ferramentais dimensionalmente corretos sem try-out

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ferramentais dimensionalmente corretos sem try-out
ano xviI | Abril de 2014 | edição 167 | www.abifa.org.br
PROCESSO
DE FUNDIÇÃO
FERRAMENTAIS
DIMENSIONALMENTE
CORRETOS SEM TRY-OUT
RESULTADOS
DA APLICAÇÃO
política começou a fazer suas
vítimas também na Indústria de
Fundição brasileira, conforme
o cenário de degradação da
produção nacional em benefício
cada vez maior da importação
e somada ao declínio
da
demanda
China, Japão e Coreia do Sul aparecem como os primeiros
exportadores e as montadoras japonesas no Brasil as
importadoras campeãs.
Em milhões de dólares temos de novo os três países respectivamente com China 43,7 milhões, Japão 81,1 milhões e
Coreia com 38 milhões. Toda a produção nacional no período
não passou de 22.6 milhões de dólares.
Agora vejam os preços médios: China 7.9 US$/kg;
Automotiva principalmente.
Japão 16.8 US$/kg; Coreia 9.2US$/kg. O Brasil varia
Em março, fomos recebidos no MDIC
entre 11 e 19 US$/kg, considerando-se a mesma
“Não há necessidade
pelo Excelentíssimo Sr. ministro Mauro
incidência tributária.
Borges, clamando por medidas emerApenas com estes dados parciais podede apontar números
genciais de Defesa Comercial, aponríamos discorrer horas e poucas respostando a queda da participação no PIB
tas plausíveis, encontraríamos aos nossos
e estatísticas porque os
da Indústria de Transformação, ora ao
questionamentos. Assim aguardamos ansioelementos visuais de redução samente, há mais de dois anos, que sejam
redor de 10%; a explosão do volume
de importações de peças e conjuntos
definidas as regras da Rastreabilidade do
da produção são cada vez
fundidos e finalmente reiterando uma
Inovar-Auto para podermos acompanhar tomais evidentes.”
reunião com a Presidente Dilma Rousdas as suas etapas e fazer assim valer apenas
seff a respeito da isonomia dos setores
o espírito da lei, sem questionamentos.
produtivos.
Mudando de assunto gostaria de agradecer a
Mais uma vez recebemos sinal verde,
expressiva participação, cada vez maior, dos associados
dependendo apenas de agendas, e assim continuamos
em nossa entidade ABIFA/SIFESP, especialmente nas
esperando desde que o mesmo pleito e concordâncias
Reuniões Plenárias e nas Comissões. Neste mês podemos
aconteceram com o ministro do Trabalho e Emprego,
destacar na Plenária do dia 23/04, a presença da Economista
Excelentíssimo Sr. Manoel Dias com o qual fomos conversar
Fabiana D’Atri, coordenadora de Estudos e Pesquisas
a respeito dos estragos da NR12 em nossas indústrias, e
Econômicas do Banco Bradesco, que proferiu palestra “Cenário
com Excelentíssimo Sr. ministro da Fazenda, Guido Mantega,
Econômico 2014-2015, desafios e oportunidades”, visando
pleiteando medidas emergenciais de estímulo ao Conteúdo
trazer subsídios para nossos associados. Nas Comissões
Nacional.
destacamos o IX ENFOCAL / ABIFA – Encontro de Fornecedores
Não há necessidade de apontar números e estatísticas,
e Consumidores de Alumínio, promovido pela Comissão de
porque os elementos visuais de redução da produção são
Alumínio da entidade.
cada vez mais evidentes. Certamente as consequências
Finalizando não podíamos deixar de mencionar a
funestas desta desatenção aos pleitos de quem produz já se
continuidade das gestões institucionais e com o Governo
manifestam através da redução da Arrecadação Tributária,
a respeito da NR 12 para preservação racional da saúde
da Redução do Emprego e Falta de Investimentos; logo os
do trabalhador e mencionar também o grupo de estudos
balanços mostrarão o resto.
técnicos que a ABIFA instituiu e já em fase final, para análise
Parece assim que o Governo ainda não se deu conta que
da fatídica NR 15.
agora estamos no mesmo barco e que urge reparar os danos
Recomendo a todos os associados o engajamento nestas
do descaso para não correr o risco de afundarmos juntos.
questões considerando-se a gravidade do assunto.
Urge colocar em prática, a qualquer custo, o Projeto de
Finalmente, nunca é demais lembrar os nossos últimos
DEFESA COMERCIAL que a ABIFA, ABIMAQ, SINDIPEÇAS e
preparativos para o lançamento do CONAF/FENAF 2015, evento
mais 20 Associações de Classe estão pedindo há mais de ano
este que acontecerá no Expo Center Norte, em São Paulo de 28
e até que não se tomem medidas estruturais, já manifestadas,
de setembro a 01 de outubro do próximo ano.
para reativação sistêmica da economia como um todo e não
apenas do setor Automotivo.
Boa leitura!
A ABIFA está empenhada em acompanhar de perto a
importação de fundidos, que hoje beira os dois milhões de
Remo De Simone
t./ano, nas suas diversas formas e fontes, e neste editorial
Presidente da ABIFA/SIFESP
apontaremos apenas as inerentes ao setor de Ferramentaria,
continuando no futuro com outros NCMs.
Nas próximas edições, publicaremos uma pesquisa
completa de importação deste produto, NCM 8207.30.00; pelo
setor Automotivo apesar deste estar contemplado no InovarAuto, dentro do benefício de “Conteúdo Nacional”.
Enquanto isso, a cadeia produtiva da Ferramentaria
brasileira atravessava as maiores dificuldades pela total falta de
demanda comercial.
No período de março 2013 a fevereiro 2014 o Brasil importou
simplesmente 17.822 t. de “Ferramentas de Embutir, Estampar
e Puncionar de metais comuns”. Se somarmos mais os Moldes
de Borracha e Plásticos por Injeção este valor pula para 27.153 t.
| maio 2014
A
Editorial
3
SUMÁRIO
Edição 167
Abril de 2014
03 Editorial
10 Notas e Informações
18
22
24
26
28
Gestão Empresarial
De Amigo para Amigo
Competitividade
Qualidade
Responsabilidade Social
Recursos Humanos
Entretenimento
30 Cultura
Eventos
32 Plenária Março
34 Palestra Mário Bernardini
Perfil do Associado
| maio 2014
38 Metalimpex
4
Regionais da ABIFA
40 Minas Gerais
41 Rio Grande do Sul
SUMÁRIO
46 Comunicados ABIFA/SIFESP
Apex-Brasil
48 Entrevista com Roberto Del Papa da Frum
50 Workshop de Integração e Planejamento Apex-Brasil
Técnicos
52 ABNT/CB-59
55 Cadernos Técnicos
Agenda
74 Eventos
74 Cursos
75 Comissões
Índices Setoriais
76 Índices
78 Mercado
| maio 2014
80 Lista Anunciantes
6
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REVISTA DA ABIFA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUNDIÇÃO
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| maio 2014
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de Fundição – dirigida à toda cadeia produtiva do setor, às indústrias de
fundição, seus fornecedores de produtos, serviços e clientes.
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• Dicionário de Usinagem e Tratamento Térmico (Português - Inglês)
• Dicionário de Fundição Português-Alemão
• Coletânea de Trabalhos Técnicos 2014
NOTAS E INFORMAÇÕES
IPEA INFORMA QUE CRESCIMENTO DO PIB SEGUE MODERADO NESTE ANO
| maio 2014
A reversão desse quadro passa pelo aumento dos investimentos, analisam os
economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
10
O menor volume de investimentos e o ritmo moderado
de consumo das famílias levam o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) a apontar, na Carta de
Conjuntura divulgada no dia 26/03, no Rio de Janeiro,
que a economia deve manter crescimento contido nos
próximos meses.
“O mais provável é que não haja grandes alterações no
quadro econômico, ao longo de 2014, seja para melhor ou
para pior. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB,
soma das riquezas produzidas no país) permanecerá
moderado e ainda sujeito a alguma volatilidade; a
inflação se manterá em patamar mais próximo do teto
da meta de inflação [de 6,5%] do que do centro [4,5%],
mas sem grandes riscos de aceleração, tendo em vista,
inclusive, os efeitos defasados do atual ciclo de aperto da
política monetária; e as contas externas permanecerão
sob controle, ainda que haja aumento do déficit em
transações correntes”, diz o documento.
A reversão desse quadro passa pelo aumento dos
investimentos, analisam os economistas do Ipea. A
recuperação recente da Formação Bruta de Capital
Fixo (FBCF) é vista como muito positiva pelo instituto,
cujos técnicos observam, entretanto, a necessidade de
se garantir que “a expansão do investimento seja um
fenômeno mais generalizado e sustentável, e não tenha
caráter pontual e volátil”.
Para melhorar o ritmo de crescimento, a expansão dos
investimentos deve ocorrer não somente na produção,
mas também na infraestrutura, aponta o Ipea.
Segundo o instituto, “isso justifica a ênfase da política
governamental no programa de concessões e na provisão
de condições favoráveis de financiamento do investimento,
associado a um esforço de expansão dos investimentos
públicos, em que pese as restrições fiscais”.
A tendência, segundo disse o coordenador do Grupo
de Estudos de Conjuntura (Gecon) do Ipea, Fernando
Ribeiro, na divulgação da Carta de Conjuntura, é que o
PIB crescerá este ano entre 2% e 2,5%. “Essa tendência
pode se sustentar, mas vai depender bastante do
investimento”, salientou.
Em relação ao mercado de trabalho, o Ipea sinaliza que
“há alguns indícios de que o crescimento moderado da
economia brasileira já afeta o ritmo da ocupação no país”.
O documento prevê que a taxa de desemprego
permanecerá em níveis baixos, devido ao crescimento
mais lento da força de trabalho, “colaborando também
para a manutenção de ganhos, ainda que modestos, dos
salários reais”.
fonte: Exame.com - Alana Gandra, da Agência Brasil.
NOTAS E INFORMAÇÕES
ABIFA realiza encontro com a associada Rhodia
O presidente da ABIFA, Remo De Simone, realizou um
encontro (12/03) com a associada Rhodia, na sede da ABIFA,
em São Paulo.
Empresa do grupo Solvay, uma companhia industrial
internacional que oferece uma ampla gama de produtos e
soluções. Com 14.250 empregados e vendas de 5.17 bilhões
em 2011, a Rhodia é líder mundial no desenvolvimento e
produção de especialidades químicas. Fornecem produtos
de valor agregado e soluções de alto desempenho para
mercados diversificados, incluindo automotivo, eletrônico,
aromas e fragrâncias, saúde, cuidados
pessoais e
domiciliares, bens de consumo e indústria, por meio de 11
GBU’s (Unidades Globais de Negócios).
O motivo deste encontro foi buscar o entendimento do
aumento no preço da resina, por conta do fenol no mercado
interno e entender a política de preços da Rhodia. Nesta
reunião estiveram presentes: Agnaldo Lacerda Coelho
(Rhodia), Celso Bellotto (Fundição Regali), Cristina Marques
(ABIFA), Daniela Manique (Rhodia), Heitor Tomiyasu (Fagor
Ederlan), Jurandir Sanches Carmelio (ABIFA), Luis A.
Bertezini (Tupy), Luiz Carlos Koch (Lepe), Marcelo Vieira
(Rhodia), Remo De Simone (ABIFA/Itafunge), Roberto João de
Deus (ABIFA), Rogério Fidalgo (Tupy) e Viler Janeiro (Rhodia).
Viler Janeiro, diretor de negócios da Rhodia, fez
apresentação do grupo Solvay, sobre o Fenol e a matériaprima básica que é o benzeno de origem nacional da
Braskem. Lembrando que dentro das vendas do fenol, a
fundição representa 30% do mercado.
Segundo representantes da Rhodia, os motivos do
aumento do fenol no mercado internacional são diversos,
entre eles o inverno, que impossibilita o transporte nos
EUA, declara Daniela Manique, diretora de compras de
Fenol & Solventes.
Quanto à política de preços foram transparentes em
dizer que pagam o benzeno em US$ (Petrobras) e seguem a
cotação de preços internacionais.
Atividade da indústria de SP tem crescimento zero em fevereiro
| maio 2014
No acumulado de 12 meses, atividade cresceu 0,4%, aponta Fiesp. Federação estima que
indicador encerrará 2014 com queda de 1,6%.
12
O desempenho da indústria paulista não mostrou
vigor em fevereiro, em comparação com janeiro, e ficou
estável, segundo dados divulgados na quinta-feira (27) pela
Federação das Indústrias do estado (Fiesp).
O Indicador de Nível de Atividade (INA) do setor
manufatureiro ficou em 0% no mês. Em janeiro, a indústria
paulista tinha registrado alta de 2% da atividade em janeiro.
Segundo a Fiesp, “o número inexpressivo de fevereiro
sugere o retorno da indústria à rota de baixo crescimento”.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada fechou
fevereiro praticamente estável a 81,3%, contra 81,2% em
janeiro, com ajuste sazonal.
O setor de Artigos de Borracha e Plástico se destacou
entre os desempenhos positivos com taxa de 0,3% no mês.
Por outro lado, a indústria de Móveis foi destaque das
baixas com variação negativa de 2,4%, com ajuste sazonal.
O segmento de Metalurgia Básica encerrou fevereiro com
baixa performance de 0,7%.
Previsões para 2014
No acumulado de 12 meses, a atividade industrial
paulista cresceu 0,4%, sem ajuste sazonal. Já no ano, o
desempenho do setor manufatureiro caiu 5,3% em relação
ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com
fevereiro do ano passado, o INA apresentou queda de 2,8%.
A federação estima que o indicador deve encerrar 2014
com queda de 1,6%.
A Fiesp revisou sua projeção de crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) de 2% para 1,4%. Já o prognóstico para
o PIB da indústria de transformação é de queda de 0,8%
em 2014.
fonte: Portal G1.
NOTAS E INFORMAÇÕES
Reunião sobre NR 12 e NR 15 - anexo nº 3
No último dia 25 de março, às 13h30, foi realizada uma
Reunião sobre as Normas Regulamentadoras, NR 12 e o
anexo III da NR 15, na sede da ABIFA em São Paulo.
O objetivo da Associação Brasileira de Fundição (ABIFA)
é formar um Grupo de Trabalho de início e, em seguida
torná-lo uma Comissão permanente sobre Normas
Regulamentadoras, pois com certeza este é um problema
que se agravará cada vez mais, segundo o presidente da
entidade, Remo De Simone.
Neste encontro foi dado continuidade ao assunto em
referência as NR’s e convidamos alguns técnicos em
segurança do trabalho, advogados e empresários, para
tratar a situação em grupo numa primeira reunião com a
seguinte pauta:
Foram informados aos interessados os posicionamentos
e possíveis ações para com relação a NR 12. E uma análise
e discussão do anexo de número III da NR 15, que se trata
especificamente sobre o calor.
Sobre o anexo III foi solicitado uma análise prévia,
para uma identificação inicial dos problemas que serão,
discutidos na CNTT. O próximo encontro ficou agendado
para o dia 03 de abril, às 14h00, na sede da entidade. Para
análise e consolidação das propostas dos participantes
sobre a revisão do anexo III da NR 15, específicas para o
segmento de fundição. Estas propostas serão encaminhadas
posteriormente à FIESP.
| maio 2014
Software
É possível visualizar peças no computador...
14
Os softwares da Finite Solutions permitem visualizar
no computador, como a peça vai solidificar e se o projeto
de alimentação vai produzir peças sem defeitos de
solidificação. O SOLIDCast é o único software disponível, com
o ajudante de dimensionamento do sistema de alimentação
e posicionamento de massalotes (se necessários). O
FLOWCast permite a visualização do enchimento do
molde e as tendências de formação de defeitos causados
por erosão por velocidades excessivas. O OPTICast , único
disponível, permite de maneira automática (sem influência
do operador) otimizar o sistema de alimentação para um
rendimento máximo. Os softwares da Finite Solutions são
fornecidos como licença de local, o que significa instalação
em quantos computadores seja necessário, na mesma
licença. As taxas de suporte e atualizações, após o primeiro
ano, são as menores do mercado.
AMSEL Representações Ltda
NOTAS E INFORMAÇÕES
Presidente da ABIFER realiza
palestra na Comissão de Aço da ABIFA
| maio 2014
No primeiro encontro do ano da Comissão de Aço (dia
26/03), em Piracicaba foi realizada uma palestra sobre a
indústria ferroviária e suas perspectivas em 2014, pelo
presidente da ABIFER, Vicente Abate.
Nesta ocasião Abate começou apresentando a Associação
Brasileira da Indústria Ferroviária sua missão. Inclusive,
mencionou alguns associados que as duas entidades tinham
em comum, como: AmstedMaxion, Cruzaço, Granaço, Mic,
Randon, Voith, WHB, Winco e Usiminas.
Fonte: ABIFER
VAGÕES DE CARGA PRODUÇÃO BRASILEIRA
Investimentos
O presidente da ABIFER mostrou o quanto foi e está
sendo investido na indústria ferroviária, desde 2003 até
2016. Ampliação e modernização das instalações fabris
existentes, novas fábricas, aplicação de novas tecnologias
e treinamento de mão de obra. Até 2013 foi investido R$ 1.5
bilhão (período 2003 a 2013) e a previsão de investimento é
de R$ 360 milhões (período 2014 a 2016).
