Podridão dos Cascos, Foot-rot ou Pietin

Transcrição

Podridão dos Cascos, Foot-rot ou Pietin
DÚVIDAS NA VACINAÇÃO
O que esperar da vacina?
O correto uso da vacina, de forma sistemática
e contínua nos períodos recomendados,
aliado a práticas simples de manejo, reduz
em mais de 90% o aparecimento da enfermidade.
Por que é necessária vacinação e
revacinação semestral em algumas
regiões?
A região do casco possui reduzida irrigação
por vasos sanguíneos, que são os responsáveis
por levar os anticorpos que combatem a infecção
e impedem o desenvolvimento do agente.
Por isso, naquelas regiões onde o desafio é
maior, com ocorrência de grandes períodos de
umidade e calor, é necessário manter um alto
título de anticorpos durante todo o ano para
reduzir o foot-rot.
A doença induz a imunidade?
A infecção por si induz a uma baixa produção de
anticorpos que não são eficazes para prevenir novas
infecções, razão pela qual muitas vezes um animal é
curado de uma lesão e em poucos dias ela aparece
em outro membro. Pelo contrário, o uso de vacina
induz a altas concentrações de anticorpos, desta
forma inibindo a ação da bactéria.
Em rebanho com doença a vacina tem ação
curativa?
Na maioria dos casos a vacina aplicada em
rebanhos doentes tem acelerado o processo de
cura nos animais com lesões moderadas.
Pode-se vacinar fêmeas prenhas?
Sim. Foot-Vac é extremamente segura para animais
em gestação. O manejo inadequado e com maustratos é que pode ser prejudicial.
Cuidados gerais
• Leia atentamente a bula do produto;
• Leve a quantidade de vacinas suficiente para
um período de trabalho;
• Mantenha as mesmas na caixa de isopor com
gelo e à sombra;
• Agite por alguns segundos o frasco da vacina
antes do uso;
• Não injetar o ar do injetor para dentro do frasco
da vacina;
• Não utilizar vacinas já abertas ou mantidas à
temperatura externa.
Procedimentos Recomendáveis
• Troque de agulhas durante a vacinação o
máximo de vezes possível, no mínimo a cada
enchimento do injetor;
• Mantenha as agulhas que não estão em uso
em recipiente contendo álcool iodado;
• Faça a vacinação com calma, pois o estresse
diminui a resposta à vacina;
BULA: Foot-Vac é uma vacina oleosa polivalente contendo
os sorogrupos de Dichelobacter nodosus prevalentes no Brasil.
A vacina é elaborada a partir de culturas piliadas, emulsificada
em óleo mineral com alto poder adjuvante e imunogênico.
Podridão dos Cascos,
Foot-rot ou Pietin
PREJUÍZOS
Foot-rot é uma doença bastante dispendiosa,
com custo de tratamentos e manejo.
O período de maior risco para o seu
aparecimento é em época de clima
quente e úmido, com alta transmissão,
podendo em 2 semanas estar com todo
rebanho contaminado.
Os sintomas iniciais são de manqueira,
limitando o deslocamento, influenciando na
alimentação e reprodução do animal.
Consequentemente teremos:
• Redução do peso corpóreo de até 11%;
• Redução na produção de lã em até 8% com
comprometimento da qualidade da mesma;
• Número elevado de fêmeas vazias, com
redução de 13% na taxa de prenhez;
• Agalaxia com mortalidade alta de cordeiros;
• Impossibilidade dos machos em realizar a
cobertura;
• Alta predisposição a verminose e parasitas
externos;
• Descarte precoce de reprodutores;
• Mortes;
• Custo com uso de medicamentos;
• Trabalho adicional para tratamento dos
enfermos.
RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO
Em um rebanho de 200 matrizes, a presença do foot-rot determinará:
• Redução de 800 kg de peso/ano = R$ 1.600,00 (R$ 2,00 o kg vivo)
• Redução de 94 kg de produção de lã/ano = R$ 188,00 (R$ 2,00 o kg)
• Comprometimento da função reprodutiva em 13% = R$ 1.716,00
• Custo com medicamento de R$ 4,00 animal/ano = R$ 800,00
• O total do prejuízo é de R$ 4.304,00
O uso de um programa vacinal com 400 doses (vacinação e
revacinação) tem custo de R$ 480,00 reais e a manutenção anual
varia de R$ 240,00 a R$ 480,00 reais, conforme a região, totalizando
um investimento de R$ 720,00 a R$ 960,00 por ano.
• As fêmeas gestantes, sobretudo no brete, devem
ser manuseadas com cuidado. Abortos podem
ser comuns quando o manejo é inadequado,
independentemente do produto ou marca utilizados;
• No uso de pistolas automáticas utilize seringa e
agulha descartáveis ou com agulhas esterelizáveis
de diâmetro de 1 mm e comprimento de 13 a 15
mm (13 x 10, 15 x 10).
Foot-Vac
Não deixe o foot-rot pegar
no pé do seu rebanho,
previna-se com Foot-Vac.
Hipra Saúde Animal Ltda. Adminstração: Av. Cristóvão Colombo, 2360 - Cj. 602 - Porto Alegre - RS - Brasil - 90560-002
Tel: (51) 3325.4500 - Fax: (51) 3325.4502 - [email protected] - www.hipra.com.br
v.2 - mai/2009
Foot-rot é uma doença crônica
necrosante da epiderme
interdigital e matriz do casco.
