2008 - Projeto pedagógico - volume I - fgv

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2008 - Projeto pedagógico - volume I - fgv
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO
PROJETO PEDAGÓGICO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
2008
VOLUME I
São Paulo – SP
Junho de 2008
1
Escola de Administração de Empresas de São Paulo.
Projeto pedagógico : curso de graduação em administração - 2008 /
Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de São
Paulo ; [organização Marta Ferreira Santos Farah]. – São Paulo : FGVEAESP, 2008.
2v.
1. Escola de Administração de Empresas de São Paulo. 2. Administração
– Estudo e ensino. 3. Administração de empresas – Estudo e ensino. 4.
Administração pública – Estudo e ensino. I. Farah, Marta Ferreira Santos. II.
Título.
CDU 378.4(816.11)
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................5
2. A INTRODUÇÃO DO ENSINO DE ADMINISTRAÇÃO NO PAÍS E A FUNDAÇÃO GETULIO
VARGAS..........................................................................................................................................................6
3. A EVOLUÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E DO PROJETO PEDAGÓGICO NA EAESP .13
3.1 O PRIMEIRO CURRÍCULO DO CURSO DE GRADUAÇÃO – LINHA DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA EM
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS - E SUA EVOLUÇÃO ........................................................................................13
3.2 O PRIMEIRO CURRÍCULO DO CURSO DE GRADUAÇÃO – LINHA DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA EM
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – E SUA EVOLUÇÃO ................................................................................................17
4. TRANSFORMAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA, DO MERCADO E DO ENSINO
SUPERIOR EM ADMINISTRAÇÃO .........................................................................................................21
5. O PERFIL DO EGRESSO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO............................24
6. OBJETIVOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO ..................................................29
7. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO.............................32
7.1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................32
7.2 O MODELO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ....................................................................................................34
7.2.1 Ciclos de aprendizagem.................................................................................................................34
7.2.2 Dimensões da formação.................................................................................................................35
7.3 A INTERDISCIPLINARIDADE ........................................................................................................................36
7.4 A INTEGRAÇÃO TEORIA E PRÁTICA .............................................................................................................37
7.5 AS ATIVIDADES COMPLEMENTARES ..........................................................................................................37
7.6 INTEGRAÇÃO ENTRE GRADUAÇÃO E MESTRADO E DUPLO DIPLOMA DE MESTRADO ....................................38
7.7 INTEGRAÇÃO COM OUTROS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA FGV ...................................................................39
7.8 ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO E ÁREAS DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR (MAJORS E MINORS) ........................39
7.9 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) ...........................................................................................41
7.10 REFORÇO QUANTITATIVO .........................................................................................................................41
7.11 NIVELAMENTO .........................................................................................................................................42
7.12 DIMENSÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA .........................................................................................................42
7.13 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO NAS LINHAS DE FORMAÇÃO
ESPECÍFICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS (AE) E DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (AP) , - VERSÃO
D.O.U ..............................................................................................................................................................45
7.14 VERSÃO COM DISTRIBUIÇÃO POR SEMESTRES...........................................................................................48
8. EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS DE DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS DO CURSO DE
GRADUAÇÃO – LINHA DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA EM ADMINISTRAÇÃO DE
EMPRESAS ...................................................................................................................................................53
8.1 ADMINISTRAÇÃO GERAL E RECURSOS HUMANOS - ADM ..........................................................53
8.2 CONTABILIDADE, FINANÇAS E CONTROLE - CFC ........................................................................57
8.3 FUNDAMENTOS SOCIAIS E JURÍDICOS - FSJ...................................................................................60
8.4 INFORMÁTICA E MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À ADMINISTRAÇÃO - IMQ........67
8.5 MERCADOLOGIA - MCD.......................................................................................................................71
8.6 PLANEJAMENTO E ANÁLISE ECONÔMICA APLICADOS À ADMINISTRAÇÃO - PAE ..............75
8.7 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO, OPERAÇÕES E LOGÍSTICA - POI .........................................77
8.8 INTERDEPARTAMENTAIS ..................................................................................................................79
9. EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS DE DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS DO CURSO DE
GRADUAÇÃO – LINHA DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .......83
9.1 ADMINISTRAÇÃO GERAL E RECURSOS HUMANOS - ADM ..........................................................83
9.2 CONTABILIDADE, FINANÇAS E CONTROLE - CFC ........................................................................86
3
9.3 FUNDAMENTOS SOCIAIS E JURÍDICOS - FSJ...................................................................................88
9.4 INFORMÁTICA E MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À ADMINISTRAÇÃO - IMQ........95
9.5 MERCADOLOGIA - MCD.......................................................................................................................99
9.6 PLANEJAMENTO E ANÁLISE ECONÔMICA APLICADOS À ADMINISTRAÇÃO - PAE ............100
9.7 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO, OPERAÇÕES E LOGÍSTICA - POI .......................................103
9.8 INTERDEPARTAMENTAIS ................................................................................................................105
10.ESTRUTURA DE AVALIAÇÃO ................................................................................................................112
11. ESTÁGIO: ESTÁGIO CURRICULAR (OBRIGATÓRIO) E ESTÁGIOS OPCIONAIS....................115
12. INCENTIVO À PESQUISA ........................................................................................................................118
13. PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS ................................................................................125
14. APOIO AOS ALUNOS ................................................................................................................................128
15. INTERCÂMBIO ..........................................................................................................................................132
17. ENTIDADES ESTUDANTIS ......................................................................................................................135
17. BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................................................138
VOLUME II (ANEXOS)
4
1. INTRODUÇÃO
Apresenta-se neste documento o projeto pedagógico do Curso de Graduação em
Administração da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação
Getulio Vargas, considerando-se suas duas linhas de formação específicas - Administração
de Empresas e Administração Pública1. O projeto incorpora reforma do currículo do Curso
de Graduação implantada no segundo semestre de 2007, a qual teve por base, de um lado,
as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Administração, de 20052 e, de
outro, amplo processo de discussão conduzido na própria EAESP. O processo de discussão
interno à escola teve por objetivo a adequação do curso a mudanças ocorridas nos últimos
anos no cenário em que atuam as organizações e a alterações no campo da educação.
A exposição do projeto pedagógico e da estrutura atual do curso é precedida por
uma breve reconstituição da contribuição da Fundação Getulio Vargas ao ensino da
administração no país e da participação da Escola de Administração de Empresas de São
Paulo (FGV-EAESP) nesse processo.
Apresenta-se, também, uma síntese da evolução do curso de Administração na
FGV-EAESP e das transformações de seu projeto pedagógico, desde a criação da Escola,
em 1954.
1
Este Projeto constitui uma atualização do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Administração da
EAESP, cuja primeira versão foi publicada em 2004 (ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS, Projeto Pedagógico 2004), uma segunda versão
data de 2006 (ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO
GETULIO VARGAS, Projeto Pedagógico 2006).
2
Resolução n. 4 de 13 de julho de 2005, da Câmara de Educação Superior, do Conselho Nacional da
Educação, que instituiu as Diretrizes Nacionais do Curso de Graduação em Administração.
5
2. A INTRODUÇÃO DO ENSINO DE ADMINISTRAÇÃO NO PAÍS E A FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
O ensino de administração iniciou-se no Brasil como parte de um processo mais
abrangente de adequação do Estado Brasileiro às novas funções a ele atribuídas, no
âmbito da consolidação no país de um projeto nacional-desenvolvimentista, a partir dos
anos 30. Num processo marcado por uma forte centralização no governo federal, foi
preciso capacitar o Estado a novas funções – dentre as quais se destacavam a
implantação da infra-estrutura necessária a um desenvolvimento Econômico de base
urbano-industrial e a constituição de uma estrutura de integração do trabalho e do
capital a esse novo projeto, tendo como eixos a Previdência Social, a Legislação
Trabalhista e a Estrutura Sindical. A criação do Departamento Administrativo do
Serviço Público – o DASP –, em 1938, desempenhou um papel central nesse processo,
visando estabelecer um padrão de eficiência e racionalidade na administração pública
federal e instituir mecanismos impessoais de recrutamento e promoção do
funcionalismo, com base em concursos públicos e no sistema de mérito.
A criação da Fundação Getulio Vargas, em 1944, constituiu um desdobramento
das metas de racionalização e profissionalização da administração pública, associadas à
criação do DASP, onde foi idealizada a nova instituição. Essa nova instituição tinha, no
entanto, objetivos específicos e inovadores: o ensino e a pesquisa na área de Ciências
Sociais Aplicadas, com ênfase em Economia e em Administração. A pesquisa era vista
como um subsídio necessário à implantação de uma nova e moderna administração
pública no país e o ensino, como um elemento indispensável à preparação de quadros
para um serviço público moderno e eficiente.
Em 1952, foi criada a EBAP, Escola Brasileira de Administração Pública, a
primeira escola de graduação em administração pública do país, com o objetivo de
preparar administradores públicos para os três níveis de governo:
6
“Os objetivos expressos da EBAP foram delineados por Luiz Simões Lopes em
sua fala inaugural: descobrir e lapidar o talento administrativo, onde quer que ele se
manifestasse no país, formar equipes de administradores modernos de que careciam os
governos federal, estaduais e municipais; forjar os especialistas em planejamento, em
organização e em coordenação, de que o serviço público tão vitalmente necessitava;
conferir títulos que não tivessem apenas valor acadêmico, mas, sobretudo, um conteúdo
pragmático, valendo como garantia da prática diária, de aplicações concretas aos
problemas da vida administrativa” (COSTA, 1988, p.52).
O propósito de preparar bons administradores para o desenvolvimento do país –
que se iniciara com a formação de administradores públicos - só se completaria, no
entanto, com a instalação de um curso de administração de empresas. Assim, ainda em
1952, iniciou-se um processo de debate e sensibilização da comunidade para a criação
de uma nova faculdade, dirigida à área de empresas.
Em painel realizado pela Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro, em maio
de 1952, reunindo lideranças governamentais e empresariais para discutir a criação de
uma nova escola com esse enfoque, foi lida a seguinte mensagem do presidente Getulio
Vargas:
“A Escola Superior de Administração de Empresa, que a Fundação Getulio
Vargas deseja estabelecer em São Paulo, será a outra metade do esforço para a
instituição do ensino de Administração de que o Brasil carece. Por esse meio, as
Empresas brasileiras, pequenas e grandes, industriais e comerciais, bancárias e
agrícolas terão a seu serviço um centro de formação sistemática de especialistas nas
técnicas modernas que, na vida das Empresas, desempenham papel talvez mais
importante do que o capital, as matérias-primas e até mesmo a mão-de-obra.”
(COSTA, 1988, p.57)
Dois anos depois, em 1954, foi efetivamente criada pela Fundação Getulio
Vargas, em São Paulo, a primeira escola de graduação em administração de Empresas
do país, a Escola de Administração de Empresas de São Paulo. Procurava-se atender,
assim, ao segundo grande desafio de um projeto de desenvolvimento nacional, no
campo da administração: preparar profissionais capazes de assumir a administração das
7
empresas nacionais que se pretendia fortalecer e consolidar. A escolha da cidade de São
Paulo para a instalação da nova escola de administração de Empresas decorreu do fato
de nesse local se encontrar então o pólo mais dinâmico da Economia nacional e seu
braço mais “moderno”.
A escola contou, desde o início, com o apoio da comunidade empresarial, do
governo brasileiro e do governo do Estado de São Paulo. A EAESP inspirou-se no
modelo norte-americano de ensino de business, tendo-se estabelecido um convênio com
o governo dos EUA (via apoio da USAID – United States Agency for International
Development), por meio do qual aquele governo se comprometeu a manter uma missão
universitária de especialistas em Administração de Empresas, ligados à Michigan State
University, na etapa de constituição e consolidação do curso no Brasil. De forma
complementar, os primeiros professores da nova instituição fariam seus mestrados
naquela universidade e, em seguida, passariam um período na Universidade de
Harvard, em um programa internacional de formação de professores (ESCOLA DE
ADMINISTRAÇÃO, s/d; ANDRADE e AMBONI, 2002).
A Escola iniciou suas atividades em 1954, com um Curso Intensivo para
Administradores e, em 1955, teve início o Curso de Graduação, então intitulado “Curso
Universitário de Formação”. A primeira turma do curso formou 17 alunos.
Em 1969, foi criado o Curso de Graduação em Administração Pública, no
âmbito de convênio estabelecido com o governo do Estado de São Paulo, tendo como
objetivo a formação de profissionais para a administração pública paulista 3. A primeira
turma teve 31 alunos. Tratava-se de um momento de grandes alterações na
administração pública brasileira, após a mudança de regime, em1964, alterações estas
orientadas para a busca da eficiência no setor público e acompanhadas pela criação de
um aparato estatal dotado de maior agilidade, como as fundações e as Empresas estatais
e mistas. Como parte desse mesmo processo, também o governo paulista procurava
imprimir mudanças à máquina administrativa do Estado.
3
Inicialmente como uma modalidade, posteriormente como uma das habilitações, ao lado da de Empresas, e
hoje como linha de formação específica, conforme Res. CNE/CES nº 4, de 13/07/2005.
8
Documento da época, elaborado pela EAESP, explicita os objetivos da criação
de curso com foco na área pública:
“A máquina administrativa governamental vem passando por uma completa
transformação, no sentido de tornar-se mais eficiente… Sem exagero, pode-se afirmar
que uma administração pública eficiente é uma das condições básicas para o
desenvolvimento de uma nação.
Para satisfazer tal condição é necessário aperfeiçoar o pessoal de nível alto e
médio dos órgãos e serviços públicos.
Além disso, é preciso preparar aqueles que deverão, no futuro, ocupar cargos
de níveis alto e médio na administração pública. Para tanto, é condição indispensável
uma formação técnica da melhor qualidade, bem como uma formação humanística,
que permita o entendimento da extensão que deverá ter o seu papel de agente do
desenvolvimento.
Como conseqüência do Termo do Ajuste, de 12 de setembro de 1968, entre o
Governo do Estado de São Paulo e a Fundação Getulio Vargas, no qual foi entregue a
esta a concepção, a organização e o oferecimento de Cursos de Administração Pública
para ser executada pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo, foram
criados três tipos de cursos:
Cursos Intensivos
Cursos de Aperfeiçoamento da Administração Superior
Curso de Graduação. (EAESP, s/d, p. 1-2. Grifo nosso)
Além de explicitar os motivos que presidiram a criação do curso de
administração pública, destaca-se, no documento acima, a concepção pedagógica do
novo curso, que, mantida a orientação generalista presente no curso de Administração
de Empresas, ressalta a necessária articulação entre a formação humanista e a técnica.
É importante destacar que esta articulação constituiu e constitui ainda hoje uma
das marcas do Curso de Administração na EAESP em suas duas linhas de formação
específicas, sendo parte integrante da identidade do curso e um dos valores com que
docentes, alunos, ex-alunos e funcionários da escola se identificam.
9
Desde o início do Curso de Graduação, a EAESP formou 9.627 alunos em
administração de Empresas e 2.742 alunos em administração pública (até março de
2008). No anexo 1, apresenta-se um quadro de titulados da escola desde 1955.
Além do Curso de Graduação, desde a criação da Escola, diversos outros cursos
foram implantados, no nível de pós-graduação – lato sensu e stricto sensu. Os cursos
lato sensu iniciaram-se, ainda em 1954, com o já mencionado Curso Intensivo para
Administradores. Ao longo do tempo, em sintonia com necessidades identificadas no
ambiente empresarial, mas também na área pública e em organizações do Terceiro
Setor, outros cursos passaram a ser oferecidos. Atualmente, a EAESP oferece um leque
bastante abrangente de cursos de pós-graduação lato sensu, dentre os quais se incluem o
CEAG - Curso de Especialização em Administração para Graduados, em São Paulo,
Campinas (em convênio com a UNICAMP) e São José dos Campos (em convênio com
o Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA) e o curso de Administração Hospitalar e
de Sistemas de Saúde (CEAHS) - fruto de parceria com a Faculdade de Medicina da
USP. A escola oferece ainda um MBA internacional para altos executivos, o OneMBA.
Desenvolvido em parceria com quatro renomadas escolas, situadas nos Estados Unidos,
Holanda, México e China, o programa incorpora as melhores práticas internacionais de
negócios, possibilitando visão do ambiente global, além de aguçar a percepção local dos
participantes. A exemplo das tradicionais Escolas de Administração e Negócios no
mundo, são oferecidos também dois Programas de Educação Executiva, o GV Pec e o
GV In Company. Com focos diversificados, os Cursos do GV Pec são abertos e
oferecidos semestralmente, enquanto os Cursos do GV In Company são customizados
para empresas, governo e entidades do Terceiro Setor.
A pós-graduação stricto sensu, por sua vez, tem raízes em 1961, no antigo CPG
– Curso de Pós-Graduação, que, em 1966, passou a conferir o título de Mestre,
reconhecido pelo MEC, para os alunos de pós-graduação que apresentassem uma
dissertação (ESCOLA…, p.16). Este curso sofreu transformações para se adaptar às
também cambiantes diretrizes federais para a área e se consolidou como Curso de
Mestrado em Administração de Empresas, nos moldes atuais, em 1974, num momento
marcado pela estruturação de um sistema de pós-graduação no país.
10
Em 1976, nascia o Curso de Mestrado em Administração Pública, como uma
área de especialização do Mestrado em Empresas – a área de Planejamento Urbano.
Também aqui se evidencia a sintonia com as necessidades da sociedade brasileira:
naquele momento, havia uma grande preocupação no país com graves problemas dos
centros urbanos, acompanhada pela identificação da necessidade de formação de
planejadores urbanos capazes de contribuir para o enfrentamento desses problemas. O
Curso de Mestrado em Administração Pública tornou-se independente do Curso de
Mestrado em Administração de Empresas, na década de 80, com a constituição de uma
nova área de estudos, a de Finanças Públicas, também resultante de questões
apresentadas pela realidade brasileira naquela ocasião (assistia-se, então, aos primeiros
sinais visíveis da crise do Nacional-Desenvolvimentismo e da crise fiscal).
Em 1976, foi criado o Curso de Doutorado em Administração de Empresas,
consolidando a pós-graduação stricto sensu na Escola. Na década de 1980, foram
criados os cursos de mestrado e doutorado em Economia, propiciando a formação de
alto nível em outra área de conhecimento fundamental, para sustentar as mudanças que
a democratização e a crise do projeto Nacional-Desenvolvimentismo traziam consigo.
Atualmente, esses cursos foram transferidos para a Escola de Economia de São Paulo,
uma nova unidade paulista da FGV.
Mais recentemente (1993), teve início o MBA, curso de mestrado profissional
stricto sensu, hoje chamado MPA – Mestrado Profissional em Administração. Trata-se
de um curso pioneiro, inovador, que veio reforçar uma das características mais
marcantes da Escola - o estreito relacionamento com a comunidade empresarial. A
Escola contribui ainda para o Curso de Mestrado Profissional em Finanças e Economia
Empresarial – MPFE, oferecido pela Escola de Economia (FGV-EESP) e para o qual
também colabora a Escola de Pós-Graduação em Economia (FGV-EPGE).
Em 2000, teve início programa de educação a distância - GVnet, que
hoje oferece cursos de especialização e de aperfeiçoamento composto por quatro
opções: GVnext, pós-graduação em gestão de negócios; GVmed, pós-graduação para
médicos; GVpme, pós-graduação para a pequenos e médios empresários e a modalidade
in company, desenhada sob medida, conforme as necessidades específicas de cada
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organização. Em 2002, finalmente, teve início o Curso de Doutorado em Administração
Pública e Governo.
Em junho de 2008, foi aprovado pela CAPES o Curso de Mestrado Profissional em
Administração Pública, reforçando a atuação da EAESP na área pública. O curso deverá ter
início em 2009.
12
3. A EVOLUÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E DO PROJETO PEDAGÓGICO NA EAESP
3.1 O primeiro currículo do Curso de Graduação – linha de formação específica em
Administração de Empresas - e sua evolução
A criação do curso de graduação em Administração na EAESP, em 1955,
representou a constituição do primeiro currículo de administração de Empresas no país.
“Com a criação da EAESP, surgiu o primeiro currículo especializado em
administração, que influenciou, de alguma forma, o movimento posterior nas
instituições de ensino superior no país” (ANDRADE e AMBONI, 2002, p. 5)
Esse pioneirismo significou uma atuação que se antecipava à própria
regulamentação governamental. Na verdade, o curso começou a desenvolver-se,
passando a formar alunos antes mesmo de seu reconhecimento pelo MEC, o que
ocorreu, pela primeira vez, em 1963. O próprio campo passava, então, por um período
de constituição no país. O MEC, no caso de cursos pioneiros, designava algumas
faculdades como unidades-piloto de educação naquela área, com liberdade de
experimentação e construção dos novos cursos (CURADO, 1994).
Por outro lado, na própria EAESP, havia divergências quanto à posição do curso
em relação à regulamentação governamental. De um lado, os professores dos EUA,
vindos de uma tradição de regulação pelo mercado, eram avessos à entrada do curso e
da escola no sistema legal brasileiro. De outro, os professores brasileiros “achavam que
não era possível mais adiar a integração ao novo sistema regulatório nacional”
(CURADO, 1994, P. 16). Na verdade, diferentemente dos EUA, o Estado tinha naquele
momento, no Brasil, um importante papel estruturador de várias atividades necessárias
ao desenvolvimento, o que incluía o ensino superior.
A constituição do campo, no entanto, ia além desse nascimento da formação em
administração em nível superior. Incluía a regulamentação da própria profissão, o que
só ocorreu em 1968, após um período marcado por ações, movidas por economistas,
contra ex-alunos da Escola (CURADO, 1994, p. 16).
13
O primeiro currículo do curso, importante por seu valor histórico, incluía as
seguintes disciplinas:
•
Administração
•
Administração do pessoal
•
Comunicações
•
Contabilidade
•
Contabilidade de custos
•
Diretrizes administrativas
•
Economia
•
Finanças
•
Legislação comercial
•
Legislação trabalhista
•
Matemática
•
Mercadologia
•
Moeda, banco e crédito
•
Pesquisa de mercado
•
Planejamento e controle da produção
•
Política
•
Produção
•
Propaganda
•
Sociologia
•
Tecnologia
A grade curricular, um dos elementos de um projeto pedagógico implícito, então
estabelecido, mostrava, já na época, alguns dos ingredientes fundamentais da concepção
do curso de administração na EAESP. De um lado, a opção por uma formação
generalista, e, de outro, a perspectiva multidisciplinar.
As mudanças na grade ou matriz curricular que ocorreram desde esse período
não alteraram a concepção central do curso. A criação da modalidade Administração
Pública, em 1969 (a partir das Diretrizes Curriculares - Resolução nº 4/2005 -,
transformada em linha de formação específica), não interferiu nesses princípios: em
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ambas as linhas de formação específicas, ainda hoje, preserva-se a formação generalista
e a multidisciplinaridade.
Desde 1955, quando o curso de Administração foi criado, houve alteração na
matriz curricular em cinco ocasiões, todas posteriores a 1963, época em que o curso
passou a integrar o sistema de educação regulamentado pelo governo federal (anexo 2).
As alterações feitas no currículo decorreram de um processo de permanente
“monitoramento” da adequação do curso a mudanças no ambiente empresarial – e das
necessidades de formação que este manifesta, bem como das modificações no campo da
administração, associadas à diversificação e à complexidade crescente de conteúdos a
serem transmitidos aos alunos, observadas por meio da permanente inserção dos
docentes no ambiente internacional de ensino em administração. As alterações refletem
também exigências do MEC, como no caso da estrutura atual do curso, que reflete a
extinção das habilitações e sua incorporação ao curso sob a forma de linhas de
formação específicas
Dentre as mudanças introduzidas no currículo, observa-se um eixo que merece
destaque. Trata-se do peso de disciplinas eletivas no currículo do curso. Assim,
enquanto em 1955, de um total de 27 disciplinas, apenas duas (2) eram eletivas
(proporção que se manteve inalterada até 1963), no currículo estabelecido em 1963 sob
influência de legislação do MEC, que exigiu uma ampliação considerável no número de
disciplinas, de um número total de 42 disciplinas, nove (9) eram eletivas. A proporção
de disciplinas eletivas se manteve em torno de 32% na reforma feita em 1995, ocasião
em que tal proporção passou a ser determinação do MEC (legislação de 1993).
Em 2006, teve lugar uma alteração curricular (implantada no primeiro semestre
de 2007) com o objetivo de adequar o Curso de Graduação às Diretrizes Curriculares
Nacionais do Curso de Administração. Tal adequação incluiu: a) a explicitação da
aderência do currículo aos conteúdos previstos nas Diretrizes, incluindo a classificação
das disciplinas segundo tais conteúdos; b) a extinção das habilitações e sua substituição
por linhas de formação específicas em Administração de Empresas e em Administração
Pública; e c) a formalização de Atividades Complementares como parte integrante do
Currículo Pleno.
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Na adequação do currículo às Diretrizes Curriculares, em 2007, a proporção de
eletivas caiu, passando a 19,6% do conteúdo curricular.
No segundo semestre de 2007, foi implantada reforma mais abrangente do
currículo, decorrente de amplo e longo processo de discussão interna, resultando na
Matriz Curricular atual do Curso de Graduação em Administração da EAESP,
apresentada a seguir neste documento. Nesta reforma, a proporção de eletivas caiu para
8,3%. Embora esta seja uma queda significativa, pretende-se que a flexibilidade seja
preservada pela introdução no currículo de disciplinas obrigatórias que supõem o
desenvolvimento de atividades que envolvem “opções” pelos alunos, tais como tipos de
organizações a serem observadas e analisadas e tipos de projetos a serem
desenvolvidos. Dentre as disciplinas com este caráter, destacam-se as que põem o aluno
em contato com o empreendedorismo (Experiência Empreendora I e II) e aquelas em
que o aluno desenvolve projetos (Projeto de Organização Local e Projeto de Rede
Nacional). A flexibilidade se manifesta também na abertura do leque de opções para o
Trabalho de Conclusão de Curso que, no currículo anterior, era necessariamente
baseado na experiência de estágio do aluno. No Curso Reformulado, o aluno poderá
optar, quando do desenvolvimento do Trabalho de Conclusão, por tomar por base a
atividade de pesquisa, o estágio, o desenvolvimento de atividades complementares, ou
ainda outras atividades que tenha desenvolvido durante o curso que revelem
empreendedorismo ou desenvolvimento de projeto próprio.
A abertura de espaço para opções pelos alunos, seja na forma de disciplinas
eletivas seja na forma de flexibilidade no âmbito das próprias disciplinas obrigatórias,
seja ainda na escolha do foco do Trabalho de Conclusão, permite conciliar uma base
generalista, definida quando da criação do curso – com conteúdos variáveis, que
viabilizem a especialização do aluno em campo de seu interesse. Corresponde, assim, a
um movimento no sentido da flexibilização de parte do conteúdo do curso. A seleção
desses campos de interesse pelos alunos é influenciada pelos conteúdos das disciplinas
obrigatórias, mas também, e sobretudo, por oportunidades de inserção no mercado.
Assim, passado um período em que oportunidades de inserção na indústria de produção
de bens de consumo durável e na área de marketing se destacavam como oportunidades
de inserção no mercado de trabalho – afetando as opções dos alunos –, recentemente
16
cresceu a procura por eletivas de finanças, dada a abertura de oportunidades no setor
financeiro. A esta opção veio se somar o interesse pelo empreendedorismo.
A
preservação de um conteúdo generalista obrigatório garante que a formação seja mais
abrangente e se adapte a tendências conjunturais do mercado.
3.2 O primeiro currículo do Curso de Graduação – linha de formação específica em
Administração Pública – e sua evolução
A formação com ênfase em Administração Pública iniciou-se, na FGV-EAESP,
em 1969, como uma das modalidades do Curso de Graduação em Administração atualmente Linha de Formação Específica, nos termos da Resolução CNE nº 4, de 13 de
julho de 2005. A “grade” curricular, em 1969, era constituída das seguintes disciplinas:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
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•
•
•
•
•
Administração de Pessoal
Administração de Materiais
Administração de Transportes.
Administração Municipal
Administração Tributária
Análise e Política Financeira
Ciência Política I e II
Comunicações
Contabilidade
Contabilidade de Custos
Contabilidade Pública e Auditoria
Direito Administrativo
Direito Econômico
Diretrizes da Administração Públicas
Economia Brasileira
Economia Internacional
Engenharia Econômica
Estatística I, II e III
Estrutura Administrativa dos Poderes do Estado
Finanças Públicas
Geografia Econômica
História Administrativa do Brasil
Instituições de Direito Privado
Instituições de Direito Público
Introdução à Administração Pública
Legislação Social e Previdência
Legislação Tributária
17
•
•
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•
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Matemática I, II e III
Mercadologia I e II
Metodologia Científica
Orçamento I e II
Organização e Métodos
Organização Política
Pesquisa Operacional
Planejamento
Processamento de Dados
Projetos
Psicologia I e II
Recursos Humanos
Sociologia I e II
Sociologia para o Desenvolvimento
Tecnologia de Empresas
Teoria das Decisões
Teoria Econômica I e II
Teoria Geral da Administração
Cinco (5) disciplinas optativas
Esta “grade” curricular chama a atenção por algumas de suas características. Em
primeiro lugar, o claro foco na área de Administração Pública, decorrente de ter sido
sua concepção o resultado de uma interação forte com o Governo do Estado de São
Paulo – e, portanto, de necessidades de formação identificadas pelo próprio setor
público.
Em segundo lugar, o grande número de disciplinas (63). Alguns anos depois, foi
feita uma reforma no curso, na modalidade Administração Pública, que incluiu, dentre
seus focos, a redução do número de disciplinas e de créditos. É oportuno resgatar as
considerações então feitas a esse respeito pelo grupo de estudo encarregado de estudar e
propor a reforma do currículo de Administração Pública:
“[…] o Grupo pôde verificar que existira de maneira clara um aspecto no
currículo que se caracterizava como um grave problema e que inclusive, pelas suas
dimensões, eclipsava todos os demais possivelmente existentes. Esse aspecto se referia
ao número excessivo de créditos constantes no currículo, os quais […] conduziam a
uma situação que, de acordo com qualquer critério pedagógico Era totalmente
18
inadequado: os alunos eram obrigados a cursar oito, nove, e até dez disciplinas por
semestre.” (EAESP, 1972 – grifo nosso).
É interessante ponderar que, nessa ocasião, diferentemente do que ocorreria com
o currículo do Curso de Administração da EAESP em suas duas linhas de formação
específicas, a partir de 1995, o grande número de disciplinas resultara de decisões da
própria EAESP e de sua interação com o governo do Estado: o número de créditos era
superior ao exigido pelo MEC, por meio do estabelecimento de um currículo básico
para cursos de administração.
Outro aspecto que merece destaque na reforma do currículo em Administração
Pública diz respeito à dimensão flexibilização, já destacada a respeito de Administração
de Empresas. Considerou-se, então, que o currículo era inadequado do ponto de vista da
oferta de disciplinas eletivas ou optativas, sendo a ampliação desse tipo de conteúdo
curricular uma das propostas centrais do grupo de estudos mencionado:
“[…] foi constatado também como um problema […] uma certa inflexibilidade
do currículo, na medida em que era pequeno o número de matérias optativas (somente
seis).
“[…] se aprovaram dois princípios, que deveriam nortear uma possível
alteração do currículo, ou seja, o ‘princípio da compactação de disciplinas’ e o
‘princípio da flexibilidade’ que se realizaria através de um aumento nas disciplinas
optativas.” (EAESP, 1972 – grifo nosso)
Desde a criação da ênfase em Administração Pública (em suas distintas
denominações), em 1969, até 2008, a matriz curricular sofreu cinco (5) alterações, sob
influência de análises internas e de exigências do MEC (anexo 3). No primeiro semestre
de 2007, houve adequação às Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em
Administração (Resolução nº 4, de 13/07/2005), como já mencionado na reconstituição
da evolução do Currículo de Administração de Empresas. Com a extinção de
habilitações, a formação com ênfase em Administração Pública passou a ser garantida
como uma Linha de Formação Específica do Curso de Graduação em Administração.
No segundo semestre de 2007, a reforma do Currículo do Curso de Graduação
resultante de discussão interna à EAESP afetou também a formação nesta Linha de
19
Formação Específica, com a introdução de novas disciplinas específicas de
Administração Pública no currículo. Preservam-se alguns princípios estruturadores do
curso de graduação na EAESP, desde a sua criação: a opção pelo perfil generalista e a
garantia de flexibilização de uma parte do curso para adequação a diferentes
possibilidades de inserção profissional e a articulação entre a vertente humanista e a
técnica.
20
4. TRANSFORMAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA, DO MERCADO E DO ENSINO SUPERIOR EM
ADMINISTRAÇÃO
Desde o momento da criação da EAESP e do Curso de Graduação, em 1955, até
os dias atuais, o contexto institucional em que a Escola e o curso se inserem alterou-se
de forma radical.
De um lado, com as mudanças econômicas e sociais ocorridas no país nestas
cinco décadas, alteraram-se profundamente o ambiente empresarial nacional e as
características do parque Econômico do Estado de São Paulo e da região do município
de São Paulo e da grande São Paulo, onde se situa a EAESP. Estas mudanças incluem
redução da importância relativa do setor industrial, alteração no perfil do próprio
parque industrial e maior participação do setor de serviços e do setor financeiro no
conjunto da Economia. A diversificação e a complexidade crescentes das Empresas
foram acompanhadas, mais recentemente, pela consolidação e expansão de um novo
segmento de organizações – o do Terceiro Setor, com novas e específicas demandas e
necessidades em termos de administração.
Por outro lado, também a área pública sofreu alterações significativas, que
incluem ampliação e diversificação da máquina estatal e esforço mais recente de
reforma, orientado para a qualidade, a eficiência e a responsabilização de agentes
estatais. Na área pública, além disto, novas exigências emergiram, a partir de 1988,
decorrentes do novo papel do município no quadro do federalismo brasileiro, os quais
assumiram novas responsabilidades no plano das políticas públicas.
Além dessas alterações, nestes mais de 50 anos desde a criação do Curso de
Graduação houve outra modificações importantes no ambiente profissional. A própria
perspectiva de emprego já não é certa e os empregos, além disto, não são mais estáveis
e duradouros, quer no setor público, quer no privado. As organizações sofrem
alterações constantes, com fusões, recomposições e desaparecimentos.
Os desafios para a formação de administradores evidentemente se redefiniram
diante dessas transformações no contexto mais abrangente, que incluem alterações no
21
mercado, mas não se limitam a elas. Os desafios tornaram-se mais complexos e mais
diversificados. Por outro lado, diante da instabilidade do ambiente e do
desaparecimento das carreiras tradicionais, já não se deve formar um administrador para
a carreira em uma organização ou em um número relativamente pequeno de
organizações. É preciso formar profissionais preparados para a mudança, capazes de
construírem uma trajetória profissional consistente. Como decorrência, tem ganhado
destaque a preparação para o empreendedorismo, seja entendido como desenvolvimento
de negócios próprios, seja entendido como espírito empreendedor, capaz de promover e
se adaptar à mudança, elemento essencial da sociedade contemporânea. Uma outra
dimensão importante da mudança nas características da atuação profissional do
administrador é a internacionalização dos mercados, o que requer, já na etapa de
formação, um estímulo à vivência internacional e, além disto, uma preparação para ser
capaz de “pensar” internacionalmente os desafios da organização.
