lista das oficinas e minicursos - Colóquio Desleituras em série

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lista das oficinas e minicursos - Colóquio Desleituras em série
OFICINAS
EDUCANDO O OLHAR PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA ARTE
PROPONENTE(S)
Kátia Cristina Novaes
[email protected]
Leite,
Professora/Coordenadora
da
APAE/Jacobina;
Karine Cristina Novaes Leite, Professora de Artes da APAE de Jacobina;
[email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
O universo das Artes Visuais é bastante abrangente e rico em conhecimentos. Ao
aprender explorar esse universo os professores terão em favor da prática docente,
estratégias que possibilitarão aos alunos adotar uma atitude crítica e reflexiva diante de
uma imagem ou obra de arte, transferindo esse conhecimento para a vida e as questões
sociais trazidas em seu bojo. Saber ler imagens é uma exigência necessária à sociedade
contemporânea, tendo em vista a grande quantidade de informações que nos são
transmitidas por meio da linguagem imagética. Conhecer a “gramática visual” e um
método, entre tantos utilizados para a leitura de imagens, nos dará elementos para iniciar
o processo de ler e interpretar imagens com consciência e usar esse conhecimento nas
situações de aprendizagem. De acordo com os PCN (1996), “ver arte” é um dos eixos da
aprendizagem significativa no ensino da Arte. Logo, é preciso incluir a leitura de obras de
arte e propostas eficazes de apreciação estética em sala de aula, lembrando o quanto as
imagens são carregadas de significados, essência, mensagem, conteúdo. Os estudos de
Ana Mae Barbosa (1998), indicam que os conhecimentos relativos à leitura de imagens
são uma necessidade do educador contemporâneo, que busca um ensino voltado para a
realidade social e cultural em que estamos vivendo. Uma das primeiras orientações para o
trabalho com leituras de obras de arte divulgadas no Brasil foi desenvolvida por Robert
Ott(1997), professor do Departamento de Arte-Educação da Penn StateUniversity,
Pensilvânia, o Roteiro para o Olhar desenvolvido pelas cinco categorias, a saber:
Descrevendo, Analisando, Interpretando, Fundamentando, Revelando. A Oficina
Educando o Olhar para o Ensino e Aprendizagem da Arte tem por objetivo iniciar a
sensibilização docente sobre a necessidade e as possibilidades encontradas no ensino
mediado pela obra de arte, oferecendo ao professor, subsídios teóricos e práticos que
possibilitarão o trabalho. Nessa proposta, o trabalho será realizado utilizando a obra de
Tarsila do Amaral Religião Brasileira de 1927, mediada utilizando o Roteiro para o Olhar
de Robert Ott.
PALAVRAS-CHAVE: Arte, educação, leitura de imagem.
METODOLOGIA
A Oficina consta de um momento teórico com a abordagem teórica do método de leitura e
apreciação estética de imagem e um momento prático, quando cada um dos participantes
da Oficina deverá produzir uma nova obra e para isso trazer para o encontro uma tela de
30x40cm e pincéis.
PÚBLICO-ALVO
Professores e alunos de licenciaturas, demais interessados no estudo da arte.
VAGAS
20
RECURSOS
Datashow, tintas de cores variadas, pincéis
REFERÊNCIAS
AMARAL,
Tarsila.
História
das
Obras.
<http://www.tarsiladoamaral.com.br/versao_antiga/historia.htm>.
outubro 2011.
Disponível
em:
Acessado em: 20
BARBOSA, Ana Mae. (Org.). Arte-Educação: leitura no subsolo. São Paulo:
Cortez,1997.
MANTOAN, M.T.E. Ser ou estar: eis a questão, Explicando o déficit intelectual. São
Paulo: WVA, 1997.
OTT, R. W. Ensinando crítica nos museus. in BARBOSA, A. M. (Org.). Arte-Educação:
leitura no subsolo. São Paulo: Cortez,1997.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Obras escogidas V: fundamentos de defectologia.
Madri:1997.
CONHECENDO A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: UMA CONVERSA COM
AS MÃOS POR UMA UNIVERSIDADE BILÍNGUE
PROPONENTE(S)
Crizeide Miranda Freire, Professora Assistente da UNEB, Curso de Letras Língua
Portuguesa [email protected]
Maynara Costa; Clêuma Alves, Graduandas de Letras Língua Portuguesa
RESUMO/OBJETIVOS
Brito (1993, p. 75): [...] quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceitei a pessoa [...].
Quando eu rejeito a língua, eu rejeitei a pessoa, porque a língua é parte de nós mesmos
[...] Quando eu aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em
mente que o surdo tem o direito de ser surdo. No Brasil, segundo dados do censo
realizado pelo IBGE (2010), há cerca de 9,7 milhões brasileiros que possuem deficiência
auditiva e, devido a essa circunstância é de fundamental importância a inserção e a
propagação da Língua Brasileira de Sinais em toda e qualquer instituição social, de modo
que, possibilitará aos surdos uma maior atuação na sociedade em que vivem. Rege-se na
lei 10.436/04 a obrigatoriedade de inclusão de Libras nos cursos de formação médio e
superior, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), no
entanto, ainda é insignificante as medidas tomadas para sua propagação, no que diz
respeito não só a sua inclusão, mas a acessibilidade, tanto para o surdo quanto para o
ouvinte. Enquanto os ouvintes utilizam a Língua Portuguesa como língua materna, para a
comunidade surda, que defende uma educação bilíngue, a primeira língua é a Libras e foi
considerada como língua oficial a partir da Lei nº 10.436/2002. Segundo Quadros e Perlin
(2007), o processo de alfabetização de uma criança surda deveria ser em um contexto de
entendimento da língua portuguesa como segunda língua, gerando uma possível leitura do
mundo, mas essa leitura de mundo precisa acontecer por meio da língua de sinais; “Uma
proposta educacional, além de ser Bilíngue, deve ser bicultural para permitir o acesso
rápido e natural da criança surda à comunidade ouvinte e para fazer com que ela se
reconheça como parte de uma comunidade surda.” (1997, p. 28). Nesse sentido, a oficina
vem propor ao público uma estreita relação com Libras, objetivando a apreensão de
alguns sinais básicos que possibilitem uma comunicação entre surdos e ouvintes,
cumprindo o dever de um sistema educacional, institucionalizar, apoiar o uso e a difusão
da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação.
PALAVRAS-CHAVE: Língua Brasileira de Sinais; Cultura surda; Acessibilidade;
Inclusão.
METODOLOGIA
Iniciaremos a oficina com algumas reflexões sobre LIBRAS, importância e necessidade
no convívio social com o surdo e na promoção de uma educação inclusiva. No segundo
momento será apresentado alguns sinais introdutórios e básicos para treinarmos
PÚBLICO-ALVO
Alunos de licenciatura, professores e comunidade em geral
VAGAS
25
RECURSOS
Data show, caixa de som
REFERÊNCIAS
FERREIRA BRITO, Lucinda. Integração social & educação de surdos. Rio de Janeiro:
Babel, 1993
KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais na educação dos surdos. In:
THOMA, A. S.; LOPES, M. C.(Orgs.) A Invenção da Surdez: cultura, alteridade,
identidades e diferença no campo da educação. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2005.
PERLIN, Gladis. Prefácio. In: QUADROS, Ronice Muller de; PERLIN, Gladis
(Orgs.). Estudos Surdos II. Petrópolis: Arara Azul, 2007. p. 9-13.
_______. Ronice Müller de (Org.). Estudos Surdos I. Petrópolis, Rio de Janeiro: Arara
Azul, 2006. SÁ, Nídia Regina Limeira. Cultura, poder e educação de surdos. Manaus:
Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2002.
STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Ed. da
UFSC, 2008. 118p.
ESCRITA FEMININA NA LITERATURA AFROBRASILEIRA
PROPONENTE(S)
Amanda de Araújo Braz da Silva Borges e Luaclara Vieira Lima, Graduandas
(UNEB/PIBID); [email protected]; [email protected]
Orientadora: Cristian de Souza Sales (UNEB/UFBA), Professora.
RESUMO/OBJETIVOS
A oficina Escrita Feminina na Literatura Afrobrasileira tem como proposta construir
reflexões sobre o racismo, sexismo e autorrepresentação a partir da produção de autoria
negra. Para tanto, utilizaremos como corpus a escrita literária de mulheres negras, nas
obras Não Vou Mais Lavar os Pratos (2011), de Cristiane Sobral e Vários desejos de um
rio (1998), de Esmeralda Ribeiro. Durante as quatro horas de duração, serão levantadas
discussões que compreendam temas/assuntos ligados às mulheres negras com atenção
para os seguintes recortes: literatura, identidade, autorrepresentação e discurso de
empoderamento, entre outros. Neste sentido, baseado nos estudos das intelectuais negras
bell hooks (1995) e Conceição Evaristo (2005), serão construídos debates sobre a
autorrepresentação da mulher negra na literatura afrobrasileira contemporânea,
considerando a possibilidade de formulação de outras perspectivas de representação na
literatura que se diferenciam daquelas produzidas pela visão da cultura hegemônica.
Baseados em estudos teóricos, evidenciaremos como a construção de um discurso de
empoderamento tem sido agenciado nas vozes de intelectuais negras no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Escrita Feminina; Literatura Afrobrasileira; Autorrepresentação;
Empoderamento.
METODOLOGIA
Será feita a leitura dos poemas Não Vou Mais Lavar os Pratos (2011) e O preço de uma
escolha (2011), de Cristiane Sobral e Vários desejos de um rio (1998), de Esmeralda
Ribeiro. A partir da leitura dos textos mencionados, iniciaremos as discussões sobre
construções históricas que invisibilizaram a produção literária e intelectual da mulher
negra no Brasil. Serão apresentados, de forma expositiva, os conceitos de representação e
autorrepresentação com pesquisa ligadas aos estudos culturais e pós-coloniais.
Exibiremos um vídeo com uma entrevista concedida pela escritora Cristiane Sobral ao
programa Iluminuras, em 2013, na qual a intelectual negra discute sobre o seu processo
de escrita e os temas que permeiam seus trabalhos.
PÚBLICO-ALVO
Estudantes de graduação em Letras, Pedagogia e História. Professores da educação
básica.
VAGAS
40
RECURSOS
Material impresso (poemas), vídeo e data show.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, R. A“escrevivência” de Conceição Evaristo em ponciá vicêncio: encontros
e desencontros culturais entre as versões do romance em português e em inglês. 2012. 198
f. Tese (Doutorado em Letras) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes,
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. 2012.
BRAGANÇA, Maurício de. Literatura Comparada e Estudos de Performance:
Tendências, Diálogos e Desafios no Limiar da Transdisciplinaridade. Aletria, 2010.
CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América
Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: Ashoka Empreendimentos Sociais;
Takano Cidadania (Orgs.). Racismos contemporâneos. Rio de Janeiro: Takano Editora,
2003. p. 49-58.
______. Mulheres em Movimento. In: Estudos Avançados 17 (49). 2003.
EVARISTO, Conceição. Da representação a auto-representação da mulher negra da
mulher negra na literatura brasileira. Revista palmares: Cultura Afro-brasileira. Ano I
– numero1 – agosto 2005. ISSN 108 7280.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. DP&A Editora, 1ª edição
em 1992, Rio de Janeiro, 11ª edição em 2006, 102 páginas.
HOOKS, B. Intelectuais Negras. Revista Estudos Feministas. Nº 2/95. Vol. 3. 1995.
PACHECO, Ana Cláudia Lemos. A Trajetória de Uma Intelectual Negra: Uma Voz
Subalternizada? Salvador, 2011.
SAFFIOTI, Heleieth. Conferência - O segundo sexo à luz das teorias feministas
contemporâneas. In: (Org) MOTTA, Alda Britto de Motta. SARDENBERG, Cecília.
GOMES, Márcia Um diálogo com Simone de Beauvoir e outras falas.
FFCH/UFBA/Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher. 2000.
SOBRAL, Cristiane. Não vou mais lavar os pratos. Brasília: Dulcina editora, 2011.
SOUZA, F. S. Afro-descendência em Cadernos Negros e jornal do MNU. Belo
Horizonte: Autêntica, 2005.
A LINGUAGEM NO CONTEXTO LABORAL: (deseituras) de avisos de
equipamento destinados a segurança pública
PROPONENTE(S)
Pérola Cunha Bastos, Professora Do Curso de Letras Língua Inglesa, UNEB Campus II,
Alagoinhas; [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
Discutir possíveis desleituras de avisos em inglês, que deveriam garantir o acesso a
equipamentos de segurança dispostos, para situações de emergência, em ambientes de
trabalho. Uma vez que, No mundo globalizado, pode-se observar, que, com muita
freqüência, encontramos ta situação para recursos de acesso dos equipamentos de
segurança acionáveis em caso de emergência. Assim, acreditamos que a abordagem de tal
fato favorece reflexões profícuas pra o trabalho do professor de inglês, seja dentro ou fora
de sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE: linguagem. contexto. (des)leituras.
METODOLOGIA
A partir da apresentação de slides e pergunta geradora sobre o papel da linguagem,
investiremos na problematizarão da linguagem X contexto: convergências e/ou
divergências das (des)leituras resultantes. Fairclough (1992) investigando a linguagem
como prática social, assume que, o evento discursivo (discurso) molda, e é moldado, por
situações, instituições e estruturas sociais. Kubota (2002), a idéia de culturas “superiores”
e “melhores”, acaba sendo incentivada, em detrimento de outras culturas menos
valorizadas. Por isso, a língua inglesa, tomou o lugar de língua mundial, e a cultura dos
Estados Unidos é cada vez mais difundida, visto que é uma nação que despontou como
uma grande potência econômica mundial.
REFERÊNCIAS
CAMERON, D. (Eds). Globalization and language teaching. London: Routledge, 2002.
FAIRCLOUGH, Norman. Discourse and Social Change. Cambridge: Polity Press, 1992.
KUBOTA, R. The impact of globalization on language teaching in Japan. In: BLOCK,
D.;….
DA TRADUÇÃO: O LABIRINTO, A BIBLIOTECA E A PONTE – DEIXANDO A
TORRE
PROPONENTE(S)
Juliana Cristina Salvadori, Professora Assistente no Departamento de Ciências Humanas
do Campus IV – UNEB/Jacobina, Curso de Letras Língua Inglesa, Mestre em Língua
Inglesa e Literaturas, Doutora em Literaturas de Língua Portuguesa; coordenadora do
grupo de Pesquisa Desleituras em série; [email protected]
Felipe Cezar Menezes, Graduando em Letras Língua Inglesa e Literaturas, no
Departamento de Ciências Humanas do Campus IV – UNEB/Jacobina, ex-bolsista de IC
FAPESB; membro do Grupo de Pesquisa Desleituras em Série,; [email protected]
Yasmin Silva Santos de Souza, Graduanda em Letras Língua Inglesa e Literaturas, no
Departamento de Ciências Humanas do Campus IV – UNEB/Jacobina, bolsista de IC
FAPESB; [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
Esta oficina pretende discutir a tradução tendo como foco a sua prática considerando a
tarefa do tradutor, a intermediação entre autor, texto e leitor, tarefa esquizofrênica de servir
a dois mestres: o estrangeiro e o doméstico. Em um primeiro momento, a oficina tem por
objetivo discutir a tradução como prática a partir da luz lançada à prática pelos estudos da
tradução. Nesse sentido, a oficina propõe, em um primeiro momento, refletir e refratar os
objetivos da tradução/do tradutor, uma vez que cada texto – e prática – irão demandar suas
próprias estratégias, sendo o nosso objetivo principal a desmitificação de alguns conceitos
enraizados do senso comum da tradução como operação linguística – dependente apenas de
uma tradutologia como teoria ideal –, problematizando conceitos como contexto,
interpretação e fidelidade. Na segunda parte, a oficina intenta, indo para a prática, discutir
as traduções de trechos do romance A Map to the Door of No Return da autora caribenha
Dionne Brand – realizadas pelos proponentes da oficina e pelos participantes do minicurso,
objeto de (des)leitura pelos participantes e diálogo.