LOCOMOTIVAS PRODUÇÃO BRASILEIRA
Fonte: ABIFER
16
3.668
1.327
5.118
1.022
3.261
5.616
2.918
2.280
3.000/3.500
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014 (P)
14
30
30
22
68
113
70
83
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
60
2014 (P)
Fonte: ABIFER
CARROS DE PASSAGEIROS PRODUÇÃO BRASILEIRA
113
283
447
440
430
336
207
219
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
320
2014 (P)
Sistema Ferroviário de Passageiros - 2018/2020
Expansão: 47 km
•
6,3 km Trecho Itapevi - Amador Bueno
•
4,5 km Extensão da Linha 9: Grajaú –
Varginha
•
11 km Linha 13 (Trem de Guarulhos)
•
25,2 km Expresso ABC
•
22 Novas Estações
Situação em
2018/2020
Km operacional
301,2
Estações
110
Demanda MDU/mil
3.952
Frota Operacional
244
Vagões de Cargas: Vagão gôndola para transporte
de minério de ferro, com peso bruto máximo de 150 t e
truques de 37,5 t/eixo.
• Vagão para transporte de açúcar a granel com sistema
de descarga rápida/automática;
• Vagão ouble stack para transporte de contêineres
empilhados (singelo e articulado);
• Vagão plataforma longo para contêineres em um
único nível;
• Vagão telescópico para transporte de fardos de celulose,
com vedação especial.
Locomotivas:
• Locomotivas diesel-elétricas de 4.400 HP, corrente alternada;
• Locomotivas diesel-hidráulicas, para manobra e linha.
Carros de passageiros:
• Circuito Fechado de TV com câmeras internas e externas;
• Sistema de prevenção, detecção e combate a incêndio;
• Sensor de descarrilamento;
• Sistema de informação ao passageiro/ Multimídia;
| maio 2014
INOVAÇÕES
17
Ar condicionado;
• Sistema de tração com motores assíncronos, de corrente
alternada, com recuperação de energia da frenagem;
Gangway;
• Portas mais amplas dotadas de sistema de endereçamento
IP, que permite isolá-las individualmente;
• Sistema de sinalização utilizando comunicação via
rádio (CBTC);
• Operação driverless, sem condutor.
GESTÃO EMPRESARIAL
DE AMIGO PARA AMIGO
| maio 2014
CULTURA COMO ALICERCE DA EMPRESA
18
a
mensagem pessoal enviada,
em 04/02/2014, por Satya
Nadella a cada um dos milhares
de funcionários, por ocasião
de sua posse como novo CEO
Ao longo da mensagem ele destaca as suas crenças, as
oportunidades a serem buscadas e os valores básicos da
empresa. Mostra ainda a característica fundamental da
cultura Microsoft: “de uma maneira singular, conferir
força às pessoas para fazerem melhor”. Finalmente, ele
da Microsoft, mostra claramente onde começa o sucesso
da empresa: no chefe. Humildemente inicia ele a sua
apresentação, como funcionário da empresa há 22 anos.
Mostra que é um deles e, de uma forma sutil, sugere que
a cada funcionário é dada a oportunidade de progredir. A
expectativa gerada é uma forma fantástica de motivação.
convoca todos a participarem, encontrando significado
no seu trabalho, colaborando para mudar o mundo com
os recursos oferecidos, o seu talento e perseverança.
O acima exposto nos leva a lembrar o que ocorre em
nossas empresas. Entre nós há exemplos de fundições,
cujo sucesso se deve às bases culturais lançadas em
passado remoto e conservadas pelas novas
gerações. É o caso de mencionar-se a
Tupy, hoje uma das maiores fundições do
mundo, graças aos alicerces culturais,
lançados por seus fundadores e
polidos
pela
geração
seguinte.
Como testemunhos vivenciais desta
cultura podem ser citados: a busca
da garantia de qualidade superior dos
produtos fabricados; o desafio de ser o
melhor no seu setor; a presença regular
do presidente da empresa o qual, em suas
visitas semanais às unidades fabris, fazia
questão de visitar a fábrica e trocar algumas
palavras, mesmo com o funcionário mais humilde.
Era Dieter Schmidt este chefe, secundado por Raul
Schmidt, diretor industrial dedicado, responsável por
comandar a implantação das ideias, mantendo a filosofia
da empresa. O suporte técnico necessário ao sucesso
baseou-se na contratação de pessoas qualificadas e
no patrocínio da formação de engenheiros em escolas
superiores que só existiam em cidades distantes da sede
da empresa. Outro alicerce desta filosofia foi a criação
de uma Escola Técnica integrada à fábrica, nos moldes
do que fora visto na empresa suíça, Georg Fischer AG
e com a posterior assistência de estabelecimento
semelhante, de Duisburg na Alemanha. Este exemplo,
sem paralelo no Brasil, gerou um efeito multiplicador
enorme e contribuiu decisivamente para que Joinville
se tornasse um polo industrial ímpar. Foi dado o devido
valor ao conhecimento e os frutos estão sendo colhidos
até hoje.
É de referir-se um registro oposto: o de um presidente
que aparecia na fundição apenas esporadicamente,
em especial para fazer cobranças ou críticas. Para
demonstrar a insatisfação de uma forma divertida,
ele recebeu como presente um telefone fundido, ao
participar de uma festa na empresa.
Esses episódios mostram como a comunicação falha
pode ser um dos grandes problemas das empresas.
A situação hoje não está melhor do que no passado,
mesmo com os modernos meios disponíveis. Não basta
fixar valores e diretrizes a serem cumpridas pelos
funcionários. É preciso que o todo seja compreendido
pelos chefes intermediários a quem cabe questionar,
transmitir e exigir o cumprimento das normas
“...a comunicação falha
pode ser um dos grandes problemas
das empresas. A situação hoje não está
melhor do que no passado, mesmo com os
modernos meios disponíveis. Não basta
fixarem-se valores e diretrizes a serem
propostas. Todos deverão estar
conscientes de que, como dizia um cartaz em fundição
uma americana: “é melhor fazer bem feito ao invés de
explicar porque fez errado.” A melhor maneira de passar
uma informação decorre do contato pessoal, quando se
tem o auxílio da postura de quem comunica e é dada a
oportunidade de questionar a quem recebe a informação.
Isso pode ser feito em uma reunião ou de indivíduo a
indivíduo. Em uma comunicação a mensagem precisa
ser entendida corretamente, isso faz parte do processo.
Comparada com avisos impressos, cartazes e jornais
da empresa, a comunicação face a face é bem mais
eficaz. Ela usa os mesmos meios da “Rádio Peão”, que
usualmente funciona nas empresas onde a comunicação
deixa a desejar.
Concluindo: a empresa funcionará alicerçada em
sua cultura, determinada pela Direção e transmitida a
todos os funcionários. Tal cultura varia de empresa para
empresa, inexistem duas iguais. Há extremos, desde
o exemplo acima até o caso “deixa estar pra ver como
fica”. Uma vez deteriorada, pode ser extremamente
difícil obter conserto. A mudança exige uma nova postura
de pessoas, cujas atitudes às vezes são obstinadas. De
positivo cabe o registro de que é normal uma grande parte
das pessoas envolvidas reconhecerem a ocorrência de
algo errado e surgirem ideias do que é necessário fazer
para um acerto. Os interesses pessoais podem vir a ser
a dificuldade maior para implantar mudanças. Exemplos
disso são a existência de chacrinhas independentes
dentro da fundição, a forma ditatorial de conduzir a
| maio 2014
cumpridas pelos funcionários.”
19
GESTÃO EMPRESARIAL
DE AMIGO PARA AMIGO
| maio 2014
“Há casos extremos de
operação fabril e o bloqueio da produção por
cultura interna deteriorada,
motivos escusos. Todos graves sinais de
caracterizados por refugo fora
deterioração.
Um caso bem sucedido de mudança de
de controle, desperdício, baixa
cultura: o de uma fundição em processo
falimentar por conflitos de interesse entre
produtividade, desleixo, alto índice de
os sócios e por erros básicos na produção.
acidentes, etc. Tudo isso agravado por
Eis que a administração mudou e passou
sua mensagem clara à equipe: “estamos
um clima de trabalho pesado onde não
aqui para ajudar, mas quem vai recuperar
faltam críticas dos funcionários à
esta fundição são vocês”. Este recado foi
muito bem entendido pelos funcionários.
direção da empresa e às chefias
Criou-se um novo clima na empresa e, diante
do eventual perigo de todos perderem o emprego,
em geral.”
20
estabeleceu-se uma união entre os funcionários.
A motivação advinda desta união foi magistralmente
descrita por Antoine De Saint-Exupéry em seu livro Terra
dos Homens: “Então vem a ajuda mútua. Descobre-se
que se pertence à mesma comunidade. Cada um se
enriquece com a descoberta de outras consciências.
Então os homens se olham com um grande sorriso. E
parecem prisioneiros libertados que se maravilham com
a imensidão do mar.” Tal mudança de atitude alicerçou a
recuperação da referida fundição que continua operando
muito bem até os dias de hoje.
Em outra fundição o clima de trabalho deteriorarase por conta de ações do superintendente, origem de
sérios conflitos internos e grandes dificuldades no
atendimento a clientes. Atrasos nas entregas geraram
um mal-estar geral. Providenciou-se a contratação de
um novo superintendente e, em apenas seis meses,
as suas ações mudaram a cultura da empresa. A
implantação de um princípio rígido, para que toda queixa
de qualquer cliente fosse discutida e respondida no dia
de seu recebimento, foi fundamental. Estabeleceu-se
a realização de uma reunião diária de gerentes, com
hora certa e sem escusas para omissões. Nas primeiras
reuniões foi necessário serem buscados alguns gerentes
pelo próprio superintendente, na hora marcada. Em
análise conjunta eram decididas as providências,
prontamente comunicadas aos clientes, sendo fixados os
meios e os responsáveis pela sua execução. O trabalho
de uma equipe capacitada, com um líder atuante e
objetivos claros, criou as condições necessárias à
almejada recuperação.
Há casos extremos de cultura interna deteriorada,
caracterizados por refugo fora de controle, desperdício,
baixa produtividade, desleixo, alto índice de acidentes,
etc. Tudo isso agravado por um clima de trabalho pesado
onde não faltam críticas dos funcionários à direção da
empresa e às chefias em geral. As providências para a
solução do impasse são complicadas e o ponto de partida
normalmente é marcado pela atuação da direção da
empresa, que deve reconhecer a gravidade da situação
e estar disposta a tomar as ações requeridas pelo caso.
É incontestável que para criar e manter um clima
favorável dentro da empresa estamos lidando com
seres humanos. Eles são a empresa, cada um com as
suas características peculiares, genéticas ou adquiridas
por vivências individuais. Nosso sucesso dependerá em
primeiro lugar da clara fixação de valores e objetivos
a serem atingidos na operação da empresa, que
precisam ser transmitidos e compreendidos por todos
os funcionários. O mais difícil, entretanto, é motivar
cada um deles a cumpri-los e, em assim fazendo, se
sentir orgulhoso e realizado por participar da equipe.
É importante que haja a impreterível flexibilidade
para motivar cada funcionário de acordo com as suas
características individuais, mostrando quão importante
é a sua atuação no conjunto, dadas as peculiaridades
do processo de fundição, em que a falha de um pode
colocar em risco o trabalho de toda uma equipe. Deve
ser lembrado ainda que lamentavelmente existe a
possibilidade de aparecerem elementos interessados
em prejudicar a empresa. Sua identificação é importante
para poderem ser eliminados da equipe, mesmo sendo
protegidos indiretamente pela legislação pátria.
A criação de uma cultura empresarial favorável
passa pela motivação de um conjunto de pessoas,
trabalhando nas condições adversas de uma fundição.
Envolve ainda a criação de um espírito de equipe em que
cada membro se sinta conectado ao outro, não só ao
trabalho em si. Isso exige uma chefia digna desse nome.
Ela deve ainda sinalizar expectativas de um futuro
melhor. Envolve também o orgulho por seu trabalho e
sentimento de realização com uma tarefa bem feita. Boa
sorte, amigo!
Enio Heinen é engenheiro metalúrgico formado na uFrgs, com curso de especialização
em Fundição na rWth de Aachen-Alemanha,
Foi professor de Fundição na uFrgs durante 28 anos e de metalurgia Física na ETT Escola Técnica Tupy - Sociesc, trabalhou em
diversas fundições brasileiras. Atualmente é
consultor técnico em Fundição.
E-mail: [email protected]
gestão empresarial
| maio 2014
competitividade
22
D
COMPETITIVIDADE (Iv)
as três partes nas quais dividimos o tema para facilitar a
análise, duas delas, isto é, a
competitividade sistêmica e a
setorial foram objeto de artigos anteriores. Este vai cuidar
da última delas, ou seja, da competitividade empresarial
que é aquela cuja responsabilidade cabe, quase que exclusivamente, à própria empresa.
Indiscutivelmente, ela é consequência da competência
com que cada indústria gerencia sua produção, pois depende das virtudes de seus produtos em termos de preço,
design, qualidade e inovação.
Estes fatores, que definem a competitividade empresarial, começam a desempenhar seu papel antes
da produção propriamente dita, pois o resultado final
depende tanto da qualidade da engenharia e do projeto
quanto, posteriormente, do controle do processo produtivo, onde são importantes a modernidade dos meios de
produção e seu layout, bem como a capacidade de seus
recursos humanos.
Há que considerar ainda, na competitividade de cada
empresa, ganhos de escala, quando o produto e o mercado
os permitem, ou a versatilidade na produção, quando estes ganhos não são factíveis, além da excelência da gestão
que é, hoje, reconhecidamente, um componente fundamental para o sucesso de uma empresa.
No Brasil, lamentavelmente as empresas convivem
com desvantagens sistêmicas que afetam fatores que, em
tese, são de sua responsabilidade. É óbvio, por exemplo,
que o custo de treinar seus recursos humanos, desde o
pessoal da administração até o de chão de fábrica, é maior
do que o custo de nossos concorrentes, pelas conhecidas
carências quantitativas e qualitativas de nossa educação.
Um dos indicadores mais usados, quando queremos
nos comparar com outros países, é a produtividade do
trabalho, entendida como o valor agregado (grosso modo,
receita líquida menos insumos) dividida pelo número de
funcionários. O resultado não é brilhante para o Brasil, por
ser muito inferior aos dos países desenvolvidos, além de
ter crescido muito pouco ao longo da última década.
Este resultado, que mostra que nossa produtividade é
apenas um quarto da dos Estados Unidos ou Alemanha,
num primeiro momento, pode nos levar à conclusão de
que nossos trabalhadores são pouco eficientes e, normalmente, a causa é atribuída à baixa escolaridade de nossa
mão de obra.
É evidente que a disponibilidade de trabalhadores, com bom nível de educação
formal e com treinamento e/ou experiência industrial, faz uma
considerável diferença nos
índices de produtividade,
mas o fator educação,
isoladamente,
explica
apenas uma parte desta
diferença.
Na realidade a maior
parte da baixa produtividade é responsabilidade
do “entorno” do trabalhador. Um americano
ou um alemão tem, em
média, três a quatro vezes
mais recursos produtivos a
sua disposição do que um brasileiro. Os recursos produtivos aqui
citados não são somente máquinas e
equipamentos mas, incluem também o ferramental e o software disponível.
Para confirmar, ainda que empiricamente, este fato
basta observar, por exemplo, o que ocorre com a produtividade de um trabalhador mexicano, cujo nível de produtividade é assemelhado ao nosso, quando cruza a fronteira
com os Estados Unidos. Mesmo sem melhorar sua escolaridade, o valor agregado que ele gera aumenta duas ou
três vezes. Aliás é o que ocorre em qualquer país quando
um trabalhador muda de um setor de baixa produtividade
para outro com desempenho melhor.
Esta disparidade de recursos, entre os que nós temos à disposição em comparação com nossos concorrentes desenvolvidos, não é casual e sim decorrência de
um modelo de desenvolvimento que precisa ser corrigido,
se quisermos ser competitivos e para, inclusive, termos
condições de nos integrar nas cadeias globais de valor.
Ela decorre do elevado custo de capital com o qual a
indústria brasileira convive historicamente. Este fato faz
com que, até hoje, no Brasil, seja mais barato contratar
mais operários do que comprar máquinas mais eficientes, exatamente ao contrário do que ocorre nos países
desenvolvidos. Não é a toa que a automação da produção
brasileira é relativamente pequena e o uso de robôs industriais é apenas incipiente.
Para piorar nossa situação, nos últimos anos, a escassez de mão de obra, decorrente de uma taxa de desemprego
decrescente, principalmente por motivos estruturais, tem
levado a indústria brasileira a perder produtividade, via
aumento do custo de mão de obra sem o equivalente aumento de produção, pois o trabalho deixou de ser um fator
de produção barato que “compense” ainda que precaria-
que nos dê juros baixos (estamos falando
de juros de mercado) e câmbio alto, nós temos
pela frente uma luta muito difícil.
Por último, mas não menos importante, a qualidade da
gestão da empresa é fundamental para seu desempenho.
Basta observar que num mesmo país, quando se analisa a
produtividade das empresas de um determinado setor encontramos diferenças de desempenho que beiram os 40%,
entre as empresas com a melhor e a pior produtividade.
Fica claro, assim, que empresas sujeitas às mesmas condições sistêmicas, ou seja, que convivem no
mesmo ambiente em relação a câmbio, juros, impostos
e qualidade e custos de mão de obra, podem ter, e na
prática têm, desempenhos muito diferentes entre si.
Boa parte desta diferença de produtividade é responsabilidade
da qualidade da gestão.
