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PPP era a cereja do bolo dos corruptos
Pág. 9
Foz do Iguaçu, 26 de abril à 2 de maio de 2016 | Edição 188| Ano V | R$ 3,00
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Detalhes do maior escândalo
de corrupção na prefeitura
* Delegado federal tem evidencias de que Reni sabia de tudo
* Prefeito é despertado com a polícia na porta da mansão
* As provas em interceptações telefônicas
* Prisões dos homens de confiança do prefeito
* Como atuava a organização criminosa desbaratada pela justiça
Páginas 3,4,5,6 e 7
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26 de abril à 2 de maio de 2016
PRETO NO BRANCO
Não foi bem isso
Paulo Mac Donald pede a
prisão do prefeito Reni
Ninguém entendeu nada. Após ser levado à Policia Federal, o prefeito Reni Pereira convocou uma
coletiva para explicar porque foi obrigado a depor.
Disse que apenas prestou esclarecimentos. Mas não
foi bem isso que aconteceu...
Em seu programa de
radio, o ex-prefeito Paulo Mac Donald pediu publicamente a prisão do
prefeito Reni Pereira por
conta do maior escândalo de corrupção na história de Foz do Iguaçu. Ele
comentou sobre os desdobramentos da Operação Pecúlio. “A população ficou chocada com os
episódios. É uma administração que agora foi
batizada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pela Receita Federal como uma
organização criminosa.
Sabemos que historicaMac Donald: “Porque o chefe da quadrilha,
mente as organizações cri- Paulo
Sr Reni Pereira não foi preso?”
minosas têm um chefe, um
comandante, uma pessoa que organiza e mantém pessoas? Foi o chefe da quadrilha. E porque o
a quadrilha a postos. Vai substituindo os meliantes chefe da quadrilha, Sr Reni Pereira não foi preconforme a necessidade”, comentou.
so?”.
Mac Donald expôs que estão presos ex-seNa sequencia o ex-prefeito completou: “Não
cretários do governo Reni e secretários atuais fo- sei se não é hora. Se vamos ter que ir para as ruas
ram levados coercitivamente para depor. “Vimos pedir intervenção porque essa quadrilha não tem
o cinismo, a desfaçatez e a hipocrisia do prefeito mais condição de gerir essa cidade. Tudo que eles
dizendo que estava abrindo uma sindicância para fizeram foi no sentido do roubo. Até algumas quaverificar o que tinha acontecido. Foi a mesma ati- dras de grama artificial nos bairros fizeram por R$
tude que ele teve quando prenderam o secretário 450 mil cada uma. Um amigo fez uma e pagou
dele, o Melquisedeque. Logo depois extinguiu a nem a metade. Então é tudo para dar jeito de desSecretaria. A gente sabe. Quem nomeou estas viar dinheiro!”, apontou.
Silêncio do Reni
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R EDAÇÃO
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Jornalista Responsável:
Eduardo Alliana - MTb: 10700/Pr
C OMERCIAL
Claudete Desbezel
Impressão: Jornal OPARANÁ S/A
Os artigos assinados são de inteira
responsabilidade de seus autores e não
representam a opinião do jornal
Nilton Bobato
sempre foi
contra a PPP
O vereador Nilton Bobato, que desde o
início vem combatendo a ideia de PPP na prefeitura, se manifestou sobre os últimos acontecimentos. “O maior crime em andamento na
cidade está sendo definitivamente barrado.
Desde o início deste pernicioso projeto, denunciamos e lutamos para impedi-lo. Com a
participação do movimento social, dos servidores da saúde, dos vereadores da oposição
ao desgoverno Reni, Comus, Sismufi, Sindicato da Saúde, do Ministério Público e outras
entidades, havíamos conseguido impedir sua
implementação. Agora com o trabalho do Ministério Público, comprova-se a ação criminosa que denunciamos na Câmara”, disse o
vereador.
Pelo menos foi o que o delegado Fabio Tamura
deixou claro em entrevista à RPC. O delegado afirmou que o prefeito não falou nada para os policiais. Preferiu ficar em silêncio e apenas se manifestar em juízo. Fica a pergunta: Quem cala, consente?
Hotel ou casa de
amigos?
Depois da operação Pecúlio da Policia Federal,
que prendeu suspeitos de desvios de verbas federais na prefeitura, algumas pessoas estão assustadas. Um papagaio falou no ouvido da equipe do Tribuna Popular que tem gente pagando diárias de hotel ou dormindo na casa de amigos. Nada como ter
um sono tranquilo hehehe
Ivone
Quem assiste de camarote a devassa da Polícia
Federal e Ministério Público na prefeitura é a vice
do Governo Reni, Ivone Barofaldi. As autoridades
policiais descobriram um esquema de desvio de verbas federais de obras e saúde. Há quem diga que
Dona Ivone logo pode ocupar, nem que temporariamente, a cadeira de prefeito da cidade.
Chico solta o verbo
O deputado Estadual Chico Brasileiro soltou o
verbo após as prisões e desmantelamento de um
suposto esquema criminoso na prefeitura. “O crime não compensa. Uma hora essa quadrilha teria
que ser desmontada. Muita gente morreu por falta
de assistência, enquanto esses criminosos estavam
enchendo os bolsos. Parabéns Policia Federal”.
Claudia Pereira prometeu...
Cadê o mamóvel prometido pela deputada Claudia Pereira? Essa semana a RPC mostrou o caminhão abandonado
no pátio do Foztrans. Desde outubro de 2013 o caminhão
que seria adaptado para realizar exames na cidade está parado. O veículo foi doado pela Receita Federal e Provopar
arrecadou dinheiro para usar no projeto.
Apoiadores da PPP
Depois que o MPF e MP exigiram a suspensão da implantação da PPP na Saúde os vereadores que apoiavam a
medida sumiram. A procuradora federal disse que a PPP era
mais um esquema criminoso dentro da prefeitura. O Tribuna
Popular lembra os leitores quem foram os vereadores que
votaram pela PPP na Saúde.
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A maior operação federal em toda a história de Foz do Iguaçu desmantela esquema
POLÍTICA de quadrilha na prefeitura
Governo Reni comandava o maior
esquema de corrupção da história
Da Redação
Fotos: Enrique Alliana
Os últimos dias tem sido de
grande alivio para a população
de Foz do Iguaçu ao ver a Polícia Federal desbaratar o maior esquema de corrupção da
história da cidade. Dentro da
prefeitura, o governo Reni
Pereira (PSB) se vê envolvido
em desvio de verbas, respondendo pelos crimes de peculato, corrupção passiva e corrupção ativa, prevaricação, crimes
à lei de licitações e organização
criminosa. Se condenados, os
envolvidos podem pegar penas
de mais de vinte anos de prisão.
Na primeira fase da "Operação Pecúlio" foram presos
cinco ex-secretários do prefeito Reni e outros dois conduzidos para serem ouvidos na
Polícia Federal. Os ex-secretários presos são Rodrigo Becker (Planejamento), Melquisedeque da Silva Ferreira de
Souza (Informática), Charles
Bortolo (Saúde), Evori Roberto Patzlaff (Obras) e Cristiano
Fure de França (Obras). Sob
condução coercitiva, foram levados Carlos Budel (Foztrans)
e Anderson Andrade, que até
o mês passado era secretário
municipal de Esportes.
