Soldadura com cunho nacional
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Soldadura com cunho nacional
Portugal Inovador FOTO IPVC Índice 6 - Editorial 7 - Casa Ermelinda Freitas: “Um ano de novidades” 10 - Distrito de Setúbal 31 - PME Excelência 51 - Rostos do Direito 59 - Ensino Página Exclusiva 4 Portugal Inovador Página Exclusiva 5 Portugal Inovador Editorial Acrescentar valor a Portugal Ultimamente, é frequente ouvirmos falar em exportação e internacionalização para fugir à crise junto de empresas que resolveram apostar no estrangeiro porque “Portugal não chega para evoluir”. Não somos totalmente contrários a essa opinião, mas acreditamos que essa evolução deve começar de dentro. Não deveríamos ser nós a valorizarmo-nos primeiro para depois sermos reconhecidos lá fora? Talvez ainda não tenhamos pensado nas coisas como elas são. Então, que dizer do nosso clima? Que dizer do nosso turismo, do nosso Douro, das nossas praias, da nossa agricultura? E não esqueçamos o nosso povo simpático e hospitaleiro, aquele que, dizem os entendidos, tem uma facilidade impressionante em aprender e falar várias línguas e, dessa forma, receber os nossos turistas de braços abertos como só o português sabe. E que dizer da nossa gastronomia? Do nosso peixe, do nosso vinho, do nosso azeite…? Não teríamos nós, se munidos de uma gestão eficiente, mais que motivos para quase subsistirmos por nós próprios? As ideias começam a surgir. O projecto “Compro o que é nosso” nasceu precisamente com o intuito de dar valor, divulgar e enaltecer Portugal e os produtos portugueses. Agora, resta espalhar a ideia, acreditar nela e aderir ao projecto. A Associação Empresarial de Portugal lançou esta campanha de forma a criar “Valor Acrescentado em Portugal” com a assinatura “Compro o que é nosso”. Com este apelo à consciência cívica de consumidores, empresários e trabalhadores para comprarem os nossos produtos será possível criar mais emprego, mais riqueza e mais desenvolvimento económico, o que, consecutivamente, trará mais competitividade, mais qualidade e maior confiança no que é português. O “Movimento 560”, criado com o mesmo intuito, incentiva todos os portugueses a prestarem mais atenção ao código de barras na altura da compra. A grande maioria dos produtos feitos em Portugal ou de marcas portuguesas iniciam o código de barras com o número 560, seja qual for o tipo de produto, o que torna mais fácil a sua identificação. Que precisamos de saber mais para consumirmos os nossos produtos? Haverá melhor forma de estimular a economia portuguesa? Aníbal Cavaco Silva disse recentemente aos portugueses: “Nesta hora, que é tão decisiva para o nosso país, não deixem de olhar à origem dos produtos que compram e, sempre que possível, comprem os produtos portugueses”. Página Exclusiva 6 Portugal Inovador Um ano de novidades A Casa Ermelinda Freitas, detentora do ‘Melhor Vinho Tinto do Mundo’, com o Syrah 2005 (premiado na edição de 2008 do Vinalies), está a lançar novas iguarias no mercado. Desde uma aguardente velha, ao primeiro espumante reserva DOC Palmela, um vinho branco da casta Sauvignon, ou ainda, um novo varietal, da casta francesa Petit Verdot, não faltam novidades desta emblemática produtora de vinhos. Em Fernando Pó, concelho de Palmela, encontra-se uma das produtoras de vinho nacionais mais premiadas a nível nacional e internacional: a Casa Ermelinda Freitas. O nome, mantido com gosto, refere-se à mãe de Leonor Freitas, a actual gestora da empresa. Uma mulher de coragem que, depois dos estudos superiores, decidiu regressar às origens e embarcar na viagem da sua vida. “A origem desta casa remonta ao tempo da minha bisavó, sendo toda a história da família marcada pela venda de vinho a granel, sem marca pró- pria. Eu pertenço à geração que saiu desta região para estudar, à procura de um futuro melhor, da qual não se esperava um regresso ao mundo rural. Fui a primeira mulher da família a sair do campo e a tirar uma formação superior e, sinceramente, também nunca imaginei regressar. Mas, quando o meu pai faleceu, pensei que deveria voltar e tentar manter esta casa. Felizmente, tudo correu bem e estou cá há 15 anos, com muito orgulho. A primeira marca foi criada em 1997, com muito pouca expressão, e só em 2002 comecei a engarrafar toda a minha produção. Por isso, apesar de todos os prémios conquistados e de toda a evolução, o historial desta casa é, ainda, muito recente”, explica Leonor Freitas. A Casa Ermelinda Freitas continua a respeitar a tradição, mantendo uma mulher como gestora. Um apontamento de sensatez que, de alguma forma, poderá ter determinado o sucesso empresarial alcançado: “Nesse ponto, contrariamos um pouco o panorama nacional”, sorri a gestora. “Actualmente, com a entrada dos meus dois filhos na empresa, a Joana, na vertente da gestão, e o João, na vertente da informática, já estamos na quinta geração da empresa”. Apostar na qualidade Além da raiz familiar, assegurada desde já, o grande segredo parece esconder-se na riqueza das terras de Fernando Pó. Uma região entre os rios Tejo e Sado, de temperaturas amenas, que, na sua beleza natural, esconde uma amálgama de características que propiciam a cultura de alguns dos melhores vinhos nacionais. “A casta principal da região é o Castelão, para os tintos, e o Fernão Pires, para os brancos. Embora estas sejam as nossas bases, temos também uma série de castas como: a trincadeira, syrah, alicante bouchet, touriga nacional, entre outras. Temos tido a preocupação de conciliar as castas tradicionais com as castas modernas, uma vez que assumimos que os vinhos não são para nós. Os vinhos são para os nossos consumidores. Nesse prisma, temos tido a prePágina Exclusiva 7 Portugal Inovador muito atractiva que permitisse chegar a um leque muito abrangente de clientes. Não tenho a ambição de ganhar tudo de uma vez, mas sim manter-me presente no mercado e que as pessoas bebam, cada vez mais, os vinhos da Casa Ermelinda Freitas. Temos ganho muitos prémios com os nossos vinhos: 70 medalhas de ouro, 63 de prata e alcançámos o prémio Melhor Vinho Tinto do Mundo com o Syrah 2005, no concurso Vinalies de Paris 2008, o concurso de enólogos de França. De certo modo, sei que tenho tido uma ‘estrelinha da sorte’, mas que foi, sem dúvida, conquistada à custa de muito trabalho, empenho e investimento”, afirma Leonor Freitas. ocupação de respeitar a tradição, modernizando a tecnologia, e procurando ir ao encontro do gosto do consumidor. O nosso enólogo, Jaime Quendera, tem um papel fundamental, sendo responsável pela actualização e modernização das castas”, destaca Leonor Freitas. A gestora faz, por isso, questão de reforçar todo o trabalho realizado em função da qualidade das castas e dos vinhos produzidos na Casa Ermelinda Freitas: “Costumo dizer que se fosse para estar neste sector sem qualidade e sem prestigiar a região e o trabalho rural, não valeria a pena ter mudado a minha vida. Ao mudá-la, fi-lo com o intuito de fazer algo que me realize. Por um lado, levou a que deixasse de ter tempo para férias e a criar o hábito de viver com pouco dinheiro, mas, noutra perspectiva, sei que foi graças a esse investimento que hoje sou feliz e a empresa se consegue manter competitiva e com uma relação preço/qualidade muito acima da média. Essa sempre foi uma das minhas apostas. Ter uma relação preço/qualidade Página Exclusiva 8 Sucesso além fronteiras O Syrah 2005 foi, de resto, a rampa de lançamento para o sucesso da Casa Ermelinda Freitas nos mercados externos. Com uma facturação de 10 milhões de euros no ano de 2011, 40% dos quais no mercado externo, Leonor Freitas pode considerarse uma gestora visionária: “Temos tido a sorte de contar com o apoio de algumas personalidades e empresas de relevo em Portugal. Por exemplo, os vinhos do baptizado do filho do Cristiano Ronaldo eram da Casa Ermelinda Freitas. Parecendo que não, é uma divulgação importante dos nossos vinhos no mercado externo”, avalia a administradora. Europa, PALOP, Brasil e China, têm sido alguns dos mercados abordados pela Casa Ermelinda Freitas: “São mercados com muito potencial para o nosso sector, em que nalguns deles temos a vantagem de partilhar a mesma língua. Essa é uma vantagem subvalorizada no sector. Quanto a nós, estivemos agora no Brasil, concretamente na ExpoVinhos de São Paulo, em busca de um importador de confiança. Considero que seria muito importante criar parcerias sólidas, e vantajosas, nestes mercados emergentes”, revela Leonor Freitas. Investimento constante Para responder a este aumento da procura e a eventuais parcerias no mercado externo, a Casa Ermelinda Freitas tem dinamizado as suas instalações. Assim, o investimento constante começa, cada vez mais, a ser um dos predicados desta casa: “Quando aqui cheguei, herdei uma adega tradicional. Entretanto, fizemos investimentos de grande envergadura e criámos duas novas unidades. O que se passa é que o crescimento foi de tal ordem que nos deparamos, mais uma vez, com falta de espaço. Chegámos ao ponto de, para servir de armazém, ter de alugar uma tenda! Felizmente, as dificuldades ao nível do PDM foram ultrapassadas e, graças a um entendimento entre a presidente da Câmara de Palmela e a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, será possível avançar com novas instalações, fulcrais ao desenvolvimento da Casa Ermelinda Freitas. Será possível interligar as duas adegas e colocar em Portugal Inovador melhores condições as linhas de engarrafamento e os armazéns de produto acabado”, avança Leonor Freitas. A Casa Ermelinda Freitas passará assim a contar com um total de 12 mil metros quadrados de instalações e 240 hectares de vinha. Números impressionantes que visam uma resposta mais eficaz ao aumento de movimento na empresa. Novidades em marcha A inovação é uma característica indissociável da gestão de Leonor Freitas. A empresária revela, por isso, algumas das novidades esperadas para 2012: “As novidades para este ano são muitas. Vamos lançar, possivelmente até à Páscoa, uma aguardente velha. Algo que até agora ainda não existia nesta casa. No mês passado, lançámos o primeiro espumante DOC reserva da região de Palmela, num total de cinco mil garrafas. Branco, casta Chardonnay, Arinto. Depois, temos um vinho branco Sauvignon e uma casta francesa, Petit Verdot, que serão lançadas no mercado durante este mês ou no próximo. Estamos a trabalhar muito na apresentação de novos produtos que satisfaçam os gostos dos nossos clientes. É a nossa aposta prioritária”, confessa a administradora. Projecto social Leonor Freitas sente-se satisfeita por atingir o objectivo pessoal de atrair pessoas para o campo: “Conseguimos observar uma mudança de mentalidades quando temos nove licenciados a trabalhar connosco... É uma conquista pessoal! Sinto, sinceramente, que cumpri um dever que penso ser de todos. O trabalho rural não pode continuar a ser subvalorizado pelas novas gerações”, considera a gestora, que faz questão de aproveitar a oportunidade para divulgar outro projecto pessoal, até agora escondido do grande público: “No dia 09/09/2009 convidámos nove personalidades para apadrinhar um vinho. No dia 10/10/2010 fizemo-lo com mais 10 e no dia 11/11/2011 com outras 11. Este ano termina esta iniciativa que necessita agora de divulgação. Desta junção de personalidades, resultou a produção de 1500 garrafas de litro e meio, do melhor vinho existente na adega. Essas garrafas únicas serão leiloadas a 12/12/2012, em conjunto com te- las de Mário Rocha, um livro de Amílcar Malhó e peças musicais do maestro Jorge Salgueiro. É uma iniciativa de solidariedade que vai reverter a favor de três instituições sociais. Uma local, outra distrital e outra a nacional. Para mim, é uma forma de retribuir à sociedade tudo aquilo que ela me tem dado, e fiquei muito contente com a associação destes três artistas de renome”, destaca Leonor Freitas. Expoente da paixão No horizonte, está ainda a vontade de ter na Casa Ermelinda Freitas a vertente do enoturismo: “Já temos uma vinha pedagógica, que ensina às crianças e jovens o que é esta arte de produzir vinho. No entanto, queremos potenciar ainda mais esta área, através da criação de parcerias, com outros dinamizadores do turismo desta região, para atrair pessoas à nossa casa. A curto prazo gostávamos de aumentar esta nossa vertente pedagógica, através do enoturismo. É importante que todos reconheçam a viticultura como uma actividade apaixonante, repleta de paixão e vida!”, conclui Leonor Freitas. Página Exclusiva 9 Portugal Inovador Soldadura com cunho nacional A ElectroArco, adquirida em 2008 pelo Grupo Lincoln Electric, um dos gigantes mundiais no sector da soldadura, continua o seu projecto de reestruturação tecnológica. Líder incontestável no mercado nacional, a ElectroArco trouxe ao Grupo Lincoln Electric o knowhow adquirido ao longo de 78 anos no sector da soldadura técnica. A Lincoln Electric, por sua vez, deu à ElectroArco a possibilidade de integrar uma rede global de fabrico e comércio de produtos de vanguarda no mesmo sector. Uma simbiose perfeita, com resultados positivos comprovados, mas, principalmente, com melhorias assinaláveis na qualidade de serviço ao cliente. “A ElectroArco é uma empresa com know-how 100% nacional, com 78 anos de existência e que conquistou, com mérito próprio, uma posição respeitável e de liderança no mercado interno. A Lincoln Electric Company, empresa número um em volume de negócios, a nível internacional, no sector da soldadura, adquiriu a ElectroArco na totalidade em 2008. Um passo importantíssimo e que levou a uma reestruturação interna, que ainda hoje se enconPágina Exclusiva 10 tra em curso. O ‘continuous improvement’ [melhoria contínua] faz parte da filosofia do Grupo Lincoln Electric e teve um impacto directo na modernização tecnológica que tem ocorrido dentro da ElectroArco. Hoje, não procuramos aumentar a produção, mas sim aumentar a produtividade. Essa é a nossa cultura. A cultura deste Grupo”, explica o director de operações da empresa, Pedro Lança. Produtos especializados Operando a partir de instalações próprias no Pinhal Novo, a ElectroArco exporta 80% da sua produção, maioritariamente para os sectores da construção civil, automotive, reparação naval e pequena serralharia. “Fabricamos eléctrodos revestidos e fios sólidos MigMag para soldadura. É importante salientar que a empresa, ao nível europeu, se encontra no Top 5 do sector”, frisa Paulo Pinho, responsável pela área de recursos humanos da empresa. No entanto, e apesar de liderar o mercado interno, a ElectroArco não é indiferente à presença da concorrência: “Este é um sector muito técnico, onde, face à concorrência, temos a mais-valia de deter o know-how. Ainda assim, sabemos que actuamos num sector muito competitivo, onde a concorrência é feroz”, alerta Pedro Lança. “A concorrência de países do Leste da Europa, muito melhor localizados que nós, do ponto de vista logístico, aumentou exponencialmente. Daí termos, cada vez mais, de apostar num melhor serviço aos nossos clientes. Esse tem sido um dos nossos objectivos. Hoje, conseguimos entregar qualquer produto desta fábrica, num prazo de 24h, em qualquer ponto de Portugal continental. Simultaneamente, também garantimos essa entrega para Espanha, num prazo de 48h. Este é um factor muito importante, principalmente quando falamos de uma empresa com milhares de clientes na Península Ibérica”. Portugal Inovador Dimensão global Espanha foi, de resto, o principal mercado da ElectroArco em 2011, logo seguido dos mercados de França e Alemanha. Mas os horizontes desta empresa, com 140 colaboradores em Portugal, não se esgotam na Europa: “A Europa, ao contrário do que muitos possam pensar, não é o único consumidor neste tipo de negócio. Para nós, o Norte de África, os PALOP e outros mercados francófonos têm um interesse muito grande. Seja em Angola, Cabo Verde, Guiné, Gabão, Costa do Marfim, Senegal, ou outros. O Grupo Lincoln Electric tem uma presença global e pensa a nível global. Estas sinergias criadas entre as diversas empresas desta holding internacional traduzem-se na força global do Grupo”, explica o director de operações. Nesse sentido, os objectivos para a ElectroArco são claros: actuar como empresa preferencial nas relações com os mercados dos PALOP e manter a sustentabilidade e desenvolvimento da sua actividade: “Queremos manter a inovação e desenvolvimento que caracteriza a empresa desde o seu início, respeitando, claro, algumas das regras implementadas pelo Grupo Lincoln Electric. Aí se insere, por exemplo, um controlo mais exigente no que a prazos de pagamento diz respeito. Algo já conquistado. Se conseguirmos manter essa componente controlada, penso que 50% da meta, para 2012, estará atingida”, conclui Nuno Lagrange, director financeiro da ElectroArco. Página Exclusiva 11 Portugal Inovador Sem medo de investir A Promastech prova mais uma vez a sua irreverência e agressividade no mercado. Depois de ter aberto uma filial em Espanha, a empresa, com apenas dois anos de existência, inaugura uma nova delegação em Braga. nal, atestam, inevitavelmente, a qualidade de cada equipamento pela Promastech produzido. Força do know-how Marco Leite, sócio-fundador da empresa, não esquece que a posição actualmente ocupada pela Promastech não seria possível sem um trajecto intensivo de formação: “Felizmente, durante duas décadas tive formação constante, sendo muita dela realizada no exterior. Foi a criação de uma base de conhecimento que hoje acaba por ser a base da nossa actividade na Promastech. Infelizmente, em Portugal continua a não existir formação específica e capaz nesta área, tornando-se muito complicado, para nós, encontrar pessoas com uma formação de base válida. Tenho a perfeita consciência que uma pessoa, nesta área, demora dois a três anos de formação específica para que fique formada, por isso, e como há 20 anos apostaram em mim, continuo a apostar Fundada no início do ano de 2010, a Promastech começa a produzir três meses depois. Um projecto inovador e ambicioso que, rapidamente, se revelaria uma aposta ganha. Recorrendo a um know‑how acumulado de duas décadas, a Promastech mantém, ainda hoje, a sua matriz de produção de máquinas e equipamentos para a indústria electrónica. AlicerçaPágina Exclusiva 12 da numa equipa jovem, dinâmica e proactiva, a Promastech cedo conquistou a confiança e representação de diversos fabricantes internacionais do sector. Hoje, com 18 colaboradores, em Portugal e Espanha, a empresa tem na sua carteira de clientes multinacionais como a Delphi, a Visteon ou a Bosch. Clientes exigentes que, sendo uma referência internacio- Portugal Inovador ça ou Espanha. Mas é no Brasil, Rússia e Índia que reside a nossa grande aposta. São mercados com muito potencial e onde temos excelentes negócios”, garante o empresário, que não deixa de confessar: “Existe uma vontade partilhada, entre mim e o meu sócio em Espanha, de ter produção própria no Brasil. É um projecto, que ainda não passa disso, para realizar a médio/longo prazo, caso as circunstâncias se proporcionem”. Entraves inexplicáveis numa filosofia vocacionada para a formação”. Essa dinâmica interiorizada possibilitou a entrada em nichos de mercado que de outra forma não estariam ao alcance da empresa: “Temos a capacidade de não produzir apenas o standard. O facto de termos desenvolvimento interno e conseguirmos adaptar soluções às necessidades dos nossos clientes confere-nos uma certa vantagem face aos nossos concorrentes. Acabamos por nos colocar em nichos de mercado muito específicos, algo que só é possível graças a uma equipa jovem, dinâmica e muito motivada, que trabalha em conjunto para encontrar a solução mais adequada”, acrescenta a sócia, Susana Matos. Destaque internacional A inovação, desenvolvimento e capacidade técnica foram, de resto, as virtudes que permitiram a entrada nos mercados externos. Se somarmos a isso a ousadia dos responsáveis pela Promastech, rapidamente se conclui que esta é uma empresa com muito potencial: “No final do primeiro ano da empresa, e apesar de só termos começado a laborar no final de Março, abrimos uma filial em Espanha. Já nesse ano tínhamos participado na Matelec, a fei- ra ibérica realizada em Espanha, e no ano seguinte participámos na Produtrónica, em Munique, onde fomos a única presença nacional, entre as empresas do sector. Este ano queremos consolidar a zona Norte do país, com a criação desta nova filial, em Braga, para a produção de todas as peças mecânicas. Ou seja, se tivermos tudo isso em conta, podemos dizer que assumimos uma posição, relativamente, agressiva no mercado”, concorda Marco Leite. Essa posição já garantiu a entrada em importantes mercados a nível internacional: “Actualmente, 50% da nossa facturação está no mercado externo. Hoje, a Promastech já exporta para mercados como o Brasil, México, Índia, Rússia, Roménia, República Checa, Fran- O crescimento sustentado esconde, apesar de tudo, algumas dificuldades que, caso não sejam devidamente antecipadas, poderão ter um desfecho negro: “O que se passa é que, nesta área, as empresas correm o risco de morrer de sucesso. E isso já nos ia acontecendo por duas vezes… Quando uma empresa como a Promastech, por não existir produção em Portugal, tem de importar componentes de países como Japão, Alemanha ou Inglaterra, corre esse risco. Nesses países o material é pago a pronto ou, quando existe uma base de confiança, a 30 dias. Ainda assim, e sabendo que os nossos clientes pagam a 60 e 90 dias, trata-se de um negócio de elevado risco e que estagna o nosso crescimento. Somos obrigados a abrandar a nossa produção até que exista suporte financeiro. Se todos os países desenvolvidos trabalham com pagamentos a 30 dias, Portugal deveria criar uma lei que estipulasse o mesmo. Há uma certa entropia no sistema que obriga as empresas a andarem devagar. Seja pela Direcção Geral de Finanças, pela própria alfândega, ou por outros organismos, a verdade é que o Estado português trata as PME de uma forma estranha. Não há outra forma de dizê-lo… Falam-se de muitos milhões, mas são valores que continuam a não chegar às PME”, alertam. Página Exclusiva 13 Portugal Inovador Capacidade para exportar O grupo Talhos Nova Era e Francisgood prepara-se para acrescentar mais 1200m2 à sua área industrial. O investimento de 2,3 milhões de euros aumenta a capacidade produtiva e de armazenamento, permitindo enveredar, pela primeira vez na sua história, no ramo da exportação. Há empresas bafejadas pela sorte e empresas construídas a pulso. A Talhos Nova Era - nome comercial da empresa Francisco Guerreiro & Filhos, Lda - pertence, claramente, à segunda categoria. Com apenas 11 anos de idade, Francisco Silva começa a trabalhar no ramo das carnes. A paixão e ambição do jovem levaram a que, com 25 anos, acedesse à vontade Página Exclusiva 14 de abrir o seu primeiro talho. Nasce assim, em 1978, na Baixa da Banheira, o primeiro Talho Nova Era dedicado, em exclusivo, à comercialização de carnes e salsicharia. A história ditaria o sucesso do jovem e firmaria a sua visão empresarial. Hoje, os Talhos Nova Era distribuem-se pela Moita, Montijo e Barreiro, num total de seis espaços, tendo também alargado a sua gama de produtos. Francisgood, a empresa de apoio produtivo aos Talhos Nova Era, fundada em 2002, seria a responsável pela mudança. Localizada na Zona Industrial do Barreiro, a Francisgood capacitou a oferta dos Talhos Nova Era: “A nossa actividade, até 2003, centrava-se apenas nas carnes. A partir desse momento, e depois de analisarmos a necessidade de entrar no segmento do pescado, licenciámos a empresa para o fazer. Actualmente, contámos com cinco câmaras de frio, tendo a maior destas capacidade para 250 toneladas de produto”, afirma o empresário. Mas o leque de oferta torna-se ainda mais vasto quando analisado ao pormenor. Equipada com sala de desmancha, sala de preparação, equipamento de ultracongelação, cozinha industrial, entre outras valências, e estando licenciada para a produção de produtos de carnes picadas, salgados, lulas recheadas, espetadas de lulas e de carne, Portugal Inovador panados, fabrico de pré-cozinhados, corte e acondicionamento de carnes, a Francisgood alcançou o estatuto de líder distrital no sector. Concorrência implacável No entanto, a dimensão da empresa não se traduz num domínio absoluto sobre a concorrência: “Não conseguimos ficar indiferentes à falta de lealdade neste sector. As grandes superfícies entraram em grande força nesta área e prejudicaram não só os concorrentes, mas também os produtores”, explica Francisco Silva. “Mas a culpa não é só da estratégia adoptada pelas grandes superfícies, a maior quota de culpa é do Governo e das autarquias. Enquanto a Francisgood teve de aguardar quatro ou cinco anos para legalizar um portão e cumprir com toda a legislação exigida, no caso de uma grande superfície tudo lhes é dado de bandeja. São edificadas onde não há espaço de construção, fazem-se novos acessos, fazem-se demolições de casas e edifícios, enfim… É um facilitismo desmedido para quem, no fundo, vai actuar de forma desleal no mercado”, adverte o empresário. Também José Silva, filho do fundador e actual sócio-gerente, aponta o dedo à conduta escolhida pelos grandes grupos: “Inicialmente, as grandes superfícies tinham um mau serviço, pelo que nos podíamos diferenciar por aí. Mas hoje já não é assim. Têm capacidade humana e concorrem de igual para igual com empresas como esta. A diferença é que as regras do jogo não são as mesmas. Aquilo que já se fez com o leite, dever-se-ia fazer também com a carne, a fruta, o peixe… É preciso união para tornar o negócio mais leal. Para que não seja possível continuaram a fazer campanhas de produtos a preços inferiores ao preço de custo. É destabilizador de mercado, afecta toda a cadeia, e dá origem a concorrência desleal entre todos”. Diferenciação Por isso, e sem entrar em guerras de preços, os Talhos Nova Era optam pela diferenciação de produtos e serviços: “Esta é uma estrutura familiar, onde os lucros são praticamente todos investidos na empresa. A nossa vida está toda aqui e, sabendo isso, não podemos abdicar deste envolvimento e cair na estagnação. O tempo em que um talho facturava muito dinheiro já terminou. Agora, como em qualquer ramo, as empresas têm de ser dinâmicas. E é isso que temos feito”, garante Francisco Silva. O aumento das instalações, previsto para meados do corrente ano, representa um elevado investimento, mas poderá abrir as desejadas portas do mercado externo: “A solução pode estar na exportação. Estas novas instalações, para além de representarem um aumento de 10 a 12 postos de trabalho, representam também a oportunidade de entrar em novos produtos, como, por exemplo, o bacalhau e os produtos pré-cozinhados. Esses poderão ser produtos interessantes para mercados como Angola”, analisa o empresário, que não deixa de parte a ideia de fabricar marcas brancas: “Numa outra perspectiva, poderemos também ser parceiros e produzir sob a marca do cliente. Agora teremos espaço, não só para produzir, mas também para ter a tecnologia necessária para o fazer. Ou seja, abre-se um leque enorme de oportunidades”. Mas, para já, a exportação terá que aguardar pelo final do ano e pela conclusão desta obra. Até lá, Francisco Silva vai focar a sua atenção no mercado interno: “Recentemente, passámos também a fazer engorda de novilhos e comprámos um camião de transporte de gado vivo. São investimentos que, a médio prazo, vão trazer algumas mais-valias à empresa. Não seremos auto-suficientes, como é óbvio, mas passamos a autoabastecer a empresa. É uma medida que permite um maior controlo da qualidade nos nossos produtos e esse sempre foi um dos nossos objectivos principais”, conclui. Página Exclusiva 15 Portugal Inovador Sector em reajustamento Licenciada para a gestão, triagem, valorização e reaproveitamento dos componentes que constituem os veículos em fim de vida, a Auto VFV é uma das empresas jovens e cumpridoras do sector. Com um potencial assinalável, a AutoVFV tem-se destacado na venda de peças, provenientes de veículos ligeiros com uma média de idades compreendida entre os 10 e os 18 anos. viços de abate de viaturas assim como recolha e toda a logística associada à descontaminacão, e tratamento dos resíduos provenientes dos veículos”. Sector concorrencial A Auto VFV nasce dentro do Ambigroup com os objectivos de optimizar a reciclagem e valorização de peças obtidas através da recepção e recolha de veículos em fim de vida, bem como, de tornar mais eficientes os processos de desmantelamento associados. Com a implementação de um sistema semelhante à construção de um automóvel, mas com efeito inverso, as linhas de desmantelamento em série da Auto VFV vieram permitir o aumento do número anual de abates de viaturas. Simultaneamente a Auto vfv congrega sinergias com outras empresas do Ambigroup nomeadamente através da produção de resíduos metálicos para reciclagem na Recifemetal SA., o plástico enviado para reciclagem na Recipolymers SA e ainda outros resíduos para valorização na Ambitrena SA.. André Além, o jovem fundador da empresa, define a actividade