No próximo artigo, e último desta série, vamos discorrer um pouco sobre o que devem fazer as empresas para
minimizar tanto as desvantagens sistêmicas, quanto as
setoriais e sobre como podemos aumentar a produtividade
de cada uma para compensar, ainda que não integralmente, as demais desvantagens e, assim, poder enfrentar
melhor a concorrência de seus pares e, principalmente,
dos produtos importados, enquanto o Brasil como um todo
não for um pais competitivo.
Mario Bernardini é Engenheiro Metalúrgico,
faz parte do Conselho Superior de
Economia da FIESP, Assessor Econômico da
Presidência e Diretor de Competitividade,
Economia e Estatística (DCEE) da ABIMAQ.
E-mail: [email protected]
| maio 2014
“No Brasil,
lamentavelmente as
empresas convivem com
mente o elevado custo do
desvantagens sistêmicas que afetam
investimento em bens de
capital.
fatores que, em tese, são de sua
Ainda que tenhamos
separado a competitiviresponsabilidade... Um dos indicadores
dade em três áreas para
efeito de análise, podemmais usados, quando queremos nos
os observar, na prática,
comparar com outros países, é a
que é impossível deixar
de considerar os efeitos da
produtividade do trabalho,
competitividade
sistêmica
sobre
as
outras
e
vice-versa.
entendida como o valor
Assim, sem uma política
macagregado.”
roeconômica favorável à produção,
23
gestão empresarial
qualidade
| maio 2014
AFINAL, QUAL É A PERGUNTA CERTA?
24
U
ma fundição que conheço
bem recebeu um pedido
para desenvolver cinco novas
peças, algumas delas inclusive iriam substituir peças
importadas. O processo de
desenvolvimento foi bem tumultuado com as amostras,
sendo reprovadas mais de uma vez até que sobraram
as duas últimas peças, que deveriam ser fornecidas já
usinadas, para o cliente, prontas para serem montadas
em seus produtos.
E, novamente as primeiras amostras foram reprovadas. Poucos dias após eu ser comunicado que não cumpriríamos o prazo de submissão das amostras, recebi um
novo APQP com o novo prazo, longíssimo por sinal, mas
feito num formulário padrão com cada uma das etapas
muito bem descrita e com todos os prazos detalhadamente especificados.
Tenho convicção que esse APQP resistiria a qualquer
auditoria da ISO 9001 e, passaria com mérito pela certifi-
cação, causando orgulho na equipe responsável.
Mais alguns dias recebo novo e-mail da assistente
de vendas me perguntando se eu já havia encaminhado
o novo APQP, ao cliente. Eu estava me preparando para
justificar, que ainda não havia encaminhado e, qual eram
os meus motivos, quando me veio uma iluminação.
Pera ai, mas essa não é a pergunta certa!
A pergunta certa era sabermos como o cliente, com
a nossa falha, seria afetado e, o que deveríamos fazer
para minimizar os eventuais problemas que estaríamos
causando, ou então, como a equipe de vendas estava se
sentindo por não ter entregue o prometido ao cliente, se
isso afetaria ou não a confiança em nossa empresa ou
como o atraso na aprovação da amostra iria influir nas
metas de vendas do ano.
Perguntas erradas nos levam a conclusões erradas
e, consequentemente a caminhos errados nas ações
necessárias para corrigir o processo, que acumula tantos erros. Temos que de forma ágil e flexível decidir por
uma ação de contenção e reparação desse problema em
questão e, outra sistêmica para identificar as causas
raízes e, alterar o processo para que o erro não
volte a ocorrer.
Sem dúvida, pela reação da equipe de
engenharia de desenvolvimento e, da assistente de vendas, o foco deles ou a meta
deles ou os indicadores de eficiência do
processo deles estava no procedimento e,
não na satisfação do cliente. Portanto, agiram para corrigir o processo e, evitar que a
equipe fosse demeritada.
Opâ e, o cliente? Bem o cliente, por enquanto, deixa prá lá, dentro de alguns meses
ele receberá novas amostras!
Se queremos clientes fiéis ou melhor “clientes fans”, temos de colocá-los no centro de nossa
melhor atenção, em tudo que fazemos.
Normas são importantes, processos robustos idem
mas cuidado, para não esquecer de fazer a pergunta
certa ou, como diz Tom Peters no seu livro Reimagine,”a
norma ISO é uma ótima forma de fazermos coletes
salva-vida de concreto, sempre do mesmo jeito!”.
“Se queremos
clientes fiéis, ou melhor,
“clientes fans”, temos que colocalos no centro de nossa melhor
atenção, em tudo que fazemos.”
Ricardo Pugliesi
Consultoria e Gestão da Estratégia,
modelos inovadores de negócios, Gestão
comercial e exportação.
[email protected]
Cel.: (11) 9 6488-2240
gestão empresarial
Responsabilidade Social
EMPRESAS LIMPAS
| maio 2014
Um novo panorama apresenta-se às empresas: a utilização de
energias alternativas em forma de responsabilidade socioambiental.
26
J
á na pré-história o homem busca desenvolver mecanismos que lhe tragam mais
conforto e menos esforços. Foi assim
com o fogo – que fez com que se pudesse
aprimorar a alimentação e aumentasse
sua segurança -, com a roda, a força das
águas, dos ventos, dos animais domésticos usados para arar a terra e transportar cargas e pessoas de um canto a outro.
Ao final do século XVIII, início do XIX, a Revolução
Industrial inova no quesito utilização de energia utilizando
a máquina a vapor e, posteriormente em seus desdobramentos, o uso de combustíveis fósseis que possibilitavam
desde a geração de calor, iluminação e energia mecânica.
Nos cem anos seguintes o homem desenvolveu usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares. Apesar de
ser eficaz, a energia nuclear é cara e é questionada devido aos danos ambientais causados, já que pode interferir
no ecossistema. No Brasil do século XXI, a biomassa, a
energia solar, a energia eólica, geotérmica, entre outras,
fazem parte de uma realidade que veio para ficar.
Analisando este panorama através da perspectiva
de preservação ambiental, as grandes empresas, hoje
aderem ao uso de energias alternativas. Uma delas é
a Volkswagen do Brasil, que fez com que fosse um dos
destaques no ranking de 2011 das ‘empresas limpas’, organizada pela inglesa Bloomberg New Energy Finance.
Tudo começou quando, em 2010, a empresa inaugurou uma pequena central hidrelétrica (PCH), entre as
cidades de São Joaquim da Barra e de Guará, no estado
de São Paulo. Localizada no rio Sapucaí, a PCH possibilitou o aumento do uso de energia renovável, dado que seu
potencial gera 18% do que se consome na Volkswagen
Brasil.
Responsável pelo projeto, Carsten Isensee, Presidente
de Finanças e Estratégia Corporativa, afirma que “Os
créditos de carbono são um incentivo para que as empresas invistam em energia limpa e renovável, como já faz a
Volkswagen do Brasil. Com a PCH Anhanguera, reforçamos a postura inovadora e pioneira da Volkswagen do
Brasil, que assume o compromisso com a sustentabilidade
do planeta, ao mesmo tempo em que garante a energia
elétrica para seus processos produtivos”.
A PCH Anhanguera – como é chamada - não só possibilitou que a Volkswagen do Brasil aumentasse a utilização de energia renovável de 86% para 93,55%, mas
também que a iniciativa obtivesse reconhecimento da
Organização das Nações Unidas (ONU), que aprovou
créditos de carbono. Segundo a ONU, a usina ajuda a diminuir a emissão de gases causadores de efeito estufa.
A Autometal, empresa localizada no município paulista de Diadema, que produz e comercializa autopeças,
também faz parte do hall das empresas com consciência
ambiental. Tanto que está em segundo lugar na lista da
Bloomberg, perdendo apenas para a Faber Castell.
Adequando-se à legislação pela diminuição da
emissão de gases do efeito estufa (GEE), mais do que
seguir um código, as empresas abrem-se para novas
e vantajosas perspectivas. De acordo com consultor do
Projeto ABNT/BID para certificação de emissão de Gases
de Efeito Estufa (GEE), Julio Jemio, o uso de tecnologias
alternativas traz mais eficiência energética às empresas.
Em seguida, o consultor faz ainda considerações a
respeito do futuro dessas corporações: “Não vai demorar
muito para que todo o Brasil ande no sentido de redução
de GEE. Se a empresa não se atualizar, ela simplesmente
vai ser pisoteada”, afirma.
Ranking no qual empresas brasileiras que se destacam em
projetos implantados de inovação energética são listadas.
Viviane Cabrera é jornalista e autora do livro
Flores do Asfalto - Histórias de duas favelas
paulistanas. Colabora com a EcovoxTv, uma
webtv do jornalista Humberto Mesquita,
voltada para sustentabilidade. Possui também
um blog literário chamado *Brainstorm*.
E-mail: [email protected], Tel.: (11) 99864-6018
Facebook: https://www.facebook.com/viviane.cabrera?ref=tn_tnmn"
Blog: www.vivikbrera.blogspot.com Site EcovoxTv: www.ecovoxtv.com
Canal youtube EcovoxTv: http://www.youtube.com/user/ECOVOXTV
gestão empresarial
recursos humanos
| maio 2014
A educação como ponto de partida
para o crescimento sustentável
28
A
s mudanças sociais e os avanços
tecnológicos levaram as empresas a compreenderem que o seu
futuro é determinado em grande
parte pelo desenvolvimento dos
indivíduos pertencentes à sua estrutura. A constatação é de que sem conhecimento não
há base sustentável para resultados no longo prazo.
A nova realidade, marcada por um cenário de competitividade, redefine o perfil do profissional. As organizações precisam de pessoas que saibam atuar em equipe
para a geração de soluções inovadoras, que não apenas
resolvam problemas internos, mas também consigam
gerir a companhia de maneira eficaz. Desta forma, para
que seus executivos tenham condições de se preparar
antecipadamente para os desafios corporativos, administrando o seu tempo e assumindo novos papéis, as empresas perceberam que devem criar um ambiente propício
ao aprendizado contínuo e investir em programas de
desenvolvimento profissional.
Se no passado a responsabilidade pelo sucesso dos
negócios era de alguns executivos, hoje está claro que
todas as pessoas da organização contribuem para o seu
crescimento e, portanto, devem desenvolver suas capacidades para atuar de forma estratégica e em consonância
com os objetivos empresariais.
É nesse contexto que surge a necessidade nas organizações de um espaço para a discussão de problemas e
desafios comuns, no qual os executivos e demais colaboradores possam aprender uns com os outros, compar-
tilhando experiências de trabalho e conhecimento,
consolidando em grupo práticas que têm o poder de solucionar problemas organizacionais
reais.
Em vez de fórmulas mágicas e teorias que pregam verdades universais,
as empresas buscam programas de
educação corporativa que desafiem
seus profissionais a pensar e a fazer. Os profissionais de hoje precisam ser qualificados, experientes e
adaptáveis ― e as empresas devem
oferecer o treinamento necessário
para que eles desenvolvam essas três
características.
Agora, da mesma forma que a educação corporativa tornou-se vital para
qualquer organização que busca vantagem
competitiva, é fundamental que os profissionais
alimentem a sua própria capacidade de aprendizado
e de adaptação, e saibam aproveitar profissionalmente
e pessoalmente as oportunidades geradas pelo atual
cenário empresarial ― sem isso, nenhuma solução educacional será bem-sucedida. Para as empresas, o desafio maior está traçado: investir no programa educacional
certo, para as pessoas certas e no tempo certo, enquanto
se planejam e se preparam para o futuro.
“Se no passado
a responsabilidade pelo
sucesso dos negócios era de alguns
executivos, hoje está claro que todas
as pessoas da organização contribuem
para o seu crescimento e, portanto, devem
desenvolver suas capacidades para
atuar de forma estratégica e em
consonância com os objetivos
empresariais.”
Fonte: Revista Você RH - Goret Pereira Paulo - Pesquisadora
da FGV (Fundação Getúlio Vargas)
ENTRETENIMENTO
CULTURA
| maio 2014
O PROGRESSO DA FUNDIÇÃO QUE VIROU ARTE
30
A
No final do século XIX,
instalou-se no bairro da Lapa,
cidade do Rio de Janeiro, uma
fundição de cofres e fogões, a
Cofres & Fogões Progresso. Em
1912 já era um prédio imponente,
que abrigava a fábrica conhecida como Fundição de
Ferros Progresso. Chegou ao auge de suas atividades em
1976, mas depois fechou as portas graças a um projeto
do Governo na época, que era de demolir tudo por ali e
construir uma via que cortasse o Centro de Norte a Sul
da cidade.
Por algum tempo ficou abandonada, e em 1980 já
sofria com as primeiras marretadas que anunciavam sua
demolição. Mas, artistas dos arredores que utilizavam
terrenos e locais próximos, dentre eles o CIRCO VOADOR,
vizinho ao prédio, se interpuseram aos operários que
trabalhavam na obra, ao mesmo tempo em que outros
iam buscar ajuda da imprensa, num movimento crescente
que conseguiu seu intento quando, finalmente em 1987,
o Governador Chagas Freitas sustou a ação de demolir,
passando ao CIRCO VOADOR e àqueles que lutaram pela
permanência do prédio o direito de administrar o local.
Houve, no entanto, um período em que a
Administração se desentendeu, e em 1999 o fundador do
Circo Voador, Prefeito Fortuna, foi eleito como Presidente
de uma ONG de nome FUNDIÇÃO PROGRESSO. Vários
grupos artísticos, principalmente de música e dança,
foram convidados para ocupar o local e desenvolver seu
trabalho.
Ao longo dos anos o que era um ideal se transformou
em realidade, e hoje a Fundição Progresso é um espaço
cultural consolidado, que desenvolve e promove atividades
nas áreas da arte, educação, meio ambiente, e projetos
sociais. São conhecidas as apresentações de Grupos
e cantores brasileiros de renome dentro da Fundição
onde, numa área para receber aproximadamente cinco
mil pessoas, há três palcos, um deles com 352 m2,
oferecendo toda infraestrutura necessária para qualquer
tipo de espetáculo musical.
Um imóvel que seria derrubado abriga agora uma
verdadeira máquina cultural, gerando empregos, e
oportunidades para a população através dos cursos que
ali são ministrados, profissionalizando jovens carentes
e artistas que buscam o aperfeiçoamento. Há também
em seu espaço uma área chamada Mercado Fundição,
criada em meados dos anos 2000, onde estão reunidos
juntos cafeteria, moda, bistrô, literatura, artes plásticas,
música, produção cultural e uma loja, todos disponíveis
para consumo.
Hoje é um projeto cultural autossustentável, que
compreende casa de shows e escola, onde se produz e
apresenta arte para cerca de 800 mil pessoas por ano. Palco
de momentos históricos da Música Popular Brasileira se
tornou referência para o Carnaval carioca e brasileiro
com a criação do Concurso Nacional de Marchinhas
Carnavalescas, movimentando aproximadamente 30 mil
pessoas por edição, além de ensaios de Blocos em sua sede.
Mais do que a coincidência do nome, a FUNDIÇÃO
PROGRESSO nasceu e evoluiu para fomentar e abrigar
nossa cultura, resultado de ações movidas pelo ideal de
artistas, eternos sonhadores de pés no chão.
(Pesquisa: www.lapaemfoco.wordpress.com
www.fundicaoprogresso.com.br)
Marcelo Conti
Sócio da SOLUÇÃO Gestão de Negócios e
Cultura Ltda.
Email: [email protected]
www.solucao-gnc.com.br
EVENTOS
pLenária
Afonso Gonzaga
Celso Bellotto
Eduardo Fonte
Horácio Paiva da Rocha
Luiz Antonio M. Pinheiro
Norberto Aranha
Roberto João de Deus
Vitor Azevedo
PLENÁRIA MARÇO
| maio 2014
RELATO SOBRE AS COMISSÕES
32
O secretário-executivo, Roberto João de Deus; abriu a
Reunião Plenária falando sobre o pacote de visitação organizado
pela ABIFA na 12ª Metal China – Feira de Metal + Metalurgia
para Fundição, Siderurgia, Mineração e Bens de Capital,
Em seguida apresentou o desempenho da indústria de
fundição, referente ao mês de fevereiro.
A produção total de fundidos se manteve estável
comparado ao mês de janeiro. Já comparado ao mesmo
período do ano anterior, houve queda de 1,6%.
Por metal o aço seguiu na frente, com avanço de 0,2%
comparado a janeiro; e aumento de 36,4%, quando se fala
em fevereiro de 2013.
O metal zinco teve queda de 32,2%, frente a janeiro de 2014;
e declínio de 45,7% comparado ao mesmo período de 2013.
No acumulado, o setor cresceu 1,2% comparado ao
mesmo período do ano anterior.
As exportações cresceram 6,6% no acumulado desses
dois meses, de 2013 para 2014.
Sobre a Comissão de Aço, falou Norberto Aranha (CTC),
substituindo o presidente da mesma, Pedro Cruz (Femaq), por
impossibilidade de participação no encontro. Aranha iniciou
o relato informando aos presentes sobre a apresentação,
referente ao mercado ferroviário, exibida por Vicente Abate,
presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária
(Abifer) na Comissão de Aço. “Devido o primeiro encontro
da Comissão de Aço não ter sido realizado ainda este ano,
não temos muitas informações sobre o mercado. Mas de
qualquer maneira pelos números que estamos vendo, a
indústria de aço teve uma melhora de 30%, comparado ao ano
de 2013. O que não é uma ótima notícia, pois ainda estamos
abaixo de 2012, mas ainda assim é uma pequena melhora,
principalmente sobre o mercado de mineração. A produção
está razoavelmente boa, mas com muitas incertezas”,
concluiu Norberto.
