2008 - Belo Horizonte - Sociedade Brasileira de Fitopatologia

Transcrição

2008 - Belo Horizonte - Sociedade Brasileira de Fitopatologia
Official bimonthly publication of the Brazilian Phytopathological Society
Vol.
33
SUPLEMENTO
AUGUST, 2008
TROPICAL PLANT PATHOLOGY
Former Fitopatologia Brasileira
Official Publication of the Brazilian Phytopathological Society
Revista Oficial da Sociedade Brasileira de Fitopatologia
ISSN 1982-5676
Editorial Committee (2006 - 2008) / Comissão Editorial
Address / Endereço
Cx. Postal 3066, 37200-000, Lavras, MG
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Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG
President / Presidente
Ludwig H. Pfenning
Mário Lúcio V. Resende
Universidade Federal de Lavras, MG
Universidade Federal de Lavras, MG
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Embrapa Soja
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Brasília, DF
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Ponta Grossa, PR
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Passo Fundo, RS
José Maurício C. Fernandes
Reginaldo da Silva Romeiro
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Luadir Gasparotto
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Valmir Duarte
Francisco Murilo Zerbini
Marciel João Stadnik
Wagner Bettiol
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Nilceu R.X. Nazareno
José da Cruz Machado
Renato B. Bassanezi
Univ. Federal de Viçosa
Viçosa, MG
Univ. de Passo Fundo
Passo Fundo, RS
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Cruz das Almas, BA
Univ. Federal de Viçosa
Viçosa, MG
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Corpus Christi, EUA
Univ. Federal Rural de Pernambuco
Recife, PE
University of Guelph
Canadá
Univ. Federal de Lavras
Lavras, MG
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Piracicaba, SP
Embrapa Amazônia Ocidental
Manaus, AM
Univ. de São Paulo - ESALQ
Piracicaba, SP
Univ. Federal de Santa Catarina
Florianópolis, SC
Univ. Federal Rural de Pernambuco
Recife, PE
Univ. de Brasília
Brasília, DF
Inst. Agronômico do Paraná
Curitiba, PR
Fundecitrus
Araraquara, SP
Univ. Federal de Viçosa
Viçosa, MG
Univ. Estadual do Norte Fluminense
Campos dos Goytacazes, RJ
Univ. Federal de Viçosa
Viçosa, MG
Univ. Federal do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, RS
Embrapa Meio Ambiente
Jaguariúna, SP
Wolfgang Osswald
Technical University Munich
Alemanha
Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Tropical Plant Pathology. -- Vol. 33 Suplemento (Ago/2008). -- Brasília:
Brazilian Phytopathological Society, 2008.
v. : il.; 28 cm
Bimestral.
Official Publication of the Brazilian Phytopathological Society.
Former title: Fitopatologia Brasileira.
Edits one Supplement each year
ISSN 1982-5676
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1. Fitopatologia - Periódicos. I. Brazilian Phytopathological Society.
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CDD
22ª –�� ������
632.05
Composition / Composição
Ana Carolina Naves Ferreira
Printing / Impressão e Acabamento
INDI Gráfica Editora Ltda.
Fone: 35-3821.0621, Lavras MG
Printing Date / Data da Impressão
July, 25, 2008 / 25 de julho de 2008
Printed copies / Tiragem
1500 copies / 1500 cópias
SUMÁRIO / CONTENT
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
XLI Annual Meeting of the Brazilian Phytopathological Society
PALESTRAS - MESAS REDONDAS .............................................................................. S9
RESUMOS ...................................................................................................................... S89
ÍNDICE DE AUTORES - PALESTRAS E MESAS REDONDAS ...................................... S311
ÍNDICE DE AUTORES - RESUMOS ............................................................................... S313
ÍNDICÉ DE HOSPEDEIROS ........................................................................................... S347
ÍNDICE DE PATÓGENOS ............................................................................................... S355
ANEXOS .......................................................................................................................... S367
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
XLI Annual Meeting of the Brazilian Phytopathological Society
Belo Horizonte, MG - 10 a 14 de agosto de 2008
Belo Horizonte, MG - August 10th a 14th, 2008
COMISSÃO ORGANIZADORA / ORGANIZATION COMMITTEE
Presidente
Vice-Presidente
Tesoureiro
Secretária
Ricardo Magela de Souza
Universidade Federal de Lavras, MG
Universidade Federal de Lavras, MG
Membros: Ângela Pimenta Peres, MAPA, Brasília, DF
Cacilda Márcia Duarte Rios Faria, UNICENTRO
Mariane Figueira, UFLA
Nilda Duarte Rios, Lavras, MG
Silvia Regina R. de Paula Ribeiro, UFLA
Sônia Maria de Lima Salgado, EPAMIG
Antônia dos Reis Figueira
Secretária Executiva
José da Cruz Machado
Universidade Federal de Lavras, MG
Paulo Estevão de Souza
Universidade Federal de Lavras, MG
Mário Lúcio Vilela de Resende
Membros: Edson Ampélio Pozza, UFLA
Eduardo Alves, UFLA
José da Cruz Machado, UFLA
Ludwig H. Pfenning, UFLA
Reginaldo da Silva Romeiro, UFV
Vicente Paulo Campos, UFLA
Universidade Federal de Lavras, MG
Comitê de Planejamento, Orçamento e Gestão
Hilário Antônio de Castro
Universidade Federal de Lavras, MG
Membros: Edson Ampélio Pozza, UFLA
José da Cruz Machado, UFLA
Mário Sobral de Abreu, UFLA
Paulo Estevão de Souza, UFLA
Coordenador
Eduardo Alves
Membros:
Ana Carolina Naves Ferreira, SBF
Hilário Antônio de Castro, UFLA
Ludwig H. Pfenning, UFLA
Comitê de Divulgação, Informática e Logistíca
Antônia dos Reis Figueira
Universidade Federal de Lavras, MG
Coordenador
Coordenador
Coordenador
Comitê Técnico Científico
Comitê Sócio Cultural
Universidade Federal de Lavras, MG
Carla Melissa Naves de Carvalho
Maria de Lourdes Oliveira Silva
Patrícia Maria Silva
Renata Kelly Silva Rezende
Universidade Federal de Lavras, MG
Comissão de Apoio
Amanda Cabral Corrêa de Oliveira
Ana Beatriz Zacaroni
Angelo Aparecido Barbosa Sussel
Carolina da Silva Siqueira
Cleilson do Nascimento Uchôa
Cleiton Lourenço da Silveira
Elias Bruno Castro Lasmar
Eloísa Aparecida das Graças Leite
Flávia Mara Vieira Lelis
João Carlos Belarmino Aguiar
João Eduardo Melo de Almeida
Jucilayne Fernandes Vieira
Luana da Silva Botelho
Luciana Maria de Lima
Márcia Toyota
Pedro Martins Júnior
Priscilla de Souza Geraldino
Rejane Rodrigues da Costa
Renata da Silva Canuto
Rodrigo Pedrozo
Suellen Bárbara Ferreira Galvino
Valquíria Nogueira Camargos
Thaís Oliveira Camargos
Universidade Federal de Lavras, MG
PALESTRAS E MESAS REDONDAS
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
PALESTRA 1
Are new modes of action important in managing resistance?
Derek W. Hollomon. Department of Biochemistry, School of Medical Sciences, University of Bristol,
Bristol, BS8 1TD, UK. E-mail: [email protected]
Over 150 different fungicidal compounds are used
world-wide to control the major fungal plant diseases.
Successful biochemical targets include sterol biosynthesis,
respiration, cell division and RNA synthesis, although
development of resistance has limited the value of these
targets in some pathogens, prompting the search for new
modes of action. Several novel compounds recently grouped
together as Cyclic Acid Amides (CAAs), cause cell walls
to burst, possibly through inhibition of phospholipids
biosynthesis, and offer good control of downy mildews
and Phytophthoras. A new carboxamide, Boscalid, does
not exploit a new mode of action, but instead inhibits
Complex II (succinate:ubiquinone oxidoreductase) in
respiration. Unlike older carboxamides, boscalid has a
wider disease control spectrum which includes grey mould
(Botrytis cinerea) and several pathogens of cereals.
Coupled with the search for new modes of action
is a better understanding of resistance mechanisms, and
an opportunity to review resistance risks. Significant
resistance to strobilurins (QoIs) was quickly linked to a
point mutation in the target cytochrome bc-1 gene, but
it seems that this mutation is lethal in rusts and some
other pathogens. Resistance risk in these pathogens
is lower than in a number of other diseases. Originally
considered a high-risk pathogen, this may not always
be the case for Phytophthora infestans since, unlike
related downy mildews, it has not developed resistance
to QoI or CAA fungicides despite their extensive use to
control potato late blight in some regions. This has led to
moves to reconsider anti-resistance strategies for the use
of these fungicides against potato late blight. However,
anti-resistance strategies still rely heavily on the continued
availability of multi-site inhibitors such as chlorothalonil
and mancozeb. Unfortunately, attempts to find novel multisite inhibitors with a low resistance risk has so far been
unsuccessful.
PALESTRA 2
Beneficial soil bacteria: regulators of growth and defense in plants
Paul W. Pare, Huiming Zhang, Flávio Henrique Vasconcelos de Medeiros, Xitao Xie, Fernanda
Carvalho Lopes de Medeiros, Mi-Seong Kim. ��������������������������������������������������
Chemistry and Biochemistry Department, Texas Tech
University; Lubbock, Texas 79409, USA. E-mail: [email protected]
Plant growth-promoting rhizobacteria are naturally
occurring soil microbes that colonize roots, stimulate
growth and confer immunity against pathogens in plants.
With an increasing appreciation of how volatile elicitors
from bacteria signal and activate plant responses, downstream plant signal transduction sequences are now being
more fully characterized. Arabidopsis transcriptional
profiling with Bacillus subtilis GB03 exposure reveals
a group of over 600 differentially expressed genes
related to cell wall modifications, primary and secondary
metabolism, stress responses, hormone regulation and
other expressed proteins. Gene and metabolite expression
studies in combination with transgenic and mutant line
analyses provide the basis for a model of how growth
promotion and enhanced defenses are mediated in plants by
growth promoting rhizobacteria.
PALESTRA 3
A evolução da ciência e tecnologia no Brasil
José Oswaldo Siqueira1,2, Emerson Silva Ribeiro Jr.2 1Departamento de Ciências do Solo, Universidade
Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil 2Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
– CNPq. E-mail: [email protected]; [email protected]
Uma análise do processo civilizatório da raça
humana mostra que no período anterior do início do século
XVII quando a maior parte das pessoas, cerca de 80 a
90%, viviam da “agricultura e pecuária”, a diferenciação
do produto per capita e do nível tecnológico entre os povos
era muito pequena. Com o avanço da civilização surgiram as
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
diferenças entre pobres e ricos, as quais ampliaram-se atingindo
em 1820 a proporção de 3 para 1. Atualmente, a diferença per
capita entre países industrializados e menos desenvolvidos
pode chegar a 100 vezes. O processo dispare de crescimento
entre as nações pode ser explicado por vários fatores, mas o
estoque de conhecimento acumulado e transformado em
S
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
bens e serviços nas nações ricas, tem participação decisiva
no desenvolvimento econômico destas. Este processo se
consolidou na chamada “nova economia” que tem sido a mola
propulsora do desenvolvimento dos países ricos, que em geral
tem baixa população e alta renda per capita, o que permite
grandes avanços na competência científica e nas atividades de
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D); ao contrário do que ocorre
nos países pobres, onde por falta de recursos os investimentos
em educação e P&D são insuficientes. Há indicações que os
países ricos investem em P&D, cifras cerca de 200 vezes maior
que os pobres. Isto cria um abismo intransponível entre estes
e amplia as contradições entre riqueza e desenvolvimento
das nações e, via de regra, leva a um círculo vicioso e não
virtuoso entre a Ciência e Desenvolvimento nos países que
mais precisam. Com pouca capacidade de gerar conhecimento
e promover sua aplicação, não há geração de tecnologia, a qual
é comprada do exterior, causando sérias conseqüências, como:
competitividade globalizada muito limitada, agravamento
dos problemas sociais e ambientais, pois há pouca geração de
emprego e renda e elevada exploração predatória dos recursos
naturais, grandes gastos de divisas para pagamento de royalties
e licenciamento de tecnologias. Enfim, um quadro de grande
exclusão e dependência tecnológica, caracterizando uma nova
forma de colonialismo (científico e tecnológico), que conduz a
uma espiral de pobreza. O uso generalizado do conhecimento
transformou-se em forte instrumento de desenvolvimento de
modo que este e sua aplicação e não mais a ideologia e religião,
dividem o mundo.
O PIB mundial ultrapassa hoje, em moeda corrigida
para o poder de compra, cerca de US$ 50 trilhões e mais de
85% desta cifra foi adicionada após a II Guerra Mundial. Isto
evidencia um crescimento muito rápido e, ao que tudo indica,
movido pelas novas descobertas e pelas inovações tecnológicas
e gerenciais incorporadas ao mundo dos negócios. Portanto,
nesta era da chamada “economia do conhecimento” mais
vale o capital intelectual (recursos humanos e conhecimento)
que o capital físico (recursos naturais, equipamentos e infraestrutura). Segundo a OCDE, metade da riqueza (mais de
50% do PIB) dos países desenvolvidos deriva da produção e
distribuição de conhecimento e 80% dos postos de trabalho
nestes países, são ocupados pelos chamados “trabalhadores
do conhecimento”. Assim, o desenvolvimento das nações,
particularmente daquelas ricas em recursos naturais, dependerá
fortemente de sua competência científica, tecnológica e
gerencial. Países emergentes, como o Brasil, precisam ampliar
o contingente de recursos humanos qualificados para C&T,
aumentar e melhorar a infra-estrutura de P&D e garantir de
modo continuado recursos orçamentários e financeiros para
estas atividades. Análises bibliométricas entre o índice de
riqueza e de citações de artigos científicos de vários países,
publicadas na revista Nature (430, 2004), demonstram que o
índice de citação, como medida de impacto da produção de
conhecimento do país, relaciona-se de modo muito estreito
com seu desenvolvimento. Este estudo permite concluir que
“o desenvolvimento econômico sustentável em um mercado
globalizado altamente competitivo, requer o engajamento direto
S 10
e eficaz na geração de conhecimento”. Assim, o crescimento
econômico e social de uma nação se relaciona positivamente
com o número de pesquisadores e com os investimentos em
P&D, e certamente isto exige planejamento e gestão integrada
de todos os setores e atores envolvidos na geração e aplicação
do conhecimento.
A Ciência brasileira tem experimentado um crescimento
quantitativo e qualitativo extraordinário, desde a década de 50
com a criação do CNPq e CAPES. Em 1990 o país formava
menos de um doutor por cada 100 mil habitantes, índice que
se elevou para ao redor de 6 no corrente ano. Isto representa
um grande avanço, mas ainda abaixo do ideal, uma vez que
a Coréia do Sul já formava este número de doutores por 100
mil habitantes em 1990. Atualmente formamos mais de 10 mil
doutores e 35 mil mestres por ano, e nossa produção científica de
fluxo internacional vem crescendo mais que a média mundial,
atingindo 8,2% ao ano na última década, e como conseqüência,
já participamos com 2% da produção científica mundial,
ocupando a 15a posição. Não só ampliamos nossa capacidade
de formar e empregar doutores, mas também temos aumentado
os investimentos em infra-estrutura e financiamento para C&T.
Ampliamos esta capacidade nas Universidades e Instituto de
Pesquisa, mas segundo o Sr. Ministro de Ciência e Tecnologia
“o domínio tecnológico nas empresas pouco progrediu”. Nossa
Ciência avançou muito, mas o desenvolvimento tecnológico
do setor público e privado não alcançou o mesmo êxito.
Temos baixa taxa de inovação tecnológica nas empresas e
competitividade ainda muito limitada e restrita a poucos setores
da economia. O país precisa estabelecer um ciclo virtuoso entre
C&T e desenvolvimento econômico e social, para garantir
benefícios do uso da competência que atingimos.
O Governo Federal, em um esforço integrado liderado
pelo MCT, elaborou e lançou uma agenda nacional para C&T com
foco estratégico para a Inovação Tecnológica e Desenvolvimento
Social. Trata-se de uma política de governo que busca estabelecer de
modo bem coordenado ações estruturadoras e convergentes entre
as políticas de desenvolvimento industrial e social com as de
C&T nos moldes do PAC, denominado PACTI – Plano de Ação
em Ciência, Tecnologia e Inovação. O Plano é uma política de
Estado a ser executada no período 2007–2010, elaborado em
premissas básicas bem fundamentadas e com diferentes eixos
estruturantes, plano de ações e dotação orçamentária de cerca
de R$ 40 bilhões, a ser aplicada neste período, para: expansão
e consolidação do sistema de C&T, promoção da inovação
tecnológica nas empresas, P&D em áreas estratégicas e C&T
para o desenvolvimento social do país (1). O PACTI tem como
metas elevar os investimentos em P&D dos atuais 1,0% para
1,5% do PIB nacional, ocorrendo, com sua implementação,
a ampliação dos recursos para a infra-estrutura de pesquisa e
inovação (FINEP), fomento e bolsas (CNPq e CAPES). Por
exemplo, o número de bolsas totais concedidas pelo CNPq,
deverá elevar-se dos atuais 65 mil, para mais de 100 mil em
2010, assim como os recursos para fomento à pesquisa em áreas
estratégicas inseridas no Plano. No âmbito do CNPq ampliamse e regularizam-se as chamadas para o Edital Universal e
tornando-se cada vez mais freqüentes as chamadas para os
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
editais temáticos, com recursos dos Fundos Setoriais e parcerias
com outros Ministérios e órgãos dos governos Estaduais. Esta
nova agenda para C,T&I, traz mudanças nos mecanismos e no
perfil de concepção de recursos de fomento, destacando-se o
aprimoramento dos critérios de avaliação com ênfase mérito
científico-tecnológico, e na relevância e vinculação das
propostas às diretrizes do plano, tendo em vista o foco de
“C&T para o desenvolvimento”.
Embora o crescimento da competência em C&T
(pós-graduação e pesquisa) no país tenha ocorrido em
todas as áreas, os níveis atingidos e as necessidades
estratégicas para o futura são diferenciadas, destacando-se
as áreas da Ciências da Saúde, Engenharias, Agronegócio,
Energia, Biodiversidade e Recursos Naturais, Genômica
e Biotecnologia. O crescimento da pós-graduação e dos
grupos de pesquisa que até então foi espontâneo, devera ser,
a partir de agora, mais induzido por certas ações com foco
para inovação nas indústrias, necessidades regionais em
atividade de educação, C&T e problemas sociais do país,
e também ênfase na competência e inserção internacional da
produção em C&T.
No caso da Ciência Aplicada ao Campo, verifica-se que
o país alcançou uma grande competência, contando com mais
de 250 programas/cursos de pós-graduação (representando
11% do total) sendo cerca de 1/3 destes, de ótima qualidade
conforme a última avaliação da CAPES (triênio 2004-06)
e 2.235 grupos de pesquisa, 8.128 pesquisadores doutores,
dos quais, cerca de 1.374 são bolsistas de produtividade em
pesquisa (17% do total). Esta grande área de conhecimento
ocupa uma posição de destaque no cenário nacional, devido a
importância econômica, social e ambiental do agronegócio
brasileiro. No entanto, as Ciências Agrárias tem pela frente
muitos desafios. O conhecimento que geramos é ainda de
baixa visibilidade mundial, o que é inaceitável diante do
avanço tecnológico e da importância que o país atingiu
como produtor e exportador agroindustrial. Precisamos
continuar elevando nosso nível científico e tecnológico,
desenvolvendo conhecimento de vanguarda, exportando
tecnologias, serviços e produtos de maior valor agregado.
Em rápido levantamento no Diretório de Grupos de
Pesquisa do CNPq (2) utilizando a palavra chave de busca
“fitopatologia” foi encontrado um total de 81 grupos de
pesquisas cadastrados, os quais desenvolvem 33 linhas de
pesquisa, envolvendo um total de 194 pesquisadores, dos
quais 32 são bolsistas PQ (14 categoria 1, e 18 categoria
2). Existem apenas seis Programas de Pós-Graduação em
Fitopatologia (3), espalhados por 4 regiões geográficas,
embora 4 destes no sul e sudeste. Estes cursos iniciaram em
1964 (USP/ESALQ) com o Mestrado, sendo o Doutorado
iniciado em 70 na mesma instituição. A expansão dos
programas somente ocorreu duas técnicas depois. Não há
curso 7 em Fitopatologia, existindo apenas um curso 6 e outro
5. Todos os programas são de universidades públicas contando
com um total de 68 docentes permanentes. No período
de 2004–06 foram formados 126 mestres e 183 doutores
nesta área. Foram publicados neste mesmo período 599
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
artigos científicos, sendo 137 em periódicos internacionais,
correspondendo a um índice médio de internacionalização
de apenas 22%, o que é considerado muito baixo, quando
comparado com outras áreas do conhecimento. Analisandose a cronologia de criação de cursos de Doutorado, observase que a Fitopatologia parece estagnada, pois nos últimos 10
anos criou-se um único curso de doutorado (em 2000).
Os investimentos em pesquisa feitos pelo CNPq têm
sido crescentes (4), passando o fomento a projetos de pesquisa
de cerca de R$ 100 milhões em 1997, para próximos à R$ 500
milhões, em 2007. Houve também crescimento no número
de bolsas (país e exterior), passando de 49 mil em 1997
para 56 mil em 2007. Verifica-se um decréscimo para bolsas
no exterior, e aumento nas modalidades de bolsa no país, as
quais deverão ultrapassar a cifra de 100 mil em 2010. Como
exemplo deste contínuo crescimento, citam-se os Editais
Universais as chamadas para Bolsa de Produtividade em
Pesquisa – PQ em todas as áreas de conhecimento do CNPq.
Em 2002, primeiro ano da ação de fomento por chamada do
Edital Universal, a demanda total para projetos no programa
básico de Agronomia foi de 449 propostas, sendo 50 na área de
Fitopatologia. Naquele ano foram aprovados recursos da ordem
de R$ 2,3 milhões para 56 propostas na Agronomia e R$ 270
mil em seis propostas em Fitopatologia. Já em 2007, observase um crescimento acima de 100% no número de propostas
submetidas na Agronomia (991 propostas), quando comparada
aos valores de 2002, sendo 139 em Fitopatologia (crescimento
relativo a 2002 de 278%). Em 2007 foram fomentadas 298
propostas em Agronomia, sendo 40 em Fitopatologia. O
volume total de recursos disponibilizados aos pesquisadores
da Agronomia acompanhou o aumento do número total de
propostas, saltando para R$ 9,5 milhões na Agronomia e
R$ 1,4 em Fitopatologia. Limitando-se às especialidades da
Fitopatologia, observou-se que a Micologia foi a que mais
cresceu no período, sendo que em 2002 aprovou cerca de
25% do total de propostas da área e em 2007 a aprovação
passou para 45%. Já Virologia decresce de 40% em 2002
para 21% do total aprovado. Bacteriologia e Nematologia
praticamente não se alteraram neste período, representando
em média, cerca de 18% das propostas aprovadas.
Seguindo o calendário de julgamento de Produtividade
em Pesquisa - PQ, o número de bolsas na Agronomia saltou
de 337 solicitadas e 108 aprovadas na demanda 10/2003
para 491 solicitadas e 203 aprovadas na demanda 10/2007.
Na Fitopatologia, o total de solicitações passou de 47 em
2003 para 71 em 2007, e aprovação de 19 para pouco
mais de 30, respectivamente. Tal como ao observado para
o Edital Universal, a Micologia foi a especialidade com
maior número relativo de bolsas recebidas, representando
em média 50% das bolsas concedidas.
(1) O documento completo pode ser obtido em http://www.
mct.gov.br/index.php/content/view/66226.html
(2) http://www.cnpq.br/gpesq/apresentacao.htm;
(3) http://www.capes.gov.br;
(4) Fonte: http://www.cnpq.br/estatisticas/indicadores.htm
S 11
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
PALESTRA 4
New approaches to study cell-to-cell movement of plant virus
Jan W.M. van Lent. �����������������������������������������������������������������������������
Laboratory of Virology, Department of Plant Sciences, Wageningen
�����������������������
University,
6709 PD Wageningen, The Netherlands. E-mail: [email protected]
After a virus enters the first cell of a compatible
host plant it replicates and rapidly moves to neighboring
cells to establish systemic infection. The capability to move
from cell-to-cell is an important determinant for virus-host
compatibility. Cell-to-cell movement requires infectious
entities to traverse the cell wall and for this viruses make
use of the natural channels called plasmodesmata (Pd) that
are present in these cell walls. Both from the structural and
biochemical point of view, Pd are very complex channels
providing a route for intercellular communication and are
of fundamental importance not only to plant development,
but to disease development, i.e. disease resistance and the
spread of RNAi signals and virus. However, estimates
of the conductivity of Pd show that they are not capable
of facilitating the free passage of large molecules and the
gating capacity of Pd must be drastically increased to enable
the passage of viral genomes and virions. Plant viruses
encode one or more so-called movement proteins (MPs) that
are, amongst other functions, implicated in such Pd dilation.
These MPs are targeted to the Pd where they modify Pd
“molecular size exclusion limit” (SEL) and enable passage
of viral genomes or even mature virus particles.
Roughly two mechanisms of MP-assisted cell-tocell movement can be distinguished In one mechanism, best
studied for Tobacco mosaic tobamovirus (TMV), the MPs
reversibly adapt Pd to allow transport of a ribonucleoprotein
complex and the viral coat proteins are not required. In
the second mechanism, exemplified by Cowpea mosaic
comovirus (CPMV), the MPs aggregate into cell wall
penetrating nanotubules for transport of mature virions or
nucleocapsids; hence, coat proteins are required for this
type of viral transport. Whereas viruses that use a TMVlike movement mechanism modify the gating capacity of Pd
without noticeable structural alterations, viruses that employ
tubules drastically modify Pd structure to allow assembly
and expansion of the transporting tubule within the Pd pore.
The presentation focuses on mechanistical aspects of this
“tubule-guided” virus movement.
Although in planta transport tubules assemble in
Pd, ��������������������������������������������������������
intact Pd are not essential for the assembly of MP into
tubules. Identical tubules are readily formed in isolated plant
cells (protoplasts) and even animal cells, growing from the
surface of the cell outwards into the culture medium and
tightly enwrapped by the plasma membrane. The outward
polarity of the plasma membrane-engulfed tubules suggests
a strong interaction between the tubule-forming MP and
the plasma membrane. FRAP (fluorescence recovery after
photobleaching) analysis has shown that the MP does not
directly interact with the plasma membrane, but that it
probably binds to the membrane via a plasma membraneS 12
intrinsic or peripheral protein. Such MP-binding proteins
were identified by affinity chromatography of purified
plasma membrane fractions from cowpea using immobilized
MP Several proteins were obtained of which four have
been identified as subunits H, D and E of v-ATPase and
aquaporin. Both proteins are ubiquitous and conserved
membrane proteins and valid candidate MP-binding host
proteins. Fluorescence Resonance Energy Transfer (FRET)
analysis showed that a physical interaction between CPMVMP and aquaporin occurs inside the punctuate spots from
which tubule assembly is initiated.
Using protoplasts and transient expression of a
collection of CPMV-MP mutants fused to GFP, a sequence
of distinguishable events leading to tubule-guided virus
movement has been identified. First MP is targeted from
the place of synthesis to the plasma membrane. At this
membrane the MPs accumulate in punctuate structures
in which they further aggregate to assemble tubules that
extend into the neighbouring cell. During this assembly
process virions are specifically included. In the next cell, the
tubule destabilizes thereby releasing the virions for further
infection. In this sequence of events several molecular
interactions must take place. For intracellular transport of
the MP to the plasma membrane and more specifically to
the PD, the MP must interact with different components of
the host proteome. Using various cytoskeletal inhibitors it
was shown that with tubule-forming viruses like CPMV, the
MP targeting and tubule assembly was independent from
cytoskeletal elements. Treatment with the fungal brefeldin A
(BFA), an inhibitor that perturbs the endomembrane system,
showed that this system is not required for MP targeting to
the plasma membrane, but that it is required for formation
of the tubules. Possibly it is involved in targeting of an
essential host protein to the plasma membrane or because
vesicle transport is needed for tubule formation.
To assemble into tubules, viral MP molecules must
interact with each other and join together into a tubular
arrangement. It has been shown that the MP is not only the
sole viral protein required for tubule formation but also the
sole structural component. Important features for targeting
of the MP to punctuate spots and consequent assembly into
tubules are GTP binding and MP multimerization. The MP
of CPMV binds GTP and this binding is required for MP
targeting and tubule formation, however, the MP does not
show GTPase activity. The significance of these findings is
not yet understood, however, in a highly speculative model
MP could bind to RabGTPases that play a role in vesiclemediated macromolecular transport. The MP could then be
transported by cargo vesicles to the plasma membrane and
at the same time, by GTP hydrolysis, it could provide the
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
molecular switch to start MP polymerisation. The vesicles
could even transport necessary enzymes for cell wall
degradation to enlarge the Pd channel or to form secondary
channels for virus transport.
Last but not least, MP molecules must interact
with the coat protein/virion, as the virion is included into
the transport tubule. For CPMV it was shown that the MP
C-terminus is located on the inside of the tubule, in close
proximity to the virus particles. Incorporation of virions
into the tubule was disturbed by deletions in this C-terminal
region, giving rise to ‘empty’ tubules, i.e. tubules without
virus particles. Moreover, the MP specifically bound to only
one, the L(arge), of the two CPMV coat proteins.
The data obtained so far give rise to a speculative
general model for tubule-guided transport of virions: From
the site of virus replication and protein synthesis, which
take place in a membranous viral compartment close to the
nucleus, MP is trafficking to the cell periphery. Targeted
trafficking of the MP depends on multimerization of the
protein and GTP-binding, and likely occurs by docking at
the membranes of transport vesicles and hiking along the
host vesicle transport system. Once such vesicles arrive and
fuse at the plasma membrane, the MP migrates to Pd to form
nucleation sites in the membrane. From these nucleation sites
the MPs further multimerize into tubules inside the Pd pore.
Hydrolysis of the MP-bound GTP by host cell GTPases may
be the molecular switch for this perpetuate multimerization,
and is possibly also required for destabilisation of the tubule
in the neighbouring cell to release the virions. Nothing is
known about the location where MPs and virions come
together in this process. Considering the affinity of the
MP for CP and assembled capsids, MP-virion complexes
may well be targeted to the plasma membrane in a similar
fashion as the MP alone. It is very likely that virions are
incorporated during assembly of the tubule, rather than that
virions would traverse tubules like cars in a tunnel. When
the virion-containing tubule reaches the neighbouring cell,
the growing tubule disassembles, delivering the virions in
the uninfected cell, where a new infection cycle starts.
Many aspects of the tubule-guided movement
mechanism remain unresolved. Challenges are found
in the analysis of vesicle transport (secretory pathway)
system as possible route for MP and virion delivery at the
plasma membrane. Also the identification of the plasma
membrane anchoring place, the analysis of the mechanism
of MP multimerization into tubules and the molecular
structure of these tubules are subjects for in depth research.
New approaches, like correlative microscopy and electron
tomography, to establish molecular architecture of the Pdtubule complex will be discussed.
PALESTRA 5
Manejo de doenças em sistemas agro-florestais
Edna Dora M.N. Luz, Ademilde O. Cerqueira, Márcia C.A. Paim, Stela Dalva V.M. Silva. CEPLAC/
CEPEC/SEFIT, 45600-970, Ilhéus BA, Brasil. E-mail: [email protected]
Disease management in agroforestry systems.
Nas últimas décadas do século passado o ser humano,
ante a ameaça de contaminação dos mananciais aqüíferos
e da atmosfera do nosso planeta, única e exclusivamente
por sua própria ação, parece ter finalmente acordado para a
necessidade de preservação dos recursos naturais restantes
no planeta. Na exploração da terra para a produção de
alimentos têm sido buscadas soluções para os problemas
sócio-ambientais gerados pelos sistemas convencionais de
produção agrícola em monoculturas tentando minimizar as
ações deletérias do ser humano e melhorar as suas relações
com a natureza (Viana et al., 1997). A produção de alimento de
qualidade e saudável, a reconstrução do ambiente, o aumento
da qualidade de vida e um balanço energético positivo
para todos passou a ser o novo paradigma da agricultura
sustentável. Com isso o uso de sistemas agroflorestais,
embora prática milenar na Ásia e na América Latina, ganhou
impulso nas décadas de 80 e 90 visando principalmente o
meio ambiente e a otimização da produção de alimentos. É o
reflexo da necessidade cada vez mais explicita no homem de
tentar reaver os ecossistemas naturais por ele degradados.
Os SAFs são formas de uso e manejo dos recursos
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
naturais nos quais espécies lenhosas (árvores, arbustos e
palmeiras) são utilizadas am associação deliberada com
cultivos agrícolas ou com animais, no mesmo terreno,
de maneira simultânea ou em seqüência temporal (OTS,
CATIE, 1986). A busca de sistemas de produção apropriados
para cada região e para cada produtor em termos sócioambientais e viáveis economicamente é a estratégia central
para o desenvolvimento rural sustentável (Viana et al., 1997;
Penereiro, 2002). Existem SAFs consórcios e biodiversos,
SAFs de baixo ou de elevado nível de insumos adaptáveis
as necessidades e a realidade cultural e social de cada
ambiente. Os de baixo nível de insumo são adotados pelas
populações tradicionais (seringueiros, índios, caboclos,
caiçaras, quilombolas e outros) e pelos produtores orgânicos,
caracterizando-se por elevada diversidade de espécies e
complexidade estrutural, tendo no componente arbóreo e
arbustivo o principal responsável pela conservação do solo e
pela produtividade (Ramakrishnan, 1995). Os sistemas com
elevado nível de insumos, adotados por grandes produtores e
empresas agrícolas, guardam as características dos sistemas
convencionais de produção, com simplicidade estrutural
S 13
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
e elevado valor econômico de cada um dos componentes
consorciados para agregação de renda (Nair, 1993). As
pesquisas sobre SAFs realizadas no Brasil, ainda são
tímidas diante do potencial que estes sistemas apresentam
e necessitam ser priorizadas. É necessário, pois que, em
primeiro lugar, se promovam esforços para conhecer os
casos já existentes de aplicação com sucesso de SAFs a fim
de que, os dados obtidos na análise global dos sistemas,
norteiem a escolha pelos produtores dos consortes cuja
exploração conjunta traga agregação de valores, desde que,
entre as espécies componentes dos SAFs não deve haver
competição. As florestas-pomar, os SAFs adaptados ao meio
ambiente da floresta para as populações tradicionais da região
norte brasileira, caracterizados pela alta biodiversidade
são, segundo Dubois et al., (1996), exemplos de respeito
ao ambiente, gerando: renda mediante a extração natural
da castanha, da borracha, do açaí, a venda de madeiras;
serviços ambientais tais como o seqüestro de carbono;
outros produtos não-madeireiros, para auto-consumo ou
comercialização (mel, sementes florestais, palmito, cacau,
café, frutas, castanhas, produtos fito-farmacêuticos, etc.).
Há muito que se aprender dessas experiências que devem
ser analisadas e divulgadas.
Atenção também precisa ser voltada para o consórcio
dos “endobiontes” - bactérias, fungos, epífitas, micorrizas,
componentes da micro e macro fauna que acompanham e
atuam dinamicamente na complexidade dos SAFs. Entre estes
se destacam principalmente os microorganismos patogênicos
que podem ter o seu potencial de agressividade ampliado ou
diminuído em função da escolha dos constituintes dos SAFs.
Ao buscarmos na literatura informações para a elaboração
do presente trabalho nos demos conta da exigüidade delas.
As referências sobre os efeitos de fitopatógenos nos SAFs
consórcio ou biodiversos são pontuais o que demonstra o
quanto a pesquisa necessita ser ampliada neste campo. O alto
grau de biodiversidade interna dos sistemas agroflorestais
tradicionais gera uma capacidade de “auto-regulação”,
buscando o equilíbrio também com as outras formas de vida,
os endobiontes, o que explica - entre outros efeitos vantajosos
- os baixos níveis ali encontrados de doenças ou ataques de
insetos sobre os componentes vegetais da floresta-pomar
(Vivian, 1995). Uma adequada biodiversidade interna de
agrossistemas, SAFs e reflorestamento deixa que as doenças
e as pragas não cheguem aos níveis de dano, característicos
das monoculturas.
Dependendo dos tipos de culturas que são consorciadas
com ou sem sucessão temporal pode haver acúmulo de
propágulos de patógenos no solo ou em restos de cultura
que permanecem na área quebrando o equilíbrio natural que
deveria existir. Fungos causadores de podridões de raízes
como Rosellinia spp. (podridão-negra), Ganoderma philippii
(podridão-vermelha), Armillariella mellea, Phellinus noxius,
que possuem ampla gama de hospedeiros incluindo árvores,
arbustos, cultivos perenes e anuais, tendem a aumentar a sua
incidência nas áreas consorciadas, principalmente quando
tocos de árvores e restos das culturas temporais remanescem
S 14
ou são incorporados ao solo. Na Amazônia brasileira e no
sul da Bahia, os consórcios de seringueira com açaí e com
pupunha são exemplos de aumento principalmente das
podridões negra e vermelha.
Desequilíbrios nutricionais em culturas consorciadas
podem alterar o equilíbrio dos endobiontes e favorecer a
ocorrência de doenças. ��������
Salgado et al. ������������������
(2007), estudando
o progresso da ferrugem e da cercosporiose do cafeeiro
consorciado com grevílea, com ingazeira e a pleno sol, em
Lavras MG, observaram que no consórcio cafeeiro X ingazeira
houve maior incidência da ferrugem do cafeeiro (Hemileia
vastatrix), provavelmente favorecida pela diminuição da
luz solar e aumento da umidade no microssistema, que, no
entanto, desfavoreceu o ataque de Cercospora caffeicola
quando comparado aos demais sistemas testados. A ferrugem
e a cercosporiose são as principais enfermidades do cafeeiro
com alto potencial de danos.
Exemplos de consórcios que podem favorecer a
incidência de enfermidades comuns a duas ou mais espécies
companheiras são: 1) pupunha, cacau e/ou seringueira no
sul da Bahia, principalmente no município de Una - as três
culturas são suscetíveis a P. palmivora que está associado
às raízes do cacaueiro, que funcionam como fontes de
inóculo primário para o patógeno (Luz, 1989), P. capsici,
P. citrophthora e P. heveae, as outras três espécies que
atacam o cacaueiro também são patógenos da seringueira.
No entanto, está sendo recomendada a substituição do
sombreamento permanente dos cacaueiros (eritrinas) por
seringueiras para agregação de renda (Marques et al., 2005);
2) citros com abóbora, em Minas Gerais – as duas culturas
são hospedeiras de Phytophthora e quando a abóbora foi
plantada em um pomar entre as fileiras de citros propiciou
um ataque fulminante de P. capsici na cultura da abóbora
(Resende, M.L., com. pes.).
A Sigatoka negra (Mycosphaerella fijiensis)
constitui sério problema a bananicultura nacional desde
sua constatação em 1998 devido ao alto potencial de
disseminação e a inexistência de fungicidas economicamente
efetivos no seu controle. A consorciação com palmeiras e
árvores caducifólias (árvores de fuste longo e copa reduzida:
louro, sobragi, cedro, etc) e o manejo seletivo através do
sombreamento do bananal possui efeito notório na inibição
desta enfermidade no Brasil (Bertazzo, 2007) e na Colômbia
(Garnica, 2000).
Em Una, estado da Bahia avaliou-se no período de
1992 a 2000 áreas consorciadas de coqueiros com diversas
culturas observando-se que consórcios com bananeira
propiciaram a morte de coqueiros pela doença murcha-dephyotomonas, causada pelo protozoário tripanosomatídeo
Phytomonas staheli (Moura, 2008). As bananeiras formaram
um ambiente favorável ao desenvolvimento do vetor Lincus
lobuliger, pois sob a cobertura dos restos de cultivos das
bananeiras foram encontrados ovos, ninfas e formas adultas
do percevejo. No consórcio do coqueiro com fruteiras
temporárias (mamão e abacaxi) em Itabela BA, registrouTropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
se alta incidência de anel-vermelho (Bursaphelencus
cocophilus) cujo vetor Rhyncophorus palmarum foi atraído
provavelmente pelo odor de fermentação dos pedaços de
caule dos mamoeiros deixados juntos aos coqueiros quando
da renovação das plantações. Segundo Moura (2008) o
melhor consorte para o coqueiro no sul da Bahia seria o
cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum), por não interferir
no aumento de pragas e doenças do coqueiro e por agregar
receitas significativas para o produtor.
Portanto, dependendo do manejo dado às culturas
consortes pode-se através do uso de SAFs diminuir a
incidência de enfermidades. A escolha das culturas,
o espaçamento entre plantas e culturas, o nível de
sombreamento, a proximidade de florestas, a presença
entre os consortes de espécies que propiciem a associação
simbiótica com rizobactérias e micorrizas são fatores
importantes no manejo das enfermidades em SAFs.
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PALESTRA 6
Genetic Regulation of Fungus-Plant Incompatibility
Lisa Vaillancourt. University of Kentucky, Lexington, Kentucky USA. E-mail: [email protected]
The discussion will focus on host- and cultivar-specific
resistance of maize to Colletotrichum species. Anthracnose
diseases caused by Colletotrichum fungi cause major yield
losses of both maize and sorghum. The Colletotrichum
species that infects sorghum (C. sublineolum) cannot usually
attack maize in the field. However, if maize plant defenses
are compromised by environmental or physiological stress,
C. sublineolum can infect and complete its life cycle. Even in
healthy plants, certain tissues can be effectively colonized by
this “non-pathogen”. Thus, non-host resistance of maize to
C. sublineolum appears to be conditional and tissue specific.
Resistance to anthracnose often breaks down quickly in
sorghum, where single gene resistance sources are the most
common type deployed. Multigenic resistance has been more
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
commonly used in maize, and there resistance has generally
been more durable. However, widespread release of a new
major gene source of resistance to maize anthracnose by
Pioneer Hi-bred International is imminent.
Rcg1 encodes a protein in the LRR-NBS family.
Activity of Rcg1 appears to result in more rapid, more
extensive, and more effective deployment of basal resistance
response pathways, though not in “HR” as it is usually defined.
Because races of C. graminicola are not known to exist, it
is thought that Rcg1 provides recognition of a universal C.
graminicola signal. We are very interested in understanding
the nature of this signal, and in determining how this Rgene mediated cultivar-specific resistance relate to speciesspecific resistance to C. sublineolum. Colletotrichum fungi
S 15
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
are hemi-biotrophs: they initially infect their host plants as
biotrophs, and during this phase rapid cell death mediated by
R-genes could presumably be useful for defense. Later, they
switch to a necrotrophic phase when cell death may actually
be induced. It is interesting to consider the role of R-gene
mediated resistance during these two phases of development.
Resistance conferred by Rcg1 can be overcome if plants
become old or stressed (e.g. water or nutrient deprived), and
this may limit its reliability in the field. We would like to
understand more about how the activity of R-gene mediated
and basal defense responses are impacted by physiological
condition and stress, and how this relates to the effect of
these factors on host-specific defense against C. sublineolum.
All of these questions will be discussed in the context of
managing anthracnose diseases on both maize and sorghum
in the future.
PALESTRA 7
Taxonomy of plant pathogenic bacteria
Carolee Bull. USDA/ARS, Salinas, California, USA. E-mail: [email protected]
Phytobacteriologists are particularly interested in
diseases of plants caused by bacteria. In order to manage
a bacterial disease efficiently and effectively it is essential
first to know what organism is causing the disease.
Phytobacteriologists must circumscribe, distinguish between,
and label biologically relevant groups of pathogens. These
activities represent, respectively, the major activities of
taxonomy: classification, identification and nomenclature.
As in the general field of bacteriology, it was initially
of paramount importance to agriculture to identify pathogens
to help prevent the spread of disease. Therefore, researchers
concentrated on using the minimal techniques available at
the time to find differences that could distinguish between
pathogens and from non-pathogens. Later, similarities
emerged among pathogenic and nonpathogenic bacteria and
classification of organisms into taxa based on similarities
became a dominant theme of research. For the past 50 years
novel technologies have strengthened our abilities to classify
organisms. These same methods are now being developed
for identification based on differences among taxa.
Although many equate bacterial systematics with
taxonomy, systematics is a broader field of research of which
taxonomy may be considered a sub-discipline. Systematic
bacteriology investigates the fundamental relationships
between bacteria and diversity represented by bacteria as well
as the evolutionary and genetic mechanisms by which the
taxa develop. Whereas systematics may concern itself with
the long-term evolutionary processes that result in distinct
stable populations, taxonomy can be considered to study the
end result concentrating on extant organisms. The methods,
criteria and assumptions used by taxonomists may not be
considered in some systematics research. This has led to a
disconnection between our understanding of evolutionary
processes and relationships among bacteria and the current
classification systems and adherent nomenclature. This may
be due to the lack of understanding of the potential impact
of the systematics research on taxonomy. Unfortunately
analyses evaluating the genetic diversity of bacterial plant
pathogens are often made with incomplete sets of strains and
rarely include the appropriate type strains in the research.
S 16
Classification
The discipline of classification is dictated by the
scientific method. The norms and practices of classification
evolve and incorporate data and novel techniques as they
emerge. For example, DNA sequencing of conserved
genes (e.g., 16S rDNA) became a nearly universal tool
for determining phylogeny as soon as it became practical
for bacteriology laboratories to routinely sequence these
genes or have them sequenced. The technologies used for
classification will continue to evolve and analyzing sequences
of whole genomes or large portions of genomes may soon
become standard as the feasibility and cost of whole genome
sequencing comes within reach of the average bacteriology
lab.
Our theoretical understanding of classification also
changes with technology. Thus, as our ability to analyze
the genetic relatedness among bacteria increases, so does
the importance of phylogeny in classification. Taxonomists
have moved from phenetic approaches to an era in which
phylogenetic inference guides classification.
Concurrently, bacterial species concepts change
based on the information gained in analysis using the
available technology. A current species concept describes
bacterial species as a group of phylogenetically related
organisms that are ecologically and biologically relevant
units. This species concept is testable primarily because
of the ability to sequence DNA from microbes in the
environment and analyze genes differentially expressed
in that environment.
Classification is a dynamic and iterative process
in which modern methods are used to build upon our
previous understanding that may result in changes in the
classification of various taxa. Formal proposals for these
changes may require changes in the associated nomenclature.
Formal proposals are more likely to come from research
intentionally focused on classifying organisms rather than
from informative research on bacterial diversity. Thus, for
some taxa our understanding the bacterial diversity and
systematics does not correspond to the proposed classification
and nomenclature of those groups.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
Nomenclature
Whereas the methods of classification are governed
by the scientific method, the methods of nomenclature are
governed by a strict set of rules. Nomenclature is the only
discipline in taxonomy for which there are codified rules.
The nomenclature of plant pathogenic bacteria are governed
by International Code of Nomenclature of Prokaryotes and
the International Standards for Naming Pathovars of Plant
Pathogenic Bacteria. These documents outline the rules and
standards that are followed when naming plant pathogenic
bacteria. These documents dictate the preservation of the
oldest nomenclature to ensure continuity when changes
in classifications based on additional research dictate
nomenclatural changes. The rules of nomenclature have
nothing to say about the methods, assumptions and results
of classification, but provide an outline for ensuring that
the oldest nomenclature given has priority over newer
nomenclatures. Often scientists confound acceptance
or rejection of names (based on only on adherence to the
rules and standards) with judgments about the proposed
classifications.
Whereas peer review evaluates the methods used
and the conclusions drawn from research for classification
purposes, the International Committee on Systematics of
Prokaryotes and the International Society of Plant Pathology
Committee on the Taxonomy of Plant Pathogenic Bacteria
are responsible for evaluating nomenclatural proposals.
Their evaluations do not result in official nomenclatures,
however. These groups only evaluate nomenclature for its
adherence to the rules and standards. Individual researchers
choose which classifications most closely conform to their
understanding of the natural relationships among by bacteria
and demonstrate this choice by using the nomenclature
that corresponds to the classification they choose. Most
researchers don’t realize that in choosing one nomenclature
over another, they are providing a scientific opinion about the
classification system from which the names were derived.
Identification
There are differences in the analytical requirements
and rigor needed for identification of bacterial plant
pathogens depending on the purpose of the identification.
For example, identification of a pathogen that is frequently
encountered by plant disease clinic for management by a
local grower may require only a few tests to distinguish this
pathogen from likely alternatives. This identification requires
less rigor than identification for quarantine purposes.
Detection and identification are sometimes
confounded. Whereas identification is the process of assigning
pathogen to a previously circumscribed taxon, detection is
the recognition of the presence of a specific pathogen. In the
first case it is clear that the pathogen is present while in the
second there may not be symptoms to indicate the presence
of the pathogen. Issues of accuracy, precision, sensitivity
and specificity are important in detection. For both detection
and identification sequence based technologies including the
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
polymerase chain reaction (PCR), sequencing, hybridization
and localization of restriction sites are used frequently.
Immunological methods and some phenotypic methods
are also used in combination or alone for detection and
identification.
The strategies used for identification of organisms
for which the taxonomy has been previously evaluated is
somewhat different from the work that is required to identify
an organism that has not previously been described. Although
the later is exciting, it is generally more time consuming and
may involve the circumscription of a novel taxon. Many
phytobacteriologists are not versed in the methods, statistics
and assumptions of the discipline of classification and upon
encountering what may be a novel pathogen, often seek the
help of a trained taxonomist.
A portion of our laboratory resources are dedicated
to identifying bacterial pathogens causing diseases on
vegetables and small fruits grown in the western United
States. Most frequently, samples are received through Steve
Koike, the Plant Pathology Farm Advisor for Monterey
County, California (University of California Cooperative
Extension). For diseases that may potentially be new to our
region a modified version of Koch’s postulates (described
below) is used to first determine which isolates from the
diseased tissue are pathogenic prior to a detailed identification
of the organisms.
It is ideal to receive samples from several different
fields showing the same symptoms or at a minimum
from several locations within one field. Diseased tissue is
examined, symptoms recorded and colonies are isolated
on low nutrient agar from diseased tissue that has been
surface disinfested. From each geographical location,
approximately 20 colonies are selected, purified and stored
for analysis. More confidence can be given to cultures in
which all the colonies from the original isolation have the
same color and morphology. However, often there are a
variety of colony types that emerge. Genetic fingerprinting
using rep-PCR is integral to determining the genotypic
diversity of the organisms isolated from diseased tissue. This
approach is rapid and inexpensive and allows the researcher
to select several individuals from each genotype to test
for pathogenicity rather than having to test all the strains
isolated.
Genetic fingerprinting is further used to confirm that
the bacteria reisolated from characteristically symptomatic
tissue are identical to the strain used to inoculate the plant.
After confirmation of the genotype of the pathogen, additional
tests are conducted. The tests that need to be conducted vary
depending on the type of organism and recent developments in
the discipline. Scholarly articles provide the most up-to-date
classification information about a given group of organisms.
After initial tests are conducted to determine to what known
organisms the pathogen might be related, the type strains for
all potentially relevant organisms are obtained and are used
as controls for further evaluation. As the process continues,
additional type strains may be needed and tests may need
S 17
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
to be repeated to ensure that all relevant types have been
tested. One of the most difficult decisions to make is the
extent of host range testing that is needed to differentiate
novel pathovars. Although the International Standards for
Naming Pathovars of Plant Pathogenic Bacteria indicates
that pathovars are distinguished by differences exhibited in
pathogenicity, it gives little guidance as to the extent of the
differences that must be demonstrated. Thus, researchers are
left to determine the extent of host range testing needed for
complete characterization of novel pathovars.
Historically, identification and classification have
advanced and continue to advance with technology. In
contrast, only occasionally have there been significant
advances in the practice of nomenclature. Despite the lack
of advances in the practice of nomenclature, it is the topic
of many heated debates in phytobacteriology. This may be
because the name of the pathogen is perhaps the single most
important piece of information to scientists, regulators and
the public. Although the names themselves do not impart
any real information about the taxon, the name of the
organism is the key to access the scientific literature related
to a particular pathogen.
PALESTRA 8
Resistência de plantas a doenças, genômica e genes candidatos como marcadores moleculares
Luis Eduardo Aranha Camargo. Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola,
ESALQ, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brasil. E-mail: [email protected]
A visão atual sobre o sistema de defesa da planta é
o de um sistema cujas respostas são estratificadas, porém
conectadas (Stahl & Bishop, 2000; Holub & Cooper, 2004).
A primeira barreira de defesa é generalista e corresponde
a mecanismos de resistência a não patógenos. Patógenos
conseguem vencer esta barreira e aí podem encontrar
um segundo sistema de defesa que é ativado quando da
identificação de sinais moleculares apresentados pelos
microrganismos invasores. O resultado é a incompatibilidade
(resistência) e dizemos que o patógeno é avirulento. Se este
segundo sistema não for ativado, então começa o processo
doença. Porém, mesmo neste caso também há a ativação de
genes de defesa e o resultado pode ser mais ou menos doença,
dependendo da constituição genética do hospedeiro.
Os mecanismos de defesa da primeira barreira são
passivos (pré-formados) ou ativos (pós-formados) e ambos
podem ser divididos em estruturais e bioquímicos (Holub e
Coopper, 2004). A segunda barreira corresponde às clássicas
interações entre genes de resistência e de avirulência,
conforme a interpretação molecular da Teoria Gene-a-Gene
de Flor. Segundo esta teoria, o reconhecimento por parte
do hospedeiro de assinaturas moleculares associadas a
patógenos desencadeia uma cascata de eventos que culmina
com uma reação de incomopatibilidade. Por outro lado,
caso não ocorra o reconhecimento do patógeno, este pode
iniciar a colonização, resultando no processo doença. Mas
mesmo neste caso, o patógeno pode se desenvolver mais
em alguns genótipos do hospedeiro do que em outros, o que
caracterizaria uma resistência do tipo quantitativa. Então fica
claro que, mesmo vencida a segunda barreira de defesa da
planta, ainda há uma terceira, cujos genes participantes são
pouco conhecidos. Mas quais seriam estes genes? A resposta
ainda não sabemos ao certo, mas a Genômica promete ajuda
nesta área.
Estudos recentes de expressão gênica global por
meio da técnica de microarranjos gênicos (veja revisão de
S 18
Wise et al., 2007) indicam massivas alterações na expressão
gênica em resposta à infecção tanto por parte de um
genótipo avirulento como por um avirulento. A conclusão
mais importante destes trabalhos é que a planta responde
com um mesmo conjunto de genes em ambos os casos,
porém em tempos diferentes. Então, a diferença entre
um genótipo resistente e um suscetível parece estar não
no que é expresso, mas sim na quantidade, qualidade e
intensidade do que é expresso.
Neste cenário, o reconhecimento de um gene avr
por um gene de resistência potencializa as respostas do
sistema de defesa da planta, resultando numa reação
incompatível. Quando não há reconhecimento, a reação é
menos intensa e mais lenta, permitindo o desenvolvimento
do patógeno (Eulgem, 2005). Este desenvolvimento,
no entanto, se dará em maior ou em menor grau em
função dos alelos existentes nos genes que compõem o
sistema de defesa. A comparação de estudos baseados na
técnica de microarranjos possibilita a identificação de
um conjunto de genes, ditos candidatos, que respondem
a infecção por patógenos e consequentemente de rotas
metabólicas que participam do sistema de defesa vegetal.
Como exemplos destas últimas, temos as vias que levam
à produção de corismato (via do shikimato), da lignina e
das fitoalexinas fenilpropanóides (via do ácido cinâmico),
de compostos alcalóides (via do triptofano e tirosina) e
do ácido jasmônico (vias do jasmonato e etileno), entre
outras (Wise et al., 2007). Nada levar a supor, no entanto,
que todos estes genes contribuam para resistência. A
expressão de certa fração destes certamente ocorre em
decorrência de alterações celulares resultantes da ação do
patógeno e, portanto, seria conseqüência e não causa da
resistência (Katagiri, 2004). Como distinguir entre estes genes
candidatos aqueles cujas variações em níveis de expressão estão
diretamente ligadas a alterações nos níveis de resistência? Esta
é uma questão relevante e de aplicações práticas.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
Em última instância, para afirmarmos que um gene é
responsável por uma característica, é necessária a obtenção
de uma planta mutante que não seja funcional para o gene
e que esta mutação seja acompanhada por uma mudança no
fenótipo da planta. Outra abordagem seria superexpressar
o gene em uma planta transgênica. Em ambos os casos, as
abordagens são muito limitadas devido aos altos custos e
também às dificuldades técnicas inerentes a ela, haja vista
que a eficiente transformação genética ainda é difícil para
muitas espécies vegetais. Uma terceira estratégia é a de
confrontar os efeitos de substituições alélicas nestes genes
candidatos em cruzamentos experimentais, usando para
tanto polimorfismos de seqüências nucleotídicas como
marcadores. Esta abordagem, denominada de mapeamento
por genes candidatos, é um conceito emergente na área
de marcadores moleculares (Morgante & Salamini, 2003).
Vale-se de conhecimento da Genômica para escolher a
priori genes associados a determinada característica em
estudo e testar se seus variantes (alelos) contribuem para
variações no fenótipo. Mais importante do ponto de vista
prático é que assim permite identificar alelos superiores,
de interesse para o melhoramento. Trata-se de variante da
técnica de mapeamento genético com a única diferença que
não são mais usados marcadores anônimos (como RAPD e
AFLP), isto é, marcadores sobre o quais não há nenhuma
informação biológica.
Assim, de um lado, estudos de expressão gênica global
permitem expandir e completar nosso conhecimento de vias
metabólicas participantes da resposta de defesa. Por outro,
estes estudos fornecem uma lista de genes potencialmente
envolvidos na resistência. O desafio agora é o de associar
variações nestes genes candidatos com variações em
fenótipos. Este conhecimento, associado ao desenvolvimento
de plataformas modernas de genotipagem e seqüenciamento
em larga escala, certamente terão conseqüências relevantes
no processo de identificação de genes por meio de associação
com marcadores e tornará o tão almejado objetivo de seleção
assistida por marcadores uma realidade.
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Host infection
The up and down regulation of genes, which occurs
during nematode parasitism on plants, starts with the
invasion and migration of infective forms into the roots.
Endoparasitic nematodes use both mechanical force, through
stylet contraction and retraction, and releasing of enzymatic
arsenal to weak preformed cell wall components to infect
plant roots (Vanholme et al., 2007). β-1,4 endoglucanases
were first reported from the cyst nematodes Globodera
rostochiensis and Heterodera glycines (Smant et al., 1998)
and were supposed to assist J2 forms during their migration
towards the vascular cylinder. ���������������������������
Other cellulases were also
reported in the subventral glands from different endoparasitic
nematodes such as Heterodera schatii and Meloidogyne
incognita (Willianson & Gleason, 2003).
Pectin-degrading enzymes such as a p�������������
ectate lyase
(Popeijus et al., 2000) and an exo-polygalacturonase
(Jaubert et al., 2002) were also identified in the subventral
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
glands of G. rostochiensis and M. incognita J2, respectively,
and are also probably released during the penetration and
migration of endoparasitic nematodes. Calcium-dependent
pectate lyase genes, which degrade the calcium pectates
present in the middle lamella of plant roots rather than the
cell wall pectin, were reported in the subventral glands of
M. javanica (Doyle & Lambert, 2002), Bursaphelenchus
xylophilus (Kikuchi et al., 2006) and more recently in H.
schatii ����������
(Vanholme et al., 2007).
Feeding sites establishment
Genes that are up and down regulated at nematode
feeding sites can be separated in different categories such
as: cell cycle and cytoskeleton genes, wound and defence
response, cell wall, physiology and water transport,
embryogenesis, general and stress metabolism, transcription
factors, auxin response and genes involved in nodulation
and oxidative processes (Gheysen & Fenoll, 2002).
S 19
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
Physiological plant responses to nematode feeding include
the transfer of water and solutes from other plant cells to the
nematode feeding sites in order to feed juveniles with the
high levels of nutrients required for their growth (Hussey
& Grundler, 1998). �����������������������������������
Cell cycle alterations lead to DNA
replication and consequently plant genome multiplication.
Root-knot nematodes induce giant cells through several
acytokinetic mitotic cycles whereas cyst nematodes generate
syncytia by endoreduplication or several S-phases without
nuclear division and mitosis. However, there are evidences
that mitotic cycles may occur in syncytia at least in the early
stages (Gheysen & Fenoll, 2002).
A variety of other transcription factors, including
KNOX and PHAN, is upregulated in feeding sites, reflecting
the need for changes in gene expression. Other genes
upregulated in feeding sites reflect the greatly enhanced
metabolism of those cells. ATPases are examples of this class
of genes. LEA proteins and heat shock proteins including
HasHsp17.7 and HSP70 are also abundantly expressed,
perhaps reflecting the stress caused to the plant by the high
metabolic activity of the feeding site (Willianson & Gleason,
2003).
Feeding site formation in both cyst and root-knot
nematodes requires re-organization (or breakdown of cells
in the case of syncytia) of plant cell walls. Consequently a
range of endogenous plant cell wall degrading enzymes are
also induced in feeding sites including β-1,4 endoglucanases,
polygalacturonases and pectin acetyl esterases (Mahalingam
et al., 1999; Goellner et al., 2000). Other proteins associated
with cell expansion, such as extensins and cell wall
relaxation or disassembly as expansins, are also up regulated
in nematode feeding sites (Neibel et al., 1993; Fudali et al.,
2008).
Some genes upregulated in plants infected by
nematodes contribute to host defense against nematodes.
Examples include peroxidases, chitinases, lipoxygenases
and proteinase inhibitors. Other genes including gliceollin
are responsible for other aspects of defense such as
phytoalexin production. To counter these responses,
nematodes produce antioxidant proteins in their surface
coat, including superoxide dismutase, thiredoxin peroxidase
as well lipid-binding proteins that may inhibit plant defense
signalling pathways (Willianson & Gleason, 2003). Cell
wall ingrowths are present in feeding sites of endoparasitic
nematodes as a way of facilitating the transport of water
or molecules from xylem and phloem to syncytia or giant
cells. ������������������������������������������������
Some examples are the water channel gene TobRB7
in giant cells and genes that encode proteins responsible for
sugar transport from phloem to syncytial cells (Hussey &
Grundler, 1998).
Other interesting genes present in nematodes’ genome
are the chorismate mutase, which in a recent past were
supposed to occur only in plants and other microorganisms
but not in animals. Some chorismate mutase genes have been
isolated from the esophageal gland cells of root-knot and
cyst nematodes and are probably involved in the synthesis
S 20
of compounds like the auxin indole-3-acetic acid (IAA)
and the defence-related salicylic acid (Doyle & Lambert,
2003). Chalcone synthase genes, involved in the synthesis
of flavonoids, were shown to be expressed at early stages of
giant cells formation and supposed to play a role in feeding
sites development due to local increase of IAA concentration
(Karczmareck et al., 2004). However, Jones et al. (2007)
reported that flavonoids are likely to be involved in plant
defence instead of in feeding sites establishment.
Plant resistance against nematodes
Several nematode resistance genes have been isolated
and characterised from plants. These include, HS1pro-1
from sugar beet, Cre3 from wheat, Gpa2 and Gro1-4 from
potato and Mi and Hero from tomato, all of them showing
resistance against cyst or root-knot nematodes. The genes
Mi and Hero provide resistance against different species
of root-knot nematodes, while other genes like Gpa2 and
Gro1-4 show resistance against some H. schatii pathotypes.
Nematode R genes show structural characteristics as the
presence of leucine zipper motifs, nucleotide-binding sites
(NBS) and leucine-rich repeats (LRR) (Poch et al., 2006).
The resistance provided by genes in plants against cyst or
root-knot nematodes does not prevent the penetration of J2
forms into the roots. Considering the Mi gene, hypersensitive
response is activated near the feeding sites, preventing giant
cells formation. However, resistance against cyst nematodes
allows syncytia to be fully developed but their activity
decreases along the time, leading to the development of
males instead of females (Golinowski et al., 1997).
Some attempts have been made to engineer and
incorporate genes in commercial cultivars in order to
improve their yield and resistance against nematodes. One
example is the construct Oc-I∆D86, obtained by alteration
in the amino acid chain of the cystatine proteinase inhibitor
oryzacystatin-I, which encodes for a globular protein of 11.2
kDa. The mentioned alteration maximises the inhibitory
activity of that enzyme, weakening cyst and root-knot
nematodes while feeding on plant roots and interfering on
the size and fecundity of females (Urwin et al., 1997). Other
example is the gene Mi that has been incorporated in the
genome of commercial tomato cultivars, assisting farmers
in the management of root-knot nematodes in infested areas
(Jung & Wyss, 1999). The advances achieved so far and the
progresses that will be available in the near future certainly
will assist in the development of new strategies for nematode
control.
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PALESTRA 10
Understanding multitrophic interactions in the rhizosphere and the development of Pochonia
chlamydosporia as a biological agent for root-knot nematodes
Brian R. Kerry. Nematode Interactions Unit, Plant Pathology & Microbiology Department, Rothamsted
Research, Harpenden, AL5 2JQ, UK. E-mail: [email protected]
Pochonia chlamydosporia is a facultative parasite of
root-knot nematode (Meloidogyne spp.) eggs and has complex
interactions with the nematode, plant and rhizosphere
microbial community, and abiotic factors in soil. Research
at Rothamsted has increased understanding of the key
interactions and enabled more predictable biocontrol with
this fungus. The plant cultivar affects the rate of nematode
multiplication, tolerance to nematode attack and the extent
to which P. chlamydosporia colonises the rhizosphere. The
fungus is more efficient on plants that are poor hosts for the
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
nematode pest but support extensive fungal growth on their
roots. However, the activity of the fungus as a biological
control agent is more closely linked to its nutrition than to its
abundance in soil. Readily available nutrient sources appear
to maintain the fungus in its saprophytic phase.
Understanding the regulation of the transition from
saprotroph to parasite is important for the exploitation of
the fungus as a biological control agent, especially if it is
to be used in conjunction with soil organic amendments.
Biotypes of the fungus differ in their saprophytic growth in
S 21
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
soil and in their virulence, and may show host preferences.
Although virulent biotypes appear to be less competitive
in laboratory assays, suggesting a fitness cost, this has
not been demonstrated in experiments in soil. Different
biotypes occur in the same suppressive soil but there is
less variation found in P. chlamydosporia isolated from
nematode egg masses than has been found in isolates
from the soil and the rhizosphere, suggesting there may
be some selection during the parasitic phase of the fungus.
In Cuba and India production methods for the fungus
have been optimised and effective control of root-knot
nematodes has been demonstrated in the field but there is
still a need to evaluate the fungus in a range of conditions
to determine its practical applicability.
PALESTRA 11
The Coffee Genome Project and plant disease resistance
Alan C. Andrade. LGM-NTBio, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF, Brazil.
E-mail: [email protected]
Due to the economic importance of coffee to
the Brazilian agriculture and the increasing demand for
technological solutions to assure a sustainable and competitive
coffee production in Brazil, The Brazilian Coffee Genome
Project was carried out in a partnership between Embrapa
and FAPESP with support from the Brazilian Consortium
on Coffee Research and Development (CBP&D-Café). The
project was designed to develop and deploy useful tools for
gene discovery and functional genetic analysis in coffee and
related species. The generated coffee EST database from
Coffea arabica, Coffea canephora and Coffea racemosa
resulted in the identification of more than 30 thousand
different unigenes and provides a valuable resource for
studies on the biology and physiology of coffee plants,
considerably facilitating the isolation and characterization
of important agronomic traits for genetic improvement of
Coffea (Vieira et al., 2006).
Arabica production is constrained by numerous
pests and fungal diseases, but coffee
�������������������������������
leaf rust caused by the
biotrophic fungus H. vastatrix is the most important disease
in Arabica coffee, causing economic damage estimated at
US$ 1-2 billion per year due to crop losses (Van der Vossen,
2005). Although �����������������������������������������
chemical control of coffee leaf rust has
been efficient, on a long term, there are negative effects
on the environment and on non-target microorganisms. In
addition, the continuous usage of a single control strategy
increases the selection pressure on the pathogen and may
lead to the appearance of fungicide resistant populations of
rust (Zambolim et al., 2005). Therefore, different approaches
such as breeding for resistant varieties, biological control
methods and alternative treatments that induces the plant
defense response mechanisms are being followed by coffee
researches to provide more sustainable disease control
methods with less environmental impact (Guzzo et al.,
1987; Zambolim et al., 2005; Resende et al., 2007; Santos
et al., 2007).
The transfer of desirable genes in particular for
disease resistance from coffee species into Arabica cultivars
without affecting quality traits has been the main objective
of Arabica breeding (Carvalho, 1988). To date, C. canephora
S 22
provides the main source of disease and pest resistance traits
not found in C. arabica, although C. liberica has also been
used as source of resistance to leaf rust (Srinivasan and
Narasimhaswamy, 1975) while C. racemosa constitutes
a promising source of resistance to the coffee leaf miner
(Guerreiro Filho et al., 1999).
Exploitation of such genetic resources has so far
relied on conventional procedures in which a hybrid is
produced and the progeny is backcrossed to the recurrent
parent (����
Mahé et al., 2007)������������������������������
. A minimum of 25 years after
hybridisation is required to restore the genetic background
of the recipient cultivar and thereby ensure good quality of
the improved variety (Lashermes et al., 2008). Moreover, it
is already known that there are more than 45 physiological
races of H. Vastatrix (Várzea ����������������������������
and Marques,����������������
2005) and upon
selection pressure, the high genetic variability of biotrophic
pathogens such as rusts, can lead to an increase in frequency
of pathogen populations adapted to the newly generated
resistant varieties, resulting in breakdown of resistance in
a short period of time, under field conditions (Zambolim et
al.,��������
2005).
Advances in molecular biology techniques have greatly
increased our knowlege on plant pathogen interactions in the
last decades and has helped plant pathologists to characterize
the molecular aspects of recognition and subsequent defence
signalling pathways associated with the proposition of the
gene-for-gene hypothesis by Flor (1942). Since then, many
sophisticated pathogen recognition mechanisms have been
discovered that initiate highly complex signalling cascades
that most often leads to a hypersensitive response (HR), a
localized cell death reaction that results in inhibition of further
pathogen growth and host genotype-specific resistance. It is
now clear that one of the ways plants respond to pathogen
attack acts largely inside the cell, using the polymorphic
NB-LRR protein products encoded by most R genes (Jones
and Dangl, 2006). The great majority of R genes encode
cytoplasmic proteins that have a variable leucine-rich repeat
(LRR) domain, a nucleotide-binding site (NBS) and Nterminal coiled coil (CC) or Toll-interleukin-1-receptor like
(TIR) domain. Surprisingly, R genes from diverse plant
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
species were found to encode structurally similar proteins.
Pathogen effectors (Bent and Mackey, 2007) from diverse
kingdoms are recognized by NB-LRR proteins, and activate
similar defence responses. Interestingly, recent reports
indicate that pathogen effectors inhibit proteases involved in
the onset of HR (Rooney et al., 2005). Emerging evidence
indicates that the proteolytic machinery of plants plays an
important role in defense against pathogens (Shindo and Van
den Horn, 2008).
Recent advances in coffee genomics is allowing
coffee researchers to have the first sense on the molecular
responses of coffee plants to pathogen attack and on the
molecular identity of coffee R genes. The Brazilian Coffee
EST Database (Vieira et al., 2006) has proved to be a
resourceful tool for the identification of candidate genes
involved in plant disease resistance as reported by mining
studies carried out by different groups (Albuquerque et al.,
2007; Alvarenga et al., 2007; Campos et al., 2007; Hufnagel
et al., 2007; Rabelo et al., 2007; Sato et al., 2007; Teixeira
et al., 2007; Thiebaut et al., 2007). These results are already
leading to the generation of essential molecular markers
closely linked to rust resistance traits that will certainly help
to accelerate coffee breeding programs by the use of marker
assisted selection (MAS) (Alvarenga et al., 2007a; Brito et
al., 2007). In other studies (Noir et al., 2001), reported the
isolation of 27 RGAs from genomic DNA of C. arabica
and C. canephora, by using PCR with degenerate primers
based on conserved motifs in the NBS domain of known R
genes of several plant. Results from in-silico comparative
analyses indicated that at least 20 of these resistance-gene
analogs (RGAs) were closely related to cloned R genes of
the CC-NBS-LRR class. Bhat et al. (2004) came to similar
conclusions based on the results of an analogous study, but
including four wild Coffea (Psilanthus), in addition to C.
arabica and C. canephora species. In a recent work (Mahé
et al., 2008), a resistance gene (SH3) has been transferred
by crossing from C. liberica into C. arabica and sequencecharacterized genetic markers for leaf rust resistance were
developed. Two markers appeared to co-segregate perfectly
with the SH3 gene in the two plant populations analyzed
and these markers are perfectly suitable for use in markerassisted selection for leaf rust resistance and to facilitate
pyramiding of the SH3 gene with other leaf rust resistance
genes.
Fernandez et al.(2004) identified several ESTs
differentially expressed during incompatible R-Avr
interactions displaying similarities (BLASTX searches)
to proteins with plant defense and signaling functions of
Arabidopsis. These data suggest that in C. arabica there are
conserved components of the disease resistance mechanism
to coffee leaf rust which are similar to those operative against
biotrophic pathogens in other plants. Interestingly, detailed
cytological observations and biochemical investigations
of host-pathogen interactions in rust infected leaves of
susceptible and resistant genotypes of C. arabica indicated
that the cascade of defence responses was the same in both
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
situations, except that it was too slow and therefore ineffective
to arrest the pathogen in susceptible plants without the right
R gene (Silva et al., 2002).
As highlighted previously, advances in coffee genomics
is certainly helping the progress in our understanding on
how coffee plants respond to pathogen attack. The produced
data allows investigations of the differences and similarities
as compared to better characterized plant systems and,
also, provides applied results for coffee breeding programs
directed towards disease resistance. With the advent of new
generation sequencing technologies coupled with integrated
proteome and metabolome analyses will certainly cause a
revolution in our current understanding of plant-pathogen
interactions and plant disease resistance. However, more
attention should also be paid on rust (H. vastatrix) genomics.
So far, only few reports on the molecular characterization of
isolates are available (Gouveia et al., 2005; Ferreira et al.,
2007; Nunes et al., 2007) and no elicitor (Avr) gene has yet
been characterized. We are really entering on a new era on
plant sciences in which novel tools and information resources
will rapidly become available and time-consuming breeding
programs on perennial crops such as coffee must benefit
most. The development of these tools are coming timely
for coffee researchers which have to face the challenges
already in place for the 21st century such as the implications
of climate changes on coffee diseases and physiology, as
well as the increasing demands of society for quality and
more sustainable production practices. Financial support:
CBP&D-Café and FINEP
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Acelino C. Alfenas, Eraclides M. Ferreira. Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de
Viçosa, 36570-000, Viçosa, MG, Brazil. E-mail:
�����������������������
[email protected]
Eucalyptus is currently the most planted forest species
worldwide to meet the high demand of timber for pulp and
paper production, charcoal, furniture, electricity poles,
fencing poles, firewood, fuel wood, and building materials.
About thirty years ago, the area planted with eucalyptus in
Brazil was relatively small and concentrated mostly in the
states of Minas Gerais and São Paulo. Until then, plantations
were practically disease free. However, in the last past years,
there has been an increase in disease outbreaks, caused by
endemic or accidentally introduced pathogens because of
the expansion of plantations into warmer and/or humid areas
favorable to infection, the use of more productive material
of unknown resistance, as well as new crop management
techniques and successive plantation cycles on the same
area. Most notable are canker (Crysoporthe cubensis), rust
(Puccinia psidii), leaf blight and defoliation (Cylindrocladium
spp., Rhizoctonia spp, Quambalaria eucalypti, and
Kirramyces epicoccoides). More recently, we have recorded
new diseases now considered emerging, such as vascular
fungal (Ceratocystis fimbriata) and bacterial (Ralstonia
solanacearum) wilts, bacterial (Xanthomonas axonopodi)
and fungal (Teratosphaeria spp. = Mycosphaerella spp.)
leaf blights and defoliation. In nurseries, disease controll is
achieved by integrated management practices to partially
or totally eradicate the primary inoculum sources, to favor
plant growth and reduce conditions conducive to infection.
In the field, disease control is carried out by planting resistant
genotypes.
MAIN EMERGING DISEASES
Bacterial wilt of eucalyptus
The occurrence of bacterial wilt caused by Ralstonia
solanacearum in eucalyptus clonal nurseries has recently
resulted in huge losses among nurseries in Brazil. The
incidence of the disease has led to elimination of about
553,991 mini-stumps (R$0.7/mini-stump), 6,837,691
propagules at rooting phase and 11,266,819 rooted cuttings,
with total estimated losses of at least six million reais (about
US$ 375,000,000.00). However, considering the average
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
production capacity of each mini-stump over a period of
36 months (6.4 rooted mini-cuttings/month and a value of
R$0.35 per cutting), these losses may reach more than 44
million reais (almost 28 million dollars) in clonal minihedges alone. In addition to direct losses, the disease has
resulted in expenditure for eradication of the pathogen,
adaptations in nursery structure to minimize risks of new
infections, new schedules for planting and elimination of
certain elite clones from the planting schedule (Alfenas et
al., 2006). In mini-hedges, the disease is characterized by
leaf necrosis, ringed or complete xylem darkening, wilting
and death of the mini-stump. At the rooting phase, infected
mini-cuttings can present purpling of the leaf limb veines
and rot. In the field, the disease is at first characterized by
wilting and necrosis in the region of the central leaf vein,
leaf bronzing and basal defoliation. Perpendicular sections
made in the stem show darkening of the xylem, starting in
the medule. Bark cracking caused by high soil temperature,
hydric deficit, overplanting, and root deformities form entry
sites for the bacterial infection. Generally, the most affected
trees present root deformities and/or overplanting which,
depending on disease intensity, causes growth reduction
and/or death of the plants (Alfenas et al., 2006). Although
it has to be confirmed experimentally, as in other crops, the
chances of success in planting resistant materials are low,
because of the possible lack of variability for resistance, and
also because of environmental interactions, especially high
temperatures and high soil humidity (Mew & Ho, 1977).
Biological controll has arisen as a promising alternative
for wilt management. For example, in Brazil the use of
Streptomyces sp. has been effective for wilt control in
sweet potato, banana and tomato plants (Moura & Romeiro,
1999). In China the application of Pseudomonas fluorescens,
PGPR (rhizobacteria) type, has efficiently controllled R.
solanacearum in eucalyptus nurseries (Ran et al., 2005).
Ceratocystis wilt in eucalyptus
The first recorded outbreak of this disease in
eucalyptus in Brazil dates from 1999 (Ferreira et al., 1999).
Today, if we count up the records of the disease in the states
S 25
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
of Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São
Paulo (Alfenas et al., 2004) and recently in Maranhão, the
disease has been found in about 15 commercial clones as
well as in seedling plantations. Inoculation studies of the
pathogen under controllled conditions have shown that
several other eucalyptus clones are susceptible (Zauza
et al., 2004). Studies on losses resulting from the disease
in southern Bahia have shown a reduction of 58% in the
volumetric growth increment in a hybrid clone of E. grandis
x E. urophylla (Ferreira et al., 2007) and of 13.7% in pulp
yield. Considering the annual mean increment of 52 m3/ha
in the region and the wood value of R$45.00/m3, the losses
can be as high as R$9,495.00/ha by the end of the cycle. If
we consider the losses in pulp yield, then this sum reaches
R$17,645.00/ ha (92.0 t/cellulose/ha and R$1,400.00/t),
which is approximately 15.8 million reais (or nearly 10
million dollars) if the 900 ha planted with this clone are
infected, plus the increased alkali consumption of 45% for
the cooking process. In addition to eucalyptus, the pathogen
also infects several other hosts, such as mango, sweet potato,
yam, fig, crotalaria, coffee, and gmelina, among others. In
eucalyptus, the infections come from the soil, via the roots,
or on fresh wounds in the stem. After penetration, the fungus
colonizes the xylem and then the radial parenchymal cells,
culminating in the darkening of infected tissues, wilting
and death of the whole plant or its branches (Alfenas et
al., 2004). The typical symptoms of radial darkening are
observed in transversal sections along the infected stem.
Xylem darkening can extend for long distances from the
roots, even arriving at the branches. In young shoots the
longitudinal lesions are black and purplish (Ferreira et al.,
2006). Die-back and canker can also be observed (Laia et
al., 2000, Alfenas et al. 2004). Planting resistant genotypes
has been successfully used for several crops (Ribeiro et al.,
1995; Simmonds, 1994), including eucalyptus (Zauza et al.,
2004).
Leaf blight caused by Xanthomonas axonopodis
The disease is characterized by angular soaked
intervein leaf lesions, necrosis of the petiole and branches,
perforations in the lesion sites, concentration of lesions along
the main vein, lengthwise lesions along the leaf edges and
exudation of bacterial pus from the leaf tissue, observed under
the microscope (100–200x). Differences in the symptoms
may be observed depending on the eucalyptus species, leaf
age and developmental stage of the lesion (Gonçalves et al.,
2008). Isolated lesions coalesce on the limb and along the
main vein in completely expanded young and mature leaves,
resulting in a fish-spine like formation, typical of bacterial
leaf blight in Eucalyptus spp. The pathogen causes intense
defoliation by inducing leaf senescence or necrosis of the
petiole. Infection in young leaves starts with localized water
soaked lesions, but it develops into necroses of the cortical
edges and perforation on the limb at the center of the lesion.
Coalescence of the lesions in the upper part of the limb
may result in the necrosis and breakage of the leaf tip. In
S 26
nurseries the disease occurs more severely in spray irrigated
plants where the water film over the leaf favors dispersion,
multiplication and penetration of the pathogen. Completely
expanded leaves of Eucalyptus spp. are more susceptible than
young unexpanded leaves. From 2003 to 2008 significant
losses caused by bacterial leaf blight were recorded among
eucalypt clonal nurseries in Brazil, accounting for elimination
of 18,076 million rooted cuttings and 102,500 mini-stumps
affected, representing losses of about 16.5 million reais
(over 10 million dollars) (Table 1). The high infection levels
are due to bad management practices that increase inoculum
density, leaf wetness and high temperature favorable to
infection. In the nursery, disease control consists of avoiding
leaf wetness, and eradication of the sources of primary
inoculum in mini-cuttings, substrate, water, and reused trays
and tubes. (Alfenas
��������� et al., 2004).
Leaf blight and defoliation caused by Teratosphaeria in
E. globulus and its hybrids
Because of its high yield in pulp and paper production,
plantations of E. globulus and its hybrids have expanded in
Brazil and other Latin-American countries. As plantations
expand, so too does the risk of epidemics caused by native
endemic or exotic pathogens, accidentally introduced into
the country. Among these, leaf blight and defoliation caused
by Teratosphaeria spp. (= Mycosphaerella spp.) constitutes
one of the most severe threats to plantations, as observed
in Australia, South Africa, Uruguay and, more recently,
in southern Brazil, where it is still found as endemic. The
disease is characterized by numerous, initially round,
straw-colored lesions, which later progress and coalesce,
acquiring variable shapes, covering much of the leaf limb.
It occurs more severely on juvenile leaves in the apical
parts of the plant, where it induces intense defoliation.
Less frequently, adult leaves can also be infected, but with
much lower incidence and less severity than juvenile leaves.
Under favorable conditions to infection (high humidity and
temperature between 15 to 25ºC), most plants in the same
compartment are highly infected and few healthy trees
may be resistant or escaped from infection. Leaf blight and
severe defoliation, caused by Teratosphaeria spp., have
been reported in young eucalyptus plantations in various
countries such as Australia, New Zealand, South Africa,
Portugal, Spain, Chile (Pietrzykowski et al., 2006), Ethiopia
(Gezahgne et al., 2006) and Uruguay, resulting in significant
productivity losses. In 2007, about 3,000 ha of E. globulus
(Jeeralang provenance) were reformed in consequence
of defoliation caused by Teratosphaeria spp. The disease
therefore presents a broad geographic distribution and
occurs mainly in E. globulus and E. nitens. Leaf blight and
defoliation caused by Teratosphaeria spp. is one of the
emerging diseases likely to cause most losses in E. globulus
and its hybrids and related species in Brazil and other LatinAmerican countries.
More than 80 species of Teratosphaeria have been
recorded in Eucalyptus spp., including pathogenic and
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
TABLE 1 – Losses caused by leaf blight (Xanthomonas axonopodis) in Brazilian eucalyptus
clonal nurseries from 2003 to 2008
Place
Southern Bahia
Southern Bahia
SW Espírito Santo
Rio Grande do Sul
Goiás
Cerrado - MG
Cerrado - MG
Cerrado - MG
Cerrado - MG
Triângulo Mineiro - MG
Cerrado - MG
Cerrado - MG
Cerrado - MG
Cerrado - MG
Nursery
Year
Number of
cuttings
discarded1
Number of
mini-stumps
discarded 2
1
1
2
3
4
5
6
7
7
8
9
10
11
12
2003
2004
2004
2007
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2,000,000
2,500,000
1,800,000
500,000
3,000,000
1,600,000
500,000
2,400,000
2,700,0003
800,000
200,000
70,000
6,000
60,000
42,500
-
700,000.00
875,000.00
630,000.00
175,000.00
1,050,000.00
560,000.00
175,000.00
6,000,000.00
840,000.00
5,195,000.00
280,000.00
70,000.00
24,500.00
2,100.00
18,076,000
102,500
16,576,600.00
Total
Total losses
(R$)
Unit value = R$ 0.35
Unit value = ± R$ 100.00
3
Infected cuttings under observation that may be discarded, depending on disease progress.
1
2
saprophytic species. Among the species reported, T. cryptica
and T. nubilosa are the most important, occurring in young
plantations of Eucalyptus spp. from cold climates, mainly
E. globulus and E. nitens (Hunter et al., 2008). T. nubilosa
presents a relatively narrow host range, occurring mainly
in five species (E. globulus, E. nitens, E. bridgesiana, E.
cypellocarpa and E. quadrangulata) from the Viminales
series of the sub-genus Symphyomyrtus (Crous, 1998;
Maxwell et al., 2005) and, rarely, in E. grandis and E.
botryoides (Crous, 1998). In contrast, T. cryptica has a
relatively wide host range, having been reported in more
than 50 species of Eucalyptus (Crous, 1998; Maxwell et
al., 2005), including important cultivated species such as
E. globulus, E. nitens, E. dunnii, E. maidenii, E. viminalis,
E. saligna, E. tereticornis, and E. cloeziana, among others.
The use of resistant material may be an alternative for
control of the disease. Selection of resistant materials is
currently based on results from natural infection in regions
and seasons favorable to infection, but it is fundamental
to develop protocols for mass multiplication of the fungus
and appropriate methods for artificial inoculation and for
evaluation of resistance, under controlled conditions.
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MESA REDONDA 1-A
Controle alternativo de fitodoenças
Coordenador: Trazilbo J. de Paula. EPAMIG
Manejo cultural e biológico de doenças causadas por patógenos habitantes do solo, na cultura do
feijoeiro comum
Murillo Lobo Junior. EMBRAPA Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goias, GO, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Os sistemas produtivos de cultivo do feijoeiro
comum (Phaseolus vulgaris L.) foram submetidos a
diversas mudanças tecnológicas nas últimas décadas, de
intensidade variável conforme a região, as quais foram
responsáveis por mudanças drásticas nas relações planta ×
patógenos × ambiente × microrganismos. Tais mudanças
permitiram um salto do potencial produtivo da cultura de
500 kg ha-1 para mais de 5000 kg ha-1 desde a década de 60
até este início de século XXI, porém, em muitos casos sem a
redução proporcional dos riscos conhecidos ao cultivo dessa
espécie.
Entre as principais mudanças tecnológicas que
proporcionaram o aumento de produtividade do feijoeiro
comum estão a disponibilização de novas cultivares, a
semeadura direta, os plantios em safrinha, os novos insumos
e os cultivos irrigados. As mudanças nos sistemas produtivos
são aparentemente irreversíveis e, conforme os plantios
foram intensificados, doenças de importância secundária
adquiriram importância epidemiológica, como as podridões
radiculares (Fusarium solani e Rhizoctonia solani) e o mofo
branco (Sclerotinia sclerotiorum). Este breve relato apresenta
o panorama atual das doenças do feijoeiro comum causadas
por patógenos habitantes do solo, e apresenta opções de
manejo que consideram o desenvolvimento, a disseminação
e o bom uso de tecnologias.
Práticas culturais e a “tecnologia capricho” para o
controle de doenças
Com o uso de grãos próprios em 90% dos plantios
do feijoeiro comum, há uma grande facilidade para que
uma série de doenças de importância econômica sejam
perpetuadas no campo, comprometendo o sucesso de
inovações tecnológicas. Portanto, o controle de doenças
requer a combinação de medidas já consagradas e outras
de desenvolvimento mais recente, as quais compõem o
manejo integrado de doenças. Muitas práticas culturais
estão disponíveis, mas percebe-se que elas freqüentemente
não são consideradas. São tecnologias simples e acessíveis
a um grande número de agricultores e que, quando bem
executadas, são denominadas de “tecnologia capricho”
(Kluthcouski et al., 2007). Ou seja, realizar o manejo correto,
na hora certa, com produtos e equipamentos adequados e na
dosagem exata é essencial. Há vários exemplos de diferentes
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
métodos para o controle de doenças, úteis para a cultura do
feijoeiro comum (Tabela 1).
Em sua maioria, as práticas listadas acima podem ser
aplicadas em inúmeros ambientes. Os problemas na lavoura
ocorrem justamente quando se confia o controle de doenças
a apenas um ou poucos destes métodos, sem considerar as
características de cada patossistema. Alguns resultados de
pesquisas realizadas em campo são apresentados a seguir.
Uso da arquitetura de plantas para escape às doenças.
Estudos de pós-melhoramento podem aproveitar
características das cultivares que possam gerar um
escape parcial das doenças. Em cultivares com hábito de
crescimento tipo 1 e tipo 2 (como BRS Horizonte, IAPAR
81 e FT Magnífico), o desenvolvimento da mela e do mofo
branco ocorre mais tardiamente, em comparação a cultivares
de crescimento prostrado, onde grandes reboleiras dessas
doenças podem ser formadas e disseminá-las rapidamente
dentro da lavoura (Costa, 2007). Do mesmo modo, cultivares
que possam desenvolver rapidamente um sistema radicular
vigoroso como BRS Pontal podem sofrer menos danos
causados por F. solani e R. solani.
Rotação de culturas com Brachiaria spp.
A ocorrência do mofo branco, das podridões
radiculares e da murcha causada por Fusarium oxysporum
f. sp. phaseoli em alta severidade pode ser facilmente
observada em plantios sobre solo compactado, sem um
esquema racional de rotação de culturas. A desinfestação
de solos tem sido obtida com eficiência em sistemas de
Integração Lavoura-Pecuária, onde a supressão de patógenos
ocorre com o manejo de espécies de Brachiaria, em especial
B. brizantha e B. ruziziensis. Junto ao aporte de matéria
orgânica no solo e à formação de palhada, há um aumento
da atividade de microrganismos que reduzem o inóculo
de patógenos (Costa & Rava, 2003; Toledo-Souza, 2006).
A palhada também funciona como uma barreira física à
formação de apotécios de S. sclerotiorum, que dependem de
luz para completar seu desenvolvimento.
O sistema radicular da forrageira também pode
romper camadas compactadas, com melhores resultados a
partir de dois anos após seu plantio. As raízes do feijoeiro
comum se aproveitam da melhor estrutura do solo e dos
espaços deixados pelas raízes decompostas da braquiária
S 29
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
TABELA 1 - Número de patógenos que infectam o feijoeiro comum para os quais a resistência genética, o
controle químico, o controle biológico e práticas culturais são componentes importantes para o controle de
doenças, e alvo principal do método (adaptado de Hall & Nasser, 1996)
para atingir camadas mais profundas do solo, facilitando
tanto sua nutrição quanto ao escape de podridões radiculares.
Sob braquiária em crescimento, também se pode formar
um microclima favorável à germinação de apotécios de
S. sclerotiorum (ou outra espécie que também favoreça
à formação de um microclima favorável à germinação
carpogênica), mantendo-se a umidade do solo alta
por algumas semanas. Nesse ambiente, a formação de
apotécios é induzida sob uma cultura não-hospedeira e
pode levar ao esgotamento de uma grande quantidade
de escleródios no solo, que não germinam novamente
(Görgen et al., 2007).
Controle biológico de doenças
Essa forma de controle de doenças tem se expandido
no Brasil, por poder reduzir a densidade de inóculo de
patógenos, proteger raízes e promover o crescimento das
plantas. Seu uso de forma empírica tem levado a vários
casos de frustrações, que por conseqüência têm gerado
S 30
Total
2
1
0
0
2
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
1
10
5
4
5
0
3
5
5
0
0
0
7
4
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
33
25
24
17
16
16
12
11
10
10
9
9
9
8
6
6
5
5
5
4
3
3
3
2
2
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Ambiente
Micoplasma
4
0
4
4
4
2
2
1
0
0
0
4
1
0
0
0
4
4
0
0
0
0
0
0
0
Planta
Nematóides
25
14
15
9
4
12
7
5
5
10
9
5
0
3
6
6
1
1
5
4
1
2
3
2
2
Patógeno
Vírus
Alvo principal
Bactérias
Rotação de culturas
Resistência genética
Controle químico
Sementes sadias
Controle de plantas daninhas
Sistemas de plantio
Consórcios
Uso adequado da irrigação
Controle biológico
Drenagem do solo
Espaçamento entre fileiras
Controle de restos culturais
Distanciamento de culturas
Época de plantio
Ajuste da fertilidade do solo
Aporte de matéria orgânica
Controle de plantas voluntárias
Controle do trânsito na lavoura
Temperatura do solo
Planejamento da colheita
Pousio limpo
Uso de palhada
Arquitetura de plantas para o escape de doenças
Semeadura rasa
Escolha da direção do plantio
Patógenos
Fungos
Prática
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
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+
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+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
a críticas e desinteresse pela técnica. O maior problema
do controle biológico tem sido a falta de estudos
sistematizados em campo. Para todos os casos, é essencial
compreender que este método segue o mesmo princípio que
permite a ocorrência de doenças: a relação entre patógeno
× hospedeiro × ambiente × microrganismos (Figura 1).
Ou seja, sem a interação entre estes componentes, não há
sucesso no controle biológico de doenças.
Antagonistas como Trichoderma harzianum
podem aumentar o período de proteção às raízes após o
tratamento de sementes com fungicidas sintéticos (desde
que compatíveis), incrementando o controle de podridões
radiculares e a produtividade cultura (Lobo Jr., 2005). Da
mesma forma, formulações de Trichoderma spp. podem
ser aplicadas em jato dirigido ao sulco de plantio, para
controle de doenças radiculares. Para redução da população
de escleródios de S. sclerotiorum, a aplicação do antagonista
deve ser feita via barra de pulverização ou água de irrigação
para cobrir 100% da área infestada com o patógeno.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
Patógeno = Trichoderma, Bacillus, Pseudomonas
Microrganismos
de esforços e de competências segue a mesma lógica do
controle de doenças. Ao localizar áreas de interesse, planejar
corretamente, coletar corretamente informações, empregar
metodologias e recursos humanos capacitados, ganha-se em
produtividade e as soluções são disponibilizadas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
Hospedeiro = Fusarium, Sclerotinia, etc.
Ambiente
FIG. 1 - Fatores necessários para a compreensão e o sucesso do
controle biológico de doenças (Adaptado de Gäumann, 1950).
Em diversos experimentos conduzidos pela Embrapa
Arroz e Feijão observou-se que diferentes dosagens de
antagonistas produzem uma curva de resposta, em termos
de controle de doenças e aumento de produtividade. Acima
da dosagem “ideal”, a eficiência do controle biológico e a
produtividade caem, junto com a relação custo × benefício.
Para S. sclerotiorum, obteve-se até 65% de parasitismo de
escleródios, após tratamento preventivo nos estágios V3 ou
V4. Além do sombreamento do solo fornecido pela cultura,
o antagonista se beneficia também da maior atividade
microbiana no solo, conseqüência da liberação de exsudatos
pelas raízes.
CONCLUSÕES
A estratégia de integração de métodos tem sido uma
forma eficiente para o controle de doenças, com resultados
satisfatórios. Devido à constante adaptação dos patógenos às
cultivares e aos agroecossistemas, as soluções para controle
precisam acompanhar com rapidez o surgimento de novos
problemas. Para que as instituições públicas e privadas
possam atender às novas demandas, a estratégia de integração
Costa GR (2007) Estratégias para o manejo integrado da mela do
feijoeiro causada por Thanatephorus cucumeris. Tese de Doutorado.
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Integração de métodos biocompatíveis no manejo de doenças e pragas: experiências em plantas
ornamentais e medicinais
Marcelo A.B. Morandi, Wagner Bettiol. �����������������������������������������������
Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP, Brasil.
E-mail: [email protected]
A preocupação da sociedade com o impacto da
agricultura no ambiente e a contaminação da cadeia alimentar
com os agrotóxicos está alterando o cenário agrícola,
resultando no surgimento de segmentos de mercado para
produtos diferenciados, tanto aqueles produzidos sem o uso de
agrotóxicos, como aqueles portadores de selos que garantem
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
que os agrotóxicos foram utilizados adequadamente. Além
disso, o incremento dos custos com o controle químico,
a perda de eficiência de alguns agrotóxicos, devido à
resistência dos organismos alvos, e os problemas ambientais
advindos destas práticas, indicam a necessidade da busca de
produtos biocompatíveis para o controle de fitopatógenos,
S 31
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
dentre os quais os agentes de biocontrole (Bird et al., 1990;
Bettiol & Ghini, 2003). A preocupação com a situação do
uso dos agrotóxicos permeia a agenda ambiental de diversos
países, tendo como exemplo o pacote ambiental lançado em
26/10/2007 pelo governo francês, que estabelece a redução
de 50% do consumo de agrotóxicos em dez anos (Folha de
São Paulo, 26/10/2007). Assim, surge o controle biológico
de doenças, pragas e plantas invasoras como opção segura e
ambientalmente adequada.
A integração do controle biológico de fitopatógenos
com outras medidas de manejo é bastante discutida,
especialmente no contexto do manejo ecológico de doenças
de plantas. Esse manejo é conceituado como um “conjunto
de estratégias e de práticas empregadas com base nos
princípios de controle de doenças de plantas, com o objetivo
de reduzir as perdas em níveis toleráveis, sem interferir,
acentuadamente, no ambiente” (Mizubuti, & Maffia, 2001).
Enfatiza-se o emprego integrado de táticas e métodos sejam
eles culturais, mecânicos, físicos, legislativos, biológicos, de
resistência genética etc., com vistas à prevenção e à redução
da intensidade das doenças. A associação do controle
biológico com outras estratégias de controle é altamente
desejável.
A integração de métodos físicos e biológicos
mostrou-se eficiente no controle de perdas causadas por
patógenos em um viveiro de Cordia verbenacea (erva
baleeira) em Campinas SP (Morandi, 2008). A erva
baleeira é uma planta medicinal cujo óleo essencial é usado
comercialmente na fabricação de pomadas e sprays com
propriedades antiinflamatórias. O cultivo em larga escala
da cultura depende do transplantio de mudas produzidas em
viveiros a partir de sementes. As perdas devido a doenças,
especialmente causada por Phoma sp., podem chegar a mais
de 60% das mudas no viveiro. Um primeiro teste verificou
que o patógeno não estava sendo transmitido pelas sementes.
Porém, os novos lotes de mudas eram rapidamente infectados
ao serem colocados no viveiro. Para se resolver o problema,
foi proposto um esquema de manejo integrado que incluiu,
em seqüência: 1) Limpeza e desinfestação das instalações
do viveiro. 2) Desinfestação prévia do substrato em coletor
solar (Ghini & Bettiol, 1991; Bettiol & Ghini, 2003). Estas
duas primeiras medidas visaram a redução do inóculo
inicial do patógeno na área. 3) Recolonização do substrato
com aplicação de biofertilizante à base de esterco bovino,
visando o incremento da diversidade e atividade microbianas
no substrato (Bettiol, 2006). 4) Manejo da irrigação, com a
redução da freqüência e ajuste da hora, para reduzir o período
de molhamento foliar e assim limitar a ocorrência de ambiente
favorável à infecção. 5) Proteção do filoplano, por meio da
pulverização quinzenal de biofertilizante a 10%, visando a
formação de uma “barreira biológica” sobre as mudas. 6)
Manutenção da limpeza, por meio da eliminação freqüente
de plantas e partes de plantas doentes, visando a redução da
disseminação do inóculo secundário do patógeno no interior
do viveiro. Com a implementação destas medidas, verificouse redução drástica das perdas causadas pela doença para
S 32
menos de 10% das mudas. Assim, a integração de medidas
simples, baseadas no conhecimento epidemiológico, podem
ser ferramentas valiosas no manejo de doenças em viveiros.
Outro exemplo de integração de métodos biológicos
para o controle de doenças e pragas foi o desenvolvido em
uma propriedade de cultivo de lírio localizada na Holambra,
SP, com histórico de utilização intensiva de fungicidas,
inseticidas e acaricidas. Os problemas fitossanitários no
lírio, cultura de alto valor agregado, são limitantes para o seu
cultivo. Dentre esses podem ser destacados os causados por
Botrytis, Rhizoctonia, Phytophthora, Pythium, Fusarium e
por pulgões. Para se obter um controle integrado desses
problemas foi necessário realizar um redesenho do sistema
de produção de lírio em estufa. O uso dos agrotóxicos foi
paulatinamente eliminado do sistema produtivo por meio da
integração de métodos alternativos para o controle de pragas
e doenças. De um modo geral, a produção atual baseia-se na
colonização de um substrato desinfestado com vapor, com
Trichoderma, Metarhizium, Beauveria e microrganismos
presentes em biofertilizante para eliminar o vácuo biológico
promovido pela desinfestação. Além disso, é realizada
uma aplicação de biofertilizante concentrado logo após a
emergência dos bulbos e semanalmente a aplicação massal
de Trichoderma e Clonostachys, bem como biofertilizante e
óleo de nim. Associado a esses produtos e a uma fertilização
equilibrada, um programa de sanitização, com eliminação
de plantas e partes de plantas doentes é mantido em todas as
estufas. Também um controle da umidade relativa é realizado
nas estufas. O sucesso se deve não apenas à substituição
dos agrotóxicos por algum produto biocompatível, mas
sim pela alteração de todo o sistema de produção, pois a
simples substituição de produtos pode levar aos mesmos
desequilíbrios causados pelos agrotóxicos (Bettiol et al.,
2005; Wit, 2008).
Um sistema semelhante foi adotado na cultura de
Spathiphyllum (bandeira-branca, lírio da paz). Um dos
principais problemas no controle fitossanitário nestas
culturas, assim como na maioria das plantas ornamentais
e hortícolas, é a inexistência de produtos fitossanitários
registrados para uso. Assim, ocorrem os problemas
principalmente nas culturas em que selos são exigidos
para venda no mercado interno e principalmente externo.
Na cultura do lírio da paz ou espatifilo a principal doença
é causada por Cylindrocladium spathiphylli. Essa doença
é limitante para a cultura e os fungicidas disponíveis no
mercado não são registrados para uso e não apresentam a
eficiência desejada, além dos problemas com resistência
do patógeno. Assim, considerando esses fatos foi decidido
substituir todos os produtos químicos utilizados por técnicas
alternativas de controle visando redesenhar o sistema de
produção. Nas estufas de produção foi estabelecido um
programa de substituição de fungicidas por técnicas que
não causem estresses às plantas. Inicialmente o substrato de
crescimento foi enriquecido com biofertilizante produzido
aerobicamente e com Trichoderma. Além disso, as plantas
também passaram a ser pulverizadas semanalmente com o
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
agente de biocontrole. Associado a isso foi montada uma
estrutura na casa de vegetação para que os vasos ficassem
elevados do solo em torno de 30 cm, com a finalidade de
evitar a sua contaminação via solo. Um problema da cultura
é a ocorrência de ratos logo após o transplante, pois as mudas
são arrancadas do substrato. Nesse caso o uso de raticidas
foi substituído integralmente pela liberação de um gato
nas estufas, sendo que o gato tem todo o acompanhamento
veterinário recomendado (Kievitsbosh, 2008).
A murcha de Fusarium do crisântemo pode inviabilizar
o seu cultivo em algumas propriedades, sendo sério problema
nas áreas produtoras. Para o controle exclusivo de murcha de
Fusarium em crisântemo foi desenvolvido um sistema onde
a integração ocorre desde o momento da produção do solo
artificial (substrato) de cultivo. Esse substrato é produzido
misturando-se diversas matérias orgânicas no material básico
e enriquecido com um biofertilizante produzido aerobiamente
à base de estercos animais, devidamente compostado, mais
uma fonte de açúcar. Após o plantio, o mesmo biofertilizante
é utilizado na fertiirrigação duas vezes por semana.
A integração de métodos de manejo para mais de um
patógeno ou pragas ao mesmo tempo aumenta as chances de
sucesso de controle e contribui para a redução de custos. A
integração de métodos fitossanitários é a principal forma de
reduzir o uso de agrotóxicos em sistemas de produção, como
tem se buscado no manejo integrado de pragas (MIP) e na
produção integrada de várias culturas. Entretanto, o sucesso
na integração de métodos de manejo só será possível após
o conhecimento das possíveis interações entre plantas,
fitófagos e patógenos e seus efeitos sobre a eficiência dos
métodos considerados (Paula Júnior et al., 2007).
O manejo biológico integrado de ácaro-rajado
(Tetranychus urticae) e mofo-cinzento (Botrytis cinerea)
é realizado com sucesso desde 2005 no cultivo orgânico
do morango em uma propriedade em Serra Negra, SP. O
agente de controle biológico Clonostachys rosea é usado em
conjunto com a liberação de ácaros predadores do gênero
Phytoseiulus. O antagonista é aplicado semanalmente a partir
do transplantio das mudas, enquanto os ácaros predadores
são liberados nas reboleiras assim que são observados os
primeiros ácaros-rajados na cultura. Além da aplicação dos
agentes de controle biológico, a limpeza da cultura é mantida
pela eliminação continua de folhas e frutos doentes.
A introdução de um agente de controle biológico exige
o seu estabelecimento, seguido da interação com o organismo
alvo e outras espécies de organismos. Essas complexas
interações são fundamentais para o sucesso do controle,
devendo ser analisadas de modo holístico e consideradas
a longo, e não a curto prazo. Assim sendo, há a necessidade
de um amplo conhecimento da ecologia de sistemas para o
sucesso do controle biológico. Há também necessidade de se
estabelecer formas eficientes para que o conhecimento sobre o
controle biológico e técnicas alternativas sejam socializados e
passem a ser utilizados pelos agricultores.
O aumento do uso de métodos alternativos depende
do conhecimento da estrutura e do funcionamento do
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
agroecossistema. O conceito absoluto de agricultura
sustentável pode ser impossível de ser obtido na prática.
Entretanto, é função da pesquisa e da extensão oferecer
opções para que sistemas mais sustentáveis sejam adotados.
Para tanto, os projetos de pesquisa pontuais e de curta duração
são de pouca utilidade. Somente estudos que incluem o
monitoramento de sistemas de produção nas diferentes áreas
do conhecimento fornecerão informações suficientes para
o entendimento das diferentes interações. Assim, apenas a
substituição de fungicidas não é suficiente para garantir uma
agricultura mais limpa. Há necessidade de se redesenhar os
sistemas de produção para atingir a sua sustentabilidade.
Nesse sentido, diversos exemplos vêm sendo apresentados
(Bettiol & Ghini, 2003; Gliessman, 2005).
O processo evolutivo para a conversão dos
agroecossistemas em sistemas agrícolas de alto grau de
sustentabilidade possui duas fases distintas: 1) melhora
da eficiência do sistema convencional, com a substituição
dos insumos e das práticas agrícolas; 2) redesenho dos
sistemas agrícolas. A primeira fase é trabalhada de forma
relativamente organizada, com a redução do uso de insumos,
controle e manejo integrado, técnicas de cultivo mínimo do
solo, previsão da ocorrência de pragas e doenças, controle
biológico, variedades adequadas, feromônios, integração de
culturas, cultivos em faixa ou intercalados, desenvolvimento
de técnicas de aplicação que visem apenas o alvo e
conscientização dos consumidores, entre outros. Em relação
ao redesenho dos sistemas agrícolas há a necessidade de
se conhecer a estrutura e o funcionamento dos diferentes
sistemas, seus principais problemas e, conseqüentemente,
desenvolver técnicas limpas para resolvê-los. Devido à
complexidade dessa tarefa, esforços são realizados por
diferentes correntes de pesquisa, mas todas consideram a
mínima dependência externa de insumos, a biodiversidade,
o aproveitamento dos ciclos de nutrientes, a exploração das
atividades biológicas, o uso de técnicas não poluentes, o
reaproveitamento de todos os subprodutos e a integração do
homem no processo (Bettiol & Ghini, 2003; Bettiol et al.,
2005; Gliessman, 2005).
A integração de métodos biocompatíveis para o
controle dos problemas fitossanitários se torna ainda mais
importante nesse momento que vive a humanidade. Isso
devido ao novo desafio para a manutenção da vida na terra, que
são as mudanças climáticas globais. Assim, é imprescindível
que esforços sejam realizados para minimizar a emissão de
carbono para a atmosfera. Possivelmente, diversos desses
métodos poderão colaborar nesse contexto.
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34:198. (Resumo)
Controle alternativo de nematóides
Leandro Grassi de Freitas. Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa,
MG, Brasil. E-mail: [email protected]
Os fitonematóides são seres minúsculos e transparentes
que habitam o solo e, na maioria das vezes, parasitam raízes
e outros órgãos subterrâneos, causando sérios prejuízos.
Práticas antigas como o uso de esterco para adubação, o
cultivo de plantas mais rústicas e em pequenas extensões
de área, fazendo o uso de rotação de culturas mantinham as
populações de nematóides em equilíbrio, abaixo do nível de
dano econômico, pois estimulavam a microbiota antagonista
natural do solo e geravam compostos naturais tóxicos aos
nematóides. Algumas das áreas que procuram restabelecer o
equilíbrio do solo e se destacam por serem mais estudadas
são o controle biológico, a utilização de plantas antagonistas
e o uso de matéria orgânica e resíduos da agroindústria.
O controle biológico é a redução da população de
fitonematóides por outro organismo vivo, geralmente um
microrganismo, através de parasitismo, predação, competição
ou antibiose. Essa redução pode ocorrer em diferentes
intensidades, dependendo das espécies de microrganismos
antagonistas presentes no solo, de sua densidade populacional
e das condições do ambiente. Esses microrganismos podem
ocorrer naturalmente na área infestada pelos nematóides ou
serem selecionados e introduzidos pelo homem. Mais de 200
diferentes organismos são considerados inimigos naturais dos
fitonematóides, como fungos, bactérias, nematóides predadores,
tardígrados, copepodes, colêmbolas e ácaros, entretanto, os com
maior potencial para o uso comercial como agentes de controle
biológico de nematóides são os fungos nematófagos, a bactéria
Pasteuria penetrans e as rizobactérias (Sikora, 1992).
S 34
Os fungos têm sido os organismos mais estudados
para o controle biológico de fitonematóides. No Brasil, o
primeiro relato foi feito por Freire e Bridge (1985), sobre
Paecilomyces lilacinus e Pochonia chlamydosporium (sin.
Verticillium chlamydosporium) parasitando Meloidogyne
incognita. Os fungos antagonistas são divididos em
endoparasitas, fungos armadilhas e parasitas de ovos e fêmeas.
Desses três grupos, os fungos parasitas de ovos e fêmeas
apresentam maior valor potencial para o controle biológico,
uma vez que são saprofíticos e independem da presença do
nematóide no solo para garantir sua sobrevivência, além
de produzirem substâncias tóxicas aos nematóides. Eles
colonizam rapidamente ovos, fêmeas e cistos de nematóides,
principalmente os endoparasíticos como Meloidogyne spp. e
Heterodera spp., destruindo de uma só vez, grande número
de indivíduos. Pochonia chlamydosporia, Paecilomyces
lilacinus e Dactylella oviparasitica são as principais
espécies fúngicas com atividade ovicida. Vários estudos
mostraram o grande potencial de Paecilomyces lilacinus
no controle de fitonematóides, mas sua capacidade de
parasitar seres humanos e causar doenças em pessoas
imunocompetentes faz desse organismo um risco à saúde
pública. Já Pochonia chlamydosporia, além de ser relatado
causando supressividade de nematóides em condições
naturais no campo, tem alta capacidade saprofítica, produz
esporos de resistência e sobrevivência, os clamidósporos,
e ainda colonizam as raízes das plantas hospedeiras
superficialmente e internamente, de modo semelhante ao das
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
micorrizas de orquídeas, podendo promover o crescimento
das plantas em situação de estresse. Um produto comercial
à base de Pochonia chlamydosporia está em fase final de
desenvolvimento e deverá ser disponibilizado aos agricultores
brasileiros nos próximos anos, após o seu registro.
A bactéria Gram positiva formadora de endósporos
Pasteuria penetrans é tida por muitos pesquisadores como o
mais promissor agente de controle biológico de nematóides
(Stirling, 1991). Sua sobrevivência prolongada no solo,
resistência ao calor e à dessecação, a inocuidade ao homem
e outros animais, e o possível uso em conjunto com práticas
culturais de manejo de fitonematóides são as principais
vantagens deste microorganismo (Freitas & Carneiro, 2000).
Os endósporos de P. penetrans são estruturas unicelulares
resistentes que permanecem dormentes no solo até que
o juvenil de segundo estádio do nematóide (J2) entre em
contato com eles e os carregue aderidos em sua cutícula
para o interior das raízes. O desenvolvimento da bactéria
ocorre em sincronia com o desenvolvimento do nematóide
e a duração do ciclo depende da temperatura. Mais de dois
milhões de endósporos são liberados, em média, com a
morte e decomposição de uma fêmea do nematóide, e esses
esporos se dispersam com a percolação da água de chuva
ou de irrigação e por cultivo do solo. Como P. penetrans
depende do encontro de seus endósporos com os J2 no
solo para aderir-se e multiplicar-se, o desenvolvimento da
supressividade só ocorre em solos altamente infestados pelo
nematóide hospedeiro. Desta forma, todas as condições que
favoreçam o desenvolvimento do nematóide são importantes
para a reprodução de P. penetrans. Um exemplo de controle
do nematóide das galhas por Pasteuria penetrans no campo,
no Brasil, é o controle de Meloidogyne javanica em jaborandi
no Maranhão. A bactéria foi aplicada ao solo, em suspensão
aquosa de pó de raiz. As altas temperaturas da região, a
cultura do jaborandi, que tolera alta reprodução do nematóide,
água em abundância e alta disseminação de P. penetrans
favoreceram a multiplicação da bactéria e a elevação de
sua densidade populacional até o desenvolvimento da
supressividade do solo.
