UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO – UNISA

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UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO – UNISA
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO – UNISA
FACULDADE DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
ARIANNE MAMBELLI
Cosmopolitas da Pauliceia:
A cidade de São Paulo durante a Belle Époque (1910)
São Paulo
2015
ARIANNE MAMBELLI
Cosmopolitas da Pauliceia:
A cidade de São Paulo durante a Belle Époque (1910)
Projeto de Pesquisa apresentado para o Grupo de
Pesquisa Ciência, Saúde, Gênero e Sentimento
CISGES/UNISA/CNPq como requisito para o
desenvolvimento e apresentação do Trabalho de
Conclusão do Curso de Licenciatura em História.
Orientador: Prof. Dr. Paulo Fernando de Souza
Campos.
São Paulo
2015
RESUMO
A presente pesquisa busca compreender a cultura urbana, o cotidiano paulistano em
1910, bem como as influências europeias no processo de modernização da cidade
de São Paulo no contexto analisado. O estudo propõe investigar a formação do
sentimento em relação ao espaço urbano em transformação, considerado
cosmopolita e europeizado. Para tanto, serão utilizadas fontes primárias compostas
por um conjunto documental de cartas escritas por Martiniano Medina entre 1908 e
1919, cujas informações serão balizadas por outros registros como jornais, revistas
e fotografias da época. O material documental em proposição possibilitou lançar os
seguintes questionamentos como norteadores do desenvolvimento da pesquisa: em
que medida as transformações de São Paulo forjaram, durante a belle époque, a
imagem da cidade como um espaço cosmopolita, europeizado? Como o escrevente
das cartas representava a cidade de São Paulo na década de 1910? Quais impactos
desse processo na vida social da cidade? A leitura preliminar das referências
permite considerar que a cidade experimentava grande movimentação de pessoas e
valores, o que alterava o seu cotidiano, com prevalência de estudos da cultura
urbana voltada á então capital da República, mas ao mesmo tempo revela o
crescente interesse e tratamento do tema em relação à cidade de São Paulo. Nesse
sentido, a documentação que serve de base para a pesquisa ora proposta, vale
dizer, a correspondência, mesmo não tratando especificamente a cultura urbana de
São Paulo, evidencia sinais, vestígios, preocupações e desejos nos quais a cidade é
evocada e cujas pistas a presente pesquisa pretende investigar.
Palavras-chave: Cidade; São Paulo; Sentimento; Memória.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA, COM SÍNTESE DA BIBLIOGRAFIA
FUNDAMENTAL ............................................................................................
04
2. OBJETIVOS ...................................................................................................
06
2.1. OBJETIVOS GERAIS ...............................................................................
06
2.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS ....................................................................
06
3. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DE ATIVIDADES .....................
06
3.1. CRONOGRAMA .......................................................................................
06
4. MATERIAL E MÉTODO .................................................................................
07
4.1. MÉTODO .................................................................................................
07
4.2. MATERIAL - ESCRITA EPISTOLAR ........................................................
08
5. FORMA DE ANALISE DOS RESULTADOS ..................................................
09
REFERÊNCIAS ....................................................................................................
11
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1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA, COM SÍNTESE DA BIBLIOGRAFIA
FUNDAMENTAL
O início do século XX pode ser apreendido, de forma ampla, como um
momento de transformações urbanas, intelectuais, culturais e tecnológicas.
Entretanto, quando tal contexto se impõe ao Brasil, o número de produções
historiográficas acerca de aspectos culturais reduz consideravelmente seu espaço,
além de privilegiar a capital da República como foco das atenções dos estudos
acerca da cultura urbana:
Embora tenham ajudado a lançar luz sobre o assunto, grande parte
das pesquisas reporta-se à cidade do Rio de Janeiro, como também
é o caso de boa parte da bibliografia sobre música popular. Mas na
última década o quadro tem mudado substancialmente e a questão
em São Paulo ganhou certa visibilidade [...] (FONSECA, 2014, p. 12).
A Capital nacional atuava como ponto de entrada da forma de vida e cultura
européia no país e em São Paulo “[...] é possível notar a encenação de alguns
autores, atrizes e atores consagrados das comédias de costumes e revistas também
seguindo os modelos cariocas” (BONONI, 2012, p. 1), demonstrando fragilidade e
grandes lacunas quanto ao contexto cultural da belle époque na cidade de São
Paulo.