da empresa: “Os principais produtos Página Exclusiva 16 desta empresa são as peças cuja reutilização é possível, obtidas através do desmantelamento dos veículos em fim de vida. Hoje, a Auto VFV detém em armazém um vasto stock de peças multimarca originais usadas que podem ser adquiridas a preços muito competitivos tanto por oficinas, como por particulares. Prestamos ainda ser- No âmbito de reciclagem de veículos em fim de vida, em grande medida devido à actividade da entidade gestora Valorcar, surgiram novas regras no sector onde a Auto VFV actua, quer em termos de procedimentos, quer em termos de condições. André Além faz a sua análise: “Uma grande parte desta actividade decorria à margem da lei, sem pagar os devidos impostos e colocando em risco a subsistência de quem pretendia fazer as coisas em conformidade com a lei. Felizmente, uma grande parte dos operadores ilegais foram erradicados. Hoje em dia, temos a lamentar o facto de ter terminado o incentivo ao abate, uma das medidas que existiam para o país Portugal Inovador renovar o parque automóvel, com claros benefícios para o ambiente e também para o crescimento económico. Vale à Auto VFV o facto de poder oferecer um serviço inovador, personalizado e próximo do consumidor final”. Enquanto centro de abate acreditado pela Valorcar, a Auto VFV procura, por isso, respeitar todas as normas ambientais nos processos de descontaminação e reaproveitamento de peças. Mas o que é válido nas suas instalações, continua a não o ser nas de alguns concorrentes… “Costuma-se dizer que é saudável haver concorrência. E de facto isso é verdade, desde que todos joguem com as mesmas regras. O que acontece é que a fiscalização aperta demasiado nos operadores licenciados e permite ainda a existência de outros que funcionam à margem da lei. Por outro lado, num mercado pequeno como o nosso, demasiada concorrência pode colocar em risco a sustentabilidade do negócio. A exportação de peças torna-se por isso uma necessidade”, perspectiva o empresário. Futuro A facturação da Auto VFV no mercado externo é, ainda, pouco significativa. Cerca de 3 a 5% para mercados como a Nigéria, Síria, Marrocos, Guiné Konacri e São Tomé e Príncipe. No entanto, André Além mostra-se confiante: “Acreditamos numa tendência de crescimento, mas, neste momento, a Auto VFV tem de concentrar-se nos projectos em curso. Nomeadamente, na optimização da linha de desmontagem e catalogação das peças, e na criação uma loja virtual para a venda de peças. Temos também em vista o alargamento físico ao nível de território nacional”, avança. Página Exclusiva 17 Portugal Inovador Loja de venda ao público A TrazCarnes, dedicada ao transporte frigorífico e serviços de logística, prepara-se para abrir uma loja de venda ao público nas suas instalações, situadas na Zona Industrial das Carrascas. Com abertura prevista para a Páscoa, a nova loja disponibilizará produtos 100% nacionais com uma garantia de qualidade assegurada. Com um historial consagrado na área da logística de produtos alimentares, a TrazCarnes é uma PME de destaque na região de Palmela. Operando em Portugal Continental e ilhas, a TrazCarnes trabalha com clientes de renome como a AçorCarnes, Campicarn, Capricarnes, Carnalentejana, CarneSerralheiro, entre muitos outros. A aposta na qualidade levou a que as viaturas da empresa fossem equipadas com termógrafos de registo on-line, que garantem, em qualquer momento, uma leitura e registo da temperatura no interior das caixas frigoríficas. Para além disso, a TrazCarnes cumpre um rigoroso plano de higienização, tanto nas viaturas como nas suas instalações, que apresentam uma capacidade de armazenamento de congelados até às 250 toneladas. Com um presente sustentável, os planos da TrazCarnes passam agora pela criação de uma loja de Página Exclusiva 18 venda ao público, que servirá de montra aos produtos armazenados pela empresa. Em mente, está também um aumento da zona de frio para poder responder às necessidades dos seus clientes. Diferenciação Rodrigo Marques e Clarisse Carvalhais, sócios-gerentes e fundadores da empresa, sabem que, num sector dominado pela fretagem, a única forma de sobrevivência, para uma empresa que actua no nicho dos serviços de lo- gística, é a qualidade do serviço: “A empresa foi fundada no ano 2000 e em 2008 mudámo-nos para estas novas instalações no Parque Industrial das Carrascas. Como chegámos a um ponto em que estávamos lotados ao nível de transportes, sentimos a necessidade de ampliar o nosso leque de serviços aos nossos clientes. Passámos do simples transporte para a logística integrada, passando a fazer a vertente do armazenamento, da congelação e dos frescos. Actualmente também estamos licenciados para fazer expedição de contentores, o que aumenta o nosso leque de serviços”, revelam. No entanto, para este parceiro especializado, torna-se difícil concorrer pelo preço: “Infelizmente, há muitas empresas que apresentam preços inferiores ao custo do quilómetro. E nós sabemos isso porque temos camiões de 40 toneladas a circular na estrada, controlados por nós. Com os aumentos dos combustíveis e com a imposição das portagens nas SCUT, fomos obrigados a tomar algumas medidas, como “Passámos do simples transporte para a logística integrada, passando a fazer a vertente do armazenamento, da congelação e dos frescos. Actualmente também estamos licenciados para fazer expedição de contentores, o que aumenta o nosso leque de serviços” Portugal Inovador por exemplo a proibição de algumas rotas. Analisámos todos os percursos e percebemos que, nalguns casos, a diferença entre uma nacional e uma auto‑estrada significava apenas sete minutos. Não se justificava. Para além disso demos maior importância ao agrupamento de produtos que têm o mesmo destino. É uma vantagem para o cliente, que muitas vezes não tem capacidade para encher um camião, e para nós, porque rentabiliza os transportes”, explica Rodrigo Marques. Futuro auspicioso Nessa reestruturação do plano de gestão, esteve também envolvida uma relação mais apertada com as cobranças, “de outra forma seria insustentável”, lamenta Clarisse Carvalhais. Actualmente, a TrazCarnes já trabalha a exportação indirecta, com a descarga e preparação de contentores dos seus clientes, mas é no mercado nacional que centra a sua atenção: “Temos um novo cliente dos Açores, na área do leite, que vai levar a um aumento da área do frio. É uma aposta importante para o próximo ano. Depois, para este ano, temos programada a abertura de uma loja de venda ao público nas nossas instalações. É, praticamente, um show-‑room dos produtos dos nossos clientes. Temos o produto, sabemos o que tem melhor qualidade, e é esse que vamos comercializar ao público em geral. Esperamos inaugurar a loja a tempo de fazer os cabazes da Páscoa.”, sorriem os administradores. “Estamos a apostar muito este ano, por isso estamos confiantes no futuro da TrazCarnes”. Página Exclusiva 19 Portugal Inovador A batata dos portugueses Para os que pensam que os portugueses abandonaram definitivamente a agricultura, a Manuel Patrício - Produtos Alimentares, Lda é o perfeito exemplo de como se pode continuar a investir neste sector, obtendo resultados positivos. Uma PME Excelência com garra que não se deixa abalar pelas dificuldades do sector. Apesar da vida profissional de Manuel Patrício nem sempre ter estado ligada à agricultura, a verdade é que o ‘bichinho’ do campo sempre esteve presente na sua vida: “Há 30 anos, eu era empregado na Setenave, e, a dada altura, a empresa passava um situação complicada e falhou um dos pagamentos. Então percebi que tinha de encontrar soluções. Comprei um carro e comecei a comprar batatas aos agricultores da região, que depois vendia porta-a-porta nos mercados de Setúbal e Lisboa. Eram tempos difíceis”, recorda o empresário. Aquele que parecia um negócio pela sobrevivência estava prestes a crescer. Algum tempo volvido e Manuel Patrício decide começar a vender batata de semente que importava da Holanda. Foi o ponto de partida para o início na vida empresarial. Com uma base de clientes e fornecedores sólida, investe na compra de um primeiro armazém e funda a empresa Manuel Patrício Página Exclusiva 20 Produtos Alimentares: “Comprei o primeiro armazém e senti-me totalmente realizado. Mas a empresa começou a crescer e tive de comprar outro armazém, depois mais um, e assim sucessivamente”. Hoje, a empresa detém umas instalações com 5000m2, emprega 25 colaboradores, tem um armazém de frio com capacidade de armazenagem de 4 mil toneladas e passam pela empresa cerca de 25 mil toneladas de batatas por ano. Números avultados que se traduzem numa PME Excelência que registou, no ano transacto, uma facturação de seis milhões de euros. Regresso ao campo Recentemente, numa sociedade com um amigo, o empresário virou‑se também para a produção: “Sou do campo e sempre tive o sonho de produzir. Só que para produzir, da forma que eu queria produzir, era preciso um investimento muito elevado. Aluguei 115 hectares de terras, na Herdade do Pinheiro (Alcácer do Sal), e gastei mais de 500 mil euros na compra de equipamentos - desde os tractores, às máquinas para colher, semear, desinfectar, entre outros. Fiz uma sociedade com um amigo, o Sr. Matias, e criámos a Patrício & Matias – Produção Agrícola, Lda. E é importante referir que tudo isto foi feito com capitais próprios. Sempre investi muito dinheiro e nunca recebi fundos do Estado, porque acredito que quem quer estar bem na vida tem de trabalhar com capitais próprios. Caso contrário, nunca deixará de estar agarrado aos bancos”, destaca Manuel Patrício. Mas a vontade de produzir, mais do que um sonho, foi a resolução de um problema que teimava em persistir: “Cerca de 10% a 15% da nossa facturação está no mercado externo. Isto acontece porque o consumo nacional de batata não consegue absorver na totalidade a produção dos meses de Maio, Junho e Julho. Então exportamos para o mercado alemão, holandês, francês e espanhol. É um autêntico nicho de mercado para nós, mas que estava a ser colocado em causa por incompatibilidades entre os meus clientes e os meus forne- Portugal Inovador cedores. Os agricultores nacionais recusavam-se a produzir o que o mercado pedia, porque achavam que apresentava menor rentabilidade quer a nível de variedades quer a nível de preços, e eu ficava mal perante o meu cliente. Então comecei a produzir e a assegurar a produção do meu cliente no mercado externo”, explica Manuel Patrício. Justiça precisa-se Com 80% do seu produto a destinar-se às grandes superfícies, a Manuel Patrício parece ter a segurança garantida. No entanto, problemas judiciais teimam em atrasar o crescimento da empresa: “Nos últimos quatro anos perdi quase 600 mil euros referentes a empresas que declararam insolvência. Umas por má gestão, outras por maus princípios… Na falência da Alicoop ficámos sem 334 mil euros, na da CoopLisboa sem 157 mil, a GCT está com dificuldades em pagar‑nos 33 mil euros e a Hortirest ficou-nos com 57 mil euros… De um momento para o outro ficámos sem o dinheiro e sem uma quota importante dos nossos clientes... Tinha realizado investimentos no valor de 600 mil euros em armazenamento de frio e palotes, que ficaram sem utilização porque fiquei sem esses clientes… Assim é complicado rentabilizar os investimentos”, lamenta o empresário, que não deixa de apelar: “Neste momento, o mais importante para as empresas é que a Justiça funcione. Enquanto a Justiça não funcionar, a recessão vai continuar a aumentar”. Página Exclusiva 21 Portugal Inovador A sua lavandaria no futuro A Viva Washing assume-se como uma empresa 100% nacional a actuar na área da lavandaria especializada de fardamento para as áreas hoteleira e industrial. Quatro anos depois de ter iniciado actividade, a empresa prepara-se para aumentar as suas instalações e reforçar os meios técnicos à sua disposição. que, em 2009, abrimos as nossas instalações próprias. A partir daí o crescimento foi gradual e sustentado, sempre com os pés bem assentes na terra”, salienta o empresário, que não deixa de agradecer aos que tornaram esse arranque possível: “Não podemos deixar de ficar agradecidos aos nossos clientes e aos nossos fornecedores que apostaram em nós nessa fase inicial. Sem eles, e sem o capital humano que ainda hoje faz parte desta empresa, a Viva Washing não teria chegado ao patamar onde hoje se encontra”. Com sede no Montijo, a Viva Washing é o que Vítor Fonseca, fundador e administrador da empresa, denomina como ‘um híbrido no sector’. O empresário explica: “A Viva Washing não se enquadra nas lavandarias industriais de roupa branca, nem nas pequenas e tradicionais lavandarias de bairro. Eu diria que se trata de um híbrido. Não que sejamos os únicos no sector, mas, em abono da verdade, não existe nenhuma lavandaria como a nossa. A Viva Washing está capacitada para servir a roupa branca, no entanto o seu core business está no fardamento. Inicialmente, enveredámos pelo fardamento hoteleiro e, neste momento, estamos a entrar também no fardamento industrial. É um passo natural que visa a diversificação da nossa oferta, no qual também faz parte uma abordagem à área da restauração”. História bem sucedida Inovadora, a Viva Washing é o resultado do empreendedorismo de Página Exclusiva 22 Vítor Fonseca e Vânia China que, em 2008, decidem aproveitar todo o know-how adquirido ao longo de uma década: “Na minha curta carreira, sempre estive ligado ao sector das lavandarias. Primeiro, trabalhando para ganhar algum dinheiro para as férias e, posteriormente, num estágio numa lavandaria industrial. Essa lavandaria acabaria por ser vendida a um grupo de lavandarias, a LIP, onde trabalhei dez anos, e que seria adquirida pela Serlima, onde trabalhei mais dois anos. Após esse momento, saí e foram criadas duas novas empresas. A ILS, dedicada à roupa branca, e a Viva Washing, na vertente do fardamento e limpeza a seco, entretanto abandonada pela Serlima”, relembra Vítor Fonseca. Um percurso crucial no desenvolvimento da Viva Washing: “Os nossos primeiros clientes foram esses antigos clientes da Serlima que se encontravam, de certa forma, à deriva. Começámos por lavar as roupas em lavandarias parceiras, até Empresa de referência Hoje, a Viva Washing apresenta serviços como: o tratamento, lavagem e engomagem de fardamentos e vestuário de trabalho hoteleiros e de restauração, incluindo transporte de recolha e entrega, bem como os serviços de aluguer e tratamento (lavagem e engomagem) de fardamentos e vestuário de trabalho hoteleiros, restauração e industriais, ou ainda um serviço de arranjo e costura personalizado. Um leque abrangente que já seduziu gigantes da hotelaria como o Lisboa Marriott Hotel, Bairro Alto Hotel, Grupo Olissippo (Lapa Palace; Marquês de Sá; Oriente e Castelo), Tróia Design Hotel, Tróia Verde, Fontana Park Hotel, Hotel Marquês de Pombal, entre muitos outros: “Trabalhamos na região da Grande Lisboa, sendo que a hotelaria representa cerca de 80% da nossa facturação. Neste momento, estamos a apostar fortemente na vertente industrial. Já adquirimos um novo pavilhão, que nos vai Portugal Inovador permitir duplicar as actuais instalações, e onde vamos montar um túnel de acabamentos”, avança Vítor Fonseca. Um investimento avultado para esta jovem empresa, mas que não compromete os ideais do empresário: “Não vamos fazer mega investimentos, até porque não seria o momento certo para o fazer. É mais um passo necessário ao nosso tra- jecto e que foi pensado com antecipação. Nunca colocaríamos em cheque a vida destas 15 famílias. Somos uma empresa que apesar de não ser familiar, mantém esse espírito. A força do capital humano continuará a ser a força de diferenciação da Viva Washing”. Com o novo túnel de acabamentos, a empresa passa a ter capacidade para tratar de 800 a 1000 peças por hora. Um passo importante para conquistar o mercado industrial e, quem sabe, para cumprir o sonho dos administradores: “Continuamos a ter o sonho de agregar toda a empresa em instalações próprias, criadas e pensadas de raiz. Um projecto a médio/longo prazo que será possível se continuarmos a crescer de forma sustentada”, reiteram. Página Exclusiva 23 Portugal Inovador Internacionalização em vista A Chemzy, especializada em produtos químicos formulados para uso profissional, está a ultimar o derradeiro passo para a internacionalização. Pedro Carmo, fundador e administrador da Chemzy, começa por nos elucidar: “Ao contrário da indústria Farmacêutica, na química industrial não existem fórmulas secretas ou patentes, pelo que aquilo que nos diferencia é a capacidade de resolver problemas, aconselhar soluções. Temos a sorte de contar com uma equipa jovem e dinâmica, que tem sido o verdadeiro alicerce do nosso crescimento”. De facto, a Chemzy, nos seus cinco anos de existência, conseguiu captar um leque de clientes, estatais e privados, de renome nacional e internacional. Hoje, com doze colaboradores, actua em todo o território continental e ilhas, estando também a explorar Página Exclusiva 24 o mercado de Cabo Verde e Moçambique. Rumo a Cabo Verde Especializada em adequar produtos químicos formulados às necessidades dos clientes, a Chemzy posiciona-se maioritariamente no segmento da manutenção industrial, abordando, no entanto, áreas como a higiene ou construção: “Já estamos muito bem implantados no mercado nacional, principalmente nas regiões Centro e Sul. Queremos consolidar este mercado, mas também dar o primeiro passo para a internacionalização. E esperamos que seja possível fazê-lo da mesma forma que iniciámos esta empresa. Ou seja, recorrendo unicamente a capitais próprios”, destaca o empresário. A primazia está, por isso, definida: “Começámos, em 2011, a exportar para Cabo Verde. Esse é o nosso mercado preferencial e onde, até ao final do corrente ano, deveremos ter instalações próprias. Não pensamos em produzir lá, mas queremos estar implantados localmente. Depois, há outros mercados, como Moçambique, Brasil, e Colômbia que também estão a ser analisados por nós. Agora, é evidente que todo este processo de internacionalização está limitado e, de certa forma, dependente de todas as dificuldades de cobrança que actualmente sentimos”, salienta Pedro Carmo. Certo é que, independentemente da conjuntura, a Chemzy manterá a sua matriz de inovação: “A pesquisa por novos produtos é constante, porque identificamos carências no mercado ou porque nos foi apresentado um problema para resolver. São exemplos recentes um detergente líquido para lavagem de tecidos Nomex®, um solvente biológico para manutenção de urinóis secos, ou um absorvente de hidrocarbonetos em água. Continuamos a trabalhar para responder às necessidades dos nossos clientes”, remata o empresário. Portugal Inovador O paladar do Golf A tradição popular afirma que um marido se conquista pelo estomâgo. O Palmela Village Golf Resort inspirou-se no provérbio, elevando o paladar a uma das principais atracções do espaço. Inseridos no magnífico Palmela Village Golf Resort, o Restaurante Moscatello, Bar 19 e Bar da Piscina, assumem um compromisso de honra de dedicação ao cliente. Com vista para o campo de golf, os três espaços beneficiam da paisagem idílica que os rodeia para, no conforto do seu reduto, receber os clientes que o visitam. Restaurante Moscatello Inserido no primeiro piso do ClubHouse do Palmella Village Golf Resort, o Restaurante Moscatello está entregue à criatividade do Chef Rui Matias: “Tenho como base a cozinha tradicional portuguesa, integrando algumas influências da cozinha japonesa, sul americana e do Mediterrâ- neo. Felizmente, em cerca de quatro meses de trabalho, já conseguimos criar alguns best-sellers nesta casa. É o caso do prego e do hamburguer em bolo do caco. O hamburguer, com carne fresca escolhida por mim e na proporção idealizada por mim, assim como o bolo do caco, produzido ‘inhouse’, resultam em sabores particulares e únicos. O prego, que já foi considerado um dos Melhores Pregos de Lisboa, recebeu um ligeiro update…”, deixa antever o Chef que destaca, também, o salmão em crosta de pistachio e panko com polenta e parmesão em ponzu. Um prato de preparação cuidada e apresentação apelativa que se afirma numa carta plena de tentações. Nas sobremesas, a Pavlova é rainha: “Uma sobremesa tradicional australiana que levou uma pequena assinatura de diferença... Côco e lima dentro do suspiro e sustentam um creme de mascarpone com fruta fresca”. Club Lounge, Bar 19 e Bar da Piscina Sob a responsabilidade de Sandro Santos está o Club Lounge e o ser- viço de restauração e bebidas nas diferentes áreas de F&B: “Diversos e distintos espaços, que os clientes podem frequentar a qualquer hora do dia”, refere. “Desde casamentos, aniversários, jantares de grupo ou festas temáticas, a diversidade das diferentes áreas conjugado com o espaço exterior permitem-nos realizar qualquer tipo de eventos. Acompanhando a gastronomia oferecida pelo nosso Chef, a carta de vinhos existente possui referências das diversas regiões, bem como sete brancos e sete tintos de Palmela. Complementando, temos uma oferta diversificada de bebidas espirituosas e exóticas”. Sandro Santos aconselha por exemplo “a sangria branca, com fruta fresca, e sangria de champanhe, com frutos vermelhos. Para além disso, fazemos questão de criar mensalmente composições novas, elaboradas pelo nosso staff exclusivamente para os nossos clientes. Iremos muito em breve abrir um novo espaço, o Bar da Piscina, que através do apoio da gastronomia criada pelo Chef Rui Matias, e de um novo conceito de serviço, irá sem dúvida ser uma referência neste Verão”. https://www.facebook.com/ RestauranteMoscatello Página Exclusiva 25 Portugal Inovador Software de gestão online O KeyInvoice está revolucionar a forma como as empresas realizam a sua facturação. Inovador em Portugal e, ainda, com pouca concorrência nos mercados externos, o KeyInvoice possui as ferramentas necessárias para dominar o segmento dos softwares de gestão online. comprar o código-fonte”, sorri Miguel Gaspar. “Havia, por isso, uma necessidade de internacionalizar o projecto”. A oportunidade surge com o Grupo ADADE, em Espanha, que decide incorporar o software no seu pacote de serviços. Foram, então, acrescentadas traduções, em espanhol e inglês, melhorados alguns aspectos, e renomeado para KeyInvoice. Nasce uma nova potência pronta a entrar no mercado externo! Vantagens únicas Baseado no NetFacturação, o KeyInvoice é o irmão mais velho do primeiro software de gestão online nacional. Mantendo a base PHP/ MySQL, que garantiu a fiabilidade e estabilidade do NetFacturação, o KeyInvoice é a evolução que está a permitir a entrada nos mercados externos. Fazer história Com mais de 1800 softwares de gestão em Portugal, o NetFacturação propôs-se a abanar o mercado: “Quando iniciei a empresa tinha por objectivo principal a criação de algo diferente. Tudo o que existia no mercado era semelhante por isso a nossa aposta foi, desde sempre, o online. É uma tendência de mercado e que, inevitavelmente, acabaria por chegar a Portugal”, explica Miguel Gaspar, sócio-administrador da empresa e líder da equipa de desenvolvimento. Página Exclusiva 26 Como tudo o que é novo, o Netfacturação gerou alguma desconfiança: “Sabíamos que pelo facto de ser online teríamos um entrave, por isso não poderíamos correr o risco de desenvolver um software que só fizesse umas facturas e uns recibos. Investimos cerca de um ano em desenvolvimento para que a primeira versão que surgiu no mercado já tratasse de compras, stocks, contas correntes de fornecedores e clientes, gestão de créditos, entre muitas outras funções. Conseguimos apresentar uma solução muito completa, a funcionar totalmente online, que nos permitiu, em quatro anos, ter mais de 4500 clientes a usar o nosso software”, frisa o empresário. O sucesso levou à procura de informações da parte de empresas estrangeiras: “Houve de tudo… Desde empresas a tentar fazer parcerias connosco, a pessoas que queriam Hoje, o KeyInvoice para além de software de gestão online tem também uma loja online incorporada: “O cliente compra o nosso software e, no dia seguinte, pode ter a loja online da sua empresa totalmente interligada com a facturação. É um passo à frente do que existia. Mas essa é apenas uma das vantagens deste software… A principal, eu diria, é a mobilidade. O KeyInvoice está disponível em qualquer plataforma existente no mercado. Seja no iPhone, iPad, Android, ou qualquer outra, o cliente pode fazer a sua facturação em qualquer local, bastando para isso ter ligação Internet. Actualmente, qualquer empresa tem Internet fixa e banda larga, sendo que a probabilidade de ambas falharem em simultâneo é, praticamente, nula”, refere Miguel Gaspar. O empresário destaca ainda as actualizações constantes do KeyInvoice: “O cliente tem a vantagem de não pagar novas actualizações ou novos módulos. Este é um software que pode ser aplicado a todas as áreas de negócio. Algumas empre- Portugal Inovador sas requisitam a criação de novos módulos que são, posteriormente, disponibilizados de forma gratuita a todos os clientes. É um software em constante actualização”, garante. Garantia de segurança A segurança é assegurada não só pelos servidores Linux e pelo DataCenter, localizado em Portugal, mas também por uma certificação do software na DGCI e pelo registo na Assoft. Além do SSL obrigatório, o software está ofuscado e encripado. Mas se ainda tem dúvidas quanto à segurança, os factos falam por si: “Em quatro anos, nunca tivemos um único problema. É uma das razões que levou ao desenvolvimento de um software à medida para uma grande empresa de telecomunicações nacional e outro para a 5 Rings Telecom (Inglaterra), e que em breve entrarão no mercado”, avança Miguel Gaspar. Página Exclusiva 27 Portugal Inovador Setúbal: Uma cidade dinâmica A Câmara Municipal de Setúbal, sob a voz da actual presidente, Maria das Dores Meira, respondeu a algumas perguntas relativas aos projectos estruturantes em curso. Com aproximadamente 120 mil habitantes e sendo capital de distrito, Setúbal tem, naturalmente, maiores responsabilidades para com a população que nela reside. Quais os projetos de carácter social e cultural para o corrente ano? De que forma analisa a actividade socioeconómica actual do município de Setúbal? A atividade socioeconómica em Setúbal enfrenta os mesmos problemas com que se debatem os concelhos de todo o país. Não somos uma ilha e sofremos as consequências de todas as Página Exclusiva 28 políticas erradas praticadas nos últimos anos. Temos, porém, razões para ter esperança em melhorias, em especial porque estão em curso no concelho vários investimentos geradores, a médio prazo, de emprego que podem ser um importante fator de reanimação económica. As responsabilidades são as mesmas, a dimensão é que é diferente. Temos muita coisa em curso em permanência, mas acredito que, neste momento, o mais importante são os investimentos que temos em curso na requalificação e construção de novos equipamentos culturais, equipamentos que vão permitir um melhor desenvolvimento cultural e o acesso, em melhores condições, dos nossos agentes culturais a espaços de qualidade. Apenas para citar os dois exemplos mais importantes, refiro a remodelação do Fórum Luisa Todi, a grande sala de espetáculos da cidade, e a construção da Casa da Cultura no espaço histórico que pertenceu ao Círculo Cultural de Setúbal. Do ponto de vista social, além do permanente trabalho de apoio a instituições e acompanhamento dos problemas mais complexos, estamos a investir fortemente na reabilitação dos Bairros da Bela Vista, por via de uma candidatura a fundos comunitários de mais de quatro milhões de euros. Trata-se, na verdade, de ações de reabilitação física dos espaços, mas também de ações de intervenção social nestas áreas que esperamos possam vir a ter efeitos bastante benéficos. Portugal Inovador Além da conclusão da requalificação da zona ribeirinha da cidade, quais os investimentos municipais, de carácter estrutural, projetados para o ano de 2012? Fizemos um enorme investimento na reabilitação da zona histórica de Tróino e temos em muito bom andamento a reabilitação da zona ribeirinha, uma obra que é, de facto, marcante, já que permite a reabertura de um espaço bastante desejado pelos setubalenses para fruírem os seus tempos livres. Os investimentos na Bela Vista, a par dos investimentos nos equipamentos culturais são também estruturantes, contudo, o esforço de planeamento que fizemos, por exemplo, para a constituição de um Pólo Comercial no Monte Belo é um investimento estrutural de primeira ordem que, tirando partido de uma excelente acessibilidade, está a conseguir, em tempos de crise, excelentes resultados, representando um investimento superior a cem milhões de euros e a criação de mais de mil e cem postos de trabalho diretos, nos quais se incluem os que serão criados pelo novo centro logístico da Decathlon, cujas obras estão a decorrer a muito bom ritmo. O investimento da Decathlon, com o seu Centro de Aprovisionamento Logístico em Setúbal, é uma conquista que se destaca no ano de 2011. De que forma a Câmara Municipal