ZETI Crusse e Jamali-Modelo de

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA PLANIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
GABINETE DAS ZONAS ECONÓMICAS DE DESENVOLVIMENTO ACELERADO
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DA ZETI DE CRUSSE E JAMALI
MAPUTO, DEZEMBRO DE 2013
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MODELO DE DESENVOLVIMENTO DA ZONA DE ESTÂNCIA DE TURISMO
INTEGRADO DE CRUSSE E JAMALI
As ilhas Crusse e Jamali integram as ilhas primárias que se estendem da Província da
Zambézia até a Província de Nampula, Sul e Norte, respectivamente. A ilha de Crusse
tem 16ha e a de Jamali tem uma área 75ha e Matibane (terra firme que inclui a
península de Napenja) e todas áreas estão localizadas no Distrito de Mossuril,
Província de Nampula.
O local (ilhas e terra firme - Crusse, Jamali e Matibane) é de aproximadamente 1750ha,
composto por uma margem costeira rochosa com três baías de areia de coral branco e
protegida pelas ilhas Crusse e Jamali.
O canal de águas profundas ao largo da costa dá lugar às baías rasas de Crusse
Jamali e com uma combinação de corais escuras petrificada, areia branca e água azulturquesa.
A margem Norte é de 1km a norte da baía de Ponta Mangaca, e do interior de fronteira
(Oeste), se estende cerca de 1km para o interior da orla das duas baías. O limite sul
está em Ponta Namalungo, mas o local inclui a ilha de Jamali, que se estende a cerca
de 3km ao sul de Ponta Namalungo. A ponta sul da Ilha Jamali está em Ponta Quifinga.
A península Napenja (continente) separa as duas ilhas e define as baías ao redor das
duas ilhas. A aldeia de Matibane está localizada a aproximadamente 4km a sudoeste
da Ponta Namalungo, imediatamente no interior de Ponta Chicoma.
A vegetação terrestre é basicamente semi-seca de florestas tropicais costeiras com
coqueiros e casuarinas. Há uma reserva florestal no interior da floresta de cerca de
4.000ha, que poderá ser usada para a prática do eco-turismo.
As ilhas de Crusse e Jamali estão cobertas de floresta tropical costeira com uma
mistura de praias arenosas brancas. O carácter de protecção das ilhas e baías com
praias de areia branca e águas pouco profundas fornecem amplas oportunidades para
nadar em segurança e actividades recreativas na água. A área da baía de Crusse no
entanto, não é tão profunda como Jamali que está sempre coberta por água. A areia na
baía de Crusse está exposta na maré baixa até a ponta da ilha.
Os recifes circundantes, afloramentos rochosos e ilhas são ideais para mergulho com
snorkelling e mergulho em todos os níveis de habilidade. O canal de água profunda
oferece excelentes oportunidades para a pesca desportiva.
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As características do local facilitam uma série de desenvolvimentos, incluindo marinas,
hotéis, restaurantes e empreendimentos de turismo residencial com vista ao mar.
Figura 1: Esboço da localização da zona
Em conformidade com os estudos realizados pelo Programa Âncora de Investimento
em Turismo, podem ser desenvolvidos projectos turísticos conforme o modelo abaixo.
Porém, podem ser concebidos e apresentados pelos proponentes outros modelos de
desenvolvimento da Zona de Estância de Turismo Integrado de Crusse e Jamali.
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Figura 2: Modelo de Desenvolvimento de Matibane e Ilha de Crusse (Parte I)
Conforme resulta da Figura 2, segundo o conceito desenvolvido, as oportunidades de
desenvolvimento de empreendimentos turísticos, compreendem as seguintes unidades:

Hotel de 5 estrelas na parte continental, mesmo em frente a Ilha de Crusse;

Lodge com Chalés de construção em estacas de madeira;

Unidades residenciais a sul da Baía de Crusse;

Hotel na extremidade norte da península de Napenja.
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Figura 3: Modelo de Desenvolvimento de Matibane e Ilha de Crusse Jamali (Parte II)
Conforme resulta da Figura 3, segundo o conceito desenvolvido, a Zona de Estância de
Turismo Integrado de Crusse e Jamali oferece ainda outras oportunidades de
desenvolvimento turístico, nomeadamente:

Construção de um Hotel Boutique na Ponta Napenja;

Construção de um Hotel de 5 estrelas na Baía de Jamali;

Construção de um Hotel Boutique na Ponta Namalungo, Baía de Jamali;

Construção de Chalés em estacas de madeira e um Hotel no lado virado para o
mar na Ilha Jamali.
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Para além das unidades turísticas acima mencionadas, o modelo de desenvolvimento
da Zona de Estância de Turismo Integrado de Crusse e Jamali oferece ainda as
seguintes oportunidades:

Restaurante Flutuante – entre a parte continental e as ilhas;

Projecto Agrícola – com base comunitária, dado que as unidades hoteleiras e
turísticas irão demandar o fornecimento de produtos diversos, com destaque
para hortícolas e outros produtos afins;

Projecto de Aquacultura – produção de camarão.
Em função de estudos realizados, a área de Jamali assim como a adjacente (na parte
continental) possuem maior capacidade de carga, razão pela qual se propõe que o
maior empreendimento esteja localizado nesta zona.
Figura 4: Praia de Jamali
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Figura 5: Geografia da Zona
Crusse Island
Matibane
(main land)
Napenja Peninsula
Jamali Island
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Figura 6: Potenciais Mercados
O Aeroporto Internacional de Nacala, cuja entrada em funcionamento está prevista
para o ano 2014, poderá ser o principal ponto de entrada para a Zona de Estância de
Turismo Integrado de Crusse e Jamali, uma vez que comportará voos intercontinentais,
reduzindo em 2 horas os voos que normalmente vão para Maputo e reduzindo em 3
horas os voos que normalmente vão para Joannesburg, República da África do Sul.
No mapa acima (Figura 6) destacam-se os principais mercados alvos para a Zona de
Estância de Turismo Integrado de Crusse e Jamali, nomeadamente:
A – Países da região Austral de África, designadamente África do Sul (actual nº 1
mercado emissor), Angola, Malawi, Tanzânia, Zimbabwe, entre outros;
B - Médio Oriente: Qatar, Emiratos Árabes Unidos, Arábia Saudita, entre outros;
C – Mercado Asiático: Índia, China, Japão, entre outros;
D – Mercado Europeu: Alemanha, França, Espanha, Itália, Portugal, entre outros.
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Existem outros mercados que poderão ser integrados como destinos de classe mundial
e próximos da Zona de Estância de Turismo Integrado de Crusse e Jamali,
nomeadamente, Seychelles e Maurícias. Estes dois destinos turísticos pelas
características similares que possuem em relação ao potencial natural para o turismo
de sol e praia poderão ser uma mais-valia na atracção de turistas para a Zona de
Estância de Turismo Integrado de Crusse e Jamali.
Maputo, Dezembro de 2013
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