As rizobactérias são bactérias habitantes da rizosfera,
região do solo influenciada pelos exsudatos radiculares, e
podem exercer efeito antagônico a vários patógenos, inclusive
aos nematóides. Elas controlam os nematóides reduzindo a
eclosão de ovos e a atratividade das raízes, pois produzem
toxinas e alteram os exsudatos radiculares, e indiretamente
por induzir resistência sistêmica na planta hospedeira (Sikora
& Hoffmann-Hergarten, 1992). Apesar de ser um assunto de
pesquisa relativamente novo, as evidências de seu potencial
de uso contra os nematóides são promissoras. Pseudomonas
spp. e Bacillus spp. são frequentemente associadas ao
controle de nematóides.
As plantas antagonistas são aquelas que afetam
negativamente a população de fitonematóides. Dentre as
diversas plantas antagonistas destacam-se algumas espécies
de leguminosas, compostas e gramíneas, que podem ser
utilizadas em plantio intercalar, em rotação de culturas
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
ou como adubo verde. Estas plantas não prejudicam os
inimigos naturais dos nematóides e sua ação na redução das
populações de nematóides é mais rápida do que o uso de
culturas não hospedeiras em esquema de rotação. Quando
aplicadas na forma de adubo verde elas propiciam todos os
benefícios da matéria orgânica além de liberarem substâncias
tóxicas aos nematóides.
Muitas plantas da família das Compostas apresentam
efeitos antagônicos contra o nematóide Pratylenchus
penetrans, devido a compostos nematicidas encontrados nas
raízes destas plantas. A planta conhecida como tagetes ou
cravo-de-defunto varia em eficiência contra os nematóides
dependendo das espécies e cultivares empregados. Dentre as
leguminosas, a mucuna preta (Mucuna aterrima) e espécies
de Crotalaria são as mais utilizadas e as que apresentam
melhores resultados. A adubação verde com mucuna preta
propicia aumentos significativos de produtividade para
várias culturas. A parte aérea desta planta possui compostos
nematicidas e quando incorporada, a ação sobre o nematóide
é mais efetiva. As bactérias associadas às raízes destas
plantas são diferentes das encontradas associadas às raízes de
culturas comerciais e talvez este seja mais um mecanismo de
controle dos nematóides. O plantio de mucuna ou crotalária
em sucessão à cultura principal pode ser explorado em várias
regiões do Brasil e é uma opção bem atraente. Extratos
aquosos de folhas, frutos ou sementes, folhas picadas, óleo
e torta de nim (Azadiracta indica) têm sido testados para o
controle de fitonematóides com bons resultados.
Matéria orgânica é todo material de origem vegetal e
animal adicionado ao solo e decomposto por microorganismos
formando uma camada de terra muito rica, chamada húmus.
Durante a decomposição da matéria orgânica ocorre
liberação de produtos tóxicos aos fitonematóides, tais como
os ácidos acético, butírico e propiônico, além de amônia e
nitritos. Reduções nas populações de diversos gêneros de
fitonematóides têm ocorrido devido à adição de matéria
orgânica de diferentes fontes. Resíduos do processamento
da mandioca (manipueira) ao serem incorporados ao solo
reduzem drasticamente a população dos nematóídes das
galhas, Meloidogyne spp. (Ponte et al., 1995). O esterco de
frango, por exemplo, promove o controle M. arenaria, M.
incognita, M. javanica e Rotylenchulus reniformis. Casca de
café reduziu significativamente a população de M. javanica
em alface (Ribeiro et al., 1998). Segundo Zambolim et
al. (1996), a decomposição da palha de café libera NH4+
e forma furfural no solo, ambas com efeito nematicida. A
adição restos de culturas, estercos, palhas e farelos no solo,
sua incorporação ao solo, irrigação da área e cobertura com
plástico transparente é um processo chamado biofumigação,
tem como objetivo aumentar a eficiência do uso da matéria
orgânica para o controle dos nematóides (Souza, 2004).
Vários métodos podem e devem ser utilizados em conjunto
para potencializar o controle dos fitonematóides, como por
exemplo a aplicação de fungos antagonistas com matéria
orgânica, ou mesmo em conjunto com rotação de culturas
com plantas antagonistas. Métodos culturais como o
S 35
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
revolvimento de solo infestado para exposição de ovos de
nematóides seguido de irrigação também reduz efetivamente
o inoculo inicial antes do plantio (Dutra & Campos, 2003).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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nova tática de controle de Meloidogyne incognita em feijoeiro.
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MESA REDONDA 1-B
Epidemiologia
Coordenador: Edson A. Pozza. UFLA
Epidemiologia molecular: uma investigação indiscreta sobre a vida de fitopatógenos
Eduardo S.G. Mizubuti. Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG,
Brasil. E-mail:
�����������������������
[email protected]
A disponibilidade de informações sobre genomas
de microrganismos é crescente, porém explorar seu
conteúdo com o propósito de compreender processos
epidemiológicos de interesse constitui-se em grande desafio.
Particularmente, um dos objetivos mais desafiadores é o da
identificação de variações genéticas funcionais associadas a
atributos fenotípicos de relevância evolutiva e, no caso de
fitopatógenos, de importância agronômica.
A exploração de informações genômicas relativas
ao desenvolvimento de epidemias vem sendo investigada
sob o prisma da epidemiologia molecular. Na medicina,
a “epidemiologia molecular” é área de investigação já
consolidada e vários centros de pesquisas foram estabelecidos
em diferentes países. Na epidemiologia botânica, esta área
ainda necessita ser desenvolvida. Várias razões podem ser
apontadas para explicar este fato. Entre elas, e talvez uma das
mais influentes, está a falta de uso mais intensivo de técnicas
de biologia molecular como ferramentas para elucidação
de questões epidemiológicas. Apesar de a epidemiologia
molecular em fitopatologia ser ainda incipiente, é possível
S 36
vislumbrar seu potencial de contribuição para aumentar a
quantidade e o detalhamento do conhecimento das epidemias
de doenças de plantas.
O que é epidemiologia molecular?
Há várias definições para epidemiologia molecular.
Na área médica, a epidemiologia molecular é “a ciência que
se volta para a contribuição dos potenciais fatores de risco
genéticos e ambientais, identificados no âmbito molecular
e bioquímico, para a etiologia, distribuição e prevenção de
doenças dentro de famílias e entre populações” (Dorman,
1994). Para a fitopatologia, uma definição apropriada
ainda não foi proposta. Porém, é possível considerar
epidemiologia molecular como o ramo da epidemiologia que
estuda, no âmbito molecular, o papel dos fatores genéticos
e suas interações com fatores ambientais na ocorrência e
distribuição de doenças em populações.
Por quê estudar epidemiologia molecular?
Em 1999, Levin et al. (1999) publicaram um artigo
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
na revista Science no qual discutiram os objetivos da
epidemiologia molecular: identificar os microrganismos
causadores de doenças e determinar suas fontes físicas
(fontes de inóculo), suas relações biológicas (filogenética),
seus modos de transmissão e os genes (inclusive elementos
acessórios) responsáveis pela virulência e resistência a
drogas. Os estudos de epidemiologia molecular estão
voltados às questões de diversidade genética nas populações
de patógenos, dos aspectos evolutivos associados à essa
diversidade e suas implicações epidemiológicas. Com a
maior popularização das técnicas moleculares, percebe-se
haver grande interesse por parte de epidemiologistas em
entender a estrutura genética e os mecanismos evolutivos
de populações de microrganismos e suas conseqüências para
a patogênese, biologia, ecologia e evolução das populações
(Levin et al., 1999). Percebe-se assim que a epidemiologia
molecular é uma área complexa, que envolve estudos das
diferentes facetas genéticas dos patossistemas. Comumente,
empregam-se análises em um continuum de resolução,
que objetivam descrever desde as relações entre espécies
de patógenos e suas implicações para as epidemias até as
associações entre polimorfismos de base única (“SNPs”)
com eventos da patogênese (Figura 1).
Como salientado por Lewontin (1974), “concentrar
apenas na variação genética sem tentar relacioná-la aos tipos
de evolução fisiológica, morfogenética e comportamental
constatadas no registro fóssil e na diversidade dos organismos
viventes e suas comunidades, é esquecer completamente o
que se deseja explicar”. O conhecimento da história evolutiva
e dos fatores que determinam a associação de populações
de fitopatógenos com plantas hospedeiras é essencial para
a epidemiologia e, conseqüentemente, para otimização
de medidas de controle de doenças. Tais conhecimentos
são de aplicação direta; como exemplo, na delimitação
de populações geneticamente distintas e que apresentam
requerimentos ecológicos diferenciados, e no uso estratégico
de variedades resistentes e de fungicidas.
FIG. 1 - Variação genética em diferentes escalas de interesse
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
Estudos de “genômica populacional” de fitopatógenos
foram iniciados, no contexto de epidemiologia molecular,
com o intuito de parametrizar mecanismos evolutivos e
determinar as implicações das variações genéticas para
o desenvolvimento de epidemias. Para ilustrar algumas
dessas contribuições, serão apresentados e discutidos dois
estudos de caso com doenças que afetam o tomateiro: 1.
A pinta preta, causada pelo fungo Alternaria solani e 2.
Begomoviroses, em particular o mosaico causado pelas
espécies Tomato commom mosaic virus – ToCmMV e
Tomato yellow vein streak virus - ToYVSV. No primeiro,
diferentes marcadores foram empregados com o propósito
de determinar, o mais acuradamente possível, a estrutura
genética da população. No segundo, foi possível realizar
um estudo pioneiro de genômica de populações de
fitopatógeno no Brasil.
ESTUDOS DE CASO
A - Epidemiologia molecular da pinta preta
Há aproximadamente cinco anos, iniciou-se uma
linha de pesquisa com estudos epidemiológicos, no
contexto de biologia de populações, com o objetivo de
elucidar os fatores ecológicos e genéticos que afetam
o patossistema A. solani – solanáceas. Coletaram-se
isolados do patógeno nas regiões Nordeste, Centro-Oeste,
Sudeste e Sul do Brasil. Inicialmente, utilizaram-se os
marcadores AFLP e RAPD para estimar a diversidade
genética. Obtiveram-se 123 haplótipos com 62 locos,
a partir da combinação de marcadores AFLP e RAPD
(92% polimorfismo). As análises com esses marcadores
revelaram haver evidências de subdivisão da população;
isto é uma população associada a tomateiro e outra a
batateira. Constatou-se haver maior variação genética
dentro (70%) do que entre (30%) populações e não houve
evidência de recombinação.
Numa segunda etapa, os mecanismos evolutivos
foram parametrizados a partir de análises de genealogia
de genes por processos coalescentes. Para essas análises,
de maior resolução, utilizaram-se seqüências parciais
dos genes de uma proteína alergênica Alt a 1 (Alt a
1) e gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (Gpd),
e a região do espaçador interno transcrito do rDNA
(ITS). Polimorfismos foram identificados em todas as
seqüências. Detectou-se diferenciação genética entre
populações de A. solani na análise do loco Alt a 1 e não
houve evidências de recombinação, resultados esses
que corroboraram a classificação de A. solani como
fungo mitospórico. Verificou-se que não há evidência de
subdivisão geográfica de populações, isto é, há intenso
fluxo gênico entre populações de batateira e tomateiro.
Portanto, do ponto de vista epidemiológico, é possível
inferir que: 1. apenas conídios estão associados a epidemias
de pinta preta em ambos os hospedeiros no Brasil; 2. a
população tem estrutura clonal e mutação parece ser o
principal mecanismo responsável pelo padrão de variação
S 37
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
constatado na população; e 3. inóculo para epidemias de
pinta preta pode ser oriundo de diferentes campos e locais.
Realizaram-se, também, análises filogenéticas a partir
das seqüências Alt a 1, Gpd, e ITS. Além disso, o marcador
RAPD foi combinado com as seqüências Alt a 1 e Gpd em
análises de parcimônia. Novamente, detectou-se associação
de populações de A. solani com batateira e tomateiro.
Especula-se que tal separação possa estar associado a ou
resultar em processo de especiação. O próximo desafio é
elucidar que fator(es) genéticos determinam a associação de
populações de A. solani. Espera-se, em breve, determinar a
associação de SNP’s com a especificidade por hospedeiro.
A resposta a esse questionamento certamente possibilitará a
melhor compreensão dos processos de patogênese e maior
embasamento para subsidiar programas de melhoramento
voltados para a obtenção de variedades resistentes à pinta
preta.
B - Genômica de populações de Tomato commom mosaic
virus – ToCmMV e Tomato yellow vein streak virus ToYVSV
Nos últimos 15 anos, constatou-se aumento
considerável da intensidade de epidemias de mosaico em
tomateiro, causado por espécies de begomovírus. Tal fato
está associado à introdução do biótipo B da mosca-branca,
Bemisia tabaci. Esse variante possui maior capacidade de
reprodução e, portanto, maior eficiência de transmissão de
begomovírus. Suspeita-se que, por ser mais eficiente, o biótipo
B estaria envolvido na transmissão de vírus encontrados em
plantas silvestres ou daninhas para o tomateiro. Tal fato é
de grande relevância epidemiológica, pois uma estratégia de
controle passaria a ser orientada ao manejo adequado dos
possíveis reservatórios.
O estudo de genômica populacional possibilitou inferir
sobre processos epidemiológico-evolutivos de implicações
para o manejo doença. Amostras de plantas infectadas foram
coletadas em dois municípios produtores, Paty do Alferes
(RJ) e Coimbra (MG). Em Coimbra, foram coletadas 17
amostras de tomateiro e 43 amostras de plantas daninhas.
Uma única espécie ocorreu nos dois municípios: ToCmMV.
Alguns questionamentos de interesse epidemiológicos foram
levantados: 1. Há diferenças genéticas entre as populações do
ToCmMV de Coimbra e Paty do Alferes? 2. Há evidências de
plantas daninhas serem fonte de inóculo para epidemias de
begomoviroses em tomateiros? 3. Qual a magnitude e quais
são os mecanismos geradores de variabilidade genética nas
populações de begomovírus no Brasil?
As populações de ToCmMV de Paty do Alferes
e Coimbra são geneticamente distintas. Houve maior
S 38
variabilidade dentro de populações em Coimbra.
Possivelmente, trata-se de população mais antiga. Em
Coimbra, três novas espécies foram encontradas em plantas
daninhas: Blainvillea rhomboidea, Sida micrantha e S.
rhombifolia. Cabe salientar que essas espécies de plantas
daninhas são comumente encontadas próximas a campos
de produção na região de Coimbra. Há evidências de que
plantas daninhas podem atuar como reservatório de novas
espécies ainda não totalmente adaptadas ao tomateiro. Houve
alta taxa de mutação e há sinais de ocorrência freqüente de
eventos de recombinação nas populações das espécies de
begomovírus estudadas. Considerando-se que a presença de
begomovírus na região de Coimbra vem sendo constatada
desde 2001, ao passo que em Paty do Alferes ocorreu
apenas em 2005, os resultados obtidos são consistentes
com a introdução recente das populações virais em Paty do
Alferes, seguido de expansão populacional. Em Coimbra, o
vírus e seu hospedeiro provavelmente estão co-evoluindo há
mais tempo.
Os estudos de caso apresentados constituem em
um limitado subconjunto de possibilidades de uso de
análises genéticas para o melhor entendimento de processos
epidemiológicos. Acredita-se que com a maior difusão e
interesse na abordagem da epidemiologia molecular, um
vasto conjunto de informações será rapidamente construído.
Contudo, mais importante do que sua geração, será a
conversão desse conhecimento em estratégias mais eficientes
de controle de doenças de plantas.
AGRADECIMENTOS
FAPEMIG pelo financiamento do projeto de pesquisa.
Aos colegas Dr. F. Murilo Zerbini Jr. e Dra. Glória P. U.
Castillo pelos dados sobre begomovírus.
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Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
Bioecologia das populações de Moniliophthora perniciosa na Bahia
Karina Peres Gramacho, José Luis Pires. CEPLAC/CEPEC/SEFIT, Ilhéus, BA, Brasil.
E-mail: [email protected]
A introdução da doença vassoura-de-bruxa na
região cacaueira da Bahia afetou fortemente o conjunto
das vantagens comparativas desta região para a produção
de cacau e, com isto, a preservação deste setor econômico
passou a ser mais dependente de fatores tecnológicos ligados
à redução dos custos de produção, elevação da produtividade
e obtenção de melhores preços de produto.
Esta doença foi descrita pela primeira vez em 1895,
após grandes danos em plantações costeiras do Suriname
(Pereira, 1999). Durante os trinta anos seguintes, a doença
foi registrada em todas as regiões produtoras próximas
à Bacia Amazônica, incluindo Amazônia Brasileira,
Colômbia, Peru e alguns dos mais importantes produtores
do inicio do século: Equador (10), Trinidade e Tobago (40) e
Venezuela (50). As perdas foram enormes e, com a pressão
da doença e emergência de outras áreas produtoras como
Bahia e países Africanos, Equador, Trinidade e Venezuela
perderam importância no mercado internacional. No
Equador a produção caiu para menos de 50%, e o inicio da
recuperação só se deu na década de 50, prioritariamente pela
incorporação de novas áreas. Trinidade tem, hoje, produção
inexpressiva e a Venezuela tem produção semelhante a que
tinha no início do século.
Quase 100 anos depois é registrado um segundo
ciclo de expansão do fungo, que atingiu o Panamá, em 1978,
através da Colômbia, e, em 1989, a Bahia (Pereira, 1989).
Esta região produziu a mais rápida resposta na história da
doença, com base, principalmente, no uso de variedades
resistentes e controle biológico do patógeno (Costa, 2003;
Pires et al., 1999), e já iniciou a recuperação de sua produção.
No entanto, as variedades até então liberadas para cultivo
comercial tem sua resistência baseada quase exclusivamente
em uma única fonte: o clone Scavina 6, coletado no Peru por
Pound, na década de 40 (Bartley, 1994), para o qual mais
informações eram disponíveis.
Por outro lado, em estudos sobre a coleção de
Germoplasma do CEPEC, na Bahia, Brasil, foi identificado
um elevado número de genótipos com forte distinção em
relação à resistência à vassoura-de-bruxa, muitos dos quais de
diferentes origens e com baixa similaridade genética entre si,
conforme marcadores moleculares RAPD e Microssatélites;
e genótipos introduzidos mais recentemente propiciaram
uma expressiva ampliação da diversidade do conjunto de
acessos resistentes da coleção. Isto indica, a principio, a
existência da possibilidade de se alcançar à associação de
diferentes genes de resistência e de se ampliar a diversidade
em cultivo, aspecto premente, uma vez que foi identificada,
na coleção, a redução do destaque de descendentes da
citada fonte tradicional de resistência e base das variedades
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
atualmente distribuídas, o Scavina 6, e foi captado um
processo de evolução do patógeno: isolados amostrados em
materiais resistentes diferem geneticamente dos amostrados
em genótipos susceptíveis, conforme marcadores RAPD (a
mudança de comportamento de descendentes de Scavina foi,
a partir daí, verificada em diversas propriedades rurais de
diferentes municípios da região).
Considerando, conjuntamente, a mudança de
comportamento citada para os descendentes de Scavina
e a distinção entre os isolados de materiais resistentes e
susceptíveis, constata-se que o aumento da incidência da
doença nos materiais resistentes não se deve apenas a um
possível aumento do número de inóculos, mas sim a um
aumento da quantidade de inóculos de ‘tipos’ não usuais,
que teriam, agora, uma maior freqüência proporcional.
Evidência de adaptação foi também notada em testes de
patogenicidade destes isolados, em ensaios de inoculação
cruzada nos clones TSH 1188, CCN10, CCN51 E SIC2.
Os Isolados oriundos do SCA6 e do TSH 1188 foram os
mais patogênicos. Porém, ainda não o foram observados
indicativos claros de especialização.
Assim, é previsível que nas áreas cultivadas com
os materiais resistentes de um dado tipo, por exemplo,
descendentes de Scavina ocorra alta pressão de seleção
para os tipos diferenciados, de maior eficiência na infecção
destes materiais (que já estão sendo gerados) que teriam sua
freqüência aumentada e, conseqüentemente, produziriam
danos cada vez maiores, caso estes tipos mais bem sucedidos
não sejam impedidos de produzir descendentes. De modo
que é imprescindível a obtenção de novas variedades
comercias que englobem o maior número possível de fatores
de resistência, para ampliar sua durabilidade. Assim como, a
extrema necessidade de se efetuar um controle minucioso de
vassouras nas áreas cultivadas com os materiais resistentes,
evitando que estas venham a esporular.
Além da diferenciação genética entre patógenos que
se desenvolvem sobre genótipos susceptíveis e resistentes
foram, também, observadas diferenças para o fungo entre
paises e entre regiões dentro de países, entre e dentro de
municípios dentro da região cacaueira da Bahia, e entre
anos para um mesmo grupo e plantas. Isto mostra uma
excepcional capacidade de adaptação e enorme variabilidade
do fungo (Gramacho et al. 2003; 2006; 2007; Moreira 2006;
Braz et al., 2006)
Na Bahia, com base em estudos moleculares e de
compatibilidade somática (Oliveira, Gramacho e Silva, 2006),
ecótipos de M. perniciosa foram correlacionados com a zona
de transição ao plantio de cacau, tendo sido encontradas
três populações de M. perniciosa. Interessantemente, estes
resultados de certa forma corroboram com os resultados de
S 39
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
patogenicidade e de compatibilidade somática, que distinguem
três grupos de patogenicidade: grupo 1, formado por isolados
mais agressivos, inclui isolados dos agrossistemas Almada,
Camacan e Linhares; grupo 2, um grupo considerado
intermediário em termos de patogenicidade, inclui isolados
dos agrossistemas Jiquiriça e Valença, e grupo 3, o menos
agressivo, formado por isolados do Agrossistema Ipiau.
Estes últimos agrossistemas são considerados zonas de
transição ao plantio de cacau. A variabilidade genética de M.
perniciosa foi também estudada no Estado do Espírito Santo,
tendo sido identificadas duas populações geneticamente
similares às populações preponderantes no Sudeste da
Bahia. A presença de transposons, a constante presença
de hospedeiros suscetíveis ao longo do ano e as variações
climáticas podem, portanto, justificar tanto a diversidade
como também a fixação de novas linhagens do fitopatógeno
com vantagens adaptativas.
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Universidade de Viçosa. Viçosa MG.
Epidemiologia molecular das doenças infecciosas em humanos
Joice Neves Reis. Departamento de Microbiologia Clínica – Faculdade de Farmácia, Universidade
Federal da Bahia UFBA, Salvador, BA, Brasil. E-mail: [email protected]
A epidemiologia das doenças infecciosas é uma das
principais áreas da ciência que tem sido completamente
transformada pela introdução das ferramentas da biologia
molecular. Esta nova abordagem permite um olhar sobre
a epidemiologia dos patógenos desde sua perspectiva
evolucionária, traçando alterações genéticas no decorrer de
curtos ou longos períodos de tempo, que podem ser relevantes
para a dinâmica de transmissão e persistência de epidemias
na população hospedeira. A epidemiologia molecular fornece
ainda ferramentas que objetivam desvendar o mecanismo
molecular de resistência às drogas, patogêneses e transmissão
dos agentes infecciosos.
S 40
Diversas definições do termo “Epidemiologia
molecular” tem sido publicadas, sendo que todas referem
à utilização de técnicas moleculares, mas nem todos fazem
referência explicita a epidemiologia. Desde 1977, Higginson já
havia definido a epidemiologia molecular como a aplicação de
técnicas sofisticadas em estudos epidemiológicos de material
biológico (1) e recentemente, Levin e cols. estabeleceram: ”Os
objetivos práticos da epidemiologia molecular são identificar
os microparasitas responsáveis pelas doenças infecciosas e
determinar sua origem física, sua relação biológica, e sua rota
de transmissão e quais os genes responsáveis por sua virulência,
antígenos relevantes para vacina e resistência as drogas”(2).
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
Uma característica importante que distingue
epidemiologia molecular de genética populacional ou filogenia é
que ela sempre irá focar em uma oportunidade para intervenção
ou prevenção. Em vários estudos, a descrição das doenças é
limitada a uma análise da estrutura populacional e distribuição
de patógenos no tempo e espaço. O rastreamento de uma cepa
de um local a outro e através do tempo é uma aplicação das
técnicas moleculares, mas esta aplicação não é suficiente para
bordar questões importantes e relevantes sobre a transmissão
de doenças (3).
Em epidemiologia de doenças infecciosas, pergunta-se:
como um organismo é introduzido na comunidade e como e
por que ele se dissemina Quem se infecta? Quem desenvolve
a doença após infecção? E por quê? Como os patógenos são
mantidos em uma comunidade de hospedeiros? Como e
por quê uma cepa emerge como patógeno predominante em
uma comunidade e por que ela desaparece? Como utilizar o
conhecimento adquirido sobre a dinâmica de transmissão de
uma determinada doença para implantar medidas efetivas de
controle e prevenção?
Técnicas moleculares ajudam na estratificação de
dados para uma obtenção de medidas mais sensíveis e
específicas. Essas técnicas contribuem para melhoria das ações
epidemiológicas, incluindo estudos de vigilância, investigações
de surto, identificação de rotas de transmissão e fatores de risco
associados aos casos esporádicos. Adicionalmente, as técnicas
moleculares são importantes para caracterizar interações
patógeno-hospedeiro, detectar microrganismos não cultiváveis,
fornecer evidências de envolvimento de causas infecciosas com
o câncer e outras doenças crônicas, e contribuir para melhor
compreensão da patogênese em nível molecular.
As técnicas moleculares não substituem as
convencionais, elas resolvem problemas epidemiológicos
que não poderiam ou seriam difíceis de serem solucionados
somente pela aplicação de métodos convencionais. Numerosas
técnicas de genotipagem têm sido aplicadas em estudos
epidemiológicos de doenças infecciosas. Todas são baseadas
na análise de diferenças ou seqüências do ácido nucléico,
cromossômico ou extra-cromossômico. A vantagem dos
sistemas de tipagem baseados em análise de ácidos nucléicos
é que são menos influenciados por manipulação ou condições
de cultivo. Outra vantagem dos sistemas de genotipagem é que
quase todos podem ser agrupados em basicamente três tipos de
análise: 1) Padrão de bandas de eletroforese; 2) hibridização de
ácidos nucléicos e; 3) sequenciamento de ácidos nucléicos. Isto
permite o uso de equipamentos comuns e a padronização de
reagentes para a análise de diferentes agentes infecciosos.
Os sistemas de genotipagem são divididos em duas
categorias gerais: os baseados em análises de elementos
extra-cromossômicos e os com base em análise de DNA
cromossômico. Os sistemas baseados em análise de DNA
cromossômico são aqueles desenhados para comparar
diferenças que ocorrem por alterações de nucleotídeos em partes
do genoma, ou seja, mensuram a microdiversidade; ou técnicas
que consideram o genoma como um todo e que portanto, podem
analisar a macrodiversidade.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
Na análise do padrão de eletroforese devemos lembrar
que uma eletroforese de DNA convencional só é adequada para
separar moléculas de 500 a 20 Kb. Dentre os métodos baseados
em análises de eletroforese de ácidos nucléicos podemos citar:
Polimorfismo de tamanho do fragmento de restrição - RFLP
(restriction fragment length polymorphism), eletroforese de campo
pulsátil (PFGE), ribotipagem e métodos baseados em reação da
polimerase em cadeia (PCR). Os métodos da PCR podem ser
classificados como capazes de: 1) amplificar um único produto
com diferenças no peso molecular ou, 2) gerar um fingerprinting
devido à amplificação de múltiplos produtos. Vários métodos
de fingerprinting exploram os elementos repetitivos que
ocorrem no cromossomo de procariotos e de eucariotos como:
ERIC (enterobacterial repetitive intergenic consensus); REP (
repetitive extragenic palindromic), BOX, IS, ITS etc.
Dentre os métodos de tipagem baseados em hibridização
de ácidos nucléicos, podemos citar a combinação do RFLP
(tipagem de Mycobacterium tuberculosis através do IS6110),
Dot ou Slot blots (spoligotyping) e microarray. O microarray
ou chip genético surgiu na era pós-genômica – o qual permite
novas formas de comparação de genomas baseados em padrões
de hibridização gerados a partir de milhares de seqüências
conhecidas fixadas em uma lâmina de vidro ou membrana de
nitrocelulose. O perfil de hibridização pode ser gerado de acordo
com parâmetros demográficos, clínicos, epidemiológicos ou
laboratoriais associados a um agente infeccioso. A tipagem
baseada no sequenciamento de ácidos nucléicos pode ser
categorizada em: 1) Comparação do seqüências completas do
genoma; 2) comparação de segmentos do genoma (MLST, SNP
e microssatélites) e; 3) Comparação de seqüências de elementos
extra-cromossômicos – SNP (plasmídios, mitocôndrias e
cinetoplastos).
Por ser uma disciplina que requer a aplicação prática
de técnicas de laboratório e de epidemiologia, a prática da
epidemiologia molecular requer uma interface entre médicos,
estatísticos, epidemiologistas, biólogos, técnicos de informática
e especialistas em bio-informática e biologia computacional.
Este trabalho de colaboração entre as mais diversas formações,
talvez seja um dos principais desafios da epidemiologia
molecular.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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S 41
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
MESA REDONDA 1-C
Publicação científica e indexação
Coordenador: Ludwig H. Pfenning. UFLA
Indicadores de qualidade da publicação científica
Gilson Luiz Volpato. Research
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Center on Animal Welfare, RECAW; Departamento de Fisiologia; IB e
Centro de Aqüicultura da UNESP; Universidade Estadual Paulista, UNESP, Botucatu, SP, Brasil.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Na vida universitária, os processos de avaliação
têm sido sistematicamente abortados, interrompidos
ou dissimulados, pois não há interesse de certos postos
decisórios para que tais avaliações sejam de competência.
Por que isso ocorre exatamente no lugar onde floresce
ciência, cuja essência reside na crítica do conhecimento
(Popper, 1959)? Minha hipótese para essa questão é que
os cientistas se debruçam na descoberta do conhecimento,
ignorando os demais caminhos da universidade, enquanto
outros, por vocação ou insuficiência científica, se acomodam
na administração, grande parte deles se dedicando
enfaticamente, por ironia talvez, ao ensino da “ciência” ou
mesmo sua divulgação para o meio extra-universitário. Com
isso, os referenciais para avaliação ficam sob controle de
não-cientistas. Como, na ingênua tese do tripé universitário
(ensino, pesquisa e extensão), todos devem se curvar a esses
referenciais, eles são balizados para que os não-cientistas
também sobrevivam no quesito produção científica.
Esse quadro hipotético hilário tem eliminado
qualquer proposta competente da avaliação da produção
científica... nivela-se por baixo. Com isso, contamina-se o
foco da avaliação, que é a publicação e seu impacto, com a
inclusão exacerbada de atividades-meio. Assim, passa-se a
valorizar número de orientações concluídas, participação em
bancas examinadoras, número de publicações científicas em
quaisquer veículos, número de participações e de resumos em
congressos, entre outras. Costumo fazer uma analogia dessa
situação com um jogo de futebol. Qual é a meta final: driblar,
passar a bola, ficar com a posse de bola, chutar escanteios
e faltas? Não, a meta é fazer gols. Vence quem faz mais
gols. O que tem ocorrido na universidade é que a qualidade
científica tem sido dissimulada pela inclusão dos indicadoresmeio. Outra forma de retardo para a implantação de uma
avaliação competente é a crítica constante, e constantemente
equivocada, sobre os indicadores de produção científica
atuais. É interessante observar não-cientistas, ou cientistas
não-praticantes, defenderem-se da baixa produção por meio
de ataques aos índices existentes.
Qual é a meta dos cientistas? Apenas três: produzir e
divulgar conhecimento científico e formar cientistas. Nesse
texto abordo as duas primeiras: a produção e a divulgação
S 42
do conhecimento científico. Mais especificamente, focarei
apenas a produção do conhecimento e a divulgação dele no
meio científico. Embora não abordado nesta ocasião, apenas
ressalto que a divulgação do conhecimento científico para a
comunidade não-científica é responsabilidade social também
do cientista. Cabe a ele divulgar os conhecimentos científicos
produzidos e estáveis na ciência para leitores não-cientistas
ou fora da especialidade, seja por meio de palestras, textos
de divulgação, entrevistas, filmes etc.
Mas o que é o conhecimento científico? Embora
a questão do método científico seja ainda controversa
(vide Oliva, 2003, para um leitura fácil e atraente), alguns
elementos básicos são inquestionáveis: base empírica (dados
“concretos”) para as generalizações, controle de variáveis,
conclusões probabilísticas etc. Porém, para que a conclusão
científica seja considerada a resposta que a comunidade
científica adotará, é necessário algo mais: o conhecimento
produzido deve ser aceito por parcela significativa da
comunidade científica (Volpato, 2003, 2007). Esse quesito
muda tudo, da concepção de redação científica até a avaliação
da publicação. A meta não é publicar, mas usar a publicação
para que o conhecimento produzido seja visto e tenha chance
de ser aceito pela comunidade científica. Com isso em vista,
analiso a seguir, dentre os diversos índices existentes, os mais
usuais na avaliação da qualidade da publicação científica: o
fator de impacto, o número de citações e o índice h.
Fator de Impacto
Este conceito, idealizado na década de 60 por
Garfield (idealizador do ISI), foi amplamente disseminado
na ciência mundial na segunda década de 90 e, no Brasil,
atingiu maior popularidade a partir deste século. Ele mede
fundamentalmente o uso que a comunidade científica faz dos
conhecimentos publicados por determinado periódico. Esse
uso é específico para citações inseridas em artigos científicos
e não distingue o caráter da citação (aceitação ou crítica).
Ele é a razão entre o número de citações no ano após um
biênio e o número de artigos publicados pelo periódico no
biênio. Assim, se uma revista publicou 200 artigos em 2006
e 2007 e teve 400 citações desses artigos no ano seguinte
(2008), seu fator de impacto é 2,0. Mas note que se publicou
10 artigos e teve 20 citações, o valor também é 2,0.
O fator de impacto mede, então, o potencial do corpo
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
editorial em selecionar artigos que interessam à comunidade
da área da revista. Com isso, se conseguimos publicar
um artigo numa revista de alto fator de impacto, temos a
expectativa de que esse artigo será bastante reconhecido
pela comunidade da área. Ou seja, num primeiro passo, ao
aceitarem nosso artigo os editores dessa revista estão nos
dizendo que ele é interessante e, possivelmente, atrairá a
atenção de leitores. Em decorrência, os autores procuram
publicar nas revistas de maior fator de impacto. Isso dá ao
corpo editorial cada vez mais potencial para fazerem boas
seleções de manuscritos, pois a disponibilidade dessas
submissões é grande. Conseqüentemente, no campo dos
leitores, cria-se a expectativa de que os artigos publicados
em revistas de maior fator de impacto têm menor chance de
equívocos.
O fator de impacto entra na avaliação da publicação
científica do pesquisador porque a concorrência e exigência
para se publicar em revistas de alto fator de impacto é
muito grande. Com isso, indiretamente se mede a qualidade
do manuscrito proposto e do perfil científico do autor.
Em revistas de baixo escalão, muitas vezes o editor se vê
compelido a aceitar manuscrito de qualidade duvidosa para
evitar perda de periodicidade que poderia trazer implicações
para a manutenção da indexação do periódico.
Como todo índice de avaliação, o fator de impacto tem
limitações naturais, por exemplo: a) não indica o prestígio
do artigo, b) não garante que o artigo seja mais ou menos
citado, c) não indica o número de citações que a revista
recebeu, d) é limitado à área da revista; e e) não reflete a
abrangência internacional do periódico. Considerando que
indique a dificuldade de publicação, o somatório de fator de
impacto de um cientista, ponderado pelo número de anos
de publicação ou pelo número de artigos publicados, indica
seu potencial para ultrapassar o crivo editorial de bons
periódicos.
Nesse quadro, revistas de baixo escalão têm usado
mecanismos artificiais para aumentarem o fator de impacto,
como ao explicitarem que manuscritos que citem artigos
publicados pela revista na qual foram submetidos terão
atenção especial. Apesar disso, estudos desenvolvidos pelos
organizadores do ISI indicam que a autocitação (artigos
citando a própria revista onde são publicados) não tem
impacto significativo na avaliação do fator de impacto das
revistas.
Número de Citações
Implícito no conceito de conhecimento científico
apresentado no item 1, é o papel das citações na avaliação
da qualidade da publicação do autor. Seja qual for a natureza
da citação (crítica ou de suporte), ela é relevante por auxiliar
o debate científico. Muito pior é quando o artigo é ignorado.
Partindo-se disso, o somatório de publicações de um autor,
ponderado adequadamente pelo número de artigos e/ou
anos de publicação, indica parte do perfil de qualidade do
cientista. Além de produzir conhecimento de interesse, deve
apresentá-lo de forma convincente (robusto e atraente) para
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
ser citado. Essa aceitação é talvez o melhor prêmio que um
cientista possa receber. Evidentemente, está envolta em
problemas, pois “amigos” citam “amigos”, “brasileiro” não
cita “brasileiro” no exterior, “inimigos” não se citam etc.
Mas quando a citação ocorre, ela é significativa. Se for de
grupo fora do círculo de amizade do autor, melhor ainda,
pois mostra que sua “ciência” é forte e consegue convencer
cientistas da área. Os mecanismos atuais de detecção das
citações têm ferramentas para se excluir as autocitações, de
forma a melhorar o caráter informativo deste indicador. A
importância deste indicador é incontestável, tanto assim que
foi a base para a proposta do índice h, como será visto a
seguir.
Índice h
Este índice foi proposto por Hirsch (2005) e
rapidamente absorvido pelo ISI e, em maio de 2007,
também publicado pelo Scopus. Atualmente já é usado
pelo CNPq, inclusive fazendo parte dos dados do currículo
Lattes. O índice h indica uma ponderação entre o número de
publicações e o número de citações. Basicamente, o valor h
indica que o autor tem h artigos com, no mínimo, h citações.
Se ele tem h = 3, possui ao menos 3 artigos com 3 citações
cada. Para subir esse índice para 4, deve conseguir 4 artigos
com, no mínimo, 4 citações.
Entre os especialistas reconhecidos internacionalmente,
o valor de h é geralmente maior que 30. Entre os laureados com
prêmio Nobel, os valores vão acima de 50 e ultrapassam a
primeira centena. Entre a maioria dos cientistas, no entanto,
geralmente está entre 1 e 15. Em nossas universidades,
valores acima de 5 já mostram um diferencial importante.
No entanto, esses referenciais sofrem grande influência da
área do cientista. As principais restrições ao índice h são:
a) depende da área considerada; b) pode estar contaminado
por autocitações (ao menos o Scopus permite a exclusão das
autocitações); c) não enaltece poucos artigos com muitas
citações; e d) pode indicar apenas o prestígio do pesquisador
numa comunidade restrita (por ex., pesquisadores
brasileiros que publiquem excessivamente em periódicos
nacionais pertencentes ao ISI ou Scopus, mas sem impacto
internacional).
Expectativa Futura
Hoje podemos cadastrar nossos artigos no ISI ou
Scopus e sermos notificados por e-mail cada vez que nossos
artigos são citados por publicações cadastradas nessa bases.
Com isso, rapidamente podemos saber o teor da citação,
o que certamente nos fornece elementos fundamentais
para direcionamento de nossas pesquisas. Podemos, então,
considerar a qualidade da citação. É muito diferente sermos
citados por alguém de nosso grupo ou de pesquisador fora
desse círculo. É também diferente quando nosso artigo
aparece citado entre vários outros numa frase (somos mais
um entre tantos). Mas quando ele é citado sozinho, indica que
foi a única alternativa, ou a melhor alternativa, encontrada
pelo autor que nos cita. Essa análise de qualidade pode
S 43
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
ser feita pelo autor e, quem sabe, no futuro seja também
contemplada por indicadores numéricos.
Conclusão
A busca por indicadores numéricos reflete o desejo
de objetivar as avaliações. No entanto, ela deve ser dirigida
para os elementos fim da atividade, no caso, o impacto que
as publicações têm na comunidade científica. Cada indicador
reflete alguns elementos da qualidade da publicação, de
forma que o conjunto deles mostra mais adequadamente
o perfil do cientista. Conforme a questão da avaliação da
publicação cientifica se torna mais incisiva e os meios de
comunicação mais sofisticados, novos indicadores surgem e
encorpam esse conjunto. Felizmente caminhamos no sentido
de atender quesitos filosóficos da ciência, como o próprio
conceito de conhecimento científico: passamos do número
de publicações para a qualidade do periódico e, agora, nos
dirigimos para ponderações sobre as citações.
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Volpato GL (2003) Publicação Científica. 2ª Ed. Botucatu SP.
Tipomic Gráfica e Editora.
Indexação de revistas científicas em bases de dados: critérios e implicações para a avaliação da
produção científica
Regina C. Figueiredo Castro. Coordenação de Comunicação Científica em Saúde, BIREME/OPAS/
OMS – Centro Latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, São Paulo, SP,
Brasil. E-mail: [email protected]
O fluxo de comunicação científica pode ser descrito
de forma simplificada em cinco etapas: redação, revisão,
publicação, indexação e disseminação. Até o advento da
Internet essas etapas eram seqüenciais e dependiam umas
das outras em termos de espaço e tempo. Com a publicação
eletrônica na internet, as etapas do fluxo tradicional
continuam as mesmas, mas podem ocorrer com um alto grau
de simultaneidade e de convergência entre autores, revisores,
editores, produtores de bases de dados e usuários, permitindo
acessibilidade imediata e em todo o tempo e lugar. O fluxo
da comunicação científica na Internet permitiu a introdução
de uma nova etapa no processo: a de avaliação de uso e de
impacto das publicações (1).
As revistas científicas constituem a principal via
para a publicação de resultados de pesquisa e uma das mais
representativas do fluxo acima descrito, em várias áreas
do conhecimento. Por suas características, distinguem-se
de outros tipos de contribuições (livros, teses, relatórios,
trabalhos de congressos etc.), principalmente por sua
periodicidade definida, pelo controle de qualidade explícito
pela revisão por pares e pela possibilidade de disseminação
rápida e de ampla divulgação.
Desde sua criação no século XVII, há mais de 400
anos atrás, as revistas foram concebidas para registrar e
divulgar os avanços do conhecimento científico, com a
publicação imediata e periódica de resultados de pesquisa.
Com o aumento do número de revistas científicas, surgiram
as bases de dados que permitiram o registro, indexação,
S 44
recuperação e disseminação da produção publicada em todas
as regiões do mundo.
As primeiras bases de dados dedicaram-se a registrar
principalmente as revistas científicas, não só pela facilidade
de localizá-las e de controlar seu fluxo de publicação, como
também porque contavam com um processo de controle de
qualidade do material publicado. Essas bases eram apenas
referenciais, isto é, registravam metadados (autor, título,
fonte, resumo, descritores etc.), que serviam de referência
para os documentos publicados. Atualmente, as bases de
dados indexam outros tipos de documentos (livros, teses,
relatórios etc.) e permitem acesso aos textos completos
em formato eletrônico, oferecem enlaces para artigos
ou outras fontes relacionadas. Nas ciências biológicas
e da saúde, exemplos de bases de dados referenciais são:
BIOSIS Previews, (que inclui o Biological Abstracts), CAB
Abstracts, AGRIS – International Information System for
the Agricultural Sciences and Technoogy e MEDLINE.
Há também bases de dados que geram e publicam
indicadores bibliométricos.de uso, citações, co-autoria etc.
Além dos metadados básicos, trabalham também com as
referências dos artigos indexados, que permitem medir o
grau de visibilidade ou de aceitação dos trabalhos publicados
pela comunidade científica. A mais antiga e conhecida base
de citações é a Web of Science, a partir da qual é publicado
o Journal Citation Reports, que registra o Fator de Impacto,
mundialmente utilizado como um indicador de qualidade da
produção científica.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
A SciELO (Scientific Electronic Library Online),
coordenada pela BIREME, e a Scopus, coordenada pela
Elsevier, com o portal SCImago Journal and Country Rank
(SJR) também produzem indicadores bibliométricos.
Estar indexada em uma base de dados é uma condição
de extrema importância para as revistas científicas, pois
garante a elas visibilidade, acessibilidade e uma certificação
de que cumprem os critérios de qualidade estabelecidos pela
base.
Os principais critérios de seleção adotados pelas
bases de dados são: qualidade científica, composição do
comitê editorial, procedimentos de controle de qualidade
do conteúdo pela revisão por pares, tipo de conteúdo,
periodicidade, freqüência de publicação e normalização (23). As bases de dados de citações consideram além desses, o
potencial de citações das revistas selecionadas (4-6).
Por qualidade científica do conteúdo entende-se
a existência de artigos bem estruturados, bem escritos,
metodologicamente adequados, com resultados originais,
que representem avanços do conhecimento e importância
para a área temática coberta pela revista. Quanto mais
artigos originais e relevantes publicados, mais as revistas
serão reconhecidas e selecionadas para uma base de dados.
A existência de artigos de autores de várias instituições
nacionais ou estrangeiras é um indicativo de qualidade
científica da revista, pois mostra que a comunidade científica
da área valoriza aquela publicação. O primeiro filtro de
seleção é, na verdade, o do autor.
A composição do comitê editorial e a instituição
responsável pela publicação mostram o respaldo científico
que a revista recebe. Comitês Editoriais com profissionais
de reconhecida importância para a área, com ampla
cobertura geográfica no país ou no exterior, garantem menos
subjetividade no processo de seleção de artigos para publicar
e, conseqüentemente, maior idoneidade e imparcialidade da
publicação. Revistas com comitês formados apenas com
membros da própria instituição publicadora tendem a ser
mais suscetíveis a pressões institucionais e conflitos de
interesse.
A seleção de trabalhos para publicação não deve
ser realizada apenas pelos membros do Comitê Editorial.
A decisão de publicar ou não os artigos submetidos à
publicação é do editor científico, mas ele deve valer-se de
uma análise feita por membros externos da comunidade
científica, os revisores ou pareceristas. O processo de revisão
pelos pares é um fator decisivo para a melhoria de qualidade
dos trabalhos publicados: sugere correções e adequação do
conteúdo, referenda a metodologia e resultados, verifica
procedimentos éticos, ao mesmo tempo em que apóia o
trabalho do corpo editorial. O segundo filtro de qualidade da
revista científica, portanto, é o do revisor e do editor.
São indicadores do processo de revisão por pares: a
participação de revisores internos e externos, a publicação
das datas de recebimento, aprovação e publicação na revista
e a taxa de rejeição de trabalhos. As revistas de qualidade
recebem muitos trabalhos, mas tendem a rejeitar muitas das
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
contribuições recebidas, se estas não forem relevantes para
manter a qualidade da revista. Revistas novas ou com pouca
visibilidade na área, recebem menos trabalhos e tendem
a aceitá-los com mais facilidade para garantir o fluxo de
publicação.
O tipo de conteúdo determina a importância da revista
científica para sua área temática. Artigos de pesquisa original
e de revisão crítica são mais valorizados pela comunidade
científica e, conseqüentemente, pelas bases de dados.
Parâmetros relacionados à gestão editorial e aos
formatos de apresentação adotados, como normalização,
revisão gramatical e de idioma, regularidade e freqüência
de publicação também são analisados. As revistas devem
definir as normas que adotam e segui-las; devem definir
uma periodicidade de publicação e manter a regularidade de
publicação segundo a periodicidade definida; devem definir
e manter um formato de apresentação constante, compatível
com normas nacionais ou internacionais.
As bases de dados facilitam aos pesquisadores a
recuperação de documentos sobre temas determinados e
permitem a identificação das revistas de maior prestígio em
suas áreas de atuação; auxiliam os editores na gestão de suas
revistas científicas ao identificar os artigos ou seções que
despertam mais interesse da comunidade científica; apóiam
os gestores de ciência e tecnologia na identificação de áreas
prioritárias, grupos e linhas de pesquisa e tendências da
produção científica ao longo de períodos de tempo.
Nas áreas especializadas, as bases de dados indexam
os núcleos de revistas, selecionadas pelos critérios de seleção
já mencionados. Existe muita duplicação de cobertura, ao
mesmo tempo em que existem revistas que atendem apenas
aos parâmetros de uma base de dados. Estar indexada em uma
base de dados não é, por si só, um indicativo de qualidade,
pois existem outras variáveis no processo de seleção como
objetivos da base, interesse por áreas temáticas emergentes
ou por áreas geográficas específicas. Para ser selecionada,
uma revista compete com as demais revistas já indexadas
e deve mostrar que possui um diferencial que justifique o
interesse dos usuários da base. Pode-se afirmar então que
todas as revistas indexadas nas bases de dados cumprem os
critérios de seleção e de qualidade, mas nem todas as revistas
que atendem esses critérios serão selecionadas.
Por outro lado, assim como acontece com as revistas
científicas, nem todas as bases de dados utilizam critérios
de seleção definidos, contam com revisores externos e
reconhecidos na área, são relevantes para a área, possuem
regularidade de atualização, têm cobertura abrangente
e distribuída equitativamente entre áreas e regiões do
mundo e são publicadas por instituições de autoridade
reconhecida.
Autores, editores e gestores devem utilizar as bases
de dados como referência de qualidade e prestígio das
revistas científicas para a tomada de decisão individual,
institucional, nacional, regional ou temática, mas devem
saber avaliá-las, identificando-as segundo sua importância
relativa para cada área do conhecimento.
S 45
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
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procedimentos para a admissão e a permanência de periódicos
científicos na coleção SciELO Brasil. São Paulo, BIREME, out.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/criteria/scielo_brasil_
pt.html>
Tropical Plant Pathology: o sistema de submissão, tramitação e publicação on-line
Ludwig H. Pfenning. Editor Chefe Tropical Plant Pathology, Universidade Federal de Lavras, Lavras,
MG, Brasil. E-mail: [email protected]; www.sbfito.com.br/tpp
Adriana Luccisano. Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Saúde (BIREME/OPAS/
OMS) - SciELO - Scientific Electronic Library Online, São Paulo, Brasil.
Provavelmente nem todos ainda se conscientizaram,
mas estamos diante de um fato: o periódico científico como
um produto físico que se pode pegar na mão, tocar, olhar,
já é parte da história. Praticamente todos os periódicos
conceituados já recorreram à publicação eletrônica dos
trabalhos. Até o aspecto da arte gráfica migrou para o
desenho das páginas da web.
Hoje é fato que se faz uma revisão bibliográfica
exaustiva em poucas horas na web. O argumento que o atrativo
da busca na biblioteca consistiria no encontro de material
inicialmente não visado, trazendo novas idéias, tornou-se
obsoleto com recursos de busca cada vez mais sofisticados e
eficientes. Entre as pessoas que ainda chegaram a conhecer
bibliotecas, muitas certamente lembram-se de uma situação
em que encontraram, durante a busca por literatura, uma
pessoa interessante e para iniciar uma primeira conversa,
numa biblioteca nunca falta assunto.
Grandes editoras comerciais,
como Elsevier,
Blackwell e Springer dominam o mercado da produção de
periódicos científicos e administram todos os processos na
publicação de um manuscrito, da submissão até a publicação
em formato eletrônico e distribuição da versão impressa.
Estes processos são gerenciados por sistemas que fazem
administração do fluxo de avaliação do manuscrito com a
participação de todos os envolvidos na publicação de artigo
científico.
Lançado em 2006, o Sistema SciELO de Publicação
representa um avanço na área de gestão de publicações
eletrônicas e contribui para que o projeto SciELO mantenhase em consonância com as tendências internacionais e com
as necessidades da rede, consolidando-se cada vez mais
como uma iniciativa pioneira na América Latina e Caribe. A
S 46
revista Tropical Plant Pathology – TPP está trabalhando nos
preparativos e visa adotar o sistema, com vistas a racionalizar
a gestão e operação do processo de publicação dos artigos a
partir de 2009.
Superada a etapa de aperfeiçoamento, todos os
manuscritos serão submetidos via sistema, de forma gradual
e com o apoio da equipe SciELO. Com a adoção do sistema,
esperasse uma redução com os custos com correio na ordem
de R$ 7.000 p.a., pois todas as comunicações serão feitas via
e-mail, facilitando o recebimento de manuscritos de autores
de todas as partes do Brasil e de outros países. Além disso,
o sistema visa agilizar a publicação em formato eletrônico
na SciELO, fazendo com que a publicação em papel seja um
subproduto da publicação eletrônica.
A partir dessa estrutura, o Sistema SciELO de
Publicação permite contemplar todo processo de publicação
de periódicos, desde a submissão de artigos até a publicação
online e envio de metadados, utilizando o Open Journal
Systems (OJS) como suporte de gerenciamento e publicação
de periódicos em formato eletrônico.
Os manuscritos serão encaminhados via web
em: http://submission.scielo.br/index.php/tpp/index. É
importante que os manuscritos sejam preparados de acordo
com alguns conceitos gerais. O corpo do texto principal
contém, além dos elementos da primeira página, abstract
e resumo, o texto, a seção de bibliografia, as tabelas e
legendas de figuras. As figuras devem ser preparadas em
arquivos separados, individualmente. O sistema permite até
5 MB , caso os arquivos sejam muito grandes, o envio de
duas versões, uma mais leve para tramitação e outra para a
produção, é aconselhável e facilita o trabalho da comissão. A
carta de encaminhamento (cover letter) deve ser preparada,
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
indicando claramente a responsabilidade de todos os autores,
a declaração que a matéria não foi e não será submetida em
outro veículo de publicação, e uma breve explicação da
razão pela qual foi escolhido o periódico.
Desde o recebimento do manuscrito, o mesmo já
está preparado para publicação em SciELO para fins de
levantamento bibliométrico. Quando aprovado, pode ser
imediatamente disponibilizado na versão ahead of print,
a publicação eletrônica, recebendo o código DOI - digital
object identifier, mesmo antes da composição do fascículo
da revista.
MESA REDONDA 2-A
Genética e epidemiologia de Colletotrichum
Coordenador: Carlos R. Casela, EMBRAPA Milho e Sorgo
Análise genética de Colletotrichum lindemuthianum
Elaine Aparecida de Souza. Departamento de Biologia, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG,
Brasil. E-mail: [email protected]
O fungo Colletotrichum lindemuthianum (Sacc. &
Magnus) Briosi & Cavara (forma anamórfica) é o agente
causal da antracnose no feijoeiro comum, uma das doenças
de maior importância desta cultura. Este fungo se reproduz
assexuadamente produzindo conídios em corpos de frutificação
denominados acérvulos. Apresenta micélio septado e
ramificado, e sua coloração, à medida que envelhece, varia de
hialina à quase negra. A fase teleomórfica é conhecida como
Glomerella cingulata f. sp. phaseoli Kimati, pertence ao Filo
Ascomycota, familia Glomerellaceae, sendo inicialmente
denominada de Glomerella lindemuthiana Shear. Nesta
fase, o fungo produz peritécios e ascos, dentro dos quais
originam os esporos sexuais, denominados ascósporos.
A disseminação deste patógeno ocorre à curta distância
por meio de respingos de chuvas, ventos, implementos
agrícolas, homem, insetos e vários outros agentes, e a longa
distância, por meio de sementes infectadas. Essas sementes
representam a principal fonte de inóculo do ponto de vista
epidemiológico. O fungo desenvolve-se principalmente em
regiões tropicais onde as temperaturas variam entre 13 e
27ºC e alta umidade relativa (Kimati et al., 1997).
Os sintomas típicos causados pela antracnose são as
lesões necróticas de coloração marrom-escura presentes nas
nervuras principais e na face inferior da folha; Nas vagens,
as lesões são circulares, deprimidas, de coloração marrom,
com as bordas escuras e salientes, circundadas por um anel
pardo-avermelhado nas vagens e, no hipocótilo, formamse lesões alongadas, superficiais ou deprimidas, podendo
até ocorrer o estrangulamento do mesmo e morte da planta
conforme a agressividade do patógeno. Quando a doença
afeta as plântulas, lesões pequenas de coloração marrom ou
preta podem ser observadas nos cotilédones.
Várias estratégias têm sido desenvolvidas visando o
controle da antracnose e o emprego da resistência genética
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
é o mais eficaz, pela redução nos custos de produção e
diminuição dos danos causados ao ambiente. Essa estratégia
deve estar, entretanto, associada a um manejo integrado, que
inclui também o uso de sementes de alta qualidade sanitária,
a rotação de culturas e a eliminação de restos culturais, dentre
outros. Uma grande dificuldade no emprego da resistência
genética é a alta variabilidade que o patógeno apresenta,
resultando em um elevado número de raças fisiológicas
nas regiões produtoras dessa cultura. Em 1990, na Primeira
Reunião Latino Americana da Antracnose do Feijoeiro,
realizada no CIAT (Cali, Colômbia) foi proposto o emprego
de doze cultivares diferenciadoras e o uso do sistema
binário para classificar as raças de C. lindemuthianum.
Oito cultivares são de origem mesoamericana (Michelite,
Cornell 49-242, México 222, PI 207262, TO, TU, AB 136,
G2333) e quatro andinas (MDRK, Perry Marrow, Widusa,
Kaboon). Desde então, este sistema de identificação de raças
de C. lindemuthianum tem sido adotado internacionalmente,
facilitando sobremaneira a comparação dos dados de
distribuição de raças do patógeno ente diferentes regiões
produtoras do mundo .
No Brasil já foram identificadas mais de 50 raças
e em, levantamentos realizados nos últimos dez anos,
tem havido predominância das raças 65, 81 e 73 (Silva
et al., 2007). A raça 65 tem sido relatada como estável e
amplamente distribuída há mais de três décadas, possuindo
grande importância para os programas de melhoramento
do feijoeiro visando resistência à antracnose. No entanto,
algumas cultivares têm se mostrado resistentes a determinados
isolados e suscetíveis a outros da mesma raça. Este fato
evidencia a existência de variabilidade dentro da raça 65,
além de sugerir que o conjunto de cultivares diferenciadoras,
atualmente utilizado, não consegue discriminar pequenas
diferenças (Davide & Souza, 2008). A variabilidade dentro
S 47
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
da raça 65 também tem sido demonstrada por meio de
marcadores moleculares e grupos de anastomoses entre hifas
de isolados de C. lindemuthianum (Ishikawa et al., 2008).
O patossistema C. lindemuthianum / Phaseolus vulgaris
tem sido amplamente adotado como modelo em estudos
citológicos, fisiológicos e moleculares da especificidade
patógeno-hospedeiro. Tem sido considerado que a
especificidade raça-cultivar é determinada pelo sistema genea-gene. Embora existam dados sobre a herança da resistência
a C. lindemuthianum no feijoeiro e uma série de 11 genes
de resistência (Co-1, Co-2, Co-3, Co-4, Co-5, Co-6, Co-7,
Co-8, Co-9, C0-10, Co-11) tenha já sido identificada, são
escassos os estudos sobre a herança da patogenicidade em C.
lindemuthianum, bem como sobre a identificação de alelos
de avirulência. Portanto, a evidência de que uma relação
gene-a-gene exista neste patossistema, apoia-se ainda na
analogia com outros sistemas melhor entendidos.
A ampla variabilidade observada em C.
lindemuthianum, por meio dos testes de patogenicidade,
marcadores morfológicos e moleculares, é devida a vários
mecanismos genéticos que não foram perfeitamente
elucidados. Grande parte desta variabilidade tem sido
atribuída à ocorrência de mutações (Tu et al., 1992). A
mutação é a fonte básica de variação genética e a heterocariose
e heteroplasmose conduzem à variação em fungos selvagens
(Hatie, 1982). No entanto, evidências citomorfológicas e
citogenéticas apontam para a ocorrência de outros mecanismos
envolvidos na ampliação da variabilidade genética deste
patógeno, tais como, a reprodução sexual, a recombinação
parassexual, a ocorrência de tubos de anastomoses entre
conídios e o polimorfismo cromossômico.
A recombinação por meio do ciclo sexual é a forma
mais comum de aumento da variabilidade genética.Aocorrência
do ciclo sexual de G. cingulata f. sp. phaseoli em laboratório foi
descrita pela primeira vez em 1913 e poucos trabalhos têm sido
realizados desde então. A partir de marcadores morfológicos e,
recentemente, moleculares tem sido demonstrada a natureza
homotálica e heterotálica desde fungo, caracterizando um
comportamento pseudo-homotálico (Kimati & Galli, 1970,
Rodrigues-Guerra et al. 2005, Camargo Junior et al. 2007).
Relatos recentes têm apresentado o isolamento da fase sexual
diretamente de lesões em folhas, vagens e hastes oriundas do
campo. No entanto, ainda não foram observadas estruturas de G.
cingulata f. sp. phaseoli no campo. A análise dos recombinantes
obtidos a partir do cruzamento de linhagens heterotálicas de G.
cingulata f. sp. phaseoli evidencia que o controle genético do
sistema de acasalamento (mating types) não é de apenas um
loco com dois idiomorfos, o que é normalmente encontrado
em outros fungos ascomicetos (Rodrigues-Guerra et al. 2005).
É provável que o sistema de acasalamento seja complexo
envolvendo vários genes, o que também tem sido relatado
para outras espécies do gênero Glomerella (Vallancourt &
Hanau, 1999).
O ciclo parassexual foi descrito pela primeira vez por
Pontecorvo e Roper (1952) em Aspergillus nidulans, e tem
grande importância para fungos assexuais, pois possibilita
S 48
a ocorrência de recombinação gênica. A anastomose entre
hifas, ou seja, a fusão de hifas, e a formação de heterocário
são etapas da compatibilidade vegetativa e pré-requisitos
para ocorrência do ciclo parassexual. O próximo passo
deste processo é a fusão de núcleos, obtendo-se diplóides
heterozigotos, e em seguida a produção dos recombinantes.
O mecanismo de recombinação envolve a permuta genética
(mitótica) e haploidização que resulta de uma série de
não-disjunções, que podem levar a formação de núcleos
contendo cromossomos a menos, sendo, portanto núcleos
instáveis (Azevedo,1998). Em C. lindemuthianum tem
sido observado ampla diversidade quanto aos grupos
de anastomoses e grupos de compatibilidade vegetativa
(Rodrigues-Guerra et al., 2003; Ishikawa et al., 2008;
Barcelos & Souza, 2008). Há relato da formação de
heterocário, diplóides e segregantes entre mutantes nit de
C. lindemuthianum, evidenciando a ocorrência do ciclo
parassexual (Castro-Prado et al., 2007).
Recentemente foi descrito a ocorrência de elementos
celulares especializados em C. lindemuthianum. Estes
foram denominados de tubos de anastomoses conidiais
(CATs) e são responsáveis pela fusão entre conídios em
corpos de frutificação. Núcleos e organelas se movem
de um conídio para o outro por meio das anastomoses
(Roca et al., 2003). Em C. lindemuthianum os conídios
são inicialmente uninucleados, porém, após 15 dias de
desenvolvimento do acérvulo e coincidentemente com a
formação de anastomoses, há um incremento na fração
de núcleos sofrendo divisão, migração e fragmentação.
Algumas vezes este fato é acompanhado com perda do
núcleo de um dos conídios. Por meio da microscopia
eletrônica de varredura e de transmissão, foram
detectadas anastomoses entre conídios e passagem de
mitocôndrias e vacúolos em C. lindemuthianum. Os
CATs têm sido observados emergindo dos conídios em
diferentes situações: dentro do acérvulo, in vitro após
remoção do acérvulo, na superfície da folha e em lesões
de antracnose de vagens de feijão (Roca et al., 2003). Em
C. lindemithianum os CATs podem ser uma importante via
para a recombinação, contudo, não está clara sua função
e como são regulados.
Polimorfismo cromossômico em C. lindemithianum
tem sido constatado, sendo observadas 2 classes de
tamanhos distintos de cromossomos, uma com um número
variável de pequenos cromossomos denominados minicromossomos (< 2,5 Mb) e outra com cromossomos maiores
(O’Sullivan et al., 1998). A partir de estudos citológicos
da variabilidade das formas anamórfica e teleomórfica de
C. lindemuthianum, por meio de microscopia de luz, foi
observado que a fase sexuada demonstrou-se bastante estável
com meiose normal e que a fase assexuada apresentou
polimorfismo cromossômico numérico de 4-8 (Ishikawa
et al., 2004). Apesar da constatação do polimorfismo
cromossômico em C. lindemuthianum, ainda não estão
totalmente esclarecidos os mecanismos que efetivamente
levariam a essa variação do genoma nesta espécie. A
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
elucidação de mecanismos que geram variabilidade em
C. lindemuthianum permitirá o conhecimento genético
deste patógeno que ocasiona perdas consideráveis nos
climas tropicais, bem como, estabelecer a estrutura e a
dinâmica populacional do mesmo, gerando informações
importantes para os programas de melhoramento visando
resistência a antracnose do feijoeiro.
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Variabilidade patogênica e resistência genética no patossistema milho - Colletotrichum
graminicola
Rodrigo Veras. Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, Brasil. E-mail: [email protected]
A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum
graminicola (Ces.) Wilson, é considerada umas das
principais doenças da cultura do milho no Brasil. Esse
patógeno é capaz de atacar todas as partes da planta, embora,
as fases de antracnose foliar e de podridão de colmo sejam
consideradas as mais importantes. Os plantios sucessivos e
a ampla adoção do sistema de plantio direto, sem rotação de
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
culturas, têm favorecido a ocorrência de severas epidemias
desta doença devido ao rápido acúmulo de inóculo na área
de cultivo. A resistência genética é considerada a principal
estratégia de manejo dessa enfermidade. Entretanto, a
utilização dessa medida de controle pode ser dificultada pela
variabilidade patogênica apresentada por C. graminicola,
resultando na rápida adaptação do patógeno aos materiais
S 49
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
resistentes disponível no mercado (Ferreira & Casela,
2001). Portanto, um maior conhecimento da variabilidade
e estrutura populacional deste patógeno é fundamental para
o estabelecimento de estratégias de manejo que possibilitem
a obtenção de níveis mais estáveis de resistência nesse
patossistema.
Isolados de C. graminicola apresentam elevada
variabilidade patogênica tanto em folhas como em colmo de
milho. Entretanto, existem controvérsias quanto à existência
de raças fisiológicas desse patógeno. Forgey et al. (1978)
identificou oito raças de C. graminicola com base na reação
de 10 linhagens de milho a 10 isolados do patógeno. No
entanto, Nicholson & Warren (1981) utilizando as mesmas
linhagens e sete dos dez isolados utilizados por Forgey et
al. (1978) concluíram que os isolados diferiram quanto a
agressividade às linhagens utilizadas e não à virulência, e
que os dados não eram suficientes para caracterização de
raças fisiológicas. Esses resultados foram confirmados em
estudos posteriores (Barbosa, 2001; Coelho et al., 2001;
White et al., 1987).
Marcadores moleculares RAPD têm sido utilizados
para identificar e caracterizar isolados de Colletotrichum em
diversos patossistemas devido à vantagem de serem mais
rápidos e de custo mais baixo (Sicard et al., 1997). Barbosa
(2001) comparou isolados de C. graminicola de milho com
auxílio de marcadores RAPD e de virulência em casa de
vegetação, e verificou a existência de elevada variabilidade
patogênica, embora sem evidencia da existência de raças
fisiológicas. Segundo o autor, os padrões de bandas,
agrupamentos de similaridade e analise de virulência
confirmaram resultados anteriores a respeito da variação
em agressividade entre os isolados e ausência de interação
diferencial com o hospedeiro.
Apesar desses resultados não suportarem a hipótese
da existência de raças fisiológicas em populações de C.
graminicola é bastante provável que elas ocorram na
natureza, à semelhança do que acontece com outras espécies
de Colletotrichum, como C. sublineolum, agente causal da
antracnose em sorgo. Um ponto importante a ser observado é
o pequeno número de isolados utilizados para caracterização
de raças em todos os trabalhos mencionados anteriormente.
Além disso, os critérios de avaliação são, também,
extremamente importantes (Nicholson & Warren, 1981).
Barbosa (2001) utilizou os parâmetros de tamanho e largura
de lesão para caracterizar a reação de plantas de milho a
diferentes isolados de C. graminicola, visando caracterização
de raças fisiológicas. Entretanto, esses parâmetros estão mais
relacionados ao tipo de resistência horizontal no hospedeiro
e à agressividade nas populações do patógeno. Além disso, a
presença de resistência horizontal em determinado genótipo
não exclui a possibilidade da existência de resistência do tipo
vertical (Silva, 1983). Segundo Barbosa (2001), a existência
de várias fontes de resistência e, principalmente, resistência
controlada por poligenes, dificulta o surgimento de raças
de C. graminicola de milho. Entretanto, a resistência do
tipo oligogênica com ação gênica dominante foi detectada
S 50
(Coelho et al., 2001), o que indica a provável existência de
uma relação gene-a-gene nesse patossistema.
No presente trabalho são relatados estudos sobre a
variabilidade existente em populações de C. graminicola
quanto à patogenicidade e parâmetros, na interação patógenohospedeiro, que possibilitem identificar o tipo predominante
de resistência em plantas de milho à infecção foliar causada
por C. graminicola. O trabalho será relatado em três etapas:
1) Variabilidade patogênica de isolados de C. graminicola
em genótipos de milho em casa de vegetação; 2) Período
latente e taxa de esporulação de isolados de C. graminicola
em milho; 3) Avaliação de genótipos de milho quanto à
severidade da antracnose foliar em condição de campo.
Etapa 1
Foi avaliada a reação de 15 genótipos de milho
(híbridos e linhagens) quanto à reação a 190 isolados
monospóricos de C. graminicola oriundos de diferentes
regiões produtoras do Brasil. Foi utilizado o delineamento
experimental inteiramente ao acaso, em parcelas
subdivididas, com os isolados nas parcelas e os genótipos
de milho nas subparcelas. O inóculo foi aplicado em
plantas com 21 dias de idade, utilizando-se um pulverizador
manual. Após a inoculação, as plantas foram incubadas por
18 horas em câmara úmida a 100% de umidade relativa e
no escuro. Após esse período, as plantas foram mantidas em
casa de vegetação, a temperatura de 25-28oC, até o momento
das avaliações. As avaliações do grau de resistência ou
de suscetibilidade dos genótipos foram realizadas aos
15 dias após as inoculações. Foi utilizada uma escada de
notas baseada nos critérios de tipo de lesão, presença de
esporulação e severidade da doença.
Dentre os patótipos identificados, três representaram
quase 90% dos isolados testados. O patótipo denominado
00.00 (virulento a todos os genótipos) representou cerca
de 68% dos isolados testados. Os patótipos 00.32 e 00.16
(avirulentos apenas para os híbridos 2B710 e P 30F35,
respectivamente) representaram aproximadamente 17 e 5%
dos isolados inoculados. Os demais patótipos apresentaram
baixa freqüência de ocorrência. Os resultados obtidos
indicaram a existência de resistência vertical em alguns
genótipos de milho e de raças fisiológicas na população
de C. graminicola. Entretanto, entre os híbridos BRS1001,
BRS1010, BRS1030 e BRS1035, e suas respectivas
linhagens, não foi identificada resistência vertical ao referido
patógeno.
Considerando os casos em que a reação dos genótipos
foi de suscetibilidade ao patógeno foram observadas diferenças
com relação à severidade dos sintomas nos diferentes genótipos.
Na linhagem L182, a qual apresentou predominantemente
reação de suscetibilidade, foi verificada menor severidade da
antracnose foliar quando comparada aos demais genótipos
avaliados. Esses resultados indicam a existência conjunta de
resistência vertical e horizontal no germoplasma de milho a
essa enfermidade. Resultados semelhantes foram observados
para a linhagem L 2283 e L 141.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
Etapa 2
Com base nos resultados dos ensaios descritos
anteriormente foram selecionados três isolados de C.
graminicola que apresentaram maior espectro de virulência,
ou seja, que foram virulentos a todos os genótipos testados.
Esses isolados foram novamente inoculados nos 15 genótipos
de milho, testados anteriormente, visando determinar o
período latente (PL) e a taxa de esporulação (TE) para cada
combinação isolado x genótipo.
Os ensaios foram conduzidos em casa de vegetação.
Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso,
em arranjo de parcela subdividida, com 45 tratamentos (3
isolados x 3 genótipos) e quatro repetições, totalizando 180
vasos. Os isolados foram dispostos nas parcelas e os híbridos
nas subparcelas. O procedimento adotado para preparo do
inóculo e inoculação foi o mesmo descrito anteriormente.
Para determinação do PL, as plantas de milho foram avaliadas,
quanto à presença de lesões esporulantes, em intervalo de 24
horas, após o segundo dia das inoculações. Foram avaliadas
todas as folhas inoculadas em três plantas por vasos. Para
determinação da taxa de esporulação fragmentos de folhas
contendo lesões foram recortados, as lesões medidas e os
esporos removidos e quantificados em hemacitômetro.
Não foi verificada diferença no componente PL entre
os híbridos avaliados. Todos os genótipos apresentaram
esporulação, aos três isolados testados, aos sete dias após
a inoculação. Foram observadas diferenças significativas
quanto à capacidade média de esporulação de C. graminicola
entre os 15 genótipos de milho. Genótipos considerados
como mais resistentes (resistência horizontal), com base nos
resultados obtidos nas fases anteriores, apresentaram menor
número de esporos /cm2, ou seja, menor taxa de esporulação.
Resultados inversos foram observados para os genótipos
considerados suscetíveis.
Etapa 3
Os 15 genótipos de milho foram avaliados quanto
à severidade da antracnose foliar em condição de campo.
Foram utilizados os três isolados testados anteriormente. Foi
utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso,
em arranjo de parcela subdividida, com 45 tratamentos (15
genótipos x 3 isolados) e três repetições. Os isolados foram
dispostos nas parcelas e os híbridos nas subparcelas. A 0,5
m de cada parcela foram semeadas quatro linhas de 1,0 m
de comprimento com um genótipo suscetível à antracnose.
Essas linhas foram utilizadas para inoculação artificial dos
isolados e serviram como fonte de inóculo para as parcelas.
Os resultados demonstraram a inexistência de
interação significativa entre as fontes de variação estudadas
(isolados x genótipos) descartando-se, portanto, a possibilidade
de existência de resistência vertical incompleta nos genótipos
aos isolados utilizados. Foi observada, entretanto, variação
significativa entre os genótipos de milho quanto à resistência
horizontal a C. graminicola. As linhagens L2283, L141 e
L182 e o híbrido 2B710 apresentaram os maiores níveis de
resistência horizontal. Com base nos resultados, concluise que a elevada variabilidade patogênica observada em
C. graminicola pode ser explicada pela existência de raças
fisiológicas em sua população. Coexistem, no germoplasma
de milho os dois tipos de resistência à antracnose, vertical
e horizontal, com predominância da resistência do tipo
horizontal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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graminicola isolado de milho (Zea mays L.). Dissertação de
Mestrado. Piracicaba SP. ESALQ - Universidade de São Paulo.
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corn. Phytopathology 77:999–1001.
Colletotrichum Genomics
Lisa Vaillancourt. University of Kentucky, Lexington, Kentucky USA. E-mail: [email protected]
Topics to be discussed include: the current status and
major findings of the on-going Colletotrichum graminicola
genome project: the next step in developing genomic
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
resources for the Colletotrichum genus: and how the
availability of genomics data will change the ways we can
study Colletotrichum species as plant pathogens.
S 51
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
A genome sequencing project for Colletotrichum
graminicola was funded in 2007 by the United States
Department of Agriculture. The genome of strain M1.001
(also known as M2), which was originally isolated from
infected maize in Missouri in 1972, has been sequenced
to 8X coverage by the Broad Institute’s Fungal Genomes
Initiative (http://www.broad.mit.edu/annotation/fgi/). The
raw sequence data became available for download from the trace
archives FTP site at the National Center for Biotechnology
Information (NCBI: http://www.ncbi. nlm.nih.gov/Traces/
trace.cgi?) in April of 2008. The C. graminicola genome will
be assembled, annotated, and posted on the Broad Institute
website by December, 2008. An optical map was created
to aid in assembly efforts. The map revealed that the C.
graminicola genome is considerably larger than expected,
57 Mb versus the predicted 42 Mb. There are three minichromosomes and 10 larger ones. An EST project is currently
underway to assist in the annotation efforts. EST sequences
will be collected from three cDNA libraries prepared from
mycelium grown under different conditions, including
complete medium: nitrogen starved (nitrate): and carbon
starved (glycerol). Sequence data for a second strain of C.
graminicola were released by Pioneer Hi-bred Intl. in May
of 2008. The strain, M5.001, was collected from infected
maize in Brazil in the late 1980s. These data are available
from Genbank, and include approximately 1X genome
sequence coverage and about 2000 EST sequences from
developmental libraries. M5.001 is sexually compatible
with M1.001.
The availability of new, cheaper sequencing
technologies (e.g. 454 pyrosequencing, Solexa sequencing),
together with the availability of the high quality finished
genome of M1.001 to “anchor” sequences of closely related
species, and combined with a new understanding of the close
phylogenetic relationships among Colletotrichum species
infecting grasses (including C. graminicola, C. sublineolum,
C. falcatum, and C. cereale), will allow us to utilize
comparative genomics approaches in the future to identify
sequences containing determinants of host specificity,
recognizable as regions that have evolved more rapidly than
the rest. Furthermore, the availability of a genome for C.
graminicola will make it possible to begin to investigate
global changes in gene and protein expression that occur
during pathogenesis of this and closely related species.
Genomic studies of other fungi have made it increasingly
clear that pathogenicity is an evolved trait that has utilized
the raw materials of the basic metabolic and developmental
pathways that exist in all fungi, modifying, diversifying,
and regulating these in ways that enable plant defenses to be
subverted and make plant resources available. Quantitative
aspects of the host-pathogen interaction also become more
accessible with a genomics approach.
MESA REDONDA 2-B
Tópicos em fitovirologia molecular
Coordenador: Antônia R. Figueira. UFLA
Modulação da expressão gênica do hospedeiro durante os estágios iniciais da infecção de tomateiro
por potyvírus
Poliane Alfenas-Zerbini1*, Francisco Murilo Zerbini1*, Riani Moreira Neto1, Ivan G. Maia2, Júlio
C.M. Cascardo3. 1Departamento de Fitopatologia, BIOAGRO, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa,
MG, Brasil; 2 Departamento de Biociências, Instituto de Genética, Universidade Estadual Paulista,
Botucatu, SP, Brasil; 3Departamento de Biologia e Genética Molecular, Universidade Estadual de Santa
Cruz, Ilhéus, BA, Brasil. E-mail: [email protected]
Durante a coevolução entre vírus e hospedeiro
desenvolve-se uma interação complexa envolvendo
diversos mecanismos de ataque do patógeno, e de defesa
do hospedeiro. A alteração no padrão de expressão gênica
do hospedeiro é uma conseqüência desses mecanismos.
Entretanto, o conhecimento sobre os efeitos da infecção
viral na expressão gênica ainda é limitado.
Com o objetivo de identificar genes diferencialmente
expressos em uma interação vírus - planta, uma biblioteca
subtrativa foi produzida a partir de plantas suscetíveis de
S 52
tomateiro infectadas pelo potyvírus Pepper yellow mosaic
virus (PepYMV), utilizando-se folhas inoculadas, 72 horas
após a inoculação (Alfenas, 2006). Foram identificados 777
genes diferencialmente expressos durante a infecção viral.
Os genes identificados foram agrupados em categorias
funcionais de acordo com a classificação do banco de dados
MIPS. Dentre os ESTs da coleção de genes induzidos,
12,9% correspondem a genes que codificam proteínas
envolvidas em transdução de sinais, 10,3% envolvidos
em síntese de proteínas, 9,1% envolvidos na biogênese de
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
componentes celulares, dentre outros. Dentre os ESTs da
coleção de genes reprimidos, 17,3% estão envolvidos em
processos metabólicos, 9,1% em respostas a estresses, 8,4%
correspondem a genes envolvidos na síntese de proteínas,
7,2% foram classificados como envolvidos em resposta de
defesa, e 1% correspondem a elementos transponíveis.
A expressão diferencial dos genes foi validada
macroarranjos e por RT-PCR quantitativo em tempo
real. DNA plasmidial de 480 clones da coleção dos ESTs
induzidos e 288 clones da coleção de ESTs reprimidos foram
transferidos para membranas de náilon e submetidos à análise
de expressão diferencial por macroarranjos. Um total de 42
genes tiveram a expressão diferencial confirmada dessa
forma. Quatro genes foram selecionados para comprovação
da expressão diferencial por meio de RT-PCR quantitativo
em tempo real (qRT-PCR): CRC9 (“Cytokinin-repressed
9”), CXIP4 (“CAX-interacting protein”), SNF1 (“Sucrose
non-fermenting 1”) e TCTP (“Translationally controled
tumor protein”). Os níveis de expressão foram analisados
em plantas de tomateiro ‘Moneymaker’, 72 horas após
a inoculação com o PepYMV. RNA total foi extraído das
plantas inoculadas, tratado com DNAse e utilizado como
molde para qRT-PCR usando SYBR Green. A eficiência
das reações foi estimada a partir dos dados obtidos na fase
exponencial de cada curva de amplificação. Os resultados de
três experimentos independentes confirmaram a indução da
expressão dos quatro genes, 72 horas após a inoculação com
o vírus. Os genes que codificam as proteínas TCTP e SNF1
foram selecionados para análise funcional, a fim de verificar
o seu papel na interação tomateiro-PepYMV.
TCTP é expressa em diversos organismos eucariotos
e está envolvida em vários processos celulares, como
crescimento celular, progressão do ciclo celular, e proteção
das células contra diferentes condições de estresse e apoptose
(Bommer e Thiele, 2004). Entretanto, apesar da descrição de
vários aspectos funcionais, seu modo de ação preciso nesses
diferentes processos celulares ainda não está totalmente
esclarecido. A comparação das seqüências de TCTP de
diferentes organismos mostra um alto nível de conservação
entre todos os organismos eucariotos. Em plantas, dos 168
aminoácidos de TCTP, 50% (86) dos resíduos são totalmente
conservados entre as espécies. Por exemplo, as TCTPs de
Arabidopsis e couve-flor possuem 90% de identidade e as de
ervilha e arroz possuem 85%. Todas as seqüências de TCTPs
de plantas disponíveis possuem uma tirosina adicional
nas posições 64 e 73. Estes resíduos são conservados
exclusivamente em plantas e ausentes nos outros organismos.
Estes sítios são alvos de proteínas cinases C específicas de
plantas, sugerindo que TCTP em plantas pode ter funções
adicionais que são especificamente reguladas por proteínas
cinases C.
SNF1 é uma proteína cinase de Saccharomyices
cerevisae que possui homólogos em mamíferos e em plantas.
Em levedura, essa cinase é responsável pela utilização
de fontes de carbono diferentes de glicose (Sanz, 2003).
SNF1 tem função importante na ativação transcricional e
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
na expressão da regulação gênica em leveduras, além de
ter função na resposta celular a diferentes estresses, como
limitação de nutrientes, estresses salinos e choque térmico.
Como esses estresses levam a uma redução no nível global de
ATP celular, SNF1 desativa rotas metabólicas que consomem
muita energia e ativa rotas alternativas de síntese de ATP.
Em plantas, uma cinase relacionada a SNF1 é responsável
pela sinalização de estresses em plantas, por meio da
regulação global do metabolismo de carbono. A proteína
cinase SRK2C de Arabidopsis thaliana, que é relacionada a
SNF1, controla a expressão de genes envolvidos na resposta
de estresse osmótico e confere tolerância à seca. Durante um
ataque herbívoro, a cinase SRK1, outro homólogo de SNF1,
altera a alocação de recursos para a raiz, permitindo que
plantas de Nicotiana attenuata tolerem o ataque. Proteínas
virais de geminivírus têm a capacidade de se ligarem a
cinases relacionadas a SNF1. Quando ocorre a ligação da
proteína Trap do geminivírus Tomato golden mosaic virus
(TGMV) a SNF1, verifica-se um aumento de suscetibilidade
do hospedeiro (Hao et al., 2003).
Para determinar se o aumento no acúmulo de mRNA
de TCTP e SNF1 em plantas infectadas por potyvírus é
devido a uma resposta generalizada a estresses bióticos,
ou se é uma resposta específica à infecção viral, plantas de
tomateiro cv. Moneymaker foram inoculadas com diferentes
patógenos: o fungo Alternaria solani, a bactéria Pseudomonas
syringae pv. tomato, o nematóide Meloidogyne incognita, o
tobamovírus Tobacco mosaic virus (TMV), o cucumovírus
Cucumber mosaic virus (CMV) (ambos vírus com genoma
de RNA de fita simples, sentido positivo), e o begomovírus
Tomato yellow spot virus (ToYSV, um vírus com genoma de
DNA), além do PepYMV. Amostras foliares foram coletadas
0 e 72 horas após a inoculação e o acúmulo de mRNA de
TCTP e SNF1 nestas plantas foi analisado por qRT-PCR.
O acúmulo do mRNA de TCTP foi 2,0 vezes maior em
plantas infectadas pelo PepYMV do que em plantas sadias.
Em plantas infectadas pelo demais patógenos não ocorreu
um aumento no acúmulo do mRNA de TCTP. O acúmulo
de SNF1 foi aumentado somente em plantas infectadas por
ToYSV e PepYMV, sendo respectivamente 3,3 e 2,2 vezes
maior do que em plantas sadias. Estes resultados indicam que
a expressão da proteína TCTP é induzida especificamente
em plantas infectadas por potyvírus, e que SNF1 é induzida
especificamente em plantas infectadas por potyvírus e
begomovírus.
Para estudar a cinética de indução da expressão de
TCTP em tomateiro infectado pelo PepYMV, um anti-soro
policlonal foi produzido a partir de proteína expressa in
vitro. O anti-soro foi utilizado para detecção da proteína em
plantas sadias e infectadas, a 0 e 72 horas após a inoculação
com o vírus. Análise por meio de Western blot indicou que
o acúmulo de TCTP em tecidos infectados e não infectados
é semelhante tanto a 0 quanto 72 horas após a inoculação.
Esses resultados sugerem que os níveis de mRNA, e não da
proteína, possam estar envolvidos na interação tomateiroPepYMV. Essa hipótese tem como base resultados da literatura
S 53
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
demonstrando que a TCTP está envolvida na resposta de
defesa mediada por RNA de fita dupla (dsRNA) (Bommer
et al., 2002). O mRNA de TCTP é altamente estruturado, e
capaz de ativar uma proteína cinase dependente de RNA fita
dupla (PKR), que por sua vez induz uma série de respostas
de defesa, incluindo a resposta de defesa antiviral mediada
por interferon em células de mamíferos e diminuição na taxa
de síntese protéica do hospedeiro. É possível que em plantas
infectadas ocorra uma indução da expressão de TCTP
como parte dessa resposta de defesa. Como estratégia para
combater o mecanismo de defesa do hospedeiro mediada
por PKR, alguns vírus codificam proteínas que se ligam a
dsRNA, e inibem a resposta de defesa mediada por dsRNA.
Vírus que infectam plantas, incluindo os potyvírus, também
codificam proteínas capazes de suprimir a resposta de defesa
mediada por dsRNA.
O envolvimento dos genes TCTP, SNF1 e Sub
(subunidade alfa do proteossomo 26S, também identificado
com induzido) na interação tomateiro-PepYMV foi analisado
por meio de silenciamento gênico induzido por vírus (“virus
induced gene silencing”, VIGS). Para tal, fragmentos de
cDNA correspondentes aos três genes (TCTP, ~400 nt; SNF1,
~600 nt; Subα, ~250 nt) foram clonados no vetor viral baseado
no tobravírus Tobacco rattle virus (TRV). Como controle
positivo da indução do silenciamento foi clonado, no mesmo
vetor, um fragmento de aproximadamente 450 nt do gene
que codifica a proteína fitoeno dessaturase (PDS). Células de
Agrobacterium tumefaciens GV3101 foram transformadas
por choque térmico com as diferentes construções e utilizadas
para agroinocular plantas de tomateiro cv. Moneymaker.
Uma vez confirmado o silenciamento, as plantas foram
inoculadas com o PepYMV. Os níveis de suscetibilidade das
plantas inoculadas, em comparação com as plantas nas quais
os genes não foram silenciados, estão sendo avaliados por
qRT-PCR e ELISA indireto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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envolvidos na interação tomateiro - Potyvirus. Tese de Doutorado.
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Progresso na transformação genética do maracujazeiro para resistência ao cowpea aphid-borne
mosaic virus
Jorge AM Rezende1, Alessandra C.B. Monteira-Hara2, Ana Paula C. Pinto2, Adriana S. Jadão1,
Ricardo Harakava3, Beatriz M.J. Mendes2, Maria Lúcia C. Vieira4. 1Departamento de Entomologia,
Fitopatologia e Zoologia Agrícola, ESALQ, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brasil; 2Laboratório
de Biotecnologia Vegetal, CENA, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brasil; 3Centro de P&D
de Sanidade Vegetal, Instituto Biológico, São Paulo, SP, Brasil; 4Departamento de Genética, ESALQ,
Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brasil. E-mail: [email protected]
O maracujazeiro (Passiflora spp.), ou flor-da-paixão,
é uma planta da família Passifloraceae originária da América
Tropical No Brasil, encontra-se o centro de diversidade
genética de um grande número de espécies do gênero
Passiflora que é o predominante, com cerca de 400 espécies,
sendo 150 nativas. A maioria é usada para fins ornamentais
e cerca de 60 produzem frutos comestíveis (Ruggiero et al.,
1996; Maldonado et al., 1999).
Atualmente, o Brasil é o primeiro produtor mundial
de maracujá, com uma área estimada de 36.576 ha e uma
produção anual de 491.619 t. Noventa e sete por cento
da produção é de maracujá-amarelo (Passiflora edulis
S 54
f. flavicarpa) e o restante de maracujá doce (P. alata)
(Agrianual 2007).
A expansão da área plantada foi acompanhada pelo
surgimento e agravamento de grande número de doenças
consideradas de grande importância econômica, entre
as quais as de natureza viral. No Brasil, o maracujazeiro
(amarelo e doce) pode ser infectado por diferentes vírus,
porém o que causa o endurecimento dos frutos é o de
maior importância (Kitajima et al., 1986; Novaes et al.,
2000; Rezende & Kitajima, 2003). Desde que essa doença
foi constatada no Brasil, na década de 70 (Chagas et al.,
1981), diversos estudos indicaram que ela era causada pelo
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
Passion fruit woodiness virus (PWV) (Kitajima et al., 1986;
Chagas et al., 1992; Fischer et al., 2005). No entanto, estudos
baseados na seqüência de nucleotídeos do gene que codifica a
proteína capsidial de isolados do vírus de diferentes regiões do
Brasil claramente indicaram que o endurecimento dos frutos
é causado por uma estirpe do Cowpea aphid-borne mosaic
virus (CABMV) (Nascimento et al., 2006). As seqüências
completas do genoma de dois isolados do CABMV, i.e. um de
Passiflora e outro de amendoim (o qual não infecta Passiflora)
corroboram essa conclusão (Barros et al., 2007). O CABMV é
uma espécie do gênero Potyvirus, da família Potyviridae, cujas
partículas medem 670-750 nm de comprimento por 12-15 nm
de diâmetro, apresentando RNA de fita simples, senso positivo
(Bock & Conti, 1974; Fauquet et al., 2005).
O controle do endurecimento dos frutos do
maracujazeiro é difícil. A transmissão do vírus envolve
diversas espécies de afídeos, que não colonizam o
maracujazeiro e cuja relação vírus/vetor é do tipo não
persistente e não circulativa. Isto torna o controle químico do
vetor ineficiente (Perring et al., 1999). Outro fator relevante
é o fato do vírus infectar algumas espécies de leguminosas e
espécies silvestres de Passiflora, as quais podem funcionar
como fontes de inóculo (Costa, 1996). A preimunização
com estirpes fracas do CABMV não apresentou resultados
promissores (Novaes & Rezende, 2003). Variedades
comerciais resistentes ao vírus ou tolerantes à doença são
inexistentes (Costa, 1996).
Neste cenário problemático, a obtenção de
maracujazeiro transgênico resistente ao CABMV passa
então a ser uma alternativa interessante para alcançar uma
solução duradoura para o controle dessa importante doença
que afeta a cultura dessa frutífera no Brasil. Alfenas et al.
(2005) foram os primeiros a obter plantas de maracujazeiro
transgênicas contendo a região 3’ do gene Nib e a 5’ do
gene da proteína capsidial (CP) do isolado CABMV-MG1.
Uma das plantas transgênicas (R0) mostrou-se resistente
ao isolado CABMV-MG-1, porém susceptível ao isolado
CABMV-PE1.
Em 2003, iniciou-se um projeto de cooperação
entre a ESALQ/CENA, USP, Piracicaba e IAC, Campinas,
financiado pela FAPESP, também com o objetivo de
transformar plantas das três principais variedades comerciais
de maracujá (FB-100, IAC-275 e IAC-277) com o gene CP do
CABMV, na tentativa de obter plantas resistentes a diferentes
isolados do vírus. Os primeiros resultados de transformação
usando discos foliares e o gene CP do isolado CABMV-SP
indicaram que as plantas R0 do transformante T2 (IAC-277)
mostraram-se altamente resistentes à infecção com três
isolados do CABMV (SP, RJ e CE) por meio da inoculação
mecânica. Análise de Southern blot indicou a presença de
três inserções do transgene na planta resistente (T2). Como
a transcrição e expressão da CP nessa planta transgênica foi
suprimida, conforme revelaram as análises de Northen blot
e Western blot, respectivamente, os autores sugeriram que o
silenciamento gênico poderia ser o mecanismo responsável
pela resistência aos diferentes isolados virais (Trevisan et al.,
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
2006). Posteriormente as plantas R0 do transformante T16
(IAC-277) também se mostraram resistentes aos mesmos
isolados do CABMV por meio da transmissão mecânica.
Análise de Southern blot indicou a presença de três eventos
de inserção do transgene nos clones R0 de T16. A resistência
à infecção de 371 plantas R1 de T2 e 279 plantas R1 de T16,
obtidas por autofecundação artificial, foi avaliada por meio
da inoculação do isolado CABMV-SP com afídeos (Myzus
nicotianae), usando-se cinco insetos virulíferos por planta.
Nenhuma planta R1 de T2 permaneceu resistente, enquanto
15 plantas R1 de T16 mostraram-se resistentes após quatro
inoculações sucessivas. A resistência de outras plantas R1 de T2
está sendo avaliada, enquanto as 15 plantas R1 resistentes de
T16 estão sendo autocruzadas para a obtenção da geração R2.
Mais recentemente foram obtidas duas novas
construções gênicas (anti-sense e “hairpin”), envolvendo um
fragmento do gene da proteína capsidial do CABMV-SP, para,
juntamente com a construção sense utilizada anteriormente,
realizar novas tentativas de transformação do maracujazeiro
FB-100. A construção anti-sense contém um fragmento de
610 pb do gene CP do CABMV-SP. Aproximadamente 2.000
explantes de hipocótilo de maracujazeiro FB-100 foram
inoculados com Agrobacterium tumefaciens transformado
com o vetor binário pCambia. Análise de PCR de 22 plântulas
revelou a presença do gene CP antisenso em duas plântulas.
Essa construção também está sendo usada para os trabalhos
de tranformação de plantas de maracujá doce, para o qual
o protocolo de organogênese in vitro já foi estabelecido.
Para a construção gênica do tipo “hairpin” foi utilizado um
fragmento de aproximadamente 200 pb, contendo a região
conservada WCIEN, do gene da CP do CABMV-SP. As
primeiras tentativas de transformação de FB-100 com essa
construção estão em andamento.
Finalmente, é oportuno mencionar que análise da
reação de 16 espécies de Passiflora a quatro isolados do
CABMV confirmaram relato preliminar (Costa, 1994) de
que P. suberosa é imune a esse vírus (Maciel et al., 2008).
Esse resultado é muito interessante, pois abre outra linha de
abordagem do problema através do melhoramento genético
clássico. Dificuldades, todavia, poderão ser encontradas
nos cruzamentos de P. edulis f. flavicarpa com P. suberosa
visto que essas espécies além de pertencerem a diferentes
subgêneros (Passiflora e Decaloba, respectivamente),
possuem números de cromossomos diferentes (2n = 18
e 2n = 24, respectivamente) (Otoni et al., 1996; Ulmer &
MacDougal, 2004). Essas dificuldades não devem ser usadas
como argumentos para não explorar mais essa possibilidade
para encontrar uma solução duradoura para o controle dessa
importante virose do maracujazeiro.
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A proteína de movimento intracelular de geminivírus interage com uma GTP-ase de tráfego núcleocitoplasmático
Claudine M. Carvalho1,2, João Paulo B. Machado2, Anésia A. Santos2, Francisco M. Zerbini1,
Elizabeth P. B. Fontes2. 1Departamento de Fitopatologia; 2Departmento de Bioquímica e Biologia
Molecular / BIOAGRO, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: ccarvalho@vicosa.
ufv.br
Doenças causadas por geminivírus transmitidos por
mosca-branca têm se tornado uma grande ameaça para
agricultura brasileira, devido ao grande aumento populacional
da mosca branca, a introdução de um novo biótipo do inseto
com grande capacidade de colonização de tomateiros e a
emergência de novas espécies com propriedades patogênicas
mais acentuadas, causando uma proliferação crescente de
S 56
geminivírus nesta cultura. Estas observações argumentam
a favor da necessidade de se definirem estratégias gerais
mais eficientes para resistência engenheirada, aplicáveis no
controle de diversos membros da família Geminiviridae.
Apesar de sua importância agronômica e científica, pouco
se sabe a respeito da interação entre geminivírus e as células
hospedeiras. Por exemplo, os mecanismos pelos quais os
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
geminivírus se movem dos elementos de vaso, que não
possuem núcleo, para células companheiras com capacidade
de replicação do DNA é totalmente desconhecido. Além
disso, pouco se sabe a respeito da identidade dos fatores
do hospedeiro que medeiam a atuação da proteína de
movimento intracelular NSP (nuclear shuttle protein).
Além disso, as bases moleculares acerca da capacidade de
transporte núcleo-citoplasmático de NSP ainda não foram
determinadas e as proteínas do hospedeiro que controlam
o transporte nuclear em plantas e interagem com NSP de
geminivírus ainda não foram identificadas.
Investigando esses mecanismos, uma proteína
da planta hospedeira que interage com NSP de CaLCuV
(Cabbage leaf Curl virus), designada NIG (NSP-Interacting
GTPase) foi caracterizada nesse trabalho e a sua interação
específica com NSP foi determinada. Empregou-se uma
biblioteca de cDNA de folhas jovens de Arabidopsis
thaliana, que foi fusionada ao domínio de ativação de GAL4,
no vetor pEXAD502 (Invitrogen). A estirpe de leveduras
MaV203 (MAT α, leu2-3,112, trp1-901, his3200, ade2-101,
gal4, gal8,SPAL10::URA3, GAL1::lacZ, HIS3UAS GAL1::
HIS3@LYS2, can1R, cyh2R), contendo pBD-CaLCuV-NSP,
foi transformada com 25 µg de cDNA desta biblioteca, e 2
mg DNA carreador de esperma de salmão, usando o método
do acetato de lítio/polietileno glicol. Os transformantes
foram plaqueados em meio seletivo na ausência de Trp,
Leu, Ura e His, suplementado com 3-aminotriazole 25 mM
e cultivado por 3-5 dias a 30oC. Aproximadamente 5 x 106
transformantes foram obtidos, conforme estimado, baseado
no numero de transformantes crescendo em placas SDTrp-Leu. O DNA plasmidial foi recuperado de leveduras
e transformado em Escherichia coli por eletroporação. O
gene At4g13350 foi identificado como clone positivo, pela
capacidade do produto codificado por interagir com NSP
de CaLCuV. A proteína NIG contém 602 aminoácidos e
exibe características estruturais de proteínas envolvidas
no transporte de proteínas. Essas incluem um domínio
ARF-GAP na região N-terminal (resíduos 12-130) que
contém uma região com dedos de zinco (resíduos 22-64),
um domínio de interação com Rev (resíduos 24-43, 43-60,
61-82) e uma região rica em prolina (resíduos 445-562) na
região C-terminal, que corresponde à região de interação com
a proteína NSP. A proteína Rev do vírus da imunodeficiencia
humana tipo 1 (HIV-1) tem funções similares à da proteína
NSP de geminivírus e facilita a exportação nuclear de RNAs
virais (Bogerd et al., 1995; Fritz et al., 1995, Sánchez-Velar
et al., 2004).
A interação específica entre NIG e NSP também foi
demonstrada bioquimicamente por purificação em batelada
por afinidade. A proteína NIG, fusionada a uma cauda de
histidina 6X (NIG-HIS), foi incubada com a proteína NSP
fusionada a GST (GST-NSP) e com a GST sozinha e o
complexo resultante foi isolado através de purificação de
afinidade por batelada utilizando-se glutationa sepharose
4B (Amershan). NIG-HIS se ligou a GST-NSP, mas o
mesmo não ocorreu com a proteína GST quando foi
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
expressa sozinha, confirmando que NSP e NIG interagem
in vitro. NIG também interagiu com NSP de Tomato golden
mosaic virus (TGMV) e Tomato crinkle leaf yellows virus
(TCrLYV), indicando que a formação do complexo NIGNSP não é vírus-específica.
Para a determinação da localização subcelular
de NIG, foi utilizado o método de expressão transitória
mediado por Agrobacterium tumefaciens (Latijnhouwers
et al., 2005), em células da epiderme de folhas de fumo,
e a localização de NIG fusionada a GFP foi observada por
microscópia confocal. NIG é uma proteína citosólica, pois
intensa fluorescência foi observada no citoplasma e ao redor
do envelope nuclear das células transfectadas.
Sendo NIG uma possível proteína envolvida no
tráfego intracelular, foi examinado se NIG possui capacidade
de se ligar a GTP. NIG-HIS, expressa em Escherichia coli,
foi incubada com GTP imobilizada em agarose durante
uma hora. O pellet contendo as proteínas ligadas a GTP
foi ressuspendido em tampão de amostra e a seguir foi
realizado immunoblotting com anti-NIG. Neste experimento
a proteína NIK demonstrou capacidade de ligação a GTP,
cuja especificidade foi confirmada por experimentos de
competição, onde concentrações maiores de ATP, CTP e
UTP não foram capazes de inibir a capacidade de NIG em
se ligar a GTP, indicando que NIG se liga especificamente
a GTP.
A capacidade de NIG de hidrolisar GTP em GDP
também foi analisada. NIG purificada foi incubada com GTP
sob condições ótimas de hidrólise na presença e na ausência
de NSP. NIG exibiu atividade de GTPase de 15 mmoles
Pi.mg protein-1h-1, a qual não foi afetada pelo aumento de
concentrações de NSP. Proteínas que se movem entre o
núcleo e o citoplasma estão aparentemente concentradas no
núcleo, porque a taxa de importação nuclear é maior que a
taxa de exportação (Jansen, 2001). Em células transfectadas
expressando NSP de CaLCuV, a localização de NSP é
nuclear, mas quando NSP é co-expressada com a proteína
de movimento (MP), NSP é redirecionada para a periferia
celular, provavelmente devido à mudança do equilíbrio de
exportação nuclear justificado pelo transporte de NSP para
o citoplasma (Sanderfoot and Lazarowitz, 1995, 1996).
Consistente com esse modelo, NSP de CaLCuV associouse com MP-GFP in vivo, pois foi co-imunoprecipitada por
anti-GFP de extratos protéicos de protoplastos de folhas de
fumo co-expressando MP-GFP e NSP, mas não por extratos
protéicos de folhas expressando somente NSP. Esse resultado
demostra que NSP de CaLCuV, como a NSP de outros
geminivírus, comportam-se como autênticas proteínas de
transporte nuclear.
Uma metodologia similar à descrita acima foi
utilizada para examinar a capacidade da proteína NIG em
influenciar as propriedades de transporte nuclear de NSP.
NIG-GFP foi co-expressada com YFP-NSP em células da
epiderme de folhas de fumo, através da agroinfiltração das
mesmas. Observações ao microscópio confocal revelaram
que a co-expressão de NIG alterou a localização de NSP,
S 57
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
pois a proteína foi excluída do núcleo e realocada para o
citoplasma em células co-transfectadas. Estes resultados
fornecem evidência para a regulação da mudança núcleocitoplasmática de NSP via interação com NIG. A seguir,
foi explorada a possibilidade de NSP intergir com NIG in
vivo. Folhas de fumo foram agrinoculadas com 35S:YFPNSP e 35S:NIG e a interação entre as proteínas expressas
transitoriamente foi monitorada por ensaios de coimunoprecipitação. O acúmulo de proteínas recombinantes
foi detectado por immunoblotting dos extratos protéicos
de protoplastos de células transfectadas com anti-GFP ou
anti-NIG. Para o extrato cellular de folhas co-transfectadas,
foi utilizado anti-GFP a fim de se obter imunocomplexos
formados com NSP e analisados na presença de NIG por
western blot. Nestes extratos as proteínas NSP e NIG foram
co-imunoprecipitadas utilizando-se o anticorpo anti-GFP,
demonstrando assim, uma prévia associação das proteínas.
No experimento recíproco, YFP-NSP e NIG foram coimunoprecipitadas de extratos co-transfectados com antiNIG, confirmando que NIG e NSP interagem in vivo.
Para investigar a relevância biológica da interação
NSP-NIG na infecção por geminivirus, plantas de Arabidopsis
foram transformadas com o gene NIG, como cDNA intacto
ou fusionado a GFP, sob o controle do promotor 35S. As
linhagens 35S-NIG e 35S-NIG-GFP foram utilizadas nos
experimentos de infectividade. Essas linhagens transgênicas
foram inoculadas com DNA-A e DNA-B de CaLCuV por
biobalística. Linhagens selvagens e transgênicas (35S-NIG e
35S-NIG-GFP) inoculadas com vírus apresentaram sintomas
típicos de infecção por CaLCuV, como clorose, enrolamento
das folhas e epinastia. Entretanto, a superexpressão de NIG,
intacta ou fusionada a GFP, alterou a sintomatologia e a
freqüência das plantas infectadas. As linhagens transgênicas
desenvolveram sintomas mais severos e uma maior taxa de
infecção quando comparadas às linhagens selvagens. Esses
dados implicam que NIG contribui positivamente para a
infecção por geminivírus, sendo consistente no seu papel em
interagir com NSP durante o transporte intracelular do DNA
viral.
A identificação de NIG como um fator celular para
a função de NSP deve fornecer novas perspectivas no
entendimento do mecanismo de movimento intracelular
do complexo NSP- DNA. De fato, desde o trabalho incial
de Sanderfoot e Lazarowitz (1995), que demostrou que
MP de SqLCV realoca NSP para a periferia da célula, uma
interação in vivo entre essas proteínas virais não havia sido
demostrada. Aqui, foi demostrado que MP e NSP de CaLCuV
interagem in vivo quando são expressas transitoriamente
em folhas de fumo. Os resultados aqui obtidos demostram
que NIG facilita o transporte intracelular do complexo viral
NSP-DNA do núcleo para o citoplasma cortical onde deve
ser substituída pela proteína de movimento. Identificou-se
também um novo componente da maquinaria do transporte
núcleo-citoplasmático. Com base nas propriedades
bioquímicas que afetam NSP, NIG deve funcionar como um
interruptor para a desmontagem de complexos transportados
para o citoplasma e/ou um regulador positivo do movimento
subseqüente de proteínas exportadas do núcleo para sítios
específicos no citoplasma.
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Maite Vaslin de Freitas Silva. Departamento de Virologia, Instituto de Microbiologia Prof. Paulo de
Góes, Universidade Federal de Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: [email protected]
O algodão (Gossypium spp.) é um dos produtos
agrícolas mais antigos e importantes no mundo. No Brasil,
S 58
uma doença do algodoeiro chamada Mosaico das Nervuras
foi descrita no estado de São Paulo por Costa e Forster em
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
1938. Alguns anos mais tarde, em 1962, uma estirpe mais
virulenta, denominada Mosaico das Nervuras var. Ribeirão
Bonito foi encontrada no mesmo estado (Costa & Carvalho,
1962). Estudos baseados na sintomatologia e no seu modo de
transmissão levantaram a hipótese de que esta doença estaria
relacionada à doença azul do algodoeiro, uma moléstia de
algodão mundialmente disseminada. A doença azul do
algodoeiro (DA) foi inicialmente descrita na África em 1949
e em seguida foi encontrada também na Ásia e nas Américas
(Cauquil & Vaissayre, 1971). A doença é transmitida pelo
pulgão Aphis gossypii e os sintomas são caracterizados
por nanismo devido ao encurtamento dos entrenós,
enrolamento e escurecimento foliar e amarelecimento das
nervuras (Cauquil, 1977). Pode acarretar forte redução da
produtividade, chegando a relatos de diminuição de 91% na
produção/planta. No fim do anos 90 foram relatadas perdas
de até 1500 kg.ha-1 em Mato Grosso e Goiás. Os sintomas e a
transmissão restrita ao afídeo levaram à especulação de que
a doença azul poderia estar relacionada a um vírus da família
Luteoviridae. Entretanto, nenhuma evidência molecular
suportava essa hipótese até então.
Tentando caracterizar o agente causal da DA, foram
desenhados oligonucleotídeos degenerados, correspondentes
às regiões conservadas do genoma, de membros de dois
gêneros da família Luteoviridae, através do alinhamento das
seqüências disponíveis no Genbank. Oligos desenhados para
o gênero Polerovirus, amplificaram, através de RT-PCR,
um fragmento com 1405 pares de bases correspondentes a
parte do genoma viral. Oligos desenhados para membros do
gênero Luteovirus, entretanto, não geraram nenhum produto
de amplificação. O seqüenciamento da região amplificada
mostrou que essa correspondia à parte da polimerase
(ORF2) e às seqüências completas do capsídeo (ORF3),
da proteína de movimento (ORF4) e da região intergênica
(IR). Análises das seqüências de aminoácidos posicionaram
claramente o vírus dentro da família Luteoviridae. Além
disso, a comparação de seqüências virais obtidas a partir
de diferentes plantas de algodão infectadas mostrou alta
conservação intra-populacional. Baseados nos sintomas de
campo, foi então proposto o nome Cotton leafroll dwarf
virus (CLRDV) para esse vírus (Corrêa et al., 2005).
Partindo-se do fragmento primeiramente amplificado,
foram desenhados novos pares de oligonucleotídeos
com o intuito de amplificar novas regiões do genoma
viral. No momento está sendo completada a seqüência
correspondente à região 3´ viral, não traduzivel, já tendo
sido caracterizada a seqüência correspondente a RTD
“readthrough protein” ou ORF 5, associada à transmissão
pelo afídeo. O sequenciamento da polimerase também está
sendo concluído, restando ainda alguns fragmentos da região
5` para serem clonados e seqüenciados.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
Com o intuito de disponibilizar testes diagnósticos
sorológicos e/ou moleculares para a doença, inexistentes
até então, desenvolveram-se testes de nested PCR para a
região correspondente à polimerase e também para a região
do capsídeo. Tais testes se mostraram muito robustos e com
100% de reprodutibilidade, já tendo sido testado em mais
de 55 isolados diferentes do vírus, oriundos de diversos
municípios das regiões produtoras nacionais.
Um estudo sobre a diversidade genética dos isolados
virais brasileiros está em andamento, já tendo sido analisada
a filogenia de 48 isolados. Uma alta conservação da proteína
do capsídeo do vírus, com graus de identidade em torno
de 90% ou mais foi encontrada. A região da polimerase
apresentou um grau de diversidade um pouco maior.
Além disto, foi observada a presença de um novo vírus
recombinante, presente em três diferentes locais de coleta na
safra 2006/2008, associado a sintomas atípicos da doença.
Estes sintomas atípicos correspondem a um avermelhamento
das folhas abaixo do ápice, na região mediana da planta,
associado a sintomas típicos de DA na parte apical.
No momento também estão sendo testados antissoros
para duas proteinas recombinantes virais e para o vírus
purificado, com o objetivo de desenvolver teste sorológico.
Testes de western blot mostraram que os anticorpos
produzidos foram capazes de interagir com a partícula viral
purificada e com plantas infectadas com a DA. Agora tais
antissoros vão ser utilizados para tentar o desenvolvimento
de testes de ELISA.
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S 59
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
MESA REDONDA 2-C
Cultivos bioenergéticos tradicionais - doenças emergentes
Coordenador: Fernando C. Juliatti. UFU
Epidemiology of Soybean Rust and Prediction of White Mold
X.B. Yang. Department of Plant Pathology, Iowa State University, Ames, Iowa, USA.
E-mail: [email protected]
Part I: Soybean Rust Epidemiology
Soybean rust, caused by Phakospora pachyrhizi
was reported in South America in 2001 and the disease
has caused severe damage to soybean production in Brazil.
Apparently, it was dispersed into the southern part of the
continental U.S. by hurricanes in late summer 2004, as
predicted by weather models (Stokstad, 2004). In the US,
soybean rust spread from the over-wintering regions in
the Gulf Coast states to major soybean production regions
during each growing season. So far, soybean rust has shown
limited dispersal during a growing season in the southern
US and Argentina although environmental conditions in
most soybean production regions in America (south and
north) are considered conducive to the disease throughout
these regions. Intensive studies have been carried out to
examine the epidemiology of this disease in America (South
and North). New insights are revealed despite of the fact
that this disease has been studied over 20 years. Below I
summarized the new information on epidemiology of this
disease.
production region. When northern Arkansas becomes a new
bridge area for inoculum, rust could spread to major soybean
production regions. This bridging pattern agrees closely with
records of the 1970 southern corn leaf blight epidemic in the
US Corn Belt (Moore, 1970).