Ao lado das transformações nas organizações, com impacto no ensino da
administração, ocorreu outra importante alteração no ambiente em que se insere a
EAESP. Ao ser criada, em 1955, a EAESP era a primeira escola de graduação em
administração de Empresas no país. Em 2006, havia no país 2836 cursos de graduação
em administração (anexo 4), esse crescimento apresenta grandes desafios, não só para o
governo federal, no sentido de garantir a qualidade dos cursos em atividade e a abertura
de novos cursos, mas também para a própria comunidade responsável pelo ensino na
área. Por outro lado, a EAESP não está mais sozinha – ou apenas com a FEA-USP –
Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, num ambiente
carente de formação: há diversas outras faculdades muito boas, num meio que se torna
bastante competitivo. Parte do mercado, em algumas áreas em que a EAESP foi
pioneira, passou também a buscar respostas em faculdades de outras áreas, como
engenharia ou propaganda e marketing.
Assim, hoje, a continuidade da contribuição da EAESP para a formação de
administradores – e seu próprio lugar no ensino superior em Administração – requer
que a Escola mantenha sua atitude pioneira e de vanguarda, e que faça opções
estratégicas bem fundamentadas. A preservação do perfil generalista – que ainda
preside a concepção de curso e seu projeto pedagógico – deve, necessariamente, ser
22
equilibrada pelo reforço à flexibilização, que permita ao aluno orientar seu curso
segundo suas aptidões e de acordo com as oportunidades de inserção profissional.
Retomando uma consideração feita anteriormente, entende-se, no entanto, que a
flexibilização não deve significar especialização do curso como um todo, mantendo-se a
abertura para reorientações decorrentes de mudanças cada vez mais freqüentes e rápidas
no ambiente em que se insere a Escola. A articulação da vertente humanista à
perspectiva técnica também continua a ser um elemento estruturador do curso, um dos
pontos fortes da graduação na EAESP, que deve ser mantido. A preservação desta
orientação permite preparar os alunos para uma atuação profissional competente,
responsável e ética e, ao mesmo tempo, contribuir para sua formação como cidadãos, o
que também é papel da formação superior, no nível de graduação.
Um outro aspecto a se considerar é que hoje a graduação consitutui, mais do que
quando os primeiros cursos de graduação foram criados, uma etapa inicial de uma
trajetória profissional que tende a incluir a pós-graduação, seja esta stricto sensu, com a
realização do mestrado e do doutorado acadêmico, seja esta lato sensu, em que o aluno
completa sua formação com cursos mais orientado para a atividade profissional. Assim,
a reforma de 2007 procurou integrar a perspectiva de continuidade dos estudos após a
conclusão da graduação. oferecendo a alunos motivados e com bom desempenho a
possibilidade de ingresso no mestrado com a possibilidade de obtenção de um duplo
diploma, no Brasil e no exterior, ou ainda de obtenção de um “diploma” de pósgraduação especializado em áreas especializadas. A perspectiva da flexibilização se
estende, portanto, para o período posterior à conclusão da graduação. Esta orientação
reflete tendências internacionais na formação de administradores: exige-se hoje para
que o profissional de administração seja considerado “formado” que ele complemente
sua formação inicial na graduação com uma pós-graduação.
23
5. O PERFIL DO EGRESSO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
O curso de graduação da FGV-EAESP foi estruturado tendo em vista formar
profissionais com um perfil adequado ao momento de sua criação – a constituição da
própria profissão do administrador de Empresas no Brasil. As alterações de currículo
efetuadas desde sua criação tiveram como um de seus principais objetivos adequar o
curso a mudanças no perfil do profissional a ser formado, reflexo de mudanças no
ambiente empresarial e na área pública.
Assim, a inclusão de um componente flexível no currículo decorreu do
reconhecimento da complexidade crescente do ambiente organizacional no Brasil.
Mantida a opção por uma formação generalista, a formação procura permitir aos alunos
a opção por diferentes ênfases e distintas inserções profissionais.
A existência de duas linhas de formação específicas no curso de graduação
associa-se, por sua vez, à complementação de competências e habilidades comuns por
competências e habilidades específicas, que diferenciam a administração de Empresas
da administração no setor público e são decorrentes de problemáticas distintas,
características desses dois ambientes organizacionais. Isto não significa ignorar que,
cada vez mais, as organizações públicas e privadas interagem (e devem interagir), sendo
seu desempenho em boa parte decorrente dessas interações. Há, não obstante, questões
específicas – condicionantes, objetivos organizacionais, constrangimentos e incentivos
institucionais, atores ou agentes atingidos pela ação organizacional (diferença entre
cliente e cidadão, por exemplo) – a serem contempladas na formação, ao lado da base
comum à formação de todo administrador.
O currículo atual reflete esta orientação para a formação de um generalista,
complementado por conhecimentos oferecidos nas duas linhas de formação específicas
(empresa e pública) e para a formação de “sujeitos” com base humanista e competência
técnica.
Em decorrência das alterações ocorridas no ambiente socioeconômico e político,
tanto no país como no exterior, o perfil do administrador a ser formado tem-se
redefinido rapidamente nas últimas décadas. Hoje, entende-se que a FGV-EAESP - por
24
meio de seu curso de graduação - deve formar administradores capazes de responder
aos desafios de gestão de organizações complexas, em um contexto globalizado. Ao
lado da valorização da capacidade de estabelecer vínculos internacionais, o curso deve
formar administradores capazes de preservar e valorizar a especificidade nacional e as
identidades regionais e locais.
Tendo em vista o alcance nacional do egresso da FGV-EAESP4, a formação,
embora se concentre na realidade da região onde se situa a Escola – São Paulo – deve
orientar-se para o suporte a organizações de ponta na Economia nacional,
independentemente de onde se localizem, seja no Brasil, seja no exterior.
Deve orientar-se, ainda, para a preparação de administradores comprometidos
com o desenvolvimento sustentável - atentos para os desafios do desemprego e da
desigualdade social - e com o processo de construção de instituições democráticas.
Voltada a um permanente aperfeiçoamento do curso, a FGV-EAESP iniciou, no
segundo semestre de 2003, um processo de discussão da graduação (“Repensar a
Graduação”), que teve como um de seus pontos de partida a reflexão sobre a
redefinição das demandas da sociedade em relação ao administrador e sobre as
características do administrador. Como resultado deste processo, foram definidas em
dezembro de 2003 demandas da sociedade e características do administrador que
serviram de balizamento para a reforma curricular implantada no segundo semestre de
20075.
Demandas da Sociedade
As características da sociedade brasileira no início do século XXI requerem de
um administrador e, portanto, do administrador formado pela FGV-EAESP, um
profissional-cidadão capaz de:
4
5
Aproximadamente 27% dos principais executivos das 1.000 maiores Empresas brasileiras são ex-alunos da
Escola. Do mesmo modo, ex-alunos da EAESP têm ocupado posições-chave na administração pública
(federal, estadual e municipal) e, mais recentemente, em organizações do Terceiro Setor.
Tais definições resultaram de discussões, lideradas pelo então vice-diretor acadêmico, Prof. Marcos
Vasconcellos, ocorridas ao longo do segundo semestre de 2003, tendo sido formalizadas no SAP 2003 –
Seminário Anual de Planejamento da FGV-EAESP, realizado em dezembro de 2003, a partir de proposta de
grupo de trabalho que discutiu a reforma do curso de graduação.
25
•
Contribuir para a promoção do desenvolvimento do país em todos os aspectos:
técnico, econômico, social, cultural, educacional etc.
•
Gerir de forma eficaz, justa e responsável organizações ou redes de organizações
complexas e diversificadas nos diferentes setores - público, privado e terceiro
setor - incorporando as perspectivas social, ambiental e de respeito à
diversidade.
•
Liderar mudanças, sabendo reconhecer, no entanto, momentos em que o
principal desafio é gerir continuidades.
•
Posicionar-se proativamente frente ao mundo globalizado.
•
Respeitar especificidades regionais e locais.
•
Empreender - identificar oportunidades, inovar e agir - e promover o espírito
empreendedor em seu entorno social.
Características do Administrador
No exercício da profissão de administrador e no papel de cidadão, espera-se que
o administrador formado pela Escola seja capaz de:
•
Aprender continuamente, a partir de uma base sólida de conhecimentos.
•
Dominar os aspectos técnicos de sua área de atuação.
•
Pensar de maneira autônoma, não se atendo à reprodução acrítica de
conhecimentos acumulados.
•
Diagnosticar problemas com rapidez e precisão.
•
Contribuir para a solução de problemas de maneira criativa e socialmente
responsável.
•
Agir considerando continuamente a perspectiva estratégica.
•
Ter como foco resultados, sem perder a visão do todo.
•
Estabelecer e sustentar relacionamentos.
26
•
Articular-se politicamente.
•
Transitar
na
diversidade,
respeitando
diferenças
e
desestimulando
desigualdades.
•
Sustentar suas posições de maneira firme e articulada, negociando de maneira
objetiva, focada e respeitosa.
•
Dar e receber feedback de maneira construtiva.
•
Trabalhar em rede, mobilizando relacionamentos horizontais e verticais e
mantendo o espírito de equipe.
•
Lidar com a complexidade, ambigüidade e mudança contínua, características do
ambiente organizacional contemporâneo.
•
Articular uma visão sofisticada do mundo contemporâneo a uma compreensão
profunda da realidade brasileira.
•
Situar-se de maneira proativa num ambiente internacionalizado.
•
Tomar decisões e implementá-las de maneira ética e socialmente responsável.
•
Utilizar recursos de maneira responsável.
•
Empreender e estimular o espírito empreendedor.
As habilidades e competências expostas acima expressam diretrizes definidas
internamente, com base em amplo processo de discussão envolvendo professores e
alunos e participantes externos.
Tal conjunto de habilidades e competências definidas internamente é
convergente com as habilidades e competências estabelecidas pelas Diretrizes
Curriculares estabelecidas pelo Conselho Nacional da Educação em julho de 2005,
reproduzidas a seguir:
27
Art. 4º O Curso de Graduação em Administração deve possibilitar a formação
profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades:
I
-
reconhecer
estrategicamente,
e
introduzir
definir
problemas,
modificações
no
equacionar
soluções,
pensar
processo
produtivo,
atuar
preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus
de complexidade, o processo da tomada de decisão;
II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício
profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais
ou intergrupais;
III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo
sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;
IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e
formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos
produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e
criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;
V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa,
vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das
implicações éticas do seu exercício profissional;
VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da
experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação
profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional
adaptável;
VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos
em organizações; e
VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e
administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais,
estratégicas e operacionais (BRASIL, 2005).
28
As habilidades e competências estabelecidas pelas Diretrizes Curriculares, não
explicitamente mencionadas nas definições da FGV-EAESP aqui expostas, estão
contempladas pelo curso de graduação da Escola, como ficará evidenciado na
apresentação da inovações introduzidas no curso, em especial no que se refere à
abordagem didático-pedagógica, assim como em sua matriz curricular.
Ao lado das competências e habilidades comuns às duas linhas de formação
específicas, espera-se do egresso do curso o domínio de habilidades específicas,
derivadas de sua familiaridade com a problemática específica do setor privado e do
setor público, e das organizações de cada um destes setores. Assim, a formação na linha
de formação específica em Administração de Empresas deve considerar a diversidade
de organizações do setor privado, incluindo empresas multinacionais e empresas
nacionais; empresas de diversos setores econômicos, assim como de portes variados,
desde a grande empresa até
a pequena e média empresa. A linha de formação
específica em Administração Pública, por sua vez, pretende formar profissionais
preparados para atuar no setor público, nos três níveis de governo: federal, estadual e
municipal, tendo em vista, neste último caso, as novas exigências postas aos governos
locais, a partir da Constituição de 1988.
Espera-se, finalmente, que os profissionais egressos do Curso de Graduação
sejam capazes de atuar em organizações do Terceiro Setor. Embora não haja uma linha
de formação específica com tal foco, o curso propicia o contato do aluno com a
realidade dessas organizações e com seus desafios específicos, em disciplinas eletivas,
tanto pelos exemplos dados em classe, envolvendo organizações do Terceiro Setor,
como por meio do contato com essas organizações, propiciado pelos estágios.
6. OBJETIVOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Segundo o regimento do Curso de Graduação (anexo 5), “ O Curso de
Graduação em Administração (CGA), da Escola de Administração de Empresas de São
Paulo da Fundação Getulio Vargas, destina-se à formação, em nível superior, de
profissionais no campo da Administração”.
29
Tal é o objetivo geral que preside o curso desde sua criação. Os objetivos
específicos dizem respeito à natureza dessa formação, e remetem a aspectos que foram,
em parte, já evidenciados na discussão sobre a evolução do curso e na apresentação do
perfil do egresso.
Dentre os objetivos específicos do Curso de Graduação em Administração,
incluem-se:
1. Propiciar uma formação de base humanística, que possibilite ao aluno
formado pela Escola uma atuação profissional orientada por princípios éticos,
comprometida com o desenvolvimento sustentável do país e, que, ao mesmo tempo,
contribua para a sua formação como cidadão;
2. Garantir uma formação profissional (teórica e prática) sólida, nas diversas
áreas que compõem a administração, que possibilite o exercício competente da
atividade de administração de organizações complexas;
3. Formar administradores capazes de participar de forma ativa e reflexiva de
processos de tomada de decisões em organizações e de liderar tais processos.
A estes objetivos agregam-se os específicos das linhas de formação específicas
em Administração Empresa e em Administração Pública:
Administração de Empresas
•
Formar profissionais capazes de administrar os diversos tipos de organizações
privadas, em seus distintos graus de complexidade, assim como participar da
gestão de redes de organizações.
Administração Pública
•
Formar profissionais capazes de administrar organizações do setor público, nos
diversos níveis de governo e de participar da administração de políticas e
programas governamentais, envolvendo a gestão de redes de organizações
públicas e privadas;
30
•
Formar profissionais capazes de administrar organizações não-governamentais
de caráter público.
Para garantir que os objetivos geral e específicos do Curso de Graduação em
Administração sejam alcançados, conta-se com:
a. Uma matriz curricular que contempla conteúdos relacionados às habilidades e
competências previstas no item “perfil do egresso”;
b. Procedimentos didático-pedagógicos que procuram estimular tais habilidades
e competências;
c. Estágio curricular supervisionado e outras formas de integração
teoria/prática;
d. Atividades complementares, que contribuem para que se alcancem os
objetivos da formação dos alunos;
e. Incentivo à pesquisa;
f. Trabalho de conclusão de curso;
g. Estrutura de acompanhamento e apoio ao aluno;
h. Intercâmbio com universidades do exterior;
i. Estrutura de avaliação;
j. Infra-estrutura de apoio à aprendizagem (biblioteca e recursos de
tecnologia de informação);
k. Interface com a pós-graduação e com outros cursos da Fundação Getulio
Vargas.
31
7. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
7.1 Introdução
A matriz curricular atual do Curso de Graduação em Administração é o
resultado de processo de discussão iniciado em 2003, intitulado “Repensar a
Graduação”, o qual envolveu internamente professores, alunos e funcionários ligados à
graduação, e, externamente, consulta a empresários, consultores, “recrutadores” de
jovens administradores, diretores e coordenadores de cursos de outras universidades do
Brasil e do exterior (da área de administração e de outras áreas) além de especialistas
em educação e processos pedagógicos. O processo de reforma consubstanciado no
“Repensar a Graduação” buscou dar uma abordagem sistêmica e coordenada a um
conjunto de iniciativas que já vinham sendo tomadas, inicialmente de forma dispersa,
antes mesmo de 2003, tais como a criação do sistema de trilhas, como mecanismo de
introdução da abordagem multidisciplinar; a criação do CEDEA – Centro de
Desenvolvimento do Ensino e Aprendizagem, para apoiar o desenvolvimento de novos
recursos e abordagens didático-pedagógicas e a criação da Coordenadoria de Extensão
Cultural, responsável pela oferta de atividades voltadas à complementação da formação
dada em sala de aula.
Ao longo do processo de discussão, ocorrido entre 2003 e 2007, definiram-se
eixos articuladores da abordagem pedagógica que passou a estruturar o “novo” projeto
pedagógico do Curso de Graduação em Administração da EAESP. Neste projeto, há
conteúdos novos incorporados à matriz curricular assim como o reforço a alguns
componentes curriculares. Mas, o que é realmente “novo” é a articulação dos conteúdos
e a abordagem pedagógica – a forma como os conteúdos se relacionam e a forma como
se pretende que o processo de aprendizagem se dê.
Enfatiza-se no Curso de Graduação Reformulado a interdisciplinaridade, por um
lado, e, por outro, o “aprender fazendo” e o “aprender pensando”, processo em que o
aluno é sujeito do processo de aprendizagem, articulando conteúdos teóricos à aplicação
e à reflexão sobre a realidade. A Reforma procurou enfrentar, assim, também os novos
32
desafios na área de educação, que implicam uma redefinição do papel do professor e,
sobretudo, do papel do aluno no processo de aprendizagem.
O processo de reforma, iniciado internamente, passou a incorporar num
segundo momento, as mudanças na Regulação federal da Educação Superior,
consubstanciadas nas Diretrizes Nacionais dos Cursos de Graduação em Administração
(Resolução n. 4, de 13 de julho de 2005)*, as quais explicitam as habilidades e
competências esperadas de um administrador. Tais Diretrizes dão grande flexibilidade
às Instituições de Ensino Superior para desenharem seus currículos, desde que se
garanta que o profissional formado tenha as habilidades e competências estabelecidas
pela norma federal. Como visto anteriormente, as características do administrador
definidas internamente na EAESP têm grande convergência com as habilidades e
competências estabelecidas formalmente, algum tempo depois, nas Diretrizes
Curriculares Nacionais.
Tendo por referência as diretrizes de reforma formuladas internamente e as
Diretrizes Curriculares, procedeu-se à reestruturação do Curso de Graduação, em 2007.
O Curso de Graduação Reformulado (CGR), implantado no segundo semestre de 2007,
tem como base inicial o curso anterior, o que significa que se preservam componentes
curriculares essenciais à formação do administrador, organizados, segundo a nova
terminologia das Diretrizes Curriculares, em quatro grandes grupos: a) conteúdos de
formação básica; b) conteúdos de formação profissional (correspondentes a conteúdos
técnicos específicos de administração); c) conteúdos de estudos quantitativos e suas
tecnologias e d) conteúdos de formação complementar (eletivas). A estes componentes
curriculares se somam as Atividades Complementares, o Estágio e o Trabalho de
Conclusão de Curso (ver Normas e Procedimentos do Curso nos anexos 6 e 7).
As inovações consistem, sobretudo, na forma como os conteúdos são
organizados, na maneira como se procura articular teoria e prática e no processo
pedagógico.
*
Uma primeira versão das Diretrizes foi publicada em fevereiro de 2004, tendo sido incorporada à discussão
na EAESP.
33
Dentre as inovações introduzidas pelo Curso de Graduação Reformulado,
destacam-se6:
7.2 O modelo de ensino e aprendizagem
O Curso de Graduação Reformulado adotou um modelo de ensino e
aprendizagem que implica uma forma específica de organização dos componentes
curriculares e de abordagem dos conteúdos da formação. O modelo inclui três ciclos de
aprendizagem e três dimensões da formação.
7.2.1 Ciclos de aprendizagem
O modelo tem como premissa que o processo de formação ocorre de forma
gradativa, ao longo de três ciclos, sucessivamente mais complexos no que se refere a
conteúdos, habilidades e competências e coerentes com diferentes graus de maturidade
do aluno. Esses ciclos não devem ser entendidos como estanques, havendo apenas
maior ênfase a cada um deles em diferentes momentos do curso. Os três ciclos de
aprendizagem estabelecidos no modelo adotado no Curso Reformulado são:
•
Formação Inicial: Ciclo que privilegia o desenvolvimento das capacidades
crítica, analítica e de comunicação e relacionamento;
•
Desenvolvimento Profissional: Ciclo que enfatiza a formação técnicoprofissional, preparando o aluno para a prática da administração em todos os
níveis da organização, estimulando o desenvolvimento da capacidade do aluno
em buscar, de maneira autônoma, novos conhecimentos, e de integrá-los para a
resolução de problemas;
6
Para a elaboração desta versão sintética do núcleo do projeto pedagógico do Curso de Graduação, foram
consultados documentos elaborados ao longo do processo de discussão e formulação do projeto, entre 2003
e 2007, incluindo documentos dos SAPs – Seminários Anuais de Planejamento, documentos de discussão
nos departamentos de ensino e pesquisa e em reuniões abertas, documentos preparados para apresentação a
colabodores externos e documento síntese aprovado pelos fóruns de decisão da EAESP: CG – Comissão de
Graduação; CD – Conselho Departamento e Congregação. Liderou este processo o prof. Marcos Augusto
de Vasconcellos, então vice-diretor acadêmico da escola. Os documentos consultados foram elaborados ou
coordenados pelo prof. Marcos. Foram também consultados documentos síntese elaborados pelo prof.
Carlos Ernesto Ferreira e pela profa. Marta Ferreira Santos Farah.
34
•
Transição para o Mundo do Trabalho: Ciclo cujo foco recai na preparação do
aluno para o mundo do trabalho, com ênfase à conscientização de seu papel
como administrador e cidadão.
7.2.2 Dimensões da formação
Tendo como pressuposto que o bom administrador deve ter espírito investigativo e atuar
como cidadão, o Curso de Graduação foi reestruturado de forma a contemplar três
dimensões ao longo de todo o processo de formação: a formação humana e cidadã, a
formação profissional e a formação investigativa. Um dos elementos centrais do
processo de formação de administradores FGV-EAESP é, portanto, o pressuposto de
que essa formação é constituída por três dimensões complementares e integradas:
•
Formação Humana e Cidadã: Inclui conteúdos, habilidades, atitudes e valores
que transcendem a formação técnica stricto sensu. Contempla a relação do
indivíduo com a sociedade, indo além da esfera privada. Não se trata apenas de
preparar o aluno para viver e trabalhar em equipe (referência a pequenos grupos
e à dimensão intra-organizacional), mas também de prepará-lo para a ação
consciente na esfera pública.
•
Formação Profissional
(Prática e Teórica): envolve a aprendizagem de
conhecimentos teóricos e a participação do aluno em atividades práticas – em
que os conhecimentos teóricos são mobilizados para diagnósticos e busca de
solução de problemas. A ênfase nessa dimensão da formação é habilitar o futuro
administrador a exercer com competência suas funções profissionais, com
espírito empreendedor, em contextos variados em termos tecnológicos, culturais
e de complexidade institucional.
•
Formação Investigativa: caracterizada pelo desenvolvimento de atitude
investigativa, envolvendo a formulação de questões relevantes sobre a realidade,
a capacidade de levantar, sistematizar, interpretar e avaliar dados, assim como a
capacidade de buscar, selecionar e utilizar informações, de forma crítica. Essa
dimensão da formação é essencial num mundo caracterizado pela abundância de
35
informações que precisam passar por um crivo crítico e analítico e crítico e
sofrer um processo de articulação e organização, para poderem ser utilizadas.
7.3 A interdisciplinaridade
Uma das ênfases do Curso de Graduação é a interdisciplinaridade. Os seguintes
componentes curriculares, introduzidos com a Reforma da Graduação, têm
explicitamente um caráter interdisciplinar:
•
Experiência Empreendedora I e II – disciplinas de semestres iniciais que
possibilitam ao aluno contato logo no início do curso com experiências
concretas de gestão, com ênfase ao empreendedorismo;
•
Projeto de Organização Local, Projeto de Rede Nacional e Caso de Rede
Internacional – disciplinas em que os alunos devem desenvolver projetos de
aplicação nos diversos campos da administração, colocando em casos práticos
ou orientados para a prática os conhecimentos adquiridos em diferentes
disciplinas;
•
Oficinas - Radiografia do Estado Brasileiro, Análise de Políticas Públicas,
Experiências Inovadoras em Gestão Pública e Avaliação do Setor Público –
disciplinas da linha de formação específica em administração pública, nas quais
os alunos entram em contato com experiências concretas (problemas e
intervenção) da área pública e desenvolvem projetos de análise ou de
intervenção.
A interdisciplinaridade não se limita às disciplinas e atividades indicadas. O
reforço à integração interdisciplinar se dá também por meio de reuniões do Conselho de
Professores, coordenadas nos primeiro quatro semestres pelos tutores das turmas.
A interdisciplinaridade é buscada, finalmente, por meio de reuniões entre
professores de um mesmo semestre, coordenadas pelo CEDEA – Centro de
Desenvolvimento do Ensino e Aprendizagem. Nestas reuniões, discutem-se aspectos
didático-pedagógicos que incluem, dentre outros aspectos, a integração entre as
disciplinas e a sinergia derivada desta integração.
36
7.4 A integração teoria e prática
Um dos objetivos principais da reforma que conduziu ao atual desenho do Curso
de Graduação foi reforçar a possibilidade de contato dos alunos com a prática da
administração desde o início do curso. Assim, já nos primeiros semestres, foi
introduzida no currículo a exposição a experiências concretas de gestão privada e
pública. O contato com a realidade das organizações ocorre de forma explícita nas
disciplinas orientadas também para a interdisciplinaridade, mencionadas no item
anterior.
Sobretudo nas disciplinas de Projeto Organizacional, adota-se metodologia
segundo a qual várias áreas disciplinares contribuem para o desenvolvimento de um
mesmo projeto.
Outras disciplinas com o mesmo propósito são as disciplinas de último semestre:
Seminário de Casos Empresariais e Seminário de Casos Públicos. A articulação com o
prático se completa no estágio obrigatório (ver regulamento no anexo 8).
7.5 As Atividades Complementares
A formação em nível de graduação não envolve apenas a dimensão técnicoprofissional, mas também outras dimensões que a complementam. Várias dessas
dimensões, como a formação generalista, a perspectiva multidisciplinar e a ênfase na
dimensão humana da administração já estão presentes no currículo do curso de
graduação da EAESP desde sua criação. Mas há outras dimensões importantes na
formação do aluno como administrador e como cidadão que até o momento não
integravam o currículo do curso, embora fossem estimulados pela escola como
atividades extracurriculares.
Dentre essas dimensões incluem-se: elaboração de um repertório artísticocultural, ações de impacto social na comunidade, participação em associações e
entidades, participação em projetos de pesquisas, condução de projetos de pesquisa
próprios, iniciação à atividade docente, dentre outras.
37
Com o objetivo de reconhecer estas dimensões da formação, o Curso de
Graduação em Administração EAESP passou a incluir em sua Matriz Curricular as
Atividades Complementares, atendendo assim à regulação federal, que exige que os
Cursos de Graduação em Administração incluam em seu currículo este tipo de atividade
(Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração Resolução n. 4 do Conselho Nacional de Educação, de 13 de julho de 2005, em seu art.
8º). O atual currículo inclui quatro (4) créditos (equivalentes a 60 horas/aula) para este
gênero de atividade. (anexo 9).
A coordenação das Atividades Complementares é feita pela Coordenadoria de
Extensão Cultural, criada, em 2002, com o objetivo de reforçar a formação ampla dos
alunos como profissionais e como cidadãos. As atividades desenvolvidas por essa
coordenadoria, voltadas originalmente ao estímulo ao acesso à produção cultural, assim
como à prática cultural e à reflexão sobre cultura, passaram a incluir, a partir de 2008, a
gestão do conjunto das Atividades Complementares.
Na Regulamentação das Atividades Complementares pela EAESP, foram
estabelecidas as seguintes modalidades de atividades a serem desenvolvidas pelos
estudantes e reconhecidas na forma de créditos: 1. Atividades de extensão de caráter
socioambiental; 2. Atividades culturais; 3. Atividades de iniciação à docência e à
pesquisa; 4. Atividades em entidades estudantis; 5. Outras atividades (anexo 6).
7.6 Integração entre graduação e mestrado e duplo diploma de mestrado
Cada vez mais o curso de graduação é um passo inicial de um processo de
formação permanente. Na área de Administração, em particular, na Europa, nos países
que aderiram ao Protocolo de Bolonha, a formação inicial só se completa com a
realização da graduação e de um mestrado. Tendo em vista essa nova realidade e a
inserção dos alunos formados pela escola no ambiente internacional, o Curso de
Graduação passa a oferecer a alunos de graduação com excelente desempenho a
oportunidade de participarem de processos seletivos, para obtenção de um duplo
diploma de mestrado, um na própria EAESP e outro, em escolas de administração no
exterior.
38
No caso da modalidade de duplo diploma de mestrado, por intermédio de
convênio com a CEMS - Community European Management School, que reúne 17 das
melhores escolas européias de administração, alunos do CGA podem se beneficiar do
título de mestre no Brasil e no exterior. Outros convênios com o mesmo sentido foram
estabelecidos isoladamente com a Bocconi e com a Sciences Po.
A integração com a pós-graduação ocorre também por meio do ingresso, por
meio de processo seletivo, de alunos de graduação recém formados, em programas de
“diplomas” especializados em áreas de seu interesse. Duas áreas já contam com este
tipo de programa – a de Saúde e a de Private Equity, em programas abertos também a
interessados vindos de outros cursos e outras escolas.
7.7 Integração com outros cursos de graduação da FGV
Tendo em vista a abertura de novos cursos de graduação da Fundação Getulio
Vargas em São Paulo, os cursos de direito e de economia, o Curso de Graduação em
Administração passou a desenvolver formas de colaboração, com estes cursos.
Assim, com a EDESP - Escola de Direito, há disciplinas oferecidas para alunos
de ambas as escolas, com alunos de direito e de administração na mesma sala de aula.
Da mesma forma, há abertura de vagas em eletivas para alunos de direito no curso de
administração, sendo oferecidas também, pela Faculdade de Direito, vagas em eletivas
para alunos de administração. Mas recentemente, foi instituído o duplo diploma em
administração e em direito, que abre a possibilidade de alunos inscritos em um dos dois
cursos titular-se também no outro.
A colaboração com a EESP – Escola de Economia, ocorre sobretudo por meio
da oferta de vagas em eletivas para alunos da outra escola.
7.8 Áreas de concentração e áreas de formação complementar (Majors e minors)
No CGR, foi instituído um sistema de eletivas coordenadas, que se concretiza na
forma de áreas de concentração e áreas de formação complementar (majors e minors).
39
A área de concentração ou major é um conjunto de eletivas coordenadas de uma
das seguintes áreas: a)Administração Geral e Recursos Humanos (ADM); b)
Contabilidade, Finanças e Controle (CFC); c) Mercadologia (MCD) ou Marketing, ou
ainda d) um tema específico (major temático). Os alunos deverão cursar 10 créditos em
disciplinas de uma mesma
área, para cumprirem um major, o qual constitui um
componente obrigatório do currículo. As disciplinas eletivas da área de concentração
dão continuidade à formação iniciada nas obrigatórias.
O aluno poderá ainda se inscrever em uma área de formação complementar
(minor), um conjunto de eletivas, num total de no mínimo seis (6) créditos, em uma das
seguintes áreas: a)Administração Geral e Recursos Humanos (ADM); b)Contabilidade,
Finanças e Controle (CFC); c) Mercadologia (MCD) ou Marketing; d) Administração
de Produção e Operações (POI); e) Informática (IMQ) e f) um tema específico, que
pode ser multidisciplinar (minor temático). A área de formação complementar, ou
minor, constitui um componente do currículo de caráter opcional.
A criação das áreas de concentração (majors) e das áreas de formação
complementar (minors) pretende ser uma evolução em relação às trilhas, sistema
articulado de eletivas, existente no currículo anterior. As trilhas consistiam em um
conjunto de eletivas fixados anteriormente, isto é, constituíam uma oferta fechada de,
por exemplo, três eletivas específicas (x, y e z). No sistema de área de concentração
(majors), as eletivas a serem cursadas para compor uma determinada área (de
concentração ou de formação complementar), são livres, dentro de um leque mais
amplo de eletivas de determinada área oferecidas pelo curso (ou referentes a um tema).
As trilhas acabavam restringindo as opções de eletivas num determinado campo
a serem cursadas pelos alunos e, por outro lado, por envolverem uma opção “enquanto
bloco”, a partir de uma oferta inicial feita pelos departamentos, acabavam tendo um
efeito adverso não antecipado: a) no sistema de trilhas, as escolhas das minorias eram
sempre barradas; b) as trilhas mais procuradas deixavam sempre alunos não atendidos.
Espera-se que com o novo sistema estes “dilemas” sejam superados. A
regulamentação desta inovação ainda deverá ser feita, com a participação dos
departamentos, da coordenadoria e da Comissão de Graduação.
40
7.9 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
O trabalho de conclusão de curso também sofreu alterações com a reforma do
curso. Até então, o trabalho de conclusão baseava-se exclusivamente em estágio
realizado pelo aluno. No curso reformulado, manteve-se, do curso anterior, a idéia de
que o trabalho deve se basear em experiência do aluno, mas foram definidas outras
fontes de inspiração para ao trabalho. Assim, as Normas do Curso de Graduação (anexo
6) estabelecem, a partir da reforma, que o trabalho de conclusão poderá se basear em
atividade integrante do Programa de Iniciação à Pesquisa coordenado pelo GVpesquisa,
na atividade de estágio ou em outra atividade integrante do Currículo do Curso. O
Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso (anexo 10), estabelece quais as outras
atividades que podem servir de base ao TCC: modalidades específicas das Atividades
Complementares, que supõem maior dedicação por parte do aluno, assim como outra
atividade curricular que revele empreendedorismo ou inclui desenvolvimento de projeto
de intervenção. Ao ampliar o leque de atividades que podem servir de base ao TCC, o
currículo garante maior flexibilidade no desenvolvimento desta etapa crucial da
formação do aluno.
7.10 Reforço quantitativo
O CGR procurou reforçar a formação quantitativa, como se pode observar na
nova matriz curricular, em resposta à importância deste tipo de formação para as
habilidades e competências requeridas de um administrador.
Como visto, esta ênfase tem como contrapartida a manutenção da dimensão
humana na formação oferecida pela EAESP a seus alunos, um dos elementos que
caracteriza o currículo da GV desde a criação do curso em 1955.
41
7.11 Nivelamento
A experiência dos últimos anos permitiu identificar lacunas de formação mesmo
entre os excelentes alunos recrutados pelo vestibular. Trata-se de lacunas em
matemática e em língua portuguesa.
Assim, o CGR oferece a seus alunos ingressantes, no primeiro ano, duas
disciplinas de nivelamento – Matemática e Língua Portuguesa.
A implantação destas disciplinas, embora já tenha sido regulamentada, está
sendo feita de forma experimental, já tendo ocorrido algumas readequações do formato
da oferta. Assim, por exemplo, no primeiro semestre do CGR, as duas disciplinas de
nivelamento foram oferecidas simultaneamente. Após a avaliação da experiência,
passou-se a oferecer o nivelamento Matemática no primeiro semestre do curso e a de
Língua Portuguesa, no segundo.