PALAVRAS-CHAVE: tradução; intermediação; tarefa; Dionne Brand.
METODOLOGIA
A oficina terá como ponto de partida a discussão do que se entende por tradução no senso
comum e quais tipos de texto (e como) são traduzidos. Para isso, contaremos com a
colaboração dos participantes, que serão requisitados a expor seu ponto de vista e crenças
sobre o tema. A discussão tocará temas como fidelidade, traduzibilidade, interpretação,
sentido, etnocentrismos, o papel do tradutor, etc. Na sequência, os ministrantes
apresentaram conceitos teóricos a partir das reflexões trazidas pelos estudos da tradução
(vide VENUTTI; BASSNET; BENJAMIN, MESCHONNIC;BERMAN;RICOUER),
tensionando o diálogo e problematizando os conceitos. Por fim, a oficina se encerra com
uma proposta de prática de tradução, a ser realizada num trecho sugerido do romance A
Map to the Door of No Return da autora caribenha Dionne Brand. A ideia é que os
resultados, escolhas e crenças que embasaram a tradução de cada participante (ou grupo, a
ser decidido) iluminem, na acepção benjaminiana, não apenas o texto, mas as questões
identitárias e culturais que emergem na linguagem.
PÚBLICO-ALVO
Estudantes, professores, pesquisadores, técnicos e comunidade em geral interessados no
tema da tradução.
VAGAS
25
RECURSOS
Sala de aula, data show, textos
REFERÊNCIAS
ARROJO, Rosemary. Oficina de tradução: a teoria na prática. 5 ed. São Paulo: Ática, 2007
85 p. (Princípios )
BASSENET, S.; TRIVEDI, H. Post-colonial translation: theory and practice.
Londres/Nova York: Routledge, 2002.
BENJAMIN, W. “The task of the translator”. In: VENUTI, L. (Ed.). The translation studies
reader. London/New York: Routledge, 2004. p. 15-25
BERMAN, A. “Translation and the trials of the foreign”. In: VENUTI, L. (Ed.). The
translation studies reader. London/New York: Routledge, 2004. p. 284-297
CAMPOS, Augusto. E. E. Cummings – poem(a)s. Campinas: Editora da UNICAMP, 2011.
CESAR, Ana Cristina. Escritos da Inglaterra. São Paulo: Brasiliense, 1988.
MESCHONNIC, H. Poética do traduzir, não tradutologia. Disponível em: <
http://www.letras.ufmg.br/vivavoz/data1/arquivos/poeticadotraduzir-site.pdf>. Acesso em:
20 fev. 2015
OUSTINOFF, M. Tradução: História, teorias e métodos. São Paulo: Parábola Editorial,
2011.
PAES, J. P. Tradução, a ponte necessária: aspectos e problemas da arte de traduzir. São
Paulo: Ática, 1990.
VENUTI, L. “A formação de identidades culturais”. In: Escândalos da tradução. England:
Routledge, 2002.
SE UMA NOTTE D’INVERNO UM GIOCATORE: CURSO DE CIBERNARRATIVA
PROPONENTE(S)
Luiz Adolfo Andrade, Professor Adjunto na Universidade do Estado da Bahia (UNEB),
Curso de Jornalismo em Multimeios e no Programa de Pós-graduação em Educação, Cultura
e Territórios Semi-áridos (PPGESA), Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em
Comunicação e Cultura Contemporânea da Universidade Federal da Bahia (UFBA), linha de
pesquisa em cibercultura; [email protected]
Felipe Cezar Menezes, Graduando em Letras Língua Inglesa e Literaturas, no Departamento
de Ciências Humanas do Campus IV – UNEB/Jacobina, ex-bolsista de IC FAPESB; membro
do Grupo de Pesquisa Desleituras em Série,; [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
“Nos últimos 15 anos o videogame se tornou vizinho da literatura e das artes em geral que
fingem que não notam a sua presença” (AUAD, 2012, p. 1). Tendo esta frase – reformulada
da defesa do cinema feita por um crítico literário russo – como epígrafe, reconheçamos que a
relevância dos jogos eletrônicos como matriz narrativa influente na sociedade não é mais um
dado contestável, dada a sua ubiquidade. Este curso propõe, então, que se estudem dos mais
variados casos de cibernarrativas, na acepção de Murray (2003), ou literaturas ergódicas,
como chamado por Aarseth (1997), à luz de estudos teóricos dos conceitos estruturantes
desta mídia, bem como as próprias experiências dos ministrantes e participantes, objetivando
uma inclusão gradativa dos estudos dessa área no âmbito acadêmico e, claro, o conhecimento
mútuo a ser produzido pelas discussões. Baseando-se na fala de Janet H, Murray, em
“Hamlet no Holodeck”, quando esta argumenta que os avanços tecnológicos são muito mais
rápidos do que a nossa capacidade de assimilá-los – ou seja, os jogos também requerem um
tipo de letramento, do qual grande parte da crítica negativa aparenta não dispor – a oficina
objetiva, em última instância, uma proposta de letramento aos participantes que
simplesmente desconhecem as possibilidades e os padrões narrativos desta mídia.
PALAVRAS-CHAVE: Cibernarrativa; literatura ergódica; mídias.
METODOLOGIA
A oficina partirá do aporte teórico debruçado sobre a narrativa dos videogames, trazendo a
mídia literária e a cinematográfica como apoio. A teoria discutida é que, apesar de incorporar
características de outras mídias, os jogos eletrônicos não podem ser vistos como mera
reprodução do que já vou feito: “narrativa interativa” ou “remediated cinema”. Isto seria, de
acordo com Eskelinen (2001), não enxergar as possibilidades narrativas desta mídia,
decorrência de uma visão limitadora (ou limitada) de um jogo eletrônico, “sistema dinâmico
que permite que várias pessoas diferentes para interagir, gerando diversos resultados
possíveis” (JUUL, 2001, tradução minha), visão a qual desconstruir é um dos objetivos deste
trabalho. Tomando como gancho essa ideia das possibilidades que os videogames
apresentam, iniciar-se-á uma discussão acerca dos temas sociais e culturais trabalhados em
algumas obras videolúdica, momento em que se firma o diálogo entre o jogo eletrônico e as
outras mídias; esta pode ser considerada a parte prática, já que serão apresentados exemplos
em vídeo para que a oficina se abra para a discussão desses temas dentro das obras. A oficina
se encerra discutindo qual o aprendizado que os participantes obtiveram desta e se esta
despertou o seu interesse em estudar os jogos eletrônicos, assim como, para os que já estão
familiarizados com a mídia, o que estes pensam do quadro atual dos videogames e o que se
espera deles para o futuro.