Desta forma, a cultura urbana paulistana e os costumes cotidianos da
vida na cidade de São Paulo durante o início do século XX merecem atenção
especial, pois trata-se de um momento de construção e transformação espacial e da
identidade paulistana frente aos olhos de uma Europa moderna e exportadora de
modelos e padrões. Margareth Rago caracteriza estas transformações como
provenientes de uma invasão bárbara que penetra “[...] pelo porto de Santos em
companhia dos trabalhadores italianos, espanhóis, portugueses, polacos [...]” (1985,
p. 11), e mostra também que a ascendente burguesia industrial urbana, em conjunto
com a elite intelectual e demais classes privilegiadas do período, contrasta com um
ambiente inapropriado para a consolidação de seus anseios modernos. A
necessidade de reconfiguração urbana e social torna-se preocupação central dessa
elite letrada paulistana (RAGO, 1985, p. 12).
Ronald Raminelli nos permite compreender, quanto às cidades brasileiras
do fim da era colonial, que “o planejamento da cidade obedeceu algumas premissas,
de um lado procurava modernizar e ‘europeizar’ a antiga urbe colonial; por outro
5
lado, a reforma pretendia ordenar e disciplinar a população pobre [...]”. Neste
contraste inerente à cidade moderna, e ainda mais cosmopolita, é que podemos
alcançar detalhes preciosos para a escrita da História, pois na cidade:
[...] o real exprime-se nos detalhes da vida cotidiana, revelando
inúmeros aspectos das complexas relações sociais. A cidade, por
conseguinte, reúne detalhes preciosos sobre o real, não sendo
apenas um aglomerado onde pessoas fazem trocas comerciais [...].
A cidade é um fato cultural, um caldeirão de impressões, de
sentimentos, de desejos e de frustrações (RAMINELLI, 1997, p. 195).
Durante breve levantamento bibliográfico pôde-se antever, porém, que
existe tendência, dentro de grupos voltados à História Cultural (sentimento, gestos,
tradições), à História Social, e, em menor numero, à Micro-história, de desvendar o
que era a São Paulo do início do século XX. A música e o teatro ainda são pontos
centrais na discussão da maioria das produções, mas o leque se amplia e adquire
novos aspectos com trabalhos como Alegrias engarrafadas: os alcoóis e a
embriaguez na cidade de São Paulo no final do século XIX e começo do XX, de
Daisy Camargo e A cena musical paulistana: teatro musicado e canção popular na
cidade de São Paulo (1914-1934), de Virgínia de Almeida Bessa, ambos do
departamento de História Social da USP, que proporcionam um detalhado panorama
da cidade e do cotidiano do cidadão à época, compondo a base bibliográfica desta
pesquisa.
Na tentativa de contribuir para tal desenvolvimento, esta pesquisa parte
de um conjunto documental formalizado por cartas datadas de 1908 e 1919 escritas
por Martiniano Medina (apelidado de Naninho) que estudava no interior paulista e
cuja correspondência era endereçada à Esther Figueiredo. Os endereços evocam a
região central de São Paulo, o Pari, um dos bairros mais antigos da cidade. Estes
documentos revelam que o escrevente nutria um sentimento de encanto e uma
singular saudade da cidade.
Com base nas evidencias que a documentação permite identificar
pretende-se entender: o que o encantara tanto? O que existia na cidade capaz de
manter por tanto tempo o deslumbre e a vontade de regresso? Que vida
experimentavam os paulistanos? Como Naninho apreendia e representava esta
cidade? A fim de responder a estas perguntas, e acreditando que o cenário da
cultura urbana paulistana perpassava os desejos do escrevente, será realizada
consultas à periódicos da época como possibilidade de contribuição para o
reconhecimento da cultura urbana da cidade de São Paulo.
