SWL - Notícias 44 Autor: Sarmento Campos site: http://www

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SWL - Notícias 44 Autor: Sarmento Campos site: http://www
SWL - Notícias 44
Autor: Sarmento Campos
site: http://www.sarmento.eng.br/OndasCurtas.htm
Uma ótima solução para um bom sistema de antena para o receptor
de HF é a utilização de balun para acoplar a antena unifilar para a
entrada de baixa impedância do receptor.
Apesar de comumente aplicado para receptores "de mesa", que
apresentam entrada de 50 Ohms utilizando conector UHF (PL259),
essa solução pode ser utilizada para receptores portáteis também.
Porém, em função do interesse de utilizar receptores portáteis com
antenas mais bem elaboradas onde normalmente utilizamos nos
receptores de mesa, como o Icom R75 por exemplo, resolvi testar em
campo o desempenho de um sistema de recepção deste tipo em um
rádio portátil de qualidade como o Sangean ATS909.
Normalmente, a impedância das antenas unifilares é alta, pois
depende de uma série de fatores, como seu comprimento em função
da faixa de frequência desejada, altura do solo e outros fatores.
O que se faz normalmente é acoplar o fio diretamente a antena
telescópica do receptor portátil através de uma garra tipo "jacaré" ou
dependendo do rádio, utilizar um plug P2 mono ou estéreo na
entrada da antena.
Alguns modelos como o Sony 7600GR e Sangean ATS909 apresentam
essa entrada específica, onde a impedância de entrada é menor do
que a utilizada na antena telescópica acoplada.
Assim, uma das formas de obter o maior rendimento da antena
externa, é através da equalização da impedância desta com a entrada
do receptor, de forma a permitir o máximo de transferência de sinal
captado.
Idealmente, o maior ganho será atingido quando o sistema (antena e
linha de transmissão) apresenta a mesma impedãncia de entrada do
receptor.
Para a escuta de broadcast, em 99% das situações, um bom fio
esticado de alguns metros conectado na antena telescópica já
possibilita bons resultados práticos.
Porém, a captação de fontes de ruídos próximos pode inviabilizar
esse esquema.
Com o uso de um balun, podemos acoplar um fio em um local mais
afastado de fontes de ruido, ou locais mais altos ou que permitam
lançar um fio de maior tamanho (algo em torno de 10 a 30 metros
por exemplo), e transportar o sinal desejado através de cabo coaxial,
de impedãncia padrão de 50 Ohms, até a entrada de baixa
impedância do rádio.
O balun pode ter fator de transformação de 9:1 que significa que a
antena unifilar apresenta alta impedância esta será transformada
para um valor mais baixo - fator de divisão de 9 - de forma a
transferir mais sinal quando acoplada a entrada de baixa impedância
do receptor.
O balun que utilizei de nome "Fatma" - conforme denominado pelo
Gustavo Barreto que o produziu - apresenta duas entradas possíveis,
sendo que uma de 9:1 própria para 450 Ohms e outra 16:1 para
entrada de 800 Ohms.
Esse fim de semana finalmente pude testar sua aplicação e os
resultados foram muito favoráveis, especialmente quando utilizei a
entrada de 800 Ohms.
Como antena, utilizei um fio de comprimento aleatório (+- 10
metros) cuja impedância para as faixas de baixa frequência (acima de
31 metros) é alta, proporcionando um melhor casamento com a
entrada do receptor portátil.
Para teste, utilizei dois rádios portáteis, o robusto Sangean ATS909
que é extraordinário quando utiliza uma boa antena externa, e o
Degen 1103.
Como efeito prático, nas emissoras de broadcast não há alteração
perceptivel entre acoplar o fio na telescópica ou utilizar a entrada P2
existente, porém, nos sinais mais fracos e nas bandas mais baixas, a
diferença é considerável.
E testando ambas as entradas do balun, a de 800 Ohms mostrou um
sinal mais elevado do que a entrada 9:1.
Enfim, agora é possível utilizar espaço contínuo para lançar um fio
bem esticado de um bom comprimento e longe da rede elétrica
urbana que é uma fonte inesgotável de ruído elétrico, e através de
um cabo coaxial de 50 Ohms - RG58 ou RGC58 - trazer o sinal para
dentro de casa sem captar os ruídos internos.
Utilizei um terra real, através do uso de duas hastes de cobre
enterradas no chão, literalmente na terra, e com um cabo de cobre
de 10 mm2 de seção até uma barra de terra, onde derivei o
aterramento ao balun, o que auxiliou no sinal nas faixas de
frequência mais baixas.
Com esse balun, um cabo coaxial e um fio bem esticado em um local
com espaço suficiente e o mais longe possível de fontes de ruído
elétrico, é uma solução para uma antena permanentem ou até para
utilização em camp, devido a sua facilidade de uso, e flexibilidade na
utilização dos espaços para posição da antena, e para a posição do
posto de escuta.
A montagem que fiz foi bem improvisada, mas já vou encomendar
mais uma unidade desse balun para afixar em local apropriado para
utilizar também o Sangean nas minhas escutas no shack remoto, e
ter outro balun para utilizar em qualquer local improvisado como mini
dx-camp.
Balun Fatma com duas entradas para antena unifilar
Teste do Balun utilizando a entrada de 450 Ohms
Barra de aterramento utilizando duas
acopladas e distantes 2 metros entre si
hastes
de
cobre
Cabo coaxial de 50 Ohms para celular - RG58 - e conector P2
mono
Cabo coaxial de 50 Ohms para celular - RG58 - e conector P2
mono
MATÉRIA SELECIONADA
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ULYSSES GALLETTI
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