empresas - Revista Cobertura

Transcrição

empresas - Revista Cobertura
Com foco nos segmentos de
entretenimento, turismo e esporte,
empresa oferece seguro de acidentes
pessoais com tecnologia que identifica
o acesso do público. Para os corretores,
a solução sofisticada traz simplicidade e
facilidade no processo de contratação
Período de economia
fragilizada exige que corretor
atue na conscientização
da importância do seguro,
identifique os reais riscos
do segurado e fortaleça
essa relação
Especialistas compartilham
opiniões sobre as mudanças
na legislação
Essor Seguros se prepara para lançar novos
produtos e volta sua atenção ao corretor,
conforme o CEO da companhia, Fábio Pinho
2
revista cobertura
setembro2015
destaques
Entrevista
Essor Seguros:
Fábio Pinho, CEO da
seguradora, destaca
lançamento de produtos
e fortalecimento da
parceria com corretor
Inovação na
Alfa Seguradora
22
34
48
setembro2015
Apoio em
tempos de crise
Seguradora investe
em tecnologia de
ponta para seguros
de acidentes
pessoais, com foco
de atendimento
a segmentos de
turismo, esporte e
entretenimento
Conscientização da
importância do seguro,
fortalecimento da relação
e conhecimento dos
reais riscos do segurado
solidificam o papel do
corretor em momento de
economia fragilizada
26
Resseguros:
novas regras
O ponto de vista do
mercado sobre as
mudanças na legislação
do segmento
7ª Conseguro
Educação, ética e seguro
ainda nesta edição
Artigo Walter Polido
Necessária inovação
do mercado de seguros
brasileiro (primeira parte)
Acervo Cobertura
05
Hélio Loreno
10
VGBL Saúde – novas
oportunidades
Sergio Barroso de Mello 12
RC Profissional do advogado
e o novo CPC
Corretagem
em destaque
58
06
Loufil Corretora de
Seguros: empresa
é adepta às novas
tecnologias, mas não
abre mão do atendimento
pessoal e personalizado
Acacio Queiroz
Planejamento em momento
de crise: cuidado e atenção
Samplemed preparada para
atender as diversas demandas
das seguradoras que envolvem
questões médicas
46
14
Atuação da Prado Seguros
cresce no mercado
16
3º Conseg-PE –
52
Oportunidades no nordeste
Use a malícia de um
bom negociador
Eduardo Sanches
Soluções para subscrição 42
de riscos médicos
Regulação de sinistros
Liderando em meio à crise
André Santos
38
20
Temas como venda on-line
de seguros e multicálculo
fizeram parte do evento
Executivos & Cia
56
revista cobertura 3
Qual o seu papel na crise?
Edição 166 | Setembro l 2015 | Ano XXIV
Fase 1 - 86 edições formato jornal
Fase 2 - 166 edições formato revista
D
iante da fase conturbada que o País enfrenta, qual o papel do
corretor de seguros?
Para ressaltar alternativas, destrinchamos essa questão em uma
matéria que mostra, entre outros fatores, que esse profissional deve fortalecer hábitos já praticados, como conscientizar o segurado sobre a importância do seguro, fortalecer essa relação, além de ter a real dimensão
dos riscos dos clientes.
Para colocar tais ações em prática, o corretor dependerá também do
apoio das seguradoras e estratégias que enalteçam a função do seguro.
Nessa edição, destacamos um exemplo desses em uma matéria que
aborda uma iniciativa inovadora da Alfa Seguradora, que traz ao mercado uma tecnologia de ponta para os seguros de acidentes pessoais. Voltada aos segmentos de entretenimento, turismo e esporte, a tecnologia
possibilita que o público participante de cada evento seja identificado.
A solução tecnológica, como compartilha a diretora executiva da Alfa,
Milca Pereira Zambrini, oferece benefícios como o controle de acesso
tanto para a empresa organizadora do evento, quanto para a seguradora,
pois em caso de sinistro, o seguro é viabilizado de maneira assertiva e
identifica o segurado com agilidade.
Para o corretor de seguros, canal exclusivo de distribuição na seguradora, a
solução sofisticada traz simplicidade e facilidade no processo de contratação.
Em sua entrevista para essa edição, o CEO da Essor Seguros, Fábio
Pinho, também reforçou a atenção da companhia para o corretor. Com
cerca de três anos de atuação no País, a Essor se prepara para apresentar,
em breve, novos produtos ao mercado.
Realizado em Porto de Galinhas, Pernambuco, o 3° Congresso de Seguros (Conseg/PE) trouxe à luz as oportunidades de seguros existentes
no nordeste. Para se ter uma ideia, em todo o nordeste, apenas 3% das
empresas possuem um seguro. Outras oportunidades destacadas durante o evento promovido pelo Sincor-PE são por conta dos investimentos
realizados por aeroportos, rodovias, ferrovias e portos.
No segmento de resseguros, as mudanças trazidas pelas Resoluções nº
321 e nº 322 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) implicam
em novas regras para esse mercado. Trazemos nesse mês uma matéria sobre o ponto de vista de profissionais do segmento sobre essas mudanças.
Na seção Corretagem em Destaque, Sergio Secchi da Silva, da Loufil Corretora de Seguros, compartilha que a empresa é adepta às novas tecnologias,
mas não abre mão de prestar um atendimento pessoal e personalizado.
Boa leitura!
Equipe Cobertura
Paulo Akio Kato
Editor Executivo e Diretor Comercial
[email protected]
Conselho Editorial:
Carol Rodrigues
Editora - Mtb 42.158
[email protected]
Camila Alcova
Redação
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Karin Fuchs
Tany Souza
Repórter
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Projeto Gráfico | Diagramação
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Luciano Brandão
Atendimento ao leitor
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Laryssa Carreiro
Web
Aline Martins
Estagiária
Fotografia | Antranik e Agência Imagem
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setembro2015
acervo cobertura
Revista Cobertura | Março de 2003
Os leitores podem conferir as
notícias da época na íntegra
no Acervo Digital da Cobertura
disponível em
Em meados de 2003, frota segurável no Brasil era de 18 milhões,
mas apenas oito milhões de veículos estavam segurados
E
m sua 26ª edição, a Revista
Cobertura destacou o 6º Seminário Cobertura – Seguros
de Automóvel e Serviços. O encontro reuniu corretores, seguradores e
prestadores de serviços.
Com a discussão de temas como
aspectos contratuais, atendimento a sinistros, combate a fraudes e
tecnologias para a comercialização,
o ponto central do evento foi a discrepância entre o potencial segurável em automóvel, que alcançava 18
milhões de veículos, e o montante
da frota segurada, que atingiu oito
milhões naquele ano.
Outro evento mencionado nessa
edição foi o 22º Encontro Estadual
setembro2015
dos Corretores de Seguros de São
Paulo, promovido pelo Sincor-SP,
em Águas de Lindóia. O ponto central do encontro o aprimoramento
da relação entre seguradores e corretores, além da melhora no atendimento ao segurado.
Por conta do então recente lançamento do Código Civil Brasileiro,
ocorrido em 2002, a Fenaseg lançou
naquele ano o Guia Fenaseg – Novo
Código Civil Brasileiro, documento que trouxe recomendações e comentários sobre as mudanças para o
mercado de seguros. O lançamento
do guia, realizado pelo SindsegSP,
foi outro destaque da 26ª edição da
Revista Cobertura.
www.revistacobertura.com.br/
arquivos/hotsite
Reprodução da capa da 26ª edição da
Revista Cobertura (março de 2003) e
112ª publicação Cobertura
revista cobertura 5
Essor Seguros Fábio Pinho
Por Karin Fuchs | [email protected]
Em menos de três anos de atuação, Essor Seguros contabiliza
crescimento expressivo e volta sua atenção ao corretor
C
Fábio Pinho
CEO da Essor Seguros
6
revista cobertura
om atuação nos segmentos agrícola, transporte de
passageiros e construção
civil, a Essor Seguros se prepara para lançar novos produtos
e também foca o corretor de
seguros. Inclusive, em setembro, a companhia lançou uma
campanha de conscientização
em relação aos seus produtos, a
“Parceiro da Inovação”.
Sediada no Rio de Janeiro e
com escritório em São Paulo,
a Essor opera há pouco mais
de dois anos e meio no País,
veio para ofertar seguros diferenciados, já colhe ótimos
resultados em prêmios emitidos, e em julho recebeu mais
aporte de capital da matriz
francesa. Outro foco da seguradora é o crescimento constante e orgânico.
Já no primeiro ano de
operação, efetivamente em
2013, Fábio Pinho, CEO da
seguradora, conta que foram R$ 127 milhões em
prêmios emitidos, volume
que mais do que duplicou
no ano seguinte, chegando a R$ 260 milhões.
Para esse ano, a previsão é fechar com R$
300 milhões.
“É um bom resultado,
pois estamos pregando
o crescimento orgânico e
sustentável, e dependemos
de questões agrícolas e governamentais. Também cresceu a nossa
rede de corretores, o que é extremamente importante, pois o mercado é
muito voltado a produtos massificados: 86% dos seguros vendidos no
Brasil estão relacionados a automóvel, vida/previdência e saúde”, diz.
Inicialmente, a Essor Seguros fez
a sua estreia para atender o setor de
construção civil e opera com dois
produtos: decenal e habitacional.
“Mas é um mercado extremamente
antipático com a questão de seguros.
Construtoras e incorporadoras pensam no produto risco de engenharia
porque é uma exigência do banco
que lhe dá crédito. Poucas contratam um seguro de Responsabilidade
Civil ou de garantia”, comenta.
Com otimismo, ele fala sobre o
decenal, seguro que protege o construtor e o incorporador contra danos
relevantes nas estruturas do empreendimento. “O México está implementando o decenal em projetos sociais e o meu esforço é não que ele
se torne obrigatório no Brasil, mas
mostrar o bem que este seguro pode
fazer na qualidade da construção civil”, defende.
E dois outros segmentos foram
desbravados pela Essor: o seguro
agrícola, com coberturas para granizo e geada, e o RC Ônibus/APP.
“Hoje, somos a maior seguradora
privada no agrícola. Estamos incomodando muita gente, temos concentração de mercado na região,
com bons clientes e bons corretores. Não competimos com o Banco
do Brasil, e nem queremos, pois ele
tem o agrícola sobre crédito, o que
não é o nosso foco”.
Mesmo neste ano em que o governo está cortando os subsídios agrícolas e ainda tem uma dívida do ano
setembro2015
Essor Seguros Fábio Pinho
passado com as seguradoras, Pinho
mostra a confiança no produto. “No
primeiro semestre, pagamos R$ 80
milhões em sinistros e recebemos
somente 50% do governo. A sorte é
que temos resseguradoras que acreditam não somente na Essor, mas no
produto. Mas o que está acontecendo é ruim para a imagem do País e o
meu trabalho institucional é muito
forte”, afirma.
No RC Ônibus/APP, para proteção de passageiros de ônibus e
terceiros envolvidos em acidentes
de trânsito, a Essor também buscou
um produto diferenciado. “A maneira que era feito o RCO era arcaica e cartesiana. A precificação de
prêmio de seguro era por número
de portas de ônibus, por exemplo,
e sem prestação de serviço às vítimas. O que nós estamos fazendo
é um trabalho de precificação e
humanização de vítimas, trabalho
este que tem sido reconhecido pelos empresários do setor”.
Novos produtos
Fábio Pinho antecipa que novos
produtos estão em fase de teste e
elaboração. “Posso adiantar que
serão de dois segmentos que, geralmente, as seguradoras têm aversão
ao risco”, diz, acrescentando que
um deles será lançado ainda neste
segundo semestre. Novidade recente foi o início da comercialização
do seguro DFI Compreensivo, para
o setor de construção civil, lançado
em julho.
“Identificamos que com a retração nas vendas de apartamentos
e imóveis em estoque, o risco é
se acontecer um Dano Físico do
Imóvel. Apesar de pouco tempo,
o seguro DFI Compreensivo é um
produto que tem tido grande aceitação e a nossa parceira comercial,
a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) tem uma
plataforma eletrônica que é extraordinária”, destaca Pinho.
Parceiro da inovação
Com o objetivo de conscientizar
os corretores sobre a importância de
ampliarem seu portfólio e conhecerem novos produtos, a seguradora
lançou em setembro a campanha
publicitária “Parceiro da Inovação”,
no site da Essor, mídias digitais (Facebook e YouTube) e com distribuisetembro2015
ção eletrônica. “Hoje, mais de 10%
do público que acessa nossas mídias
sociais são corretores e, por isso,
criamos uma campanha de conscientização”, explica.
Para Pinho, a oportunidade dada
ao corretor é que refletirá no seu
tamanho. “Temos que ampliar este
espaço para que as boas sementes
do mercado possam crescer. É uma
visão que tenho e que prego para
seguirmos neste rumo. Eu levo comigo a frase de Muhammad Yunus
(banqueiro dos pobres, prêmio Nobel da Paz), que diz que “o bonsai
ser pequeno não é um problema da
árvore, pois é uma semente de uma
grande árvore em um vaso pequeno.
O problema não é a semente, mas o
espaço que demos para ele”, cita.
Respaldo
Já em fase de criação, a Essor disponibilizará um portal exclusivo
aos corretores, um canal de comunicação direta com a seguradora. “Até
pela cultura europeia da seguradora de trabalhar com os empresários
com o corretor ao lado, não tínhamos o foco em questões tecnológicas”, diz Pinho.
De acordo com ele, “nós não estávamos preparados para isso e agora
nosso investimento está nesta linha
de precificação na ponta, um portal
para o corretor interagir, e percebemos que há uma grande carência
de pessoas e tecnologia voltadas ao
mercado de seguros para implantar
o ambiente que desenhamos para
os nossos usuários e corretores.
Para alguns ramos, o portal estará
disponível até o início de novembro e para os demais, na virada
do ano”.
Nesta etapa da Essor, o
executivo revela que a seguradora tem como
foco conscientizar os
corretores em querer
fazer diferente e mostrar que a seguradora
veio para ficar. “E não estamos
buscando volume de prêmio, mas
sim conscientização
e crescimento inteligente. O nosso terceiro foco é sempre buscar
inovação e diferenciação, o que não é fácil”.
E o caminho está traçado. “Em julho, nós re-
cebemos um novo aporte de capital,
o que demonstra que a matriz acredita no Brasil. Foram mais alguns
milhões de euros que vieram para
guardarmos para novos negócios
e para a carteira atual, pois quanto mais crescemos, mais aporte de
capital é preciso. Pode até existir
oportunidades de adquirirmos carteiras, mas não é a cultura do grupo,
mas sim crescer ano a ano”, finaliza.
Na ponta com os clientes
Especialista em RC de Transportes
de Passageiros (Ônibus) no Brasil,
Helder Antoni Pontarolo, diretor
da ActuaBus Administradora e
Corretora de Seguros, com sede
em Curitiba, diz que “a Essor tem
um dos melhores atendimentos
que já tivemos nestes 20 anos de
mercado de seguro de transportes
de passageiros. Ela trouxe toda a
estrutura e expertise internacional
para as suas operações no Brasil,
além de ser parceira da Livonius,
outra especialista em danos corporais e materiais provocados por
acidentes com ônibus”.
O corretor Fauaz Cury, da Secur
Corretora, ilustra os diferenciais da
Essor. “No seguro habitacional, os
principais são o preço e o suporte/
atendimento aos corretores e clientes. No seguro de vida para prestamistas, as taxas da Essor são fixas,
o que torna o produto mais acessível, já que na concorrência variam
de acordo com a idade”, exemplifica.
revista cobertura 7
negócios & empresas
Agende-se para 2015
06 de outubro
XII Seminário Técnico de Finanças
Organização | Associação Panamericana
de Finanças
Local | Paraguai
08 a 10 de outubro
19º Congresso Brasileiro dos Corretores
de Seguros
Organização | Fenacor
Local | Centro de Convenções do Rafain
Palace Hotel Avenida Olímpio Rafagnin,
2357 – Foz do Iguaçu - PR
Informações | www.rafainpalace.com.br
25 a 27 de outubro
FIDES – XXXV Conferência Hemisférica
de Seguros e Assembleia Geral
Organização | Federação Interamericana
de Empresas de Seguros (FIDES)
Local | Santiago – Chile
Informações | [email protected]
Confiança do setor em queda em agosto
Após registrar mais um mês de
queda, o Índice de Confiança do
Setor de Seguros (ICSS) atingiu
65,5% em agosto, frente aos 68,3%
calculados em julho.
O resultado da pesquisa da Fenacor é um reflexo do impacto das
notícias de incerteza no mercado
nacional e de possíveis novos aumentos de impostos para cobrir o
déficit orçamentário federal.