Em um montante inicial de
R$ 96 milhões, a Controladoria da União separou uma
amostra envolvendo aproxima-
Le
eni não colabor
ou com as
Levv ado na PF
PF,, R
Reni
colaborou
investigações; preferiu ficar calado
damente R$ 56 milhões. Destes valores R$ 16 milhões foram pagos, sendo repassados
a agentes públicos e outros
envolvidos a quantia de R$ 4,9
milhões, ou seja, propina de
30% nos contratos de obras
com dinheiro do PAC. "São
calçamento de ruas, asfaltamento e alguns contratos da
saúde," apontou o coordenador do Núcleo de Operações
da CGU, Israel José Reis de
Carvalho.
Estas são apenas as primeiras descobertas em investiga-
ções que começaram em 2014.
A maior operação da PF em
cima de uma administração
municipal cumpriu 14 mandados de prisão, 17 conduções
coercitivas e 51 mandados de
busca e apreensão em repartições públicas residências dos
investigados e em empresas
supostamente ligadas à organização criminosa. Na prefeitura até o gabinete do prefeito
foi vasculhado. Participam da
operação 250 servidores agentes da PF, 23 da Receita Federal e 14 da CGU.
PF suspeita que prefeito sabia de todo o esquema de corrupção
O prefeito Reni Pereira (PSB) foi
despertado com policiais federais na
porta de sua mansão no condomínio fechado Chácara Natureza. Documentos, duas armas e R$ 120 mil
em dinheiro vivo foram encontrados
e apreendidos. Na frente do delegado, o prefeito Reni adotou uma
tática muito comum entre os criminosos quando surpreendidos pela
polícia. "Só vou me pronunciar na
frente do juiz".
Diante da estrondosa repercussão, uma hora depois de deixar a
sede da Polícia Federal o prefeito
convocou entrevista coletiva para
tentar se passar de inocente e que
não sabia de nada. Segundo o delegado da federal responsável pelo
caso, Fabio Seiji Tamura, há fortes
indícios de que o prefeito tinha conhecimento das fraudes ocorridas
em processos licitatórios municipais,
envolvendo verbas públicas fede-
rais, com a finalidade de obtenção
de vantagens indevidas.
A Controladoria-Geral da União
(CGU) estima que os prejuízos aos
cofres públicos somam R$ 4,9 milhões, isso em apenas parte de seis
contratos. O escândalo da fraude
em licitações e propinas com desvio de dinheiro público foi destaque
em rede nacional sendo mostrado
em telejornais de vários canais, incluindo no Jornal Hoje, da Globo.
(((delegado seiji))) Fabio Seiji
Tamura disse que há ffor
or
orttes
indícios de que o prefeito tinha
conhecimento das fraudes
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POLÍTICA
Dinheiro público entrava no caixa das empresas e parte era
devolvida para agentes públicos e outros envolvidos
Entenda como funcionava a fraude
milionária na prefeitura municipal
Da redação
Também foi identificada
participação de pessoas ligadas à administração pública municipal em empresas, por meio de interpostas pessoas (laranjas), as
quais mantêm importantes
contratos com o município.
Fotos: Enrique Alliana
A ação conjunta da PF,
da Receita Federal e da
CGU teve como objetivo
desarticular o grupo de pessoas suspeitas de praticar
irregularidades em processos licitatórios de prestação de serviços e obras na
Administração Pública do
Município de Foz do Iguaçu, com a finalidade de obtenção de vantagens indevidas e desvio de dinheiro público. Há suspeitas do envolvimento do grupo de pessoas nas práticas dos crimes
de formação de quadrilha,
lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e crimes contra a administração pública,
dentre outros crimes.
A partir da análise dos
elementos colhidos no curso das investigações, foi
possível constatar a existência de fortes indícios de
ingerências de gestores do
município, de forma direta
e indireta, em empresas
contratadas para prestação
de serviços e realização de
obras, para as quais estão
direcionadas quantias milionárias de recursos públicos federais (PAC dentre
outros), bem como em
empresas contratadas para
prestar serviços ao Sistema
Único de Saúde - SUS.
A análise dos dados obtidos
a partir do afastamento dos
sigilos bancário e fiscal de
diversas pessoas envolvidas
indicou a incompatibilidade
dos recursos movimentados
com as respectivas rendas
declaradas.
Organização criminosa
O delegado federal responsável pelo inquérito, Fabio Seiji Tamura, afirmou
que "foi identificada a formação de uma organização criminosa voltada a fraudar licitações, direcionar para determinadas empresas e formar um pequeno cartel com
empresas da região. Posteriormente esse dinheiro (pagamento) era repassado pela
prefeitura a estas empresas.
Parte do dinheiro era sacada
em espécie e distribuída à
agentes públicos envolvidos
no esquema de direcionamento das licitações".
Autoridades montaram
uma estrondosa
operação para
desarticular a
organização criminosa
Gente do primeiro escalão
do governo Reni, incluindo
secretários e outros agentes negociavam com as empresas e direcionavam as licitações em troca de propinas. O dinheiro público
entrava no caixa das empresas e parte era sacada em
espécie e repassada para os
envolvidos.
Policiais realizaram prisões, conduções coercitivas e apreensão de materiais
Receita cruzou dados sobre patrimônio e notas fiscais
Eduardo Balestrero Costa, auditor da Receita Federal, destacou que nestas situações,
o órgão participa dentro das suas atribuições.
"Nessa investigação especificamente participamos a partir de análises dos dados patri-
moniais, bancários e fiscais de vários investigados".
Os dados, segundo Costa, revelam discrepâncias que precisam ser verificadas. "A
Receita não fez ainda nenhuma fiscalização
sobre os investigados. A fiscalização implica na notificação para que eles apresentem
as justificativas sobre patrimônios que suscitam dúvidas. O que foi feito até o momento é uma análise patrimonial", concluiu.
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Gestores públicos ligados ao prefeito Reni amanheceram com a polícia na porta de casa
Total de 14 presos e 17 conduzidos
Da Redação
Fotos: Arquivo/ Enrique Alliana
Os presos preventivamente na Operação Pecúlio são
Melquisedeque da Silva Ferreira Souza (ex-secretário de
Tecnologia da Informação) o mesmo preso ano passado
na operação de fraudes no
ITBI; Rodrigo Becker, ex-secretário de planejamento da
prefeitura e atual diretor da
Sanepar em Foz; Nilton João
Beckers (empresário); e Euclides de Moraes Barros Junior (empresário).
Temporariamente foram
presos Charlles Bortolo (exsecretário de Saúde); Cristia-
Dez tiveram prisões temporárias e outras quantro tiveram as prisões preventivas decretadas
no Fure de França (ex-secre- Obras); e os empresários Ed- ra, Sandro Hideo Saito, Rositário de Obras); Evori Roberto son Queiroz Dutra, Vilson Sper- naldo Luziano dos Santos, FerPatzlaff (ex-secretário de feld, Alexandro Tavares Ferrei- nando da Silva Bijari e Mario
Cesar Habby dos Santos.
Por se tratar de prisão temporária, os dez foram colocados em liberdade, mas estão
sob vigilância da justiça não
podendo se ausentar da cidade. Se precisarem viajar terão
eu pedir autorização da justiça.