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2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar e compreender a cultura urbana e o cotidiano paulistano em 1910
frente ao processo de interiorização de padrões culturais europeus,
identificada pela belle époque a partir de um conjunto documental formalizado
pela escrita epistolar.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Compreender o processo de modernização urbana pela ótica da criação de
uma cidade cosmopolita;

Identificar características e elementos culturais urbanos da belle époque
paulistana;

Analisar
as
correspondências
em
relação
à
europeização
e
o
desenvolvimento da cultura urbana paulistana em 1910;

Discutir a relação entre o escrevente, Martiniano Medina, e o cenário
paulistano à época;
3. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Para alcançar os objetivos desta pesquisa, o trabalho foi organizado dentro de
um cronograma mensal de distribuição de tarefas, composto por onze meses. O
plano de trabalho partirá de leitura dos textos que darão suporte teóricometodológico ao estudo proposto, concomitante ao trabalho de leitura e análise da
documentação que serve de fonte primária à pesquisa, conforme estabelece o
cronograma que segue:
7
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
DEZEMBRO
NOVEMBRO
X
OUTUBRO
X
SETEMBRO
X
AGOSTO
X
JULHO
X
JUNHO
MAIO
bibliográfico
ABRIL
Levantamento
MARÇO
Tarefa
FEVEREIRO
3.1. CRONOGRAMA
Leitura e
transcrição das
X
cartas
Fichamento das
cartas
Interpretação e
analise das
X
X
cartas
Apresentação
do Projeto
X
GP/CISGES
Levantamento e
análise
documental
suplementar
Escrita do TCC
(monografia)
X
X
Finalização do
Trabalho e
X
X
Revisão Final
Apresentação
oral do
X
Trabalho
4. MATERIAL E MÉTODO
4.1. MÉTODO
A escrita da História passou por inúmeras transformações, adquirindo novos
métodos, objetos e fontes, cada vez mais complexos. Da França e da Alemanha do
8
século XX surgiram inovações metodológicas que hoje configuram uma nova escrita,
pois “o que era considerado imutável é agora encarado como uma ‘construção
cultural’, sujeita a variações, tanto no tempo quanto no espaço.” (BURKE, 1992,
p.11).
A transformação na relação entre as Ciências Humanas contribuiu para a
ampliação dos métodos, objetos, fontes e para a estabilização desta Nova História.
História, Sociologia e Antropologia delinearam os novos rumos da historiografia,
fizeram nascer diversos departamentos específicos. De acordo com Peter Burke, “A
base filosófica da nova história é a ideia de que a realidade é social ou culturalmente
construída” (1992, p. 11). Assim, a História do Sentimento, da Memória e da
Cultura, elementos teóricos desta pesquisa, ganharam espaço na historiografia,
fontes variadas como musica e a fala também ganharam seu espaço.
Entretanto, as fontes utilizadas nesta pesquisa enquadram-se num conjunto
documental
historiograficamente
clássico,
pois
que
documentos
escritos,
autobiografias, crônicas, relatos, configuram-se desde a idade média em
documentos/fontes históricas fundamentais (BOURDÈ; MARTIN, 1983). Desta
mesma forma também ocorreu o triunfo do documento escrito na escola positivista,
pois neste momento, “todo o historiador que trate de historiografia ou do mister de
historiador recordará que é indispensável o recurso do documento.” (LE GOFF,
1996, p. 539).
As fontes históricas constituem parte fundamental para a consolidação de
metodologias e procedimentos de analise específicos. Como diz José D’Assunção
de Barros, a escolha de uma teoria “[...] pode encaminhar também uma escolha
metodológica “[...] pois há campos, objetos, fontes e formas de ver o objeto que, pela
sua complexidade ou singularidade, exige metodologias elaboradas unicamente
para estes fins. Ou seja, quando escolhemos um campo teórico, acabamos por
estruturar e planejar o trabalho de acordo com procedimentos rígidos de análise
(BARROS, 2013, p.72-73).
Nesta pesquisa, a História Cultural e dos Sentimentos compõem os campos
teórico-conceituais, assim como refletem as metodologias de análise. As criticas às
informações estarão de acordo com esta proposta, entretanto, o documento epistolar
utilizado como fonte primária exigirá métodos próprios, pois “A memória é um
elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva,
9
cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos [...]” (LE GOFF, 1996,
p. 476).
4.2. MATERIAL: ESCRITA EPISTOLAR
Como fonte inicial, esta pesquisa contará com um conjunto de 25
documentos/correspondências, datadas entre 1908 e 1919, trocadas por um jovem
casal da emergente elite letrada urbana, Martiniano Medina e Esther Figueiredo,
postadas do interior paulista à região dos bairros Braz e Parí, centro da cidade de
São Paulo, que desvelam sutilmente elementos capazes de contribuir para construir
características cotidianas e culturais urbanas de São Paulo, pois que a escrita
epistolar permite que a realidade da época seja apreendida sob ótica pessoal, única,
singular, “[...] importa conhecer [mais do que a informação visual e textual/literal] o
vínculo orgânico entre o documento e a ação que nele se materializa a titulo de
prova ou evidencia” (CAMARGO, 1998, p. 170). Além disso, a veracidade das
informações e a qualidade de documento estão “[...] na informação orgânica e
estruturada, e não mais no meio que lhe serve de veículo (que é neutro) [...]”
(CAMARGO, 1998, p.172).
