- Baú de Ciências
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MATERIAL PARA MEDIADORES E PROFESSORES Março de 2014 1ª edição 2 Apresentação Em 20 de julho de 1969, dois astronautas pisaram pela primeira vez em solo lunar. Desde então, a “fronteira” do espaço mudou e os humanos ficaram cada vez mais curiosos em alcançar outros mundos. Como se deu a concretização da viagem à Lua? Como funcionam os foguetes? Como se pousou na Lua? O que motivou essa visita? Que atividades os astronautas realizaram? Como seria estar na Lua? Para responder essas perguntas, embarque nesta mostra científica: pouse na Lua em um jogo digital em tela grande, crie e analise as crateras na Lua, aprenda a lançar um foguete de garrafa PET e explore desafios de um astronauta. Produzida pelo Baú de Ciências e de realização do SESC de Santa Catarina, a Mostra Viagem à Lua é um ambiente interativo para ser explorado por todas as idades e visa estimular a curiosidade dos visitantes. Sumário Ao mediador ......................................................................................................................................................4 À técnica e ao técnico em educação .........................................................................................................5 Painéis ..................................................................................................................................................................6 Acervo ..................................................................................................................................................................7 Manutenção .......................................................................................................................................................8 Ao professor .......................................................................................................................................................9 Escalas ...............................................................................................................................................................10 Fases da Lua ....................................................................................................................................................11 Pulando na Lua ...............................................................................................................................................12 Crateras ..............................................................................................................................................................13 Foguetes ...........................................................................................................................................................14 Fabricando a Lua ..........................................................................................................................................15 Conservação ...................................................................................................................................................16 Alimentação ....................................................................................................................................................17 Para pesquisar na rede .............................................................................................................................18 Anexos ..............................................................................................................................................................19 3 Ao mediador Pensar em viajar para a Lua provoca nas pessoas a curiosidade de saber como seria estar em um ambiente tão diferente do nosso. Foi na década de 60, áuge da corrida espacial, que o homem alcançou o solo lunar, e, até hoje, esse tema desperta grande interesse e provoca opiniões das pessoas. E você mediador, qual será o seu papel nesta exposição? O mediador é um facilitador e provocador das atividades: cria situações, com intenção de