Soldadura com cunho nacional

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Soldadura com cunho nacional
Portugal Inovador
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Índice
6 - Editorial
7 - Casa Ermelinda Freitas: “Um ano de novidades”
10 - Distrito de Setúbal
31 - PME Excelência
51 - Rostos do Direito
59 - Ensino
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Portugal Inovador
Editorial
Acrescentar valor a Portugal
Ultimamente, é frequente ouvirmos falar em exportação e internacionalização
para fugir à crise junto de empresas que resolveram apostar no estrangeiro porque “Portugal não chega para evoluir”. Não somos totalmente contrários a essa
opinião, mas acreditamos que essa evolução deve começar de dentro.
Não deveríamos ser nós a valorizarmo-nos primeiro para depois sermos reconhecidos lá fora? Talvez ainda não tenhamos pensado nas coisas como elas
são. Então, que dizer do nosso clima? Que dizer do nosso turismo, do nosso
Douro, das nossas praias, da nossa agricultura? E não esqueçamos o nosso
povo simpático e hospitaleiro, aquele que, dizem os entendidos, tem uma facilidade impressionante em aprender e falar várias línguas e, dessa forma, receber
os nossos turistas de braços abertos como só o português sabe. E que dizer da
nossa gastronomia? Do nosso peixe, do nosso vinho, do nosso azeite…? Não
teríamos nós, se munidos de uma gestão eficiente, mais que motivos para quase
subsistirmos por nós próprios?
As ideias começam a surgir. O projecto “Compro o que é nosso” nasceu precisamente com o intuito de dar valor, divulgar e enaltecer Portugal e os produtos
portugueses. Agora, resta espalhar a ideia, acreditar nela e aderir ao projecto. A
Associação Empresarial de Portugal lançou esta campanha de forma a criar “Valor Acrescentado em Portugal” com a assinatura “Compro o que é nosso”. Com
este apelo à consciência cívica de consumidores, empresários e trabalhadores
para comprarem os nossos produtos será possível criar mais emprego, mais riqueza e mais desenvolvimento económico, o que, consecutivamente, trará mais
competitividade, mais qualidade e maior confiança no que é português.
O “Movimento 560”, criado com o mesmo intuito, incentiva todos os portugueses
a prestarem mais atenção ao código de barras na altura da compra. A grande
maioria dos produtos feitos em Portugal ou de marcas portuguesas iniciam o
código de barras com o número 560, seja qual for o tipo de produto, o que torna
mais fácil a sua identificação.
Que precisamos de saber mais para consumirmos os nossos produtos? Haverá
melhor forma de estimular a economia portuguesa? Aníbal Cavaco Silva disse
recentemente aos portugueses: “Nesta hora, que é tão decisiva para o nosso
país, não deixem de olhar à origem dos produtos que compram e, sempre que
possível, comprem os produtos portugueses”.
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Um ano
de novidades
A Casa Ermelinda Freitas, detentora do ‘Melhor Vinho Tinto do Mundo’, com o Syrah 2005 (premiado
na edição de 2008 do Vinalies), está a lançar novas
iguarias no mercado. Desde uma aguardente velha,
ao primeiro espumante reserva DOC Palmela, um vinho branco da casta Sauvignon, ou ainda, um novo
varietal, da casta francesa Petit Verdot, não faltam
novidades desta emblemática produtora de vinhos.
Em Fernando Pó, concelho de
Palmela, encontra-se uma das
produtoras de vinho nacionais
mais premiadas a nível nacional
e internacional: a Casa Ermelinda Freitas.
O nome, mantido com gosto,
refere-se à mãe de Leonor Freitas, a actual gestora da empresa. Uma mulher de coragem
que, depois dos estudos superiores, decidiu regressar às origens e embarcar na viagem da
sua vida. “A origem desta casa
remonta ao tempo da minha bisavó, sendo toda a história da
família marcada pela venda de
vinho a granel, sem marca pró-
pria. Eu pertenço à geração que
saiu desta região para estudar,
à procura de um futuro melhor,
da qual não se esperava um
regresso ao mundo rural. Fui a
primeira mulher da família a sair
do campo e a tirar uma formação
superior e, sinceramente, também nunca imaginei regressar.
Mas, quando o meu pai faleceu,
pensei que deveria voltar e tentar manter esta casa. Felizmente, tudo correu bem e estou cá
há 15 anos, com muito orgulho.
A primeira marca foi criada em
1997, com muito pouca expressão, e só em 2002 comecei a
engarrafar toda a minha produção. Por isso, apesar de todos
os prémios conquistados e de
toda a evolução, o historial desta casa é, ainda, muito recente”,
explica Leonor Freitas.
A Casa Ermelinda Freitas continua a respeitar a tradição, mantendo uma mulher como gestora.
Um apontamento de sensatez
que, de alguma forma, poderá ter determinado o sucesso
empresarial alcançado: “Nesse
ponto, contrariamos um pouco o
panorama nacional”, sorri a gestora. “Actualmente, com a entrada dos meus dois filhos na empresa, a Joana, na vertente da
gestão, e o João, na vertente da
informática, já estamos na quinta geração da empresa”.
Apostar na qualidade
Além da raiz familiar, assegurada desde já, o grande segredo
parece esconder-se na riqueza
das terras de Fernando Pó. Uma
região entre os rios Tejo e Sado,
de temperaturas amenas, que,
na sua beleza natural, esconde
uma amálgama de características que propiciam a cultura de alguns dos melhores vinhos nacionais. “A casta principal da região
é o Castelão, para os tintos, e o
Fernão Pires, para os brancos.
Embora estas sejam as nossas
bases, temos também uma série
de castas como: a trincadeira,
syrah, alicante bouchet, touriga
nacional, entre outras. Temos
tido a preocupação de conciliar
as castas tradicionais com as
castas modernas, uma vez que
assumimos que os vinhos não
são para nós. Os vinhos são
para os nossos consumidores.
Nesse prisma, temos tido a prePágina Exclusiva 7
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muito atractiva que permitisse
chegar a um leque muito abrangente de clientes. Não tenho a
ambição de ganhar tudo de uma
vez, mas sim manter-me presente no mercado e que as pessoas
bebam, cada vez mais, os vinhos
da Casa Ermelinda Freitas. Temos ganho muitos prémios com
os nossos vinhos: 70 medalhas
de ouro, 63 de prata e alcançámos o prémio Melhor Vinho Tinto do Mundo com o Syrah 2005,
no concurso Vinalies de Paris
2008, o concurso de enólogos
de França. De certo modo, sei
que tenho tido uma ‘estrelinha
da sorte’, mas que foi, sem dúvida, conquistada à custa de muito trabalho, empenho e investimento”, afirma Leonor Freitas.
ocupação de respeitar a tradição, modernizando a tecnologia,
e procurando ir ao encontro do
gosto do consumidor. O nosso
enólogo, Jaime Quendera, tem
um papel fundamental, sendo
responsável pela actualização e
modernização das castas”, destaca Leonor Freitas.
A gestora faz, por isso, questão de reforçar todo o trabalho
realizado em função da qualidade das castas e dos vinhos
produzidos na Casa Ermelinda
Freitas: “Costumo dizer que se
fosse para estar neste sector
sem qualidade e sem prestigiar
a região e o trabalho rural, não
valeria a pena ter mudado a minha vida. Ao mudá-la, fi-lo com o
intuito de fazer algo que me realize. Por um lado, levou a que
deixasse de ter tempo para férias e a criar o hábito de viver
com pouco dinheiro, mas, noutra
perspectiva, sei que foi graças a
esse investimento que hoje sou
feliz e a empresa se consegue
manter competitiva e com uma
relação preço/qualidade muito
acima da média. Essa sempre
foi uma das minhas apostas. Ter
uma relação preço/qualidade
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Sucesso além fronteiras
O Syrah 2005 foi, de resto, a
rampa de lançamento para o sucesso da Casa Ermelinda Freitas nos mercados externos. Com
uma facturação de 10 milhões
de euros no ano de 2011, 40%
dos quais no mercado externo,
Leonor Freitas pode considerarse uma gestora visionária: “Temos tido a sorte de contar com
o apoio de algumas personalidades e empresas de relevo
em Portugal. Por exemplo, os
vinhos do baptizado do filho do
Cristiano Ronaldo eram da Casa
Ermelinda Freitas. Parecendo
que não, é uma divulgação importante dos nossos vinhos no
mercado externo”, avalia a administradora.
Europa, PALOP, Brasil e China,
têm sido alguns dos mercados
abordados pela Casa Ermelinda Freitas: “São mercados com
muito potencial para o nosso
sector, em que nalguns deles
temos a vantagem de partilhar
a mesma língua. Essa é uma
vantagem subvalorizada no sector. Quanto a nós, estivemos
agora no Brasil, concretamente
na ExpoVinhos de São Paulo,
em busca de um importador de
confiança. Considero que seria
muito importante criar parcerias
sólidas, e vantajosas, nestes
mercados emergentes”, revela
Leonor Freitas.
Investimento constante
Para responder a este aumento
da procura e a eventuais parcerias no mercado externo, a Casa
Ermelinda Freitas tem dinamizado as suas instalações. Assim,
o investimento constante começa, cada vez mais, a ser um dos
predicados desta casa: “Quando
aqui cheguei, herdei uma adega
tradicional. Entretanto, fizemos
investimentos de grande envergadura e criámos duas novas
unidades. O que se passa é que
o crescimento foi de tal ordem
que nos deparamos, mais uma
vez, com falta de espaço. Chegámos ao ponto de, para servir
de armazém, ter de alugar uma
tenda! Felizmente, as dificuldades ao nível do PDM foram ultrapassadas e, graças a um entendimento entre a presidente da
Câmara de Palmela e a CCDR
de Lisboa e Vale do Tejo, será
possível avançar com novas
instalações, fulcrais ao desenvolvimento da Casa Ermelinda
Freitas. Será possível interligar
as duas adegas e colocar em
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melhores condições as linhas de
engarrafamento e os armazéns
de produto acabado”, avança
Leonor Freitas.
A Casa Ermelinda Freitas passará assim a contar com um total de 12 mil metros quadrados
de instalações e 240 hectares
de vinha. Números impressionantes que visam uma resposta
mais eficaz ao aumento de movimento na empresa.
Novidades em marcha
A inovação é uma característica
indissociável da gestão de Leonor Freitas. A empresária revela,
por isso, algumas das novidades
esperadas para 2012: “As novidades para este ano são muitas.
Vamos lançar, possivelmente
até à Páscoa, uma aguardente
velha. Algo que até agora ainda
não existia nesta casa. No mês
passado, lançámos o primeiro
espumante DOC reserva da região de Palmela, num total de
cinco mil garrafas. Branco, casta Chardonnay, Arinto. Depois,
temos um vinho branco Sauvignon e uma casta francesa, Petit
Verdot, que serão lançadas no
mercado durante este mês ou
no próximo. Estamos a trabalhar muito na apresentação de
novos produtos que satisfaçam
os gostos dos nossos clientes.
É a nossa aposta prioritária”,
confessa a administradora.
Projecto social
Leonor Freitas sente-se satisfeita por atingir o objectivo pessoal de atrair pessoas para o
campo: “Conseguimos observar
uma mudança de mentalidades
quando temos nove licenciados
a trabalhar connosco... É uma
conquista pessoal! Sinto, sinceramente, que cumpri um dever
que penso ser de todos. O trabalho rural não pode continuar
a ser subvalorizado pelas novas
gerações”, considera a gestora,
que faz questão de aproveitar a
oportunidade para divulgar outro projecto pessoal, até agora
escondido do grande público:
“No dia 09/09/2009 convidámos nove personalidades para
apadrinhar um vinho. No dia
10/10/2010 fizemo-lo com mais
10 e no dia 11/11/2011 com outras 11. Este ano termina esta
iniciativa que necessita agora
de divulgação. Desta junção
de personalidades, resultou a
produção de 1500 garrafas de
litro e meio, do melhor vinho
existente na adega. Essas garrafas únicas serão leiloadas a
12/12/2012, em conjunto com te-
las de Mário Rocha, um livro de
Amílcar Malhó e peças musicais
do maestro Jorge Salgueiro. É
uma iniciativa de solidariedade
que vai reverter a favor de três
instituições sociais. Uma local,
outra distrital e outra a nacional.
Para mim, é uma forma de retribuir à sociedade tudo aquilo que
ela me tem dado, e fiquei muito contente com a associação
destes três artistas de renome”,
destaca Leonor Freitas.
Expoente da paixão
No horizonte, está ainda a vontade de ter na Casa Ermelinda
Freitas a vertente do enoturismo: “Já temos uma vinha pedagógica, que ensina às crianças e jovens o que é esta arte
de produzir vinho. No entanto,
queremos potenciar ainda mais
esta área, através da criação de
parcerias, com outros dinamizadores do turismo desta região,
para atrair pessoas à nossa
casa. A curto prazo gostávamos
de aumentar esta nossa vertente pedagógica, através do enoturismo. É importante que todos
reconheçam a viticultura como
uma actividade apaixonante, repleta de paixão e vida!”, conclui
Leonor Freitas.
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Soldadura com cunho nacional
A ElectroArco, adquirida em 2008 pelo Grupo Lincoln Electric, um dos gigantes
mundiais no sector da soldadura, continua o seu projecto de reestruturação
tecnológica.
Líder incontestável no mercado
nacional, a ElectroArco trouxe ao
Grupo Lincoln Electric o knowhow adquirido ao longo de 78
anos no sector da soldadura técnica. A Lincoln Electric, por sua vez,
deu à ElectroArco a possibilidade
de integrar uma rede global de fabrico e comércio de produtos de
vanguarda no mesmo sector. Uma
simbiose perfeita, com resultados
positivos comprovados, mas, principalmente, com melhorias assinaláveis na qualidade de serviço
ao cliente. “A ElectroArco é uma
empresa com know-how 100%
nacional, com 78 anos de existência e que conquistou, com mérito
próprio, uma posição respeitável
e de liderança no mercado interno. A Lincoln Electric Company,
empresa número um em volume
de negócios, a nível internacional,
no sector da soldadura, adquiriu
a ElectroArco na totalidade em
2008. Um passo importantíssimo
e que levou a uma reestruturação
interna, que ainda hoje se enconPágina Exclusiva 10
tra em curso. O ‘continuous improvement’ [melhoria contínua] faz
parte da filosofia do Grupo Lincoln
Electric e teve um impacto directo
na modernização tecnológica que
tem ocorrido dentro da ElectroArco. Hoje, não procuramos aumentar a produção, mas sim aumentar
a produtividade. Essa é a nossa
cultura. A cultura deste Grupo”,
explica o director de operações da
empresa, Pedro Lança.
Produtos especializados
Operando a partir de instalações
próprias no Pinhal Novo, a ElectroArco exporta 80% da sua produção, maioritariamente para os
sectores da construção civil, automotive, reparação naval e pequena serralharia. “Fabricamos eléctrodos revestidos e fios sólidos
MigMag para soldadura. É importante salientar que a empresa, ao
nível europeu, se encontra no Top
5 do sector”, frisa Paulo Pinho,
responsável pela área de recursos humanos da empresa.
No entanto, e apesar de liderar o
mercado interno, a ElectroArco não
é indiferente à presença da concorrência: “Este é um sector muito
técnico, onde, face à concorrência, temos a mais-valia de deter o
know-how. Ainda assim, sabemos
que actuamos num sector muito
competitivo, onde a concorrência é
feroz”, alerta Pedro Lança. “A concorrência de países do Leste da
Europa, muito melhor localizados
que nós, do ponto de vista logístico, aumentou exponencialmente. Daí termos, cada vez mais, de
apostar num melhor serviço aos
nossos clientes. Esse tem sido um
dos nossos objectivos. Hoje, conseguimos entregar qualquer produto desta fábrica, num prazo de
24h, em qualquer ponto de Portugal continental. Simultaneamente,
também garantimos essa entrega
para Espanha, num prazo de 48h.
Este é um factor muito importante,
principalmente quando falamos
de uma empresa com milhares de
clientes na Península Ibérica”.
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Dimensão global
Espanha foi, de resto, o principal
mercado da ElectroArco em 2011,
logo seguido dos mercados de
França e Alemanha.
Mas os horizontes desta empresa, com 140 colaboradores em
Portugal, não se esgotam na Europa: “A Europa, ao contrário do
que muitos possam pensar, não
é o único consumidor neste tipo
de negócio. Para nós, o Norte de
África, os PALOP e outros mercados francófonos têm um interesse
muito grande. Seja em Angola,
Cabo Verde, Guiné, Gabão, Costa do Marfim, Senegal, ou outros.
O Grupo Lincoln Electric tem uma
presença global e pensa a nível
global. Estas sinergias criadas
entre as diversas empresas desta
holding internacional traduzem-se
na força global do Grupo”, explica
o director de operações.
Nesse sentido, os objectivos para
a ElectroArco são claros: actuar
como empresa preferencial nas
relações com os mercados dos
PALOP e manter a sustentabilidade e desenvolvimento da sua
actividade: “Queremos manter a
inovação e desenvolvimento que
caracteriza a empresa desde o
seu início, respeitando, claro, algumas das regras implementadas
pelo Grupo Lincoln Electric. Aí se
insere, por exemplo, um controlo
mais exigente no que a prazos
de pagamento diz respeito. Algo
já conquistado. Se conseguirmos
manter essa componente controlada, penso que 50% da meta,
para 2012, estará atingida”, conclui Nuno Lagrange, director financeiro da ElectroArco.
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Sem medo de investir
A Promastech prova mais uma vez a sua irreverência e agressividade no mercado. Depois de ter aberto uma filial em Espanha, a empresa, com apenas
dois anos de existência, inaugura uma nova delegação em Braga.
nal, atestam, inevitavelmente, a
qualidade de cada equipamento
pela Promastech produzido.
Força do know-how
Marco Leite, sócio-fundador da
empresa, não esquece que a posição actualmente ocupada pela
Promastech não seria possível
sem um trajecto intensivo de formação: “Felizmente, durante duas
décadas tive formação constante,
sendo muita dela realizada no exterior. Foi a criação de uma base
de conhecimento que hoje acaba
por ser a base da nossa actividade na Promastech. Infelizmente,
em Portugal continua a não existir
formação específica e capaz nesta área, tornando-se muito complicado, para nós, encontrar pessoas
com uma formação de base válida.
Tenho a perfeita consciência que
uma pessoa, nesta área, demora
dois a três anos de formação específica para que fique formada,
por isso, e como há 20 anos apostaram em mim, continuo a apostar
Fundada no início do ano de 2010,
a Promastech começa a produzir
três meses depois. Um projecto
inovador e ambicioso que, rapidamente, se revelaria uma aposta
ganha. Recorrendo a um know‑how acumulado de duas décadas, a Promastech mantém, ainda
hoje, a sua matriz de produção de
máquinas e equipamentos para
a indústria electrónica. AlicerçaPágina Exclusiva 12
da numa equipa jovem, dinâmica
e proactiva, a Promastech cedo
conquistou a confiança e representação de diversos fabricantes
internacionais do sector. Hoje,
com 18 colaboradores, em Portugal e Espanha, a empresa tem na
sua carteira de clientes multinacionais como a Delphi, a Visteon ou
a Bosch. Clientes exigentes que,
sendo uma referência internacio-
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ça ou Espanha. Mas é no Brasil,
Rússia e Índia que reside a nossa grande aposta. São mercados
com muito potencial e onde temos
excelentes negócios”, garante o
empresário, que não deixa de confessar: “Existe uma vontade partilhada, entre mim e o meu sócio em
Espanha, de ter produção própria
no Brasil. É um projecto, que ainda não passa disso, para realizar
a médio/longo prazo, caso as circunstâncias se proporcionem”.
Entraves inexplicáveis
numa filosofia vocacionada para a
formação”.
Essa dinâmica interiorizada possibilitou a entrada em nichos de
mercado que de outra forma não
estariam ao alcance da empresa:
“Temos a capacidade de não produzir apenas o standard. O facto
de termos desenvolvimento interno e conseguirmos adaptar soluções às necessidades dos nossos
clientes confere-nos uma certa
vantagem face aos nossos concorrentes. Acabamos por nos colocar
em nichos de mercado muito específicos, algo que só é possível graças a uma equipa jovem, dinâmica
e muito motivada, que trabalha em
conjunto para encontrar a solução
mais adequada”, acrescenta a sócia, Susana Matos.
Destaque internacional
A inovação, desenvolvimento e
capacidade técnica foram, de resto, as virtudes que permitiram a
entrada nos mercados externos.
Se somarmos a isso a ousadia
dos responsáveis pela Promastech, rapidamente se conclui que
esta é uma empresa com muito
potencial: “No final do primeiro
ano da empresa, e apesar de só
termos começado a laborar no
final de Março, abrimos uma filial
em Espanha. Já nesse ano tínhamos participado na Matelec, a fei-
ra ibérica realizada em Espanha,
e no ano seguinte participámos na
Produtrónica, em Munique, onde
fomos a única presença nacional,
entre as empresas do sector. Este
ano queremos consolidar a zona
Norte do país, com a criação desta nova filial, em Braga, para a
produção de todas as peças mecânicas. Ou seja, se tivermos tudo
isso em conta, podemos dizer que
assumimos uma posição, relativamente, agressiva no mercado”,
concorda Marco Leite.
Essa posição já garantiu a entrada
em importantes mercados a nível
internacional: “Actualmente, 50%
da nossa facturação está no mercado externo. Hoje, a Promastech
já exporta para mercados como
o Brasil, México, Índia, Rússia,
Roménia, República Checa, Fran-
O crescimento sustentado esconde, apesar de tudo, algumas
dificuldades que, caso não sejam
devidamente antecipadas, poderão ter um desfecho negro: “O
que se passa é que, nesta área,
as empresas correm o risco de
morrer de sucesso. E isso já nos
ia acontecendo por duas vezes…
Quando uma empresa como a
Promastech, por não existir produção em Portugal, tem de importar componentes de países como
Japão, Alemanha ou Inglaterra,
corre esse risco. Nesses países o
material é pago a pronto ou, quando existe uma base de confiança,
a 30 dias. Ainda assim, e sabendo
que os nossos clientes pagam a
60 e 90 dias, trata-se de um negócio de elevado risco e que estagna o nosso crescimento. Somos
obrigados a abrandar a nossa
produção até que exista suporte financeiro. Se todos os países
desenvolvidos trabalham com pagamentos a 30 dias, Portugal deveria criar uma lei que estipulasse
o mesmo. Há uma certa entropia
no sistema que obriga as empresas a andarem devagar. Seja pela
Direcção Geral de Finanças, pela
própria alfândega, ou por outros
organismos, a verdade é que o
Estado português trata as PME de
uma forma estranha. Não há outra
forma de dizê-lo… Falam-se de
muitos milhões, mas são valores
que continuam a não chegar às
PME”, alertam.
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Capacidade para exportar
O grupo Talhos Nova Era e Francisgood prepara-se para acrescentar mais
1200m2 à sua área industrial. O investimento de 2,3 milhões de euros aumenta a capacidade produtiva e de armazenamento, permitindo enveredar, pela
primeira vez na sua história, no ramo da exportação.
Há empresas bafejadas pela sorte
e empresas construídas a pulso. A
Talhos Nova Era - nome comercial
da empresa Francisco Guerreiro &
Filhos, Lda - pertence, claramente,
à segunda categoria.
Com apenas 11 anos de idade,
Francisco Silva começa a trabalhar
no ramo das carnes. A paixão e
ambição do jovem levaram a que,
com 25 anos, acedesse à vontade
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de abrir o seu primeiro talho. Nasce
assim, em 1978, na Baixa da Banheira, o primeiro Talho Nova Era
dedicado, em exclusivo, à comercialização de carnes e salsicharia.
A história ditaria o sucesso do jovem e firmaria a sua visão empresarial. Hoje, os Talhos Nova Era
distribuem-se pela Moita, Montijo
e Barreiro, num total de seis espaços, tendo também alargado a
sua gama de produtos. Francisgood, a empresa de apoio produtivo aos Talhos Nova Era, fundada
em 2002, seria a responsável pela
mudança.
Localizada na Zona Industrial do
Barreiro, a Francisgood capacitou
a oferta dos Talhos Nova Era: “A
nossa actividade, até 2003, centrava-se apenas nas carnes. A partir
desse momento, e depois de analisarmos a necessidade de entrar
no segmento do pescado, licenciámos a empresa para o fazer. Actualmente, contámos com cinco câmaras de frio, tendo a maior destas
capacidade para 250 toneladas de
produto”, afirma o empresário.
Mas o leque de oferta torna-se ainda mais vasto quando analisado ao
pormenor. Equipada com sala de
desmancha, sala de preparação,
equipamento de ultracongelação,
cozinha industrial, entre outras valências, e estando licenciada para
a produção de produtos de carnes
picadas, salgados, lulas recheadas, espetadas de lulas e de carne,
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panados, fabrico de pré-cozinhados, corte e acondicionamento de
carnes, a Francisgood alcançou o
estatuto de líder distrital no sector.
Concorrência implacável
No entanto, a dimensão da empresa não se traduz num domínio absoluto sobre a concorrência: “Não
conseguimos ficar indiferentes à
falta de lealdade neste sector. As
grandes superfícies entraram em
grande força nesta área e prejudicaram não só os concorrentes, mas
também os produtores”, explica
Francisco Silva. “Mas a culpa não
é só da estratégia adoptada pelas
grandes superfícies, a maior quota
de culpa é do Governo e das autarquias. Enquanto a Francisgood
teve de aguardar quatro ou cinco
anos para legalizar um portão e
cumprir com toda a legislação exigida, no caso de uma grande superfície tudo lhes é dado de bandeja. São edificadas onde não há
espaço de construção, fazem-se
novos acessos, fazem-se demolições de casas e edifícios, enfim…
É um facilitismo desmedido para
quem, no fundo, vai actuar de forma desleal no mercado”, adverte o
empresário.
Também José Silva, filho do fundador e actual sócio-gerente, aponta
o dedo à conduta escolhida pelos
grandes grupos: “Inicialmente, as
grandes superfícies tinham um
mau serviço, pelo que nos podíamos diferenciar por aí. Mas hoje
já não é assim. Têm capacidade
humana e concorrem de igual para
igual com empresas como esta. A
diferença é que as regras do jogo
não são as mesmas. Aquilo que já
se fez com o leite, dever-se-ia fazer também com a carne, a fruta, o
peixe… É preciso união para tornar
o negócio mais leal. Para que não
seja possível continuaram a fazer
campanhas de produtos a preços
inferiores ao preço de custo. É destabilizador de mercado, afecta toda
a cadeia, e dá origem a concorrência des­leal entre todos”.
Diferenciação
Por isso, e sem entrar em guerras
de preços, os Talhos Nova Era optam pela diferenciação de produtos
e serviços: “Esta é uma estrutura
familiar, onde os lucros são praticamente todos investidos na empresa. A nossa vida está toda aqui
e, sabendo isso, não podemos
abdicar deste envolvimento e cair
na estagnação. O tempo em que
um talho facturava muito dinheiro
já terminou. Agora, como em qualquer ramo, as empresas têm de
ser dinâmicas. E é isso que temos
feito”, garante Francisco Silva.
O aumento das instalações, previsto para meados do corrente ano,
representa um elevado investimento, mas poderá abrir as desejadas
portas do mercado externo: “A solução pode estar na exportação.
Estas novas instalações, para além
de representarem um aumento de
10 a 12 postos de trabalho, representam também a oportunidade de
entrar em novos produtos, como,
por exemplo, o bacalhau e os produtos pré-cozinhados. Esses poderão ser produtos interessantes
para mercados como Angola”, analisa o empresário, que não deixa
de parte a ideia de fabricar marcas
brancas: “Numa outra perspectiva,
poderemos também ser parceiros
e produzir sob a marca do cliente. Agora teremos espaço, não só
para produzir, mas também para
ter a tecnologia necessária para o
fazer. Ou seja, abre-se um leque
enorme de oportunidades”.
Mas, para já, a exportação terá
que aguardar pelo final do ano e
pela conclusão desta obra. Até
lá, Francisco Silva vai focar a sua
atenção no mercado interno: “Recentemente, passámos também a
fazer engorda de novilhos e comprámos um camião de transporte
de gado vivo. São investimentos
que, a médio prazo, vão trazer algumas mais-valias à empresa. Não
seremos auto-suficientes, como
é óbvio, mas passamos a autoabastecer a empresa. É uma medida que permite um maior controlo
da qualidade nos nossos produtos
e esse sempre foi um dos nossos
objectivos principais”, conclui.
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Sector em reajustamento
Licenciada para a gestão, triagem, valorização e reaproveitamento dos componentes que constituem os veículos em fim de vida, a Auto VFV é uma das
empresas jovens e cumpridoras do sector. Com um potencial assinalável, a
AutoVFV tem-se destacado na venda de peças, provenientes de veículos ligeiros com uma média de idades compreendida entre os 10 e os 18 anos.
viços de abate de viaturas assim
como recolha e toda a logística
associada à descontaminacão, e
tratamento dos resíduos provenientes dos veículos”.
Sector concorrencial
A Auto VFV nasce dentro do Ambigroup com os objectivos de optimizar a reciclagem e valorização
de peças obtidas através da recepção e recolha de veículos em
fim de vida, bem como, de tornar
mais eficientes os processos de
desmantelamento associados.
Com a implementação de um sistema semelhante à construção de
um automóvel, mas com efeito
inverso, as linhas de desmantelamento em série da Auto VFV vieram permitir o aumento do número
anual de abates de viaturas. Simultaneamente a Auto vfv congrega sinergias com outras empresas
do Ambigroup nomeadamente
através da produção de resíduos
metálicos para reciclagem na Recifemetal SA., o plástico enviado
para reciclagem na Recipolymers
SA e ainda outros resíduos para
valorização na Ambitrena SA..
