anahi giovanna puente portilla

Transcrição

anahi giovanna puente portilla
O PREÇO DE UMA CHAMPANHE
+ ESPECIAL
Por: Una Fénix Fanfics
Sinopse: Quanto vale uma companhia? Até onde vai uma mulher
traida? Uma simples aposta... Que muda a vida dela... Las Vegas, é
conhecido como o lugar sem regras, mas talvez tenha muito mais regras
do que podemos imaginar. Um gole de champanhe nunca foi tão S A B O
R O S O.
Sinopse Especial: Ele já pagou um preço muito caro pelo seu
champanhe será que tudo valeu a pena? Será que ela vai conseguir
sobreviver e superar todo esse trauma e enfim curtir a liberdade. E ele,
será que ele fez a escolha certa?
Genero: Romance
Autor: Una Fénix Fanfics (Luciana Becker)
Termo de versões ou repostagem: Não aceita adaptações.
Banner: Una Fénix Fanfics
Tema: AyA (Anahí e Alfonso)
Classificação: +16
Una Fénix Fanfics
Sumário
Prólogo
Prólogo ............................................................................................ 2
O preço de um champanhe ............................................................. 3
Especial .......................................................................................... 41
Anahí chega em casa de seu noivo algumas horas mais cedo que o
combinado, por ter a chave abre a porta, larga a bolsa sobre o sofá, vai
para a cozinha e abre a geladeira, pega um suco de laranja de garrafinha,
abre a mesma e toma um gole no bico, fecha a garrafa e a guarda
novamente na geladeira.
De repente o silencio é quebrado por um gemido alto, o gemido
do seu noivo... Anahí se alertou sabia que algo estava acontecendo, ela se
aproximou da porta do quarto do seu noivo, abriu a porta e se deparou
com uma vadia em cima dele fazendo coisas que ela nunca mais gostaria
de lembrar.
– Meu amor, não é isso que você está pensando. – Seu noivo falou
como se fosse a coisa mais normal do mundo.
– O que você acha que eu estou pensando Kin? – Anahí vira as
costas, pega sua bolsa, joga a chave dele no chão e vai embora.
Foi a ultima vez que Anahí viu esse homem.
O preço de um champanhe
Anahí nunca foi uma pessoa fútil, na realidade nunca ligou para
coisas materiais, sempre teve muito dinheiro, mas não ficava gastando
com qualquer coisa, tinha até fama de ‘pão dura’, afinal, o que ela podia
fazer, tinha só amiguinhas gran finas, acho que é por isso que ela se sentia
tão deslocada. Mas semana passada ela pirou, depois de pegar seu noivo
com outra na cama uma semana antes de casar, ela estava deprimida,
mas não é o tipo de pessoa que fica chorando o leite derramado, ela
realmente sabe como dar a volta por cima, por isso que ela está aqui hoje,
nesse avião com destino a Las Vegas, indo ao encontro da sua única amiga
de verdade, indo para o único lugar que ela gasta sem culpa.
Anahí recostada na cadeira do avião, quando ouve a aero moça
falar: - Estaremos pousando em 15 minutos, por favor retomem os seus
lugares e coloquem os cintos.
–Finalmente. – Anahí diz para si mesma, e logo pensa:
“AAAAAAAAAAA Las Vegas, gastar, gastar, e esquecer os problemas.”
Em mais ou menos quarenta minutos o avião já pousou, e o
desembarque é autorizado, todos os passageiros saem do avião e vão
direto pegar suas malas, depois vão para a entrada de desembarque do
aeroporto, Anahí olha tudo em volta.
Dulce está no aeroporto, olhando tudo como se procurasse
alguém, e de repente encontra: - AAAAnie – Ela grita e vai correndo até
ela.
– Duuulce. – Anahí responde com mesmo entusiasmo e a abraça –
Obrigado por me buscar no aero porto.
– Capaz amor, como você esta? – Elas soltam do abraço.
– Vou ficar bem.
– É bom mesmo senhoria Anahí. – Dulce ri – Vamos?
– Claro.
Elas conversam mais um pouco, depois pegam um taxi e vão para
a casa de Dulce, chegando lá Anahí começa arrumar tudo no quarto de
hospedes, ela ainda está triste por tudo que passou, mas só de estar em
Las Vegas ela já cria um novo animo.
Dulce chega no quarto de Anahí, ela vai entrando sem bater.
– E então vaquinha, você tem um mês inteirinho para ficar aqui, o
que quer fazer?
– Sei la Dulce, quero qualquer coisa que me faça esquecer o Kin. –
Anahí sorri de canto.
– Então vamos contratar companhia. – Dulce sorri.
– Contratar companhia? Como assim? – Anahí faz uma cara tipo
“ponto de interrogação”.
– Isso é Vegas fia – Dulce pisca. – Vamos contratar uma
companhia masculinha. – Ela solta um sorriso maldoso.
– Putos? – Anahí debocha.
– Não, algo mais caro que isso. – Dulce ri.
– Está com fome? Tem comida congelada na geladeira, é só
colocar no micro. – Dulce sorri. – Você sabe como as coisas são aqui,
então se sinta em casa.
– Sinceramente Dulce, eu não quero saber de homens, e ainda
vou pagar para transar com um?
– Hmmmmmmm, comida congelada? Tava sentindo saudades das
comidas saudáveis daqui. – Anahí diz ironicamente entre risos.
– Ninguém falou em transar, falei em companhia, se você logo
pensa em transar a culpa não é minha. – Dulce pisca. -Um deles te fazem
esquecer o Kin em três encontros. – Dulce diz em um tom desafiador.
– Então vamos comer, aproveitar o dia, a noite vamos na balada e
depois vamos ao encontro, beleza? – Dulce sorri.
– Isso é uma aposta? – Anahí retruca no mesmo tom, ela adora
uma aposta.
– Pode ser. – Dulce não perde a pose.
– Ok, três encontros, se eu não esquecer o Kin você me reembolsa
tudo que eu gastar, se eu esquecer o Kin?
– Bem se você não esquecer o Kin, eu te devolvo seu dinheiro e
você não pode mais ver seu companheiro, se você esquecer eu ganho e
você vai ter que... – Dulce pensa – pagar quinze encontros meus.
– Cinco? – Anahí responde.
– Dez? – Dulce retruca.
– Fechado. – Anahí sorri.
– Beleza. – Anahí retribui.
– Então to lá na cozinha colocando as comidas no microondas ok?
– Dulce vai saindo do quarto.
– Ok. – Anahí continua arrumando suas coisas. – A sabe de uma
coisa? – Ela fala para si mesma. – Vou pagar o cara mais caro que tiver, se
for bom mesmo vale a pena. – Ela joga as coisas dentro do guarda roupa
de qualquer jeito.
Mais tarde elas comem a maravilhosa comida congelada, a noite
elas se arrumam para ir a balada, Dulce esta com o cabelo totalmente
cacheado, vestida com uma mini saia, uma blusa decotada estilo bata, e
um salto agulha. Já Anahí esta com uma meia calça rastão, um short
curto, uma blusa estilo tomara que caia e bem colada no corpo e calçando
um salto agulha, e seu cabelo liso na raiz com as pontas levemente
onduladas.
– Hmmmm. – Dulce olha Anahí. – Não é que a vaquinha ficou
gatona. – Dulce ri.
– Kin não sabe o que perdeu, sou linda, sexy e boa de cama. –
Anahí ri.
– Sem Kin pelo amor de Deus, pare de falar nele. – Dulce grita.
– OK, não toco mais no nome dele. – Anahí sorri.
Elas ouvem uma buzina.
– Acho que o taxi chegou. – Diz Dulce.
– Vamos.
As duas logo pegam suas bolsas e saem da casa de Dulce, elas
vêem o taxi que está as esperando na porta de casa, elas entram e se
sentam no banco de trás do carro.
– E aí Dul. – O taxista diz olhando para ela. – Para o lugar de
sempre?
– Lugar de sempre? – Anahí olha Dulce.
– Chris é quase meu motorista particular. – Dulce explica. – Não
Chris. – Ela se vira para Christian, o taxista. – Hoje vamos na balada antes.
– Posso dar uma dica de uma balada boa para vocês irem? –
Christian olha as meninas pelo espelho retrovisor.
– Claro, mas a menina aqui só vai em boate de gran amor. – Dulce
ri.
– Boba. – Anahí olha Dulce.
– Mas é verdade. – Dulce ri.
– Não briguem meninas, vou levar vocês ao lugar certo. –
Christian diz ligando o carro.
Christian leva Anahí e Dulce para uma das boates mais badaladas
e conhecidas de Las Vegas, ele estaciona o carro bem na frente da boate
para as meninas poderem descer, Dulce paga ele.
– Vocês vão embora que horas? – Christian pergunta.
– Vamos a meia noite para aquele lugar. – Dulce pisca.
– Ah, ok. Busco vocês. – Christian retribui a piscadela.
Ao entrar na boate as meninas vêem mulheres semi-nuas
dançando no palco, mas também haviam homens sexys apenas com um
tapa sexo, elas conseguiram flagrar alguns sem.
– Nossa... Christian realmente acertou ein. – Dulce ri.
Dulce não consegue resposta para seu comentário, Anahí está
parada, abismada olhando um homem prensando uma mulher contra a
parede, a penetrando de maneira rápida, ela fica olhando fixamente
aquela cena sem vergonha na cara.
– ANAHÍ! – Dulce grita no ouvido da sua amiga.
– Caralho. – Anahí grita. – Quer me matar do coração é?
– Para de ficar olhando os outros fazerem, descola um pra você. –
Dulce ri da cara dela.
maneira firme e a dominava fazendo com que ela fizesse tudo que ele
queria.
– Fazerem o que? – Anahí fica corada de tanta vergonha, mas se
faz de desentendida.
– Tem camisinha? – Anahí perguntou, por mais que estivesse em
Vegas ela não era inconseqüente.
– Não se faz amiga, notei seu olhar. – Dulce ri. – Eu acho que...
Dulce para de falar ao ver um homem de pele morena alto e de
corpo musculso, parecendo um armário se aproximar, ele era muito sexy
e deixou Dulce de queixo caído, ele foi até Anahí e sussurrou no ouvido
dela: - Se quiser podemos fazer bem melhor do que eles estão fazendo.
Anahí ficou estática, pois todo mundo percebeu a forma que ela
tinha olhado aquele casal transando, e aquela proposta deixou ele com
vergonha, normalmente ela falaria muitas coisas, mataria um homem que
fizessem uma proposta tão indecente para ela, mas ela estava em Vegas,
e já havia incorporado o espírito disso: - Claro. – Ela diz sussurrando no
ouvido do homem, com uma voz sexy e sem pudor algum. – Mas em um
lugar mais reservado.
Dulce presta atenção atentamente na mini conversa dos dois, ao
perceber que Anahí havia aceitado a proposta dele, ela vai saindo de
perto: - Vou dar uma circulada amiga. – Ela rapidamente some da vista.
O homem a leva para um reservado que existe geralmente em
boates de alto nível em Las Vegas, os olhos dele eram como duas perolas
negras que a olhavam intensamente e com desejo, ele a segurava de
– Vamos sem. – Ele beijava o pescoço dela.
Ela já sentia o membro dele duro encostando em seu corpo, ela
estava excitada: - Sem camisinha não rola. – Ela afasta o homem dela.
– Vem cá, vem gatinha. – Ele a prende entre ele e a parede
baixando a roupa dela a força.
Anahí fica se sentindo acuada, enquanto o homem vai tentando
convencê-la a transar com ele, ela tenta empurrá-lo incansavelmente,
mas ele é forte demais. Ela não quer gritar para não passar vergonha mais
vergonha, porém ela já está desesperada.
– Para, para... – Ela fala em um tom de ordem.
– Por que, aposto que você vai gostar e pedir mais cadela. – Ele
vai abrindo o zíper da sua calça.
De repente o homem é puxado e socado na cara por outro
homem que percebe que ele quer forçar Anahí a fazer, Anahí não
consegue ver o rosto de quem a ‘salva’, ela apenas arruma sua roupa.
– Você não ouviu a mulher dizer que não quer. – O homem fala
em um tom brabo.
Anahí só ouve isso antes de ir, não se atina a agradecer, e ela não
consegue vê-lo, ela apenas vai para o meio da multidão que está
dançando na pista, quando vê Dulce.
– Oi amiga, aconteceu algo? – Dulce vê a cara de assustada da
amiga.
– Nada não. – Ela não queria falar nada, iria se sentir constrangida
de falar o que aconteceu, preferiu apenas fingir que nada havia
acontecido.
Elas entram no taxi e então Christian leva Anahí e Dulce para o
“lugar de sempre”, ao chegar lá elas descem do taxi, Anahí dessa vez paga
a corrida.
– Me liga quando liberarem, e bom divertimento. – Christian pisca
e vai embora.
– Ele realmente é seu motorista particular. – Anahí ri.
– Eu não tenho carro, com o que eu gasto de taxi ele paga todas
as contas dele... – Dulce sorri. – Fora os outros favores. – Dulce pisca.
– Tudo bem... – Dulce sorriu.
– Outros favores? – Anahí fica surpresa.
Anahí e Dulce ficaram mais algum tempo na boate, Anahí ainda
não conseguia superar a situação vivida mais cedo, mas ela não queria
falar nada pra Dulce. Meia noite chegou, e elas iriam para o tal encontro.
ㅤㅤAntes de entrar no taxi que já estava lá a espera dela, Anahí
se pronunciou: - Vamos pra casa?
– Casa? E a aposta? Vai desisitir.
Anahí não conseguia desistir, e não ia pagar encontro pra elas
assim de graça, mas ela realmente não queria saber de encontro hoje.
– Ok, vamos. – Anahí suspira.
– Isso, animação amiga. – Dulce sorri.
– É, aquele favores quentes... – Dulce fala com uma voz safada.
– Você não presta Dul. – Anahí ri.
– Você está indo pro mesmo caminho. – Dulce retruca. – Bem,
vamos?
– Fazer o que né.
Elas entram, e vão na recepção.
– Boa noite, tudo bem? – A recepcionista recebe as duas moças.