Observations in the US show that the fungus moved
in great distance but not the disease. Two independent
studies in the US reported that the fungus moves in great
distances northward in a growing season. A study led by
USDA in University of Minnesota detected soybean rust
spores with a molecular method from rain drops collected
nation wide. The rust spores were detected many times in
every state in northern soybean production regions in the
entire growing season. Another spore trapping study led by
University Arkansas showed that soybean rust spores can
be found throughout soybean production region including
Iowa. These studies have been done in two seasons and
clearly have showed that the rust fungus does move. So why
was disease not found in northern states such as Iowa except
for 2007 season ? Obvious disease movement is affected by
the biology of soybean rust fungus.
Regional Dispersals
Soybean rust is an airborne disease and obviously can
travel long distance with storm system as intercontinental
movements have been suggested by modeling results.
Evident from both Brazil and America suggested that this
disease has limited regional dispersal capacity for outbreaks
compared with other rust diseases.
The most obviously evidence is the seasonal
dispersal in the US. The spread of soybean rust in the US is
a combination of two dispersal modes. The first is epidemic
wave movement in regions where soybean is extensively
grown and the second is long-distance hops for geographic
areas where soybean growing areas are more sparsely
distributed over a large region, such as southern coast states.
Results from integrated aerobiology simulation (Kim and
Yang, unpublished), which is an integration of the High Split
model and soybean rust spore survival model, show that if
spores are produced in early April in soybean or kudzu in
central Florida, there is a high probability that it will reach
the southern Mississippi major soybean production region.
When this area is established as a bridge source area, spores
are likely to reach the northern Arkansas major soybean
Rain is a critical factor for disease outbreaks
Research at Iowa State University has addressed the
importance of rain on soybean rust epidemic by comparing
the situation in Brazil with the North Central soybean
production region using a soybean rust model developed in
China. A modified version was developed and paper has been
published in Phytopathology. It was found that the chance
to have epidemic for a particular growing season in northern
US is low according to historical weather data. This is also
applicable to Argentina. Recent new studies have shade
more light on the disease outbreak. We found epidemic of
the disease is sensitive to rain. Its outbreaks need a lot of
rain days and cloudy days. Brazil is quite unique to soybean
rust, very suitable to the disease. Rain, especially number
of rain days, is associated with rust outbreaks in Asia and
Brazil. Dr. Claudia Goody observed that epidemics in Brazil
seemed highly depended on rain because major losses were
found in areas with high frequency of rain during a growing
season.
The differences in amount of rain explain the
difference in outbreak risk of soybean rust between north and
south America. In Cerrado, the average amount of rainfalls
S 60
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
from January to March is about 24 inches. In Iowa for June
to August, the number is about 13 inches. Compared with
southern Brazil, the Iowa has equivalent amount of rainfall
with little less rain days. The implication is that in years
with precipitations suitable for rust epidemics in July and
August, the risk could be high in central Iowa only if the
disease shows up in July or earlier, such weather is rare.
Light as a limiting factor to spore survival
Previous analysis and prediction for soybean rust only
addressed the temperature and moisture factors. However,
inconsistence of the predictions suggests other unknown
factor limits the development of soybean rust outbreak. I
believe that light likely plays a critical role on soybean rust
outbreaks.
Observations on effects of light. Observations on
occurrence of the disease indicated that SAR may be a
light sensitive disease, a likely critical area which has not
been considered by researchers. In Florida, soybean rust
was found mainly in kudzu leaves under tree shade, not
in open ground, indicating light may affect soybean rust
development. Similar observations were also found in
southern Brazil and Paraguay. Previous studies reported that
soybean rust sporulation is mostly observed on the lower
surface of leaves. The disease always occurred in lower
leaves of a soybean plant when it was first detected although
the top leaves should have greater chance for infection
because they have more dew and large spore deposition
than lower leaves. This suggests the possibility of shade
effects on disease occurrence. The association of ASR with
rain days (Emerson et al, 2006) also suggests shade effects
from lengthy cloud in a raining season. In Asia, the disease
is more severe in mountain valleys because shade effects
from mountain. Most epidemics in Asia occur in fall, which
indicate day length effect of light.
Effects of light on ASR from Literature. KOCK and
his colleague reported germination tubes of ASR spores had
negative phototropism which means that this fungus grows
to the opposite direction of light beam. This is not a common
behavior for most germinating spores. Under stronger light
beams including natural sunlight, the negative phototropism
of germ tubes may affect later stages of the infection process
such as appressoria formation and penetration. Other studies
demonstrated that the number of appressoria formed from
germinated spores presenting germ tubes is higher in the
dark compared to light conditions. BONDE et al in USDA
(1976) exposed inoculated soybean plants to different
periods in the dark to observe penetration rates and number
of lesions formed. After 8 hours of darkness, they verified a
regular rate of 20% penetrations from observed appressoria.
However, they observed a remarkable increasing number
of lesions being formed with prolonged darkness exposure.
This data suggests that soybean rust requires darkness not
only for initial infection processes occurring on the leaf
surface but also for successful post-penetration processes up
to lesion formation.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
Evidence from experiments. In 2006 and 2007
growing season, ISU carried out experiments in collaboration
with University of Florida to examine the light effects on
the occurrence of soybean rust. Results show that disease
incidence was consistently reduced under full sunlight
treatment (L1) compared to the partial sunlight treatments
(L2-L4). When any daytime shading was provided (L2L4), the infection process initiated during the night was
successfully completed and significantly more diseased
leaves were observed. Similar patterns occurred for ASR
severity, with plants exposed to full sunlight treatment (L1)
presenting significantly fewer lesions per leaf. These results
explained previous observations that soybean rust occurs
under shaded. There was a large decrease in soybean rust
incidence when plants were exposed to more then 15MJ.
m-2 of solar irradiation accumulated during the day after
inoculation. Similar disease inhibition was detected even
when spores had enough night hours to germinate and
penetrate suggesting light interference in later stages of ASR
infection.
Evidence from modeling. To determine the light
effects on disease outbreak, computer simulations were made
by incorporation of cloudiness to estimate disease outbreak
using Brazil and South Africa data (Dias, 2007). Analysis
shows that although large amounts of rainfall have been
observed at Mato G. do Sul state (Brazil) both in the 2004_05
and 2005_06 growing seasons, the later season’s outbreaks
were unusually severe. This could be explained by the large
number of cloudy days during the season. Similar effect
has been observed in the 2003_04 growing season in Bahia
state, Brazil. In the US, high levels of sunlight are observed
during a summer which may limit ASR development even
in southern states where inoculum is present. The available
sunlight is limited at sub-tropical latitudes in the fall, which
may explain the considerable increment in ASR detection
observed during the fall in the US.
By adding light effects, Dias simulated ASR progress
in different regions and growing seasons in Brazil and South
Africa using logistic modeling. Previous field observations
were used for calculations of model parameters under
different light conditions. She calculated that in a sunny day,
ASR progress rate is reduced to 5% of the observed in a
cloudy day. The model successfully predicted the intensity
of ASR regional epidemics with a high correlation coefficient
between estimated and observed disease severity (r = 0.95).
The simulation with a cloudiness-based model successfully
projected Asian soybean rust outbreaks for major soybean
growing regions in Brazil and South Africa.
Light may affect several components in soybean rust
development. It has been recently reported that radiation
from sun reduced spores germination (ISARD et al 2006).
An intriguing point is that sunlight may also affect the latent
period and the expression of symptoms. Results suggest that
sunlight may reduce fungus ability to express symptoms. If
this is true, prolonged period of sunlight may be effective in
slowing ASR development. This idea agrees with the results
S 61
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
presented in the epidemiological study of ASR in Brazil and
South Africa where a cloudiness-based model was successful
in predicting disease outbreaks in both countries. Results of
this study also explain why number of rain days is associated
with outbreak of soybean rust.
Soybean rust forecasting
Since the rust has established in the continental U.S,
the rust outbreaks depends on dispersal from the southern
states to northern major soybean production regions.
The reasonably reliable prediction of the disease activity
is crucial. In collaboration with St. Louis University, a
seasonal forecast system was developed using climate
model and rainfall disease model. The forecast provide
weekly dispersal of soybean rust spores and weekly risk
map. Forecast a month ahead of made in weekly to provide
progressive, self correct prediction. During 2005 and 2006
growing seasons we ran our disease forecasting system
which includes weekly spore dispersion prediction and
monthly weather favorability in advance. So far we have
successfully predicted the occurrence of disease in southern
states and occurrence in northern states. The forecasts
were disseminated to state sentinel plots coordinators,
seed industry, university extension staff who interpreted
communicated with producers through various media. We
also provided weekly soybean rust outlooks to general
public. Results so far are proven to be quite encouraging.
Part II: Soybean White Mold Prediction
Since the early part of this decade, Sclerotinia stem
rot of soybean, caused by Sclerotinia sclerotiorum, has
caused considerable damage in the north-central United
States. To determine the extent of its distribution and
associated factors, investigations were conducted in Iowa,
Illinois, Iowa, Minnesota, Missouri and Ohio. In each state,
soybean fields were randomly selected in collaboration with
the National Agricultural Statistics Service. From each field,
20 soybean stems of 20-cm length (from the base) were
sampled in a zigzag pattern. Over the four-year period, stem
samples were collected from 1,983 fields and assessed for
the presence or absence of the disease. Of the five states,
Sclerotinia stem rot was most prevalent in north-central
Iowa and southern Minnesota. The prevalence of the disease
was strongly related to cumulative departures from normal
maximum and minimum temperatures in July and August.
The disease was more prevalent when yearly temperatures
were below normal than when they were above normal.
The prevalence of the disease was exponentially related
to latitudinal positions of the fields reflecting the effect of
the north-south variations in temperature. There was no
relationship between precipitation and the prevalence of the
disease. Tillage also affect the occurrence of the disease (P
= 0.001 and P = 0.007).
Because effective control of this disease with
chemicals depends on knowing the possibility of disease
S 62
occurrence or when the white mold fungus produces
mushrooms, methods to predict the production of white
mold mushrooms during a growing season have been
developed. We have carried a study was to quantify the
effects of light, moisture, and temperature on the production
of white mold mushrooms (apothecium). Our study shows
that in addition to soil moisture and temperature, light
intensity also critically affects the production of white
mold mushrooms. A simple mathematical model has been
developed for predicting white mold mushroom production
to guide chemical control.
Based on the results from above two projects, the
regional prevalence of soybean Sclerotinia stem rot was
modeled using tillage practices, soil texture, and weather
variables (monthly air temperature and monthly precipitation
from April to August) as inputs. Logistic regression was
used to estimate the probability of stem rot prevalence with
historical disease data from four states of the North Central
Region of the United States. Potential differences in disease
prevalence between states in the region were addressed using
regional indicator variables. Two models were developed:
model I used spring (April) weather conditions and model
II used summer (July and August) weather conditions
as input variables. Both models had high explanatory
power (78.5 and 77.8% for models I and II, respectively).
However, predicted values of field incidence were generally
overestimated in both models compared with the observed
incidence. The results suggest that preseason prediction of
regional prevalence would be feasible. However, prediction
of field incidence would not, and a different site-specific
approach should be followed.
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Manejo de doenças iniciais do algodoeiro
Augusto César Pereira Goulart. Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS, Brasil.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Com o incremento da área de plantio de algodão
no Brasil, tem-se observado um aumento significativo
dos problemas fitossanitários, principalmente aqueles
relacionados à ocorrência de doenças na fase inicial
de desenvolvimento da cultura. As doenças iniciais
do algodoeiro, principalmente aquelas causadas por
Rhizoctonia solani, como o tombamento de plântulas
e a mela, estão amplamente disseminadas no Brasil,
principalmente nas regiões dos cerrados de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia,
freqüentemente causando danos significativos na fase
inicial de estabelecimento da lavoura, pela redução da
população de plantas.
Os níveis de danos causados por estas doenças são
dependentes de diversos fatores, porém, nas condições
do Brasil, o que mais tem favorecido a sua ocorrência
tem sido a monocultura do algodoeiro associada ao
preparo intensivo do solo, o que freqüentemente favorece
situações de alagamento e encharcamento contribuindo
para o aumento do potencial de inóculo do patógeno. Além
disso, a utilização de sementes com baixo vigor associada
ao plantio em épocas favoráveis à ocorrência destas
enfermidades, são também fatores predisponentes ao
ataque de R. solani, que devem também ser considerados.
Baseado em critérios de importância, patogenicidade
e ocorrência, nessa oportunidade serão discutidos os
aspectos relacionados ao manejo do tombamento e da
mela causados por R. solani.
A - Doenças iniciais do algodoeiro
Tombamento de plântulas
O “tombamento” é uma doença que ocorre na fase
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
de plântula (tombamento de pós-emergência) e ataca
as sementes por ocasião da germinação (tombamento
de pré-emergência). Esta doença é causada por um
complexo de fungos do solo e da semente, cujas espécies
podem variar grandemente de um lugar para outro. São
elas: R solani, Colletotrichum gossypii, C. gossypii
var. cephalosporioides, Fusarium spp., Pythium spp.,
Botriodiplodia theobromae e Macrophomina phaseolina.
Nas condições do Brasil, principalmente em se tratando do
algodão no cerrado (onde está 85% do algodão cultivado
no Brasil), o principal agente causal do tombamento de
plântulas é Rhizoctonia solani Kuhn grupo de anastomose
(AG)-4 (teleomorfo: Thanatephorus cucumeris (A.B.
Frank) Donk), pela freqüência que ocorre (mais de 95%
dos casos) e pelos danos que causa na fase inicial de
estabelecimento da lavoura. Alguns poucos relatos da
ocorrência de tombamento causado por Fusarium spp. e
Pythium sp. foram registrados, porém numa freqüência
muito baixa, o que os coloca numa condição de patógenos
secundários e de pouca importância epidemiológica. O
fungo Colletotrichum gossypii South var. cephalosporioides
Costa (causador de ramulose) também pode provocar
o tombamento de pré e pós-emergência, porém isso só
ocorre quando a incidência desse patógeno nas sementes
é elevada (acima de 20%, através de inoculação).
Considerando que, em condições naturais de infecção no
campo, a incidência máxima desse patógeno nas sementes
tem variado de 5% a 9%, a ocorrência de tombamento
no campo devido a este fungo não tem sido observada.
R. solani é um parasita necrotrófico, habitante natural do
solo. É um fungo polífago pois ataca um grande número
de espécies vegetais. R. solani pode ser transmitido pelas
sementes, porém raramente isto ocorre, motivo pelo qual
a semente não é considerada a principal fonte de inóculo
desse patógeno. Este patógeno, estando presente no solo
S 63
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
e/ou nas sementes, além de ocasionar perdas significativas
na fase de plântulas (falha no estande), pode servir ainda
como fonte de inóculo para culturas subsequentes. Os
sintomas caracterizam-se inicialmente pelo murchamento
das folhas com posterior tombamento das plântulas. Este
fungo provoca lesões deprimidas e de coloração marromavermelhada no colo e nas raízes das plântulas de algodão.
Mela
Uma nova doença no algodoeiro vem chamando
a atenção pela forma que se apresenta e pelos danos que
vem causando na fase inicial de desenvolvimento da
lavoura. Trata-se da “mela”, também causada pelo
fungo R. solani. O primeiro relato da ocorrência
desta doença foi na safra 2004/05, no estado de Mato
Grosso. Desde então, já foi detectada também nos
estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás
e Bahia. Esta doença ataca o algodoeiro na fase inicial
de desenvolvimento (fase de plântula - cotiledonar),
reduzindo o estande e, em casos mais sérios, levando à
ressemeadura, onerando ainda mais o custo de produção
e reduzindo o potencial produtivo da lavoura, em função
da semeadura ser realizada fora da época recomendada.
Os sintomas iniciais caracterizam-se pela presença de
lesões nas bordas dos cotilédones. A infecção evolui
para o encharcamento (anasarca), seguida de destruição
total dos cotilédones com posterior morte da plântula.
Isolamentos realizados de material doente (plântulas de
algodoeiro com sintomas típicos de mela, provenientes
dos diferentes estados onde a doença foi detectada)
mostraram, na totalidade dos casos, a presença de um
crescimento profuso de hifas e micélio sobre os tecidos
doentes, o que foi identificado posteriormente como
sendo R. solani, considerado agente causal primário
da doença, confirmando assim a etiologia desta
enfermidade. Colônias do patógeno provenientes de
diferentes isolados e localidades foram enviadas para a
determinação do grupo de anastomose (AG) e resultados
preliminares apontam para o AG4-HGI, que também pode
estar associado a sintomas foliares, sendo este o primeiro
relato em algodoeiro no Brasil (1).
B - Estratégias de manejo visando o controle das
doenças iniciais do algodoeiro
Época adequada de semeadura
Em função de baixas temperaturas favorecerem
a severidade e a incidência do tombamento causado por
R. solani, recomenda-se evitar semeaduras anteriores a
meados de outubro. Sob baixas temperaturas, sementes
de algodoeiro exsudam maior quantidade de açúcares e
aminoácidos, o que é extremamente favorável ao ataque
do patógeno. Estas condições atrasam a germinação ou
tornam mais lento o processo de emergência, mantendo a
plântula num estágio suscetível por um período mais longo.
Assim, a necessidade de adoção de medidas de controle,
S 64
tais como o tratamento de sementes com fungicidas, tem
sido claramente demonstrada sob condições de solo com
temperaturas baixas.
Tratamento químico das sementes
De todas as práticas recomendadas para o
controle do tombamento, o tratamento das sementes com
fungicidas eficientes assume um importante papel, sendo
considerado, até o momento, a principal medida a ser
adotada e a opção mais segura e econômica (representa
apenas 0,17% do custo total de produção) para minimizar
os efeitos negativos desta doença. Trata-se de prática
indispensável quando se reduz a quantidade de sementes
na semeadura, com vistas a eliminar a operação de
desbaste, sendo reconhecida em todo o mundo como
uma medida das mais eficazes e convenientes, tornandose cada vez mais difundida e adotada em esquemas de
controle integrado de doenças do algodoeiro. A cada ano,
um grande número de fungicidas é testado com o objetivo
de verificar sua eficiência no controle do tombamento,
sendo que os melhores resultados são obtidos com
as misturas fludioxonil + mefenoxan + azoxyxtrobin
(5+15+30 g i.a./100kg de sementes), tolylfluanid +
pencycuron + triadimenol (75+75+50 g i.a./100kg de
sementes), carboxin + thiram (187,5+187,5 g i.a./100kg
de sementes) e tiofanato metílico + fluazinam (150+150
g i.a./100kg de sementes). Com relação á mela, até
o momento, não existe nada publicado oficialmente,
relacionado ao manejo desta doença. Informações
preliminares têm apontado o tratamento das sementes com
fungicidas associado á uma pulverização na fase inicial
de desenvolvimento da lavoura como uma das estratégias
mais eficientes e viáveis de controle desta doença. Desta
forma, resultados obtidos em condições de campo,
demonstraram maior eficiência de controle da mela com
a adição do fungicida PCNB, na dose de 375 g do i.a./
100kg de sementes às misturas fludioxonil + mefenoxan
+ azoxyxtrobin (5+15+30 g i.a./100kg de sementes),
tolylfluanid + pencycuron + triadimenol (75+75+50 g
i.a./100kg de sementes) e carboxin + thiram (187,5+187,5
g i.a./100kg de sementes). Excepcionalmente, quando as
condições climáticas estão muito favoráveis á ocorrência
da mela, além da realização do tratamento das sementes
com fungicidas, tem sido realizada uma pulverização com
o fungicida azoxystrobin, na dose de 200-300 ml/ha, com
bons resultados.
Rotação de culturas
A rotação de culturas é uma prática agrícola que
pode aumentar o rendimento da cultura na atividade
agropecuária. Sua adoção preserva ou melhora as
características físicas, químicas e biológicas do solo,
auxiliando também no controle de algumas doenças
que atacam o algodoeiro. No caso específico do fungo
R. solani, devido à versatilidade ecológica deste fungo,
isto pode não ocorrer, o que o torna de difícil controle
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
pela adoção desta prática. Isto é explicado, uma vez que
este fungo, além de apresentar estruturas de resistência,
possui uma habilidade de competição saprofítica muito
grande, sendo capaz de manter-se viável por muito
tempo em uma área, pois apresenta capacidade de trocar
de substrato. Desta maneira, qualquer espécie vegetal
alternativa integrante do sistema de rotação, pode lhe
servir de substrato. Apesar de toda esta dificuldade, a
adoção da rotação de culturas deve ser implementada,
uma vez que, quando usada eficientemente, pode
promover uma alteração qualitativa na microflora do
solo, favorecendo o crescimento e o estabelecimento de
microorganismos antagônicos ao patógeno, induzindo
assim níveis de supressividade a doenças, como no
caso da Brachiaria plantaginea.
Resistência genética
Sabe-se que a resistência genética é
potencialmente o mais econômico e eficiente método
de controle de doenças de plantas. Entretanto, não
se dispõe até o momento, de cultivares resistentes
a todas as enfermidades, tornando-se necessária a
adoção de outras medidas de controle para diminuir
as possibilidades de ataque de doenças. Atualmente
os programas de melhoramento, têm procurado
desenvolver variedades com melhor nível de resistência
às principais doenças do algodoeiro, tais como: doença
azul, vermelhão, mosaico comum, mancha angular,
ramulose, ramulariose, pinta preta, causada por espécies
de Alternaria ou Stemphylium, fusariose, verticiliose,
cercosporiose, antracnose, podridão de maçãs, além de
nematóides das galhas e reniforme. No caso de R. solani,
até o momento não se conhecia nenhuma informação
no Brasil que mostrasse o comportamento de cultivares
de algodoeiro frente a ação desse patógeno, até que
resultados obtidos na Embrapa Agropecuária Oeste,
em Dourados, MS, demonstraram a existência de
diferentes reações de algumas cultivares com relação
ao ataque do fungo R. solani. Desta forma, os genótipos
de algodoeiro que apresentaram menor incidência de
tombamento e menor percentagem de plântulas com
sintomas desta doença, demonstrando maior tolerância ao
ataque de R. solani foram CNPA ITA 90 II e BRS Aroeira,
seguidos de BRS Cedro.
Considerações finais
Considerando que o tratamento de sementes de
algodoeiro com fungicidas é a tecnologia mais empregada
e eficaz para o controle do fungo R. solani na cultura do
algodoeiro, a maneira mais eficiente de maximizar o seu
efeito é a sua adoção em conjunto com outras práticas
culturais (como por exemplo, a rotação de culturas e o uso
de cultivares mais tolerantes) que possibilitem minimizar
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
a ocorrência dessa doença pela redução do inóculo
inicial. É sabido que o desempenho de um determinado
fungicida depende, dentre outros fatores, da população
de fungos no solo, ou seja, é influenciada pela pressão de
inóculo do patógeno no solo e também pelas interações com
outros fungos, o que pode evidenciar um controle biológico.
Desta maneira, quando analisada sob a ótica dos princípios
do manejo integrado de doenças, sugere-se, em áreas com
histórico de altas populações de R. solani, dar preferência às
cultivares que apresentam melhor comportamento frente ao
patógeno, visando otimizar a eficácia do fungicida aplicado
às sementes de algodoeiro.
(1) Comunicação via E-mail da Profa. Dra. Maisa Ciampi,
UNESP, Jaboticabal SP, em 05.12.06.
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Ocorrência de doenças causadas por Sclerotinia sclerotiorum em girassol e culturas em sucessão
Regina Maria Villas Bôas de Campos Leite, Ademir Assis Henning. Embrapa Soja, Londrina, PR,
Brasil. E-mail: [email protected]
A ocorrência de epidemias causadas por Sclerotinia
sclerotiorum na cultura da soja, em regiões onde
ocorrem condições climáticas amenas na safra de verão,
principalmente nas chapadas dos Cerrados, em áreas acima
de 800 m de altitude, leva à necessidade da divulgação
de informações para minimizar o problema nas regiões
afetadas, particularmente naquelas onde se pretende fazer
o cultivo de safrinha com outras espécies suscetíveis ao
fungo, como o girassol e a canola. Esse fungo é considerado
um dos patógenos fúngicos mais importantes no mundo e
está distribuído em todas as regiões produtoras, sejam elas
temperadas, subtropicais ou tropicais. No Estado do Paraná,
em cultivos de girassol após a colheita da safra de verão, a
incidência da doença na haste e no capítulo foi alta (17,6%
a 100,0%), nas regiões de clima frio no inverno. A podridão
branca é a principal doença fúngica da canola no Paraná.
As doenças conhecidas como mofo branco ou
podridão branca recebem esses nomes em função dos
sintomas e sinais causados na planta: presença de lesões
encharcadas nos órgãos afetados, de coloração parda e
consistência mole, com micélio branco, de aspecto cotonoso,
cobrindo porções dos tecidos. Na soja, os sintomas ocorrem
geralmente no terço médio das plantas, atingindo haste
principal, pecíolos, folhas e vagens. No girassol, o fungo
pode afetar a raiz e o colo da planta, a haste e o capítulo.
Na canola, a podridão de hastes e caules durante a evolução
da doença é seca. Dependendo do órgão afetado, sintomas
reflexos também são observados nessas espécies, como a
seca da parte aérea.
O fungo produz estruturas de resistência
denominadas escleródios, dentro e na superfície dos
tecidos colonizados, que retornam ao solo com os resíduos
da cultura e são responsáveis pela sobrevivência do fungo.
Os escleródios podem permanecer no solo por até 11 anos,
conservando intacto seu poder patogênico. As sementes são
importantes veículos de disseminação de S. sclerotiorum,
através de escleródios misturados a elas ou de micélio
existente nos tecidos internos. A contaminação de lotes de
sementes com escleródios é particularmente importante para
o girassol, porque freqüentemente essas estruturas têm o
mesmo tamanho, forma e peso específico das sementes, o
dificulta sua remoção na operação de limpeza.
Em condições favoráveis e na presença de um
hospedeiro suscetível, o escleródio germina e pode produzir
micélio, que penetra diretamente nos tecidos da base da
planta, ou formar apotécios, que emergem na superfície do
solo e liberam os ascosporos. Em condições de alta umidade
relativa, acima de 70%, e temperatura ao redor de 20ºC, os
apotécios liberam ascosporos durante várias semanas, que
são responsáveis pela infecção da parte aérea das plantas.
O fungo invade os tecidos e provoca o seu apodrecimento.
S 66
O micélio desenvolve-se sobre um substrato formado por
tecidos mortos ou senescentes. A temperatura ótima para
o desenvolvimento do micélio situa-se entre 18ºC e 25ºC.
Assim, cabe salientar que a ocorrência de epidemias de mofo
branco na cultura da soja se dá em virtude da favorabilidade
climática para o fungo durante a safra, ou seja, excesso
de precipitação aliado a temperaturas amenas (abaixo de
20ºC). Sclerotinia sclerotiorum é um fungo polífago, tendo
como hospedeiros plantas de 75 famílias, 278 gêneros e
408 espécies. Entre eles, destacam-se soja, girassol, canola,
ervilha, feijão, alfafa, fumo, tomate e batata.
O controle da podridão branca é dificultado devido à
permanência de escleródios viáveis por um longo tempo no
solo, aliado ao fato de que os ascosporos que produzem a
infecção aérea podem ser provenientes de escleródios existentes
a longas distâncias, à falta de controle químico eficaz e à alta
suscetibilidade dos hospedeiros cultivados. Assim, o controle
mais efetivo baseia-se num programa integrado de medidas,
que incluem diversas práticas culturais.
Uma das recomendações de controle mais importantes
é evitar a utilização de sementes com escleródios que, uma
vez depositados no sulco de semeadura, poderão favorecer
a infecção do fungo. A análise da qualidade sanitária da
semente deve ser feita antes da implantação da cultura. O
uso de sementes certificadas, de procedência conhecida e
certificado fitossanitário de origem, é fundamental para evitar
a introdução do patógeno na área. Para a soja, a separação
dos escleródios pode ser feita durante o beneficiamento
da semente, pelo emprego do separador espiral seguido
da mesa de gravidade. Entretanto, para o girassol, essa
remoção torna-se difícil. O tratamento de sementes de soja
com fungicidas de contato (Captan, Thiram, Tolylfluanid)
ou com fungicidas sistêmicos associados ou não a produtos
de contato (Carbendazin, Carbendazin + Thiram, Carboxin
+ Thiram, Difenoconazole, Fludioxonil + Metalaxyl,
Thiabendazole, Thiabendazole + Thiram, Tiofanato metílico)
deve ser adotado como medida de segurança para reduzir a
possibilidade de transmissão do fungo por meio de micélio
dormente.
A rotação de culturas é fundamental para o manejo
da doença. Em áreas onde ocorreram epidemias recentes,
deve-se evitar o cultivo em sucessão com soja, girassol,
canola, ervilha, feijão, alfafa, fumo, tomate e batata, entre
outras culturas, devido à suscetibilidade a S. sclerotiorum,
retornando com esses hospedeiros na mesma área somente
após, pelo menos, quatro anos. A intercalação com culturas
resistentes a esse fungo, como as gramíneas (milho, aveia
branca ou trigo), serve para dar tempo para a degradação
natural dos escleródios por meio de seus inimigos naturais.
Uma medida fundamental para prevenir a ocorrência
de doenças causadas por S. sclerotiorum é reduzir ao máximo
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
os períodos de alta umidade e baixa temperatura na cultura.
Para isso, a escolha da época de semeadura é fundamental.
Para reduzir as chances de ocorrência de podridão de capítulos
de girassol, é imperativo evitar a época de semeadura que
resulte na floração em períodos de baixas temperaturas,
como ocorre no outono-inverno, na Região Sul do Brasil.
No Paraná, o cultivo de girassol, após a colheita da safra
de verão, está limitado a regiões onde não ocorram baixas
temperaturas e chuvas no outono-inverno; nessa condição, a
época de semeadura não deve ultrapassar meados de março e
deve-se optar por genótipos de ciclo precoce (100 dias entre
a emergência e a colheita), para evitar baixas temperaturas
no final do ciclo. Cabe salientar que a Embrapa Soja está
realizando estudos de zoneamento climático para o cultivo do
girassol em safrinha no Paraná, de modo a proceder à correta
indicação sobre a época de semeadura de menor favorabilidade
climática para a doença, nas diferentes regiões.
Outras práticas culturais são importantes para
minimizar os problemas causados por S. sclerotiorum. Em
lavouras irrigadas sob pivô central, deve-se diminuir ao
máximo o número de irrigações durante a floração, que é a fase
de maior suscetibilidade da planta à infecção. É conveniente
escolher menores densidades de semeadura e espaçamentos
maiores, de modo a permitir uma adequada aeração das
plantas e diminuir as chances de contato de plantas doentes
com plantas adjacentes. Deve-se evitar adubações excessivas
de nitrogênio, o que pode tornar os tecidos mais suculentos
e, conseqüentemente, mais suscetíveis ao fungo.
O controle químico do mofo branco na cultura da
soja não é recomendado pela pesquisa uma vez que não
existem fungicidas registrados para essa finalidade junto
ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA).
No caso do girassol, o controle químico da doença
não tem sido recomendado por vários aspectos: não existem
produtos com eficiência sistêmica, há dificuldade de proteger
todo o período da suscetibilidade do capítulo à infecção
(floração), além de não haver produtos registrados junto
ao DDIV/MAPA, para uso na cultura no Brasil. Verifica-se
também a necessidade de registro no Brasil dos produtos
adequados para o controle de podridão branca em canola.
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MESA REDONDA 3-A
Tópicos atuais em nematologia
Coordenador: Leandro G. Freitas. UFV
Melhoramento visando a resistência em nematóides no feijoeiro
Magno Antonio P. Ramalho & Flávia Fernandes Carneiro. Departamento de Biologia, Universidade
Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]
Entre vários fatores que afetam o desempenho do
feijoeiro no Brasil, os nematóides têm posição de destaque.
Entre eles destacam os nematóides formadores de galhas
Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica. A principal
alternativa de controle é o emprego de cultivares resistentes.
Essa apresentação tem por objetivo discutir o que está sendo
realizado visando a resistência a esse patógeno. Destaque
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
será dado nas diferenças na pesquisa dos Nematologistas e
dos Melhoristas. Alguns trabalhos de screening realizadas
visando a identificação de fontes de resistência serão
apresentados. Linhagens foram identificadas tendo bom nível
de resistência. Entre elas a ‘Pérola’, sendo essa uma das razões
do sucesso desta cultivar no Brasil, já que é uma das mais
utilizadas nos últimos dez anos. O controle genético tem sido
S 67
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
estudado e ao que tudo indica é monogênico ou oligogênico.
Há evidências também que o controle é independente para
formação de galha e reprodução dos nematóides. Ênfase será
fornecida na solução de problemas na obtenção de cultivares
resistentes que podem ser resolvidas com a cooperação entre
os Nematologistas e Melhoristas.
Molecules active against plant-parasitic nematodes
Denilson F. Oliveira. Departamento de Química, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil.
E-mail: [email protected]
The most disseminated methods to control plantparasitic nematodes are based on the use of nematicides such
as aldicarb, adoxycarb, cadusafos, carbofuran, chloropicrin,
cloethocarb, dazomet, DCIP, D-D, diamidafos, 1,2-dibromo3-chloropropane, 1,3-dichloropropene, 1,2-dibromoethane,
dichlofenthion, ethoprophos, fenamiphos, fensulfothion,
fosthiazate, isamidofos, isazofos, metam, oxamyl,
phorate, terbufos, thiomazin and triazophos (Ministério da
Agricultura, 2008). Although
����������������������������������������
these substances are essential
to produce food and fiber demanded worldwide, they present
negative aspects such as high toxicity to human beings and
other animals. Consequently, the use of some of them has
been forbidden in many countries (Chitwood, 2002). Possible
alternatives to circumvent such problem rely on natural
products, whose toxicity may be much lower than the ones
observed for the above-mentioned nematicides. An example
can be found in the work of Kusano et al. (2000), who detected
the in vitro activity against Pratylenchus penentrans by the
alkaloids penigekilone and peniprekinolone. Analogously,
ergotamine was highly efficient towards the immobilization
of Pratylenchus scribneri (Panaccione, 2005) and atropine
was a potent inhibitor of Heterodera rostochiensis juveniles
hatching out (Schreiber and Sembdner, 1960).
Besides alkaloids, phenols also seem an important
class of organic substances in the plant-nematode interaction.
Bajaj et al. (1983)
������������������������������������������������
observed that tomato plants resistant to
Meloidogyne incognita could produce o-dihydroxiphenols
and flavonols in higher amounts than the susceptible cultivar.
Actually, the nematicidal activities by natural products are
not restricted to such classes of organic substances. In the
case of Tagetes spp. and Asparagus spp. it was related to
sulfur containing substances (Bakker et al., 1979; Takasugi
et al., 1975), while the activity against nematodes by Tacca
spp. was due to multifunctional steroidal structures, which
were generically denominated taccanolides (Adam et al.,
2001). Even carbohydrates affect nematodes, though most
of them are universally considered nutrients. Fractionation
of the crude extract of onion bulbs (Allium cepa L.) guide
by in vitro assays with Meloidogyne exigua second stage
juveniles (J2) afforded sucrose as one of the substances
to which the nematicidal activity of such extract could be
attributed (Oliveira et al., 2007).
Another class of substances that surprisingly affect
nematodes is the one consisting of amino acids. When a
sample which had reduced the population of M. exigua in
S 68
coffee plants was submitted to a bioguided fractionation
process, alanine, glutamic acid, glycine, histidine, threonine
and valine were identified as the active substances. In
a similar experiment with coffee plants, cysteine at a
concentration of 8,490 µg/mL was as effective as aldicarb at
500 µg/mL towards reduction of such nematode population
(Oliveira, submitted for publication). Microorganisms
present great potential to afford nematicidal substances as
well. An example is Pseudomonas fluorescens, which can
produce 2,4-diacetylphloroglucinol (Cronin et al., 1997).
Analogously, Bacillus amyloliquefaciens can produce
a cyclic peptide, whose use as a nematicide has been
protected by a patent (Bendzko et al., 1998). A well known
example of nematicide producing bacterium is Streptomyces
avermectilis, which is an actinomycete able to synthesize
macrolactones denominated avermectins. These substances
are so active against plant-parasitic nematodes (Shen et al.,
2002) that have already undergone commercialization as a
nematicidal product to be used in several crops (Ministério
da Agricultura, 2008).
Fungi also appear as potential sources of nematicides.
An example is Aspergillus mellus, which can synthesize
aspyrone (Kimura et al., 1996). Similarly, it is worth
mentioning Cladobotryum rubrobrunnescens, a cladobotrin
producing fungus (Wagner et al., 1998). Regarding
Omphalotin olearius, the activity against nematodes was
due to a cyclododepsipeptide denominated omphalotin A,
which has been protected by a patent (Anke et al. 1999).
Analogously, Fusarium moniliforme could produce two
nematicidal substances when grown in liquid medium,
being a cyclic peptide with nine units of N-methylglycine
one of them (Silva, 2001). Concluding, the great number of
studies about the nematicidal activity of organic substances
from natural sources has made clear the potential of such
compounds for the control of plant-parasitic nematodes.
Consequently, in the near future the production of some
of these molecules or their derivatives will probably be
optimized for their commercial use as nematicides.
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Parasitismo de Pasteuria thornei em Pratylenchus brachyurus e P. zeae
Vilmar Gonzaga, JM Santos, Renata CV Tenente, CB Matos. EMBRAPA Recursos Genéticos e
Biotecnologia, Brasília, DF, Brasil. ����������������������������������
E-mail: [email protected]
No Brasil, os estudos sobre espécies de Pasteuria
são ainda muito incipientes, principalmente com relação
a sua utilização no controle de espécies de Pratylenchus.
Diferentemente dos nematóides do gênero Meloidogyne,
onde somente o juvenil de segundo estádio é parasitado
por Pasteuria penetrans, os espécimes de Pratylenchus
brachyurus e P. zeae são parasitados por P. thornei em
todos os estádios de desenvolvimento. Com a locomoção
no solo de todos os estádios de vida desses nematóides,
há uma maior possibilidade de contato desses com
a bactéria. O objetivo desta publicação é relatar a
ocorrência de Pasteuria thornei em espécimes de P.
brachyurus e P. zeae, encontrados, respectivamente, em
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
um cultivo de abacaxizeiro (Ananas comosus), localizado
do município de Marco, Estado do Ceará e em plantas de
Dracena (Dracaena marginata), no Município de Juquiá,
SP. Os nematóides foram extraídos de amostras de raízes
e de solo. Verificou-se a presença de endósporos de P.
thornei aderidos externamente à cutícula de espécimes
de P. brachyurus, como também no interior do corpo
do nematóide. Em espécimes de P. zeae, observou-se a
presença de endósporos somente no interior do corpo
do nematóide. Mais pesquisas são necessárias para o
conhecimento do potencial de controle de isolados de P.
thornei sobre P. brachyurus, P. zeae e em outras espécies
de Pratylenchus.
S 69
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
MESA REDONDA 3-B
Tópicos em bacteriologia
Coordenador: Reginaldo S. Romeiro. UFV
Desafios no estudo de Candidatus Liberibacter e no controle do huanglongbing
Marcos A Machado, Carlos EF, Coletta-Filho HD. Centro de Citricultura Sylvio Moreira, Instituto
Agronômico de Campinas, Cordeirópolis, SP, Brasil. E-mail: [email protected]
Huanglongbing (HLB, doença do dragão amarelo)
ou greening é considerada uma das mais destrutivas doenças
de citros. Primeiramente detectada na Ásia, depois na África
do Sul, a doença foi pela primeira vez relatada no Estado de
São Paulo em 2004, na Flórida em 2005 e em Cuba em 2007.
Os principais sintomas da doença estão associados redução
de crescimento, sintomas generalizados de deficiência
nutricional, mosqueamento de folhas, florescimento fora de
época, redução de crescimento, assimetria e queda de frutos,
e sementes abordadas. Pelo menos três espécies candidatas
da bactéria são associadas à doença: Candidatus Liberibacter
asiaticus, Ca. L. africanus e Ca. L. americanus. Por não ser
cultivada, não ainda foi possível fechar o postulado de Koch,
mas evidências de detecção e transmissão por enxertia e
por Diaphorina citri não deixam dúvidas de que elas estão
inteiramente associadas com o desenvolvimento da doença.
A bactéria Gram negativa é restrita ao floema, distribuindose sistemicamente por toda a planta. Além de citros e gêneros
próximos, a bactéria pode ser transmitida por Cuscuta
spp. e se multiplicar experimentalmente em hospedeiros
herbáceos, como Catharanthus roseus, Nicotiana tabacum
e Lycopersicon esculentum.
Os desafios no desenvolvimento de trabalhos
com as bactérias causadoras do HLB estão associados à
inexistência de metodologia para seu cultivo, tendo como
conseqüência a falta de conhecimento sobre crescimento
e metabolismo, assim com a inexistência de informações
genômicas suficientes para complementar estudos básicos.
Em determinadas circunstâncias a presença de sintomas
inespecíficos associado a distribuição irregular e a baixíssima
concentração na planta faz com que o diagnóstico, tanto por
sintomatologia como por técnicas moleculares, nem sempre
seja preciso, necessitando, neste último caso, de repetições
nas etapas para se confirmar a diagnose. Estas características
fazem com que o período de incubação da doença seja difícil
de ser determinado, podendo variar de 3 a 12 meses em
condições de inoculação artificial via borbulhas. Por outro
lado, parece haver uma forte associação e especificidade da
bactéria com o vetor, no qual ela se multiplica ativamente,
limitando significativamente as abordagens de controle da
doença através do controle de vetor.
Embora muitos dos desafios relacionados possam
ser superados com a introdução de novas abordagens
de estudos e novas tecnologias, o principal desafio no
patossistema HLB é a falta de perspectivas de controle
da doença por métodos tradicionais, como supressão
e/ou controle do vetor, ou controle varietal. A bactéria
se multiplica em todos os genótipos de citros e gêneros
relacionados, excluindo as estratégias de melhoramento
clássico na obtenção de novas variedades, sem considerar,
evidentemente, os desafios no melhoramento desse grupo
de plantas. No entanto, a quebra no ciclo de transmissão
deverá ser a melhor opção para controle a médio e longo
prazo. Nesse estudo serão apresentados os principais
resultados sobre prevalência das espécies de Liberibacter
em diferentes genótipos de citros e gêneros afins,
similaridade genética e multiplicação da bactéria, sistema
de detecção por PCR em tempo real, transmissão e
multiplicação em hospedeiros alternativos, metagenoma,
aquisição e multiplicação no vetor.
Xylella fastidiosa: a bactéria e doenças de importância econômica que ocorrem no Brasil
Rui P. Leite Jr. Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil. E-mail: [email protected]
Xylella fastidiosa é uma bactéria Gram-negativa,
nutricionalmente fastidiosa e limitada ao xilema, que
causa doenças de importância econômica em diversas
plantas cultivadas A bactéria possui uma ampla gama
de hospedeiros que inclui espécies de pelo menos 28
famílias de plantas mono e dicotiledôneas. Embora muitas
plantas não apresentem sintomas, elas podem servir como
S 70
hospedeiros alternativos da bactéria e contribuir para o
desenvolvimento de doenças em plantas cultivadas. A
bactéria X. fastidiosa tem sido associada com doenças
em diversas plantas de importância econômica como a
doença mal de Pierce da videira, escaldadura da folha de
ameixeira, o “phony” do pessegueiro, e escaldadura de
folhas em carvalho, amendoeira e cafeeiro. Entretanto,
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
existe um determinado nível de especialização patogênica
da bactéria, e uma única estirpe de X. fastidiosa
normalmente não causa doenças em todos as plantas
hospedeiras da bactéria. Além disso, diferenças para
várias características da bactéria têm sido relatadas entre
as diversas estirpes de X. fastidiosa.
Doenças causadas por X. fastidiosa tem sido
reportadas na América do Sul desde a década de 1930.
A escaldadura da folha de ameixeira foi constatada
pela primeira vez na região do Delta do Rio Paraná, na
Argentina em 1935. Esta doença foi posteriormente
também reportada no Brasil e no Paraguai. A escaldadura
da folha de ameixeira tem se constituído em uma doença
limitante para a cultura da ameixeira japonesa (Prunus
salicina L.) e seus híbridos nos Estados do Sul do Brasil.
A utilização de material propagativo contaminado foi
certamente o principal meio de disseminação da doença
para novas áreas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná, nos anos 1970 e 1980.
Além disso, a presença de insetos vetores também
foi muito importante para a disseminação da bactéria de
planta para planta dentro de um mesmo pomar, ou entre
pomares próximos. Pomares do cultivar mais plantado
de ameixeira japonesa, Santa Rosa, foram totalmente
destruídos nos Estados do Paraná e Santa Catarina em
meados da década de 1970 e início da década de 1980.
Atualmente, a escaldadura da folha de ameixeira está
presente em praticamente todas as regiões produtoras de
ameixa do Brasil. Não existem cultivares de ameixeira
de alto valor comercial resistentes à escaldadura da
folha. Conseqüentemente, as estratégias de controle da
escaldadura da folha envolvem basicamente o plantio de
mudas livres da doença em locais sem histórico do problema.
A clorose variegada dos citros (CVC), causada por uma
estirpe de X. fastidiosa, foi reportada pela primeira vez na
região Noroeste do Estado de São Paulo em 1987. Uma
doença similar denominada de “pecosita” já havia sido
reportada na província de Missiones, Argentina, em 1984.
A CVC tem se constituído em uma das mais importantes
doenças que ocorrem em laranjas doces (Citrus sinensis),
afetando todos os cultivares de laranja de importância
comercial, como a Hamlin, Pêra, Valencia, Natal e Folha
Murcha. A doença não tem sido observada em outras
espécies de citros, como tangerinas, limões, limas ácidas
e pomelos. Mais de 45% das plantas de laranja no Estado
de São Paulo se encontram contaminadas com a bactéria
da CVC. Mudas cítricas contaminadas foi o meio mais
importante de disseminação da CVC para as diferentes
regiões citrícolas do Brasil.
Além disso, diversas espécies de cigarrinhas
sugadoras do xilema, da família Cicadellidae, também
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
foram identificadas como vetores da bactéria da CVC em
citros. Pelo menos 11 espécies de cigarrinhas pertencentes
à família Cicadellidea foram identificadas como
transmissoras da bactéria que causa a CVC. Entretanto, a
eficiência de transmissão de X. fastidiosa por cigarrinhas
em citros tem sido considerada relativamente baixa,
variando de 1 a 17%, dependendo da espécie transmissora.
Espécies da tribo Cicadellini, como Bucephalogonia
xanthophis e Dilobopterus costalimai, aparentemente são
mais eficientes na transmissão da bactéria em citros do
que espécies da tribo Proconiini. A CVC já está presente
em todas as principais regiões citrícolas do Brasil, e
também do Nordeste da Argentina. As estratégias de
controle envolvem a produção de mudas cítricas sadias,
utilizando telados a prova de insetos, controle de insetos
vetores e poda de plantas em estágio inicial da doença.
Mais recentemente, X. fastidiosa tem sido associada com
a seca dos bordos de folha de cafeeiro (Coffea arabica)
no Brasil. A bactéria foi constatada pela primeira vez em
cafeeiros da cultivar Mundo Novo (Coffea arabica) em
São Paulo em 1995.
Plantas infectadas com a bactéria apresentavam
depauperamento generalizado, folhas cloróticas, pequenas
e deformadas, e ramos com internódios curtos. Cafeeiros
doentes normalmente apresentavam também seca e morte
de ramos. Sintomas de queima de bordos de folhas também
tem sido associados à ocorrência de X. fastidiosa em
cafeeiro. Atualmente, a presença da bactéria em cafeeiro
já foi constatada nas principais regiões produtoras de
café do Brasil, incluindo os Estados do Paraná, São
Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espirito Santo,
Bahia, Goiás e Distrito Federal. No Paraná, a bactéria X.
fastidiosa está presente em todas as regiões produtoras de
café. Na região Norte do Estado foi constatado em torno
de 80% das plantas infectadas pela bactéria em lavouras
comerciais de café, com maior incidência da bactéria em
plantas com idades entre 16 e 20 anos. Por outro lado,
não foram constatadas diferenças em relação à ocorrência
da bactéria nas principais cultivares de cafeeiros. Além
de C. arabica, X. fastidiosa também tem sido encontrada
associada a outras espécies de Coffea, como C. kapakata,
C. canephora var. Conilon, C. canephora var. Robusta, C.
racemosa, C. dewvrei, C. stenophylla e C. eugenioides.
Híbridos interespecíficos de C. arabica com outras
espécies de Coffea também são susceptíveis à infecção
pela bactéria X. fastidiosa, como é o caso de híbridos entre
C. arabica e C. dewvrei, C. eugenioides, C. racemosa e
C. robusta. Como a descoberta da ocorrência da bactéria
em cafeeiro ainda pode ser considerada como recente,
não se possui uma avaliação clara dos danos causados ao
cafeeiro por essa associação com X. fastidiosa.
S 71
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
Bactérias fitopatogênicas exóticas: introduções recentes
Júlio Rodrigues Neto. Centro Experimental do Instituto Biológico, Laboratório de Bacteriologia Vegetal,
13001-970, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected]
Espécies exóticas podem ser definidas como
organismos estranhos a uma comunidade local, e que
podem ser nela introduzidos intencional ou acidentalmente,
apresentando-se potencialmente daninhos ou não,
dependendo do tipo de organismo. Algumas espécies podem
ser introduzidas com objetivos específicos, e podem ou não
competir com as espécies nativas, conforme a sua capacidade
de adaptação ao novo ambiente.
A introdução acidental ou natural de um fitopatógeno
exótico em uma região indene poderá afetar a produção
bem como a qualidade dos produtos agrícolas produzidos e
provocar impacto à economia do país com o desabastecimento
e aumento nos custos de produção. Poderá ainda provocar
perdas de mercado de exportação com embargo dos países
importadores e também a substituição da cultura agrícola por
outras de menor significado econômico, além da necessidade
de implementar pesquisas visando resistência ao patógeno
introduzido. A longo prazo, o manejo do patógeno poderá
provocar alterações no meio ambiente, com o acúmulo de
resíduos de pesticidas no solo, água e nos alimentos, além
da seleção de linhagens resistentes.
O exemplo histórico da epidemia da requeima da
batata (cujo agente causal é Phytophthora infestans) na
Irlanda (1845 a 1846), a qual resultou na morte de cerca
de meio milhão de pessoas e na imigração de 1,5 milhões,
ilustra significativamente a introdução de patógeno exótico
em área outrora indene. Por outro lado, o aumento do
comércio internacional de produtos agrícolas, bem como a
busca de novas variedades e diversidade genética das plantas
cultivadas, influem diretamente nos riscos de introdução
e dispersão de nova(s) praga(s) nas culturas, algumas de
importância estratégica para o país.
No Brasil, a maioria das espécies vegetais cultivadas
economicamente é oriunda do exterior, devido ao intercâmbio
de materiais vegetais (mudas, material de
propagação, sementes, frutas, etc.) desde a época de
sua colonização. Por exemplo, no período de 1976 até 2006
foram analisados pelo EMBRAPA – Cenargen mais de 500
mil acessos de plantas resultantes de importação, exportação
e trânsito interno no Brasil (Vilarinho et al., 2007).
É de se esperar, portanto, que muitos dos patógenos
reconhecidos no território nacional foram introduzidos
juntamente com os materiais vegetais. Exemplo marcante
de introdução de organismo exótico no país é a bactéria
Xanthomonas axonopodis pv. citri, agente causal do cancro
cítrico, detectada em 1957, e para o seu controle já foram
empregados milhões de reais. No caso específico das bactérias
fitopatogênicas, mais de 20 gêneros bacterianos já foram
assinalados em nosso país (Robbs et al., 1981; Marques et
al., 1994; Almeida, 2001; Romeiro & Rodrigues Neto, 2001),
sendo que algumas das espécies contidas nesses gêneros são
S 72
responsáveis por grandes perdas econômicas, muitas vezes
limitantes à exploração comercial das culturas.
Malavolta Jr. et al. (2008), num exaustivo trabalho de
revisão, relacionam os registros de bactérias fitopatogênicas
no Brasil, onde são mencionadas mais de 700 publicações
pertinentes. Dentre os patógenos bacterianos considerados
“genuinamente” nacionais, estão pouco mais de 20 espécies
(e/ou patovares), alguns dos quais listados na Tabela 1.
Por outro lado, devemos ter em mente que, embora
uma espécie bacteriana já tenha sido diagnosticada no país,
a introdução de material vegetal deve ser evitada, haja
vista que a população de um patógeno na natureza não é
homogênea, podendo ocorrer diferentes variações em
uma única espécie ou patovares. Por exemplo, elementos
extracromossômicos, como plasmídeos, diferenças nos
sistemas regulatórios de patogenicidade, sistemas de
secreção, biofilmes, exopolissacarídeos, etc. Ainda, o
desenvolvimento de variedades de plantas resistentes numa
cultura, pode levar à evolução bacteriana, selecionando
linhagens que se sobrepõem à resistência.
Além do cancro cítrico, outras doenças causadas
por bactérias e de importância econômica significativa
foram introduzidas no país, principalmente as que afetam
plantas perenes. Dentre estas, destacam-se Rhizobium
vitis em videira (Oliveira et al., 1994), Xylella fastidiosa
em ameixeira (French & Kitajima, 1978) e Xanthomonas
campestris pv. viticola em videira (Malavolta Jr. et al.,
1999). Em 2004 foi identificada a doença “huanglongbing”
(HLB) também conhecida por “greening” em pomares de
citros no Estado de São Paulo (Teixeira et al., 2005). O
agente causal Candidatus Liberibacter americanus, uma
bactéria Gram-negativa (alpha proteobacteria) limitada ao
floema, ainda não cultivável em meio de cultura artificial,
é caracterizada por técnicas moleculares, tem se mostrado
um dos patógenos mais destrutivos à cultura dos citros, além
de ser disseminado rapidamente por meio de insetos vetores
(psilídeos). Posteriormente, também foi identificada a
variante Candidatus Liberibacter asiaticus, e que atualmente
é predominante nos plantios de citros afetados (A.J. Ayres,
informação pessoal).
Outras bactérias introduzidas no país, que afetam
plantas de ciclo curto ou anuais, algumas de importância
econômica, como é o caso de Acidovorax avenae subsp.
citrulli (em melão, melancia), Xanthomonas albilineans,
Xanthomonas axonopodis pv. vasculorum e Leifsonia
xyli (em cana-de-açúcar), Xanthomonas axonopodis pv.
phaseoli (feijoeiro) e outras como Pseudomonas savastanoi
pv. phaseolicola, Pseudomonas syringae pv. tabaci
(hospedeiros diversos), Xanthomonas axonopodis pv.
dieffenbachiae, Xanthomonas campestris pv. campestris
e patovares de Xanthomonas translucens, embora estejam
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
estabelecidas nas áreas de cultivo, podendo causar sérios
danos às culturas, podem ser manejadas com aplicação de
técnicas agronômicas.
Importante é a confecção de Listas de patógenos
bacterianos para indicar: (i) as espécies não-indígenas e
que eventualmente possam ser introduzidas e se estabelecer
no país; (ii) relacionar as espécies já presentes e que são
encontradas em áreas limitadas, e que acidentalmente
possam ser introduzidas em outras regiões. A Tabela 2
relaciona algumas bactérias não identificadas no país, e que
representam grande potencial destrutivo para a agricultura
nacional.
È obvio que um determinado patógeno está sempre
em situação dinâmica, e as listas são tentativas, e servem
como base para análise de risco. Neste último caso,
temos o exemplo recente de Xanthomonas campestris pv.
viticola em Roraima (Halfeld-Vieira, 2006). As diretrizes e
estratégias para a exclusão de fitopatógenos no país são de
competência do MAPA, que propõe ações para contenção
desses patógenos. O MAPA por sua vez, conta com o
apoio de instituições como o CENARGEM/EMBRAPA e
de laboratórios credenciados. Serão discutidas ações para
elaboração de banco de dados e otimização de testes para
detecção de fitobactérias.
TABELA 1 - Algumas bactérias fitopatogênicas primeiramente identificadas em
território nacional
Espécie / patovar
Hospedeiro
Erwinia psidii
Pseudomonas caricapayae
P. syringae pv. garcae
Ralstonia solanacearum a
Xanthomonas axonopodis pv. anacardii b
Xanthomonas axonopodis pv. aurantifolii
Xanthomonas axonopodis pv. eucalyptii c
Xanthomonas axonopodis pv. manihotis
Xanthomonas campestris pv. arracaciae
Xanthomonas campestris pv. betae
Xanthomonas campestris pv. cordiae c
Xanthomonas campestris pv. passiflorae
Xanthomonas campestris pv. paulliniae
Xanthomonas campestris pv. silvia c
Xanthomonas campestris pv. viegasii
Xanthomonas marantae c
Xanthomonas melonis
Xylella fastidiosa (CVC)
Psidium guajava
Carica papaya
Coffea spp.
Citrus aurantifolia
Eucalyptus spp.
Manihot esculenta
Arracacia xanthorrhiza
Beta vulgaris
Cordia goeldiana
Passiflora spp.
Paullinia cupana
Helianthus annuus
Pachystachys lutea
Maranta arundinacea
Cucumis melo
Citrus spp.
a = espécie cosmopolita, amplamente distribuída no globo;
b = sin. X. axonopodis pv. mangiferaeindicae
c = considerados nomes não válidos
TABELA 2 - Algumas bactérias fitopatogênicas de importância econômica, ainda não detectadas no país
Espécie / patovar
Doença
Hospedeiro
Clavibacter michiganensis subsp. sepedonicus
Erwinia amylovora
Erwinia tracheiphila
Pseudomonas celebensis
Pseudomonas syringae pv. passiflorae
Rathaybacter iranicus
Rathaybacter rathayi
Rathaybacter tritici
Spiroplasma citri
Xanthomonas campestris pv. musacearum
Xanthomonas cassavae
Xanthomonas oryzae pv. oryzae
Xanthomonas oryzae pv. oryzicola
Xyella fastidiosa
Xylophilus ampelinus
Podridão anelar
Queima
Murcha
“Blood disease bacterium”
Mancha oleosa
Gomose
Gomose
Gomose
“Stubborn”
Murcha bacteriana
Necrose
Crestamento foliar
Estria foliar
Mal de Pierce
Crestamento bacteriano
Batata
Rosáceas
Cucurbitáceas
Banana
Maracujá
Trigo
Centeio e gramas
Trigo e gramas
Citrus spp.
Banana
Mandioca
Arroz
Arroz
Videira
Videira
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
S 73
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
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Embrapa para a preservação ambiental em termos de sanidade
agropecuária.. Artigo em Hypertexto. Disponível em: http://www.
infobibos.com/Artigos/2007_2/quarentena/index.htm
MESA REDONDA 3-C
Engenharia genética para resistência a doenças de plantas
Coordenador: Mário Lúcio V. Resende. UFLA
Engineering resistance to fungal pathogens: strategies and impact of novel technologies
Maarten Stuiver. Project Manager Genomics, BASF Plant Science GmbH, Limburgerhof, Germany.
E-mail: [email protected]
The importance of increasing productivity in
agriculture globally cannot be overstated. With global
population increases as projected and changes in
consumption patterns towards diets with ore meat will occur
in developing countries the need to grow our agricultural
productivity significantly is extremely urgent. If biofuels are
also to be produced, to reduce dependency on mineral oil
and reduce carbondioxide net production, the pressure on
agriculture will be dramatic.
The reason for this is that agricultural land is not
available much more that used today. Roughly 1400
million hectares of land are suitable to efficient agriculture
globally, and there is no technology readily available
or being developed to create more sheer area that can be
used. More intensive agriculture will mean also increased
S 74
protection against pests and pathogens. Despite the use of
highly effective fungicides (total value 6 B$ per year) total
losses due to fungal pathogen infections globally reach
several billion dollars per year and therefore it is imperative
to develop strategies to improve our crops with respect to
fungal resistance.
Luckily, we live in an age where technology is
developing rapidly, opening up opportunities for engineering
resistance to pests and pathogens. New sequencing technology
allows cost-effective surveys of pathogen genomes and
thus, reconstruction of the molecular basis of pathogenicity,
which will in future certainly speed up strategies to engineer
resistance. In my talk I will discuss strategies to engineer
fungal resistance and focus on how novel technologies can
help to engineer resistance in a more targeted way.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
Genetic engineering applied to the development of plants resistant to viruses and fungi
Francisco JL Aragão1, Faria JC2, Dias BBA1, Ribeiro SG1, Tinico ML1, Cunha WG1, Cruz ARR1.
1
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF, Brazil; 2Embrapa Arroz e Feijão, Santo
Antônio de Goiás, GO, Brazil. E-mail: [email protected]
Plant genetic engineering has promised researchers
improved flexibility with regard to the introduction of new
traits into cultivated crops. A variety of approaches has been
applied to produce pathogen-resistant transgenic plants, some
of which have proven to be remarkably successful, especially
for virus, nematode, and more recently for fungal resistance.
Since the first reports of CMV-resistant transgenic plants,
many strategies have been utilized to achieve virus-resistant
plants (VRP), mainly involving expression of the coat protein
(CP) genes, transdominance and post-transcriptional gene
silencing (PTGS). In order to obtain common bean plants
resistant to the Bean golden mosaic virus we transformed
plants with the viral genes Rep-TrAP-REn and BC1 cloned
in antisense orientation and two transgenic lines presented
delayed and attenuated viral symptoms. Using the strategy
of transdominance, transgenic bean lines (expressing a
mutated rep gene) revealed resistance to the virus. More
recently, the concept of using RNAi construct to silence the
AC1 viral gene has been explored to generate highly resistant
transgenic common bean plants. A similar strategy has been
used to achieve Geminivirus-resistant tomatoes. Regarding
fungal resistance, we have developed strategies to express
some antimicrobial genes, mainly those coding for small
peptides, to obtain Sclerotinia-tolerant lettuce and soybean
lines. Studies on the behavior of transgenic plants under
field conditions have been conducted. Biotechnological
tools complement those from classical breeding and have
the potential to accelerate the generation of new varieties
containing genes from agronomic traits, which are difficult
to be found in the primary or secondary gene pool.
MESA REDONDA 4-A
Aplicações de microscopia no estudo da interação planta-patógeno
Coordenador: Eduardo Alves. UFLA
Applications of electron microscopy to plant pathology: emphasis on plant-pathogen interactions
Richard J. Zeyen. Department of Plant Pathology, University of Minnesota, Saint Paul, Minnesota,
USA. E-mail: [email protected]
Human beings are visually oriented. Nearly 90% of
the information a normal human takes in comes in the form
of visual images. Human learning and understanding require
visualization. Microscopes aid this learning requirement by
making objects “visible” to us that our eyes cannot see.
Indeed, we would know little or nothing about the microbial
world were it not for various types of microscopes.
Limitations of the resolving power of light microscopy
spurred the invention and utilization of electron microscopy,
so that we might “see” even smaller objects. Today electron
microscopes are essential tools for plant pathologists. The
images from these instruments make it possible for us to
visualize plant-pathogen interactions. Images from various
types of microscopes (correlative microscopy) when joined
with results from biochemistry, genomics and molecular
biology experiments, add great depth and comprehension to
our understanding of plant-pathogen interactions.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
An example for correlative microscopy
The Powdery Mildew Disease of Cereal Crops
Powdery mildew disease of cereal crops is one of
the most wide spread and damaging of cereal diseases.
The development of the causal agent, Blumeria graminis
(an epidermal penetrating, biotrophic fungus,) and
corresponding cereal plant epidermal cell responses
have been studied using light microscopy for more
than 100 years. Modern studies of B. graminis and
cereal plant epidermal cell interactions use correlative
microscopy. In these studies various tissue preparation
protocols and types of light, scanning electron and
transmission electron microscopy are correlated with
biochemical, molecular and molecular genetic data to
give a comprehensive and deep understanding of this
plant-pathogen interaction.
S 75
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
The successful Blumeria graminis – plant interaction
Understanding the chronology of B. graminis-plant
infection begins with light and electron microscopy images
of conidial spores on plant epidermal cell surfaces. Upon
landing, conidia release pre-formed extra-cellular materials
(ECM) from round structures on their exterior cell walls. This
ECM contains glycoproteins that bind spores to epidermal
cell surfaces. The ECM also contains esterase enzymes that
degrade wax and cuticle materials. Presumably, esterase
activity releases molecules that conidia “sense” to determine
if they are on a suitable surface for further germination. For
B. graminis, the first germination event produces a primary
germ tube (PGT). The PGT adheres to the plant cuticle and
partially penetrates into the plant’s epidermal cell wall. PGTs
never fully penetrate plant epidermal cell walls. If the small
PGT infection peg “senses” cellulose, and relays signals, its
conidium will send out an appressorial germ tube (AGT).
The AGT grows for about 6-8 h and then flattens
its terminus to form an appressorium. The appressorium
secretes materials from paramural bodies in its cytoplasm;
these paramural bodies form a circular pattern or ring within
the appressorium. From the center of this ring, whose contents
soften and digest the appressorium’s cell wall, emerges a
very small infection hyphae or “penetration peg” (PP). The
PP uses high osmotic pressure to force itself through the
appressorium wall and into the partially predigested plant
cuticle and epidermal cell wall. The plasma membrane of
the epidermal cell retreats in front of the PP. As the PP
develops into a haustorium, the host cell plasma membrane
surrounding it is modified. It becomes the “extra haustorial
membrane”. Once a functional haustorium is established,
it and the infected epidermal cell become a strong sink for
importation of photosynthates. The haustorium actively
absorbs glucose, sucrose and simple amino acids to “feed”
developing surface hyphae. Surface hyphae grow and form
additional appressoria. These then penetrate and form yet
more haustoria. These added haustoria supply nutrients
for even more surface hyphae. Eventually surface hyphae
produce conidial initials and abundant chains of conidia.
Under extreme environmental conditions or plant senescence,
surface hyphae form asci and ascospores, thus allowing this
Ascomycete fungus to complete its sexual cycle.
Penetration resistance in the Blumeria graminis – plant
interaction
Plant epidermal cells quickly sense B. graminis
conidia on their surfaces. Presumably, plant cells sense
soluble conidial materials, and the byproducts of fungal
enzyme activity from cereal plant cuticles. Within 30 minutes
of inoculation cereal plants begin to transcribe abundant
mRNA of phenylalanine ammonia-lyase and mRNA of
other plant defense related response genes. Simultaneously,
epidermal cell nuclei migrate to within 10 µm of the PGT
attack sites and often double their DNA contents. Small
epidermal cell cytoplasmic aggregates accumulate directly
subtending the partial PGT penetration sites. Presumably
S 76
the epidermal cell nuclei migrate to be close to elicitors
formed by the attack of the PGT, and nuclear DNA contents
increase to give higher copy numbers of defense response
genes. It is thought that cytoplasm aggregates subtending
the PGT attack site may actually physically “hard wire”
signal transduction pathways leading to the nucleus. These
events when taken together appear to enhance the epidermal
cell’s ability to further respond to B. graminis attack. As an
appressorium begins its infection attempt, by producing a
PP, a much stronger epidermal cell response begins. A large
epidermal cell cytoplasmic aggregate forms directly beneath
the appressorium and the emerging PP. This cytoplasmic
aggregate is the site of vesicle-mediated deposition of
epidermal cell materials onto the inner surface of the
epidermal cell wall.
This deposited material is known as an epidermal
cell wall apposition (CWA) or a “papillae”. The principle
component of the CWA is a matrix of callose. The CWA occurs
regardless of a plant’s eventual resistance or susceptibility to
penetration and its deposition is accompanied by a small,
localized oxidative burst (H2O2). The CWA’s or papillae
relate to B. graminis penetration in two distinct ways:
(1) Often penetration fails when CWA’s are present; and
degenerate infection hyphae or penetration pegs can be
observed trapped in the CWA matrix. (2) Penetration may
succeed and the CWA resistance response is turned into a
“collar” for the neck region of the successful haustorium. In
this role the CWA helps seal the hole in the epidermal cell
wall made by the penetration peg and forms a tight seal to
help contain the turgor pressure of the epidermal cell. As
CWA deposition events begin there is a strong, concomitant
up regulation defense response gene mRNA transcription.
One of these defense response genes encodes phenylalanine
ammonia-lyase, the gateway enzyme for phenolpropanoid
biosynthesis. Thus many phenolpropanoid molecules are
synthesized. In cases of penetration failure, high levels of
phenolics, hydrolytic enzymes, antifungal proteins, phenolic
conjugated polyamines and H2O2 are localized in the epidermal
cell wall surrounding appressorium contact (the “halo effect”)
and in the CWA. These are visualized using histochemistry,
fluorescence, and immunogold labeling procedures. A
successful CWA encases the PP and it then degenerates;
thus stopping the attempted infection. As these processes
occur cereal plants move silicon (Si) and other elements into
epidermal cells under attack. It is common to find silicon (Si)
locally deposited into the epidermal cell wall halo region and
in the CWA during B. graminis attack. Si assists in penetration
resistance and plant health at many levels. In the B. graminis
– cereal plant interaction Si, Ca, K, Cl, Mn and Mg may be
elevated and detected by X-ray microanalysis in combination
with either transmission or scanning electron microscopy.
Programmed cell death resistance in the Blumeria
graminis – plant interaction
If penetration resistance fails and B. graminis begins
to establish a haustorium then epidermal cell programmed
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
cell death (CPD) or “hypersensitivity” may be triggered. The
CPD is observed in race-specific, non-host and to a limited
extent (low frequency) in susceptible cereal plants. It may
be fast-acting and involve only attacked and/or immediately
adjacent epidermal and mesophyll cells. Fast-acting CPD
can only be observed using microscopy; it is not visible to
the human eye. Slow-acting CPD is the result of B. graminis
colonization that later becomes limited by extensive CPD.
Slow-acting CPD is visible to the human eye; it is the
“hypersensitive response” that most pathologists have
learned to recognize.
The B. graminis induced CPD begins with a strong
oxidative burst (H2O2) followed by nuclear disintegration,
cytoplasmic aggregation and collapse of the central
vacuoles of cereal plant epidermal cells. Simultaneously
B. graminis haustoria collapse, as do surface hyphae fed
by these haustoria. No further fungal growth is possible
and further infection and sporulation ceases.Finally, dying
plant cells totally collapse; however, these cells are filled
with Si and other elements. They are literally entombed in
insoluble, opaline Si. The details of Si filling of B. graminis
induced CPD in epidermal cells are unknown. However the
process, as observed by light microscopy, appears much the
same as that followed by specialized epidermal cells whose
developmentally induced PCD leads to the formation of
phytoliths.
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Use of confocal and fluorescent molecular probes in the study of plant-pathogen interactions
Kirk J. Czymmek. Department of Biological Sciences and Delaware Biotechnology Institute, University
of Delaware, Newark, EUA. E-mail: [email protected].
The potential for understanding plant pathogenesis
using optical microscopy has grown tremendously over
the last decade. In large part, this is due to numerous
technological advances in equipment and fluorescent
molecular tags, both having dramatically extended our
ability to probe pathogen structures in fixed and living
cells (Czymmek, 2002). Optical sectioning techniques
such as deconvolution, confocal and multiphoton
microscopy have paved the way in this fluorescence
revolution. With plant structures in particular, confocal
and multiphoton microscopy have shown their utility to
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
extract high contrast, high-resolution optical sections noninvasively in both space and time (Czymmek, 2005). As
such, information regarding targeted subcellular entities,
tissues or even interactions with the local environment
can be readily garnered in vivo. Molecular approaches
using fluorescent proteins as biosensors and/or fusion
proteins have been especially helpful in surmounting
challenges associated with labeling structures through
semi-permeable and chemically diverse plant and fungal
cell walls (Czymmek et al., 2004). In its simplest form,
constitutive cytoplasmic expression of fluorescent
S 77
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
proteins within the pathogen allows a traceable, highly
specific method for following pathogen ingress and
subsequent disease events (Bourett et al., 2002; Czymmek
et al., 2007; Kankanala et al., 2007). More sophisticated
application of fluorescent proteins enables the direct
localization of specific organelles, proteins, promoter
activity and even ions in both the host and pathogen.
My lab is primarily dedicated to using
contemporary cytological tools in conjunction with
molecular approaches for understanding basic plant
and fungal cell biology, as well as their interactions
with each other. Data will be presented that explores
numerous applications of confocal microscopy for
optimal imaging of seeds, leaves and roots. In addition,
the theoretical and practical application of these
optical imaging technologies will be provided in the
context of plant pathogenesis. Special emphasis will be
placed on two-, three- and four-dimensional imaging of
fungal entities (Fusarium oxysporum and Magnaporthe
oryzae) and include contemporary methods for acquiring
relevant quantitative and qualitative information from
microscopic data.
REFERENCES
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MESA REDONDA 4-B
Sanidade de sementes
Coordenador: José da Cruz Machado. UFLA
New technologies for detection of seed-borne bacterial diseases
Jan van der Wolf, Jan Bergervoet, Cor Schoen. Plant Research International, Wageningen, The
Netherlands. E-mail: [email protected]
INTRODUCTION
Seed-borne pathogenic bacteria are considered as
the most important hazard in vegetable seed production. A
number of them are quarantine pathogens, and findings easily
result in high economic damage due to claims, back tracing
and eradication of infection sources, and loss of markets.
Sampling costs for seed testing are also high. Bacteria
are often present in low densities in seed and irregularly
distributed. At low incidences, even at a large sampling size,
false-negative results are easily obtained.
Control of seed-borne bacteria therefore requires an
integrative approach, which includes the use of pathogenfree basic seed, cultivation in dry area’s not conducive for
the pathogen, appropriate cultivation methods in which use
of overhead irrigation should be avoided, application of
S 78
hygienic practices and a avoidance of cross-contamination
during harvesting and sorting.
Detection methods play crucial role in control of
seed-borne bacterial diseases. They are required to monitor
disease development during seed production and for seed
testing. Methods should be able to detect reliably low
numbers of viable cells in a high number of seeds, be specific
and preferably able to distinguish virulent from non-virulent
variants of the pathogen, be robust, cost effective and easy to
perform. Most assays approved by ISTA and ISHI are based
on (seed wash) dilution assays, followed by characterization
of suspected colonies via PCR, serological assays and a
pathogenicity assay. These methods are often reliable, but
are time – and labour intensive, require a lot of technical
skills and are costly.
There is an ongoing search for alternative assays
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
with improved characteristics. This paper describes new
developments, in which combination of techniques based
on different principles are used, including (selective) growth
on solid media, direct viable staining, PCR amplification,
serology, and flow cytometric analysis of cells. It
��������
also
describes true multiplex assays that allow detection of
multiple targets on platforms suited for automated highthroughput screening.
DNA based techniques
Bio-PCR. Specific PCR-amplification procedures
have been developed for many different seed-borne bacteria.
However, PCR amplification on DNA extracted directly
from seed often lack sensitivity and will also detect dead
cells, which are often superficially present on the seed coat.
Both problems can be largely circumvented by using a BioPCR procedure, in which subsequently bacteria are grown on
selective agar media or in liquid media, bacteria are sampled
from plates or samples are taken from liquid media, DNA
is extracted and analyzed by (real time) PCR amplification.
This procedure is more time- and labour intensive as a direct
PCR amplification, but often results in a higher sensitivity,
because bacteria have multiplied and DNA-inhibited
compounds from seed were diluted in or diffused into the
growth medium.
PMA-PCR. In general, only viable bacteria will be
detected in Bio-PCR, but incidentally also dead bacteria
will cause positive reactions. In particular after disinfection
of seed with hot water, seed extracts can harbor large
densities of dead cells. This problem can be avoided by
using propidium mono-azide (PMA)-PCR. PMA is highly
selective in penetrating only into ‘dead’ bacterial cells with
compromised membrane integrity. Upon intercalation in the
DNA of dead cells, a photo-induced cross-linking renders the
DNA insoluble and results in its loss during genomic DNA
extraction from dead cells only. Evidence was provided that
PMA can be applied to a wide range of bacterial species. We
showed that PMA-PCR is potentially useful to determine
viability of Pectobacterium carotovorum and Xanthomonas
hortorum pv. carotae.
Multiplex amplification procedures. Detection and
isolation of slow growing bacterial pathogens, such as
Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis, by dilution
plating is often cumbersome, whereas regulations for this
quarantine organism oblige isolation and characterization to
full identity. Alternatives for isolation will only be acceptable
if procedures have at least the same sensitivity as plating
assays, result in a reliable identification of the pathogen, and
are able to detect exclusively viable cells. The use of PMA
prior to amplification can be used to meet the last demand.
Reliable identification can be achieved by (multiplex)
detection of different targets specific for the bacterial pathogen
simultaneously. Within Plant Research International, the
OpenArray™ NT Imager Genotyping System developed
by ������������������������������������������������������
BIOTROVE is currently explored for this purpose. This
array system allows real time amplification of 3000 target
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
sequences of 48 samples per array simultaneously. By using
the information from whole bacterial genome sequence
projects, a high number of target sequences, including those
associated with virulence, can be amplified simultaneously,
thus allowing reliable identification of bacteria without prior
isolation.
Proximity ligation. At present, lot of diagnostic
assays are based on real time PCR. Although those assays
are often very sensitive and suitable for high throughput,
molecular detection however is not always reliable, and
antigen detection is required.�������������������������������
������������������������������
A new technique that provides
the specificity of an immunoassay with the sensitivity and
manageability of PCR is proximity ligation. Proximity
ligation uses antibodies or other binding reagents, coupled to
oligonucleotides for proximity-dependent ligation reactions
that depend on dual recognition of target molecules. The
two oligonucleotide extensions hybridize with a free
oligonucleotide (or a padlock probe), followed by ligation
after which the new chimeric DNA strand can be amplified
by PCR or RCA (rolling circle amplification). It is expected
that such assays permit detection of as little as a few hundred
target proteins or single infectious agents in solution. The
specificity of the assay increases as the number of specific
epitopes on the target is increased, reducing the risk of
cross-reactive detection. The improbability of ligation in
the absence of the specific target ensures a low background
and thus high assay specificity. This combination of high
specificity and sensitivity offers opportunities for designing
multiplex assays that target antigens and/or antibodies
in a wide variety of samples. This technique will be in
particularly useful for slow growing (quarantine) pathogens,
e.g. Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis for
which highly specific (monoclonal) antibodies have been
generated and for which a highly sensitive detection is
required.
Flow cytometry
Flow cytometry (FCM). FCM is widely used in human
diagnostics but in plant sciences its use has been limited
to ploidy measurements. At Wageningen UR methods are
developed using FCM to aid plant pathology. Flow
���������������
cytometry
enables multiparameter analysis and quantification of
particles, such as bacterial cells. Particles are analysed on
the basis of size, granularity and emission of fluorescence, if
particles are fluorescent or stained with a fluorescent probe.
We developed a FCM immuno-detection procedure for
different seed-borne pathogenic bacteria in plant extracts,
including Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis
and Xanthomonas campestris pv. campestris. Extracts are
filtered and stained with Alexa488 conjugated antibodies.
The entire procedure is completed within 1 h and allows
detection of 1000 - 10.000 cells per ml of extract. FCM was
also evaluated for direct viable counting of bacterial cells
using combinations of propidium iodide (PI) and SYTO9, or
PI and carboxy fluorescein diacetate (cFDA). PI penetrates
only (dead) cells with damaged membranes, resulting in
S 79
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
a red fluorescence, Syto9 penetrates all cells, resulting in
green fluorescence, whereas cFDA is only converted into a
green fluorescent compound by viable cells.
Luminex detection. To make testing of plant material
on pathogenic bacteria by FCM more cost-effective,
microsphere immunoassays (MIA) were developed using the
Luminex xMAP microsphere technology. Microspheres ����
are
small paramagnetic polystyrene beads (ø 5.6 µM) on which
antibodies or other molecules can be covalently coated. At
the moment there are 100 different sets of these microspheres
available, and theoretically 100 tests can be performed at the
same time in one single sample. The sensitivity of the MIA
is comparable to a regular ELISA method and follows more
or less the same procedure. After sample extraction, extracts
are transferred to a microtiterplate and the microspheres
are added to the sample After an incubation period of 30
min, samples are washed and incubated for 30 min with
secondary antibodies labelled with a fluorochrome. A
Luminex analyzer is used to analyse samples. The
��������������
assay can
be completed within 2 hours and the use of consumables
such as microtiterplates, buffers and antibodies are reduced.
Tests were developed for the detection of plant pathogenic
�����������
bacteria and viruses.������������������������������������������
Bacteria can be detected in a multiplex
setting at a detection level of ca. 105 cfu per ml. MIA
can be combined with enrichment techniques similar as
described for Bio-PCR. During the assay bacterial cells are
immunocaptured on the paramagnetic beads and MIA results
can be readily verified with PCR.
Advances in Seed Health Testing
Valerie Cockerell. SASA, Scottish Government, Roddinglaw Road, Edinburgh, UK
E-mail: [email protected]
INTRODUCTION
Seeds are widely distributed in national and
international trade and germplasm is also distributed and
exchanged in the form of seeds in breeding programmes.
Fungi, bacteria, viruses and nematodes can all be carried
on or within seeds, some of which are pathogenic. With
the majority of the world’s food crops grown from seeds the
potential for seed-borne organisms to cause crop losses and
introduce disease or new pathotypes of existing diseases to
new areas ensures that seed health is an important factor in
crop production. Seed health testing plays a significant role
in the control and the prevention of these pathogens.
In the early twentieth century as the association
between seed and their ability to transmit plant disease was
recognised, methods for detecting pathogens on seed began
to be discussed and published. The most noteworthy of the
early pioneers in seed health testing was Dr. Lucy C. Doyer,
the first official seed pathologist when the first seed health
testing laboratory was established at the government Seed
Testing Laboratory in Wageningen. In 1938 Doyer published
the Manual for Determination of Seedborne Diseases’,
in the manual she describes reproducible methods for the
detection and identification of a number of fungi, bacteria,
nematodes and insects associated with seed. Doyer’s
methods were based mainly on macroscopic evaluations
e.g. presence of bunts and sclerotia in seed samples and
microscopic evaluation of seeds and seedlings mainly for
fungal fruiting bodies and seed washes for spores. From
the forties through to the sixties we saw the development of
S 80
what we now consider more ‘traditional’ methods involving:
direct examination, washing tests to examine spores (e.g.
Tilletia spp.) and embryo extraction (e.g.Ustilago nuda);
incubation methods including blotter (absorbent paper) (e.g.
Alternaria spp.) and agar plate (e.g. Ascochyta spp); growing
on tests (e.g. LMV); and isolation and culturing methods for
bacteria. Since then more sophisticated technologies have
become available such as immunological and molecular
techniques enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA)
and polymerase chain reaction (PCR).
Other major influences on the advancement of
seed health testing in the last 10-15 years include QA and
renewed impetus for International Method Validation due
to globalisation of markets and financial claims and court
cases against seed growers and seed suppliers where seedborne diseases in vegetable production have caused major
problems.
Traditional Methods
Traditional methods are still effective and the majority
of methods submitted to the ISTA International Rules for
Seed Testing (Anon., 2008) in the last five years would fit in
to this category. Some are methods which have been routinely
used in laboratories for years and have only recently been
validated through the ISTA Method Validation programme
e.g. Microdochium nivale/Triticum spp., (Cockerell &
Roberts, 2007) others have been further developed and
validated for use in routine testing. Xanthomonas campestris
pv. campestris/Brassicas is a good example where a change
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
of selective media from NSCAA (Schaad & Franken,1996)
to mCS20ABN (Roberts and Koenraadt, 2003) improved
detection and increased reproducibility amongst laboratories
when used with mFS medium. The use of mCS20ABN in
combination with mFS also reduced the likelihood of false
negatives due to sensitivity of strains to different antibiotics.
Within the literature we still find examples of modifications
to traditional methods which can enhance the detection of
a specific pathogen. In blotter tests for fungi the addition
of NaOH solution to the blotter has proved suitable for the
detection of slow growing pathogens such as Verticillium
sp in peanut and fenugreek mainly due to the suppression
of saprophytes (Elwakil et al, 2007; Elwakil and Ghoneem,
2002). The use of semi-selective media instead of malt has
proved valuable in testing Alternaria radicina on carrots,
(Pryor et al., 1994) and Alternaria brassicicola in brassicas
(Wu & Chen., 1999).
Traditional methods rely heavily on experienced
trained staff for identification and therefore detection of
pathogens. Accurate identification of suspect fungi or
bacteria is often difficult and time consuming. The presence
of saprophytes in both bacterial and fungal tests can
influence the result leading to the traditional methods often
being described as lacking sensitivity. Traditional methods
can be limiting in the time taken for testing with anything
from 7-12 days for a fungal blotter or agar test to 3-4 weeks
for bacterial tests and up to 6+ weeks for a growing on test.
On the other hand agar and grow out methods provide proof
of pathogen viability and agar and particularly blotter tests
provide cheap routine tests for fungal pathogens particularly
those that are generally present at levels above 1%.
Immunoassays
ELISA and immunofluorescence techniques offer
more rapid testing. The ELISA test has had a significant
impact on the testing for seed-borne viruses but has been
of a more limited value for the detection of bacteria and
particularly fungi due to both bacteria and fungi containing
many non-specific antibodies which may cause crossreactions with related and unrelated species (Maude,1996).
In seed testing the most commonly applied format is the
double antibody sandwich ELISA (DAS-ELISA), Clark and
Adams (1977). The test offers improved efficiency and is
also cost effective where high throughput testing is done.
Many viruses are detected using this method including
lettuce mosaic virus (LMV) where it has replaced the grow
out test, pea seed borne mosaic virus (PsbMV) and pea earlybrowning virus (PEBV) Koenraadt and Remeeus, 2007 and
CMV in lupin, O’Keefe et al. 2007. Problems exist with the
quality of antisera particularly for use in seed testing where
viruses tend to have very low titres. False positives and false
negatives are a problem with false positives usually related
to background problems with many possible causes such
as insufficient plate washing and false negatives where the
signal maybe low because the virus is close to the detection
threshold. Perhaps the biggest problem is that DAS-ELISA
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
does not discriminate between infectious and non-infectious
virus.
Molecular methods
In the last fifteen years, developments in molecular
(nucleic acid based) diagnostic methods particularly PCR,
have led to significant improvements in the detection of
plant pathogens. The detection of seed-borne pathogens has
been more challenging due to the presence of inhibitors in
the seed and the low level of pathogen present. The success
of PCR has been as an aid to identification of pathogens
and is now commonly used for confirmatory identification
in many laboratories. The current ISTA method for
Xanthomonas hortorum pv carotae, (Asma, 2006) offers the
use of either a traditional pathogenicity test or a PCR test
for confirmation of suspect colonies. Qualitative PCR direct
from DNA extracted from seed and visualised using agarose
gels has been used successfully to detect Curtobacterium
flaccumfaciens pv flaccumfaciens in bean seeds, Tegli et al,
2002. Quantitative assays using real-time PCR are now being
used routinely by some laboratories, including PCR tests for
Pyrenophora spp in Hordeum vulgare,(Bates et al, 2001)
Tilletia tritici (McNeil et al, 2004)and Microdochium nivale
(Cockerell et al, 2004)in Triticum aestivum and Pseudomas
syringae pv. pisi in peas. The majority of viruses have
RNA genomes which at first made them unsuitable for PCR
but this has been overcome by the development of reverse
transcription PCR assay. A reverse transcriptase enzyme is
used immediately before PCR and this has been successful
in the detection of pea seed-borne mosaic virus (PSbMV)
(Kohen et al, 1992). The application of DNA molecular
techniques in routine seed health testing has still not been
fully exploited. Like the ELISA test the major concern with
PCR tests is that they do not differentiate between live and
dead cells. To overcome this problem a number of researchers
have looked at the value of Bio-PCR’s, indications are that
they can help improve both the sensitivity and speed of
diagnosis of viable inoculum in the seed test (Porcher et al,
2008; Schaad et al, 1997). Once developed and validated,
molecular assays can provide relatively simple, quick, high
throughput diagnosis. However these methods tend to be
expensive to set up and apply and the advantages of these
methods have to be considered against the cost of less
expensive methodologies.
The presentation will further explore the technology
currently available with examples that explore the
advancement of seed health over the last few decades, and
consider the advantages and disadvantages of the different
techniques. To finish the presentation will also look to what
might be the future technologies for seed health testing.
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Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
MINI-CURSO
Dicas para redação científica
Gilson Luiz Volpato
Research Center on Animal Welfare, RECAW; Departamento de Fisiologia; IB e Centro de Aqüicultura
da UNESP; Universidade Estadual Paulista, UNESP, Botucatu, SP, Brasil.
E-mail: [email protected]
Neste mini-curso abordo as dicas para construção
de um artigo científico de qualidade internacional. Parto
do pressuposto que o alvo primordial do autor ultrapassa
a publicação; é necessário que seu texto seja encontrado,
lido, entendido, aceito e divulgado (Volpato, 2006, 2007a,
b). Nesse contexto, a arte da redação científica se torna
fascinante, porém muito mais difícil. Envolve mudanças de
conceito, como será abordado nos tópicos a seguir.
Ciência Internacional
A ciência natural visa conhecer as generalizações que
explicam ou descrevem fenômenos naturais (Volpato 2007).
Podemos estudar casos particulares ou regionais, mas só
fazemos ciência quando encaixamos essas particularidades
num contexto mais geral. Se determinada cultura de plantas
da região centro-oeste do Brasil tem desempenho diferente
de cultura similar em outra região, não basta que atribuamos
isso à “especificidade local”. É necessário entender por que
ela ocorre, criando aí uma generalização que explique as
diversas especificidades (Volpato, 2007).
Nesse sentido, toda pesquisa científica pode resultar
em ciência e, portanto, é condizente com uma discussão
internacional. Embora dados sejam particulares (base
empírica da pesquisa), as conclusões são gerais. Mesmo
aquelas que se aplicam a determinadas regiões, ou países,
devem se tornar visíveis para pesquisadores de outros
países, pois outras áreas da ciência podem se valer de
dados aparentemente “regionais” para construírem leis
científicas cada vez mais gerais. Portanto, é imperativo
que a comunicação científica deve ser feita em idioma
internacional, no caso, o inglês. A discussão internacional
aumenta a chance de encontrarmos equívocos.
Por Onde Começar?
Para atingirmos o alvo indicado no início deste texto,
a pesquisa deve ser concebida de forma ousada, conduzida
com propriedade e concluída corretamente. Assim, a redação
científica é apenas a ponta do iceberg; ela pode enaltecer a
nobreza do estudo, se houver tal nobreza, mas jamais criála a partir de pesquisas medíocres. A redação científica
não deve corrigir equívocos, mas enaltecer acertos. Antes
de conceber a pesquisa, escolha o nível do periódico onde
deseja publicar. E seguida, avalie nela artigos de sua área
examinando a qualidade do objetivo, da metodologia e
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
da conclusão. Esse são os referenciais para idealizar uma
pesquisa combatível. Lembre-se que para o artigo ser aceito
para publicação e interessar aos leitores ele deve sustentar
conclusão interessante!
Escolha do Nível da Revista
No Journal Citation Report (JCR), segmento do
ISI (Institute for Scientific Information), você obtém a
mediana do fator de impacto das revistas de sua área de
atuação. Recomendo que publique em periódicos acima
dessa mediana. Isso é difícil, mas vale tentar (lembre-se,
aprendemos nos bons periódicos!). Se for muito difícil,
publique ao menos nas revistas que estão no ISI. Portanto,
busque os periódicos valorizados por sua comunidade
científica internacional. O fator de impacto da revista indica
indiretamente essa respeitabilidade na comunidade da área.
Escolha do Tema e do Objetivo
A qualidade da pesquisa geralmente não depende
de parafernálias instrumentais. O que vale é a idéia. Em
periódicos de indiscutível qualidade, como Science e
Nature, encontramos pesquisas cuja execução não requer
metodologias complexas. Algumas não requerem mais que
um cronômetro! O tempo gasto na coleta de dados também
não indica qualidade (veja o estudo de Watson e Crick sobre
o DNA). A quantidade de resultados também não ajuda; o
importante é a qualidade da conclusão, a qual depende do
objetivo inicial.
O tema deve ser ousado. Se é comum investigar os
fatores x, y e z sobre determinado fenômeno, tente achar
algum fator que ninguém pensou antes. Arrisque-se! A
ciência não valoriza mesmices. Dizer que seus dados
concordam com o de outros autores mostra que, no máximo,
você disse o que já se sabia. Isso não tem espaço na ciência
de bom nível.
Planejamento e Execução da pesquisa
O planejamento experimental é crucial. Não dá para
usar o “jeitinho brasileiro” de coletar um monte de dados
e depois ver o que se pode aproveitar. Isso é chute – não
tem lugar na ciência de qualidade. Gaste tempo planejando
para não desperdiçar tempo depois. Mas cuidado: prefira
delineamento experimental simples e claro, fácil de ser
entendido pelo leitor. Sempre que possível, evite avaliar
S 83
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
várias variáveis ao mesmo tempo, pois leva a muitos
tratamentos e dificultam as repetições (n). Uma regra
prática que proponho para definir o número de repetições no
estudo é: use número de repetições igual ou maior ao que
se tem visto nas publicações internacionais na área de sua
pesquisa; se a conclusão é inovadora, aumente esse número
(Volpato, 2007). Colete os dados com a máxima cautela e
esteja convencido de que são válidos. Isso permitirá que se
sinta seguro no universo das conclusões ousadas.
sem diferenças significativas podem ser publicados em
periódicos de qualidade internacional. Demonstrar que
algo esperado não ocorre é importante. Mas precisará de
uma boa estratégia para publicar e ser aceito. Nesse caso,
construa uma Introdução fortemente persuasiva mostrando
que determinado efeito ou fenômeno deve ocorre. No
seguimento do manuscrito, ou mesmo no final da Introdução,
mostre, com surpresa, que o esperado não ocorreu – essa é a
novidade do estudo.
Análise dos Dados e Conclusão
Use estatística sempre que possível. Se usá-la, na a
despreze para as conclusões. Não acredite em tendências
(por ex., p = 0,06). Se houver tendência à significância,
aumente as repetições: se a tendência for genuína, atingirá
a significância; do contrário, confirmará a ausência de
efeito. Mas lembre-se que a estatística de teste de hipótese
mostra apenas se há associações e interações e se valores de
tendência central pertencem ou não a uma mesma população.
A conclusão do trabalho ultrapassa essa análise, motivo
pelo qual geralmente os estatísticos não são co-autores de
trabalhos que assessoram. Veja as recomendações da Tropical
Plant Pathology sobre as co-autorias. A conclusão mais
arrojada envolve a explicação e implicação biológica dos
efeitos estatísticos. Ela deve estar sempre sustentada pelos
dados obtidos e conhecimentos divulgados na literatura de
bom nível. Não atingir esse patamar, ou voar além dele, é
causa freqüente de negação de manuscritos em periódicos
internacionais.
Resumo
Seja breve. Resumos longos nem sempre são
lidos. Inclua resultados substanciais, embora não sejam
necessários pela lógica científica. Inicie preferencialmente
com o objetivo teórico do estudo.
A Escolha da Revista
Nesta etapa você tem mais condições de definir
com exatidão o periódico para publicação. Essa escolha
deve valorizar seu estudo e não comprometê-lo. Mantenha
o referencial mostrado no item 3. Há pesquisadores
conceituados que inicialmente enviam o texto para revistas
de alto impacto (por ex., fator de impacto 3 a 10 vezes maior
que a mediana da área) e, caso não consigam a publicação,
reduzem gradativamente o nível de impacto da revista em
tentativas sucessivas (após as devidas correções). Note
que um periódico de boa qualidade internacional avalia
rapidamente seu manuscrito (de 1 a 3 meses).
Não caia na ilusão carreirista. Não busque periódicos
fracos apenas para incluir uma linha no currículo Lattes.
Mesmo que alguns concursos públicos privilegiem a
incompetência por análises puramente quantitativas, use
a “entrevista” para mostrar seu perfil de qualidade. Se
desistirmos desta possibilidade, a ciência nacional perderá
muito.
Dicas para Preparação do Manuscrito (vide Volpato 2003,
2006, 2007a,b)
Estratégia de apresentação
O ponto central é ressaltar a novidade do estudo (os
leitores querem novidades). Mesmo estudos com resultados
S 84
Conclusão
É escrita no presente e deve ultrapassar os resultados.
Aparecem necessariamente na Discussão. Caso haja um
item Conclusões, nele apenas repetimos de forma sintética
e pontual as principais conclusões obtidas. As conclusões
devem ser teóricas. Convergem para o objetivo do estudo,
mas podem ultrapassá-lo (sem exceder a base empírica).
Resultados
Limite-se ao necessário (vide item 7.10). Os
principais devem vir, geralmente, na forma de gráficos.
Em segundo plano, como tabelas e, em último, como texto.
Antes de ler o artigo o leitor dará uma rápida olhada nas
figuras e tabelas... o que pode estimulá-lo ou desanimá-lo da
leitura. Faça figuras auto-explicativas e não repita dados de
figuras e tabelas no texto. Indique claramente as diferenças
estatísticas. Nos gráficos, qualquer sinal tem uma função: ou
ajuda, ou atrapalha; mas nunca é inerte. Não há padrões, use
o bom-senso.
Material e Métodos
É o capítulo mais chato de ser lido. Portanto, o mais
difícil de se redigir. Apresente-o do geral para o particular.
No caso, na seguinte seqüência: a) organismo de estudo; b)
delineamento do estudo; c) procedimentos específicos; e d)
análise dos dados (cálculos e os testes estatísticos).
Discussão
Não faça Discussão fofoca (aquela que apenas compara
os dados com o de outros autores). Na Discussão devemos
segurar a mão do leitor e conduzi-lo inequivocamente às
conclusões. É um texto argumentativo e não contemplativo.
É aqui que defendemos nossas conclusões.
Introdução
Mostre o problema que originou a pesquisa, as
justificativas que o levaram a estabelecer o objetivo e,
obviamente, o objetivo do estudo. Na Introdução devemos
convencer (justificativa) o leitor sobre a importância de
nosso estudo. Para testar se a Introdução está adequada,
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
retire dela o objetivo do estudo e peça que algum colega de
sua area a leia e lhe diga, em seguida, qual é o objetivo do
estudo. Se ele acertar, está boa... caso contrário, reescreva.
Título
Um bom título deve ser curto, informativo (não
engana o leitor) e compreensível. Deve cativar também
leitores de áreas correlatas.
Palavras-chave
Sempre que possível, inclua uma ou mais palavraschave que não estejam presentes no texto. Isso aumenta a
chance de seu artigo ser encontrado.
Estilo de redação
Costumo dizer que construir um texto científico é
similar a construir um edifício de vários andares usando o
mínimo possível de colunas e vigas, mas garantindo que seja
sólido e atraente. As vigas e estacas são seus resultados e a
literatura (a base empírica) que sustentam as conclusões (o
edifício). O texto científico deve conter apenas as informações
essenciais. Todo excesso deve ser eliminado. Esta é a maior
dificuldade do pesquisador brasileiro, pois costuma achar
que quanto mais, melhor. Acha também que colocando todos
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
os dados o leitor pode achar interessante. Não interessa o
que fizemos, mas o que solidamente concluímos a partir do
que fizemos.
O objetivo acima deve ser conseguido com o menor
número de palavras (sintético), com frases curtas (até
22 palavras) com apenas uma idéia cada. Seja claro, diga
exatamente o que deve ser dito. Não use palavras complexas,
de difícil entendimento, e evite termos muito específicos,
pois limitam seu estudo aos especialistas (note que das várias
referências citadas num artigo, apenas algumas são restritas
à sua especialidade). Além disso, o texto deve ser objetivo e
sem adjetivos vagos (bom, baixo, alto, bastante etc.).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Volpato GL (2007a) Bases Teóricas para Redação Científica. 1ª. Ed.
São Paulo, SP. Cultura Acadêmica. Vinhedo, SP. Scripta Editora.
Volpato GL (2007b) Ciência: da Filosofia à Publicação. 5ª. Ed. São
Paulo, SP. Cultura Acadêmica. Vinhedo, SP. Scripta Editora.
Volpato GL (2006) Dicas para Redação Científica. 2ª. Ed. Bauru,
SP. Joarte Gráfica e Editora.
Volpato GL (2003) Publicação Científica. 2ª Ed. Botucatu, SP.
Tipomic Gráfica e Editora.
S 85
RESUMOS
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-001
Caracterização bioquímica e fisiológica de isolados de Clavibacter
michiganensis subsp. michiganensis. Lima HE1, Oliveira JR1,
Lopes CA2, Pontes NC1, Fujinawa MF1. 1Depto. de Fitopatologia,
UFV, MG. 2Embrapa Hortaliças, DF, Brasil. ������������������
E-mail: hyana.mel@
bol.com.br. Biochemical and physiologic characterization of
Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis.
Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis (Cmm), bactéria
causadora do cancro-bacteriano, é um dos principais patógenos
de tomateiro. Testes laboratoriais para diagnóstico deste patógeno
têm sido dificultados pela grande variação nas características
bioquímicas relatadas na literatura especializada. O objetivo deste
trabalho foi avaliar 20 isolados de Cmm provenientes de diferentes
regiões do Brasil em relação aos principais testes indicados para
esta subespécie. Testes como liquefação de gelatina, hidrólise de
amido, produção de H2S e atividade da protease mostraram-se
variáveis em relação aos relatos de outros autores, embora não se
tenha observado variação entre os isolados brasileiros. Estes testes,
portanto, devem ser usados com cautela. Outras características se
mostraram consistentes e independem da origem do isolado, como
reação de Gram, oxidase, catalase, formação de levana, hidrólise
de esculina, urease e a utilização de sacarose e não utilização de
inulina e sorbitol como única fonte de carbono. Todos os isolados
de Cmm induziram HR em plantas de maravilha e feijoeiro cultivar
Pérola, confirmando a primeira como importante ferramenta para
diagnóstico deste patógeno. Porém, a segunda deve ser utilizada
com cautela, pois outras bactérias patogênicas ao tomateiro também
induzem HR nelas. Apoio: FAPEMIG e CAPES.
BAC-002
Caracterização morfológica de Clavibacter michiganensis
subsp. michiganensis e avaliação de meios semi-seletivos para
sua detecção. Lima HE1, Oliveira JR1, Lopes CA2, Rodrigues AL1.
1
DFP, UFV, MG. 2Embrapa Hortaliças, DF, Brasil. E-mail:
��������������
hyana.
[email protected]. Morphological characterization of Clavibacter
michiganensis subsp. michiganensis and evaluation of semiselective media for its detection.
Meios semi-seletivos são importantes ferramentas para o
isolamento de bactérias fitopatogênicas de tecidos de plantas,
sementes e solo. Os meios MB1M, SCM, mSCM, D2ANX,
KBT e CNS foram avaliados quanto à eficácia em permitir o
crescimento de 20 isolados de Clavibacter michiganensis subsp.
michiganensis (Cmm) de diferentes regiões do Brasil. SCM,
mSCM e CNS reprimiram totalmente o crescimento de todos os
isolados, indicando que isolados brasileiros são sensíveis a algumas
substâncias antibacterianas presentes nesses meios, em comparação
com isolados estrangeiros. KBT apresentou repressividade alta para
quase todos os isolados e repressão total para um isolado. Porém,
este meio se destacou na supressão de organismos contaminantes.
Já o meio MB1M apresentou uma baixa repressão de Cmm, mas
inibiu totalmente o crescimento de um dos isolados. O meio D2ANX
apresentou repressividade baixa e não inibiu o crescimento de
nenhum dos isolados. Assim, embora a supressão de contaminantes
nos meios MB1M e D2ANX não tenha sido alta, eles são úteis,
numa utilização conjunta em testes de rotina para a detecção de
Cmm. Dentre as características morfológicas das colônias, a forma
circular, superfície elevada, textura lisa e bordos inteiros foram as
mesmas para todos os isolados. Apoio:FAPEMIG e CAPES.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
BAC-003
Época de aplicação de acibenzolar-S-metil no controle do
crestamento bacteriano comum do feijoeiro. Zacaroni AB1,
Souza RM1, Ishida AKN2, Ribeiro Júnior PM1, Amaral DR1,
Resende MLV1. 1Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras,
MG. 2Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA, Brasil. E-mail:
������������
ana.
[email protected]. Application time of acibenzolar-S-metil
on the control of common bacterial blight of beans.
O presente trabalho teve como objetivo determinar a melhor
época de aplicação do acibenzolar-S-metil (ASM) no controle do
crestamento bacteriano comum do feijoeiro em casa-de-vegetação.
O ASM foi pulverizado na dose de 15 g p.c./100 L de água,
aplicado aos 3, 7 e 14 dias antes da inoculação do patógeno. A
pulverização de Agrimaicin na dose de 428 g p.c./100 L água aos 3
dias antes da inoculação, foi utilizada como padrão. �������������
A inoculação
foi realizada através de pulverização d��������������������������
a parte aérea das plantas
com suspensão bacteriana, na concentração de 109 UFC/mL. O
delineamento experimental foi em blocos casualizados com 5
tratamentos e 4 repetições (6 plantas/repetição).����������������
A avaliação da
severidade da doença foi realizada aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após
a inoculação, com base na���������������������������������������
escala diagramática proposta por Díaz
et al. (2001). Não houve diferença significativa entre as épocas
de aplicação do ASM, nem entre o ASM e o Agrimaicin, contudo
ambos diferiram estatisticamente da testemunha inoculada não
tratada, com diminuição na porcentagem da doença de 61,4 e
64,96%, respectivamente. Apoio financeiro: Capes.
BAC-004
Oxicloreto de cobre e acibenzolar-S-metil (ASM) na indução
de respostas de defesa do feijoeiro contra Xanthomonas
axonopodis pv. phaseoli. Zacaroni AB1, Souza RM1, Ishida AKN2,
Ribeiro Júnior PM1, Amaral DR1, Resende MLV1. 1Departamento
de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG. 2Embrapa Amazônia
Oriental, Belém, PA, Brasil. ����������������������������������
E-mail: [email protected].
Copper oxychloride and acibenzolar-S-methyl (ASM) on induction
of defense responses in beans against Xanthomonas axonopodis pv.
phaseoli.
Avaliou-se neste trabalho o efeito do oxicloreto de cobre e do
acibenzolar-S-metil (ASM) na atividade das enzimas peroxidase,
quitinase e glucanase,��������������������������������������������
possivelmente envolvidas nos mecanismos de
indução de resistência em feijoeiro à X. axonopodis pv. phaseoli,����
. ��
O
ASM foi utilizado na dose de 15 g p.c./100 L de água e o oxicloreto
de cobre na dosagem de 450g p.c./100L de água. Os tratamentos
foram aplicados 7 dias antes da ���������������������������
inoculação do
����������������
patógeno�����
. As
���
amostras para extração das enzimas foram coletadas às 0, 12, 24, 72
e 168 horas após a aplicação dos tratamentos e aos 3 e 7 dias após a
inoculação do patógeno, em todos os tratamentos. O delineamento
experimental foi em blocos casualizados com 6 tratamentos e 4
repetições. As plantas tratadas com ASM apresentaram diferença
significativa na atividade das enzimas peroxidase, quitinase e
glucanase, em relação à testemunha, com picos de atividade aos 14,
14 e 10 dias após pulverização, respectivamente. Apoio financeiro:
Capes.
S 89
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-005
Sensibilidade de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis
a fungicidas cúpricos e antibióticos. Pontes NC, Fujinawa
MF, Oliveira JR. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa,
MG, Brasil. E-mail:
������������������������������������������������
[email protected]. Sensibility
of Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis to cupric
fungicides and antibiotics.
BAC-007
Ocorrência de murcha bacteriana em plantios de Eucalyptus
grandis no estado de Santa Catarina Auer CG, Santos AF,
Rodrigues Neto J. Laboratório de Fitopatologia, Embrapa Florestas,
Colombo, PR, Brasil. �����������������������������������������
E-mail: [email protected]. Occurrence
of bacterial wilt in Eucalyptus grandis plantations in Santa Catarina
state.
O cancro-bacteriano, causado pela bactéria Clavibacter
michiganensis subsp. michiganensis, é uma doença comum no
tomateiro. A aplicação preventiva de fungicidas cúpricos ou
antibióticos agrícolas consiste em uma das práticas de controle,
mas o surgimento de estirpes bacterianas insensíveis a estes
produtos pode inviabilizar este procedimento. Neste trabalho foi
avaliada a sensibilidade de 8 isolados da bactéria, provenientes
de diferentes estados brasileiros, a 4 cúpricos (óxido cuproso,
oxicloreto de cobre, sulfato de cobre e hidróxido de cobre) e 2
antibióticos (kasugamicina e estreptomicina), todos recomendados
para o controle da doença. Os produtos foram adicionados ao meio
Kado & Heskett (1970), nas concentrações de 10, 50 e 200 mg/L.
A mistura foi vertida para placas de Petri e nestas foram semeados
os isolados. Após 96 horas de incubação à 28ºC, foi avaliada a
presença de crescimento bacteriano nas placas. Dos cúpricos, o
óxido cuproso e o hidróxido de cobre, na concentração de 200mg/
L, inibiram o desenvolvimento de 4 e 2 isolados, respectivamente.
Cinco isolados foram sensíveis à estreptomicina em todas as
concentrações. Todos os isolados foram sensíveis a kasugamicina
na concentração de 200mg/L. O uso contínuo e indiscriminado
destes químicos pode explicar o surgimento de estirpes da bactéria
insensíveis aos mesmos. (Apoio: FAPEMIG).
O plantio do eucalipto encontra-se em expansão na região sul do
Brasil, pela alta demanda de madeira para uso industrial. No estado
de Santa Catarina, a região litorânea está sendo utilizada para o
plantio de espécies tropicais de eucalipto, especialmente E. grandis.
Em levantamento realizado em março de 2008, em São Francisco
do Sul, SC, em plantio de E. grandis, com aproximadamente um
ano de idade, verificou-se a ocorrência de plantas mortas e com
sintomas de murcha, distribuídas em reboleiras na plantação. Foram
coletadas amostras e analisadas no Laboratório de Fitopatologia
da Embrapa Florestas e no Laboratório de Bacteriologia Vegetal,
CEIB, Campinas, SP. O objetivo deste trabalho foi elucidar a
etiologia desta doença. Entre os procedimentos usados para
diagnose, cortou-se o caule das plantas com sintomas de murcha e
colocou-se a parte cortada em copo com água; com isso, foi possível
observar uma forte exsudação de pús bacteriano na região do corte.
Isolamento efetuado em meio de TZC, teste de patogenicidade,
hipersensibilidade e testes bioquímicos confirmaram tratar-se de
Ralstonia solanacearum biovar I/raça 1. Este é o primeiro relato
da ocorrência da murcha bacteriana em eucalipto na região Sul do
Brasil. Bolsistas do CNPq.
BAC-006
Seleção massal de rizobactérias autóctones em arroz para
promoção de crescimento. Santiago TR, Garcia FAO, Ferraz
HGM, Freitas MA, Souza NA, Godinho MT, Souza LO, Hilst PC,
Oliveira GL, Santos MR, Dias DCFS, Romeiro RS. Departamento
de Fitopatologia e de Fitotecnia, UFV, Viçosa, MG. E-Mail:
[email protected]. Screening of autochthonous rhizobacteria
from rice for growth promotion.
A partir de amostras de raízes e solo de rizosfera de arroz, tanto
irrigado como de sequeiro, foram isoladas 40 rizobactérias, por
diluição em placas seguindo-se semeio em meio adequado. A
potencialidade para solubilização de fosfatos foi estudada pelo
semeio em placas contendo CaHPO4 como forma insolúvel
de fosfato, observando-se que nem todas as PGPRs em estudo
eram capazes de solubilização, nas condições do ensaio. A
potencialidade de colonização de raízes foi investigada pelo método
de germinação em ágar-água, com sementes microbiolizadas por
embebição, constatando-se que muitas eram capazes de colonizar
o rizoplano. Aumentos no alongamento de raízes, uma indicação
indireta de síntese de ACC deaminase por PGPRs, foi investigado
em sementes previamente microbiolizadas e postas a germinar em
papel absorvente, encontrando-se alguns isolamentos promissores.
Para uma próxima etapa, programa-se estudar promoção em um
sistema PGPR-solo-planta, a atividade de fosfatases e de ACC
deaminases. Apoio: FAPEMIG E CNPq.
S 90
BAC-008
Estudo das tendências populacionais da Xanthomonas
campestris pv. vesicatoria in vivo e em folíolos destacados
na presença de dois agentes de biocontrole. Lanna-Filho R1,
Romeiro RS2. 1Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras;
2
Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E��
mail: [email protected]. A study of population trends of
Xanthomonas campestris pv. vesicatoria in vivo and with detached
leaves the presence of two agents of biocontrol.
Dois residentes de filoplano (RFT-24 e RFT-183) foram
dispensados, separadamente, por atomização (OD540= 0,4) em
plantas de tomate cultivar Santa Cruz ‘Kada’ (30 dias de idade), e
após 4 dias o patógeno X. campestris pv. vesicatoria foi inoculado
por atomização (OD540= 0,4). Com 24 h, folíolos foram retirados
do terço superior, médio e inferior de cada tratamento (Fegatex (2,5
g i.a. L-1), água, RFT-24 e RFT-183), e as plantas permaneceram
em casa-de-vegetação. Os folíolos foram transferidos para
Erlenmeyer contendo 150 mL de solução tampão PBS (0,1M;
pH=7,0) esterilizado com 0,5 % de Tween 80, e submetidos a ultrasom a 60 Hz/20 min.. O extrato obtido foi submetido à diluição
(1:103) e 200 µL das amostras obtidas em cada diluição foram
semeadas em placas contendo meio 523 semi-seletivo ao patógeno
desafiante. As placas foram incubadas a 28 ºC por 72 h. Quando do
crescimento do patógeno e aparecimento dos sintomas, observouse a correlação entre severidade da doença e a U.F.C/g de tecido
foliar. Para cada tratamento foram utilizadas seis plantas. Apoio
financeiro: FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-009
Resistência de genótipos de feijão-caupi a Xanthomonas
axonopodis pv. vignicola em condições de campo. Souza
����������
GR,
Halfeld-Vieira BA, Nechet KL, Amorim LC, Youssef DR. Embrapa
Roraima, Boa Vista, RR, Brasil. E-mail: [email protected].
br. Resistance of cowpea genotypes to Xanthomonas axonopodis
pv. vignicola in field conditions.
