Dicksonia antarctica (feto-arbóreo-da

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Dicksonia antarctica (feto-arbóreo-da
Dicksonia antarctica (feto-arbóreo-da-tasmânia)
Feto arbóreo perene até aos 15 m e 25 cm de diâmetro, com tronco, ereto e espesso, coberto de
raizes fibrosas, muitas vezes sustentado na base. O crescimento é lento, crescendo 2,5 cm/ano.
Frondes fertéis e estéreis em camadas alternadas.
Nome cien fico: Dicksonia antarc ca Labill.
Nome vulgar: feto-arbóreo-da-tâsmania
Família: Dicksoniaceae
Estatuto nos Açores: espécie invasora
Nível de risco: (em desenvolvimento)
Sinonímia: Balan um antarc cum (Labill.) C. Presl
Data de atualização: 23/10/2015 | Perfil elaborado pela Equipa do projecto LIFE+ Terras do Priolo.
Ajude-nos a mapear esta espécie na nossa plataforma de ciência cidadã.
Como reconhecer
Planta de porte arbóreo perene que pode a ngir os 15 m de altura. Dada como invasora para a ilha de São
Miguel. O caule é ereto e espesso, coberto de raizes fibrosas. É de crescimento é lento.
Folhas: frondes fertéis e estéreis em camadas alternadas. Estas são estreitas, diminuindo em cada extremidade. A super@cie superior é peluda, margens com dentes curvos (estéreis) ou lóbulos. O pedúnculo é curto
e acastanhado com uma densa pilosidade.
Flores: os soros estão dispostos um em cada lóbulo. Os soros tem um indúsio composto por dois tecidos de
semelhante dimensão.
Frutos: vagens comprimidas, onduladas ou contorcidas, castanho-avermelhadas; sementes completamente
rodeadas por funículo escarlate.
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Espécies semelhantes
É parecido com o feto-arbóreo australiano (Cyathea cooperi (Hook. Ex F. Muell) Domin) . A super@cie das
frondes é peluda com margens com dentes curvos. Pedúnculo castanho escuro, curto e volumoso e com
pilosidades ao longo da base.
Caracterís)cas que facilitam a invasão
Reproduz-se por via seminal; produz muitas sementes que se acumulam em bancos de sementes muito
numerosos e permanecem viáveis no solo por muitos anos. As sementes são dispersas por animais,
sobretudo aves, formigas e pequenos vertebrados. A germinação é es mulada pelo fogo.
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO
Área de distribuição na)va
Austrália e Tasmânia.
Distribuição em Portugal
Arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Para verificar localizações mais detalhadas desta
espécie, verifique o mapa interac vo online. Este
mapa ainda está incompleto - precisamos da sua
ajuda! Contribua submetendo registos de localização
da espécie onde a conhecer.
Outros locais onde a espécie é invasora
Na Europa é dado como invasor nos Açores.
Razão da introdução
A introdução foi intencional para fins ornamentais em jardins e parques.
A mbientes preferenciais de invasão
Floresta de laurissilva, margens de linhas de água, ravinas, clareiras e bosques incenso e matas de
criptoméria.
IMPACTES
Embora legalmente não seja considerada invasora em Portugal, revela comportamento invasor em
algumas localizações.
Impactes nos ecossistemas
A espécie forma manchas densas que rompem a estrutura, a abundância e sucessão dos ecossistemas que
invade. Impede o desenvolvimento da vegetação na va e reduz a diversidade de espécies por compe ção
e recrutamento.
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Impactes económicos
Potencialmente, custos elevados na aplicação de medidas de controlo.
Habitats Rede Natura 2000 mais sujeitos a impactes
•
Florestas esclerófilas mediterrânicas (Laurissilva macaronésica) (9360);
•
Florestas endémicas de Juniperus (9560).
CONTROLO
O controlo de uma espécie invasora exige uma gestão bem planeada, que inclua a determinação da área
invadida, iden ficação das causas da invasão, avaliação dos impactes, definição das prioridades de
intervenção, seleção das metodologias de controlo adequadas e sua aplicação. Posteriormente, será
fundamental a monitorização da eficácia das metodologias e da recuperação da área intervencionada, de
forma a realizar, sempre que necessário, o controlo de seguimento.
Os métodos de controlo usados em Dicksonia antarc ca incluem:
Controlo 6sico
Arranque manual: o método manual é a forma mais eficaz de controlo para plantas de reduzida
dimensão. A extracção total da raiz e da planta requer mão-de-obra e tempo de trabalho, no entanto, é
viável e aconselhável em locais de fácil acesso, com baixo perigo de erosão ou em pequenas manchas
próximo de populações de espécies raras e em perigo. Os resíduos vegetais e fragmentos da planta
devem ser transportados para aterro para evitar a sua regeneração.
Corte: o método mecânico é o mais recomendado com a u lização de retroescavadoras. É um método
recomendado para plantas de grandes dimensões em locais de bons acessos. A planta deverá ser cortada
ou arrancada com a raiz completa e intacta, mas é necessário ter especial atenção para não se danificar a
fronde, que poderá voltar a rebentar. Os resíduos vegetais e fragmentos da planta devem ser
transportados para aterro para evitar a sua regeneração.
Visite a página Como Controlar para informação adicional e mais detalhada sobre a aplicação correta destas metodologias.
REFERÊNCIAS
Jeménez S., Coelho R., López Y., Silva C. (2013) Guia de Controlo de Espécies Exó cas Invasoras. Sociedade
Portuguesa para o Estudo das Aves, Lisboa.
Schäfer H. (2005). Flora of the Azores. A Field Guide. Second Enlarged edi on. Margraf Publishers,
Weikersheim.
The Plant List. Dicksonia antarc ca Labill.. Disponível: hVp://www.theplantlist.org/tpl1.1/record/tro50183030 [Consultado 08/10/2015].
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