– Oi, tudo. – Dulce diz com intimidade. – Pra mim o champanhe
de sempre... A minha amiga quer algo bom, mostra pra ela os melhores
champanhes da casa.
– Claro. – A recepcionista sorri. – Esse aqui é o cardápio. – Ela
pega um álbum de fotos.
depois desliga o telefone. – Ele disse que irá vê-la... Queira me
acompanhar.
Anahí ainda não entende direito como funciona, pega o álbum e
começa a ver as fotos dos meninos, enquanto a recepcionista explica: Bem, os chamapanhes variam de 500 à 5000 mil dólares.
A recepcionista leva Anahí de encontro ao seu companheiro, ao
vê-lo ela fica estática, ele era absolutamente divino, seus olhos eram
encantadores, mas seu corpo, só de pensar em aquelas mãos firmes
segurando seu corpo já a deixava com calor, seu rosto estava machucado,
provavelmente era sobre a briga que a recepcionista havia falado, porém
apesar dele ser muito atraente ela ainda achava que não esqueceria seu
noivo e que Dulce como sempre, estava errada.
– Nossa. – Anahí sorri, ela olha a foto de um homem de cabelos
negros e olhos verdes. – Que tipo de champanhe vem com esse aqui. –
Anahí ri com a própria pergunta.
– A champanhe é a mesma para todos, o preço muda de acordo
com a companhia que escolhe... E as regras são eles que fazem. – A
recepcionista sorri. – E claro que Alfonso é o mais requisitado, e o mais
caro da casa... Ele vale 5000 mil dólares.
– Nossa... Ele deve ser bom. – Anahí sorri.
– Com todo respeito. – A recepcionista se intromete. – Aqui não
vendemos sexo, vendemos companhia.
– Ah sim. – Anahí olha. – Vou querer ele mesmo assim.
– Oi. – Ela disse com um pouco de constrangimento.
Ele fica encantado logo que a vê: – Olá, tudo bem... – esperando
Anahí se apresentar.
Anahí estava estática, e algo veio a sua cabeça “– Você não ouviu
a mulher dizer que não quer. – O homem fala em um tom brabo.”, com
certeza a voz era a mesma, por mais tensa que estivesse reconheceria a
voz de seu salvador.
– Moça? – Alfonso olhou Anahí.
– Bem, eu vou indo ver o meu Uck. – Dulce sorri. – Já sei o
caminho. – Ela vai indo de encontro com o seu acompanhante.
– Desculpe, sou Anahí... – Ela diz sem jeito. – Como você
conseguiu esse machucado no rosto?
– Vou ver se Alfonso pode atendê-la, ele entrou em uma briga
mais cedo, e não sei se está bem disposto. – A recepcionista sorri e passa
o interfone com Alfonso, conversa com ele por alguns minutos, e logo
– Acredite ou não hoje salvei uma mulher de um estupro... –
Alfonso se gaba.
– Infelizmente acredito. – Anahí não entende como vai falar tudo,
sendo que não falou nem com sua melhor amiga, mas ela sabia que devia
agradecimento por ele ter a salvado.
Alfonso a interrompe: - Dois encontros.
– O que? – Anahí fica confusa.
– Era você? – Ele pergunta surpreso, ele olha ela com um certo
encantamento, ele sempre é muito profissional, mas com ela ele já se
sente diferente.
– Depois de dois encontros nem vai lembrar que seu noivo exexiste. – Alfonso afirma.
– Muito obrigado mesmo por ter me ajudado, mas sinceramente
não quero mais falar disso. – Anahí suspira.
– Você duvida do meu bom rendimento profissional? – Alfonso
sorri. – Tenho ótimo poder de persuasão.
– Claro. – Alfonso diz enquanto abre a champanhe e vai servindo
em duas taças, ele leva uma taça para Anahí. – Vamos esquecer isso
então.
Anahí pega a taça: - Obrigado. – Em seguida ela toma um gole de
champanhe.
– Ah sim. Claro. – Anahí ironiza.
– E um ótimo ego também. – Anahí se desfaz dele.
– Por favor. – Alfonso sorri. – Sente-se.
Anahí se senta.
– Então me fala de você...
– Só acho estranho depois do que aconteceu ainda vir aqui. – Ele
fica sem graça de voltar ao assunto, porém sua curiosidade é maior.
– Não quis contar pra ninguém o que ouve... Enfim, tive que
cumprir minha parte pra não perder a aposta. – Anahí ri.
– Aposta? – Alfonso fica curioso.
– Minha amiga apostou comigo que se vier conversar com você
três vezes, vou esquecer o meu ex-noivo... Eu acho besteira... Mas enfim,
eu...
– De mim? – Anahí sorri. – Tem certeza.
– Absoluta. – Alfonso sorri e toma um gole de champanhe.
– Bem... Sou uma empresária de sucesso, gosto de cantar, tenho
muito dinheiro, mas fora de Vegas sou mão de vaca. – Anahí ri. – Estava
noiva a anos de um canalha que peguei na cama com outra duas semanas
antes de casar. – Anahí bufa. – Enfim, vim passar uma temporada em
Vegas, aceitei essa aposta ridícula da Dul, e claro quase fui estuprada por
um cara numa balada. – Anahí olha ele nos olhos. – E você? Quem é?
– Nossa, tumultuada sua vida. – Alfonso sorri. – Bem, eu fui
abandonado pelo meu pai e minha mãe morreu quando tinha oito anos
de idade, fiquei na rua até meus dezesseis anos, depois disso o dono
desse lugar me abrigou e comecei a trabalhar para ele, era o mínimo... E
agora estou experiente, tanto que sou o mais caro daqui. – Alfonso ri.
– Muito experiente. – Anahí fala em um tom maldoso.
– Você tem um jeito muito provocador. – Alfonso olha Anahí, fica
encarando seus belos olhos claros e seu rosto angelical.
– Um pouco. – Ela sorri. – Mas...
– Mas? – Alfonso sorri.
– Me disseram que vocês tinham regras, quero saber que regras
em amor a primeira vista. Mas ao ouvir ela falar com tanta determinação
que estava ali por puro interesse fez com que se sentisse triste.
– Tenho sim. – Anahí sorri de canto. – Cansei de homens...
Alfonso então se calou, aproximou uma de suas mãos do rosto de
Anahí e tocou delicadamente, acariciou o rosto dela com muito carinho, e
a olhava tão profundamente.
– Por que está fazendo isso? – Anahí estranha alguém acariciá-la
tão delicadamente e de maneira tão carinhosa.
– Não sei. – Alfonso sorri. – Deu vontade de sentir sua pele.
– Você realmente trabalha bem. – Anahí sorri.
são.
– Acredite ou não, nunca pedi isso em um primeiro encontro.
Posso beijá-la?
– Bem, são básicas... Encontros só aqui, nada de sexo, apenas
beijos... – Ele ressalta. – No máximo beijos e quando não quiser mais me
ver é só me convidar para sua casa, ou outro lugar como um ultimo
encontro...
– Claro. – Anahí sorri, ela estava em Vegas, não pensaria duas
vezes se um cara do “porte” dele pedisse um beijo. – Não estou
acostumado com tanta educação.
– Então que dizer, que o nosso terceiro encontro será fora daqui?
– Anahí sorri sem graça.
– Você está realmente decidida que depois de três encontros não
nos veremos mais? – Alfonso se sente estranho, ele ainda não conhecia o
significado do amor, nunca havia sentido algo assim, e nunca acreditou
– Acostumada com caras que chegam chegando? – Alfonso sorri.
– Mais ou menos isso... – Anahí sorri.
– Sou diferente. – Ele diz em um tom baixo aproximando seu
rosto do dela, e com sua boca bem próxima da dela: - Muito diferente.
Logo os dois começam um beijo lento e carinhoso, a língua dele
invade a boca dela com um jeito tão carinhoso como se pedisse permissão
para beijá-la o tempo todo, em seguida Anahí pode sentir a língua dele
explorando sua boca como se brincasse com sua língua, ela chupou a
língua dele e deu uma leve mordida, era um beijo tão calmo e carinhoso
que eles podiam sentir cada movimento que a língua e boca do outro
fazia.
– Isso nunca aconteceu, tento não pensar nisso... – Alfonso sorri
de canto. – Muitas meninas e mulheres já se apaixonaram por mim, por
causa do meu trabalho. – Alfonso suspira. – Mas todas assim como você
sabiam como isso aqui funciona... Eu tento não imaginar quando me
apaixonar por alguém, me apaixonar por alguém seria sair daqui, e eu não
posso sair daqui.
– Não pode? – Anahí o encara.
Ao terminarem o beijo eles não estavam sem ar, não estavam
quentes e nem excitados, eles estavam extasiados, estavam e estase, e ao
abrir os olhos eles estavam próximos, bem próximos, eles se encaravam
fixamente, queriam dizer algo, mas as palavras fugiam.
Alfonso se sentia estranho, não sabia como reagir, mas ainda não
sabia explicar o que sentia, ele só ficava esperando alguma reação dela.
Enquanto isso Anahí também o olhava fixamente, a cabeça dela estava a
milhão, ela queria esquecer o Kin, mas ninguém consegue esquecer um
grande amor tão rápido, e também não queria se apaixonar por alguém
que tem encontro todo dia com uma mulher diferente.
Anahí quebra o silencio: - E então... você não pensa em sair dessa
vida?
– Não. – Alfonso sorri. – Devo muito ao meu patrão, e graças a
esse trabalho posso me sustentar e morar muito bem...
– Mas e o dia que se apaixonar?
Alfonso desconversa: - Não quero.
– E dinheiro é melhor que sua felicidade? – Anahí o repreende.
– Talvez você não tenha passado pelo que passei, dinheiro é
melhor sim que minha felicidade, é melhor que ficar nas ruas, é melhor do
que passar fome. – Alfonso se altera. – Mas pra você que é uma
dondoquinha que nasceu no meio do dinheiro, é muito fácil dizer
qualquer coisa. – Alfonso bufa, mas logo percebe que pegou pesado.
– Nasci no meio do dinheiro? – Anahí olha Alfonso nos olhos, em
seguida se levanta do sofá. – Eu nasci numa favela, tive que lutar por cada
centavo que tenho hoje, cresci no meio das drogas e da violência e nem
por isso aceitei ser uma prostituta para ganhar dinheiro fácil. Você não
me conhece, então não finja que me conhece. – Anahí fala quase
gritando. – E você, você é IGUAL a todos os homens que já vi em minha
vida. – Ela dá ênfase no “igual”.
Antes que Alfonso possa falar qualquer coisa, Anahí tira o
dinheiro da bolsa, e joga em cima dele. Em seguida vira as costas e vai
embora.
– Anahí! – Ele grita e vai atrás dela, consegue segurá-la pelo
– Não, nada. – Anahí apesar de tudo não quer que demitam
Alfonso. – Eu só não fiquei satisfeita com a minha companhia, da próxima
vez eu escolho uma melhor.
– Melhor que Alfonso Herrera. – Se mete a mulher.
braço.
– Se você gosta... – Anahí dá os ombros.
Ela se vira para ele, ela ainda está com raiva, com muita raiva: - O
que você quer? – Ela responde em um tom grosso.
– Bem, primeiramente queria pedir desculpa pelo modo que agi
agora, e segundo queria te devolver isso. – Ele pega o dinheiro que ela
deu para ele, e coloca na mão dela. – Eu era pra ser uma companhia boa,
não cumpri...
– Você fez seu serviço, tem que receber seu dinheiro. – Anahí fala
em um tom sério. – É pelo dinheiro que está aqui, então aí está. – Ela vira
as costas e deixa o dinheiro cair no chão.
Ela caminha até a recepção deixando Alfonso para trás, e até a
recepcionista, que ainda não percebe sua presença enquanto fala com
outra mulher, ela não era bonita, nem charmosa, mas parecia ter
dinheiro.
– Alfonso Herrera está ocupado. – Ela disse para a recepcionista. –
Ele esta com uma companhia.
– Não está mais. – Anahí se pronuncia.
A recepcionista percebe Anahí irritada: - Aconteceu algo?
Alfonso chega na recepção para falar com Anahí: - Anahí... – Ele
olha a mulher, que já é cliente dele a mais tempo. – Oi Perla.
– Oi. – Perla se derrete toda.
– Bem vou indo. – Anahí corta o assunto dos dois, ela se aproxima
da recepcionista: - Quando a Dulce liberar, diz para ela que tive um
imprevisto e não volto pra casa hoje...
– Claro. – A recepcionista diz amigavelmente.
Anahí sai antes que Alfonso se pronuncie, ela começa andar pelas
ruas de Las Vegas, onde parece que noite é dia, aquelas luzes ligadas, sons
altos, ela sempre que podia estava lá, mas mesmo assim ficava
deslumbrada toda vez que ia, mas agora ela não sentia a mesma coisa, ela
estava com raiva, com muita raiva, com muita, muita raiva.
– Por que sinto tanta raiva. – Anahí pergunta para si mesma. – Foi
só uma coisa idiota que uma pessoa sem importância falou para mim.
Ela tentava se convencer disso, mas não conseguia aproveitar a
noite, ela tentava se distrair, pensar em outras coisas, mas ela sempre
voltava ao mesmo pensamento, ela ainda tinha a mesma raiva. Logo que
entrou em um cassino percebeu um homem a olhando.
– Não, nem pensar. – Ela disse para si mesma. – Três vezes seria
burrice.
Anahí se assustou ao ouvir aquela voz, ao se virar ela vê Alfonso: Está me seguindo é?
– Não, apenas me disseram que você vem jogar aqui. – Ele olha o
dinheiro que ela ganhou. – Pelo jeito você é boa. – Alfonso sorri.
Ela se sentou na mesa para jogar vinte e um, ela era boa para
decorar cartas, mas sabia que em Las Vegas isso era quase um crime,
então ela tinha que fingir que perdia algumas vezes para não ser pega.
– Sou boa pra tantas coisas que você nem imagina. – Ela fala em
um tom provocador misturado com ignorância.
– Um wisky por favor. – Anahí disse ao garçom que vinha a mesa.
Logo depois ela se virou para o homem que passa as cartas. – Mais uma.
mesa.
– Dezessete. – Disse o homem.
– Mais uma! – Anahí afirmou.
– Vinte. – O homem já estava mais nervoso que ela.
