Volume 20 | Ano 2013

Transcrição

Volume 20 | Ano 2013
IV CONGRESSO NORDESTINO MÉDICO-ACADÊMICO
XX CONGRESSO MÉDICO-ACADÊMICO DO PIAUÍ
25 a 29 de Setembro de 2013
Blue Tree Towers Rio Poty – Teresina – Piauí
Prezados congressistas,
É chegada a hora de comemorarmos os 20 anos de existência do COMAPI! E diante
disso, trabalhamos de forma árdua, com muito compromisso e dedicação na expectativa de
oferecer um instrumento engrandecedor para integração e construção ativa de conhecimento
médico e científico a todos. Neste XX COMAPI, contamos com a presença de grandes
personalidades da Medicina brasileira, que gentilmente aceitaram o convite para atuarem
nesse momento de enriquecimento intelectual e cultural de nosso Estado.
Agradecemos a presença de todos e desejamos um memorável congresso!
A Comissão Organizadora.
IV Congresso Nordestino Médico-Acadêmico / XX COMAPI 2013 | www.comapi.org
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Mensagem do Presidente
Caríssimos Congressistas,
É com grande entusiasmo que convido a todos os colegas e estudantes de Medicina a
participarem do XX Congresso Médico-Acadêmico do Piauí (XX COMAPI). A importância deste
evento se fortalece no fato de ser organizado por estudantes de Medicina ávidos por
conhecimentos atualizados e baseados em evidências científicas. A pesquisa médica constitui o
pilar da medicina moderna, e a principal ferramenta para a sua evolução, além de ser parte
essencial da formação médico-acadêmica. Através da pesquisa, novas ideias são elaboradas e
testadas, permitindo a descoberta de tecnologias inovadoras para o diagnóstico e o
tratamento de várias doenças. O papel da Comissão Científica do COMAPI, honrosamente
presidida por mim no ano de 2013, consiste principalmente em discutir e analisar o impacto
científico dos trabalhos selecionados, considerando a sua importância, a metodologia aplicada
e a veracidade de suas conclusões.
Sejam muito bem-vindos ao XX Congresso Médico-Acadêmico do Piauí. Que o
conhecimento adquirido neste COMAPI traga novas perspectivas para o exercício da Medicina
e ajude a torná-los profissionais cada vez mais qualificados e brilhantes.
Muito Obrigada a todos,
Anenisia Coelho de Andrade
Presidente da Comissão Científica – Colégio Médico-Acadêmico do Piauí
XX Congresso Médico-Acadêmico do Piauí/IV Congresso Nordestino Médico-Acadêmico
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Mensagem do Presidente
Caros Congressistas,
É com grande honra que convido vocês a participarem da 20ª edição do Congresso
Médico-Acadêmico do Piauí a ser realizado no período de 25 a 29 de setembro de 2013, em
Teresina – Piauí. Neste ano, o COMAPI também se consolida como IV Congresso Nordestino
Médico-Acadêmico, uma trajetória que dá respaldo e que abrilhanta este evento científico, já
reconhecido como um dos maiores congressos médicos acadêmicos do Nordeste.
O evento será uma excelente oportunidade para se atualizar, debater e compartilhar
conhecimentos sobre as últimas atualizações em diversas áreas médicas, incluindo Clínica da
Dor, Emergências, Endocrinologia, Infectologia, Psiquiatria, Radiologia e Educação Médica. A
programação científica elaborada com grande esmero objetiva contemplar um conjunto amplo
de conteúdos que serão ministrados por renomados especialistas locais e nacionais.
O Colégio Médico-Acadêmico do Piauí com o apoio inestimável da Comissão
Científica está trabalhando com rigor, empenho e dedicação para realizar um congresso
engrandecedor aos estudantes e profissionais de Medicina.
Sejam bem-vindos(as)!
Muito obrigada!
Sahâmia Martins Ribeiro
Presidente da Comissão Organizadora – Colégio Médico-Acadêmico do Piauí
XX Congresso Médico-Acadêmico do Piauí/IV Congresso Nordestino Médico-Acadêmico
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Comissão Organizadora
Presidente
Mateus Martins Cortez Vilar
Vice-Presidente
Vanessa Rocha de Moura Moreira
Coordenação de Finanças e Patrimônio
Anielle Memória Silva
Andressa Avelino Ferreira
Andrielly Pereira de Sousa Santos
Candice Leal Feitosa
Gilnyanne da Silva Medeiros
Leonardo Rios Oliveira
Marcos Antonio Custódio Neto da Silva
Rebeca Costa Castelo Branco
Renan Bastos Leite
Tayná Maria Gonçalves Varão Silva
Vanille Lopes Rodrigues
Vinícius Silva Couto
Membros-Diretores
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Presidente:
Anenisia Coelho de Andrade
Vice-Presidente:
Vitor Cortizo da Fonseca
Membros:
Adriano Carvalho Tupinambá Rodrigues
Alberto Pereira Madeiro
Alesse Ribeiro Dos Santos
Alexandre Castelo Branco Vaz
Parente Ana Lúcia França Da Costa
Ana Maria Pearce Arêa Leão Pinheiro
André Gonçalves Da Silva
Antônio De Deus Filho
Antonio Goncalves Rodrigues
Junior Antonio Moreira Mendes
Filho Benedita Andrade Leal De
Abreu Benedito Borges Da Silva
Caetano Cortez Rufino Filho
Carlos Eduardo Batista De Lima
Catarina Fernandes Pires Cíntia
Maria De Melo Mendes
Edinaldo Gonçalves Miranda
Ediwyrton De Freitas Morais
Barros Élio Rodrigues Da Silva
Eurípedes Soares Filho
Fábio Martins Soares
Fabrício Ibiapina Tapety
Fabrício Martins Valois
Fernando Antonio Guimarães Ramos
Gerardo Vasconcelos Mesquita Ginivaldo
Victor Ribeiro De Nascimento
Glenda Maria S. M. Cronemberger
Mangueira
Graça Maria De Castro Viana
Ione Maria Ribeiro Soares Lopes
João Luiz Vieira Ribeiro
José Araújo Brito
José Ivo Dos Santos Pedrosa
José Miguel Luz Parente
Jussara Maria Valentim Cavalcante Nunes
Karynnae Gabryellae C. Bandeira Santos
Katia Maria Marabuco De Sousa
Kelson James Silva De Almeida
Larissa Madeira Nunes Cortizo
Lauro Lourival Lopes Filho
Lia Cruz Vaz Da Costa Damásio
Lianna Martha Soares Mendes
Lígia Cristina Viana Neves
Lina Gomes Dos Santos
Lucia Maria Do Rego Medeiros
Luciano José Couto De Sousa Filho
Lucio Andre Noleto Magalhaes
Luiza Ivete Vieira Batista
Márcio Moysés De Oliveira
Marcus Sabry Azar Batista
Maria Aline Ferreira De Cerqueira
Maria Das Graças Motta E Bona
Maria Do Amparo Salmito
Maria Do Desterro Soares Brandão
Nascimento
Maria Nanci Pimentel De Lima Duarte
Marta Alves Rosal
Mírian Perpetua Palha Dias Parente
Nabor Bezerra De Moura Junior
Namir Clementino Santos
Nilo Francisco Costa Filho
Raimundo Nonato Martins Fonseca
Recio Cronemberger Mangueira
Sabas Carlos Vieira
Viriato Campelo
Wilson De Oliveira Sousa Junior
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Ao Presidente da Associação Piauiense de Medicina (ASPIMED)
Dr. Salustiano José Alves de Moura Júnior
Ao Magnífico Reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Prof. Dr. José Arimateia Dantas Lopes
Ao Magnífico Reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
Prof. Carlos Alberto Pereira da Silva
À Diretora da Faculdade Integral Diferencial (FACID/DEVRY)
Profa. Maria Josecí Lima Cavalcante Vale
À Diretora da Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (UNINOVAFAPI)
Profa. Dra. Cristina Maria Miranda de Sousa
À Diretora do Centro de Ciências da Saúde – CCS/UFPI
Prof. Dra. Regina Ferraz Mendes
À Diretora da Faculdade de Ciências Médicas – FACIME/UESPI
Profa. Dra. Mírian Perpetua Palha Dias Parente
À Coordenadora do Curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí
Profa. Dra. Dorcas Lamounier Costa
À Coordenadora do Curso de Medicina da Universidade Estadual do
Piauí Profa. Dra. Benedita Andrade Leal De Abreu
À Coordenadora do Curso de Medicina da FACID
Profa. Lúcia Maria Do Rego Medeiros
Ao Coordenador do Curso de Medicina da UNINOVAFAPI
Prof. Dr. João de Deus Valadares Neto
À Presidente da Comissão Científica
Profa. Dra. Anenisia Coelho de Andrade
Ao Vice-Presidente da Comissão Científica
Prof. Dr. Vitor Cortizo da Fonseca
Aos Membros da Comissão Científica
Aos Palestrantes
Aos Patrocinadores
Aos Congressistas
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Adriano Carvalho Tupinambá Rodrigues (PI)
Alexandre Castelo Branco Vaz Parente (PI)
Alexandre Vitor Tapety e Silva do Rêgo Monteiro (PI)
André Gonçalves da Silva (PI)
Cleber Pinto Camacho (SP)
Dorcas Lamounier Costa (PI)
Evandro Leal de Abreu (PI)
Everardo Leal Abreu (PI)
Fernando José Amorim Martins (PI)
Flávio Vasconcelos Melo (PI)
Francisco Eugenio Deusdará de Alexandria (PI)
José Ítalo Soares Mota (CE)
José Maria Correia Lima e Silva (PI)
José Osvaldo Gomes dos Santos (PI)
José Tupinambá Sousa Vasconcelos (PI)
Kelson James Silva de Almeida (PI)
Leandro Cardoso Fernandes (PI)
Liline Maria Soares Martins (PI)
Luís Mamed Demes de Castro (PI)
Maria do Amparo Salmito (PI)
Maria Susane Filgueira Barreto Ferreira (PI)
Patrícia Machado Veiga de Carvalho Mello (PI)
Paulo Márcio Sousa Nunes (PI)
Valentim Gentil Filho (SP)
Vicente de Paulo (PI)
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Informações Gerais
INSCRIÇÕES
A inscrição no evento é obrigatória para todos os participantes. Mediante a
apresentação do comprovante de inscrição, o participante receberá o material e a
programação do IV Congresso Nordestino Médico-Acadêmico / XX COMAPI na secretaria do
evento.
CRACHÁS
Por motivo de controle e segurança, será obrigatório o uso do crachá em todas as
atividades do congresso e nas dependências do Auditório Poty do Blue Tree Towers Rio Poty. A
perda ou o extravio deverão ser imediatamente comunicados à Comissão Organizadora.
FUMANTES
O Ministério da Saúde adverte: FUMAR é prejudicial à saúde. Recomendamos e
pedimos a gentileza de não fumar dentro dos auditórios nos quais se realizarão o IV Congresso
Nordestino Médico-Acadêmico / XX COMAPI.
CELULARES/BIPs
Em respeito aos palestrantes e demais congressistas, solicitamos que todos os
aparelhos estejam desligados dentro do auditório. Caso seja necessário usá-los, ative-os nos
modos vibracall ou silencioso.
PROJEÇÃO DE SLIDES
Os expositores deverão procurar a secretaria para entrega do material de projeção
(palestras e temas livres orais) com antecedência mínima de 01 (uma) hora da respectiva
atividade científica. Os materiais deverão ser necessariamente em CD (não serão aceitos
materiais em pen-drive, cartão de memória ou em outras mídias flash).
TEMAS LIVRES ORAIS
O apresentador deverá chegar com, no mínimo, 01 (uma) hora de antecedência para
sua apresentação, assinar a lista de frequência e entregar o material, sendo a tolerância
máxima de 15 (quinze) minutos, ou seja, 45 (quarenta e cinco) minutos antes da apresentação.
Atente para os horários individuais de apresentação que se encontram mais adiante neste
informativo.
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PÔSTERES
Os pôsteres serão expostos em retângulos de 120 cm de altura por 90 cm de largura.
Os pôsteres deverão ser montados no dia da apresentação às 08:00h da manhã, no início das
atividades do Congresso, onde serão verificados pela Comissão Organizadora e retirados às
19:30h, com o fim das atividades do dia. Cada pôster será apresentado no turno da manhã, da
tarde ou da noite, conforme divulgado previamente pela organização (A montagem e
desmontagem dos pôsteres são de responsabilidade dos apresentadores do trabalho, sob a
orientação dos organizadores do COMAPI. A comissão organizadora não se responsabiliza por
danos, extravios, desaparecimento ou qualquer outro imprevisto que venha a ocorrer com os
pôsteres ou outros materiais). O apresentador do pôster deverá comparecer com 1 (uma) hora
de antecedência e assinar lista de frequência. A ausência do apresentador no horário do
julgamento acarretará desclassificação automática do trabalho.
PREMIAÇÃO
Os trabalhos classificados em 1º, 2º e 3º lugares nas categorias tema livre oral e
pôster serão divulgados no encerramento do Congresso e receberão certificado de
classificação e prermiação correspondentes.
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Programação Social
25 de Setembro de 2013 – Quarta-feira
20h00 Solenidade de Abertura
21h30
Conferência: Ansiedade, Angústia e Depressão: da antiguidade
aos tratamentos atuais
Coquetel de Abertura
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Programação Científica
Módulo de Psiquiatria
Coordenação: Ediwyrton de Freitas Morais Barros
26 de Setembro de
2013
Quinta-feira
Manhã
8h00
Sessão de Temas Livres Orais
9h00
Psicose e Inflamação
Adriano Carvalho Tupinambá Rodrigues (PI)
9h30
Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade em adultos
Alexandre Castelo Branco Vaz Parente (PI)
10h20
Intervalo
10h40
Transtornos mentais induzidos pela Cannabis: fatos e hipóteses
11h20
Hipnose: dos mitos à realidade
Vicente de Paulo (PI)
12h00
Discussão e Perguntas
Módulo de Infectologia
Coordenação: Maria do Amparo Salmito
26 de Setembro de
2013
Quinta-feira
Tarde
14h00
15h00
Transmissão vertical
Dorcas Lamounier Costa (PI)
15h30
Micoses sistêmicas
Maria do Amparo Salmito (PI)/ Liline Maria Soares Martins (PI)
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16h00
16h10
Intervalo
16h30
Infecções Hospitalares e Resistência bacteriana
Francisco Eugenio Deusdará de Alexandria (PI)
17h00
HIV e Infecções Oportunistas
Maria do Amparo Salmito (PI)
17h30
Módulo de Emergências Médicas
Coordenação: Patrícia Machado Veiga de
Carvalho Mello
08h00
09h00
Abordagem ao paciente grave na emergência
Patrícia Machado Veiga de Carvalho Mello (PI)
09h30
Ressuscitação Cardiopulmonar
Paulo Márcio Sousa Nunes (PI)
10h20
Intervalo
10h40
Intoxicação exógena
Maria Susane Filgueira Barreto Ferreira (PI)
11h20
Dispneia e dor torácica
Flávio Vasconcelos Melo (PI)
12h00
27 de
Setembro de
2013 Sextafeira Manhã
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Módulo de Endocrinologia
Coordenação: André Gonçalves da Silva
27 de Setembro
de 2013
Sexta-feira
Tarde
14h00
15h00
Diabetes Mellitus – Novos parâmetros diagnósticos
José Maria Correia Lima e Silva (PI)
15h30
Vitamina D - Situação atual no Brasil e manejo baseado em evidências
André Gonçalves da Silva (PI)
16h00
16h10
Intervalo
16h30
Câncer de Tireoide: Quando pesquisar, como abordar
Cleber Pinto Camacho (SP)
17h10
Manejo dos incidentalomas de sela túrcica
José Ítalo Soares Mota (CE)
17h50
Módulo de Clínica da Dor
Coordenação: Fernando José Amorim Martins
08h00
09h00
Introdução ao mecanismo da dor
Luís Mamed Demes de Castro (PI)
09h30
A Fisiopatologia da dor crônica
Fernando José Amorim Martins (PI)
10h20
Intervalo
28 de Setembro
de 2013
Sábado
Manhã
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10h40
Cefaleia: Da etiologia primária à dor crônica
Kelson James Silva de Almeida (PI)
11h20
Módulo de Radiologia
Coordenação: Evandro Leal Abreu
28 de Setembro
de 2013
Sábado
Tarde
14h00
15h00
Fraturas e outras lesões traumáticas no Pronto Socorro
Evandro Leal Abreu (PI)
15h30
Imagem no abdome agudo
Everardo Leal Abreu (PI)
16h10
Intervalo
16h30
Imagem no Acidente Vascular Cerebral
Alexandre Vitor Tapety e Silva do Rêgo Monteiro (PI)
17h00
Imagem no Traumatismo Crânio-encefálico
Evandro Leal Abreu (PI)
17h30
Módulo de Educação Médica
8h00
9h00
A Medicina e o Cangaço
Leandro Cardoso Fernandes (PI)
9h40
Concluí Medicina, o que devo fazer?
José Osvaldo Gomes dos Santos (PI)
29 de Setembro de
2013
Domingo
Manhã
16
10h20
Intervalo
10h40
A Construção do Raciocínio Clinico
José Tupinambá Sousa Vasconcelos (PI)
11h20
Encerramento e Premiação de trabalhos
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TL01
AVALIAÇÃO DE ESTRESSE EM MÉDICOS RESIDENTES
Autores: Juciê Roniery Costa Vasconcelos Silva; Luciano Carlos Da Silva Sousa; Welison Gutherrez Silva e
Sousa; Fernanda Vasconcelos De Carvalho; Elioenai Albuquerque Rodrigues; Larissa Madeira Nunes
Cortizo.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí
(UESPI) Apresentador(a): Luciano Carlos Da Silva Sousa
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Globalmente, a estafa profissional afeta um em cada dois médicos, sendo um terço deles
afetado de forma importante e um décimo de forma severa, com características irreversíveis. Uma
excessiva falta de energia, força e recursos persistentes podem levar à Síndrome de Burnout (SB). A SB é
entendida como um processo constituído por três dimensões: Exaustão Emocional (EE), Despersonalização
(DE) e Realização Profissional (RP).OBJETIVOS: O trabalho buscou verificar a prevalência da SB em
médicos-residentes procurando investigar os sinais e sintomas da SB, sintomas e fatores preditores na
cidade de Teresina-PI. MÉTODOS: O estudo transversal randômico foi desenvolvido com 17 médicos
durante 2012. Para a realização do estudo, foi utilizado um questionário auto-aplicável para avaliação
sócio-demográfica, de fatores preditores relacionados com a doença, e de sintomas de estafa profissional.
Ainda, foi acrescido o questionário que identifica as dimensões sintomatológicas da SB, validado para
português pelo Núcleo de Estudos Avançados sobre a Síndrome de Burnout (NEPASB). O presente estudo
atendeu a todas as exigências éticas e foi submetido à apreciação do Comitê de Ética UESPI. O banco de
dados foi elaborado e analisado no pacote Epi Info 7.0 e Microsoft Excel 2010. Os valores obtidos foram
comparados com os valores de referência do NEPASB. RESULTADOS: Dos voluntários, a maior parte
pertencia ao gênero masculino (58%), era solteira (76%), não possuía filhos (100%), possuía em média 27
anos (desvio padrão 2,58) e com carga horária média de 66±20 horas semanais. Maior parte dos médicos
(82%) afirmou trabalhar 3 períodos por dia e ter mais de um emprego (58%). Dos fatores preditores
relacionados, a falta de tempo para realização dos trabalhos necessários, a falta de reconhecimento
profissional e valorização do profissional foram os resultados mais frisados pelos entrevistados (<3,0). Dos
sintomas de estafa, a irritabilidade fácil, perda ou excesso de apetite, sentimento de cansaço mental,
pouco tempo para si e fadiga generalizada foram obteram altos índices (>3,0). Ainda, Os entrevistados
mostraram alta EE (41%), média DE (41,1%) e média RP (47%). CONCLUSÃO: O trabalho sugere que os
médicos da amostra têm grau de exaustão importante, que junto com a média despersonalização e a
média realização profissional mostram o desenvolvimento da SB, que é agravado por fatores preditores e
sintomas anteriormente citados.
O TRATAMENTO COM SCYLLO-INOSITOL é CAPAZ DE REDUZIR
TL02 SINTOMAS AFETIVOS DA DOENÇA DE ALZHEIMER NO MODELO
MURINO TRANSGêNICO TGCRND8 PPA?
Autores: Janine Lemos De Melo Lobo Jofili Lopes; Daniel Nogueira Vilela; Pedro Victor Martins
Vasconcelos; Mary Brown, Joanne Mclaurin; Howard Tj Mount.
Instituição(ões): Tanz Centre For Research In Neurodegenerative Diseases and Depts. Medicine &
Physiology, University of Toronto; Faculdade De Medicina Da Universidade Federal Do Piauí (UFPI);
Faculdade De Medicina Da Universidade Estadual de Montes Claros; Detp. Laboratory Medicine and
Pathobiology,University of Toronto.
Apresentador(a): Janine Lemos De Melo Lobo Jofili
Lopes Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Scyllo-inositol (1,3,5/2,4,6-cyclohexanehexol) é um dos estereoisômeros do inositol. Foi
demonstrado que a droga reduz a formação de placas β-amiloide e o déficit na memória espacial no
modelo murino transgênico TgCRND8 de Doença de Alzheimer (DA), que expressa a proteína precursora
de amiloide (PPA) mutante. Testes clínicos em pacientes com DA bem estabelecida não demonstraram
efeitos da droga sobre aspectos cognitivos, mas sim a redução da ocorrência e da progressão de sintomas
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neuropsiquiátricos, incluindo depressão e ansiedade. OBJETIVOS: Investiga-se o efeito e o mecanismo de
ação descyllo-inositol sobre os sintomas neuropsiquiátricos em camundongos TgCRND8. METODOLOGIA:
Os camundongos TgCRND8 expressam o transgene humano duplo mutante APP695 (Sueco: KM670/671NL
e Indiana: V717F) sobre o controle do príon promotor de gene do hamster Sirio. Os animais foram
acomodados individualmente, num ciclo de 12 horas no claro e 12 horas no escuro. Camundongos de 7 e
24 semanas foram tratados com scyllo-inositol via oral (10mg/ml) durante quatro semanas, enquanto
controles receberam agua. Os testes realizados foram: Suspended Zero Maze (SZM), Tail Sustpension (TS),
Nest Building (NB) e Marble Burying (MB). Para averiguar a significância dos resultados foram usados o
teste t-student e o teste ANOVA. Todos os testes realizados cumprem as normas do Canadian Council on
Animal Care Guidelines e foram aprovados pelo Comitê de Ética Animal da University of Toronto.
RESULTADOS: A droga scyllo-inositol aparenta reduzir a ansiedade nos ratos TgCRND8 com 11 semanas de
idade durante o ZM (p=0,313). Os camundongos TgCRND8 exibiram elevada duração de imobilidade
durante TS, o que indica depressão. Eles também demonstraram sinais de agressão e ansiedade ao
restringir a construção de ninhos (NB), quadro que, aparentemente, pode ser revertido com o uso do
fármaco. Além disso o scyllo-inositol aparentou aumentar a atividade dos ratos durante MB(p<0.05).
CONCLUSÃO: Dados preliminares sugerem que camundongos TgCRND8 apresentam prejuízo na
capacidade de construir ninhos (NB). Os animais também demonstram aumento de sinais sugestivos de
ansiedade e incapacidade. A droga scyllo-inositol aparenta reduzir esses sintomas e regularizar a atividade
de construir os ninhos. Maior número de animais se faz necessário para estabelecer significância
estatística nessas observações.
TL03
INVAGINAÇÃO BASILAR
Autores: Raysa Raphaela Ribeiro Lima; Tiago Bruno Almeida Sousa; Ânderson Batista Rodrigues; Eldo De
Brito Ferreira Chaves; Reynaldo Mendes De Carvalho Júnior.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Raysa Raphaela Ribeiro Lima
INTRODUÇÃO: Drielly e col. descreveram a invaginação basilar (IB) como malformação esquelética da
base do crânio com abertura do ângulo fossa anterior/clivus e disposição do processo odontóide acima do
forame magno. Em consequência, o pescoço é curto e funcionalmente limitado, podendo coexistir com
outras deformidades cervicais tipo fusão intervertebral. Silva destaca a IB entre as malformações
vertebrais com prevalência significativa e não justificada no Nordeste do Brasil. RELATO DE CASO: L.A.N.,
38 anos, solteira, dona de casa, natural de Novo Horizonte (PI), queixou-se, nos últimos 10 anos, de
cefaleia intensa, diuturna e holocraniana, ora em peso ora pulsátil, e espalhando para o lado esquerdo do
pescoço, particularmente pungente na parturição. A dor piorou nos três anos prévios a este relato,
interrompendo o sono noturno e intensificando-se com movimentação de cabeça e braços, junto com
tontura rotatória e desequilibratória, além de fraqueza e alterações visuais. Esta era descrita como
“borramento da vista” e “imagem piscando” concomitantes com dor e tontura. Já a fraqueza muscular era
generalizada, chegando a limitar as atividades cotidianas. Havia apatia e alguma lentidão mental, com
certa dificuldade para seguir o ritmo do diálogo. O exame físico mostrou fisionomia sofrida e de doença
crônica, o pescoço era alado, curto, disforme e encurvado à esquerda, além de limitado em sua
mobilidade. A postura ereta era instável, a marcha atáxica e com base alargada. Havia leve
disdiadococinesia à direita e tetraparesia moderada com hipertonia nos quatro membros. Todos os
reflexos tendíneos estavam exacerbados, havia clônus podálico à dorso-flexão e presença do reflexo de
Hoffman. A ressonância magnética nuclear foi compatível com a suspeita de IB. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Este registro pretende ressaltar a presença, relativamente prevalente no adulto nordestino, de
enfermidade heredo-degenerativa/neuro-esquelética causadora de deficiência severa, mas passível de
correção cirúrgica, com alívio físico e mental quando precocemente diagnosticada e tratada.
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM TUBERCULOSE EM
TL04 COMORBIDADE COM A AIDS, NO ESTADO DO PIAUÍ, DE 2002 A
2012
Autores: Anna Alzira Macau Furtado Ferreira, Leonardo De Melo Rodrigues, Diógenes Monteiro Reis,
Máximo Peixoto Rocha Neto, Pedro Manuel Barros De Sousa, Augusto César Evelin Rodrigues.
Instituição(ões): Universidade Estadual Do Piauí (UESPI)
Apresentador(a): Pedro Manuel Barros De
Sousa Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Com o surgimento da AIDS, em 1981, vem se observando, tanto em países desenvolvidos
como nos em desenvolvimento, um aumento na incidência de casos notificados de tuberculose (TB) em
pessoas infectadas pelo HIV de tal modo que a AIDS está sendo um fator determinante nas mudanças
epidemiológicas, na história natural e na evolução clínica da TB. OBJETIVOS: Descrever e analisar o perfil
de pacientes tuberculosos confirmados com AIDS concomitante também confirmada. MÉTODOS: Trata-se
de um estudo descritivo, retrospectivo, com análise quantitativa de dados do período de 2002 a 2012, no
Estado do Piauí, de casos notificados de TB em comorbidade com a AIDS. O levantamento epidemiológico
foi realizado através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram
analisados graficamente usando a Microsoft Excel 2010. RESULTADOS: Foram notificados 478 casos
confirmados de tuberculose em comorbidade com AIDS no Piauí durante o período analisado. A
classificação por faixa etária apresentou maior ocorrência no intervalo entre 20 a 39 anos de idade com
55,44% dos casos. Quanto ao sexo, o gênero masculino representou 76,78% dos enfermos. Analisada a
situação de encerramento, 128 casos (26,78%) evoluíram para cura, em 20 casos (4,18%) houve abandono
do tratamento, em 25 (5,23%), óbitos por tuberculose, em 29 (6,07%), óbitos por outras causas, em 206
(43,10%), transferências e em 1 caso (0,20%), TB Multirresistente. O grau de escolaridade predominou
entre a 5ª e a 8ª série, 126 casos (26,36%). A educação superior incompleta representou a menor
quantidade de casos, 5 (1,05%). A TB extrapulmonar foi notificada em 351 casos, sendo ignorado o sítio
em 69,23%. Em 12,25% dos casos, o sítio atingido foram gânglios periféricos, seguido das formas miliar,
meningoencefálica, óssea, cutânea e laríngea. CONCLUSÃO: A maior incidência de casos de tuberculose
em comorbidade por AIDS ocorreu em pacientes do sexo masculino e na faixa etária de 20 a 39 anos de
idade, corroborando com estudos anteriores. Os dados também mostraram uma alta relação de formas
extrapulmonares de TB com a AIDS. A baixa escolaridade interfere na adesão ao tratamento e na evolução
da doença, pois reflete de forma geral uma má qualidade de vida, que aumenta o risco de infecção e
diminuem a aderência ao tratamento. Foi observado que 43,10% dos pacientes foram transferidos,
dificultando uma melhor análise do desfecho do quadro.
SARCOMA DE KAPOSI EM CAVIDADE ORAL COMO PRIMEIRA
TL05 MANIFESTAÇÃO CLÍNICA DE INFECÇÃO POR VÍRUS DA
IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV): RELATO DE CASO
Autores: Fabiana Teófilo Veras Silva; João Paulo Imperes Lira; Lucas Henrique Porfírio Moura; Rodolfo
Carvalho Soeiro Machado; Luciano Mourão Nascimento De Carvalho; Walfrido Salmito De Almeida Neto.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Rodolfo Carvalho Soeiro
Machado Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O sarcoma de Kaposi é uma neoplasia angioproliferativa maligna que se apresenta como
placas ou nódulos vermelho-azulados de crescimento lento que, na maioria das vezes, se restringe à pele e
ao tecido subcutâneo, presentes principalmente em membros inferiores, porém pode aparecer de forma
mais agressiva, atingindo cavidade oral, o trato gastrointestinal e os pulmões. O objetivo deste trabalho é
relatar um caso de sarcoma de Kaposi na cavidade oral rapidamente progressivo em paciente jovem
anteriormente hígido, sendo este o primeiro sinal de infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
do paciente. RELATO DE CASO: J.L.R.S., 21 anos, sexo masculino, estudante, natural e residente em
21
Teresina-PI, foi admitido no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, queixando-se de ferimento na
região gengival superior, de aparecimento há aproximadamente 2 meses, de crescimento rápido e
progressivo. Ao exame físico: bom estado geral, consciente, orientado, afebril, anictérico, hidratado,
eupnéico. Presença de lesão granulomatosa escurecida aderente à gengiva superior, ampliando-se ao
palato duro e áreas faríngeas com linfonodos palpáveis na região submentoniana esquerda. Ausculta
cardíaca: ritmo cardíaco regular em dois tempos, bulhas normofonéticas, frequência cardíaca = 95 bpm;
ausculta pulmonar: murmuro vesicular presente em ambos hemitórax, sem ruídos adjacentes. Abdome
plano e depressível, sem massas ou visceromegalias. Presença de lesões crônicas eczematosas em
membros inferiores. Diante da suspeita clínica, solicitou-se a realização do teste rápido para HIV (cujo
resultado foi positivo) e exame histopatológico que se apresentou característico de Sarcoma de Kaposi.
Dessa forma iniciou-se então a terapia antirretroviral utilizando Zidovudina, Lamivudina e Efavirens.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A infecção pelo HIV determina um estado imunocomprometido favorável ao
desenvolvimento de determinados processos neoplásicos, tais como Sarcoma de Kaposi e Linfoma de
Hodgkin. Com o aumento da prevalência das infecções por HIV, o Sarcoma de Kaposi – doença crônica
tipicamente encontrada em idosos – passou a se apresentar de forma subaguda e frequente em indivíduos
jovens infectados pelo HIV. Além disso, a presença desta neoplasia em paciente HIV+ é um critério
definidor de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), estando indicado início da terapia
antirretroviral, mesmo com o aparente bom estado geral do paciente relatado.
TL06
CONTEÚDO MICROBIOLÓGICO PRESENTE EM SUSPENSÕES A 10%
DE FEZES DE RATOS WISTAR
Autores: Pâmmela Dayana Lopes Carrilho Machado; Maria Priscila Mendes Muniz Falcão; Juliana Garcia
Carneiro; Maria Cecília Santos Cavalcanti Melo; Carlos Teixeira Brandt; Carlos Teixeira Brandt.
Apresentador(a): Pâmmela Dayana Lopes Carrilho Machado
INTRODUÇÃO: O conteúdo microbiológico das fezes de ratos Wistar é determinante para o
desenvolvimento da peritonite fecal autógena, a qual é realizada para simular a peritonite secundária
humana. OBJETIVO: Identificar e quantificar o conteúdo microbiológico presente em suspensões a 10% de
fezes de ratos Wistar. MÉTODOS: Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de Animais
da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, de acordo com a resolução 879/08. Foram
utilizados 10 ratos, submetidos a ordenha retal para coleta de 2g de fezes. Estas foram diluídas em 20 ml
de solução de soro fisiológico para a preparação de suspensão a 10%. Foi efetuada a injeção
intraperitoneal de 6 ml/kg da suspensão e o remanescente foi submetido a testes microbiológicos para
identificação bacteriana e foi feita a curva de diluição para estimar a concentração microbiana presente
nas amostras. RESULTADOS: A análise pelo método de Gram das suspensões revelou presença de cocos
Gram-positivos, sem padrão de hemólise em meio Ágar Sangue, e de bastonetes Gram-negativos
fermentadores
e
não-fermentadores
de
lactose.
Foi
evidenciado
o
crescimento
de Enterococcus faecalis e Escherichia coli em todas as amostras analisadas. Constatou-se
a presença
de Staphylococcus aureus em 8 amostras. A análise da curva de diluição revelou uma concentração
bacteriana aproximada de 4.803.700 UFC/ml na suspensão de fezes. CONCLUSÃO: O conteúdo
microbiológico em suspensões a 10% de fezes de ratos Wistar foi predominantemente formado por
enterobactérias e cocos Gram-positivos, sendo este conteúdo compatível com o descrito na literatura.
Apesar dos resultados obtidos, outros testes continuam a ser realizados para melhor identificação e
quantificação das bactérias presentes nessas suspensões.
TL07
SINDROME DA DESMIELINIZAÇÃO OSMÓTICA SEM RELAÇÃO COM
DISTÚRBIO HIDROELETROLÍTICO: RELATO DE CASO
Autores: Nara Lívia Rezende Soares; Giuliano Da Paz Oliveira; Fabio Freire Jose.
22
Instituição(ões): Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (NOVAFAPI)
Apresentador(a): Não informado.
INTRODUÇÃO: A síndrome de desmielinização osmótica (SDO) é uma doença desmielinizante do encéfalo
que atinge principalmente a região da ponte, podendo comprometer regiões extrapontinas.Está
classicamente associada à rápida correção de hiponatremia crônica.Porém, a doença também foi
relacionada a transplante hepático, consumo alcoólico e desnutrição. Os primeiros sintomas são
geralmente o mutismo e a disartria.Entretanto, os sintomas clássicos da mielinólise são a tetraparesia
espástica e a paralisia pseudo-bulbar. Os exames de neuroimagem, particularmente a ressonância
magnética, são imprescindíveis para a confirmação diagnóstica dos casos de ODS.A RNM de crânio mostra
sinal hipointenso em T1 e hiperintenso em T2. RELATO DE CASO: R.O.S., mulher, 47 anos, foi admitida em
pronto socorro com quadro de agitação psicomotora, alucinações visuais, tremores e vômitos.Etilista há 30
anos (1 garrafa de aguardente/dia), abstêmia há 3 dias. Ao exame de entrada, paciente desidratada 2+/4+,
hipocorada 1+/4+, desorientada em tempo e espaço, FR= 25irpm, SatO2= 88%;PA:120x80mmHg,FC=150
bpm,glicemia=78mg/dL;sopro sistólico em foco mitral e aórtico 2+/6; hepatomegalia a 3cm do RCD.Feita
hipótese diagnóstica inicial de delirium tremens, realizou hidratação venosa com cristalóide e reposição
0
com tiamina.No dia seguinte, paciente evoluiu com febre 39,5 C, tosse produtiva e desconforto
respiratório.A radiografia de tórax revelou hipotransparência em base de hemitórax direito.A
antibioticoterapia foi meropenem e gentamicina, no momento em que a paciente entrou em choque
séptico e isolou-se Pseudomonas aeruginosa.Após 12 dias de internação em leito de UTI, paciente foi
admitida na enfermaria.Ao exame neurológico, Glasgow 15, desorientada em tempo e espaço, disartria
leve, tetraparesia de padrão proximal (força grau IV proximal em mmss, III proximal em mmii e V nos
demais grupamentos musculares), sensibilidade tátil-dolorosa preservada, reflexos 2+/4 globalmente,
presença de disdiadococinesia e dismetria bilateralmente.A RNM de crânio evidenciou lesões compatíveis
com SDO. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A SDO é uma doença que está relacionada à rápida correção da
hiponatremia crônica.Relatamos um caso de paciente etilista desenvolvendo SDO na ausência de
distúrbios hidroeletrolíticos.Dessa forma, é de fundamental importância o conhecimento do médico sobre
os fatores de risco envolvidos nessa síndrome, com o objetivo de prevenção de danos neurológicos graves.
TL08
MENINGEOMA DA GOTEIRA OLFATÓRIA: RELATO DE CASO
Autores: Ânderson Batista Rodrigues; Tiago Bruno Almeida Sousa; Raysa Raphaela Ribeiro Lima; Eldo De
Brito Ferreira Chaves; Gilvan Vilarinho Da Silva Filho; Reynaldo Mendes De Carvalho Junior
Apresentador(a): Ânderson Batista Rodrigues
INTRODUÇÃO: Meningeomas da goteira olfatória representam 8% a 18% dos meningeomas
intracranianos. Aqueles tumores crescem na linha média da fossa craniana anterior e deslocam para cima
o lobo frontal juntamente com os tratos olfatórios e, mais raramente, o quiasma óptico para trás. O
crescimento desses tumores causa distúrbios por compressão do lobo frontal e trato olfatório,
destacando-se alterações do humor, irreverência social e anosmia, além de hipertensão intracraniana com
cefaleia e declínio visual. Por crescerem lentamente, as alterações comportamentais podem ser sutis e
consideradas uma doença psiquiátrica, levando a diagnóstico tardio e, portanto, permitindo ao tumor
alcançar grande proporção. RELATO DE CASO: M.C.S., 72 anos, 10 filhos, natural de Poção de Pedras- MA,
deu entrada em hospital público de Teresina-PI com distúrbio psiquiátrico complexo, tendo sido
referenciado a serviço de emergência após um desmaio. Acompanhante relatou haver queixa ligada ao
olfato 3 anos antes da internação e distúrbios auditivos tardios interpretados pelo especialista como
devidos a precariedade no relacionamento social. Um ano após, passou a queixar-se de cefaleia
persistente. A avaliação mental mostrou humor deprimido, insônia, memória falha para nomes, datas e
reconhecimento de pessoas e objetos, episódios de delírios persecutórios com alucinações e
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confabulações, entremeando com comportamento social jocoso e inadequado, além de falta de
constrangimento para evacuar e urinar em local e momento apropriados. O exame físico mostrou
dificuldade para manter-se de pé e andar, caracterizando apraxia motora. O exame de imagem acusou
massa extrínseca ao parênquima cerebral de 7,8cm no maior diâmetro sob ambos os lobos frontais.
Embora o tumor tenha sido ressecado totalmente, o paciente faleceu no pós-operatório imediato devido a
episódio de arritmia cardíaca. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mudanças sutis de comportamento e
personalidade em qualquer faixa etária, particularmente na senil, comportam diagnóstico diferencial nos
domínios da psiquiatria e neurologia, demandando criteriosa avaliação clínica e preocupação profissional
com exames de imagem em nível ambulatorial.
TL09 ANEURISMA SACULAR EM ARTÉRIA FEMORAL PROFUNDA:
RELATO DE CASO
Autores Rayra Pureza Teixeira Barbosa; Rodrigo Santos De Norões Ramos.
Apresentador(a): Rayra Pureza Teixeira Barbosa
INTRODUÇÃO: Aneurismas de artéria femoral são raros devido à anatomia dessa artéria, cuja musculatura
é resistente à formação de ectasias. Frequentemente, pacientes com aneurisma de artéria femoral
profunda não apresentam sintomatologia até que este comece a se expandir, quando há a percepção de
massa pulsátil, podendo surgir sintomas locais devido à compressão de nervos e vasos, como dor e estase
venosa, e ocorrer complicações como trombose, embolia distal e ruptura, com risco de perda do membro.
