View/Open - Faculdade São Lucas
Transcrição
View/Open - Faculdade São Lucas
RODRIGO CISNEROS BARROS VIEIRA PREPAROS MINIMAMENTE INVASIVOS PARA LAMINADOS CERÂMICOS PORTO VELHO – RO 2016 RODRIGO CISNEROS BARROS VIEIRA PREPAROS MINIMAMENTE INVASIVOS PARA LAMINADOS CERÂMICOS Artigo apresentado no curso de graduação em Odontologia pela Faculdade São Lucas 2016, como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião dentista. Orientador: Profº Esp. Everton Quirino Azuma. PORTO VELHO – RO 2016 2 PREPAROS MINIMAMENTE INVASIVOS PARA LAMINADOS CERAMICOS¹ Rodrigo Cisneros Barros Vieira² RESUMO: Laminados cerâmicos são componentes protéticos que recobrem a face vestibular do dente, podendo modificar espessura, cor e forma, causando um grande efeito na odontologia estética. Para se ter um tratamento com qualidade, a confecção correta dos preparos dentais é de grande importância para que se possa ter sucesso na instalação dos laminados cerâmicos. Preparos minimamente invasivos são preparos mais conservadores que mantém estruturas do dente como o esmalte dental que tem uma maior adesividade com o laminado cerâmico se comparado a outros preparos. Para que se possa realizar um preparo conservador, o profissional deverá estar atento a todas as etapas no qual se incluem um planejamento correto. A técnica do mock-up auxilia o profissional para que ele saiba a quantidade necessária que irá ser desgastada. O presente estudo visa discorrer sobre os preparos minimamente invasivos para laminados cerâmicos e as técnicas que facilitam esse procedimento. Foi realizado um levantamento da literatura sobre os vários tipos de preparos minimamente invasivos que podem auxiliar o profissional durante o preparo. Conclui-se que com um correto planejamento, consegue-se manter a estrutura dental, e atráves dos variados preparos, realizar um desgaste necessário sem comprometer a estrutura dental. PALAVRAS CHAVE: Prótese Dentária, Estética Dentária, Porcelana Dentária, Odontologia. ABSTRACT: Ceramic Veneers are abutments overlying the labial surface of the tooth and can modify thickness, color and shape, causing a large effect on cosmetic dentistry. To get a treatment with quality, accurate fabrication of dental preparations is of great importance so that one can succeed in the installation of ceramic laminates. Minimally invasive preparations are preparations which maintains more conservative tooth structures and tooth enamel which has a higher adhesiveness with the ceramic laminate compared to the other preparations. In order to realize a conservative preparation, the professional should be aware of all the steps which include correct planning. The mock-up technique assists the practitioner to let him know the required amount that will be worn. This study aims to discuss the minimally invasive preparation for ceramic laminates and techniques that facilitate this procedure. A survey of the literature was performed on the various types of minimally invasive preparations that can help the professional during preparation. It is concluded that with proper planning, it is possible to maintain the tooth structure, and through the varied preparations, perform a necessary wear without compromising the dental structure. KEYWORDS: Dental Prosthesis, Dental Aesthetic, Dental Porcelain, Dentistry 1. INTRODUÇÃO A grande busca por uma estética dental alavancou muito nos últimos anos a odontologia restauradora fazendo com que novos materiais e novas técnicas fossem ________________________ Artigo apresentado no curso de Odontologia pela faculdade São lucas 2016, como pré requisito para conclusão do curso, sob orientação do professor especialista em prótese dentária Everton Quirino Azuma; Graduado em Odontologia pela Universidade do Oeste Paulista; Especialista em prótese dentária pela ABO-RO. [email protected] ²Acadêmico do curso de Odontologia pela Faculdade São Lucas; [email protected]. 