Expressionismo Alemão – Nosferatu

Transcrição

Expressionismo Alemão – Nosferatu
Rodrigo Ferraz Toledo 3°P DG/Noite | Pesquisa & Análise
Expressionismo Alemão - Fundamentos do Audiovisual I
Expressionismo
Denominam-se genericamente expressionistas os vários
movimentos de vanguarda do fim do século XIX e início do século
XX que estavam mais interessados na interiorização da criação
artística do que em sua exteriorização, projetando na obra de
arte uma reflexão individual e subjetiva. O Expressionismo não
se confunde com o Realismo por não estar interessado na
idealização da realidade, mas em sua apreensão pelo sujeito.
Guarda, porém, com o movimento realista, semelhanças, como certa
visão anti-"Romantismo" do mundo.
Sob o rótulo expressionista estão movimentos e escolas como o
grupo Die Brücke (do alemão: A ponte), as últimas Secessões
vienenses e de uma certa forma o fauvismo.
A arquitetura produzida por Mendelsohn também é chamada de
expressionista.
Em uma acepção mais ampla, a palavra se refere a qualquer
manifestação subjetiva da criação humana.
Expressionismo Alemão
Logo após o término da Primeira Guerra Mundial, a
cinematografia alemã alcançou ligeiro sucesso econômico. Causa
motivada pela desvalorização do Marco alemão possibilitou a
oferta de filmes no exterior a preços praticamente sem
concorrência, e por outro lado, tirou dos produtores
estrangeiros a vontade de exportarem para a Alemanha. A
indústria alemã de filmes caracterizava-se através de uns poucos
consórcios financeiros à base de imenso capital de ações e por
numerosas companhias economicamente fracas. O complexo mais
forte de produção e distribuição era a UFA, fundada em 1917. O
florescimento aparente alcançou seu ponto mais alto em 1920,
quando foram produzidos 474 filmes de longa-metragem, número
posteriormente jamais alcançado na Alemanha.
A estabilização do Marco terminou no ano seguinte e
propiciou a normalização das condições de produção. Os
produtores americanos passaram a interessar-se pelo mercado
germânico. Os empresários alemães, entretanto, não se mostravam
à altura da concorrência estrangeira. O governo interveio em
favor da produção nacional, os filmes estrangeiros não podiam
ultrapassar o número de fitas realizadas no país. Aqueles que
mais sofreram com a concorrência foram os complexos
empresariais, em primeiro lugar a UFA. Em 1926 ela se viu
forçada a fazer um empréstimo de quatro milhões de dólares junto
ais concorrentes americanos da “Metro Goldwin Mayer” e
“Paramount”. Como nem mesmo assim podia ser evitado o
desaparecimento da empresa, o consórcio “Hugenberg” passou a
interessar-se na solução do problema. E, por conseguinte, a UFA
ficou sob controle de Hugenberg. Ela a conduziu no tempo
subseqüente não por interesses econômicos, porém por objetivos
de publicidade política. E assim a UFA chegava ao “Terceiro
Reich” como um dos mais importantes instrumentos de propaganda.
2
No cinema alemão dos anos 20, como se pôde comprovar mais tarde,
épocas de crise ofereceram maiores chances à atividade artística
do que períodos de consolidação e segurança. Ascensão e queda da
arte cinematográfica correspondem ao desenvolvimento econômico,
social e político.
Principais Cineastas/Diretores
ü F. W. Murnau
ü Fritz Lang
ü Leni Riefenstahl
ü Rainer Werner Fassbinder
ü Tom Tykwer
ü Volker Schlöndorff
ü Werner Herzog
ü Wim Wenders
ü Wolfgang Becker
3
Autor Analisado: F. W. Murnau
Friedrich Wilhelm Murnau, ou simplesmente F. W. Murnau,
nascido Friedrich Wilhelm Plumpe (Bielefeld, Alemanha, 28 de
dezembro de 1888 — Santa Barbara, Califórnia, 11 de
março de 1931), foi um dos mais importantes realizadores do
cinema mudo, do cinema expressionista alemão e do
movimento Kammerspiel. Nosferatu, Eine Symphonie des
Grauens (Nosferatu, Uma Sinfonia de Horrores), de 1922, uma
adaptação pessoal da novela Dracula, de Bram Stoker, é o filme
mais conhecido da sua obra (em boa parte perdida) juntamente
com Der letzte Mann, de 1924 e Faust (PT: Fausto) de 1926. Em
1926, emigrou para Hollywood, onde antes de morrer realizaria o
aclamado Sunrise (PT: Aurora) de 1927. O seu último
filme Tabu (co-realização com Robert Flaherty) foi filmado nos
mares do sul, longe dos grandes estúdios e estreado
postumamente. É considerado hoje em dia um filme de culto e
marca uma quebra com a estética dos seus filmes anteriores.