Visando reduzir perdas causadas por Xanthomonas axonopodis
pv. vignicola em feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.]
foi realizado experimento em campo com os genótipos: Amapá,
Bragança, Guariba, Gurguéia, Mazagão, Milênio, Patativa, Pitiúba,
Tracuateua e Vita-7. Avaliou-se o período de incubação e severidade
da doença, utilizando-se escala diagramática para determinação do
percentual de área foliar lesionada. O delineamento experimental
foi em blocos ao acaso com 4 blocos, sendo cada bloco constituído
por 10 parcelas. As parcelas eram de 2,0 x 5,0 m com 4 linhas,
espaçamento entre linhas de 0,50 m e entre plantas de 0,25 m.
Aos 35 dias após o plantio, cada parcela foi inoculada com 1,1
l de suspensão bacteriana com concentração de 5 x 107 ufc.ml-1.
Vita-7 foi o genótipo que apresentou maior período de incubação
e Amapá, Bragança, Guariba e Tracuateua tiveram menor período
de incubação. Bragança apresentou maior severidade, seguido do
Amapá, sendo considerados os mais suscetíveis à doença, enquanto
que Guariba, Gurguéia, Mazagão, Milênio, Tracuateua e Vita-7
apresentaram menor severidade. Considerando os dois parâmetros,
Vita-7, Gurguéia e Mazagão foram considerados os mais resistentes,
sendo indicados para plantio em locais onde ocorra a doença.
BAC-010
Sensibilidade de Xanthomonas axonopodis pv. begoniae a
fungicidas cúpricos e antibióticos. Fujinawa MF, Pontes NC,
Oliveira JR. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa,
MG, Brasil. E-mail:
����������������������������
[email protected]. Sensibility of
Xanthomonas axonopodis pv. begoniae to cupric fungicides and
antibiotics.
O cultivo de begônias no Brasil tem se destacado, principalmente
pelo fato desta cultura ser cultivada em vaso, com produção durante
todo o ano. A ocorrência de Xanthomonas axonopodis pv. begoniae
tem ocasionado perdas aos produtores, pois não se conhecem
cultivares resistentes à esta bactéria, a qual causa lesões nos bordos
e manchas nas folhas. Uma das medidas de controle utilizadas
consiste em pulverizações preventivas de cúpricos e antibióticos.
Entretanto, os resultados são insatisfatórios, provavelmente pelo
aparecimento de isolados insensíveis a estes produtos. O presente
trabalho teve como objetivo avaliar a sensibilidade de isolados de
X. axonopodis pv. begoniae à oxido cuproso, oxicloreto de cobre,
sulfato de cobre, hidróxido de cobre, kasugamicina e estreptomicina,
todos muito utilizados no controle da doença. Os produtos foram
adicionados ao meio 523 fundente nas concentrações de 10, 50
e 200 mg/L. O meio contendo os químicos foi vertido em placas
de Petri, e em cada uma delas foram semeados 8 isolados, todos
provenientes de cultivos no estado de São Paulo. Após 96 horas, foi
avaliada a ocorrência de crescimento bacteriano. Os isolados foram
insensíveis a todos os tratamentos, exceto para os com kasugamicina
(200 mg/L) e estreptomicina (todas as concentrações). Apoio
Financeiro: CAPES; FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
BAC-011
Enfezamento da couve-flor associado a fitoplasma do
grupo 16SrIII. Rappussi MCC, Bedendo IP. Departamento de
Fitopatologia, ESALQ/USP, Brasil. E-mail:
���������������������������
[email protected].
br. Cauliflower stunt associated with a phytoplasma belonging to
group 16SrIII.
A cultura da couve-flor (Brassica oleracea var. botrytis) tem
papel econômico relevante na agricultura familiar e regional
no cinturão verde do estado de São Paulo, sendo este o maior
produtor brasileiro desta hortaliça. Nos municípios de Sorocaba e
Bragança Paulista, localizados nesta região, agricultores e técnicos
têm observado nos últimos anos a incidência crescente de uma
anomalia denominada por eles de doença do anel. Esta incidência
chega a atingir 40%. A doença tem causado sérios prejuízos aos
produtores, pois torna inviável a comercialização das cabeças das
plantas afetadas, o que leva ao abandono do cultivo da hortaliça. Os
sintomas se caracterizam por enfezamento da planta, má formação
da inflorescência e a presença de um anel escurecido no interior
a haste principal, na região dos vasos de floema e xilema. Para se
demonstrar a associação de fitoplasmas com a doença, DNA total
foi extraído de plantas sintomáticas e assintomáticas, e submetido
ao teste de duplo PCR, usando-se os pares de primers P1/Tint e
R16F2n/R2. A identificação molecular foi feita por RFLP com as
enzimas AluI, RsaI, KpnI, HpaII, MseI, HhaI, MboI, Bsh12361.
Os resultados mostraram consistente associação entre fitoplasma
e plantas doentes, sendo o fitoplasma caracterizado como um
representante do grupo 16SrIII. Este é o primeiro relato no Brasil
da ocorrência de fitoplasma associado a uma doença da couve-flor.
Apoio financeiro: CNPq.
BAC-012
Distribuição da murcha de Curtobacterium em campos de
produção de feijão comum do Distrito Federal e entorno,
safra 2007/08. �����������������������������������������
Miranda Filho RJ, Nogueira LR, Uesugi CH.
Departamento de Fitopatologia, Universidade de Brasília, DF.
E-mail: [email protected] Distribution of Curtobacterium wilt
in common beam production farming of the Federal District and
adjacency, harvest 2007/8.
A murcha de Curtobacterium vem afetando lavouras de feijão
(Phaseolus vulgaris) em várias regiões do Brasil, a ocorrência
na região do DF iniciou-se com a identificação no ano de 2002
no município de Cristalina (Uesugi et al. Fitop. bras. 28(3),
mai - jun 2003) desde então ficou evidenciado a importância desta
doença e a necessidade de acompanhamento de sua distribuição
e seus possíveis danos. O presente trabalho teve por objetivo
detectar a presença de C. flaccumfaciens pv. flaccumfaciens, em
campos de produção de feijão distribuídos em um raio de 300
km da cidade de Brasília. As plantas suspeitas foram coletada
e conduzidas ao laboratório de fitopatologia da UnB sendo
realizado isolamento em placas PETRI contendo meio nutritivo
523 (Kado & Hesckett, 1970) e incubada a 28° C. A avaliação foi
feita 48 h após o plaqueamento. Foi observada a ocorrência da
bactéria nos municípios de Planaltina de Goiás, São Gabriel, São
João D´aliança, Água Fria, Formosa, Cabeceiras e Serra Bonita no
estado de Goiás bem como nos municípios de Arinos, Buritis, Unaí
no estado de Minas Gerais. Os resultados reforçam que a murcha
de Curtobacterium está bastante disseminada em lavouras de feijão
no DF e entorno. Apoio financeiro CNPq, UnB.
S 91
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-013
Mancha foliar em Ruscus causada por Burkholderia
andropogonis no Brasil. Almeida IMG1, Beriam LOS1, Rodrigues
Neto J1, Sannazzaro AM2. 1Instituto Biológico, Campinas, SP;
2
APTA/UPD Sorocaba, Sorocaba, SP. E-mail:
������������������������
gatti@biologico.
sp.gov.br. Bacterial leaf spot of Ruscus caused by Burkholderia
andropogonis in Brazil.
Ramos de Ruscus com sintomas de manchas foliares, provenientes
de plantios localizados na região de Santo Antonio de Posse (SP),
foram recebidos para análise em abril de 2008. Essas manchas eram
pequenas, arredondadas, com 5 a 8 mm de diâmetro, de coloração
marrom escuro, apresentando centro necrótico e circundadas por
halo clorótico. Observações ao microscópio óptico de cortes de
folhas com este tipo de sintomas evidenciaram intensa exsudação
bacteriana. Dos isolamentos realizados em meio de cultura
foram obtidas colônias bacterianas circulares, lisas, convexas, de
coloração creme. As bactérias eram Gram-negativas, oxidativas e
não produziam pigmento fluorescente sob luz ultra-violeta quando
cultivadas em meio B de King. Testes bioquímicos e serológicos,
utilizando-se antissoros contra B. andropogonis isolada de trevo
(Trifolium repens), permitiram identificar as linhagens bacterianas
isoladas como Burkholderia andropogonis. Inoculações artificiais
em mudas sadias de Ruscus reproduziram os sintomas observados,
de onde o patógeno foi reisolado. Este é o primeiro relato desta
espécie bacteriana em Ruscus no Brasil. Linhagens bacterianas
encontram-se depositadas na Coleção de Culturas de Fitobactérias
do Instituto Biológico sob nºs 2594 e 2595.
BAC-014
Indução de HR em Maravilha por bactérias patogênicas do
tomateiro. Raimundi MK, Conceição MM, Lima HE, Pontes NC,
Fujinawa MF, Oliveira JR. Dep. de Fitopatologia, UFV, Viçosa,
MG, Brasil. ��������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Induction of HR
in Maravilha by pathogenic bacteria of tomato.
Isolados de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis
(Cmm), Xanthomonas campestris pv. vesicatoria (Xcv), Ralstonia
solanacearum (Rs), Pseudomonas syringae pv. tomato (Pst), P.
corrugata (Pc), Erwinia carotovora subsp. carotovora (Ecc),
patogênicos ao tomateiro, foram inoculados infiltrando as células
bacterianas (108ufc/mL) diretamente no interior do tecido foliar
em plantas de maravilha (Mirabilis jalapa), fumo e feijão, com
auxílio de seringa hipodérmica, a fim de verificar a indução de HR
nessas plantas. Como testemunha, plantas foram infiltradas com
solução salina (NaCl a 0,85%). O ensaio foi conduzido com quatro
repetições. As plantas foram mantidas em casa de vegetação e os
sintomas foram avaliados 24 horas após a inoculação. Isolados de
Xcv, Rs, Pst, Pc e Ecc não induziram HR em maravilha, enquanto
os 20 isolados de Cmm testados induziram. Xcv, Rs e Pst induziram
HR em fumo. Cmm, Xcv, Rs, Pst e Ecc induziram HR em feijão.
Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens, que é uma
bactéria corineforme, também foi inoculada em maravilha para se
avaliar a indução de HR. Porém esta reação não foi observada. A
utilização de plantas de maravilha em testes de HR para confirmar
a patogenicidade de isolados pode auxiliar na detecção e na
diferenciação de Cmm de outras bactérias, com a vantagem de ser
um teste cuja resposta é rápida. Apoio: FAPEMIG.
S 92
BAC-015
Sensibilidade de isolados de Clavibacter michiganensis subsp.
michiganensis a diferentes substâncias antimicrobianas
presentes em meios semi-seletivos. Conceição MM, Lima HE,
Raimundi MK, Oliveira JR. Departamento de Fitopatologia,
UFV, MG, Brasil. ������������������������������
E-mail: [email protected]. Sensibility
of Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis isolates to
different antimicrobials substances in semi-selective media.
Os meios semi-seletivos MB1M, SCM, mSCM, D2ANX, KBT e
CNS são comumente utilizados para a detecção de Clavibacter
michiganensis subsp. michiganensis (Cmm). Estudos prévios
mostraram inibição do crescimento de um isolado de Cmm no
meio MB1M e inibição de todos os isolados nos meios SCM,
mSCM e CNS. Assim, um antibiograma qualitativo, para cada
substância, foi realizado a fim de se determinar quais substâncias
inibiam o crescimento dos isolados. Soluções dessas substâncias,
nas concentrações definidas para cada meio, foram adicionadas
aos meios básicos, nos quais procedeu-se ao semeio de 100μL
de suspensão de células bacterianas de cada isolado. O ensaio foi
realizado duas vezes, utilizando-se três repetições. O ácido bórico
(1,5g/L ), reprimiu o crescimento de um isolado nos meios MB1M,
SCM e mSCM. Já o ácido nalidíxico (0,03g/L), inibiu o crescimento
de todos os isolados nos meios SCM e mSCM e de um isolado no
meio CNS, na concentração de 0,025g/L. Porém, na concentração
de 0,01g/L, nenhum dos isolados foi inibido no meio KBT.
Cloratalonil (60mL/L) inibiu o crescimento de todos os isolados
no meio CNS. Estes resultados mostram que isolados brasileiros
de Cmm são sensíveis a algumas substâncias antimicrobianas
presentes nesses meios, em comparação com isolados estrangeiros.
Apoio:FAPEMIG.
BAC-016
Tendência populacional de Pseudomonas putida (UFV-0073) no
filoplano de plantas de tomate, em condições de campo. Souza
AN, Ferraz HGM, Garcia FAO, Freitas MA, Godinho MT, Sousa
LO, Santiago TR, Romeiro RS. Departamento de Fitopatologia
– UFV. E-mail:
����������������������������
[email protected]. Population tendencies of
Pseudomonas putida (UFV-0073) in tomato phylloplane under
field conditions.
Plantas de tomate oriundas de cultivo nunca dantes expostas
a agrotóxicos, e com o quarto par de folhas definitivas, foram
atomizadas com propágulos de P. putida (OD540=0,3). Aos 0, ½, 1, 2,
5,10 e 20 dias (cada um dos tempos compunha um tratamento), três
folhas do terço médio do tomateiro, em cada um dos tratamentos,
foram coletadas, pesadas e transferidas para Erlenmeyer contendo
200 mL de solução salina (0,85%) + Tween 80 (0,05%), seguindose sonicação por 20 minutos, diluição em série e semeio em meio
seletivo contendo antibióticos aos quais P. putida é insensível, que
foi desenvolvido para tal fim. Resultados de contagem (UFC/g de
tecido foliar) indicam que a população do antagonista mantevese praticamente estável, durante o período de monitoramento da
população, posto que a população no tempo zero era de 106 UFC/g
de folha e, após 10 dias, era de 105 UFC/g. A pequena variação
na população da bactéria em condições de campo, onde é acirrado
o antagonismo entre os integrantes da microbiota do filoplano,
credenciam o isolado UFV-0073 como um promissor agente de
biocontrole de doenças da parte aérea do tomateiro, face sua boa
sobrevivência. Apoio Fapemig e CNPq
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-017
Primeiro relato da ocorrência de fitoplasma em cultura do
brócolis no Brasil. Eckstein B1, Silva EG1, Bedendo IP1, Brunelli
K2. 1Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia
Agrícola - ESALQ /USP; 2Sakata Seed Sudamenrica Ltda. E��
mail: [email protected]. First report of the occurrence of
phytoplasma in broccoli in Brazil.
A associação de fitoplasma com a cultura do brócolis já foi relata
na Itália e na Sérvia, em plantas que apresentavam malformação da
inflorescência e filodia, os fitoplasmas pertenciam ao grupo 16SrIsubgrupo B. No Brasil, plantas mostrando deformação e redução
de inflorescência, filodia e anel escurecido no interior das hastes,
correspondentes à necrose de vasos de floema, foram observadas
em campos de cultivo, em Bragança Paulista/SP. Visando associar
estes sintomas com a ocorrência de fitoplasma, DNA de plantas
sintomáticas foi usado em duplo PCR. A detecção foi feita através
dos iniciadores universais P1/Tint e 16F2n/R2. A amplificação
de fragmentos genômicos do 16SrDNA de 1,2 kb confirmou a
presença de fitoplasma nas plantas sintomáticas. A identificação
com primers específicos R16(I)F1/R1 revelou que o fitoplasma
detectado pertencia ao grupo 16SrI, pela observação de bandas
correspondentes a fragmentos genômicos de 1,1 kb, típicas para
fitoplasmas deste grupo. A identificação de um fitoplasma do
grupo 16SrI, subgrupo B foi obtida pela análise de RFLP com as
enzimas de restrição MseI, AluI, RsaI, MboI, KpnI, HpaII, HhaI e
HaeIII. Este trabalho se constitui no primeiro relato da presença de
fitoplasma em plantas de brócolos no Brasil.
BAC-018
Ocorrência de fitoplasmas em vinca na região do Alto Paranaíba,
estado de Minas Gerais. Eckstein B1, Lanza R, Barbosa JC,
Bedendo IP1. 1Departamento de Entomologia, Fitopatologia e
Zoologia Agrícola - ESALQ /USP. E-mail: [email protected].
Occurrence of phytoplasmas in the Alto Paranaíba region in the
State of Minas Gerais.
A vinca (Catharanthus roseus G. Don.) é uma planta ornamental
conhecida como hospedeira de diferentes grupos de fitoplasmas.
Plantas de vinca exibindo sintomas normalmente associados a
fitoplasmas, como clorose foliar, superbrotamento de ramos, intensa
virescência e filodia foram observadas no município de Carmo do
Paranaíba/MG. Com o objetivo de confirmar a diagnose, DNA de
quatro plantas sintomáticas foi usado em duplo PCR. A detecção dos
fitoplasmas foi feita através do uso dos iniciadores universais P1/
Tint e F2n/R2. Através da amplificação de fragmentos genômicos
de 1,2 kb confirmou-se a presença de fitoplasma em todas as plantas
amostradas. Utilizando-se primers específicos, foram identificados
fitoplasmas afiliados aos grupos 16SrI ou 16SrIII. A confirmação
do fitoplasma do grupo 16SrIII foi feita através da técnica de
RFLP. No entanto, os fitoplasmas identificados como pertencentes
ao grupo 16SrI não apresentaram perfis correspondentes aos
representantes deste grupo, mas perfis indicativos de fitoplasmas
do grupo 16SrXIII, ainda pouco relatados no país. Estudos estão
sendo conduzidos para confirmar a identificação destes fitoplasmas,
uma vez que a vinca pode estar atuando como possível reservatório
destes agentes, os quais poderão estar associados a plantas de
interesse agronômico cultivadas na região.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
BAC-019
Classificação em filotipo de isolados brasileiros de Ralstonia
solanacearum da biovar 2. Santana BG1, Lopes CA2, Allen C3,
Quirino BF1. 1Pós-graduação Universidade Católica de Brasília,
Brasília DF; 2CNPH, Brasília DF; 3Plant Pathology Department,
University of Wisconsin-Madison, E.U.A. E-mail: betaniaf@pos.
ucb.br. Phylotype classification of Brazilian isolates of Ralstonia
solanacearum biovar 2.
A bactéria de solo Ralstonia solanacearum (Rs), responsável
pela murcha bacteriana, é uma espécie complexa devido à sua
diversidade genética. Historicamente, Rs tem sido classificada
em biovares, baseado na utilização de açúcares e álcoois como
fonte de carbono, e em raças, baseado na capacidade de infectar
diferencialmente espécies hospedeiras. Esses sistemas de
classificação, entretanto, não são adequados para explicar toda a
variabilidade deste patógeno. Fegan e Prior (2005) propuseram
uma classificação em filotipos com base na região ITS (intergenic
transcribed sequence) entre os genes de RNA ribosomal 16S e 23S.
O filotipo I encontrado na Ásia, o filotipo II Américas, o filotipo III
África e filotipo IV Indonésia. Neste trabalho, foram analisados 62
isolados brasileiros, a maioria deles associados à cultura da batata.
Esses isolados, pertencentes à coleção do CNPH, foram previamente
classificados como biovar 2 e confirmados como Rs por meio de
PCR com primers universais. A classificação em filotipos, realizada
uma PCR multiplex, indicou que todos os isolados apresentaram
fragmento amplificado correspondente ao filotipo II, com exceção
de um isolado, obtido de pimentão em Brasília (filotipo IV). Esses
resultados corroboram a expectativa da prevalência do filotipo II
nas Américas. Apoio Financeiro: CNPq e Universidade Católica
de Brasília.
BAC-020
PCR detection of Candidatus Liberibacter asiaticus associated
with Citrus huanglongbing in Cuba. Llauger R1, Luis M1,
Collazo C1, Teixeira DC2, Martins EC2, Peña I1, López D1, Batista
L1, Prieto D1, Riaño R1, Borroto A1, Cueto J1, Ayres J2, Bové JM3.
1
Instituto de Investigaciones en Fruticultura Tropical, Habana,
Cuba; 2Fundecitrus, Araraquara, SP, Brazil; 3Institut National de
la Recherche Agronomique and Université de Bordeaux 2, UMR,
Villenave d’Ornon, France. E-mail:[email protected]. Detecção
por PCR de Candidatus Liberibater asiaticus associado ao
Huanglongbing em Cuba.
Symptoms of huanglongbing (HLB) were reported in Cuba in 2007.
It is caused by a noncultured, sieve tube-restricted α-proteobacteria.
Detection of the three known liberibacters is based on polymerase
chain reaction (PCR) amplification of their 16SrRNA gene or
ribosomal protein genes of the ß operon. Leaves showing blotchy
mottle and yellow shoot symptoms characteristic of HLB were tested
for the presence of liberibacters by duplex PCR with the specific
primers A2/J5/GB1/GB3. Positive amplification for Candidatus
(Ca.) Liberibacter (L.) asiaticus was accomplished in 41 of 46
symptomatic leaf samples, while none of the symptomless samples
gave positive PCR amplification. The amplified fragments from
the rplKAJL-rpoBC operon were cloned and sequenced. BLAST
analysis revealed a 100% sequence identity with the correspondent
ribosomal proteins L10 (rplJ) and L12 (rplL) of Ca. L. asiaticus
identified in different Asian countries. The results obtained confirm
the presence of HLB in Cuba.
S 93
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-021
Isolamento, preservação e avaliação da patogenicidade de
isolados brasileiros de Streptomyces sp. associados a sarna
da batata. Corrêa DBA1,2, Salomão D1, Destéfano SAL1,
Rodrigues Neto J1, Shimoyama N3. 1Lab. Bacteriologia Vegetal,
Instituto Biológico, Campinas, SP, Brasil; 2Ciências Biológicas
(UNICAMP); 3ABBA, Itapetininga, SP. ������������������������
E-mail: dbacorrea@gmail.
com. Isolation, preservation and pathogenicity of Brazilian isolates
of Streptomyces sp. associated to potato scab.
A sarna comum, causada por Streptomyces spp., é uma doença
importante da batata, caracterizada por lesões superficiais,
corticosas, reticuladas, lisas ou profundas, que reduzem
consideravelmente a comercialização dos tubérculos e, os
relatos dos patógenos associados a essa doença são escassos no
Brasil. O presente trabalho teve por objetivo o isolamento de
linhagens representativas da diversidade de Streptomyces spp.
em regiões produtoras de batata no Brasil e a manutenção dessas
linhagens na Coleção de Culturas de Fitobactérias do Instituto
Biológico (IBSBF) por meio de ultracongelamento e liofilização.
Foram preservados 58 isolados nacionais com alta diversidade
morfológica, oriundos dos estados de São Paulo, Minas Gerais,
Goiás e Paraná. A avaliação da patogenicidade dos mesmos foi
realizada pela verificação da presença do gene nec1, que codifica
a proteína necrogênica associada à virulência, e 36 linhagens
(62%) apresentaram resultados positivos para esse gene. Devido
à ausência do gene nec1 em alguns isolados, foi padronizado um
teste em minitubérculos para confirmação da patogenicidade das
linhagens obtidas. Apoio Financeiro: FAPESP.
BAC-022
Efeito do manejo orgânico e convencional na incidência da
seca dos ponteiros em goiabeira. Tomita CK1, Uesugi CH2. 1Dep.
Agric. Natural MOA International do Brasil, Brazlândia-DF, 2Dep.
Fitopatologia, UnB, 70.910-900, Brasília-DF, Brasil. E-mail:
[email protected]. Effect of the organic and conventional
management on the incidence of guava bacterial blight.
O objetivo do trabalho foi avaliar a incidência da seca dos ponteiros
causada por Erwinia psidii nas brotações do ano, na inflorescência
e nos frutos tipo chumbinho e comercial de goiabeira (Psidium
guajava), em sistemas manejados com compostos bioativos e
convencional, numa área com registro de perdas de até 100% da
produção. O experimento foi realizado em 2005, dentro do campo
de produção de 2ha aproximadamente, utilizando 40 plantas,
com espaçamento 7x6 m, em um delineamento fatorial 2x2x4,
utilizando os 2 sistemas de produção, 2 variedades de goiaba
(Pedro Sato e Ogawa), 4 manejos culturais: 1- adubação (AB), 2AB + controle de doenças (CD), 3- AB + cobertura do solo (CB)
e 4- AB+CD+CB, com 4 repetições em blocos casualizados onde
cada parcela foi constituída por 1 planta (unidade experimental). A
incidência da doença nos frutos comerciais de ambas as variedades
foi menor no manejo orgânico, reduzindo 14,79 e 14,05% em média
da convencional respectivamente. Na combinação de manejos,
AB+CD+CB no sistema orgânico, os resultados superaram em
36,1% e 30,35% respectivamente na redução da doença nos
frutos. Os resultados mostraram que o manejo orgânico apresentou
melhores perspectivas de produção que o sistema convencional para
campos com ocorrência da bacteriose. Apoio Financeiro: CNPq.
S 94
BAC-023
Ocorrência de murcha bacteriana em helicônias e musácea
ornamental no DF. Zoccoli DM1, Tomita CK2, Uesugi CH1.
1
Universidade de Brasília/Fitopatologia, ICC/Sul, Brasília,
DF; 2MOA Internacional, Brazlândia, DF, Brasil. E-mail:
��������
[email protected]. Occurrence of bacterial wilt of
heliconia and ornamental musaceae in Federal District, Brazil.
Plantas de helicônias (Heliconia bihai e H. psittacorum cv. Red
Gold) e musacea ornamental (Musa coccinea) apresentando
sintomas de murcha, progredindo para morte e comprometimento
de toda touceira, em área de plantio comercial, tem sido observadas
nos Núcleos Rurais de Rajadinha e Alexandre Gusmão no Distrito
Federal. Ao seccionar o pseudocaule pode-se observar intenso
escurecimento da região interna central com exsudação de líquido
de aspecto característico de pus bacteriano. A bactéria isolada em
meio de cultura 523 (Kado & Heskett) apresentou características
fluída e branca, Gram negativa, OF oxidativo, oxidase positiva,
não utilizando nenhum dos 6 carboidratos (manitol, sorbitol,
dulcitol, maltose, lactose, cellobiose), confirmando assim
ser o agente patogênico Ralstonia solanacearum biovar 1.
Plantas de Helicônia, musácea ornamental, bananeira do grupo
nanicão, tomate cv. Santa Clara e fumo foram inoculadas a uma
concentração de aproximadamente 1x108 ufc/ mL. Os testes foram
positivos em musácea ornamental (AAB), helicônias e fumo
(reação de hipersensibilidade) e negativos para banana nanicão
(AAA) e tomate, determinando como sendo a bactéria da raça 2,
provavelmente a estirpe H (helicônia). Este é o primeiro relato
da bactéria em musácea ornamental e helicônias no DF. Apoio
Financeiro: CNPq.
BAC-024
Avaliação de fontes de resistência à murcha bacteriana em
germoplasma de Capsicum. Demosthenes LCR; Gomes LM;
Bezerra EJS; Silva AM, Souza DS, Bentes JLS. FCA
���� –�� UFAM,
������
Manaus, AM. E-mail: [email protected]. Evaluation
of sources of resistance against bacterial wilt in Capsicum
germoplasm.
A murcha bacteriana causada por Ralstonia solanacearum tem
sido importante para o gênero Capsicum no Amazonas devido às
condições de altas temperaturas e elevada umidade que favorecem
o desenvolvimento do patógeno e da doença. O presente trabalho
objetivou avaliar fontes de resistência em germoplasma de
capsicum nativo e comercial. Foram avaliados 22 acessos de
Capsicum spp., incluindo pimentas e pimentões comerciais e
nativos da região amazônica, em casa-de-vegetação. O isolado do
patógeno foi obtidos a partir de coleta de plantas com sintomas
de murcha provenientes de produtores locais. Foram feitos testes
bioquímicos confirmação da identidade e classificação da biovar.
A inoculação foi feita mediante ferimento das raízes e vertendo ao
redor das plantas 5 mL da suspensão de bactérias na concentração
108 ufc/mL em plantas com 30 e 45 dias de idade. A avaliação da
resistência à murcha bacteriana foi realizada através de escala de
notas variando de 0 a 5 (Winstead & Kelmam, 1952). Todos os
genótipos avaliados apresentaram sintomas de murcha bacteriana.
Os acessos 13 e 31 foram os mais susceptíveis enquanto os acessos
17, 30 e 20 foram os mais resistentes. Foi observada relação direta
entre severidade da doença e idade das plantas.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-025
Efeito de acibenzolar S-metil sobre a murcha bacteriana do
pimentão. Demosthenes LCR, Gomes LM, Bezerra EJS, Silva
AM, Sales RSA, Souza D, Bentes JLS. FCA-UFAM. Manaus, AM,
Brasil. ����������������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Effect of acibenzolar Smetil against bacterial wilt of chili.
BAC-027
Seqüenciamento e análise das seqüências do gene da
recombinase (rec A) em Erwinia psidii. Torres P, Marques ASA,
Ferreira MASV. Departamento de Fitopatologia, UnB, Brasília,
DF, Brasil. E-mail:
��������������������������������������������������
[email protected]. Sequence analysis of
the recombinase gene (rec A) in Erwinia psidii.
O presente trabalho teve como objetivo, avaliar o efeito da
aplicação do acibenzolar S-metil contra a murcha bacteriana em
três cultivares de pimentão. O experimento foi conduzido em casa
de vegetação. Avaliou-se a eficiência da aplicação do Acibenzolar
na concentração 2,5 g.i.a/100 L água. Utilizaram-se as cultivares
Cascadura Ikeda, e os híbridos Magali e Nathalie. Os tratamentos
foram distribuídos no esquema de parcelas subdivididas onde os
níveis de aplicação (rega de 5,0 mL, pulverização foliar e rega
com água destilada) foram distribuídos na parcela e as cultivares
na subparcela. O delineamento experimental foi em blocos
casualizados com 8 repetições. Foram feitas 6 aplicações de BION,
sendo a primeira aplicação quando as plantas estavam com 15 dias
e aplicações sucessivas a cada 7 dias. Para a inoculação utilizouse suspensão bacteriana com 108 ufc/mL. O método de inoculação
consistiu de ferimento da raiz com bisturi e aplicação de 5,0 mL da
suspensão bacteriana no colo da planta. A avaliação da resistência
à murcha bacteriana foi realizadas através de escala de notas
variando de 0 a 5 (Winstead & Kelmam, 1952). Todos os genótipos
apresentaram sintomas de murcha bacteriana. Não foi observado
redução na severidade em plantas tratadas com BION.
A seca dos ponteiros da goiabeira, causada por Erwinia psidii, é
um dos principais problemas fitossanitários da cultura no Brasil.
A ausência de medidas eficazes de diagnose e controle justifica o
desenvolvimento de um método molecular para a detecção precoce
da bactéria em mudas de goiabeira. Inicialmente, buscou-se
selecionar regiões candidatas ao desenvolvimento de iniciadores
para PCR. O gene recA, analisado por PCR-RFLP, mostrou-se
adequado, em razão do perfil único obtido para as 50 estirpes
testadas, independente da origem geográfica. Em seguida, realizouse o seqüenciamento de 730 pb do gene amplificado do DNA de
14 estirpes de E. psidii, oriundas de quatro regiões brasileiras. As
seqüências foram analisadas e alinhadas (via BLASTN e BioEdit)
em relação à seqüência da estirpe tipo IBSBF 435 (ICMP 8426).
Não foi detectada variação entre as seqüências das estirpes de E.
psidii. Seqüências de E. mallotivora, E. persicina, E. tracheiphila,
Pantoea stewartii, P. agglomerans e Pectobacterium cypripedii, do
GenBank, com identidade acima de 85% em relação a E. psidii,
foram alinhadas à seqüência da estirpe tipo. Em um alinhamento
de 355 pb, identificaram-se regiões de máxima homologia entre
as estirpes e de maior divergência entre as espécies e gêneros.
Dois pares de iniciadores candidatos foram selecionados para
amplificação específica do DNA de E. psidii. Apoio Financeiro:
CNPq, FAP-DF.
BAC-026
Análise de risco do agente causal da podridão anelar da batata.
Martins, OM, Oliveira, MRV. Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia, Brasília, DF, Brasil. E-mail: olinda@cenargen.
embrapa.br. Pest risk analysis on the agent of potato ring rot.
BAC-028
Amplificação e análise de seqüências similares ao gene copA em
Xanthomonas campestris pv. viticola. Marques E, Trindade LC,
Ferreira MASV. Departamento de Fitopatologia, UnB, Brasília,
DF, Brasil. ��������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Amplification and
analysis of copA-like sequences in Xanthomonas campestris pv.
viticola.
Clavibacter michiganensis subsp. sepedonicus, que causa a
podridão anelar da batata (Solanum tuberosum L.), é endêmica
em muitos países do Hemisfério Norte. No Brasil, essa subespécie
pertence à lista A1 de pragas quarentenárias. A bactéria encontrase dispersa em regiões do Canadá e Estados Unidos da América e
sob controle oficial em muitos países da Organização Européia de
Proteção de Plantas (OEPP). Em decorrência de importações de
batata-semente e tubérculos frescos, existe o perigo de introdução da
bactéria. Realizou-se uma Análise de Risco de Pragas (ARP), para
as regiões produtoras em atendimento ao Projeto de Conservação
e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira. O
potencial de introdução foi avaliado por meio de uma escala semiquantitativa, considerando a entrada, o estabelecimento, a dispersão
e a sobrevivência da bactéria, com base em informações sobre o
ciclo de vida, hospedeiras e dados epidemiológicos em áreas de
ocorrência da praga. Após o plantio dos tubérculos, a bactéria
multiplica-se rapidamente no sistema vascular, atingindo as raízes
e novos tubérculos, que podem ser utilizados como sementes. A
bactéria apresenta uma temperatura ótima de crescimento (210C).
No Brasil, a praga teria probabilidade de se instalar apenas em
alguns nichos de temperaturas mais baixas. A ARP indicou médio
risco devido, em parte, à especificidade da bactéria em causar
infecção natural na batata.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
O cancro bacteriano da videira, causado por Xanthomonas
campestris pv. viticola (Xcv), é uma das principais doenças que
afetam o cultivo irrigado de uva no Submédio do Vale São Francisco.
Entre as medidas de controle empregadas na região destaca-se a
aplicação preventiva de fungicidas cúpricos. Este trabalho teve
como objetivo detectar por PCR (reação da polimerase em cadeia) e
caracterizar, em diferentes estirpes de Xcv, seqüências similares ao
gene copA, presente nos genomas de X. axonopodis pv. citri (Xac)
e X. campestris pv. campestris (Xcc) e envolvido na resistência
ao cobre. DNA genômico de 37 estirpes de Xcv foi submetido
a PCR com os iniciadores copAL e copAR. Amplificação de um
fragmento de aproximadamente 900 pb foi observada em todas as
estirpes testadas. Os produtos da PCR da estirpe tipo NCPPB 2475
e das estirpes brasileiras UnB 1292, UnB 1295 e UnB 1318 foram
seqüenciados. As seqüências obtidas mostraram alta similaridade
com genes cop presentes em outras Xanthomonas. O alinhamento
e análise filogenética das seqüências das estirpes de Xcv com as
seqüências do gene copA de Xcc, Xac e X. oryzae pv. oryzae (Xoo)
mostraram um grupo com maior similaridade englobando NCPPB
2475, UnB 1318, UnB 1292 e UnB 1295 de Xcv e Xac, e outro
mais distante formado por Xcc e Xoo. Apoio Financeiro: CNPq.
S 95
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-029
Reação de cultivares de milho inoculados com a bactéria Pantoea
ananatis, agente causal da Mancha Branca do Milho. Pedro ES,
Meirelles WF, Paccola-Meirelles LD. Departamento de Ciências
Biológicas, UEL, Londrina, PR, Brasil. E-mail:
������������������������
eliseupedro@bol.
com.br. Reaction of maize cultivars inoculated with the bacterium
Pantoea ananatis causal agent of the Maize White Spot Disease.
A Mancha Branca do Milho, causada pela bactéria Pantoea ananatis
é considerada uma das principais doenças da cultura, podendo
reduzir em 60% a produção de grãos. O método de controle
mais eficiente e econômico tem sido a utilização de cultivares
resistentes. Avaliou-se a resistência de quatro cultivares comerciais
de milho (Zea mays) quando inoculados com a bactéria P.ananatis
em casa de vegetação. Foram preparados 10 vasos de cada cultivar
(DAS 657, HS 200 (Embrapa), DAS 2B710, DAS 2A120) com
duas plantas por vaso. Sete deles tiveram suas plantas inoculadas
quinzenalmente com uma suspensão de P.ananatis (cultura líquida
da bactéria diluída 1: 1 em salina) e três inoculados com a solução
controle (meio líquido acrescido de salina na proporção de 1:1).
As plantas foram avaliadas a partir do estágio seis de maturação,
quando já tinham entrado em seu estado reprodutivo. Em todos
os tratamentos houve formação de lesões com incidência média
variando de 0,90 a 2,4 lesões/folha. Lesões foram formadas em
maior quantidade nos cultivares HS 200 e DAS 657, comprovando
a suscetibilidade destes genótipos à mancha branca do milho. A
cultivar DAS 2A120 seguida da DAS 2B710 apresentaram maior
índice de resistência.
Apoio Financeiro: CNPq e Fundação Araucária
BAC-031
Introdução de bactérias endofíticas para o controle da murcha
bacteriana do tomateiro. Barretti PB, Souza RM, Pozza EA.
Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. ��
Email: [email protected]. Introduction of endophytic
bacteria to control tomato bacterial wilt.
Três métodos de introdução de bactérias endofíticas foram
comparados. Utilizaram-se isolados de Bacillus pumilus e Serratia
marcescens, pré-selecionados para o biocontrole da murcha
bacteriana do tomateiro. Os ensaios foram conduzidos em casa
de vegetação. Na introdução pelo corte do hipocótilo, plântulas
de tomateiro com o segundo par de folhas definitivas foram
seccionadas no hipocótilo, descartando-se o sistema radicular e
imergindo-se o restante em suspensão de células de cada antagonista.
Posteriormente, as seções da parte aérea foram plantadas em vasos
aguardando-se o enraizamento. Na microbiolização de sementes,
após a desinfestação, fez-se a imersão em suspensão de células
de cada antagonista e semeou-se em bandejas de poliestireno. Na
irrigação do substrato, suspensões de células de cada antagonista
foram vertidas, homogeneizadas com o substrato, semeando-se
a seguir as sementes de tomate desinfestadas. Dez dias após a
introdução das endofíticas fez-se a inoculação com suspensão
de Ralstonia solanacearum por irrigação do solo. A severidade
da murcha bacteriana foi avaliada a cada cinco dias e, após a
sexta avaliação, calculou-se a área abaixo da curva de progresso
da doença (AACPD). Os métodos de introdução de bactérias
endofíticas, bem como os isolados avaliados não diferiram entre
si quanto à redução da severidade da doença, porém, diferiram da
testemunha apresentando menores AACPD.
BAC-030
Viabilidade de isolados de Pantoea ananatis agente causal da
Mancha Branca do Milho, em laboratório. Pedro ES, Baba, VY,
Meirelles WF, Paccola-Meirelles LD. Departamento de Ciências
Biológicas, UEL, Londrina, PR, Brasil. E-mail:
��������������������
eliseupedro@
bol.com.br. Viability of the bacterium Pantoea ananatis, isolated
of Maize White Spot Disease maintained under different cell
concentrations and temperatures.
BAC-032
Detecção de Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli a partir
de diferentes formas de preparação dos extratos de sementes
de feijão. Silva FC, Souza RM, Zacaroni AB, Lelis FMV.
Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Detection of Xanthomonas
axonopodis pv. phaseoli from seeds extracts of beans.
A cultura de milho tem sido severamente atacada pela doença
Mancha Branca do Milho, causada pela bactéria Pantoea ananatis.
Este fitopatógeno apresenta baixa viabilidade quando armazenada
em condições de laboratório. Avaliou-se a viabilidade de três
isolados bacterianos, o ESM03, EMS04 e EMS05, durante 20
semanas, quando mantidos sob diferentes concentrações celulares
e em diferentes temperaturas. Avaliaram-se quatro concentrações
celulares quando mantidas a temperatura ambiente e a temperatura
de 6º C ± 1. Observou-se variabilidade entre os isolados, mas
de forma geral, houve redução na viabilidade da bactéria em
todos os tratamentos. Quando mantidos em altas concentrações
celulares e a temperatura ambiente, os isolados EMS04 e EMS05
diminuíram drasticamente a viabilidade enquanto que o isolado
EMS22 manteve taxas semelhantes de viabilidade em praticamente
todas as concentrações. No entanto, quando as suspensões foram
mantidas a 6oC ± 1, os isolados EMS04 e EMS05 mantiveram-se
viáveis, enquanto que o isolado EMS22 perdeu completamente a
viabilidade, logo na segunda semana de estocagem. As oscilações
de temperatura do ambiente parecem contribuir para a diminuição
da viabilidade de alguns dos isolados. Apoio Financeiro: CNPq ;
Fundação Araucária
Visando-se o desenvolvimento de uma metodologia para a detecção
de Xap em análises de rotina em programas de certificação de
sementes de feijão, avaliaram-se quatro métodos de preparação do
extrato de sementes de feijão para a detecção de Xap via PCR:
1) extrato bruto de sementes; 2) extrato concentrado por filtração
em membrana milipore (0,22Mu de diâmetro) e ressuspensão
em água ultra pura; 3) extrato concentrado por centrifugação a
16.000 rpm por 30 minutos e 4) Bio-PCR. Foram utilizados os
primers X4c (GGC AAC ACC CGA TCC CTA AAC AGG) e
X4e (CGC CGG AAG CAC GAT CCT CGA AG), considerados
específicos para detecção de Xap. Para obtenção dos extratos, 0, 1
e 2 sementes de feijão, inoculadas pela técnica de restrição hídrica,
foram misturadas, respectivamente, a 1000, 999 e 998 sementes
consideradas sadias e posteriormente imersas em 600 mL de água
destilada esterilizada, permanecendo por 18 horas a 10 °C. Apenas
a técnica de Bio-PCR permitiu a detecção de Xap em todos os
extratos, inclusive no extrato sem adição de semente inoculada, o
que indica a presença de Xap nas sementes de feijão consideradas
sadias. Por esta técnica, a diagnose de um lote de sementes de
feijão pode ser realizada em aproximadamente quatro dias. Apoio
Financeiro: CAPES.
S 96
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-033
Óleo essencial de Cymbopogon citratus no crescimento in vitro de
Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum (Xam), X. axonopodis
pv. phaseoli (Xap), Clavibacter michiganensis pv. michiganensis
(Cmm) e Curtobacterium flaccumfaciens subsp. flaccumfaciens
(Cff). Guimarães LGL1, Cardoso MG1, Zacaroni AB2, Lelis
FMV2, Souza RM2. 1Departamento de Química. 2Departamento de
Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: fvieiralelis@
yahoo.com.br. Essential oil of Cymbopogon citratus on in vitro
growth of Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum (Xam), X.
axonopodis pv. phaseoli (Xap), Clavibacter michiganensis pv.
michiganensis (Cmm) e Curtobacterium flaccumfaciens subsp.
flaccumfaciens (Cff).
O objetivo do trabalho foi verificar o efeito do óleo essencial de
C. citratus (capim limão) sobre o crescimento in vitro de Xam,
Xap, Cmm e 2 isolados de Cff provenientes de MG e SC. O óleo
foi obtido pela técnica de arraste a vapor e seus componentes
majoritários: neral (31.89%), geranial (37,42%) e mirceno
(23.77%) quantificados por normalização de áreas pela análise do
cromatograma. Foram utilizadas as concentrações: 1,0; 1,5; 2,0;
2,5; 3,0; 3,5 e 4,0 % do óleo diluído em DMSO e 3 testemunhas.
Foram depositados 4 µL de cada tratamento em pocinhos feitos
com uma pérola de vidro em placas de Petri contendo meio 523
semeados com 100 µL de suspensão bacteriana. ���������������
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delineamento
experimental foi inteiramente casualizado com 6 repetições. Após
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a incubação a 28ºC por 48h verificou-se ��������������������
formação de halo de
inibição para Xam, Cmm e Xap, a partir da concentração 1,5%,
e não formação de halo quantificável para os isolados de Cff nas
concentrações testadas. Apoio financeiro: Fapemig.
BAC-034
Caracterização Molecular de Streptomyces spp. causadores
da sarna comum em batata nas regiões produtoras do Brasil.
Salomão D1,2, Corrêa DBA1, Destéfano SAL1, Rodrigues Neto J1,
Shimoyama N3. 1Lab. Bacteriologia Vegetal, Instituto Biológico
(IB), Campinas, SP, Brasil; 2Pós Graduação (IB); 3ABBA,
Itapetininga, SP, Brasil. ������������������������������������
E-mail: [email protected].
Molecular characterization of Streptomyces spp. causing common
potato scab in Brazil.
A sarna comum da batata, uma importante doença que vem
causando grandes prejuízos a essa cultura, é caracterizada por
lesões reticuladas, profundas e superficiais, que historicamente têm
sido atribuídas à espécie Streptomyces scabiei. Nos últimos anos,
com o avanço das técnicas de análises de DNA, novas espécies
de Streptomyces foram descritas e, atualmente são reconhecidas
10 espécies associadas a essa doença. No Brasil, relatos a respeito
do(s) patógeno(s) responsável(eis) por essa doença são escassos
e portanto, o presente trabalho teve por objetivo a caracterização
de Streptomyces spp. que ocorrem nas regiões produtoras do país.
Foram analisados 70 isolados oriundos dos Estados da Bahia, Goiás,
Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Resultados preliminares com
base na morfologia das colônias demonstraram alta diversidade
entre os isolados e análises de PCR-RFLP da região espaçadora
16S-23S DNAr indicam, além de S. scabiei, a ocorrência de, pelo
menos, 3 espécies diferentes e/ou novas espécies de Streptomyces.
O seqüenciamento dos isolados foi iniciado, bem como a análise
das seqüências obtidas para a comparação com as espécies “Tipo”
de Streptomyces visando à confirmação da identidade dos isolados.
Apoio financeiro: ABBA/FUNDAG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
BAC-035
Oxicloreto de cobre e acibenzolar-S-metil (ASM) na indução
de respostas de defesa do algodoeiro contra Xanthomonas
axonopodis pv. malvacearum. Souza RM1, Zacaroni AB1,
Ishida AKN2, Ribeiro Júnior PM1, Amaral DR1, Resende MLV1.
1
Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG. 2Embrapa
Amazônia Oriental, Belém, PA, Brasil. E-mail:
���������������������
ana.zacaroni@
hotmail.com. Copper oxychloride and acibenzolar-S-methyl
(ASM) on induction of defense responses in Gossypium hirsutum
against Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum.
Para identificar os possíveis efeitos do oxicloreto de cobre e do
acibenzolar-S-metil (ASM) nos mecanismos
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enzimáticos envolvidos
na indução de resistência em algodoeiro à X. axonopodis pv.
malvacearum, o presente trabalho avaliou ������������������������
a atividade das enzimas
peroxidase, quitinase e glucanase. O
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ASM foi utilizado na dose de
15 g p.c./100 L de água e o oxicloreto de cobre na dosagem de 450g
p.c./100L de água. Os tratamentos foram aplicados 7 dias antes da
inoculação do
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patógeno��������������������������������������������
. ������������������������������������������
As amostras foram coletadas às 0, 12, 24,
72 e 168 h após a aplicação dos tratamentos e às 72 e 168h após a
inoculação do patógeno, em todos os tratamentos. O delineamento
experimental foi em blocos casualizados com 6 tratamentos e
4 repetições. Plantas tratadas com ASM apresentaram maior
atividade das enzimas peroxidase, quitinase e β-1,3-glucanase do
que as tratadas com oxicloreto de cobre. �������������������������
Houve maior deposição de
lignina nas plantas de algodoeiro tratadas com ASM e oxicloreto de
cobre e inoculadas, contudo não houve diferença significativa entre
os tratamentos testados e a testemunha. ��������������������������
Apoio financeiro: Capes e
Fapemig.
BAC-036
Sensibilidade in vitro ao cobre em isolados de Acidovorax avenae
subsp. citrulli. Bonato C, Tebaldi ND, Damasceno JPS, Marques
ASA. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília,
DF, Brasil. ����������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Sensibility to
copper of Acidovorax avenae subsp. citrulli strains.
O melão e a melancia são produtos importantes do agronegócio
brasileiro. A mancha aquosa dessas culturas, causada por Acidovorax
avenae subsp. citrulli (Aac) reduz a produção e a qualidade do
produto. O objetivo deste estudo foi analisar a sensibilidade de
isolados de Aac a sulfato de cobre e oxicloreto de cobre. Foram
testados 19 isolados provenientes de melão e melancia, de
diferentes regiões brasileiras, incluindo-se o isolado-tipo (CFBP
4459). O ensaio foi realizado em duas etapas: suspensões ajustadas
a 108 ufc/ml foram depositadas (5 µL) em meio agar-nutritivo
suplementado com os cúpricos nas dosagens de 5 a 350 µg/mL
(três repetições por dose) com avaliação após 72 h de incubação,
pela observação do crescimento confluente da bactéria; alíquotas
de 100 µL de suspensões a 103 ufc/mL foram espalhadas sobre o
meio para contagem do número de colônias (duas repetições por
dose de CuSO4). Na primeira etapa a sensibilidade foi observada a
partir de 250 µg/mL. A 300 µg/mL 11 isolados não apresentaram
crescimento, havendo inibição total a 350 µg/mL. Na etapa de
plaqueamento de suspensões menos concentradas, observaramse, igualmente, diferenças entre isolados e houve decréscimo no
número de colônias a partir de 200 µg/mL. Nesta etapa a CMI esteve
sempre abaixo, indicando a possibilidade de maior resistência em
agregado de células. Apoio financeiro: Finep.
S 97
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-037
Ocorrência de Pseudomonas cichorii em mamoneira no
Distrito Federal, Brasil. Diener HS, Damasceno JPS, Marques
ASA. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília,
DF, Brasil. E-mail:
��������������������������������������������������
[email protected]. Occurrence of
Pseudomonas cichorii in castor bean in Distrito Federal, Brazil.
A queima bacteriana da mamoneira causada por Pseudomonas
cichorii foi relatada no Brasil (Robbs et al., Proc. 1st Int. Conf. Pl.
Path. Bact., 1981), mas sem mencionar as regiões ou estados onde
foi detectada. Atualmente, considerando que a cultura tende a se
expandir e ganhar importância por ser uma das espécies envolvidas
na produção de biodiesel, faz-se necessário identificar os problemas
fitossanitários atuais e potenciais, visando viabilizar seu cultivo
de forma sustentável. Em levantamento no Distrito Federal,
foram coletadas amostras com sintomas de manchas necróticas
limitadas pelas nervuras, no limbo foliar. A bactéria fluorescente
consistentemente isolada, foi identificada como Pseudomonas
cichorii (Swingle) Stapp 1928, apresentando colônias translúcidas,
de coloração bege, achatadas e com bordos irregulares. A bactéria é
gram-negativa, com metabolismo oxidativo da glicose. Apresentou
os seguintes resultados aos testes LOPAT: -, +, -, -, +, enquadrandose no grupo III. Testes complementares foram realizados obtendose resultados positivos para catalase e manitol e negativos para
redução de nitrato, crescimento a 41 ºC, celobiose, D-arabinose,
sorbitol, sacarose e trealose. Plantas de mamoneira cv. BRS Energia
foram inoculadas reproduzindo-se parcialmente os sintomas. A
transmissão da bactéria pelas sementes está sendo investigada.
Apoio financeiro: CNPq.
BAC-038
Avaliação da colonização radicular de plantas de arroz pelo
uso de pgpr’s pré-selecionadas para o biocontrole da brusone.
Neves DMS1; Filippi MC2, Viana HF3. 1UEG, Palmeiras de Goiás,
GO, Brasil; 2Embrapa Arroz e Feijão, Sto. Antônio
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de Goiás, GO,
Brasil; 3Uni-Anhanguera, Goiânia, GO, Brasil. e-mail: domasine@
yahoo.com.br. Evaluation of rice plant growth after root colonization
by PGPR previously selected for rice blast biocontrol.
Rizobactérias isoladas de solo de rizosfera e rizoplano de plantas
sadias de arroz em cultivo de 1º ano (150 isolados) estão sendo
avaliadas quanto a sua capacidade de colonização do sistema
radicular e promoção de crescimento de plantas de arroz.
Ensaios in vitro foram realizados utilizando sementes de arroz
microbiolizadas com suspensão de cada antagonista e semeadas
em tubos de ensaio contendo ágar-água 0,6%, visando avaliar a
interação microrganismo-planta. Concomitantemente, um ensaio
em casa de vegetação está sendo realizado levando em consideração
a premissa básica de que para um efetivo aumento do crescimento
de plantas seja necessária a colonização do sistema radicular
das plantas. As avaliações em casa de vegetação consistirão dos
parâmetros de altura de plantas, massa fresca e seca, comprimento
e peso radiculares e teor de clorofila. Os dados de avaliações in
vitro e in vivo permitirão selecionar os melhores isolados que serão
reavaliados em ensaio de campo.
S 98
BAC-039
Bactérias adaptadas às condições extremas provenientes de
solos manejados organicamente para o controle da murcha
bacteriana do tomateiro. Rezende AMFA, Tomita CK, Uesugi
CH. Dep. de Fitopatologia, UnB, Brasília–DF, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Bacteria adapted to the extreme
conditions from organically managed soils for control of tomato
bacterial wilt.
Solos incorporados com composto orgânico e Bokashi apresentam
maior atividade biológica, melhorando as características físicoquímicas do solo e simultaneamente se comportando como
supressivo a fitopatógenos. O presente trabalho teve por objetivo
levantar nesses solos as bactérias adaptadas às diferentes condições
físico-químicas extremas, tais como pH, temperatura e salinidade
para o controle da murcha bacteriana. Amostras de solos dos
primeiros 20 cm de profundidade foram coletadas em área de
cultivo orgânico de cenoura, maracujá, milho e pimentão, no
município de Brazlândia-DF. Um grama de cada amostra de solo
foi diluído até 10-5 e, 0,05mL da diluição final foi plaqueada em
meio de cultura 523 e incubada a 28°C por 48h. Foram obtidas
no total 30 isolados. Esses isolados foram submetidos às seguintes
condições: (1) temperaturas: 35, 45, 55, 65 e 75°C; (2) acidez pH:
3, 4 e 5; (3) alcalinidade pH: 9, 10 e 11; (4) salinidade (NaCl): 5%,
10% e 15%. Dos isolados testados, observaram-se respectivamente
crescimento em: (1) 100%, 63,3%, 16,7%, 33,3% e 23,3%; (2)
46,7%, 93,3% e 96,7%; (3) 100%, 93,3% e 6,7%; (4) 100%, 63,3%
e 13,3%. O maior destaque foi para a presença de um maior número
de bactérias alcalinófilas, sendo muitas delas antagônicas in vitro a
R.. solanacearum. Apoio Financeiro: CNPq.
BAC-040
Caracterização molecular de isolados de Xanthomonas
campestris pv. viticola e avaliação da patogenicidade em
variedades de videira. Castro, NR, Silva, MLRB, Silva, MV, Costa,
AF. Laboratório de Genoma, IPA, Pernambuco. ���������������
E-mail: neilza@
ipa.br. Molecular characterization Xanthomonas campestris pv.
viticola isolates and pathogenicity evaluations in Vitis variety.
O trabalho objetivou a caracterização molecular de isolados da X.
campestris pv. viticola bem como a avaliação da patogenicidade
em variedades de videira. Os isolados foram coletados de regiões
produtoras do Vale da São Francisco, dos quais foram extraídos os
DNAs. Para caracterização molecular, foram utilizados os primers
fD1 e rD1 que amplifica regiões conservadas do DNA ribossomal. Os
amplicons obtidos foram seqüenciados em seqüenciador automático
de DNA ABI 3100 para análise de homologia/similaridade com as
seqüências mantidas em banco de dados, utilizando o programa
BLAST. Para testar a patogenicidade dos isolados, mudas da
variedade Red Globe, suscetível à doença, cultivadas em casa de
vegetação foram inoculadas com os isolados de X. campestris pv.
viticola, utilizando o método de picadas no caule com deposição
de suspensão bacteriana na concentração de 104 ufc/mL. Após 15
dias da inoculação foi possível verificar a ocorrência de sintomas,
evidenciando a patogenicidade dos isolados. Os dados moleculares
obtidos, que confirmaram a identidade do patógeno, juntamente
com os dados de patogenicidade foram eficientes como suporte
para utilização desses isolados em estudos de identificação de
genes de resistência na videira. Apoio financeiro: CNPq, Facepe,
Embrapa.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-041
Eficácia de tratamentos utilizados em packinghouses para a
desinfestação superficial de frutos assintomáticos em relação
à bactéria do cancro cítrico. Murata MM1,2, Buassi M1, Leite
Jr. RP
��1. 1IAPAR, 2UEL, Londrina, PR, Brasil. ruileite@iapar.
br. Effectiveness of packinghouses treatments for the surface
disinfestation of asymptomatic fruits regarding the citrus canker
bacterium.
BAC-043
Detecção e identificação de Xanthomonas axonopodis pv.
malvacearum por primers específicos. Balani DM1, Destéfano
SAL1, Almeida IMG1, Pizzirani-Kleiner AA2. 1Instituto Biológico,
Campinas, SP; 2Depto. Genética e Melhoramento de Plantas,
ESALQ-USP. E-maill: [email protected]. Detection and
identification of Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum by
specific primers.
O cancro cítrico é uma doença causada pela bactéria Xanthomonas
axonopodis pv. citri (Xac). Sua ocorrência dificulta a exportação
de frutos in natura para países livres da doença. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a sobrevivência da bactéria após os tratamentos
de desinfestação superficial de frutos cítricos. Laranjas do cultivar
Valência, com e sem lesões da doença, foram lavadas com água e
submetidas à imersão por 2 minutos em solução de hipoclorito de
sódio a 200 ppm. Após o tratamento, os frutos foram colocadas em
sacos plásticos contendo 50 ml de solução tampão fosfato com 0,1
% de Tween 20 e submetidos à agitação por 120 min. a 150 rpm. O
conteúdo líquido dos sacos plásticos foi centrifugado a 5000 rpm por
10 min. O sobrenadante foi descartado e o pellet ressuspendido em
5 ml de água para diluição e plaqueamento em meio semi-seletivo
KCB. As placas foram mantidas a 28°C e a avaliação foi realizada
pela contagem de unidades formadoras de colônia (UFC) no sétimo
dia. Foram utilizados primers específicos para identificação das
colônias por PCR. Após o tratamento com hipoclorito de sódio não
foi detectada a presença de células viáveis de Xac em frutos com
e sem lesões. No entanto, nos frutos sintomáticos foi confirmada a
presença da bactéria por PCR, mesmo após o tratamento. Apoio:
PIBIC/CNPq
A mancha angular do algodoeiro, causada por Xanthomonas
axonopodis pv. malvacearum (Xam), é uma doença de importância
econômica, que pode causar perdas consideráveis nos campos de
cultivo. A preocupação com a utilização de sementes infectadas ou
contaminadas não reside apenas no fato de que poderão dar origem
a um surto epidêmico no campo. Até o presente não há descrição de
um método rápido e eficiente para a detecção de Xam em sementes
de algodão. O presente trabalho teve por objetivo o desenho de
primers específicos para a detecção e identificação de Xam, a
partir de análises de um fragmento de aproximadamente 800 pares
de bases (pb) do gene rpoB. O alinhamento de seqüências desse
fragmento presente em X. a. pv. malvacearum, X. a. pv. axonopodis,
X. a. pv citri e X. campestris pv. campestris, permitiu o desenho
dos primers Xam1F (GTCGCAGTTCATGGATCAGA) Xam2R
(CTTCTGCGAACGCAAGTGT). O produto de amplificação de
aproximadamente 500pb mostrou-se altamente específico para
Xam quando utilizado em reações de amplificação com DNAs de
diferentes espécies de Xanthomonas. A partir desses resultados estão
sendo desenvolvidas metodologias que possibilitam a avaliação
de lotes de sementes, uma vez que a detecção de bactérias é de
fundamental importância para o controle preventivo da doença.
Apoio financeiro: CNPq.
BAC-042
Tratamento de sementes no manejo da murcha de
Curtobacterium do feijoeiro. Martins SJ, Souza RM, Ferro HM,
Medeiros FHV, Neto HS, Zanotto E, Zacaroni AB. Departamento
de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail:
������������������
samueljmt@
yahoo.com.br. Seed treatment to manage bean bacterial wilt
(Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens).
Rizobactérias são capazes de controlar bacterioses cujos patógenos
são transmitidos por sementes. A murcha-de-curtobacterium,
causada por C. flaccumfaciens pv. flaccumfaciens (Cff), está
entre as bacterioses vegetais para as quais nenhum tratamento de
sementes foi ainda desenvolvido. O objetivo deste trabalho foi
determinar a eficácia do tratamento de sementes de feijão com
Bacillus spp. no controle da murcha-de-curtobacterium. Sementes
contaminadas por Cff foram tratadas com suspensões (108 ufc/ml)
de isolados de Bacillus spp. pré-selecionados para controle de
outras doenças de plantas. Avaliou-se a severidade da doença das
plantas resultantes de cada um dos tratamentos aos 14, 22, 25 e
28 dias após a semeadura e calculou-se a área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD). A redução da AACPD em relação à
testemunha variou de 45,67 a 93,60%. Destacaram-se os isolados:
Bacillus subtilis ALB629, B. subtilis sp. UFLA285, Paenibacillus
lentimorbus MEN2 e Bacillus sp. UFLA168. O tratamento biológico
de sementes com Bacillus spp. constitui portanto uma alternativa
para o tratamento de sementes de feijoeiro visando ao controle da
murcha-de-curtobacterium. Apoio financeiro: FAPEMIG, CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
BAC-044
Identificação molecular e caracterização da patogenicidade de
isolados de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens de
feijoeiro. ������������
Gonçalves JS1,2, Leite Jr. RP1. 1IAPAR, 2UEL, Londrina,
PR. E-mail: [email protected]. Molecular identification and
characterization of pathogenicity of Curtobacterium flaccumfaciens
pv. flaccumfaciens isolates from beans.
A cultura do feijoeiro está sujeita a diversas doenças que podem
acarretar perdas significativas. Dentre estas, a murcha-decurtobacterium, causada por Curtobacterium flaccumfaciens pv.
flaccumfaciens (Cff) tem se constituído em um importante problema
na região Centro Sul do Brasil. O objetivo deste trabalho foi
identificar molecularmente e avaliar a patogenicidade de isolados
de Cff em feijoeiro. Foram utilizados dois pares de primers, CF4CF5 e CffFOR2-CffREV4, para identificação dos isolados por
PCR. Também foi investigada a presença de plasmídeos. Para a
patogenicidade, foi realizada inoculação em plântulas de feijoeiro
do cultivar Carioca. As plântulas foram inoculadas na haste pela
inserção de palito de dente, previamente mergulhado em suspensão
bacteriana a 108 UFC/ml. Foram avaliadas a incidência da doença,
pela contagem de plantas infectadas, e severidade, utilizando escala
diagramática. Todos os isolados foram confirmados como sendo Cff
pela amplificação de bandas de 200 e 300 pb, como esperado para
os primers utilizados. Não foi detectada a presença de plasmídeos
nos isolados. Na patogenicidade, a incidência da doença variou de 33 a
100% aos 28 dias após a inoculação. Houve variação entre os isolados
em relação à severidade da doença, sendo os isolados 14305 e 14307
os mais agressivos. Apoio Financeiro: PIBIC/CNPq
S 99
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-045
Variabilidade bioquímica e patogênica de Ralstonia solanacearum
no Estado do Tocantins e diagnóstico via PCR e aglutinação
com látex. Álvarez ER1, Fonseca MEN2, Boiteux LS2, Lopes2 CA,
Lima Neto3 AF. 1Centro Nacional de Sanidade Agropecuária de
Cuba (CENSA), Havana, Cuba; 2Embrapa Hortaliças, Brasília-DF;
3
Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS), Palmas-TO.
E-mail: [email protected]. Biochemical and pathogenic
variability of Ralstonia solanacearum from the State of Tocantins
and diagnosis via PCR and latex agglutination.
Um aumento expressivo das áreas ocupadas com o cultivo
hortaliças tem sido verificado no Estado do Tocantins. A murcha
bacteriana (Ralstonia solanacearum) tem sido relatada como uma
das principais doença nas lavouras de tomate, jiló e pimentão
no Estado. A presença da murcha bacteriana pode inviabilizar a
expansão de produção. Amostras de plantas murchas de tomate
(24) e jiló (04) coletadas nos municípios de Colméia, Guaraí e
Fortaleza do Tabocão, mostraram-se positivas quanto à presença
de R. solanacearum pelos métodos ‘aglutinação com látex’ e
‘PCR’. Testes bioquímicos confirmaram que todos os 28 isolados
pertencem à biovar 3. Testes de patogenicidade em germoplasma de
jiló e berinjela mostraram que isolados provenientes de jiló foram
significativamente mais agressivos ao jiló e à berinjela que isolados
de tomate da biovar 1 altamente virulentos ao tomate (‘RS 221’).
Isso implica que é necessário, para o melhoramento genético de
solanáceas visando ao controle da murcha bacteriana para o Estado
de Tocantins, o uso de isolados locais e específicos, com ênfase na
biovar 3.
BAC-046
Detecção de Candidatus Liberibacter asiaticus em diferentes
partes de plantas de citros. Buassi M1, Meneguim L1,2, VilasBoas LA1, Marques-Marçal VV1,2, Leite Jr. RP
��1. 1IAPAR; 2UEL,
Londrina, PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Detection of
Candidatus Liberibacter asiaticus in differents parts of the citrus
trees.
Huanglongbing (HLB), causada pela bactéria Candidatus
Liberibacter spp., é considerada a principal doença dos citros.
Todas as variedades de Citrus spp. são susceptíveis, não sendo
conhecido nenhum mecanismo eficiente de controle. O diagnóstico
da doença é feito com base na presença de sintomas característicos
e confirmado pela PCR com primers específicos para a bactéria a
partir do DNA extraído de pecíolos de folhas sintomáticas. Este
trabalho teve por objetivo a detecção da bactéria em diferentes
partes da planta, sendo utilizadas partes de ramos sintomáticos
e assintomáticos de plantas afetadas. Foram testados nervura
central, limbo, fruto, semente e casca de ramos com diferentes
níveis de suberização. O DNA foi extraído pelo método de Murray
& Thompson (1980). Utilizando primers específicos para Ca.
Liberibacter asiaticus, foram obtidas amplificações de DNA em
pecíolo, limbo, casca de frutos e casca de ramos sintomáticos.
Tecidos de folhas sem sintomas, de ramos sintomáticos, mostraram
amplificação variável tanto para limbo como pecíolo. Não foi
detectada a presença da bactéria em sementes de frutos afetados.
Cascas obtidas dos ramos sintomáticos foram positivas nas
diferentes amostras avaliadas. Estes resultados podem auxiliar no
diagnóstico da doença, oferecendo outras opções de material para
detecção da bactéria. Apoio Financeiro: Capes.
S 100
BAC-047
Avaliação da População de vetores da Xylella fastidiosa e da
Clorose Variegada dos Citros em variedades de laranja doce
Citrus sinensis no Noroeste do Paraná. Molina RO, Suzukawa
AK, Nunes WMC. Núcleo de Pesquisa em Biotecnologia Aplicada,
UEM, Maringá, PR, Brasil. E-mail:
������������������������������������
[email protected]. Avaliation
of Population ofthe vectors Xylella fastidiosa and Citrus Variegated
Chlorosis in varieties of sweet orange in the Northeast of Paraná.
A bactéria Xylella fastidiosa Wells.causa uma doença, conhecida
como Clorose Variegada dos Citros (CVC), que afeta variedades
de laranja doce [Citrus sinensis (L.) Osbeck]. Esta bactéria é
transmitida por cigarrinhas vetoras (Hemiptera: Cicadellidae). O
objetivo foi avaliar a população de insetos vetores da X. fastidiosa,
assim como a incidência da doença (CVC), em diferentes variedades
de laranja doce em um pomar experimental da Universidade
Estadual de Maringá, no município de Maringá, região noroeste
do Estado do Paraná. Foram utilizadas variedades de laranjeira
doce (C. sinensis), tangerineiras (C. reticulata Blanco), e seus
híbridos, enxertadas em limoeiro ‘cravo’, cultivar ‘Limeira’ (Citrus
limonia Osbeck). As espécies vetoras foram capturadas através
de armadilhas adesivas amarelas (Biocontrole®) colocadas em
campo aleatoriamente fixadas a 1.70cm do solo, sendo avaliadas e
renovadas mensalmente. A análise espacial da incidência da doença
no campo foi realizada por meio de avaliações visuais do pomar.
As espécies de cigarrinhas mais encontradas foram Dilobopterus
costalimai e Acrogonia citrina, com 20% e 16,5% respectivamente
as variedades que apresentaram sintomas de CVC foram Pêra GS,
Pêra Dibbern e Pêra Ovale Siracusa. Apoio financeiro: CNPq
BAC-048
Ocorrência de Candidatus Liberibacter asiaticus agente causal
do Huanglongbing no Estado do Paraná. Meneguim L1,2, Buassi
M1, Vilas-Boas LA1, Marques-Marçal VV1,2, Paccola-Meirelles
LD2, Leite Jr. RP
��1. 1IAPAR; 2UEL, Londrina, PR, Brasil. E-mail:
[email protected]. Occurrence of Candidatus Liberibacter
asiaticus causal agent of the Huanglongbing in Paraná State.
Huanglongbing (HLB) é uma das mais destrutivas doenças dos
citros no mundo. Esta doença é causada pela bactéria Candidatus
Liberibacter spp., e não existem práticas eficientes para seu
controle. Os sintomas de HLB incluem amarelecimento com padrão
mosqueado das folhas, redução do tamanho dos frutos e presença
de sementes abortadas. No Brasil, a doença foi descrita em 2004 em
pomares do Estado de São Paulo, sendo detectada pela primeira vez
no Paraná em 2006 na região Noroeste, em pomares no município
de Altônia. Amostras apresentando sintomas característicos de
HLB foram coletadas na região Noroeste do Paraná e testadas para
a presença da bactéria. Foi utilizado o protocolo de extração de
DNA descrito por Murray & Thompson (1980) com modificações.
A amplificação foi feita com os primers OI1/OA1/OI2c e A2/J5,
específicos para Ca. L. asiaticus e Ca. L. africanus e com GB1/GB3
específico para Ca. L. americanus. Foram obtidas amostras positivas
para HLB de plantas provenientes dos municípios de Altônia,
Guairaçá, Paraíso do Norte, Paranavaí e São Jorge do Patrocínio.
O fragmento de DNA amplificado de todas as amostras foi clivado
com a enzima Xba I gerando padrão específico para a espécie Ca.
L. asiaticus. Não foi obtido amplificação nas avaliações para Ca. L.
americanus e Ca. L. africanus. Apoio Financeiro: Capes.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
BAC-049
Quantificação de Candidatus Liberibacter americanus em
vinca (Catharantus roseus) com diferentes graus de sintomas.
Francisco CS1, Coletta-Filho HD1, Locali-Fabris EC1, RosaPereira MA, Alves KCS1, Machado MA1. 1.Centro APTA Citros
Sylvio Moreira, Cordeirópolis, SP. ������������������������
Email:carol_francisco18@
hotmail.com. Candidatus Liberibacter americanus quantification
in periwinkles plants (Catharantus roseus) with different levels of
HLB symptoms.
O huanglongbing (HLB), causada pela bactéria Gram-negativa,
limitada ao floema, Candidatus Liberibacter spp. é transmitida pelo
psilídeo Diaphorina citri.. Além de não ser cultivada em meio de cultura,
mesmo em plantas sintomáticas a bactéria é irregularmente distribuída
e esta presente em baixas concentrações, dificultando trabalhos focando
sua genômica. Em vinca, Cataranthus roseus, a bactéria se multiplica
facilmente atingindo altas titulações. Este trabalho tem como objetivo
monitorar por PCR e qPCR de a distribuição de Ca. L. americanus (CLam)
em plantas de vinca infectadas, analisando-se tecidos com diferentes
graus de sintomas. Foram utilizadas três plantas de vinca infectadas com
CLam através de enxertia, mantidas em casa de vegetação. O DNA dos
tecidos [folhas amarelas (sintoma severo), cloróticas com mosqueamento
(sintoma inicial) e verdes (sem sintomas) e ramos] foi extraído e submetido
a PCR e qPCR, utilizando primers e sondas específicas. Os resultados
evidenciaram maior concentração da bactéria em tecidos apresentando
sintomas mais severos (folhas amarelas), seguidos dos tecidos cloróticos
com mosqueamento e ramos. Tecidos mais jovens com ausência de
sintomas apresentaram as menores concentrações de Clam. Suporte
financeiro: FAPESP, CNPq
BAC-050
Emergência e desenvolvimento de melancia inoculada com
bactérias promotoras de crescimento. França FS, Queiroz FCC.
Santos MM, Dourado DL, Peixoto AR, Paz CD. DTCS, UNEB/
Campus III, Juazeiro, BA, Brasil. E-mail: francyfranca@gmail.
com. Emergency and development of watermelon by plant growthpromoting bacteria.
As bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP) têm a
capacidade de promover o crescimento vegetal através de diversos
mecanismos quando inoculadas nas sementes ou no solo cultivado por uma
grande variedade de espécies vegetais. Objetivando avaliar a promoção
de crescimento em plantas de melancia (Citrullus lanatus L.), testaram-se
oito isolados bacterianos considerados para outras culturas como BPCP,
incluindo as espécies Bacillus thuringiensis subvar. Kurstakii (HPF14), B.
megaterium pv. cerealis (RAB7), Bacillus sp. (RAB9), B. subtilis (R14),
B. cereus (HNF15), B. cereus (C210), B. pumillus (HPS6) e Paenibacillus
lentimorbus (MEN2), obtidos de vários hospedeiros. Os tratamentos
foram constituídos por 4 combinações desses isolados e testemunha:
HPS6+RAB9+R14+HPF14, MEN2+R14+RAB9, HNF15+RAB7,
C210+MEN2. Foi realizado um bioensaio com cinco tratamentos, quatro
repetições, e cada repetição com 20 plântulas. As sementes foram tratadas
com suspensão bacteriana na concentração de 108 ufc/ml, e cultivadas em
casa de vegetação por 18 dias em substrato comercial Plantimax® dispostas em
bandejas para avaliação do índice de velocidade de emergência, velocidade de
emergência, crescimento e matéria seca da parte aérea e do sistema radicular.
Os resultados demonstraram que a combinação bacteriana HNF15+RAB7
apresentou o melhor crescimento radicular quando comparado à testemunha.
A aplicação das misturas de isolados foram eficientes na indução do
crescimento e evidenciam a potencialidade das combinações de bactérias
no desenvolvimento de melancia. Apoio Financeiro: PICIN-UNEB,
FAPESB, UFRPE.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-001
Atividade fungitóxica de óleos essenciais sobre Cercospora
coffeicola. Alves E, Pereira RB, Lucas GC, Perina FJ. Departamento
de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. ��������������������
E-mail: ealves@ufla.
br. Fungitoxic activity of essential oils on Cercospora coffeicola.
Cercospora coffeicola Berk & Cooke é um patógeno importante
na cultura do cafeeiro, capaz de provocar queda de folhas e frutos,
além de depreciar a qualidade dos mesmos. Em busca de métodos
alternativos de controle desta doença, o objetivo deste trabalho foi
avaliar a atividade fungitóxica de diferentes óleos essenciais sobre o
crescimento micelial de C. coffeicola. Os tratamentos constituíramse de: óleo de tomilho, cravo-da-índia, eucalipto, canela, citronela,
árvore de chá, nim e capim limão, na concentração de 1000ppm,
testemunha, e leite em pó 1,0%. Os óleos foram adicionados ao
meio de cultura BDA autoclavado contendo leite em pó 0,1%
(emulsificante natural). Após homogeneização, os meios foram
distribuídos em placas de Petri de 9 cm de diâmetro e, inoculados
com disco de micélio de 0,7 cm de diâmetro. O experimento foi
realizado em delineamento inteiramente casualizado, com oito
repetições. As placas foram mantidas em BOD a 25°C. Avaliouse o diâmetro das colônias a cada quatro dias e, calcularam-se os
índices de velocidade do crescimento micelial. Os tratamentos
constituídos de leite em pó, citronela, árvore de chá e eucalipto
não apresentaram efeito fungitóxico, sem diferir em relação à
testemunha, seguidos de capim limão e tomilho. Óleo de nim,
cravo e canela apresentaram fungitoxidade, inibindo totalmente o
crescimento do patógeno. Apoio Financeiro: FAPEMIG.
CAL-002
Efeito inibitório de extratos vegetais sobre Aspergillus spp.
Venturoso LR, Bacchi LMA, Gavassoni WL, Conus LA, Pontim
BCA, Bergamin AC. Universidade Federal da Grande Dourados,
UFGD, Dourados, MS. Email: [email protected]. Inhibitory
effect of vegetal extracts on Aspergillus spp.
Inúmeros fatores têm contribuído na busca de substâncias que
possam ser utilizadas para o controle de patógenos. Foi conduzido
na Universidade Federal da Grande Dourados um experimento
com objetivo de avaliar o efeito in vitro de extratos aquosos
sobre o crescimento micelial de Aspergillus spp. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado, com 11 tratamentos e
10 repetições. Foram utilizados extratos de alho, arruda, canela,
cravo-da-índia, cavalinha, eucalipto, hortelã, jabuticaba, melão de
são caetano e nim, mais a testemunha. Para obtenção dos extratos
foram coletadas 20 g do material vegetal e trituradas em 100 ml
de água destilada. A solução foi colocada em banho maria a 55 °C
durante 1 hora, sendo posteriormente filtrada em papel wathman
nº 1, incorporada em meio BDA e acondicionada em placas de
Petri, onde foram transferidos discos de micélio do patógeno, de
3 mm de diâmetro. Realizaram-se medições do crescimento da
colônia em dois eixos ortogonais, sendo calculada a média. Os
resultados revelaram que o extrato de cravo-da-índia foi superior
aos demais, inibindo o crescimento de Aspergillus spp. Alho
reduziu significativamente o crescimento micelial em relação aos
demais tratamentos. Os extratos de canela e hortelã apresentaram
crescimento intermediário. Para os demais extratos foram
observados menor crescimento que a testemunha, no entanto,
foram todos semelhantes entre si.
S 101
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-003
Efeito de extratos aquosos sobre o crescimento micelial de
Penicillium spp. Venturoso LR, Bacchi LMA, Gavassoni WL,
Conus LA, Pontim BCA, Souza FR. ������������������������
Universidade Federal da
Grande Dourados, UFGD, Dourados, MS. Email: luck_rv@
hotmail.com. Effect of aqueous extracts on mycelial growth of
Penicillium spp.
CAL-005
Inibição do crescimento micelial de Penicillium digitatum
por extrato de Orégano (Origanum vulgare).� Marcondes MM,
Biezus V, Marcondes MM, Baldin I, Leite CD, De Moraes, LKA,
Faria CMDR. Departamento de Agronomia – UNICENTRO. Email: [email protected]. Mycelium growth of
Penicillium digitatum inhibition by Origanum vulgare extract.
A formação de uma consciência e a necessidade de se preservar
o meio ambiente tem gerado a necessidade de testar produtos
naturais, visando um controle alternativo de fitopatógenos. Desta
forma objetivou-se avaliar o potencial de extratos aquosos sobre
o crescimento micelial de Penicillium spp. O experimento foi
conduzido no Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal
da Grande Dourados. Adotou-se o delineamento experimental
inteiramente casualizado, com 11 tratamentos e 10 repetições.
Foram utilizados os extratos de alho, arruda, canela, cravo-daíndia, cavalinha, eucalipto, hortelã, jabuticaba, melão de são
caetano e nim na concentração de 20.000 ppm, mais a testemunha.
Os extratos foram filtrados em papel wathman nº 1, colocados em
banho maria a 65 °C, durante 1 hora, incorporados em meio BDA e
acondicionados em placas de Petri, onde foram transferidos discos
de 3 mm de diâmetro do micélio do patógeno. O crescimento
micelial foi obtido pela média das medições do crescimento radial
da colônia em dois eixos ortogonais. Foram observados que o meio
de cultura contendo os extratos de cravo-da-índia, alho e canela
apresentaram o menor crescimento micelial, sendo superiores aos
demais. Os extratos de eucalipto, melão de são caetano, hortelã,
jabuticaba e nim apresentaram crescimento intermediário, porém
foram superiores aos extratos de arruda, cavalinha e a testemunha.
O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência de extrato de
orégano no desenvolvimento do fungo P. digitatum in vitro.
Utilizou-se extrato aquoso de orégano obtido por infusão,
adicionado em meio BDA, nas concentrações 0 (testemunha); 5;
10 e 20%. O meio, após esterilizado, foi vertido em placas de Petri
onde o fungo foi repicado na forma de discos do meio de cultura de
8mm de diâmetro, com micélio fúngico. As placas foram incubadas
em câmara de crescimento BOD a uma temperatura média de 25
± 2ºC durante 168 horas. As avaliações foram realizadas a cada 48
horas, com auxílio de paquímetro manual, medindo-se o diâmetro
da colônia. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente
casualizado, em que cada unidade experimental foi constituída
de uma Placa de Petri, com quatro repetições. No decorrer das
avaliações observou-se que à medida que a concentração do extrato
no meio aumentou, houve uma diminuição no crescimento micelial,
sendo que este comportamento foi observado nas quatro avaliações
realizadas. Os valores médios do diâmetro da colônia obtidos após
168 horas de cultivo foram de 6,5; 5,6; 4,8 e 3,5 cm de diâmetro
para as doses 0; 5; 10 e 20% respectivamente. Assim, o orégano
apresentou potencial fungitóxico sobre P. digitatum in vitro.
CAL-004
Metodologia alternativa de controle da antracnose pós-colheita
em helicônia. Coelho RSB, Gurgel LMS, Oliveira SMA, Castro
NR, Silva RLX, Rosa RCT. Laboratório de Fitopatologia, IPA,
Recife, PE, Brasil. E-mail: [email protected]. Alternative control of
anthracnose post-harvest in Heliconia rostrata
A Heliconia rostrata é afetada por diversas doenças de importância
econômica, destacando-se a antracnose, causada pelo fungo
Colletotrichum gloeosporioides, que reduz a produtividade e
ou desvalorizando as flores para comercialização. Este trabalho
objetivou estabelecer uma metodologia alternativa de controle da
antracnose em cultivares de Helicônia e determinar qual o indutor
e época de aplicação mais eficiente no controle da antracnose em
pós-colheita. Os indutores e fungicida foram aplicados na flor
fechada 5-7 dias antes e após a emissão da inflorescência, antes da
colheita, através da pulverização foliar, utilizando duas dosagens:
Bion 10 e 20g PC/100 L de água; jasmonato 15 e 30mg/L de água;
Agro-mos® 100-200mL/ 100 L de água; Crop-Set® 100-200mL/
100 L de água; Ecolife®40 100-200mL/ 100 L de água; Cercobin 5070g/ 100 L de água. Na avaliação foram observadas as dimensões
das lesões e análise de peroxidase. As helicônias responderam
à aplicação dos indutores, com menores níveis de severidade
em todos os tratamentos, com exceção do Bion, em relação à
testemunha. Os indutores Ecolife®40 e jasmonato proporcionaram
menor severidade, quando utilizados na menor e maior dosagem,
respectivamente. A maior produção de peroxidase em helicônia foi
verificada nas hastes tratadas com Crop-set® e Agro-mos®. Apoio
Financeiro: CNPq.
S 102
CAL-006
Inibição do crescimento micelial de Penicillium digitatum por
extrato aquoso de catinga de mulata (Tanacetum vulgare).
Marcondes MM, Baldin I, Marcondes MM, Leite CD, De Moraes
LKA, Faria CMDR. Departamento de Agronomia, Universidade
Estadual do Centro-Oeste. E-mail: [email protected]
Mycelium growth of Penicillium digitatum inhibition by Tanacetum
vulgare extract.
O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do extrato aquoso
de catinga de mulata (Tanacetum vulgare) no crescimento micelial
de Penicillium digitatum in vitro. Preparou-se o extrato através
da infusão do material seco nas concentrações 5; 10 e 20 % e
adicionou-se ao meio de cultura BDA antes do seu preparo. Após
autoclavagem, os meios foram vertidos em placas de Petri, nas
quais os discos de meio de cultura de 8 mm contendo o fungo,
foram repicados. As placas foram incubadas em câmara de
crescimento (BOD) a 23 ± 2°C e fotoperíodo de 12 horas. Após 48,
96 e 144 h de incubação avaliou-se o diâmetro micelial. Utilizouse o delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições e 4
tratamentos (3 concentrações mais controle sem extrato). Os dados
foram submetidos à análise de variância e análise de regressão com
0,05% de probabilidade. A utilização do extrato aquoso em todas as
concentrações inibiu do crescimento micelial do fungo comparandose com a testemunha. Nas concentrações de 5; 10 e 20 % observouse crescimento de 4,14; 4,48 e 3,95 cm, respectivamente. Concluise que o extrato aquoso de catinga de mulata tem ação fungitóxica
sobre o crescimento micelial de P. digitatum.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-007
Efeito de óleos essenciais na germinação de urediniósporos
de Phakopsora pachyrhizi. Silva AC, Souza PE, Pinto JEBP,
Silva BM, Amaral DC. Departamento de Fitopatologia, UFLA,
Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect
����������
of
essential oils on the germination of urediniospores of Phakopsora
pachyrhizi.
O trabalho teve como objetivo avaliar a fungitoxidade de óleos
essenciais de plantas medicinais sobre a germinação de esporos
do fungo Phakopsora pachyrhizi, agente causal da ferrugem
asiática na soja. Foram utilizados os óleos essenciais de Hyptis
marrubioides, Aloysia gratissima e de Cordia verbenacea. Todos
os tratamentos foram realizados in vitro, no qual consistiram dos
três óleos nas concentrações 0,1; 0,3, 0,5 e 1% e fungicida pyracl
ostrobin+epoxyconazole (Opera), na dosagem de 66,5+25g.i.a/ha,
no qual, foram misturados no meio de cultura Ágar-Água e vertido
em placa de Petri contendo 10 mL da mistura. Após a solidificação
do meio foram depositados 50µL da suspensão de esporos na
concentração de 2,0 x 105 esporos/mL. A testemunha constou-se
de água destilada estéril + Tween 20 a 1% misturado ao meio de
cultura e suspensão de esporos. A avaliação foi realizada 4 horas
após o início da incubação. Contou-se a quantidade de esporos
germinados e não germinados no campo de visão da objetiva de
10X do microscópio ótico em quatro quadrantes da placa Petri
totalizando 200 esporos por placa. Todos os óleos essenciais, em
todas as concentrações e o fungicida inibiram completamente
a germinação do fungo, a testemunha teve uma germinação de
69%. Esses resultados indicam o potencial antifúngico dos óleos
essenciais na germinação da Phakopsora pachyrhizi.
CAL-008
Severidade da antracnose do sorgo em misturas de cultivares.
Souza BO, Casela CR Departamento de Fitopatologia, UFLA,
Lavras, MG, Brasil. E-mail:
������������������������������������������
[email protected] Anthracnose
severity of the sorghum in mixture of cultivars.
Misturas de genótipos de sorgo, IG150 (resistente a antracnose)
e BRS304 (suscetível a antracnose) foram avaliadas quanto a
capacidade em reduzir a severidade da antracnose em Sete Lagoas
e Indianópolis, MG. Os híbridos foram combinados nas seguintes
proporções: IG150 (100%), IG150+BRS304 (75%+25%),
IG150+BRS304 (50%+50%), IG150+BRS304 (25%+75%) e
BRS304 (100%). Tendo a linhagem BR009 como testemunha
suscetível. Foram realizadas sete avaliações, a partir de 60 dias
após a semeadura, em intervalos de sete dias, com base na escala
de notas estabelecida por Sharma (1983). A AACPD foi calculada
e o programa SISVAR foi utilizado na análise estatística dos
dados. A medida que se aumentou a proporção do híbrido IG150
nas misturas, foi verificada redução da severidade da doença nos
dois locais de cultivo. Em Sete Lagoas, as misturas e os estandes
puros não diferiram estatisticamente a 5% de probabilidade em
relação a AACPD. Já, em Indianópolis, as combinações 75%+25%,
50%+50% e 25%+75% foram eficientes no controle da doença e
diferiram do estande puro suscetível BRS304(100%). Para elucidar
o mecanismo de controle da antracnose do sorgo nos ambientes
de misturas, isolados do agente causal da doença serão analisados
quanto a virulência e dinâmica populacional. Apoio financeiro:
CNPq e Embrapa Milho e Sorgo.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-009
Atividade antifúngica de extratos de própolis sobre Sphaerotheca
fuliginea, agente causal do oídio do quiabeiro. Souza LA, Vieira
GHC, Kulczynski SM, SilvaJC, Barbosa MMM. Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul, Cassilândia, MS, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Antifungal activity of wax bees
extracts on Sphaerotheca fuliginea causal agent of the powdery
mildew of the gumbo plants.
Este trabalho teve por objetivo avaliar o potencial de extratos de
própolis na inibição da germinação de conídios de Sphaerotheca
fuliginea, agente causal do oídio do quiabeiro, comparando-se
com dois fungicidas. Foram testados os substratos: sacarose-ágar,
frutose-ágar, sacarose-ágar-própolis (0,2%), frutose-ágar-própolis
(0,2%), sacarose-ágar-própolis (0,4%), frutose-ágar-própolis
(0,4%), sacarose-ágar-própolis (0,8%), frutose-ágar-própolis
(0,8%), sacarose-ágar-própolis (0,16%), frutose-ágar-própolis
(0,16%), sacarose-ágar-Cercobin 700 PM e frutose-ágar-Folicur
200 CE. Após a solidificação dos meios de cultura, estes foram
cortados em tiras e colocados sobre lâminas, dentro de gerbox
umedecidos. Os conídios foram retirados de folhas com sintomas,
inoculados na superfície dos meios com o auxílio de um pincel de
cerdas macias e depois incubados em BOD, com fotoperíodo de
12 h à 25°C, por 12, 24 e 30 horas. Avaliou-se a germinação dos
conídios, estimando-se a percentagem dos mesmos germinados.
As médias de germinação foram comparadas pelo teste de Tukey
a 5%. Os melhores controles foram observados nos substratos
sacarose-ágar-própolis (0,16%) e sacarose-ágar-Cercobin 700 PM,
respectivamente. Apoio financeiro: PIBIC/UEMS
CAL-010
Efeito de diferentes meios de cultura sobre a germinação de
conídios de Sphaerotheca fuliginea, agente causal do oídio do
quiabeiro e da aboboreira. Souza LA, Kulczynski SM, Silva JC,
Rossi RF, Reis LL, Freitas LA. Universidade Estadual de Mato
Grosso do Sul, Cassilândia-MS, Brasil. E-mail:
�������������������������
leandroagronomia@
hotmail.com. Effect of different culture medium about the
germination of conidia of Sphaerotheca fuliginea, causal agent
of the powdery mildew of the gumbo plants and of the pumpkin
plant.
O presente trabalho teve como objetivo testar diferentes substratos
sobre a avaliação da taxa de germinação de conídios de Sphaerotheca
fuliginea, agente causal do oídio do quiabeiro e da aboboreira.
Foram testados os substratos: batata-sacarose-ágar (BSA), 1/4
BSA, sacarose-ágar, dextrose-ágar, frutose-ágar, infusão de folhas
de quiabo, infusão de folhas de abóbora, água estéril em lâmina
escavada e água-ágar (Padrão). Os meios de cultura, após sua
solidificação foram cortados em tiras e colocados sobre lâminas,
dentro de caixas de acrílico do tipo gerbox, que continham espumas
úmidas. Os conídios foram retirados de folhas de abóbora com
sintomas, com o auxílio de um pincel de cerdas macias e depositados
na superfície dos meios de cultura, sendo posteriormente incubados
em câmara de crescimento, com fotoperíodo de 12 h a 25 °C, por 6,
12 e 24 horas. Avaliou-se a germinação dos conídios, contando-se
o número de conídios germinados. As médias de germinação foram
comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Os valores mais elevados de
germinação de conídios foram observados no substrato dextroseágar, a partir de 12 horas de incubação.
S 103
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-011
Aplicação de silício no solo e na folha visando o controle da
mancha angular do feijoeiro. Rezende DC, Carré-Missio V, Reis
RD, Rodrigues FÁ. Universidade Federal de Viçosa, DFP, 36570000. ����������������������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Silicon application in the soil and on
the leaf aiming to control angular leaf spot on beans.
A mancha angular do feijoeiro, causada pelo fungo Phaeoisariopsis
griseola, tem se destacado por causar grandes perdas na produção
dessa cultura. Este trabalho teve como objetivo investigar a
aplicação de silício (Si) via solo ou foliar no controle da mancha
angular do feijoeiro em condições de casa-de-vegetação. O
experimento foi instalado num DIC com 4 tratamentos e 4
repetições. Os tratamentos consistiram de: silicato de cálcio (SC)
via solo (1,25 g de volastonita/kg de solo), silicato de potássio (SP)
(FertiSil, INEOS Silicas Ltda) via foliar (40 g/L), KCl (8,23 g/
L) e testemunha (T). O SP e o KCl foram aplicados 24 h antes
da inoculação das plantas. As plantas foram inoculadas com uma
suspensão de 2 x 104 conídios/mL aos 30 dias após semeadura. As
plantas inoculadas permaneceram em câmara de nevoeiro (UR ≈
95%, 23-25°C) por 48 h e depois foram transferidas para câmara de
crescimento (UR ≈ 65%, 22°C). Avaliou-se a severidade da doença
aos 15 dias após a inoculação. No final do experimento, as folhas
das plantas foram coletadas e secas em estufa para análise foliar de
Si. Não houve diferença significativa entre os tratamentos T, SC
e SP quanto ao teor foliar de Si. Houve um decréscimo de 21,3%
na severidade da doença com a aplicação de SC em relação à T.
Apoio: FAPEMIG e CNPq.
CAL-013
Método Alternativo de controle sustentável da antracnose
pós-colheita em bastão do imperador. Gurgel LMS, Coelho
RSB, Oliveira SMA, Maranhão SRVL, Silva RLX, Rosa RCT.
Laboratório de Fitopatologia, IPA, Recife, PE, Brasil. E-mail:
[email protected]. Alternative control sustainable of anthracnose
post-harvest in Etlingera elatior.
As condições de cultivo de flores tropicais no Nordeste,
relacionadas, principalmente, aos fatores precipitação, umidade e
temperatura, favorecem a ocorrência de problemas fitossanitários,
os quais têm pouco sido estudados. Este trabalho objetivou
estudar uma alternativa de controle para a antracnose em bastão
do imperador, utilizando a indução de resistência, visto que o uso
de indutores químicos tem apresentado resultados expressivos no
controle de várias doenças em culturas de importância econômica.
Os indutores e fungicida foram aplicados na flor fechada 5-7 dias
antes e após a emissão da inflorescência, antes da colheita, através
da pulverização foliar, utilizando duas dosagens: Bion 10 e 20g
PC/100 L de água; jasmonato 15 e 30mg/L de água; Agro-mos®
100-200mL/ 100 L de água; Crop-Set® 100-200mL/ 100 L de
água; Ecolife®40 100-200mL/ 100 L de água; Cercobin 50-70g/
100 L de água. Na avaliação foram observadas as dimensões das
lesões e análise de peroxidase. Os dados obtidos mostram uma
melhor indução de resistência no bastão à antracnose quando
os indutores jasmonato e Crop-set® foram utilizados em maior
dosagem, diferindo estatisticamente da testemunha. Os resultados
mais eficientes da atividade de β-1,3-glucanase foram obtidos
quando Crop-set® e Ecolife®40 foram aplicados na maior dosagem,
e jasmonato na menor dose. Apoio Financeiro: CNPq.
CAL-012
Processo infeccioso de Phaeoisariopsis griseola em folhas de
plantas de feijoeiro supridas com silício. Rezende DC, CarréMissio V, Resende RS, Schurt DA, Rodrigues FÁ. Universidade
�������������
Federal de Viçosa, Depto. de Fitopatologia. E-mail: fabricio@ufv.
br. Infection process of Phaeoisariopsis griseola on leaves of bean
plants supplied with silicon.
CAL-014
População de Fusarium spp. em Solo sob Cultivo de Milho
no Verão – Safra 2007-08 em Sucessão a Aveia e Pousio no
Inverno; sob Plantio Direto e Convencional. Orsini IP, Sumida
CH, Takahashi A, Pintar AF, Homechin H. Departamento de
Agronomia, UEL, Londrina. Email:[email protected].
������������������������������
br. Population of Fusarium spp. in soil of cultivation of corn in
the summer –Harvest 2007-08 in succession of oat and falls in the
winter; under no tillage and conventional tillage.
A mancha angular, causada por Phaeoisariopsis griseola, tem
causado grandes perdas na produção de feijão. Esse trabalho
estudou o efeito do silício (Si) no processo infeccioso de P. griseola
em folhas de feijoeiro. O experimento foi instalado num DIC com
4 repetições. Os tratamentos foram: silicato de cálcio (SC) via
solo (1,25 g de volastonita/kg de solo), silicato de potássio (SP)
(FertiSil, INEOS Silicas Ltda) via foliar (40 g/L), KCl (8,23 g/
L) e testemunha (T). O SP e o KCl foram aplicados 24 h antes
da inoculação das plantas. As plantas foram inoculadas com uma
suspensão de 2 x 104 conídios/mL aos 30 dias após semeadura.
Observações citológicas das folhas coletadas aos 15 dias após a
inoculação indicaram que, a extensão bem como a intensidade da
necrose nas células de cada sítio de infecção foi menor com adição
de SC no solo em relação aos demais. Na testemunha, observouse intensa necrose das nervuras. Ensaio in vitro foi realizado para
verificar o efeito do SP (20 e 40 g/L; pH 5,5) em inibir a germinação
dos conídios. Utilizou-se KCl (3,27 g/L; pH 5,5) para equilibrar o
teor de K com o tratamento SP. Não houve efeito das duas doses de
SC e nem do KCl em inibir a germinação dos conídios de P. grisea.
Apoio:FAPEMIG e CNPq.
A baixa produtividade e a qualidade dos grãos na cultura do milho
podem resultar da incidência de patógenos, aliado às condições
climáticas e práticas agrícolas, como a monocultura associada
ao plantio direto. No presente estudo o objetivo foi determinar a
população de Fusarium spp. (Fs) em solo de área de produção de
milho sob diferentes manejos, na safra 2007-08. Para cada área/
tratamento, foram coletadas dez sub-amostras de cada profundidade
(pf), 0-5, 5-10, 10-15, 15-20, 0-20cm e palhada. Utilizou-se a técnica
da diluição seriada em meio de Nash e Schneider e incubação em
BOD a 25ºC. Na pf de 0-20cm foi observado maior população do
fungo em solo de plantio convencional após pousio (1,31X105ufc).
No solo das demais pfs a maior população do patógeno foi observada
na pf de 0-5cm (1,44X105ufc), com exceção ao solo do plantio
convencional após aveia, que apresentou maior população de Fs na
palhada. No plantio direto observou-se decréscimo na população
de Fs com aumento da pf da amostragem; fato não observado no
plantio convencional, onde a população se manteve semelhante nas
diferentes pfs. Os resultados mostram o efeito da prática agrícola
e da profundidade de amostragem do solo, na sobrevivência do
Fusarium spp.
S 104
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-015
Óleos essenciais de plantas medicinais na inibição do crescimento
micelial de Colletotrichum gloesporioides de cafeeiro. Martins
FG, Abreu MS, Pierre RO, Vieira JF, Silva BM, Ogoshi C, Peixoto
APB. ���������������������������������������������������������
Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil.
E-mail: [email protected]. Essential oils of medicinal plants on the
inhibition of mycelial growth of Colletotrichum gloesporioides
from Coffee plants.
CAL-017
Índice SPAD influenciado por elevados teores foliares de
nitrogênio e a severidade da mancha parda em arroz. Baroni
JCP, Carvalho MP, Silveira PR, Andrade CCL, Loureiro Júnior
JE, Rodrigues FÁ. ������������������������������������������
Universidade Federal de Viçosa, Depto. de
Fitopatologia, 36570-000. E-mail: [email protected]. SPAD index
affected by high foliar level of nitrogen and the severity of brown
spot in rice.
O objetivo do trabalho foi avaliar in vitro o efeito dos óleos
essenciais de eucalipto (Corymbia citriodora), e cravo-da-Índia
(Syzygium aromaticum) na inibição do crescimento micelial
de isolado de Colletotrichum gloesporioides de ramos secos
de cafeeiro. Os óleos foram incorporados em meio malte e ágar
previamente autoclavado, nas doses de 0 (ausência de óleo), 0,1%,
0,25% e 0,5%. O meio foi distribuído em placas de Petri com 9
cm de diâmetro. Após a solidificação do meio, um disco de 0,5 cm
de diâmetro contendo micélio do fungo foi repicado para o centro
das placas e incubados a 23 ± 2°C com fotoperíodo de 12 horas. O
delineamento foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Os
dados foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de significância.
Avaliou-se o crescimento micelial a cada 24 horas, durante 11 dias,
medindo-se o diâmetro das colônias. Os resultados evidenciaram
que o óleo de eucalipto inibiu em 100% o crescimento micelial de
C. gloeosporioides. Já o óleo de cravo-da-Índia nas 3 concentrações
testadas diferiram estatisticamente da testemunha, sendo que a
concentração 0,5% apresentou maior inibição do crescimento
micelial (23,7%). Apoio Financeiro: FAPEMIG, CNPq.
A mancha parda do arroz, causada pelo fungo Bipolaris oryzae,
é uma das principais doenças do arroz no Brasil. Esse trabalho
teve como objetivo verificar o efeito de elevados teores foliares
de nitrogênio (N) no índice SPAD e a severidade dessa doença. O
experimento foi instalado num DBC em esquema fatorial 5x2 com
5 repetições. Os fatores estudados foram: 5 doses de N (0, 25, 50,
75 e 100 mg de N dm-3 de solo utilizando o nitrato de amônio como
fonte desse elemento) e plantas inoculadas ou não. Plantas de arroz
da cultivar Metica-1 foram inoculadas com conídios de B. oryzae
(5 x 103 conídios/ml) aos 33 dias após emergência (DAE). O índice
SPAD foi avaliado na segunda e terceira folha do perfilho central
de cada planta aos 33, 38, 39 e 45 DAE utilizando-se o aparelho
Minolta SPAD-502. Avaliou-se também a área abaixo da curva do
progresso da mancha parda (AACPMP) e o teor foliar de N (TFN).
O índice SPAD em plantas inoculadas (Y = 23,81 + 0,85 x, R2 =
0,78) e sadias (Y = 28,11 + 0,85 x, R2 = 0,86) aumentou em função
das doses crescentes de N. A AACPMP decresceu linearmente
em função das doses crescentes de N enquanto que o teor foliar
de N, independente da inoculação ou não das plantas, aumentou.
Agradec.: FAPEMIG e CNPq.
CAL-016
Controle de Meloidogyne incognita com manipueira em
tomateiro cultivado em vasos. Nasu EGC, Pires E, Silva TP,
Comerlato AP, Seifert, KE & Furlanetto C. Universidade Estadual
do Oeste do Paraná, M.C. Rondon, PR; E-mail: ericanasu@gmail.
com. Control of Meloidogyne incognita with manipueira on tomato
plants cultivated in pots.
Objetivou-se com o presente trabalho testar o efeito nematicida da
manipueira no controle de Meloidogyne incognita em tomateiro. O
experimento seguiu o delineamento inteiramente casualisado com
5 tratamentos (manipueira diluída em água a 10%, 25% e 50%,
água destilada e nematicida Carbofuran 2g/vaso) e 5 repetições.
Vasos individuais com uma planta de tomate Santa Cruz Kada
foram inoculados com 5.000 ovos e/ou juvenis de M. incognita
e mantidos em casa-de-vegetação por 60 dias a 25o C. Após, a
parte aérea das plantas foi cortada, deixando-se apenas as raízes
infectadas no solo, com posterior aplicação de 200 mL de líquido/
vaso. Após 4 dias, efetuou-se o transplantio de uma planta de
tomate para cada vaso, avaliando-se as variáveis número total de
galhas, Fator de Reprodução (FR), altura de plantas e comprimento
de raízes aos 60 dias após a aplicação dos tratamentos. Manipueira
a 10%, 25% e o nematicida Carbofuran apresentaram o menor
número de galhas, seguidos de manipueira a 50% e testemunha com
água. Os tratamentos manipueira a 10% (FR = 7), 25% (FR = 5),
50% (FR = 13) e nematicida (FR = 12) diferiram estatisticamente
do controle com água (FR = 33). Para as variáveis altura de plantas
e comprimento de raízes, o tratamento manipueira a 50% foi o
que apresentou as maiores médias devido à maior concentração de
nutrientes disponibilizada às plantas.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-018
Efeito de doses crescentes de nitrogênio no progresso da
mancha parda em arroz. Carvalho MP, Andrade CCL, Baroni
JCP, Silveira PR, Loureiro Júnior JE, Rodrigues FÁ. Universidade
�������������
Federal de Viçosa, Depto. de Fitopatologia. E-mail: fabricio@ufv.
br. Effect of nitrogen rates on the progress of brown spot in rice.
A mancha parda do arroz, causada pelo fungo Bipolaris oryzae, é
uma das principais doenças do arroz no Brasil. Esse trabalho teve
como objetivo verificar o efeito de doses crescentes de nitrogênio (N)
no progresso dessa doença. O experimento foi instalado num DBC
com 5 tratamentos e 5 repetições. Os tratamentos corresponderam
às doses de 0, 25, 50, 75 e 100 mg de N dm-3 de solo utilizando o
nitrato de amônio como fonte desse elemento. Plantas de arroz da
cultivar Metica-1 foram inoculadas com conídios de B. oryzae (5
x 103 conídios/ml) aos 33 dias após emergência. Foi avaliado o
período de incubação (PI), o número de lesões (NL) por cm2 de
área foliar, a área abaixo da curva do progresso da mancha parda
(AACPMP), o teor foliar de N (TFN) e o peso da matéria seca
da parte aérea (PMSPA). O PI e o NL não foram afetados pelas
doses crescentes de N, mas a AACPMP decresceu linearmente (Y
= 1526,4 - 8,34 x, R2 = 0,81). O TFN (Y = 1,97 - 0,089 x, R2 = 0,92)
e o PMSPA (Y = 1,09 + 0,069 x, R2 = 0,84) aumentaram em função
das doses crescentes de N. Conclui-se que o progresso da mancha
parda foi afetado negativamente pelos altos teores foliares de N.
Agradec.: FAPEMIG e CNPq.
S 105
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-019
Inibição do crescimento micelial de Macrophomina phaseolina
pelo óleo de melaleuca. Martins JAS, Sagata E, Santos VA,
Juliatti FC. Universidade Federal de Uberlândia – ICIAG - Núcleo
de Fitopatologia, Campus Umuarama, Uberlândia, MG. ��������
E-mail:
[email protected]. Macrophomina phaseolina growth
mycelial Inhibition by tea tree oil.
Macrophomina phaseolina (Tassi) Goidanich, agente causal da
podridão preta das raízes da soja, causa prejuízos a cultura em
condições de clima seco. A transmissão por semente parece não
ser importante, uma vez que o inóculo existe na maioria dos solos,
porém sementes infectadas podem ter a germinação reduzida. Em
busca de novas alternativas de controle o presente estudo visou
avaliar “in vitro” a eficiência do óleo de Melaleuca alternifolia em
5 diferentes concentrações (0,0; 0,2; 0,4; 0,6 e 0,8%) na inibição
do crescimento micelial de M. phaseolina. Transferiu-se um disco
de 0,6cm de M. phaseolina e incubou-se as placas de Petri a 20ºC e
fotoperíodo de 12h por um período de 3 dias quando a testemunha
atingiu o máximo de crescimento micelial na placa. A eficiência da
ação do óleo de melaleuca foi verificada através de medições do
diâmetro das colônias em centímetros, determinando-se a média de
inibição dos tratamentos comparada à testemunha. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado com cinco repetições.
Observou-se que na dosagem de 0,2% houve um retardo no
crescimento do fungo quando comparado com a testemunha. A
partir da dose 0,4% houve inibição total do crescimento. Apoio
Financeiro: FAPEMIG.
CAL-020
Inibição do crescimento micelial de Alternaria alternata pelo
óleo de melaleuca. Martins J AS, Assis AM, Araújo MMS, Garcia
RA, Juliatti FC. Universidade Federal de Uberlândia – ICIAGNúcleo de Fitopatologia, Campus Umuarama, Uberlândia, MG. ��
Email: [email protected]. Alternaria alternata growth
mycelial inhibition by tea tree oil.
Doenças fúngicas são responsáveis por grandes perdas na cultura
do tomate, o que justifica a atribuição de 40% do custo de produção
do mesmo em fungicidas. A doença conhecida como Cancro
da haste é causada pelo fungo Alternaria alternata, os frutos
infectados apresentam sintomas típico como lesões necróticas de
característica escura. Em busca de novas alternativas de controle
o presente estudo visou avaliar “in vitro” a eficiência do óleo de
Melaleuca alternifolia em diferentes concentrações na inibição do
crescimento micelial de Alternaria alternata. Foram utilizadas 3
concentrações (0,2; 0,6 e 0,8%) de óleo de melaleuca incorporados
no meio de cultura BDA, e vertidos em placas de Petri.Transferiuse um disco de 0,6 cm de A.alternata e incubou-se as placas a 20ºC
e fotoperíodo de 12 h por um período de 15 dias. A eficiência da
ação do óleo de melaleuca foi verificada através das medições
do diâmetro das colônias em centímetros, determinando-se a
média de inibição dos tratamentos comparada à testemunha. O
delineamento experimental foi inteiramente casualizado com dez
repetições. Observou-se total inibição do crescimento micelial nas
concentrações 0,6 e 0,8% do óleo. O fungo apresentou sensibilidade
ao óleo a partir do concentrado 0,6%. Entretanto, evidencia-se
a necessidade de estudos da aplicação do óleo de melaleuca “in
vivo”. Apoio Financeiro: FAPEMIG.
S 106
CAL-021
Índice SPAD influenciado por elevados teores foliares de
potássio e a severidade da mancha parda em arroz. Andrade
CCL, Silveira PR, Carvalho MP, Baroni JCP, Loureiro Júnior
JE, Rodrigues FÁ. ������������������������������������������
Universidade Federal de Viçosa, Depto. de
Fitopatologia. E-mail: [email protected]. SPAD index affected by
high foliar level of potassium and the severity of brown spot in
rice.
A mancha parda do arroz, causada pelo fungo Bipolaris oryzae,
é uma das principais doenças do arroz no Brasil. Esse trabalho
teve como objetivo verificar o efeito de elevados teores foliares
de potássio (K) no índice SPAD e a severidade dessa doença. O
experimento foi instalado num DBC em esquema fatorial 5x2 com
5 repetições. Os fatores estudados foram: 5 doses de K (25, 50, 75,
100 e 125 mg de K dm-3 de solo utilizando o cloreto de potássio
como fonte desse elemento) e plantas inoculadas ou não. Plantas
de arroz da cultivar Metica-1 foram inoculadas com conídios de B.
oryzae (5 x 103 conídios/ml) aos 33 dias após emergência (DAE).
O índice SPAD foi avaliado na segunda e terceira folha do perfilho
central de cada planta aos 33, 38, 39 e 45 DAE utilizando-se o
aparelho Minolta SPAD-502. Avaliou-se também a área abaixo da
curva do progresso da mancha parda (AACPMP) e o teor foliar de
K (TFK). O índice SPAD foi negativamente afetado pelas doses
crescentes de K somente em plantas inoculadas (Y = 27,55 - 0,28 x,
R2 = 0,44). A AACPMP não sofreu influência das doses crescentes
de K. O TFK aumentou linearmente em plantas inoculadas (Y =
2,46 - 0,063 x, R2 = 0,49) e não inoculadas (Y = 2,09 - 0,11 x, R2 =
0,84) em função das doses crescentes desse elemento adicionadas
ao solo. Agradec.: FAPEMIG e CNPq.
CAL-022
Efeito do silício na atividade de enzimas de defesa do trigo à
mancha marrom. Oliveira HV, Domiciano GP, Xavier Filha MS,
Moreira WR, Pereira SC, Andrade CCL, Rodrigues FÁ, Vale FXR.
Universidade Federal de Viçosa, Depto de Fitopatologia, Viçosa,
MG. E-mail: [email protected]. Effect of silicon on the activity of
enzymes related to wheat defense against spot blotch.
O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do silício (Si),
nas atividades das enzimas de defesa peroxidases (POX),
polifenoloxides (PFO) e quitinases (QUI), em folhas de plantas das
cultivares de trigo BR18 e BRS208, crescidas em vasos contendo
0 e 0,30 g Si/kg de solo. Plantas com 45 dias de idade (estádio
de máximo perfilhamento) foram inoculadas com Bipolaris
sorokiniana. A primeira e a segunda folha do perfilho principal das
plantas, das repetições de cada tratamento, foram coletadas às 0,
12, 24, 48, 72 e 96 horas após a inoculação (HAI) para se medir a
atividade de cada enzima. Observou-se um aumento significativo
na atividade das QUI a partir das 48 HAI, nas plantas das duas
cultivares supridas com Si, porém de forma mais acentuada na
cultivar BRS 208. A atividade da POX foi maior nas plantas da
cultivar BRS 208 supridas com Si. A atividade da PFO foi baixa
nas folhas das plantas que receberam ou não Si. Plantas supridas
com Si, por apresentarem maior atividade das enzimas QUI e POX,
apresentaram reduzidos valores de severidade da mancha marrom.
Apoio: FAPEMIG e CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-023
Efeito de doses crescentes de potássio no progresso da mancha
parda em arroz. Silveira PR, Baroni JCP, Andrade CCL, Carvalho
MP, Loureiro Júnior JE, Rodrigues FÁ. ������������������������
Universidade Federal de
Viçosa, Depto. de Fitopatologia. E-mail: [email protected]. Effect of
potassium rates on the progress of brown spot in rice.