de Setúbal tem potenciado este investimento empresarial no distrito? Com uma grande agilidade na análise das solicitações que nos chegam, agilidade que, contudo não confundimos nunca com facilitismo. O rigor na análise destes processos é uma das grandes preocupações da autarquia. Pela sua localização característica, Setúbal tem uma vocação natural para a atividade portuária e para o turismo. Em ambos os casos, quais os projetos de relevo a decorrer? A qualificação de partes do nosso centro histórico, o investimento na zona ribeirinha, as parcerias que estabelecemos, por exemplo, com os restaurantes da zona ribeirinha para a qualificação das suas esplanadas são fatores que contribuem para uma maior atratividade turística de Setúbal. Temos uma grande aposta em curso na nos- sa promoção turística e, ainda que não tenham sido iniciativas municipais, apostámos bastante na eleição da sardinha como maravilha da gastronomia nacional, assim como na eleição do Portinho da Arrábida como uma das Maravilhas de Portugal. Assinámos, há dias, um protocolo com a Câmara Municipal de Grândola para a promoção conjunta de iniciativas capazes de atrair turistas com base neste património natural que partilhamos, que é o estuário do Sado. Aliás, mesmo antes do protocolo tínhamos já ensaiado a primeira parceria com a festa de fim de ano nas duas margens do Sado, que foi, na verdade, um sucesso. Página Exclusiva 29 Portugal Inovador Rentabilizar, Optimizar e Automatizar A Gesticer S.A. é uma empresa certificada, com sede em Aveiro, que foi criada com o intuito de apresentar ao mercado português soluções tecnológicas de excelência. zado, realizado sempre em parceria com o cliente. A agilidade da estrutura criada permite prestar apoio e assistência técnica de uma forma rápida, de norte a sul do país. Dadas as novas necessidades do mercado, a Gesticer levou a cabo, em 2010, um processo de renovação de imagem e integração de novas áreas de negócio que vieram complementar a vertente da cerâmica em que está especializada. Nesta procura de novas soluções de negócio António Teixeira, administrador da empresa, apresentou à revista Portugal Inovador as três grandes novas áreas de actuação: a logística, o packaging e as soluções industriais. Áreas de Actuação O aproveitamento dos espaços, através de um sistema de armazenamento vertical, é a solução de logística mais requisitada pelos clientes, visando a automatização e optimização dos espaços. Na vertente do packaging, a Gesticer promove uma gama de soluções para o final de linha e montagem, baseada em máquinas Página Exclusiva 30 para a paletização e gestão de movimentação interna. A solução mais requisitada consiste num equipamento que ajusta folhas de cartão de tamanho standard à dimensão e ao formato do produto, favorecendo assim a diminuição dos stocks. No âmbito das soluções industriais, a equipa de técnicos da empresa está apta para comercializar e conceber soluções para os sectores da indústria e serviços. O apoio de grandes marcas internacionais com as quais mantém uma relação de proximidade - a System Packaging, Ferrari & Cigarini e Modula, etc - são garantia de qualidade e assistência necessária aos clientes que procuram a rentabilização do investimento em detrimento do preço inicial da solução encontrada. Composta por uma equipa de colaboradores experientes e especializados, a filosofia da Gesticer assenta num trabalho personali- Portugal Inovador No caminho da “Excelência” Todos os anos o IAPMEI, em conjunto com o Turismo de Portugal e instituições bancárias, distingue um conjunto de empresas com o galardão PME Excelência. O ano que passou não foi excepção. Em 2011 o estatuto PME Excelência foi atribuído a 1368 empresas, que em diversos sectores de actividade se destacaram pelos melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão. Segundo o IAPMEI trata-se de “empresas que apresentam rácios de solidez financeira e de rendibilidade acima da média nacional, que têm sabido manter altos padrões competitivos num contexto particularmente exigente e que estão a conseguir ultrapassar a crise com crescimento, consolidação de resultados, e contributos activos na criação de riqueza e de emprego das regiões onde se inserem”. Exclusiva 31 para o A selecção das PME Excelência é feita a partir do universo das PME Líder, criando “um instrumento dePágina visibilidade acrescida grupo de empresas que em cada ano se destaque pelos melhores resultados”. Portugal Inovador Eventos únicos Organizar um evento requer experiência, mestria e know-how consolidado. São estes os pilares que ancoram o conceito da Team quatro. Ao contratar os seus serviços, o cliente poderá contar com criatividade, profissionalismo e com a garantia de um evento memorável… “Criatividade representa a emergência de algo único e original”, dizia Anderson apelando ao espírito criativo. De facto, para criar eventos lendários é necessário estimular o processo criativo em todas as fases. Concepção, desenvolvimento e produção são etapas preponderantes para desenvolver um evento e, deste modo, fazer com que um sonho deixe de fazer parte do plano imaginário e se torne realidade… A experiência consolidada de 30 anos no sector de Irene Finken, Isabel Pereira e João Silva deu o mote para que, em 1991, a Team quatro surgisse no mercado, arrogando uma estratégia: a conquista do mercado alemão. “Cerca de 99% da facturação da Team quatro reporta-se ao mercado alemão. É uma premissa nossa que Página Exclusiva 32 todos os colaboradores dominem a língua alemã. É o nosso principal mercado! Só concebemos comunicar no idioma dos nossos clientes. É a melhor forma de se evitarem erros. No entanto, realizamos também alguns eventos com empresas portuguesas; tivemos a honra de organizar os 100 anos da Bosch em Portugal, oportunidade que surgiu na sequência de longos anos de contactos com a Bosch Alemã. Temos uma forma de trabalhar muito alemã e juntamos o melhor das duas culturas, a precisão Alemã e espírito de improvisação Português”, principia João Silva, sócio fundador da Team quatro. A Team quatro está completamente orientada para a organização de eventos e de viagens de motivação, vulgo incentivos, tentando organizar com a maior precisão possível o sonho que o cliente tem ao decidir-se por Portugal como destino. Porém, de acordo com o entrevistado, “o problema deste sector é que o conceito de eventos se vulgarizou. Quando falamos de um evento referimo-nos, por exemplo, às cinco apresentações automóveis que realizámos recentemente em Portugal. A organização destes eventos tem um tremendo efeito multiplicador na Economia do país, muito para além do aumento das taxas de ocupação dos hotéis. São Autódromos, restaurantes, empresas de hospedeiras, bombas de gasolina, autocarristas, empresas de viaturas VIP, rent-a-cars, serralharias, empresas de decoração, floristas, empresas de produtos alimen- Portugal Inovador tares que estão envolvidas em eventos deste tipo. Daí a dificuldade de quantificar os proveitos do sector e o alheamento político que ele merece, porque apenas se referem sempre os hotéis. No plano dos eventos automóveis, estamos permanentemente em concorrência com Espanha, Itália e Grécia. Este foi verdadeiramente o ano de Portugal ao catalisar sete eventos automóveis para Portugal”, sustenta João Silva. E representa a aceitação da capacidade de organização de empresas Portuguesas por parte dos grandes construtores automóveis mundiais. Estimular os colaboradores de uma organização é uma estratégia em voga na dinâmica de muitas multinacionais. De facto, recursos humanos motivados traduzir-se-ão, inequivocamente, no aumento do rendimento. Falamos dos incentivos, isto é, viagens de motivação – uma das áreas em que a Team quatro se envolve. “Portugal não tem esta tradição, no entanto, na Alemanha este tipo de prémios são habituais e considerados um excelente prémio ao desempenho. É uma forma de motivar os colaboradores. Estabelecem-se metas que culminam em viagens. Nós organizamos esse evento para as empresas alemãs ou através de agências do sector na Alemanha. Somos no mercado alemão, parceiros de referência em Portugal. Muitas multinacionais estrangeiras em Portugal já organizam este tipo de viagens, muitas vezes organizada pela empresa mãe. Porém, não tenho conhecimento que o patrão português o esteja a fazer”, explicita o sócio. “Também temos essa política internamente. Uma vez por ano organizamos uma viagem para os nossos colaboradores, sem eles terem conhecimento dos programas. É o ponto alto do ano para nós, sócios da empresa, porque temos de ser muitíssimo criativos por estarmos a organizar um evento para pessoas que os organizam no seu dia-a-dia”, acrescenta com regozijo. Criatividade, um imperativo! Sendo a Team quatro uma empresa idónea no sector da organização de eventos, (comemora este ano o seu vigésimo aniversário) a empresa pauta a sua actividade pela qualidade do serviço. Para tal, há factores que, de acordo com João Silva, são preponderantes para garantir o sucesso e, consequentemente, a fidelização do cliente: “Neste sector é necessário ser-se criativo. No entanto, estamos limitados às infra-estruturas do país. Na Team quatro gostamos de desenvolver o evento em torno de um conceito que se interliga em todas as vertentes. Em segundo lugar destacaria o amor pelo detalhe como outra premissa básica. É na execução do detalhe que está a qualidade do serviço. Se durante uma estadia receber uma chave do quarto do hotel com o seu nome, este pormenor vai valorizar a viagem. Se não tiver, ninguém nota, mas estes pormenores fazem a diferença e representam um imenso added value à viagem. É na personalização que reside a execução do detalhe. Planeamento é outro dos factores essenciais”. “Faltam infra-estruturas em Portugal” Chegada a altura de planear um evento, uma necessidade premente se impõe: a escolha do local. Portugal, sendo um país de contrastes, em que as pitorescas serras contrastam com a paisagem idílica do Litoral, tem muitas potencialidades para serem exploradas. Contudo, João Silva considera que “faltam infra‑estruturas no nosso país e este é um factor que determina a perda de competitividade de Portugal em relação a Espanha. Já temos muita coisa mas ainda assim, não suficiente. Só agora começam a aparecer os primeiros hotéis de design em Portugal. E ainda assim muito concentrados. Por sua vez, em relação às empresas de catering há serviços de muita qualidade, mas a apresentação dos pratos tem de ser melhorada. Na construção das unidades hoteleiras é uma pena não sermos ouvidos na fase de construção como parceiros. Fazíamos consultadoria a custo zero. Digo sempre aos hoteleiros que nos vejam como parceiros porque as nossas críticas são muito positivas e verdadeiramente construtivas”. Assim, a Team quatro, através da singularidade dos eventos que organiza, em que a qualidade e a satisfação do cliente são presenças inequívocas, granjeou o reconhecimento dos congéneres num sector tão competitivo como é o da organização de eventos. “Mantivemo-nos fiéis a um mercado quando toda a gente nos desaconselhava por ficarmos demasiado dependentes de um só pais. Hoje prova-se que a nossa decisão não foi de todo errada. Só se consegue organizar um evento com qualidade se se conhecer a cultura das pessoas a quem se dirige. E nós temos um profundo conhecimento da cultura alemã, cultivada desde a nossa infância”, conclui. Página Exclusiva 33 Portugal Inovador Excelência de Serviço Após a infelicidade de ver a empresa do pai declarar falência, dado o período difícil que contemplou, António Cruz ajuda a erguer um novo nome merecedor do mesmo grau de confiança por parte dos clientes. Juntamente com Carlos Alves, António Manuel (responsável da secção Norte, Porto) e Hélder Caldeira (responsável da secção Sul, Algarve), o negócio assumiu dimensões que se estendem por todo o território lusitano. A Gesticool é uma empresa que surge pelas mãos da maioria dos funcionários da antiga empresa, empregadora de António Cruz, para dar resposta aos sectores directamente relacionados com o frio. As 28 pessoas que vestem a camisola da empresa, vestem também a camisola do Grupo Jerónimo Martins, mais propriamente do Pingo Doce. Não têm qualquer ligação para além da habitual profissional/ cliente. No entanto, qualquer um que trabalhe na Gesticool sabe que deverá dedicação às lojas Pingo Doce para bem servir um dos clientes que motivam a cobertura nacional por parte da empresa do frio. Insere-se num ramo de actividade muito específico, incidindo na montagem de supermercados (instalação frigorífica). Ou seja, a Gesticool procede à verificação das instalações pretendidas, à manutenção estraPágina Exclusiva 34 tégica em benefício do cliente e do trabalhador (tendo em conta periodicidade e equipamentos), bem como à instalação e/ou reparações necessárias em qualquer sistema de refrigeração (desde câmaras frigoríficas a máquinas de gelo ou supermercados). Bem analisada a essência do trabalho, é perceptível a importância que atribuem ao serviço de pós-venda, isto é, à proximidade com o cliente e ao acompanhamento do funcionamento dos equipamentos instalados. É imprescindível que qualquer ocorrência seja devidamente reparada (solucionada a 100%) e não apenas remediada, pois “cliente bem servido e satisfeito é fiel”, clarifica António Cruz. Similarmente, a resposta imediata e com o menor equipamento possível consta de igual forma na lista de preocupações dos responsáveis pelo negócio. Isto porque pode acontecer que as lojas necessitem de se manter em funcionamento durante as reparações não podendo, por isso, perturbar os clientes que nela circulem. Já para não mencionar a necessidade de o equipamento permanecer em funcionamento a tempo inteiro. “Temos que estar muito perto do cliente”, explica. E como conseguir tudo isto? Com uma equipa Portugal Inovador experiente não só na matéria teórica, mas de igual forma no trabalho de terreno. Com todas estas mais-valias, seria óbvio que o Grupo Jerónimo Martins se quisesse fazer acompanhar pela Gesticool no seu programa de internacionalização. Como tal aconteceu, a própria empresa já se demonstrou disponível para o fazer rumo a Colômbia, terreno que se espera ser, em breve, conquistado pelo “sítio do costume”. Do seu lado continuarão, sem dúvida, valores como flexibilidade horária (a disponibilidade abrange mesmo as 24 horas diárias), agilidade e rapidez no atendimento. Importa referir que, no intuito de melhorar continuamente os seus serviços, a Gesticool tem em funcionamento, por exemplo, um sistema de gestão e controlo remoto de instalações frigoríficas nas lojas Pingo Doce: o A dapcool. Este possibilita a análise do problema à distância, de forma a proporcionar a possibilidade de resolução sem deslocações ou equipamentos extra. Os benefícios são vários, começando nos custos mais reduzidos para o cliente e na maior brevidade do serviço para o colaborador. Todas estas estratégias são importantíssimas e com a finalidade de facilitar o manuseamento das marcas escolhidas pelo cliente. Foi com toda esta dedicação e sucesso reconhecidos ao longo do tempo, que a Gesticool pôde comemorar os dez anos de existência no passado dia 1 de Março, contando já com uma distinção de empresa PME E xcelência no seu currículo. Página Exclusiva 35 Portugal Inovador Aisi: uma empresa com futuro Consolidar a posição no mercado nacional, facultando um serviço que responda às necessidades do cliente é a missão que caracteriza o percurso da Aisi. Encarando o dia-a-dia como um novo desafio, a empresa alcançou a distinção de PME Excelência. Um galardão que premeia a gestão criteriosa desta empresa. Crescimento e sucesso são os conceitos que melhor espelham o percurso da Aisi – Aços Inoxidáveis do Centro. Direccionada para a comercialização de aços inoxidáveis, a empresa conta com a experiência consolidada de Aníbal Fernandes no leme um empreendedor, nascido em Angola, que vê nas adversidades do mercado um incentivo para evoluir. “Aprendemos com a necessidade, a fartura destrói-nos”, realça. O know-how alavancado em 15 anos de presença no sector permitiu à Aisi interagir com diversos sectores de actividade. Clientes do sector dos vinhos, da cutela- Página Exclusiva 36 ria, da construção civil, da celulose e do mobiliário para comércio e indústria, são alguns dos que elegem a Aisi como fornecedor de aço inox. Procurando inovar nos métodos de trabalho, a Aisi é hoje uma referência no mercado em que actua. A sua actividade desenvolve-se na área dos produtos de aço inox, nomeadamente, chapa, tubos, barra, cantoneira, varão e outros. Está equipada com linhas de corte e esmerilamento de chapa, desde 2003. “Temos uma vantagem na nossa actividade, cortamos a chapa à medida do cliente e um forte investimento em stocks para satisfação das encomendas, em prazos muito curtos. Compramos a matéria-prima, essencialmente, no mercado europeu. Adquirimos a chapa em bobines, de grande dimensão, e, cortamos à medida que o cliente deseja, de 0,5 a 5 mm de espessura e até 2 mt de largura, regra geral nas larguras standard”, explica Aníbal Fernandes. No horizonte deste empreendedor reside a ambição de manter a Aisi no percurso sustentado que tem pautado o seu caminho até hoje. Neste sentido está já em marcha a aquisição de uma linha de transformação de bobines, desdobrando as bobines grandes, em bobines de pequena dimensão, podendo proceder ao seu esmerilamento. Pretende-se desta forma explorar um nicho de mercado, em que algumas empresas preferem comprar a chapa em bobine, para melhor rentabilizar o seu trabalho. De acordo com o técnico de contas, Francisco Vidal, os valores de facturação são satisfatórios: “A facturação da Aisi ultrapassa os 4 milhões de euros. Houve, inclusive, um ano em que facturámos aproximadamente 7 milhões. Registámos uma subida até 2006/7 e em 2008, por força da conjuntura do país, tivemos um decréscimo. Agora, considero que estamos num ponto de equilíbrio. Por vezes o ajustamento de preços do aço inox também influencia os valores de facturação e isso não pode ser esquecido”. PME Excelência 2011, a Aisi revela um grande potencial de crescimento. Nas estratégias para o novo milénio a preocupação com a imagem da empresa não foi esquecida. “Estamos a trabalhar no ‘layout’ do nosso site para acompanharmos a evolução do mercado”, conclui Francisco Vidal. Portugal Inovador Ícone na gestão documental Um projecto vitorioso – assim se pode definir a Fin-Prisma. Idealizado por Jorge de Freitas e António Vale este projecto introduz no mercado tecnologias de vanguarda, no âmbito da gestão documental, que vieram revolucionar os métodos de trabalho. Segurança e confidencialidade são conceitos intimamente ligados ao core business da Fin-Prisma. Uma empresa que surge no mercado em 1993 com o ímpeto de implementar soluções de ‘software’ e prestar serviços na área da gestão documental. “Em 1993, fundámos a Fin-Prisma. A experiência que tínhamos no sector for determinante para o sucesso. Hoje, dedicamonos ao desenvolvimento de ‘software’ de várias vertentes e fomos orientados para tudo o que está relacionado com gestão documental. Somos especialmente conotados com essa área, embora tenhamos antecedentes bastante mais amplos”, explica Jorge Freitas, gerente da empresa. Com uma filosofia orientada para agilizar o processo de negócio dos clientes, o que, a posteriori, se irá repercutir no aumento do rendimento, a Fin-Prisma conquistou a confiança de importantes ‘players’ do sector da Banca. Porém, os serviços disponibilizados pela Organização poderão ser utilizados por entidades de diversos sectores. Tal como revela o entrevistado, “qualquer empresa que utilize papel é um potencial cliente”. A inovação é um dos ingredientes que muito têm contribuído para o sucesso desta empresa. Sob a égide de Jorge Freitas, um empreendedor com perfil proactivo, a Fin-Prisma “foi pioneira, e líder absoluto durante muito tempo, na implementação de um sistema de digitalização de assinaturas. Temos uma vantagem em relação aos concorrentes: não usamos aplicações de terceiros. Desenvolvemos as nossas próprias aplicações, eventualmente comprando tecnologia. Se pudermos fazer alterações que se traduzam na poupança de um segundo que seja, nós fazemos. Qualquer segundo ganho representa um aumento do rendimento. As empresas que utilizam aplicações compradas não têm essa possibilidade”, assegura. O prestígio conquistado pela FinPrisma nestes quase 20 anos de história permitem perspectivar um futuro risonho para a tecnológica. “A tendência é que o papel vá desaparecendo. Como o espaço é caro as organizações têm de adoptar arquivos digitais centralizados e um arquivo físico externo. No fundo, ajudamos o cliente a poupar espaço e a desenvolver o trabalho de forma mais célere”, conclui. Página Exclusiva 37 Portugal Inovador “Melhores em qualidade, prazo e preço” A FATELEVA é hoje uma empresa dedicada ao fabrico de componentes metálicos para a indústria, em particular para a indústria de elevadores. Nasceu em 1934, com a marca FORTIS, com a qual esteve no mercado até ao final de 1992, sendo na altura a terceira maior empresa do seu ramo e a que tinha melhor dispersão geográfica. A partir dessa data, e portanto, nos últimos 19 anos, a empresa saiu do mercado de fabrico, instalação e assistência técnica a elevadores, para passar a produzir, exclusivamente, componentes metálicos para a indústria em geral e, em particular, para elevadores. Tal como no negócio de elevadores, onde a empresa chegou a ser líder, também neste novo segmento de negócio, manteve elevados padrões de qualidade, prazos e preços, razões que justificam a Página Exclusiva 38 fidelidade dos Clientes, ao longo destes anos. Desde 2007, com a actividade económica em recessão constante no mercado ibérico, para onde toda a sua produção se escoava, foi necessário encontrar mercados alternativos, esforço esse dirigido para outros produtos, outros Clientes e também para outros territórios. A empresa detém uma ampla autonomia financeira, característica que lhe permite encarar o futuro com alguma tranquilidade, quer no que se refere à possibilidade de pesquisa de novos mercados quer na possibilidade de recorrer à modernização ou à aquisição de novos equipamentos, logo que o mercado venha a justificar tal necessidade. A FATELEVA tem hoje nos seus quadros, uma equipe de menos de 30 trabalhadores, com quem conta para fazer frente aos próximos desafios, quaisquer que eles sejam, uma vez que não estamos disponíveis para deixar as distinções atribuídas pelo IAPMEI, de PME LIDER EXPORTAÇÃO 2008 e de PME EXCELÊNCIA 2011, por mãos alheias, e tão pouco nos sentimos suficientemente conformados por essas distinções, para desistirmos das futuras. A capacidade de sobrevivência de uma espécie é determinada pela sua adaptação a novos alimentos, quando aquele que habitualmente consome se extingue. Porque vamos ser sobreviventes, procuramos agora novos clientes e novos produtos, e essa é a nossa aposta de curto prazo. Portugal Inovador Conquistar novos mercados A completar 25 anos de existência, a RCL Caixilharia de Alumínios, Lda tem procurado, cada vez mais, desviar a sua facturação para os mercados estrangeiros, de forma a colmatar a quebra sentida a nível nacional. França continua a ser a aposta preferencial de Rui Lisboa, fundador da empresa. Constituída em 1987, a RCL dedica-se ao fabrico e montagem de janelas, portas, gradeamentos e outros elementos em alumínio. Rui Lisboa fundou a empresa, e pouco tempo depois constituiu sociedade com a esposa. Com a gestão a cargo do casal, hoje a RCL conta com uma equipa jovem e dinâmica de 17 colaboradores, e a formação é contínua. A constante inovação tecnológica, a certificação da empresa e a qualidade de produto final, aliada à criatividade – isto porque, para Rui Lisboa, nenhum trabalho é impossível de fazer antes de se tentar – garantiram à RCL o sucesso no mercado, tanto em Portugal como além-fronteiras. Foi em 2001 que a empresa se voltou para França. “Fomos lá fazer uma instalação numa obra, e aos poucos fomos desenvolvendo a actividade. Os métodos lá são um pouco diferentes e, por isso, foi muito importante ter logo desde o início um contacto directo com o mercado. O facto de ser um país com muitos emigrantes portugueses tem facilitado, uma vez que grande parte da nossa actividade em França é desenvolvida com empresas e particulares luso-descendentes”, continua o responsável. Rui Lisboa nota ainda que no mercado francês, em particular no habitacional, a aposta na renovação e requalificação de edifícios é cada vez mais uma realidade. “Só essa parte representa um peso considerável da nossa facturação em França”, confirma, acrescentando ainda que “no nosso país, ainda levamos algum atraso nessa área”. De referir que o mercado francês já representa 43% da facturação total da RCL, e tem vindo a compensar “a quebra de cerca de 20% do mercado nacional, sendo que para este ano de 2012 prevemos uma quebra ainda mais acentuada”. A actividade da RCL em França centra-se maioritariamente na região de Paris, mas a empresa vai procurar estendê-la a outras zonas de França. Também outros mercados europeus fazem parte dos horizontes da RCL, sobretudo países onde existam comunidades portuguesas. Para além disso, a empresa, que foi durante três anos consecutivos distinguida como PME Líder e é, em 2011, PME Excelência, também olha atentamente para outros pontos do globo. “Estamos a estudar a possibilidade de entrar no mercado de Marrocos. Fizemos um estudo, com o apoio da AICEP, e parece-nos viável. Se conseguirmos singrar em Marrocos até poderemos, eventualmente, ter uma porta aberta para outros países do Magreb”, finaliza. Página Exclusiva 39 Portugal Inovador Conheça o terreno que pisa Uma empresa 100% portuguesa com sede em Carnide, Pombal, que tem conquistado o mercado francês. “Trabalhar com rigor e profissionalismo é chave do sucesso”, revela em conversa à revista Portugal Inovador, Sílvio Santos. A Pisosol surgiu no mercado, em 2001, na altura em que o nosso entrevistado, Sílvio Santos, decidiu criar um negócio próprio num sector que tão bem conhece, o de pavimentos industriais em betão. Com uma abrangência nacional, com especial enfoque na região de Lisboa, a empresa sempre vingou pelos trabalhos de qualidade realizados. Rapidamente o merPágina Exclusiva 40 cado português apresentou-se como reduzido perante as ambições deste empresário de Pombal que, em 2003, deu início ao processo de internacionalização com a entrada em Espanha. Aí se manteve durante um ano, até assumir o compromisso de trabalhar em França, um mercado que se apresentou bastante aliciante pela envergadura e exigência das obras, e, acima de tudo, pelo cumprimento dos compromissos. Hoje, a Pisosol trabalha fundamentalmente neste país, onde tem sido requisitada para assumir obras de grande dimensão. Sílvio Santos explica-nos como se procede o contacto com as empresas: “Em França existem agências especializadas em empresas de pavimentos, o facto de conseguirmos conquistar a confiança de uma delas abre-nos portas para que possamos constar na lista de contactos de muitas outras. Ao contrário de Portugal, onde o melhor preço sobrepõe-se à qualidade, em França os empresários optam por materiais mais resistentes e duradouros, ainda que mais caros”. Sílvio Santos lamenta que a mentalidade nacional não mostre sinais de mudança: “Neste momento muita da nossa concorrência está a optar por caminhos que não me parecem os melhores. Baixam os preços em demasia, o que, para ganhar obras, mesmo com produtos melhores e com maior qualidade de trabalho, se torna muito complicado. O cliente cai no erro de preferir o preço à qualidade… Mas na prática o que acontece é que as empresas acabam por fugir aos materiais que tinham acordado e quem fica mal servido é o cliente e, em último caso, o país que fica com pavimentos de má qualidade”, lamenta. Investimento em Tecnologia Graças a um forte investimento em equipamento e tecnologia, a Pisosol tem colocado uma média de um milhão de metros quadrados de pavimento por ano. Com Portugal Inovador um parque de 12 máquinas duplas (Bipal), 20 máquinas fagadoras/helicópteros e 10 máquinas de corte, aliadas à frota própria de 15 carros, esta PME Excelência é já um parceiro de confiança de muitos clientes. “Para além de sermos procurados pela distinção do nosso trabalho, o facto de possuirmos uma vasta frota de equipamentos garante às empresas a rápida resolução de qualquer falha técnica”, comenta o empresário. Com 75% do seu trabalho realizado em França, a Pisosol quer continuar a investir nesta região, não tendo para já grandes ambições em conquistar novos mercados. “Tenciono manter a minha atenção focada no mercado francês ao invés de partir à conquista de novos mercados. Este país garante-nos um trabalho regular com a certeza de cumprimento de prazos de pagamento, assim como de todas as condições estipuladas”. A título de exemplo podemos referir três trabalhos de pavimentação realizados pela Pisosol: em Paris, a obra de Cathelain em Chambourcy, com cerca de 80000m2; em St. Georges