Plataforma gerencia frotas corporativas online
03 de novembro
11ª Conferência Internacional
de Microsseguros
Organização | Munich Re Foundation
Local | Marrakech - Marrocos
Informações | www.munichre-foundation.
org/home/Microinsurance/2015IMC.html
06 de novembro
Insurance Service Meeting
Organização | CNseg
Local | Club Med Rio das Pedras - Angra
dos Reis - RJ
Informações | www.insurancemeeting.org.br
23 de novembro
XVIII Prêmio Cobertura
Organização | Revista Cobertura
Local | Casa Petra, São Paulo - SP
Informações | www.premiocobertura.com.br
17 de dezembro
Almoço das Lideranças do Mercado e a entrega
do Prêmio Antônio Carlos de Almeida Braga
Organização | CNseg
Local | Hotel Copacabana Palace, Rio de
Janeiro – RJ
Informações | www.cnseg.org.br
8
revista cobertura
Em agosto, seguradoras, corretoras e resseguradoras ficaram
com expectativa negativa em relação ao crescimento da economia. Para se ter uma ideia, 54%
das seguradoras e 66% das resseguradoras esperam piora. As corretoras também seguem tendência de queda, mas houve melhora
em relação a julho: de 55% para
44% das entrevistadas.
A Marsh lança no Brasil uma plataforma online para gestão de frotas
corporativas. A plataforma, desenvolvida pela prática de Auto Frotas
da corretora e que se chama Webfrotas, é um sistema pioneiro que viabiliza o gerenciamento mais eficiente dos veículos, sejam eles próprios
ou locados pelas empresas. A Marsh
está implantando o sistema em empresas com frotas de 100 a 10 mil
veículos e as informações dos veículos
serão integradas aos
sistemas da corretora e aos das seguradoras. O Webfrotas
faz a gestão de diversos perfis de frotas:
carros, pick-up, caminhões leves e pesados, semi reboque
e de rebocadores.
A plataforma via
web é trilíngue (português, inglês e
espanhol), dinâmica e interativa. Permite gerenciar online toda a frota com
controle das entradas, saídas, condutores, status da CNH, multas, IPVA,
manutenção dos veículos, seguros,
custo com pedágios, consumo de
combustível, entre outros indicadores sistematizados e necessários para
a administração da frota com garantia
do histórico de cada automóvel.
Errata
Ao contrário do que foi publicado na matéria “A caminho da quarta
geração, grupo ZM inova no litoral de São Paulo”, na edição 165 (agosto), Carlos Henrique Christianini e Elaine Centeno Ruiz Christianini não
são irmãos, mas sim, casados.
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 9
negócios & empresas
Europ Assistance Brasil oferece tecnologia aos clientes
Aplicativos e rastreadores automotivos agilizam o atendimento dos
serviços de assistência
24 horas. Com investimento de R$ 10 milhões,
o objetivo é facilitar a
prestação de serviço no
momento de salvar vidas e dar assistência no
menor tempo possível.
“Nossos investimentos
em tecnologia colocaram a operação brasileira à frente da própria
matriz e demais filiais
da Europ Assistance
nos 35 países em que a
empresa atua”, comenta o diretor de tecnologia da EABR, Ulisses
Campos (foto).
Tokio Marine cresce 15,8% no segmento de pessoas
A seguradora anuncia o crescimento de 15,8% na carteira de pessoas no primeiro semestre de 2015,
enquanto o mercado subiu apenas
9,6%. Uma das estratégias da companhia para atingir esse resultado
foi reforçar o time de gerentes co-
merciais de vida, que passou de 13
para 27 especialistas. O objetivo da
empresa é ser uma das cinco maiores empresas independentes de
vida em grupo e figurar entre as dez
maiores seguradoras de pessoas do
País até 2018.
AIG apresenta Relatório Anual de Cidadania Corporativa
A
American
International
Group, Inc.
(AIG), apresenta
seu
Relatório de
Cidadania
Corporativa,
documento
que destaca os resultados das iniciativas globais da companhia em
2014, focadas nos pilares da responsabilidade social, envolvendo
os funcionários e comunidades,
e da preservação do meio ambiente. O documento foi disponibilizado pela AIG em seu site
oficial (www.aig.com.br).
Somente no ano passado, a
AIG assistiu a um crescimento
global de 76% nas horas de trabalho voluntário oferecidas durante as tradicionais Semanas
de Voluntariado Global, nas quais
funcionários de 46 países participaram de 324 projetos de serviço comunitário no mundo inteiro.
Mondial Assistance Brasil
lança aplicativo ViaNet
Pocket para prestadores
A Mondial Assistance Brasil
acaba de lançar uma ferramenta digital para otimizar o acionamento da sua rede de prestadores chamado ViaNet Pocket,
um serviço que funcionava pelo
computador, mas que agora passa a operar como aplicativo para
celular. Seu funcionamento é
similar aos aplicativos de táxi:
em caso de sinistro automotivo,
residencial ou saúde, o acionamento é feito de forma automática para que os prestadores credenciados que estiverem mais
próximos do beneficiado possam atender ao chamado através
de guinchos, taxistas parceiros,
ambulâncias, enfermeiras, entre outros. Além disso, o ViaNet
Pocket também é integrado ao
aplicativo Waze, possibilitando
ao prestador o acesso a rotas alternativas e com menos trânsito.
VGBL Saúde - novas oportunidades
No último dia 27 de agosto, a
Câmara dos Deputados aprovou,
por unanimidade, o Projeto de Lei
n.º 10/2015, que trata do chamado
VGBL Saúde. O projeto segue agora
para o Senado.
Trata-se de um dos mais importantes
produtos que vem sendo discutidos
nos últimos anos. Isto porque ele terá
influência decisiva sobre uma área
complexa do planejamento da vida dos
indivíduos, que é o custeio dos planos
de saúde quando a pessoa atinge
determinada idade.
Pelo projeto, os cidadãos que
10 revista cobertura
contribuírem para o VGBL Saúde
gozarão de incentivo fiscal. As
empresas que contribuírem para o
VGBL Saúde dos funcionários também
gozariam de benefícios fiscais. E os
regates para custeio de planos de
saúde serão isentos de tributação.
A aprovação do projeto representará,
também, uma grande oportunidade
para os corretores de seguros, pois
poderão ofertar aos seus clientes
individuais ou empresariais o produto,
que certamente terá boa aceitação
e procura. Isto criará um novo ,
importante e grande nicho para
seguradores e corretores que se
prepararem para operar com o produto
tão logo esteja disponível. Ótima notícia!
Hélio Loreno
- fundador e
CEO da Classic
Assessoria – Vida
e Previdência
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setembro2015
revista cobertura 11
negócios & empresas
Classic chega em São Paulo
Em agosto foi inaugurado o salão
comercial da Classic em São Paulo,
para atender a parceria com
a seguradora American Life,
no Projeto Vida Consignado.
Sob a gerência de vendas de
Eduardo Macedo (ex-GBOEX)
nesse novo projeto, a Classic
tem expectativas de ampliar
sua área de atuação em São
Paulo. “Iremos oferecer o melhor atendimento aos nossos
clientes, sempre visando estar
à frente de suas necessidades
e demandas” completa o presidente do grupo, Hélio Loreno.
JLT inaugura sede no Brasil
Em setembro, aconteceu a apresentação da nova
sede da filial da JLT Brasil em São Paulo aos 150
convidados entre clientes e mercado segurador,
além da diretoria da Companhia. O evento contou
Allianz abre mais três filiais
Em setembro, a seguradora
inaugurou filial em Aracajú
e Teresina, que somam agora cinco na região nordeste; e
em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde há
cerca de 900 corretores tendo como foco
de negócios os seguros
de varejo, o que leva a
Allianz a acompanhar
essa demanda e também
empenhar esforços, sobretudo, no Automóvel
Individual, Empresarial
e Saúde.
com a presença de Mike Methley, CEO para LATAM,
que falou sobre a importância do Brasil para o grupo
e afirmou que a empresa acredita no País, apesar do
momento econômico.
RC Profissional do Advogado e o novo CPC
O novo Código de Processo Civil (CPC),
aprovado pela Lei nº 13.105/2015,
entrará em vigor no dia 17 de março
de 2016, em substituição ao código
anterior, editado em 1973. Trata-se de
lei na qual se encontram as regras de
procedimentos no campo do processo
civil, de obrigatório conhecimento por
todo advogado que atua no chamado
“contencioso”. A princípio, é difícil
perceber a sua relação com o Seguro de
RC Profissional do advogado, mas basta
pequeno exercício de reflexão para logo
notarmos a sua importância. É que a
lei processual anterior, em vigor por 33
anos, somente foi assimilada após seu
estudo durante grande parte do curso
de direito, com a sua aplicação ao longo
do estágio e da atuação profissional
12 revista cobertura
concreta.
Pois bem, muitos dos paradigmas
jurídicos foram alterados, ou até
mesmo substituídos, institutos inteiros,
como certos tipos de recursos, foram
suprimidos, tudo com o objetivo de
fazer o processo seguir mais rápido.
Essa verdadeira revolução processual
vai produzir reflexo no risco do seguro
de RC, representado pelo advogado
que não estudar, que não se atualizar,
que não se preparar adequadamente,
pois poderá ver o direito de seu
cliente perecer, justo pela ausência de
providências previstas no novo CPC.
Essa conta será imposta ao
advogado, porque o cliente não admitirá
a perda por desídia e, por consequência,
o segurador de RC Profissional será
acionado. Portanto, é hora do advogado
voltar aos bancos escolares, estudar,
cotejar o novo CPC, se informar,
se preparar, sob pena de agravar
fortemente o risco de sua atuação,
com impacto decisivo no seu seguro de
Responsabilidade Civil.
Sergio Barroso
de Mello - Pellon
e Associados
Advocacia
[email protected]
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 13
negócios & empresas
SulAmérica aprimora
atendimento em seguro auto
HDI Seguros soma 1,7 milhão
de veículos segurados
Quinta maior operadora do ramo automotivo no País, a companhia acaba
de atingir 1,7 milhão de automóveis
segurados no Brasil. Com operação
em todo o território nacional, a seguradora tem investido em expansão nas
regiões com maior volume de frota segurável e já colhe os resultados dessa
estratégia. De janeiro a julho deste ano
sua carteira cresceu em 100 mil itens,
considerando apenas o ramo automotivo, principal foco da HDI Seguros. A
operadora também atua fortemente em
seguros residenciais.
Liberty bonifica clientes
Seguradora utilizará
tecnologia
chamada
telemetria
para determinar preço
do seguros
de automóvel e assim
beneficiar
os
motoristas que dirigem com segurança
e de forma consciente. “O Direção
em Conta é um programa inovador,
pois abre um novo capítulo na forma de interagir e consumir seguros,
menos focado em estereótipos de
comportamento e mais baseado no
perfil de cada indivíduo, que amplia a confiança e transparência na
relação entre cliente e seguradora e
acompanha uma tendência mundial
de valorizar o motorista que dirige
com cuidado”, diz o superintendente de inteligência de marketing
e inovação da Liberty seguros, José
Mello (foto).
A seguradora aperfeiçoou o
modelo de atendimento realizado em seus 35 Centros Automotivos SulAmérica, os CASAs, espalhados por todo o País. Após
mapeamento de toda a operação
e suas atividades, a companhia
reestruturou processos e implementou um novo modelo de
atendimento que oferece aos
clientes de seguro auto maior
conveniência e agilidade no momento do sinistro.
O Centro Automotivo SulAmérica atende os segurados no momento do sinistro, com agilidade,
segurança e comodidade ao segurado e para terceiros, desde o
atendimento inicial, com a realização e aprovação do orçamento,
até o acompanhamento do término do reparo. Entre os serviços
oferecidos no estabelecimento,
estão laudo de vistoria, atendimento da garantia de vidros e retirada de carro reserva.
Liderando em meio à crise
A crise se aprofunda, o consumo cai,
a inflação sobe, o Real se deprecia, o
crédito desaparece e o desemprego
aumenta a cada dia. Tal cenário é
capaz de causar um grande estresse
até mesmo nos profissionais mais
experientes.
Por isso, mais do que nunca, é
necessário ser sensível para saber
identificar os bons profissionais e criar
ambientes mais humanizados.
Quer saber qual a melhor maneira
para identificar um bom líder? Veja
como ele atua em meio à uma grande
crise. É ele que tem plena consciência
dos desafios, mas que sabe encará-los
com positividade e criatividade. Ele não
só sabe identificar os pontos fortes
14 revista cobertura
de sua equipe, como utiliza todas as
ferramentas para amplificar ainda mais
estes potenciais.
Acredito em três pilares essenciais
para a formação de um líder: firmeza,
objetividade e, principalmente,
transparência. Estas três atitudes
devem prevalecer sempre, para que as
empresas e os colaboradores sofram o
menos possível com os efeitos da crise.
O melhor modo de fazer isso é
valorizando, escutando e abrindo
espaço para que todos possam
contribuir para solucionar os desafios. E
por que não fazer isto durante um café
da manhã com a equipe? São pequenas
atitudes que farão a diferença para
que seu time se sinta valorizado e
motivado, mesmo em um ambiente
macroeconômico incerto.
Acacio Queiroz - Chairman da Chubb
do Brasil. Formado em Economia, pósgraduado em Finanças e com especialização
em Business nos EUA, possui certificação
no Programa de Desenvolvimento de
Conselheiros pela Fundação Dom Cabral,
é Conselheiro de
Administração
Certificado pelo
Instituto Brasileiro
de Governança
Corporativa (IBGC),
autor do livro
“Minhas Bagagens”
e palestrante nas
áreas de Economia,
Liderança e Motivação.
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 15
negócios & empresas
Planejamento financeiro é o segredo para evitar saques antecipados de planos de previdência privada
Em tempos de recessão econômica, pode
ser grande a tentação
de efetuar o resgate
de planos de previdência privada para o
pagamento das mais
diversas despesas, que
podem ir desde a reforma da casa até uma
viagem que, de repen-
Use a malícia de um
bom negociador
Toda venda é uma forma de
negociação e, para que você tenha
maior sucesso nisso, sugiro que:
- Inicialmente, nunca dê todos os
descontos possíveis para seu cliente.
Negocie. Passe o preço do seguro com a
margem de comissão cheia e veja como o
cliente responde. A regra é: nunca dê tudo
o que pode mesmo que o possível cliente
esteja fazendo outras cotações. Quando
você chega a seu limite logo no início, fica
sem poder de fogo para negociar e sem
armas para tentar o fechamento;
- Não ofereça o seguro com o valor
mínimo de cobertura para os danos
materiais e corporais. Além de não estar
atendendo bem, caso seja necessário, você
não terá de onde tirar para equacionar
o prêmio do seguro as possibilidades do
cliente. Deixe para, se preciso for, baixar os
valores já caminhando para o fechamento
da proposta.
Boas vendas!
André Santos Corretor de Seguros
e palestrante, além
de autor de cinco
livros específicos
para comercialização
de seguros com
cerca de 35 mil
exemplares
vendidos.
Especialista em
comunicação de venda para esse
mercado é também diretor da Treinaseg
Consultoria e Treinamentos em Seguros.
Tel.:(11) 3662-0756 - www.treinaseg.
com.br - [email protected]
16 revista cobertura
te, teve custos maiores
por conta da alta do dólar. No entanto, é importante ter consciência de
que essa opção fará toda
a diferença no futuro,
quando o contratante tiver a renda bruscamente
diminuída, entre outras
limitações.
“A previdência priva-
da é uma excelente ferramenta de
disciplina financeira e irá fazer
toda a diferença na vida de quem
ganha mais do que o INSS paga
na aposentadoria. Sem um plano
adequado, alguém que se aposenta pode ter sua renda reduzida
significativamente de um dia para
o outro”, diz Maristela Gorayb
(foto), diretora de previdência e
vida resgatável da Mapfre.
SindsegSP lança o Dicionário Bilíngue de Seguros
O Dicionário Bilíngue de Seguros possui termos técnicos e expressões do setor, em português
e inglês. A solução permite ainda
que o usuário faça a busca por palavras nas duas línguas. Disponível
no site do Sindicato, a ferramenta visa auxiliar empresas e profissionais do segmento segurador e, também, leigos que desejam ingressar neste mercado.
Icatu alcança faturamento de R$1,5 bilhão no primeiro semestre
A Icatu Seguros alcançou faturamento de R$ 1,5
bilhão no primeiro semestre de 2015, aumento de
17% em relação ao mesmo
período do ano passado. O
patrimônio líquido atingiu
R$ 848,4 milhões ao final
do semestre, após distribuição de R$ 100 milhões
em dividendos. A seguradora fechou o semestre
com aproximadamente R$ 320 milhões em volume de ativos livres.