Diagnóstico e Prevenção
• Ovinos cronicamente infectados no rebanho;
• Aquisição de animais doentes;
• Campos contaminados, estradas e caminhões
de transporte;
• Manejo intensivo dos animais criando ambientes
de alta umidade.
• Fusobacterium necrophorum: é um habitante normal do trato
digestivo e é o principal agente da dermatite interdigital ou frieira,
sendo o responsável para criar um meio de anaerobiose nas lesões,
favorecendo a ação do Dichelobacter nodosus.
SINTOMAS
FATORES PREDISPONENTES
• Manqueira (um ou mais membros);
• Períodos de alta umidade e calor;
• Mau cheiro característico;
• Áreas alagadiças;
• Febre;
• Ingresso ou manutenção de animais doentes
ou crônicos no rebanho;
• Perda de apetite;
• Invasão bacteriana secundária/Miíases
(bicheiras).
• Estresse;
• Ausência de casqueamento periódico.
– Espécie a que se destina: OVINOS
– Dose: 02 mL (Frasco de 40 doses)
VIA
• Dichelobacter nodosus: Bactéria gram-negativa, anaeróbica,
mantendo-se nos cascos dos ovinos e caprinos cronicamente infectados.
No solo não sobrevive por mais de 5 dias devido à sensibilidade à ação do
oxigênio. Existem 7 sorotipos (A, B, C, D, E, F e H), dos quais 5 (A, B, D, E
e F) foram diagnosticados no Brasil, sendo os mesmos classificados pelo
“pili”, que é a estrutura que determina a virulência.
VACINAÇÃO - foot-vac
novida
BC
Via de aplicação: ÃO
AÇ
FORMAS DE TRANSMISSÃO
SU
Associação de duas bactérias
APLIC
DE
de
UTÂ NEA
• SUBCUTÂNEA (embaixo da pele, virilha ou axila).
O desenvolvimento da vacina contra o foot-rot (FOOT-VAC) foi resultado
de uma vitoriosa investigação científica, de muitos anos, proporcionando
a viabilização do produto no mercado brasileiro em 1986.
TRATAMENTO
A identificação da amostras prevalentes do D. nodosus no nosso meio,
como o seu isolamento e purificação, foram fatores decisivos na
elaboração da vacina. Com a finalidade de estimular – de forma efetiva
– a produção de anticorpos específicos contra a bactéria causadora da
enfermidade, elegeu-se o ADJUVANTE OLEOSO, uma combinação de óleo
mineral purificado associado a um emulsionante,
como componente imunoestimulante da FOOT-VAC.
O uso deste adjuvante mantém, por um maior
período de tempo, os níveis de anticorpos.
• Isolamento dos animais doentes (locais secos);
• Colocar animais sadios em pastos livres de ovinos por,
no mínimo, 15 dias;
• Apara dos cascos;
• Pedilúvio;
• Curativo tópico com MATA BICHEIRA HIPRA ou
CICATRIL;
agulha
13 mm
agulha
15 mm
Na atualidade a vacina possui 5 sorogrupos de
Dichelobacter nodosus, os de maior incidência
no Brasil.
• Tratamento com antibiótico:
- IFLOX (1 mL/20 kg peso vivo durante 3 dias);
- GENTAMOX (1 mL/10 kg peso vivo durante 3 dias).
Quadro de vacinação
Regiões Sul, Sudeste e Norte
– Semestral;
– 2 aplicações antes do período das
chuvas, com intervalo de 30 dias.
PEDILÚVIO
Produtos:
- Formol a 10%; ou
- Sulfato de Zinco a 10%; ou
- Sulfato de Cobre a 10%.
PREVENÇÃO E CONTROLE
• Vacinação preventiva estratégica e
contínua;
• Separar os animais por grupos (sadios
e infectados);
• Passe primeiro os animais sadios;
• Cautela na aquisição de animais com
exame individual;
• Vazio de 14 dias nos potreiros
contaminados;
• Mantenha os animais por 5 a 10
minutos em contato com o produto;
• Verificar o histórico sanitário do rebanho
do qual se pretende adquirir animais;
• Separar animais doentes para efetuar
o tratamento;
• Troque a solução do banheiro sempre
que necessário;
• Pedilúvio em regiões endêmicas;
• Quarentena na introdução de novos
animais;
• Não passe os animais mais do que
1 vez por semana.
• Descarte de animais crônicos no
período seco;
• Manter os animais em terrenos altos, com
melhor drenagem, sem formação de lama.
• Apara periódica dos cascos;
Regiões Nordeste e Centro-Oeste
– 2 aplicações antes do período das
chuvas, com intervalo de 30 dias;
– 1 dose de reforço após 6 meses.
Dicas:
Medidas:
a = 200 cm
b = 30 cm
•É importante imunizar o rebanho antes dos
períodos de risco, que coincidem com as
estações chuvosas;
•Os cordeiros estão aptos a receber a vacina
a partir dos 2 meses de idade;
•Animais primovacinados devem receber
uma dose de reforço após 21 a 35 dias;
•Em regiões com muita umidade deve ser
realizada vacinação semestral, sempre com
reforço após 21 a 35 dias.
c = 34 cm
d = 16 cm
e = 12 cm
f = 27,5 cm
Entrada
de água
g = 30 cm
h = 257,5 cm
i = 25 mm
NOVO VEÍCULO
Em 2007 o veículo oleoso da vacina foi trocado, com o objetivo de reduzir possíveis reações
locais causadas anteriormente. Atualmente utilizamos um veículo oleoso de origem francesa
de fácil absorção e reduzida sensibilidade pelo animal.