III.8 Eixo Mercosul - Chile

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III.8 Eixo Mercosul - Chile
III.8 Eixo Mercosul - Chile
III.8.1. Localização e Área de Influência do Eixo
O Eixo do Mercosul - Chile foi definido por meio da delimitação de uma área de influência que atravessa
a América do Sul e incorpora a ligação dos principais centros econômicos e os principais portos desse
território no Chile, na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e no Brasil. Esta área de influência é relativamente
dinâmica, já que está relacionada também à localização física dos projetos que são incorporados aos
distintos grupos em que está dividido o eixo. A área atual do Eixo Mercosul - Chile está detalhada no mapa
a seguir:
A área delimitada inclui as Regiões Metropolitana, IV, V, VI e VII do Chile, (Coquimbo, Valparaíso, O'Higgins
e Maule, respectivamente), as províncias argentinas de Mendoza, San Juan, La Rioja, San Luis, Córdoba, La
Pampa, Santa Fé, Buenos Aires, Capital Federal, Entre Ríos, Corrientes e Misiones, os estados brasileiros do
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, a Região Oriental do Paraguai e o
Uruguai. Em relação à área originalmente definida para o eixo e em virtude da incorporação do novo
Grupo 6 Pehuenche ao eixo, foram somados à área de influência os territórios da província argentina de La
Rioja e da VII Região do Maule do Chile.
A área de influência definida para o Eixo Mercosul - Chile alcança uma superfície de 3.216.277 km2,
equivalente a 25,46% da soma da superfície total dos cinco países que formam o eixo, sendo suas principais
cidades, portos e passagens de fronteira os listados no quadro a seguir:
201
MERCOSUL-CHILE
Mapa nº 55 - Localização e área de influência do Eixo Mercosul - Chile
Quadro nº 133 - Superfície, população, principais cidades,
passagens de fronteira e portos marítimos do Eixo Mercosul - Chile
Países
Unidades territoriais
Superfície
km2
População
hab. 2008
ARGENTINA
2.780.400
39.745.613
Misiones
29.801
Corrientes
Portos
marítimos
e fluviais
Principais
cidades
Passagens
de fronteira
1.077.987
Posadas
San Javier
88.199
1.013.443
Corrientes
Paso Libres
Corrientes
Entre Ríos
78.781
1.255.787
Paraná
Pto Unzué
Diamante
Santa Fe
133.007
3.242.551
Rosario
Córdoba
165.321
3.340.041
Córdoba
San Luis
76.748
437.544
San Luis
San Juan
89.651
695.640
San Juan
Agua Negra
La Rioja
89.680
341.207
La Rioja
Pircas Negras
200
3.042.581
Buenos Aires
307.571
15.052.177
La Pampa
143.440
333.550
La Pampa
Mendoza
148.827
1.729.660
Mendoza
1.351.226
31.562.168
8.514.877
189.612.814
Minas Gerais
586.528
19.850.072
Belo Horizonte
São Paulo
248.209
41.011.635
São Paulo
Paraná
199.315
10.590.169
Curitiba
Foz do Iguaçu
Paranaguá
95.346
6.052.587
Florianópolis
D. Cerqueira
S. Francisco
Rio Grande do Sul
281.748
10.855.214
Porto Alegre
Uruguaiana
Porto Alegre
Área de influência
1.411.146
88.359.677
PARAGUAI
406.752
6.230.000
Região Oriental
159.827
6.064.411
Ciudad del Este
Ciudad del Este
Assunção
Área de influência
159.827
6.064.411
Capital Federal
Área de influência
BRASIL
Santa Catarina
202
San Lorenzo
Buenos Aires
Buenos Aires
La Plata
Quequén
Cristo Redentor
Principales
ciudades
Pasos de
frontera
Puertos
marítimos
y fluviales
698.000
La Serena
Agua Negra
Coquimbo
16.396
1.720.600
Valparaíso
Cristo Redentor
Valparaíso
Região Metropolitana
15.403
6.745.700
Santiago
VI Região O'Higgins
16.387
866.200
Rancagua
VII Região Maule
30.296
991.500
Talca
Pehuenche
Área de influência
119.062
11.022.000
175.016
3.334.052
Montevideo
Chuy, Santana
175.016
3.334.052
12.458.131
255.685.949
3.216.277
140.342.308
Países - Unidades Territoriales
Superficie
km2
Población
Hab. 2008
756.102
16.763.470
IV Região Coquimbo
40.580
V Região Valparaíso
CHILE
URUGUAI
Área de influência
Total países do Eixo
Total área de influência
San Antonio
Montevideo
Rio Branco
III.8.2. Caracterização Básica do Eixo
Aspectos Demográficos
Calculou-se, para 2008, uma população total aproximada de 140.342.308 habitantes para a área de influência
definida para o Eixo Mercosul - Chile, o que representa 54,89% da soma da população total dos cinco países
que o integram. Além disso, a área de influência do eixo alcançou uma densidade demográfica média de
43,64 habitantes/km2. Este indicador varia de um máximo de 165,23 habitantes/km2 para o Estado de São
Paulo, no Brasil, a um mínimo de 2,33 habitantes/km2 correspondente ao território da Província de La
Pampa, na Argentina.
Determinou-se para a área de influência do Eixo Mercosul - Chile um PIB de US$ 892,4946 bilhões a preços
correntes de mercado de 2000 sobre a base dos valores das estatísticas da Cepal para cada país de 2007 e
considerando as porcentagens da participação no PIB calculado por cada instituto estatístico nacional
para as unidades territoriais de cada país participante do eixo. Este montante representa 67,77% da soma
dos PIBs totais, para o mesmo ano, dos países integrantes.