Mantendo o desempenho do mesmo período do ano anterior, a companhia alcançou lucro líquido de
R$ 130,5 milhões. “Os
resultados do primeiro
semestre do ano demostram a consistência do
crescimento da companhia, que tem buscado
aprimorar
constantemente o atendimento e
investido na qualidade
dos produtos e serviços
aos clientes, corretores e
parceiros comerciais. Os
números refletem o trabalho de uma
equipe que atua de forma coesa na
direção dos mesmos objetivos”, afirma o presidente da Icatu Seguros,
Luciano Snel (foto).
Argo seguros amplia seus produtos
Com alto crescimento de roubos e
furtos de bicicletas, a seguradora
oferece um produto diferenciado
para o mercado.
O Protector Bikes,
para ciclistas e também Responsabilidade Civil Profissional, abrange
todo o território nacional e cobre
três principais momentos: enquanto a bicicleta estiver guardada, sendo transportada ou quando em uso
nas ruas, inclusive em competições.
Além disso, ciclistas profissionais
podem ter uma cobertura de Responsabilidade Civil por danos que,
eventualmente, causem a terceiros
em decorrência de acidentes.
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revista cobertura 17
negócios & empresas
Berkley investe em sistema user-friendly para seguro garantia
Publieditorial
Não há solução de prateleira
para as necessidades
do mercado
Alexandre Camillo
Presidente do
Sincor-SP
A GTI Solution, empresa que
desenvolve ferramentas e soluções para a indústria de seguros, está investindo em venda
consultiva para o segmento
de corretores de seguros. Com
19 anos de experiência neste
mercado, a companhia observou que para o sucesso das
atualizações tecnológicas nas
corretoras é necessário, antes
de tudo, um bom estudo das
necessidades, demandas e objetivos do cliente.
“Não é só entender e acatar a
visão do cliente”, afirma Fábio
Marcicano Vicente, gerente de
negócios da GTI Solution. “É
preciso questionar, levantar
dificuldades ainda não identificadas para que a solução final
fique adequada da melhor forma possível para a empresa”.
Para o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, é
fundamental ao corretor analisar sua própria atuação para
identificar oportunidades de
melhoria. “Muitas vezes falta
ao corretor a possibilidade de
olhar o próprio negócio, analisar os processos e verificar o
que está fazendo corretamente
e melhorar este processo, ou
até mesmo, ver processos que
ainda não adotou”, diz.
A proposta da GTI Solution
é justamente auxiliar o corretor a olhar melhor o seu negócio, otimizando recursos, ajustando processos, reduzindo o
trabalho manual e ampliando
a integração entre os softwares
já existentes.
Assista a reportagem em:
http://bit.ly/1NJdYkm
18 revista cobertura
A carteira de garantia da Berkley conta
com um sistema onl i n e para
comercialização
do produto
que garante
agilidade
nos processos junto a corretores parceiros. A
ferramenta acaba de ser atualizada e
dispõe de um layout user-friendly, o
qual facilita o acesso de usuários que
buscam produtos da área de Garantia.
O sistema proporciona fácil adesão e entendimento, é acessível
para operações de varejo e atende
as modalidades mais tradicionais
do segmento - garantia de concorrência ou “Bid Bond” (BID), que
garante indenização ao segurado
(contratante da obra ou serviço),
caso o vencedor da licitação deixe
de assinar o contrato; e a garantia
de executante ou “Performance
Bond”, produto que garante ao segurado o cumprimento das obrigações assumidas no contrato.
RSA anuncia venda de operações na América Latina
A RSA Insurance
Groupp lc. anunciou
no início de setembro que chegou a
um acordo, sujeito a
aprovações regulatórias, para vender todas as suas operações
na América Latina
(RSA
LatinAmerica)
a Suramericana S.A, a seguradora
subsidiária do Grupo de Inversiones Suramericana (Grupo Sura) por
aproximadamente 403 milhões de
libras pagos em espécie.
“Temos o prazer de anunciar a
passagem de nossos negócios na
América Latina para a Surameri-
cana.
Sendo o foco
da RSA nos
seus maiores
mercados no
Reino Unido
& Irlanda, Escandinávia e
Canadá, tem
sido cada vez
mais claro para nós que a RSA não
é o melhor detentor estratégico
destes negócios. Na Suramericana
temos um player regional experiente e comprometido que pode
tornar o negócio uma parte central
de sua estratégia”, disse Stephen
Hester, CEO do Grupo RSA.
A12, um novo grupo de corretoras
Resultado da sociedade de 12 empresas, a A12 Corretora de Seguros
iniciou suas operações no mercado brasileiro em abril de 2015 e já
representa um volume de emissão
anual de R$ 250 milhões de prêmios
em seguros e benefícios. Sediada
em São Paulo, na Vila Olímpia, a
companhia, que começou a ser pro-
jetada em 2010, já está operando em
parceria com algumas das principais seguradoras do país, com corretoras estabelecidas em sete estados,
sendo eles São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo,
Paraná, Distrito Federal e Goiás, e
atuação em todo território nacional.
Entre seus idealizadores, a A12
reúne grandes nomes do mercado
securitário, como Armando Vergílio, presidente da Fenacor, e Robert Bittar, presidente da Escola
Nacional de Seguros. A atuação do
Grupo A12, que é gerido por um
Conselho Deliberativo e uma Diretoria Executiva, é bem diversificada e seu mix é composto por Auto
(57,1%), Benefícios (24,7%) e Demais Ramos (18,2%).
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revista cobertura 19
negócios & empresas
Bradesco Saúde ultrapassa a marca de
um milhão de segurados em PME’s
Após obter a renovação do seu certificado de Acreditação,
a Bradesco Saúde ultrapassou a marca de
um milhão de vidas
seguradas no segmento Seguro Para Grupos
(SPG) de até 199 vidas. O segmento tem
sido o grande destaque da carteira da seguradora nos últimos anos, que
em 2014 representou cerca de
28% da receita de planos coletivos, enquanto que no final de
2008 representava 14%.
“Após conquistarmos o selo
de Acreditação pela segunda
vez consecutiva, agora alcançamos mais
essa grande conquista. Esperamos que
essas empresas possam atingir seus objetivos, tornando-se
mais competitivas no
mercado de trabalho,
melhorando tanto o
clima organizacional
como a qualidade de
vida dos seus empregados, além
de reterem boa parte dos recursos humanos essenciais para o
desenvolvimento do seu próprio
negócio”, afirma o presidente da
Bradesco Saúde e da Mediservice, Marcio Coriolano (foto).
Hapvida inova no agendamento
e ganha em escala
Para garantir aos usuários o
atendimento às consultas nos
prazos máximos definidos pela
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hapvida
criou um software que internaliza a agenda dos dentistas. Por
meio da plataforma, os dentistas
disponibilizam seus horários de
atendimento exclusivo para planos Hapvida e os clientes têm
o diferencial de fazer o agendamento via site ou call center,
além do próprio consultório.
Planejamento em momento de crise: cuidado e atenção
Parte das organizações voltam sua
atenção no segundo semestre para
revisitar, avaliar e planejar ações que
poderão impactar no crescimento do
próximo ano.
Em momentos de crise como
atualmente estamos assistindo, é
necessário (para não dizer obrigatório),
que isto ocorra de forma ainda mais
rápida. Se o cenário comercial apresenta
incertezas, a revisão da operação é
uma oportunidade para melhorar os
resultados e os controles.
A ideia de busca pela melhoria
contínua segue como boa prática à
toda operação, complexa ou não, onde
existem diversos envolvidos, analisando
20 revista cobertura
e tratando informações que resultarão
na conclusão de processos.
Precisamos nos cercar de indicadores
que nos sinalizem quanto estas
conclusões estão impactando de forma
inadequada nos resultados esperados,
a tempo de realizar os ajustes
necessários, garantindo o alcance do
que foi planejado.
Além do inventário de salvados
(um dos indicadores, já mencionado
em edição anterior), cabe revisitação
ao demais momentos do produto
automóvel, como a aceitação e a perda
parcial, interna e externamente, em
seus diferentes tipos de liquidação.
Alcançamos nestes 20 anos uma
atuação muito próxima aos nossos
clientes, que nos permite participar
deste momento, colaborando com
seu plano de ação futuro, baseado
em dados atuais e prevendo diante
dos cenários possíveis, quais
os ganhos factíveis neste
contexto. Com esta bagagem
adquirida, nos dedicamos
juntamente com as equipes
de projetos, construindo um
plano para 2016.
Eduardo Sanches
diretor da Verithus
Assessoria
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negócios & empresas
Ameplan prepara suas equipes
para a excelência no atendimento
A Ameplan Assistência Médica
Planejada, no seu planejamento estratégico, tem como compromisso a
excelência do atendimento aos seus
beneficiários.
O gráfico trimestral emitido pela
ouvidoria e apresentado na última
reunião da Gestão Profissional da
operadora indica a diminuição gradativa no
número de reclamações
registradas no último
período de 90 dias. Apesar dos resultados, esse
número não é satisfatório e não agrada aos profissionais da Ameplan,
que trabalham em busca
da conquista de “Zero
Reclamações”, um objetivo traçado e divulgado
desde o início deste ano.
“Para uma empresa que
preza pela excelência no
atendimento, não deveríamos ter reclamações”, comenta José Silva dos Santos, diretor administrativo
financeiro da Ameplan,
“mas já que as temos”, continua, “devemos verificar
pontualmente onde estamos errando e tratar de ouvir melhor o cliente logo no
primeiro contato, para que
ele se sinta sempre satisfeito com o plano de saúde
que escolheu e utilizar as
reclamações como instrumento de gestão”.
Katia Regina C. Pasquarelli, coordenadora
da ouvidoria da Ameplan, confidencia que
está trabalhando numprojeto piloto de ouvidoria preventiva, cujo
setembro2015
objetivo é elevar os padrões de eficiência, presteza e segurança das
atividades da ouvidoria e dos gestores dos demais departamentos,
visando o estreitamento da comunicação e alinhamento das ações.
Para isso, serão realizados encontros técnicos com departamentos
específicos, no intuito de estimular
os gestores e equipes para que sejam agentes de mudança e transfor-
NotreDame Intermédica amplia
atendimento oncológico
Em agosto, a Intermédica
inaugurou a ala dedicada
ao tratamento de câncer,
para o conforto e privacidade dos pacientes oncológicos na sua rede própria
de atendimento, assim os
pacientes terão salas individuais e poderão participar
do grupo “Entendendo a
Quimioterapia”. O novo espaço tem capacidade para
atender 21 pacientes por
dia e cerca de 420 por mês.
Seguro odontológico de
graça para dependentes
de até três anos
madores de processo. Com isso, o
resultado esperado será a prevenção de problemas, alinhamento de
processos, satisfação do cliente e
excelência no atendimento, meta
que a operadora estabeleceu para
ser reconhecida no mercado.
A Ameplan criou um símbolo
para lembrar a todos sobre o compromisso assumido, que está estampado em impressos, documentos internos e banners.
A Caixa Seguradora
oferecerá
gratuitamente seguro odontológico
para dependentes de até
3 anos de idade. A iniciativa tem o objetivo de
promover a saúde bucal
infantil, incentivando visitas regulares ao dentista
desde o começo da vida.
A medida foi adotada
primeiro nos planos empresariais e, em breve,
será estendida para os
planos para pessoa física.
“Nesse primeiro momento, desde micro-empreendedores até grandes
empresas terão esse benefício para seus funcionários”, explica
o diretor de seguro odontológico da
seguradora, Júlio César Felipe.
Os planos disponíveis são o Fundamental, que comporta todos os
atendimentos do rol da ANS, como
consultas, atendimentos emergenciais, radiologia, limpeza; e o Vital,
que conta com todos os atendimentos
do Fundamental e 17 procedimentos
exclusivos, como radiografia da ATM,
e instalação de aparelho ortodôntico.
revista cobertura 21
inovação eventos, lazer e turismo
Por Karin Fuchs | [email protected]
Alfa Seguradora inova com tecnologia de ponta
em seguros de acidentes pessoais; foco é
entretenimento, turismo e esporte
C
Milca Pereira Zambrini
diretora executiva da Alfa Seguradora
22 revista cobertura
om toda a expertise em seguro de pessoas, a Alfa Seguradora inovou e, em parceria com a Connect Soluções Múltiplas, traz aos segmentos de entretenimento,
turismo e esporte um seguro de acidentes pessoais que conta
com tecnologia de ponta, possibilitando identificar o público
participante de cada evento, até então, uma ferramenta carente neste mercado.
Nos segmentos aderentes ao produto, o foco de atendimento
são parques de diversão, esportes radicais, como rapel e rafting,
além de turismo e ecoturismo. Nesses segmentos, inclusive,
a seguradora já possui experiência de atendimento há alguns
anos através de uma parceria com a EcoTrip, empresa com expertise no atendimento ao turismo/ecoturismo junto a agências
de viagem, hotéis e parques.
Milca Pereira Zambrini, diretora executiva da Alfa, explica
que a solução tecnológica oferece vários benefícios. “A parceria
com a Connect é um modelo de controle de acesso tanto para a
empresa organizadora do evento como para a própria seguradora, pois, caso ocorra um sinistro, de forma assertiva é viabilizado o seguro, identificando o segurado com rapidez e agilidade
nos processos”, informa.
Já para a empresa organizadora ou promotora do evento,
além de uma ferramenta de controle de acesso, a solução permite a identificação do público presente,
servindo como uma base de informação, um mailing para eventos futuros ou ações de marketing,
como também a possibilidade delas realizarem
sorteios de brindes e até com capitalização, durante a realização dos mesmos.
“Não são todas as empresas que têm um modelo de controle tão eficiente e nós oferecemos
esta solução. De maneira geral, pouca tecnologia, pouco controle nesse sentido havia para
seguros de acidentes pessoais voltados a turismo, esportes e entretenimento. Nós já tínhamos um sistema que permitia de forma online
saber o tempo de cobertura e avançamos com
o controle de acesso”, diz a executiva.
Segundo ela, a tecnologia aplica-se ao segurado individual, um pequeno grupo e até
setembro2015
inovação eventos, lazer e turismo
a grande massa. “O controle é tudo
na identificação do público, o que
faz com que tenhamos muito mais
tranquilidade para precificar e oferecer apólices mais personalizadas.
E, principalmente, não apenas na
identificação como no atendimento dos segurados. Tecnologia é um
modelo que perseguimos sempre,
para que nos dê segurança e conhecimento”, enfatiza.
Contratação e cobertura
Tendo o corretor de seguros como
canal exclusivo, no segmento de
entretenimento, turismo e esportes
são três subprodutos da companhia:
esportivo individual, grandes eventos e embarcações, modulados e desenhados conforme as necessidades
e características de cada um. “Desta
forma, podemos agregar serviços de
assistência às coberturas securitárias”, acrescenta Marcela Vasconcellos da Silva, gerente geral de produtos da Alfa Seguradora.
O seguro abrange morte e invalidez por acidente e o despesas médicas e hospitalares (DMH), com diária de internação hospitalar, como
cobertura complementar, e a possibilidade de contratação de assistência para remoção aérea.
De fácil contratação, para o corretor de seguros a ferramenta é uma
aliada a mais para a diversificação
de carteira em um mercado com
crescente demanda e inúmeras possibilidades, já que o seguro abrange
diferentes perfis de eventos, parques, esportes radicais e pontos de
ecoturismo. Além disso, por se tratar de um produto modular, o corretor pode junto ao seu cliente definir
o pacote de coberturas.
Milca Zambrini conta que a divulgação do produto está sendo
feita junto à força de vendas da
companhia, nas filiais e escritórios
de representação.
Controle de acesso
Na prática, o segurado recebe uma pulseira com
um QR Code para o controle de acesso e saída do
evento. Com o seu smartphone, ele mesmo
preenche seus dados pessoais, o que permite
maior agilidade no atendimento, caso ocorra
um sinistro.
Para o promotor ou organizador do evento, este controle permite um mapeamento
preciso do seu público para ações futuras,
podendo ser moldado de acordo com suas
necessidades. Para o corretor se traduz
em novas oportunidades de negócios, que
conta com todo o respaldo da Alfa Seguradora, incluindo rapidez e agilidade desde a
contratação até a emissão de apólices.
“Estamos muito felizes com a parceria com
a Alfa, pois sempre demonstraram, desde o
começo, que também estão pensando à frente,
além da enorme disposição de fazer acontecer. Isso
nos dá a tranquilidade de que poderemos continuar a inovar.
O produto por si só já é sinônimo de sucesso, pois permite o
controle de pessoas sem nenhuma burocracia, o que representa um ganho enorme de tempo. Permite também coletar
dados dos participantes do evento, o que é essencial para
quem quer ter um relacionamento mais próximo com seus
clientes. Temos certeza que muito mais que um produto, estamos criando uma nova tendência no controle de acessos e na
massificação dos seguros de acidentes pessoais”, comenta o
diretor executivo da Connect Control, José Caldeira.
mos e especialidades, para na ponta
se transformar em uma comunicação mais amigável com o corretor.