André Além, o jovem fundador da
empresa, define a actividade da
empresa: “Os principais produtos
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desta empresa são as peças cuja
reutilização é possível, obtidas
através do desmantelamento dos
veículos em fim de vida. Hoje, a
Auto VFV detém em armazém um
vasto stock de peças multimarca
originais usadas que podem ser
adquiridas a preços muito competitivos tanto por oficinas, como por
particulares. Prestamos ainda ser-
No âmbito de reciclagem de veículos em fim de vida, em grande
medida devido à actividade da entidade gestora Valorcar, surgiram
novas regras no sector onde a
Auto VFV actua, quer em termos
de procedimentos, quer em termos de condições. André Além faz
a sua análise: “Uma grande parte
desta actividade decorria à margem da lei, sem pagar os devidos
impostos e colocando em risco a
subsistência de quem pretendia
fazer as coisas em conformidade
com a lei. Felizmente, uma grande
parte dos operadores ilegais foram
erradicados. Hoje em dia, temos a
lamentar o facto de ter terminado o incentivo ao abate, uma das
medidas que existiam para o país
Portugal Inovador
renovar o parque automóvel, com
claros benefícios para o ambiente e também para o crescimento
económico. Vale à Auto VFV o facto de poder oferecer um serviço
inovador, personalizado e próximo
do consumidor final”.
Enquanto centro de abate acreditado pela Valorcar, a Auto VFV
procura, por isso, respeitar todas as
normas ambientais nos processos
de descontaminação e reaproveitamento de peças. Mas o que é válido nas suas instalações, continua a
não o ser nas de alguns concorrentes… “Costuma-se dizer que é saudável haver concorrência. E de facto isso é verdade, desde que todos
joguem com as mesmas regras. O
que acontece é que a fiscalização
aperta demasiado nos operadores
licenciados e permite ainda a existência de outros que funcionam à
margem da lei. Por outro lado, num
mercado pequeno como o nosso,
demasiada concorrência pode colocar em risco a sustentabilidade do
negócio. A exportação de peças torna-se por isso uma necessidade”,
perspectiva o empresário.
Futuro
A facturação da Auto VFV no mercado externo é, ainda, pouco significativa. Cerca de 3 a 5% para
mercados como a Nigéria, Síria,
Marrocos, Guiné Konacri e São
Tomé e Príncipe. No entanto, André
Além mostra-se confiante: “Acreditamos numa tendência de crescimento, mas, neste momento, a
Auto VFV tem de concentrar-se
nos projectos em curso. Nomeadamente, na optimização da linha de
desmontagem e catalogação das
peças, e na criação uma loja virtual para a venda de peças. Temos
também em vista o alargamento físico ao nível de território nacional”,
avança.
Página Exclusiva 17
Portugal Inovador
Loja de venda ao público
A TrazCarnes, dedicada ao transporte frigorífico e serviços de logística, prepara-se para abrir uma loja de venda ao público nas suas instalações, situadas
na Zona Industrial das Carrascas. Com abertura prevista para a Páscoa, a
nova loja disponibilizará produtos 100% nacionais com uma garantia de qualidade assegurada.
Com um historial consagrado na
área da logística de produtos alimentares, a TrazCarnes é uma
PME de destaque na região de
Palmela. Operando em Portugal
Continental e ilhas, a TrazCarnes
trabalha com clientes de renome
como a AçorCarnes, Campicarn,
Capricarnes, Carnalentejana, CarneSerralheiro, entre muitos outros.
A aposta na qualidade levou a que
as viaturas da empresa fossem
equipadas com termógrafos de
registo on-line, que garantem, em
qualquer momento, uma leitura e
registo da temperatura no interior
das caixas frigoríficas. Para além
disso, a TrazCarnes cumpre um
rigoroso plano de higienização,
tanto nas viaturas como nas suas
instalações, que apresentam uma
capacidade de armazenamento
de congelados até às 250 toneladas.
Com um presente sustentável, os
planos da TrazCarnes passam
agora pela criação de uma loja de
Página Exclusiva 18
venda ao público, que servirá de
montra aos produtos armazenados pela empresa. Em mente, está
também um aumento da zona de
frio para poder responder às necessidades dos seus clientes.
Diferenciação
Rodrigo Marques e Clarisse Carvalhais, sócios-gerentes e fundadores da empresa, sabem que,
num sector dominado pela fretagem, a única forma de sobrevivência, para uma empresa que
actua no nicho dos serviços de lo-
gística, é a qualidade do serviço:
“A empresa foi fundada no ano
2000 e em 2008 mudámo-nos
para estas novas instalações no
Parque Industrial das Carrascas.
Como chegámos a um ponto em
que estávamos lotados ao nível
de transportes, sentimos a necessidade de ampliar o nosso leque
de serviços aos nossos clientes.
Passámos do simples transporte
para a logística integrada, passando a fazer a vertente do armazenamento, da congelação e dos
frescos. Actualmente também
estamos licenciados para fazer
expedição de contentores, o que
aumenta o nosso leque de serviços”, revelam.
No entanto, para este parceiro
especializado, torna-se difícil
concorrer pelo preço: “Infelizmente, há muitas empresas que
apresentam preços inferiores ao
custo do quilómetro. E nós sabemos isso porque temos camiões
de 40 toneladas a circular na estrada, controlados por nós. Com
os aumentos dos combustíveis e
com a imposição das portagens
nas SCUT, fomos obrigados a
tomar algumas medidas, como
“Passámos do simples transporte
para a logística integrada, passando a fazer a
vertente do armazenamento, da congelação
e dos frescos. Actualmente também estamos
licenciados para fazer expedição de contentores, o que aumenta o nosso leque de serviços”
Portugal Inovador
por exemplo a proibição de algumas rotas. Analisámos todos
os percursos e percebemos
que, nalguns casos, a diferença
entre uma nacional e uma auto‑estrada significava apenas sete
minutos. Não se justificava. Para
além disso demos maior importância ao agrupamento de produtos que têm o mesmo destino.
É uma vantagem para o cliente,
que muitas vezes não tem capacidade para encher um camião,
e para nós, porque rentabiliza
os transportes”, explica Rodrigo
Marques.
Futuro auspicioso
Nessa reestruturação do plano
de gestão, esteve também envolvida uma relação mais apertada
com as cobranças, “de outra forma seria insustentável”, lamenta
Clarisse Carvalhais.
Actualmente, a TrazCarnes já
trabalha a exportação indirecta,
com a descarga e preparação de
contentores dos seus clientes,
mas é no mercado nacional que
centra a sua atenção: “Temos
um novo cliente dos Açores, na
área do leite, que vai levar a um
aumento da área do frio. É uma
aposta importante para o próximo ano. Depois, para este ano,
temos programada a abertura
de uma loja de venda ao público nas nossas instalações. É,
praticamente, um show-‑room
dos produtos dos nossos clientes. Temos o produto, sabemos
o que tem melhor qualidade, e
é esse que vamos comercializar
ao público em geral. Esperamos
inaugurar a loja a tempo de fazer
os cabazes da Páscoa.”, sorriem
os administradores. “Estamos a
apostar muito este ano, por isso
estamos confiantes no futuro da
TrazCarnes”.
Página Exclusiva 19
Portugal Inovador
A batata dos portugueses
Para os que pensam que os portugueses abandonaram definitivamente a agricultura, a Manuel Patrício - Produtos Alimentares, Lda é o perfeito exemplo de
como se pode continuar a investir neste sector, obtendo resultados positivos.
Uma PME Excelência com garra que não se deixa abalar pelas dificuldades
do sector.
Apesar da vida profissional de Manuel Patrício nem sempre ter estado ligada à agricultura, a verdade é
que o ‘bichinho’ do campo sempre
esteve presente na sua vida: “Há
30 anos, eu era empregado na Setenave, e, a dada altura, a empresa
passava um situação complicada e
falhou um dos pagamentos. Então percebi que tinha de encontrar soluções. Comprei um carro
e comecei a comprar batatas aos
agricultores da região, que depois
vendia porta-a-porta nos mercados
de Setúbal e Lisboa. Eram tempos
difíceis”, recorda o empresário.
Aquele que parecia um negócio
pela sobrevivência estava prestes
a crescer. Algum tempo volvido e
Manuel Patrício decide começar a
vender batata de semente que importava da Holanda. Foi o ponto de
partida para o início na vida empresarial. Com uma base de clientes
e fornecedores sólida, investe na
compra de um primeiro armazém
e funda a empresa Manuel Patrício
Página Exclusiva 20
Produtos Alimentares: “Comprei o
primeiro armazém e senti-me totalmente realizado. Mas a empresa
começou a crescer e tive de comprar outro armazém, depois mais
um, e assim sucessivamente”.
Hoje, a empresa detém umas instalações com 5000m2, emprega 25
colaboradores, tem um armazém
de frio com capacidade de armazenagem de 4 mil toneladas e passam
pela empresa cerca de 25 mil toneladas de batatas por ano. Números
avultados que se traduzem numa
PME Excelência que registou, no
ano transacto, uma facturação de
seis milhões de euros.
Regresso ao campo
Recentemente, numa sociedade
com um amigo, o empresário virou‑se também para a produção: “Sou
do campo e sempre tive o sonho
de produzir. Só que para produzir,
da forma que eu queria produzir,
era preciso um investimento muito elevado. Aluguei 115 hectares
de terras, na Herdade do Pinheiro
(Alcácer do Sal), e gastei mais de
500 mil euros na compra de equipamentos - desde os tractores,
às máquinas para colher, semear,
desinfectar, entre outros. Fiz uma
sociedade com um amigo, o Sr.
Matias, e criámos a Patrício & Matias – Produção Agrícola, Lda. E é
importante referir que tudo isto foi
feito com capitais próprios. Sempre
investi muito dinheiro e nunca recebi fundos do Estado, porque acredito que quem quer estar bem na
vida tem de trabalhar com capitais
próprios. Caso contrário, nunca
deixará de estar agarrado aos bancos”, destaca Manuel Patrício.
Mas a vontade de produzir, mais
do que um sonho, foi a resolução
de um problema que teimava em
persistir: “Cerca de 10% a 15% da
nossa facturação está no mercado
externo. Isto acontece porque o
consumo nacional de batata não
consegue absorver na totalidade
a produção dos meses de Maio,
Junho e Julho. Então exportamos
para o mercado alemão, holandês,
francês e espanhol. É um autêntico nicho de mercado para nós,
mas que estava a ser colocado em
causa por incompatibilidades entre
os meus clientes e os meus forne-
Portugal Inovador
cedores. Os agricultores nacionais
recusavam-se a produzir o que o
mercado pedia, porque achavam
que apresentava menor rentabilidade quer a nível de variedades
quer a nível de preços, e eu ficava
mal perante o meu cliente. Então
comecei a produzir e a assegurar a produção do meu cliente no
mercado externo”, explica Manuel
Patrício.
Justiça precisa-se
Com 80% do seu produto a destinar-se às grandes superfícies, a
Manuel Patrício parece ter a segurança garantida. No entanto, problemas judiciais teimam em atrasar
o crescimento da empresa: “Nos últimos quatro anos perdi quase 600
mil euros referentes a empresas
que declararam insolvência. Umas
por má gestão, outras por maus
princípios… Na falência da Alicoop
ficámos sem 334 mil euros, na da
CoopLisboa sem 157 mil, a GCT
está com dificuldades em pagar‑nos 33 mil euros e a Hortirest ficou-nos com 57 mil euros… De um
momento para o outro ficámos sem
o dinheiro e sem uma quota importante dos nossos clientes... Tinha
realizado investimentos no valor de
600 mil euros em armazenamento
de frio e palotes, que ficaram sem
utilização porque fiquei sem esses
clientes… Assim é complicado rentabilizar os investimentos”, lamenta o empresário, que não deixa de
apelar: “Neste momento, o mais
importante para as empresas é
que a Justiça funcione. Enquanto
a Justiça não funcionar, a recessão
vai continuar a aumentar”.
Página Exclusiva 21
Portugal Inovador
A sua lavandaria no futuro
A Viva Washing assume-se como uma empresa 100% nacional a actuar na área
da lavandaria especializada de fardamento para as áreas hoteleira e ­industrial.
Quatro anos depois de ter iniciado actividade, a empresa ­prepara-se para
­aumentar as suas instalações e reforçar os meios técnicos à sua ­disposição.
que, em 2009, abrimos as nossas
instalações próprias. A partir daí o
crescimento foi gradual e sustentado, sempre com os pés bem assentes na terra”, salienta o empresário, que não deixa de agradecer
aos que tornaram esse arranque
possível: “Não podemos deixar de
ficar agradecidos aos nossos clientes e aos nossos fornecedores que
apostaram em nós nessa fase inicial. Sem eles, e sem o capital humano que ainda hoje faz parte desta empresa, a Viva Washing não
teria chegado ao patamar onde
hoje se encontra”.
Com sede no Montijo, a Viva Washing é o que Vítor Fonseca, fundador e administrador da empresa,
denomina como ‘um híbrido no
sector’. O empresário explica: “A
Viva Washing não se enquadra nas
lavandarias industriais de roupa
branca, nem nas pequenas e tradicionais lavandarias de bairro. Eu diria que se trata de um híbrido. Não
que sejamos os únicos no sector,
mas, em abono da verdade, não
existe nenhuma lavandaria como a
nossa. A Viva Washing está capacitada para servir a roupa branca, no
entanto o seu core business está
no fardamento. Inicialmente, enveredámos pelo fardamento hoteleiro
e, neste momento, estamos a entrar também no fardamento industrial. É um passo natural que visa a
diversificação da nossa oferta, no
qual também faz parte uma abordagem à área da restauração”.
História bem sucedida
Inovadora, a Viva Washing é o resultado do empreendedorismo de
Página Exclusiva 22
Vítor Fonseca e Vânia China que,
em 2008, decidem aproveitar todo
o know-how adquirido ao longo
de uma década: “Na minha curta
carreira, sempre estive ligado ao
sector das lavandarias. Primeiro,
trabalhando para ganhar algum
dinheiro para as férias e, posteriormente, num estágio numa lavandaria industrial. Essa lavandaria acabaria por ser vendida a um
grupo de lavandarias, a LIP, onde
trabalhei dez anos, e que seria
adquirida pela Serlima, onde trabalhei mais dois anos. Após esse
momento, saí e foram criadas duas
novas empresas. A ILS, dedicada à
roupa branca, e a Viva Washing, na
vertente do fardamento e limpeza a
seco, entretanto abandonada pela
Serlima”, relembra Vítor Fonseca.
Um percurso crucial no desenvolvimento da Viva Washing: “Os nossos primeiros clientes foram esses
antigos clientes da Serlima que se
encontravam, de certa forma, à deriva. Começámos por lavar as roupas em lavandarias parceiras, até
Empresa de referência
Hoje, a Viva Washing apresenta
serviços como: o tratamento, lavagem e engomagem de fardamentos
e vestuário de trabalho hoteleiros e
de restauração, incluindo transporte de recolha e entrega, bem como
os serviços de aluguer e tratamento
(lavagem e engomagem) de fardamentos e vestuário de trabalho hoteleiros, restauração e industriais,
ou ainda um serviço de arranjo e
costura personalizado.
Um leque abrangente que já seduziu gigantes da hotelaria como
o Lisboa Marriott Hotel, Bairro Alto
Hotel, Grupo Olissippo (Lapa Palace; Marquês de Sá; Oriente e
Castelo), Tróia Design Hotel, Tróia
Verde, Fontana Park Hotel, Hotel
Marquês de Pombal, entre muitos
outros: “Trabalhamos na região da
Grande Lisboa, sendo que a hotelaria representa cerca de 80% da
nossa facturação. Neste momento,
estamos a apostar fortemente na
vertente industrial. Já adquirimos
um novo pavilhão, que nos vai
Portugal Inovador
permitir duplicar as actuais instalações, e onde vamos montar um túnel de acabamentos”, avança Vítor
Fonseca.
Um investimento avultado para
esta jovem empresa, mas que não
compromete os ideais do empresário: “Não vamos fazer mega investimentos, até porque não seria o
momento certo para o fazer. É mais
um passo necessário ao nosso tra-
jecto e que foi pensado com antecipação. Nunca colocaríamos em
cheque a vida destas 15 famílias.
Somos uma empresa que apesar
de não ser familiar, mantém esse
espírito. A força do capital humano
continuará a ser a força de diferenciação da Viva Washing”.
Com o novo túnel de acabamentos,
a empresa passa a ter capacidade
para tratar de 800 a 1000 peças por
hora. Um passo importante para
conquistar o mercado industrial e,
quem sabe, para cumprir o sonho
dos administradores: “Continuamos a ter o sonho de agregar toda
a empresa em instalações próprias, criadas e pensadas de raiz.
Um projecto a médio/longo prazo
que será possível se continuarmos
a crescer de forma sustentada”,
reiteram.
Página Exclusiva 23
Portugal Inovador
Internacionalização em vista
A Chemzy, especializada em produtos químicos formulados para uso profissional, está a ultimar o derradeiro passo para a internacionalização.
Pedro Carmo, fundador e administrador da Chemzy, começa por
nos elucidar: “Ao contrário da indústria Farmacêutica, na química
industrial não existem fórmulas
secretas ou patentes, pelo que
aquilo que nos diferencia é a capacidade de resolver problemas,
aconselhar soluções. Temos a
sorte de contar com uma equipa
jovem e dinâmica, que tem sido
o verdadeiro alicerce do nosso
crescimento”.
De facto, a Chemzy, nos seus
cinco anos de existência, conseguiu captar um leque de clientes,
estatais e privados, de renome
nacional e internacional. Hoje,
com doze colaboradores, actua
em todo o território continental e
ilhas, estando também a explorar
Página Exclusiva 24
o mercado de Cabo Verde e Moçambique.
Rumo a Cabo Verde
Especializada em adequar produtos químicos formulados às
necessidades dos clientes, a
Chemzy posiciona-se maioritariamente no segmento da manutenção industrial, abordando, no
entanto, áreas como a higiene
ou construção: “Já estamos muito bem implantados no mercado
nacional, principalmente nas regiões Centro e Sul. Queremos consolidar este mercado, mas também dar o primeiro passo para
a internacionalização. E esperamos que seja possível fazê-lo da
mesma forma que iniciámos esta
empresa. Ou seja, recorrendo
unicamente a capitais próprios”,
destaca o empresário.
A primazia está, por isso, definida: “Começámos, em 2011, a
exportar para Cabo Verde. Esse
é o nosso mercado preferencial
e onde, até ao final do corrente
ano, deveremos ter instalações
próprias. Não pensamos em
produzir lá, mas queremos estar
implantados localmente. Depois,
há outros mercados, como Moçambique, Brasil, e Colômbia que
também estão a ser analisados
por nós. Agora, é evidente que
todo este processo de internacionalização está limitado e, de certa forma, dependente de todas
as dificuldades de cobrança que
actualmente sentimos”, salienta
Pedro Carmo.
Certo é que, independentemente
da conjuntura, a Chemzy manterá a sua matriz de inovação: “A
pesquisa por novos produtos é
constante, porque identificamos
carências no mercado ou porque
nos foi apresentado um problema
para resolver. São exemplos recentes um detergente líquido para
lavagem de tecidos Nomex®, um
solvente biológico para manutenção de urinóis secos, ou um absorvente de hidrocarbonetos em
água. Continuamos a trabalhar
para responder às necessidades
dos nossos clientes”, remata o
empresário.
Portugal Inovador
O paladar do Golf
A tradição popular afirma que um marido se conquista pelo estomâgo. O Palmela Village Golf Resort
inspirou-se no provérbio, elevando o paladar a uma
das principais atracções do espaço.
Inseridos no magnífico Palmela Village Golf Resort, o Restaurante Moscatello, Bar 19 e Bar da Piscina, assumem um compromisso de honra
de dedicação ao cliente. Com vista
para o campo de golf, os três espaços beneficiam da paisagem idílica
que os rodeia para, no conforto do
seu reduto, receber os clientes que
o visitam.
Restaurante Moscatello
Inserido no primeiro piso do ClubHouse do Palmella Village Golf Resort, o
Restaurante Moscatello está entregue à criatividade do Chef Rui Matias: “Tenho como base a cozinha
tradicional portuguesa, integrando
algumas influências da cozinha japonesa, sul americana e do Mediterrâ-
neo. Felizmente, em cerca de quatro
meses de trabalho, já conseguimos
criar alguns best-sellers nesta casa.
É o caso do prego e do hamburguer
em bolo do caco. O hamburguer,
com carne fresca escolhida por mim
e na proporção idealizada por mim,
assim como o bolo do caco, produzido ‘inhouse’, resultam em sabores
particulares e únicos. O prego, que
já foi considerado um dos Melhores
Pregos de Lisboa, recebeu um ligeiro
update…”, deixa antever o Chef que
destaca, também, o salmão em crosta de pistachio e panko com polenta
e parmesão em ponzu. Um prato de
preparação cuidada e apresentação
apelativa que se afirma numa carta
plena de tentações. Nas sobremesas, a Pavlova é rainha: “Uma sobremesa tradicional australiana que
levou uma pequena assinatura de
diferença... Côco e lima dentro do
suspiro e sustentam um creme de
mascarpone com fruta fresca”.
Club Lounge, Bar 19
e Bar da Piscina
Sob a responsabilidade de Sandro
Santos está o Club Lounge e o ser-
viço de restauração e bebidas nas
diferentes áreas de F&B: “Diversos
e distintos espaços, que os clientes
podem frequentar a qualquer hora do
dia”, refere.
“Desde casamentos, aniversários,
jantares de grupo ou festas temáticas, a diversidade das diferentes
áreas conjugado com o espaço exterior permitem-nos realizar qualquer
tipo de eventos. Acompanhando a
gastronomia oferecida pelo nosso
Chef, a carta de vinhos existente
possui referências das diversas regiões, bem como sete brancos e sete
tintos de Palmela. Complementando, temos uma oferta diversificada
de bebidas espirituosas e exóticas”.
Sandro Santos aconselha por exemplo “a sangria branca, com fruta fresca, e sangria de champanhe, com
frutos vermelhos. Para além disso,
fazemos questão de criar mensalmente composições novas, elaboradas pelo nosso staff exclusivamente
para os nossos clientes. Iremos muito em breve abrir um novo espaço, o
Bar da Piscina, que através do apoio
da gastronomia criada pelo Chef Rui
Matias, e de um novo conceito de
serviço, irá sem dúvida ser uma referência neste Verão”.
https://www.facebook.com/
RestauranteMoscatello
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Portugal Inovador
Software de gestão online
O KeyInvoice está revolucionar a forma como as empresas realizam a sua facturação. Inovador em Portugal e, ainda, com pouca concorrência nos mercados externos, o KeyInvoice possui as ferramentas necessárias para dominar o
segmento dos softwares de gestão online.
comprar o código-fonte”, sorri Miguel Gaspar. “Havia, por isso, uma
necessidade de internacionalizar o
projecto”.
A oportunidade surge com o Grupo
ADADE, em Espanha, que decide
incorporar o software no seu pacote
de serviços. Foram, então, acrescentadas traduções, em espanhol
e inglês, melhorados alguns aspectos, e renomeado para KeyInvoice.
Nasce uma nova potência pronta a
entrar no mercado externo!
Vantagens únicas
Baseado no NetFacturação, o
KeyInvoice é o irmão mais velho do
primeiro software de gestão online
nacional. Mantendo a base PHP/
MySQL, que garantiu a fiabilidade
e estabilidade do NetFacturação, o
KeyInvoice é a evolução que está
a permitir a entrada nos mercados
externos.
Fazer história
Com mais de 1800 softwares de
gestão em Portugal, o NetFacturação propôs-se a abanar o mercado:
“Quando iniciei a empresa tinha
por objectivo principal a criação de
algo diferente. Tudo o que existia no
mercado era semelhante por isso a
nossa aposta foi, desde sempre, o
online. É uma tendência de mercado e que, inevitavelmente, acabaria
por chegar a Portugal”, explica Miguel Gaspar, sócio-administrador
da empresa e líder da equipa de
desenvolvimento.
Página Exclusiva 26
Como tudo o que é novo, o Netfacturação gerou alguma desconfiança: “Sabíamos que pelo facto de
ser online teríamos um entrave, por
isso não poderíamos correr o risco
de desenvolver um software que
só fizesse umas facturas e uns recibos. Investimos cerca de um ano
em desenvolvimento para que a primeira versão que surgiu no mercado já tratasse de compras, stocks,
contas correntes de fornecedores e
clientes, gestão de créditos, entre
muitas outras funções. Conseguimos apresentar uma solução muito
completa, a funcionar totalmente
online, que nos permitiu, em quatro
anos, ter mais de 4500 clientes a
usar o nosso software”, frisa o empresário.
O sucesso levou à procura de informações da parte de empresas estrangeiras: “Houve de tudo… Desde
empresas a tentar fazer parcerias
connosco, a pessoas que queriam
Hoje, o KeyInvoice para além de
software de gestão online tem também uma loja online incorporada:
“O cliente compra o nosso software
e, no dia seguinte, pode ter a loja
online da sua empresa totalmente interligada com a facturação. É
um passo à frente do que existia.
Mas essa é apenas uma das vantagens deste software… A principal,
eu diria, é a mobilidade. O KeyInvoice está disponível em qualquer
plataforma existente no mercado.
Seja no iPhone, iPad, Android, ou
qualquer outra, o cliente pode fazer a sua facturação em qualquer
local, bastando para isso ter ligação Internet. Actualmente, qualquer
empresa tem Internet fixa e banda
larga, sendo que a probabilidade de
ambas falharem em simultâneo é,
praticamente, nula”, refere Miguel
Gaspar.
O empresário destaca ainda as actualizações constantes do KeyInvoice: “O cliente tem a vantagem de
não pagar novas actualizações ou
novos módulos. Este é um software
que pode ser aplicado a todas as
áreas de negócio. Algumas empre-
Portugal Inovador
sas requisitam a criação de novos
módulos que são, posteriormente,
disponibilizados de forma gratuita a
todos os clientes. É um software em
constante actualização”, garante.
Garantia de segurança
A segurança é assegurada não só
pelos servidores Linux e pelo DataCenter, localizado em Portugal,
mas também por uma certificação
do software na DGCI e pelo registo
na Assoft. Além do SSL obrigatório,
o software está ofuscado e encripado.
Mas se ainda tem dúvidas quanto
à segurança, os factos falam por
si: “Em quatro anos, nunca tivemos
um único problema. É uma das razões que levou ao desenvolvimento
de um software à medida para uma
grande empresa de telecomunicações nacional e outro para a 5 Rings Telecom (Inglaterra), e que em
breve entrarão no mercado”, avança Miguel Gaspar.
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Portugal Inovador
Setúbal: Uma cidade dinâmica
A Câmara Municipal de Setúbal, sob a voz da actual presidente, Maria das ­Dores
Meira, respondeu a algumas perguntas relativas aos projectos ­estruturantes
em curso.
Com aproximadamente 120
mil habitantes e sendo capital de distrito, Setúbal
tem, naturalmente, maiores responsabilidades para
com a população que nela
reside. Quais os projetos
de carácter social e cultural para o corrente ano?
De que forma analisa a actividade socioeconómica actual
do município de Setúbal?
A atividade socioeconómica em
Setúbal enfrenta os mesmos
problemas com que se debatem
os concelhos de todo o país.
Não somos uma ilha e sofremos
as consequências de todas as
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políticas erradas praticadas nos
últimos anos. Temos, porém,
razões para ter esperança em
melhorias, em especial porque
estão em curso no concelho vários investimentos geradores, a
médio prazo, de emprego que
podem ser um importante fator
de reanimação económica.
As responsabilidades são as
mesmas, a dimensão é que é
diferente. Temos muita coisa
em curso em permanência, mas
acredito que, neste momento, o
mais importante são os investimentos que temos em curso na
requalificação e construção de
novos equipamentos culturais,
equipamentos que vão permitir
um melhor desenvolvimento cultural e o acesso, em melhores
condições, dos nossos agentes
culturais a espaços de qualidade. Apenas para citar os dois
exemplos mais importantes,
refiro a remodelação do Fórum
Luisa Todi, a grande sala de espetáculos da cidade, e a construção da Casa da Cultura no
espaço histórico que pertenceu
ao Círculo Cultural de Setúbal.
Do ponto de vista social, além do
permanente trabalho de apoio a
instituições e acompanhamento
dos problemas mais complexos,
estamos a investir fortemente
na reabilitação dos Bairros da
Bela Vista, por via de uma candidatura a fundos comunitários
de mais de quatro milhões de
euros. Trata-se, na verdade, de
ações de reabilitação física dos
espaços, mas também de ações
de intervenção social nestas
áreas que esperamos possam
vir a ter efeitos bastante benéficos.
Portugal Inovador
Além da conclusão da requalificação da zona ribeirinha da cidade, quais os
investimentos municipais,
de
carácter
estrutural,
projetados para o ano de
2012?
Fizemos um enorme investimento na reabilitação da zona
histórica de Tróino e temos em
muito bom andamento a reabilitação da zona ribeirinha, uma
obra que é, de facto, marcante,
já que permite a reabertura de
um espaço bastante desejado
pelos setubalenses para fruírem
os seus tempos livres.