Luiz Antonio M. Pinheiro (Daicast) falou sobre a Comissão
de Alumínio, substituindo seu presidente, Mauricio Colin
(Daicast). “O setor de alumínio, este ano, está em uma
padrão, estão escassas e a demanda interna pode ser
prejudicada”, finalizou.
O vice-presidente da ABIFA, Afonso Gonzaga, também
se pronunciou sobre o ferro gusa. “É preocupante realmente
a questão do ferro gusa, temos um controle de emissão
de certificado de origem, e neste início de ano temos mais
certificados de origem do que todo o ano passado. Melhorou
o preço e realmente são poucas usinas trabalhando para
atender o setor de fundição.
Com relação ao mercado, tivemos um janeiro bom,
um fevereiro mais ou menos e um março extremamente
preocupante. Esta briga de mercado realmente está
acontecendo, e estamos muito preocupados, pois com isso
perdemos volume e preço”, diz Gonzaga.
Outra informação que Afonso Gonzaga comentou
foi sobre a instrução normativa de areia. “Acabamos de
conseguir mais uma instrução normativa no setor de areia.
Na quinta-feira (20/03) foi assinada a última DN do nosso
projeto, onde se autoriza o uso da areia para a construção
de produtos não estrutural, para o setor da construção
civil. Todo o material coletado foi levado a Ministra do Meio
Ambiente, Izabella Mônica Vieira Teixeira, numa reunião
da CNI, em Brasília (dia 24/03) e ela ficou extremamente
contente com o resultado.
Participamos do encontro representando a ABIFA, onde
estiveram presentes representantes de Santa Catarina,
Minas Gerais e São Paulo. Formamos uma Comissão
para juntar todo o material de meio ambiente da areia de
fundição e fazer um projeto só, com o objetivo de tornar isso
uma lei federal”, finalizou Afonso.
OUTROS ASSUNTOS
Roberto João de Deus, secretário-executivo da ABIFA,
convidou a diretoria para participar do Grupo de Trabalho
formado pela entidade, para discussão sobre a NR 12 e o
anexo III da NR 15. Futuramente este grupo deverá se tornar
uma Comissão permanente da ABIFA sobre as NR’s. O
primeiro encontro foi realizado na manhã de 25/03 na sede
da Associação Brasileira de Fundição.
Vitor Azevedo, da empresa Sinto, também se pronunciou,
referente ao problema NR 12. “Para atualizar o equipamento
que tenho hoje, o custo de produção aumenta entre 10 e
20%. Dependendo do equipamento, para se adequar, o
mesmo projeto, o mesmo desenho que temos nos EUA,
Japão e aqui no Brasil, temos de gastar mais 20 a 30%. O
alcance disso é muito maior do que estamos pensando”, diz.
Essas normas regulamentadoras são uma série de leis
inviáveis, pois o custo para adequação das empresas no
geral é inconcebível. Empresas que não estão dentro dessas
regras, estão sendo interditadas por fiscais. E a ABIFA vem
participando de inúmeros trabalhos sobre a questão, em
parceria com a Fiesp, CNI, entre outras entidades.
| maio 2014
situação muito ruim, inclusive isso vem desde o final de
2013. Os preços são instáveis, mas já com os Prêmios em
alta, levando o mercado interno a sofrer de todos os lados,
sem conseguir repassar os preços. Gostaria de relembrar
também sobre o ENFOCAL, Encontro de Fornecedores e
Consumidores de Alumínio que será realizado na sede da
ABIFA, no dia 25 de abril, a partir das 8h30 e estão todos
convidados”.
A Comissão de Ferro foi representada por Horácio Paiva
de Rocha (Intercast), substituindo também seu presidente,
Wilson de Francisco Jr. (Lepe). “Existe uma previsão de queda
neste primeiro trimestre, apesar dos números estarem
mostrando janeiro e fevereiro igual ao ano de 2013. O mês de
março deve ter queda, principalmente no setor de tratores
agrícolas, os volumes diminuíram, empresas estão fazendo
cortes de programação. Frota pesada está estável e do outro
lado estamos com grande dificuldade de repasse de preços”,
diz Horácio.
O presidente da Comissão de Suprimentos, Celso Bellotto
(Fundição Regali), falou: “Estamos com problemas sérios
no aumento de preço. A energia elétrica cara é o principal
deles. Temos a necessidade de importação, alguns produtos
nacionais como tivemos oportunidade numa reunião com
empresa de produtos químicos, independente da produção
ser 100% nacional, ela está indexada ao dólar, e a uma
commoditie internacional. Então isso tem causado impacto
em nossos custos. No que se diz respeito a outros insumos,
estamos passando por um momento delicado com grande
dificuldade de repasse, como relataram na Comissão de
Comercialização”, diz.
Bellotto falou também sobre a reunião que participou
com a empresa associada Rhodia, a princípio para entender
sobre a questão da produção do fenol e da resina. “Este
encontro foi bem positivo em relação a como funciona a
produção e sobre a estrutura de preços deles. Este encontro
terá uma continuidade, pois agora vamos nos encontrar com
os fabricantes de resinas e areias cobertas, para chegar num
consenso de mercado”, finaliza.
O presidente da Comissão de Suprimentos convidou
todos para uma Mesa Redonda sobre Sucata, na qual estão
trabalhando para ser realizada em breve. O foco desta Mesa
Redonda é uma discussão técnica sobre as características
do aço hoje, e o que elas impactam nas sucatas geradas.“É
muito importante que assim que os empresários recebam
este convite, disponibilizem seus representantes para trocar
informações”, relembrou Bellotto.
Remo De Simone pediu para que Eduardo Fonte (Cecília
L’abbate) falasse sobre o ferro gusa. “Desde a crise de 2008
e 2009, parece que o ferro gusa foi um material que não teve
uma retomada no mercado. Ano passado fecharam algumas
usinas e no começo do ano, tivemos um período intenso de
chuva, subindo o preço do carvão, relativamente aumentando
o preço do gusa também. Em seguida veio o aumento do
câmbio, então a taxa cambial mais alta, se tornou um atrativo
exportar. Por isso, vejo um mercado um pouco complicado
para as fundições. Algumas faixas de gusa que fogem do
33
EVENTOS
PALESTRA
| maio 2014
PALESTRA MÁRIO BERNARDINI
34
O assessor econômico da presidência e diretor de
competitividade, economia e estatística da ABIMAQ,
Mário Bernardini, foi novamente convidado para promover
palestra com o tema “Cadeia Metal-Mecânica, ameaça da
China e desindustrialização no Brasil”, na sede da ABIFA,
em São Paulo. Esta palestra seria a parte II e final desse
mesmo tema abordado no último mês de janeiro.
Neste encontro Bernardini expôs dados que
demonstram como a China dominou quase todos os
mercados do mundo.
Alguns quadros podem ser observados apenas para
exemplificar, como o quadro de número 1. Verifique o
comportamento das importações e das exportações nos
períodos considerados.
Quanto a produtividade, veja no quadro 2 a situação no
período 1990-2000 e no período 2000 a 2008.
O saldo comercial no quadro 3 também merece
ser analisado.
Nas mudanças do Comércio Internacional verifique
nos quadros 4 e 5 as colunas “Produtos de Metal” e a sua
evolução de 2000-2010.
A mesma análise pode ser feita com relação ao
Comércio Internacional com a China nos quadros 6 e 7,
coluna “Produtos de Metal”, no período 2000 a 2010.
EVENTOS
PALESTRA
“As exportações de
produtos tecnologicamente
menos sofisticados vem sendo
progressivamente terceirizada para
países como Vietnã, Índia, Malásia, Sri
lanka e Indonésia, onde o custo de
mão de obra é ainda menor do
que na China.”
Mario Bernardini
| maio 2014
Conclusão – O avanço da China:
36
A análise anterior mostrou que a ameaça da China
não é mais por conta das importações de produtos de
baixa qualidade e baixo valor agregado, como se avaliava
há até bem pouco tempo atrás no Brasil.
De fato, a China é atualmente o segundo maior
fornecedor de bens de capital para Brasil, tendo superado
a Alemanha (o primeiro são os EUA, ficando a Alemanha
em terceiro lugar), e sua participação nos mercados
de bens duráveis de consumo (automóveis, eletro e
eletrônico-doméstico) tem sido fortemente crescente, e
essa tendência vem persistindo até hoje.
As exportações de produtos tecnologicamente menos
sofisticados vêm sendo progressivamente terceirizadas
para países como Vietnã, Índia, Malásia, Sri Lanka e
Indonésia, onde o custo de mão de obra é ainda menor
do que na China.
Esse é um dos motivos pelos quais as compras desses
países pelo Brasil tem aumentado rapidamente: da Índia,
+93% em 2010; da Indonésia, +54%; do Vietnã, +115%; da
Malásia, +43%.
A propósito, o MDIC – Ministério de Desenvolvimento,
Indústria e Comércio começou a aplicar legislação
aprovada recentemente para impedir as importações por
triangulação.
A íntegra desta apresentação poderá ser “baixada” no
site da ABIFA: www.abifa.org.br
PERFIL DO ASSOCIADO
| maio 2014
A METALIMPEX é a nova associada da ABIFA
38
O Grupo BOONE COMENOR METALIMPEX é referência
mundial na área de reciclagem e destinação de resíduos
limpos industriais. Fundado em 1899, na França pela
família Boone.
Presente em 13 países, com mais de 450 funcionários, o
grupo chegou ao Brasil em 2007, trazendo o conhecimento
de mais de 100 anos na área de gerenciamento de sucata
metálica.
O grupo escolheu como local sede de sua primeira
subsidiária das Américas, a cidade de São José dos Pinhais/
PR, constituindo assim a METALIMPEX DO BRASIL. A escolha
do local foi fundamentada pela grande presença da indústria
automobilística no estado do Paraná.
Em 2008, a BOONE COMENOR METALIMPEX foi
incorporada a SITA France, esta pertencente a SUEZ
Environnement, braço na área de desenvolvimento ambiental
do Grupo Suez, reforçando e aumentando sua especialização
na reciclagem de metais ferrosos e não-ferrosos. Hoje, nosso
grupo é conhecido como um dos líderes do ramo.
Em 2012, abriram a primeira filial no estado do Rio de
Janeiro, atendendo ao Polo Automotivo de Resende.
A METALIMPEX DO BRASIL, integrante deste grupo com
os principais especialistas na reciclagem de metais ferrosos
e não-ferrosos da produção industrial, traz como principais
atividades:
• O tratamento e recuperação de suas sucatas, desde a
coleta até o comércio da mesma;
• Soluções técnicas customizadas para transformar e
recuperar materiais metálicos de sua produção;
• Especialistas em negócios nos processos de
reciclagem e estudos personalizados, visando à
integração de ferramentas de reciclagem industrial
dentro da sua atividade.
Entre os principais clientes da Metalimpex estão as
montadoras de automóveis e as fabricantes de autopeças.
A empresa trabalha com a gestão global de resíduos
limpos (metais ferrosos e não ferrosos, papel, papelão,
vidros, plásticos).
Para a realização do trabalho, a Metalimpex prioriza a
instalação de unidades nas empresas geradoras da sucata,
otimizando assim o processo e agregando maior valor a
este subproduto da indústria tão nobre e importante no
ramo da reciclagem.
Hoje, a METALIMPEX DO BRASIL possui operações
dentro da Renault do Brasil, Magna Cosma, MA Automotive
do Brasil, na mais nova fábrica da Nissan em Resende/RJ,
dentre outros.
Os clientes têm como rastrear os seus resíduos, que
têm destinação específica e em conformidade com a
legislação brasileira.
A METALIMPEX atua dentro de suas atividades, buscando
sempre a melhoria contínua através de seu compromisso
com o Sistema Integrado de Gestão de Qualidade, Meio
Ambiente e Segurança e da qualificação de sua equipe.
REGIONAIS DA ABIFA
MINAS GERAIS
| maio 2014
REGIONAL ABIFA MG EM
PARCERIA COM A COMELTING,
PROMOVE WORKSHOP SOBRE
PRODUTIVIDADE EM FORNOS
A INDUÇÃO
40
Foi realizado, no dia 21 de março, na sede da regional
ABIFA Minas Gerais, em Itaúna, o Workshop sobre produtividade em fornos a indução, ministrado pelo instrutor
Vanderlei Garcia Romano, considerado um dos maiores
especialistas em fornos a indução do Brasil, com mais de
30 anos de experiência no assunto.
O workshop abordou os temas de operação, manutenção, segurança e vários outros tópicos importantes
relacionados à produtividade de fornos a indução. O evento
contou com a participação de 25 colaboradores de várias
empresas dos estados de Minas Gerais e São Paulo, dentre elas: Intercast, Fundição Sideral, Fundição Santana,
Fundição Afer, Villares Metals, Arbolite, Fundição FMA,
Fundição Moreno, Furlan Máquinas e Equipamentos,
Useligas e Metalúrgica Frum.
Para o cronograma de cursos e eventos abordando o tema de fornos a indução na regional ABIFA Minas
Gerais para o ano de 2014, ainda estão previstos mais
dois Workshop sobre este tema na qual serão divulgados
na Revista ABIFA Fundição & Matérias-Primas e no site
da entidade www.abifa.org.br nos próximos meses.
Cássio Machado e Hyrguer Costa (presidente do Sindimei)
Empresário Cássio Machado
é indicado para receber
a Comenda do Mérito
Industrial 2014
Após ser indicado pela diretoria do Sindimei Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas,
Mecânicas e do Material Elétrico de Itaúna, para a
Comenda do Mérito Industrial 2014, o empresário, expresidente e atual diretor administrativo da entidade,
Cássio Moreira Machado, teve seu nome confirmado para
receber o prêmio concedido pela FIEMG - Federação das
Indústrias do Estado de Minas Gerais.
O evento será realizado no mês de maio, durante as
comemorações do Dia da Indústria, ocasião em que a
FIEMG entregará os títulos de “Industrial do Ano” e “Mérito
Industrial” aos empresários que se destacam e contribuem
para o crescimento da indústria mineira e nacional.
Cássio, sócio-diretor da empresa Intercast S/A, após
receber do Sindimei uma placa que registra a indicação,
agradeceu, manifestou sua satisfação sentindo-se hon­
rado pela escolha da diretoria.
REGIONAIS DA ABIFA
RIO GRANDE DO SUL
Deere & Company chega a acordo
para vender operações de irrigação
MOLINE, Illinois– A Deere & Company anunciou que
chegou a um acordo definitivo para vender suas operações de irrigação para a FIMI Opportunity Funds, a empresa líder de private equity em Israel.
Depois de um período de sete anos produzindo produtos de irrigação, a John Deere anunciou, em setembro do
ano passado, a intenção de buscar opções estratégicas
para suas operações de irrigação, a John Deere Water.
A conclusão do negócio está prevista para o segundo trimestre de 2014. As condições da venda não foram divulgadas.
Enquanto a John Deere está deixando as operações
de irrigação, a empresa observou que, como parte de
sua estratégia John Deere FarmSight™, vai continuar a
desenvolver e oferecer produtos e serviços para ajudar
os clientes a melhorar o desempenho geral de suas operações agrícolas, incluindo a atual tecnologia de detecção
da umidade e clima no campo, conhecida como John
Deere Field Connect.
A John Deere Water é uma das maiores fabricantes
mundiais de linha completa de irrigação por gotejamento do mundo, com ampla distribuição nas Américas do
Norte e do Sul, além da Ásia, Europa e África.
A FIMI Opportunity Fund é o maior e principal fundo
de private equity de Israel, com mais de US$ 2 bilhões
em capital investido. A empresa está investindo em companhias com forte potencial de crescimento e presença
global, e tem vasta experiência em gerar o crescimento
e a melhoria de empresas com presença global por meio
de atividades de desenvolvimento de negócios com foco e
excelência operacional. Para mais informações, acesse
www.fimi.co.il.
fonte: John Deere.
REGIONAIS DA ABIFA
RIO GRANDE DO SUL
| maio 2014
O Laboratório de Fundição (LAFUN) – UFRGS
42
O Laboratório de Fundição (LAFUN) desenvolve
pesquisas nas áreas de processos de fundição, modelagem
numérica, solidificação, desenvolvimento e caracterização
de ligas ferrosas e não ferrosas e transformação de fase.
Entre os principais processos que envolvem o fenômeno de
solidificação, e que são estudados e desenvolvidos no LAFUN,
destacam-se: fundição em areia, fundição em cera perdida
(Investment Casting), fundição em coquilha e Die Casting,
Reocasting, Lingotamento Contínuo (Continuous Casting).
O LAFUN possibilita a estudantes, pesquisadores e
profissionais da área, desenvolverem trabalhos aplicados
em problemas de interesse acadêmico e industrial. Focaliza
em suas atividades a otimização de processos valendose da maximização da produção acoplado a redução de
insumos energéticos e o respeito ao meio ambiente.
Oferece oportunidades de estágios profissionalizantes
e cursos de aperfeiçoamento e extensão especializados
para o setor industrial. O LAFUN se localiza no Centro de
Tecnologia (CT), no Campus do Vale da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS), e atua junto ao Programa de
Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalurgia e de
Materiais (PPGE3M) colaborando na formação de mão de
obra especializada e de qualidade.