Dentre os 17 conduzidos
coercitivamente estão o diretorpresidente do Foztrans, Carlos
Juliano Budel; o ex-secretário
de Esportes e pré-candidato a
vereador Anderson Andrade; e
o vereador e líder do prefeito
na Câmara e pré-candidato a
reeleição Hermógenes de Oliveira. Estes dois últimos estão
filiados no PSC, partido da primeira-dama Claudia Pereira.
Agentes do governo Reni alcançados pela Operação
Melquisedeque da Silva
Ferreira Souza (ex-secretário
de TTecnologia
ecnologia da Inf
ormação)
Informação)
Rodrigo Becker, ex-secretário de
planejamento da prefeitura e
atual diretor da Sanepar em Foz
Charlles Bortolo
(ex-secretário de Saúde)
Cristiano Fure de França
(ex-secretário de Obras)
Evori Roberto Patzlaff
(ex-secretário de Obras)
Carlos Juliano Budel
(diretor-presidente do
Foztrans) - conduzido
coercitivamente
Anderson Andrade (exsecretário de Esportes e
pré-candidato a vereador) conduzido coercitivamente
Hermógenes de Oliveira (vereador
e líder do prefeito na Câmara e
pré-candidato a reeleição) conduzido coercitivamente
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Próximas fases são aguardadas a partir da análise de documentos e perícia de equipamentos
Operação Pecúlio vai continuar
Documentos estão sendo analisados e novos episódios
podem ocorrer a qualquer momento
Da redação
Fotos: Enrique Alliana
A Operação Pecúlio envolveu 250 policiais federais, 23
agentes da Receita Federal e
14 da Controladoria Geral da
União distribuídos em 47 equipes. "Na sequencia desta operação, as investigações vão
continuar. A gente sabe como
começa, mas não sabe quando termina. Nos cabe a garantia das condições para que o
trabalho evolua com todo o
apoio do nosso superintendente
da Polícia Federal no Paraná,
Dr Rosalvo (Rosalvo Ferreira
Franco) seguindo as diretrizes
de Brasília", O delegado-chefe da Delegacia da Polícia Fe-
deral em Foz do Iguaçu, Fabiano Bordignon.
Está sendo periciado material apreendido como documentos, computadores e aparelhos
celulares. Na operação, a PF
apreendeu também bens como
carros de luxo e dinheiro. O total dos contratos, conforme revelou o coordenador do Núcleo de Operações Especiais
da Controladoria Geral da
União, Israel Reis de Carvalho,
é de R$ 96 milhões. "A parte
auditada até o momento é relativa a uma amostragem de R$
56 milhões. Foram pagos R$ 16
milhões e destes, apuramos R$
4,9 milhões (quantia estimada
dos desvios)", apontou.
O foco foi em cima de con-
Veículos de luxo foram apreendidos durante a operação
tratos das secretarias de Obras
e de Saúde, mas as buscas
ocorreram também no gabinete e residência do prefeito, assessoria de Tecnologia da Informação e escritórios e empresas de Foz, Santa Terezinha, São Miguel do Iguaçu e
Itaipulândia.
Todos os presos provisórios e temporários foram ouvidos e as informações estão sendo analisadas. As oitivas das
demais pessoas ocorrem sistematicamente conforme necessidade da investigação.
Como foram realizados 51
mandados de busca e apreensão, resultou-se em uma grande quantidade de materiais, nos
quais estão sendo realizadas a
triagem e a análise como: autenticação de documentos, descriptografia de celulares e computadores, verificação física e
documental de armas.
Alguns dos presos se recusaram a fornecer as senhas de
celulares e computadores, o
que tornará o trabalho pericial
ainda mais longo. Conforme
no da PF, a operação deverá
continuar por tempo indefinido.
Caso houver novos fatos que
impliquem em irregularidades
poderá ser aberta nova investigação.
objetivo foi "desarticular um
grupo de pessoas voltadas para
a prática de crimes contra a
Administração Pública do Município, especialmente no que
concerne a processos licitatórios municipais envolvendo verbas públicas federais, com a finalidade de obtenção de vantagens indevidas".
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos também no gabinete do prefeito,
Secretaria Municipal de Obras,
Secretaria de Saúde e Assessoria de Tecnologia da Informação, além de residências de
Vantagens indevidas
empresários, escritórios e seConforme declarou o dele- des das empresas envolvidas
gado da PF que preside o in- nas denúncias e que mantém
quérito, Fabio Seiji Tamura, o contratos com a prefeitura.
Ação conjunta determinou
sucesso da Operação em Foz
O delegado-chefe da Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu,
Fabiano Bordignon, destacou que a operação envolveu a PF, Receita Federal e Controladoria Geral da União. Disse ainda que os mandados judiciais
foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Porto
Alegre/RS e pela Justiça Federal em Foz do Iguaçu, após pareceres do
Ministério Público Federal.
(((outra foto de coletiva))) Receita Federal,
PF e CGU atuaram de forma coordenada
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26 de abril à 2 de maio de 2016
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Operação Pecúlio iniciou com investigação dentro da
Justiça Federal de Foz do Iguaçu
Justiça Federal recebeu provas e
determinou prisões e apreensões
Da Redação
Fotos: Enrique Alliana
O Juízo da 3ª Vara Federal
da Subseção Judiciária de Foz
do Iguaçu/PR que tem como
titular o juiz Pedro Carvalho
Aguirre Filho divulgou nota
para a imprensa detalhando
como começou a investigações
que resultaram na Operação
Pecúlio. Durante a apuração de
um desvio de conduta dentro
da Justiça Federal houve quebra de sigilo telefônico que deu
início aos fatos do maior escândalo de corrupção na história
da prefeitura de Foz do Iguaçu.
Lei a íntegra da nota. "A 3ª
Vara Federal autorizou o Departamento de Polícia Federal
a deflagrar a fase ostensiva da
investigação (Operação Pecúlio), mediante cumprimento de
mandados de prisão, preventiva e temporária, busca e apreensão e de condução coercitiva. A investigação foi instaurada pelo Núcleo de Inteligência
Policial - NIP, da Delegacia de
Polícia Federal de Foz do Iguaçu/PR, com objetivo inicial de
apurar a prática do crime do art.
317 do Código Penal, praticado, em tese, por servidor do
Poder Judiciário Federal, lotado e em exercício na Subseção
Judiciária de Foz do Iguaçu/
PR, haja vista o recebimento de
informações no sentido de que
tal pessoa, valendo-se da qua-
lidade de servidor público, estaria utilizando seu cargo para
o fim de obter vantagens indevidas, junto a pessoas que figuram como partes em processos judiciais.
A partir dos relacionamentos pessoais do servidor, foi
constatada ocorrência de irregularidades praticadas em licitações levadas a cabo pela Prefeitura Municipal de Foz do
Iguaçu/PR, envolvendo recursos oriundos, dentre outros, do
Programa de Aceleração do
Crescimento - PAC e do Sistema Único de Saúde - SUS.