chamar a atenção e busca aumentar o interesse em cada área da mostra. Neste caso, cada área irá exigir diferentes abordagens, mas sempre mostrando que todos estão conectados. Você, mediador, não é simplesmente aquele que protege a integridade dos materiais, é muito mais do que isso: é a parte essencial, o articulador que irá apontar o que precisa ser observado. Desde já, algumas perguntas podem surgir: O que é a mostra? Como montá-la? Como fazer os equipamentos funcionarem? O que cada item apresenta? De que maneira posso articular todos os elementos da mostra? Como criar situações que facilitem o engajamento dos visitantes? Quais são os cuidados que devemos ter com os equipamentos? O que pode dar errado? Este guia poderá lhe ajudar a preparar a mostra, inclusive respondendo às perguntas acima e, por isso, recomendamos a leitura dele. Além do guia, para que você possa se familiarizar melhor com os itens e conteúdos desta exposição, acontecerá um treinamento, que terá por objetivo instrumentalizar a equipe. Assim sendo, a equipe de mediadores será a peça chave para que os participantes possam aflorar a curiosidade, fiquem instigados, divirtam-se e possam até aprender alguma coisa sobre o tema. A equipe do Baú de Ciências deseja que você tenha uma excelente experiência em divulgar a ciência, que seja prazerosa e bastante enriquecedora. 4 À técnica e ao técnico de educação Você já se surpreendeu com alguma atividade de ciências hoje? E o público, que visita as atividades promovidas pelo SESCiência, surpreendeu-se? As questões levantadas buscam manter o foco da proposta desta mostra, aflorar a curiosidade dos participantes. Para que isto aconteça uma série de fatores precisam convergir: o participante estar interessado no tema, o ambiente proporcionar a interação, a infraestrutura permitir o pleno funcionamento da mostra e os mediadores estarem receptivos, treinados e motivados. Para tanto, é indispensável que a sua competência esteja a serviço da mostra para: i. Localizar o público e lugar para realização da mostra (salas de ciências, escolas ou outros espaços de eventos). ii. Agendar turmas para a visitação (grupos com no máximo 30 pessoas, isso se o ambiente comportar). iii. Selecionar pessoas para trabalharem como mediadores durante os dias da mostra. São necessários pelo menos dois mediadores por período. Sugerimos pessoas que gostem de conversar sobre ciências, comunicativas, pró-ativas, com tempo disponível para trabalhar e, se possível, que já tenham atendido público. iv. Promover o treinamento dos mediadores. v. Ler a manutenção indicada para eventuais problemas com o jogo digital ou com o lançador de foguetes. Entrar em contato com o Baú de Ciências para sanar dúvidas não indicadas neste material. vi. Gerenciar a mostra em todo seu conjunto. Sendo assim, você é fundamental para o sucesso da mostra. Além de realizar a formação dos mediadores, a equipe do Baú de Ciências, estará a disposição para ajudar via contato telefônico, e-mail e skype com a finalidade de ser um suporte aos profissionais dos SESC que estarão realizando esta mostra. 5 Painéis Uma linha de tempo, com início na Terra e fim na Lua, passa pelos principais eventos da corrida / disputa espacial entre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e os Estados Unidos da América (EUA). Talvez, sem a motivação política, nem teríamos ido à Lua. Para ilustrar ao visitante como seria viver no Brasil nos anos 60, são apresentadas imagens de aparelhos antigos e descrição de seu funcionamento, trechos de jornais e infográficos. Muitos visitantes poderão, assim, imaginarem-se em uma época sem celular e internet, compreendendo que o desafio da viagem espacial era maior ainda. As viagens à Lua eram muito mais complexas do que um vôo comercial de hoje. Muitas etapas, módulos e manobras precisaram ser testados, refeitos e aplicados com precisão para que a tripulação conseguisse pousar na Lua com segurança. Várias informações sobre a Lua são abordadas em textos curtos, para instigar a curiosidade e a imaginação