PÚBLICO-ALVO
Estudantes, professores, pesquisadores, técnicos e comunidade em geral.
VAGAS
35
RECURSOS
Sala de aula, data show, vídeos, slides, imagens e textos
REFERÊNCIAS
AARSETH, A. J. Cibertext: perspectives on ergodic literature. London: The Johns
Hopkins University Press, 1997.
Assassins Creed. Ubisoft Montreal., Montréal - QC, 2007.
AUAD, Pedro Henrique Kalil. Narrativa Literária e Narrativa de Jogos Eletrônicos:
Uma Interlocução Semiótica. Disponível em:
<https://www.academia.edu/2241034/NARRATIVA_LITER%C3%81RIA_E_NARRATIV
A_DE_JOGOS_ELETR%C3%94NICOS_UMA_INTERLOCU%C3%87%C3%83O_SEMI
%C3%93TICA>. Acesso em: 09 nov. 2014.
ESKELITEN, M. The Gaming Situation. In: Game Studies: the International Journal of
Computer Game Research, 1(1). 2001. Disponível em:
<www.gamestudies.org/0101/eskelinen/>. Acesso em: 29 set. 2014.
JUUL, J. Games Telling stories?. In: Game Studies: the International Journal of Computer
Game Research, 1(1). 2001. Disponível em: <www.gamestudies.org/0101/juul-gts/>. Acesso
em: 27 set. 2014.
BOWDEN, O. “Assassin’s Creed: A Cruzada Secreta”. Tradução de Domingos Demasi –
18ª edição. Rio de Janeiro: Galera Record, 2014.
JOHNSON, S. Tudo o que é Ruim é Bom para Você: como os games e a TV nos tornam
mais inteligentes. Tradução de Sérgio Góes. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
MURRAY, J. H. Hamlet no holodeck: o futuro da narrativa no ciberespaço. Unesp, São
Paulo, 2003.
TITULO:
TEXTO MISTO: UMA FONTE DE MÚLTIPLAS LEITURAS
PROPONENTE(S)
RÚBIA MARA DE SOUSA LAPA CUNHA
RESUMO/OBJETIVOS
Neste espaço de interação e de construção de saberes, pretendo realizar um Estudo do texto como
dispositivo de aprendizagens a partir de conhecimentos prévios constituídos no decorrer da trajetória
do educando com o propósito de promover a construção e sistematização de um texto com múltiplas
interpretações. Para tanto, é válido enfatizar que, as circunstâncias de produção e o acesso aos livros, em
espaços de leituras na contemporaneidade são imprescindíveis para tais contextos leitores. Embora seja
difícil e demande tempo, a escola atual necessita de transformações profundas no que concerne ao
aprendizado de leitura e da escrita que só serão otimizadas desde as mudanças de Posturas dos
envolvidos para que possamos falar de outras possibilidades e alternativas possíveis, levando-se em
conta os saberes e conhecimentos de mundo do sujeito nas circusntâncias de vida na
contemporaneidade . Com base nas idéias de Lerner (2000), o ato de Ler e escrever na escola passa
pelos crivos do real. possível e o necessário na escola no qual deve transcender a decodificação do
código escrito e fazer sentido para os interlocutores. Desta forma, o Ato de estar vinculado à vida do
sujeito, deve possibilitar a sua inserção no meio cultural a qual pertence, tornando-o capaz de produzir e
interpretar textos que fazem parte de seu entorno, enfim do seu viver. Torna-se então
necessário( re)conceitualizar o objeto de ensino, tomando-o por base das práticas sociais de leitura e
escrita, ressignificando-as , para que seu aprendizado e que os alunos se apropriem dele 'como práticas
vivas e vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que permitam ( re)pensar o mundo e
reorganizar o próprio pensamento, onde interpretar e produzir textos sejam direitos que são legitimados
no exercer(cício) da vida e que são responsabilidades necessárias para que o sujeito venha a
assumir a sua ideologia de vida. Para tornar real o que compreendemos ser necessário, é preciso
conhecer as dificuldades que a escola apresenta, distinguindo as legítimas das que fazem parte de
'resistências sociais' para que então se possa propor soluções e possibilidades. Dialoguei assim, com os
seguintes autores LERNER (2000,2002), LAJOLO (2000), SOLÉ (1992). Por fim, acredito que a
perspectiva do Ensino das estratégias de Leitura ajuda o estudante a aplicar os seus conhecimentos
prévios, a realizar inferências para interpretar o texto e ao identificar venha esclarecer o que não
entende, além de compreender a si próprio e estabelecer e situar-se num mundo em processo de decisões
sejam conflituosas ou não para que se sinta contemplado em suas Descobertas em pistas explícitas ou
Não ..
PALAVRAS-CHAVE:
interfaces.
Leituras
autorizadas-conhecimentos
prévios
e
múltiplas
METODOLOGIA
As atividades serão executadas de forma interativa a partir de situação interdisciplinar
para abordar as interfaces do conhecimento a ser inserido na montagem de textomosaico.
PÚBLICO-ALVO
Professores de educação básica, estudantes de graduação letras, geografia, história,
educação física e direito, além de pessoas que transitam nas áreas de leitura e escrita
autorizada.
VAGAS: 20 PESSOAS
RECURSOS
Datashow – Projector de slides, revistas, jornais ,cartolinas e livros didáticos .
REFERÊNCIAS
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
LAJOLO, M. Tecendo a leitura. In. Do Mundo da Leitura para a Leitura de mundo. São Paulo: Ática,
2000.
SOLÉ, I. (1992): Estrategias de lectura, Barcelona: Graó/ICE.
MINICURSOS
NÃO PENSO, LOGO, NÃO EXISTO! - A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA
EPISTEMOLOGIA DO SILÊNCIO E NO CONTROLE JURÍDICO-MORAL DO
CORPO
PROPONENTE
Gabriella Barbosa Santos, Professora Auxiliar do Curso de Direito
Departamento de Ciências Humanas do Campus IV – UNEB/Jacobina.
Email: [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
O minicurso tem por escopo investigar a violência perpetrada contra a autonomia feminina
mulher no acesso e produção do conhecimento científico, através de mecanismos de
exclusão, opressão e manipulação de sua existência enquanto sujeito de direito
cognoscente, configurando o que definimos como epistemicídio feminino. A ausência
imposta às mulheres no desenvolvimento epistemológico fora fruto, em larga medida, da
necessidade de seu afastamento das estruturas de poder, banhadas historicamente pelo
patriarcalismo/machismo. O androcentrismo marca o paradigma científico moderno, em
sua natureza, ocidental, eurocêntrica, androcêntrica, misógina e racista. O cânon filosófico
é misógino, reforçado por uma plêiade de pensadores clássicos que, em sua maioria,
cunharam os caminhos da Filosofia: de Platão a Freud e do discurso literário moral e
jurídico. A imposição do silêncio e, portanto, da ausência do conhecimento feminino no
percurso epistemológico ocidental, macula a construção do pensamento humano,
extirpando do sujeito de direito epistemológico feminino o pensar e, portanto, o existir.
PALAVRAS-CHAVE: Violência epistêmica; Paradigma científico; Cânon filosófico;
misoginia.