Anahí parou a pensar: “A próxima carta com certeza ou é um As
ou um valete, não é muito dinheiro, dá para arriscar.” Em seguida ela
suspirou e disse: - Mais uma.
– Vinte e um. – O homem disse sorrindo.
ㅤ – Já estou em quinhentos mil dólares, acho melhor me retirar.
– Anahí vai se levantando.
– Não. – Disse uma voz atrás dela.
– Uii. Essa foi feia. – Diz o apostador que está ao lado dela na
– Uma aposta. Três partidas, eu ganho todas e você vai aos dois
encontros comigo... Você ganha ao menos uma das três partidas, e eu
cubro sua aposta com sua amiga...
– Você não sabe o que apostamos. – Anahí sorri.
– Sei sim. – Alfonso pisca.
– Você vai realmente fazer isso? – o homem se intromete. – Ela
tem sorte.
– Eu tenho mais. – Alfonso fala como se fosse o ‘todo poderoso’.
– OK, mas por que tanto interesse nisso?
Alfonso engole seco, claro que depois de tudo ele não vai falar o
que realmente queria falar: - Por que se uma mulher me dispensa no
primeiro encontro, meu valor baixa em torno de 500 dólares.
– Claro... Dinheiro. – Anahí suspira. – Vamos então!
Alfonso se senta ao lado do homem que se intrometera na
conversa. O homem das cartas começa a embaralhar as cartas e em
seguida vai começando a passar as cartas.
– Vinte e quarto.
Chega o wisky da Anahí, ela toma tudo em um único gole. No jogo
seguinte Alfonso ganha novamente, enfim o ultimo jogo, Alfonso está
com dezenove.
– Senhor... – Ele fala.
– Mais uma. – Anahí afirma.
– Herrera! – Alfonso sorri.
– Quinze. – Diz o homem.
– Dez. – Ele da a primeira cara.
Anahí sorri satisfatoriamente, depois diz com ênfase: - Mais uma.
– Mais uma...
– Seis... Vinte e um. – Ele diz.
– Vinte.
Alfonso olha abismado, pois errou seus cálculos nessa: - Mas
como?
– Parei. – Alfonso sorri.
Então ele da as cartas para Anahí.
– Treze.
– Mais uma.
– Senhor Herrera, como o senhor aí disse, eu tenho sorte. – Anahí
pega suas fichas e vai embora.
Alfonso suspirou, se levantou e foi embora. Mais tarde ele está
deitado na sua cama, ele divide quarto com Christopher Uckerman.
– Uck, to fudido. – Alfonso suspira.
– Dezoito.
Anahí faz uma cara assustar: “Merda, esse cara é bom... se parar
com dezoito eu perco, se pedir mais uma carta faço vinte e quarto.” Ela
olha para Alfonso, ele está com um olhar vencedor, sabendo qual será a
carta que vem. “Que filho duma égua” Anahí pensa, logo em seguida
suspira: - Mais uma.
– Por que? – Christopher está arrumando sua cama para dormir.
– A menina, amiga da Dulce, a gente brigou... Ela não vai vir
mais...
– Primeiro encontro?
– Sim. – Alfonso bufa. – Que merda. E pior que eu achei que... –
Alfonso trava.
– Nós somos ok? – Christopher pega um roupa de Alfonso que
está no chão, e joga forte em Alfonso. – Agora te acalma e vê se dorme.
– Que?
– Que tinha me apaixonado por ela. – Alfonso fica meio sem graça
de dizer isso.
– Amor a primeira vista? Difícil ouvir isso de você.
– Eu sei. E você, o que sente pela Dulce? – Alfonso o encara.
– Você sabe que a amo, e sabe que assim como você estou preso
a essa vida de merda...
– Nem me fala, tenho cada vez mais nojo daquela Perla... Ela acha
que a gente vai casar. – Alfonso cai na gargalhada.
– Viu como você trabalha bem! Por isso que o senhor não quer
perder você... E por isso não deve se apaixonar, pense na sua irmã, na sua
mãe, na segurança delas, sair daqui seria muito perigoso.
– Beleza. – Alfonso suspira.
Alfonso tenta dormir, mas ele não consegue, o pensamento dele
fica em Anahí, como aquela menina poderia fazê-lo ficar assim em apenas
uma noite? Era isso que ele se perguntava o tempo todo, ela era
encantadora, seus olhos claros, seu cabelo e seu rosto angelical, ele não
conseguia esquecer o rosto dela, ele estava com sono, já estava tarde,
mas ele não queria dormir, ele queria pensar em Anahí, fazia bem a ele,
sonhos o faziam mal, muito mal.
Dormiu! Ele não agüentou, por ele ficaria acordado a noite toda,
mas não conseguia, então ele começou a sonhar, alias, ter pesadelos.
“Alfonso estava tão perto, podia abraçar sua mãe e sua irmã, ele
se sentia tão feliz, então um homem chegou, abriu a porta bruscamente e
matou as duas, na sua frente, tudo começou a girar, Alfonso gritava por
socorro tão alto que se desesperava, enquanto o homem dizia: - Ninguém
pode sair, quem faz as regras sou eu...”
– Queria tanto fugir, levá-las para um lugar seguro, poder viver
minha vida, ter namoradas, quem sabe uma mulher e construir minha
família.
– Não, Não. – Alfonso acordou com seu próprio grito.
Christopher se acordou assustado: - Fogo? Aonde?
– Esse é o sonho da maioria de nós... Mas estamos presos a isso.
– Não sei quanto tempo vou agüentar. – Alfonso diz com raiva. –
Aquele filho da puta acha que somos marionetes dele?
– Nada não Uck, volta a dormir. – Alfonso se virou e fingiu voltar a
dormir.
Alguns dias se passaram, e então Anahí e Dulce voltaram para o
lugar para o tal encontro, Dulce claro, foi ver o Christopher. Já Alfonso
estava em sua sala, cada salta era diferente, a de Alfonso tinha um sofá
branco, uma mesa de vidro no centro, um balcão e algumas decorações
para fazer daquela sala um lugar harmonioso e romântico. Atrás do
balcão, escondido, sempre havia rosas e outras coisas que ele dava para
suas companheiras sempre no momento exato.
Nesse momento Alfonso estava sentado no sofá pensando na
vida, então a porta se abre, Alfonso olha aquela mulher de estatura
média, olhos claros e cabelos ondulados, seus olhos fixam nela como se
não acreditasse que ela estivesse ali, ele se levantou para recebe-la.
– Oi. – Anahí sorriu.
– Oi! – Alfonso respondeu.
– Achei que não viria, depois do que aconteceu e...
Anahí o interrompeu: - Se desistisse teria que encontrar três vezes
com outro cara, então tenho apenas esse e mais um encontro... Depois
tudo termina, e acho que depois disso vou voltar para casa, chega de
Vegas.
– Compreendo. – Alfonso suspira. – Talvez seja melhor assim... –
Ele sussurra.
– O que? – Anahí não escuta direito.
– Não nada! – Alfonso tenta escapar.
– Também por que fiquei sabendo que o Kin vem para cá, não
quero me encontrar com ele, por mim sumiria, fugiria daqui hoje. – Anahí
suspira.
– Acalme-se. – Alfonso sorri. – Se ele vier e você for embora, ele
vai saber que você se importa com ele.
– Verdade. – Anahí bufa.
Em seguida os dois se sentam no sofá.
– Você quer muito esquecê-lo?
– Sabe, nem sei por que estou te falando isso. – Anahí reclama e
logo continua: - Eu gosto muito dele, não é atoa que eu iria casar com ele,
e também é por que... – Anahí suspira.
– Por quê? – Alfonso tenta convencê-la a falar.
– Desculpa, é pessoal. – Anahí sorri de canto.
– Você não confia em mim não é? – Alfonso olha Anahí nos olhos.
– Não. – Anahí confirma.
– Que tal uma troca? – Alfonso sorri - Te conto meu maior
segredo, e você me conta o seu?
– Ok! – Anahí respondeu sem pensar, ela não sabia por que
confiava nele, por que contava tudo para ele, mas ele lhe passava paz, lhe
passava segurança.
– Bem... Não é um grande segredo... Eu estou...
Alfonso aproximou sua boca do ouvido de Anahí, e começou a
sussurrar no ouvido dela: - Por favor, não fale nada alto, isso poderia ser
muito grave pra mim ok?
– Estou grávida. – Anahí olha Alfonso nos olhos.
– Uhun. – Anahí murmura.
– Eu não estou aqui por causa do dinheiro como te falei, estou
aqui por que sou obrigado, se não trabalhar aqui minha mãe e minha irmã
morre. – Ele fica apreensivo por falar algo assim para ela.
Anahí murmura: - Mas você não tinha perdido sua família?
Ele volta a sussurrar no ouvido dela: - Quando estamos aqui
temos que inventar uma história triste para comover, dizer que esse é o
melhor lugar do mundo, mas é o inferno da minha vida, eu não estou aqui
pelo dinheiro, estou aqui para minha irmã e minha mãe ficarem bem. – Os
olhos de Alfonso ficam mareados.
– Nossa... – Anahí murmura.
Alfonso coloca seu dedo sobre os lábios de Anahí, e fala baixo: Shiiiu... Sem comentários.
Anahí faz que sim com a cabeça, e Alfonso sorri, em seguida ele
fala: - E o seu segredo?
– Pode confiar em mim. – Alfonso sorri.
– Ele sabe?
– Não... Descobri depois que terminamos... Ninguém sabe... –
Anahí sorri. – Você sabe.
– Me sinto honrado, por ser primeiro a sabe disso... – Alfonso
sorri. – Parabéns. – Alfonso se dá a liberdade de acariciar a barriga dela. –
Em seguida ele se levanta, vai ao armarinho e pega uma rosa, ele volta a
se aproximar de Anahí. – Sempre quando trabalho eu dou uma rosa,
quando estou na parte da conquista. – Alfonso ri. – Mas essa rosa é para
seu bebe. – Ele entrega a rosa para Anahí.
– E por que você não tentou me conquistar? Não é o que deve
fazer? – Anahí sorri.
– Você não quer ser conquistar... Simplesmente isso... As
mulheres vem aqui por que precisam ser conquistadas, você é decidida,
você não precisa de um homem para ser feliz, para você basta ser feliz.
– Obrigada. – Anahí sorri. – Mas eu vou ajudar você, te prometo. –
Anahí sussurra.
– Melhor você não se meter nisso Anahí. – Alfonso sussurra.
– Pode me chamar de Any... – Ela sorri. – Já estou metida agora.
No outro dia, após ela saber que os familiares de Alfonso estavam
seguros, ela voltou para o lugar onde Alfonso trabalhava.
– Pode me chamar de Poncho. – Ele retribui. – Como vai fazer
– Oi. – Anahí estava nervosa.
isso?
– Não pergunte. – Anahí pega o celular e alcança para Alfonso –
Apenas escreva onde sua irmã e mãe moram.
– Oi. – A recepcionista sorriu. – Alfonso está ocupado, está com a
senhorita Perla hoje. – Ela sorriu.
Ele falando sempre em um tom muito baixo, Alfonso pega o
celular e escreve como encontrar a irmã e mãe de Alfonso, e os nomes
delas.
Anahí retrocedeu tudo em sua cabeça, e pode se lembrar dela, ela
ficou enciumada mas não quis admitir pra si mesma na hora.
– Agora vou indo. – Anahí sorri.
– Se ver minha mãe por favor diz que eu amo muito ela. – Alfonso
sussurra.
– Deixa comigo. – Anahí da um selinho demorado em Alfonso.
Alfonso gosta do beijo, mas fica confuso com a atitude dela, enfim
ela sai sem falar mais nada, ela paga na recepção e vai embora sem
esperar Dulce.
Após se distanciar um pouco do lugar ela disca no celular e logo
fala: - Preciso da sua ajuda. – Ela escuta e em seguida fala. – Eu vou te
mandar um endereço e uns nomes... São duas mulheres, quero que você
tire elas da casa delas e leve para minha casa, quero escolta, não quero
que ninguém chegue perto delas, proteja elas. – Ela ouve o que a pessoa
fala. – Apenas siga minhas ordens. – Ela fala em um tom seco. – Faça isso
hoje! Não importa o quanto tenha que gasta. Faça!
– Não vim falar com ela, quero falar com o dono. – Ela diz firme.
– Ele não costuma atender...
Anahí interrompe: - A mim ele irá atender.
A recepcionista tenta ligar para o dono do estabelecimento, e
claro que ele diz que não irá recebê-la, Anahí pede para a recepcionista
insistir, e depois de incomodar alguns minutos o homem se rende.
Anahí então vai seguindo a recepcionista até a sala do dono do
estabelecimento, ao passar pelo corredor, ela consegue ver através do
espaço da porta semi-aberta Alfonso beijando Perla, eles se beijam de
maneira feroz, bem diferente da forma que os dois se beijaram. Anahí
engole seco ao ver os dois se beijando, porém apenas vira o rosto e
continua andando. Alfonso entre os beijos com Perla, percebe a presença
de Anahí e para de beijar Perla na mesma hora.
– Que foi querido? – Diz Perla tentando recuperar o fôlego.
– Nada não princesa. – Alfonso sorri meio falso. – Eu apenas achei
que tinha visto algo... Me dá dois minutos?
– Claro.
– Não suporto essa mulher, meu Deus. – Ele sussurra baixo para si
mesmo, enquanto se aproxima da porta e olha para o corredor para ver
se encontra Anahí.
Ele não encontra ela, então volta para sua sala com Perla.
– Você parece tão apreensivo. – Ela sorri se aproximando mais de
Alfonso.
– Impressão sua. – Alfonso da um beijo leve nos lábios dela.
Anahí então entra na sala do dono e a recepcionista logo sai, a
cadeira confortável atrás da mesa de madeira muito bonita, está virada e
então ela não consegue ver o homem. Logo que o mesmo percebe a
presença dela, ele vira a cadeira consequentemente se virando para ela.
– Isso o que? – O homem fala sem entender, por não saber que
ela já sabe. – Vem cá amor, eu estava com tantas saudades, sabia que
você iria voltar pra mim. – Ele vai prensando ela contra a parede.