do leitor. Os visitantes poderão refletir sobre as situações adversas do ambiente lunar, sua origem e nossos interesses pelo satélite. Painéis escritos pelo Baú de Ciências e arte desenvolvida por Emily Biasi 6 Acervo pousando na lua É uma simulação de pouso do módulo lunar, utilizado nas missões Apollo, com uma projeção maior que 80 polegadas em uma parede ou anteparo. O participante controlará o módulo com um joystick até o lugar indicado no mapa. Existem dois modos, fácil é difícil, que alteram o realismo dos movimentos do módulo. Crateras Os visitantes simularão a formação de crateras lunares pelo impacto de meteoros. Arremessarão “meteoros” dentro de uma caixa de madeira, onde que há pó de gesso ou areia – para simular a superfície da Lua. Analisa-se como os tamanhos da cratera mudam dependendo de como os objetos colidem com a superfície. Foguete Uma base de lançamento de foguetinhos de garrafa PET estará colocada no chão da sala juntamente com uma bomba pneumática. Bombeia-se o ar no foguete, até ele decolar, atravessando parte da sala. A partir desta atividade, discutir-se-á como funciona a decolagem dos foguetes reais. Luva do astronauta Dois grupos de visitantes serão desafiados a montar um foguete calçando luvas e utilizando ferragens e ferramentas, simulando a dificuldade da tarefa de um astronauta. Muitas tarefas espaciais exigem a mobilidade da mão humana, mas a falta de sensibilidade e flexibilidade de uma luva pressurizada são uns dos principais problemas enfrentados. Lunetas Os visitantes são convidados a “observar a lua” que está nas lunetas e desenhá-la com detalhes. Depois, discutem-se os desenhos, enfatizando aspectos da superfície e a forma como a Lua se apresenta. Com ajuda de uma lanterna e uma maquete, simula-se a posição relativa da Terra, Lua e o Sol para mostrar como as fases da Lua ocorrem. gravidade e peso Para experenciar como seria estar em outros ambientes, serão comparados os pesos que alguns objetos teriam se estivessem na Lua, na Terra ou em Júpiter. Ao mesmo tempo, o visitante associa o peso do objeto com o tamanho do astro, ao verificar o tamanho desses astros em maquetes em escala. quebra-cabeça 3d O desafio é montar uma maquete da superfície lunar, com crateras, montes e manchas. Exige-se atenção do visitante para alinhar as peças levando em consideração o formato tridimensional e os tons de cores. São quatro quebra-cabeças com o mesmo desenho, mas divididos em dois níveis: com 20 ou 12 peças. 7 Manutenção pousando na lua A imagem não está sendo projetada. i. Verifique se há mal contato no cabo de vídeo. ii.Cheque a fonte de alimentação de energia elétrica. iii.Verifique se o computador está ligado e, nas opções gráficas, que o projetor está selecionado como saída de vídeo. O projetor desliga sozinho repetidamente e o interior da caixa está muito quente. i. Verifique se as ventoinhas estão funcionando. ii.Certfique-se que a fonte das ventoinhas está conectada à energia elétrica; corrigindo eventual mal contato entre os fios e o conector e, também, deste com a fonte. iii.Refrigere a caixa abrindo a porta da mesma. iv.Mantenha a porta entreaberta e desligue o projetor enquanto não houver visitação. v.Retire o projetor e instale-o fora da caixa, caso o problema se mantenha após realizar os passos acima. O menu lateral do jogo não aparece e não consigo fechar o jogo. i.Leve a seta do mouse até o lado esquerdo da tela e pressione o botão esquerdo por quatro segundos. Para fechar o jogo, também pode utilizar o comando “Alt+F4”. Foguete O foguete não está lançando corretamente. i.Verifique se a rolha está vedando corretamente a saída de ar do foguete. ii.Ajuste a rolha para que a maior parte dela fique acima do suporte. iii.Pressione o foguete contra a rolha, de modo que cerca de 1 cm de rolha entre no bocal da garrafa. iv.Verifique se ao movmentar o êmbolo da bomba, ocorre a saída de ar pelo bico. v.Retire qualquer farelo de cortiça que eventualmente possa estar no bico da bomba. vi.Substitua a rolha ou o bico da bomba e teste novamente. Partes do foguete se soltaram durante um lançamento. i.Cole com cola instantânea, se for possível reparar. O importante é que a garrafa PET, que fica na parte inferior, não esteja furada. 