O PIB resultante da soma dos PIBs dos países que integram o eixo a valores correntes de 2000 variou
positivamente 27,67% entre 2000 e 2007, o que implicou uma taxa de crescimento média anual de 3,55%
para o mesmo período. Em relação à dinâmica das diversas atividades econômicas nos países da região,
constata-se que os setores de transportes, armazenamento e comunicações, e de agricultura, caça, silvicultura
e pesca são, nesta ordem, os que apresentaram maior crescimento proporcional nos últimos sete anos.
203
MERCOSUL-CHILE
Aspectos Econômicos
Da área de influência do Eixo Mercosul - Chile foram realizadas exportações em um valor anual de US$
220,4397 bilhões em 2008, que comparado ao valor das exportações em 2000 (US$ 72,0799 bilhões), pela
mesma região, mostra uma variação positiva de 205,82% em oito anos. Além disso, quando se compara o
valor das exportações do eixo em 2008 com a soma das exportações totais dos países integrantes do Eixo
Mercosul - Chile, constata-se que as primeiras alcançam 64,44% das segundas (US$ 342,0599 bilhões).
Para 2008, 83,57% das exportações em valor pelos países do Eixo Mercosul - Chile são extrazona, enquanto
16,43% (US$ 57,1834 bilhões) correspondem a exportações entre os próprios países (intrarregionais);
esta última porcentagem alcançava 22,89% do total das exportações em 2000 (US$ 23,4639 bilhões/
US$ 102,8094 bilhões).
Entre os cinco principais produtos exportados pelos países do Eixo Mercosul - Chile, o cobre refinado
(incluído o refundido) é o mais importante, representando cerca de 6,14% do valor total exportado pelos
cinco países em 2008, seguido em importância pelas exportações de grãos de soja (com 4,81% do total
exportado). O terceiro, o quarto e o quinto lugares são ocupados, respectivamente, pelo petróleo cru, os
minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados e as tortas e farinhas de sementes oleaginosas e
outros resíduos de óleo vegetal. Somados, os cinco principais produtos exportados a partir de cada país
alcançam 34,00% do valor total exportado pelos países integrantes do Eixo Mercosul - Chile em 2008.
Em relação aos modos de transporte dos movimentos de cargas internacionais (exportações e importações)
em volume a partir dos países do Eixo Mercosul - Chile (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) em
2007, o modo marítimo alcançou 88,73% do total exportado, o modo ferroviário 3,17%, o modo rodoviário
3,87%, o modo fluvial 2,56%, o modo aéreo 0,26%, e o modo “outros meios”, 1,41%.
Os movimentos de carga internacionais em volume dos mesmos países, em 2000 realizavam-se da
seguinte maneira: o modo marítimo alcançava 85,96% do total, o modo ferroviário 3,08%, o modo
rodoviário 4,92%, o modo fluvial 2,57%, o modo aéreo 0,26%, e o modo “outros meios”, 3,21%.
É interessante destacar que para o movimento de cargas pela passagem de fronteira de Uruguaiana –
Paso de los Libres entre o Brasil e a Argentina (o mais importante em volume da América do Sul com
movimentos de modos viário e ferroviário), os volumes de exportações à Argentina pelo Brasil pelo modo
viário em 2008 subiram para 1.531.514.7 toneladas e representaram 78,47% do total das cargas viárias de
exportação que usaram esta passagem de fronteira no ano, 68,9% das exportações por rodovia em
volume do Brasil para a Argentina e 29,17% das exportações totais do Brasil para todos os destinos por
modo viário. No modo ferroviário passaram por Uruguaiana para a Argentina 207.066,6 toneladas em
2008, o que representou 56,76% das cargas totais de exportação por ferrovia do Brasil que usaram essa
passagem de fronteira. Em 2000 foram para a Argentina por Uruguaiana 1.381.867,9 toneladas por modo
viário, que representaram 77,26% do total exportado em volume por essa via e essa passagem de fronteira
a partir do Brasil. Além disso, nesse mesmo ano foram exportadas 122.695,3 toneladas por modo ferroviário
para a Argentina pelo Brasil, usando essa passagem de fronteira, que corresponderam a 78,57% das
exportações totais do Brasil por esse modo e que usaram essa passagem em 2000.
As atividades dominantes das distintas unidades territoriais que integram o Eixo Mercosul - Chile apresentam
os perfis produtivos indicados a seguir:
• Brasil - Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Minas Gerais: produção industrial (automotiva, químicos, de alimentos, metalurgia, siderurgia, celulose,
papel e cimentos); pecuária bovina e suína; indústrias de couro e têxteis; arroz, laranja, café, tabaco, soja
e cana-de-açúcar.
São Paulo: indústrias de veículos e material de transporte; indústria aeronáutica; indústria do açúcar e do
álcool; serviços; pecuária bovina e lácteos, agricultura (soja e milho), avicultura, fruticultura e horticultura.
Paraná: indústrias de veículos e material de transporte, têxteis, agricultura (soja, milho, trigo e cana-deaçúcar); indústrias metalúrgicas e mecânicas; avicultura; suinocultura; gado bovino.
Santa Catarina: produção industrial (químicos, metalurgia, plásticos, siderurgia); produção agropecuária
(trigo, soja, avicultura e suinocultura); têxteis e turismo.
Rio Grande do Sul: refino de petróleo; indústria automotiva; químicos, papel e celulose; produção
agropecuária (soja, trigo, arroz, suinocultura, bovinos).
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• Paraguai – Região Oriental: produção de soja, óleo e farinha de soja; indústria do couro, pecuária
bovina; madeiras, algodão, trigo, milho, cana-de-açúcar; indústria de têxteis de algodão.
• Argentina – Províncias de Misiones, Corrientes, Entre Ríos, Santa Fé, Córdoba, San Luis, San Juan, La
Rioja, Capital Federal, Buenos Aires, La Pampa e Mendoza.