O diagnóstico pode ser feito com doppler, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM)
ou angiografia. RELATO DE CASO: L. M. R. O., feminino, 60 anos, desde os 8 anos de idade (1961)
apresentava queixa de dor em todo o membro inferior esquerdo (MIE), associada à percepção de massa
pulsátil em região lateral de coxa esquerda, além de parestesia, edema, incapacidade funcional e úlcera de
estase. Realizou flebografia aos 32 anos (1985), que evidenciou completa oclusão do sistema venoso
profundo e da veia femoral do MIE. Fez uso de sintomáticos, com discreta melhora. Em 2007 procurou
auxílio médico especializado devido ao aumento da massa na face lateral da coxa esquerda.
Angiorressonância evidenciou presença de volumoso aneurisma sacular com origem em ramo muscular da
artéria femoral profunda, medindo 6,5 x 5,8 cm, além de extensas malformações arterio-venosas
musculares em coxa e perna esquerdas. Realizou cirurgia para ligadura do ramo da artéria femoral
profunda em 2007. Angiotomografia pós-cirurgia mostrou resolução do aneurisma supracitado. Hoje
paciente não apresenta dor ou limitação funcional, porém faz acompanhamento periódico com Doppler
arterial devido a aneurisma de artéria poplítea direita (1,07cm), ainda sem indicação de intervenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: aneurismas periféricos são raros, principalmente os de etiologia congênita, como
no caso descrito, em que a sintomatologia da paciente se iniciou na infância. Podem ser imperceptíveis em
até metade dos casos. A cirurgia está indicada para todos os aneurismas sintomáticos com ou sem
complicações, e para os assintomáticos com mais de 2,5 cm de diâmetro.
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DA DIETA COM
TL10 CONCENTRADO DE GENIPA AMERICANA L. SOBRE A FUNÇÃO
HEPÁTICA E RENAL EM MODELO EXPERIMENTAL DE OBESIDADE
Autores: Helena Julice Alencar De Albuquerque, Sergio Fabricio Alencar De Albuquerque, Jordana Rosal
Padua, Andressa Dantas De Moura Santos, Lucas Daniel Pereira Lopes , Maria Do Carmo De Carvalho E
Martins
Instituição(ões): Faculdade De Saúde, Ciências Humanas E Tecnológicas Do Piauí
(Novafapi) Apresentador(a): Helena Julice Alencar De Albuquerque
24
INTRODUÇÃO: O estilo de vida e modificações nos hábitos alimentares são características presentes na
atualidade, provocando significativo impacto sobre a saúde e mortalidade precoce de grandes populações
e apesar dos poucos dados epidemiológicos disponíveis, a maioria dos países desenvolvidos já identificou o
problema e estão juntos dimensionando a eclosão desta doença. Baseado nesse princípio, o trabalho a
ser desenvolvido tem como objeto de estudo a alterações
do fígado e dos
rins na
obesidade. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da suplementação da dieta
com concentrado de Genipa
americana L. sobre a função hepática e renal em modelo de obesidade experimental. Especificamente
quantificamos os níveis séricos de proteínas hepáticas (proteínas totais, albumina),determinamos os níveis
séricos de transaminases e atividade de fosfatase alcalina, os níveis séricos de uréia e creatinina e por fim
identificar possíveis alterações histológicas no fígado e nos rins.METODOLOGIA: Estudo do tipo
experimental,com avaliação qualitativa e quantitativa dos dados amostrais, e aprovado pelo comitê de
ética e pesquisa da Uninovafapi. Foram utilizados ratos albinos da linhagem Wistar (Rattus norvegicus),
machos, com idade entre 10-12 semanas.Os animais foram mantidos em gaiolas coletivas (5 animais/caixa)
â
com ração padrão para ratos (Labina - Purina). Para indução de obesidade os animais receberam injeções
de monoglutamato de sódio 4 mg/g de peso corporal s.c. ,durante 5 dias.Nos ratos obesos tratados foi
administrado, uma vez ao dia, durante sete dias, extrato bruto de jenipapo a 20% via intragástrica (0,5
mL/100 g peso corporal. Nos grupos controles normais e obesos foi administrada, via intragástrica, solução
salina uma vez ao dia, durante sete dias. Após realização de cada protocolo experimental, a eutanásia dos
animais de cada subgrupo foi realizada mediante administração de sobredoses de tiopental sódico (100
mg/kg) por via intraperitoneal, logo após foi feito o estudo dos tecidos hepáticos e renais.RESULTADO E
ANÁLISE: O presente trabalho foi de uma contribuição imensa por resultar em uma melhora da função
renal e hepática, com diminuição dos níveis séricos de ureia e creatinina, além de diminuição da necroinflamação dos tecidos hepáticos e renais.CONCLUSÃO: benefícios do jenipapo no auxílio do controle das
funções hepáticas e renais,contribuindo para redução das complicações relacionadas com essa patologia.
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES HIPOGLICEMIANTE E ANTITL11 HIPERGLICEMIANTE DE GENIPA AMERICANA L. EM MODELO
EXPERIMENTAL DE OBESIDADE
Autores: Andressa Dantas De Moura Santos, Candice Lages Soares Teive, Helena Julice Alencar De
Albuquerque, Jordana Rosal Pádua, Lucas Daniel Pereira Lopes, Yula Pires Da Silveira Fontenele De
Meneses.
Apresentador(a): Andressa Dantas De Moura Santos
INTRODUÇÃO:O estilo de vida e modificações nos hábitos alimentares são características presentes na
atualidade, provocando significativo impacto sobre a saúde e mortalidade precoce de grandes populações.
A crescente incidência de obesidade na população mundial é uma das conseqüências mais graves destas
modificações. Para a mudança do quadro faz-se necessário mudanças nos hábitos de vida associado á
medidas terapêuticas
efetivas. OBJETIVOS: Avaliação das atividades hipoglicemiante
e antihiperglicemiante de Genipa americana L.em modelo experimental de obesidade. METODOLOGIA: Estudo
do tipo experimental com avaliação qualitativa e quantitativa dos dados amostrais, que foi aprovado pelo
comitê de ética em pesquisa da Faculdade Uninovafapi,no qual 18 ratos da linhagem Wistar foram
submetidos á obesidade com Monoglutamato de Sódio(4 mg/g) por 5 dias consecutivos,desde os 2 dias de
vida até 12 semanas .Posteriormente,dividiu-se em 3 grupos de 6 integrantes no qual foram
administrados,separadamente, extrato bruto de jenipapo,Metformina e o grupo controle.Então,media-se
a glicemia diariamente pela manhã.Posteriormente,foi realizada eutanásia nos animais com uso de
sobredose de tiopental sódico.RESULTADO E ANÁLISE:. Constatou-se que o Jenipapo teve eficácia na
redução dos níveis glicêmicos superior quando comparados ao grupo controle de ratos obesos,porém,a
Metformina manteve-se como principal redutor glicêmico,executando redução glicêmica
superior á
25
administração do Jenipapo e grupo controle de ratos obesos . CONCLUSÃO: Portanto, comprovou-se que a
planta pode ser usada como adjuvante no tratamento da hiperglicemia,demostrando que deve haver um
aprofundamento em pesquisas relacionadas à planta,tipicamente piauiense.
TL12 PERFIL LIPÍDICO E MASSA GORDA CORPORAL DE PACIENTES
RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE REGULAR
Autores: Luan Arnon De Melo Cunha, Laís Lima De Castro, Anderson Mendes Garcez, James Frederico
Rocha Pacheco, José Tibúrcio Do Monte Neto, Maria Do Carmo De Carvalho E Martins.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí (UFPI).
Apresentador(a): Luan Arnon De Melo Cunha
INTRODUÇÃO: Pacientes renais crônicos tem mortalidade por doença cardiovascular (DCV) de 10 a 30
vezes maior que a população geral. A DCV é atribuída a fatores de risco como hipertensão arterial
sistêmica, diabetes mellitus e dislipidemia, entre outros. OBJETIVOS: Avaliar o perfil lipídico e o percentual
de gordura corporal de doentes renais em programa regular de hemodiáilise (HD). METODOLOGIA: Estudo
transversal observacional com amostra constituída por 103 doentes renais crônicos em HD e sem
intercorrências clínicas atendidos em uma clínica de diálise de Teresina/PI. As dosagens de colesterol total
(CT), HLD-C, LDL-C e triglicérides (TG) realizadas na clínica de HD foram comparadas com valores de
referência da IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. O percentual de
gordura corporal (%G) foi determinado por Bioimpedância (BIA) e pelo somatório de pregas cutâneas
(SPC). As pregas cutâneas subescapular, suprailíaca, tricipital e bicipital e a circunferência da cintura (CC)
foram medidas. O percentual de gordura pelo somatório de dobras foi calculado pela equação de Siri. O
coeficiente de correlação de Pearson e o teste qui-quadrado foram utilizado para testar relação entre
variáveis. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI. RESULTADOS: Os valores médios
encontrados para TG e CT foram, respectivamente, 159,96±78,37 mg/dL e 161,66±41,48 mg/dL. Observouse que 48,1% dos pacientes apresentavam níveis séricos de TG > 150 mg/dL e 20,4% dos doentes tinham
CT > 200 mg/dL. Os níveis séricos médios de LDLc e HDLc foram de 93,5±35,0 mg/dL e 36,2±10,7 mg/dL,
respectivamente. LDL > 160 mg/dL foram observados em 4,9% dos pacientes, e níveis baixos de HDL
(homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL) em 76,7%. O %G obtido por SPC foi de 39,6±15,6%, enquanto
aquele obtido por BIA foi de 27,4±10,9%. As proporções de doentes com %G aumentados determinados
por SPC e BIA foram, respectivamente, de 76,7% e 75,7%. A média de CC foi de 90,8±12,7%, sendo
encontradas medidas aumentadas (homens > 102 cm e mulheres > 88 cm) em 28,2%. Não houve
correlação estatisticamente significativa entre níveis de lipídios séricos e %G. Conclusão: Os doentes renais
avaliados têm níveis reduzidos de HDL-C e aumentados de TG, apresentando perfil dislipidêmico e
aterogênico Tal perfil não apresentou relação com adiposidade central ou com percentual de gordura.
TL13
CORRELAÇÕES ESTATÍSTICAS PARA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL E
HISTÓRIA FAMILIAR PARA O CÂNCER DE MAMA
Autores: Mayara Amorim Pereira, Marcus Vinícius Oliveira Barros De Alencar, Antonio Luiz Gomes Júnior,
Ana Amélia De Carvalho Melo Cavalcante.
Instituição(ões): Não informada.
Apresentador(a): Mayara Amorim Pereira
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a neoplasia mais frequente e de impacto para a mortalidade e
morbidade em mulheres. Exposições aos agentes mutagênicos, carcinogênicos e estilo de vida são
considerados como fatores de risco. Estudos epidemiológicos indicam que além destes fatores, a
exposição ocupacional e a predisposição genética são relevantes para a etiologia do câncer de mama.
OBJETIVOS: O estudo avaliou as possíveis correlações estatísticas para a exposição ocupacional e história
familiar em pacientes com câncer de mama. MÉTODOS: Estudo epidemiológico de caráter descritivo
realizado no Hospital São Marcos (2012), com base em levantamento de prontuários e questionários
26
aplicados a 108 pacientes. Este estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
UNINOVAFAPI (0408.0.043.000-11). As variáveis relacionadas aos fatores de riscos foram correlacionadas
com a estatística de Spearman’s no programa SPSS Statistics versão 20.0. RESULTADOS: A média de idade
das pacientes foi de 55 anos, de cor mestiça, e em sua maioria com educação primária incompleta. Quanto
à exposição ocupacional, cerca de 40% das pacientes são domésticas e 45% estão expostas a produtos
químicos. 46,6% das pacientes afirmaram história de câncer na família. Correlações positivas e
significantes foram evidenciadas entre idade versus história familiar; idade versus tempo e tipo de
trabalho; tipo de trabalho versus câncer; tipo de trabalho versus exposição às substâncias químicas;
metástase versus história familiar. CONCLUSÃO: O histórico familiar e a exposição ocupacional aos
produtos químicos com ações mutagênicas e carcinogênicas são agentes etiológicos para o câncer de
mama. Estudos epidemiológicos devem continuar sendo realizados, o monitoramento é uma alternativa
para a prevenção do câncer de mama. Medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente de trabalho
das domésticas para a diminuição dos riscos de neoplasia maligna mamária.
ESTUDO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM
TL14 CÂNCER DE MAMA MASCULINO EM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE
TERESINA-PI
Autores: Fernanda Râmyza De Sousa Jadão, Fernanda Belém Silva, João Ribeiro Memória Júnior, Emília
Karine Barros Nogueira Carneiro, Davi Magalhães Leite Novaes, Sabas Carlos Vieira.
Apresentador(a): Davi Magalhães Leite Novaes
INTRODUÇÃO: O câncer de mama masculino é uma doença rara, representando aproximadamente 1% de
todos os casos de câncer de mama. A maioria dos subtipos histológicos observados em mulheres também
está presente em homens. O tratamento realizado é igualmente semelhante ao câncer de mama feminino.
OBJETIVOS: Avaliar o perfil epidemiológico, diagnóstico e tratamento em homens com câncer de mama
diagnosticados no Hospital São Marcos em Teresina-PI no período de 1998 a 2011. MÉTODOS: Trata-se de
um estudo observacional, retrospectivo e descritivo-analítico quantitativo em que foram analisados os
prontuários eletrônicos de pacientes diagnosticados com câncer de mama masculino entre 1998 e 2011 no
Hospital São Marcos em Teresina-PI. Os dados foram tabulados e expressos em número absoluto e
porcentagem uitilizando o Programa Excel for Windows (2010). O estudo realizado teve aprovação no
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. RESULTADOS: Nos 26 pacientes avaliados,
a média de idade foi de 69 anos. A média do tamanho dos tumores foi de 2,6 cm. Em 21 (80,8%) o tipo
histológico era carcinoma ductal infiltrante. 50% dos tumores eram moderadamente diferenciados (G2).
23 pacientes (88,5%) foram submetidos a cirurgia, sendo a modalidade mais frequente a mastectomia com
esvaziamento axilar (69,6%). Destes, 22 (95,6%) também realizaram tratamento clínico, sendo a associação
quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia (tamoxifeno) a mais prevalente (36,4%). 19 pacientes
(82,6%) foram submetidos a esvaziamento axilar e destes apenas 5 (26,3%) apresentavam acometimento
linfonodal. A técnica de linfonodo sentinela foi realizada em 4 pacientes (15,6%), dos quais 50%
detectaram comprometimento linfonodal. Apenas 2 pacientes (7,7%) tiveram recidiva do câncer de mama
e 4 (15,4%) apresentaram metástase a distância. CONCLUSÃO: O tipo histológico mais frequente foi
carcinoma ductal infiltrante. Realizou-se cirurgia na maioria dos pacientes, sendo mastectomia com
esvaziamento axilar a modalidade de escolha, associando-se tratamento clínico em grande parte. Apesar
de o esvaziamento axilar ter sido realizado na maior parte dos pacientes, apenas a minoria apresentava
linfonodos comprometidos.
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ESTUDO OBSERVACIONAL DOS PACIENTES COM FASCIITE TL15
NECROSANTE COM ENFOQUE NO PERFIL MICROBIOLÓGICO,
ANTIBIOTICOTERAPIA E FATORES PREDISPONENTES NO
HOSPITAL DE URGÊNCIA DE TERESINA
Autores: João Ribeiro Memoria Junior, Davi Magalhães Leite Novaes, Emilia Karine Barros Nogueira
Carneiro, Renan Teixeira Campelo, Fernanda Belem Silva, Viriato Campelo.
Apresentador(a): João Ribeiro Memoria Junior
INTRODUÇÃO: A fasciíte necrosante (FN) é um processo infeccioso caracterizado por necrose ampla do
tecido celular subcutâneo e fáscia superficial causado por bactérias produtoras de toxinas. OBJETIVOS:
Analisar os casos de Fasciíte necrosante no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) Dr. Zenon Rocha no
período de 2008 a 2012, com enfoque nos perfis microbiológico e de resistência aos antimicrobianos,
antibioticoterapia e fatores predisponentes. MÉTODOS: Trata-se de um estudo do tipo observacional
retrospectivo e descritivo dos pacientes diagnosticados e tratados de Fasciíte necrosante no Hospital de
Urgência de Teresina (HUT) Dr. Zenon Rocha no período de 2008 a 2012. Realizou-se a coleta dos dados a
partir da revisão dos prontuários que se encontram nos arquivos do Serviço de Arquivos Medicos e
Estatísticos (SAME) do HUT. Os dados foram tabulados e expressos em número absoluto e porcentagem
utilizando o programa Excel for Windows (2010). O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
da Universidade Federal do Piauí. RESULTADOS: Dos 94 pacientes avaliados, apenas em 26 (27,6%)
realizou-se cultura. Sendo que em 2 pacientes realizou-se mais de uma cultura, totalizando 28. Os
microorganismos mais prevalentes foramAcinetobacter baumanii, em 7 amostras (21,9%), seguido por
Klebsiella pneumoniae, em 6 (19,7%) e Escherichia coli, em 5 (15,6%). 75% dos microorganismos
apresentavam resistência à ampicilina e ciprofloxacina e 71,9%, à cefalotina. O resultado da cultura
implicou em mudança de antibioticoterapia em 20 (71,4%) dos casos, principalmente para imipenem
(50%) e amicacina (30%). 19 pacientes (73,1%) eram do sexo masculino e a média de idade foi 45,5 anos.
Membros inferiores (73,1%) e períneo (19,2%) foram os locais mais acometidos. Os fatores de riscos mais
prevalentes foram diabetes mellitus (42,3%) seguido de hipertensão arterial (19,3%). Oito (30,8%)
apresentaram complicações, sendo amputação (58,3%) a mais frequente. A taxa de mortalidade foi de
7,7%.CONCLUSÃO: Na maioria dos pacientes avaliados, não houve solicitação de cultura. No entanto,
observou-se que esse exame complementar foi de grande impacto no manejo terapêutico dos pacientes
visto que implicou em mudança de antibioticoterapia na maioria dos casos. Quase metade dos pacientes
eram diabéticos e a amputação foi a complicação mais frequente.
PREVALêNCIA DE HIPERTENSãO ARTERIAL SISTêMICA E
TL16 FATORES DE RISCO ASSOCIADOS ENTRE FREQUENTADORES DE
UM SUPERMERCADO EM TERESINA (PI)
Autores: Mateus Martins Cortez Vilar, Vanille Lopes Rodrigues, Gedeão Lustosa Ribeiro Neto, Bruno
Santos Leal Campos, Récio Cronemberger Mangueira.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial (FACID)
Apresentador(a): Mateus Martins Cortez Vilar
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada
por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações
funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo e a alterações metabólicas, com consequente aumento do
risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. Objetivo: Avaliar a prevalência de (HAS) entre clientes
e funcionários de um supermercado em Teresina- Piauí, bem como realizar uma associação entre fatores
de risco para HAS presentes no sujeitos da pesquisa e o controle pressórico adequado dos mesmos.
MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo e transversal. Foram avaliados 208 indivíduos em
28
campanha de saúde realizada no dia 28 de novembro de 2010, em um supermercado. A participação dos
sujeitos consistia na aplicação de questionário padronizado, mensuração da PA, medida de peso, altura e
circunferência abdominal (CA). Os sujeitos da pesquisa assinaram previamente um TCLE. Os participantes
foram separados em quatro grupos. Um grupo de pessoas com diagnóstico prévio de HAS e que estavam
com níveis pressóricos dentro da meta pressórica(<140/90), outro grupo com participantes sabidamente
hipertensos com e PA medida acima da meta(>140/90) e outros dois grupos com pacientes sem
diagnóstico de HAS mas com PA medida acima ou abaixo da meta. Os dados foram então tabulados e
analisados utilizando estatística simples. RESULTADOS: A prevalência da HAS foi de 45%, somado aos
pacientes normotensos em uso de medicação. Dentre os sujeitos com PA elevada observou-se, uma maior
prevalência(88%) de pessoas sedentárias ou que praticam atividade física irregular e de pessoas com IMC
elevado(84%) e CA elevada(75%). Em comparação os sujeitos que estavam dentro da meta pressórica
apresentavam uma frequência maior(36%) de praticantes de atividade física regular, de pessoas com IMC
normal(43%) e CA normal (59%). CONCLUSÃO: A prevalência da HAS encontrada nos sujeitos pesquisados
está dentro dos padrões obtidos em trabalhos nacionais ficando dentro dos limites esperados para tal;
observou-se também que os fatores de risco para HAS ,quando presentes, realmente influenciam
negativamente no correto controle da PA dos pacientes, devendo ser enfatizado através de campanhas,
práticas saudáveis que conscientizem a população quanto a esses fatores e a importância do controle
pressórico adequado.
PACIENTES COM SÍNDROME NEFRÓTICA COM IDADE DE INÍCIO
TL17 ABAIXO DE DOIS ANOS, ACOMPANHADOS EM HOSPITAL DE
ENSINO NO NORDESTE DO BRASIL- SÉRIE DE CASOS.
Autores: Brenda De Jesus Moraes Lucena, Gregory Ramon Bandeira Da Silva, Fabrizio Freitas Nunes, Lucas
Vitor Rafael Da Silva Carvalho, Sahâmia Martins Ribeiro, Catarina Fernandes Pires.
Apresentador(a): Gregory Ramon Bandeira Da Silva
INTRODUÇÃO: A síndrome nefrótica (SN) é caracterizada por proteinúria, edema, hipoalbuminemia e
hipercolesterolemia. A maioria dos casos tem início entre 2 e 7 anos de idade. A SN diagnosticada até o
segundo ano de vida é incomum e abrange lesões renais de diferentes causas, evoluções e prognósticos.
OBJETIVOS: Conhecer as características epidemiológicas de crianças com SN diagnosticadas até 2 anos de
idade internadas no HILP de 2006 a 2012; As manifestações clínicas; a idade média de diagnóstico e o
tempo médio de duração da doença; As alterações laboratoriais; Os tipos histológicos e as complicações .
MÉTODOS: Estudo retrospectivo descritivo de uma série de casos de crianças com diagnóstico de SN de
início abaixo de dois anos. Os dados foram coletados em prontuários médicos do HILP. RESULTADOS:
Foram 55 prontuários . Destes, 7 ( 12,7%) foram diagnosticados com a doença antes dos 2 anos de idade. A
média de início foi de 1 ano e 5 meses com desvio padrão de 5. Dos pacientes, a maioria é do sexo
masculino (razão de 5/2). O tempo médio de doença foi de 5 anos com desvio padrão de 3 .Com relação à
raça predominou a caucasóide (57,%), razão de 4/3. Quanto a procedência, n= 4 (57%) são do interior do
Piauí; Quanto as manifestações clínicas, todos apresentaram edema , 4 (57%) oligúria e 2 (28%) HAS e
2
hematúria. Quanto à proteinúria predominaram valores >= 40 mg/m 5 (71,5%). Quanto ao valor da uréia:
n=4(57%) apresentou valor inferior a 40; todos tiveram creatinina inferior a 1,3; Níveis do colesterol total
foram entre 200 e 500 n=3 ( 42%); Níveis de albumina predominante entre 2 e 3 n=5 (71,5%).O histológico
predominante foi lesão mínima (42,5%). Dentre as complicações, as mais freqüentes foram infecções 5
casos (71%). CONCLUSÃO: A amostra mostrou predominância do sexo masculino, do interior do Piauí, raça
caucasóide, idade média de diagnóstico de 1 ano e 5 meses. Com o edema como sinal mais freqüente.
Predominou proteinúria acima de 40 mg/m2, uréia e creatinina normais, Colesterol com valores entre 500
a 800 e hipoalbuminemia entre 2 e 3. O padrão histológico mais encontrado foi lesão mínima e a
complicação predominante foi infecção.
29
PREVALÊNCIA DA MORTALIDADE INFANTIL NA CIDADE DE
TL18 JUAZEIRO DO NORTE-CE, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2005 A
JUNHO DE 2011
Autores: Rafael Neri Carvalho Moura, Marcus Gomes Pessoa Feitosa, Felipe Augusto Medeiros Paz,
Gerardo Viana Do Monte Neto, Érico Augusto Medeiros Paz, Francisco Yuri Barbosa De Souza.
Apresentador(a): : Rafael Neri Carvalho Moura
INTRODUÇÃO: Apenas no século XX, a partir de 1950, com o desenvolvimento de tecnologias médicosanitárias, dos antibióticos, quimioterápicos e vacinações, ganharam destaque os determinantes
orgânicos, individuais e comportamentais como determinantes das taxas de mortalidade infantil. A taxa de
mortalidade infantil é reconhecida não só como indicador das condições de saúde da população menor de
1 ano, mas também como a variável que melhor reflete as condições gerais de vida, sendo considerada
síntese da qualidade de vida e do nível de desenvolvimento de uma população. O Brasil, mesmo com a
redução das taxas de mortalidade infantil, ainda apresenta valores alarmantes. OBJETIVOS: O objetivo
deste trabalho foi descrever a prevalência da mortalidade infantil, no período de Janeiro de 2005 a Junho
de 2011, no Hospital Infantil Municipal Maria Amália Bezerra de Menezes, na cidade de Juazeiro do NorteCE. MÉTODOS: A pesquisa realizada é de natureza retrospectiva e descritiva. Os dados foram obtidos pela
análise das Declarações de Óbito (DO) de crianças menores de um ano de idade no hospital, no período
mencionado, sendo excluídas as das crianças fora da faixa etária estabelecida, DO mal preenchidas e/ou
preenchidas com letra ilegível. RESULTADOS: Os resultados, expostos em tabela e em gráficos,
demonstraram que 55 crianças menores de um ano de idade faleceram no período avaliado, sendo 10 no
componente neonatal e 45 no pós-neonatal. Destas 55 crianças, 35 eram do sexo masculino e outras 20 do
feminino. Dentre as causas que culminaram em suas mortes, foram citadas apenas seis: sepse, CIVD, FMO,
choque hipovolêmico, cardiorrespiratórias e indeterminadas. CONCLUSÃO: Desta forma, conclui-se que é
necessário um maior aporte às instituições de saúde especializadas, com melhorias em recursos humanos
e materiais, além da construção de novos hospitais de referência em saúde infantil. Além disso, as ações
primárias de saúde precisam ser mais valorizadas, pois atuam como detecção precoce dos casos, evitando
consequências maiores, como a morte das crianças.
TL19
PERFIL DO DOADOR RENAL FALECIDO DO ESTADO DO PIAUí NO
PERíODO DE SETEMBRO DE 2000 à JUNHO DE 2010.
Autores: Evda Duarte Feitosa De Sousa Guimarães, Kelly Danielle Silva Vieira, Carlos Renato Sales Bezerra,
Miguel Augusto Arcoverde Nogueira, João Gilson De Jesus Cantuário, Welligton Ribeiro Figueiredo.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial- FACID
Apresentador(a): Kelly Danielle Silva Vieira
INTRODUÇÃO: Os doadores renais falecidos são determinados de acordo com critérios rígidos de controle
e legislação específica, que regulamentam a identificação, avaliação, manutenção do potencial doador e
diagnóstico de morte encefálica, consentimento familiar, retirada e distribuição dos órgãos e tecidos,
transplantes e acompanhamento dos resultados. A caracterização do perfil dos doadores renais, falecidos,
do estado do Piauí fornece informações úteis para determinar novas medidas que visem um maior
aproveitamento do órgão. Dos critérios definidos para o doador ideal, as características abordadas nessa
pesquisa foram: Idade de 40 anos, pertencer a uma etnia não afro-americana, ter creatinina sérica de 1,0
mg/dL, não ter falecido em decorrência de doença cérebro-vascular, ter altura de 170 cm e peso ≥ 80 kg,
ter falecido por morte encefálica, ter sorologia negativa para o HCV. OBJETIVOS: O objetivo da pesquisa foi
identificar o perfil do doador renal falecido no estado do Piauí no período de setembro de 2000 a junho de
2010, estabelecer a relação entre os doadores falecidos do estado do Piauí e doadores a nível nacional,
classificá-los de acordo com os critérios de doador ideal e comparar a quantidade de transplantes renais
30
com doador falecido no Piauí em cada ano por número absoluto. Foi uma pesquisa descritiva,
retrospectiva, quantitativa, realizada na Central de Transplantes do Estado do Piauí. MÉTODOS: Foi
realizado o levantamento de todos os doadores renais, falecidos, do estado do Piauí, no período de
setembro de 2000 à junho de 2010. A amostra foi de sessenta e seis doadores. A coleta de dados foi por
meio de formulário. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a maior parte dos doadores são do
gênero masculino, pardos, idade média de 34 anos, sangue tipo “O” positivo, peso médio de 64 kg, altura
média 163 cm, tempo entre o diagnóstico de morte encefálica e a retirada dos órgãos inferior a 24 horas,
sem parada cardiorrespiratória, com uso de drogas vasoativas, sem infecções, níveis sérios de creatinina e
uréia dentro da faixa aceitável para doação e com sorologias para doenças infectocontagiosas, negativos.
CONCLUSÃO: Concluiu-se que os doadores mantém características semelhantes aos doadores nacionais,
nenhum deles preencheu os critérios de doador ideal e houve uma grande variação no número de
transplantes realizados por ano no Piauí, sendo que esses dados não tiveram correlação com os
transplantes realizados a nível nacional.
TL20
PERFIL DO DOADOR FALECIDO DAS PRIMEIRAS CAPTAÇÕES DE
FíGADO DO ESTADO DO PIAUí PARA TRANSPLANTE
Autores: Kelly Danielle Silva Vieira, Miguel Augusto Arcoverde Nogueira, Carlos Renato Sales Bezerra, João
Gilson De Jesus Cantuário, Evda Duarte Feitoza De Sousa Guimarães, Welligton Ribeiro Figueiredo.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial- FACID
Apresentador(a): Kelly Danielle Silva Vieira
INTRODUÇÃO: Atualmente, o transplante hepático configura-se como principal tratamento para as
doenças hepáticas crônicas e terminais. Devido à crescente necessidade de órgãos, foram criadas
estratégias para aumentar o número de doações e consolidar do transplante hepático como forma segura
e eficaz de tratamento. OBJETIVOS: O objetivo geral desse estudo foi caracterizar o perfil dos doadores
falecidos das primeiras captações de fígado para transplantes do Estado do Piauí e específicos, identificar
as variáveis: idade, gênero, causa da morte encefálica, dias de internação em Unidade de Terapia Intensiva
(UTI), se houve parada cardiorrespiratória, creatinina e sódio séricos, o uso de drogas vasoativas,
sorologias e destino do órgão após a captação. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa documental,
retrospectiva de caráter descritivo e abordagem quantitativa, realizada na Central de Transplantes do
Piauí, com amostra de 13 pacientes que tiveram morte encefálica e foram submetidos à operação para
captação de órgãos com a retirada de fígado, no período de setembro de 2000 à abril de 2013. Os dados
foram coletados por meio de formulário. RESULTADOS: Os resultados mostraram que o doador tem idade
média de 33,1 anos, maioria eram do gênero feminino, que tiveram morte encefálica por traumatismo
crânio-encefálico. Não apresentaram parada cardiorrespiratória, internados em UTI por até cinco dias,
níveis séricos de sódio em média de 155,0 mEq/L, creatinina sérica na média de 1,55 mg/dL, fizeram uso
de drogas vasoativas, os enxertos foram destinados à cidade de Fortaleza, CE na maior parte das vezes.
CONCLUSÃO: Conclui-se que os doadores têm semelhança com o perfil Nacional de doadores (ABTO) e
atendem de forma satisfatória a demanda de potenciais receptores, ao passo que são identificadas
variáveis que podem otimizar a captação dos órgãos. O estudo apresenta-se como um pioneiro,
destacando a situação atual do programa de captação hepática do Estado do Piauí com a documentação
da implementação da equipe de retirada de fígado.
AVALIAÇÃO DAS CAPTAÇÕES DE CÓRNEA REALIZADAS PELO
TL21 BTOC – HGV E AS INDICAÇÕES PARA TRANSPLANTE DE CÓRNEA
NO PERÍODO DE 2008 -2011
Autores: Eduardo Carvalho De Melo, Virgínia Lúcia Bezerra, Renan Bastos Leite, Namir Clementino Santos.
Apresentador(a): Eduardo Carvalho De Melo
31
INTRODUÇÃO: O transplante de córnea é o procedimento de maior sucesso entre os transplantes em
humanos e encontra-se entre os mais realizados em todo o mundo. A boa qualidade da córnea doada e a
adequada conservação desta até sua utilização são de grande importância para o sucesso da cirurgia e
para um bom prognóstico visual. A avaliação da córnea nos bancos de olhos é importante para que o
cirurgião e seu paciente possam contar com um tecido de qualidade e também para minimizar
complicações pós- operatórias. Estudos anteriores em outros bancos de olhos apontam a relação entre a
qualidade das córneas doadas e fatores como idade do doador, tempo de enucleação e tempo de
preservação dos tecidos. OBJETIVOS: Traçar o perfil das doações de córnea obtidas pelo Banco de Tecidos
Oculares do Hospital Getúlio Vargas (BTOC-HGV), avaliar a qualidade do tecido captado e enumerar as
principais indicações de transplante de córnea. Trata-se do primeiro levantamento de dados deste banco
de olhos desde sua inauguração, sendo, portanto, de grande importância para nossa autoavaliação e
conhecimento. MÉTODOS: Estudo retrospectivo das fichas de doadores cadastrados no BTOC-HGV no
período de 2008 a 2011. Foram coletados dados como idade, gênero e causa do óbito do doador, tempo
de enucleação, tempo de preservação, qualidade da córnea doada, causas de descartes e indicações de
transplante de córnea. RESULTADOS: Foram analisadas 311 fichas de doadores de córnea do BTOC-HGV. O
número de doações aumentou de 9 em 2008 para 80 em 2009, 109 em 2010 e 113 em 2011. A maioria dos
doadores era gênero masculino. A média da idade dos doadores foi de 43,00 ± 16,01 anos. A maioria das
córneas transplantadas (78,6%) foi óptica. Foram descartadas 7,16% das córneas ópticas, sendo a maioria
por nova classificação em tectônica e detecção de sorologia positiva. O tempo de enucleação foi de 3,77 ±
2,18 horas e o de preservação foi de 6,86 ± 6,10 horas. No que tange à causa mortis, as mais frequentes
foram causas externas, seguidas por doenças do aparelho circulatório, respiratório, digestivo e
geniturinário. A principal indicação de transplante foi a ceratopatia bolhosa, seguida por ceratocone e
perfuração corneana. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou a existência de associação entre a qualidade
das córneas captadas pelo BTOC e fatores como idade, tempo entre a enucleação e a preservação e causa
do óbito. A principal indicação de transplante foi a ceratopatia bolhosa.
32
33
P01
LúPUS NEONATAL: UM CASO DE AUTOIMUNIDADE NO BINôMIO
MATERNO-FETAL
Autores: Roberta Oriana Assunção Lopes De Sousa, Luiza Sá E Rêgo Tupinambá, Vítor Assunção Da Ponte
Lopes, Ana Clara Mourão Barreto, André Freitas Nunes, Catarina Fernandes Pires
Instituição(ões): Centro Universitário Uninovafapi, Faculdade Integral Diferencial, Universidade Federal Do
Piauí
Apresentador(a): Vítor Assunção Da Ponte Lopes
INTRODUÇÃO: A síndrome do lúpus neonatal (SLN) é uma desordem autoimune rara, caracterizada por
bloqueio cardíaco congênito (BCC) e/ou lesões cutâneas e eventualmente, alterações hematológicas e
hepáticas. Está associada com a presença de autoanticorpos na circulação materno-fetal contra complexos
ribonucleicos SSA/Ro e SSB/La. Ocorre em aproximadamente 1 a 2% dos filhos de mães com doença autoimune, lúpus eritematoso sistêmico (LES) e Síndrome de Sjögren e anti- SSA/Ro e anti-SSB/La. Não há
critério diagnóstico especifico para lúpus neonatal. O diagnóstico de SLN é concedido quando o feto ou
neonato de mãe com anti SSA/Ro e/ou anti SSB/ La, ou possivelmente anti RNP, desenvolve o bloqueio
cardíaco e/ou rash típico, ou manifestações hepáticas e hematológicas na ausência de outra explicação.
RELATO DO CASO: L.V.C., 28 dias, parto cesariana, PN 3285 g, estatura 47 cm, PC: 35 cm. Desde o
nascimento, apresentava lesões eritematosas fotossensíveis em face e couro cabeludo. Pele ressecada
com descamação leve. Lesões orais aftosas. Abdome globoso e hepatoesplenomegalia. Prescrito loção
hidratante e neomicina para as lesões de pele e nistatina para lesões orais, sem melhora clínica. Exames
complementares: Teste do pezinho normal; VDRL não reagente; Hto 24,3; Hb 7,6; leucócitos 6800;
plaquetas 37000; VHS 35; creatinina 0,7; EAS normal; PCR 0,8; glicose 49; AST 657; ALT 327; FA 263; GamaGT 233; ECG taquicardia sinusal, FC 148, eixo elétrico desviado para direita, pequeno atraso da condução
intraventricular. Ecocardiograma normal; FAN 1:640 padrão nuclear pontilhado; anti-SSA (Ro) reagente;
anti-RNP não reagente; anti-SSB(La) não reagente. Mãe com 30 anos, portadora de LES. Realizou 7
consultas de pré natal, G3P2A1, óbito de filho RN aos 8 meses. Usando prednisolona 10 mg em dias
alternados, suspensos MTX e hidroxicloroquina durante a gestação. Exames maternos: Hep2 1:640 padrão
nuclear pontilhado grosso; anti-SSA/Ro reagente superior a 240; anti-RNP reagente 210; anti-ENA painel
reagente; anti-SSB não reagente; anti-SM não reagente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A SLN é uma condição
grave, mas potencialmente tratável. A ocorrência de gravidez na mulher com SSA/Ro e/ou SSB/La positivos
impõe rastreamento dessa síndrome tanto no período pré-natal como neonatal. O RN acometido deverá
ser tratado e acompanhado criteriosamente.
P02
SILICOESCLERODERMIA COM MASSAS PSEUDOTUMORAIS:
RELATO DE CASO
Autores: Ruggeri Bezerra Guimarães, Hudson Jordão Ribeiro Melo, João Pinto Da Silva Neto, Alessandra
Carvalho De Oliveira, Amanda Gualberto Carvalho, Maria Do Socorro Teixeira Moreira Almeida.
Apresentador(a): João Pinto Da Silva Neto
INTRODUÇÃO: A silicoesclerodermia ou síndrome de Erasmus é uma afecção rara caracterizada pela
associação de esclerose sistêmica (ES) e exposição à sílica com ou sem silicose. Apesar da ES acometer,
sobretudo, mulheres, a silicoesclerodermia é mais frequente em homens. Tanto a ES quanto a silicose
estão relacionadas a um maior risco de câncer. RELATO DE CASO: Paciente de 55 anos, sexo masculino, exlavrador, carvoeiro ocasional, com histórico de cavação de poço há 30 anos, procedente de Sigefredo
Pacheco-PI, relatou artralgia simétrica nas extremidades distais dos membros há 4 anos, a qual se
estendeu para todas as articulações apendiculares, associada a espessamento da pele com limitação de
movimentos. Referiu ainda episódios de dispneia de início há 25 anos, tosse crônica produtiva, disfagia,
pirose e dor pleurítica e fenômeno de Raynaud desencadeados pelo frio. Ao exame físico, fácies
esclerodérmica com lesões hipocrômicas difusas também presentes nas mãos, nas pernas, no couro
34
cabeludo e nas orelhas. Observaram-se esclerodactilia, pontos de calcinose nas orelhas e ulcerações na
perna e no 2º quirodáctilo esquerdos. Tais achados preenchem os critérios clínicos para o diagnóstico de
ES. Na avaliação de comprometimento visceral, a radiografia de tórax apontou opacidades mal delimitadas
nos lobos pulmonares superiores e a tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) de tórax
evidenciou, nessa mesma topografia, massas de contornos irregulares, com densidade de partes moles,
associadas a discretas bronquiectasias de tração, além de linfonodos calcificados uniformemente e em
casca-de-ovo. Realizou-se biópsia percutânea orientada por TCAR das referidas massas. Os achados
histopatológicos foram compatíveis com silicose, embora fossem atípicos. A associação dos citados
achados a uma história de exposição à sílica permitiu o estabelecimento do diagnóstico de silicose.