– Me solta Kin, me solta. – Ela grita. – Eu sei o que você faz aqui,
sei que você ameaça a família de Alfonso e não duvido que faça isso com
os outros. – Ela o empurra.
– Do que você está falando? – Kin se afasta de Anahí e se faz de
desentendido.
– Nunca pensei que poderia me envolver com alguém tão baixo,
mentiroso, falso e criminoso,... – Anahí grita. – O que seria de mim se
tivesse casado com alguém como você?
– Você está louca? Do que está falando? – Ele mente
descaradamente. – Aposto que você andou se envolvendo com algum
desses caras para tentar me esquecer e claro se apaixonou, agora ele te
fala qualquer coisa e você já acredita.
firmes.
– Eu estou com a mãe e irmã de Alfonso, sei que você é um
descarado, um cretino... – Anahí suspira. – E sei que você só ia casar
comigo por causa do meu dinheiro. – Anahí baixa a cabeça. – Nunca
ninguém me decepcionou tanto.
Anahí vai dando passos para trás não deixando o homem se
aproximar dela, sua respiração fica forte, por um segundo ela sente
medo: - Por que você faz isso?
– Ok Any. – Kin suspira. – Eu posso estar realmente ameaçando os
familiares dos meus serviçais, porém nunca fale do meu amor por você,
eu te...
– É você? – Anahí fala assustada, sai quase como um grito.
– Sim sou eu. – O homem se aproxima dela com passos lentos e
Anahí interrompe: - Pare com essa ladainha... – Ela bufa. – Quanto
você quer?
– Como assim? – Kin fala sem entender.
– Eles não são seus campanhes? Quando você quer pelo Poncho?
Estou disposta a pagar o que for por ele... – Anahí suspira. – Por ele e
pelos outros.
– Alfonso Herrera sempre me deu muito lucro, mas dar em cima
da minha mulher?
– Ele não deu em cima de mim, eu não estou apaixonada por ele
se o problema é esse... e eu não sou sua mulher.
– Ok ok, não precisa ficar estressadinha. – Ele sorri. – Vamos fazer
assim, vou pensar na sua proposta, logo que tiver uma resposta, a gente
janta para conversar sobre isso.
– Claro, e como sei que não irá fazer nada contra os meninos? –
Ela fala séria.
– Não fiz nada agora, não vou correr o risco de perder um bom
negócio com você. – Ele sorri.
– Para você a vida dessas pessoas são apenas negócios? – Ela fala
indignada.
– Talvez. – Ele fala com sarcasmo. – A única coisa para mim que
dou meu coração, é você e você sempre soube disso.
– Talvez? Coisa? – Anahí fica cada vez mais estressada.
Kin se aproxima dela e passa a mão sobre o rosto de Anahí, o
acariciando. Anahí tira a mão dele de perto dela, mas antes que ela possa
falar qualquer coisa ela se sente tonta, enjoada e acaba vomitando em
cima de Kin, deixando o terno dele todo sujo.
– Any, você está bem? – Ele tira seu terno.
– Estou ótima. – Ela fala ironicamente saindo da sala dele.
Ela vai passando no corredor, ainda enjoada. Alfonso vê ela pela
porta, agora já sozinho, ele vai correndo até ela por perceber que ela não
está bem.
– Any, o que aconteceu? – Alfonso se preocupa.
– Estou um pouco enjoada, vou ficar bem. – Ela se segura em
Alfonso.
Kin sai da sua sala para ir atrás dela, e vê ela abraçada com
Alfonso.
– Isso é normal por causa do...
Anahí da um tapa no Alfonso para ele se calar: - Cala a boca.
– Então Any é por isso que quer comprá-lo? – Kin fica indignado
de ver os dois tão próximos.
– Me comprar? – Alfonso olha Anahí.
– Cala boca. – Anahí fala para Alfonso. – Depois te explico. – Anahí
se vira novamente para Kin. – O que vou fazer ou deixar de fazer da minha
vida é problema meu...
– Se você quiser que seu amiguinho fique bem Anahí, é melhor
nem falar com ele até nossa próxima conversa... – Kin ordena.
– Isso é uma ameaça? – Anahí se aproxima dele.
– Isso é um fato. – Kin sorri.
– Idiota. – Anahí bufa. – Tenho nojo de você... NOJO! – Ela da
ênfase no segundo “nojo”.
– Nojo? Não era isso que você dizia aquelas noites quentes... – Kin
fala em um tom provocador por causa de Alfonso. – Você dizia palavras
bem quentes até.
– Canalha. – Alfonso fala sem querer.
– Cala a boca serviçal... – Kin olha com poder. – Esqueceu o que
posso fazer com seus familiares? Ou o que posso fazer com os familiares
dos seus amigos? Ou pior... O que eu posso fazer com você?
Kin se aproxima tocando o rosto de Anahí totalmente, ele
aproxima sua boca da boca de Anahí e sussurra com os lábios bem
próximos: - É só você se comportar que ninguém morrerá mesmo.
Anahí da um tapa na cara de Kin: - Idiota.
– Você realmente não tem noção do perigo né? – Kin olha Anahí.
Alfonso está ali no meio, sem saber o que fazer ou como agir, ele
não sabe ainda se seus familiares estão bem, então ele opta por apenas
ficar observando.
– Não tinha quando ainda estava com você, mas agora sei
exatamente quem você é... Seu filho da puta, seu cretino. – Anahí fica
super estressada.
– Acho melhor você ir embora. – Kin a expulsa.
– Ok, eu vou mesmo. – Anahí vira as costas, mexe em sua bolsa,
ela para por alguns segundos, e se vira de volta. – Faltou algo. – Anahí se
aproxima de Alfonso e da um selinho demorado nele, enquanto alcança
algo em sua mão. – Agora sim eu vou... – Anahí provoca Kin.
Kin vira-se para Alfonso quando vê Anahí vai embora.
– Me matar! me mata agora... Cansei disso. – Alfonso grita.
– Cala boca Alfonso... – Anahí manda ele calar-se pela terceira
vez. – Ninguém irá morrer aqui, ok?
– Seu maior erro foi ter se metido com a minha mulher! – Kin diz
em um tom ameaçador.
– Estava só fazendo o que me mandou fazer. – Alfonso olha Kin. –
Não sabia nem quem era, ela veio aqui, me disse que tinha se separado
de um traidor, e que queria esquecê-lo.
– E foi o que você fez?
– Não, foi o que você fez. – Ele deu ênfase na palavra “você”. – Ela
te amava até descobrir que você é um criminoso.
– Vai trabalhar que é o melhor que você faz. – Kin grita com
Alfonso.
– Vou mesmo. – Alfonso vai entrando na sua sala.
– E só mais uma coisa. – Kin para na porta da sala de Alfonso. – Se
te vir perto da minha mulher de novo, você vai sofrer as conseqüências.
– Primeiro me apresenta a sua mulher, por que até onde eu sei a
Anahí não é sua a tempos... Daí a gente conversa. – Alfonso responde em
tom irônico.
– Eu a conheço a pouco tempo, mas conheço melhor que você,
ela não é essas prostitutas que você paga em Vegas, ela tem valor, e ela
ao contrário de mim, não precisa de você.
– Poncho, achei que você iria aprender muito comigo...
Sinceramente confiava em seu caráter, achei que seria meu discípulo, mas
estava errado. – Kin suspira. – Eu vou fazer ela precisar de mim.
– Nunca seria igual a você, e ao contrário de você eu tenho
caráter.
– Em pensar que achei que um dia seriamos grandes sócios, por
que potencial você tem...
Alfonso tem tanto nojo de olhar para cara dele que tenta de todas
as formas terminar com a briga: - Potencial eu tenho, só que uso o meu
potencial para coisas diferentes, agora posso trabalhar sossegado?
– Claro. – Kin sai da sala sem resposta.
Alfonso bate a porta.
– Não é, mas irá ser. – Kin devolve o que ele diz. – E quando você
me vir passando agarrado com ela para lá e para cá aqui dentro, você vai
se lembrar de que você veio do nada e que você é um nada.
– Ela não é essas mulheres, ela nunca vai voltar para você. –
Alfonso tenta se controlar.
– Eu a conheço a muito mais tempo que você, sei como trazê-la
para mim. – Kin provoca.
– Merda. – Ele grita.
Alfonso ainda está confuso, como Anahí poderia ter se metido
com um cara como aquele, e como aquele mundo era pequeno, pois a
mulher que lhe ensinou o que significa amor, era ex noiva do homem que
ele mais odeia no mundo.
Anahí por outro lado, estava abatida, surpresa com tudo que
tinha acontecido, ela ainda não aceitava que podia estar grávida de um
homem que na verdade era um bandido. Ela entrou em uma farmácia.
– Aconteceu algo moça?
– Não... Nada... – Anahí tenta conter as lagrimas porem não
consegue.
– Vocês tem remédio abortivo? – Ela pergunta para a atendente.
– Temos sim.
Anahí suspira, e começa a pensa: “Anahí, o que você está
fazendo?”, ela respira fundo: - Eu quero um.
A farmacêutica pega o remédio e da para ela, ela paga.
A mulher se senta do seu lado: - Sei que não me conhece, mas se
quiser conversar, sobre qualquer coisa, as vezes faz bem. – A mulher sorri.
– Obrigado. – Anahí deixa escorrer duas lagrimas.
A mulher se senta ao lado de Anahí e vê o remédio abortivo: Está grávida?
– Está aqui.
– Obrigado. – Anahí paga e sai da farmácia.
Anahí fica olhando tudo, andando pela rua, ela passa por uma
praça e vê uma família com criança, ela fica olhando em especial uma
menininha correndo para os braços de sua mãe e dizendo que a ama.
Uma lagrima cai dos olhos de Anahí, em seguida ela se senta num banco e
começa a chorar olhando para a caixa. A mesma criança que ela tinha
avistado antes vem até ela.
– De um canalha, de um ladrão assassino. – Anahí começa a
chorar.
– Essa criança não tem culpa, ela não tem culpa do pai que tem...
Mas pode ter uma mãe maravilhosa. – A mulher olha para sua filha. –
Princesa? Vai la brincar nos balanços?
– Ta mamama. – A criança sorri e vai lá brincar, como sua mãe
disse.
– Sabe a Laura? Ela não tem pai... Mas sou pai e mãe para ela.
– Que que foi moça? – Ela diz com um tom infantil.
Anahí seca suas lagrimas: - O que aconteceu com ele?
A mãe da criança vem atrás pegando a mão da sua filha: Desculpa moça.
– Ele faleceu. – Ela fala em um tom triste. – Mas sou a mãe e o pai
dela.
– Capaz. – Anahí responde chorosa.
– Meus pêsames. – Anahí sorri de canto.
Nesse momento o telefone de Anahí toca, e ela atende em
seguida, ela não olha quem liga, apenas responde sem pensar: - Poncho?
– Tudo bem, já superei. – Ela sorri de canto.
– Não, não é o Poncho. – Responde a voz do outro lado.
– Prazer, Anahí.
– Prazer, Maite.
– Tenho tanto medo, não quero que ele saiba desse bebê... Não
quero que meu filho seja filho de um bandido.
– E então vai matá-lo? Invente qualquer coisa, pode dizer que ele
é filho de outro homem, você pode até conhecer outro homem... Mas
filho é uma benção.
– Obrigada. – Anahí sorri, em seguida se levanta e larga o remédio
na lata do lixo com um sorriso no rosto.
– É assim que se faz. – Maite sorri.
Então Laura vem correndo para Maite e da um beijo e um abraço
apertado em sua mãe.
– Minha princesinha. – Maite a segura em seu colo e levanta.
– Enfim, vou indo. – Anahí sorri.
– Tchau. – Maite sorri.
– Até a vista. – Anahí responde caminhando para o lado oposto.
– AAA, oi Dul. – Anahí começa a pensar no que seria dela se fosse
o Kin no telefone. - Que susto, imagina se eu falo isso e é o Kin...
– Kin? Amiga? O que você anda fazendo... Você está sumida...
Achei que íamos aproveitar suas férias. – Dulce ri.
– Ai amiga, se lembra aquela história que te falei do Poncho?
– Aquela que eu disse que era pra você não se meter? Sei...
– Então, adivinha quem é o dono do estabelecimento? – Anahí
fala com suspense.
– Quem? – Dulce pergunta curiosa.
– O Kin! Fiquei louca quando soube. – Anahí suspira. – Na verdade
quando o vi.
– E ele sabe que você se encontra com o Poncho? Isso pode ser
perigoso... Falando nisso eu ganhei a aposta, estou certa? – Dulce muda
de assunto completamente.
– Foram apenas dois encontros, e não... Eu não estou apaixonada
pelo Alfonso, mas esqueci do Kin, e não por causa dele, mas por causa do
que o próprio Kin fez.
– Você esqueceu, isso que importa. – Dulce fala com tom de
vencedora.
– Não é com dinheiro que ele cobra mon amour. – Dulce fala em
um tom safado.
– Dulce Maria Espinoza Saviñon foca no assunto. – Anahí grita
atraindo a atenção das pessoas que estão na sua volta.
– Então, você paga ele com toda vontade certo? – Anahí ri
maliciosamente.
– Ok ok, não grita.
– Eu preciso de sua ajuda para algo...
– Não me meta nas suas furadas. – Dulce adverte.
– Faço esse esforço por você amiga. – Dulce ri.
– Esforço? Imagino, deve ser quase como arrancar um braço. –
Anahí ironiza.
– Poxa, que amiga você... Se não quer ajudar beleza. – Anahí se
– Ok... Não é um esforço... Mas poxa, me sinto uma puta assim. –
Dulce faz um draminha.
– Ok, fala o que quer que eu faça...
– Dulce... Você já fez coisa pior... Então por favor, faz isso por mim
ok? Agora vou desligar! Te amo amiga, tchau. – Anahí desliga antes que
ela possa reclamar.
desfaz.
– Quero que você descubra qual é a influencia do Kin em Vegas,
se ele é um gangster ou algo do tipo...
– Como vou conseguir saber isso? – Dulce questiona.
– Poxa, você conhece todo mundo aqui, alguém aqui deve saber
isso...
– Vou perguntar pro meu motorista, talvez ele saiba... Mas ele
cobra caro por informações assim. – Dulce bufa. – É um mercenário.