Misiones: produção e industrialização avançada de chá e erva-mate; cítricos como a tangerina, a laranja
e o limão; recursos florestais; produção de celulose, papéis e papelões; turismo.
Corrientes: produção e industrialização avançada de chá e erva-mate; cítricos (laranja, tangerina, limão e
pomelo), hortaliças (tomate, pimentão, melão-pepino e beringela), tabaco, milho, arroz, melancia, abóbora;
pecuária bovina e ovina, couros.
Entre Ríos: produção cereais (arroz, trigo, aveia, milho e sorgo); oleaginosas (girassol, linho e soja), frutas
(limão, grapefruit, laranja e tangerina) e hortaliças (batata, cebola, tomate e pimentão); recursos florestais;
avicultura.
Santa Fé: produção agroindustrial, metalúrgica e metalmecânica, especializada em maquinaria agrícola,
agropeças e autopeças; cluster metalmecânico, indústria láctea, produção agrícola (soja, trigo e milho),
de azeite; gado bovino e couros; logística portuária.
Córdoba: produção industrial (automotiva, agroindustrial, metalúrgica e metalmecânica); produção de
amendoim, sorgo, milho, soja, trigo e girassol; uvas, azeitonas e palmeiras; azeiteras; gado bovino e ovino.
San Luis: produção industrial (alimentos, eletrodomésticos, metalurgia); serviços; produção agrícola
(soja e girassol; alfafa, centeio e milho; batata, alho, cebola e amendoim), gado bovino, couros; minerais
não metálicos (sal, tungstênio, basalto, granito, calcário, pedra laje, mármore e ônix).
San Juan: indústria vitivinícola, produção agrícola (uvas, azeitonas, damasco, maçãs, marmelo, pêssegos,
ameixas, peras e amêndoas; cebola, alho, tomates); produção de cimento, carbureto de cálcio, ferro-liga
e silício metálico.
La Rioja: produção agrícola (azeitonas, damascos, marmelo, peras e frutas secas; cebola, alho, tomates);
produção mineral não metálica, gado ovino.
Capital Federal: produção industrial (automotiva, químicos, de alimentos, metalurgia, siderurgia), serviços
e turismo.
Buenos Aires: cluster agroindustrial oleaginoso e cerealista; centro de convergência e processamento da
soja; produção de óleos vegetais, farinhas e pellets; produção siderúrgica, química, petroquímica,
metalmecânica e automotiva; serviços, turismo.
La Pampa: produção agrícola (trigo, milho, aveia, centeio, cevada; girassol e soja), maçãs, peras, ameixas e
uvas; tomates, cebolas e abóboras; gado bovino e ovino, couros, lácteos; produção mineral não metálica
(sal, gesso, areia, sulfato de sódio, bentonita, cascalho e pedra tosca).
Mendoza: indústria vitivinícola, azeitonas em conserva e suco de uva; produção industrial metalmecânica
(motores e turbinas, gruas de pórtico, equipamentos hidromecânicos, e siderúrgicos; bombas e
compressores, máquinas para alimentos, equipamentos para a indústria petroleira e fabricação de
borracha sintética e plásticos); produção mineral; serviços; produção agrícola (peras e maçãs frescas e
ameixas secas sem caroço; alho, batata, tomate, cebola, pimenta e cenoura); produção de petróleo e gás.
• Uruguai - todo o país: produção agrícola (soja, milho, trigo, arroz, cana-de-açúcar, sorgo e girassol;
cítricos, maçã, pera, pêssego); pecuária bovina e ovina, couros, lã, lácteos; recursos florestais, celulose,
madeiras; produtos químicos; exploração de minerais não metálicos; maquinaria e equipamentos.
IV Região de Coquimbo: produção mineral metálica com explorações de molibdênio, manganês, ferro,
cobre e ouro; produção vitivinícola, uvas de mesa; pesca. O setor de turismo consolidou-se na região.
V Região de Valparaíso: produção industrial automotiva, tabaco e cimento; produção mineral metálica
com exploração de cobre e molibdênio; turismo (ilha de Páscoa), consolidado na região; refinarias de
petróleo e minerais; produção de abacate, videiras viníferas, fruta-do-conde e flores; serviços logísticos
portuários.
Região Metropolitana: produção industrial (alimentos, bebidas, tabacos); serviços, turismo; avicultura e
suinocultura.
VI Região do Libertador: produção agropecuária (milho, suinocultura e avicultura), gado bovino;
produção mineral de cobre.
VII Região do Maule: indústria manufatureira; produção de arroz, beterraba e feijões; recursos florestais.
205
MERCOSUL-CHILE
• Chile - Regiões IV de Coquimbo, V de Valparaíso, Metropolitana, VI de O’Higgins e VII de Maule.
Infraestrutura Atual
A área de influência do Eixo Mercosul - Chile incorpora regiões muito consolidadas economicamente e
outras de menor desenvolvimento relativo. A infraestrutura de integração do eixo é principalmente
consequente com esta circunstância. Assim, nas áreas consolidadas a intervenção na infraestrutura
responde em geral à necessidade de contribuir para as melhorias da prestação do serviço diante do
crescimento significativo da demanda de transporte. Nas regiões de menor desenvolvimento relativo a
infraestrutura de integração é em geral limitada e seu estado é ainda deficiente, embora para superar as
duas circunstâncias exista capacidade potencial para seu desenvolvimento e recomposição. É importante
destacar que nos últimos anos se adiantou a execução de obras viárias importantes que melhoram a
conectividade internacional no eixo (“Duplicação da RN 14 entre Paso de Los Libres e Gualeguaychú” e
“Construção e pavimentação da rodovia BR-282/SC Florianópolis–Fronteira com Argentina”).