Uma mesma plataforma onde ele
enxerga cada vez mais toda a linha
de produtos da Alfa”.
Tanto que há um sistema na ponta
para os corretores com várias facilidades para realizar cotações, transmitir a proposta em tempo real, ter
uma aceitação pronta e imediata,
transformando a cotação em proposta muito rapidamente. “A evolução
sistêmica tem sido muito forte, in-
Know how
Com investimentos constantes
em tecnologia, a Alfa Seguradora tem uma área interna de TI com
profissionais especializados em
cada ramo em que atua, ao mesmo
tempo, dividida e unificada. Milca
Zambrini explica como isto se dá
na prática. “Existe uma expertise de
TI como uma plataforma, uma base
que serve a todos os produtos, rasetembro2015
revista cobertura 23
inovação eventos, lazer e turismo
clusive, nós tivemos uma mudança
recente de ajuste no sistema e eliminamos o papel. Hoje é tudo eletrônico, o que agiliza a cotação, emissão
e, principalmente, a comissão do
corretor, além do segurado receber
seu kit eletrônico com mais rapidez
e eficácia”, especifica.
Por enquanto, essa tecnologia está
disponível nos processos do seguro
de automóvel, mas em breve os demais produtos da seguradora contarão com essa praticidade.
Também na retaguarda, os corretores contam com 30 escritórios
espalhados em todo o território nacional. “Todos eles trabalham com
o nosso mix de produtos (ver Box),
nosso canal é 100% corretores, e estabelecemos metas para atingirmos
“A parceria com a Connect é um modelo de
controle de acesso tanto para a empresa
organizadora do evento como para a própria
seguradora, pois, caso ocorra um sinistro,
de forma assertiva é viabilizado o seguro,
identificando o segurado com rapidez e agilidade
nos processos” Milca Zambrini | Alfa Seguradora
Marcela Vasconcellos
gerente geral de produtos
da Alfa Seguradora
24 revista cobertura
o desejo de um melhor mix entre os
ramos que atuamos. Nós temos percebido os grandes feitos da tecnologia e isso só reforça que precisamos
continuar e investir mais ainda”,
antecipa a executiva.
Especialização
Na área de pessoas, a seguradora
evolui constantemente com a oferta
de produtos e coberturas para todos
os perfis e tamanhos de empresas.
O seu principal diferencial está nos
nichos em que atua. “Nós concorremos no mercado igualmente em relação às características de produtos.
A nossa grande diferenciação é o
Milca Zambrini
diretora executiva da
Alfa Seguradora
setembro2015
inovação eventos, lazer e turismo
Portfólio
Alfa Vida | Desenhado sob medida
para empresas, sindicatos, varejistas,
financeiras, escolas, órgãos públicos,
eventos esportivos, entre outros,
com uma completa rede de assistência e proteção 24 horas por dia. No
portfólio estão desde microsseguros
de pessoas, prestamistas a seguros
coletivos.
Alfaprev | Contempla as modalidades
PGBL e VGBL, com opções de investimentos em renda fixa ou parte em
renda variável, para um público que
abrange empresas, clientes de alta
renda e crianças.
foco em alguns segmentos específicos. Escolhemos quais nos interessam mediante pesquisa de mercado,
sempre junto ao corretor, e com precisão conseguimos alcançar escala e
massificar”, explica.
Como exemplo, ela cita os sindicatos, nos quais a Alfa Seguradora
tem hoje cerca de 120 mil segurados, entre os quase 500 mil de sua
carteira de seguro de vida em grupo. “Nós atendemos convenções
coletivas com produtos muito padronizados e com coberturas para
cada categoria, conforme as necessidades ou as convenções coletivas. Por trás, nós temos uma estru-
setembro2015
Alfa Multirrisco | Seguros para empresas e residências, com planos de
assistência 24 horas, produtos voltados a residências, empresas, imobiliárias, escritórios e consultórios.
Alfa Car | Com coberturas que
abrangem opcionais para acessórios,
equipamentos, blindagem, garantia
zero km, carro reserva, cobertura
para vidros e teto solar e assistência
24 horas com um amplo leque de
serviços, entre outros benefícios. O
Alfa Car é voltado para automóveis
diferenciados, incluindo importados,
e frotas de empresas.
tura operacional em que buscamos
excelência no atendimento”.
A área de pessoas tem apresentado
crescimento anual de cerca de 20%.
“Essa área está em ascensão. Por isso,
pretendemos torná-la tão representativa quanto os demais ramos em que
atuamos”, comenta Milca.
Outro foco da seguradora são
as pequenas e médias empresas.
“Nós temos um modelo de cotação
por atividade, adequando o preço,
conforme o perfil de cada uma. É
um processo que investimos também em tecnologia e que, na ponta,
o corretor pode ter orçamentos e
propostas até o fechamento de negócios. Neste segmento,
nós dependemos muito do
apoio e da parceria dos corretores”, enfatiza.
O segmento varejista
também tem se destacado,
com produtos massificados. “Com a Resolução
297 (que autorizou as redes
de varejo a atuarem como
representantes das seguradoras, antes estipulantes),
nós criamos vários produtos para atender o varejo.
Em agosto deste ano, lançamos o microsseguro de
pessoas, um produto de
acidentes pessoais com cobertura de no máximo R$
30 mil, conforme estipulado pela legislação”, conta
Marcela Vasconcellos.
90 anos de história
Há 90 anos nascia o Grupo
Alfa, com a fundação do
Banco da Lavoura de Minas
Gerais, que chegou a ser um
dos maiores bancos privados
da América Latina.
Em 1971, seu nome foi
alterado para Banco Real
S/A, cujo controle acionário foi vendido a um banco
holandês, no ano de 1998, e
o conglomerado financeiro
Alfa passou a ser formado
por várias empresas: Banco
Alfa, Alfa Financeira, Alfa
Leasing, Alfa Seguradora,
Alfa Previdência e Alfa Corretora. Juntas, elas têm um
patrimônio líquido superior a
R$ 2,3 bilhões e ativos totais
superiores a R$ 15,5 bilhões.
Há 16 anos no mercado, a
Alfa Seguradora herdou da
Real Seguradora o know
how dos seus executivos.
O primeiro produto lançado
foi o seguro de automóvel e,
ao longo dos anos, o mix de
produtos foi ampliado. Atualmente, a seguradora conta
com 30 filiais e representações em todo o País.
Em 2014, fechou o ano com
um patrimônio líquido de R$
160,5 milhões e R$ 459,8
milhões em prêmios ganhos,
resultado quase 22% superior ao ano anterior.
revista cobertura 25
corretor contra a crise
Por Camila Alcova
[email protected]
E
m meio a um período marcado
por incertezas na economia e
corte de despesas por parte do
consumidor, a atuação do corretor
torna-se ainda mais crucial nos processos de seguros. Para driblar as
dificuldades oriundas da crise, desempenhar uma venda consultiva e
manter-se antenado sobre a situação
soluções para os riscos aos quais o
segurado está exposto. “Quer seja em
um cenário positivo ou negativo, o
papel do corretor é de suma importância, porém, na atual condição, o
segurado costuma cortar despesas,
e muitas vezes o seguro é entendido
como sendo uma, quando na verdade
deveria ser encarado como investi-
“Quer seja em um cenário positivo ou negativo, o papel do
corretor é de suma importância, porém, na atual condição,
o segurado costuma cortar despesas, e muitas vezes o
seguro é entendido como sendo uma, quando na verdade
deveria ser encarado como investimento para proteção do
patrimônio, tanto material como pessoal”
Carlos Gabriel Prezenszky | Berkley
econômica do País são algumas das
estratégias indispensáveis para esse
profissional daqui em diante.
Na opinião do diretor comercial da
Berkley, Carlos Gabriel Prezenszky, o
papel do corretor é fundamental independente do cenário econômico,
no sentido de apresentar e buscar
26 revista cobertura
mento para proteção do patrimônio,
tanto material como pessoal”. Diante
desse cenário, ele enfatiza que a atuação do corretor é importante para
alertar e orientar o segurado.
O diretor comercial da Yasuda Marítima, Wilson Lima, pondera que o
corretor tem um papel crucial na
sociedade e nos tempos de incertezas na economia isso fica ainda mais
evidente, pois o seguro deve fazer
parte do planejamento financeiro de
cada indivíduo ou empresa. “E, em
tempos de crise, todos estamos mais
propensos a sermos surpreendidos
por eventualidades, e o seguro foi
criado justamente para o restabelecimento financeiro por conta dessas
eventualidades”.
Ele alerta que por conta do aperto
nos orçamentos nesse período é comum o consumidor decidir, equivocadamente, cancelar ou não contratar algumas modalidades de seguros
que poderiam ser essenciais em determinadas situações.
Venda consultiva
Outra importante habilidade que
o corretor pode desempenhar especialmente no momento incerto que
o Brasil vive é a venda consultiva,
orienta o superintendente do canal
corretores Brasil da AIG Brasil, Ronaldo Barreto. “O corretor exerce
um papel fundamental ao realizar a
venda consultiva para o segurado e
apresentar as melhores soluções em
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 27
corretor contra a crise
produtos oferecidos pelo mercado segurador, considerando seu momento
de vida e suas necessidades. Isso
proporciona tranquilidade principalmente em momentos de incerteza e
proteção para pessoas e patrimônio”.
Para conscientizar o cliente sobre
a importância de proteger sua vida
e bens, o relacionamento entre corretor e o segurado também pode ser
um importante aliado nesse cenário. “De acordo com a perspectiva
da AIG baseada em nosso relacionamento com os corretores, sem dúvida o relacionamento entre corretor e
segurado pode ser um facilitador”,
frisa Barreto, ao complementar que
a proximidade facilita a identificação de necessidades. Além disso,
pelo fato de o corretor conhecer as
coberturas, benefícios e condições
para a contratação dos produtos de
seguros, pode apresentar boas soluções ao cliente.
Prezenszky, da Berkley, acrescenta que “quanto mais próximo o corretor estiver do seu cliente, maior é
a possibilidade de avaliar os riscos
aos quais o segurado está exposto.
E, assim, propor a melhor condição
de garantir seu patrimônio”.
Função educadora
Wilson Lima defende o relacionamento como um facilitador na
tarefa de conscientizar o segurado e complementa que além de
consultor, o corretor de seguros
tem um papel educador.
A colocação do executivo
é ratificada quando considerados alguns aspec-
Carlos Gabriel
Berkley
28 revista cobertura
tos culturais ainda em processo de
transformação, como a falta de hábito de planejamento financeiro, fator
que impacta diretamente o setor de
seguros. “A contratação de seguros
de vida, saúde, residencial, têm a
ver com essa prática, pois é no planejamento financeiro que se planilha os bens, projeções
de rendimentos, reservas
financeiras e aplicações
para investimentos futuros, bem como as ferramentas que poderão ser
úteis para minimizar
eventuais perdas”.
Na visão do diretor executivo de
produção da Porto
Seguro, Rivaldo Lei- te, o corretor
de seguros sempre deve ter um papel de consultor, característica que
se fortalece por conta do atual cenário econômico. “O cliente confia no
corretor, que tem um papel relevante
em sua decisão”.
Ele acredita que o corretor deve
estar cada vez mais antenado ao momento econômico do País e orientar
o segurado para que adquira o que
for adequado às suas necessidades.
O executivo ilustra que o corretor
deve estar atento às reais necessidades do cliente, ou seja, se ele não
precisa de um carro extra, mas, por
outro lado, precisa de
outra assistência, por
exemplo, o corretor
deve direcioná-lo.
“Ao entender o
perfil do cliente, o corretor
tem a chance de contribuir mais nesse processo”.
O
executivo
Ramon Gomez
frisa que moAllianz Seguros
mentos positivos
economicamente
impulsionam
a compra pelos
consumidores.
Já os períodos
de economia
fragilizada,
em que o
consumidor
pode perder o
emprego e parte
Rivaldo Leite
de sua renda, fica
Porto Seguro
com receio de per-
der o patrimônio, o que leva à aquisição de seguros, em sua opinião.
“A necessidade de fazer um seguro,
ter coberturas para seu patrimônio
e também para terceiros, por exemplo, independem de momentos de
crise”. Ele acrescenta que a consciência dos brasileiros em relação às
diversas modalidades tem crescido
bastante nos últimos anos.
Ele pondera que o que pode ocorrer
em situações de crise é a alteração de
comportamento para a contratação
de apólices mais enxutas, mas sem
que o cliente abra mão do seguro.
Elo importante
Ramon Gomez, diretor da divisão comercial da Allianz Seguros,
acredita que a responsabilidade do
corretor aumenta diante do atual
momento. Ele comenta que em períodos que a confiança do consumidor em relação ao futuro diminui,
há uma tendência de cortar custos
que considerem de baixo risco. “Infelizmente, seja por desinformação
ou outro motivo, o seguro ainda está
nessa lista”.
Ele acrescenta “diante desse momento, a responsabilidade do corretor aumenta exponencialmente, pois
ele tem uma missão de conscientizar
os segurados da importância de manter o seguro de um bem que, muitas
vezes, pode ser a maior conquista
pessoal em sua vida. Então é preciso
uma atuação muito forte para manter
essa proteção”, pontua.
Gomez aponta que para os corretores que construíram uma relação
de relevância, confiança e credibilidade com seus clientes, certamente
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 29
corretor contra a crise
haverá maior facilidade para cumprir o papel de conscientizar o consumidor de que manter o seguro é
importante. “Esses corretores que
construíram esse ativo durante a relação com os segurados certamente
farão a diferença”.
O executivo reforça que o consumidor tem como hábito cancelar seguros que são mais caros e pondera
que, até mesmo pelo valor envolvido, seguros como o residencial, que
garante um patrimônio importante, e o próprio seguro de vida são
exemplo de produtos que não fazem
sentido serem cancelados. Nesse
contexto, ele opina “é fundamental
que os corretores tenham uma atuação implacável para fazer com que
os segurados não cometam esse engano enorme”.
Atuação aprimorada
Diversos fatores devem ser considerados para que o corretor desempenhe a função de conscientizar o segurado, e, consequentemente, aprimore
sua atuação. Inicialmente, o profissional deve conhecer bem as opções
disponíveis e quais as mais vantajosas para o perfil de seu segurado.
Wilson Lima, da Yasuda Marítima,
explica que também é necessário
que o corretor mostre ao segurado
que seu trabalho não é uma venda
simples, mas sim, uma orientação.
“Ele deve deixar claro que é fato
que eventualidades acontecem, independente da situação econômica.
E, se o consumidor já não está totalmente tranquilo com as condições
Ronaldo Barreto
AIG
30 revista cobertura
da nossa economia, quem dirá o que
pode acontecer se o seu patrimônio
não estiver coberto por uma apólice
de seguros?”, indaga.
Ele lembra que os seguros têm
acoplados benefícios que podem
colaborar para a economia de recursos. “Há uma série de serviços assistenciais que podem ser requisitados
como parte dos benefícios agregados ao seguro que, se contratados
separadamente, representariam um
custo substancial”.
Nesse contexto, o executivo frisa
que esse tipo de abordagem faz parte
do processo educacional que o corretor de seguros deve fazer junto a
segurados e potenciais clientes, independente do cenário econômico.
Outra maneira eficaz para auxiliar
o corretor na conscientização é a proximidade com o cliente, opina Prezenszky, da Berkley. “Estando mais
próximo do cliente para avaliar, efetivamente, os riscos, além de buscar
uma atualização constante dos produtos
oferecidos
pelas
seguradoras para
oferecer,
além
dos
seguros,
alternativas
para gerenciamento de
riscos que garantam o patrimônio material
Wilson Lima
e pessoal de seus
Yasuda Marítima
clientes”.
Profissional antenado
Barreto, da AIG, complementa que
o corretor pode aprimorar sua atuação por meio da capacitação constante. “O corretor de seguros é um
empreendedor e como tal deve buscar desenvolvimento para estar apto
a apresentar as melhores soluções
para o segurado e representá-lo com
elevado grau de profissionalismo”.
Para aprimorar sua atuação, o corretor deve manter-se atualizado sobre as questões econômicas e políticas do Brasil, fatores que reforçam
a figura de consultor desse profissional. “Informação é valor. E com
informação você direciona melhor
o seu cliente”, orientaRivaldo Leite,
da Porto Seguro.
Ele reforça que o corretor deve
procurar constantemente obter mais
informações sobre o perfil do cliente, pois isso também ajudará a encontrar os melhores produtos. Nesse
sentido, o relacionamento entre essas partes é imprescindível.