Desmembramento da investigação
Com efeito, foi efetuado o
desmembramento da investigação, passando o Núcleo de Inteligência Policial - NIP, da
Delegacia de Polícia Federal de
Foz do Iguaçu/PR, a atuar em
duas frentes: uma destinada a
apurar os fatos que deram origem à investigação, envolvendo servidor do Poder Judiciário Federal, outra voltada a elucidação das irregularidades
perpetradas em licitações realizadas pela Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu/PR.
Nesta última linha de investigação, entre outras irregularidades, foi constatada a existência de uma suposta organização
criminosa, composta por servidores públicos, agentes políticos e empresários, voltada à
prática, em tese, de fraudes em
contratações realizadas pela
Justiça Federal de Foz do Iguaçu autorizou a Operação Pecúlio após receber provas
administração municipal, seja na
contratação de obras de pavimentação, seja na contratação
de serviços na área da Saúde
Pública.
Foram constatados indícios
de que empreiteiras formam um
grupo voltado a dividir entre si
o objeto de licitações realizadas pela Prefeitura Municipal de
Foz do Iguaçu/PR, inviabilizando a participação de outras
empresas nos certames, com o
auxílio de servidores públicos e
agentes políticos. Outrossim,
foram constatados indícios de
que contratações relacionadas
a prestação de serviços na área
da Saúde Pública foram realizadas com dispensa indevida de
licitação e também por meio de
certames licitatórios direcionados.
Foro privilegiado
Em ambas vertentes, foi
constatada a existência de indícios de envolvimento de
agentes políticos, detentores de
foro por prerrogativa de função,
nas irregularidades investigadas,
motivo pelo qual foi o feito remetido ao Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, perante
o qual foi dada continuidade na
investigação.
Posteriormente, foi determinada pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região nova cisão do feito, passando a investigação a tramitar perante aquela corte apenas quanto aos
agentes políticos detentores de
foro por prerrogativa de função,
sendo atribuída à 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu/PR,
competência para processar o
feito em relação aos demais investigados.
Prisões e oitivas
Desarticulação do esquema criminoso é fato histórico na política de Foz
Por reputar que foram an-
gariados suficientes elementos
de informação, requereu o
Departamento de Polícia Federal autorização para deflagração da fase ostensiva da
investigação cognominada
"Operação Pecúlio", fato que,
após oitiva do Ministério Público Federal, culminou com
a decretação da prisão (preventiva e temporária) de parte dos investigados, com a
expedição de mandados de
busca e apreensão e de condução coercitiva, bem como
de autorização para que o
Departamento de Polícia Federal - DPF contasse com o
apoio de servidores da Receita Federal do Brasil - RFB e
da Controladoria-Geral da
União - CGU no cumprimento das referidas medidas.
Por fim, em que pese o notório interesse público no deslinde da investigação, diante
da existência nos respectivos
autos de informações decorrentes da quebra de sigilos fiscal e telefônico dos investigados, tramitará a chamada
Operação Pecúlio sob segredo de justiça, com acesso restrito às partes e seus respectivos procuradores.
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26 de abril à 2 de maio de 2016
POLÍTICA
Justiça Federal determinou o fim do processo de
implantação da parceria público-privada na prefeitura
MPF descobre que PPP era outro
braço do esquema de corrupção
Da Redação
Fotos: Assessoria
A Justiça Federal proibiu o
prefeito Reni Pereira (PSB) de
prosseguir com o processo de
implantação da parceria público-privada na saúde. A multa
pessoal imposta ao prefeito é
de R$ 1 mil por dia em caso de
descumprimento. A decisão é
do juiz Sergio Luis Ruivo Marques, da 1ª Vara Federal de
Foz do Iguaçu, atendendo pedido em Ação Civil Pública impetrada contra o prefeito Reni
Pereira pelo Ministério Públi-
co Federal em conjunto com o
Ministério Público Estadual.
O MPF e o MPE descobriram que a PPP era mais um braço do esquema de corrupção na
prefeitura. Por meio de interceptações telefônicas as investigações
detectaram as fraudes. Agentes
da administração Reni Pereira,
homens de confiança do prefeito, membros do primeiro escalão, estavam acertados com empresa para assumir o Hospital, a
UPA, PA e SAMU. O valor do
negócio era de R$ 136 milhões
por ano, sendo que parte seria dividida entre os envolvidos.
Desarticulação do esquema criminoso
é fato histórico na política de Foz
Justiça Federal de Foz do Iguaçu autorizou a Operação Pecúlio após receber provas
26 de abril à 2 de maio de 2016
POLÍTICA
Afirmação é da procuradora da República em Foz do Iguaçu
que desmascarou esquema bilionário
"Organização criminosa tratava
a PPP como a cereja do bolo"
Da redação
Fotos: Enrique Alliana
"Nas conversas telefônicas a organização criminosa se referia à parceriapúblico privada como a cereja do
bolo", revelou a Procuradora da República em Foz do Iguaçu, Daniela Caselani Sitta. Ela contou detalhes de conversas entre agentes da administração
municipal e empresários envolvendo o
processo de implantação de PPP na
prefeitura. A quebra do sigilo telefônico
reuniu as provas que desmantelou o esquema armado para desvio de dinheiro
público e vantagens indevidas para empresas e homens do primeiro escalão
do governo Reni Pereira.
"As provas relacionadas são mais
que suficientes para concluir que a contratação da PPP não visa a satisfação
do interesse público. Visa, na verdade, Detalhes do processo foram revelados pela procuradora Daniela Sitta e o promotor Marcos Cristiano
transferir a receita do Município relativa a área de urgência e emergência para deque da Silva Ferreira de Souza; e o
uma empresa privada já previamente empresário Euclides de Moraes Barros
escolhida, antes mesmo de realizada a Junior. Com exceção de Gilber, os delicitação, para fazer o rateio de dinhei- mais citados foram presos na Operação
ro público entre o parceiro privado e Pecúlio.
os gestores públicos. As provas carreConforme revela a procuradora Daadas no processo civil já demonstravam niela, "nestas conversas interceptadas
isso de forma
houve a captação
muito clara. E
de diálogos desa deflagração
sas pessoas entre
"A organização criminosa si e também com
da Operação
Comprovou-se nas investigações,
desbaratada tinha a
Pecúlio deu a
o empresário Roconforme informou Daniela Sitta, que
certeza disberto Floriano
intenção de se aposentar
so".