3 pesquisados e desenvolvidos. Com isso, atualmente a odontologia oferece vários tipos de tratamentos, dentre eles os preparos conservadores com um desgaste mínimo ou inexistente somado a técnicas adesivas, atingindo a estimada durabilidade, além disso, o total contentamento do paciente. (Ahmad I, 2008). Em virtude da evolução de materiais e técnicas na odontologia, é possível a elaboração de variadas peças protéticas com espessuras mínimas, conhecidas também como laminados cerâmicos, com formas de preparos modificados das técnicas clássicas tradicionais. (Spear C. F, 2008) Uma grande variedade de tratamento para dentes anteriores estão acessíveis. Dentes com fraturas, hipoplasia ou com más formações, por exemplo, podem ser tratados e obterem uma forma correta e harmoniosa. Para poder corrigir essas imperfeições, ao longo de anos, as coroas totais eram indicadas nestas situações. Porém atualmente este tipo de tratamento é conceituado como invasivo, pois o mesmo necessita que se realize amplo desgaste na estrutura dental. (Stappert CF, 2007). Sabe-se que os tratamentos conservadores são muito desejados, porém certos dentes não podem ser tratados com esse procedimento, pois os mesmos podem apresentar restaurações extensas envolvendo face proximal, podem estar mal posicionadas na arcada, apresentar um grau de escurecimento, apresentarem desgaste ou fraturas. (Rouse J.S., 1997; Spear F, 2008) Os procedimentos minimamente invasivos dependem também das propriedades dos sistemas cerâmicos disponíveis que têm grande valor estético e alta resistência, devido à presença de leucita, dissilicato de lítio e a zircônia. (Anusavice KJ, 2005). Os procedimentos menos invasivos têm se apresentado como uma opção de tratamento com grande sucesso para se restabelecer uma estética dental agradável, e também, restabelecer a função mastigatória. (Kina S, 2007). Existem várias vantagens relevantes para que se mantenha conservada a estrutura do dente. Entre elas temos a não necessidade do procedimento anestésico, ausência de sensibilidade pós-operatória, conservação de esmalte que agregado a sistemas adesivos nos lâminados cerâmicos mantém maior adesividade ao dente e a grande aceitação do tratamento entre os pacientes. (Malcmacher L, 2005) 4 Soares et al (2014), afirmam que um dos fatores que mais colaboram para a adesividade do laminado, é o nível do preparo que deve ficar restrito somente ao esmalte do dente. O preparo em nível de esmalte, além de ser mais conservador gera uma grande adesão, pois esse tipo de união nesta parte do dente é muito maior do que se fosse realizada na dentina quando se usa um sistema adesivo comum. Embora os preparos menos invasivos apresentarem grandes vantagens, principalmente em manter a estrutura do dente, eles tem uma grande influencia na durabilidade do laminado cerâmico instalado. O preparo do dente pode determinar o perímetro evidente e a espessura do material da cerâmica. (Pini NP, 2012). Os preparos não invasivos ou minimamente invasivos não são recentes. Pelo menos 30 anos atrás esse tipo de procedimento já era utilizado. Entretanto, não existe um sistema de classificação que qualifica o tipo de preparo para laminados cerâmicos. (Lesage BP, 2009). Alguns laminados em certos casos clínicos podem ter a espessura de 0,3 a 0,7 mm, sendo que após o preparo o volume de esmalte pode permanecer de 95% a 100%, não havendo exposição da dentina. (Lesage BP, 2009; Radz GM, 2011; Wells DJ, 2010). É sabido que o tratamento que envolve os laminados cerâmicos está em alta, sendo progressivamente realizado por profissionais e procurado pelos pacientes, pois se trata de um tratamento confiável, indolor, com grande poder estético, e apresenta alta durabilidade se planejado e executado corretamente. (Beier US, 2012). O presente trabalho tem o objetivo de analisar através de uma revisão de literatura os preparos minimamente invasivos para laminados cerâmicos e técnicas para facilitar este tipo de procedimento. 2. DESENVOLVIMENTO A definição de preparos minimamente invasivos é definida quando o preparo fica somente em nível de esmalte ou dentina. Muita das vezes, esse procedimento é realizado com pontas diamantadas de fina granulação. (Soares et al, 2014). 2.1 Tipos de preparo dental para laminado cerâmico. 