METODOLOGIA
O recorte metodológico que balizará o desenvolvimento do curso terá, como ponto de
partida a violência epistêmica contra a mulher (epistemicídio feminino), reforçado pelo
paradigma científico moderno, onde o modelo ocidental fora pensado a partir do conceito
universal de homem: o ser do sexo masculino, eurocêntrico, branco, heterossexual,
civilizado, machista, cristão, androcêntrico, misógino e do hemisfério norte. Nesse sentido,
o arcabouço referencial utilizado para a construção da presente proposta passa pela
abordagem desconstrutivista de Michel Foucault e sua denominada ontologia do presente,
pela violência simbólica masculina sobre o feminino em Bourdieur, pela misoginia e
epistemicídio no pensamento feminista (Butler, Haraway, Tiburi, entre outras), com
contornos propositivos calcados na sociologia das ausências e ecologia dos saberes de
Boaventura de Sousa Santos. Na literatura medieval, utilizamos a obra “O Martelo das
Bruxas/Feiticeiras” (Malleus Maleficarum), que figurou como o instrumento legitimador
da caça às mulheres, por ocasião do conhecimento e poderes que possuíam, temidos e
rechaçados pela ordem vigente. Seus ditames impactaram em boa parte da Europa,
despontando como o livro mais acessado depois da bíblia, onde os procedimentos variavam
da instauração da acusação, passando por torturas até a incineração na fogueira.
PÚBLICO-ALVO
Estudantes, professoras, professores, pesquisadores, técnicos, comunidade.
VAGAS
35
RECURSOS
Sala de aula, data show, textos
REFERÊNCIAS
ANDRIOLI, L. Ângela. O corpo e a mulher na história da filosofia: uma leitura a partir de
Merleau-Ponty centrada na atual discussão sobre a corporeidade. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/FILOSOFIA/Mo
no grafias/corpo_mulher_filosofia.pdf. Acesso em 28 de junho de 2014.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina revisitada. Campinas, Papirus, 1998.
BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CHASSOT, Attico. A Ciência é masculina? São Leopoldo: Editora UNISINOS, 2003b.
_________________. A Ciência é masculina? É, sim senhora!... Disponível em:
http://www.cimm.ucr.ac.cr/ciaem/memorias/xii_ciaem/124_ciencia_masculina.pdf. Acesso
em 30 de junho de 2014.
DELUMEAU, Jean, Os agentes de Satã III: a mulher In DELUMEAU, História do Medo
no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Cia. das Letras, 1990.
DESCARTES,
René.
Discurso
do
método.
http://br.egroups.com/group/acropolis/. Acesso 22 junh 2014.
Disponível
em:
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
2005.
FOUCAULT, Michel. Estruturalismo e Pós-estruturalismo. Ditos e Escritos II.
Arqueologia das Ciências e História dos Sistemas de Pensamento. Trad. Elisa Monteiro,
Rio de Janeiro: Forense, 2008.
FOUCAULT, Michel. O que são as luzes? In: FOUCAULT, M. Arqueologia das ciências e
história dos sistemas de pensamentos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.
FOUCAULT, Michel. Verdade, poder e si mesmo. In: Ditos e escritos: ética, sexualidade,
política. v. V. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
FOUCAULT, Michel. Resumo dos cursos do Collège de France (1970-1982). Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
HARAWAY, Donna. Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o
privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu (5) 1995. Disponível em:
file:///C:/Users/user/Downloads/cadpagu_1995_5_2_HARAWAY%20(1).pdf. Acesso em
30 de junho de 2014.
KRAMER, Heinrich. SPRENGER, James. O martelo das feiticeiras. Introdução histórica,
Rose Marie Muraro; prefácio Carlos Byington; tradução Paulo Fróes – 12ª ed – Rio de
Janeiro. Record: Rosa dos Tempos, 1997.
TIBURI, Márcia. Há um sentido no feminismo filosófico? Revista Cult, São Paulo, Maio,
2007. Disponível em: http://www.marciatiburi.com.br/textos/mulhereseafilosofia.htm.
Acesso em 30.06.2014. ______________. As mulheres e a filosofia como ciência do
esquecimento. Disponível em: http://www.comciencia.br/reportagens/mulheres/15.shtml.
Acesso em 30.06.2014.
SANTOS, Boaventura. MENEZES, Maria (Orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra:
Almedina, 2009. SANTOS, Boaventura. Renovar a teoria crítica e reiventar a emancipação
social. São Pauli: Boitempo. Tradução de Mouzar Benedito, 2007.
SANTOS, Gabriella Barbosa. Não penso, logo, não existo! - A violência contra a mulher
na
epistemologia
do
silêncio.
Disponível
em:
http://www.publicadireito.com.br/publicacao/ufpb/livro.php?gt=140.
PEDAGÓGICO? LITERÁRIO? O TEXTO COMO TEXTO E PRETEXTO PARA O
ENSINO
PROPONENTE
José Roberto de Andrade ,
Professor
do
IFBA/Campus
Salvador;
[email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
Ler e escrever são duas das competências culturais mais valorizadas em nossa sociedade.
Elas são, quase sempre, vistas como positivas e nos acompanham do nascimento à morte.
Nascemos e uma parte de nossa identidade fica registrada na certidão de nascimento: nela,
somos "escritos" e "lidos". Na morte não é diferente. Mortos - mesmo que, durante a vida,
não tenhamos escrito uma única letra -, ganhamos o poder de rasurar o universo dos vivos:
a certidão de óbito, o epitáfio e o necrológio - quando o merecemos - nos registram como
"almas" que - embora, para várias religiões, presentes -, não habitam mais, da mesma
maneira, a terra. E entre o nascimento e a morte, ler e escrever, como prática ou desejo,
permeiam nosso cotidiano. Com tamanhas presença e importância em nossas vidas, a
leitura e a escrita são, para professores e aprendizes de uma determinada língua, objeto de
estudo e motivo para problematização: Alfabetização ou letramento? Ler e escrever
garantem ascensão social? O que é literatura? Quais textos são pedagógicos? O texto pode
ser pretexto para discutir outras aprendizagens da língua? O texto literário educa? Partindo
de questões como essas, relativas à importância dessas duas competências, o minicurso
Pedagógico? Literatura? O texto como texto e pretexto para o ensino destacar a
importância do texto para a compreensão da realidade, o desenvolvimento do espírito
crítico e para o ensino, nas mais diversas áreas do conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura; Escrita; Ensino; Aprendizagem; Literatura.
METODOLOGIA
Durante o minicurso serão lidos e discutidos textos que problematizarão conceitos e
aspectos da leitura e da escrita (letramento, intertextualidade, cânone, interdisciplinaridade,
por exemplo) e que serão recurso para compartilhar atividades didático-pedagógicas, em
diferentes níveis de ensino.
Link para acesso ao "drive" com os textos e "declamações" que serão utilizadas no
minicurso:
https://drive.google.com/folderview?id=0BxTGX4yfFcbofjF2T2dyS1ktbnJzR1dTMUJvM
Dg4blE2R2h2M3czdkpZZXRpcnkxZWdWajQ&usp=sharing
PÚBLICO-ALVO
Professores, estudantes e comunidade
VAGAS
30
RECURSOS
Datashow, computador e caixas acústicas, textos
REFERÊNCIAS
BELMIRO, Célia Abicalil et. alii (Orgs.) Onde estão a literatura? seus espaços, seus
leitores, seus textos, suas leituras. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
CHARTIER, Roger (org.). Práticas de leitura. Introdução à edição brasileira de Alcir
Pécora; tradução Cristiane Nascimento. São Paulo: Estação Liberdade, 1996.
COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2014.
COSSON, Rildo: Círculos de Leitura e letramento literário. São Paulo: Contexto, 2014.
DERRIDA, Jacques. Essa estranha instituição chamada literatura: uma entrevista com
Jacques Derrida. Tradução de Marileide Dias Esqueda. Belo Horizonte: Editora UFMG,
2014.
FREITAS, Alice Cunha de Freitas; CASTRO, Maria de Fátima F. Guilherme (orgs.).