Os investimentos na Bela Vista, a par dos investimentos nos
equipamentos culturais são
também estruturantes, contudo,
o esforço de planeamento que
fizemos, por exemplo, para a
constituição de um Pólo Comercial no Monte Belo é um investimento estrutural de primeira
ordem que, tirando partido de
uma excelente acessibilidade,
está a conseguir, em tempos
de crise, excelentes resultados,
representando um investimento
superior a cem milhões de euros e a criação de mais de mil e
cem postos de trabalho diretos,
nos quais se incluem os que
serão criados pelo novo centro
logístico da Decathlon, cujas
obras estão a decorrer a muito
bom ritmo.
O investimento da Decathlon, com o seu Centro de
Aprovisionamento Logístico em Setúbal, é uma conquista que se destaca no
ano de 2011. De que forma
a Câmara Municipal de Setúbal tem potenciado este
investimento empresarial
no distrito?
Com uma grande agilidade na
análise das solicitações que
nos chegam, agilidade que,
contudo não confundimos nunca com facilitismo. O rigor na
análise destes processos é uma
das grandes preocupações da
autarquia.
Pela sua localização característica, Setúbal tem uma
vocação natural para a atividade portuária e para o
turismo. Em ambos os casos, quais os projetos de
relevo a decorrer?
A qualificação de partes do
nosso centro histórico, o investimento na zona ribeirinha, as
parcerias que estabelecemos,
por exemplo, com os restaurantes da zona ribeirinha para a
qualificação das suas esplanadas são fatores que contribuem
para uma maior atratividade turística de Setúbal. Temos uma
grande aposta em curso na nos-
sa promoção turística e, ainda
que não tenham sido iniciativas
municipais, apostámos bastante na eleição da sardinha como
maravilha da gastronomia nacional, assim como na eleição
do Portinho da Arrábida como
uma das Maravilhas de Portugal.
Assinámos, há dias, um protocolo com a Câmara Municipal
de Grândola para a promoção
conjunta de iniciativas capazes
de atrair turistas com base neste património natural que partilhamos, que é o estuário do
Sado. Aliás, mesmo antes do
protocolo tínhamos já ensaiado
a primeira parceria com a festa
de fim de ano nas duas margens
do Sado, que foi, na verdade,
um sucesso.
Página Exclusiva 29
Portugal Inovador
Rentabilizar, Optimizar
e Automatizar
A Gesticer S.A. é uma empresa certificada, com sede em Aveiro, que foi criada
com o intuito de apresentar ao mercado português soluções tecnológicas de
excelência.
zado, realizado sempre em parceria com o cliente. A agilidade
da estrutura criada permite prestar apoio e assistência técnica de
uma forma rápida, de norte a sul
do país.
Dadas as novas necessidades do
mercado, a Gesticer levou a cabo,
em 2010, um processo de renovação de imagem e integração de
novas áreas de negócio que vieram complementar a vertente da
cerâmica em que está especializada.
Nesta procura de novas soluções
de negócio António Teixeira, administrador da empresa, apresentou
à revista Portugal Inovador as três
grandes novas áreas de actuação:
a logística, o packaging e as soluções industriais.
Áreas de Actuação
O aproveitamento dos espaços,
através de um sistema de armazenamento vertical, é a solução
de logística mais requisitada pelos
clientes, visando a automatização
e optimização dos espaços.
Na vertente do packaging, a Gesticer promove uma gama de soluções para o final de linha e montagem, baseada em máquinas
Página Exclusiva 30
para a paletização e gestão de
movimentação interna. A solução
mais requisitada consiste num
equipamento que ajusta folhas de
cartão de tamanho standard à dimensão e ao formato do produto,
favorecendo assim a diminuição
dos stocks.
No âmbito das soluções industriais, a equipa de técnicos da
empresa está apta para comercializar e conceber soluções para os
sectores da indústria e serviços.
O apoio de grandes marcas internacionais com as quais mantém
uma relação de proximidade - a
System Packaging, Ferrari & Cigarini e Modula, etc - são garantia
de qualidade e assistência necessária aos clientes que procuram a
rentabilização do investimento em
detrimento do preço inicial da solução encontrada.
Composta por uma equipa de colaboradores experientes e especializados, a filosofia da Gesticer
assenta num trabalho personali-
Portugal Inovador
No caminho da “Excelência”
Todos os anos o IAPMEI, em conjunto com o Turismo de Portugal e instituições bancárias, distingue um conjunto de empresas com o
galardão PME Excelência.
O ano que passou não foi excepção. Em 2011 o estatuto PME Excelência foi atribuído a 1368 empresas, que em diversos sectores de
actividade se destacaram pelos melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão. Segundo o IAPMEI trata-se de “empresas
que apresentam rácios de solidez financeira e de rendibilidade acima da média nacional, que têm sabido manter altos padrões competitivos num contexto particularmente exigente e que estão a conseguir ultrapassar a crise com crescimento, consolidação de resultados,
e contributos activos na criação de riqueza e de emprego das regiões onde se inserem”.
Exclusiva
31 para o
A selecção das PME Excelência é feita a partir do universo das PME Líder, criando “um instrumento dePágina
visibilidade
acrescida
grupo de empresas que em cada ano se destaque pelos melhores resultados”.
Portugal Inovador
Eventos únicos
Organizar um evento requer experiência, mestria e know-how consolidado. São
estes os pilares que ancoram o conceito da Team quatro. Ao contratar os seus
serviços, o cliente poderá contar com criatividade, profissionalismo e com a
garantia de um evento memorável…
“Criatividade representa a emergência de algo único e original”,
dizia Anderson apelando ao espírito criativo. De facto, para criar
eventos lendários é necessário estimular o processo criativo em todas as fases. Concepção, desenvolvimento e produção são etapas
preponderantes para desenvolver
um evento e, deste modo, fazer
com que um sonho deixe de fazer
parte do plano imaginário e se torne realidade…
A experiência consolidada de 30
anos no sector de Irene Finken,
Isabel Pereira e João Silva deu o
mote para que, em 1991, a Team
quatro surgisse no mercado, arrogando uma estratégia: a conquista do mercado alemão. “Cerca
de 99% da facturação da Team
quatro reporta-se ao mercado alemão. É uma premissa nossa que
Página Exclusiva 32
todos os colaboradores dominem
a língua alemã. É o nosso principal mercado! Só concebemos
comunicar no idioma dos nossos
clientes. É a melhor forma de se
evitarem erros. No entanto, realizamos também alguns eventos
com empresas portuguesas; tivemos a honra de organizar os 100
anos da Bosch em Portugal, oportunidade que surgiu na sequência
de longos anos de contactos com
a Bosch Alemã. Temos uma forma
de trabalhar muito alemã e juntamos o melhor das duas culturas,
a precisão Alemã e espírito de
improvisação Português”, principia João Silva, sócio fundador da
Team quatro.
A Team quatro está completamente orientada para a organização
de eventos e de viagens de motivação, vulgo incentivos, tentando
organizar com a maior precisão
possível o sonho que o cliente tem
ao decidir-se por Portugal como
destino.
Porém, de acordo com o entrevistado, “o problema deste sector é
que o conceito de eventos se vulgarizou. Quando falamos de um
evento referimo-nos, por exemplo,
às cinco apresentações automóveis que realizámos recentemente em Portugal. A organização
destes eventos tem um tremendo
efeito multiplicador na Economia
do país, muito para além do aumento das taxas de ocupação
dos hotéis. São Autódromos,
restaurantes, empresas de hospedeiras, bombas de gasolina,
autocarristas, empresas de viaturas VIP, rent-a-cars, serralharias,
empresas de decoração, floristas,
empresas de produtos alimen-
Portugal Inovador
tares que estão envolvidas em
eventos deste tipo. Daí a dificuldade de quantificar os proveitos
do sector e o alheamento político
que ele merece, porque apenas
se referem sempre os hotéis. No
plano dos eventos automóveis,
estamos permanentemente em
concorrência com Espanha, Itália
e Grécia. Este foi verdadeiramente o ano de Portugal ao catalisar
sete eventos automóveis para
Portugal”, sustenta João Silva. E
representa a aceitação da capacidade de organização de empresas Portuguesas por parte dos
grandes construtores automóveis
mundiais.
Estimular os colaboradores de
uma organização é uma estratégia em voga na dinâmica de
muitas multinacionais. De facto,
recursos humanos motivados
traduzir-se-ão, inequivocamente, no aumento do rendimento.
Falamos dos incentivos, isto é,
viagens de motivação – uma das
áreas em que a Team quatro se
envolve. “Portugal não tem esta
tradição, no entanto, na Alemanha este tipo de prémios são habituais e considerados um excelente prémio ao desempenho. É
uma forma de motivar os colaboradores. Estabelecem-se metas
que culminam em viagens. Nós
organizamos esse evento para
as empresas alemãs ou através
de agências do sector na Alemanha. Somos no mercado alemão,
parceiros de referência em Portugal. Muitas multinacionais estrangeiras em Portugal já organizam este tipo de viagens, muitas
vezes organizada pela empresa
mãe. Porém, não tenho conhecimento que o patrão português o
esteja a fazer”, explicita o sócio.
“Também temos essa política internamente. Uma vez por ano organizamos uma viagem para os
nossos colaboradores, sem eles
terem conhecimento dos programas. É o ponto alto do ano para
nós, sócios da empresa, porque
temos de ser muitíssimo criativos por estarmos a organizar um
evento para pessoas que os organizam no seu dia-a-dia”, acrescenta com regozijo.
Criatividade, um imperativo!
Sendo a Team quatro uma empresa idónea no sector da organização de eventos, (comemora
este ano o seu vigésimo aniversário) a empresa pauta a sua actividade pela qualidade do serviço. Para tal, há factores que,
de acordo com João Silva, são
preponderantes para garantir o
sucesso e, consequentemente,
a fidelização do cliente: “Neste
sector é necessário ser-se criativo. No entanto, estamos limitados às infra-estruturas do país.
Na Team quatro gostamos de desenvolver o evento em torno de
um conceito que se interliga em
todas as vertentes. Em segundo lugar destacaria o amor pelo
detalhe como outra premissa básica. É na execução do detalhe
que está a qualidade do serviço.
Se durante uma estadia receber
uma chave do quarto do hotel
com o seu nome, este pormenor
vai valorizar a viagem. Se não
tiver, ninguém nota, mas estes
pormenores fazem a diferença e
representam um imenso added
value à viagem. É na personalização que reside a execução
do detalhe. Planeamento é outro
dos factores essenciais”.
“Faltam infra-estruturas
em Portugal”
Chegada a altura de planear um
evento, uma necessidade premente se impõe: a escolha do
local. Portugal, sendo um país
de contrastes, em que as pitorescas serras contrastam com a
paisagem idílica do Litoral, tem
muitas potencialidades para serem exploradas. Contudo, João
Silva considera que “faltam infra­­­‑estruturas no nosso país e este é
um factor que determina a perda
de competitividade de Portugal
em relação a Espanha. Já temos
muita coisa mas ainda assim, não
suficiente. Só agora começam a
aparecer os primeiros hotéis de
design em Portugal. E ainda assim muito concentrados. Por sua
vez, em relação às empresas de
catering há serviços de muita
qualidade, mas a apresentação
dos pratos tem de ser melhorada.
Na construção das unidades hoteleiras é uma pena não sermos
ouvidos na fase de construção
como parceiros. Fazíamos consultadoria a custo zero. Digo sempre aos hoteleiros que nos vejam
como parceiros porque as nossas
críticas são muito positivas e verdadeiramente construtivas”.
Assim, a Team quatro, através da
singularidade dos eventos que
organiza, em que a qualidade e
a satisfação do cliente são presenças inequívocas, granjeou o
reconhecimento dos congéneres
num sector tão competitivo como
é o da organização de eventos.
“Mantivemo-nos fiéis a um mercado quando toda a gente nos
desaconselhava por ficarmos demasiado dependentes de um só
pais. Hoje prova-se que a nossa
decisão não foi de todo errada.
Só se consegue organizar um
evento com qualidade se se conhecer a cultura das pessoas a
quem se dirige. E nós temos um
profundo conhecimento da cultura alemã, cultivada desde a nossa infância”, conclui.
Página Exclusiva 33
Portugal Inovador
Excelência de Serviço
Após a infelicidade de ver a empresa do pai declarar falência, dado o período
difícil que contemplou, António Cruz ajuda a erguer um novo nome merecedor
do mesmo grau de confiança por parte dos clientes. Juntamente com Carlos
Alves, António Manuel (responsável da secção Norte, Porto) e Hélder Caldeira
(responsável da secção Sul, Algarve), o negócio assumiu dimensões que se
estendem por todo o território lusitano.
A Gesticool é uma empresa que
surge pelas mãos da maioria
dos funcionários da antiga empresa, empregadora de António
Cruz, para dar resposta aos sectores directamente relacionados
com o frio. As 28 pessoas que
vestem a camisola da empresa,
vestem também a camisola do
Grupo Jerónimo Martins, mais
propriamente do Pingo Doce.
Não têm qualquer ligação para
além da habitual profissional/
cliente. No entanto, qualquer
um que trabalhe na Gesticool
sabe que deverá dedicação às
lojas Pingo Doce para bem servir um dos clientes que motivam
a cobertura nacional por parte
da empresa do frio.
Insere-se num ramo de actividade muito específico, incidindo na montagem de supermercados (instalação frigorífica).
Ou seja, a Gesticool procede à
verificação das instalações pretendidas, à manutenção estraPágina Exclusiva 34
tégica em benefício do cliente e
do trabalhador (tendo em conta
periodicidade e equipamentos),
bem como à instalação e/ou reparações necessárias em qualquer sistema de refrigeração
(desde câmaras frigoríficas a
máquinas de gelo ou supermercados). Bem analisada a essência do trabalho, é perceptível
a importância que atribuem ao
serviço de pós-venda, isto é, à
proximidade com o cliente e ao
acompanhamento do funcionamento dos equipamentos instalados. É imprescindível que
qualquer ocorrência seja devidamente reparada (solucionada
a 100%) e não apenas remediada, pois “cliente bem servido e
satisfeito é fiel”, clarifica António
Cruz. Similarmente, a resposta
imediata e com o menor equipamento possível consta de igual
forma na lista de preocupações
dos responsáveis pelo negócio.
Isto porque pode acontecer que
as lojas necessitem de se manter em funcionamento durante
as reparações não podendo,
por isso, perturbar os clientes
que nela circulem. Já para não
mencionar a necessidade de o
equipamento permanecer em
funcionamento a tempo inteiro.
“Temos que estar muito perto do
cliente”, explica. E como conseguir tudo isto? Com uma equipa
Portugal Inovador
experiente não só na matéria
teórica, mas de igual forma no
trabalho de terreno.
Com todas estas mais-valias, seria óbvio que o Grupo Jerónimo
Martins se quisesse fazer acompanhar pela Gesticool no seu
programa de internacionalização. Como tal aconteceu, a própria empresa já se demonstrou
disponível para o fazer rumo a
Colômbia, terreno que se espera
ser, em breve, conquistado pelo
“sítio do costume”. Do seu lado
continuarão, sem dúvida, valores como flexibilidade horária (a
disponibilidade abrange mesmo
as 24 horas diárias), agilidade e
rapidez no atendimento.
Importa referir que, no intuito
de melhorar continuamente os
seus serviços, a Gesticool tem
em funcionamento, por exemplo,
um sistema de gestão e controlo remoto de instalações frigoríficas nas lojas Pingo Doce: o
­A dapcool. Este possibilita a
análise do problema à distância, de forma a proporcionar a
possibilidade de resolução sem
deslocações ou equipamentos
extra. Os benefícios são vários,
começando nos custos mais
reduzidos para o cliente e na
maior brevidade do serviço para
o colaborador. Todas estas estratégias são importantíssimas
e com a finalidade de facilitar o
manuseamento das marcas escolhidas pelo cliente.
Foi com toda esta dedicação e
sucesso reconhecidos ao longo do tempo, que a Gesticool
pôde comemorar os dez anos
de existência no passado dia
1 de Março, contando já com
uma distinção de empresa PME
­E xcelência no seu currículo.
Página Exclusiva 35
Portugal Inovador
Aisi: uma empresa com futuro
Consolidar a posição no mercado nacional, facultando um serviço que responda
às necessidades do cliente é a missão que caracteriza o percurso da Aisi. Encarando o dia-a-dia como um novo desafio, a empresa alcançou a distinção de
PME Excelência. Um galardão que premeia a gestão criteriosa desta empresa.
Crescimento e sucesso são os
conceitos que melhor espelham
o percurso da Aisi – Aços Inoxidáveis do Centro. Direccionada
para a comercialização de aços
inoxidáveis, a empresa conta
com a experiência consolidada
de Aníbal Fernandes no leme um empreendedor, nascido em
Angola, que vê nas adversidades
do mercado um incentivo para
evoluir. “Aprendemos com a necessidade, a fartura destrói-nos”,
realça.
O know-how alavancado em 15
anos de presença no sector permitiu à Aisi interagir com diversos
sectores de actividade. Clientes
do sector dos vinhos, da cutela-
Página Exclusiva 36
ria, da construção civil, da celulose e do mobiliário para comércio
e indústria, são alguns dos que
elegem a Aisi como fornecedor
de aço inox.
Procurando inovar nos métodos
de trabalho, a Aisi é hoje uma
referência no mercado em que
actua. A sua actividade desenvolve-se na área dos produtos de
aço inox, nomeadamente, chapa,
tubos, barra, cantoneira, varão e
outros. Está equipada com linhas
de corte e esmerilamento de chapa, desde 2003. “Temos uma vantagem na nossa actividade, cortamos a chapa à medida do cliente
e um forte investimento em stocks
para satisfação das encomendas,
em prazos muito curtos. Compramos a matéria-prima, essencialmente, no mercado europeu.
Adquirimos a chapa em bobines,
de grande dimensão, e, cortamos
à medida que o cliente deseja, de
0,5 a 5 mm de espessura e até
2 mt de largura, regra geral nas
larguras standard”, explica Aníbal
Fernandes.
No horizonte deste empreendedor reside a ambição de manter
a Aisi no percurso sustentado
que tem pautado o seu caminho
até hoje. Neste sentido está já
em marcha a aquisição de uma
linha de transformação de bobines, desdobrando as bobines
grandes, em bobines de pequena
dimensão, podendo proceder ao
seu esmerilamento. Pretende-se
desta forma explorar um nicho de
mercado, em que algumas empresas preferem comprar a chapa
em bobine, para melhor rentabilizar o seu trabalho.
De acordo com o técnico de contas, Francisco Vidal, os valores
de facturação são satisfatórios: “A
facturação da Aisi ultrapassa os 4
milhões de euros. Houve, inclusive, um ano em que facturámos
aproximadamente 7 milhões. Registámos uma subida até 2006/7
e em 2008, por força da conjuntura do país, tivemos um decréscimo. Agora, considero que estamos num ponto de equilíbrio. Por
vezes o ajustamento de preços
do aço inox também influencia os
valores de facturação e isso não
pode ser esquecido”.
PME Excelência 2011, a Aisi revela um grande potencial de crescimento. Nas estratégias para o
novo milénio a preocupação com
a imagem da empresa não foi esquecida. “Estamos a trabalhar no
‘layout’ do nosso site para acompanharmos a evolução do mercado”, conclui Francisco Vidal.
Portugal Inovador
Ícone na gestão documental
Um projecto vitorioso – assim se pode definir a Fin-Prisma. Idealizado por
Jorge de Freitas e António Vale este projecto introduz no mercado tecnologias
de vanguarda, no âmbito da gestão documental, que vieram revolucionar os
métodos de trabalho.
Segurança e confidencialidade são
conceitos intimamente ligados ao
core business da Fin-Prisma. Uma
empresa que surge no mercado
em 1993 com o ímpeto de implementar soluções de ‘software’ e
prestar serviços na área da gestão
documental. “Em 1993, fundámos
a Fin-Prisma. A experiência que tínhamos no sector for determinante
para o sucesso. Hoje, dedicamonos ao desenvolvimento de ‘software’ de várias vertentes e fomos
orientados para tudo o que está relacionado com gestão documental.
Somos especialmente conotados
com essa área, embora tenhamos
antecedentes bastante mais amplos”, explica Jorge Freitas, gerente da empresa.
Com uma filosofia orientada para
agilizar o processo de negócio dos
clientes, o que, a posteriori, se irá
repercutir no aumento do rendimento, a Fin-Prisma conquistou a
confiança de importantes ‘players’
do sector da Banca. Porém, os
serviços disponibilizados pela Organização poderão ser utilizados
por entidades de diversos sectores. Tal como revela o entrevistado, “qualquer empresa que utilize
papel é um potencial cliente”.
A inovação é um dos ingredientes
que muito têm contribuído para
o sucesso desta empresa. Sob a
égide de Jorge Freitas, um empreendedor com perfil proactivo,
a Fin-Prisma “foi pioneira, e líder
absoluto durante muito tempo, na
implementação de um sistema de
digitalização de assinaturas. Temos uma vantagem em relação
aos concorrentes: não usamos
aplicações de terceiros. Desenvolvemos as nossas próprias aplicações, eventualmente comprando
tecnologia. Se pudermos fazer alterações que se traduzam na poupança de um segundo que seja,
nós fazemos. Qualquer segundo
ganho representa um aumento do
rendimento. As empresas que utilizam aplicações compradas não
têm essa possibilidade”, assegura.
O prestígio conquistado pela FinPrisma nestes quase 20 anos de
história permitem perspectivar um
futuro risonho para a tecnológica. “A tendência é que o papel vá
desaparecendo. Como o espaço
é caro as organizações têm de
adoptar arquivos digitais centralizados e um arquivo físico externo. No fundo, ajudamos o cliente
a poupar espaço e a desenvolver
o trabalho de forma mais célere”,
conclui.
Página Exclusiva 37
Portugal Inovador
“Melhores em qualidade,
prazo e preço”
A FATELEVA é hoje uma empresa dedicada ao fabrico de componentes metálicos para a indústria, em particular para a indústria de elevadores. Nasceu
em 1934, com a marca FORTIS, com a qual esteve no mercado até ao final
de 1992, sendo na altura a terceira maior empresa do seu ramo e a que tinha
melhor dispersão geográfica.
A partir dessa data, e portanto, nos
últimos 19 anos, a empresa saiu
do mercado de fabrico, instalação
e assistência técnica a elevadores, para passar a produzir, exclusivamente, componentes metálicos para a indústria em geral e,
em particular, para elevadores.
Tal como no negócio de elevadores, onde a empresa chegou a
ser líder, também neste novo segmento de negócio, manteve elevados padrões de qualidade, prazos
e preços, razões que justificam a
Página Exclusiva 38
fidelidade dos Clientes, ao longo
destes anos.
Desde 2007, com a actividade
económica em recessão constante no mercado ibérico, para onde
toda a sua produção se escoava,
foi necessário encontrar mercados alternativos, esforço esse dirigido para outros produtos, outros
Clientes e também para outros
territórios.
A empresa detém uma ampla autonomia financeira, característica
que lhe permite encarar o futuro
com alguma tranquilidade, quer
no que se refere à possibilidade
de pesquisa de novos mercados
quer na possibilidade de recorrer
à modernização ou à aquisição de
novos equipamentos, logo que o
mercado venha a justificar tal necessidade.
A FATELEVA tem hoje nos seus
quadros, uma equipe de menos
de 30 trabalhadores, com quem
conta para fazer frente aos próximos desafios, quaisquer que eles
sejam, uma vez que não estamos
disponíveis para deixar as distinções atribuídas pelo IAPMEI, de
PME LIDER EXPORTAÇÃO 2008
e de PME EXCELÊNCIA 2011, por
mãos alheias, e tão pouco nos
sentimos suficientemente conformados por essas distinções, para
desistirmos das futuras.
A capacidade de sobrevivência de
uma espécie é determinada pela
sua adaptação a novos alimentos,
quando aquele que habitualmente
consome se extingue. Porque vamos ser sobreviventes, procuramos agora novos clientes e novos
produtos, e essa é a nossa aposta
de curto prazo.
Portugal Inovador
Conquistar novos mercados
A completar 25 anos de existência, a RCL Caixilharia de Alumínios, Lda tem
procurado, cada vez mais, desviar a sua facturação para os mercados estrangeiros, de forma a colmatar a quebra sentida a nível nacional. França continua
a ser a aposta preferencial de Rui Lisboa, fundador da empresa.
Constituída em 1987, a RCL dedica-se ao fabrico e montagem
de janelas, portas, gradeamentos
e outros elementos em alumínio.
Rui Lisboa fundou a empresa, e
pouco tempo depois constituiu
sociedade com a esposa. Com a
gestão a cargo do casal, hoje a
RCL conta com uma equipa jovem
e dinâmica de 17 colaboradores, e
a formação é contínua.
A constante inovação tecnológica,
a certificação da empresa e a qualidade de produto final, aliada à
criatividade – isto porque, para Rui
Lisboa, nenhum trabalho é impossível de fazer antes de se tentar
– garantiram à RCL o sucesso no
mercado, tanto em Portugal como
além-fronteiras. Foi em 2001 que
a empresa se voltou para França.
“Fomos lá fazer uma instalação
numa obra, e aos poucos fomos
desenvolvendo a actividade. Os
métodos lá são um pouco diferentes e, por isso, foi muito importante ter logo desde o início um
contacto directo com o mercado.
O facto de ser um país com muitos
emigrantes portugueses tem facilitado, uma vez que grande parte
da nossa actividade em França
é desenvolvida com empresas e
particulares luso-descendentes”,
continua o responsável.
Rui Lisboa nota ainda que no mercado francês, em particular no
habitacional, a aposta na renovação e requalificação de edifícios é
cada vez mais uma realidade. “Só
essa parte representa um peso
considerável da nossa facturação
em França”, confirma, acrescentando ainda que “no nosso país,
ainda levamos algum atraso nessa área”. De referir que o mercado
francês já representa 43% da facturação total da RCL, e tem vindo
a compensar “a quebra de cerca
de 20% do mercado nacional,
sendo que para este ano de 2012
prevemos uma quebra ainda mais
acentuada”.
A actividade da RCL em França
centra-se maioritariamente na
região de Paris, mas a empresa
vai procurar estendê-la a outras
zonas de França. Também outros
mercados europeus fazem parte
dos horizontes da RCL, sobretudo
países onde existam comunidades portuguesas.
Para além disso, a empresa, que
foi durante três anos consecutivos
distinguida como PME Líder e é,
em 2011, PME Excelência, também olha atentamente para outros
pontos do globo. “Estamos a estudar a possibilidade de entrar no
mercado de Marrocos. Fizemos
um estudo, com o apoio da AICEP,
e parece-nos viável. Se conseguirmos singrar em Marrocos até poderemos, eventualmente, ter uma
porta aberta para outros países do
Magreb”, finaliza.
Página Exclusiva 39
Portugal Inovador
Conheça o terreno que pisa
Uma empresa 100% portuguesa com sede em Carnide, Pombal, que tem conquistado o mercado francês. “Trabalhar com rigor e profissionalismo é chave
do sucesso”, revela em conversa à revista Portugal Inovador, Sílvio Santos.
A Pisosol surgiu no mercado, em
2001, na altura em que o nosso
entrevistado, Sílvio Santos, decidiu criar um negócio próprio num
sector que tão bem conhece, o de
pavimentos industriais em betão.
Com uma abrangência nacional,
com especial enfoque na região
de Lisboa, a empresa sempre vingou pelos trabalhos de qualidade
realizados. Rapidamente o merPágina Exclusiva 40
cado português apresentou-se
como reduzido perante as ambições deste empresário de Pombal que, em 2003, deu início ao
processo de internacionalização
com a entrada em Espanha. Aí
se manteve durante um ano, até
assumir o compromisso de trabalhar em França, um mercado que
se apresentou bastante aliciante
pela envergadura e exigência das
obras, e, acima de tudo, pelo cumprimento dos compromissos. Hoje,
a Pisosol trabalha fundamentalmente neste país, onde tem sido
requisitada para assumir obras de
grande dimensão. Sílvio Santos
explica-nos como se procede o
contacto com as empresas: “Em
França existem agências especializadas em empresas de pavimentos, o facto de conseguirmos conquistar a confiança de uma delas
abre-nos portas para que possamos constar na lista de contactos
de muitas outras. Ao contrário de
Portugal, onde o melhor preço sobrepõe-se à qualidade, em França
os empresários optam por materiais mais resistentes e duradouros, ainda que mais caros”. Sílvio
Santos lamenta que a mentalidade nacional não mostre sinais de
mudança: “Neste momento muita da nossa concorrência está a
optar por caminhos que não me
parecem os melhores. Baixam os
preços em demasia, o que, para
ganhar obras, mesmo com produtos melhores e com maior qualidade de trabalho, se torna muito
complicado. O cliente cai no erro
de preferir o preço à qualidade…
Mas na prática o que acontece é
que as empresas acabam por fugir aos materiais que tinham acordado e quem fica mal servido é o
cliente e, em último caso, o país
que fica com pavimentos de má
qualidade”, lamenta.
Investimento em Tecnologia
Graças a um forte investimento
em equipamento e tecnologia, a
Pisosol tem colocado uma média
de um milhão de metros quadrados de pavimento por ano. Com
Portugal Inovador
um parque de 12 máquinas duplas (Bipal), 20 máquinas fagadoras/helicópteros e 10 máquinas de
corte, aliadas à frota própria de 15
carros, esta PME Excelência é já
um parceiro de confiança de muitos clientes. “Para além de sermos
procurados pela distinção do nosso trabalho, o facto de possuirmos
uma vasta frota de equipamentos
garante às empresas a rápida resolução de qualquer falha técnica”, comenta o empresário.
Com 75% do seu trabalho realizado em França, a Pisosol quer continuar a investir nesta região, não
tendo para já grandes ambições
em conquistar novos mercados.