D’Esperanches (Lyon), a obra PRD Distripole – ZAC Lafayette, com cerca de 66000m2; e em Portugal, o parque de estacionamento da Escola C+S de Almada, com 12000m2. Com cerca de 25 anos de carreira e tendo a seu cargo uma equipa de 50 funcionários, Sílvio Santos assume que vai continuar a apostar no mercado francês durante os próximos anos, sendo que a única resistência que afirma sentir provém dos processos burocráticos, inerentes a esta actividade, que implicam inúmeros processos e constantes renovações documentais tendo em conta que somos dois países da União Europeia. Página Exclusiva 41 Portugal Inovador Comércio de máquinas, ferramentas e gases industriais e medicinais Completados 35 anos de gerência de uma empresa com o êxito da Oxibeiras, a alegria sobre aquilo que construiu não podia ser mais evidente nas palavras de Manuel Luís Sousa. Para além de ser certificada desde o ano passado, foi já distinguida pela terceira vez consecutiva como empresa PME Excelência e, dada a credibilidade que tem conquistado ao longo do tempo entre fornecedores e clientes, será sem dúvida nestas bases de primazia que continuará a traçar o seu futuro. O princípio que Manuel Luís Sousa, sócio-gerente da Oxibeiras, implantou desde o início assenta em construir com o que efectivamente lhe pertence: “Este parafuso que aqui está, enquanto não for liquidado, é dos fornecedores.”, esclarece como sendo uma das suas mensagens mais repetidas. O certo é que se trata de uma empresa de família com sucesso e que tem já a próxima geração assegurada, uma vez que o filho, Henrique Sousa, presta um forte apoio à sua administração há mais de dez anos. Na área de soldadura acetilénica e electrogénica, a Oxibeiras surge pela escassez de gases industriais no distrito de Guarda nos anos Página Exclusiva 42 70. Manuel Luís Sousa já havia dado conta deste problema desde o seu anterior trabalho, pelo qual tinha de fazer encomendas com inúmeras limitações e transtornos até obter, realmente, os gases de que necessitavam. A inviabilidade de continuar a parar o trabalho de empresas pela falta dos recursos fez com que o sócio-gerente se dedicasse à ideia de desenvolver uma empresa para a distribuição de gases no distrito da Guarda. Hoje, a cobertura efectua-se nesse mesmo distrito, ao qual se soma a zona Sul do distrito de Bragança e a região Norte de Castelo-Branco. Dividida em duas unidades, a empresa dá resposta a dois sectores diferentes, sem nunca largar a distribuição de gases como veículo de comunicação. A primeira, não por uma questão de importância, diz respeito aos gases medicinais e traduz-se em tratamentos domiciliários por processos de oxigenoterapia, ventiloterapia e aerosolterapia. Relativamente a esta unidade, resta-nos apenas dizer que há nas ruas do distrito, três viaturas da Oxibeiras a prestar, diariamente, serviço domiciliário neste ramo. Numa segunda unidade identificamos a área de enfoque da empresa, isto é, no que diz respeito aos gases industriais surgem as máquinas e ferramentas para todo o tipo de indústria, desde a serralha- Portugal Inovador mento comercial abastecido com toda a maquinaria relacionada com o sector industrial “desde o simples berbequim à máquina para cortes de madeira”, oficina de reparação especializada e um armazém de gases preparado para os dois sectores abordados, existem já planos para continuar a crescer, o que, na visão do sócio-gerente, implica o aumento das instalações. ria, à construção civil ou ao ramo automóvel. Em ordem a prestar os mais indicados serviços de manutenção, reparação e revisão da maquinaria, a Oxibeiras destaca uma equipa técnica especializada para a montagem e instalação de equipamentos, actuando ainda na revisão, recarregamento e venda de extintores, e rebobinagem de motores eléctricos. A frota de que dispõe permite a entrega dos produtos no local escolhido pelo cliente, bem como a sua recolha e posterior entrega nos casos de reparação e manutenção. Note-se que a carteira de clientes abrange o território espanhol e está a preparar-se para abraçar o marroquino. Com um escritório repleto de pessoas dedicadas, um estabeleci- Página Exclusiva 43 Portugal Inovador Tradição ao Serviço da Qualidade A Casa dos Cereais-Natural é uma referência na área dos produtos para animais de companhia. Este negócio familiar com mais de setenta anos de história, atravessa já três gerações. A criação de novas instalações, num futuro próximo, permitirá dar um novo alento à actividade desta empresa de Espinho. As raízes da Casa dos CereaisNatural remontam a 1938, quando Joaquim Alves de Oliveira decidiu montar um negócio voltado para o retalho de produtos alimentares. Entretanto, o filho mais velho, Waldemar Oliveira, apoiado pelo seu irmão António Oliveira, entrou no negócio e a actividade comercial foi sendo aos poucos direccionada para o sector dos animais de companhia, com grande enfoque na comercialização de produtos alimentares e acessórios para aves. No limiar de um novo século, Fátima Oliveira, filha de Waldemar Oliveira, é já um rosto emergente na empresa, representando a terceira geração à frente do negócio da família. “A nossa empresa importa e comercializa produtos complementares e acessórios para aves e animais de companhia. Fruto da necessidade de evoluir, a nossa dinâmica comercial levou à criação de marcas próprias que nos permitiram conquistar o reconhecimento do mercado ao longo dos anos, tais como a Avicor, gama de produtos para aves em Página Exclusiva 44 geral, posteriormente a PetSmile, mais direccionada para os roedores e, por ultimo, a Excellent, mais vocacionada para a fauna europeia”, informa Fátima Oliveira. “O factor qualidade é o denominador comum, transversal a todas as marcas. O que nos distingue é um produto altamente especializado e a boa qualidade das sementes. Primar pela qualidade sempre foi uma prioridade da Casa dos Cereais-Natural e prova disso é o facto de termos clientes que nos honram com a sua preferência há já mais de 30 anos”, complementa Waldemar Oliveira, que explica ainda que os clientes da empresa são sobretudo petshops, lojas de rua, armazenistas e até mesmo fábricas, algumas das quais recebem a mercadoria com as suas próprias marcas. “Os produtos da nossa empresa chegam a todo o país e ao Norte de Espanha. Na zona Norte fazemos todas as entregas num raio de 100 km. Ao Sul do país chegamos sobretudo através de distribuidores”, explica ainda Fátima. No entanto, e porque nem sempre é possível chegar a todo o lado, a empresa vai disponibilizar dentro de sensivelmente um mês, a venda de produtos online. A Casa dos Cereais-Natural tem procurado conquistar novos mercados. Angola perfila-se agora no horizonte como um novo mercado de exportação, e outros se seguirão. As novas instalações, que vão começar a ser construídas em São Félix da Marinha, vão permitir uma maior dinâmica empresarial, ajudando a uma maior internacionalização do negócio, e não só. “Com a nova unidade industrial, uma maior automatização de processos e mais espaço disponível para uma melhor gestão de stocks, permitir-nos-á continuar a apostar na melhoria da qualidade dos nossos produtos. A criação de um showroom, outro dos nossos objectivos, ajudará a dar uma maior visibilidade aos nossos produtos, permitindo criar uma maior dinâmica comercial, nomeadamente ao nível do atendimento ao cliente, mais eficaz e mais rápido. Para finalizar, gostaríamos tão-somente de referir que a Casa dos Cereais-Natural foi recentemente distinguida como PME EXCELÊNCIA 2011, distinção que premeia o nosso esforço e dedicação e que muito nos orgulha”, conclui Fátima Oliveira. Portugal Inovador Página Exclusiva 45 Portugal Inovador Vestuário Sportswear Vintage, com excelência! A Anjos e Lourenço dedica-se à confecção e exportação de vestuário exterior há mais de vinte anos. A revista Portugal Inovador foi até Galegos - Santa Maria, conhecer a empresa nomeada mais uma vez PME Excelência pelo IAPMEI. João Anjos faz sociedade com o seu irmão António Anjos na Anjos e Lourenço desde 1990. Na altura, ambos vendedores na área têxtil decidiram embarcar na aventura de formar uma empresa de confecções. Inicialmente com apenas cinco colaboradores, a empresa conta hoje com 45, grande parte deles com cerca de 20 anos de casa. Essa longevidade de equipa é de extrema importância para o administrador João Anjos, que considera ser uma das chaves do sucesso da empresa: “Aqui somos como uma família. Estamos muito próximos dos nossos colaboradores e eles sabem que podem contar connosco tal como nós contamos com eles sempre que é Página Exclusiva 46 necessário. Todos os passos que damos são a pensar neles também”, confessa. Primeiramente virada para o mercado português, rapidamente a Anjos e Lourenço resolveu virar‑se para o mercado externo - exportando agora 100% da sua produção - quando a concorrência asiática começou a aparecer com produtos de menor qualidade, no entanto mais baratos. Para além da deslocação dos clientes da empresa: “No ano de 2001 sensivelmente o nosso cliente começou a deslocar-se para a Turquia e tivemos a necessidade de ir atrás. Até aí não fazíamos exportações, mas sentimos necessidade e em 2003 começamos a angariar novos clientes e a ir em busca de outro tipo de trabalho. Foi aí o arranque da empresa como exportadora. Até lá sentimos que foi um criar de condições, de estabilidade e know-how para depois conseguirmos dar o impulso”, diz o administrador. Neste momento a Anjos e Lourenço tem os seus principais clientes distribuídos pelo mapa em pontos como Inglaterra, Alemanha, França, Espanha, Bélgica ou Suíça. A que trabalhar essencialmente em vestuário sportswear vintage para uma camada média alta, esta empresa prima pela qualidade dos seus produtos e pelo cumprimento de prazos: “O que nos diferencia no mercado é a nossa seriedade, respeitar na íntegra os acordos e prazos estipulados com os nossos parceiros comerciais, a nossa postura de procurar sermos inovadores nas nossas matérias e o facto de estarmos sempre a apresentar algo novo aos nossos clientes. Não nos acomodamos. Este sector é como uma autoestrada com muito nevoeiro, sabemos que o caminho é para a frente mas vemos mal e por isso temos que ‘conduzir’ com a máxima cautela para chegarmos todos os dias ao nosso destino” colmata João Anjos. Portugal Inovador Projecte o seu Lar Construir residências modernas, bem localizadas e que garantam uma maior qualidade de vida aos seus habitantes são as bases do trabalho produzido pela Civilcasa. A Civilcasa surgiu em 2004 como um projecto de promoção imobiliária que integra a compra de terreno, construção e entrega “chave na mão”. Direccionados para um público de classe média/alta, estes empreendimentos são minuciosamente pensados, desde a localização até aos pormenores de carpintaria de autor. Procurando a diferenciação por via da qualidade e inovação, a Civilcasa conquistou, desde cedo, um importante nicho de mercado dentro do sector das habitações de excelência. Dentro da estratégia vertical que vinha sendo seguida - imposta pelo conceito “chave na mão” – surgiu a necessidade de integrar a componente da construção na dinâmica do Grupo e foi criada em 2005 a Civilcasa II Construções. Mantendo uma política de trabalho assente no acompanhamento criterioso de cada obra, a empresa nunca se encarrega de muitos projectos em simultâneo, por forma a garantir que todos os objectivos sejam cumpridos, dentro dos prazos estipulados e com total controlo de riscos. A inovação está presente em cada projecto com assinatura Civilcasa. Com uma grande fatia dos empreendimentos situada em Aveiro, as preocupações relacionadas com a prematura deterioração dos mate- riais, por influência da corrosividade marítima, conduzem, por exemplo, ao uso de materiais de elevada resistência e durabilidade. A par disso, a visita regular a feiras internacionais, que permitem acompanhar as tendências do mercado e a colaboração com directores de obra capacitados para desenvolverem projectos ao mais alto nível, permitem à Civilcasa vingar pela distinção e pela qualidade – falamos dos empreendimentos Bella Spia, Casas de Sal, Vieira da Silva, Vizione, Spazio, Milano, Quadra entre muitos outros que podem ser conhecidos no site da empresa. Desenvolvendo carpintaria de autor, esta valência apraz muito ao público-alvo da Civilcasa que procura qualidade, design, longe dos produtos estandardizados. Outros pormenores como a apresentação de um contrato de condomínio antes do acto da compra permitem, a todos os seus clientes, ter uma garantia da preservação da imagem original dos empreendimentos. Dados os certificados padrões de qualidade e inovação apresentados ao mercado, o grupo Civilcasa rapidamente viu alargada a sua vertente imobiliária, acedendo a algumas requisições de privados, assim como a candidaturas a obras públicas através da Civilcasa II Construções. Em 2011, o grupo diversificou a sua atuação desenvolvendo projectos na área social como foi o caso de um “Sénior Leaving”, na área do turismo que apostou em hotéis termais e turismo rural no Algarve, e um projecto de turismo no centro histórico do Porto. Ainda em 2011, expandiu para o Brasil, mais em concreto para Florianópolis, estado de Santa Catarina. Com um crescimento na ordem dos 20% - entre 2010 para 2011, o Grupo Civilcasa alcançou no final do ano passado o título de PME Excelência. Um prémio que vem reforçar os alicerces seguros e a gestão rigorosa desta empresa portuguesa. Página Exclusiva 47 Portugal Inovador Soluções parceiras do seu negócio A respeito do Factoring, Miguel Mexia Vassalo, do Banco Santander Totta, assegura que “o compromisso do BST é de oferecer um leque tão vasto quanto possível de soluções, assessorar o seu cliente na procura da solução ou soluções ideais de forma a juntos potenciarem os negócios para o exterior”. A Portugal Inovador foi averiguar de que modo. Em que área se vem integrar um projecto como este? O Factoring de exportação vem integrar as soluções tradicionais de apoio à Exportação das empresas Portuguesas. O Banco Santander Totta colocou à disposição dos seus clientes a SOLUÇÃO EXPORTAÇÃO, que engloba, por via directa ou de parcerias com terceiros, todos os serviços necessários à exportação de produtos e serviços pelas empresas nacionais. Em que alturas é aconselhável uma solução destas e em que medida se torna uma mais-valia para o Cliente Santander? Considerando que produtos como o factoring de exportação agregam vários outros produtos dispersos e que incluem na sua oferta partes fundamentais da venda como a cobrança, assumpção de risco, parceria na conquista de novos mercados e antecipação de fluxos de tesouraria. Sendo este um produto parceiro do negócio das empresas exportadoras é fortemente aconselhável a sua utilização por empresas com vendas recorrentes para o mercado externo ou que pretendam conquistar novos mercados e novos clientes, utilizando para tal o Grupo Santander e a sua presença mundial como factor diferenciador e potenciador da expansão dos negócios. Existe a possibilidade de solicitar um, ou mais, serviços? O Banco Santander Totta dá liberdade total aos seus clientes de utiPágina Exclusiva 48 Portugal Inovador lizarem um ou mais serviços que incluem a Solução Exportação. Cada cliente tem à sua disposição vários instrumentos e conta com o apoio do Banco na escolha técnica da melhor forma da sua utilização ou inclusive na montagem de outras estruturas adequadas à realidade específica de cada cliente. O compromisso do BST é de oferecer um leque tão vasto quanto possível de soluções, assessorar o seu cliente na procura da solução ou soluções ideais de forma a juntos potenciarem os negócios para o exterior. Quais as principais vantagens que exaltam na adesão a estes serviços? O Factoring Exportação inclui a opção da existência de cobertura de risco de crédito pelo factor, sendo este um dos pontos positivos deste tipo de operações, em que a assumpção de risco de não pagamento pelos clientes é assumida pela instituição financeira que toma os créditos. Os clientes Santander que utilizam estes produtos ficam libertos para focar a sua atenção na actividade do negócio da empresa, deixando ao Banco Santander a tarefa da cobrança recorrente de créditos dos seus clientes, uma vez que a instituição financeira tomadora dos créditos efectua directamente a cobrança aos devedores de mercado externo directamente ou através de congéneres ou entidades do mesmo grupo económico. Como principais vantagens, destacamos a possibilidade das empresas anteciparem as sua vendas aos clientes de mercado externo nas modalidades com ou sem recurso, permitindo esta última modalidade um impacto altamente favorável nos rácios de autonomia financeira da empresa aderente. Trata-se de um produto parceiro do negócio das empresas exportadoras, que oferece apoio jurídico quando necessário à resolução de “O Factoring continua cada vez a ser mais utilizado pelas empresas portuguesas de todas as dimensões, o que comprova a sua permanente adaptabilidade às necessidades do tecido empresarial nacional.” qualquer diferendo entre exportador e importador, e sobretudo permite aos exportadores utilizadores do produto a conquista de novos mercados em que as novas hipóteses de negócio podem ser avaliadas pelo factor antes da concretização e em tempo adequado à sua concretização, isto é, podem ser atribuídos limites de cobertura de risco de crédito a novos clientes previamente à concretização e entrega dos bens ou serviços. Aliás, o Factoring continua cada vez a ser mais utilizado pelas empresas portuguesas de todas as dimensões, o que comprova a sua permanente adaptabilidade às necessidades do tecido empresarial nacional. Vê-se, claramente, que a cobrança, a assumpção de risco são tarefas que devem ficar atribuídas a especialistas nessa área com know how e tecnologia para o efectuarem de forma eficaz e profissional, e a gestão da tesouraria, pela via da antecipação do recebimento das facturas, sobretudo na modalidade sem recurso não incrementando o endividamento de curto prazo das empresas, com as respectivas consequências favoráveis a nível de balanço. O Banco Santander Totta considera que as facturas que os clientes têm a receber são um bom activo e elegíveis para resolver deficiências de tesouraria ou atenuar crises de crescimento, acrescendo que o financiamento bancário da tesouraria é estático, não satisfazendo ao longo do ano todas as necessidades das empresas. Apresentam ainda sobrecustos no caso de não utilização (comissões de imobilização) nos momentos de menor utilização nas quebras de vendas e impossibilidade de utilizações superiores nos momentos de pico de vendas. Contrariamente, o financiamento da tesouraria via Factoring está automaticamente indexado às vendas das empresas a cada momento. Qual o perfil das entidades que poderão solicitar estas soluções? O Banco Santander Totta considera como potenciais utilizadores as empresas portuguesas que exportem bens ou serviços para o mercado externo, que pretendam efectuar as suas vendas de forma segura e recorrente. Através da Solução de Exportação são disponibilizadas várias soluções que podem ser utilizadas de forma solitária ou em várias combinações que, em conjunto, cumpram o objectivo principal do Banco Santander. O apoio e dinamização das exportações portuguesas, colocando à disposição dos seus clientes, além dos produtos já referidos, toda a rede Santander espalhada pelo mundo. Em que casos pode/deve ser solicitado o Factoring de Exportação? O Factoring de Exportação é utilizável e adequado a empresas exportadoras ou que pretendem iniciar o seu negócio de exportação com as seguintes características: - Vendas recorrentes - Carteira de clientes estável - Pretendam gerir de forma eficaz a tesouraria - Pretendam colocar em outsourcing a cobrança e risco de crédito dos seus clientes. Página Exclusiva 49 Portugal Inovador Página Exclusiva 50 Portugal Inovador “Globalização é um desafio e uma oportunidade para a actual geração” Numa altura em que a conjuntura do país de Camões fustiga os ‘drivers’ financeiros, a panaceia aparenta estar na travessia transatlântica. As histórias de quem se fez além-mar e prosperou aliciam os audazes portugueses. Em entrevista, José Dinis Lucas, sócio fundador da Dinis Lucas & Almeida Santos, afiança que a nova diáspora está “em ir e voltar. A melhor exportação que Portugal poderá fazer, com retorno, é dos serviços”. Perfil Ribatejano de alma e coração, sonhou ser médico, mas foi na arte de ‘ad vocare’ que encontrou o seu ofício. Cursou naquela que é a eterna cidade dos estudantes, Coimbra. Envergou a toga e abraçou o legado de gerações de ‘advocatus’ que fizeram da palavra a sua maior arma para defender Direitos, Liberdades, Garantias e promover um bem comum: a Justiça. No âmago traz a paixão pelo Direito Comercial. Ele é José Dinis Lucas. Chegado à metrópole, Lisboa, fundou, com Margarida Almeida Santos, aquela que é hoje a Dinis Lucas & Almeida Santos. Uma Sociedade de Advogados que edificou um percurso de sucesso e faz da personalização da actividade um axioma pautado na sua história. Nova era, novos desafios “A sorte protege os audazes”‘Audaces Fortuna Juvat’ - pode ler-se na Eneida, de Virgílio. É este o lema de um povo que traz no sangue a audácia dos navegadores portugueses. E é esta a audácia que deve incitar os portugueses a pisar novos territórios. Desbravar novas geografias economicamente promissoras é um desafio que se impõe Página Exclusiva 51 Portugal Inovador “Vivemos uma nova realidade e temos de a encarar como uma nova era. A advocacia tem de estar ciente que tem de se adaptar. Como advogados temos de ser, acima de tudo, consultores, já não vamos dirimir do litígio. Esta profissão dá-nos uma visão muito esclarecida e muito ecléctica sobre vários aspectos, por isso temos essencialmente de saber aconselhar”. face à volatilidade do mercado. Neste contexto, apesar da tradição ancestral da actividade, os advogados enfrentam um novo paradigma: a adaptação a uma nova era, onde conceitos como a internacionalização e exportação proliferam. Na opinião do causídico, alargar horizontes é mais do que uma alternativa, é uma necessidade! “Vivemos uma nova realidade e temos de a encarar como uma nova era. A advocacia tem de estar ciente que tem de se adaptar. Como advogados temos de ser, acima de tudo, consultores, já não vamos dirimir do litígio. Esta profissão dá-nos uma visão muito esclarecida e muito ecléctica sobre vários aspectos, por isso temos essencialmente de saber aconselhar. Mais do que uma advocacia preventiva, temos de esclarecer porque, hoje, as pessoas estão cheias de dúvidas. Os empresários não sabem o que fazer. O que mais me preocupa é o que vai ocorrer com os empresários e profissionais liberais porque eram classes que não estávamos habituados a ver reclamar. São pessoas que arriscaram, deram emprego a várias e não têm suporte nenhum, nem subsídio de desemprego. São pessoas que demonstraram capacidade de risco, de sacrifício. Que olhem fundo e percebam o momento complicado que atraPágina Exclusiva 52 vessamos. Por vezes, fecha-se uma porta e abrem-se duas, e é aí que os advogados entram, na abertura dessas duas portas. É a inteligência que temos de exportar, não as empresas que estão descapitalizadas”, advoga. Exportar a “inteligência” No discurso das figuras proeminentes da economia portuguesa ouvem-se arautos que apregoam que é na internacionalização que está a fórmula do sucesso. Porém, para José Dinis Lucas a aposta não passa pela internacionalização das empresas, mas sim pela exportação dos serviços: “Quando o ministro fala da exportação dos pastéis de nata ou na emigração, há ali uma realidade que tem de ser encarada por todos nós. Hoje, a melhor exportação que Portugal poderá fazer, com retorno, é dos serviços. A exportação da inteligência. Temos, de facto, gente muito capaz, como engenheiros, jornalistas, professores e advogados especializados, por exemplo. A diáspora não é ir e ficar. É ir e voltar. Para a nova geração, com a abertura às novas tecnologias, à informática e à Internet, o mundo tornou-se pequeno. Hoje, com o fenómeno da globalização as distâncias relativizaram-se. Temos de ir para fora e trazer quem lá está cá para dentro. E acho que isto está a começar a acontecer”. Em tempos idos, a estabilidade e liquidez financeiras das empresas portuguesas potenciavam a entrada em economias emergentes. Todavia, hoje esse esforço poderá revelar-se falacioso em virtude das características dos mercados, como é o caso do Brasil. “É um logro pensar-se na internacionalização das nossas empresas. Elas foram alavancadas pela banca e, na actualidade, a banca não tem capacidade para apoiar ninguém. Em realidades como o Brasil - um país com moeda própria que protege o seu mercado – só é possível construir um edifício com capitais próprios. É impensável recorrer à banca porque os juros são altíssimos. O empresário português, que sempre viveu dependente da banca, porque foi culturalmente criado assim, não pode chegar com esta ideologia ao Brasil”, afirma. Brasil e Angola, novos rumos As epopeias alcançadas pelos nossos antepassados aproximaram povos, culturas e línguas – uma identidade cultural que faz com que o povo português seja conotado como “competente, eficaz e empenhado”. “Brasil e Angola são mercados importantes e complementam-se. Se há um papel que me agrada é fazer um interface entre estes dois países. Temos elementos comuns a ambos, não é só a língua, mas também o facto de termos estado lá. Temos de tentar fazer com que Portugal seja a ‘city’ londrina. A ‘city’ das comunidades de língua portuguesa. Quando se vai para fora é necessário um apoio local e torna-se necessário que um português faça esse interface. Somos capazes de aproximar interesses brasileiros e africanos. Temos facilidade em Portugal Inovador fazer a junção dessas culturas”, garante o entrevistado. A inovação é o passaporte directo para os ‘players’ portugueses entrarem em novos mercados. Neste desafio alémfronteiras importa, sobretudo, exportar ideias inovadoras que tenham receptividade no tecido empresarial. “No Brasil a Europa continua a ter uma grande força. Apesar de doente, a sofisticação é elevada e o mercado brasileiro carece desta inovação”. A opinião é de José Dinis Lucas. A presença consolidada do advogado em terras de Vera Cruz permite-lhe aconselhar os portugueses: “Quem pretenda ir para o Brasil e para Angola que tenha algo novo para apresentar. Estou em S. Paulo e, de facto, é uma grande metrópole. O Brasil é um país de contrastes e no rosto de quem não tem grandes recursos não se vê tristeza, vê-se esperança. Os caminhos são difíceis, mas é esse o rumo. Temos de perceber que a globalização não é só um chavão. A globalização é um desafio e uma oportunidade para a actual geração. Vivemos num recanto hipotecado e só o conseguiremos desipotecar se sairmos daqui, mas não é abandonando. É conseguindo trazer para cá, acrescentando valor. Em França vi títulos como “Portugal, a autoestrada para o inferno”. Eu diria, substituam por “Portugal, o caminho para o Atlântico”. A presença no mercado brasileiro requer um conhecimento profundo da legislação em vigor, especialmente no que ao sistema fiscal diz respeito. Impostos municipais, estaduais e nacionais, que podem oscilar durante o ano, são factores que exigem o apoio de um fiscalista, como explica José Dinis Lucas: “No Brasil o sistema fiscal é muito complexo. Se uma empresa portuguesa pretende montar um negócio, tem de ter apoio de um bom fiscalista, até porque cada estado tem impostos distintos. É um país com uma cultura incrível. Para além de moeda própria, procuram proteger o mercado. Fazendo uma analogia, aquele país é um pulmão”. Parceiros que fazem a diferença ‘Boutique Law’ é o conceito que melhor define a filosofia da Dinis Lucas & Almeida Santos. Confiança, empenho e contacto directo com os clientes são linhas mestras que acompanham, passo a passo, o crescimento desta sociedade de advogados. A necessidade de assessorar os clientes noutros países protagonizou o estabelecimento de parceiras com sociedades de advogados que partilhem a mesma ideologia. Em França, essa posição é garantida por Langer- Netter-Adler. “Estou em S. Paulo há cerca de um ano e adoptei uma postura de cooperação com outra sociedade de advogados brasileira. Pretendo assessorar e não fazer concorrência. Em relação a França, Pierre Netter foi vice-presidente da Sociedade Europeia de Fis- calistas e também está ligado ao direito comercial. Netter é também uma ‘boutique’ da advocacia. Na escolha dos parceiros tentamos seleccionar sociedades que partilhem a nossa visão. Sempre pretendi ter uma imagem de ‘boutique law’. Há algo que temos de dar ao cliente, é a confiança que nos empenhamos 110% naquilo que ele realmente necessita. Quem nos procura quer que sejamos nós mesmos porque a advocacia ainda é uma actividade muito personalizada. Sempre resisti à tentação da minha sociedade de advogados se tornar numa mega sociedade. Entendo que esta dimensão é a ideal para podermos acompanhar os clientes”, reitera. Futuro