7.12 Dimensão didático-pedagógica
Uma das principais inovações do Curso de Graduação, a partir da Reforma de
2007, diz respeito à dimensão didático-pedagógica. Um dos objetivos do curso é
formar um profissional autônomo, questionador, articulado e reflexivo, capaz de
aprender continuamente, com visto no capítulo 5 deste documento, que trata do perfil
do egresso. O profissional desejado não é mais apenas o detentor de um conjunto de
conhecimentos específicos, mas, sobretudo, aquele capaz de construir o conhecimento
necessário, com base em uma série de habilidades, competências e atitudes e de aplicar
este conhecimento. Esta mudança no perfil do profissional a ser formado requer
também uma mudança no foco do processo de ensino-aprendizagem. Tradicionalmente,
o foco do processo de ensino se baseava na aquisição dos conhecimentos necessários
para o desenvolvimento de uma determinada atividade. Na nova abordagem
pedagógica, reforçada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação
em Administração, bacharelado, Resolução n°4 de 13 de julho de 2005 do CNE, o foco
da aprendizagem deve extrapolar o conhecimento técnico-funcional e abordar o
desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes.
42
Para alcançar tal objetivo, a premissa pedagógica do curso é transformar o
processo de aprendizagem numa descoberta, com integração ativa do aluno ao processo.
Trata-se de procurar inovar na relação professor-aluno e no processo de aprendizagem,
o que envolve mudanças culturais importantes. Assim, pretende-se basear a formação
no curso de graduação em um processo crescente de responsabilização do aluno pelo
processo de aprendizagem. Esta abordagem supõe que se supere um modelo de ensinoaprendizagem no qual o professor, detentor do conhecimento, “transfere” seu
conhecimento ao aluno que “recebe” este conhecimento de maneira relativamente
passiva. Sem desconsiderar a contribuição ao processo de aprendizagem do saber
acumulado pelo professor, passa-se a estimular também o “aprender fazendo” e o
“aprender refletindo criticamente”, abordagem que pressupõe que a aprendizagem é um
processo ativo, que envolve dois atores: o aprendiz e o professor.
O aprendiz (aluno) passa a ser responsável pelo seu processo de aprendizado e
deve ter comprometimento, curiosidade, iniciativa e persistência. O professor, por sua
vez, assume o papel de facilitador do processo, por meio do planejamento e da
organização das atividades de aprendizagem. O papel do professor passa a ser o de guia
do processo de aprendizado, por meio de um suporte cognitivo: cabe a ele fazer
sugestões, dar recomendações, desafiar a criatividade, estimular o envolvimento e,
principalmente, encorajar o pensamento independente do aluno. Assim, o professor não
apenas põe à disposição dos alunos o conhecimento de que é detentor, mas passa a ser
também um orientador do processo de busca e construção do conhecimento,
estimulando o aluno a formular perguntas sobre a realidade e a tentar respondê-las.
Nesse contexto, o processo pedagógico passa a ser um espaço para o desenvolvimento
do raciocínio, do pensamento crítico, da resolução de problemas e da reflexão.
Esta
mudança implica alterações no dia a dia de cada disciplina, com reforço
a aulas que supõem a participação do aluno. Embora as aulas expositivas continuem
existindo, elas se articulam a aulas que supõe forte participação dos alunos.
No mesmo espírito, foi introduzida em cada disciplina a possibilidade de
realização de atividades monitoradas. As atividades monitoradas são atividades
definidas pelo professor e realizadas pelos alunos-aprendizes de forma autônoma, de
43
preferência, fora da sala de aula, com o objetivo de oferecer ao aluno a possibilidade de
vivenciar, praticar e investigar de maneira autônoma o conteúdo abordado em sala de
aula. As atividades são estruturadas por meio de roteiros e acompanhadas por meio de
relatórios, discussões, apresentações etc.
Reforça-se, como recurso didático, o uso de diversas formas de comunicação e
de debate, com a incorporação de novos recursos tecnológicos. Uma vez que o foco do
processo pedagógico é a aprendizagem, são estimulados diferentes tipos e experiências
de aprendizagem, além das aulas expositivas: método do caso; simulação (role playing);
aprendizagem baseada na resolução de problemas (problem based learning);
seminários; exercícios e debates, além das já mencionadas atividades monitoradas.
Para a estruturação do curso após a reforma, tem-se também trabalhado o
desenvolvimento de programas e syllabus, com base na discussão em grupo por parte
dos diversos professores que ministram uma mesma disciplina. Procura-se assim
garantir um “core” mínimo em todas as turmas e a troca de idéias e experiências entre
os professores da mesma disciplina.
Algumas das inovações citadas anteriormente também têm repercussões em
termos de papel do professor. Assim, por exemplo, os projetos organizacionais
requerem a participação de professores orientadores, além da cooperação de professores
de diversas áreas disciplinares, para consultas específicas.
Do mesmo modo, o Trabalho de Conclusão de Curso deverá contar com a
participação do professor orientador, o qual ficará responsável pela orientação de cerca
de 10 alunos.
Apresenta-se, a seguir, a Matriz Curricular do Curso, tal como publicada no
Diário Oficial da União. Trata-se de versão que define o conjunto de componentes
curriculares integrantes do curso e a carga horária prevista.
44
7.13 Matriz Curricular do Curso de Graduação em Administração nas Linhas de Formação
Específicas de Administração de Empresas (AE) e de Administração Pública (AP) 1, 2 - Versão
D.O.U3
Conteúdos de Formação Básica
Comunicação, Semiótica e Retórica na Administração.
Introdução ao Brasil Contemporâneo
Filosofia e Dilemas Éticos
Microeconomia Intermediária Aplicada
Fundamentos da Psicologia para a Administração
Macroeconomia Intermediária Aplicada
Processos Psicológicos da Relação Homem-Trabalho
Desenvolvimento Comparativo: Brasil, Países
Desenvolvidos e Países em Desenvolvimento
Integração
Linha de Formação Sociedade Moderna e Racionalidade Empresarial
Específica em AE Desafios das Sociedades Contemporâneas para as
Empresas
Ciência Política
Estratégias de Comunicação para as Empresas
Fundamentos Constitucionais do Direito e Direito do
Trabalho na Empresa
Direito Privado na Empresa
Direito Tributário na Atividade Empresarial
Linha de Formação Fundamentos do Estado de Direito
Específica em AP Sociedade Moderna, Estado e Racionalidade
Políticas Públicas: Agenda, Formulação e Avaliação
Direito Privado
Política Brasileira
Estratégias de Comunicação nas Organizações Públicas
Instituições Políticas e Administração Pública: Análise
Comparada
Direito Administrativo
Direito Fiscal e Tributário
Política Econômica da Regulação
Comum
Nº de
Créditos4
4
4
2
4
2
4
4
4
2
2
4
4
2
4
4
4
4
4
4
4
4
2
4
4
4
4
1
Publicada no Diário Oficial da União, n.74, de 18 de abril de 2007, seção 3, pág. 101.
Válido para os ingressantes a partir do segundo semestre de 2007Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração,
conforme Resolução nº 4, de 13/07/2005, do CNE/CES.
3
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, conforme Resolução nº 4, de
13/07/2005, do CNE/CES.
4
Um (1) crédito corresponde a 15 horas/aula ou tempo equivalente de dedicação a demais componentes curriculares.
2
45
Conteúdos de Formação Profissional
Comum
Introdução ao Marketing
Introdução à Tecnologia da Informação
Experiência Empreendedora I
Introdução à Administração Financeira
Introdução à Gestão
Experiência Empreendedora II
Projeto de Organização Local
Modelo de Organizações Sustentáveis
Projeto de Rede Nacional
Caso de Rede Internacional
Vocação e Trabalho
Linha de Formação Contabilidade Financeira e Gerencial I
Específica em AE Gestão de Operações
Gestão I: Inteligência de Marketing
Comportamento Estratégico nas Organizações
Contabilidade Financeira e Gerencial II
Logística Empresarial
Organizações
Gestão II: Produto e Preço
Finanças Corporativas I
Estratégia de Rede de Suprimentos e Redes de Operações
Globais
Gestão de Pessoas
Gestão III: Vendas, Canais e Comunicação Integrada de
Marketing
Finanças Corporativas II
Gestão em Ambientes Multiculturais
Gestão IV: Planejamento e Gestão Estratégica
Gestão de Projetos e Empreendimentos
Mercados Financeiros e de Capitais
Administração da Tecnologia da Informação
Administração Financeira Internacional
Gestão Estratégica
Seminário de Casos Empresariais
Linha de Formação Oficina I: Radiografia do Estado Brasileiro
Específica em AP Finanças para Administradores Públicos
Gestão de Pessoas no Setor Público
Qualidade e Produtividade dos Serviços Públicos
Contabilidade Pública e Controladoria - Brasil e
Experiência Internacional
Logística e Suprimentos na Área Pública
Estrutura Tributária e Finanças Públicas
Administração Pública no Brasil
Oficina II: Análise de Políticas Públicas
Nº de
Créditos
4
4
2
2
4
2
2
2
2
2
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
2
2
2
2
4
4
4
4
4
4
4
4
46
Orçamento, Finanças Públicas e Governança: Brasil e
Experiência Internacional
Oficina III: Experiências Inovadoras em Gestão Pública
Planejamento e Gestão de Organizações Públicas
A Ética de Marketing no Setor Público
Gestão de Projetos e Empreendimentos Públicos
Tecnologia de Informação e Estado
Oficina IV: Avaliação do Setor Público
Seminário de Casos Públicos
Conteúdos de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias
Comum
Matemática I
Matemática II
Estatística I
Matemática III
Matemática Financeira
Estatística II
Estatística III
Modelagem para apoio à Tomada de Decisão
Conteúdos de Formação Complementar
4
4
4
4
4
4
4
2
Nº de
Créditos
4
4
4
4
2
4
4
4
Eletivas
Nº de
Créditos
20
Atividades Complementares
Comum
Atividades Complementares
Nº de
Créditos
4
Comum
Estágio Curricular Supervisionado
Comum
Estágio Curricular Supervisionado
Nº de
Créditos
14
Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso
Trabalho de Conclusão de Curso
Nº de
Créditos
2
8
Trabalho de Curso
Comum
Número de créditos total (AE e AP)
240
Observações: a. Regime seriado semestral; b. Sistema de créditos com matrícula por disciplina; c. Algumas
disciplinas exigem pré-requisitos; d. Número total de créditos para conclusão e integralização curricular: 240
(distribuição por categoria de componente curricular, indicada na Matriz Curricular).
47
7.14 Versão com distribuição por semestres
Apresenta-se a seguir a matriz na forma como o aluno a recebe, com todas as
informações complementares necessárias. São apresentadas, na Matriz Curricular,
informações relativas a:
1. Disciplinas
1.1. Tipo de disciplina: comum ou específica às linhas de formação específicas;
1.2. Departamento de Ensino e Pesquisa que oferece a disciplina;
1.3. Número de créditos por disciplina;
1.4. Semestre em que é oferecida cada disciplina;
1.5. Tipo de disciplina: Formação Básica, Formação Profissional, Estudos Quantitativos
e suas Tecnologias e Formação Complementar – (eletivas), que incluem as eletivas
avulsas e os majors e minors;
2. Pré-requisitos;
3. Totalização de créditos por tipo de disciplina;
4. Número de horas/aula por tipo de disciplina;
5. Estágio Curricular Supervisionado;
6. Atividades Complementares e
7. Parâmetros legais a que se subordina a matriz curricular.
48
Matriz Curricular do Curso de Graduação em Administração,
nas Linhas de Formação Específicas de Administração de Empresas (AE) e de
Administração Pública (AP) 1,2
Código
Créditos 3
Componentes Curriculares
Depto.4
Pré-requisito
Nivelamento
Classificação5
1º semestre
Comunicação, Semiótica e Retórica na Administração
4
ADM
Introdução ao Brasil Contemporâneo
4
FSJ+PAE
B
Introdução ao Marketing
4
MCD
P
Introdução à Tecnologia da Informação
4
IMQ
P
Experiência Empreendedora I
2
Inter
P
Introdução à Administração Financeira
2
CFC
P
Matemática I
4
IMQ
Integração (“Inserção Universitária”)
2
Inter
B
AE
Sociedade Moderna e Racionalidade Empresarial
2
FSJ
B
AP
Oficina I: Radiografia do Estado Brasileiro
2
Inter
P
2
FSJ
B
Introdução à Gestão
4
ADM
P
Experiência Empreendedora II
2
Inter
P
Matemática II
4
IMQ
Matemática I
EQT
Estatística I
4
IMQ
Matemática I
EQT
B
Comum
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AE
30
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AP
30
Nivelamento
EQT
2º semestre
Filosofia e Dilemas Éticos
Comum
AE
AP
Desafios das Sociedades Contemporâneas para as Empresas
4
FSJ
Contabilidade Financeira e Gerencial I
4
CFC
Gestão de Operações
4
POI
4
FSJ
B
FSJ
B
Finanças para Administradores Públicos
4
CFC
30
4
5
P
4
30
3
P
Fundamentos do Estado de Direito
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AE
2
B
Sociedade Moderna, Estado e Racionalidade
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AP
1
Soc. Mod. Rac.
Emp.
Int. Adm. Fin.
Int. Adm. Fin.
P
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, conforme Resolução nº 4, de
13/07/2005, do CNE/CES.
A distribuição das disciplinas e demais componentes curriculares pode sofrer alterações, obedecida a matriz aprovada no D.O.U.
Um crédito corresponde a 15 horas/aula ou tempo equivalente de dedicação a demais componentes curriculares.
ADM – Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos; CFC – Departamento de Contabilidade, Finanças e Controle ;
FSJ – Departamento de Fundamentos Sociais e Jurídicos da Administração; IMQ – Departamento de Informática e de Métodos
Quantitativos aplicados à Administração; MCD – Departamento de Mercadologia; PAE – Departamento de Planejamento e Análise
Econômica aplicados à Administração ; POI – Departamento de Administração da Produção e de Operações; Inter–
Interdepartamental; CECOP – Coordenadoria de Estágios e Colocação Profissional.
AC - Atividades Complementares; B - Conteúdos de Formação Básica; C - Conteúdos de Formação Complementar; ECS - Estágio
Curricular Supervisionado; EQT - Conteúdos de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias; P - Conteúdos de Formação Profissional e
TC - Trabalho de Curso.
49
Código
Componentes Curriculares
Créditos
Depto.
Pré-requisito
Classificação
4
PAE
Matemática I
B
Matemática II
3º semestre
Microeconomia Intermediária Aplicada
Comum
AE
AP
Matemática III
4
IMQ
Matemática Financeira
2
IMQ
EQT
EQT
Estatística II
4
IMQ
Ciência Política
4
FSJ
Estatística I
B
Gestão I: Inteligência de Marketing
4
MCD
P
Comportamento Estratégico nas Organizações
4
ADM
P
Contabilidade Financeira e Gerencial II
4
CFC
Cont. Fin. Ger.l
EQT
P
Políticas Públicas: Agenda, Formulação e Avaliação
4
FSJ
B
Gestão de Pessoas no Setor Público
4
ADM
P
Qualidade e Produtividade dos Serviços Públicos
Contabilidade Pública e Controladoria - Brasil e
Experiência Internacional
4
POI
P
4
CFC
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AE
Fin. Adm. Pub.
P
30
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AP
30
4º semestre
Fundamentos da Psicologia para a Administração
2
FSJ
B
Projeto de Organização Local
2
Inter
P
Comum
AE
AP
Estatística III
4
IMQ
Estat. II e Mat III
EQT
Modelagem para apoio à Tomada de Decisão
4
IMQ
Estat. II e Mat III
EQT
Estratégias de Comunicação para as Empresas
2
ADM
Logística Empresarial
4
POI
Com Sem Ret
Adm.
Gest.Oper.
Organizações
4
ADM
Int. Gestão
P
Cont.Fin.Ger.II
P
B
P
Gestão II: Produto e Preço
4
MCD
Finanças Corporativas I
4
CFC
Direito Privado
4
FSJ
B
Política Brasileira
4
FSJ
B
Estratégias de Comunicação nas Organizações Públicas
2
ADM
B
Logística e Suprimentos na Área Pública
4
POI
Estrutura Tributária e Finanças Públicas
4
CFC
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AE
30
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AP
30
P
P
Cont.Pub.Contr.
P
50
Código
Componentes Curriculares
Créditos
Depto.
Pré-requisito
Classificação
4
PAE
Micro Int.Apl.
B
5º semestre
Macroeconomia Intermediária Aplicada
Comum
AE
AP
Processos Psicológicos da Relação Homem-Trabalho
4
FSJ
B
Modelo de Organizações Sustentáveis
2
POI
P
4
FSJ
B
4
POI
Logis. Emp.
P
Int. Gestão
P
Fundamentos Constitucionais do Direito e Direito do
Trabalho na Empresa
Estratégia de Rede de Suprimentos e Redes de Operações
Globais
Gestão de Pessoas
4
ADM
Gestão III: Vendas, Canais e Comunicação Integrada de
Marketing
4
MCD
P
Finanças Corporativas II
4
CFC
Instituições Políticas e Administração Pública: Análise
Comparada
4
FSJ
B
Direito Administrativo
4
FSJ
B
Administração Pública no Brasil
4
ADM
P
Oficina II: Análise de Políticas Públicas
4
Inter
P
Orçamento, Finanças Públicas e Governança: Brasil e
Experiência Internacional
4
CFC
Est.Trib.Fin. Pub
P
4
PAE
Macro Int. Apl
B
2
Inter
4
FSJ
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AE
Finanças Corp. I
P
30
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AP
30
6º semestre
Comum
Desenvolvimento Comparativo: Brasil, Países
Desenvolvidos e Países em Desenvolvimento
Projeto de Rede Nacional
Direito Privado na Empresa
AE
AP
Gestão em Ambientes Multiculturais
4
ADM
Gestão IV: Planejamento e Gestão Estratégica
4
MCD
P
B
Organizações e
Gestão de
Pessoas
P
P
Gestão de Projetos e Empreendimentos
4
POI
Mod Org Sust
P
Mercados Financeiros e de Capitais
4
CFC
Fin Corp II
P
Administração da Tecnologia da Informação
4
IMQ
Int.Tec Info
P
Direito Fiscal e Tributário
4
FSJ
B
Oficina III: Experiências Inovadoras em Gestão Pública
4
Inter
P
Planejamento e Gestão de Organizações Públicas
4
ADM
P
A Ética de Marketing no Setor Público
4
MCD
P
Gestão de Projetos e Empreendimentos Públicos
4
POI
Tecnologia de Informação e Estado
4
IMQ
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AE
30
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AP
30
P
Int. Tec Info
P
51
Código
Componentes Curriculares
Créditos
Depto.
Pré-requisito
Classificação
Caso de Rede Internacional
*
Eletivas
2
Inter
8
-
C
Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso
2
Inter
TC
Direito Tributário na Atividade Empresarial
4
FSJ
B
Administração Financeira Internacional
2
CFC
Gestão Estratégica
2
ADM
Política Econômica da Regulação
4
PAE
B
4
Inter
P
7º semestre
Comum
AE
AP
Oficina IV: Avaliação do Setor Público
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AE
30
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AP
30
P
Merc. Fin Cap
Comport. Estr
Org
P
P
8º semestre
Vocação e Trabalho
4
Inter
P
Eletivas
12
-
C
AE
Seminário de Casos Empresariais
2
ADM
P
AP
Seminário de Casos Públicos
2
ADM
P
Comum
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AE
30
Total de créditos para os alunos da linha de formação específica de AP
30
Número de créditos total
*
240
Eletivas podem ser iniciadas a partir do 6º semestre
Atividades Complementares (AC)- 4 créditos (60 horas/aula): poderão ser desenvolvidas até o final do 7º semestre curricular, à exceção
das Atividades de iniciação à docência e à pesquisa que poderão ocorrer também no 8º semestre.
Estágio Curricular Supervisionado (ECS) - 14 créditos (210 horas/aula): poderá ser realizado a partir do 6º semestre curricular.
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – 10 créditos (oito (8) do trabalho propriamente dito (inclui orientação) e dois (2) da disciplina Orientação
de Trabalho de Estágio ou, para a modalidade Iniciação à Pesquisa, a disciplina Metodologia de Pesquisa ).
Componentes Curriculares
Disciplinas Obrigatórias
Créditos
192
Carga Horária
2880
Disciplinas Eletivas
20
300
Estágio Curricular Supervisionado
14
210
Atividades Complementares
Trabalho de Conclusão de Curso
Total
4
60
10
150
240
3600
52
8. EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS DE DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS DO CURSO DE
GRADUAÇÃO – LINHA DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA EM ADMINISTRAÇÃO DE
EMPRESAS
8.1 ADMINISTRAÇÃO GERAL E RECURSOS HUMANOS - ADM
COMUNICAÇÃO, SEMIÓTICA E RETÓRICA NA ADMINISTRAÇÃO, 4 CR,
1º SEMESTRE (BÁSICA – COMUM )
Ementa
Esta disciplina tem por objetivo oferecer aos alunos os conceitos fundamentais de
lógica, semiótica (a ciência da interpretação de signos e símbolos) e da retórica (a ciência
da persuasão) com vistas ao desenvolvimento e à prática da competência argumentativa e
das habilidades de comunicação.
Bibliografia
ALVES, M. A. ; BLIKSTEIN, Izidoro. Análise de Narrativas. In: Godoi, Christina
Kleinübig; Rodrigo Bandeira-De-Melo; Anielson B. Silva. (Org.). Pesquisa Qualitativa
em Estudos Organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Editora
Saraiva, 2006, p. 403-428.
CHANDLER, Daniel. Semiotics: the basics. 2nd ed. New York: Routledge, 2007.
Capítulos 1, 3, 5 e 7
SALMON, Wesley C. Lógica. 3ªed. Rio de Janeiro: LTC, 1993. Capítulos 1-3
WALTON, D. Lógica Informal. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
INTRODUÇÃO À GESTÃO, 4 CR, 2º SEMESTRE (PROFISSIONAL – COMUM)
Ementa
Esta disciplina visa a apresentar e discutir de modo integrado os conceitos e
fundamentos da Gestão, que provêm de diversos campos teóricos da Administração Geral,
como Organizações, Estratégia e Gestão de Pessoas. Espera-se que o aluno se familiarize
com as noções fundamentais da Gestão, bem como compreenda as especificidades de
empresas, de organizações não-governamentais e de órgãos e entidades estatais. Ênfase
especial será dada às pequenas empresas e a novos empreendimentos (nas áreas privada e
pública), de modo a que se possam entender os processos básicos e instrumentalizar os
conceitos necessários à realização de projetos.
Bibliografia
BALCÃO, Yolanda e Cordeiro, Laerte. (orgs) O comportamento humano na empresa, Rio
de Janeiro, Ed. FGV, 1967.
FAYOL, Henry. Administração Geral e Industrial, São Paulo, Atlas, 1987.
FORD, Henry. Os princípios da prosperidade, São Paulo, Ed. Freitas Bastos, 1964.
53
TAYLOR, Frederick. “Princípios da administração científica”, São Paulo, Atlas, 1987.
WEBER, Max. Economia e Sociedade. Brasília, ed. UNB, 1991.
COMPORTAMENTO ESTRATÉGICO NAS ORGANIZAÇÕES, 4 CR, 3º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AE)
Ementa
São objetivos de aprendizado desta disciplina:
a) Promoção do entendimento sobre os processos de análise da indústria e da
concorrência, criação e sustentação de vantagens competitivas e formulação de um modelo
de negócios;
b) Capacitar o aluno na formulação e análise de um modelo de negócios e na
discussão dos fatores que contribuem para o potencial de lucro do modelo;
c) Preparar o aluno a avaliar a estratégia de uma empresa e a base de recursos que
ela possui.
Bibliografia
BESANKO, D.; DRANOVE, D.; SHANLEY, M.; SCHAEFER, S. A Economia da
Estratégia. Porto Alegre, RS: Bookman, 2004
GRANT, Robert. Contemporary Strategy Analysis. Oxford, Blackwell, 2002.
MINTZBERG, GHOSHAL, QUINN e LAMPEL. The Strategy Process. Upper Saddle
River, Prenctice Hall, 2004
ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO PARA AS EMPRESAS, 2 CR, 4º SEMESTRE
(BÁSICA – AE)
Ementa
No universo dos novos cenários organizacionais, a comunicação é a ferramenta
estratégica que contribui para a remoção de barreiras e ruídos, propiciando visibilidade às
ações, produtos, serviços e projetos das organizações. O objetivo da disciplina consiste em
conduzir os alunos a utilizarem a competência argumentativa e as habilidades de
comunicação para o desenvolvimento eficaz dos diferentes tipos de comunicação numa
entidade pública ou privada.
Bibliografia
ARGYRIS, P. e outros. Comunicação Eficaz na Empresa: como melhorar o fluxo de
informações para tomar decisões corretas. Harvard Business Review. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
BERLO, D. O Processo da Comunicação, 8. ed. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1997.
PUTNAM, L. L., Phillips, N. and Chapman, P. in Clegg, S., Hardy, C. and Nord, W.
R. Metaphors of communication and organization. Newbury Park: Page, 2999.
54
NASSAR, Paulo. Comunicação Empresarial
Vencedoras. São Paulo: Aberje, 2005.
–
Estratégia
de Organizações
ORGANIZAÇÕES, 4 CR, 4º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
O ambiente organizacional está se tornando mais complexo, exigindo por parte dos
gestores e das organizações a necessidade constante de análise das diversas variáveis que
afetam o do desenho organizacional e adequação deste às pressões externas e internas. Esta
disciplina tem por objetivos estimular o aluno a analisar o ambiente sócio-organizacional, o
papel predominante das organizações nas sociedades modernas e os fatores que influenciam
a vida organizacional; refletir sobre as organizações, a partir de diferentes perspectivas
teóricas, avaliando os limites e vantagens de cada abordagem e analisar modelos, design e
práticas organizacionais.
Bibliografia
ALVESSON, Mats; WILLMOTT, Hugh (eds). Studying Management Critically. London:
Sage, 2003
CLEGG, Stewart, HARDY, Cynthia; NORD, Walter R. (Orgs.) Handbook de estudos.
organizacionais. São Paulo: Atlas, 2001. Vol. 1
JONES, G. R. Organizational Theory, Design and Change: text and cases. New Jearsey,
Pearson, 2004.
MORGAN, G. Imagens da Organização. São Paulo, Atlas, 1996.
MOTTA, F.C.Prestes & VASCONCELOS, I.G. Teoria Geral da Administração São Paulo,
Thomson, 2002
GESTÃO DE PESSOAS, 4 CR, 5º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
A Gestão de Pessoas vem sendo considerada como elemento central para as
organizações no momento atual, uma vez que pode ser fonte de geração de vantagem
competitiva e, dessa maneira, diversas correntes teóricas vêm se preocupando em
desenvolver conceitos e métodos para a implementação de políticas e práticas de gestão
mais efetivas. Esses estudos, porém, estão longe de trazer resultados conclusivos, o que
comprova a natureza complexa da área de conhecimento como um todo. A disciplina tem
por objetivo geral apresentar e discutir os principais conceitos relacionados à Gestão de
Pessoas no momento atual de forma a possibilitar um melhor entendimento do
funcionamento de uma organização de porte nacional.
Bibliografia
BRAVERMAN, Harry - Trabalho e Capital Monopolista: a Degradação do Trabalho no
Século XX, Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1987.
55
FLEURY, Maria Tereza Leme (coordenação) - As Pessoas na Organização, Editora Gente,
2002
KÜLLER, José Antonio - Ritos de Passagem: gerenciando pessoas para a qualidade, São
Paulo SENAC Editora, 1996.
AKTOUF, Omar - A Administração entre a Tradição e a Renovação, São Paulo, Atlas,
2000.
SENNET, Richard - A Corrosão do Caráter: conseqüências pessoais do trabalho no novo
capitalismo, Rio de Janeiro, Record, 1999.
GESTÃO EM AMBIENTES MULTICULTURAIS, 4 CR, 6º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AE)
Ementa
Essa disciplina tem como principal objetivo analisar os impactos que ambientes
complexos e diversos tem nos modelos de gestão e nas pessoas. Para tanto os objetivos de
aprendizagem envolvem compreender a dicotomia local x global e investigar como as
organizações têm se adequado a essa situação; relacionar as dimensões de poder, da política
e da gestão e analisar como estas impactam na gestão de uma organização; Investigar e
entender processos de transformação e mudança organizacional enquanto construção da
competitividade e da sustentabilidade das organizações, focando nos aspectos culturais e de
gestão de pessoas.
Bibliografia
(a ser indicada durante o curso)
GESTÃO ESTRATÉGICA, 2 CR, 7º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
São objetivos de aprendizado desta disciplina:
a) Promoção do entendimento sobre os processos de diversificação e de
internacionalização das empresas e dos determinantes do sucesso destes processos;
b) Capacitar o aluno a identificar oportunidades e riscos de estratégias de
diversificação e de internacionalização;
c) Preparar o aluno a avaliar as estratégias de diversificação e de internacionalização
de uma empresa.
Bibliografia
BARNEY, Jay. Gaining & Sustaining Advantage. Upper Saddle River, Prenctice Hall,
2001
BESANKO, D.; DRANOVE, D.; SHANLEY, M.; SCHAEFER, S. A Economia da
Estratégia. Porto Alegre, RS: Bookman, 2004
MINTZBERG, GHOSHAL, QUINN e LAMPEL. The Strategy Process. Upper Saddle
River, Prenctice Hall, 2004
56
SEMINÁRIO DE CASOS EMPRESARIAIS, 2 CR, 8º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AE)
Ementa
Proporcionar aos participantes oportunidades para discussão do exercício da
liderança e do trabalho em equipe na perspectiva dos mais altos níveis da organização. As
discussões terão como foco temas atuais, evidenciados através de casos práticos de
diferentes organizações.
Bibliografia
(a ser indicada durante o curso)
8.2 CONTABILIDADE, FINANÇAS E CONTROLE - CFC
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA, 2 CR, 1º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – COMUM)
Ementa
Apresentar os principais conceitos e as técnicas básicas de administração de recursos
financeiros, para um aluno recém admitido no curso de Administração.
Bibliografia
MARION, José Carlos e IUDICIBUS, Sergio. Curso de Contabilidade para não contadores.
3ª edição, Editora Atlas, 2000.
CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL I, 4 CR, 2º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AE)
Ementa
Fornecer aos alunos os elementos básicos do funcionamento do mecanismo contábil,
fundamento teórico e utilização. Visa demonstrar a importância da área contábil como um
subsistema de informação da organização. Capacitar o aluno a elaborar as principais
demonstrações contábeis, considerando as técnicas de ajustes.
Bibliografia
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA / Equipe de Professores da USP / 10ª Edição / 2006
CONTABILIDADE EMPRESARIAL / José Carlos Marion / 11ª Edição / 2005
CONTABILIDADE FINANCEIRA / Clyde P. Stickney & Roman L. Weil (tradução da 9ª
edição do original em inglês) / 2001
57
CONTABILIDADE BÁSICA / Silvério das Neves e Paulo E. V. Viceconti / 13ª Edição /
2006
CONTABILIDADE PARA ADMINISTRADORES / Hélio de Paula Leite / 4ª Edição /
1997
CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL II, 4 CR, 3º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AE)
Ementa
Apuração e análise dos custos das empresas industriais e de serviços, bem como
para a elaboração e entendimento da demonstração de origens e aplicações de recursos,
contabilização de investimentos e de tributos.
Bibliografia
STICKNEY Clyde P. & WEIL Roman L. Financial Accounting. 9th edition, Dryden Press,
1999.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. Atlas, 1995.
MARTINS, Eliseu Martins. Contabilidade de Custos. 7. ed. Atlas, 2000.
MAHER, Michael. Contabilidade de Custos – Criando Valor para a Administração. 1. ed.
Atlas, 2001.
VANDERBECK, Edwards e NAGY, Charles F. Contabilidade de Custos. 11. ed. Pioneira,
2001.
FINANÇAS CORPORATIVAS I, 4 CR, 4º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
Fundamentos de finanças para análise de demonstrações financeiras, considerando
risco x retorno e Inflação. Criação de valor ao acionista. Decisões de investimento e
financiamento de curto prazo.
Bibliografia
BRIGHAM, E. F. & EHRHARDT M.C. Financial Management – Theory and Pratice. 11ª
ed. South-Western, Thomson Learning, 2005.
MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços. 5ª ed. Atlas, 1998.
VAN HORNE, J. C. Financial Management and Policy. 11ª ed. Prentice-Hall, 1999.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira – Essencial – 2ª ed. – ed.
Bookman – 2001.
Leituras e casos da EAESP/FGV.
58
FINANÇAS CORPOTATIVAS II, 4 CR, 5º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
Esse é um curso básico de “corporate finance” que tem por objetivo familiarizar os
alunos com os conceitos e técnicas para a tomada de decisões que otimizem o valor da
empresa. Nele são examinadas detalhadamente as decisões de investimento e financiamento
de médio e longo prazo.
Bibliografia
BREALEY, R.A., Myers, S. C. & Allen, F. Principles of Corporate Finance de, 8th edition
2006, Mc Graw Hill – Irwin.
BRIGHAM, E. F. & EHRHARDT M.C. Financial Management – Theory and Pratice. 11ª
ed. South-Western, Thomson Learning, 2005.
MERCADOS FINANCEIROS E DE CAPITAIS, 4 CR, 6º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AE)
Ementa
O curso objetiva dar ao estudante uma visão geral da estrutura e funcionamento do
Mercado de Capitais no Brasil, seus instrumentos básicos e as principais técnicas de gestão
de investimentos.
Bibliografia
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro, 6ª edição, Atlas, 2005.
BESSADA, Octavio; BARBEDO, Claudio; ARAÚJO, Gustavo. Mercado de Derivativos
no Brasil, Record, 2005.
FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro – produtos e serviços, 16ª edição, Qualitymark,
2005.
HULL, John. Fundamentos dos Mercados Futuros e de Opções, 4ª edição, BM&F, 2005.
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais, 3ª edição, Atlas, 2005.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA INTERNACIONAL, 2 CR, 7º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AE)
Ementa
O curso objetiva apresentar os conceitos básicos associados à administração
financeira de empresas multinacionais, no que diz respeito às atividades típicas de
controladoria e tesouraria.
Bibliografia
SHAPIRO, Alan C., Multinational Financial Management, 6th ed., 2004.
MADURA, Jeff, International Financial Management, 5th. ed., South-Western, 2004.