“Tenciono manter a minha atenção
focada no mercado francês ao invés de partir à conquista de novos
mercados. Este país garante-nos
um trabalho regular com a certeza
de cumprimento de prazos de pagamento, assim como de todas as
condições estipuladas”. A título de
exemplo podemos referir três trabalhos de pavimentação realizados pela Pisosol: em Paris, a obra
de Cathelain em Chambourcy,
com cerca de 80000m2; em St.
Georges D’Esperanches (Lyon),
a obra PRD Distripole – ZAC Lafayette, com cerca de 66000m2; e
em Portugal, o parque de estacionamento da Escola C+S de Almada, com 12000m2.
Com cerca de 25 anos de carreira
e tendo a seu cargo uma equipa
de 50 funcionários, Sílvio Santos
assume que vai continuar a apostar no mercado francês durante os
próximos anos, sendo que a única
resistência que afirma sentir provém dos processos burocráticos,
inerentes a esta actividade, que
implicam inúmeros processos e
constantes renovações documentais tendo em conta que somos
dois países da União Europeia.
Página Exclusiva 41
Portugal Inovador
Comércio de máquinas,
ferramentas e gases
industriais e medicinais
Completados 35 anos de gerência de uma empresa com o êxito da Oxibeiras,
a alegria sobre aquilo que construiu não podia ser mais evidente nas palavras
de Manuel Luís Sousa. Para além de ser certificada desde o ano passado, foi
já distinguida pela terceira vez consecutiva como empresa PME Excelência e,
dada a credibilidade que tem conquistado ao longo do tempo entre fornecedores e clientes, será sem dúvida nestas bases de primazia que continuará a
traçar o seu futuro.
O princípio que Manuel Luís Sousa, sócio-gerente da Oxibeiras, implantou desde o início assenta em
construir com o que efectivamente
lhe pertence: “Este parafuso que
aqui está, enquanto não for liquidado, é dos fornecedores.”, esclarece como sendo uma das suas
mensagens mais repetidas. O certo é que se trata de uma empresa
de família com sucesso e que tem
já a próxima geração assegurada,
uma vez que o filho, Henrique Sousa, presta um forte apoio à sua administração há mais de dez anos.
Na área de soldadura acetilénica
e electrogénica, a Oxibeiras surge
pela escassez de gases industriais
no distrito de Guarda nos anos
Página Exclusiva 42
70. Manuel Luís Sousa já havia
dado conta deste problema desde
o seu anterior trabalho, pelo qual
tinha de fazer encomendas com
inúmeras limitações e transtornos
até obter, realmente, os gases de
que necessitavam. A inviabilidade
de continuar a parar o trabalho de
empresas pela falta dos recursos
fez com que o sócio-gerente se
dedicasse à ideia de desenvolver
uma empresa para a distribuição
de gases no distrito da Guarda.
Hoje, a cobertura efectua-se nesse
mesmo distrito, ao qual se soma a
zona Sul do distrito de Bragança e
a região Norte de Castelo-Branco.
Dividida em duas unidades, a empresa dá resposta a dois sectores
diferentes, sem nunca largar a distribuição de gases como veículo de
comunicação. A primeira, não por
uma questão de importância, diz
respeito aos gases medicinais e
traduz-se em tratamentos domiciliários por processos de oxigenoterapia, ventiloterapia e aerosolterapia. Relativamente a esta unidade,
resta-nos apenas dizer que há nas
ruas do distrito, três viaturas da
Oxibeiras a prestar, diariamente,
serviço domiciliário neste ramo.
Numa segunda unidade identificamos a área de enfoque da empresa, isto é, no que diz respeito aos
gases industriais surgem as máquinas e ferramentas para todo o
tipo de indústria, desde a serralha-
Portugal Inovador
mento comercial abastecido com
toda a maquinaria relacionada com
o sector industrial “desde o simples
berbequim à máquina para cortes
de madeira”, oficina de reparação
especializada e um armazém de
gases preparado para os dois sectores abordados, existem já planos
para continuar a crescer, o que, na
visão do sócio-gerente, implica o
aumento das instalações.
ria, à construção civil ou ao ramo
automóvel. Em ordem a prestar
os mais indicados serviços de manutenção, reparação e revisão da
maquinaria, a Oxibeiras destaca
uma equipa técnica especializada
para a montagem e instalação de
equipamentos, actuando ainda na
revisão, recarregamento e venda de extintores, e rebobinagem
de motores eléctricos. A frota de
que dispõe permite a entrega dos
produtos no local escolhido pelo
cliente, bem como a sua recolha
e posterior entrega nos casos de
reparação e manutenção. Note-se
que a carteira de clientes abrange o território espanhol e está a
preparar-se para abraçar o marroquino.
Com um escritório repleto de pessoas dedicadas, um estabeleci-
Página Exclusiva 43
Portugal Inovador
Tradição ao Serviço da Qualidade
A Casa dos Cereais-Natural é uma referência na área dos produtos para animais de companhia. Este negócio familiar com mais de setenta anos de história, atravessa já três gerações. A criação de novas instalações, num futuro próximo, permitirá dar um novo alento à actividade desta empresa de Espinho.
As raízes da Casa dos CereaisNatural remontam a 1938, quando
Joaquim Alves de Oliveira decidiu
montar um negócio voltado para o
retalho de produtos alimentares.
Entretanto, o filho mais velho, Waldemar Oliveira, apoiado pelo seu
irmão António Oliveira, entrou no
negócio e a actividade comercial foi
sendo aos poucos direccionada para
o sector dos animais de companhia,
com grande enfoque na comercialização de produtos alimentares e
acessórios para aves. No limiar de
um novo século, Fátima Oliveira, filha de Waldemar Oliveira, é já um
rosto emergente na empresa, representando a terceira geração à frente
do negócio da família.
“A nossa empresa importa e comercializa produtos complementares e
acessórios para aves e animais de
companhia. Fruto da necessidade
de evoluir, a nossa dinâmica comercial levou à criação de marcas próprias que nos permitiram conquistar
o reconhecimento do mercado ao
longo dos anos, tais como a Avicor,
gama de produtos para aves em
Página Exclusiva 44
geral, posteriormente a PetSmile,
mais direccionada para os roedores
e, por ultimo, a Excellent, mais vocacionada para a fauna europeia”,
informa Fátima Oliveira.
“O factor qualidade é o denominador comum, transversal a todas as
marcas. O que nos distingue é um
produto altamente especializado e a
boa qualidade das sementes. Primar
pela qualidade sempre foi uma prioridade da Casa dos Cereais-Natural
e prova disso é o facto de termos
clientes que nos honram com a sua
preferência há já mais de 30 anos”,
complementa Waldemar Oliveira,
que explica ainda que os clientes da
empresa são sobretudo petshops,
lojas de rua, armazenistas e até
mesmo fábricas, algumas das quais
recebem a mercadoria com as suas
próprias marcas.
“Os produtos da nossa empresa
chegam a todo o país e ao Norte de
Espanha. Na zona Norte fazemos
todas as entregas num raio de 100
km. Ao Sul do país chegamos sobretudo através de distribuidores”,
explica ainda Fátima. No entanto,
e porque nem sempre é possível
chegar a todo o lado, a empresa
vai disponibilizar dentro de sensivelmente um mês, a venda de produtos online.
A Casa dos Cereais-Natural tem
procurado conquistar novos mercados. Angola perfila-se agora no horizonte como um novo mercado de
exportação, e outros se seguirão. As
novas instalações, que vão começar a ser construídas em São Félix
da Marinha, vão permitir uma maior
dinâmica empresarial, ajudando a
uma maior internacionalização do
negócio, e não só.
“Com a nova unidade industrial,
uma maior automatização de processos e mais espaço disponível
para uma melhor gestão de stocks,
permitir-nos-á continuar a apostar
na melhoria da qualidade dos nossos produtos. A criação de um showroom, outro dos nossos objectivos,
ajudará a dar uma maior visibilidade
aos nossos produtos, permitindo
criar uma maior dinâmica comercial,
nomeadamente ao nível do atendimento ao cliente, mais eficaz e mais
rápido. Para finalizar, gostaríamos
tão-somente de referir que a Casa
dos Cereais-Natural foi recentemente distinguida como PME EXCELÊNCIA 2011, distinção que premeia o nosso esforço e dedicação
e que muito nos orgulha”, conclui
Fátima Oliveira.
Portugal Inovador
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Portugal Inovador
Vestuário Sportswear Vintage,
com excelência!
A Anjos e Lourenço dedica-se à confecção e exportação de vestuário exterior há
mais de vinte anos. A revista Portugal Inovador foi até Galegos - Santa Maria,
conhecer a empresa nomeada mais uma vez PME Excelência pelo IAPMEI.
João Anjos faz sociedade com o
seu irmão António Anjos na Anjos
e Lourenço desde 1990. Na altura,
ambos vendedores na área têxtil
decidiram embarcar na aventura
de formar uma empresa de confecções. Inicialmente com apenas
cinco colaboradores, a empresa
conta hoje com 45, grande parte
deles com cerca de 20 anos de
casa. Essa longevidade de equipa é de extrema importância para
o administrador João Anjos, que
considera ser uma das chaves do
sucesso da empresa: “Aqui somos
como uma família. Estamos muito
próximos dos nossos colaboradores e eles sabem que podem
contar connosco tal como nós
contamos com eles sempre que é
Página Exclusiva 46
necessário. Todos os passos que
damos são a pensar neles também”, confessa.
Primeiramente virada para o
mercado português, rapidamente a Anjos e Lourenço resolveu
virar‑se para o mercado externo
- exportando agora 100% da sua
produção - quando a concorrência
asiática começou a aparecer com
produtos de menor qualidade, no
entanto mais baratos. Para além
da deslocação dos clientes da empresa: “No ano de 2001 sensivelmente o nosso cliente começou a
deslocar-se para a Turquia e tivemos a necessidade de ir atrás. Até
aí não fazíamos exportações, mas
sentimos necessidade e em 2003
começamos a angariar novos
clientes e a ir em busca de outro
tipo de trabalho. Foi aí o arranque
da empresa como exportadora.
Até lá sentimos que foi um criar
de condições, de estabilidade e
know-how para depois conseguirmos dar o impulso”, diz o administrador. Neste momento a Anjos e
Lourenço tem os seus principais
clientes distribuídos pelo mapa
em pontos como Inglaterra, Alemanha, França, Espanha, Bélgica
ou Suíça.
A que trabalhar essencialmente
em vestuário sportswear vintage para uma camada média alta,
esta empresa prima pela qualidade dos seus produtos e pelo cumprimento de prazos: “O que nos
diferencia no mercado é a nossa
seriedade, respeitar na íntegra os
acordos e prazos estipulados com
os nossos parceiros comerciais, a
nossa postura de procurar sermos
inovadores nas nossas matérias e
o facto de estarmos sempre a apresentar algo novo aos nossos clientes. Não nos acomodamos. Este
sector é como uma autoestrada
com muito nevoeiro, sabemos que
o caminho é para a frente mas vemos mal e por isso temos que ‘conduzir’ com a máxima cautela para
chegarmos todos os dias ao nosso
destino” colmata João Anjos.
Portugal Inovador
Projecte o seu Lar
Construir residências modernas, bem localizadas e que garantam uma maior
qualidade de vida aos seus habitantes são as bases do trabalho produzido
pela Civilcasa.
A Civilcasa surgiu em 2004 como
um projecto de promoção imobiliária que integra a compra de terreno, construção e entrega “chave na mão”. Direccionados para
um público de classe média/alta,
estes empreendimentos são minuciosamente pensados, desde a
localização até aos pormenores de
carpintaria de autor. Procurando a
diferenciação por via da qualidade
e inovação, a Civilcasa conquistou,
desde cedo, um importante nicho
de mercado dentro do sector das
habitações de excelência. Dentro
da estratégia vertical que vinha sendo seguida - imposta pelo conceito
“chave na mão” – surgiu a necessidade de integrar a componente da
construção na dinâmica do Grupo
e foi criada em 2005 a Civilcasa II
Construções.
Mantendo uma política de trabalho
assente no acompanhamento criterioso de cada obra, a empresa
nunca se encarrega de muitos projectos em simultâneo, por forma a
garantir que todos os objectivos sejam cumpridos, dentro dos prazos
estipulados e com total controlo de
riscos.
A inovação está presente em cada
projecto com assinatura Civilcasa.
Com uma grande fatia dos empreendimentos situada em Aveiro, as
preocupações relacionadas com a
prematura deterioração dos mate-
riais, por influência da corrosividade marítima, conduzem, por exemplo, ao uso de materiais de elevada
resistência e durabilidade. A par
disso, a visita regular a feiras internacionais, que permitem acompanhar as tendências do mercado
e a colaboração com directores de
obra capacitados para desenvolverem projectos ao mais alto nível,
permitem à Civilcasa vingar pela
distinção e pela qualidade – falamos dos empreendimentos Bella
Spia, Casas de Sal, Vieira da Silva,
Vizione, Spazio, Milano, Quadra
entre muitos outros que podem ser
conhecidos no site da empresa.
Desenvolvendo carpintaria de autor, esta valência apraz muito ao
público-alvo da Civilcasa que procura qualidade, design, longe dos
produtos estandardizados. Outros
pormenores como a apresentação
de um contrato de condomínio antes do acto da compra permitem, a
todos os seus clientes, ter uma garantia da preservação da imagem
original dos empreendimentos.
Dados os certificados padrões de
qualidade e inovação apresentados ao mercado, o grupo Civilcasa rapidamente viu alargada a sua
vertente imobiliária, acedendo a
algumas requisições de privados,
assim como a candidaturas a obras
públicas através da Civilcasa II
Construções.
Em 2011, o grupo diversificou a sua
atuação desenvolvendo projectos
na área social como foi o caso de
um “Sénior Leaving”, na área do
turismo que apostou em hotéis termais e turismo rural no Algarve, e
um projecto de turismo no centro
histórico do Porto. Ainda em 2011,
expandiu para o Brasil, mais em
concreto para Florianópolis, estado
de Santa Catarina.
Com um crescimento na ordem dos
20% - entre 2010 para 2011, o Grupo Civilcasa alcançou no final do
ano passado o título de PME Excelência. Um prémio que vem reforçar
os alicerces seguros e a gestão rigorosa desta empresa portuguesa.
Página Exclusiva 47
Portugal Inovador
Soluções parceiras
do seu negócio
A respeito do Factoring, Miguel Mexia Vassalo, do Banco Santander Totta,
assegura que “o compromisso do BST é de oferecer um leque tão vasto quanto possível de soluções, assessorar o seu cliente na procura da solução ou
soluções ideais de forma a juntos potenciarem os negócios para o exterior”.
A Portugal Inovador foi averiguar de que modo.
Em que área se vem integrar
um projecto como este?
O Factoring de exportação vem integrar as soluções tradicionais de
apoio à Exportação das empresas
Portuguesas. O Banco Santander
Totta colocou à disposição dos
seus clientes a SOLUÇÃO EXPORTAÇÃO, que engloba, por via
directa ou de parcerias com terceiros, todos os serviços necessários
à exportação de produtos e serviços pelas empresas nacionais.
Em que alturas é aconselhável uma solução destas e
em que medida se torna uma
mais-valia para o Cliente Santander?
Considerando que produtos como
o factoring de exportação agregam
vários outros produtos dispersos
e que incluem na sua oferta partes fundamentais da venda como
a cobrança, assumpção de risco,
parceria na conquista de novos
mercados e antecipação de fluxos
de tesouraria. Sendo este um produto parceiro do negócio das empresas exportadoras é fortemente
aconselhável a sua utilização por
empresas com vendas recorrentes
para o mercado externo ou que
pretendam conquistar novos mercados e novos clientes, utilizando
para tal o Grupo Santander e a
sua presença mundial como factor
diferenciador e potenciador da expansão dos negócios.
Existe a possibilidade de solicitar um, ou mais, serviços?
O Banco Santander Totta dá liberdade total aos seus clientes de utiPágina Exclusiva 48
Portugal Inovador
lizarem um ou mais serviços que
incluem a Solução Exportação.
Cada cliente tem à sua disposição
vários instrumentos e conta com o
apoio do Banco na escolha técnica
da melhor forma da sua utilização
ou inclusive na montagem de outras estruturas adequadas à realidade específica de cada cliente.
O compromisso do BST é de oferecer um leque tão vasto quanto
possível de soluções, assessorar
o seu cliente na procura da solução ou soluções ideais de forma
a juntos potenciarem os negócios
para o exterior.
Quais as principais vantagens que exaltam na adesão
a estes serviços?
O Factoring Exportação inclui a
opção da existência de cobertura
de risco de crédito pelo factor, sendo este um dos pontos positivos
deste tipo de operações, em que
a assumpção de risco de não pagamento pelos clientes é assumida pela instituição financeira que
toma os créditos.
Os clientes Santander que utilizam
estes produtos ficam libertos para
focar a sua atenção na actividade
do negócio da empresa, deixando
ao Banco Santander a tarefa da
cobrança recorrente de créditos
dos seus clientes, uma vez que a
instituição financeira tomadora dos
créditos efectua directamente a cobrança aos devedores de mercado
externo directamente ou através
de congéneres ou entidades do
mesmo grupo económico.
Como principais vantagens, destacamos a possibilidade das empresas anteciparem as sua vendas
aos clientes de mercado externo
nas modalidades com ou sem recurso, permitindo esta última modalidade um impacto altamente
favorável nos rácios de autonomia
financeira da empresa aderente.
Trata-se de um produto parceiro
do negócio das empresas exportadoras, que oferece apoio jurídico
quando necessário à resolução de
“O Factoring continua cada vez a ser mais utilizado pelas empresas portuguesas de todas
as dimensões, o que comprova a sua permanente adaptabilidade às necessidades do tecido empresarial nacional.”
qualquer diferendo entre exportador e importador, e sobretudo
permite aos exportadores utilizadores do produto a conquista de
novos mercados em que as novas
hipóteses de negócio podem ser
avaliadas pelo factor antes da concretização e em tempo adequado
à sua concretização, isto é, podem
ser atribuídos limites de cobertura
de risco de crédito a novos clientes
previamente à concretização e entrega dos bens ou serviços.
Aliás, o Factoring continua cada
vez a ser mais utilizado pelas empresas portuguesas de todas as
dimensões, o que comprova a sua
permanente adaptabilidade às necessidades do tecido empresarial
nacional. Vê-se, claramente, que
a cobrança, a assumpção de risco
são tarefas que devem ficar atribuídas a especialistas nessa área
com know how e tecnologia para o
efectuarem de forma eficaz e profissional, e a gestão da tesouraria,
pela via da antecipação do recebimento das facturas, sobretudo na
modalidade sem recurso não incrementando o endividamento de
curto prazo das empresas, com as
respectivas consequências favoráveis a nível de balanço.
O Banco Santander Totta considera que as facturas que os clientes
têm a receber são um bom activo
e elegíveis para resolver deficiências de tesouraria ou atenuar crises de crescimento, acrescendo
que o financiamento bancário da
tesouraria é estático, não satisfazendo ao longo do ano todas
as necessidades das empresas.
Apresentam ainda sobrecustos no
caso de não utilização (comissões
de imobilização) nos momentos de
menor utilização nas quebras de
vendas e impossibilidade de utilizações superiores nos momentos
de pico de vendas. Contrariamente, o financiamento da tesouraria
via Factoring está automaticamente indexado às vendas das empresas a cada momento.
Qual o perfil das entidades
que poderão solicitar estas
soluções?
O Banco Santander Totta considera
como potenciais utilizadores as empresas portuguesas que exportem
bens ou serviços para o mercado
externo, que pretendam efectuar
as suas vendas de forma segura
e recorrente. Através da Solução
de Exportação são disponibilizadas várias soluções que podem ser
utilizadas de forma solitária ou em
várias combinações que, em conjunto, cumpram o objectivo principal do Banco Santander. O apoio e
dinamização das exportações portuguesas, colocando à disposição
dos seus clientes, além dos produtos já referidos, toda a rede Santander espalhada pelo mundo.
Em que casos pode/deve ser
solicitado o Factoring de Exportação?
O Factoring de Exportação é utilizável e adequado a empresas exportadoras ou que pretendem iniciar o
seu negócio de exportação com as
seguintes características:
- Vendas recorrentes
- Carteira de clientes estável
- Pretendam gerir de forma eficaz a
tesouraria
- Pretendam colocar em outsourcing a cobrança e risco de crédito
dos seus clientes.
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Portugal Inovador
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Portugal Inovador
“Globalização é um desafio
e uma oportunidade para a
actual geração”
Numa altura em que a conjuntura do país de Camões fustiga os ‘drivers’ financeiros, a panaceia aparenta estar na travessia transatlântica. As histórias
de quem se fez além-mar e prosperou aliciam os audazes portugueses. Em
entrevista, José Dinis Lucas, sócio fundador da Dinis Lucas & Almeida Santos,
afiança que a nova diáspora está “em ir e voltar. A melhor exportação que Portugal poderá fazer, com retorno, é dos serviços”.
Perfil
Ribatejano de alma e coração,
sonhou ser médico, mas foi na
arte de ‘ad vocare’ que encontrou o seu ofício. Cursou naquela que é a eterna cidade dos
estudantes, Coimbra. Envergou
a toga e abraçou o legado de
gerações de ‘advocatus’ que fizeram da palavra a sua maior
arma para defender Direitos, Liberdades, Garantias e promover
um bem comum: a Justiça. No
âmago traz a paixão pelo Direito
Comercial. Ele é José Dinis Lucas. Chegado à metrópole, Lisboa, fundou, com Margarida Almeida Santos, aquela que é hoje
a Dinis Lucas & Almeida Santos.
Uma Sociedade de Advogados
que edificou um percurso de sucesso e faz da personalização
da actividade um axioma pautado na sua história.
Nova era, novos desafios
“A sorte protege os audazes”‘Audaces Fortuna Juvat’ - pode
ler-se na Eneida, de Virgílio. É
este o lema de um povo que traz
no sangue a audácia dos navegadores portugueses. E é esta
a audácia que deve incitar os
portugueses a pisar novos territórios. Desbravar novas geografias economicamente promissoras é um desafio que se impõe
Página Exclusiva 51
Portugal Inovador
“Vivemos uma nova realidade e temos de a encarar como uma nova era. A advocacia tem de estar
ciente que tem de se adaptar. Como advogados
temos de ser, acima de tudo, consultores, já não
vamos dirimir do litígio. Esta profissão dá-nos
uma visão muito esclarecida e muito ecléctica
sobre vários aspectos, por isso temos essencialmente de saber aconselhar”.
face à volatilidade do mercado.
Neste contexto, apesar da tradição ancestral da actividade, os
advogados enfrentam um novo
paradigma: a adaptação a uma
nova era, onde conceitos como
a internacionalização e exportação proliferam. Na opinião do
causídico, alargar horizontes
é mais do que uma alternativa,
é uma necessidade! “Vivemos
uma nova realidade e temos de
a encarar como uma nova era.
A advocacia tem de estar ciente que tem de se adaptar. Como
advogados temos de ser, acima
de tudo, consultores, já não vamos dirimir do litígio. Esta profissão dá-nos uma visão muito
esclarecida e muito ecléctica
sobre vários aspectos, por isso
temos essencialmente de saber
aconselhar. Mais do que uma
advocacia preventiva, temos de
esclarecer porque, hoje, as pessoas estão cheias de dúvidas.
Os empresários não sabem o
que fazer. O que mais me preocupa é o que vai ocorrer com os
empresários e profissionais liberais porque eram classes que
não estávamos habituados a ver
reclamar. São pessoas que arriscaram, deram emprego a várias
e não têm suporte nenhum, nem
subsídio de desemprego. São
pessoas que demonstraram capacidade de risco, de sacrifício.
Que olhem fundo e percebam o
momento complicado que atraPágina Exclusiva 52
vessamos. Por vezes, fecha-se
uma porta e abrem-se duas, e é
aí que os advogados entram, na
abertura dessas duas portas. É
a inteligência que temos de exportar, não as empresas que estão descapitalizadas”, advoga.
Exportar a “inteligência”
No discurso das figuras proeminentes da economia portuguesa
ouvem-se arautos que apregoam que é na internacionalização
que está a fórmula do sucesso.
Porém, para José Dinis Lucas
a aposta não passa pela internacionalização das empresas,
mas sim pela exportação dos
serviços: “Quando o ministro
fala da exportação dos pastéis
de nata ou na emigração, há ali
uma realidade que tem de ser
encarada por todos nós. Hoje, a
melhor exportação que Portugal
poderá fazer, com retorno, é dos
serviços. A exportação da inteligência. Temos, de facto, gente
muito capaz, como engenheiros, jornalistas, professores e
advogados especializados, por
exemplo. A diáspora não é ir e
ficar. É ir e voltar. Para a nova
geração, com a abertura às novas tecnologias, à informática e
à Internet, o mundo tornou-se
pequeno. Hoje, com o fenómeno da globalização as distâncias
relativizaram-se. Temos de ir
para fora e trazer quem lá está
cá para dentro. E acho que isto
está a começar a acontecer”.
Em tempos idos, a estabilidade
e liquidez financeiras das empresas portuguesas potenciavam a entrada em economias
emergentes. Todavia, hoje esse
esforço poderá revelar-se falacioso em virtude das características dos mercados, como é
o caso do Brasil. “É um logro
pensar-se na internacionalização das nossas empresas. Elas
foram alavancadas pela banca
e, na actualidade, a banca não
tem capacidade para apoiar ninguém. Em realidades como o
Brasil - um país com moeda própria que protege o seu mercado – só é possível construir um
edifício com capitais próprios.
É impensável recorrer à banca
porque os juros são altíssimos.
O empresário português, que
sempre viveu dependente da
banca, porque foi culturalmente
criado assim, não pode chegar
com esta ideologia ao Brasil”,
afirma.
Brasil e Angola,
novos rumos
As epopeias alcançadas pelos
nossos antepassados aproximaram povos, culturas e línguas –
uma identidade cultural que faz
com que o povo português seja
conotado como “competente,
eficaz e empenhado”. “Brasil e
Angola são mercados importantes e complementam-se. Se há
um papel que me agrada é fazer
um interface entre estes dois países. Temos elementos comuns
a ambos, não é só a língua, mas
também o facto de termos estado lá. Temos de tentar fazer com
que Portugal seja a ‘city’ londrina. A ‘city’ das comunidades de
língua portuguesa. Quando se
vai para fora é necessário um
apoio local e torna-se necessário que um português faça esse
interface. Somos capazes de
aproximar interesses brasileiros
e africanos. Temos facilidade em
Portugal Inovador
fazer a junção dessas culturas”,
garante o entrevistado.
A inovação é o passaporte directo para os ‘players’ portugueses entrarem em novos
mercados. Neste desafio alémfronteiras importa, sobretudo,
exportar ideias inovadoras que
tenham receptividade no tecido
empresarial. “No Brasil a Europa continua a ter uma grande
força. Apesar de doente, a sofisticação é elevada e o mercado
brasileiro carece desta inovação”. A opinião é de José Dinis
Lucas. A presença consolidada
do advogado em terras de Vera
Cruz permite-lhe aconselhar os
portugueses: “Quem pretenda ir
para o Brasil e para Angola que
tenha algo novo para apresentar. Estou em S. Paulo e, de facto, é uma grande metrópole. O
Brasil é um país de contrastes e
no rosto de quem não tem grandes recursos não se vê tristeza,
vê-se esperança. Os caminhos
são difíceis, mas é esse o rumo.
Temos de perceber que a globalização não é só um chavão.
A globalização é um desafio e
uma oportunidade para a actual
geração. Vivemos num recanto
hipotecado e só o conseguiremos desipotecar se sairmos daqui, mas não é abandonando.
É conseguindo trazer para cá,
acrescentando valor. Em França
vi títulos como “Portugal, a autoestrada para o inferno”. Eu diria,
substituam por “Portugal, o caminho para o Atlântico”.
A presença no mercado brasileiro requer um conhecimento
profundo da legislação em vigor,
especialmente no que ao sistema fiscal diz respeito. Impostos
municipais, estaduais e nacionais, que podem oscilar durante
o ano, são factores que exigem
o apoio de um fiscalista, como
explica José Dinis Lucas: “No
Brasil o sistema fiscal é muito complexo. Se uma empresa
portuguesa pretende montar um
negócio, tem de ter apoio de um
bom fiscalista, até porque cada
estado tem impostos distintos.
É um país com uma cultura incrível. Para além de moeda própria, procuram proteger o mercado. Fazendo uma analogia,
aquele país é um pulmão”.
Parceiros que fazem
a diferença
‘Boutique Law’ é o conceito que
melhor define a filosofia da Dinis
Lucas & Almeida Santos. Confiança, empenho e contacto directo com os clientes são linhas
mestras que acompanham, passo a passo, o crescimento desta
sociedade de advogados.
A necessidade de assessorar
os clientes noutros países protagonizou o estabelecimento
de parceiras com sociedades
de advogados que partilhem a
mesma ideologia. Em França,
essa posição é garantida por
Langer- Netter-Adler. “Estou em
S. Paulo há cerca de um ano e
adoptei uma postura de cooperação com outra sociedade de
advogados brasileira. Pretendo
assessorar e não fazer concorrência. Em relação a França,
Pierre Netter foi vice-presidente
da Sociedade Europeia de Fis-
calistas e também está ligado
ao direito comercial. Netter é
também uma ‘boutique’ da advocacia. Na escolha dos parceiros tentamos seleccionar sociedades que partilhem a nossa
visão. Sempre pretendi ter uma
imagem de ‘boutique law’. Há
algo que temos de dar ao cliente, é a confiança que nos empenhamos 110% naquilo que ele
realmente necessita. Quem nos
procura quer que sejamos nós
mesmos porque a advocacia
ainda é uma actividade muito
personalizada. Sempre resisti
à tentação da minha sociedade
de advogados se tornar numa
mega sociedade. Entendo que
esta dimensão é a ideal para
podermos acompanhar os clientes”, reitera.