Instituiu-se, então, o tratamento com pulsoterapia com xilocaína 2% e ciclofosfamida. O paciente evoluiu
com melhora das artralgias. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este relato demonstra a importância da procura de
uma história de exposição à sílica nos casos de ES com acometimento pulmonar e da realização de
diagnóstico diferencial com câncer nos casos de silicose com massas conglomeradas. Pacientes com a
referida condição requerem um regular acompanhamento clínico e radiológico, em virtude do elevado
risco de desenvolvimento de câncer.
ANáLISE DO PADRãO ELETROCARDIOGRáFICO EM PACIENTES COM
P03 ESCLERODERMIA
Autores: Lucas Garibald De Deus Sousa, Jeânley Vieira Da Silva, Rayra Gomes Ribeiro, José Salomão
Budaruíche , Maria Do Socorro Teixeira Moreira Almeida, Carlos Eduardo Batista De Lima. Instituição(ões):
Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Lucas Garibald De Deus Sousa
INTRODUÇÃO: A esclerodermia é uma doença do tecido conjuntivo, caracterizada pelo acúmulo de
colágeno na pele, subcutâneo, músculos, sinóvia, artérias e órgãos internos, causando alterações
vasculares (microangiopatia), degenerativas e fibróticas. O envolvimento cardíaco está relacionado com
maior mortalidade nesses pacientes, sendo escassas as informações sobre presença de alterações
eletrocardiográficas (ECG) nessa população. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de alterações ECG basais em
pacientes com Esclerodermia. MÉTODOS: Neste estudo observacional transversal foram incluídos os
pacientes com esclerodermia atendidos no Hospital Getúlio Vargas em Teresina-PI no período entre junho
de 2008 a maio de 2013, de acordo com os termos de consentimento do protocolo aprovado pelo comitê
de ética do hospital sob o número 23111.014057/2013-67. Os padrões ECG foram caracterizados
conforme as recomendações da sociedade Brasileira de Cardiologia. Foram analisados padrões de traçados
ECG como normal, sem alterações expressivas e anormais como distúrbios de condução pelo ramo
esquerdo ou direito (DCRE ou DCRD), alterações segmentares com áreas eletricamente inativas (AEI), baixa
voltagem do QRS, alterações difusas de repolarização ventricular (ADRV) e arritmias. Para análise dos
dados foram empregados análise estatística descritiva e testes t de student ou qui-quadrado. Resultados:
Dentre 58 pacientes com esclerodermia, foram revisados prontuários de 46 pacientes. Em 11 casos o ECG
foi normal, anormal em 19 e não disponível em 16 prontuários. Os 30 pacientes com ECG avaliados eram
predominantemente do sexo feminino (96,6%) e o ECG foi anormal em 63,3% desses casos. Foi observado
presença de arritmias em 8 pacientes (26,6%), sendo taquicardia sinusal em 4, bradicardia sinusal em 2 e
extrassístoles ventriculares em 2 pacientes. Quatro pacientes (13,3%) apresentaram ADRV, DC
intraventricular foi observado em 10 pacientes (33,3%, sendo 4 com DCRD e 6 com DCRE) e AEI foi
observada em 8 casos (26,6%) sendo AEI anterosseptal em 5 e inferior em 3 pacientes. CONCLUSÕES: a
prevalência de alterações ECG nessa população de pacientes com esclerodermia foi elevada. Os distúrbios
de condução intraventriculares pelo feixe de His foram os mais prevalentes seguidos por presença de
arritmias cardíacas e zonas ECG inativas. Esses achados podem sugerir a importância da avaliação
cardiológica no seguimento e tratamento mais adequado destes pacientes.
35
RELAÇÃO ENTRE PRURIDO E AS CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE
P04 CÁLCIO, FÓSFORO, PARATORMÔNIO EM PACIENTES SUBMETIDOS
À HEMODIÁLISE
Autores: Máximo Peixoto Rocha Neto, Anna Alzira Macau Furtado Ferreira, Luiz Euripedes Almondes
Santana Lemos, Leon Marques Barbosa, Rosana Celia Noleto Magalhaes, Lucielma Salmito Soares Pinto
Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
Apresentador(a): Máximo Peixoto Rocha
Neto Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO:A prevalência de manifestações mucocutâneas é elevada entre pacientes com doença renal
em estágio terminal submetidos a hemodiálise, sendo o prurido o sintoma mais frequente nesses
pacientes, com prevalência variável entre 19% e 90%.Sua fisiopatologia permanece desconhecida,
acreditando-se ser multifatorial, entretanto, recentes estudos tentam relacionar alterações dos
marcadores do metabolismo ósseo a maior ocorrência de prurido. OBJETIVOS: Avaliar a associação entre
prurido e as concentrações séricas de cálcio (Ca), fósforo (P), paratormônio (PTH) e o produto cálcio e
fósforo (Ca*P) em pacientes com doença renal crônica submetidos a hemodiálise. MÉTODOS: Realizou-se
um estudo descritivo, observacional e transversal, com 77 pacientes submetidos a hemodiálise em um
centro de terapia renal em Timon-MA, no período de janeiro a dezembro de 2010. As informações
pessoais e os dados laboratoriais foram obtidos por meio dos prontuários, e os dados clínicos foram
obtidos por entrevista e analisados pelo software SPSS-21. Adotou-se nível de significância de
5%.RESULTADOS:Dos 77 pacientes abordados, 53,25% eram homens com idade media de 51,37 anos. O
prurido foi descrito por 48,65% dos pacientes, sendo mais prevalente entre os indivíduos mais idosos, a
partir dos 56 anos, e entre mulheres. Apesar de um maior número de pacientes com prurido apresentar
alterações nos valores séricos de Ca, P e Ca*P, não observaram-se diferenças estatisticamente
significantes entre os grupos com ou sem prurido. O PTH mostrou-se alterado na maioria dos pacientes
incluídos no estudo, não resultando em associação positiva com o prurido. CONCLUSÃO: Embora algumas
pesquisas venham tentando relacionar discrepâncias nos valores de PTH, Ca, P e Ca*P ao prurido, esta
associação não está tão clara, conforme observado no presente estudo em que não se pôde comprovar tal
associação. Entretanto, pode-se concluir que o prurido é uma sintomatologia frequente, podendo afetar
grande parte dos pacientes hemodiáliticos e alterar significativamente a sua qualidade de vida, desta
forma, é importante que mais estudos sejam feitos no sentido de elucidar a sua fisiopatologia e melhorar a
abordagem desta condição.
P05
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HEPATITES VIRAIS
NO MUNICÍPIO DE CAXIAS - MA
Autores: Dandara Manuelle Matos Leite Sobral, Iago Carvalho Rezende Pacheco, Laís Silva Fernandes, Lis
Coelho Fortes, Sinara Meneses Ferreira, Irene Sousa Da Silva.
Instituição(ões): Universidade Estadual Do Maranhão (UEMA)
Apresentador(a): Lis Coelho Fortes
INTRODUÇÃO: As hepatites virais constituem grave problema de saúde pública, apresentando variações
importantes de incidência e prevalência, de acordo com a região geográfica. São provocadas por agentes
etiológicos diversos, sendo mais comuns os vírus denominados A, B, C, D, E, F, e G, que agem em células
do fígado e podem provocar distintos quadros clínicos. Observa-se grande relevância na ciência
epidemiológica quanto à pessoa, agente etiológico, tempo e lugar em pacientes com hepatite visando à
prevenção e promoção da saúde populacional. OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico de pacientes com
hepatites virais registrados pelo SUS no município de Caxias - MA. MÉTODOS: Estudo de prevalência,
descritivo e com coleta retrospectiva envolvendo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN). Coletou-se características previamente selecionadas de cada caso de hepatite confirmado e
registrado entre janeiro de 2008 a dezembro de 2012. Os dados obtidos foram exportados para o
36
programa Microsoft Excel versão 2010 e Microsoft Word versão 2013 e, assim, analisados. RESULTADOS:
No intervalo temporal estabelecido confirmou-se 708 casos de hepatites no município, ocorrendo
aproximadamente 70% destes entre 2009 e 2011. Os indivíduos acometidos eram, prevalentemente,
homens (51,83%), pardos (67,65%) e com nível de escolaridade da 1ª a 4ª série incompleta (23,5%),
residentes no centro urbano (77,4%), incluídos na faixa entre os 13 e 59 anos, aqui definida como adulta
(64,6%). A maioria dos pacientes representados no estudo (78,24%) ignorou o questionamento sobre a
última relação sexual e em 82,87% dos casos analisados não houve rastreio de marcadores indicativos das
Hepatites Virais, priorizando-se diagnósticos clínicos. CONCLUSÃO: A formulação de um perfil de pacientes
com hepatites virais propicia maior eficácia na gestão de enfrentamento do problema, promove acesso a
serviços qualificados de atenção em saúde e estimula a participação e articulação social. Viabilizando,
assim, declínio nos índices epidemiológicos apresentados.
P06 DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL:
REGISTRO DE CASOS AGUDOS NO PERÍODO DE 2007 A 2011
Autores: Dandara Manuelle Matos Leite Sobral, Iago Carvalho Rezende Pacheco, Laís Silva Fernandes, Lis
Coelho Fortes, Maria Eduarda Pires De Moura, Sinésio Torres Junior.
Apresentador(a): Lis Coelho Fortes
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde (OMS) indicava que são estimados de 12-14 milhões de
indivíduos infectados pela doença de Chagas na América Latina. No Estado do Maranhão, esta doença não
apresenta o padrão clássico de transmissão endêmica. No entanto, o inquérito entomológico prévio
constata altos índices de infecção natural dos vetores e casos agudos têm sido registrados nas últimas
décadas. As condições sócio-demográficas e ambientais envolvidas no surgimento da doença aguda, em
um estado considerado não endêmico para a doença como o Maranhão, demonstra à necessidade de
conhecimento da prevalência e incidência mais precisas da doença. OBJETIVO: Avaliar as condições sóciodemográficas e ambientais envolvidas na transmissão da doença de Chagas no estado do Maranhão.
MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com análise quantitativa de dados de casos
agudos da doença em questão (N=31 casos) de 2007 a 2011. Os dados relacionados aos pacientes foram
obtidos do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. RESULTADOS: Entre
2007 a 2011, foram notificados 31 casos agudos de doença de Chagas no Maranhão. Nos pacientes com
diagnostico confirmado, prevaleceu aqueles com critérios de diagnósticos laboratoriais (93,5%), com local
provável de infecção não determinado (61,29%) e modo de infecção por via oral (64,51%). O sexo
masculino foi acometido em 64,51% dos casos, na faixa etária de 20 a 39 anos (32,25%) e que não possui
nenhum nível de escolaridade (80,6%). Foi possível, também, avaliar a evolução da doença, que
apresentou dados positivos visto que 80,6% dos pacientes encontram-se vivos. CONCLUSÃO: A prevalência
de Doença de Chagas Aguda no Maranhão foi observada em pacientes masculinos entre 20 a 39 anos e
que não possuíam nenhum nível de escolaridade. Verificou-se também maior quantidade de casos de
infecção por via oral, com diagnóstico da infecção por via laboratorial e que se apresentavam vivos com a
evolução da doença.
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS PACIENTES PORTADORES DE
P07 INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA QUE REALIZAM HEMODIÁLISE NO
MUNICÍPIO DE CAXIAS
Autores: Isadora Maria Silva Santos, Rayza Sousa Mendes, Larissa Dias Serra, Irene Sousa Da Silva
Instituição(ões): Universidade Estadual Do Maranhão
Apresentador(a): Isadora Maria Silva Santos
INTRODUÇÃO: Insuficiência renal crônica (IRC) caracteriza-se pela perturbação persistente da função
37
renal, em que os rins são incapazes de exercer suas atividades normalmente. Por ser uma doença crônica,
seu tratamento requer cuidados especias no dia a dia, visando afastar todos os fatores que podem
complicar o prognóstico. A IRC tem recebido cada vez mais atenção da comunidade científica
internacional, já que sua elevada prevalência vem sendo demonstrada em estudos recentes. A hemodiálise
é uma medida usada no tratamento dessa enfermidade, tanto a IRC como seu tratamento altera a rotina
do paciente e de seus familiares. A análise desses pacientes possibilita conhecer o perfil dos pacientes
atingidos por essa patologia, permitindo a criação de políticas públicas que visem reduzir as repercussões
dessa doença e da hemodiálise no âmbito pessoal, familiar e social. OBJETIVO: analisar a epidemiologia da
insuficiência renal crônica em pacientes que realizam hemodiálise em Caxias- MA. MÉTODOS: Trata-se de
um estudo descritivo, prospectivo, com análise quantitativa de dados. Para isso, após a pesquisa ter
passado pelo comitê de ética, foram aplicados questionários semi-abertos aos pacientes, após assinarem o
TCLE. A aplicação dos questionários foi realizada no centro de referência em hemodiálise, localizado em
Caxias, que atende a população do leste maranhense. RESULTADOS: Foram entrevistados 40 pacientes em
tratamento hemodialítico, com idades entre 25 e 71 anos, sendo 55% do sexo masculino e 45% do sexo
feminino; 45% declararam-se de cor negra; 55% solteiros; 60% possuíam ensino fundamental e 10% não
tinha nenhuma formação estudantil. A faixa etária em que observou-se maior prevalência foi entre 25-35
anos com frequência de 45%, já a menor prevalência (30%) foi entre 51-75 anos de idade. 85% desse
pacientes tem a renda equivalente a um salário mínimo, 10% não possuem nenhuma fonte de renda e 5%
recebem mais de dois salários mínimos. CONCLUSÃO: Através do estudo com pacientes portadores de IRC
que fazem hemodiálise no município de Caxias, observou-se que essa doença, nessa cidade, está
relacionada ao baixo nível de escolaridade, a hipossuficiência financeira, apresentando maior prevalência
entre pacientes mais jovens.
P08
CÂNCER DE MAMA NO HOMEM: ANáLISE DOS
EPIDEMIOLóGICOS, CLíNICOS E TERAPêUTICOS EM
FORMAL BRASILEIRO
ASPECTOS
SERVIçO
Autores: Raimundo Jovita De Arruda Bonfim, Vicktor Bruno Pereira Pinto, Almir José Guimarães Gouveia,
Carlos Alberto Rosado Da Silva Filho, Flávia Castello Branco Vidal, Maria Do Desterro Soares Brandão
Nascimento.
Apresentador(a): Vicktor Bruno Pereira Pinto
INTRODUÇÃO: O câncer de mama em homem é uma doença rara, apresentando baixa frequência 0,2%
entre todos os cânceres, e cerca de 1% entre os tumores malignos que comprometem o homem cuja
incidência aumenta com a idade, havendo predomínio entre a sexta e sétima década de vida. A proporção
é de que a cada 150 mulheres diagnosticadas com câncer de mama haja um caso no gênero
masculino. OBJETIVOS: Descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e terapêuticos do câncer de mama
no homem em serviço habilitado pelo SUS. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo descritiva de prontuários
coletados nos arquivos do Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Bello (IMOAB) em São Luís,
Maranhão, no período compreendido de 2000 a 2011. Incluíram-se os pacientes do gênero masculino na
faixa etária de 43-95 anos. Extraiu-se dados sóciodemográficos, clínicos e terapêuticos, destacando-se, os
laudos histopatológicos e o perfil imunohistoquímico. RESULTADOS: A análise dos casos permitiu
estabelecer o conhecimento da demografia, estadiamento clínico e da conduta terapêutica realizada nos
pacientes. A média de idade calculada foi de 66,4 anos e a mediana de 66,5 anos, sendo que a maioria dos
casos em estudo compreendeu a faixa etária entre 61-75 anos, casados, analfabetos, lavradores,
procedentes do interior do Maranhão (62,50%), principalmente originários dos municípios: Buriticupu,
Esperantinópolis, Morros Peri-Mirim, Pio XII, São Bento, São José de Ribamar, São Mateus e Vitória do
Mearim. O tumor localizou-se preferencialmente na região retroareolar de ambas as mamas, medindo
entre a 1,5 - 17 cm de diâmetro. O tipo histológico mostrou predominância de carcinoma ductal infiltrante
(75,00%), carcinoma papilífero 6,25% e leiomiossarcoma 6,25%. O grau histológico moderado (62,50%) foi
o mais frequente. A maioria dos pacientes (56,25%) encontrava-se em estadiamentos iniciais (I – 6,25%,
38
IIA -25,00%; e IIB - 25,00%), seguindo-se o IV (18,75%). Evidenciou-se que 81,25% foram submetidos ao
tratamento cirúrgico por mastectomia radical e subsequente radioterapia, quimioterapia e
hormonioterapia. CONCLUSÃO: Demonstra-se uma frequência baixa da doença no homem, ressaltando-se
o diagnóstico de mais da metade dos casos de câncer em estadiamentos iniciais, permitindo assim, uma
sobrevida maior. Além disso, o serviço habilitado pelo SUS está apenas na capital do Estado, sendo
longínquo dos municípios de origem dos homens denotando-se a identificação da doença tardiamente.
P09
ESTUDO DO TEMPO MÉDIO DE INTERNAÇÃO DE PACIENTES COM
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
Autores: Maria Cristina Portela Barros, Joara Rodrigues Evangelista, Dalila Iari Silva Barbosa, Rodrigo
Santos De Norões Ramos.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial (FACID)
Apresentador(a): Maria Cristina Portela Barros
INTRODUÇÃO: O tromboembolismo venoso (TEV) é uma doença constituída de duas condições: a
trombose venosa profunda (TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP). A TVP caracteriza-se por
formação aguda de trombos em veias do sistema venoso profundo, possuindo alta prevalência e
ocorrendo, como complicação de outros processos patológicos como as neoplasias e o pós-operatório de
grandes cirurgias. OBJETIVOS: Identificar o tempo médio de internação dos pacientes com TVP em uso de
Warfarin. Definir quais fatores influenciam no prolongamento da estada dos pacientes em ambiente
hospitalar.METODOLOGIA: Estudo analítico; de análise documental retrospectiva. Os dados são
provenientes dos prontuários médicos dos pacientes internados em um hospital público terciário de
Teresina – Piauí, no período de agosto de 2011 a de agosto de 2012, a coleta somente iniciou - se após a
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Integral Diferencial e da fiel depositária dos
prontuários, e foi realizada através de um formulário que continha diversas variáveis. Os dados foram
analisados no software SPSS 20.0 tendo sido realizado o Teste Qui quadrado e freqüências absolutas e
relativas. RESULTADOS: A amostra é composta por 67 pacientes, sendo 48 do gênero feminino (72%) e 19
do masculino (28%). O tempo médio de internação de pacientes com TVP internados neste hospital foi de
9 dias, variando de 3 a 20 dias. Os fatores de risco envolvidos na gênese da TVP mais prevalentes nessa
amostra foram cirurgia e neoplasia, tendo este último apresentado significância estatística (p < 0,05),
tendo atuado no prolongando da estada dos pacientes. Dos casos de neoplasia 4 eram de câncer do colo
do útero (57,1%), 1 de câncer de pâncreas, 1 de câncer renal e 1 de câncer vesical. CONCLUSÃO: O tempo
médio de internação de pacientes com TVP internados no Hospital do estudo para tratamento desta
patologia com AVK é de 9 dias, sendo que os pacientes que possuíam a associação de TVP e neoplasia
tiveram sua estada hospitalar prolongada.
P10
ABSCESSO DE ILIOPSOAS: RELATO DE CASO
Autores: Gregory Ramon Bandeira Da Silva, Edson Santos Ferreira Filho, Ronaldo Modesto De Souza Filho,
Flavio Willamis F Melo Junior, Fabrizio Freitas Nunes, Catarina Fernandes Pires
Apresentador(a): Gregory Ramon Bandeira Da Silva
INTRODUÇÃO: As dores agudas e crônicas no quadril são queixas comuns em crianças e podem
representar diversas doenças. Dentre elas temos o abscesso de Iliopsoas, que, assim como a síndrome
DRESS (drug rash with eosinophilia and systemic symptoms) é rara na faixa etária pediátrica. RELATO DO
CASO: São casos de abscesso de Iliopsoas diagnosticados no Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP)Teresina-PI. Caso 1- paciente, masculino, 14 anos, procedente de Teresina-PI. Foi encaminhado ao HILP
com febre, icterícia, artralgia coxo-femoral esquerda, colúria e hipocolia fecal. Sugeriu-se processo
inflamatório, osteomielite e hepatomegalia. Realizou-se os exames laboratoriais para hepatites, EpsteinBarr e
Anticorpos para investigação de Lupus Eritematoso Sistêmico, todos não reagentes. Com
39
ressonância magnética observou-se comprometimento de partes moles do íleo esquerdo, determinando o
diagnostico. Instituiu-se a terapia com oxacilina por 18 dias. Paciente apresentou rash cutânea, febre e
exantema difuso e a medicação foi trocada por vancomicina por 12 dias. No momento da alta o paciente
apresenta-se assintomático. Caso 2- Paciente, 8 anos, masculino, natural e procedente de Batalha – PI.
Apresentou artralgia coxofemoral esquerda, limitada deambulação, edema e febre vespertina. Foi
transferido ao HILP, já em uso de ceftriaxona e oxacilina. Apresentava-se hipocorado com
linfonodomegalia em cadeia cervical e inguinal, dor à palpação do trocânter menor do fêmur e limitada
extensão do membro inferior. Com a ressonância magnética do quadril diagnosticou-se abscesso de
íliopsoas. Iniciou-se tratamento conservador com ceftriaxona e oxacilina. Durante a terceira semana
apresentou febre, vômitos e queda do estado geral. Manifestou rash cutâneo não pruriginoso e
linfonodomegalia. A marcada eosinofilia e o exantema com uso de oxacilina indicaram a possibilidade de
síndrome DRESS. Suspendeu-se a oxacilina e introduziu-se a vancomicina, manteve-se a ceftriaxona e
acrescentou-se dexclorfeniramina. Evoluiu com melhora das manifestações e involução do abscesso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A síndrome DRESS se desenvolve duas a seis semanas após a introdução do
medicamento. Há relatos de diversas drogas desencadeadoras, sobretudo, anticonvulsivantes aromáticos
e sulfonamidas. As lesões cutâneas são as mais comum. Neste caso, as manifestações iniciaram na terceira
semana, desencadeada pela oxacilina, o que torna ainda mais peculiar o caso relatado .
P11
ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO EM RATTUS
NORVEGICUS APÓS INGESTÃO DE LEITE BOVINO CONTENDO SODA
CÁUSTICA (NAOH)
Autores: Antonio Jean André Da Silva, Kárytta Da Silva Ramos, Thaís Ferreira Alexandria, Felipe Leal Ayres,
Jefferson Mesquita Da Silva, Rosânia Maria De Araújo Oliveira.
Instituição(ões): UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Antonio Jean André Da Silva
INTRODUÇÃO: A soda cáustica é a substância mais frequentemente adicionada ao leite longa vida para
aumentar oprazo de conservação, já que o leite se torna ácido ao se deteriorar e a soda cáustica, por ser
alcalina, neutraliza a acidez. OBJETIVO: Avaliar as alterações no equilíbrio ácido-básico determinadas pela
ingestão de soda cáustica em leite bovino em Rattus norvegicus. MÉTODOS: Trata-se de um estudo
quantitativo experimental. Foram utilizados 32 ratos albinos da linhagem Wistar da espécie Rattus
norvegicus, distribuídos em quatro grupos de 8 animais cada, denominados de controle, G1, G2 e G3, que
receberam, respectivamente, água destilada; leite contendo hidróxido de sódio (NaOH) na concentração
de 0,18 mg/mL; 0,36 mg/mL e 0,72 mg/mL, duas vezes ao dia durante cinco dias, através de um cateter
orogástrico. Decorrido esse tempo, foram colhidas amostras de sangue do plexo ocular para a realização
de gasometria venosa. RESULTADOS: Na gasometria venosa, o pH e a SatO2 tiveram valores menos ácidos
nos grupos G1, G2 e G3, do que no controle (p<0,025). A PO2 foi cerca de quatro vezes maior nos grupos
G1 e G3 do que no grupo controle e no grupo G2 (p<0,025). A PCO2 possuiu valor maior no grupo controle
do que nos demais grupos (p<0,025). O grupo G2 e o G3 tiveram valor médio de BE (Base Excess) em torno
de 11 e 9,5 vezes, respectivamente, maior que o BE do controle (p>0,05). CONCLUSÃO: Demonstrou-se
que a ingestão de soda cáustica em leite bovino, mesmo em pequenas concentrações, pode ocasionar
alcalose metabólica e suprimir a SatO2 em animais da espécie Rattus norvegicus.
P12
SENSIBILIZAÇÃO POR FUNGOS DO AR EM PACIENTES COM ASMA E
RINITE/SINUSITE DE UM SERVIÇO EM SÃO LUÍS - MA
Autores: Geusa Felipa De Barros Bezerra, Marcos Antonio Custódio Neto Da Silva, Rebeca Costa Castelo
Branco, Crislâine Andrade Borges, Graça Maria De Castro Viana, Maria Do Desterro Soares Brandão
Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Maranhão (UFMA)
Apresentador(a): Marcos Antonio Custódio Neto Da Silva
40
INTRODUÇÃO: As alergias respiratórias estão cada vez mais frequentes, principalmente em relação aos
estudos de asma e rinite. As manifestações alérgicas são provocadas pela produção de anticorpos IgE
específicos para alérgenos inalantes, como os fungos do ar. O diagnóstico das alergias é feito com a
história clínica, o exame físico e a investigação da IgE específica a alérgenos. OBJETIVO: Analisar as
concentrações séricas de IgE específica a fungos do ar em pacientes com diagnóstico clínico de asma e
rinite/sinusite. MÉTODOS: Estudou-se 158 pacientes cadastrados no Programa de Apoio ao Paciente
Asmático (PAPA) do HUUFMA e 20 controles. Levantou-se por meio de ficha-protocolo os dados clínicos no
período de 2007 a 2008. Utilizou-se o teste de ELISA para quantificar os níveis de IgE total e IgE específica
para fungos do ar. A análise estatística foi realizada com auxílio do programa de computador Stata/SE 9.0
for Windows. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HUUFMA, sob
parecer consubstanciado de Nº. 406/06. RESULTADOS: Estudou-se 158 pacientes com diagnóstico de
asma, sendo que 71 destes eram portadores simultaneamente de rinite e 32 de sinusite. Havia
predominância do gênero feminino (120/158; 75,9%) e de residentes da zona urbana (112/158; 70,9%). Os
principais sintomas relatados eram dispnéia, tosse, chiado no peito e obstrução nasal. Observou-se relação
estatisticamente relevante entre dispnéia e soropositividade a Fusarium (p = 0,01) e a Penicillium (p =
0,005), e entre tosse e soropositividade a Aspergillus (p = 0,007). Havia maior sensibilização a fungos entre
os casos, com diferença estatisticamente significativa. A soropositividade para IgE anti-Penicillium nos
indivíduos estudados era a maior. Os soporopositivos para IgE específica dos alérgenos referentes aos 4
gêneros de fungos eram predominantemente da Zona Leste do município de São Luís - MA. A maior parte
dos doentes tinha asma persistente moderada e num nível controlado. Rinite e sinusite estavam presentes
em 44,9% e 20,2% dos doentes, respectivamente. CONCLUSÕES: As soropositividades para IgE antiPenicillium (79,7%) e IgE anti-Fusarium(77,8%) nos indivíduos com asma e rinite/sinusite eram as mais
expressivas. A sensibilização a fungos era maior em indivíduos sintomáticos. A identificação de alérgenos
ambientais é fundamental para o diagnóstico de alergia respiratória.
P13
EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO DE ÁLCOOL ETÍLICO E BEBIDA
ENERGÉTICA NA FUNÇÃO HEPÁTICA, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE,
PERFIL LIPÍDICO E PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA EM RATOS
Autores: Paulo Humberto Moreira Nunes, Anderson Mendes Garcez, James Frederico Rocha Pacheco,
Lucas Lemos Silva Maia, Manoela Carine Lima De Freitas, Maria Do Carmo De Carvalho E Martins.
Instituição(ões): UFPI
Apresentador(a): Anderson Mendes Garcez
INTRODUÇÃO: O consumo combinado de bebidas alcoólicas com energéticos tem crescido. Há
divergências quanto às interações dos componentes dessas bebidas e de suas repercussões em
parâmetros fisiológicos. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do uso de etanol e bebida energética na função
hepática, perfil lipídico e estresse oxidativo em ratos. METODOLOGIA: Ratos Wistar, machos, adultos,
foram distribuídos em 4 grupos de 7 animais e tratados via oral por 30 dias com NaCl 0,9% (controle-C),
etanol (1 g/kg-A), bebida energética (7 mL/kg-E; equivalente a 2 latas de energético/70 kg) ou
etanol+energético (AE). Parâmetros avaliados: peso corporal ao longo do experimento; níveis séricos de
fosfatase alcalina (FA), AST, ALT, proteínas totais (PT), albumina (Alb), bilirrubina (Bb), colesterol total (CT),
HDL colesterol (HDLc) e triglicérides(TG); malondialdeído (MDA) no plasma; peso do fígado; e grupos
sulfidrílicos não proteicos (GSHNP), MDA e atividade da catalase (CAT) no tecido hepático. Comparação
entre grupos por ANOVA e teste de Tukey. Trabalho aprovado no CEEA/UFPI-085/12.RESULTADOS: FA foi
significativamente menor (p<0,05) em E (94,0±15,5) em relação a C (159,6±16,9), mas não quando
comparado com A (157,7±18,6) e AE (140,3±8,1). Bb direta foi maior (p<0,05) em AE (0,4±0,03) comparada
com E (0,27±0,002), enquanto A apresentou Bb indireta (0,042±0,003) maior (p<0,05) em relação a C
(0,027±0,002) e AE (0,028±0,003), e Bb total (0,75±0,03) maior (p<0,05) comparada com C (0,59±0,03). AE
apresentou GSHNP (279,3±13,1) maior (p<0,05) que C (230,5±21,8), E (223,5±15,2) e A (202,7±15,5). ALT
41
de AE foi maior (66,0±2,7; p<0,05) em relação a E (49,0±4,9). AE apresentou CT (90,8±7,1) e LDLc
(48,9±8,2) maiores (p<0,05) que C (CT: 63,65±4,72; LDLc: 23,45±3,89), sem diferenças em relação a A (CT:
76,69± 2,94; LDLc: 23,45±3,89) e E (CT: 72,70±6,22; LDLc: 38,72±7,99). O ganho de peso foi menor (p<0,05)
em A (41,0±6,7) do que em C (52,57±4,47), não havendo diferenças entre C, E (61,25±8,03) e AE
(67,0±5,7). Não houve diferenças entre os grupos quanto a AST, PT, Alb, MDA, HDLc, TG, CAT e peso
relativo do fígado. CONCLUSÃO: A combinação de etanol e energético não alterou a peroxidação lipídica
no plasma ou no tecido hepático, mas aumentou a colesterolemia e reverteu a perda de peso induzida
pelo etanol. O aumento de GSHNP indica que a combinação dessas bebidas parece contribuir para
aumentar a atividade antioxidante no fígado.
EFEITO DE EXTRATO ETANÓLICO DE HANCORNIA SPECIOSA GOMES
P14 SOBRE A CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERAS CUTÂNEAS EM RATTUS
NORVEGICUS
Autores: Rayra Pureza Teixeira Barbosa, Haline Lacerda Magalhães, Amanda Mota Da Silva, Ariane Leal
Rodrigues, Moisés Santos De Sousa, Maria Do Carmo De Carvalho E Martins
INTRODUÇÃO: As cascas e folhas de mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) são usadas na medicina
popular no tratamento de úlceras cutâneas e de inflamações. OBJETIVOS: Avaliar a ação do extrato
etanólico de folhas de Hancornia speciosa Gomes (EEHS) na cicatrização de feridas cutâneas em ratos.
MÉTODOS: Estudo experimental utilizando Rattus norvegicus machos, adultos, divididos aleatoriamente
em quatro grupos de sete animais e tratados com: 1. aplicação tópica de EEHS 100 mg/mL (EEHS100); 2.
EEHS 50 mg/mL (EEHS50); 3. pomada contendo fibronolisina, desoxirribonuclease e cloranfenicol (Fibrase);
2
e 4. solução salina 0,9% (controle-GC). Ferida de 1 cm foi produzida na região lateral da linha média
dorsal dos animais sob anestesia por via intraperitoneal com solução composta por cetamina 40mg/kg e
xilazina 5mg/kg. O tratamento foi iniciado imediatamente após a cirurgia, uma vez ao dia, e realizado
durante sete dias. A avaliação da cicatrização foi baseada na análise clínica, medida da área da lesão e na
análise histopatológica. A análise estatística foi realizada por ANOVA e teste Tukey. Trabalho aprovado
pelo CEP/NOVAFAPI – 0003/12. RESULTADOS: Não foram observadas diferenças estatisticamente
significativas entre os grupos nas áreas das ferida após 4 dias. Entretanto, após 8 dias de tratamento as
médias das áreas da lesão cutânea nos grupos EEHS100 e EHS50 foram significativamente maiores
(p<0,05) quando comparadas com GC e Fibrase. A Análise clínica evidenciou presença de hemorragia
apenas em um animal do grupo. Maiores proporções de edema na região da lesão foram encontradas em
EEHS100, enquanto nenhum animal de GC apresentou edema. Na Análise histopatológica maiores
percentuais de neovascularização, re-epitelização e presença de polimorfonucleares foram encontradas
em GC, seguido do grupo Fibrase. A proporção de lesões com neovascularização foi baixa em EEHS50. Não
foi observada presença de re-epitelização EEHS100 e EEHS50. Maior proporção de lesões em que foi
identificada proliferação fibroblástica foi encontrada em GC, e a menor no grupo Fibrase. Não houve
diferenças entre os grupos quanto à presença de fibras colágenas. Edema ocorreu em proporções
semelhantes entre os grupos, exceto GC, que apresentou as menores taxas. CONCLUSÃO: O extrato
etanólico da Hancornia speciosa Gomes, nas doses e tempos de observação aqui utilizados, não
apresentou efeito cicatrizante sobre úlceras cutâneas.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO MÉDICO NA
P15 PERSPECTIVA DO PACIENTE: COMPARAÇÃO ENTRE CLÍNICA
CONVENCIONAL E CLÍNICA ESCOLA
Autores: Rafaella Mousinho De Sa, Brenda Machado Pereira, Karolyne Nava Hossoe, Lucas Henrique
Porfirio Moura, Joao Luiz Vieira Ribeiro
42
Apresentador(a): Rafaella Mousinho De Sá
INTRODUÇÃO: Os requisitos essenciais para um atendimento médico de qualidade são: equipe médica
qualificada, realização de anamnese e exame físico detalhado, boa estrutura física e uma boa relação
médico-paciente (RMP), itens fundamentais para que o paciente saia satisfeito de sua consulta. OBJETIVO:
Comparar a qualidade do atendimento Médico prestado em Clínica Convencional e Clínica Escola, bem
como a (RMP), do ponto de vista dos pacientes. MÉTODOS: Estudo descritivo-analítico. Foi aplicado um
questionário a 100 pacientes nos meses de janeiro a maio de 2013, metade destes foi atendida
exclusivamente por médicos em um Centro de Saúde de Referência (Clínica Convencional) e a outra
metade por acadêmicos de medicina acompanhados por um preceptor médico no Centro Integrado de
Saúde – CIS/UNINOVAFAPI (Clínica Escola). Foram excluídos pacientes menores de 18 anos; com estado de
consciência alterado; portadores de deficiência mental; impossibilitados de comunicação verbal ou que
não concordaram em participar do estudo. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(Protocolo Nº68897). RESULTADOS: Os atendimentos na Clínica Escola duraram em média 18,6 minutos,
enquanto na Clínica Convencional duraram 8,8 minutos. Enquanto 31 pacientes (62%) da Clínica
Convencional consideraram que não tiveram seu problema resolvido, 47 (94%) dos pacientes da Clínica
Escola declararam ter resolvido sua queixa. Nenhum paciente teve sua pressão arterial aferida na Clínica
Convencional, enquanto que na Clínica Escola 38 (76%) realizaram este exame. Quanto ao exame físico
realizado: 20 (40%) dos pacientes atendidos exclusivamente por médicos relataram que não foram
examinados, enquanto que todos os pacientes atendidos no CIS/UNINOVAFAPI foram examinados. Ao
avaliarem o atendimento e a RMP, os pacientes deram nota média de 7,44 e 8,08, para Clínica
Convencional e Clínica Escola, respectivamente. Em relação à comunicação e escuta ativa, 26 pacientes
(52%) responderam que o Médico lhe deu espaço e o incentivou para tirar suas dúvidas e aflições
relacionadas ao seu problema na Clínica Convencional. Já os atendidos no CIS/UNINOVAFAPI, 43 (86%) dos
pacientes fizeram essa afirmação. CONCLUSÃO: O atendimento prestado por acadêmicos de medicina
acompanhados por um preceptor foi considerado melhor pela maioria dos pacientes atendidos, quando
comparado com o atendimento oferecido exclusivamente por médicos.
P16
INFECÇÃO PULMONAR POR MYCOBACTERIUM ABSCESSUS EM
PACIENTE COM BRONQUIECTASIA DEVIDO
À SEQUELA DE
TUBERCULOSE: UM RELATO DE CASO
Autores: Fabiana Teófilo Veras Silva, Adriana Silva Trinidad, Lucas Henrique Porfírio Moura, André Fonseca
Nunes, Monalisa Cavalcante De Carvalho, Antônio De Deus Filho
Apresentador(a): Adriana Silva Trinidad
INTRODUÇÃO: As cepas de M. abscessus são oportunistas e resistentes a antibióticos, responsáveis por
casos de infecções cutâneas, pulmonares e disseminadas. Este trabalho objetiva relatar o primeiro caso
diagnosticado de infecção pulmonar por M. abscessus no Hospital Getúlio
Vargas (HGV), TeresinaPI. RELATO DE CASO:I.C.C, 28 anos, branca, natural de Timon-MA, relata que adquiriu TB aos 7 anos, foi
internada e iniciou o tratamento convencional para esta infecção, porém, ao receber alta hospitalar, fez
tratamento ambulatorial eventual. Após este episódio, apresentou quadros repetidos de infecção de vias
aéreas inferiores, sendo diagnosticado, aos 18 anos, bronquiectasia por sequela de TB. Em março de 2012,
apresentou um quadro de dispneia aos pequenos esforços e tosse produtiva e iniciou, após positividade
da pesquisa de BAAR no escarro, o tratamento padrão para TB por 6 meses, porém, sem apresentar
melhoras. Realizou-se, então, cultura e bacterioscopia que revelaram infecção pulmonar por M. abscessus,
iniciando o tratamento adequado com amicacina + claritromicina, prescrito por 2 anos. Porém, durante
uma viagem, apresentou agudização do quadro, permanecendo internada por 4 meses recebendo
amicacina+claritromicina. Ao retornar à Teresina, foi encaminhada ao HGV para internação devido à
descompensação do quadro respiratório. Ao exame físico, estado geral regular, dispneica, com fácies
43
cushingóide e cifoescoliose. Ritmo cardíaco em dois tempos, PA = 150x90mmHg, frequência cardíaca =
90bpm. Murmúrio vesicular abolido à direita e estertores em ápice do pulmão esquerdo. Abdome flácido e
sem visceromegalias, não doloroso à palpação. Raio X de tórax revelou hipotransparência pulmonar
direita, desvio do mediastino para a direita e cifoescoliose. A TC evidenciou, além dos sinais observados no
RX, presença de níveis hídricos em diferentes planos no hemitórax D e acentuação da trama vascular
esquerda. Pesquisa de BAAR no escarro nos 2º e 3º dia de internação apresentaram resultados negativos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em pacientes com TB prévia, é difícil diferenciar doença pulmonar por
micobactérias não tuberculosas (MNT) de outra afecção pulmonar, inclusive TB por M. tuberculosis. No
Brasil, as infecções nosocomiais representam um problema emergente, porém são raras as investigações e
relatos de casos sobre MNT. Assim, este caso é indispensável para proporcionar uma discussão mais
aprofundada de uma doença pouco relatada no nosso país.