5 Beier et al (2012), observaram que as restaurações indiretas, como os laminados cerâmicos, vem sendo exercida e muito procurada pelos pacientes. Por causa dessa grande ascendência desse tratamento, foi feita uma revisão sobre os tipos de preparos para laminados cerâmicos. 2.1.1 Preparo tradicional para laminado cerâmico. O tamanho desde tipo de preparo não chega a alcançar o contato proximal, e sua realização é fácil e rápida, preservando bastante a estrutura do dente, com o objetivo de preservar todo o limite da restauração indireta no esmalte do dente. Abaixo da junção cemento esmalte, a 0.5 mm, situa-se o término. Sendo que este é do padrão chanfro, tendo assim uma diminuição vestibular de 0,2 a 0,3 mm em seu terço cervical, 0,5 mm em seu terço médio e 0,5 a 0,7 mm em seu terço incisal. (Edelhoff D., Sorensen J.A, 2002; Magne P, 2002; Rouse J.S, 1997). 2.1.2 Preparo Full Veneer. O termo full veneer poderá ser utilizado quando o tipo de preparo segue pela face mesial ou distal abrindo o contato proximal até face palatina ou lingual, fazendo com que a margem da restauração fique escondida e aumentando assim a retenção, e diminuindo a incisal de 1,5 mm a 2,0 mm. A forma deste preparo fica alternada entre um preparo para laminado clássico e um preparo para coroa total metal free. (Crispin BJ, 1994; Rouse JS, 1997). 2.1.3 Preparo guiado pela superfície dental pré-existente. Nos casos em que os dentes apresentam uma diferença em sua tonalidade e que não tiveram sucesso em seu clareamento, e que também apresentem uma forma aceitável, aplica-se este tipo de preparo, pois o objetivo deste é desgastar um nível regular de estrutura na face vestibular. Esse método pode ser executado com pontas diamantadas normais e também os guias de silicone que são produzidos antes do preparo (Brunton P.A, 2000; Magne P, 2004). Porém Magne P. (2004), relata que quando a quantidade de esmalte presente no dente é fina, e o desgaste for baseado na superfície do dente, pode-se correr o risco de expor certo volume de dentina, causando assim sensibilidade e futuramente podendo causar problemas com o laminado. 6 2.2 Classificação para os preparos minimamente invasivos. Lesage (2009) propôs um sistema de classificação para os preparos dentais de laminados cerâmicos. Esse sistema foi criado para que não haja um espaço de dúvidas entre preparos convencionais para laminados cerâmicos e os preparos minimamente invasivos, e também, para que haja maior comunicação com pacientes e colegas de profissão. Dúvidas relacionadas a acabamento, linhas de desgaste do dente e outros, poderiam ter fim com esse sistema de classificação. 2.2.1 Classe I É classificado como não-preparo ou também preparo menos invasivo para laminados, sendo que este pode apresentar uma pequena margem, que pode ser vista através de uma lupa. Nesta classificação, o volume do esmalte dental permanece entre 90% e 95% após o desgaste. Este tipo de preparo é facilmente confeccionado se empregado com um guia de preparo (mock-up). Um desgaste de 0,5 mm é feito na face vestibular do dente. E atráves do guia confeccionado se obtém a profundidade de desgaste, sendo que o cirurgião dentista deve considerar a remoção do esmalte aprismático, colocando assim uma linha quase que invisível, para auxiliar o ceramista na determinação da margem. (Lesage BP, 2009; Calamia Jr, 2007). Preparo Classe I Fonte: https://parkell.cdeworld.com/courses/5006-Establishing_a_Classification_System_and_Criteria_for_Veneer_Preparations 2.2.2 Classe II 7 Esta classe de preparo se refere aos minimamente invasivos ou menos invasivos modificados. Esta classificação mostra uma quantidade de esmalte entre 80% a 95%, 10% a 20% de dentina exposta e um desgaste de 0,5 mm na face vestibular. Nesta classificação, também se utiliza o guia de preparo para obter o desgaste correto no dente. (Brunton PA, 2000). Preparo Classe II Fonte: https://parkell.cdeworld.com/courses/5006-Establishing_a_Classification_System_and_Criteria_for_Veneer_Preparations 2.2.3 Classe III É uma classificação de preparo conservador. Sua característica é a presença do volume de esmalte