Carvalho, que é o
"a Atual Médica possui uma ligação
com a corrupção", diz a
O procesdono da Atual
estreita com Melquisedeque (preso na
procuradora
so da parceria
Médica Gestão de
Operação Pecúlio) e que tal fato era
privada na
Saúde Ltda. Era a
de conhecimento de Charles Bortolo
saúde, segunempresa previa(também preso). Euclides (outro predo o MP, envolve R$ 136,8 milhões por mente escolhida pelo Município para ser
so na operação) é ligado a Roberto
ano ou o equivalente a um total global o parceiro privado. Resumidamente esFloriano Carvalho ficando clara a sode R$ 4,1 bilhões ao longo dos 30 anos, tas conversas trataram sobre a tentativa
ciedade entre os dois num eventual
que é o tempo de contrato pretendido. de influenciar as decisões do Conselho
êxito da licitação da PPP. Euclides
"A Polícia Federal foi muito feliz na es- Municipal de Saúde e das comissões
atuou em diversas frentes aproveitancolha do nome da operação porque instaladas na Câmara visando a aprodo-se de informações privilegiadas
pelo vulto dos recursos envolvidos a or- vação do projeto de PPP".
para se antecipar no processo licitaganização criminosa desbaratada tinha
Outro ponto tratado nas conversas,
tório".
a intenção de se aposentar com a cor- segundo Daniela, foi "o objetivo escuso
rupção", afirmou.
de beneficiar a empresa escolhida preA procuradora revelou ainda que
Conversas interceptadas
viamente - a Atual Médica - em futuras
Euclides "se aproveitou do aparelhaAlguns alvos das interceptações te- licitações do projeto. Que tal empresa
mento da administração municipal
lefônicas estão presos. Sobre o esque- tem como verdadeiros controladores inpara realizar alterações nos requisima da PPP, foram captadas conversas divíduos ligados à administração públitos do certame com o intuito de se
entre o ex-secretário de saúde, Char- ca municipal ou que esses indivíduos
adequar a ele e assim restringir ao
les Bortolo; o atual secretário de saú- estariam recebendo propina para diremáximo a concorrência, que o grupo Procuradora Daniela mostrou
de, Gilber Trindade; o ex-secretário de cionar os processos licitatórios em bevasto material de investigação
acredita nem mesmo ocorrer".
Tecnologia da Informação, Melquise- nefício da empresa.
MPF descobre ligação de
agentes do prefeito com
empresa do grupo
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Popular
de abril à 2 de maio de 2016
POLÍTICA
Causou espanto no Ministério Público Federal "a forma irresponsável" como o
projeto foi aprovado
Maioria na Câmara "aprovou no
escuro" lei do prefeito sobre PPP
Da Redação
Foto: Arquivos
Veja quem votou contra a PPP
o que estava fazendo, o Legislativo Municipal simplesmente assinou um cheque em
branco para o prefeito, permitindo uma contratação absolutamente irregular. Mais
do que isso, liberou o Município para contratação de
qualquer parceria públicoprivada e em qualquer área
porque a lei é absolutamente
genérica".
Nilton Bobato (PCdoB)
A Procuradora da República no Ministério Público Federal em Foz do Iguaçu, Daniela
Caselani Sitta, criticou duramente a decisão da maioria da Câmara em aprovar, ao apagar das
luzes, no final dos trabalhos ordinários de 2015, um projeto do
prefeito Reni Pereira que incluiu
a PPP no orçamento municipal
de 2016. Para ela, a forma irresponsável como aconteceu a
aprovação chamou a atenção do
MPF. Disse que houve irresponsabilidade e os vereadores que
votaram a favor assinaram um
cheque em branco para o prefeito.
Daniela afirmou: "No decorrer desse processo houve a Gessani da Silva (PP)
aprovação de uma lei pela Câmara de Vereadores de Foz do
Iguaçu. Essa lei foi aprovada no
dia 18 de dezembro de 2015,
na última sessão legislativa (ordinária) do ano. Os vereadores (por nove votos a cinco)
aprovaram essa lei completamente no escuro. Nenhum vereador, previamente à aprovação dessa lei, teve acesso aos
estudos produzidos no âmbito
do Procedimento de Manifestação de Interesse - parte funHermógenes de Oliveira (PSC)
damental para implantação de
PPP".
A procuradora também critica a atitude do presidente da
casa, Fernando Duso. "Houve
bastante demora do presidente
do legislativo municipal em responder à requisição do Ministério Público Federal em relação
ao parecer da comissão que rejeitava o projeto de implantação
da parceria público-privada",
José Carlos Neves (PMN)
informou.
Anice Gazzaoui (PTN)
Luiz Queiroga (DEM)
Paulo Rocha (PMDB)
Veja quem votou a favor da PPP
Beni Rodrigues (PSB)
Edilio Dal Agnol (PSC)
Darci DRM (PTN)
Dilto Vitorassi (PV)
Paulo Cesar Coquinho (Solidariedade)
Rudinei de Moura (PEN)
Cheque em branco
A procuradora condenou
a atitude dos nove vereadores que votaram a favor da
implantação da PPP na última sessão ordinária do ano.
"Chamou a atenção a forma
irresponsável com que essa
lei foi aprovada. Sem saber
Marino Garcia (PEN)
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POLÍTICA
26 de abril à 2 de maio de 2016
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Sindicato diz que comissão que dirige o hospital não cumpre
direitos trabalhistas e a ameaça de greve se instalou
Funcionários do hospital podem entrar
em greve a partir do dia 6 de maio
Da Redação
Foto: Arquivo
Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde de
Foz do Iguaçu, convocou para
sexta - feira dia 29/04/2016
uma assembléia geral com os
trabalhadores do Hospital Municipal Padre Germano Lauck
para deflagrar o estado de Greve no Hospital. A atitude do
Sindicato é devido a falta de
compromisso da direção do
Hospital com os trabalhadores.
O Sindicato realizou no dia 29
de Janeiro do ano corrente uma
assembléia dentro do Hospital
com o objetivo de escutar os
trabalhadores e tomar conhecimento de todos os problemas
envolvendo as questões trabalhistas.
Na assembléia os trabalhadores relataram vários problemas como falta de pagamento
do FGTS, subtração do direito
a folga, pagamento de salário
abaixo do estipulado em convenção, falta do pagamento do
aumento de 204/2015, aumento do vale alimentação, assédio
moral, assédio sexual, falta de
condições de trabalho, falta de
máscaras adequadas para setores de isolamento, falta de
funcionários, funcionários sem
registro em carteira, pagamentos via RPA - Recibo de Pagamento de Autônomo, falta de ar
condicionado nos setores, pagamento do vale alimentação
com atraso, pagamentos dife-
Situação no hospital é complicada na questão trabalhista e estado de greve está convocado
renciados para os profissionais
que prestaram o falso concurso, entre outros problemas.
Após a assembléia o Sindicato elaborou um relatório e
repassou para a direção com
prazo para resposta às reivindicações e problemas. Desde
então são quase 13 ofícios enviados à comissão que preside
o Hospital Municipal e todos
sem resposta. Ainda em uma
reunião no Ministério do Trabalho o representante da Fundação disse que os trabalhadores são os menores dos problemas e que a direção do Hospital tinha outras prioridades.
Assembléia na sexta-feira
Desta forma, e com várias
demandas judiciais já protocolizadas o Sindicato convocou os
trabalhadores para Assembléia
para decidir os encaminhamentos a serem tomados a partir do
dia 29/04/2016 (sexta-feira).
"Não podemos aceitar que a
cereja do bolo desta gestão
publica seja o suor dos trabalhadores, chega de corrupção
na saúde", afirma o presidente
do Sindicato da Saúde, Paulo
Sergio Ferreira.
Para ele, "a situação do
Hospital Municipal já é três vezes pior que a da extinta Santa
Casa. Em apenas três anos já
acumula dívida equivalente a
R$ 45 milhões". O Presidente
do Sindicato ressalta ainda que
caso a direção da Fundação
não apresente uma proposta de
acordo, infelizmente o Hospital Municipal se encaminhará
para o mesmo final da Santa
Casa Monsenhor Guilherme.