Filmografia
Produções Alemãs:
ü Der Knabe in Blau (O garoto vestido de azul, 1919).
ü Santanas (Satanás, 1920)
ü Der Bucklige und die Tänzerin (O corcunda e a dançarina,
1920).
ü Der Januskopf (O médico e o monstro, 1920).
ü Abend... Nacht... Morgen... (Crepúsculo... Noite...
Manhã..., 1920).
ü Sehnsucht (Desejo ardente, 1921).
ü Der Gang in die Nacht (A caminhada na noite, 1920).
ü Schloß Vogelöd (O castelo assombrado, 1921).
ü Marizza, genannt die Schmugglermadonna (A contrabandista,
1922).
4
ü Nosferatu, eine Symphonie des Grauens (Nosferatu, uma
sinfonia do horror, 1922).
ü Der brennende Acker (Terra em chamas, 1922).
ü Phantom (Fantasma, 1922).
ü Die Austreibung (A expulsão, 1923).
ü Die Finanzen des Großherzogs (As finanças do Grão-Duque,
1924).
ü Der letzte Mann (A última gargalhada, 1924).
ü Herr Tartüff (Tartufo, 1925).
ü Faust, eine deutsche Volkssage (Fausto, 1926).
Produções Americanas (EUA):
ü
Sunrise ― a song of two humans (Aurora, 1927).
ü
4 Devils (Os quatro demônios, 1928).
ü
City Girl (A garota da cidade, 1930).
ü
Tabu, a story of the south seas (Tabu, 1931).
5
Filme Analisado: Nosferatu, eine Symphonie des Grauens
(1922).
Nosferatu, Eine Symphonie des
Grauens (NosferatuBR ou Nosferatu, uma sinfonia de horroresPT) é
um clássico do cinema mudo de F. W. Murnau (1922), baseado
no célebre romance Drácula de Bram Stoker, embora com nomes de
personagens e lugares alterados, pois os herdeiros do escritor
não concederam a Murnau autorização para realizar este filme.
Processado por violação de direitos autorais, a justiça
ordenou que se destruíssem as cópias do filme Nosferatu, mas
algumas delas, entre as muitas que já haviam sido distribuídas
um pouco por toda a parte, permaneceram guardadas até a morte da
viúva de Bram Stoker. Hoje o filme pertence ao domínio
público tendo tido uma versão atualizada de Werner
Herzog chamada Nosferatu: Phantom der Nacht.
No filme de Murnau, Nosferatu é representado de uma forma
muito fiel à forma apresentada por Bram Stoker em seu romance, o
personagem é alto, esguio, esquálido, com orelhas, nariz e
dentes pontiagudos.
Apesar de ter sido produzido em 1922, Nosferatu proporciona
hoje em dia cenas surpreendes e de horror impecável. Através de
uma mistura de sensações unidas a imagens únicas, o
expressionismo alemão apresenta em Nosferatu cenários,
personagens, objetos de cena e até um o estilo de atuação que
compunham um concerto incomum que mantém viva até hoje essa
forma de expressão.
Elenco:
ü
Max Schreck Conde Orlok / Nosferatu
ü
Greta Schröder Ellen Hutter
ü
Karl Etlinger Matrose
6
ü
John Gottowt Professor Bulwer
ü
Ruth Landshoff Lucy Westrenka
ü
Georg H. Schnell Westrenka
ü
Gustav von Wangenheim Thomas Hutter
ü
Gustav Botz Dr. Sievers
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