que fica em torno de 60% a 80%. Em relação a exposição de dentina, se tem a porcentagem de 20% a 40%. Sua redução no desgaste é de 0,5mm a 1,0 mm. O material restaurador ganha mais espaço e a margem gengival irá envolver a dentina. (Brunton Pa, 2000). Preparo Classe III Fonte: https://parkell.cdeworld.com/courses/5006-Establishing_a_Classification_System_and_Criteria_for_Veneer_Preparations 8 2.2.3 Classe IV É um preparo convencional all-ceramic. Nesta classificação o volume de esmalte fica em torno de 50%. A redução deste preparo fica em torno de 01 mm ou mais. Sua margem periférica consiste entre 50% a 70%. Este tipo de preparo tornouse uma técnica mundialmente conhecida para a instalação de facetas completas. (Rouse Js, 1997; Chun YH, 2010). Preparo Classe IV Fonte: https://parkell.cdeworld.com/courses/5006-Establishing_a_Classification_System_and_Criteria_for_Veneer_Preparations 2.3 Estudos sobre os preparos Fradeani (2005) relatou em um estudo que as falhas dos laminados cerâmicos instalados, estavam ligadas diretamente pelo preparo incorreto do dente. A maioria das falhas eram falhas na adesividade do laminado cerâmico. Ao observar, viu que os preparos eram demasiadamente profundos, chegando a expor dentina. Outras falhas como fraturas e infiltração foram constatadas. Munck (2005), relata que a força de adesão não é só obtida pelo tipo de preparo, mas também é afetada pela qualidade e tipo do adesivo. Quanto menos o cirurgião dentista adentrar na estrutura do dente, será menor as chances de romper a barreira da junção cemento esmalte e demais estruturas. Sempre que possível, deve-se terminar a margem supragengival e preservar o cíngulo e cristas marginais. (McLaren EA, 2009; Magne P, (2004). Lesage (2009) ressalta que apesar de pesquisas e os variados tipos de materiais, a prática clínica é o instrumento mais importante para que se possa determinar um plano correto para qualquer tratamento menos invasivo. 9 2.4 Indicação e Contra Indicação 2.4.1 Indicação Soares et al (2014), relatam que os casos mais indicados para se realizar um preparo convencional, ou preparo minimamente invasivo são quando os pacientes apresentam dentes com alta resistência a clareamento, dentes com alteração morfológica (conóides, microdontia e distemas), e também quando há necessidade de aumentar o comprimento do mesmo na incisal. Outras indicações para esse tipo de preparo são dentes que apresentam hipoplasia, hipocalcificação, fluorose. (Strassler HE, 2007). 2.4.2 Contra Indicação As contra indicações mais comuns para os preparos minimamente invasivos são dentes com grande alteração de cor, esmalte dental insuficiente para dar retenção, grandes diastemas, pacientes com bruxismo e dentes muito comprometidos. (Cho GC, Donovan TE, Chee WW, 1998) 2.5 Planejamento do Preparo Minimamente Invasivo Para facilitar na quantidade mínima do desgaste que irá ser realizado, um bom planejamento é indispensável. Para a realização desta etapa do tratamento, podem-se utilizar fotografias dos elementos dentais do paciente, obtendo assim um registro virtual que poderá ser utilizado em um estudo virtual. Isto também servirá de guia para o mock-up. (Soares et al, 2014). O mock-up intra oral auxilia muito o profissional durante as etapas de planejamento. Esse procedimento visa uma maior conservação do esmalte durante o preparo e uma grande visão da adesividade e estética do laminado, pois ele também mostra uma pré-visualização de como ficará o tratamento quando concluído. (Andrade O.S. et al, 2004; Fradeani M et al, 2005). Magne e Belser (2004) também afirmam que a técnica do mock-up tem grande poder no planejamento do tratamento, pois o mesmo mostra informações se haverá possibilidade de se instalar laminados cerâmicos com mínimo desgaste ou nenhum desgaste. 3. MÉTODOS 10 O presente estudo é caracterizado como revisão de literatura. Foram feitas buscas da literatura pelos bancos de dados: Google, PubMed e Lilacs. Sendo encontrados artigos entre os anos de 1994 e 2014. Foram utilizadas as palavras chaves: Prótese Dentária, Estética Dentária, Porcelana Dentária, Odontologia. 