“O DR. CAT CONTRA OS PEREGRINOS ZOMBIS” (Director`s CAT).

Transcrição

“O DR. CAT CONTRA OS PEREGRINOS ZOMBIS” (Director`s CAT).
Film's script :
“O DR. CAT CONTRA OS PEREGRINOS ZOMBIS” (Director's CAT).
Aclaramento:
Guiom original não aprovado (por falta de orçamento) d'uhm longo-metratge dogma do mesmo
título (mudado depois por: "Dr. Cat, meteu-se em Arins" e finalmente por: "Dr. Cat: a Ponença"),
adaptada (e recortada) como uhm hàppening subversivo-esmorgueiro que foi e fou contado por "GZ
videos" e "Seioque..."
1a Parte:
Apresentamos-nos e saem em cena os dois filhos do Dr. Cat vestidos pela ocasião. Primeiro entra o
camarada 64 vestido de cambrer, bigotis postís e ulleres de sozinho. De uma mesa, pega uns gots e
depois de sacar-se um drap de cuina da butxaca põe-se a limpá-los com desgana...
A seguir entra o camarada 21 vestido de carnaval carioca, camisa de cor verde com xorretons e
mànigues largas, pantalons amarelos ajustados e marcando pacote, barret de palha, bigoti postís e
ulleres de sozinho e faz soar umas maraques ao som de a canço de Brazil e fazendo voleiar uma
pequena bandeira de lá... E apresenta-se alongando a mão ao 64.
21: Dioniso da Silva Oliveira da Figueira (amb marcat accent carioca).
64: Euuuu, Vàzquez! (amb marcat accent del Bierzo).
21: Escolta, tu, però com vas vestit?
64: Doncs, de gallec, com havíem quedat.
21: Però si havíem dit de gallec reintegrata!
64: I d'això vaig. El vestit me l'ha deixat el Mario del bar “O Toxo” que està 100 % integrat.
Fins i tot és del Barça!
21: Noooooo! Reintegrata! Re-integracionista, m'entens?
64: Integrat, reintegrat, superintegrat... Què més dóna! Tu ets massa purista xato...
21: De tota manera ningú se n'adonat encara que som catalans, oi?
Algú tira una moneda i es tiren directes a recollir-la, barallant-se per ella i agafant-la dels dos
extrems i estirant.
64: Aguaita! Sembla que estiguem explicant l'acudit de com es va inventar el fil de coure...
21: Vinga va que ens estan mirant... Seriosament, crec que la millor manera de venir aquí a fer
el gallec és fent-ho tal com ells ho farien.
64: Com?
21: Doncs, "Falando cerrado". Així que aquí va la nostra ponència:
Leitura da ponença:
Colonialismo, zombismo e arenyismo: Estrategias de loita contra o pequeno imperio
Camaradas,
O zombismo colonial, essa enfermedade do corpo e também do espíritu, que nos submete e
converte en um pálido reflexo do que fomos como povo, tem soluçom. Umha soluçom ao alcance de
tudos e tudas. Falamos de umha vacuna nova, melhor que qualquer outra vacuna contra a febre do
porco o das galinhas: e ainda melhor, non é preciso pinchar o pompis para a sua administraçom. A
pandemia do zombismo pode-se tratar e vencer, mais non é trabalho facil. Viver como polacos o
galegos sem complexos, con normalidade, precisa axuda terapeutica e humor, muito humor. Si non,
afocinhamo-nos na depressom e na desesperança, no delirio autodestructor. E esta perturbaçom é
o que pretenden os agentes colonizadores. Converter-nos em pessoas amorfas, enfim, en boms
galegos, en bons catalanets a semelhança do bom negrito, o triste protagonista da novela “A favela
do tio Tom”. Entom, i emulando a os clásicos: Què fazer? Sobretudo, non caer na desolaçom. Por
sorte, o nosso líder, o gran, gran, gran Dr. Cat, um genio que ha dedicado a sua vida enteira -o
quase- a la loita anticolonial por tudo o globo, ha desenvolvido um método asertivo que analisa as
situaçoms cotidianas e propon efectivos remedios para combater o virus do zombismo.