P17
ALTERAÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM PACIENTES SUBMETIDOS
A HEMODIÁLISE
Autores: Máximo Peixoto Rocha Neto, Anna Alzira Macau Furtado Ferreira, Leonardo De Melo Rodrigues,
Leon Marques Barbosa, Rosana Celia Noleto Magalhaes, Lucielma Salmito Soares Pinto
Instituição(ões): Universidade Estadual Do Piauí
Apresentador(a): Máximo Peixoto Rocha
INTRODUÇÃO: Distúrbios renais crônicos tem um curso progressivo na maioria dos casos e finalmente
resultam em doença renal terminal, sendo necessário o tratamento dialítico destes pacientes. Apesar de
segura, a hemodiálise pode resultar em complicações diversas, incluindo alterações musculoesqueléticas.
OBJETIVOS: Objetivou-se identificar as principais alterações musculoesqueléticas em pacientes
submetidos à hemodiálise e relacionar tais alterações a variáveis clínicas e laboratoriais. MÉTODOS:
Realizou-se um estudo descritivo, observacional e transversal com 80 pacientes submetidos a hemodiálise
em um centro de terapia renal em Timon-MA no período de janeiro a dezembro de 2010. As informações
pessoais e os dados laboratoriais foram obtidos por meio dos prontuários, e os dados clínicos foram
obtidos por entrevista e em seguida analisados pelo software SPSS-21. Adotou-se nível de significância de
5%.RESULTADOS: Entre os 80 pacientes, 52,5% eram homens, com idade média de 51,64 anos. As
alterações musculoesqueléticas foram observadas em 93,75% dos pacientes, sendo descritas em ordem
decrescente: câimbras (72,5%), fraqueza muscular (70%), dor articular (51,25%) e dor óssea (44,15%). 30%
dos pacientes relataram todos os sintomas acima. Não foram observadas associações significantes entre as
alterações musculoesqueléticas e tempo de diálise, valores de PTH, Ca, P, fosfatase alcalina, glicemia,
creatinina e índice de massa corporal. A ocorrência de câimbras foi estatisticamente associada a maiores
concentrações de ferritina e saturação de transferrina e menor concentração de albumina sérica. Os
pacientes com fraqueza muscular tiveram menor produto cálcio-fósforo e maior valor de ureia sérica.
Observou-se que os pacientes que realizavam atividade física aeróbica por pelo menos uma hora, duas
vezes na semana relataram menor fraqueza muscular. A dor óssea foi estatisticamente relacionada a idade
dos pacientes. CONCLUSÃO: Apesar da dificuldade em delimitar objetivamente as alterações
musculoesqueléticas, pôde-se confirmar a alta frequência desta sintomatologia entre os pacientes
hemodialíticos, conforme descrito na literatura científica. Os presentes dados apontam que para a
compreensão da fisiopatologia destes sintomas seja necessária uma análise ampla, não restrita apenas a
marcadores do metabolismo ósseo, mas também envolvendo marcadores proteicos como a albumina,
parâmetros relacionados ao ferro, ureia e mesmo a prática de atividade física.
P18
PERFIL LABORATORIAL DE PACIENTES COM LUPUS ERITEMATOSO
SISTÊMICO NO MOMENTO DO DIAGNÓSTICO
Autores: Marcela Do Nascimento Silva, Nayro De Sousa Ferreira, Breno Douglas Dantas Oliveira, Ginivaldo
Victor Ribeiro Do Nascimento.
Instituição(ões): FACID
Apresentador(a): Marcela Do Nascimento Silva
44
INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica,
de etiologia desconhecida, e uma importante causa de morbimortalidade entre os indivíduos,
especialmente do gênero feminino. OBJETIVOS: Traçar o perfil laboratorial dos pacientes no momento do
diagnóstico de LES; Identificar suas principais alterações hematológicas, bioquímicas, renais e hepáticas,
bem como caracterizar o seu perfil socioeconômico. MÉTODOS: Pesquisa tipo documental, retrospectiva
utilizando dados de 14 pacientes com diagnóstico de LES, atendidos entre os meses de Janeiro de 2010 a
dezembro de 2011, em um ambulatório escola, na cidade de Teresina-PI. Os dados foram coletados
através de consulta retrospectiva aos prontuários e realizado apenas após aprovação do Comitê de Ética
em Pesquisa da instituição. RESULTADOS: Os valores médios encontrados foram - Uréia de 31,51 ± 11,85,
Creatinina de 0,99 ± 0,36, Velocidade de hemossedimentação (VHS) de 76,25 mm/h, Proteína C reativa de
63,42 ± 10,78, Hematócrito 31,21%, Hemoglobina 10,44 mg/dl, Aspartato aminotransferase (AST) de 12 ±
14,3 e Alanino aminotransferase (ALT) de 21,57 ± 20,7; Provas imunológicas - FAN com positividade em
93% dos casos, anti DNA reagente em 71,4% e anti Sm presente em 21,4%; Perfil sócioeconômico – gênero
feminino em 100% dos casos, na faixa etária de 20 a 45 anos, e outros aspectos socioeconômicos não
avaliados pelo incorreto preenchimento dos prontuários. CONCLUSÃO: No momento do diagnóstico de
LES os pacientes atendidos não apresentaram alteração da função renal ou na dosagem de enzimas
hepáticas não-canaliculares. No entanto, as provas de reação inflamatória encontravam-se elevadas e os
índices hematimétricos estavam reduzidos. As provas de reação imunológica (FAN, anti DNA e anti SM)
permitiram caracterizar a doença na maior parte dos casos, especialmente o FAN e o anti DNA . Destaca-se
que 100% dos pacientes eram do gênero feminino, numa faixa etária entre 20 a 45 anos, e outros aspectos
sócio-econômicos, como escolaridade e profissão, não puderam ser avaliados.
P19
CARACTERIZAÇÃO
DA
CARGA
VIRAL
POR
VARIÁVEIS
EPIDEMIOLÓGICAS DOS PORTADORES DE HEPATITE C ATENDIDOS
EM UNIDADE DE REFERÊNCIA EM TERESINA-PI
Autores: Carolina Coelho Mello, Yara Vanessa Xavier, Felipe Ibiapina Correa, Lucas Garibald De Deus
Sousa, Ronaldo Modesto De Souza Filho, Viriato Campelo
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí
Apresentador(a): Felipe Ibiapina Correa
INTRODUÇÃO: O vírus da hepatite C foi descoberto apenas em 1989 e assim como as outras hepatites tem
distribuição universal. No Brasil, estima-se que existam cerca de 3 milhões de portadores crônicos. A
identificação da carga viral por meio de testes quantitativos é utilizada como um prognóstico da resposta
ao tratamento, bem como o tempo de tratamento combinado com interferon e ribavirina. OBJETIVOS:
Estudar os portadores de hepatite C por distribuição da carga viral conforme idade, sexo e cor. MÉTODOS:
Estudo descritivo, transversal, de natureza quantitativa. Foram colhidas as informações dos prontuários
dos portadores atendidos no Centro de Hemoterapia de Teresina (HEMOPI) no período de 2003 a 2011,
totalizando 342 casos, dos quais 180 continham informações acerca da carga viral. Foi utilizado o limite de
800.000 UI/ml para diferenciar carga viral alta e baixa. Foram analisadas as seguintes variáveis
epidemiológicas: sexo, idade e cor. RESULTADOS: Do total de 180 pacientes, 105 possuíam carga viral
baixa, 56 carga viral alta e 19 indeterminada. Destes, 127 eram do sexo masculino e 53 do sexo feminino.
Os números de pacientes homens com carga viral baixa, alta e indeterminada são, respectivamente, 72, 39
e 16. Para as mulheres, esses números são, respectivamente, 33, 17 e 3. Dos 180, 172 possuíam
informações acerca da idade. Destes, dividindo-os em 3 faixas etárias, entre as pessoas com até 19 anos, 3
tinham carga viral baixa. Já entre as pessoas entre 20 e 40 anos, 25 tinham carga viral baixa, 8
indeterminada e 7 alta. Já as pessoas com mais de 40 anos, 73 possuíam carga viral baixa, 46 alta e 10
indeterminada. Em relação a cor, dos 180 prontuários, apenas 101 traziam informações acerca da cor dos
pacientes. Destes, 50 eram pardos, 32 eram negros, e 19 brancos. Dos pacientes pardos, 30 possuíam
carga viral baixa, 17 alta e 3 carga viral indeterminada. Dos pacientes negros, 24 possuíam carga viral
45
baixa, 5 alta e 3 indeterminada. Dos pacientes brancos, 11 possuíam carga viral baixa, 7 alta e 1
indeterminada. CONCLUSÃO: Entre os portadores assistidos no HEMOPI, predominam os que possuem
carga viral baixa, do sexo masculino, acima de 40 anos e pardos. Carga viral alta foi mais frequente
também em pacientes acima de 40 anos, porém foi pouco observada em pacientes mais jovens, quando
comparada a carga viral baixa.
P20
EVOLUÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO MARANHÃO: DETERMINANTES
EPIDEMIOLÓGICOS
Autores: Carlos Alberto Rosado Da Silva Filho, Almir José Guimarães Gouveia, Vicktor Bruno Pereira Pinto,
Geusa Felipa De Barros Bezerra, Graça Maria De Castro Viana, Maria Do Desterro Soares Brandão
Nascimento
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
Apresentador(a): Carlos Alberto Rosado Da Silva Filho
INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral (LV) tem se expandido e urbanizado, agravando o quadro desse
problema de saúde pública no Nordeste do Brasil. A implementação de medidas de educação em saúde
em áreas endêmicas é de relevância para o controle da doença. OBJETIVO: Descrever a evolução da
endemia leishmaniose visceral no estado do Maranhão. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico
descritivo, realizado no estado do Maranhão, Brasil, com base nos casos de leishmaniose visceral
notificados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação no período de 2007 a 2012. Foram
analisadas as seguintes variáveis constantes da ficha de notificação compulsória da doença: faixa etária,
sexo, escolaridade em anos de instrução, manifestações clínicas, co-infecção por HIV, medicamentos
utilizados e município de registro. RESULTADOS: Foram notificados 2.455 casos de LV no período estudo, a
incidência acumulada (IA) foi de 3,74 casos/10.000 hab. A taxa de letalidade foi de 3,91%. Os indivíduos do
sexo masculino (59,4%) e na faixa etária de 0-9 anos (65,7%) foram os mais acometidos, assim como os de
baixa escolaridade, sendo 23,9% analfabetos ou com ensino fundamental incompleto; 4,6% eram coinfectados com o HIV e 218 (8,9%) apresentaram fenômenos hemorrágicos. O antimonial pentavalente foi
a droga utilizada inicialmente em 2.061 casos (84%). O maior número de notificações ocorreu nos
municípios de Imperatriz com 205 casos cuja incidência acumulada (IA) totaliza 8,28 casos/10.000 hab;
seguido por Caxias com 192 e IA de 12,38 casos/10.000 hab; e São Luís com 156 e IA = 1,54 casos/10.000
hab. CONCLUSÃO: A LV vem mantendo índices elevados no estado do Maranhão, com alto percentual de
notificações em crianças, indivíduos do sexo masculino e HIV positivos, com maior ocorrência nos
municípios mais populosos do estado. Diante desta realidade, ressalta-se a importância de uma
reavaliação das medidas de controle à LV.
P21
EFEITO ANTIEDEMATOGÊNICO DO MONOTERPENO MIRTENOL EM
RATOS
Autores: Benedito Pereira de Sousa Neto, Dionline Borges Paulo, Bruna Rodrigues Barbosa, Francisco de
Assis Oliveira
Apresentador(a): Dionline Borges Paulo
INTRODUÇÃO: Óleos essenciais são misturas complexas, obtidas de plantas e de aroma agradável. São
constituídos principalmente de monoterpenos, sesquiterpenos, com diversas atividades biológicas.
OBJETIVOS: Avaliar o potencial antiedematogênico do monoterpeno mirtenol no edema de pata por
carragenina (Cg), histamina e serotonina em ratos. MÉTODOS: No edema por Cg, (n=6/grupo) os animais
foram tratados v.o com veículo (Tween 80, 2%, 10mL/kg), mirtenol (12,5, 25 e 50mg/kg) ou indometacina
(10mg/kg) 60 min antes da administração i.pl. de Cg (1%; 0,1mL), na pata traseira direita. Os volumes das
®
patas foram medidos (mL) por pletismômetro (Insight ) nos tempos 0 (t0), 1, 2, 3, 4 e 5 h após aplicação da
Cg. No edema de pata por histamina ou serotonina, os animais foram tratados v.o com veículo, mirtenol
46
(12,5, 25 e 50mg/kg) ou ciproheptadina (10mg/kg). Após 1h, receberam (0,1mL, a 0,1%) de histamina ou
serotonina (na pata traseira direita (i.pl.). Decorrido 1h, os volumes das patas foram medidos por
pletismômetro e os resultados expressos em mL. Os resultados (Média ±EPM) foram comparados por
ANOVA e pós-teste Tukey. O nível de significância foi estabelecido em 5% (p<0,05). O projeto foi aprovado
no CEEA- UFPI (008/12). RESULTADOS: Mirtenol (25mg/kg) suprimiu (p<0,05) o edema por Cg em todos os
tempos observados: 1h (47%), 2h (40%), 3h (52%), 4h (58%) e 5h (65%). A dose 50mg/kg reduziu o edema
nas 1ª e 2ª h (44%, 45%, nesta ordem). Indometacina, fármaco padrão, reduziu a formação do edema da
1ª a 5ª h de observação. A dose 25mg/kg do mirtenol inibiu de modo significativo (p<0,05), o edema de
pata por histamina, em 82% quando comparado ao grupo veículo. Os animais tratados com
ciproheptadina, droga padrão, mostraram redução do edema em 88% tendo como referência o grupo
veículo. No modelo de edema de pata por serotonina, o mirtenol nas doses de 12,5 e 25mg/kg (v.o) foi
eficiente (p<0,05 e p<0,01, respectivamente) em diminuir o edema, com percentual em torno de 35% e
61%, nesta ordem, quando comparado ao grupo veículo. Ciproheptadina, fármaco padrão, reduziu o
edema em 72% tendo com referência o grupo veículo. CONCLUSÃO: Resultados obtidos fornecem
evidencias que o mirtenol possui propriedades anti-inflamatórias e sugerem que este efeito esteja
relacionado à inibição de mediadores presentes na fase aguda do processo inflamatório. Estudos estão em
andamento para determinar o mecanismo de ação deste monoterpeno.
P22
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O
RECRUDESCIMENTO DA COQUELUCHE NO ESTADO DA BAHIA
Autores: Leonardo De Melo Rodrigues, Anna Alzira Macau Furtado Ferreira, Máximo Peixoto Rocha Neto,
Luiz Eurípedes Almondes Santana Lemos, Antônio Guilherme Chagas Silva Feitosa, Augusto César Evelin
Rodrigues
Apresentador(a): Leonardo De Melo Rodrigues
INTRODUÇÃO: A coqueluche é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis.
No Brasil, desde a instituição do Programa Nacional de Imunizações, em 1973, quando a vacina tríplice
bacteriana (DTP) passou a ser preconizada para menores de 7 anos, observou-se um declínio na incidência
da coqueluche. Entretanto, nos últimos anos, a sua reemergencia vem sendo notificada, principalmente no
estado de São Paulo e da Bahia. OBJETIVOS: Analisar o perfil epidemiológico da coqueluche e os fatores
que contribuíram para o recrudescimento da doença no estado da Bahia no período de 2011 a julho de
2013. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, com análise quantitativa
de dados de 2011 a julho de 2013 do estado da Bahia obtidos pelo Sistema de Informação de Notificação
de Agravos (SINAN). RESULTADOS: Tiveram 2082 casos suspeitos de coqueluche na Bahia no período
analisado, com 445 (21,37%) confirmados, 1432 (68,79%) descartados, 136 (6,53%) ignorados/branco e 69
(3,31%) inconclusivos. Com relação ao encerramento dos casos confirmados, 132 (29,66%) foram pelo
critério laboratorial, 158 (35,51%) pelo clínico epidemiológico, 154 (34,61%) pelo critério clínico e 1
(0,22%) com critério de confirmação ignorado/branco. A distribuição por faixa etária, apresenta maior
ocorrência em menores de 4 anos de idade (66,29%), sendo os lactentes no primeiro ano de vida os mais
acometidos pela doença. Quanto ao sexo foi constatado que 191 (42,92%) dos casos confirmados foram
do sexo masculino e 254 (57,08%) feminino. Os meses do 1º trimestre correspondem ao período de maior
notificação de aparecimento dos primeiros sintomas (40,67%), seguidos dos meses do último trimestre.
CONCLUSÃO: A coqueluche apresenta um perfil epidemiológico sazonal (predomina no verão e
primavera), coincidindo com o 1° e 4° trimestre do ano. O diagnóstico é baseado principalmente em
evidências clínicas, dado que a bactéria apresenta dificuldades laboratoriais para ser isolada, necessitando
de meios específicos e nem sempre disponíveis. A sua reemergencia pode estar associada à baixa
sensibilidade dos profissionais na detecção precoce da doença, especialmente em adolescentes e adultos,
os quais não apresentam os sintomas típicos e perceptíveis como os lactentes. Desse modo, a situação
epidemiológica denuncia a necessidade da adoção de medidas urgentes para a prevenção e controle da
doença, sobretudo na área da educação permanente para os profissionais de saúde.
47
A PERCEPÇÃO DE MULHERES SOBRE DIREITOS
P23 REPRODUTIVOS ATENDIDAS EM MATERNIDADE
TERESINA – PIAUÍ
SEXUAIS E
PÚBLICA DE
Autores: Nahara Lima Jurema, Alysson Figueredo De Brito, Alberto Pereira Madeiro, Andrea
Cronemberger Rufino
Instituição(ões): UESPI Apresentador(a):
Nahara Lima Jurema
INTRODUCÃO: Direitos sexuais e reprodutivos são direitos humanos que asseguram a liberdade para o
exercício da sexualidade e para a tomada de decisão quanto à reprodução. OBJETIVO: Analisar como os
direitos sexuais e reprodutivos são reconhecidos e exercidos por mulheres atendidas no Serviço de
Planejamento familiar da Maternidade Dona Evangelina Rosa em Teresina-Piauí. MÉTODOS: Foi
desenvolvido estudo exploratório, transversal e descritivo utilizando uma amostra de conveniência
composta por 62 mulheres acima de 18 anos. Aplicou-se um questionário estruturado com perguntas
fechadas sobre os objetivos do planejamento familiar, a tomada de decisão e a participação do parceiro na
escolha do método anticoncepcional. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa.
RESULTADOS: A quase totalidade das mulheres (94%) relatou ter parceiro sexual. O planejamento familiar
foi considerado importante para o casal (90%), por ajudar a evitar a gravidez (74%), a escolher o número
de filhos (69%) e quando tê-los (59%), oferecer mais liberdade para a atividade sexual (55%), com
separação entre prazer e reprodução (59%) e despreocupação para o prazer (45%). A escolha do método
anticoncepcional foi feita pelo casal (44%), mulher (37%), médico (11%) e parceiro (3%). Os principais
métodos anticoncepcionais escolhidos foram: ligadura tubária (39%), preservativo masculino (24%) e
anticoncepcionais hormonais (22%). A segurança do método anticoncepcional (77%) foi destacado como o
principal fator para a sua escolha, seguido da opinião do casal (47%), motivo econômico (43%), opinião da
mulher (42%) e facilidade de uso (39%). Para 19,3% das mulheres, o parceiro influenciou negativamente na
escolha do método anticoncepcional pela recusa em usar preservativo. Segundo 89% das mulheres, o
planejamento familiar possibilitou a liberdade para a atividade sexual sem medo de engravidar (82%) e
com mais prazer (18%). CONCLUSÃO: As mulheres participantes do estudo reconheceram a importância
do planejamento familiar para o casal. A tomada de decisão quanto à escolha do método anticoncepcional
contou frequentemente com a participação do parceiro. A ligadura tubária foi o método anticoncepcional
mais escolhido, sendo a segurança do método o principal fator para sua escolha. Nesta amostra de
mulheres, os direitos sexuais e reprodutivos foram exercidos e reconhecidos como meio para a livre
escolha dos métodos anticoncepcionais e maior liberdade para a vivência da sexualidade.
P24
CARACTERIZAÇÃO DO EFEITO HIPOTENSOR DE LIPPIA
ORIGANOIDES H.B.K EM RATOS NORMOTENSOS
Autores: Renan Teixeira Campelo, Gabriela Dantas Carvalho, Lucas Henrique Porfirio Moura, Marcelo
Bezerra Mendes, Daniel Dias Rufino Arcanjo, Aldeidia Pereira De Oliveira
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí
Apresentador(a): Renan Teixeira Campelo
INTRODUÇÃO: Lippia origanoides H.B.K. (Verbenaceae) é um arbusto aromático nativo da Améria Central
e norte da América do Sul conhecido como “Orégano-del-Monte”. É usada na culinária como tempero e na
medicina popular para tratar distúrbios gastrintestinais e respiratórios, e afecções de pele como uma loção
tópica. Uma tintura das folhas de L. origanoides foi patenteada no Brasil com aplicação no tratamento da
hipertensão arterial, mas nenhum relato científico foi encontrado sobre essa atividade. Atualmente, várias
plantas medicinais são utilizadas como coadjuvante no tratamento da hipertensão arterial e necessitam de
estudos farmacológicos para a comprovação científica dessa propriedade. OBJETIVOS: Avaliar o efeito
hipotensor do extrato etanólico (Lo-EtOH) das folhas de L. origanoides em ratos
48
normotensos. MÉTODOS: Ratos Wistar (250-300g) foram anestesiados com tiopental sódico (45 mg/kg,
i.p.) para implantação de cateteres de polietileno na veia cava superior e aorta abdominal, via artéria e
veia femoral esquerda. Os cateteres foram tunelizados subcutaneamente e exteriorizados na região
cervical posterior. A pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC) foram medidas após 24 horas
pela conexão do cateter arterial a um transdutor de pressão acoplado a um sistema de aquisição de dados
(AVS Projetos, SP). Após estabilização, administrou-se nitroprussiato de sódio (10 µg/kg, i.v.) para verificar
a implantação do cateter venoso. Após o retorno dos parâmetros hemodinâmicos, doses crescentes do LoEtOH (12,5; 25 e 50 mg/kg, i.v.) foram administradas em intervalos suficientes para o retorno dos
parâmetros hemodinâmicos. Os resultados foram expressos como média ± E.P.M., e a análise estatística
realizada por ANOVA-one way seguido do pós-teste de Bonferroni. Os valores foram considerados
significativos quando p<0,05 (GraphPad™ Prism 5.0). (CEEA/UFPI nº 015/2012). RESULTADOS: A
administração de Lo-EtOH (12,5; 25 e 50 mg/kg, i.v.) promoveu efeito hipotensor, com redução de 17,4 ±
2,7; 20,3 ± 6,3 e 58,9 ± 2,9 mmHg, respectivamente, nos valores de pressão arterial média. Esta resposta
foi acompanhada por um leve aumento na frequência cardíaca na dose de 12,5 mg/kg (11,5 ± 3,9 bpm) e
bradicardia na dose de 50 mg/kg (-77,8 ± 3,6 bpm). CONCLUSÃO: O Lo-EtOH apresenta atividade
hipotensora em ratos normotensos. Estudos adicionais são necessários para a compreensão dos possíveis
mecanismos de ação envolvidos nesse efeito.
P25 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
OBESIDADE E SOBREPESO EM AMBULATÓRIO-ESCOLA DE TERESINA
Autores: Sérgio Fabrício Alencar De Albuquerque, Helena Julice Alencar De Albuquerque, Isabel Andrea
Ferreira Carvalho
Apresentador(a): Sérgio Fabrício Alencar De Albuquerque
INTRODUÇÃO: O excesso de peso atualmente é considerado como um dos dez principais problemas de
saúde pública, sendo observado em vários países desenvolvidos e em desenvolvimento, tornando-se uma
epidemia global. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes com obesidade e
sobrepeso atendidas em ambulatório-escola. METODOLOGIA: Os dados foram coletados a partir da
análise de 216 prontuários pertencentes a pacientes entre 2 e 18 anos com obesidade ou sobrepeso,
segundo critérios da Centers of Disease Control and Prevention (CDC), desde o início dos atendimentos, ou
seja, no período entre agosto de 2007 e janeiro de 2012, sendo registrados em formulários específicos,
tabulados em forma de gráficos e tabelas e analisados descritivamente de acordo com a literatura
específica. RESULTADOS: A prevalência de sobrepeso e obesidade foi de 16% e 10% respectivamente, com
52% deles do sexo feminino e média de idade de 8 anos. 82,4% desse total não praticam atividade física
regular, 52,77% possuem história familiar de doença cardiovascular positiva e 71% possuem pelo menos
um dos pais com excesso de peso. 84,3% moram em casa de alvenaria, 82,2% possuem coleta de lixo, e
95,8% tem acesso à água filtrada. CONCLUSÃO: A frequência de sobrepeso e obesidade em crianças e
adolescentes foi de 26%, sem predomínio significante de gênero. A média de idade foi de 8 anos e a
maioria dos pacientes (82%) é sedentária. A prevalência de doenças cardiovasculares na família foi
semelhante à da população geral. A maioria destes pacientes vive em condições sanitárias consideradas
aceitáveis, com água filtrada e coleta de lixo em grande parte das casas. É necessário reforçar medidas de
prevenção de obesidade, tanto em relação às crianças como aos pais, visto que a prevalência desta
patologia vem aumentando progressivamente ao longo do tempo.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE VÍTIMAS DE PROJÉTIL DE ARMA DE
P26 FOGO ATENDIDAS EM HOSPITAL DE URGÊNCIA DE REFERÊNCIA EM
TERESINA – PIAUÍ
Autores: Maria Cristina Portela Barros, Joara Rodrigues Evangelista, Kildere Moura Teixeira De Souza,
Dalila Iari Silva Barbosa, Rafaela Santos De Lima Ramos, Naldiana Cerqueira Silva
49
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial
Apresentador(a): Maria Cristina Portela Barros
INTRODUÇÃO: No Brasil nas últimas décadas há aumento das mortes por doenças crônicas degenerativas
o que determina reflexos positivos no aumento da expectativa de vida, ao mesmo tempo, em que há
crescimento das mortes por causas externas, que se são aquelas causadas por acidentes automobilísticos,
agressões em geral e ferimentos por arma de fogo (FAF). OBJETIVOS: Descrever as características sóciodemográficas das vitimas de FAF, atendidas no hospital público de referência em urgência e emergência
no município de Teresina. Identificar as áreas de onde eram provenientes as vítimas e determinar o
impacto para saúde pública. METODOLOGIA: Estudo descritivo; de análise documental retrospectiva;
realizado através da coleta de dados de prontuários dos pacientes internados, no período de janeiro de
2010 a dezembro de 2011. A coleta de dados foi iniciada após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
da Faculdade Integral Diferencial e da fiel depositária dos prontuários, ocorreu através de formulário que
contemplava variáveis relacionadas às condicionantes das ocorrências: gênero, faixa etária, escolaridade,
estado civil, parte do corpo atingida, local onde reside, levantamento do tempo de hospitalização e o
faturamento dos prontuários. Os dados foram analisados, no software SPSS 20.0 por meio de estatística
descritiva. RESULTADOS: Contabilizaram - se 321 vítimas, sendo 309 homens (96%) e 12 mulheres (4%).
90,9% das vítimas possuíam idade entre 15 e 44 anos, englobando a maioria dos atendimentos. As vítimas
eram mais comumente solteiras e possuíam nível educacional baixo. Dos 321 casos, 236 residiam em
Teresina (73,5%), os restantes eram de cidades do interior do Piauí ou de estados vizinhos. Quanto à
região de Teresina, o estudo apontou o bairro Dirceu Arcoverde como à área de onde eram provenientes
mais vítimas. Os locais do corpo mais afetados foram: os membros inferiores e superiores com 28,8%, o
abdômen com 21,35% e o tórax com 14,2%. 31 vítimas foram a óbito, sendo 29 delas do gênero masculino
e 2 do feminino. O gasto por paciente foi de 1.551,58 reais e o tempo médio de internação foi 6,5 dias.
CONCLUSÕES: O FAF acomete, sobretudo, homens, jovens, solteiros, com níveis educacionais baixos e
residentes em bairros da periferia de Teresina. O principal custo com o atendimento às vítimas deve – se
aos procedimentos cirúrgicos, grande parte dos pacientes atendidos é submetida a estes.
P27 PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES COM
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA TERMINAL EM HEMODIÁLISE
Autores: Joara Rodrigues Evangelista, Maria Cristina Portela Barros, Kildere Moura Teixeira De Souza,
Juliana Monteiro Medeiros Costa, Dalila Iari Silva Barbosa, Antônio Gonçalves Rodrigues Júnior
Apresentador(a): Juliana Monteiro Medeiros
Costa Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Insuficiência renal crônica (IRC) e síndrome metabólica (SM), isoladamente, constituem
fatores de risco para doenças cardiovasculares (CV), estando associadas à elevada morbimortalidade CV.
Além deste fato, existe associação entre doença renal crônica e SM, pois, apesar de não termos
mecanismos bem estabelecidos, sabe-se que componentes frequentes da SM são fatores de risco para o
desenvolvimento e progressão de lesão renal. Desta maneira é de fundamental importância o controle dos
constituintes da SM, para a prevenção do dano renal, assim como o acompanhamento dos doentes renais,
para impedir o surgimento ou a progressão dos constituintes da SM, diminuindo assim, a ocorrência de
eventos CV. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de SM e identificar a presença de rastreamento dos fatores
de risco CV em pacientes com IRC em hemodiálise e determinar os fatores constituintes da SM mais
prevalentes na população em estudo. METODOLOGIA: A pesquisa foi autorizada pela instituição onde foi
realizada, na qual se obteve a autorização do fiel guardião dos prontuários. Submeteu-se, via Plataforma
Brasil, à avaliação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Integral Diferencial, sendo aprovada e
iniciada a coleta de dados e produção da pesquisa. Utilizou-se ainda o Termo de consentimento livre e
esclarecido de acordo com a Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Trata-se de uma
pesquisa exploratória de caráter descritivo e abordagem quantitativa, onde foram analisados 145
50
pacientes, que realizavam tratamento hemodialítico em uma clínica particular de Teresina. Para coleta de
dados utilizou-se um formulário específico onde foi feito o registro das informações obtidas nos
prontuários dos respectivos participantes do estudo e pelo contato direto com os mesmos. RESULTADOS:
Dos 145 pacientes, 46% apresentaram diagnóstico de SM, dados que corroboram com os encontrados na
literatura, e 12% deles não apresentavam em seus arquivos médicos exames fundamentais para definição
quanto à síndrome, demonstrando ausência de rastreio quanto ao risco CV nestes pacientes. O baixo
colesterol HDL esteve presente em 95,5% dos indivíduos com diagnóstico de SM, seguido pela hipertensão
arterial sistêmica (HAS) com 89,4%. CONCLUSÃO: A prevalência de SM na população estudada é elevada,
sendo o HDLc baixo e HAS os critérios diagnósticos mais prevalentes. E que há falha no rastreio dos fatores
de riscos para doenças CV.
P28 DOENÇA DE CHARCOT MARIE TOOTH: IMPORTANTE SUSPEIÇÃO
DIAGNOSTICA EM NEUROPATIAS JUVENIS
Autores: Ana Clara Mourão Barreto, Andressa Avelino Ferreira, Henrique Eduardo Silva Nascimento, Ana
Karla Lopes Rodrigues, Leonardo Halley Carvalho Pimentel.
Apresentador(a): Ana Clara Mourão Barreto
INTRODUÇÃO: Polineuropatias são desordens do sistema nervoso periférico de variedade clínica restrita e
muitas vezes de difícil identificação etiológica uma vez que podem acompanhar patologias sistêmicas
como diabetes e alcoolismo. Classificam-se em adquiridas e hereditárias, estas geralmente com
predomínio distal de acometimento motor e sintomas sensoriais mais tardios. A doença de Charcot Marie
Tooth (CMT) é a polineuropatia sensitivo motora de maior prevalência entre as patologias
neuromusculares hereditárias. São autossômicas em sua maioria, sendo assim evidente o acometimento
familiar dos pacientes portadores. Apresentação clínica compõe-se de progressiva fraqueza e atrofia
muscular, inicialmente em membros inferiores deformidade em pés, perda da sensibilidade e redução dos
reflexos tendinosos profundos em jovens em torno da 1ª ou 2ª década de vida. RELATO DE CASO: Caso 1:
M.J.P.L., 29 anos, apresentou fraqueza e atrofia em membros inferiores distais por volta dos 7 anos,
história familiar para quadro semelhante em pelo menos sete parentes de primeiro ou segundo graus;
atualmente apresenta pés cavos, alteração de marcha, redução global distal discreta dos reflexos
profundos, força muscular e sensibilidade. Estudo de condução nervosa sugestivo de CMT. Caso 2: A.S.T.S.,
há cerca de 3 anos com a queixa de fraqueza distal leve, tios maternos com quadro semelhante, porém
mais grave. Atualmente coordenação, equilíbrio e marcha alterados e hipotrofia muscular. Achados
eletroneuromiográficos compatíveis com CMT. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em pacientes jovens com quadro
de dificuldade para marcha e queixas de fraqueza e hipotrofia muscular distal progressiva, CMT deve ser
considerada no diagnóstico diferencial, especialmente se houver história familiar positiva.
P29
MALFORMAÇÃO ADENOMATÓIDE CÍSTICA CONGÊNITA- RELATO DE
UM CASO
Autores: Dandara Coelho Cavalcante, Pedro Henrique Piauilino Benvindo Ferreira, Ricardo Lira Araújo,
Liliana Silva Lopes, Isabelle Carvalho Coelho, Roberta Oriana Assunção Lopes De Sousa.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial-FACID; Universidade Federal Do Piauí
Apresentador(a): Ricardo Lira Araújo
INTRODUÇÃO: A malformação adenomatóide cística congênita do pulmão (MAC) resulta do
desenvolvimento anômalo dos bronquíolos terminais e respiratórios, com proliferação adenomatóide e
formação de cistos. É doença rara, incidência de 1:35000, etiopatogenia desconhecida. Manifesta-se desde
fetos a adultos, sob a forma de natimortos prematuros, infecções pulmonares de repetição ou apenas
achados radiológicos. Apresenta índice de mortalidade de 25% e boa evolução nos casos em que a
terapêutica cirúrgica é aplicável. RELATO DE CASO: P.H.R.S, masculino, parto vaginal, a termo, peso de
51
3.850 g, APGAR 9 no primeiro minuto e 10 no quinto. Mãe realizou pré-natal sem intercorrências na
gestação. Ao nascimento apresentou taquidispneia e dificuldades para dormir e se alimentar, além de
engasgos após mamadas que pioravam em decúbito dorsal. Suspeitou-se de doença do refluxo gastroesofágico confirmada pela cintilografia e controlada com domperidona. Descartou-se cardiomiopatia
congênita com ecodopplercardiograma, assim como fibrose cística mediante dosagem de sódio no suor
que resultou na primeira amostra 10,91mEq/L e na segunda 11,18mEq/L. Aos 9 meses diante quadro de
febre, tosse seca e Rx de tórax com imagens radiopacas mal delimitadas nos lobos médio e inferior do
pulmão direito , realizou-se antibioticoterapia para tratamento de pneumonia infecciosa. Aos 2 anos
devido a permanência do quadro clinico e exame físico evidenciando perda ponderal, pectus escavatum,
tiragem subcostal, taquidispneia, murmúrio vesicular diminuído em base do pulmão direito, estertores e
sibilos difusos, iniciou-se tratamento para asma com salbutamol e prednisolona inalatória. Meses depois,
procurou atendimento médico frente novos episódios de pneumonia. Institui-se nova antibioticoterapia.
Sorologia para HIV não reagente e pesquisa de imunoglobulinas com níveis séricos normais. Aos 3 anos,
frente novo quadro de pneumonia, solicitou-se TC que evidenciou múltiplas imagens císticas de paredes
finas e regulares com perda de arquitetura pulmonar acentuada no segmento posterior do lobo superior e
do segmento superior do lobo inferior do pulmão direito, compatível com malformação adenomatosa
cística. Foi então submetido a pneumectomia parcial com melhora substancial do quadro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A relevância do trabalho reside no fato de tratar-se de doença rara e de clínica
inespecífica, sendo importante estar inclusa no diagnóstico diferencial das causas de pneumonias de
repetição.
SARCOMA DE KAPOSI (SK) EM TRATO GASTROINTESTINAL EM
P30 PORTADOR DE VIRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA: RELATO DE
CASO
Autores: Guilherme De Carvalho Paulo Marcos, Talita Maria Leal Barros, Ingrid Carvalho Correia , Herion
Alves Da Silva Machado, Walfrido Salmito De Almeida Neto
Apresentador(a): Guilherme De Carvalho Paulo
Marcos Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O SK é uma neoplasia angioproliferativa maligna, comum em pacientes HIV positivos.
Causado pelo vírus HHV-8, tem grande relação com o retrovírus sobretudo devido a fatores de risco em
comum como a transmissão sexual. As lesões dessa neoplasia acometem principalmente pele, cavidade
oral e, mais raramente, outras regiões do trato gastrointestinal (TGI), demonstrando, pois, importância
desse relato. RELATO DE CASO: RSO, 44 anos, sexo masculino, solteiro, vigilante, natural e residente em
Teresina-PI. Paciente sabidamente portador de retrovirose há 6 meses, , relata que há cerca de um mês
iniciou quadro de sialorréia e disfagia progressiva. Procurou serviço médico, de onde foi encaminhado para
o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella em janeiro de 2013. Em regime de internação, dada
história clínica pregressa, realizou-se endoscopia digestiva alta (EDA) com biópsia. Apesar de o exame de
imagem demonstrar lesões gástricas e duodenais sugestivas de SK, o mesmo não foi corroborado pelo
histopatológico. Permaneceu 1 mês internado, recebendo alta em fevereiro de 2013. Diante da
permanência da suspeita clínica, foi solicitada nova internação e repetição de exames em março do
mesmo ano. O novo histopatológico demonstrou duodenite crônica inespecífica intensa com SK focal.
Atualmente, em uso de terapia antirretroviral (Lamivudina, Zidovudina e Efavirenz). CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Segundo o CDC ( Central Disease Control), SK é considerado uma das doenças definidoras de
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Suas lesões são polimórficas, mas apresentam-se
frequentemente como mácula cutânea vermelha, com equimoses circundantes e adquirindo coloração
violácea. É sempre importante sua pesquisa na presença de lesões de pele, pulmão e TGI em pacientes
sabidamente portadores de retrovirose. Diante disso, a insistência no diagnóstico de SK é justificada
mesmo com a negativa inicial, dada a sugestividade à EDA e a soropositividade prévia. O diagnóstico pode
ser presuntivo a partir da inspeção, estando indicada a biópsia sobretudo para diagnóstico diferencial com
angiomatose bacilar. Ao exame histopatológico, o SK apresenta-se com proliferação de células fusiformes,
52
infiltrado leucocitário e intensa neovascularização. Está indicada TARV para tratamento e prevenção de
novas lesões. Lesões cutâneas podem ser tratadas com terapia tópica e as viscerais ou formas de alto risco
com quimioterapia sistêmica.
P31
FITOBEZOAR APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA - RELATO DE CASO
Autores: Gustavo Santos Sousa, Ana Cristina Carvalho Brandão Alexandrino, Géssica Kelly De Sousa
Andrade, Ricardo Lira Araújo, Ylara Liza Porto De Carvalho, Gustavo Santos Sousa.
