Leis de Kirchhoff_SENAI.1

Transcrição

Leis de Kirchhoff_SENAI.1
LEIS DE KIRCHHOFF
ANÁLISE DE REDES DC
1. Análise de correntes nas malhas
2. Análise de tensão nodal
3. Superposição
As Leis de Kirchhoff são assim denominadas em homenagem ao físico
alemão Gustav Kirchhoff 1 .
Formuladas em 1845, estas leis são baseadas no Princípio da
Conservação da Energia, no Princípio de Conservação da Carga Elétrica e no
fato de que o potencial elétrico tem o valor original após qualquer percurso
em uma trajetória fechada (sistema não-dissipativo).
LEIS DE KIRCHHOFF PARA CORRENTE - LKC
Também conhecida como lei dos nós tem o seguinte enunciado: A
soma das correntes que entram na junção é igual a soma das correntes que
saem.
∑I = 0
Veja o circuito a seguir:
1
Gustav Robert Kirchhoff (Königsberg, 12 de março de 1824 — Berlim, 17 de
outubro de 1887) foi um físico alemão, com contribuições científicas principalmente
no campo dos circuitos elétricos, na espectroscopia, na emissão de radiação dos
corpos negros e na teoria da elasticidade (modelo de placas de Kirchhoff). Kirchhoff
propôs o nome de "radiação do corpo negro" em 1862.
É o autor de duas leis fundamentais da teoria clássica dos circuitos elétricos e
da emissão térmica.
LEIS DE KIRCHHOFF - Prof. Edgar Zuim
1
As correntes I1, I3 e I4 estão entrando na junção (nó) e a corrente I2
está saindo.
Para escrever a equação, representaremos as correntes que saem da
junção com o sinal (-) e as correntes que entram com o sinal (+).
Assim:
I1+(+I3)+(+I4)+(-I2) = 0
I1+I3+I4-I2 = 0
Levando em conta o enunciado, então:
I1+I3+I4 = I2
Pois a soma das correntes que entram deve ser igual a soma das
correntes que saem.
EXERCÍCIO RESOLVIDO:
Calcule o valor da corrente I5, no circuito abaixo, sabendo-se que:
I1 = 1A
I2 = 1,5A
I3 = 0,5A
I4 = 2A
I5 = ?
Equação:
I1 - I2 + I3 - I5 + I4 = 0
1 - 1,5 + 0,5 - I5 + 2 = 0
3,5 - 1,5 - I5 = 0
2 - I5 = 0
2 = I5
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2
I5 = 2A
Correntes que entram: I1, I3, I4 = 1 + 0,5 + 2 = 3,5A
Correntes que saem: I2, I5 = 1,5 + 2 = 3,5A
LEIS DE KIRCHHOFF PARA TENSÃO - LKT
A tensão aplicada a um circuito fechado é igual a soma das quedas de
tensão daquele circuito.
A lei de Kirchhoff para tensão ou LKT, é também conhecida como lei
das malhas.
A SOMA DAS TENSÕES EM UMA MALHA FECHADA, SEJAM ELAS ORIUNDAS
DE BIPOLOS GERADORES OU RECEPTORES É IGUAL A ZERO.
∑E = 0
Vejamos a equação dos circuitos abaixo, segundo LKT.
Circuito 1
Escrevendo a equação:
O primeiro passo é polarizar o circuito. Adotaremos sempre como
padrão a corrente no sentido horário (do + para o -).
A corrente do (+) para o (-), representa o sentido de corrente
convencional.
Padronizaremos com o sinal de (+) para representar a corrente
entrando no bipolo receptor, e com o sinal de (-) a corrente saindo desse
bipolo, conforme ilustra a figura acima.
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Escrevendo a equação:
VA - V1 - V2 - V3 = 0
100 - 50 - 30 - 20 = 0
Neste caso o circuito possui uma fonte de tensão DC (bipolo gerador)
e 3 resistores (bipolos receptores), daí então: a soma das tensões nos
bipolos receptores é igual a soma das tensões nos bipolos geradores.