O estudo das correspondências permitirá revelar não somente quais
sentimentos provocavam a saudade e encanto pela cidade de São Paulo do
escrevente e os motivos que o fazia desejar pertencer à cidade, mas também a
relação entre as transformações urbanas e sociais na vida dos cidadãos que ali
viveram no início do século XX. Para
tanto,
durante
o
desenvolvimento
da
pesquisa, estes documentos serão analisados e interpretados em conjunto com
referencias da literatura historiográfica (livros, artigos, periódicos) e com outras
fontes documentais, especificamente, jornais preservados em arquivos virtuais e
físicos como o Arquivo do Estado de São Paulo – ARQ-SP.
5. FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS
A presente pesquisa tem caráter explicativo, busca “identificar os fatores que
determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos” (GIL, 2002, p. 42).
O conjunto documental, unindo correspondências pessoais e outras fontes de
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mesma natureza, será analisado de forma qualitativa partindo dos pressupostos da
microanálise, metodologia historiográfica que tem origem na Itália da década de
1970 através dos Quaderni Storici (BARROS, 2010).
Carlo Ginzburg situa o surgimento, ainda singelo, desta nova abordagem
dentro das ciências humanas “[...] por volta do século XIX [...]” (1989, p.143),
relacionado principalmente à medicina e à arte, pois, segundo o autor, a semiótica
médica permitiu que os signos, sinais, sutilezas, indícios, fossem lidos e decifrados
pelo especialista, o qual seria capaz de compreender, numa relação metonímia, a
causa pelo efeito e vice-versa, vislumbrando o quadro geral (sem generalizações)
através de pequenas pistas. Como caracterizam os comentadores:
[...] Ginzburg vem defendendo suas posições sem qualquer
dogmatismo, reconhecendo mesmo, como fez no seu artigo sobre o
método indiciário que a história é não uma ciência de tipo galileano
(totalmente abstrata, dedutiva, quase matemática), mas uma ciência
do particular. Ao historiador cabe, com método e problemáticas
teoricamente amplas, captar e decifrar os indícios, à semelhança do
que faz o médico, o detetive, e outros ‘investigadores’ que só
atingem o geral a partir de sinais particulares, valendo-se de erudição
e mesmo de intuição (VAINFAS, 1997, p.153).
É trazendo tal sistema complexo para a História, que Ginzburg aborda as
fontes e busca através dos mínimos sinais os significados mais amplos da
problemática, pois “o fato de uma fonte não ser ‘objetiva’ (mas nem mesmo um
inventário é ‘objetivo’) não significa que seja inutilizável” (2006, p. 16). Desta forma,
a microanálise abre um “novo âmbito de possibilidades historiográficas” (BARROS,
2010, p. 167) pautadas no paradigma indiciário, reestruturado por Ginzburg e que
consiste numa abordagem distinta da macro-história e das generalizações
provenientes destas ramificações.
Segundo Barros, “a prática micro-historiográfica não deve ser definida
propriamente pelo que se vê, mas pelo modo como se vê” (BARROS, 2010, p. 170),
ou seja, a abordagem não se dá unicamente na mudança dos objetos ou das fontes,
mas sim na redução da escala de observação que o historiador confere aos
documentos, “que não poupa os detalhes e que investe no exame intensivo de uma
documentação” (BARROS, 2010, p. 170). Para o autor, esse é um aspecto
preponderante da microanálise na medida que não despreza os pormenores,
tampouco desvaloriza o marginal, o anônimo, as pessoas comuns, como enfatiza:
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Freqüentemente, será necessário pôr as fontes a dialogar em
registros de intertextualidade, deixar que uma ilumine a outra,
permitir que seus silêncios falem e seus vazios se completem. O
olhar micro-historiográfico necessita desta análise intensiva, incisiva,
atenta tanto aos pequenos pormenores como às grandes conexões
(BARROS, 2010, p. 184).
Cabe destacar que Carlo Ginzburg, em sua obra O queijo e os vermes,
apropria-se do conceito implícito criado por Mikhail Bakhtin, de circularidade cultural,
mostra que “[...] temos, por um lado, dicotomia cultural, mas, por outro, circularidade,
influxo recíproco entre cultura subalterna e cultura hegemônica [...]” (2006, p.15), o
que poderá ser verificado nesta pesquisa, pois o escrevente e os demais sujeitos
enunciados nos documentos participam de uma classe emergente no país, arraigada
nos paradigmas inerentes à construção desta metrópole europeizada.
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BARROS,
José
D’
Assunção.
Sobre
a
feitura
da
micro-história
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