promissor “Gostava de ver a sociedade numa solução de continuidade daquilo que é hoje. Quero vêla com a mesma filosofia, como uma ‘boutique’ da advocacia. Temos de continuar a crescer aqui, mas ir além do Atlântico, é esse o caminho. À nova geração aconselho que pensem na realização enquanto pessoas. Temos de sentir que naquilo que fazemos está muito de nós”, enfatiza José Dinis Lucas. Do Ribatejo, a terra que o viu nascer, ao Brasil o causídico edificou uma longa história. Uma história onde flutuam desafios, conquistas e a ânsia de continuar a advogar causas. Uma história que ainda terá muitas folhas por escrever… Página Exclusiva 53 Portugal Inovador Advocacia Além-Fronteiras Fundada em 2006, a FALM – Ferreira de Almeida, Luciano Marcos & Associados, cuja actividade está sobretudo orientada para o Direito Público, está a expandir o seu raio de acção aos PALOP, em particular a Moçambique. António André Martins, sócio da FALM, falou à revista Portugal Inovador sobre os projectos desta sociedade. Como surgiu a FALM – Sociedade de Advogados e, de uma forma geral, como tem sido o percurso da sociedade até aos dias de hoje? A FALM é uma sociedade de advogados, constituída em finais de 2006, que resultou da associação dos seus quatro sócios José Mário Ferreira de Almeida, Luciano Marcos, Paulo Dias Neves e António André Martins. Nestes quase seis anos de actividade foi possível constituir uma equipa forte, afirmando-se hoje como um player inequívoco nas áreas em que decidiu centrar a sua actividade. A FALM está orientada para o Direito Empresarial e Direito Administrativo. Como descreveria estas áreas e quais as são as vertentes que assumem maior importância no contexto da sociedade? Não somos um escritório generaPágina Exclusiva 54 lista, estamos orientados e focados em determinadas áreas do Direito, com particular enfâse no Direito Público. Neste sentido, a actividade do escritório está direccionada para o urbanismo, planeamento e contratação pública. A assessoria a empresas e o Direito dos recursos naturais, e em especial o direito da energia, são também áreas fundamentais da nossa actividade. Nesta área saliento o contributo que foi pedido recentemente à FALM para a revisão da legislação do sector eléctrico. A FALM está também a estudar a entrada em novos mercados, como é o caso de Moçambique. Como surgiu essa oportunidade e qual é a estratégia da sociedade de entrada em novos mercados? Fechamos no corrente mês uma parceria com um escritório moçambicano, a Marroquim, Nkutumula, Macia & Associados. Trata-se de uma sociedade constituída por jovens advogados moçambicanos com uma sólida formação académica, uma ligação importante ao meio universitário que a FALM sempre privilegia e uma relevante experiência profissional em algumas das áreas que constituem o núcleo da nossa actividade. Esta parceria acaba por ser uma resposta a solicitações de clientes que estão ou pretendem estar no mercado moçambicano e que desejam contar com a nossa colaboração fora de Portugal. A estratégia de celebrar uma parceria surgiu como algo natural. Temos um conjunto de competências em áreas específicas do Direito que, agregadas a uma forte experiência local, podem ser uma mais valia em qualquer parte do mundo. A forma mais rápida de adquirir o know how jurídico local e de permitir um arranque forte de uma estrutura seria necessariamente através de uma parceria. Em Moçambique, como em outros novos mercados, seguimos uma estratégia próxima da que adoptamos para o mercado nacional, isto é, procuramos agregar competências para responder a necessidades. Para além de Moçambique, pensam abordar outros novos mercados? Quais e porquê? Os mercados naturais para os advogados portugueses são fundamentalmente os PALOP, particularmente pela proximidade dos ordenamentos jurídicos e pela natural relação que a língua proporciona. Além disso é o destino quase natural das empresas portuguesas Portugal Inovador que se internacionalizam ou que pretendem colocar no exterior o que produzem. É o que se passa com alguns dos nossos clientes. Qual a visão que a FALM tem sobre o actual estado da justiça portuguesa, em particular nas suas áreas de actuação? A justiça portuguesa tem um longo caminho a percorrer para se poder transformar numa ferramenta efectiva da economia e da resolução dos problemas das empresas e dos cidadãos. O principal problema neste momento é a morosidade excessiva na resolução de litígios. Infelizmente, a resposta para os problemas na justiça tem sido uma contínua modificação e criação de leis que não resolvem, mas apenas agravam os problemas, gerando dúvidas na interpretação e incerteza na economia. A resposta ao problema é complexa, mas parece-me que passará por uma mudança de mentalidades de alguns operadores judiciários e por uma postura mais assertiva por parte das magistraturas judiciais. A FALM mantém algum tipo de parcerias com instituições de Ensino Superior? De que forma é que estas se concretizam? Existe uma ligação antiga à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa onde um dos sócios, José Mário Ferreira de Almeida, foi docente quase duas décadas, ligação que permanece através do Instituto de Ciências JurídicoPolíticas, em particular nos cursos de pós-licenciatura. Um dos associados da FALM, o Professor João Miranda, é docente nessa mesma escola. Este ano a FALM patrocina e colabora num curso inovatório sobre o Direito da Água, promovido pelo Instituto de Ciências Jurídico Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, no qual se abordarão aspectos do respectivo regime jurídico. Neste curso leccionam, pela FALM, José Mário Ferreira de Almeida, Luciano Marcos e João Miranda. Que mensagem gostaria de deixar aos jovens leitores da nossa revista que pretendem enveredar por uma carreira no mundo da advocacia? A primeira mensagem para os jovens que terminem o curso de Direito é esta: deve apostar na advocacia quem sinta que tem vocação para exercer esta profissão. Depois, para aqueles que nela querem conscientemente entrar, que não se deixem amedrontar pelas muitas dificuldades de um interminável estágio. Por último, diria ainda que é essencial apostar num estágio que lhes permita obter o que não se consegue nas faculdades, isto é, uma sólida formação prática. Quais os projectos de futuro da FALM? Está nos nossos planos aumentar, de forma sustentada e gradual, a estrutura da sociedade para corresponder, da melhor forma, às exigências dos clientes. Pretendemos continuar a investir na formação dos recursos humanos que são o principal activo da FALM. Estamos atentos às mudanças estruturais que estão a verificar-se na advocacia fruto das alterações do mercado e de novas necessidades dos clientes. Apostamos em sectores como os recursos naturais, a energia, as telecomunicações e o ambiente, áreas onde já trabalhamos mas que constituirão cada vez mais um dos pilares da nossa actividade. No plano internacional apostamos, como referi, em consolidar e afirmar o nosso projecto em Moçambique. Pretendemos ajudar a construir um escritório que seja dentro de dois anos uma referência nas áreas do Direito que constituem o core da nossa actividade e onde adquirimos mais competências. É este o grande desafio que lançámos aos Colegas que constituem a FALM e aos que são nossos parceiros naquele país. É aí que vamos centrar os nossos esforços. Página Exclusiva 55 Portugal Inovador Conservadorismo, Rigor e Qualidade Com uma tradição familiar no Direito que remonta a vários séculos, a Albuquerque & Associados, voltada para a advocacia de negócios, é hoje uma das sociedades de advogados mais conceituada do país, pautando-se sempre pelo rigor e qualidade da sua actuação. Uma vida dedicada ao Direito Alexandre Albuquerque concluiu a licenciatura em Direito em 1985, na Universidade Católica de Lisboa. Conta que quando estudava, teve “uma paixão pelo Direito enquanto ciência jurídica e um chamamento nos aspectos da dogmática, sem, no entanto, perder o gosto pela prática”. Durante vários anos conciliou a vida académica com a vida no escritório. “Leccionei na Faculdade de Direito de Lisboa entre 1985 e 1998 e na Universidade Católica entre 1991 e 2002. Fiz a minha carreira académica de forma muito empenhada e até apaixonada, sem nunca descurar os casos que tinha no escritório dentro das minhas áreas de actuação, o Direito Público e o Direito Administrativo”, explica. Alexandre Albuquerque tirou o Mestrado em 1990 na Faculdade de Direito de Lisboa, na menção de Jurídico-Políticas em Direito Administrativo. A isto, seguiu-se “uma experiência muito aliciante e enriquecedora” enquanto membro do grupo de assessores da Presidência do Conselho de Ministros do governo de Cavaco Silva (de 1993 a 1995), estando a seu cargo a área do Direito Público. Quando “a roda dentada da advocacia se foi tornando cada vez mais exigente e absorvente”, Alexandre Albuquerque viu-se obrigado a deixar de parte a vida académica. “Concluí que não era possível conciliar o que não era conciliável. Apesar de ser esse o meu gosto e o meu objectivo, tive que optar”. No início do século XXI, o advogado colocou termo à sua colaboração académica. “Devo dizer, no entanto, que todas as noites, ao fim de um dia de trabalho, estudo. Todos os anos vou a Itália ou a Espanha para comprar livros. Mantenho esta chama e gosto pela investigação e ciência jurídica e, uma vez por outra, escrevo alguns artigos e comentários”, salienta. Página Exclusiva 56 A Albuquerque & Associados é uma das sociedades de advogados com mais história na área da advocacia de negócios em Portugal. Apesar de ter sido constituída nos anos 80, as raízes da sociedade remontam a origens longínquas, não tivesse a família Albuquerque uma tradição secular de Direito que já vem do século XVII. No entanto, colocando a tónica nas décadas mais recentes, Alexandre Albuquerque, que, a par do irmão, Pedro Albuquerque, é um dos dois sócios, explica que “esta sociedade, tal como grande parte das sociedades de advogados portuguesas, teve a sua génese nos tradicionais escritórios de advogados que foram surgindo nas décadas de 50 e 60. Na altura, o trabalho era desenvolvido por advogados a título individual, num contexto de uma profissão liberal pura, mas juntavam-se em pequenos grupos, para partilhar despesas. Entretanto, nos anos 80, com o crescente investimento estrangeiro que se verificou no nosso país, aliado às privatizações que, também nessa altura, foram tendo lugar, as empresas começaram a sentir a necessidade de solicitar cada vez mais serviços e apoio jurídico numa gama muito mais ampla”. Foram estas necessidades que levaram a uma reorganização dos escritórios de advogados, dando origem às sociedades que hoje existem. Portugal Inovador Clientela de Topo A sociedade tem, desde a sua constituição, “uma vocação tradicional muito voltada para uma clientela estrangeira de primeira linha, de onde se destacam as grandes multinacionais com actividade em Portugal e alguns dos principais grupos económicos nacionais”. Alexandre Albuquerque sabe que “o que é moderno está na moda, mas nós pautamos a nossa actuação pelo nosso conservadorismo, imagem de rigor e qualidade. E sabemos que os nossos clientes apreciam e privilegiam essa maneira de estar”. O advogado entende que “as empresas solicitam, cada vez mais, uma grande panóplia de serviços jurídicos, inclusive áreas, até hoje, menos tradicionais, como é o caso, por exemplo, do Direito Penal e do próprio Direito do Trabalho. Nos dias que correm, com a criminalização da actividade económica, o Direito Penal assume uma importância enorme, uma vez que os gestores estão sob a mira das autoridades de investigação criminal, pela forma como gerem as empresas. Também o Direito do Trabalho tem ganho relevo, sobretudo com a restruturação das empresas que se tem vivido”. Junte-se a estas áreas “o que é mais tradicional – Direito Fiscal, Direito de Contractos e Obrigações, toda a parte relacionada com aquisições de empresas e, não em menor medida, o Contencioso, que é uma área que se desenvolveu muitíssimo e que, há cerca de 30 anos, era residual na Advocacia de Negócios”. A Albuquerque & Associados tem, efectivamente, só no departamento de Contencioso, uma equipa com 14 pessoas. Não esquecer a “área querida” de Alexandre Albuquerque, o Direito Administrativo, onde a sociedade “tem acompanhado privatizações, concessões, parcerias público- privadas, entre outros”. A experiência internacional da sociedade, através do contacto com os seus clientes, é muito significativa, e o trabalho noutros mercados não é uma novidade. “Angola é um mercado muito aliciante, e as empresas portuguesas têm feito grandes esforços de investimento no país. No entanto, não é possível ter advogados portugueses lá a exercer sem que estejam inscritos na Ordem de Advogados de Angola. Por isso, o nosso trabalho é desenvolvido através de parcerias, ainda mais porque não há um fluxo de clientela em Angola que obrigue à criação de uma estrutura física. No entanto, ressalvamos que estas parcerias não são constituídas atomisticamente, são parcerias que podem ter várias décadas com um fluxo recíproco de clientela e que evitam investimentos, sobretudo em alturas de grande indefinição e incerteza”, atenta o responsável. O jus científico A actividade empresarial pautase, cada vez mais, por enormes exigências, e por isso, na Albuquerque & Associados “a prontidão da resposta é absolutamente crítica e muito valorizada pelos nossos clientes. E, mais até que uma resposta rápida, tem que ser uma resposta rápida e com qualidade”. A sociedade tem vindo a ser premiada por diversas vezes, sendo uma das mais recentes distinções o Prémio Administrative Law Firm of the Year, atribuído pela publicação Global Law Experts. Para o responsável, “são prémios muito gratificantes e representam o reconhecimento do nosso trabalho, que pretendemos que seja sério, intenso e adequado, respondendo integralmente às solicitações dos clientes”. Se, no escritório, a maior visibilidade é “a do Direito prático, feito pelo advogado que está Página Exclusiva 57 Portugal Inovador mais próximo da parte dos sócios e que, por isso, dá mais credibilidade”. Recentemente, a Albuquerque & Associados deu um grande salto com a mudança de instalações, em Junho do ano passado, para a Calçada Bento Rocha Cabral, próximo do Largo do Rato, em Lisboa. “Demos um passo muito grande com este investimento, que nos vai permitir continuar a crescer de forma orgânica e sustentada, fazendo uma gestão absolutamente rigorosa. O objectivo é sempre melhorar e oferecer aos nossos clientes, cada vez mais, um serviço de qualidade”, conclui. Mensagem aos jovens licenciados em Direito Tanto pelo seu longo historial como pela actualidade, a Albuquerque & Associados mantém “relações muito próximas com a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e com a Faculdade de Direito da Universidade Católica”. A sociedade tem vindo a apostar no acolhimento de estagiários, particularmente através de estágios de Verão. Alexandre Albuquerque reconhece que “os tempos não são fáceis, muito menos nesta área. Há um grande número de faculdades de Direito que, todos os anos, lançam milhares de licenciados para o mercado”. Aos jovens que pretendem seguir uma carreira no mundo da Advocacia, em particular na ‘na trincheira’”, para Alexandre Albuquerque “é absolutamente essencial que a sociedade tenha uma bateria de profissionais capazes de estudar a ciência jurídica e de olhar para os problemas de um ponto de vista dogmático, trazendo-nos um jus científico que é essencial no tratamento e êxito dos casos. Acreditamos que esse background é um dos elementos do nosso sucesso”. Com uma equipa “suficientePágina Exclusiva 58 mente alargada para cobrir todas as áreas que abarcamos mas, ao mesmo tempo, não excessivamente numerosa, que de alguma forma possa diluir o controlo da qualidade”, a sociedade possui dois departamentos, cada um deles encabeçado por Alexandre e Pedro Albuquerque, em que “as respectivas equipas trabalham directamente com os sócios, em estruturas flexíveis. É uma forma de trabalhar que permite um acompanhamento área dos negócios, Alexandre Albuquerque deixa o conselho: “há algo incontornável, que é saber línguas. O domínio, pelo menos, do inglês, é essencial, e, hoje, cada vez mais, o mandarim começa a ser crucial. Para além disso, com a chegada do Processo de Bolonha, os jovens chegam ao mercado de trabalho cada vez mais novos e, por isso, recomendo fortemente que, dentro das áreas que gostem, façam pósgraduações, que se especializem. E que estudem brutalmente, porque a competição é muito grande”. Portugal Inovador Página Exclusiva 59 Portugal Inovador Uma escola, o desenvolvimento de uma região Apesar dos tenros 26 anos, o Instituto Superior Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) pode vangloriar-se por estar já entre as melhores escolas de Portugal. Seja pela qualidade dos seus projectos de ensino/formação, construídos pela total entrega de professores, alunos e funcionários, seja pelo conhecimento que produz, projectos que promove; seja, ainda, pelo vasto e rico património edificado que possui, o IPVC é uma referência. Exala, ainda, a instituição, um propósito distintivo: tudo o que aqui se estuda, realiza ou defende parece ter um único destino ou causa – o desenvolvimento deste Alto Minho, região cujo valor maior são as suas pessoas, dotadas de uma forte e única identidade cultural, riqueza e diversidade de recursos e paisagem, potencialidades que o IPVC pretende que se convertam em riqueza e bem-estar das suas gentes. Os números comprovam-no. A instituição vem batendo, ano atrás de ano, o record no número de alunos que a frequentam, tendo passado em pouco tempo de menos de 1000 alunos e cerca 60 professores para os seus actuais 4500 alunos e mais de 350 professores. Cerca de 60% a 70% destes professores, garante Rui Teixeira, presidente do IPVC (com indisfarçável ponta de orgulho), serão doutorados dentro de 1 a 2 anos, fruto do trabalho e do mérito dos próprios mas também reflexo da ajuda e do grande empenho da instituição na sua formação avançada durante a sua liderança. Os restantes serão docentes especialistas recrutados no melhor do mundo do trabalho. “A qualificação e o dinamismo dos nossos funcionários, formadores e investigadores são a maior garantia da Página Exclusiva 60 qualidade da instituição”, refere ainda o presidente. O ensino/formação, a produção e difusão de conhecimento, a prestação de serviços especializados à comunidade, desde o social, ao artístico, ao tecnológico e ao cultural são caminhos por onde a instituição corre em paralelo. Rui Teixeira releva a importância deste último aspecto: “O acesso à cultura não é fácil numa região como a nossa, mas é decisiva à defesa do nosso valor maior – a riqueza da nossa identidade – e, como tal, impõe-se como tarefa soberana à instituição, de par com todos os diversos players sociais, obviamente. Enquanto instituição de ensino superior temos a ‘responsabilidade social’ de manter (renovando) o que vindo dos tempos teve a força de permanecer, testemunha o nosso percurso e, sobretudo, envolve-nos na certeza do sucesso do nosso futuro – feito, de modo atento e aberto, por nós. É convicção de Rui Teixeira que o facto de IPVC ter elegido o desenvolvimento da região como a sua causa estruturante e estar presente na diversidade de áreas e projectos por onde se constrói a modernidade do Alto Minho atraiu os jovens da região e as suas famílias que, hoje, conhecem bem e identificam-se com a instituição. “Cerca de 60% dos nossos alunos – refere o presidente do IPVC – são oriundos do distrito de Viana do Castelo. Acreditamos que é mais do que uma questão de proximidade geográfica. Sentimos que se trata de uma escolha declarada e consciente. Sentimo-nos escolhidos pelos alunos e pelas suas famílias, as quais, hoje, se cruzam com a nossa actividade na generalidade dos sectores de actividade onde a nossa qualidade é reconhecida e que se habituaram a olhar-nos com apreço e até reconhecimento. Sendo este facto um alento é, concomitantemente, uma tremenda responsabilidade e um empolgante desafio. Ao sermos os responsáveis pela formação do melhor que temos, que são as nossas pessoas, tornamo-nos, igualmente, nos principais cúmplices pela qualidade do nosso futuro.” O IPVC estende-se por quatro dos dez concelhos do distrito (Viana, Portugal Inovador Ponte de Lima, Valença e, recentemente, Melgaço com a Escola de Desporto e Lazer). Sendo interminável a discussão sobre as vantagens/ inconvenientes dos modelos campus único versus modelo disperso, como o do IPVC, Rui Teixeira considera a discussão extemporânea e diz que prefere concentrar-se e valorizar as vantagens do modelo descentralizado em que se organiza a sua instituição. “Múltiplos estudos recentes enfatizam a importância da presença de uma unidade de ensino superior, por pequena que seja, para a dinâmica de desenvolvimento duma região. O modelo descentralizado do IPVC e a apropriação da região que tal lhe permite é um dos nossos pontos fortes. A massa crítica que possa ficar prejudicada, segundo algumas correntes, neste modelo descentralizado, é, hoje, ao nível do ensino superior e a meu ver, pouco valorizável. O conceito de massa crítica no ensino superior alterou-se e mede-se, hoje, pela qualidade da rede (global e planetária) que uma escola seja capaz de construir através do bom uso que faça dos intermináveis recursos de que hoje se dispõe. No mundo das redes sociais, a proximidade física entre escolas ou pessoas num campus universitário é irrelevante para o sucesso do trabalho que nele se produz”. O IPVC abarca praticamente todas as áreas de actividade. Forma em Educação, Saúde, Ciências Agrárias, Tecnologias, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer. Esta última escola superior é a mais recente e “absolutamente única no panorama nacional”, segundo Rui Teixeira, pelos recursos humanos e condições naturais e edificadas de que dispõe para a concretização da sua missão. Esta escola teve a coragem de, pela primeira vez em Portugal, se inscrever no nome de uma escola a palavra Lazer, conceito tão fundamental e com quase tudo por explorar do ponto de vista da formação. Projectos O IPVC tem projectos de grande rele- vo em curso em quase todas as áreas de formação e investigação em que desenvolve a sua actividade, implicando funcionários, alunos e professores. Tradicionalmente os projectos do IPVC situavam-se nas áreas mais tecnológicas (energias, redes e sistemas informativos, resíduos sólidos, sistemas de informação geográficos, biotecnologia e ambiente, tecnologia alimentar), progressivamente foram‑se alargando a outras áreas como as ciências agrárias, educação, saúde, artes, ciências sociais e empresariais. Pela sua importância, e por ser dos últimos desafios, refere-se o programa de Capacitação das Redes Sociais do Alto Minho em parceria com a Comunidade Intermunicipal, Segurança Social e In.Cubo (Incubadora do Empresas de Base Tecnológica), programa de importância extrema para a modernização e racionalização da acção social no distrito. Refere-se, ainda, pela sua significância, projectos directamente com empresas como a FRULACT, uma das mais modernas e internacionalizadas empresas do sector alimentar com quem o IPVC constrói, em parceria e numa das suas fábricas, um dos mais modernos laboratórios ao nível da engenharia alimentar. A criação de uma nova cultura para a capacidade de empreender (empreendedorismo) é uma das tónicas de formação e área de projectos do IPVC. A propósito, e pelo seu simbolismo, refere-se participação do IPVC e com o maior empenho no concurso nacional do “Poliempreende”, de todos conhecido; na “Educação para o Empreendedorismo”, projecto-piloto e inovador em parceria com a CIM Alto Minho, Agrupamentos de Escolas do Distrito e Associação Coração Delta; no “Start-up Programme - Junior Achievement”, e, por fim, no projecto “Growing Up”, com as Escolas Profissionais do distrito de Viana do Castelo. Pela sua importância e simbolismo, ainda, e por ser uma causa do IPVC/ Escola Superior Agrária (o desenvolvimento rural), juntamente com a Universidade do Algarve e a Câmara Municipal de Viana do Castelo iniciou um programa que envolve o trabalho directo de jovens recém-licenciados no terreno e que viverão durante um ano nas aldeias com vista a desenvolverem com a população local programas de desenvolvimento agrícola de valor acrescentado desde a produção à comercialização. Intervenção do IPVC no tecido económico e social O IPVC, na pessoa do seu presidente, o professor Rui Teixeira, tem responsabilidades de elevado nível desde organização e coordenação do ensino superior em Portugal, sendo responsável pela vice-presidência do Conselho CCISP – coordenador dos Institutos Superiores de Portugal; preside à ADISPOR – Associação dos Institutos Superiores Politécnicos, e preside, igualmente, à APNOR – Associação de Institutos Politécnicos do Norte, diversas entidades do desenvolvimento regional como ADRIL – Associação do Desenvolvimento Rural Integrado do Lima; ADRIMINHO – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho e AREA Alto Minho - Agência Regional de Energia e Ambiente do Alto Minho. Instituição acreditada Rui Teixeira refere ainda a importância da instituição ter sido pioneira em Portugal no desenvolvimento de um sistema de gestão de qualidade que permitiu a acreditação da instituição na globalidade das áreas onde desenvolve actividade, situação que mantém nos últimos cinco anos. Dada esta sua experiência teve a instituição a honra de ter sido convidada pela A3ES: Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior como entidade piloto para o desenvolvimento de um Sistema de Garantia de Qualidade que terá por missão a acreditação dos próprios cursos da instituição. Página Exclusiva 61 Portugal Inovador Uma referência em Viseu Fundada em 1983, a International House é hoje uma referência na região. Uma escola que se distingue pela qualidade, entrega e dedicação aos seus alunos. “É com grande satisfação que estamos aqui há tantos anos e continuamos a ter orgulho na nossa escola”, diz Gay Adamson, directora e fundadora. Cada vez mais o inglês tem uma importância fulcral em todo o Mundo. Com a crescente globalização o Inglês tornou-se na língua de comunicação preferencial entre pessoas de diferentes nacionalidades, sobretudo nos meios académicos, tecnológicos e empresariais. Para colmatar uma lacuna que existia na região de Viseu, a International House surge no concelho em 1983. “Éramos a única escola de línguas na região. Começámos com 15 alunos e fomos crescendo. Hoje temos cerca de 550, incluindo os dos pólos de S. Pedro do Sul e Tondela que abriram em resposta à necessidade demonstrada nessas localidades”, explica Gay Adamson, directora e fundadora da International House Viseu, uma escola afiliada da International House World Organization. Com quase 30 anos de existência, a instituição deve muito do seu desenvolvimento e reputação à sua directora. Gay Adamson enPágina Exclusiva 62 tregou-se a este projecto de corpo e alma, acreditando no seu sucesso. As várias gerações de alunos que já passaram pela International House provam que a aposta foi ganha. “Sentimos que fomos importantes no crescimento dos nossos alunos. Alguns dizem-nos mesmo que é graças a este curso que têm o emprego que têm hoje em dia. Há casos em que já ensinámos os pais e agora ensinamos os filhos, e isso é muito gratificante. A International House conquistou um lugar de prestigio em Viseu”, explica Gay Adamson. Um sucesso que se deve em grande parte ao profissionalismo dos professores da instituição. Todos os professores de inglês têm o inglês como língua materna e preparação específica no ensino de Inglês como língua estrangeira, nomeadamente o CELTA – Certificate in Teaching English to Speakers of Other Languages. No entanto, a formação inicial não basta. A experiência é importante, mas para o professor poder desenvolver e progredir profissionalmente, a formação é fundamental. “Damos muita importância à formação contínua, que consiste em workshops semanais e na observação das aulas pela Directora de Estudos”. A maioria dos alunos da International House está a frequentar cursos de inglês, no entanto Espanhol e Português para Estrangeiros são também línguas procuradas. ‘English for Business’ Tendo em conta a importância do inglês para os negócios, não é de estranhar a quantidade de alunos que procuram a escola para vingar no mercado de trabalho. Na International House, há cursos especiais para empresas, o chamado ‘English for Business’. Essas aulas podem ser dadas na própria escola, mas a sua grande maioria realiza-se nas empresas que acreditam na importância da formação dos seus colaboradores.