59
8.3 FUNDAMENTOS SOCIAIS E JURÍDICOS - FSJ
INTRODUÇÃO AO BRASIL CONTEMPORÂNEO, 4 CR, 1º SEMESTRE (BÁSICA –
COMUM)
Ementa
O objetivo da disciplina é analisar os desafios contemporâneos do Brasil à luz de seu
processo histórico e das variáveis conjunturais atuais. Pretende-se, assim, mostrar como os
problemas de hoje relacionam-se com a evolução do país, por meio do estudo de alguns
temas estratégicos e da leitura de obras clássicos do pensamento social e econômico
brasileiro. Este propósito pedagógico visa formar administradores que saibam avaliar a
realidade de forma crítica, de modo a entender como os fatores sociais e econômicos
afetam, ao mesmo tempo, o exercício da cidadania e a atividade profissional. Dessa forma,
pretende-se por meio da perspectiva da Ciência Política e da Economia compreender o
processo de desenvolvimento, em sentido amplo, com vistas a analisar as opções tomadas e
os desafios que se reatulizam à sociedade brasileira.
Bibliografia
Bibliografia básica - FSJ
CARDOSO, FH; FALETTO(1981), Dependência e desenvolvimento na América Latina. 6ª
ed., Rio de Janeiro: Zahar editores.
FURTADO, Celso (2006), Formação econômica do Brasil,. São Paulo: Companhia das
Letras.
HOLANDA, Sérgio Buarque de (1995), Raízes do Brasil. 26a ed. São Paulo: Companhia
das Letras,cap.2, 5, 7.
PRADO Jr., Caio (1971), Formação do Brasil contemporâneo.11ª ed., São Paulo:
Brasiliense.
SCHUWARCZ, Lilia Moritz (2001) “Dando nomes às diferenças”, in SAMARA, Eni de
Mesquita (org.) Racismo & racistas. São Paulo: Humanitas – FFLCH-USP.
Bibliografia básica - PAE
CARDOSO, Eliana A. (2003), Economia Brasileira ao Alcance de Todos, Editora
Brasiliense.
GIAMBIAGI, Fabio e Ana Cláudia ALÉM (2001), Finanças Públicas, 2º edição, Elsvier,
Rio de Janeiro.
GREMAUD, Amaury Patrick, Marco Antonio SANDOVAL DE VASCONCELLOS e
Rudinei TONETO JÚNIOR (2006), Economia Brasileira Contemporânea, 6º edição,
editora Atlas, São Paulo.
60
SOCIEDADE MODERNA E RACIONALIDADE EMPRESARIAL, 2 CR,
1º SEMESTRE (BÁSICA – AE)
Ementa
Fornecer aos alunos conceitos básicos necessários à compreensão da realidade social,
destacando sua importância na formação e atuação do administrador. Os alunos irão se
familiarizar com os fundamentos da teoria sociológica, particularmente a teoria da ação
social e sua utilização na análise da sociedade moderna, destacando os aspectos de conflito,
racionalidade e empreendedorismo.
Bibliografia
DAHRENDORF, Ralph. “Sociologia e sociedade industrial”. In Foracchi, Marialice e
Martins, José de Souza. Sociologia e Sociedade. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos
Editora, 1977.
MARX, K. e ENGELS, F. “Burgueses e Proletários (O Manifesto do Partido Comunista)”.
In Fernandes, Florestan. Marx/Engels (História). São Paulo: Ática, 1983.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das
Letras, 2004.
_______ Ação social e relação social. In FORACCHI, Marialice e MARTINS, José de
Souza. Sociologia e Sociedade. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1977.
SCHUMPETER, Joseph. O fenômeno fundamental do desenvolvimento econômico. In A
teoria do desenvolvimento econômico. Nova Cultural, 1985.
FILOSOFIA E DILEMAS ÉTICOS, 2 CR, 2º SEMESTRE (BÁSICA – COMUM)
Ementa
O curso visa propiciar aos alunos a compreensão de problemas éticos, no âmbito da
Filosofia - em momentos decisivos da Idade Moderna e da Contemporaneidade. Visa
analisar textos filosóficos que sintetizam e equacionam tais problemas. E também, pretende
iniciar os alunos no universo da linguagem e dos métodos propriamente filosóficos, de
modo a ressaltar a especificidade do 'discurso ético' em Filosofia. A disciplina procurará
também estimular nos alunos a reflexão crítica sobre questões éticas associadas à
administração pública e à administração de empresas, assim como sobre a dimensão ética
presente na articulação entre a esfera pública e a esfera privada.
Bibliografia
EPICURO. Carta sobre a Felicidade (A Meneceu). Tradução Álvaro Lorencini e Enzo
Del Carratore. São Paulo: Unesp, 1997.
MIRANDA, Danilo Santos de (org.). Ética e Cultura. S. Paulo: Sesc/Perspectiva, 2004.
NIETZSCHE, F. (Para) Genealogia da Moral – Uma Polêmica. Tradução Paulo César de
Souza. S. Paulo: Cia. das Letras, 1998.
NOVAES, A. (org.). Ética. S. Paulo: Cia. das Letras/ Secretaria Municipal de Cultura,
1992.
61
_______. (org.). Civilização e Barbárie. S. Paulo: Cia. das Letras, 2004.
OLIVEIRA, M. A. (org.). Correntes Fundamentais da Ética Contemporânea. 2ª edição.
Petrópolis: Vozes, 2000.
DESAFIOS DAS SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS PARA AS EMPRESAS, 4 CR,
2º SEMESTRE (BÁSICA – AE)
Ementa
Nessa disciplina analisam-se mudanças e continuidades que têm pontuado a
passagem das sociedades modernas para a pós-modernidade e as configurações que estão
assumindo no século XXI. Dessa análise emerge um quadro sistemático do macroambiente societário no qual os administradores atuam, no qual se evidenciam os desafios
que lhes estão colocados no presente e para o futuro próximo.
Bibliografia
ADLER, Nancy J. International Dimensions of Organizational Behavior. Cap. 8:
“Managing Global Managers”
ADORNO, T. W. A indústria cultural in Cohn, Gabriel. Comunicação e indústria cultural.
S. Paulo, 1971
BAUMAN, Zigmund . Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001, cap.
2.
CASTEL, R. A nova questão social. In _____. As metamorfoses da questão social,
Petrópolis: Vozes, 1998, pp. 513-537.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. S. Paulo: Paz e Terra, 2007, caps. 3 e 4.
EHRENBERG, A. La fatiga de ser uno mismo – depressión y sociedad. Buenos Aires:
Nueva Visión, Introdução, cap. 6 e conclusão.
HALL, E. T. & MILDRED R. HALL, Understanding Cultural Differences. Intercultural
Press, Inc., , 196 pp
HARVEY, David. A Condição pós-moderna São Paulo, Loyola, 1992. caps 8 e 9 .
HOCHSCHILD, A. Managed heart - Comercialization of human feelings. Berkeley/Los
Angeles/London: University of Caligornia Press, 1983, cap. 1, pp. 3-23.
LACLAU, E. Os novos movimentos sociais e a pluralidade do social. In RBCS, n. 2 (1),
pp. 41-47.
LANE, Henry W.; Joseph J. DISTEFANO E Martha L. MAZNEVSKI. International
Management Behavior , Oxford: Blackwell, 3rd Ed.
LÓPEZ-RUIZ, O. O executivo das transnacionais e o espírito do capitalismo. Rio de
Janeiro: Azougue editorial, 2007, Introdução, pp. 37-71.
MARX, K. O Capital, livro I, vol 1, cap 1 ‘A mercadoria’ (itens 1 e 2; item 3 até o final do
subitem ‘; caps 11, 12 e
MORIN, E. Cultura de Massas no Século XX. Rio de Janeiro, Forense, 1977, caps 1, 2 e 3.
PINE II e GILMORE. The Experience Economy. Boston, Harvard Univ Press, 1999 .
62
RIFKIN, J. A era do acesso. Makron Books. (trad. port. ).S. Paulo, 2004. (I). Caps. 2, 4,
6 e 7. II Caps 8 a 12.
SENNETT, R. A Corrosão do Caráter. Rio de Janeiro, Record, 1999. Caps. 1, 2 e 3 (eu
acrescentaria os caps. 5 e 6).
SOUZA, L. Paradoxos da liberdade vigiada: Michel Foucault e as reflexões sobre a
sociedade de controle. In SCAVONE, L.; ALVAREZ, M.; MISKOLCI, R. O legado de
Foucault. São Paulo: Ed. UNESP, 2006, pp. 241-259.
TASCHNER, G. Proteção do consumidor: um estudo comparativo internacional. EAESPFGV. Série Relatórios de pesquisa, .Rel no 1, 1995.
TASCHNER, Gisela “Raízes da cultura do consumo” Revista USP 32, dez. 1996 - jan.fev.
1997, 26-43.
WOLF, Michael J. The Entertainment Economy. Caps. 1, 2, 3 e 10
CIÊNCIA POLITICA, 4 CR, 3º SEMESTRE (BÁSICA – AE)
Ementa
O objetivo deste curso é fornecer aos alunos os conceitos básicos de ciência política,
destacando a importância de seu conhecimento para a Administração e relacionando-os
com a realidade política brasileira atual. Temas tratados incluem: O que é ciência política e
sua posição no campo das ciências humanas; poder e dominação; conceitos, análise e
evolução do Estado moderno; partidos políticos e sistemas de representação, regimes
políticos e formas de governo; política e economia, risco político, e a construção de
cenários de política e economia.
Bibliografia
DAHL, Robert. Poliarquia: Participação e Oposição. São Paulo: Edusp, 1997.
DOWNS, Anthony. Uma teoria econômica da democracia. São Paulo: Edusp, 1999.
GOODIN, Robert E. & KLINGEMANN, Hans-Dieter (orgs). A New Handbook of
Political Science. Oxford: Oxford University Press, 1998.
HOWELL, Llewelleyn D. (org). The Handbook of Country and Political Risk
Analysis. East Syracuse, NY: PRS Group, 2001.
LIJPHART, Arend. Modelos de democracia: desempenho e padrões de governo em 36
países. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
TILLY, Charles. Coerção, Capital e Estados europeus. São Paulo: Edusp, 1996.
WEBER, Max. A Politica como Vocação, em Ciência e Política: Duas Vocações. SP:
Cultrix, 1991.
63
FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA PARA A ADMINISTRAÇÃO, 2 CR,
4º SEMESTRE (BÁSICA – COMUM)
Ementa
Fornecer aos alunos de administração, na primeira etapa de sua formação, o contato
sistemático com a Psicologia visando sua compreensão do que é uma ciência humana
(diferenciação entre conhecimento popular e científico, entre conhecimento substantivo e
instrumental), como esta se constitui como um conhecimento confiável a partir de seus
métodos. Para tanto expor os alunos a três grandes narrativas da psicologia levando-os a
perceber como a psicologia está relacionada ao conhecimento dos seres humanos, à
sociedade e seus problemas, produzindo distintas visões do homem e do mundo sobre as
quais construímos o mundo no qual vivemos e lidamos com seus problemas. Trata-se de
circunscrever e problematizar o objeto de estudo da psicologia. Ao concluir o curso, esperase que o aluno tenha desenvolvido a capacidade crítica como uma de suas competências
frente ao seu projeto profissional (o sentido de sua vida profissional).
Bibliografia
FREUD, S. O mal estar na civilização. Trad. J. O. Abreu. Rio de Janeiro, Imago,
1997.
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro, Rocco, 1998.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. São Paulo,
Pioneira Thompson Learning, 2005.
PROCESSOS PSICOLÓGICOS NA RELAÇÃO HOMEM-TRABALHO, 4 CR, 5º
SEMESTRE (BÁSICO – COMUM)
Ementa
A Psicologia pode contribuir para a formação do administrador ao dar voz às suas
narrativas. Essa voz se manifesta por meio de suas opções teóricas e metodológicas ao
compreender a relação entre subjetividade e trabalho.
O estudo da psicologia leva o administrador a questionar a naturalização da
organização do trabalho, conseqüência freqüente da busca da eficiência. A análise teórica e
prática dos papéis nos grupos, da identidade, do desejo, das representações e do sentido do
trabalho capacita o gestor a enfrentar os desafios de sua ação. A reflexão sobre métodos e
valores promove a compreensão e o compromisso com a condução dos negócios diante das
recentes transformações no mundo contemporâneo.
Temas comuns à aplicação da psicologia à administração como: a liderança, o
comprometimento e as competências ganham profundidade nessa abordagem, pois não
aderem de imediato à racionalidade instrumental, que banaliza os conhecimentos para
adaptá-los aos seus modos de controle. Em uma sociedade em mudança, a psicologia tem
que apresentar a liderança como um papel e uma representação social. A motivação e as
64
competências devem ser entendidas como parte da crescente individualização - atomização
- das relações de trabalho. Deste modo, é possível apresentar a psicologia como portadora
de conceitos necessários para a compreensão das organizações contemporâneas.
Bibliografia
CHANLAT, J-F. O indivíduo na Organização. Dimensões esquecidas. São Paulo: Atlas,
1992 (v.I), 1994 (v.II), 1996 (v.III).
DEJOURS, C. Da Psicopatologia à psicodinâmica do Trabalho. Orgs Selma Lancman &
Laerte Idal Sznelwar. Rio de Janeiro, Ed Fio Cruz, Brasília, Paralelo 15, 2004.
DEJOURS, C. A Banalização da Injustiça Social. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio
Vargas, 1999.
FREUD, S. (1921) Psicologia de Grupo e Análise do Ego. Edição Standard das Obras
Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1980, v. XVIII.
LAPIERRE, L. (coord) Imaginário e Liderança – na sociedade, no governo, nas empresas
e na mídia. Org. Ofélia de Lanna Sette Torres. São Paulo: Atlas, 1995.
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO E DIREITO DO
TRABALHO NA EMPRESA, 4 CR, 5º SEMESTRE (BÁSICO – AE)
Ementa
A disciplina visa transmitir os fundamentos do Direito Constitucional, a partir de
suas raízes históricas; examinar os seus principais institutos; analisar o conteúdo da
Constituição da República Federativa do Brasil, a sua evolução, e refletir a respeito dos
seus impactos econômicos, sociais, políticos e jurídicos na realidade brasileira, em especial
nas empresas e negócios em geral. A segunda parte desta disciplina visa Transmitir os
fundamentos e a formação do Direito do Trabalho, com ênfase no Brasil, a partir de suas
raízes históricas, bem como examinar os seus principais institutos; analisar os temas atuais
referentes às relações de trabalho e às perspectivas do trabalho subordinado no mundo
globalizado; discutir a evolução e as perspectivas do processo de mudança da legislação
trabalhista brasileira e da estrutura sindical; analisar os impactos da legislação trabalhista e
sindical brasileira nas empresas e nos negócios em geral, a partir de estudo de casos e do
acompanhamento do debate na sociedade brasileira; acompanhamento, em linhas gerais, da
questão trabalhista em nível internacional;
Bibliografia
Bibliografia Básica Direito Constitucional
Como Bibliografia Básica de apoio aos temas tratados na disciplina poderá ser utilizado
qualquer manual de Direito Constitucional, dentre os quais sugere-se:
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. Revista dos Tribunais.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direito Constitucional. Saraiva.
MORAES, Alexandre de. Curso de Direito Constitucional. Atlas.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. Celso Bastos Editor.
Os materiais referentes ao estudo de casos e os artigos a respeito do debate nacional e de
temas constitucionais específicos serão distribuídos pelo professor.
Bibliografia Básica Direito do Trabalho
65
DELGADO, Maurício Godinho – “Curso de Direito do Trabalho” – Ed.LTr, 5º ed. 2006
NASCIMENTO, Amauri Mascaro – “ Curso de Direito do Trabalho” – Ed. Saraiva, 19º
ed. 2004
MAGANO, Octávio Bueno – “Manual de Direito do Trabalho” – vol. III – Direito
Coletivo do Trabalho – Ed. LTr
DIREITO PRIVADO NA EMPRESA, 4 CR, 6º SEMESTRE (BÁSICA – AE)
Ementa
O programa da disciplina Direito Privado na Empresa contém títulos e matérias que,
de modo algum, esgotam o conteúdo do Direito Privado aplicável às atividades com fins
econômicos. Ele pretende abranger, compactando em razão da curta duração de um
semestre letivo, os conhecimentos adequados ao administrador, tendo em conta que as
questões jurídicas são variáveis impostas para a tomada de decisões, sendo mesmo às vezes
definitivas para a concretização de negócios.
Bibliografia
CARVALHOSA, Modesto e EIZIRIK, Nelson. A Nova Lei das S/A. São Paulo. Saraiva.
2002.
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. São Paulo. Saraiva. 17ª ed. 2006.
------------, Curso de Direito Comercial. São Paulo. Saraiva. 10ª ed. 3 Vols. 2006.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro - Parte Geral. São Paulo. Saraiva.
23ª ed.. Vol. 1 . 2006
FAZZIO JUNIOR, Waldo. Nova Lei de Falência e Recuperação de Empresas. São Paulo.
Atlas. 2005.
MUNHOZ, Eduardo Secchi. Empresa Contemporânea e Direito Societário - Poder de
Controle e Grupos de Sociedades. São Paulo. Ed. Juarez de Oliveira. 2002.
DIREITO TRIBUTÁRIO NA ATIVIDADE EMPRESARIAL, 4 CR, 7º SEMESTRE
(BÁSICA – AE)
Ementa
Embora o objetivo da disciplina seja principalmente exegético, isto é, de explicação
e comentários das leis em vigor, relativas a cada um dos tributos existentes, relacionados à
atividade empresarial, pretende-se oferecer condições para que o aluno desenvolva um
método de análise e um processo de argumentação - utilizando-se da doutrina, da legislação
e da jurisprudência - que o habilite a solucionar casos concretos em matéria tributária.
Bibliografia
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 22ª ed. São
Paulo, Malheiros, 2006.
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 9ª ed. Rio de
Janeiro, Forense, 2006.
66
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 27ª ed. São Paulo, Malheiros,
2006.
MELO, José Eduardo Soares de. Curso de Direito Tributário. 6ª ed. São Paulo, Dialética,
2005.
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 13ª ed., Rio de Janeiro,
Renovar, 2006.
8.4 INFORMÁTICA E MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À ADMINISTRAÇÃO
- IMQ
INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO, 4 CR, 1º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – COMUM)
Ementa
O objetivo do curso é conceituar Tecnologia da Informação (TI), sua evolução e
importância para as organizações além de introduzir o conceito e características básicas de
um Sistema de Informação (SI). Serão apresentados os principais componentes de TI, tanto
os físicos, como a infra-estrutura, o hardware e as redes de comunicação de dados, quanto
os lógicos, como as linguagens de programação, o software e programas aplicativos. O
curso focará também no uso de ferramentas de modelagem quantitativa através de planilhas
eletrônicas e modelagem de dados, utilizando aplicativos de bancos de dados.
Bibliografia
LAUDON, KENNETH C. E LAUDON, JANE P. Sistemas de Informação Gerenciais 7ª ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2007. ... ou ...
LAUDON, KENNETH C. E LAUDON, JANE P. Sistemas de Informação Gerenciais 5ª ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2004.
PETRINI, MAIRA. Projeto de Banco de Dados (apostila disponível eletronicamente).
MEIRELLES, FERNANDO S. E LEITE, JACI C. Usando Excel na Prática. 3ed. São
Paulo: Fundação Getulio Vargas, EAESP-CIA, Série Textos Didáticos. 1998 (apostila
publicada, disponível na Livraria).
E outros artigos recentes, a serem informados conforme plano de aulas.
MATEMÁTICA I, 4 CR, 1º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
Esta disciplina visa a desenvolver no aluno a habilidade de quantificar e modelar
problemas ligados ao cotidiano da Administração. Especificamente, esse
desenvolvimento será feito por intermédio do estudo de Cálculo Diferencial de funções
com uma única variável.
67
Também objetiva ensinar as técnicas quantitativas utilizadas em outras disciplinas de
um curso de administração, em especial o cálculo diferencial e Integral de funções de
uma única variável independente. Além disso, a disciplina procura familiarizar o aluno
com conceitos, técnicas e terminologias amplamente utilizados no cotidiano do
administrador: receita, custo, lucro, demanda, oferta, maximização, minimização etc.
Bibliografia
MORETTIN, P.A.; BUSSAB, W.O. e HAZZAN, S. Cálculo - Funções de uma e várias
variáveis. Editora Saraiva, São Paulo, 2003.
MATEMÁTICA II, 4 CR, 2º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
Ensinar o aluno a aplicar as técnicas de integração simples em problemas
relacionados à Administração. Ensinar a resolver e a modelar equações diferenciais.
Ensinar a trabalhar com funções de múltiplas variáveis exemplificando com situações
voltadas à Administração.
Bibliografia
MORETTIN, Pedro A. ;HAZZAN, Samuel ;BUSSAB, Wilton de O.: Cálculo- Funções de
uma e várias variáveis. Editora Saraiva, 2003.
ESTATÍSTICA I, 4 CR, 2º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
O objetivo deste curso é apresentar conceitos de estatística descritiva, distribuições de
probabilidade e inferência estatística para desenvolver o raciocínio estatístico do aluno para
tomada de decisão. O aluno aprenderá a extrair informações de um conjunto de dados em
forma de medidas, tabelas e gráficos, simular fenômenos reais com modelos quantitativos e
inferir sobre uma população com dados amostrais.
Bibliografia
ANDERSON, SWEENEY e WILLIAMS. Estatística Aplicada à Administração e
Economia. Thomson, 2ª Edição, 2007.
BUSSAB e MORETTIN. Estatística Básica. Saraiva, 5ª Edição, 2002.
LEVINE et al. Estatística – Teoria e Aplicações Usando o Microsoft Excel em Português.
LTC, 3ª Edição, 2005.
68
MATEMÁTICA III, 4 CR, 3º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
Ensinar o aluno a modelar problemas através de sistemas de equações usando
linguagem matricial.
Ensinar conceitos de Álgebra Linear habitualmente utilizados em Estatística,
Marketing e Finanças.
Bibliografia
ANTON, H. e BUSBY, R.C. Álgebra linear contemporânea. São Paulo: Artmed Editora,
2006.
BOLDRINI, J.L., COSTA, S.I.R., FIGUEIREDO,V.L. e WETZLER, H.G. Álgebra linear 3
ed.São
Paulo: Editora Harbra,1 986.
MATEMÁTICA FINANCEIRA, 2 CR, 3º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS
– COMUM)
Ementa
Ensinar ao aluno as diversas formas de se fazer financiamentos e analisar
investimentos como funções do valor do dinheiro no tempo. Ensinar o aluno a utilizar
calculadora financeira e funções financeiras do Excel.
Bibliografia
HAZZAN, S. e POMPEO, J.N. Matemática Financeira 5ed. São Paulo: Editora Saraiva,
2001.
VIEIRA SOBRINHO, J.D. Matemática Financeira 6ed. São Paulo: Editora Atlas, 1997.
ESTATÍSTICA II, 4 CR, 3º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
O objetivo deste curso é aplicar a teoria estatística para criar e analisar modelos de
previsão baseados em dados amostrais. Serão apresentados modelos para comparação de
populações e modelos de regressão e previsão, e os alunos utilizarão softwares estatísticos
para desenvolver e analisar tais modelos.
Bibliografia
ANDERSON, David R., SWEENEY, Dennis J. e WILLIAMS, Thomas A. Estatística
Aplicada à Administração e Economia. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
BUSSAB, Wilton O. e MORETTIN, Pedro A. Estatística Básica, 5a ed. Savaiva, 2003.
LEVINE, David M.; STEPHAN, David; KREHBIEL, Timothy C.; BERENSON, Mark L.
Estatística – Teoria e Aplicações. 3ª ed. LTC. 2002.
69
McCLAVE, James e SINCICH, Jerry. Statistics for Business and Economics. 8th ed, Upper
Saddle Rivers, 2000.
SINCICH, Terry. Business Statistics By Example. 5th ed., Upper Saddle Rivers, Prentice
Hall, 1996.
ESTATÍSTICA III, 4 CR, 4º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
Proporcionar ao aluno o conhecimento e habilitação na análise e modelagem de
dados multidimensionais e séries de tempo, muito utilizados em administração,
principalmente nas áreas de Marketing e Finanças.
Bibliografia
GUJARATI, D.N. (2000). Econometria Básica São Paulo: Makron Books.
MORETTIN, P.A. e Toloi, C.M.C. (2004). Análise de Séries Temporais. São Paulo: Edgard
Blucher.
HAIR JR, J.F., Anderson, R.E. Tatham, R.L. e Black, W.C. (2006). Análise Multivariada
de Dados. Porto Alegre: Bookman.
JACKSON, B.B. (1983). Multivariate Data Analysis. Homewood: Richard D. Irwin, Inc.
HANKE, J.E., Reitsch, A.G. e Wichern, D.W. (2001) Business Forecasting. 7th.ed. Upper
Saddle Rivers, Prentice Hall.
MODELAGEM PARA APOIO À TOMADA DE DECISÃO, 4 CR, 4º SEMESTRE
(ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
A disciplina introduz os modelos quantitativos fundamentais que apóiam a tomada
de decisão. Por meio da aplicação de várias abordagens de modelagem quantitativa em
vários contextos problemáticos caracterizados por variáveis diferentes, habilidades em
tomada de decisão são desenvolvidas. Um foco significante do conteúdo é a investigação de
cenários possíveis baseando-se nas informações oferecidas pelas soluções dos modelos.
Deverão ser abordadas também as especificidades da modelagem para o setor privado e
para o setor público.
Bibliografia
ALBRIGHT SC, Winston WL and Zappe C (2003) Data Analysis and Decision Making
with Microsoft Excel (second edition). Thomson-Brooks/Cole.
ALBRIGHT SC and Winston WL (2005) Spreadsheet Modeling and Applications:
Essentials of Practical Management Science. Thomson/Brooks-Cole.
ANDERSON DR, Sweeney DJ and Williams TA (2005) An Introduction to Management
Science:Quantitative Approaches to Decision Making (11th edition). ThomsonSouthwestern.
70
MOORE JH and Weatherfod LR (2005) Tomada de Decisão em Administração com
Planilhas Eletrônicas (sexta edição). Bookman.
WINSTON WL and Albright SC (2001) Practical Management Science. Second edition,
Duxbury/Thomson.
ADMINISTRAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, 4 CR, 6º SEMESTRE
((ESTUDOS QUANTITATIVOS – AE)
Ementa
O objetivo do curso é discutir o papel da TI na organização, aprofundando a análise
sobre a sua importância estratégica e estrutural. Serão apresentadas as principais tendências
e oportunidades em função das tecnologias emergentes e as alterações nas estruturas
organizacionais permitidas ou provocadas pela TI. Serão também abordados o
planejamento e a gestão dos investimentos e da implementação de Sistemas de Informação
na organização.
Bibliografia
LAUDON, Kenneth C. e Laudon, Jane P. Sistemas de Informações Gerenciais 5.ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2004.
TURBAN, E.; McLean, E; Wetherbe, J. Tecnologia da Informação para Gestão. 3ª ed.
Porto Alegre: Bookman. 2004.
8.5 MERCADOLOGIA - MCD
INTRODUÇÃO AO MARKETING, 4 CR, 1º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
Introduzir o pensamento e os conceitos básicos de Marketing, de modo a garantir que
os alunos adquiram o linguajar e se familiarizem com a terminologia da área. Os alunos, ao
término do curso, deverão estar aptos a identificar as variáveis envolvidas no processo
decisório típico de Marketing, bem como os principais conceitos a ele relacionados.
Bibliografia
CHURCHILL, Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para o cliente. São
Paulo: Saraiva, 2000.
COBRA, Marcos; Marketing Básico; uma perspectiva brasileira. 4ª ed. São Paulo:
Atlas, 1997.
DIAS, Sergio R. (org) Gestão de Marketing. 1a ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2003.
71
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 12ª ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006.
URDAN, Flávio T. e URDAN, André T. Gestão do Composto de Marketing. São Paulo:
Atlas, 2006.
GESTÃO I: INTELIGÊNCIA DE MARKETING, 4 CR, 3º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AE)
Ementa
Duas são as vertentes dessa disciplina, cada qual com seus objetivos próprios, mas
interligados. Na primeira delas, o objetivo básico é proporcionar uma visão geral sobre a
inteligência de marketing e os seus sistemas de informações. Visa-se capacitação para
empreender projetos de informações de marketing competentes, ajudando a identificar,
estruturar e resolver problemas de marketing de modo efetivo e eficiente. Destaque é dado
à pesquisa de marketing, contemplando-se as diversas fases do seu processo. Os objetivos
específicos envolvem: i) geração de informações que sejam relevantes e acuradas para
quem decidirá; ii) uso de métodos e técnicas de inteligência de marketing apropriados para
os principais problemas da realidade profissional de marketing.
Noutra vertente, a disciplina apresenta o domínio do comportamento de consumidor,
fundamental para o profissional de marketing desenvolver, avaliar e implementar
programas de marketing. Toda abordagem contemporânea de negócio enfatiza o foco no
cliente. O Marketing, em particular, começa e termina com o consumidor, da determinação
de suas necessidades e seus desejos ao oferecimento de satisfação do cliente. As muitas
mudanças no ambiente de marketing (como o aparecimento de modos novos de comprar e a
capacidade tecnológica para mirar mais precisamente os clientes) tornaram a compreensão
do comportamento de consumidor ainda mais crítica. Então os objetivos básicos dessa
vertente são: i) aprender os principais conceitos e teorias do comportamento de
consumidor; ii) adquirir habilidade para identificar aplicações destes conceitos e teorias na
prática de marketing.
Bibliografia
BLACKWELL, Roger D.; MINIARD, Paul W.; ENGEL, James F. Comportamento do
consumidor. 9ª ed. São Paulo: Pioneira Thomson learning, 2005.
KARSAKLIAN, Eliane. Comportamento do consumidor. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 4ª ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006.
MATTAR, Fauze N. Pesquisa de marketing: edição compacta. 3ª ed. São Paulo: Atlas,
2001.
MOWEN, John C.; MINOR, Michael S. Comportamento do consumidor. São Paulo:
Prentice Hall, 2003.
72
GESTÃO II – PRODUTO E PREÇO, 4 CR, 4º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
A disciplina pretende discutir o processo de desenvolvimento e posicionamento de
produtos dando ênfase a gestão de marcas com a utilização das principais ferramentas e
técnicas para a sua construção e gestão , abordando ainda as principais tendências .
No que se refere a analise dos preços a disciplina pretende definir e discutir o
conceito de preço em marketing, identificar os objetivos empresariais de preço, discutir os
efeitos da estrutura da concorrência sobre os preços, bem como as relações entre preço e
demanda. Ademais, pretende-se relacionar os conceitos básicos de custo e a formação do
preço de venda e discutir as estratégias e táticas de preços.
Bibliografia
AAKER, D. A. Criando e administrando marcas de sucesso. São Paulo: Futura, 1996.
AAKER, D. A.; JOACHIMSTHALER, E. Como construir marcas líderes. São Paulo:
Futura. 2001.
AAKER, D.A. Criando e administrando marcas de sucesso. São Paulo: Futura, 1996.
AAKER, D.A. Marcas: brand equity, gerenciando valor da marca. São Paulo: Negócio,
1998.
KELLER, K. L. Strategic brand management: building, measuring and managing brand
equity. Upper Saddle River, New Jersey: Prentice-Hall, 1998.
NAGLE, T.; HOLDEN, R.K. Estratégia e táticas de preços: um guia para decisões
lucrativas. São Paulo: Makron Books, 2003.
GESTÃO III: VENDAS, CANAIS E COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE
MARKETING, 4 CR, 5º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
A disciplina contempla três frentes: a administração de vendas ,a gestão dos canais
de distribuição e os conceitos e os princípios básicos atuais relacionados ao que podem ser
as Comunicações de Marketing nas organizações.
No que diz respeito à administração de vendas os objetivos do curso são:
- introduzir os conceitos de Gestão de Vendas;
- estudar o processo de integração entre as atividades de Vendas e Marketing;
- estudar as variáveis relevantes no processo de Administração de Vendas;
- estudar as formas de organização da equipe de vendas;
- avaliar a gestão da equipe de vendas, sua motivação e desempenho.
Na outra vertente a disciplina pretende estudar o papel e importância dos elementos
participantes dos canais, estudar as estratégias e formas de implantação das políticas de
canais, bem como compreender a integração dos Canais de Distribuição com as variáveis
do Composto de Marketing. Por fim, a disciplina visa estudar a integração entre os
elementos do canal e sua interação logística.
O estudo da Comunicação Integrada de Marketing será realizado numa perspectiva
abrangente, integrada, de prestação de contas e gerencial. Abrangente porque se entende
promoção como contemplando todos as formas para apresentar uma organização e seus
73
produtos a clientes prospectivos, comunicando o que satisfaça necessidades e desejos,
provocando, concretizando e mantendo relações de troca mutuamente proveitosas, o que é
essencial para obter e manter um elevado desempenho organizacional no longo prazo.
Abordagem integrada porque não se admite mais comunicações de marketing sem uma
compreensão consistente das inter-relações entre todos os vários componentes do marketing
(como produto, preço, praça e a própria multifacetada promoção) e dos receptores da
comunicação e os motivos que os movem no mercado. Enfoque de prestação de contas
porquanto os recursos aplicados em promoção têm de passar por avaliação da relação entre
custos e benefícios nas organizações. Prisma gerencial pois se pretende fornecer
qualificação para a administração da função promocional, enfatizando-se os elementos de
planejamento e controle.
Bibliografia
COBRA, MARCOS , Administração de vendas , editora Atlas,1998.
COUGHLAN, A.T., ANDERSON, E., STERN, L.W.; EL-ANSARY A.I. Canais de
Marketing e Distribuição. 6ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
ROSENBLOOM, B. Marketing Channel: A Management View. 6ª edição. Mason, Ohio:
South-Western Thomson Learning, 1999.
FUTRELL, C.M. Vendas: fundamentos e novas práticas de gestão. São Paulo: Saraiva,
2003.
MOREIRA, J.C.T. Administração de vendas. São Paulo: Saraiva, 2000.
Englewood Cliffs: Prentice Hall, 2004.
GESTÃO IV: PLANEJAMENTO E GESTÃO ESTRATÉGICA, 4 CR,
5º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
O objetivo da disciplina é desenvolver uma visão integrada do marketing, com foco
nas inter-relações dos vários componentes do composto mercadológico. A análise
estratégica do composto mercadológico deve contemplar sua relação com o ambiente
externo, discutindo como as ações de marketing (variáveis controláveis) interagem com as
variáveis do ambiente no processo de desenvolvimento e implementação de um plano
estratégico de marketing eficaz.
A disciplina contempla aplicar todos os conceitos desenvolvidos nos cursos de
Gestão I , II e III mediante uma simulação empresarial, jogo de empresas.Alem de treinar
os alunos em processos decisórios e de trabalho em grupo,a simulação capacita os
participantes a entenderem como as diversas variáveis mercadologias( política de produto,
preço, distribuição,propaganda, promoção,pos venda,etc.)e as financeiras ( Valuation,
balanço, DRE, fluxo de caixa, indicadores financeiros,empréstimos bancários e de
mutuo,etc.) envolvidas nas decisões são interdependentes e como afetam o desempenho de
uma empresa.
Bibliografia
JAIN, S. C. Marketing Planning and Strategy, 6 ed., New York: South-Western , 2000.
FERRELL, O.C. & HARTLINE, M. D. Estratégia de Marketing. São Paulo: Thomson,
2005.