O LAFUN foi palco de importantes trabalhos no setor
metal-mecânica do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil e
até o exterior, conforme relata o Relatório Técnico de 1994.
Atualmente, o Laboratório de Fundição se encontra em fase
de reorganização e implantação de uma nova estrutura de
pesquisa. Em 2001 incorporou a área de metalografia do
Centro de Tecnologia, e é criado um setor de informática
e simulação. Propõe-se a capacitação do LAFUN para o
desenvolvimento de ferramentas matemáticas e rotinas
computacionais para a simulação de processos que
envolvam o fenômeno de solidificação, e em particular
processos da grande área de fundição. Com o avanço
da informática, é notório a necessidade de ferramentas
matemáticas aplicadas em praticamente todas as áreas
do conhecimento humano. Nas áreas de Engenharia e em
particular na Fundição, a necessidade é mais aparente,
principalmente quando o objetivo é encontrar formas mais
econômicas e menos poluentes de melhorar a qualidade
dos produtos fundidos. A médio prazo posiciona-se que
o LAFUN forneça às fundições do Rio Grande do Sul e
do Brasil, condições de melhorar e aperfeiçoar seus
atuais métodos de produção, com o auxílio de técnicas
computacionais capazes de fornecer dados quantitativos,
os quais permitam a otimização dos processos quanto:
Ao tipo de processo economicamente mais interessante
quando se tratar de peças especiais, como componentes de
mecânica fina, ou ligas não convencionais;
As características mecânicas e térmicas das areias ou
coquilhas utilizadas na confecção dos moldes;
Ao posicionamento de massalotes, resfriadores e
canais de alimentação;
À análise térmica imediata na fabricação de ligas, permitindo
alteração na composição em tempo real de processo;
A posição dos defeitos após o vazamento, como: pontos
de escória, rechupes, trincas, trincas térmicas e outros.
Nesse contexto é importante declarar que o LAFUN tem
grande preocupação na metodologia do desenvolvimento
do trabalho científico e tecnológico, ou seja, desenvolver
pesquisas sobre as questões práticas observadas em nossa
indústria. Em outras palavras, o LAFUN se preocupa em
direcionar seus alunos e pesquisadores a trabalharem
sempre voltados para a realidade encontrada no chão-defábrica. Um exemplo desse fato é o contato e a experiência
do Laboratório com as industrias do setor metal-mecânica:
Experiência do LAFUN com a indústria.
fonte: LAFUN – UFRGS
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com sede em Porto
Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, é uma instituição
centenária, reconhecida nacional e internacionalmente.
REGIONAIS DA ABIFA
RIO GRANDE DO SUL
PROJETO REÚSO DE ÁGUA – AGCO DO BRASIL
| maio 2014
A AGCO do Brasil implantou na sua fábrica de
tratores, em Canoas/RS, o Projeto Gestão Sustentável
dos Recursos Hídricos: Reúso de Água. O projeto, que
contribui para o uso racional e a conservação sustentável
dos mananciais, busca a utilização mínima de água nos
processos produtivos e a máxima proteção ambiental
com menor custo. Pioneira em técnicas produtivas e em
certificação ISO em seu setor, a AGCO é também pioneira
ao implantar esse projeto no Brasil.
44
Entenda o sistema
Além do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e técnicas
de Produção mais Limpa já implantados na empresa,
a AGCO do Brasil criou a Estação de Tratamento de
Efluentes (ETE) como tratamento terciário, para controle
de fim-de-tubo. Entre as várias técnicas de tratamento
de efluentes para reúso, a AGCO elegeu um sistema
natural de tratamento de efluentes sem uso de produtos
químicos, o Sistema de Plantas Aquáticas Emergentes PAE, conhecido internacionalmente como Constructed
Wetlands. Além do reúso do efluente tratado, o sistema
PAE possibilita a redução da toxicidade do efluente. O
“Entre as várias técnicas de
tratamento de efluentes para reúso,
a AGCO elegeu um sistema natural
de tratamento de efluentes sem uso de
produtos químicos, o Sistema de Plantas
Aquáticas Emergentes - PAE, conhecido
internacionalmente como Constructed
Wetlands.”
sistema PAE foi realizado com o uso de plantas aquáticas
das espécies Junco e Taboa.
A obra de instalação do projeto na empresa em escala
industrial foi iniciada em dezembro de 2004 e o sistema
de tratamento passou a funcionar em abril de 2005.
Com o tratamento, o efluente final tratado é reutilizado
da International Indústria Automotiva da América do Sul
Ltda. A ETE está sendo gradativamente aprimorada para
absorver efluentes provenientes de futuras ampliações.
Antes de a rede total ser implantada, os efluentes eram
tratados e destinados ao arroio Berto Círio. Com o avanço
das técnicas para o uso racional dos recursos hídricos,
optou-se pela adoção de um processo que possibilitasse
o reúso do efluente tratado, com a redução de custos
associados ao uso de produtos químicos, energia,
geração de lodo e entre outros.
fonte: AGCO do Brasil.
| maio 2014
para descarga em todos os sanitários da empresa,
lavagens industriais, posto de lavagem de tratores,
rede de hidrantes, irrigação paisagística e preparação
de emulsões oleosas. A medida busca proporcionar
economia de 70% da água atualmente utilizada para
fins industriais, reduzindo o consumo de água nobre
proveniente de águas subterrâneas e de abastecimento
público. A meta é chegar a 100% de reaproveitamento. A
grande vantagem da utilização da água de reúso é a de
preservar água potável exclusivamente para atendimento
de necessidades que exigem a sua potabilidade, como o
abastecimento humano.
Na Estação de Tratamento de Efluentes - ETE da
AGCO do Brasil são tratados os efluentes da empresa e
45
COMUNICADOS
| maio 2014
março 2014
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12/03
18/03
REUNIÃO ENTRE A ABIFA E A ASSOCIADA, RHODIA
COMISSÃO DE ALUMÍNIO
O presidente da ABIFA, Remo De Simone, realizou
um encontro (12/03) com a associada Rhodia, na sede da
ABIFA, em São Paulo.
Empresa do grupo Solvay, uma companhia industrial
internacional que oferece uma ampla gama de produtos e
soluções. Com 14.250 empregados e vendas de 5.17 bilhões
em 2011, a Rhodia é líder mundial no desenvolvimento e
produção de especialidades químicas. Fornecem produtos
de valor agregado e soluções de alto desempenho para
mercados diversificados, incluindo automotivo, eletrônico,
aromas e fragrâncias, saúde, cuidados
pessoais e
domiciliares, bens de consumo e indústria, por meio de
11 GBU’s (Unidades Globais de Negócios). (leia nota na
íntegra nesta edição)
A reunião da Comissão de Alumínio foi coordenada por
seu presidente Mauricio Colin (Daicast). Mauricio colocou
em discussão o ENFOCAL (que será realizado no dia 25/04)
item 1.1 da pauta do dia.
O presidente da Comissão tratou as evoluções para
com o evento, inclusive patrocínio, organização, horário e
temas das palestras.
14/03
COMISSÃO DE FERRO
A reunião dos fundidores de ferro e aço sobre
comercialização de fundidos tratou de assuntos relativos a
custos, defasagem de preços, situação atual de mercado e
perspectivas nacionais e globais.
Esta reunião acontece sempre, às sextas feiras de cada
mês, próximas ao dia 15 na Sede da ABIFA em São Paulo,
às 9h30min.
25/03
COMISSÃO DE SUPRIMENTOS
Celso Bellotto abriu o encontro da Comissão de
Suprimentos falando aos presentes sobre a última reunião que
participou com alguns diretores e com a associada Rhodia. Ele
contou que a motivação do encontro foi buscar o entendimento
do aumento no preço da resina, por conta do fenol no mercado
interno e entender a política de preços da Rhodia.
Novamente Bellotto relembrou que as reuniões da
Comissão passaram a ser no mesmo dia que a reunião plenária,
por uma questão logística para quem vem de fora de São Paulo.
Sobre o mercado, o presidente da Comissão não foi muito
otimista, falando que este ano será complicado devido a muitos
fatores, inclusive os inúmeros feriados devido a copa. As
indústrias no geral irão se prejudicar.
Referente às matérias-primas, a geração de sucata está
comprometida, e o gusa continua enfrentando o problema cambial para que seja
exportado. A sucata caiu a dois meses consecutivos nos EUA, junto com o minério
de ferro que despencou.
REUNIÃO SOBRE NR 12 e NR 15 - anexo nº 3
No último dia 25 de março, às 13h30min foi realizada uma Reunião sobre as
Normas Regulamentadoras, NR 12 e NR 15, anexo III, na sede da ABIFA, em São Paulo.
O objetivo da Associação Brasileira de Fundição (ABIFA) é formar um Grupo
de Trabalho de início e, em seguida torná-lo uma Comissão permanente sobre
Normas Regulamentadoras, pois com certeza este é um problema que se agravará
cada vez mais. (leia nota na íntegra nesta edição)
PALESTRA SOBRE A CHINA II, MÁRIO BERNARDINI
O assessor econômico da presidência e diretor de competitividade, economia
e estatística da ABIMAQ, Mário Bernardini, foi novamente convidado para
promover palestra com o tema “Cadeia Metal-Mecânica, ameaça da China e
desindustrialização no Brasil”, na sede da ABIFA, em São Paulo. Esta palestra
seria a parte II e final desse mesmo tema abordado no último mês de janeiro.
Neste encontro Bernardini expôs dados que demonstram como a China
dominou quase todos os mercados do mundo. (leia matéria na íntegra nesta edição)
REUNIÃO PLENÁRIA DAS
DIRETORIAS ABIFA e SIFESP
O secretário-executivo, Roberto João de Deus, abriu a Reunião Plenária
falando sobre o pacote de visitação na 12ª Metal China – Exposição Internacional
de Fundição, organizado pela ABIFA.
Em seguida apresentou o desempenho da indústria de fundição, referente
ao mês de fevereiro. (leia matéria na íntegra nesta edição)
26/03
COMISSÃO DE AÇO
Após a palestra do presidente da Abifer, Vicente Abate, sobre a indústria
ferroviária, Pedro Cruz (Femaq), presidente da Comissão de Aço, abriu espaço
para os debates sobre o setor de aço. E o primeiro tema debatido no encontro
foi sobre a NR 12 e NR 15, no qual a ABIFA vem unida a outras entidades e
organizações participando fortemente em benefício da indústria nacional.
Em seguida abordaram o mercado do setor de aço, que apesar do avanço
de mais de 30% demonstrado no acumulado do fechamento da indústria de
fundição exposto na Plenária, a situação não é tão positiva assim, com possíveis
chances de declínio no setor.
A comissão teme o segundo semestre, acreditando ser muito ruim para a
indústria no geral.
Falaram também sobre possíveis apresentações nos encontros, como
vem acontecendo frequentemente, como: Foseco e Abifer fizeram nas últimas
reuniões da comissão.
PALESTRA SOBRE A INDÚSTRIA
FERROVIÁRIA, ABIFER
No primeiro encontro do ano da Comissão de Aço (dia 26/03/2014), em
Piracicaba foi realizada uma palestra sobre a indústria ferroviária e suas
perspectivas em 2014, pelo presidente da ABIFER, Vicente Abate.
Nesta ocasião Abate começou apresentando a Associação Brasileira da
Indústria Ferroviária e sua missão. Inclusive, mencionou alguns associados que as
duas entidades tinham em comum, como: AmstedMaxion, Cruzaço, Granaço, Mic,
Randon, Voith, WHB, Winco e Usiminas. (leia nota na íntegra nesta edição)
Apex-Brasil
Entrevista com Roberto Del Papa da Frum
Por Cristina Marques de Brito
Colaboração Weber Büll Gutierres
| maio 2014
Robeto Del Papa é Engenheiro Mecânico, formado pela Escola de Engenharia Mauá, desde 1980.
Pós Graduado em Administração e Marketing pela FAAP, em 1997. Começou sua carreira na
Indústria Automobilística, na antiga Motores Perkins. Após um período de 10 anos trabalhando com
informática, retornou em 1994 ao setor automotivo, na VALTRA tratores, exercendo inicialmente o
cargo de Gerente de Pós-Venda e, posteriormente Diretor de Exportação. Ingressou na FRUM, em
abril de 2000, onde está até hoje, exercendo o cargo de Diretor Comercial.
48
ABIFA - Como você avalia o Convênio de Cooperação
Técnico e Financeiro entre a ABIFA e a Apex-Brasil?
DEL PAPA - É uma das boas iniciativas do governo, que
vêm colaborando muito para o aperfeiçoamento dos processos
de exportação, para pequenas e médias empresas brasileiras,
que antes dos convênios com a Apex-Brasil, não tinham a
mínima condição de exportar. O convênio ABIFA e Apex-Brasil,
particularmente tem gerado excelentes frutos às empresas
participantes.
ABIFA - Há quanto tempo participa do Projeto Foundry
Brazil? Quais foram as ações que a Frum participou?
DEL PAPA - A FRUM participa do projeto desde sua
implantação em praticamente todas as ações que o
projeto proporcionou.
ABIFA - Quais os benefícios que o Projeto Foundry
Brazil trouxe para a Frum?
DEL PAPA - Antes do projeto a FRUM já exportava e
possuía um departamento de exportação bastante ativo,
o projeto veio colaborar com o desenvolvimento desse
departamento, agregando conhecimento e propiciando uma
grande exposição da marca em todo o mundo.
ABIFA - Quais seriam suas sugestões para melhoria do
Projeto Foundry Brazil?
DEL PAPA - Assim com todo projeto, sempre é possível
melhorar. Tenho participado de encontros entre a ABIFA e
a Apex-Brasil, visando viabilizar ações que possibilitem um
melhor rendimento. Essas sugestões passam por temas
logísticos, operacionais, comerciais e políticos. O importante
é que mais empresas associadas
a curto / médio prazo?
“Essa carência de
possam participar do projeto,
DEL PAPA - Como eu respondi
pois somente assim, teremos
anteriormente,
alguns
países
políticas, vem abrindo espaço
cada vez mais sugestões
alteram suas regras de tempos
e possibilidades de obter
em tempos, no caso da Argentina,
cada vez mais, para competidores
melhores resultados.
as novas regras complicaram e
internacionais, que beneficiados por em alguns casos inviabilizaram
ABIFA - Qual sua
as exportações. As associações
políticas de seus governos, estão
maior necessidade como
de classes estão trabalhando
empresa e no que a
junto com o governo brasileiro no
ganhando mais e mais espaço no intuito de reverter essa situação.
parceria com a Apex-Brasil
lhe auxilia?
Eu particularmente acredito, que se
mercado brasileiro.”
DEL PAPA - A FRUM, assim
algo ocorrer para melhor, somente a
como a maioria das empresas,
partir de 2015.
tem a necessidade de diversificar seu
faturamento, para minimizar os riscos
ABIFA - De uma maneira geral, como avalia
da concentração. O projeto auxilia nessa tarefa, na
o setor de fundição no Brasil frente aos seus principais
medida que nos abre as portas para novos produtos e novos
concorrentes mundiais?
mercados.
DEL PAPA - Assim como muitos setores manufatureiros
brasileiros, o setor de fundição vem sofrendo com a falta
ABIFA - Quais foram os eventos que deram melhores
de políticas que incentivem a indústria nacional. Essa
resultados para a Frum?
carência de políticas, vem abrindo espaço cada vez mais,
DEL PAPA - Todos os eventos têm sua parcela de
para competidores internacionais, que beneficiados por
contribuição importante, para a FRUM particularmente, as
políticas de seus governos, estão ganhando mais e mais
feiras trazem resultados mais tangíveis.
espaço no mercado brasileiro. Particularmente, o setor de
fundição, voltado para o setor automobilístico, sofre com a
ABIFA - Quais os países com menos dificuldades para
importação de conjuntos montados em detrimento a peças
exportar? E qual nunca exportou, mas gostaria?
fundidas brasileiras. Esperamos que o projeto INOVAR
DEL PAPA - Cada país tem suas particularidades e de
AUTO, venha minimizar esse impacto.
tempo em tempo aparecem países que alteram suas regras,
o que em alguns casos facilitam, em outros complicam.
ABIFA - Quais as maiores dificuldades para ser um
Hoje, a FRUM está tentando reconquistar o mercado Norte
exportador no Brasil? E como solucioná-las?
Americano, que é o maior mercado do mundo, porém muito
DEL PAPA - A falta de políticas que incentivem a
competitivo, e que deixamos de exportar, por ocasião da
indústria brasileira exportar. A solução passa pelas
apreciação do Real a partir de 2006. Hoje o câmbio nos traz,
associações de classes, que são os legítimos defensores
novamente, uma “luz no fim do túnel”.
dos interesses de seus associados. O questionamento, as
sugestões, a precisão de informações são fatores cruciais
ABIFA - Especificamente, como enxerga a situação
para alimentar as associações, para que se possa, em
atual das exportações para a Argentina e o que se esperar
nome de uma classe, propor e lutar por mudanças.
Apex-Brasil
Workshop de Integração e Planejamento Apex-Brasil
| maio 2014
“A Inovação Como Cultura e Gestão de Projetos”
50
Com o tema “A Inovação Como Cultura e Gestão de Projetos”
a Apex-Brasil promoveu nos dias 26 e 27 de março um workshop
em São Paulo, direcionado para 60 entidades parceiras, a fim
de promover a cultura de inovação e crescimento comercial.