8 Ao professor As viagens à Lua, seja com astronautas da NASA ou pelo envio de sondas, provocam nas pessoas a curiosidade de saber como seria estar em um ambiente tão diferente, e inúmeras dúvidas surgem, ainda que a Lua seja um astro a que estamos acostumados a ver. E você professor (a), qual será seu papel nesta exposição? Foi quem disponibilizou de seu tempo para proporcionar, aos estudantes, a visitação em um espaço que contém um conjunto único de atividades educacionais, em um ambiente (não formal de ensino) preparado para divulgação da ciência. Existem várias relações de atividades possíveis entre o acervo desta mostra com assuntos escolares, englobando principalmente Física, Química e Geografia (física); e, em segundo plano, Biologia. Através de um tema motivador, pode-se criar uma atmosfera propícia para discussões e reflexões sobre Ciência. O acervo desta mostra está baseado na interação, proporcionando engajamento na realização das atividades de conteúdo educacional. A exposição considera você, professor(a), ser atuante e fundamental. Você tem grande potencial para: gerar provocações e reflexões dos estudantes sobre o tema, antes da visitação; acompanhá-los na visita, sendo um parceiro dos mediadores que irão receber e atender o grupo; bem como, após a visitação, na formalização do assunto e na continuidade de atividades. Estamos certos que as atividades desenvolvidas para a mostra, estão longe de esgotar todo o tema. No entanto, acreditamos que elas promovam e instiguem a curiosidade dos estudantes, fornecendo um campo fértil para brotar mais interesse pela Ciência. Nas páginas a seguir, algumas atividades estão propostas, de modo a auxiliá-lo(a) a potencializar a visitação da mostra em sua sequência didática. São sugestões, que devem ser analisadas e adaptadas perante seu contexto escolar. Não se esqueça que você pode refazer as atividades presentes na mostra e realizá-las em sala de aula, formalizando os conteúdos. O SESCiência e o Baú de Ciências desejam que você e seus estudantes, tenham uma experiência prazerosa e bastante enriquecedora. 9 Escalas Objetivo Comparar a distância entre a Lua e a Terra com o tamanho dos astros em escala. Problemas • • • • Quão grande é a Lua? A Terra é maior ou menor que a Lua? Quão distante a Lua está do planeta? E quantas Terras caberiam nessa distância? Descrição Para realizar esta atividade, pode-se usar bolas de isopor (para representar os astros) e barbante. Após sondar com o estudantes as perguntasproblemas acima, forneça bolas de isopor, régua e barbante para a atividade. Valores reais: •Diâmetro da Terra: 12.742 km •Diâmetro da Lua: 3.476 km •Distância média entre os astros: 384.400 km Entregue diversas bolas, com tamanho variados e indique a escala conforme os dados anteriores, de modo que os estudantes selecionem as bolas corretas e meçam a distância entre a Lua e a Terra. Em escala: •Terra: 7,5 cm •Lua: 2 cm •Distância: 2,26 m. (~30 Terras ou 5 voltas) Esta atividade pode ser realizada antes ou após a visitação. Desafie-os a encontrar quantas Terras poderiam ser colocadas entre a Lua e a Terra e quantas vezes maior a Terra seria. Também pode usar um globo terrestre e readaptar a escala, talvez precise utilizar um mapa. II Ofereça os dados reais e ensine a calcularem as escalas, de modo que possam selecioar as esferas que quiserem. EF Recomenda-se informar a escala e, dependendo da idade, entregar as esferas corretas. Deixe-os colorir e escrever os nomes. I Recomenda-se deixálos colorir os astros e colar o barbante nas esferas. Trabalhe a noção de que quanto mais longe o objeto, menor fica sua aparência. EF Inf an . Adaptação 10 Fases da Lua Objetivo Criar uma caixa para simular as fases da Lua problemas • • • • De que formas a Lua se mostra no Céu? Como surgem as fases da Lua? Ela só aparece à noite? Como diferenciar a Lua