Futuro promissor
“Gostava de ver a sociedade
numa solução de continuidade
daquilo que é hoje. Quero vêla com a mesma filosofia, como
uma ‘boutique’ da advocacia.
Temos de continuar a crescer
aqui, mas ir além do Atlântico,
é esse o caminho. À nova geração aconselho que pensem na
realização enquanto pessoas.
Temos de sentir que naquilo que
fazemos está muito de nós”, enfatiza José Dinis Lucas.
Do Ribatejo, a terra que o viu
nascer, ao Brasil o causídico
edificou uma longa história. Uma
história onde flutuam desafios,
conquistas e a ânsia de continuar a advogar causas. Uma
história que ainda terá muitas
folhas por escrever…
Página Exclusiva 53
Portugal Inovador
Advocacia Além-Fronteiras
Fundada em 2006, a FALM – Ferreira de Almeida, Luciano Marcos & Associados, cuja actividade está sobretudo orientada para o Direito Público, está a
expandir o seu raio de acção aos PALOP, em particular a Moçambique. António André Martins, sócio da FALM, falou à revista Portugal Inovador sobre os
projectos desta sociedade.
Como surgiu a FALM – Sociedade de Advogados e, de
uma forma geral, como tem
sido o percurso da sociedade
até aos dias de hoje?
A FALM é uma sociedade de advogados, constituída em finais de
2006, que resultou da associação
dos seus quatro sócios José Mário Ferreira de Almeida, Luciano
Marcos, Paulo Dias Neves e António André Martins. Nestes quase
seis anos de actividade foi possível constituir uma equipa forte,
afirmando-se hoje como um player
inequívoco nas áreas em que decidiu centrar a sua actividade.
A FALM está orientada para o
Direito Empresarial e Direito
Administrativo. Como descreveria estas áreas e quais
as são as vertentes que assumem maior importância no
contexto da sociedade?
Não somos um escritório generaPágina Exclusiva 54
lista, estamos orientados e focados
em determinadas áreas do Direito,
com particular enfâse no Direito
Público. Neste sentido, a actividade do escritório está direccionada
para o urbanismo, planeamento e
contratação pública. A assessoria
a empresas e o Direito dos recursos naturais, e em especial o direito da energia, são também áreas
fundamentais da nossa actividade.
Nesta área saliento o contributo que foi pedido recentemente à
FALM para a revisão da legislação
do sector eléctrico.
A FALM está também a estudar a entrada em novos mercados, como é o caso de Moçambique. Como surgiu essa
oportunidade e qual é a estratégia da sociedade de entrada em novos mercados?
Fechamos no corrente mês uma
parceria com um escritório moçambicano, a Marroquim, Nkutumula,
Macia & Associados. Trata-se de
uma sociedade constituída por jovens advogados moçambicanos
com uma sólida formação académica, uma ligação importante ao meio
universitário que a FALM sempre privilegia e uma relevante experiência
profissional em algumas das áreas
que constituem o núcleo da nossa
actividade. Esta parceria acaba por
ser uma resposta a solicitações de
clientes que estão ou pretendem estar no mercado moçambicano e que
desejam contar com a nossa colaboração fora de Portugal. A estratégia de celebrar uma parceria surgiu
como algo natural. Temos um conjunto de competências em áreas específicas do Direito que, agregadas
a uma forte experiência local, podem
ser uma mais valia em qualquer parte do mundo. A forma mais rápida
de adquirir o know how jurídico local
e de permitir um arranque forte de
uma estrutura seria necessariamente através de uma parceria.
Em Moçambique, como em outros
novos mercados, seguimos uma estratégia próxima da que adoptamos
para o mercado nacional, isto é,
procuramos agregar competências
para responder a necessidades.
Para além de Moçambique,
pensam abordar outros novos
mercados? Quais e porquê?
Os mercados naturais para os
advogados portugueses são fundamentalmente os PALOP, particularmente pela proximidade dos
ordenamentos jurídicos e pela natural relação que a língua proporciona. Além disso é o destino quase
natural das empresas portuguesas
Portugal Inovador
que se internacionalizam ou que
pretendem colocar no exterior o
que produzem. É o que se passa
com alguns dos nossos clientes.
Qual a visão que a FALM tem
sobre o actual estado da justiça portuguesa, em particular nas suas áreas de actuação?
A justiça portuguesa tem um longo
caminho a percorrer para se poder transformar numa ferramenta
efectiva da economia e da resolução dos problemas das empresas
e dos cidadãos. O principal problema neste momento é a morosidade
excessiva na resolução de litígios.
Infelizmente, a resposta para os
problemas na justiça tem sido uma
contínua modificação e criação de
leis que não resolvem, mas apenas agravam os problemas, gerando dúvidas na interpretação e
incerteza na economia. A resposta
ao problema é complexa, mas parece-me que passará por uma mudança de mentalidades de alguns
operadores judiciários e por uma
postura mais assertiva por parte
das magistraturas judiciais.
A FALM mantém algum tipo
de parcerias com instituições
de Ensino Superior? De que
forma é que estas se concretizam?
Existe uma ligação antiga à Faculdade de Direito da Universidade
de Lisboa onde um dos sócios,
José Mário Ferreira de Almeida,
foi docente quase duas décadas,
ligação que permanece através
do Instituto de Ciências JurídicoPolíticas, em particular nos cursos
de pós-licenciatura. Um dos associados da FALM, o Professor João
Miranda, é docente nessa mesma
escola. Este ano a FALM patrocina
e colabora num curso inovatório
sobre o Direito da Água, promovido pelo Instituto de Ciências Jurídico Políticas da Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa,
no qual se abordarão aspectos do
respectivo regime jurídico. Neste
curso leccionam, pela FALM, José
Mário Ferreira de Almeida, Luciano Marcos e João Miranda.
Que mensagem gostaria de
deixar aos jovens leitores da
nossa revista que pretendem
enveredar por uma carreira
no mundo da advocacia?
A primeira mensagem para os jovens que terminem o curso de
Direito é esta: deve apostar na
advocacia quem sinta que tem vocação para exercer esta profissão.
Depois, para aqueles que nela
querem conscientemente entrar,
que não se deixem amedrontar
pelas muitas dificuldades de um
interminável estágio. Por último,
diria ainda que é essencial apostar num estágio que lhes permita
obter o que não se consegue nas
faculdades, isto é, uma sólida formação prática.
Quais os projectos de futuro
da FALM?
Está nos nossos planos aumentar,
de forma sustentada e gradual, a
estrutura da sociedade para corresponder, da melhor forma, às
exigências dos clientes. Pretendemos continuar a investir na formação dos recursos humanos que
são o principal activo da FALM.
Estamos atentos às mudanças estruturais que estão a verificar-se na
advocacia fruto das alterações do
mercado e de novas necessidades
dos clientes. Apostamos em sectores como os recursos naturais,
a energia, as telecomunicações e
o ambiente, áreas onde já trabalhamos mas que constituirão cada
vez mais um dos pilares da nossa
actividade.
No plano internacional apostamos,
como referi, em consolidar e afirmar o nosso projecto em Moçambique. Pretendemos ajudar a construir um escritório que seja dentro
de dois anos uma referência nas
áreas do Direito que constituem o
core da nossa actividade e onde
adquirimos mais competências. É
este o grande desafio que lançámos aos Colegas que constituem
a FALM e aos que são nossos parceiros naquele país. É aí que vamos centrar os nossos esforços.
Página Exclusiva 55
Portugal Inovador
Conservadorismo,
Rigor e Qualidade
Com uma tradição familiar no Direito que remonta a vários séculos, a Albuquerque & Associados, voltada para a advocacia de negócios, é hoje uma
das sociedades de advogados mais conceituada do país, pautando-se sempre
pelo rigor e qualidade da sua actuação.
Uma vida dedicada ao Direito
Alexandre Albuquerque concluiu a licenciatura em Direito em 1985, na Universidade Católica de Lisboa. Conta que quando estudava, teve “uma paixão pelo Direito enquanto ciência
jurídica e um chamamento nos aspectos da dogmática, sem, no entanto, perder o gosto pela
prática”.
Durante vários anos conciliou a vida académica com a vida no escritório. “Leccionei na Faculdade de Direito de Lisboa entre 1985 e 1998 e na Universidade Católica entre 1991 e 2002.
Fiz a minha carreira académica de forma muito empenhada e até apaixonada, sem nunca
descurar os casos que tinha no escritório dentro das minhas áreas de actuação, o Direito Público e o Direito Administrativo”, explica. Alexandre Albuquerque tirou o Mestrado em 1990 na
Faculdade de Direito de Lisboa, na menção de Jurídico-Políticas em Direito Administrativo.
A isto, seguiu-se “uma experiência muito aliciante e enriquecedora” enquanto membro do
grupo de assessores da Presidência do Conselho de Ministros do governo de Cavaco Silva
(de 1993 a 1995), estando a seu cargo a área do Direito Público.
Quando “a roda dentada da advocacia se foi tornando cada vez mais exigente e absorvente”,
Alexandre Albuquerque viu-se obrigado a deixar de parte a vida académica. “Concluí que não
era possível conciliar o que não era conciliável. Apesar de ser esse o meu gosto e o meu objectivo, tive que optar”. No início do século XXI, o advogado colocou termo à sua colaboração
académica.
“Devo dizer, no entanto, que todas as noites, ao fim de um dia de trabalho, estudo. Todos
os anos vou a Itália ou a Espanha para comprar livros. Mantenho esta chama e gosto pela
investigação e ciência jurídica e, uma vez por outra, escrevo alguns artigos e comentários”,
salienta.
Página Exclusiva 56
A Albuquerque & Associados
é uma das sociedades de advogados com mais história na
área da advocacia de negócios
em Portugal. Apesar de ter sido
constituída nos anos 80, as raízes da sociedade remontam a
origens longínquas, não tivesse
a família Albuquerque uma tradição secular de Direito que já
vem do século XVII.
No entanto, colocando a tónica
nas décadas mais recentes, Alexandre Albuquerque, que, a par
do irmão, Pedro Albuquerque,
é um dos dois sócios, explica
que “esta sociedade, tal como
grande parte das sociedades de
advogados portuguesas, teve
a sua génese nos tradicionais
escritórios de advogados que
foram surgindo nas décadas de
50 e 60. Na altura, o trabalho
era desenvolvido por advogados
a título individual, num contexto
de uma profissão liberal pura,
mas juntavam-se em pequenos
grupos, para partilhar despesas. Entretanto, nos anos 80,
com o crescente investimento
estrangeiro que se verificou no
nosso país, aliado às privatizações que, também nessa altura,
foram tendo lugar, as empresas
começaram a sentir a necessidade de solicitar cada vez mais
serviços e apoio jurídico numa
gama muito mais ampla”. Foram
estas necessidades que levaram a uma reorganização dos
escritórios de advogados, dando origem às sociedades que
hoje existem.
Portugal Inovador
Clientela de Topo
A sociedade tem, desde a sua
constituição, “uma vocação tradicional muito voltada para uma
clientela estrangeira de primeira linha, de onde se destacam
as grandes multinacionais com
actividade em Portugal e alguns
dos principais grupos económicos nacionais”. Alexandre
Albuquerque sabe que “o que
é moderno está na moda, mas
nós pautamos a nossa actuação
pelo nosso conservadorismo,
imagem de rigor e qualidade. E
sabemos que os nossos clientes apreciam e privilegiam essa
maneira de estar”.
O advogado entende que “as
empresas solicitam, cada vez
mais, uma grande panóplia de
serviços jurídicos, inclusive áreas, até hoje, menos tradicionais,
como é o caso, por exemplo, do
Direito Penal e do próprio Direito do Trabalho. Nos dias que
correm, com a criminalização
da actividade económica, o Direito Penal assume uma importância enorme, uma vez que os
gestores estão sob a mira das
autoridades de investigação criminal, pela forma como gerem
as empresas. Também o Direito
do Trabalho tem ganho relevo,
sobretudo com a restruturação
das empresas que se tem vivido”. Junte-se a estas áreas “o
que é mais tradicional – Direito
Fiscal, Direito de Contractos e
Obrigações, toda a parte relacionada com aquisições de empresas e, não em menor medida,
o Contencioso, que é uma área
que se desenvolveu muitíssimo
e que, há cerca de 30 anos, era
residual na Advocacia de Negócios”. A Albuquerque & Associados tem, efectivamente, só no
departamento de Contencioso,
uma equipa com 14 pessoas.
Não esquecer a “área querida”
de Alexandre Albuquerque, o
Direito Administrativo, onde a
sociedade “tem acompanhado
privatizações, concessões, parcerias público- privadas, entre
outros”.
A experiência internacional da
sociedade, através do contacto
com os seus clientes, é muito
significativa, e o trabalho noutros mercados não é uma novidade.
“Angola é um mercado muito
aliciante, e as empresas portuguesas têm feito grandes esforços de investimento no país.
No entanto, não é possível ter
advogados portugueses lá a
exercer sem que estejam inscritos na Ordem de Advogados
de Angola. Por isso, o nosso
trabalho é desenvolvido através
de parcerias, ainda mais porque
não há um fluxo de clientela em
Angola que obrigue à criação
de uma estrutura física. No entanto, ressalvamos que estas
parcerias não são constituídas
atomisticamente, são parcerias
que podem ter várias décadas
com um fluxo recíproco de clientela e que evitam investimentos,
sobretudo em alturas de grande
indefinição e incerteza”, atenta
o responsável.
O jus científico
A actividade empresarial pautase, cada vez mais, por enormes
exigências, e por isso, na Albuquerque & Associados “a prontidão da resposta é absolutamente crítica e muito valorizada
pelos nossos clientes. E, mais
até que uma resposta rápida,
tem que ser uma resposta rápida e com qualidade”.
A sociedade tem vindo a ser premiada por diversas vezes, sendo uma das mais recentes distinções o Prémio Administrative
Law Firm of the Year, atribuído
pela publicação Global Law Experts. Para o responsável, “são
prémios muito gratificantes e
representam o reconhecimento
do nosso trabalho, que pretendemos que seja sério, intenso
e adequado, respondendo integralmente às solicitações dos
clientes”.
Se, no escritório, a maior visibilidade é “a do Direito prático,
feito pelo advogado que está
Página Exclusiva 57
Portugal Inovador
mais próximo da parte dos sócios e que, por isso, dá mais
credibilidade”.
Recentemente, a Albuquerque &
Associados deu um grande salto
com a mudança de instalações,
em Junho do ano passado, para
a Calçada Bento Rocha Cabral,
próximo do Largo do Rato, em
Lisboa. “Demos um passo muito
grande com este investimento,
que nos vai permitir continuar
a crescer de forma orgânica e
sustentada, fazendo uma gestão absolutamente rigorosa. O
objectivo é sempre melhorar e
oferecer aos nossos clientes,
cada vez mais, um serviço de
qualidade”, conclui.
Mensagem aos jovens
licenciados em Direito
Tanto pelo seu longo historial como pela
actualidade, a Albuquerque & Associados
mantém “relações muito próximas com a
Faculdade de Direito da Universidade de
Lisboa e com a Faculdade de Direito da
Universidade Católica”. A sociedade tem
vindo a apostar no acolhimento de estagiários, particularmente através de estágios
de Verão.
Alexandre Albuquerque reconhece que “os
tempos não são fáceis, muito menos nesta
área. Há um grande número de faculdades
de Direito que, todos os anos, lançam milhares de licenciados para o mercado”. Aos
jovens que pretendem seguir uma carreira
no mundo da Advocacia, em particular na
‘na trincheira’”, para Alexandre
Albuquerque “é absolutamente
essencial que a sociedade tenha uma bateria de profissionais capazes de estudar a ciência jurídica e de olhar para os
problemas de um ponto de vista
dogmático, trazendo-nos um jus
científico que é essencial no
tratamento e êxito dos casos.
Acreditamos que esse background é um dos elementos do
nosso sucesso”.
Com uma equipa “suficientePágina Exclusiva 58
mente alargada para cobrir todas as áreas que abarcamos
mas, ao mesmo tempo, não excessivamente numerosa, que de
alguma forma possa diluir o controlo da qualidade”, a sociedade possui dois departamentos,
cada um deles encabeçado por
Alexandre e Pedro Albuquerque,
em que “as respectivas equipas
trabalham directamente com os
sócios, em estruturas flexíveis.
É uma forma de trabalhar que
permite um acompanhamento
área dos negócios, Alexandre Albuquerque
deixa o conselho: “há algo incontornável,
que é saber línguas. O domínio, pelo menos, do inglês, é essencial, e, hoje, cada
vez mais, o mandarim começa a ser crucial. Para além disso, com a chegada do
Processo de Bolonha, os jovens chegam
ao mercado de trabalho cada vez mais novos e, por isso, recomendo fortemente que,
dentro das áreas que gostem, façam pósgraduações, que se especializem. E que
estudem brutalmente, porque a competição
é muito grande”.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 59
Portugal Inovador
Uma escola, o desenvolvimento
de uma região
Apesar dos tenros 26 anos, o Instituto Superior Politécnico de Viana do Castelo
(IPVC) pode vangloriar-se por estar já entre as melhores escolas de Portugal.
Seja pela qualidade dos seus projectos de ensino/formação, construídos pela
total entrega de professores, alunos e funcionários, seja pelo conhecimento
que produz, projectos que promove; seja, ainda, pelo vasto e rico património
edificado que possui, o IPVC é uma referência. Exala, ainda, a instituição, um
propósito distintivo: tudo o que aqui se estuda, realiza ou defende parece ter
um único destino ou causa – o desenvolvimento deste Alto Minho, região cujo
valor maior são as suas pessoas, dotadas de uma forte e única identidade
cultural, riqueza e diversidade de recursos e paisagem, potencialidades que o
IPVC pretende que se convertam em riqueza e bem-estar das suas gentes.
Os números comprovam-no. A instituição vem batendo, ano atrás de
ano, o record no número de alunos
que a frequentam, tendo passado
em pouco tempo de menos de 1000
alunos e cerca 60 professores para
os seus actuais 4500 alunos e mais
de 350 professores. Cerca de 60% a
70% destes professores, garante Rui
Teixeira, presidente do IPVC (com
indisfarçável ponta de orgulho), serão doutorados dentro de 1 a 2 anos,
fruto do trabalho e do mérito dos próprios mas também reflexo da ajuda
e do grande empenho da instituição
na sua formação avançada durante
a sua liderança. Os restantes serão
docentes especialistas recrutados
no melhor do mundo do trabalho. “A
qualificação e o dinamismo dos nossos funcionários, formadores e investigadores são a maior garantia da
Página Exclusiva 60
qualidade da instituição”, refere ainda
o presidente. O ensino/formação, a
produção e difusão de conhecimento,
a prestação de serviços especializados à comunidade, desde o social, ao
artístico, ao tecnológico e ao cultural
são caminhos por onde a instituição
corre em paralelo. Rui Teixeira releva
a importância deste último aspecto:
“O acesso à cultura não é fácil numa
região como a nossa, mas é decisiva
à defesa do nosso valor maior – a riqueza da nossa identidade – e, como
tal, impõe-se como tarefa soberana à
instituição, de par com todos os diversos players sociais, obviamente. Enquanto instituição de ensino superior
temos a ‘responsabilidade social’ de
manter (renovando) o que vindo dos
tempos teve a força de permanecer,
testemunha o nosso percurso e, sobretudo, envolve-nos na certeza do
sucesso do nosso futuro – feito, de
modo atento e aberto, por nós.
É convicção de Rui Teixeira que o
facto de IPVC ter elegido o desenvolvimento da região como a sua causa estruturante e estar presente na
diversidade de áreas e projectos por
onde se constrói a modernidade do
Alto Minho atraiu os jovens da região
e as suas famílias que, hoje, conhecem bem e identificam-se com a instituição. “Cerca de 60% dos nossos
alunos – refere o presidente do IPVC
– são oriundos do distrito de Viana
do Castelo. Acreditamos que é mais
do que uma questão de proximidade
geográfica. Sentimos que se trata de
uma escolha declarada e consciente.
Sentimo-nos escolhidos pelos alunos
e pelas suas famílias, as quais, hoje,
se cruzam com a nossa actividade na
generalidade dos sectores de actividade onde a nossa qualidade é reconhecida e que se habituaram a olhar-nos
com apreço e até reconhecimento.
Sendo este facto um alento é, concomitantemente, uma tremenda responsabilidade e um empolgante desafio.
Ao sermos os responsáveis pela
formação do melhor que temos, que
são as nossas pessoas, tornamo-nos,
igualmente, nos principais cúmplices
pela qualidade do nosso futuro.”
O IPVC estende-se por quatro dos
dez concelhos do distrito (Viana,
Portugal Inovador
Ponte de Lima, Valença e, recentemente, Melgaço com a Escola de
Desporto e Lazer). Sendo interminável a discussão sobre as vantagens/
inconvenientes dos modelos campus
único versus modelo disperso, como
o do IPVC, Rui Teixeira considera a
discussão extemporânea e diz que
prefere concentrar-se e valorizar as
vantagens do modelo descentralizado em que se organiza a sua instituição. “Múltiplos estudos recentes enfatizam a importância da presença de
uma unidade de ensino superior, por
pequena que seja, para a dinâmica
de desenvolvimento duma região. O
modelo descentralizado do IPVC e a
apropriação da região que tal lhe permite é um dos nossos pontos fortes.
A massa crítica que possa ficar prejudicada, segundo algumas correntes, neste modelo descentralizado, é,
hoje, ao nível do ensino superior e a
meu ver, pouco valorizável. O conceito de massa crítica no ensino superior
alterou-se e mede-se, hoje, pela qualidade da rede (global e planetária)
que uma escola seja capaz de construir através do bom uso que faça dos
intermináveis recursos de que hoje se
dispõe. No mundo das redes sociais,
a proximidade física entre escolas ou
pessoas num campus universitário é
irrelevante para o sucesso do trabalho
que nele se produz”.
O IPVC abarca praticamente todas
as áreas de actividade. Forma em
Educação, Saúde, Ciências Agrárias,
Tecnologias, Ciências Empresariais,
Desporto e Lazer. Esta última escola
superior é a mais recente e “absolutamente única no panorama nacional”,
segundo Rui Teixeira, pelos recursos
humanos e condições naturais e edificadas de que dispõe para a concretização da sua missão. Esta escola
teve a coragem de, pela primeira vez
em Portugal, se inscrever no nome de
uma escola a palavra Lazer, conceito
tão fundamental e com quase tudo
por explorar do ponto de vista da formação.
Projectos
O IPVC tem projectos de grande rele-
vo em curso em quase todas as áreas
de formação e investigação em que
desenvolve a sua actividade, implicando funcionários, alunos e professores. Tradicionalmente os projectos
do IPVC situavam-se nas áreas mais
tecnológicas (energias, redes e sistemas informativos, resíduos sólidos,
sistemas de informação geográficos,
biotecnologia e ambiente, tecnologia
alimentar), progressivamente foram‑se alargando a outras áreas como as
ciências agrárias, educação, saúde,
artes, ciências sociais e empresariais.
Pela sua importância, e por ser dos últimos desafios, refere-se o programa
de Capacitação das Redes Sociais do
Alto Minho em parceria com a Comunidade Intermunicipal, Segurança Social e In.Cubo (Incubadora do Empresas de Base Tecnológica), programa
de importância extrema para a modernização e racionalização da acção
social no distrito.
Refere-se, ainda, pela sua significância, projectos directamente com empresas como a FRULACT, uma das
mais modernas e internacionalizadas
empresas do sector alimentar com
quem o IPVC constrói, em parceria e
numa das suas fábricas, um dos mais
modernos laboratórios ao nível da engenharia alimentar.
A criação de uma nova cultura para
a capacidade de empreender (empreendedorismo) é uma das tónicas
de formação e área de projectos do
IPVC. A propósito, e pelo seu simbolismo, refere-se participação do IPVC
e com o maior empenho no concurso nacional do “Poliempreende”, de
todos conhecido; na “Educação para
o Empreendedorismo”, projecto-piloto
e inovador em parceria com a CIM Alto Minho, Agrupamentos de Escolas do Distrito e Associação Coração
Delta; no “Start-up Programme - Junior Achievement”, e, por fim, no projecto “Growing Up”, com as Escolas
­Profissionais do distrito de Viana do
Castelo.
Pela sua importância e simbolismo,
ainda, e por ser uma causa do IPVC/
Escola Superior Agrária (o desenvolvimento rural), juntamente com a
Universidade do Algarve e a Câmara
Municipal de Viana do Castelo iniciou
um programa que envolve o trabalho
directo de jovens recém-licenciados
no terreno e que viverão durante um
ano nas aldeias com vista a desenvolverem com a população local programas de desenvolvimento agrícola de
valor acrescentado desde a produção
à comercialização.
Intervenção do IPVC
no tecido económico e social
O IPVC, na pessoa do seu presidente, o professor Rui Teixeira,
tem responsabilidades de elevado nível desde organização e
coordenação do ensino superior
em Portugal, sendo responsável
pela vice-presidência do Conselho
CCISP – coordenador dos Institutos Superiores de Portugal; preside à ADISPOR – Associação dos
Institutos Superiores Politécnicos,
e preside, igualmente, à APNOR
– Associação de Institutos Politécnicos do Norte, diversas entidades
do desenvolvimento regional como
ADRIL – Associação do Desenvolvimento Rural Integrado do Lima;
ADRIMINHO – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do
Vale do Minho e AREA Alto Minho
- Agência Regional de Energia e
Ambiente do Alto Minho.
Instituição acreditada
Rui Teixeira refere ainda a importância da instituição ter sido pioneira em Portugal no desenvolvimento
de um sistema de gestão de qualidade que permitiu a acreditação
da instituição na globalidade das
áreas onde desenvolve actividade,
situação que mantém nos últimos
cinco anos. Dada esta sua experiência teve a instituição a honra
de ter sido convidada pela A3ES:
Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior como
entidade piloto para o desenvolvimento de um Sistema de Garantia
de Qualidade que terá por missão
a acreditação dos próprios cursos
da instituição.
Página Exclusiva 61
Portugal Inovador
Uma referência em Viseu
Fundada em 1983, a International House é hoje uma referência na região. Uma
escola que se distingue pela qualidade, entrega e dedicação aos seus alunos.
“É com grande satisfação que estamos aqui há tantos anos e continuamos a
ter orgulho na nossa escola”, diz Gay Adamson, directora e fundadora.
Cada vez mais o inglês tem uma
importância fulcral em todo o Mundo. Com a crescente globalização
o Inglês tornou-se na língua de
comunicação preferencial entre
pessoas de diferentes nacionalidades, sobretudo nos meios académicos, tecnológicos e empresariais. Para colmatar uma lacuna
que existia na região de Viseu, a
International House surge no concelho em 1983. “Éramos a única
escola de línguas na região. Começámos com 15 alunos e fomos
crescendo. Hoje temos cerca de
550, incluindo os dos pólos de S.
Pedro do Sul e Tondela que abriram em resposta à necessidade
demonstrada nessas localidades”,
explica Gay Adamson, directora e
fundadora da International House
Viseu, uma escola afiliada da International House World Organization.
Com quase 30 anos de existência, a instituição deve muito do
seu desenvolvimento e reputação
à sua directora. Gay Adamson enPágina Exclusiva 62
tregou-se a este projecto de corpo
e alma, acreditando no seu sucesso. As várias gerações de alunos
que já passaram pela International House provam que a aposta
foi ganha. “Sentimos que fomos
importantes no crescimento dos
nossos alunos. Alguns dizem-nos
mesmo que é graças a este curso
que têm o emprego que têm hoje
em dia. Há casos em que já ensinámos os pais e agora ensinamos
os filhos, e isso é muito gratificante. A International House conquistou um lugar de prestigio em Viseu”, explica Gay Adamson.
Um sucesso que se deve em grande parte ao profissionalismo dos
professores da instituição. Todos
os professores de inglês têm o inglês como língua materna e preparação específica no ensino de
Inglês como língua estrangeira,
nomeadamente o CELTA – Certificate in Teaching English to Speakers of Other Languages.
No entanto, a formação inicial não
basta. A experiência é importante,
mas para o professor poder desenvolver e progredir profissionalmente, a formação é fundamental.
“Damos muita importância à formação contínua, que consiste em
workshops semanais e na observação das aulas pela Directora de
Estudos”.
A maioria dos alunos da International House está a frequentar cursos
de inglês, no entanto Espanhol e
Português para Estrangeiros são
também línguas procuradas.
‘English for Business’
Tendo em conta a importância do
inglês para os negócios, não é de
estranhar a quantidade de alunos
que procuram a escola para vingar no mercado de trabalho. Na
International House, há cursos especiais para empresas, o chamado ‘English for Business’. Essas
aulas podem ser dadas na própria
escola, mas a sua grande maioria
realiza-se nas empresas que acreditam na importância da formação
dos seus colaboradores.“Há boa
receptividade em relação ao ensino de línguas, sobretudo de inglês. É uma língua internacional,
a língua dos negócios. Com este
panorama de crise, as empresas
estão a virar-se para o mercado
externo e a capacidade de comunicação em inglês torna-se indispensável”, salienta a entrevistada.
Certificação da Universidade
de Cambridge
É de conquistas e de sucesso que
a International House se caracteriza. A consagração, em Março de
2008, como Centro Oficial de Exames da Universidade de Cambridge é mais um passo para a consolidação da imagem da escola.