“Há boa receptividade em relação ao ensino de línguas, sobretudo de inglês. É uma língua internacional, a língua dos negócios. Com este panorama de crise, as empresas estão a virar-se para o mercado externo e a capacidade de comunicação em inglês torna-se indispensável”, salienta a entrevistada. Certificação da Universidade de Cambridge É de conquistas e de sucesso que a International House se caracteriza. A consagração, em Março de 2008, como Centro Oficial de Exames da Universidade de Cambridge é mais um passo para a consolidação da imagem da escola. “Somos o único centro autorizado pela Universidade de Cambridge no distrito de Viseu. Os exames de inglês da Universidade de Portugal Inovador Cambridge são reconhecidos internacionalmente. Estamos constantemente a encorajar os alunos a obter um diploma da Universidade de Cambridge porque pode marcar a diferença quando vão concorrer a empregos ou universidades”, evidencia Gay Adamson. A International House World Organisation A afiliação ao IHWO é uma mais- valia para a escola e para os seus colaboradores. Todos os anos Directores e Directores de Estudos têm a oportunidade de trocar experiências e ideias em congressos onde todas as escolas participam. Os professores podem frequentar cursos de formação on-line e presencial. O ‘know-how’ das mais de 150 escolas em todo o mundo é partilhado por todos. “Para os alunos, o facto de haver escolas em diversos países, dá a possibilidade de frequentarem cursos no estrangeiro. Já frequentaram cursos em Inglaterra, Espanha, Irlanda e este ano à semelhança do anterior vamos organizar um curso na Escócia.” sos alunos de ferramentas fundamentais para a comunicação sem barreiras e para um futuro promissor”, conclui. Quanto ao futuro da International House Viseu, a directora não tem dúvidas: “A importância de poder comunicar em várias línguas continuará a ser essencial e o nosso objectivo principal manter-se-á o mesmo de sempre - munir os nos- Página Exclusiva 63 Portugal Inovador Tecnologia portuguesa com prestígio internacional “Rede de tecnologia e qualidade”- o slogan não engana. No mercado há 46 anos, hoje o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) é a maior infra-estrutura tecnológica do país. Arrogando uma estratégica expansionista, o ISQ conquistou mercados além-fronteiras e granjeou a projecção à escala mundial. Competência e credibilidade são valores intrínsecos ao ADN do ISQ. E foi arrogando estes valores que o Instituto edificou uma história de sucesso que extravasa as fronteiras nacionais. De facto, o conhecimento alavancado ao longo de 46 anos permitiu à Instituição conquistar mercados além-fronteiras, sendo hoje uma referência nos sectores em que actua. A necessidade de estudar os processos de soldadura na indústria metalomecânica pesada em Portugal deu o mote para que o ISQ Página Exclusiva 64 surgisse no mercado, tal como evidencia o administrador, Joaquim Guedelha: “O ISQ comemora 47 anos e nasce de uma necessidade de estudar processos de soldadura quando a indústria metalomecânica pesada era muito relevante em Portugal. Falamos de uma Lisnave, Sorefame ou Mague, entre outras. Eis que nasce então o IS – Instituto de Soldadura com um conjunto de Engenheiros que começam a dedicar-se a estudos de processos de soldadura”. Embora o ‘modus operandi’ ini- cialmente estivesse direccionado para os estudos de processos de soldadura, rapidamente o core business se alargou e o conceito “qualidade” passa a estar timbrado também na denominação da Organização. “Nos anos 80 adicionámos a palavra qualidade, deixando, então, de ser apenas Instituto de Soldadura, para passar a ser Instituto de Soldadura e Qualidade. Alarga-se assim, a abrangência das actividades passando a actuar também em áreas como a inspecção de construcção e manutenção em grandes unidades industriais, consultoria nas áreas da Qualidade Ambiente e Segurança e ensaios Laboratoriais nas áreas da Metrologia, Química, Ambiente, Electricidade, etc. No seguimento desta opção estratégica foi necessário um significativo investimento na formação dos nossos quadros em centros internacionalmente reconhecidos. Como corolário da competência adquirida iniciou-se uma significativa actividade de prestação de serviços de formação profissional, quer de técnicos especializados, quer de pós graduações em Engenharia”, exemplifica o entrevistado. Investigação e empreendorismo na linha da frente Investigação e desenvolvimento são premissas que ancoram o crescimento sustentado deste Instituto. Neste contexto, uma necessidade premente se impõe: o acompanhamento da inovação Portugal Inovador tecnológica mundial. “No ISQ fazemos uma investigação apoiada nos vários sectores operacionais produtivos. Assim, a investigação e desenvolvimento têm de ser realizados em consonância com os parceiros comunitários espalhados por todo o mundo. Esse conhecimento é transportado para a nossa rede, daí o paradigma “rede de tecnologia e qualidade”. Esta é a forma de estarmos ‘upgrade’ com o que se está a fazer no mundo. Mas para inovar é necessário produzir conhecimento. Há aqui um caminho a percorrer até consolidar o know-how e até que o mercado reconheça que os serviços que disponibilizamos acrescentam valor. Este olhar para o futuro e para podermos responder aos desafios que surjam é o que tem feito esta casa evoluir”, reitera Joaquim Guedelha. O crescimento desta entidade foi suportado por uma filosofia orientada para fomentar o empreendorismo apostando na Autonomia e Responsabilização dos seus quadros. “Ao longo dos anos a cultura de desenvolvimento e inovação tornou-se intrínseca a cada um dos colaboradores. Em geral as pessoas têm vontade de fazer coisas novas, e de desenvolver ideias. Porém, isto só é possível dando e gerindo autonomia e responsabilização aos colaboradores. Este é um dos factores de sucesso desta casa. Paralelamente, desde cedo que a internacionalização esteve presente no nosso quotidiano. Adoptámos há cerca de duas décadas uma estratégia de criação de empresas participadas, nacionais e internacionais. O objectivo é dar oportunidade às pessoas para desenvolverem uma ideia. Lançam-se nesse projecto e nós auxiliamos na criação da empresa, criando valor para ambos. A criação dos ‘spin-offs’ são um incentivo ao empreendedorismo, que é fundamental para o crescimento tanto orgânico como na criação de empresas. Esta é uma politica de motivação do ISQ de há muitos anos. As pessoas são o mais importante de uma organização e temos de as valorizar. E numa casa como esta, de serviços, o seu crescimento, parte muito da iniciativa de cada um, portanto, quando nasce um bom projecto temos de o apoiar”, afirma, com regozijo. Formação de qualidade Com o intuito de disseminar para o exterior o conhecimento técnico adquirido, o ISQ apostou na componente da formação. Formação técnica especializada, pós-graduações e seminários são algumas das modalidades colocadas à disposição, tal como evidencia Joaquim Guedelha: “São formações de índole técnico à medida do cliente, podendo ser realizada nas nossas instalações ou nas do cliente. Disponibilizamos também formações de catálogo e pós-graduações para licenciados”. “Maior infra-estrutura tecnológica do país” Uma infra-estrutura tecnológica da natureza do ISQ, para garantir um desempenho consistente, necessita de uma estrutura Laboratorial competente em diferentes áreas das Ciências da Engenharia. O ISQ possui um conjunto de laboratórios que per si abrangem um largo espectro de especialidades. Em conjunto permitem sinergias de recursos e integram competências para enfrentar os mais exigentes desafios. “Outro dos factores chave no ISQ é o facto de possuirmos uma infraestrutura laboratorial forte. Com os recursos que possuímos, os nossos técnicos sabem que têm um suporte que lhes permite tomar decisões suportadas por resultados factuais. Esta capacitação é um factor diferenciador que muito tem contribuído para a sua internacionalização, cimentando a imagem do ISQ de Competência e Credibilidade. Recentemente tivemos uma visita de um cliente estrangeiro que pretendia avaliar se tínhamos capacidade para efectuar o ensaio de uma estrutura de grandes dimensões. E, de facto, temos. Possuímos todos os recursos para o fazer, desde infra-estruturas física a técnicos especializados e equipamentos técnicos específicos. A infra-estrutura laboratorial que o ISQ já possui permite-nos, com pouco investimento, responder a novos desafios. Portugal tem ser reconhecido como fornecedor de engenharia”, reconhece o entrevistado. Futuro auspicioso Com um legado de sucesso, um futuro auspicioso se avizinha para o ISQ. Joaquim Guedelha, um verdadeiro empreendedor, desvenda o rumo desta Organização: “Um dos mercados onde o ISQ se especializou e é reconhecido é o ‘oil and gas’. Não se prevê, antes pelo contrário, um decréscimo de investimento nestes mercados pelo mundo. O ISQ conta com uma equipa de técnicos de elevada competência e experiência, bem como com uma intrínseca motivação de crescimento. O desafio será disseminar em tempo útil o conhecimento internamente, de modo a multiplicar a capacidade de intervenção nas diferentes regiões do planeta. Prevê-se portanto que o futuro do ISQ seja essencialmente no mercado externo, o que aliás já tem vindo a acontecer”. Página Exclusiva 65 Portugal Inovador Soluções de vanguarda Com uma visão vanguardista, a MeiosTec granjeou um posição de destaque no sector das Tecnologias de Informação. Quinze anos de sucesso são o corolário de uma filosofia sustentada na inovação, convergência e disponibilidade. Com o ímpeto de “desenhar, implementar e manter soluções tecnológicas inovadoras que contribuem para a melhoria dos processos dos clientes”, as portas do mercado angolano abriram-se a esta tecnológica. A prosperar num sector em franca expansão e progresso – Tecnologias da Informação (TI) – a MeiosTec alavancou estratégias, desenvolveu soluções e estabeleceu parcerias que lhe conferiram o reconhecimento dos principais ‘players’ e fabricantes deste mercado. Com um percurso de meritório sucesso, a sua evolução foi impulsionada pela capacidade de inovação e pelo alargamento do core business. Inicialmente direccionada para desenvolver infra-estruturas de comunicação, hoje a MeiosTec está na linha da frente em diversas vertentes, tal como evidencia Luís Pereira, adPágina Exclusiva 66 ministrador da Organização: “A MeiosTec foi fundada em 1997 por um grupo de investidores privados em parceria com a Cil. Vocacionada essencialmente para uma área de infra-estruturas de comunicações tivemos alguns projectos-alvo que proporcionaram uma evolução natural nesta área de negócio. Em 2002/03 apostámos numa nova área de negócio ligada à gestão documental e de conteúdos, nomeadamente na gestão de conteúdos de objectos digitais (áudio e vídeo). Portanto, a MeiosTec passou a actuar em duas áreas: a área de infra-estruturas - Meios Tec IP - e uma área aplicacio- nal de gestão de Conteúdos – MeiosTec IT”. Assim, especializada em sistemas e serviços de engenharia nas TI, com competência em redes de comunicação, cablagem estruturada e redes eléctricas de tensão, a MeiosTec encara a superação das expectativas do cliente como o expoente máximo da sua actuação – uma premissa que culminou na angariação de projectos de referência. A implementação de um Sistema de Gravação Digital na Assembleia da República – o Digiaudio -, a instalação de cablagem estruturada, rede eléctrica e Data Center no AvePark e a implementação da infra-estrutura de comunicações do Office Park Expo são apenas alguns dos projectos em que a MeiosTec implementou as mais modernas e eficientes tecnologias. “Na área de IP verificou-se uma clara evolução nos últimos anos. A aposta em novas tecnologias e novas parcerias consubstanciou-se na angariação de projectos importantes tais como o Campus da Justiça, portanto, toda a infra-estrutura de comunicações deste espaço foi realizada pela MeiosTec”, esclarece Luís Pereira, um empreendedor a quem muito se deve o crescimento da Organização. Internacionalização: Angola é a aposta Face a uma oportunidade soberana de alargar horizontes, rumo a geografias promissoras, Luís Portugal Inovador Pereira não hesitou e a MeiosTec dá então os primeiros passos em solo angolano. A aposta arrojada nos PALOP é protagonizada pelo nível de crescimento económico destes países: “São mercados emergentes com uma taxa de crescimento acima do que é praticado hoje na Europa. Paralelamente, a especificidade de algumas das nossas soluções são adaptadas e desenvolvidas para o mercado da língua oficial portuguesa. Por exemplo, o caso da solução da Assembleia da República e o caso dos tribunais são casos paradigmáticos. A solução IPTV, vocacionada para a indústria hoteleira e hospitalar é outro dos produtos em que também temos representação em exclusivo para Portugal e para os PALOP”. O reforço de competências na área das infra-estruturas culminou, em 2010, com a adjudicação de dois Data Centers em Angola. Um projecto que dá assim resposta “ao plano de internacionalização da MeiosTec. Este foi o primeiro passo nesse sentido e outros estão a ser ponderados, com uma forte possibilidade de se concretizarem. A nossa estratégia é consolidar a presença em Angola como plataforma para chegar ao mercado de Moçambique”, confidencia. oferecer, as Soluções IP e IT disponibilizadas pela MeiosTec revelam-se a aposta certa para qualquer sector de actividade! A pensar especialmente na indústria hoteleira e hospitalar, a MeiosTec desenvolveu o INGEsuite. Uma solução modular que permite aos hotéis oferecer aos hóspedes as últimas novidades em cinema, televisão, música e vídeo. “A vantagem desta solução é essencialmente permitir a interacção entre o cliente e o hotel. Os hotéis enfrentam um paradigma: não é só vender o produto da região, mas também serviços. Há outros serviços internos, como ‘spa’, que têm de ser publicitados internamente. No fundo, trata-se de uma ferramenta com um módulo vocacionado para o marketing de serviço interno, um marketing dinâmico”, conclui. TI: um sector em crescimento “O sector das TI está em evolução permanente. As empresas portuguesas têm necessidade, cada vez mais, de apostar em tecnologias de informação que lhes permitam dar um salto qualitativo e preparar-se para a realidade da globalização a que se assiste. A nossa missão é ajudar as empresas a incorporarem estas tecnologias”. Soluções inovadoras Inovação é a ‘key word’ que melhor define a MeiosTec. O desenvolvimento de soluções que potenciem o aumento de rendimento dos clientes é a máxima que motiva os profissionais desta equipa. E foi com regozijo que estes profissionais viram a tecnológica ser distinguida como o maior revendedor de TI em 2011, pela APC. Numa altura em que a cultura empresarial se consciencializa das potencialidades que as tecnologias de informação têm para Página Exclusiva 67 Portugal Inovador Um negócio inteligente ‘Business Intelligence’ é um conceito cada vez mais enraizado na cultura empresarial. Numa altura em que os ‘players’ do mercado têm de adoptar estratégias para se diferenciar dos congéneres e optimizar os processos, o ‘Business Intelligence’ (BI) é a aposta! A BIMaven Consulting (MAVEN) surge no mercado como uma empresa de consultoria estratégica e tecnológica especializada em BI. E, de acordo com a mensagem veiculada pela Organização, “The Future can be seen, so make your decison”… “Um MAVEN é um especialista numa área particular, [o ‘Business Intelligence’], e tem como objectivo passar o conhecimento aos outros [os clientes]”. É deste modo que Nuno Costa, ‘partner’ da empresa, esclarece o conceito que deu o mote à denominação da Organização. Na actualidade, a informação com qualidade e a tempo e horas assume-se como uma mais-valia para o tecido empresarial. A constante mutação dos mercados protagoniza a necessidade das empresas em identificar, analisar e contextualizar variáveis, de forma célere, e definir estratégias para o mercado em que actuam. Assim, através de uma estratégia correcta de ‘Business Intelligence’ é possível medir, definir e alinhar as decisões com os objectivos do negócio. No mercado desde 2007, a MAVEN posiciona-se como a melhor opção do mercado para maximizar os investimentos em BI. Para tal, muito contribuiu a experiência e know-how de Página Exclusiva 68 Nuno Costa e Tiago Fonseca, ‘partners’ que têm na mão o desafio de manter a MAVEN na senda do crescimento que tem vindo a evidenciar. “Como já tínhamos muita experiência na consultoria e sentíamos que havia algo mais a fazer, principalmente na motivação e desenvolvimento de equipas, porque a consultoria não é mais do que potenciar e disponibilizar a inteligência das pessoas, edificámos a MAVEN. Disponibilizamos aos nossos clientes o know-how e a experiência da nossa equipa. Para potenciar esse know-how, seguindo a nossa missão, investimos em duas coisas muito importantes: desenvolver e motivar uma rede de especialistas, disponibilizando aos nossos clientes centros de competências especializados. Esse foi claramente o mote para arrancar”, afiança o jovem empresário, Nuno Costa. Centros de competência “Encontrar a melhor solução em função das necessidades estratégicas e tecnológicas dos nossos clientes” é uma premissa profundamente intrínseca ao ADN da MAVEN. Encarando cada cliente como um desafio que alicia os ‘MAVENS’ a superarem-se com objectivo de acrescentar valor para além das expectativas, Nuno Costa explica que “é fundamental que as empresas comecem a gerir a informação como um recurso estratégico. É preciso reuni-la, tratá-la, dar-lhe qualidade e disponibilizá-la a toda a organização de forma simples e eficaz. A nossa abordagem assenta sobre três componentes: ‘Strategy’, ‘Life Cycle’ e ‘Mind Set’. O primeiro ‘Strategy’ - tem como objectivo definir a visão e a missão do BI dentro da organização. O segundo - ‘Life Cycle’ define as plataformas, metodologias, melhores práticas, tecnologias, etc. que em conjunto vão permitir materializar a visão. O ‘Mind Set’, que para nós é a componente mais importante, está relacionado com a preparação das pessoas para, a posteriori, receberem a solução. Quando nos direccionamos a um cliente o nosso objectivo não é vender plataformas, é vender soluções e principalmente perceber se a organização está preparada para as receber”. Organizados em centros de competência altamente especializados – Business Intelligence, Integration, Quality & Data Management, Business Analytics e Corporate Performance Management.– os MAVENS detêm um conhecimento, alicerçado em anos de experiência, que lhes permite interagir em diversas vertentes do mercado, tais como Te- Portugal Inovador lecomunicações, Banca, Serviços Financeiros, Administração Pública, Saúde, Farmacêuticas, Seguros e Retalho. “Um dos nossos grandes desafios, desde o início, é o facto de termos partido do investimento zero. E, desde então, construímos a nossa imagem com base no nosso trabalho. Ao longo destes anos já temos uma lista de clientes bastante extensa porque reconhecem o valor que acrescentamos”, acrescenta Tiago Fonseca às palavras do sócio. “Se estamos juntos, nada é impossível. Se estamos divididos tudo falhará”, dizia Winston Churchill. De facto, a mensagem do estadista britânico pode facilmente adequar-se ao ‘Business Intelligence’. Para que a implementação de uma solução seja sinónimo de sucesso, todos os elementos da organização têm, indubitavelmente, de estar alinhados com as directrizes. A garantia é de Tiago Fonseca: “Quando se investe no BI é muito importante trabalhar o ‘MindSet’ para que toda a Organização abarque a solução que se está a desenvolver. Hoje em dia já se percebe onde os projectos falham e onde têm sucesso. É necessário envolver todos os ‘stakeholders’ nestes projectos estratégicos para garantir o sucesso. Tem de se alinhar as iniciativas do ‘Business Intelligence’ com a estratégia do negócio”. que fomentem o desempenho dos colaboradores. “Com uma injecção de motivação as pessoas funcionam de maneira diferente. Falamos de um serviço com uma forte componente estratégica e por isso queremos pessoas que saibam comunicar. Desde o momento zero que a nossa estratégia é desenvolver e motivar e começámos logo a definir programas de apoio aos nossos consultores. Estes têm programas de ‘coaching’ periódicos, durante todo o ano, e para nós é uma aposta fundamental. São programas individuais e colectivos que lhes permitem abordar os desafios com níveis elevados de motivação. Se olharmos para o custo, ele está lá, mas é, sobretudo, um investimento”. Assim, para Tiago Fonseca, no processo de selecção é crucial “recrutar pessoas com potencial, com vontade de aprender, com ‘soft skills’. Inicialmente apostámos em consultores sénior, já com formação em BI. Todavia, quando começámos a completar as nossas equipas com pessoas mais jovens optámos por trazê-las do zero. E para tal temos um programa de formação, o ‘Star!T Program’, que contempla planos de formação, de ‘coaching’ e projectos internos em ´laboratório´. Queremos construir uma grande empresa e partilhar o sucesso com os MAVENS”, continua Nuno Costa. Motivação, o ingrediente do sucesso! Internacionalização, a carta em cima da mesa Num sector onde motivação e comunicação são as palavras de ordem, uma necessidade premente se impõe: a adopção de estratégias Ao longo da sua história a MAVEN foi reunindo competências que lhe permitiram dar um passo rumo à internacionalização. Assim, aquela que, outrora, era utopia, hoje é uma aposta frutífera. “Iniciámos o nosso processo de internacionalização com o mercado holandês e esperamos poder abordar novos países. Definimos como target o centro e norte da Europa. São países onde é mais fácil tomar decisões com base no valor que podemos acrescentar e não apenas na componente financeira”, esclarece Tiago Fonseca. Por sua vez, Nuno Costa considera que “o mercado português está longe de estar esgotado. Temos vindo a evoluir e prova disso é o facto de termos vindo a crescer a um ritmo de dois dígitos, como aconteceu em 2011 - crescemos 24%. É nas alturas de crise que se olha ao detalhe, aos custos e às vendas, e se pretende conhecer melhor os clientes. E os sistemas de BI fazem precisamente isso – gerir, organizar e disponibilizar a informação de forma simples e eficaz”. “Não fazemos venda one-shot” “Fazemos o nosso trabalho com entusiasmo e com uma visão de longo prazo na relação com os nossos clientes, não fazemos vendas ‘one‑shot‘. Fazemos o nosso trabalho de braço dado com os clientes. A transparência é também um pilar do nosso sucesso porque as ‘cartas‘ têm de estar sempre em cima da mesa. É fundamental que os nossos clientes conheçam todas as opções e variáveis quando avançam para a implementações de soluções BI. Queremos acrescentar valor ao negócio de quem nos procura”, afirmam, com orgulho Nuno Costa e Tiago Fonseca. Página Exclusiva 69 Portugal Inovador Intergraph comemora 25 anos em Portugal 25 anos de história, 25 anos de sucesso. Assim se define o percurso da Intergraph Portugal. Inserida num sector em franco crescimento, a Organização reúne sinergias que lhe permitirão traçar o mapa de uma longa história em terras lusitanas… É sob a égide do slogan ‘The power to see’ que a Intergraph conquistou a notoriedade no sector da Tecnologias de Informação e projectou a sua posição à escala mundial. “Ajudar as organizações a verem o mundo de forma mais clara” é pois a missão daquela que é hoje a líder global no fornecimento de software de gestão de informação espacial. Com sede nos EUA, a tecnológica surge em Portugal dando continuidade à tradição de inovação técnica enraizada na cultura da Organização. “A Intergraph surge nos EUA com uma ferramenta inovadora e desenvolveu vários trabalhos com a NASA. Tendo iniciado a actividade na área da computação gráfica, rapidamente saltou para os mapas, para a cartografia de modo automático. De repente estava a falar-se em sistemas de informação geográfica. Na altura produzia hardware, mas gradualmente entrou na área da arquitectura, construção, engenharia, e todos os sectores relacionados Página Exclusiva 70 com informação de mapas. Surge então o desafio de colaborar com o Instituto Geográfico do Exército português e eis que a Intergraph surge em Portugal”, explica Orlando Neto da Silva, administrador. Embora o core business da Integraph se foque no mundo da informação geográfica, a empresa disponibiliza também soluções, consultoria e projecto de implementação nas áreas da Proteção Civil, Segurança, Utilities, Transportes e Planeamento Geoespacial. Recorrendo às soluções da Intergraph, as organizações estão habilitadas para construir e manter sistemas e operações complexos indispensáveis no quotidiano da sociedade. A garantia é de Orlando Neto da Silva que enumera “ departamentos da Administração Pública, câmaras municipais, empresas de distribuição de água, bombeiros e sistemas de segurança pública” como entidades “onde a utilização de informação geoespacial assume uma presença de relevo. Nos serviços de emergência, 112, por exemplo, a localização de eventos e a informação geoespacial têm uma importância vital para operacionalizar o fluxo de trabalho. Neste cenário o nosso software está muito avançado e adequado à situação concreta deste tipo de utilização”. O fenómeno da globalização determina um processo constante de actualização. O entrevistado afiança que este procedimento poderá ser enriquecido com o contributo da sociedade: “A cartografia é partilhada na Internet e os organismos públicos são aconselhados a partilhar informações. Estamos na era da informação, portanto, se partilharmos informação, nomeadamente as alterações geográficas, será benéfico para todos”. Assim, num espaço onde inovação, empenho e motivação coabitam, estão criados os pressupostos necessários para que a Intergraph Portugal timbre na sua história mais 25 anos de meritório sucesso… Portugal Inovador “A crise tem sido sinónimo de oportunidade” Em entrevista à Portugal Inovador, Miguel Costa-Manso, administrador da Additive Tecnologia, evidencia quais as estratégicas adoptadas para actuar no mercado nacional e brasileiro. No mercado desde 2006, a Additive tem-se revelado o parceiro ideal para assegurar uma assistência técnica informática célere e eficaz. Como e quando surge a Additive e em que áreas de mercado se posiciona? A Additive Tecnologia é uma empresa especializada em Assistência Técnica Informática Windows, Macintosh e Linux. Iniciou a sua actividade em 2006 aquando do spin off do departamento de TI da agência de publicidade multinacional McCann Erickson. Qual a vossa oferta no mercado português e, dentro ela, o que poderia destacar? A estratégia da empresa passa pela aposta em manter relações duradouras com os seus clientes. Nesse sentido destacamos o ATS – Additive Total System: um contrato de manutenção total onde todo parque tecnológico é gerido pela Additive. Na prática funciona como um Departamento Informático em Outsourcing; é Ilimitado: Não existe qualquer limite de horas; Acessível: os preços praticados são abaixo do mercado; Próactivo: evitamos ter uma postura reativa na relação com o cliente; Eficaz e Eficiente: Garantimos tempos de resposta de até 4 horas para as deslocações físicas e 15 minutos para as intervenções em remoto. Como lidaram e lidam com a crise que os mercados enfrentam? Com a crise praticamente todas as organizações foram forçadas a cortar custos para manterem a competitividade, a focarem-se no seu core business e optar pelo ‘outsourcing’ dos serviços anexos. A esse nível a crise tem sido sinónimo de oportunidade para a nossa empresa. A estratégia da Additive passa por manter as linhas mestras do seu posicionamento; manutenção de preços competitivos; aposta na diversificação da carteira de clientes, optimização do serviço prestado; estabilização da estrutura de custos. Em que áreas perspectivam maior crescimento e porquê? Fruto do posicionamento da empresa, os serviços têm uma fatia cada vez maior do total do volume de facturação. Quais os vossos principais clientes? Apesar de consideramos que todos os clientes são “principais” podemos destacar os mais mediáticos: Grupo Espirito Santo, oficinas Midas, Mundicenter, as agências de publicidade McCann Erickson e Draft FCB, a rede de cinemas Cinema City, as lojas Área, La Senza e Mr. Blue, as consultoras Grant Thornton e Bond e a Martifer Renováveis no Brasil. Como posicionam o vosso negócio ao nível da internacionalização? Desde 2008 que a Additive Tecnologia está presente no mercado brasileiro com a criação da filial de Fortaleza. A Additive Brasil tem uma importância cada vez maior dentro do grupo pois são cada vez mais as empresas portuguesas e brasileiras a operarem no Ceará que confiam na Additive Tecnologia. Quantas pessoas integram, actualmente, a vossa equipa e como pensam crescer? O Grupo Additive conta com 50 pessoas divididas entre Lisboa, Porto, Faro e Fortaleza. Prevemos reforçar a equipa em 2012 seguindo a política de crescimento sustentado que sempre pautou a evolução da Additive. Página Exclusiva 71 Portugal Inovador Um parceiro de confiança! Já alguma vez teve necessidade de obter um aconselhamento eficaz e personalizado para a obtenção de crédito? Na Complemento Vintage poderá encontrar profissionais especializados que se regem por critérios rigorosos de transparência e lealdade. Atravessou desafios, conquistou clientes e hoje é uma referência no sector