Como temos apenas um bipolo gerador, então:
VA = V1 + V2 + V3
100V = 50V + 30V + 20V
100V = 100V
Caso a bateria VA estivesse invertida
conforme ilustra a figura:
- VA = V1 + V2 + V3
- 100V = 50V + 30V + 20V
- 100V = 100V
Observa-se que a equação não zera, pois -100V é diferente de 100V.
Quando isto ocorre, é preciso inverter a bateria, pois estamos adotando
como padrão o sentido horário da corrente (do + para o -).
Se a bateria não for invertida, teremos que repolarizar o circuito
porém no sentido anti-horário.
Circuito 2
Calcular o valor da tensão VB no circuito abaixo:
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4
Polarizando o circuito:
A equação do circuito fica assim:
VA - V1 - VB - V2 = 0
30 - 6 - VB - 8 = 0
16 - VB = 0
Î VB = 16V
Ao inverter a bateria VB não deverá ser invertida a polarização, ou
seja, o sentido de polarização será sempre no sentido horário (que
adotamos), pouco importando a posição das baterias.
Vejamos o circuito abaixo para melhor elucidação.
Calcular o valor da tensão VB (observe que a bateria VB está
invertida):
Polarizando o circuito:
A equação do circuito fica assim:
VA - V1 - (-VB) - V2 = 0
30 - 6 + VB - 8 = 0
16 + VB = 0
Î VB = - 16V
Como o resultado de VB é negativo, isto implica que a bateria deve ser
invertida, pois o circuito não irá zerar, daí então, a bateria VB deve estar
com a polaridade positiva apontada para cima.
Comprovando:
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VB não invertida (polaridade negativa apontada para cima)
VA - V1 + VB - V2 = 0
30 - 6 + 16 - 8 = 0
46 - 14 = 0 (não satisfaz a LKT)
Invertendo a bateria:
30 - 6 - 16 - 8 = 0
30 - 30 = 0 (satisfaz a LKT)
ANÁLISE DE UMA REDE DC ATRAVÉS DA CORRENTE NAS MALHAS:
No circuito a seguir utilizaremos as Leis de Kirchhoff para sua
resolução e levantamento energético das correntes e tensões em cada um
dos seus resistores.
Trata-se de um circuito com duas malhas e duas baterias, onde
adotaremos como regras de polarização o sentido horário da corrente.
Exercício: calcular no circuito abaixo as tensões e correntes nos
resistores. Efetuar o levantamento energético usando LKT e LKC:
Polarizando o circuito:
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OBS:
Na malha 1 temos a corrente i1
Na malha 2 temos a corrente i2
Pelo resistor R2 circulam as correntes i1 e i2 porém em sentidos
opostos, devido a polarização adotada no circuito, uma vez que as duas
malhas foram polarizadas adotando o sentido horário da corrente.
Denominaremos essa corrente como i3, considerando-a como saindo
da junção da junção.
Lembrar que as correntes que entram no nó ou junção recebem
a polaridade (+) e as que saem a polaridade (-).
i1 - i2 - i3 = 0 Î - i3 = - i1 + i2 Î i3 = i1 - i2
Escrevendo as equações:
Malha 1
Malha 2
Temos então um sistema com 2 equações e duas incógnitas (i1 e i2).
Resolvendo o sistema:
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Substituindo i1 em (I)
Calculando i3:
- i3 + i1 - i2 Î i3 = i1 - i2 = 15 - 6 = 9A (saindo da junção)
Levantamento energético:
LKT
Queda de tensão nos resistores:
VR1 = R1 . i1 = 4 . 15 = 60V
VR2 = R2 . i3 = 3 . 9 = 27V
VR3 = R3 . i2 = 2. 6 = 12V
Aplicando as equações nas malhas:
Malha 1: EA - VR1 - VR2 = 0
87 - 60 - 27 = 0
Malha 2: - EB - (- VR2) - VR3 = 0
- 15 + 27 - 12 = 0
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8
Malha externa: EA - VR1 - VR3 - EB = 0
87 - 60 - 12 - 15 = 0
LKC
Na junção (nó) entre os resistores R1, R2 e R3, temos:
A corrente i1 entra na junção enquanto as correntes i2 e i3 saem da junção.
i1 - i2 - i3 = 0
15 - 6 - 9 = 0
ANÁLISE DE UMA REDE DC ATRAVÉS DA TENSÃO NODAL:
Vamos resolver o mesmo exercício, porém agora analisando as
correntes nos “nós”, daí o nome de tensão nodal, uma vez que na junção
formada pelos resistores R1, R2 e R3 existe também uma tensão.