O professor Rivadávia Drummond de Alvarenga Neto (HSM)
conduziu a introdução do evento com a palestra “Inovação
Estratégica e Ferramenta Design Thinking”, discutindo a
influência do uso de ferramentas como o design thinking
para solucionar desafios e assegurar a competitividade das
empresas. Durante a palestra apresentou cases de sucesso,
problemas que foram resolvidos de forma simples, porém
inovadora, com a construção de um pensamento por uma nova
perspectiva aliado à experiência das empresas. A inteligência
competitiva para resolver desafios se dá por meio desses
estímulos, dos pensamentos analíticos e intuitivos, técnico e
imaginativo. Apresentou também grandes oportunidades que
foram perdidas por empresas que não tiveram percepções
para identificar o contexto de inovação. A introdução do
evento teve tom motivador para as empresas brasileiras.
Durante os dois dias as empresas foram convidadas
a se dividir em grupos e estimular o pensamento inovador
em desafios da promoção comercial. Esse resultado foi
apresentado em uma pequena feira de inovação onde cada
grupo defendeu suas soluções.
Ao final, foi apresentado “Como viabilizar os projetos,
projetar receitas e custos de inovação” com encerramento às
17 horas, no dia 27 de março.
Participaram pela ABIFA, Weber Büll Gutierres,
Gerente Técnico do Projeto Foundry Brazil e a assistente
Thaís Oliveira.
TÉCNICOS
ABNT/CB-59
ABNT/CB – 59 COMITÊ BRASILEIRO DE FUNDIÇÃO
O FÓRUM DE NORMALIZAÇÃO DO SETOR DA FUNDIÇÃO
A Associação Brasileira de Normas Técnicas –
Instalado em 2007 o CB-59 tem como objetivo prover
ABNT, entidade civil sem fins lucrativos, é a organização
o setor de normas técnicas atualizadas, proporcionando a
responsável pelo gerenciamento da normalização no
indústria e a sociedade brasileira qualidade e segurança.
Foi criado devido a necessidade de um organismo de
Brasil. A ABNT possui vários comitês que atuam em áreas
normalização exclusivo para o setor, até então no âmbito
específicas.
O Comitê Brasileiro de Fundição – ABNT/CB-59 é o
do CB-01 Mineração e Metalurgia (em recesso), e está sob
responsável pela elaboração das normas técnicas para o
responsabilidade da ABIFA que é a Sede e a Secretaria
setor da Fundição.
deste Comitê.
Este Comitê é composto por profissionais e especialistas
O âmbito de atuação do ABNT/CB-59 é a normalização
em fundição e está estruturado em Sub-Comitês, Comissões
no campo da fundição de ferro, aço, não ferrosos, insumos,
de Estudo (CE) e Grupos de Trabalho (GT).
matérias-primas e resíduos.
ABNT/CB-59 FUNDIÇÃO
| maio 2014
Gestor: Antônio Diogo F. Pinto
Chefe de Secretaria: Weber Büll Gutierres
Secretaria Técnica: Lylian Fernanda Camargo
52
SUB-COMITÊS
Resíduos de Fundição
59:001
Comissão de Estudo
Resíduos de Fundição
59:001.01
Fundição de Aço
59:002
Fundição de Ferro
59:003
Fundição de
Não Ferrosos
59:004
Matérias-Primas 59:005
Em recesso
Comissão de
Estudo de
Ferro Fundido
"Conexões"
59:003.02
a ser instalada
Comissão de Estudo de
Matérias-Primas para
Fundição 59:005.01
TÉCNICOS
ABNT/CB-59
ATIVIDADES DAS COMISSÕES DE ESTUDOS INSTALADAS
COMISSÃO DE ESTUDO RESÍDUOS DE
FUNDIÇÃO - CE 59:001.01
maleável classes 150 e 300, com rosca NPT para
tubulação;
Esta comissão finalizou o estudo do projeto 59:001.01-
• ABNT NBR 6943:2000 Conexões de ferro fundido
003 Areia descartada de fundição – Diretrizes para
maleável com rosca ABNT NBR NM – ISO 7-1
aplicações geotécnicas confinadas e construção civil.
para tubulações.
Este projeto passou em Consulta Nacional e as
observações recebidas estão sendo analisadas.
Esta Norma terá como objetivo estabelecer diretrizes
gerais no formato de Guia para padrões de referência
das areias descartadas de fundição em aplicações gerais
e servir como complemento à Norma ABNT NBR 15702 –
Areia descartada de fundição – Diretrizes para aplicação
Normas que serão revisadas dentro
desta comissão de estudo:
• ABNT NBR 6914:1981 - Ferro fundido maleável
de núcleo branco – Especificação;
• ABNT NBR 6590:1981 - Ferro fundido maleável
de núcleo preto – Especificação.
A próxima reunião desta CE será dia 30 de Abril de
em asfalto e em aterro sanitário.
2014 na Sede da ABIFA em São Paulo.
Normas publicadas desta
Comissão de Estudo:
• ABNT NBR 15702 Areia descartada de fundição –
Diretrizes para aplicação em asfalto e em aterro
COMO PARTICIPAR DAS
COMISSÕES DE ESTUDO
A composição das comissões de estudo é aberta a todos
os interessados, não se restringindo aos profissionais
sanitário;
• ABNT NBR 15984 Areia descartada de fundição
convidados pelo comitê. Os interessados em participar
– Central de processamento, armazenamento e
das comissões de estudo devem entrar em contato
destinação (CPAD)
com a secretaria do ABNT/CB-59 Fundição, indicando a
comissão de estudo de seu interesse, informando se é
| maio 2014
COMISSÃO DE ESTUDO DE MATÉRIASPRIMAS PARA FUNDIÇÃO - CE 59:005.01
54
um produtor, consumidor ou agente neutro na discussão
do tema envolvido.
Esta comissão está estudando a normalização das
As empresas ou entidades que estejam também
matérias-primas para fundição tais como: bentonita,
interessadas na elaboração de novas normas devem
resina, tintas, massa refratária, ferroliga e carburantes,
apresentar uma solicitação formal à secretaria do ABNT/
bem como as especificações químicas e físicas, ensaios
CB-59, indicando em detalhes o objeto e o escopo da
físicos
normalização pretendida, com uma breve justificativa de
e
químicos,
distribuição
granulométrica
e
terminologia.
A próxima reunião desta Comissão será 5 de Junho
de 2014 em Joinville-SC.
sua necessidade.
Para mais informações entre em contato com ABNT/
CB-59 por email> [email protected] ou pelo telefone (11)
3549-3369 com Lylian Fernanda Camargo.
COMISSÃO DE ESTUDO DE FERRO
FUNDIDO “CONEXÕES” CE 59:003.02
Esta comissão está revisando as seguintes Normas
ABNT NBR:
• ABNT NBR 6925:1995 Conexão de ferro fundido
SAIBA COMO APOIAR O ABNT/CB-59
Venha participar do desenvolvimento normativo
brasileiro do setor da fundição como colaborador do CB59. Para mais informações: [email protected]
Cadernos técnicos
Caderno Técnico 1
Processo de fundição hybrid®1
Henrique Leibholz2
Rodolfo Leibholz3
Felipe Leibholz4
André Leibholz5
Marco Araújo6
Priscila Oliveira Santos7
abstract
The research focuses on studies performed on castings composed of two materials. These materials have different
structures and chemical compositions, and compose one casting. The goal of this research is to engineer tooling and
stamping dies more efficiently and at lower cost.
Key Words: HYBRID® Foundry Process
15º Congresso de Fundição da ABIFA - CONAF 2011
Apresentado no evento MOLDES 2010, 8° Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matri- zes, na sede da
Associação Brasileira de Metalúrgica, Materiais e Mineração, São Paulo – SP, 11 e 12 de agosto de 2010
3
Departamento de Desenvolvimento, FEMAQ Fundição Ltda., Piracicaba – SP
4
Departamento de Desenvolvimento, FEMAQ Fundição Ltda., Piracicaba – SP
5
Diretor, FEMAQ Fundição Ltda., Piracicaba – SP
6
Diretor, FEMAQ Fundição Ltda., Piracicaba – SP
7
Departamento Comercial, FEMAQ Fundição Ltda., Piracicaba – SP
8
General Motors do Brazil, Manufacturing Engineering, Tool and Die Operations.
1
| maio 2014
2
56
Objetivo
A pesquisa apresenta estudos
feitos com um processo de fundição
de dois mate- riais, com composição
química e estruturas diferentes, em
uma mesma peça. Este estudo tem
como objetivo abrir novas possibilidades para produzir ferramentas
de conformação com menor custo e
maior eficiência.
O processo de redução de custo
e aumento de eficiência inicia-se
através de usar um aço ligado para
a parte de desgaste da ferramenta fundida, e, para a base da peça,
um material de menor custo como,
por exemplo, o nodular. Outras reduções de custo podem acontecer
na usinagem em função do material da base em nodular apresentar
características de melhor usinabilidade.
O desenvolvimento do processo HYBRID® abre novos caminhos
para o setor de ferramentaria.
Devemos lembrar que podemos
pesquisar outras combinações de
materiais produzindo novas estru-
turas, trazendo assim mais opções
em inovações tecnológicas.
Metodologia
O processo HYBRID® serve-se
da fundição por gravidade e de modelos de poliestireno expandido, mais
conhecido como “Fullmolding”. Realizamos o novo processo em uma
matriz para a indústria automobilística que possui um punção inserido
em uma base. A peça também possui
uma uniformidade de paredes que
sempre é recomendado para qualquer peça fundida, principalmente
nos híbridos.
No critério de seleção dos materiais da matriz em estudo buscamos,
porém, a situação mais extrema de
compatibilidade de materiais, principalmente no que se refere ao tratamento térmico, para assim validarmos por completo o novo processo de
fundição.
Vale destacar a colaboração da
General Motors do Brasil sem a qual
não teríamos chegado às conclusões
finais desta pesquisa.
A matriz HYBRID®
Para o projeto da matriz HYBRID®
(figura 1), determinamos um material
de estrutura dupla, ou seja, um aço
(semelhante ao aço 1.2769) para a
face de trabalho, e um nodular ferrítico para a base da ferramenta. O aço
ligado proporciona um bom desempenho quanto à sua vida útil, e uma
alta resistência a abrasão, enquanto
a base em ferro nodular torna a peça
mais econômica, não somente no
processo de fundição, mas também
no custo da usinagem.
Para esta peça usamos 600kg
de aço e 2400kg de ferro nodular. A
quantidade de aço ligado foi calculada para preencher a parte da ferramenta que tem maior solicitação
mecânica e desgaste, enquanto a
quantidade do ferro nodular é determinada pelo dimensionamento
da base que suporta o punção. Lembramos ainda que os dois materiais
seguem as características originais,
ou seja, o aço pode ser normalmente
temperado em suas bordas por chama ou indução.
Figura 2: Testes de dureza, executados na matriz HYBRID®
A inspeção por líquido
penetrante
A inspeção por líquido penetrante foi executada na interface dos dois
materiais, indi- cando que é uma ligação metalúrgica perfeita.
A amostra de material
Da amostra de material foram
trabalhados dois corpos de prova:
um para as inspe- ções ultra-som e
os testes micrográficos, e outro para
executar o ensaio de tração.
Figura 3: Inspeção por líquido penetrante executada na área da interface da
matriz HYBRID®, após a aplicação do revelador.
As inspeções ultra-som
Foram
executadas
quatro
inspeções ultra-som, ou seja, a
duas frequências diferen- tes, e com
acoplamento no lado do aço e no lado
| maio 2014
Figura 1: A matriz HYBRID®
Ensaios e Testes
Nesta etapa da pesquisa fizemos
os seguintes testes para examinarmos a qualidade da peça fundida:
• Testes de dureza: As durezas obtidas estão dentro dos padrões
especificados para cada material
(figura 2).
• Inspeção por líquido penetrante:
Na região da interface, não encontramos nenhuma descontinuidade (figura 3).
• Amostra de material: Tiramos, da
área da interface, uma amostra
de material para trabalharmos
dela dois corpos de prova (figura
4).
• Inspeções ultra-som: No corpo
de prova (figura 5), não constatamos defeitos como rechupes ou
trincas (figura 6 a 9).
• Testes micrográficos: As micrografias da interface indicam uma
fusão perfeita do aço e do ferro
nodular (figuras 10 a 17).
• Ensaio de Tração: Como esperado, o corpo de prova rompeu no
ponto da menor resistência, ou
seja, na área do ferro nodular, e
não na interface dos dois materiais (figuras 18 e 19).
• Análise Química: Os dois materiais estão dentro dos padrões
especificados para cada material;
• Tratamento térmico: Estudo do
tratamento adequado para os
dois materiais.
57
Caderno Técnico 1
do ferro nodular, respectivamente:
Da conclusão do laudo: “Tanto a
frequência de 2 quanto a frequência
de 4 MHz foram capazes de atravessar
a massa de material, ficando uma
leve interface entre a mudança
de material devido à diferença de
velocidade sônica dos mesmos. A
inspeção nesta condição é possível.”
Eng.º Marcelo de Carvalho Salomão
SNQC N3 LP/PM/US
Figura 4: A matriz HYBRID®, local de retirada da amostra de material na
área da interface
O primeiro corpo de prova
Com este laudo, a FEMAQ conclui
que há uma ligação metalúrgica
perfeita.
Os testes micrográficos
As micrografias da interface
indicam uma ligação perfeita dos dois
materiais:
Figura 5: Corpo de prova evidenciando a interface, trabalhado a partir da
amostra de material para as inspeções ultra-som e os testes micrográficos
Figura 10: Aumento de 8x, Nital 2%
| maio 2014
Figuras 6 e 7: Os protocolos das inspeções ultra-som com a frequência de 2MHz
Figura 11: Aumento de 20x, Nital 2%
58
Figuras 8 e 9: Os protocolos das inspeções ultra-som com a frequência de 4MHz
Figura 12: Aumento de 50x, Nital 2%
O ensaio de tração, executado no segundo corpo de prova
Para o ensaio de tração foi trabalhado este segundo corpo de prova. A figura
18 mostra a sessão de aço, mais escura, à esquerda. No ensaio de tração, o corpo
de prova rompeu na área do ferro nodular, à direita, com a estricção bem visível.
Figura 13: Aumento de 100x, Nital 2%
Figura 18: Corpo de prova
Figura 19: Corpo de prova, ruptura
na área nodular
O relatório do ensaio de tração
Figura 14: Aumento de 100x, Nital 2%
Figura 15: Aumento de 500x, Nital 2%
| maio 2014
Figura 16: Aum. de 1000x, Nital 2%,
com nódulos
59
Figura 17: Aum. de 1000x, Nital 2%,
sem nódulos.
Caderno Técnico 1
As diferentes áreas da matriz HYBRID®
Amarelo: Área do aço
Laranja: Área da interface
Vermelho terra: Área do ferro nodular
Figura 25: ferro fundido nodular
com ataque químico. 90% perlita e
10% ferrita.
Figura 20: A matriz HYBRID® antes do processo de usinagem
Figura 26: ferro fundido nodular
sem ataque químico. 90% perlita e
10% ferrita.
Figura 21: A matriz HYBRID® em fase de usinagem
| maio 2014
HYBRID METAL material ferro fundido cinzento (GG-25) e nodular
(GGG-70L)
60
Figura 26: Interface cinzento – nodular
com ataque químico. Aumento 100x
Figura 26: Interface cinzento – nodular
sem ataque químico. Aumento 100x
Figura 22. Ferramenta do painel lateral externo de 6,1 toneladas.
Figura 23: aumento 100 x - ataque
químico. Estrutura 97% cinzento
perlitico.
Figura 24: aumento 100 x – sem
ataque. Estrutura 97% cinzento
perlitico.
Figura 27: Interface cinzento – nodular
com ataque químico. Aumento 50x
Try-out
Figura 28: Interface cinzento – nodular
sem ataque químico. Aumento 50x
Superfície Polida - Ausência de marcas
na superfície.
Conclusão
Até esta fase do projeto, o
processo HYBRID® tem demonstrado
grande potencial econômico e
técnico na produção de ferramentas
de conformação. A seleção dos
materiais pelos quais optamos, ou
seja, aço e ferro nodular, é altamente
expressiva, visto que se trata do caso
mais crítico dessa série de materiais
híbridos. Também fizemos o teste
com ferro fundido cinzento e nodular
ligado, que vimos no exemplo citado.
A produção estimada da Ferramenta Híbrida é de 261 peças/ hora em
prensa de 2 mil toneladas.
Apesar disso, devemos continuar os
testes também com outras estruturas
e
combinações
de
materiais
diferentes. Baseado nos resultados
obtidos até o momento através
dos testes mecânicos, químicos e
físicos, concluímos que o processo
HYBRID® representa uma opção
econômica e eficiente na construção
de ferramentas de conformação.
Apesar dos resultados obtidos
extremamente satisfatórios sob a
óptica metalúrgica e mecânica, é
de grande importância continuar, o
desenvolvimento deste novo processo
de fundição para podermos avaliar
todo o seu potencial econômico e
técnico.
Agradecimentos
José A. Zara, Diretor da
Ferramentaria da General Motors
do Brasil, Adilson Adalberto Matias,
Gerente da Ferramentaria da General
Motors do Brasil João Fernando
Delafiori,
Desenvolvimento
de
Maquinas e Processos da General,
Motors do Brasil, Priscila Oliveira
Santos, Engenharia de Manufatura
da General Motors do Brasil.
Referências
WLODAWER, ROBERT. Gelenkte
Erstarrung
von
Gußeisen.
Düsseldorf: Gießerei- verlag,
1977.
RÖHRIG, K.; WOLTERS, D.