Trata-se do método das “3Ds”: Detectar, Develar e Desactivar os sistemas do control colonial
programados pola metropoli e que passan despercebidos por o povo zombificado. A praxis desta
teoria, fou exemplicada no libro “Descolonitza’t. Manual de acçom para independentistas”, onde
mostran-se situaçoms cotidianas e propone-se umha soluçom, efectiva, realizável e quase sempre
indolora. Nos, indígenas polacos, por desgraça, temos umha ampla experiencia adquirida en nossa
terra nativa, Polaquia. A resistencia contra o colonizador, hai que somar a loita contra o burrismo,
umha caraterística especifica do zombismo catalám. Em verdade, é umha cousa bem patetica,
cando uno chega a Polaquia,escoitar os orneos do tristemente famoso burro catalám, ornear por
aquí e por alá a sua condiçom da bestia de carga, trebalhando até extenuaçom. O pensamento -é
um dizer- do burrismo, perpetua a situaçom de postraçom, e do afliximento victimista e instala una
mentalidade fatalista tan beneficiosa para a metropoli como letal é para o povo polaco. Contra
este estado de cousas, o metodo do dr. Cat propon a mutaçom do equino em felino, o que significa
a adquisiçom dun espiritu indómito que é capaz de subverter a relaçom entre colonizador e
colonizado. O caminho é longo, mais, parafraseando al poeta: Caminante, não há caminho, se faze
caminho al descolonizar, mais el caminho se faz melhor riando.
Para fazer mais compreensível o sistema catista de descolizaçom, vexamos algun caso práctico. O
caso do primo das Espanhas Temos a visita dum primo lexano, o primo Bartolo, que mora en
Alcorcón, por exemplo. É boa pessoa, mais tamen é un tipo que sempre conta chistes do galegos,
diz-el, que sabe umhos 1.000 chistes... e aínda peor: amenaça con contar-los tudos. Mais sobretudo
é un homen insuportável e um vaidoso: sempre que si a capital, que si a selecçom espanhola e o
Fernando Alonso, que si o cosmopolitismo versus aldeanismo, e tudas essas caralhadas. Aguantalo per fazer un favor a tua mae, que si non... Cando cheva quinhentos supuestos chistes contados,
parece que a vosa cabeça va estalhar como o cohete Challenger. Non podes mais, e decide-es
passar a acçom. Despues de um esforço de convicçom e sacrifício digno do mais devoto peregrino,
decidis ir visitar Va ver o primo Bartolo! Da carteira, saca-lhe un formidável queixo, a teta galega
para mais infomaçom, e procede-es a mastigar grandes anacos com quen no quere a cousa,
alternando, esso sim, con profundos mugidos vaqueiros. O home, mira-os com expreçom
desencaixada, sobretudo cando do carteira aparece umha garrafa do aguardente. Con os dentes,
arrincas o tampon e cuspe-lhe na nariz do primo Bartolo, e bebes um bom trago. Tudo esto
acontece no meio da cidade, caminho de umha catedral qualquer. Aproveitando que o primo non
fixa-se, pos a monteira na cachola, e debaxo do braço a gaita más grande que has encontrado. O
Bartolo non comprende nada, e calla como un morto: Agora é incapaz de contar ningum outro
chiste. Chegados na catedral, espera-lhe fora. Cando o primo sale da visita, a queimada que fazeis
en meio da praça está preparada. Escoitan-se con tuda nitidez os mugidos que surgen do vosso
gargueiro. O estupor do primo é inmenso: começa a pensar que o melhor é volver para Alcorcón, e
o mais rapido possivel! Mais, a cousa no acaba aquí. Con tuda tranquilidade, diz-lhe ao primo:
“Bartolinho, vou a presentar-te a minha noiva, Ànxela. Ela é aquí, agora chega.” Efectivamente, a
vosa compinche, vestida enteiramente do negro-ala da mosca, con un polvo cabeçom sobre o
ombreiro, e mastigando umhos pimentos do Padrón, planta-se o meio da escena. É admiravel o
travalho de caracterizaçom: con que habilidade a convertido as suas duas celhas en umha sola!
Que expreçom de primitivismo tan lograda! Isto ultimo és demasiado para o pobre Bartolete.
Demudado, o primo mira o relógio e simula consultar umha Blackberry. Finalmente, consigue
dizer:
“Primo Xonás, tengo que volver urgentemente a Alcorcón, hay un problema en el trabajo, y me
necesitan. Lo siento muchísimo pero tengo que marcharme de imediato”.
Tras una pequena e corta escena de finxida desolaçom ves partir al primo Bartolo a una
velocidade estratosferica. Bon viagem! Material necesario: un primo espanhol pesadinho, queixo,
aguardente, butano, un polvo, pimientos e una novia o similar (mellor si é celhaxunta). Dificultade
de realizaçom: Media. A valorar experiencia no teatro. Efectos terapèuticos: melhora do
autoestima e melhora da capacidade assertiva. Desapareçom definitiva do primo das espanhas.