Denominaremos esse ponto de “N”.
Daí então, N e G são os nós principais.
Vamos polarizar o circuito (as duas malhas), levando-se em
consideração o sentido convencional da corrente: do (+) para o (-).
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9
As correntes i1 e i2 entram no “nó”, enquanto a corrente i3 sai
(suposição adotada para a corrente i3)
i1 + i2 - i3 = 0
i3 = i1 + i2
Para calcular as correntes, devemos conhecer a tensão nodal:
i3 =
VN
;
R2
i1 =
VA - VN
;
R1
VB − VN
R3
i2 =
Calculando VN (tensão nodal). Lembrando que VN é a tensão nos
extremos do resistor R2 (pontos N e G).
VN
VA - VN
VB - VN
=
+
R2
R1
R3
VN
87 - VN
15 - VN
=
+
Î mmc = 12
3
4
2
4(VN) = 3(87-VN) + 6(15-VN)
4VN = 261 - 3VN + 90 - 6VN
13VN = 351
VN =
351
= 27V
13
Assim:
i3 =
VN
27
=
= 9A
R2
3
i1 =
VA - VN
87 - 27
60
=
=
= 15A
R1
4
4
i2 =
VB − VN
15 - 27
- 12
=
=
= - 6A
R3
2
6
Como a corrente i2 = - 6A, então o seu sentido deve ser invertido,
passando a sair do nó ao invés de entrar.
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Partindo do enunciado da LKC, em que a soma das correntes que
entram em um nó é igual a soma das correntes que saem, então:
i1 = i2 + i3
15 = 6 + 9
15A (entra) = 15A (sai)
Ou pela equação:
i1 - i2 - i3 = 0
i1 = i2 + i3
15 = 6 + 9
15A = 15A
ANÁLISE DE UMA REDE DC ATRAVÉS DA SUPERPOSIÇÃO:
Uma outra forma de analisar uma rede DC é através do método da
superposição, onde devem estar presentes também os conhecimentos e
fundamentos teóricos da LKT e LKC.
Tomemos como exemplo o mesmo circuito:
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Ao utilizar o método da superposição para analisar uma rede DC,
devemos levar em consideração o efeito de cada uma das fontes (EA e EB)
separadamente.
1. efeito de EA
Elimina-se EB, colocando um curto na mesma.
Calcula-se a corrente e seu sentido em cada um dos resistores
(adotaremos o sentido convencional)
Teremos então: R2//R3 + R1 Î R2//R3 =
3.2
6
=
= 1,2Ω
3+2
5
A resistência total (ou equivalente) vista por EA = 4 + 1,2 = 5,2Ω
A corrente total, a qual estamos referindo como “ia” será:
EA
87
= 16,731A
=
RT
5,2
ib =
16,731.2
33,462
=
= 6,692A
2+3
5
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12
ic =
16,731.3
50,193
= 10,039A
=
2+3
5
2. efeito de EB
Elimina-se EA, colocando um curto na mesma.
Calcula-se a corrente e seu sentido em cada um dos resistores
(adotaremos o sentido convencional)
Teremos então: R1//R2 + R3 Î R1//R2 =
4.3
12
= 1,714Ω
=
4+3
7
A resistência total (ou equivalente) vista por EB = 2 + 1,714 = 3,714Ω
A corrente total, a qual estamos referindo como “id” será:
EB
15
= 4,039A
=
RT
3,714
ie =
4,039.4
16,156
= 2,308A
=
4+3
7
if =
4,039.3
12,117
= 1,731A
=
4+3
7
Devemos fazer a sobreposição das duas malhas.
Correntes representadas por setas no mesmo sentido somam-se,
enquanto que deverão ser subtraídas as correntes representadas por setas
opostas.
