesca representa um meio para a sobrevivência de uma grande parcela da população mundial, sendo uma importante atividade, no ponto de vista econômico, social e cultural. No Brasil, a pesca extrativa marinha e estuarina representa a principal fonte de alimento de origem aquática, gerando aproximadamente 800 mil empregos diretos e indiretos, dos quais dependem cerca de 3 milhões de pessoas. Em decorrência disso, a importância dessa atividade no contexto da produção de alimentos e geração de empregos para as populações atuais e futuras não deve ser subestimada (PAULY; WATSON, 2003). Sumário 243 / 415 Divulgação O Maranhão, dentre as inúmeras características peculiares, destaca-se também pela pesca, uma vez que essa atividade é realizada por todo o litoral do Estado, destacando-se algumas regiões especiais ccomo os municípios de São Luís, Raposa, São José de Ribamar, Barreirinhas, Icatu, etc. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística– IBGE, esses municípios detêm 28% do total em peso (ALMEIDA et al., 2002). A piscicultura, hoje, no Estado, está voltada para a produção de carne, especialmente em filés; entretanto, a necessidade do aproveitamento integral dos subprodutos gerados pelo cultivo de peixes é crescente, principalmente devido à porcentagem elevada dos resíduos após filetagem. Como resíduos do processamento de peixes considera-se a cabeça, nadadeiras, pele e vísceras que, dependendo da espécie, pode chegar a 66% em relação ao peso total (CONTRERAS-GUZMÁN, 1994). E dentre esses resíduos está a pele como o principal subproduto. As peles, atualmente, estão sendo desperdiçadas ou subutilizadas devido à falta de conhecimento das técnicas possíveis para a sua transformação e aplicação na indústria de confecção de vestuários, de calçados ou de artefatos em geral. Portanto, com a viabilidade no processamento de peles de peixes com o uso do tanquinho de lavar e um estímulo na criação, haverá uma agregação de valor à atividade, tornando-a interessante como mais uma fonte alternativa na propriedade, principalmente para as Sumário 244 / 415 Divulgação comunidades produtoras. A pele do peixe é um produto nobre e de alta qualidade, possuindo a resistência como característica peculiar. Para Adeodato (1995), a pele de peixe, em uma mesma espessura, fornece um couro mais resistente que o de bovino, devido à forma de disposição e entrelaçamento das fibras colágenas. A Pescada amarela (Cynoscion acoupa) é um peixe de grande porte e costuma alcançar de 1 a 3m de comprimento, sendo encontrada em fundos excedentes na lama e na areia, em estuários do rio, a uma profundidade de aproximadamente 25m; costuma ser bastante comum no litoral maranhense. JUSTIFICATIVA A atividade pesqueira no Esta do é uma prática comum, mas o seu aproveitamento está voltado para o corte (90%), ou seja, a sua produção está voltada para a comercialização da carne. Grande parte dos subprodutos é desperdiçada, como a pele, os otólitos, as escamas, entre outros, os quais poderão adquirir inúmeras funcionalidades quando bem aproveitados. Tanto na área da estética quanto da saúde, eles poderão ser estudados e desenvolviSumário 245 / 415 Divulgação dos, adquirindo grande potencial de mercado. O método de curtimento através do tanquinho de lavar viabiliza o processo, tornando-o mais barato e acessível às comunidades. O uso de dornas dificulta em quase 95% o desenvolvimento da técnica, uma vez que o acesso à compra torna-se mais difícil e o custo é oito vezes maior. A viabilidade no processamento de peles de pescada amarela através do tanquinho de lavar, com um estímulo na criação, permitirá uma agregação de valor à atividade, tornando-a interessante como mais uma fonte alternativa de renda para a comunidade. O exemplo disso é a comunidade pesqueira de Mato Grosso do Sul, que tem como renda principal a confecção de acessórios de moda, o cinto, a bolsa, e a biju, a partir de subprodutos como escamas e peles. Com isso, percebe-se que a elaboração do couro a partir das peles residuais da filetagem de pescados pode representar uma fonte alternativa de renda para as comunidades ribeirinhas com a confecção de artigos de moda ou produtos em geral. Além disso, Rubens Pimentel, da Business Research Office (BRO), Sumário 246 / 415 uma empresa de desenvolvimento de soluções na área de meio ambiente e social, que presta serviço com um canal de distribuição dos produtos de couro de peixe, ressaltou que a pele agrega 30% de valorização ao peixe, além de ser uma iniciativa ecologicamente positiva, visto que a pele de peixe descartada na natureza provoca poluição biológica. OBJETIVOS Objetivo Geral Promover o desenvolvimento social, econômico e ecológico de comunidades, através do aproveitamento de peles de pescada amarela a partir do curtimento viabilizado com o uso de tanquinho de lavar. Objetivos Específicos • Desenvolver a consciência ecológica; • Aproveitar as peles de pescada amarela; • Desenvolver a técnica de curtimento através de tanquinho de lavar; • Promover a geração de emprego e renda para as comunidades Jacirene França de Souza Especialista em Artes Visuais Cultura e Criação pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAI/MA) e Professora do Centro Unificado do Maranhão-UniCEUMA. Sumário 247 / 415 Hidreletricidade, Ecologia e Sustentabilidade às populações ribeirinhas do Itapecuru. Sumário Rógerio da Silva Logrado Júnior 248 / 415 Divulgação Central Geradora Elétrica Flutuante: Gênese e consequências L “...com apenas 15 anos, fui o 2° lugar do Prêmio Jovem Cientista, um dos prêmios científicos mais importantes da América Latina; além desse prêmio, com 16 anos fui escolhido um dos 10 jovens gênios do país na edição de aniversário da revista Galileu, em agosto de 2011.” ogo que iniciei o meu primeiro trabalho científico, sobre a influência da Papaína caricacia no tratamento de espinhas e verrugas, sem resultados significativos em produções de fármacos para o tratamento da acne, ou quando estudei a influência da astronomia nas culturas ocidentais e asiáticas, trabalho este baseado em mera explanação, jamais pensei que fosse realizar um trabalho científico que causasse repercussão nacional e que pudesse realmente interferir de maneira positiva na vida da sociedade. Um dia, ao ver nos jornais a problemática existente em relação aos ribeirinhos maranhenses, resolvi desenvolver um projeto que pudesse resolver um dos problemas aos quais estes estão submissos, a dificuldade no fornecimento de energia permanente e independente de enchentes. Depois de árduo trabalho, consegui produzir, juntamente ao meu orientador, o professor Antônio Motta Ferro, uma central geradora que pode fornecer energia limpa, barata e não dependente das condições de enchente ou vazante dos rios, o que me deixou profundamente satisfeito e já me proporcionou 2 prêmios, um em nível nacional e outro em nível continental. O primeiro problema que encontrei foi procurar um projeto que pudesse servir de base para o meu trabalho. Em pesquisa na internet, encontrei 2 projetos que determinaram minhas diretrizes: o primeiro, realizado em Massachussets, era uma hélice submersa que produzia energia elétrica a partir de energia hidráulica, porém o uso de hélices era muito dispendioso em relação a manutenção, a qual deveria ser realizada periodicaSumário 249 / 415 mente, devido a alta sedimentação dos rios brasileiros, o que afetaria a integridade das referidas hélices. O outro projeto foi o de uma roda d’água fixa no rio, que se mostrou uma alternativa à hélice. Depois de estudos hidrográficos, realizou-se uma delimitação do rio em que o trabalho seria desenvolvido. Escolheu-se o rio Itapecuru, pela relativa proximidade à capital e pela alta sedimentação (provocada pelo assoreamento), característica necessária ao desenvolvimento do projeto. A sedimentação é necessária para gerar torque na roda d`água, que seria reforçado por um sistema de polias acoplado a esta. Após isso, solucionou-se o problema da flutuação da roda por meio da utilização de balsa de garrafas PET (alternativa sustentável) e o problema de oxidação das instalações elétricas por meio da utilização de magnésio como metal de sacrifício. Após o fim do trabalho, o projeto concluiu-se desta maneira: central de energia com 2 partes, cada parte com 64 células, cada célula com 6 garrafas PET de 2 litros, dando um coeficiente de empuxo de 1536kg. A balsa possui uma roda d’água com eixo fixado dos dois lados (para evitar o deslocamento na direção do próprio eixo provocado pela rotação); esta roda está ligada por um sistema de 3 polias separadas (o sistema de polias acopladas não se mostrou eficiente ) a um gerador Alterima (alternador), o qual está ligado por um circuito a 3 ou 6 baterias de 12 volts, que funcionam como “No Break”; o ponto final deste circuito é a habitação a ser subsidada. Os resultados apresentados foram: para 1 roda d’água de palheta de 1 metro, fornecimento de energia a 16 pontos de luzes, um motor de ¼ HP (geladeira) e televisor ou computador de mesa, sendo mais eficiente para televisor. O projeto limitou-se a protótipos, porém se mostrou eficiente e barato. Rendeu 2 prêmios: com apenas 15 anos, fui o 2° lugar do Prêmio Jovem Cientista, um dos prêmios científicos mais importantes da América Latina; Sumário 250 / 415 além desse prêmio, com 16 anos fui escolhido um dos 10 jovens gênios do país na edição de aniversário da revista Galileu, em agosto de 2011. Espero que esse projeto sirva de incentivo para que outros jovens possam desenvolver trabalhos que ajudem a vida das pessoas e busquem solucionar os flagelos da sociedade, não pelos resultados individuais que eles possam trazer, e sim pelos resultados coletivos que poderão ser alcançados por meio dos árduos esforços de quem realmente se importa com o meio em que vive. Rógerio da Silva Logrado Júnior Estudante de Medicina da Universidade Federal do Maranhão. Sumário 251 / 415 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE UM COMPOSTO À BASE DE MEL DE ABELHAS E EXTRATO DE ACEROLA Daniel S. Albuquerque Teresa Cristina R. S. Franco Wanleysson L. D. Martins O mel é um produto singular no que se refere às suas propriedades nutricionais e potencialidades terapêuticas. No entanto, a despeito disso, seu conteúdo vitamínico, em especial a vitamina C, é consideravelmente baixo. O preparo de misturas feitas com mel de abelhas e suco (extrato) de acerola pode ser comercialmente interessante, visto que junta as qualidades do mel ao potencial vitamínico da fruta, reconhecidamente rica em ácido ascórbico, além de conter significativas quantidades de antocianinas e carotenoides. Este trabalho objetivou obter uma mistura de mel e acerola, denominada de “composto de mel”, no qual pudessem ser preservadas as principais propriedades do mel e da acerola, observando-se a manutenção destas propriedades ao longo do tempo. O extrato da acerola foi obtido de duas maneiras, pela concentração da fruta e também por secagem do suco em microondas. Avaliando-se os teores de ácido ascórbico, acidez, hidroximetilfurfural e umidade na mistura mel-acerola, não foram observadas alterações significativas destas propriedades durante um mês de estudo. Sumário 252 / 415 INTRODUÇÃO Nobre produto das abelhas, desde a antiguidade se reconhece no mel a importância como alimento e produto terapêutico. Rico em açúcares simples, facilmente absorvidos no organismo, o mel também possui ácidos orgânicos, que lhe conferem a resistência aos organismos patogênicos, além de aminoácidos, proteínas, enzimas e sais minerais importantes na alimentação humana. Para além das propriedades importantes do mel, a apicultura resulta em benefícios que se estendem ao ambiente como um todo visto que, ao elaborar o mel, as abelhas desempenham a polinização, mantendo, assim, a biodiversidade ecológica (SILVA et al., 2005, EVANGELISTA-RODRIGUES et al., 2005). No Brasil, a produção e a comercialização do mel de abelhas Apis mellifera apresentam considerável potencial devido ao clima e vegetação que influenciam diretamente na composição, variedade e qualidade do mel. As condições edafoclimáticas do país também beneficiam a produção de frutas e, no caso do nordeste, a acerola (Malpighia glabra L.) tem mercado garantido pelo principal atrativo da fruta, seu teor de vitamina C, até 100 vezes superior a outras frutas como laranja ou limão (CHAVES et al., 2004, ARONSON, 2001, p.29). Originária da região das Antilhas, América Central e norte da América do Sul, a acerola, ou “cereja-das-antilhas”, teve seu elevado teor de vitamina C descoberto na década de 40, despertando, a partir de então, interesse pela utilização da vitamina C da fruta (LIMA, 2003, p.4). A vitamina C, quimicamente chamada de ácido ascórbico, é fundamental para o organismo humano, pois previne doenças como o escorbuto, combate a debilidade, fadiga, perda de apetite, infecções e dores musculares e articulares. Poderoso antioxidante, a vitamina C também combate os radicais livres e influencia positivamente na absorção do ferro e na síntese do colágeno na pele (BASU Sumário 253 / 415 & SCHORAH, 1982, p.10). Assim como a maioria das vitaminas, entretanto, a vitamina C não é fabricada pelo ser humano, devendo ser fornecida pela alimentação diária (MOSER & BENDICH, 1991, p. 195). A Ingestão Diária Recomendada (IDR) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária é de 60mg de vitamina C (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 1998). Essa dosagem pode ser facilmente obtida pelo consumo da acerola, visto que, em 100g da fruta in natura, aproximadamente 1.400mg de vitamina C podem estar presentes. Outra vantagem benéfica para o consumo da acerola é a presença de precursores das vitaminas A e do complexo B (RIGHETTO, 2003, p.5-6). Os teores de vitamina C na acerola dependem, entretanto, do seu grau de maturação, tendo sido observadas perdas significativas após 5 dias do fruto maduro. Também mantida sob refrigeração, a vitamina C decresce significativamente no intervalo de 20 dias (RIGHETTO, 2003, p.1). Uma forma, então, de manter a vitamina C da acerola é transformar a fruta em extrato, mantendo em ambiente que reduza a perda da vitamina C. O mel, embora rico em várias substâncias, tem baixíssimo teor vitamínico. Por outro lado, a presença de vários constituintes, dentre estes, açúcares e substâncias ácidas, fazem do mel um alimento que “não estraga”. No presente trabalho, objetivou-se aliar as potencialidades do mel e da acerola através da elaboração de um único produto, um composto de mel com extrato de acerola, concentrado em vitamina C, nas proporções de menor prejuízo para as propriedades de cada componente. Sumário 254 / 415 MATERIAL E MÉTODOS Equipamentos, reagentes e amostras Para as medidas de umidade, relacionadas com o índice de refração, utilizou-se um refratômetro digital portátil da Atago, modelo PAL-RI, com faixas de medição de nd de 1,3330 a 1,4098, resolução 0,0001. Medidas de absorbância foram realizadas no espectrofotômetro Ultravioleta-visível CARY 50, da Varian. Para medidas de pH, utilizou-se o pHmetro Hanna (Hanna Instruments), com eletrodo de pH HI 1110B (de vidro combinado), modelo pH 21, padronizado com soluções-tampão pH 4,01 e 7,00 obtidas da Merck. No preparo das soluções padrões foram utilizados a balança analítica Bel Mark 210 A e o Ultrapurificador de Água DirectQ, da Millipore. Os reagentes ferricianeto de potássio trihidratado, acetato de zinco dihidratado, bissulfito de sódio, amido puro, iodeto de potássio e iodato de potássio utilizados no preparo das soluções foram obtidos da Merck. Hidróxido de sódio foi obtido da Quimex. Os ácidos clorídrico e sulfúrico foram adquiridos, respectivamente, da Merck e da Vetec. A solução de KIO3 foi preparada a 0,01Eq.gL-1, para que se fizesse a titulação da amostra diluída em solução de H2SO4 a 20% em presença de 1mL de solução de amido a 1% e de KI a 10%. Demais soluções foram em concentração 0,05Eq.gL-1, com devida padronização. Amostras de mel foram obtidas na cidade de Santa Luzia do Paruá, no estado do Maranhão. As amostras de mel foram coletadas no período de agosto/2007, em apiário previamente definido para o estudo. Optou-se por fazer coleta neste apiário em função da localização, conhecimento do histórico e acompanhamento da colmeia. Coletou-se cerca de 15kg de mel, armazenados em frascos de vidro, vedados com tampa plástica e envoltos em papel Sumário 255 / 415 alumínio, a fim de evitar degradação de alguns compostos por ação da luz. Foi feita a vedação dos frascos visando também impedir a entrada de ar e início de processos fermentativos. As amostras foram conservadas em temperatura ambiente, por 12 meses. As amostras de acerola foram obtidas diretamente de mercados populares dos bairros da cidade de São Luís, obedecendo aos padrões de consumo como maturidade, aparência, tempo de exposição ao consumidor e higiene do vendedor. Depois de coletadas, as amostras foram acondicionadas em embalagens comerciais de polietileno, conservadas em recipientes refrigerados e transportadas para o laboratório. Preparo das amostras As acerolas foram higienizadas e secas para, em seguida, serem trituradas intensa e rapidamente em aparelho liquidificador. O produto triturado foi ainda peneirado em peneira de nylon, resultando em uma massa de extrato de acerola densa e viscosa, com textura semelhante ao mel. A adição de extrato de acerola ao mel foi feita na proporção 1 parte de acerola para 9 partes de mel, e as amostras do composto resultante foram acondicionadas em recipientes plásticos, em ambiente refrigerado a 10 ± 0,5°C. As amostras do mel composto a 10% (m/m) foram lavadas com solução de ácido sulfúrico 20% e filtradas. Em seguida, na presença de amido e iodeto de potássio, as amostras foram tituladas com iodato de potássio. Determinação do teor de ácido ascórbico (vitamina C) O teor de vitamina C foi analisado segundo o método utilizado pelo Instituto Adolfo Lutz, ou seja, através de titulação da amostra com solução de iodato de potássio (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985, p. 283-287). Sumário 256 / 415 A titulação, feita em triplicata, utilizou 10g da amostra processada que foi filtrada com 20,0mL de solução de ácido sulfúrico a 20%. Foram acrescentados à amostra depois de filtrada 1,0mL da solução de iodeto de potássio e 1,0mL da solução de amido a 1,0%. A titulação foi feita, em seguida, com solução de iodato de potássio (KIO3) a 0,01Eg.gL-1, com o teor de ácido ascórbico calculado a partir da quantidade reagente deste. Determinação de parâmetros físico-químicos para o mel e composto de mel-acerola utilizados no estudo A determinação da umidade foi feita procedendo-se à leitura do índice de refração e da temperatura em um refratômetro do tipo Abbé. Usou-se como referência a tabela de Chataway. A correção de temperatura foi feita acrescentando-se à leitura do índice de refração o valor de 0,00023 para cada grau acima de 20ºC e subtraindo-se 0,00023 para cada grau abaixo de 20°C. A determinação de hidroximetilfurfural (HMF) foi feita preparando-se 50mL de uma solução com 10g de amostra de mel, 0,5mL de solução de Carrez 1(15g de ferricianeto de potássio trihidratado em 100mL de solução aquosa), 0,5mL de solução de Carrez 2 (30g de acetato de zinco dihidratado em 100mL de solução aquosa) e água deionizada. Filtrou-se a solução da amostra com papel de filtro, descartando-se os 10mL iniciais. Em seguida, pipetou-se 5mL do filtrado em dois tubos de ensaio, adicionando-se no primeiro tubo 5mL de água desionizada e no segundo 5mL de bissulfito de sódio como referência. Mediu-se a absorbância da amostra nos comprimentos de onda de 284 e 336nm. Para o cálculo da quantidade de hidroximetilfurfural (HMF), utilizou-se a relação citada no Manual do Instituto Adolfo Lutz (1985, p. 382). A determinação da acidez baseou-se no método titulométrico, utilizando-se soluções de hidróxido de sódio 0,05Eq.g L-1 e de ácido clorídrico 0,05Eq.gL-1. Pesou-se Sumário 257 / 415 10g de amostra de mel e acrescentou-se 75mL de água livre de CO2. Titulou-se sob agitação com NaOH a 0,05Eq. gL-1 até o pH chegar a 8,5, com velocidade de aproximadamente 5mL/minuto. Acrescentou-se 10mL de NaOH a 0,05Eq.gL-1 imediatamente e titulou-se com HCl a 0,05Eq. gL-1 até o pH atingir 8,3, com a mesma velocidade. Para o valor do branco, colocou-se em um béquer 75mL de água e titulou-se com NaOH a 0,05Eq.gL-1 até atingir pH 8,5. Trabalhou-se com o potencial hidrogeniônico medido no pHmetro para valores obtidos na titulação ácido-base. RESULTADOS E DISCUSSÃO Caracterização do mel utilizado no estudo Avaliação Pureza * Fonte: BRASIL, Instrução Normativa No. 11, de 20/10/2000. # Fonte: Portaria No 6 de 25/07/1985, do Ministério da Agricultura. Maturidade Parâmetro (unidade) Sol.insolúveis (%, m/m) Cinzas (%, m/m) 0,24 a 0,27 £ 0,6 Açúc. redutores (%, m/m) 68,5 a 73,4 ³ 65,0 Sacarose (%, m/m) 5,4 a 5,9 £ 6,0 Umidade (%, m/m) 17,8 a 18,0 £ 20 Acidez (mEgg kg-1) Deterioração Amostras Limites da de mel em Legislação* estudo 0,03 a 0,04 £ 0,1 HMF (mg kg-1) Ativ. Diastásica Cor 18,75 a 36,63 3,72 a 4,28 10,28 a 12,75 Âmbar claro £ 50,0 £ 60 ³8 Branco d’água a âmbar-escuro (A = 0,358) pH 3,26 a 3,39 3,3 – 4,6# Demais Parâmetros Líquido denso e viscoso, Características organolép- odor agradável e caracticas terístico, sabor próprio e doce. Tabela 1. Avaliação físico-química das amostras de mel em estudo. Sumário Previamente foram feitas as determinações dos principais parâmetros de qualidade do mel em estudo, feito pelo grupo de pesquisa envolvido no trabalho. Os resultados das análises físico-químicas são apresentados na Tabela 1. Pelos parâmetros avaliados, observou-se que o mel em estudo atendeu adequadamente ao padrões de qualidade estabelecidos na Instrução Normativa No. 11, de 20 de outubro de 2000, do Ministério da Agri258 / 415 cultura e Abastecimento (Brasil, 2000). Quanto à origem, conforme informações diretamente obtidas com os apicultores, o mel foi produzido por abelhas africanizadas que obtinham de plantas silvestres a matéria-prima do mel, sendo, portanto, um mel polifloral. As plantas visitadas pelas abelhas da colmeia foram tipicamente a chanana, assa-peixe, vassourinha de botão, hortelanzinho, bamburral, juçara, embaúba, maria-mole, cajueiro, laranjeira e seringueira. Os citados nomes são populares e, para a identificação das floradas do mel, seria necessário um estudo mais detalhado envolvendo a identificação do nome científico de cada planta e a análise polínica do referido mel. Obtenção do extrato de acerola e verificação da estabilidade da vitamina C no extrato adicionado ao mel Embora o mel possua uma resistência considerável à deterioração e ação de microorganismos, um parâmetro que precisou ser investigado ao manipular o mel foi seu teor de umidade, visto que em valores superiores a 20% poderia ocorrer a proliferação de leveduras osmofilíticas, com consequente fermentação do produto apícola (Moreira & Maria, 2001). Desta forma, a adição da acerola ao mel implicou, necessariamente, em processos de eliminação de água, ou obtenção de um “extrato” da fruta, de forma a não comprometer a mistura mel-acerola ao longo do tempo. Em contrapartida, para garantir a estabilidade do ácido ascórbico, reconhecidamente termolábil e instável quando exposto a substâncias oxidantes, ou ainda quando sujeito a aquecimentos e/ou exposição à luz solar, o mínimo de manipulação foi feito com a acerola. Assim sendo, optou-se por proceder à secagem da fruta de forma branda, sem exposição aos citados fatores de instabilidade da vitamina C (RIGHETTO, 2003, p. 12). Sumário 259 / 415 No processo de obtenção do extrato da acerola a ser adicionado ao mel, outro parâmetro a considerar foi a simplicidade do processo de secagem e obtenção do extrato da fruta. Os primeiros testes foram feitos em microondas, porém perdas médias de 43,5% da vitamina C foram observadas. Considerando que a intenção do trabalho era de propiciar ao produtor rural um aumento de vida útil e também a agregação de valor aos seus produtos, optou-se por tornar o processo o mais simples possível, realizando-se, então, apenas a rápida trituração da fruta em liquidificador, peneiramento e posterior adição ao mel. A Tabela 2 apresenta os valores médios de vitamina C obtidos para acerola in natura e no extrato, antes da adição no mel. Fruta Acerola in natura Acerola em extrato Teor (mg/100g) 1.441,4 Coef. de Variação (%) 1,82 973,7 4,04 Tabela 2: Teor de vitamina C na acerola – fruta in natura e no extrato concentrado (n=5). A perda observada para a vitamina C foi de 32,4%. Ainda assim, optou-se por utilizar o referido método na obtenção do extrato da fruta, considerando-se que o teor de vitamina C ainda era relativamente elevado, podendo significar um razoável acréscimo de vitamina C ao mel. Para o mel puro, a concentração de vitamina C antes da adição do extrato de acerola foi desprezível. A estabilidade no teor da vitamina C no composto de mel com acerola foi também avaliada, determinando-se a concentração de vitamina C logo após o preparo da mistura ‘extrato de acerola – mel’ na proporção 1:10 e após 15 e 30 dias de armazenamento da mistura em ambiente refrigerado. A Tabela 3 mostra os resultados obtidos. Sumário 260 / 415 Tempo (dias) Vitamina C (mg/100g) Coeficiente de Variação (%) 0 15 30 83,8559 80,3993 80,0569 1,52 1,30 0,54 Tabela 3: Variação no teor de vitamina C na mistura extrato de acerola – mel, na proporção 1:10 (armazenado em geladeira; n=5). Os valores obtidos evidenciaram uma significativa estabilidade do “composto de mel com acerola” na condição de refrigeração e no recipiente de armazenamento a que foi submetido, resultando em uma sutil perda de vitamina C (de 4,53% em 30 dias). Levando-se em consideração o intervalo de tempo entre produção, distribuição, prateleira e consumo de determinados produtos naturais comercializados no mercado comum, como algumas geleias e outros produtos naturais (cerca de 30 dias), pode-se afirmar que o “composto de mel com acerola” proposto neste trabalho tem condições de ser comercializado, tendo-se uma perda de vitamina C relativamente pequena. Etapas posteriores do estudo deverão ser feitas, de forma a avaliar se tais perdas aumentam em tempos superiores aos 30 dias de armazenamento. Durante o período de estudo não foi observada a cristalização do composto de mel. Avaliação das propriedades do mel no composto mel-acerola em função do tempo de armazenamento Foram investigados os principais parâmetros de deterioração (HMF e acidez) e de fermentação do mel (umidade) após a adição da acerola ao mel. A Tabela 4 apresenta os resultados das análises referentes ao monitoramento dos parâmetros físico-químicos do mel que poderiam ser alterados com a adição do extrato de acerola. Sumário 261 / 415 Os valores obtidos perParâmetro Mel puro 0 15 30 mitiram traçar o comHMF (mg/kg) 17,12 17,95 19,25 20,36 portamento dos níveis de Umidade (%) 18,4 25,1 23,2 23,0 HMF, umidade e acidez Acidez (meq/kg) 36,30 81,24 43,43 43,33 em função do Tabela 4: Parâmetros de deterioração (HMF e acidez) e de fer- tempo (Figumentação do mel (umidade) após a adição do extrato de acerola ra 1). Conforao mel. me a legislação brasileira vigente, que determina os valores padrões para os parâmetros físico-químicos do mel, todos os valores obtidos para índice de HMF foram satisfatórios, visto que o valor máximo permitido é de 60mg/kg, observando-se apenas um pequeno aumento no valor deste após a adição do extrato ao mel. Este aumento não representou necessariamente efeito da adição do extrato, visto que, normalmente, a concentração do hidroximetilfurfural tende a aumentar ao longo do tempo de armazenamento do mel puro. Tempo (dias) Figura 1: Variação nos principais parâmetros de avaliação do mel (deterioração e fermentação) após a adição da acerola à mistura. Sumário 262 / 415 Quanto ao parâmetro umidade, os valores obtidos após a adição do extrato ao mel foram superiores ao máximo permitido pela legislação, ou seja, de 21%. Tal diferença, no entanto, não representou um problema para a conservação do composto de mel, considerando que, no mesmo período de estudo, ocorreu um aumento da acidez, que depois diminuiu em função do tempo, contribuindo, assim, para a inibição no desenvolvimento de microorganismos na mistura mel-acerola. Embora o limite estabelecido pela legislação para o teor de acidez no mel fosse inferior a 50mEqgkg-1, os teores de acidez na mistura também foram inferiores a este valor no intervalo do tempo de estudo da mistura. Observou-se ainda que a umidade aumentou logo após a adição do extrato, já que este é rico em água proveniente da fruta, porém diminuiu gradativamente ao longo do tempo devido à baixa umidade presente no ambiente de armazenamento da mistura. CONCLUSÕES A simplicidade no processo de preparo do composto de mel e acerola evidenciou a possibilidade de adição do extrato de acerola ao mel, obtendo-se, ao longo de um mês, um produto de fácil comercialização, cujas principais propriedades da fruta e do mel foram mantidas. Desta forma, foi possível garantir a agregação de valor ao mel e maior longevidade à acerola. O custo de produção foi analisado, verificando-se ser relativamente baixo, dependendo em maior extensão do valor do mel e em menor escala do preço da fruta, vendida a preços bastante accessíveis. Considerando-se a proporção de acerola e mel na mistura estudada e os preços de ambos os produtos no comércio local, verificou-se para o preparo do composto de mel e acerola gastos de aproximadamente 92% em mel e 8% em aceSumário 263 / 415 rola. Em termos de equipamentos, também verificou-se custo relativamente baixo para a produção do composto de mel, representando, assim, considerável rentabilidade na venda do composto de mel, com real agregação de valor comercial ao produto. Diante da pesquisa realizada e dos resultados obtidos, concluiu-se que a produção do composto de mel e acerola é economicamente viável para o pequeno produtor. A vitamina C, principal constituinte da fruta, permaneceu relativamente estável, representando um ganho de qualidade ao produto proposto. O presente estudo também evidenciou a qualidade do mel utilizado no estudo, observando-se cumprir os critérios de qualidade exigidos pela legislação brasileira. Para a mistura acerola e mel não se observou alterações físico-químicas significativas que pudessem comprometer a qualidade do mel após a adição do extrato de acerola. Levando-se em consideração a estabilidade da vitamina C no extrato de acerola adicionado ao mel e os principais parâmetros físico-químicos, a produção do composto de mel foi considerado exequível, tendo-se como vantagem adicional, além das propriedades intrínsecas dos componentes naturais, o potencial de produção de ambas as matérias-primas no local em estudo. AGRADECIMENTOS Ao Banco do Nordeste do Brasil S.A., pelo financiamento do projeto. W.L.D. Martins e D. S. Albuquerque agradecem, respectivamente, ao CNPq, pela Bolsa de Apoio Técnico, e ao PIBIC/UFMA, pela bolsa de Iniciação Científica. REFERÊNCIAS SILVA, C. L., QUEIROZ, A. J. M., FIGUEIRÊDO, R. M. F. Caracterização físico-química de méis produzidos no EsSumário 264 / 415 tado do Piauí para diferentes floradas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 8, 2/3, 260-265, 2004. EVANGELISTA-RODRIGUES, A., SILVA, E. M. S., BESERRA, E. M. F., RODRIGUES, M. L. Análise físico-química dos méis das abelhas Apis mellifera e Melipona scutellaris produzidos em regiões distintas no Estado da Paraíba. Cienc. Rural. 