A construção, adequação ou a melhoria de obras de infraestrutura pode gerar impactos ambientais, sejam
biogeofísicos e/ou socioeconômicos. Por isso, na avaliação realizada em 2006 dos projetos IIRSA incluídos
na “Agenda Consensuada” (Ver documento IIRSA [2006]) analisou-se o tema ambiental e concluiu-se,
entre outros pontos, que o Eixo Mercosul - Chile não está entre os de maior sensibilidade de território.
Ainda assim, deve-se levar em conta, na formulação e execução dos projetos, a incidência dos temas
ambientais na obtenção do desenvolvimento sustentável, já que a região possui uma ampla variedade de
ecossistemas: savanas de baixa altitude e de montanha, bosques tropicais úmidos e bosques de clima
mediterrâneo. No nordeste do eixo encontram-se as ecorregiões das florestas da Serra do Mar, e as florestas
úmidas de Araucárias e do Alto Paraná; no sudeste estão as savanas do Uruguai; ao centro, as regiões do
Chaco úmido e seco; para o oeste a estepe andina do sul e na costa do Pacífico, o matorral chileno.
• A rede viária dos países do Eixo Mercosul - Chile alcança um total de 1.093.908 km, o que representa
52,04% do total da soma das redes viárias nacionais dos cinco países que integram o eixo. Além disso, o
eixo conta com 14,63% do total das redes viárias nacionais da sua área de influência pavimentadas. Na
maioria das fronteiras entre os países existem barreiras naturais de importância como: a Cordilheira dos
Andes entre o Chile e a Argentina; os rios Paraguai e Paraná entre a Argentina e o Paraguai e entre o
Brasil e o Paraguai; e o rio Uruguai entre a Argentina e o Uruguai e entre a Argentina e o Brasil
• A rede ferroviária existente nos países do Eixo Mercosul - Chile alcança um total de 68.892 km, dos quais
87,68% se encontram em operação com diferentes graus de qualidade do serviço. A maior parte dela
encontra-se na área de influência do eixo. Há vinculação ferroviária entre a Argentina e o Paraguai; a
Argentina e o Brasil e a Argentina e o Uruguai; e entre o Brasil e o Uruguai na área do eixo. Entre os
projetos do eixo encontra-se o “Projeto ferroviário Los Andes (Chile) - Mendoza (Argentina) Ferrovia
Transandina Central” que recuperaria a ligação ferroviária entre a Argentina e o Chile e permitiria a
conexão ferroviária entre os dois oceanos nesta região.
• Na infraestrutura portuária marítima do eixo destacam-se os seguintes portos principais, segundo seus
movimentos de cargas: Coquimbo, Pelambres e Guayacán; Quintero, Valparaíso e San Antonio localizados
na IV e V Regiões do Chile, respectivamente, no Oceano Pacífico; Buenos Aires na Argentina, no rio da
Prata; Assunção no rio Paraguai, no Paraguai; Montevidéu no Oceano Atlântico e Santos, São Sebastião,
Paranaguá, São Francisco do Sul, Rio Grande e Porto Alegre nos estados de São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, respectivamente. Todos possuem instalações adequadas para o trânsito,
movimento e acondicionamento de mercadorias de importação e exportação. Entre 2001 e 2007 o
movimento de cargas total dos portos brasileiros assinalados cresceu 37,38%, (de 165.211.291 toneladas
para 226.972.679 toneladas), enquanto as cargas mobilizadas pelos portos chilenos da área cresceram
no mesmo período 57,97% (de 23.992.490 toneladas para 37.901.751 toneladas).
• Há uma infraestrutura aeroportuária adequada no eixo, que possibilita a conexão por transporte aéreo
em toda a sua extensão. A IIRSA prevê para este eixo a intervenção com projetos em sete aeroportos da
região (dois no Brasil, quatro no Paraguai e um no Uruguai).
• O Eixo Mercosul - Chile incorpora a região das grandes represas hidrelétricas nos rios Paraná e Uruguai,
portanto existe conexão energética entre o Brasil e o Paraguai, o Brasil e o Uruguai, entre a Argentina e o
Paraguai, entre a Argentina e o Brasil, e entre a Argentina e o Uruguai; e também há entre a Argentina e
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o Chile. Os cinco países contavam juntos, ao final de 2006, com uma capacidade instalada de 147.258,53
MW, a maior parte localizada na área do eixo e com 64,64% do total pertencentes ao Brasil.
Na área de influência do eixo há um gasoduto entre a Argentina e o Chile (de Mendoza a Santiago), um
entre a Argentina e o Brasil (de San Jerónimo a Uruguaiana) e um entre a Argentina e o Uruguai (de San
Jerónimo a Paysandú).
Incluiu-se no eixo o Grupo 5 “Grupo Energético” que incorpora 12 importantes projetos relativos à
geração e interconexão energética no eixo.
III.8.3. Potencial de desenvolvimento do Eixo
A área de influência do Eixo Mercosul - Chile representa um mercado de mais de 140 milhões de habitantes
em uma área de influência estendida de 3,22 milhões de km2, com um PIB de aproximadamente US$
892,4946 bilhões (concentrados em 89,95% nas áreas de influência da Argentina e do Brasil), institucionalmente
delimitado em um processo de integração que já conta com 18 anos de história (Mercosul).
Para o futuro está prevista a continuação do esquema de desenvolvimento baseado em uma combinação
de alta produção da agropecuária, agroindústria, indústria de transformação e prestação de serviços
diversos. A alta produção agropecuária, por sua vez, criará novas pressões sobre a infraestrutura existente.
Espacialmente está previsto o crescimento das cidades intermediárias com o qual serão gerados ou
aumentados aos poucos novos fluxos de transporte e novas necessidades de integração. Esta pressão
sobre a infraestrutura soma-se à exposta no ponto anterior.