Instituição(ões): FACID/DEVRY
Apresentador(a): Ana Cristina Carvalho Brandão
Alexandrino Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Concreções de fibras e outros derivados vegetais na luz do trato digestivo causando
distúrbios oclusivos e/ou funcionais são denominadas fitobezoares. São causadores de oclusão intestinal e
seus fatores predisponentes incluem cirurgia gástrica prévia, mastigação inadequada e distúrbios
psiquiátricos. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino apresentou-se em consultório de
gastroenterologia com quadro agudo de dor abdominal muito intensa em cólicas, náuseas, vômitos,
plenitude e distensão abdominal. Informou história prévia de cirurgia bariátrica do tipo bypass gástrico
com Y-de-Roux há 9 anos. A rotina radiológica para abdome agudo revelou níveis hidroaéreos
escalonados, sobretudo no intestino delgado proximal. A ultrassonografia abdominal revelou acentuada
distensão gasosa das alças intestinais. Submeteu-se à laparotomia exploradora de urgência que evidenciou
obstrução intestinal por fitobezoar, resolvida com enterotomia. Em investigação ulterior, a paciente
confirmou que tinha ingerido gomos de tangerina incluindo o bagaço da fruta. No pós-operatório evoluiu
sem intercorrências e mantém-se assintomática desde então. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No presente caso,
a cirurgia gástrica prévia foi o fator predisponente à formação do fitobezoar e da obstrução intestinal.
Outras opções terapêuticas como ordenha do bezoar ou enterectomia também são descritas na literatura.
P32
PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS ENTRE ESTUDANTES DE
MEDICINA DE UMA FACULDADE DE TERESINA
Autores: Rayra Pureza Teixeira Barbosa, Haline Lacerda Magalhães , Amanda Mota Da Silva , Raiana
Karyne De Sousa Silva , Thiago Castelo Branco Nunes Silva , Ediwyrton De Freitas Morais Barros
INTRODUÇÃO: Os transtornos de humor são caracterizados por manifestações afetivas consideradas
inadequadas em termos de intensidade, frequência e duração. O transtorno mental mais comum é a
depressão, especialmente entre adultos jovens. Ansiedade e estresse são ainda mais frequentes entre
estudantes de medicina, submetidos à pressão constantemente. OBJETIVO: Verificar a prevalência de
sintomas depressivos entre estudantes de medicina de uma faculdade particular de Teresina. MÉTODOS:
Estudo analítico transversal, cuja população-alvo foi composta de estudantes de medicina de uma
faculdade particular de Teresina. Os instrumentos utilizados foram um questionário de dados
socioeconômicos e o Inventário Depressão de Beck (IDB), com os seguintes pontos de corte: 0-3 ausência
de sintomas depressivos; 4-7 sintomas leves; 8-15 moderados; 16 ou mais graves. Os dados foram
coletados em novembro de 2012. Dos 662 alunos de medicina matriculados em 2012, 330 (49,8%)
responderam ao questionário. Os estudantes foram incluídos de modo aleatório, sendo excluídos aqueles
que se recusaram a participar ou que estavam ausentes no momento da coleta dos dados. O projeto foi
submetido ao Comitê de Ética em Pesquisas da Uninovafapi. Os dados obtidos foram analisados,
correlacionados e comparados entre si. RESULTADOS: dos 330 alunos entrevistados, 207 (62,8%)
apresentaram sintomas depressivos, sendo 115 (34,8%) sintomas leves, 69 (20,9%) sintomas moderados e
23 (6,9%) sintomas graves. Os períodos que apresentaram maiores taxas de sintomas graves foram o 1º
(14,3%), seguido do 6º (13,3%) e do 3º (11,1%). Os maiores índices de sintomas moderados foram
encontrados no 7º (33,3%), no 1º (32,1%) e no 2º (30,7%). Sintomas leves estavam presentes
53
principalmente no 5º (69,2%), 9º (52%) e 11º (45,4%). Os sintomas/sentimentos do IDB mais
frequentemente encontrados foram: Fadiga (83%); Irritabilidade (75%) e Inferioridade (58%). CONCLUSÃO:
a prevalência de sintomas depressivos entre os alunos de medicina estudados foi maior do que a média da
população geral e semelhante aos valores encontrados em outros trabalhos que utilizaram o IDB para
rastrear sintomas depressivos em alunos de medicina.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: INFLUÊNCIA DA
P33 OOFORECTOMIA NA PROTEÇÃO PULMONAR CONTRA O ENFISEMA
INDUZIDO POR PAPAÍNA
Autores: Mariana Rodrigues Barros Da Silva Soares, Érik Vinícius De Sousa Reis, Neylon Barbosa Campelo ,
Rafael Leite Dantas, Rafael Leite Dantas
Apresentador(a): Mariana Rodrigues Barros Da Silva Soares
INTRODUÇÃO: Os estrogênios têm como mecanismo de ação clássico a regulação da transcrição gênica.
Também se tem estudado outros efeitos, como a interferência no processo de inicialização da
lipoperoxidação, proteção contra dano no DNA e regulação da atividade das enzimas antioxidantes, como
a glutationa peroxidase. O que ainda precisa de mais embasamento é sua influência sobre proteção
pulmonar. OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo avaliar a influência do estrogênio na
proteção pulmonar em um modelo experimental de enfisema com pulverização traqueal de papaína.
MÉTODOS: Após aprovação pelo comitê de ética (CEP-UESPI 007/2012), foram utilizadas 40 ratas (Rattus
norvegicus, albinus, Wistar) divididas em quatro grupos: controle, castração, enfisema/papaína e
enfisema/papaína/castração. Castração: após anestesia com xilazina-cetamina IM, foi efetuada tricotomia
dorsal entre as últimas costelas e a região pélvica e incisão de 1 cm. A ligadura e excisão ovarianas foram
efetuadas com uma pinça hemostática, o corno uterino foi recolocado na cavidade abdominal e a região
suturada. Para a indução do enfisema foram realizadas pulverizações de papaína nos dias 0, 7 e 14 (cerca
de 6 mg em cada pulverização), por um microspray (Penn-Century®). Para avaliação dos resultados foi
realizado lavado broncoalveolar (LBA) e histopatológico. RESULTADOS: Dados do lavado broncoalveolar
mostraram uma diferença significativa (p<0,05) no número de neutrófilos quando comparamos os grupos
enfisema/papaína (910 x 20) e o grupo enfisema/papaína/castração (1020x20). Uma possível explicação
para isto seria a perda da atividade protetora do estrogênio no pulmão. No grupo enfisema/papaína e
enfisema/papaína/castração observamos acentuado grau de destruição parenquimatosa compatível com
enfisema.CONCLUSÃO: Tendo por base as análises realizadas, observamos uma provável ação protetora
do estrogênio, uma vez que o recrutamento neutrofílico, principal achado celular do enfisema, se mostrou
maior no grupo castração.
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA RESPOSTA TERAPÊUTICA A
P34 IMUNOBIOLÓGICOS EM PACIENTES PORTADORES DE PSORÍASE EM
CENTRO DE REFERÊNCIA EM TERESINA-PI
Autores: Denise Evelyn Machado De Almeida, Maria Luisa De Deus Batista, Carlos Eduardo Almeida Sousa,
José Machado Moita Neto, Francisco Soares Campelo
Apresentador(a): Denise Evelyn Machado De
Almeida Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e articulações, imunomediada, com
grande polimorfismo de expressão clínica. Os tratamentos disponíveis destinam-se ao controle das lesões
e incluem diversas classes de medicamentos, sendo os mais recentes os imunobiológicos. O adalimumabe
e o infliximabe são alguns dos biológicos que têm seu uso aprovado no Brasil. O índice de gravidade e de
área da psoríase (PASI –Psoriasis Area and Severity Index) é um método desenvolvido que busca
54
quantificar a gravidade da doença pela análise da superfície corporal atingida, quanto a extensão e
características clínicas das lesões. OBJETIVOS:Avaliar a eficácia do tratamento dos pacientes portadores de
psoríase com medicamentos imunobiológicos (infliximabe e adalimumabe) na Clínica Dermatológica do
Hospital Getúlio Vargas em Teresina-PI, comparando a evolução clínica dos grupos que usaram cada
medicamento, pelos parâmetros de gravidade PASI . MÉTODOS: Este é um estudo retrospectivo e
qualitativo. Foram selecionados 10 pacientes que realizaram tratamento para Psoríase com o Infliximabe e
6 com Adalimumabe na Clínica Dermatológica do HGV. Os PASI dos pacientes foram determinados pelo
orientador antes do início do tratamento e durante as 6ª e 14ª semanas. Os PASI coletados foram
tabulados e analisados pelo programa SPSS 11.0. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e
Pesquisa do HGV.RESULTADOS: O PASI da população de pacientes em uso de Infliximabe variou no início
do tratamento de 5 a 55,6, com média de 27; enquanto que na população em uso de Adalimumabe variou
de 9,3 a 50,1, com média de 18,7.A média dos PASIs foi de 4,8 na 6ª semana e de 2,2 na 14ª semana para
os pacientes que fizeram uso de Infliximabe. Já os que usaram Adalimumabe, a média dos PASIs foi de 2,8
e 0,8, na 6ª e 14ª semana, respectivamente. No teste pareado, aferiu-se que houve significância na
redução do PASI, do início do tratamento para a 14ª semana, nos pacientes que usaram Adalimumabe
(p=0,019), mas não houve significância na comparação para o Infliximabe. CONCLUSÃO: Ambos os
medicamentos produzem uma melhora clínica relevante, com a redução dos PASIs do início do tratamento
para a 6ª semana, mas que estabiliza, pois a redução dos PASIs da 6ª para a 14ª semana não é expressiva.
Na comparação entre os medicamentos, o adalimumabe continua a apresentar uma redução discreta dos
PASIs, até a 14ª semana, enquanto o Infliximabe não a produz.
P35
AVALIAÇÃO DA NEFRECTOMIA PARCIAL LAPAROSCÓPICA NO
TRATAMENTO DO CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS E ANÁLISE DO
ESCORE NEFROMÉTRICO R.E.N.A.L.
Autores: Michele Frasão Viana, Pedro Victor Martins Vasconcelos, Wildson Moura Gonçalves, Hamilton De
Sousa Mourão, Karoline Frasão Viana, Aurus Dourado Meneses
Instituição(ões): Hospital São Marcos
Apresentador(a): Michele Frasão Viana
INTRODUÇÃO:A nefrectomia parcial (NP) para o tratamento de tumores renais em estádio T1 é o método
de escolha, quando factível. A realização dessa cirurgia por videolaparoscopia, reservada a poucos serviços
no Brasil, ganha cada vez mais aceitação. Com o objetivo de quantificar as características anatômicas
relevantes à NP, Kutikov e Uzzo propuseram o escore nefrométrico RENAL que visa predizer o grau de
dificuldade cirúrgica e as complicações no trans e pós-operatório.OBJETIVO:Descrever uma série de casos
de nefrectomia parcial laparoscópica (NPL), analisar os resultados cirúrgicos correlacionando-os com o
escore nefrométrico RENAL.MÉTODOS:Analisou-se uma série de 11 casos de pacientes submetidos NPL
entre agosto de 2012 e maio de 2013, em dois centros de Teresina, Piauí, operados pela mesma equipe.
Avaliaram-se os dados clínicos, patológicos e resultados cirúrgicos. Estratificou-se os grupos de acordo
com o escore nefrométrico R.E.N.A.L. e fez-se uma análise estatística comparando-os quanto ao o tempo
de clampeamento, sangramento intra-operatório e complicações. O tempo médio de seguimento foi de 7
± 3,34 meses.RESULTADOS:A idade média dos pacientes foi de 56,64 anos (34-76 anos); sexo masculino
em 81,8%; rim direito 63,6%. No agrupamento pelo escore R.E.N.A.L, 36,36% dos casos foi classificado em
grupo 1 (baixo risco) enquanto 63,64% foi classificado em grupo 2 (risco intermediário). O tipo histológico
mais comum foi células claras (36,36%). O estadiamento dos tumores mostrou T1aN0M0 em 63,64%. O
tamanho médio dos tumores foi de 2,93 ± 1,3cm (1,1-5 cm de raio). O tempo cirúrgico médio foi de 150
±35,8 min, e de internação 54,27±16,7 horas. O volume de sangramento médio foi de 125,45±77,5 mL.
Margens livres de neoplasia em todos os casos. Não houve complicações pós-operatórias. O Clearance de
creatinina pré-operatorio médio foi de 85,99ml/min e pós operatório médio de 84,33ml/min. Por fim, não
houve correlação entre o escore nefrométrico RENAL com o tempo de isquemia, sangramento
intraoperatório e complicações.CONCLUSÕES:A NPL mostrou-se uma alternativa segura e eficaz para
tratamento de tumores renais. Os reduzidos tempo de isquemia, volume de sangramento e tempo de
55
internação hospitalar mostraram-se pontos favoráveis ao procedimento, bem como a preservação da
função renal pós-operatória. O escore nefrométrico RENAL não mostrou correlação com tempo de
isquemia, sangramento intraoperatório e complicações no presente estudo.
EFEITO DO ÓLEO RESINA DE COPAIFERA MULTIJUGA SOBRE A
P36 SECREÇÃO GÁSTRICA DE RATOS SUBMETIDOS À LIGADURA DE
PILORO
Autores: Caroline Cristina Braga Castro, Alana Moura Fé E Silva, Bárbara Larissa Santana Coelho De
Oliveira, Raquel De Morais Santos, Vítor Assunção Da Ponte Lopes , Maria Do Carmo De Carvalho E
Martins
Instituição(ões): Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (UNINOVAFAPI)
Apresentador(a): Caroline Cristina Braga Castro
INTRODUÇÃO: O óleo-resina de Copaifera multijuga apresenta efeito antiulcerogênico em em modelo
experimental de úlceras gástricas induzidas por etanol, mas o mecanismo gastroprotetor não foi
esclarecido. OBJETIVO: Avaliar o efeito do óleo-resina de Copaifera multijuga (Cm) sobre a secreção ácida
e conteúdo de muco na parede gástrica de ratos submetidos a ligadura do piloro (LP). MÉTODOS: Ratos
Wistar (193 a 316 g), submetidos a LP, foram distribuídos em grupos de 6-8 animais para administração
intraduodenal de Tween-80 1% (5 mL/kg-T) e Cm 200 mg/kg (Cm200) e Ranitidina 60 mg/kg (R). Quatro
horas após o tratamento, os animais foram eutanasiados e o conteúdo gástrico foi coletado para
determinação do volume, pH e acidez total. Fragmentos do estômago foram obtidos para quantificação do
muco da parede gástrica. Os dados foram analisados por meio de ANOVA e teste de Tukey. Projeto
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário UNINOVAFAPI (nº 0017/2012).
RESULTADOS: Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos em relação ao teor de muco
(T: 346,29 ± 50,48; Cm200: 268,69 ± 24,8; R: 279,79 ± 18,5). O volume do suco gástrico foi
significativamente maior (p<0,05) em Cm200 (3,2875 ± 0,11) quando comparado a T (2,68 ± 0,26) e R (2,64
± 0,16). A acidez foi significativamente maior (p<0,05) em Cm200 (13,62 ± 3,48) em relação a R (3,75 ±
0,76), mas não foi diferente de T (6,37 ± 2,9). O pH foi maior (p<0,05) em Cm200 (2,4 ± 0,18) quando
comparado a R (4,67 ± 0,35), mas não em relação a T (3,31 ± 0,63).CONCLUSÃO: O efeito gastroprotetor
do óleo-resina de Copaifera multijuga parece não envolver aumento na produção de muco ou diminuição
da secreção ácida gástrica.
P37
A SATISFAÇÃO DE USUÁRIOS ATENDIDOS EM UMA CLINICA ESCOLA
DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE TERESINA/PI
Autores: Raquel Vilanova Araujo, Layse Christina Batista De Freitas, Ednólia Lopes Da Silva, Ednando
Pereira Da Silva, Regina Célia Vilanova Campelo, Viriato Campelo.
Instituição(ões): Faculdade Santo Agostinho
Apresentador(a): Raquel Vilanova Araujo
INTRODUÇÃO: O sucesso do tratamento no cuidado do paciente é em geral avaliado por medidas clínicas,
questionários e outros instrumentos que são amplamente utilizados por fisioterapeutas para medir a
condição de saúde do paciente ou os resultados do tratamento realizado. A satisfação do paciente é
também uma das dimensões envolvidas no cuidado de pessoas, que é pouco avaliada, e está ligada de
forma sinérgica à qualidade técnica no que se refere ao sucesso do tratamento. OBJETIVO: Analisar a
satisfação do usuário quanto ao serviço de Fisioterapia oferecido por discentes de uma Instituição de
Ensino Superior Privada em Teresina-PI. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, realizado
por alunos do curso de Fisioterapia de uma Faculdade Privada da cidade de Teresina. A pesquisa foi
realizada com trinta indivíduos atendidos pelos discentes e aceitaram participar da pesquisa após
assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação da pesquisa pela Fundação
56
Municipal de Saúde-FMS e do comitê de ética da Faculdade Santo Agostinho-FSA. Utilizou-se um roteiro
com perguntas estruturadas acerca das variáveis relacionadas à satisfação do atendimento, baseado em
estudo validado realizado por Mendonça (2007). O questionário foi aplicado aos indivíduos após terem
sido atendidos pelos discentes. RESULTADOS: As variáveis avaliadas foram: explicações oferecidas com
clareza, segurança transmitida, respeito e interesse, esclarecimento de suas dúvidas, atenção dadas às
queixas, habilidades, e técnicas e procedimentos aplicados. Quanto às explicações, segurança, respeito e
atenção às queixas o graus de satisfação foi de bom a excelente. Já quanto aos esclarecimentos e técnicas
foi de bom a ótimo. CONCLUSÃO: Percebe-se a importância da disposição do serviço de fisioterapia à
comunidade, que é visto como oportunidade de aperfeiçoar as técnicas e habilidades dos alunos, bem
como de oferecer a comunidade um atendimento de qualidade. Portanto torna-se necessário a realização
de estudos quanto à avaliação da satisfação dos usuários quanto ao atendimento prestado pela equipe de
saúde nas clinicas escolas, com finalidade oferecer uma terapêutica de excelência a estes indivíduos.
P38 CARDIOPATIA CONGÊNITA COMPLEXA COM LONGA SOBREVIDA:
RELATO DE CASO
Autores: Lucas Henrique Porfírio Moura, Pyramon Said Carneiro, Henrique César Saraiva de Arêa Leão
Costa Filho, Lucas Vitor Rafael Da Silva Carvalho, Érica Patrícia Chaves, Catarina Fernandes Pires
Apresentador(a): Lucas Henrique Porfírio
Moura Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Cardiopatias congênitas complexas são caracterizadas por extensas alterações no sistema
cardiovascular, com consequências hemodinâmicas variáveis e grande morbi-mortalidade na infância.
RELATO DE CASO: JCA, masculino, 10 anos, natural de Regeneração, foi vitimado, há 4 meses, por febre
diária e contínua, que cedia a antitérmicos, tosse produtiva e edema em membros inferiores. Durante
internação para investigação e tratamento os sintomas cederam. Com cerca de 1 ano de idade, procurou
Hospital teresinense devido a dispneia aos pequenos esforços de recuperação rápida, diagnosticado com
“problema cardíaco” que o pai não sabe especificar. Desde então, usa Furosemida
40mg por dia, que o deixou sem cianose grave ou edema até o presente. Ao exame: Bom estado geral,
ativo, hipocorado +/4+, anictérico, cianótico 2+/4+; linfonodos submandibulares pequenos, móveis,
fibroelásticos; tórax em quilha, assimétrico, expansível; ictus para a direita, propulsivo, palpável em
epigástrio. AP: Murmuro vesicular presente em ambos hemitórax, atenuado em base do hemitórax direito.
AC: Ritmo regular em 2 tempos, bulhas hiperfonéticas, sopro holossistólico, 70 bpm. Abdômen
semigloboso, depressível, indolor, borda hepática a 2 cm do rebordo costal direito. Baqueteamento digital,
pulso em martelo d’agua, cianose nas extremidades. Exames complementares: RX tórax: cardiomegalia
acentuada; ECG: sobrecarga ventricular, eixo elétrico desviado para direita. Ecocardiograma: Átrio e
ventrículo únicos, dupla via de saída ventricular, vasos transpostos, persistência do canal arterial,
hipoplasia severa de valva e tronco pulmonares, boa função sistólica, regurgitação discreta das valvas
atrioventricular única e aórtica. Angiorresonância: Além de confirmar os achados do ecocardiograma,
evidenciou veia cava superior esquerda e direita drenando para átrio único, agenesia de veia cava inferior
infra-hepática, veias hepáticas dilatadas que drenam para veia cava inferior supra-hepática, ventrículo
único tipo direito, estenose importante no terço proximal da artéria pulmonar esquerda, determinando
hipofluxo pulmonar à esquerda. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dadas essas anormalidades, seria esperado um
quadro limitante, mas o paciente é ativo e estável hemodinamicamente, realiza todas as atividades
inerentes à sua idade, tem desenvolvimento pôndero-estatural próximo à normalidade. Isso abre
discussões a respeito dessas cardiopatias, sua sobrevida e tratamento.
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO EXTRATO AQUOSO DA SEMENTE DE
P39 ABACATE (PERSEA AMERICANA) EM RATOS WISTAR SUBMETIDOS À
ISQUEMIA E REPERFUSÃO RENAL
Autores: Laio Santana Passos, Antonio Cheslem De Souza, Leonardo Lino Martins Júnior, Ronaldo Luz
Souza, Paulo Humberto Moreira Nunes, Maria Do Carmo De Carvalho E Martins
57
Apresentador(a): Laio Santana Passos
INTRODUÇÃO: A isquemia renal está envolvida na patogênese de 72% dos casos de necrose tubular aguda,
importante causa de insuficiência renal aguda. A semente do abacate (Persea americana) é utilizada na
medicina popular no tratamento de diferentes enfermidades renais. Porém, não foram encontrados
estudos que tenham avaliado possível ação protetora dessa espécie na isquemia. OBJETIVO: Avaliar os
efeitos do extrato aquoso da semente de abacate (EAPA) em ratos submetidos à isquemia e reperfusão
renal. MÉTODOS: Ratos Wistar (255±15 g), machos, adultos, foram distribuídos aleatoriamente em quatro
grupos de sete animais e submetidos aos seguintes tratamentos diários, por gavagem, iniciados 21 dias
antes do procedimento de isquemia renal: água destilada 5mL/kg (grupos SHAM e isquemia sem
tratamento-IST) ou EAPA 500 mg/kg (EAPA500) ou 1000 mg/kg (EAPA1000). No 22º dia, os animais foram
submetidos à laparotomia exploradora, localização e clampeamento bilateral das artérias renais por 50
minutos, seguida de reperfusão por 48 horas, com posterior coleta de sangue e análise dos níveis séricos
de ureia e creatinina. Os animais do grupo SHAM foram submetidos ao procedimento cirúrgico até a etapa
de localização das artérias, sem clampeamento. Também foram coletadas, após eutanásia, amostras de
tecido renal para quantificação de grupos sulfidrílicos não proteicos (GSHNP), Malondialdeído (MDA) e
atividade de catalase (CAT). A análise estatística foi realizada por ANOVA seguida de pós-teste de Tukey.
Trabalho aprovado no CEP/UESPI–024/13. RESULTADOS: Os níveis séricos de ureia foram menores
(p<0,001) em EAPA500 (44,0±2,7), EAPA1000 (47,6±4,8) e SHAM (43,4±1,7) em relação a IST (97,7±16,5).
Creatinina sérica foi menor (p<0,05) em EAPA1000 (0,69±0,1) quando comparada com IST (0,96 ± 0,1), mas
não em relação a SHAM (0,64±0,0) e EAPA500(0,8 ± 0,1). GSHNP foram maiores (p<0,001) em IST
(92,0±1,9), EAPA500 (84,4±3,5), EAPA1000 (79,7±2,5) em comparação a SHAM (63,0±1,9), e menores
(p<0,01) em EAPA1000 em relação a IST. CAT foi menor (p<0,05) em IST (26,5 ±5,4) em relação a SHAM
(39,7±3,3), não havendo diferença (p>0,05) entre EAPA500 (29,1±2,3) e EAPA1000 (32,8±2,9) quando
comparados a IST ou SHAM. Não houve distinção entre os grupos quanto a MDA. CONCLUSÃO: Isquemia e
reperfusão renal deprimiram a função do órgão e o EAPA preveniu tal efeito, por mecanismo que parece
envolver atividade antioxidante.
P40
DOENÇA DE WILSON
Autores: Lucas Daniel Pereira Lopes, Andressa Dantas De Moura Santos, Helena Julice Alencar De
Albuquerque, Jordana Rosal Pádua, Sofia Neves Pinheiro Da Costa
Instituição(ões): Hospital Universitário Walter Cantídio(Ufc)
Apresentador(a): Lucas Daniel Pereira Lopes
INTRODUÇÃO:A Doença de Wilson é um distúrbio autossômico recessivo,raro,caracterizado por cirrose
hepática e alterações degenerativas de gânglios da base,devido a erro congênito ligado ao metabolismo do
cobre que se acumula nos tecidos por defeito no mecanismo de excreção do metal no interior do
hepatócito.A doença apresenta evolução progressiva, sendo constatada consaguinidade entre os pais do
portador. Há predominância do sexo masculino,sendo que a sintomatologia aparece por volta dos 10 a 20
anos de idade ,que são insuficiência hepática, ascite, icterícia, alterações neurológicas e psiquiátricas,
tremores, rigidez muscular, disartria e sialorréia.O diagnóstico é feito através do nível de cobre na urina de
24 horas, cobre sérico, Ceruloplasmina e Anel de Kaiser-Fleischer nos olhos .RELATO DE CASO: Paciente
W.C.O, 20 anos, sexo masculino, solteiro, agricultor, natural e procedente de Acopiara – Ceará,refere
dificuldade de deglutição há um ano e meio, tremor das mãos ao movimento, engasgos com
frequência,disartria e rigidez em todo o corpo.Apresentava paresia do músculo da mastigação e paresia da
musculatura da mimica facial; postura fletida;anéis de Kaiser-Fleischer em ambos os olhos e perda
ponderal de 15 quilos em três meses;cobre urinário alto (93,7) e ceruloplasmina baixa(1,8).Seus pais eram
primos legítimos.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto,a Doença de Wilson é uma doença rara,que envolve
consaguinidade e acomete funções sensórias, sociais e motoras de seu portador. Muitas vezes seu
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diagnóstico é tardio,necessitando assim de estudos médicos científicos mais aprofundados com a
finalidade de desenvolver medicamentos específicos para diminuir seus agravos e um maior
reconhecimento dos sinais e sintomas da doença para que haja seu diagnóstico precoce.
P41
VALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO
MUNICÍPIO DE CAXIAS-MA SOBRE O TEMA VIOLÊNCIA SEXUAL
Autores: Sinara Meneses Ferreira , Apoliane Costa Sodré, Dandara Manuelle Matos Leite Sobral, Laís Silva
Fernandes, Lis Coelho Fortes, Raquel Rosa Candebat Vallejo Araújo
Instituição(ões): UEMA
Apresentador(a): Dandara Manuelle Matos Leite
Sobral Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Violência Sexual é definida como a situação em que um indivíduo é usado, sem o seu
consentimento ou compreensão dos fatos, para satisfação sexual de uma pessoa mais velha. O abuso
sexual tem um impacto muito grande na saúde física e mental da vítima, deixando marcas em seu
desenvolvimento, com danos que podem persistir por toda vida. Sua detecção precoce possibilita o
tratamento e acompanhamento adequados, com a minimização das sequelas. Incentivar a capacitação de
profissionais envolvidos diretamente com esse público alvo facilita a identificação de vítimas e o combate
aos crimes sexuais. OBJETIVOS: Identificar o nível de conhecimento de crianças e adolescentes em idade
escolar sobre o tema violência sexual para avaliar a susceptibilidade desse público aos crimes sexuais e
promover a educação sexual em escolares. MÉTODOS: O estudo realizado tem caráter descritivo com
análise quali-quantitativa de dados. A pesquisa foi realizada através de questionários com perguntas
abertas e de múltipla escolha, preenchidos por 150 alunos com idade entre 7 e 19 anos em 3 escolas da
cidade de Caxias, no período de março a junho de 2013. A organização dos resultados foi realizada em
gráficos através de cálculos matemáticos simples. RESULTADOS: Segundo informações colhidas através
dos questionários: 47,4% dos escolares pesquisados não conhece o número dos direitos humanos para
denúncias; apenas 48,66% conhece a faixa etária mais atingida pelos crimes sexuais; 18% conhece o
Conselho Tutelar como local para denúncia; 51,3% denunciaria apenas à própria família e 12% somente à
autoridades policiais; 43,33% acredita que o crime é cometido principalmente por desconhecidos.
CONCLUSÕES: A falta de conhecimento sobre o tema Violência Sexual entre crianças e adolescentes
aumenta a susceptibilidade desse público. É necessário o auxílio de profissionais que trabalham
diretamente com crianças e adolescentes para a maior notificação da violência sexual e para o tratamento
adequado e precoce das vítimas.
P42
MELANOMA ACROLENTIGINOSO PLANTAR: RELATO DE CASO
Autores: Deodoro Máximo De Alencar Neto, Cyléia Brandão De Andrade, Lara Sales Drummond Ribeiro
Gonçalves, Karolyne Nava Hossoe, Anna Carolinne Rosal Adad, Lauro Lourival Lopes Filho
Apresentador(a): Deodoro Máximo De Alencar
INTRODUÇÃO: O melanoma é uma neoplasia resultante da transformação maligna dos melanócitos,
atingindo principalmente as células localizadas na pele. A sua incidência global é estimada em 132.000
casos/ano, existindo evidências de que o número de casos tenham aumentado nas últimas décadas. O
melanoma representa 3% de todos os casos novos de câncer, possuindo elevado potencial de cura quando
diagnosticado precocemente, e alta letalidade quando tratado tardiamente, devido ao seu alto potencial
metastático. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 42 anos, parda, lavradora, alfabetizada,
procurou atendimento no setor de dermatologia do Hospital Getúlio Vargas, em Teresina, Piauí, com
queixa de mancha roxa na planta do pé. Paciente referiu mancha escura de odor fétido no pé esquerdo,
que evoluiu a partir de uma mancha hipercrômica, há aproximadamente 2 anos. Relata ainda ter feito uma
pequena cirurgia no local, e desde então a mesma evolui com aumento de tamanho e apresentando
secreção serossanguinolenta. Não relata antecedentes familiares ou patológicos dignos de nota. Ao exame
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físico apresenta lesão hipercrômica, secretiva e com odor fétido em planta do pé esquerdo. O diagnóstico
provável foi melanoma acrolentiginoso. A paciente foi encaminhado para cirurgia dermatológica. Foi
realizada exérese da lesão, com margem de segurança, e cicatrização por segunda intenção. A paciente
retornou quatro meses depois para acompanhamento, apresentendo cicatriz atrófica, sem sinais de
adenopatia ou metástase. Após três meses, em novo retorno, apresentou lesão com bom aspecto, sem
alterações ou sinais de linfadenopatias. Passados três meses da última consulta, retornou para
acompanhamento, não apresentando alterações ou sinais de linfadenopatia. Retornou após 1 ano da
cirurgia, sem metástase ou recidiva. A paciente deverá continuar em acompanhamento por um período de
cinco anos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O melanoma acrolentiginoso ou acral lentiginoso é raro, acomete
principalmente idosos de raça negra, e são frequentemente diagnosticados em uma fase de lesão primária
espessa, e quando isso ocorre costuma apresentar mau prognóstico, portanto, é imperativo o diagnóstico
precoce, pois em fase inicial é tratável, e a cura chega próximo a 100%.
P43 PERCEPÇÃO DO SONO: DURAÇÃO, QUALIDADE E NÍVEIS DE
SONOLÊNCIA EM ACADÊMICOS DE MEDICINA
Autores: Leonardo Tiago Costa Dos Santos, Luan Barros De Sousa, Luciana Costa Crizóstomo, Ricardo Lira
Araújo, Fabrício Pires De Moura Do Amaral.
Apresentador(a): Leonardo Tiago Costa Dos
Santos Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Os transtornos de sono são comuns em grupos suscetíveis ao estresse. Os acadêmicos de
Medicina compõem um grupo de risco para o desenvolvimento de distúrbios do sono por estarem
submetidos às obrigações acadêmicas em horário integral, às atividades curriculares e extra-curriculares,
forte pressão da exigência de alto rendimento e outros complementos da formação médica. OBJETIVOS:
Avaliar o comportamento relacionado ao sono nos aspectos qualidade , duração e nível de sonolência dos
estudantes do primeiro ao oitavo período do curso Medicina de uma Faculdade Particular. MÉTODOS:
Foram avaliados 273 graduandos através dos questionários PSQI(Índice de Qualidade do Sono de
Pittsburg) e ESE(Escala de Sonolência de Epworth) aplicados em sala de aula após a assinatura do Termo
de Consentimento. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição.
RESULTADOS: Com valor médio da PSQI=7,12 ± 2,25 , valor médio de horas de sono= 5,72 ± 1,12 e valor
médio na ESE= 8,92 ± 3,63 foi demonstrado uma qualidade de sono ruim dos universitários pesquisados.
CONCLUSÃO: O trabalho revelou uma elevada alteração do padrão de sono do grupo estudado sendo os
componentes que mais apresentaram anormalidades: a qualidade subjetiva, duração e disfunção diurna.
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA E A IMPORTÂNCIA DA
P44 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NA IDENTIFICAÇÃO DE CASOS:
EXEMPLO DA AIDS NO PIAUÍ, BRASIL
Autores: Brenna Rayana Castro Gondinho, José Valter Lopes Oliveira Filho, Raíssa Barreto Vieira Soares,
Lorena Rodrigues, Cláudia Aline De Brito Oliveira, Brunna Verna Castro Gondinho
Apresentador(a): Brenna Rayana Castro
Gondinho Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Doenças de Notificação Compulsória são aquelas que possuem uma magnitude, gravidade,
agente causador, transcendência, potencial e capacidade de disseminação possível de causar surtos e
epidemias exigindo desta forma, medidas eficazes para sua prevenção e controle. Em 25 de janeiro de
2011, o Ministério da Saúde do Brasil lança a Portaria Nº 104, que além de outras coisas, define a relação
de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional,
dentre essas doenças, encontra-se a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS. Através do Guia de
Vigilância Epidemiológica de agosto de 2002, o Governo Brasileiro, por meio do seu órgão máximo da
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saúde, lança um conjunto de critérios, explicações, recomendações e direcionamentos em relação à
conduta a ser adotada frente a algumas dessas e outras doenças, ressaltando a importância da Vigilância
Epidemiológica para identificação dos casos de doenças. OBJETIVOS: O objetivo do presente trabalho é
salientar a relevância da Vigilância Epidemiológica na identificação de casos de Doenças de Notificação
Compulsória como um instrumento de apoio a nível operacional técnico e gerencial. MÉTODOS: Estudo de
natureza quantitativa, realizado através de dados secundários do estado do Piauí, Brasil; obtidos por meio
do site DATASUS. Pesquisaram-se os casos de AIDS identificados no estado brasileiro em questão,
considerando-se um período de dez em dez anos a partir de 1982 até 2012. RESULTADOS: Como
resultado, foram encontrados os seguintes valores: para o ano de 1982 n=0, para 1992 n=13, para 2002
n=122 e para 2012 n=170. CONCLUSÕES: Após análise dos dados obtidos, pode-se concluir que, houve um
aumento do número de casos de AIDS, ao longo dos anos, identificados no estado do Piauí, Brasil; fato que
pode ter por justificativa, além de outras coisas, a maneira como a Vigilância Epidemiológica, a nível
operacional técnico e gerencial, foi conduzida dentro do estado do Piauí levando-se em consideração, todo
o seu conjunto de medidas, critérios, programas e direcionamentos que passaram, durante o período
estudado, pelas três esferas de governo, evitando, desta maneira, cada vez menos os casos de subnotificação, assim como, preparando profissionais técnicos e gestores cada vez mais criteriosos e
engajados ao seguir as recomendações fornecidas pelo Ministério da Saúde, ao que diz respeito à
Vigilância Epidemiológica das doenças em questão.
PERFIL ELETROFORÉTICO DE FUNGOS DO GÊNERO ASPERGILLUS
P45 DA CIDADE UNIVERSITÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
MARANHÃO
Autores: Crislâine Andrade Borges, Marcos Antonio Custodio Neto Da Silva, Geusa Felipa De Barros
Bezerra, Geusa Felipa De Barros Bezerra.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Maranhão
Apresentador(a): Crislâine Andrade Borges Contato:
[email protected]
INTRODUÇÃO: Os fungos dispersam-se na natureza através do ar atmosférico ou por outras vias, como
água, insetos, homem e animais. Os fungos que se dispersam pelo ar atmosférico são denominados fungos
anemófilos. Os elementos fúngicos encontrados no ar atmosférico são os esporos. São aeroalérgenos que,
quando inalados, podem ser responsáveis por manifestações respiratórias alérgicas, como asma e rinite.
Dentre esses fungos capazes de provocar alergias respiratórias destaca-se os pertencentes ao gênero
Aspergillus, especialmente as espécies de Aspergillus fumigatus e Aspergillus flavus, que além das alergias,
provocam a aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA) em indivíduos imunocompetentes. Essa resposta
imunológica é mediada por proteínas antigênicas presentes na superfície dos esporos e nos produtos de
secreção dos fungos em crescimento durante a colonização do trato respiratório. O estudo dessas
proteínas pode auxiliar no diagnóstico etiológico das alergias respiratórias e infecções fúngicas. OBJETIVO:
analisar o perfil eletroforético de extratos deAspergillus flavus e Aspergillus fumigatus isolados da cidade
universitária da UFMA por meio do método SDS-PAGE. MÉTODOS: Os conídios de cada espécie, obtidos de
culturas isoladas, foram inoculados em placas de Petri contendo ágar Saboraund e cultivados por sete dias,
a 25°C sob luz contínua. Após esse período o micélio de cada espécie foi triturado em almofariz,
centrifugado e o sobrenadante armazenado a -20°C. As amostras foram submetidas a fracionamento por
SDS-PAGE utilizando-se gel de poliacrilamida a 12%. Após a eletroforese o gel foi corado por comassie
blue. RESULTADOS: foram visualizadas 12 bandas para o extrato de Aspergillus flavus em um intervalo
entre 109 KD a 9 KD, enquanto o extrato de Aspergillus fumigatus apresentou 7 bandas entre 123KD a 26
KD. As espécies apresentaram 2 bandas em comum uma de 97 KD e outra de 26KD. CONCLUSÃO:
Conforme os resultados da eletroforese em SDS-PAGE, os isolados de Aspergillus flavus e Aspergillus
fumigatus apresentaram diferentes padrões eletroforéticos, compartilhando apenas duas bandas, cada
qual de peso molecular estimado em 97KD e 26KD.
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P46 AVALIAÇÃO TÓXICA, CITOTÓXICA E GENOTÓXICA DO LÁTEX DE
CALOTROPIS PROCERA NO SISTEMA TESTE ALLIUM CEPA
Autores: Felipe Gomes Sousa Da Silva, Maylla Moura Araújo, Brunna De Sousa Silva, Talvany Luis De
Barros, André Cipriano Saraiva Gomes, Débora De Alencar Franco Costa
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial –FACID
Apresentador(a): Felipe Gomes Sousa Da Silva
INTRODUÇÃO: O látex de Calotropis procera apresenta efeitos bactericidas, atividades antiinflamatória e
analgésica, atuando no processo de cura de feridas. Possui ação quimiopreventiva in vivo e ação citotóxica
sobre células cancerosas. O sistema teste vegetal de Allium cepa apresenta-se como um bioindicador ideal
para o primeiro screening da genotoxicidade de infusões, auxiliando os estudos de prevenção de danos à
saúde humana. OBJETIVOS: Este trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidade, citotoxicidade e
genotoxicidade do extrato aquoso do látex de Calotropis procera no sistema teste de Allium cepa.
METODOLOGIA: Os extratos aquosos foram utilizados nas concentrações de 10 %, 1% e 0,1%, além do
controle negativo (água destilada) e controle positivo (CuSO4). Os bulbos foram mantidos por 72 horas no
escuro a 25 ± 1ºC, as raízes de aproximadamente 0,5 a 2 cm foram selecionadas para o experimento e
fixadas em um solução Carnoy por 24 hs. As raízes foram hidrolisadas com HCl 1N a 60ºC por 11 min, secas
e transferidas para frascos escuros (âmbar) contendo reativo de Schiff. Foi separada a região
meristemática onde foi adicionada uma gota de carmim acético 2%. As lâminas foram posteriormente
analisadas. RESULTADOS: Com relação à toxicidade observou-se que o número de raízes e a média de
crescimento foram idênticos para os grupos que utilizaram o látex. Para os grupos do controle negativo e
positivo, o crescimento e a quantidade de raízes foram inibidos significativamente. Com relação ao índice
mitótico houve significância do controle negativo em relação ao controle positivo (p< 0.05), concentrações
de 0,1% (p<0.001) e 10% (p<0.001). A concentração de 1% apresentou significância em relação às demais
concentrações de 0,1% (p<0.001) e 10% (p<0.001). No aspecto das aberrações cromossômicas não houve
significância quando comparados os grupos. Quando analisado o número de micronúcleos encontrados,
foi observada significância para a concentração de 10% em relação aos demais grupos. CONCLUSÃO: podese concluir que o extrato aquoso do látex de Calotropis procera não apresentou toxicidade nas
concentrações testadas e apresentou citotoxicidade e genotoxicidade para a concentração de 10% quando
avaliado pelo sistema teste de Allium cepa.