A mancha parda do arroz, causada pelo fungo Bipolaris oryzae, é
uma das principais doenças do arroz no Brasil. Esse trabalho teve
como objetivo verificar o efeito de doses crescentes de potássio (K)
no progresso dessa doença. O experimento foi instalado num DBC
com 5 tratamentos e 5 repetições. Os tratamentos corresponderam
às doses de 25, 50, 75, 100 e 125 mg de K dm-3 de solo utilizando
o cloreto de potássio como fonte desse elemento. Plantas de arroz
da cultivar Metica-1 foram inoculadas com conídios de B. oryzae
(5 x 103 conídios/ml) aos 33 dias após emergência. Foi avaliado
o período de incubação (PI), o número de lesões (NL) por cm2 de
área foliar, a área abaixo da curva do progresso da mancha parda
(AACPMP), o teor foliar de K (TFK) e o peso da matéria seca
da parte aérea (PMSPA). Nenhum componente de resistência
bem como o PMSPA foi afetado pelas doses crescentes de K. O
TFK (Y = 2,46 - 0,063 x, R2 = 0,49) aumentou em função das
doses crescentes desse elemento adicionadas ao solo. Agradec.:
FAPEMIG e CNPq.
CAL-024
Efeito do silício na taxa fotossintética de cultivares de trigo com
sintomas de brusone. Silveira PR, Xavier Filha MS, Domiciano
GP, Oliveira HV, Moreira WR, Rodrigues FÁ. Departamento
����������������
de
Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG. E-mail: [email protected]. Effect
of silicon on the photosynthetic rate of wheat cultivars with
symptoms of blast.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do silício (Si) na
taxa fotossintética (TF) de plantas das cultivares de trigo Aliança
e BH1146 crescidas em vasos contendo 0 e 0,30 g Si/kg de solo.
Plantas com 45 dias após a emergência foram inoculadas com uma
suspensão de conídios de Pyricularia grisea (concentração 105
conídios/mL) e a TF, expressa em µmol CO2m-2 s-1, foi medida às 0,
60, 84 e 108 horas após inoculação (HAI) utilizando-se a aparelho
“LI 6400 Portable Photosynthesis System”. As avaliações da TF
foram realizadas na folha bandeira (FB) e na primeira folha abaixo
(FA) da FB. A severidade da brusone foi avaliada às 60, 84 e 108
HAI. A TF das folhas das plantas da cultivar Aliança e BH 146
foi significativamente maior na presença de Si às 60 e 84 HAI,
respectivamente. As plantas supridas com Si apresentaram uma TF
sempre superior as plantas não supridas com esse elemento devido
aos menores valores de severidade da brusone. Apoio: FAPEMIG
e CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-025
Fungi, pathogenic to soybean, cotton, stylosanthes and wheat,
are sensitive to organic extracts of Cerrado native Annonaceae
plants. ��������
Silva MS1, Espíndola LS2, Paula JE2, Rocha TL3, Silva
ACP1, Oliveira LD1, Silva LN1, Costa JVM1, Murad AM3, Charchar
MJD’Á1, Anjos JRN1. 1Embrapa Cerrados, Planaltina, DF, Brazil;
2
UnB, Brasília, DF, Brazil; 3Cenargen, Brasília, DF, Brazil; E-mail:
[email protected]. Fungos, patogênicos a soja, algodão,
estilosantes e trigo, são sensíveis a extratos orgânicos de plantas
Annonaceae nativas do Cerrado.
Activity of 60 organic extracts from Cerrado native Annonaceae
plants was tested against in vitro growth of 6 fungi, pathogenic
to cotton (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), wheat
(Pyricularia grisea), stylosanthes (Colletotrichum gloeosporioides)
and soybean (Macrophomina phaseolina, Sclerotinia sclerotiorum,
Fusarium solani f. sp. glycines). No leaf extract was active. No
extract affected C. gloeosporioides or F. solani. S. sclerotiorum
was susceptible to Annona sp. stem core hexanic extract and
Duguetia sp. root core/cortex ethanolic/hexanic extracts. P. grisea
was sensitive to Duguetia sp. root core/cortex hexanic extract
and Cardiopetalum sp. stem core ethanolic/hexanic extracts. C.
gossypii was susceptible to Duguetia sp. root core hexanic extract,
Duguetia sp. root cortex ethanolic extract and Cardiopetalum sp.
stem core ethanolic/hexanic extracts. M. phaseolina was sensitive
to Annona sp. stem core ethanolic extract, Duguetia sp. root cortex
hexanic and root core ethanolic extracts and Xylopia sp. stem core
ethanolic extract. The antifungal principles will be investigated.
Support: Embrapa, FAPDF/CNPq(IC Jr).
CAL-026
Soybean, cotton and wheat pathogenic fungi are susceptible
to organic extracts of Cerrado native Sapindaceae, Sapotaceae
and Clusiaceae plants. Silva
��������
MS1, Espíndola LS2, Rabello, AR1,
1
2
Alves RS , Paula JE , Rocha TL3, Santos LCB1, Silva LJ1, Assis
MFO1, Oliveira GAP1, Nascimento TA1, Costa TKD1, EspíritoSanto FRS1. 1Embrapa Cerrados, Planaltina, DF, Brazil; 2UnB,
Brasília, DF, Brazil; 3Cenargen, Brasília, DF, Brazil; E-mail:
[email protected]. Fungos patogênicos de soja, algodão e
trigo são susceptíveis a extratos orgânicos de plantas Sapindaceae,
Sapotaceae e Clusiaceae nativas do Cerrado.
Out of 37 tested organic (hexanic, ethanolic, methanodichloric)
extracts from Cerrado native Sapindaceae (Cupania sp.; Magonia
sp.; Matayba sp.), Sapotaceae (Pouteria ssp.) and Clusiaceae
(Kielmeyera sp.; Calophylum sp.) plant organs (leaf, stem, root), 21
extracts were active against in vitro growth of 5 fungi, pathogenic
to cotton (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), wheat
(Pyricularia grisea) and soybean (Macrophomina phaseolina,
Sclerotinia sclerotiorum, Fusarium solani f. sp. glycines). C. gossypii
was susceptible solely to Cupania sp. and Magonia sp. P. grisea
was sensitive to all plant genus tested. M. phaseolina was sensitive
to almost all Clusiaceae tested genus, except for Kielmeyera sp.,
and to almost all Sapindaceae and Sapotacea tested genus, except
for Matayba sp. S. sclerotiorum was susceptible to almost all plant
genus tested, except for Magonia sp. and Matayba sp. F. solani was
susceptible solely to Cupania sp. stem ethanolic/hexanic extracts.
These antifungal principles will be further investigated. Financial
support: Embrapa, FAPDF/CNPq(IC).
S 107
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-027
Métodos alternativos de controle de oídio em pepino causado
por Sphaerotheca fuliginea. Silva JC, Vieira GHC, Kulczynski
SM, Souza LA, Rossi RF, Oliveira Filho AC. Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul, Cassilândia-MS, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Alternative methods of powdery mildew
control in cucumber caused by Sphaerotheca fuliginea.
Produtos naturais como extrato de própolis e leite são cada vez
mais utilizados na produção orgânica para o controle de doenças.
Avaliou-se o efeito destes produtos sobre a incidência e severidade
foliar (escala de notas de 1 a 6) do oídio (Sphaerotheca. fuliginea)
em 4 cultivares de pepino (Híbridos F1 Nikkey, Podium, Runner e
Supremo). Os tratamentos constituíram-se de extrato de própolis
(8% e 16%) e leite de vaca (40%), sendo a água utilizada como
testemunha e o Folicur 200 CE como fungicida padrão. A aplicação
dos tratamentos foi realizada através de pulverizações. Foram
realizadas 3 avaliações semanais subseqüentes. Após a segunda
aplicação dos produtos observamos que o melhor tratamento foi
o do leite, o qual reduziu a severidade do oídio, para todas as
cultivares de pepino, não diferindo da testemunha (fungicida),
entretanto, o extrato de própolis na concentração de 16% após a
terceira aplicação apresentou atividade antifúngica.
CAL-028
Avaliação de extratos de nim (Azadirachta indica A. Juss.)
para o controle de Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) e Fusarium
sp. Moraes MD, Kulczynski SM, Barbosa MMM, Menegazzo
ML, Silva JC. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Email: [email protected]. Evaluation of nim extracts
(Azadirachta indicates A. Juss.) for the control of Sclerotinia
sclerotiorum (Lib.) and Fusarium sp.
Os patógenos de solo Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) e Fusarium
sp. inviabilizam o cultivo das principais culturas econômicas.
Buscando-se alternativa para seu controle, desenvolveu-se o
presente trabalho com objetivo de testar o efeito antifúngico
de diferentes concentrações de extratos de folha (8%, 4% e
2%), semente (4%, 2% e 1%) e óleo de nim (1%, 0,5% e 0,25).
Representam testemunhas o BDA (positiva) e Orthocide®
(negativa). O delineamento experimental foi em DIC, com 11
tratamentos e 5 repetições. Folhas e sementes foram trituradas com
água, colocados para decantar por 24 horas e coados para obtenção
do extrato puro a 10%, que foi diluído, até atingir as concentrações.
A atividade antifúngica foi avaliada por meio de determinação do
crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) e Fusarium
sp., em cada extrato e em 3 períodos de incubação (48, 72, 96
horas). Os tratamentos com extrato de folhas e sementes não
inibiram o crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum, em
todas as concentrações testadas, não diferindo do óleo de nim a
0,25%. Entretanto para este patógeno o melhor resultado foi com
óleo de nim a 1%, não diferindo do padrão químico. O óleo de nim
em todas as concentrações foi eficiente no controle de Fusarium
sp.
S 108
CAL-029
Efeito de produtos alternativos no controle da ferrugem do
cafeeiro. Costa DR, Zambolim L, Souza AF, Neto PNS, Lopes UP,
Nogueira Junior AF, Lanza FE. �������������������������������
Departamento de Fitopatologia,
UFV-Viçosa-MG, Brasil. E-mail: [email protected].
Effect of alternative products on the control of the coffee leaf rust.
O experimento foi conduzido entre fev/2004 e ago/2007 em lavoura
de café cv. Catuaí Vermelho, em Coimbra-MG. O delineamento
utilizado foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas,
sendo a parcela constituída por 7 tratamentos e a subparcela por
2 épocas de aplicação (E1 e E2), e três repetições. Os produtos
foram aplicados mensalmente no período de dez a mar (E1) e de
dez a mar e em jun e jul (E2). Os tratamentos (g ou ml/L) foram:
T1-Testemunha; T2-Bordasul 3,75g + Sulfocal 7,5g + Sulfato de
Zinco 5g(SZ) + Ácido Bórico 3g(AB); T3-Viçosa Café 12,5g;
T4-Rocksil 10g + SZ+AB + Sulfato de Cobre 5g(SC) + Cal 5g;
T5-Fosfito 3,75ml + SZ+AB+SC + Cal 5g; T6-Super Magro 10ml
+ SZ+AB + Hidróxido de Cobre 3,75g(HC); T7-Nim 10ml +
SZ+AB+HC. Avaliou-se o progresso da ferrugem entre os meses
de nov e jul de cada ano através da incidência da doença e com os
dados calculou-se a área abaixo da curva de progresso da ferrugem
(AACPF). A AACPF média dos quatro anos nos tratamentos 1, 2,
3, 4, 5, 6, e 7 foram: 1660, 527, 424, 219, 134, 175 e 236 na E1 e
1549, 422, 455, 165, 127, 140 e 145 na E2, respectivamente. Os
Tratamentos 2, 3, 4, 5, 6 e 7 diferiram do 1 pelo teste de Tukey
a 5% de probabilidade mostrando-se eficientes no controle da
ferrugem. Não houve diferença entre as épocas de aplicação. Apoio
financeiro: FAPEMIG.
CAL-030
Efeito de óleos essenciais sobre o crescimento micelial do fungo
Fusarium oxysporum isolado da Bananeira. Silva AC, Souza
PE, Pinto JEBP, Silva BM, Silva EH, Perina FJ. Departamento de
Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: andrec_agro@
yahoo.com.br. Effect of essential oils on micelial growth of the
fungus Fusarium oxysporum isolated from banana plant.
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de óleos essenciais
sobre o crescimento micelial do fungo Fusarium oxysporum
isolado da Bananeira. Foram utilizados os óleos essenciais de
Hyptis marrubioides, Aloysia gratissima e de Cordia verbenacea.
Todos os tratamentos foram realizados in vitro em meio BDA,
no qual consistiram dos três óleos nas concentrações 6,25; 12,5;
25 e 50µL misturados ao meio de cultura e vertido em placa de
Petri contendo 10 mL da mistura. Após a solidificação do meio
foi depositado no centro da placa de Petri um disco de 5 mm do
fungo. A testemunha constou-se água destilada estéril + Tween
20 a 1% misturado ao meio de cultura mais o disco de micélio.
As avaliações foram realizadas diariamente iniciando-se 48
horas após o início da incubação. Os óleos essenciais de todas
as plantas inibiram o crescimento micelial do fungo em relação
à testemunha. O tratamento com o óleo da Aloysia gratissima na
concentração de 50 µL obteve o menor crescimento do patógeno.
Entre os óleos essenciais o de Cordia verbenacea foi o que obteve
uma menor inibição do crescimento do fungo nas suas respectivas
dosagens. Entre os óleo de Hyptis marrubioides, a maior inibição
do crescimento do patógeno foi na concentração de 50 µL. Esses
resultados indicam o potencial fungitóxico dos óleos essenciais no
crescimento micelial de Fusarium oxysporum.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-031
Caracterização e distribuição de raças de Colletotrichum
sublineolum em locais de cultivo de sorgo. Maciel CT, Casela CR,
Silva DD, Freitas ME, Costa RV. Instituto de Ciências Biológicas
e da Saúde, PUC-MG, Belo Horizonte, MG, Brasil. E-mail: cibele.
[email protected]. Characterization and distribution of races
of Colletotrichum sublineolum in cultivation areas of sorghum.
A antracnose é a mais severa doença que ataca a cultura do sorgo
no Brasil. Desta forma é imprescindível o conhecimento da
variabilidade, diversidade e distribuição do patógeno, Colletotrichum
sublineolum, para um correto manejo de resistência genética.
Dez linhagens de sorgo (5 macho-estéreis e 5 restauradoras),
do programa de melhoramento genético da Embrapa-CNPMS,
foram inoculadas com 92 isolados monospóricos, provenientes de
Pelotas- RS, Indianópolis e Sete Lagoas-MG e Palmeira de GoiásGO. As plantas foram avaliadas 12 dias após a inoculação por notas
de 1 a 5, segundo Cardwel et al. (1989) e estas designaram as raças
do fungo, conforme o sistema binário utilizado por Nietsche et al.
(2001). Quarenta e cinco raças foram identificadas, a maioria em
baixa freqüência na população. A maior freqüência foi observada
para a raça 07.22 em todos os locais, exceto em Indianópolis, onde
não foi encontrada. Indianópolis e Sete Lagoas tiveram o menor e o
maior número de raças, respectivamente. A diversidade fenotípica
de cada local foi calculada por meio dos índices de Shannon,
Simpson e Gleason. A maior diversidade foi observada em Sete
Lagoas, com valores de Shannon de 3,11 e Gleason de 6,83. A
menor diversidade foi observada em Indianópolis de acordo com os
três índices, no entanto, as raças deste local apresentaram o maior
valor para o índice de complexidade (6,916). Fonte financiadora:
CNPq e Embrapa-CNPMS.
CAL-032
Efeito do silício no controle de Rhizoctonia solani, em bainhas
de arroz. Reis RD, Rezende DC, Carré-Missio V, Rodrigues FÁ,
Schurt DA. Departamento
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de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG,
Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of silicon on
the control of sheath blight in rice.
A queima das bainhas, causada pelo fungo R. solani, é uma doença
importante na Ásia e América, reduz drasticamente a produção
de grãos. A ausência de resistência genética em grande parte dos
cultivares de arroz irrigado faz com que o uso de fungicidas seja a
principal medida de controle dessa doença. A fertilização silicatada
é uma estratégia de controle que pode ser utilizada no manejo
integrado da queima das bainhas. Plantas de arroz das cultivares
índica IRGA – 409 e japônica Labelle, foram crescidas em solução
nutritiva, na concentração de 0 e 2 mmol Si L-1. Após 90 dias
de crescimento das plantas, as bainhas foram inoculadas com
palitos de dente (1cm) contendo micélio do fungo R. solani AG1, posteriormente estas foram levadas para câmara de crescimento
(UR » 95%, 25ºC). Ao decorrer 36 horas após a inoculação,
observou-se os sintomas R. solani em todos os tratamentos. Mediuse o comprimento da lesão em relação ao comprimento da bainha a
36, 48, 72, 96 e 120 horas. Observou-se que a cultivar IRGA – 409,
suprida com Si, apresentou uma redução no comprimento da lesão,
em relação ao comprimento da bainha, comparada com os demais
tratamentos. Em relação à área abaixo da curva do progresso da
doença, a cultivar IRGA – 409, suprida com Si, também apresentou
uma redução em relação aos demais tratamentos. Apoio: Fapemig.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-033
Efeito do silicato de potássio, via foliar, no processo infeccioso
de Hemileia vastatrix em folhas de cafeeiro. Carré-Missio V,
Rezende DC, Schurt DA, Reis RD, Rodrigues FÁ, Zambolim
L. Universidade Federal de Viçosa, DFP, 36570-000. ��������
E-mail:
[email protected]. Effect of potassium silicate, on foliar application,
in infection process of Hemileia vastatrix on leaves of coffee
plants.
A ferrugem do cafeeiro (H. vastatrix) atinge todas as regiões
cafeicultoras do Brasil, podendo ocasionar perdas em torno de
35% a 50% da produção. O objetivo deste trabalho foi observar o
efeito do silício (Si) no processo de patogênese de H. vastatrix. O
2o par de folhas de mudas de cafeeiro foi pulverizado com silicato
de potássio (SP) (FertiSil, INEOS Silicas Ltda) (20 g L-1) com (pH
5,5) ou sem (pH ≈ 10,5) alteração do pH. Folhas pulverizadas com
água destilada serviram como testemunhas (T). Vinte quatro horas
após a aplicação dos tratamentos, as plantas foram inoculadas
com uma suspensão de 1 mg de uredósporos de H. vastatrix mL1
. Foram coletadas amostras das folhas entre 5 e 35 dias após a
inoculação (D.A.I.) para observação no Microscópio Eletrônico
de Varredura (MEV) e Microanálise de Raios-X (MAX), realizada
no NAP/ MEPA da ESALQ/USP. As eletromicrografias mostraram
que, em folhas da T aos 15 D.A.I. havia pústulas em início de
desenvolvimento, enquanto que em folhas tratadas com SP (pH ≈
10,5) observou-se apenas uredósporos germinados. Em folhas da T
foi observada maior intensidade de pústulas em relação às folhas
tratadas com SP. Pela MAX, detectou-se presença de Si somente
em folhas de plantas tratadas com SP, embora em baixa quantidade
em relação à testemunha. Apoio: FAPEMIG e CNPQ.
CAL-034
Redução na severidade da mancha parda em grãos de arroz pelo
silício. Mielli MVB, Dallagnol LJ, Rodrigues FÁ. Universidade
Federal de Viçosa, Dept. de Fitopatologia, Viçosa, MG. ��������
E-mail:
[email protected]. Reduction on brown spot severity in rice grains
by silicon.
Este estudo objetivou avaliar o efeito do silício (Si) sobre alguns
componentes de rendimento e de qualidade dos grãos de arroz
produzidos por plantas da cultivar Oochikara (CO) e do mutante
lsi1 (M) (deficiente na absorção ativa de Si). As plantas foram
cultivadas em solução nutritiva contendo 0 ou 2 mM Si as
panículas inoculadas com Bipolaris oryzae no início do estágio de
grão-leitoso. Avaliou-se a severidade da mancha parda nos grãos
(SEV), o número de grãos por panícula (GP), o peso de mil grãos
(PMG), o rendimento de beneficio (RB) e os grãos inteiros (GI). A
concentração de Si na casca dos grãos foi de 0,5 e 3,0% para CO e
de 0,3 e 2,6% para o M, respectivamente, na ausência e presença de
Si. Na ausência de Si, mais de 75% grãos produzidos pelas plantas
da CO e do M apresentaram SEV superior a 50%. Já na presença
de Si, mais de 80 e 60% dos grãos nas panículas, respectivamente,
das plantas da CO e do M apresentaram SEV inferior a 10%. Nas
plantas da CO inoculadas e supridas com Si, o GP, o PMG, o RB e
o GI aumentaram, respectivamente, em 34, 18, 7 e 16%; enquanto
que nas panículas das plantas do M essas variáveis aumentaram em
29, 12, 5 e 1%, respectivamente. Conclui-se que a mancha parda
afetou o rendimento e a qualidade dos grãos produzidos e que o
Si foi crucial para elevar os valores dessas duas variáveis. Apoio:
FAPEMIG e CNPq.
S 109
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-035
Atividade de extratos de plantas medicinais no crescimento
micelial e produção de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum.
Santana SM, Dias-Arieira CR, Barizão DAO, Silva ML, Yamagawa
CM, Arieira JO. �����������������������������������
UEM-Umuarama, Umuarama, PR. Email:
[email protected]. Extract activity of medicinal plants
in the mycelial growth and sclerotium production of Sclerotinia
sclerotiorum.
Em anos recentes, Sclerotinia sclerotiorum tem sido um fator
limitante da produção de morango em áreas de cultivo orgânico no
noroeste do Paraná, tornando necessárias pesquisas para o controle
alternativo deste patógeno. Objetivou-se avaliar a atividade de
nove espécies de plantas medicinais sobre o crescimento micelial
e a produção de escleródios de S. sclerotiorum in vitro. Discos de
micélio do fungo, previamente isolado de morangueiro, foram
transferidos para placas de Petri contendo macerado das plantas
nas concentrações de 0, 1, 5, 10 e 15%, e foram incubados em
BOD a 27 ºC. O crescimento micelial foi medido a cada três dias
durante nove dias e o número de escleródios avaliados após 30
dias. Submeteram-se os dados à análise fatorial (9x5) e as médias
foram comparadas pelo teste Scott-Knott 5%. O extrato de arruda
foi o mais eficiente em reduzir o crescimento micelial do fungo,
seguido por hortelã e losna. Além destes, extratos de orégano e
citronela reduziram significativamente a produção de escleródios.
Mas, em geral, o aumento no número de escleródios foi diretamente
proporcional ao aumento das dosagens dos extratos.
CAL-036
Eficiência do uso de cobertura plástica no controle de podridão
da uva madura em videira. Andrade ER de, Schuck E. EPAGRI,
Videira, SC, Brasil. E-mail: [email protected]. �����������
Efficiency
on grapevine ripe rot control by using plastic covering.
Atualmente, em Santa Catarina, vem se intensificando o cultivo de
uvas para produção de vinhos, espumantes e consumo in natura.
Entretanto, as condições climáticas no estado são muito favoráveis
a ocorrência de doenças durante todo o ciclo vegetativo, e a
viabilização do plantio dessas uvas, requer aplicação preventiva e
freqüente de fungicidas para o controle de doenças. A podridão da
uva madura (Glomerella cingulata), uma das principais doenças
que incidem sobre os cachos, provoca perdas de até 100% da
produção. A plasticultura é uma tecnologia, que visa diminuir ou
até eliminar o uso de fungicidas, pois protege os órgãos verdes
da planta, dificultando a ocorrência de infecção. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a eficiência do uso da cobertura plástica no
controle de G. cingulata na cultivar Moscato Embrapa. Avaliou-se
em laboratório, a incidência da doença em 200 cachos maduros,
colhidos ao acaso, sendo 100 de plantas conduzidas sob cobertura
plástica e 100 fora da cobertura. A incidência da doença nas plantas
conduzidas sob cobertura plástica foi de 3,33% e nas plantas fora
da cobertura plástica foi de 49,14%, embora tratadas semanalmente
com fungicidas. Os resultados evidenciam a eficiência do uso da
plasticultura no manejo integrado de G. cingulata em videira.
S 110
CAL-037
Avaliação da atividade fungitóxica do óleo essencial das folhas
de Aloysia gratissima. e Hyptis suaveolens. Cardoso JCW1, Pinto
LBB1, Pinto JEBP1, Souza PE2, Bertolucci SKV1. 1Departamentos
de Agronomia e 2Departamentos de Fitopatologia, UFLA,Lavras,
MG Brasil. ������������������������
E-mail: [email protected] Fungitoxic activity of the
essential oils from Aloysia gratissima and Hyptis suaveolens
As plantas apresentam grande potencial de moléculas bioativas,
com a necessidade de busca de compostos menos tóxicos para o
agricultor e o meio ambiente. Esse trabalho teve como objetivo
avaliar a atividade fungitóxica do óleo essencial, extraído das
folhas de Aloysia gratissima Tronc. Hyptis suaveolens, por
meio de ensaios biológicos “in vitro” contra os fitopatógenos
Colletotrichum gloeosporioides, Fusarium oxysporium e Botrytis
cinerea. Foi utilizado o meio de cultura BDA (batata-dextroseágar) na presença de diferentes concentrações de óleo essencial
(20, 100 e 500 ppm) e dos controles negativos: BDA e BDA+
propilenoglicol. Os ensaios foram realizados em quadruplicatas,
avaliando-se os raios médios em cm a partir da parte central do
micélio. Os valores aferidos foram aplicados à fórmula do Índice
de Crescimento Micelial (ICM) para as análises estatísticas. Para o
fungo Botrytis cinérea apenas H. suaveolens a 500 ppm foi efetivo.
O fungo Fusarium oxysporium apresentou inibição significativa a
500 ppm com óleos essenciais das duas plantas. No caso do fungo
Colletotrichum gloeosporioides, todas as concentrações (20, 100
e 500 ppm) inibiram significativamente o crescimento micelial.
Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPEMIG
CAL-038
Efeito de óleos essenciais sobre a produção de conídio de
Fusarium oxysporum isolado da Bananeira. Silva AC, Souza PE,
Pinto JEBP, Pinto LBB, Silva BM. �������������������������������
Departamento de Fitopatologia,
UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected].
Effect of essential oils above the production of conidia of Fusarium
oxysporum isolated of the Banana plant.
O objetivo do trabalho foi avaliar in vitro o efeito de óleos
essenciais na produção de conídio do fungo Fusarium oxysporum
isolado da Bananeira. Foram utilizados os óleos essenciais de
Hyptis marrubioides, Aloysia gratissima e de Cordia verbenacea.
Todos os tratamentos foram realizados in vitro em meio BDA. Os
tratamentos consistiram dos três óleos nas concentrações 6,25;
12,5; 25 e 50µL, fungicida pyraclostrobin+epoxyconazole (Opera),
na dosagem de 66,5+25g.i.a/ha e água mais Tween , no qual, foram
misturados no meio de cultura e vertido em placa de Petri contendo
10 mL da mistura. A produção de conídio foi avaliada no nono dia
de incubação, sendo que os esporos de cada placa foram suspensos
em 100 mL de água, acrescidos de uma gota de Tween 80. Para cada
placa, três alíquotas de 0,1 mL foram transferidas, separadamente,
para uma lâmina de hemocitômetro, onde se procedeu à contagem de
esporos. Os dados médios das três contagens foram transformados
em conídios por cm2 de colônia, considerando-se a quantidade de
conídios produzidos na área tomada pela colônia em cada placa.
Foi observada uma maior produção de conídio no tratamento
Hyptis marrubioides 50% seguido da Aloysia gratissima 6,25% e
do fungicida. Observou-se também uma tendência de quanto maior
a concentração do óleo maior a produção de conídio. A testemunha
obteve a menor produção de conídios por cm2 de colônia. Trabalhos
futuros devem avaliar a viabilidade dos conídios produzidos.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-039
Efeito da adubação verde na supressividade à murcha-defusário do caupi. Oliveira SAS, Ferreira VVL, Michereff SJ,
Nascimento CWAN. UFRPE, Recife-PE. �����������������
Email: sami@depa.
ufrpe.br. Effect of green manuring on cowpea fusarium wilt
suppressivity.
A murcha-de-fusário, causada por Fusarium oxysporum f.sp.
tracheiphilum, é uma importante doença do caupi nas regiões
Nordeste e Norte do Brasil. Foi avaliado o potencial da adubação
verde na indução da supressividade a essa doença em experimento
conduzido em casa de vegetação, em solo franco arenoso infestado
um isolado (CMM-732) do patógeno. Foram comparados
11 tratamentos, em quatro cultivos, considerando diferentes
combinações de pousio (PO), caupi (CA), crotalaria juncea
(CJ), crotalaria spectabilis (CS), feijão-de-porco (FP), guandu
(GU), labe-labe (LA) e mucuna-preta (MP). As plantas de caupi
foram avaliadas quanto à severidade da doença (SVD) e os solos
analisados quanto às características microbiológicas e químicas.
O melhor resultado foi obtido pela sucessão CJ-CA-CJ-CA, com
redução de 40% na severidade da doença. Não foram constatadas
correlações significativas entre as características microbiológicas
dos solos e os níveis de SVD, mas houve correlação negativa entre
essa variável e os teores de fósforo, indicando um dos possíveis
mecanismos envolvidos na supressividade da murcha-de-fusário
do caupi pela adubação verde com crotalaria juncea.
CAL-040
Ação inibidora de óleos essenciais sobre o crescimento micelial
de Botrytis cinerea. Barbosa MAG1, Terao D, batista dc, dos
Anjos FGJ2, Câmara CAG3 1Embrapa Semi-Árido, 2Universidede
de Pernambuco – Campus de Petrolina, 3Universidade Federal
Rural de Pernambuco. E-mail:
����������������������������������
angelica.guimaraes@cpatsa.
embrapa.br. Inhibitory action of essential oils on the mycelial
growth of Botrytis cinerea.
A podridão cinzenta, causada pelo fungo Botrytis cinerea, é uma
importante doença pós-colheita em uva. No entanto, a restrição ao
uso de fungicidas tem levado a procura de métodos alternativos
de controle. Os óleos essenciais têm surgido como importante
alternativa devido aos compostos presentes nas plantas que podem
possuir ação antimicrobiana. Assim, o objetivo deste trabalho foi
testar diferentes óleos essenciais no controle de B. cinerea. Foram
testados seis óleos (capim santo, pitanga, canela, laranja pêra,
pimenta-de-macaco e Funginate®) nas doses de 0; 50; 100; 150;
200 e 250 ppm. Para o Funginate foram usadas 0; 0,25; 0,5; 1; 1,5
e 2 vezes a dose recomendada pelo fabricante. Os óleos foram
adicionados ao meio de cultura BDA fundente e após resfriamento
do meio, discos de papel de filtro umedecidos com 8 µl de suspensão
de 1 x 106 conídios/ml de B. cinerea foram transferidos para o meio.
A avaliação foi realizada após o fechamento da primeira placa pelo
crescimento fúngico. Após a seleção da melhor dose de cada óleo,
foi realizado um teste de comparação entre os tratamentos, sendo
incluído um tratamento padrão (tiabendazol) na dose recomendada
pelo fabricante e a testemunha. As melhores doses foram as de 250
ppm para todos os óleos e de 0,25 vez para Funginate. Tiabendazol
e Funginate proporcionaram 100% de inibição do crescimento
micelial de B. cinerea, diferindo estatisticamente dos demais
tratamentos (P=0,01%).
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-041
Diferentes metodologias de esterilização na eficiência do
extrato aquoso de alho. Venturoso LR, Pontim BCA, Bacchi
LMA, Gavassoni WL, Conus LA. Universidade
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Federal da Grande
Dourados, UFGD, Dourados, MS. Email: [email protected].
br. Different sterilization methodologies in the efficiency of the
aqueous extract of garlic.
Foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia da Universidade
Federal da Grande Dourados um experimento com o objetivo
de avaliar in vitro a atividade antifúngica de extrato aquoso de
alho, submetido a diferentes processos de desinfestação e/ou
esterilização sobre o crescimento micelial de Fusarium solani. O
delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado,
com 5 tratamentos e 8 repetições. Utilizou-se o extrato de alho na
concentração de 20 %, submetido posteriormente a filtragem (FI),
banho maria a 65 °C (BM), tindalização (TI) e autoclavagem (AT),
mais a testemunha. Posteriormente os extratos foram incorporados
em meio BDA e acondicionados em placas de Petri. Os tratamentos
foram avaliados medindo-se o diâmetro da colônia do fungo em
dois eixos ortogonais, em intervalos de três dias. Foi observado
em todas as leituras maior crescimento do fungo na testemunha,
evidenciando o potencial antifúngico do extrato de alho. O
crescimento micelial do patógeno foi influenciado pelo modo de
preparo do extrato, logo a partir da primeira leitura, verificando
superioridade dos extratos FI e BM. Na segunda leitura o extrato
FI proporcionou a maior inibição do crescimento de Fusarium,
seguido pelos extratos BM, TI e AT. Na terceira e última leitura, a
maior eficiência também foi observada para o tratamento FI.
CAL-042
Controle de Colletotrichum lindemuthianum por extratos
de Pycnoporus sanguineus. Baldo M, Stangarlin JR, Iurkiv L,
Meinerez CC, Kuhn OJ, Franzener G. Unioeste, M. C. Rondon,
PR. E-mail:
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[email protected]. Control of Colletotrichum
lindemuthianum by Pycnoporus sanguineus extracts.
Um dos enfoques da agricultura agroecológica é o controle
alternativo de doenças. Este trabalho teve como objetivos avaliar o
controle da antracnose em feijoeiro por extratos aquosos de micélio
(EM), basidiocarpo (EB) e filtrado de cultura (EF) de Pycnoporus
sanguineus, bem como a indução de resistência pela determinação
da severidade e da atividade das enzimas peroxidase (POX),
polifenoloxidase (PFO), fenilalanina amônia-liase (FAL) e β-1,3
glucanase. Extratos nas concentrações 5 e 10% foram aplicados
nas 1as folhas trifoliadas de feijoeiro, três dias antes da inoculação
do patógeno realizada nas 1as e 2as folhas. Água, acibenzolar-Smetil (75 mg i. a. L-1) e fungicida azoxystrobin (4 g i. a. L-1) foram
utilizados como tratamentos controle. Para dosagem das enzimas
foram amostradas as 1as e 2as folhas no momento dos tratamentos
e após 3, 6, 9, 12 e 27 dias. Nas plantas, os EF 5 e 10% reduziram
69 e 67%, respectivamente, a severidade nas 1as folhas, enquanto
o fungicida e ASM reduziram 87 e 76%, respectivamente. Nas
2as folhas EB 10% e EF 5 e 10% reduziram em média 63% a
severidade, de forma sistêmica. Esta redução na severidade pode
estar associada com POX, FAL e β-1,3 glucanase que apresentaram
alterações na atividade específica, o que não foi observado para
PFO. Estes resultados indicam o potencial dos extratos de P.
sanguineus no controle da antracnose do feijoeiro.
S 111
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-043
Efeito de indutores naturais de resistência sobre Meloidogyne
incognita em alface cultivadas em sistema orgânico. Serra
IMRS, Silva GS, Ferreira ICM. Departamento de Fitotecnia e
Fitossanidade, UEMA, São Luis, MA, Brasil. E-mail:
����������������
ilka.tt@
gmail.com. Effect of the resistance inductor to lettuce plants on the
Meloidogyne incognita the organic farming areas
CAL-045
Efeito de diferentes concentrações de fosfitos e fungicidas no
controle de Bipolaris sorokiniana in vitro. Santos HAA, Dalla
Pria M, Silva OC, UEPG, Ponta Grossa, PR, Brasil. Email:
��������������
hellen_
[email protected]. Effect of different concentrations of
phosphites and fungicides in control of Bipolaris sorokiniana in
vitro.
O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de indutores
naturais na expressão da resistência a Meloidogyne incognita em
plantas de alface como uma alternativa sustentável no controle
da doença sistema orgânico de produção. Os indutores Rocksil,
Protesyl, Quitosana, Neem e Biopirol, foram aplicados 5 e 10 dias,
em tratamentos independentes, antes da inoculação do patógeno
através da pulverização foliar, utilizando duas dosagens para cada
indutor. Plantas com 30dias de idade foram inoculadas com 5.000
ovos de M. incognita, distribuídos em sulcos feitos ao redor do colo
das plantas. Trinta dias após a inoculação do patógeno, as plantas
foram avaliadas quanto aos índices de galhas e massas de ovos.
Todos os indutores mostraram-se eficiente em reduzir a reprodução
do nematóide. No entanto, os indutores Rocksil, Protesyl, Quitosana
e Neem na menor dosagem, na primeira ou segunda época de
aplicação, foram o que apresentaram os menores índices de massa
de ovos. Quanto ao número de galhas, destaca-se como menores
índices, o tratamento com Quitosana, na menor dosagem e primeira
época de aplicação. Estes resultados constituem a base para o
desenvolvimento de tecnologias alternativas a serem utilizados no
controle sustentável de doença de hortaliças em sistema orgânicos
de produção.
Com o objetivo de avaliar a eficiência de fosfitos e fungicidas
sobre Bipolaris sorokiniana, testes in vitro foram conduzidos no
Laboratório de Entomologia e Fitopatologia da Fundação ABC.
Os produtos foram incorporados ao meio de cultura BDA, em
placas de petri, para avaliação da inibição do crescimento micelial
e, em lâminas, para avaliação da germinação de conídios. Foram
testadas duas marcas comerciais de fosfitos (Phytus e Starphós)
com a mesma formulação (30% de P2O5 e 20% de K2O) e um
fungicida a base de epoxyconazole + pyraclostrobin (50 + 133 g
i.a.L-1) nas concentrações de 0; 0,1; 1; 10; 100 e 1000 mg L-1, com
quatro repetições. O crescimento micelial foi mensurado a cada
24 horas até o tratamento controle atingir os bordos da placa de
petri. A germinação de conídios foi avaliada após incubação de
seis horas no escuro, contando-se 100 conídios por repetição. A
inibição máxima do crescimento micelial ocorreu na concentração
de 1000 mg L-1 para os três produtos. Sendo que para o Starphós
foi de 69,6% e para o Phytus 74% de inibição, com R2=0,96 e
0,85, respectivamente. O fungicida atingiu 100% de inibição, com
R2=0,92. Na germinação de conídios os três produtos apresentaram
inibição máxima na concentração de 1000 mg L-1 e com R2 acima
de 0,9.
CAL-044
Atividade de β-1,3 glucanases em cotilédones de soja tratados
com frações provenientes de Pycnoporus sanguineus. Cristiane
C. Meinerz, Luciana Iurkiv, José R. Stangarlin, Odair J. Kuhn.
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, Mal.
Cdo. Rondon
������� –�� PR.
����������������������������
[email protected]. β-1,3 glucanase
activity in soybean cotyledons treated with Pycnoporus sanguineus
fractions.
Extrato bruto (EB) de P. sanguineus vem sendo utilizado na
indução de resistência em plantas. A enzima β-1,3 glucanase é
responsável pela hidrólise de polímeros de β-1,3 glucana da parede
celular fúngica e está freqüentemente relacionada com o processo
de indução. O presente trabalho objetivou avaliar a capacidade de
indução de β-1,3 glucanases pela aplicação de frações provenientes
da precipitação de EB de P. sanguineus com sulfato de amônio (SA).
Foram obtidos 5 cortes pela saturação com SA a: 0-20%, 20-40%,
40-60%, 60-80% e 80-100%. Utilizou-se também, os tratamentos
EB 20%, S. cerevisiae (25 mg/mL) e água. Os tratamentos foram
aplicados sobre cotilédones incisados. Após 20 h os mesmos foram
macerados e determinada a atividade de β-1,3 glucanases a 410 nm.
Apesar da ausência de diferença estatística entre os tratamentos,
a fração 60-80% apresentou atividade enzimática 89% maior
em relação ao controle água. O que pode indicar a presença de
compostos tanto elicitores quanto inibidores de β-1,3 glucanases
no EB de P. sanguineus.
S 112
CAL-046
Doses de fosfitos e aplicação de fungicidas no controle das
doenças foliares do trigo. Santos HAA, Dalla Pria M, Silva OC,
May-De-Mio LL. ����������������������������������������������
UEPG, Ponta Grossa, PR, Brasil. Email: hellen_
[email protected]. Doses of phosphite and application of
fungicides in controlling leaf diseases of wheat.
Com o intuito de avaliar o efeito de doses de fosfitos e número
de aplicações de fungicidas no controle das doenças foliares do
trigo, foi realizado um experimento no Campo Experimental da
Fundação ABC, Castro-PR, utilizando esquema fatorial (4x3)
com quatro repetições, sendo 4 doses de fosfito: 0, 300, 600 e
1200 mL i.a.ha-1, aplicadas na elongação e no florescimento e 3
aplicações de fungicidas sendo: 1 aplicação (emborrachamento),
2 aplicações (emborrachamento e floração), e 3 aplicações
(elongação, emborrachamento e floração), utilizando 675 g i.a.ha-1
de fenpropimorfe (elongação) e 137,25 g i.a.ha-1 de piraclostrob
ina+epoxiconazole (emborrachamento e flor). Foram avaliadas
a severidade do oídio, ferrugem das folhas e manchas foliares,
componentes de rendimento, produtividade, e calculado a área
abaixo da curva do progresso da doença (AACPD). Não houve
interação entre doses de fosfitos e número de aplicação de fungicida
no complexo de doenças. Houve resposta com três aplicações de
fungicidas no controle de oídio, ferrugem das folhas e manchas
foliares. O fosfito teve efeito apenas na maior dose no controle das
manchas foliares. Na produtividade não houve efeito de fosfito
x fungicida, com três aplicações de fungicida houve aumento da
produtividade.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-047
Quantificação de derivados da lignina e compostos fenólicos
solúveis totais em bainhas de arroz, inoculadas com Rhizoctonia
solani em plantas supridas com silício. Schurt DA, Reis RD,
Rezende DC, Carré-Missio V, Rodrigues FÁ. ����������������
Departamento de
Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: d_schurt@
yahoo.com.br. Quantification of derivative lignin e total phenolic
compost in sheath rice inoculated with R. solani in plant mediated
by silicon.
A lignina é um polímero natural complexo composto por
macromoléculas, sendo encontrada na parede celular de alguns
vegetais. A presença da lignina na parede celular secundaria,
confere rigidez e resistência à planta. Na cultivar Tetep, considerada
resistente ao fungo, uma zona escura contendo compostos
fenólicos oxidados ocorre envolvendo as lesões, caracterizando
uma manifestação da resistência da planta. Plantas de arroz das
cultivares índica IRGA – 409 e japônica Labelle, foram crescidas em
solução nutritiva Hoagland modificado. Foram cultivadas 6 plantas
por vaso de 8 litros, na concentração de 0 e 2 mmol Si L-1. Após 90
dias de crescimento das plantas, as bainhas foram inoculadas com
palitos de dente (1cm) contendo micélio do fungo R. solani AG1, posteriormente estas foram levadas para câmara de crescimento
(UR » 95%, 25 ± 2ºC) As bainhas das plantas a 0, 24, 36, 48, 72,
96 e 120 horas após inoculação, quantificou-se os derivados de
lignina-ácido tioglicólico e compostos fenólicos solúveis totais.
Observou-se um aumento nestes compostos em plantas supridas
com Si em relação à testemunha. Apoio: Fapemig.
CAL-049
Eficiência de casca de arroz carbonizada no controle da
queima-da-bainha em arroz. Xavier DS1, Prabhu AS2, Silva-Lobo
VL2, Filippi MCC2, Silva FR1, Rodrigues FÁ3. 1Uni-Ahanguera,
Goiânia, GO; 2Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás,
GO; 3Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. Efficiency of
carbonized rice hull in controlling rice sheath blight
Foi realizado um experimento de campo, na Embrapa Arroz e
Feijão, objetivando estudar a eficiência relativa de casca de arroz
carbonizada, como fonte de silício, em relação ao fertilizante silicato
de cálcio e magnésio (SCM) no controle da queima-da-bainha
(Rhizoctonia solani) na cultivar BRS Alvorada. O delineamento
utilizado foi blocos ao acaso, no esquema de parcelas subdivididas,
com quatro repetições. As parcelas consistiram de tratamentos com
SCM e casca de arroz carbonizada e as subparcelas de doses (0; 1;
3; 5 e 7t/ha de casca de arroz e doses correspondentes de SCM).
As plantas sadias no campo foram transplantadas para bandejas
plásticas em casa de vegetação e quando estavam com 100 dias
de idade, as duas folhas superiores foram inoculadas com discos
de BDA com micélio do isolado 4F1. A extensão da lesão a partir
do ponto de inoculação foi avaliada para determinar a eficiência
relativa dos produtos na redução do tamanho da lesão. A interação
fontes de silício x doses não foi significativa. A dose mais alta
reduziu o tamanho da lesão em relação à testemunha sem aplicação
de silício. A redução do tamanho da lesão na folha bandeira foi
maior com adubação de SCM em comparação à casca de arroz
, neste primeiro ano de avaliação. Apoio Financeiro: Embrapa e
CNPq.
CAL-048
Caracterização de lignina de bainhas de arroz, inoculadas
com Rhizoctonia solani em plantas supridas com silício. Schurt
DA, Reis RD, Carré-Missio V, Rodrigues FÁ. Departamento de
Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail:
�����������������������
d_schurt@yahoo.
com.br. Characterization of lignin in rice sheath inoculated with R.
solani in plant mediated by silicon.
CAL-050
Silicato de potássio como potencializador da atividade de
enzimas de defesa à ferrugem em plantas de café. Pereira SC,
Carré-Missio V, Rezende DC, Rodrigues FÁ, Oliveira MGA,
Zambolim L. Universidade Federal de Viçosa, DFP. ��������
E-mail:
[email protected]. Potassium silicate as a potentiater of the activity
of enzymes related to the defense to rust in coffee plants.
A lignina é um polímero natural composto por macromoléculas de
origem fenilpropano, sendo encontrada na parede celular de alguns
vegetais. A presença da lignina na parede celular secundaria,
confere rigidez e resistência à planta. A pirólise é defina como a
quebra de macromoléculas em fragmentos menores usando-se
somente a energia térmica, na ausência de oxigênio. Plantas de
arroz dos cultivares IRGA – 409 e Labelle, foram crescidas em
solução nutritiva, na concentração de 0 e 2 mmol Si L-1. Após
90 dias de crescimento das plantas, as bainhas foram inoculadas
com palitos de dente, contendo micélio do fungo R. solani AG1, posteriormente estas foram levadas para câmara de crescimento
(UR » 95%, 25 ± 2ºC) As bainhas das plantas ao 0 e 120 horas
após inoculação, de todos os tratamentos foram coletadas em N2
líquido, liofilizadas, moídas e peneiradas. Aproximadamente
100μg de material seco, foi colocado no cadinho e pirolisado a
550ºC. Imediatamente injetou o gás proveniente da pirólise, em
um cromatografo gasoso acoplado ao espectrômetro de massa.
Na análise dos pirogramas das bainhas, notou-se a presença de
monômeros fenólicos derivados da lignina e compostos furânicos
e pirânicos oriundos da desidratação e rearranjos dos carboidratos.
Fazendo uma análise qualitativa não se observou diferença dos
tratamentos Apoio: Fapemig.
O silício (Si) aumenta a resistência de plantas às doenças e ao
ataque de pragas. As plantas ativam diferentes mecanismos de
defesa, entre eles o aumento na atividade de enzimas como as
β-1,3-glucanases (GLU) e as quitinases (QUI) que hidrolisam
componentes da parede celular fúngica; a fenilalanina-amônialiase (PAL) e as peroxidases (POD) importantes no processo da
lignificação; as polifenoloxidases (PPO) formadoras de quinonas
e as lipoxigenases (LOX) que catalisam a degradação de ácidos
graxos. O presente trabalho teve como objetivo verificar se o Si
reduziria a severidade da ferrugem do cafeeiro potencializando o
aumento na atividade das enzimas GLU, QUI, PAL, POD, PPO e
LOX. Plantas de café inoculadas e não inoculadas com H. vastatrix,
foram pulverizadas com silicato de potássio (SP) via foliar.
Utilizaram-se como tratamentos controle, a pulverização com água
(A) e com o indutor de resistência Acibenzolar-S-Metil (ASM). A
aplicação foliar de SP e de ASM reduziu a severidade (SEV) da
ferrugem em comparação ao tratamento A. A indução das enzimas
foram exclusivamente potencializadas pela presença do patógeno.
A redução na SEV da doença deveu-se à polimerização do SP na
superfície foliar que possivelmente, dificultou a penetração do
fungo ou afetou a viabilidade das suas estruturas reprodutivas.
Apoio: FAPEMIG e CNPQ.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
S 113
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-051
Silício como potencializador da atividade de enzimas de defesa
à ferrugem em plantas de soja. Pereira SC, Carré-Missio V, Rios
JA, Rodrigues FÁ, Oliveira MGA, Zambolim L. Universidade
Federal de Viçosa, DFP. E-mail:
��������������������������������������
[email protected]. Silicon as a
potentiater of the activity of enzymes related to the defense to rust
in soybean plants.
CAL-053
Controle de Phytophthora palmivora por extratos vegetais e
óleos essenciais. Soares LPR1, Amorim EPR1, Peixinho GS1, Silva
JC1, Barbosa LF1. 1Laboratório de Fitopatologia, Centro de Ciências
Agrárias,Universidade Federal de Alagoas. �������������������
E-mail: lp.peixoto@
yahoo.com.br. The control of Phytophthora palmivora fungus by
plant extracts and essential oil.
Os efeitos do silício (Si) são usualmente expressos sob condições
de estresse, tanto abiótico como biótico. Em resposta a infecção
por patógenos, as plantas ativam diferentes mecanismos de
defesa, dentre estes, a atividade de enzimas como as β-1,3glucanases (GLU) e as quitinases (QUI) que catalisam a hidrólise
de componentes da parede celular fúngica; a fenilalanina-amônialiase (PAL) e as peroxidases (POD) intermediárias da lignificação;
as polifenoloxidases (PPO) que catalisam a formação de quinonas
e as lipoxigenases (LOX) que catalisam a degradação de ácidos
graxos. Com o objetivo de verificar se o Si via foliar reduziria a
severidade da ferrugem asiática da soja potencializando a atividade
das enzimas GLU, QUI, PAL, POD, PPO e LOX, plantas de soja
inoculadas e não inoculadas com Phakopsora pachyrhizi, foram
pulverizadas com silicato de potássio (SP). Utilizaram-se como
tratamentos controle, a pulverização com água (A) e com o indutor
de resistência Acibenzolar-S-Metil (ASM). As atividades das
enzimas foram exclusivamente potencializadas após a infecção
pelo patógeno. A aplicação foliar de SP e de ASM reduziu a
severidade da ferrugem. A redução da severidade da doença pelo
Si via foliar foi devido à barreira física criada pela polimerização
de SP, com efeito negativo sobre o estabelecimento do patógeno.
Apoio: FAPEMIG e CNPQ.
O efeito inibidor “in vitro” sobre o crescimento micelial de
Phytophthora palmivora (PIC), agente causal da podridão
radicular do mamoeiro, foi avaliado usando-se extratos aquosos
de manipueira e nim, óleos essenciais de citronela, eucalipto,
pimenta (piper aduncum) e gengibre, produto comercial a base de
biomasssa cítrica (ecolife®) e fungicida (metalaxyl + mancozeb)
em diferentes dosagens: 20 40 e 60% para manipueira; 5 10 e 15%
para o extrato de nim; 0,5, 1 e 1,5 % para os óleos essenciais; 2,5;
3,5 e 4,5g/L para o fungicida e 0% para as testemunhas. Todos os
extratos e óleos foram esterilizados em luz UV, por 30 minutos
antes de serem adicionados ao meio BDA autoclavado. Os óleos
de citronela, eucalipto e o fungicida, em todas as concentrações
e manipueira, (40 e 60%) inibiram em 100% a PIC do fungo,
constituindo os melhores tratamentos. Ecolife e óleo de pimenta
inibiram parcialmente o crescimento micelial, com um incremento
na PIC à medida que se aumentava a concentração do produto. O
extrato de nim e óleo de gengibre não diferiram da testemunha. A
inibição parcial ou total da PIC do fungo demonstra a existência de
compostos de ação antifúngica nos extratos e óleos testados.
CAL-052
Controle de Cryptosporiopsis perennans com água aquecida e
luz UV-C em maçãs. Bartnicki VA¹, Valdebenito Sanhueza RM².
¹Universidade do Estado de Santa Catarina. ²Pesquisadora CNPq.
E-mail: [email protected]. Control of Crptosporiopsis perennas
by heated water and UV-C light on apple.
Avaliou-se o efeito da água aquecida e da luz UV-C no controle de
Cryptosporiopsis perennans em maçãs. Frutos da cv. ‘Fuji’ foram
inoculados por aspersão com uma suspensão de 1x106 conídios.mL1
de C. perennans e incubados na temperatura de 20ºC por 4 horas
e, em seguida submetidos aos tratamentos na linha de seleção de
maçãs: aspersão de água aquecida a 50ºC por 15 e 30 segundos
ou exposição a luz UV-C (10 lâmpadas de 30 watts) por 15, 30
e 60 segundos, a 10 cm da fruta. Cada tratamento foi dividido
em 4 amostras de 2 frutos, as quais foram submetidas a lavagem
por sonicatação (Ultra-Clear 1400 – 40 kHz) em 300 mL de água
destilada e esterilizada com 1 gota de Tween 80, por 30 segundos.
Amostras de 100 µL da água da lavagem foram plaqueadas em
BDA ácido (pH 4,5). As placas foram incubadas com fotoperíodo
de 12 horas a 22ºC e, após 7 de incubação efetuou-se a contagem
do número de colônias por placa. Os tratamentos foram arranjados
em um delineamento experimental inteiramente casualizado com
quatro repetições e a unidade experimental constou de 2 placas.
Os tratamentos por 30 segundos com água aquecida a 50°C e com
luz UV-C controlaram 99,25 e 99,33 % respectivamente, quando
comparados à testemunha. Os dois tratamentos físicos mostraram-se
eficazes no controle de C. perennans. Apoio financeiro: CAPES.
S 114
CAL-054
Inibição de Rhizoctonia solani e Fusarium sp. por extratos
aquosos de plantas medicinais in vitro. Maggioni MS1, Batista
DM1, Bacchi LMA1, Gavassoni WL1. 1Faculdade de Ciências
Agrárias, Universidade Federal da Grande Dourados. E-mail:
������������
mia.
[email protected]. Inhibition of Rhizoctonia solani and
Fusarium sp. by aqueous extracts of medicinal plants in vitro.
Fusarium sp. e Rhizoctonia solani causam tombamento em
inúmeras culturas de importância econômica, incluindo a soja. Para
o controle destes fungos normalmente utiliza-se o tratamento de
sementes com fungicidas através do controle químico, que embora
de grande eficiência, não pode ser aceito em sistemas orgânicos de
produção vegetal. O controle alternativo pode ser feito fisicamente,
por termoterapia ou radiação, biologicamente ou com o uso de
extratos de plantas. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de
extratos de calêndula, melão-de-São-Caetano, alho e arruda sobre o
crescimento micelial de Fusarium sp. e Rhizoctonia solani, in vitro.
Extratos aquosos das plantas avaliadas, após filtragem para o de
alho e tindalização para os demais, foram incorporados em meiode-cultura BDA na concentração de 10.000 ppm. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos
(incluindo testemunha) e 10 repetições. O extrato de calêndula
não inibiu o crescimento dos fungos. Os extratos que melhores
resultados apresentaram foram o de alho e o de arruda para os dois
patógenos.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-055
Utilização de biofumigação para o controle da Ralstonia
solanacearum Smith em mudas de bananeira (Musa spp.).
Andrade FWR, Nascimento LN, Silva JC, Amorim EPR.
Laboratório de Fitopatologia, CECA-UFAL, Rio Largo, AL, Brasil.
E-mail: [email protected]. Utilization of biofumigation
for Ralstonia solanacearum Smith control in banana plant (Musa
spp) seedling.
A bananeira é uma das frutas mais consumidas no país e faz parte da
dieta alimentar das mais diversas classes sociais. Entre as doenças
causadas por bactérias o moko constitui uma permanente ameaça
a essa cultura, tendo como agente causador a R. solanacearum. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de resíduos orgânicos,
como raspas de mandioca, cascalhos de marisco, cama-de-frango,
folhas de bananeira e gengibre sobre a severidade do moko em
mudas de bananeiras. In vitro o melhor resultado foi observado no
tratamento com raspas de mandioca 10 % com redução no número
de colônias e presença de maior número de halos de inibição.
Resultados significativos foram, ainda, observados nos tratamentos
com gengibre 20%, cascalho de marisco (10 e 20%) e folhas de
bananeira (10 e 20%), onde também houve aparecimento de halos
de inibição. No experimento in vivo os substratos que receberam
raspas de gengibre e folhas de bananeira apresentaram baixos
índices de infecção das plantas, com 25% das plantas apresentando
sintomas de murcha, enquanto que os tratamentos com cascalhos
de marisco (10 e 20 %) apresentaram, respectivamente, 75 e 50%
de sintomas de murcha, demonstrando que houve diferenças entre
as dosagens. O tratamento com raspas de mandioca não diferiu da
testemunha.. Apoio Financeiro: FAPEAL.
CAL-056
Avaliação de produtos alternativos no controle da ferrugem
asiática da soja em condições de campo. Mesquini RM1;
Schwan-Estrada KRF1; Vieira RA, Nascimento JF1, Machado
ATS1. 1Universidade Estadual de Maringá, PR. Email:
�����������������
rmesquini@
gmail.com. Evaluation of alternatives products in the control of
Asian soybean rust in crop conditions.
O objetivo deste trabalho foi avaliar os produtos alternativos:
Biomassa cítrica (1), extrato bruto (2) e óleo essencial (3) de
Eucalyptus citriodora, grãos de kefir (4) no controle da ferrugem
asiática da soja. Utilizou-se como padrão: azoxystrobina +
ciproconazole (5) e a testemunha (6). O ensaio foi conduzido em
Itambé-PR com delineamento de blocos ao acaso com 4 repetições,
sendo cada repetição constituída por parcelas de 5 fileiras de 5
m. Os tratamentos alternativos foram aplicados preventivamente
nos estádios R1, R2 e R3. As avaliações foram realizadas após
a constatação da doença em R5, em intervalos de 5 dias até a
desfolha. A AACPD, n° pústulas por cm2, produtividade, e peso de
1000 grãos foram submetidos à análise de variância e comparados
pelo teste de Scott-Knott (P ≤ 0.05). Pela AACPD, o tratamento
5 apresentou melhor controle da doença do que os demais. Os
tratamentos 1 e 4 apresentaram controle mais eficiente do que os
tratamentos 2 e 5, ao passo que estes não diferiram da testemunha.
Para n° de pústulas/cm2, o tratamento 5 também apresentou
os menores índices. Os tratamentos 1, 3 e 4 apresentaram n° de
pústulas/cm2 que não diferiu estatisticamente. O tratamento 2 não
diferiu da testemunha, que atingiu, na média, 32 pústulas/ cm².
Para produtividade e peso de 1000 grãos não foram observadas
diferenças significativas entre os tratamentos.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-057
Controle alternativo da germinação in vitro de Sphaerotheca
pannosa (Vallr. ex. Fr.) Lev., causador do oídio em roseira
(Rosa sp). Silva CN1, Santana MV1, Oliveira AC2, Santos A1.
1
Lab. Fitopatologia-Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
(UESB), Vitória da Conquista/BA; 2Lab. Biologia Geral-UESB,
Vitória da Conquista/BA; [email protected]. Alternative control
on germination in vitro of Sphaerotheca pannosa, causal agent of
powdery mildew in Rosa sp.
O oídio em roseira interfere na sua comercialização. Este trabalho
objetivou avaliar a eficiência de compostos alternativos na
redução da germinação ‘in vitro’ de S. pannosa, sob DIC {T1
(Enxofre 0,625M); T2 (sabão Omo Aloe vera, 2g/100mL); T3
(sabão Minuano, 2g/100mL); T4 (T1 + T2); T5 (T1 + T3); T6
(Rotinin, 2g/100mL); T7 [Lentinulas edodes 40% (p/v)]; T8
[Agaricus blazei 40% (p/v)]; T9 [Bion 100ppm (i.a.)]; T10 (ácido
acetil salicílico 1,84x10-2 M); T11 (T1 + T2 + T6) e T12 (contendo
apenas 20 mL de meio agar-água)}, com 3 repetições/tratamento
(1 repetição = 1 placa de Petri). Foi adicionado 1 mL da solução
de 3,6 x 105 de conídios/mL em cada placa e, posteriormente, as
mesmas foram incubadas 24 horas/escuro contínuo/25ºC/UR de
80% a 90%. Estimaram-se as razões entre conídios germinado/
total (3 repetições/placa, microscópio óptico 40X). Resultados
médios dos tratamentos foram transformados (arcsen raiz x/100)
antes de se realizar a ANAVA. Todos os tratamentos diferiram
estatisticamente da testemunha (T12) (α<0,01). Estudos posteriores
serão conduzidos visando elucidar a relação custo/benefício do
emprego desses compostos no controle da doença em condições de
campo. Apoio financeiro: UESB
CAL-058
Viabilidade de aromas, sobre germinação de Hemileia vastatrix.
Santana MV1, Silva CN1, Souza SE2, Santos A1. 1Laboratório
de Fitopatologia-Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
(UESB), Vitória da Conquista/BA; 2Laboratório NematologiaUESB, Vitória da Conquista/BA. Feasibility of flavourings on
germination of Hemileia vastatrix.
O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de diferentes aromas
sobre a germinação de H. vastatrix agente causal da ferrugem do
café. O experimento foi montado em delineamento inteiramente
casualizado (DIC), com seis tratamentos, três repetições. Utilizaramse placas de Petri com 6 cm de diâmetro, contendo cada placa 20 ml
de meio de cultura Agar-água com os seguintes tratamentos: (T1)
Testemunha; (T2) Testemunha contendo folhas de café (Coffea sp.);
(T3) Urina de vaca em lactação; (T4) Pimenta cumari (Capsicum
baccatum); (T5) Fumo (Nicotiana tabacum) emacerado; (T6)
Óleo de Eucalipto citriodora (Corymbia citriodora), em seguida
foi depositado uma solução de inóculo 2,4 x 106 uredósporos/ml,
determinada em câmara de Neubauer. As placas foram incubadas
por 24 horas em escuro contínuo a temperatura de ±24ºC com
umidade relativa de 90%. Para avaliar a germinação dos uredósporos
foram realizadas três leituras/repetição, totalizando 54 leituras em
microscopia óptica. Os resultados obtidos foram submetidos ao
teste Tukey 5% de probabilidade o índice de germinação com a
utilização do óleo de eucalipto apresentando 16,64 % e a urina de
vaca com 38,92% de germinação, estes podem ser indicados para
análises em futuros trabalhos de germinação do patógeno.
S 115
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-059
Avaliação de três métodos de inoculação de Phytophthora
palmivora em mudas de mamoeiro. Santos TR, Tavares GM,
Tocafundo F, Varjão LB, Luz EDMN. ����������������������������
Ceplac/Cepec/Sefit, ItabunaBA. E-mail: [email protected]. Evaluation of three
methods of inoculation of Phytophthora palmivora in papaya
seedlings.
CAL-061
Inibição do crescimento micelial de Fusarium moniliforme
pelo óleo de melaleuca. Corrêa da Silva JV, Martins JAS, Sagata
E, Santos VA, Juliatti FC. Universidade Federal de Uberlândia
– ICIAG- Núcleo de Fitopatologia. E-mail: [email protected].
Mycelial growth inhibition of Fusarium moniliforme by tea tree
oil.
A podridão-do-pé e dos frutos causadas por Phytophthora palmivora
é importante doença do mamoeiro, e variedades resistentes com valor
comercial são praticamente inexistentes. Objetivando estabelecer
uma metodologia de inoculação e avaliação de resistência de
genótipos a P.palmivora utilizou-se três métodos de inoculação:
adição de suspensão de zoósporos a plântulas de mamoeiro com solo
encharcado (M1), aplicação da suspensão de zoósporos ao redor das
plântulas sem encharcamento (M2) e imersão do sistema radicular
em suspensão de zoósporos (M3), cinco concentrações de inóculo
5x103, 104, 5x104, 105 e 5x105 zoósporos/mL e três variedades:
Golden, Kapoho e Calimosa. O desenho experimental foi fatorial
3x3x5 utilizando-se 10 plantas por tratamento e comparou-se os
efeitos de métodos, concentrações e cultivar usando-se o teste de
Turkey, para a variável tempo de vida. O método M2 foi o menos
drástico, diferindo significativamente dos outros dois que foram
estatisticamente iguais. O genótipo Golden foi mais suscetível
que os demais e a concentração de inóculo 105 foi a mais eficiente.
Apoio Financeiro: FAPESB
Fusarium moniliforme J. Sheldon (Giberella fujikuroi) (Sawada
Wolen) é um dos principais patógenos do milho, causando redução
na germinação da semente, morte de plântulas, podridão de raízes
e de colmos e podridão dos grãos. Em busca de novas alternativas
de controle o presente estudo visou avaliar “in vitro” a eficiência
do óleo de Melaleuca alternifolia em diferentes concentrações
na inibição do crescimento micelial de F. moniliforme. Foram
utilizadas 6 concentrações (0,0; 0,1; 0,15; 0,20; 0,25 e 0,30%) de
óleo de melaleuca incorporados no meio de cultura batata-dextroseágar (BDA), e vertidos em placas de Petri. Transferiu-se um disco
de 0,6cm de F. moniliforme e incubaram-se as placas a 20ºC e
fotoperíodo de 12h por um período de 8 dias quando a testemunha
atingiu o máximo de crescimento micelial na placa. A eficiência da
ação do óleo de melaleuca foi verificada através de medições do
diâmetro das colônias em centímetros, determinando-se a média de
inibição dos tratamentos comparada à testemunha. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições.
Observou-se que com o aumento das doses o crescimento micelial
do fungo foi reduzido. Com a dose de 0,3% houve inibição total.
Apoio Financeiro: FAPEMIG.
CAL-060
Atividade de enzimas oxidativas, acúmulo de fenóis, lignina
e incidência de vassoura-de-bruxa em mudas de cacaueiro
expostas à preparações obtidas a partir do cultivo de um isolado
de Streptomyces sp. Macagnan D1, Pascholati SF2, Albuquerque
PSB2, Garcia EO2. 1CEFET-Rio Verde, Rio Verde-GO 2Esalq-USP,
Piracicaba-SP. 3CEPLAC-Erjoh Marituba-PA. E-mail: dirceu.
[email protected]. Oxidative enzymes activity, phenols
and lignin accumulation and incidence of witches’ broom disease
on cocoa seedlings exposed to preparations from a Streptomyces
sp. cultivation.
Um isolado de Streptomyces sp. foi capaz de induzir resistência em
cacaueiro. Visando obter indícios da origem da molécula eliciadora
da indução o microrganismo foi cultivado em meio BD líquido por
72h sendo posteriormente centrifugado. As preparações obtidas
foram células vivas suspendidas em meio BD, células suspendidas
em meio BD e autoclavadas, células vivas suspendidas no
sobrenadante, sobrenadante livre de células e o meio de cultivo
estéril. Mudas de cacaueiro genótipo PA 195 foram expostas aos
diferentes preparados. As folhas, coletadas 1, 2, 4, e 8 dias depois
de tratadas, foram submetidas à análise das enzimas peroxidase
e polifenol oxidase. Quantificaram-se proteínas solúveis totais,
fenóis totais e lignina. Mudas expostas às mesmas preparações
foram também inoculadas com o patógeno Crinipellis perniciosa.
Observou-se que não houve aumento na atividade das enzimas
estudadas, bem como na quantidade de fenóis e lignina. Porém
as mudas expostas às células autoclavadas demonstraram alta
concentração de proteínas solúveis. Já a incidência da doença foi
menor nas mudas expostas ao sobrenadante.
Apoio financeiro: CAPES
S 116
CAL-062
Aplicação de gesso no controle do mofo-branco do feijoeiro.
Lehner MS, Lima RC, Prado AL, Teixeira H, Paula Júnior TJ,
Vieira RF. ��������������������������������������������������
Epamig-CTZM, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: trazilbo@
epamig.br. Application of calcium sulfate for white mold control
on common beans.
O cálcio pode estimular os mecanismos de defesa do feijoeiro
ao mofo-branco. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito
de gesso (CaSO4) sobre a intensidade da doença. O experimento
foi conduzido em área naturalmente infestada com escleródios
de Sclerotinia sclerotiorum, no outono-inverno de 2007. Foram
testados os seguintes tratamentos: 1. testemunha (água); 2. uma
aplicação de fluazinam (início da floração); 3. duas aplicações de
fluazinam (início da floração e 10 dias após); 4. uma aplicação de
gesso (início da floração); 5. duas aplicações de gesso (início da
floração e 10 dias após); 6. uma aplicação de fluazinam (início da
floração) e uma de gesso (10 dias após); 7. uma aplicação de gesso
(início da floração) e uma de fluazinam (10 dias após); 8. duas
aplicações de gesso em mistura com fluazinam (1/2 dose, início da
floração e 10 dias após). O gesso foi aplicado na dose de 6,2 kg ha-1
e o fluazinam (Frowncide 500 SC) na de 0,5 L ha-1. As aplicações
foram feitas com regadores simulando aplicação via água de
irrigação por aspersão. Foram utilizadas parcelas experimentais
de 7,5 m2, em DBC e oito repetições. Empregou-se a cultivar
Majestoso. Houve alta incidência (>80%) e baixa severidade da
doença. Não houve efeito da aplicação de gesso no controle do
mofo-branco do feijoeiro. A intensidade da doença foi levemente
reduzida pelo fungicida. Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-063
Aplicação de cloreto de cálcio e de silicato de cálcio visando
ao controle do mofo-branco do feijoeiro. Santos J, Lima RC,
Lehner MS, Prado AL, Teixeira H, Paula Júnior TJ, Vieira RF.
Epamig-CTZM, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: trazilbo@epamig.
br. Application of calcium chloride and calcium silicate for white
mold control on common beans.
O cálcio é importante na defesa do feijoeiro contra o ataque de
Sclerotinia sclerotiorum. O objetivo deste trabalho foi verificar
o efeito de suspensões de cloreto de cálcio (CaCl2) e de silicato
de cálcio (Ca2SiO4) pulverizadas (volume de calda de 800 L ha1
) sobre feijoeiros do cv. Talismã no controle do mofo-branco. O
experimento foi conduzido no outono-inverno de 2006, em Viçosa
(MG), em área naturalmente infestada com escleródios de S.
sclerotiorum. Os produtos foram aplicados no início da floração,
nas doses de 100, 200, 300 e 400 mg L-1, ou no início da floração
e 10 dias após, na dose de 300 mg L-1. Esses tratamentos foram
comparados com a aplicação de água (testemunha) e do fungicida
fluazinam (Frowncide 500 SC, 0,5 L i.a. ha-1, aplicado no início da
floração e 10 dias após). Foram utilizadas parcelas experimentais
de 10,5 m2, em DBC e quatro repetições. A incidência e a
severidade do mofo-branco foram levemente reduzidas com a
aplicação das suspensões de Ca, independentemente da dose,
sem efeito significativo no rendimento da cultura. O fungicida
reduziu a severidade e a incidência da doença em 52 % e 73 %,
respectivamente, com aumento de rendimento de 31 %. Apoio
Financeiro: CNPq e FAPEMIG.
CAL-064
Atividade antifúngica de extratos vegetais sobre o crescimento
micelial e germinação de esporos de Fusarium proliferatum.
Souza AEF, Araújo E, Nascimento LC, Souto FM, Gomes ECS.
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UFPB, Areia, PB,
Brasil. E-mail:
�������������������������������������������������������
[email protected]. Antifungical activity of
naturals extracts on mycelia growth and spores germination of
Fusarium proliferatum.
F. proliferatum foi isolado a partir de grãos de milho pelo emprego
do Blotter-test e cultivado em meio de cultura BDA (Agar batata
dextrose), sendo as placas incubadas à temperatura ambiente (23
+
2°C) por oito dias. Foram avaliados os efeitos dos extratos de
alho (Allium sativum L.) e capim-santo (Cymbopogon citratus
Stapf.) nas concentrações 0,5%, 1,0%, 2,5%, 5,0% e 10,0% com
relação à taxa de crescimento micelial (realizando-se, durante
oito dias, a medição do diâmetro das colônias) e à germinação
de conídios (esporos do fungo foram imersos em soluções dos
extratos, nas mencionadas concentrações, e avaliados às 6, 12, 18
e 24 horas de imersão). Em função do extrato e das concentrações
utilizadas, houve diferenças na velocidade de crescimento micelial,
do diâmetro máximo alcançado pela colônia e da quantidade de
esporos germinados. À medida que se aumentou a concentração
dos extratos, observou-se redução da taxa de crescimento micelial
e da germinação dos esporos de F. proliferatum. O extrato de alho,
a partir da concentração 2,5%, mostrou-se superior aos demais
tratamentos no controle do crescimento e esporulação do fungo.
Apoio Financeiro: CAPES.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-065
Efeito de extratos de alho e capim-santo sobre a germinação
de sementes e o desenvolvimento de plântulas de milho
inoculadas artificialmente com Fusarium proliferatum. Souza
AEF de, Araújo E, Nascimento LC, Brito NM de, Coutinho OL.
Departamento de Fitopatologia, UFPB, Areia, PB, Brasil. E-mail:
[email protected] Effect of Allium sativum and Cymbopogon
citratus extracts on germination and development of corn plantlets
artificially inoculated with Fusarium proliferatum.
Objetivou-se testar a atividade antifúngica de diferentes
concentrações (0,5%, 1,0%, 2,5%, 5,0% e 10,0%) dos extratos
de alho (Allium sativum L.) e capim-santo (Cymbopogon citratus
Stapf.) visando o controle fitossanitário de Fusarium proliferatum
em sementes de milho. O fungo foi isolado a partir de grãos de
milho pelo emprego do Blotter-test e cultivado em meio de
cultura BDA (Agar batata dextrose), sendo as placas incubadas
à temperatura ambiente (23 + 2°C) por oito dias. Sementes de
milho foram tratadas em soluções dos extratos e inoculadas com
suspensão de F. proliferatum (1,00 x 107 conídios/mL), sendo
avaliadas quanto à percentagem de germinação e incidência de
tombamento e podridão do colmo das plântulas. O emprego dos
extratos vegetais promoveu controle do fungo, o que refletiu no
aumento da germinação das sementes e na redução do índice de
apodrecimento do colmo e tombamento das plântulas. O extrato de
alho, a partir da concentração 2,5%, mostrou maior eficiência em
relação aos demais tratamentos. Apoio Financeiro: CAPES.
CAL-066
Influência do sistema de manejo de solo na severidade da
mancha de ramularia em cultivares de algodoeiro. Chitarra LG,
Lamas FM, Menezes VL. Embrapa Algodão, UEP – MT, Várzea
Grande, MT, Brasil. ��������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Influence
of soil tillage systems in the severity of areolate mildew in cotton
cultivars.
A mancha de ramulária (Ramularia areola Atk.) em algodoeiro foi
avaliada nas cultivares BRS Cedro, Araçá e Jatobá, no quarto ano de
experimento, cultivadas em diferentes sistemas de manejo do solo:
sistema convencional sem rotação de culturas (algodão – algodão
– algodão - algodão); sistema convencional com rotação anual de
culturas (algodão – soja – algodão - soja), sistema convencional com
rotação bianual de culturas (soja – soja – algodão - soja) e sistema
plantio direto (algodão - soja – milho – algodão). O delineamento
experimental foi de blocos ao acaso em parcelas subdivididas e
quatro repetições, sendo as parcelas constituídas pelos sistemas
de manejo do solo e as subparcelas por cultivares. As avaliações
foram realizadas atribuindo notas de 1 (plantas sem sintomas) a
5 (incidência no ponteiro e desfolha no baixeiro) às plantas das
duas linhas centrais de cada parcela. Houve diferença significativa
em relação à severidade da ramulária nas cultivares testadas e
entre o sistema convencional sem rotação de culturas e sistema
plantio direto. A nota no sistema plantio direto foi de 2,93 e no
sistema convencional sem rotação de culturas 3,39. A BRS Cedro
apresentou maior suscetibilidade com nota média de 3,34 seguida
da BRS Jatobá e BRS Araçá, com 3,09 e 3,06, respectivamente. A
interação sistema x cultivares não foi significativo, segundo teste
F. Apoio: Agrisus.
S 117
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-067
Inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum
pelo óleo de melaleuca em bioensaio com girassol. Parreira
FOS1, Sagata E1, Martins JAS 1, Santos VA1, Juliatti FC1. 1LAMIPLaboratório de Micologia e Proteção de Plantas, ICIAG, Uberlândia
MG. ������������������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Mycelial growth inhibition of
Sclerotinia sclerotiorum by tea tree oil in sunflower bioassays.
CAL-069
Severidade da ferrugem-asiática da soja em plantas
pulverizadas com extratos vegetais, em casa de vegetação.
Borges DI, Moraes MB de, Alves E. Departamento de Agricultura,
UFLA, Lavras, MG, Brasil. ����������������������������������
E-mail: [email protected].
Severity of the Asian soybean rust in plants sprayed with plants
extracts in green house.
Sclerotinia sclerotiurum é considerado um dos patógenos mais
importantes no mundo e está distribuído em todas as regiões
produtoras. No caso do girassol, o controle químico da doença não
tem sido recomendado. Em busca de novas alternativas de controle
o presente estudo visou avaliar a eficiência do óleo de Melaleuca
alternifolia em 6 concentrações (0,0; 0,1; 0,15; 0,2; 0,25 e 0,3%)
na inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum
em bioensaio de girassol.. As folhas foram previamente borrifadas
com uma solução de água mais o óleo e receberam um disco
de micélio de 6mm de diâmetro com 5 dias. Os gerbox foram
incubados à temperatura de 22 ± 3ºC e fotoperíodo de 12 horas
em câmara úmida, durante 72 horas. O delineamento experimental
foi inteiramente casualizado com quatro repetições. As avaliações
foram realizadas 72 horas após a incubação com base na escala
diagramática elaborada pelo Programa Quant da UFV. Todas as
concentrações testadas do óleo não foram eficientes na inibição do
crescimento micelial do fungo e não diferiram significativamente
da testemunha. Apoio Financeiro: CAPES CNPq, FAPEMIG.
Plantas de soja de duas cultivares, MG/BR 46 (suscetível) e BRS
134 (moderadamente resistente) e de dois genótipos de plantas
(PIs), com genes de resistência Rpp2 e Rpp4 foram pulverizadas
7 dias antes e 7 dias após a inoculação, com os extratos a 1,0%
de Tília cordata, Pelargonium sp., Lavandula officinalis e Mentha
pulegium. Como testemunha utilizaram-se água destilada e um
fungicida à base de Piraclostrobina + Epoxiconazol. As plantas
foram mantidas em vasos de 3 litros e o experimento foi conduzido
em blocos ao acaso. Foram feitas 4 avaliações, sendo a severidade
baseada em escala diagramática e no número de lesões/cm2 e,
na última avaliação, foi realizada a contagem do número de
soros urediniais/0,5cm2 em microscópio estereoscópio. Para as
análises de severidade, não foi observado efeito dos tratamentos;
já para o número de soros urediniais, o efeito dos tratamentos foi
evidenciado. A variável cultivar mostrou-se significativa para todas
as avaliações, pelo teste Tukey (P≤0,05). O genótipo PI 459025,
com gene de resistência Rpp4 foi o que obteve os melhores
resultados para todos os itens avaliados. Mesmo apresentando
efeito de inibição e de estímulo in vitro, não foi observado nenhum
efeito dos extratos sobre a germinação dos urediniósporos in vivo,
pois os mesmos foram capazes de penetrar na folha, causando
doença. Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG.
CAL-068
Atividade fungitóxica de óleos essenciais sobre urediniósporos
de Phakopsora pachyrhizi. Borges DI, Moraes MB de, Alves E.
Departamento de Agricultura, UFLA, Lavras, MG, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Fungitoxic activity of essential oils
on urediniospores of Phakopsora pachyrhizi
CAL-070
Reação de híbridos de pepino à Corynespora cassiicola. Bezerra
EJS, Silva AM, Demosthenes LCR, Gomes LM, Sales RSA, Wolff
ACS, Araújo CMM, Gonçalves IO, Bentes J.LS. Departamento
de Ciências Fundamentais e Desenvolvimento Agrícola, UFAM,
Manaus, AM, Brasil. E-mail:[email protected].
����������������������������������������
Reaction of
cucumber hybrids to Corynespora cassiicola.
O objetivo deste estudo foi identificar se os óleos essenciais
de Rosmarinus officinalis, Cymbopogun citratus, Eucalyptus
citriodora, Caryophilus aromaticus e Piper aduncum podem ser
utilizados como produtos alternativos para manejo da ferrugem da
soja, causado pelo fungo P. pachyrhizi. Assim, os 5 óleos essencial,
obtidos comercialmente, foram avaliados quanto à seus efeitos na
germinação de urediniósporos do referido fungo. Foram utilizadas
placas de Petri de 6 cm, adicionado de 6 µL do óleo essencial
misturado ao meio de cultura ágar-água. A testemunha consistiu
de placas com 50 µL de água destilada. Após, foram adicionados
50µL de uma suspensão de esporos, na concentração de 2mg/5mL
e espalhados com alça de Drigalsky. As placas foram colocadas em
BOD, a 23(±2oC), por 4 horas. Depois, a germinação foi paralisada
com adição de lactoglicerol. A avaliação da percentagem de esporos
germinados foi realizada em microscópio de luz. Todos os óleos
essenciais avaliados foram efetivos na inibição da germinação,
com destaque para os óleos essenciais de C .aromaticus, C. citratus
e de R. officinalis, quando comparados com a testemunha-água,
que apresentaram percentuais de inibição de 78,26%; 76,08% e
76,08%, respectivamente. Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG.
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a reação de 10 hibridos
de pepino à mancha alvo causada por Corynespora cassiicola no
Amazonas, em casa de casa de vegetação. Os híbridos de pepino
Aodai, General Lee F1, Hokushin, Japonês Híb.F1 (Soudai), Jóia,
Marketmore 76 (Verde comprido), Natsubayashi, Natsu sujumi,
Sprint 440 II e Tsuyataro foram semeadas em copo plástico com
capacidade de 180ml contendo substrato Plantimax HT. O isolado
de C. cassiicola foi obtido a partir de folhas de pepino naturalmente
infectadas, e multiplicado em meio de cultura BDA sob iluminação
contínua para estimulação da esporulação, durante dez dias. As
plantas foram inoculadas nas duas primeiras folhas definitivas com
o patógeno na concentração de 2x104conídios/mL e mantidas em
câmara úmida por 48 horas. A severidade foi avaliada usando-se a
escala de notas descrita por Oliveira et al. (2006). O delineamento
experimental utilizado foi inteiramente casualizado com dez
tratamentos, dez repetições e cinco testemunhas de cada híbrido.
Pela análise da severidade o híbrido Aodai comportou-se como
resistente com 6,5% de severidade e Tsuyataro a mais susceptível
com severidade em torno de 85%.
Apoio financeiro: FAPEAM.
S 118
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-071
Efeito de extratos vegetais sobre Scutellonema bradys, agente
causal da casca preta do inhame. Barbosa LF, Amorim EPR, Costa
VKS, Peixinho GS. Universidade Federal de Alagoas, Centro de
Ciências Agrárias, Rio Largo-AL. E-mail:
�����������������������������
leo_fbarbosa@hotmail.
com. Effect of plant extract on Scutellonema bradys fungus of the
dry rot in yams.
A casca preta, causada por Scutellonema bradys é uma das doenças
que pode reduzir a produção e o valor econômico do inhame. O
manejo da doença inclui medidas preventivas, notadamente
as técnicas de exclusão. Estudos têm mostrado a importância
dos químicos naturais como uma possível fonte de pesticidas
alternativos biodegradáveis e não-tóxicos, que são de baixo custo
e de fácil aquisição. Este trabalho teve como objetivo avaliar o
efeito de extratos vegetais no controle da casca preta do inhame.
15 dias após o plantio de túberas de inhame em substrato infestado
com 5000 ovos de S. bradys, realizou-se o tratamento do substrato
com manipueira (60%), extrato de nim (2%), torta de nim (150g/
vaso), ecolife® (6 i.a./L), nematicida (Furadan- 0,3mL/L) e
água (testemunha). As avaliações da densidade populacional do
nematóide no substrato dos vasos foram efetuadas em intervalos de
30 dias, durante seis meses, coletando-se as amostras de substrato
para extração e quantificação dos nematóides. O delineamento foi
inteiramente casualizado, com seis tratamentos e quatro repetições.
Todos os tratamentos diferiram da testemunha, destacando-se o
extrato de nim, a manipueira, o nematicida e a torta de nim que
apresentaram os melhores resultados, demonstrando um efeito
erradicante sobre S. bradys, com maior intensidade nos primeiros
30 dias, reduzindo no decorrer do desenvolvimento vegetativo do
inhame.
CAL-072
Uso de extrato de própolis e de Azadirachta indica, sobre
a inibição da germinação de uredosporos de Phakopsora
jatrophicola Cumm. Barbosa MMM, Kulczynski SM, Rossi RF,
Silva JC, Reis LL, Vieira GHC. Universidade Estadual de Mato
Grosso do Sul. E-mail: [email protected]. Use of extract
of propolis and Azadirachta indica, on the inhibition of germination
uredosporos of Phakopsora jatrophicola Cumm.
O fungo Phakopsora jatrophicola é um parasita obrigatório,
agente causal da ferrugem do pinhão-manso. O Conhecimento
sobre as formas de controle alternativo deste patógeno ainda se
encontra recente, havendo necessidade de estudos. Diante disto
o trabalho teve como objetivo avaliar a atividade fungitóxica de
diferentes concentrações de extratos de própolis e de nim como
medida alternativa para o controle Phakopsora jatrophicola.
Os tratamentos foram constituídos de: Folicur®, de extratos
de própolis (1,6% e 3,2%), extrato de folha de nim (4% e 8%),
extrato de semente de nim (4% e 2%) e testemunha (ágar+água).
O delineamento experimental foi em DIC, com 8 tratamentos e
3 repetições. Suspensões de uredosporos (10 µl) foram aplicadas
sobre blocos dos respectivos meios dispostos sobre lâminas de
microscopia e incubadas em BOD a 22ºC no escuro. As avaliações
foram feitas com 6, 12 e 24 horas de incubação, observando-se
o número de uredosporos germinados. A partir de 6 horas foi
observada a germinação de uredosporos, sendo os extratos de
própolis nas concentrações de 3,2% e 1,6% os que proporcionaram
melhor controle da germinação, seguidos dos extratos de folhas e
sementes de nim, nas concentrações de 8% e 4%, não diferindo do
padrão químico.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-073
Atividade in vitro de diferentes concentrações de extrato de
própolis, como inibidor da germinação de urediniósporos de
Phakopsora jatrophicola Cumm. Barbosa MMM, Kulczynski
SM, Rossi RF, Reis LL, Freitas LA, Vieira GHC. Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul. E-mail: manoel_agro@hotmail.
com. Activity in vitro of different concentrations of extract of
propolis, as inhibitor germination of uredosporos of Phakopsora
jatrophicola Cumm.
Produtos naturais como extrato de própolis são cada vez mais
utilizados para o controle de doenças de plantas. Este trabalho
objetivou avaliar a utilização de extrato de própolis como medida
alternativa para o controle de Phakopsora jatrophicola, agente
causal da ferrugem do pinhão-manso, in vitro. Os tratamentos
utilizados foram Cercobin®, Folicur® e diferentes concentrações
de extratos de própolis (2%, 4%, 8% e 16%), e como testemunha
o BDA. O delineamento estatístico utilizado foi em DIC, com 7
tratamentos e 3 repetições. Os urediniósporos de P. jatrophicola
foram transferidas de folhas contaminadas de pinhão-manso, com
auxilio de um pincel, para blocos de meios sobre lâminas e incubados
a temperatura de 22ºC, no escuro. As avaliações foram realizadas
após 6, 12 e 24 horas, observando-se o número de urediniósporos
germinados. O melhor tratamento foi o extrato de própolis (16%),
o qual proporcionou menor germinação de urediniósporos, não
diferindo dos tratamentos químicos.
CAL-074
Efeito do nitrogênio e do potássio na severidade da antracnose
foliar (Colletotrichum graminicola) em duas cultivares de
milho. Carvalho DO, Pozza EA, Casela CR, Costa RV. Embrapa
Milho e Sorgo, Sete Lagoas-MG, Brasil. E-mail:
��������������������
diego@cnpms.
embrapa.br. Effect of nitrogen and potassium on the severity of
anthracnose (Colletotrichum graminicola) in two maize cultivars.
A influência das doses de N (75; 150; 300; 600 e 1200 mg.dm-3) e
de K (62,5; 125; 250; 500 e 1000 mg.dm-3) na severidade (SEV)
da antracnose foliar foi avaliada em casa de vegetação, em duas
cultivares de milho, DAS 2B710 (moderadamente resistente) e
BRS 1010 (suscetível). As doses de N e de K foram parceladas
em 4 vezes, de 10 em 10 dias a partir da semeadura (DAS). Aos 21
DAS, pulverizou-se as plantas com suspensão de inóculo. Realizouse câmara úmida e escura por 3 dias consecutivos. Utilizando uma
escala de notas, avaliou-se a severidade da doença aos 11 dias após
a inoculação, quando o progresso da doença já havia estabilizado.
As notas de SEV foram transformadas em porcentagem de área
foliar lesionada pela doença (AFL%). A interação entre as doses
de N e de K influenciou a AFL em ambos os materiais; no entanto,
observaram-se alterações significativas no progresso da doença
apenas na cultivar DAS 2B710. A menor AFL ocorreu nas doses de
75 mg.dm-3 de N e 1000 mg.dm-3 de K. Foi obtida média de 32,24%
para AFL na cultivar DAS 2B710, e 54,44% na cultivar suscetível.
Em média, a AFL na cultivar moderadamente resistente foi 41%
menor que na cultivar suscetível.
S 119
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-075
Efeito do nitrogênio e do potássio no período de incubação e
no período latente de Colletotrichum graminicola em duas
cultivares de milho. Carvalho DO, Pozza EA, Casela CR, Costa
R V. Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas-MG, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Effect of nitrogen and potassium on
incubation and latent periods of Colletotrichum graminicola in two
maize cultivars.
O efeito de 5 doses de N (75; 150; 300; 600 e 1200 mg.dm3
) e de K (62,5; 125; 250, 500 e 1000 mg.dm-3), no período de
incubação (PI) e no período latente (PL) de C. graminicola, foi
estudado em casa de vegetação, em duas cultivares de milho, DAS
2B710 (moderadamente resistente à antracnose foliar) e BRS 1010
(suscetível). O fornecimento das doses de N e de K foi parcelado em
4 vezes, com intervalos de 10 dias a partir da semeadura (DAS). Aos
21 DAS, as plantas foram pulverizadas com suspensão de inóculo
até o ponto de escorrimento. Para propiciar condições favoráveis,
realizou-se câmara úmida e escura por 16 horas durante a noite,
por 3 dias consecutivos. No 4º dia após a inoculação, iniciaramse as avaliações para a estimativa do período de incubação (PI)
e do período latente (PL) do patógeno. Não houve influência da
adubação com N e K no PI para ambas as cultivares e no PL para
a cultivar BRS 1010. O incremento das doses de K aumentou
de 9 para 11,5 dias ou 21,7% o PL do patógeno na cultivar DAS
2B710.
CAL-076
Atividade de macerados de Cymbopogon nardus e Ruta
graveolens no crescimento micelial de Alternaria solani. Santana
SM, Dias-Arieira CR, Arieira JO, Morita DAS. UEM-Umuarama,
Umuarama, PR. [email protected]. Activity of
Cymbopogon nardus and Ruta graveolens in the mycelial growth
of Alternaria solani.
O trabalho teve como objetivo avaliar, in vitro, a atividade de
citronela (Cymbopogon nardus) e de arruda (Ruta graveolens)
sobre o crescimento micelial de Alternaria solani. Para realização
do experimento, utilizou-se macerado de folhas frescas de
citronela, arruda e citronela+arruda, nas concentrações de 5, 10 e
15%. Os respectivos macerados foram adicionados ao meio BDA e
autoclavado; BDA puro foi utilizado como controle. Posteriormente
o meio foi vertido em placas de Petri com 9 cm de diâmetro e
recebeu um disco de micélio com 0,8 cm, do fungo previamente
isolado em cultura pura. As placas foram incubadas em BOD a 27
ºC e o diâmetro médio das colônias determinado a cada três dias,
até que o controle tomasse toda a placa. Cada tratamento constou de
quatro repetições e as médias foram comparadas pelo teste Tukey
5%. Com exceção do macerado de citronela na concentração de 5%
e da combinação citronela+arruda nas concentrações de 5 e 10%,
todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha. A
menor média de crescimento micelial foi obtida quando se utilizou
o macerado de arruda na concentração de 15%.
S 120
CAL-077
Controle alternativo de oídio em pimenta malagueta na Zona da
Mata de Minas Gerais. Pinto CMF, Silva RCC. Epamig-CTZM,
Viçosa, MG. E-mail: [email protected]. Alternative
control of powdery mildew on red pepper in Zona da Mata, Minas
Gerais state, Brazil.
Entre as doenças que causam perdas significativas na produção
de pimenta, destaca-se o oídio, especialmente em cultivos
protegidos. Há carência de produtos registrados para pimenta e
por isso, realizou-se esse ensaio, em casa-de-vegetação (nov./2006
a jul./2007), visando avaliar a eficiência de produtos alternativos
na redução da taxa de progresso de oídio em pimenta malagueta.
Utilizou-se o DBC com três repetições em parcela experimental de
quatro vasos. Plantas infectadas, nas fileiras do experimento, foram
fontes de inóculo. Os tratamentos foram: Calda Viçosa (1,5%);
Calda Bordalesa (1,5%); Calda Sulfocálcica (1,0%); Bicarbonato
de Sódio (0,2 M); Óleo de nim 5%; Leite crú (10%); Cercobin
e; Água (Testemunha). As pulverizações ocorreram na semana
anterior às quantificações da severidade de oidio. A severidade foi
avaliada em cada terço da planta, em 9/3, 23/3, 13/4, 27/4, 11/5,
25/5, 12/6, 22/6 e 16/7, por dois avaliadores. Na quantificação do
avaliador 1, à exceção da Calda Sulfocálcica e Leite, os demais
tratamentos foram eficientes na redução da taxa de oídio. Na
quantificação do avaliador 2, apenas o Leite não foi eficiente na
redução da taxa da doença, apesar de não diferir significativamente
dos demais tratamentos. Ao baixo peso, de frutos foi atribuída a
menor produção das plantas tratadas com bicarbonato de sódio,
produção semelhante à apresentada pela testemunha. Apoio
Financeiro: FAPEMIG.
CAL-078
Indução de resistência em mudas de cacaueiro contra
Moniliophthora perniciosa por produto à base de
mananoligossacarídeo fosforilado. Costa JCB1, Resende MLV2,
Ribeiro Júnior PM2, Camilo FR2, Monteiro ACA2, Pereira RB2.
1
CEPLAC, Ilhéus, BA; 2DFP/ UFLA, Lavras, MG, Brasil. ��
Email: [email protected]. Resistance induction of cacao
seedlings against Moniliophthora perniciosa by a phosphorilated
mannanoligosacharide based product.
Investigou-se o efeito de um produto à base de mananoligossacarídeo
fosforilado (Agro-Mos®) sobre a proteção de mudas de cacaueiro
contra Moniliophthora perniciosa, bem como a sua toxicidade
direta sobre o patógeno e caracterizou-se alguns mecanismos
bioquímicos de defesa da planta. Verificou-se que o Agro-Mos®
conferiu maior proteção às mudas de cacaueiro contra a VB, em
relação ao acibenzolar-S-metil (ASM). O crescimento micelial
de M. perniciosa foi completamente inibido in vitro pelo AgroMos® e o Recop® (oxicloreto de cobre), nos intervalos de 3,6 a 7,0
mL L-1 de solução e 0,1 a 0,2 g L-1, respectivamente. Em plantas
tratadas com ASM, Agro-Mos® e Agro-Mos® Experimental (sem
Cu++ e Zn++), observou-se aumento da atividade de quitinases, β1,3-glucanases, peroxidases de guaiacol e oxidases de polifenóis,
sem alteração do conteúdo de lignina solúvel e fenóis solúveis. A
redução da incidência da doença, aliada ao efeito tóxico in vitro e
à ativação de algumas enzimas relacionadas às respostas de defesa
da planta, sugere que o Agro-Mos® possui efeito de proteção e
indução de resistência contra VB em mudas de cacaueiro. Apoio
Financeiro: CEPLAC, UFLA e CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-079
Controle do agente causal da antracnose do mamoeiro pela
fumigação de óleos essenciais. Gomes LIS¹, Alves E¹, Santana
EN², Castro HA¹. ¹Departamento de Fitopatologia, UFLA, LavrasMG.²Incaper, Linhares-ES. �������������������������������
E-mail: [email protected].
br. Control of the causal agent of anthracnose from papaya using
fumigation with essential oils.
O objetivo neste trabalho foi avaliar o efeito in vitro da fumigação de
óleos essenciais de 5 plantas medicinais (Lavandula officinalis, Lippia
alba, Ocimum selloi, Origanum vulgare e Zingiber officinale) sobre
o crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides, agente
causal da antracnose do mamoeiro. Discos de 0,5 cm de diâmetro
da colônia do fungo foram colocados no centro de placas de Petri
contendo o meio de batata, dextrose e ágar (BDA). Alíquotas de 0;
0,25; 0,5; 1,0; e 2,5 µL dos óleos essenciais foram aplicadas em papel
filtro, o qual foi fixado na tampa da placa de Petri. Após 2, 4, 6 e 8 dias
de incubação foi medido o diâmetro da colônia, e posteriormente, foi
quantificada a percentagem de inibição do crescimento micelial em
relação à testemunha. O delineamento experimental foi inteiramente
casualizado, com 4 repetições. Os óleos essenciais de gengibre (Zingiber
officinale), alfazema (Lavandula officinalis), atroveram (Ocimum
selloi), orégano (Origanum vulgare) e erva-cidreira (Lippia alba)
inibiram o crescimento micelial nas proporções de 25%, 29%, 42%, e
85%, respectivamente, na maior concentração a qual proporcionou os
melhores resultados. Testes com os óleos essenciais mais promissores
estão sendo realizados visando o controle da antracnose em frutos de
mamão pelo método de fumigação. Financiamento: CAPES.
CAL-080
Inibição da germinação carpogênica de Sclerotinia sclerotiorum
em solos sob Integração Lavoura-Pecuária com Brachiaria
brizantha. Brandão RS1, Lobo Jr. M2, Prado TS1, 1Universidade
Federal de Lavras, UFLA, Lavras, MG. 2Embrapa Arroz e Feijão, S.
Antônio de Goiás, GO. �������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Inhibition
of the carpogenic germination of Sclerotinia sclerotiorum on croplivestock systems with Brachiaria brizantha.
Rotações de cultura envolvendo Brachiaria spp. têm sido utilizadas
para o controle de patógenos habitantes do solo, em sistemas de
integração lavoura-pecuária. Seus benefícios envolvem o incremento
de populações de saprófitas e a re-estruturação do solo. Possivelmente,
pode haver inibição à germinação carpogênica de escleródios de
Sclerotinia sclerotiorum, sem que estes sejam parasitados. Desta
forma, o objetivo deste trabalho foi verificar o desenvolvimento de
apotécios em solo com rotação de culturas anuais (arroz ou soja no verão,
feijão no inverno) por até dois anos, seguidos de B. brizantha, cultivada
por até três anos. O estudo foi realizado na Embrapa Arroz e Feijão (S.
Antônio de Goiás, GO). Em fevereiro de 2008 foram obtidas amostras de
solo compostas da camada 0-10 cm, em seis rotações de culturas, além de
pastagem degradada e vegetação nativa, anexas ao experimento. Em cada
tratamento foram obtidas três amostras distintas. Em laboratório, foram
distribuídos 25 escleródios viáveis sobre 250g de solo de cada repetição em
caixas gerbox (11 cm x 11 cm x 3,5 cm). As caixas com solo em capacidade
de campo e escleródios foram incubadas a 20° C, com fotoperíodo de
12 horas luz / escuro, por 40 dias. Ocorreu um alto desenvolvimento de
apotécios nas áreas onde havia o cultivo de soja (76%) e arroz (86,67%).
Sob vegetação nativa em apenas 8% dos escleródios desenvolveram
apotécios, e 46,67% em pastagem degradada. Em áreas com um, dois e
três anos de cultivo com B. brizantha germinaram, respectivamente, 96%,
66,27% e 22,67% de escleródios.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-081
Relação de indicadores biológicos de qualidade de solos com
Fusarium spp., Rhizoctonia solani e Trichoderma spp. em uma
área sob integração lavoura-pecuária. Brandão RS1, Lobo Jr.
M2, Prado TS1. 1Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras,
MG. 2Embrapa Arroz e Feijão, S. Antônio de Goiás, GO. E-mail:
��������
[email protected]. Relationship between biological indicators
of soil quality and Fusarium spp., Rhizoctonia solani and Trichoderma
spp. in a crop-livestock system.
A sustentabilidade de agroecossistemas tem sido avaliada por meio
de diversas variáveis físicas, químicas e biológicas, utilizadas como
“indicadores da qualidade do solo”. Para verificar a relação de populações
dos patógenos Fusarium solani, Rhizoctonia solani, dos antagonistas
Trichoderma spp. e de formas saprófitas de F. oxysporum, com
indicadores biológicos de qualidade do solo, foi realizado um estudo na
Embrapa Arroz e Feijão ( Santo Antônio de Goiás, GO), em área sob
Integração Lavoura-Pecuária. Amostras de solo compostas, da camada
0-10 cm foram obtidas na safra 2007-2008 em seis rotações de culturas
envolvendo arroz, milho + Brachiaria brizantha, B. brizantha solteira e
soja, além de pastagem degrada e de vegetação nativa. Posteriormente,
avaliaram-se as populações de microrganismos a partir de diluições
seriadas e plaqueamento em meios de cultura semi-seletivos; C e N da
biomassa microbiana pelo método de fumigação-extração; e a atividade
microbiana de acordo com a hidrólise do diacetato de fluoresceína. De
acordo com o coeficiente de Pearson, foram verificadas correlações entre
C e N da biomassa microbiana e F. solani (respectivamente, ρ=-0,53 e
-0,80), F. oxysporum (ρ=0,56 e ρ=-0,84) e R. solani (ρ=0,54 e ρ=0,21).
As populações de F. solani, F. oxysporum e R. solani também foram
correlacionadas à atividade microbiana, respectivamente com ρ=-0,64,
ρ=0,61 e ρ=0,28. Trichoderma spp. foi correlacionado somente ao N da
biomassa microbiana (ρ=-0,33).
CAL-082
Avaliação do metabolismo de Fusarium oxysporum f. sp.
cubense em solo com diferentes concentrações de torta de
pinhão manso. Lopes EP, Xavier AA, Pegoraro RF, Soares IP,
Ribeiro RCF, Mizobutsi EH, Amorim IJF, Aguiar FM. Depto.
Ciências Agrárias, UNIMONTES, Janaúba, MG, Brasil. E-mail:
[email protected]. Evaluation of Fusarium oxysporum f. sp.
cubense metabolism in soil with different concentrations of pinhão
manso cake.
O subproduto do pinhão manso (Jatropha curcas) poderá ser utilizado
na agricultura. Porém, os efeitos deste substrato sobre a microbiota
patogênica no solo não são conhecidos. Assim, avaliou-se o metabolismo
de F. oxysporum f. sp. cubense (FOC) na presença da torta de pinhão
manso (PM) por respirometria. Em vidro hermeticamente fechado de 1,3
litros adicionou-se 50g de solo fumigado + 0,5%; 1%; 2%; 2,5% e 5% de
PM. A seguir, ajustou-se a capacidade de campo para 60% com suspensão
de 10³ conídios/mL de FOC. Como testemunhas utilizou-se solo natural
e solo fumigado com e sem FOC. Em cada recipiente adicionou-se um
copo plástico com 30 mL de água e outro com 30mL de NaOH 0,5mol/L.
As amostra foram fechadas e, após 48 h e em intervalos de 72 h até 26
dias estimou-se o C02 evoluído. Para isso, adicionou-se 10 mL de BaCl2
0,05 mol a 10 mL de NaOH + 3 gotas de fenolfitaleína 1% e titulou-se
com HCl 0,25 mol. Os dados foram transformados em meq de CO2/100g
de solo. Utilizou-se DIC em esquema fatorial 2x5x3 + 2 testemunhas.
Os tratamentos constaram das 5 concentrações com e sem FOC e 3
repetições. Nas concentrações acima de 0,5% houve uma redução de 50%
da atividade respiratória de FOC quando comparado ao tratamento solo
fumigado +FOC. Apoio: FAPEMIG.
S 121
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-083
Estudo histopatológico de Cercospora coffeicola em folhas
de cafeeiros tratados com óleos essenciais. Pereira RB, Lucas
GC, Perina FJ, Alves E. Departamento de Fitopatologia, UFLA,
Lavras, MG, Brasil. �������������������������������������������
E-mail: [email protected].
Histopathologic study of Cercospora coffeicola on coffee leaves
treated with essential oils.
CAL-085
Manejo alternativo de oídio (Sphaerotheca fuliginea) em
abóbora de moita cultivada no norte de Minas Gerais. Sales
NLP, Xavier CCO, Dourado ER, Costa CA, Rocha JMJ. �����������
Univ. Fed.
Minas Gerais, Montes Claros, MG. E-mail: [email protected].
br. Alternative management of powdery mildew in pumpkin cv.
Caserta grown in the northern Minas Gerais state, Brazil.
O objetivo deste trabalho foi observar o efeito dos óleos essenciais
de canela, citronela (0,1%) e testemunha sobre os eventos de prépenetração, penetração e colonização Cercospora coffeicola, em
folhas de cafeeiro das cultivares Mundo Novo, Catuaí e Catucaí,
por meio da microscopia eletrônica de varredura. Plantas foram
pulverizadas com os óleos e, após 24hs tiveram o seu terceiro par de
folhas coletados e, acomodados em bandejas desinfetadas, onde no
fundo colocou-se uma lâmina de espuma sintética e papel germitest
umedecido. A inoculação foi realizada pela deposição de 25μL
de suspensão de 1,0 x 104 conidios.mL-1 sobre a face abaxial das
folhas. As bandejas foram mantidas a 24ºC e fotoperíodo de 24hs.
As coletas foram realizadas às 4, 8, 16, 48, 120, 172 e 240h após
inoculação (HAI). O preparo e observações das amostras foram
realizados conforme metodologia do Laboratório de Microscopia e
Análise Ultra-estrutural (LME) da Ufla. Nas observações realizadas
4 e 8 HAI, os óleos de canela e citronela promoverem reduções na
germinação de conídios, independentemente das cultivares. Nos
demais tempos, observou-se que os conídios que conseguiram
germinar apresentavam-se tão desenvolvidos quanto os da
testemunha, indicando que os óleos exercem efeito na germinação
dos conídios e não no desenvolvimento do tubo germinativo. Apoio
Financeiro: FAPEMIG.
Buscou-se com este estudo determinar a eficiência de métodos
alternativos de controle do oídio (Sphaerotheca fuliginea) uma
das principais doenças da abóbora de moita (Cucurbita pepo) na
região norte de Minas Gerais. Avaliou-se em condições de casa de
vegetação, a eficácia do leite cru de vaca, vinagre de vinho tinto
e urina de vaca no controle do oídio na cultivar caserta. Utilizouse o delineamento em blocos casualizados com cinco tratamentos:
leite cru de vaca (10%); vinagre de vinho tinto (30%), urina de
vaca (30%); fenarimol (200µl/l) e a testemunha (água destilada
esterilizada). Iniciaram-se as pulverizações, quando observada
a distribuição uniforme do fungo na face abaxial das folhas,
em todas as plantas. Os tratamentos foram realizados a cada 7
dias, totalizando-se 4 aplicações. Foram feitas 4 avaliações:
uma antes da aplicação para quantificar a severidade da doença e
outras após 14, 21 e 28 dias da pulverização. Concluiu-se que os
tratamentos alternativos foram tão eficientes quanto o fungicida,
porém, recomenda-se que a preferência seja dada aos primeiros,
pois têm o custo reduzido, elimina-se o impacto ambiental do uso
de agroquímicos e devido a simplicidade no manejo e aplicação,
características ideais para os agricultores familiares da região.
CAL-084
Óleos essenciais sobre o crescimento micelial de Colletotrichum
gloeosporioides de goiaba. Rozwalka LC, Alves E, Camargos RB.
Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. ��
Email: [email protected]. Essential oils on the mycelial
growth of Colletotrichum gloeosporioides from guava fruit.
O objetivo do trabalho foi avaliar a ação de óleos essenciais sobre
o crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides, isolado
de goiaba. A�����������������
líquotas de 6,67�
����� µL de óleos foram pipetadas������
���������������
�����
em 3
pontos eqüidistantes��������������������������������������������
sobre papel de filtro em
���������������������
torno de um disco
de micélio��������������������������������������������������
colocado no centro
�������������������������������������
de ���������������������������
placas de Petri (9 cm) com
BDA, mantidas a 24������������������������������������������
ºC e fotoperíodo de 12 horas. No 6º dia,
observou-se inibição total do crescimento micelial ��������������
devido à ação
fungitóxica dos compostos voláteis dos óleos de tomilho (Thymus
vulgaris) e erva-doce (Pimpinella anisum) e inibição parcial na�
presença ���������������
de manjericão (Ocimum ���������
basilicum) (42%), capim-limão
(Cymbopogon citratus) (33%), alecrim (Rosmarinus officinalis)
(32%), melaleuca (Melaleuca alternifolia) (32%), alfazema
(Lavandula officinalis) (31%), palmarosa (Cymbopogon martinii)
(28%), gengibre (Zingiber officinale) (21%), camomila (Matricaria
recutita), (21%), eucalipto (Eucalyptus globulus e E. citriodora)
(14 e 26%), laranja doce e limão siciliano (Citrus sinensis e C.
limon) (12 e 13%). Ação fungitóxica e fungistática foi observada
em 50% das placas de atroveran (Ocimum selloi), 25% de cravo-daÍndia (Eugenia caryophyllata), 75% de menta (Mentha arvensis) e
orégano (Origanum vulgare), e nas demais inibição de 86, 80, 92
e 96%, respectivamente. Halos de inibição formaram-se quando
ocorreu o contato do patógeno com compostos fixos de alfazema e
camomila. Apoio Financeiro: CNPq.
S 122
CAL-086
Efeito de óleos essenciais sobre o crescimento micelial de
Colletotrichum gloeosporioides isolado do maracujá. Souza
Júnior IT, Sales NLP, Martins ER, Aquino CF. Universidade
Federal de Minas Gerais, UFMG, Montes Claros, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Effect of essential oils of Colletotrichum
gloeosporioides micelial growth isolated of fruit passion.
Foi avaliada a atividade fungitóxica das concentrações mínimas
(0; 1,0; 3,0; 5,0 e 10,0 µL/mL) de óleo essencial das plantas
alecrim-pimenta (Lippia sidoides), alfavaca-cravo (Ocimum
gratissimum), capim santo (Cymbopogon citratus), cidrão (Lippia
citriodora) e goiaba vermelha (Psidium guayava var. pomifera)
sobre o crescimento micelial do C. gloeosporioides isolado do
maracujá amarelo. Nas placas de Petri foi adicionado o meio BDA
juntamente com as concentrações dos óleos vegetais de cada planta.
Em seguida cada placa foi inoculada no centro, com um disco
de micélio de 5 mm de diâmetro. As placas foram incubadas em
BOD, a 25°C sob fotoperíodo de 12 horas. A avaliação foi realizada
através de medições diárias do diâmetro da colônia nos dois eixos
ortogonais, até o 14° dia após a inoculação. Nos tratamentos com
alecrim-pimenta, alfavaca-cravo, capim-santo e cidrão, todas as
concentrações reduziram em 100% o crescimento micelial. O óleo
de goiaba vermelha variou no controle sendo que as concentrações
de 1,0; 3,0; 5,0 e 10,0 µL/mL controlaram o crescimento micelial
em 44%, 50%, 67% e 69 %, respectivamente se comparando
com a testemunha. Os resultados confirmam que as concentrações
mínimas dos óleos essenciais testadas inibem o crescimento
micelial do C. gloeosporioides. Apoio financeiro: FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-087
Efeito de óleos essenciais na germinação de esporos de Fusarium
oxysporum f. sp. tracheiphilum. Carnaúba JP, Melo AP, Silva
ADF, Santana AAD, Laranjeira D. Fitossanidade, UFRPE, Recife,
PE. ���������������������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Effect of essential oils in the
spores germination of F. oxysporum f. sp. tracheiphilum.
A murcha-de-fusário, causada por F. oxysporum f. sp. tracheiphilum/
FOT, é uma das principais doenças do caupi no NE brasileiro. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de três óleos essenciais
em diferentes concentrações sobre a germinação de esporos do
patógeno. Foram utilizados os óleos de pimenta-de-macaco (0;
200; 500 e 750ppm), erva-doce (0; 0,25; 0,50; 1,0%) e citronela
(0; 0,25; 0,50; 1,0%). O ensaio foi realizado adicionando-se os
óleos em suas respectivas concentrações em meio BDA fundente.
Após verter as placas, alíquotas da suspensão de FOT (106) foram
adicionadas em pontos eqüidistantes. O delineamento experimental
foi inteiramente ao acaso com 5 repetições. Após 12 h de incubação,
a avaliação foi realizada por meio da observação de 100 esporos/
repetição, com auxílio de microscópio óptico, sendo quantificada
a % de esporos germinados. Os dados de % de germinação foram
submetidos à análise de regressão e ajustados ao modelo quadrático.
Os resultados mostraram que a porcentagem de germinação de
esporos reduziu significativamente (teste F/ P=0,05) à medida
que aumentou as doses do óleo de pimenta-de-macaco. Por outro
lado, os demais óleos não apresentaram diferenças estatísticas com
relação às doses utilizadas, sendo que a porcentagem de germinação
foi próxima de zero. Apoio financeiro: CNPq.
CAL-088
Efeito do sistema de plantio e de rotações de culturas sobre
populações de Fusarium spp., Rhizoctonia solani e Trichoderma
spp. em cultivo orgânico de feijoeiro comum. Prado TS1, Lobo Jr
M2, Brandão RS1, Ferreira EPB2 1-Universidade Federal de Lavras,
UFLA, Lavras, MG. 2-Embrapa Arroz e Feijão, St Antônio de Goiás,
GO. �����������������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Effect of tillage and crop
rotations on Fusarium spp., Rhizoctonia solani and Trichoderma
spp. populations on common bean organic crops.
