Cemitério Père-Lachaise, parte VI: as celebridades do além
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Cemitério Père-Lachaise, parte VI: as celebridades do além
Cemitério Père-Lachaise, parte VI: as celebridades do além Sex, 20 de Janeiro de 2012 08:41 Frédéric Chopin (1810-1849) O maior compositor do romantismo, cujo nome de batismo era Fryderyk Franciszek Szopen, nasceu na Polônia e se mudou para Paris em 1830. Lá teve um longo relacionamento amoroso com a escritora George Sand. Autor das Polonaises, Chopin sofria de tuberculose e morreu muito jovem, aos 39 anos. Em seu túmulo, a escultura de uma jovem musa lamenta o destino do compositor. Contrariado com as revoluções populares na França, onde morava, o compositor polonês Chopin abandonou os recitais parisienses em 1848, partindo para a Inglaterra e Escócia. Lá, difundiu ainda mais sua fama. Cada vez pior por causa da tuberculose, voltou a Paris em novembro, morrendo no ano seguinte. Seu túmulo, a principal atração de uma viela de compositores do cemitério, é o mais visitado pela comunidade polonesa. Auguste Comte (1798-1857) Considerado o pai da Sociologia, Comte sofria de depressão profunda, tentou o suicídio diversas vezes e morreu sozinho, de gripe. Depois da morte da mulher, Clotilde, passou a divulgar sua corrente filosófica, o Positivismo, como religião. Seu cortejo foi acompanhado, além dos amigos, por quatro mulheres, entre elas a escritora luso-brasileira Nísia Floresta. Abelardo (1079-1142) e Heloísa (1101-1164) Protagonista do caso de amor mais trágico da Idade Média, o filósofo francês Abelardo, que enfatizava a razão sobre a fé, foi condenado por heresia em 1140. Apaixonado por sua aluna Heloísa, casou com ela em segredo. Quando a família dela descobriu, Abelardo foi castrado e nunca mais a viu. Viveu monasticamente por mais dois anos até sua morte, aos 63 anos. Antes de morrer, Heloísa pediu que fosse enterrada ao lado do amado. Seu último desejo foi atendido. O túmulo do casal, protagonista da mais famosa história de amor medieval, foi transferido para o Père-Lachaise em 1817. O casal só se uniu novamente após a morte de Heloísa, que foi enterrada ao lado do amado. Jim Morrison (1943-1971) Jim Morrison, líder do Doors, banda americana de rock dos anos 60, foi encontrado morto na banheira de seu apartamento em Paris e foi enterrado na cidade mesmo. Seu túmulo virou local de peregrinação: estima-se que 1 milhão de pessoas passem por ele a cada ano. Alguns fãs mais exaltados chegavam a consumir drogas e a transar no local. Por isso, hoje o túmulo do alucinado roqueiro é vigiado 24 horas por dia. Esta é a relíquia que mais dá dor de cabeça à administração do cemitério – a ponto de ter vigilância o dia todo. Tudo porque, em 1991, no 20º aniversário da morte do líder da banda The Doors, uma multidão de fãs alucinados foi visitar o túmulo – a polícia teve de usar bombas de gás. Jim Morrison morreu em julho de 1971, na banheira de sua casa, vítima, segundo os médicos, de coma alcoólico. Ele divide o espaço com outros nomes ligados à música como Maria Callas (1923-1977) e Edith Piaf. Edith Piaf (1915-1963) A cantora francesa jaz no mesmo túmulo ocupado por quatro familiares. Filha de um acrobata alcoólatra, Edith cantou na rua dos 16 aos 20 anos, até ser descoberta, cantar em cabarés e virar amiga de poetas e escritores franceses. Morreu de câncer no fígado. Seu enterro causou o primeiro grande congestionamento em Paris desde a Segunda Guerra Mundial. * Escritora 1/1
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