74
KELLER, K. L. Strategic Brand Management. New York: Pearson, 2002.
8.6 PLANEJAMENTO E ANÁLISE ECONÔMICA APLICADOS À ADMINISTRAÇÃO PAE
MICROECONOMIA INTERMEDIÁRIA APLICADA, 4 CR, 3º SEMESTRE
(BÁSICA – COMUM)
Ementa
O objetivo do curso de microeconomia é estudar o funcionamento do mercado, as
decisões econômicas dos consumidores e dos produtores, e os impactos de políticas
econômicas. Para tanto, desenvolvemos em nível intermediário a teoria do consumidor e da
demanda, do produtor e da oferta competitiva e das estruturas de mercado, como
competição perfeita, competição imperfeita e monopólio. A fim de entender o papel das
estratégias na tomada de decisões, principalmente em oligopólios, apresentamos a teoria de
jogos em nível introdutório. Analisamos o equilíbrio de mercado (parcial), o impacto de
choques exógenos no equilíbrio, elasticidades. Avaliamos os efeitos de bem-estar de
políticas governamentais nos mercados competitivos, utilizando exemplos reais da
economia Brasileira e internacional. Se mercados existem para todos os bens, e se esses
mercados fossem perfeitos, existiria o equilíbrio geral. Tratamos no nível introdutório as
condições sob quais o equilíbrio geral existe, as importantes implicações disso, ou seja, o
primeiro e segundo teorema de bem-estar, e a questão o que fazer (ou não fazer) se o
mercado apresenta falhas. O objetivo final do curso é habilitar o aluno a analisar os
problemas microeconômicos de maneira qualitativa e quantitativa.
Bibliografia
PINDYCK, Robert, RUBINFELD, Daniel L., Microeconomia, 6ª edição, Prentice-Hall
Inc., 2006.
YGOSSE BATTISTI, Jolanda E., A Volta à Microeconomia em 80+ Ferramentas.
Workbook em Microeconomia Intermediária com Aplicações Brasileiras e Internacionais,
2006.
MACROECONOMIA INTERMEDIÁRIA APLICADA, 4 CR, 5º SEMESTRE
(BÁSICA – COMUM)
Ementa
A disciplina objetiva desenvolver o instrumental analítico básico de Macroeconomia
de modo a habilitar o aluno a analisar os problemas da economia brasileira.
Bibliografia
BLANCHARD, O.: Macroeconomia. SP: Prentice Hall, 2004 (Tradução da 3a. Edição
Americana).
75
DORNBUSH, R., FISCHER, S. e STARTZ, R.: Macroeconomia. SP: Makron Books,
2003, (8a.Edição). (A ser adotado como livro-texto neste curso)
HALL, R. e J. TAYLOR.: Macroeconomia. RJ: Ed. Campus, 1989.
HALL,R.E. e LIERBERMAN, M. “Macroeconomia Princípios e Aplicações”, 2003 –
Editora Pioneira Thompson.
MANKIW, G.: Macroeconomia. , Editora LTC, 1998 (3ª edição).
PAULANI, L. e M. B. BRAGA: A Nova Contabilidade Social. SP : Ed. Saraiva, 2000.
SACHS, J. e F. LARRAIN.: Macroeconomics. NY: Prentice-Hall, 1993.
SIMONSEN, M. H.: Macroeconomia. SP: Ed. Atlas, 1995. (2a. Edição)
DESENVOLVIMENTO COMPARATIVO, BRASIL, PAÍSES DESENVOLVIDOS E
PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, 4 CR, 6º SEMESTRE (BÁSICA – COMUM)
Ementa
Desenvolver o instrumental analítico básico para entender as razões do atraso
brasileiro a partir de sua formação histórica, o que quer dizer, a partir dos elementos
culturais, políticos, sociais e, em especial, os econômicos, que forjaram esta nação. Como
toda a história, implícita ou explicitamente, é história comparativa, visto que só podemos
perceber as oportunidades e as dificuldades que esta ou aquela sociedade enfrentaram ao
longo de sua trajetória a partir de comparações com a trajetória que poderia ter ocorrido
tivessem sido as circunstâncias diferentes, o curso estará focando diferentes processos de
desenvolvimento rumo à modernidade que historicamente foram possíveis.
Bibliografia
RAY, Debraj, 1998, Development Economics, Princeton University Press; Princeton, NJ.
EASTERLY, William, 2002, The Elusive Quest for Growth. Economists' Adventures and
Misadventures in the Tropics, MIT Press.
THIRLWALL, A.P., 2003, Growth and Development. With Special Reference to
Developing Economies, 7th edition, Palgrave MacMillan: Hampshire.
UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME (UNDP), Human Development
Report: http://www.undp.org/
WORLD BANK, 2006, World Development Report: http://econ.worldbank.org
Outros Materiais Didáticos (a ser distribuido ou divulgado ao longo do semestre na sala de
aula e/ou blackboard).
76
8.7 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO, OPERAÇÕES E LOGÍSTICA - POI
GESTÃO DE OPERAÇÕES, 4 CR, 2º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
O objetivo desta disciplina é o de transmitir aos alunos os conceitos essenciais de
gestão de operações buscando, principalmente instruí-los na integração e no alinhamento
das decisões operacionais e estratégicas de uma organização. A partir das necessidades de
mercado de diversos tipos de negócios, o aluno será levado a lidar com técnicas e métodos
na abordagem de questões sobre medidas de desempenho, arranjo físico, projeto de
processos e qualidade. Será também discutida a importância dos projetos de produto e de
serviços para toda e qualquer organização.
Bibliografia
CORREA, H. L. e CORREA, C. A. Administração da Produção e Operações. 2ª. Ed. São
Paulo: Atlas, 2008
CHASE, R. B., JACOBS, F. R e AQUILANO, N. J Administração da Produção e
Operações, 11ª. Ed, São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
LOGÍSTICA EMPRESARIAL, 4 CR, 4º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
A disciplina tem por objetivo estudar o papel da logística na cadeia de suprimento,
identificando seus componentes e estudando os métodos que permitem sua análise.
Procura-se capacitar o aluno nas técnicas e desenvolvimentos usados para planejamento e
controle de operações logísticas, tanto no caso de operações de manufatura como de
operações de serviço, envolvendo tópicos como Planejamento Mestre (Sales & Operations
Planning) e Gestão de Compras, que lidam diretamente com as interfaces da operação com
os mercados de suprimentos.
Bibliografia
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos - planejamento,
organização e logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BOWERSOX, Donald J., David J. Closs, M. Bixby Cooper, Gestão Logística de Cadeias
de suprimento. Porto Alegre: Bookman Editora, 2006.
CHOPRA, Sunil, Meindl, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos – estratégia,
planejamento e operação. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
SIMCHI-LEVI, David, KAMINSKY, P., SIMCHI-LEVI, E., Cadeia de suprimentos –
projeto e gestão. Porto Alegre: Bookman Companhia Editor, 2003.
77
MODELOS DE ORGANIZAÇÕES SUSTENTÁVEIS, 2 CR, 5º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – COMUM)
Ementa
Por sustentabilidade empresarial entende-se o atendimento simultâneo dos objetivos
de eficiência econômica, equidade social e conservação do meio ambiente. O curso é
dividido em três grandes blocos. No primeiro, são abordados os fundamentos conceituais
do desenvolvimento, construídos a partir da análise crítica do Estado do Mundo e das
Macrotransições. È ainda discutida neste bloco a gestão da responsabilidade corporativa, e
os motivos para a sua adoção nas empresas. O segundo bloco enfatiza a estratégia de
negócios sustentáveis, cujo pressuposto é a transformação de desafios em oportunidades, a
partir da criação de valor sustentável. O bloco final explora a mensuração e formalização
das práticas sustentáveis nas empresas. Investimentos socialmente responsáveis, índices de
sustentabilidade e diretrizes para relatórios de sustentabilidade compõem a parte final do
curso.
Bibliografia
ELKINGTON, J. Canibais de garfo e faca. São Paulo: Makron, 2001.
HART, S.; MILSTEIN, M. B. Criando valor sustentável. RAE Executivo, v. 3, n. 2, pp.
65-79, 2004.
LASZLO, E. Macrotransição: O desafio do Terceiro Milênio. São Paulo: Axis
Mundi/Willis Harman House, 2001.
PORTER, M.; KRAMER, M. Strategy and society: the link between competitive advantage
and corporate social responsibility. Harvard Business Review, pp. 1-15, december, 2006.
VEIGA, J. E. Desenvolvimento Sustentável: o desafio do século XXI. 2ª. Ed. São Paulo:
Garamond, 2006.
ESTRATÉGIA DE REDE DE SUPRIMENTOS E REDES DE OPERAÇÕES
GLOBAIS, 4 CR, 5º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AE)
Ementa
A disciplina visa familiarizar o aluno com o conceito de cadeia de suprimentos em
um nível estratégico.
Pretende-se discutir a importância das competências operacionais e seu papel no
desenvolvimento de estratégias operacionais de uma organização bem como o
desenvolvimento dessas competências.
Conceitos relacionados aos critérios de decisão em situações de compra de insumos
em mercados ou verticalização da produção, a avaliação de redes de suprimentos; a
avaliação de desempenho de redes de suprimentos e o Planejamento e Controle da Rede de
Suprimentos serão abordados.
Bibliografia
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos - planejamento,
organização e logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001.
78
BOWERSOX, Donald J., David J. Closs, M. Bixby Cooper, Gestão Logística de Cadeias
de suprimento. Porto Alegre: Bookman Editora, 2006.
CHOPRA, Sunil, Meindl, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos – estratégia,
planejamento e operação. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
DORNIER, Phillipe-Pierre, Ernst, R., Fender, M., Kouvelis P. Logística e operações
globais. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
SIMCHI-LEVI, David, KAMINSKY, P., SIMCHI-LEVI, E., Cadeia de suprimentos –
projeto e gestão. Porto Alegre: Bookman Companhia Editor, 2003.
GESTÃO DE PROJETOS E EMPREENDIMENTOS, 4 CR, 6º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AE)
Ementa
Esta disciplina tem como objetivo demonstrar a importância do planejamento de
operações, seja no campo industrial como no de serviços, do primeiro ao terceiro setor.
Para tanto, enfatizará a elaboração de um Plano Gerencial para projetos reais de
organizações existentes enfatizando a utilização de metodologias que permita ao
administrador fundamentar as decisões com implicações de longo prazo.
Como em tais situações a análise é sujeita a fortes condições de incerteza, quais
sejam: o comportamento dos custos, dos mercados, das mudanças tecnológicas, das taxas
de juros reais e das taxas de inflação durante a vida do projeto, a análise econômica e de
sensibilidade serão abordadas como importantes metodologias para fundamentar as
decisões sobre estes projetos.
Bibliografia
KERZNER, Harold – Gestão de Projetos: as melhores práticas – Bookman, 2006.
SHARF, Regina – Manual de Negócios Sustentáveis – Amigos da Terra, 2004
PMBoK – Project Management Body of Knowledge – Project Management Institute, 2000
HUMMEL, Paulo R. V. e Nivaldo E. Pilão - Matemática Financeira e Engenharia
Econômica. Editora Pioneira – Thompson Learning - 2003.
8.8 INTERDEPARTAMENTAIS
EXPERIÊNCIA EMPREENDEDORA I, 2 CR, 1º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
A atividade Experiência Empreendedora visa proporcionar a oportunidade para a
vivência e a sensibilização de projetos de empreendimentos organizacionais, tanto no
campo empresarial quanto público, por meio de uma experiência empreendedora,
79
conduzida de forma prática, para a criação de novos produtos, serviços ou soluções com
finalidade comercial ou não.
A experiência empreendedora almeja criar as condições para os participantes
materializarem uma hipótese, formulada ou não por eles. Vivenciarão assim uma
experiência, sendo estimulados a perceberem a importância das disciplinas que verão
futuramente. Exercitarão a concepção do negócio a partir da discussão de possíveis idéias
ou oportunidades identificadas pelos grupos. Quando uma dessas idéias resultar na
constatação de uma oportunidade, o grupo terá como desafio a transformação do que é
potencial em realidade (protótipos, storyboards etc.).
Bibliografia
HISRICH, R. e PETERS, M. Empreendedorismo. Edit. Bookman, 2004.
LONGENECKER et al. Administração de Pequenas Empresas. Edit. Makron, 1997.
DOLABELA, F. O segredo de Luísa. Editora Cultura, 2000.
INTEGRAÇÃO, 2 CR, 1º SEMESTRE (BÁSICA – COMUM)
Ementa
Frente a um contexto social e de mercado pautado por contradições, heterogeneidade
das realidades e pela rapidez dos processos de transformação, a entrada do jovem no
universo adulto mostra-se complexa e, por vezes, estende-se para além do término da
faculdade. O objetivo maior dessa atividade é permitir que a inserção no espaço
universitário seja realmente um marco de entrada no universo adulto, proporcionando um
espaço de reflexão, expressão crítica, interação, diálogo e construção de redes de relações
sociais.
Bibliografia
KAVAFIS, Konstantinos. Ítacas. In: Poemas. Organização e tradução José Paulo Paes. Rio
de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, Coleção Poiesis, s/d.
KAVAFIS, Konstantinos. A espera dos bárbaros. In: Poemas. Organização e tradução José
Paulo Paes. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, Coleção Poiesis, s/d.
PAQUET, Marcel. Magritte. Köln: ColeçãoTaschen, 1995.
SALGADO, Sebastião. Terra/Sebastião Salgado. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
EXPERIÊNCIA EMPREENDEDORA II, 2 CR, 2º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
Visa proporcionar aos participantes a oportunidade para a vivência e a sensibilização
de projetos de empreendimentos organizacionais, por meio de uma experiência
80
empreendedora, conduzida de forma prática, para a criação de novos produtos, serviços ou
soluções com finalidade comercial ou não.
A experiência empreendedora almeja criar condições para os participantes
materializarem uma hipótese, formulada por eles. Vivenciarão assim uma experiência,
sendo estimulados a perceberem a importância das disciplinas que verão
futuramente. Realizará a viabilidade operacional do empreendimento.
Bibliografia
SIEGEL, E.L. Guia da Ernst & Young para desenvolver seu plano de negócios, Record,
Rio de Janeiro, 1991
HISRICH, R. e PETERS, M. Empreendedorismo. Edit. Bookman, 2004
PROJETO DE ORGANIZAÇÃO LOCAL, 2 CR, 4º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
Esta atividade visa desenvolver no aluno a habilidade de percepção e análise da
interação dinâmica das “funcionalidades” de uma empresa e que resulta num todo
organizacional.
Bibliografia
(a ser indicada durante o curso)
PROJETO DE REDE NACIONAL, 2 CR, 6º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
Visa desenvolver no aluno a habilidade para entender as partes funcionais e/ou
processos (a organização já “desconstruida”) e descrever o Modelo de Negócios utilizado
pela organização analisada para dar sentido e unicidade às suas ações. É ver a racionalidade
e descobrir a singularidade, “aquilo que ‘dá a liga’ às iferentes funcionalidades.
Bibliografia
(a ser indicada durante o curso)
81
CASO DE REDE INTERNACIONAL, 2 CR, 7º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
Objetiva desenvolver uma visão estratégica, conceitual, etc. O olhar é macro, sobre
os contornos, sobre sistemas complexos. Para isso os alunos deverão escrever um caso de
sucesso ou fracasso a partir de uma situação emblemática. Para tanto, será preciso fazer
uma descrição do evento e uma análise histórica e de contexto para explicar os resultados
obtidos.
Bibliografia
(a ser indicada durante o curso)
VOCAÇÃO E TRABALHO, 4 CR, 8º SEMESTRE (PROFISSIONAL – COMUM)
Ementa
Discutir como os alunos do VIII semestre do Curso de Administração se situam
diante da carreira, suas vivências em relação à transição do mundo acadêmico para o
mundo do trabalho. e como se vêem futuramente desenvolvendo suas atividades pósfaculdade. Trata-se então de circunscrever a questão, problematizar e refletir seus sonhos,
desejos, ambições, projetos e identidade. Refletir também questões cruciais como escolhas
profissionais, projetos de carreira, desenvolvimento pessoal e profissional, vocação,
equilíbrio entre vida profissional e pessoal e a construção de uma identidade madura ante os
grandes desafios que irão enfrentar. Ao final do percurso, espera-se que os estudantes
estejam mais bem preparados para enfrentar essa difícil fase de transição.
Bibliografia
Berger, Peter & Luckmann, Thomas. A Construção Social da Realidade. Rio de Janeiro:
Vozes, 1987
Bohoslavsky, Rodolfo. Orientação Vocacional. São Paulo, Martins Fontes, 1977.
Bruckner, Pascal. A Euforia Perpétua. Rio de Janeiro: Ed.Disel, 2002.
Camus, Albert, O Mito de Sísifo. Lisboa: Edição Livros do Brasil, s.d.
Freud, S. Futuro de uma Ilusão. Rio de Janeiro: Imago, 1927. In Obras Psicológicas
Completas, vol XXI
------------ Mal Estar na Civilização. Rio de Janeiro: Imago, (1930[1929]). In Obras
psicológicas Completas, vol XXI.
Goffman, Erving. Estigma. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
82
9. EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS DE DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS DO CURSO DE
GRADUAÇÃO – LINHA DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA EM ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
9.1 ADMINISTRAÇÃO GERAL E RECURSOS HUMANOS - ADM
COMUNICAÇÃO, SEMIÓTICA E RETÓRICA NA ADMINISTRAÇÃO, 4 CR,
1º SEMESTRE (BÁSICA – COMUM )
Ementa
Esta disciplina tem por objetivo oferecer aos alunos os conceitos fundamentais de
lógica, semiótica (a ciência da interpretação de signos e símbolos) e da retórica (a ciência
da persuasão) com vistas ao desenvolvimento e à prática da competência argumentativa e
das habilidades de comunicação.
Bibliografia
ALVES, M. A. ; BLIKSTEIN, Izidoro. Análise de Narrativas. In: Godoi, Christina
Kleinübig; Rodrigo Bandeira-De-Melo; Anielson B. Silva. (Org.). Pesquisa Qualitativa
em Estudos Organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Editora
Saraiva, 2006, p. 403-428.
CHANDLER, Daniel. Semiotics: the basics. 2nd ed. New York: Routledge, 2007.
Capítulos 1, 3, 5 e 7
SALMON, Wesley C. Lógica. 3ªed. Rio de Janeiro: LTC, 1993. Capítulos 1-3
WALTON, D. Lógica Informal. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
INTRODUÇÃO À GESTÃO, 4 CR, 2º SEMESTRE (PROFISSIONAL – COMUM)
Ementa
Esta disciplina visa a apresentar e discutir de modo integrado os conceitos e
fundamentos da Gestão, que provêm de diversos campos teóricos da Administração Geral,
como Organizações, Estratégia e Gestão de Pessoas. Espera-se que o aluno se familiarize
com as noções fundamentais da Gestão, bem como compreenda as especificidades de
empresas, de organizações não-governamentais e de órgãos e entidades estatais. Ênfase
especial será dada às pequenas empresas e a novos empreendimentos (nas áreas privada e
pública), de modo a que se possam entender os processos básicos e instrumentalizar os
conceitos necessários à realização de projetos.
Bibliografia
BALCÃO, Yolanda e Cordeiro, Laerte. (orgs) O comportamento humano na empresa, Rio
de Janeiro, Ed. FGV, 1967.
FAYOL, Henry. Administração Geral e Industrial, São Paulo, Atlas, 1987.
83
FORD, Henry. Os princípios da prosperidade, São Paulo, Ed. Freitas Bastos, 1964.
TAYLOR, Frederick. “Princípios da administração científica”, São Paulo, Atlas, 1987.
WEBER, Max. Economia e Sociedade. Brasília, ed. UNB, 1991.
GESTÃO DE PESSOAS NO SETOR PÚBLICO, 4 CR, 3º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Os dilemas básicos da Gestão de Pessoas nas organizações: ética e eficiência, razão
instrumental e razão substantiva. Panorama global comparativo: as relações de trabalho e a
Gestão de Pessoas no primeiro, segundo e terceiro setores. Os Agentes Públicos e os
trabalhadores públicos: funcionários, servidores e empregados públicos. O sistema e os
subsistemas de Gestão de Pessoas: recrutamento, seleção, cargos e funções, remuneração,
treinamento, avaliação de desempenho, carreira... Conflito, diálogo e negociação com os
trabalhadores. Os dilemas específicos e os principais debates acerca da Gestão de Pessoas
nas organizações públicas: regimes jurídicos, concurso público, terceirização, remuneração,
estabilidade, capacitação e carreira; aposentadoria e previdência; sindicalização, greve e
negociação coletiva. A Gestão de Pessoas em face da Reforma do Aparelho do Estado e dos
Modelos Patrimonial, Burocrático e Gerencial.
Bibliografia
AKTOUF, Omar - "A economia-administração em face do humanismo: entre o empregadorecurso e o empregado-parceiro", in Pós-Globalização, Administração e Racionalidade
Econômica: a síndome do avestruz, São Paulo, Atlas, 2004.
PESSOA, Eneuton - Evolução do Emprego Público no Brasil na Década de 90 (mímeo:
Tese de Doutorado), Campinas - Instituto de Economia, UNICAMP, 2001.
SILVA, Antônio Álvares da Silva - Os Servidores Públicos e o Direito do Trabalho, São
Paulo, LTr Editora, 1993.
LONGO, Francisco - Mérito e Flexibilidade; a gestão de pessoas no setor público, São
Paulo, Edições FUNDAP, 2007
LOUREIRO, Maria Rita e AZEVEDO, Clovis Bueno de - "Carreiras Públicas em uma
Ordem Democrática: entre os Modelos Burocrático e Gerencial", in Revista do Serviço
Público, Ano 54, número 1, Brasília, ENAP, Jan-Mar. 2003.
ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS, 2 CR,
4º SEMESTRE (BÁSICA – AP)
Ementa
No universo dos novos cenários organizacionais, a comunicação é a ferramenta
estratégica que contribui para a remoção de barreiras e ruídos, propiciando visibilidade às
ações, produtos, serviços e projetos das organizações. O objetivo da disciplina consiste em
conduzir os alunos a utilizarem a competência argumentativa e as habilidades de
comunicação para o desenvolvimento eficaz dos diferentes tipos de comunicação numa
entidade pública.
84
Bibliografia
ARGYRIS, P. e outros. Comunicação Eficaz na Empresa: como melhorar o fluxo de
informações para tomar decisões corretas. Harvard Business Review. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
BERLO, D. O Processo da Comunicação, 8. ed. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1997.
PUTNAM, L. L., Phillips, N. and Chapman, P. in Clegg, S., Hardy, C. and Nord, W. R.
Metaphors of communication and organization. Newbury Park: Sage, 2999.
NASSAR, Paulo. Comunicação Empresarial – Estratégia de Organizações Vencedoras. São
Paulo: Aberje, 2005.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(PROFISSIONAL – AP)
NO
BRASIL,
4
CR,
5º
SEMESTRE
Ementa
Estado e Aparelho do Estado. O debate a respeito do Estado: sua natureza, seu papel
e suas funções. A Administração Pública e o Aparelho do Estado. A “destecnicização” e a
politização do debate a respeito da Administração Pública. Distinção entre Administração
Pública e Terceiro Setor (público não-estatal x privado não-mercantil). Órgãos e Entidades
da Administração Direta e Indireta. Os Agentes Públicos: políticos, burocratas e servidores.
Apreciação crítica do debate acerca da Reforma do Aparelho do Estado. Privatização,
Publicização e Reestatização. Os modelos: patrimonial, burocrático e gerencial.
Bibliografia
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio - Curso de Direito Administrativo, São Paulo:
Malheiros Editores, 2005.
NOGUEIRA, Marco Aurélio - Um Estado para a Sociedade Civil: temas éticos e políticos
da gestão democrática, São Paulo, Cortez Editora, 2004.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos e SPINK, Peter K. (organizadores) - Reforma do Estado
e Administração Pública Gerencial, Rio de Janeiro, Editora FGV, 1998.
DRAGO, Pedro Aníbal e Levy Evelyn (organizadores) - Gestão Pública no Brasil
Contemporâneo, São Paulo, Edições FUNDAP, 2005.
BOBBIO, Norberto - Estado, Governo e Sociedade: para uma teoria geral da política, Rio
de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
PLANEJAMENTO E GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS, 4 CR, 6º
SEMESTRE (PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Conceitos fundamentais de estratégia e de planejamento. Estratégia e Planejamento
aplicados ás organizações públicas. Os problemas fundamentais dos governos e das
alternativas para solucioná-los.
85
Os sistemas complexos, os jogos sociais e os problemas governamentais:
planejamento, momento normativo, programa direcional, elaboração da estratégia,
viabilização e momento tático operacional.
Bibliografia
HUERTAS, Franco. O Método PES: Entrevista com Matus. São Paulo, FUNDAP, 1996.
MATUS, Carlos. Estratégias Políticas. São Paulo, FUNDAP, 1996.
MATUS, Carlos. Adeus Senhor Presidente. São Paulo, FUNDAP, 1997
SEMINÁRIO DE CASOS PÚBLICOS, 2 CR, 8º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
AP)
Ementa
Tendo por referência temas relevantes do Brasil contemporâneo e políticas e
programas governamentais que abordem tais questões, a disciplina deverá selecionar casos
práticos da área pública para análise pelos alunos. A disciplina deverá proporcionar aos
participantes a oportunidade de discussão do exercício da liderança e do trabalho em equipe
em organizações do setor público, assim como a discussão da governança pública
contemporânea, envolvendo decisão e negociação com diversos atores. Líderes e
executivos da área pública serão convidados para a discussão dos casos selecionados.
Bibliografia
(a ser indicada durante o curso)
9.2 CONTABILIDADE, FINANÇAS E CONTROLE - CFC
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA, 2 CR, 1º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – COMUM)
Ementa
Apresentar os principais conceitos e as técnicas básicas de administração de recursos
financeiros, para um aluno recém admitido no curso de Administração.
Bibliografia
MARION, José Carlos e IUDICIBUS, Sergio. Curso de Contabilidade para não contadores.
3ª edição, Editora Atlas, 2000.
86
FINANÇAS PARA ADMINISTRADORES PÚBLICOS, 4 CR, 2º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AP)
Ementa
A ementa contempla os elementos básicos do funcionamento do mecanismo
contábil, fundamentos teóricos e sua utilização. Aborda a importância da área contábil
como um subsistema de informações da organização. Cuida da elaboração das principais
demonstrações contábeis, considerando as técnicas de ajuste.
Bibliografia
MARION, José Carlos - Contabilidade Empresarial. 13ª edição, editora Atlas, 2007.
CONTABILIDADE PÚBLICA E CONTROLADORIA – BRASIL E EXPERIÊNCIA
INTERNACIONAL, 4 CR, 3º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Princípios de contabilidade e controladoria públicas. Contabilidade gerencial no
setor público: custos, medidas de desempenho, como parte dos esforços de mensuração e
avaliação de desempenho em organizações públicas e do aumento da transparência e
accountability. Análise de experiências concretas já implantadas no Brasil (Marinha,
INMETRO, etc.) e a experiência internacional.
Bibliografia
ANGÉLICO, João. Contabilidade Pública. Atlas, 1995.
KOHAMA, Helio. Contabilidade Pública. Atlas, 1998.
ESTRUTURA TRIBUTÁRIA E FINANÇAS PÚBLICAS, 4 CR, 4º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Atividade financeira do Estado. Financiamento do Estado: tributação e dívida
pública Estrutura tributária.
Federalismo fiscal na Constituição federal de 1988. Evolução das finanças públicas.
Lei de Responsabilidade Fiscal. Desafios atuais para a gestão das finanças públicas.
Bibliografia
GIAMBIAGI, Fábio e outra. “Finanças Públicas – teoria e prática”, Rio de Janeiro,
Campus, 1999.
MUSGRAVE, Richard A. e outra. “Finanças Públicas: Teoria e Prática”, Rio de Janeiro,
Campus, São Paulo, Edusp, 1980.
REZENDE DA SILVA, F. A. “Finanças Públicas”. 2. ed., São Paulo, Ed. Atlas, 2001.
87
ROSEN, Harvey S. “Public Finance”, Richard D. Irwin, Inc., 1995
STIGLITZ, Joseph E., “Economics of the Public Sector”, 2th Ed., W.W. Norton &
Company, New York, 1988
ORÇAMENTO, FINANÇAS PÚBLICAS E GOVERNANÇA: BRASIL E
EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL, 4 CR, 5º SEMESTRE (PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Orçamento público: ciclo e processo orçamentário. Atores e fóruns do processo de
elaboração orçamentária. Orçamento público, planejamento e gestão. Lei 4320/64, Plano
Pluri-anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. Lei de
Responsabilidade Fiscal: articulação planejamento / orçamento / gestão. A experiência do
orçamento participativo: avanços e limites Experiências internacionais em direção à
transparência e governança - análise de casos.
Bibliografia
GIACOMONI, James. “Orçamento Público”, São Paulo, Ed. Atlas, 1984.
MATIAS PEREIRA, José. “Finanças Públicas: a política orçamentária no Brasil”, São
Paulo, Ed. Atlas, 1999.
MUSGRAVE, Richard A. e outra. “Finanças Públicas: Teoria e Prática”, Rio de Janeiro,
Campus, São Paulo, Edusp, 1980.
PEREIRA, José M.: “Finanças Públicas: a política orçamentária no Brasil”, 2ª ed.,
revista e atualizada, São Paulo, Atlas, 2003.
PYHRR, Peter A.: “Orçamento Base Zero”, Rio de Janeiro, Interciência, São Paulo,
Edusp, 1981.
9.3 FUNDAMENTOS SOCIAIS E JURÍDICOS - FSJ
INTRODUÇÃO AO BRASIL CONTEMPORÂNEO, 4 CR, 1º SEMESTRE (BÁSICA –
COMUM)
Ementa
O objetivo da disciplina é analisar os desafios contemporâneos do Brasil à luz de seu
processo histórico e das variáveis conjunturais atuais. Pretende-se, assim, mostrar como os
problemas de hoje relacionam-se com a evolução do país, por meio do estudo de alguns
temas estratégicos e da leitura de obras clássicos do pensamento social e econômico
brasileiro. Este propósito pedagógico visa formar administradores que saibam avaliar a
realidade de forma crítica, de modo a entender como os fatores sociais e econômicos
afetam, ao mesmo tempo, o exercício da cidadania e a atividade profissional. Dessa forma,
pretende-se por meio da perspectiva da Ciência Política e da Economia compreender o
88
processo de desenvolvimento, em sentido amplo, com vistas a analisar as opções tomadas e
os desafios que se reatulizam à sociedade brasileira.
Bibliografia
Bibliografia básica - FSJ
CARDOSO, FH; FALETTO(1981), Dependência e desenvolvimento na América Latina. 6ª
ed., Rio de Janeiro: Zahar editores.
FURTADO, Celso (2006), Formação econômica do Brasil,. São Paulo: Companhia das
Letras.
HOLANDA, Sérgio Buarque de (1995), Raízes do Brasil. 26a ed. São Paulo: Companhia
das Letras,cap.2, 5, 7.
PRADO Jr., Caio (1971), Formação do Brasil contemporâneo.11ª ed., São Paulo:
Brasiliense.
SCHUWARCZ, Lilia Moritz (2001) “Dando nomes às diferenças”, in SAMARA, Eni de
Mesquita (org.) Racismo & racistas. São Paulo: Humanitas – FFLCH-USP.
Bibliografia básica - PAE
CARDOSO, Eliana A. (2003), Economia Brasileira ao Alcance de Todos, Editora
Brasiliense.
GIAMBIAGI, Fabio e Ana Cláudia ALÉM (2001), Finanças Públicas, 2º edição, Elsvier,
Rio de Janeiro.
GREMAUD, Amaury Patrick, Marco Antonio SANDOVAL DE VASCONCELLOS e
Rudinei TONETO JÚNIOR (2006), Economia Brasileira Contemporânea, 6º edição,
editora Atlas, São Paulo.
FILOSOFIA E DILEMAS ÉTICOS, 2 CR, 2º SEMESTRE (BÁSICA – COMUM)
Ementa
O curso visa propiciar aos alunos a compreensão de problemas éticos, no âmbito da
Filosofia - em momentos decisivos da Idade Moderna e da Contemporaneidade. Visa
analisar textos filosóficos que sintetizam e equacionam tais problemas. E também, pretende
iniciar os alunos no universo da linguagem e dos métodos propriamente filosóficos, de
modo a ressaltar a especificidade do 'discurso ético' em Filosofia. A disciplina procurará
também estimular nos alunos a reflexão crítica sobre questões éticas associadas à
administração pública e à administração de empresas, assim como sobre a dimensão ética
presente na articulação entre a esfera pública e a esfera privada.
Bibliografia
EPICURO. Carta sobre a Felicidade (A Meneceu). Tradução Álvaro Lorencini e Enzo
Del Carratore. São Paulo: Unesp, 1997.
MIRANDA, Danilo Santos de (org.). Ética e Cultura. S. Paulo: Sesc/Perspectiva, 2004.
NIETZSCHE, F. (Para) Genealogia da Moral – Uma Polêmica. Tradução Paulo César de
Souza. S. Paulo: Cia. das Letras, 1998.
89
NOVAES, A. (org.). Ética. S. Paulo: Cia. das Letras/ Secretaria Municipal de Cultura,
1992.
_______. (org.). Civilização e Barbárie. S. Paulo: Cia. das Letras, 2004.
OLIVEIRA, M. A. (org.). Correntes Fundamentais da Ética Contemporânea. 2ª edição.
Petrópolis: Vozes, 2000.
FUNDAMENTOS DO ESTADO DE DIREITO, 4 CR, 2º SEMESTRE (BÁSICA – AP)
Ementa
A disciplina objetiva analisar os fundamentos do Estado Democrático de Direito por
meio do exame das instituições políticas e da Constituição, observando-se para tanto os
seguintes aspectos: os direitos e deveres republicanos, o conceito de ordem jurídica, a
relação entre os Poderes, o regime federativo, as regras do sistema democrático, as
prerrogativas das autoridades e os direitos/deveres dos cidadãos, entre outros.
Bibliografia
BOBBIO, Norberto. O Futuro da democracia. 6ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
FERREIRA Filho, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. São Paulo:
Saraiva, 2008.
LIJPHART, Arend. Modelos de democracia: desempenho e padrões de governo em 36
países. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
MORAES, Alexandre. Direito constitucional. São Paulo: Atlas, 2007.
SARTORI, Giovanni. A Teoria da democracia revisitada. São Paulo: Ática, 1994
POLITICAS PUBLICAS: AGENDA, FORMULAÇÃO E AVALIAÇÃO, 4 CR, 3º
SEMESTRE (BÁSICA – AP)
Ementa
A disciplina pretende estabelecer um quadro de referência conceitual ao estudo e à
execução das políticas públicas por meio da análise de seus processos fundamentais: os
diversos aspectos constitutivos da formação da agenda das políticas públicas; sua
formulação (condicionantes, instituições e atores); o processo de implementação (de ordem
técnica e política, o que envolve constrangimentos e potencialidades); e de avaliação de
seus resultados e processos, o que implica a existência de mecanismos de mensuração,
acompanhamento e controle, tanto por parte do Estado como da sociedade. A complexa
relação do Estado (via gestores públicos) e mesmo dos setores públicos não-estatais com o
cidadão é, portanto, foco da disciplina tendo em vista as políticas públicas.