da consultoria financeira. Fomentar a transparência, cultivar a confiança, a responsabilidade e a lealdade são premissas que norteiam a actuação da Complemento Vintage. E é abraçando estes valores que a empresa administrada por Andreia Vaz leva a ‘bom porto’ a sua missão – “Encontrar de forma rápida e eficaz uma solução adequada para cada caso, de forma a maximizar um sucesso mútuo, procurando primar pela excelência”. Uma missão que, para além de promover a liquidez financeira, promove o bem-estar do cliente. “Adoptámos uma política de transparência e lealdade perante o cliente. Para nós o cliente é uma vida. Quando chega à Complemento Vintage é porque está numa situação complicada. Tentamos encontrar uma solução e somos transparentes Página Exclusiva 72 em todo o processo”, assegura a jovem empresária. A Complemento Vintage surge no mercado mediante a necessidade da população em contrair empréstimos e encontrar soluções de crédito. Com uma vasta rede de protocolos bancários, financeiros e jurídicos a consultora detém uma equipa habilitada para aconselhar o cliente, encaminhando-o para a melhor solução de mercado, tal como evidencia Andreia Vaz: “Na Complemento Vintage fazemos intermediação financeira. O cliente chega até nós, preenche um formulário de modo a que possamos efectuar uma triagem e então avaliamos o perfil corporativo. O processo é encaminhado para um gestor financeiro que procura a solução mais adequada ao caso em análise”. Face à actual conjuntura económica do país, em que a Banca limita a concessão de créditos, Andreia Vaz aconselha: “As pessoas devem realizar planos de poupança nos momentos de maior liquidez. Disponibilizamos também consultas de reeducação financeira, onde aconselhamos o cliente a fazer uma gestão ponderada do ordenado. De salientar que todos os nossos serviços estão salvaguardados por uma política de privacidade”. Questionada sobre a actual situação do sector, Andreia Vaz é peremptória e reitera que “neste momento, a área de consultoria financeira está muito degradada. Por mais que nos queiramos distinguir, as consultorias financeiras são alvos de sátira por parte de quem considera que o nosso serviço é uma burla. Tentamos distinguir-nos pela transparência e temos as portas abertas para que os clientes possam ver as análises já realizadas. Se tivéssemos uma entidade que regulamentasse a actividade as consultorias sérias seriam distinguidas. Somos procurados por pessoas que querem orientar a vida e querem uma solução rápida e vantajosa, por isso temos de ser leais.” Serviços: - Consultoria e mediação financeira - Reeducação financeira - Consultas de apoio e aconselhamento - Auxilio na procura de emprego Portugal Inovador Crescer em tempo de crise Em entrevista à revista Portugal Inovador, João Milheiro, sócio-fundador da Tecnoper-AT, evidencia quais as estratégias que protagonizaram o crescimento da empresa. A actuar no sector da averiguação e peritagem no ramo de Acidentes de Trabalho e Acidentes Pessoais, revela que o futuro terá de passar pela selectividade das empresas com quadros qualificados. Conhecimento, competência, imparcialidade e rigor são pilares que ancoram o crescimento sustentado da Tecnoper-AT. Uma empresa que direcciona o seu ‘modus operandi’ para a averiguação e peritagem de Acidentes de Trabalho e Acidentes Pessoais. Neste sector, onde a celeridade assume um relevo indiscutível, é crucial ter uma estrutura organizada que possa responder aos desafios do mercado. O entrevistado, sobre o futuro, destaca “as exigências que são colocadas perante uma actividade, também ela muito competitiva, serão um teste definitivo para a sobrevivência de muitas empresas”, sublinhando ainda que “caso as Seguradoras optem pelas empresas com reconhecida capacidade de trabalho e apenas isso, não tenho dúvidas de que teremos todos a ganhar“. Encarando a satisfação do cliente como a força motriz que impulsiona a actuação da Tecnoper-AT, a empresa administrada por João Milheiro adoptou estratégias que despoletaram um ciclo de crescimento sustentado. Para tal, como relembra o entrevistado, foram determinantes “ o recrutamento de mais profissionais qualificados de forma a poder manter, e sobretudo melhorar, os padrões de satisfação aos clientes, bem como a aposta na formação contínua dos seus colaboradores, encarando esse vector como um investimento de retorno assegurado e não como um custo. Em seis meses registámos um aumento de trabalho de cerca de 17% e contratámos mais quatro colaboradores. Na actualidade, a averiguação de Acidentes de Trabalho é muito distinta de um passado recente. Hoje o conhecimento dos contratos de seguros da legislação de Acidentes de Trabalho, além de outros conhecimentos jurídicos, substituiu uma realidade anterior que era assente num trabalho precário e amador”. Resumindo ainda “a postura clássica do perito, que para além de não ser reconhecida, transmitia a todos os intervenientes desconfiança, teve que ser alterada com metodologias de trabalho distintas e sobretudo com uma qualificação que permita o reconhecimento técnico e da própria intervenção. Aliás espero que a breve prazo a certificação seja uma realidade para podermos então separar o trigo do joio”. Tecendo uma análise à estrutura da Tecnoper-AT foi perceptível que os ‘players’ “são compelidos a melhorarem permanentemente as posturas de trabalho, procurando valorizar a sua função”, explica o entrevistado. Ao longo da sua história, a Tecnoper-AT tem edificado um percurso áureo, granjeando o reconhecimento dos congéneres. Para tal, a “formação de motivação”- realizada de 45 em 45 dias - relevou‑se uma aposta frutífera, tal como conta, com regozijo, João Milheiro: “As metodologias de trabalho têm de ser motivadoras. Ninguém pode exercer uma actividade se não estiver minimamente motivado. Temos de apostar na motivação dos nossos colaboradores porque o futuro da Tecnoper-AT depende também de nós”. Página Exclusiva 73 Portugal Inovador O Futuro está na Reabilitação A Constro Celoricense, fundada em 1987 por dois empresários do sector, está hoje nas mãos de Sérgio e Carlos Campos, dois gestores que, a dada altura das suas carreiras, apostaram no sector da construção civil. Corria o ano de 1993 quando Carlos Campos integrou o grupo de trabalho da Constro Celoricense, com o princípio de prestar serviços de contabilidade que, mais tarde, abrangeram também a assessoria administrativa. Verificava-se, na altura, a proliferação do sector da construção em Portugal, factor que impulsionou o crescimento da firma, permitindo-lhe encabeçar algumas das mais emblemáticas obras do concelho de Celorico da Beira (Solar do Queijo, Museu do Agricultor, entre outras). A partir de 2009 a situação no sector debilitou-se, amplificando as diferenças entre os sócios da empresa. Foi nessa altura que Carlos Campos arriscou e, em parceria Página Exclusiva 74 com o irmão, Sérgio Campos, deu início a este negócio próprio. “Demos um passo arriscado, mas acreditámos e apostámos firmemente no projecto tanto mais que conseguimos, no melindroso ano de 2010, atingir o título de PME Excelência, estando sempre muito apoiados por um dos nossos parceiros, o Crédito Agrícola”, explica Sérgio Campos. Com base na experiência adquirida na área da gestão, a nova administração incutiu desde o início uma liderança rigorosa que permitiu à empresa alcançar bons resultados, consolidando os rácios positivos que vinham sendo conquistados. Para além de alguns trabalhos de obras públicas, da construção de apartamentos para venda em Trancoso e Celorico e de vários projectos de recuperação, a Constro Celoricense orgulha-se de ser a construtora da primeira “Fazenda da Esperança” em Portugal – um projecto a nível mundial (já com cerca de 80 unidades) que surge, como estreia nacional, em Celorico da Beira. Consciente das alterações de mercado e do excedente do parque habitacional, a administração da Constro Celoricense decidiu apostar fortemente na reabilitação de edifícios antigos. Foi neste âmbito que surgiu a parceria com o projecto Melom, uma rede nacional de empresas franchisadas, vocacionadas para a reabilitação urbana, que garantem um serviço de excelência, cumprimento de prazos, assim como apoio e consultadoria no decorrer de todo o processo. “Este projecto pretende desenvolver uma cadeia nacional de especialistas em reabilitação urbana, associando-se a pequenos construtores locais, assim como a grandes marcas no sector da construção e bricolage”, clarifica Carlos Campos. “As obras em sua casa com garantia de qualidade e preço” é lema da Melom, partilhado agora em pleno pela Constro Celoricense. Portugal Inovador Página Exclusiva 75 Portugal Inovador Solicel - A Pedra é Eterna O xisto foi a pedra dominante de outrora. A sua abundância permitia que fosse utilizado para delimitar propriedades rústicas, havendo ainda hoje sinais dessa utilização. Facto é que alguns desses marcos são milenares e o próprio xisto é hoje um marco histórico em toda a região Douro. Assim sendo, o seu valor não poderia deixar de ser exaltado e estendido às suas mais diversas aplicações. Neste seguimento, surge a Solicel, em 1966, que começa a valorizar esta rocha numa primeira abordagem direccionada apenas para esteios de vinha, vindo mais tarde a alargar-se a outras como pavimentação, revestimento, decoração e embelezamento em diversos contextos. A baixa absorção desta pedra, a resistência que oferece, a textura, a cor, entre outras propriedades intrínsecas, possibilitam a sua utilização em inúmeras áreas, quer seja para os já mencionados esteios de vinha, quer seja para a construção civil nos seus mais variadíssimos âmbitos. Para que a cobertura de todo o trabalho, desde a extracção da rocha, ao primeiro corte e à sua transformação, seja possível nas mãos dos mesmos 50 colaboradores, o Grupo Solicel criou em 2010 um outro nome, DecorXisto, com o objectivo principal de dar um acabamento mais elaborado ao xisto e poder assim o grupo atacar outro tipo de merPágina Exclusiva 76 cados. Consequentemente, a sua produção é ao nível do xisto, polido, escovado e amaciado e assegura a sua aplicação no campo decorativo e de interiores (escadas, varandas, revestimentos, bancas de cozinha, entre outros, incluem-se nesta categoria). O orgulho pela independência e total controlo sobre a produção e produto de ambas as empresas é perceptível: “Nenhum serviço na Solicel é subcontratado!”, explica Mauro Búrcio, geólogo da Solicel, enquanto esclarece que o Grupo, localizado em Vila Nova de Foz Côa (Guarda), trata da extracção, procede ao corte primário (por medida) e trabalha a rocha consoante a sua finalidade. Ainda que o sector de enfoque seja a construção civil, os esteios continuam a ter procura, refere Pedro Duarte, sócio-gerente da DecorXisto, “estamos a meio de Março e só aceitamos encomendas para 2013”. Aqui é a tradição, em dois níveis, que vinga: em primeiro plano temos o historial do Douro, caracterizado pela imensidão de xisto nas paisagens; em seguida vem a identidade da empresa, pois não nos esqueçamos que foi a dedicar-se a este produto que o seu nome se afirmou no mercado. A conquista de clientes incide mais para lá das fronteiras lusitanas, revelando-se uma pro- Portugal Inovador porção de cerca de 87% para exportação e o restante direccionado para o mercado nacional. Os mercados mais fortes são França e Alemanha, graças à forte presença de arquitectos paisagistas que requerem os seus produtos. No entanto, chegam ainda a Espanha, Andorra, Polónia, Suíça, Bélgica e Holanda e a sua sina é abraçar o mercado escandinavo, pelo que “fizemos uma feira na Noruega e na Polónia onde ganhámos o prémio de melhor stand”, explica Pedro Duarte no intuito de nos clarificar também que o próximo passo do Grupo é expandir e consolidar o mercado nos Estados Unidos da América. Mas os prémios não se ficam por aqui. A Solicel tem estado na vanguarda em história e inovação e até mesmo na maquinaria, uma vez que no seu histórico registam-se acontecimentos como a aposta numa máquina desenvolvida especificamente para a transformação do Xisto Foz Côa, que permitiu aumentar a capacidade produtiva e diminuir o Lead Time e o desperdício. Relativamente à matéria-prima, é sentida a necessidade de referir que o xisto anda de mãos dadas com a ardósia, o que tem o seu efeito positivo e negativo. Repare-se que a ardósia tem qualidades diferentes, permitindo-se ser utilizada em telhados, quadros das escolas, mesas de bilhar, etc.. Por outro lado, a ardósia é uma rocha mais escorregadia e mutável nos ciclos de gelo-degelo, ao contrário do xisto, bastante mais rugoso e inalterável. Estes comportamentos tornam-se importantes e muito valorizados para determinadas aplicações como por exemplo, pavimentos e revestimentos rústicos impossíveis de conseguir com ardósia. A satisfação é notável ao longe. O trabalho na Solicel representa uma vida, sendo que há colaboradores integrados na empresa há mais de 30 anos, como é o caso de Manuel António, encarregado geral, que já iniciou várias explorações em nome do Grupo. Salienta-se ainda o facto de a Solicel, possuir produtos de marcação CE, logo, que cumprem todas as normas da União Europeia relacionadas com pavimentos e revestimentos Depois de estudados todos estes aspectos, era obrigatório que uma empresa como a Solicel fosse reconhecida como PME Excelência, embora esta distinção venha interferir maioritariamente na relação de confiança por parte dos clientes. A metodologia e a gestão da empresa estão definidas pelos padrões internos de qualidade do próprio Grupo, até porque “a actividade extractiva depende muito da forma como se faz o desmonte e da forma como nós nos organizamos”, salienta Mauro Búrcio. Fruto da boa gestão à vista é a boa maré que lhes faz frente: o objectivo deste ano apontava mais para a consolidação dos mercados externos, mas pelo que se vão apercebendo há uma forte probabilidade de aumentar a facturação ainda durante esta onda de crise. Sem dúvida, tudo graças à força de vontade de crescimento. Página Exclusiva 77 Portugal Inovador Novas estratégias para o futuro Ao longo de mais de 40 anos, a Lima Ferreira tem-se pautado pela qualidade do calçado que desenvolve, mas as graves alterações climatéricas e a conjuntura económica levaram a que a empresa tenha vivido alguns momentos de instabilidade. Hoje, mais do que nunca, os irmãos Ferreira decidiram seguir novas estratégias para o futuro da Lima Ferreira. No final dos anos 60, Valdemar Ferreira, que sempre teve a ambição de ser industrial, lançou-se num pequeno negócio familiar de calçado. Com o negócio a crescer, em 1974, o pai dos actuais administradores decidiu fazer um novo pavilhão, em S. João da Madeira, onde ainda labora, hoje, a empresa. No entanto, a mudança de instalações não se fez acompanhar de uma mudança nas mentalidades. Em 1988, José Manuel e os irmãos, Carlos e Miguel Ferreira, passaram a ser sócios da Lima Ferreira, invertendo a situação financeira da empresa. “Nos anos 90, as encomendas chegavam a bom ritmo à empresa, mas, de há três anos para cá, voltámos a ressentir-nos. Por isso, reunimo-nos e tomámos decisões importantíssimas para as novas estratégias da Lima Ferreira”, explica José Manuel Ferreira. A oportunidade de caminhar sobre a crise Dedicada ao fabrico de calçado de criança, adolescentes e de senhora, Página Exclusiva 78 numa linha mais casual, a Lima Ferreira é especializada na construção plana, são crispim e pratik. Os três sócios investiram também recentemente num novo parque de máquinas, para iniciar uma segunda linha de costura, que vai gerar mais alguns postos de trabalho. Ainda no que respeita às instalações, estão a ser feitas remodelações, tendo em conta o meio ambiente e rentabilidade energética. No entanto, as máquinas não chegam – são necessárias novas ideias e estratégias, e é preciso comunicá-las aos 64 colaboradores da empresa. “É muito importante que os nossos colaboradores sintam que o desem- penho deles faz a diferença, que ajuda à sustentabilidade e crescimento da empresa. Estamos também a fazer uma formação empresarial, que está a ser desenvolvida em estreita parceria com o Centro Tecnológico do Calçado. Para além disso, temos sido bem sucedidos graças ao acompanhamento rigoroso do nosso director financeiro, o sr. Azevedo, da Diaza, e da nossa managing director, a Maria Monteiro. Eles fazem o aproveitamento das ferramentas disponibilizadas pela economia portuguesa, como é o caso da Norgarante, e apostam em projectos com um conceito inovador e empreendedor no mundo do calçado, sem perder de vista a situação actual do país”, atenta o responsável. De referir que a empresa desenvolve as colecções de acordo com os pedidos dos clientes, mas está a apostar no desenvolvimento de uma colecção própria para o Verão de 2013. “Cada vez mais é importante acompanhar os mercados com novos estudos, e os métodos são diferentes. Hoje, temos forçosamente que fazer 100 amostras para 10 encomendas”, refere José Manuel Ferreira, acrescentando ainda que “a aposta recai cada vez mais na inovação, com materiais biológicos, como por exemplo a cortiça. E é fundamental que, independentemente do nosso core business ser o calçado, tenhamos em conta a prestação de um serviço continuado aos nossos clientes”. Os sócios da Lima Ferreira acreditam que, “apesar de atravessarmos tempos economicamente conturbados, temos condições para conseguir um bom serviço – tanto pela flexibilidade como pela resposta rápida e bons Portugal Inovador António Almeida Henriques”. Em jeito de conclusão, José Manuel Ferreira deixa o apelo “a que as instituições e o Governo apostem, cada vez mais, na colaboração e apoio sustentado às pme’s nacionais” e o agradecimento a “todos os nossos parceiros que estão e acreditam na Lima Ferreira”. equipamentos – adaptando-nos, cada vez mais, para trabalhar com encomendas pequenas.” A Lima Ferreira dedica-se a 100% à exportação, sobretudo para países europeus – Holanda, Bélgica, Dinamarca e França. No entanto, “estamos a trabalhar em conjunto com o AICEP, a APICCAPS, o IAPMEI e a AIDA (Associação Industrial de Aveiro), para levar os nossos produtos aos países nórdicos, em particular a Finlândia e a Suécia. Para além disso, estamos entusiasmados com os contactos que temos feito com o Iraque e Dubai, através da Câmara de Comércio do Iraque e da Embaixada do Dubai em Portugal, e estamos abertos a novas parcerias e investidores. E vamos, em breve, receber a visita do Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Rural, o Dr. Página Exclusiva 79 Portugal Inovador “O queijo a seu gosto” A Revista Portugal Inovador foi até ao lugar de Barracão - Valverde, concelho de Aguiar da Beira, conhecer a Lacto Serra. Distinguida entre as 25 melhores empresas da Guarda, é ainda com tradição, que fabrica o seu queijo. A ideia de construir uma fábrica de produção de queijo teve como base o facto de Sebastião Gomes, actual sócio-gerente, ter como actividade a comercialização de produtos lácteos nos anos 80. Mãos à obra, Sebastião Gomes cria a Lacto Serra em 1990 que nasce como uma queijaria tradicional que evoluiu e se foi modernizando, com vários investimentos em equipamento e nas novas tecnologias bem como na ampliação da unidade de produção, ao longo do tempo: “Fomos adaptando o espaço de acordo com as produções e as leis vigentes. Actualmente, estamos equipados com a mais elevada tecnologia”, confirma Miguel Moreira, director comercial. Acompanhando esses mesmos investimentos nas àreas das novas tecnologias e da produção, Página Exclusiva 80 a empresa criou recentemente uma ETAR para tratamento dos efluentes e águas residuais: “A Lacto Serra tem tido a preocupação de ser um exemplo em termos ambientais e para tal construiu uma estação de tratamento, que possui um sistema de concentração de soro, reaproveitando para exportação e melhorando em muito o ambiente”, continua Miguel Moreira. Com uma produção actual de 85 toneladas de queijo por mês, a Lacto Serra tem vindo a aumentar a sua produção à medida que a carteira de clientes cresce e as encomendas são solicitadas: “Temos actualmente 28 colaboradores e apostamos na diferenciação do nosso produto. A nossa produção é baseada na tradição aliada à qualidade, direccionando-nos assim também Portugal Inovador para os mercados mais exigentes. Somos certificados através da norma ISO 22000:2205 para a Certificação do Sistema de Gestão e Segurança Alimentar e o nosso queijo é produzido e submetido a um rigoroso controlo de qualidade laboratorial. Para além do controle de HACCP existente, construimos um laboratório próprio equipado com a mais elevada tecnologia. Resta dizer que para, além disso, ainda se executam análises periódicas da matéria-prima e produto final (queijo) em laboratórios oficiais e certificados, garantindo assim um controlo real à qualidade do queijo”, refere Luis Vieira, director financeiro da empresa. de 2011 perto dos seis milhões de euros, o objectivo principal da Lacto Serra é aumentar as suas vendas de forma sustentada no mercado nacional: “As nossas marcas estão bem lançadas de norte a sul do país, temos os nossos produtos disponíveis em algumas superfícies de média e alta dimensão e vamos procurar para este ano talvez ainda outra grande superfície. A nível internacional, estamos a exportar para o denominado “mercado da saudade”, nomeadamente para França, Luxemburgo, Suíça e Inglaterra e, futuramente, estamos a pensar no mercado Africano, nomeadamente Angola, Moçambique [já com algumas encomen- das esporádicas] e Brasil. Estamos a prever um ano em que o sector dos lacticínios ainda poderá sofrer alguma agitação. No futuro, esperamos continuar a satisfazer os nossos clientes e manter uma política interna direccionada para a qualidade”, finaliza a administração. Marcas Comercializadas A Fonte Mourisca é o nome de referência de uma variada gama de produtos que faz jus ao slogan “O queijo a seu gosto”. Desde o Fonte Mourisca Amanteigado, ao Fonte Mourisca Meio Gordo, Fonte Mourisca Apimentado ou ao Fonte Mourisca Flamengo Bola e Barra, a Lacto Serra comercializa ainda o Monte Amial, o Cinco Estrelas Amanteigado e Meio Gordo e Laserra, bem como um queijo de Mistura de Vaca e Ovelha pasteurizado com a marca D. Sebastião. Este ano, a empresa pretende ainda lançar outro gosto: um novo queijo de mistura de cabra, vaca e ovelha. Objectivos Com um volume de facturação Página Exclusiva 81 Portugal Inovador A nova vida da Frigomato Ao longo de várias décadas de existência, a Frigomato, que nasceu e viveu grande parte da sua história na cidade de Matosinhos, desenvolveu a sua actividade no sector da armazenagem de produtos da pesca. No entanto, fruto de “uma situação económico-financeira muito difícil, provocada pela transformação do mercado”, a empresa viu-se forçada a voltar-se para um novo sector de actividade. “Nos anos 90 a Frigomato estava, efectivamente, numa situação de inssolvência técnica. A empresa sempre esteve vocacionada para a armazenagem, mas, com o passar dos anos, esta deixa de ser uma actividade rentável. Antes, o produto da pesca, descarregado no Porto de Leixões, era congelado e conservado em câmaras frigoríficas para depois abastecer, essencialmente, as empresas conserveiras, sediadas em Matosinhos. Hoje, o número de empresas conserveiras é muito reduzido e a actividade da Frigomato sofreu com todas estas mudanças”, começa por explicar Eduardo Lopes que, na viragem do século, aceitou o convite para a posição de administrador da empresa e idealizou todo um novo projecto para a mesma. “A empresa teve que se adaptar e direccionar para uma acPágina Exclusiva 82 tividade que é, hoje, fulcral na economia portuguesa – a actividade logística, em particular, a de temperatura controlada. Assim, delineei um projecto cujo objectivo seria aliar uma fábrica de transformação de pescado congelado à parte da logística e distribuição, promovendo uma actividade integrada de várias empresas. Isto porque o projecto tinha uma vertente associativista vincada; a ideia era juntar um grupo de cerca de 15 empresários, os principais no sector do pescado congelado da zona Norte”, continua. No entanto, este projecto acabaria por não se concretizar, pelo menos na sua totalidade. “Apresentamos uma candidatura ao PROMAR, que foi acompanhada pela Direcção Geral das Pescas, mas nunca conseguimos qualquer tipo de apoio. Sentimos que houve um grande desinteresse por parte das entidades a quem batemos à porta – desde o IAPMEI até ao Ministério da Economia e à Associação Empresarial de Portugal (AEP) da qual, inclusive, somos membros”, lamenta Eduardo Lopes, não esquecendo “as enormes dificuldades, muitas delas, de Portugal Inovador sivamente em produtos alimentares, mas em produtos de temperatura controlada em geral. Há outros produtos, como por exemplo flores ou medicamentos. O mercado está a tornar-se mais amplo”. Crescer com qualidade carácter administrativo, nomeadamente no licenciamento do projecto”. A dinâmica do sector logístico Se uma boa parte do projecto caiu por terra, a verdade é que a Frigomato acabou por levar a cabo a tal mudança estratégica de sector, que obrigou também à criação de novas instalações em Vila do Conde. “Conseguimos, efectivamente, criar uma plataforma logística e temos beneficiado de uma boa posição geográfica, junto das principais vias de comunicação e do Porto de Leixões, que tem tido um grande desenvolvimento nos últimos anos. E esse desenvolvimento é muito importante quando conjugado com a nossa actividade”, atenta. De facto, para o responsável, “o sector logístico está vivo e a sua dinâmica e desenvolvimento são cruciais tanto para a região, como para o Norte do país e Galiza”, mercados que a Frigomato visa conquistar, e tem tido sucesso, a julgar pelo número crescente de “empresas, espanholas e de outros países, que, cada vez mais, trazem as suas mercadorias até ao Porto de Leixões e que dantes só o faziam no Porto de Vigo”. Edu- ardo Lopes afirma, sem reservas, que a Frigomato tem, hoje, “das melhores condições para o exercício da actividade logística que existem na Europa”. Com a actividade cada vez mais direccionada para a logística, a transformação tem tido, gradualmente, menos peso na facturação da Frigomato. “É natural que continuemos a desinvestir no sector da transformação, até pela inexistência de matéria-prima. É uma realidade que muita gente desconhece, mas, a verdade é que não temos pescado em quantidade em Portugal. Pelo contrário, a procura na actividade logística continua a crescer e é nela que vamos continuar a investir, não exclu- Eduardo Lopes entende que ainda é cedo para fazer um balanço da nova vida da Frigomato. “Apesar de o projecto ter sido idealizado em 2000, dadas as vicissitudes que tivemos, só em 2007 é que o edifício ficou apto para a actividade. E depois, toda a mudança do sector da armazenagem e transformação para a logística obrigou a um grande trabalho de formação, até porque a logística é uma actividade altamente exigente e rigorosa”, explica. A Frigomato tem 48 colaboradores, mas indirectamente dá trabalho a sensivelmente mais 40. Desde que mudou de sector de actividade, a empresa cresceu cerca de 50% em termos de colaboradores. “Queremos crescer, sobretudo, com qualidade, e não desmedidamente. O grande mérito da Frigomato é o facto de ser uma empresa com muitos anos e que está a crescer numa área completamente nova. A logística continua a ter uma grande margem de crescimento”, conclui. Página Exclusiva 83 Portugal Inovador Sucesso na base e no futuro da empresa Com 17 anos de existência, a Bemicar não faz outra coisa senão evoluir. Evoluir em qualidade, em formação e em conhecimento! Tudo isto porque aqueles que a ergueram (António Sá e a esposa, Maria do Carmo Pinho) juntamente com aqueles que lhe deram nome (Anabela Sá, Luís Miguel Sá e Carla Sá) têm batalhado para elevar a qualidade do nível de produção e exaltam a formação, a tecnologia e a inovação como as três componentes essenciais para o crescimento do mercado. Decorria o ano 2000 quando a empresa familiar foi demarcada pelo crescimento exponencial. A razão assentou, em especial, pelo trilhar de um novo caminho no calçado ortopédico especial. A maior particularidade deste tipo de sapato é o facto de o mesmo ser personalizado. Assim, o cliente pode obter o calçado ao seu gosto, não importa quais sejam as dificuldades motoras dos membros inferiores. Neste mesmo seguimento, já experienciaram o mundo da moda e, apesar de não se quererem introduzir nesse meio de forma permanente, puderam trabalhar com artistas de renome como Luís Buchinho e Nuno Baltazar entre outros. Hoje, trabalham já com outros tipos de calçado, zelando cada vez mais pelos seus clientes. Entre eles considera-se o calçado personalizado, o qual, por vezes, implica desenharem um sapato semelhante a uma Página Exclusiva 84 marca, tendo em conta o desejo do cliente. Note-se que esta categoria não é encarada como concorrência, mas sim como um “complemento” à marca, já que a Bemicar atende um público ao qual a própria marca não dá resposta. A sua gama de oferta abrange ainda calçado para os mais variadíssimos eventos, calçado confort (conforto, na tradução portuguesa), o gerontodesign (adequado para pessoas idosas) e ainda um tipo de sapato indicado para diabéticos. Os cuidados deste último modelo de produção são necessários dados os efeitos secundários provocados por esta intolerância do organismo, tal como a perda de sensibilidade local. O indivíduo deixa de se aperceber da dor, podendo fazer alguma ferida nos pés. A Bemicar toma precauções quanto a isto, utilizando materiais específicos para a construção deste tipo de pares de sapatos. Foi com este projecto que abraçaram o mercado francês, cuja exigência qualitativa é notável à chegada da solicitação de produto: para além da ficha descritiva do pedido, chega-lhes também o material necessário para executar o trabalho e a etiqueta comprovativa da comparticipação do Estado naquele produto (em oposição ao sucedido em Portugal). Mas França não é o único país onde a empresa tem já lugar marcado. Particularmente através do “passa a palavra”, a quase totalidade da sua produção é exportada para Alemanha, Bélgica, Holanda, Suécia e Finlândia. São países nos quais, segundo Luís Miguel Sá, a aprendizagem é contínua e o pensamento reside no princípio de abrir as portas do seu negócio e ensinar o próximo, pois só assim é que conseguiremos um mercado mais forte. É sobre esta filosofia que a equipa Bemicar actua no seu dia-a-dia. Um trabalho totalmente artesanal que envolve muita comunicação, ajuda e apoio entre administradores, tradutores, designers, modeladores, produtores, etc., que compõe a Portugal Inovador equipa de trabalho da empresa. O stock em abundância é, igualmente, uma chave do sucesso. Apesar de representar uma quantia imensa, à partida sem movimento, é um modo seguro de garantir resposta ao pedido do cliente, qualquer que seja ele. Neste aspecto, há uma coisa muito importante que a Bemicar exige no investimento: o material tem que ser certificado, já que é uma poderosa arma na conquista da confiança dos seus clientes. “Nós não queremos que nos pesquem o peixe e nos dêem o peixe pescado; queremos que nos dêem condições para o podermos pescar”, afirma Luís Miguel Sá após explicar que a matéria-prima é importada devido à maior facilidade de se obter material certificado no estrangeiro. Neste momento, estão a dedicarse a um projecto recente nas suas instalações. Trata-se de um gabinete onde poderão executar próte- ses, palmilhas de carbono e outros acessórios a partir dos quais as pessoas com dificuldades motoras nos membros inferiores (ainda que se trate de uma perna amputada) possam tirar proveito em ordem a melhor executar a tarefa do calçar. A equipa, composta inclusivamente pelos sócios-gerentes, trabalha com satisfação e boa disposição e é merecedora de atenções como a qualidade das cadeiras em que se senta, a disposição do espaço, frases deixadas nas paredes ou mesmo as cores dos próprios logótipos, que representam uma motivação para todos os colaboradores. Na óptica de Luís Miguel Sá, “para ter uma boa qualidade de trabalho é necessário ter tempo, uma boa formação e gosto”. “Essencialmente gosto!”, salienta o pai, António Sá e deseja “Que o melhor de hoje seja o pior de amanhã”. Página Exclusiva 85 Portugal Inovador Dedicação e profissionalismo “Tudo começou comigo!”