ESTUDO DOS EFEITOS ANTIOXIDANTES DA ADMINISTRAçãO
P47 COMBINADA DE POLPA DE MAMãO FORMOSA (CARICA PAPAYA) E
áGUA DE COCO (COCOS NUCIFERA) EM RATOS WISTAR.
Autores: Luan Arnon De Melo Cunha, Guilherme Soares Borges, Samuel Pinheiro Da Silva, Viny Sampaio
De Brito, Maria Do Carmo De Carvalho E Martins
Apresentador(a): Viny Sampaio De Brito
INTRODUÇÃO: O consumo excessivo de gorduras saturadas e gorduras trans é considerado como fator de
risco para doenças e agravos crônicos não transmissíveis (DACNT), pois interfere nos níveis de colesterol
plasmático e favorece o surgimento da obesidade. O interesse por antioxidantes naturais advindos de
frutas tem aumentado nos últimos anos, pois estudos têm demonstrado que compostos fenólicos
contribuem para a redução do risco de DACNT. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do consumo de polpa de
mamão formosa (Carica papaya) e água de coco (Cocos nucifera) sobre a atividade antioxidante in vivo e
peso corporal em animais mantidos em dieta hiperlipídica. METODOLOGIA: Ratos Wistar (280 ± 20 g),
machos e fêmeas, adultos foram distribuídos aleatoriamente em cinco grupos de sete animais, sendo
quatro grupos mantidos com dieta hiperlipídica e um com dieta normocalórica (Controle). A partir do 31º
dia em dieta hiperlipídica, os seguintes tratamentos com administração oral foram iniciados: Solução
62
Salina 0,9% (5 ml/kg, grupos Dieta hiperlipídica controle-HC e dieta normocalórica-C); Polpa de mamão (5
g/kg, grupo M); água de coco (5 ml/kg, grupo A); e Polpa de mamão e água de coco (grupo MA). Eutanásia
foi realizada por sobredose de tiopental sódico (100 mg/kg, i.p.) ao final de 60 dias de tratamento. Os
níveis de malondialdeído (MDA) no plasma e no fígado, grupos sulfidrílicos não proteicos (GSHNP), e
atividade da catalase (CAT) foram determinados no tecido hepático. Gordura retroperitoneal (GRP) foi
quantificada. Peso corporal avaliado ao longo do experimento. Análise estatística por ANOVA e teste de
Tukey. Trabalho aprovado no CEP/UESPI (025/13). RESULTADOS: GSHNP foi significativamente maior
(p<0,05) em M (92,2±9,5), A (92,0±24,8) e MA (91,8±40) quando comparados com HC (35,7±16,3) e C
(23,0±8,3). CAT foi maior (p<0,05) em M (479,1±51,5), A (489,9±45,5) e AM (501,6±12,5) quando
comparados com HC (212,8±51,6) e C (396,6±67,6). Não houve diferença significativa entre os grupos
quanto a MDA. GRP foi maior (p<0,05) em MA (6,3±1,1) e M (6,9±0,9) em relação a C (2,45±1,1), e em M
(6,9±0,9) em relação a HC (3,8±2,2). CONCLUSÃO: O tratamento com mamão e água de coco isoladamente
ou de forma combinada produziu aumento na atividade antioxidante hepática, embora o uso combinado
dos dois alimentos não tenha produzido aumento adicional na atividade antioxidante.
P48
BAÇO ACESSÓRIO INTRAPANCREÁTICO: RELATO DE CASO
Autores: Deydson Rennan Alves Soares, Sara Batista Lima, Ruggeri Bezerra Guimarães, Teresinha Castello
Branco Carvalho, Jerusia Oliveira Ibiapina, Lina Gomes Dos Santos
Instituição(ões): Hospital São Marcos / Universidade Federal Do Piauí
Apresentador(a): Sara Batista Lima
INTRODUÇÃO: Baço acessório é uma malformação congênita que ocorre em aproximadamente 2% dos
indivíduos. A prevalência descrita na literatura é de 10 a 30% das autópsias e 45 a 65% dos pacientes
submetidos à esplenectomia. A localização intrapancreática é a segunda mais frequente, contudo
acontece em apenas 16,8% dos casos. O diagnóstico é feito principalmente por métodos de imagem. À
ultrassonografia, CT e RM se observam padrões esplênicos de ecogenicidade. No entanto, o padrão-ouro é
a marcação de hemácias com radioisótopos (Tecnécio-99). Quando se apresenta com múltiplos e variados
focos, denomina-se esplenose, o qual tende a aumentar após esplenectomia. RELATO DE CASO: Paciente
de 59 anos, sexo masculino, procurou atendimento médico referindo dor em região epigástrica, soluço e
plenitude pós-prandial há um ano. Relatou ter realizado, em 1989, esplenectomia e nefrectomia esquerda
em decorrência de trauma abdominal fechado. Negou histórico de hipertensão, diabetes mellitus e
neoplasia na família. Uma EDA não evidenciou anormalidades. RM mostrou lesão nodular neoplásica, bem
delimitada, com contornos regulares, medindo 4,9 x 4,5 cm, localizada na cauda do pâncreas, tendo sido
contraindicada a realização de biópsia percutânea devido os achados radiológicos. Assim, optou-se pelo
tratamento cirúrgico (pancreatectomia corpo-caudal). O espécime cirúrgico possuía dimensões de 7,0 x 4,0
x 4,0 cm, superfície externa rugosa e pardo-amarelada com aderências de tecido adiposo e superfície de
corte exibia lesão tumoral nodular, compacta e vinhosa com focos de hemorragia medindo 4,5 x 4,0 x 4,0
cm consistente com baço acessório intrapancreático. O paciente evoluiu sem intercorrências no pósoperatório e recomendou-se seguimento com realização de exames de controle após um ano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esse caso é relevante por se tratar de uma lesão benigna, geralmente
esporádica, que faz diagnóstico diferencial com lesões pancreáticas primárias, principalmente malignas
(tumores neuroendócrinos, adenocarcinoma e metástases). Métodos diagnósticos por imagem têm
importância fundamental no diagnóstico definitivo.
P49 SÍNDROME DE HEPATOESPLENOMEGALIA FEBRIL EM PACIENTE
ALCOOLISTA E TABAGISTA CRÔNICO – RELATO DE CASO
Autores: Alan Moura Bezerra, Arlene Dos Santos Pinto, Edson Guilherme De Oliveira Soares, Nayara
Thátila Araújo Costa, José Miguel Luz Parente.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piaui
Apresentador(a): Alan Moura Bezerra
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INTRODUÇÃO: A hepatoesplenomegalia possui um grande leque de diagnósticos diferenciais possíveis.
Sua gênese provém de causas variadas, tais como infecções, autoimunidade, uso de drogas, toxinas,
dentre outras. OBJETIVOS: Apresentar aspectos clínicos e laboratoriais de um caso de
hepatoesplenomegalia febril. MÉTODOS: Descrição e análise dos dados obtidos de um paciente admitido
em um serviço de Gastroenterologia da cidade de Teresina-PI. RESULTADOS:A.C.G.S, masculino, 31 anos,
natural e procedente de Piripiri (PI). Refere que em outubro/2012 iniciou quadro de dores e edema
insidioso em membros inferiores, dor abdominal difusa com aumento do volume abdominal, tosse úmida
e febre de mais de 15 dias. Foi internado duas vezes em serviço de atenção básica, de onde foi
encaminhado para investigação diagnóstica. Nega doenças cronicodegenerativas e infectocontagiosas.
Tabagista há 16 anos (2 maços/dia) etilista crônico (6 litros de destilados/semana).Avaliação inicial:
desnutrido,astênico,afebril ao exame, anictérico,hipocorado (++/4+),desidratado (+/4+),eupnéico, sem
linfonodos palpáveis. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular diminuído em base pulmonar direita.
Ausculta cardíaca normal. PA: 100x60 mmHg. Abdome globoso, distendido, levemente ascítico, dor à
palpação profunda em todo o abdome, esplenomegalia (8 cm do RCE), hepatomegalia (5 cm do RCD).
Hipóteses diagnósticas: hepatopatia alcoólica, neoplasia, processo infeccioso crônico. Hemogramas
seriados: pancitopenia. Bioquímica: hiponatremia e função renal normal. AST e ALT normais, fosfatase
alcalina=310 U/L, gama GT=170 U/L, proteínas totais=6.0 mg/dL, albumina=2.0 mg/dL, globulinas=4.0
mg/dL. Alfafetoproteína=2,04 ng/ml, ceruloplasmina=32,9 mg/ml, CA 19/9=33,53 U/ml, antígeno
carcinoembrionário=3,08 ng/ml, PSA=0,15 ng/ml. Sorologia para hepatites A, B e C, HIV I e II negativas.
FAN negativo. Não reator ao teste tuberculínico. Hemocultura e urocultura sem crescimento bacteriano.
Ultrassonografia abdominal mostra hepatoesplenomegalia de texturas homogêneas. Realizado
mielograma, com presença de leishmanias em medula óssea, fechando diagnóstico de leishmaniose
visceral (calazar). Paciente foi tratado com GLUCANTIME, recebendo alta hospitalar após o término do
esquema. CONCLUSÃO: Frente ao caso, observa-se a importância de se conhecer o diagnóstico diferencial
de hepatoesplenomegalia,visto que uma série de doenças pode ocasionar tal achado.
P50
RELATO DE CASO: CARCINOMA BASOCELULAR PERIANAL
Autores: Bruna Rodrigues Barbosa, Dionline Borges Paulo, Sabas Carlos Vieira, Vinícius Fontenele De
Meneses, Lina Gomes Dos Santos
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí (UFPI) ; Hospital São Marcos (HSM)
Apresentador(a): Bruna Rodrigues Barbosa
INTRODUÇÃO: Os carcinomas de canal anal são incomumente encontrados e representam cerca de 4% de
todas as malignidades anorretais e 1,5% das malignidades gastrointestinais, acometendo em sua grande
parte, idosos. Mais freqüentemente encontrados em áreas expostas à radiação ultravioleta, o carcinoma
basocelular (CBC) muito raramente acomete a região anorretal. Do nosso conhecimento, até o ano de
2010, cerca de 100 foram descritos na literatura, sendo a maioria deles em região perianal. O CBC de
região perianal deve ser diferenciado do carcinoma de células basaloides de canal anal/perianal devido a
similaridade histopatológica entre essas neoplasias, sendo que esse último tem maior capacidade de
metastatizar. Apresentamos aqui um caso de carcinoma basocelular em pele perianal em
paciente
idosa. RELATO DE CASO: CMSS, 78 anos, gênero feminino, com história de radioterapia pélvica há 20 anos
por câncer de colo uterino, procurou o serviço médico com queixas de disúria e polaciúria. O exame
ginecológico observou-se vagina colabada e lesão cutânea perianal medindo 3,0cm. Uma biópsia incisional
mostrou tratar-se de CBC infiltrativo
e pigmentado, confirmado após exérese
local da
lesão. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de raro, tem sido observado um aumento na incidência global de
câncer do canal anal/perianal, especialmente por mudanças culturais que introduziram vários fatores de
risco para o surgimento da doença, como as infecções virais (HPV; HIV), comportamento promíscuo e
tabagismo. O tratamento de escolha para o CBC do canal anal/perianal consiste na excisão local com
margens livres, com ou sem o uso de rotação de retalho cutâneo ou enxertos de pele. Em casos mais
64
graves, onde há uma maior extensão do tumor, radioterapia e amputação abdominoperineal podem ser
consideradas como opções.
P51 DEPRESSÃO COMO MANIFESTAÇÃO PSIQUIÁTRICA NA AFASIA
PROGRESSIVA PRIMÁRIA: RELATO DE CASO
Autores: Myrian Mathildes Sá De Deus Rocha, Iêda Cristina Sousa Da Rocha, Raimundo Nonato Campos
Sousa, Kelson James Silva De Almeida, Kelson James Silva De Almeida
Apresentador(a): Myrian Mathildes Sá De Deus Rocha
INTRODUÇÃO: A Afasia Progressiva Primária (APP) é caracterizada por degeneração progressiva da
linguagem com início antes dos 65 anos, de instalação insidiosa e relativa ausência de prejuízo em outras
dimensões cognitivas relevantes. A manifestação inicial da APP é frequentemente a dificuldade na
nomeação e um aspecto diferencial é a existência unicamente de alterações da linguagem durante pelo
menos dois anos. Sintomas neuropsiquiátricos como depressão, ansiedade, apatia e transtornos
alimentares foram relatados em pacientes com APP. É importante o diagnóstico de depressão em
pacientes com APP para que o tratamento adequado possa ser encaminhado. O caso clínico apresentado
refere-se a uma paciente com diagnóstico de APP associada à comorbidade da depressão. RELATO DO
CASO: Paciente do gênero feminino de 64 anos, alfabetizada, dona de casa, procedente da área rural do
nordeste do Brasil. Há 02 anos familiares observaram quadro de dificuldade em achar palavras, repetição
de frases e dificuldade em leitura. O quadro manifestou-se com acometimento funcional restrito a
linguagem, caracterizado pela impossibilidade de leitura bíblica, o que motivou a troca frequente das
igrejas visitadas resultando em isolamento social e perda de interesse em atividades. O quadro evoluiu
para dificuldade de nomear familiares, enquanto a prosopognosia permaneceu preservada. Paciente
apresentou parafasias e necessitava de ajuda para terminar a emissão das palavras. Houve redução da
fluência. Avaliação comprovou presença da depressão pela pontuação 16 no Inventário de depressão de
Beck. Escores comprovaram o acometimento atual da linguagem associado à disfunção
predominantemente frontal(Miniexame do estado mental), além de visuoespacial com relativa
preservação temporal(Bateria Breve de rastreio cognitivo). A ressonância magnética do encéfalo
evidenciou o diagnóstico da APP. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Aproximadamente 1/3 dos pacientes com APP
apresentam diagnóstico positivo para a depressão. Os pacientes podem recordar e avaliar os
acontecimentos, apesar de não serem capazes de expressar seus conhecimentos verbalmente. O declínio
progressivo da comunicação associado à preservação da memória, do raciocínio e do discernimento pode
ser um fator preponderante para o diagnóstico da depressão em pacientes com APP. Dessa forma, a
sintomatologia depressiva é frequente em pacientes com APP.
P52
LINFAGIOMA INTRA-ABDOMINAL GIGANTE NA INFÃNCIA: RELATO
DE CASO
Autores: Natália De Sampaio Brandão, Laís Batista De Andrade, Karla Nobre Alves, Adolfo Batista De Sousa
Moreira, Fernanda Vasconcelos De Carvalho, Edinaldo Gonçalves De Miranda
Apresentador(a): Natália De Sampaio
Brandão Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O linfangioma intra-abdominal é uma patologia rara, podendo variar de 1:23.000 a
1:120.000 das admissões em hospitais pediátricos. Esta tumoração cística já chegou a ser considerado o
mais raro tumor abdominal da criança. Sua etiopatogenia permanece indefinida, sendo interpretada
algumas vezes como uma malformação linfática. Não há sinais e sintomas patognomônicos de linfagioma,
o qual pode apresentar-se como: sintomas abdominais não específicos; achado incidental e abdômen
agudo. Vale ressaltar que quando há aumento do volume abdominal, este é lento e progressivo, e em
alguns casos confunde-se com ascite . O diagnóstico pré-operatório é facilitado usando US, TC e RMN. A
65
resseção cirúrgica é o tratamento de escolha e o prognóstico é, em geral, bom. RELATO DE CASO:
A.B.D.S.S., 5 anos, admitida com quadro de aumento de volume abdominal há aproximadamente 1 ano e
meio; queixava-se de dor abdominal intermitente e vômitos. Ao exame físico apresentava abdome
globoso, flácido, indolor à palpação, com ruídos hidroaéreos positivos, sem visceromegalias, com macicez
móvel de decúbito e piparote positivo. A investigação por imagem mostrou: US -formação cística em
cavidade abdominal medindo 14,6 x 11,2 x 9,5 cm, com algumas septações internas; TC - mostrando massa
volumosa, com densidade de líquido, medindo 19,5x8,4x19,1, uniloculada, paredes finas, estendendo-se
desde hipocôndrio direito até hipogástrio.Foi submetida a uma laparotomia com achado de cisto de
mesentério de aproximadamente 22 cm de diâmetro em alça jejunal; realizou-se ressecção de 10 cm de
alça com retirada do cisto em bloco e enteroanastomose término-terminal. . O histopatológico evidenciou
linfagioma cístico. A paciente evoluiu satisfatoriamente, e recebeu alta no 6° DPO. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: O presente relato mostra um caso raro de linfangioma cístico abdominal gigante, que foi
conduzido com sucesso. Ressalta-se a importância do diagnóstico diferencial, em presença de qualquer
massa cística abdominal.
P53
QUERATOSE LIQUENOIDE CRÔNICA: RELATO DE CASO
Autores: Carlos Eduardo Almeida Sousa, Anderson Moura Bernardes, Bruna Rodrigues Barbosa, Débora
Rocha Pacheco Cavalcanti, Juliana Ribeiro Formiga Matos, Francisco Soares Campelo.
Apresentador(a): Carlos Eduardo Almeida
Sousa Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A queratose liquenoide crônica (QLC) é uma doença rara, com cerca de 70 casos descritos
na literatura. Caracteriza-se pelo surgimento de lesões papulonodulares purpúricas, hiperqueratósicas,
que ocorrem de forma linear nos membros, tronco, mucosas região facial. Não há diferença na prevalência
entre gêneros ou raças. É mais comum entre adultos de 20-50 anos, mas também pode ser encontrada em
crianças. A etiopatogenia da doença ainda é desconhecida. Apresentamos um caso de QLC, com evolução
crônica e progressiva, no qual houve dificuldade para o estabelecimento do diagnóstico. RELATO DE CASO:
Paciente de 40 anos, sexo feminino, relatou o surgimento de lesões semelhantes a estrias e brotoejas em
maio de 2001. Ao exame físico, observou-se um quadro com lesões papulosas escoriadas, não
pruriginosas, com aspecto de estrias violáceas, simétricas, localizadas no abdome. Não havia lesões em
face, mucosas, genitália e leito ungueal. Negou casos semelhantes em sua família. O quadro foi
inicialmente tratado como alergia, tendo a paciente usado um anti-histamínico, que não soube referir. A
terapia não foi efetiva e as lesões progressivamente atingiram membros superiores, inferiores e dorso.
Realizaram-se três biópsias nos anos de 2006, 2010 e 2011, porém todas inconclusivas. Os achados eram
sugestivos de líquen plano, doença de Kyrle e pitiríase rubra, mas nenhuma dessas hipóteses foi
confirmada. No ano de 2012, novo exame anatomopatológico demonstrou achados compatíveis com QLC,
como epiderme espessada por acantose, camada córnea substituída por paraqueratose e basal com
degeneração vacuolar. Na derme superficial, notou-se infiltrado linfocitário. Desde então, a terapia
utilizada é acitretina, 25mg/dia, com melhora parcial do quadro. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A paciente em
estudo apresentava algumas das lesões típicas de QLC, no entanto, a ausência de acometimento facial
(erupção, dermatite seborréica símile), presente na maioria dos casos (75%) bem como a raridade desta
doença dificultaram o diagnóstico. Apesar de ter sido descrita há muito tempo, ainda não foi encontrado
um tratamento totalmente eficaz para QLC. Várias opções terapêuticas como esteroides, ácido salicílico,
antralina, antimaláricos, ouro, metotrexato, dapsona, radioterapia e ciclosporina já foram testadas, mas os
resultados ainda não são satisfatórios.
P54
REPERCUSSÃO DA GINÁSTICA LABORAL NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E
QUALIDADE DE VIDA
Autores: Nattanya Mariane Azevedo Farias , Maria Luci Esteves Santiago , Ednólia Lopes Da Silva , Maurício
Batista Paes Landim, Patrícia Uchôa Leitão Cabral, Regina Célia Vilanova Campelo
66
Apresentador(a): Nattanya Mariane Azevedo Farias
INTRODUÇÃO: A Ginástica Laboral analisa a importância da reeducação postural e alívio do estresse no
local de trabalho, tem como finalidade valorizar a prática da atividade física como instrumento de
promoção da saúde e prevenção de lesões, como as lesões por esforço repetitivo (LER) e os distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho, o objetivo deste estudo é relatar a implantação de um
Programa de Ginástica Laboral na Secretaria Municipal de Limpeza– SELMA/Timon (MA). METODOLOGIA:
O programa teve inicio em fevereiro de 2013. As atividades foram realizadas de segunda a sexta-feira, às
sete horas da manhã e com duração de quinze a trinta minutos. Cerca de 80 funcionários participaram das
atividades que objetivou promover a sensibilização e conscientização dos trabalhadores para hábitos mais
saudáveis de vida no ambiente de trabalho e fora dele. Foi realizada a avaliação física dos participantes e
atividades em grupo e individuais, como relaxamento, recreação e palestras sobre temas relacionados a
Saúde no trabalho, qualidade de vida e bem-estar. RESULTADOS: Considera-se que, além dos benefícios
ligados especificamente a prática da GL, como a melhoria da qualidade de vida, o momento pode ser
considerado também como uma oportunidade de integração social, compartilhamento de ideias e
envolvimento coletivo. Desde o inicio do programa foi observado por meio de relatos das trabalhadoras
mudanças de comportamento entre as funcionárias-participantes, como: melhor relacionamento
interpessoal, mais disposição e motivação para o trabalho. A maioria das trabalhadoras relataram que
passaram a praticar fora do ambiente laboral atividades físicas regulares, pois sentiram-se bem as
atividades realizadas através do programa. CONCLUSÃO: Percebe-se que a Ginástica Laboral é vista como
uma atividade que tem contribui para a Promoção da Saúde e qualidade de vida dos trabalhadores, bem
como para proporcionar um ambiente de trabalho saudável, percebe-se com a implantação do programa a
diminuição do absenteísmo, os atestados e licenças médicas. Tem-se a intenção de ampliar e multiplicar
esta atividade em outros setores da SEMDEL e SELMA, bem como divulgar e incentivar a implantação em
outros serviços, pois este pode ser visto como instrumento favorável a melhoria da qualidade de vida do
trabalhador.
P55 CONHECIMENTO DA PUNÇÃO DA VEIA JUGULAR INTERNA PARA
ACESSO VENOSO CENTRAL EM CADÁVER HUMANO
Autores: Brenna Rayana Castro Gondinho, Raissa Barreto Vieira Soares, Lorena Rodrigues, Sergio De
Abreu Vasconcelos Neto, Caio Victor Almeida Sampaio, Noelia Maria De Sousa Leal
Apresentador(a): Lorena Rodrigues
INTRODUÇÃO: A punção é um método que se baseia na inserção de agulha, bisturi ou outros instrumentos
em cavidades para práticas cirúrgicas. O conhecimento da punção venosa como via de acesso central é de
fundamental importância nos procedimentos operatórios, já que esse é um método rotineiro na prática
médica. A punção da veia jugular interna é um procedimento bastante utilizada como via de acesso
central, estando associada a altas taxas de sucesso, por apresentar baixos índices de complicações graves
como lesões na pleura e no ducto torácico, quando comparada à veia subclávia. OBJETIVO: O presente
estudo teve por objetivo correlacionar o conhecimento teórico e prático de anatomia humana com a
técnica cirúrgica da punção da veia jugular, facilitando a visualização dos marcos anatômicos para uma
posterior realização do procedimento em viventes. MÉTODOS: A prática foi realizada no laboratório de
Anatomia Humana, em cadáver adulto do sexo masculino, de acordo com a técnica de Seldinger.
RESULTADOS: Inicialmente a artéria carótida comum foi localizada e palpada, e a agulha foi introduzida
lateralmente a essa artéria, e avançada em direção ao mamilo ipsilateral. Em seguida a seringa foi
desconectada, o fio-guia foi inserido no vaso e a agulha foi retirada. Por fim, o fio-guia foi envolto pelo
dilatador, e após a retirada do mesmo, foi realizada a colocação do cateter. CONCLUSÃO: Através deste
workshop pode-se concluir que a correlação entre a prática e a teoria é indispensável para a realização da
67
técnica cirúrgica de forma segura e correta, minimizando a ocorrência de complicações que podem ser
evitadas através do conhecimento da anatomia topográfica das estruturas.
P56
ADRENALECTOMIA
PACIENTE OBESA
CUSHING
LAPAROSCÓPICA TRANSPERITONEAL
MÓRBIDA (IMC-50,87) COM SÍNDROME
EM
DE
Autores: Michele Frasao Viana, Sahâmia Martins Ribeiro, Vitor Nunes Santos, Brenno Ivo Soares Santos,
Ricardo Leal Dos Santos, Aurus Dourado Meneses
Apresentador(a): Michele Frasao Viana
INTRODUÇÃO: A hérnia da parede abdominal é uma entidade clínica de elevada prevalência, tanto na
população adulta como infantil, estimada entre 3% a 8%, sendo cinco a seis vezes mais comum no sexo
masculino, após a quarta década de vida e em pacientes obesos. Cerca de 75% de todas as hérnias
ocorrem na região inguinal. Não se pode dizer que haja um consenso a respeito da melhor técnica a ser
utilizada nos diferentes defeitos herniários que acometem a região inguinal. OBJETIVO: O presente estudo
tem por objetivo avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à herniorrafias inguinais no
serviço de cirurgia geral do Hospital Getúlio Vargas no período de janeiro a dezembro de 2011. MÉTODOS:
O estudo segue o delineamento retrospectivo, transversal, unicêntrico. Serão levantadas as seguintes
informações epidemiológicas: idade, sexo, profissão, lateralidade, presença ou ausência de tela na
correção cirúrgica, índice de recidiva e naturalidade. Os pacientes que possuem prontuários incompletos
foram excluídos do trabalho. Todo o trabalho foi realizado sob parecer favorável da diretoria do
Ambulatório do Hospital Getúlio Vargas. RESULTADOS: No ano de 2011 foram realizadas 96 herniorrafias
inguinais no Hospital Getúlio Vargas, das quais apenas 73 prontuários foram localizados. A partir destes
prontuários levantados, têm-se os seguintes resultados: A idade média dos pacientes foi de 54,13 anos e
moda de 57 anos; quanto à lateralidade, 49,31% foram do lado direito, 41,09 do lado esquerdo e apenas
9,58 % em ambos os lados; quanto ao sexo 86,3 % dos pacientes são do sexo masculino; 49,31 % das
hérnias inguinais ocorreram em pacientes que praticam atividades de grande esforço; 93,16 % das
herniorrafias inguinais foram corrigidas com uso de tela, 75, 34 % dos pacientes são oriundos da capital
piauiense e apenas 11 % das cirurgias estavam sendo realizadas em hérnias recidivadas. CONCLUSÃO:
Através desse estudo à cerca do perfil epidemiológico das hérnias inguinais tratadas no ano de 2011 no
serviço de cirurgia geral do Hospital Getúlio Vargas, pode-se observar que tal doença acometeu
basicamente os pacientes com mais de 60 anos e do sexo masculino; é predominante do lado direito e está
intimamente relacionada com atividade laboral de grande esforço físico.
P57 EPIDEMIOLOGIA DE ACIDENTE POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO
MUNICÍPIO DE CAXIAS, MARANHÃO, BRASIL
Autores: Carlos Alberto Rosado Da Silva Filho, Víctor Manfrinni Magalhães Lima Martins, Myrna Maria
Martins Ribeiro, Almir José Guimarães Gouveia, Isadora Maria Silva Santos, Maria Do Desterro Soares
Brandão Nascimento
Instituição(ões): Universidade Estadual Do
Maranhão Apresentador(a): Myrna Maria Martins
Ribeiro Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Acidentes causados por serpentes venenosas são de extrema gravidade para a saúde
pública em países tropicais, particularmente na América Latina. Estima-se ainda que 2.500 mil acidentes
com cobras venenosas ocorrem anualmente no mundo, cerca de 125 mil são letal. O Brasil caracteriza-se
por possuir clima tropical, e consequentemente grande diversidade da fauna, os quais podem,
ocasionalmente, causar danos à saúde humana. OBJETIVO: Avaliar os aspectos epidemiológicos dos
acidentes por animais peçonhentos ocorridos no município de Caxias, Maranhão, Brasil, entre os anos de
68
2007 e 2012. MÉTODOS: Estudo retrospectivo descritivo de 222 acidentes por animais peçonhentos em
Caxias, Maranhão, Brasil, no período de 2007 a 2012, notificados pelo Sistema de Informações de Agravos
e Notificação (SINAN). Observaram-se os seguintes aspectos: época do ano com maior acometimento,
zona de ocorrência, faixa etária, sexo, local da agressão, tempo decorrido do acidente até o atendimento,
sintomatologia apresentada, classificação e evolução dos casos e utilização de soroterapia. RESULTADOS:
Foram notificados, neste período, 222 acidentes por animais peçonhentos, com uma incidência acumulada
de 14,3 casos/10.000 hab e letalidade geral de 0,9%. Houve predominância em vítimas do sexo masculino
(68%), pardos (64,9%), que moram na zona rural (58,4%) e possuem baixa escolaridade, sendo 25,2%
analfabetos e 52,8% com ensino fundamental incompleto. As regiões anatômicas mais frequentemente
picadas foram: pé (33,8%), mãos (19,8%) e pernas (17,6%). Aproximadamente, nove entre dez pacientes
foram tratados com soroterapia. As serpentes foram os animais que mais atacaram (57,7%), seguido dos
escorpiões (36%) e aranhas (4,5%). Dentre os 108 casos em que houve referência ao gênero da serpente,
70,4% foram causados por Crotalus, 21,3% por Bothrops e 5,6% por Micrurus. CONCLUSÃO: A
epidemiologia dos acidentes por animais peçonhentos indica maior frequência de acidentes em pacientes
do gênero masculino, com baixa escolaridade, que vivem na zona rural, atingindo especialmente os
membros inferiores. Desta forma, é necessário preveni-los, além de realizar campanhas direcionadas à
parcela mais atingida da população.
P58
RELAÇÃO ENTRE DST’S E AS MULHERES USUÁRIAS DE CRACK NA
ZONA URBANA DE TERESINA
Autores: Zaira Reinaldo De Sousa Moreira Pinto, Sara Priscilla De Castro Rocha, Francisca Sandra Cardoso
Barreto
Apresentador(a): Zaira Reinaldo De Sousa Moreira
Pinto Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O crack é um problema de saúde publica, sendo o Brasil hoje o maior consumidor de crack
do mundo. A entrada das mulheres no mundo do crack teve seus agravantes visto o comportamento
sexual de risco dessas para obter a droga, o risco da gravidez indesejada e a obtenção e disseminação de
DST’s. OBJETIVOS: O presente estudo objetivou a investigação da relação entre a entrada da mulher no
mundo do crack e a disseminação de DST’s na zona urbana de Teresina–PI, além de entender o estilo de
vida das usuárias relacionando seus hábitos sexuais, bem como o uso de preservativo, o número de
parceiros, a prática da prostituição para compra de drogas. METODOS: Estudo foi submetido e aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FACID (protocolo . Os dados foram coletados mediante a assinatura
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos sujeitos da pesquisa. Utilizou-se método descritivo
de pesquisa, desenvolvido por meio questionário composto por questões fechadas. Foi entrevistada uma
amostra de 12 mulheres, os critérios de inclusão foram: mulheres, usuárias de crack, sexualmente ativas,
residentes na zona urbana de Teresina. Os dados coletados foram tratados pela estatística com auxílio do
software Microsoft Excel 2010. RESULTADOS: As usuárias de crack, em sua maioria, são jovens (de faixa
etária entre 18 e 35 anos), solteiras, de baixo nível socioeconômico e baixo grau de escolaridade. Os
índices de DST’s no grupo são altos, sendo a sífilis a mais prevalente. A prostituição, falta de parceiro fixo e
o não uso do preservativo fazem das usuárias uma importante fonte de disseminação de DST’s. O uso de
cachimbos improvisados e o compartilhamento dos mesmos, também cria portas na disseminação de
DST’s, visto que a maioria são feitos de materiais cortantes causando fissuras labiais. CONCLUSÃO: As
mulheres usuárias de crack são grupo importante de risco frente às DST’s. Os exames exigidos no
momento da internação não são suficientes para rastreio de DST’s. Insuficiência de locais para tratamento
dessas pacientes tanto das DST’s quanto do crack.
P59
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VÍTIMAS DE TRAUMA ADMITIDAS EM
HOSPITAL PÚBLICO DE URGÊNCIAS EM TERESINA-PI
Autores: Breno Douglas Dantas Oliveira, Marcela Do Nascimento Silva, Raul De Castro Andrade Carvalho,
Wellington Ribeiro Figueiredo
69
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial – FACID
Apresentador(a): Breno Douglas Dantas Oliveira
INTRODUÇÃO: As grandes mudanças na integração dos centros urbanos resultaram em modificações no
perfil epidemiológico da população, deixando-a mais predisposta ao envolvimento com os eventos
traumáticos. No Brasil, os traumas são responsáveis por quase 2 milhões de internações ao ano e em
média mata 100 mil indivíduos anualmente, além de limitar temporariamente e definitivamente muitos
outros. No Piauí, seus dados são escassos e os disponíveis mostram um crescente número de vítimas
acometidas, com conseqüente aumento da mortalidade nos últimos anos. OBJETIVOS: O presente estudo
tem por objetivo geral conhecer o perfil das vítimas de trauma admitidas em um hospital público e
objetivos específicos descrever os dados sociodemográficos dos pacientes traumatizados e definir os
dados relacionados ao trauma. MÉTODOS: Como garantia aos preceitos bioéticos, o trabalho foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição integrante do estudo. Trata-se de uma pesquisa
documental, retrospectiva, de caráter descritivo e abordagem quantitativa com universo de 36.387
cadastros de admissão e amostra de 2.619 prontuários, referentes às vítimas de trauma admitidas em um
hospital público de urgências de Teresina-PI. As informações coletadas foram organizadas e caracterizadas
em freqüências absoluta e relativa, e os resultados obtidos foram apresentados sob a forma de gráficos e
tabelas. RESULTADOS: A análise revelou a predominância de indivíduos do sexo masculino (70,7%), de 2140 anos (44,6%), solteiros (59,2%), com ensino fundamental incompleto (42,3%), procedentes do Estado
do Piauí (93,4%) e da cidade de Teresina (68,1%), acometidos por acidente motociclístico (36,4%), com
entrada hospitalar por veículo próprio ou de terceiros (47,6%), no início do mês (do dia primeiro ao dia
dez) (36,2%), horário entre às 18h-23h59 (37%), com lesão traumática em membro superior (31%) e
necessidade de avaliação ortopédica (47,7%). CONCLUSÃO: Conclui-se que o Piauí possui um grande
número de atendimentos à pacientes traumatizados, em média de 100/dia, e que corresponde aos
maiores percentuais de acidentes motociclísticos e de quedas, quando comparados aos dados de outras
cidades brasileiras. Portanto, merece importância no direcionamento das políticas de saúde através do
desenvolvimento de ações preventivas e controle de suas ocorrências no Estado.
P60
ESTUDO DA DOENÇA DE GAUCHER EM UMA FAMÍLIA DO INTERIOR
DO MARANHÃO
Autores: Samira Shizuko Parreão Oi, Vicktor Bruno Pereira Pinto, Almir José Guimarães Gouveia, Carlos
Alberto Rosado Da Silva Filho, Maria Do Desterro Soares Brandão Nascimento, Dario Itapary Nicolau
Apresentador(a): Almir José Guimarães Gouveia
INTRODUÇÃO: A doença de Gaucher (DG) é uma condição congênita, crônica e degenerativa. É a mais
comum doença de depósito lisossômico, de caráter autossômico recessivo, causada por uma mutação no
gene GBA, que codifica a enzima glicocerebrosidase. A DG pode se manifestar de diversas formas,
caracterizando-se como uma doença baseada na presença ou não do acometimento do SNC, e em sua
gravidade. O diagnóstico é clínico e laboratorial, pela dosagem enzimática da glicocerebrosidase nos
leucócitos. Na última década, a terapia de reposição enzimática (TRE) tornou-se o tratamento padrão para
DG do tipo 1. OBJETIVOS: Estudar a resposta à TRE em um grupo de pessoas da mesma família com DG,
oriundos do município de São Domingos do Maranhão. Visa-se, ainda, conhecer a assistência prestada e as
principais mutações encontradas no grupo, relacionando-as com as formas clínicas encontradas.
MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo, retrospectivo e prospectivo, em um grupo de pacientes
(n=11) de uma mesma família, oriundos de São Domingos-MA, portadores de DG, acompanhados na
Supervisão de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (HEMOMAR), situado na capital do Estado.
Foram utilizados dois formulários, com dados clínicos, laboratoriais, radiológicos e sociais, além dos
registros nos prontuários, referentes aos anos de 2003 a 2010. Esta pesquisa foi submetida à análise do
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do
70
Maranhão, protocolo 5587. RESULTADOS: Dos 11 membros da família, 5 tiveram diagnóstico de DG, todos
na idade adulta (média de 28,4 anos). 80% dos indivíduos (n=4/5) são do sexo feminino, com predomínio
da cor parda, sendo apenas um paciente da cor branca. Quanto à profissão, 4 são lavradores e 1 é do lar.
Todos os pacientes têm DG do tipo 1, ou seja, compõem um quadro clínico característico do tipo nãoneuropático. Antes do início da TRE, apenas 1 paciente estava com um nível de quitotriosidase normal, os
demais tiveram níveis elevados; após cerca de sete anos, 100% dos pacientes apresentaram os níveis de
quitotriosidase dentro do valor normal. CONCLUSÃO: O tratamento através da TRE permitiu uma melhoria
das alterações hematológicas, da hepatoesplenomegalia e da qualidade de vida destes pacientes. O
desconhecimento dos médicos e profissionais da saúde acerca desta doença e as próprias condições de
saúde pública do Maranhão provavelmente colaboram para o diagnóstico tardio destes pacientes.
EFEITO DO LASER ARSENETO DE GÁLIO NO TRATAMENTO DE
P61 QUEIMADURAS QUÍMICAS CAUSADAS POR ÁCIDO CLORÍDRICO:
ESTUDO EXPERIMENTAL
Autores: Tainá Vaz Moura, Paulo Davi Ferreira Da Silva Oliveira, Manoela Carine Lima De Freitas, Anderson
Mendes Garcez, João Bosco Parentes Vieira, Maria Do Carmo De Carvalho E Martins
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piaui
Apresentador(a): Manoela Carine Lima De Freitas
INTRODUÇÃO: As queimaduras estão entre as principais causas externas de morte registradas no Brasil,
perdendo para acidentes de trânsito e homicídios. OBJETIVO: Avaliar a influência do laser arseneto de
gálio na reparação de queimaduras químicas causadas por ácido clorídrico em ratos. METODOLOGIA:
Estudo experimental utilizando ratos Wistar (226,85±19,89 g), machos, adultos, distribuídos
aleatoriamente em grupos de seis animais submetidos aos seguintes tratamentos: 1. aplicação de laser
desligado (Controle); 2. laserterapia de baixa potência (5 J); 3. laserterapia de alta potência (10 J); 4.
aplicação de pomada de sulfadiazina de prata (padrão); 5. combinação de tratamento padrão com laser de
5 J; e 6. combinação de tratamento padrão com laser de 10 J. As queimaduras foram produzidas por
aplicação tópica de ácido clorídrico 1 N sob anestesia com quetamina 40 mg/kg e xilazina 5mg/kg via
intraperitoneal. A irradiação com laser Arseneto de Gálio (comprimento de onda de 830 nm) foi iniciada
imediatamente após produção de queimadura de terceiro grau e realizada durante 14 dias consecutivos. A
eutanásia foi realizada por administração intraperitoneal de dose excessiva de tiopental sódico (100
mg/kg). Fragmentos de pele com margem de1 cm de pele íntegra em torno da lesão foram obtidos para
análise. A avaliação histopatológica foi feita de forma cega em relação aos tratamentos. Trabalho
aprovado pelo Comitê de Ética da NOVAFAPI (parecer nº 0025/11). RESULTADOS: Observou-se reepitelização e formação de tecido de granulação em todos os animais tratados com laser de baixa e de alta
potência, e presença de fibrina em 88,3%. O tratamento com sulfadiazina de prata resultou em formação
de tecido de granulação em todos os animais, e re-epitelização e presença de fibrina em 66,6%. Nos
grupos submetidos a tratamento combinando laser de baixa ou de alta potência com o tratamento padrão
(sulfadiazina de prata) houve re-epitelização, formação de tecido de granulação e presença de fibrina em
100% das lesões. Além disso, os grupos submetidos ao tratamento combinado (sulfadiazina de prata e
laserterapia) apresentaram melhor reparo do tecido, considerando que apresentaram menores
proporções de lesões com edema e secreção. CONCLUSÃO: A laserterapia mostrou-se eficaz como recurso
auxiliar no tratamento de queimaduras químicas de terceiro grau por contato com ácido clorídrico.