Além disso, por meio da oferta
de outros produtos, o profissional
também tem interação maior com o
segurado. “Quando o corretor fecha
apenas o seguro de automóvel, acaba conhecendo pouco sobre o cliente. Quando tem em sua carteira o residencial, previdência, entre outras
modalidades de seguros, principalmente em vigências diferentes, há a
probabilidade de estar com aquele
cliente mais vezes”.
Ramon Gomez, da Allianz, acredisetembro2015
setembro2015
revista cobertura 31
corretor contra a crise
ta que a realidade econômica exige
total atenção por parte do corretor e
das seguradoras e acompanhamento
das renovações com atenção e organização. Esse trabalho já tem sido desempenhado pelos corretores, observa, mas esse momento, em especial,
é de muito contato, esclarecimento e
proximidade com o segurado.
Suporte ao corretor
Além da importância da atuação
do corretor nesse momento de economia fragilizada e incertezas, as
seguradoras estão atentas, especialmente em relação ao apoio para que
os parceiros exerçam sua função de
transmitir segurança ao cliente.
Para auxiliar o corretor nesse cenário, Carlos Gabriel Prezenszky comenta que a Berkley conta com profissionais comerciais especialistas
nos produtos operados pela seguradora, fator que viabiliza uma relação
mais proveitosa com o corretor, uma
vez que é aberto um leque de possibilidades de discussão de aspectos
técnicos e não simplesmente comerciais. “Além disso, procuramos
divulgar nossos produtos não só na
mídia, como também em palestras,
encontros e treinamentos para estarmos cada vez mais próximos dos
corretores e transmitir informações
de nossos produtos, e, assim, oferecer alternativas para assegurar os
riscos de seus clientes”.
A AIG também promove treinamentos para os corretores sobre os
produtos comercializados pela com-
nhos para atender sua clientela com
qualidade e rentabilizar sua carteira.
Uma delas é abrir o leque de produtos oferecidos aos seus segurados”.
De acordo com ele, para apoiar o
corretor, a Yasuda Marítima também
realiza treinamentos pelo País para
reforçar que os tempos atuais exigem que esse profissional conheça
as diversas modalidades de seguros
para atender seus clientes. “Já não
“Há anos defendemos que o corretor deve buscar
novos caminhos para atender sua clientela com
qualidade e rentabilizar sua carteira. Uma delas é abrir
o leque de produtos oferecidos aos seus segurados”
Wilson Lima | Yasuda Marítima
panhia. “Além disso, disponibilizamos ferramentas simples para cálculo e contratação de seguros. Nossa
proposta é sempre contribuir com o
desenvolvimento dos negócios do
corretor”, frisa Ronaldo Barreto.
Wilson Lima reforça que mesmo
em um cenário econômico desfavorável, o corretor não deve desanimar. “Há anos defendemos que
o corretor deve buscar novos cami32 revista cobertura
há mais espaço para o ‘especialista
em auto’, ‘especialista em empresariais’ ou qualquer outra atuação de
nicho. O corretor deve conhecer os
produtos disponíveis no mercado
que sejam adequados ao perfil de
seus segurados”.
A Yasuda Marítima também disponibiliza ferramentas tecnológicas
para facilitar a rotina do corretor,
além de informações sobre produ-
tos, benefícios e exemplos da importância do seguro.
Para apoiar o corretor para que
transmita segurança ao segurado,
Rivaldo Leite comenta que a Porto tem como prática disponibilizar
treinamentos constantes, conta com
profissionais especializados em
todos os segmentos em que atua.
Além disso, ele menciona que todas
as sucursais e regionais têm espaços
para treinamentos.
Uma das maneiras que a Allianz
encontrou para apoiar o corretor
nesse momento foi reforçar a atuação nos processos de sinistros. “O sinistro é a ‘hora de verdade’ dos seguros, do serviço que prestamos e até
da nossa missão. Essa é a hora que a
relação entre o corretor e o segurado
se solidifica”. Ele complementa que
esse momento também pode colaborar para que o segurado, em períodos
de cortes de despesas, reconsidere o
cancelamento do seguro.
A Allianz também tem focado a
questão das renovações, para garantir que mantenham o patamar
estável de fidelidade com a companhia. “Essas são as duas maneiras
mais importantes que encontramos
para prestar suporte aos corretores”, finaliza.
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 33
resseguro novas regras
Por Karin Fuchs | [email protected]
O ponto de vista do mercado sobre as novas regras do jogo
A
s Resoluções nº 321 e nº 322
do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) (ver
Box), trazem mudanças nas regras
de resseguros. Entre as alterações,
estão a flexibilização gradativa das
preferências pelos resseguradores
locais e a possibilidade de o mercado colaborar mais com a regulação.
Por outro lado, houve a falta de regras com detalhes sobre os procedimentos a serem adotados no caso
da oferta preferencial e a questão da
isonomia tributária.
Sobre a alteração da exigência de
cada cessão das seguradoras terem
pelo menos 40% contratados com
resseguradoras locais, estabelecida
na Resolução nº 255, de 2010, para
uma flexibilização gradual que chegará em 15% até 2020, conforme a
Resolução nº 322, Bruno Freire, presidente da Austral RE, analisa que
por mais que haja uma flexibilidade, ela é menor do que havia antes.
“A interpretação que nós e o mer-
“Achamos negativo a maneira como a Resolução foi
implementada. Semelhante ao que fez em 2010, o
governo impôs mudanças regulatórias aparentemente
por pressões de grupos específicos, sem um diálogo
amplo com os diversos participantes do mercado”
Rodrigo Botti, da Terra Brasis
Margo Black
Swiss Re
34 revista cobertura
Luís Felipe Pellon
Pellon & Associados
cado fazemos é que a exigência dos 40% é o primeiro direito de recusa e
a contratação obrigatória
começa a reduzir com o
tempo. Com a nova Resolução, ela vai ficando
mais flexível do que era,
mas menos do que era antes. Acho que o governo
buscou o meio termo para
uma flexibilização, sem
ser muito radical para
não prejudicar o mercado local”, diz.
Para Luís Felipe Pellon, presidente do escritório Pellon & Associados,
a interpretação é a de que as seguradoras locais continuam obrigadas a
contratar 40% de seus negócios de
resseguro junto a resseguradores locais. “A obrigatoriedade de ofertar
estes negócios aos mesmos é que foi
reduzida gradativamente ao longo
do tempo”, acrescenta.
Com um prazo de quatro anos
para adaptação, a partir de 2016,
João Marcelo dos Santos, sócio-fundador da Santos Bevilaqua Advogados, comenta que “as empresas locais e estrangeiras terão tempo para
se adaptar à redução da proteção ao
mercado local. Como precedente,
é muito positivo este prazo maior,
prática relativamente comum em
mercados mais maduros”, afirma.
Rodrigo Botti, diretor de finanças e operações da Terra Brasis RE,
faz ressalvas. “Achamos negativo a
maneira como a Resolução foi implementada. Semelhante ao que fez
em 2010, o governo impôs mudanças regulatórias aparentemente por
pressões de grupos específicos, sem
um diálogo amplo com os diversos
participantes do mercado”, afirma.
De acordo com ele, “o conteúdo
da mudança é construtivo, o governo está gradualmente reduzindo os
mecanismos impostos em 2010 e
retornando o mercado ao arcabouço
setembro2015
resseguro novas regras
original que foi implementado em
2008, após longa discussão e negociação entre todos os participantes
do mercado”.
Operações intragrupo
No que se refere às operações intragrupo, o limite para colocação de
resseguro e retrocessão com empresas estrangeiras do mesmo grupo,
atualmente de 20%, será anualmente e gradualmente aumentado até
chegar a 75%. Para Botti, o ponto
central de atenção será o comportamento dos seguradores e resseguradores, principalmente dos grandes
grupos internacionais.
“Será muito negativo ao mercado
brasileiro se estes grupos retornarem às práticas vistas entre 2009 e
2010, com a volta de operações não
ortodoxas, ferindo o espírito da legislação com o objetivo de remeter
mais prêmio de seguro ao exterior.
Este comportamento foi a razão pela
qual o governo impôs em 2010 sérias restrições, que estão agora sendo gradualmente extintas”.
Na avaliação de Santos, “o aumento do volume de riscos passível de
setembro2015
Ponto de vista da seguradora
Vice-presidente de seguros corporativos da Liberty Seguros, Paulo Umeki
comenta que na visão da companhia, as mudanças previstas na Resolução nº
322 são bastante positivas para o mercado segurador. “Pois restabelecem os
princípios da abertura do mercado de resseguros, conforme a lei complementar 126”, acrescenta.
Segundo ele, ao permitir uma flexibilização gradativa das preferências pelos
resseguradores locais, há enorme incentivo à
livre concorrência. “E, com certeza, novos investimentos de capital privado serão atraídos, fomentando o crescimento da indústria de seguros no
País”, prevê.
Porém, pondera que “a prática internacional mais
comum é ter um mercado totalmente aberto.
Entendemos que estamos caminhando nessa
direção e, quanto mais rápido seguirmos esse
caminho, teremos um mercado de seguros mais
Paulo Umeki
forte e mais próximo dos interesses dos consuLiberty Seguros
midores em geral”.
ser colocado por empresas brasileiras com suas controladoras é uma
excelente notícia. A crítica é que a
manutenção do limite a operações
intragrupo, ainda que maior do que
antes, demanda a manutenção de
controles complexos e estruturação
de operações mais complexas, aumentando o custo Brasil”, prevê.
A análise de Bruno Freire, da Aus-
revista cobertura 35
resseguro novas regras
tral RE, é que a limitação dos 20%
comprometia as expectativas das
matrizes das resseguradoras e, em
relação ao mercado local, “também
houve um pouco de reclamação, pois
poderia haver prática de preço maior
diminuindo a competitividade. Reclamação principalmente das estrangeiras em relação às locais. Mesmo
assim, a nova Resolução não traz uma
flexibilização total”, comenta.
Segundo Pellon, a cessão intragrupo é uma atividade mantida sob
controle em todo o mundo. “Uma
vez que tanto pode significar uma
racionalização positiva na gestão de
riscos, como pode dar margem a atitudes impróprias, prejudiciais à boa
e saudável concorrência, viabilizando a transferência oculta de lucros
ou prejuízos”.
Ainda de acordo com ele, “a partir
de 2019 serão atingidos níveis bem
altos de transferências intragrupo,
o que deverá influenciar o mercado
ressegurador local, podendo gerar
uma boa redução de negócios e, talvez, interesse em manter resseguradores capitalizados no País”, prevê.
Head Resseguros da América Latina Sul e Presidente da Swiss Re
Brasil Resseguros, Margo Black comenta que a nova Resolução CNSP
nº 322, traz mudanças importantes e
certamente influenciará a dinâmica
do mercado de resseguros brasileiro. “Nós estamos ainda analisando
internamente as novas regras para
avaliar os reais impactos que elas terão em nossa operação, assim como
no mercado em geral”, antecipa.
Competitividade internacional
Em comum, os executivos da Terra Brasis RE e da Austral RE defendem que um quesito internacional
que falta ser resolvido se refere à
isonomia tributária.
Bruno Freire
Austral RE
36 revista cobertura
Principais tópicos da Resolução nº 321
- Consolidação de diversas normas de governança (provisões
técnicas, ativos redutores da necessidade de sua cobertura,
capital mínimo requerido - inclusive capital baseado em risco,
patrimônio líquido ajustado, plano de regularização de solvência, limites de retenção, regras de investimentos, regras contábeis
e de auditoria e auditoria atuarial).
Principais tópicos da Resolução nº 322
- Estabelecimento de prazos longos de adaptação (quatro anos);
- Redução da restrição às operações intragrupo,
- Criação de uma Comissão Consultiva no âmbito do CNSP.
“Hoje, a carga tributária brasileira incidente em resseguradoras locais é de
40%, provavelmente subindo em breve
a 48%. Resseguradoras internacionais
atuantes no Brasil são baseadas em
jurisdições com carga tributária muito
menor como Alemanha (30%), Inglaterra (20%), Suíça (18%) e Bermudas (0%)”, cita Botti.
Freire
acrescenta
que, desta forma, é
difícil competir de
igual para igual.
“O Custo Brasil
está em fazer a
proteção
para
o ressegurador
local ou o ressegurador local
pagar muito mais
imposto que um
ressegurador no exterior? Tornar o País
mais competitivo implica em redução da carga
tributária. No ressegurador local
ter uma tributação mais compatível
com o ressegurador de fora e, ao
mesmo tempo, brigar em igualdade
de condições”, defende.
Conforme suas palavras, “o que
Rodrigo Botti
Terra Brasis
João Marcelo dos Santos
Santos Bevilaqua Advogados
seria positivo é a visão do que se
pretende ter para o Brasil. Se queremos ter ou não um mercado local
e, se quisermos, como fazer isso da
forma mais competitiva. Criando
um mercado local que traga negócios, receitas de fora. Esta é a agenda
que eu acho a mais importante
de se falar hoje”, conclui.
A desejar
Para João Marcelo
dos Santos, falhas
da Resolução foram não trazer
de volta à vigência as regras
que detalhavam
os procedimentos a serem adotados no caso da
oferta preferencial;
a manutenção de um
limite para operações
intragrupo e a manutenção
simultânea da oferta preferencial e da reserva de mercado. “O que
aumentará a estrutura e a complexidade dos controles a serem adotados pelas cedentes”, acrescenta.
Nas palavras de Pellon, como a
Resolução nº 322 deu nova redação
ao artigo 15, integralmente, todos os
demais parágrafos foram revogados.
“O que é uma pena, pois tratavam
da sistemática a ser observada para
a colocação da oferta preferencial,
sua aceitação ou recusa e a respectiva formalização e comprovação.
Criou-se, assim, uma lacuna regulamentar, que deve ser urgentemente
suprida por uma nova norma. Esta
seria talvez uma tarefa para a Comissão Consultiva instituída no âmbito do CNSP”, defende.
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 37
evento conseguro
Por Karin Fuchs | [email protected]
Uma sociedade com baixos índices de
escolaridade e cultura reflete na percepção do
risco. E o consumidor nem sempre tem razão
N
o Brasil, mais do que a baixa qualificação do ensino, a
sociedade não atribui valor
ao conhecimento. Nas palavras do
economista da PUC do Rio de Janeiro, Sergio Besserman Vianna, isso é
gravíssimo por estarmos na era do
conhecimento. “Quanto mais valor
dermos ao conhecimento e à educação, não apenas nas salas de aulas,
isso amplia nossa consciência e a
aversão individual e coletiva ao risco”, afirmou.
Segundo Vianna, em sua apresentação no 7º Conseguro, realizado pela CNseg, em São Paulo, em
estudantes da elite do País com os
de outros países, a diferença ainda
é maior”, comentou.
Professora da Universidade da Antuérpia, Suncica Vujic, apresentou
uma pesquisa mostrando o quanto
mais tempo na escola reduz a criminalidade, tomando como base a
reforma no ensino no Reino Unido,
de 1973, que ampliou de 15 para 16
anos a idade para o jovem deixar a
escola. “Somente um ano a mais fez
com que houvesse uma redução de
até 2% nos crimes relacionados ao
patrimônio”, citou.
Para Ricardo Morishita Wada, es-
“A educação não afeta apenas a produtividade
e a violência, mas é a maneira pela qual
vendemos e compramos seguros no Brasil”
Ricardo Morishita Wada, Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP)
setembro, educação reduz consideravelmente os crimes contra o patrimônio e políticas que subsidiam
educação reduzem a criminalidade.
E, ainda, a falta de cultura não se
restringe à renda.
Para exemplificar, ele citou o
PISA, programa internacional de
avaliação de estudantes. Na última avaliação, o Brasil ficou em
60º lugar entre 76 países participantes, segundo a Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “O
Brasil sempre fica nas últimas colocações e, quando comparados os
38 revista cobertura
pecialista em Direito do Consumidor e diretor do Instituto Brasiliense
de Direito Público (IDP), “a educação não afeta apenas a produtividade e a violência, mas é a maneira
pela qual vendemos e compramos
seguros no Brasil”.
Wada disse que “a correlação entre educação e violência é gritante
no País e à medida que a qualidade
da educação é questionável, a percepção de risco é muito baixa, o que
cria uma barreira para a sociedade
ter uma gestão do risco. Percepção
que piora quanto menor a renda e a
escolaridade”, explicou.
Marco Antonio Rossi
CNseg
Percepção do seguro
Com base em uma pesquisa do
Ibope, que contou com a participação de 1010 consumidores aleatórios e 434 segurados, de São Paulo,
Rio de Janeiro e Minas Gerais, Guilherme Dutra, superintendente da
Itaú Seguros, mostrou a percepção
do consumidor em relação ao seguro de garantia estendida.