90
Bibliografia
BARREIRA, Maria Cecília Roxo Nobre e CARVALHO, Maria do Carmo Brant (orgs).
Tendências e perspectivas na avaliação de políticas e programas sociais. São
Paulo:IEE/PUC-SP, 2001.
FUKS, Mario. Definição da agenda, debate público e problemas sociais: uma perspectiva
argumentativa da dinâmica do conflito social. In: Bib,n.49, 1º sem. 2000, p. 79-94.
RICO, Elizabeth Melo (org.). Avaliação de políticas sociais: uma questão em debate. São
Paulo: Cortez: Instituto de Estudos Especiais, 1999.
SARAVIA, Enrique e FERRAREZI, Elisabete (org.). Políticas públicas: coletânea.
Brasília: ENAP, 2006.
THEODOULOU, Stella and CAHN, Matthew A. Public policy: the essential readings.
Upper Saddle River, NJ, Prentice Hall, 1995.
FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA PARA A ADMINISTRAÇÃO, 2 CR,
4º SEMESTRE (BÁSICA – COMUM)
Ementa
Fornecer aos alunos de administração, na primeira etapa de sua formação, o contato
sistemático com a Psicologia visando sua compreensão do que é uma ciência humana
(diferenciação entre conhecimento popular e científico, entre conhecimento substantivo e
instrumental), como esta se constitui como um conhecimento confiável a partir de seus
métodos. Para tanto expor os alunos a três grandes narrativas da psicologia levando-os a
perceber como a psicologia está relacionada ao conhecimento dos seres humanos, à
sociedade e seus problemas, produzindo distintas visões do homem e do mundo sobre as
quais construímos o mundo no qual vivemos e lidamos com seus problemas. Trata-se de
circunscrever e problematizar o objeto de estudo da psicologia. Ao concluir o curso, esperase que o aluno tenha desenvolvido a capacidade crítica como uma de suas competências
frente ao seu projeto profissional (o sentido de sua vida profissional).
Bibliografia
FREUD, S. O mal estar na civilização. Trad. J. O. Abreu. Rio de Janeiro, Imago,
1997.
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro, Rocco, 1998.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. São Paulo,
Pioneira Thompson Learning, 2005.
91
DIREITO PRIVADO, 4 CR, 4º SEMESTRE (BÁSICA – AP)
Ementa
O conhecimento de Direito Privado é de fundamental importância a todo indivíduo
enquanto pessoa. No caso desta disciplina, acresce-se a sua necessidade enquanto
instrumento da formação do cidadão e do exercício da gestão pública pelo Bacharel egresso
desta Escola de Administração. Nesse contexto, releva salientar o crescente entrelaçamento
entre o Direito Privado e o Direito Público, em especial o Direito Administrativo. A
despeito da grande extensão do conteúdo do Direito Privado, o programa e a metodologia
desta disciplina procurarão formar o aluno dotando-o de um cabedal de conhecimentos que
nos parecem essenciais para o sucesso do seu desempenho na ação profissional.
Bibliografia
D’ÁVILA, Vera Lúcia Machado et al. Temas Polêmicos sobre Licitações e Contratos. São
Paulo: Malheiros, 1995.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública. 5ª Ed.. São Paulo:
Atlas, 2005.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Parte Geral, 23ª Ed., Vol. I. São
Paulo: Saraiva, 2006.
RAMOS, Dora Maria de Oliveira. Terceirização na Administração Pública. São Paulo:
LTR, 2001.
POLÍTICA BRASILEIRA, 4 CR, 4º SEMESTRE (BÁSICA – AP)
Ementa
Objetiva-se analisar o Sistema Político brasileiro em suas multiplicas dimensões: o
legado imperial, a formação da República, a emergência do Estado nacional pós-1930, a
relação entre burocracia e Estado e suas configurações, as oscilações entre Estado unitário e
federalismo, as relações entre Estado e economia e Estado e sociedade, a dinâmica entre os
poderes e as instituições entre 1930 aos dias de hoje. Para tanto, aspectos da teoria
democrática e a análise dos regimes políticos democráticos serão desenvolvidos como
forma de compreender a dinâmica própria da política brasileira.
Bibliografia
ABRANCHES, Sergio, 1988. "Presidencialismo de coalizão". Dados 31(1), Rio de Janeiro:
Iuperj, pp.5-34.
ABRUCIO, Fernando. Os barões da Federação: os governadores e a redemocratização
brasileira, São Paulo, Hucitec, 1998.
METTENHEIM, Kurt von. The Brazilian Voter: Mass Politics in Democratic Transition.
Pitts University of Pittsburgh Press, 1997.
NICOLAU, Jairo M. Sistemas eleitorais: uma introdução. Rio de Janeiro: Ed. FGV., 1999.
92
PROCESSOS PSICOLÓGICOS NA RELAÇÃO HOMEM-TRABALHO, 4 CR, 5º
SEMESTRE (BÁSICO – COMUM)
Ementa
A Psicologia pode contribuir para a formação do administrador ao dar voz às suas
narrativas. Essa voz se manifesta por meio de suas opções teóricas e metodológicas ao
compreender a relação entre subjetividade e trabalho.
O estudo da psicologia leva o administrador a questionar a naturalização da
organização do trabalho, conseqüência freqüente da busca da eficiência. A análise teórica e
prática dos papéis nos grupos, da identidade, do desejo, das representações e do sentido do
trabalho capacita o gestor a enfrentar os desafios de sua ação. A reflexão sobre métodos e
valores promove a compreensão e o compromisso com a condução dos negócios diante das
recentes transformações no mundo contemporâneo.
Temas comuns à aplicação da psicologia à administração como: a liderança, o
comprometimento e as competências ganham profundidade nessa abordagem, pois não
aderem de imediato à racionalidade instrumental, que banaliza os conhecimentos para
adaptá-los aos seus modos de controle. Em uma sociedade em mudança, a psicologia tem
que apresentar a liderança como um papel e uma representação social. A motivação e as
competências devem ser entendidas como parte da crescente individualização - atomização
- das relações de trabalho. Deste modo, é possível apresentar a psicologia como portadora
de conceitos necessários para a compreensão das organizações contemporâneas.
Bibliografia
CHANLAT, J-F. O indivíduo na Organização. Dimensões esquecidas. São Paulo: Atlas,
1992 (v.I), 1994 (v.II), 1996 (v.III).
DEJOURS, C. Da Psicopatologia à psicodinâmica do Trabalho. Orgs Selma Lancman &
Laerte Idal Sznelwar. Rio de Janeiro, Ed Fio Cruz, Brasília, Paralelo 15, 2004.
DEJOURS, C. A Banalização da Injustiça Social. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio
Vargas, 1999.
FREUD, S. (1921) Psicologia de Grupo e Análise do Ego. Edição Standard das Obras
Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1980, v. XVIII.
LAPIERRE, L. (coord) Imaginário e Liderança – na sociedade, no governo, nas empresas
e na mídia. Org. Ofélia de Lanna Sette Torres. São Paulo: Atlas, 1995.
INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO
COMPARADA, 4 CR, 5º SEMESTRE (BÁSICA – AP)
PÚBLICA:
ANÁLISE
Ementa
A disciplina visa a analisar, em perspectiva histórica e comparada, o processo de
constituição e consolidação dos aparatos burocráticos do Estado contemporâneo,
enfatizando não só dimensões de sua organização administrativa, mas também suas
93
relações com o sistema político (os diferentes tipos de presidencialismo e
parlamentarismo). Atenção especial será atribuída aos problemas de controle e
responsabilização política dos burocratas nas democracias atuais nas quais eles também
atuam como policymakers. A disciplina discutirá ainda as principais transformações do
Estado na passagem para o século XXI, incluindo temas como a Reforma do Estado e a
crise do Estado do Bem-Estar.
Bibliografia
(a ser indicada durante o curso)
DIREITO ADMINISTRATIVO, 4 CR, 5º SEMESTRE (BÁSICA – AP)
Ementa
Administração pública no contexto do Estado Democrático. Organização;
Principiológica; Instrumentalidade. Funcionamento. Relações de trabalho: regime jurídico
estatutário e celetista e suas características. Função econômica do Estado. Intervenção e
Formas Modernas de prestação de serviço público. Controle institucional e popular da
Administração Pública.
Bibliografia
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo. Atlas, 2006. (ou 2007)
MEDAUAR, Odete Direito Administrativo Moderno. Revista dos Tribunais, 2006 (ou
2007)
MEIRELLES, Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro. Malheiros, 2006. (ou 2007)
DIREITO FISCAL E TRIBUTÁRIO, 4 CR, 6º SEMESTRE (BÁSICA – AP)
Ementa
Sistema Tributário Nacional. Princípios Constitucionais sobre Tributação. Classificação das
Espécies Tributárias. Estrutura Do Código Tributário Nacional. Impostos sobre O
Comércio Exterior. Impostos Sobre O Patrimônio e a Renda. Impostos sobre Produção e
Circulação. As Taxas. Contribuições. Extrafiscalidade.
Bibliografia
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. Malheiros. São Paulo
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. Saraiva. São Paulo
CASSONE, Vitório. Direito Tributário. Atlas. São Paulo
CARRAZZA, Roque. Curso de Direito Constitucional Tributário. Malheiros. São Paulo
94
9.4 INFORMÁTICA E MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À ADMINISTRAÇÃO
- IMQ
INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO, 4 CR, 1º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – COMUM)
Ementa
O objetivo do curso é conceituar Tecnologia da Informação (TI), sua evolução e
importância para as organizações além de introduzir o conceito e características básicas de
um Sistema de Informação (SI). Serão apresentados os principais componentes de TI, tanto
os físicos, como a infra-estrutura, o hardware e as redes de comunicação de dados, quanto
os lógicos, como as linguagens de programação, o software e programas aplicativos. O
curso focará também no uso de ferramentas de modelagem quantitativa através de planilhas
eletrônicas e modelagem de dados, utilizando aplicativos de bancos de dados.
Bibliografia
LAUDON, KENNETH C. E LAUDON, JANE P. Sistemas de Informação Gerenciais 7ª ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2007. ... ou ...
LAUDON, KENNETH C. E LAUDON, JANE P. Sistemas de Informação Gerenciais 5ª ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2004.
PETRINI, MAIRA. Projeto de Banco de Dados (apostila disponível eletronicamente).
MEIRELLES, FERNANDO S. E LEITE, JACI C. Usando Excel na Prática. 3ed. São
Paulo: Fundação Getulio Vargas, EAESP-CIA, Série Textos Didáticos. 1998 (apostila
publicada, disponível na Livraria).
E outros artigos recentes, a serem informados conforme plano de aulas.
MATEMÁTICA I, 4 CR, 1º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
Esta disciplina visa a desenvolver no aluno a habilidade de quantificar e modelar
problemas ligados ao cotidiano da Administração. Especificamente, esse
desenvolvimento será feito por intermédio do estudo de Cálculo Diferencial de funções
com uma única variável.
Também objetiva ensinar as técnicas quantitativas utilizadas em outras disciplinas de
um curso de administração, em especial o cálculo diferencial e Integral de funções de
uma única variável independente. Além disso, a disciplina procura familiarizar o aluno
com conceitos, técnicas e terminologias amplamente utilizados no cotidiano do
administrador: receita, custo, lucro, demanda, oferta, maximização, minimização etc.
Bibliografia
MORETTIN, P.A.; BUSSAB, W.O. e HAZZAN, S. Cálculo - Funções de uma e várias
variáveis. Editora Saraiva, São Paulo, 2003.
95
MATEMÁTICA II, 4 CR, 2º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
Ensinar o aluno a aplicar as técnicas de integração simples em problemas
relacionados à Administração. Ensinar a resolver e a modelar equações diferenciais.
Ensinar a trabalhar com funções de múltiplas variáveis exemplificando com situações
voltadas à Administração.
Bibliografia
MORETTIN, Pedro A. ;HAZZAN, Samuel ;BUSSAB, Wilton de O.: Cálculo- Funções de
uma e várias variáveis. Editora Saraiva, 2003.
ESTATÍSTICA I, 4 CR, 2º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
O objetivo deste curso é apresentar conceitos de estatística descritiva, distribuições de
probabilidade e inferência estatística para desenvolver o raciocínio estatístico do aluno para
tomada de decisão. O aluno aprenderá a extrair informações de um conjunto de dados em
forma de medidas, tabelas e gráficos, simular fenômenos reais com modelos quantitativos e
inferir sobre uma população com dados amostrais.
Bibliografia
ANDERSON, SWEENEY e WILLIAMS. Estatística Aplicada à Administração e
Economia. Thomson, 2ª Edição, 2007.
BUSSAB e MORETTIN. Estatística Básica. Saraiva, 5ª Edição, 2002.
LEVINE et al. Estatística – Teoria e Aplicações Usando o Microsoft Excel em Português.
LTC, 3ª Edição, 2005.
MATEMÁTICA III, 4 CR, 3º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
Ensinar o aluno a modelar problemas através de sistemas de equações usando
linguagem matricial.
Ensinar conceitos de Álgebra Linear habitualmente utilizados em Estatística,
Marketing e Finanças.
Bibliografia
ANTON, H. e BUSBY, R.C. Álgebra linear contemporânea. São Paulo: Artmed Editora,
2006.
BOLDRINI, J.L., COSTA, S.I.R., FIGUEIREDO,V.L. e WETZLER, H.G. Álgebra linear 3
ed.São Paulo: Editora Harbra,1 986.
96
MATEMÁTICA FINANCEIRA, 2 CR, 3º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS
– COMUM)
Ementa
Ensinar ao aluno as diversas formas de se fazer financiamentos e analisar
investimentos como funções do valor do dinheiro no tempo. Ensinar o aluno a utilizar
calculadora financeira e funções financeiras do Excel.
Bibliografia
HAZZAN, S. e POMPEO, J.N. Matemática Financeira 5ed. São Paulo: Editora Saraiva,
2001.
VIEIRA SOBRINHO, J.D. Matemática Financeira 6ed. São Paulo: Editora Atlas, 1997.
ESTATÍSTICA II, 4 CR, 3º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
O objetivo deste curso é aplicar a teoria estatística para criar e analisar modelos de
previsão baseados em dados amostrais. Serão apresentados modelos para comparação de
populações e modelos de regressão e previsão, e os alunos utilizarão softwares estatísticos
para desenvolver e analisar tais modelos.
Bibliografia
ANDERSON, David R., SWEENEY, Dennis J. e WILLIAMS, Thomas A. Estatística
Aplicada à Administração e Economia. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
BUSSAB, Wilton O. e MORETTIN, Pedro A. Estatística Básica, 5a ed. Savaiva, 2003.
LEVINE, David M.; STEPHAN, David; KREHBIEL, Timothy C.; BERENSON, Mark L.
Estatística – Teoria e Aplicações. 3ª ed. LTC. 2002.
McCLAVE, James e SINCICH, Jerry. Statistics for Business and Economics. 8th ed, Upper
Saddle Rivers, 2000.
SINCICH, Terry. Business Statistics By Example. 5th ed., Upper Saddle Rivers, Prentice
Hall, 1996.
ESTATÍSTICA III, 4 CR, 4º SEMESTRE (ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
Proporcionar ao aluno o conhecimento e habilitação na análise e modelagem de
dados multidimensionais e séries de tempo, muito utilizados em administração,
principalmente nas áreas de Marketing e Finanças.
Bibliografia
GUJARATI, D.N. (2000). Econometria Básica São Paulo: Makron Books.
97
MORETTIN, P.A. e Toloi, C.M.C. (2004). Análise de Séries Temporais. São Paulo: Edgard
Blucher.
HAIR JR, J.F., Anderson, R.E. Tatham, R.L. e Black, W.C. (2006). Análise Multivariada
de Dados. Porto Alegre: Bookman.
JACKSON, B.B. (1983). Multivariate Data Analysis. Homewood: Richard D. Irwin, Inc.
HANKE, J.E., Reitsch, A.G. e Wichern, D.W. (2001) Business Forecasting. 7th.ed. Upper
Saddle Rivers, Prentice Hall.
MODELAGEM PARA APOIO À TOMADA DE DECISÃO, 4 CR, 4º SEMESTRE
(ESTUDOS QUANTITATIVOS – COMUM)
Ementa
A disciplina introduz os modelos quantitativos fundamentais que apóiam a tomada
de decisão. Por meio da aplicação de várias abordagens de modelagem quantitativa em
vários contextos problemáticos caracterizados por variáveis diferentes, habilidades em
tomada de decisão são desenvolvidas. Um foco significante do conteúdo é a investigação de
cenários possíveis baseando-se nas informações oferecidas pelas soluções dos modelos.
Deverão ser abordadas também as especificidades da modelagem para o setor privado e
para o setor público.
Bibliografia
ALBRIGHT SC, Winston WL and Zappe C (2003) Data Analysis and Decision Making
with Microsoft Excel (second edition). Thomson-Brooks/Cole.
ALBRIGHT SC and Winston WL (2005) Spreadsheet Modeling and Applications:
Essentials of Practical Management Science. Thomson/Brooks-Cole.
ANDERSON DR, Sweeney DJ and Williams TA (2005) An Introduction to Management
Science: Quantitative Approaches to Decision Making (11th edition). ThomsonSouthwestern.
MOORE JH and Weatherfod LR (2005) Tomada de Decisão em Administração com
Planilhas Eletrônicas (sexta edição). Bookman.
WINSTON WL and Albright SC (2001) Practical Management Science. Second edition,
Duxbury/Thomson.
TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E ESTADO, 4 CR, 6º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AP)
Ementa
O objetivo do curso é discutir aspectos relevantes da gestão pública no governo
contemporâneo através da utilização de conceitos relativos ao uso estratégico das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). O curso propiciará a oportunidade de
discutir novas visões de negócio e de serviços públicos bem como identificar modelos para
o emprego da TIC como instrumento de viabilização do uso da tecnologia de informação
para atender aos requisitos do cidadão do século XXI.
98
Bibliografia
SCHEDLER, Kuno & Lukas Summermatter and Bernhard Schimidt. Managing the
Electronic Government: from vision to practice. Institute for Public Services and Tourism,
University of St. Gallen. Greenwich, Connecticut: Information Age Publishing. 2004.158 p.
TAKAHASHI, Tadao (org.). Sociedade da Informação no Brasil - Livro Verde. Brasília:
Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.
9.5 MERCADOLOGIA - MCD
INTRODUÇÃO AO MARKETING, 4 CR, 1º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
Introduzir o pensamento e os conceitos básicos de Marketing, de modo a garantir que
os alunos adquiram o linguajar e se familiarizem com a terminologia da área. Os alunos, ao
término do curso, deverão estar aptos a identificar as variáveis envolvidas no processo
decisório típico de Marketing, bem como os principais conceitos a ele relacionados.
Bibliografia
CHURCHILL, Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para o cliente. São
Paulo: Saraiva, 2000.
COBRA, Marcos; Marketing Básico; uma perspectiva brasileira. 4ª ed. São Paulo:
Atlas, 1997.
DIAS, Sergio R. (org) Gestão de Marketing. 1a ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2003.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 12ª ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006.
URDAN, Flávio T. e URDAN, André T. Gestão do Composto de Marketing. São Paulo:
Atlas, 2006.
A ÉTICA DE MARKETING NO SETOR PÚBLICO, 4 CR, 6º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AP)
Ementa
O vasto domínio das organizações públicas e não governamentais é diferente, ao
menos em parte, daquele das empresas que visam o lucro, o que tem reflexos importantes
para a gestão de marketing e a própria sociedade. Levando em conta tais especificidades, o
objetivo básico da disciplina é formar o graduando na utilização dos princípios e técnicas
básicos de marketing em organizações que não visam o lucro, contemplando os problemas,
vantagens, obstáculos e oportunidades a ele associados. É ajudar o aluno a aprende os
elementos fundamentais do pensar e agir segundo o marketing. A disciplina é útil, como
formação geral, ao futuro profissional que venha a atuar em qualquer área funcional e nível
dessas organizações.
99
Os objetivos específicos envolvem a aquisição de conhecimentos, habilidades e
valores pelo estudante, no contexto das organizações públicas e não governamentais,
acerca: i) da filosofia, papel e impacto do marketing nas organizações e na sociedade; iii)
dos níveis e elementos estratégicos e táticos do marketing, indo da análise ambiental ao
composto de marketing; ii) da integração dos elementos todos no processo de administração
marketing, do planejamento ao controle. A disciplina oferece ao aluno tanto formação
teórica quanto experiência na aplicação, desse modo o preparando para utilizar
efetivamente o marketing no aprimoramento do desempenho dessas organizações.
Bibliografia
ANDREASEN, Alan R.; KOTLER, Philip Strategic marketing for nonprofit organizations.
6th ed. Upper Saddle River: Pearson, 2003.
CORFFMAN, Larry L. Public-sector marketing: a guide for practitioners. New York: John
Wiley & Sons, 1986.
LAUFER, Armand. Strategic marketing for not-for-profit organizations. New York: The
Free Press, 1984.
LOVELOCK, Christopher H.; WEINBERG, Charles B. Marketing for public and nonprofit
managers. New York: Kohn Wiley & Sons, 1984.
MCLAUGHLIN, Thomas A. Nonprofit strategic positioning: decide where to be, plan
what to do. New York: John Wiley Professional, 2006.
9.6 PLANEJAMENTO E ANÁLISE ECONÔMICA APLICADOS À ADMINISTRAÇÃO PAE
MICROECONOMIA INTERMEDIÁRIA APLICADA, 4 CR, 3º SEMESTRE
(BÁSICA – COMUM)
Ementa
O objetivo do curso de microeconomia é estudar o funcionamento do mercado, as
decisões econômicas dos consumidores e dos produtores, e os impactos de políticas
econômicas. Para tanto, desenvolvemos em nível intermediário a teoria do consumidor e da
demanda, do produtor e da oferta competitiva e das estruturas de mercado, como
competição perfeita, competição imperfeita e monopólio. A fim de entender o papel das
estratégias na tomada de decisões, principalmente em oligopólios, apresentamos a teoria de
jogos em nível introdutório. Analisamos o equilíbrio de mercado (parcial), o impacto de
choques exógenos no equilíbrio, elasticidades. Avaliamos os efeitos de bem-estar de
políticas governamentais nos mercados competitivos, utilizando exemplos reais da
economia Brasileira e internacional. Se mercados existem para todos os bens, e se esses
mercados fossem perfeitos, existiria o equilíbrio geral. Tratamos no nível introdutório as
condições sob quais o equilíbrio geral existe, as importantes implicações disso, ou seja, o
primeiro e segundo teorema de bem-estar, e a questão o que fazer (ou não fazer) se o
100
mercado apresenta falhas. O objetivo final do curso é habilitar o aluno a analisar os
problemas microeconômicos de maneira qualitativa e quantitativa.
Bibliografia
PINDYCK, Robert, RUBINFELD, Daniel L., Microeconomia, 6ª edição, Prentice-Hall
Inc., 2006.
YGOSSE BATTISTI, Jolanda E., A Volta à Microeconomia em 80+ Ferramentas.
Workbook em
Microeconomia Intermediária com Aplicações Brasileiras e Internacionais, 2006.
MACROECONOMIA INTERMEDIÁRIA APLICADA, 4 CR, 5º SEMESTRE
(BÁSICA – COMUM)
Ementa
A disciplina objetiva desenvolver o instrumental analítico básico de Macroeconomia
de modo a habilitar o aluno a analisar os problemas da economia brasileira.
Bibliografia
BLANCHARD, O.: Macroeconomia. SP: Prentice Hall, 2004 (Tradução da 3a. Edição
Americana).
DORNBUSH, R., FISCHER, S. e STARTZ, R.: Macroeconomia. SP: Makron Books,
2003, (8a.Edição). (A ser adotado como livro-texto neste curso)
HALL, R. e J. TAYLOR.: Macroeconomia. RJ: Ed. Campus, 1989.
HALL,R.E. e LIERBERMAN, M. “Macroeconomia Princípios e Aplicações”, 2003 –
Editora Pioneira Thompson.
MANKIW, G.: Macroeconomia. , Editora LTC, 1998 (3ª edição).
PAULANI, L. e M. B. BRAGA: A Nova Contabilidade Social. SP : Ed. Saraiva, 2000.
SACHS, J. e F. LARRAIN.: Macroeconomics. NY: Prentice-Hall, 1993.
SIMONSEN, M. H.: Macroeconomia. SP: Ed. Atlas, 1995. (2a. Edição)
DESENVOLVIMENTO COMPARATIVO, BRASIL, PAÍSES DESENVOLVIDOS E
PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, 4 CR, 6º SEMESTRE (BÁSICA – COMUM)
Ementa
Desenvolver o instrumental analítico básico para entender as razões do atraso
brasileiro a partir de sua formação histórica, o que quer dizer, a partir dos elementos
culturais, políticos, sociais e, em especial, os econômicos, que forjaram esta nação. Como
toda a história, implícita ou explicitamente, é história comparativa, visto que só podemos
perceber as oportunidades e as dificuldades que esta ou aquela sociedade enfrentaram ao
longo de sua trajetória a partir de comparações com a trajetória que poderia ter ocorrido
tivessem sido as circunstâncias diferentes, o curso estará focando diferentes processos de
desenvolvimento rumo à modernidade que historicamente foram possíveis.
101
Bibliografia
RAY, Debraj, 1998, Development Economics, Princeton University Press; Princeton, NJ.
EASTERLY, William, 2002, The Elusive Quest for Growth. Economists' Adventures and
Misadventures in the Tropics, MIT Press.
THIRLWALL, A.P., 2003, Growth and Development. With Special Reference to
Developing Economies, 7th edition, Palgrave MacMillan: Hampshire.
UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME (UNDP), Human Development
Report: http://www.undp.org/
WORLD BANK, 2006, World Development Report: http://econ.worldbank.org
Outros Materiais Didáticos (a ser distribuido ou divulgado ao longo do semestre na sala de
aula e/ou blackboard).
POLÍTICA ECONÔMICA DA REGULAÇÃO, 4 CR, 7º SEMESTRE (BÁSICA –
AP)
Ementa
O objetivo da disciplina é introduzir o ferramental teórico da Economia da
Regulação e mostrar suas aplicações para o caso brasileiro. O curso está dividido em duas
partes. A primeira parte aborda a teoria econômica da regulação. A segunda parte aplica o
instrumental teórico para o caso brasileiro.
Bibliografia
BIDERMAN, Ciro. Arvate, Paulo. “Economia do Setor Público no Brasil” Capítulo 4,
Editora Elsever, 2005.
GUASH, J.Luis. “Managing the Regulatory Process: Design, Concepts, Issues and the
Latin America and Caribbean Story”. Mimeo, 1998.
KUPFER, D. Hasenclever, L. “Economia Industrial: fundamentos teóricos e práticas no
Brasil” Editora Campus, 2002
LAFFONT, J. J. Tirole J. “A Theory of Incentives in Procurement and Regulation”, MIT
Press, 1992
LAFFONT, J. J. Tirole J. “Competition in Telecommunication”, Massachusetts Institute of
Technology, 2001.
OLIVEIRA, Gesner ; Fujiwara, Thomas e Machado, Eduardo Luiz “Marcos Regulatórios
no Brasil – o que foi feito e o que falta fazer” o capitulo “A experiência brasileira com
agências reguladoras”,
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, Rio de Janeiro-RJ, 2005
SALGADO, L. H., Motta, R. S. “Marcos Regulatórios no Brasil - o que foi feito e o que
falta fazer” IPEA, 2005
VISCUSI, W. K.; Vernon, J. M.; Harrington Jr, J. E. Economics of Regulation and
Antitrust. Cambridge, The MIT Press, 1995, 2a edição.
WORLD BANK. “Economic Growth in the 1990’s: learning from a decade of reform”.
Washington: The World Bank, 2005, Capítulo 6
102
9.7 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO, OPERAÇÕES E LOGÍSTICA - POI
QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS, 4 CR, 3º
SEMESTRE (PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Contextualizar a gestão pela qualidade e produtividade setor público nas iniciativas
de reforma do Estado em curso nas últimas décadas, em nível mundial, visando elevar o
desempenho das organizações públicas que reflitam os direitos de cidadania. Apresentar as
dimensões específicas dos serviços públicos, comparativamente aos que são produzidos
pela iniciativa privada. Apresentar e discutir métodos e técnicas para incrementar a
qualidade e produtividade dos serviços e sua integração ao sistema geral de gestão.
Bibliografia
CORRÊA, Henrique Luiz e CAON, Mauro. Gestão de serviços. Atlas, 2.002.
LOVELOCK , Christopher H. Managing services : marketing , operations and human
resources. Prentice-Hall, 2001.
MURDICK, Robert G., RENDER, Barry, RUSSELL, Roberta S. Service Operations.
Management Boston, Allyn & Bacon, 1.990.
RUSSELL, Roberta e TAYLOR III, Bernard W.. Operation Management. Prentice-Hall,
2003.
LOGÍSTICA E SUPRIMENTOS NA ÁREA PÚBLICA, 4 CR, 4º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Os entes públicos e suas organizações necessitam de modelos e instrumentos de
gestão da suas cadeias de suprimento, pois utilizam bens e serviços produzidos por outras
organizações para poder realizar as suas atividades com elevado nível de qualidade e
mínimos custos. Nesse aspecto, não se diferenciam das demais organizações complexas,
cujos desafios são largamente conhecidos. Porém, as organizações públicas cumprem
outros papeis no âmbito relevantes quando realizam suas atividades voltadas para suprir dos
bens e serviços que necessitam, seja pelo seu elevado poder de compra de per se, seja pela
sua capacidade reguladora. Desse modo elas podem influenciar a cadeia de suprimento de
diferentes modos, tornando-se instrumentos de política pública. Considerando esses fatos,
esta disciplina pretende discutir princípios, métodos e técnicas de logística e gestão da
cadeia de suprimento aplicados às organizações públicas e correlatas, de acordo com
critérios de justiça, eficiência econômica e respeito ao meio ambiente.
Bibliografia
BARBIERI, J.C. ; MACHALINE, C. Logística hospitalar: teoria e prática. São Paulo,
Saraiva, 2006.
103
BITTENCOURT, S. Pregão eletrônico: comentários ao Decreto 3.697 de 21/12/2000. Rio
de Janeiro, Temas e Idéias, 2.003.
_____________. Licitação de informática. Rio de Janeiro, Temas e Idéias Editora, 2.003.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégia,
planejamento e operações. São Paulo, Prentice Hall, 2.003.
LEITE, P. R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. S.P, Prentice Hall, 2.003.
WANKE, Peter. Gestão de estoques na cadeia de suprimento: decisões e modelos
quantitativos. Rio de Janeiro, COPPEAD/UFRJ e Ed. Atlas, 2.003.
MODELOS DE ORGANIZAÇÕES SUSTENTÁVEIS, 2 CR, 5º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – COMUM)
Ementa
Por sustentabilidade empresarial entende-se o atendimento simultâneo dos objetivos
de eficiência econômica, equidade social e conservação do meio ambiente. O curso é
dividido em três grandes blocos. No primeiro, são abordados os fundamentos conceituais
do desenvolvimento, construídos a partir da análise crítica do Estado do Mundo e das
Macrotransições. È ainda discutida neste bloco a gestão da responsabilidade corporativa, e
os motivos para a sua adoção nas empresas. O segundo bloco enfatiza a estratégia de
negócios sustentáveis, cujo pressuposto é a transformação de desafios em oportunidades, a
partir da criação de valor sustentável. O bloco final explora a mensuração e formalização
das práticas sustentáveis nas empresas. Investimentos socialmente responsáveis, índices de
sustentabilidade e diretrizes para relatórios de sustentabilidade compõem a parte final do
curso.
Bibliografia
ELKINGTON, J. Canibais de garfo e faca. São Paulo: Makron, 2001.
HART, S.; MILSTEIN, M. B. Criando valor sustentável. RAE Executivo, v. 3, n. 2, pp.
65-79, 2004.
LASZLO, E. Macrotransição: O desafio do Terceiro Milênio. São Paulo: Axis
Mundi/Willis Harman House, 2001.
PORTER, M.; KRAMER, M. Strategy and society: the link between competitive advantage
and corporate social responsibility. Harvard Business Review, pp. 1-15, december, 2006.
VEIGA, J. E. Desenvolvimento Sustentável: o desafio do século XXI. 2ª. Ed. São Paulo:
Garamond, 2006.
GESTÃO DE PROJETOS E EMPREENDIMENTOS PÚBLICOS, 4 CR, 6º
SEMESTRE (PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Apresentar aos participantes elementos conceituais e metodológicos utilizados para
elaborar, avaliar e gerenciar programas e projetos do setor público, serviços públicos e
104
organizações sociais. Especial atenção será dada à parceria público-privada e a estudos de
viabilidade, a critérios de avaliação, à captação de recursos e ao gerenciamento de
stakeholders.
Bibliografia
BUARQUE, Cristovam. Avaliação Econômica de Projetos. RJ. Ed. Campus, 1.991.
CLEMENTE, Ademir (org). Projetos empresariais e públicos. S. Paulo, Ed. Atlas, 2000.
CONTADOR, Claudio Roberto. Avaliação social de projetos. S.P. Atlas, 2002
HOLANDA, Antonio Nilson. Avaliação de programas: conceitos básicos sobre avaliação
“ex post”de programas e projetos. Fortaleza, Ed. QBV, 2006
UNIDO. Manual de preparação de estudos de viabilidade industrial. Atlas, 1.993.
FINNERTY, John D. Project Finance: engenharia financeira baseada em ativos. Rio de
Janeiro. Qualitymark, 1.998
9.8 INTERDEPARTAMENTAIS
EXPERIÊNCIA EMPREENDEDORA I, 2 CR, 1º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
A atividade Experiência Empreendedora visa proporcionar a oportunidade para a
vivência e a sensibilização de projetos de empreendimentos organizacionais, tanto no
campo empresarial quanto público, por meio de uma experiência empreendedora,
conduzida de forma prática, para a criação de novos produtos, serviços ou soluções com
finalidade comercial ou não.
A experiência empreendedora almeja criar as condições para os participantes
materializarem uma hipótese, formulada ou não por eles. Vivenciarão assim uma
experiência, sendo estimulados a perceberem a importância das disciplinas que verão
futuramente. Exercitarão a concepção do negócio a partir da discussão de possíveis idéias
ou oportunidades identificadas pelos grupos. Quando uma dessas idéias resultar na
constatação de uma oportunidade, o grupo terá como desafio a transformação do que é
potencial em realidade (protótipos, storyboards etc.).
Bibliografia
HISRICH, R. e PETERS, M. Empreendedorismo. Edit. Bookman, 2004.
LONGENECKER et al. Administração de Pequenas Empresas. Edit. Makron, 1997.
DOLABELA, F. O segredo de Luísa. Editora Cultura, 2000.