A tendência do comércio exterior do eixo com o mundo, com a América Latina e entre os próprios países
integrantes é crescente e prevê-se que esta situação continuará no futuro. Os corredores de comércio
exterior (rodovias, ferrovias e portos) deverão atender estes fluxos de carga. No caso dos portos (Atlântico
e Pacífico) devem ser enfrentados novos desafios operacionais e de infraestrutura para manter e melhorar
sua eficiência.
A infraestrutura do eixo tem uma alta densidade viária e pode-se dizer que em matéria de vias primárias
está consolidada. No entanto, o crescimento previsível da demanda (produção agropecuária, cidades
intermediárias, comércio exterior) será traduzido em maiores volumes de trânsito, limitações de capacidade
e na necessidade de um maior esforço em manutenção viária.
Portanto, os esforços dos países deveriam se voltar para atender estas frentes por meio de obras de
ampliação (pistas duplas) e melhoria (ampliações e pavimentação de vias) em corredores que facilitem o
acesso às fronteiras, aos litorais e aos mercados internos. De forma complementar, projetos rurais e locais
podem contribuir para densificar a malha viária e aumentar a produtividade agropecuária.
Para atender ao crescimento da demanda por transporte as ferrovias têm um papel importante,
particularmente no caso de carga agropecuária e de minerais.
MERCOSUL-CHILE
A crescente demanda por energia constitui uma oportunidade para fortalecer os sistemas de integração
energética.
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III.8.4. Agrupamentos do Eixo
As delegações dos cinco países que integram o eixo definiram por consenso estabelecer em seis os
agrupamentos do eixo:
Quadro nº 134 - Agrupamentos identificados no Eixo Mercosul - Chile
Agrupamentos
Países envolvidos
Grupo 1: Belo Horizonte - Fronteira Argentina/Brasil - Buenos Aires
Argentina - Paraguay - Brasil
Grupo 2: Porto Alegre - Limite Argentina/Uruguai - Buenos Aires
Argentina - Uruguay - Brasil
Grupo 3: Valparaíso - Buenos Aires
Argentina - Chile
Grupo 4: Coquimbo - Região Centro Argentina - Paysandú
Argentina - Chile - Uruguay
Grupo 5: Grupo Energético
Argentina - Uruguay - Paraguay - Brasil
Grupo 6: Pehuenche
Argentina - Chile
A localização geográfica e a área de influência de cada um deles são ilustradas no mapa a seguir:
Mapa nº 56 - Agrupamentos do Eixo Mercosul - Chile
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III.8.5. Agrupamento de Projetos e Funções Estratégicas
Grupo 1: Belo Horizonte - Fronteira Argentina/Brasil - Buenos Aires
FUNÇÃO ESTRATÉGICA
• Alcançar, consolidar e melhorar os padrões de infraestrutura e logística necessários para um bom
desempenho da região nos mercados globais.
• Aproveitar as condições de escala e demanda da zona para atrair a participação público-privada e
difundir a experiência em outros eixos.
• Otimizar os fluxos comerciais e de serviços entre os centros econômicos da Argentina e do Brasil.
• Otimizar a base logística para que a indústria localizada neste espaço fortaleça sua competitividade
em termos globais.
MERCOSUL-CHILE
Mapa nº 57 - Eixo Mercosul - Chile - Grupo 1
209
Quadro nº 135 - Eixo Mercosul - Chile – Grupo 1: Investimentos associados
Eixo Mercosul - Chile: Grupo 1
Investimento estimado
(US$ milhões)
Duplicação da RN 14 entre Paso de los Libres e Gualeguaychú
Construção e implantação de controle integrado de carga em Paso de los Libres
Conclusão da duplicação do trecho viário Belo Horizonte - São Paulo
Adequação do trecho Navegantes - Rio do Sul
780,0
10,0
1.318,0
50,0
Ampliação do aeroporto de Campinas
1.400,0
Ampliação do aeroporto de Guarulhos
505,0
Melhoria e ampliação da infraestrutura do porto de São Francisco do Sul (a)
133,0
Melhoria da infraestrutura do porto de Itajaí (SC) (a)
31,0
Construção anel viário norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (BR-381/ MG
Adequação)
140,0
Conclusão da duplicação do trecho São Paulo - Curitiba
200,0
Modernização do aeroporto de Assunção
Construção do anel viário São Paulo (Trecho Sul)
0,0
1.800,0
Construção e pavimentação da rodovia BR-282/SC Florianópolis - fronteira com a Argentina
90,0
Construção do trecho Santa Maria - Rosário do Sul (BR-158/RS)
30,0
Duplicação do trecho Palhoça - Osório BR-101/SC
Novas pontes: Argentina - Brasil (rio Uruguai)
1.200,0
500,0
Recuperação das instalações e dos cais do porto de Laguna (SC) (a)
25,0
Recuperação de Porto Alegre - Uruguaiana (BR-290/RS)
30,0
Aeroporto Pedro Juan Caballero
2,5
Aeroporto Guarani - Hub de Carga Regional
50,0
Aeroporto de Encarnación
25,0
TOTAL
Nota: (a) Está em avaliação pelos países a proposta de modificação deste projeto apresentada pelo Brasil.
210
8.319,5
Grupo 2: Porto Alegre - Limite Argentina/Uruguai - Buenos Aires
FUNÇÃO ESTRATÉGICA
• Alcançar, consolidar e melhorar os padrões de infraestrutura e logística necessários para um bom
desempenho da região nos mercados globais.
• Aproveitar as condições de escala e demanda da zona para atrair a participação público-privada e
difundir a experiência para outros eixos.
• Otimizar os fluxos comerciais e de serviços entre os centros econômicos da Argentina e do Brasil.