“Entre os aleatórios, 80% disseram que conheciam o produto,
percentual que ficou em 98% entre
os segurados. Para ambos, a contratação é em função do aumento do
tempo de proteção e 54% dos segurados comprariam novamente o seguro”, citou.
Na análise de Dutra, a pesquisa
mostra que um número relevante de
consumidores já conhece o produto
e que as coberturas e exclusões foram simplificadas facilitando o entendimento do consumidor. “Mas
é preciso ampliar o conhecimento
sobre o que é seguro e o que ele cobre”, defendeu.
Para Tereza Gimenes, coordenadora Jurídica da Via Varejo, é preciso
Garantia estendida
(Fonte: Susep)
Seguros vendidos: 27,1 milhões
em 2008 e 46 milhões em 2014.
Consumidores: 9,4 milhões em
2008 e 32,8 milhões em 2014.
Sinistros: 1,1 milhão em 2008 e
2,2 milhões de sinistros em 2014
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 39
evento conseguro
aprimorar a comunicação do garantia estendida no varejo e explorar
mais a criatividade na venda do seguro. “Estamos em uma fase em que
o seguro prestamista é importante
para a população de baixa renda, é
preciso fazer com que o consumidor
conheça mais sobre seguros e unir
forças para ter um diálogo melhor
com ele”, expôs.
Relevância das ouvidorias
Desde 2013, a ouvidoria é obrigatória nas empresas de saúde suplementar. Para ilustrar a importância
dessa área, Jorge Toledo, ouvidor da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), contou que “entre
os cerca de 78 milhões de beneficiários, 99,8% são atendidos pelas
ouvidorias das operadoras e seguradoras. E elas estão recebendo duas
vezes e meia mais demandas do que
a ANS. O que mostra que o canal é
eficaz”, disse.
Segundo ele, a maior parte da demanda nas ouvidorias refere-se a
questões não assistenciais, mas financeiras e administrativas, principalmente relacionadas a reajustes.
“E a ouvidoria não somente resolve
o problema do consumidor, como é
uma ferramenta para melhorar a gestão das empresas, além de ser um dos
meios mais eficientes para atacar problemas que chegam aos Procons”.
Para Gustavo Schmidt, presidente
do Centro Brasileiro de Mediação e
Arbitragem (CBMA), não há dúvidas
que é preciso buscar meios para desafogar a Justiça. “São cerca de 105
milhões de processos no judiciário
e este número vai aumentar, pois a
busca pela Justiça está relacionada
à informação e à educação. Temos
que enfrentar este problema com so40 revista cobertura
luções inovadoras para desafogar o
judiciário”, defendeu.
Procuradora geral da Susep, Maria
Beatriz Corrêa Salles, expôs que o
consumidor é vulnerável economicamente, tecnicamente e juridicamente. “E nós atuamos até para verificar
se há procedência na reclamação do
consumidor. Conciliação e mediação
têm que ser incentivadas para soluções de conflitos”, defendeu.
Ética e razão
No último painel, Solange Amaral, presidente do Procon Carioca,
colocou em questionamento a própria ética do consumidor. “O consumidor nem sempre tem razão, há
os que consomem produtos piratas
ou fruto de trabalho infantil. E nem
sempre o fornecedor tem má fé. A
garantia estendida, por exemplo, é
Processos na Justiça
Em todo o País, há aproximadamente 105 milhões de processos na
Justiça. Em 2012, 14,8% dos processos eram relacionados a consumo.
garantia ou seguro? É venda casada?
Essas são as questões, e a linguagem
de seguros é difícil para o consumidor”, indagou.
Diretora da Carlini Associados,
Angelica Carlini, disse que ética
é resultado do equilíbrio de uma
sociedade e o consumidor de
seguros tem que saber que pertence
à uma mutualidade. “As relações de
consumo de seguros são bastante
complexas e a precificação de
riscos para a construção de uma
mutualidade espanca qualquer ideia
de individualidade em seguros.
Para fazer parte da mutualidade não
pode agravar o risco e só faz parte
do grupo de seguro quem não deseja
que ele se materialize”, expôs.
Segundo ela, “o histórico do nosso País não é de ética. Nós lidamos
com a cultura de que o privado é
de alguém e o público não é de
ninguém. Em uma sociedade em
que os papeis sociais já não são tão
bem definidos como há 50 anos, de
hiperconsumo que estimula o individualismo, há pouca tolerância
para as frustrações. Precisamos
dialogar com o consumidor, proteção exacerbada não constrói autonomia e nem torna os consumidores mais livres”, defendeu.
Para Mariana Freitas de Souza,
sócia da Veirano Advogados, o consumidor não é mais vulnerável, ele
tem um poder enorme com as redes
sociais. “E ele também tem que ter
muita boa fé e ética para usar esse
poder. Há uma perspectiva pessoal
do consumidor de um produto, de
um serviço de seguro. Há o medo,
vulnerabilidade e a confiança para
que o seguro corresponda às suas
expectativas. Em seguros é importante a perenidade”, finalizou.
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setembro2015
revista cobertura 41
gestão de riscos
Inovadora e pronta para atender as diversas demandas
das seguradoras que envolvem questões médicas
S
ediada em São Paulo e com
uma equipe multidisciplinar
de médicos e enfermeiras no
Brasil, a Samplemed foi pioneira ao
implementar uma operação de avaliação de riscos, com exames médicos, em todo o território nacional,
atendendo seguradoras, resseguradoras e bancos no seguro de vida.
Há cerca de cinco anos, inovou
departamento próprio de TI, para
entender melhor as necessidades
dos clientes, agilizando o processo
de demandas customizadas que incluem integração de sistemas, a fim
de melhorar a interface com a nossa
empresa”, afirma o Dr. Jairo Waitman, CEO da Samplemed.
A empresa oferece todos os serviços de suporte à subscrição de
“Havendo a oportunidade de avaliar melhor o risco é possível
estratificar e a seguradora precificar adequadamente. Esta é
a inteligência do negócio com a tele-entrevista”
Dr. Jairo B. Waitman | Samplemed
mais uma vez ao introduzir a teleentrevista com call center próprio,
oferecendo ao mercado uma melhor
subscrição, com prazo reduzido.
Hoje, com mais de 25 anos de experiência, a Samplemed está pronta
para atender as mais diversas demandas, além de seguros de vida,
com soluções completas e customizadas. E neste sentido, mais um
passo foi dado. “Nós criamos um
riscos para as seguradoras, desde
exames médicos, cardiológicos, laboratoriais, a entrevistas com os
médicos dos proponentes. Hoje, a
sua principal ferramenta é a teleentrevista, com uma média de 800
entrevistas/mês. “A tele-entrevista
tem, entre tantas vantagens, a de
evitar recusas desnecessárias em
função de falta de informação, perda de documentação ou até mesmo
Cristhianne Garcia Fagioli e Dr. Jairo B. Waitman, da Samplemed
42 revista cobertura
preenchimento incorreto da DPS
por parte do proponente. O que oferecemos são ganhos consideráveis
no nível da informação obtida, pois
é fato que uma melhor subscrição
diminui o risco”, diz Cristhianne
Garcia Fagioli, diretora Comercial
da Samplemed.
Avaliação eficaz
A solução da Samplemed é voltada principalmente para o público
com apólices de vida que variam de
R$ 100 mil a mais de R$ 20 milhões,
sendo também muito bem aplicada
para seguros habitacional e prestamista. “A aceitação das seguradoras
sempre foi binária. Havendo a oportunidade de avaliar melhor o risco
é possível estratificar e, com isso,
a seguradora precificar adequadamente. Esta é a inteligência do negócio com a tele-entrevista. Por isso,
também tem sido uma forte aliada
na redução de riscos declináveis”,
especifica Dr. Jairo.
“Os procedimentos para avaliação
de risco são proporcionais à idade
e capital contratado. Buscamos criar
soluções aos produtos das seguradoras, em tudo que tem relação às
questões médicas, com projetos sob
medida que podem envolver desde
a investigação de uma doença específica até a realização da Declaração
Pessoal de Saúde (DPS) completa
por tele-entrevista”, exemplifica.
Para estar em linha com o que há
de mais inovador nos mercados maduros, como Estados Unidos e Europa, Dr. Jairo, médico por formação e
médico de seguro, profissão ainda
pouco conhecida no país, faz pesquisas in loco e, para isso, frequenta
congressos promovidos pela Associação Americana de Subscritores e
Associação Americana de Médicos
de Seguro, visando sempre trazer
inovações para o mercado brasileiro.
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 43
tecnologia inovação
Aplicativo proporciona comodidade e agilidade no atendimento
M
elhoria contínua, qualidade e inovação.
Foram estes valores que nortearam a Autoglass na criação da Vistoria Mobile. A
ferramenta permite que o procedimento de vistoria das peças danificadas seja feito pelo próprio segurado, através do seu smartphone. O
resultado é um atendimento muito mais rápido e prático, já que ele não precisa mais comparecer a loja duas vezes: uma para a vistoria
e outra para a troca da peça.
Uma pesquisa de satisfação realizada em
agosto demonstrou que quem usou aprovou: em média, a nota dada para o atendimento realizado com o auxílio do
aplicativo foi de 9,48. Isso é mais uma
prova do quanto ele é simples e ágil. O
link da mensagem é enviado por SMS
ou e-mail. Seguindo o passo a passo
com apenas cinco minutos é finalizada a vistoria.
Essa comodidade está disponível para todas as
seguradoras parceiras da Autoglass.
A marca de mil vistorias realizadas pelo celular já foi ultrapassada no mês de setembro,
o que implica em muitos benefícios para o
segurado tais como: conforto; economia de
tempo (realização da vistoria em no máximo
cinco minutos); praticidade; e ainda, evita o
deslocamento até a loja para a vistoria.
Vale observar que a Vistoria Mobile também
traz um grande ganho para a operação da empresa, uma vez que aumenta a disponibilidade de agendamento para execução
de serviços.
“Com esta solução, além de proporcionar conforto, economia de tempo, comodidade e praticidade
para os segurados, também será possível um ganho expressivo nas agendas das unidades, uma vez
que através desta facilidade o segurado não mais irá precisar comparecer a loja para a realização da vistoria. Mais uma vez, a Autoglass oferece ao mercado uma ferramenta inovadora, prática e que facilita a vida dos nossos clientes”, comenta Eduardo Borges, diretor
comercial da Autoglass.
44 revista cobertura
Eduardo Borges
Auroglass
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 45
regulação de sinistros
Por Tany Souza | [email protected]
Empresa mostra desenvolvimento em relação ao ano passado
P
recisou de apenas um convite
de uma seguradora para que a
Prado Seguros começasse sua
atuação no ramo de regulação e assessoria em seguros e resseguros auto
e ramos elementares. Em relação a
2014, a empresa já apresenta uma
média de crescimento de 28% e um
desenvolvimento de 40% somente
no primeiro semestre desse ano.
A Prado Seguros surgiu em 2007,
com a expertise do fundador Adilson
Prado, que já trabalhava na área há
mais de dez anos. “A partir de então
fomos traçando como queríamos ser,
como queríamos representar nossos
clientes, atendê-los traçando então
nossos princípios e estratégias”, conta o diretor Adilson Prado.
Devido a essa experiência direta
no mercado do fundador e proprietário, a principal área de atuação
hoje é a regulação e assessoria em
seguros e resseguros auto e RE. “Devido à vasta experiência no ramo
adquirida durante anos, houve a necessidade de expansão, de um crescimento e assim a entrada direta no
ramo, pesquisando e aprimorando
cada vez mais, para melhor atender
nossos clientes”, compartilha.
Controle de qualidade
Para ser um diferencial ainda
mais agudo nesse ramo, a Prado Seguros criou um controle interno de
qualidade, com ações específicas
voltadas à organização na prestação de serviços ao cliente. “Realizamos uma atuação organizacional
para atingir os melhores índices de
qualidade que envolve um processo, como custo médio, economia
46 revista cobertura
gerada, tempo de finalização, atendimento prioritário”, explica Prado.
Além dessas estratégias internas,
a Prado Seguros também se preocupa com os resultados dos clientes e
suas reais necessidades para chegar
ao objetivo traçado. “Realizamos
análises contínuas de necessidades
de cada cliente para atingirmos os
pontos a serem melhorados e assim
atender o nosso cliente da melhor
forma”, ressalta.
E para que essas análises sejam
coerentes e corretas, os colaboradores recebem qualificação e cursos
internos constantes. “Também trabalhamos com estruturação e motivação de nossos colaboradores, que
são treinados continuamente para
Adilson Prado
Prado Seguros
realizar o serviço da forma correta,
com comprometimento, pois somente quando juntamos todas essas
ações conseguimos bons resultados,
atingimos a qualidade que buscamos e que nossos clientes buscam”.
Para atuar de forma contundente
e assertiva no mercado, é preciso fazer parcerias com seguradoras, corretores de seguros e todos os atores
do ramo. “Possuímos parcerias com
grandes empresas do setor. Hoje
para uma empresa é fundamental
a parceria com outras empresas,
pois isto proporciona uma troca de
ideias, um brainstorming, e assim
um conhecimento melhor da área e
uma atuação melhor”, comenta.
É nessa parceria que a reguladora
aposta para enfrentar a crise econômica que assola o País e atinge todos os setores. “Infelizmente a crise
econômica momentânea influencia
o cenário nacional e com isso o mercado muda, porém acreditamos que
quando se mantém a qualidade, o
comprometimento e a seriedade nos
serviços prestados, afastamos a crise
e mantemos nossos clientes satisfeitos, visando sempre melhor atendê-los, tornamos a necessidade do
cliente a nossa necessidade e juntos
caminhamos para vencer o cenário
atual e atingir o objetivo buscado”.
É driblando a crise e visando sempre os objetivos comuns com os parceiros que a Prado Seguros consegue ter boas perspectivas para 2015.
“Estamos otimistas com o mercado
para este ano, pois neste ramo há
vários fatores que influenciam os índices, mas em geral o mercado vem
reagindo”, finaliza Adilson Prado.
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setembro2015
revista cobertura 47
artigo | Walter Polido
A
pesar da importância inegável do seguro na sociedade pós-moderna e na condição de instrumento
de garantia efetiva de interesses diversos, ainda
insuperável por qualquer outro mecanismo, qual o estágio de desenvolvimento dele no Brasil?
A produção do mercado segurador nacional tem superado até mesmo expectativas e cresce exponencialmente, mas a tecnologia e a especialização requeridas não
têm acompanhado na mesma proporção. O mercado vive
hoje entre o atraso e o moderno, mas está longe de ser
desenvolvido tecnicamente.
Preso ao passado recente do monopólio do resseguro
(1939-2008), o pensamento contratual e os procedimentos
ainda não superaram essa fase que deixou o mercado afastado da realidade mundial, notadamente em relação àquelas práticas internacionais que deveriam ser seguidas por
todos os players. O simples fato de a Política Nacional de
“O pensamento contratual é outro
e com vistas neste novo cenário os
profissionais necessitam ser treinados”
Seguros ainda ser direcionada pelo Decreto-Lei n.º 73, de
1966 deixa claro o pensamento reinante no sistema.
As seguradoras vivem hoje com resquícios do mercado
fechado e direcionado de maneira massacrante e equivocada pelo Estado e sob os lampejos da pós-modernidade,
sendo que algumas poucas seguradoras inovam e tentam
operar no país com produtos mais sofisticados e provenientes de suas matrizes estrangeiras. Este paradigma
tem de ser mudado, urgentemente e para o bem de todos.
Em todos os setores do seguro nacional falta pesquisa
científica voltada para a especialização, falta visão empreendedora em relação ao presente e ao futuro próximo. Apenas a visão comercial e pronta tem prevalecido há décadas.
Essa miopia nos faz permanecer subdesenvolvidos e, persistindo antigas práticas, não é rompido este estágio e deixamos de criar o círculo virtuoso. Não haverá como galgar
48 revista cobertura
patamares superiores com discursos proselitistas sem conteúdos práticos e desprovidos de objetivos concretos bem
traçados na busca da excelência técnica.
Dizer que as seguradoras pagam muitos sinistros e cumprem o seu papel social não representa qualquer adicional,
uma vez que elas devem honrar os contratos, indenizando
os sinistros que foram por ela garantidos. O mercado segurador precisa mudar o discurso, portanto, agindo na busca
e superação do tempo perdido. A iniciativa privada tem
papel preponderante neste objetivo e não pode mais ficar
esperando apenas por ações do governo. Não compete à Susep “desenvolver” este mercado e este não é e nunca foi o
papel institucional dela. Aquela Autarquia deve, por conta
da pós-modernidade, fiscalizar adequadamente as provisões técnicas e as reservas de sinistros de modo a proteger
os consumidores de seguros do país. Mais recentemente,
cabe também à Susep fiscalizar, denunciar e impedir que
falsos seguradores enganem a população com simulacros
de seguros. Só isso.