crescente da minguante? descrição Para realizar esta atividade, pode-se usar uma bola de isopor, lanterna (ou led + pilha tipo moeda) e uma caixa de papelão. Lembre com os estudantes o que foi visto na mostra sobre as fases lunares. Para simular as fases, utilize a lanterna (diga que é o Sol) e peça para alguém segurar a bolinha (Lua), os demais serão observadores na Terra. Posicione estes no centro da sala, e quem estiver segurando a Lua irá girar em torno da “Terra”, enquanto o “Sol“ não mudará de posição. Aponte que será investigado como que movimento da Lua faz com que a parte iluminada mude para quem vê a partir da Terra. Chame atenção sobre a parte escura e a iluminada em pontos específicos, relacionando os nomes das principais fases, o quanto da Lua está sendo iluminda e que parte está visível ou oculta para os terráqueos. Como desafio final, solicite que elaborem uma caixa para observar as fases da Lua, tendo somente uma bola para a Lua e uma lanterna (led) para o Sol. Ex.: Posicionar a bola de isopor com um palito no centro da caixa. Colocar a luz apontanda para a Lua. Furar as quatro laterais da caixa, pois, assim, ao olhar por cada lado, será visto uma fase diferente. Adaptação II I Desafie-os para que montem sozinhos a caixa, sem intervenção. Todo “erro“ que surgir deve ser discutido e investigado. Questione, sem dar a resposta! EF Oriente-os durante a montagem da caixa. Depois, solicite que desenhem uma explicação para as fases da Lua. Incentive a escrita e a expressão. EF . an Inf Montar a caixa e levar para observação dos estudantes. Eles podem desenhar o que enxergaram em cada orifício da caixa. 11 Pulando na Lua Objetivo Estimar como seria pular em lugares diferentes da Terra e discutir sobre a mobilidade. Problemas • Se o peso de um objeto muda quando em outros lugares do espaço (como na mostra), nós ficaríamos mais pesados ou leves na Lua? • Como seria andar e pular na Lua? • Você conseguiria pular carregando peso extra? Descrição Levante os problemas citados acima, lembrando o observado durante a mostra. Com base nisso, aponte que a atividade será para investigar como seria diferente saltar / pular em outros lugares do universo. Para isso, os estudantes devem descobrir o quanto de altura que pulam na Terra. Solicite que um de seus alunos segure um giz e, com os pés no chão, risque o mais alto que conseguir no quadro. Para medir a altura do salto, o mesmo deve saltar e riscar o quadro; meça a distâncias entre os riscos. Com a ajuda da tabela ao lado, peça para que cada um calcule qual altura corresponderia se estivesse pulando em cada astro. Basta multiplicar a altura do salto pelo fator de quanto maior ou menor é a gravidade da Terra em relação ao astro. Astro Gravidade (m/s²) Fator Salto (cm) 9,8 1x valor medido Terra Lua 1,6 6x Júpiter 24,8 0,4 x Marte 3,7 2,7 x Sol 274 0,036 x Eros 0,00058 17000 x Com base nesses valores, relacione com altura de prédios e objetos para a criança relacionar o quanto diferente seria seu salto. II Solicite que os estudantes realizem seus cálculos. Discuta que quanto maior a gravidade, maior o peso e menor será o salto. EF Calculem os saltos (Lua e Júpiter, ao menos). Entregue pesos para simular como seria andar em Júpiter. Compare os resultados com objetos conhecidos. I Use barbante para comparar o que seria 6x a altura do salto na Lua. Entregue pesos para que simulem a dificuldade de caminhar e pular em planetas maiores. EF Inf an . Adaptação 12 Crateras Objetivo Identificar crateras e que seu formato é função da velocidade, forma e rigidez do objeto colisor. problemas • Como diferenciar cratera (profundidade) de uma mancha circular? • Como gerar crateras com tamanhos diferentes? • O que acontece com o material da superfície quando é atingido pelo objeto? Há movimento? Como ocorre? descrição Antes de visitar a mostra, pode-se trabalhar com os estudantes um dos desafios de Galileu Galilei, que foi identificar e determinar o que seriam as irregularidades da superfície lunar. Pela distância, não poderíamos utlizar a