A conversa com Maite, aquela estranha que conheceu na praça,
havia feito muito bem a ela, ela começou a pensar nessa criança como
"meu filho, apenas meu", ela então começou a se lembrar de como
Alfonso ficou feliz de saber que ela estava grávida, ela ainda guardava a
rosa em sua bolsa dentro de sua agenda. Seu telefone tocou novamente,
dessa vez ela olhou o numero era desconhecido, ela tinha certeza que era
o Alfonso, porém ela resolveu ser mais sutil.
– Alô!
– Quanto ele vai querer? Pago o necessário...
– Oi Any! – Do outro da linha tinha uma voz máscula, por mais
que já estivesse acostumada a ouvir aquela voz, parecia que sempre a
fazia arrepiar, ela tentava negar isso, mas era inevitável.
– Poncho, como está?
– Estressado com seu noivinho e você?
– É horrível, mas você sabe a influencia dele em Vegas? Ele é tipo
um gangster? – Anahí pergunta já com medo da resposta.
– Não sei... Quer dizer, sei que ele é bem famoso no meio, porém
não sei até onde vai o poder dele... – Alfonso tenta mudar de assunto. – E
como está seu... Você sabe...
– O bebê? Não sei... Eu pensei em...
– Ele não é meu noivo. – Anahí grita novamente na rua chamando
atenção de todos.
– Desculpa, estou estressado... Estou com medo que aconteça
algo com...
Anahí interrompe nesse momento: - Sua mãe e sua irmã estão
salvas em minha casa, contratei guarda costas particulares estão sendo
tratadas como duas rainhas.
– Jura? – Ele disse entusiasmado.
– Não teria por que mentir...
– Mas me conta, como você está? – Alfonso pergunta novamente.
– Chocada. Muito chocada. – Anahí desabafa.
– Deve ser horrível uma pessoa que você gostava ser um homem
desses...
– Nem pense nisso. – Ele a interrompe. – Ele não tem culpa de
nada...
– Foi o que me falaram... Desisti da idéia... Mas ainda me dói
pensar que ele tem sangue de um bandido.
Alfonso sussurra: - Mas ele tem seu sangue, e isso basta.
– Obrigado por tudo.
– Eu que agradeço... Por tudo que tem feito.
– Bem mudando de saco para sacola. – Anahí ri. – Temos que
marcar nosso ultimo encontro... Isso se você quiser, claro.
– Quero um encontro, só não queria que fosse o ultimo.
Isso pega Anahí de surpresa, ela não sabe o que responder, seu
coração acelera e suas mãos em seguida começam a suar.
– Any? Ta ai?
Anahí ainda não responde, ela não sabe o que responder, ela
ainda não consegue admitir para si mesma seus sentimentos, então ela
desliga sem falar nada. Alfonso que estava do outro lado da linha fica sem
entender por que ela desligou, enquanto Anahí ainda está com as mãos
tremulas e seu telefone toca de novo.
– Nossa, eu to requisitada hoje. – Ela reclama.
– Não. – Ela grita. – Me da o nome e eu vou até lá.
– Ok.
Ele passa o nome do restaurante para ela, mais a noite Anahí está
saindo para se encontrar com Kin e Dulce também sai para se encontrar
com Christian.
Ela olha o numero, e vê que é o Kin ligando.
– Então Any, pronta?
– Alô. – Ela já atende com desdém.
– Não e você?
– Oi meu amor. – Ele fala com cinismo.
– Eu nasci pronta meu amor. – Dulce pisca.
– Deixa de ser sínico. – Ela fala de maneira grossa.
– Ei, grossa... Você já foi mais romântica. – Ele fala ainda com
cinismo. – Então, já pensei numa proposta, vamos nos encontrar essa
noite?
Anahí estava com nojo de ouvir a voz dele, mas ela precisava
saber a proposta que ele ia fazer, e com certeza não seria nada boa: - Fala
por telefone.
– Não, tem que ser pessoalmente.
– Ok. Ok. – Ela fala em um tom estressado, ela está quase
explodindo. – Onde?
– Vamos em um restaurante, eu te pego...
As duas saem e entram no taxi de Christian, Christian em seguida
liga o carro e dirige para o restaurante onde Any vai se encontrar com Kin,
ao chegar, Christian para o taxi e diz: - Chegamos meninas.
– Obrigado, tchau Dul. – Anahí diz saindo do carro e fechando a
porta.
– Você não vai ficar? – Christian olha para Dulce.
– Eu não, hoje quero conversar com você. – Dulce passa para o
banco da frente.
– Conversar sobre o que? – Nesse instante a voz de Christian
muda, aquele tom profissional que ele fala normalmente se torna algo
bem mais quente.
– Hm... Quero saber umas coisinhas. – Dulce pisca.
– Suco de que? – O garçom pergunta gentilmente.
– Que tipo de coisinhas?
– Laranja.
– Tipo a influencia do De Llaca aqui em Vegas. – Dulce sorri.
O garçom anota e sai para pedir.
– Suco? – Kin ainda meio ressabiado. – Você bebendo suco em
– E você sabe que informações minhas eu cobro caro não é? –
Christian sorri safado.
Vegas?
– Eu estou disposta a pagar o que você quiser, por informações
valiosas e detalhadas. – Dulce sorri, falando em um tom de provocação.
– E o que você quer se metendo na minha vida? Suco sim! Algum
problema. – Anahí está mais estressada que o normal.
– Então conto tudo que me perguntar.
– Desculpa. Enfim, como está?
Christian liga o carro e vai dirigindo para um lugar mais deserto.
– Para de bla bla bla, e fala duma vez qual é a proposta.
Enquanto isso Anahí entra no restaurante, e vê Kin sentado em
uma mesa perto a uma janela, ela se aproxima e em seguida se senta.
– Você está linda. – Kin não perde a oportunidade de elogiá-la e
assim tentar ganhar uns pontos com ela.
– Não enche. – Ela responde friamente.
O garçom se aproxima: - Alguma bebida?
– Duas taças de vinho. – Kin responde pelos dois.
– Eu quero um suco. – Anahí fala cortando Kin.
– Então uma taça de vinho e um suco. – Kin sorri.
– Quer ir mesmo direto ao assunto? Então vamos né.
Anahí o olhava com tanto ódio que parecia que era ela a vilã da
história, ela estava estressada, com nojo da cara dele e louca para
terminar logo com isso.
– Minha proposta é essa – Kin olha Anahí com cara de vencedor. –
Você se casa comigo, e fecho a casa de encontros, liberando Alfonso, e os
outros... Esse é meu preço.
Anahí quase cai da cadeira ao ouvir ele, e com sua mania de gritar
acaba chamando a atenção de todos quando diz: - Você está louco?
– Pare de gritar. – Kin deixou a mascara cair propositalmente. – É
isso aí, se case comigo, e libero todos, não se case, e Alfonso morre.
– Você é um psicopata.
– Só para não dizer que sou mau, te dou até segunda feira para
pensar... Dois dias é bastante tempo. – Kin fala de modo irônico.
Anahí apenas se levantou e saiu, na hora que o garçom estava
chegando com o suco e o vinho. Kin ficou ali sentado, pegou a taça de
vinho e ficou olhando Anahí sair, o olhar dele tinha um ar vitorioso.
metem no caminho dele. – Christian já estava exausto, chegou ao seu
auge e se recostou no banco do carro.
Dulce saiu do colo de Christian, ela já sabia tudo que precisava
saber e se sentou ao lado de Christian no carro.
No outro dia Anahí já sabia de tudo, Dulce já havia contando tudo
o que tinha acontecido para Anahí, e Anahí já tinha sua resposta para o
Kin, mas só ia falar depois de dois dia. Então ela ligou para Alfonso.
– Oi, Poncho! Vamos marcar nosso encontro?
– Ultimo? – Alfonso engole seco.
A poucos quilômetros dali, estava o taxi de Christian, ele estava
escondido entre algumas arvores em cima da calçada, Dulce e Christian
estavam no interior do taxi, ambos no banco de trás do carro, Christian
estava sentado normalmente no carro, e Dulce estava no colo dele, de
frente para ele, ela quicava com certa velocidade. As mãos de Christian
estavam na cintura de Dulce, acompanhando e ajudando com os
movimentos que ela fazia.
– Deliciosa... – Ele falava no ouvido dela.
– Sim, ultimo. – Anahí suspirou.
– Onde vai ser? – Alfonso suspira.
– Ainda não sei, te mando por mensagem. Pode ser hoje a noite?
– Claro. – A voz de Alfonso estava rouca, como se tivesse
chorando.
– Então Kin é um gangster poderoso aqui? – Dulce perguntava no
ouvido dele enquanto o enlouquecia com os movimentos que fazia com
sua cintura no membro dele.
– Aconteceu algo Poncho? – Anahí fica preocupada.
– Não, nada... Nos vemos a noite. – Ele desliga o telefone sem dar
tchau.
– Sim, ele é um mafioso poderoso... – Christian quase não
conseguia falar. – Diz que ele manda matar e torturar as pessoas que se
Logo Anahí escolheu o lugar e mandou uma mensagem para
Alfonso esperando a confirmação, ela estava sentada na cama no quarto
de hospedes da casa de Dulce, ela olhava para dentro da sua mala
procurando a roupa perfeita para aquela noite.
– Uck, você anda muito folgado ultimamente. – Alfonso pega a
roupa que vai encontrar com Anahí e joga na cama.
– Que merda, nada que preste. – Anahí se levantou e saiu para ir
comprar uma rouba.
– Não estou folgado. – Christopher na frente do espelho
arrumando o cabelo. – Eu apenas não deixo a peteca cair. – Em seguida
ele passa o perfume. – Por que se não, não tem motivos para enfrentar
tudo.
Enquanto isso Alfonso estava em seu quarto, ele ficava lembrando
dos encontros que teve com Anahí, e do quanto ela aprendeu com ele em
apenas dois encontros. Ele ficava perdido em seus pensamentos
indagando-se se ela realmente só o veria novamente por causa da aposta,
ou se ela tinha outra coisa em mente, ele tinha medo de se iludir, mesmo
que a sua ilusão fosse a melhor coisa que acontecesse em sua vida nos
últimos anos.
– Ta no mundo da lua é? – Christopher empurrou o ombro de
Alfonso, fazendo-o acordar de seu devaneio.
– Quase isso. – Alfonso suspirou. – Hoje é meu ultimo encontro
com a Any.
– Cara que gay. – Christopher falou se referindo ao estado que
Alfonso se encontrava. – Você ta parecendo aquelas adolescentes quando
perdem os namorados...
– Eu estou falando sério. – Ele gritou.
– Ok, ok. – Christopher se assusta. – Vou pro meu expediente
quando a TPM passar a gente conversa, ta bom?
– Vamos dizer que você tenha razão, como posso me animar,
trabalhando com esse cara, tendo que aturar a Perla, a ponto de perder a
Anahí, e o pior de tudo, tendo que dividir quarto com a criatura mais
chata do mundo? – Ele fala em um tom irônico.
– Tirando a parte que me toca. – Christopher ri. – Você ta
entendendo o que quis dizer. – Logo em seguida ele sai do quarto.
Alfonso começa a se vestir, ele coloca uma camiseta social, um
terno, uma gravata e um sapato social, arruma os cabelos e se perfuma,
ele da os ares de um empresário.
Anoitece e logo chega a hora do encontro, Anahí chega com o
carro no lugar marcado, ela estaciona e desce, Alfonso quando a vê não
consegue dizer nada, ela está simplesmente divina, ela está vestida com
um vestido longo tomara que caia, um sapato alto e seus cabelos estão
meio preso e meio solto, ele se aproxima dela e a vontade que tem na
hora é de beijá-la, porém se contém.
– Boa noite. – Alfonso diz com um lindo sorriso na face.
– Boa noite. – Anahí retribui, em seguida alcança a chave do carro
para ele, pois será ele que dirigirá até o local do encontro.
– Vamos. – Alfonso sorriu.
– Claro.
Anahí e Alfonso deram a volta no carro, ele abriu a porta do
carona para ela poder entrar, assim que ela sentou e fechou a porta, ele
fecha a porta com delicadeza, caminha até o outro lado do carro, abre a
porta, entra, coloca o sinto, fecha a porta, liga o carro e começa a dirigir.
O silêncio toma conta do carro, eles apenas podem ouvir o
barulho do motor, que é muito baixo, e o barulho externo, Alfonso tenta
se concentrar no trajeto, porém Anahí estava simplesmente perfeita, ele
não conseguia tirar seu pensamento dela, e aquele silêncio já estava
sufocando ambos, então ele tomou coragem e falou a pior coisa que ele
poderia ter falado naquele momento, na opinião dele.
– Está linda a noite não.
Anahí também achou que ele poderia ser mais criativo, mas foi
quase um alivio ele ter quebrado o silêncio: - Sim, está perfeita... – Ela não
queria que o assunto termina-se afinal já que ele deu a brecha ela queria
conversar para não ficar agoniada novamente. – Como você está?
– Estou muito bem e você? – Alfonso mentiu.
– Eu estou ótima. – Anahí mentiu também.
– E... – Alfonso queria tomar coragem para perguntar.
– O que? – Anahí o incentivou.
– Você tem certeza que quer que esse seja o lugar do nosso
ultimo encontro? – Alfonso sorriu.
– Nunca tive tanta certeza de algo em toda minha vida. – Anahí
disse com precisão.
Eles já estavam chegando no local do encontro, era um motel
cinco estrelas, ao entrar no estacionamento, eles desceram do carro e
entregaram a chave para o manobrista, que deu um ticket para eles. Em
seguida eles entrar no motel, e foram direto para a recepção.
– Boa noite. Tem reserva? – A recepcionista os recebe
educadamente.
– Sim, está no nome de Consuelo Nuñez. – Ela sorri para a
recepcionista.
– Ah sim, a suíte presidencial. – A recepcionista entrega a chave
para Anahí. – Senhor e Senhora Nuñez vocês podem subir pelo elevador a
sua direita.
– Obrigada. – Anahí responde.
Anahí e Alfonso vão em direção para o elevador, apertam no
andar que vão ficar, enquanto o elevador sobe, Alfonso não se contém: Consuelo Nuñez?