35, 5, 1166-1171. 2005. CHAVES, M. C. V., GOUVEIA, J. P.G., ALMEIDA, F. A. C., LEITE, J. C. A., SILVA, F. L. H. Caracterização físico-química do suco da acerola. Revista de Biologia e Ciências da Terra, 4, 2, 2004. ARONSON, J. K. Forbidden fruit. Nature Medicine, v. 7, n. 1, p. 29-30, 2001. LIMA, R. S. Caracterização físíco-química da acerola e estudo da estabilidade da vitamina C nos extratos para uso em cosmetologia. 2003, (Monografia) – Curso de Química Industrial, Universidade Federal do Maranhão, 2003. BASU, T. K.; SCHORAH, C. J. Vitamin c in health and desease. Londres: AVI Pub. Co., 1982. 152 p. MOSER, U.; BENDICH, A. Vitamin C. In: MACHLIN. L. J. Handbook of vitamins. 2º ed. 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BRASIL, Portaria SIPA No. 06 de 25 de Julho de 1985, Ministério da Agricultura, 1985. MOREIRA, R. F. A., MARIA, C. A. B. Glicídios no mel. Química Nova, v. 24, 4, 516 – 525, 2001. Daniel S. Albuquerque Graduado em Química industrial pela Universidade Federal do Maranhão. Teresa Cristina R. S. Franco Doutora em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Diretora do Departamento de Pós-Graduação da Universidade Federal do Maranhão. Wanleysson L. D. Martins Especialista em Engenharia Ambiental pelo Centro Universitário do Maranhão. Sumário 266 / 415 Conceito da Aeronave 2012 Projeto AeroDesign UEMA: Maranhão alçando maiores voos O Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais realizado pela Society of Automotive Engineers (SAE BRASIL), através da Seção São José dos Campos – SP, tendo como principal objetivo proporcionar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimento de Engenharia Aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais deste importante seguimento e modalidade vinculados às instituições de ensino superior em todo Brasil e pelo mundo, através de aplicações práticas e da competição entre equipes. O Projeto AeroDesign no Maranhão é um Projeto Especial do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual – UEMA que, nos últimos 10 (dez) anos, várias equipes de alunos representaram o Estado na Classe Regular (onde somente alunos de graduação podem participar), tendo a oportunidade de experimentar a prática de atividades concernentes ao projeto de aeronaves junSumário 267 / 415 to ao grande centro de referência nacional na área: o Departamento Central de Tecnologia Aeronáutica, onde encontram-se importantes órgãos e empresas, tais como o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), o INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) e a EMBRAER. A Competição SAE BRASIL AeroDesign tem o apoio institucional do Ministério da Educação, por alinhar-se e vir ao encontro de objetivos das políticas e diretrizes deste Ministério. HISTÓRICO DO MARANHÃO NA COMPETIÇÃO A competição SAE AeroDesign ocorre nos Estados Unidos desde 1986, tendo sido concebida e realizada pela SAE International. A partir de 1999 esta competição passou a constar também no calendário de eventos estudantis da SAE BRASIL. Ao longo de todos esses anos de existência, o AeroDesign no Brasil tornou-se visivelmente um evento crescente em quantidade e qualidade dos projetos participantes. Aero UEMA – 2001/ 2002: Aero UEMA foi a primeira equipe do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual do Maranhão, sendo formada por 12 estudantes; Z-01 Z -02 Sumário 268 / 415 Equipe Vortex – 2004: Devido à graduação dos integrantes do projeto, fez-se necessário a reorganização que fez surgir em 2004 a Equipe Vortex, que participou da 6ª edição da competição. Nos proximos 2 anos não houve condições para que o Projeto fosse desenvolvido. Equipe Zeus – 20072011: No ano de 2007, a Z-03 equipe concluiu o projeto, porém não foi possível viajar devido a falta de recursos financeiros para custear a viagem, mas em 2008 a Equipe Zeus Aero Design leva o nome da UEMA a participar pela 4ª vez da competição. Com o Z-01, obteve a 56ª colocação, na 10ª edição da competição; Em 2009, novamente a Athos 2011 equipe Zeus Aero Design participou, agora com o aeromodelo Z-02, e obteve a 55ª colocação, na 11ª edição da competição; Em 2010, com a admissão de novos integrantes (8 acadêmicos viajaram para SJC) a Equipe passou por mudanças na organização das comissões de projeto, permitindo um salto para a 34ª posição no quadro geral, na 12ª Edição do SAE Brasil AeroDesign; Em 2011, dando continuidade ao trabalho diferenciado, a equipe apostou no aprofundamento na abordagem de Projetos Aeronáuticos e no uso de materiais compósitos e fabricação avançada, culminando na 17ª colocação geral da Competição, além do 1º lugar na Retirada de Sumário 269 / 415 Carga, com direito a menção honrosa; Equipe Zeus 2012 “Hoje entendemos o que motivou os primeiros estudantes da UEMA a ousarem instalar o Projeto SAE Brasil AeroDesign em nossa instituição: a necessidade do intercâmbio de informações e conhecimentos, a experiência de organizar e gerenciar grupos e projetos, além do ambiente de competição, fazem com que o AeroDesign seja um diferencial na formação do profissional que o mercado de trabalho procura”. João Luís de Meneses, estudante do 7º período Para este ano, graças ao respeito e o nível técnico que se alcançaram ao longo da evolução do projeto, os acadêmicos decidiram apostar na representação do Estado não somente na Classe Regular (constituída de 7 estudantes de graduação), mas também na Classe Advanced (4 estudantes), onde os requisitos do Regulamento de Competição são mais próximos daqueles encontrados na Regulamentação Aeronáutica, e os acadêmicos de graduação da UEMA estarão competindo diretamente com estudantes de pós-graduação nas áreas de Engenharia da Mobilidade. IMPORTÂNCIA DO PROJETO: VISÃO DOS ALUNOS Para o componente da equipe Zeus, João Wilker Barros, do 6ª período de Engenharia Mecânica, a Competição SAE BRASIL representa “um laboratório, onde temos a oportunidade de colocar em prática os conteúdos que aprendemos em sala de aula, bem como podemos alinhar desenvolvimento acadêmico com o tecnológico, tendo a pesquisa aeronáutica como foco. A UEMA também é engrandecida pela nossa participação no evento competitivo”, afirmou o estudante. Sumário 270 / 415 Acadêmicos que já participaram do Projeto Aero UEMA 2001-2002 Carlos Cesar Silva Viegas; David Augusto Vieira Sousa; Diego Fernando de Araújo Costa; Dielson Silva Martins; Edson Ribamar Morais; Edvaldo Sousa de Oliveira Junior; Flavio Nunes Pereira; Franco Jefferds dos Santos Silva; Jaime Muniz Pinto Sobrinho; Jose de Ribamar Silva do Nascimento; Luciano Porto Bontempo; Tonnyfran Xavier de Araújo Sousa. Vortex 2004 Kátrine Evelen Carole da S. Sousa; Luciano Soares da Silva; Rosemile Mota Costa; Érico Araujo Noleto; Daniel Augusto do Carmo; Aldomir Nascimento de Oliveira; Assedino Pereira as Queiroga Neto; Deivison Lima da Silva; Dielson Silva Martins; Edvaldo Sousa de Oliveira Junior; Flavio da Conceição Lima de Oliveira; Jaciara Pires Aguiar; Luana Maria Lima dos Santos; Maria Raimunda Rocha Gomes; Cassio Daniel Salomão Silva. Equipe Zeus 2008-2012 Gyovanni Pinheiro Saraiva Coelho João Luís de Meneses Barros João Wilker Ribeiro Barros Lima Edilson Dantas Nóbrega Hércules Araújo Oliveira Thallys Anderson Machado Ferreira Carlos Henrique Cunha Caetano André Gustavo Amorim Nogueira Fernando Antonio Moreira Abreu Marco Antônio Lima Junior Ediharlly João Alves dos Santos Igor Fernandes Araújo Edilberto dos Anjos Teixeira Kátia Assunção Edgard Coelho Couto Luana Roberta Sumário 271 / 415 Pesquisadores do IFMA Adalto Rodrigues Gomes dos Santos Filho Possui graduação em Bacharelado Em Física pela Universidade de São Paulo (1991), mestrado em Física pela Universidade Federal da Paraíba (1995) e doutorado em Física das Partículas Elementares e Campos pela Universidade Federal da Paraíba (2005). Atualmente é Professor Adjunto IV do Departamento de Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). Tem atuado nos seguintes temas de pesquisa: teorias clássicas de gravidade; defeitos topológicos; branas em dimensões extras; aplicações de teoria de campos em óptica; violação da simetria de Lorentz. Desde março de 2010 é pesquisador nível 2 do CNPq. Aluísio Alves Cabral Júnior Graduado em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1990), mestre em Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (1995), doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (2000) e estágio de pós-doutorado na Universidade Federal de São Carlos (2006). Atualmente é professor associado do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos seguintes temas: glass ceramics, glass-forming ability e thermal analysis. Atualmente, é revisor dos seguintes periódicos Journal of Non-Crystalline Solids, Materials Research e Journal of the American Ceramic Societ; dentre outros. Sumário 272 / 415 Pesquisadores do IFMA André Mantegazza Camargo Possui graduação (concluído em março de 2007) e mestrado (concluído em julho de 2008) em Zootecnia pela UFRRJ. Atuou como professor titular do curso de graduação em Zootecnia da Faculdade de Imperatriz entre agosto de 2008 e março de 2009 e no departamento de compra de gado da Bertin S.A. entre abril de 2009 e janeiro de 2010. Desde fevereiro de 2010 é professor do ensino básico, técnico e tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - Campus Codó onde já atuou como coordenador do curso de Licenciatura Plena em Ciências Agrárias entre os meses de agosto e dezembro de 2010. Em janeiro de 2011 assumiu a Chefia do Departamento de produção e pesquisa - DPP da mesma instituição, cargo que ocupa até a presente data. Andréia Freitas de Oliveira Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Semiárido (2004) e mestrado em Mestrado Em Ciência Animal pela Universidade Federal Rural do Semi Árido (2008). Atualmente é professor do ensino básico, técnico e tecnológico do Instituto Federal do Maranhão, Campus São Raimundo das Mangabeiras. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Patologia, Manejo e Sanidade de Animais de Laboratório, atuando principalmente nos seguintes temas: animais silvestres, Trypanosoma vivax, plantas medicinais. Sumário 273 / 415 Pesquisadores do IFMA Andréia Serra Galvão Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Maranhão (2003) e Mestrado em Fitossanidade área Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2006) e Doutorado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2009). Desenvolve trabalhos na área de Entomologia Agrícola, Acarologia Agrícola, Ecologia de ácaros e Controle Biólogico. Atualmente é professora efetiva do Instituto Federal do Maranhão onde leciona as disciplinas de Entomologia, Fitopatologia e Fruticultura. Antonio Ernandes Macêdo Paiva Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual do Maranhão (1987), mestrado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (1996) e doutorado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (2002). Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão e Sub-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Materiais Cerâmicos, atuando principalmente nos seguintes temas: refratários, reologia, concretos, processamento e suspensões cerâmicas. Sumário 274 / 415 Pesquisadores do IFMA Déa Nunes Fernandes Graduada em Matemática Licenciatura pela Universidade Federal do Maranhão (1988), Mestre em Educação Matemática pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho campus Rio Claro (2001). Doutora em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista campus Rio Claro (2011). Membro do grupo de pesquisa “ História Oral e Educação Matemática”- GHOEM. Membro do Corpo de Assessores Científicos da Revista “Acta Tecnológica” do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão- IFMA. Professora do 3º grau do Departamento de Matemática do IFMA. Tem experiência nas áreas Ciencias Exatas e da Terra , Ciências Humanas e Multidisciplinar com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: matemática, ensino,aprendizagem e formação de professores. Evaldinolia Gilbertoni Moreira Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Maranhão (1996), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal do Maranhão (1998) e doutorado em Computação Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2009). Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em GeoInformação, Metodologia e Técnicas da Computação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação profisional, linguagem de programação, informática e curso tecnológico. Sumário 275 / 415 Pesquisadores do IFMA Fábio Henrique Silva Sales Graduado em Física Licenciatura pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Mestrado e Doutorado em Física da Matéria Condensada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professor Efetivo e Coordenador do Curso de Física Licenciatura do Departamento de Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Campus Monte Castelo. Pesquisador do Grupo Teórico, cadastrado no CNPq, de Magnetismo e Materiais Magnéticos do Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN. Coordenador Regional pelo Estado do Maranhão da Olimpíada Brasileira de Física e da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas. Professor Coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Lider dos grupos de pesquisa, cadastrados no CNPq, de Iniciação Científica Junior, Ensino de Física do IIFMA e Estudo de Fases Magnéticas em nanoestruturas Terras-Raras. Consultor AH DOC de Bolsas de Iniciação Científica do IFMA. Avaliador de artigos científicos do VII Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte e Nordeste de Educação Tecnológica (CONNEPI). Coordenador Operacional do Dinter da Matéria Condensada Gestão 2012, do IFMA com a UFC. Professor Jovem Cientista da FAPEMA. Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais do IFMA. Sumário 276 / 415 Pesquisadores do IFMA Ginalber Luiz de Oliveira Serra Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão (1999), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal do Maranhão (2001), doutorado (2005) e pós-doutorado (2005-2006) em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é revisor dos seguintes periódicos: IEEE Transactions on Fuzzy Systems (1063-6706), IEEE Transactions on Neural Networks (1045-9227), IEEE Transactions on Systems Man and Cybernetics (0018-9472), International Journal of Systems and Control Engineering, Fuzzy Sets and Systems; membro da Working Group on Computers: World Scientific Engineering Academy Society, e professor adjunto I do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Controle de Processos Eletrônicos, Retroalimentação, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas nebulosos, identificação de sistemas, redes neurais, sistemas não-lineares no tempo discreto e algoritmos genéticos. Iêdo Alves de Souza Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco (1986), mestrado em Engenharia de Recursos Hídricos pela Universidade Federal da Paraíba-Campus de Campina Grande (1991) e doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é professor adjunto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Cerâmica de eletrônica e estrutural, atuando principalmente nos seguintes temas: photoluminescence e pechini. Sumário 277 / 415 Pesquisadores do IFMA Isabela Vieira dos Santos Mendonça Possui Mestrado em Biologia Vegetal (Universidade Federal de Pernambuco - 2006), área de concentração em ecologia e Graduação em Ciências Biológicas (Universidade Federal do Maranhão - 2004). Tem experiência em consultoria ambiental em área de manguezais assim como em gestão ambiental empresarial. Tem experiência no ensino superior (Profª Substituta em Fisiologia Animal no Curso de Ciencias Biológicas da UFMA - 2007 a 2008), médio e fundamental. Atualmente é Professora do Instituto Federal do Maranhão, onde ministra disciplinas nos níveis superior (Licenciatura em Biologia) e médio-técnico. Também lecionou disciplinas em cursos de pós-Graduação ( Saúde e Segurança do Trabalho, Saúde Ambiental) e tem experiência como consultora ambiental para o Sebrae-MA. Atua nas áreas de Saúde Coletiva, Saúde Ambiental e Ecologia de manguezal. É Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Gestão e Educação Ambiental (CNPq) e doutorando em Saúde Coletiva no Programa de Pós Graduação da UFMA Izabel Cristina da Silva Almeida Funo Possui graduação em Ciências Aquáticas pela Universidade Federal do Maranhão/2004 (Bolsista CNPq), Mestrado em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura pela Universidade Federal Rural de Pernambuco/2006 (Bolsista FAPEMA) e curso de aperfeiçoamento na área de Cultivo de Moluscos Comerciales na Universidad Catolica del Norte - Chile/2006 (Bolsista JICA). Doutoranda em Recurso Pesqueiro e Aquicultura pela UFRPE. Atualmente é professora de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, do quadro permanente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus São Luís Maracanã. Na área de docência minisSumário 278 / 415 Pesquisadores do IFMA tra as disciplinas de Malacocultura, Introdução à Pesca e Aquicultura, Cultivo de peixes ornamentais e Aquicultura especial do Curso Técnico subsequente em Aquicultura . Tem experiência na coordenação de projetos na área de Cultivo de Moluscos e Educação Ambiental. Jean Robert Pereira Rodrigues Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual do Maranhão (1997), mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (1999) e doutorado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Atualmente é Professor adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Fabricação e Materiais, com ênfase em Usinagem Não Tradicional e Convencional e Solidificação de Metais, atuando principalmente nos seguintes temas: Eletroerosão, Torneamento , Furação e Solidificação de Ligas não-ferrosas. Jomar Sales Vasconcelos Possui graduação em Engenahria Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (1986), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (1990) e doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2004). Atualmente é professor associado I do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Coordenador do NIT-IFMA, Coordenador Operacional do dinter IFMA/UFCG. Consultor da Fundação de Amparo à Pesquisa ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Avaliador do Instituto Sumário 279 / 415 Pesquisadores do IFMA Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixieira. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Sistemas de Energia Elétrica e Sistemas Embarcados e, na área de Química, com ênfase em Físico Química Inorgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: microondas, filmes finos, cerâmicos e tratamento térmicos. Integrante do INCTMN. Tem 5 (cinco) solicitações de pedidos de patentes. José Manuel Rivas Mercury Possui graduação em Engenharia Quimica pela Universidade Federal do Pará (1987), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará (1995) e doutorado em Tendencias Act en Quím Analitica e Inorgánica - Universidad Autonoma de Madrid (2004). Pós-doutorado em Mineralogia Aplicada no Instituto de Geociências da UFPA (2010). Atualmente é professor de ensino medio e tecnologico do Instituto Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos seguintes temas: caracterizacao de materiais, lama vermelha, cerâmica vermelha, aluminatos de calcio e residuo de bauxita. Kleber Zuza Nóbrega Possui graduação em Engenharia Eletrica pela Universidade Federal do Ceará (1999), mestrado em Engenharia Eletrica pela Universidade Federal do Ceará (2000) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é Professor Adjunto IV do Instituto Federal do Maranhão, e atua como pesquisador colaborador da Universidade Federal do Paraná, UNICAMP e UFEs. Sumário 280 / 415 Pesquisadores do IFMA Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletromagnetismo Computacional, atuando principalmente nos seguintes temas: propagação de ondas eletromagnéticas, métodos numéricos, comunicações ópticas e nanomagnetismo. Luís Presley Serejo dos Santos Professor Adjunto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), doutor em Química (área de concentração Físico-Química) pela Universidade Federal de São Carlos (2006), mestre em Ciências e Engenharia de Materiais pela USP-São Carlos (2002). Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Materiais Não-Metálicos, atuando principalmente nos seguintes áreas: Nanotecnologia, desenvolvimento de sínteses químicas, fotoluminescência, pigmentos inorgânicos, catálise heterogênea e Educação na modalidade a Distância. Membro fundador da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) e da Associação Brasileira de Análise Térmica e Calorimetria (ABRATEC). Pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN). Sumário 281 / 415 Pesquisadores do IFMA Marcelo Moizinho Oliveira Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal da Paraíba (1994), mestrado em Química Inorgânica pela Universidade Federal da Paraíba (1997) e doutorado em Ciências, área de Concentração Físico-Química, pela Universidade Federal de São Carlos (2002). Atualmente é professor associado I do Departamento Acadêmico de Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - Campus São Luís Monte Castelo e professor do Programa de Pós-Graduação de Engenharia de Materiais deste instituto. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos seguintes temas: varistores, SnO2 e nanomateriais, possuindo também trabalhos na área de Educação Química. É também professor/pesquisador da Universidade Aberta do Brasil (UAB) pela Educação à Distância do Instituto. Recebeu o prêmio de melhor professor pesquisador do IFMA em 2011. Maria das Graças Sampaio Costa Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1989), graduação em Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (1998), mestrado em Química Analítica pela Universidade Federal do Maranhão (2002) e doutorado em Físico-Química pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (2009). É professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área de Química de Materiais e Química Analítica. Sumário 282 / 415 Pesquisadores do IFMA Maria Verônica Meira de Andrade É Zootecnista formada pela Universidade Federal da Paraíba (2002), Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (2003-2005) e Doutorado em Zootecnia pelo Programa de Doutorado Intergrado em Zootecnia (PDIZ) UFPB/UFRPE/UFC (2005-2008). Atuou como Pesquisadora bolsista (PCI/MCT) no Instituto Nacional do Semiárido (INSA). Atualmente é professora do IFMA, Campus Caxias. Tem experiência na área de Forragicultura, atuando principalmente nas seguintes áreas: Caatinga, Plantas Nativas, Estrato Herbáceo da Caatinga, Avaliação de Forrageira, Dinâmica de Espécies Nativas e Produção e Conservação de Forragem. Omar Andres Carmona Cortes Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Maranhão (jan/1997), mestrado em Ciências da Computação e Matemática Computacional pela Universidade de São Paulo (1999) e doutorado em Ciências da Computação e Matemática Computacional pela Universidade de São Paulo (2004). Atualmente é professor doutor do Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Maranhão (IFMA). Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Computação Paralela Distribuída, atuando principalmente nos seguintes temas: computação móvel, algoritmos evolutivos, lógica nebulosa e informática na educação. Sumário 283 / 415 Pesquisadores do IFMA Yrla Nívea Oliveira Pereira É Doutora em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO). Possui Mestrado em Saúde e Ambiente (Universidade Federal do Maranhão - 2004) e Graduação em Ciências Habilitação em Biologia (Universidade Estadual do Maranhão - 2000). É professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Departamento de Biologia). Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase em Entomologia de insetos vetores de doenças tropicais, atuando principalmente nos seguintes temas: Maranhão, Anofelinos e Malária, Aedes e Dengue, Leishmaniose e Lutzomyia, Produtos naturais. Sumário 284 / 415 Pesquisadores da UEMA Adriana Maria de Souza Zierer Possui graduação, mestrado e doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2004). Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Professora Colaboradora do Mestrado em História Social (UFMA). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Antiga e Medieval, atuando principalmente nos seguintes temas: Idade Média, Portugal, Ramon Llul, imaginário medieval, cavalaria, mulher medieval, viagens imaginárias e rei Artur. Desde 2005 coordena bianualmente os Encontros Internacionais de História Antiga e Medieval do Maranhão na UEMA. Participa de vários periódicos como as revistas Brathair, Mirabilia, Outros Tempos, Opsis e Angelus Novus. (História) Alan Kardec Gomes Pacheco Filho Possui doutorado em História Social pela Universidade Federal Fluminense (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do centro sul maranhense, atuando principalmente nos seguintes temas: Sertão, Sul do Maranhão, navegação fluvial, história oral, Maranhão Republicano. (História) Alana Lislea de Sousa Possui doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é avaliador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais e Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão, nas disciplinas de Anatomia. Tem expeSumário 285 / 415 Pesquisadores da UEMA riência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em morfofisiologia veterinária de animais domésticos e silvestres, atuando principalmente nos seguintes temas: morfofisiologia reprodutiva de kinosternon scorpioides (jurará ou muçuã). Presidente do Comitê de Ética e Experimentação Animal do Curso de Medicina Veterinária da UEMA. Docente permanente do mestrado em Ciência Animal da UEMA. Presidente da Sociedade de Medicina Veterinária do Maranhão. Conselheira Efetiva do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Maranhão. Presidente da Comissão de Ética do CRMV-MA e Membro da Comissão de Ensino do CRMV-MA. (Veterinária) Alex Oliveira de Souza Doutor em Planejamento do Espaço e Urbanismo pela Universidade Paris Est (2009). Atualmente é Chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Planejamento Urbano e Regional, com ênfase em Técnicas de Análise e Avaliação Urbana e Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: São Luís, espaços públicos, criação urbana e conservação integrada. (Arquitetura) Algemira de Macedo Mendes Possui doutorado sanduiche em Coimbra-PT (2005). Doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2006). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Feminina, História da Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira, literatura piauiense, literatura e ensino. (Letras) Sumário 286 / 415 Pesquisadores da UEMA Ana Clara Gomes dos Santos Possui doutorado em Medicina Veterinária (Parasitologia Veterinária) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ, 1999). Professora de Pós-Graduação em Ciência Animal (UEMA). Atualmente Bolsista de Fixação de Doutor, Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Parasitologia Veterinária, com ênfase em Entomologia, Acarologia e Helmintologia de animais de produção e companhia, e pesquisa com plantas para aplicação de remédios no controle de parasitoses de animais de produção. Consultora ad hoc aos projetos de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico do Estado do Maranhão (FAPEMA). (Veterinária) Ana Lívia Bomfim Vieira Possui doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005), tendo realizado doutorado Sanduíche pela Université de Liège, Bélgica. É professora de História Antiga na Universidade Estadual do Maranhão e é uma das coordenadoras do grupo de pesquisa em História Antiga e Medieval. Tem experiência na área de História, Arqueologia e Antropologia, com ênfase em Historia Antiga Grega. (História) Ana Lúcia Abreu Silva Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2. Professora Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão; Doutora em Ciências, área de concentração de Patologia. Professora dos programas de Pós-Graduação: Mestrado em Ciência Animal e Doutorado Sumário 287 / 415 Pesquisadores da UEMA em rede RENORBIO – Rede Nordeste de Biotecnologia. (Veterinária) Ana Maria Silva de Araújo Possui doutorado em Agronomia (Ciência do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é Professora Assistente da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Nutrição Mineral de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: absorção e metabolismo de nitrogênio em plantas, mineralização de carbono e nitrogênio no solo, enzimas envolvidas no metabolismo de nitrogênio, nutrição de plantas, arroz. (Agronomia) Andrea Christina Gomes de Azevedo Cutrim Possui Doutorado em Ciências pela Universidade Federal de Pernambuco, com área de concentração em Oceanografia. Tem prestado consultoria em ambientes aquáticos e trabalhado em projetos de pesquisa como REVIZEE, PIATAM Mar e PIATAM Oceano. Atualmente é Professora Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência em Botânica, com ênfase em Taxonomia e Ecologia Vegetal e Oceanografia, atuando principalmente nas seguintes áreas: fitoplâncton marinho e estuarino, diatomáceas, estuários, manguezais e educação ambiental. É Coordenadora Geral do Programa Darcy Ribeiro - programa de formação docente, priorizando as Ciências, em todo o estado do Maranhão. (Biologia) Sumário 288 / 415 Pesquisadores da UEMA Andréa de Araújo Possui doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Tem experiência na área de Botânica, atuando principalmente nos seguintes temas: Maranhão, educação ambiental, fito plâncton, unidade de conservação e sensibilização ambiental. (Biologia) Antônia Alice Costa Rodrigues Possui doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2003). Atualmente é Professor Adjunto II. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: fusarium oxysporum, mecanismos de defesa, indução de resistência. (Agronomia) Antônia Santos Oliveira Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária (2010). Atualmente é Professora Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Fisiologia Animal, com ênfase em Metabolismo energético, atuando principalmente nos seguintes temas: animal silvestre, fisiologia digestiva e fisiologia metabólica.Veterinária Antônio Francisco Fernandes de Vasconcelos Professor Adjunto II de Química da Universidade Estadual do Maranhão. Atuando nas seguintes pesquisas: análise térmica, armazenamento de misturas de biodiesel, cálculo quântico computacional, construção de dispositivos educacionais com sucata eletrônica e material alternatiSumário 289 / 415 Pesquisadores da UEMA vo, inovação tecnológica, síntese de biocombustíveis, caracterização de óleos vegetais e biodiesel, qualidade de mel de abelhas nativas e óleo de copaíba. Doutor em Química Orgânica (concluído na UFPB, 2009), atualmente coordena o Núcleo de Inovação Tecnológica da UEMA e atua como tutor supervisor nos cursos de Graduação e Especialização na área de Administração Pública. Integra a equipe de elaboração de material didático do Programa Darcy Ribeiro. (Química) Antônio Luiz Alencar Miranda Possui mestrado em Letras, Semiologia, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Tem experiência na área de Lingüística e Letras, com ênfase em leitura, discurso, identidade, sujeito, letramento, prática discursiva e análise linguística, com disciplinas de Semiótica do Texto, Prática Interdisciplinar de Leitura e Escrita, Sintaxe, Semântica, Fonética/Fonologia na Graduação e Análise do Discurso, Semiótica e Aquisição da Linguagem, na Pós-Graduação. Orienta duas alunas de iniciação científica em Sociolinguística e Análise do Discurso, estudando atitudes, crenças, variação, mudança, discurso pedagógico, identidade e ideologia. Atualmente cursa doutorado em Linguística, pela UFRJ. (Letras) Ariadne Enes Rocha Possui doutorado em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (2011), com área de concentração em Ecologia e Meio Ambiente. Atualmente é Professora Assistente II do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Silvicultura, atuando principalmente nos Sumário 290 / 415 Pesquisadores da UEMA seguintes temas: agricultura familiar, mata ciliar, educação ambiental, composição florística, fitossociologia, ciclagem de nutrientes, indicadores de qualidade do ambiente, recuperação de áreas degradadas e produção de mudas de espécies florestais nativas. (Agronomia) Carlos Augusto Silva de Azevedo Possui Doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2009). Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência em Entomologia, com ênfase em Ordem Megaloptera, atuando principalmente com estudos de Taxonomia, Biologia e Ecologia dessa ordem. (Biologia) Christian Jacques Henri Delon Possui doutorado em Ciências da Informação e da Comunicação, Université Paul Verlaine-Metz (2007). Atualmente é Professor Titular, visitante estrangeiro, da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Informação e da Comunicação, com ênfase na democratização da comunicação e as mídias livres e/ou comunitárias. Colabora como pesquisador associado no Centro de Pesquisa sobre as Mediações (Centre de Recherche sur les Médiations-CREM/ CNRS França). É jornalista desde 1990 e fotógrafo. (Ciências Sociais) Christoph Gehring Possui doutorado em Agronomia pela Universität Bonn (2003). Desde 2004 é Professor/Pesquisador no Curso de Mestrado em Agroecologia da Universidade Estadual do Maranhão e Pesquisador Adjunto desde Sumário 291 / 415 Pesquisadores da UEMA junho de 2011. Tem experiência nas áreas de Agronomia e Ecologia, atuando principalmente nos seguintes temas: rizipiscicultura na Baixada Maranhense; efeitos ecológicos e agronômicos da palmeira de babaçu; carbono preto em áreas frequentemente queimadas; potencial do carvão fino na olericultura; produção de mudas e arroz irrigado; emissão de gases efeito estufa; mapeamento e recuperação de mata ciliar; comparação de sistemas de uso/manejo da terra e indicadores ecológicos. (Agronomia) Cícero Costa Quarto Professor Assistente II do curso de Engenharia da Computação da Universidade Estadual do Maranhão. Obteve o mestrado em Engenharia de Eletricidade, na área de Concentração Ciência da Computação, pela Universidade Federal do Maranhão. Tópicos de pesquisa: Sistemas Colaborativos, Aprendizagem Colaborativa, Engenharia de Groupware e Educação a Distância. (Engenharia da Computação) Cláudia Maria Magalhães Motta Possui mestrado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (2008). (Letras) Claúdio Eduardo de Castro Possui mestrado em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (2004). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: educaSumário 292 / 415 Pesquisadores da UEMA ção ambiental, ecoturismo, manejo de unidades de conservação, educação e desenvolvimento e meio ambiente. (Geografia) Claudio Luís Nina Gomes Em 2004, iniciou carreira de Professor do Departamento de Clínicas Veterinárias (DCV) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UEMA, onde leciona a disciplina de Clínica Médica e Terapêutica de Equídeos. Em 2005, concluiu mestrado no curso de pós-graduação em Ciências da Saúde na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), na área de Imunofisiologia. Em 2006, iniciou doutorado no Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Viçosa-MG, na área de Clínica e Cirurgia Veterinária, obtendo, em 2010, o título de Doctor Scientiae em Medicina Veterinária. (Veterinária) Cynthia Carvalho Martins Possui doutorado em antropologia social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente é Professora da UEMA e Coordenadora do curso de especialização intitulado Sociologia das Interpretações do Maranhão: povos e comunidades tradicionais, desenvolvimento sustentável e grupos étnicos. Tem experiência em pesquisa de campo na área de Antropologia-Sociologia, com ênfase em antropologia dos grupos étnicos e movimentos sociais, atuando principalmente nos seguintes temas: movimentos sociais; territorialidade; metodologia da pesquisa em Ciências Sociais. Pesquisadora do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA) e Grupo de Estudos Sócio Econômicos da Amazônia (GESEA). (Ciências Sociais) Sumário 293 / 415 Pesquisadores da UEMA Daniel Praseres Chaves Médico Veterinário e Doutor em Medicina Veterinária UNESP/Jaboticabal (2009). Docente na UEMA. Experiência em diagnóstico laboratorial de Doenças Infecciosas, Metabólicas e Tóxicas dos animais. Membro efetivo das comissões de ensino e de ética do CRMV-MA; membro da câmara setorial para o desenvolvimento da cadeia produtiva de caprinos e ovinos da Secretaria de Agricultura do Estado do Maranhão. Docente do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Animal; Coordenador do Curso Técnico em Alimentos; Diretor do Núcleo de Biotecnologia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do Maranhão; Responsável Técnico pelo Laboratório de Bioprodutos Ltda. (Veterinária) Débora Martins Silva Santos Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Jaboticabal-SP, 2010). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Histologia e Medicina Veterinária Preventiva. (Biologia) Deline Maria Fonseca Assunção Possui mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (2004). Atualmente é Professora Assistente IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Análise do Discurso e Linguística Textual. Doutoranda em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Letras) Sumário 294 / 415 Pesquisadores da UEMA Diógenes Buenos Aires de Carvalho Possui doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2006). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade Estadual do Maranhão, Chefe do Departamento de Letras-CESC/UEMA, e Líder do grupo de pesquisa Literatura, Leitura e Ensino (CNPq/UEMA). Professor Convidado do Mestrado em Letras da UFPI. Membro do Comitê Institucional de Pesquisa da UEMA. Membro do Conselho Editorial dos periódicos Cadernos de Aplicação/UFRGS, Pesquisa em Foco/UEMA e Signos/UNIVATES. Membro do GT Leitura e Literatura infantil e juvenil da ANPOLL. Pesquisador Associado da RELER/Cátedra Unesco de Leitura PUCRio. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: estética da recepção, literatura infantil e juvenil, leitura literária, formação do leitor, ensino de literatura e história da literatura. (Letras) Eduardo Aurélio Barros Aguiar Possui Doutorado em Engenharia Civil (Engenharia de Estruturas) pela Universidade de São Paulo (2010). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Estruturas, atuando principalmente nos seguintes temas: ligações viga-pilar, concreto pre-moldado, concreto armado, concreto protendido, análise estrutural. (Engenharia Civil) Elizabeth Nunes Fernandes Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1995), mestrado em Química Analítica pela Universidade Sumário 295 / 415 Pesquisadores da UEMA Federal do Maranhão (1998) e doutorado em Química Analítica pela Universidade Federal de São Carlos (2004). Atualmente é professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e técnico em laboratório da Universidade Federal do Maranhão, atuando junto ao Curso de Engenharia de Alimentos. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Análise em Fluxo e Eletroanalítica, atuando principalmente nos seguintes temas: multicomutação, espectrofotometria, quimiluminescência, reações enzimáticas, eletrodos quimicamente modificados. (Química) Elizabeth Sousa Abrantes Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense (2010). Atualmente é Professor Adjunto I do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão, Coordenadora do Grupo de Pesquisa Cultura e Sociedade Contemporânea e foi Diretora do Núcleo Regional da Associação Nacional de História (ANPUH-MA) no período de 2003 a 2005. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil e do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, mulher, dote e educação, nos séculos XIX e XX. (História) Elizete Santos Abreu Possui mestrado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2009). Professora da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: infância, brinquedo, gênero, étnico/racial e formação de professores. Sócia fundadora da Sociedade Negra Quilombola de Caxias/ Sumário 296 / 415 Pesquisadores da UEMA MA; atualmente é diretora do Centro de Estudos Superiores de Coelho Neto-CESCN/UEMA. (Educação) Elmary da Costa Fraga Possui doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Pará (2005). Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Estadual do Maranhão e Diretor do Curso de Ciências do Centro de Estudos Superiores de Caxias (UEMA). Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética de Populações e Sistemática Molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: sequenciamento de genes mitocondriais e nuclear, sistemática molecular de peixes e genética de populações de insetos. (Biologia) Emanoel Gomes de Moura Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 do CNPq. Possui doutorado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995). Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Professor do Curso de Doutorado da Rede Bionorte; Professor do Programa de Pós- Graduação em Agroecologia da UEMA e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal CCAA-UFMA. Atua como pesquisador na área de avaliação e melhoria dos indicadores de qualidade dos solos, com ênfase no aumento da disponibilidade e da eficiência do uso de nutrientes para o manejo sustentável dos agrossistemas tropicais. Coordena vários projetos de implantação e avaliação de agrossistemas que objetivam conceber alternativa para o manejo agroecológico de sistemas de produção familiar do trópico úmido. (Agronomia) Sumário 297 / 415 Pesquisadores da UEMA Érico Peixoto Araújo Possui mestrado em Engenharia na área de Controle de Processos e Manufaturas pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é Professor Assistente VI da Universidade Estadual do Maranhão. Atua em pesquisas historiográficas sobre obras públicas e desenvolvimento das cidades, e, também, pesquisas na área da informática que envolvam a tecnologia BIM (Building Information Modeling) no processo de concepção de projetos. (Arquitetura) Ester Azevedo da Silva Possui doutorado em Agronomia/Entomologia pela Universidade Federal de Lavras. Atualmente leciona e pesquisa (Área: Acarologia) na Universidade Estadual do Maranhão. (Agronomia) Fabíola de Jesus Soares Santana Possui mestrado em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é Professora Assistente da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino, língua e escrita. (Letras) Fabíola de Oliveira Aguiar Arquiteta e Urbanista pela Universidade Estadual do Maranhão (1998) e mestre em Engenharia Urbana pela Universidade Federal de São Carlos (2003). A partir de 2003 é Professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão (onde, atualmente, está enquadrada na categoria de Professor Adjunto I). É doutora em Sumário 298 / 415 Pesquisadores da UEMA Engenharia de Transportes ( 2010) pela Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo (EESC/USP). Realizou estágio no exterior, na Universidade do Minho, em Braga/Portugal (outubro 2008 a fevereiro 2009), como parte do programa de Doutorado. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em conforto ambiental e planejamento urbano e de transportes, atuando principalmente nos seguintes temas: avaliação de circulação, transporte público, mobilidade de pedestres, mobilidade urbana e acessibilidade. Está no cargo de Diretora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão desde janeiro de 2010. (Arquitetura) Fabrício de Oliveira Reis Possui doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2003-2007). Atuou como pesquisador com Bolsa de Pós-Doutorado na Universidade Federal do Espírito Santo (2007-2009). Atualmente é Professor Adjunto de Fisiologia Vegetal na Universidade Estadual do Maranhão e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia. Tem experiência na área de Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: mamão, eucalipto, maracujá e milho, trocas gasosas, fluxo de seiva, eficiência fotoquímica, estresses abióticos e fisiologia pós-colheita. (Agronomia) Ferdinan Almeida Melo Doutor em Patologia na área de Patologia Geral pela Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG (2008). Atualmente é Professor Adjunto do Curso de Medicina Veterinária/Departamento de Patologia e Professor do Mestrado em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), onde é responsável pela disciplina de Doenças InSumário 299 / 415 Pesquisadores da UEMA fecciosas. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, Anatomia Patológica Animal, Patologia Geral, Doenças Infecciosas e Parasitárias. (Veterinária) Francisca Helena Muniz Possui doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). É Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão. Atua como consultor ad hoc nas revistas Pesquisa em Foco e Árvore, e na FAPEMA. Ensina e orienta na graduação, especialização e mestrado nas áreas de Ecologia, com ênfase em Estrutura e Dinâmica de Ecossistemas Terrestres e Educação Ambiental formal e não formal. (Biologia) Francisca Neide Costa Possui doutorado em Medicina Veterinária Preventiva pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Jaboticabal, 2002). Atualmente é docente Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão/ UEMA, responsável pelas disciplinas Ornitopatologia e Microbiologia de Produtos de Origem Animal, no curso de graduação em Medicina Veterinária e docente e orientadora do programa de mestrado em Medicina Veterinária, onde é responsável pelas disciplinas Epidemiologia e Controle das Enfermidades Veiculadas por Alimentos e Planejamento e Administração Sanitária. Atua na linha de pesquisa: Microbiologia e controle de qualidade dos alimentos de origem animal, com ênfase em Microrganismos indicadores (coliformes, bolores e leveduras, mesófilos e pscrotróficos), Salmonella, E.coli. Listeria, Sthaphylococcus e Aeromonas. (Veterinária) Sumário 300 / 415 Pesquisadores da UEMA Francisco José Araújo Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e Professor do Centro Universitário do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência Política e Sociologia, trabalhando com as seguintes temáticas: cultura política, Estado e poder, transparência, responsabilidade social, organizações sociais, comunidades negras rurais. (Ciências Sociais) Francisco José Araújo Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e Professor do Centro Universitário do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência Política e Sociologia, trabalhando com as seguintes temáticas: cultura política, Estado e poder, transparência, responsabilidade social, organizações sociais, comunidades negras rurais. (Educação) Francisco Laurindo da Silva Possui doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2004). Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: multiplicação intracelular, infecção, hospedeiro, fatores de virulência, paracoccidioides brasiliensis, virulência, e penicilliumsp, infecção, adesão. (Saúde) Sumário 301 / 415 Pesquisadores da UEMA Francisco Limeira de Oliveira Possui doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2003). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade Estadual do Maranhão, Revisor de periódico da Acta Amazônica (Impresso) e da Revista Brasileira de Biociências (Impresso). Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Taxonomia dos Grupos Recentes. Atuando principalmente nos seguintes temas: insecta, diptera, tabanidae, mutuca, inseto praga e Maranhão. (Biologia) Francismar Rodrigues de Sousa Possui mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Minas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1982). Atualmente é Professor Assistente da Universidade Federal do Maranhão e Professor Assistente da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em tratamentos térmicos dos aços, propriedades mecânicas dos metais e ligas, atuando principalmente nos seguintes temas: ensaios e seleção dos materiais, tratamentos térmicos dos aços, proteção anticorrosiva, gestão em segurança no trabalho, estatística descritiva, estação de trabalho e pintura industrial. (Engenharia Mecânica) Gilson Soares da Silva Possui doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade Federal de Viçosa (1988). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão e membro de corpo editorial da Summa Phytopathologica (Impresso). Tem experiência na área de Agronomia, Sumário 302 / 415 Pesquisadores da UEMA com ênfase em Fitossanidade. Atuando principalmente nos seguintes temas: crotalaria, nematoides, controle. (Agronomia) Gonçalo Mendes da Conceição Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro de Ensino Superior do Piauí (1992), Graduação em Ciências pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (1984), Mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (2000) e Doutorado em Zootecnia pela UNESP/Jaboticabal (2012). Atualmente é Técnico de Nível Superior da Universidade Estadual do Piaui, lotado na Pro-Reitoria dos Cursos Sequencias, onde exerceu o cargo de Chefe de Coordenação dos Cursos Sequencias do Interior do Estado do Piaui. É Professor Assistente II da Universidade Estadual do Maranhão, lotado no Centro de Estudos Superiores de Caxias (CESC/UEMA). Foi Diretor do Curso de Ciências do CESC/UEMA, no Estado do Maranhão. Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Botânica, Ecologia, Educação Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Estudos Florísticos, Vegetação de Cerrado, Estudos Fitossociologicos. Desenvolve levantanetos florísticos com Pteridófitas, Briófitas, Fragmentação do Cerrado, Levantamento de Myrtaceae, Convolvulaceae, Bryofitas, Melastomataceae, Cypraceae, Etnobotanica, Forrageira Nativa do Cerrado, etc.. (Biologia) Grete Soares Pflueger Doutora em Urbanismo pelo PROURB-UFRJ. Mestre em Desenvolvimento Urbano pelo MDU-UFPE. Professora Adjunta do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão, onde foi diretora de curso de arquitetura (2002-04) e Pró-reitora de extensão Sumário 303 / 415 Pesquisadores da UEMA (2007-2010) e assessora. Pesquisadora da UEMA e FAPEMA, com ênfase nos seguintes temas: patrimônio histórico, arquitetura moderna, planejamento urbano, formação das cidades (São Luís e Alcântara ). Consultora Fapema, FINEP, PROEX e membro do IAB-MA e CREA-MA. (Arquitetura) Guillaume Xavier Rousseau Possui doutorado em Biologia Vegetal pela Universite Laval (2005). Tem experiência na área de Biologia do Solo, com ênfase em indicadores da saúde do solo, atuando principalmente nos seguintes temas: macrofauna, microbiologia, indicadores, sistemas agroflorestais, Amazônia, América Central. (Agronomia) Hamilton Pereira Santos Possui doutorado em Ciência Animal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão. Experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Doenças Infecciosas de Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: Leucose Enzoótica Bovina, Brucelose, Tuberculose, Leptospirose, Diarréia Viral Bovina, Rinotraqueíte Infecciosa Bovina e Doenças Infecciosas da Reprodução de Ruminantes. (Veterinária) Helciane de Fátima Abreu Araújo Possui doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (2010). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em SoSumário 304 / 415 Pesquisadores da UEMA ciologia Rural, atuando principalmente nos seguintes temas: movimentos sociais, babaçu, mulheres, educação e política. (Letras) Helder Moraes Pereira Possui Doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Clínica Veterinária, atuando principalmente nos seguintes temas: Clínica Médica e Cirúrgica de Ruminantes Domésticos e Morfologia do fígado.(Veterinária) Helidacy Maria Muniz Corrêa Possui doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2011). É Professor Adjunto do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de História, especificamente em Historia do Brasil e Maranhão Colonial. Orienta pesquisas relacionadas às práticas políticas dos moradores do Estado do Maranhão e Grão-Pará no mundo luso-imperial, durante os séculos XVII e primeira metade do século XVIII. É líder do Núcleo de Documentação e Pesquisa sobre Maranhão e Grão-Pará e suas relações no mundo ibérico - MAREGRAM. Participa de projeto de pesquisa interinstitucional entre a UFRJ e EHESS. (História) Hermeneilce Wasti Aires Pereira Cunha Possui mestrado em Agroecologia pela Universidade Estadual do Maranhão (2003). Atualmente é Professora da Universidade Estadual do Sumário 305 / 415 Pesquisadores da UEMA Maranhão. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Urbana. Faz Doutoramento pela UNESP (Presidente Prudente). Projeto de pesquisa contempla a acessibilidade da pessoa com deficiência na capital maranhense. (Geografia) Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra Possui Doutorado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2003) e Doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2006). Professora Assistente I de Microbiologia do Departamento de Química e Biologia (UEMA). Tem experiência na área de Agronomia e Biologia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: taxonomia e fisiologia de fungos, indução de resistência, doenças em flores tropicais e fruteiras tropicais e microbiologia geral. (Biologia) Ivaneide de Oliveira Nascimento Possui mestrado em Agroecologia pela Universidade Estadual do Maranhão (2009). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: medicina alternativa, etnobotânica, princípios anti-impacto ambiental, botânica e meio ambiente. (Agronomia) Ivanildo Silva Abreu Possui doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Pará (2008). Atualmente é Professor da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em análiSumário 306 / 415 Pesquisadores da UEMA se numérica, pesquisa operacional, sistemas inteligentes e técnicas de otimização para sistemas dinâmicos multivariáveis. (Engenharia da Computação) Jailson de Macedo Sousa Possui mestrado em Geografia pelo Instituto de Estudos Sócioambientais da Universidade Federal de Goiás (2005). Atualmente é Professor Assistente I do Centro de Estudos Superiores da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA/CESI e do Centro de Ensino Médio Graça Aranha. Está vinculado ao Instituto de Geografia da Univesidade Federal de Uberlândia-IG/UFU (Programa de Pós-graduação em Geografia), desenvolvendo tese de doutoramento. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: cidade e região; cidades médias; planejamento urbano e regional na Amazônia; educação geográfica e ensino de Geografia. (Geografia) João Coelho Silva Filho Doutor em Engenharia Elétrica/Telemática pela UNICAMP (2008). É professor do DEMATI-UEMA, onde é docente dos cursos de Matemática, Fisica e Engenharia e do Mestrado em Engenharia da Computação. Possui experiência em Matemática pura e aplicada nas áreas de Teoria dos Números, Álgebra, Teoria da Codificação e Educação Matemática. (Matemática) Sumário 307 / 415 Pesquisadores da UEMA Joaquim Teixeira Lopes Possui Mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (2004), Doutorando em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia/MG. Atualmente é professor C3 do Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão e Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Física e Engenharia Mecânica, com ênfase nos seguintes temas: física clássica, física moderna, coletor solar, energia alternativa, energia solar, laboratório de física e fogão solar. (Física) Joel Manoel Alves Filho Possui doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2002). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Controle de Ruído e Vibração no Ambiente de Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: ruído industrial, comunitário e urbano. (Engenharia Mecânica) Jorge Diniz de Oliveira Possui doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é professor Ajunto II da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica e Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: poluição e contaminação de sistemas aquáticos, despejos urbano, metais potencialmente tóxicos, biodisponibilidade de metais, especiação de metais, saneamento básico. (Química) Sumário 308 / 415 Pesquisadores da UEMA José Antonio R. de Carvalho Possui mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001). Atualmente é Professor Assistente III da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação e Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: religião afro-brasileira, gestão pública, espiritismo-Maranhão, discriminação, política cultural e gestão do patrimônio público. (Ciências Sociais) José Fábio França Orlanda Possui doutorado em Química pela Universidade Federal da Paraíba (2011). Atualmente é Professor da Universidade Estadual do Maranhão, Campus de Imperatriz, e Coordenador do Laboratório de Biotecnologia Ambiental (LABITEC). Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica e Microbiologia Ambiental. (Química) José Haroldo Bandeira Sousa Possui mestrado em Ciência da Literatura (Teoria Literária) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é Professor Titular - Unidade de Ensino Fundamental e Médio Barjonas Lobão - e Professor Assistente IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: análise do discurso, ensino de línguas e linguística. (Letras) Sumário 309 / 415 Pesquisadores da UEMA José Henrique de Paula Borralho Possui doutorado pela Universidade Federal Fluminense (2009). É Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: identidade, intelectuais, tradição, historiografia, polítca-literatura, literatura e história, história e cinema, teorias da História. É Professor do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sócio-Espacial e Regional da UEMA, Coordenador Operacional do Doutorado Inter institucional (DINTER) Novas Fronteiras em Ciências da Literatura entre a UFRJ e a UEMA. É Coordenador Geral da Revista Outros Tempos, Vice-Coordenador do NEMO (Núcleo de Estudos sobre o Maranhão Oitocentista). É autor das obras: Uma Athenas Equinocial: a literatura e a fundação de um Maranhão no império brasileiro (2010); Terra e Céu de Nostalgia: Tradição e identidade em São Luís do Maranhão. (História) José Ribamar da Silva Júnior Doutor em Medicina Veterinária com área de concentração em, Clínica Veterinária. É Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Anestesiologia Veterinária, atuando principalmente nos seguintes temas: Anestesia Inalatória com Ventilação Controlada, Dor, Técnicas de NLA. (Veterinária) Sumário 310 / 415 Pesquisadores da UEMA José Ribamar Gusmão Araujo Possui doutorado em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fruticultura, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo cultural de plantas frutíferas, porta-enxertos, prospecção e domesticação de fruteiras nativas, propagação e produção de mudas frutíferas e sistemas agroecológicos de produção vegetal com ênfase para os componentes perenes. Atualmente, desenvolve projeto de inovações tecnológicas na cultura do abacaxi Turiaçu, nativo do Maranhão, e realiza pesquisa com manejo agroecológico de açaizeiros nativos do município de Alcântara e Pré-Amazônia Maranhense. (Agronomia) José Sampaio de Mattos Junior Possui Doutorado em Geografia pela Faculdade de Ciência e Tecnologia-FCT/UNESP, Campus de Presidente Prudente/SP. É Professor Adjunto do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão, trabalhando com as disciplinas Geografia Agrária e Geografia Regional no Curso de Graduação em Geografia. Professor e Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional, nível de Mestrado, da Universidade Estadual do Maranhão. É coordenador do Grupo de Estudos de Dinâmica Territorial. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Agrária, Epistemologia da Geografia e Geografia Regional e trabalha nas linhas de pesquisas Região, Territorialidades e Movimentos Sociais e Políticas Públicas, Dinâmica Regional e Desenvolvimento Territorial. (Geografia) Sumário 311 / 415 Pesquisadores da UEMA Joseane Maia Santos Silva Possui doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo (2010). É Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e da rede pública estadual de ensino. Coordena o Comitê do PROLER, desde 1998, em Caxias-MA. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: leitura, literatura infanto-juvenil, literatura infantil, formação de leitores e poesia. (Letras) Joseneide Teixeira Câmara Possui mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), Doutoranda de Medicina Tropical (UFG). Atualmente é Professora Assistente dos Cursos de Enfermagem e Medicina da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Coordenadora Municipal do Controle de Infecções de Serviços Assistência à Saúde e Núcleo de Epidemiologia Hospitalar da Prefeitura de Caxias. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Atenção Básica à Saúde e Vigilância Epidemiológica dos Serviços de Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: ações de enfermagem, educação em saúde, enfermagem na saúde da família, avaliação de serviços de saúde e vigilância epidemiológica das infecções dos serviços de saúde. (Saúde) Júlia Constança Pereira Camelo Possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (2010). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura popular, bumba meu boi, sociedade, literatura, ensino, pesquisa, cocaSumário 312 / 415 Pesquisadores da UEMA nha, apropriação, cultura popular e infância, trabalho, código. (História) Leônidas Antônio Chow Castillo Possui mestrado em Master of Dairy Science pela University of Florida (1972). Professor Assistente I da Universidade Estadual do Maranhão e Diretor do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Reprodução Animal. Atua principalmente nos seguintes temas: ciclo estral, sincronização, função endócrina, manejo reprodutivo.(Veterinária) Lúcia Maria Coelho Alves Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Inspeção de Produtos de Origem Animal. Atuando principalmente nos seguintes temas: água de usos múltiplos, contaminação, saúde, poluição ambiental.(Veterinária) Manoel de Oliveira Dantas Possui doutorado em Fisiologia Médica pela Universidade de Córdoba, Espanha (1992). Atualmente é Professor Adjunto concursado pela Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Eletrocardiografia Animal, atuando princiSumário 313 / 415 Pesquisadores da UEMA palmente nas áreas de fisiologia hemática, bioquímica sanguínea e clínica médica. Foi professor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UFCG, antiga UFPB, lecionando os segmentos de Fisiologia Hemática e Gênese do Eletrocardiograma. Foi nomeado por quatro anos Professor Colaborador de Honra do Departamento de Biologia Animal da Universidade de Córdoba, Espanha. (Veterinária) Marcelo Cheche Galves Possui doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2010). Atualmente é Professor do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão, e Professor vinculado ao Programa de Pós-Graduação e Desenvolvimento Socioespecial e Regional da mesma Universidade. Atua nas áreas de História da América e História do Maranhão, nos oitocentos. Orienta pesquisas sobre história política, com ênfase na circulação de ideias e de impressos. É Coordenador do Núcleo de Estudos sobre o Maranhão Oitocentista (NEMO) e Pesquisador Associado do Centro de Estudos do Oitocentos (UFF). (História) Márcia Tereza Campos Marques Possui doutorado em Urbanismo pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Atua principalmente nas seguintes áreas: arquitetura e patrimônio histórico. (Arquitetura) Sumário 314 / 415 Pesquisadores da UEMA Maria Célia Pires Costa Possui doutorado em Química pela Universidade Estadual de Campinas (1988). Diretora da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso Ciência (SP, 2004-2007), Diretora Científica da FAPEMA - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão, de 1991-1993, Secretária de Educação de São Luís, de 1997-1998. É Professora Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência nas áreas de Polímeros, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Formação de Estruturas Dissipativas e Ensino de Ciências, atuando principalmente nos seguintes temas: mel, geoprópolis e propólis, colágeno, auto-organização, babaçu, adsorção, pedra preta da África (carvão animal) e ensino de química. (Química) Maria Claudene Barros Possui doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2004). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual do Maranhão no Centro de Estudos Superiores de Caxias. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Biologia Molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemática molecular animal, filogenia animal, genética de população. Desempenha projeto relacionado com tucunarés, aedes aegypti e bacia do rio Itapecuru. (Biologia) Maria Cristiane Pestana Chaves Miranda Possui doutorado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica Veterinária pela Universidade Estadual Paulista (UNESP-FCAV-Jaboticabal, 2010). Atualmente é professora Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). (Veterinária) Sumário 315 / 415 Pesquisadores da UEMA Maria de Fátima Salgado Possui Doutorado em Engenharia de Materiais pela REDEMAT (2009). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Física, atuando principalmente nos seguintes temas: oxidação em altas temperaturas, teatro científico. (Física) Maria do Socorro Costa Oliveira Braga Possui doutorado em Patologia Animal pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Imunologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Mycoplasma sp, Felídeos, Neospora Caninum, Toxoplasma gondii.(Veterinária) Maria Goretti Cavalcante de Carvalho Possui mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (2003). Atualmente é Professor Assistente I, dedicação exclusiva, do Departamento de Educação e Filosofia; Membro do Conselho de Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais da Universidade Estadual do Maranhão. Participa do Grupo de Pesquisa sobre disciplinas da licenciatura voltadas para o ensino de Língua Portuguesa: saberes e práticas na formação docente-USP/UFMA. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Fundamentos Educacionais. Exerce o cargo de Gestora do Curso de Licenciatura em Música da Universidade Estadual do Maranhão. (Educação) Sumário 316 / 415 Pesquisadores da UEMA Maria José Neló Doutora em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2011), Professor Adjunto em Linguística, Universidade Estadual do Maranhão. Área de concentração de pesquisa: discurso e discursividade numa perspectiva de ensino-aprendizagem de língua materna e língua portuguesa, variante brasileira, para estrangeiros, bem como o tratamento sobre construção e produção do humor. (Letras) Maria José Pinheiro Corrêa Possui doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009). Atualmente é Professora Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Morfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: absorção de macronutrientes, gergelim. (Agronomia) Maria José Quaresma Vale Possui mestrado em Ciência da Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é Professor Assistente da Universidade Estadual do Maranhão, regime parcial da Faculdade Atenas Maranhense e Professora da Secretaria de Estado da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: análise do discurso, texto-fábula, coesão, literatura de cordel e leitura infantil. (Letras) Maria José Rabelo Aroucha Possui Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão. Sumário 317 / 415 Pesquisadores da UEMA Atualmente é Professora do Departamento de Educação e Filosofia da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Didática, Psicologia da Educação e Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática. Atua principalmente nos seguintes temas: educação, ensino, aprendizagem, metodologia, inclusão e trabalho. (Educação) Maria Rosângela Malheiros Silva Possui doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Matologia, atuando principalmente nos seguintes temas: biologia e ecologia de plantas daninhas. (Agronomia) Maria Teresinha de Medeiros Coelho Possui mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (2002). Atualmente é Professor Assistente I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Geotécnica, atuando principalmente nos seguintes temas: drenagem urbana, gestão urbana. (Engenharia Civil) Maria Tereza de Alencar Possui mestrado em Ciências da Educação pela Universidade Estadual do Maranhão (1999). Atualmente é Professora Assistente dos cursos de Sumário 318 / 415 Pesquisadores da UEMA Geografia da Universidade Estadual do Piauí e Universidade Estadual do Maranhão. Doutora em Geografia pela UFS (2010). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Agrária e Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: ruralidade, políticas públicas, território, semiárido, espaço rural e pesquisa. Professora Permanente do Mestrado em Geografia pela UFPI. Coordenadora do Subprojeto PIBD Geografia UESPI 2011-2013. (Geografia) Mariângela Santana Guimarães Santos Mestre em Educação pela UFPI. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação. Professora em faculdades privadas. A linha de pesquisa em que desenvolve projetos educacionais é Prática Pedagógica, Formação de Professores, Docência Superior e Avaliação Educacional. Desenvolve trabalhos de consultoria em instituições de ensino superior. (Educação) Marluce Wall de Carvalho Venâncio Mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (2002). Atualmente é Professora Assistente III da Universidade Estadual do Maranhão e doutoranda em Urbanismo no PROURB/ FAU-UFRJ. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em História da Cidade e do Urbanismo, História e Teoria da Arquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação urbana, teorias do urbanismo, história da cidade e história do urbanismo. (Arquitetura) Sumário 319 / 415 Pesquisadores da UEMA Maura Célia Cunha e Silva Possui mestrado em Química pela Universidade Federal do Piauí (2006). Atualmente é professora da Universidade Estadual do Maranhão. (Química) Mauro Guterres Barbosa Possui mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade Federal do Pará (2008). Atualmente é Professor Assistente II da Universidade Estadual do Maranhão, Professor de Matemática do Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educação e Professor Colaborador II da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas de São Luís do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem. Atuando principalmente nos seguintes temas: educação matemática, formação de professores, ensino fundamental. (Matemática) Milson Silva Monteiro Possui mestrado em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal do Maranhão (2002). Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em teoria de grafos, algoritmos paralelos e distribuídos, inteligência artificial distribuída e complexidade de algoritmos. (Engenharia da Computação) Paulo Henrique Aragão Catunda É Doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2007). Tem experiência na área de AgronoSumário 320 / 415 Pesquisadores da UEMA mia, com ênfase em Fitotecnia, atuando principalmente nos seguintes temas: abacaxizeiro, aclimatização, brassinosteroides, substratos. (Biologia) Porfirio Candanedo Guerra Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Atualmente é Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Radiologia de Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: leptospirose, asinino, cão, radiologia e ultrassonografia. (Veterinária) Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta É Doutora em Biotecnologia, Mestre em Sustentabilidade de Ecossistemas, Graduada em Biologia e em Educação Artística/Artes Plásticas. Atualmente faz pós-doutorado em Modelagem de Sistemas Biológicos (biomarcadores) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em estudos ecológicos de ambientes aquáticos, biomarcadores em peixes e educação ambiental. (Biologia) Raimunda Nonata Santos de Lemos Possui doutorado em Agronomia (Proteção de Plantas) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Atualmente é Professora Adjunta IV do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Sumário 321 / 415 Pesquisadores da UEMA Agronomia, com ênfase em Manejo Integrado de Pragas, atuando principalmente nos seguintes temas: controle biológico, controle alternativo de pragas e bioecologia - lagarta-do-cartucho, mosca-branca, mosca-negra-dos-citros. (Agronomia) Ricardo de Macedo Chaves Possui doutorado em Ciência Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2010). Atualmente é professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Fisiopatologia da Reprodução Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo reprodutivo, inseminação artificial e andrológico de bovinos, caprinos e ovinos.(Veterinária) Rita de Maria Seabra Nogueira de Candanedo Guerra Possui doutorado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (2002). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Acarologia, atuando principalmente nos seguintes temas: entomologia e acarologia, vetores transmissores de doenças. (Veterinária) Ronaldo dos Santos Barbosa Possui mestrado em Geografia pelo Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Geografia Física e Prática de Ensino em Geografia Física e Cartografia, com ênfase Sumário 322 / 415 Pesquisadores da UEMA em Hidrogeografia, atuando principalmente nos seguintes temas: bacia hidrográfica, impactos ambientais, educação ambiental e cartografia escolar. Professor Assistente I do Departamento de História e Geografia do Centro de Estudos Superiores de Imperatriz da Universidade Estadual do Maranhão. Professor Substituto do Curso Interdisciplinar em Ciências Humanas, Licenciatura, da Universidade Federal do Maranhão, Campus de Imperatriz. (Geografia) Rosirene Martins Lima Possui doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná (2007). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em cidade, urbanização e meio ambiente. Ciências Sociais Rossane Cardoso Carvalho Possui doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (2007). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Atua principalmente nos seguintes temas: ergonomia, gestão ambiental, gestão do uso da água, gestão de resíduos sólidos na indústria, desenvolvimento sustentável. Ocupa o cargo de Assistente do Centro de Ciências Tecnológicas da UEMA desde março de 2011. Atua na área de gestão ambiental em cursos de pós-graduação em São Luís/ MA. (Engenharia Mecânica) Rudson Almeida de Oliveira O Professor Dr. Rudson Almeida de Oliveira tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase nos seguintes temas: Semiologia, Sumário 323 / 415 Pesquisadores da UEMA Clínica Médica de Animais Domésticos, Microbiologia e Imunologia Veterinária, Doenças Infecciosas e Parasitárias, Estatística Experimental e Metodologia Científica. (Veterinária) Sandra Borges da Silva Possui doutorado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006). Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Doenças Parasitárias de Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: imunologia de invertebrados, controle biológico e ecologia parasitária. Professora Auxiliar de Parasitologia Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão/UEMA. (Veterinária) Solange Santana Guimarães Morais Possui mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (2002). Atualmente é Professor Assistente II do Centro de Estudos Superiores de Caxias, da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura. (Letras) Sônia Maria Nogueira Doutorado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão, no Centro de Estudos Superiores de Imperatriz/MA; Professor Titular - Complexo E. Ensino Caminho do Futuro; Parecerista de revistas científicas especializadas; Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Historiografia da Língua Portuguesa (GPeHLP) Sumário 324 / 415 Pesquisadores da UEMA do IP-PUC/SP do Núcleo de Estudos em Línguas, Literaturas e Cinema (NELLCINE); Autora de artigos em anais nacionais e internacionais, revistas especializadas e capítulos de livros. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: língua portuguesa, historiografia lingüística, ensino e gramaticografia maranhense. (Letras) Tereza Cristina Mena Barreto de Azevedo Atualmente é aluna do Doutorado em Linguística (UFRJ). Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão (1993), graduação em Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal do Maranhão (1984) e mestrado em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). É Professora Titular do Centro Universitário do Maranhão, desenvolve serviços na Fundação Municipal de Cultura de São Luís, Professora Assistente III da Universidade Estadual do Maranhão e técnica em atividades culturais no Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem, comunicação, museu, intertextualidade e interdiscursividade. (Letras) Valéria Cristina Soares Pinheiro Possui doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2005). Atualmente é colaboradora e consulltora ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão, Professor Adjunto III da Universidade Estadual do Maranhão UEMA), credenciada no Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno Infantil - Mestrado Acadêmico da Sumário 325 / 415 Pesquisadores da UEMA Universidade Federal do Maranhão e Coordenador Operacional do Dinter em Medicina Tropical da UFG/UEMA/UESPI/UFMA. Coordena o Laboratório de Entomologia Médica (LABEM) no Campus da UEMA em Caxias, onde desenvolve pesquisas com doenças tropicais transmitidas por vetores, atuando principalmente nos seguintes temas: dengue, malária, leishmanioses, vetores, dinâmica de transmissão e medidas de controle. (Saúde) Vera Lúcia Bezerra Santos Doutoranda em Administração pela FGV/EBAPE. Professora da Universidade Estadual do Maranhão, do departamento de Ciências Sociais. Coordena o Grupo de Estudos em Segurança Pública (GESP-UEMA), vinculado ao DCS/CCSA/UEMA. Linha de pesquisa voltada para área de segurança pública, poder, polícia, políticas de segurança pública e administração pública. (Ciências Sociais) Vera Lúcia Neves Dias Possui doutorado em Ciências pela Universidade Federal da Paraíba (2009), com área de concentração em Química Analítica. Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Química, atuando principalmente nos seguintes temas: hortaliças, polpas de frutas, plantas medicinais e óleos e essências. (Química) Sumário 326 / 415 Pesquisadores da UEMA Vivian Aranha Saboia Doutora em Sociologia/Políticas Públicas pelo CNRS/Universidade Paris VIII e UFMA (2006). Atua principalmente nos seguintes temas: políticas de emprego, desenvolvimento socioeconômico, gênero. É docente na Universidade Estadual do Maranhão e no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sócioespacial e Regional/Uema. (Ciências Sociais) Walter Canales Sant’Ana Possui doutorado em Engenharia de Transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é Professor Adjunto I pelo Departamento de Expressões Gráficas e Transportes da Universidade Estadual do Maranhão. É coordenador da Rede Asfalto. Tem experiência na área de Infraestrutura Viária, com ênfase em Pavimentação, atuando principalmente nos seguintes temas: misturas asfálticas e estabilização de solos. (Engenharia Civil) Welberth Santos Ferreira Atualmente é Doutor em Física pela Universidade do Porto. Tem experiência na área de Física Experimental, com ênfase em Prop. Óticas e Espectrosc. da Matéria Condensada; Outras Interações da Matéria com Radiação e Partícula, atuando principalmente nos seguintes temas: semicondutores, pontos quânticos, espectroscopia vibracional em manganitas, materiais multiferroicos e acoplamento magnetoeléctrico. (Física) Sumário 327 / 415 Pesquisadores da UEMA Wellinton de Assunção Possui mestrado-profissionalizante em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é Professor Assistente III da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Gerência de Produção. Atuando principalmente nos seguintes temas: análise de valor, qualidade, produtividade. (Engenharia Mecânica) William da Silva Cardoso Possui doutorado em Química Inorgânica pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Trabalhou como pesquisador visitante do Departamento de Química da Universidade Federal do Maranhão (2007). Atualmente é Professor de Química Inorgânica da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência em síntese inorgânica, com ênfase em sensores eletroquímicos, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento de novos materiais, óxidos mistos, óxido de estanho via sol-gel para aplicações como eletrodos quimicamente modificados. (Química) Wilson Araújo da Silva Possui doutorado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2007). Tem experiência na área de Engenharia Agrícola e Agronomia, com ênfase em Irrigação e Drenagem, atuando principalmente nos seguintes temas: atividades de extensão, SIG, desenho e projeto auxiliado por computador (CAD ), produção vegetal, coeficiente de cultivo, manejo e conservação do Solo e da água, agricultura irrigada e lâmina de irrigação, agrometeorologia, fruticultuSumário 328 / 415 Pesquisadores da UEMA ra, cana-de-açúcar e paisagismo. Atualmente está concursado na Universidade Estadual do Maranhão como Professor Adjunto I na área de Irrigação e Drenagem. Diretor do Curso de Agronomia da UEMA/CESI. Diretor pró-têmpore do Curso de Engenharia Florestal da UEMA-CESI e Coordenador do Curso de Especialização em Geoprocessamento Aplicado ao Planejamento Agrícola e Ambiental. (Agronomia) Zafira da Silva de Almeida Possui Doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Pará/Museu Emílio Goeldi (2009). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase no grupo de peixes, atuando em Gestão e Dinâmica Populacional de Recursos Pesqueiros. Principais temas: gestão de recursos pesqueiros, Maranhão, alimentação, reprodução, elasmobrânquios e educação ambiental. (Biologia) Zulene Muniz Barbosa Doutora em Ciências Sociais - Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUCSP (2002). Professora Adjunta II do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Maranhão, exerce atualmente a coordenação do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional . Tem experiência na área da Ciência Política, com ênfase em Teoria Política e Sociologia do Trabalho e pesquisa os seguintes temas: Estado, política de desenvolvimento, trabalho e movimento sociais. (Ciências Sociais) Sumário 329 / 415 Pesquisadores da UFMA Adalgisa de Souza Paiva Ferreira Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1983), doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo (2002) e residência-médica pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (1987). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão, do Governo do Estado do Maranhão, Revisor de periódico da Brazilian Journal of Medical and Biological Research, Médico do Ministério da Saúde, orientador da Rede Nordeste em Biotecnologia, Revisor de periódico da Clinics (USP. Impresso) e Revisor de periódico da Journal of Clinical Transplantation. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Clínica Médica. Atuando principalmente nos seguintes temas: gastro. Adeílton Pereira Maciel Graduado em Química Industrial e mestre em Química pela Universidade Federal da Paraíba, doutor em Química pela Universidade Federal de São Carlos, Especialista em Educação a Distância. Atualmente é professor Adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Físico-Química, atuando principalmente nos seguintes temas: sensores, catalisadores, biocombustíveis, ambiental e educação a distância. Adelaide Ferreira Coutinho Graduada em Pedagogia (1982), Licenciada em Educação Artística (1999), Especialista em Metodologia do Ensino Superior (1996) e Mestra em Educação (1998) pela Universidade Federal do Maranhão. Doutora Sumário 330 / 415 Pesquisadores da UFMA em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2005). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Educação II e do Mestrado em Educação da Universidade Federal do Maranhão. Coordena o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA, no Maranhão, pela parceria UFMA/MST/ASSEMA/CCN/ACONERUQ. Coordena o Curso de Pedagogia da Terra-UFMA. Exerce docência nas disciplinas Política e Planejamento Educacional, História da Educação e Educação do Campo. Realiza estudos e pesquisas vinculadas ao NEPHECC e ao Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais da UFMA, concentradas em Política Educacional e Financiamento, Movimentos Sociais e Educação do Campo, Estado e terceiro setor. Adenilde Ribeiro Nascimento Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1980), mestrado em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará (1996) e doutorado em Ciências dos Alimentos pela Universidade Federal de Lavras (2004). Atualmente é professor adjunto IV, com as seguintes disciplinas: Introdução à Microbiologia, Microbiologia de Alimentos e Microbiologia Aquática. É coordenadora do Programa de Controle de Qualidade de Alimentos e Água (PCQA/ UFMA). Linhas de Pesquisa - Microbiologia de Alimentos - Segurança Alimentar e Microbiologia Ambiental - Pesquisa sobre a contaminação das águas e areias das praias. Adenilson Oliveira dos Santos Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Londrina (1999), mestrado em Física, UNICAMP (2002) e doutorado em CiênSumário 331 / 415 Pesquisadores da UFMA cias, UNICAMP (2006). Pós-Doutorado em Física pela UNICAMP (20062008). Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal do Maranhão, assessor ad hoc do CNPq, FAPEMA e FAPESPA, usuário do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), membro permanente do programa de pós graduação (Mestrado e Doutorado) em Física da UFMA. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada, atuando principalmente nos seguintes temas: Difração de Raios-X, Método de Rietveld, Difração Múltipla de Raios-X, Radiação Sincrotron, Materias Ferroelétricos e Ferromagnéticos. Adriana de Fátima Vasconcelos Pereira Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1994), especialização em Periodontia pela Unicastelo-CE (1997), mestrado em Clínica Odontológica com área de concentração em Periodontia pela Universidade Estadual de Campinas (2001) e doutorado em Odontologia com área de concentração em Materiais Dentários pela Universidade de São Paulo (2007). Atualmente é professora adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Periodontia, atuando principalmente nos seguintes temas: tratamento periodontal, diagnóstico e fatores de risco. Alcione Miranda dos Santos Graduada em Estatística pela Universidade Federal de Pernambuco (1991), mestrado em Estatística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Sumário 332 / 415 Pesquisadores da UFMA Maranhão, na qual vem desenvolvento atividades de pesquisas em Modelos Estatísticos aplicados, Epidemiologia, Redes Neurais Artificiais, Análise de Sobrevivência e Inferência Bayesiana. Aldalea Lopes Brandes Marques Possui graduação em Química Industrial (UFMA, 1978), mestrado em Química Analítica (IQSC-USP, 1988), doutorado em Química Analítica (IQSC-USP, 1991) e pós-doutorado em eletrocatálise aplicada a célula a combustíveis (Toronto, 1994). Atualmente é professora titular da Universidade Federal do Maranhão, desde 1998. Tem experiência na áreas de Química Eletroanalítica, Eletrocatálise, Metododolia Analítica (espectroscopia e eletroquímica) para metais. Tem atuado no desenvolvimento e aplicação de métodos analíticos para metais a nível de traços, aplicados a estudos de poluição e toxicologia; métodos eletroanalíticos aplicados a diferentes matrizes de petróleo, combustíveis e biocombustíveis; estudos envolvendo eletrocatálise por complexos metálicos, inclusive usando nanomateriais, aplicados a células a combustíveis; Formação de recursos humanos (cursos de extensão, ensino médio e pós-graduação, na área de biocombustíveis, petróleo e gás natural. Principais temas de atuação no contexto das publicações: metais-traço, eletrocatálise, combustíveis, eletrodo de grafite, espectrofotometria e voltametria de redissolução. Alexandre César Muniz de Oliveira Graduado em Ciência da Computação (1992) e mestre em Engenharia de Eletricidade (1997) pela Universidade Federal do Maranhão. Doutor em Computação Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas EspaSumário 333 / 415 Pesquisadores da UFMA ciais (2004). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão, atuando na área de Computação, com ênfase em pesquisa operacional, otimização discreta e contínua, metaheurísticas de busca, algoritmos paralelos e reconhecimento de padrões. Alexandre Fernandes Corrêa Bacharel em Ciências Sociais: Antropologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (1986), Mestre em Antropologia Cultural na Universidade Federal de Pernambuco (1993), Doutor em Ciências Sociais (Antropologia) na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001) e Pós-doutorado em Antropologia, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006). Segundo Pós-Doutorado em Antropologia (UERJ-2009). Atualmente é professor Associado III da Universidade Federal do Maranhão. Experiência na área de Antropologia Urbana e Sociologia da Cultura, atuando nas seguintes áreas: Patrimônio Cultural, Memórias Sociais, Novos Patrimônios, Simbolismo e Imaginário, Arte e Literatura. Membro do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (UFMA). Líder do Grupo de Pesquisas e Estudos Culturais (CRISOL). Membro do Conselho Estadual de Cultura do Maranhão (2008-9). Membro da Diretoria da Federação Nacional de Sociólogos (2009-2012). Alexandre Guida Navarro Possui graduação em História (1997); mestrado em Arqueologia pela Universidade de São Paulo (2001); Doutorado em Antropologia com ênfase em Arqueologia pela Universidad Nacional Autónoma de México (2007), com estágio em Arqueologia da Paisagem no Laboratório de Paleoambiente, Patrimônio e Paisagem do Instituto de Estudios Gallegos Sumário 334 / 415 Pesquisadores da UFMA Padre Sarmiento, Universidad de Santiago de Compostela, Espanha (2005) e Pós-Doutorado em Arqueologia Histórica no Núcleo de Estudos Estratégicos da UNICAMP. Realiza pesquisas na Mesoamérica, sendo especialista na cultura Maia, com ênfase em cultura material, formação do Estado na Mesoamérica, guerra, iconografia, religião e epigrafia. Participou de escavaçoes arqueológicas no sítio de Santa Cruz de Atizapán, no altiplano mexicano, e que possuía vínculos com a cidade de Teotihuacán. Também participou de escavações arqueológicas em sua área de maior interesse, a Maia, nos sítios de Chichén Itzá, Calakmul e Ilha Cerritos (porto de Chichén Itzá durante Clássico Terminal, ca. 800-1050 d.C.). Atualmente continua participando dos projetos arqueológicos Chichén Itzá e Ilha Cerritos, sendo que coordena um projeto de escavação na região citada. Allan Kardec Duailibe Barros Filho Possui graduação em Engenharia Eletrica pela Universidade Federal do Maranhão (1991), mestrado em Information Engineering - Toyohashi University of Technology (1995) e doutorado em Information Engineering pela Universidade de Nagoya (1998). Tem pós-doutorado pelo RIKEN (The Institute of Physics and Chemistry), Japão. Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Maranhão, orienta(ou) vários alunos em nível de mestrado e doutorado, inclusive na Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO). Tem vários projetos de pesquisas em diversas áreas do domínio da energia e engenharia elétrica, incluindo um PRONEX (Programa de Apoio a Núcleos de Excelência). É consultor da CAPES assim como editor associado da Signal Processing, além de servir como revisor de vários periódicos e conferências de referência internacional. Já ocupou cargos de pró-reitor, diretor de Sumário 335 / 415 Pesquisadores da UFMA pesquisa e hoje é diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ana Emília Figueiredo de Oliveira Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especializaçao em Radiologia Odontológica e Endodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestrado e Doutorado em Radiologia Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Pós-Doutorado/Professora Visitante pela Universidade da Carolina do Norte/Chapel Hill-EUA. É Professora Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Atua principalmente nos seguintes temas: modelos tridimensionais, cone-beam CT, repercussões das alterações bucais sobre a saúde da mulher, controle de qualidade radiográfico e prevenção das doenças cárie, periodontal e periodontite apical crônica. Ana Hélia de Lima Sardinha Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão e doutorado em Ciências Pedagógicas pelo Ministerio de Educación del Instituto Central Ciências Pedagógicas com título revalidado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Seis especializações cursadas: Metodologia do Ensino Superior, UTI para Enfermeiros, Enfermagem do Trabalho, Enfermagem Obstétrica, Administração Hospitalar e Nutrição e aperfeiçoamento em O Processo de Cuidar do Idoso pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professora Adjunta do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Docente do Quadro de Mestrado em Saúde e Ambiente e Enfermagem da UFMA. Líder do grupo de Pesquisa Educação e Cuidado em Enfermagem: um enfoSumário 336 / 415 Pesquisadores da UFMA que sobre a Saúde do Idoso (NUPECE). Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Geronto Geriátrica e Educação. Atuando principalmente nos seguintes temas: Metodologia do Ensino, Educação em saúde, Enfermagem, saúde do idoso e cuidador familiar. Anselmo Cardoso de Paiva Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual do Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Civil - Estruturas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1993) e doutorado em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é professor Associado I da Universidade Federal do Maranhão. Sendo coordenador do Núcleo de Computação Aplicada NCA-UFMA. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Processamento Gráfico (Graphics), atuando principalmente nos seguintes temas: Realidade Virtual, Computação Gráfica, GIS, Processamento de Imagens Médicas e Visualização Volumétrica. Antônio Augusto Moura da Silva Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1984), Mestrado (1990) e Doutorado (1997) em Medicina Preventiva pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. Realizou pós-doutorado em Epidemiologia Perinatal na National Perinatal Epidemiology Unit, Universidade de Oxford, 2003. Atualmente é docente associado III da Universidade Federal do Maranhão. É editor associado dos Cadernos de Saúde Pública, editor assistente de Epidemiologia da revista Ciência & Saúde Coletiva e editor de seção da Revista Brasileira de Epidemiologia. É membro da Comissão de Sumário 337 / 415 Pesquisadores da UFMA Epidemiologia da Abrasco. É revisor de 14 periódicos, dentre os quais: Revista de Saúde Pública, BMC Public Health, Paediatric and Perinatal Epidemiology, Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, American Journal of Epidemiology, Social Science & Medicine, PLOS One, Pediatrics, Brazilian Journal of Medical and Biological Research e Cadernos de Saúde Pública. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: baixo peso ao nascer, mortalidade infantil, prematuridade, cesariana e obesidade. Atualmente coordena o segundo estudo de coorte perinatal de São Luís (estudo BRISA), iniciado em 2009, com o objetivo de estudar novos fatores de risco para nascimento pré-termo. Antônio Carlos da Silva Ramos Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1992), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1995) e doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (2001). Atualmente é professor/pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Processos Orgânicos, atuando principalmente nos seguintes temas: asfaltenos, petróleo, adsorção, aditivos e inibidores. Antônio Carlos Leal de Castro Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual do Maranhão (1977) , especialização em Oceonografia pela Universidade de São Paulo (1984) , mestrado em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (1991) e doutorado em CiênSumário 338 / 415 Pesquisadores da UFMA cias da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (1994) . Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão e Revisor de periódico do Boletim do Laboratório de Hidrobiologia. Tem experiência na área de Ecologia , com ênfase em Ecologia Aplicada. Atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade, comunidade, PEIXES. Antônio Carlos Romão Borges Concluiu graduação em Farmácia (1988) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), mestrado (1992) e doutorado (2000) em Farmacologia pela Universidade Federal de São Paulo. Atualmente é professor Associado no Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF-UFMA) e nos Programas de Pós-Graduação: Ciências da Saúde (PPGCS-UFMA) e Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia (PPGB-RENORBIO). Atua na área de Farmacologia e Toxicologia Pré-Clínica, com ênfase na investigação de atividades biológicas de produtos naturais, com potencialidades de aplicação, principalmente como hipotensor e/ou anti-hipertensivo. Além disso, é representante Estadual (Coordenador do Ponto Focal-Maranhão) do PPGB-RENORBIO. Gerado pelo Sistema Interlattes CV-Resumé em 02/08/2006 e atualizado pelo pesquisador em 18/11/2011. Antônio Cordeiro Feitosa Possui graduação em Geografia Licenciatura pela Universidade Federal do Maranhão (1978), graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade Federal do Maranhão (2003), especialização em Geografia Aplicada ao Planejamento e Desenvolvimento pela Universidade FedeSumário 339 / 415 Pesquisadores da UFMA ral do Maranhão (1982), especialização em Curso de Especialização em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal do Maranhão (1981), especialização em Sensoriamento Remoto, Pincípios e Interpretação, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1984), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1990) e doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: Processos geomorfológicos, Zona Costeira, Maranhão. Antônio Luiz Amaral Pereira Possui Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1980), Especialização em Periodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981), Especialização em Imunologia pela Universidade Federal do Maranhão (1989), Mestrado em Odontologia (Periodontia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984) e Doutorado em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor Associado II da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área acadêmica e administrativa. Vem exercendo desde 2007 o cargo de Pró-Reitor de Extensão da UFMA. Na pesquisa, atua principalmente nos seguintes temas: doença periodontal (epidemiologia, aspectos imunológoicos e microbiológicos), doença periodontal associada a doenças sistêmicas, câncer oral. Antônio Paulino de Sousa Sumário 340 / 415 Pesquisadores da UFMA Possui graduação em Filosofia pelo CEARP (1987), graduação em Ciências Sociais - Institut Catholique de Paris (1995), mestrado em Ciências Sociais - Institut Catholique de Paris (1996), doutorado em Sociologia - Universite de Paris VII (2002) e doutorado em Ciências Sociais - Institut Catholique de Paris (2002). Atualmente é professor da Universidade Federal do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, sociologia econômica e a trajetória social do conceito de Habitus em Pierre Bourdieu. Na Pós-Graduação leciona a disciplina Teoria das Ciências Sociais. Antônio Rafael da Silva Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968), mestrado em Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1975) e doutorado em Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985). É Professor Titular da Universidade Federal do Maranhão, exercendo as atividades de professor na disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias no curso de graduação em Medicina desde 1969. Coordena o Centro de Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias, do Depto. de Patologia (UFMA), onde exerce atividades de ensino, pesquisa e extensão. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, onde desenvolve atividades acadêmicas nas disciplinas Grandes Endemias e Seminários de Pesquisa (nesta última como coordenador). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Doenças Infecciosas e Parasitárias, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, clínica, diagnóstico e tratamento de malária, hanseníase, leishmanioses visceral e tegumentar e micoses profundas. É membro da Sociedade Brasileira para Sumário 341 / 415 Pesquisadores da UFMA o Progresso da Ciência e da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. É ocupante da cadeira nº 14 da academia Vitoriense/Arariense de Letras, da qual exerce, a partir de 30 de janeiro de 2010, a Presidência. Areolino de Almeida Neto Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Aeronáutica e Mecânica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (1998) e doutorado em Engenharia Aeronáutica e Mecânica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica/Universität Hannover (2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica e Mecatrônica, com ênfase em Controle de Processos Eletrônicos, Retroalimentação, atuando principalmente nos seguintes temas: controle neural, aprendizado por reforço, estruturas flexíveis, controle digital, controle de processos, robótica móvel (planejamento de trajetórias) e robótica em geral. Aristófanes Corrêa Silva Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Maranhão (1995), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal do Maranhão (1997) e doutorado em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Processamento Gráfico (Graphics), atuando principalmente nos seguintes temas: imagens médicas, recuperação de imagens e imagens biométricas. Sumário 342 / 415 Pesquisadores da UFMA Arlene de Jesus Mendes Caldas Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (1978), Mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (1998) e Doutorado em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia (2004). Atualmente, Professor Associado I do Departamento de Enfermagem/UFMA, Docente do Quadro Permamente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado e Doutorado) e de Enfermagem (Mestrado), Bolsita de Produtividade em Pesquisa da FAPEMA, Coordenadora da Comissão do HUUFMA, membro do Comitê do Centro de Pesquisa Clinica (CEPEC)-HUUFMA, Membro da Associação Brasileira de Enfermagem e da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Chefe do Departamento de Enfermagem/UFMA, Editora Cientifica da Revista Pesquisa em Saúde do Hospital Universitário/UFMA. Líder do grupo de Pesquisa- Epidemiologia das Doenças Transmissíveis com enfâse nas linhas de pesquisas: Leishmaniose, Hanseníase, Dengue e Tuberculose. Auro Atsushi Tanaka Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Federal de São Carlos (1977), mestrado em Química (Físico-Química) pela Universidade de São Paulo (1982), doutorado em Graduate Studies in Chemistry pela Case Western Reserve University (1986), pós-doutorado pela Laboratoire de Chimie 1 Electrochimie Et Interactions Université de Poitier (1992) e pós-doutorado pela Case Center For Electrochemical Sciences (1989) . Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Maranhão, Membro de corpo editorial do Publicatio UEPG. Ciências Exatas e da Terra, Ciências Agrárias e Engenharia, Membro de Sumário 343 / 415 Pesquisadores da UFMA corpo editorial da Brazilian Journal of Analytical Chemistry e Membro de corpo editorial da International Journal of Electrochemistry. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Físico-Química. Atuando principalmente nos seguintes temas: oxygen, Macrocycle, Phtalocyanine, Porphyrin. Azizedite Guedes Gonçalves Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão (1978) , especialização em Bioquímica pela Universidade Federal do Maranhão (1979) e doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela Universidade de São Paulo (1996) . Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Microbiologia , com ênfase em Microbiologia Aplicada. Atuando principalmente nos seguintes temas: Escherichia coli, Padrão de adesão localizada, Escherichia coli O119 serotypes. Benjamin Alvino de Mesquita Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Ceará (1976), mestrado em Desenvolvimento Agrícola pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1982) e Doutorado em Políticas Públicas pela UFMA e em Geografie, Amenegement et urbanism pela Sorbonne Nouvelle/Paris III (2006). Atualmente é professor adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economias Agrária e dos Recursos Naturais, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento e política agrícola, agroextrativismo, desenvolvimento regional, agronegócio e agricultura familiar, meio ambiente, povos e comunidades tradicionais. Sumário 344 / 415 Pesquisadores da UFMA Bruno Braga Benatti Possui graduação em Odontologia pela Universidade Estadual de Campinas (2001), mestrado (2005) e doutorado (2007) em Clínica Odontológica com ênfase em Periodontia pela Universidade Estadual de Campinas . Atualmente é professor de Periodontia na graduação e do programa de mestrado em Odontologia na pós-graduação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com linha de pesquisa em patogênese, fatores de risco e modulação da resposta do hospedeiro em pacientes periodontais. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Clínica Odontológica, atuando principalmente nas áreas de Periodontia e Implantodontia. Carlos Benedito Rodrigues da Silva Possui Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (1978), Mestrado em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (1992) e Doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente é coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFMA e professor Associado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, do Departamento de Sociologia e Antroplogia da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade cultural, relações étnico-raciais e ação afirmativa. É Presidente do Centro de Estudos do Caribe no Brasil e Coordenador Geral da Associação Maranhense de Pesquisas Afro-Brasileiras. Sumário 345 / 415 Pesquisadores da UFMA Carlos Martínez Ruiz Possui graduação em Ciências Biológicas - Universidade de Barcelona (1989) e doutorado em Ciências Biológicas: Biologia Animal I (Zoologia) - Universidade de Barcelona (1998). Atualmente é professor adjunto no Departamento de Biologia da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência nas áreas de Ecologia e Zoologia, com ênfase em Ecologia de Aves, atuando principalmente nos seguintes temas: Nycticorax nycticorax, Nyctanassa violacea, Eudocimus ruber, Egretta spp., ecologia trófica e reprodutiva de aves de manguezal, ecologia de aves marinhas, ornitofauna (com ênfase em comunidades de aves amazônicas), mastofauna e conservação de fauna. Carlos William de Araújo Paschoal Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Ceará (1995), mestrado em Física pela Universidade Federal do Ceará (1998) e doutorado em Física pela Universidade Federal do Ceará (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Prop. Óticas e Espectrosc. da Mat. Condens; Outras Inter. da Mat. com Rad. e Part., atuando principalmente nos seguintes temas: espectroscopia vibracional e de impedância de materiais e simulação estática de sólidos dielétricos. Atualmente é Diretor do Departamento de Pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Maranhão. Sumário 346 / 415 Pesquisadores da UFMA Cecília Cláudia Costa Ribeiro Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1993), mestrado em Odontopediatria pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998) e doutorado em Odontologia, área de Cariologia, pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Odontopediatria, atuando principalmente nos seguintes temas: prevenção da cárie dental e saúde coletiva. Professora Permanente dos Programas de Pós-Graduação em Odontologia (Mestrado) e Saúde Coletiva (Mestrado e Doutorado). César Augusto Possui graduação em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Maranhão (1988), mestrado em Ciência da Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1993) e doutorado e pós-doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é professor associado III da Universidade Federal do Maranhão, atuando no Programa de pós-graduação em Educação e História e no Departamento de Biblioteconomia. Coordenador do Núcleo de Estudos e Documentação em História da Educação e Práticas Leitoras - NEDHEL. Desenvolve pesquisas na área da história da educação, da leitura e das bibliotecas com privilégio ao século XIX. Pesquisador produtividade do CNPq. Sumário 347 / 415 Pesquisadores da UFMA Cícero Wellington Brito Bezerra Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1992), mestrado em Química Analítica pelo Instituto de Química de São Carlos (1995) e doutorado em Físico-Química pelo Instituto de Química de São Carlos (1999) e pós-doutorado pelo Institute for Fuel Cell Innovation-CAN (2008). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química Inorgânica, com ênfase em Campos de Coordenação, mas também atua nas áreas de adsorção, remoção de metais e corantes, química de aguardentes (tiquira), colágenos e peixes. Cláudia Maria Coelho Alves Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1982), especialização em Periodontia pela UFRJ, mestrado em Odontologia (Periodontia) pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Odontologia (Dentística) pela Universidade de São Paulo (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Coordenou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da Universidade Federal do Maranhão no período de 2003 a 2007. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Dentística e Periodontia, atuando principalmente nos seguintes temas: prevalência de doenças periodontais, intervenções em Saúde Bucal e materiais odontológicos e suas propriedades. Sumário 348 / 415 Pesquisadores da UFMA Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Maranhão (1980), mestrado em Biologia - City University of New York (1996) e doutorado em Biologia - City University of New York (1997). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal do Maranhão e coordenador regional do Grupo Etnobotânico Latino Americano. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Uso, Manejo e Conservacão de Recursos Vegetais, atuando principalmente nos seguintes temas: Maranhão, etnobotânica, botânica econômica, Baixada Maranhense e babaçu. Estudioso da flora brasileira e em particular da maranhense, tem se dedicado profissionalmente ao estudo da Botânica, mais particularmente à Etnobotânica e à Botânica Econômica. Em 2007, foi contemplado com a Medalha de Mérito Etnobotânico J. W. Harshberger, outorgado pela Academia Nacional de Botânica da Índia, pela sua contribuição à Etnobotânica. Em 2008 recebeu da Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão a Medalha Manoel Beckman, em reconhecimento aos seus estudos sobre as plantas maranhenses. Em 2009, foi contemplado com o primeiro lugar no Prêmio FAPEMA, Categoria Pesquisador Sênior, pelos resultados de seus estudos com matas ciliares no Maranhão. Cláudio Zannoni Possui graduação em História Bacharelado pela Universidade Federal do Maranhão (1995), mestrado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998) e doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Atualmente é editor chefe da revista Cadernos de Pesquisa da UniverSumário 349 / 415 Pesquisadores da UFMA sidade Federal do Maranhão, professor Associado do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Maranhão e Professor Regular do Mestrado em Saúde e Ambiente. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena, atuando principalmente nos seguintes temas: ciências humanas, povos indígenas do Maranhão, tenetehara e índios do Brasil. Coordenador do Grupo de Pesquisa: “A contracultura dos anos de 1960 aos dias atuais”, onde atua na área de Rock e Contracultura. Darlon Martins Lima Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão. Especialista, Mestre e Doutor em Dentística Restauradora pela Faculdade de Odontologia de Araraquara - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP. Professor Adjunto I das Disciplinas de Dentística do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Maranhão - UFMA. Atua na Graduação e na Pós-graduação do Curso de Mestrado em Odontologia da UFMA. David Lima Azevedo Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1990), mestrado em Física pelo IFGW-UNICAMP (1997) e doutorado em Física pelo IFGW-UNICAMP (2001). Atualmente é professor da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física, com ênfase em simulações em dinâmica molecular, cálculos ab-inito, processos de Colisão e Interações de Átomos e Moléculas, atuando principalmente nos seguintes temas: estrutura eletrônica de clusters, polímeros, nanotubos. Sumário 350 / 415 Pesquisadores da UFMA Denilson Moreira Santos Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual do Maranhão (1990) , graduação em Física (Licenciatura Plena) pela Universidade Federal do Maranhão (1990) , especialização em Engenharia Clínica pela Universidade Federal do Maranhão (2010) , mestrado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (1999) e doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005) . Atualmente é Professor Assistente da Universidade Federal do Maranhão e Livre da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica. Atuando principalmente nos seguintes temas: cerâmica, PZT, estrutura e propriedade elétrica, propriedades piezoelétricas. Denise Fernandes Coutinho Moraes Possui graduação em Farmácia, com habilitação em Bioquímica pela Universidade Federal do Maranhão (1994), especialização em Fitoquímica pela Universidade Federal do Maranhão (1996), mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (1999) e doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos pela Universidade Federal da Paraíba (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão, ministrando na graduação a disciplina de Farmacognosia II. Tem experiência na área de Farmacognosia, atuando principalmente nos seguintes temas: anatomia vegetal, estudo fitoquímico, controle de qualidade, avaliação de atividades biológicas in vitro, levantamentos etnobotânicos e bancos de dados. Sumário 351 / 415 Pesquisadores da UFMA Denivaldo Cicero Pavão Lopes Possui doutorado em Informática pela Universidade de Nantes, França (2005), mestrado em Engenharia de Eletricidade (área: Ciência da Computação) pela UFMA (2001) e bacharelado em Engenharia Elétrica pela UFMA (1999). Sua produção bibliográfica é diversificada, contendo artigos publicados em jornais internacionais, artigos em conferências e workshops nacionais e internacionais. Participa como coordenador ou pesquisador de projetos de pesquisa científica ou pesquisa e inovação tecnológica fiinanciados por órgãos de fomento a pesquisa como CNPq, FINEP e FAPEMA. Participou/participa de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nos moldes da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Atuou/atua como revisor Ad hoc de revistas e jornais como IEEE Computer Magazine (ISSN 0018-9162), IEEE Distributed System Online (ISSN 1541-4922), Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação (ISSN: 1807-1775), Journal of Systems and Software (ISSN: 0164-1212). É revisor permanente do Journal of Secure Software and Engineering (ISSN: 1947-3036). É membro do comitê de programa de eventos científicos como Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação (SBSI), International Conference on Software Engineering Theory and Practice, Workshop on Future Trends of Model-Driven Development (FTMDD), Workshop on Recent Trends in SOA Based Information Systems (RTSOABIS) e Workshop on Mobile, Wireless & Networks Security (MWNS). Depois de agosto de 2008, é professor adjunto da UFMA, onde é professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Eletricidade (PPGEE), na área de Ciência da Computação. Coordena o Laboratório de Engenharia de Software e Rede de Computadores (LESERC) da UFMA. Orienta alunos de iniciação científica e alunos de mestrado. É membro do Comitê Científico do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC Sumário 352 / 415 Pesquisadores da UFMA da UFMA. É membro fundador da Academia Maranhense de Ciências (AMC). Seus temas de pesquisa envolvem Engenharia Dirigida por Modelos, Serviços Web, Segurança e Telemedicina. Dorlene Maria Cardoso de Aquino Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão, especialização em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da FIOCRUZ-RJ, mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão e doutorado em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente é professor de 3.º grau adjunto II, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Docente do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil (Mestrado) e do Mestrado em Enfermagem. Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa do HUUFMA. Membro da Associação Brasileira de Enfermagem e da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Tem experiência na área de Enfermagem em Doenças Transmissíveis, com ênfase em hanseníase e leishmaniose. Membro do Núcleo de Pesquisa Epidemiologia das Doenças Transmissíveis. Dorval do Nascimento Possui doutorado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006). Realizou estágio de doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales-EHESS-Paris (2004-2005). Professor Adjunto do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Professor permanente do Programa de Pós-graduação em HisSumário 353 / 415 Pesquisadores da UFMA tória (UFMA). Atua na área de História, trabalhando com os seguintes temas: Intelectuais, Sociabilidades e História Intelectual; Relações Étnicas e Etnicidade. Eder Nascimento Silva Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão (2003), mestrado (2005) e doutorado (2008) em Física pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é professor adjunto I da Universidade Federal do Maranhão. Na pós-graduação em Física da UFMA é membro permanente e membro do colegiado.Tem experiência na área de Física, com ênfase em Prop. Óticas e Espectrosc. da Mat. Condens; Outras Inter. da Mat. com Rad. e Part.,atuando principalmente nos seguintes temas: espalhamento Raman, espectroscopia no infravermelho, dinâmica de rede, espectroscopia de impedância. Edmar Pereira Marques Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1978), especialização em Química de Alimentos (1979), mestrado em Química (Química Analítica- IQSC) pela Universidade de São Paulo (1988) e doutorado em Química Analítica pelo Instituto de Física e Química de São Carlos-USP(1991), pós-doutorado na universidade de York (Canadá, 1993-1994). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão, onde ministra as disciplinas Físico-química e Química Analítica. Atua em pesquisa na área de eletroanalítica, com ênfase em metodologia analítica e eletrodos quimicamente modificados. Sumário 354 / 415 Pesquisadores da UFMA Elba Gomide Mochel Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais (1968), Mestrado em Enfermagem Obstétrica pela Escola Paulista de Medicina (1988) e Doutorado em Enfermagem pela Escola Paulista de Medicina, UNIFESP (1995). Atualmente é Professora Associada III da Universidade Federal do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde da mulher, enfermagem no ciclo gravídico puerperal, hipertensão arterial, obesidade, prevenção de câncer, qualidade de vida e tanatologia. Eliana Tavares dos Reis Possui Graduação em Bacharelado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999), Mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001), Estágio Doutoral em Ciências Sociais - Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (2002) e Estágio Doutoral em Sociologia Política - Paris I - Panthéon de la Sorbonne (2006). É Doutora em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente atua como professora e pesquisadora do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ciências Sociais, com ênfase em Ciência Política e Sociologia Política. Trabalha em investigações sobre elites culturais, engajamentos e íntervenção política. Sumário 355 / 415 Pesquisadores da UFMA Elizabeth Maria Beserra Coelho Possui doutorado em Sociologia (1999) e mestrado em Antropologia Social (1989). Professora associado III da Universidade Federal do Maranhão, atuando no Departamento de Sociologia e Antropologia. Tem experiência na área de Antropologia, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas indigenistas de saúde, terra e educação, relações interétnicas e etnologia indígena. É autora dos livros: Cultura e Sobrevivência dos Índios no Maranhão (1987), A Política Indigenista no Maranhão Provincial (1999), Territórios em Confronto: a dinâmica da disputa pela terra entre índios e brancos no Maranhão (2002), Estado multicultural e politicas indigenistas (2008). Eloísa da Graça do Rosário Gonçalves Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1986), residência médica em Doenças Infecciosas e Parasitárias, mestrado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz , RJ (1995), e doutorado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz, RJ (2001). Atualmente é professora adjunta IV da Universidade Federal do Maranhão, com dedicação exclusiva. Ministra a disciplina de Parasitologia para os cursos de graduação em Medicina, Farmácia, Enfermagem e Odontologia desde julho de 2002. É professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, onde coordena a disciplina Grandes Endemias. Integra a equipe do Centro de Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias, da UFMA, onde exerce atividades de pesquisa, ensino e extensão. Atua na linha de pesquisa “Epidemiologia e controle de doenças endêmicas: malária, leishmanioses, hanseníase”. Integra a equipe do projeto Buriticupu Saudável. Tem Sumário 356 / 415 Pesquisadores da UFMA experiência na área de Medicina, com ênfase em doenças infecciosas e parasitárias, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, Maranhão, malária, hanseníase, calazar, Buriticupu, São Luís e Ilha de São Luís. Erika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz Possui Doutorado em Saúde Pública (Epidemiologia) pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (2007), Mestrado em Odontologia (Diagnóstico Bucal) pela Universidade Federal da Paraíba (2001) e Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (2000). Atualmente é Professora Adjunta do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão, vinculada aos Programas de Pós-Graduação (strictu sensu) em Saúde Coletiva da UFMA, em Odontologia (strictu sensu) da UFMA e da Rede Nordestina de Mestrado Profissionalizante em Saúde da Família (RENASF/ FioCruz). Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde coletiva, epidemiologia, saúde bucal coletiva, maloclusão, câncer bucal, epidemiologia das doenças bucais. Fernanda Ferreira Lopes Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1992), mestrado em Clínica Odontológica com área de concentração em Periodontia pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e doutorado em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão.Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase Sumário 357 / 415 Pesquisadores da UFMA em Semiologia, Patologia Oral e Periodontia, atuando principalmente nos seguintes temas: câncer oral, manifestações orais de doenças sistêmicas, doença periodontal (fatores de risco), doença periodontal associada a doenças sistêmicas. Fernando Carvalho Silva Possui graduação em Química pela Universidade Federal do Maranhão (1984), mestrado em Química pela Universidade Federal de São Carlos (1989) e doutorado em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Síntese Orgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: microemulsões combustíveis, biodiesel, derivados de petróleo, sensores, desenvolvimento de métodos de análises, cromatografia, catálise e monitoramento ambiental. Fernando Lamy Filho Possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1982), mestrado (1995) e doutorado (2001) em Saúde da Criança e da Mulher - IFF pela Fundação Oswaldo Cruz . Atualmente é médico do Ministério da Saúde e professor associado da Universidade Federal do Maranhão. Atua também como professor e orientador dos programas de pós-graduação estrito senso, nível mestrado e doutorado, “Saúde Coletiva” e “Saúde Materno-Infantil” da Universidade Federal do Maranhão, nas disciplinas Metodologia de Pesquisa e Epidemiologia.Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neonatologia e Perinatologia, com linhas de pesquisa nos seguintes temas: Avaliação Sumário 358 / 415 Pesquisadores da UFMA de Programas e Serviços de Saúde; Baixo peso ao nascer, prematuridade e crescimento intra-uterino e seu impacto na morbidade; Magnitude, tendências e fatores associados às mortalidades neonatal e perinatal. Flávia Maria Mendonça do Amaral Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão (1984), mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (1999) e doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Plantas Medicinais, atuando principalmente nos seguintes temas: controle de qualidade, fitoquímica, análises fitoquímicas e farmacognosia. Flávia Raquel Fernandes do Nascimento Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2 Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1992). Durante a graduação foi bolsista PET/CAPES. Fez especialização em Imunologia, sendo bolsista do CNPq. Fez mestrado e doutorado em Imunologia pela Universidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. Momtchilo Russo, tendo sido bolsista da CAPES e FAPESP, respectivamente. Obteve o título de doutor em 2001. Foi bolsista recém-doutor do CNPq de 2001 até 2003. Atualmente é Professor Adjunto IV do Departamento de Patologia da UFMA, ministrando as disciplinas Imunologia, Imunobiologia, Parasitologia e Relação Agente-Hospedeiro e Meio Ambiente. É professora orientadora do Curso de Sumário 359 / 415 Pesquisadores da UFMA Especialização em Imunologia (UFMA), do Mestrado em Biodiversidade e Conservação (UFMA). É orientadora e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (UFMA). É membro permanente, desde 2006, do Doutorado em Biotecnologia (RENORBIO). É co-orientadora no DINTER (UFMA/UERJ) em Fisiopatologia Clínica e Experimental. É membro do Comitê de Ética para o Uso de Animais da UFMA. Foi Diretora do Biotério Central da UFMA de 2007 a 2009.Atualmente desenvolve projetos em duas linhas gerais: 1 - o estudo da atividade imunomodulatória de produtos naturais (extratos e frações de espécies vegetais, produtos de abelhas nativas, lectinas, saliva de flebotomíneos e venenos de escorpião), focando nas ações anti-inflamatória, anti-tumoral e anti-parasitária; 2 - o estudo da leishmaniose, focando na avaliação profilática e terapêutica na leishmaniose visceral canina e na leishmaniose murina. Flávio Bezerra de Farias Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Maranhão (1976). Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual do Maranhão (1976). Especialização em Economia do Desenvolvimento pela Universidade Panthéon-Sorbonne (1979). Doutorado de Terceiro Ciclo em Economia e Gestão pela Universidade de Amiens (1981). Doutorado de Estado em Economia pela Universidade Paris-Nord (1988). Realizou três pós-doutorados na França: Universidade Paris-Nord (1996); Universidade Paris-Nord (2002); Universidade Sorbonne-Nouvelle (2011). Realizou três visitas de Professor-Pesquisador na Universidade Paris-Nord (2004; 2010; 2011). Professor Associado 3 da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência nas áreas de Economia e Ciência Política, com ênfase em Estrutura e TransformaSumário 360 / 415 Pesquisadores da UFMA ção do Estado, atuando principalmente nos seguintes temas: Estado, globalização, crise e regulação. Atua nos Programas de Pós-Graduação do Centro de Ciências Sociais da UFMA. Publicou os livros seguintes, na Cortez Editora de São Paulo: O Estado capitalista contemporâneo (2000); A globalização e o Estado cosmopolita (2001); Filosofia política da América (2004). Foi co-autor dos livros seguintes, sob a direção de Marcos Costa Lima: O lugar da América do Sul na nova ordem mundial (Cortez, São Paulo, 2001); Dinâmica do capitalismo pós-guerra-fria (UNESP, São Paulo, 2008). Ex-Presidente da Associação de Professores da UFMA (1989-1993). Francisca Georgina Macêdo de Sousa Enfermeira, Graduada pela Universidade Federal do Maranhão (1982), Especialização em Enfermagem Pediátrica e Puericultura pela UFMA, Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (2003). Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina na área de concentração Filosofia, Saúde e Sociedade. Doutorado Sandwich pela Escola Superior de Enfermagem do Porto – Portugal. Enfermeira assistencial – Secretaria Municipal de Saúde. Professora Adjunta I da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do Mestrado Acadêmico em Enfermagem da UFMA. Experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Pediátrica, atuando como pesquisadora nas seguintes temáticas: saúde da criança, cuidado à criança com doença crônica, cuidado centrado na família, cuidado de enfermagem, enfermagem e saúde da criança, sistemas de cuidados. Sumário 361 / 415 Pesquisadores da UFMA Francisco José da Silva e Silva FRANCISCO SILVA é professor Associado do Departamento de Informática da UFMA, onde atua no curso de graduação em Ciência da Computação e nos programas de pós-graduação stricto-sensu em Engenharia de Eletricidade e Ciência da Computação. É graduado em Ciência da Computação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990), mestre em Engenharia de Eletricidade, área de concentração em Ciência da Computação pela UFMA (1997) e doutor em Ciência da Computação pelo Instituto de Matemática e Estatística da USP, 2003. Sua área de pesquisa compreende os sistemas computacionais distribuídos, com ênfase em computação móvel, em grade e nas nuvens. É membro da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e da ACM (Association for Computing Machinery) e tem atuado como membro do comitê de programa de importantes conferências nacionais e internacionais, como o Simpósio Brasileiro de Computação Ubíqua e Pervasiva (SBCUP), o International Conference on Grid computing, High-performance and Distributed Applications (GADA) e o Workshop on Adaptive and Reflective Middleware (ARM). É também coordenador do Laboratório de Sistemas Distribuídos (LSD) da UFMA. Gilda Vasconcellos de Andrade Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (1982), mestrado (1987) e doutorado (1995) em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas e pós-doutorado em Ecologia e Conservação pela Universidade da Flórida (2007). Admitida por concurso público em 1988 na Universidade Federal do Maranhão, onde atualmente é professora associada. Ministra disciplinas e é professora Sumário 362 / 415 Pesquisadores da UFMA orientadora no Programa de Mestrado em Biodiversidade e Conservação, reconhecido pela CAPES. Tem experiência na área de Ecologia e Zoologia, com ênfase em Ecologia e Conservação, atuando principalmente nos seguintes temas: Padrões de Diversidade, História de Vida, Ecologia e Conservação de Vertebrados, com ênfase em Anfíbios (adultos e girinos), Ecologia e História Natural de anfíbios, lagartos e serpentes, Taxonomia de anfíbios e squamatas e Citogenética de anfíbios. Gilvanda Silva Nunes Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA, 1986). Mestre em Agroquímica pela Universidade Federal de Viçosa (UFV, 1991). Doutora em Química pelo IQ/UNESP-Araraquara,SP (1999), doutorado sanduíche no Depto de Química Ambiental do CID/ CSIC, Barcelona, Espanha (1997-1998). Pós-Doutora em Ecotoxicologia pela Universidade de Perpignan Via Domitia (UPVD, França, 20032004). Professora concursada (área de Química Analítica) no Depto. de Química da UFV (1991-1994). Atualmente é Professor Associado II do Depto. de Tecnologia Química da UFMA. Desenvolve pesquisas com ênfase em Análise de Traços e Química Ambiental e orienta estudantes de mestrado nos seguintes programas de pós-graduação: Química, Saúde e Ambiente, Sustentabilidade de Ecossistemas, Biodiversidade e Conservação e Energia e Ambiente, todos da UFMA. É colaboradora (docente e orientadora) dos cursos de especialização “Lato Sensu” em Educação Ambiental e Gestão Participativa de Recursos Hídricos (IFMA), Segurança do Trabalho (Faculdade Athenas Maranhense - FAMA) e MBA em Gestão Ambiental (Excellence - Escola de Negócios). Foi Coordenadora do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em “Gestão Ambiental nas Empresas” (Convênio UFMA/SEBRAE, 2001-2003). Foi Diretora do Centro Sumário 363 / 415 Pesquisadores da UFMA de Ciências Agrárias e Ambientais (Campus IV- UFMA , Chapadinha-MA, 2006-2007). Foi Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento de Projetos de Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFMA (NUDEPRO/PPPG/UFMA, 2009-2010). Atualmente, é Diretora do Departamento de Apoio a Projetos de Inovação e Gestão de Serviços Tecnológicos (DAPI/PPPG/UFMA). Hildo Antônio dos Santos Silva Graduado em Licenciatura Plena em Ciências com Habilitação em Química pela Universidade Federal do Piauí (1994). Doutorado direto em Química Análica no Instituto de Química de São Carlos - IQSC/USP (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Trabalha na área de Química de coordenação e química de interface. Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior Possui graduação em Ciências Sociais (1986) e mestrado em Educação Escolar Brasileira (1993) pela Universidade Federal de Goiás, e doutorado em Ciências Humanas - Sociologia - pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). Atualmente atua na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) como professor adjunto IV do Departamento de Sociologia e Antropologia (DESOC); Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc); professor permanente dos Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) e em Políticas Públicas (PGPP); e líder do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), registrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. É bolsista de Produtividade da FunSumário 364 / 415 Pesquisadores da UFMA dação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: modernidade, desenvolvimento, projetos de desenvolvimento, meio ambiente, conflitos socioambientais. Igor Gastal Grill Possui graduação em Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996), graduação em Bacharelado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995), mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999), doutorado em Ciências Sociais (Sanduíche) École des Hautes Études en Sciences Sociales (2002) e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003). Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Federal do Maranhão. Está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFMA desde 2006 e é o atual coordenador do PPGCSoc. Trabalha em pesquisas que examinam os processos, condicionantes e lógicas de seleção de elites. Ilse Gomes Silva Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (1985) , especialização em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Maranhão (1987) , mestrado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (1996) e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão, Membro de Sumário 365 / 415 Pesquisadores da UFMA corpo editorial da Lutas Sociais (PUCSP) e Membro de corpo editorial da Lutas Sociais (PUC-SP). Tem experiência na área de Ciência Política, atuando principalmente nos seguintes temas: Movimentos sociais, Políticas públicas, Política de Saúde, Participação popular, Reforma do Estado. Isabel Ibarra Cabrera Possui graduação em História pela Universidade Federal de Goiás (1995) e Doutorado em História Contemporânea-Universidad Complutense de Madrid (2000). Atualmente é professora Associada I da Universidade Federal do Maranhão. Tem realizado estudos sobre migração, memória e identidade. Participa do Conselho Editorial das revistas Brasileira do Caribe e Inter-ação (Goiânia) . Tem organizado varios congressos de história oral no estado de Goiás e foi diretora regional Centro Oeste da Associação Brasileira de História Oral de 2002- 2006. Tem experiência nas áreas de História Contemporânea, com ênfase em Cuba. Tem desenvolvido pesquisas sobre os seguintes temas: história oral, Cuba, Caribe, universidade. Isaura Letícia Tavares Palmeira Rolim Possui graduação em Enfermagem (2002), mestrado (2005) e doutorado (2008) pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é professora Adjunto II da Universidade Federal do Maranhão, onde ensina na graduação e pós-graduação, na Residência Multiprofissional e no Mestrado Acadêmico de Enfermagem. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem médico-cirúrgica, atuando principalmente nos seguintes temas: cuidado de enfermagem, diagnóstico de enfermaSumário 366 / 415 Pesquisadores da UFMA gem e educação em saúde. István van Deursen Varga Graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (1983), Mestrado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1995), Doutorado (2002) e pós-doutorado (2003) em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo. Coordenador da Comissão Executiva e Presidente da II Conferência Nacional de Saúde para os Povos Indígenas (1993). Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) entre outubro/2003 e abril/2009, e do Núcleo de Extensão e Pesquisa com Populações e Comunidades Rurais, Negras Quilombolas e Indígenas (NuRuNI) do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente da UFMA. Atualmente é Professor Adjunto do Depto. de Sociologia e Antropologia da UFMA; Coordenador do Curso de Especialização em Saúde da Mulher Negra; integrante do Corpo Editorial da Revista de Direito Sanitário da Universidade de São Paulo. Tem formação e experiência profissional no campo da Saúde Coletiva, e, em suas produções, pesquisas e projetos de extensão, tem abordado principalmente os seguintes temas: autodeterminação dos povos indígenas, territorialidade e saúde em comunidades tradicionais, política indigenista, controle social no Sistema Único de Saúde, política de saúde para os povos indígenas, política de saúde para a população negra, políticas de saúde para comunidades rurais, atenção às DST em comunidades indígenas, atenção às DST para a população negra, controle da malária e das DST/Aids. Sumário 367 / 415 Pesquisadores da UFMA Ivone Garros Rosa Graduada em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão, Mestrado em Ciências (Bioquímica) pela Universidade Federal do Paraná, Doutorado em Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará . Atualmente é Associado I da Universidade Federal do Maranhão. É professora permanente e orientadora do Programa de Pós-Graduação de Saúde e Ambiente da UFMA. Tem experiência na área de Bioquímica, com ênfase em Glicídeos e Proteínas, atuando principalmente nos seguintes temas: Esquistossomose, produtos naturais (carboidratos, lectinas e qualidade de mel de abelhas), obtenção de gomas vegetais e aplicação na biotecnologia. Ivone Lima Santana Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão, Mestrado em Reabilitação Oral pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-Araraquara), Doutorado em Materiais Dentários pela Universidade de São Paulo-USP e Pós-Doutorado na Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP. Atualmente é Professora Adjunto da Universidade Federal do Maranhão, atuando com ênfase em Prótese e Materiais Dentários, principalmente nas seguintes linhas: análise térmica de compósitos, preparos dentários, resina composta, disfunção temporomandibular e biofilmes dentais. É líder do grupo de pesquisa Odontologia Reabilitadora do Centro de Ciências da Saúde da UFMA, junto ao CNPq (constituído em 2002). Faz parte do Programa de Pós-Graduação em Odontologia-PPGO, da Universidade Federal do Maranhão. Sumário 368 / 415 Pesquisadores da UFMA Jerias Alves Batista Graduado em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1994), mestre em Física pela Universidade Estadual de Campinas (1996), doutor em Física pela Universidade Estadual de Campinas (2001), pós-doutor em Física pela Universidade de Toronto, Canadá (2002 e 2003) e pós-doutor em Física pela Universidade Federal do Ceará (2008 e 2009). É professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física da Matéria Condensada, com ênfase em propriedades térmicas e eletrônicas de semicondutores. Tem experiência na área das espectroscopias Raman e de Fotoluminescência em nanotubos de carbono e grafeno. Joana Aparecida Coutinho Graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1987), mestrado em Ciências Sociais - Sociologia Política - pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996) e doutorado em Ciências Sociais - Política - pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2004). Atualmente é professora Adjunta III na Universidade Federal do Maranhão. Coordena o Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais, vinculado ao Programa de Políticas Públicas, e também o Grupo de Estudos e Pesquisa de Política, Ideologias e Lutas Sociais. É pesquisadora do Núcleo de Estudos de Ideologias e Lutas Sociais. Tem experiência na área de Ciências Sociais com ênfase em Ciência Política, atuando principalmente nos seguintes temas: ongs, movimentos sociais, sociedade civil, estado, ideologias, classes sociais e lutas de classes. Sumário 369 / 415 Pesquisadores da UFMA João Batista Santos Garcia Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA (1990), especialização em Anestesiologia e doutorado em Medicina na área de Dor pela Universidade Federal de São Paulo (2000). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão, das diciplinas de Anestesiologia, Dor e Cuidados Paliativos. É membro ativo da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (da qual foi Diretor Científico no biênio 2007-2008, Vice-Presidente 2009-2010 e atual Presidente 2011-2012) e da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. É professor de pós-graduação da UFMA, na qual oferece disciplina de Fundamentos em Dor e Cuidados Paliativos. Coordena a Liga de Dor do Maranhão, um projeto de extensão da UFMA, que agrega vários profissionais e alunos, que além do objetivo de ensino presta atendimento de pacientes com dor no Hospital Universitário da UFMA e no Instituto de Oncologia do Maranhão.Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Tratamento da Dor Aguda e Crônica, atuando principalmente nos seguintes temas: dor aguda e crônica: dor pós-operatória, dor oncológica, analgesia preemptiva, dor neuropática, dor miofascial, etc; tratamento da dor e anlagésicos: opióides, antagonistas de receptor NMDA(cetamina), anticonvulsivantes, etc; cuidados paliativos. João Claudino Tavares Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal da Paraíba (1991), mestrado em Economia Rural [C. Grande] pela Universidade Federal da Paraíba (1995) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008). Atualmente é professor permanente do mestrado em Desenvolvimento Socioeconômico da Sumário 370 / 415 Pesquisadores da UFMA Universidade Federal do Maranhão e professor Adjunto IV do Departamento de Economia da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Geral, atuando principalmente nos seguintes temas: economia regional e urbana, economia do trabalho, economia informal, transição social, alternativas de reprodução, profissões e alternativas de reprodução da força de trabalho. Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Marx-Engels (NEME). João Viana da Fonseca Neto É Professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (1982), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (1986) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (2000). Desenvolveu projetos de P&D em Modelagem e Controle para Indústria de Alumínio do Maranhão (ALUMAR) e Sistemas Inteligentes para Tomada de Decisão para Descarga e Estocagem de Minérios (CVRD). Atualmente desenvolve pesquisa em Inteligência Computacional com enfoque na fusão neuro-genétio-fuzzy para determinação e seleção de controladores ótimos do tipo LQG/LTR para sistemas MIMO. Também desenvolve métodos bayesianos para o treinamento de Recorrência de Riccati em Filtros Estocásticos do tipo Kalman Padrão. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Controle de Processos Eletrônicos, Retroalimentação, atuando principalmente nos seguintes temas: modelos baeados em inteligência artificial para sistemas industriais, algoritmos genéticos, sintonia de controladres PID, medição indireta via Filtragem de Kalman, solução neuronal da equação algébrica de Riccarti e recuperação inteligente da Sumário 371 / 415 Pesquisadores da UFMA malha de controle LQR. Johnni Langer Possui Doutorado em História (UFPR, 2001) e Pós-Doutorado em História Medieval pela USP (2006-2007). Atua principalmente nos seguintes temas: história e cultura dos vikings, guerra e conflito na Escandinávia Medieval, sagas islandesas, história e literatura nórdica, história do paganismo escandinavo, cultura material e arqueologia do medievo. Publicou em revistas acadêmicas da Suécia, Inglaterra, França, Portugal, Argentina e em dezenas de periódicos brasileiros. É coordenador do NEVE-NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS (www. nevevikings.tk). Atualmente é professor adjunto em História Medieval no curso de graduação em História e membro permanente do Mestrado em História Social (Capes 3) da UFMA. Todos os seus estudos em Escandinávia Medieval estão disponiveis em http://ufma.academia.edu/ JohnniLanger/Papers. Jorge Luiz Silva Nunes Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (2000), mestre em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2003) e doutor em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2008). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade Federal do Maranhão. Atua no curso de graduação em Ciências Biológicas, no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação, no Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente e no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal. Representante da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Sumário 372 / 415 Pesquisadores da UFMA Tecnológico do Maranhão na região de Chapadinha. Área de atuação correspondente à ecologia marinha, biologia marinha e sistemática de peixes. José Albuquerque de Figueiredo Neto Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (1987), residência em Clínica Médica no Hospital das Clínicas da FMUSP; residência em Cardiologia no Instituto do Coração da FMUSP; Especialização em Métodos Gráficos pelo Instituto do Coração da FMUSP; Doutorado em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (2002). Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia; Especialista em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva; Especialista em Hipertensão Arterial pela Sociedae Brasileira de Hipertensão Arterial; Especialista em Ecocardiografia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualmente é professor adjunto de Cardiologia da Universidade Federal do Maranhão, professor de História da Medicina da Universidade Federal do Maranhão. Membro efetivo do Conselho Regional de Medicina do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cardiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e saúde da mulher. José de Ribamar Sá Silva Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Maranhão (1990), especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal do Maranhão (1994), mestre em Economia Rural [C. Grande] pela Universidade Federal da Paraíba (1997) e doutor em Sumário 373 / 415 Pesquisadores da UFMA Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (2007). Professor Associado, Departamento de Economia, Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência de pesquisa, ensino e gestão nas áreas de Economia, Políticas Públicas e Educação do Campo, com ênfase em Economia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento socioeconômico, economia maranhense, assentamentos de reforma agrária e formação da sociedade brasileira. José Ferreira Costa Mestrado em Clinica Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas (FOP-UNICAMP/2000) e Doutorado em Odontologia (Materiais Dentários) pela Universidade de São Paulo (FO-USP/2005). Especialista em Saúde Pública (UNAERP), Dentística e Odontologia do Trabalho (CFO). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão e técnico do Ministério da Saúde. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Dentística, Materiais Dentários e Odontologia Legal. José Lúcio Alves Silveira Possui doutorado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (2004). É professor do Mestrado em Desenvolvimento Socioeconômico e do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Tem experiência nas áreas de Microeconomia, Macroeconomia e Economia do Setor Público. Atualmente está pesquisando sobre o processo de renegociação das dívidas estaduais (Lei 9.496/1997) e suas repercussões sobre a receita orçamentária do EsSumário 374 / 415 Pesquisadores da UFMA tado do Maranhão entre 1995 e 2010. José Manuel Macário Rebêlo Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1986). Fez mestrado em Entomologia em 1990 pela Faculdade de Fiolosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto. Obteve o título de Doutor em Ciências Biológicas (Zoologia) em 1993, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão. É orientador nos Programas de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e Biodiversidade e Conservação. Apresenta conhecimento em taxonomia de abelhas. Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase em Entomologia de Vetores, atuando principalmente nos seguintes temas: Lutzomyia e Leishmaniose, Anopheles e Malária, Triatomíneos e Doença de Chagas, Aedes e Dengue. José Menezes Gomes Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Mato Grosso (1986), mestrado em Economia Rural [C. Grande] pela Universidade Federal da Paraíba (1991) e doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é Professor Associado I da Universidade Federal do Maranhão no Programa de Pós-graduação Desenvolvimento Socioeconômico e no Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas. Atua na área de Teoria Econômica com ênfase em Economia Política especialmente nos seguintes temas: crise capitalista, imperialismo, fundos de pensão, políticas públicas e lutas de classes. Sumário 375 / 415 Pesquisadores da UFMA José Policarpo Costa Neto Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará (1967) , especialização em Programação Agrícola pelo Comissão Econômica Para a América Latina Instituto Latino Americano de Plan (1969) , mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará (1973) e doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (1990) . Atualmente é Adjunto 1 da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ecologia , com ênfase em Ecologia de Ecossistemas, atuando principalmente nos seguintes temas: Limnologia, Tanques de Cultivo de Peixes, Ecotecnologia, Conteúdo de Calor em Tanques de Aquicultura, Balanço Térmico em Tanques de Aquicultura e Peixes. José Roberto de Oliveira Bauer Cursou a Graduação na Universidade Estácio de Sá (RJ); na Universidade de São Paulo (FO/USP) cursou o Mestrado em Materiais Dentário em 2004 e o Doutorado em 2007. Foi professor na Universidade Nove de Julho (UNINOVE/SP) e fez parte de Grupo GEO na Universidade Bandeirantes (GEO/UNIBAN). Hoje atua como Professor Adjunto II na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em disciplinas do curso de graduação e pós-graduação (Mestrado), com temas relacionados com aplicação clínica dos Materiais Dentários e ocupa o cargo de Chefe do Departamento de Odontologia I. Coordena o primeiro Banco de Dentes Humanos no estado do Maranhão (BDH/UFMA). Publicou mais de 20 artigos completos em periódicos e 50 resumos em anais e periódicos nacionais e internacionais. Participou em mais de 30 eventos científicos. Orientou 2 dissertações e 5 discentes em iniciação científica. Orienta Sumário 376 / 415 Pesquisadores da UFMA 1 mestrando e 6 bolsistas de IC. Tem atuação em projetos de pesquisa financiados por agências de fomento nacionais (CNPq, Capes e Finep) e regionais (Fapema e Fapesp), com a colaboração de dezenas de co-autores de IES (UEPG e FO/USP). É revisor de periódicos nacionais (RGO e Materials Research) e internacionais (Biomedical Materials, Materials Science & Engineering. A, Structural Materials: Properties and Micro, International Journal of Dentistry e European Journal of Orthodontics). É consultor ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase na área de técnicas de fundição, ligas básicas, materias usados na colagem de brackets e adesão a dentina e longevidade da adesão. Josefa Batista Lopes É Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão (1970), Mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1979) e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1998), com estágio em pesquisa (“bolsa sanduíche” CAPES) no Instituto Gramsci de Roma. Foi Presidente da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - ABEPSS (1981-1983, à época ABESS), Presidente da Asociación Latino-americana de Escuelas de Trabajo Social e do Centro Latino-americano de Trabajo Social - CELATS (1986-1989); foi membro da Diretoria Executiva da ABEPSS, biênio 2007/2008, exercendo o cargo de Coordenadora Nacional de Pós-Graduação; foi representante do Brasil na Asociación Latino-americana de Enseñanza e Investigación en Trabajo Social - ALAEITS (2006-2009). É professora aposentada da Universidade Federal do Maranhão, onde ingressou por concurso púSumário 377 / 415 Pesquisadores da UFMA blico em 1971, e foi coordenadora do Curso de Graduação em Serviço Social. É vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA, no qual exerceu a função de Coordenadora no biênio 2006/2007. Atua nas áreas de Serviço Social e de Políticas Públicas, com ênfase em: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social; Questões de Método; Questão Social; Relação Estado e Sociedade Civil; América Latina e Lutas Sociais. Larissa Nascimento Barreto Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1990), mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília (1993) e doutorado em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1999). Atualmente está cursando pos-doc em Ecologia da Paisagem e Modelagem da Dinâmica da Paisagem pela Universidade de Wageningen, na Holanda, com bolsa da Capes de 20072008. É professora adjunto da Universidade Federal do Maranhão desde 2002 e foi professora visitante de 1999-2002. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Comunidades, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação, cerrado, biodiversidade, ecologia de tartarugas, ecologia da paisagem, modelagem da dinâmica da paisagem. Lívio Martins Costa Junior Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Maranhão (2001), mestrado em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003), doutorado Sanduiche na Universitat Munchen (Ludwig-Maximilians) (2005) e Doutorado em Parasitologia Sumário 378 / 415 Pesquisadores da UFMA pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007). Atualmente é Professor Adjunto I do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase em Entomologia e Protozoologia de Parasitos, atuando principalmente nos seguintes temas: Biologia e Controle de Ixodídeos e Helmintos, e Epidemiologia, Diagnóstico e controle de Hemoparasitos. Lourdes de Maria Leitão Nunes Rocha Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão (1980), Mestrado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (1998) e Doutorado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (2005). Primeira Secretária da Secretaria de Estado da Mulher do Maranhão no período de janeiro de 2007 a abril de de 2009.Professora adjunta da Universidade Federal do Maranhão. Coordena o Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Relações de Gênero, Étnico-Raciais, Geracional, Mulheres e Feminismos – GERAMUS. Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: serviço social, organização, movimentos sociais, gênero, feminismo, violência de gênero, violência doméstica e ética profissional. Autora do livro Casas-Abrigo no Enfrentamento da Violência de Gênero (Editora Veras, 2007). Luciane Maria Oliveira Brito Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão, Mestrado e Doutorado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Associado III do Departamento de Medicina III da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Vice-Coordenadora do ProSumário 379 / 415 Pesquisadores da UFMA grama de Pós-Graduação Saúde Materno-Infantil da UFMA. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia e Presidente do Capítulo do Maranhão. Membro Titular da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro fundador da Academia Maranhense de Ciências, Acadêmica Titular da Academia Maranhense de Medicina, Consultora ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão, Conselheira Titular do Conselho Regional de Medicina do Maranhão. Coordenadora do Banco de Tumores e DNA do Maranhão. Área de Atuação: HPV, Ginecologia Oncológica, Climatério e Menopausa. Luiz Antônio de Souza Ribeiro Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (1994) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (1998). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica Industrial, atuando principalmente nos seguintes temas: ac drives, induction motors, acionamentos estáticos, parameter estimation e estimaçãoo; acionamento estático; máquina indução. Luiz Edmundo Bastos Soledade É professor adjunto, nível inicial, da Universidade Federal do Maranhão. Atua como professor de Química, no campus de Pinheiro, no Curso de Licenciatura de Ciências Naturais. Possui graduação em Engenharia Sumário 380 / 415 Pesquisadores da UFMA Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968), mestrado em Ciência dos Combustíveis pela The Pennsylvania State University , USA (1976) e doutorado em Química pela Universidade Federal de São Carlos (2003). Tem experiência na área de Química do Estado Sólido, com ênfase em Propriedades Ópticas e Espectroscópicas da Matéria Condensada. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: carvão, coque, gerenciamento de energia, combustíveis renováveis, catalisadores, biodiesel, pigmentos e fotoluminescência. Luzeli Moreira da Silva Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Londrina (2001), mestrado em Física (2003) e doutorado em Ciências (2006) pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP. Pós-doutorado em Física na UNICAMP (2007-08). Atualmente é professora adjunto I e membro da pós-graduação em Física da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada, atuando principalmente com os seguintes temas: propriedades magnéticas, materiais magnetocalóricos, calorimetria, sistemas fortemente correlacionados e epr. Lyndon de Araújo Santos Possui Graduação em História, Licenciatura, pela UNESP (1992), Mestrado em Ciências da Religião pela UNESP (1995) e Doutorado em História pela UNESP (2005). Professor Adjunto III do Depto. de História e Diretor do Centro de Ciências Humanas da UFMA (2006-2011). Tem experiência nas áreas de História e Ciências Sociais, com ênfase nos estudos do campo religioso brasileiro, atuando principalmente nos seSumário 381 / 415 Pesquisadores da UFMA guintes temas: história das religiões e religiosidades, história cultural, protestantismo, catolicismo, teoria da história. Foi presidente da ABHR-Associação Brasileira de História das Religiões nos anos de 2006 a 2011. Integra o quadro de pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em História e de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFMA, Coordena o GPHR-Grupo de Pesquisa História e Religião. Manoel Messias Ferreira Junior Possui graduação em Bacharelado em Física pela Universidade Estadual de Campinas (1993), mestrado em Física pela Universidade Estadual de Campinas (1995) e doutorado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (2001). Atualmente é professor Associado I da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física das Partículas Elementares e Campos, atuando principalmente nos seguintes temas: teorias com violação da simetria de Lorentz, modelo padrão estendido com violação de Lorentz, sistemas de baixa dimensão (sistemas planares), eletrodinâmica planar e aspectos topológicos, defeitos topológicos. Orienta atualmente dissertações de Mestrado em tópicos relacionados às linhas acima, buscando temas que proporcionem formação básica ao aluno e impliquem na produção de 1 artigo internacional indexado (qualis A). Desde 2006, finalizou orientação de 8 dissertações de Mestrado, associadas à produção de 12 artigos internacionais, concebidos e produzidos in locus (na UFMA). Atualmente, coordena um Projeto PRONEX que congrega as atividades do Grupo de Física de Partículas e Campos da UFMA no Estado. É o atual coordenador do Programa de Pós-graduação em Física da UFMA. Sumário 382 / 415 Pesquisadores da UFMA Manuel Alfredo Araújo Medeiros Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1987), mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (1994) e doutorado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Paleontologia de Vertebrados, atuando principalmente nos seguintes temas: Formação Alcântara, Cenomaniano, Albiano e Cretáceo. Manuel dos Santos Faria Possui mestrado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1976), doutorado sanduiche em Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade de Londres (1994). Atualmente é Professor Associado da Disciplina de Endocrinologia da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Endocrinologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Hipófise, Hipertiroidismo, Osteoporose, Diabetes e Obesidade. Marcelo Domingos Sampaio Carneiro Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1986), graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (1992), mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Pará (1994), doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004) e doutorado em Doutorado Sandwich - Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sumário 383 / 415 Pesquisadores da UFMA Sociales (2003). Atualmente é professor adjunto 3 da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Rural, Sociologia Econômica, Sociologia do Trabalho e Sociologia do Meio Ambiente. Márcia Manir Miguel Feitosa Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual de Campinas (1984), mestrado em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo (1992) e doutorado em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é Professora Associada nível III da Universidade Federal do Maranhão. Membro efetivo do corpo docente do Programa de Mestrado Interdisciplinar em Cultura e Sociedade da UFMA. Coordenadora Operacional do DINTER em Linguística e Língua Portuguesa em convênio com a UNESP de Araraquara. Ex-Presidente da ABRAPLIP (Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa) na gestão 2010-2011. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Outras Literaturas Vernáculas, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria da percepção da paisagem, literatura portuguesa e africana de língua portuguesa, cultura e identidade. Márcia Maria Corrêa Rêgo Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1986), Mestrado (1990) e Doutorado (1998) em Entomologia pela FFCL-USP Ribeirão Preto. Atualmente é membro do corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação da Universidade Federal do Maranhão. É professora associada Sumário 384 / 415 Pesquisadores da UFMA do Departamento de Biologia da UFMA. Pesquisadora da FAPEMA (Bolsa Produtividade). Coordena e orienta diversos projetos no Lea- Laboratório de Estudos sobre Abelhas DEBIO-UFMA em parcerias também com outros pesquisadores do Museu Goeldi , EMBRAPA-Belém Oriental e Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Ecologia de abelhas, com ênfase em Estrutura de Comunidades Apícolas, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemática, biologia da polinização, nidificação e meliponicultura. Marco Valério Jansen Cutrim Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1987), mestrado em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1990) e doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Botânica Aquática, atuando principalmente nos seguintes temas: ambientes marinhos e estuarinos, fitoplancton, indicadores biológicos e monitoramento ambiental. Maria Bethânia da Costa Chein Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil. Graduação em Medicina pela Universidade Gama Filho. Especialista em Ginecologia pelo Instituto de Ginecologia da UFRJ. Especialista em Oncologia Clínico-Cirúrgica pelo INCA-UFF. Mestre em Medicina Ginecologia pela UFRJ. Doutora em Medicina Mastologia pela UNIFESP. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil da UFMA. Membro Fundador da Academia Maranhense de CiênSumário 385 / 415 Pesquisadores da UFMA cias. Coordena as Disciplinas de Ginecologia na Graduação em Medicina e Epidemiologia na Pós-Graduação (PPGSMIN). Consultora adhoc do PIBIC-UFMA-CNPq, FAPEMA e DECIT-MS. Membro com Título da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Sociedade Brasileira de Mastologia, Associação Brasileira de Genitoscopia. Áreas de Atuação: Saúde da Mulher. Mastologia. Ginecologia. Obstetrícia. Maria Carmen Fontoura Nogueira da Cruz Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1986), mestrado em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1996) e doutorado em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Patologia Oral, atuando principalmente nos seguintes temas: câncer de boca e manifestações orais de doenças sistêmicas. Maria da Guia da Silva Maria da Guia possui graduação(1978) e mestrado(1983) em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e doutorado em Engenharia Elétrica pela University Of Manchester Institute Of Science And Technology-UMIST (1993). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: confiabilidade e qualidade de energia e métodos probabilísticos aplicados a Sumário 386 / 415 Pesquisadores da UFMA sistemas de potência. Orienta Mestrado e Doutorado. Além das atividades de ensino, pesquisa e orientação, tem experiência de administração na UFMA, como coordenadora do curso de graduação em Engenharia Elétrica, coordenadora do programa de pós-graduação em Engenharia de Eletricidade e como diretora do departamento de pós-graduação da UFMA. María del Rosario Girardi Gutiérrez Doutor em Informática, Universidade de Genebra, Suíça, 1996. Mestre em Ciência da Computação, UFRGS, Brasil, 1991. Engenheiro de Sistemas em Computação, UdelaR, Uruguai, 1982. Professor Associado da Universidade Federal do Maranhão. Atua como docente, pesquisador e orientador no Curso de Pós-graduação em Engenharia Elétrica e no Curso de Graduação em Ciência da Computação. Suas áreas de especialização são Engenharia de Software, Inteligência Artificial e Engenharia da Informação. Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1977), mestrado em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás (1986) e doutorado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (1996). Atualmente é professora do curso de doutorado da Rede Nordeste de Biotecnologia, vice-coordenadora do Dinter UERJ-UFMA, consultora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, consultora da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) e Confreira da Academia Maranhense de Ciências, estatutária-docente Sumário 387 / 415 Pesquisadores da UFMA do Hospital Universitário da UFMA, sócia da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, bolsista de pós-doutorado - Programa Nacional de Cooperação Acadêmica, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, membro do comitê de Micologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, vice-presidente do capítulo do Maranhão da Sociedade Brasileira de Citopatologia, sócia da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - São Paulo, II secretária da Academia Maranhense de Medicina, professora adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e professor adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase nos seguintes temas: doenças infecciosas e parasitárias; cancerologia (oncologia); ensino em saúde; gestão; e auditoria em saúde. Maria do Rosário da Silva Ramos Costa Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1979), mestrado em Medicina (Pneumologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1995) e doutorado em Medicina (Pneumologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2002). Atualmente é professor Adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão e chefe do Departamento de Medicina I da UFMA. Presidente da Associação Maranhense de Pneumologia e Cirurgia Torácica. Coordenadora do DINTER com a UERJ. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Pneumologia, atuando principalmente nos seguintes temas: asma, tuberculose e bronquiectasia. Em asma: programa de educação, qualidade de vida, asthma education, análise crítica de atendimento médico, pico de fluxo expiratório, asma e controle ambiental. Em tuberculose: cursos de capacitação para profissionais da saúde, fatores de adesão, diagnóstico e Sumário 388 / 415 Pesquisadores da UFMA tratamento. Em Bronquiectasia: diagnóstico diferencial, hiperresponsividade na bronquiectasia. Coordenadora do Programa de Assistência ao Paciente Asmático. Maria Izabel Barboza de Morais Oliveira Possui graduação em História pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2000), Mestrado em História Social pela Universidade Federal Fluminense (2003), Doutorado em História Cultural pela Universidade de Brasília (2009). Lecionou na Universidade Estadual de Goiás e na Universidade Luterana do Brasil/ULBRA (GO). Atualmente é professora adjunta do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão/UFMA. É professora permanente do Programa de Pós-Graduação em História da UFMA. Atua na área de História. Trabalha com os temas: História intelectual, história das ideias políticas, poder e sociabilidades, espelhos de príncipes, soberania, guerra e paz. Maria Nilce de Sousa Ribeiro Possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal do Pará (1973), Mestrado em Química Orgânica pela Universidade de São Paulo (1979) e Doutorado em Química Orgânica pela Universidade de São Paulo (1983). Atualmente é Professora Associada I da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência em Quimica de Produtos Naturais, atuando nos temas: metabólitos secundários bioativos de plantas medicinais e produtos de abelhas sem ferrão. Sumário 389 / 415 Pesquisadores da UFMA Maria Ozanira da Silva e Silva Maria Ozanira da Silva e Silva possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão (1966), cursou Master of Social Work pela Western Michigan University (1976), mestrado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1980) e doutorado em Serviço Social, com área de concentração em Política Social, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1987). Desenvolveu estágio pós-doutoral no Núcleo de Estudo de Políticas Públicas da Universidade de Campinas (1995-1996). Atualmente é professora do Departamento de Serviço Social; coordenadora e professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Publicas (www.pgpp.ufma.br); é coordenadora do Grupo de Avaliação e Estudo da Pobreza e de Políticas Direcionadas à Pobreza - GAEPP (www.gaepp.ufma.br) na Universidade Federal do Maranhão. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq nível 1A. Membro do Corpo Editorial de 8 Revistas de abrangência nacional e internacional. Foi representante adjunto na Área de Serviço Social na CAPES nos períodos 2001-2004 e 2005-2007; membro do Comitê de Assessoramento de Psicologia e Serviço Social no CNPq no período 2003/2005 e voltou a ser membro titular do mesmo Comitê com mandato de 07/2008 a 06/2011. Até fevereiro de 2012, publicou 40 artigos em periódicos especializados nacionais e internacionais e 52 trabalhos completos em anais de eventos científicos nacionais e internacionais. Possui 35 capítulos de livros; 10 livros textos integrais e 12 livros organizados ou coordenados publicados. Orientou 15 dissertações de mestrado e co-orintou 01; orientou 10 teses de doutorado e co-orientou 02, na área de Políticas Públicas. Entre 1991 a 2010 coordenou 17 projetos de pesquisa. Atualmente coordena 03 projetos Sumário 390 / 415 Pesquisadores da UFMA de pesquisa.Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Avaliação de Políticas e Programas Sociais, atuando principalmente nos seguintes temas: Pobreza, Políticas Sociais, com destaque à Política de Assistência Social e Programas de Transferência de Renda. Marilene Oliveira da Rocha Borges Marilene Oliveira da Rocha Borges concluiu o doutorado em Farmacologia pela Universidade Federal de São Paulo em 2000. Atualmente é Professora Associada da Universidade Federal do Maranhão. Publicou 15 artigos em periódicos especializados e 64 trabalhos em anais de eventos. Participou do desenvolvimento de 50 produtos tecnológicos. Orientou 14 dissertações de mestrado e co-orientou 2, além de ter orientado 10 trabalhos de iniciação científica e 15 trabalhos de conclusão de curso nas áreas de Farmácia, Farmacologia, Medicina e Bioquímica. Recebeu prêmio José Ribeiro do Vale da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental, Prêmio FAPEMA, categoria Jovem Cientista-Orientadora, e prêmios no SEMIC/UFMA. Atualmente é Chefe do Departamento de Ciências Fisiológicas e Vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Atua na área de Farmacologia, com ênfase em Farmacologia de Produtos Naturais. Em suas atividades profissionais interagiu com 61 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Marilete Geralda da Silva Possui graduação em Pedagogia pela Fundação Norte-Mineira de Ensino Superior, atual Universidade Estadual de Montes Claros (1982), Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (2002) Sumário 391 / 415 Pesquisadores da UFMA e Doutorado em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (2007). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Educação II e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão. Participa do Grupo de Pesquisa em Educação Especial deste programa. Atua, principalmente, nos seguintes temas: As teorias psicológicas do desenvolvimento e aprendizagem; Psicanálise e Educação; Orientação a pais e professores de alunos do atendimento educacional especializado. Marina Maciel Abreu É graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão (1970), Mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1977) e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Foi membro da diretoria da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social-ABEPSS, exercendo o cargo de Presidente no período 2007-2008, de Coordenadora Nacional de Pós-Graduação em 2005-2006 e Vice-Presidente Regional Norte em 1985-1986. Ingressou como docente na Universidade Federal do Maranhão em 1971, vinculada ao Departamento de Serviço Social e exerceu a função de Coordenadora do Curso de Graduação em Serviço Social no período 1988/1989. Atualmente é professora aposentada, com vinculação ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do Maranhão e pesquisadora do Grupo de Estudos, Pesquisa e Debates em Serviço Social e Movimento Social -GSERMS. Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Fundamentos Históricos e Teórico-metodológicos do Serviço Social, atuando principalmente nos seguintes temas: Serviço Social, relação estado e sociedade civil, trabalho e lutas sociais. Sumário 392 / 415 Pesquisadores da UFMA Marlus Pinheiro Rolemberg Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1995) , mestrado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (1998) , doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (2002) , pós-doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (2005) e curso-técnico-profissionalizante em Curso Técnico em Geologia pela Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte (1988) . Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Físico-Química. Atuando principalmente nos seguintes temas: Equilíbrio sólido-líquido, Triglicerídeos, Óleos graxos, DSC. Marta Célia Dantas Silva Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2F, Produtividade em Pesquisa do CNPq - nível 2F. Graduação em Licenciatura em Química, Universidade Federal da Paraíba (1996), mestrado em Química pela Universidade Federal da Paraíba (2000) e doutorado em Química, Universidade Federal da Paraíba (2005). Pós-doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor adjunto nível II do Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão, atuando também como colaboradora e pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba. Membro permanente do Programa de Pós-graduação em Energia e Ambiente da UFMA. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Análise Térmica, atuando principalmente nos seguintes temas: cinética, corante natural de urucum, biocombustíveis e aditivos. Sumário 393 / 415 Pesquisadores da UFMA Maxwell Mariano de Barros Possui graduação em Matemática (Licenciatura) pela Universidade Federal de Alagoas (1985), mestrado em Matemática pela Universidade Federal do Ceará (1989) e doutorado em Matemática pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Geometria Diferencial, atuando principalmente nos seguintes temas: subvariedades tipo-espaço em formas espacias semi-Riemannianas, subvaridades em variedades com estrutura de contato e subvariedades Pseudo-parallelas. Natalino Salgado Filho Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1973), mestrado em Medicina (Nefrologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1987) e doutorado em Medicina (Nefrologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1994). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Maranhão, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, presidente da comissão - Ass. Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, membro efetivo - Kidney International Society e membro efetivo da Sociedade Brasileira de História da Medicina. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Nefrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: hipertensão arterial, nefropatia, diabetes, envolvimento renal e diabetes mellitus. Sumário 394 / 415 Pesquisadores da UFMA Ney de Barros Bello Filho Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (1990), mestrado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2000) e doutorado em Direito Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006), com pesquisa elaborada na Universidade de Coimbra, Portugal, e na Universitá Degli Studi di Lecce, Itália. Pós-doutorado em Direito Constitucional pela PUC-RS. Atualmente é Juiz Federal no Maranhão, é integrante do Conselho Editorial das Revista Brasileira de Direito Ambiental e Revista de Direito Ambiental, é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Direito Público, com ênfase em Direito Constitucional e Direito Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: direito ambiental, direito constitucional, direito constitucional ambiental e responsabilidade penal ambiental. Possui diversas obras publicadas. Nivaldo Magalhães Piorski Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1991), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997) e doutorado em Genética e Evolução pela Universidade Federal de São Carlos (2010). Atualmente é consultor ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico e professor adjunto III da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Sistemática dos Peixes de Água Doce, atuando principalmente nos seguintes temas: morfometria multivariada, neotropical, ictiofauna, ecomorfologia e taxonomia. Sumário 395 / 415 Pesquisadores da UFMA Orlando Jorge Martins Torres Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA-1987), Mestrado em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR-1994), Doutorado em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR-1997) e Livre-Docência em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Ceará (UFC-2000). Estágio em Cirurgia de Hérnia no Shouldice Institute (Canadá-1999). Estágio em Cirurgia do Fígado e Vias Biliares no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (New York - USA - 2000). Estágio em Transplante de Fígado no Thomas Starzl Liver Transplantation (University of Pittsburgh Medical Center - USA - 2005). Estágio em Cirurgia do Fígado e Vias Biliares no MD Anderson Cancer Center (Houston - Texas - USA - 2010). Atualmente é Professor Livre-Docente do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência em Cirurgia do Aparelho Digestivo, atuando principalmente nos seguintes temas: Câncer do Aparelho Digestivo, Cirurgia do Fígado, Vias Biliares e Pâncreas, Videolaparoscopia. Osvaldo Ronald Saavedra Mendez Osvaldo Ronald Saavedra Mendez concluiu o doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas em 1993. Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão. É co-fundador do programa de Pós-Graduação de Engenharia de Eletricidade da UFMA, fundador do Núcleo de Energias Alternativas da UFMA, coordenou a fundação do Instituto de Energia Elétrica na UFMA. Coordenou e/ou participou em mais de 20 projetos de pesquisa e de desenvolvimento, de colaboração nacional e internacional, e de pesquisa aplicada. Sumário 396 / 415 Pesquisadores da UFMA Foi presidente do VII SBAI/IEEE-LARS, coordenador local SBRN 2004, coordenador local do 2004 IEEE MLSP e membro frequente de comitês de congressos nacionais e internacionais. Foi Coordenador da Região nordeste da Sociedade Brasileira de Automática e membro do Conselho Superior dessa Sociedade por dois períodos. Atualmente ocupa o cargo de vice-presidente da SBA pelo biênio 2010-2012 e membro da Comissão de Área-Engenharias IV- CAPES. É membro do comitê editorial de várias revistas, revisor de vários periódicos, membro da SBA e IEEE. Seus interesses abrangem operação de sistemas de potência em ambiente competitivo, serviços ancilares e energias renováveis. Patrícia Maia Correia de Albuquerque Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (1986), Mestrado (1990) e Doutorado (1998) em Entomologia pela FFCL-USP Ribeirão Preto. Realizou estágio pós doutoral no Museu de História Natural da Universidade de Oxford, Inglaterra (2002-2003), em Biologia da Nidificação de Abelhas. Atualmente é membro do corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação da Universidade Federal do Maranhão. É professor Associado II do Departamento de Biologia da UFMA. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Estrutura de Comunidades Apícolas e Florísticas, atuando principalmente nos seguintes temas: apoidea, abelhas, sistemática, biologia da polinização, nidificação e meliponicultura. Sumário 397 / 415 Pesquisadores da UFMA Paulo Fernandes Keller Professor Adjunto II do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde atua na Linha de Pesquisa: Relações de Produção e Ação Coletiva. Colíder do Grupo de Estudos e Pesquisas “Trabalho e Sociedade” do PPGCSOC/UFMA. Bacharel em Ciências Sociais (1993), Mestre em Sociologia (1996) e Doutor em Ciências Humanas - Sociologia (2004) - pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com Dissertação e Tese nas subáreas Sociologia da Indústria e Sociologia do Trabalho. Pós-Doutor Júnior pela Universidade de Brasilia (2005/06), com atividades de pesquisa nas subáreas Sociologia do Trabalho e Sociologia Econômica. Regina Célia de Sousa Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1988), mestrado em Física pela Universidade Federal do Ceará (1991) e doutorado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (1996). Atualmente é associado I da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Caracterização Microestrutural, atuando principalmente nos seguintes temas: caracterização metalográfica, aços microligados, aços inoxidáveis, recristalização secundária e sensitização. Sumário 398 / 415 Pesquisadores da UFMA Roberto Batista de Lima Possui graduação em Química (bacharelado) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2001), Mestrado em Físico-Química pela Universidade de São Paulo (2003) e Doutorado em Físico-Química pela Universidade de São Paulo (2006). Tem experiência na área de Química, com ênfase em Eletroquímica, atuando principalmente nos seguintes temas: Eletrocatálise, Eletroxidação de pequenas moléculas (álcoois, aldeídos, ácidos carboxílicos), Espectroscopia Vibracional (FTIRAS, SEIRAS) aplicada a estudos de sistemas eletroquímicos e superfícies metálicas monocristalinas. Realizou pós-doutoramento no Grupo de Eletroquímica do Instituto de Química de São Carlos da USP com enfase em sistemas complexos e dinâmica não linear. Atualmente é Professor Adjunto na Universidade Federal do Maranhão. Roberto Sigfrido Gallegos Olea Possui Graduação em Químico Laboratorista pela Universidade de Tarapacá (1979), Mestrado em Química Orgânica pela Universidade de São Paulo (1990) e Doutorado em Química Orgânica pela Universidade de São Paulo (1995). Realizou um Pós-Doutoramento em Química de Produtos Naturais no Instituto de Química da UNESP entre os anos de 2004 e 2005. Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Maranhão. Desenvolve atividades docentes em Química Orgânica e de pesquisa em Química dos Produtos Naturais, atuando principalmente na linha de pesquisa: Química e Farmacologia de espécies vegetais do Estado do Maranhão. Sumário 399 / 415 Pesquisadores da UFMA Rodolfo Alván Casana Sifuentes Possui graduação em Física - Universidad Nacional de Ingeniería (1992), mestrado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (1997) e doutorado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (2000). Tem experiência na área de Física, com ênfase em Teoria Geral de Partículas e Campos, atuando principalmente nos seguintes temas: modelos bidimensionais, quebra da simetria de Lorentz e CPT, teoria de campos à temperatura finita e teoria de campos em espaços curvos. Rosane Nassar Meireles Guerra Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula (1980), Mestrado em Patologia Experimental pela Universidade Federal Fluminense (1988) e Doutorado em Imunologia pela Universidade de São Paulo (1996). Pós-doutorado (2007) no Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz - FIOCRUZ. Funções atuais: professora Associada II da Universidade Federal do Maranhão e Diretora-Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico do Maranhão - FAPEMA. Área de atuação: Imunologia com enfoque nos seguintes temas: efeito de plantas medicinais sobre o sistema imune; autoimunidade e imunidade oral. Salviana de Maria Pastor Santos Possui graduação em Serviço Social, mestrado e doutorado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Fez doutorado sanduiche na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É Professora Associada III com exercício no Departamento de Serviço SoSumário 400 / 415 Pesquisadores da UFMA cial e no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA. Neste último, foi eleita Coordenadora para o biênio 2012-2013. É pesquisadora, bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2, membro do Grupo de Avaliação e Estudos da Pobreza e das Políticas Direcionadas à Pobreza-GAEPP. Tem experiência em avaliação de políticas públicas, particularmente nos campos da pobreza, assistência social, saúde e educação profissional. Sandra Maria Nascimento Sousa Possui Doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000). Atualmente é Professora Associada 2 da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiências na área de Sociologia e Antropologia, atuando principalmente na produção de conhecimento relativo aos seguintes temas: gênero e sexualidade, relações de gênero, memória e identidade, desigualdades sociais e cultura histórica. Atualmente ministra aulas e orienta trabalhos de alunos da Graduação e Pós-Graduação em Ciências Sociais e do Mestrado Interdisciplinar Cultura e Sociedade. Coordena Grupo de Estudos e Pesquisas na temática destacada. Sergio Figueiredo Ferretti SERGIO FIGUEIREDO FERRETTI, graduado em História (UB/UFRJ 1962) e Museologia (MHN/ Uni Rio - 1962), Mestre em Ciências Sociais - Antropologia (UFRN - 1983) e Doutor em Ciências - Antropologia Social (USP - 1991). Professor Emérito da Universidade Federal do MaSumário 401 / 415 Pesquisadores da UFMA ranhão, tendo sido Coordenador da Graduação em Ciências Sociais e dos Mestrados em Políticas Públicas e em Ciências Socias. Áreas preferenciais de pesquisa e orientação: religiões afro-brasileiras, tambor de mina, Casa das Minas, cultura popular, tambor de crioula e sincretismo. É autor de artigos em periódicos científicos, capítulos de livros e livros. Membro de conselhos editoriais de vários periódicos científicos. Membro da Comissão Maranhense de Folclore. Silma Regina Ferreira Pereira Graduada em Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal do Maranhão (1987), mestrado em Genética pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1990), doutorado em Ciências Biológicas (Genética) pela Universidade de São Paulo (2000) e atualmente realizando Pós-doutoramento em Georgetown University Medical Center, em Washington DC, EUA. É professora Associada II do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Maranhão, ministrando a disciplina de Genética na graduação para os cursos de Ciências Biológicas e Medicina. Professora permanente do Mestrado em Biodiversidade e Conservação e do Mestrado em Ciências da Saúde da UFMA. Com experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Humana e Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: citogenética humana, genética de doenças infecciosas e parasitárias e mutagênese. Silvana Maria Moura da Silva Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal do Maranhão (1987), mestrado em Educação Especial (Educação do IndiSumário 402 / 415 Pesquisadores da UFMA víduo Especial) pela Universidade Federal de São Carlos (1994). Doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (1998). Pós-Doutorado pelo Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (2009). Professora Associada Nível III do Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Professora e Orientadora nos Mestrados em Educação e Saúde Materno Infantil da UFMA. Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Educação Especial do Mestrado em Educação da UFMA. Coordenadora Geral do Centro de execelência do Paradesporto da UFMA. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física Adaptada, atuando principalmente nos seguintes temas: brinquedoteca, Educação Física Hospitalar (Terapia para Enfermos Especiais), Educação Física Adaptada, primeira infância, estimulação precoce, crianças e deficiência visual. Silvano Alves Bezerra da Silva Possui graduação em Educação Artística pela Universidade Federal da Paraíba (1984), mestrado em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba (1998) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2005). Atualmente é professor do Curso de Comunicação Social e também do Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade (Mestrado - PGCULT) da Universidade Federal do Maranhão. É também diretor da TV UFMA. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Estética e Linguagem, atuando principalmente nos seguintes temas: processos estéticos através da mídia, estética e funcionamento discursivo, jornalismo, persuasão e retórica. Sumário 403 / 415 Pesquisadores da UFMA Silvete Coradi Guerini Possui graduação em Física pela Universidade Federal de Santa Maria (1995), mestrado em Física pela Universidade Federal de Santa Maria (2000) e doutorado em Física pela Universidade Federal de Santa Maria (2004). Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ciências Exatas e da Terra, com ênfase em estados eletrônicos, atuando principalmente nos seguintes temas: dft, ab initio, bn, propriedades eletrônicas e nanotubes. Sirlane Aparecida Abreu Santana Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1991), mestrado em Química Inorgânica pela Universidade Federal do Ceará (1998), doutorado em Química Analítica pelo Instituto de Química de São Carlos-Universidade de São Paulo (2003) e Pós-Doutorado pelo Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (2009). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química, atuando principalmente nos seguintes temas: adsorção e química de meio ambiente. Sirliane de Souza Paiva Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (1989), Mestrado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1997) e Doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (2001); Pós-Doutora em Enfermagem EEUSP (2008). Atualmente é Asssociada I da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Sumário 404 / 415 Pesquisadores da UFMA Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Médico-Cirúrgica, atuando principalmente nos seguintes temas: Enfermagem em Emergência e Processo Ensino-Aprendizagem em Enfermagem. Atualmente participa do Grupo de Habilidades Psicomotoras para o cuidado, cadastrado no CNPq. Soraia de Fátima Carvalho Souza Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (1988), especialização em Endodontia pelo Centro Técnico Aeroespacial /Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo(1991), Mestrado em Clínica Odontológica com Concentração em Endodontia pela Universidade Estadual de Campinas (2000), Doutorado em Odontologia (Materiais Dentários) pela Universidade de São Paulo (2007). Realizou estágio Pós-Doutoral durante 12 meses no Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo sob a supervisão do Prof. Dr. Antônio Carlos Bombana (2008). Atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal do Maranhão. Pesquisadora vinculada ao Programa de Pós-graduação em Odontologia (PPGO). Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Endodontia e Materiais Dentários, atuando principalmente nos seguintes temas: alterações bucais relacionadas às doenças sistêmicas (Anemia Falciforme), Epidemiologia, diagnóstico e tratamento dos traumatismos dentários, efetividade das medicações intracanal, propriedades físicas e mecânicas dos materiais de obturação endodôntica e propriedades mecânicas da dentina radicular. Sumário 405 / 415 Pesquisadores da UFMA Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo Possui graduação em História pela Universidade Federal do Maranhão (1980) e doutorado em Ciências Pedagógicas pelo Instituto Central de Ciências Pedagógicas - Universidade de Havana - Cuba (2005). Título de Doutora reconhecido no Brasil pela UNB. Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão e Consultora Pedagógia do Programa de Qualificação de Docentes da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA. Desenvolve atividades didático-pedagógicas em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de história; parâmetros curriculares; livro didático; estutura e funcionamento da educação básica e do ensino superior, competências e habilidades na formação de professores; reforma curricular; formação docente, pesquisa e extensão. Ensino de História do Brasil, da América e Metodologia da Pesquisa, Novas Tecnologias da Educação, História da África, Gestão, Supervisão e Orientação Escolar e Educação Comparada. Teresa Cristina Rodrigues dos Santos Franco Atuação em Química Analítica Ambiental com ênfase no desenvolvimento e aplicação de metodologias analíticas para determinação de contaminantes orgânicos em diversas matrizes. Graduada em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1984), com mestrado em Química (Química Analítica Inorgânica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1989) e doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999). É professor adjunto IV e diretora do Departamento de Pós-Graduação da Universidade Federal do Maranhão. Atualmente realiza estudos enSumário 406 / 415 Pesquisadores da UFMA volvendo mel de abelhas (controle de qualidade e desenvolvimento de produtos de valor agregado) e contaminantes de ambientes marinhos (tintas antiincrustantes). Valdinar Sousa Ribeiro Valdinar Sousa Ribeiro concluiu o doutorado em Medicina, em Ribeirão Preto, pela Universidade de São Paulo, em 2003. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão, com atuação no ensino da graduação em Pediatria e da pós-graduação em Saúde-Coletiva. Consultor ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão–FAPEMA. Atua na área de Medicina, com ênfase em Saúde Materno-Infantil e Epidemiologia. Em seu currículo Lattes, os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Epidemiologia, Saúde Perinatal, Saúde Materno-Infantil, Mortalidade Infantil e Neonatal, Baixo Peso, e Prematuridade em estudos populacionais, Saúde Coletiva, Assistência Pré-Natal, Saúde Pública. Valério Monteiro Neto Possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal do Maranhão (1988), doutorado em Ciências (Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro) pela Universidade de São Paulo (2000) e pós-doutorado em Microbiologia pela University of Arizona (EUA). Atualmente é professor titular do Centro Universitário do Maranhão. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: patogenicidade bacteriana, microbiologia oral e bioprospecção de produtos com atividade antimicrobiana. Sumário 407 / 415 Pesquisadores da UFMA Vanda Maria Ferreira Simões Médica graduada pela Universidade Federal do Maranhão (1981), com Residência Médica em Pediatria pelo Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social – INAMPS (1984), com Titulo de Especialização em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA (2001). Doutorado em Medicina, área de concentração em Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. Professora Adjunta da Universidade Federal do Maranhão. Participa do quadro permanente de professores da Pós-Graduação em Saúde Coletiva e na Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Pediatria, com ênfase em Neonatologia e Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: crescimento e desenvolvimento, estudos de coorte e doenças crônicas não-transmissíveis, saúde da criança e do adolescente, recém-nascido de risco, prematuridade, baixo peso ao nascer, mortalidade infantil. Atualmente faz parte da equipe de coordenação do segundo estudo de coorte perinatal de São Luís (BRISA), iniciado em 2009, que tem como objetivo principal estudar novos fatores etiológicos para nascimento pré-termo. Vanessa Camila da Silva Possui graduação em Odontologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999), Especialização (2001), Mestrado (2004) e Doutorado (2008) em Odontologia (Periodontia) [Araraquara] pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professora de Anestesiologia e Cirurgia Bucal no curso de Odontologia Sumário 408 / 415 Pesquisadores da UFMA da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Periodontia e Cirurgia. Vicente Leonardo Paucar Casas Bacharel e Engenheiro Eletricista pela Universidad Nacional del Centro del Perú-UNCP, Mestre em Engenharia Elétrica pela Pontificia Universidad Católica de Chile-PUC-CL (1989) e Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP (1998). Ex-Professor Titular da Universidad Nacional de Ingeniería-UNI, FIEE. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão-UFMA, Departamento de Engenharia de Eletricidade. Sua experiência profissional e acadêmica inclui a realização de consultorias, projetos de pesquisa (P&D) e publicações de artigos científicos. Suas atividades incluem o desenvolvimento de metodologias e software de análise para a operação e planejamento de sistemas de energia elétrica (SEE), simulação e gestão de mercados elétricos competitivos, aplicações de inteligência artificial e realidade virtual em SEE e centros de controle, e segurança dinâmica de sistemas interligados. É Senior Member do IEEE. Victor Elias Mouchrek Filho Graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1994), Especialização em Magistério Superior pela Universidade Federal do Maranhão (2003), Mestrado em Química Analítica pela Universidade de São Paulo (1997) e Doutorado em Química Analítica pela Universidade de São Paulo (2000). Ex-Chefe do Departamento de Tecnologia Química-UFMA (2002 a 2005). Atualmente é Professor AsSumário 409 / 415 Pesquisadores da UFMA sociado II do Departamento de Tecnologia Química, da Pós-Graduação em Química (Mestrado) e Sub-Coordenador do Programa de Controle de Qualidade de Alimentos e Águas-PCQA da Universidade Federal do Maranhão, Consultor Técnico do Centro de Pesquisa e Processamento de Alimento-CEPPA da Universidade Federal do Paraná, Assessor Científico do MACKPESQUISA do Instituto Presbiteriano Mackenzie e consultor ad hoc da Universidade Estadual do Maranhão e da Universidade Federal do Maranhão. Orientador credenciado no Programa de Pós-Graduação em Química (Doutorado) da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência nas áreas de Química e Alimentos, com ênfase em Óleos Essenciais e Análises de Alimentos. Vinícius José da Silva Nina Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1993), doutorado em Medicina (Cirurgia Torácica e Cardiovascular) pela Universidade de São Paulo (2003) e especialização em Cirurgia Cárdio-Torácica na Universidade do Alabama (EUA) e no The Prince Charles Hospital (Austrália). É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular/AMB e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Maranhão. Atualmente é Professor Adjunto do Curso de Medicina e Diretor Geral do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão e Chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular. Professor dos Mestrados em Saúde Materno-Infantil e Ciências da Saúde da Universidade Federal do Maranhão, e do Curso de Medicina do Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA). Cirurgião e Chefe do Serviço de Cirurgia Cardíaca do UDI Hospital. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cirurgia Cardiovascular, atuando principalmente nos seguintes temas: cirurgia cardíaca, resultados, Sumário 410 / 415 Pesquisadores da UFMA transplante cardíaco, cardiopatias congênitas, cardiopatias valvares e doença coronariana. Wildoberto Batista Gurgel (AYALA GURGEL) nasceu em Alexandria-RN, em 07.08.1971. É Bacharel em Filosofia (1997), Mestre em Filosofia (2001), ambos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e Doutor em Políticas Públicas (2008) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com a tese Direitos Sociais dos Moribundos, premiada pela Capes com Menção Honrosa na Edição 2010 do Prêmio Capes de Teses. Atualmente cursa Especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LABORO), é professor da UFMA e desenvolve pesquisas na área de políticas públicas voltadas para a morte-morrer e na área de saúde coletiva, na área de saúde mental. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética, Bioética, Tanatologia e Saúde Mental. É membro da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), da Liga Acadêmica de Tanatologia (THANATOS) e da Association for the Advancement of Philosophy & Psychiatry (AAPA). Autor de artigos na área, dentre os quais se destacam seus trabalhos sobre a impossibilidade de uma moral privada, a mercantilização da morte-morrer e a relação dialética entre as formas-de-Estado e as formas-de-Morte. Zair Abdelouahab Possui graduação em Ciência da Computação pela University Of Setif (1985) , mestrado em Computing Science pela University Of Glasgow (1988) e doutorado em Computer Studies pela University Of LeeSumário 411 / 415 Pesquisadores da UFMA ds (1993) . Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Computação , com ênfase em Sistemas de Computação. Atuando principalmente nos seguintes temas: Orientação a Objeto, Linguagens de programação, Programação Concorrente e Paralela, Arquiteturas Paralelas. Zeni Carvalho Lamy Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1982), Residência Médica em Pediatria (1985), Título de Especialista em Pediatria com habilitação em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria, mestrado em Saúde da Criança (1995) e doutorado em Saúde da Criança e da Mulher (2000), ambos pelo Instituto Fernandes Figueira - Fiocruz. Professora Adjunta do Departamento de Saúde Pública da UFMA, com inserção nos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e em Saúde Materno Infantil. Consultora ad hoc da FAPEMA. Consultora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde. Experiência na área de Medicina, com ênfase em Saúde Coletiva e em Saúde Materno-Infantil. Sumário 412 / 415 EXPEDIENTE Editor: Jorge Murad Edição: Instituto Geia Gerente Executiva: Josilene Maia Editoração Eletrônica: Aline Durans Capa e Vídeo: Farol Digital Fotografia: Albani Ramos e Wagner Moreira Desenvolvedor Web: Helder Maia Colaboradores: Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Sebastião Moreira Duarte, Senai/MA, Universidade Estadual do Maranhão e Universidade Federal do Maranhão. Plural é uma publicação bimensal editada pelo Instituto Geia, localizada na Av. Cel.Colares Moreira, nº 1, Q. 121, sala 102, São Luís–MA CEP 65.075-440 Fonefax: +55 98 3227 6655. [email protected] www.geiaplural.org.br ISSN: 2238-4413 As opiniões e conceitos emitidos pelos autores são de exclusiva responsabilidade dos mesmos, não refletindo a opinião da revista nem do Instituto Geia. Sua publicação tem o propósito de estimular o debate e refletir as diversas opiniões do pensamento atual. Sumário 413 / 415 geia.org.br EMPRESAS ASSOCIADAS Agropecuária e Industrial Serra Grande Alpha Máquinas e Veículos do Nordeste ALUMAR Atlântica Serviços Gerais Bel Sul Administração e Participações CEMAR - Companhia Energética do Maranhão CIGLA - Cia. Ind. Galletti de Laminados Ducol Engenharia Grupo Mateus Lojas Gabryella Mardisa Veículos Moinhos Cruzeiro do Sul Niágara Empreendimentos Oi Rápido London SempreVerde Televisão Mirante UDI Hospital VALE Sumário 414 / 415 Sumário 415 / 415