A figura a seguir mostra o resultado final.
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13
Observe que a corrente de 15A entra na junção e as correntes de 6A e
9A saem da junção, o que satisfaz plenamente o conceito de LKC.
CONCLUSÃO: em qualquer um dos métodos que for adotado para a
análise, o resultado deverá ser o mesmo.
Veja na figura abaixo o levantamento energético do circuito, segundo
LKT (lei das malhas)
Observe que a polarização final obedece ao sentido das setas, ou seja,
a entrada da seta representa o pólo (+).
Você deve ter observado que para o mesmo circuito foram utilizados
os 3 métodos propostos nesta apostila para a sua análise.
1. Análise de correntes nas malhas
2. Análise de tensão nodal
3. Superposição
O mais importante é que os resultados são iguais. A escolha do
método de análise não muda os resultados finais.
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Finalmente, para fixar melhor os conceitos apresentados, faremos um
outro exercício usando os três métodos de análise.
No circuito abaixo, calcule a tensão e a corrente nos resistores:
MÉTODO DAS CORRENTES DE MALHAS:
Polarizando o circuito (sentido horário):
Definiremos a corrente i3 saindo do nó:
i1 - i2 - i3 = 0
- i3 = -i1 + i2 .(-1)
i3 = i1 - i2
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15
Escrevendo as equações:
Malha 1:
Malha 2:
Resolvendo o sistema:
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Substituindo i1 em (II)
Calculando i3
i3 = i1 - i2 = 944,44 - 111,11 = 833,33mA
Temos então definidas as 3 correntes:
i1 = 944,44mA
LKT:
i2 = 111,11mA
i3 = 833,33mA
Resta agora fazer o levantamento energético do circuito, aplicando
Queda de tensão nos resistores:
VR1
VR2
VR3
VR4
VR5
=
=
=
=
=
15
15
20
5.
10
. 0,94444 = 14,167V
. 0,94444 = 14,167V
. 0,83333 = 16,667V
0,11111 = 0,555V
. 0,11111 = 1,111V
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17
Escrevendo as equações:
Malha 1:
EA - VR1 - VR2 - VR3 + EB = 0
30 - 14,167 - 14,167 - 16,667 + 15 = - 0,001 ≈ 0
Malha 2:
- EB + VR3 - VR4 - VR5 = 0
- 15 + 16,667 - 0,555 - 1,111 = 0,001 ≈ 0
Malha externa:
EA - VR1 - VR2 - VR4 - VR5 = 0
30 - 14,167 - 14,167 - 0,555 - 1,111 = 0
MÉTODO DA TENSÃO NODAL:
Considerando i1 entrando e i2 e i3 saindo do nó, teremos a equação:
i1 = i2 + i3
i1 =
VA - VN
VA - VN
30 - VN
=
=
15 + 15
30
30
i2 =
VN
VN
=
10 + 5
15
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18
i3 =
VB + VN
15 + VN
=
20
20
30 - VN
VN
15 + VN
60 - 2VN = 4VN + 45 + 3VN
=
+
=
30
15
20
60
60 - 45 = 3VN + 2VN + 4VN Î 15 = 9VN
VN =
15
= 1,667V
9
Calculando as correntes:
i1 =
30 - VN
30 - 1,667
28,333
=
=
= 944,43mA
30
30
30
i2 =
VN
1,667
=
= 111,13mA
15
15
i3 =
15 + VN
15 + 1,667
16,667
=
=
= 833,35mA
20
20
20
Levantamento energético:
Escrevendo as equações:
Malha 1:
EA - VR1 - VR2 - VR3 + EB = 0
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19
30 - 14,167 - 14,167 - 16,667 + 15 = - 0,001 ≈ 0
Malha 2:
- EB + VR3 - VR4 - VR5 = 0