P62
ENFISEMA PULMONAR: UMA ALTERNATIVA AO MODELO EXPERIMENTAL COM
CIGARRO
Autores: Mariana Rodrigues Barros Da Silva Soares, Érik Vinícius De Sousa Reis, Neylon Barbosa Campelo ,
Rafael Leite Dantas, Rafael Leite Dantas
Apresentador(a): Mariana Rodrigues Barros Da Silva Soares
71
INTRODUÇÃO: As doenças pulmonares estão entre as principais causas de internação no SUS (cerca de
16% de todas as hospitalizações do sistema). Dentre estas, as obstrutivas, como o enfisema, são as mais
comuns. Estas patologias obstrutivas, entretanto, ainda não apresentam tratamentos realmente eficazes e
com baixos efeitos colaterais. Um dos primeiros passos para reverter este fato é o
desenvolvimento/adaptação de modelos experimentais de enfisema.OBJETIVOS: O presente estudo teve
por objetivos a elaboração/adaptação de dois modelos experimentais de enfisema: um com inalação
passiva de fumaça de cigarro e outro com pulverização traqueal de papaína.MÉTODOS: Após aprovação
pelo comitê de ética (CEP-UESPI 007/2012), foram utilizados 30 ratos (Rattus norvegicus, albinus, Wistar)
machos divididos em três grupos: grupo CONTROLE, grupo ENFISEMA/PAPAÍNA e grupo
ENFISEMA/CIGARRO. Para a indução do enfisema com cigarro os animais ficaram em uma câmara de
inalação por 30 minutos duas vezes ao dia durante 45 dias (8 cigarros com filtro por dia). As pulverizações
de papaína no pulmão dos animais anestesiados (xilazina-cetamina IM) foi realizada por um microspray
(Penn-Century®) nos dias 0, 7 e 14 (cerca de 6mg em cada pulverização). Para avaliação dos resultados foi
realizada a análise radiológica do espaço intercostal, executada pelo software Image Pro Plus, lavado
brônquio alveolar (LBA) e estudo histopatológico.RESULTADOS:Dados do LBA mostraram uma diferença
significativa (p<0,05) no número de neutrófilos, quando comparados os grupos ENFISEMA/CIGARRO
6
6
6
(920x10 ) e ENFISEMA/PAPAÍNA (890 x10 ) com o CONTROLE (20x10 ). Ao se analisar os dois grupos
experimentais de enfisema, observamos um número equivalente de neutrófilos e graus similares de
hianilização, congestão e colabamento alveolar. A análise radiológica do espaço intercostal não
demonstrou diferença significativa quando comparamos o grupo CONTROLE e os grupos
ENFISEMA/PAPAÍNA e ENFISEMA/CIGARRO.CONCLUSÃO:O modelo de enfisema com pulverização de
papaína é uma alternativa ao modelo de enfisema com cigarro: ocorreu economia de tempo, diminuição
do estresse (da equipe e dos animais) e manutenção dos achados característicos do enfisema.
P63
RELATO DO CASO: PSEUDOACALASIA
Autores: Maria Clara Fortes Portela Barbosa, Antônio Moreira Mendes Neto, Jéssica Gomes Baldoíno
Araújo, Eduardo Antônio Coutinho De Araújo Chaves Filho, Hydson Robério De Almeida Pinto, Anônio
Moreira Mendes Filho
Apresentador(a): Maria Clara Fortes Portela Barbosa
INTRODUÇÃO: Pseudoacalásia ou acalásia secundária é uma doença rara, possuindo clínica e
características radiológicas e manométricas muitas vezes indistinguíveis de acalasia. As causas mais
frequentes são neoplasias da junção gastroesofágica ou de esôfago distal. No entanto, tem sido relatado
que massas mediastinais ou lesões metastáticas localizados na JGE de carcinomas originários do pulmão,
mama, pâncreas, útero e próstata possam levar ao desenvolvimento da enfermidade.RELATO DE CASO:
Paciente do sexo feminino, 51 anos, com queixa de disfagia para sólidos há quatro meses, e perda
ponderal de 8 kg neste período. Havia realizado endoscopia digestiva alta (EDA) não documentada com
fotos que diagnosticou gastrite antral leve; devido a piora do quadro clínico procurou nosso serviço.
Solicitamos manometria esofágica que foi compatível com acalasia; e esofagograma, cujo laudo foi
sugestivo de neoplasia. Realizamos vídeo-endoscopia que evidenciou uma lesão vegetante e infiltrante
não transponível na referida topografia. A laparotomia demostrou uma lesão irressecável, sendo optado
por tratamento paliativo.CONSIDERAÇÕES FINAIS: O caso ilustra a importância de ter um exame
endoscópico bem documentado antes de realizar-se manometria esofágica, principalmente em casos de
disfagia progressiva.
P64
CISTO ESPLÊNICO NÃO PARASITÁRIO - RELATO DE CASO
Autores: Fernanda Vasconcelos De Carvalho, Juciê Roniery Costa Vasconcelos Silva, Luma Mendes Brito,
Thiago Pereira Diniz, Ítalo Rosal Lustosa, Raimundo Soares Viana Filho
72
Apresentador(a): Thiago Pereira Diniz
INTRODUÇÃO: O cisto esplênico é uma entidade clínica e patológica rara. A última revisão da literatura
para cistos não-parasitários, publicada em 1978 por Doalas, colecionava 651 casos. A incidência é maior no
sexo feminino, mais freqüentemente entre a segunda e quarta décadas. É desconhecida a sua exata
etiologia. Os cistos não parasitários podem ser classificados em verdadeiros ou pseudocistos, de acordo
com a presença ou ausência, respectivamente, de um epitélio de revestimento interno. Na maioria dos
casos, não apresentam manifestações clínicas. Nos casos sintomáticos, as manifestações clínicas causando
dor geralmente localizada em hipocôndrio esquerdo, hemitórax esquerdo, epigástrio, região periumbilical.
Diagnóstico é auxiliado por exames de imagem (TC e US) e firmado pelo exame histopatológico, após a
ressecção do cisto. RELATO DE CASO: Homem, 26 anos, previamente hígido, natural de Teresina-Pi,
procurou atendimento médico queixando-se de discreta dor em hipocôndrio esquerdo há 6 meses.
História pessoal e familiar negativa para infecções, neoplasia ou outras doenças crônicas. Ao exame
abdome flácido, plano e discretamente doloroso à palpação em hipocôndrio esquerdo. Ultrassonografia
demonstrou imagem hipoecóica em HE, sendo bem caracterizada por TC de abdome: imagem cística,
contornos regulares ocupando o parênquima esplênico, de dimensões 12,5 por 11,1 cm. Indicou-se o
tratamento cirúrgico, com incisão subcostal esquerda e realizada a marsupialização do cisto. O
histopatológico confirmou cisto esplênico simples não parasitário. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o
presente caso pode-se concluir que os cistos esplênicos são entidades raras, assintomáticos, de etiologia
ainda um pouco obscura e diagnosticados ao acaso por exames de imagem ou após vagas queixas álgicas.
O tratamento padrão para os casos sintomáticos ou para cistos maiores que 6 cm é a cirurgia, sendo ela
laparotômica ou laparoscópica, sendo o diagnostico confirmado pelo exame histopatológico.
P65
CISTO HEPÁTICO CILIADO – RELATO DE UM CASO
Autores: Fernanda Vasconcelos De Carvalho, Juciê Roniery Costa Vasconcelos Silva, Luma Mendes Brito,
Thiago Pereira Diniz, Ítalo Rosal Lustosa, Francisco José Cavalcante Andrade
Apresentador(a): Thiago Pereira Diniz
INTRODUÇÃO:Os cistos hepáticos ciliados (CHC) são lesões extremamente raras, originadas do
desenvolvimento anormal do intestino primitivo anterior e de difícil malignização(4%). Apenas 70 casos
foram reportados na literatura mundial. São lesões benignas, solitárias, uniloculares, subcapsulares e
menores que 5 cm. Localiza-se comumente no lobo hepático esquerdo e predomina no sexo masculino.
Pacientes com CHC são geralmente assintomáticas e a lesão é encontrado acidentalmente durante estudos
de imagem, exploração cirúrgica abdominal, ou pelo exame de necropsia. O exame de escolha para o
diagnóstico é a ressonância nuclear magnética A excisão cirúrgica é recomendada em pacientes que
possuem: um cisto maior que 4 a 5 cm, cisto sintomático, cisto em ampliação, ou quando estudos de
imagem mostram anormalidades na parede do cisto.RELATO: Paciente do sexo feminino, de 32 anos,
proveniente da cidade de Teresina-PI, procurou serviço especializado com história de dor abdominal em
epigástrio e hipocôndrio direito, náusea e disfagia associada. Relatava história de ultrassonografia prévia,
com presença de formação cística hepática ou duplicidade de vesícula biliar em topografia justa-vesicular,
de aproximadamente 2,8x1,1cm, com conteúdo líquido espesso, e vesícula biliar normal, de paredes lisas e
regulares, sem sinais de cálculos em seu interior. Paciente sem história patológica pregressa. Ao exame
físico apenas leve desconforto em hipocôndrio direito. Sorologia para hepatite C e B normais; marcadores
sorológicos para neoplasia (AFP, CEA e CA 19.9) sem anormalidades. A RMN mostrou formação
arredondada no segmento V de dimensões semelhantes a das US, situado no lobo hepático direito, não
realçada ao uso de gadolínio, em íntima relação com a vesícula biliar. À colangioressonância, evidenciou-se
formação cística com paredes finas, contornos regulares, mas não sendo possível descartar outras
etiologias. Como conduta, indicou-se a paciente exploração cirúrgica laparoscópica. Ao exame
73
histopatológico confirmou-se o diagnóstico de cisto hepático ciliado.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os cistos
hepáticos são entidades raras, com poucos casos descritos na literatura. Para aqueles cistos hepáticos bem
caracterizados aos exames de imagem e assintomáticos a conduta deve ser expectante. No entanto cistos
com imagens suspeitas, maiores que 5 cm e sintomáticos devem ser ressecados cirurgicamente, para
estudo histologico, devido ao risco de degeneração maligna.
P66 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO DIABETES NO MUNICÍPIO DE
TERESINA-PI, NO PERÍODO DE 2003-2012
Autores: Felipe Gomes Sousa Da Silva , Brunna De Sousa Silva, Maylla Moura Araújo, André Cipriano
Saraiva Gomes , Talvany Luis De Barros , Débora De Alencar Franco Costa
Apresentador(a): Brunna De Sousa Silva
INTRODUÇÃO: O diabetes constitui, atualmente, um dos mais importantes problemas de saúde em
praticamente todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento, onde são observados os
maiores índices de prevalência e incidência. Uma vez que a prevalência é maior em faixas etárias mais
elevadas da população, normalmente mais sujeitas a alterações funcionais decorrentes do
envelhecimento, a presença de complicações crônicas do diabetes passa a representar um fator adicional
de risco de morbidade e mortalidade nessa faixa etária de indivíduos. OBJETIVOS: Traçar o perfil
epidemiológico dos casos de diabetes no município de Teresina-PI, perfazendo uma avaliação do seu
comportamento nessa população, contribuindo para um melhor conhecimento da doença e intervenção
nas ações de prevenção e controle. METODOLOGIA: Foi realizada uma busca ativa nos sistemas de
informações de saúde, SIAB, DATASUS, SIH e em dados populacionais do IBGE. Foram analisados os dados
dos últimos dez anos (2003-2012). RESULTADOS: A prevalência do diabetes tem crescido a cada ano,
passando de 82.765 em 2003 para 395.489 em 2012, um número 4,8 vezes maior. A prevalência segundo o
sexo mostra aumento para o sexo masculino nos últimos quatro anos. Nos últimos dez anos tem dobrado
o número de hospitalizações por complicações diabéticas, proporções que corroboram com a
porcentagem de diabéticos que recebem acompanhamento pelo sistema de saúde pública, que passou de
94% para apenas 41%. O número de pacientes com 0 a 14 anos diagnosticados com diabetes não sofreu
alterações significativas, no entanto, o número de pacientes com mais de 15 anos aumentou 2,3 vezes nos
últimos anos. CONCLUSÃO: O diabetes tem se tornado cada vez mais prevalente, principalmente na
população com mais de 15 anos, com grande incidência na população idosa, havendo um aumento da
incidência do diabetes tipo 2 nos últimos anos. A atenção básica tem papel fundamental na manutenção
da terapêutica e adoção de medidas para o estabelecimento de hábitos de vida saudáveis, com vista para
a minimização do risco de morbidade e mortalidade.
P67
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NO ESTADO
DO PIAUÍ
Autores: Dandara Manuelle Matos Leite Sobral, Laís Silva Fernandes, Camila Vidal Rocha , Lorena
Fernandes Barbosa, Luis Carlos Figueira De Carvalho
Apresentador(a): Dandara Manuelle Matos Leite
Sobral Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Intoxicação exógena é a manifestação, através de sinais e sintomas, dos efeitos nocivos
produzidos num indivíduo como resultado da interação dele com alguma substância ou droga intolerável
para o organismo. A Organização Mundial de Saúde estimou que 1,5 a 3% da população é intoxicada todo
ano, representando para o Brasil 4.800.000 casos novos. Tal agravo torna-se frequente em setores de
emergência e o uso indiscriminado de medicamentos lidera o ranking
de agentes
intoxicantes. OBJETIVO: Traçar
perfil epidemiológico em casos de intoxicações exógenas no Piauí,
descrevendo da abordagem inicial ao desfecho pós-contaminação de pacientes
usuários do
74
SUS. MÉTODOS: Estudo transversal baseado em todos os dados (N = 2.047) de intoxicação exógena do
Sistema de Informação de Agravos de Notificação de 2008 a 2012, notificados no Piauí. Foram coletadas
características como sexo, faixa etária, raça, escolaridade, agente tóxico, residência, modo de diagnóstico,
classificação final, ocorrência de hospitalização e evolução da morbidade. RESULTADOS: Registrou-se
entre 2008 e 2012, 2.047 casos de intoxicações exógenas, ressaltando-se aumento considerável a cada
ano. A maioria é do sexo feminino (56,62%), parda (62,5%), residente dos centros urbanos (75,5%),
inseridas na faixa etária de 20 a 34 anos (33,4%), sendo que relevante parcela ignorou o quesito
escolaridade (32,4%). Houve prevalência de intoxicação por uso indiscriminado de medicamentos
(37,86%), diagnóstico unicamente clínico (55,64%), classificação final de confirmação de intoxicação em
70,5% dos casos e confirmação de hospitalização em 50,17% do total, além de 61% dos indivíduos
apresentarem cura sem sequelas. CONCLUSÃO: Torna-se necessário um perfil de prevalência à atenção e
prevenção da saúde pública. Logo, a ratificação da influência de fatores externos ao processo
saúde/doença proporcionará a formulação de estratégias mais direcionadas, diminuindo, assim, a
morbidade e mortalidade por intoxicações exógenas no estado.
P68 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DO DENGUE NO MUNICÍPIO DE
TERESINA/PI, NO PERÍODO DE 2002 A 2012
Autores: Luiz Euripedes Almondes Santana Lemos, Diógenes Monteiro Reis, Antonio Guilherme Chagas
Silva Feitosa, Leonardo De Melo Rodrigues, Anna Alzira Macau Furtado Ferreira, Mírian Perpétua Palha
Dias Parente
Apresentador(a): Luiz Euripedes Almondes Santana Lemos
INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pelo mosquito Aedes (Stegomyia)
aegypti e considerada uma das mais importantes arboviroses. É transmitida por um flavivírus que
apresenta quatro sorotipos: DENV-1 ao DENV-4, na última década foram registrados 700.000 casos da
doença no Brasil. O dengue apresenta uma diversa gama de manifestações clínicas, desde febre
indiferenciada, febre com cefaleia, dores osteomusculares com ou sem rash, leucopenia e sangramento,
até formas mais graves como choque hipovolêmico, hemorragia gastrointestinal, e as formas chamadas
atípicas, como a encefalopatia, miocardiopatia e hepatopatia. OBJETIVOS: Analisar a
incidência/prevalência dos casos notificados por dengue em Teresina/PI, no período de 2002 a 2012, bem
como avaliar as principais manifestações clínicas e cursos da doença no período citado. MÉTODOS: Foi
realizada uma análise de dados disponibilizados pelo SINAN relativos às notificações de dengue em
Teresina, no período de 2002 a 2012. Foram consideradas as variáveis: sexo, evolução clínica,
complicações e classificação final. RESULTADOS: Entre os anos de 2002 e 2012 foram registrados 23.040
casos de dengue em Teresina, sendo 12.935 na população feminina e 10.105 na masculina. Os anos que
apresentaram maior notificação de casos foram: 2007 (4.906), 2011 (5.548) e 2012 (7.236). Da Tendência,
as principais apresentações quanto à classificação da doença foram as seguintes: 21.699 (94,1%) casos do
tipo clássico da doença; 271 (1,17%) casos apresentaram complicações clínicas; 180 (0,782%) casos foram
do tipo dengue hemorrágico; e quatro casos (0,017%) evoluíram para a síndrome do choque do dengue, a
manifestação mais grave da doença. As principais complicações clínicas foram: 55,8% apresentaram
3
plaquetopenia (quantidade de plaquetas menor que 50 mil por mm ), 16,23% tiveram derrames cavitários,
3,02% dos pacientes apresentaram complicações neurológicas e hemorragias digestivas, 1,51%
manifestaram disfunções cardiorrespiratórias e 0,38% apresentaram insuficiência hepática. Dos casos
avaliados, 87,68% dos pacientes evoluíram para cura; e 27 (0,12%) evoluíram para o óbito. CONCLUSÃO:
Com a análise dos dados percebeu-se uma prevalência do dengue maior em mulheres e que a principal
complicação clínica foi a plaquetopenia. Verificou-se que a maioria dos casos da doença é do tipo clássico
e prossegue para a cura, mas o óbito ainda é uma realidade presente na evolução da doença.
75
P69
AVALIAÇÃO DA MORTALIDADE MATERNO-PERINATAL POR DOENÇA
HIPERTENSIVA DA GESTAÇÃO
Autores: Fabiana Teófilo Veras Silva, Lucas Henrique Porfírio Moura, Raíza De Melo Valadares Cavalcante,
Eduardo Santos Silveira Júnior, Joeline Maria Cleto Cerqueira
Apresentador(a): Fabiana Teófilo Veras Silva
INTRODUÇÃO: A mortalidade materna e perinatal são importantes indicadores de saúde e da qualidade de
assistência ao parto, cujas reduções são metas do Desenvolvimento do Milênio da ONU. Estes índices
devem ser constantemente monitorados principalmente em doenças que tragam risco a saúde maternofetal, como a pré-eclâmpsia/eclampsia. A pré-eclâmpsia é uma doença generalizada, de etiologia ainda
desconhecida, sendo a hipertensão apenas uma de suas manifestações pois, também se observa a
diminuição da perfusão placentária, podendo evoluir para infartos placentários e descolamento prematuro
da placenta o que responde, em parte, pela elevada incidência de prematuridade e perdas fetais. Estimase que, no Brasil, ela seja responsável por 37% dos óbitos maternos. Objetivos: Investigar a incidência da
mortalidade materno-perinatal em gestantes com Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG)
internadas na Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), Teresina/PI. MÉTODOS: Realizou-se um estudo
tipo corte transversal com base na análise de 174 prontuários de pacientes internadas na MDER com
diagnóstico de DHEG, no período de 01/10/11 a 01/07/12. Foram registradas em um formulário
informações sobre identificação, antecedentes obstétricos, pessoais e familiares, exame físico, exames
complementares, via de parto e desfecho materno-perinatal. O estudo baseou-se no Código Brasileiro de
Ética Médica e na Declaração de Helsinque, 2001. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Instituição. RESULTADOS: A média de idade das pacientes foi 25 anos e a média dos níveis
pressóricos aferidos foi de 157x104 mmHg, no momento da internação. Ocorreram 3 óbitos maternos
(1,8%) e 10 perinatais (7,4%). Observou-se uma alta prevalência da via de parto cesariana (72%), enquanto
que apenas 17% foram por via vaginal e em 11% não foi especificada a via de parto. O parto cesariano
esteve associado a 3 óbitos maternos (100%) e a 8 óbitos perinatais (80%). CONCLUSÃO: As DHEGs,
principalmente a pré-eclâmpsia/eclâmpsia, constituem uma importante causa de óbito do binômio mãefeto. Em nosso estudo, houve uma alta prevalência da via de parto cesariana sobre a vaginal, sendo aquela
via associada a 100% dos óbitos maternos e 80% dos óbitos perinatais. Verificou-se, também, a
subnotificação de dados essenciais no prontuário médico, o que dificulta conclusões precisas e necessárias
para implementar ações básicas que visem melhorar a atenção pré-natal.
P70
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE PACIENTES COM INJÚRIA
RENAL AGUDA EM HOSPITAL GERAL
Autores: Marcela Do Nascimento Silva, Breno Douglas Dantas Oliveira, Nayro De Sousa Ferreira, Ginivaldo
Victor Ribeiro Do Nascimento
Apresentador(a): Marcela Do Nascimento
Silva Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Injúria Renal Aguda (IRA) é uma síndrome caracterizada por uma queda abrupta no ritmo
de filtração glomerular (RFG), com altas taxas de morbimortalidade. OBJETIVOS: Conhecer o perfil
epidemiológico e clínico dos pacientes atendidos com Injúria Renal Aguda (IRA) em hospital geral;
identificar suas características e evolução, bem como quantificar a mortalidade por essa causa. MÉTODOS:
Foram coletados dados de 200 pacientes atendidos com IRA entre janeiro e junho de 2011 em um hospital
geral em Teresina-Piauí, através de consulta retrospectiva ao livro de registro de atendimento nefrológico
da instituição e ao prontuário de internação. Respeitando-se os princípios éticos estabelecidos Conselho
Nacional de Saúde (resolução 196/96) ocorreu uma aprovação prévia pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
instituição. Após o levantamento, os dados foram analisados estatisticamente (nível de significância - 95%,
76
p < 0,005). RESULTADOS: Perfil sócio-demográfico – gênero masculino 60,5%, média de idade 58,8 ±18,4
(> 60 anos - 52%), 50,5% procedentes do interior do Piauí, 46,5% de Teresina, 2,5% do Maranhão e 0,5%
de outros estados; Prevalência de comorbidades associadas – hipertensão 45,7%, diabetes 32,2%,
Cardiopatias 20,2%, IRC 14,5% e outras 48,2%; Causas encontradas de IRA – isquemia 49,7%, sepse 36%,
multifatorial 19%, pós-renal 17,1%, nefrotoxicidade 14,6%, glomerulopatia 9,5% e outras 5,5%; Dados do
acompanhamento nefrológico – Internação por motivos clínicos 73,5%, cirúrgico 16,5% e trauma 10%;
Média dos primeiros exames laboratoriais: uréia 136,9 ± 69,7, Cr 3,7 ± 3, Potássio 4,5 ± 1,2, Oligúricos
71,9%; Realização de hemodiálise 43,2% dos casos (86,5% por causa urêmica, 9,7% multifatorial);
Internação em UTI 14,5%; Desfecho em até 30 dias do diagnóstico: recuperação renal parcial 36,7%,
recuperação renal total 21,6% e necessidade permanente de diálise 4,5%; Mortalidade quantificada de
37,2%; Mortalidade nos pacientes que fizeram hemodiálise 39,5% e nos pacientes que internaram em UTI
44,8%. CONCLUSÃO: O perfil encontrado foi uma maioria de homens, idosos, procedentes do interior do
Piauí, internados para tratamento clínico, apresentando isquemia e sepse como principais causas de IRA.
Inicialmente estavam oligúricos e com níveis elevados de uréia e creatinina, evoluindo com poucos índices
de internação em UTI, submissão à hemodiálise em metade dos casos e mortalidade quantificada de
37,2%.
P71
EFEITOS GENOTÓXICOS GERADOS EM HUMANOS NO TRATAMENTO
DE HIV/AIDS QUANDO UTILIZADOS ANTIRRETROVIRAIS
Autores: Marcos Rodolfo Silva Do Nascimento, Gedeão Lustosa Ribeiro Neto, Bruno Santos Leal Campos,
Vanille Lopes Rodrigues, Mateus Martins Cortez Vilar, Fabrício Pires De Moura Do Amaral Instituição(ões):
Faculdade Integral Diferencial - FACID
Apresentador(a): Marcos Rodolfo Silva Do
Nascimento Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O vírus HIV está associado à mutações genéticas e ao aumento da incidência de cânceres
como o Sarcoma de Kaposi. Contraditoriamente, seu tratamento, em especial os análogos de nucleosídeos
(AZT e TDF), ao invés de contribuir com a diminuição deste risco, aparentemente, aumenta a possibilidade
dele emergir. Poucos estudos em seres humanos abordaram efeitos genotóxicos, grande parte destas
análises foram realizadas in vitro e em animais experimentais. OBJETIVO: Esta pesquisa investigou o
possível efeito genotóxico dos esquemas antirretrovirais contendo AZT e TDF em seres humanos
portadores de HIV/AIDS. MÉTODO: Participaram 40 indivíduos voluntários, divididos em quatro grupos. O
grupo I foi composto por pacientes HIV positivo em acompanhamento ambulatorial sem indicação de uso
de esquema antirretroviral; O grupo II possuiu sujeitos em tratamento e acompanhamento ambulatorial
(AZT, 3TC e EFZ); O grupo III foi formado por indivíduos em tratamento e acompanhamento ambulatorial (
TDF, 3TC e EFZ) e, finalmente, o grupo IV foi composto por sujeitos sabidamente não HIV positivos.
RESULTADOS E CONCLUSÃO: A presença do vírus HIV em humanos aumenta significativamente a
frequência de micronúcleos. Contudo, nos indivíduos que utilizam esquemas contendo AZT o aumento
desta frequência não foi significativamente maior quando comparados a indivíduos com HIV e sem terapia
antirretroviral. Além disso, não houve impacto na quantidade de micronúcleos quando se comparou o
grupo que fez uso de esquema contendo AZT e o grupo que fez esquema contendo TDF. Apesar do uso do
TDF levar a uma produção de micronúcleo significativamente maior quando comparado a indivíduos que
não tem HIV, quando comparado ao grupo de indivíduos que tem HIV e não fazem uso de esquema
antirretroviral, o esquema com TDF leva a produção de micronúcleo significativamente menor. Conclusão:
O esquema contendo TDF parece ser o mais vantajoso para o não aparecimento de alterações genéticas e,
portanto, mais seguro.
P72
AVALIAÇÃO DOS
EFEITOS DE
MONOCROMÁTICA (MIRE®) NA
CUTÂNEAS EM RATOS
ENERGIA INFRAVERMELHA
CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
77
Autores: Leonel Marques Rodrigues , Felipe Scipião De Moura , Rayra Pureza Teixeira Barbosa , Amanda
Mota Da Silva, Maria Do Carmo De Carvalho E Martins
INTRODUÇÃO: O uso de energia infravermelha monocromática (MIRE®) tem sido estudado como recurso
terapêutico para a aceleração do processo de cicatrização. OBJETIVO: Avaliar o efeito da aplicação de
energia infravermelha monocromática (MIRE) na cicatrização de feridas cutâneas em ratos. MÉTODOS:
2
Ratos machos Wistar, após produção de feridas cutâneas de 1cm na região dorsal, foram distribuídos em
grupos de sete animais e submetidos aos tratamentos a seguir apresentados por período de 14 dias:
Controle (C), tratado com solução salina 0,9%; Padrão (P), tratado com acetato de clostebol/sulfato de
neomicina (Trofodermin); MIRE®, tratado com energia monocromática infravermelha 890 nm, 24,96
2
J/cm . As feridas cutâneas foram produzidas após anestesia com solução de quetamina (40mg/kg) e
xilazina (5mg/kg) I.M. O tratamento foi iniciado imediatamente após a cirurgia e realizado três vezes por
semana. As lesões foram avaliadas macroscopicamente e mensuradas no 4º, 7º e 14º dia pós-operatório. A
análise estatística foi realizada pela aplicação de ANOVA e pós-teste de Newman-Keuls. RESULTADOS:
Houve diferença no índice de contração das feridas no 4º dia entre os grupos C e MIRE, em relação a P
após a realização das lesões cutâneas. No 7º dia, a contração da ferida foi maior (p<0,05) nos grupos MIRE
(0,71±0,04) e P (0,6±0,02) em relação a C. Ao final do período de acompanhamento, a contração da ferida
foi significativamente maior em MIRE (0,88±0,01) no 14º dia quando comparados com C (0,88±0,03) e P
(0,87±0,03), mas não entre C e P. A Análise Clínica não evidenciou diferença significativa quanto à
presença de secreção no 4º dia nos grupos C (20%) e MIRE (16,6%), mas sim em relação P (nenhum rato).
A análise histopatológica dos grupos evidenciou re-epitelização acentuada em 60% dos ratos de P, 20% de
C e nenhum de MIRE, e re-epitelização moderada em 50% de MIRE, 40% de C e 20% de P. Quanto à
presença de polimorfonuclares e mononucleares, MIRE apresentou menores percentuais em relação a P e
C. O grau de cicatrização atingido em MIRE (100% de cicatrização avançada) foi melhor que observado em
C (40% de cicatrização inicial e 60% avançada), porém pior que em P (40% de cicatrização completa e 60%
de avançada). CONCLUSÃO: O tratamento com MIRE produziu melhora na cicatrização de feridas cutâneas
embora não tenha sido tão eficiente quanto o tratamento padrão.
AVALIAÇÃO E CONTROLE DA DOR E O SEU IMPACTO NA QUALIDADE
P73 DE VIDA DE PACIENTES PÓS-CIRURGICOS DE CESÁRIA NO
MUNICÍPIO DE CAXIAS-MA
Autores: Larissa Dias Serra, Isadora Maria Silva Santos, Rafael Lima Teles, Rayza Sousa Mendes, Suzanne
Maria Nunes De Souza, Francisco Costa Gomes Filho
Apresentador(a): Larissa Dias Serra
INTRODUÇÃO: O manuseio da dor após a cirurgia cesariana difere um pouco das outras cirurgias, porque
a mulher necessita de recuperação rápida para cuidar do recém-nascido, portanto, deve-se optar por
fármacos e técnicas que não alterem a capacidade de deambulação e consciência. Apesar do avanço
terapêutico utilizando-se fármacos analgésicos potentes, a dor pode ser intensa em 2 a 10% dessas
pacientes representado grande limitação funcional. O controle da dor restringe a incidência de
complicações, reduz a permanência hospitalar, os custos correspondentes e permite ainda mais rápida
recuperação da capacidade produtiva da paciente. OBJETIVO: Avaliar a mensuração e controle da dor pós
cirurgia cesariana, na maternidade da cidade de Caxias, além de seu impacto na qualidade de vida das
pacientes. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo, com análise qualitativa de dados. O
estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Uema. Foram utilizados questionários semiabertos, aplicados as pacientes, após assinarem o TCLE. A aplicação dos questionários foi realizada durante
a visita à maternidade localizada no município de Caxias- MA. O critério de inclusão na pesquisa é ser
78
paciente queixosa de dor, após realização de cirurgia cesariana e está internada nas dependências da
maternidade. RESULTADOS: O trabalho foi realizado com uma amostra de 50 gestantes durante o primeiro
semestre de 2013. Procurou-se avaliar e mensurar os fatores influenciadores na percepção dolorosa póscesáreo considerando, concomitantemente, a administração farmacológica na promoção da analgesia.
Constatou-se que a expressiva maioria (72%) das gestantes queixaram-se de dor moderada a forte
imediatamente após a cesariana evoluindo para fraca (padrão de mensuração=escala numérica) após a
administração monitorada de Dipirona, sendo que essas gestantes enquadram-se numa faixa etária de 15
a 37 anos, de um nível sócio-econômico mediano e de baixa escolaridade (31%). Com relação à
homeostase, 24% apresentavam alguma coomorbidade. CONCLUSÃO: Após a avaliação da dor pós-cirurgia
cesárea constatou-se uma diminuição de sua intensidade com o emprego de anti-inflamatórios nãoesteroidais, principal em uso: dipirona. Verificou-se também limitação da capacidade funcional das
pacientes que se queixavam de dor moderada a intensa e doença crônica em tratamento.
P74
ANÁLISE BIOQUÍMICA E HISTOPATOLÓGICA DE FÍGADO DE RATTUS
NORVEGICUS EM TRATAMENTO COM MORINDA CITRIFOLIA
Autores: Gervásio Ramos De Aguiar, Marciana Gomes Sandes, Marina Braga Rodrigues Correia, Rodrigo
Mendes De Carvalho, Germano Pinho De Moraes, Ana Amélia De Carvalho Melo Cavalcante
Apresentador(a): Gervásio Ramos De Aguiar
INTRODUÇÃO O Noni pertence à família Rubiaceae. Há relatos do uso dessa planta pelos polinésios há
milênios, para o tratamento de câncer, diabetes e hipertensão. O fígado é importante para a homeostasia,
sendo local comum de agressão, pois metaboliza tóxicos ingeridos, e possui enzimas com capacidade de
biotransformação de substâncias para eliminá-las do organismo. A presença de hepatopatia pode ser
confirmada a partir de achados bioquímicos e histopatológicos. OBJETIVO Analisar, a partir de testes
bioquímicos e histopatológico, o fígado de Rattus norvegicus em tratamento com Morinda citrifolia.
MÉTODOS Distribuiu-se os animais em grupos experimentais (n=10); 5 machos e 5 fêmeas: controle
positivo (25 mg/kg ciclofosfamida, i.p.) e 3 doses de extrato de Noni (10 mg/kg, 5 mg/kg e 2,5 mg/kg).
Após 15 dias de tratamento, os animais foram anestesiados, coletou-se amostras de sangue, para os testes
bioquímicos (transaminase glutâmico oxalacética-TGO; transaminase glutâmico pirúvica-TGP; fosfatase
alcalina-FA; desidrogenase lática-DL; gama-GT -GGT), e amostras de fígado, para análise histopatológica.
RESULTADOS O Noni foi hepatotóxico, na maior dose, observou-se aumento significativo de TGO e TGP,
em ambos os gêneros, e GGT aumentou significativamente apenas nos machos, em relação ao controle
negativo. Similarmente, as dosagens enzimáticas de FA e DL, corroboram o resultado observado
anteriormente, na maior dose. No controle positivo, causou elevação em todos os parâmetros bioquímicos
avaliados, sem distinção sexual. Com exceção do controle negativo, houve aumento significativo nos
valores bioquímicos de TGO, TGP para as duas maiores doses e para FA na maior dose, sem aumento
significante de GGT, em todos os grupos. Não se observou alterações celulares no grupo controle negativo,
machos dose 5 mg/kg e fêmeas dose 2,5 mg/kg. Na maior dose, as alterações histopatológicas ocorreram
em ambos os sexos, sendo observadas células com infiltrado inflamatório, em apoptose, necrose e células
tumefeitas. DISCUSSÃO A maioria dos trabalhos pesquisados na literatura científica corrobora o resultado
encontrado neste estudo. No entanto, há trabalhos que discordam sobre a toxicidade da M.citrifolia ao
organismo. CONCLUSÃO A ingestão do extrato aquoso do Noni causou alterações enzimáticas e
microscópicas em fígado de rato, para as doses testadas. Evidenciando a necessidade de programas de
saúde pública que orientem a população sobre o consumo dessa planta.
79
CARACTERIZAÇÃO GENOTÍPICA POR VARIÁVEIS EPIDEMIOLÓGICAS
P75 DOS PORTADORES DE HEPATITE C ATENDIDOS EM UNIDADE DE
REFERÊNCIA EM TERESINA-PI
Autores: Carolina Coelho Mello, Yara Vanessa Xavier, Felipe Ibiapina Correa, Ronaldo Modesto De Souza
Filho, Lucas Garibald De Deus Sousa, Viriato Campelo
Apresentador(a): Carolina Coelho Mello
INTRODUÇÃO: A Hepatite C é considerada uma das infecções virais mais importantes da atualidade,
acometendo milhões de pessoas; em Teresina, não houve realização de estudos sobre este aspecto da
epidemia. OBJETIVO: Estudar os portadores de hepatite C por distribuição dos genótipos conforme idade,
sexo e estado civil. METÓDOS: Estudo descritivo, de natureza quantitativa. Foram colhidas as informações
dos prontuários dos portadores localizados no CEME do Centro de Hemoterapia de Teresina (HEMOPI) no
período de 2003 a 2011, totalizando 334 casos, dos quais 171 continham informações genotípicas. Foram
analisadas as seguintes variáveis epidemiológicas: faixa-etária; sexo e estado civil. RESULTADOS: Foram
incluídos 171 pacientes com genótipo informado, sendo 120 homens. Os números de pacientes do sexo
masculino com genótipos 1, 3, 2 foram respectivamente: 72, 43, 5. Para o sexo feminino, que representa
51 pacientes do estudo, os números de genótipos 1, 3, 2 foram respectivamente: 30, 20 e 1. Analisando-se
o estado civil, foi observado que dos 171 prontuários, apenas 94 informavam o estado civil do paciente.
Destes, 65 eram casados, 21 solteiros, 4 viúvos e 4 divorciados. Do total de pacientes casados, foram
identificados 39 genótipos do tipo 1, 24 do tipo 3 e 2 do tipo 2. Do total dos pacientes solteiros, foram
identificados 11 com genótipo 3, 9 com o 1 e apenas 1 com genótipo 2. Dos pacientes viúvos, 2 foram
identificados com o genótipo 1, 1 com o 2 e 1 com o 3. Dos pacientes divorciados, 3 possuíam genótipo 3,
e 1 genótipo 1. Com relação à idade, os portadores foram estudados por faixa etária e dos 171 apenas 1
não tinha a idade informada. Os pacientes com menos de 20 anos foram apenas 2 com genótipo 3, dos
pacientes entre 20 a 40 anos, a frequência de genótipos 1 e 3 foram 20 e 15, respectivamente, e apenas 1
com genótipo 2. Dos pacientes com mais de 40 anos 79 possuíam genótipo 1, 48 tipo 3 e 5 genótipo 2.
CONCLUSÃO: No Brasil, os genótipos mais comuns do vírus da hepatite C(HCV) são o 1 e o 3. Neste
trabalho, os genótipos mais prevalentes também foram 1 e 3, independente da variável epidemiológica
estudada. A escolha e a resposta terapêutica dos portadores de hepatite C dependem do genótipo HCV,
razão pela qual é importante identificar os genótipos do HCV numa população. Entre os portadores
assistidos no HEMOPI, os homens com mais 40 anos e casado são os mais comumente infectados, tendo
como genótipos mais frequentes 1 e 3.
P76
SÍNDROME CINCA- RELATO DE CASO
Autores: Catarina Fernandes Pires, Pedro Henrique Piauilino Benvindo Ferreira, Dandara Coelho
Cavalcante, Vítor Assunção Da Ponte Lopes, Luiza Sá E Rêgo Tupinambá, Roberta Oriana Assunção Lopes
De Sousa
Instituição(ões): FACID/UNINOVAFAPI/UFPI
Apresentador(a): Pedro Henrique Piauilino Benvindo Ferreira
INTRODUÇÃO: A síndrome CINCA (crônico-infantil-neurológica-cutânea-articular) é uma doença
multissistêmica inflamatória crônica de início neonatal, rara, caracterizada por febre diária intermitente,
exantema cutâneo, uveíte, perdas neurossensoriais, envolvimento articular e do sistema nervoso central.