Legiertes Gußeisen, 2 vols.
Düsseldorf: Gießereiverlag, 1976.
HASSE,
STEPHAN.
Duktiles
Gußeisen. Berlin: Fachverlag
Schiele & Schön, 1996. SILVA,
ANDRÉ LUIZ C.; MEI, PAULO
ROBERTO. Tecnologia dos Aços.
Campinas:
Eletrometal e Unicamp, 1981.
RAUTER, RAUL OSCAR. Aços
Ferramentas. Rio de Janeiro: LTC,
1974.
SOUZA SANTOS, ADALBERTO B.;
CASTELO BRANCO, CARLOS H.
Metalurgia dos Ferros Fundidos
Cinzentos e Nodulares. São Paulo:
ITP, 1989.
| maio 2014
Resultados da experiência
feita na ferramenta do painel
externo direito e esquerdo
61
Caderno Técnico 2
RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO
PROCESSO DE FUNDIÇÃO HYBRID®1
Henrique Leibholz2
Rodolfo Leibholz3
Edgar Horácio do Carmo Felipe4
Resumo
A pesquisa apresenta os resultados da aplicação do processo HYBRID® em ferramentas para o setor automobilístico,
no processo de fundição, onde dois materiais com composição química e estruturas diferentes, são fundidos em uma
mesma peça. Este estudo tem como objetivo abrir novas possibilidades para produzir ferramentas de conformação com
menor custo e maior eficiência.
Palavras-chave
Processo de fundição HYBRID.
Apresentado no evento “16º Congresso de Fundição da ABIFA - CONAF 2013”
Departamento de Desenvolvimento, FEMAQ Fundição Ltda., Piracicaba – SP
3
Departamento de Desenvolvimento, FEMAQ Fundição Ltda., Piracicaba – SP
4
Product Development – Tooling Analysis Group , FIAT CHRYSLER
1
2
| maio 2014
Objetivo
A pesquisa apresenta estudos feitos com um processo de fundição de dois materiais, com composição química e
estruturas diferentes, em uma mesma peça. Este estudo tem como objetivo abrir novas possibilidades para produzir
ferramentas de conformação com menor custo e maior eficiência.
O processo de redução de custo e aumento de eficiência, foi feito em ferramentas de uso normal da empresa FIAT.
A experiência foi feita com redução de custos inicialmente no fundido, depois na usinagem e ainda na economia da
montagem quando se usa uma ferramenta integrada, ou seja, o punção e a base numa mesma peça com dois materiais
diferentes.
62
Metodologia
O processo HYBRID® serve-se da fundição por gravidade e de modelos de poliestireno expandido, mais conhecido
como “Fullmolding”. Realizamos o novo processo em matrizes para a indústria automobilística que possui um punção
inserido em uma base. Usamos o processo em matrizes que possuem uma altura que possibilite a fusão no processo
hibrido.
No critério de seleção dos materiais das matrizes em estudo buscamos as situações de compatibilidade de materiais,
principalmente no que se refere ao tratamento térmico, para assim validarmos por completo o novo processo de fundição.
A matriz HYBRID®
Desenvolvimento Processo Hybrid de Ferramentas
(Fundição)
A dureza obtida após tratamento térmico dos raios,
utilizando o processo de tempera a chama, encontra se
conforme os padrões exigidos pelo cliente.
Ossatura Fiancata Interna DX / SX: OP20 – Repuxar D.E.
As durezas marcadas na peça, após tempera, atingiram o
esperado . A tempera foi feita na parte que tem vanádio,
cromo e molibdênio.
| maio 2014
Ossatura Fiancata Interna DX / SX: OP20 – Repuxar D.E.
63
Apresentação do custo beneficio para o processo
HYBRID® , referente ao material
Parede Divisória: OP20 – Repuxar D.E.
Caderno Técnico 2
As durezas marcadas na peça, após tempera, atingiram o
esperado . A tempera foi feita na parte que tem vanádio,
cromo e molibdênio.
As durezas marcadas na peça, após tempera, atingiram o
esperado . A tempera foi feita na parte que tem vanádio,
cromo e molibdênio.
COMPARAÇÃO DO CUSTO: PAREDE DIVISÓRIA:OP20 –
Repuxar D.E.
Rinforzo Montante Central Dx / Sx:d
Rinforzo Montante Central Dx / Sx:d
Rinforzo Montante Central Dx / Sx:d
OP20 – Repuxar S.E. Dx - Peça Fundida em HYBRID.
| maio 2014
Parede Divisória: OP20 – Repuxar D.E.
64
OP.20 – REPUXO/PUNCAO
As durezas marcadas na peça, após tempera, atingiram o
esperado . A tempera foi feita na parte que tem vanádio,
cromo e molibdênio.
OP.20 – REPUXO/PUNCAO
As durezas marcadas na peça, após tempera, atingiram o
esperado . A tempera foi feita na parte que tem vanádio,
cromo e molibdênio.
OP.40 – CALIBRAGEM
As durezas marcadas na peça, após tempera, atingiram o
esperado . A tempera foi feita na parte que tem vanádio,
cromo e molibdênio.
OP.40 – CALIBRAGEM
As durezas marcadas na peça, após tempera, atingiram o
esperado . A tempera foi feita na parte que tem vanádio,
cromo e molibdênio.
CONCLUSÃO
Chegamos a um resultado variando entre 10 a 23 %
dependendo do projeto da ferramenta, o que é bastante
expressivo. A redução de custos é feita na parte do fundido
bruto e também na redução de usinagem. Para que haja um
aproveitamento máximo do processo é necessário projetar
a ferramenta integrada assim, economizamos o tempo de
bancada, ou seja, a montagem do punção na base. Também
a redução de máximo custo acontece quando o preço dos
materiais aplicados são bem diferentes. Nestes casos
chegamos a uma redução em torno de 30% do custo total da
ferramenta que é bastante significativo.
Então concluímos que o processo HYBRID® de fundição
é bastante valido e devemos continuar as pesquisas.
| maio 2014
COMPARAÇÃO DO CUSTO DO PUNÇÃO 5) RINFORZO
MONTANTE CENTRAL DX / SX
65
Caderno Técnico 3
PRÊMIO SI GROUP DE EXCELÊNCIA EM COMUNICAÇÃO TÉCNICA
NO 16º CONGRESSO DE FUNDIÇÃO DA ABIFA - CONAF 2013
DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAIS
DIMENSIONALMENTE CORRETOS SEM TRY-OUT1
Joern Schmidt
Dr. Jörg C. Sturm
Resumo
Produzir amostras corretas é vital para a competitividade da fundição. Evitar desperdícios de tempo e dinheiro
com alterações desnecessárias é fundamental para o desenvolvimento do processo em um cenário competitivo.
A complexidade do processo de fundição se demonstra pela dificuldade de produzir amostas dimensionalmente
corretas na primeira tentativa. A contração uniforme e não uniforme são afetadas por questões de processo e restrições de moldagem.
A utilização de conceitos recentes baseados em tecnologias digitais permite prever a contração do fundido e
corrigir o projeto antes da construção do modelo ou ferramenta. A avaliação dimensional do produto é realizada digitalmente considerando resultados obtidos da simulação de fundição. Os desvios encontrados geram alterações no
modelo CAD. Ao final, o modelo CAD deve ser utilizado para a construção do ferramental
Este artigo aborda o conceito e a execução das etapas, assim como casos de aço, ferro fundido e alumínio injetado.
Palavras chave:
projeto, modelo, ferramental, contração, simulação
DEVELOPMENT OF DIMENSIONALLY CORRECT PATTERNS AND TOOLS
Abstract
Produce correct samples is very important for the casting industry competitiveness. Avoid time and costs with
unnecessary changes in patterns and dies are crucial for the development of the foundry process in the actual competitive scenario.
The complexity of the casting process is shown by the difficulty to produce castings dimensionally correct at the
first pour. Uniform and non uniform contraction are affected by process and molding constrains.
Using recent technologies it’s possible to predict the overall contraction of the casting and correct the project
before patterns or dies have been produced. Castings dimensions are evaluated digitally based on simulation results.
Deviations found are used to correct the CAD model. After this, the model can be used for the construction of the
pattern /die.
This article shows the execution of these steps, as well as case studies in steel, iron, and high pressure die casting.
| maio 2014
Key words:
project, pattern, die, linear contraction, simulation
66
Trabalho a ser apresentado no 16° Congresso de Fundição CONAF 2013, 15 a 18 de outubro de 2013, São Paulo - SP.
2
Diretor da MAGMA Engenharia do Brasil Ltda
3
Diretor da MAGMA Giessereitechnologie GmbH
1
modelo / ferramental
• O tempo necessário para a
produção de novas amostras
e a sua validação
Considerando a complexidade do
processo de fundição e a quantidade
de parâmetros envolvidos, pode ser
necessário realizar mais do que uma
modificação.
Este trabalho avalia o esforço
necessário para reduzir / eliminar
as alterações na etapa de confecção
do ferramental / modelo, através da
previsão da contração do fundido e
aplicação das correções dimensionais antes da fabricação das amostras. Isto permitirá que as primeiras
amostras sejam produzidas com dimensões dentro das tolerâncias especificadas, evitando o desperdício
de tempo e dinheiro.
Alterações dimensionais do
fundido durante a solidificação e o resfriamento
A forma geométrica complexa da
maioria dos fundidos, composto por
espessuras de paredes heterogêneas, geram diferenças de extração de
calor. A consequência é uma variação local nas condições de solidificação e resfriamento.
Diferenças de temperatura geram tensões e que podem provocar
a deformação permanente. A altas
temperaturas, o limite de escoamento é baixo e mesmo níveis baixos
de tensão podem provocar deformações plásticas do material. Caso
este material apresente alguma fragilidade nesta faixa de temperatura,
poderá ocorrer uma trinca.
A temperaturas mais baixas, o
limite de escoamento é mais alto e
a tendência de deformação permanente menor. Entretanto as diferenças de temperatura em conjunto
com a contração do componente
(desde a dimensão original do modelo / ferramental) e a restrição imposta pelo molde / ferramenta geram um estado de tensões que pode
exceder o limite de escoamento.
A desmoldagem em si, através
da remoção da maior parte das restrições, aumenta (na maioria dos
casos) as diferenças de temperatura
entre as diversas regiões do componente. Restrições internas, dadas pelo seu formato ou então pela
geometria do sistema de canais e/
ou massalotes, podem atuar modificando a contração nesta fase.
A previsão da contração total
deve considerar estes vários aspectos da rotina de produção dos componentes.
Contração uniforme e não
uniforme
Dado o processo de solidificação
e resfriamento e o fato de que os
metais, na maioria dos casos, contrai com a redução da temperatura,
o componente reduz as suas dimensões quando comparado com o formato inicial do molde / ferramental.
A contração uniforme defini-se
pela redução das dimensões das várias regiões de forma uniforme, com
um mesmo fator, associado ao coeficiente de contração linear específico de cada material.
A contração não uniforme é gerada por restrições decorrentes da
presença do molde / ferramental ou
do próprio formato do componente.
Existe em todos os casos, entretanto, sua intensidade varia de acordo
com a situação.
A contração total de um componente desde o formato do modelo /
ferramental leva em consideração a
soma da contração uniforme e não
uniforme.
No caso de moldes permanentes, existe o fator adicional gerado
pelo aquecimento da coquilha / matriz até a temperatura de trabalho,
o que provoca uma dilatação da cavidade de acordo com a variação da
temperatura e o material utilizado.
Mesmo nesta situação, o perfil de
temperatura heterogêneo, provoca uma variação dimensional não
uniforme da ferramenta, que pode
afetar as dimensões da cavidade e o
formato final do componente.
A figura 3 demonstra contrações
típicas de geometrias em diferentes graus de restrição peça / molde. Pode-se notar que o valor final
de contração de um componente
submetido a restrições, é de 0,92%.
| maio 2014
INTRODUÇÃO
Competitividade no setor de fundição depende de vários aspectos.
A disponibilidade de matéria prima
de qualidade a custo competitivo,
assim como energia e mão de obra
qualificada na produção são importantes para o sucesso. Entretanto,
não representam os únicos pontos
importantes. Projetos e processos
robustos são parte fundamental, assim como a capacidade de desenvolvê-los no menor tempo possível com
confiabilidade, permite às empresas
se destacarem no setor.
O tempo de desenvolvimento é
um dos pontos chaves atualmente.
A sua redução afeta novos lançamentos de forma positiva, o que é
vital para a sobrevivência de muitos
setores.
No setor de fundição isto pode
ser traduzido por alguns conceitos,
tais como “certo da primeira vez”,
alta capacidade de projeto e execução de ferramentais e modelos
e a disponibilidade dos materiais
utilizados nestes. Desta forma, as
empresas estão se modernizando
para atender as novas demandas do
mercado.
A construção ágil do ferramental
/ modelo representa um fator competitivo. O tempo de confecção pode
ser reduzido aplicando técnicas modernas de gestão, realizando a execução de diversas partes em paralelo. Mas esta vantagem competitiva
pode ser comprometida, se o ferramental necessitar de várias alterações até que uma condição robusta
de produção seja alcançada.
Alterações de ferramental / modelos são necessárias na maioria
das vezes devido a erros na sua fabricação, modificação do projeto e
correções dimensionais.
As modificações geram perdas
de competitividade e custos associados:
• Na modificação, devido a alocação de equipamentos e recursos humanos para o planejamento e execução
• O tempo gasto para a realização da alteração
• O tempo de transporte do
67
Caderno Técnico 3
| maio 2014
68
Figura 1 – Contrações de diferentes
geometrias de acordo com o grau de
restrição. Fonte: Campbell4, 1992
Figura 2 - Esquema do Procedimento tradicional
Ao contrário, um componente sem
restrições nas mesmas condições
contrai 2,4%, o que representa uma
variação de160%.
quentemente, a execução das alterações não é realizada dentro da
fundição, dependendo então da realização na modelação / ferramentaria e os custos associados.
Procedimento tradicional
para aprovação dimensional
A aprovação dimensional de
componentes fundidos segue tradicionalmente a seguinte rota no desenvolvimento (a partir do modelo
usinado):
Adição do sobremetal para a usinagem
Aplicação da contração esperada
Geração da geometria com sobremetal e contração
Fabricação do modelo ou ferramenta
Produção de amostras
Medição das amostras e comparação com a dimensões especificadas para o componente bruto. Geração do relatório de desvios.
Após a geração do relatório dimensional, os desvios são avaliados
e quando necessário, são feitas correções repetindo-se as etapas 3 a 6,
até que as dimensões se encontrem
dentro da tolerância especificada.
A figura 2 demonstra esquematicamente o desenvolvimento tradicional.
É importante ressaltar que, fre-
METODOLOGIA
Para a produção de fundidos dimensionalmente corretos, sem a
utilização de amostras reais, é necessário determinar a contração
correta por meios computadorizados.
O modelo CAD inicial recebe a
aplicação dos fatores de contração
considerando a experiência prévia.
A geometria 3D é incorporada na
simulação que determinará a contração do produto. As variações de
temperatura e restrições geram tensões e deformações no produto, que
afetam a contração.
A forma final do produto é avaliada digitalmente, confrontando as dimensões obtidas pela simulação em
relação às dimensões / tolerâncias
especificadas. Cotas e planicidade
serão inspecionadas para a determinação de desvios a serem corrigidos
no modelo 3D.
A nova geometria 3D deverá ser
ressimulada para verificar se as correções produziram o resultado de-
sejado e em caso afirmativo, o modelo 3D poderá ser utilizado para a
construção do modelo / ferramenta.
A figura 3 demonstra graficamente a sequência de trabalho necessária.
Um componente fundido em aço
será utilizado para a aplicação da metodologia e demonstrar os resultados.
O modelo tridimensional do produto foi gerado no software CAD Pro/
Engineer. Partindo-se do componente usinado, aplicou-se o sobremetal nas regiões necessárias. Em
seguida foi aplicado um fator de contração de 1,5%. O modelo resultante
foi importado no software MAGMA5
5.2 para a simulação de fundição. A
simulação foi realizada em um computador Supermicro SYS-7047A-T
com processador E5-2687W.
A figura 4 apresenta um desenho esquemático do componente e o
projeto de fundição.
A avaliação dos desvios foi realizada no próprio software de simulação levando em consideração dois
pontos:
1. Planicidade da face superior
2.
Desvios dimensionais do
produto em relação à geometria de referência (modelo
3D a partir do desenho bruto)
Figura 4 – Desenho esquemático do componente e projeto original de fundição utilizado
para a simulação da primeira versão.
Figura 5 - Perfil de temperatura do conjunto no momento da desmoldagem.
Figura 6 - Perfil de tensões do componente no momento da desmoldagem.
| maio 2014
Figura 3 - Esquema do Procedimento sem utilização de amostras prévias
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A simulação de solidificação,
resfriamento e contração do componente demorou aprox. 2 horas.
As figura 5 e 6 demonstram,
respectivamente, o perfil de temperatura e as tensões (von Mises) do
componente no momento da desmoldagem.
Apesar da grande massa dos
massalotes, nota-se que, no momento da desmoldagem, a região
mais quente é a parte central do
fundido. Isto ocorre devido a presença das massas adjacentes, que reduzem a extração de calor do centro,
assim como o aquecimento do molde na região.
A contração do componente em
conjunto com as restrições impostas pelo molde levam a formação de
tensões, assim como o perfil heterogêneo de temperatura.