perspectiva para notar profundidade. Entregue fotos da Lua em fases diferentes, de modo que fiquem evidentes as crateras na região limite entre sombra e luz, e que elas não ficam evidentes em uma Lua cheia, por exemplo. Solicite desenhos por parte dos estudantes. Discuta-os, e ressalte que o a profundidade é evidenciada pela existência da sombra. Após a visitação da mostra, pode-se investigar a relação entre velocidade e o tamanho das crateras. Utilize uma bacia com areia ou algum pó não tóxico. Entregue objetos iguais e solicite que os estudantes larguem-nos de alturas diferentes. Meçam e registrem a altura, o diâmetro e a profundidade da cratera. Depois, altere o objeto, de modo a testar a infuência do peso. Atente também para o que ocorre com o material espalhado pela colisão. Entregue novamente a imagens da Lua, para que os estudantes analisem as crateras e façam inferências a partir do estudado. Adaptação II I Use estes dados de altura de queda e velocidade: EF Solicite também desenhos sobre a colisão entre a Lua e asteróides, e que as crianças escrevam legendas. EF . an Inf Enfatize os aspectos do fenômeno, sem preocupação matemática, exceto a relação entre tamanho da cratera e rapidez do objeto. H (cm) V (cm/s) H (cm) V (cm/s) 30 242 150 545 60 343 180 593 100 442 200 626 13 Foguetes Objetivo Identificar características e fenômenos físicos necessários para o lançamento de foguetes. Problemas • • • • Como uma bexiga pode ser comparada a um foguete? Como montar um foguete de garrafa PET usando uma bomba de ar? Como as aletas influenciam o voo de um foguete? Por que costuma-se colocar água no interior do foguete? Descrição Antes da visitação à mostra, pode-se utilizar de uma atividade introdutória. Ofereça bexiga, linha e fita adesiva. Nessa, afixa-se um canudo com fita adesiva a uma bexiga, um fio atravessa o canudo e a bexiga é preenchida com ar. Ao soltar a boca da bexiga, esta desloca-se pela corda. Após a visita, questione o que há em comum entre o balão na cordinha e o foguete apresentado. Ressalte a necessidade de aumentar a pressão, da rolha e a direção de vazão de ar. Sugere-se entregar duas garrafas PET (corte uma para fazer a ponta/coifa), fita adesiva e papelão para confecção dos foguetes. Para conduzir esta atividade, pode-se pegar uma bexiga e questionar se ela pode voar livre, como um foguete. Assim que enchê-la, questione o que precisa fazer para ela voar. Enfatize a importância de abrir a boca do balão e da direção de saída do ar. Proponha que os estudantes realizem uma corrida de balões na cordinha. Pode-se utilizar 100 ml de vinagre e 5 g de bicarbonato de sódio (faça uma trouxa de papel). Insira o vinagre e a trouxa na garrafa inteira, tampe-a com a rolha e engate-a numa terceira garrafa (base) com água ou areia. Proponha investigarem a influência no voo por diferentes aletas, ângulo de lançamento, peso na coifa e inserção de água. II Observem: pressão x velocidade; pressão x ar; fluxo de ar x direção de movimento; massa de água e gás x velocidade; peso x estabilidade; aletas x movimento. EF Aponte aspectos que indicam o aumento de pressão no foguete. Você pode propositalmente demonstrar situações falhas pra discutir o fenômeno. I Converse sobre tipos de veículos para ir até a Lua. Estudem as características de uma bexiga com e sem ar antes de fazerem a atividade. Demonstre o foguete. EF Inf an . Adaptação 14 Fabricando a Lua Objetivo Montar uma Lua com papel picado e cola. problemas • • • • Quais são as principais características da superfície lunar? Como são as crateras? Existem manchas? Como é seu desenho? Como é o “outro“ lado da Lua? descrição Esta atividade é relativamente simples. É aplicável com boa receptividade no Ensino Infantil e Ensino Fundamental I. Pode ser realizada tanto antes quanto depois da visita à mostra, mas recomendamos que seja realizada depois, já que os estudantes terão visto mais elementos e características da Lua. Você pode juntar a turma para construir uma Lua em tamanho grande ou que cada um produza a sua própria. Será