• Otimizar a base logística para que a indústria localizada neste espaço fortaleça sua competitividade
em termos globais.
MERCOSUL-CHILE
Mapa nº 58 - Eixo Mercosul - Chile - Grupo 2
211
Quadro nº 136 - Eixo Mercosul - Chile – Grupo 2: Investimentos associados
Eixo Mercosul - Chile: Grupo 2
Adequação corredor Rio Branco - Montevidéu - Colônia - Nueva Palmira: Rodovias 1, 11, 8, 17,
18 e 26, Rodovias 23 e 12
Investimento estimado
(US$ milhões)
246,7
Porto seco de Rivera
0,0
Melhoria da conectividade ferroviária de porto Salto - Rivera
0,0
Adequação ferroviária da bitola brasileira Rivera - Santana do Livramento - Casequi
0,0
Conexão ferroviária Rivera - Nueva Palmira
0,0
Conexão ferroviária de Charqueada ao ramal Rio Branco
0,0
Adequação do trecho Rio Grande - Pelotas (BR - 392 / RS)
170,0
Ampliação do cais do porto de Rio Grande
375,0
Construção da ponte internacional Jaguarão - Rio Branco
Passagem de fronteira no corredor Montevidéu - Chuy
35,0
3,0
Ampliação do porto de La Paloma
250,0
Central térmica de ciclo combinado de Puntas del Tigre
170,0
Recuperação da rodovia Montevidéu - Rivera
88,5
Rodovia 26: Recuperação do trecho Rio Branco - Paysandú
39,8
Recuperação rodovia Montevidéu - Fray Bentos 1, 3, 11, 23, 12 e 2
Recuperação da ferrovia Montevidéu - Rivera
Recuperação da ferrovia entre Salto e Paysandú
Modernização do porto de Montevidéu e obras complementares
6,8
54,5
9,3
169,0
Alternativas de conexão entre a Argentina e o Uruguai
0,0
Transporte multimodal no sistema Lagoa Mirim e Lagoa dos Patos
0,0
Expansão do porto de Colônia (cais, dragagem e incorporação de áreas)
46,0
Ampliação do porto Sauce com novos lugares de atracamento e de seu recinto portuário
para o desenvolvimento de atividades logísticas
10,0
Traslado do terminal pesqueiro de Montevidéu
35,0
Construção de porto seco nas proximidades do porto de Montevidéu
25,0
Recuperação ferrovia Sudriers - La Paloma
12,0
Estação internacional Rivera - Santana do Livramento
Ferrovias para a integração (a)
TOTAL
(a)
0,0
247,0
1.992,6
Nota: Visto que o projeto Ferrovias para a Integração pode incluir novos trechos ferroviários, o Uruguai fará uma revisão de
que trechos são abrangidos por esse projeto, com o fim de verificar se os novos projetos o substituem.
212
Grupo 3: Valparaíso - Buenos Aires
FUNÇÃO ESTRATÉGICA
• Alcançar, consolidar e melhorar os padrões de infraestrutura e logística necessários para um bom
desempenho da região nos mercados globais.
• Aproveitar as condições de escala e demanda da zona para atrair a participação público-privada e
difundir a experiência para outros eixos.
• Otimizar os fluxos comerciais e de serviços entre os centros econômicos da Argentina e do Brasil.
• Otimizar a base logística para que a indústria localizada neste espaço fortaleça a sua competitividade
em nível global.
• Facilitar que o Chile sirva como plataforma logística para que os demais países do eixo desenvolvam
mercados para seus produtos e serviços na Ásia.
MERCOSUL-CHILE
Mapa nº 59 - Eixo Mercosul - Chile - Grupo 3
213
Quadro nº 137 - Eixo Mercosul - Chile - Grupo 3: Investimentos associados
Eixo Mercosul - Chile: Grupo 3
Projeto ferroviário Los Andes (Chile) - Mendoza (Argentina) (Ferrovia Transandina Central)
Zona de extensão de atividades logísticas (porto de Valparaíso)
Investimento estimado
(US$ milhões)
4.800,0
45,0
TIC e ITS para o novo acesso ao porto de Valparaíso
5,0
Otimização da operação do túnel Cristo Redentor
2,0
Melhoria e reconstrução da ferrovia San Martín (Mendoza - Buenos Aires)
0,0
Otimização do sistema passagem de fronteira Cristo Redentor
7,0
Construção de alpendres no passo Cristo Redentor
42,0
Repavimentação da RN 7 Potrerillos - Limite com Chile
27,0
RN 7: Construção variante viária lagoa La Picasa
20,0
RN 7: Construção variante ferroviária lagoa La Picasa
30,0
RN 7: Construção variante Palmira - entroncamento RN 40S
25,0
RN 7: Duplicação do trecho Luján-entroncamento RN 188 (Junín)
90,0
Alpendre zona Caracoles
18,0
Rodovia internacional 60 - CH (setor Valparaíso - Los Andes)
286,0
Melhorias do acesso viário porto de Valparaíso
155,0
Porto terrestre Los Sauces (Los Andes)
Projeto San Antonio - San Fernando (Rodovia das Frutas)
Melhorias no porto de San Antonio
TOTAL
214
12,5
300,0
34,5
5.899,0
Grupo 4: Coquimbo - Região Centro Argentina - Paysandú
FUNÇÃO ESTRATÉGICA
• Otimizar os fluxos comerciais e de serviços entre os centros econômicos da Argentina, do Brasil, do
Chile, do Paraguai e do Uruguai.
• Articular fluxos comerciais e de serviços com o Eixo Hidrovia.
• Promover o desenvolvimento do ecoturismo na região.
• Desenvolver e melhorar as cadeias produtivas regionais.