– É meu nome de guerra ok? – Anahí ri.
O elevador para.
– Você achou que eu ia dar meu nome verdadeiro para eles?
Ambos caminham em direção ao quarto, ela passa o cartão chave
para abrir a porta, e ambos entram no quarto, que era realmente luxuoso.
– O que estamos fazendo aqui? – Alfonso indaga.
– O que se faz num motel senhor Juan Carlos Nuñez? – Anahí ri.
– Juan Carlos? Não tinha nome melhor? – Alfonso ri com ela. –
Sexo? – Ele sorri.
– Não precisamos fazer necessariamente sexo se não quiser,
podemos conversar, beber, dormir, fazemos o que nos der vontade. –
Anahí larga sua bolsa e o cartão do quarto na mesinha.
Alfonso fica olhando Anahí de costas para ele, largando as coisas
na mesinha, ele se aproxima dela, encostando sua barriga e peitoral nas
costas dela, ao sentir Anahí sente sua pele toda arrepiar, ela fecha os
olhos quando sente ele afastar o cabelo de Anahí com a mão e dar beijos
leves pelo seu pescoço e nuca, ele para os beijos e sussurro: - Eu te
desejo...
Anahí queria cortá-lo, mas também o desejava, e do jeito
cavalheiro que ele era, se ela dissesse não uma vez, ele não tentaria mais
nada a noite toda, então deixou acontecer.
Aos poucos Alfnso se afastou de Anahí dando espaço para ele
abrir o zíper do vestido dela, assim que abriu, o vestido caiu aos pés de
Anahí, e ela ficou apenas de calçinha pois não precisava de sutiã pelo
vestido tomara que caia.
Anahí se livrou do vestido e dos sapatos, e se virou para Alfonso,
pegou a gravata e começou a puxá-lo por ela, ela se deitou na cama e fez
ele se inclinar sobre ela, ele colocou as mãos aos lados dos ombros dela.
Anahí começou a desabotoar o terno dele, e a camisa, Alfonso se
levanta e tira o terno e camisa, e a calça também, ficando apenas de
cueca.
– Agora estamos kits. – Anahí ri e se ajeita na cama.
Alfonso sobe engatinhando na cama e distribuindo beijos pelo
corpo de Anahí, da uma leve mordida na barriga dela e depois sobe até os
seios dela e começa a chupar um e massagear o outro com a mão, ele fez
isso por alguns minutos, depois ele inverte.
Enfim ele beija a boca dela, porem sua mão desce até a
intimidade dela, colocando sua calçinha de lado e começando a estimulála com os dedos, ele percebe a excitação tomar conta do seu corpo assim
como ela sente. Logo eles perdem o fôlego e o beijo se encerra para eles
retomarem o ar, e assim que Alfonso e Anahí tiram suas roupas intimas,
ela consegue sentir ele dentro dela, ela nunca havia se sentido tão
excitada e tão feliz antes, ela sente cada movimento como se fosse a
primeira vez que estivesse com um homem, na realidade para ela teria
sido como a primeira vez, por mais que não quisesse admitir jamais havia
sentido algo tão forte por alguém, e por mais que já houvesse amado
outros homens, houvesse amado Kin, era a primeira vez que ela fazia
muito mais que sexo, ela fazia amor.
– Ou caso com ele, ou ele mata você e sua família e a família dos
seus amigos, e sinceramente, não viveria se você morresse...
– Mas deve haver outro jeito. – Ele fala inconformado.
Eles logo chegaram ao seu extremo, Anahí chegou primeiro, não
podendo conter seu gemido quando chegou lá, Alfonso também chegou
ao seu ápice alguns minutos depois, mesmo após gozar ele ficou dentro
dela mais alguns instantes depois se deitou ao lado dela, e eles se
beijaram, se beijaram de maneira tão carinhosa, tão amorosa e mesmo
sem ar eles não conseguiam se separar, quando pararam o beijo eles
estavam ofegantes e Anahí sussurrou sem pensar: - Eu te amo.
– O que? – Alfonso não sabia se tinha ouvido direito.
Anahí não sabia o que dizer, havia falado coisa sem pensar, e
agora o que ela faria? Ela não sabia exatamente o que dizer: - Não, nada.
– Você disse que me ama... – Ele falou sorridente.
– Não posso amar você, Dul estava certa, você me fez esquecê-lo
em três encontros, porém antes não tivesse o esquecido.
– Por que diz isso?
– Por que realmente hoje foi uma despedida, vou me casar com
Kin.
– Como? Por quê? – Alfonso se exalta e senta na cama.
– Não há outro jeito, aceite, nós perdemos. – Anahí tenta conter
as lágrimas.
– Não vou aceitar te perder para ele...
– Poncho, por favor. – Ela olha para Alfonso. – Vamos aproveitar
nossa ultima noite juntos, por favor, vamos fazer disso agradável.
– Tudo bem. – Alfonso voltou a se deitar, abraçou-a e deu um
beijo carinhoso em seus lábios. – Eu te amo... – Ele sussurrou.
– Também te amo. – Agora ela disse em alto e bom som.
– Agora dorme. – Ele falou acariciando os cabelos de Anahí.
Anahí logo dormiu, entrou em um sono profundo, um sono
pesado, e Alfonso ficava acariciando seus cabelos e a observando dormir,
enquanto os pensamentos que tudo que anda acontecendo estava
rodeando sua cabeça tirando sua paz, porém assim que o sono bateu, ele
dormiu, dormiram abraçados a noite toda.
No outro dia Alfonso acordou cedo, pediu um café da manha e
assim que chegou ele acordou Anahí com beijos carinhosos em seu rosto
e boca, e leves sussurros: - Any, meu amor... Acorda...
Anahí foi abrindo os olhos vagarosamente, até ver Alfonso, logo
sentou na cama e viu a bandeja com um ótimo café da manha.
– Nossa, é tão bom acordar assim... – Anahí sorriu.
– Na realidade tudo que é junto com você é bom. – Alfonso
imaginava aquilo como a primeira noite de uma lua de mel, sem
preocupações, sem um mundo a sua volta, apenas ele e ela, e o resto,
tanto faz.
E realmente era como uma lua de mel, eles tomaram café da
manha, riram, conversaram, trocaram carinhos e caricias, mas logo
tinham que volta ao mundo real.
– Queria ficar a eternidade com você. – Disse Alfonso.
Foi então que Anahí lembrou que teria de aceitar a proposta de
Kin, e toda aquela felicidade que estava sentindo foi embora assim do
nada, ela apenas ficou calada. Então Alfonso se aproximou mais dela,
colocou uma mecha do cabelo dela para trás da orelha e disse: - Você não
precisa fazer isso...
– Preciso sim. – Ela suspirou. – Se você morrer eu morro junto...
Anahí em seguida levantou e foi para o banheiro tomar um
banho, durante todo banho Alfonso ficou observando ela ensaboar e
acariciar o próprio corpo nu, era excitante, mas não era por esse
propósito que ele a olhava, ele a admirava.
Após o banho Anahí se vestiu com uma roupa menos social (que
havia trazido em sua bolsa) e passou uma maquiagem leve no seu rosto,
escovou seu cabelo, ela estava pronta para ir, porém seria a ultima vez
que veria ele, era torturante, e ela não queria despedidas longas.
– Any, eu só queria...
– Shiu. – Anahí colocou seu dedo sobre a boca de Alfonso,
fazendo ele se calar. – Não diga nada, apenas escute.
Após Alfonso assentir ao pedido de Anahí ela continuou: - Apenas
quero que saiba que você foi o único homem por quem realmente me
apaixonei, e não sabia disso, você me fez descobrir o amor, e se hoje te
deixo, é simplesmente por que amo você. – Anahí aproximou dele e deu
um beijo carinhoso em sua boca, depois saiu antes que ele pudesse falar
qualquer coisa, ela não podia ouvir nada, pois se segurava para não
chorar.
Alfonso sentou-se na cama, ele chorava como criança, mas sabia
que não podia fazer nada e nem tentaria nada por que mesmo amando-a
ele não poderia ser egoísta ao ponto de colocar em risco a vida de sua
família, a dele, e principalmente a de Anahí, que jogou a própria vida na
lata do lixo para que ele ficasse bem.
Ele tomou um banho e colocou a mesma roupa que havia
colocado para se encontrar com Anahí, e mesmo após o banho ele ainda
conseguia sentir o cheiro dela impregnado em sua pele, que junto com as
lembranças daquela noite em sua cabeça o faziam enlouquecer
misturando a tristeza de perde-la com a alegria de ter a tido um dia.
Quando saia da suíte ele viu um bilhete e dinheiro, estavam em
cima da mesinha junto com a chave da suíte, no bilhete estava escrito: “Já
está tudo pago, apenas entregue a chave na recepção, aqui tem o
dinheiro do encontro e do taxi, não ia deixar você volta a pé, enfim,
tchau! E... Obrigado por me mostrar o que é o amor.”
Alfonso fez como ela pediu, desceu e largou a chave na recepção,
o dinheiro estava guardado em seu bolso, e assim que saiu ele pegou um
taxi e foi embora.
A essa altura, Anahí já havia ligado para Kin, ela tinha que fazer de
uma vez, não agüentava mais, ela estava indo ao local do encontro se
segurando para não chorar, e repetindo muitas vezes para si mesma: - É
pelo Poncho, é pelo Poncho.
Ao chegar no lugar marcado, apartamento de Kin em Vegas, ela
estava mais calma, ela estava confiante, pois tinha que parecer assim,
nunca iria se fazer de coitadinha na frente dele, ela já tinha sua proposta
pronta, pois não iria ceder a todas as exigências dele. Então quando eles
estavam sentados frente a frente, Kin apenas falou: - E então?
– Eu caso com você, porém tenho minhas condições.
Kin se recostou no sofá: - Sabia que não seria tão fácil, fale, quais
são suas condições.
– Alfonso e a família dele têm que ficar em paz, nem eu e nem
você nunca mais falaremos deles ou com qualquer um deles...
Kin interrompeu: - De acordo.
– Quero que você de uma casa para ele e a família dele
recomeçarem, você tem dinheiro para isso, pode ser no interior ou
qualquer coisa do tipo.
– Nossa! Você realmente se importa com ele. – Kin ironizou.
– Calma, que ainda tem mais coisas. – Anahí falou.
– Continue.
– Você vai fechar aquela budega e deixar as pessoas viverem sem
ameaças e a ultima regra é... – Anahí respirou fundo. – Sexo só depois do
casamento.
– Preciso de uma semana para fechar aquilo, não posso fechar do
nada, e nos casamos assim que fechar, fechamos em um dia, casamos no
outro, de acordo?
– De acordo. Ah, e você vai fazer teste de HIV.
– Como queira, sei que não tenho nada. – Ele sorriu.
Eles eram tão secos um com o outro que seria estranho ele se
casarem, porém era um sacrifício que Anahí estava disposta a fazer.
– Agora pode voltar a ser carinhosa comigo?
– Eu estava pensando sobre isso, se vamos nos casar, temos que
tentar ao menos voltar a ser como éramos antes, vai ser difícil, vai ter que
ser paciente.
– Tenho paciência. – Kin sorriu.
Estava tudo combinado, Kin iria cumprir sua palavra por mais
estranho que isso fosse, todos já sabiam que em dez dias tudo acabaria,
ele estendeu um pouco para fazer um encerramento com ‘chave de ouro’,
na realidade aquilo virou uma festa, todos os champanhes estavam felizes
que poderiam voltar para suas casas em segurança com sua família,
porém só Alfonso sabia o real motivo da tamanha bondade de Kin.
Em um desses dias, Kin e Anahí foram para lá, no local dos
encontros, Anahí queria se certificar que ele estava cumprindo o acordo,
eles chegaram abraçados de lado, na realidade eles andavam sempre
abraçados ou de mãos dadas, pareciam que queriam manter as
aparências, porém Anahí queria mesmo tentar não sentir nojo dele, mas
era como algo impossível.
Quando estavam passando pelo corredor para chegar a sala de
Kin, Alfonso saiu, e pode ver os dois juntos, ele engoliu seco, e Kin parou
abraçado com Anahí. Anahí e Alfonso se olharam, fazia alguns dias que
não se viam, e aquela situação era completamente constrangedora.
– Então Alfonso, essa aqui é a minha mulher, e quero você bem
longe dela. – Kin falou isso se lembrando da época em que Alfonso falou
que Anahí não era nada dele.
Alfonso sabia exatamente por que ele havia dito isso, e apenas
calou-se e entrou para sua sala.
– Precisava disso? – Anahí falou indignada.
Kin olhou para ela e disse: - Precisava.
– Deixa de ser infantil. – Ela retrucou.
Em seguida entraram na sala de Kin.
O casamento havia sido marcado exatamente cinco dias depois
que fechasse o local dos encontros, eles tinham dinheiro, poderiam pagar
por um casamento em cima da hora, Kin queria que fosse logo, Anahí
estava cada vez mais nervosa, os dias pareciam passar voando, e ela sabia
que não queria casar. Faltavam exatamente cinco dias para o fim dos
‘champanhes’ e dez para o casamento, e eles estavam no escritório de
Kin, ele sentou-se e alcançou uns papeis para Anahí, ela os pegou e logo
indagou: - O que é isso?
– Isso é o exame de HIV, e os papeis da casa de Alfonso Herrera.
Anahí olhou os papéis, e suspirou aliviada por ver que deu
negativo para HIV, e os papeis da casa de Alfonso estavam todos corretos.
Então Anahí olhou para si mesma e para sua barriga, percebeu que com
todos esses problemas andou deixando seu próprio filho de lado, ela falou
de maneira seca e direta quebrando o silencio: - Eu estou grávida.
– O que? Do Alfonso? – Ele gritou.
– Que Alfonso, eu nunca transei com ele. – Ela mentiu friamente.
– Oh meu deus. – Ele simplesmente foi pego de surpresa, ele se
aproximou dela, e passou a mão sobre sua barriga. – Grávida? Por que
não me falou antes?
Anahí se virou e foi para a recepção, não voltaria para sala de Kin
para ver a cara de vencedor dele, em seguida pode ver Perla saindo mal
humorada e então ela voltou para sala de Alfonso.
