1 Classificação dos materiais pétreos Fabricação de blocos
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1 Classificação dos materiais pétreos Fabricação de blocos
Classificação dos materiais pétreos Pedras naturais: encontradas “in natura”, usadas normalmente após beneficiamento. Ex.: agregados, placas de rocha para revestimento. Pedras artificiais: fabricadas para substituir ou proporcionar características não existentes na pedras naturais. Produtos cerâmicos: cozimento de materiais argilosos Produtos aglomerados: mistura de materiais inertes com um aglomerante, em temperatura ambiente, cujo endurecimento ocorre por hidratação dos compostos. Fabricação de blocos cerâmicos Moldagem: conformação do material, que pode ser por: Extrusão, prensagem ou fundição Secagem: eliminação da água de mistura excedente, para evitar a ocorrência de trincas devido à retração rápida durante o cozimento Cozimento: eliminação também da água combinada nos silicatos hidratados, formando os compostos anidros resistentes Fornos intermitentes, semi contínuos e contínuos. Fabricação de blocos cerâmicos Escolha da matéria prima: argila (ativo) e areia (inerte) Exploração da matéria prima: remoção (manual ou mecânica) conforme a facilidade encontrada Preparação da argila: separação dos componentes indesejados da argila (levigação) Amassamento: mistura da argila com areia e água, com uma plasticidade compatível com a moldagem a ser realizada Classificação dos produtos cerâmicos Cerâmica vermelha: tijolos, blocos, lajotas, tubos, argila expandida 950ºC < Tqueima < 1100ºC argila de baixa refratariedade - alto teor de fundentes (óxido de ferro) Cerâmica branca: louças sanitárias, porcelana, azulejo 1100ºC < Tqueima < 1300ºC baixo teor de fundentes Cerâmica refratária: tijolo refratário Tqueima ~ 1500ºC argila aluminosa - baixo teor de fundentes COMPONENTES COMPONENTES Bloco cerâmico Conceito: apresenta furos prismáticos e/ou cilíndricos perpendiculares às faces que as contém Bloco cerâmico Especificações técnicas: Classificação: vedação: suportam apenas o peso próprio e cargas de ocupação (armários, prateleiras) estrutural: compõem o arcabouço estrutural da edificação. Dimensões nominais: (10x10x20)cm a (20x20x40)cm Características geométricas: dimensões reais, planeza das faces, esquadro Absorção de água: 8% < Abs. < 25% Espessura mínima das paredes: 7mm Resistência à compressão: Classe Rcompressão (MPa) 10 1,0 15 1,5 25 2,5 45 4,5 60 6,0 70 7,0 100 10,0 1 COMPONENTES COMPONENTES Bloco cerâmico Lote: Conceito: apresenta forma de paralelepípedo retângulo com todas as faces planas e preenchidas com material até 30.000 blocos - 13 amostras Inspeção: Tijolo maciço cerâmico Especificações técnicas: geral, por medição e por ensaio Aceitação e rejeição: UNIDADES DEFEITUOSAS 1ª amostra 1ª + 2ª amostra AMOSTRA LOTES 10.000 a 30.000 1ª 2ª aceitação rejeição aceitação rejeição 13 13 2 5 6 7 COMPONENTES Tijolo maciço de solo cimento Conceito: tijolo cujo volume não é inferior a 85% do seu volume total aparente Classe A: Rcompressão mínima = 1,5MPa Classe B: Rcompressão mínima = 2,5MPa Classe C: Rcompressão mínima = 4,0MPa. Não há exigência quanto à absorção de água COMPONENTES Bloco vazado de concreto - alv. estrutural Conceito: elemento cuja área líquida é igual ou inferior a 75% da área bruta Constituição: mistura homogênea e compactada de cimento Portland, solo, água e, eventualmente, aditivos Classificação: Especificações técnicas: Resistência à compressão: z Média > 2,0MPa z Individual > 1,7MPa Teor de absorção de água: • Média < 20% • Individual < 22% Classe AE: uso geral, como paredes expostas a intempéries e umidade Classe BE: uso em paredes acima do nível do solo, não expostas às intempéries Dimensões nominais: (20x20x40)cm, (20x20x40)cm, (15x20x40)cm e (15x20x20)cm Amostra: 13 tijolos (a cada 25.000unidades) COMPONENTES COMPONENTES Bloco vazado de concreto - alv. estrutural Bloco vazado de concreto - não estrutural Especificações técnicas: Especificações técnicas: Absorção de água: Abs. < 10% Retração por secagem: < 0,065% z Média > 2,5MPa Resistência mínima à compressão (MPa): z Individual > 2,0MPa Classe 4,5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Resistência à compressão: Teor de absorção de água: AE - 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 z Média < 10% BE 4,5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 z