necesário bola de isopor (que pode ser substituída por uma bexiga cheia de ar), papel picado, bacia, cola branca e água. Se quiser, utilize alguma receita de papel machê. Resumidamente, basta misturar o papel picado com a água e a cola, mexendo e pressionando bem, para que o papel fique esfarelado. Retire o excesso de água e começe a colar na bola de isopor. Durante a colagem, questione os estudantes sobre os problemas apresentados acima. Apresente imagens da Lua e solicite que planejem antes o que irão fazer. Se precisar, misture tinta guache preta em pequena quantidade ao papel para fazer as manchas. O nível de realismo dependerá do interesse da turma. Adaptação II I Solicite que façam crateras e representem manchas. Podem utilizar uma foto da Lua, copiar o desenho das manchas e marcar na bola de isopor. EF Solicite que façam crateras diferentes e representem as manchas. Talvez seja interessante substituir o papel por tinta guache. EF . an Inf Solicite que, ao menos, façam pequenas crateras. Para isso, podem utilizar o dedo ou bolinhas, pressionando o papel que está colado à bola. 15 Conservação Objetivo Identificar que transformações ocorrem com o alimento quando mal armazenado ou não preparado para conservação. Problemas • • • • Como conservar alimentos? Em que recipiente devo guardar? Que tipo de alimento estraga mais rápido? O que acontece quando o alimento estraga? Descrição Na exploração espacial, muitas das técnicas de conservação de alimentos e embalagens, conhecidas desde o tempo dos exploradores antigos, tiveram que ser adaptadas ao pouco espaço de armazenagem, à redução de peso, à falta de cozimento e à manipulação do recipiente em ambiente de microgravidade. A proposta principal nesta atividade é observar a deterioração de alimentos em diversas situações e perceber em qual delas haverá maior ou menor rapidez no processo. Recomendamos iniciá-la antes da visitação, de modo a aproveitar dicas dos mediadores e gerarar discussão durante a mostra. Há sugestões de alimentos na tabela, em anexo, juntamente com modos de conservação para comparação. Altere procedimentos, duração e etapas, adaptando-a ao seu contexto. É difícil controlar todas as influências que fazem os alimentos estragarem. Utilize recipientes transparentes limpos, abertos ou tampados, conforme a indicação. A cada semana, registram a situação de cada alimento: cor, odor (evidência de bactérias), presença de larvas e fungos etc. Ao final, debata as diferentes observações, destacando o que se esperava e o que aconteceu. II Trabalhe corpo humano e efeitos biológicos da contaminação. Também podem pesquisar sobre o armazenamento e buscarem soluções para a conservação. EF Faça um mural de acompanhamento em conjunto com toda a sala. Aproveite para conversar sobre higiene pessoal e os efeitos biológicos da contaminação. I Subsitua o registro escrito por símbolos. Faça um mural em conjunto com toda a sala. Mantenha os alimentos fora do alcance das crianças. EF Inf an . Adaptação 16 Alimentação Objetivo Identificar e selecionar alimentos para uma dieta equilibrada em uma viagem espacial. problemas • Que atividades os astronautas realizam? • Quais alimentos são necessários ingerir para resistirem às demoradas caminhadas espacias? • Existe algum dano ao corpo por estar fora da Terra? descrição Alimentação dos astronautas é levada a sério pelos pesquisadores da NASA. A escolha e preparação dos pratos devem atender a muitos os requisitos nutricionais, de armazenamento e de conservação. Oriente os alunos a identificarem alimentos que atendam a um cardápio que satisfaça as dietas básicas nutricionais, evitando doenças como o escorbuto (consequência da falta de vitamina C, a pele fica escamada até surgirem feridas, provocando inflamações), muito comum em navegadores antigos. Entretanto, o escorbuto, é apenas uma das milhares de doenças relacionadas a um consumo inadequado de nutrientes. Nas tabelas em anexo, há 3 conjuntos de listas de refeições diárias para um astronauta, segundo a NASA. Pode-se escolher uma