Não compete a ela elaborar bases de contratos de seguros, conforme ainda determina o DL 73/66, artigo 36, “c”
[fixar condições de apólices, planos de operações e tarifas a serem utilizadas obrigatoriamente pelo mercado segurador nacional; (entre as competências da Susep)]. Em
nenhum país desenvolvido isso acontece desta forma.
Produto padronizado ou não-padronizado mas também
conduzido pela Susep em face das “listas de verificações” nem sempre perfeitamente técnicas e consentâneas com o bom Direito, prejudica o desenvolvimento do
mercado e mais ainda os consumidores de seguros.
Aquelas seguradoras não realmente vocacionadas à atividade de tomadoras de riscos se escudam nesses modelos mal feitos e com escassez de cobertura. Há exemplos
de toda ordem neste sentido: os clausulados de transportes; os de responsabilidade civil geral; operadores portuários; property, automóvel; etc.
A empresarialidade, por sua vez, é fator essencial no
setor, o qual repudia o amadorismo. Ao Poder Público, enquanto regulador, cabe apenas objetivar medidas
conducentes da atividade e com vistas na solidez e na
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artigo | Walter Polido
liquidez do sistema. Se problemas existirem em termos
jurídicos contratuais caberá ao Judiciário providenciar a
competente penalização da seguradora e não mais à Susep determinar com anterioridade os modelos padronizados de clausulados de coberturas. Este entendimento é
básico e não cabe outra posição.
Se assim não for, não sairemos do estágio no qual nos encontramos: de subdesenvolvimento. As seguradoras devem
assumir os riscos de suas atividades pertinentes e ao Estado
não cabe mais tutelá-las de forma uniforme, tal como se praticou por 69 anos enquanto perdurou o monopólio de resseguro
no Brasil. Não cabe mais amadorismo na atividade, repita-se.
O desenvolvimento tecnológico é premente. As atividades compreendidas pelo sistema financeiro nacional, em
termos comparativos, já alcançaram no país patamar
tecnológico muito superior ao securitário, apesar
de haver também muito abuso em face aos direitos dos consumidores, fato que certamente deverá ser corrigido. A excelência nos serviços
securitários somente será alcançada através
do suprimento da tecnologia necessária ao
setor. O processo terá início a partir da formação técnica adequada dos profissionais.
Há de existir novo tipo de formação: “não
se faz mais seguro como se fazia anos atrás”.
O pensamento contratual é outro e com vistas neste novo cenário os profissionais necessitam
ser treinados e mesmo os profissionais mais antigos
setembro2015
precisam ter os seus conhecimentos (acerca do contrato de
seguro e da atividade seguradora) “renovados”. Não cabe
mais a instrução se dar com base em conceitos insculpidos
no outro sistema, “o fechado”. A atividade de resseguro e
sua significação também sofreram mudanças radicais. Antes um amontoado de informações e mapas que eram remetidos mensalmente pelas seguradoras ao ressegurador monopolista, de modo que ele preparasse a “conta resseguro”
para elas, hoje tem conotação muito diferente e certamente
muito mais significativa também.
De uma atividade sem muita importância “aparente”
para a seguradora, passou a ter significado vital para ela,
pois faz parte de sua estratégia mercadológica. O empreendedor de seguros que ainda não se deu conta dessa transformação conceitual está totalmente desarticulado da
realidade do novo mercado e certamente poderá
amargar prejuízos, se já não os sentiu. Aquelas
seguradoras que não retêm riscos e repassam
quase que integralmente ao resseguro suas
responsabilidades - também estão fora da
realidade que já chegou ao país e que se
maximizará em breve.
*Leia a continuação do artigo na edição
167 (outubro) da Revista Cobertura
Walter Polido, professor universitário, árbitro, parecerista e
consultor em seguros e resseguros (www.polidoconsultoria.com.br)
revista cobertura 49
cobertura global IIS 51st Annual Seminar
Por Camila Alcova | [email protected]
Indústria pode facilitar encargos financeiros
associados a desastres e oferecer proteção a
vulneráveis, aponta secretário-geral da ONU
E
m sua participação no Seminário Anual International Insurance Society (IIS 51st Annual Seminar), realizado em junho,
em Nova Iorque, o secretário-geral
da Organização das Nações Unidas
(ONU), Ban Ki-moon, conclamou os
players da indústria de seguros em
todo o mundo para a conscientização e comprometimento com a sustentabilidade global. “Os impactos
de mudanças climáticas estão acelerando. Esse assunto é decisivo em
nossos tempos. Está claro que a mudança climática está acontecendo e
se aproximando muito mais rápido
do que podemos imaginar”, alertou.
Ele comentou sobre o encontro
dos membros da ONU com líderes
mundiais, cujo propósito é adaptar uma pauta de desenvolvimento
sustentável para os próximos anos.
“Em dezembro, nós também esperamos os líderes governamentais se
reunirem em Paris para adaptarem
os ambiciosos e universais acordos
de mudanças climáticas. Essas são
prioridades livres que afetarão imensamente a nossa
sociedade e o planeta
Terra também”, observou.
No que tange ao setor de
seguros, Ban Kimoon acredita que
a indústria pode assumir um importante
papel, especialmente
para ajudar a facilitar os encargos
financeiros
associados a
50 revista cobertura
desastres e oferecer proteção a vulneráveis. “O setor de seguros é elogiado por ser líder em investimentos
sensíveis a riscos, como uma grande
fonte de investimentos a longo prazo. O setor pode e deve ter um forte papel ao moldar um futuro mais
sustentável para todos nós”, frisou.
O secretário-geral da ONU apontou que a redução de riscos de desastres é uma das defesas de frente
contra os impactos das mudanças
climáticas. Em sua visão, trata-se de
um investimento inteligente, econômico e que pode salvar vidas.
Ele complementou que esse é o
momento de uma ação global de resiliência e redução de riscos de desastres, uma vez que essa iniciativa
antecipa e absorve os riscos, além
de remoldá-los dentro de oportunidades de desenvolvimento sustentável mais seguras.
Agente de mudanças
Nesse sentido, ele conclamou os
representantes da indústria seguradora a refletir estrategicamente sobre como a mudança do
clima pode ser reduzida e
ajustar os investimentos de
acordo com isso.
Um ponto positivo
compartilhado por
Ban Ki-moon é que
comunidades estão
prontas a investir
onde quer que seja
necessário, onde traga
economia de carbono
e economia sustentável.
Isso inclui comunidades de seguros e fundos
Ban Ki-moon,
Secretário - geral
da ONU
de pensão, inclusive. “Eles estão
prontos para investir, mas os líderes governamentais devem ter visão
correta, direção certa que este é o
caminho para o qual estamos indo.
Isso é o que estou fazendo como
secretário-geral, porque as Nações
Unidas devem dar uma visão clara,
baseada em ciência e muitas pesquisas. As mudanças climáticas irão
acontecer e haverá muitos desastres
por vir”, reforçou.
Diante do contexto, é necessário
que o setor privado aloque capital
para a construção de uma economia
de baixo carbono. Nesse cenário,
a indústria seguradora pode ser o
centro de construções de uma economia inteligente e resiliente climática, ressaltou ele.
A questão climática possui um panorama ainda maior do que o enxergado
superficialmente. Os impactos dessas
mudanças também englobam temas
como desigualdade social e econômica, por exemplo. Por conta disso, acreditaBan Ki-moon, a prioridade da sociedade como um todo deve ser tornar
o mundo sustentável em dimensões
social, econômica e ambiental.
Ainda sobre a colaboração dos
players de seguros nessa questão,
o secretário-geral da ONU acredita
que a indústria pode lidar com a
compensação e endereçamento dos
grandes danos que certamente virão.
Dessa maneira, ele acrescenta que
é possível contar com uma boa política de seguros. “Eu acho que vocês
(indústria de seguros) podem oferecer boas políticas de seguros para
todos nós, e já estou contando com
sua liderança e comprometimento”.
setembro2015
setembro2015
revista cobertura 51
cobertura nordeste sincor-pe
Cláudia Cândido Diniz
Sincor-PE
Por Camila Alcova | [email protected]
Temas como venda on-line de seguros e multicálculo também fizeram parte do evento
“Embora em algumas
indústrias a figura do
intermediário perca
força com o mercado
on-line, no segmento
de seguros o corretor
mantém a sua
importância”
Marcos Machini | Liberty
52 revista cobertura
A
praia de Porto de
é erroneamente concluído
Galinhas, em Perpelo cliente.
nambuco, receÉ imprescindível tambeu profissionais de
bém ter conhecimento
diversas partes do País
sobre os riscos dos
para o 3º Congresso de
segurados para que a
Seguros (Conseg/PE),
apólice seja adequapromovido pelo Sinda. Também é imporcor-PE, em agosto. Na
tante que seja docuEdson Toguchi
abertura do congresso,
mentado que o cliente
a presidente da entidade,
tem ciência das cobertuCláudia Cândido Diniz,
ras do seguro.
destacou que a realizaO corretor deve se atução do evento vai ao enalizar por conta das mucontro do objetivo do
danças que esporadisindicato de fortalecer
camente ocorrem nos
a discussão e debates
contratos. “O corretor
dos interesses da cateprecisa conhecer progoria em Pernambuco.
fundamente o contrato
Fernando Muraro
Durante sua palestra,
da seguradora e quais
o corretor e professor da
são os riscos do seu clienEscola Nacional de Segute, para colocá-lo na seguraros, Gustavo Mello, destacou
dora que melhor o atenda”.
que é importante que o corretor esclareça ao cliente sobre as cobertuVenda on-line
ras contidas nas apólices e que não
Ao comentar sobre o mercado de
há seguro que ofereça proteção para
corretagem de seguros nos Estados
todos os riscos, o que, muitas vezes,
Unidos, o vice-presidente da Libersetembro2015
cobertura nordeste sincor-pe
ty, Marcos Machini, compartilhou
rentabilidade. Outro efeito
Filho, a região nordeste faz
que por conta da tendência da venda
pode ser a elevação de
parte do foco da comde seguro on-line, a companhia nos
preços, o que também
panhia. Em breve, a
Estados Unidos encomendou uma
prejudica o corretor,
seguradora terá nova
pesquisa para identificar o comporcomplementa. “Uma
instalação em Pertamento do segurado em relação aos
subida geral de preço
nambuco, o que colacanais de distribuição.
porque deteriora os
borará para a aproxiEle lembra, inclusive, que no País
resultados das commação dos corretores.
o mercado é bastante aberto em repanhias tira uma par“Nossa ideia é cada
Marcos Machini
lação a canais de distribuição. “Há
cela de consumidores
vez mais crescer e focar
o corretor, que é independente, tem
do mercado”.
o mercado nordestino”.
o agente, que às vezes é funcionário
O executivo reconheConforme Edson Toguda seguradora, às vezes não funcioce que o multicálculo
chi, superintendente de
nário, mas vende só de uma comproporciona vantagens
produtos de ramos dipanhia e tem benefícios por isso, a
ao corretor, como ecoversos e linhas finanvenda direta, em que a companhia
nomia de dinheiro e
ceiras da Tokio Marivende direto para o segurado”.
tempo nas cotações.
ne, em 2014 o PIB de
Entre as conclusões da pesquisa,
Entretanto, a ferraPernambuco atingiu
Machini destacou que do total de
menta pode ser prejuR$ 140 bilhões. Nos
Mauro José
clientes nos Estados Unidos que codicial pelo acesso a diúltimos cinco anos, o
tam on-line, 80% fecham a compra
versos preços, expansão
Estado cresceu acima do
em outro canal. Desse percentual,
grande de seguradoras e
Brasil. Ele comenta que o
57% fecharam com um corretor em
foco apenas no preço no promercado segurador pernamseu escritório; 32% compraram de
cesso de venda, fator que à exemplo
bucano também tem crescido ultium corretor via telefone; e 25% conda pesquisa americana, não é o mais
mamente. Em 2014, o resultado foi
cretizam a compra em um canal de
valorizado pelo cliente.
de 2,4% em relação ao PIB.
vendas direto.
O executivo explicou que os in“Embora em algumas indústrias a
Seguro no nordeste
vestimentos realizados por segfigura do intermediário perca força
Conforme o diretor comercial
mentos como aeroportos, rodovias,
com o mercado on-line, no segmenNorte/Nordeste e Espírito Santo da
ferrovias e portos podem gerar oporto de seguros o corretor mantém a
Porto Seguro, Mauro José, a região
tunidades de seguros no mercado
sua importância”, observou.
nordeste responde por 10% da prolocal. Ele acrescentou que o setor de
A pesquisa também identificou que
dução de seguros. Em Pernambuenergia também tem recebido grana maioria dos consumidores americo, entre 2006 e 2014, a produção
des investimentos. Na região Norcanos optou por contratar com um
cresceu 285%, enquanto o PIB local
deste, a energia híbrida se destaca,
corretor por conta da ajuda oferecida
cresceu 155%. No estado, o seguro
principalmente em Pernambuco.
por esse profissional caso algo não dê
de automóvel responde por 15% de
Fernando Muraro Donke Ferrari,
certo, coberturas adequadas, por torparticipação, e o VGBL, 51%.
diretor comercial e de risco da Starr
nar a compra de um seguro simples,
Cerca de 8% das empresas são
seguradora, reforçou a confiança da
entre outros fatores.
protegidas pelo seguro emprecompanhia no potencial da região,
Em um paralelo entre os
sarial. Recife, Jaboatão dos
especialmente Pernambuco, pelo
mercados americano e
Guararapes e Olinda redesenvolvimento acima do PIB,
pernambucano, o exepresentam 63% das
além dos investimentos de setores
cutivo frisou que as
empresas do Estado.
calçadista, automotivo e cervejeiro
escolhas pelo correEm todo o nordeste,
no estado, que podem gerar oportutor são impulsiona3% das empresas esnidades de negócios na área de sedas exatamente pelos
tão seguradas.
guros de transportes, alertou.
mesmos motivos, o
No estado, o seguro
Apesar da concentração de prêque ratifica o papel
residencial tem pemios na região sudeste, a seguraFrancisco Vidigal Filho
desse profissional.
netração de 4,6%, o
dora pretende desenvolver mais os
Outro tema abordado
que revela mais oportunegócios no nordeste. “Muitos dos
por Machini foi o multinidades de negócios. Os
negócios feitos aqui (região nordescálculo, que em sua opiprodutos odontológicos
te) são feitos por corretoras das renião, dificilmente entambém
apresentam
giões sul e sudeste”, disse ao frisar
globa as características
uma grande demanda,
que nesses casos os negócios são
de cada seguradora, já
pois cerca de oito micontabilizados para a região sudesque foca a divulgação
lhões de pessoas não
te, e que os corretores locais devem
de preços.
contam com a protese empenhar para que os prêmios
Para ele, a multioção em Pernambuco.
fiquem na região.
ferta
indiscriminada
Conforme o presiGustavo Mello
de preços pode levar as
dente da Yasuda MaríLeia mais na Cobertura Digital:
companhias a perderem
tima, Francisco Vidigal
http://migre.me/rdH3H
setembro2015
revista cobertura 53
giro pelo mercado
ANS está preocupada com o direito do consumidor
O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde
Suplementar, José Carlos Abrahão (foto), afirma que
um dos tripés do órgão é a segurança de acesso ao consumidor e esse alcance aos serviços de saúde é uma
demanda que acontece em qualquer modelo de sistema de saúde no mundo. Porém, é preciso garantir a
qualidade do atendimento, o que deve acontecer com
sustentabilidade.
Essa sustentabilidade em saúde não pode ser considerada somente econômica e financeira, mas deve ser
principalmente assistencial. “E o primeiro ponto a ser
debatido para que isso aconteça é o monitoramento da
garantia de atendimento, como uma ferramenta de gestão do sistema de regulação. E com essa preocupação
com a sustentabilidade, procuramos aperfeiçoar esse
modelo de monitoramento, discutir não só internamente, mas com todo o setor, e em breve teremos um
novo modelo em funcionamento”, explica Abrahão.
O monitoramento dos reajustes também foi assunto citado
pelo diretor-presidente durante o 20º Congresso Abramge e
11º Congresso Sinog, que aconteceu em São Paulo, em agosto. Na ocasião, ele foi enfático ao dizer que esse papel deve
ser desempenhado pela ANS. “Quem adquire um plano de
saúde o levará para o resto da sua vida, principalmente o plano de saúde individual e o órgão regulador não pode abrir
mão desse monitoramento e estamos abertos a aperfeiçoar,
aprimorar e buscar o equilíbrio dentro dos reajustes”.