Individual < 15% Expressão para cálculo de resistência estimada: fckest = 2 x fb1 + fb2 + ... + fbm-1 m-1 - fbm Espessura mínima paredes: 15mm Amostra: z 10 + (55.000/10.000) = 10 + 5 = 15 unidades 2 COMPONENTES Argamassa de assentamento Funções: Composição e união solidária dos tijolos ou blocos Distribuição uniforme das cargas Deformação para atenuar a ação das cargas sobre os blocos isolamento das juntas (estanqueidade) Dosagem (Fioritto, 1994): T.U.P. - a : b : c (cim : cal : areia) 2,25 x (a + b) < c < 3,0 x (a + b) EXECUÇÃO DA ALVENARIA Locação ou demarcação Início pelas paredes de periferia - alinhamento pela face externa (erros menores na fachada) Posicionamento da 1ª fiada a partir das distâncias entre os eixos dos blocos Alinhamento com fio de nylon EXECUÇÃO DA ALVENARIA Condições iniciais Transferência dos eixos principais de referência para o pavimento Definição e avaliação das peças estruturais de referência Limpeza, molhagem e raspagem de materiais soltos ou aderidos à superfície da laje EXECUÇÃO DA ALVENARIA Elevação Abastecimento do pavimento com blocos e argamassa de assentamento - transporte em “pallets” (racionalização, menor desperdício) Execução desde a extremidade até o centro Garantia da ortogonalidade - esquadro Nivelamento demarcado no escantilhão e conferido em todas as fiadas Execução desde a extremidade até o centro Espessura das juntas: 10mm Utilização de prumo de face sob vigas Juntas verticais alternadas - ↑ des. mecânico Equipe especializada Encontro de paredes - Intertravamento EXECUÇÃO DA ALVENARIA Elevação Nos pontos de contato com a estrutura, utilizar telas metálicas. EXECUÇÃO DA ALVENARIA Elevação Nas aberturas para janelas e portas utilizar vergas e contravergas 3 EXECUÇÃO DA ALVENARIA RESISTÊNCIA MECÂNICA Fixação Trata-se da interface entre o fundo da viga ou da laje com a alvenaria Aplicação recomendada após a execução da estrutura de concreto e elevação da alvenaria dos pavimentos superiores Utilização de argamassa com capacidade de absorver deformações ou material flexível (espuma de polietileno expansiva) Eventualmente, emprego de tela metálica como reforço na argamassa de revestimento. Componentes individuais TIPOS DE BLOCO / TIJOLO Resistência mínima à compressão (MPa) NBR 7171 / 92 Tijolo maciço cerâmico Bloco cerâmico NBR 7173 / 82 NBR 6163 / 94 Vedação Estrutural Tijolo maciço de solo cimento A B C Classe 10 a 100– Média – 2,5 Classes 4,5 a 16 – Média – 2,0 1,5 2,5 4,5 1,0 a 10,0 Ind. – 2,0 4,5 a 16,0 Ind. – 1,7 Bloco vazado de concreto NBR 8491 / 84 Obs.: No caso dos blocos cerâmicos os ensaios devem ser efetuados com as amostras imersas em água potável durante, pelo menos, 24h. Direção das cargas: galga, face e espelho RESISTÊNCIA MECÂNICA RESISTÊNCIA MECÂNICA Primas Sobreposição de dois blocos NBR 7170 / 80 Paredes Corpos de prova: (120x260)cm Aplicações: Blocos vazados de concreto para alvenaria estrutural Tijolos maciços cerâmicos Blocos de alvenaria cuja relação altura/largura for inferior a 0,8. TRINCAS EM ALVENARIA TRINCAS EM ALVENARIA Tensões de origem térmica Ocorre devido aos gradientes de temperatura atuantes Tensões de origem higroscópica Variação da umidade incidente nos materiais Umidade proveniente do solo - ascensão capilar Fenômenos atmosféricos - chuva e vento Processo de produção do componente Etapas de execução da obra Expansão do bloco de concreto 4 TRINCAS EM ALVENARIA TRINCAS EM ALVENARIA Deformação da estrutura Sobrecarga Recalques da fundação falha na execução do componente Capacidade de suporte do solo x carregamento da estrutura subdimensionamento Influências: Acomodação excessiva da peça de concreto Sobrecarga vertical Edificações vizinhas Intensidade de carga Tipo de fundação (rasa ou profunda) Cota de fundação Disposição do lençol freático Deflexão da viga inferior em balanço TRINCAS EM ALVENARIA Recalques da fundação TRINCAS EM ALVENARIA Retração dos componentes de concreto Tipos de retração mais comuns Acomodação devido a corte Recalque diferencial retração por secagem - perda da água excedente utilizada na fabricação do concreto, originando forças de contração retração química (autógena) - redução do volume retração por carbonatação - oriunda da formação formado nas reações de hidratação do cimento de carbonato de cálcio na superfície do concreto. Heterogeneidade do solo Edificação vizinha 5
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