lista de refeição A, B ou C a cada dia. Solicite que pesquisem os nutrientes mais importantes nesses alimentos e escolham as refeições. Os alimentos não podem repetir no mesmo dia. Divida grupos para construírem 4 pirâmides em uma cartolina, uma para cada dia. Distribua cartões, se possível, com figuras dos alimentos a serem colados na cartolina. Caso contrário, solicite que somente escrevam os nomes dos alimentos. Adaptação II I Solicite que listem o que gostam de comer e a frequência do consumo e comparem com as tabelas. Discuta: o que não poderiam levar? EF Antes de montarem as pirâmides, auxilie-os a identificar o que há de nutritivo em cada alimento. Compare com os hábitos atuais de cada um. EF . an Inf Entregue alimentos ou imagens para escolherem o cardápio da viagem espacial. Discuta e justifique o que seria ou não saudável. Podem até fazer um lanche. 17 Pesquisa na rede WWW.OBA.ORG.BR No site da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) você encontra muitas atividades educacionais e textos relacionados à Astronomia, na página de downloads (goo.gl/DNbgU7). WWW.NASA.GOV Em inglês, o site possui muitas informações, imagens e materiais didáticos sobre a viagem à Lua. Procure pela página das missões Apollo (http://www.nasa.gov/mission_pages/apollo/) HSW.UOL.COM.BR No site “Como Tudo Funciona“, na categoria Espaço (http://goo.gl/ Fx60Dl), você pode encontrar textos interessantes sobre a vida de astronautas no espaço, desde a alimentação ao ato de dormir. A CONQUISTA DO ESPAÇO: DO SPUTNIK À MISSÃO CENTENÁRIO Livro que aborda eventos históricos da consquista espacial. Organizadores: Othon C. Winter e Antonio F. B. de A. Prado. Editora Livraria da Física, 2007. Pode acessá-lo em: http://goo.gl/ooHvk3 (FEG / UNESP). 18 Anexo 1 - Conservação Alimento Pedaço de carne (tampado) 1ª Semana de observação 2ª 3ª 4ª 5ª Semana de observação 6ª 7ª 8ª Pedaço de carne (tampa furada) Pedaço de carne com sal grosso (tampado) Pedaço de carne com sal grosso (tampa furada) Frutas secas Frutas frescas Alimento Pedaço de carne (tamapado) Pedaço de carne (tampa furada) Pedaço de carne com sal grosso (tampado) Pedaço de carne com sal grosso (tampa furada) Frutas secas Frutas frescas 19 Anexo 2 - Cardápio CARDÁPIO A Dia 3 Dia 1 Dia 2 Omelete com bacon linguiça Torrada Margarina Gelatina mista Cereal frio Leite e Iogurte de frutas Biscuit Margarina Geleias sortidas Rabanada Bacon canadense Margarina Calda doce p/ rabanada Suco de laranja Suco de maçã Suco de uva Café / chá / chocolate quente Café / chá / chocolate quente Praticar exercícios físicos Café/chá/chocolate quente Praticar exercícios físicos Praticar exercícios físicos CARDÁPIO B Dia 3 Dia 4 Cereal quente Rocambole de canela Leite Suco de uva Café / chá / chocolate quente Praticar exercícios físicos Dia 1 Dia 2 Frango Sopa de creme de brócolis Macarrão com queijo e molho de tomate Filé de carne bovina à Pão de alho milanesa Fatia de queijo Salada de fruta Bisnaguinha Biscoito amanteigado Torta de bacon, queijo e creme de leite. Cereal de centeio temperado Laranjas frescas Biscoitos Maçãs secas Praticar exercícios físicos Manteiga Praticar exercícios físicos Macarrão com queijo e molho de tomate Amêndoas Suco de abacaxi e grapefruit Praticar exercícios físicos CARDÁPIO C Dia 3 Dia 1 Dia 2 Carne bovina Arroz à espanhola Chips de milho Molho picante Chili com queijo Tortilha Barra de limão Suco de maçã Peixe sautée Molho tártaro Suco de limão Salada de macarrão Feijões verdes Pão Margarina Bolo leve de claras Morangos Suco de laranja e abacaxi Praticar exercícios físicos Praticar exercícios físicos Limonada Praticar exercícios físicos Peito de peru fatiado Purê de batata doce Brotos de aspargos Pão de milho Margarina Torta de abóbora Suco de cereja Biscoitos Chá Praticar exercícios físicos Dia 4 Dia 4 Sopa won ton Frango teryiaki Legumes à chinesa Fritos Bolinhos Mostarda chinesa Molho agridoce Sorvete de baunilha Biscoitos da sorte Chá Praticar exercícios físicos 20 www.baudeciencias.com.br 48 33043602 [email protected] 21