“Somos o único centro autorizado
pela Universidade de Cambridge
no distrito de Viseu. Os exames
de inglês da Universidade de
Portugal Inovador
Cambridge são reconhecidos internacionalmente. Estamos constantemente a encorajar os alunos
a obter um diploma da Universidade de Cambridge porque pode
marcar a diferença quando vão
concorrer a empregos ou universidades”, evidencia Gay Adamson.
A International House World
Organisation
A afiliação ao IHWO é uma mais-
valia para a escola e para os seus
colaboradores. Todos os anos Directores e Directores de Estudos
têm a oportunidade de trocar experiências e ideias em congressos
onde todas as escolas participam.
Os professores podem frequentar
cursos de formação on-line e presencial. O ‘know-how’ das mais de
150 escolas em todo o mundo é
partilhado por todos.
“Para os alunos, o facto de haver
escolas em diversos países, dá
a possibilidade de frequentarem
cursos no estrangeiro. Já frequentaram cursos em Inglaterra,
Espanha, Irlanda e este ano à semelhança do anterior vamos organizar um curso na Escócia.”
sos alunos de ferramentas fundamentais para a comunicação sem
barreiras e para um futuro promissor”, conclui.
Quanto ao futuro da International
House Viseu, a directora não tem
dúvidas: “A importância de poder
comunicar em várias línguas continuará a ser essencial e o nosso
objectivo principal manter-se-á o
mesmo de sempre - munir os nos-
Página Exclusiva 63
Portugal Inovador
Tecnologia portuguesa
com prestígio internacional
“Rede de tecnologia e qualidade”- o slogan não engana. No mercado há 46
anos, hoje o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) é a maior infra-estrutura
tecnológica do país. Arrogando uma estratégica expansionista, o ISQ conquistou mercados além-fronteiras e granjeou a projecção à escala mundial.
Competência e credibilidade são
valores intrínsecos ao ADN do ISQ.
E foi arrogando estes valores que
o Instituto edificou uma história de
sucesso que extravasa as fronteiras nacionais. De facto, o conhecimento alavancado ao longo de
46 anos permitiu à Instituição conquistar mercados além-fronteiras,
sendo hoje uma referência nos
sectores em que actua.
A necessidade de estudar os processos de soldadura na indústria
metalomecânica pesada em Portugal deu o mote para que o ISQ
Página Exclusiva 64
surgisse no mercado, tal como evidencia o administrador, Joaquim
Guedelha: “O ISQ comemora 47
anos e nasce de uma necessidade
de estudar processos de soldadura quando a indústria metalomecânica pesada era muito relevante
em Portugal. Falamos de uma Lisnave, Sorefame ou Mague, entre
outras. Eis que nasce então o IS
– Instituto de Soldadura com um
conjunto de Engenheiros que começam a dedicar-se a estudos de
processos de soldadura”.
Embora o ‘modus operandi’ ini-
cialmente estivesse direccionado
para os estudos de processos de
soldadura, rapidamente o core
business se alargou e o conceito
“qualidade” passa a estar timbrado
também na denominação da Organização. “Nos anos 80 adicionámos a palavra qualidade, deixando, então, de ser apenas Instituto
de Soldadura, para passar a ser
Instituto de Soldadura e Qualidade. Alarga-se assim, a abrangência das actividades passando a
actuar também em áreas como a
inspecção de construcção e manutenção em grandes unidades industriais, consultoria nas áreas da
Qualidade Ambiente e Segurança
e ensaios Laboratoriais nas áreas
da Metrologia, Química, Ambiente,
Electricidade, etc. No seguimento
desta opção estratégica foi necessário um significativo investimento
na formação dos nossos quadros
em centros internacionalmente reconhecidos.
Como corolário da competência adquirida iniciou-se uma significativa
actividade de prestação de serviços de formação profissional, quer
de técnicos especializados, quer de
pós graduações em Engenharia”,
exemplifica o entrevistado.
Investigação e empreendorismo
na linha da frente
Investigação e desenvolvimento são premissas que ancoram
o crescimento sustentado deste Instituto. Neste contexto, uma
necessidade premente se impõe:
o acompanhamento da inovação
Portugal Inovador
tecnológica mundial. “No ISQ fazemos uma investigação apoiada
nos vários sectores operacionais
produtivos. Assim, a investigação
e desenvolvimento têm de ser realizados em consonância com os
parceiros comunitários espalhados
por todo o mundo. Esse conhecimento é transportado para a nossa rede, daí o paradigma “rede de
tecnologia e qualidade”. Esta é a
forma de estarmos ‘upgrade’ com
o que se está a fazer no mundo.
Mas para inovar é necessário produzir conhecimento. Há aqui um
caminho a percorrer até consolidar
o know-how e até que o mercado
reconheça que os serviços que
disponibilizamos acrescentam valor. Este olhar para o futuro e para
podermos responder aos desafios que surjam é o que tem feito
esta casa evoluir”, reitera Joaquim
Guedelha.
O crescimento desta entidade foi suportado por uma filosofia orientada
para fomentar o empreendorismo
apostando na Autonomia e Responsabilização dos seus quadros.
“Ao longo dos anos a cultura de
desenvolvimento e inovação tornou-se intrínseca a cada um dos
colaboradores. Em geral as pessoas têm vontade de fazer coisas
novas, e de desenvolver ideias.
Porém, isto só é possível dando e
gerindo autonomia e responsabilização aos colaboradores. Este é
um dos factores de sucesso desta
casa. Paralelamente, desde cedo
que a internacionalização esteve presente no nosso quotidiano.
Adoptámos há cerca de duas décadas uma estratégia de criação
de empresas participadas, nacionais e internacionais. O objectivo
é dar oportunidade às pessoas
para desenvolverem uma ideia.
Lançam-se nesse projecto e nós
auxiliamos na criação da empresa,
criando valor para ambos. A criação dos ‘spin-offs’ são um incentivo ao empreendedorismo, que é
fundamental para o crescimento
tanto orgânico como na criação
de empresas. Esta é uma politica
de motivação do ISQ de há muitos
anos.
As pessoas são o mais importante
de uma organização e temos de as
valorizar. E numa casa como esta,
de serviços, o seu crescimento,
parte muito da iniciativa de cada
um, portanto, quando nasce um
bom projecto temos de o apoiar”,
afirma, com regozijo.
Formação de qualidade
Com o intuito de disseminar para
o exterior o conhecimento técnico
adquirido, o ISQ apostou na componente da formação. Formação
técnica especializada, pós-graduações e seminários são algumas das modalidades colocadas
à disposição, tal como evidencia
Joaquim Guedelha: “São formações de índole técnico à medida
do cliente, podendo ser realizada
nas nossas instalações ou nas do
cliente. Disponibilizamos também
formações de catálogo e pós-graduações para licenciados”.
“Maior infra-estrutura
tecnológica do país”
Uma infra-estrutura tecnológica da
natureza do ISQ, para garantir um
desempenho consistente, necessita de uma estrutura Laboratorial
competente em diferentes áreas
das Ciências da Engenharia.
O ISQ possui um conjunto de laboratórios que per si abrangem um
largo espectro de especialidades.
Em conjunto permitem sinergias
de recursos e integram competências para enfrentar os mais exigentes desafios.
“Outro dos factores chave no ISQ
é o facto de possuirmos uma infraestrutura laboratorial forte. Com os
recursos que possuímos, os nossos técnicos sabem que têm um
suporte que lhes permite tomar decisões suportadas por resultados
factuais. Esta capacitação é um
factor diferenciador que muito tem
contribuído para a sua internacionalização, cimentando a imagem
do ISQ de Competência e Credibilidade. Recentemente tivemos uma
visita de um cliente estrangeiro
que pretendia avaliar se tínhamos
capacidade para efectuar o ensaio
de uma estrutura de grandes dimensões. E, de facto, temos. Possuímos todos os recursos para o
fazer, desde infra-estruturas física
a técnicos especializados e equipamentos técnicos específicos.
A infra-estrutura laboratorial que
o ISQ já possui permite-nos, com
pouco investimento, responder a
novos desafios. Portugal tem ser
reconhecido como fornecedor de
engenharia”, reconhece o entrevistado.
Futuro auspicioso
Com um legado de sucesso, um
futuro auspicioso se avizinha para
o ISQ. Joaquim Guedelha, um verdadeiro empreendedor, desvenda
o rumo desta Organização: “Um
dos mercados onde o ISQ se especializou e é reconhecido é o ‘oil
and gas’. Não se prevê, antes pelo
contrário, um decréscimo de investimento nestes mercados pelo
mundo. O ISQ conta com uma
equipa de técnicos de elevada
competência e experiência, bem
como com uma intrínseca motivação de crescimento. O desafio será
disseminar em tempo útil o conhecimento internamente, de modo a
multiplicar a capacidade de intervenção nas diferentes regiões do
planeta. Prevê-se portanto que o
futuro do ISQ seja essencialmente
no mercado externo, o que aliás já
tem vindo a acontecer”.
Página Exclusiva 65
Portugal Inovador
Soluções de vanguarda
Com uma visão vanguardista, a MeiosTec granjeou um posição de destaque
no sector das Tecnologias de Informação. Quinze anos de sucesso são o corolário de uma filosofia sustentada na inovação, convergência e disponibilidade. Com o ímpeto de “desenhar, implementar e manter soluções tecnológicas
inovadoras que contribuem para a melhoria dos processos dos clientes”, as
portas do mercado angolano abriram-se a esta tecnológica.
A prosperar num sector em franca expansão e progresso – Tecnologias da Informação (TI) – a
MeiosTec alavancou estratégias,
desenvolveu soluções e estabeleceu parcerias que lhe conferiram o reconhecimento dos
principais ‘players’ e fabricantes
deste mercado.
Com um percurso de meritório
sucesso, a sua evolução foi impulsionada pela capacidade de
inovação e pelo alargamento
do core business. Inicialmente
direccionada para desenvolver
infra-estruturas de comunicação,
hoje a MeiosTec está na linha da
frente em diversas vertentes, tal
como evidencia Luís Pereira, adPágina Exclusiva 66
ministrador da Organização: “A
MeiosTec foi fundada em 1997
por um grupo de investidores privados em parceria com a Cil. Vocacionada essencialmente para
uma área de infra-estruturas de
comunicações tivemos alguns
projectos-alvo que proporcionaram uma evolução natural nesta
área de negócio. Em 2002/03
apostámos numa nova área de
negócio ligada à gestão documental e de conteúdos, nomeadamente na gestão de conteúdos de objectos digitais (áudio
e vídeo). Portanto, a MeiosTec
passou a actuar em duas áreas:
a área de infra-estruturas - Meios
Tec IP - e uma área aplicacio-
nal de gestão de Conteúdos –
MeiosTec IT”.
Assim, especializada em sistemas e serviços de engenharia
nas TI, com competência em redes de comunicação, cablagem
estruturada e redes eléctricas
de tensão, a MeiosTec encara a
superação das expectativas do
cliente como o expoente máximo
da sua actuação – uma premissa que culminou na angariação
de projectos de referência. A implementação de um Sistema de
Gravação Digital na Assembleia
da República – o Digiaudio -, a
instalação de cablagem estruturada, rede eléctrica e Data Center
no AvePark e a implementação
da infra-estrutura de comunicações do Office Park Expo são
apenas alguns dos projectos em
que a MeiosTec implementou as
mais modernas e eficientes tecnologias. “Na área de IP verificou-se uma clara evolução nos
últimos anos. A aposta em novas
tecnologias e novas parcerias
consubstanciou-se na angariação de projectos importantes
tais como o Campus da Justiça,
portanto, toda a infra-estrutura
de comunicações deste espaço
foi realizada pela MeiosTec”, esclarece Luís Pereira, um empreendedor a quem muito se deve o
crescimento da Organização.
Internacionalização:
Angola é a aposta
Face a uma oportunidade soberana de alargar horizontes, rumo
a geografias promissoras, Luís
Portugal Inovador
Pereira não hesitou e a MeiosTec dá então os primeiros passos em solo angolano. A aposta
arrojada nos PALOP é protagonizada pelo nível de crescimento
económico destes países: “São
mercados emergentes com uma
taxa de crescimento acima do
que é praticado hoje na Europa.
Paralelamente, a especificidade
de algumas das nossas soluções
são adaptadas e desenvolvidas
para o mercado da língua oficial
portuguesa. Por exemplo, o caso
da solução da Assembleia da
República e o caso dos tribunais
são casos paradigmáticos. A solução IPTV, vocacionada para a
indústria hoteleira e hospitalar é
outro dos produtos em que também temos representação em
exclusivo para Portugal e para
os PALOP”.
O reforço de competências na
área das infra-estruturas culminou, em 2010, com a adjudicação de dois Data Centers em Angola. Um projecto que dá assim
resposta “ao plano de internacionalização da MeiosTec. Este foi
o primeiro passo nesse sentido
e outros estão a ser ponderados,
com uma forte possibilidade de
se concretizarem. A nossa estratégia é consolidar a presença
em Angola como plataforma para
chegar ao mercado de Moçambique”, confidencia.
oferecer, as Soluções IP e IT
disponibilizadas pela MeiosTec
revelam-se a aposta certa para
qualquer sector de actividade!
A pensar especialmente na indústria hoteleira e hospitalar, a
MeiosTec desenvolveu o INGEsuite. Uma solução modular que
permite aos hotéis oferecer aos
hóspedes as últimas novidades
em cinema, televisão, música e
vídeo. “A vantagem desta solução é essencialmente permitir
a interacção entre o cliente e o
hotel. Os hotéis enfrentam um
paradigma: não é só vender o
produto da região, mas também
serviços. Há outros serviços internos, como ‘spa’, que têm de
ser publicitados internamente.
No fundo, trata-se de uma ferramenta com um módulo vocacionado para o marketing de serviço
interno, um marketing dinâmico”,
conclui.
TI:
um sector em crescimento
“O sector das TI está em evolução
permanente. As empresas portuguesas
têm necessidade, cada vez mais, de
apostar em tecnologias de informação que
lhes permitam dar um salto qualitativo e
preparar-se para a realidade da globalização a que se assiste. A nossa missão é
ajudar as empresas a incorporarem estas
tecnologias”.
Soluções inovadoras
Inovação é a ‘key word’ que melhor define a MeiosTec. O desenvolvimento de soluções que
potenciem o aumento de rendimento dos clientes é a máxima
que motiva os profissionais desta equipa. E foi com regozijo que
estes profissionais viram a tecnológica ser distinguida como o
maior revendedor de TI em 2011,
pela APC.
Numa altura em que a cultura
empresarial se consciencializa
das potencialidades que as tecnologias de informação têm para
Página Exclusiva 67
Portugal Inovador
Um negócio inteligente
‘Business Intelligence’ é um conceito cada vez mais enraizado na cultura empresarial. Numa altura em que os ‘players’ do mercado têm de adoptar estratégias para se diferenciar dos congéneres e optimizar os processos, o ‘Business
Intelligence’ (BI) é a aposta! A BIMaven Consulting (MAVEN) surge no mercado como uma empresa de consultoria estratégica e tecnológica especializada
em BI. E, de acordo com a mensagem veiculada pela Organização, “The Future can be seen, so make your decison”…
“Um MAVEN é um especialista numa
área particular, [o ‘Business Intelligence’], e tem como objectivo passar
o conhecimento aos outros [os clientes]”. É deste modo que Nuno Costa, ‘partner’ da empresa, esclarece o
conceito que deu o mote à denominação da Organização.
Na actualidade, a informação com
qualidade e a tempo e horas assume-se como uma mais-valia para
o tecido empresarial. A constante
mutação dos mercados protagoniza
a necessidade das empresas em
identificar, analisar e contextualizar
variáveis, de forma célere, e definir
estratégias para o mercado em que
actuam. Assim, através de uma estratégia correcta de ‘Business Intelligence’ é possível medir, definir e alinhar as decisões com os objectivos
do negócio.
No mercado desde 2007, a MAVEN
posiciona-se como a melhor opção
do mercado para maximizar os investimentos em BI. Para tal, muito contribuiu a experiência e know-how de
Página Exclusiva 68
Nuno Costa e Tiago Fonseca, ‘partners’ que têm na mão o desafio de
manter a MAVEN na senda do crescimento que tem vindo a evidenciar.
“Como já tínhamos muita experiência
na consultoria e sentíamos que havia algo mais a fazer, principalmente
na motivação e desenvolvimento de
equipas, porque a consultoria não é
mais do que potenciar e disponibilizar a inteligência das pessoas, edificámos a MAVEN. Disponibilizamos
aos nossos clientes o know-how e a
experiência da nossa equipa. Para
potenciar esse know-how, seguindo
a nossa missão, investimos em duas
coisas muito importantes: desenvolver e motivar uma rede de especialistas, disponibilizando aos nossos
clientes centros de competências especializados. Esse foi claramente o
mote para arrancar”, afiança o jovem
empresário, Nuno Costa.
Centros de competência
“Encontrar a melhor solução em função das necessidades estratégicas e
tecnológicas dos nossos clientes” é
uma premissa profundamente intrínseca ao ADN da MAVEN. Encarando
cada cliente como um desafio que
alicia os ‘MAVENS’ a superarem-se
com objectivo de acrescentar valor
para além das expectativas, Nuno
Costa explica que “é fundamental
que as empresas comecem a gerir
a informação como um recurso estratégico. É preciso reuni-la, tratá-la,
dar-lhe qualidade e disponibilizá-la a
toda a organização de forma simples
e eficaz. A nossa abordagem assenta
sobre três componentes: ‘Strategy’,
‘Life Cycle’ e ‘Mind Set’. O primeiro ‘Strategy’ - tem como objectivo definir
a visão e a missão do BI dentro da organização. O segundo - ‘Life Cycle’ define as plataformas, metodologias,
melhores práticas, tecnologias, etc.
que em conjunto vão permitir materializar a visão. O ‘Mind Set’, que para
nós é a componente mais importante, está relacionado com a preparação das pessoas para, a posteriori,
receberem a solução. Quando nos
direccionamos a um cliente o nosso
objectivo não é vender plataformas,
é vender soluções e principalmente
perceber se a organização está preparada para as receber”.
Organizados em centros de competência altamente especializados
– Business Intelligence, Integration,
Quality & Data Management, Business Analytics e Corporate Performance Management.– os MAVENS
detêm um conhecimento, alicerçado
em anos de experiência, que lhes
permite interagir em diversas vertentes do mercado, tais como Te-
Portugal Inovador
lecomunicações, Banca, Serviços
Financeiros, Administração Pública,
Saúde, Farmacêuticas, Seguros e
Retalho. “Um dos nossos grandes
desafios, desde o início, é o facto
de termos partido do investimento
zero. E, desde então, construímos
a nossa imagem com base no nosso trabalho. Ao longo destes anos
já temos uma lista de clientes bastante extensa porque reconhecem
o valor que acrescentamos”, acrescenta Tiago Fonseca às palavras
do sócio.
“Se estamos juntos, nada é impossível. Se estamos divididos tudo
falhará”, dizia Winston Churchill. De
facto, a mensagem do estadista britânico pode facilmente adequar-se
ao ‘Business Intelligence’. Para que
a implementação de uma solução
seja sinónimo de sucesso, todos os
elementos da organização têm, indubitavelmente, de estar alinhados
com as directrizes. A garantia é de
Tiago Fonseca: “Quando se investe
no BI é muito importante trabalhar o
‘MindSet’ para que toda a Organização abarque a solução que se está
a desenvolver. Hoje em dia já se
percebe onde os projectos falham
e onde têm sucesso. É necessário
envolver todos os ‘stakeholders’
nestes projectos estratégicos para
garantir o sucesso. Tem de se alinhar as iniciativas do ‘Business Intelligence’ com a estratégia do negócio”.
que fomentem o desempenho dos
colaboradores. “Com uma injecção
de motivação as pessoas funcionam de maneira diferente. Falamos
de um serviço com uma forte componente estratégica e por isso queremos pessoas que saibam comunicar. Desde o momento zero que
a nossa estratégia é desenvolver e
motivar e começámos logo a definir programas de apoio aos nossos
consultores. Estes têm programas
de ‘coaching’ periódicos, durante todo o ano, e para nós é uma
aposta fundamental. São programas individuais e colectivos que
lhes permitem abordar os desafios
com níveis elevados de motivação.
Se olharmos para o custo, ele está
lá, mas é, sobretudo, um investimento”.
Assim, para Tiago Fonseca, no
processo de selecção é crucial “recrutar pessoas com potencial, com
vontade de aprender, com ‘soft
skills’. Inicialmente apostámos em
consultores sénior, já com formação
em BI. Todavia, quando começámos a completar as nossas equipas
com pessoas mais jovens optámos
por trazê-las do zero. E para tal temos um programa de formação, o
‘Star!T Program’, que contempla
planos de formação, de ‘coaching’ e
projectos internos em ´laboratório´.
Queremos construir uma grande
empresa e partilhar o sucesso com
os MAVENS”, continua Nuno Costa.
Motivação,
o ingrediente do sucesso!
Internacionalização,
a carta em cima da mesa
Num sector onde motivação e comunicação são as palavras de ordem, uma necessidade premente
se impõe: a adopção de estratégias
Ao longo da sua história a MAVEN
foi reunindo competências que lhe
permitiram dar um passo rumo à
internacionalização. Assim, aquela
que, outrora, era utopia, hoje é uma
aposta frutífera. “Iniciámos o nosso
processo de internacionalização
com o mercado holandês e esperamos poder abordar novos países.
Definimos como target o centro e
norte da Europa. São países onde é
mais fácil tomar decisões com base
no valor que podemos acrescentar
e não apenas na componente financeira”, esclarece Tiago Fonseca.
Por sua vez, Nuno Costa considera
que “o mercado português está longe de estar esgotado. Temos vindo
a evoluir e prova disso é o facto de
termos vindo a crescer a um ritmo
de dois dígitos, como aconteceu em
2011 - crescemos 24%. É nas alturas de crise que se olha ao detalhe,
aos custos e às vendas, e se pretende conhecer melhor os clientes.
E os sistemas de BI fazem precisamente isso – gerir, organizar e disponibilizar a informação de forma
simples e eficaz”.
“Não fazemos
venda one-shot”
“Fazemos o nosso trabalho com entusiasmo e com uma visão de longo
prazo na relação com os nossos
clientes, não fazemos vendas ‘one‑shot‘. Fazemos o nosso trabalho
de braço dado com os clientes. A
transparência é também um pilar
do nosso sucesso porque as ‘cartas‘ têm de estar sempre em cima
da mesa. É fundamental que os
nossos clientes conheçam todas as
opções e variáveis quando avançam para a implementações de soluções BI. Queremos acrescentar
valor ao negócio de quem nos procura”, afirmam, com orgulho Nuno
Costa e Tiago Fonseca.
Página Exclusiva 69
Portugal Inovador
Intergraph comemora 25 anos
em Portugal
25 anos de história, 25 anos de
sucesso. Assim se define o percurso da Intergraph Portugal.
Inserida num sector em franco crescimento, a Organização
­reúne sinergias que lhe permitirão traçar o mapa de uma longa
história em terras lusitanas…
É sob a égide do slogan ‘The power to see’ que a Intergraph conquistou a notoriedade no sector
da Tecnologias de Informação e
projectou a sua posição à escala
mundial. “Ajudar as organizações
a verem o mundo de forma mais
clara” é pois a missão daquela
que é hoje a líder global no fornecimento de software de gestão de
informação espacial.
Com sede nos EUA, a tecnológica
surge em Portugal dando continuidade à tradição de inovação técnica enraizada na cultura da Organização. “A Intergraph surge nos
EUA com uma ferramenta inovadora e desenvolveu vários trabalhos com a NASA. Tendo iniciado
a actividade na área da computação gráfica, rapidamente saltou
para os mapas, para a cartografia
de modo automático. De repente
estava a falar-se em sistemas de
informação geográfica. Na altura
produzia hardware, mas gradualmente entrou na área da arquitectura, construção, engenharia,
e todos os sectores relacionados
Página Exclusiva 70
com informação de mapas. Surge
então o desafio de colaborar com
o Instituto Geográfico do Exército
português e eis que a Intergraph
surge em Portugal”, explica Orlando Neto da Silva, administrador.
Embora o core business da Integraph se foque no mundo da informação geográfica, a empresa
disponibiliza também soluções,
consultoria e projecto de implementação nas áreas da Proteção
Civil, Segurança, Utilities, Transportes e Planeamento Geoespacial. Recorrendo às soluções da
Intergraph, as organizações estão
habilitadas para construir e manter sistemas e operações complexos indispensáveis no quotidiano da sociedade. A garantia
é de Orlando Neto da Silva que
enumera “ departamentos da Administração Pública, câmaras municipais, empresas de distribuição
de água, bombeiros e sistemas
de segurança pública” como entidades “onde a utilização de informação geoespacial assume uma
presença de relevo. Nos serviços
de emergência, 112, por exemplo, a localização de eventos e a
informação geoespacial têm uma
importância vital para operacionalizar o fluxo de trabalho. Neste cenário o nosso software está muito
avançado e adequado à situação
concreta deste tipo de utilização”.
O fenómeno da globalização determina um processo constante
de actualização. O entrevistado
afiança que este procedimento poderá ser enriquecido com o
contributo da sociedade: “A cartografia é partilhada na Internet e
os organismos públicos são aconselhados a partilhar informações.
Estamos na era da informação,
portanto, se partilharmos informação, nomeadamente as alterações geográficas, será benéfico
para todos”.
Assim, num espaço onde inovação, empenho e motivação coabitam, estão criados os pressupostos necessários para que a
Intergraph Portugal timbre na sua
história mais 25 anos de meritório
sucesso…
Portugal Inovador
“A crise tem sido sinónimo
de oportunidade”
Em entrevista à Portugal Inovador, Miguel Costa-Manso, administrador da Additive Tecnologia, evidencia quais as estratégicas adoptadas para actuar no mercado
nacional e brasileiro. No mercado desde 2006, a Additive tem-se revelado o parceiro ideal para assegurar uma assistência técnica informática célere e eficaz.
Como e quando surge a Additive e em que áreas de mercado
se posiciona?
A Additive Tecnologia é uma empresa
especializada em Assistência Técnica
Informática Windows, Macintosh e Linux. Iniciou a sua actividade em 2006
aquando do spin off do departamento
de TI da agência de publicidade multinacional McCann Erickson.
Qual a vossa oferta no mercado português e, dentro ela, o
que poderia destacar?
A estratégia da empresa passa pela
aposta em manter relações duradouras com os seus clientes.
Nesse sentido destacamos o ATS –
Additive Total System: um contrato de
manutenção total onde todo parque
tecnológico é gerido pela Additive. Na
prática funciona como um Departamento Informático em Outsourcing;
é Ilimitado: Não existe qualquer limite
de horas; Acessível: os preços praticados são abaixo do mercado; Próactivo: evitamos ter uma postura reativa na relação com o cliente; Eficaz
e Eficiente: Garantimos tempos de
resposta de até 4 horas para as deslocações físicas e 15 minutos para as
intervenções em remoto.
Como lidaram e lidam com a
crise que os mercados enfrentam?
Com a crise praticamente todas as
organizações foram forçadas a
cortar custos para manterem a
competitividade, a focarem-se no
seu core business e optar pelo
‘outsourcing’ dos serviços anexos.
A esse nível a crise tem sido sinónimo de oportunidade para a nossa empresa.
A estratégia da Additive passa por
manter as linhas mestras do seu
posicionamento; manutenção de
preços competitivos; aposta na diversificação da carteira de clientes,
optimização do serviço prestado; estabilização da estrutura de custos.
Em que áreas perspectivam
maior crescimento e porquê?
Fruto do posicionamento da empresa, os serviços têm uma fatia
cada vez maior do total do volume
de facturação.
Quais os vossos principais
clientes?
Apesar de consideramos que todos os clientes são “principais”
podemos destacar os mais mediáticos: Grupo Espirito Santo,
oficinas Midas, Mundicenter, as
agências de publicidade McCann
Erickson e Draft FCB, a rede de cinemas Cinema City, as lojas Área,
La Senza e Mr. Blue, as consultoras Grant Thornton e Bond e a
Martifer Renováveis no Brasil.
Como posicionam o vosso negócio ao nível da internacionalização?
Desde 2008 que a Additive Tecnologia está presente no mercado
brasileiro com a criação da filial de
Fortaleza. A Additive Brasil tem uma
importância cada vez maior dentro
do grupo pois são cada vez mais as
empresas portuguesas e brasileiras a
operarem no Ceará que confiam na
Additive Tecnologia.
Quantas pessoas integram,
actualmente, a vossa equipa e
como pensam crescer?
O Grupo Additive conta com 50 pessoas divididas entre Lisboa, Porto,
Faro e Fortaleza. Prevemos reforçar
a equipa em 2012 seguindo a política de crescimento sustentado que
sempre pautou a evolução da Additive.
Página Exclusiva 71
Portugal Inovador
Um parceiro de confiança!
Já alguma vez teve necessidade de obter um aconselhamento eficaz e personalizado para a obtenção de crédito? Na Complemento Vintage poderá encontrar
profissionais especializados que se regem por critérios rigorosos de transparência e lealdade. Atravessou desafios, conquistou clientes e hoje é uma referência
no sector da consultoria financeira.