Alguns casos surgem de mutações no gene CIAS1 que codifica a proteína criopirina, importante na
ativação das citocinas IL-1 beta e IL-18. O diagnostico é clínico e de exclusão, tendo como principais
diagnósticos diferenciais: artrite idiopática juvenil sistêmica, hipergamaglobulinemia D e síndrome de
Muckle-Wels. RELATO DE CASO: V.G.L.A, masculino, parto vaginal, a termo, peso de 2.275g. Ao nascer
apresentou rash cutâneo difuso e febre. Com 18 meses iniciou artrite de joelho esquerdo. Com 3 anos e
11 meses audiometria constatou perda auditiva mista moderada a direita e severa a esquerda. Exame
80
físico bom estado geral, hidratado, eupneico, hipocorado ++/4+, afebril, lesões cutâneas máculo-papulares
eritematosas difusas. Aparelho cardíaco: ritmo regular em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopro.
Aparelho pulmonar: Murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios. Hepatoesplenomegalia,
adenomegalia em região cervical e inguinal. Rx de joelho: alteração da estrutura óssea da patela, redução
do volume e densidade, irregularidade e fragmentação do polo superior. Punção lombar: 185 cel/mm³;
incolor; aspecto límpido; glicose 85; proteínas 53. Mapeamento de retina: ceratopatia em faixa bilateral
mais intensa em olho esquerdo com sinais de uveíte anterior, papiledema bilateral sem sinais de vitreite.
FAN reagente 1:320 misto nucleolar homogêneo e citoplasmático pontilhado; VHS 110; PCR 104; Hb 9,4;
Hto 29,8; Leucócitos 18600; mucoproteina 162; ferritina 83,5; Leucócitos 18 600: Bastões 15, Segmentados
59,Linfócitos 24, Monócitos 1. Vários neutrófilos com granulações tóxicas, amilase 37, creatinina 0,6; AST
21; ALT 18; gamaGT 29; DHL 147; EAS normal; VDRL não reagente; fator reumatoide negativo, sorologia
para toxoplasmose, mononucleose e citomegalovírus: IGG e IGM não reagentes. Fibrinogênio 513;
eletroforese de proteína pré albumina 0,7%, albumina 35,7%, alfa1 globulina 5,8 %, alfa2 globulina 9,7%,
betaglobulina 12,3%, Gamaglobulina 37,8%. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A raridade da doença e a escassez
de dados na literatura requerem atenção às manifestações clínicas a fim de se diagnosticar precocemente
a síndrome e assim reduzir sequelas.
P77
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG ASSOCIADA À SÍNDROME DE DOWN E
HIPOTIREOIDISMO: RELATO DE CASO
Autores: Ítalo Costa Sales, Luma Carvalho E Queiroz, Adolfo Batista De Sousa Moreira, Carlos
Henrique Rabelo Arnaud, Érika Ferreira Reis, Edinaldo Gonçalves Miranda
Instituição(ões): UESPI
Apresentador(a): Ítalo Costa Sales
INTRODUÇÃO: Doença de Hirschsprung, também denominada de megacólon congênito ou aganglionar,
caracteriza-se pela ausência de células gangliônicas no plexo submucoso e mioentérico, em variadas
porções do intestino. Isso está ligado a um defeito de migração a partir das cristas neurais durante a vida
fetal. Trata-se de uma patologia congênita grave, com padrão de herança complexo e multigênico
influenciado pelo sexo. Sua incidência é 1:5000 nascidos vivos e acomete preferencialmente o sexo
masculino. Geralmente, é diagnosticada em neonatos que apresentam obstrução intestinal baixa, com ou
sem sepse, associada aos seguintes sinais: falha na passagem do mecônio nas primeiras 48 horas de vida,
distensão abdominal, que é aliviada por estimulação retal ou enemas, vômitos e em alguns casos em
enterocolite neonatal. Na maioria das vezes, essa doença ocorre como defeito isolado, mas pode se
associar a outras síndromes genéticas. Portanto, o presente relato de caso torna-se relevante, pois visa
difundir o conhecimento sobre essa doença no que diz respeito ao diagnóstico e seguimento de indivíduos
portadores desta e outras patologias associadas. RELATO DE CASO: Paciente AMGS, nascido no dia
20/5/2011, natural e procedente de Parnaíba-PI. Mãe refere história de ausência de eliminação de
mecônio até o 5º dia de vida e aumento do volume abdominal. Situação na qual veio transferido de
Parnaíba-PI para avaliação cirúrgica. Ao exame: REG, fáscies sindrômicas (hipertelorismo, prega epicanto,
implantação baixa de orelhas); Toque retal: eliminação explosiva de gases e fezes. Exames subsidiários:
ultrassonografia normal, teste do pezinho normal, biópsia retal apresentou quadro compatível com
aganglionose, ecodopller normal, TSH seriados aumentados. Começou a tomar Puran T4 25 mcg/dia a
partir do dia 3/7/2011, evoluindo com evacuações diárias, sendo decidido a alta hospitalar e
acompanhamento ambulatorial. Retornou com história de distensão abdominal, onde foi realizado
colostomia descompressiva no dia 17/12/12. Após 6 meses, retornou para ser realizado abaixamento de
cólon através da técnica de Duhamel modificada. Segue bem. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar da
complexidade da doença de Hirschsprung e sua associação com outras síndromes, o melhor conhecimento
dessa doença permite o diagnóstico e o tratamento precoce, acarretando melhora na evolução do quadro
e aumento na qualidade de vida.
81
P78 LESÃO RENAL EM PACIENTES COM HIPERTROFIA VENTRICULAR
ESQUERDA E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Autores: José Vítor Mendes Sousa, Antonio Gonçalves Rodrigues Júnior
Apresentador(a): José Vítor Mendes Sousa
INTRODUÇÃO: Os rins e o coração são órgãos intimamente relacionados e que a disfunção de um deles,
frequentemente, resulta em alterações no desempenho do outro. Essa inter-relação tem rece ido atenção
progressivamente maior, uma vez que, ambos têm como principal fator causal a hipertensão arterial. A
Doença Renal Crônica emerge hoje como um sério problema de saúde pública em todo mundo. A detecção
precoce dessa patologia permite condutas terapêuticas adequadas para o retardamento de sua
progressão, redução do sofrimento dos pacientes e dos custos financeiros a ela associados. OBJETIVOS:
estratificar os pacientes hipertensos com Hipertrofia Ventricular Esquerda segundo a Taxa de Filtração
Glomerular (TFG) determinada pela fórmula de Cockroft-Gault e avaliar a proteinúria desses pacientes.
MÉTODOS: O estudo realizado foi do tipo observacional transversal, baseado em análise de
documentos,após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa – CEP, de acordo com a resolução 196/96 .
A amostra foi de 44 pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda acompanhados no
ambulatório de cardiologia de uma instituição de ensino superior em Teresina-Piauí. RESULTADOS: Foi
encontrado 13% no estágio 0; 5% no estágio 1; 41% no estágio 2 ; 34% no estágio 3 ; 7% no estágio 4 e
nenhum paciente no estágio 5.Desses pacientes analisados, 47% apresentavam insuficiência Renal Crônica
e apenas 13% apresentavam proteinúria. CONCLUSÃO: o diagnóstico da Doença Renal Crônica (DRC) em
pacientes que já possuem lesão de órgão alvo, na maioria das vezes, é feito em estágios que não é
permitido recuperar a função renal. O estudo evidenciou a necessidade da detecção precoce da Doença
Renal e de otimização das medidas apropriadas que retardam a sua progressão, reduzindo o sofrimento
dos pacientes e os custos financeiros associados à DRC.
P79
RECIDIVAS DE CASOS DE HANSENÍASE NO ESTADO DO MARANHÃO
Autores: Laís Silva Fernandes, Iago Carvalho Rezende Pacheco, Dandara Manuelle Matos Leite Sobral, Lis
Coelho Fortes, Maria Eduarda Pires De Moura, Sinésio Torres Júnior
Instituição(ões): Universidades Estadual Do Maranhão
Apresentador(a): Lais Silva Fernandes
INTRODUÇÃO: Recidiva de hanseníase é o reaparecimento da doença, após tratamento regular com os
esquemas vigentes e alta por cura sendo raros em pacientes tratados regularmente com os esquemas
poliquimioterápicos Segundo o Ministério da Saúde, os critérios clínicos para o diagnóstico de recidiva
deverão se basear na classificação operacional, quando afastada a possibilidade de estado reacional.
Estudos que identifiquem fatores relacionados à recidiva são essenciais para que se obtenha melhor
acurácia do diagnóstico clínico, epidemiológico e terapêutico, evitando o aumento da morbidade, da
persistência bacilar, resistência medicamentosa e incapacidades físicas. OBJETIVO: Comparar as novas
entradas por recidiva de hanseníase em unidades básicas e especializadas de saúde no estado do
Maranhão. MÉTODO: Estudo descritivo, retrospectivo, com análise quantitativa de dados, com base nos
registros de recidiva de casos de hanseníase do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)
de 2008 a 2012, notificados no estado do Maranhão.RESULTADOS: Entre 2008 a 2012, foram notificados
23.692 casos de hanseníase, sendo destes, 856 casos recidivos, no Maranhão. Os diagnósticos
confirmados, tanto no total, 35,44%, como nas recidivas, 40,07%, prevaleceram na faixa etária de 20 a 39
anos. O sexo masculino (70,79%) e a classe operacional multibacilar (87,03%) tiveram maiores índices.
Foram observadas diferenças nos percentuais das entradas entre as unidades de saúde e na forma clínica
nas recidivas, respectivamente, com 50,81%, para pacientes que não haviam preenchido os dados e sendo
a forma clínica dimorfa, com 41,12%, a prevalente. CONCLUSÃO: É necessário, portanto, um maior
número de estudos sobre o tema, para que diante de um caso suspeito de recidiva, este deva ser enviado
82
a um Centro de Referência para a verificação detalhada de todos os aspectos clínicos, epidemiológicos e
laboratoriais, que possam confirmar tal diagnóstico.
P80
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA SECUNDÁRIA A TUMOR
CARDÍACO
Autores: Fernanda Vasconcelos De Carvalho, Juciê Roniery Costa Vasconcelos Silva, Laís Batista De
Andrade, Karla Nobre Alves, Natália De Sampaio Brandão, Leandro Cardoso Fernandes
Apresentador(a): Fernanda Vasconcelos De Carvalho
INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca é caracterizada pela incapacidade do coração de atender à
demanda metabólica, ou fazê-lo somente à custa de elevadas pressões de enchimento. Tem etiologia
diversa, incluindo tumores cardíacos (raro). Uma vez secundária a tumores, a insuficiência cardíaca reflete
falha diagnóstica e terapêutica precoces. A incidência dos tumores cardíacos é menor que 0,2% dentre
todas as neoplasias. Os tumores cardíacos podem ser de origem primária (TCP), sendo benignos (75%) ou
malignos (25%). Dentre os TCP benignos, os mixomas são os mais frequentes. Os angiossarcomas
compreendem 1/3 de todos os TCP malignos. Já os tumores cardíacos de origem secundária (TCS), podem
acometer o coração por metástases ou por contiguidade. RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino,
27 anos, admitido num hospital de urgência de referência em Teresina-PI, com dor abdominal, tosse
noturna, dispneia, anasarca. Os exames complementares evidenciaram hepatomegalia leve, ascite
moderada, derrame pleural bilateral, aumento da silhueta cardíaca, flutter atrial com bloqueio fixo 4:1,
sobrecarga ventricular direita, presença de massa intracardíaca ecodensa, heterogênea, nodular,
obliterando praticamente todo o átrio direito e parcialmente o ventrículo direito, com efeito de massa,
comprometendo saco pericárdico e desembocadura da veia cava inferior. Solicitou-se o encaminhamento
do paciente para serviço de referência que dispusesse de cirurgia cardíaca, pelo menos para tratamento
paliativo, sem êxito. O paciente evoluiu com piora clínica do estado geral, da arritmia, do desequilíbrio
metabólico e ácido-básico, indo a óbito por parada cardiorrespiratória. Apesar da ausência do estudo
anátomo-patológico do caso, utilizou-se a escada de Barbato para análise dos aspectos ecocardiográficos
do tumor e, assim, tentar uma aproximação com o diagnóstico etiológico, uma vez que esta ferramenta foi
validada para tal fim, com resultados muito concordantes. Assim sendo, as maiores probabilidades
etiológicas foram: linfoma cardíaco, angiossarcoma e teratoma. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o presente
caso, pôde-se refletir acerca das limitações do sistema público de saúde que, além de ter permitido tardar
o diagnóstico do paciente, sequer conseguiu transferi-lo para um hospital de referência para que fosse
realizado o tratamento adequado. Além disso, o paciente não foi encaminhado para estudo necroscópico,
talvez em razão da superlotação dos serviços hospitalares.
PERFIL DOS GLIOMAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM TERESINAP81 PI: ANÁLISE DE 42 CASOS PELO NÚCLEO DE TRATAMENTO DE
TUMORES ENCÉFALO MEDULARES
Autores: Martinho Gabriel Lima Nunes, Thalysson Brenno Ferraz E Souza, Luiz Henrique Carvalho Dos
Santos, Brenno Ivo Soares Santos, Vitor Nunes Santos, José Nazareno Pearce De Oliveira Brito
Instituição(ões): Hospital São Marcos/Universidade Federal Do Piaui
Apresentador(a): Martinho Gabriel Lima Nunes
INTRODUÇÃO: Gliomas são os tumores cerebrais primários mais comuns. Podem ser originados de
astrócitos, oligodendrócitos e ependimócitos. Os gliomas de alto grau são mais frequentes e, dentre estes,
se destaca o glioblastoma multiforme. Os de baixo grau são infrequentes, correspondem de 8 a 15% dos
gliomas nos adultos. O glioma de baixo grau é uma neoplasia que apresenta prognóstico definitivamente
melhor do que o astrocitoma anaplásico e o glioblastoma multiforme. O glioblastoma (Grau IV) é o tipo
83
mais agressivo de glioma. A etiologia dos tumores cerebrais ainda não foi elucidada. OBJETIVOS: Analisar o
perfil dos casos de gliomas em pacientes operados de tumor encefálico no Hospital São Marcos (TeresinaPI). MÉTODOS: Todos os pacientes operados de tumor encefálico no Hospital São Marcos (Teresina-PI)
durante os anos de 2010 a 2012 com o diagnóstico histopatológico de glioma, tiveram seus laudos
histopatológicos analisados pelo Núcleo de Tratamento dos Tumores Encéfalo Medulares deste hospital.
Todos os dados foram colhidos apenas após autorização do paciente ou do familiar responsável. Neste
presente estudo retrospectivo transversal analítico, a amostra correspondeu a 42 casos distintos de
pacientes com gliomas. RESULTADOS: Dentre os 42 casos de gliomas avaliados, 28 tinha como origem
celular os astrócitos, 1 o oligodendrócito, 7 os ependimócitos e 6 não tinham a origem celular descrita nos
laudos histopatológicos. Quanto ao grau de malignidade, havia: 9 astrocitomas de baixo grau e 19 de alto
grau; 2 ependimomas de baixo grau e 5 de alto grau; nenhum oligodendroglioma de baixo grau e 1 de alto
grau. CONCLUSÃO: A maior parte (2/3 dos casos) dos gliomas analisados tem como origem celular os
astrócitos (Astrocitomas); Metade dos casos de astrocitomas analisados foram classificados como grau IV
(Glioblastoma multiforme); Os gliomas (astrocitoma, ependimoma e oligodendroglioma) classificados
como de alto grau de malignidade foram os mais incidentes.
P82
FALÊNCIA TERAPÊUTICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO
DO MARANHÃO
Autores: Marcos Antonio Custódio Neto Da Silva, Rebeca Costa Castelo Branco, Gabrielle Meirelles
Rodrigues, Rodrigo Almeida Batista, Maria Do Desterro Soares Brandão Nascimento, Graça Maria De
Castro Viana
Instituição(ões): Universidade Federal Do Maranhão
Apresentador(a): Gabrielle Meirelles Rodrigues
INTRODUÇÃO: A leishmaniose víscera (LV) é considerada um grave problema de saúde pública,
acometendo indistintamente, homens, mulheres e crianças e encontra-se entre as seis doenças infectoparasitárias mais importantes. A estimativa da população mundial de risco para aquisição da LV atinge 182
milhões de pessoas, sendo considerada endêmica em 47 países. A leishmaniose visceral tem aumentado
significativamente sua importância no contexto epidemiológico em decorrência do processo de
urbanização e das alterações no ambiente natural. O diagnóstico é realizado a partir de achados clínicoepidemiológicos e exames complementares. Os compostos antimoniais permanecem como tratamento de
escolha e são recomendados pela Organização Mundial da Saúde. OBJETIVOS: Analisar o perfil
epidemiológico da LV no Estado do Maranhão, com enfoque no tratamento e na falência terapêutica.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, descritivo, de casos diagnosticados de Leishmaniose
Visceral no Estado do Maranhão. Foram analisados os registros do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN) por intermédio do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado
da Saúde do Maranhão no período de 2001 a 2013. Foram analisados: idade, sexo, manifestações
hemorrágicas, droga inicial e falência terapêutica. RESULTADOS: No período em questão foram
observados 5.982 casos humanos de LV. Quanto à idade, 2.428 casos (40.6%) ocorreram em crianças na
faixa etária entre 1 e 4 anos. Quanto ao sexo, prevaleceu o sexo masculino com 58.8% dos casos. O
antimonial pentavalente foi a droga de 1ª escolha no tratamento em 90.3% dos casos, seguido de
anfotericina B (3.85%), anfotericina B lipossomal (0.71%) e pentamidina (0.25%). Nessa casuística, 8.5%
dos casos apresentaram falência terapêutica, e destes, 11.9% estavam em uso de anfotericina B, não
havendo relato de falência com uso de antimonial pentavalente. CONCLUSÃO: A leishmaniose visceral
encontra-se amplamente distribuída no Estado do Maranhão. Os resultados ressaltam a necessidade de
aprimoramento da terapêutica da leishmaniose visceral e o desenvolvimento de novas drogas com baixa
toxicidade, a fim de reduzir a falência terapêutica e a mortalidade por este agravo.
84
P83 METÁSTASE PENIANA DE ADENOCARCINOMA DE PRÓSTATA:
RELATO DE CASO
Autores: Dionline Borges Paulo, Bruna Rodrigues Barbosa, Lina Gomes Dos Santos
Apresentador(a): Dionline Borges Paulo
INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é a mais frequente neoplasia diagnosticada em homens,
especialmente em idosos. Aproximadamente 8% de todas as neoplasias prostáticas são diagnosticadas em
estágio avançado com doença com metástases à distância. Apesar de rica vascularização e circulação
complexa do órgão, comprometimento metastático do pênis é um evento raro (0,3%). Nesses casos, os
pacientes apresentam condição debilitante e terminal e exibem prognóstico reservado. Usualmente a
invasão do tecido peniano se apresenta com nódulo cutâneo único ou múltiplos ao longo do prepúcio,
glande ou sulco coronário. Ulceração uretral, obstrução local, priapismo e dor peniana grave também têm
sido descritos. A modalidade de diagnóstica mais confiável é a biópsia, a qual permite avaliar o grau de
invasão. O tratamento depende da condição geral do paciente, localização e extensão do tumor primário e
presença de metástases à distância. Apresentamos um caso não usual de invasão peniana por
adenocarcinoma da próstata. RELATO DE CASO: JDOL, 81 anos, gênero masculino, procurou o serviço
médico em Abril/2012 com queixas respiratórias. Rx de tórax mostrou derrame pleural e espessamento
pleural, cuja biópsia evidenciou metástase de adenocarcinoma, confirmado por imuno-histoquímica.
Evoluiu com quadro disúria, febre e obstrução urinária. O toque retal mostrou próstata difusamente
endurecida, PSA=108 ng/dl e lesões blásticas na coluna, identificadas na cintilografia óssea. Resseção
transuretral da próstata e orquiectomia subcapsular bilateral confirmaram neoplasia primária de próstata
sem invasão testicular. No pós-operatório, evoluiu com cefaléia e CT de crânio mostrou implante
secundário no cerebelo. Um ano após o diagnóstico, paciente apresentou várias lesões ulceradas e planas,
a maior com 8,0 mm, acometendo glande e corpo peniano, cujo estudo histológico confirmou doença
metastática. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As opções terapêuticas para o Adenocarcinoma da próstata com
metástase sistêmica incluem a abordagem cirúrgica, radioterapia, ablação hormonal (orquiectomia) e/ou
quimioterapia. Nos casos de doença avançada, como no caso aqui descrito, o tratamento paliativo está
indicado objetivando melhoria da qualidade de vida, tendo em vista o mau prognóstico (sobrevida que
varia de 1 a 24 meses).
P84
FREQUÊNCIA DE ENDOMETRIOSE EM CIRURGIAS GINECOLÓGICAS
ABDOMINAIS
Autores: Renata De Souza Mesquita, Michelle Chintia Rodrigues De Sousa
Apresentador(a): Renata De Souza Mesquita
INTRODUÇÃO: A endometriose acomete principalmente mulheres em idade fértil, sendo caracterizada por
implantes de tecido endometrial fora da cavidade uterina. É doença crônica, associada a grande
morbidade, como quadros álgicos e infertilidade, afetando de modo global a qualidade de vida das
portadoras. Uma equipe multidisciplinar deve ser envolvida na tentativa de fornecer um tratamento capaz
de abranger todos os aspectos biopsicossociais que a endometriose compreende. OBJETIVOS: identificar a
frequência de endometriose em cirurgias abdominais ginecológicas, verificar a frequência em que as
lesões de endometriose foram encontradas em cirurgias com suspeita prévia desta patologia e também a
frequência em que este achado foi ocasional, identificar o perfil clínico e a idade média das portadoras da
patologia. METODOLOGIA: O estudo teve caráter quantitativo, retrospectivo e observacional; foi revisado
um total de 1344 prontuários relativos a todas as pacientes atendidas no serviço de cirurgia ginecológica
em um hospital geral entre janeiro de 2005 e dezembro de 2009, dos quais registrou-se as seguintes
variáreis: laudo histopatológico, cirurgia realizada, indicação cirúrgica, quadro clínico, idade. Foram
respeitados os princípios éticos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Saúde, com parecer favorável
85
junto ao Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: A frequência de endometriose em cirurgias
abdominais ginecológicas foi de 3,72%, atingindo principalmente mulheres na menacme (96% dos casos).
A média de idade das pacientes foi de 38,5 anos. Em 80% dos casos havia hipótese clínica e/ou
ultrassonográfica desta patologia antes da cirurgia. Nos 20% dos casos restantes, o achado foi ocasional.
Os sintomas e sinais mais frequentes foram dismenorréia e dor pélvica crônica (presentes em 70% e 46%
dos casos, respectivamente). Em 68% dos casos, a endometriose ocorreu em associação com outras
afecções ginecológicas. CONCLUSÃO: A ocorrência de endometriose em cirurgias abdominais ginecológicas
é infrequente; é uma doença típica da mulher jovem, mas muitas vezes é diagnosticada tardiamente; os
sintomas dolorosos são os mais comuns, seguidos pelas desordens menstruais; na maioria dos casos há
hipótese da doença anteriormente à cirurgia; poucas vezes a endometriose ocorre de maneira isolada, o
mais comum é que ela venha acompanhada de outras doenças do trato genital.
P85 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA NO ESTADO DO PIAUÍ ENTRE OS ANOS DE 2007 A 2012
Autores: Danilo Gonçalves Dantas, Aldemes Barroso Da Silva, Karine Dos Santos Carneiro Muratori
Portugal, Daiana Clara Bueno De Sousa Brandão, Danilo De Sousa Rodrigues, Cíntia Maria De Melo
Mendes Instituição(ões): Centro Universitário UNINOVAFAPI
Apresentador(a): Aldemes Barroso Da Silva
INTRODUÇÃO: A leishmaniose tegumentar americana é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada
por protozoários do gênero Leishmania, de transmissão vertical, que acomete pele e mucosas. É uma
zoonose em franca expansão geográfica no Brasil e registrou casos autóctones em todas as unidades
federadas do Brasil no ano de 2003. A região nordeste do país é a segunda em números de casos, ficando
atrás apenas da região Norte. OBJETIVOS: Analisar as características epidemiológicas dos casos de
leishmaniose tegumentar americana ocorridos no estado do Piauí entre os anos de 2007 a 2012.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo com base em dados
contabilizados, por meio de cálculos matemáticos executados no programa Microsoft Excel 2010, após
levantamento realizado no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) referente aos casos de
leishmaniose tegumentar americana notificados no Estado do Piauí entre os anos de 2007 a 2012. Foram
consideradas as variáveis: sexo, faixa etária, forma clínica e evolução da doença. RESULTADOS: Para o
período estudado, foram notificados 944 casos de leishmaniose tegumentar americana no Estado do Piauí,
sendo a maior incidência registrada no ano de 2011 e a menor no ano de 2008. Analisando-se o sexo, a
maioria de pessoas acometidas pela doença é do sexo masculino. A faixa etária mais prevalente foi a
composta por adultos de 20 a 59 anos e equivale a 61,5% do total de casos confirmados. Com relação à
forma clínica da doença, a forma cutânea foi a registrada em 87,5% dos casos. A forma mucosa ocorreu
em apenas 10,2% dos casos e uma pequena quantidade de casos (2,3%) apresentava-se sem classificação
clínica. A maioria dos casos evoluiu para a cura (59%) e não houve nenhuma morte por leishmaniose
tegumentar americana registrada no recorte temporal analisado. CONCLUSÃO: Para o período estudado,
foi constatada a maior prevalência de Leishmaniose tegumentar americana (LTA) em pessoas do sexo
masculino, na faixa etária de 20 a 59 anos, na forma clínica cutânea e com evolução para a cura. Tendo em
vista as dificuldades terapêuticas e as graves sequelas que a LTA pode acarretar, é de importância ímpar a
execução de ações preventivas e uma vigilância epidemiológica efetiva.
P86
ANEURISMA GIGANTE INTRACRANIANO EM CRIANÇA DE 4 ANOS:
RELATO DE CASO
Autores: Pablo Dantas Alencar, Roberlanny De Araújo Aragão, Isânio Vieira Sousa Lopes, Clara Linda
Correia Lima Alencar, Benjamim Pessoa Vale, Francisco José Alencar
Apresentador(a): Pablo Dantas Alencar
86
INTRODUÇÃO: Os aneurismas intracranianos são alterações vasculares raras na infância, presentes em
1,2
0,17 a 4,6% dos pacientes submetidos a cirurgias para tratamento de aneurisma. Apenas 5% dos casos
de aneurisma em crianças são diagnosticados antes dos 5 anos de idade, contudo é a principal causa de
3
hemorragia subaracnóidea (HSA) espontânea na infância. O quadro clínico do aneurisma pode ser
2,3
decorrente da HSA ou do efeito de massa, que resulta em comprometimento neurológico. A maioria dos
4,5,6
aneurismas na infância é gigante, cujas dimensões são maiores que 2,5 cm.
A tomografia
computadorizada de crânio (TC) confirma o diagnóstico da HSA, evidenciando localização e extensão da
hemorragia, além de hidrocefalia (HCF), quando presente. A angiorressonância magnética (ARM) ou
2,3
arteriografia são fundamentais para confirmação do diagnóstico do aneurisma e orientação terapêutica.
O tratamento do aneurisma pode ser através de cirurgia com clipagem microcirúrgica ou embolização
endovascular. Relatamos o caso de um menino de 4 anos com aneurisma cerebral gigante.RELATO DE
CASO: S.H.S.O., 4 anos, masculino, admitido em hospital pediátrico de referência com quadro de
irritabilidade, cefaléia e vômitos de início há um mês da internação. Evoluiu com rebaixamento do nível de
consciência e febre. Foi identificado sopro sistólico em foco mitral e tratado inicialmente como
endocardite bacteriana, porém teve piora progressiva, apresentando crises convulsivas e sinais de
hipertensão intracraniana. Foi realizado TC que evidenciou HSA com hemoventrículo e HCF, sendo
submetido à derivação ventricular externa para tratamento da hipertensão intracraniana. Após melhora
do quadro infeccioso, foi realizado derivação ventrículo-peritoneal (DVP) e submetido a ARM que
diagnosticou um aneurisma gigante ao nível da artéria basilar. A criança foi transferida para o serviço de
hemodinâmica para tratamento endovascular por embolização com micromolas de platina, sem
intercorrências e com boa evolução. Atualmente, 10 anos após, encontra-se muito bem. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Apesar de raro, o aneurisma intracraniano em pediatria deve ser investigado em casos de HSA e a
realização de ARM confirma o diagnóstico. A embolização endovascular neste caso obteve bom resultado
terapêutico e prognóstico, uma vez que a suspeita clínica e o correto diagnóstico precoce foram essenciais
para o sucesso deste procedimento.
P87
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE EM UM
CENTRO DE TERAPIA RENAL EM TIMON-MA
Autores: Anna Alzira Macau Furtado Ferreira, Máximo Peixoto Rocha Neto, Leonardo De Melo Rodrigues,
Leon Marques Barbosa, Rosana Celia Noleto Magalhaes, Lucielma Salmito Soares Pinto
Apresentador(a): Anna Alzira Macau Furtado
Ferreira Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) é definida por lesão renal caracterizada por alterações
estruturais ou funcionais dos rins com ou sem redução da taxa de filtração glomerular (TFG). Atualmente,
a DRC é um problema de saúde de pública de proporções mundiais. Dentre os principais fatores de risco
para DRC estão a hipertensão arterial e o diabetes melittus, cada vez mais frequentes na realidade dos
países em desenvolvimento. A DRC não possui bom prognóstico com altas taxas de morbidade e
mortalidade, e para manejar esta condição, uma modalidade terapêutica importante e cada dia mais
segura é a hemodiálise. OBJETIVO: Caracterizar o perfil epidemiológico de pacientes renais crônicos,
submetidos à hemodiálise. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, descritiva,
transversal e quantitativa, realizada em uma clínica de hemodiálise em Timon- MA. A amostra se
constituiu de 80 pacientes submetidos tratamento hemodialítico. Utilizou-se para a coleta de dados um
questionário sobre a caracterização dos participantes. RESULTADOS: A maioria dos pacientes observados
foi do gênero masculino (52,5%), com faixa etária entre 36 a 55 anos. 74,7% referiram ser negros. A
comorbidade mais frequente foi a hipertensão (46,8%), seguida pelo diabetes (29,9%). A principal etiologia
da IRC foi a nefrosclerose hipertensiva (42,3%), seguida do diabetes (15,4%), glomerulonefrites (10,3%) e
rim policístico (5,1%). A maioria dos pacientes (55%) já haviam tido contato com o tabaco, sendo que 26
(32,5%) ainda mantém o vício. Quanto ao uso do álcool, 27,5% são etilistas e 31,3% são ex-etilistas.
CONCLUSÃO: Os dados apresentados mostram concordância com o descrito na literatura, com maior
prevalência de pacientes do gênero masculino e adultos. Destaca-se ainda a importância do papel da
87
hipertensão e do diabetes como fatores causais da DRC. Adicionalmente, é necessário que um trabalho
educativo seja feito com este grupo no sentido de eliminar os hábitos deletérios como o etilismo e o
tabagismo, relacionados a um pior controle da condição renal e a uma menor sobrevida.
P88
EFEITO DE SUPLEMENTO ALIMENTAR A BASE DE AMORA MIÚRA
(MORUS NIGRA) SOBRE O TRÂNSITO INTESTINAL DE RATOS
Autores: Felipe Soares Oliveira Portela, Talita Maria Leal Barros, Talyson Tasso Andrade De Carvalho,
Denylson Sanches Fernandes, Rita De Cássia Meneses Oliveira, Paulo Humberto Moreira Nunes
Apresentador(a): Felipe Soares Oliveira Portela
INTRODUÇÃO: Diversos estudos são necessários para orientar e validar o uso de alimentos com alegadas
propriedades funcionais. A amora miúra (Morus nigra) é uma planta que vem sendo utilizada no
tratamento de obesidade, diabetes, osteoporose e até câncer. Estudos prévios de outros autores já
comprovaram que ela possui atividade antioxidante, anti-inflamatória e antidiabética em ratos. Um
aumento na velocidade do trânsito intestinal, reduzindo a taxa de absorção de alimentos, poderia dar
suporte ao uso popular dessa planta no tratamento da diabetes e da obesidade. OBJETIVO: Investigar o
efeito de suplemento alimentar (Amora miúra, NutriPlantas) contendo Morus nigra sobre o trânsito
intestinal de ratos. MÉTODO: Rattus norvegicus (200,4±6,7 g), distribuídos em grupos de 9 animais,
mantidos em jejum por 24 h, foram tratados via oral com água (5 mL/Kg-Controle), amora miúra (5 mL/kgAM) ou escopolamina (10 mg/Kg). Decorridos 45 minutos do tratamento, administrou-se uma suspensão
de carvão ativado 2% em carboximetilcelulose 2% (1 mL/animal) a todos os grupos. Passados mais 30
minutos, os animais foram eutanasiados com sobredose de tiopental sódico (100 mg/Kg, i.p.). Em seguida,
foram removidos o estômago e intestino delgado. A distância percorrida pelo carvão foi medida do piloro
até a última porção do intestino que continha pelo menos 1 cm contínuo de carvão e expressa em
porcentagem do comprimento total do intestino delgado. Os dados obtidos (média ± erro padrão da
média) foram analisados por Anova, seguida de pós-teste de Tukey. O nível de significância foi
estabelecido em p<0,05. Aprovação no CEEA/UFPI: 008/12. RESULTADOS: Não houve diferença
estatisticamente significativa entre as distâncias percorridas pelo carvão nos grupos C (67,4% ± 2,3%) e AM
(71,8% ± 2,9%). Nos animais tratados com escopolamina, o deslocamento do marcador foi maior que
100%, já que em todos os animais desse grupo foi encontrado carvão no ceco e, em alguns, no ânus.
CONCLUSÃO: O suplemento alimentar a base de amora miúra na dose de 5 mL/kg não alterou a
velocidade do trânsito intestinal em ratos. A escopolamina, fármaco anticolinérgico utilizado como padrão,
apresentou efeito oposto ao esperado, que seria a redução do trânsito intestinal, indicando a necessidade
de estudos posteriores para investigar as causas desse achado.
P89 ESTUDO ECOEPIDEMIOLÓGICO E MICOLÓGICO DO COCCIDIOIDES
POSADASII NO INTERIOR DO MARANHÃO
Autores: José Pereira Guará, Vicktor Bruno Pereira Pinto, Almir José Guimarães Gouveia, Carlos Alberto
Rosado Da Silva Filho, Geusa Felipa De Barros Bezerra, Maria Do Desterro Soares Brandão Nascimento
Apresentador(a): Vicktor Bruno Pereira Pinto
INTRODUÇÃO: A coccidioidomicose é uma doença sistêmica granulomatosa de caráter endêmico e amplo
espectro, variando de uma leve e autolimitada reação febril até uma infecção grave e potencialmente
fatal. É causada
pelo fungos Coccidioides immitis e C. posadasii. A incidência de
coccidioidomicose
aumentou substancialmente nas últimas duas décadas. Restringe-se principalmente a áreas de clima árido,
solo alcalino e regiões de baixo índice pluviométrico, o que faz com que a maioria dos casos ocorridos no
Brasil tenham sido descritos na região Nordeste. OBJETIVO: Desenvolver um estudo ecoepidemiológico e
micológico do C.
posadasii no interior do Maranhão em indivíduos com
hábitos de caçar
88
tatu/peba. Espera-se identificar os caçadores da região e empregar questionários sobre a história clínica,
hábitos de vida e hábitos de caça. MÉTODOS: De agosto de 2004 a julho de 2006 foram selecionados 25
caçadores de ambos os sexos, provenientes dos municípios maranhenses de Arame, Grajaú e Sítio Novo.
Questionários epidemiológicos foram aplicados e coletadas amostras de sangue para testes sorológicos; o
teste cutâneo também foi realizado. Isolaram-se amostras do solo das tocas de tatu/peba. Após
processamento, essas amostras foram semeadas em meios de cultura Sabouraud-Dextrose com
cloranfenicol e injetadas intraperitonealmente em camundongos, para posterior exame histopatológico.
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da UFMA, sob
parecer Nº: 279/06. RESULTADOS: Observou-se 80% (n=20/25) dos testes cutâneos realizados foram
positivos após 24 horas. Em 56% (n=14/25) a reação foi fortemente positiva, com leitura igual ou maior a
10mm; o tempo de exposição, em anos, às tocas de tatu/peba, tem importância na positividade dos testes
cutâneos. Os testes sorológicos foram todos não reagentes. Os meios de cultura semeados demonstraram
o crescimento de colônias com macroscopia compatível com a do C. posadasii. A identificação
microscópica direta não pôde ser realizada devido à falta de equipamentos adequados. CONCLUSÃO: Os
testes cutâneos positivos fornecem uma nova informação sobre a doença: a existência da
coccidioidomicose infecção no Estado do Maranhão. Os testes sorológicos não apontaram a presença de
anticorpos contra o C. posadasii. Quanto à tentativa de isolamento do fungo, os resultados foram
inconclusivos e os exames histopatológicos não demonstraram a presença da forma parasítica do fungo.
P90
MICROBIOTA FÚNGICA DA CONJUNTIVA OCULAR DE QUEBRADEIRAS DE COCO
BABAÇU
Autores: Carlos Alberto Rosado Da Silva Filho, Valéria Maria Sousa Leitão, Almir José Guimarães Gouveia,
Vicktor Bruno Pereira Pinto, Geusa Felipa De Barros Bezerra, Maria Do Desterro Soares Brandão
Nascimento
Apresentador(a): Carlos Alberto Rosado Da Silva
Filho Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: São mais de 400 mil extrativistas que utilizam o coco babaçu como fonte de renda,
principalmente nos estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins, estando esta atividade associadas a
infecções fúngicas. A conjuntiva ocular encontra-se em constante contato com o ambiente o que
representa uma porta de entrada para muitas infecções fúngicas que incluem ceratite e endoftalmite,
podendo infectar a retina, a coróide, o humor vítreo. OBJETIVO: Investigar a microbiota fúngica da
conjuntiva ocular em quebradeiras de coco babaçu no interior do Maranhão. MÉTODOS: Foram estudados
por meio da cultura de Agar Sabouraud e Agar batata com cloranfenicol, o material do fórnix inferior de
ambos os olhos, coletados com cefanetes estéreis, de 80 mulheres quebradeiras de coco babaçu na Zona
dos Cocais, Microrregião do Médio Mearim no Estado do Maranhão, município de Esperantinópolis. Foi
realizado o mesmo estudo em um grupo controle de 30 indivíduos. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê
de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da UFMA, sob o parecer Nº: 287/06.RESULTADOS: Da
conjuntiva ocular das 80 quebradeiras de coco babaçu avaliadas, obtiveram-se 76,3% (61) de culturas
positivas para fungos. Foram realizados 72 isolamentos de fungos, sendo mais frequentes os fungos
filamentosos, identificados em 58 (80,57%) quebradeiras. Já as leveduras foram encontradas em 14
(19,43%) quebradeiras. O gênero Aspergillus sp foi o mais isolado, 33,33%, seguido por Candida sp com
15,27%. No grupo controle, apenas em 40% foram obtidas culturas positivas predominando as leveduras.
CONCLUSÃO: Na microbiota fúngica da conjuntiva ocular das quebradeiras de coco babaçu predomina o
gêneroAspergillus sp. Isso relaciona-se às diferentes condições higiênicas, climáticas e de vegetação
própria de cada região podendo estar relacionada à atividade ocupacional. Além disso, estas exercem suas
atividades sem equipamentos de proteção individual, o que as expõe a riscos inerentes ao trabalho. A
presença destes fungos na conjuntiva representa uma ameaça constante para os olhos desses indivíduos,
pois a condição de baixa imunidade propicia a agressão por esses fungos oportunistas.
89
EDIÇÃO E ARTE FINAL:
IMPRESSÃO:
Universidade Federal do Piauí
90

Volume 20 | Ano 2013

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