Paulo Sérgio Ferreira: "Chega de corrupção”
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26 de abril à 2 de maio de 2016
CIDADE
Documento assinado pelo presidente Luis Pereira será protocolado na
Câmara informando posicionamento
PTN sai da condição de independente
e se declara oposição ao governo Reni
Luis Pereira assina ofício a ser encaminhado à Câmara comunicando
a nova posição do partido
Documento do PTN impõe uma só postura aos dois
vereadores do partido
Da Redação
ser representado e responder perante à comissão de ética".
Com isso, o bloco de oposição passa na Câmara passa a
contar com cinco vereadores.
São eles: Nilton Bobato
(PCdoB), Anice Gazzaoui
(PTN), Darci DRM (PTN), Luiz
Fotos: Enrique Alliana
O Partido Trabalhista Nacional (PTN) de Foz do Iguaçu
tomou decisão em reunião interna e se declarou oposição ao
governo do prefeito Reni Pe-
reira (PSB). Até agora o partido se mantinha numa posição
de independência, mas segundo o presidente local, Luis Pereira, "diante dos últimos acontecimentos a Executiva achou
por bem ingressar o partido no
bloco de oposição".
Afirmou ainda que "a partir
de agora os dois vereadores do
PTN na Câmara de Foz (Anice Gazzaoui e Darci DRM) vão
fazer oposição à atual administração". Luis Pereira alertou que
"o vereador que não seguir a
orientação do partido poderá
Queiroga (DEM) e Gessani da
Silva (PP).
A decisão do PTN também coloca fim à uma situação controversa das posições
do partido na Câmara de Vereadores. Com a janela eleitoral, o PTN passou a ter dois
vereadores, mas as posturas
até agora eram completamente diferentes. A vereadora Anice Gazzaoui vem mantendo a
mesma linha e votando com a
oposição a fim de investigar e
fiscalizar a aplicação do dinheiro público e ao mesmo
tempo combatendo os desmandos da administração Reni
Pereira.
Já o vereador Darci DRM
vinha se posicionado favoravelmente às medidas implantadas pelo atual governo, apoiando e aprovando todos os
projetos enviados pelo prefeito. Quando os governistas votavam a favor, Darci DRMN
seguia a orientação da liderança do prefeito. A tendência
agora é que ele vote com a
oposição sob pena de ser enquadrado pela comissão de
ética do partido.
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26 de abril à 2 de maio de 2016
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Vereadora atua em campanha contra corrupção desde 2014 e parabeniza a PF e o
Gaeco pelo trabalho minucioso na Operação Pecúlio
Vereadora Anice parabeniza ações da
Operação Pecúlio na prefeitura de Foz
Vereadora Anice:"Vergonhoso para um município ver seu gestor envolvido neste tipo de
escândalo. Que a justiça seja feita. Aqui em Foz a corrupção não terá vez"
Assessoria
Fotos: Assessoria
No dia 19 deste mês a Polícia Federal deflagrou a Operação Pecúlio para desarticular um
grupo que supostamente praticou
crimes contra a Administração
Pública em Foz do Iguaçu. A PF
investiga licitações municipais
envolvendo verbas públicas federais, com possibilidade de 'obtenção de vantagens indevidas'
- um alerta que já vinha sendo
feito desde 2014 pela Vereadora Anice, integrante da bancada
de oposição no Legislativo Municipal.
De acordo com Anice, o trabalho da Polícia Federal e do
Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) é minucioso neste momento e merece todo reconhecimento da população. Cerca de
250 policiais federais, 23 agentes da Receita Federal e 14 da
Controladoria-Geral da União
cumpriram4 mandados de prisão
preventiva, 10 mandados de prisão temporária, 19 conduções
coercitivas e 51 mandados de
busca e apreensão em residências dos investigados, órgãos
públicos e em empresas supostamente ligadas à organização
criminosa.
Segundo a PF, a Operação
Pecúlio foi iniciada há dois anos,
'mediante inquéritos policiais instaurados pela Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu'.
"Esse trabalho sério prova que
devemos acreditar na justiça e
na polícia. São meses de investigação para acabar com a corrupção na cidade. E vamos conseguir. Mantenho a campanha
Juntos Contra a Corrupção, iniciada em 2014 e mais uma vez
parabenizo a ação policial. É um
alento à população iguaçuense",
diz Anice
Revisão de contratos
O prefeito Reni Pereira
(PSB)é um dos alvos das inves-
tigações conduzidas em parceria com a Receita Federal e a
Controladoria Geral da União
(CGU) desde 2014 e que apontam um desvio de R$ 4,9 milhões
de recursos do Sistema Único
de Saúde (SUS) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras no
município.
No dia da operação, o prefeito e outras 16 pessoas foram
levadas coercitivamente a prestar esclarecimentos na delegacia da PF. Na casa dele foram
apreendidos R$ 120 mil em dinheiro. Os agentes também recolheram documentos, celulares
e computadores, cujos conteúdos estão sendo analisados.
"É triste. É vergonhoso para
um município ver seu gestor envolvido neste tipo de escândalo.
Que a justiça seja feita.Nossos
munícipes não podem esquecer
de episódios como este e devem
se unir para mudar o futuro de
Foz. Aqui a corrupção não terá
vez", conclui a Vereadora.
COMARCA DE FOZ DO IGUAÇU. JUIZO DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA
CIVEL. EDITAL DE CITAÇÃO. PRAZO DE TRINTA (30) DIAS. PROCESSO
nº 6273/2010, de ACAO MONITORIA, em que é Requerente(s): BANCO
BRADESCO S.A., e Requerido(s): BILAL IBRAIM NEMR. OBJETIVO:
CITAÇÃO do requerido: BILAL IBRAIM NEMR., brasileiro, casado, do
comércio, inscrito no CPF/MF sob o n° 009.064.599-58 residente em lugar
incerto e não sabido, para que, no prazo de quinze (15) dias, contados a
partir do término do prazo do presente edital, efetue o pagamento à autora do
crédito no valor de R$ 17.860,63 (Dezessete mil, oitocentos e sessenta reais
e sessenta e três centavos ), acrescida das cominações legais, verba honorária
e custas processuais, ou embargue a ação, querendo, ficando ciente de que
não sendo oferecidos os embargos, o mandado de citação será convertido
em título executivo (Art. 1.102, "a" e seguintes, do CPC), tudo nos termos e de
acordo com a petição inicial, abaixo transcrita resumidamente, e despacho
proferido nos autos supra referidos. Despacho inicial: "3. Por fim, fique a parte
ré esclarecida que se não tomar nenhuma das providências acima constituirse-á de pleno direito o título executivo judicial em favor do autor - art. 1.102, §
3.°, do Código de Processo Civil. Intimações e diligências necessárias. Foz
do Iguaçu, 22 de Abril de 2010. (a) RODRIGO LUIS GIACOMIN . JUIZ DE
DIREITO." ALEGAÇÕES DO AUTOR (em resumo): "o requerente constituiuse em credor do requerido de uma dívida representada pelo "Instrumento
Particular de Contrato de Promessa Abertura de Crédito", documento n°. 02
anexo, garantido pela Nota Promissória, documento de n°. 03 anexo, firmado
na data de 14/10/2005, onde o requerente disponibilizou, ao requerido em
sua conta corrente de n°. 79.598-4, agência 3187-9, através do contrato n°.
