tratamento do fibroedema gelóide utilizando-se ultra

TRATAMENTO DO FIBROEDEMA GELÓIDE UTILIZANDO-SE
ULTRA-SOM E ENDERMOLOGIA: ANÁLISE COMPARTIVA. Flávia
Morandi; Grasiele Kristiane Lunardelli; Marita Ozieranski; Thiago Gonzalez
Pedrângelo; Alessandra B. Burkle.
RESUMO
O fibro edema gelóide (FEG) é uma das patologias mais comuns, caracterizada por edema no
tecido conjuntivo. Pode ser causado por fatores predisponentes (idade, hereditariedade, sexo,
desequilíbrio hormonal), determinantes (estresse, fumo, sedentarismo, maus hábitos
alimentares) ou condicionantes (perturbações circulatórias e\ou hemodinâmicas locais).
Diversos recursos podem ser utilizados para o tratamento desta afecção. A endermologia
utiliza um aparelho com roletes dirigidos mecanicamente, com uma pressão negativa causada
por sucção e uma pressão positiva obtida pela aproximação dos roletes; além da melhora do
fluxo sanguíneo e linfático permite o aumento da oxigenação cutânea, melhora da nutrição
celular, auxílio na eliminação de produtos do metabolismo, melhora do tônus da pele. O
ultra-som pode ser indicado pelos seus efeitos, como o aumento da circulação, com
conseqüente neovascularização e relaxamento muscular, a micromassagem, extensibilidade das
fibras colágenas e melhora das propriedades mecânicas do tecido, podendo ser utilizado nas
freqüências de 1 ou 3 MHz; para tratamento do FEG. O FEG afeta 95% das mulheres,
comprometendo coxas e glúteos principalmente, sendo considerada antiestética, e baseando
nos efeitos do U.S e da endermologia descritos acima justifica-se a importância do trabalho.
Sendo assim, esta atividade tem por objetivo ampliar a rede de conhecimento sobre o FEG,
bem como a influência dos recursos de endermologia e U.S quando utilizados isoladamente no
tratamento de pacientes sedentárias com FEG grau2. A amostra foi composta de 2 pacientes,
sexo feminino, com idade de 20 e 22 anos, sedentárias, portadoras de FEG grau 2 em região
glútea. Para avaliar e registrar o FEG das pacientes foi utilizado respectivamente a inspeção,
palpação (teste de casca de laranja) e máquina fotográfica Sony 5.1 mega pixel Cyber-Shot. As
imagens foram coletadas no início e no término do tratamento, com as pacientes em repouso e
contração isométrica de glúteos. Foram realizadas 20 sessões com duração de 20 minutos
cada, sendo 10 minutos em cada glúteo. Na paciente 1 foi utilizado o U.S Esthetic da KLD
(Avatar II), 3MHz, dosado com 1,5w/cm² e no modo contínuo, utilizando-se apenas gel como
meio de contato entre aparelho e paciente. Na paciente 2 foi utilizado o recurso de
endermologia da Storn Derm Constellation utilizando roller 8 e vacuum 8 e para aplicação
deste método a paciente utilizava uma malha específica para o tratamento. Não foi atingido
resultado positivo em 20 sessões na terapia realizada com o U.S, pois a paciente permaneceu
com FEG grau 2. Já as 20 sessões de endermologia na paciente 2 apresentaram um resultado
parcialmente satisfatório, pois o FEG desta paciente evoluiu de grau 2 para grau 1 durante o
repouso, porém durante a contração isométrica dos glúteos o FEG permaneceu como no
estado inicial do tratamento. Conclui-se que o U.S necessita estar associado à outras terapias
para garantir um resultado satisfatório no tratamento. Quanto à endermologia evidenciamos
apenas a necessidade de um maior número de sessões para se obter uma boa resposta. O
fisioterapeuta deve ter total conhecimento, tanto da patologia a ser tratada, quanto da
utilização dos recursos de U.S e Endermologia, pois a ação nos tecidos depende da forma
como os mesmos são utilizados e da intensidade a ser empregada.
Palavras-chave: Ultra-son; Endermologia; fibro edema gelóide