4. DISCUSSÃO Os preparos minimamente invasivos estão complementando os procedimentos da estética dental. Podem proporcionar várias formações estéticas com um pequeno e leve desgaste. (Kina S et al, 2007; Ahmad I, 2008) Ainda não há um sistema de classificação dos preparos utilizados pelos profissionais. Lesage (2009) ressaltou que havia uma necessidade de se criar um sistema de classificação para este tipo de preparo. Afirmou também que com essa classificação, os diagnósticos, a comunicação entre profissionais da área, concordância e entendimento da parte do paciente ficariam mais amplos, facilitando o tratamento e todos os procedimentos que o envolvem. Assim como na prótese dentária, na periodontia e outras áreas temos classificações que facilitam os diagnósticos e tratamentos, foi criada uma classificação para os preparos minimamente invasivos. Segundo Lesage (2009), os preparos foram classificados em classe I, classe II, classe III e classe IV. Cada classificação tem uma espessura de desgaste a ser realizado no dente. Também é de grande importância em cada divisão dessa classificação, o volume do esmalte dental que é mantido, e também o grau de porcentagem da exposição de dentina durante o preparo. Contudo, Magne (2014) afirma que quando certa quantidade de esmalte dental é fina e o preparo for baseado na superfície do dente, corre-se o risco de expor uma grande quantidade grande de dentina, e possivelmente provocando um grau de sensibilidade alto e problema na adesividade do laminado. Já Beier et al (2012), relatou em uma publicação, alguns tipos de preparos para laminados cerâmicos. O preparo tradicional para laminados é de simples e fácil realização e tem como o principal objetivo de manter bastante a estrutura do dente. O preparo full veneer é utilizado quando se há necessidade de passar das faces proximais até chegar à face palatina ou lingual cobrindo a linha da restauração. Porém McLaren (2009), afirma que em seu estudo, que o profissional deve invadir o mínimo possível da estrutura dentária evitando assim romper a junção cemento esmalte, e preservando ao máximo o cíngulo e cristas marginais. 11 Em seu estudo, Fradeani M (2005), afirma que as falhas ocorridas nos laminados cerâmicos instalados, tinha grande ligação com a forma dos preparos realizados nos dentes, sendo que a maior falha era a falta de adesividade do dente com a peça protética. Porém Munck (2005) ressalta que a força da adesividade não é só obtida através do preparo, mas também do adesivo que se utiliza para este tratamento. As indicações mais comuns para que se possa realizar um preparo minimamente invasivo são dentes que tem formas e tamanhos irregulares, presença de diastema e alteração de cor. (Soares et.al, (2014). Porém existem contra indicações que dificultam esse tipo de preparo. A presença insuficiente de esmalte, sabendo que a adesão do laminado depende da presença de esmalte na superfície do dente. Pacientes que são portadores de hábitos parafuncionais também são contra indicados para preparos menos invasivos. (Cho GC, Donovan TE, Chee WW, 1998; Glidewell Laboratories, 2009). Para que se possa ter um correto planejamento para desgastar a quantidade correta no preparo, o mock-up é indispensável. Soares et al (2014) relatam que existem várias formas para que se realize um planejamento de qualidade, dentre elas a fotografia, e o planejamento virtual. Andrade O.S. et al, (2010) & Fradeani M et al, (2010), afirmam que o mock-up intra oral orienta muito o cirurgião dentista durante o planejamento do caso. Magne & Belser (2013), complementam, dizendo que a técnica do mock-up é de grande valia. Lesage (2009) afirma que a experiência clínica vivida pelo profissional é um dos fatores de grande importância para que o profissional possa realizar um plano de tratamento correto e sem erros. 