227/3.565.980, o limite de RS 12.000,00 (doze mil reais), que era renovado
automaticamente, conforme consta da clausula 2a, § 2o do contrato, com
plena liberdade de utilização, devendo para tanto, efetuar o pagamento dos
valores utilizados e dos encargos incidentes sobre o mesmo, a serem pagos
até o terceiro dia útil do mês subseqüente ao vencido, conforme consta da
clausula quinta do contrato, e cujos lançamentos constam dom extratos de
conta vinculada, documento de n°. 04 anexo.2.- Que, referido crédito,
conforme "demonstrativo de débito" abaixo e documentos de n°. 05 a 07
anexos, em data de 11/02/2010, importa no valor de RS(dezessete mil oitocentos
e sessenta reais e sessenta e três centavos), decorrente do extrato vinculado
de conta corrente anexo. ENCARGOS SI DESCOBERTO EM C/C PARCELA
VENCIDA JUROS DE MORA MULTA TOTAL VENCIMENTO ENCARGOS
CORRIGIDO DIAS VALOR % VALOR TOTAL TOTAL 2.235,19 - 2.370,27 396,55 - 55,34 2.822,16 SALDO DEVEDOR EM C/C PARCELA VENCIDA
JUROS DE MORA MULTA TOTAL VENCIMENTO SALDO CORRIGIDO
DIAS VALOR % VALOR TOTAL TOTAL 12.000,00 12.701,60 - 2.042,00 294,87 15.038,47 TOTAL GERAL SUBTOTAL TOTAL DEVIDO - 17.860,63.
3. - Que, após vencidos os respectivos encargos, não efetuou o requerido a
quitação de suas obrigações decorrentes do referido crédito, razão pela qual,
outro caminho não resta ao autor, senão o de promover a presente AÇÃO
MONITORIA. - De que cabível a ação monitoria, para constituir título executivo,
do crédito oriundo de contrato de abertura de conta corrente, nos permitimos
transcrever o seguinte entendimento do Superior Tribunal de Justiça, em
decisão unânime da Quarta Turma, no Recurso Especial n°. 146.511 - Minas
Gerais (97/0061305-4), sendo Relator o Eminente Ministro BARROS
MONTEIRO, recorrente: Banco Banorte S.A e recorrido César Finotti Neto,
julgado em 23 de Novembro de 1998. 5. - Assim, nos moldes do artigo 1.102a
do Código de Processo Civil, requer a citação do requerido BILAL IBRAIM
NEMR, acima individuado, para que, expedindo-se o competente mandado,
no prazo de 15(quinze) dias, efetuem o pagamento da importância de RS
17.860,63 (dezessete mil oitocentos e sessenta reais e sessenta e três
centavos),acrescida de correção monetária e juros de mora de 12% ao ano
contadas a partir da data base de 04.04.2007, até a data do efetivo pagamento,
ficando assim, isentos de custas e honorários advocatícios ou, querendo, no
mesmo prazo, ofereça embargos. Não sendo opostos ou rejeitados os
embargos, constituir-se-á o título executivo judicial, prosseguindo-se, na
presente ação, na forma prevista no Livro II, Título II, Capítulo IV do Código
de Processo Civil, acrescendo-se as custas, despesas processuais e
honorários advocatícios, que se requer sejam oportunamente fixados,
penhorando-se tantos bens quantos bastem à garantia da execução.6. Requer sejam concedidas às prerrogativas do artigo 172 § 2o do Código de
Processo Civil, para as diligências do Sr. Oficial de Justiça.7.- Dá-se a presente,
para efeitos fiscais, o valor de RS 17.860,63(dezessete mil oitocentos e sessenta
reais e sessenta e três centavos).Pede Deferimento Cascavel, 15 de Março
de 2010. pp. Juliano Ricardo Tolentino - OAB - PR 33.142 Leandro de
Quadros - OAB - PR 31.857 Ana Paula FingerMascarello - OAB-PR 21.649
Ana Claudia Finger - OAB - PR 20.299" FOZ DO IGUAÇU, em 11 de Março
de 2015.- Eu, Mauro Célio Safraider, Escrivão, o digitei e subscrevi. LUCAS
CAVALCANTI DA SILVA. JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO.
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26 de abril à 2 de maio de 2016
ESTADO
A denunciante, de nacionalidade brasileira, que vive em Foz do Iguaçu/PR, declarou que participava junto com
sua amiga nas festividades de ingresso a faculdade
Duas estudantes de Medicina denunciam
abusos sexuais em trote universitário
Da redação
Foto e fonte: Vanguardia
Duas estudantes de medicina da Universidade Privada del Este (UPE) foram
dopadas e abusadas sexualmente durante o batismo
universitário (ingresso de
novos alunos) na cidade de
Presidente Franco, no Paraguai, segundo a denuncia
formulada no Ministério
Público. O fato teria ocorrido no dia 20 de abril de
2016, por volta das 11h:00,
em uma residência na Área
5, na cidade de Presidente
Franco/PY, nas proximidades da UPE. Um aluno já se
encontra preso pela Policia
Nacional do Paraguai.
A denunciante, de nacionalidade brasileira, que vive
em Foz do Iguaçu/PR, declarou que participava junto com sua amiga nas festividades de ingresso a faculdade de medicina, defronte
ao prédio da UPE, quando
alguns alunos de cursos superiores que desempenhavam como "instrutores" teria lhe fornecido bebidas alcoólicas misturados supostamente com algum tipo de
sonífero, segundo consta na
denuncia junto ao MP.
Logo os "instrutores" teriam colocado as alunas em
um transporte para fazer
uma caravana pela cidade,
Tro te é tradição, mas por conta da violência e abusos vir
ou caso de polícia
virou
transporte que segundo informações seria tradicional
na festa de ingresso a universidade. Em seguida a denunciante informou que não
se lembra de mais nada, e
teria acordado por volta das
18h:00 na casa do instrutor
brasileiro M.R.F., de 25
anos de idade. Estava completamente pelada com muitas dores pelo corpo, especialmente nas suas partes
intimas, sendo que a denunciante voltou a dormir, sen-
do resgatada por volta das
02h:00 do dia seguinte por
outros alunos e levada para
sua casa.
Dois dias depois, a denunciante procurou o Ministério Público do Paraguai e relatou o fato, procedendo a denuncia de rapto e abuso sexual. O Juiz de
plantão determinou uma
revista na casa de M.R.F.,
onde foram apreendidos
roupas, bebidas e medicamentos. Em respeito ao
caso, o jornalista do Jornal
Vanguardia teria entrado
em contato com o responsável pela Faculdade de
Medicina UPE, Dr. Rodol-
fo Romero Caballhero,
para saber se a festa teria
contado com a autorização
da universidade, porem não
conseguiram respostas.
Evidencias
A representante do Ministério Público de Presidente
Franco, Dra. Natalia Montania, teria recebido a denuncia no dia 22 de abril, sendo que imediatamente uma equipe
policial em conjunto com a MP estiveram na residência
de MM.R.F., na Rua Caazapá, esquina com a Rua Neembucu, no Bairro Área 5, onde procederam a apreensão de remédios para dormir (Omeprazol y Clonezapan),
bebidas alcoólicas,sendo que uma das denunciantes
acompanhou as buscas e reconheceu o ambiente como o
local onde teriam sido abusadas, sendo também localizadas parte das suas roupas intimas.