– Desculpa atrapalhar. – Anahí suspirou.
– Tive meus motivos, acho que entende. – Anahí sorri de canto.
– Você não atrapalha nada, apenas me salvou dela. – Alfonso riu.
– Tudo bem. – Ele aparentava estar feliz.
– Aé? Não era o que parecia com aquele beijo. – Anahí ironizou.
– Mas mudando de assunto, quando entregará isso para Alfonso?
– Ela o olhou.
– Pensei que poderia entregar, se ele souber que eu paguei, ele
não irá aceitar, não acha? – Kin falava de maneira tão gentil, que parecia
estar mudado.
– É, melhor mesmo. – Anahí tentou conter seu suspiro. – Vou lá.
Anahí se levantou, saiu do escritório de Kin para ir levar os
documentos da casa para ele, ela bateu na porta da sala de Alfonso, ela
estava semi aberta, e ela pode ver ele beijando Perla, novamente, ela
tinha raiva disso, então veio algo em sua cabeça: “Pensei que poderia
entregar, se ele souber que eu paguei, ele não irá aceitar, não acha?”. Ele
realmente não havia mudado, queria que ela visse exatamente o que
aconteceu. Alfonso terminou o beijo e em seguida olhou quem batia na
porta, quando viu que era Anahí ele ficou meio sem graça.
– Ta com ciúmes é? – Alfonso riu.
– Não, nenhum pouco. – Anahí mentiu.
Ambos sabiam que ela estava louca de ciúmes, mas ela não falaria
e ele não iria obrigar ela a falar, esse clima de brincadeira estava bom,
menos constrangedor.
– Então, que milagre você por aqui. – Alfonso riu.
– Vim apenas lhe trazer esse humilde presente. – Anahí riu, e
alcançou os papéis da casa para ele.
– Não gostaria de entrar e tomar uma xícara de café? – Alfonso
segurando o riso.
– Não seria muito incômodo? – Anahí o olhava nos olhos.
– Claro que não, queira entrar...
– Acho que já estou dentro. – Anahí riu.
Alfonso e Anahí riram, em seguida Alfonso olhou o papel direito: Brincadeiras a parte, o que significa isso?
– Entregou? – Ele perguntou.
– Sim. – Ela sorriu de canto.
– É exatamente isso que você viu...
– Uma casa Anahí? Por quê? – Ele estava surpreso.
– Você tem o direito de recomeçar, e espero que não se ofenda,
queria muito que aceitasse isso, por favor, não diga que não.
– Mas Any, não posso aceitar.
– Você deve aceitar, por favor? – Ela suspirou.
– Ok, obrigada Anahí. – Alfonso sorriu. – Enfim, como você está?
– Estou levando, tentando levar como dá. – Ela suspirou.
– Ele está te tratando bem?
– Sim... Não precisa se preocupar, eu estou me cuidando. – Ela
tentou aparentar estar feliz. – E você? Como está?
– Estou bem... – Alfonso sorriu. – As lembranças me confortam.
– Sei exatamente como é.
Anahí tentou fugir dali, quanto mais sério o assunto ficava, mais
desconfortável ambos ficavam, então ela apenas saiu e voltou para sala
de Kin.
Os dias foram se passando, e logo o local de encontros foi
fechado, Anahí e Alfonso dispensaram despedidas, ele simplesmente foi
embora, sem ao menos falar com ela, mas isso foi realmente uma decisão
dos dois, uma despedida desencorajaria os dois de seguirem suas vidas.
Alfonso e sua família foram para casa que ganharam de Kin (ele
achava que Anahí teria pagado a casa), era em uma cidade pacata na
fronteira do México e Estados Unidos, e Anahí voltou com Kin para a
Cidade do México.
Logo que voltaram Anahí terminou os últimos preparativos para o
casamento, por exigência de Kin seria no civil e religioso, era estranho
pensar que ele realmente queria se casar na igreja, ele realmente queria
que os outros acreditassem que se amavam e que eram felizes juntos. O
que realmente não era verdade.
Chegou o dia do casamento, a igreja estava cheia, os convidados
estavam todos esperando a noiva chegar, inclusive Kin, que já estava na
beira do altar esperando ela chegar.
– Cadê ela? – Ele perguntou a seu amigo.
– Calma, as noivas sempre se atrasam, ela deve estar chegando. –
Ele respondeu para Kin.
Dulce, Christian, Christopher, todos eles estavam lá, menos
Alfonso, Anahí não havia tido coragem e nem cara de pau de convidar ele.
Enfim a noiva chegou, começou a tocar a musica de entrada, ela
estava linda, seu vestido era divino, enquanto ela passava pela igreja,
tudo o que aconteceu entre ela e Alfonso começou a passar por sua
cabeça, tudo que Kin havia feito com ela e com outras pessoas também
rondava sua mente, ela estava louca por casar com ele, porém ela sabia
que era o certo, que era por amor que ela se sacrificaria, por que sim, pra
ela era um sacrifício.
Ela chegou ao altar com Kin, e o padre começou a rezar a missa, e
ela começou a lembrar dos últimos quinze dias, que foi quando ela
aceitou casar-se com Kin.
Tudo parecia girar em sua cabeça, ela se lembrou da briga que
teve com Kin no restaurante, lembrou da conversa que teve com ele no
apartamento, mas principalmente se lembrava de tudo o que passou com
Alfonso, principalmente da noite que estavam juntos.
– Anahí Giovanna Puente Portilla, você aceita Kin de Llaca como
seu legitimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo na saúde e na doença, na
alegria e na tristeza durante todos os dias de sua vida, prometendo-lhe
fidelidade, até que a morte os separe? – O padre falou olhando para
Anahí.
Então o padre virou-se para Kin e perguntou: - Kin de Llaca, você
aceita Anahí Giovanna Puente Portilla como sua legitima esposa, para
amá-la e respeitá-la na saúde e na doença, na alegria e na tristeza durante
todos os dias de sua vida, prometendo-lhe fidelidade, até que a morte os
separe? – O padre falou olhando para Kin.
– Sim eu aceito. – Kin respondeu.
– Se tem alguém aqui presente que é contra esta união deste
casal, fale agora ou se cale para sempre.
Houve silêncio por alguns segundos, então quando o padre foi
falar, alguém gritou: - Eu sou contra.
Todos se levantaram e olharam para porta da igreja, Anahí se
virou bruscamente e não acreditou no que viu. Um homem alto, de olhos
verdes, vestido com terno.
Dulce ao ver quem estava na porta, apenas sussurrou para si
mesma: - Graças a Deus.
– Como ousa atrapalhar meu casamento? – Kin disse olhando o
homem.
– Se afaste dela. – O homem gritou.
– Poncho, o que você está fazendo? – Anahí ficou assustada.
Todos olhavam para Anahí nesse momento, e a única coisa que
ela pensou foi: “É por você Poncho”. E em seguida respondeu: - Sim, eu
aceito.
Então Alfonso tirou uma arma da sua cintura e apontou para Kin,
em seguida falou com a voz firme: - Se afaste dela.
Kin levantou a mão e se afastou de Anahí, mas se aproximou de
Alfonso, fazendo a arma de Alfonso encostar em seu peito: - Atira, eu
quero ver...
Nessa altura, muitos convidados já haviam ido embora
desesperados, outros ficaram para assistir a cena, enquanto Kin falava em
tom de ordem: - Cadê o homem agora? Atire, atire.
Alfonso se manteve firme, porém sem atirar.
– Foi o que pensei. – Kin disse. – Você é um covarde. Não tem
nem coragem de apertar o gatilho.
– Não sou covarde, ao contrário de você, eu não sou assassino.
– Poncho, não faz isso. – Anahí estava assustada.
Quando Alfonso se virou para olhar Anahí, Kin aproveitou e
segurou a arma, levantando ela, eles brigaram pela arma durante alguns
segundos, até que houve um disparo, nesse momento os dois largaram a
arma ao mesmo tempo, e o revolver caiu ao lado do corpo que foi
atingido pela bala.
– Anahíííííííííí. – Alfonso gritou e foi correndo abraçá-la.
Anahí havia sido atingida na barriga, todos estavam desesperados,
Kin por sua vez, se aproximou de Anahí para pegar a arma e matar
Alfonso, porém quando ela percebeu ele se aproximar, ela esticou seu
braço e pego a arma, em seguida atirou em Kin no peito, que morreu na
hora.
Logo depois os olhos de Anahí fecharam.
Especial
Tudo passou como um filme de terror em câmera lenta, Kin
jogado no chão morto, Alfonso ajoelhado no chão chorando e abraçando
Anahí que tinha a respiração cada vez mais fraca, a ambulância chegou e
começou a colocar Anahí para dentro tirando-a dos braços de Alfonso que
em seguida também entrou na ambulância, em poucos minutos ela já
estava no hospital sendo operada, e Alfonso esperando na sala de espera.
Alfonso se surpreende quando Dulce entra correndo.
– Dulce? O que houve?
– Se esconde Poncho, querem te prender, fuja e depois te mando
noticias da Anahí, ela tem seu numero.
– Eu tenho que ficar ao lado dela... – Alfonso se sentia culpado.
– Se você ficar não vai ver ela tão cedo, se você for preso os
capangas do Kin vão matar você. – Dulce estava nervosa.
– Ok, eu vou. Me avisa quando ela for pro quarto, quero vê-la.
– Pode deixar, agora vai. – Dulce estava nervosa.
Alfonso saiu do hospital, ele achava que havia feito tudo errado e
se culpava pelo que estava acontecendo com Anahí.
O médico chegou na sala de espera e procurava alguém e logo
falou para Dulce: - É familiar de Anahí? Tinha um homem aqui, mas eu
não o vejo.
– Ele teve que ir. – Dulce responde. – Mas como ela está? – Dulce
pergunta preocupada.
– Retiramos a bala, mas não posso dizer se ela vai ficar bem,
temos que esperar. – O médico assentiu.
– E o bebê?
– O bebê não sobreviveu. À bala o atingiu diretamente.
De repente a policia chegou ali, e foi direto para Dulce.
– Oi, você é Dulce Maria? – Disse um dos policiais.
– Sim, sou eu. – Dulce respondeu.
– Alfonso Herrera estava por aqui? – O policial voltou a perguntar.
– Tenho um mandado de prisão para ele.
– Ele veio com a ferida. – O médico interferiu.
– Mas quando eu cheguei, ele já não estava mais aqui. – Dulce
interrompeu.
– Você tem idéia para onde ele pode ter ido? Ou tem qualquer
contato com ele? – O policial pediu gentilmente.
– Eu não, Anahí deve ter, porém não tenho nada dela aqui. –
Dulce respondeu friamente, porém estava nervosa por dentro. – E ela
está sem condições de falar com a policia agora.
– Ela está em coma induzido. – O médico complementou.
– Ok, obrigado. – O policial respondeu. – Os peritos estão na
igreja, depois seria bom você ir lá dar um depoimento.
– Depois eu passo lá, agora tenho que cuidar da Any. – Ela
suspirou.
– Eu entendo, melhoras para ela.
O policial ia saindo, e logo Dulce o chamou novamente, o policial
se virou para ela e ela logo perguntou: - O Kin sobreviveu?
– Não, ele morreu na hora.
Dulce fez uma cara triste, mas ele estava feliz, muito feliz por
dentro, logo a policia foi embora e o médico entrou em. sua sala, Dulce ia
ficar ali esperando noticias de Anahí que logo eles tirariam do coma
induzido, foi quando alguém chegou e a segurou por trás, dando um
imenso susto em Dulce.
– Calma Dul. – Uma voz sussurrou em seu ouvido. – Sou eu, seu
Uck.
– Uck? – Dulce sorriu e virou para ele. – Achei que tinha ido morar
com sua família novamente.
– Eu ainda não consegui organizar minha vida. – Christopher
sorriu de canto. – E quando Poncho me falou da loucura que ia cometer,
eu voei para a igreja, quando cheguei lá já era tarde e me falaram que
você e a Any estava aqui, fiquei preocupado contigo.
– Eu estou bem, Any que ainda não sei como está.
– Ela vai ficar legal, você vai ver. – Ele sorriu.
No outro dia eles haviam tirado ela do coma, e depois de alguns
dias ela já estava no quarto, Anahí já sabia de tudo que havia ocorrido,
sabia que Alfonso estava escondido, que havia perdido seu filho, que
havia matado realmente o Kin, mas ainda estava tudo confuso em sua
cabeça.
Dulce estava com Anahí no quarto, elas estavam conversando,
Anahí não lembrava muita coisa daquele momento, e preferia não
lembrar, mas havia algo que ela ainda queria muito.
– Quero ver o Poncho. – Anahí olhou para Dulce.
– Any, como vou trazê-lo aqui? – Dulce olhou ela.
– Você sempre da seu jeito, por favor traga ele aqui. – Anahí
implorava.
Nesse momento a policia entrou no quarto, sem mesmo se
anunciar.
– Oi. – Disse o promotor de justiça.
– Oi. – Anahí e Dulce responderam quase juntas.
– Bem, gostaria de falar com você Anahí, preciso do seu
depoimento para fechar o caso, então posso falar com você? Se sente
bem para isso?
– Claro. – Anahí suspirou.
– Não, rezo para que não tenha sido Poncho, mesmo que tenha
sido sem querer... Eu não quero que ele carregue esse fardo. – Os olhos
de Anahí marearam.
– No meio de todo aquele tumulto, o homem que gravava o
casamento deixou a câmera no chão e fugiu, e isso gravou tudo. Quem
atirou em você foi o...
– Queria pedir para a moça se retirar. – Ele se referiu a Dulce.
– Tudo bem Any?
– Claro, pode ir.
– O que você quer sargento Chavez? – Disse o promotor se
virando para Christian.
Dulce saiu do quarto e logo Anahí começou a contar para ele tudo
que havia acontecido, e responder as perguntas dele.
– Então, eu era noiva do Kin, mas ele me traiu e resolvi vir para
Vegas espairecer, foi quando Dulce me levou para conhecer aquele local
de encontros e conheci Alfonso, nós nos envolvemos e ele começou a
contar tudo que ocorria...