5. CONCLUSÃO Pode-se concluir que atráves de um planejamento pela técnica do mock-up, consegue-se realizar um preparo minimamente invasivo e preservar a estrutura do dente, adquirindo uma boa adesividade do laminado cerâmico. A técnica para realizar o preparo varia muito, dependendo de cada profissional, sendo assim é necessário mais estudos para criar e estabelecer uma classificação de preparos minimamente invasivos. O planejamento para cada paciente auxiliará o profissional a realizar o desgaste correto para que não haja problemas com o componente 12 protético, onde o mock-up exerce a grande função para que se realize o desgaste necessário. REFERÊNCIAS 1. AHMAD, I. Protocolos para restaurações estéticas previsíveis. Porto Alegre: Artmed, 2008. 2. ANDRADE, O. S.; ROMANINI, J. C. Protocolo para laminados cerâmicos: Relato de um caso clínico. R Dental Press Est. 2004 out;1(1):9-19 3. ANUSAVICE, K. J. Cerâmicas odontológicas. In: Anusavice KJ. Philips materiais dentários. 11ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2005. p. 619-77. 4. BEIER, U. S.; KAPFERER, I.; BURTSCHER, D.; DUMFAHRT, H. Clinical performance of porcelain laminate veneers for up to 20 years. Int J Prosthodont. 2012; 25(1): 79–85. 5. BRUNTON, P. A.; AMINIAN, A.; WILSON, N. H. F. Tooth preparation techniques for porcelain laminate veneers. Br Dent J. 2000; 189(5):260-262 6. CALAMIA, Jr.; CALAMIA, C. S. Porcelain laminate veneers: reasons for 25 years of success. Dent Clin North AM. 2007; 51(2): 399-417. 7. CHO, G. C.; DONOVAN, T. E.; CHEE, W. W. Clinical experiences with bonded porcelain laminate veneers. J Calif Dent Assoc 1998; 26(2): 121-7. 8. CHUN, Y. H.; RAFFELT, C.; PFEIFFER, H.; et.al.. restoring strength of incisors with veneers and full ceramic crowns. J Adhes Dent. 2010; 12(1): 4554. 9. CRISPIN, B. J. Full veneers: the functional and esthetic application of bonded ceramics. Compendium. 1994 Mar; 15(3):284, 286, 288 passim; quiz 294 10. DE MUNCK, J.; VAN LANDUYT, K. Peumans m, et al. a critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005;84(2):118-132 11. EDELHOFF, D.; SORENSEN, J. A. Tooth structure removal associated with various preparation designs for anterior teeth. J Prosthet Dent. 2002;87(5): 503–509. 12. FRADEANI, M.; REDEMAGNI, M.; CORRADO, M. Porcelain laminate veneers: 6- to 12-year clinical evaluation—a retrospective study. Int J Periodontics Restorative Dent. 2005;25(1):9-17. 13 13. KINA, S.; BRUGERA, A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. 14. LESAGE, B. P. Minimally invasive dentistry: paradigm shifts in preparation design. Pract Proced Aesthet Dent. 2009;21(2):97-101 15. MAGNE, P. Belser UC. Bonded Porcelain Restorations in the Anterior Dentition-a Biomimetic Approach. Chicago: Quintessence Publishing Co; 2002 16. MAGNE, P.; BELSER, U. C. Novel porcelain laminate preparation approach driven by a diagnostic mock-up. J Esthet Restor Dent 2004;16:7-18 17. MALCMACHER, L. No-preparation porcelain veneers-back to the future! Dent Today 2005;24(3):86, 88, 90-1 18. MCLAREN, E. A.; CAO, P. T. Ceramics in dentistry – part 1: classes of materials. Inside Dentistry. 2009;5(9):94-103. 19. PINI, N. P.; AGUIAR, F. H.; LIMA, D. A.; LOVADINO, J. R.; TERADA, R.S.; PASCOTTO, R. C. Advances in dental veneers: materials, applications, and techniques.Clin Cosmet Investig Dent. 2012;4:9–16. 20. RADZ, G. M. Minimum thickness anterior porcelain restorations. Dent Clin North Am. 2011;55(2):353–370, ix. 21. ROUSE, J. S. Full veneer versus traditional veneer preparation: a discussion of interproximal extension. J Prosthet Dent. 1997;78(6):545-549 22. SOARES, P. V.; SPINI, P. H.; CARVALHO, V. F.; SOUZA, P. G.; GONZAGA, R. C.; TOLENTINO, A. B.; MACHADO, A. C. Esthetic rehabilitation with laminated ceramic veneers reinforced by lithium disilicate. Quintessence Int. 2014 Feb;45(2):129-33 23. SPEAR, F.; HOLLOWAY, J. Which all-ceramic system is optimal for anterior esthetics? J Am Dent Assoc 2008;139:19S-24S. 24. STAPPERT, C. F.; OZDEN, U.; ATT, W.; et.al..marginal accuracy of pressceramic veneers influenced by preparation design and fatigue. Am JDent. 2007;20(6):380-384. 25. STRASSLER, H. E. minimally invasive porcelain veneers: indications for a conservative esthetic dentistry treatment modality. Gen Dent. 2007;55(7):686696. 26. WELLS, D. J. “No-prep” veneers. Inside Dent. 2010;6(8):56–60. 14