AVALIAÇÃO DO POTENCIAL CITOTÓXICO DA Tabebuia caraiba

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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL CITOTÓXICO DA Tabebuia caraiba
LIDIANE PINTO CORREIA1,2; JOSÉ EDUARDO GONÇALVES3; KARLA
MONIK ALVES DA SILVA1; FERNANDA CARVALHO DE SANTANA3;
FERNANDA BRANCO SHINAGAWA3; RUI OLIVEIRA MACÊDO1
1 Universidade
Federal de Pernambuco
2 Universidade
Estadual da Paraíba
3
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCFUSP).
Introdução: Segundo a RDC nº 26/14, os produtos tradicionais fitoterápicos
são os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja
segurança e efetividade são baseadas em dados de uso seguro e efetivo
publicados na literatura técnico-científica. Para certificação da segurança
desses produtos, métodos alternativos como o ensaio de citotoxicidade pode
vir a ser uma alternativa para garantir aos usuários a ausência de efeitos
indesejados. Objetivo: Avaliar a capacidade citotóxica de extratos liofilizados
da Tabebuia caraiba obtidos a partir do infuso de pós em diferentes
granulometrias. Métodos: Os ensaios de citotoxicidade in vitro para
determinação da viabilidade das células Caco-2 foram realizados de acordo
com o protocolo descrito no guia ISO 10993-5 (ISO, 2009). Foram utilizadas
amostras liofilizadas nomeadas de CAR 00, CAR 01, CAR 02 e CAR 03,
obtidas a partir de infusos em diferentes granulometrias: ≥297- ≤74 µm; ≤ 297
µm; ≤149 µm e ≤74 µm, respectivamente. O liofilizador foi o Dura-Top MP Bulk
Tray Dryer, FST Systems®, Nova Iorque, Estados Unidos da América. A
linhagem celular Caco-2 de denocarcinoma do cólon humano (ATCC #HTB-37),
foi adquirida da American Type Culture Collection (ATCC, Rockville, MD, USA).
Resultados: Concentrações crescentes diminuíram o percentual de viabilidade
celular. Das concentrações estudadas, apenas verificou-se comprometimento
celular na concentração de 1000 µg/mL, sendo os percentuais de viabilidade
encontrados:51, 15, 64 e 64%, para as amostras CAR 00, CAR 01, CAR 02 e
CAR03, respectivamente. A amostra CAR 01, foi a que apresentou menores
valores de viabilidade celular para todas as concentrações estudadas, sendo
estes: 69, 67, 61 e 15%, para 10, 50, 100 e 1000 µg/mL. Conclusões: O efeito
citotóxico mostrou-se dose dependente. A granulometria do pó influenciou o
dano celular, tendo em vista que os valores obtidos entre as amostras
variaram. A amostra CAR 01 apresentou menor valor de viabilidade celular em
todas as concentrações estudadas.
Palavras-chave: Tabebuia caraiba; Granulometria; Citotoxicidade.