Nos sistemas de produção orgânica há dificuldades para o controle
de doenças, havendo demandas específicas para este ambiente.
Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de
sistemas de plantio e de rotações com espécies utilizadas para
adubação verde em rotação sobre Fusarium solani, F. oxysporum,
Rhizoctonia solani e Trichoderma spp. em cultivos de feijoeiro
comum (Phaseolus vulgaris L.). A cultivar BRS Marfin foi
cultivada na safra das águas de 2007/2008, após plantios de sorgo,
mucuna-preta, guandú, Crotalaria juncea ou pousio, sob plantio
direto e convencional. O estudo foi realizado na Embrapa Arroz
e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO), em uma área onde os
tratamentos descritos foram conduzidos desde 2004. Em fevereiro
de 2008 foram obtidas amostras de solo compostas da camada 0-10
cm, durante o florescimento da cultura. Em laboratório, suspensões
de solo foram diluídas em série e posteriormente plaqueadas nos
meios de Komada, Ágar-Água, de Martin e de Nash & Snyder.
Após identificação e contagem de colônias, análise de variância e
separação de médias pelo teste de Scott-Knott (5%), verificou-se que
as maiores populações de F. oxysporum e menores de Trichoderma
spp. foram encontradas em plantio direto. Nos plantios de feijoeiro
comum após sorgo ou mucuna-preta produziram maiores densidades
de F. oxysporum. Os sistemas de plantio e as rotações não diferiram
entre si quanto às populações de F. solani e R. solani.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-089
Extratos de plantas medicinais e aromáticas na inibição do
crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides de
frutos de goiaba. Pierre RO, Rozwalka LC, Braga AS, Abreu
MS, Alves E. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras,
MG, Brasil. E-mail:
�����������������������������������������������
[email protected]. Extracts of
medicinal and aromatic plants in the inhibition of micelial growth
of Colletotrichum gloeosporioides from guava fruit.
Objetivou-se nesse trabalho avaliar o efeito dos extratos de alecrim
(Rosmarinus officinalis), alfavaca (Ocimum basilicum), cravoda-Índia (Syzygium aromaticum), gengibre (Zingiber officinale),
orégano �(Origanum vulgare)����������������
, quebra-pedra (Phyllanthus sp.),
erva-cidreira (Lippia alba), capim-limão (Cymbopogon citratus)
e tomilho (Thymus vulgaris) sobre o ������������������������
crescimento micelial de C.
gloeosporioides de frutos de goiabeira, in vitro. Os extratos a 10%
foram obtidos pela maceração das folhas em água destilada. Em
seguida foram adicionados em meio BDA, autoclavados, filtrados
e vertidos em placas de Petri. Após a solidificação do meio, os
isolados foram repicados e incubados a 23 ± 2°C. O delineamento
foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Os dados foram
submetidos ao teste de Tukey a 5% de significância. Avaliou-se
o crescimento micelial a cada 24 horas, durante 7 dias, medindose o diâmetro das colônias. O extrato de cravo-da-Índia inibiu em
100% o crescimento micelial de C. gloeosporioides. Observou-se
também, inibição parcial do crescimento micelial na presença dos
extratos de alecrim (52,52%), gengibre (45,14%), alfavaca (36,
33%), orégano (30,93%), quebra-pedra (27,88%), erva-cidreira
(21,40%), capim limão (18,70%) e tomilho (12,77%). Apoio
Financeiro:FAPEMIG, CNPq.
CAL-090
Efeito de diferentes soluções homeopáticas dos óleos essenciais
de Eucalyptus citriodora, Cymbopogon citratus e Cymbopogon
martini na indução de fitoalexinas em soja. Coqueiro DSO1;
Mesquini RM2; Schwan-Estrada KRF2; Bonato CM2. 1 Universidade
Federal de Santa Catarina, SC, 2Universidade Estadual de Maringá,
PR. Email:[email protected].
��������������������������� Effect of different homeopathic
solution of essencial oils on induction of phytoalexins in soybean.
As preparações homeopáticas são oriundas de produtos de diversas
origens que servem de base para as sucessivas dinamizações. O
objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de óleos essenciais
dinamizados na indução de fitoalexinas em cotilédones de soja.
Os cotilédones foram seccionados na superfície inferior e sobre
o corte foram depositadas alíquotas de 75µl de cada preparado
homeopático, posteriormente foram transferidos para placas
de Petri contendo papel de filtro umedecido com água destilada
e incubados a 25 °C e escuro. Após 20h, os cotilédones foram
transferidos para tubos de ensaio contendo 15 mL de água destilada
e deixados em agitação por 1h para extração das fitoalexinas. A
absorbância foi determinada a 285 nm. O ensaio foi montado sob
delineamento inteiramente casualizado com treze tratamentos,
cujos fatores foram tipos de óleos (Eucalyptus citriodora,
Cymbopogon citratus e C. martini), dinamizações (6CH, 12CH,
24CH e 30CH) e testemunha (Álcool 70%), sendo três repetições/
tratamento (1 repetição = 1 placa contendo quatro cotilédones de
soja). Foi observada diferença significativa entre os tratamentos,
com maior produção de fitoalexinas no tratamento com preparado
homeopático de C. martini 30CH.
S 123
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-091
Atividade de peroxidases em folhas de soja tratadas com
soluções homeopáticas e inoculadas com Microsphaera diffusa.
Coqueiro DSO1; Mesquini RM2; Schwan-Estrada KRF2; BalbiPeña MI2; Bonato CM2. 1Universidade Federal de Santa Catarina,
SC; 2 Universidade Estadual de Maringá, PR. Email:rmesquini@
����������������
gmail.com. Peroxidases activity in soybean leaves treated with
homeophatic solution and inoculated with Microsphaera diffusa.
O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito da dinamização do
óleo essencial de Eucalyptus citriodora na indução de resistência
em soja contra Microsphaera diffusa pela avaliação da atividade
de peroxidases. Plantas com 20 dias de idade foram tratadas com:
dinamização (24CH) do óleo essencial de E. citriodora (DOE), óleo
essencial de E. citriodora (OE), controle [álcool 70% (A), utilizado
como veículo nas preparações homeopáticas] e um controle
absoluto [álcool 70% sem inoculação (A’)]. Após o tratamento,
as plantas foram inoculadas. As amostragens foram feitas antes
do tratamento (T0), 72 horas após o tratamento (T1) e 48 (T2) e
96 horas (T3) após a inoculação. A atividade de peroxidases foi
determinada por espectrofotometria e a absorbância lida a 470nm.
No T0 e T1, tanto a DOE quanto o OE apresentaram uma atividade
de peroxidases menor que A e A’. No T2, a DOE foi superior que
o OE, e ambos apresentaram maior atividade de peroxidases do
que o controle sem inoculação e controle inoculado. No T3, foi
observada uma atividade maior de peroxidases no tratamento com
o OE, sendo que o tratamento com a DOE foi menor que o OE , A
e A’. O aumento da atividade dessa enzima, com o uso de preparos
homeopáticos, indica a presença de moléculas que possam atuar na
indução de resistência em plantas de soja.
CAL-092
Inativação de Ralstonia solanacearum e Fusarium sp. por
tratamento térmico da água. Gomes PF, Freitas MA, Café
Filho AC, Uesugui CH, Campos ALT, Delgado GV. Depto
���������
de
Fitopatologia, UnB. E-mail: [email protected]. Inactivation
of Ralstonia solanacearum and Fusarium sp. by heat treatment of
water.
O objetivo deste trabalho foi determinar a temperatura e o tempo
de inativação de Fusarium sp. e Ralstonia solanacearum em água
contaminada artificialmente. Para Fusarium sp. foi preparada
suspensão aquosa de esporos na concentração de 1,38.106 esporos/ml
e tratadas nas temperaturas de 40, 45, 50, 55 e 60 0C, durante 40, 60, 80
e 100 minutos, em banho-maria. Após o tratamento, alíquotas de 50 µl
dessa suspensão tratada foram transferidas para placas com meio BSA,
em seguida, foram incubadas em câmara do tipo BOD (fotoperíodo =
12 horas e temperatura = 25 oC). Para R. solanacearum foram testados
os mesmos tratamentos em suspensão aquosa de células de 6,99.104
ufc/ml. Após o tratamento, alíquotas de 10µl foram transferidas para
placas com meio 523 (Kado), incubadas a 28°C. A porcentagem de
controle foi avaliada por meio da contagem diária de colônias até a
estabilização. Nos tratamentos de 40 e 45°C, (todos os tempos) não
houve controle de Fusarium sp., entre 50°C (todos os tempos) e 55°C
(40min.) o controle foi acima de 95% e entre 55°C (60, 80 e 100min) e
60°C (todos os tempos) foi de 100%. Para R. solanacearum não houve
controle a 40°C (todos os tempos) e 45°C (40min.), o controle foi
superior a 95% nos tratamentos de 45°C (60 e 80min.) e 55°C (60min.)
e para os tratamento de 45°C (100min.), 50°C (todos os tempos), 55°C
(40, 80 e 100min.) e 60°C (todos os tempos) o controle foi 100%.
Apoio financeiro: UnB e Capes.
S 124
CAL-093
Silício como potencializador da atividade de enzimas de defesa à
ferrugem em plantas de café. Carré-Missio V, Pereira SC, Rezende
DC, Moreira WR, Schurt DA, Rodrigues FÁ. ���������������������
Universidade Federal
de Viçosa, DFP. E-mail: [email protected]. Silicon as a potentiater
of the activity of enzymes related to the defense to rust in coffee
plants.
Os efeitos benéficos do silício (Si) são usualmente expressos sob
condições de estresse, auxiliando a planta de maneira a aliviar o
estresse por ela sofrido. Enzimas como as β-1,3-glucanases (GLU)
e as quitinases (QUI) que catalisam a hidrólise de componentes
da parede celular fúngica e as peroxidases (POD) importantes no
processo da lignificação, são mecanismos de defesa ativados pela
planta em resposta ao estresse. Este trabalho teve como objetivo
investigar a resposta de defesa de plantas de café supridas com
Si via solução nutritiva (0 e 2 mmol L-1), pela quantificação da
atividade das enzimas GLU, QUI e POD. A solução utilizada foi
a de Clarck (1975) modificada. Mudas com três pares de folhas
completos foram inoculadas com uma suspensão de 1 mg de
uredósporos de Hemileia vastatrix mL-1. Em seguida, transferidas
para câmara úmida (UR > 95%, 23-25ºC) e mantidas no escuro por
48 h. Em plantas supridas com Si, atividade de GLU foi superior
as plantas sem Si somente aos 30 dias após a inoculação. Já para
QUI, o pico com maior atividade em plantas com Si, ocorreu aos
20 dias após a inoculação. A POD apresentou valores de atividade
superiores em plantas com Si, nas etapas iniciais de infecção do
patógeno até a ocorrência dos primeiros sintomas da doença.
Apoio: FAPEMIG e CNPQ.
CAL-094
Efeito do silicato de potássio, via foliar, no processo infeccioso
de Phakopsora pachyrhizi em folhas de soja. Carré-Missio V,
Rezende DC, Menezes MF, Schurt DA, Rodrigues FÁ, Zambolim
L. Universidade Federal de Viçosa, DFP. E-mail:
���������������������
fabricio@ufv.
br. Effect of potassium silicate, on foliar application, in infection
process of Phakopsora pachyrhizi on leaves of soybean plants.
A ferrugem asiática da soja (P. pachyrhizi) possui alto potencial
de dano à sojicultura, constituindo-se uma das mais importantes
doenças da cultura. O objetivo deste trabalho foi observar o efeito
do silício (Si) no processo de patogênese de P. pachyrhizi em folhas
de plantas de soja. Plantas de soja foram pulverizadas com silicato
de potássio (SP) (FertiSil, INEOS Silicas Ltda) (40 g L-1). Plantas
pulverizadas com água destilada serviram como testemunhas (T).
Vinte quatro horas após a aplicação dos tratamentos, as plantas
foram inoculadas com uma suspensão de 1 x 105 uredósporos/mL
de P. pachyrhizi. Foram coletadas amostras das folhas, as quais
foram submetidas ao clareamento para observação no Microscópio
de Luz (ML) e preparação para Microscópio Eletrônico de
Varredura (MEV). Observações citológicas das folhas indicaram
que a intensidade da necrose nas células de cada sítio de infecção
foi menor com aplicação de SP em relação à T. No MEV, não foi
observada diferença na camada de cera epicuticular entre folhas de
plantas não inoculadas tratadas e não tratadas com Si. Foi visível
a perda de cerosidade próximo ao sítio de infecção em folhas sem
Si, e maior presença de pústulas completamente desenvolvidas em
relação às folhas tratadas com Si. Apoio: FAPEMIG e CNPQ.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-095
Efeito de produtos naturais sobre a qualidade sanitária de
sementes de sucupira (Bowdichia virgilioides). Coutinho OL,
Silva V, Nascimento LC, Araújo, E. Gomes, ECS. Programa de
Pós-Graduação em Agronomia, UFPB/CCA, Areia, PB, Brasil. ��
Email: [email protected]. Effect of natural products on
sanity quality of Bowdichia virgilioides seeds.
CAL-097
Potencialização pelo silício de algumas respostas bioquímicas
de defesa de cultivares de trigo à brusone. Xavier Filha MS,
Domiciano GP, Oliveira HV, Moreira WR, Rodrigues FÁ.
Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail:
[email protected]. Potentiation by silicon of some biochemical
defense responses of wheat cultivars to spot blotch.
O tratamento de sementes de espécies florestais permite a
introdução de uma espécie sadia, além do pleno desenvolvimento
da planta, garantindo funcionalidade no que se referem os aspectos
relacionados ao reflorestamento, por exemplo. O estudo de
microorganismos fitopatogênicos em sementes de espécies nativas
e a utilização de produtos naturais são de grande importância,
uma vez que, estudos sobre tratamento de sementes em espécies
florestais nativas são escassos. O presente trabalho teve como
objetivo verificar o efeito do óleo de erva-doce e citronela sobre
a incidência da microflora em sementes de sucupira. As sementes
foram imersas em soluções com diferentes concentrações dos
óleos (0, 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0%). Para efeito de comparação, as
sementes foram tratadas com o fungicida Mancozeb, na dosagem
recomendada pelo fabricante. As sementes foram incubadas à
temperatura ambiente em placas de Petri, contendo papel de filtro
esterilizado, durante oito dias. Observou-se uma baixa incidência
de fungos, incluindo os gêneros Rhizopus sp. e Aspergillus sp.,
nas sementes tratadas não havendo diferenças significativas em
relação às concentrações utilizadas para os dois óleos. O efeito dos
tratamentos naturais foi semelhante ao do fungicida.
Neste trabalho objetivou-se quantificar possíveis alterações na
concentração de compostos fenólicos solúveis totais (CFST) e de
derivados da lignina-ácido tioglicólico (DLATG) potencializadas
pelo silício (Si). O experimento foi montado em DIC num esquema
fatorial 2x2x2. Os fatores estudados foram: doses de Si (0 e 0,30 g/
kg solo), duas cultivares de trigo (Aliança e BH1146) e inoculação
ou não das plantas. As folhas foram coletadas às 0, 24, 48, 72 e
96 horas após a inoculação para determinação da concentração de
CFST e DLATG. Houve diferença significativa na concentração
de CFST nas folhas das plantas das duas cultivares inoculadas
em relação aos valores obtidos de plantas não inoculadas durante
o período amostrado. Na presença de Si, o decréscimo na
concentração de CFST em plantas supridas com o elemento foi
associado ao aumento na concentração de DLATG e decréscimo na
severidade da brusone. A variável CFST não explicou a resistência
das plantas das duas cultivares à brusone. Porém, a concentração de
DLATG foi maior em plantas inoculadas e supridas com Si, o que
pode explicar um aumento no nível de resistência das cultivares de
trigo à brusone. Apoio: CNPq.
CAL-096
Efeito do silício em alguns componentes de resistência do trigo
à brusone. Xavier Filha MS, Domiciano GP, Moreira WR, Oliveira
HV, Rodrigues FÁ. ��������������������������������������������
Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa,
MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of silicon on some
components of resistance of wheat to blast.
Neste trabalho objetivou-se avaliar o efeito do silício (Si) em
alguns componentes de resistência de plantas das cultivares de trigo
Aliança e BH1146 a brusone, causada por Magnaporthe grisea. As
plantas foram crescidas em vasos contendo 0 e 0,30 g Si/kg de solo
e inoculadas aos 45 dias após emergência com uma suspensão de
1,0x105 conídios/ml. Foram avaliados o período de incubação (PI),
o número médio de lesões (NML) por cm2 de área foliar, o tamanho
médio de lesão (TML) e a área abaixo da curva do progresso da
brusone (AACPB). A concentração foliar de Si aumentou em 142%
em plantas supridas com esse elemento em relação ao controle.
Além disso, a microanálise de raios-X revelou ocorrer uma maior
deposição de Si nas folhas das plantas de trigo da cultivar Aliança
suprida com Si. O PI foi prolongado em 15 h na presença de Si
possivelmente pelo impedimento físico à penetração do fungo
oriundo da deposição desse elemento na superfície foliar. Na
presença de Si, houve uma redução de 80% no NML, 54% no TML
e 29% na AACPB. Houve correlação positiva entre a concentração
foliar de Si com o PI (r = 0,70) e negativa com a AACPB , TML e o
NL (r = -0,30,-0,60, -0,56 respectivamente). Apoio: CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-098
Efeito do óleo comercial de Nim (Azadirachta indica) no
controle in vitro de fungos do algodoeiro. Chitarra GS, Gonzatti
C. UNIVAG – Centro Universitário de Várzea Grande, Várzea
Grande, MT, Brasil. [email protected].
������������������������������������������
The effect of
the commercial oil of neen (Azadirachta indica) in the control in
vitro of fungi cotton.
Devido à necessidade de métodos alternativos para o controle
de doenças em plantas, o óleo comercial de Nim foi testado
in vitro sobre o crescimento micelial da colônia, esporulação
e germinação dos esporos dos fungos Colletotrichum gossypii
var. cephalosporioides (Cgc), Mirothecium roridum e Fusarium
oxysporum f.sp. vasinfectum do algodoeiro. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos (0,
1, 2, 3, e 4% de óleo comercial de Nim) com três repetições, sendo
uma placa por repetição. As diferentes concentrações de óleo de
Nim 1%, 2%, 3%, e 4% foram diluídas em meio de cultura BDA
(Batata Dextrose Agar) contido em placas de Petri, e como controle,
placas contendo somente meio de cultura BDA Os resultados foram
submetidos a análise de variância e as médias ao teste de Tukey a
5% de probabilidade. O óleo de Nim, independente da concentração
utilizada, reduziu o crecimento micelial dos três fungos avaliados,
diferindo significativamente do controle. Os fungos avaliados
não apresentaram redução na produção de esporos nas diferentes
concentrações de óleo de Nim testadas. Os esporos do fungo
Fusarium oxysporum f.sp. vasinfectum apresentaram acentuada
redução na porcentagem de germinação, na concentração de 4% de
óleo de Nim, diferindo significativamente do controle e das demais
concentrações testadas.
S 125
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-099
A seca de ponteiros em cafeeiros pode estar relacionada com
a mancha manteigosa? Ogoshi C, Martins FG, Vieira FJ, Pierre
RO, Silva BM, Abreu MS. �������������������������������������
Departamento de Fitopatologia, UFLA,
Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Is there
relationship between dieback and blister spot in coffee plants?
Com o objetivo de avaliar a relação entre isolados de Colletotrichum
gloeosporioides e a seca de ponteiros em mudas de cafeeiro obtidas
por cultura de tecidos. Nesse sentido, foram realizadas inoculações
em folhas de mudas de cafeeiro previamente feridas e marcadas
com discos autocolantes. Nas folhas foram depositados 10 µL da
suspensão com 2x106 conídios mL-1 de 3 isolados, C. gloeosporioides
do café (haste) com sintomas de mancha manteigosa (I) e (ramos)
sem sintomas de mancha manteigosa (II) e C. gloeosporioides
da mangueira (III). As avaliações foram realizadas a cada cinco
dias iniciando-se aos sete dias após a inoculação durante 30 dias,
seguindo a escala de avaliação utilizada em testes de inoculação
de Colletotrichum spp. As áreas abaixo da curva de progresso da
incidência e severidade da doença (AACPISD) mostraram que
o isolado I obtido de cafeeiro e de manga (III) não apresentaram
sintomas da doença durante as avaliações. Entretanto, o isolado
II diferiu significativamente dos demais, mostrando aumento
constante da incidência e severidade da mancha manteigosa
durante as avaliações. Desta forma, pode-se concluir que a
cultivar é tolerante aos isolados I e III e susceptível ao isolado II,
confirmando haver uma estreita relação entre C. gloesporioides da
mancha manteigosa e o da seca de ponteiros. Apoio Financeiro:
CNPq, FAPEMIG.
CAL-101
Formulações à base de extratos vegetais, cobre e manganês, na
proteção de cafeeiro contra Cercospora coffeicola. Mac Leod
REO, Amaral DR, Resende MLV, Ribeiro Júnior PM, Camilo FR,
Pinheiro JB. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG,
Brasil. E-mail: [email protected]. Formulations based
on vegetal extracts, copper and manganese, for the protection of
coffee seedlings against Cercospora coffeicola.
No presente trabalho objetivou-se estudar o efeito de extratos
vegetais e a mistura dos mesmos com cobre e manganês na
severidade da cercosporiose e no desenvolvimento de mudas de
cafeeiro em quatro experimentos. Os extratos provenientes de
folhas de café infectadas com ferrugem (EFID) e cascas de frutos
de café (CFC) foram misturados com sulfato de cobre e com
sulfato e cloreto de manganês. Estes extratos e suas misturas,
além do indutor de resistência acibenzolar-S-metil (ASM), Viça
Café® e fosfito de cobre, foram aplicados, via foliar, sete dias
antes da inoculação de Cercospora coffeicola. Nos experimentos
1 e 2, utilizando formulações à base de extrato isoladamente e em
mistura com cobre, observou-se que os tratamentos com fosfito
de cobre, a mistura de EFID com cobre e EFID, isoladamente,
proporcionaram maior proteção contra a doença, aumento de folhas
e maior altura das mudas em relação à testemunha inoculada. Para
os experimentos 3 e 4 verificou-se que os tratamentos com fosfito
de cobre, a formulação EFID, a mistura de EFID com sulfato de
manganês (0,29 g/L) e EFID com cloreto de manganês (0,435 g/L)
proporcionaram maior proteção contra a doença, aumento de folhas
e maior altura das mudas em relação à testemunha inoculada. Apoio
Financeiro: CNPq, FAPEMIG.
CAL-100
Atividade antifúngica de extratos de plantas medicinais
sobre Colletotrichum musae de frutos de banana. Martins FG,
Ogoshi C, Vieira JF, Pierre RO, Abreu MS, Alves E, Peixoto APB.
Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail:
[email protected] Antifungal activity of plants medicinal
extracts against Colletotrichum musae from banana fruits.
CAL-102
Alternativas de produtos naturais no manejo da ferrugem
da soja em campo. Medice R, Alves E, Perina FJ, Arruda EC.
UNESP/FCA, Botucatu, SP. E-mail: [email protected].
Natural products on the integrated control of the soybean rust in
the field conditions.
Objetivou-se nesse trabalho avaliar o efeito dos extratos de cravoda-Índia (Syzygium aromaticum), gengibre (Zingiber officinale) e
canela (Cinnamomum zeylanicum) sobre
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o crescimento
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micelial
de C. musae de frutos de bananeira, in vitro. Os materias vegetais
foram incorporados em MEA onde foram juntamente autoclavados,
nas doses de 0 (ausência de extrato), 0,5%, 1,0% e 1,5%. Após a
autoclavagem o meio foi filtrado e distribuído em placas de Petri
com 9 cm de diâmetro. Após a solidificação do meio, um disco
de 0,5cm de diâmetro contendo micélio do fungo foi repicado
para o centro das placas e incubados a 23 ± 2°C. O delineamento
foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Os dados foram
submetidos ao teste de Tukey a 5% de significância. Avaliou-se o
crescimento micelial a cada 24 horas, durante 7 dias, medindo-se
o diâmetro das colônias. Foi possível observar que o extrato de
cravo-da-Índia, nas 3 concentrações estudadas, inibiu em 100%
o crescimento micelial de C. musae. Esse mesmo resultado foi
observado com o extrato de canela nas concentrações 1,0% e
1,5%. Observou-se ausência ou inibição parcial do crescimento
micelial na presença do extrato de canela a 0,5% e dos extratos de
gengibre em todas as concentrações estudadas. Apoio Financeiro:
FAPEMIG, CNPq.
A eficiência de óleos essenciais, extrato de alho e suspensão
de Bacillus subtilis no controle da ferrugem asiática da soja foi
avaliada em campo. Testou-se os óleos essenciais de eucalipto
citriodora 0,1%, citronela 0,5%, melaleuca 0,6%, nim 0,1% e
tomilho 0,3%; extrato de alho 20% e suspensão de B. subitilis (108
UFC/ml) em comparação com a testemunha e fungicida padrão
(). O delineamento experimental foi blocos ao acaso com três
repetições, utilizando a cultivar MG/BR 46. Três aplicações foram
realizadas, nos estádios V5, R2 e R4, com um pulverizador costal
pressurizado com CO2. As parcelas foram constituídas por quatro
linhas tendo como área útil as duas linhas centrais. As avaliações
da severidade da doença, quantificando a porcentagem de tecido
lesionado de acordo com escala diagramática, foram realizadas em
três épocas. Os tratamentos diferiram significativamente quanto à
severidade, apresentando comportamento diferente nas três épocas
avaliadas. Apenas o óleo de tomilho não diferiu da testemunha
no controle da doença. Os melhores tratamentos foram em ordem
decrescente: fungicida, nim, melaleuca, suspensão de B. subtilis,
alho, E. citriodora e citronela, todos diferindo da testemunha.
Os produtos avaliados apresentaram potencial para o manejo da
ferrugem asiática da soja em campo. Apoio Financeiro: CAPES
S 126
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-103
Extratos de plantas medicinais na inibição do crescimento
micelial de Pestalotiopsis sp. de frutos de goiaba. Carvalho EA,
Pierre RO, Rozwalka LC, Vieira JF, Braga AS, Abreu MS, Alves
E. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. ��
Email: [email protected]. Extracts of medicinal plants
in the inhibition of micelial growth of Pestalotiopsis sp. from
guava fruit.
CAL-105
Uso de cobertura morta com adubos verdes visando o manejo
de Sclerotinia sclerotiorum em sistema agroecológico. Ferraz
LCL1, Bergamin Filho A2, Ambrosano EJ3. 1,2 Dep. Entom., Fitop.
Zool. Agrícola, ESALQ/USP, Piracicaba, SP, 3APTA- Centro-sul,
Piracicaba, SP. 1e-mail: [email protected]. Crop mulch of
plant residue for the management of Sclerotinia sclerotiorum in
agroecologic systems.
Objetivou-se avaliar o efeito dos extratos de alecrim (Rosmarinus
officinalis), alfavaca (Ocimum basilicum), cravo-da-índia (Syzygium
aromaticum), gengibre (Zingiber officinale), orégano (�Origanum
vulgare)�����������������
, erva-cidreira (Lippia alba),����������
tomilho (Thymus vulgaris) ��e
capim-limão (Cymbopogon citratus) sobre
�����������������������������
o ���������������������
crescimento micelial
de Pestalotiopsis sp. de frutos de goiabeira in vitro. Os extratos a
10% foram obtidos pela maceração das folhas em água destilada.
Em seguida foram adicionados em meio BDA, autoclavados,
filtrados e vertidos em placas de Petri. Após a solidificação do meio,
os isolados foram repicados e incubados a 23 ± 2 °C. Adotou-se o
delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. As médias
foram comparadas pelo teste de Scott Knott a 5% de significância.
Avaliou-se o crescimento micelial a cada 24 horas, durante 7 dias,
medindo-se o diâmetro das colônias. O extrato de cravo-da-Índia
inibiu em 100% o crescimento micelial de Pestalotiopsis sp.
Observou-se também a inibição parcial do crescimento micelial
na presença dos extratos de gengibre (66,23%), alecrim (42,29%),
tomilho (39,34%), erva-cidreira (22,46%), alfavaca (13,77%) e
orégano (9,84%). O extrato de capim-limão apresentou ausência
de inibição não diferindo estatisticamente da testemunha. Apoio
Financeiro: CNPq, FAPEMIG.
Foi estudado o uso de adubos verdes como cobertura morta sobre
o solo visando o manejo de S. sclerotiorum plantas no sistema
agroecológico. Testaram-se os seguintes adubos verdes: A-1:
Crotalarea mucronata, A-2: C. spectabilis, A-3: C. paulinea, A-4:
C. ocroleica, A-5: C. juncea, A-6: Canavalia ensiformes (Feijãode-porco), A-7: Cajanus cajan (Feijão-guandu, favalarga), A-8:
C. cajan (anão), A-9: Mucuna aterrima (preta), A-10: M. cinereum
(cinza), A-11:M. pruriens (verde), A-12: Lab lab purpures (Lablab), A-13: Brachiaria brizantha cv. Xaraés, A-14: B. brizanha
cv. Marandu e A-15: B. decumbens. Os resultados indicaram
que os extratos estéreis dos resíduos de A-1, A-4, A-6, A-8 e A-9
reduziram ou inibiram a germinação miceliogênica (escleródios)
de S. sclerotiorum. Os adubos verdes A-6 e A-7, possivelmente
devido a presença de algum elemento gasoso, conferiram a
redução da germinação miceliogênica. Observou-se uma redução
da germinação carpogênica (apotécios formados) na presença de
adubos verdes testados da família Fabaceae, os quais foram mais
efetivos quando comparados às plantas da família Poaceae. Estes
resultados indicaram o potencial de controle de S. sclerotiorum
utilizando-se resíduos de adubos verdes sobre o solo. Projeto
financiado pelo CNPq.
CAL-104
Efeito do hidrolisado de peixe no controle de Fusarium em
crisântemo. Pinto ZV1, Bettiol W2. 1UNESP/FCA, Botucatu-SP;
2
Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna-SP, E-mail: bettiol@cnpma.
embrapa.br. Effect of fish hydrolyzed on the control of Fusarium
in chrysanthemum.
CAL-106
Uso de resíduos de plantas de biocombustível visando o manejo
de Sclerotinia sclerotiorum em sistema agroecológico. Ferraz
LCL1, Bergamin Filho A2, Ambrosano EJ3. 1,2 Dep. Entom., Fitop.
Zool. Agrícola, ESALQ/USP, Piracicaba, SP, 3APTA- Centrosul, Piracicaba, SP. 1e-mail: [email protected]. Biofuel
plant residue for the management of Sclerotinia sclerotiorum in
agroecologic systems.
Fusarium está limitando a produção de crisântemo no Brasil. Há
relatos do seu controle, em outras hospedeiras, com hidrolisado
de peixe (HP), um fertilizante orgânico obtido da fermentação de
resíduos de pescados. O trabalho teve por objetivo avaliar o efeito
do HP no controle de Fusarium em crisântemo cultivado em vasos
com 3 l de substrato à base de casca de pinus. Dois experimentos
foram conduzidos com as variedades Yellow Marino e Papirus
White em propriedade infestada em Holambra/SP. No primeiro
experimento o HP foi incorporado ao substrato nas concentrações
de 0, 10, 20, 30, 40 e 50 % do volume de água necessário para
atingir a capacidade de campo, via irrigação. No segundo, o HP
foi incorporado nas mesmas concentrações, mas com auxílio de
betoneira para melhor homogeneização. Os experimentos foram
inteiramente casualizados com 20 repetições. Transcorridas 8, 12,
14 e 20 semanas do plantio foi avaliada a incidência e a severidade
da doença em cinco repetições cada, com isolamento das hastes das
plantas para verificar a presença do fungo. As variedades testadas
e a forma de aplicação apresentaram o mesmo comportamento
com relação à severidade da doença. O hidrolisado de peixe não
controlou o Fusarium neste patossistema. Em média a incidência
foi de 100% e a severidade apresentou nota 4 (murcha e todo
xilema atacado) em uma escala de 1=planta sadia a 5=planta morta.
Apoio: CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
Visando o manejo de S. sclerotiorum em plantas no sistema
agroecológico foram estudados o uso da incorporação ao solo
de tortas de resíduos de plantas de biocombustivel. Testaram-se
as tortas de plantas de biocombustivel: T-1: Ricinus communis
(mamona), T-2: Gossypium hirsutum (algodão), T-3: Arachis
hypogaea (amendoim), T-4: Jatropha curcas (pinhão manso), T5: Raphanus sativus (nabo forrageiro) e T-6: Helianthus annuus
(girassol). Testaram-se em três ensaios distintos, o efeito dos extratos
estéreis, presença de gases, e diferentes concentrações das tortas,
em delineamento experimental inteiramente ao acaso com três
repetições. Os resultados indicaram que os extratos estéreis de T-1 e
T-4 reduziram ou inibiram a germinação miceliogênica (escleródios
formados). As tortas T-2, T-3, T-4 e T-6, devido a algum elemento
gasoso, conferiram a redução da germinação miceliogênica. Em
todas as tortas de biocombustível testadas nas concentrações de 3,
9 e 18% no solo inibiram completamente a germinação carpogênica
(produção de apotécios) quando comparados a testemunha,
somente solo. Estes resultados indicaram o potencial de controle de
S. sclerotiorum utilizando-se a incorporação ao solo de diferentes
tortas de plantas de biocombustivel. *Projeto financiado pelo
CNPq.
S 127
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-107
Efeito do fosfito e cloreto de cálcio no controle pós-colheita da
antracnose do mamão. Lopes LF, Dutra JB, Blum LEB, Daher
TG. Departamento de Fitopatologia, Unb, Brasília, DF, Brasil. ��
Email: [email protected]. Effect of the phosphite and chloride
of calcium in the control of the anthracnose of papaya.
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da associação e uso
isolado dos fosfitos de cálcio (30% P2O5 + 7% Ca) de potássio
(40% P2O5 + 20% K2O) e do cloreto de cálcio no controle da
antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) em frutos de mamão
(Carica papaya) do grupo solo cv. ‘Golden’. Os frutos com
estágio de maturação entre 0 e 2 foram previamente desinfestados
através da imersão em soluções de álcool e hipoclorito de sódio
e posteriormente feridos a uma profundidade de 3mm em cinco
pontos ao longo do fruto utilizando-se uma chave ‘Philips’
esterilizada. Os locais feridos foram inoculados com 50μl da
suspensão (106 conídios/ml) do patógeno e em seguida os frutos
permaneceram em câmara úmida por 24 horas até a aplicação dos
tratamentos. Frutos não tratados e tratados com o fungicida Derosal
(p.a. carbendazim) foram mantidos como testemunhas. Após os
tratamentos os frutos foram armazenados por 10-12 dias em
câmaras tipo BOD com temperatura de 13°C e fotoperíodo de 12
horas, analisando-se diariamente o diâmetro das lesões nos frutos.
Em todos os experimentos realizados o uso isolado do cloreto de
cálcio reduziu significativamente a doença quando comparados aos
demais tratamentos. O uso do fungicida, fosfito de cálcio e fosfitos
associados ao cloreto de cálcio obtiveram uma resposta variada
quanto ao desenvolvimento da doença. Apoio Financeiro: CAPES,
CNPq.
CAL-108
Avaliação de fosfitos no controle de Colletotrichum
gloeosporioides in vitro. Dutra JB, Lopes, LF, Blum LEB, Daher,
TG. Departamento de Fitopatologia, UnB, Brasília, DF, Brasil.
E-mail: [email protected]. Evaluation of Phosphites in the
control of Colletotrichum gloeosporioides in vitro.
Com o objetivo de avaliar a eficiência de fosfitos (ácido fosforoso)
sobre Colletotrichum gloeosporioides Penz., agente etiológico da
antracnose em diversas fruteiras tropicais, testes in vitro foram
realizados utilizando-se o Fosfito-Mg (40% P2O5 + 6% Mg), FosfitoZn (40% P2O5 + 10% Zn), Fosfito-Ca (30% P2O5+ 7% Ca) e FosfitoK (40% P2O5+ 20% K2O) em três doses diferentes e o fungicida
Derosal (p.a. carbendazim), adicionados em meio de cultura BDA
fundente. Avaliou-se o crescimento micelial e a produção de
conídios de três isolados do fungo provenientes de mamão (Carica
papaya), maracujá-amarelo (Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa
Deg.) e goiaba (Psidium guajava). O delineamento experimental
utilizado foi inteiramente casualizado com 14 tratamentos e quatro
repetições para cada tratamento. Todos os fosfitos utilizados foram
eficientes na redução do crescimento micelial e na esporulação dos
três isolados de C. gloeosporioides em relação ao controle (tratado
apenas com água) e ao fungicida. Apoio Financeiro: CAPES,
CNPq.
S 128
CAL-109
Efeitos de óleos essenciais e épocas de aplicação sobre o
controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas
vesicatoria). Lucas GC, Alves E, Pereira RB, Perina FJ, Zacaroni
AB. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil.
E-mail: [email protected]. Effects of essential oils
and application times on the control of tomato bacterial spot
(Xanthomonas vesicatoria).
Testaram-se os óleos essenciais de tomilho (TO), cravo-da-índia
(CR), eucalipto (EU), canela (CA), citronela (CI), árvore de chá
(ME) e capim limão (CL) (0,1%); acibenzolar-S-metil (AS - 0,2
mg mL-1); Recop® 2,0 mg mL-1; em três épocas de aplicações,
quanto ao efeito no progresso da mancha bacteriana em tomateiro.
Como emulsificante foi utilizado o leite em pó (LP 0,1%) e como
controle utilizou-se testemunha inoculada e absoluta. As plantas
foram tratadas somente antes da inoculação (A), somente após a
inoculação (D) e antes e após a inoculação (AD) semanalmente até
o final do experimento. Sete dias após o tratamento, as plantas foram
inoculadas com suspensão bacteriana de 5 x 108 UFC mL-1 e, sete
dias após iniciaram-se avaliações a cada quatro dias. O experimento
foi conduzido em delineamento de blocos casualizados. Foram
calculadas as áreas abaixo da curva de progresso da severidade da
doença (AACPSD) e as eficácias dos tratamentos. Plantas tratadas
A e AD apresentaram maiores eficácias de controle, em ambas o
ASM foi o mais eficiente com 89% de controle, seguido dos óleos
ME (60 e 47%), CL (57 e 61%), CR (53 e 53%) e CI (51 e 48%).
Em D os melhores tratamentos foram Recop®, EU, CI, ME, CL e
TO com eficácias de 53, 49, 44, 41, 39 e 28%, respectivamente.
Apoio Financeiro: CAPES.
CAL-110
Aplicação de silício no solo e na folha visando o controle da
mancha de Pestalotia (Pestalotia longisetula) do morangueiro.
Carré-Missio V, Rezende DC, de Souza NFA, Schurt DA, Rodrigues
FÁ, Zambolim L. Universidade Federal de Viçosa, DFP. ��������
E-mail:
[email protected]. Silicon application in the soil and on the leaf to
control Pestalotia leaf spot on strawberry.
A presença de silício (Si) em algumas plantas tem sido relacionada
principalmente com o aumento da resistência contra pragas e
doenças. Este trabalho teve como objetivo investigar a aplicação
de Si via solo ou foliar no controle da mancha de Pestalotia do
morangueiro. O experimento foi instalado num DIC com 3
tratamentos e 7 repetições. Os tratamentos consistiram de: silicato
de cálcio (SC) via solo (1,25 g de volastonita kg-1 de solo), silicato
de potássio (SP) (FertiSil, INEOS Silicas Ltda) via foliar (15 g
L-1) aplicado 24 h antes da inoculação e testemunha (T). As plantas
foram inoculadas com uma suspensão de 2 x 105 conídios/mL de
P. longisetula, sendo em seguida mantidas sob condição de câmara
úmida (UR ≈ 95%, 21-22oC) por 48 h. Avaliou-se a expansão de
lesões e a severidade (SEV) da doença às 48, 96, 144, 192 e 240 h
após a inoculação. Os dados da SEV foram utilizados para calcular
a área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD). Houve
diferença significativa para os dois tratamentos com Si em relação
à testemunha. A AACPD foi reduzida em 33 e 10,3% em relação à
testemunha, com o uso do SC e SP, respectivamente. A expansão
de lesões nas plantas do tratamento T foi em média 22% maior do
que as observadas nas folhas das plantas dos tratamentos SC e SP.
Apoio: FAPEMIG e CNPQ.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-111
Controle alternativo do oídio da soja. Perina FJ, Alves E, Pereira
RB, Lucas GC. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras,
MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Alternative control of
the soybean powdery mildew.
O oídio da soja sempre esteve presente em todas as regiões
produtoras. Esta é uma doença potencialmente perigosa em
períodos de estiagem, podendo causar 40% de perdas. Plantas
inoculadas naturalmente por Erysiphe diffusa Cooke & Peck, foram
tratadas com óleos essenciais, leite e fungicida, a fim de comparar
o controle exercido pelos óleos essenciais em relação ao leite e ao
fungicida. Realizaram-se três pulverizações com: leite (LE) 10%,
óleo essencial de citronela (CI), capim-limão (CL), eucalipto (EU),
canela (CA) e melaleuca (ME) 0,1%, tebuconazole (FU) a ponto de
escorrimento. Avaliou-se quinzenalmente a severidade da doença.
Todos tratamentos apresentaram severidade significativamente
menor que a testemunha, onde FU, CI, LE, CL e EU, apresentaram
mesmo nível de controle, seguido de CA e ME. Pôde-se inferir que
os óleos: CI, CL e EU, são promissores no controle da doença,
por se igualarem aos tratamentos LE e FU. Apoio Financeiro:
FAPEMIG.
CAL-112
Óleos essenciais no controle de Podosphaera xanthii em pepino.
Pereira RB, Perina FJ, Lucas GC, Alves E. Departamento de
Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. �����������������
E-mail: perinafj@
gmail.com. Essential oils in the control of Podosphaera xanthii in
cucumber.
Podosphaera xanthii (Sphaerotheca fuliginea), agente causal do
oídio do pepino, é considerado importante na cultura, pois afeta
toda a parte aérea da planta reduzindo a produção. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a eficiência de óleos essenciais no controle do
oídio em pepino. Os tratamentos constituíram-se de: Kumulus®
(2 g L-1), óleos de canela (CA), citronela (CI), capim limão (CL),
nim (NI) na concentração de 1000 ppm e testemunha. As plantas
foram inoculadas mediante pulverização com uma suspensão de 4
x 104 conídios.mL-1 aos 26 dias após a semeadura e pulverizadas
com os tratamentos aos um e cinco dias antes da inoculação
(DAÍ). O experimento foi conduzido em delineamento de blocos
casualizados, com três repetições e parcela constituída de quatro
plantas. Aos 14 e 24 DAI, avaliou-se a severidade da doença e
calcularam-se as áreas abaixo da curva de progresso da severidade
da doença (AACPD). A pulverização realizada aos cinco DAI
apresentou os melhores resultados. Aos cinco DAI, Kumulus®
apresentou a maior eficácia de controle, 95,76%, seguido dos óleos
de CI e CL, com eficácias de 42,02 e 38,97%. Óleos de CA e NI não
diferiram em relação à testemunha. Em plantas tratadas um DAI,
Kumulus® também apresentou maior controle, 87,76%, seguido de
óleo de CA, 44,35%. Os demais óleos não apresentaram diferença
em relação à testemunha. Apoio Financeiro: FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-113
Uso de extrato de Pomelo no controle de Penicillium digitatum
em lima ácida ‘Tahiti’. Pedro LS, Moretto C, Cherpinski G,
Cervantes ALL, Kupper KC. Centro APTA Citros ‘Sylvio Moreira’
IAC, Cordeirópolis, SP, Brasil. E-mail: lucienesilvapedro@yahoo.
com.br. Use of Grapefruit extract in the control of Penicillium
digitatum in ‘Tahiti’ lime.
O bolor verde causado por P. digitatum é responsável por grandes
perdas de frutos cítricos na fase de pós-colheita. O objetivo deste
trabalho foi estudar a ação de extrato de pomelo (Citrus grandes)
na redução de infecções causadas pelo fungo em frutos de lima
ácida ‘Tahiti’. Para isso foram testadas 4 doses do extrato, nas
concentrações de 0,05; 0,1; 0,2 e 0,4% (v/v), de forma curativa
e preventiva. Frutos de lima ácida ‘Tahiti’ foram desinfestados
superficialmente, feridos e inoculados com suspensão do patógeno
de 105 conídios/mL. Os tratamentos corresponderam a frutos
inoculados com o patógeno, 24 antes ou após os tratamentos, que
corresponderam à imersão dos frutos por 2 minutos nas respectivas
doses do extrato. As testemunhas compreenderam frutos, somente
inoculados, inoculados e tratados com imazalil e frutos sem
inoculação e tratamento. Após o tratamento e inoculação, os frutos
foram armazenados em ambiente a 25°C e 75% UR por 5 dias e
em câmara fria a 10°C e 95% UR, por 20 dias. A avaliação se deu
pela porcentagem de frutos sadios. Os resultados demonstraram
eficiência no controle do bolor verde a partir da concentração de
0,05% do extrato de pomelo, em ambos modos de ação, curativo e
preventivo, com um total de frutos sadios acima de 95% em ambas
condições de armazenamento.
CAL-114
Dinâmica populacional de Xanthomonas axonopodis pv. citri
em plantas cítricas tratadas com imidaclopride. Silva MRL1,2,
Bagio TZ3, CanteriMG2, Leite Jr. RP1. 1IAPAR. 2UEL. 3FALM. Email: [email protected]. Populational dynamics of Xanthomonas
axonopodis pv. citri in imidacloprid treated citrus plants.
Indutores de resistência em plantas têm sido testados para o
controle de doenças em diversas culturas. O objetivo deste trabalho
foi avaliar o controle de Xanthomonas axonopodis pv. citri (Xac),
causadora do cancro cítrico, em plantas cítricas tratadas com
diferentes doses do neonicotinóide imidaclopride. Plantas de
laranja Valência mantidas em casa de vegetação foram tratadas por
meio de rega no solo com imidaclopride nas dosagens de 0,75, 1,5
e 3,0 g de p.a. por planta. As plantas controle foram tratadas com
água. Suspensão bacteriana do isolado 306 de Xac na concentração
de 104 UFC/ml foi infiltrada em folhas 6 dias após o tratamento.
A curva de crescimento da bactéria in planta foi determinada pelo
plaqueamento periódico de suspensão obtida de discos foliares da
área infiltrada com a bactéria. A incidência da doença foi avaliada
pela contagem do número de lesões das folhas inoculadas. A
população de Xac obtida das áreas infiltradas foi significativamente
menor em plantas tratadas com 1,5 e 3,0 g de imidaclopride quando
comparadas às plantas controle. A incidência de cancro cítrico
também foi significativamente menor nas plantas tratadas com estas
mesmas dosagens. Apoio financeiro: CAPES, FUNDECITRUS.
S 129
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-115
Efeito da época de aplicação de imidaclopride para controle de
cancro cítrico. Silva MRL1,2, Gonçalves RM1,2, Canteri MG2, Leite
Jr. RP1. 1IAPAR.. 2UEL. E-mail. [email protected]. Effect of the
time of application of imidacloprid for control of citrus canker.
Produtos indutores de resistência em plantas têm sido estudados
para o controle de doenças em diversas culturas. O objetivo
deste trabalho foi determinar a melhor época de aplicação de
imidaclopride como indutor de resistência para controle de cancro
cítrico, causado por Xanthomonas axonopodis pv. citri (Xac).
Plantas de laranja Valência mantidas em casa de vegetação foram
tratadas por meio de rega no solo com imidaclopride na dosagem
de 3,0 g de p.a. por planta. As plantas controle foram tratadas com
água. Suspensão bacteriana do isolado 306 de Xac na concentração
de 104 UFC/ml foi infiltrada em folhas no mesmo dia, três dias
antes e três dias após os tratamentos. A avaliação foi realizada 25
dias após a inoculação da bactéria, pela contagem do número de
lesões nas folhas e plaqueamento de suspensão obtida de discos
foliares da área infiltrada com a suspensão bacteriana. Plantas
tratadas com imidaclopride no mesmo dia e três dias antes da
inoculação apresentaram redução significativa na incidência de
cancro cítrico quando comparadas às plantas controle. A população
de Xac recuperada da área infiltrada demonstrou que o tratamento
da planta com imidaclopride torna a planta competente para reduzir
a multiplicação da bactéria no tecido foliar. Apoio financeiro:
CAPES, FUNDECITRUS.
CAL-116
Avaliação de soluções homeopáticas de óleos essenciais na
germinação de Corynespora cassiicola e Alternaria solani.
Oliveira JSB1, Schwan-Estrada KRF1, Mesquini RM1, Oliveira DS2,
Bonato CM1. 1Universidade Estadual de Maringá,PR, 2Universidade
Federal de Santa Catarina,SC. Email:
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julianaglomer@hotmail.
com. Evaluation of homeopathic solution of essential oils on the
germination of Corynespora cassiicola and Alternaria solani.
Com o objetivo de avaliar o efeito de soluções homeopáticas na
germinação de conídios de Corynespora cassiicola e Alternaria
solani, foram utilizados 9 tratamentos: 4 dinamizações (6CH,
12CH, 24CH e 30CH) dos óleos essenciais: Eucalyptus citriodora
(EC) e Cymbopogon citratus (CC) e testemunha (água). O
ensaio contou com 4 repetições. O teste de germinação foi feito
em placas de Elisa, sendo depositados 40 ��������������������
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L da suspensão 1x104
esporos.mL-1 com 40 �������������������������������������
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L de cada um dos tratamentos. Após 20
horas de incubação no escuro a 25 ºC procedeu-se à interrupção
do processo germinativo com lactofenol. Determinou-se o nº
médio em % de esporos germinados e não germinados. Os dados
de inibição da germinação foram submetidos à análise de variância,
e posteriormente comparados pelo teste de Scott-Knott (5%). Na
germinação de conídios de A. solani, todos os tratamentos utilizados
diferiram da testemunha (germinação média: 67%), inibindo de 45
a 63 % a germinação. Os esporos de C.cassiicola submetidos às
dinamizações do óleo essencial EC, tiveram uma inibição média
de 7 a 13%, sendo menos eficientes que a testemunha (germinação
média: 85%), já as dinamizações do óleo essencial CC foram
estatisticamente diferentes dos demais tratamentos, inibindo de 18
a 22% dos esporos.
S 130
CAL-117
Efeito do tiossulfato de prata na redução da desfolha causada
pela Cercosporiose em mudas de cafeeiro. Vieira JF, Pierre
RO, Resende MLV, Nepomucena TM, Ribeiro Júnior PM, Abreu
MS, Amaral DR. ���������������������������������������������
Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras,
MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of silver
thiosulphate to reduce defoliation caused by brown eye spot of
coffee seedlings.
Objetivou-se nesse trabalho testar o potencial do tiossulfato de
prata (STS) aplicado em mudas de cafeeiro, visando redução do
desfolhamento provocado pela cercosporiose. O trabalho foi
instalado em casa de vegetação, utilizando a cultivar ‘Mundo Novo’
(suscetível), com seis meses de idade. O delineamento experimental
foi em DBC com esquema fatorial com 1 produto (STS) x 3 doses
(0,05; 0,04 e 0,03M) x 2 (número de aplicações: 1 e 4). Todas as
testemunhas desse ensaio receberam somente água deionizada.
As mudas foram avaliadas a cada 7 dias, totalizando 5 avaliações.
De acordo com os resultados observou-se que aos 21 e 28 dias
houve efeito de dose, com comportamento linear para o número
de folhas. Além disso, as plantas que foram tratadas com a maior
dose do produto apresentaram também o maior número de folhas.
Entretanto, esta dose causou toxidez em algumas plantas. Com
relação ao número de aplicações não houve diferença significativa.
Os resultados preliminares sugerem que o STS tem potencial para
ser usado contra desfolha. Todavia, serão necessários outros testes
para determinar a melhor dose e a que não cause fitotoxidez. Apoio
Financeiro: CNPq, FAPEMIG.
CAL-118
Biocontrol of onion root bulb by Trichoderma spp wild strains.
Zapata SR, Soriano MR, Vecchietti NB. Fitopatología. Facultad
Ciencias Naturales. Universidad Nacional de Salta. Argentina.
E-mail: [email protected]. Controle biológico da produção de
cebola com isolados silvestres de Trichoderma.
Four Trichoderma spp wild strains from Valle de Lerma (Salta,
Argentina) were probed against Rhizoctonia solani, Fusarium
sp and Sclerotium rolfii, isolated from onion root bulb. Two kind
of assays were carried out: 1) testing the efficacy in inhibiting
pathogens growing in vitro by TVL7, TVL10, TVL11 and TVL12
Trichoderma wild strains by using dual cultures on potato dextrose
agar. It worked with a completely randomized design, with 15
treatments (including 3 controls) and 3 replications. Mycelia
growth of both fungi was measured and evaluated according Royse
& Ries formula. Plates were incubated during 6 days at 25°C.
Results showed strong inhibition (more than 20%) of Rhizoctonia
and Fusarium sp in front of TVL7, TVL11 and TVL12. 2) Test
“in vivo” were carried out applying simultaneously pathogen and
biocontrol. It worked with a completely randomized design, with
16 treatments (including 3 positive and 1 negative controls) and
3 replications. An onion bulb was the experimental unit. Bulb
rot percent was estimated and data were analyzed by Duncan
test. Both, TVL11 and TVL12, vs Rhizoctonia solani showed the
best behavior. According two test results indicated that TVL11
and TVL12 Trichoderma wild strains have good performance as
biocontrol for Rhizoctonia solani and Fusarium sp. In the same
way, biocontrol for Sclerotium rolfii failed in both tests.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CAL-119
Efeito do tratamento térmico sobre a podridão do fruto do
mamoeiro (Phytophthora palmivora). Amorim EPR, Dantas-Júnior
AMM, Soares LPR, Junior MHC. Universidade Federal de Alagoas,
Centro de Ciências Agrárias, Rio Largo, AL. ������������������������
E-mail: [email protected].
Effect of thermal treatment on fruit rot of the papaya (Phytophthora
palmivora)
O fungo Phytophthora palmivora causa a podridão-do-pé ou de
frutos e é considerado um dos principais problemas do mamoeiro.
O tratamento hidrotérmico é um método de controle de doenças em
pós-colheita e tem a vantagem de ser um tratamento livre de resíduos
e de não oferecer risco a saúde humana e ao meio ambiente. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o controle da podridão de frutos
do mamoeiro através da termoterapia. Frutos com até 25% de sua
superfície amarela, foram inoculados através de aspersão, com 10 mL
de suspensão de P. palmivora (20 esporângios/mL) e submetidos aos
seguintes tratamentos: imersão em água a 50, 51, 52 e 53°C por 3 e
5 minutos; imersão dos frutos em fungicida (metalaxil + mancozeb
– 3,5g/L) e testemunha (suspensão do patógeno). Os frutos foram
colocados em sacos plásticos a vácuo e avaliados diariamente por até
7 dias, quando a severidade da doença foi determinada (% das áreas
lesionadas). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado
com 10 tratamentos e 4 repetições. Os sintomas só foram observados
no quarto dia após a inoculação, na testemunha e no tratamento com
fungicida, que apresentaram cerca de 60% de infecção. Os frutos tratados
com a termoterapia não apresentaram sintomas, o que indica a eficiência
do tratamento térmico no controle de P. palmivora em mamão.
CAL-120
Efeito de rotações de cultura sob plantio direto sobre Fusarium
spp. e Trichoderma spp. em cultivos de feijoeiro irrigado Oliveira
P1, Lobo Jr M2, Silveira PM2, Kluthcouski J2. 1‑Universidade Federal
de Goiás, Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, Goiânia,
GO; 2‑Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil.
E-mail: [email protected]. Effect of crop rotations under
no-tillage on Fusarium spp. e Trichoderma spp. in the cultivation of
common beans under irrigation.
Os fitopatógenos Fusarium solani e F. oxysporum f. sp. phaseoli são
causadores de doenças importantes do feijoeiro comum (Phaseolus
vulgaris L.). Outros fungos de importância são as espécies de
Trichoderma spp., cujas populações devem ser mantidas nos
agroecossistemas para o manejo de murchas e podridões radiculares.
Diante disso, objetivou-se determinar as populações de F. solani,
F. oxysporum e Trichoderma spp. em Sistema Plantio Direto com
quatro rotações de culturas: pastagem de Brachiaria ruziziensis (T1);
feijão após B. ruziziensis (T2); feijão após consórcio de milho com
B. ruziziensis (Sistema Santa Fé) (T3) e feijão após milho (T4).
Nos tratamentos T2, T3 e T4 foi utilizada a cv. BRS Supremo 7762,
irrigada por pivô central de julho a setembro em 2006 e 2007. A partir
de amostras de solo da profundidade de 0-10 cm, obtidas durante o
florescimento do feijoeiro, foram realizadas diluições em série e
plaqueamento em meios semi-seletivos para estimativa das populações
dos patógenos e de Trichoderma spp. A análise dos resultados (Tukey,
5%) permitiu verificar que: a) as populações de F. solani, F. oxysporum
e de Trichoderma spp. aumentaram de 2006 para 2007; b) o Sistema
Santa Fé contribuiu para menor população de F. solani em ambos os
anos; c) os tratamentos não diferiram entre si quanto à densidade de F.
oxysporum e incidência da murcha de Fusarium, que variou de 47,5%
a 57,5%.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CAL-121
Ação de indutores na resistência de tomateiro ao Fusarium
oxysporum f. sp. lycopersici, agente causal da fusariose.
Sandra MCC, Atônia ACR. Mestrado em Agroecologia, UEMA,
Laboratório de Fitopatologia, UEMA, MA, Brasil. ���������
E- mail:
[email protected]. Inductors action on the resistence
of tomato plant to Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici, causal
agent of fusariosis.
Os elicitores são compostos que induzem a síntese de PR-proteinas,
e outras respostas de defesa da planta. Visando a obtenção de
uma alternativa de controle para murcha de fusário do tomateiro
(Lycopersicon esculentum Mill.) foram avaliados os indutores
ASM (5,0 mg i.a/L de água), Ecolife (5 ml/L de água), Biopirol (2
ml/L de água) e Óleo de nim (15 ml/L de água). Para isso foram
utilizadas plantas das cultivares Caline IPA-6, altamente suscetível
e IPA-6, suscetível ao Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici.
Os indutores foram aplicados via foliar aos 5, 10 e 15 dias antes
da inoculação das plantas. Realizou-use a inoculação 30 dias
após a semeadura através do ferimento de raiz em meia lua. O
delineamento foi inteiramente casualizado em fatorial 2 X 3 X
4. Realizou-se a avaliação 21 dias após a inoculação através da
escala de notas de 1-5. Observou-se diferença significativa entre
os indutores e a testemunha, nas duas cultivares. Para cultivar Ipa
6 os indutores ASM e Biopirol aplicados aos 5, 10 e 15 dias, e
apresentaram 72,23 % de controle da fusariose e na cultivar Caline
Ipa 6 destacaram-se os indutores ASM e Óleo de nim aplicados aos
5 dias antes da inoculação e o indutor Biopirol aos 5 e 10 dias antes
da inoculação, apresentando os três indutores 75 % de controle da
fusariose do tomateiro.
CBI-001
Controle da mancha angular do algodoeiro via tratamento de
sementes. Ferro HM, Souza RM, Medeiros FHV, Santos Neto H,
Zanotto E, Pomella AWV, Martins SJ, Ximenes MC. UFLA, DFP,
Lavras (MG), Sementes Farroupilha, Patos de Minas (MG). ��
Email: [email protected]. Control of cotton blight way
treatment of seeds.
Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum (Xam), agente
etiológico da mancha angular do algodoeiro, tem nas sementes a sua
principal forma de disseminação. Devido à inexistência de produtos
registrados para a erradicação Xam e visando-se diminuir o impacto
dos agroquímicos na cultura do algodoeiro, este trabalho buscou o
tratamento de sementes utilizando Bacillus spp. para o controle da
doença. Doze isolados rizosféricos de Bacillus spp (suspensões de
108 ufc/ml), pré-selecionados para o controle de doenças e promoção
de crescimento do algodoeiro, foram utilizadas para o tratamento
de sementes contaminadas com Xam. As plântulas foram avaliadas
quanto à severidade da mancha angular aos 8, 10 e 13 dias após
o plantio. Quatro grupos de isolados foram mais eficientes que a
testemunha. O controle da mancha angular, medido pela redução
na AACPD em relação à testemunha, variou de 41,13 a 96,55%.
Destacaram-se os isolados do grupo 1, Bacillus subtilis ALB629,
Bacillus sp. UFLA 133, Bacillus sp. UFLA 24 e Bacillus sp. UFLA
401, com controle próximo ao fungicida Tolyfluanid, 88,60%. De
acordo com os resultados pode-se concluir que Bacillus spp. é uma
alternativa para o controle da mancha angular do algodoeiro via
tratamento de sementes. Apoio financeiro: CNPq, FAPEMIG.
S 131
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-002
Modos de ação de Bacillus spp. no controle da mancha angular
do algodoeiro. Ferro HM, Souza RM, Medeiros FHV, Santos Neto
H, Zanotto E, Martins SJ, Ximenes MC. �����������������������
UFLA, DFP, Lavras, MG,
Brasil. E-mail: [email protected]. Modes of action of
Bacillus spp. in the control of cotton blight.
A determinação do modo de ação de rizobactérias no controle
doenças é de suma importância para a determinação das estratégias
de manejo. Suspensões (108ufc/mL) de doze isolados de Bacillus
spp., pré-selecionados para o controle de doenças e promoção de
crescimento de plantas de algodão, foram usadas para o tratamento
de sementes infectadas com Xam. Parte das sementes tratadas
foram plaqueadas em meio semi-seletivo para avaliação da taxa de
infecção (TI) e parte plantada para determinação da incidência da
doença 14 dias após o plantio. A partir dos dados de incidência e
TI foi determinada a taxa de transmissão (TT) da mancha angular.
Parte dos isolados atuou por erradicação, como Paenibacillus
lentimorbus MEN2 com baixa TI (56,7%), mas alta TT (64,3%).
Parte dos isolados atuou por proteção, como Bacillus sp.UFLA
133 com alta TI (100%) mas baixa TT (21,7). Apenas Bacillus
sp. UFLA 401 atuou tanto por erradicação (53,3% de TI) quanto
por proteção (23,8% de TT). A maior parte dos isolados garantiu
o controle da mancha angular do algodoeiro (3,09 a 67,36%) em
relação à testemunha não tratada, por diferentes mecanismos de
atuação. Nos trabalhos futuros será feita a combinação de isolados
com diferentes modos de ação para maior eficiência de controle.
Apoio financeiro: CNPq, FAPEMIG.
CBI-003
Proteção do algodoeiro contra ramulose. Zanotto E, Souza RM,
Ferro HM, Medeiros FHV, Santos Neto H, Ximenes MC. UFLA,
������
DFP, Lavras (MG). E-mail: [email protected]. Protection of
the cotton plant against ramulose.
Rizobactérias podem proteger as plantas de doenças fúngicas.
Suspensões de Bacillus subtilis GB03 e B. subtilis UFLA285 foram
testadas no tratamento de sementes infectadas por Colletotrichum
gossypii var. cephalosporioides (Cgc) para a proteção de plantas
contra a ramulose. Suspensões de Bacillus spp. (108 ufc/mL) foram
usadas para o tratamento de sementes e novamente aplicadas aos 20
dias após o plantio (DAP). Aos 27 DAP as plantas foram inoculadas
com Cgc (105 com/mL). A eficiência dos tratamentos foi testada
pela área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD),
obtida a partir da avaliação semanal da severidade da doença até
os 75 DAP, e pelo peso seco de plantas ao término do ensaio.
Ambos os isolados bacterianos reduziram a doença em 21 e 26%,
respectivamente para B. subtilis GB03 e B. subtilis UFLA285. O
peso das plantas inoculadas foi semelhante. Os isolados reduziram
o progresso da ramulose, mas outras aplicações dos antagonistas ou
complementação com aplicação de fungicida são necessárias para
garantir o ótimo desenvolvimento de plantas. Apoio financeiro:
CNPq, FAPEMIG.
S 132
CBI-004
Bacillus spp. no tratamento de sementes de feijão para
controle do crestamento bacteriano comum. Zanotto E, Souza
RM, Ferro HM, Medeiros FHV, Neto HS, Martins SJ, Zacaroni
AB. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil.
E-mail: [email protected]. Seed treatment to manage bean
common bacterial blight (Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli).
Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli (Xap), agente do crestamento
bacteriano comum, é comumente disseminado por sementes de
feijão contaminadas. Devido à inexistência de produtos registrados
para o controle da doença, o presente trabalho teve como objetivo
determinar a eficácia de Bacillus spp no tratamento de sementes.
Sementes contaminadas por Xap foram tratadas com suspensões
(108 ufc/ml) de isolados de Bacillus spp. pré-selecionados para
controle de outras doenças de plantas. Avaliou-se a severidade da
doença das plantas resultantes de cada um dos tratamentos aos 14,
22, 25 e 28 dias após a semeadura. A redução da área abaixo da
curva de progresso da doença (AACPD) em relação à testemunha
variou de 0 a 94,80%. Destacaram-se os isolados: Bacillus subtilis
ALB629 (94,84%), Bacillus sp. UFLA168 (94,05%), B. subtilis
GBO3 (92,76%) e B. subtilis UFLA285 (86,86%). O uso de
Bacillus spp. no tratamento de sementes constitui uma alternativa
para o controle do crestamento bacteriano comum do feijoeiro.
Apoio financeiro: FAPEMIG, CNPq.
CBI-005
Potencial de isolados de Trichoderma sp. para biocontrole de
Fusarium oxysporum. Carvalho1 DDC, Oliveira1 TAS, Aquino2
RR, Braúna2 LM, Mello2 SCM. 1Departamento de Fitopatologia
(UnB, Brasília, DF.), 2Cenargen (Embrapa, Brasília, DF). ��������
E-mail:
[email protected]. Potential of Trichoderma sp. strains as
biological control agents of Fusarium oxysporum.
O objetivo deste trabalho foi testar o efeito antagonista in vitro de 10
isolados de Trichoderma sp. (CEN 287, CEN 288, CEN 289, CEN
290, CEN 293, CEN 295, CEN 298, CEN 299, CEN 301 e CEN
302) contra Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli. Discos de micélio
(5 mm de diâmetro), retirados de colônias de F. oxysporum com
seis dias de cultivo, foram transferidos para placa de Petri contendo
meio BDA e, após quatro dias, foi posicionando opostamente, em
cada placa, um disco do antagonista. Posteriormente, as placas
foram mantidas em BOD a 25oC com fotoperíodo de 12 horas. As
avaliações consistiram da medição do diâmetro das colônias do
patógeno cinco dias após repicagem dos isolados do antagonista.
Os experimentos foram conduzidos em triplicata e, os valores
médios obtidos relativos ao crescimento radial, utilizados para
análise estatística. Dentre os 10 isolados de Trichoderma sp.,
CEN 289, CEN 288 e CEN 290 foram os que apresentaram maior
antagonismo, reduzindo o crescimento médio do patógeno a
valores significativamente inferiores aos demais tratamentos Aos
sete dias, os três isolados mencionados colonizaram pelo menos
66,66% da superfície do meio de cultura, inibindo fortemente o
desenvolvimento de F. oxysporum. Apoio financeiro: CAPES,
CNPq, Embrapa-Cenargen.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-006
Atividade in vitro de isolados de Trichoderma sp. contra
Sclerotinia sclerotiorum. Oliveira1* TAS, Carvalho1 DDC, Braúna2,
LM, Silva2 MC, Mello2 SCM. 1Departamento de Fitopatologia
(UnB, Brasília, DF.), 2Cenargen (Embrapa, Brasília, DF.). *E-mail:
[email protected]. In vitro activity of Trichoderma sp.
isolates against Sclerotinia sclerotiorum.
CBI-008
Avaliação de Trichoderma viride e formaldeído no controle
da armilariose em plantios de pínus. Auer CG, Gomes NSB.
Laboratório de Fitopatologia, Embrapa Florestas, Colombo, PR,
Brasil. E-mail:
��������������������������������������������
[email protected]. Evaluation of Trichoderma
viride and formaldehyde on Armillaria root rot control in pine
plantations.
Este trabalho objetivou testar o efeito in vitro de 10 isolados de
fungos do gênero Trichoderma (CEN 304, CEN 308, CEN 311,
CEN 315, CEN 316, CEN 320, CEN 329, CEN 330, CEN 332
e CEN 334) contra Sclerotinia sclerotiorum. Discos (5 mm de
diâmetro) de meio de cultura contendo micélio de S. sclerotiorum
com seis dias de cultivo foram transferidos para placa de Petri
contendo meio BDA e, após dois dias, foi colocado em cada placa,
em lados opostos, um disco de Trichoderma. Foram realizadas três
repetições, para cada isolado de Trichoderma. As placas foram
mantidas em BOD a 25oC com fotoperíodo de 12 horas. Após sete
dias de cultivo dos dois fungos na mesma placa, procederam-se
as avaliações, que consistiram na medição do crescimento radial
das colônias de S. sclerotiorum. Os valores médios de crescimento
micelial obtidos foram, então, utilizados para análise estatística.
Dentre os isolados de Trichoderma sp. testados, CEN 316, CEN
334 e CEN 311 foram os que apresentaram maior antagonismo,
reduzindo o crescimento médio do patógeno a um valor (4,96 cm)
significativamente inferior aos demais tratamentos. O isolado CEN
316 sobrepôs as colônias de S. sclerotiorum, ocupando em média,
83% da área das placas de Petri, aos 10 dias de cultivo simultâneo
dos fungos. Apoio financeiro: CAPES, CNPq, Embrapa-Cenargen.
A armilariose é a principal doença em plantios comerciais de
pínus na região Sul do Brasil. Para o controle dessa doença, uma
das medidas comentadas é o uso de antagonistas. Um ensaio de
controle biológico foi montado em uma área comercial de P.
elliottii var. elliottii, em Santa Maria do Oeste, PR, onde a doença
ocorre, para testar o potencial de Trichoderma viride. O inóculo
do antagonista foi produzido em grãos de trigo esterilizados e
colonizados por T. viride, em laboratório. Uma semana antes da
aplicação do antagonista, fez-se a desinfestação da área com a
aplicação de 10 L de uma solução de formaldeído a 2 %, por cova.
Posteriormente, os grãos de trigo colonizados de T. viride foram
aplicados na cova de plantio de mudas de pínus e incorporados
com o solo antes do plantio das mesmas. O ensaio foi montado
em parcelas com 300 plantas com quatro tratamentos: formaldeído
e antagonista, somente formaldeído, somente antagonista e
testemunha. Avaliou-se a incidência de plantas mortas pela doença
após 48 meses. A incidência foi menor na parcela onde aplicou-se
somente formaldeído (5,7 %), seguido pelos tratamentos somente
antagonista (11,3 %), formaldeído mais antagonista (11,7 %) e
testemunha (12,3 %). Não se observou um efeito positivo de T.
viride sobre a incidência da armilariose, aplicado na forma de grãos
de trigo colonizados. Bolsista do CNPq.
CBI-007
Antagonismo direto detectado em rizobactérias isoladas de
rizosfera de arroz contra Bipolaris oryzae. Santiago TR, Garcia
FAO, Ferraz HGM, Freitas MA, Souza NA, Godinho MT, Souza
LO, Romeiro RS. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa,
MG. E-mail:
�����������������������������������������������������������
[email protected]. Direct antagonism detected
in rhizobacteria isolated from rice rhizosphere against a pathogen
of the culture.
Isolaram-se 59 rizobactérias, por diluição em placas, seguindose plantio em meio adequado, a partir de amostras de raízes
e solo de rizosfera de arroz, tanto irrigado como de sequeiro. A
potencialidade antagonística de cada uma delas foi investigada, “in
vitro” contra Bipolaris oryzae, por dois métodos distintos – inibição
de crescimento micelial e da germinação de conídios. No primeiro
caso, foi empregada a técnica de dupla camada, em que propágulos
do patógeno eram incorporados à camada superior de meio que era
então vertida sobre a camada inferior onde rizobactérias haviam sido
cultivadas. No segundo caso, gotas de suspensão de propágulos do
patógeno (105 conídios/mL) e do antagonista (suspensão, OD540 =
0,8) eram misturadas e depositadas em lâminas de vidro que eram
incubadas em câmara úmida, contando-se, após 06h, 100 conídios
(germinados e não germinados) por gota. Resultados indicam que
algumas rizobactérias inibiram de forma pronunciada o patógeno.
Apoio: FAPEMIG e CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CBI-009
Significância da supressão da difusão do ácido oxálico por
rizobactérias no controle da murcha-de-esclerócio. HalfeldVieira BA, Barbosa RNT, Amorim LC, Nechet KL, Souza GR,
Youssef DR. Embrapa Roraima, Boa Vista, RR. E-mail: halfeld@
cpafrr.embrapa.br. Significance of the suppression of oxalic acid
diffusion by rhizobacteria on the control of southern blight.
A elucidação de mecanismos envolvidos no controle biológico
de doenças é um dos principais desafios e pode permitir o
estabelecimento de métodos mais eficientes na seleção de agentes
de biocontrole. Para Sclerotium rolfsii foi testada a hipótese de
que a supressão da difusão do ácido oxálico seria um mecanismo
que explicaria a eficiência de controle biológico da murha-deesclerócio por rizobactérias. Em casa-de-vegetação foi verificada
a capacidade de 105 rizobactérias em controlar a doença em
tomateiro, selecionando-se 24 isolados com potencial de controle.
A inibição da difusão do ácido oxálico por cada rizobactéria foi
verificada desenvolvendo-se um novo método por incorporação de
uma concentração de 0,005% de azul de Bromotimol ao meio 523
de Kado & Heskett. Posteriormente, semearam-se 4 rizobactérias
nas extremidades de cada placa e um disco de micélio do fungo
no centro. A alcalinização do meio de cultura pela rizobactéria foi
verificada pela formação de um halo de coloração azul ao seu redor,
inibindo a difusão do ácido oxálico, evidenciado pela formação do
halo amarelado ao redor da colônia do fungo. Das 105 bactérias
testadas, 8,6% apresentaram capacidade em alcalinizar o meio de
cultura, porém nenhuma destas apresentou capacidade de controle
in vivo. Apoio: CNPq, proc. 470433/2007-8.
S 133
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-010
Evaluation of Trichoderma brevicompactum as a biocontrol
agent for cocoa witches’ broom disease (Crinipellis perniciosa).
Cleber NB. Ceplac/Supor/Erjoh, Marituba, PA, Brasil. Email: [email protected]. Avaliação de Trichoderma
brevicompactum como um agente de biocontrole para vassoura-debruxa (Crinipellis perniciosa)
CBI-012
Significância da antibiose como método de seleção de
antagonistas para o controle de Sclerotium rolfsii. Barbosa RNT,
Halfeld-Vieira BA, Amorim LC, Nechet KL, Souza GR, Youssef
DR. Embrapa Roraima, Boa Vista, RR, e-mail: rosiannethome@
click21.com.br. Significance of antibiosis as a selective method for
the control of Sclerotium rolfsii.
Biological control by means of microrganisms is a powerful tool
that could contribute susbstantially as an alternative or a part of
an overall integrated management strategy of the witches’ broom
disease, caused by Crinipellis pernciosa. The aim of this paper was
studying the effect of one isolate of Trichoderma brevicompactum
as a possible biocontrol agent of witches’ broom of cocoa. The
antagonist was isolated from inner trunk tissues of cocoa, after
surface desinfection with a sodium hypochloride solution, rinsed
once in 70% ethanol and twice in sterile distilled water. The
production of basidiocarps on dried brooms was significantly
reduced after one application of spore suspension (2 x 107 spores/
ml) obtained from T. brevicompactum grown on autoclaved
rice grains. Experiments carried out in greenhouse showed that
spore suspension and culture filtate (5%) were able to reduce
the incidence of witches’ broom in cocoa seedlings and also the
number of diseased pods in field.. Trichoderma brevicompactum
demonstrated high potential to prevent infection on plant tissues
and also to reduce inoculum on dried brooms.
Certas rizobactérias favorecem o crescimento das plantas e
suprimem patógenos através de diferentes mecanismos, os quais
podem envolver antibiose por meio de produtos do metabolismo
secundário. O objetivo do trabalho foi avaliar se o efeito do
mecanismo de antibiose detectável in vitro explica o controle
de Sclerotium rolfsii in vivo. Foram testados 105 isolados de
rizobactérias obtidos de raízes de tomateiro. No teste in vitro,
testou-se a capacidade das rizobactérias em suprimir o crescimento
micelial de S. rolfsii através do mecanismo de antibiose. O teste
foi repetido apenas com rizobactérias que inibiram o crescimento
micelial. No teste in vivo, avaliou-se a capacidade de cada isolado
em controlar a murcha-de-esclerócio em tomateiro. Dos 105 dos
isolados avaliados, somente 26,67% reduziram o crescimento
micelial de S. rolfsii por meio do mecanismo de antibiose, e apenas
17,86% dessas rizobactérias controlaram a murcha-de-esclerócio
nos testes in vivo. Os resultados demonstraram que para 79,17%
dos isolados de rizobactérias selecionadas in vivo se utilizam de
outros mecanismos de antagonismo para controlar a murcha-deesclerócio em tomateiro. Apoio CNPq, proc. 470433/2007-8.
CBI-011
Avaliação de 18 isolados de Trichoderma spp. no controle da
podridão-dos-frutos de mamoeiro. Tocafundo F, Santos TR,
Tavares GM, Luz EDMN. Souza, JT de. CEPLAC/Cepec/Sefit
�������
Itabuna-BA, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation
of 18 isolates of Trichoderma spp. to control papaya fruit rot.
CBI-013
Inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum
pelo óleo de melaleuca. Sagata E1, Martins JAS1, Santos VA,
Juliatti FC1. 1LAMIP-Laboratório de Micologia e Proteção de
Plantas, ICIAG, Uberlândia, MG. E-mail: [email protected].
br. Mycelial
������������������������������
growth inhibition of Sclerotinia sclerotiorum by tea
tree oil.
Phytophthora palmivora (Pp) é um importante patógeno do
mamoeiro. Visando controlar a podridão-dos-frutos, 18 isolados
de Trichoderma spp. foram aplicados a frutos (imersão) na
concentração de 1x107UFC/mL e, 24 horas após, os frutos foram
inoculados com Pp por dois métodos: pulverização com suspensão
de 5x105 zoósporos/mL e disco de cultura (0,5 cm de diâmetro).
O experimento foi inteiramente casualisado com 39 tratamentos
(2 métodos x 18 isolados + 2 testemunhas inoculadas só com Pp
pelos 2 métodos + testemunha absoluta) e 5 repetições. Avaliações
foram realizadas 4 dias após a inoculação com Pp, medindo a área
lesionada, a porcentagem de área esporulada na lesão e a presença
ou não de Trichoderma spp. Foi feita Anova e aplicado o teste de
Dunnett para comparar os tratamentos à testemunha. Pela variável
proporção de área esporulada o método pulverização diferiu do
método de disco, sendo o mais eficiente. No entanto, a avaliação
pelo método de disco permitiu diferenciar o efeito dos isolados 2995
e SF04 diminuindo significativamente a área de lesão em relação
à testemunha (57.4 e 57.7% respectivamente). Apoio financeiro:
FAPESB.
Sclerotinia sclerotiurum é considerado um dos patógenos mais
importantes no mundo. Economicamente, é inviável o controle
químico total desta doença, embora a aplicação do fungicida
pentachloronitrobenzene (PCNB) pode reduzir a germinação dos
escleródios. Em busca de novas alternativas de controle o presente
estudo visou avaliar “in vitro” a eficiência do óleo de Melaleuca
alternifolia em 5 diferentes concentrações (0,0; 0,2; 0,4; 0,6 e 0,8%)
na inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum.
Transferiu-se um disco de 0,6cm de Sclerotinia sclerotiorum
e incubou-se as placas de Petri a 20ºC e fotoperíodo de 12h por
um período de 5 dias quando a testemunha atingiu o máximo de
crescimento micelial na placa. A eficiência da ação do óleo de
melaleuca foi verificada através de medições do diâmetro das
colônias em centímetros, determinando-se a média de inibição dos
tratamentos comparada à testemunha. O delineamento experimental
foi inteiramente casualizado com cinco repetições. Observou-se
que na dosagem de 0,2% houve retardo e pouco desenvolvimento
micelial e a partir da dose 0,4% não houve nenhum crescimento.
Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG.
S 134
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-014
Controle Biológico in vitro de Fusarium oxysporum f. sp.
lycopersici através de bactérias promotoras de crescimento.
França FS, Santos MM, Abe MA, da Silva MA, Peixoto AR, da
Paz CD. DTCS, UNEB/Campus III, Juazeiro, BA, Brasil. E-mail:
��������
[email protected]. In vitro biological control of Fusarium
oxysporum f. sp. lycopersici by plant growth-promoting bacteria.
CBI-016
Filtrado de cultura de microrganismos epifíticos inibitórios à
Guignardia citricarpa. Guimarães AM1, Paz ICP1, Santin RCM1,
Dal Soglio FK1. 1Laboratório de Microbiologia Fitopatológica,
UFRGS. E-mail: [email protected]. Culture filtrate of
epiphytic microorganisms inhibitory to Guignardia citricarpa.
O emprego de bactérias promotoras de crescimento de plantas
(BPCP) vem se destacando no controle de uma grande variedade
de fungos fitopatogênicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar
seis isolados bacterianos quanto à capacidade antagônica sobre
o Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici, raças 1, 2 e 3, agente
causal da murcha de Fusarium no tomateiro. Para observação
de incompatibilidade entre as bactérias e o patógeno, raças
1, 2 e 3, realizaram-se testes de antagonismo in vitro entre os
microrganismos. Os isolados bacterianos foram Bacillus subtilis
(R14), B. cereus (HNF15), B. thuringiensis subvar. Kurstakii
(HPF14), B. cereus (C210), Bacillus sp. (RAB9) e Paenibacillus
lentimorbus (MEN2). O
�����������
controle in vitro constituiu-se de sete
tratamentos e três repetições, testados em placas de Petri contendo
meio BDA. Os tratamentos R14 X F. oxysporum Raça 1, R14 x
F. oxysporum Raça 2, R14 X F. oxysporum Raça 3 e HNF15 X F.
oxysporum Raça 2 apresentaram inibição do crescimento micelial
do fungo quando comparado à testemunha. Estes resultados
revelaram alto grau de antagonismo entre os isolados bacterianos
R14 e HNF15 em relação ao F. oxysporum f.sp. lycopersici. Apoio
Financeiro: PICIN-UNEB, FAPESB, UFRPE.
Agentes de biocontrole de fitopatógenos produzem compostos em
meio de cultura, capazes de inibir o crescimento de microrganismos,
sendo esse mecanismo denominado antibiose. Este trabalho
objetivou avaliar a ação inibitória de filtrados de cultura de
microrganismos epifíticos de tangerina cv. Montenegrina com
atividade antagonista à G. citricarpa, in vitro. Quatro isolados de
fungos filamentosos foram avaliados, B3, B4, B5 e TC 01, sendo
este Trichoderma koningii. Os filtrados foram obtidos a partir
do crescimento dos isolados em meio de cultura BD, 150 rpm a
28°C, durante sete dias. O potencial inibitório foi determinado
pelo método de difusão em placa, no qual discos de papel-filtro
foram embebidos com os respectivos filtrados e contrapostos com
G. citricarpa. A leitura do diâmetro da colônia do fitopatógeno
foi realizada após 15 dias de incubação a 28°C. Apesar de haver
uma tendência na redução do tamanho da colônia de G. citricarpa
quando contraposta com os filtrados dos isolados epifíticos B4, B5
e T. koningii, somente o isolado B3 reduziu significativamente o
crescimento do fitopatógeno. A ação isolada de um mecanismo de
antagonismo pode não resultar na inibição do patógeno. Assim,
acredita-se que ocorra sinergismo entre diferentes formas de
antagonismo, principalmente, entre a antibiose, o micoparasitismo
e a competição. Apoio: CAPES e ECOCITRUS.
CBI-015
Efeito antagonista de Trichoderma spp. a isolados fúngicos
da Região Amazônica: antibiose e produção de metabólitos
voláteis. Santos MS, Lustosa, DC; Silva, GB. Instituto de Ciências
Agrárias, UFRA, Bélem, PA, Brasil. �������������������������
E-mail: mialegal@hotmail.
com. Antagonistic effect of Trichoderma spp. to fungals isolates
of the Amazon Region: antibiose and production of volatile
metabolites.
CBI-017
Produção de enzimas hidrolíticas por microrganismos epifíticos
com atividade antagonista contra Guignardia citricarpa.
Guimarães AM1, Paz ICP1, Santin RCM1, Dal Soglio FK1.
1
Laboratório de Microbiologia Fitopatológica, UFRGS. e-mail:
[email protected]. ���������������������������������
Production of hydrolytic enzymes
by epiphytic microorganisms with antagonistic activity against
Guignardia citricarpa.
Foram testados in vitro, isolados de Trichoderma provenientes da
AM (Tluc25 e Tjaz18) e PA (T39), quanto ao seu antagonismo a fungos
fitopatogenicos a essências florestais e de plantas cultivadas,
através de antibiose e produção de compostos voláteis. Os isolados
fúngicos foram: Rhizoctonia spp. (Oryza sativa), Pestalotia spp.
(Mauritia flexuosa), Phytophthora spp. (Hevea brasiliensis),
Fusarium ssp. (Ananas comosus) e Colletotrichum spp. (Morinda
citrifolia, Annona muricata e Prunus domestica). Para a produção
de metabólitos voláteis avaliou-se o diâmetro médio das colônias
do isolado fúngico, comparado com a testemunha (isolado sem
presença de Trichoderma), aos sete dias e, para antibiose, o diâmetro
médio do halo de inibição, aos quatro dias. Apenas Fusarium sp.
apresentou diminuição no diâmetro da colônia. Para os demais
isolados não houve diferença estatística entre a testemunha e o
fungo na presença do antagonista, indicando que Trichoderma
spp., pode apresentar outro mecanismo de ação para a inibição
do crescimento desses fungos testados, conforme observado em
teste de pareamento já realizado. Não houve formação de halo de
inibição para nenhum dos isolados testados. Apoio Financeiro:
CNPq/Finep/Rede CT Petro Amazônia.
Algumas enzimas produzidas por agentes biocontroladores
apresentam importante papel no controle de fungos fitopatogênicos.
Com o objetivo de avaliar a produção de enzimas relacionadas
ao biocontrole, por microrganismos epifíticos de tangerina cv.
Montenegrina com atividade antagonista in vitro à G. citricarpa,
foi determinada a atividade quitinásica, glucanásica e proteásica.
Quatro isolados de fungos filamentosos foram avaliados, B3, B4,
B5 e TC 01, sendo este Trichoderma koningii. Primeiramente, os
isolados foram crescidos em meio de cultura BD para obtenção dos
filtrados. Em cada filtrado foi determinada a liberação de açúcares
redutores, pelo uso de DNS, a partir da hidrólise de quitina
coloidal para a atividade quitínásica, e de laminarina para atividade
glucanásica. A atividade proteásica foi avaliada usando azocaseína
como substrato. Todos os isolados testados apresentaram atividades
quitinásica, glucanásica e proteásica. O isolado B5 apresentou as
maiores atividades quitinásica e glucanásica, como 9.52 U e 10.73
U, respectivamente. T. koningii foi o maior produtor de proteases
com 1,75 U. Estes dados sugerem que o micoparasitismo, mediado
por enzimas, pode estar relacionado ao controle de G. citricarpa.
Apoio: Capes e Ecocitrus.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
S 135
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-018
Efeito do Folisuper 600 BR sobre o crescimento micelial de
Trichoderma stromaticum, “in vitro”. Veloso JLM, Bezerra KMT,
Oliveira ML, Santos-Filho LP. CEPLAC/CEPEC/SEFIT. ��������
E-mail:
[email protected]. Effect of Folisuper 600 BR on the mycelial
growth of Trichoderma stromaticum, “in vitro”
Objeti�������������������������������������
vando-se conhecer a sensibilidade do Trichoderma
stromaticum (agente do biofungicida Tricovab) a agroquímicos
aplicados no agrossistema cacaueiro, avaliou-se, “in vitro”, a ação
do insetcida Folisuper 600 BR (paration metil) sobre o crescimento
micelial do referido fungo antagonista. Após adicionar solução
estoque do Folisuper a BDA fundente, o mesmo foi vertido para
placas de Petri com 9 cm de diâmetro. Inoculou-se, no centro de
cada placa, um disco de micélio com diâmetro 0,5 cm, para posterior
incubação a 25°C. Os tratamentos foram diferentes concentrações
de paration metil: T1=480ppm; T2=2400 ppm; T3=1200 ppm;
T4=0,0 ppm. O delineamento foi inteiramente casualisado, com
dez repetições. O diâmetro das colônias foi avaliado com 4, 16
e 32 dias após a inoculação (DAI). O teste de médias (Duncan
5%) demonstrou que com 4, 16 e 32 DAI o tratamento 4 foi
estatisticamente diferente dos demais. Com 4 DAI os diâmetros
foram os seguintes: T1=0,00cm; T2=0,00cm; T3=0,00cm;
T4=7,50cm. Com 16 e 32 DAI obteve-se os seguintes resultados:
T1= 0,00cm; T2=0,00cm; T3=0,00cm; T4=9,00cm. Revelou-se,
portanto, um efeito letal do Folisuper sobre o T. stromaticum em
todas as concentrações testadas.
CBI-019
Utilização de Trichoderma spp. em manejo integrado com
fungicidas. Matsumura ATS, Ribas PP, Paz ICP, Santin RCM,
Guimarães AM. Departamento de Fitossanidade, Faculdade de
Agronomia, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail:
�������������
aida@
ufrgs.br. Utilization of Trichoderma spp. in integrated management
with fungicides.
O manejo integrado permite o uso de fungicidas com fungos
antagonistas. Entretanto, alguns fungicidas podem afetar o
crescimento vegetativo, a viabilidade e a conidiogênese desses
fungos, ou mesmo alterar sua composição genética, inviabilizando
sua utilização no controle de fitopatógenos. Assim, é necessário
verificar a compatibilidade de Trichoderma spp. e fungicidas para
sua utilização em controle de doenças de plantas. Foi testado um
bioformulado comercial à base de Trichoderma spp. e fungicidas
com princípios ativos fluazinam, captana e carboxina e tiram.
Para tanto foram avaliados a medida do crescimento micelial
em meio sólido (BDA, inoculado a 28±2°C com fotoperíodo de
12 horas) e peso seco em meio líquido (BD, inoculado a 28±2°C
com fotoperíodo de 12 horas e sob agitação constante). Houve
variação significativa (Tukey 5%) nas respostas do crescimento
fúngico em relação aos diferentes princípios ativos, embora não
tenha sido perdida a viabilidade nos meios testados, com exceção
do princípio carboxina e tiram em meio líquido. Em meio sólido,
o princípio ativo carboxina e tiram reduziu o crescimento em 70%,
captana em 55% e fluazinam em 33%. Assim podemos considerar
a viabilidade de uso alternado, ou até mesmo combinado, de um
produto comercial à base de Trichoderma spp. com os princípios
ativos captana e fluazinam. Apoio: ICB BIOAGRITEC LTDA.
S 136
CBI-020
Potencial de Trichoderma viride, T. harzianum e Paecilomyces
lilacinus no biocontrole de Meloidogyne incognita em feijão.
Santin RCM1, Gomes CB2, Diniz AC2, Paz ICP1, Guimarães
AM1, Ribas PP1, Matsumura ATS1. 1Laboratório de Microbiologia
Fitopatológica, UFRGS; 2Embrapa Clima Temperado. E-mail:
��������
[email protected]. Potential of Trichoderma viride,
T. harzianum e Paecilomyces lilacinus on the biocontrol of
Meloidogyne incognita in bean crop.
Na literatura, vários trabalhos relatam o potencial nematicida dos
fungos Trichoderma viride, T. harzianum e Paecilomyces lilacinus
à Meloidogyne spp., atuando cada gênero, de forma diferenciada
sobre as diferentes fases do ciclo de vida do nematóide. Poucos
estudos abordam o efeito da aplicação conjunta desses fungos
no biocontrole deste patógeno. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a ação isolada e conjunta desses antagonistas, no controle
de Meloidogyne incognita em feijão, em casa de vegetação. Em
vasos plásticos, contendo solo autoclavado, foram adicionados,
separadamente e em mistura (mix), quatro isolados de Trichoderma
spp. e um isolado de P.lilacinus. Após, foi semeado feijão e inoculado
10 mL de uma suspensão com 3000 ovos+J2 de M. incognita.
Sendo os controles somente o nematóide e somente água. Após 90
dias da inoculação, o sistema radicular de cada planta foi avaliado.
Observou-se que T. viride e T. harzianum, combinados ou não com
P. lilacinus, reduziram o número de galhas e o fator de reprodução,
entretanto o mix de Trichoderma spp. com P. lilacinus não suprimiu
a reprodução do nematóide no feijão. Apoio Financeiro: CNPq e
Embrapa Clima Temperado.
CBI-021
Filtrados fúngicos de Trichoderma harzianum, T. viride e
Paecilomyces lilacinus no controle biológico de Meloidogyne
incognita. Santin RCM1, Gomes CB2, Paz ICP1, Guimarães
AM1, Somavilla L2, Ribas PP1, Matsumura ATS1. 1Laboratório
de Microbiologia Fitopatológica – UFRGS; 2Embrapa Clima
Temperado. ����������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Filtrates fúngicos
of Trichoderma harzianum, T. viride and Paecilomyces lilacinus in
the biological control of Meloidogyne incognita.
Os nematóides são responsáveis por grandes perdas na cultura do
feijão. Na busca de métodos de controle, foram avaliados filtrados
fúngicos de Trichoderma harzianum, T. viride e Paecilomyces
lilacinus quanto ao potencial de causar mortalidade de J2 de
Meloidogyne incognita. Três discos de 5mm de diâmetro dessas
culturas foram colocados em frascos de 250ml, contendo 100ml de
meio líquido BD e CzpekDox, ± 28˚C, em agitação orbital por 15
dias O conteúdo foi filtrado em algodão e em membrana de acetato
celulose 0,22µ obtendo-se assim, as fases líquidas denominadas
filtrados fúngicos. Foram pescados 35 nematóides por tratamento,
constituído de quatro repetições. Em cada cavidade da placa de
Elisa foram colocados 80 µl dos filtrados e 20 µl da suspensão com
J2. Após 24 h, considerou-se mortos os nematóides com corpo
retilíneo. Os filtrados dos fungos P. lilacinus, T. harzianum e T.
viride causaram mortalidade de J2 de 96 a 87%, respectivamente.
Não houve diferença estatística entre os meios de cultura. Assim,
os filtrados fúngicos mostraram-se eficientes como alternativa no
controle de M. incognita. Apoio Financeiro: CNPq e Embrapa
Clima Temperado.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-022
Controle biológico promovido pelo residente de filoplano
Pseudomonas putida contra doenças da parte aérea do tomateiro,
I- Biocontrole experimental do míldio pulverulento. Souza AN,
Ferraz HGM, Garcia FAO, Freitas MA, Godinho MT, Sousa LO,
Santiago TR, Romeiro RS. Departamento
������������������������������
de Fitopatologia –�� UFV.
�����
E-mail: [email protected]. Biological control promoted by
the phylloplane resident Pseudomonas putida of tomato canopy
diseases, I – Experimental biocontrol of the powdered mildew.
Plantas de tomate da cultivar ‘Santa Clara’ foram transplantadas
para campo, 30 dias após a semeadura. No experimento foi
utilizado o delineamento de blocos inteiramente casualizados, com
4 repetições por tratamento. A parcela útil era constituída por 12
plantas, e o espaçamento utilizado de 0,5 X 0,8m. Os tratamentos
foram: 1- Plantas pulverizadas semanalmente com oxicloreto de
cobre (1,6g i.a./L); 2- Plantas pulverizadas semanalmente com
cloreto de benzalcônio (0,25mL i.a./L); 3- Plantas pulverizadas
com suspensão contendo propágulos do antagonista OD540= 0,3 ,
em única aplicação (uma semana após o transplantio); 4- Plantas
não pulverizadas (testemunha). As plantas foram divididas em
três terços, sendo que em cada terço foi quantificado a área foliar
lesionada pelo patógeno Oidium spp., utilizando o programa
Severity Pro 1.0. Foram realizadas duas quantificações da doença
espaçadas de 7 dias e a análise dos dados, revelou que o agente de
biocontrole foi eficaz em reduzir o progresso da doença. Apoio:
Fapemig e CNPq.
CBI-023
Substratos para produção massal de esporos de Clonostachys
rosea. Saraiva RM, Cota LV, Vieira BS, Macedo PEF, Murta HM,
Maffia LA. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG,
Brasil. E-mail: [email protected]. Substrates to mass production of
spores of Clonostachys rosea.
O biocontrole de Botrytis cinerea com Clonostachys rosea é
alternativa viável no manejo do mofo cinzento. Para viabilizar
o uso do antagonista, é crucial produzir o antagonista em larga
escala. Assim, delineou-se uma série de experimentos com o
objetivo de incrementar essa produção. Inicialmente, avaliou-se a
produção de esporos pelo antagonista em 13 substratos vegetais,
disponíveis em regiões agrícolas, em três níveis de umidade, em
experimento fatorial no delineamento inteiramente casualizado,
com três repetições. Em cada combinação substrato-umidade,
aplicou-se suspensão de esporos e incubou-se a 25°C e fotoperíodo
de 12h. Após 40 dias, avaliou-se o número médio de esporos/
g de substrato. Maior esporulação (entre 2,2 e 5 x 109 esporos/
g) ocorreu em arroz integral, arroz parbolizado, canjiquinha e
milheto. O nível de umidade também afetou a esporulação, e o
efeito dependeu do substrato. Considerando o custo e a eficiência,
canjiquinha e milheto são potenciais substratos para a produção
massal de C.rosea. Os experimentos continuam, principalmente
para otimizar a esporulação em menor intervalo de tempo. APOIO:
CNPq, FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CBI-024
Eficiência de diferentes isolados de rizobactérias de bananeiras
no controle de Radopholus similis, in vitro. Rocha LS, Ribeiro
RCF, Xavier AA, Gonçalves FC, Ribeiro HB, Andrade EP,
Mizobutsi EH. Depto. Ciências Agrárias, UNIMONTES, Janaúba,
MG, Brasil. E-mail:
�������������������������������������������������
[email protected]. Efficacy of
different isolates of bananas rhizobacterias in the control of
Radopholus similis, in vitro.
A bananicultura é uma das atividades que mais contribuem na
economia e na geração de empregos na região Norte de Minas.
Dentre os fatores que limitam a produtividade da cultura destacase o fitonematóide Radopholus similis. Para o controle de tal
patógeno a prática mais empregada é a aplicação de nematicidas
que têm causado grandes impactos ao ambiente. O trabalho
objetivou avaliar in vitro o efeito de 86 isolados de rizobactérias
oriundas de bananeiras sobre a mortalidade e mobilidade de R.
similis. Em células de 300 µL de placas ELISA foram colocados
20 µL da suspensão contendo 20 espécimes de R. similis, 100
µL da suspensão do isolado bacteriano testado (86 isolados) na
concentração ajustada para OD540=0,5. As testemunhas constaram
de água esterilizada, solução salina e temik 150 G 500 ppm.������
Após
24 horas, avaliou-se o número de nematóides móveis, imóveis e
mortos. O ensaio foi montado em DIC e empregadas seis repetições.
Por meio da análise de variância verificou-se efeito significativo
dos isolados bacterianos testados em relação às testemunhas. Pelo
teste de médias verificou-se que do total de isolados avaliados
5 e 42 isolados proporcionaram acima de 50% de mortalidade e
acima de 70% de imobilidade, respectivamente. Apoio financeiro:
FAPEMIG.
CBI-025
Caracterização morfológica de isolados de Pochonia
chlamydosporia obtidos de solos de cultivo de olerícolas. Zooca
RJF, Dallemole-Giaretta R, Freitas LG, Pereira OL, Podestá GS,
Ferraz S. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG,
Brasil. ������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Morphological
characterization of Pochonia chlamydosporia isolates of soils of
vegetables crops.
Espécies de Pochonia ocorrem naturalmente em solos infestados
com o nematóide das galhas e são amplamente distribuídas
nas mais diferentes regiões do mundo. Dessa forma, o presente
trabalho teve por objetivo verificar a diversidade de espécies
de Pochonia associadas a solos infestados com Meloidogyne
spp., cultivados com olerícolas. O isolamento foi realizado pela
técnica de diluições seriadas e plaqueamento em meio semiseletivo. Pela caracterização morfológica do total de vinte e nove
isolados, todos foram identificados como pertencentes à espécie
Pochonia chlamydosporia: 65,52 % como P. chlamydosporia
var. chlamydosporia e 34,48 % como P. chlamydosporia var.
catenulata. Portanto, a baixa diversidade de espécies de Pochonia
pode ser reflexo do saprofitismo de P. chamydosporia, pois este
fungo também está associado, freqüentemente, à presença de
matéria orgânica nos solos. Apoio financeiro: FAPEMIG
S 137
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-026
Influência do extrato de diferentes órgãos de Capraria biflora na
eclosão e mortalidade de Meloidogyne javanica, in vitro. Pimenta
L, Ribeiro RCF, Rocha LS, Xavier AA, Lopes PN, Gonçalves FC,
Delvaux, NA. Depto.
����������������������������������������������
Ciências Agrárias, UNIMONTES, Janaúba,
MG, Brasil. E-mail:[email protected]. Influence of
extracts from different organs of Capraria biflora in the hatch
and mortality and mobility of Meloidogyne javanica juveniles, in
vitro.
Os nematóides do gênero Meloidogyne são responsáveis por
grandes perdas em várias culturas. Para o controle de tais patógenos
diversas pesquisas com extratos vegetais vêm sendo feitas visando
a substituição do uso de produtos tóxicos. O presente trabalho
teve por objetivo avaliar a eclosão, mortalidade e mobilidade de
Meloidogyne javanica em extrato de Capraria biflora. Foram
testados os extratos hidroalcólicos da folha, da raiz e do caule e
a água (testemunha). O delineamento usado foi DIC com 8 e 6
repetições para o teste de eclosão e mortalidade respectivamente.
O ensaio de eclosão foi montado em câmara de eclosão onde se
adicionou 2ml de suspensão com 1600 ovos de M. javanica sobre
o papel e sob a tela os diferentes extratos. As câmaras foram
incubadas a 28ºC/14 dias quando se contaram os J2 eclodidos.
Para o teste de mortalidade usou a placa de ELISA onde em cada
cavidade adicionou-se 20 J2 eclodidos. A câmara foi incubada por
24 horas e depois feita a avaliação em microscópio de objetivas
invertidas. Todos os tratamentos utilizados em relação a testemunha
apresentaram redução significativa na eclosão e mortalidade de
J2 do nematóide, sendo que o extrato de raiz induziu a 93,3% de
mortalidade.
CBI-028
Ação inibitória de bactérias endofíticas isoladas de eucalipto
sobre Botrytis cinerea. Paz ICP1, Santin RCM1, Guimarães AM1,
Ribas PP, Rosa OPP2, Azevedo JL3, Matsumura ATS1. 1Laboratório
de Microbiologia Fitopatológica, UFRGS; 2Tecnoplanta Florestal
Ltda; 3Laboratório João Lúcio de Azevedo – ESALQ/USP. email: [email protected]. �����������������������������������������
Inhibitory action of endophytic bacteria
isolated from eucalyptus on Botrytis cinerea.
Botrytis cinerea é um importante patógeno em viveiros florestais,
associado à morte de plantas nos canteiros, podendo levar a
perdas significativas. Os endófitos habitam o interior de plantas
saudáveis, sem causar alterações morfológicas, e geralmente
protegem seu hospedeiro. Na busca de métodos de controle de
fitopatógenos foi avaliada a ação inibitória de bactérias endofíticas
sobre o crescimento de B. cinerea. Vinte e um isolados de bactérias
endofíticas isoladas de Eucalyptus “urograndis” foram avaliadas
pelo método de cultura pareada para determinação da capacidade
antagônica. O ensaio consistiu na inoculação de um disco de
ágar colonizado pelo patógeno no centro da placa com BDA, e
na inoculação das bactérias endofíticas na forma de duas estrias
paralelas e distantes 1 cm de cada lado do patógeno. Seis repetições
foram usadas para cada tratamento e para o controle, sendo este
obtido pela inoculação somente do patógeno. Treze isolados de
bactérias endofíticas reduziram significativamente o crescimento
do patógeno, destes oito isolados reduziram a colônia do patógeno
em mais de 60%, mostrando que na microbiota endofítica de
eucalipto existem bactérias promissoras no controle do agente
causal do mofo cinzento. Apoio: CNPq e Tecnoplanta
CBI-027
Inibição da germinação de uredosporos de Phakopsora
pachyrhizi por procariotas residentes de filoplano de soja. Freitas
MA, Garcia FAO, Souza NA, Ferraz HGM, Godinho MT, Souza
LO, Santiago TR, Barrios FL, Romeiro RS. UFV – Departamento
de Fitopatologia, Viçosa, MG. E-mail:
�����������������������������
[email protected].
br. Inhibition of uredospore germination of Phakopsora pachyrhizi
by prokaryotic phylloplane residents of soybean.
CBI-029
Produção de enzimas hidrolíticas por bactérias endofíticas de
eucalipto inibitórias a fungos fitopatogênicos. Paz ICP1, Santin
RCM1, Guimarães AM1, Ribas PP, Rosa OPP2, Azevedo JL3,
Matsumura AT1. 1Laboratório de Microbiologia Fitopatológica,
UFRGS; 2Tecnoplanta Florestal Ltda; 3Laboratório João Lúcio de
Azevedo – ESALQ/USP. e-mail: [email protected]. �����������
Production
of hydrolytic enzymes for endophytic bacteria from eucalyptus
inhibitory to phytopathogenic fungi
Dentre todas as doenças da soja, a ferrugem asiática (Phakopsora
pachyrhizi) tem sido considerada como a mais importante e o
controle químico no momento é a forma mais eficaz de controle,
o que torna o custo da produção elevado e traz danos ao meio
ambiente e a seus ecossistemas. Por essas razões, vem se buscando
cada vez mais formas alternativas ao controle químico. A partir de
270 isolados residentes de filoplano da soja, buscou-se verificar,
por meio de teste inibição da germinação de uredósporos na
presença dos residentes de filoplano, detectar eventual atividade
contra o patógeno. Para tanto, suspensão de uredósporos (1mg/mL)
foi preparada para o método de gota pendente, quando 25 µL de
suspensão de uredósporos foram adicionados a 25µL de suspensão
(OD540 = 0,4) de células dos antagonistas. Lâminas foram deixadas
a 25ºC/24h e, a seguir, contaram-se esporos germinados e não
germinados em 20 campos microscópicos por lâmina, estimando-se
assim a germinação. Os resultados demonstraram que no tratamento
controle a percentagem de germinação foi mais elevada, havendo
mesmo antagonistas que foram capazes de inibir totalmente a
germinação. Apoio Fapemig e CNPq
O eucalipto é suscetível a diversos fitopatógenos, o que acarreta
grandes perdas em viveiros florestais. Na busca de agentes de
controle biológico, este trabalho objetivou avaliar a produção de
enzimas relacionadas ao biocontrole por bactérias endofíticas de
eucalipto. A atividade quitinásica, glucanásica e proteásica de nove
isolados de bactérias endofíticas obtidas de Eucalyptus “urograndis”
que mostraram ação inibitória in vitro contra Botrytis cinerea e
Cylindrocladium gracile foram determinadas. A determinação
quantitativa da atividade quitinásica e glucanásica foi baseada
na liberação de açúcares redutores, pelo uso de DNS, a partir da
hidrólise de quitina coloidal ou laminarina, respectivamente. Já
a atividade proteásica foi avaliada a partir da ação das proteases
sobre o substrato azocaseína. Todos os isolados produziram
enzimas hidrolíticas, com destaque para o isolado EUCB 3 na
atividade quitinásica (457,2 U), EUCB 2 na atividade glucanásica
(540,7 U) e EUCB 10, na atividade proteásica (0,18 U). A atividade
proteásica foi a que mais se relacionou aos resultados de inibição in
vitro, podendo ser usada como ferramenta de seleção de potenciais
antagonistas. Apoio: CNPq e Tecnoplanta.
S 138
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-030
Atividade antifúngica de óleos essenciais sobre Sclerotinia
sclerotiorum (Lib.) de Bary. Andrade FWR, Lima JS, Silva
JC, Amorim EPR. Laboratório de Fitopatologia, CECA-UFAL,
Rio Largo, AL, Brasil. �����������������������������������
E-mail: [email protected].
Antifungal activity of essential oils against Sclerotinia sclerotiorum
(Lib.) de Bary.
O fungo S. sclerotiorum é, juntamente com outros fungos, causador
de podridão no caule e murcha em várias plantas, além de causar
enfermidades como mofo branco ou podridão de esclerotinia.
Devido a importância econômica das culturas afetadas por S.
sclerotiorum, faz-se necessário um programa de controle da doença
para evitar danos maiores. A restrição ao uso de fungicidas, devido
à fitotoxicidade, efeitos residuais, espectro de ação e resistência
pelo patógeno, tem levado a procura de métodos alternativos de
controle. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade
fungitóxica dos óleos essenciais de eucalipto e copaíba sobre
o crescimento micelial in vitro de S. sclerotiorum, isolado de
feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). O fungo foi transferido para
placas de Petri contendo os óleos nas concentrações de 0,25, 1,75,
3,25 e 4,75%, para comparação foi utilizado um fungicida (0,1%)
e testemunha. O experimento permaneceu em BOD por cinco dias,
logo após foram realizadas as medições do crescimento micelial e
as médias comparadas por teste de Tukey a 5% de significância.
Verificou-se que o óleo de eucalipto foi o que inibiu em 100% o
crescimento micelial em todas as concentrações testadas, o óleo
de copaíba apresentou uma maior inibição do crescimento micelial
na concentração de 4,75%, comparando com o fungicida e a
testemunha. Apoio Financeiro: FAPEAL.
CBI-032
Qualidade fitossanitária de arroz produzido por plantas
originadas de sementes tratadas com biocontroladores e
inoculadas artificialmente. Luwig J, Moura AB, Correa BO,
Coila VHC. Departamento de Fitossanidade, UFPel, Pelotas, RS,
Brasil. E-mail:
������������������������������������������������������
[email protected]. Phytossanitary quality
of rice produced by plants originated from seeds treated with
biocontrollers and artificiality inoculated.
Sementes (cv. El Passo L144) foram microbiolizadas com os
biocontroladores DFs185 (Pseudomonas synxatha), DFs223 (P.
fluorescens), DFs306 (não identificado), DFs416 e DFs418 (Bacillus
sp.) ou tratadas com fungicida, ou com salina (testemunha). As
plantas foram conduzidas em casa-de-vegetação, com 4 repetições.
Nos ensaios conduzidos, separadamente, para Bipolaris oryzae
(BO) e Gerlachia oryzae (GO), a inoculação deu-se por aspersão
de esporos, e no ensaio para Rhizoctonia solani (RS), por
infestação do solo. A colheita ocorreu na maturação fisiológica e
os grãos submetidos ao teste do papel filtro. Para BO, os isolados
DFs185 e DFs306 proporcionaram reduções de 34 e 26% do
patógeno. Nos ensaios conduzidos para GO e RS, a incidência
dos mesmos nos grãos, foi nula. No que se refere à presença de
patógenos manchadores de grãos assim como à incidência total de
fungos, nos ensaios conduzidos para BO e RS, maior impacto foi
proporcionado pelo isolado DFs223. No ensaio para GO, os maiores
impactos foram propiciados pelo isolado DFs185 e pelo tratamento
com fungicida. Assim, os isolados utilizados apresentam potencial
de uso, uma vez que o seu efeito ao longo do ciclo possibilitou a
redução do patógeno inoculado bem como de fungos manchadores
nos grãos produzidos. Apoio financeiro CNPq
CBI-031
Inibição de Armillaria sp. por Streptomyces spp. isolados de
rizosfera de Araucaria angustifolia. Vasconcellos RLF, Cardoso
EJBN, Auer CG. Departamento de Ciência do Solo, ESALQ/USP,
Piracicaba, SP, Brasil. ������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Inhibition
of Armillaria sp. by Streptomyces spp. isolated from rhizosphere
of Araucaria angustifolia.
CBI-033
Potencial de Lecanicillium longisporum no controle do oídio da
abobrinha. Santos AP1, Bettiol W2. 1Departamento de Fitopatologia,
UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected].
2
Embrapa Meio Ambiente, 13820-000 Jaguariúna, SP, Brasil. Email: [email protected]. Lecanicillium longisporum for
the control of powdery mildew in zucchini squash.
Seis isolados de Streptomyces sp. (identificados por método
molecular) foram testados quanto à capacidade de inibir o fungo
Armillaria sp., patógeno de coníferas. Extratos retirados do cultivo
dos isolados de estreptomicetos, após dez dias de incubação, em
meio de cultura ISP2, foram esterilizados por filtração e adicionados
em alíquotas de 12,5 ml em erlermeyer contendo mesma quantidade
de meio de cultura Batata Dextrose (BD) líqüido, duas vezes
concentrado. Discos de 6 mm de diâmetro do fungo crescido em BD
Agar foram retirados com ajuda de um furador de rolha e inoculados
nos erlermeyers, sendo dois discos por frasco. O controle foi meio
de cultura BDA completado com meio ISP2, BDA somente e BDA
em pH 8,5. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado
com quatro repetições por tratamento. Após 20 dias de incubação a
22 º C ± 1 foi medido o crescimento do patógeno em mg/dia e o pH
do meio de cultura. Cinco dos seis isolados foram capazes de inibir
o patógeno. Destes, três apresentaram produção de quitinase e dois
algum antibiótico ainda não identificado. Este estudo possui grande
potencial para utilização destes isolados no controle biológico do
fungo Armillaria sp, já que o manejo é ainda a única forma de
controle da doença. Apoio Financeiro: CAPES, FAPESP.