Fomentar a transparência, cultivar a confiança, a responsabilidade e a lealdade são premissas
que norteiam a actuação da Complemento Vintage. E é abraçando
estes valores que a empresa administrada por Andreia Vaz leva a
‘bom porto’ a sua missão – “Encontrar de forma rápida e eficaz
uma solução adequada para cada
caso, de forma a maximizar um
sucesso mútuo, procurando primar pela excelência”. Uma missão que, para além de promover
a liquidez financeira, promove o
bem-estar do cliente. “Adoptámos
uma política de transparência e
lealdade perante o cliente. Para
nós o cliente é uma vida. Quando
chega à Complemento Vintage é
porque está numa situação complicada. Tentamos encontrar uma
solução e somos transparentes
Página Exclusiva 72
em todo o processo”, assegura a
jovem empresária.
A Complemento Vintage surge no
mercado mediante a necessidade da população em contrair empréstimos e encontrar soluções
de crédito. Com uma vasta rede
de protocolos bancários, financeiros e jurídicos a consultora detém uma equipa habilitada para
aconselhar o cliente, encaminhando-o para a melhor solução
de mercado, tal como evidencia
Andreia Vaz: “Na Complemento
Vintage fazemos intermediação
financeira. O cliente chega até
nós, preenche um formulário de
modo a que possamos efectuar
uma triagem e então avaliamos
o perfil corporativo. O processo
é encaminhado para um gestor
financeiro que procura a solução
mais adequada ao caso em análise”.
Face à actual conjuntura económica do país, em que a Banca limita a concessão de créditos, Andreia Vaz aconselha: “As
pessoas devem realizar planos
de poupança nos momentos de
maior liquidez. Disponibilizamos
também consultas de reeducação
financeira, onde aconselhamos o
cliente a fazer uma gestão ponderada do ordenado. De salientar
que todos os nossos serviços estão salvaguardados por uma política de privacidade”.
Questionada sobre a actual situação do sector, Andreia Vaz é
peremptória e reitera que “neste
momento, a área de consultoria
financeira está muito degradada.
Por mais que nos queiramos distinguir, as consultorias financeiras
são alvos de sátira por parte de
quem considera que o nosso serviço é uma burla. Tentamos distinguir-nos pela transparência e
temos as portas abertas para que
os clientes possam ver as análises já realizadas. Se tivéssemos
uma entidade que regulamentasse a actividade as consultorias
sérias seriam distinguidas. Somos procurados por pessoas que
querem orientar a vida e querem
uma solução rápida e vantajosa,
por isso temos de ser leais.”
Serviços:
- Consultoria e mediação financeira
- Reeducação financeira
- Consultas de apoio e aconselhamento
- Auxilio na procura de emprego
Portugal Inovador
Crescer em tempo de crise
Em entrevista à revista Portugal Inovador, João Milheiro, sócio-fundador da Tecnoper-AT, evidencia quais as estratégias que protagonizaram o crescimento da
empresa. A actuar no sector da averiguação e peritagem no ramo de Acidentes
de Trabalho e Acidentes Pessoais, revela que o futuro terá de passar pela selectividade das empresas com quadros qualificados.
Conhecimento, competência, imparcialidade e rigor são pilares
que ancoram o crescimento sustentado da Tecnoper-AT. Uma empresa que direcciona o seu ‘modus operandi’ para a averiguação
e peritagem de Acidentes de Trabalho e Acidentes Pessoais. Neste
sector, onde a celeridade assume
um relevo indiscutível, é crucial
ter uma estrutura organizada que
possa responder aos desafios do
mercado.
O entrevistado, sobre o futuro,
destaca “as exigências que são
colocadas perante uma actividade, também ela muito competitiva,
serão um teste definitivo para a sobrevivência de muitas empresas”,
sublinhando ainda que “caso as
Seguradoras optem pelas empresas com reconhecida capacidade
de trabalho e apenas isso, não tenho dúvidas de que teremos todos
a ganhar“.
Encarando a satisfação do cliente
como a força motriz que impulsiona a actuação da Tecnoper-AT, a
empresa administrada por João
Milheiro adoptou estratégias que
despoletaram um ciclo de crescimento sustentado. Para tal, como
relembra o entrevistado, foram
determinantes “ o recrutamento
de mais profissionais qualificados de forma a poder manter, e
sobretudo melhorar, os padrões
de satisfação aos clientes, bem
como a aposta na formação contínua dos seus colaboradores,
encarando esse vector como um
investimento de retorno assegurado e não como um custo. Em
seis meses registámos um aumento de trabalho de cerca de
17% e contratámos mais quatro
colaboradores. Na actualidade,
a averiguação de Acidentes de
Trabalho é muito distinta de um
passado recente. Hoje o conhecimento dos contratos de seguros da legislação de Acidentes
de Trabalho, além de outros conhecimentos jurídicos, substituiu
uma realidade anterior que era
assente num trabalho precário e
amador”.
Resumindo ainda “a postura clássica do perito, que para além de
não ser reconhecida, transmitia
a todos os intervenientes desconfiança, teve que ser alterada
com metodologias de trabalho
distintas e sobretudo com uma
qualificação que permita o reconhecimento técnico e da própria
intervenção. Aliás espero que a
breve prazo a certificação seja
uma realidade para podermos
então separar o trigo do joio”.
Tecendo uma análise à estrutura
da Tecnoper-AT foi perceptível
que os ‘players’ “são compelidos
a melhorarem permanentemente
as posturas de trabalho, procurando valorizar a sua função”, explica o entrevistado.
Ao longo da sua história, a Tecnoper-AT tem edificado um percurso
áureo, granjeando o reconhecimento dos congéneres. Para tal,
a “formação de motivação”- realizada de 45 em 45 dias - relevou‑se uma aposta frutífera, tal como
conta, com regozijo, João Milheiro: “As metodologias de trabalho
têm de ser motivadoras. Ninguém
pode exercer uma actividade se
não estiver minimamente motivado. Temos de apostar na motivação dos nossos colaboradores
porque o futuro da Tecnoper-AT
depende também de nós”.
Página Exclusiva 73
Portugal Inovador
O Futuro está na Reabilitação
A Constro Celoricense, fundada em 1987 por dois empresários do sector, está
hoje nas mãos de Sérgio e Carlos Campos, dois gestores que, a dada altura das
suas carreiras, apostaram no sector da construção civil.
Corria o ano de 1993 quando Carlos Campos integrou o grupo de
trabalho da Constro Celoricense,
com o princípio de prestar serviços
de contabilidade que, mais tarde,
abrangeram também a assessoria administrativa. Verificava-se,
na altura, a proliferação do sector
da construção em Portugal, factor
que impulsionou o crescimento da
firma, permitindo-lhe encabeçar
algumas das mais emblemáticas
obras do concelho de Celorico da
Beira (Solar do Queijo, Museu do
Agricultor, entre outras).
A partir de 2009 a situação no sector debilitou-se, amplificando as
diferenças entre os sócios da empresa. Foi nessa altura que Carlos
Campos arriscou e, em parceria
Página Exclusiva 74
com o irmão, Sérgio Campos, deu
início a este negócio próprio.
“Demos um passo arriscado, mas
acreditámos e apostámos firmemente no projecto tanto mais que
conseguimos, no melindroso ano
de 2010, atingir o título de PME
Excelência, estando sempre muito apoiados por um dos nossos
parceiros, o Crédito Agrícola”, explica Sérgio Campos. Com base
na experiência adquirida na área
da gestão, a nova administração
incutiu desde o início uma liderança rigorosa que permitiu à empresa alcançar bons resultados, consolidando os rácios positivos que
vinham sendo conquistados.
Para além de alguns trabalhos
de obras públicas, da construção
de apartamentos para venda em
Trancoso e Celorico e de vários
projectos de recuperação, a Constro Celoricense orgulha-se de ser
a construtora da primeira “Fazenda da Esperança” em Portugal
– um projecto a nível mundial (já
com cerca de 80 unidades) que
surge, como estreia nacional, em
Celorico da Beira.
Consciente das alterações de
mercado e do excedente do parque habitacional, a administração
da Constro Celoricense decidiu
apostar fortemente na reabilitação
de edifícios antigos.
Foi neste âmbito que surgiu a parceria com o projecto Melom, uma
rede nacional de empresas franchisadas, vocacionadas para a
reabilitação urbana, que garantem
um serviço de excelência, cumprimento de prazos, assim como
apoio e consultadoria no decorrer
de todo o processo. “Este projecto
pretende desenvolver uma cadeia
nacional de especialistas em reabilitação urbana, associando-se
a pequenos construtores locais,
assim como a grandes marcas no
sector da construção e bricolage”,
clarifica Carlos Campos.
“As obras em sua casa com garantia de qualidade e preço” é lema
da Melom, partilhado agora em
pleno pela Constro Celoricense.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 75
Portugal Inovador
Solicel - A Pedra é Eterna
O xisto foi a pedra dominante de outrora. A sua abundância permitia que fosse
utilizado para delimitar propriedades rústicas, havendo ainda hoje sinais dessa
utilização. Facto é que alguns desses marcos são milenares e o próprio xisto é
hoje um marco histórico em toda a região Douro. Assim sendo, o seu valor não
poderia deixar de ser exaltado e estendido às suas mais diversas aplicações.
Neste seguimento, surge a Solicel, em 1966, que começa a valorizar esta rocha numa primeira
abordagem direccionada apenas
para esteios de vinha, vindo mais
tarde a alargar-se a outras como
pavimentação, revestimento, decoração e embelezamento em
diversos contextos. A baixa absorção desta pedra, a resistência
que oferece, a textura, a cor, entre
outras propriedades intrínsecas,
possibilitam a sua utilização em
inúmeras áreas, quer seja para
os já mencionados esteios de vinha, quer seja para a construção
civil nos seus mais variadíssimos
âmbitos. Para que a cobertura de
todo o trabalho, desde a extracção da rocha, ao primeiro corte
e à sua transformação, seja possível nas mãos dos mesmos 50
colaboradores, o Grupo Solicel
criou em 2010 um outro nome,
DecorXisto, com o objectivo principal de dar um acabamento mais
elaborado ao xisto e poder assim
o grupo atacar outro tipo de merPágina Exclusiva 76
cados. Consequentemente, a sua
produção é ao nível do xisto, polido, escovado e amaciado e assegura a sua aplicação no campo
decorativo e de interiores (escadas, varandas, revestimentos,
bancas de cozinha, entre outros,
incluem-se nesta categoria).
O orgulho pela independência e
total controlo sobre a produção e
produto de ambas as empresas
é perceptível: “Nenhum serviço na Solicel é subcontratado!”,
explica Mauro Búrcio, geólogo
da Solicel, enquanto esclarece
que o Grupo, localizado em Vila
Nova de Foz Côa (Guarda), trata
da extracção, procede ao corte
primário (por medida) e trabalha
a rocha consoante a sua finalidade. Ainda que o sector de enfoque seja a construção civil, os
esteios continuam a ter procura,
refere Pedro Duarte, sócio-gerente da DecorXisto, “estamos a
meio de Março e só aceitamos
encomendas para 2013”. Aqui é
a tradição, em dois níveis, que
vinga: em primeiro plano temos
o historial do Douro, caracterizado pela imensidão de xisto nas
paisagens; em seguida vem a
identidade da empresa, pois não
nos esqueçamos que foi a dedicar-se a este produto que o seu
nome se afirmou no mercado.
A conquista de clientes incide
mais para lá das fronteiras lusitanas, revelando-se uma pro-
Portugal Inovador
porção de cerca de 87% para
exportação e o restante direccionado para o mercado nacional. Os mercados mais fortes
são França e Alemanha, graças
à forte presença de arquitectos
paisagistas que requerem os
seus produtos. No entanto, chegam ainda a Espanha, Andorra,
Polónia, Suíça, Bélgica e Holanda e a sua sina é abraçar o
mercado escandinavo, pelo que
“fizemos uma feira na Noruega
e na Polónia onde ganhámos o
prémio de melhor stand”, explica
Pedro Duarte no intuito de nos
clarificar também que o próximo
passo do Grupo é expandir e
consolidar o mercado nos Estados Unidos da América. Mas os
prémios não se ficam por aqui. A
Solicel tem estado na vanguarda em história e inovação e até
mesmo na maquinaria, uma vez
que no seu histórico registam-se
acontecimentos como a aposta numa máquina desenvolvida
especificamente para a transformação do Xisto Foz Côa, que
permitiu aumentar a capacidade
produtiva e diminuir o Lead Time
e o desperdício.
Relativamente à matéria-prima,
é sentida a necessidade de referir que o xisto anda de mãos
dadas com a ardósia, o que tem
o seu efeito positivo e negativo.
Repare-se que a ardósia tem
qualidades diferentes, permitindo-se ser utilizada em telhados,
quadros das escolas, mesas de
bilhar, etc..
Por outro lado, a ardósia é uma
rocha mais escorregadia e mutável nos ciclos de gelo-degelo, ao
contrário do xisto, bastante mais
rugoso e inalterável. Estes comportamentos tornam-se importantes e muito valorizados para
determinadas aplicações como
por exemplo, pavimentos e revestimentos rústicos impossíveis
de conseguir com ardósia.
A satisfação é notável ao longe.
O trabalho na Solicel representa
uma vida, sendo que há colaboradores integrados na empresa
há mais de 30 anos, como é o
caso de Manuel António, encarregado geral, que já iniciou várias explorações em nome do
Grupo.
Salienta-se ainda o facto de
a Solicel, possuir produtos de
marcação CE, logo, que cumprem todas as normas da União
Europeia relacionadas com pavimentos e revestimentos
Depois de estudados todos estes aspectos, era obrigatório que
uma empresa como a Solicel
fosse reconhecida como PME
Excelência, embora esta distinção venha interferir maioritariamente na relação de confiança
por parte dos clientes. A metodologia e a gestão da empresa
estão definidas pelos padrões
internos de qualidade do próprio
Grupo, até porque “a actividade extractiva depende muito da
forma como se faz o desmonte
e da forma como nós nos organizamos”, salienta Mauro Búrcio.
Fruto da boa gestão à vista é a
boa maré que lhes faz frente: o
objectivo deste ano apontava
mais para a consolidação dos
mercados externos, mas pelo
que se vão apercebendo há uma
forte probabilidade de aumentar
a facturação ainda durante esta
onda de crise. Sem dúvida, tudo
graças à força de vontade de
crescimento.
Página Exclusiva 77
Portugal Inovador
Novas estratégias para o futuro
Ao longo de mais de 40 anos, a Lima Ferreira tem-se pautado pela qualidade
do calçado que desenvolve, mas as graves alterações climatéricas e a conjuntura económica levaram a que a empresa tenha vivido alguns momentos
de instabilidade. Hoje, mais do que nunca, os irmãos Ferreira decidiram seguir
novas estratégias para o futuro da Lima Ferreira.
No final dos anos 60, Valdemar Ferreira, que sempre teve a ambição
de ser industrial, lançou-se num pequeno negócio familiar de calçado.
Com o negócio a crescer, em 1974,
o pai dos actuais administradores
decidiu fazer um novo pavilhão, em
S. João da Madeira, onde ainda labora, hoje, a empresa. No entanto, a
mudança de instalações não se fez
acompanhar de uma mudança nas
­mentalidades.
Em 1988, José Manuel e os irmãos,
Carlos e Miguel Ferreira, passaram a
ser sócios da Lima Ferreira, invertendo a situação financeira da empresa.
“Nos anos 90, as encomendas chegavam a bom ritmo à empresa, mas,
de há três anos para cá, voltámos a
ressentir-nos. Por isso, reunimo-nos
e tomámos decisões importantíssimas para as novas estratégias da
Lima Ferreira”, explica José Manuel
Ferreira.
A oportunidade
de caminhar sobre a crise
Dedicada ao fabrico de calçado de
criança, adolescentes e de senhora,
Página Exclusiva 78
numa linha mais casual, a Lima Ferreira é especializada na construção
plana, são crispim e pratik. Os três sócios investiram também recentemente
num novo parque de máquinas, para
iniciar uma segunda linha de costura,
que vai gerar mais alguns postos de
trabalho. Ainda no que respeita às
instalações, estão a ser feitas remodelações, tendo em conta o meio ambiente e rentabilidade energética. No
entanto, as máquinas não chegam –
são necessárias novas ideias e estratégias, e é preciso comunicá-las aos
64 colaboradores da empresa.
“É muito importante que os nossos
colaboradores sintam que o desem-
penho deles faz a diferença, que ajuda à sustentabilidade e crescimento
da empresa. Estamos também a fazer uma formação empresarial, que
está a ser desenvolvida em estreita
parceria com o Centro Tecnológico do
Calçado. Para além disso, temos sido
bem sucedidos graças ao acompanhamento rigoroso do nosso director
financeiro, o sr. Azevedo, da Diaza, e
da nossa managing director, a Maria
Monteiro. Eles fazem o aproveitamento das ferramentas disponibilizadas
pela economia portuguesa, como é
o caso da Norgarante, e apostam em
projectos com um conceito inovador e
empreendedor no mundo do calçado,
sem perder de vista a situação actual
do país”, atenta o responsável.
De referir que a empresa desenvolve
as colecções de acordo com os pedidos dos clientes, mas está a apostar
no desenvolvimento de uma colecção
própria para o Verão de 2013. “Cada
vez mais é importante acompanhar
os mercados com novos estudos,
e os métodos são diferentes. Hoje,
temos forçosamente que fazer 100
amostras para 10 encomendas”, refere José Manuel Ferreira, acrescentando ainda que “a aposta recai cada
vez mais na inovação, com materiais
biológicos, como por exemplo a cortiça. E é fundamental que, independentemente do nosso core business
ser o calçado, tenhamos em conta a
prestação de um serviço continuado
aos nossos clientes”.
Os sócios da Lima Ferreira acreditam
que, “apesar de atravessarmos tempos economicamente conturbados,
temos condições para conseguir um
bom serviço – tanto pela flexibilidade
como pela resposta rápida e bons
Portugal Inovador
António Almeida Henriques”. Em jeito
de conclusão, José Manuel Ferreira
deixa o apelo “a que as instituições e
o Governo apostem, cada vez mais,
na colaboração e apoio sustentado às
pme’s nacionais” e o agradecimento a
“todos os nossos parceiros que estão
e acreditam na Lima Ferreira”.
equipamentos – adaptando-nos,
cada vez mais, para trabalhar com
encomendas pequenas.”
A Lima Ferreira dedica-se a 100% à
exportação, sobretudo para países
europeus – Holanda, Bélgica, Dinamarca e França. No entanto, “estamos a trabalhar em conjunto com o
AICEP, a APICCAPS, o IAPMEI e a
AIDA (Associação Industrial de Aveiro), para levar os nossos produtos
aos países nórdicos, em particular a
Finlândia e a Suécia. Para além disso,
estamos entusiasmados com os contactos que temos feito com o Iraque e
Dubai, através da Câmara de Comércio do Iraque e da Embaixada do Dubai em Portugal, e estamos abertos
a novas parcerias e investidores. E
vamos, em breve, receber a visita do
Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Rural, o Dr.
Página Exclusiva 79
Portugal Inovador
“O queijo
a seu gosto”
A Revista Portugal Inovador foi até ao lugar de Barracão - Valverde, concelho de Aguiar da Beira, conhecer a Lacto Serra. Distinguida entre as 25 melhores empresas da Guarda, é ainda com tradição,
que fabrica o seu queijo.
A ideia de construir uma fábrica
de produção de queijo teve como
base o facto de Sebastião Gomes,
actual sócio-gerente, ter como actividade a comercialização de produtos lácteos nos anos 80.
Mãos à obra, Sebastião Gomes
cria a Lacto Serra em 1990 que
nasce como uma queijaria tradicional que evoluiu e se foi modernizando, com vários investimentos em equipamento e nas
novas tecnologias bem como na
ampliação da unidade de produção, ao longo do tempo: “Fomos
adaptando o espaço de acordo
com as produções e as leis vigentes. Actualmente, estamos
equipados com a mais elevada
tecnologia”, confirma Miguel Moreira, director comercial.
Acompanhando esses mesmos
investimentos nas àreas das novas tecnologias e da produção,
Página Exclusiva 80
a empresa criou recentemente
uma ETAR para tratamento dos
efluentes e águas residuais: “A
Lacto Serra tem tido a preocupação de ser um exemplo em
termos ambientais e para tal
construiu uma estação de tratamento, que possui um sistema
de concentração de soro, reaproveitando para exportação e
melhorando em muito o ambiente”, continua Miguel Moreira.
Com uma produção actual de 85
toneladas de queijo por mês, a
Lacto Serra tem vindo a aumentar a sua produção à medida
que a carteira de clientes cresce e as encomendas são solicitadas: “Temos actualmente 28
colaboradores e apostamos na
diferenciação do nosso produto.
A nossa produção é baseada na
tradição aliada à qualidade, direccionando-nos assim também
Portugal Inovador
para os mercados mais exigentes. Somos certificados através
da norma ISO 22000:2205 para
a Certificação do Sistema de
Gestão e Segurança Alimentar
e o nosso queijo é produzido e
submetido a um rigoroso controlo de qualidade laboratorial.
Para além do controle de HACCP existente, construimos um laboratório próprio equipado com a
mais elevada tecnologia. Resta
dizer que para, além disso, ainda
se executam análises periódicas
da matéria-prima e produto final
(queijo) em laboratórios oficiais
e certificados, garantindo assim
um controlo real à qualidade do
queijo”, refere Luis Vieira, director financeiro da empresa.
de 2011 perto dos seis milhões
de euros, o objectivo principal da
Lacto Serra é aumentar as suas
vendas de forma sustentada no
mercado nacional: “As nossas
marcas estão bem lançadas de
norte a sul do país, temos os
nossos produtos disponíveis em
algumas superfícies de média e
alta dimensão e vamos procurar
para este ano talvez ainda outra
grande superfície. A nível internacional, estamos a exportar
para o denominado “mercado da
saudade”, nomeadamente para
França, Luxemburgo, Suíça e Inglaterra e, futuramente, estamos
a pensar no mercado Africano,
nomeadamente Angola, Moçambique [já com algumas encomen-
das esporádicas] e Brasil. Estamos a prever um ano em que
o sector dos lacticínios ainda
poderá sofrer alguma agitação.
No futuro, esperamos continuar
a satisfazer os nossos clientes
e manter uma política interna
direccionada para a qualidade”,
finaliza a administração.
Marcas Comercializadas
A Fonte Mourisca é o nome de
referência de uma variada gama
de produtos que faz jus ao slogan
“O queijo a seu gosto”. Desde o
Fonte Mourisca Amanteigado,
ao Fonte Mourisca Meio Gordo,
Fonte Mourisca Apimentado ou
ao Fonte Mourisca Flamengo
Bola e Barra, a Lacto Serra comercializa ainda o Monte Amial,
o Cinco Estrelas Amanteigado
e Meio Gordo e Laserra, bem
como um queijo de Mistura de
Vaca e Ovelha pasteurizado com
a marca D. Sebastião. Este ano,
a empresa pretende ainda lançar
outro gosto: um novo queijo de
mistura de cabra, vaca e ovelha.
Objectivos
Com um volume de facturação
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Portugal Inovador
A nova vida da Frigomato
Ao longo de várias décadas de existência, a Frigomato, que nasceu e viveu
grande parte da sua história na cidade de Matosinhos, desenvolveu a sua actividade no sector da armazenagem de produtos da pesca. No entanto, fruto de
“uma situação económico-financeira muito difícil, provocada pela transformação do mercado”, a empresa viu-se forçada a voltar-se para um novo sector
de actividade.
“Nos anos 90 a Frigomato estava, efectivamente, numa situação de inssolvência técnica. A
empresa sempre esteve vocacionada para a armazenagem,
mas, com o passar dos anos,
esta deixa de ser uma actividade rentável. Antes, o produto da
pesca, descarregado no Porto
de Leixões, era congelado e
conservado em câmaras frigoríficas para depois abastecer,
essencialmente, as empresas
conserveiras, sediadas em Matosinhos. Hoje, o número de
empresas conserveiras é muito
reduzido e a actividade da Frigomato sofreu com todas estas
mudanças”, começa por explicar
Eduardo Lopes que, na viragem
do século, aceitou o convite
para a posição de administrador
da empresa e idealizou todo um
novo projecto para a mesma.
“A empresa teve que se adaptar e direccionar para uma acPágina Exclusiva 82
tividade que é, hoje, fulcral na
economia portuguesa – a actividade logística, em particular, a
de temperatura controlada. Assim, delineei um projecto cujo
objectivo seria aliar uma fábrica
de transformação de pescado
congelado à parte da logística e distribuição, promovendo
uma actividade integrada de
várias empresas. Isto porque o
projecto tinha uma vertente associativista vincada; a ideia era
juntar um grupo de cerca de 15
empresários, os principais no
sector do pescado congelado
da zona Norte”, continua.
No entanto, este projecto acabaria por não se concretizar,
pelo menos na sua totalidade.
“Apresentamos uma candidatura ao PROMAR, que foi acompanhada pela Direcção Geral
das Pescas, mas nunca conseguimos qualquer tipo de apoio.
Sentimos que houve um grande
desinteresse por parte das entidades a quem batemos à porta –
desde o IAPMEI até ao Ministério da Economia e à Associação
Empresarial de Portugal (AEP)
da qual, inclusive, somos membros”, lamenta Eduardo Lopes,
não esquecendo “as enormes
dificuldades, muitas delas, de
Portugal Inovador
sivamente em produtos alimentares, mas em produtos de temperatura controlada em geral.
Há outros produtos, como por
exemplo flores ou medicamentos. O mercado está a tornar-se
mais amplo”.
Crescer com qualidade
carácter administrativo, nomeadamente no licenciamento do
projecto”.
A dinâmica do sector logístico
Se uma boa parte do projecto
caiu por terra, a verdade é que
a Frigomato acabou por levar a
cabo a tal mudança estratégica
de sector, que obrigou também
à criação de novas instalações
em Vila do Conde. “Conseguimos, efectivamente, criar uma
plataforma logística e temos beneficiado de uma boa posição
geográfica, junto das principais
vias de comunicação e do Porto de Leixões, que tem tido um
grande desenvolvimento nos
últimos anos. E esse desenvolvimento é muito importante
quando conjugado com a nossa
actividade”, atenta.
De facto, para o responsável,
“o sector logístico está vivo e a
sua dinâmica e desenvolvimento são cruciais tanto para a região, como para o Norte do país
e Galiza”, mercados que a Frigomato visa conquistar, e tem
tido sucesso, a julgar pelo número crescente de “empresas,
espanholas e de outros países,
que, cada vez mais, trazem as
suas mercadorias até ao Porto
de Leixões e que dantes só o
faziam no Porto de Vigo”. Edu-
ardo Lopes afirma, sem reservas, que a Frigomato tem, hoje,
“das melhores condições para o
exercício da actividade logística
que existem na Europa”.
Com a actividade cada vez mais
direccionada para a logística, a
transformação tem tido, gradualmente, menos peso na facturação da Frigomato. “É natural
que continuemos a desinvestir
no sector da transformação,
até pela inexistência de matéria-prima. É uma realidade que
muita gente desconhece, mas,
a verdade é que não temos pescado em quantidade em Portugal. Pelo contrário, a procura
na actividade logística continua
a crescer e é nela que vamos
continuar a investir, não exclu-
Eduardo Lopes entende que ainda é cedo para fazer um balanço da nova vida da Frigomato.
“Apesar de o projecto ter sido
idealizado em 2000, dadas as
vicissitudes que tivemos, só em
2007 é que o edifício ficou apto
para a actividade. E depois, toda
a mudança do sector da armazenagem e transformação para
a logística obrigou a um grande
trabalho de formação, até porque a logística é uma actividade
altamente exigente e rigorosa”,
explica. A Frigomato tem 48 colaboradores, mas indirectamente dá trabalho a sensivelmente
mais 40. Desde que mudou de
sector de actividade, a empresa
cresceu cerca de 50% em termos de colaboradores.
“Queremos crescer, sobretudo, com qualidade, e não desmedidamente. O grande mérito
da Frigomato é o facto de ser
uma empresa com muitos anos
e que está a crescer numa área
completamente nova. A logística
continua a ter uma grande margem de crescimento”, conclui.
Página Exclusiva 83
Portugal Inovador
Sucesso na base
e no futuro da empresa
Com 17 anos de existência, a Bemicar não faz outra coisa senão evoluir. Evoluir
em qualidade, em formação e em conhecimento! Tudo isto porque aqueles que a
ergueram (António Sá e a esposa, Maria do Carmo Pinho) juntamente com aqueles
que lhe deram nome (Anabela Sá, Luís Miguel Sá e Carla Sá) têm batalhado para
elevar a qualidade do nível de produção e exaltam a formação, a tecnologia e a inovação como as três componentes essenciais para o crescimento do mercado.
Decorria o ano 2000 quando a empresa familiar foi demarcada pelo
crescimento exponencial. A razão
assentou, em especial, pelo trilhar
de um novo caminho no calçado ortopédico especial. A maior particularidade deste tipo de sapato é o facto
de o mesmo ser personalizado. Assim, o cliente pode obter o calçado
ao seu gosto, não importa quais
sejam as dificuldades motoras dos
membros inferiores. Neste mesmo
seguimento, já experienciaram o
mundo da moda e, apesar de não
se quererem introduzir nesse meio
de forma permanente, puderam
trabalhar com artistas de renome
como Luís Buchinho e Nuno Baltazar entre outros.
Hoje, trabalham já com outros tipos
de calçado, zelando cada vez mais
pelos seus clientes. Entre eles considera-se o calçado personalizado,
o qual, por vezes, implica desenharem um sapato semelhante a uma
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marca, tendo em conta o desejo do
cliente. Note-se que esta categoria
não é encarada como concorrência,
mas sim como um “complemento”
à marca, já que a Bemicar atende
um público ao qual a própria marca não dá resposta. A sua gama de
oferta abrange ainda calçado para
os mais variadíssimos eventos, calçado confort (conforto, na tradução
portuguesa), o gerontodesign (adequado para pessoas idosas) e ainda um tipo de sapato indicado para
diabéticos. Os cuidados deste último modelo de produção são necessários dados os efeitos secundários
provocados por esta intolerância
do organismo, tal como a perda
de sensibilidade local. O indivíduo
deixa de se aperceber da dor, podendo fazer alguma ferida nos pés.