MERCOSUL-CHILE
Mapa nº 60 - Eixo Mercosul - Chile - Grupo 4
215
Quadro nº 138 - Eixo Mercosul - Chile - Grupo 4: Inversiones asociadas
Investimento estimado
(US$ milhões)
Eixo Mercosul - Chile: Grupo 4
Reconstrução e Ampliação da RN 168: Túnel Subfluvial entre Paraná e Santa Fé
Duplicação RN 19: trecho RN 11 - Córdoba
44,0
0,0
Passagem de fronteira Pircas Negras (a)
30,0
Túnel binacional Agua Negra
400,0
Duplicação da RN 5 CH: trecho La Serena - Vallenar
330,0
Melhoria RN 41 CH - Passagem Agua Negra
60,0
Ponte paralela ao túnel subfluvial entre Paraná e Santa Fé
0,0
Melhoria e duplicação da Rodovia Nacional 127 entre Paso de los Libres e Paraná
0,0
Ampliação rodovia provincial 26: trecho Vitória - Nogoyá
6,0
Construção conexão Nogoyá - entroncamento RN 14
0,0
Duplicação e repavimentação RN 158: trecho San Francisco - Río Cuarto
Repavimentação RN 18: trecho entroncamento RN 32 - Villaguay
350,0
10,0
Pavimentação RN 150: trecho Ischigualasto - limite com o Chile (Passagem de Agua Negra)
100,0
Pavimentação Rota Nacional N° 76, Vinchina - Paso de Pircas Negras, Província de La Rioja
100,0
Melhoria da Conexão Córdoba - Patquia (RN 38) e bypass ao norte das serras de Córdoba
100,0
Renovação e recuperação ramais A2, A10, A7 da ferrovia Belgrano para carga
225,0
Ampliação e adequação do aeroporto de Salto
0,0
Melhoria da passagem de fronteira de Paysandú
0,8
TOTAL
1.755,8
Nota: (a) Projeto-rótula com o Grupo 5 do Eixo de Capricórnio.
Grupo 5: Grupo Energético
FUNÇÃO ESTRATÉGICA
• Aumento da confiabilidade dos sistemas elétricos e gasíferos da zona.
• Consolidação e aumento da capacidade de geração, transmissão e distribuição de energia em uma
área demográfica e de produção industrial densa.
• Diversificação da matriz energética dos países do Mercosul.
Mapa nº 61 - Eixo Mercosul - Chile - Grupo 5
216
Quadro nº 139 - Eje MERCOSUR - Chile - Grupo 5: Inversiones asociadas
Sistema de Itaipu (existente) (*)
Investimento estimado
(US$ milhões)
16.000,0
Linha de transmissão Yacyretá - Buenos Aires
150,0
Central nuclear de Atucha 2
740,0
Instalação de planta de regasificação de GNL no Uruguai
Central térmica de base para o Uruguai 400 MW
Pequenas centrais hidrelétricas de Centurión e Talavera 65 MW sobre o Rio Jaguarão
1.090,0
480,0
60,0
Construção planta hidrelétrica de Corpus Christi
4.200,0
Construção planta hidrelétrica de Garabi
1.700,0
Represa hidrelétrica de Yacyretá: até a cota 83
1.200,0
Gasoduto Aldea Brasilera (Argentina) - Uruguaiana - Porto Alegre
510,0
Linha de transmissão Itaipu - Londrina - Araraquara
149,1
Gasoduto nordeste Argentino
TOTAL
1.000,0
11.279,1
(*)
Nota: No total não foi considerado o investimento deste projeto existente que foi realizado principalmente antes do início
da IIRSA.
217
MERCOSUL-CHILE
Eixo Mercosul - Chile: Grupo 5
Grupo 6: Pehuenche
FUNÇÃO ESTRATÉGICA
• Oferecer alternativas de conectividade e serviços aos fluxos comerciais dos países do Mercosul e do
Chile.
• Dinamizar o desenvolvimento intrarregional.
• Promover o desenvolvimento do turismo integrado na Região.
Mapa nº 62 - Eixo Mercosul - Chile - Grupo 6
218
Quadro nº 140 - Eixo Mercosul- Chile - Grupo 6: Inversiones asociadas
Investimento estimado
(US$ milhões)
Pavimentação RN 145: entroncamento RN 40 sul-acesso à passagem Pehuenche
35,0
Pavimentação do trecho ponte Armerillo - passagem Pehuenche Rodovia CH 115
60,0
Corredor viário Bahía Blanca - Ponte Pehuenche
0,0
Implementação do controle integrado na passagem Pehuenche
2,0
Pavimentação RN 40 sul trecho Malargüe - limite com Neuquén
16,0
Corredor viário San Nicolás/Zárate - ponte Pehuenche
0,0
Corredores ferroviários acesso aos portos de Mar del Plata e Quequén
0,0
Ampliação do porto de Mar del Plata
0,0
Melhoria do porto de Quequén
TOTAL
40,0
153,0
MERCOSUL-CHILE
Eixo Mercosul - Chile: Grupo 6
219
III.8.6. Carteira de Projetos do Eixo Mercosul - Chile
Aspectos Gerais
Os países concordaram incluir no Eixo Mercosul - Chile 105 projetos, em um investimento estimado de
US$ 29,399 bilhões, tal como é resumido a seguir:
Quadro nº 141 - Aspectos gerais da Carteira do Eixo Mercosul - Chile
Eixo
Nome
Mercosul - Chile
No de
projetos
Investimento estimado
(US$ milhões)
Grupo 1
Belo Horizonte - Fronteira Argentina/Brasil - Buenos Aires
21
8.319,5
Grupo 2
Porto Alegre - Limite Argentina/Uruguai - Buenos Aires
27
1.992,6
Grupo 3
Valparaíso - Buenos Aires
18
5.899,0
Grupo 4
Coquimbo - Região Centro Argentina - Paysandú
18
1.755,8
Grupo 5