O trabalho teve por objetivo avaliar o potencial de Lecanicillium
longisporum para o controle do oídio da abobrinha causado por
Podosphaera fusca em casa-de-vegetação. Plantas de abobrinha cv.
Caserta foram semeadas em substrato comercial à base de casca de
pinus e latossolo (1:3) adubado de acordo com a recomendação para
a cultura, contido em vasos de 5L em casa-de-vegetação livre do
patógeno. No estádio da primeira folha definitiva as plantas foram
transferidas para casa-de-vegetação com alto potencial de inóculo
e pulverizadas semanalmente com suspensões de esporos de L.
longisporum nas concentrações de 105, 106 e 107 (UFC/ml) diluídos
em água esterilizada e em leite a 10%. Além desses tratamentos foi
utilizado o fungicida fenarimol (0,15ml/L), leite a 10% e água. Para
obter alto potencial de inóculo foram mantidas plantas altamente
infestadas na casa-de-vegetação. As avaliações da severidade da
doença (% de área foliar coberta pelo patógeno) foram realizadas
semanalmente durante 5 semanas. O delineamento experimental
foi inteiramente casualizado com seis repetições. O tratamento com
leite a 10% foi o que apresentou melhor resultado em comparação
aos demais, seguido das concentrações 107 , 106 e 105 (UFC/ml)
diluídos em leite a 10%. Apoio Financeiro: FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
S 139
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-034
Controle biológico da Mancha bacteriana do tomateiro por
rizobactérias. Naue CR, Moura AB, Rocha DJA, Gomes CB. Dpto
de Fitossanidade–UFPel, Pelotas, RS. E-mail:
�������������������������
[email protected].
br. Biological control of tomato bacterial spot by rhizobacteria.
Avaliou-se o potencial de rizobactérias promotoras de crescimento,
sobre a mancha bacteriana do tomateiro. Os isolados DFs1296 e
DFs1315 (Streptomyces), DFs1414, DFs1420, DFs1423 (Bacillus)
e DFs1421 (Pseudomonas) cresceram em meio 523 (28oC/2448h). Sementes (cv. Marmande Gaúcho/Maçã) foram imersas
em suspensão (A540=0,5) de cada isolado e agitadas por 4h/4oC.
As testemunhas foram sementes imersas em solução salina.
Realizaram-se 2 ensaios, nos quais, foram semeadas 5 sementes por
parcela em substrato comercial, em delineamento completamente
casualizado com 6 repetições. Suspensões de Xanthomonas
campestris pv. vesicatoria, foram preparadas (108 UFC/mL) e
inoculadas por pulverização foliar. A inoculação foi realizada
30 dias após o semeio. As avaliações foram realizadas 12 dias
após o aparecimento dos primeiros sintomas. Foram observadas
3 e 4 folhas para o primeiro e segundo ensaio, respectivamente,
utilizando uma escala diagramática. Os 2 experimentos realizados
apresentaram tratamentos eficientes no controle da doença. No
ensaio 1, os tratamentos DFs1420 e DFs1296 apresentaram
reduções significativas na severidade da doença de 60%, quando
comparado com a testemunha. No ensaio 2, o tratamento DFs1420
foi o que apresentou controle significativo da doença 40%, quando
comparado com a testemunha. Desta forma, verifica-se que dois
dos biocontroladores testado apresentam potencial para o controle
da mancha bacteriana.
CBI-035
Ação de rizobactérias promotoras de crescimento sobre fungos
patogênicos do tomateiro Naue CR, Moura AB, Rocha DJA,
Gomes CB. Dpto de Fitossanidade -UFPel, Pelotas, RS. E-mail:
[email protected] Action of growth promoter rhizobacteria
against tomato pathogenic fungi
Avaliou-se in vitro a capacidade de bactérias biocontroladoras
e promotoras de crescimento do tomateiro, sobre os fungos
causadores de doenças foliares. As bactérias DFs 1296 e DFs
1315 (Streptomyces), Dfs1414, DFs1420 e DFs1423 (Bacillus) e
DFs1421 (Pseudomonas) foram crescidas em meio 523 líquido
(28oC/72h) e centrifugados (33320g /15 min.). O sobrenadante foi
coletado, submetido a banho ultrassônico (20 min.), e alíquotas
(100µL) deste líquido foram depositados em 2 cavidades
diametralmente opostas em placas de Petri contendo 10 mL de
BDA. Discos de Alternaria solani (As), Corynespora cassicola
(Cc), Fusarium oxysporum f.sp lycopersici (Fol), Phythophtora
infestans (Pi), Rhizoctonia solani (Rs), Sclerotinia sclerotiorum
(Ss) e Verticillium albo-atrum (Va) foram colocados no centro das
placas. As testemunhas foram placas contendo somente discos de
fungos. As placas foram incubadas a 25oC, exceto para Pi (21oC),
até que o micélio da testemunha atingisse os bordos. Foram usadas
4 repetições, avaliando-se presença ou ausência de inibição de
crescimento micelial. Das 6 bactérias apenas DFs 1296 e DFs 1420
não inibiram nenhum dos fungos. As bactérias que apresentaram
maior potencial inibitório foram DFs 1315 e DFs 1423, controlando
os fungos Pi, Rs e Ss. A bactéria DFs 1421 inibiu os fungos Fol e
Rs e DFs 1414, o gênero Va. Verificou-se que 4 das 6 bactérias
apresentam potencial de biocontrole por antibiose.
S 140
CBI-036
Antagonismo de Clonostachys rosea a Botrytis cinerea em
tomateiro e morangueiro, em diferentes temperaturas e
concentrações de esporos. Macedo PEF, Murta HM, Cota LV,
Silva JC, Maffia LA. Depto. de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG.
e-mail: [email protected]. Antagonism
��������������
of Clonostachys rosea to
Botrytis cinerea in tomato and strawberry plants, under different
temperatures and spore concentrations.
Em vista da importância do mofo cinzento [causado por Botrytis
cinerea (Bc)] e da necessidade de se obter alternativa mais
racional de manejo, vem-se estudando o biocontrole da doença
por Clonostachys rosea (Cr). Avaliou-se o efeito da temperatura
(18 e 26°C) e da concentração de esporos do antagonista (104 e
107 conídios/ml) no antagonismo de Cr a Bc, em tomateiro e
morangueiro. Após aplicação em folhas, quantificou-se a área foliar
colonizada por Cr (AFC) e o número médio de conidióforos de Bc
(NMC). Em ambos os hospedeiros, a presença de Bc não reduziu
a AFC. Com 107 conídios/ml, ocorreu maior AFC e menor NMC
nos dois hospedeiros. A 26ºC a AFC foi maior, e a diferença foi
mais acentuada em morangueiro (incremento de 146% em relação
à 18°C). A 18°C, o NMC foi maior em ambos os hospedeiros.
Também em ambos, com 107 conídios/ml a redução da colonização
de Bc foi maior (73% em morangueiro e 63% em tomateiro).
Considerando os efeitos da temperatura e da concentração de
inóculo na colonização de Cr e seu antagonismo a Bc, postula-se
que, em temperaturas mais baixas, demande-se maior concentração
de conídios do antagonista para que o antagonismo seja eficiente.
Ademais, esses efeitos variam com o hospedeiro. Apoio financeiro:
FAPEMIG e CNPq.
CBI-037
Desenvolvimento in vitro de Fusarium oxysporum f. sp. cubense
em pareamentos consecutivos com rizobactérias. Aguiar FM,
Ribeiro RCF, Xavier AA, Rocha LS, Mizobutsi EH, Santos MG.
Depto. Ciências Agrárias, UNIMONTES, Janaúba, MG, Brasil.
E-mail:[email protected]. Development in vitro Fusarium
oxysporum f. sp. cubense in the consecutive gauge culture with
rhizobacteria.
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da inibição do crescimento
micelial (CM) e esporulação (ES) de Fusarium oxysporum f.
sp. cubense (FOC) em desafios consecutivos com isolados de
rizobactérias. Os isolados de rizobactérias foram multiplicados em
meio “Trypic
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Soy Agar” (TSA)������������������������������������
por 48 h/escuro contínuo�����������
e o fungo
em meio BDA, por sete dias a 25°C/escuro contínuo. No centro de
uma placa contendo meio BDA a rizobactéria foi distribuída em
forma de risca, e na extremidade opostas da risca foi disposto disco
de cinco milímetros contendo micélio de FOC. As placas foram
incubadas a 25°C/escuro, e após sete dias foram realizadas medições
do halo de inibição, CM e ES de FOC. No 10 ensaio foram testados
86 isolados. Micélio de FOC crescidos nas parcelas dos 32 isolados
mais eficientes foram utilizados para montagem do 20 desafio com
os respectivos isolados de rizobactérias. O 20 desafio utilizou-se
a mesma metodologia descrita anteriormente. O delineamento foi
DIC com cinco repetições, cada isolado constituiu num tratamento
e cada placa uma repetição. Observou-se que após o 20 desafio não
houve formação de halo e dos 32 isolados testados 46,48% inibiram
mais que 50% da ES de FOC, e apenas 9,37% apresentaram mais
que 50% de redução do CM. Apoio: FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-038
Resposta diferencial de cultivares de soja quanto à síntese de
gliceolina após exposição de cotilédones a eliciadores bióticos
e abióticos. Freitas MA, Garcia FAO, Godinho MT, Souza NA,
Ferraz HGM, Souza LO, Santiago TR, Barrios FL, Romeiro RS.
UFV – Departamento de Fitopatologia, Viçosa, MG. ��������
E-mail:
[email protected]. Differential response of soybean
cultivars in terms of glyceollin synthesis after exposure to biotic
and abiotic elicitors
Buscou-se verificar se a capacidade de soja em sintetizar fitoalexinas
é função do cultivar. A gliceolina, substância antimicrobiana,
com pico de absorção a 285nm, é uma fitoalexina que plantas de
soja produzem como resposta a estímulos bióticos ou abióticos
(Albersheim & Valent, J. Cell. Biol., 1978), e cuja síntese pode
ser entendida como uma reação de resistência. Cotilédones de
soja (variedades: ‘UFV-18’, ‘IAC-18’, ´F83-817´, ´BRS 264´ e
‘Conquista’.) foram longitudinalmente seccionados e imersos em
solução contendo acyl-benzolar-S-metil (ASM) a 100µg/ml, células
de isolados bacterianos (UFV-53, UFV-75, UFV-172), e ainda
celulas rompida dos mesmos. Para cada tratamento acrecentouse 1 ml dos seguintes antibióticos: Norlaxacin e lincomicina
(200 µg/ml). Após 24 horas, os cotilédones foram removidos, o
líquido centrifugado (10.000g/10 min.) e diluições 1:7 realizadas
e sua absorbância medida a 285nm. Resultados mostraram que
houve diferenças quanto à magnitude de síntese de gliceolina nos
diferentes cultivares. Apoio Fapemig e CNPq.
CBI-039
Antagonismo microbiano detectado em procariotas residentes
de filoplano de soja contra dois patógenos bacterianos da
cultura. Freitas MA, Garcia FAO, Godinho MT, Souza AN
Ferraz HGM, Souza LO, Santiago TR, Barrios FL Romeiro RS.
UFV – Departamento de Fitopatologia, Viçosa, MG. ���������
E-mail [email protected]. Microbial antagonism detected in
soybean prokaryotic phylloplane residents against two bacterial
pathogens of the culture.
De filoplano de plantas sadias de soja isolaram-se 270 procariotas
residentes de filoplano os quais tiveram sua potencialidade
antagonística testada, in vitro, contra P. syringae pv. glycinea
e X. campestris pv. glycines, pelo método de difusão em gel
por dupla camada. Os antagonistas foram repicados para pontos
eqüidistantes de placas de Petri contendo meio 523 de Kado &
Heskett (Phytopath., 1970) e, após crescimento, as colônias foram
mortas por exposição a radiação UV (254nm) e vapores de CHCl3.
Meio semi-sólido contendo propágulos dos patógenos, na faz
exponencial de crescimento, foi vertido de modo a formar uma
sobre camada de 1mm de espessura. Placas foram incubadas a 28oC
e inspecionadas, diariamente, para a presença de halos de inibição.
Alguns dos antagonistas mostraram-se altamente inibitórios às
bactérias, considerado o tamanho observado dos halos de inibição.
Apoio Fapemig e CNPq
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CBI-040
Controle biológico promovido pelo residente de filoplano
Pseudomonas putida contra doenças da parte aérea do
tomateiro, II- Biocontrole experimental da pinta preta. Ferraz
HGM, Souza AN, Garcia FAO, Freitas MA, Godinho MT, Sousa
LO, Santiago TR, Romeiro RS. Departamento de Fitopatologia
– UFV. E-mail: [email protected]. �������������������
Biological control
promoted by the phylloplane resident Pseudomonas putida of
tomato canopy diseases, II – Experimental biocontrol of the early
blight
Plantas de tomate (cv. ‘Santa Clara’) com 30 dias de idade foram
levadas a campo, em um experimento em blocos casualizados,
em que cada parcela era formada de duas linhas de 8 plantas
(espaçamento de 0,5 X 0,8m). Plantas foram pulverizadas com
suspensão (OD540= 0,3) de propágulos do antagonista (uma única
aplicação, sete dias após o transplantio). Como controles foram
usados oxicloreto de cobre (1,6g i.a./L), cloreto de benzalcônio
(0,25mL i.a./L) e plantas não pulverizadas. Nos terços inferior,
médio e superior de cada planta a severidade da pinta preta
(Alternaria solani) foi quantificada com auxílio do programa
Severity Pro 1.0. Duas quantificações da doença, espaçadas de
uma semana, indicaram que o agente de biocontrole foi eficaz em
reduzir o progresso da doença. Apoio: Fapemig e CNPq.
CBI-041
Controle biológico promovido pelo residente de filoplano
Pseudomonas putida contra doenças da parte aérea do tomateiro,
III- Biocontrole experimental da requeima. Ferraz HGM, Souza
AN, Garcia FAO, Freitas MA, Godinho MT, Sousa LO, Santiago
TR, Romeiro RS. Departamento de Fitopatologia – UFV. ��
Email: [email protected]. Biological control promoted by
the phylloplane resident Pseudomonas putida of tomato canopy
diseases, II – Experimental biocontrol of the late blight
Plantas de tomate da cultivar ‘Santa Clara’ foram transplantadas
para campo, aos 30 dias, de modo a se ter um experimento em blocos
inteiramente casualizados, com 4 repetições por tratamento, em que
a parcela útil era formada por 12 plantas, em espaçamento 0,5 X
0,8m. Os tratamentos foram: 1- Plantas pulverizadas semanalmente
com oxicloreto de cobre (3g do produto comercial/L); 2- Plantas
pulverizadas semanalmente com cloreto de benzalcônio (2,5mL
/L); 3- Plantas pulverizadas com suspensão contendo propágulos
do antagonista OD540= 0,3 , em única aplicação (uma semana
após o transplantio); 4- Plantas não pulverizadas (testemunha). As
plantas foram divididas em três terços, sendo que em cada terço foi
quantificado a área foliar lesionada pelo patógeno Phytophthora
infestans, utilizando o programa Severity Pro 1.0. Foram realizadas
duas quantificações da doença espaçadas de 3 dias. A análise dos
dados indicou que o agente de biocontrole reduziu o progresso da
doença. Apoio: Fapemig e CNPq.
S 141
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-042
Promoção de crescimento em mudas de algodoeiro mediada por
actinomicetos. Schneider DS, Macagnan D. CEFET-Rio Verde. Email: [email protected]. Growth promotion in cotton
seedlings by actinomycetes.
Rizobactérias promotoras de crescimento e indutoras de resistência
são uma alternativa para a redução do uso de agrotóxicos no
algodoeiro. Amostras de solo foram coletadas no município de
Rio Verde as quais foram depositadas em vasos e semeadas com a
variedade de algodoeiro BRS Aroeira. As plântulas, com 20 dias de
idade, tiveram o seu sistema radicular excisado e a flora microbiana,
a eles associada, foi extraída. Alíquotas do extrato, obtido por
agitação do sistema radicular em água esterilizada, sendo semeadas
em meio extrato de solo. Após incubação por 96 h colônias típicas
de actinomicetos foram repicadas num total de 40. Para a seleção
massal, os microrganismos foram cultivados por 120 h em meio
BDA sólido e os esporos suspendidos em água de torneira até
uma A540= 1. Sementes de algodoeiro da variedade Delta oppal
foram imersas nesta suspensão de esporos onde permaneceram
por uma noite e semeados em substrato esterilizado. As plantas
foram cultivadas em casa de vegetação, por 30 dias quando foram
avaliadas quanto a sua altura, massa fresca e massa seca. O ensaio
foi repetido três vezes no tempo. Destacaram-se os 5 isolados mais
eficientes A1, A46, A12, A26, A11, os quais serão avaliados quanto
a capacidade de protegerem mudas de algodoeiro contra a infecção
por Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum Ramularia areola e
Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides. Apoio Financeiro:
CNPq.
CBI-044
Efeito de resíduos orgânicos sobre o crescimento micelial de
Cylindrocladium spathiphylli em substrato de cultivo. Visconti
A1, Bettiol W2. 1Departamento de Proteção de Plantas, Unesp/FCA,
Botucatu, SP e Epagri, EEI, Itajai, SC, Brasil. 2Embrapa Meio
Ambiente, Jaguariúna, SP, Brasil. E-mail: [email protected].
Effect of organic wastes on the micelial growth of Cylindrocladium
spathiphylli in potting-mix.
O efeito supressivo da incorporação de resíduos orgânicos
ao substrato MULTIPLANT, utilizado para a produção de
Spathiphillum, foi avaliado por meio do crescimento micelial de
C. spathiphylli. Os resíduos [hidrolisado de peixe (HP), cama de
aves (CA), torta de mamona (MA), casca de camarão (CC), lodo de
esgoto (LE) e esterco bovino (EB)] foram incorporados ao substrato
nas concentrações de 0, 5, 10, 15, 20 e 25% (v/v). As misturas foram
transferidas para o fundo de placas de Petri em camadas de 0,3mm
e esterilizadas e não esterilizadas em autoclave a 120°C, 1 atm por
20 min. Em seguida, uma fina camada de meio AA (Ágar-Água) foi
vertida sobre a mistura. Após 24h foi transferido, para o centro das
placas, um disco de 8mm de BDA contendo micélio do patógeno.
As placas foram seladas com filme de polietileno e mantidas a 25°C
± 2. Diariamente avaliou-se o crescimento micelial do patógeno. O
hidrolisado de peixe a 15, 20 e 25%, esterilizado e não esterilizado,
bem como a torta de mamona e a casca de camarão a 25%, quando
não esterilizadas, inibiram completamente o crescimento micelial.
CBI-043
Bactérias endosporogênicas como promotoras de crescimento
em plantas de algodoeiro. Schneider DS, Macagnan D. CEFETRio Verde. ����������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Isolation and
selection of endosporogenic bacteria to growth promotion on
cotton.
CBI-045
Potencial uso de Trichoderma spp. para o biocontrole de
Fusarium solani em maracujazeiro. Vaz AB, São José AR,
Santos A, Novaes QS. Departamento de Fitotecnia e Zootecnia,
UESB, Vitória da Conquista, BA, Brasil. E-mail:
�����������������
nine_vaz@
yahoo.com.br. Potential use of Trichoderma spp. for the biocontrol
of Fusarium solani on passion flower.
Rizobactérias promotoras de crescimento e indutoras de resistência
são uma alternativa para a redução do uso de agrotóxicos no
algodoeiro. Amostras de solo foram coletadas no município de
Rio Verde as quais foram depositadas em vasos e semeadas com
a variedade de algodoeiro BRS Aroeira. As plântulas, com 20
dias de idade, tiveram o seu sistema radicular excisado e a flora
microbiana, a eles associada, foi extraída. Alíquotas do extrato,
obtido por agitação do sistema radicular em água esterilizada,
foram submetidas a tratamento térmico (80 oC/15 min.) sendo
semeadas sobre meio BDA. Após incubação por 48 h. colônias
típicas de bactérias endosporogênicas foram repicadas num total
de 90. Para a seleção massal, os microrganismos foram cultivados
por 24 h em meio BDA sólido e suspendidos em água de torneira
até uma A540= 1. Sementes de algodoeiro da variedade Delta oppal
foram microbiolizadas com estes microrganismos e semeados em
substrato esterilizado. As plantas foram cultivadas em casa de
vegetação por 30 dias, sendo em seguida avaliadas quanto a sua
altura, massa fresca e massa seca. O ensaio foi repetido três vezes no
tempo. Destacaram-se os 5 isolados mais eficientes B25, B64, B53,
B13, B19, os quais estão sendo avaliados quanto a capacidade de
protegerem mudas de algodoeiro contra a infecção por Ramularia
areola e Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides.Apoio
Financeiro: CNPq.
A podridão de colo e raízes, causada pelo Fusarium solani, é uma
das principais doenças do maracujazeiro. Neste trabalho objetivouse avaliar o efeito in vitro de Trichoderma spp. ao F. solani.
Foram utilizadas quatro espécies de Trichoderma (T. harzianum,
T.viride, T. virens e T. stromaticum) e quatro isolados do F. solani
de diferentes regiões da Bahia (Caraíbas, Contendas, Suçuarana e
Vitória da Conquista). Todos os fungos foram isolados em meio de
cultura BDA. Discos de 7 mm de diâmetro, dos antagonistas, foram
retirados separadamente, e colocados em placas de Petri, contendo
o mesmo meio, em uma das laterais. Na outra extremidade foi
colocado um disco de igual tamanho, contendo o respectivo
isolado do patógeno, formando assim, o pareamento das colônias.
As placas foram incubadas em BOD a 25°C por dez dias, medindose diariamente o crescimento radial das colônias. O delineamento
experimental foi o inteiramente casualizado, com cinco repetições.
As espécies de Trichoderma inibiram significativamente todos
os isolados de F. solani. A percentagem de inibição das espécies
de Trichoderma sobre os isolados de F. solani, com base no
crescimento micelial, foram: T. harzianum (76,0 a 87,2); T. viride
(67,8 a 85,8); T.virens (67,4 a 92,1) e T. stromaticum (56,1 a 76,3).
Os resultados obtidos apontam um grande potencial de controle
de F. solani do maracujazeiro utilizando espécies de Trichoderma.
Apoio financeiro: FAPESB
S 142
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-046
Utilização de Trichoderma spp. no controle de fitonematóides
em cana-de-açúcar. Bernardes EHN, Shimokomaki FA, Machado
JRA, Lapera CI. Laboratório de Microbiologia, FEIT – UEMG,
Ituiutaba, MG, Brasil. �����������������������������������������
E-mail: [email protected]. Application as
of Trichoderma spp. at the controls of plant nematodes in sugar
cane
Esporos do fungo Trichoderma harzianum, foram utilizados para
avaliar sua eficiência no controle de fitonematóides em canade-açúcar. Os tratamentos utilizados foram: T1 = 1 L do produto
comercial (“Trichodermil”)/ha com aplicação total no sulco de
plantio; T2 = 1,5 L do produto comercial/ha com aplicação de 1 L
no sulco de plantio e 0,5 L 30 dias após a primeira aplicação; T3
= 2,0 L do produto comercial/ha com aplicação de 1 L no sulco
de plantio, mais 1 L 30 dias após a primeira aplicação; T4 = 2L
do produto comercial/ha com aplicação total no sulco de plantio;
T5 = Testemunha (sem aplicação de produto); T6 = aplicação de
nematicida (Carbofuran) 6,5 L/ha; cada um com cinco linhas de
10 metros e cinco repetições, espaçamento entre linhas de 1,40 m.
Foram realizadas 3 avaliações: a 1ª no dia do plantio, a 2ª 30 dias
após o plantio e a 3ª e última aos 90 dias após o plantio. Neste
trabalho, não houve diferença significativa ao nível de 5% pelo
teste de Tukey entre os tratamentos, considerando, portanto que o
controle realizado com Trichoderma spp. não difere do tratamento
químico, sendo, desta forma uma alternativa no manejo da
população de nematóides.
CBI-047
Efeito de isolados de Bacillus spp. sobre Fusarium oxysporum
f. sp. tracheiphilum in vitro. Carnaúba JP, Melo AP, Gomes WA,
Silva VM, Laranjeira D. Fitossanidade, UFRPE, Recife, PE. ��
Email: [email protected]. Effect of Bacillus isolates on F.
oxysporum f. sp. tracheiphilum.
A murcha-de-fusário do caupi (F. oxysporum f. sp. tracheiphilum/
FOT) é uma doença que pode causar danos significativos em
áreas de produção do NE. O objetivo deste trabalho foi avaliar o
efeito de Bacillus spp., sobre a germinação (G) e o crescimento
micelial (CM) de FOT. Os isolados de Bacillus foram obtidos
por isolamento seletivo a partir de raízes de caupi e testados para
HR em fumo. Foram testados 12 isolados + Test, onde 0,1 mL
da suspensão (0,52A) foi espalhada em placas (BDA) com uma
alça de Drigalski e em seguida, alíquotas da suspensão de FOT
(106esporos/mL) foram depositadas em pontos eqüidistantes.
Também foram efetuados pareamentos com 2 discos de FOT
e uma risca das bactérias entre os discos. O delineamento foi
inteiramente ao acaso com 13 tratamentos e 5 reps. A avaliação
da G foi realizada após 12 h pela observação de 100 esporos/rep,
sendo quantificada a % de esporos germinados, enquanto o CM
foi avaliado após 72 h pela presença de halo de inibição. Os dados
foram submetidos à anova e as médias comparadas pelo teste de
Scott-Knott (P=0.05). Apenas os isolados 7 e 12 não diferiram da
testemunha (G), enquanto os isolados 4, 5, 8 e 9 apresentaram as
menores % de G (0 a 3,6%). Além disso, apenas os isolados 8 e 9
apresentaram formação de halo de inibição, sugerindo a antibiose
como mecanismo de biocontrole. Apoio financeiro: CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CBI-048
Efeito de rizobactérias isoladas de plantas antagonistas a
nematóides sobre Meloidogyne exigua na cultura do cafeeiro
(Coffea arabica). Almeida VS, Ferreira FC, Costa MA, Ferraz
S, Freitas LG. Depto. de Fitopatologia, Universidade Federal de
Viçosa, Viçosa-MG; e-mail: [email protected]. Effect
of rihzobacteria isolated from nematode antagonistc plants on
Meloidogyne exigua on coffee crop (Coffea arabica).
Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de
rizobactérias isoladas de plantas antagonistas para o controle de
Meloidogyne exigua. Rizobactérias isoladas de Mucuna pruriens
var utilis e Crotalaria spectabilis foram testadas para o controle
de Meloidogyne javanica na cultura do tomateiro e as sete mais
eficientes foram utilizadas para o controle de Meloidogyne exigua
na cultura do cafeeiro. Foram utilizadas mudas de cafeeiro em
vasos de 1 L com mistura de solo e areia 1:1 (v:v). Suspensões
de rizobactérias foram obtidas através da adição de solução salina
0,85% em placas com as colônias, que foram raspadas com alça
de Drigalsky. Foram aplicados, ao solo de cada muda, 50 mL
de suspensão bacteriana DO540= 1,2 a 1,3 de cada isolado. Após
15 dias, o solo de cada vaso foi infestado com 3.000 ovos de
Meloidogyne exigua e após mais 15 dias, repetiu-se aplicação da
suspensão bacteriana no solo. Decorridos 90 dias, avaliou-se o
peso da parte aérea, a altura da plantas e os números de galhas e de
ovos por sistema radicular. Não houve diferença significativa entre
o controle e os tratamentos para o peso da parte aérea e altura das
plantas. Dos sete isolados avaliados três e quatro foram eficientes
em reduzir de 37 a 59% o número de galhas e de 39 a 63% o
número de ovos por sistema radicular, respectivamente, em relação
ao controle. APOIO: FAPEMIG.
CBI-049
Efeito do extrato aquoso de folhas de Nim no desenvolvimento
de Fusarium oxysporum f. sp. cubense. Santos MG, Xavier AA,
Silva LS, Silveira EKCP, Aguiar FM, Ribeiro RCF, Mizobutsi, EH.
Depto. Ciências Agrárias, UNIMONTES, Janaúba, MG, Brasil. Email:[email protected]. Effect of aqueous extract of leaves of
neem in the development of Fusarium oxysporum f.sp. cubense.
Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito do extrato aquoso de
folhas de nim in natura (EN) e em pó (EP), no crescimento micelial
(CM) e esporulação (ES) de Fusarium oxysporum f. sp. cubense
(FOC). Para o preparo do EN, adicionaram-se 200 g de folhas a
1L de água destilada o qual foi triturada em liquidificador por 3
minutos e filtrada em gaze. Preparou-se EP a partir de folhas de nim
secas à sombra e moída. A mistura de 200 g do pó em 1L de água
destilada foi mantida em repouso, a 25οC em escuro contínuo/24
hs e filtrada em gase. Os extratos foram adicionados a 100 mL do
meio BDA de forma que o meio atingisse as concentrações de 1,19;
1,74; 2,27; 2,77 e 3,26%. Apenas o EP foi autoclavado. No centro
de placas contendo o meio + as concentrações de nim depositou-se
um disco de 5 mm de diâmetro da colônia de FOC as quais foram
incubadas por sete dias a 25οC e escuro contínuo. Utilizou-se DIC
constituído por 10 tratamentos e cinco repetições. A testemunha
constou apenas do meio BDA sem extrato. Avaliaram-se CM e ES
e ajustou-se o modelo quadrático para as duas variáveis, mostrando
uma tendência de redução destas variáveis com aumento das
concentração. Exceção apenas para o tratamento EP que apresentou
tendência de aumento de ES com aumento das concentrações.
Apoio financeiro: FAPEMIG.
S 143
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-050
Estudo do Antagonismo de Trichoderma harzianum, a
Colletotrichum acutatum in vitro. Coimbra DH, Mendes LS,
Machado JRA, Carvalho LA. Centro Universitário de Patos
de Minas – UNIPAM, MG. In vitro study of the antagonism of
Trichoderma harzianum to Colletotrichum acutatum.
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do Trichoderma
harzianum sobre Colletotrichum acutatum in vitro em diferentes
diluições. O experimento foi conduzido no Laboratório de
Fitopatologia do Campus I, do Centro Universitário de Patos de
Minas, utilizando o TRICHODERMIL SC® (fungicida biológico a
base de T. harzianum) e analisado por Delineamento Inteiramente
Casualizado (DIC). O C. acutatum foi isolado do fruto do
morangueiro com os sintomas do mesmo e repicado em meio de
BDA. Para a inoculação dos fungos em placas foi colocado um
disco de papel filtro de aproximadamente 9mm imerso em solução
de T. harzianum em uma das extremidades e na outra extremidade,
um pedaço de aproximadamente 9mm de meio de cultura
colonizado por C. acutatum. Os tratamentos foram Colletotrichum
+ Trichoderma variando a concentração de esporos por mL de
Trichoderma, onde T1 foi de 2 x 109, T2 1,5 x 108, T3 1 x 108 e T4
foi a testemunha, na qual utilizou-se apenas Colletotrichum. Como
critério de avaliação foi feito a medição das colônias no décimo
dia, e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott a nível de 5%.
O tamanho das colônias variou de 2,72cm a 3,13cm e a testemunha
foi de 6,72cm, onde as médias não diferiram estatisticamente entre
si. De posse dos resultados pode-se concluir que, o Trichoderma
harzianum inibiu o desenvolvimento do Colletotrichum acutatum
in vitro.
CBI-051
Mapeamento da dispersão de Botrytis cinerea e de Clonostachys
rosea. Marques GVT, Cota LV, Maffia LA, Mizubuti ESG.
Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail:
[email protected]. Mapping of dispersal of Botrytis cinerea and
Clonostachys rosea.
Em programa de controle biológico de B. cinerea, obtiveram-se
isolados de C. rosea eficientes como antagonistas ao patógeno.
Estabeleceram-se experimentos de campo, para avaliar a capacidade
de dispersão de ambos os fungos em cultivo de morango. No centro
de parcelas de 20 e 10m de comprimento, para B. cinerea e C.
rosea respectivamente, introduziram-se fontes de inóculo (frutos
e hastes de morangueiro com esporulação do patógeno ou grãos
de trigo com esporulação do antagonista). Em intervalos semanais,
e a cada 0,30m a partir das fontes, avaliou-se a colonização foliar
por ambos os fungos, bem como a incidência do mofo cinzento
em flores e frutos. Com o software Arc Gis 9.2, espacializaram-se
os dados espaço-temporais e se obtiveram imagens e mapas com
a ferramenta Spatial Analyst. Nas imagens, definiram-se escalas
de cores para identificar as regiões com maior concentração de
cada fungo, bem como o efeito do vento na dinâmica espacial de
ambos. Comparativamente a B. cinerea, a dispersão de C. rosea é
mais restrita e mais afetada pelo vento. Assim, para ser eficiente no
biocontrole do patógeno, C. rosea deve ser aplicado em toda a área
de cultivo de morango. Apoio financeiro: CNPq e FAPEMIG.
S 144
CBI-052
Bioensaios para avaliação da potencialidade antagonística
de rizobactérias contra Pyricularia grisea. Neves DMS1,
Filippi MC2, Viana HF3. 1UEG, Palmeiras de Goiás, GO, Brasil;
2
Embrapa Arroz e Feijão, Sto. Antônio de Goiás, GO, Brasil. 3UniAnhanguera, Goiânia, GO, Brasil. e-mail: [email protected].
br. Antagonistic potentiality of rizobacteria against Pyricularia
grisea bioassays.
Buscando-se microrganismos com potencial de biocontrole à
brusone, foram isolados 150 procariotos provenientes de solo de
rizosfera e rizoplano de plantas sadias de arroz, em cultivo de 1º ano.
Os isolados estão sendo avaliados quanto à capacidade antagonística
frente a P. grisea, através de uma triagem massal das culturas
obtidas realizando-se testes de antibiose direta pelos métodos de
dupla camada e estrias, produção de compostos inibidores voláteis
e inibição da germinação de esporos. As avaliações consistem em
observação visual do aparecimento de halo de inibição na periferia
da colônia bacteriana, da capacidade de crescimento do desafiante,
quando confrontado com substâncias voláteis produzidas pelo
antagonista e pela contagem, sob microscopia ótica, do número de
esporos germinados. Os ensaios realizados estão sendo combinados
a experimentos em casa de vegetação, com vistas à seleção de
antagonistas promissores no biocontrole da brusone do arroz.
CBI-053
Óleo de nim (Azadirachta indica) estimula o crescimento micelial
de agentes de biocontrole. Mattos LPV1, Morais LAS2, Bettiol W2.
1
UNESP/FCA, Botucatu, SP. 2Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna,
SP. ���������������������������������
E-mail: [email protected]. Neen oil (Azadirachta
indica) increase mycelia growth of biocontrol agents.
A mistura de tanque de agentes de biocontrole com óleos para o
controle de doenças e pragas é uma prática que reduz os custos
de aplicação. Assim, há necessidade de se conhecer os efeitos dos
óleos utilizados no controle de pragas e doenças sobre os agentes
de biocontrole. No presente trabalho foi avaliado o efeito do óleo
de nim, incorporado ao meio BDA (Batata-dextrose-ágar) nas
concentrações de 0, 1, 10, 100, 1.000, 10.000 e 100.000 ppm, sobre
o crescimento micelial de Metarhizium anisopliae, Beauveria
bassiana, Trichoderma harzianum e Lecanicillium lecanii. O
óleo de nim foi adicionado ao meio antes e após a esterilização
em autoclave por 20 min. e 1 atm. Na parte central das placas de
Petri contendo os meios foi transferido um disco de micélio dos
agentes de biocontrole e mantidas em sala de incubação a 27 ± 2°C.
O crescimento da colônia foi avaliado diariamente por seis dias,
considerando dois sentidos do diâmetro. Cada placa correspondeu
a uma repetição sendo cinco placas por tratamento. O óleo de nim
adicionado antes da autoclavagem nas concentrações de 10.000 e
100.000 ppm estimulou o crescimento micelial de todos os agentes
de biocontrole. Porém, o óleo adicionado após a autoclavagem não
apresentou efeito sobre o crescimento dos antagonistas.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-054
Uso de Epicoccum sp. e de óleo de eucalipto como inibidores
do processo de formação de apressórios de Pyricularia grisea.
Gonçalves FJ1, Xavier D S2, Araújo LG2, Filippi MC4, Prabhu AS4.
1
Mestrado-UFG-GO; 2UniAnhanguera-GO; 4Embrapa Arroz e
Feijão, GO. ���������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Inhibition
of Pyricularia grisea apressorium formation by Epicoccum sp and
eucalypti oil
O uso de antagonistas e a exploração da atividade biológica dos
óleos essenciais podem ser consideradas alternativas viáveis para
o controle de doenças de plantas, principalmente em sistemas de
produção orgânica. Buscando inibidores da formação de apressórios
de Pyricularia grisea, agente causal da brusone em arroz, foram
conduzidos dois ensaios em laboratório, os quais consistiram de três
tratamentos: 1) suspensão de conídios de P. grisea; 2) suspensão de
conídios de P. grisea misturada ao filtrado de Epicoccum sp; 3)
suspensão de conídios de P. grisea misturada ao óleo essencial de
eucalipto. No ensaio in vitro foram depositadas gotas de 10µl de
cada tratamentos sobre uma superfície artificial indutiva, mantida
sob condições de câmara úmida por 24 horas e o ensaio in vivo
consistiu na deposição de gotas de 10 µl dos mesmos tratamentos na
face adaxial de folhas destacadas de arroz, mantidas sob condições
de câmara úmida, por 24 horas. As avaliações e comparações do
processo de formação do apressório foram feitas 4, 6, 8 e 12 horas
após a indução da formação do mesmo, utilizando-se microscópio
óptico. Os resultados preliminares indicam que há inibição in
vitro de P. grisea nos dois tratamentos avaliados. A obtenção dos
resultados do ensaio in vivo encontram-se em andamento.
CBI-055
Avaliação in vitro do antagonismo e interação de hifas entre
Trichoderma spp. e diferentes isolados fúngicos da região
Amazônica. Lustosa DC, Santos MS, Silva GB. Instituto de Ciências
Agrárias, UFRA, Belém, PA, Brasil. E-mail:
����������������������
deniselustosa@
yahoo.com.br. Evaluation in vitro of antagonism and interaction of
hyphae between Trichoderma spp. and different fungal isolates of
the Amazon region.
Testou-se isolados de Trichoderma oriundos de solos da AM e PA, no
antagonismo a fungos de essências florestais da região Amazônica
e de plantas cultivadas (Colletotrichum sp. de Morinda citrifolia,
Annona muricata e Prunus domestica; Fusarium sp. de Ananas
comosus; Pestalotiopsis sp. de Mauritia flexuosa; Phytophthora
sp. de Hevea brasiliensis; Polynemo sp. de Vismia guianensis e
Rhizoctonia solani de Oryza sativa). Avaliou-se o confrontamento
direto pelo pareamento em placas de Petri do agente de biocontrole
e dos fitopatógenos medindo-se o diâmetro das colônias dos fungos,
aos sete dias após a incubação, e a interação de hifas entre esses,
observando-se sob microscópio óptico, as lâminas preparadas com
as lamínulas retiradas entre as colônias dos isolados confrontados,
aos oito dias após a incubação. Trichoderma sp. inibiu o crescimento
micelial de seis dos isolados fúngicos, apresentando diâmetro
de colônia semelhante com R. solani e Colletotrichum sp. (M.
citrifolia). A interação de hifas foi observada entre Trichoderma
sp. e R. solani, Fusarium e Colletotrichum (P. domestica). Apoio
Finaceiro: CNPq/Finep/Rede CT Petro Amazônia.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CBI-056
Densidade de inóculo e tamanho de escleródios em lavoura
comercial de soja, naturalmente infestada por Sclerotinia
sclerotiorum. Görgen CA1, Civardi EA 1, Silveira Neto AN1,
Carneiro LC1, Lobo Junior M2 1Programa de Pós Graduação em
Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Jataí, GO. 2Embrapa
Arroz e Feijão, S. Antônio de Goiás, GO. E-mail:
����������������������
claudiagorgen@
hotmail.com. Inoculum density and sclerotia size, on a soybean
commercial field naturally infested with Sclerotinia sclerotiorum.
Foram obtidas amostras de solo em lavoura comercial de soja
infestada por Sclerotinia sclerotiorum, no município de Jataí (GO),
para a recuperação de escleródios do patógeno. A incidência do
mofo branco nesta área foi em média superior a 60% de plantas
infectadas. As amostras determinaram o inóculo inicial de S.
sclerotiorum em um experimento delineado em DBC no esquema
parcelas subdivididas com 4 repetições num total de 64 unidades
experimentais de 52,5m2. Com uma moldura de madeira de 0,5
x 0,5m jogada aleatoriamente em cada sub-parcela foi coletado
o solo a uma profundidade de 5cm em 3 repetições por parcela,
num total de 192 amostras de solo coletadas. O solo coletado foi
peneirado em telas de diferentes malhas de 6, 10 e 18 MPL (malha
por polegada linear). Os escleródios foram separados do solo por
catação manual, obtendo-se 5.917 escleródios. Foram quantificados
256 escleródios com menos de 2mm, sendo que o menor escleródio
encontrado tinha 0,5 x 0,5 mm. A germinação carpogênica de
escleródios menores que 2mm foi verificada em campo, durante o
florescimento da cultura da soja. Posteriormente, serão aplicados
na área tratamentos nas parcelas com milho safrinha consorciado
ou não com Brachiaria ruziziensis e nas sub-parcelas doses de
Trichoderma harzianum em diferentes épocas.
CBI-057
Protocolo para obtenção de ascósporos viáveis e infectivos de
Coccodiella miconiae, agente etiológico da pústula amarela em
Miconia calvescens. Alves JL, Barreto RW. DFP-UFV, Viçosa,MG.
E-mail [email protected]. A protocol for obtaining viable
and infective ascospores of Coccodiella miconiae, the etiological
agent of yellow-pustule disease of Miconia calvescens.
Miconia calvescens, melastomatácea arbórea, nativa da América
Tropical, tornou invasora em ilhas do Pacífico após sua introdução
como ornamental. Coccodiella miconiae tem sido estudado como
potencial agente de controle biológico clássico. Embora no Brasil
este fungo ocorra ao longo do ano no campo, sua manipulação sob
condições controladas se mostrou muito difícil. Produz ascósporos
dentro de peritécios imersos em estromas e os ascósporos obtidos
para uso em inoculações e demais estudos eram incapazes de
germinar ou infectar M. calvescens. Como resultado de um longo
estudo, envolvendo numerosos ensaios, concluiu-se que, não há
um mecanismo de dormência ou um fator endógeno ou exógeno
que iniba a germinação. A inibição de germinação parece ter
relação com substâncias presentes no estroma. Para a obtenção de
inóculo infectivo em abundância deve-se: 1- colher folhas frescas
infectadas com o fungo; 2- selecionar e retirar estromas sadios do
fungo; 3- obter ascósporos por suspensão de estromas em água em
agitação; 4- para observações in vitro incubar os ascósporos obtidos
após a ejeção a 25ºC sob fotoperíodo de 12hs, para observações
in vivo inocular plantas-teste imediatamente. Agora há razões
para otimismo no uso deste fitopatógeno no biocontrole de M.
calvescens. Apoio Financeiro: FAPEMIG.
S 145
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-058
Compatibilidade in vitro de Trichoderma harzianum a fungicidas
utilizados na cultura do feijoeiro. Silva WF, Machado JRA;
Caixeta CF, Silva CC. Laboratório de Fitopatologia, UNIPAM,
Patos de Minas, MG, Brasil. E–mail:
����������������������������������
[email protected].
Compatibility in vitro, Trichoderma harzianum fungicides used in
the cultivation bean.
Produtos fitossanitários usados em conjunto com biocontroladores,
pode ser uma alternativa econômica e eficiente no desenvolvimento
de uma agricultura sustentável, no entanto alguns produtos podem
interferir no crescimento vegetativo dos fungos antagonistas. O
presente trabalho tem como objetivo avaliar a compatibilidade do
fungo Trichoderma harzianum in vitro aos fungicidas procimidone,
tiofanato metílico e carboxin - thiran. O delineamento foi
inteiramente casualizado com 4 tratamentos e 5 repetições cada.
Foi adicionado uma alíquota de 1,0mL de cada suspensão dos
fungicidas na máxima dosagem recomenda pelo fabricante, dobro
e triplo desta dose, para 100 mL de meio de cultura fundente
(BDA), as quais forma inoculados discos de 8mm contendo o
fungo antagonista. Os tratamentos foram mantidos na BOD a
25ºC e fotoperiodo de 12 horas. As avaliações do crescimento
micelial foram realizadas a cada 48 horas, até a estabilização do
crescimento do inóculo. Os dados foram submetidos à análise
variância e as médias comparadas pelo Teste Scott-Knott. De modo
geral, os fungicidas procimidone e carboxin – thiran afetaram o
crescimento do fungo Trichoderma harzianum, mas não impediu
o seu desenvolvimento e possivelmente não afetará sua atuação no
biocontrole. O tiofanato metílico impediu o crescimento micelial
do fungo Trichoderma harzianum comprometendo a sua atuação.
CBI-060
Tratamento biológico de sementes de algodão contaminadas
por Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides no manejo
do tombamento. Santos Neto H, Souza RM, Ferro HM, Medeiros
FHV, Pomella AWV, Machado JC, Zanotto E, Dornelas GA.
UFLA, DFP, Lavras, MG, Sementes Farroupilha, Patos de Minas,
MG. E-mail:
��������������������������������������������������������
[email protected]. Biological cotton seed
treatment to manage seedborne Colletotrichum gossypii var.
cephalosporioides mediated damping-off.
Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (Cgc), agente
etiológico do tombamento e ramulose, têm a semente como a mais
importante fonte de inóculo primário. Portanto, o objetivo desse
trabalho foi testar isolados de Bacillus spp., pré-selecionados para
o controle de doenças do algodoeiro e promoção de crescimento,
no tratamento biológico de sementes contaminadas com Cgc.
Suspensões de Bacillus spp., na concentração de 108 ufc/mL foram
usadas para o tratamento de sementes inoculadas com Cgc e as
plântulas avaliadas quanto à severidade da doença aos 6, 9 e 12
dias após o plantio. Foram observados três grupos de significância.
No primeiro, Bacillus subtilis UFLA285 e B. subtilis ALB629
reduziram a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD)
em 30 e 29% em relação à testemunha e no segundo grupo de 13 a
7,5%. O isolado Bacillus sp. UFLA29, terceiro grupo, não diferiu
da testemunha. Portanto, isolados de Bacillus spp. representam
uma alternativa para o tratamento de sementes de algodão visando
ao controle de tombamento e ramulose. Apoio financeiro: CNPq,
FAPEMIG.
CBI-059
Utilização de Trichoderma sp. na produção de mudas de café.
Gomes CS, Silva WF, Machado JRA. Laboratório de Fitopatologia,
UNIPAM, Patos de Minas, MG, Brasil. ������������������������
E–mail: cleberagronomia@
yahoo.com.br. Use of Trichoderma in production of coffee
seedlings.
CBI-061
Controle integrado de Penicillium digitatum por meio de agentes
de biocontrole e fungicidas, na prevenção de frutos cítricos.
Moretto C, Cervantes ALL, Perassoli GMC, Convento BB, Filho
AB, Kupper KC. Instituto Biológico São Paulo, SP, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected].
O presente trabalho tem como objetivo avaliar o desenvolvimento
da planta, quanto ao crescimento radicular, foliar, produção de
massa seca e ocorrência de doenças. Utilizou-se 50 mudas de
café Coffea arabica variedade Catuaí vermelho, submetidas os
tratamentos com suspensão de Trichoderma sp. o delineamento foi
inteiramente casualizado com 5 tratamentos onde (T1) testemunha;
(T2) utilização de 1 L/haˉ ¹ de Trichoderma + 0,28 ml de ácido
pirolenhoso; (T3) utilização de 1, 250 L/haˉ ¹ de Trichoderma +
0,35 ml de ácido pirolenhoso; (T4) utilização de 1, 5 L/haˉ ¹ de
Trichoderma + 0,42 ml de ácido pirolenhoso; (T5) utilização de
1,750 L/haˉ ¹ de Trichoderma + 0,50 ml de ácido pirolenhoso; em
10 repetições cada. Os dados foram submetidos à análise variância
e as médias comparadas pelo Teste Scott-Knott a 5%. Com relação
à incidência de doenças o experimento, demonstrou a ausência de
qualquer patógeno. As sementes submetidas aos diversos tratamentos
não tiveram o mesmo desempenho nos testes de comprimento da
parte aérea e raiz e nos testes de massa seca. Não foi observado
efeito significativo nestas variáveis nos seguintes tratamentos: T2,
T3, T4. Mas, em comparação ao tratamento T1 (testemunha) com
relação ao tratamento T5 observou-se um efeito significativo nestas
variáveis com relação ao desempenho do Trichoderma, pois nestas
plantas observou-se uma considerável promoção do crescimento e
vigor das plantas submetidas ao tratamento com esse fungo.
As doenças de pós-colheita ocasionam perdas com significativos
impactos econômicos, principalmente, em países em
desenvolvimento. Dentre tais doenças, o bolor verde causado
por P. digitatum é uma das mais importantes. O objetivo deste
trabalho foi utilizar agentes de biocontrole, associados ou não ao
fungicida de modo preventivo, visando reduzir ou isentar o uso de
produtos químicos. Para o desenvolvimento deste trabalho foram
testados isolados de Bacillus subtilis (ACBs 69 e 84) e isolados
de Saccharomyces cerevisiae (CR-1 e K-1). Frutos de lima ácida
‘Tahiti’ foram lavados, esterilizados, feridos e inoculados com
suspensões de P. digitatum (105 esporos/mL) 24 horas após os
tratamentos. Suspensões dos antagonistas (108 ufc/mL) foram
aplicadas separadamente ou, em mistura, com o fungicida imazalil
nas respectivas doses: 0,2; 0,1 e 0,05% (v/v). As testemunhas
corresponderam aos frutos: inoculados e tratados com fungicida
(0,2%); inoculados e tratados com água e frutos sem inoculação
e sem tratamentos. O armazenamento dos frutos foi em ambiente
a 25°C e 75% UR. Utilizou-se um delineamento inteiramente
casualizado com três repetições, sendo que, casa repetição continha
15 frutos. Os resultados demonstraram que o isolado K-1 apresentou
73,33% de frutos sadios e, este associado ao imazalil nas doses
0,05 e 0,1% apresentando respectivamente 84,46 e 88,93% de
frutos sadios. Apoio: FAPESP
S 146
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-062
Antagonismo de Trichoderma harzinaum no crescimento
micelial de Macrophomina phaseolina. Barbosa KAG, Corradini
HT. Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara, GO. ��
Email: [email protected] Antagonism of Trichoderma
harzianum on the micelial growth the Macrophomina phaseolina.
O controle de Macrophomina phaseolina é dificultado devido
à capacidade de formação de estruturas de resistência. O gênero
Trichoderma é uma alternativa para o controle por parasitar
estruturas de resistência. Assim, o trabalho tem o objetivo avaliar o
melhor momento para a inoculação de T. harzianum na redução do
crescimento micelial de M. phaseolina. Para esta avaliação, utilizouse o cultivo pareado, com a inoculação em meio BDA, de discos
de micélio de 6mm de diâmetro de T. harzianum e M. phaseolina
em lados opostos e a 1 cm da borda da placa de Petri. Os discos
do antagonista foram inoculados 24 horas antes, simultaneamente,
24 e 48 horas após a inoculação do patógeno e testemunha com
inoculação somente do patógeno, em delineamento experimental
inteiramente casualizado com 5 repetições. As avaliações
constaram de medições do crescimento da colônia e a porcentagem
de inibição foi determinada em relação à testemunha. O maior
percentual de inibição do crescimento foi obtido com a inoculação
de T. harzianum 24 horas antes e simultaneamente à inoculação de
M. phaseolina, com 61,6 e 55,3%, respectivamente.
CBI-064
Seletividade de fungicidas sobre o crescimento micelial e
a conidiogênese de Trichoderma harzianum. Barbosa KAG1,
Corradini HT1, Garcia RA2. 1Departamento de Fitopatologia, ILES/
ULBRA, Itumbiara, GO, Brasil. 2Universidade Federal de Goiânia,
UFG, Goiânia, GO, Brasil E-mail: [email protected].
br. Selectivity of fungicides on Trichoderma harzianum micelial
growth and conidiogens.
No manejo integrado de doenças é interessante o uso de fungicidas
seletivos aos microrganismos antagonistas. O objetivo do
trabalho foi avaliar o crescimento micelial e a conidiogênese do
antagonista Trichoderma harzianum na presença de fungicidas
utilizados no controle fitossanitário. Os fungicidas avaliados
foram: Carboxin+Thiram, Fludioxonil+Metalaxil–M, Thiofanato
Methylico, Benomyl, Vinclozolin, Azoxistrobina+Ciproconazol,
Tebuconazole e Thiofanato Methylico+Flutriafol, incorporados
ao meio de cultura BDA estéril nas concentrações de 50 e
100ppm, e testemunha somente com meio BDA, em delineamento
inteiramente casualizado com 4 repetições. Após a solidificação
do meio de cultura um disco de 6 mm de diâmetro foi repicado
para o centro das placas. As placas foram incubadas a 20 ± 2ºC e
fotoperíodo de 12 horas. A avaliação da inibição do crescimento
micelial foi realizada através da medição do diâmetro das colônias
em sentidos diametralmente opostos e da conidiogênese, com a
quantificação dos esporos em câmara de Neubauer, ao término das
avaliações de inibição do crescimento micelial. A análise dos dados
indicou que a menor inibição do crescimento micelial (16,53%)
e da conidiogênese de Trichoderma harzianum foi obtida com
Carboxin+Thiram na menor concentração.
CBI-063
Efeito antagônico de Trichoderma harzianum no crescimento
micelial de Sclerotium cepivorum. Barbosa KAG, Corradini
HT, Pereira WJ. Departamento de Fitopatologia, ILES/ULBRA,
Itumbiara, GO, Brasil. E-mail:
������������������������������������
[email protected].
Antagonistic effect of Trichoderma harzianum on Sclerotium
cepivorum micelial growth.
CBI-065
Redução da transmissão de Pyricularia oryzae de sementes para
plântulas por bactérias biocontroladoras. Barboza LF, Ludwig
J, Moura AB, Nunes CDM, Azambuja RHM. Departamento de
Fitossanidade, UFPel, Pelotas, RS. E-mail:
�����������������������
lilikagronomia@
yahoo.com.br. Reduction of the transmission seeds to seedlings of
Pyricularia oryzae by biocontroller bacteria.
Algumas espécies de Trichoderma têm sido estudadas quanto à
capacidade competitiva com fungos fitopatogênicos. O trabalho
objetivou avaliar o melhor momento para a inoculação de
Trichoderma harzianum atuar sobre o crescimento micelial de
Sclerotium cepivorum. Para isto, utilizou-se a metodologia do
cultivo pareado, onde discos de BDA, de 6 mm de diâmetro,
contendo micélio foram depositados a 1 cm da borda da placa de
Petri em lados opostos. As placas foram incubadas em câmara de
crescimento a 20 ± 2ºC e fotoperíodo de 12 horas. Avaliou-se a
inoculação de T. harzianum 24 horas antes, simultaneamente, 24 e
48 horas após a inoculação do fitopatógeno. Placas contendo apenas
o fitopatógeno foram utilizadas como testemunha. O delineamento
utilizado foi o inteiramente casualizado, com 5 repetições. As
avaliações constaram de medições do diâmetro das colônias, com
inicio 48 horas após a inoculação de T. harzianum e perdurou até o
momento em que o crescimento fúngico, no tratamento testemunha,
atingiu a borda da placa. Os valores médios da porcentagem de
inibição do crescimento micelial foram determinados em relação
à testemunha. As maiores inibições foram obtidas quando T.
harzianum foi inoculado 24 horas antes e, simultaneamente a
inoculação de S. cepivorum, com 58,12 % e 48,23% de inibição do
crescimento micelial, respectivamente.
Avaliou-se o efeito das bactérias DFs185 (Pseudomonas sp.),
DFs223 (P. amygdali), DFs306 (não identificado), DFs416 e
DFs418 (Bacillus sp), pré-selecionadas para o biocontrole de
doenças no arroz, sobre a transmissão de Pyricularia oryzae de
sementes artificialmente inoculadas para plântulas por elas geradas.
Sementes, cujas panículas foram inoculadas com P. oryzae por
infiltração de suspensão de esporos, foram imersas em suspensão
dessas bactérias, sendo a testemunha apenas em solução salina.
Após agitadas por 30 minutos/10°C, as sementes foram depositadas
em copos contendo vermiculita esterilizada. O ensaio foi conduzido
em blocos casualizados com 4 repetições, constituídos de 25 copos
acondicionados em caixas plásticas (câmara úmida). Após 21 dias
de incubação a 25ºC, foi avaliada sintomatologia apresentada pelas
plantas emergidas atribuindo-se notas de 0 a 4. As sementes não
germinadas foram colocadas em câmara úmida para confirmar
a presença do patógeno. Foi determinada a percentagem de
germinação, massa radicular e aérea. Houve efeito positivo
na transmissão, propiciada pelos isolados DFs185 e DFs418,
reduzindo respectivamente 12 e 35% a incidência e 26 e 46% a
severidade dos sintomas provocados, porém apenas o isolado
DFs418 resultou em aumento da massa aérea. Nenhum tratamento
aumentou a germinação ou massa radicular.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
S 147
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-066
Efeito de Bacillus subtilis no crescimento micelial de
Colletotrichum gloeosporioides. Gonçalves RM1,2, Meneguim L1,2,
Marques-Marçal VV1,2, Leite JR RP1. 1Área de Proteção de Plantas,
IAPAR, 2UEL, Londrina, PR, Brasil. E-mail:
���������������������������
[email protected].
Effect of Bacillus subtilis on micelial growth of Colletotrichum
gloeosporioides
Bacillus spp. vem sendo utilizado no manejo integrado de doenças
fúngicas e bacterianas. Entretanto, poucas informações existem sobre
a ação da bactéria contra o fungo Colletotrichum gloeosporioides,
causador de doenças em diferentes culturas de importância
econômica. Bacillus subtilis em associação com outros fungicidas
tem demonstrado grande potencial na ação antagonista a vários
microrganismos. Este estudo teve como objetivo, avaliar in vitro,
o efeito fungitóxico do produto Serenade (Bacillus subtilis) como
alternativa no controle de C. gloeosporioides. No experimento foi
utilizado o isolado I-12 de C. gloeosporioides, obtido de cafeeiro.
O produto comercial foi utilizado nas concentrações de 1%, 2%
e 4%. Placas de Petri contendo o meio BDA foram divididas ao
meio, onde metade recebeu o produto de forma estriada, enquanto a
outra metade somente recebeu um disco do fungo. As placas foram
mantidas em BOD, com fotoperíodo de 12 horas e temperatura
de 23 °C por dez dias. Para avaliação, o diâmetro das colônias
foi medido e comparado ao controle. Os resultados mostraram
que houve inibição do crescimento micelial de 61,3%, 48,0% e
49,4% para as concentrações de 1%, 2% e 4%, respectivamente.
Estes resultados confirmam a atividade do produto no controle do
desenvolvimento do fungo C. gloeosporioides in vitro.
CBI-067
Evaluation of plant growth-promoting of Trichoderma spp wild
strains from Valle de Lerma (Salta, Argentina) on pepper’s
seedling. Zapata SR, Cabrera RL, Vecchietti, NB. Fitopatología.
Facultad Ciencias Naturales. Universidad Nacional de Salta.
Argentina. ���������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Avaliação da promoção
de crescimento de plântulas de pimentão por isolados silvestres de
Trichoderma spp do Valle de Lerma (Salta, Argentina)
Experiments were carried out in greenhouse, in order to evaluated
effects of growth promoting of Trichoderma spp wild strains
(isolated from Valle de Lerma, Salta, Argentina) on Fiuco pepper’s
young plants. Fourteen treatments (TVL2, TVL3, TVL4, TVL5,
TVL6, TVL7, TVL8, TVL9, TVL10,TVL11, TVL12, TVL13,
TVL14, TVL15) and a Control without treatment, were probed
in emergency, using 5 ml/plant suspension adjusted at 1x107 cfu/
ml and a control (application with sterile water) arranged in a
completed randomized block design with three replications. Three
different plant’s height were considering for blocking. A single
young plant in a plot with soil sand was an experimental unit. At 15
days after inoculation fresh weight, root long and aerial plants long
were evaluated using Duncan test. Results showed two wild strains
(TVL8 y TVL2) were a growth promoting activity prominent.
These results point out in Valle de Lerma soils reside several PGP
Trichoderma’s wild strains.
S 148
CBI-068
Antagonismo de Trichoderma spp. no controle de Sclerotium
rolfsii, in vitro. Silva JG, Melo RP, Pessoa MNG, Lima IB,
Rêgo FAO, Mendonça KS. Departamento de Fitotecnia, UFC,
Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected]. In vitro
antagonism of Trichoderma spp. against Sclerotium rolfsii.
Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de 04 isolados de
Trichoderma spp, obtidos de diferentes substratos sobre Sclerotium
rolfsii. “in vitro”. O teste foi efetuado pelo método de culturas
pareadas (Bell et al. 1982) e consistiu na utilização de discos de agar
de 5 mm de diâmetro, removidos de colônias de Trichoderma spp.
e do patógeno com 5 dias de idade, para placas de Petri contendo
BDA e da antibiose através da produção de metabólitos voláteis.
Nesse teste foi utilizado o método da placa sobreposta, adaptado
de Mariano (1993), que consistiu na transferência de um disco de 5
mm de diâmetro contendo estruturas do patógeno e outro contendo
estruturas do antagonista para o centro de placas de Petri separadas
contendo BDA. Os ensaios foram conduzidos à temperatura
ambiente (28 ± 2ºC) sob regime de luz alternada, em delineamento
inteiramente casualizado com 5 repetições por tratamento. Os
resultados demonstraram uma excelente capacidade competitiva
dos isolados testados, ocasionando significativa inibição do
patógeno quando comparados à testemunha pelo teste de Tukey a 5
% de probabilidade. Esta ação antagônica foi também demonstrada
nos estudos para a produção e liberação de componentes de voláteis
quando o antagonista foi cultivado 72 horas antes do patógeno. O
resultado obtido para produção de metabólitos não voláteis por
Trichoderma foi negativo, não diferindo da testemunha.
CBI-069
Comunidade de leveduras do filoplano de lírio originário
de produção convencional e integrada dos problemas
fitossanitários. Machado MACF1, Bettiol W2. 1UFSCAR/Araras;
2
Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP. ����������������������
E-mail: bettiol@cnpma.
embrapa.br. Effect of conventional and integrated systems for the
control of pests in the yeast phylloplane communities.
Os problemas fitossanitários na cultura do lírio são limitantes para
o seu cultivo exigindo alto uso de agrotóxicos. Para o controle
integrado desses problemas há necessidade de realizar um redesenho
do sistema de produção. No trabalho foi comparada a comunidade
de leveduras, importantes agentes de biocontrole, do filoplano de
lírios produzidos num sistema convencional com um integrado. No
convencional as plantas foram tratadas com mistura de diversos
agrotóxicos (confidor, vertimec, ridomil, captan, cercobim,
persist, rovral, decis e folidol). No integrado foram tratadas com
agentes de biocontrole (Trichoderma, Chlonostachys, Beauveria e
Metharyzium) e biofertilizante, produzido com composto orgânico,
melaço e húmus de minhoca. Discos (0,9cm) das faces adaxiais e
abaxiais de folhas da variedade Orange Pixie dos dois sistemas,
coletadas no estádio de comercialização, foram utilizados para
determinar a comunidade de leveduras pelo método de queda de
balistosporos em meio de extrato de malte. De cada planta foram
coletadas 5 folhas do terço superior, médio e inferior. Nos discos
das folhas de plantas do sistema convencional não foi detectada
a presença de leveduras. Por outro lado, nas plantas do sistema
integrado a comunidade de leveduras foi alta, sendo maior na face
adaxial e no terço médio das plantas. Apoio: Fundag.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CBI-070
Atividade antifúngica de diferentes isolados bacterianos sobre
Colletotrichum sp em pimenta vermelha. Zanatta ZGCN, Ueno
B, Casagrande Júnior JG, Camargo RR. Embrapa
�������������������������
Clima Temperado,
Pelotas, RS. E-mail: [email protected]. Biocontrol activity of
several bacteria isolated from soil in the control of Colletotrichum
sp from pimento.
CBI-072
Atividade antagônica de isolados selvagens e mutantes de
P. anomala contra B. cinerea inoculado em frutos de maçãs.
Pessoa MNG. 1Lab. de Micologia, CCA/ UFC, Fortaleza, CE,
Brasil. E-mail:
�������������������������������������������������������
[email protected]. Antagonistic activity of wild
and mutants stumps of P. anomala against B. cinerea inoculated
on apple fruits.
A antracnose é a doença que causa o maior dano em plantas do
gênero Capsicum no Brasil, podendo causar perdas de até 100%.
Visando selecionar o biocontrole de Colletotrichum sp. foram
testados 28 isolados bacterianos provenientes do solo, pertencentes
à coleção da Embrapa Clima Temperado. Inicialmente cada isolado
foi semeado em placa de Petri de forma puntiforme, com três
repetições.O confronto foi realizado pela transferência de disco
contendo estruturas de micélio do fungo individualmente para o
centro da placa, e incubadas a 25°C, observando-se o crescimento
de cada fungo. Sementes de pimentas foram microbiolizadas com
cada isolado (OD540= 0,5), semeadas e transplantadas 40 dias
após a germinação para sacos contendo solo sendo realizadas
duas borrifadas (uma semana após do transplante e na floração)
com suspensões bacterianas em toda a planta. A testemunha foi
borrifada com água. A inoculação nos frutos foi realizada por
ferimentos depositando-se 10μl de uma suspensão com 1x106ml/
esporos. As avaliações foram realizadas pelo crescimento da lesão
e percentagem da esporulação (100; 50 e 10 %) nos frutos. Os
resultados in vitro mostraram que os isolados 1126; 503; 5100; 1110
e 1020 inibiram o crescimento micelial do fungo. Verificou-se que
o isolado 1020 inibiu 50% da esporulação em relação à testemunha,
entretanto não houve efeito destes isolados no crescimento da lesão
nos frutos.
A avaliação antagônica de cepas selvagens (K, KH6) simples
mutantes (KE1, KE2, A4-1 e B1-2) e duplo mutante (KE1E2) de
Pichia anomala contra B. cinerea foi realizada em maçãs ‘Golden
Delicious’, conservadas a 4 °C e 25 °C. Os frutos tratados com
50 µL de suspensões dos antagonistas em diferentes concentrações
24 h antes da inoculação do patógeno foram incubados a 25 °C
no escuro durante seis dias. Os resultados obtidos, expressos em
percentagem em relação à testemunha, indicam que a eficiência de
controle variou segundo os isolados e concentrações utilizadas e
com o estado de maturação dos frutos. Para frutos conservados a
4°C obteve-se maior eficiência das cepas selvagens K e KH6 cuja
inibição foi superior à testemunha e a obtida para a maioria das cepas
mutantes em todas as concentrações testadas. O comportamento
dos transformantes variou com as concentrações, sendo o menor
controle obtido por KE1E2, KE1, KE2 e B1-2 com 2.104 UFC/
mL, cujas médias não diferiram entre si e da testemunha. Nas
concentrações de 1.106 e 2.105 UFC/mL não se observou diferenças
significativas entre as cepas mutantes que, embora superiores à
testemunha, foram menos efetivas que K e/ou KH6. As médias
obtidas na concentração de 2.106 UFC/ml também comprovaram
menor antagonismo para A4-1, B1-2, KE1 e KE2, com percentuais
inferiores aos da cepa K, embora os três últimos não tenham
diferido de KH6 e KE1E2 nesta concentração.
CBI-071
Efeito de bactérias selecionadas para o controle de Bipolaris
oryzae sobre a eclosão e mortalidade de juvenis de segundo
estádio de Meloidogyne graminicola. Ludwig J, Moura AB,
Gomes CB, Somavilla L. Departamento de Fitossanidade, UFPel,
Pelotas, RS, Brasil. ���������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Effect of pre
selected bacteria for Bipolaris oryzae control on the hatching and
mortality of second stage juveniles of Meloidogyne graminicola.
CBI-073
Avaliação de isolados de Trichoderma sp. e Clonostachys rosea
selecionados para o controle biológico do mofo-branco como
agentes promotores de crescimento em feijoeiro. �����������
Santos ER,
Morandi MAB, Costa LB. EMBRAPA Meio Ambiente, Jaguariúna,
SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of
Trichoderma sp. and Clonostachys rosea isolates as plant growth
promoters in beans.
Suspensões bacterianas de cada um dos biocontroladores DFs185
(Pseudomonas synxatha), DFs223 (P. fluorescens), DFs306 (não
identificado), DFs416, DFs418 DFs419 e DFs422 (Bacillus sp.) e
DFs471 (Stenotrophomonas maltophilia), previamente preparadas,
foram depositadas em cada orifício de placas de microtitulação,
colocando-se 50µL de cada suspensão + 60 J2 ou 50 ovos de M.
graminicola + 50µL de água. Como testemunha utilizou-se 50µL
de solução salina + 60 J2 ou 50 ovos + 50µL de água. A avaliação
da mortalidade de J2 foi realizada após 24 e 48 horas. A contagem
do número de ovos eclodidos e o cálculo da área abaixo da curva de
progresso da eclosão (AACPE) foram realizados com intervalo de 4
dias, até o 16º dia. Foram utilizadas 4 repetições de cada tratamento
e os dados submetidos ao teste Duncan 5%. Observou-se que todos
os isolados aumentaram a mortalidade dos J2 e reduziram a eclosão
e a AACPE de M. graminicola. Maior impacto sobre a mortalidade
do nematóide foi proporcionada pelo isolado DFs416 chegando a
53% em relação à testemunha. A maior inibição da eclosão dos
J2 ao 16ºdia ocorreu com o isolado DFs418, no entanto, o maior
impacto sobre o progresso da AACPE foi promovido pelos isolados
DFs185, DFs223, DFs306. Apoio financeiro CNPq.
T����������������
rês isolados de Trichoderma sp. (LQC 88, 96, 92) e um isolado
de Clonostachys rosea (LQC 62) selecionados para o controle
biológico do mofo-branco, além do formulado comercial
Trichodermil®, foram testados como promotores de crescimento do
feijoeiro. Os tratamentos foram aplicados via: solo (107 conídios/
mL, volume de 300L/ha), semente (1mL/100g de sementes) ou
ambas as vias (solo+semente). Para Trichodermil utilizou-se a
dose recomendada. Na testemunha foi aplicado água destilada
estéril. Após os tratamentos, o solo foi transferido para vasos
plásticos de 2,5L de capacidade mantidos em casa de vegetação.
Foram semeadas três sementes da cv. Talismã por vaso. Foram
avaliados após 20 dias da emergência: o índice de velocidade de
emergência (IVE); comprimento, peso fresco e seco das raízes e
parte aérea e número de nódulos por planta. Nenhum dos isolados
aumentou o IVE. O isolado LQC88 promoveu ligeiro aumento no
crescimento da parte aérea da planta. Não houve diferença entre os
isolados quanto ao peso fresco e seco. O isolado LQC96 reduziu a
nodulação das plantas. Apesar de eficientes no controle do mofobranco, os isolados avaliados não são promotores de crescimento
em plantas de feijoeiro. Apoio: FAPESP
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
S 149
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-001
Desempenho de fungicidas no controle da ferrugem da folha do
trigo. Moreira EN, Reis EM. Universidade de Passo Fundo, Passo
Fundo, RS, Brasil. E-mail:
���������������������������������������������
[email protected]. Performance
of fungicides in the control of the leaf rust in wheat.
A eficiência de controle dos fungicidas pode ser influenciada pelo
momento da aplicação, pelo fungicida e dose utilizada. O objetivo
do trabalho foi avaliar o desempenho de fungicidas no controle
da ferrugem da folha do trigo na cultivar Ônix. O experimento
foi conduzido na área experimental da Universidade de Passo
Fundo, na safra 2007. Emprego-se o delineamento experimental de
blocos ao acaso, com 6 tratamentos e três repetições. As parcelas
constaram de 2,60 m por 7,0 m comprimento. Foram testados os
fungicidas, tebuconazole (15 g i.a.ha-1), tebuconazole (20), tebu
conazole+azoxistrobina (12+50), trifloxistrobina+tebuconazole
(60+12) e piraclostrobina+epoxiconazole (67+25) comparados com
a testemunha. Foram realizados três aplicações, sendo a primeira
realizada no final do perfilhamento e as demais realizadas com
intervalo de 21 dias. Utilizou-se um pulverizador costal de precisão
e pressão constante gerada por gás CO2, pontas do tipo DG 11002,
espaçadas de 50 cm. Aplicou-se o volume de calda de 150 L.ha-1.
Foram realizadas quatro avaliações de incidência e severidade. As
variáveis analisadas foram à eficiência de controle dos fungicidas,
rendimento de grãos e peso de mil grãos. Os fungicidas testados
reduziram significativamente a intensidade da ferrugem, obtendose controle médio de 49% na incidência, 86,1% na severidade. As
misturas foram superiores aos triazóis, e quando se compara as
misturas, o fungicida trifloxistrobina + tebuconazole proporcionou
menor eficiência de controle.
CQI-002
Danos causados pela infecção de oídio em soja, em condições
de ambiente protegido. Igarashi S, Oliveira GM, Camargo LCM,
Falkoski Filho J, Gardiano CG, Balan MG. Departamento de
Agronomia – Área Fitossanidade/Fitopatologia, UEL, Londrina,
PR, Brasil. ��������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Damages caused by
infection of powdery mildews in soybean yield under greenhouse
conditions.
Ainda não há estudos precisos que quantifiquem os prejuízos
decorrentes de oídio e de outras doenças foliares, para a maioria
das culturas de importância econômica no Brasil. O objetivo foi
quantificar as perdas causadas por oídio infectando a cultura da
soja em diferentes estádios fenológicos e relacioná-las ao final do
desenvolvimento da cultura. O experimento foi desenvolvido em
ambiente protegido, e os tratamentos foram: testemunha controlada,
testemunha sem controle, infecção iniciada em R1 – R2, infecção
iniciada em R3 – R4, infecção iniciada em R5.1 – R5.2 e infecção
iniciada em R5.3 – R5.4. A avaliação foi feita semanalmente,
considerando a porcentagem da área foliar infectada. Os resultados
mostraram que, no tratamento em que houve infecções iniciadas
em R1-R2 e R3-R4, a porcentagem de área foliar afetada foi maior
(41% e 38%), em conseqüência menor produtividade (20 e 22 sc
ha-1), respectivamente. No tratamento em que a infecção ocorreu
em R5.3 – R5.4, houve uma menor média de área foliar afetada
pela doença (24%) e a produtividade teve queda de 26%. Esses
resultados confrontam com recomendações para o controle de oídio
na cultura da soja, pois se observou que, ao aplicar o fungicida com
40% a 50% de área foliar afetada, a perda na produtividade pode
chegar a quase 50%.
S 150
CQI-003
Efeito da aplicação preventiva de fungicidas para controle de
Dreschlera oryzae em arroz irrigado. Lenz G1, Costa ID1, Karkow
D1, Zambon S2, Belani RB2. 1Depto. de Defesa Fitossanitária,
UFSM, Santa Maria, RS. 2 BASF S.A São Paulo-SP.E-mail:
[email protected]. Effect of preventive fungicide application
to control Dreschlera oryzae on rice.
O objetivo deste experimento foi avaliar a severidade de Dreschlera
oryzae e o rendimento da cultura do arroz irrigado, com aplicação
de diferentes fungicidas, com os seguintes ingredientes ativos e
doses do produto comercial: T1- BRIO (500) (Cresoxim metílico +
Epoxiconazole 125+125 g. ia/L); T2- BRIO (750); T3- BRIO (750
aplicação no emborrachamento e floração); T4- Trifloxistrobina
+ Propiconazole (600) + Óleo Mineral (250); T5- Tebuconazole
(750); T6- Testemunha; o delineamento experimental utilizado
foi de blocos ao acaso com quatro repetições. A aplicação foi
realizada no estágio de emborrachamento, com exceção de T3 e
a avaliação de severidade de Dreschlera oryzae foi realizada 14
dias após a aplicação e o rendimento, na colheita. Os resultados
mostraram que o melhor tratamento foi T3, seguido de T2, T4,
T1 e T5 respectivamente e que não diferiram entre si tanto para a
variável produtividade como para severidade de doença que variou
entre 0,93% no T3 e 2,77% na testemunha. O pior tratamento foi
a testemunha sendo que T3 teve um incremento de rendimento de
45,34% em relação a esta. Os dados obtidos mostram o promissor
potencial de controle de doenças com o fungicida BRIO, visto que
este teve melhor desempenho em todas as variáveis testadas.
CQI-004
Potencial fungicida de novo organoestânico derivado do
pirimidiltiometano. Silva Jr. GJ, Dhingra OD, Maia JRS.
Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil.
[email protected]������������������������������������������
. Fungicidal potential of a new organotin
derived from pyrimidyltiomethane.
Os organoestânicos, acetato e hidróxido de trifenilestanho,
comercializados como fungicidas são altamente reativos.
Objetivou-se avaliar o potencial fungicida de um novo composto
organoestânico sintetizado, derivado do pirimidiltiometano sobre
germinação de conídios in vitro e em tecido foliar de diferentes
espécies fúngicas. A germinação de conídios in vitro foi realizada
em meio de cultura com o composto nas concentrações de 0 a 6
µg.mL-1, e 100µL de suspensão de conídios (106 conídios/mL)
de Pyricularia grisea, Bipolaris sorokiniana, Alternaria solani
e A. brassicicola, Colletotrichum gloeosporioides e C. musae,
Fusarium graminearum e F. semitectum e Aspergillus flavus e A.
niger foram espalhadas separadamente sobre o meio. A germinação
em tecido foliar foi avaliada para A. solani em folíolos de tomate, A.
brassicicola em folhas de couve e B. sorokiniana em folhas de trigo.
O composto nas concentrações de 0 a 60 µg.mL-1 foi pulverizado e
após uma hora, gotas da suspensão de conídios foram depositadas
nos respectivos tecidos vegetais. Os experimentos foram realizados
com três repetições. Após 48 horas, avaliou-se a germinação dos
conídios e estimou-se a CE50. No teste in vitro, as CE50 variaram
de <0,1 a 2,6 µg.mL-1. Em tecidos foliares, as CE50 variaram de
14,8 a 23,2 µg.mL-1. O novo composto organoestânico se mostrou
promissor e tem potencial para ser desenvolvido como fungicida.
Apoio: CAPES e CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-005
Potencial fungicida de novo organoestânico derivado
do pirimidiltioetano. Silva Jr. GJ, Dhingra OD, Maia JRS.
Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil.
[email protected]������������������������������������������
. Fungicidal potential of a new organotin
derived from pyrimidyltioethane.
Os fungicidas organoestânicos comercializados são altamente
reativos, portanto a síntese de novos compostos a base de
estanho tem sido estudada. Objetivou-se avaliar o potencial
fungicida do novo organoestânico sintetizado na UFV, derivado
do pirimidiltioetano sobre germinação de conídios de diferentes
espécies fúngicas in vitro e in vivo. A germinação in vitro foi
realizada em meio de cultura com o composto nas concentrações
de 0 a 6 µg.mL-1. Aliquotas de 100µL de suspensão de conídios
(106 conídios/mL) de Pyricularia grisea, Bipolaris sorokiniana,
Alternaria solani e A. brassicicola, Colletotrichum gloeosporioides
e C. musae, Fusarium graminearum e F. semitectum e Aspergillus
flavus e A. niger foram distribuídas sobre o meio. A germinação in
vivo foi realizada para A. solani, A. brassicicola e B. sorokiniana
em folhas/folíolos de tomate, couve e trigo, respectivamente. O
composto nas concentrações de 0 a 60 µg.mL-1 foi pulverizado e
após uma hora, gotas de suspensão de conídios foram depositadas
nos respectivos tecidos vegetais. Os experimentos foram realizados
com três repetições. Após 48 horas, avaliou-se a germinação dos
conídios e estimou-se a CE50. No teste in vitro, as CE50 variaram de
<0,1 a 3,4 µg.mL-1. Em tecidos foliares, as CE50 variaram de 19 a
25 µg.mL-1. O novo organostânicos mostrou-se promissor para ser
desenvolvido como fungicida. Apoio: CAPES/CNPq.
CQI-006
Produtividade de diferentes cultivares de soja sob a influência
de dois fungicidas no controle de ferrugem asiática. Versari
AC, Dias-Arieira CR, Piccinin GG. �������������������������
UEM-Umuarama, PR. Email:
[email protected]. Productivity of different soybean
cultivars under influence of two fungicides in Asiatic rust control.
A maioria das cultivares de soja existente no mercado comporta-se
como hospedeiras de Phakopsora packyrhizi. Porém, o rendimento
dos genótipos pode variar frente aos fitopatógenos. Assim, objetivouse avaliar a produtividade de quatro cultivares de soja naturalmente
infectadas com P. packyrhizi e tratadas com dois fungicidas. As
cultivares de soja, Coodetec 215, NK 3363, Embrapa 48 e 217 RR,
foram semeadas em outubro/2007, no município de Ivatuba, PR,
em parcelas de 11,25 m2. Quando surgiu o primeiro foco da doença,
dezembro de 2007, realizaram-se os tratamentos com os fungicidas
Azoxistrobina + Ciproconazole (60+24 g i.a./ha) e Piraclostrobina
+ Epoxiconazole (66,5+25 g i.a./ha). Durante a colheita amostrouse, em cada parcela, 4 m de soja, para o cálculo da produtividade. As
médias foram comparadas pelo teste Duncan 5% de probabilidade.
Observou-se que após a aplicação de ambos fungicidas não houve
reincidência da doença. Maiores produtividades foram observadas
para NK 3363, independente do fungicida. Para as demais cultivares,
os tratamentos com Piraclostrobina + Epoxiconazole possibilitaram
maior rendimento da cultura, o que pode ser conferido ao efeito
fitotônico do produto.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CQI-007
Relação das doses de calda bordalesa e fosfito potássico na
intensidade do míldio da videira cv. Goethe. Peruch LAM, Bruna
ED. EPAGRI - Estação Experimental de Urussanga, Rod. SC 446KM 16, Urussanga, SC, Brasil. E-mail: [email protected].
br. ����������������������������������������������������������
Relation between doses of Bordeaux mixture and phosphites
potassium on the intensity of Downy Mildew on grape cv. �������
Goethe.
O míldio da videira é a principal doença de parte aérea da cultura
no Litoral Catarinense. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
influência de doses da calda bordalesa e do fosfito potássico no
controle do míldio e na produtividade da videira cv. Goethe.
Foram testadas as concentrações de 0,0; 0,1; 0,2; 0,4 e 0,8% dos
produtos em um esquema fatorial de blocos ao acaso com três
repetições. Diferenças para área abaixo da curva de progresso da
doença (AACPD) e porcentagem de cachos doentes (PCD) foram
verificadas para as doses dos produtos. Por outro lado, não houve
diferenças na comparação da calda bordalesa com fosfito, nem para
as interações entre doses e tratamentos. Doses de 0,4% de calda
bordalesa e 0,3% de fosfito controlaram a doença, pois reduziram
em 98 e 94% a AACPD, bem como diminuíram em 46 e 76% a
incidência nos cachos, respectivamente. Sintomas de fitotoxidez nas
plantas foram observados nas doses de 0,8% de calda bordalesa e
0,4% de fosfito. Não foram verificadas diferenças de produtividade
para nenhum dos fatores estudados. A calda bordalesa na dose
de 0,4% e o fosfito potássico a 0,3% proporcionaram controle
adequado do míldio na cv. Goethe.
CQI-008
Impacto do tratamento de inverno na incidência da podridão
´olho de boi´ de maçãs. Spolti P, Valdebenito-Sanhueza RM, Del
Ponte EM. Departamento de Fitossanidade, Agronomia UFRGS,
POA, Brasil. �����������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. The impact of winter
sprays on the incidence of apple bull’s eye rot
Dentre as podridões que afetam a produção de maçãs no sul do
Brasil, tem-se destacado a podridão ‘olho de boi’ (POB). O objetivo
do trabalho foi verificar a eficiência de tratamentos de inverno no
controle da POB. Macieiras cv. Pink Lady® foram pulverizadas
20 dias antes da quebra de dormência (ciclo 2006/2007) com os
seguintes fungicidas (concentração): a) Calda sulfocálcica (3,0%);
b) Oxicloreto de cobre (0,5%); c) Hidróxido de cobre (0,3%); d)
Óxido cuproso (0,3%); e) Testemunha. Os tratamentos fungicidas
feitos até a colheita seguiram as normas da Produção Integrada
de Maçãs. O experimento foi conduzido em blocos casualizados
com três repetições compostas por cinco plantas cada, sendo que
as três plantas centrais constituíram a parcela útil. As avaliações
da incidência de frutos com sintomas de POB foram feitas: em
todos os frutos do chão posicionados na área de projeção da copa;
em uma amostra de 120 frutos colhidos nas plantas da parcela,
armazenando os frutos assintomáticos em câmara fria por três meses
para posterior avaliação; e em outros 30 frutos para a determinação
de infecções latentes. As incidências médias foram comparadas
por modelo linear misto considerando a DMS (P<0,05). Não houve
diferença entre os tratamentos “b, c e d” em relação à testemunha
na perda total por POB, entretanto o uso de calda sulfocálcica
reduziu-a em 50%. Apoio financeiro: CAPES, CNPq, CNPUV.
S 151
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-009
Sensibilidade de Alternaria solani aos fungicidas mancozeb e
tebuconazole. Santana CP, Lourenço Jr V, Maffia LA, Mizubuti
ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil.
Email: [email protected]. Sensitivity of Alternaria solani
to the fungicides mancozeb and tebuconazole.
CQI-011
Sensibilidade de isolados de Alternaria solani ao fungicida
clorotalonil. Cardoso CR, Lourenço Jr V, Lima AS, Maffia LA,
Mizubuti ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG,
Brasil. E-mail: [email protected]. Sensitivity of Alternaria
solani to chlorothalonil.
A pinta preta do tomateiro e batateira é doença destrutiva, causada
pelo fungo A. solani e o controle é baseado na aplicação de
fungicidas. Isolados do patógeno, obtidos de batateira e tomateiro,
foram coletados em diferentes regiões do Brasil. Avaliou-se
a sensibilidade de 30 e 50 isolados aos fungicidas mancozeb
e tebuconazole, respectivamente, considerando a inibição do
crescimento micelial em relação à testemunha. Discos de 5 mm
de diâmetro foram transferidos para BDA contendo 25; 50; 100 e
1000 μg/ml de mancozeb diluído em água e 0,001; 0,01; 0,1; 1 e 10
μg/ml de tebuconazole diluído em etanol a 0,1%. As testemunhas
nos testes de mancozeb e tebuconazole foram BDA e BDA+0,1%
etanol, respectivamente. A DE50 foi estimada por meio de regressão
linear dos dados de inibição pelo log das concentrações. Para
mancozeb, 95% dos isolados tiveram valores de DE 50 entre 1
e 25 μg/ml, sendo que desses isolados, 40% são de tomateiro e
60% de batateira. Houve maior variação quanto à sensibilidade a
tebuconazole. Entre os isolados de tomateiro, 31% tiveram valores
de DE50 na classe <1, 38% na classe entre 1 e 10, e 31% na classe
>10 μg/ml. Entre os isolados de batateira, 41% tiveram valores de
DE50 na classe <1, 23% na classe entre 1 e 10, e 36% na classe >10
μg/ml. Há evidências de isolados insensíveis a tebuconazole na
população de A. solani no Brasil. Apoio Financeiro: FAPEMIG.
Avaliou-se a sensibilidade de isolados de A. solani obtidos
de batateira e tomateiro, de diferentes regiões, ao fungicida
clorotalonil. Estimou-se a inibição do crescimento micelial em
meio BDA com 25, 50, 100 e 1000 mg de clorotalonil diluído
em dimetilsulfóxido (DMSO)/l de meio. A testemunha foi BDA
+ DMSO. Dos 110 isolados avaliados, 65 (33 de tomateiro e 32
batateira) apresentaram resultados consistentes. Determinou-se a
DE50 por meio da regressão linear entre os valores de inibição do
crescimento micelial em relação à testemunha e o log(concentração
de fungicidas). Os valores de DE50 variaram de 1,84 a 1357,5 mg/
l. A faixa de DE50 de maior freqüência foi a de 101 a 500 mg/L.
Quanto aos hospedeiros de origem, a DE50 para 56,3% dos isolados
de batateira foi estimada entre 101 e 500 mg/L. Para 8 isolados, a
DE50 foi maior que 501 mg/L. Para 39,4% dos isolados de tomateiro
a DE50 estimada foi entre 101 e 500 mg/L e para 6 isolados a DE50
foi maior que 501mg/L. Não há relatos de resistência de campo
em A. solani a clorotalonil. No entanto, verificou-se haver isolados
capazes de crescer em elevadas concentrações desse fungicida em
testes in vitro. Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG.
CQI-010
Eficácia e seletividade dos fungicidas epoxiconazol e
metconazol no controle da ferrugem asiática da soja. Walker
R, Campos HD, Silva LHCP, Silva JRC. FESURV – Universidade
de Rio Verde, Faculdade de Agronomia, Rio Verde, GO. ��
Email: [email protected]. Efficacy and selectivity
of epoxyconazole and metconazole in the Asiatic soybean rust
control.
Com o objetivo de avaliar a eficácia e seletividade de epoxiconazol
e metconazol, aplicados de forma curativa, realizou-se um
experimento no município de Montividiu, GO. Os fungicidas
epoxiconazol + piraclostrobina, tebuconazol e flutriafol foram
utilizados como padrões. O delineamento experimental foi de
blocos ao acaso em quatro repetições. Avaliou-se a severidade da
doença, desfolha, seletividade, número de vagens por planta, peso
de mil grãos e produtividade. Todos os tratamentos independente
das doses ou intervalo de aplicação foram eficazes em conter
o progresso da doença em relação à testemunha. A severidade
no terço inferior das plantas testemunha atingiu 86,87% e nos
tratamentos contendo fungicida esta variou de 51,62% (3 aplicações
de epoxiconazol na dose de 25 g i.a/ha ) a 2,88% ( 3 aplicações de
metconazol na dose de 54 g i.a./ha ). Para produtividade, todos os
tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha (1.091,46 Kg/
ha). Entre os fungicidas a produtividade variou de 3.104,65Kg/ha
(epoxiconazol + piraclostrobina) a 1.787,01 Kg/ha (epoxiconazol
na dose de 25 gi.a./ha). Houve efeito de dose para produtividade
entre os tratamentos contendo epoxiconazol. Sintomas leves de
fitotoxidez foram observados nos tratamentos contendo metconazol
e tebuconazol, independente da dose testada.
S 152
CQI-012
Dinâmica de depósitos de fungicidas usados no controle da
requeima da batateira e do tomateiro. Duarte AR, Maffia LA,
Silva DD, Mizubuti ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV,
Viçosa, MG, Brasil. ��������������������������������������
E-mail: [email protected]. The
dynamics of deposits of fungicides used to control late blight.
Delinearam-se experimentos para avaliar os efeitos de intensidade
(I: 0, 30, 40, 60 e 97mm/h) e duração (D: 5, 10, 20 e 40 min) de
chuva simulada (CS) na remoção dos fungicidas, mancozeb (Mn),
mancozeb NT (NT) e hidróxido de cobre (Hc). Plantas com 45 a
60 dias após o plantio foram tratadas com os fungicidas e 24 h
após a aplicação foram expostas à CS sob o simulador de chuva.
A concentração de resíduos foi inferida pela concentração de
Cu e Mn, determinada por espectrometria de absorção atômica.
Houve queda exponencial dos resíduos de Cu e Mn, para ambas as
formulações, com o aumento da intensidade de CS, em tomateiro e
batateira. As intensidades que removeram 50% (I50) dos depósitos
de fungicidas em tomateiro foram: 51,5, 19,5 e 30,2, para Hc, Mn e
NT, respectivamente. Não foi possível determinar o I­50 em batateira,
pois nenhum modelo pode ser ajustado aos dados. Quanto à
duração, Mn e NT, em ambas as hospedeiras, tiveram reduções nas
concentrações finais; para Hc em tomate houve pequena diferença
em relação à concentração inicial. A D50 para Mn, em tomateiro
e batateira foi de 11,4 e 11,24 min, respectivamente; enquanto
para NT, os valores foram, respectivamente, 1,10 e 8,1 min. Não
houve diferenças quanto à taxa de remoção de resíduos de Mn e
NT da superfície foliar de ambas as hospedeiras. Apoio: CNPq,
FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-013
Dinâmica de depósitos de fungicidas usados no controle
da requeima da batateira. Duarte AR, Maffia LA, Silva DD,
Mizubuti ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG,
Brasil. ������������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Residue dynamics of
fungicides commonly used to control potato late blight.
CQI-015
Inibição de crescimento micelial de Macrophomina phaseolina
com diferentes fungicidas. Barros FC, Juliatti FC, Silva
JVC. Universidade Federal de Uberlândia, ICIAG-LAMIP. ��
Email: [email protected]. Micelial growth of
Macrophomina phaseolina from different fungicides.
Dois experimentos (E1 e E2) foram conduzidos em lavoura de batata
com o objetivo de se avaliar a dinâmica de resíduos dos fungicidas
Mancozeb (Mn), mancozeb NT (NT) e hidróxido de cobre (Hc).
Em E2 foram aplicados 65 mm de água de irrigação e chuva a mais
que em E1. Avaliou-se a remoção ao longo do tempo de resíduos de
manganês (para Mn e NT) e de cobre (Hc), quantificados por meio
de espectrometria de absorção atômica. O modelo linear descreveu
adequadamente a redução dos fungicidas à base de mancozeb no
tempo. Nas duas semanas do E1 a taxa de remoção do NT foi menor
que a do Mn (P<0,05). A redução de Hc ao longo do tempo também
foi explicada por modelo linear. Não houve diferenças nos valores
dos descritores de epidemia entre os tratamentos. Houve diferença
significativa entre as testemunhas e os tratamentos quanto aos
valores de AACPD e Ymax (P= 0,0001). No E2, não houve diferença
entre os tratamentos quanto aos descritores de epidemias Y50 (P=
0,47), Ymax (P= 0,64) e AACPD (P= 0,18). A baixa umidade e as
altas temperaturas dificultaram o desenvolvimento da epidemia de
requeima. Conclui-se que a remoção de Mn foi maior que a de NT
nas duas semanas do experimento 1. Apoio: CNPq, FAPEMIG.
Macrophomina phaseolina é um fungo de solo cujo controle é
realizado com fungicidas via tratamento de sementes. O presente
trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de diferentes
fungicidas na inibição do crescimento micelial do patógeno.
Foram utilizados isolados do fungo, destes foram feitos discos
de micélio, com 0,6 cm de diâmetro, que foram transferidos para
placas de Petri contendo BDA. Os tratamentos utilizados foram:
Procimidone (0,1, 1,0 e 100 ppm), Carbendazin (0,1, 1,0 e 100
ppm), Fluazinam (0,1, 1,0 e 100 ppm), Tebuconazole (0,1, 1,0 e
100 ppm), Tiofanato Metílico (0,1, 1,0 e 100 ppm), Difenoconazole
(0,1, 1,0 e 100 ppm), Metalaxyl-M (100 e 0,1ppm), Iprodione
(100 e 0,1ppm), Pencycuron (100 e 0,1ppm), Ciproconazol (100 e
0,1ppm), Flutriafol (100 e 0,1ppm), Tetraconazole (100 e 0,1ppm),
Azoxistrobin (100 e 0,1ppm) e Testemunha. As avaliações foram
realizadas após a incubação a 25ºC, e medições diárias (cm). O
delineamento experimental foi inteiramente casualizado com
33 tratamentos e 4 repetições. Realizou-se a análise de variância
e aplicou-se o teste de Scott-Knott 5% para comparação entre
médias. Os tratamentos que apresentaram melhor eficiência na
inibição micelial foram Fluazinam 1,0 ppm, Procimidone 100 ppm,
Carbendazin 1,0 ppm e Procimidone 1,0 ppm, que não diferiram
estatisticamente. Apoio financeiro FAPEMIG.
CQI-014
Efeito do fungicida BRIO no controle de Cercospora oryzae
em Arroz. Belani RB, Zambon S, Rodrigues MAT, Begliomini E.
BASF S.A, São Paulo-SP. E-mail: [email protected]. Effect
�������
of fungicide BRIO to control Cercospora oryzae on Rice.
CQI-016
Sensibilidade de Cercospora coffeicola a tiofanato metílico
em diferentes regiões e sistemas de cultivo em Minas Gerais.
Silva MG, Martins RB, Antunes RF, Aziz PF, Chaves E, Mizubuti
ESG, Maffia LA. Depto
�������������������������������������������
de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG; Email: [email protected]. Sensitivity of Cercospora coffeicola to
thiofanate-methyl in different regions and crop systems in Minas
Gerais State.
Visando avaliar o efeito do fungicida BRIO (Cresoxin
Metilico+Epoxiconazole - 125+125 g.i.a./L) no controle da
Cercospora oryzae na cultura do Arroz foi conduzido o experimento
com os seguintes tratamentos e dose em g.i.a./ha: BRIO ( 1 2 5
e 187,5); Stratego (150); Folicur (150), em 1 e 2 aplicações por
ciclo; e uma testemunha. O ensaio foi conduzido no Município de
Cachoeira do Sul-RS, sob a cultivar IRGA 422 CL, no período de
fevereiro a abril de 2008. Os tratamentos foram dispostos em blocos
ao acaso com 4 repetições e parcelas de 15 m2, foram efetuadas
1 aplicação e 2 aplicações por ciclo (inicio de emborrachamento
e inicio de emborrachamento + 50% de panículas emergidas
respectivamente). Foram efetuadas 3 avaliações no intervalo
de 10 dias a partir da segunda aplicação. Não foi observado
fitotoxidade dos produtos e doses testadas. Nos tratamentos com
2 aplicações aos 30 DD2aA a ordem de eficácia foi: BRIO (187,5);
BRIO (125); Stratego (150); Folicur (150), com severidade de 0,
2, 3 e 5% respectivamente. Nos tratamentos com 1 aplicação, a
ordem de eficácia aos 30 DAA foi: BRIO (187,5); BRIO (125);
Stratego (150); Folicur (150), com severidade de 7, 12, 12 e 15
% respectivamente, a testemunha apresentou severidade de 25%.
Diante dos resultados recomenda-se a aplicação de BRIO (187,5)
em 1 aplicação e, ou BRIO (125) em 2 aplicações conforme acima
descrito.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
Em cultivos convencionais, comumente adota-se o controle químico
de Cercospora coffeicola, agente causal da mancha de olho pardo,
com fungicidas com sítio ação específico. Em vista da possibilidade
do surgimento de resistência do fungo a esses produtos, avaliou-se a
sensibilidade de C. coffeicola a tiofanato metílico (TM). Coletaramse 90 isolados monospóricos por amostragem hierárquica, que
considerou os níveis: 1. região (Sul, Mata e Triângulo) e 2. sistema
de cultivo (convencional e orgânico). Cultivou-se cada isolado
em BDA com nove concentrações de TM (0 a 500 µg do i.a./ml).
Após 7 dias de cultivo, mediu-se o diâmetro das colônias de cada
isolado e estimou-se a CE50. Para 17 isolados, 16 do Triângulo,
sendo 11 de cultivos convencionais, o crescimento não foi inibido
na maior concentração. Não foi possível estimar a CE50 para estes
isolados, e eles foram denominados Isolados Insensíveis. Para os
demais isolados, Isolados Sensíveis, a CE50 média variou de 0,33
a 2,39. Avaliou-se a interdependência entre as distribuições de
freqüências observadas de Isolados Sensíveis pelo teste de Quiquadrado. Houve diferença de sensibilidade de isolados quanto a
regiões (P=0,036) e a sistemas de cultivo na região do Triângulo
(P=0,108). Apoio financeiro:CNPq, FAPEMIG.
S 153
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-017
Efeito do Acilbenzolar-S-methyl no crescimento micelial de
Curvularia eragrostidis. Brito NM, Nascimento LC, Araújo E,
Souza AEF, Souto FM. Departamento de Fitotecnia, Laboratório
de Fitopatologia, UFPB, Areia, PB, Brasil. ��������
E-mail: britonoelma@
yahoo.com.br. Effect of Acilbenzolar-S-methyl on mycelia growth
of Curvularia eragrostidis.
CQI-019
Controle químico da ferrugem (Puccinia psidii) no pólo de
goiaba do Estado do Espírito Santo. Martins MVV, Serrano LAL,
Lima IM, Santana EN. Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência
Técnica e Extensão Rural (Incaper), Linhares-ES, Brasil. ��
Email: [email protected]. Chemical control of the rust
(Puccinia psidii), in guava in the Espírito Santo State, Brazil.
O fungo Curvularia eragrostidis é o agente causal da queima das
folhas do inhame (Dioscorea cayennensis) e responsável por grandes
perdas econômicas na cultura. O objetivo do presente trabalho foi
avaliar a influência do indutor de resistência acilbenzolar-S-methyl
(Bion®) no crescimento micelial de C. eragrostidis. O trabalho foi
desenvolvido no Laboratório de Fitopatologia da Universidade
Federal da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias, Areia. Discos de
micélio do fungo com 5 mm de diâmetro foram incubados em
placas de Petri, contendo meio BDA com diferentes concentrações
(20, 30, 40, 50 e 80g/100L de água) de Acilbenzolar-S-methyl sob
luz natural. Avaliou-se o crescimento micelial de C. eragrostidis,
através da medição do fungo em dois sentidos diametralmente
opostos com a utilização de régua milimetrada, a cada 24 horas.
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente
casualizado, com cinco repetições, sendo as médias comparadas
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Observou-se que o
aumento da concentração do Acilbenzolar-S-methyl, é diretamente
proporcional ao aumento da velocidade de crescimento micelial do
fungo. Os melhores resultados foram observados na concentração
de 20g/100L. O acilbenzolar-S-methyl nas maiores concentrações
não se mostrou eficiente no controle micelial de C. eragrostidis.
Apoio Financeiro: CNPq
Visando contribuir com a Produção Integrada da Goiaba (PIF
Goiaba), avaliou-se a eficiência de fungicidas no controle da doença
em campo no município de Pedro Canário-ES. O delineamento
experimental foi o de blocos casualizados com quatro tratamentos
e quatro repetições (água (testemunha), oxicloreto de cobre (2400
mg L-1), tebuconazole (150 mg L-1) e oxicloreto de cobre (2400
mg L-1) + tebuconazole (150 mg L-1). A calda fungicida de 1,5L/
planta foi pulverizada quinzenalmente com pulverizador costal
motorizado (Yamaho LS-937®) e as pulverizações iniciaramse quando 34% em média dos botões estavam com ferrugem. O
fungicida tebuconazole e a mistura de tebuconazole com oxicloreto
de cobre foram estatisticamente iguais e tiveram a menor incidência
máxima (ymax) (9,65 e 9,20%) e final (yfinal) de frutos doentes (7,0
e 10,5%), respectivamente. Por outro lado, o fungicida oxicloreto
de cobre diferiu dos demais tratamentos quanto ao ymax e yfinal
de frutos doentes (48 e 28%, respectivamente) e quanto a Área
Abaixo da Curva de Progresso da Ferrugem ((AACPF) 1620,45).
Na testemunha houve maior ymax e yfinal de frutos doentes (62 e
69%, respectivamente) e AACPF (3623,00). O fungicida oxicloreto
de cobre deve ser utilizado preventivamente na fase de botões até
frutos com 3 cm diâmetro e o fungicida tebuconazole pode ser
utilizado para conter as epidemias da ferrugem em campo. Apoio
Financeiro – FAPES.
CQI-018
Influência do Acilbenzolar-S-methyl na esporulação de
Curvularia eragrostidis. Brito NM, Nascimento LC, Araújo E,
Coelho MSE, Souto FM. Departamento de Fitotecnia, Laboratório
de Fitopatologia, UFPB, Areia, PB, Brasil. ��������
E-mail: britonoelma@
yahoo.com.br. Influence the of Acilbenzolar-S-methyl in the
sporulation of Curvularia eragrostidis.
A queima das folhas (Curvularia eragrostidis) é uma importante
doença da parte aérea do inhame-da-costa, que interfere na
fotossíntese e na produção das túberas. O objetivo do trabalho
foi avaliar a influência do acilbenzolar-S-methyl (Bion®) na
esporulação de C. eragrostidis. Discos de colônias jovens do fungo
foram depositados em placas de Petri, com meio BDA contendo
(20, 30, 40, 50 e 80g/100L de água) de Acilbenzolar-S-methyl. As
placas foram incubadas a 25 + 2 ºC nas condições de luz natural
durante sete dias, sendo avaliada a produção de esporos do fungo.
Adicionou-se 20 mL de água destilada esterilizada em cada placa
de Petri, sendo a suspensão de esporos obtida com a passagem de
escova de cerdas macias, na superfície da colônia. O material foi
filtrado e a concentração determinada em câmara de Neubauer.
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente
casualizado com cinco repetições para cada tratamento, sendo as
médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Houve diferenças estatísticas entre os tratamentos com relação à
testemunha. As menores médias de esporulação foram apresentadas
pelo tratamento com 20g/100L de água. O acilbenzolar-S-methyl
influenciou na esporulação de esporos de C. eragrostidis nas
condições analisadas. Apoio Financeiro: CNPq
S 154
CQI-020
Resistência parcial de cultivares precoces de soja a ferrugem
em três diferentes métodos de controle. Silva JVC1; Barros FC1;
Silva JRV.2; Juliatti FC1. 1Universidade Federal de Uberlândia ICIAG - Núcleo de Fitopatologia; 2Syngenta Proteção de Cultivos.
E-mail: [email protected]. Partial resistance of early season
cultivars of soybean to rust in three different control methods.
Este estudo objetivou avaliar a resistência parcial de duas
cultivares de soja de ciclo precoce a Phakopsora pachyrhizi,
em interação com dois diferentes métodos de controle, além de
uma testemunha sem aplicação. O experimento foi conduzido
em fatorial 3 x 2, em blocos casualizados, com 4 repetições na
região de Uberlândia – MG. Foram empregados dois métodos de
controle com fungicidas (azoxystrobin + cyproconazole, 0,3L/ha),
com volumes de aplicação de 150L/ha, além da testemunha. No
primeiro método, realizaram-se duas aplicações, com início no
florescimento e intervalo de 14 dias. No segundo, três aplicações,
também com início no florescimento e intervalo de 14 dias. As
cultivares empregadas foram M-Soy 8045RR e M-Soy 8199RR.
As avaliações de severidade da doença foram realizadas segundo
escala diagramática desenvolvida pela EMBRAPA. A porcentagem
de doença no baixeiro 32 dias após a primeira aplicação mostrou
interação significativa entre os fatores pelo teste de Tukey a 5%
de significância. Para ambos os métodos de controle, não houve
diferença entre as duas cultivares. Para a testemunha sem aplicação
a M-Soy 8199RR apresentou maior porcentagem de doença no
baixeiro do que a M-Soy 8045RR. Apoio Financeiro: FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-021
Controle químico da mancha de ramularia do algodoeiro
(Gossypium hirsutum L.) no oeste da Bahia. Chitarra LG, Barbosa
CAS. Embrapa Algodão, UEP – MT, Várzea Grande, MT, Brasil.
E-mail: [email protected]. Chemical control of areolate
mildew in cotton (Gossypium hirsutum L.) in the west of Bahia
state, Brazil.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência dos tratamentos
químicos tetraconazole (0,4 l pc/ha); tebuconazole + carbendazim
(0,5 + 0,8 l pc/ha); azoxystrobin + cyproconazole + óleo mineral
(0,3 l pc/ha + 0,1%) e azoxystrobin + óleo mineral (0,3 l pc/ha +
0,1%) no controle da mancha de ramulária em função do número
de aplicações e do nível de severidade da doença. O delineamento
experimental foi de blocos ao acaso com 17 tratamentos e 4
repetições, totalizando 68 parcelas com quatro linhas de plantio,
espaçadas de 76 cm e medindo 6 m de comprimento. A primeira
aplicação foi realizada quando as plantas das parcelas apresentaram
os primeiros sintomas da doença, ou seja, nota de severidade entre
1 e 2, escala de 1 a 5. As menores notas médias de severidade
foram obtidas nos tratamentos tetraconazole (2,78; 2,69; 2,55;
2,37) seguido por azoxystrobina + ciproconazole (3,31; 3,07;
2,91; 2,91), tebuconazole + carbendazim (3,49; 3,10; 2,91; 2,91)
e estrobilurina (3,57; 3,49; 3,43, 3,40) com 1, 2, 3 e 4 aplicações
de fungicida, respectivamente. A testemunha obteve nota média de
3,70. A produtividade média de algodão em caroço nas parcelas que
receberam 4 aplicações foi de 372,67 @/ha diferindo da testemunha
com produtividade de 336,47 @/ha. Os tratamentos testados foram
eficientes, exceto a estrobilurina isolada, podendo ser utilizados em
alternância. Apoio: Fundeagro.
CQI-022
Eficiência de Fluazinam no controle de Monosporascus
cannonballus em meloeiro. Sales Júnior R, Guimarães IM,
Michereff SJ, Silva KJP, Gê KCF. UFERSA,
�����������������������
Fitossanidade,
Mossoró, RN. E-mail: [email protected]. Efficiency of
Fluazinam in the control of Monosporascus cannonballus on
melon crop.
Monosporascus cannonballus é um dos principais agentes
fitopatógenos radiculares envolvidos no colapso de ramas do
meloeiro (Cucumis melo) no Nordeste brasileiro. Dentre as
medidas de controle mais utilizadas nessa enfermidade, destaca-se
o controle químico. Ainda que, não se tem definido um fungicida
que garanta uma boa eficiência no controle do patógeno em áreas
infestadas. Plantas de melão amarelo foram cultivadas em vaso com
solo naturalmente infestados com M. cannonballus. Dessa forma,
um ensaio foi conduzido em casa-de-vegetação em DIC com 10
tratamentos e 5 repetições. Sendo estes, doses crescentes dos ativos
Fluazinam e Tiofanato Metílico em aplicação isolada e em mistura
dos ativos. O controle foi realizado mediante duas testemunhas:
solo autoclavado e naturalmente infestado. As variáveis analisadas
foram, peso de raízes (PR), danos em hipocótilo (HP), em raízes
primárias (RP) e secundárias (RS). A análise de variância indicou
que todos os tratamentos que apresentaram a presença do ativo
Fluazinam diferiram significativamente de todos os demais
tratamentos. Não obstante, essa diferença não foi detectada entre as
doses testadas deste ativo em aplicação isolada ou mistura. Dessa
forma, concluímos que, este produto apresenta boa eficiência e pode
ser, quando registrado, utilizado no manejo de M. cannonballus.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CQI-023
Produtividade de feijões dos grupos carioca, preto e manteigão
em resposta ao uso de fungicidas. Prado AL1, Lehner MS1,
Lima RC1, Vieira RF1, Carneiro JES2, Paula Júnior TJ1, Teixeira
H1. 1Epamig-CTZM, Viçosa, MG; 2Departamento de Fitotecnia,
UFV, Viçosa, MG. E-mail:
�������������������������������������
[email protected]. Yield of
“carioca”, “black” and “manteigão” common beans in response to
fungicides.
O tipo carioca responde por cerca de 70 % do feijão produzido
no Brasil, seguido do preto e do manteigão. A produtividade de
linhagens elite e cultivares desses três grupos de feijão em resposta
ao uso de fungicidas foi avaliada em duas séries de ensaios (outono
de 2005 e inverno–primavera de 2006) conduzidas em Coimbra,
MG, com irrigação por aspersão. Conduziram-se dois ensaios por
grupo: um com aplicações de fungicidas e outro sem fungicida,
lado a lado. Testaram-se 25, 21 e 15 genótipos de carioca, preto e
manteigão, respectivamente, em DBC e três repetições. A primeira
aplicação de fungicidas foi feita aos 30 dias após a emergência
(DAE), empregando-se azoxystrobin (50 g ha-1); na segunda, aos
44 DAE, utilizou-se azoxystrobin (25 g ha-1) + epoxiconazol (6,25
g ha-1); na terceira, aos 59 DAE, epoxiconazol (12,5 g ha-1). Em
geral, os feijões pretos foram mais suscetíveis à mancha-angular
e à ferrugem. No outono, apenas o feijão preto teve aumento de
produtividade (253 kg ha-1) com os fungicidas. No inverno–
primavera, todos os grupos se beneficiaram do controle de doenças,
e os feijões pretos tiveram o maior incremento na produtividade
(591 kg ha-1). Conclui-se que o feijão preto responde mais, em
produtividade, às aplicações de fungicidas que os cariocas e os
manteigões. Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG.
CQI-024
Qualidade sanitária e fisiológica de sementes de milho tratadas.
Moraes MHD1; Tremocoldi AR1; Malaguetta H1; Zambon S2.
1
Departamento de Fitopatologia, ESALQ, Piracicaba, SP, Brasil.
2
BASF S.A. E–mail: [email protected]; Health and
physiological quality of corn treated seeds.
O presente trabalho objetivou-se avaliar o efeito dos fungicidas
BAS 35801I (nas doses de 20; 40 e 60 g do i.a/ha) e BAS
58001F (nas doses de 10; 20 e 30 do i.a./ha), em comparação
com fludioxonil+metalaxyl-M (na dose de 0,7 g do i.a./ha), no
tratamento de sementes de milho híbrido Pioneer. Após serem
tratadas, as sementes foram submetidas aos testes de sanidade, pelo
método papel de filtro, germinação, pelo método do rolo de papel,
emergência em casa de vegetação e teste de frio. Todos os produtos
controlaram os fungos Fusarium verticillioides, Colletotrichum
graminicola e Penicillium oxalicum, presentes nas sementes. A
germinação e o vigor, observados pela velocidade e porcentagem
de emergência, não foram afetados pelos tratamentos. O resultado
do teste de frio indicou controle eficiente de Pythium sp. presente
no solo obtido de área de cultivo de milho.Neste trabalho foi
possível observar, que não houve efeito fitotóxico dos tratamentos
sobre as sementes.