Língua e Literatura: ensino e pesquisa. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2014.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2000.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 11ª ed. Campinas:
Pontes, 2008.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em transgêneros. Belo Horizonte: Autêntica,
2001.
ZILBERMAN, Regina (org.) Leitura em Crise na escola: as alternativas do professor. Porto
Alegre: Mercado Aberto, 1993.
ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel Theodoro da. Literatura e pedagogia: ponto &
contraponto. São Paulo: Global Editora, 2008.
IMAGENS DE JACOBINA: FORMAS DE SE VER E LER A CIDADE PELA
FOTOGRAFIA E IMPRENSA
PROPONENTES
Valter Gomes Santos de Oliveira, Professor do Curso de História da UNEB Campus IV,
Jacobina; [email protected]
Adriano Menezes, Professor do Curso de Letras Língua Portuguesa da UNEB Campus IV,
Jacobina, [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
A chegada da fotografia e da imprensa nos sertões baianos provocou a formação de redes e
práticas de leituras naquelas localidades. O minicurso propõe levar a perceber como a
fotografia e a imprensa permitiram o surgimento de formas de se ver e ler a cidade de
Jacobina. Interpretar sobre as construções de imagens da cidade, na fotografia e na
imprensa, propiciam desvendar seus circuitos sociais por aqueles sertões. Interessa
perceber aspectos de suas produções, difusões e formas de recepção.
PALAVRAS-CHAVE: Imagens, práticas de leitura, Jacobina, fotografia, imprensa.
METODOLOGIA
Serão feitas abordagens a partir de periódicos locais e fotografias de acervos coletados em
pesquisas.
ANÁLISE DE TRADUÇÃO DE METÁFORAS: ABORDAGEM SEMIÓTICO COGNITIVA DO SONNET VIII DE FERNANDO PESSOA
PROPONENTE
Rita de Cassia Bastos Arantes, Professora do Curso de Letras Língua Inglesa e Literaturas
da UNEB, Campus IV, Jacobina; [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
No âmbito da Linguística, Semântica e Semiótica Cognitivas as palavras não são
consideradas meros portadores de forma, mas antes, um veículo de organização do
pensamento humano. Partindo deste pressuposto, do ponto de vista literário, o processo de
extensão semântica de um texto poético é, então, culturalmente determinado pelas
dimensões culturais associadas à língua em que ele foi escrito, uma vez que está
condicionado aos fatores culturais daquela língua. Neste contexto, se pressupõe que os
padrões conceptuais numa tradução sejam distintos dos inerentes ao texto original. Nesta
perspectiva teórica, a tradução não pode ser uma prática simplesmente de transferência
linguística, mas sim um processo de transferência cultural, um ato de comunicação
envolvendo a língua fonte e a língua meta, que é sancionado pelo diálogo entre as
respectivas culturas. Com vistas a um entendimento mais abrangente das arquiteturas
semânticas de metáforas literárias, para proceder uma tradução ou mesmo analisá-las de
forma mais abrangente, este minicurso de 4 horas tem por objetivo apresentar o modelo
da Rede Semiótica de Espaços Mentais de Brandt (2004) e Brandt / Brandt (2005, 2005a)
como proposta de ferramenta de tradução de metáfora literária, partindo da desconstrução
semântica das imagens metafóricas. A título de aplicação de tal ferramenta, utilizaremos o
Sonnet VIII de Fernando Pessoa e a sua tradução, realizada por Jorge de Sena e Adolfo
Casais Monteiro, para demonstrar a eficácia desta desconstrução na interpretação das
metáforas, que transcende as minúcias históricas e literárias do texto.
PALAVRAS-CHAVE: Metáfora. Tradução. Rede Semiótica de Espaços Mentais.
Sonetos.
OS PROCESSOS DO TEXTO: IMPACTOS NA ATITUDE DO LEITOR
PROPONENTE
Maria Fabiola Vasconcelos Lopes, Professora da Universidade Federal do Ceará (UFC);
[email protected]
Wéslly Lima dos Santos, Graduando, FUNCAP/UFC; [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
É esperado que alunos do ensino básico compreendam bem um texto. O que dizer quando
esse é um texto literário? E se este, for em língua estrangeira? Como esperar tal feito se em
sua grande maioria tais alunos, possuem pouca exposição à língua em questão e enfrentam
sérias dificuldades para acompanharem o ritmo que lhes é empreendido? Ocorre também
que há sempre um número considerável de alunos que se encontra abaixo do nível de
conhecimento mínimo em língua inglesa para que tal compreensão ocorra. Assim, tentando
mediar o processo de leitura dos alunos com vistas a minimizar tais dificuldades, o
minicurso por ora proposto, objetiva servir de reflexão em torno da leitura seja de língua
materna ou estrangeira e, em consonância com o que dita os PCN, que se voltam para o
ensino de gramática articulado com leitura e produção de textos, buscando assim refletir
sobre alguns caminhos tomados no exercício da docência que vislumbrem a compreensão
do texto considerando compreensão textual, gramática e produção integradamente.
Acreditamos de acordo com Cunha & Souza (2011, p.29), que um texto deva ser
considerado em relação ao contexto social e cultural no qual ele se materialize. Com isso
queremos dizer que entendemos que a compreensão de um texto oral ou escrito, deva
contemplar também o estudo da gramática em textos. Para tal fim, o minicurso tenta
contemplar os itens gramaticais que não podem ser deixados à margem, atrelando as
formas aos significados e assim, tornando a compreensão do texto literário ou não mais ao
alcance do aluno.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura, formação do leitor, prática pedagógica.
METODOLOGIA
A metodologia se desenrolará a partir dos processos destacados por Halliday (1994) em
caráter explanatório. Será seguida de prática pedagógica com ilustração dos processos na
obra traduzida ¨A árvore generosa¨ por Fernando Sabino, tudo aplicável à língua
estrangeira. Tencionamos assim apresentar o impacto do entendimento dos processos na
aula de leitura. O minicurso insere parte de um material elaborado para esse fim e é voltado
para professores cujo enfoque seja estudantes do ensino básico de língua materna e/ou
estrangeira. Por fim, o minicurso intitulado Os processos do texto: impactos na atitude do
leitor, contemplará demonstração do uso do material seguido de proposição de atividades e
discussão e tem por base Halliday (1976,1994) Droga (2005) e Cunha & Souza (2011).
Cabe salientar que o minicurso é um desmembramento a partir de um projeto sobre
processos em material didático e conta na parte da maturação bibliográfica desse minicurso
com apoio FUNCAP.
PÚBLICO-ALVO
Professores e estudantes do ensino básico e estudantes de letras de língua materna e
estrangeira.
VAGAS
40
RECURSOS
Datashow e notebook
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé Costa. Língua, gêneros textuais e ensino: considerações teóricas e
implicações pedagógicas. Perspectivas. Florianópolis.V.20.No.1, p.65-76, jan./jun.
2002.
CUNHA, Maria Angélica Furtado & SOUZA, Maria Medianeira de. Transitividade e
seus contextos de uso. São Paulo: Cortez, 2011.
_____________________________& TAVARES. Ensino de gramática com base no
texto: subsídios funcionalistas. Revista de ciências humanas e artes. Campina Grande
v. 13, n. 2, jul./dez., 2007. ISSN 0103-9253
DROGA, L. & HUMPRHREY, S. Grammar and Meaning, Target Texts: Australia,
2005.
GREEN, Mary & GOULD Mike. Focus on comprehension 1. 1st edition. Singapura.
Learners Publishing Pte. Ltd. 2006
HALLIDAY, M.A.K. An Introduction to Functional Grammar. London:Edward
Arnold, 1994.
HALLIDAY, M.A.K. & HASAN, R. Cohesion in English. London: Longman, 1976.