Após a desmoldagem o aumento da extração de calor, devido a remoção da areia quente, intensifica o
gradiente de temperatura entre as
várias regiões. Tais diferenças podem elevar o nível de tensões, dependendo do formato do componente e restrições. A figura 7 demonstra
o nível de tensões final, a temperatura ambiente.
A figura 8 demonstra a planicidade da face superior do componente. A partir da determinação de
um plano com 3 pontos (P1,P2,P3) é
realizada a medição da distância ao
plano. Nota-se que o maior desvio
nesta situação é de 8,4 mm.
A figura 9 demonstra os seis
pontos de referência para a medição
de desvios. A Figura 10 indica os 13
pontos utilizados para a medição do
produto em relação à geometria de
referência (desenho).
Os resultados de medição do
desvio dimensional para os pontos
de medição está demonstrado na tabela 1, assim como na Figura 11, em
forma 3D. Valores positivos indicam
que a geometria de referência está
dentro do volume e há excesso de
metal na região. Desta forma, a região do modelo pode ser modificada
retirando o excesso. Os valores negativos indicam que há falta de me-
69
Caderno Técnico 3
Figura 7 – Perfil de tensões residuais a temperatura ambiente.
Figura 8 – Medição virtual indicando a planicidade da face superior. Avaliação em
milímetros em relação ao plano de medição P1,P2,P3.
| maio 2014
Figura 9 – Pontos de referência para o posicionamento do produto no sistema de medição.
70
tal em relação à geometria de referência e portanto o modelo necessita
de correção, adicionando massa.
Os desvios encontrados variam
de -4,03 a 6,60 mm. Os pontos M5,
M10 e M11, obtiveram valores abaixo
de 1 mm, o que representa somente
uma pequena variação.
Com base nestes resultados,
foram realizadas alterações no modelo CAD revertendo os valores de
desvio. Uma nova versão de simulação foi preparada contendo as alterações e os resultados estão apresentados a seguir.
A tabela 2 demonstra que os valores de desvio foram reduzidos significativamente, mas algumas algumas
dimensões do produto ainda apresentam variações significativas em
relação à geometria de referência. Os
pontos M12 e M13 tiveram os desvio
reduzido de 4,04 para 2,88 e de -4,06
para -3,00, respectivamente.
Apesar da melhora, alguns valores ainda se encontram fora da tolerância, o que motivou a realização
de uma terceira simulação para os
ajustes finais.
Novamente a geometria foi alterada, incorporando alterações para
o ajuste da contração.
A figura 12 demonstra os resultados da terceira simulação na forma 3D e a tabela 3 apresenta os resultados dos pontos M1 a M13.
Com as últimas alterações realizadas no modelo CAD, os desvios
alcançados foram menores ou igual
a 1mm.
A figura 13 demonstra a evolução
dos desvios da primeira até a terceira simulação.
A versão 3 demonstra que os
desvios são mais uniformes do que
na segunda versão simulada, na
qual encontramos regiões com desvios baixos e altos.
Com as alterações implementas
as dimensões do fundido se encontram dentro da faixa aceitável.
Outros casos
Figura 10 – Pontos de medição M1 a M13 para controle dimensional do produto fundido.
1.1.1 Carcaça em Ferro Fundido
Uma carcaça de ferro fundido é
produzida pela empresa Harz Guss
Figura 11 – Desvio de dimensões no componente em relação à geometria de referência
para a primeira simulação, em milímetros. A escala está definida entre -6 e 6 milímetros.
Tabela 2 – Resultados de desvio de medição tridimensional da segunda versão.
1.1.2 Componente de Conexão
(estrutural) injetado
O componente injetado demonstrado na figura 16 é uma peça da estrutural de um veículo da Audi. É fabricado na Fundição da Volkswagen
em Kassel. A figura 16 demonstra o
perfil do componente com o sistema
de canais de injeção e bolsas.
A contração do componente pode
ser visualizada na Figura 17 em dois
instantes, após a desmoldagem e
após a remoção dos canais e bolsas.
Para referência, a geometria original
da cavidade é demonstrada de forma
sombreada e aplicou-se um fator de
contração de 30 vezes para facilitar
a visualização da contração.
Nota-se que entre estas duas
situações, através das cores, houve
uma forte mudança da contração do
componente. A variação da temperatura entre a desmoldagem até a
temperatura ambiente e a remoção
| maio 2014
Tabela 1 – Resultados da medição tridimensional contendo os desvios em relação à
geometria bruta do fundido.
Zorge GmbH. A geometria do produto está demonstrada na figura 14,
assim como projeto. São fundidos 4
componentes em uma caixa de moldar, utilizando-se machos e filtros.
Figura 14 – Demonstra a geometria do componente e do projeto de
fundição, respectivamente.
Foi realizada a avaliação da contração do componente através de simulação antes de sua produção. Ao
final, a peça produzida foi digitalizada e comparada com a geometria de
referência. A avaliação do resultado
na peça real foi confrontado com o
resultado obtido na simulação. A figura 15 demonstra a comparação.
Em paralelo foi determinado o
fator de contração do componente
real e comparado com a simulação.
A tabela 4 demonstra este resultado.
Tabela 4 – Resultados da determinação da contração na direções
X, Y e Z, para o componente real e o
simulado.
Nota-se que a contração é similar nas direção X e Y, mas distinta na
direção Z, que neste caso representa
a direção perpendicular ao plano da
placa modelo.
Há uma excelente coerência entre os resultados reais e simulados.
71
Caderno Técnico 3
dos canais (restrição), são responsáveis por esta variação.
A figura 18 demonstra, de forma
gráfica, a contração em milímetros
na posição do plano de corte na coordenada x=2145 mm em distintos
pontos. Os resultados demonstram
que a previsão via simulação está
em acordo com as medições reais
do componente.
Tabela 3 - Resultados de desvio de medição tridimensional da última versão.
Figura 13 – Evolução dos desvios das três simulações realizadas, em milímetros.
| maio 2014
Figura 14 – Demonstra a geometria do componente e do projeto de fundição,
respectivamente.
72
Figura 15 – Comparativo dos desvios obtidos através de simulação com desvios medidos
no componente real em 3 dimensões, em milímetros.
CONCLUSÕES
O fator de contração do fundido
utilizado para a fabricação do modelo ou ferramental é afetado pela
forma do componente, sistema de
canais e massalotes, restrições de
moldagem e processo de fundição.
Através de simulação é possível
prever a contração do componente
antes de sua fabricação. Após a produção pode-se comparar o resultado simulado com o real utilizando
as modernas técnicas de medição
disponíveis.
Os resultados apresentam uma
boa coerência entre a simulação e
realidade, demonstrando o potencial
de aplicação da técnica.
A alteração da geometria bruta inicial baseado em resultados de
simulação requer atenção devido à
variação local da contração nas distintas regiões.
REFERÊNCIAS
Gerschwinat, R.; Hartmann, G.;
Fertigungsoptimierung von Aluminium – Strukturbauteilen - Strukturteile im KARMANN Crossfire
Verdeck. Disponível em http://www.
magmasoft.de/de/solutions/publications.html?sort=references1,
acesso em 05.05.2013
GIFA 2011, MAGMA GmbH, Minimization of the Distortion of Cast
Structural Components. Apresentação em DVD.
GIFA 2011, MAGMA GmbH, Calculation of Residual Stresses and
Distortions for large Castings, Apresentação em DVD.
Campbell, J.; Castings, 1ª edição,
Butterworth-Heinemann Ltd,1991,
288p.
Figura 16 – Perfil do componente injetado, sistema de canais de injeção e bolsas.
Figura 17 – Formato do componente após a desmoldagem e após a remoção dos canais
e bolsas (rebarbação). Visualização da geometria original (sombreado) e da geometria
atual através de um fator de distorção aumentado.
Figura 18 – Gráfico da contração no plano x = 2145mm, demonstrando os valores obtidos
via simulação e as variações mínima e máxima obtidas na prática.
agenda
EVENTOS
7ª AUTOPAR – Feira de Fornecedores
da Indústria Automotiva
Maio
Data: 04 a 07 de junho de 2014.
GTA – Giesserei Kolloqium
Mais informações: http://www.feiraautopar.com.br/index.
Data: 01 a 31 de maio de 2014.
php?option=com_content&view=article&id=51&Itemid=43
Local: Aalen - Alemanha
Local: Paraná - Brasil
Mais informações: http://gta.htw-aalen.de/de/index2.htm
Metef + Foundeq & Alumotive
Inovation Internacional Aluminium
71st World Foundry Congress
Data: 11 a 13 de junho de 2014.
Data: 19 a 21 de maio de 2014.
Local: Verona – Itália.
Local: Bilbao - Espanha
Mais informações: http://www.metef.com/ENG/home.asp
Mais informações: http://www.71stwfc.com/index.php?lang=en
Parts2Clean
Data: 24 a 26 de junho de 2014.
Metal China – Foundry Expo
Local: Stuttgart - Alemanha
Data: 19 a 22 de maio de 2014.
Mais informações: http://www.parts2clean.de/
Local: Beijing - China
Mais informações: http://www.bciffe.com/en/
FIMA BRASIL - Feira Industrial de
Manutenção e Automação
Cursos
Data: 20 a 23 de maio de 2014.
Local: Santos - Brasil
Mais informações: http://www.fimabrasil.com.br
Processo de EletrÓlise- Produção
de Alumínio Primário
30ª Mecânica
Data: 20 a 22 de maio de 2014.
Data: 20 a 24 de maio de 2014.
Outras informações: [email protected]
Local: São Paulo - Brasil
Mais informações: http://www.mecanica.com.br/
Metalurgia do Alumínio para Não
Metalurgistas
Sul Metal e Mineração
Data: 26 a 28 de maio de 2014
Data: 27 a 30 de maio de 2014.
Outras informações: [email protected]
Local: Criciúma - Brasil
Mais informações: http://www.sulmetalmineracao.com.br/
| maio 2014
ed2014/
74
Junho
Regional Rio Grande do Sul
Oficina: Metalurgia em Ferros
Cinzentos e Nodulares
Instrutores: Cléber Lessa e Sérgio Kessler
Metallurgy Litmash
Data: 26 de Abril de 2014
Data: 03 a 06 de junho de 2014.
Local: Hotel Cosmos - Rua 20 de Setembro, 1563
Local: Moscow - Rússia
Caxias do Sul
Mais informações: http://www.metallurgy-tube-russia.com/
Inscrições: [email protected]/ 55 51 3590-7738
Automechanika – Dubai
Produtividade com fornos de Indução
Data: 03 a 05 de junho de 2014.
Instrutor: Vanderlei G. Romano
Local: Oriente Médio - Dubai
Data: 09 de Maio de 2014
Mais informações: http://www.automechanikadubai.com/
Local: ABIFA Regional RS – Rua José Bonifácio , 204
frankfurt/5/for-visitors/automechanikadubai.aspx
Centro de São Leopoldo
Inscrições: [email protected] 55 51 3590-7738
comissões em MAIO
comissões comerciais
Ferro
Alumínio
Suprimentos
Aço
16/05
20/05
27/05
28/05
Comissão de Relações Trabalhistas e Sindicais
RH/RT
14/05
Informações: Manoel Madeira
E-mail: [email protected]
reunião plenária
Reunião Plenária
27/05
Informações: Roberto João de Deus
E-mail: [email protected]
Informações: Jurandir Carmelio
E-mail: [email protected]
índices setoriais
DESEMPENHO DO SETOR DE FUNDIÇÃO FEVEREIRO/2014
I - PRODUÇÃO DE FUNDIDOS (t)
PERÍODO
METAL
FEV/14
JAN/14
FEV/13
A/B %
A/C %
JAN-FEV/14
| maio 2014
D/E %
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
1- FERRO TOTAL
185.054
185.564
193.681
(0,3)
(4,5)
370.618
374.605
(1,1)
2- AÇO TOTAL
20.842
20.810
15.276
0,2
36,4
41.652
31.603
31,8
3- NÃO FERROSOS
20.387
20.016
21.116
1,9
(3,5)
40.403
41.025
(1,5)
3.1 - COBRE
1.629
1.792
1.194
(9,1)
36,4
3.421
2.409
42,0
3.2 - ZINCO
120
177
221
(32,2)
(45,7)
297
542
(45,2)
3.3 - ALUMÍNIO
18.237
17.646
19.309
3,3
(5,6)
35.883
37.376
(4,0)
3.4 - MAGNÉSIO
401
401
392
-
2,3
802
698
14,9
4 - TOTAL GERAL
226.283
226.390
230.073
-
(1,6)
452.673
447.233
1,2
ton/dia
11.314
10.290
12.109
9,9
(6,6)
10.778
10.908
(1,2)
produção brasileira de fundidos - t (tonelada)
76
JAN-FEV/13
INPF- ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS DE FUNDIDOS
Metais
Períodos
Ferro
Aço
Aço
Aço
Zinco sob
Alumínio
Alumínio
Carbono
Ligado
Inoxidável
Pressão
S/Pressão
P/Gravidade
MARÇO/13
0,25
(0,33)
0,21
(1,59)
(1,38)
(0,22)
(1,48)
ABRIL/13
0,83
0,48
0,24
(0,79)
(1,01)
(0,41)
(0,28)
MAIO/13
1,84
0,58
0,03
(0,11)
(0,22)
(0,98)
1,20
JUNHO/13
(0,11)
0,24
0,28
(1,14)
1,83
2,75
2,17
JULHO/13
(0,41)
0,24
0,38
0,08
0,87
1,05
1,02
AGOSTO/13
0,12
0,09
0,07
0,05
0,06
0,09
0,06
SETEMBRO/13
0,33
0,34
0,68
0,09
1,60
1,11
(0,32)
OUTUBRO/13
0,76
1,10
1,01
0,46
(0,36)
(0,22)
(0,13)
NOVEMBRO/13
1,09
1,27
1,57
2,28
1,98
2,57
2,70
DEZEMBRO/13
0,33
0,21
0,10
(0,11)
2,27
(0,34)
0,14
JANEIRO/14
0,77
0,94
0,87
1,15
2,61
1,82
0,95
FEVEREIRO/14
0,80
1,43
1,11
0,83
0,53
0,79
0,25
Acumulado 12 mês
6,78
6,78
6,74
1,15
9,04
8,22
6,39
Acumulado 2014
1,58
2,38
1,99
1,99
3,15
2,62
1,20
dados em %
Misturador DW29.
mercado
A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
| maio 2014
Em última palestra promovida pela Associação Brasileira
de Fundição – ABIFA, Luiz Moan, presidente da Anfavea,
abordou com detalhamento o tema Inovar Auto, no qual
beneficia o segmento automotivo, ajudando a estimular o
investimento na indústria nacional e deixá-lo competitivo,
com diversos pacotes lançados pelo Governo Federal. Mas
as medidas não param por aí, vem muito mais, como: Inovar
Peças, Inovar Máquinas, Exportar Auto, entre outros.
Segundo Moan, a indústria brasileira é extremamente
competente em seus exercícios, e tem capacidade de
desenvolver modelos de veículos do começo ao fim.
78
Mencionou os centros de engenharia, desenvolvimento
e instalado no país. E disse ainda que com o Inovar Auto,
atraíram investimentos não somente das empresas que já
estavam aqui, como também vários novos fabricantes de
veículos que se instalaram ou estão vindo para o Brasil.
Automotive Business faz levantamento sobre os
investimentos do setor automobilístico, na edição de março de
sua publicação. A indústria automotiva não para de crescer,
empresas nacionais dão alavancadas no desenvolvimento
de seus modelos e fábricas, enquanto as internacionais
ingressam no Brasil, como podem notar:
79
| maio 2014
| maio 2014
lista anunciantes
80
AMSEL | PÁG. 47
(15) 3281-5200
[email protected]
GAZZOLA | PÁG. 27
(37) 3073-3131
[email protected]
ROMÃO GOGOLLA | PÁG. 75
(19) 3856-4228
[email protected]
ASK | PÁG. 2ª CAPA
(19) 3781-1300
[email protected]
GEVITEC | PÁG. 37
(47) 3425-0505
[email protected]
SERVIFOR | PÁG. 73
(19) 3542-0515
[email protected]
BENTOMAR | PÁG. 05
(11) 2721-2719
[email protected]
INBRA | PÁG. 81
(11) 2207-7000
www.inbrametais.com.br
SERVTHERM | PÁG. 15
(11) 2176-8200
[email protected]
BIAGIO | PÁG. 31
(19) 3638-2022
www.fundicaobiagio.com.br
MAGMA | PÁG. 4ª CAPA
(11) 5535-1381
[email protected]
SINTO BRASIL | PÁG. 07
(11) 3321-9500
[email protected]
COMIL | PÁG. 43
(11) 2942-4020
[email protected]
MARBOW RESINAS | PÁG. 11
(11) 2626-5980
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TECBRAF | PÁG. 41
(11) 4035-8888
www.tecbraf.com.br
CORONA CADINHOS | PÁG. 3ª CAPA
(11) 4061-7785
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METAL CHECK | PÁG. 25
(11) 3515-5287
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EIRICH | PÁG. 77
(11) 4619-8900
www.eirich-brazil.com
MINERAÇÃO DARCY | PÁG. 49
(16) 3984-1401
[email protected]
EUROMAC | PÁG. 39
(47) 3034-0334
[email protected]
MINERAÇÃO DESCALVADO | PÁG. 35
(19) 3583-1464
[email protected]
FOSECO | PÁG. 13
(11) 3719 9788
[email protected]
MINERAÇÃO JUNDU | PÁG. 45
(19) 3583-9200
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