- 15 + 16,667 - 0,555 - 1,111 = 0,001 ≈ 0
Malha externa:
EA - VR1 - VR2 - VR4 - VR5 = 0
30 - 14,167 - 14,167 - 0,555 - 1,111 = 0
MÉTODO DA SUPERPOSIÇÃO:
INFLUÊNCIA DE EA (curto em EB):
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20
R1+R2 = 30Ω
R4+R5 = 15Ω
RT = (R1+R2) + R3//(R4+R5)
RT = 30 + 20//15
RT = 30 + 8,571 = 38,571Ω
ia =
30
= 777,786mA
38,571
ib =
777,786.15
11666,79
=
= 333,337mA
20 + 15
35
ic =
777,786.20
15555,72
=
= 444,449mA
35
35
INFLUÊNCIA DE EB (curto em EA):
Teremos:
R1 + R2 = 30Ω
R4 + R5 = 15Ω
RT = 20 + (R1 + R2)//(R4 + R5)
RT = 20 + 30//15
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21
30//15 = 10Ω
RT = 30Ω
id =
15
= 0,5A (500mA)
30
ie =
500.30
15000
=
= 333,333mA
45
45
if =
500.15
7500
=
= 166,667mA
45
45
SUPERPONDO AS MALHAS:
VR1 = 944,453 . 15 = 14,168V
VR2 = 944,453 . 15 = 14,168V
VR3 = 833,337 . 20 = 16,667V
VR4 = 111,116 . 5 = 0,556V
VR5 = 111,116 . 10 = 1,111V
Aplicando LKC:
i1 - i2 - i3 = 0
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22
944,453mA - 111,116mA - 833,337mA = 0
Aplicando LKT:
Malha 1:
EA - VR1 - VR2 - VR3 - (- EB) = 0
30 - 14,168 - 14,168 - 16,667 + 15 = - 0,003 ≈ 0
Malha 2:
- EB - (- VR3) - VR4 - VR5 = 0
-15 + 16,667 - 0,556 - 1,111 = 0
Malha externa:
EA - VR1 - VR2 - VR4 - VR5 = 0
30 - 14,168 - 14,168 - 0,556 - 1,111 = - 0,003 ≈ 0
EXERCÍCIO RESOLVIDO
O circuito abaixo possui 3 baterias. O mesmo será resolvido pelo
método da tensão nodal, cabendo ao leitor resolvê-lo pelos métodos da
tensão nas malhas e da superposição e fazer a comparação dos resultados.
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23
Definindo o nó principal, adotaremos para as duas malhas o sentido
convencional da corrente (do + para o -). Assim as correntes i1 e i2 entram
no nó enquanto que a corrente i3 sai.
Escrevendo a equação do nó: i1 + 12 - i3 = 0 Î i3 = i1 + i2
i1 =
EA - VN
12 - VN
=
R1
4
i2 =
EB - VN
14 - VN
=
R3 + R4
5
i3 =
- EC + VN
- 4 + VN
=
R2
6
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24
12 - VN 14 - VN
- 4 + VN
+
=
4
5
6
mmc= 60
15(12 - VN) + 12(14 - VN) = 10(-4 + VN)
=
60
= 180 - 15VN + 168 - 12VN = - 40 + 10VN
348 - 27VN = - 40 + 10VN Î 388 - 37VN = 0 Î 308 = 37VN
VN =
388
= 10,486V
37
i1 =
1,514
12 - VN
12 - 10,486
=
=
= 378,5mA
4
4
4
i2 =
14 - VN
14 - 10,486
3,514
=
=
= 702,8mA
5
5
5
i3 =
4 - VN
4 - 10,486
- 6,486
=
=
= - 1,081A
6
6
6
Observe o resultado negativo da corrente i3. Isto significa que ela está
saindo do nó.
Vejamos:
VR1 = 4 . 378,5mA = 1,514V
VR2 = 6 . 1,081A = 6,486V
VR3 = 3 . 702,8mA = 2,108V
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VR4 = 2 . 702,8mA = 1,406V
Fazendo o levantamento energético do circuito:
Malha 1:
EA - VR1 - VR2 - EC = 0
12 - 1,514 - 6,486 - 4 = 0
Malha 2:
EC + VR2 + VR3 + VR4 - EB = 0
4 + 6,486 + 2,108 + 1,406 - 14 = 0
Malha externa:
EA - VR1 + VR3 + VR4 - EB = 0
12 - 1,514 + 2,108 + 1,406 - 14 = 0
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