HUMPRHREY, S. , DROGA, L. & FEEZ Susan. Grammar and meaning. New
Edition, PETAA, Australia, 2012.
RICHARD-AMATO, Patricia. Making it happen: Interaction in the second language
classroom. New York: Addison-Wesley Publishing. 2003.
SILVERSTAIN SHELL. A árvore generosa. (1983).Trad. Fernando Sabino. São
Paulo: Cosac Naif. 2006.
GÊNERO E ADAPTAÇÃO: ANÁLISE DE FEMINILIDADES E
MASCULINIDADES EM TRÊS FILMES
PROPONENTE
Dolores (Lola) Aronovich Aguero, Professora Adjunta da Universidade Federal do Ceará
(UFC), Doutora em Cinema e Literaturas; [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
Este minicurso visa, através da análise de três filmes recentes e conhecidos, analisar
questões de gênero. Sexo, como sabemos, tem origem biológica (cromossomos, genitais,
hormônios, sistema reprodutivo etc), como se fosse algo natural. Porém, como mostra
Judith Butler, sexo é também construído, pois designamos o sexo de um bebê ao nascer
apenas por seus genitais. Já gênero, geralmente baseados na divisão binária entre
masculino e feminino, é uma construção social. Para Joan Scott, “o gênero é um elemento
constitutivo de relações sociais baseado nas diferenças percebidas entre os sexos. É a forma
primeira de significar as relações de poder”. Sandra Bem afirma que há três crenças
principais do lugar comum no que envolve gênero: que homens e mulheres são diferentes,
sexual e psicologicamente; que os homens são superiores; e que essas duas “verdades”
anteriores são fatos indiscutíveis e naturais. Sempre que alguém ousa contestá-las, ouve
que é assim que as coisas são, foram, e sempre serão – um convite ao conformismo.
Questionar essa construção têm o potencial de fazer as pessoas refletirem e,
consequentemente, poderem mudar sua realidade. A questão dos estereótipos de gêneros
está interligada com a violência contra a mulher, a homofobia, a transfobia, o racismo, a
gordofobia, entre vários outros preconceitos e discriminações. O minicurso tratará de
adaptação fílmica, para avaliar se, ao serem levadas do texto para a tela, as obras sofrem
alterações relevantes no que se refere a gênero. Os filmes escolhidos são Livre (Wild,
2014), do canadense Jean-Marc Vallée, baseado nas memórias de Cheryl Strayed, Wild:
From Lost to Found on the Pacific Crest Trail, O Lobo de Wall Street (2013), do
americano Martin Scorcese, baseado nas memórias homônimas de Jordan Belfort, e Meio
Sol Amarelo (Half of a Yellow Sun, 2013), do nigeriano Biyi Bandele, baseado no
romance de Chimamanda Ngozi Adichie. Embora os três filmes sejam digiridos por
homens, assim como 93% do cinema hollywoodiano, Livre tem uma protagonista mulher
que se declara feminista, e Meio Sol Amarelo também traz um ponto de vista bastante
feminino, desta vez para tratar da Guerra Nigéria - Biafra. Já Lobo de Wall Street é ideal
para se falar de masculinidades e do lugar extremamente limitado que as mulheres podem
habitar num mundo tão masculino (no caso, de corretores de Wall Street, que também pode
ser estendido para todo o capitalismo).
PALAVRAS-CHAVE: Adaptação; Cinema; Feminilidade; Gênero; Masculinidade.
METODOLOGIA
Recomendo que os alunos do minicurso assistam aos três filmes antes das aulas e, se
possível, leiam os livros. Durante as aulas, veremos alguns trechos dos filmes e trataremos
de estereótipos de gênero, para poder questioná-los, desconstruí-los e, idealmente, superálos.
PÚBLICO-ALVO
Aberto a toda comunidade que queira discutir gênero através de literatura e cinema.
VAGAS
40 pessoas
RECURSOS
Datashow com caixas de som.
REFERÊNCIAS
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Half of a Yellow Sun. Nova York: Knopf, 2006.
ALVES, Maria de Fátima Paz. Masculinidade/s: considerações a partir da leitura crítica de
alguns textos que focalizam homens. Revista Ártemis. Número 3, dezembro de 2005. Pg.
1-14. Disponível em:
<http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/2206/1945>. Acesso em: 4
out. 2015.
BANDELE, Biyi, dir. Meio Sol Amarelo (Half of a Yellow Sun). Slate Films, BFI. Reino
Unido / Nigéria, 2013. 111 min.
BELFORT, Jordan. The Wolf of Wall Street. Nova York: Bantam, 2007.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Trad.
Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003.
CASTAÑEDA, Marina. O machismo invisível. Trad. Lara Malimpensa. São Paulo:
Girafa, 2006.
CHATMAN, Seymour. What novels can do that films can’t (and vice versa). Coming to
terms: The rhetoric of narrative in fiction and films. Ithaca: Cornell, 1993. Pg. 403-428.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos de
discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, 2002. p. 171-188.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ref/v10n1/11636.pdf>. Acesso em: 2 out. 2015.
GAY, Roxane. Bad Feminist (ensaio). VQR, Fall 2012. Disponível em:
<http://www.vqronline.org/essay/bad-feminist>. Acesso em: 2 out. 2015.
HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Trad.
Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
JAGGAR, Alison M., BORDO, Susan R. Gênero, corpo e conhecimento. Trad. Britta
Lemos de Freitas. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997. Disponível em:
<http://brasil.indymedia.org/media/2007/03//374759.pdf>. Acesso em: 4 out. 2015.
KIMMEL, Michael. Angry white men: American masculinity at the end of an era. Nova
York: Nation, 2013.
KOZLOFF, Sarah. Invisible storytellers: voice-over narration in American fiction film.
Berkeley: University of California Press, 1988.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. ProPosições, v. 19, n. 2, p. 17-23, maio/agosto 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/pp/v19n2/a03v19n2.pdf>. Acesso em: 4 out. 2015.
RADNER, Hilary, STRINGER, Rebecca. (ed). Feminism at the movies: understanding
gender in contemporary popular cinema. Nova York: Routledge, 2011.
RAY, Robert B. The field of literature and film. Film Adaptation. Ed. James Naremore.
New Jersey: Rutgers, 2000. Pg. 38-51.
SCORCESE, Martin, dir. O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street). Red Granite,
Paramount, Universal. EUA, 2013. 179 min.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Trad. Christine Rufino
Dabat, Maria Betânia Ávila. Educação e Realidade. Porto Alegre,v. 20, n.2, 1995, p.7199. Disponível em:
<http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/185058/mod_resource/content/2/G%C3%AA
nero-Joan%20Scott.pdf>. Acesso em: 4 out. 2015.
STRAYED, Cheryl. Wild: From lost to found on the Pacific Crest Trail. Nova York:
Knopf, 2012.
VALLÉE, Jean-Marc, dir. Livre (Wild). Fox Searchlight, Pacific Standard. Estados
Unidos, 2014. 115 min.
LEITURAS E LEITORES: ENCONTRO DE PALAVRAS E CONTRAPALAVRAS
PROPONENTES
Jane Quintiliano Guimarães Silva, Professora Adjunta da PUC Minas, Pós-Graduação em
Letras e Graduação em Letras; [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
No debate contemporâneo sobre a leitura, entre as várias concepções de leitura e de leitor
que o fomentam, encontram-se as discussões que, em defesa do princípio dialógico da
linguagem, dá atenção à pluralidade dos discursos, à diversidade das interações verbais,
aos indivíduos vistos não como entes autônomos ou figuras adâmicas, mas sujeitos
emaranhados numa rede de signos ideológicos, atravessados por várias vozes sociais.