Principal suspeito está preso
A representante do Ministério Público do Paraguai,
Dra. Natalia Montania, apresentou como o principal suspeito do abuso sexual de pessoas indefesas o estudante
M.R.F., de 25 anos de idade, pois segundo uma das vítimas, que teria relatado que lembra o rosto de "Maiko"
abusando de sua amiga, sendo assim a Juiza Penal de
Garantias, Excelentíssima Dra. Carina Frutos ordenou a
prisão preventiva de Maiko Rodrigo Fetzer, que está preso na Jefatura de Policia.
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ESPORTE
26 de abril à 2 de maio de 2016
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Foz Cataratas busca vitória nesta quarta-feira, para ficar entre as quatro melhores equipes do Brasil
Futebol feminino de Foz
é destaque nacional
Willian Brandão joga com alegria nas pernas.
Dono de um futsal versátil, que cresce a cada partida
Equipe da fronteira joga nesta quarta-feira, 27 de abril, às 19h, no estádio Pedro
Basso contra o São Francisco do Conde da Bahia
Da redação
Foto: Assessoria
O Campeonato Brasileiro de Futebol
Feminino segue a todo vapor com disputas
acirradas e grandes jogos. As equipes ainda buscam uma vaga na semifinal do Brasileiro. Entre os oito times da segunda fase
da competição está o Foz Cataratas Futebol Clube, o único representante paranaense na competição nacional. A próxima
partida da equipe da fronteira será nesta
quarta-feira, 27 de abril, às 19h, no estádio
Pedro Basso contra o São Francisco do
Conde da Bahia.
Para passar a semifinal, tanto o Foz
Cataratas como o São Francisco precisam
vencer por um resultado simples e torcer
contra o Araraquara que joga no mesmo
horário contra o Rio Preto que já esta classificada para a próxima fase. A equipe baiana vem a Foz do Iguaçu completa, já a
equipe da casa tem sete desfalques para essa
partida.
O Foz Cataratas tem ao seu favor o fator
casa, jogando no Pedro Basso as iguaçuenses estão invictas, são três vitórias e um empate. O torcedor iguaçuense deve comparecer e grande número nesta quarta, para
empurrar a sua equipe pra cima das baianas.
Estefania
Ansolin
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26 de abril à 2 de maio de 2016
POLÍTICA
Nilton Bobato e bloco de oposição se mobilizam para impedir
fechamento do PA do Morumbi
Prefeito quer fechar PA Morumbi
e a oposição briga para impedir
Da redação
Fonte: Ministério Público
Após o anúncio da prefeitura de fechamento da PA do
Morumbi para realização de
reforma, medida que pegou
a todos de surpresa, Nilton
Bobato (PCdoB) e os demais vereadores do bloco de
oposição foram até a unidade de Pronto Atendimento
para tomar conhecimento e
pedir explicações para mais
uma atitude arbitrária do governo Reni Pereira. A decisão foi tomada à revelia de
servidores, Poder Legislativo e Conselho Municipal de
Saúde.
Para o vereador Nilton
Bobato, esse momento "é
mais uma triste constatação
de que os movimentos dessa gestão na área de saúde
são sempre os mesmos. Eles
estão usando como justificativa algumas interpretações judiciais para gerar o
caos no sistema público de
saúde. Ou seja, se fala em
fechar a unidade enquanto
nós contatamos que não tem
projeto, que não tem licitação, que não te claramente a
fonte do recurso que será
utilizado. Só no período entre a realização do projeto e
licitação seriam necessários
Comissão
de saúde
atuando
Bobato e Anice, da Comissão de Saúde estão entre os vereadores
que lutam pelo não ffec
ec
hament
o do P
A
echament
hamento
PA
pelo menos 60 a 90 dias do
processo prévio antes de se
tomar a decisão de fechar a
unidade", disse Bobato.
Promotor desmente
secretário
Na imprensa a prefeitura
tentou jogar a culpa no Ministério Público dizendo em
entrevista do secretário de
Saúde, Gilber Trindade, que
a promotoria de justiça havia entrado na justiça requerendo o fechamento para reformas. A reação do promotor Luis Mafra foi imediata.
Segundo ele, houve sim uma
liminar determinando a reforma, mas a prefeitura teve
todo o tempo (mais de dois
meses) para se organizar ou
fazer as reformas em etapas,
sem necessidade de fechamento da unidade.
"Deixaram para a última
hora e agora querem fechar
e jogar a culpa no Ministério Público. Cada um tem
que assumir as suas responsabilidades. Não admito este
tipo de postura do Município. É a prefeitura quem decidiu fechar e devia ter resolvido isso com antecedência", afirmou o promotor
Mafra durante reunião do
Comus. O secretário Gilber
não gostou de ser questionado e demonstrando nervosismo retrucou tentando dizer que não falou, mas o promotor assistiu na TV a entrevista do representante do
prefeito. O caso virou bateboca.
Decisão absurda
Vereadores analisaram a situação em visita
ao pronto atendimento
Em meio a um mar de lamas, o governo Reni Pereira, envolvido no maior escândalo de corrupção na his-
tória da cidade, adotou mais
uma medida absurda. A verdade é o fechamento do PA
Morumbi coloca em risco a
vida dos usuários do SUS em
um período endêmico e de
proliferação de doenças contagiosas.
Durante visita à unidade,
a comissão de vereadores da
oposição foi recebida pelo
gerente do PA que tentou
responder aos questionamentos. No memorando publicado pela prefeitura, a
previsão é fechar PA por um
período de seis meses, a partir do dia 03 de maio.
Secretários municipais
estão sendo convidados a
prestar esclarecimentos na
Câmara sobre a medida.
Gilber Trindade (Saúde) e
Carlos Juliano Budel
(Obras/Interino) terão que
apresentar aos integrantes
da Comissão de Representação da Saúde, formada por
Vereadores, projetos que
respaldem a reforma, bem
como documentos que
apontem a abertura de processo licitatório para dar
início aos trabalhos.
A Comissão da Saúde
tem como integrantes os
vereadores Gessani da
Silva (PP), Anice Nagib
Gazzaoui (PTN), Luiz
Queiroga (DEM), Nilton
Bobato (PC do B), Paulo Rocha (PMDB) e Marino Garcia (PEN), que é
um parlamentar morador
da região e ficou muito
preocupado com a informação de fechamento do
PA a partir do dia 3 de
Maio.
"Recebemos a informação de que o Ministério Público não determinou o fechamento da unidade para uma reforma e
sim, ele propôs, que se
fosse feita uma reforma.
Essa informação muda
todo um cenário", disse
o Vereador Gessani da
Silva.
Para os vereadores
Luiz Queiroga e Anice
Gazzaoui, a reunião com
os coordenadores do PA
do Morumbi e com os
representantes da sociedade civil organizada resultou em mais preocupação, pois os servidores
não sabiam da decisão, os
coordenadores não foram informados dos atos
do Governo e, segundo
eles, a "falta de ingerência do Poder Público poderá agravar ainda mais a
crise na saúde.