E agora, depois de este pequeno conto moral, empalmamos por a patilha con o tema do referendum
do Arenys de Munt, do que fuimos observadores acreditados. E que cousas observamos? Moitas
cousas e moito interesantes: As xentes votando com alegria, as límpoidas urnas e as blancas
papeletas, mais tamén una cousa moito importante: um pequeno grupo de feixistas con as suas
bandeiras que actuaron como amplificadores do sufragio. Queremos dar as grazias, desde Arins, a
os simpaticos falanxistas por os serviços prestados na causa anticolonial. Sem eles, sem a sua
contribuçom, o éxito da consulta houbese sido menor. A nosa experiencia, aconselha para futuros
refendums a contractaçom duma troupe de falanxistas ou fachas en xeral para decorar e fazer do
ambiente. O fenomeno dum referedum autenticamente popular, combinado con a incapacidade
congénita do estado espanhol para asumir umha manifestaçom de democracia real, faze do
experiencia do Arenys um acontecemento sismico. É, cremos, que é o começo duma nova fase no
anticolonialismo na peninsula. E trata-se ademais, dum feito que surxe do povo, superando o
marco da partitocracia e fixando o caminho a seguir, obligando a os partidos a tomar posición no
tema das libertades da naçom. Por isso, a celebraçom de este referendum, em Arins, é moito
importante. Constituye un epicentro en Galiza. Dum extremo a outro da peninsula, a sismica
anticolonialista causa um efeito sandwich sobre a metropoli. Adiante, pois con o proceso do
Arenys-Arins! Adiante com a descolonizaçom da Galiza e os Países Polacs!
E para finalizar, queremos solidarizar-nos con o irmao Suso, inculpado pola injustiça colonial:
Todos somo Suso!, Todos somo Suso!, Todos somo Suso!.
Amb els dos camarades amb la carota de Suso, es lliura un quadret amb la papereta d'Arenys de
Munt. Fi de la primera part i intervenció del catedràtic amb la seva ponència sobre l'apassionant
món dels referèndums..
Fin da primeira parte.
Segonda parte:
(Leitura do texto do manifesto d'irmandade catalano-galega da parte do camarada 64):
Queridos irmaos, queridas irmaas,
Compraze-se de apresentá-los a Irmandade galegoportugueisa/polaquil "Pepinho Rubiams".
E umha associaçom benèfica com finalidade de lucro anticolonial que se estabelece pelo
aconsecucio dos seguintes objectivos:
1. A restituiçom de todos os cordeiros materiais e mentais espoliats pelo imperiet .
2. A celebraçom periódica por tal de fazer memória destes fatos de um seguido de excessos
gastronómicos que permitirão fortalecer a migrada relaçom mediterràneo-atlàntica dos dois povos
"irmaos", ambos de mar-e-céu, e de terra adentro ao mesmo tempo, dispostos a apagar as
fronteiras
colonials as suas e, à al mismo tempo, no meio da terra erma (de liberdade) que agora os separa e
ocupa, criar um solar de mútua influência mais sem posições dominantes.
3. Ista irmandade pretende criar de forma virtual ou real, uma área de influência vizinha entre os
dois povos, de tal forma que a sociedade galega se contage de mediterraneidade,
d'espontaneidade, d'hospitalidade, tacanheria e miseria (eh... bon, isto nao, eh!), em definitiva: De
catalanidade; e a sociedade catalã absorva atlanticidade, ambigüidade, imaginaçom surrealisticocultural, festividade, em resumen: gallegoportuguesidade. De tudo menos o que nos sobra a todos:
morinha/saudadem/enyorança... e zombismo.
4. ista irmandade subversibo-esmorgueiro terá, para seguir a tradição, carácter secreto-não
secreto e se cobrirà devidamente sob o sibaritismo da "Penya gastronómica: O polvo-boletaire",
(já o diziam os romanos: pulvus eris te pulvus reveteris) com selo, come nom podia ser d'outra
manera, de
garantia e qualidade internacional/ista da sempre presente Sociedade Makarrònica Internaziunal.
5. O objectivo último desta irmandade é a abadonamento progresivo mais imparabel da patologia
comum que também é nexe de união (por negativo) entre os dois povos: o zombismo colonial.
E por rubricar este encontre fazemos entrega deste embriom de biblioteca de livros catalans
donados per gente anonima e de ben, e tamen, e principalmente, por a “Fundació Josep Irla” (que
recolhe a memòria do presidente catalan o exilio pois de Lluís Companys) porque os leitores do
centro social des-vos catalanizando. Por favor, que venga a gente d'O Pichel:
(puja algúm i tira-se confetti, petardos, etc i entrega-se o paquete de livros)
Fim da segonda parte (e última) do hàppening.