Nesse sentido, o discurso, as palavras e os modos de dizer têm efeitos diversos segundo
quem fala e com que se fala, e, ainda guardam filiações com um dado ponto de vista.
Pensar a leitura a partir dessa perspectiva implica conceber o ato de ler como uma
atividade dialógica, pautada na interação entre o leitor e o texto, sustentada num trabalho
de contrapalavras, eivado de acentos apreciativos, embebido em uma história de
interações com vários textos/discursos, e, ainda, de outras leituras de um mesmo texto em
tempo e espaços diferentes. Seguindo esse propósito e apostando em uma reflexão que
enfatize a dimensão discursiva da leitura, o objetivo deste minicurso é discutir os efeitos e
construções de sentidos gerados na interação das diversas linguagens e discursos que
circulam em nossa sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Linguagem; Discurso; Leitura; Dialógia
METODOLOGIA
Partindo-se da análise de textos (verbais e não verbais) produzidos em diferentes
linguagens e colocados em diálogo, construiremos propostas de leitura que contribuam
para a reflexão e discussão de variados temas entre o docente e seus alunos, no trabalho
com o texto.
PÚBLICO-ALVO
Professores da educação básica, estudantes e interessados no tema de leitura e letramento
VAGAS
50
RECURSOS
Data-show, quadro, pincel
LER PARA QUÊ? LEITURAS CRÍTICAS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
INFORMAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DO SABER
PROPONENTE
Maria da Hora Silva Gonçalves, Professora, [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
A relação entre os homens em uma sociedade de classes se dá pela dominação, opressão e
exploração, então ler criticamente significa possibilitar a este homem, por exemplo, essa
reflexão. Em uma sociedade fundamentalmente desigual, a transformação do ser humano
pela leitura pode gerar a consciência de seus direitos políticos e sociais, por isso não é de
interesse de uma minoria que esse ser social, que constitui uma maioria, se liberte desses
paradigmas. Daí, o caminho para manobrar e sutilmente direcionar as camadas mais
desfavorecidas rumo à escuridão, que oprime e aprisiona. Segundo Bakhtin (2006), a
palavra é um instrumento de mudança, por produzir lentas acumulações de sentido, que
ainda não tiveram tempo de adquirir nova qualidade ideológica e por isso é capaz registrar
fases transitórias mais íntimas e mais efêmeras das mudanças sociais. É claro, que essa
mudança, implica em uma ação que se quer transformadora e consciente, logo, essa nova
práxis será consequência de um agir intencional que visa à transformação da realidade
sociocultural. Segundo Cortella (2009), não há humano fora da cultura, uma vez que nós
humanos, somos também produtos culturais, por isso, quando a sociedade muda a cultura
também muda. Para Ezequiel da Silva (1998), a leitura possibilita ao homem participar e
mudar a vida em sociedade, através da aquisição, transformação e da produção do
conhecimento. Todavia, essa concepção precisa ser vinculada de forma concreta às práticas
pedagógicas que favoreçam o crescimento e formação deste homem em quanto sujeitoleitor. Enfim, a leitura é prática social, e os seres humanos são por natureza, capazes de
praticar leituras diversas e em diferentes possibilidades, essa condição faz parte da sua
capacidade cognitiva. Para Freire (2009), por ser de natureza política, o processo educativo
não é neutro e o ato de ler tem o poder de transformar o indivíduo e a sociedade. Por isso,
objetiva-se com esse minicurso, refletir acerca da seguinte polêmica: “O Brasil é um país
que culturalmente não lê?”; Analisar e discutir acerca do sucesso ou insucesso dos projetos
de ações de incentivo a leitura e refletir sobre as Políticas Públicas destinadas a
democratização do livro. Este projeto se justifica pela necessidade de analisar criticamente
os fatores que desfavorecem as práticas de leitura, bem como a importância das Políticas
Públicas para uma melhor aceitação da leitura na sociedade. É preciso transformar o livro,
a leitura e a cultura de forma geral, em um bem de consumo que seja acessível a todos.
PALAVRAS – CHAVE: Leitura, Identidade, Informação, Política.
METODOLOGIA
O minicurso será desenvolvido a partir da pergunta que norteia os objetivos, “O Brasil é
um país que culturalmente não lê?” Pretende-se com essa metodologia provocar o debate
mediante a apresentação de dados sobre outra pergunta, “O que os jovens estão lendo,
quando leem?”, no decorrer do processo serão apresentados dados sobre Políticas Públicas
e projetos destinados a fomentar o habito da leitura e popularização do livro. No final do
minicurso retomaremos as perguntas para uma nova reflexão sobre o ato de ler e a
importância da leitura para uma transformação social.
PÚBLICO-ALVO
Estudantes e professores de língua inglesa de nossa comunidade.
VAGAS
25
RECURSOS
Serão utilizados Datashow, e serviço de áudio, piloto etc.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail Volochinov. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Michel
Lahud & Yara Frateschi Vieira, 2006. p. 31 – 39.
BRASIL, Ministério da Educação. Plano Nacional do Livro e da Leitura. Disponível em:
http://www.cultura.gov.br/pnll. Acesso em 29 set.2015
CORTELLA, Mario Sergio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e
políticos. 13ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 2009.
DALARISA, Adair. Globalização, neoliberalismo e a questão da transversalidade. In:
LOMBARDI, Jose Claudinei (Org.) Globalização, pós-modernidade e educação: historia
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FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: três artigos se completam. 50ª. São Paulo:
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GIROUX, Henry. Escola Critica e política cultural. 3ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 1992.
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KLEIMAN, Ângela. Leitura ensino e pesquisa. 3ªed. São Paulo: Pontes Editores, 2008.
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Fontes. 2000. __________O Ato de ler, Fundamentos psicológicos para uma nova
pedagogia da leitura. 8ª edição, São Paulo: Cortez, 2000.
DESENVOLVENDO A COMPETÊNCIA INTERCULTURAL NA PRÁTICA
PROPONENTE
Arnon Alves Rocha, Professor Assistente na Universidade do Estado da Bahia (UNEB),
Curso de Letras Língua Inglesa e Literaturas; [email protected]
RESUMO/OBJETIVOS
Este minicurso visa mostrar como é possível se articular conhecimentos de culturas
diferentes a linguagens em aulas de Língua Estrangeira. Para isso focaremos o conceito de
competência Intercultural de Byran (1997) que norteará todo o processo no decorrer desse
curso. Abordaremos a necessidade de formarmos o falante intercultural, o senso de
identidade nacional e internacional, bem como uma linguística mais apropriada a essa
expectativa.
PALAVRAS-CHAVE: Competência Intercultural, Ensino de Língua Estrangeira.
METODOLOGIA
Serão feitas apresentações de tópicos relacionados à cultura e diversidade numa aula de
Língua Estrangeira, especificamente Língua Inglesa. Serão feitas discussões e
apresentações de modelos de recursos estratégicos fornecidos de textos e experiências
comprovadas por pesquisadores do tema.
PÚBLICO-ALVO
Estudantes e professores de língua inglesa de nossa comunidade.
VAGAS
40
RECURSOS
Datashow, cópias impressas de modelos de aula, serviço de áudio etc.
REFERÊNCIAS
Byram, M. (1997). Teaching and assessing intercultural communicative competence.
Clevedon, NJ: Multilingual Matters.
Kramsch, C. (1993). Context and culture in language teaching. Oxford University Press.
Kramsch, C. (1998). Language and culture. Oxford University Press.
Kumaravadivelu, B. (2006). Understanding language teaching: from method to
postmethod. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates.
Liddicoat, A. (2002). Static and dynamic views of culture and intercultural language
acquisition: Babel.