. Depois de sair de França, Mário Alves veio instalar-se em Portugal, trazendo consigo uma forte bagagem em mecânica, sua área de formação, e um enorme desejo de montar o seu próprio negócio antes de completar os 35 anos. Com a experiência adquirida e a visão do desenvolvimento do mercado estrangeiro, foi desenvolvendo a percepção de que as oficinas especializadas são o futuro desta sua paixão, em detrimento das lojas tradicionais. Assim sendo, tanto ele como a esposa, Cristina Alves, decidiram enveredar por este caminho e dedicar-se a um ano e meio de inúmeros testes e formações para se tornarem membros do Grupo Os Mosqueteiros. A percepção inicial foi imediata: “É um grupo que valoriza muito mais as pessoas em si do que, propriamente, o seu poder financeiro.”, explica Mário Alves. Nesta medida, Cristina Alves prescindiu do negócio de costura que mantinha e deu prefe- Página Exclusiva 86 rência a seguir o requisito imposto pelo Grupo, segundo o qual teria de acompanhar o marido no ramo da mecânica. A Roady – Station Arrifana é hoje uma oficina que trata desde os assuntos mais simples (como a mudança do óleo) aos mais complicados (como uma reparação do motor), cujo objectivo é “a pessoa entregar as chaves, nós tratamos de tudo e devolvemos as chaves”. Em complemento, têm também disponíveis na loja integrada todos os produtos necessários. É uma empresa que tudo tem para crescer e que não escolhe faixas etárias, onde o cliente é notificado com um diagnóstico total do estado da sua viatura, decidindo as reparações que pretende fazer e constando toda esta informação no orçamento. Consideram todas as hipóteses e, por isso, o horário de funcionamento vai para além do habitual horário laboral e inclui fins-de-semana e feriados. Não se limitam ao mercado local, sendo que trabalham a marca Roady no intuito de levar um cliente a qualquer uma das lojas do Grupo, independentemente do local do país em que se encontre. Portugal Inovador Soluções multimédia ao seu dispor Para Albertina Correia, gerente da LPL Multimédia, o Mundo é o limite. Crise, nem ouvir falar dela. Trabalho, quanto mais, melhor, estratégia é fundamental… Com certeza que já ficou uma hora à procura de um lugar num parque de estacionamento, e enquanto isso gastou muito combustível, ou não soube onde colocou o carro quando voltou das compras… Hoje em dia, nada disso precisa de acontecer. A gestão de vaga livre/ocupada, a iluminação LED inteligente (que reduz em quase 65%, peso da factura elétrica), a detecção de CO2, a leitura de matrícula ou o sistema inteligente de carregamento de veículos elétricos são serviços/ produtos que podem ser adquiridos na LPL , lda. Esse feito – que não é novo mas que é, no entanto, inovador pelo conjunto, com todos estes sistemas integrados na mesma plataforma de software - devese precisamente à LPL Multimédia e aos seus parceiros de negócios. Uma empresa sedeada em Vila do Conde, mas já com sucursais em Espanha e no Brasil. Contudo, não é só do LPL Park que a empresa dispõe. Descrevê‑la pode parecer complicado, tal é a panóplia de serviços que coloca à disposição dos clientes. Mas é tudo muito simples. Há 15 anos que a LPL Multimédia tem vindo a adaptar as necessidades dos clientes ao progresso constante das tecnologias. “Temos crescido juntamente com o nosso cliente”, declara Albertina Correia, gerente da empresa. Resumidamente, a LPL Multimédia é “luz, som, imagem, eficiência energética”, e coloca qualquer ideia dos clientes em prática, acrescenta a gerente. Tendo como grande cliente a Sonae, Albertina Correia não pretende acomodar-se, apostando por isso, em outros produtos/serviços – em particular – corporate TV, gestal documental, iptv entre outros. “Se pararmos somos facilmente ultrapassados. Temos que nos adaptar ao que o mercado pede, sem descaracterizar a empresa”, explica Albertina Correia. A crise? “Vejo o mínimo de notícias, onde levamos uma injecção de desalento, apenas para me manter actualizada. Eu trabalho como se não houvesse crise, com a mesma força e espírito. O passado já passou, o futuro ainda vem aí, portanto temos que viver o agora. Não tem sido nada fácil, mas tem valido muito a pena”, garante Albertina Correia. Certificada com a norma ISO 9001, LPL Multimédia vê na satisfação do cliente a sua prioridade, e é esse espírito que é incutido na equipa, através de formação. A empresária afirma que “o serviço pós-venda é muito importante. Insistimos nos inquéritos de satisfação de clientes, fornecedores e trabalhadores para ‘disciplinar’ a empresa”. A aposta noutros mercados tem sido uma das razões do sucesso da empresa, daí o estatuto de PME Líder. Com grande incidência em Espanha e vários projetos no Brasil, França e Marrocos são os próximos desafios. Apesar de ter os pés bem assentes na terra, o limite é o Mundo: “Para mim nada é obstáculo, estamos preparados para ir para qualquer lado. Costumo dizer que sou do mundo, portanto, posso estar onde quiser, seja qual for o país, tenho é que criar condições e ferramentas necessárias”, declara a empresária. E ainda acrescenta, “e porque o vento nunca sopra a favor de quem não sabe para onde quer ir, o meu está sempre a favor…”. Página Exclusiva 87 Portugal Inovador Vencer num sector em dificuldades Fundada em 1998, a PROPYRO dedica-se à importação e posterior venda de produtos pirotécnicos a empresas do sector. Este negócio familiar conta com a experiência de três gerações que têm sentido, ao longo dos anos, várias dificuldades no ramo da pirotecnia em Portugal. A família Simão está envolvida no negócio da pirotecnia desde os anos 50, quando António Marques Simão, avô do actual gerente, Alexandre Simão, iniciou uma pequena empresa, vendendo produtos químicos destinados a esta actividade. Se antes o negócio estava voltado para a compra e revenda de produtos químicos, com a continuação da actividade e posterior fundação da PROPYRO, o pai, Victor Simão voltou-se para a importação de “produtos pirotécnicos já acabados”, em particular do mercado chinês. Apesar de ter a sua sede em Ourentã, Cantanhede, a PROPYRO teve de construir armazéns em Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança, por falta de condições na zona da sua sede. É com um seu anterior cliente de produtos químicos, Victor Telmo, Página Exclusiva 88 que adquire terreno e constrói os referidos armazéns. É a partir daí que a empresa faz a distribuição pelo território nacional. “Vendemos para todo o tipo de empresas de pirotecnia, e queremos também começar a exportar para Espanha, e outros países europeus. De resto, não vendemos directamente para outros mercados. Os nossos clientes compram-nos o produto semiacabado, preparam-no e transformam-no para os espetáculos, fazendo-o chegar também a países como Cabo Verde, Angola ou Moçambique, entre outros”, explica Alexandre Simão. Um dos factores competitivos da PROPYRO, prende-se com “a qualidade dos produtos que fornece aliada à capacidade da empresa prestar um bom serviço, à medida do cliente, de forma a que o mesmo possa gerir e planificar melhor os espectáculos”, e à boa relação com os clientes, construída e preservada desde longa data. Apesar de continuarem a existir picos sazonais na procura dos produtos, Victor Simão assume, com naturalidade, que a crise se tem sentido no sector. “Houve uma forte quebra no mercado, mas é normal. Se as pessoas cortam no que comem, então porque não haviam de cortar nestas coisas?”, confirma. No entanto, e apesar da conjuntura económica, pai e filho vêem outros obstáculos. “Há empresas que não podem investir, porque não têm o licenciamento para a remodelação ou instalação de novas unidades de fabrico e armazenagem. O atraso na emissão de novos alvarás é um problema grave, há empresas a trabalhar com licenças provisórias desde 2002. Para além disso, a questão da utilização livre dos produtos carece de legislação nacional, apesar de a directiva europeia já ter entrado em vigor. Outro constrangimento é o facto de não termos, em Portugal, um organismo acreditado para fazer a certificação dos produtos. Nós, por exemplo, temos que ir a Espanha fazer a certificação, quando o ideal seria poder fazê-la no nosso país”, termina o responsável. Portugal Inovador Ecologia, Inovação e Modernidade Joaquim Rocha, ex-futebolista profissional e empresário do sector têxtil, e Ângelo Ferreira, técnico oficial de contas, em 2010 optaram por se aventurar e criaram uma empresa. Para Joaquim Rocha, as feiras internacionais eram uma fonte de conhecimento e inovação e foi graças a elas que, há cerca de dois anos, optaram por se aventurar em nome do carvão casca de coco e criaram a ECOGRILL e nenhum dos dois diria que hoje marcariam presença em sectores tão diferentes. Desde o início que Joaquim Rocha foi apoiado por Ângelo Ferreira “porque somos um país com tradições em termos dos grelhados” e “por outro lado, o carvão tradicional tem algumas falhas do ponto de vista de segurança alimentar e do seu manuseamento no diaa-dia”, segundo as palavras do segundo. O carvão casca de coco surgiu, então, na tentativa de colmatar essas lacunas, marcando uma posição diferente junto do consumidor e não concorrente do carvão tradicional. O sócio aponta as mais-valias deste produto não só por ser “uma energia verde, totalmente limpa e ecológica sem abate de árvores”, mas também porque o seu carvão tem características únicas “não faz chama e não emite fuligem”. Depois do carvão, sentiram a necessidade de oferecer, aos clientes, produtos que pudessem facilitar o seu uso e permitissem tirar um melhor proveito de todas as qualidades deste novo tipo de carvão. Por conseguinte, lançaram uma Grill Line, da qual fazem parte várias churrasqueiras de dimensões adequadas para servir à mesa e inúmeros produtos que assistem no preparo deste tipo de refeições (acendalhas de papel, spray ou gel; acendedores de carvão, entre outros). Relativamente a novos projectos, exalta-se uma churrasqueira profissional, cuja “principal inovação é a altura regulável da câmara de combustão”, que vem permitir o controlo dessa mesma altura consoante o alimento que está a ser confeccionado, bem como um melhor aproveitamento do carvão. Identifica-se ainda um outro equipamento profissional que pretende ser um dois em um, forno e churrasqueira, brevemente a ser lançado no mercado, que promete segundo Ângelo Ferreira “proporcionar aos restaurantes o sabor autêntico da brasa, quer nos assados quer nos grelhados, poupando na factura da energia elétrica”. Com a inovação e ecologia sempre presentes, temos a certeza de que a ECOGRILL não tarda a andar na boca do povo. Página Exclusiva 89 Portugal Inovador À conquista da fidelização dos clientes Há quem visite o casino por puro prazer. E há ainda os que apenas o frequentam em ocasiões especiais. Mas a verdade é que o Casino da Póvoa tem já os seus clientes fiéis, os quais trata como se fossem únicos. E esse é o segredo para a conquista. Concessionado à Estoril-Sol desde 1997, o Casino da Póvoa é uma referência na região. Seja apenas para ver um espectáculo, ou para alimentar o ‘bichinho’ do jogo, clientes das cidades limítrofes como Matosinhos, Braga, Guimarães, ou Famalicão deslocamse propositadamente ao casino. O que encontram é um espaço requintado, refinado, mas ao mesmo tempo acessível, onde a simpatia e a hospitalidade dos funcionários são o mote. Nem tudo são rosas e, ao contrário do que se pensa, o Casino da Póvoa não é só luxo e abundância. Também os casinos têm as suas dificuldades financeiras em tempo de crise. Mas são os bravos e corajosos que vencem e este caso não é excepção. Antevendo o futuro, ao longo dos anos o Casino foi sendo reestruturado, tornando hoje as consequências menos gravosas. “Fomos fazenPágina Exclusiva 90 do-o com cautelas e com rigor e fomos diminuindo o volume de estruturas e reduzindo os custos de funcionamento da empresa”, explica Dionísio Vinagre, administrador do Casino da Póvoa. Aposta na cultura Sempre com vista à satisfação dos clientes e com a consciência de que esta não é uma boa altura para gastos em espectáculos, o Casino da Póvoa tem feito alterações na agenda. “Fizemos uma redefinição da política de espectáculos que não tem o jantar associado. As pessoas podem jantar na mesma, mas não é obrigatório. Assim, o espectáculo tornase mais acessível e os nossos clientes continuam a ter acesso à cultura e a verdade é que os nossos eventos estão sempre lotados”, garante o empresário. Passando por aqui conceituados nomes do panorama artístico tais como, recentemente, Rui Veloso, a empresa orgulha-se de perpetuar a grande tradição de ligação à cultura que existe na Póvoa de Varzim. Prova disso é também o apoio às Correntes D’ Escrita – evento literário muito conceituado na região - e a exposições de pintura e escultura onde todos os anos é ofertado o prémio Casino da Póvoa a uma personalidade de cada área. O de Artes, por exemplo, é o maior prémio nacional de carácter regular no valor de 30 mil euros. Para comemorar os 45 anos do Casino e os 16 em que a Estoril‑Sol tomou a sua gerência será editado, no próximo ano, um livro com os 16 olhares de cultura sobre a Póvoa de Varzim. “Este é um projecto que irá enriquecer não só a empresa, mas também a Póvoa e o seu património”, diz o empresário. Formar funcionários Para enfatizar a importância dos clientes e a sua fidelização, Dionísio Vinagre fala do papel preponderante dos funcionários. “Eles têm que perceber que é muito fácil perder um cliente. E é ainda mais difícil conquistar um cliente de jogo. Têm de ser tratados de uma forma carinhosa, humana e envolvente. Fazendo com que o cliente se sinta bem e volte muitas vezes. Nós tentamos transmitir esses valores aos nossos colaboradores. É preciso ouvir o cliente, falar com ele, e não ignorar as suas reclamações. Nem todas as reclama- Portugal Inovador ções são justas, mas é preciso ser humilde, aprender com elas e perceber o que está errado”, explica Dionísio Vinagre. E nada melhor do que ser a própria direcção a dar o exemplo. “Felizmente temos uma direcção muito pequena em que todos os directores interagem com os clientes. Nas 12h em que o casino está aberto, interagimos com os clientes 363 dias por ano. E essa é uma mais-valia muito grande”, garante o administrador. Clube IN A aposta mais forte do Casino na fidelização dos clientes é, sem dúvida, o Clube IN. “Este implica a atribuição de um cartão ao cliente que apenas funciona na máquina. Em função do valor efectivamente apostado, o cliente tem direito a pontos que pode trocar por brindes, refeições, espectáculos, en- tre outros. Este método é muito importante e o nosso principal instrumento de fidelização”, afiança Dionísio Vinagre. O investimento de 11 milhões de euros na remodelação do Casino da Póvoa, que ficará pronto antes do Verão, é mais um passo na conquista do seu público. “Investir, hoje, no casino, é uma loucura, mas as obras de renovação tiveram apenas um objectivo - o cliente. Tudo isto no sentido de que este se sinta bem e tenha vontade de voltar”, declara o administrador. Restaurante Egoísta O Restaurante Egoísta é, sem dúvida, a menina dos olhos do Casino da Póvoa. Com uma exposição de arte incontornável, uma decoração intimista e uma comida tradicional portuguesa com um toque de requinte, tudo foi pensado ao pormenor. “O Egoísta foi um sonho. Um projecto muito bonito do arquitecto Miguel Esteves. Para além de se comer muito bem, é um espaço que foi enriquecido com um acervo de obras de arte do casino. É um espaço de cultura, no duplo sentido: cultura, no verdadeiro sentido da palavra e cultura gastronómica. No Egoísta só entram vinhos portugueses e a cozinha base é portuguesa, trabalhada com um toque de autor e de inovação. É outra forma de tentar chegar a públicos diferentes com outro tipo de exigências. A prova do sucesso é o número de prémios que o Egoísta tem ganho”, garante Dionísio Vinagre. Estão, assim, reunidos, todos os ingredientes para uma visita ao Casino da Póvoa, para um espectáculo, um jogo, ou um refinado jantar. Página Exclusiva 91 Portugal Inovador A Essência do Fumeiro Foi à entrada do Parque Natural de Montesinho, em Bragança, que a revista Portugal Inovador descobriu um empreendimento de turismo rural e temático em forte expansão. Falámos com o administrador, Alberto António, que nos explicou a dinâmica da A. Montesinho e da Bísaro Salsicharia Tradicional. A A. Montesinho é uma empresa dedicada à área do turismo, nomeadamente turismo no espaço turismo rural, restauração e animação turística, com mais de 75 anos de existência. Localizado na aldeia de Gimonde, este empreendimento tem as portas abertas para todos os amantes da boa gastronomia e da natureza. Aqui, podemos desfrutar do Restaurante Típico D. Roberto, com 75 anos de existência, e de quatro casas de turismo natureza: a Casa do Bísaro, a Casa da Mestra, a Casa da Escola e a Casa do Lúpulo. No âmbito do Grupo, encontramos ainda uma Quinta que acolhe inúmeros eventos familiares e temáticos. Direccionado para o Agro-turismo, este espaço propõe aos visitantes produtos de origem certificada, nomeadamente a castanha e o cordeiro, bem como verdadeiros momentos de puro lazer e descanso. A Casa do Guieiro e a Casa do Forno (com sete quartos), o salão Polivalente com capacidade para 700 pessoas, a sala de banquetes com 250 lugares, oferecem as condições necessárias para a realização de inúmeros eventos como festas temáticas, Página Exclusiva 92 workshops de cozinha, matança do porco e festas de família. Mais recentemente, numa Quinta situada em Castro Vicente - Mogadouro o Grupo procede à criação de porcos de raça bísara, raça autóctone desta região transmontana. Em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança está a ser desenvolvido um estudo pormenorizado do valor nutricional deste animal, nomeadamente do presunto. O objectivo é obter uma homogeneidade na matéria-primas, garantindo, assim, a qualidade de produtos como as alheiras, as chouriças, a carne de Porco de Raça Bísara e outras iguarias produzidas pela Bísaro Salsicharia Tradicional. Quando falamos da Bísaro Salsicharia Tradicional, referimo-nos a uma marca de produtos regionais, especializada em fumeiro tradicional transmontano e outros produtos de origem animal. É possível encontrar os produtos produzidos pela Bísaro – Salsicharia Tradicional nos sectores mais tradicionais, como as grandes superfícies comerciais ou em casas especializadas. Estes produtos também podem ser adquiridos através do Portal Terra Fria - que promove e aconselha produtos tradicionais transmontanos, artesanato e experiências inesquecíveis na área do turismo. Estas marcas - A.Montesinho, Bísaro e Quinta das Covas – complementam-se, efectivamente, em todas as actividades disponibilizadas. Quem frequenta o Restaurante D. Roberto pode comprar os produtos marca Bísaro-Salsicharia Tradicional que apreciou durante a refeição, assim como pode visitar a fábrica de produção ou os pastos, através dos passeios temáticos organizados. Alberto António valoriza o “Pack de Turismo” criado em parceria com o Museu do Abade de Baçal e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade do Parque Natural de Montesinho. “A A. Montesinho disponibiliza as suas instalações para acolher os participantes nos trajectos organizados, dando-lhes a conhecer o que melhor se faz em Trás-os‑Montes. Neste âmbito, outras parcerias são bem-vindas”, refere o nosso entrevistado, entendendo que a região de Bragança fica a ganhar se todas as organizações locais se unirem em prol da dinamização da marca e do destino “Trás-os-Montes”. A passarem por um processo de internacionalização nas duas empresas, a Bísaro já está presente em inúmeros países por todo o mundo, sendo o seu principal mercado os países francófonos e Inglaterra. “Consolidar os projectos existentes procurando novos mercados de negócio”, é o projecto de futuro destas marcas. Portugal Inovador Página Exclusiva 93 Portugal Inovador Página Exclusiva 94 Portugal Inovador Descanso e conforto em t rabalho ou lazer Situado na Avenida 5 de Outubro, o Zenit Hoteles dispõe de uma equipa dedicada e profissional para o atender. Para lá da fachada de um edifício histórico lisboeta, que conserva ainda toda a sua magnitude, exaltam-se as linhas modernas. Os quartos, detentores de um conforto extremo e uma vista maravilhosa, estão equipados com Wi-fi gratuito, carta de almofadas, uma gama de produtos de higiene completa e o secador de cabelo para além dos restantes habituais itens. O Restaurante Marquês de Pombal, integrado no hotel, apresenta deliciosos pratos verdadeiramente gourmet ou um pequeno-almoço à inglesa, com os tradicionais ovos mexidos e o café com leite, ao qual se adiciona uma variedade imensa de acompanhamentos para a mais importante refeição do dia. Se o seu objectivo for o lazer, é de salientar a proximidade do hotel do centro histórico lisboeta, bem como de belas praças, parques e centros comerciais. Sem dúvida, uma escolha da Portugal Inovador! Relaxar em Leiria Situado a cerca de cinco quilómetros do centro de Leiria, o Hotel Rural Casa da Nora é uma excelente alternativa para quem pretende desfrutar de um ambiente acolhedor e descontraído, com direito à melhor gastronomia tradicional portuguesa, no espaço de Restaurante. Cá fora, num ambiente bucólico, poderá relaxar nos jardins, junto à piscina ou passar pelo terraço, de onde se avista o rio Lis. O conforto sente-se também no interior. Os quartos, com ar-condicionado e acesso wi-fi gratuito, são decorados de forma simples e com elegância. Quem passa pelo Hotel Rural Casa da Nora também não ficará indiferente à qualidade do serviço. Será recebido por um staff atencioso e competente, que o atenderá com um sorriso nos lábios. Já os que visitam o hotel em trabalho podem também usufruir de duas salas de reuniões com capa- cidade para 30 pessoas, e, novamente, o staff disponibiliza-se para o auxiliar caso pretenda organizar reuniões ou viagens de incentivo, através da coordenação dos seus pedidos (sejam quartos, salas de reunião, coffee breaks, almoços, jantares, cocktails ou material audiovisual, entre outros). Página Exclusiva 95 Portugal Inovador Errata Por lapso, na anterior edição da revista Portugal Inovador, foram publicados alguns dados incorrectos na reportagem referente à Sousacamp. Na vertente do apoio à criação e instalação de produtores satélite é importante sublinhar que qualquer agricultor que queira ser produtor de cogumelos pode, associando-se à Sousacamp, usufruir da experiência e da rede logística de distribuição da mesma, bastando, para tal, contactar a Sousacamp, apresentar o seu CV, e mostrar interesse em investir no sector. No que concerne à rede logística e de distribuição Sousacamp, todos os produtores de frutos vermelhos que queiram associar-se e usufruir da mesma podem aproveitá-la, para tal basta contactar a Sousacamp e registar a sua potencial produção para, assim, nos próximos anos, terem um lugar cativo com garantia de que os seus frutos serão comercializados via Sousacamp. Para já, existem alguns produtores que já se associaram a este programa, com o qual se pretendem atingir os 200 hectares. Página Exclusiva 96 Portugal Inovador O dia do jornalista e do cidadão 13 de Abril. Dia Mundial da Imprensa. O dia em que se homenageia uma classe de prestígio em todo o Mundo. Não só pela arte que possui nas palavras, mas também pelo serviço público que pratica. Uma classe que vai ao fundo da rua a uma conferência de imprensa, ou ao outro canto do Mundo cobrir uma guerra. Tudo para que os seus leitores, ouvintes, telespectadores, possam estar a par do que acontece na actualidade. Remontando aos primórdios da palavra propriamente dita, recordamos Gutenberg, inventor da tipografia. Depois passamos pela invenção do rádio, da televisão e, actualmente, vivemos na era da informação, da Internet, onde qualquer pessoa pode dar uma notícia, o chamado repórter-cidadão. O termo imprensa está ligado a todas estas áreas. Apesar de, inicialmente, ser directamente dirigido à imprensa escrita, este termo continuou a ser utilizado para os outros meios de comunicação, como um conceito colectivo. Teorias e histórias à parte, a verdade é que este Dia Mundial da Imprensa se comemora numa altura em que a liberdade de imprensa, associada a um tema tão delicado como a liberdade de expressão é muitas vezes colocada em causa. Aqui ou ali vão surgindo casos de censura camuflada, mas nem por isso a classe perde o seu poder ou credibilidade. Casos esporádicos talvez, mas nem esses nos afastam do objectivo primordial: informar, contar factos, divulgar acontecimentos para a população. No Dia Mundial da Imprensa devemos vangloriar-nos por comunicarmos a verdade, de forma imparcial, como uma espécie de compromisso que selamos a partir do momento em que escolhemos o jornalismo como uma profissão. Seja para cobrir um espectáculo de música, um jogo de futebol, ou para correr risco de vida numa guerra, - como a muitos colegas já aconteceu - o propósito é apenas um: dar voz aos acontecimentos, torná-los públicos. Esta data, instituída desde 1993 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, leva-nos a reflectir sobre os valores que transmitimos através deste ou de qualquer outro meio de comunicação social. Valores esses que passam pela circulação de informação real, pela criação de opinion-makers e a formação de indivíduos. Temos essa função, esse dever, e é nisso que nós, jornalistas, vamos continuar a apostar para continuarmos a festejar este Dia Mundial da Imprensa como um dia de todos nós, o da conquista de um direito essencial que é a liberdade de expressão. Ana Marta Monte Página Exclusiva 97 Portugal Inovador Página Exclusiva 98 Portugal Inovador Página Exclusiva 99 Portugal Inovador Página Exclusiva 100
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