105
INTEGRAÇÃO, 2 CR, 1º SEMESTRE (BÁSICA – COMUM)
Ementa
Frente a um contexto social e de mercado pautado por contradições, heterogeneidade
das realidades e pela rapidez dos processos de transformação, a entrada do jovem no
universo adulto mostra-se complexa e, por vezes, estende-se para além do término da
faculdade. O objetivo maior dessa atividade é permitir que a inserção no espaço
universitário seja realmente um marco de entrada no universo adulto, proporcionando um
espaço de reflexão, expressão crítica, interação, diálogo e construção de redes de relações
sociais.
Bibliografia
KAVAFIS, Konstantinos. Ítacas. In: Poemas. Organização e tradução José Paulo Paes. Rio
de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, Coleção Poiesis, s/d.
KAVAFIS, Konstantinos. A espera dos bárbaros. In: Poemas. Organização e tradução José
Paulo Paes. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, Coleção Poiesis, s/d.
PAQUET, Marcel. Magritte. Köln: ColeçãoTaschen, 1995.
SALGADO, Sebastião. Terra/Sebastião Salgado. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
OFICINA I: RADIOGRAFIA DO ESTADO BRASILEIRO, 2 CR, 1º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Objetiva-se analisar o funcionamento do Estado brasileiro (nos três níveis), o que
implica o exame do regime federativo, dos instrumentos de gestão pública, das
prerrogativas e dos constrangimentos às ações governamentais, a relação entre os poderes,
as demandas dos grupos sociais politicamente organizados, entre outros aspectos. Para
tanto, os alunos serão levados a pesquisar concretamente a estrutura do Estado brasileiro
por meio:
a) de suportes metodológicos que os ajudarão a descobrir o que é um “problema” de
pesquisa aplicado;
b) da elaboração de estudos de caso sobre as ações governamentais em setores específicos
(educação, saúde, habitação, entre inúmeros outros possíveis);
c) de entrevistas com formuladores e executores de políticas públicas, autoridades,
políticos, pesquisadores e lideranças de movimentos sociais;
d) da pesquisa em banco de dados, bibliotecas e órgãos públicos acerca do problema
levantado.
Ao final do semestre os alunos deverão estar aptos a apresentar um trabalho,
realizado em grupo, desenvolvendo os seguintes quesitos: apresentação de uma radiografia
básica do Estado (os três níveis de governo, o papel dos poderes, os principais instrumentos
de gestão, os possíveis conflitos intra-Estado e as demandas contraditórias dos agentes
sociais, entre outros); análise de um “problema de pesquisa” sobre uma área ou política do
Estado/governo; e apresentação de “soluções” possíveis ao problema levantado, com
106
enfoque na forma de ser e de operar do Estado. Esses três quesitos deverão necessariamente
apresentar-se de forma articulada
Bibliografia
BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política. Brasília, UNB, várias edições.
Constituição da República Federativa do Brasil
Constituição do Estado de São Paulo
Plano Diretor do Município de São Paulo
EXPERIÊNCIA EMPREENDEDORA II, 2 CR, 2º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
Visa proporcionar aos participantes a oportunidade para a vivência e a sensibilização
de projetos de empreendimentos organizacionais, por meio de uma experiência
empreendedora, conduzida de forma prática, para a criação de novos produtos, serviços ou
soluções com finalidade comercial ou não.
A experiência empreendedora almeja criar condições para os participantes
materializarem uma hipótese, formulada por eles. Vivenciarão assim uma experiência,
sendo estimulados a perceberem a importância das disciplinas que verão
futuramente. Realizará a viabilidade operacional do empreendimento.
Bibliografia
SIEGEL, E.L. Guia da Ernst & Young para desenvolver seu plano de negócios, Record,
Rio de Janeiro, 1991
HISRICH, R. e PETERS, M. Empreendedorismo. Edit. Bookman, 2004
PROJETO DE ORGANIZAÇÃO LOCAL, 2 CR, 4º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
Esta atividade visa desenvolver no aluno a habilidade de percepção e análise da
interação dinâmica das “funcionalidades” de uma empresa e que resulta num todo
organizacional.
Bibliografia
(a ser indicada durante o curso)
107
OFICINA II: ANÁLISE DE POLÍTICAS PÚBLICAS, 4 CR, 5º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Tendo como foco as políticas públicas nas três esferas federativas – municipal,
estadual e federal – assim como o papel dos consórcios intermunicipais, objetiva-se analisar
as perspectivas dos diversos atores (estatais e sociais) envolvidos na formulação e
implementação de políticas públicas: os formuladores estatais e não-governamentais, os
grupos de pressão e os movimentos sociais, os implementadores, os cidadãos usuários dos
serviços públicos, as agências reguladoras, os prestadores de serviços, dentre outros.
Intenta-se, igualmente, discutir as diferentes dimensões da análise das políticas públicas: a
questão da accountability; os processos e recursos necessários à formulação e
implementação das políticas públicas; as relações e condições de trabalho de seus
executores; a gestão de pessoas (executores e cidadãos usuários); a logística necessária à
sua implementação; as articulações interorganizacionais e interinstitucionais (que, por
vezes, envolvem mais de um nível ou unidade federativo); os arranjos organizacionais
necessários; o arcabouço legal; e a dimensão financeira.
Avaliação dos alunos: elaborar, por meio de estudos de caso, a análise de
determinadas políticas públicas nas diversas dimensões acima apontadas.
Bibliografia
ARRETCHE, Marta. 1996. Mitos da descentralização: mais democracia e eficiência nas
políticas públicas? Revista Brasileira de Ciências Sociais 11(31):44-66.
CRUZ, Maria do Carmo M.T. Consórcios intermunicipais: uma alternativa de integração
regional ascendente. In: CACCIA-BAVA, Silvio, PAULICS, Veronika e SPINK, Peter
(org.) Novos contornos da gestão loal: conceitos em construção. São Paulo, Polis:
Programa Gestão Pública e Cidadania, FGV_EAESP, 2002.
DAGNINO, Evelina (org). Sociedade civil e espaços públicos no Brasil. São Paulo: Paz e
Terra, 2002.
JACOBI, Pedro e PINHO, José Antonio (org.). Inovação no campo da gestão pública
local: novos desafios, novos patamares. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2006.
PROJETO DE REDE NACIONAL, 2 CR, 6º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
Visa desenvolver no aluno a habilidade para entender as partes funcionais e/ou
processos (a organização já “desconstruida”) e descrever o Modelo de Negócios utilizado
pela organização analisada para dar sentido e unicidade às suas ações. É ver a racionalidade
e descobrir a singularidade, “aquilo que ‘dá a liga’ às iferentes funcionalidades.
Bibliografia
(a ser indicada durante o curso)
108
OFICINA III: EXPERIÊNCIAS INOVADORAS EM GESTÃO PÚBLICA, 4 CR, 6º
SEMESTRE (PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Nesta oficina, os alunos tomarão contato com as experiências premiadas nas edições
do Programa Gestão Pública e Cidadania, organizado pela FGV/Eaesp. Utilizando seu
Banco de Dados, os alunos analisarão parte das centenas de experiências inovadoras de
gestão pública, desenvolvidas por municípios de diversos portes, em todo o país. Com isso,
pretende-se, entre outros objetivos: a) demonstrar a importância do município na realidade
brasileira; b) examinar a diversidade de problemas enfrentados pelas ações governamentais
e seus parceiros; c) analisar os fatores críticos de sucesso das iniciativas, bem como seus
limites e desafios; d) analisar a possibilidade de replicação destes êxitos, assim como seus
constrangimentos e alcances. Avaliação dos alunos: relatório analítico de algumas
experiências do Banco de Dados do GPC em que os alunos apontem os atores envolvidos,
as razões do êxito e as possíveis formas de aprimorar as políticas avaliadas.
Bibliografia
Programa Gestão Pública e Cidadania. Histórias de um Brasil que funciona – governos
locais
ajudando a construir um país mais justo. São Paulo: FGV/EAESP, vários anos, 2000 a
2005.
Programa Gestão Pública e Cidadania. Experiências de Gestão Pública e Cidadania.
FGV/EAESP, vários anos, 1996 a 2003.
Cadernos Gestão Pública e Cidadania.
Outras fontes: Vídeos produzidos pelo Programa Gestão Pública e Cidadania.
CASO DE REDE INTERNACIONAL, 2 CR, 7º SEMESTRE (PROFISSIONAL –
COMUM)
Ementa
Objetiva desenvolver uma visão estratégica, conceitual, etc. O olhar é macro, sobre
os contornos, sobre sistemas complexos. Para isso os alunos deverão escrever um caso de
sucesso ou fracasso a partir de uma situação emblemática. Para tanto, será preciso fazer
uma descrição do evento e uma análise histórica e de contexto para explicar os resultados
obtidos.
Bibliografia
(a ser indicada durante o curso)
109
OFICINA IV: AVALIAÇÃO DO SETOR PÚBLICO, 4 CR, 7º SEMESTRE
(PROFISSIONAL – AP)
Ementa
Objetiva-se, nesta Oficina: a) desenvolver metodologias e instrumentos para a
mensuração de desempenho organizacional no setor público, com ênfase para a elaboração
de indicadores de desempenho, em setores variados de prestação de serviços públicos
(saúde, educação, assistência social e outros); b) discutir contratos de gestão (ou acordos de
desempenho) a partir da experiência internacional; c) apresentar casos brasileiros de
contratualização de resultados, identificando avanços e desafios; d) estudar o
monitoramento de resultados e avaliação de impacto; e) analisar os tipos e instrumentos da
avaliação de políticas públicas. Para isto, os alunos tomarão contato com casos concretos de
mensuração de resultados em organizações públicas brasileiras, além de textos sobre
experiência internacional. Poderão ser organizadas visitas, ou palestras de executivos
públicos que estejam implementando gestão por resultados. Será também exposto um ou
mais casos de avaliação de política pública.
Avaliação dos alunos: os alunos deverão realizar entrevistas estruturadas com
gestores e executivos públicos, sistematizando suas experiências sobre gestão por
resultados e avaliação de políticas públicas.
Bibliografia
ABRUCIO, Fernando e Maria Rita LOUREIRO (orgs.) (2006), O Estado numa Era de
Reformas: os Anos FHC. São Paulo: Annablume.
BRASIL, Presidência da República (1995), Plano Diretor de Reforma do Aparelho do
Estado. Brasília: PR.
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. (1997) “A Reforma do Estado dos Anos 90: Lógica e
Mecanismos de Controle”. Brasília: Ministério da Administração Federal e Reforma do
Estado, Cadernos MARE da Reforma do Estado; v. 1.
CIDADE GOMES, Marcio (2005) Parcerias com as organizações sociais de saúde, a
experiência da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. In LEVY & DRAGO (orgs.),
Gestão Pública no Brasil Contemporâneo. São Paulo: Edições FUNDAP.
TROSA, Sylvie (2001), Gestão pública por resultados. Quando o Estado se compromete.
Rio de Janeiro: Revan; Brasília: ENAP.
VILHENA, Renata et al. (orgs) (2006) O Choque de Gestão em Minas Gerais. Belo
Horizonte: Editora UFMG.
VOCAÇÃO E TRABALHO, 4 CR, 8º SEMESTRE (PROFISSIONAL – COMUM)
Ementa
Discutir como os alunos do VIII semestre do Curso de Administração se situam
diante da carreira, suas vivências em relação à transição do mundo acadêmico para o
mundo do trabalho. e como se vêem futuramente desenvolvendo suas atividades pósfaculdade. Trata-se então de circunscrever a questão, problematizar e refletir seus sonhos,
desejos, ambições, projetos e identidade. Refletir também questões cruciais como escolhas
profissionais, projetos de carreira, desenvolvimento pessoal e profissional, vocação,
110
equilíbrio entre vida profissional e pessoal e a construção de uma identidade madura ante os
grandes desafios que irão enfrentar. Ao final do percurso, espera-se que os estudantes
estejam mais bem preparados para enfrentar essa difícil fase de transição.
Bibliografia
Berger, Peter & Luckmann, Thomas. A Construção Social da Realidade. Rio de Janeiro:
Vozes, 1987
Bohoslavsky, Rodolfo. Orientação Vocacional. São Paulo, Martins Fontes, 1977.
Bruckner, Pascal. A Euforia Perpétua. Rio de Janeiro: Ed.Disel, 2002.
Camus, Albert, O Mito de Sísifo. Lisboa: Edição Livros do Brasil, s.d.
Freud, S. Futuro de uma Ilusão. Rio de Janeiro: Imago, 1927. In Obras Psicológicas
Completas, vol XXI
------------ Mal Estar na Civilização. Rio de Janeiro: Imago, (1930[1929]). In Obras
psicológicas Completas, vol XXI.
Goffman, Erving. Estigma. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
111
10.ESTRUTURA DE AVALIAÇÃO
A estrutura de avaliação no Curso de Graduação inclui, de um lado, a avaliação do
corpo discente e, de outro, a avaliação do corpo docente.
A avaliação do corpo discente inclui diversos tipos de avaliação, tais como: provas
discursivas e de tipo teste, realização de trabalhos dissertativos sobre temas tratados no
curso, exercícios individuais e em grupo, realizados em classe ou em casa, apresentações
individuais e em grupo, seminários e trabalhos de campo, projetos de pesquisa, nível de
participação nas aulas e análise do progresso no nível de aprendizagem. A avaliação é
registrada por meio eletrônico, em sistema disponível na rede da Escola.
Nas normas do curso, mais especificamente nas Normas Aplicáveis ao Curso de
Graduação em Administração, do Regime Escolar, de 2007, no Título V, Art. 18 ( anexo 6)
são estabelecidos os critérios de avaliação do aluno. Segundo as normas, a avaliação final
do aluno, em cada disciplina, consiste na média de três notas, resultantes de três avaliações
efetuadas ao longo do semestre – duas intermediárias (que podem ser compostas, por sua
vez, de várias avaliações) e uma prova final - nenhuma delas com peso superior a 40%.
Trata-se de mecanismo que procura assegurar que o aluno não seja prejudicado por um
eventual mau desempenho ocorrido em uma avaliação isolada. As normas definem ainda
que o componente subjetivo da avaliação não pode exceder 20% da nota.
A avaliação dos alunos não se restringe a sua avaliação em cada disciplina, mas tem
também uma dimensão mais abrangente, refletida na média semestral e na média geral do
aluno (Normas de Regime Escolar, art. 19 a 21, anexo 6).
A avaliação global dos alunos tem impacto na trajetória individual do aluno no
curso. Desta forma, na escolha de eletivas – quando estas são muito procuradas – o critério
de priorização de candidatos obedece à análise do desempenho dos alunos, refletido em sua
média semestral e geral. O desempenho também constitui critério de priorização no caso
de candidatos a intercâmbio, no apoio à participação em congressos e eventos (nacionais e
internacionais), no incentivo à participação no Programa de Iniciação Científica e na
seleção de candidatos para o duplo diploma com o exterior e com a Escola de Direito. Com
base na avaliação, há também na Escola a adoção de um sistema de inclusão dos melhores
112
alunos em um quadro de honra. Finalmente, há também a concessão de prêmios, entregues
por ocasião da colação de grau.
Em relação à avaliação dos professores, existe, em cada disciplina, uma sistemática
baseada na aplicação de um questionário padronizado, ao final do curso, que inclui aspectos
como: envolvimento do professor com o curso; domínio do conteúdo ministrado; relevância
do curso na perspectiva do aluno; cumprimento do programa; adequação do conteúdo ao
programa previamente estabelecido; acessibilidade do professor fora da aula; capacidade
que este tem de estimular discussões por parte dos alunos, dentre outros aspectos (anexo
11).
A avaliação do professor resulta, de um lado, no reconhecimento por parte da
instituição, que considera este fator como um dos que pesam no conjunto de instrumentos
de avaliação do corpo docente, como subsídio para um retorno em termos de carreira, apoio
à pesquisa, seleção de disciplinas etc. de outro lado, diante de um mau desempenho,
segundo a avaliação dos alunos, procura-se estimular a superação de dificuldades, por meio
de reuniões com os chefes de departamento e de encaminhamento para cursos de
atualização didática e acadêmica.
O corpo docente é também avaliado pelos chefes de departamento de ensino,
considerando sua dedicação ao curso e a atividades complementares, como pesquisa e
produção acadêmica. A avaliação dos professores inclui o registro semestral de todas as
suas atividades em sistema eletrônico, desenhado especialmente para este fim – o
Documento Único Eletrônico (cujo acesso se faz por meio de intranet acadêmica) – o qual
permite registrar disciplinas ministradas, pesquisas desenvolvidas, palestras realizadas,
publicações etc.
Além desses mecanismos formais de avaliação do corpo discente e do corpo
docente, a Escola possui uma sistemática mais abrangente de avaliação de todas as suas
atividades, que inclui uma avaliação permanente de seus cursos e do curso de graduação em
particular.
Anualmente é realizado o Seminário Anual de Planejamento (SAP), que reúne
professores, alunos e funcionários para avaliar a atuação da Escola nas diversas áreas e
identificar, de forma colegiada, prioridades de ação, como subsídio para o planejamento da
113
ação institucional. O Seminário é organizado em torno de temas de discussão, os quais têm,
em geral, alguma interface com a graduação. Em 2005, por exemplo, dentre os temas
tratados, em torno dos quais se organizaram os grupos de discussão, incluiu-se um,
denominado “Repensar a Graduação”. Além desse grupo – diretamente envolvido no
processo de auto-avaliação do curso de graduação – outros grupos também tinham interface
com o curso, como o de Planejamento e Governança e o de Internacionalização. Em 2007,
para tomar outro exemplo, passado o primeiro semestre de implantação da reforma
curricular do Curso de Graduação, o SAP contou com duas comissões discutindo o Curso
Reformulado, um com foco em Administração de Empresas e outro, em Administração
Pública. As questões e as propostas então levantadas constituíram insumos importantes
para a “correção de rumo” do processo de reforma.
Ao analisarem periodicamente o desempenho da Escola (e, no caso do CG, do curso
de Graduação), os órgãos colegiados da Escola, o Conselho de Administração (CA), a
Congregação e o Conselho de Gestão Acadêmica (CGA), que substituiu o Conselho
Departamental (CD) – órgão colegiado composto por representantes do corpo docente,
pelos chefes de departamento, pela diretoria, pelos coordenadores de cursos e por
representantes dos alunos –, e a Comissão de Graduação (CG) – comissão delegada do
CGA – também se envolvem em processos de auto-avaliação. Finalmente, a Comissão
Permanente de Avaliação também participa da avaliação permanente do curso de
graduação.
Entidades ligadas aos alunos – como o Diretório Acadêmico - e jornais estudantis
como a Gazeta Vargas, também desempenham um papel de “monitoramento” constante da
qualidade do curso, levantando questões e propondo soluções para pontos que consideram
que podem ser aperfeiçoados no curso de graduação.
Os tutores – envolvidos no apoio acadêmico aos alunos – constituem uma outra
fonte importante de identificação de aspectos passíveis de melhoria no curso, com base em
seu contato bastante próximo com os alunos.
O atendimento aos alunos pela coordenadoria e pela secretaria de graduação
constitui também uma forma de levantamento contínuo de questões relativas ao curso e a
114
seu funcionamento, questões estas que – se ultrapassam o nível de problema individual –
passam a ser tratadas de forma a propiciar melhorias constantes do curso.
Em relação ao Curso de Graduação, a partir de 2007, com a implantação de um
novo currículo, tem havido um processo de monitoramento contínuo do curso e das
inovações nele introduzidas, para o que a coordenadoria conta com apoio do CEDEA –
Centro de Desenvolvimento do Ensino e da Aprendizagem, dos tutores, dos professores das
disciplinas, da secretaria de graduação e dos próprios alunos.
Quando o aperfeiçoamento que se procura promover envolve mudança que interfere
em normas ou no regimento do curso, as propostas são encaminhadas para os colegiados
que têm o poder de introduzir a alteração – a CG, o CGA e, em casos excepcionais, a
Congregação.
11. ESTÁGIO: ESTÁGIO CURRICULAR (OBRIGATÓRIO) E ESTÁGIOS OPCIONAIS
Os alunos do curso de graduação realizam, como atividade curricular, um estágio
obrigatório (com duração de seis meses) em empresas, organizações do Terceiro Setor (AE)
e no setor público ou em entidades do Terceiro Setor (AP). Além disto, os alunos têm
oportunidade de realizar outros estágios, também reconhecidos pela escola, mas com
caráter optativo e complementar ao estágio previsto na estrutura curricular.
Para apoiar os alunos nas atividades de estágio, a FGV-EAESP conta com uma
Coordenadoria de Estágios e Colocação Profissional – CECOP. Concebida, inicialmente,
como Setor de Estágios, em meados da década de 70, com o objetivo de divulgar e registrar
o estágio obrigatório, progressivamente a área foi assumindo novas atribuições, o que levou
à sua transformação na atual coordenadoria.
Atualmente, a CECOP oferece os seguintes serviços: a) registro e documentação de
estágios; b) divulgação de vagas de estágio, trainee e posições efetivas; c) aconselhamento
de carreira para alunos e ex-alunos da graduação e pós-graduação; d) coordenação dos
Career Meeting (encontros de recrutamento); e) assessoria às empresas no processo de
recrutamento de trainees; f) publicação do CECOP NOTÍCIAS, jornal semestral, com
informações sobre empresas que mais recrutam alunos e ex-alunos, sobre perfil do estágio,
115
índice de efetivação de formandos, entrevistas com ex-alunos, entre outras; g) coleta e
divulgação de dados estatísticos relevantes sobre estágios e programas de trainee; h)
publicação do Livro dos Formandos, fonte importante de recrutamento para as empresas; i)
biblioteca de empresas – com informações sobre as organizações; j) biblioteca de trabalhos
de estágio; k) organização e coordenação de palestras de desenvolvimento profissional para
alunos e ex-alunos, abordando temas como: orientação de carreira, recolocação, preparação
de currículo, etc; l) atualização e manutenção de Banco de Dados de empresas (cerca de
1500 empresas).
Como o elenco de serviços prestados revela, a CECOP se volta simultaneamente
para a área de estágios e para a colocação profissional de alunos e ex-alunos, incluindo a
orientação de carreira individual, como parte de suas atribuições.
A CECOP orienta e supervisiona os estágios, definindo uma série de requisitos a
serem cumpridos pelas organizações e pelos alunos, para que os estágios sejam
reconhecidos (anexo 8). Dentre estes, incluem-se: a) elaboração de um Plano de Estágio,
que deve ser elaborado em conjunto com o supervisor, na organização que receberá o
aluno; b) Avaliação Intermediária (elaborada em conjunto pelo aluno e supervisor no 2° e
4° mês de estágio); c) Questionário de Avaliação Pessoal – acessível a todos os alunos, no
qual são relatadas livremente as impressões sobre o estágio; d) Avaliação de Desempenho
do aluno, fornecida pela organização concedente; e) Relatório de Encerramento do
estágio elaborado pelo aluno, contemplando informações sobre a empresa, o estágio, seus
pontos fortes e sugestões de melhorias. Todas as informações e documentação estão
disponíveis na CECOP e na intranet acadêmica.
Os estágios envolvem ainda um Acordo de Cooperação entre a organização em
que o aluno realizará o estágio e a escola. Em alguns casos, são realizados convênios na
área de estágios, como o assinado em 2004 com o governo do Estado de São Paulo, por
intermédio da FUNDAP – Fundação para o Desenvolvimento Administrativo, por meio do
qual se procura atender a interesses, tanto do Curso de Graduação e da CECOP como do
governo, procurando melhorar a qualidade dos estágios na área pública, em benefício da
formação dos alunos e da contribuição dessas atividades às próprias áreas que oferecem
oportunidades a alunos de administração da escola.
116
Os estágios realizados pelos alunos e registrados na CECOP (o que significa que
cumprem todos os requisitos definidos pela Coordenadoria) são a base do trabalho de
conclusão de curso que, na escola, intitula-se Trabalho de Estágio. O aluno elege um dos
estágios que cursou e identifica um problema na organização em que estagiou, elaborando
uma proposta de melhoria, como trabalho de estágio. Como alternativa, o aluno pode
desenvolver um plano de abertura de novo negócio, caso em que deverá ter realizado pelo
menos dois estágios em áreas distintas ou um estágio rotativo em uma única organização.
A estrutura de supervisão e orientação oferecida pela CECOP, com apoio de equipe
especializada e de professores da Escola, inclui ainda atendimento individualizado, revisão
de relatórios e avaliação da qualidade, o que se completa com as disciplinas “Seminário de
Estágio”, oferecida no sétimo semestre, e “Trabalho de Estágio”, oferecida no oitavo
semestre. O atendimento individualizado inclui orientação para preparação de cartas de
apresentação, elaboração de currículos, postura a ser adotada em processos seletivos e
orientação diante de situações novas, vividas pelos alunos em sua inserção nas
organizações. A orientação se completa – de forma coletiva – nas disciplinas mencionadas,
no que se refere à elaboração de diagnósticos de organizações, identificação de problema
relevante, elaboração de projeto de melhoria, identificação de base teórica adequada, e,
ainda, indicação de fontes e professores a serem consultados em áreas de conhecimento
relevantes para o desenvolvimento do projeto.
A realização de estágios constitui uma iniciação à vida profissional e um
componente da formação – por introduzir o aluno na atuação prática – fundamental em um
curso de forte conteúdo profissional, como o de Administração. No entanto, há um cuidado
permanente da parte da escola – por meio da CECOP e com apoio da Coordenadoria de
Graduação – no sentido de evitar a “captura” prematura de alunos pelas organizações
profissionais, num momento em que ainda é fundamental a vivência universitária e a
reflexão acadêmica. Esse cuidado se explicita na limitação de horas de estágio (seis horas
diárias) aceitas pela CECOP, sob pena de prejuízo sério à formação do aluno.
A FGV-EAESP mantém convênio com diversas instituições estrangeiras, que
oferecem programas de intercâmbio para alunos de graduação e pós-graduação como, por
exemplo, o Partnership in International Management – PIM. A CECOP assessora o aluno
117
de intercâmbio na identificação de empresas que possam oferecer estágios durante sua
permanência no Brasil. Por outro lado, tem feito um esforço diferenciado junto a empresas,
no sentido de divulgar e apresentar os alunos intercambistas. O índice de efetividade,
porém, é reduzido, uma vez que as empresas resistem em absorver alunos estrangeiros com
dificuldades no domínio da língua portuguesa e, além disto, não se interessam em ter como
estagiários alunos com baixa probabilidade de contratação posterior.
12. INCENTIVO À PESQUISA
Desde 1959, a FGV-EAESP mantém um órgão voltado exclusivamente ao
financiamento e coordenação da produção de conhecimento científico sobre Administração
de Empresas, Administração Pública e Economia, e ao apoio à formação de jovens
pesquisadores.
Já foram financiadas mais de mil pesquisas ao longo desses anos; os resumos e
textos integrais das realizadas desde 1995 podem ser consultados no site institucional da
EAESP, onde estão catalogados por ano.
Dentre as atividades já realizadas pelo GVpesquisa incluem-se, ainda:
financiamento de publicações de resultados de pesquisas; tradução e edição de textos para
apresentação em Eventos Internacionais; custeio de parte das mensalidades de alunos de
pós-graduação, tendo como contrapartida o envolvimento dos alunos em atividades
acadêmicas; apoio a atividades acadêmicas de professores vinculados à pós-graduação
(NRD6); apoio aos professores que apresentam e publicam trabalhos decorrentes de
pesquisas financiadas pelo GVpesquisa em eventos nacionais e internacionais e em revistas
acadêmicas arbitradas; promoção de linha especial de apoio à pesquisa para o doutoramento
de professores da Escola; publicação da maior parte das pesquisas financiadas na Internet.
As atividades desenvolvidas pelo GVpesquisa propiciam o treinamento de docentes
e alunos em metodologia da pesquisa. Alunos de graduação são envolvidos
sistematicamente em pesquisas desenvolvidas por professores, como auxiliares de pesquisa.
Este envolvimento é assegurado por meio de bolsas concedidas pelo próprio núcleo da
Escola ou por intermédio do Programa de Iniciação Científica vinculado ao CNPq. Com
118
apoio da Escola, alunos de graduação participam ainda da SBPC, a partir de trabalhos de
iniciação científica, desenvolvidos com orientação de professores e selecionados como os
melhores trabalhos dentre os desenvolvidos por alunos de graduação.
A cada ano, realiza-se um Seminário de Iniciação Científica. Em 2004, introduziuse uma inovação nessa sistemática, tendo sido reservado um dia – sem aulas regulares no
calendário escolar - como o Dia da Pesquisa, no qual se reúnem alunos de graduação e de
pós para apresentarem e discutirem seus trabalhos de pesquisa. A divulgação dos trabalhos
de pesquisa dos alunos é feita no site institucional da EAESP. Posteriormente, em 2006,
esta atividade passou a ser desenvolvida conjuntamente com atividades na área cultural,
organizando-se o Dia da Pesquisa e da Cultura.
Além do GVpesquisa, a Escola conta com diversos centros de estudo, criados com o
objetivo de aproximar a teoria da prática e promover a aproximação entre iniciativa
privada, governos, sociedade e ensino superior. Os Centros desenvolvem pesquisas,
consultorias, encontros, fóruns e debates em suas diferentes áreas, abrindo espaço para a
participação dos alunos de graduação e de pós-graduação, configurando uma oportunidade
única para o desenvolvimento de competências profissionais. Dos Centros de Estudos
participam, de forma sistemática, professores da Escola e alunos de pós-graduação e de
graduação.
A iniciativa pioneira foi o Programa de Estudos Avançados em Administração
Hospitalar e de Sistemas de Saúde, hoje Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de
Saúde - GVsaúde, criado em 1989, com o propósito de desenvolver competências nas áreas
de ensino e pesquisa ligadas à administração em saúde.
No mesmo ano, foi criado o Centro de Estudos em Administração Pública e
Governo, voltado para a área da gestão pública, que desenvolve projetos, como o Programa
Gestão Pública e Cidadania (iniciativa conjunta da Fundação Ford e da EAESP, apoiada
pelo BNDES), com o objetivo de premiar e disseminar iniciativas inovadoras de governos
subnacionais e de organizações indígenas.
Ao longo da década de 1990, foram criados vários outros centros de estudo, com o
propósito de desenvolver pesquisas e projetos na área social, abordando temas que buscam
aliar evolução tecnológica e responsabilidade social. A Escola foi pioneira na criação de um
119
Centro de Estudos voltado para o Terceiro Setor, o qual desenvolve atividades de ensino,
pesquisa, treinamento e assessoria a organizações não governamentais, servindo, inclusive,
de modelo para outras organizações de ensino superior.
Por meio do Centro de Estudos em Ética nas Organizações, a Escola realiza
periodicamente um fórum de debates sobre a Ética na comunidade empresarial brasileira e
nas instituições governamentais e sem fins lucrativos.
O Centro de Estudos de Administração e Meio Ambiente dedica-se a estimular a
conscientização para a questão ambiental, por meio de pesquisas, cursos, publicação e
tradução de materiais técnicos relevantes e estabelecimento de canais de cooperação mútua
com instituições semelhantes.
O Centro de Estudos da Cultura e do Consumo desenvolve pesquisas e eventos
relacionados a Administração e Financiamento da Cultura, Defesa do Consumidor,
Estrutura da Distribuição Varejista, Megatendências do Mercado Brasileiro e Global,
Publicidade e Pesquisa de Opinião Pública e Mercado. Com o objetivo de manter um fórum
de debates e disseminar conhecimentos sobre lazer e turismo na sociedade contemporânea,
o Centro de Estudos de Lazer e Turismo desenvolve pesquisas, sistematização das
informações, publicação e prestação de serviços de treinamento e consultoria a pessoal de
instituições públicas e privadas, das comunidades e do exterior, tornando a EAESP uma
referência em expertise nesse segmento.
Em finanças, a FGV-EAESP conta com o Centro de Excelência Bancária, que busca
estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias vinculadas à
gestão de instituições financeiras, além de estabelecer canais formais de cooperação mútua,
efetivar acordos de cooperação, intercâmbio de tecnologia e treinamento com centros
semelhantes, em níveis nacional e internacional.
Um segundo centro na área de finanças foi criado em 2002, o Centro de Estudos em
Finanças, que tem como objetivo básico estimular a pesquisa e a divulgação de
conhecimento nas áreas de finanças empresariais e mercado financeiro.
Visando a dar suporte às atividades relacionadas à exploração da vanguarda
tecnológica na área de Informática e Tecnologia de Informação, a FGV-EAESP conta com
o Centro de Informática Aplicada, responsável por estudos tradicionais, como a Pesquisa
120
Anual sobre o Uso de Recursos de Tecnologia de Informação e a Pesquisa de Comércio
Eletrônico no Mercado Brasileiro.
No ano de 2001, foram iniciadas as atividades do Centro de Excelência em Varejo,
que tem por missão exercer o papel de liderança como catalisador do processo de
desenvolvimento e evolução do varejo no Brasil.
Em 2002, a Escola ampliou seus centros de estudos, com a criação do Centro de
Estudos Estratégicos Internacionais, cuja missão é constituir um pólo de reflexão, análise,
produção de conhecimento, formulação de estratégias e capacitação de agentes de
transformadores, capazes de ajudar o país a enfrentar desafios internacionais.
Em 2003, dois novos Centros de Estudos foram criados: o Centro de Estudos em
Sustentabilidade e o Centro de Estudos em Private Equity & Venture Capital. O Centro de
Estudos em Sustentabilidade tem como principal objetivo tornar-se um centro de referência
no estudo das questões que envolvam o tema da sustentabilidade no contexto empresarial, e
espera cumprir seus objetivos por meio de um conjunto de atividades concentradas em
pesquisa, capacitação e comunicação. O Centro de Estudos em Private Equity & Venture
Capital visa a ser um referencial para estudos e pesquisas relacionados aos investimentos
de Capital de Risco – nas modalidades Private Equity & Venture Capital – em âmbito
nacional e em conexão com os melhores centros internacionais congêneres.
Em 2004, foram criados mais três novos núcleos: o Centro de Estudos de Negócios
da Propaganda, o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios e o Centro de Estudos
de Tecnologia de Informação para Governos. O Centro de Negócios da Propaganda tem
como principal objetivo tornar-se um centro de referência no estudo das questões que
envolvam o tema da propaganda no contexto empresarial, desenvolvendo um conjunto de
atividades concentradas em três principais áreas: Pesquisa e Publicações, Capacitação e
Consultoria.
O Centro de Empreendedorismo apresenta como metas fortalecer a cultura do
empreendedorismo, gerar, utilizar e difundir conhecimento sobre o tema, tanto interna
quanto externamente à Escola e estar na vanguarda das transformações em busca de
oportunidades no campo do empreendedorismo no Brasil.
121
O Centro de Estudos de Tecnologia de Informação para Governos têm o objetivo de
promover a criação, organização, disseminação, distribuição e aplicação de conhecimentos
na área de tecnologia de informação e processos em governo, por meio de atividades de
pesquisa, publicações, programas de capacitação e desenvolvimento e aplicação de
conhecimentos especializados, visando à pesquisa de soluções tecnológicas para a operação
e gestão em governo, otimização de eficiência e melhores serviços à sociedade.