E nesse
mesmo
mote, ele
ressalta
a importância do
estímulo
na adversidade de
oferta de
produtos
diferenciados. “Como é o caso dos produtos de coparticipação que têm aumentado gradativamente e existem dentro da regulação, e devemos incentivar isso e
não esquecermos dos direitos que são adquiridos pelos
consumidores, que devem ser respeitados e preservados. A segurança jurídica também tem que ser dada
pelo regulador”.
Ele finaliza dizendo que é preciso prestar mais atenção no aumento do preço da saúde e assim ter o paciente como centro de todas as ações no setor. “Esse
aumento de gastos em saúde temos que trabalhar mais,
pois temos a cada dia uma oferta maior e uma demanda que tem que ser equilibrada. Por isso, temos que
estar cada vez mais centrados no paciente e em suas
requisições”. (Tany Souza)
Leia mais na Cobertura Digital: http://migre.me/ru9Yv
Omint celebra 35 anos
O Grupo Omint reuniu em setembro, no Jockey Club de
São Paulo, mais de 500 convidados em um coquetel para
comemorar os 35 anos de operação no Brasil e estreitar
relacionamento com clientes corporativos, profissionais
da saúde, corretores, além dos demais stakeholders da
companhia. No evento, o Grupo lançou a nova empresa
Omint Seguros, focada nos mercados de seguros de vida
(individual e em grupo) e também em seguro viagem.
Os clientes Omint, parceiros comerciais e profissionais
de saúde foram recepcionados pelo fundador da Omint,
o argentino Juan Carlos Villa Larroudet e seu filho Santiago Larroudet, além de André Coutinho (diretor geral),
Cícero Barreto (diretor comercial), Paulo Gagliardi (diretor financeiro), Marcos Loreto (diretor médico), Eduardo Monteiro (diretor de saúde), Luciano Marques Filho
(gerente de operações), e Flávio Merichello (gerente do
Núcleo de Saúde e Prevenção).
Setor de seguros lutando para inovar, aponta pesquisa KPMG international
Enquanto executivos de seguros na maioria sabem que
inovação conduzirá à vantagem competitiva e crescimento, muitos parecem estar lutando para acender a chama
dentro de suas organizações, aponta relatório da KPMG
International, divulgado em setembro. 48% dizem que já
estão prejudicados por concorrentes novos, mais ágeis.
“Como um membro do IIS Leadership Circle (Círculo
de Liderança da IIS), a KPMG promove perspectiva válida das diretrizes da IIS. Os resultados do relatório da
KPMG estimulam nossa certeza de que inovação é o tema
estratégico predominante da indústria hoje, razão pela
qual nós centraremos o tema do Fórum Global de Seguros de 2016 em “Inovação e Transformação da Indústria,”
diz Michael J. Morrissey, presidente e CEO da IIS.
54 revista cobertura
Baseado em uma pesquisa com 280 executivos de seguros de todo o mundo e uma série de entrevistas com
líderes de seguros e novos concorrentes do mundo da
FinTech, o relatório, intitulado Um novo mundo de oportunidade: O imperativo da inovação de seguros, aponta
que a necessidade de inovar já está criando pressões significantes no setor de
seguros. Muitos dos respondentes
da pesquisa veem inovação como
uma significante oportunidade,
com 83% dizendo que o sucesso
futuro de suas organizações está
estreitamente amarrado às suas
habilidades de inovar.
setembro2015
giro pelo mercado
Da legislação do desmonte à sua funcionalidade
Desde 1º de maio deste ano vigora a
Lei Federal nº 12.977/14 que regula e
disciplina a atividade de desmontagem
de veículos em todo o País. O primeiro
seminário sobre o tema, realizado pela
Fenacor, em agosto, em São Paulo,
intitulado “Sobre a Lei do Desmonte,
Acidentologia
e
Vitimação
no
Trânsito”, contou com as participações
de Daniel Annenberg e Eraldo Ferreira,
respectivamente presidente e diretor
do Detran.
Daniel Annenberg disse que com o
celular será viável identificar as peças
principais e de qual veículo elas vieram (procedência),
com a criação de um sistema regulado de desmontagem
de veículos e abastecimento do mercado de autopeças,
regulando e incentivando o processo de cadastrados.
“Isto já está sendo implantado. A segunda etapa é que
cada veículo desmontado tenha um código de barras, com peça a peça cadastrada,
o que permitirá a rastreabilidade, desde a
desmontagem até a venda ao consumidor
final”, antecipou.
Segundo ele, “já começamos a cadastrar
todas as peças dos desmanches legais.
Isso se dará de forma informatizada, interligando o Detran, leiloeiros, empresas
de reciclagem, comerciantes e empresas
fabricantes de etiquetas”, especificou.
Para Eraldo Ferreira, o próprio cidadão será o fiscal. “Ao comprar a peça no
desmonte, ele fará a verificação da sua
procedência a partir da existência da etiqueta”, explicou, acrescentando que também é intenção que haja um
próximo passo com a Lei Federal, que é o incentivo à
renovação da frota. (Karin Fuchs)
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Chubb Seguros marca presença em almoço da Aconseg-SP
A diretoria da Chubb Seguros foi a
convidada do almoço mensal de setembro da Aconseg-SP. Na oportunidade,
os executivos ressaltaram a importância das assessorias para fazer com que
o produto chegue ao cliente e assim que
a companhia ser reconhecida por seus
diferenciais.
“Esse canal de distribuição é essencial
para poder disponibilizar o produto e
tem capilaridade o suficiente para fazer
essa distribuição. Continua sendo importante estrategicamente para a nova
companhia, já é para nós na Chubb, por
Jorge Teixeira Barbosa, presidente da
Aconseg-SP e Nivaldo Venturini, presidente
e CEO da Chubb Seguros
Itaú Seguros destaca iniciativas
em evento do CCS-SP
Em agosto, o tradicional almoço do Clube dos Corretores
de Seguros de São Paulo (CCSSP) contou com os executivos
da Porto Seguro e Itaú Seguros.
Na ocasião, o diretor executivo da Itaú Seguros Auto
e Residência, Marcelo Sebastião (foto), comentou sobre algumas novidades da
companhia.“Lançamos em 1º de agosto, desconto de
5% para os clientes com zero ponto na habilitação.
A Porto tem 7%, a Azul tem 5% e nós adotamos os
mesmos 5% da Azul. No orçamento, o sistema já
carrega a variável para as três companhias”.
Ele também mencionou o Programa Sempre Presente, desenvolvido junto com a Itaú Card, que troca
pontos do cartão por desconto no seguro.
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isso uma das grandes fortalezas da companhia é a multiplicidade dos canais
de distribuição”, ressalta o presidente e
CEO da seguradora, Nivaldo Venturini.
Ele explicou que a fusão entre as companhias ainda está em fase inicial. “A
fusão será oferecida para aprovação em
outubro aos acionistas nos Estados Unidos, uma vez aprovada, será deflagrada
toda a parte regulatória que pode ir até o
primeiro trimestre do ano que vem. Hoje
não há nada que seja compartilhado ou
acertado entre as companhias, até começarem a migrar”. (Tany Souza)
Iniciativas da Yasuda Marítima em óleo e gás
não são afetadas por conta da Lava Jato
Já em setembro, os executivos da Yasuda Marítima foram os convidados
do almoço do CCS-SP. Entre outros
assuntos, o presidente da companhia,
Francisco Vidigal Filho (foto), mencionou a unificação de sistemas das seguradoras e o foco na prestação de serviços ao segurado e também ao corretor.
O executivo também destacou que
apesar dos problemas revelados pela
Operação Lava Jato, a seguradora
não inibiu a atuação no ramo de óleo e gás, que foi lançada no início do ano.
Ele compartilhou que a seguradora também está fortalecendo a comercialização em grandes riscos. O Grupo
Sompo, inclusive, adquiriu uma operação em um sindicato do Lloyd’s voltado ao segmento. “Com isso, hoje
temos no grupo uma empresa bastante especializada e
voltada para essa área”. (Camila Alcova)
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revista cobertura 55
executivos & cia.
Osmar Bertacini toma posse
como presidente da APTS
Eleito por aclamação para comandar
a entidade pelos próximos dois anos,
Osmar Bertacini ressaltou a importância
da atividade técnica para a evolução do
setor em sua posse, em setembro, no
auditório Sindseg-SP. O novo presidente
comandará a entidade ao lado dos diretores Evaldir Barboza de Paula (secretário) e Hélio Opípari Junior (tesoureiro).
Zurich
O Zurich Insurance Group (Zurich) traz Alexandre B. Boccia como CEO de vida, previdência
e capitalização para o Brasil. O presidente se
reportará diretamente a Edson Franco, CEO de
vida e previdência para América Latina. Ele
ficará sediado em São Paulo. E Karine Brandão é
a nova diretora comercial para seguros gerais com atuação na Filial RJ/ES.
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Cooper Gay
A corretora de resseguros Cooper
Gay ampliou a equipe comercial,
que passa a ter 20 profissionais, e
3 aprimorou processos para melhorar a eficiência de sua operação.
Entre os reforços está o comercial
Reynaldo Lontra (foto 3); Gilberto Gama (2); Rodrigo Londres (4); a administração e a negociação dos
contratos ficarão a cargo de Aline Cortês (1); além
do corretor Rogério Santos (5), que atuará com os
times do outro braço da CGSC no Brasil, a Swett&
Crawford, no desenvolvimento de novos produtos.
Barela
O executivo Weber
Duarte é o novo
diretor comercial
da It’sSeg/Barela. O
profissional tem o
desafio de cuidar do
relacionamento com corretores, atrair
novos parceiros e, ainda, iniciar a
expansão geográfica da corretora, a
partir do estado de São Paulo.
Escola Nacional
de Seguros
Gustavo Venda chega
à Escola Nacional de
Seguros para comandar a gerência comercial, com a missão
de promover maior aproximação da
Instituição com empresas e entidades
do mercado de seguros, bem como
com companhias de outros setores.
MDS
A MDS Insure anuncia que o médico
Gustavo Cruz Quintão
assume o cargo de
diretor de benefícios corporativos da
empresa. Graduado em Medicina pela
Universidade Federal de Minas Gerais,
foi interno do Cook County Hospital na
cidade de Chicago nos Estados Unidos.
Mitsui Sumitomo
Seguros
A Mitsui Sumitomo
Seguros anuncia
a contratação de
Djalma Duarte Barros
Junior para a área de
Property & Casualty, para consolidar
a marca como uma das principais seguradoras provedoras de soluções no
segmento dos seguros corporativos.
56 revista cobertura
Mondial Assistance
Ana Cláudia Calil é a
nova Head da área comercial do segmento
de bancos e seguradoras. A executiva possui mais de 20 anos de
experiência no mercado segurador.
Seguros Unimed
O Conselho de Administração da Seguros
Unimed elegeu o Dr.
Helton Freitas para
o cargo de DiretorPresidente da Seguros
Unimed, com mandato estabelecido até
abril de 2017. Esta deliberação deve-se
à vacância do cargo em razão do passamento do Dr. Rafael Moliterno Neto.
Amcham Rio
Acacio Queiroz
assume a presidência
do Comitê de Seguros,
Resseguros e Previdência da Câmara de
Comércio Americana
do Rio de Janeiro (AmCham Rio). Na
nova função, Acacio vai liderar um
grupo formado por representantes dos
principais segmentos do setor.
Swiss Re
Swiss Re Corporate Solutions nomeia
Pedro Palma Neto como Head Surety
LatinAmerica de Garantia para a região
da América Latina. Ele ficará em Miami
e conduzirá a estratégia de crescimento
da companhia no mercado de garantia
latino-americano. João Girolamo foi
nomeado o sucessor de Palma Neto no
Brasil e integrou a operação de garantia
da Swiss Re Corporate Solutions no
Brasil em 2011 e atualmente lidera a
unidade de garantia judicial.
Terra Brasis Resseguros
Na Terra Brasis, Gustavo Lucas de Almeida assume a responsabilidade pela
coordenadoria comercial e permanece
como o principal Subscritor de Riscos
Financeiros. Arthur Franzan Sanches
assume a Coordenadoria de Subscrição de Contratos Automáticos; Rafael
Alvarez Abad, assume a responsabilidade pela Subscrição de Facultativos,
AcauySaracchiniassume a gerencia
da área de tecnologia; Aline Kelly de
Lima passa a coordenar a área financeira da companhia.
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revista cobertura 57
corretagem em destaque
Por Karin Fuchs | [email protected]
Empresa é adepta às novas tecnologias, mas não abre mão do atendimento pessoal e personalizado
N
a cidade de Rio Grande (RS), Sergio Secchi da Silva
está à frente da Loufil Corretora de Seguros, fundada pelo seu pai há 65 anos, com operação em seguro de transporte. Ao longo dos anos, novos produtos foram
agregados na corretora, como o residencial, empresarial,
vida, fiança locatícia, entre outros, e hoje o carro-chefe é o
seguro de automóvel, respondendo por 70% da produção.
Em suas memórias, Silva recorda-se dos tempos em que
a informática ainda era uma realidade distante. “Inicialmente, nós fazíamos todo o cálculo de seguros manualmente e há 35 anos eu ia até os clientes de bicicleta para
fazer as renovações. Com a informática, o nosso trabalho
facilitou muito, hoje nós temos a ferramenta multicálculo que agiliza as cotações e o e-mail que nos ajuda muito.
Hoje, a informática é uma das principais ferramentas no
nosso trabalho”, enfatiza.
E mesmo com toda a tecnologia, a Loufil preza pelo
atendimento pessoal. “Nós criamos o pós-assistência ao
cliente para o atendimento de sinistros. Desde o momento em que sabemos da ocorrência vamos ao local, se for
dentro do município, ou acompanhamos pelo telefone,
se for numa localidade mais distante. É um serviço bem
personalizado que acompanhamos todas as etapas desde
o guincho até a entrega do veículo reparado na oficina
e há uma pessoa na corretora dedicada exclusivamente
para este atendimento”, especifica.
Com uma carteira de mais de cinco mil clientes e uma
equipe formada por dez profissionais na corretora, Silva destaca que o mesmo atendimento personalizado é
praticado ao longo do acompanhamento da apólice do
Equipe Loufil Corretora de Seguros
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cliente, desde a cotação. “Visitamos todos os clientes que
estão no nosso município e este perfil de atendimento é
o que nos faz crescer e conquistarmos novos clientes. A
nossa principal ferramenta é o ‘boca a boca’”, diz.
Ontem e hoje
No comando da corretora desde 1975, Silva começou
a trabalhar com o pai como office boy, aos 19 anos, e comenta o quanto o mercado evoluiu. “Hoje, a facilidade
é imensa. Com a proposta inicial é possível adequar o
produto conforme a necessidade do cliente, antigamente
não havia essa possibilidade. E até para fazer uma vistoria era tudo muito difícil, inclusive, a seguradora liberava para eu mesmo fazer tanto a vistoria prévia como a de
sinistro”, recorda-se.
Em sua visão, ainda há muito a evoluir. “As seguradoras precisam melhorar a parte de assistência de guincho.
Nós estamos mal atendidos neste sentido, pois dependemos de terceiros”, lamenta, acrescentando que, apesar
disso, com as ferramentas digitais as seguradoras melhoraram muito, principalmente no pagamento de sinistros.
Do ponto de vista do cliente, ele avalia que há uma
conscientização maior sobre a importância do seguro.
“Hoje, os seguros se tornaram uma necessidade. Não há
como não ter um seguro de automóvel, um seguro de
vida ou uma previdência que garantirá o futuro, pois não
podemos depender do INSS.Também com o aumento da
frota e pelas cidades não estarem adequadas para esta
demanda, aumentou consideravelmente o número de sinistros, o que reforçou a conscientização em relação ao
seguro de automóvel”, avalia.
E para atender este cliente, Silva enfatiza que o papel
do corretor é primordial. “Os profissionais desta área
têm que oferecer excelência no atendimento. É isto que
valorizará a nossa profissão e proporcionará tranquilidade aos segurados. Quem trabalha com seguros nunca
mais larga e eu pretendo trabalhar até os 90 e poucos
anos. Hoje, estou com 75 anos, trabalho entre 10 e 12 horas por dia, atendo todos os clientes e, por isso, eu tenho
um índice de renovação que chega a 99%”, ensina.
Sobre o futuro da corretora, Silva antecipa que a sucessão já está sendo preparada. “Eu tenho um funcionário
que será o meu sucessor, pois a minha filha não quis seguir esta carreira. Eu vejo um futuro bastante promissor
para a indústria de seguros, é impressionante como as
seguradoras estão evoluindo e os produtos estão sendo
melhorados e vai melhorar cada vez mais”, finaliza.
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