Ela contou toda história, detalhadamente, até o dia do
casamento, quando chegou nesse dia parece que tudo havia ficado
confuso em sua cabeça.
– Então você não sabe dizer quem atirou em você? – Disse o
perito.
Nesse momento bateram na porta, e em seguida um policial
entrou.
Neste momento Anahí o reconheceu, reconheceu que ele era o
motorista de taxi, e começou a aparecer milhares de perguntas em sua
cabeça: “Porque um sargento seria um taxista? Por que ele tinha tanto
interesse na Dulce? Será que ele era algum policial corrupto capanga do
Kin?”. A cabeça de Anahí dava voltas e voltas e voltas. Ela estava confusa
demais.
– Tem uma ligação para o senhor.
– Depois eu atendo, agora se retire. – Ele ordenou.
Christian se retirou, e o promotor continuou o assunto para falar
quem havia atirado em Anahí, que já não atinava a nada.
– Kin de Llaca atirou em você. – Ele finalmente disse.
Anahí estava aliviada com isso, e muito aliviada, mas agora nem
esse alivio era capaz de sanar essa angustia que sentia por ver Christian ali
na policia.
Outra interrupção, agora quem entrava era o médico, ele ia lá
falar com Anahí, ele pediu licença, e começou a fazer exames, enquanto
Anahí e o promotor continuavam a conversar, em seguida ele
interrompeu dizendo: - Você está muito bem Anahí, está se recuperando
muito rápido, creio que em três dias já vai poder se cuidar em casa.
– Que ótimo. – Anahí parecia contente.
– Até lá deixaremos um policial de guarda para você, o sargento
Chávez vai ficar de segurança. – Ele sorriu.
– Não. – Foi quase como um grito. – Quer dizer, não precisa, acho
que não é necessário tudo isso, eu vou ficar bem.
– Tem certeza?
– Claro.
Obviamente Anahí não queria Christian por perto, ela não sabia
quem era ele, agora ela estava mais confusa que nunca. E fora que um
policial de guarda faria com que a vinda de Alfonso para vê-la fosse algo
muito mais impossível do que já era. O policial ia saindo do quarto e
então Anahí perguntou:
– E Alfonso, por que querem prendê-lo?
– Ele entrou com uma arma no casamento, mesmo que ele não
tenha ferido ninguém, além da intenção de ferir se ele não tivesse feito
aquilo, muita coisa não teria acontecido. Ele foi contra a lei, e vai ter que
se entender com a justiça por isso.
– Compreendo. – Anahí na verdade não compreendia nada.
No outro dia estava tudo preparado para a visita de Alfonso, ele
iria se disfarçar para ir vê-la, ambos já não agüentavam mais de saudade.
Alfonso estava de bigode e óculos escuros, com um terno chique, parecia
um empresário, como no dia em que fizeram amor, mas agora talvez com
um pouco mais de elegância, até seu jeito de andar era diferente, ele
realmente havia encarnado naquele papel, ele realmente não queria ser
pego.
Sem muitos problemas Alfonso conseguiu entrar no quarto de
Anahí, ela estava dormindo, e ele logo se aproximou e acariciou seus
cabelos, deu um beijo em sua bochecha e sussurrou em seu ouvido: Desculpa meu bebe, desculpa.
Anahí acordou e logo ouviu aquela voz gostosa em seu ouvido,
que lhe fazia sentir tão bem, ela se sentia feliz por estar com ele por
perto. Alfonso percebe logo em seguida que ela acordou, e um sorriso
toma conta de sua face.
– Como está Any? – Ele acariciou os cabelos de Anahí.
– Muito melhor agora, eu estava com saudades de você P...
Alfonso faz com que ela se cale: - Shiiiiiu, sou Juan Carlos Nuñes,
ok? – Ele ri.
Anahí se lembra da noite de amor, quando trocaram seus nomes,
e o codinome dele foi exatamente o mesmo.
– Ok senhor Juan Carlos. – Anahí riu.
– Precisava muito falar com você, pedir desculpas, dizer que sou
um idiota e que a culpa foi toda minha, eu...
Anahí o interrompeu: - Pare de falar besteira, você não atirou em
mim, Kin apertou o gatilho e a policia já sabe disso, e tudo que você fez foi
para o meu bem, e eu entendo e agradeço por isso.
– Mas ainda não estamos a salvo Any.
– Como assim? – Ela se assusta.
– Eles vão vir atrás de nós por ter matado o Kin, por tudo que
aconteceu na igreja, a policia e a máfia estão me caçando, e estão
esperando você sair do hospital para pegar você também.
– Como você sabe disso? Por que esperariam eu sair do hospital?
– Anahí ficou nervosa.
– Te matar aqui no hospital chamaria muita atenção, eles não se
arriscariam tanto, eles pensam muito bem, e tem muita paciência para
fazerem tudo certo.
Neste momento alguém entrou, Alfonso se assustou, não podia
ser pego. Era apenas o médico, ele tinha que ver como Anahí estava.
– Com licença. – Ele disse gentilmente.
– Prazer, Juan Carlos. – Alfonso disse disfarçando a voz.
– Prazer, Dr. Grissom. – Grissom retribuiu a gentileza, depois se
virou para Anahí. – E então Anahí como se sente? Está melhor?
Anahí logo pensou: “Por mim já estaria em casa.”, mas depois do
que Alfonso disse, ela mentiu: - Eu acordei hoje meio enjoada, com um
pouco de dor, acho que andei piorando. – Ela fez uma cara de doente que
alias foi bem convincente.
– Mas você estava tão bem ontem, acho melhor refazermos
alguns exames mais tarde. – Ele disse enquanto a examinava.
Logo depois ele saiu se despedindo.
– Você é uma ótima mentirosa sabia? Nunca vi alguém mentir tão
bem quanto você. – Alfonso riu.
E na realidade Anahí não conteve o riso ao ouvir isso, se ela fosse
fazer um flashback desde quando ela foi para Vegas, ela realmente havia
mentido muito, desde mentiras bobas até mentiras mais sérias, mas no
fim nada mais do que a necessidade.
– É eu ando mentindo muito. – Anahí ri. – Mas mudando de
assunto, você não deveria estar aqui, e se a policia te pega?
– A policia daqui não é tão corrupta e tão conivente como a de
Vegas, claro que Kin tinha seus contatos aqui, mas creio que o problema
não irá ser tão grande.
– Temos um problema sim. – Anahí suspira. – Christian, o taxista,
ele é da policia daqui do México, muito estranho.
– Christian? - Alfonso não sabia quem era.
– Sim, o taxista que levava eu e Dulce para cima e para baixo. –
Anahí se ajeitou na cama.
– Mas você acha que ele pode criar algum problema? Você acha
que ele pode ser conivente, ou até capanga do Kin? – Ele olha Anahí.
– Eu não sei.
Neste momento o quarto é invadido por um homem armado.
– Abaixa Anahí. – Alfonso a abraçou, protegendo-a.
O homem estava mascarado, com aquele capuz ninja, e com uma
arma apontando para os dois. Anahí estava tremula e Alfonso estava
sério, não parecia com medo.
– Vou matar dois coelhos de uma vez só. – Ele mirava a arma para
Anahí e Alfonso.
Então Alfonso pegou vagarosamente um revolver que estava em
sua cintura e atira no homem mascarado, Anahí nem percebe nada está
apenas de olho fechado, apenas houve um ruído, pois Poncho estava com
um silenciador embutido no revolver.
– Me ajuda aqui Annie. – Ele diz pegando o homem e escondendo
ele dentro do armário do quarto.
Anahí se levanta, ela fica assustada com tudo aquilo: - Poncho,
por que fez isso?
– Ou era ele ou nós, quem você preferia? – Ele começou a limpar
o chão.
Enquanto isso Anahí travou a porta, e logo pegou um pano para
ajudar ele a limpar o chão, mas ele a interrompeu: - Não... Vai se
arrumando enquanto faço isso, vamos sair daqui, se não vão acabar nos
matando.
– Ok. – Anahí engoliu seco tentando conter seu nervosismo, em
poucos minutos ela estava vestida, ela apenas pegou sua bolsa com seus
cartões e dinheiro e uma muda de roupa.
– Agora vamos embora. – Alfonso segurou a mão de Anahí.
– Mas... Como vamos sair daqui? Deve ter capangas lá em baixo?
Não. – Anahí olhou para Alfonso.
Eles foram para a escada de emergência, não iriam se arriscar a
descer pelo elevador. No meio da escadaria Alfonso parou. Então ele se
agachou e tirou de uma sinta presa na perna dele outra arma, uma pistola
de baixo calibre.
– Sabe atirar? – Ele alcançou a arma para Anahí.
– Poncho, eu não tenho capacidade de matar alguém, o Rodrigo
foi por desespero. – Ela suspirou. – Cansei de fazer coisas erradas.
– Annie! Vai ser eles ou nós, capacidade você tem, e coragem
também. É a coisa errada pelo motivo certo, ou você quer morrer aqui?
Se você quiser desistir e morrer aqui, eu fico aqui e morro contigo, e se
quiser lutar eu vou e luto contigo também.
Anahí deu um sorriso de canto e pegou o revolver.
– Você já viu aqueles filmes policiais? – Alfonso sorriu. – Se sinta
protagonista de um.
– E qual é o plano?
– Chegarmos no carro, irmos até o aeroporto e irmos para a
Europa, e viver por lá. Assim vão largar do nosso pé.
– Você está louco? – Anahí começa a descer as escadas.
– Podemos ficar na Europa até decidirmos o que queremos fazer,
ok?
– Ok.
Eles desceram as escadas, ambos nervosos, até ali tudo bem, eles
chegaram até o estacionamento tranquilamente, então ficaram
escondidos atrás de um Corolla preto, e podiam enxergar três homens
suspeitos um em cada canto do estacionamento.
– Qual é o nosso carro? – Ela sussurrou baixinho.
– O Camaro amarelo. – Ele sorriu.
– Você ta louco? Onde conseguiu esse carro? – Ela ainda
sussurrando, porém assustada.
– Da garagem do seu ex-noivo. – Ele sorriu. Em seguida ele pegou
as mãos dela e falou baixinho: - Anahí, eu te amo como nunca amei
alguém na vida, alias você me ensinou o verdadeiro significado da palavra
amor. Independente do que acontecer agora, nunca esqueça do quanto
eu te amei, te amo e sempre te amarei.
Em seguida os dois deram um selinho longo, depois voltaram para
a realidade. Eles ficaram de pé com as armas escondidas e foram andando
até o carro como quem não quer nada. Até que Anahí avistou o Christian.
– O Christian! – Anahí falou para Alfonso e em seguida viu ele
segurando um revolver.
Christian atirou em um homem que estava atrás deles, quando
olharam para trás viram o homem caído ao chão ensangüentado, com um
revolver na mão.
– Vão, vão logo. – Christian gritou.
Alfonso e Anahí entraram no carro, e em seguida começou um
tiroteio no estacionamento, Anahí se abaixou enquanto Alfonso ligava o
carro e saia do estacionamento as pressas.
Ao sair do estacionamento eles perceberam que estavam sendo
perseguidos por capangas que já esperavam fora do estacionamento. Um
dos homens dirigia enquanto outro atirava.
– Você é boa de mira? – Alfonso acelerava mais o carro.
– Creio que sim. – Anahí estava cada vez mais assustadas.
– Então, atira nos pneus.
Anahí foi para o banco de trás e gritou: - Abre o porta malas. –
Após Alfonso abri-los com um botão do painel, Anahí começou a atirar,
nos pneus do carro, era muito difícil acertar, pois Poncho fazia muitas
curvas tentando fugir deles.
Anahí atirava com uma mão enquanto pegava o celular com
outra. Alfonso vendo o que Anahí fazia pelo retrovisor.
– O que vai fazer?
– Alugar um jatinho. Vá pro aeroporto menor. – Ela falava
gritando.
Ela acertou os pneus do carro deixando eles para trás, em seguida
conseguiu alugar o jatinho, eles foram para o aeroporto, lá já estava tudo
pronto para viajar.
Logo eles conseguiram embarcar, eles já estavam aliviados. Mas
só ficaram aliviados mesmo quando decolaram o avião.
Dentro do avião estavam disponíveis bebidas e comidas chiques.
– Vão querer algo? – O garçom do jatinho perguntou.
– Duas taças de champanhes. – Anahí sorriu e olhou
maliciosamente para Alfonso.
Em seguida o garçom trouxe os champanhes e se retirou da mini
salinha de onde eles estavam, os deixando a sós.
– Então, agora que tudo está mais calmo. – Alfonso sorriu. – Você
já pagou um preço tão caro por alguma coisa? – Alfonso olhou ela nos
olhos.
– Você foi o champanhe mais caro do mundo inteiro sabia? –
Anahí diz rindo. – Mas não me arrependo de nada, de ter pago o preço
que paguei, por no fim, sei que está tudo começando agora.
Eles se beijaram lentamente, como se fosse o primeiro beijo de
uma nova história, o beijo que levaria para sempre em sua memória, era a
partir daquele momento que começaria a vida deles, daquele momento
em diante eram as historias que contariam para seus filhos.
Logo após chegarem a Espanha Anahí e Alfonso resolveram se
casar e morar fixamente lá, pois eles eram procurados no México por
assassinato de um homem no hospital e a explosão de um carro (o que
ela atirou nas rodas bateu em um poste e explodiu), então ela cuidava da
empresa que tinha no México a distancia até 2012 quando encarregou
Dulce Maria desse trabalho México, ela recebia um bom dinheiro por isso,
e Anahí não tinha mais que ficar com essas preocupações, nesse mesmo
ano conseguiram trazer a família de Alfonso para a Espanha. Em fevereiro
de 2013, Anahí engravidou de Alfonso e em setembro nasceu o primeiro
filho deles, o chamaram de Henrique. Em 2014 Anahí montou uma mini
empresa junto de seu marido, em 2015 Anahí e Alfonso tiveram seu
segundo filho dessa vez uma menina que chamaram de Melissa, logo após
o nascimento dela a empresa de Anahí começou a crescer e crescer,
fazendo que no ano de 2018 fosse a maior empresa de champanhes do
país.
Eles não foram felizes para sempre, apenas felizes enquanto
viveram.
FIM!