A Bemicar toma precauções quanto
a isto, utilizando materiais específicos para a construção deste tipo
de pares de sapatos. Foi com este
projecto que abraçaram o mercado
francês, cuja exigência qualitativa é
notável à chegada da solicitação de
produto: para além da ficha descritiva do pedido, chega-lhes também
o material necessário para executar
o trabalho e a etiqueta comprovativa da comparticipação do Estado
naquele produto (em oposição ao
sucedido em Portugal).
Mas França não é o único país
onde a empresa tem já lugar marcado. Particularmente através do
“passa a palavra”, a quase totalidade da sua produção é exportada
para Alemanha, Bélgica, Holanda,
Suécia e Finlândia. São países nos
quais, segundo Luís Miguel Sá, a
aprendizagem é contínua e o pensamento reside no princípio de abrir
as portas do seu negócio e ensinar
o próximo, pois só assim é que conseguiremos um mercado mais forte.
É sobre esta filosofia que a equipa
Bemicar actua no seu dia-a-dia. Um
trabalho totalmente artesanal que
envolve muita comunicação, ajuda
e apoio entre administradores, tradutores, designers, modeladores,
produtores, etc., que compõe a
Portugal Inovador
equipa de trabalho da empresa.
O stock em abundância é, igualmente, uma chave do sucesso.
Apesar de representar uma quantia
imensa, à partida sem movimento,
é um modo seguro de garantir resposta ao pedido do cliente, qualquer que seja ele. Neste aspecto,
há uma coisa muito importante que
a Bemicar exige no investimento:
o material tem que ser certificado,
já que é uma poderosa arma na
conquista da confiança dos seus
clientes. “Nós não queremos que
nos pesquem o peixe e nos dêem o
peixe pescado; queremos que nos
dêem condições para o podermos
pescar”, afirma Luís Miguel Sá após
explicar que a matéria-prima é importada devido à maior facilidade
de se obter material certificado no
estrangeiro.
Neste momento, estão a dedicarse a um projecto recente nas suas
instalações. Trata-se de um gabinete onde poderão executar próte-
ses, palmilhas de carbono e outros
acessórios a partir dos quais as
pessoas com dificuldades motoras
nos membros inferiores (ainda que
se trate de uma perna amputada)
possam tirar proveito em ordem a
melhor executar a tarefa do calçar.
A equipa, composta inclusivamente pelos sócios-gerentes, trabalha
com satisfação e boa disposição e
é merecedora de atenções como a
qualidade das cadeiras em que se
senta, a disposição do espaço, frases deixadas nas paredes ou mesmo as cores dos próprios logótipos,
que representam uma motivação
para todos os colaboradores. Na
óptica de Luís Miguel Sá, “para ter
uma boa qualidade de trabalho é
necessário ter tempo, uma boa formação e gosto”. “Essencialmente
gosto!”, salienta o pai, António Sá e
deseja “Que o melhor de hoje seja
o pior de amanhã”.
Página Exclusiva 85
Portugal Inovador
Dedicação
e profissionalismo
“Tudo começou comigo!”. Depois de sair de França,
Mário Alves veio instalar-se em Portugal, trazendo
consigo uma forte bagagem em mecânica, sua área
de formação, e um enorme desejo de montar o seu
próprio negócio antes de completar os 35 anos.
Com a experiência adquirida e a
visão do desenvolvimento do mercado estrangeiro, foi desenvolvendo a percepção de que as oficinas
especializadas são o futuro desta
sua paixão, em detrimento das lojas tradicionais. Assim sendo, tanto
ele como a esposa, Cristina Alves,
decidiram enveredar por este caminho e dedicar-se a um ano e
meio de inúmeros testes e formações para se tornarem membros
do Grupo Os Mosqueteiros. A percepção inicial foi imediata: “É um
grupo que valoriza muito mais as
pessoas em si do que, propriamente, o seu poder financeiro.”, explica
Mário Alves. Nesta medida, Cristina Alves prescindiu do negócio de
costura que mantinha e deu prefe-
Página Exclusiva 86
rência a seguir o requisito imposto
pelo Grupo, segundo o qual teria
de acompanhar o marido no ramo
da mecânica.
A Roady – Station Arrifana é hoje
uma oficina que trata desde os
assuntos mais simples (como a
mudança do óleo) aos mais complicados (como uma reparação do
motor), cujo objectivo é “a pessoa
entregar as chaves, nós tratamos
de tudo e devolvemos as chaves”.
Em complemento, têm também
disponíveis na loja integrada todos os produtos necessários. É
uma empresa que tudo tem para
crescer e que não escolhe faixas
etárias, onde o cliente é notificado com um diagnóstico total do
estado da sua viatura, decidindo
as reparações que pretende fazer
e constando toda esta informação
no orçamento. Consideram todas
as hipóteses e, por isso, o horário
de funcionamento vai para além
do habitual horário laboral e inclui
fins-de-semana e feriados. Não se
limitam ao mercado local, sendo
que trabalham a marca Roady no
intuito de levar um cliente a qualquer uma das lojas do Grupo, independentemente do local do país
em que se encontre.
Portugal Inovador
Soluções
multimédia
ao seu dispor
Para Albertina Correia, gerente
da LPL Multimédia, o Mundo é o
limite. Crise, nem ouvir falar dela.
Trabalho, quanto mais, melhor,
estratégia é fundamental…
Com certeza que já ficou uma hora
à procura de um lugar num parque
de estacionamento, e enquanto
isso gastou muito combustível, ou
não soube onde colocou o carro
quando voltou das compras… Hoje
em dia, nada disso precisa de acontecer. A gestão de vaga livre/ocupada, a iluminação LED inteligente
(que reduz em quase 65%, peso
da factura elétrica), a detecção de
CO2, a leitura de matrícula ou o sistema inteligente de carregamento
de veículos elétricos são serviços/
produtos que podem ser adquiridos na LPL , lda. Esse feito – que
não é novo mas que é, no entanto,
inovador pelo conjunto, com todos
estes sistemas integrados na mesma plataforma de software - devese precisamente à LPL Multimédia
e aos seus parceiros de negócios.
Uma empresa sedeada em Vila do
Conde, mas já com sucursais em
Espanha e no Brasil.
Contudo, não é só do LPL Park
que a empresa dispõe. Descrevê‑la pode parecer complicado, tal é
a panóplia de serviços que coloca
à disposição dos clientes. Mas é
tudo muito simples. Há 15 anos
que a LPL Multimédia tem vindo
a adaptar as necessidades dos
clientes ao progresso constante
das tecnologias. “Temos crescido
juntamente com o nosso cliente”,
declara Albertina Correia, gerente
da empresa. Resumidamente, a
LPL Multimédia é “luz, som, imagem, eficiência energética”, e coloca qualquer ideia dos clientes em
prática, acrescenta a gerente.
Tendo como grande cliente a Sonae, Albertina Correia não pretende acomodar-se, apostando por
isso, em outros produtos/serviços
– em particular – corporate TV, gestal documental, iptv entre outros. “Se
pararmos somos facilmente ultrapassados. Temos que nos adaptar ao
que o mercado pede, sem descaracterizar a empresa”, explica Albertina
Correia. A crise? “Vejo o mínimo de
notícias, onde levamos uma injecção
de desalento, apenas para me manter actualizada. Eu trabalho como se
não houvesse crise, com a mesma
força e espírito. O passado já passou, o futuro ainda vem aí, portanto
temos que viver o agora. Não tem
sido nada fácil, mas tem valido muito
a pena”, garante Albertina Correia.
Certificada com a norma ISO
9001, LPL Multimédia vê na satisfação do cliente a sua prioridade,
e é esse espírito que é incutido
na equipa, através de formação.
A empresária afirma que “o serviço pós-venda é muito importante.
Insistimos nos inquéritos de satisfação de clientes, fornecedores e
trabalhadores para ‘disciplinar’ a
empresa”.
A aposta noutros mercados tem
sido uma das razões do sucesso da empresa, daí o estatuto de
PME Líder. Com grande incidência em Espanha e vários projetos
no Brasil, França e Marrocos são
os próximos desafios. Apesar de
ter os pés bem assentes na terra, o limite é o Mundo: “Para mim
nada é obstáculo, estamos preparados para ir para qualquer lado.
Costumo dizer que sou do mundo,
portanto, posso estar onde quiser,
seja qual for o país, tenho é que
criar condições e ferramentas necessárias”, declara a empresária.
E ainda acrescenta, “e porque
o vento nunca sopra a favor de
quem não sabe para onde quer ir,
o meu está sempre a favor…”.
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Portugal Inovador
Vencer num sector
em dificuldades
Fundada em 1998, a PROPYRO dedica-se à importação e posterior venda de
produtos pirotécnicos a empresas do sector. Este negócio familiar conta com a
experiência de três gerações que têm sentido, ao longo dos anos, várias dificuldades no ramo da pirotecnia em Portugal.
A família Simão está envolvida no negócio da pirotecnia desde os anos 50,
quando António Marques Simão, avô
do actual gerente, Alexandre Simão,
iniciou uma pequena empresa, vendendo produtos químicos destinados
a esta actividade. Se antes o negócio
estava voltado para a compra e revenda de produtos químicos, com a
continuação da actividade e posterior
fundação da PROPYRO, o pai, Victor
Simão voltou-se para a importação de
“produtos pirotécnicos já acabados”,
em particular do mercado chinês.
Apesar de ter a sua sede em Ourentã, Cantanhede, a PROPYRO teve
de construir armazéns em Carrazeda
de Ansiães, distrito de Bragança, por
falta de condições na zona da sua
sede. É com um seu anterior cliente
de produtos químicos, Victor Telmo,
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que adquire terreno e constrói os referidos armazéns. É a partir daí que
a empresa faz a distribuição pelo território nacional. “Vendemos para todo
o tipo de empresas de pirotecnia, e
queremos também começar a exportar para Espanha, e outros países
europeus. De resto, não vendemos
directamente para outros mercados.
Os nossos clientes compram-nos o
produto semiacabado, preparam-no
e transformam-no para os espetáculos, fazendo-o chegar também a
países como Cabo Verde, Angola ou
Moçambique, entre outros”, explica
Alexandre Simão.
Um dos factores competitivos da
PROPYRO, prende-se com “a qualidade dos produtos que fornece aliada
à capacidade da empresa prestar um
bom serviço, à medida do cliente, de
forma a que o mesmo possa gerir e
planificar melhor os espectáculos”, e
à boa relação com os clientes, construída e preservada desde longa data.
Apesar de continuarem a existir picos
sazonais na procura dos produtos,
Victor Simão assume, com naturalidade, que a crise se tem sentido no
sector. “Houve uma forte quebra no
mercado, mas é normal. Se as pessoas cortam no que comem, então
porque não haviam de cortar nestas
coisas?”, confirma.
No entanto, e apesar da conjuntura
económica, pai e filho vêem outros
obstáculos. “Há empresas que não
podem investir, porque não têm o licenciamento para a remodelação
ou instalação de novas unidades de
fabrico e armazenagem. O atraso na
emissão de novos alvarás é um problema grave, há empresas a trabalhar com licenças provisórias desde
2002. Para além disso, a questão da
utilização livre dos produtos carece
de legislação nacional, apesar de a
directiva europeia já ter entrado em
vigor. Outro constrangimento é o facto
de não termos, em Portugal, um organismo acreditado para fazer a certificação dos produtos. Nós, por exemplo, temos que ir a Espanha fazer a
certificação, quando o ideal seria poder fazê-la no nosso país”, termina o
responsável.
Portugal Inovador
Ecologia, Inovação
e Modernidade
Joaquim Rocha, ex-futebolista profissional e empresário do sector têxtil, e Ângelo Ferreira, técnico oficial de contas, em 2010 optaram por se aventurar e
criaram uma empresa. Para Joaquim Rocha, as feiras internacionais eram uma
fonte de conhecimento e inovação e foi graças a elas que, há cerca de dois
anos, optaram por se aventurar em nome do carvão casca de coco e criaram a
ECOGRILL e nenhum dos dois diria que hoje marcariam presença em sectores
tão diferentes.
Desde o início que Joaquim Rocha
foi apoiado por Ângelo Ferreira
“porque somos um país com tradições em termos dos grelhados” e
“por outro lado, o carvão tradicional tem algumas falhas do ponto
de vista de segurança alimentar
e do seu manuseamento no diaa-dia”, segundo as palavras do
segundo. O carvão casca de coco
surgiu, então, na tentativa de colmatar essas lacunas, marcando
uma posição diferente junto do
consumidor e não concorrente do
carvão tradicional. O sócio aponta
as mais-valias deste produto não
só por ser “uma energia verde,
totalmente limpa e ecológica sem
abate de árvores”, mas também
porque o seu carvão tem características únicas “não faz chama e
não emite fuligem”.
Depois do carvão, sentiram a necessidade de oferecer, aos clientes, produtos que pudessem facilitar o seu uso e permitissem
tirar um melhor proveito de todas
as qualidades deste novo tipo de
carvão. Por conseguinte, lançaram uma Grill Line, da qual fazem
parte várias churrasqueiras de dimensões adequadas para servir
à mesa e inúmeros produtos que
assistem no preparo deste tipo de
refeições (acendalhas de papel,
spray ou gel; acendedores de carvão, entre outros).
Relativamente a novos projectos,
exalta-se uma churrasqueira profissional, cuja “principal inovação
é a altura regulável da câmara
de combustão”, que vem permitir o controlo dessa mesma altura
consoante o alimento que está a
ser confeccionado, bem como um
melhor aproveitamento do carvão.
Identifica-se ainda um outro equipamento profissional que pretende ser um dois em um, forno e
churrasqueira, brevemente a ser
lançado no mercado, que promete
segundo Ângelo Ferreira “proporcionar aos restaurantes o sabor
autêntico da brasa, quer nos assados quer nos grelhados, poupando
na factura da energia elétrica”.
Com a inovação e ecologia sempre
presentes, temos a certeza de que
a ECOGRILL não tarda a andar na
boca do povo.
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Portugal Inovador
À conquista da fidelização
dos clientes
Há quem visite o casino por puro prazer. E há ainda os que apenas o frequentam em ocasiões especiais. Mas a verdade é que o Casino da Póvoa tem já os
seus clientes fiéis, os quais trata como se fossem únicos. E esse é o segredo
para a conquista.
Concessionado à Estoril-Sol desde 1997, o Casino da Póvoa é
uma referência na região. Seja
apenas para ver um espectáculo,
ou para alimentar o ‘bichinho’ do
jogo, clientes das cidades limítrofes como Matosinhos, Braga, Guimarães, ou Famalicão deslocamse propositadamente ao casino.
O que encontram é um espaço requintado, refinado, mas ao mesmo
tempo acessível, onde a simpatia
e a hospitalidade dos funcionários
são o mote.
Nem tudo são rosas e, ao contrário do que se pensa, o Casino
da Póvoa não é só luxo e abundância. Também os casinos têm
as suas dificuldades financeiras
em tempo de crise. Mas são os
bravos e corajosos que vencem e
este caso não é excepção. Antevendo o futuro, ao longo dos anos
o Casino foi sendo reestruturado,
tornando hoje as consequências
menos gravosas. “Fomos fazenPágina Exclusiva 90
do-o com cautelas e com rigor e
fomos diminuindo o volume de
estruturas e reduzindo os custos
de funcionamento da empresa”,
explica Dionísio Vinagre, administrador do Casino da Póvoa.
Aposta na cultura
Sempre com vista à satisfação
dos clientes e com a consciência
de que esta não é uma boa altura para gastos em espectáculos,
o Casino da Póvoa tem feito alterações na agenda. “Fizemos uma
redefinição da política de espectáculos que não tem o jantar associado. As pessoas podem jantar
na mesma, mas não é obrigatório. Assim, o espectáculo tornase mais acessível e os nossos
clientes continuam a ter acesso
à cultura e a verdade é que os
nossos eventos estão sempre
lotados”, garante o empresário.
Passando por aqui conceituados
nomes do panorama artístico tais
como, recentemente, Rui Veloso,
a empresa orgulha-se de perpetuar a grande tradição de ligação
à cultura que existe na Póvoa de
­Varzim.
Prova disso é também o apoio
às Correntes D’ Escrita – evento
literário muito conceituado na região - e a exposições de pintura
e escultura onde todos os anos é
ofertado o prémio Casino da Póvoa a uma personalidade de cada
área. O de Artes, por exemplo, é o
maior prémio nacional de carácter
regular no valor de 30 mil euros.
Para comemorar os 45 anos do
Casino e os 16 em que a Estoril‑Sol tomou a sua gerência será
editado, no próximo ano, um livro
com os 16 olhares de cultura sobre a Póvoa de Varzim. “Este é um
projecto que irá enriquecer não só
a empresa, mas também a Póvoa
e o seu património”, diz o empresário.
Formar funcionários
Para enfatizar a importância dos
clientes e a sua fidelização, Dionísio Vinagre fala do papel preponderante dos funcionários. “Eles
têm que perceber que é muito fácil
perder um cliente. E é ainda mais
difícil conquistar um cliente de
jogo. Têm de ser tratados de uma
forma carinhosa, humana e envolvente. Fazendo com que o cliente
se sinta bem e volte muitas vezes.
Nós tentamos transmitir esses valores aos nossos colaboradores.
É preciso ouvir o cliente, falar com
ele, e não ignorar as suas reclamações. Nem todas as reclama-
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ções são justas, mas é preciso ser
humilde, aprender com elas e perceber o que está errado”, explica
Dionísio Vinagre.
E nada melhor do que ser a própria direcção a dar o exemplo.
“Felizmente temos uma direcção
muito pequena em que todos os
directores interagem com os clientes. Nas 12h em que o casino
está aberto, interagimos com os
clientes 363 dias por ano. E essa
é uma mais-valia muito grande”,
garante o administrador.
Clube IN
A aposta mais forte do Casino na
fidelização dos clientes é, sem dúvida, o Clube IN. “Este implica a
atribuição de um cartão ao cliente
que apenas funciona na máquina.
Em função do valor efectivamente
apostado, o cliente tem direito a
pontos que pode trocar por brindes, refeições, espectáculos, en-
tre outros. Este método é muito
importante e o nosso principal instrumento de fidelização”, afiança
Dionísio Vinagre.
O investimento de 11 milhões de
euros na remodelação do Casino da Póvoa, que ficará pronto
antes do Verão, é mais um passo na conquista do seu público.
“Investir, hoje, no casino, é uma
loucura, mas as obras de renovação tiveram apenas um objectivo
- o cliente. Tudo isto no sentido
de que este se sinta bem e tenha
vontade de voltar”, declara o administrador.
Restaurante Egoísta
O Restaurante Egoísta é, sem
dúvida, a menina dos olhos do
Casino da Póvoa. Com uma exposição de arte incontornável,
uma decoração intimista e uma
comida tradicional portuguesa
com um toque de requinte, tudo
foi pensado ao pormenor. “O Egoísta foi um sonho. Um projecto
muito bonito do arquitecto Miguel
Esteves. Para além de se comer
muito bem, é um espaço que foi
enriquecido com um acervo de
obras de arte do casino. É um espaço de cultura, no duplo sentido: cultura, no verdadeiro sentido
da palavra e cultura gastronómica. No Egoísta só entram vinhos
portugueses e a cozinha base é
portuguesa, trabalhada com um
toque de autor e de inovação. É
outra forma de tentar chegar a
públicos diferentes com outro tipo
de exigências. A prova do sucesso é o número de prémios que o
Egoísta tem ganho”, garante Dionísio Vinagre.
Estão, assim, reunidos, todos os
ingredientes para uma visita ao
Casino da Póvoa, para um espectáculo, um jogo, ou um refinado jantar.
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A Essência do Fumeiro
Foi à entrada do Parque Natural de Montesinho, em Bragança, que a revista
Portugal Inovador descobriu um empreendimento de turismo rural e temático
em forte expansão. Falámos com o administrador, Alberto António, que nos
explicou a dinâmica da A. Montesinho e da Bísaro Salsicharia Tradicional.
A A. Montesinho é uma empresa
dedicada à área do turismo, nomeadamente turismo no espaço
turismo rural, restauração e animação turística, com mais de 75
anos de existência. Localizado na
aldeia de Gimonde, este empreendimento tem as portas abertas
para todos os amantes da boa
gastronomia e da natureza. Aqui,
podemos desfrutar do Restaurante Típico D. Roberto, com 75 anos
de existência, e de quatro casas
de turismo natureza: a Casa do
Bísaro, a Casa da Mestra, a Casa
da Escola e a Casa do Lúpulo.
No âmbito do Grupo, encontramos ainda uma Quinta que acolhe inúmeros eventos familiares
e temáticos. Direccionado para o
Agro-turismo, este espaço propõe
aos visitantes produtos de origem
certificada, nomeadamente a castanha e o cordeiro, bem como verdadeiros momentos de puro lazer
e descanso. A Casa do Guieiro e a
Casa do Forno (com sete quartos),
o salão Polivalente com capacidade para 700 pessoas, a sala de
banquetes com 250 lugares, oferecem as condições necessárias
para a realização de inúmeros
eventos como festas temáticas,
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workshops de cozinha, matança
do porco e festas de família.
Mais recentemente, numa Quinta
situada em Castro Vicente - Mogadouro o Grupo procede à criação de porcos de raça bísara, raça
autóctone desta região transmontana. Em parceria com o Instituto
Politécnico de Bragança está a
ser desenvolvido um estudo pormenorizado do valor nutricional
deste animal, nomeadamente do
presunto. O objectivo é obter uma
homogeneidade na matéria-primas, garantindo, assim, a qualidade de produtos como as alheiras,
as chouriças, a carne de Porco de
Raça Bísara e outras iguarias produzidas pela Bísaro Salsicharia
Tradicional.
Quando falamos da Bísaro Salsicharia Tradicional, referimo-nos a
uma marca de produtos regionais,
especializada em fumeiro tradicional transmontano e outros produtos de origem animal. É possível
encontrar os produtos produzidos
pela Bísaro – Salsicharia Tradicional nos sectores mais tradicionais,
como as grandes superfícies comerciais ou em casas especializadas. Estes produtos também
podem ser adquiridos através do
Portal Terra Fria - que promove e
aconselha produtos tradicionais
transmontanos, artesanato e experiências inesquecíveis na área
do turismo.
Estas marcas - A.Montesinho, Bísaro e Quinta das Covas – complementam-se, efectivamente, em
todas as actividades disponibilizadas. Quem frequenta o Restaurante D. Roberto pode comprar os
produtos marca Bísaro-Salsicharia
Tradicional que apreciou durante
a refeição, assim como pode visitar a fábrica de produção ou os
pastos, através dos passeios temáticos organizados.
Alberto António valoriza o “Pack
de Turismo” criado em parceria
com o Museu do Abade de Baçal
e o Instituto da Conservação da
Natureza e da Biodiversidade do
Parque Natural de Montesinho.
“A A. Montesinho disponibiliza as
suas instalações para acolher os
participantes nos trajectos organizados, dando-lhes a conhecer
o que melhor se faz em Trás-os‑Montes. Neste âmbito, outras
parcerias são bem-vindas”, refere
o nosso entrevistado, entendendo
que a região de Bragança fica a
ganhar se todas as organizações
locais se unirem em prol da dinamização da marca e do destino
“Trás-os-Montes”. A passarem por
um processo de internacionalização nas duas empresas, a Bísaro já está presente em inúmeros
países por todo o mundo, sendo
o seu principal mercado os países
francófonos e Inglaterra. “Consolidar os projectos existentes procurando novos mercados de negócio”, é o projecto de futuro destas
marcas.
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Descanso e conforto
em t­ rabalho ou lazer
Situado na Avenida 5 de Outubro,
o Zenit Hoteles dispõe de uma
equipa dedicada e profissional
para o atender.
Para lá da fachada de um edifício histórico lisboeta, que conserva ainda toda a sua magnitude,
exaltam-se as linhas modernas.
Os quartos, detentores de um
conforto extremo e uma vista maravilhosa, estão equipados com
Wi-fi gratuito, carta de almofadas, uma gama de produtos de
higiene completa e o secador de
cabelo para além dos restantes
habituais itens.
O Restaurante Marquês de Pombal, integrado no hotel, apresenta
deliciosos pratos verdadeiramente gourmet ou um pequeno-almoço à inglesa, com os tradicionais
ovos mexidos e o café com leite,
ao qual se adiciona uma variedade imensa de acompanhamentos
para a mais importante refeição
do dia.
Se o seu objectivo for o lazer, é de
salientar a proximidade do hotel
do centro histórico lisboeta, bem
como de belas praças, parques e
centros comerciais.
Sem dúvida, uma escolha da Portugal Inovador!
Relaxar em Leiria
Situado a cerca de cinco quilómetros do centro de Leiria,
o Hotel Rural Casa da Nora é uma excelente alternativa
para quem pretende desfrutar de um ambiente acolhedor e descontraído, com direito à melhor gastronomia
tradicional portuguesa, no espaço de Restaurante.
Cá fora, num ambiente bucólico,
poderá relaxar nos jardins, junto
à piscina ou passar pelo terraço,
de onde se avista o rio Lis. O conforto sente-se também no interior.
Os quartos, com ar-condicionado
e acesso wi-fi gratuito, são decorados de forma simples e com elegância.
Quem passa pelo Hotel Rural
Casa da Nora também não ficará
indiferente à qualidade do serviço.
Será recebido por um staff atencioso e competente, que o atenderá com um sorriso nos lábios.
Já os que visitam o hotel em trabalho podem também usufruir de
duas salas de reuniões com capa-
cidade para 30 pessoas, e, novamente, o staff disponibiliza-se para
o auxiliar caso pretenda organizar
reuniões ou viagens de incentivo,
através da coordenação dos seus
pedidos (sejam quartos, salas de
reunião, coffee breaks, almoços,
jantares, cocktails ou material audiovisual, entre outros).
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Portugal Inovador
Errata
Por lapso, na anterior edição da revista Portugal Inovador, foram publicados alguns dados incorrectos na reportagem referente à Sousacamp.
Na vertente do apoio à criação e instalação de produtores satélite é importante sublinhar que qualquer agricultor que queira ser produtor de cogumelos pode, associando-se à Sousacamp, usufruir da experiência e da rede logística de distribuição da mesma, bastando, para tal, contactar
a Sousacamp, apresentar o seu CV, e mostrar interesse em investir no sector.
No que concerne à rede logística e de distribuição Sousacamp, todos os produtores de frutos vermelhos que queiram associar-se e usufruir da
mesma podem aproveitá-la, para tal basta contactar a Sousacamp e registar a sua potencial produção para, assim, nos próximos anos, terem um
lugar cativo com garantia de que os seus frutos serão comercializados via Sousacamp. Para já, existem alguns produtores que já se associaram
a este programa, com o qual se pretendem atingir os 200 hectares.
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Portugal Inovador
O dia do jornalista
e do cidadão
13 de Abril. Dia Mundial da Imprensa. O dia em que se homenageia uma classe de prestígio
em todo o Mundo. Não só pela arte que possui nas palavras, mas também pelo serviço público que pratica. Uma classe que vai ao fundo da rua a uma conferência de imprensa, ou ao
outro canto do Mundo cobrir uma guerra. Tudo para que os seus leitores, ouvintes, telespectadores, possam estar a par do que acontece na actualidade.
Remontando aos primórdios da palavra propriamente dita, recordamos Gutenberg, inventor
da tipografia. Depois passamos pela invenção do rádio, da televisão e, actualmente, vivemos
na era da informação, da Internet, onde qualquer pessoa pode dar uma notícia, o chamado
repórter-cidadão. O termo imprensa está ligado a todas estas áreas. Apesar de, inicialmente,
ser directamente dirigido à imprensa escrita, este termo continuou a ser utilizado para os
outros meios de comunicação, como um conceito colectivo.
Teorias e histórias à parte, a verdade é que este Dia Mundial da Imprensa se comemora numa
altura em que a liberdade de imprensa, associada a um tema tão delicado como a liberdade
de expressão é muitas vezes colocada em causa. Aqui ou ali vão surgindo casos de censura
camuflada, mas nem por isso a classe perde o seu poder ou credibilidade.
Casos esporádicos talvez, mas nem esses nos afastam do objectivo primordial: informar,
contar factos, divulgar acontecimentos para a população. No Dia Mundial da Imprensa devemos vangloriar-nos por comunicarmos a verdade, de forma imparcial, como uma espécie de
compromisso que selamos a partir do momento em que escolhemos o jornalismo como uma
profissão. Seja para cobrir um espectáculo de música, um jogo de futebol, ou para correr
risco de vida numa guerra, - como a muitos colegas já aconteceu - o propósito é apenas um:
dar voz aos acontecimentos, torná-los públicos.
Esta data, instituída desde 1993 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, leva-nos a reflectir sobre os valores que transmitimos através deste ou de qualquer outro meio de comunicação social. Valores esses que passam pela circulação de informação real, pela criação de
opinion-makers e a formação de indivíduos.
Temos essa função, esse dever, e é nisso que nós, jornalistas, vamos continuar a apostar
para continuarmos a festejar este Dia Mundial da Imprensa como um dia de todos nós, o da
conquista de um direito essencial que é a liberdade de expressão.
Ana Marta Monte
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