Grupo Energético
12
11.279,1
Grupo 6
Pehuenche
9
153,0
105
29.399,0
TOTAL
Composição Setorial
A composição setorial dos projetos do eixo é detalhada a seguir:
Quadro nº 142 - Composição setorial da Carteira do Eixo Mercosul - Chile
Transporte
Setor / Subsetor
No de projetos
Energia
Investimento estimado
(US$ milhões)
Rodoviário
48
9.305,7
Marítimo
10
1.092,5
Ferroviário
13
5.377,8
Fluvial
3
56,0
Multimodal
4
70,0
Aéreo
7
1.982,5
Passagens de fronteira
7
65,3
No de projetos
Investimento estimado
(US$ milhões)
Geração energética
9
9.640,0
Interconexão energética
4
1.809,1
13
11.449,1
TOTAL
220
92
17.949,8
Tipologia de Projetos
A tipologia de projetos do eixo é resumida nos quadros a seguir:
Quadro nº 143 - Tipologia de projetos de transporte rodoviário do Eixo Mercosul - Chile
Tipologia de projetos
Ampliação de capacidade da rodovia
No de projetos
Investimento estimado(US$ milhões)
16
5.021,0
7
655,0
15
722,7
Circunvalação viária (bypass) e acesso a cidades
3
1.965,0
Pontes (novas e recuperação)
4
535,0
Túneis (novos e recuperação)
1
400,0
Manutenção de rodovias
2
7,0
48
9.305,7
Pavimentação (obra nova)
Recuperação de pistas e estruturas
TOTAL
Quadro nº 144 - Tipologia de projetos de transporte ferroviário do Eixo Mercosul - Chile
Tipologia de projetos
No de projetos
Investimento estimado(US$ milhões)
Circunvalação ferroviária
1
0,0
Construção de ferrovias
1
247,0
Recuperação de ferrovias
11
5.130,8
TOTAL
13
5.377,8
Quadro nº 145 - Tipologia de projetos de transporte marítimo do Eixo Mercosul - Chile
No de projetos
Investimento estimado(US$ milhões)
Adequação de portos marítimos
1
375,0
Ampliação da infraestrutura terrestre de portos
marítimos
8
682,5
Portos marítimos novos
1
35,0
10
1.092,5
TOTAL
MERCOSUL-CHILE
Tipologia de projetos
221
Quadro nº 146 - Tipologia de projetos de transporte fluvial do Eixo Mercosul - Chile
Tipologia de projetos
No de projetos
Investimento estimado(US$ milhões)
Adequação de portos fluviais existentes
2
56,0
Construção de novos portos fluviais
1
0,0
TOTAL
3
56,0
Quadro nº 147 - Tipologia de projetos aéreos do Eixo Mercosul - Chile
Tipologia de projetos
No de projetos
Investimento estimado(US$ milhões)
Adequação de aeroportos
1
0,0
Aeroportos novos
1
25,0
Ampliação de aeroportos
5
1.957,5
TOTAL
7
1.982,5
Quadro nº 148 - Tipologia de projetos energéticos do Eixo Mercosul - Chile
Tipologia de projetos
No de projetos
Investimento estimado(US$ milhões)
Geração energética
9
9.640,0
Interconexão energética
4
1.809,1
TOTAL
6
11.449,1
Quadro nº 149 - Tipologia dos projetos de passagem de fronteira do Eixo Mercosul-Chile
Tipologia de projetos
No de projetos
Investimento estimado(US$ milhões)
Infraestrutura para implantação de centros de
fronteira
4
45,0
Adequação da infraestrutura existente para
centros de fronteira
2
19,5
Adequação da infraestrutura existente para
centros de fronteira
1
0,8
TOTAL
7
65,3
222
Quadro nº 150 - Tipologia dos projetos de transporte multimodal do Eixo Mercosul - Chile
Tipologia de projetos
No de projetos
Investimento estimado(US$ milhões)
Estações de transferência
4
70,0
TOTAL
4
70,0
Projetos-Âncora
Os países identificaram no eixo sete projetos-âncora, que totalizam um investimento estimado de US$ 5,9657
bilhões, de acordo com o detalhamento a seguir:
Grupo Projetos-âncora
Investimento
estimado
(US$ milhões)
Tipo de
financiamento
Âmbito
Fase
1
Duplicação da Rodovia 14 entre Paso
de los Libres e Gualeguaychú
780,0
Público
Nacional
Em execução
2
Adequação do Corredor Rio Branco Colônia - Nueva Palmira - Fray Bentos:
Rodovias 1, 11, 8, 17, 18, e 26; Rodovias
23 e 12
246,7
Público/
Privado
Nacional
Execução
3
Projeto Ferroviário Los Andes (Chile) Mendoza (Argentina) (Ferrovia
Transandina Central)
4.800,0
Privado
Nacional
Pré-execução
4
Reconstrução e Ampliação da RN 168
Túnel Subfluvial entre Paraná e Santa
Fe
44,0
Público
Nacional
Em execução
5
Sistema de Itaipu (existente) (*)
16.000,0
Público
Binacional
Concluído
6
Pavimentação RN 145: entroncamento
RN 40 sul-acesso à Passagem
Pehuenche
35,0
Público
Nacional
Em execução
Pavimentação do trecho Ponte
Armerillo - Passagem Pehuenche
Rodovia CH 115
60,0
Público
Nacional
Em execução
TOTAL
5.965,7
Nota: (*) No montante total não foi considerado o custo deste projeto existente cujo investimento foi realizado
principalmente antes do início da IIRSA.
223
MERCOSUL-CHILE
Quadro nº 151 - Projetos-âncora do Eixo Mercosul - Chile
224

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