Em 2005 surgiu o Centro de Excelência em Logística e Cadeias de Abastecimento
que atua, principalmente, na Administração Logística nacional e internacional e nos
diversos aspectos da Administração da Cadeia de Suprimento, buscando contribuir para a
melhoria do desempenho das empresas brasileiras no mercado nacional e no mercado
mundial e, conseqüentemente, para o desenvolvimento sócio-econômico do país.
Em 2006 constituiu-se o Centro de Estudos de Política e Economia dos Setor
Público que tem como objetivo geral contribuir para a melhoria do debate sobre o setor
público de forma a promover o desenvolvimento do país. Em geral, as pesquisas do
CEPESP estão preocupadas em saber a relação entre as instituições (num sentido amplo) e
as decisões de políticas públicas. A escala de análise varia muito assim como as instituições
estudadas, porém, a questão básica permanece. Por exemplo, é bem diferente estudar a
relação entre o sistema tributário dos estados e o bem-estar da federação ou analisar o
impacto da renovação urbana de um bairro sobre a decisão de localização das empresas e
das indústrias. Em todos os casos, alguma instituição está tomando uma decisão de políticas
públicas que afetam o bem-estar da população. Este objetivo geral, que não dispensa a
integração entre economistas e cientistas sociais, pode ser especificado em duas áreas
principais de atuação.
O Centro de Estudos em Estratégia e Competitividade tem por objetivo uma
iniciativa multidepartamental e multidisciplinar, avançar no processo de geração de
conhecimento nas áreas de estratégia e competitividade no Brasil, integrando os universos
da academia e dos negócios. Busca identificar oportunidades de combinar os interesses das
Linhas de Pesquisa com temas considerados relevantes por executivos e empresas
apoiadoras, obtendo desta forma o suporte necessário para a realização de projetos de
pesquisa, publicação e disseminação de conhecimento.
122
Em 2007 foi criado o Centro de Estudos de Microfinanças(CEMF), que se propõe a
colaborar com as instituições de microfinanças, no que tange à sustentabilidade financeira
de novos e antigos modelos de negócio, ao impacto social desses modelos e às mudanças
no arcabouço legal necessárias para a sua aplicação.
Dentre os objetivos do CEMF incluem-se desenvolver pesquisa aplicada aos temas
das microfinanças; atrair instituições internacionais de pesquisa e publicação, apoiar o
direcionamento do interesse de investidores para o Brasil; colaborar para a capacitação de
capital humano atuante no setor de microfinanças; disseminar o conhecimento relacionado
ao setor; apoiar a adesão das instituições de microcrédito às melhores práticas de negócio e
modelos de governança corporativa; apoiar a consolidação de marcos regulatórios; e apoiar
a expansão de novos modelos de negócio condizentes com a realidade de cada região
brasileira.
Os professores da Escola constituem também grupos de pesquisa registrados no
CNPq. Em 2008, havia 13 os grupos de pesquisa sediados na Escola: Administração e
Planejamento em Saúde; Estudos de Ética nas Organizações; Estratégias de Marketing;
Políticas Públicas e Desenvolvimento; Gestão da Cadeia de Suprimentos, Logística e
Operações; Gestão do Lazer e do Turismo; Gestão do Meio Ambiente; Estratégia
Empresarial; Estudos Organizacionais; Mercados Financeiros e Finanças Corporativas;
Administração, Análise e Tecnologia de Informação; Gestão Pública e Cidadania e
Desenvolvimento Econômico, Social e Organizacional do Terceiro do Setor.
Além desses grupos instituídos formalmente, outros professores se articulam como
grupos permanentes de pesquisa, reunindo em torno de si alunos de graduação e de pósgraduação e contribuindo para sua formação investigativa e científica. Em geral, os alunos
de graduação beneficiam-se de bolsas do CNPq ou do GVpesquisa. A título de exemplo,
podem ser mencionados grupos que se dedicam ao estudo de temas como segurança
pública, elites políticas, dentre outros.
A divulgação de trabalhos de alunos – sobretudo os que resultam de pesquisa –
acontece de diversas formas. Os trabalhos do PIBIC são divulgados no site da Escola, como
já mencionado. Os melhores trabalhos são selecionados para serem encaminhados para os
encontros anuais da SBPC.
123
A integração entre graduação e pós-graduação fez-se, até recentemente, por
intermédio do espaço da pesquisa, estimulado por diferentes fóruns da Escola. Com apoio
do GVpesquisa, reúnem-se professores, alunos de pós-graduação e de graduação, em torno
de temas de investigação, criando um “clima” propício à introdução do aluno de graduação
na pesquisa, o que, muitas vezes, acaba estimulando-o a buscar a pós-graduação, seja
imediatamente após se formar, seja algum tempo depois. De fato, a busca da pós-graduação
acadêmica – Programa de Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas e
Programa de Mestrado e Doutorado em Administração Pública - por ex-alunos da
graduação é significativa. Cerca de 30% dos alunos da pós-graduação stricto sensu
cursaram graduação na Escola.
Outra forma de articulação entre a Graduação e a Pós-Graduação consiste no
Projeto Conexão Local. Este projeto é a primeira fase do Programa de Iniciação à Pesquisa
- PIP, do GVpesquisa, o qual propicia a alunos da Graduação, anualmente, vivenciarem os
desafios de gestão de projetos de desenvolvimento local em diferentes localidades do país,
apoiados por um grupo de tutores composto por professores e alunos de mestrado e
doutorado. O número de alunos selecionados para participarem desse projeto varia
conforme o orçamento e o numero de alunos interessados.
O International Management Program - IPM também promove integração entre
alunos da Graduação, Pós-Graduação e alunos estrangeiros. O objetivo deste programa é
oferecer ao aluno uma experiência acadêmica internacional. Tem um calendário diferente
dos cursos regulares, sendo composto por dois módulos por semestre
Nessa mesma linha, há ainda a Escola de Inverno da FGV-EAESP que tem
como
objetivo
mobilizar
a
comunidade
acadêmica
e
profissional
para
promover o intercâmbio acadêmico de ponta, estimular a pesquisa científica em
Administração e promover o aperfeiçoamento da formação metodológica, matemática e
estatística de seus participantes. Os cursos da Escola de Inverno são abertos a alunos da
graduação e pós-graduação stricto e lato-sensu, a professores e pesquisadores da própria
FGV-EAESP, de escolas e instituições parceiras, bem como a profissionais, consultores,
alunos e professores de outras instituições.
124
Mais recentemente, como já apontado na análise das inovações no Curso de
Graduação, a integração graduação e pós-graduação passou a incluir a modalidade do duplo
diploma, por intermédio da qual alunos selecionados da graduação têm a oportunidade de
prosseguirem os estudos, obtendo um diploma de mestrado na Europa e um na FGVEAESP. Estão sendo criadas ainda algumas alternativas de post-graduate diploma, em que,
alunos selecionados da graduação ingressam em uma formação pós-graduada especializada.
13. PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
Apresentou-se anteriormente a abordagem didático-pedagógica do Curso de
Graduação, elemento central da reforma do currículo implantada em 2007. Mas é
importante retomar a referência à dimensão didático-pedagógica para destacar elementos da
formação na graduação que já constituem parte integrante da formação dada pela escola há
vários anos.
As aulas do curso de graduação incluem diversos procedimentos e recursos
didático-pedagógicos, havendo um esforço permanente de atualização de procedimentos. A
FGV-EAESP foi pioneira no Brasil na adoção do Método de Casos, já na época de
implantação do curso. A partir dessa iniciativa, constituiu-se na Escola o CEDEA – Centro
de Desenvolvimento do Ensino e Aprendizagem (antiga Central de Casos). Inicialmente
voltado ao desenvolvimento da metodologia de casos na Escola e ao apoio à elaboração de
casos por professores da Escola, o CEDEA acabou por ampliar seus objetivos, de forma a
promover permanentemente o aperfeiçoamento dos processos de ensino e aprendizagem. O
CEDEA promove workshops e cursos para capacitar os professores em metodologias como
Jogo de Empresas e Estudos de Casos, e em outros recursos didático-pedagógicos. Após a
implantação do novo currículo, o CEDEA assumiu um papel fundamental na preparação
dos professores para as mudanças na abordagem didático-pedagógicas, assim como para a
discussão e elaboração conjunta de programas e syllabus.
No desenvolvimento das disciplinas, os professores adotam um conjunto de
procedimentos complementares, tais como aulas expositivas; seminários conduzidos por
alunos; discussões em classe, coordenadas pelos professores, com base em material
125
didático, como textos, filmes etc. Para o desenvolvimento destas atividades, professores e
alunos podem contar com recursos audio-visuais e computacionais, acompanhando o
desenvolvimento tecnológico na área. Assim, atualmente, é freqüente a utilização de
exposições em powerpoint, contando cada classe com tela para projeção, computador com
DVD e projetor, acesso à internet para projeção de filmes e imagens do computador,
recursos didáticos utilizados em diversas disciplinas.
Como apoio adicional, professores e alunos contam com o LEPI, Laboratório de
Ensino e Pesquisa em Informática (LEPI), utilizado por alunos, tanto durante as aulas como
em atividades extraclasse. O LEPI, criado em 1992, é composto por um conjunto de
instalações equipadas com os mais modernos recursos de microinformática, com acesso à
rede local, aos sistemas acadêmicos da Escola e à Internet e disponíveis aos alunos para
utilização em pesquisas, trabalhos e estudos.
Os laboratórios são também utilizados em aulas práticas, exercícios de simulação,
jogos, trabalhos em grupo e em outras aplicações em que a rede de computadores
desempenha papel relevante para o aprendizado. Os laboratórios oferecem aos professores
apoio para preparação de material didático e acesso a recursos multimídia para uso em
aulas, sendo ainda utilizados em cursos de informática para alunos, professores e
funcionários das Escolas e para desenvolvimento de aplicações voltadas ao ensino.
A FGV-SP conta com equipamentos instalados nos Laboratórios de Ensino e
Pesquisa. Alguns desses espaços são patrocinados por empresas como: Banco Bradesco,
Banco Real, Samsung Hedging-Griffo, Itaú Personnalité e TecnoWorld. Mantém com a
Microsoft um contrato Campus Agreement o qual garante a atualização dos produtos. As
atualizações de hardware são feitas de acordo com a demanda dos softwares utilizados em
aulas e/ou pelos usuários e conforme novas versões disponibilizadas pelo fabricante.
O acesso a redes externas e à internet é feito através, de links que a Escola mantém
com a FAPESP (512 kbps), AT&T (1536 kbps), Telefônica (2048 kbps) e Speedy Business
4.0 (512 kbps).
Para facilitar a comunicação entre professor e aluno, foi criado um sistema de pastas
eletrônicas (VPN), disponíveis na rede interna (intranet), por meio da qual o professor pode
colocar material didático e informações sobre a disciplina, à disposição dos alunos. Criou-
126
se também o eclass ou classe eletrônica, sistema que permite comunicação mais completa
entre professor e aluno, pois reúne, num único local - de perfil bastante dinâmico – avisos
aos alunos, cronograma do curso, programa, exercícios etc.
As salas de aula da FGV-SP oferecem aos alunos um ambiente propício ao
aprendizado, em virtude do conforto de suas instalações e dos recursos tecnológicos
disponíveis.
Totalmente
cabeadas,
permitem
acesso
à
rede
da
FGV-SP.
Da mesa do professor é possível ter todo o controle da sala de aula. Do computador
instalado nessa mesa, o professor acessa a Internet, tornando suas aulas mais dinâmicas.
Todas as salas têm sistema multimídia que facilitam o acesso aos equipamentos
tecnológicos como projetor, som, DVD, projetores, entre outros. O sistema de iluminação é
controlado
nesse
espaço,
assim
como
os
microfones
sem
fio
e
com
fio.
Todas essas facilidades são possíveis graças à ação das empresas parceiras.
Para apoiar as disciplinas, a Escola oferece, a professores e alunos, por meio da
biblioteca e do centro audio-visual, um amplo acervo de livros, filmes e vídeos. A
Biblioteca Karl A. Boedecker conta com um acervo especializado em Administração,
Negócios, Economia, Ciências Sociais e Direito, com um total de 61.288 títulos e 78.245
exemplares de livros, teses e dissertações; 1661 títulos de periódicos; 9.130 artigos de
periódicos indexados e 140 publicações eletrônicas, nas quais estão incluídas várias bases
de dados, contendo texto integral de artigos de periódicos, dados estatísticos, legislação etc.
No centro audio-visual, por sua vez, conta-se com um acervo de aproximadamente 532
filmes e 642 vídeos. Dentre estes, incluem-se alguns produzidos internamente, por
iniciativa de centros de estudos da Escola.
As monitorias representam – do ponto de vista didático-pedagógico – um recurso
adicional, assumindo os alunos que apóiam os professores em determinadas disciplinas o
papel de assistentes que ajudam a esclarecer dúvidas da classe em horários prédeterminados (ao lado do apoio que dão aos professores na preparação de aulas e correção
de exercícios).
127
14. APOIO AOS ALUNOS
Os alunos do Curso de Graduação contam com uma estrutura de apoio bastante
abrangente. Uma primeira iniciativa nesse sentido data de 1965 e consiste na criação,
naquela ocasião, de um Fundo de Bolsas, instituído com base em doações da comunidade
empresarial, de ex-alunos e de professores, com o objetivo de garantir bolsas de estudos a
alunos do curso de graduação. O regimento original (anexo 12) foi posteriormente alterado,
por ocasião da instituição de dois fundos separados, um para os alunos da linha de
formação específica Administração de Empresas (anexo 13) e um para os alunos da linha
de formação específica Administração Pública (anexo 14), em decorrência de serem
distintas as fontes de recursos para os fundos de cada linha de formação específica. O
Fundo para o curso de Administração Pública foi instituído com recursos do Governo do
Estado de São Paulo, em 1995.
Os alunos podem recorrer ao fundo para: pagamento integral ou parcial de taxas
escolares (AE e AP); manutenção própria (Alimentação); e aquisição de livros e material
escolar (AE). Em 2005, foi institucionalizada uma nova modalidade de Bolsa de Estudos - a
Bolsa Moradia e Transporte - para alunos com dificuldades econômicas. O valor recebido
deverá ser pago à Escola, voltando a compor o Fundo de Bolsas, cinco anos após a tomada
do empréstimo pelo aluno. Desde a criação do Fundo de Bolsas, em 1965, foram
concedidas mais de 17.000 bolsas a alunos de graduação em Administração.
No segundo semestre de 2007, ao mesmo tempo em que se implantava o novo
currículo, o Curso de Graduação passou a oferecer a seus alunos uma nova modalidade de
bolsa, a bolsa não-reembolsável (ver critérios – anexo 15). Trata-se de até quatro bolsas por
semestre, para alunos com dificuldade econômica, destinadas exclusivamente a alunos
aprovados no vestibular. Os critérios de concessão são necessidade econômica comprovada
e classificação no vestibular. Os alunos beneficiados têm bolsa integral por todo o curso.
Esta modalidade de bolsa permite que jovens de famílias de baixa renda, que não
consideravam a hipótese de estudar na GV, por problemas econômicos, venham para a
escola. O depoimento dos primeiros beneficiados pela bolsa revela que a divulgação desta
modalidade de bolsa foi fundamental para sua decisão de prestar o vestibular da EAESP. A
manutenção desta modalidade de bolsa é condicionada ao desempenho dos alunos no curso.
128
Ainda como apoio aos alunos, funcionando como complemento à sua formação e
também como suporte financeiro durante a realização do curso, são oferecidas
oportunidades de realizar monitorias, com as quais os estudantes auxiliam os professores
em cursos de graduação e também em cursos de educação continuada.
Na atividade de monitoria, o número de alunos de graduação envolvidos por
semestre é de aproximadamente 70 alunos. O monitor poderá auxiliar em mais de uma
disciplina.
Os alunos de graduação também podem ser absorvidos em atividades da escola
como estagiários, o que ocorre, por exemplo, nos centros de estudo, nos quais os estudantes
auxiliam professores em atividades que não se caracterizam propriamente como pesquisa.
Outra ordem de suporte oferecido aos alunos consiste na atividade de tutoria, criada
em janeiro de 2001, com a finalidade de apoiar a coordenadoria de graduação, procurando,
principalmente, “zelar pelo processo de ensino e aprendizado e pelo aproveitamento” da
turma sob sua responsabilidade (anexo 18 – Portaria de criação da tutoria e anexo).
Essa função de apoio à coordenadoria do curso tem por objetivos principais: a)
acompanhar o desenvolvimento da turma, mantendo contato permanente, tanto com os
professores quanto com os alunos; b) acompanhar o trabalho dos professores da turma,
procurando facilitar o relacionamento entre estes e os alunos; c) procurar resolver
problemas disciplinares; d) conversar com alunos que apresentem excesso de faltas ou
aproveitamento insuficiente, procurando identificar as causas do problema e buscar
soluções.
Desde sua criação, a nova “instituição” da tutoria tem prestado grande apoio a
alunos e à coordenadoria, por meio de reuniões periódicas com alunos do primeiro ao
quarto semestre, de forma coletiva e em pequenos grupos ou em reuniões individuais.
Nestas reuniões, os tutores – professores do curso designados para esta função
complementar de apoio – ajudam a situar os alunos ingressantes na Escola (primeiro
semestre), familiarizando-os com o funcionamento do curso e auxiliando-os no
enfrentamento de dificuldades acadêmicas e pessoais. Esse auxílio se estrutura como apoio
para que os alunos sejam capazes de resolver eles próprios, com autonomia, os problemas
que enfrentam.
129
Com a implantação do novo currículo, os tutores assumiram um papel ainda mais
importante, passando a auxiliar no esclarecimento das dúvidas em relação ao “novo” curso
e no monitoramento das inovações. Além disto, os tutores são os coordenadores das
reuniões dos Conselhos de Professores, que reúnem professores de uma mesma turma,
discutindo tanto os problemas da turma, como programas e sinergias possíveis entre as
disciplinas. O Conselho de Professores, reintroduzido no Curso de Graduação em 2006,
assumiu um papel fundamental no processo de implantação do novo currículo, tendo o tutor
um papel muito importante na discussão com os professores de aspectos inovadores do
curso, assim como de suas dificuldades.
A tutoria, por outro lado, com base no contato próximo, estabelecido com os alunos,
acaba
trazendo
à
coordenadoria
algumas
situações-problema,
favorecendo
seu
enfrentamento. Dentre os problemas identificados pelos tutores, destacou-se, já no início,
situação de desajuste pessoal de alguns alunos, caracterizando necessidade de apoio
psicológico, para o qual os tutores não estavam capacitados. Diante disto, por sugestão da
coordenadoria do curso, foi criado o Pró-Saúde, estrutura voltada ao apoio psicológico a
alunos de graduação, na qual profissionais de psicologia prestam atendimento a alunos fora
do ambiente da escola, garantindo o sigilo aos que procuram o serviço7.
Freqüentemente, situações de mau desempenho acadêmico estão associadas a
quadros de sofrimento dos alunos e o atendimento adequado tem possibilitado uma
reinserção favorável na vida escolar.
Os tutores participam de reuniões periódicas com a coordenadoria, para discussão
de questões identificadas no contato com as turmas, assim como de reuniões com o
profissional da área de saúde responsável pelo Pró-saúde, para debate sobre os problemas
apresentados. Relatórios semestrais são elaborados, relatando o desempenho acadêmico da
classe e destacando os casos de alunos que merecem acompanhamento especial.
Recentemente, tendo em vista a ocorrência de casos de recusa de matrícula, em que
os alunos se vêem (segundo o regimento do curso) afastados do curso por um semestre, por
mau desempenho acadêmico, procurou-se adotar medidas preventivas, alertando e
7
O atendimento prestado é garantido gratuitamente aos alunos, por um determinado período, sendo os custos
assumidos pela Escola.
130
oferecendo ajuda antecipada aos alunos identificados como possíveis candidatos a entrar
nessa situação no semestre seguinte.
Uma iniciativa da Coordenadoria, aprovada pelos colegiados da escola, foi o Plano
de Ação Preventiva, que consiste numa estrutura de acompanhamento pedagógico a alunos
com dificuldades de desempenho. Com apoio de tutores e de funcionárias da Secretaria
Escolar, a Coordenadoria elabora plano de estudos para alunos em situação de provável
recusa de matrícula, no sentido de evitar que o aluno incorra, pela terceira vez, em
reprovação numa mesma disciplina ou obtenha média semestral inferior a 6,0 (seis) em três
semestres.
O apoio acadêmico inclui também um plano de estudos desenvolvido pela
coordenadoria, com apoio da Secretaria, para os alunos com recusa de matrícula, quando de
seu retorno ao curso. Estes são orientados a cursar um número menor de disciplinas,
havendo um estudo qualitativo da composição do “leque” de disciplinas, de forma a
viabilizar um retorno “com sucesso” à atividade discente.
Resta mencionar ainda o apoio prestado pela Secretaria, a cada semestre, ao
processo de matrícula, no qual funcionárias da secretaria prestam esclarecimentos e
orientam os alunos em caso de dúvidas, com agendamento prévio de reunião para esse fim.
131
15. INTERCÂMBIO
Os alunos de graduação beneficiam-se, ainda, da possibilidade de intercâmbio
internacional, com apoio da Coordenadoria de Relações Internacionais. Há um programa
regular de intercâmbio com várias escolas da Europa, dos EUA, da América Latina, e de
outras regiões do mundo. Além dos programas regulares, por meio dos quais os alunos
ficam um semestre no exterior, cursando regularmente outras faculdades, há também
programas internacionais durante as férias na McCombs School of Business – The
University of Texas at Austin, EUA e competições internacionais de estudos de casos. O
intercâmbio sistemático de alunos iniciou-se em 1976, com a associação da EAESP ao PIM
(Partnership in International Management), sendo a Escola, até hoje, a única instituição
brasileira membro desta associação, um consórcio de escolas e universidades no mundo
todo, que promove o intercâmbio de alunos, professores e corpo administrativo das escolas
e universidades associadas.
As escolas parceiras da FGV-EAESP, com as quais há intercâmbio, são as
seguintes:
País
Africa
Alemanha
Argentina
Austrália
Austria
Bélgica
Canadá
Chile
China
Escola Parceira
Wits Business School
Universität Mannheim
Universität zu-Köln
Universität Mainz
WHU Koblenz
European Business School - Germany
IAEF
Universidad de San Andrés
Universidad Torcuato Di Tella
Macquaire University
Wirtschaftsuniversität Wien
Université Catholique de Louvain
University of Manitoba
York University
University of British Columbia
University of Western Ontario
HEC - Montreal
McGill University
Queen's Univeresity-Canada
Pontificia Universidad Catolica
University of Macau
Website
www.mgmt.wits.ac.za
www.uni-mannheim.de
www.uni-koeln.de
www.uni-mainz.de
www.uni-koblenz.de
www.iaef.org.ar
www.udesa.edu.ar
www.utbt.edu
www.international.mq.edu.au
www.wu-wien.ac.at
www.ucl.be
www.umanitoba.ca
www.yorku.ca
www.ubc.ca
www.uwo.ca
www.hec.ca
www.mcgill.ca
www.puc.cl
www.umac.mo
132
Cingapura
Colombia
National University of Singapore
Universidad de los Andes
Sungkyunkwan University Business School Korea
Corea do Norte (Republic of)
Dinamarca
Copenhagen Business School
Instituto de Empresa
Espanha
ESADE
The University of Illinois at Chicago
Tulane University
Georgia Institute of Technology
Babson College
Brandeis University
BYU – Brigham Young University
LBJ - University of Texas at Austin
UCLA
The University of Texas at Austin
EUA
New York University
Chicago University
University of Minnesota
UNC - Chapel Hill
University of Southern California
University of California, Davis
Pepperdine University
Columbia Business School
Indiana Univertity
Finlandia
Helsinki School of Economics
ESC - Rouen
ESSEC
Em Lyon
HEC School of Managemet - Paris
Groupe ESC PAU
França
Sup de Co Montpellier
Sciences Po, Paris
Groupe ESC Reims
Université Paris Dauphine
Group ESC Grenoble
Erasmus Universiteit Rotterdam
Holanda
Universität Maastricht
Universiteit Van Amsterdan
Hungria
Budapest University of Economics
India
Indian Institute of Management Bangalore, India
European Business School
Manchester Business School
Inglaterra
London Business School
Cranfield University
Warwick Business School
Itália
Bocconi
Israel
Tel Aviv University
Japão
Nagoya University
www.nus.edu.sg
www.uniandes.edu
www.cbs.dk
www.ie.edu
www.esade.es
www.uic.edu
www.tulane.edu
www.gatech.edu
www.babson.edu
www.brandeis.edu
www.byu.edu
www.bus.utexas.edu
www.anderson.ucla.edu
www.bus.utexas.edu
www.stern.nyu.edu
www.uchicago.edu
www.umn.edu
www.unc.edu
www.usc.edu
www.ucdavis.edu
www.pepperdine.edu
www.gbs.columbia.edu
www.indiana.edu
www.hkkk.fi
www.esc-rouen.fr
www.essec.fr
www.em-lyon.com
www.hec.fr
www.esc-pau.fr
www.supco.montpellier.fr
www.science.po.fr
www.esc-reims.edu
www.dauphine.fr
www.esc-grenoble.fr
www.eur.nl
www.unimaas.nl
www.uva.nl
www.cems.bke.hu
www.regents.ac.uk
www.mbs.ac.uk
www.lbs.lon.ac.uk
www.cranfield.ac.uk
www.wbs.warwick.ac.uk
www.uni-bocconi.it
www.tau.ac.il
www.nucba.ac.jp
133
México
Noruega
Nova Zelândia
Peru
Polônia
Portugal
Rep. Tcheca
Rússia
Suécia
Suiça
Taiwan
Venezuela
CIDE – Ciencias Sociales
ITAM
EGADE - ITESM
NHH
University of Otago
ESAN
Warsaw School of Economics
Universidade Nova de Lisboa
University of Economics, Prague
MIGMO
Stockholm School of Economics
Hochschule St. Gallen
National Chengchi University Taiwan
IESA
www.cide.edu
www.itam.mx
www.mty.itesm.mx
www.nhh.no
www.otago.ac.nz
www.esan.pe
www.sgh.waw.pl
www.fe.unl.pt
www.vze.cz
www.icn-nancy.com
www.hhs.se
www.unisg.ch
www.iesa.edu.ve
Relação das escolas parceiras da FGV-EAESP
Além de enviar alunos para o exterior, a Escola recebe alunos de diversas
faculdades e universidades associadas ao PIM, que participam do curso de graduação por
um semestre. Os alunos de Graduação do Curso de Administração Pública participaram por
cinco anos de programa de intercâmbio, o Consórcio Bilateral na Área de Ciências Sociais
e Políticas Públicas (CBSP), desenvolvido com apoio da CAPES (Programa de Consórcios
em Educação Superior) e de instituição congênere nos EUA - FIPSE, envolvendo cinco
universidades/faculdades no Brasil e nos Estados Unidos: a UNICAMP, a Universidade
Federal de Pernambuco e a FGV-EAESP, no Brasil, a Universidade de Texas, em Austin, e
a Universidade da Califórnia, em Los Angelas (UCLA), nos EUA. O anexo 17 apresenta a
distribuição dos alunos por diferentes países e instituições entre 2000 e 2008).
A Escola estimula também intercâmbio de professores. Desde o início do curso de
graduação, esta orientação esteve presente, no contato com a Universidade de Michigan e,
logo em seguida, com Harvard. Este intercâmbio tem contribuído, de um lado, para a
formação dos professores e, de outro, como oportunidade de convívio com outros docentes
e com alunos de outros países, quando os professores ministram aulas em faculdades e
universidades do exterior. Alguns professores estiveram na FGV-EAESP nos últimos anos,
vindos de faculdades norte-americanas, ministrando cursos para alunos do curso da
graduação. de forma similar, professores da escola foram ao exterior por um semestre ou
por períodos mais curtos, ministrando aulas em universidades, como a de Austin, no Texas.
134
17. ENTIDADES ESTUDANTIS
A formação em nível de graduação não envolve apenas a dimensão técnicoprofissional, mas também outras dimensões que a complementam. Várias dessas
dimensões, como a formação generalista, a perspectiva multidisciplinar e a ênfase na
dimensão humana da administração já estão presentes no currículo do curso de graduação
em administração da EAESP desde sua criação. Mas há outras dimensões importantes na
formação do aluno como administrador e como cidadão que até recentemente não
integravam o currículo do curso, embora fossem estimulados pela escola como atividades
extra-curriculares. Dentre essas dimensões incluem-se: elaboração de um repertório
artístico-cultural, ações de impacto social na comunidade, participação em associações e
entidades,
participação em projetos de pesquisas,
condução de projetos de pesquisa
próprios, iniciação à atividade docente, dentre outras.
Com o objetivo de reconhecer estas dimensões da formação, o Curso de Graduação
inclui em sua Matriz Curricular as Atividades Complementares, atendendo assim à
regulação federal, que exige que os Cursos de Graduação em Administração incluam em
seu currículo este tipo de atividade (Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Administração - Resolução n. 4 do Conselho Nacional de Educação, de 13
de julho de 2005, em seu art. 8º).
As atividades de consultoria desenvolvidas pelos alunos contam com o apoio
institucional da escola e se desenvolvem com total autonomia, na Empresa Júnior e na
Júnior Pública. Ambas as entidades têm sua sede na escola e contam com orientação dos
professores, para a consultoria que prestam a Empresas (Empresa Jr.) e a entidades do setor
público estatal e do Terceiro Setor (Júnior Pública). Anualmente, a Empresa Júnior
participa de Encontro Europeu de Empresas Juniores, além de realizar projetos em parceria
com as Empresas juniores européias. O trabalho desenvolvido pela Júnior Pública, por sua
vez, resultou em parcerias, como as que possui com a FUNDAP (Fundação para o
Desenvolvimento Administrativo), Natura e Fundação Pró-Sangue. Os trabalhos
desenvolvidos pela Júnior Pública têm, em geral, um forte conteúdo social, como pode ser
visto em alguns exemplos de consultorias prestadas pela entidade à Lúmen - Associação de
Assistência ao Deficiente Neuromotor e/ou Mental, fundada em 1984, e o projeto de
135
estruturação da CPA-Central da Juventude, em que a entidade serve de intermediária entre
Empresas e comunidade de jovens da região de São Mateus, na capital paulista, com o
objetivo de aplicar a Lei do Aprendiz.
Os alunos participam também da Incubadora Tecnológica de Cooperativas
Populares (ITCP-FGV), criada no segundo semestre de 2001, tendo como objetivo
estimular a articulação de professores, alunos e funcionários que trabalhavam pelo
fortalecimento de empreendimentos socioeconômicos, comprometidos com a idéia da
Economia Solidária. Com o conhecimento específico da área de administração, a
Incubadora se propõe a contribuir para fomentar tais empreendimentos e o cooperativismo.
Os alunos de graduação envolvidos com a Incubadora já participaram de processos de
incubação de grupos de costureiras, catadores de material reciclável e egressos do sistema
prisional, tendo também ministrado um curso de Cooperativismo Popular e Formação em
Economia Solidária, destinado a 69 bolsistas do Programa Começar de Novo, na capital de
São Paulo.
Em 2004, surge o Conexão Social com o objetivo de aumentar a consciência dos
alunos em relação às diferentes realidades do país, inspirá-los por meio de exemplos de
pessoas e organizações que fazem a diferença no Brasil e no mundo, conectá-los a uma
rede colaborativa, de troca de experiência e perspectivas, dentro e fora da faculdade, com o
intuito de apoiar ações de alunos que contemplam a transformação social.
Logo no começo de suas atividades, o Conexão Social organizou um evento para 90
alunos e sete faculdades com a presença de empreendedores sociais de todo o país para
discutir o papel do jovem na mudança da sociedade.
Atualmente, o Conexão Social faz parte de uma rede internacional de 100.000
jovens relacionados à mudança social. Além disso, foi considerado como um dos melhores
projetos sociais de impacto pela Ashoka, organização que apóia empreendedores sociais de
53 países.
Os alunos participam, ainda, de: (a) órgão de representação estudantil – o Diretório
Acadêmico Getulio Vargas, uma entidade muito ativa na vida da Escola e do curso de
graduação; (b) Atlética – voltada ao estímulo de atividades esportivas; (c) AIESEC,
Associação Internacional de Estudantes em Ciências Econômicas e Contábeis, que, no
136
Brasil, tem sede na EAESP – entidade cujo principal objetivo é o intercâmbio de
estudantes; e (d) elaboração de jornais estudantis, como a Gazeta Vargas,
no qual
discutem, de forma crítica, aspectos do curso e da escola como um todo.
Por iniciativa das diversas entidades estudantis, os alunos atuam em alguns projetos
sociais. Assim, por iniciativa do Diretório Acadêmico, foram desenvolvidos, nos últimos
anos, o projeto Alfabetização de Adultos, realizado em local cedido pela Comunidade
Evangélica do Bexiga, tendo como público-beneficiário a população carente da região, e o
projeto Intensivão FGV, cursinho destinado a alunos carentes, realizado aos domingos nas
dependências da escola, em parceria com a ONG Educafro. Além disto, o DAGV costuma
promover campanhas de arrecadação de alimentos, agasalhos ou brinquedos ao longo do
ano, destinados principalmente à comunidade local.
A participação dos alunos em tais atividades é reconhecida pela Escola como parte
fundamental da formação , motivo pelo qual se procura apoiar as entidades e os alunos com
espaço, apoio docente – quando necessário – e recursos para participação em eventos,
sempre garantindo a autonomia dos próprios alunos nas atividades por eles lideradas.
137
17. BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de e AMBONI, Nério. Projeto pedagógico para cursos
de Administração. São Paulo. Makron Books, 2002.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 4, de 13 de julho de 2005. Institui
as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração,
bacharelado, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 19 jul 2005.
Seção I, p. 26-27.
COSTA, Jorge Gustavo da. Fundação Getulio Vargas: pioneirismo a serviço do
desenvolvimento nacional. Rio de Janeiro, Editora da Fundação Getulio Vargas, 1988.
CURADO, Isabela Baleeiro. EAESP/FGV: um passeio pelo labirinto. RAE, v.34, n.3,
mai./jun 1994.
EAESP. Relatório Final do Grupo de Trabalho Criado pela Portaria Nº 56/71. São Paulo,
EAESP, 20 de julho de 1972. (Grupo presidido por Carlos Ernesto Ferreira).
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO
GETULIO VARGAS. Catálogo. São Paulo, s/d.
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO
GETULIO VARGAS. Projeto Pedagógico: Curso de Graduação em Administração –
2008, São Paulo, FGV-EAESP. 2004 (organizado por Marta Ferreira Santos Farah).
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO
GETULIO VARGAS. Projeto Pedagógico: Curso de Graduação em Administração –
2008, São Paulo, FGV-EAESP. 2006 (organizado por Marta Ferreira Santos Farah).
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