S 155
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-025
Efeito do glifosato sobre a severidade de ferrugem e oídio em
soja transgênicas. Rosa DD, Basseto MA, Masson MV, Cavariani
C, Furtado EL. �����������������������������������������
Departamento de Produção Vegetal, UNESP,
Botucatu, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Glyphosate
effect in the Asian Rust and Powdery Mildew severity in transgenic
soybean
Testou-se o efeito do herbicida glifosato, a concentração de 5,5 mL/
L de ingrediente ativo, sobre plantas de soja BRS 242 RR, visando
avaliar a influência desse sobre a severidade da ferrugem asiática da
soja (Phakopsora pachyrhizi) e o oídio da soja (Erysiphe diffusa),
utilizando-se uma aplicação do herbicida, de forma curativa,
após 3 dias da inoculação dos agentes patogênicos. Utilizou-se
40 vasos para cada tratamento, contendo em cada vaso quatro
plantas. Para a inoculação da ferrugem, coletou-se uredósporos no
campo e preparou-se uma suspensão de 107 esporo/mL, já para a
inoculação de oídio, coletou-se material em campo e preparou-se
uma suspensão de 106 conídios/mL, ambas as suspensões foram
aplicadas com pulverizador costal com bico de jato cônico cheio,
e as plantas foram pulverizadas até o ponto de escorrimento.
Nos tratamentos sem a aplicação de herbicida, observou-se uma
severidade média, baseada em área foliar ocupada, de 4,4% para
ferrugem e 23,4% para oídio. Já nos tratamentos inoculados e
que receberam a aplicação de herbicida após três dias, verificouse uma redução significativa no valor de severidade, sendo 0,6%
e 0,5%, respectivamente, esta redução foi significativa a 5% de
probabilidade. Estes resultados indicam que o uso do herbicida
glifosato, em plantas transgênicas resistentes a esse agrotóxico,
pode auxiliar no controle de doenças, sendo necessários mais
estudos sobre essa interação para se entender os benefícios de seu
uso. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES
CQI-026
Intensidade de míldio em uva fina de mesa ´BRS-Clara´
cultivada sob cobertura plástica. Genta W1,2, Scapin CR1,
Mituy E2, Souza CD1, Tessmann DJ1, Vida JB1, Roberto SR3.
1
Universidade Estadual de Maringá, Depto. Agronomia, Maringá,
PR, 2ANPEF, Marialva, PR. 3Universidade Estadual de Londrina,
Depto. Agronomia,
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Londrina, PR; e-mail [email protected].
Downy mildew intensity on table grape ´BRS-Clara´ cultivated
under plastic cover.
O objetivo do trabalho foi avaliar a influência da cobertura
plástica combinada a diferentes tratamentos com fungicidas no
controle de míldio em uva fina de mesa apirênica ‘BRS-Clara’
(Vitis vinifera). Foram conduzidos ensaios em delineamento de
blocos causalizados, com quatro repetições, nas safras de agosto
a dezembro/2007 (normal) e janeiro a maio /2008 (temporã), em
Marialva, PR. Tratamentos sob plástico: (I) sem fungicidas; (II)
fungicidas apenas para oídio; (III) redução de 50% das aplicações
de fungicidas; (IV) redução de 70% das aplicações de fungicidas;
(V) aplicações de fosfito e hidróxido de cobre; e tratamentos sob
sombrite com aplicações de fungicidas conforme o padrão de
aplicações da região (VI) e sem aplicações de fungicidas (VII).
Na safra normal, devido à baixa ocorrência de chuvas no período,
não se verificaram diferenças significativas entre os tratamentos,
não ocorrendo doença sequer na testemunha sob sombrite sem
tratamento fungicida. Na safra temporã, com chuvas freqüentes,
ocorreu perda total no tratamento (VII), sendo a cobertura plástica
eficiente no controle do míldio nos tratamentos , III, IV e V. Apoio
financeiro: CNPq.
S 156
CQI-027
Efeito do tebuconazol + carbendazim no controle da ferrugem
asiática. Silva AF Valiati VAH, Cabral WC, Silva LHCP, Campos
HD, Silva JRC. Universidade
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de Rio Verde-FESURV. Rio VerdeGO; E-mail: [email protected]. Effect of tebuconazol and
carbendazin on Asian soybean rust control.
Com o objetivo avaliar a eficácia e a seletividade dos fungicidas
tebuconazol + carbendazim comparativamente com outros ativos
no controle desta doença, um experimento foi conduzido na safra
06/07. Os fungicidas testados foram tebuconazol; tebuconazol +
carbendazim (75+150; 75+250 e 100 + 250 g i.a./ha); tiofanato
metilico + flutriafol (60+300 g i.a./ha); trifloxistrobina +
tebuconazol (60+120 g i.a./ha); piraclostrobina + epoxiconazol
(66,5+25 g i.a./ha); azoxistrobina + ciproconazol (60+24 g i.a./ha).
Além desses tratamentos, plantas não pulverizadas foram mantidas
como testemunha. A eficácia de controle foi baseada em severidade,
desfolha, peso de mil grãos e produtividade. Para a severidade,
foram realizadas sete avaliações. A avaliação de desfolha foi
realizada quando a testemunha apresentou o índice de 80%. Para
a severidade, todos os tratamentos diferiram estatisticamente da
testemunha. Entretanto, os melhores foram aqueles contendo
trifloxistrobina + tebuconazol e azoxistrobina + ciproconazol.
Em relação à desfolha, peso de mil grãos e produtividade, todos
os tratamentos diferiram significativamente da testemunha. A
produtividade na testemunha foi de 1965,72kg/ha, enquanto que
nos tratamentos que receberam aplicação de fungicidas variou de
2538,79 kg/ha (tiofanato metílico + flutriafol) a 3952,88 kg/ha
(trifloxistrobina + tebuconazol).
CQI-028
Eficácia de ciproconazol + difenoconazol e ciproconazol +
tiametoxam no controle da ferrugem asiática da soja. Silva
AF, Solano SDD, Pipoli DE, Silva LHCP, Campos HD, Silva JRC,
Universidade de Rio Verde-FESURV, Faculdade de Agronomia.
[email protected]. Effect of cyproconazole + difonocanzole and
cyproconazole + thiametoxan to Asian soybean rust control.
Objetivando avaliar a eficácia de ciproconazol + difenoconazol e
ciproconazol + tiametoxam no controle da ferrugem asiática, um
experimento foi realizado em Montividiu, GO. Os produtos foram
testados isoladamente ou com adição de diferentes adjuvantes.
Os fungicidas ciproconazol e tebuconazol foram utilizados como
padrões, além da testemunha. O delineamento experimental foi de
blocos ao acaso em quatro repetições. A eficácia dos fungicidas
foi avaliada com base na severidade, eficácia relativa, desfolha,
rendimento e seletividade. Plantas tratadas com fungicidas
apresentaram menor severidade e desfolha. Maior eficácia relativa
para ciproconazol + difenoconazol (97,72%) e para ciproconazol +
tiametoxan (94,01%) foi verificada nos tratamentos com o adjuvante
Nimbus a 600 ml.ha-1. A eficácia relativa para os fungicidas utilizados
como padrão foi de 64,21% (ciproconazol) e 60,82% (tebuconazol).
Maior produtividade foi verificada nos tratamentos com Nimbus a
600 ml.ha-1. Enquanto as plantas testemunha produziram 2.793,54
kg.ha-1, nos melhores tratamentos, a produtividade foi de 3.938,36
kg.ha-1 (ciproconazol + difenoconazol e Nimbus a 600 ml.ha-1) e
3.950,41 kg.ha-1 (ciproconazol + tiametoxam e Nimbus a 600 ml.ha1
). Sintomas leves de fitotoxidez foram verificados nos tratamentos
contendo tebuconazol.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-029
Avaliação da eficiência e praticabilidade agronômica do
produto Fegatex®, no controle da bacteriose do maracujazeiro
causada por Xanthomonas campestris pv. passiflorae. Boro MC1,
Pimenta AA1, Stephan C1, Perez RM1, Souza PE2, Miranda JC2,
Salgado LO3. 1Laboratório de Fitopatologia PRTrade – São Paulo/
SP; 2Universidade Federal de Lavras - Lavras/MG; 3Agroteste
Pesquisa e Desenvolvimento. E-mail
����������������������������
marcela.boro@prtrade.
com.br. Evaluation of the efficiency and agronomic practicality
of Fegatex® in control bacteriose of passion fruit caused by
Xanthomonas campestris pv. passiflorae.
No Brasil diversas regiões produzem maracujá, sendo que, o
problema fitossanitário mais observado é a bacteriose causada pela
Xanthomonas campestris pv. passiflorae. O objetivo do foi avaliar
a eficiência do produto Fegatex® (Cloretos de Benzalcônio) no
controle desta bacteriose, comparando-o com o tratamento padrão.
O ensaio foi conduzido no município de Lavras, no período de
março a maio de 2006. Utilizou-se a espécie de maracujá amarelo
e os seguintes produtos: Fegatex® 200ml e 300ml/100L, com
intervalo de aplicação de 7 e 14 dias e, como padrão, Agrimicina
(cloridrato de oxitetraciclina + sulfato de estreptomicina), com
intervalo de aplicação de 7 dias, cada tratamento com 4 repetições.
Verificou-se diferença significativa entre todos os produtos e a
testemunha em quatro avaliações. Na quarta avaliação o produto
Fegatex® na dosagem de 200 mL/100L de água, proporcionou
controle da doença de 74%, com intervalo de 7 dias e na dosagem
de 300 mL/100L de água de 76 e 74%, na aplicação com intervalos
de 7 e 14 dias, respectivamente, quando comparados à testemunha.
Os resultados mostram que o Fegatex® comportou-se de forma
semelhante ao padrão utilizado (74% de controle).
CQI-031
Efeito do tratamento de sementes para o controle em parte
aérea da ferrugem asiática da soja. Moraes DG, Ribeiro GC,
Ribeiro BB, Silva LHCP, Campos HD, Silva JRC. Universidade de
Rio Verde-FESURV, Faculdade de Agronomia. E-mail:
�����������������
carregal@
fesurv.br. Effect of seeds treatment to Asian soybean rust control.
Objetivando avaliar o efeito do tratamento de sementes no
controle de parte aérea da ferrugem asiática, foram realizados
dois experimentos: o primeiro a campo e o segundo em casa de
vegetação. No experimento a campo, o delineamento experimental
foi de blocos ao acaso em quatro repetições. Em casa de vegetação
foram três repetições inteiramente casualizadas. Foi avaliada
a porcentagem de folhas cotiledonares inativas, a incidência,
a severidade e o rendimento da soja. Verificou-se no ensaio a
campo que o tratamento de sementes reduziu significativamente
a porcentagem de folhas cotiledonares inativas, mas não reduziu a
incidência e a severidade da doença, provavelmente em função da
incidência tardia da doença (após R5.1). Entretanto, o tratamento
de sementes proporcionou incremento relativo de produtividade
variando de 186,42 a 275,63 kg.ha-1, dependendo das combinações
das aplicações em parte aérea. No ensaio em casa de vegetação,
o tratamento de sementes foi eficaz em reduzir a porcentagem
de folhas cotiledonares inativas, a incidência e a severidade da
doença. Além disso, proporcionou maior porcentagem de folhas
cotiledonares e de trifólios. O tratamento de sementes visando o
controle da ferrugem asiática em parte aérea deve ser encarado como
uma ferramenta adicional no manejo da doença, não substituindo
as demais medidas de controle.
CQI-030
Programas de pulverização de fungicidas para o controle de
ferrugem asiática. Ribeiro BB, Cabra, WC, Monteiro FP, Silva
LHCP, Campos HD, Silva JRC. Universidade de Rio VerdeFESURV, Faculdade de Agronomia. ����������������������������
E-mail: [email protected].
Fungicide applications to Asian soybean rust control.
CQI-032
Avaliação da eficiência de fungicidas no controle de mancha
branca (Phaeosphaeria maydis) na cultura do milho Mendes MC,
Von Pinho RG, Lopes TIC, Brito AH, Freitas JL. Departamento
����������������
de
Agricultura, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: mcruzm@gmail.
com. Evaluation of the fungicide efficiency for the maize white
spot (Phaeosphaeria maydis) control in corn.
Objetivando avaliar a eficácia de fungicidas no controle da ferrugem,
um experimento foi realizado em Rio Verde, GO. Avaliou-se
a eficácia de diferentes programas de pulverização contendo
trifloxistrobina + tebuconazol, tebuconazol e protioconazol, em
duas ou três pulverizações. Utilizou-se os fungicidas azoxistrobina
+ ciproconazol e ciproconazol como padrões de controle. Como
programas, variou-se o número de aplicações e a seqüência dos
fungicidas. O ensaio foi disposto sob o delineamento experimental
de blocos ao acaso em quatro repetições. A eficácia dos fungicidas
foi realizada com base na incidência, severidade, desfolha,
rendimento e seletividade. Verificou-se que todos os programas
testados foram eficazes em conter a incidência, a severidade e
desfolha provocada pela ferrugem asiática. Para o rendimento da
cultura, somente os tratamentos contendo uma única aplicação
de trifloxistrobina + tebuconazol e as demais (uma ou duas) com
tebuconazol isoladamente e não diferiu significativamente da
testemunha. Enquanto a testemunha produziu 2.713,13 kg.ha-1, nos
melhores tratamentos, a produtividade variou de 3.299,84 kg.ha-1
(duas aplicações de azoxistrobina + ciproconazol) a 3.699,79 kg.ha1
(protioconazol / trifloxistrobina + tebuconazol / protioconazol).
Sintomas leves de fitotoxidez foram verificados nos tratamentos
contendo o princípio ativo tebuconazol e protioconazol.
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de fungicidas sobre a
produtividade de grãos e controle de Phaeosphaeria maydis na
cultura do milho, no ano agrícola de 2006/2007. O experimento
foi conduzido em blocos casualizados, com cinco repetições, em
esquema fatorial 5x1, sendo cinco tratamentos com fungicidas
(Nativo – estádio pré-pendoamento; Nativo – estádio V8 e prépendoamento; PrioriXtra – pré-pendoamento; PrioriXtra –V8
e pré-pendoamento e testemunha - sem aplicação) e um híbrido
o P 30F53, susceptível a doença. As características agronômicas
avaliadas foram produtividade de grãos e peso de 1000 grãos,
foram realizadas quatro avaliações de severidade de Phaeosphaeria
maydis, com intervalo semanais e calculada a Área Abaixo da Curva
de Progresso da Doença (AACPD), sendo as médias comparadas
pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade. A
aplicação de fungicida proporciona um aumento na produtividade
de grãos e no peso de 1000 grãos. Para a área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD) foram constatadas diferenças em
função da época de aplicação dos fungicidas. Os tratamentos com
duas aplicações de fungicidas, nos estádios V8 e pré-pendoamento,
ofereceram melhor controle da mancha branca. Os fungicidas
Nativo e Priori Xtra não diferiram quanto a eficiência de no controle
da mancha branca. Apoio financeiro: CNPq
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
S 157
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-033
Avaliação da eficácia e praticabilidade agronômica dos
fungicidas BAS 556 01F e BAS 512 05F no controle de
Phaeosphaeria maydis em milho. Pereira RB, Salgado, LO,
Gomes, GS. Agroteste Pesquisa e Consultoria, Lavras, MG, Brasil.
E-mail: [email protected]. Evaluation of the
effectiveness and agronomic practicality of fungicides BAS 556
01F and BAS 512 05F in the control of Phaeosphaeria maydis in
corn.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia e a praticabilidade
agronômica dos fungicidas BAS 556 01F (piraclostrobina+me
tconazole) e BAS 512 05F (piraclostrobina+epoxiconazole) no
controle da mancha de phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis) em
milho. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos
casualizados, com 6 tratamentos e 4 repetições. Sementes do híbrido
Nidera foram plantadas e adubadas conforme recomendação. Nos
tratamentos BAS 556 01F 750 mL ha-1 e BAS 512 05F 1000 mL
ha-1 realizou-se uma aplicação aos 40 dias após a emergência
(DAE) e, nos tratamentos BAS 556 01F 500 mL ha-1, BAS 512
05F 700 mL ha-1 e Priori Xtra 300 mL ha-1 (padrão), realizaram-se
duas aplicações, aos 45 e 65 DAE. Realizaram-se três avaliações da
severidade, uma prévia, e outras duas aos 20 dias após a primeira
e segunda aplicação. Todos os fungicidas apresentaram controle
da doença, sem diferirem entre si e em relação ao padrão, com
eficácias acima de 86,55 e 87,50%, respectivamente na segunda
e terceira avaliações, promovendo mais de 84,0% de redução da
Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença. BAS 556 01F e
BAS 512 05F apresentaram-se eficientes controles da doença,
sendo recomendados para o manejo da mancha de phaeosphaeria
em milho. Apoio Financeiro: BASF
���������
S.A.
CQI-034
Controle químico da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi)
na cultura da soja. Ferreira Jr JP, Inoue TT, Macena AMF, Sauer
AV, Canteri MG. Departamento de Fitopatologia, UEL, Londrina,
Paraná, Brasil. Email: [email protected]. Asian soybean rust
(Phakopsora pachyrhizi) chemical control .
O trabalho objetivou avaliar 5 tratamentos (T1 = Testemunha; T2
= 2 aplicações de tebuconazole 0,5 L ha-1 (1a aplicação no estádio
R2 e a 2a no R5.1); T3 = 1 aplicação de tebuconazole 0,5 L ha-1
(estádio R5.1); T4 = 2 aplicações de pyraclostrobin + epoxiconazole
0,5 L ha-1 (1a aplicação no estádio R2 e a 2a no R5.1) e T5 = 1
aplicação de pyraclostrobin + epoxiconazole 0,5 L ha-1 (estádio
R5.1) com 5 repetições, totalizando 25 unidades experimentais.
Cada unidade experimental foi constituída por parcelas de seis
linhas, espaçadas 0,40 m entre si e 6 m de comprimento. Os produtos
foram aplicados com pulverizador costal de pressão constante
de CO2 (25 kgf cm-3). As variáveis analisadas foram número de
vagens boas, chochas e totais, peso de 100 grãos, produtividade em
kg ha1 e AACPD de incidência e severidade da ferrugem asiática
da soja. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo
teste F, e suas médias comparadas pelo teste de TUKEY em nível
de 5% de probabilidade. Independente do fungicida utilizado,
observou-se melhores resultados para as variáveis analisadas nos
tratamentos onde foram realizadas 2 aplicações com pyraclostrobin
+ epoxiconazole e tebuconazole, nos estádios R2 e R5.1. Nessas
condições, o não controle da doença causou redução de 29,14% no
peso de 100 grãos e de 22,46% na produtividade média da lavoura
quando comparada aos demais tratamentos.
S 158
CQI-035
Cultivares e espaçamento entre linhas no progresso da
ferrugem asiática da soja. Domingues LS, Balardin RS, Debona
D, Favera DD, Corte GD, Meneghetti RC. Departamento de
Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. E- mail:
[email protected]. Cultivars and row spacing in the soybean
rust progress.
A influência de diferentes cultivares e espaçamentos entre linhas
no progresso da ferrugem asiática da soja Phakopsora pachyrhizi
foi avaliada em experimento realizado a campo no município de
Itaara-RS, na safra agrícola 2006/2007. Foi utilizado o delineamento
experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições, em
arranjo fatorial (3x3) com três espaçamentos entre linhas (40 cm,
50 cm e 60 cm) e três cultivares (M-SOY 8000, Nidera 6001 e
Coodetec 219). A severidade da doença foi avaliada através de
notas visuais nos dosséis inferior e superior, sendo estas utilizadas
posteriormente para calcular a Área Abaixo da Curva de Progresso
da Ferrugem (AACPF). Para o dossel inferior, menores AACPF
foram observadas no espaçamento de 60 cm para as cultivares MSOY 8000 e Nidera 6001, apresentando uma redução na AACPF
de aproximadamente 15% para ambas as cultivares se comparadas
ao menor espaçamento. Na análise da AACPF do dossel superior
somente a cultivar Coodetec 219 se mostrou responsiva ao
aumento do espaçamento entre linhas. O aumento na incidência
de radiação solar através do aumento do espaçamento, observado
principalmente no dossel inferior, provavelmente tenho sido um dos
fatores responsáveis pela redução da AACPF, pelo fato de retardar
a senescência foliar, afetando positivamente os mecanismos de
defesa da planta e desfavorecendo o ataque do patógeno.
CQI-036
Controle químico da ferrugem da folha em cultivares de trigo
submetidas a diferentes níveis de adubação nitrogenada.
Debona D, Favera DD, Corte GD, Meneghetti RC, Domingues LS,
Balardin RS. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa
Maria, RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Chemical
control of leaf rust on wheat cultivars in different levels of nitrogen
fertilization.
O efeito de níveis de nitrogênio sobre o controle químico
da ferrugem da folha em cultivares de trigo foi avaliado em
experimento fatorial (4x2x4) com quatro doses de N (0, 20, 40
e 60 kg.ha-1), dois fungicidas (tebuconazol e picoxistrobina +
ciproconazol) e quatro cultivares (Ônix, Fundacep 50, Fundacep
Cristalina e Pampeano), no delineamento de blocos ao acaso, com
quatro repetições. A cultivar Ônix apresentou os maiores valores
da Área Abaixo da Curva de Progresso da Ferrugem (AACPF)
tanto no dossel inferior quanto no dossel superior em todos os
tratamentos, além de ter apresentado aumento médio de 73,5% na
AACPF do dossel inferior com o aumento na dose de N de 0 para
60 kg.ha-1, considerando ambos os fungicidas. Adicionalmente, foi
observado que a mistura triazol + estrobilurina foi mais eficiente
no controle da doença e não teve sua performance tão prejudicada
com o aumento no suprimento de N quanto a do triazol isolado.
Com relação ao rendimento de grãos, as menores médias foram
observadas na cultivar Ônix, no tratamento com tebuconazol.
Já para o fungicida picoxistrobina + ciproconazol, não houve
diferença no rendimento de grãos entre as cultivares, demonstrando
que a mistura de ingredientes ativos proporciona um controle mais
eficiente da doença e maior estabilidade de rendimento.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-037
Eficácia do fungicida picoxistrobina + ciproconazol no controle
de ferrugem asiática. Moraes, E.B.; Valiati, V.A.H.; SiqueiraFilho, G.M.; Silva, L.H.C.P.; Campos, H.D.; Silva, J.R.C.;
Universidade de Rio Verde-FESURV, Faculdade de Agronomia.
[email protected]. Efficacy of picoxyastrobin + cyproconazol to
Asian soybean rust control.
Objetivando avaliar a eficácia de fungicidas no controle da
ferrugem asiática da soja, um experimento foi realizado em Rio
Verde, GO. Avaliou-se a eficácia do fungicida picoxistrobina +
ciproconazol, em três dosagens, além dos padrões comparativos
(azoxistrobina + ciproconazol; piraclostrobina + epoxiconazol;
trifloxistrobina + ciproconazol e trifloxistrobina + tebuconazol)
e da testemunha. O ensaio foi disposto sob o delineamento
experimental de blocos ao acaso em quatro repetições. A eficácia
dos fungicidas foi realizada com base na severidade da doença,
eficácia relativa, desfolha, rendimento e seletividade. Plantas
tratadas com fungicidas apresentaram menor severidade e desfolha
em relação à testemunha. Para o fungicida picoxistrobina +
ciproconazol a eficácia relativa manteve-se acima de 94,25%.
Em relação ao rendimento da cultura, verificou-se que todos os
tratamentos contendo picoxistrobina + ciproconazol apresentaram
maior massa de mil grãos e produtividade em relação à testemunha,
mostrando-se iguais ou superiores aos padrões. Enquanto as plantas
testemunha produziram 2417,70 kg.ha-1, nos melhores tratamentos,
a produtividade variou de 3023,83 kg.ha-1 (trifloxistrobina +
tebuconazol) a 3.367,79 kg.ha-1 (picoxistrobina + ciproconazol na
maior dose). Sintomas leves de fitotoxidez foram verificados nos
tratamentos contendo tebuconazol.
CQI-038
Controle de Phakopsora pachyrhizi com diferentes velocidades
do ar na barra de pulverização sobre a produtividade da soja.
Prado E.P1, Aguiar-Júnior HO, Dal Pogetto MHFA, Christovam
RS, Raetano CG, Valência RM. UNESP/FCA/ Depto. Produção
Vegetal – Botucatu/SP. E-mail: [email protected]. Soybean
rust control w�����������������������������������������������������
ith different air assistance speed in the spray boom
on crop yield.
A ferrugem asiática é a doença mais temida na cultura da soja. O
trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da assistência de ar
junto à barra de pulverização no controle desta doença, sobre o peso
de 1000 sementes e a produtividade da cultura. O experimento foi
conduzido na FCA/UNESP – Campus de Botucatu, safra 2007/08,
na cultura da soja, var. Conquista, no delineamento experimental
de blocos ao acaso, (quatro níveis de ar 0, 50, 75 e 100%) mais
testemunha, totalizando 5 tratamentos e 4 repetições e parcelas de 8
x 10 m. No estádio de desenvolvimento R2 e R5.2 foram realizadas
pulverizações da mistura fungicida epoxiconazol + piraclostrobina
no controle da doença. Utilizou-se um pulverizador Advanced
Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR 8002, a 150 L/
ha. Os tratamentos com assistência de ar na barra de pulverização
embora não tenham diferenciado estatisticamente da aplicação sem
assistência de ar, apresentaram maior produtividade. Os tratamentos
com velocidades de ar de 50 e 75% proporcionaram produtividade
de 2.629,4 e 2.524,1 kg/ha, respectivamente. Em relação ao peso de
1000 sementes os tratamentos com assistência de ar demonstraram
maior eficiência em relação às plantas não tratadas (testemunha).
1
Bolsista: CNPq
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CQI-039
Severidade de Phakopsora pachyrhizi na cultura da soja
sob o efeito da velocidade da assistência de ar na barra de
pulverização. Prado EP1, Raetano CG, Christovam RS, Dal
Pogetto MHFA, Aguiar-Júnior HO, Valência RM. UNESP/FCA/
Depto. Produção Vegetal – Botucatu/SP. E-mail: epprado@hotmail.
com. Phakopsora pachyrhizi severity on soybean plants under air
assistance speed effect in spray boom.
O controle eficiente da ferrugem asiática é obtido somente com o
uso de produtos químicos. O trabalho objetivou avaliar a severidade
da doença antes e após o tratamento com fungicida, sob diferentes
velocidades da assistência de ar junto à barra de pulverização nessa
cultura. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP – Campus
de Botucatu, na cultura da soja, var. Conquista, no delineamento
experimental de blocos ao acaso (quatro níveis de ar 0, 50, 75 e
100%), mais testemunha, totalizando 5 tratamentos e 4 repetições,
com parcelas de 8 x 10 m. Durante o desenvolvimento da cultura,
realizou-se o monitoramento da doença utilizando-se escala
diagramática aos, 94, 103, 108, 115 e 123 DAE. Nos estádios de
desenvolvimento R2 (98 DAE) e R5.2 (112 DAE) foram realizadas
pulverizações da mistura fungicida piraclostrobina + epoxiconazole
visando o controle da doença. Utilizou-se um pulverizador
Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR
8002, a 150 L/ha. Houve diferença significativa na incidência da
doença entre tratamentos e testemunha em todas as avaliações.
O tratamento com 100% da velocidade de ar foi o mais eficiente
mostrando a menor AACPF. 1Bolsista: CNPq
CQI-040
Adjuvantes e assistência de ar junto à barra de pulverização
no controle da ferrgem asiática sob a produtividade da soja.
Aguiar-Jr HO, Raetano CG, Dal Pogetto MHFA, Prado EP,
Christovam RS, Varriano M. UNESP/FCA/ Depto. Proteção de
Plantas – Botucatu/SP. E-mail: [email protected]. Adjuvants
����������
and air assistance in spray boom to control of soybean rust under
the soybean productivity.
Esse trabalho objetivou avaliar diferentes técnicas de aplicação e
adjuvantes no controle do fungo Phakopsora phachyrhizi na cultura
da soja. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP – Campus
de Botucatu, na cultura da soja, var. Conquista. O delineamento
experimental foi o de blocos casualizados, no esquema fatorial 3
x 2 + 1, sendo três adjuvantes (Silwet- L77, Antederiva, Li 700)
combinados duas técnicas de aplicação (0 e 100% da assistência
de ar na barra de pulverização), mais testemunha, totalizando
7 tratamentos e 4 repetições, com parcelas de 8 x 10 m. Nos
estádios de desenvolvimento R2 (99 DAE) e R5.2 (113 DAE)
foram realizadas pulverizações da mistura fungicida azoxistrobina
e ciproconazole associado aos diferentes adjuvantes no controle
da doença. Utilizou-se um pulverizador Advanced Vortex 2000,
equipado com pontas de jato plano XR 8002, a 150 L/ha. Todos os
tratamentos apresentaram produtividade significativamente maiores
em comparação às plantas não tratadas. Não houve influência
dos adjuvantes quando associados a mistura azoxistrobina e
ciproconazole sobre a produtividade da soja.
S 159
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-041
Severidade de Phakopsora pachyrhizi na cultura da soja sob
o efeito de adjuvantes e assistência de ar junto à barra de
pulverização. Aguiar-Jr HO, Raetano CG, Dal Pogetto MHFA,
Prado EP, Christovam RS, Varriano M. UNESP/FCA/ Depto.
Proteção de Plantas – Botucatu/SP. E-mail: [email protected].
br. Phakopsora pachyrhizi severity on the soybean crop under
adjuvants and air assistance effect in bar.
CQI-043
Efeito do tratamento hidrotérmico e químico sobre o crescimento
micelial de Colletotrichum gloeosporioides de frutos de mamão.
Martins FG, Lelis FMV, Ogoshi C, Pierre RO, Vieira JF, Silva BM,
Abreu MS. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG,
Brasil. E-mail: [email protected]. Effect
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of the treatment
hydrotermic and chemical in the inhibition of micelial growth of
Colletotrichum gloeosporioides from papaya fruit.
O trabalho objetivou avaliar diferentes técnicas de aplicação e
adjuvantes no controle do fungo Phakopsora phachyrhizi na cultura
da soja. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP – Campus
de Botucatu, na cultura da soja, var. Conquista. O delineamento
experimental foi o DBC, no esquema fatorial 3 x 2 + 1, sendo três
adjuvantes (Silwet- L77, AntIderiva, Li 700) combinados A duas
técnicas de aplicação (0 e 100% da assistência de ar na barra de
pulverização), mais testemunha, totalizando 7 tratamentos e 4
repetições, com parcelas de 8 x 10 m. Durante o desenvolvimento
da cultura, realizou-se O monitoramento da doença, utilizandose escala diagramática, aos 94, 103, 108, 115 e 123 DAE. Nos
estádios de desenvolvimento R2 (99 DAE) e R5.2 (113 DAE)
foram realizadas pulverizações da mistura fungicida azoxistrobina
e ciproconazole no controle da doença. Utilizou-se um pulverizador
Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR
8002, à 150 L/ha. Apesar de não se verificar diferença entre os
tratamentos, a mistura fungicida associado ao adjuvante Silwet77 comportou-se de maneira mais eficiente no controle do fungo
com menores valores da AACPF. Todos os tratamentos em teste
foram eficientes no controle da doença, porém significativamente
superiores às plantas não tratadas.
Objetivou-se neste trabalho avaliar in vitro o efeito dos tratamentos
hidrotérmico e químico no controle do crescimento micelial de
Colletotrichum gloeosporioides de frutos de mamão. O isolado
foi incubado à temperatura de 24 ± 2°C por cinco dias em BDA.
No primeiro tratamento, três discos contendo micélio do fungo
foram colocados em tubo de ensaio contendo 1 mL de água
destilada e mantido em banho-maria a 56°C por seis minutos,
seguido de resfriamento em água à temperatura ambiente por dez
minutos. Posteriormente os discos foram transferidos para placa
de Petri contendo BDA. Já no segundo tratamento, três discos de
micélio foram transferidos para placas contendo BDA + fungicida
tebuconazole (200g/L) adicionado ao meio fundente. O delineamento
foi inteiramente casualizado com seis repetições. Os dados foram
submetidos ao teste de Scott-Knott a 5% de significância. Os
resultados mostraram que o tratamento hidrotérmico inibiu em
8,76% o crescimento micelial de C. gloeosporioides, não diferindo
da testemunha (9,60%). Já o fungicida tebuconazole inibiu em
100% o crescimento micelial do fungo.
CQI-042
Sensibilidade de isolados de Alternaria brassicicola (Schwn.)
Wilt. de cultivos convencionais e orgânicos de brássicas a
fungicidas. Nicolini C, Melo Filho PA, Suassuna ND, Câmara
MPS, Michereff SJ. DEPA/Fitossanidade, UFRPE, Recife, PE,
Brasil. E-mail: [email protected]. Sensitivity of isolates of
Alternaria brassicicola of conventional and organic cultural system
of brassicas to fungicides.
A alternariose é uma das doenças mais comuns em brássicas e o
controle se baseia na aplicação de fungicidas. Esse trabalho teve
como objetivo avaliar a sensibilidade de 112 isolados de Alternaria
brassicicola oriundos de cultivos convencionais e orgânicos de
Pernambuco aos fungicidas: azoxistrobina, iprodiona e tebuconazol.
Os isolados foram avaliados in vitro visando obter a concentração
capaz de inibir 50% do crescimento micelial (CL50) e separados
em classes conforme a sensibilidade aos fungicidas. Todos os
isolados de A. brassicicola foram sensíveis a iprodiona, com
valores de CL50 inferiores a 0,1 mg i.a./L. Os isolados oriundos de
cultivos convencionais (92,9%) e orgânicos (96,4%) comportaramse como medianamente resistentes a azoxistrobina. Em relação a
tebuconazol, foram constatados somente isolados sensíveis (42,9%)
e ligeiramente resistentes (57,1%). Não foi encontrada diferença
significativa quanto à sensibilidade aos fungicidas testados entre
os isolados de A. brassicicola oriundos de cultivos convencionais
e orgânicos, bem como coletados de diferentes tipos de brássicas.
Apoio Financeiro: CNPq.
S 160
CQI-044
Efeito de fungicidas sobre o crescimento micelial de Rhyzoctonia
solani, agente causal de tombamento em mamoneiro (Ricinus
communis). Beteloni FG, Firmino AC, Ribeiro AMB, Raetano CG,
Furtado EL. Departamento de Produção Vegetal, UNESP/FCA,
Botucatu, SP, Brasil. email: [email protected]. Effect
����������
of
fungicides on the mycelial growth of Rhyzoctonia solani, causal
agent of damping off in castor bean (Ricinus communis).
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de cinco fungicidas
com diferentes princípios ativos sobre o crescimento micelial de
Rhyzoctonia solani, agente causador de tombamento em mamona.
Discos de micélio deste isolado foram repicados para o centro de
placas de Petri contendo meio BDA, adicionados dos fungicidas
nas concentrações de 0, 1, 10, 100 e 1000 ppm de ingrediente ativo
(i.a.). As colônias foram incubadas a 25oC ± 1oC sob fotoperiodo
alternado. Cada tratamento foi constituído de cinco repetições.
Foram realizadas avaliações diárias até o primeiro contato de
uma das colônias com aborda da placa, através de mensuração de
diâmetros de cada colônia. Os fungicidas clorotalonil, tiabendazole
e tebuconazole apresentaram eficiência no controle de R. solani
em todas as concentrações, sendo que o ED50 ficou compreendido
entre 0 e 100 ppm, 0 e 1 ppm e 0 e 10 ppm, respectivamente. A
ED50 da R. solani na presença do fungicida que tem cloreto de
benzalcônio como i.a. ocorreu na concentração de 1000 ppm. A
azoxystrobina não apresentou controle satisfatório da R. solani
“in vitro”, em nenhuma das doses trabalhadas. Esses resultados
demonstram o potencial de alguns i.a. para o controle da R. solani
de mamona.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-045
Avaliação in vitro e in vivo de fungicidas no controle da antracnose
da pimenta vermelha (Capsicum baccatum). Silva LP1, Ueno B2,
Moura, AB1. 1Departamento de Fitossanidade, UFPel, Pelotas, RS.
2
Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS. E-mail: lufiaps@yahoo.
com.br. Evaluation
����������� in vitro and in vivo of fungicides on the control
of anthracnose red pepper (Capsicum baccatum).
O objetivo deste trabalho foi testar 22 fungicidas (F) in vitro sobre
2 isolados de C. acutatum (ECT16 e ECT58) e, avaliar a eficiência
in vivo de 16 destes no controle de C. acutatum (isolado ECT58)
em frutos de pimenta vermelha. Os ingredientes ativos foram:
azoxistrobina, metiram+piraclostrobina, mancozebe+famoxadona,
tebuconazol, difeconazol, carbendazim, tiofanato metílico,
captana, clorotalonil, mancozebe, folpete, propinebe, oxicloreto de
cobre, hidróxido de cobre, ASM, fosfito, cloreto de benzalcônio,
dióxido de cloro, tiram+carbendazim, ditianona, extrato de neen
e enxofre+cal. In vitro usaram-se 2 concentrações (10 e 100% da
dose comercial) em meio BDA. A inibição do crescimento micelial
foi avaliada 14 dias após a incubação. Os frutos foram tratados com
F na dose comercial, e decorrido 24h procedeu-se à inoculação,
depositando-se suspensão conidial de 10μL, nas concentrações de
105 e 106conídios/mL, seguida de ferimento. Mediu-se o diâmetro
da lesão, a cada 2 dias até o 10° dia. In vitro todos os F do grupo
químico ditiocarbamato, seguido de tebuconazol foram os mais
eficientes. In vivo, tebuconazol mostrou melhor resultado, seguido
das estrobilurinas, mas os F de contato não foram eficientes no
controle da doença. Apoio financeiro: FAPERGS
CQI-046
Controle químico de Curvularia lunata in vitro. Campos ALT,
Freitas MA, Gomes PF, Delgado GV, Café Filho AC. Depto de
Fitopatologia, Universidade de Brasília. �����������������������
E-mail:analuisatcampos@
yahoo.com.br. Chemical control of Curvularia lunata in vitro
Das espécies utilizadas para forração no Distrito Federal, a grama
esmeralda (Zoysia japonica) destaca-se pelo seu valor econômico
e ornamental. Apesar das vantagens, essa espécie tem se mostrado
muito susceptível ao ataque do fungo Curvularia lunata, tendo em
vista severas perdas em gramados públicos e residenciais do DF.
O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, o efeito de diferentes
concentrações de agroquímicos a fim de se obter a melhor forma de
controle do patógeno. Fungicidas foram diluídos em água destilada
e adicionados a meio BDA fundente (Batata, Dextrose, Ágar),
obtendo-se substratos nas concentrações de 100, 150, 200, 250 e
300 ppm dos ingredientes ativos (i.a.): Clorotalonil + Tiofanato
metílico; Tiofanato metílico; Epoxiconazole + Pyraclostrobin e
Azoxistrobina. O meio BDA, em diferentes concentrações dos
fungicidas foi distribuído em placas de Petri. Nestas, inoculou-se
um disco de 0,5 cm de diâmetro de isolado fúngico pertencente à
Coleção Micológica da UnB. Em seguida as placas foram incubadas
em câmara tipo BOD (fotoperíodo de 12 horas e temperatura
de 25oC). A avaliação da fungitoxicidade foi realizada por meio
da porcentagem de inibição de crescimento miceliano (PIC). A
combinação dos i.a. Epoxiconazole e Pyraclostrobin apresentou
maior eficiência, inibindo, desde sua menor concentração, quase
100% do crescimento miceliano; outros produtos controlaram em
média 30% do crescimento miceliano.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CQI-047
Controle de Phakopsora pachyrhizi com diferentes dosagens
dos fungicidas tebuconazole e flutriafol sobre a produtividade
da soja. Gonçalves AF, Raetano CG, Prado EP, Aguiar-Junior HO,
Christovam RS, Dal Pogetto MHFA. UNESP/FCA/ Depto. ���������
Produção
Vegetal – Botucatu/SP. E-mail: [email protected] Control
of Phakopsora pachyrhizi with different fungicides dosages of
tebuconazol and flutriafol on soybean crop productivity.
O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes
dosagens dos fungicidas tebuconazole e flutriafol no controle
da ferrugem asiática da soja, sobre o peso de 1000 sementes e a
produtividade da cultura. O experimento foi conduzido na FCA/
UNESP – Campus de Botucatu, na cultura da soja var. Conquista,
no delineamento experimental de blocos ao acaso com 7
tratamentos e 4 repetições, com parcelas de 3 x 5 m. nos estádios de
desenvolvimento R2 (98 DAE) e R5.2 (112 DAE) foram realizadas
pulverizações dos fungicidas tebuconazole 200 CE e flutriafol
125SC (0,25; 0,5 e 1,0 L p.c./ha.) visando o controle da doença.
Utilizou-se um pulverizador costal manual pressurizado por CO2
equipado com pontas de jato plano AXI 110015, a 150 L/ha. os
tratamentos que utilizaram o fungicida tebuconazole 200 CE, foram
os que proporcionaram as maiores produtividade e peso de 1000
sementes, onde tebuconazole 200 CE na dosagem de 0,5 L p.c./ha.
foi o único tratamento que apresentou diferença significativa com
relação a produtividade comparado às parcelas não tratadas. Os
tratamentos tebuconazole 200 CE nas dosagens 0,5 e 1,0 L p.c./ha.
foram os únicos que diferiram significativamente da testemunha
em relação ao peso de mil sementes.
CQI-048
Severidade de Phakopsora pachyrhizi na cultura da soja
sob o efeito da velocidade da assistência de ar na barra de
pulverização. Prado EP, Raetano CG, Christovam RS, Dal Pogetto
MHFA, Aguiar-Júnior HO, Valência RM. UNESP/FCA/ Depto.
Produção Vegetal – Botucatu/SP. E-mail: epprado@hotmail.
com. Phakopsora pachyrhizi severity on soybean plants under air
assistance speed effect in spray boom.
O controle eficiente da ferrugem asiática é obtido somente com o
uso de produtos químicos. O trabalho objetivou avaliar a severidade
da doença antes e após o tratamento com fungicida, sob diferentes
velocidades da assistência de ar junto à barra de pulverização nessa
cultura. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP – Campus
de Botucatu, na cultura da soja, var. Conquista, no delineamento
experimental de blocos ao acaso (quatro níveis de ar 0, 50, 75 e
100%), mais testemunha, totalizando 5 tratamentos e 4 repetições,
com parcelas de 8 x 10 m. Durante o desenvolvimento da cultura,
realizou-se o monitoramento da doença utilizando-se escala
diagramática aos, 94, 103, 108, 115 e 123 DAE. Nos estádios de
desenvolvimento R2 (98 DAE) e R5.2 (112 DAE) foram realizadas
pulverizações da mistura fungicida piraclostrobina + epoxiconazole
visando o controle da doença. Utilizou-se um pulverizador
Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR
8002, a 150 L/ha. Houve diferença significativa na incidência da
doença entre tratamentos e testemunha em todas as avaliações.
O tratamento com 100% da velocidade de ar foi o mais eficiente
mostrando a menor AACPF. 1Bolsista: CNPq
S 161
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-049
Assistência de ar e aplicação em volume baixo no controle
da ferrugem asiática da soja. Christovam RS, Raetano CG,
Dal Pogetto MHFA, Prado EP, Aguiar-Júnior HO, Jardim J.
UNESP/FCA/ Depto. Produção Vegetal – Botucatu/SP. E-mail:
[email protected]. Air-assistance
������������������������������
and low volume
application in spray deposition to control of soybean rust.
Um dos fatores que acarreta o aumento do custo de produção da
cultura da soja é, sem dúvida, a aplicação de produtos fitossanitários.
O trabalho objetivou avaliar a deposição da pulverização sob
diferentes condições operacionais nessa cultura. O experimento foi
conduzido na FCA/UNESP – Campus de Botucatu, safra 2007/08
na cultura da soja, var. Conquista, no delineamento experimental
em blocos, (três níveis de ar 0, 50, 100% e BVO – baixo volume
oleoso), totalizando 4 tratamentos e 5 repetições, com parcelas de
8 x 10 m. No estádio R2 fez-se uma pulverização com marcador
cúprico, possibilitando quantificar o volume de calda depositado
nos folíolos em alvos artificiais. Utilizou-se um pulverizador
Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR
8002 à 130 L ha-1 comparados ao sistema rotativo – BVO à 40
L ha-1. Na superfície adaxial dos folíolos, na parte superior das
plantas, a assistência de ar a 50 e 100% da velocidade do ventilador
proporcionaram maiores depósitos em relação ao BVO e a 0% de
ar junto à barra (convencional). Na superfície adaxial e abaxial da
parte inferior da planta, não houve diferença significativa entre os
depósitos para as diferentes tecnologias de aplicação.
CQI-050
Assistência de ar e aplicação em volume baixo no controle
de Phakopsora pachyrhizi sobre a produtividade da soja.
Christovam RS, Raetano CG, Prado EP, Dal Pogetto MHFA,
Aguiar-Júnior HO, Jardim J. UNESP/FCA/ Depto. Produção
Vegetal-Botucatu/SP. E-mail:
�������������������������������������������
[email protected]. Airassistance and low volume application to control of Phakopsora
pachyrhizi on soybean crop yield.
No momento a doença mais temida pelos agricultores é a ferrugem
asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que se não
controlada, pode provocar perdas total da cultura. O trabalho
objetivou avaliar a produtividade da cultura tratada sob diferentes
condições operacionais no controle desta doença. O experimento foi
conduzido na FCA/UNESP-Campus de Botucatu, safra 2007/08 na
cultura da soja, var. Conquista, no delineamento experimental em
blocos, (três níveis de ar 0, 50, 100% e BVO-baixo volume oleoso)
mais testemunha, totalizando 5 tratamentos e 5 repetições com
parcelas de 8 x 10 m. Nos estádios de desenvolvimento R2 e R5.2
foram realizadas pulverizações da mistura fungicida azoxistrobina
e ciproconazole no controle da doença. Utilizou-se um pulverizador
Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR
8002 à 130 L ha-1 comparados ao sistema rotativo-BVO à 40 L ha-1.
Os tratamentos com velocidades do ar 0, 50 e 100% da velocidade
máxima do ventilador e BVO, usando a mistura fungicida, foram
eficiêntes no controle da doença, diferindo significativamente da
testemunha pelo teste de Tukey (p<0,05), cuja produtividade foi
1457,30 kg/ha. A mistura fungicida quando aplicado com 100%
da velocidade do ar na barra proporciou maior incremento na
produtividade da soja.
S 162
CQI-051
Resposta de híbridos de milho a aplicação de fungicida no Norte
do Mato Grosso. Lima MJ, Costa L., Nascimento C, Hoffmann
LL. MJL
�������������������������������������������������������
Consultoria, Nova Mutum, MT. E-mail: [email protected].
br. Response of corn hybrids at fungicide application in Noth Mato
Grosso State.
Foi conduzido um ensaio na safra 07/08 no município de Nova
Mutum com 12 híbridos comerciais de milho com e sem fungicida.
O plantio foi realizado nos dia 5/12/07 e demais tratos culturais
foram realizados conforme a necessidade. Na fase V12 (40DAE)
foi aplicado o fungicida via foliar na dose de 60 g i.a de Azoxistrobin
mais 24 g i.a de ciproconazole/ha. Aos 100 DAE foi avaliado a
severidade foliar das doenças, aos 120 DAE foi avaliado podridão
de colmo. No final do ciclo realizou-se a colheita e a avaliação
de grãos ardidos. A severidade foliar variou conforme a reação
do híbrido a cada doença. Para Puccinia polissora a severidade
média foi de 29,2% e 10,4% para os híbridos sem e com fungicidas
respectivamente. Para Helminthosporium maydis a severidade
média foi 21,7 e 9,2% para os híbridos sem e com fungicidas
respectivamente. A podridão de colmo foi reduzida em 72,8% na
média dos híbridos com aplicação de fungicida. A média de grãos
ardidos foi de 9,2% e 6,8% para os híbridos sem e com fungicidas
respectivamente. A produtividade média dos híbridos foi 10,1 %
maior no tratamento com fungicida, variando de 6,6 a 18,6 sacas/
ha. O retorno sobre o investimento foi na média de 5:1, avalizando
que a aplicação de fungicidas na cultura do milho é viável, com
resultados econômicos positivos e diminuição de grãos ardidos e
podridão de colmo.
CQI-052
Eficiência de diferentes dosagens de fungicidas no controle
in vitro de Paecilomyces sp. oriundo de criações de mosca
branca (Bemisia tabaci Genn.). Tropaldi L, Rossi RF, Smarsi RC,
Kulczynski SM, Santos FL. Universidade Estadual de Mato Grosso
do Sul, Unidade de Cassilândia. E-mail:
��������������������������������
[email protected].
Efficiency of different doses of fungicides in the control of in
vitro Paecilomyces sp. originating from of creations of white fly
(Bemisia tabaci Genn.).
O controle biológico apresenta grande interesse atualmente,
motivo de estudos com criação artificial de inimigos naturais, no
entanto o sucesso da criação depende da adequada alimentação. Na
dieta alimentar de crisopídeos é oferecido ninfas de mosca-branca.
Entretanto a ocorrência do fungo entomopatogênico Paecilomyces
sp. pode dizimar a população das mesmas. Com o objetivo de
avaliar a eficiência de diferentes dosagens de fungicidas no controle
do patógeno em criação de mosca-branca, instalou-se um teste in
vitro, onde foram avaliados os fungicidas (g i.a./100L) tebuconazole
(20, 10 e 05), tiofanato-metílico(49, 24,5 e 12,25), mancozeb(280,
140 e 70) e uma testemunha (BDA).Um disco de 1cm de micélio
de Paecilomyces sp. foi transferido para o centro das placas. As
avaliações foram realizadas através da medição do diâmetro da
colônia em 24, 48, 72, 96 e 120 h após a incubação. O tebuconazole
em todas as dosagens apresentou 100 % de eficiência no controle.
Constatou-se a partir de 48h de incubação que os meios com
tiofanato-metílico e mancozeb, nas maiores doses proporcionaram
12% e 2% de inibição de crescimento micelial, respectivamente,
portanto estes produtos apresentaram efeito fungistático.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-053
Eficiência de fungicidas e de fosfitos na incidência e severidade
da cercosporiose do cafeeiro. Paiva BRTL; Silva AC; Uchôa
CN, Fernandes LHM, Toyota M, Resende MLV, Souza PE.
Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. ��
Email: [email protected] Efficacy of fungicides and phosfites
on the incidence and severity of coffee brown eye spot.
O trabalho teve como objetivo comparar o efeito de diferentes
fungicidas e de diferentes fosfitos sobre a incidência e a severidade
da cercosporiose no cafeeiro causada pelo fungo Cercospora
coffeicola. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos
casualizados com 7 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos
foram: (1) Hortifós (500 mL/100L), (2) Fulland (500mL/100L),
(3)Phytogard Mn (333 mL/100L), (4) Amistar (100g/ha), (5) Opera
(1,5L/ha), (6) Sphere (1L/ha) e (7) testemunha. As pulverizações
foram realizadas de acordo com a recomendação de cada produto.
O volume de calda utilizado foi 230L/ha. A todos os tratamentos
foi adicionado o adjuvante Nimbus (0,5%). A parcela total do
experimento constituiu-se de 10 plantas sendo que na parcela útil
foram consideradas as 6 plantas centrais. As avaliações foram
feitas mensalmente, avaliando-se três ramos marcados no terço
médio da planta. A testemunha consistiu de plantas não tratadas.
Os tratamentos a base dos fungicidas Opera, Sphere e Amistar
obtiveram um melhor efeito, tanto na incidência quanto na
severidade da doença em relação aos outros tratamentos, mostrando
serem promissores no controle da doença em cafeeiros.
CQI-054
Eficiência de fungicidas e de fosfitos na Incidência e severidade
da Ferrugem do cafeeiro. Silva AC, Uchôa CN, Paiva BRTL,
Fernandes LHM, Toyota M, Resende MLV, Souza PE. Departamento
de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail:
�������������������
andrecagro@
yahoo.com.br. Efficacy of fungicides and phosfites on the incidence
and severity of coffee leaf rust.
O objetivo do trabalho foi avaliar e comparar o efeito de diferentes
fungicidas e de fosfitos na incidência e severidade da ferrugem do
cafeeiro. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com
7 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram: (1) Hortifós
(500 mL/100L), (2) Fulland (500mL/100L), (3)Phytogard Mn (333
mL/100L), (4) Amistar (100g/ha), (5) Opera (1,5L/ha), (6) Sphere
(1L/ha) e (7) testemunha. As pulverizações foram realizadas de
acordo com a recomendação de cada produto. O volume de calda
utilizado foi 230L/ha. A todos os tratamentos foi adicionado o
adjuvante Nimbus (0,5%). A parcela constituiu-se de 10 plantas,
sendo a parcela útil 6 plantas centrais.. As avaliações foram feitas
mensalmente, avaliando-se três ramos marcados no terço médio da
planta. A testemunha consistiu de plantas não tratadas. Todos os
tratamentos diferiram-se da testemunha, sendo que os fungicidas:
Opera, Sphere e o Amistar, obtiveram uma menor incidência e
severidade da doença em relação aos outros tratamentos.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CQI-055
Efeito de espalhante adesivo na eficiência do fungicida guazatina
associados a termoterapia no controle de Drechslera avenae em
sementes de aveia. Almeida MF, Reis EM, Cardoso CAA, Zanatta
T. Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UPF, Passo Fundo,
RS, Brasil. ��������
E-mail: [email protected]. Effect of commercial
spreader on the efficiency of the guazatine fungicide associates the
thermotherapy in the control of Drechslera avenae in oats seeds.
Sementes de aveia branca cultivar UPF - 20 da safra de 2006
infectadas naturalmente com Drechslera avenae com 73% de
incidência, foram tratadas com o objetivo de erradicar o fungo das
sementes. Os tratamentos constaram da imersão de sementes em
suspensão de: 1- guazatina + água (testemunha), 2- guazatina +
Silwet, 3- guazatina + Break Thru e 4 - guazatina + Tween 20 em
banho-maria em temperatura constante de 40 °C e tempos de 10, 20
e 30, 40 e 50 minutos de imersão. Após o tratamento, as sementes
foram secadas e plaqueadas em meio Seletivo de Reis e incubadas
a 25 °C com fotoperíodo de 12 horas. Também foram feitos testes
de germinação e vigor. A análise da incidência do fungo foi feita 15
dias após o plaqueamento, quantificando-se o número de sementes
infectadas sob lupa 50X. Pelo teste de Tukey a 5% os tratamentos
que apresentaram maior eficiência no controle do fungo foram os
tratamentos 3 e 4 nos tempos de imersão entre 20 e 50 minutos. O
tratamento de sementes não interferiu negativamente na germinação
e vigor. Apoio Financeiro: CAPES
CQI-056
Resposta de cultivares de soja a diferentes programas de
controle químico de Phakopsora pachyrhizi. Madalosso
MG, Hoffmann LL, Nolasco LA, Barbosa VPM, Balardin RS.
Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS,
Brasil. E-mail: [email protected]. Behavior of soybean
cultivars under different chemical control programs of Phakopsora
pachyrhizi.
Cultivares de soja com diferentes ciclos foram semeadas em duas
épocas distintas em Lucas do Rio Verde-MT, avaliando, sob os
mesmos Programas de Controle, o efeito sobre a curva de progresso
da ferrugem asiática. As cultivares Monsoy 8866 (média) e Pioneer
98C81 (tardia) foram semeadas na primeira época (24/10/2007) e
em uma segunda época (14/11/2007). Os Programas de Controle
foram divididos em Programa I, aplicação no fechamento entre
linhas e 21 DAA, Programa II, R3 e 21 DAA, Programa III, R3 e
28 DAA. Foi utilizada a combinação de fungicidas Azoxistrobin +
Cyproconazole (0,3 L.ha-1) > Cyproconazole + Thiametoxam (150
g.ha-1), Azox. + Cyproc. (0,3 L.ha-1) > Azox. + Cyproc. (0,3 L.ha-1),
Tebuconazole (0,5 L.ha-1) > Tebuc. (0,5 L.ha-1) + Carbendazin (0,5
L.ha-1) e Piraclostrobin + Epoxiconazole (0,5 L.ha-1) > Cyproc. +
Thiam. (150 g.ha-1). Os programas de controle mostraram respostas
diferenciadas quanto ao momento fisiológico suscetível da cultivar
e a curva de progresso do fungo. Na segunda época de plantio,
a pressão de inoculo foi maior, o que mostrou que mesmo em
cultivares com ciclos mais longos, o intervalo de aplicação não
pode ser superior a 21 DAA (Programa II), bem como aplicações
precoces, deixaram descoberto o final do ciclo da cultura (Programa
I) nesta safra.
S 163
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-057
Posicionamento de Cyproconazole + Thiametoxam no
controle de Phakopsora pachyrhizi. Madalosso MG, Hoffmann
LL, Nolasco LA, Barbosa VPM, Balardin RS. Departamento
de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. Email: [email protected]. Use of cyproconazole +
thiametoxam in the Phakopsora pachyrhizi control.
Diferentes doses do fungicida Cyproconazole + Thiametoxam (45
+ 45 g.ha-1) foram testadas no controle da ferrugem asiática da soja
comparativamente ao uso de triazol e outras misturas posicionadas
diferentemente. O ensaio foi conduzido em Lucas do Rio Verde, com
a cultivar M-Soy 8866 recebendo dez tratamentos que constaram
da aplicação das misturas Azoxistrobin + Cyproconazole (60 +
24 g.ha-1), Piraclostrobin + Epoxiconazole (66,5 + 25 g.ha-1) e um
triazol isolado Tebuconazole (100 g.ha-1), utilizados em combinação
com o Cyproconazole + Thiametoxam, alternando sua dose (30 +
30 g.ha-1 e 45 + 45 g.ha-1) e posicionamento, primeira e/ou segunda
aplicações (R1 e 21 DAA). Foram avaliadas a severidade da doença,
AACPD e taxa de progresso da doença, bem como peso de mil
grãos e produtividade. Todos os tratamentos fungicidas reduziram
o progresso e a quantidade da ferrugem asiática quando comparado
à testemunha. O Cyproconazole + Thiametoxam (45 + 45 g.ha-1)
apresentou melhor efeito fungicida sobre o patógeno, tanto utilizado
na primeira aplicação comparado com o Tebuconazole (100 g.ha-1),
como na segunda aplicação, quando seguida de uma primeira de
mistura. O uso de triazois + estrubirulinas na primeira aplicação
mostrou melhor controle da doença. Dentre os tratamentos com
triazois isolados, o Cyproconazole + Thiametoxam (45 + 45 g.ha-1)
foi superior à aplicação com Tebuconazole.
CQI-058
Avaliação da eficácia e da praticabilidade agronômica do
fungicida BAS 556 01F no controle de Phaeoisariopsis griseola
em feijoeiro. Lucas GC, Pereira RB, Gomes GS, Salgado LO.
Agroteste Pesquisa e Consultoria, Lavras, MG, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Evaluation of effectiveness and agronomic
practicability of fungicide BAS 556 01F controlling Phaeoisariopsis
griseola in bean.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia e a praticabilidade
agronômica do fungicida BAS 556 01F (piraclostrobina+metcon
azole) no controle da mancha angular (Phaeoisariopsis griseola)
em feijoeiro. O experimento foi conduzido em delineamento de
blocos casualizados, com 6 tratamentos e 4 repetições. Sementes
do cultivar Carioca foram semeadas e adubadas conforme
recomendação. Os tratamentos constituíram de: testemunha,
BAS 556 01F nas dosagens de 500 e 600 mL.p.c.ha-1, Comet
����������
300
mL.p.c.ha-1, ������������������������
Caramba 90 800 mL.p.c.ha
���������-1 e Stratego
��������������������
250 CE 600
mL.p.c.ha-1. Foram realizadas duas aplicações dos fungicidas aos
43 e 58 dias após o plantio, utilizando um pulverizador costal
pressurizado com CO2 (30 lbf/pol2), com barra de cinco bicos
leque 11.002, com um volume de calda de 300 L ha-1. Realizaramse três avaliações da severidade, uma prévia, e outras duas aos 15
dias após a primeira e 15 dias após a segunda aplicação. Todos os
fungicidas apresentaram controle da doença, sem diferirem entre si
e em relação aos tratamentos padrões, com eficácia acima de 78,0
e 85,0%, respectivamente na segunda e terceira avaliação. BAS
556 01F, nas dosagens testadas, mostrou-se eficiente no controle
da doença, sem diferir dos fungicidas padrão, sendo recomendado
para o manejo da mancha angular do feijoeiro.
S 164
CQI-059
Seleção in vitro de chalconas fungitóxicas a Alternaria
alternata de citros. Carvalho DDC1, Camargos RB2, Alves
E2, Oliveira DF3, Mascarello A4, Chiaradia LD4, Nunes RJ4,
Yunes RA4. 1Departamento de Fitopatologia (UnB, Brasília,
DF.), 2Departamento de Fitopatologia (UFLA, Lavras, MG.),
3
Departamento de Química (UFLA, Lavras, MG.), 4Departamento
de Química (UFSC, Florianópolis, SC). E-mail: ufla-ddcc@bol.
com.br. In vitro selection of fungitoxic chalcones to Alternaria
alternata from citrus.
A mancha marrom de alternaria, cujo agente causal é o fungo
Alternaria alternata, consiste em uma importante doença dos
campos de citros dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Com vistas a selecionar produtos químicos tóxicos ao fungo,
este trabalho objetivou testar chalconas sobre a germinação e
desenvolvimento de A. alternata do citros in vitro. Para tanto, 250
µL de solução contendo chalconas a 500 µg/mL foram adicionados
a 50 µL de suspensão de conídios de A. alternata a 2,6 - 3,0 x 105
conídios/mL. Alíquotas de 20 µL de cada suspensão obtida foram
adicionadas a 130 µL de meio BDA, que estavam contidos em
cavidades de placas ELISA. Estas foram envolvidas com rolopac e
incubadas em BOD a 25oC, com fotoperíodo de 12 h. Após 3 dias,
a avaliação consistiu na observação da germinação e subseqüente
crescimento micelial do fungo em cada cavidade da placa. Dentre
as 52 chalconas avaliadas, duas (L21 e N5) foram capazes de inibir
totalmente crescimento e a germinação de esporos do fungo, de
forma análoga ao observado para o fungicida Dacobre PM (3,5
g/L). As demais chalconas testadas não apresentaram atividade,
sendo semelhantes ao controle negativo (Tween 80 a 1%). Apoio
financeiro: CAPES, CNPq, FAPEMIG.
CQI-060
Avaliação do efeito do óleo vegetal Agr’Óleo na eficiência de
fungicidas no controle da sigatoka-amarela em bananeira.
Tatagiba JS, Ferraço M, Caron ES, Ventura JA, Imberti J.
FITOCLIN, Linhares, ES. ����������������������������������
E-mail: [email protected].
Evaluation of Agr’Óleo vegetal oil on the efficiency of fungicides
for the control of the banana yellow sigatoka.
Os óleos vegetais podem ser utilizados como adjuvantes a fungicidas
e apresentam a vantagem de ser inócuos ao homem e não persistir
no ambiente. Avaliou-se o efeito de doses do óleo vegetal (OV)
Agr’Óleo na eficiência dos fungicidas mancozeb (M) e propiconazole
(P), no controle da sigatoka amarela (Mycosphaerella musicola),
comparado ao óleo mineral (OM) Assist e ao espalhante adesivo
(EA) Iharaguem, em bananeira da cv. Prata-anã (AAB), em Aracruz,
ES. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com
três repetições e quatro plantas úteis/parcela. Os tratamentos foram
(produto-dose kg ou L/ha): 1-Testemunha; 2-M(2kg)+EA(0,07L);
3-P(0,4L)+EA(0,07L); 4-M(2kg)+EA(0,07)+OM(10L); 5-P(0,4L)+
EA(0,07L)+OM(10L); 6-P(0,4L)+OV(10L); 7-M(2kg)+OV(7,5L);
8- P(0,4L)+OV(10L); 9- M(2kg)+OV(5L). Realizaram-se quatro
aplicações a intervalos mensais e as avaliações em sete épocas, com
intervalos quinzenais. Avaliou-se a severidade da doença na 5ª folha
mais jovem da planta e calculou-se a AACPD. Todos os tratamentos
com fungicidas diferiram estatisticamente da testemunha em reduzir a
AACPD (Duncan, P≤0,05). O tratamento M+OV (10L/ha) foi o mais
eficiente, com um controle de 53,5%; 40,5% e 30,5% em relação à
testemunha, ao M+EA e ao P+EA, respectivamente; mas não diferiu
significativamente do M+OV nas demais doses e do P+OV e P+OM.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-061
Efeito do produto Fegatex no controle do Bolor Verde
(Penicillium digitatum) em pós-colheita de citros. Pimenta
AA1, Boro MC1, Stephan C1, Perez RM1, Góes A2. 1Laboratório
de Fitopatologia PRTrade – CIETEC - USP – São Paulo/SP;
2
Departamento de Fitopatologia - Unesp – Jaboticabal/SP. ��������
E-mail:
[email protected]. Effect of Fegatex product for control of
Green Mold (Penicillium digitatum) in post-harvest citrus fruit.
CQI-063
Produtividade da cultura da soja em resposta ao controle de
Phakopsora pachyrhizi em diferentes estádios fenológicos da
cultura. Dal Pogetto MHFA, Prado EP, Christovam RS, Aguiar
Júnior HO, Gonçalves AF, Bueno NM, Raetano CG. ����������
Depto. de
Produção Vegetal, UNESP/FCA, Botucatu, SP, Brasil. E-mail:
[email protected]. Soybean yield in response to control
of Phakopsora pachyrrizi in different crop phenological stages.
O bolor verde, causado por Penicillium digitatum, é a principal
doença em pós-colheita de citros. No Brasil, os fungicidas do grupo
dos benzimidazóis são os mais utilizados no tratamento químico
desta doença, sendo que estes possuem várias restrições de uso.
O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência do produto Fegatex
para o controle do bolor verde em pós-colheita de citros. O trabalho
foi realizado no Departamento de Fitopatologia da Unesp Campus
Jaboticabal. Frutos de laranja, após colheita, lavagem e secagem
foram imersos em soluções preparadas com os fungicidas (2 a 5
minutos, conforme recomendação do fabricante) e acondicionados
em temperatura ambiente. As concentrações utilizadas dos produtos
foram: Thiabendazole - 100g de i.a./100L de água e Fegatex – 100,
200, 300 e 500ml de p.c./100L de água. O delineamento foi o de
blocos inteiramente casualizados, com 7 tratamentos, 4 repetições
e 30 frutos/ repetição. A avaliação foi realizada aos 10, 20 e 30 dias
após o tratamento, onde foi observada a presença dos fungos nos
frutos. A porcentagem de infecção de frutos na testemunha foi de
9%. Todas as concentrações de Fegatex apresentaram uma maior
porcentagem de controle se comparadas ao Thiabendazole, sendo
que a melhor concentração foi a de 300ml/100L, apresentando 78%
de controle, comparado a 11% do Thiabendazole.
A ferrugem asiática constitui a principal limitação na produção de
soja no Brasil. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência
do controle desta doença em diferentes estádios fenológicos da
cultura em condições de campo. Os tratamentos foram compostos
pela pulverização da mistura fungicida piraclostrobina +
epoxiconazole, na dose de 0,5 L de p.c./ha em diferentes estádios
fenológicos da cultura da soja, var. Conquista, sendo: Tratamento
1-Estádio V10 e R2; 2-Estádio R2 e R5; 3-R2 e 4-Testemunha. Os
tratamentos foram distribuídos no delineamento experimental de
blocos ao acaso, 4 tratamentos e 5 repetições e foram avaliadas
a produtividade da cultura e a porcentagem de desfolha. Tanto a
produtividade quanto a porcentagem de desfolha não diferiram
significativamente entre os tratamentos pulverizados, independente
do estádio fenólogico da cultura, diferindo significativamente apenas
da testemunha em ambos os casos. A produtividade e porcentagem
de desfolha nas parcelas tratadas não foram afetadas pelo controle
da doença nos diferentes estádios fenológicos da cultura.
CQI-062
Estudo da praticabilidade e eficácia agronômica do fungicida
Fegatex® (Cloretos de Benzalcônio) no controle do mofo
branco (Sclerotinia sclerotiorum) na cultura do feijão. Stephan
C1; Boro MC1, Pimenta AA1, Perez RM1, Souza PE2, Salgado LO3.
Neto JG3. 1Laboratório de Fitopatologia PRTrade – CIETEC/USP
– São Paulo/SP; 2Universidade Federal de Lavras - Lavras/MG;
3
Agroteste Pesquisa e Desenvolvimento. E-mail
������� cassio.stephan@
prtrade.com.br. Study of the practicality and agronomic efficiency
of the Fegatex® fungicide (benzalconium chlorides) in control of
white mold (Sclerotinia sclerotiorum) in the beans culture.
CQI-064
Severidade da ferrugem asiática na cultura da soja com
pulverizações fungicidas em diferentes estádios fenológicos da
cultura. Dal Pogetto MHFA, Prado EP, Christovam RS, Aguiar
Júnior HO, Gonçalves AF, Bueno NM, Raetano CG. ����������
Depto. de
Produção Vegetal, UNESP/FCA, Botucatu, SP, Brasil. E-mail:
[email protected]. Severity of soybean rust in different
soybean phenological stages with fungicide spraying.
O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência do produto Fegatex®
no controle do mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) na cultura
do feijão. O experimento foi conduzido no município de Guaíra/
SP, no período de 17/05/05 a 22/06/05. A cultivar de feijão
utilizada foi a “Pérola”, plantada em espaçamento de 0,5m entre
linhas. O delineamento experimental foi de blocos casualizados
com 8 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos pulverizados
em Kg ou L de p.c./ha foram: 1– Testemunha; 2- Sumilex® (1
Kg); 3- Fegatex® (1 L) (3 aplicações); 4- Fegatex® (1,5 L) (3
aplicações); 5- Fegatex® (2 L) e 6- Fegatex® (1 L). As avaliações
foram realizadas observando-se os níveis de severidade da doença
e a produtividade. O produto Fegatex®, nas doses de 1,0; 1,5 e
2,0 L de p.c./ha, apresentaram resultados semelhantes ao padrão
Sumilex®500 WP na dose de 1,0 kg de p.c./ha, no controle de mofo
branco (Sclerotinia sclerotiorum) na cultura do feijão.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
A ferrugem asiática constitui um dos principais entraves à produção
de soja no Brasil. Este trabalho objetivou avaliar a severidade da
doença com pulverizações em diferentes estádios fenológicos da
cultura em condições de campo. Os tratamentos foram compostos
pela pulverização da mistura fungicida piraclostrobina +
epoxiconazole, na dose de 0,5 L de p.c./ha em soja var. Conquista,
sendo: Tratamento 1-Estádio V10 e R2; 2-Estádio R2 e R5; 3-R2 e
4-Testemunha. Os tratamentos foram distribuídos no delineamento
experimental de blocos ao acaso, com 4 tratamentos e 5 repetições.
Foram avaliadas a AUDPC para cinco avaliações e a AUDPC total.
Das cinco avaliações realizadas, as três primeiras apresentaram
diferença significativa da AUDPC entre os tratamentos 1 e
testemunha. Nas 2 últimas avaliações e na AUDPC total, todos
os tratamentos pulverizados diferiram significativamente da
testemunha. A pulverização nos estádios fenológicos V10 e R2
(tratamento1) retardou o progresso da doença apenas no ínicio da
infecção e a relação entre a pulverização e estádio fenológico da
cultura não afetou a AUDPC total.
S 165
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-065
Controle químico de antracnose e podridão peduncular em
manga, no Submédio São Francisco. Peixoto AR1, Souza EM1,
Karasawa M2, Souza ETAR1, Martins RS1. 1DTCS/UNEB, Juazeiro,
BA, CEP.48.900-000. 2IPA,PE. Brasil. E-mail: anarpeixoto@gmail.
com. Quimical control of anthracnose and stem rot in mango, in
Submédio São Francisco river.
Visando a redução da incidência de podridões pós-colheita em
manga, três princípios ativos fungicidas foram testados, nas
dosagens recomendadas pelo fabricante, em campo de produção de
manga em dois períodos (inverno e verão), com oito tratamentos,
sendo: a: testemunha; b: piraclostrobina, c: tebuconazol, d:
tiofanato-metílico, e as combinações: e: b + c; f: b + d; g: c + d; h:
b + c + d.. As pulverizações ocorreram com intervalos semanais,
em pulverizador costal com volume de 3 L por planta, iniciadas
no período do intumescimento das gemas florais até 21 dias de
carência no inverno e 29 dias, no verão. Os frutos colhidos foram
submetidos aos procedimentos pós-colheita de rotina de uma
fazenda de exportação, em Juazeiro-BA, submetidos à câmara
fria (100C e 90% UR), por 15 dias e mais 15 dias em prateleira à
temperatura ambiente (250C ± 1), sendo determinada a percentagem
de incidência de podridões. O delineamento estatístico utilizado foi
em blocos casualizados e os dados submetidos à análise de variância
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Cada parcela contou
com cinco plantas, totalizando 40, por tratamento. Destacou-se
a combinação f, que apresentou incidência de apenas 7,2%, em
média, nos dois períodos, diferindo dos demais tratamentos. Apoio
Financeiro: UNEB, FAPESB, Nova Fronteira Agrícola, BASF,
IHARA.
CQI-067
Aplicações de fungicidas no controle da ferrugem asiática da
soja no campo na safra 2006/07. Brezolin D, Reis EM, Zanatta
T, Almeida MF. Universidade de Passo Fundo, UPF, RS, Brasil. ��
Email: [email protected]. Applications of fungicides in
the control of Asian soybean rust in field crop in 2006/07.
A resposta da aplicação de fungicidas na intensidade da ferrugem
da soja e no rendimento de grãos foi quantificada em experimento
conduzido no campo com o cultivar de soja CD 214 RR. O
ensaio teve seis tratamentos e quatro repetições. As aplicações
foram realizadas no estádio R3 e R5.3 com os fungicidas: 1)
epoxiconazole + piraclostrobina; 2) ciproconazole + azoxistrobina;
3) flutriafol + tiofanato metílico; 4) primeira aplicação com
flutriafol + tiofanato metílico e segunda com flutriafol; 5) primeira
aplicação com epoxiconazole + piraclostrobina e segunda com
tebuconazole, e 6) testemunha. Os fungicidas foram aplicados com
pulverizador costal CO2 com volume de calda de 200L ha-1. Aos
20 dias após a primeira aplicação avaliou-se a incidência foliolar
(%), o número de lesões cm-2 e o rendimento de grãos (kg ha-1)
após a maturação. A incidência foi de: 1) 62, 2) 61, 3) 56, 4) 64,
5) 59 e na testemunha 6) 97, o número de lesões cm-2 3,5, 4,8,
4,1, 4,4, 6,5 e 25,6, respectivamente. O rendimento de grãos foi
de: 1) 3.423 “a”, 2) 3.327 “ab”, 3) 2.950 “ab”, 4) 2.972 “b”, 5)
3.131 “b”, 6) 1.760 “c”. A intensidade da ferrugem diferiu somente
da testemunha. Houve diferenças significativas no rendimento
de grãos entre os tratamentos com aplicações de fungicidas e a
testemunha. As misturas de fungicidas foram mais eficientes no
controle da ferrugem e no rendimento de grãos.
CQI-066
Aplicação curativa de fungicidas no controle da ferrugem
asiática da soja. Brezolin D, Zanatta T, Reis EM. Programa de Pós
graduação em Agronomia,UPF-RS, Brasil. �����������������������
E-mail: darlanbrezolin@
hotmail.com. Application of curative fungicides in the control of
Asian soybean rust.
CQI-068
Aplicação erradicativa de fungicidas no controle da ferrugem
asiática da soja. Zanatta T, Reis EM, Brezolin D. Programa de Pós
graduação em Agronomia, UPF, RS, Brasil. ���������������������
E-mail: tiagozanatta@
ig.com.br. Application of eradicative fungicides in the control of
Asian soybean rust.
Em experimento conduzido em câmara climatizada avaliou-se o
efeito da aplicação curativa de fungicidas sobre infecções latentes/
virtuais (micélio interno) no controle da ferrugem asiática da soja.
No estádio V4 as plantas foram inoculadas com uma suspensão de
5.000 uredosporos de Phakopsora pachyrhizi mL-1 e, aos três e cinco
dias após a inoculação na sub-fase de pós infecção – pré sintoma,
foram aplicados os fungicidas: epoxiconazole + piraclostrobina,
ciproconazole + azoxistrobina, ciproconazole + picoxistrobina,
ciproconazole + trifloxistrobina; flutriafol e clorotalonil na dose de
registro para o controle da ferrugem. Manteve-se uma testemunha
sem aplicação. O número de urédias e lesões cm-2 foram
quantificados aos 10 dias após as aplicações. Aos três e cinco dias
após a inoculação no tratamento testemunha, ocorreu a formação
de 267 e 384 urédias e, 57 e 75 lesões cm-2, respectivamente. Com a
cobertura completa das folhas todos os tratamentos com aplicação
de misturas de fungicidas apresentaram controle total das infecções
latentes/virtuais (micélio interno). Entretanto, o fungicida flutriafol
aplicado aos três dias após a inoculação, possibilitou a formação
de lesões, mas não a formação de urédias e, na aplicação aos cinco
dias, ocorreu a formação de 1,6 urédias e 0,75 lesões cm-2. Por
outro lado, no tratamento com o fungicida clorotalonil ocorreu a
formação de 254 e 277 urédias e 62 e 56 lesões cm-2.
O efeito erradicante de fungicidas foi avaliado em dois experimentos
conduzidos em câmara climatizada. No estádio V4 as plantas
foram inoculadas com uma suspensão de 5.000 uredosporos de
Phakopsora pachyrhizi mL-1 e, aos 11 dias após, com urédias
esporulantes, os fungicidas epoxiconazole + piraclostrobina,
ciproconazole + azoxistrobina, ciproconazole + picoxistrobina,
ciproconazole + trifloxistrobina, flutriafol e clorotalonil foram
aplicados na dose de registro para o controle da ferrugem.
Manteve-se uma testemunha. Avaliou-se o número de urédias e
lesões cm-2 e, a viabilidade dos uredosporos aos 14 e 26 dias após a
aplicação. Observou-se que, o efeito erradicante das urédias/lesões
foi maior e mais rápido para todas as misturas de fungicidas em
relação ao flutriafol e clorotalonil. A percentagem de urédias/lesões
erradicadas até os 14 dias após a aplicação foi em média de 70%
para as misturas; 50% para o flutriafol e 7% para o clorotalonil. Aos
26 dias 97%, 90% e 3,9%, respectivamente. No mesmo intervalo,
a viabilidade (germinação dos uredosporos %) foi reduzida em 60
e 85% para as misturas, 40 e 74% para o flutriafol, 98 e 97% para
clorotalonil. Os valores da AACPUF na seqüência dos tratamentos
foram 53, 49, 41, 53, 71, 240 e a testemunha 257 unidades/dia e, a
AACPGU 34, 33, 26, 39, 49, 1,4 e a testemunha 82 unidades/dia.
Apoio financeiro: CAPES.
S 166
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-069
Aplicações preventivas de fungicidas no controle da ferrugem
asiática da soja no campo. Zanatta T, Reis EM, Brezolin, D.
Universidade de Passo Fundo, FAMV/UPF – RS. ����������������
Brasil. E-mail:
[email protected]. Applications of preventive fungicides in
the control of Asian soybean rust in field.
O período de proteção de fungicidas em aplicações preventivas
foi quantificado em dois experimentos conduzidos em duas
épocas de semeadura no campo. O cultivar de soja CD 214 RR foi
semeado no dia 22/11 e 13/12/2007. Os tratamentos compostos por
epoxiconazole + piraclostrobina, ciproconazole + azoxistrobina,
ciproconazole + picoxistrobina, ciproconazole + trifloxistrobina,
flutriafol e tebuconazole foram aplicados na dose de registro para
o controle da ferrugem e, manteve-se uma testemunha. A primeira
aplicação foi no estádio V10 e a segunda em intervalo de 28 dias.
Avaliou-se somente após a segunda aplicação de fungicidas, no
intervalo de 14 a 59 dias na primeira época, e de 1 a 40 dias na
segunda época. Quantificou-se a incidência foliolar (%), o número
de lesões cm-2, a AACPIF e o rendimento de grãos (kg ha-1). Na
1a época o período de proteção foi de 25 dias e de 7 dias na 2a
época. O progresso da doença foi menor nos tratamentos com
misturas de fungicidas. Os valores da AACPIF na 1a época após
os tratamentos foram: 1.673, 1.697, 1.641, 1.911, 2.025, 1.962 e
2.561, respectivamente; e na 2a época: 1.462, 1.195, 1.356, 1.648,
1.853, 1.783 e 3.166, respectivamente. O rendimento de grãos na 1a
época foi de: 2.803, 2.737, 2.795, 2.761, 2.520, 2.546 e testemunha
2.250 (kg ha-1); e na 2a época 2.338, 2.312, 2.313, 2.255, 2.016,
2.087 e testemunha 1.659 (kg ha-1). Apoio financeiro: CAPES.
CQI-070
Avaliação da eficiência de fungicida em diferentes pHs de calda
no controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) na
cultura da soja. Macena AMF1, Ferreira Jr JP1, Bonaldo SM1, Inoue
TT1, Morais EG1. 1Faculdade Integrado de Campo Mourão/PR,
Brasil. Email:
��������������������������������������������������������
[email protected]. Evaluation of the fungicide
efficiency in different pHs of mixture in the control of soy bean
rust (Phakopsora pachyrhizi) in the culture of the soy.
A ferrugem asiática é doença que tem limitado o aumento no
rendimento de grãos e, fatores ligados à tecnologia de aplicação,
como pH da calda podem comprometer o controle da doença.
Objetivando avaliar a influência do pH da calda na eficiência de
fungicidas, implementou se os seguintes tratamentos: trifloxis
trobina+tebuconazole em pHs 3, 4, 5, 6, 7 e 8 de calda. Foram
realizados 6 tratamentos com 3 repetições, totalizando 18 unidades
experimentais. Cada unidade experimental foi constituída por
parcelas de 5 linhas, espaçadas 0,45m entre si e com 5m de
comprimento. Foram efetuadas duas aplicações, sendo a 1a em
R1 e 2a após 18 dias da primeira, com pulverizador costal de
pressão constante de CO2 (30 kgf cm-3). As variáveis analisadas
foram: AACPD de severidade, peso de 100 grãos e rendimento
de grãos. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo
teste F, e as diferenças quando significativas foram efetuadas
análises de regressão e análise de correlação. O melhor resultado
para as variáveis analisadas foi observado no tratamento em pH
5 da calda. Sendo que AACPD apresentou correlação negativa
significativa com relação a peso de 100 grãos e rendimento de
grãos com coeficiente de determinação de R2=0,90 e de R2=0,79,
respectivamente.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CQI-071
Efeito de fungicidas sobre o crescimento micelial de Sclerotinia
sclerotiorum e mofo branco da soja. GARCIA R.A1, JULIATTI
FC2, BARBOSA KAG3. 1Produção Vegetal, UFG, Goiânia-GO.
2
Laboratório de Micologia e Proteção de Plantas, UFU, UberlândiaMG, Brasil. 3ILES/ULBRA. E-mail: [email protected].
br. Effect of fungicides on the micelial growth of Sclerotinia
sclerotiorum and white mold of the soybean.
Fungicidas na concentração de 100 ppm do ingrediente ativo
foram avaliados sobre o crescimento micelial de dois isolados de S.
sclerotiorum, provenientes de Jataí-GO e Indianópolis-MG. Discos
de BDA contendo micélio do patógeno foram depositados no centro
das placas de Petri contendo meio BDA + fungicida. As avaliações
foram iniciadas 24 horas após a incubação, perdurando até 48 horas
para o isolado de Jataí e 72 horas para o isolado de Indianópolis.
Os resultados demonstraram que para alguns fungicidas o isolado
de Jataí apresentou maior sensibilidade. Flutriafol, fluazinam,
propiconazol, epoxiconazole + piraclostrobina, tebuconazole
+ trifloxistrobina, tebuconazole, ciproconazol + propiconazol,
ciproconazol, fluquinconazole, tetraconazol, procimidone,
iprodione, ciproconazol + trifloxistrobina, epoxiconazole,
vinclozolin, protioconazole, azoxistrobina + ciproconazol,
clorothalonil + tiofanato metílico, flutriafol + tiofanato metílico,
miclobutanil e difeconazole não diferiram quanto à inibição
do crescimento micelial para os dois isolados, que variou de 98
a 100%. No ensaio “in vivo”, o fungicida iprodione resultou em
menor severidade da doença tanto em aplicações preventivas como
curativas. Apoio financeiro: CNPq.
CQI-072
Aplicação de fungicidas associados a micronutrientes no
controle de doenças em arroz irrigado. Costa IFD, Karkow D,
Arrué A, Coradini C, Stefanelo M. Clínica Fitossanitária, UFSM,
Santa Maria, RS, Brasil. E-mail:
��������������������������������
[email protected]
Application of fungicides associated with micronutrients with the
control of diseases of rice.
O presente experimento foi realizado em lavoura comercial
de arroz irrigado, sendo utilizada a cultivar IRGA 422 CL e os
seguintes fungicidas: Cresoxim metílico + Epoxiconazole (Brio
0,75 l/ha) e trifloxistrobina + Propiconazole (Stratego 0,75 l/ha)
associados a dois micronutrientes que atuam diretamente nas
estruturas da parede celular, Zinco e Boro para a formulação dos
tratamentos utilizou-se cada composto isoladamente e misturas
entre fungicidas e micronutrientes, foi utilizado o delineamento
inteiramente casualizado com quatro repetições. A aplicação se deu
no início do florescimento com um volume de calda de 200 litros/
ha, foram avaliados severidade de doenças e produtividade. Os
resultados obtidos mostraram que os micronutrientes influenciaram
na severidade de Drechslera oryzae, sendo que, com a associação
de fungicidas e micronutrientes obteve-se uma maior eficiência
no controle desta doença, mas, porém não refletindo em uma
maior produtividade, já a aplicação de fungicidas influenciou
significativamente, aumentando a produtividade, diferindo
estatisticamente dos demais tratamentos, sendo Cresoxim metílico
+ Epoxiconazole o melhor tratamento seguido de Trifloxistrobina
+ Propiconazol.
S 167
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-073
Efeito da aplicação de fungicidas juntamente com
micronutrientes em relação a severidade de Dreschlera triticirepentis. Costa IFD, Arrué AM, Marques L, Webler AR, Bayer T.
Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS,
Brasil. �����������������������������
E-mail: [email protected]. Effect of fungicide associed
with micronutrients on Dreschlera tritici-repentis control�.
O objetivo deste trabalho foi ����������������������������������
avaliar���������������������������
a interação de fungicidas
com micronutrientes com relação à produtividade e severidade de
Dreschlera tritici-repentis. O delineamento experimental foi de
blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema bifatorial
fungicidas (������������������������������������������
Epoxiconazole+Piraclostrobina (50+133 g.ha-1 de i.a.);
Piraclostrobina (250 g.ha-1 de i.a.) e������������������������
Epoxiconazole����������
(125 g.ha-1 de
i.a.)���������������������������������
) X micronutrientes (Zn
�������������
(315 g.ha-1 de i.a.); Mn (199 g.ha-1
de i.a.); Mo (254 g.ha-1 de i.a.); Zn+Mn (315+199 g.ha-1 de i.a.);
Zn+Mo (315+254 g.ha-1 de i.a.) e Mn+Mo (199+254 g.ha-1 de i.a.)).
A aplicação foi realizada no final do estádio de emborrachamento
e florescimento. A avaliação das doenças foliares foi realizada
21 dias após a segunda aplicação dos tratamentos. A patometria
utilizada foi a porcentagem de área foliar com sintomas típicos da
doença (severidade), medida em dez folhas-bandeira, coletadas na
área útil da parcela experimental. A produtividade foi obtida através
da colheita de uma área de 2 m2 por parcela. A análise dos dados
permitiu concluir que houve interação entre o fungicida Epoxicon
��������
azole+Piraclostrobina e os micronutrientes, com destaque para as
misturas Zn+Mn e Zn+Mo que proporcionaram menor severidade
do fungo e maior produtividade.
CQI-074
Efeito de diferentes fungicidas visando o controle de Dreschlera
oryzae em arroz, cv. IRGA 422CL. Karkow D1, Costa ID1, Lenz
G1, Zambon S2, Belani RB2. 1Depto. de Defesa Fitossanitária,
UFSM, Santa Maria, RS; 2BASF S.A-Depto. Técnico, São PauloSP. E-mail: [email protected]. Effect of fungicides to
control Dreschlera oryzae on rice, cv. IRGA 422CL.
O objetivo deste experimento foi avaliar a severidade de mancha
parda e o rendimento da cultura do arroz irrigado com o fungicida
BRIO (Cresoxim metílico + Epoxiconazole 125+125 g ia/L) nas
doses do produto comercial: T1- BRIO (500); T2- BRIO (750);
T3- BRIO (750 aplicação somente no emborrachamento); T4Trifloxistrobina + Propiconazole (600) + Óleo Mineral (250);
T5- Tebuconazole (750); T6- Testemunha. As aplicações foram
realizadas no estágio de emborrachamento e florescimento, com
exceção de T3. A avaliação de severidade de Dreschlera oryzae foi
realizada 14 dias após a aplicação e o rendimento, na colheita. O
delineamento utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições.
Os resultados mostraram que houve diferença significativa entre os
tratamentos para severidade de D. oryzae e rendimento, sendo que
tanto para severidade como produtividade os melhores resultados
foram obtidos com T2, T4 e T1 que não diferiram entre si, seguidos
de T5 e T3. O incremento médio de rendimento com relação a
aplicação de fungicidas foi de 14,11%. A severidade da doença
variou entre 5,25% na testemunha e 1,24% em media nas parcelas
tratadas com fungicidas. Os dados obtidos mostram a importância
da efetuação de duas aplicações de fungicida quando comparado a
apenas uma aplicação.
S 168
CQI-075
Efeito da aplicação preventiva de fungicidas sob diferentes
manejos em arroz irrigado, visando o controle de Tilletia
barclayana. Karkow D, Costa IFD, Zemolin C, Arrué AM, Bayer
T. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS,
Brasil. E-mail:
������������������������������������������������������
[email protected]. Effect of preventive
application of fungicides under different management in irrigated
rice, for control of Tilletia barclayana.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes
ingredientes ativos aplicados preventivamente sob duas épocas
de semeadura e três doses de uréia para o controle de Tilletia
barclayana. Foram avaliadas três doses de uréia (200, 250 e 300
Kg ha-1), em duas épocas de semeadura (26/10/2006 e 10/11/2006)
e 14 soluções fungicidas (Miclobutanil (112,5 e 150 g ha-1 de i.a.),
Propiconazol (125 e 187,5 g.ha-1 de i.a.), Tebuconazol (125 e 187,5
g.ha-1 de i.a.), Flutriafol + Tiofanato metílico (360 e 480 g.ha-1
de i.a.), Azoxistrobina (50 e 100 g.ha-1 de i.a.), Azoxistrobina +
Ciproconazol (56 e 84 g.ha-1 de i.a.), Trifloxistrobina + Propiconazol
(125 e 187,5 g.ha-1 de i.a.). Avaliou-se a percentagem de panículas
com sintoma (incidência), o número de grãos sadios, cariados e
chochos. Para as variáveis, incidência (%), número de grãos sadios,
e número de grãos cariados houve interação significativa entre as
doses de uréia e as épocas de semeadura do arroz. Utilizando-se
Trifloxistrobina + Propiconazol na dose de 750 mL/ha obtevese os melhores resultados para incidência e número de grãos
cariados. Verificou-se que a escolha do ingrediente ativo, a época
de semeadura e a adubação nitrogenada, têm efeito direto tanto na
incidência como severidade da cárie-do-grão do arroz.
CQI-076
Qualidade de fruto do tomateiro em função da aplicação
de diferentes fungicidas e micronutrientes. Arrué A, Costa
IFD, Karkow D, Coradini C, Stefanelo. Departamento de
Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Quality of tomato fruit in function of
the application of different fungicides and micronutrients.
O objetivo deste trabalho foi testar diferentes fungicidas
e micronutrientes no controle das doenças do tomateiro, o
delineamento utilizado foi o de parcelas inteiramente casualizadas
com quatro repetições, sendo avaliado a qualidade de frutos.Foram
utilizadas as seguintes soluções fungicidas, nas respectivas doses
de ingrediente ativo: Piraclostrobina (10 g de i.a / L), Metiram (210
g de i.a./L), Dimetomorfe + Mancozebe (276 g de i.a/L) e Metiram
+ Piraclostrobina (240 g de i.a./L), além de dois micronutrientes:
Zinco (0,25 ml/L) e Manganês (1,30 ml/L). Foram realizadas
aplicações semanais durante o desenvolvimento da cultura, sendo
num total de sete pulverizações, o volume de calda utilizado foi
ajustado ao longo dos diferentes estágios da cultura, o volume de
calda variou de 700 a 1200 L/ha em função do desenvolvimento da
cultura. Com base nos resultados podemos afirmar que a qualidade
do fruto do tomate tem elevada relação com a aplicação ou não de
tratamentos fitossanitários, e que o melhor resultado foi obtido com
a solução fungicida metiram obtendo uma qualidade de fruto média
superior aos demais tratamentos.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-077
Rendimento do tomateiro em função da aplicação de diferentes
fungicidas e micronutrientes. Arrué. A. Departamento de
Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Income from tomato in function of the
application of different fungicides and micronutrients.
O objetivo deste trabalho foi testar diferentes fungicidas e
micronutrientes no controle das doenças do tomateiro através do
impacto na produtividade da cultura. O delineamento experimental
utilizado foram parcelas inteiramente casualizadas com quatro
repetições, e a variável analisada foi a produtividade. Foram
utilizadas as seguintes soluções fungicidas, nas respectivas doses
de ingrediente ativo: Piraclostrobina (10 g de i.a / L), Metiram (210
g de i.a./L), Dimetomorfe + Mancozebe (276 g de i.a/L) e Metiram
+ Piraclostrobina (240 g de i.a./L), além de dois micronutrientes:
Zinco (0,25 ml/L) e Manganês (1,30 ml/L). Foram realizadas
aplicações semanais durante o desenvolvimento da cultura, sendo
num total de sete pulverizações, o volume de calda utilizada foi
ajustado ao longo dos diferentes estágios da cultura, o volume de
calda variou de 700 a 1200 L/ha em função do desenvolvimento
da cultura.Com base nos resultados podemos afirmar que embora
os micronutrientes tenham apresentado resultado melhor que a
testemunha não foram eficiente no controle das doenças e isso
resultou numa menor produtividade, com base nisso podemos
afirmar que as soluções fungicidas contribuíram para o maior
rendimento da cultura, através do controle das doenças.
CQI-078
Efeito obtido na produtividade da soja (Glycine max (L.)
Merr.) com o uso de cinco diferentes fungicidas. Marques LN,
Zemolin CR, Stefanelo MS, Lenz G, Costa IFD. Departamento
de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. Email: [email protected]. Effect obtained in the
productivity of soybean (Glycine max (L.) Merr.) with the use of
five different fungicides.
O presente trabalho teve por objetivo testar o controle químico
nas doenças da soja usando cinco diferentes soluções fungicidas:
Epoxiconazol + piraclostrobina (25,0 + 66,5 g.ha-1 de i.a.);
Epoxiconazol (93,75 g.ha-1 de i.a.); Piraclostrobina (75,0 g.ha-1 de
i.a.); Ciproconazol + Picoxistrobina (24,0 + 60,0 g.ha-1 de i.a.) +
óleo mineral (5%); Tebuconazol (150,0 g.ha-1 de i.a.); Testemunha.
O experimento foi conduzido à campo com a cultivar Fundacep 55,
sendo utilizado o delineamento experimental blocos ao acaso com
4 repetições. As práticas de manejo foram realizadas baseadas nas
recomendações técnicas para a cultura da soja na região sul. Foram
realizadas duas aplicações, a primeira no estágio R1 e a segunda
no estágio R5.1. No momento de maturação fisiológica as plantas
foram colhidas, trilhadas e o seu peso corrigido para 13% de
umidade para analise de produtividade. Os resultados mostraram
que o melhor tratamento foi Epoxiconazol + piraclostrobina, o
qual não diferiu do Ciproconazol + Picoxistrobina mostrando que
a combinação entre os grupos químicos triazol e estrubilurina
oferecem uma melhor proteção para cultura refletindo numa maior
produtividade. Epoxiconazol, Piraclostrobina e Tebuconazol não
diferiram entre si, também não diferiram da testemunha.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CQI-079
Efeito da aplicação de fungicidas mais micronutrientas no
peso médio dos tubérculos e no teor de matéria seca na cultura
da batata cv. Macaca. Stefanelo MS, Coradini C, Karkow D,
Marques LN, Costa IFD. ���������������������������������������
Departamento de Defesa Fitossanitária,
UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: mstefanelo@hotmail.
com. Effect of application of fungicides in more micronutrients the
average weight of tubers and the dry matter content in the culture
of potato cv. Macaca.
Foram
comparados
quatro
diferentes
fungicidas:
piraclostrobina + metiram(�������
150g.ha-1 de i.a.�����������
+ 1.650g.ha-1 de i.a.),
piraclostrobina(100g.ha-1 de i.a.), metiram(2.1������
00g.ha-1 de i.a.)
-1
e cimoxanil + mancozebe(�������
160g.ha de i.a.�����������
+ 1.280g.ha-1 de i.a.),
testados juntamente com dois micronutrientes, zinco(37,8g.ha-1)
e manganês(39,8g.ha-1), visando testar um possível incremento
no peso médio de tubérculos e no teor de matéria seca na cultura
da batata. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso,
foram realizadas sete aplicações fungicidas e quatro aplicações
de micronutrientes, os fungicidas foram aplicados em intervalos
regulares de sete dias, enquanto que os micronutrientes em intervalos
de 15 dias a fim de evitar problemas de fitotoxicidade, o volume de
calda utilizado foi de 400 L.ha-1, as demais práticas culturais foram
feitas conforme recomendações técnicas para a cultura da batata.
O melhor resultado para a variável peso médio dos tubérculos foi
obtido pelo tratamento com a solução fungicida piraclostrobina +
metiram + Zn com tubérculos pesando em média 95,65g, já o maior
teor de matéria seca foi encontrado no tratamento feito somente
com a piraclostrobina, com 20,05% de matéria seca.
CQI-080
Efeito da aplicação de fungicidas mais micronutrientes na
produtividade comercial na cultura da batata cv. Macaca.
Stefanelo MS, Marques LN, Lenz G, Arrué AM, Costa IFD.
Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS,
Brasil. ���������������������������������������������������������
E-mail: [email protected]. Effect of application of
fungicides in more micronutrients in productivity commercial in
the culture of potato cv. Macaca.
Foram testados quatro diferentes fungicidas (piraclostrobina
+ metiram(�������
150g.ha-1 de
i.a �����������
+ 1.650g.ha-1 de���������
i.a.),
-1
piraclostrobina(100g.ha de�������������������������
i.a.), metiram(2.100g.ha-1 de�������
i.a.)
e cimoxanil + mancozebe(160g.ha-1 de
�������
i.a.
���� + 1.280g.ha-1 de��������
i.a.���
),
testados juntamente com dois micronutrientes, (zinco(37,8g.
ha-1) e manganês (39,8g.ha-1)), visando medir os benefícios que
a aplicação de ambos poderia trazer à cultura da batata, para a
variável produtividade comercial. O delineamento utilizado foi
o de blocos ao acaso com quatro repetições. As aplicações de
fungicida foram feitas em intervalos de sete dias, totalizando sete
aplicações, enquanto que os micronutrientes foram aplicados em
intervalos de 15 dias, totalizando quatro aplicações, o volume de
calda utilizado foi de 400 L.ha-1, as demais práticas culturais foram
feitas conforme as recomendações técnicas para a cultura da batata.
Produtos contendo misturas do tipo estrubilurina + triazol somados
ao micronutriente manganês geram incremento na produtividade
da cultura, visto que o melhor resultado foi obtido com o
tratamento com a solução fungicida piraclostrobina + metiram +
Mn apresentando uma produtividade comercial de 22,81 ton./ha,
tendo produtividade superior a testemunha, que produziu em média
16,02 ton./ha.
S 169
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-081
Toxicidade de diferentes fungicidas sobre o crescimento
micelial in vitro de Aspergillus niger, agente causal da podridão
do tronco do sisal. Oliveira WMM1, Andrade DD1, Suassuna ND2,
Coutinho WM2. 1Departamento de Biologia, UEPB, Campina
Grande, PB; 2Embrapa Algodão. E-mail: [email protected].
Toxicity of different fungicides on mycelial growth in vitro of
Aspergillus niger, causal agent of sisal
��������������
bole rot.
CQI-083
Avaliação de sinais de resíduo de fungicidas utilizados no
tratamento de cachos de banana (Musa sp) visando controle
de Cercospora hayi. Andrade, AL, Santos Goussain RC, Rezende
PF, Lima Junior MB, Goussain MM. CESUR,
�������������������������
Rondonópolis, MT,
Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of residue of
fungicides used in treatment of banana (Musa sp) to control of
Cercospora hayi.
Avaliou-se a toxicidade de fungicidas sistêmicos (Tiofanato
Metílico, Azoxistrobina e Procimidona) e protetor (Oxicloreto de
Cobre) sobre o crescimento micelial de isolados de Aspergillus
niger, oriundos de plantas de sisal. Os fungicidas foram dissolvidos
em dimetil sulfóxido (DMSO) e incorporados ao meio BDA,
obtendo-se as concentrações de 0,01, 0,1, 1, 10 e 100 mg.L-1 de
ingredientes ativos, para os fungicidas sistêmicos ou 50, 100, 200,
400 e 800 mg.L-1 para o fungicida protetor. Em placas de Petri,
contendo 20 ml do meio BDA com as diferentes concentrações
dos fungicidas, foram dispostos discos com 5,0 mm de diâmetro,
retirado de culturas com crescimento ativo dos isolados CNPA 0020,
CNPA 0021 e CNPA 0036 de A. niger. A testemunha consistiu do
meio BDA sem fungicidas. As placas foram mantidas em 25oC e 12
horas de luz, durante sete dias. Após esse período, foi mensurado
o diâmetro médio das colônias. Mesmo nas concentrações mais
elevadas de Azoxistrobina (10 e 100 mg.L-1), não houve redução
significativa do crescimento micelial dos isolados testados,
entretanto, o crescimento micelial de todos os isolados foi reduzido
na concentração de 800 mg.L-1 de Oxicloreto de Cobre e inibido
nas concentrações de 10 e 100 mg.L-1 de Tiofanato Metílico e
Procimidona. Apoio financeiro: BNB-FUNDECI.
O cultivo de banana é afetado por diversas doenças fúngicas,
especialmente as foliares. Entretanto no Estado de Mato Grosso,
nas condições de verão, a cultura vem apresentando problemas
com doenças afetando os frutos em pré-colheita o que reduz
sua qualidade. Verificou-se nos frutos a ocorrência de lesões
arredondadas, deprimidas e escuras cujo agente causal é o fungo
Cercospora hayi. Sendo assim foi realizado um estudo com o
objetivo de verificar sinais de resíduo dos fungicidas nos frutos
no momento da colheita através de notas. Foram utilizados cachos
de cultivares de banana do subgrupo Cavendish. Os fungicidas
utilizados foram Tiofanato metílico nas formulações SC e WG, na
dosagem de 100 g i.a./100 L de água, Carbendazim (200 g i.a./100 L
de água) e Mancozeb (160 g i.a./100 L de água). A aplicação foi logo
após a abertura da última penca. Os tratamentos foram dispostos
em delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. Os
resultados demonstraram que a aplicação de tiofanato-metílico nas
diferentes formulações e Mancozeb apresentaram as menores notas
quanto aos sinais visíveis de resíduo do produto no fruto. De acordo
com os resultados, os produtos poderiam ser utilizados no controle
de C. hayi, sem depreciar a qualidade final do produto.
CQI-082
Efeito de fungicidas utilizados no tratamento de cachos de
banana (Musa sp) visando controle de Cercospora hayi. Andrade
AL, Santos Goussain RC, Rezende PF, Lima Junior MB, Goussain
MM. �����������������������������������������
CESUR, Rondonópolis, MT, Brasil. E-mail: andreandrade@
cesur.br. Effect of fungicides used in treatment of banana (Musa sp)
to control of Cercospora hayi.
A ocorrência de períodos prolongados de chuva, com temperatura
e umidade relativa elevadas durante o verão, têm favorecido a
incidência de fungos em cultivos comerciais de banana no Estado
de Mato Grosso. Além das doenças foliares, os produtores vêm
passando por dificuldades para controlar doenças fúngicas que
afetam o fruto em pré-colheita, especialmente Cercospora hayi.
Sendo assim, foi realizado um estudo com o objetivo de avaliar
a eficiência de diferentes fungicidas no controle deste patógeno
em cachos de banana, visando fornecer informações que poderiam
auxiliar no manejo da doença. Foram utilizados cachos de cultivares
de banana do subgrupo Cavendish. Os fungicidas utilizados foram
Tiofanato metílico nas formulações SC e WG, na dosagem de 100
g i.a./100 L de água, Carbendazim (200 g i.a./100 L de água) e
Mancozeb (160 g i.a./100 L de água). A aplicação foi realizada logo
após a abertura da última penca. Os tratamentos foram dispostos
em delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. No
momento da colheita foi avaliado o número de lesões por cacho
e o número de frutos com mais de uma lesão. Os resultados
demonstraram que a aplicação de Tiofanato metílico nas diferentes
formulações e Mancozeb promoveram significativa redução do
número de lesões em relação aos cachos não tratados demonstrando
que estes produtos poderiam ser utilizados no controle de C. hayi.
S 170
CQI-084
Efeito pontas de pulverização na densidade e penetração de
gotas para aplicação de fungicida em arroz irrigado. Bayer TM1,
Costa IFD1, Schroder EP2, Zemolin CR1, 1UFSM - Depto.Defesa
Fitossanitária, Santa Maria, RS; 2SCHRODER CONSULTORIA,
Pelotas, RS. E-mail: [email protected]. ��������������������
Effect of different
technologies to fungicide application on irrigated rice.
Para avaliar diferentes pontas de aplicação de fungicidas para o
controle de mancha estreita (Cercospora oryzae) em arroz irrigado,
foi conduzido um experimento na Granja Quatro Irmãos (Município
de Rio Grande-RS), utilizando a cultivar Qualimax 1, no período
de outubro de 2007 a março de 2008. Os tratamentos foram: Bico
hidráulico (30 e 20 L.ha-1), Sistema Elestrostáico (10 e 5 L.ha-1) e
Atomizador Rotativo de Discos (15, 10 e 5 L.ha-1) e testemunha.
Os tratamentos foram dispostos em talhões, de 10 ha cada (420m
x 250m), com 6 repetições. Foi aplicado o fungicida Stratego
(750mL.ha-1) + Attach (0,25 L.ha-1) no inicio de emborrachamento.
Foi efetuada avaliação através de papéis hidrossensíveis colocados
em estacas, no interior do dossel, em três estratos, superior (90
cm), intermediário (60 cm) e inferior (30 cm), após a aplicação
do fungicida, com aeronave Ipanema. Com relação à densidade de
gotas, o sistema Atomizador Rotativo de Discos (15 L.ha-1) obteve a
melhor distribuição nos três estratos do dossel. Quanto a penetração
de gotas, também o sistema Atomizador Rotativo de Discos (15
L.ha-1) apresentou a maior quantidade de gotas no terço inferior
do dossel da cultura. De maneira geral, os sistemas Eletrostático
e Atomizador Rotativo de Discos apresentaram controle eficiente
do patógeno.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-085
Avaliação do controle químico de doenças foliares na cultura do
milho no Mato Grosso. Machado AQ, Cassetari Neto D, Andrade
Júnior ER, Costa AA, Vidotti ED, Abdo JG. ������������
UNIVAG/CAB,
Várzea Grande MT. E-mail: [email protected] Evaluation
of chemical control of maize leave diseases in Mato Grosso state,
Brazil.
Com o objetivo de avaliar a eficiência do controle químico da
ferrugem Puccinia polysora, mancha de Phaeosphaeria maydis,
Cercosporiose e mancha de Helminthosporium turcicum na
cultura do milho, instalou-se um ensaio em lavoura comercial
no município de Jaciara-MT, utilizando o híbrido 30K75. Foram
avaliados os fungicidas Trifloxystrobin + Tebuconazole (600 mL/
ha), Azoxystrobin + Ciproconazole (300 mL/ha) e Pyraclostrobin
+ Epoxiconazole (750 mL/ha). Todos os fungicidas foram
avaliados em uma aplicação (pré-pendoamento) e duas aplicações
(pré-pendoamento e 15 dias após). O ensaio foi instalado em
delineamento de blocos ao acaso com 7 tratamentos e 4 repetições,
com parcelas de 5 linhas de 5 metros e espaçamento de 0,90 cm.
Os tratamentos foram aplicados através de pulverizações com CO2
costal e um volume de calda de 200 L/ha. A severidade das doenças
foi avaliada semanalmente de acordo com a porcentagem de tecido
infectado. Pela análise dos resultados, podemos concluir que o
tratamento Trifloxystrobin + Tebuconazole (em duas aplicações)
foi superior aos demais no controle das doenças foliares em milho
no Mato Grosso.
CQI-086
Desempenho de Tebuconazole no controle da ferrugem da
soja, safra 2007/2008. �����������������������������
Cassetari Neto D, Machado AQ. UFMT/
FAMEV, Cuiabá MT. E-mail: [email protected] Performance
of Tebuconazole on soybean rust control, harvest 2007/2008.
Na safra de soja 2007/08, produtores e pesquisadores do CentroOeste relataram a ocorrência de baixo desempenho do fungicida
Tebuconazole, aplicado de forma curativa no controle da ferrugem
(Phakopsora pachyrhizi). O objetivo deste trabalho foi avaliar
os resultados do desempenho de Tebuconazole, em 3 ensaios
realizados em Campo Verde, MT. Os ensaios foram conduzidos
com diferentes números e forma de aplicação dos tratamentos, o
que não permite uma análise conjunta dos dados. A ferrugem passou
a ocorrer de forma epidêmica no ensaio a partir de 15/02/2008,
consideradas as aplicações realizadas antes desta data como
preventivas. Os dados apresentados em cada ensaio comparam
o princípio ativo Tebuconazole com parcelas testemunhas e com
misturas de triazóis e estrobilurinas (Ciproconazole+Azoxystrobin
no ensaio 1, Ciproconazole+Azoxystrobin como padrão 1 e Epoxi
conazole+Pyraclostrobin como padrão 2 no ensaio 2 e Tebuconaz
ole+Trifloxystrobin no ensaio 3), consideradas padrões de controle
preventivo da ferrugem. Os resultados permitem observar que em
todos os ensaios, Tebuconazole comportou-se, em comparação
às testemunhas e às misturas preventivas, de forma intermediária
no controle da ferrugem. Somente no ensaio 3, a mistura Tebuco
nazole+Trifloxystrobin foi superior a Tebuconazole isoladamente
no controle da doença. Estes resultados permitem concluir a
importância da presença de estrobilurinas no controle preventivo
da ferrugem no Centro-Oeste.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
CQI-087
Severidade de Bipolaris oryzae em arroz irrigado. Zemolin
CR, Bayer TM, Costa IFD, Marques LN. UFSM - Depto.Defesa
Fitossanitária, Santa Maria, RS. E-mail:
���������������������������
carlazemolin@yahoo.
com. Severity of Bipolaris oryzae on irrigated rice.
Foi conduzido um experimento em Santa Maria – RS, para avaliar a
severidade de Bipolaris oryzae, com delineamento experimental de
blocos ao acaso, seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos
foram: Miclobutanil (750 mL.ha-1), Azoxistrobina (300 mL.ha-1),
Trifloxistrobina+Propiconazol (750 mL.ha-1), Picoxistrobina+Cip
roconazol (750 mL.ha-1) e Kresoxim Metil+Epoxiconazol (500 e
750 mL.ha-1) e uma testemunha sem tratamento. Foram feitas duas
aplicações fungicidas, a primeira no estádio de emborrachamento e
a segunda em floração plena. Foram realizadas duas avaliações, aos
14 e 21 dias após aplicação dos tratamentos, sendo que a variável
analisada foi a severidade de mancha parda na folha bandeira. Os
dados obtidos foram submetidos à análise de variância. Os resultados
mostraram que os tratamentos com fungicidas, com exceção de
Azoxistrobina (300 mL.ha-1), apresentaram ação fungicida para
estas condições experimentais pois diferiram da testemunha em
ambas épocas de avaliação. De acordo com os resultados obtidos
nas avaliações de severidade observou-se redução entre a primeira
e a segunda época de avaliação. Para a eficiência de controle
observou-se incremento da primeira para a segunda época, exceto
para o tratamento com Trifloxistrobina+Propiconazol (750 mL.ha1
), o qual teve redução da eficiência na segunda avaliação. Para
Kresoxim Metil+Epoxiconazol (750 mL.ha-1), a eficiência de
controle teve incremento em torno de 22%.
CQI-088
Eficiência in vitro de fungicida a Thielaviopsis paradoxa.
Esmerini G�����������������������������������������������
, Martins TD, Navai MC, Gomes DN. Departamento
de Pesquisa e Desenvolvimento Chemtura, CEM, São Paulo, SP,
Brasil. E-mail:
��������������������������������������
[email protected]. In vitro eficiency
of fungicides to Thielaviopsis paradoxa.
Causada pelo fungo Thielaviopsis paradoxa, a podridão-abacaxi é
uma doença típica dos toletes. Com isso, cinco isolados fúngicos
de Thielaviopsis paradoxa proveniente de toletes da cana de
açúcar (Saccharum officinarum L.) foram testados para se verificar
a ação in vitro dos fungicidas carboxina + tiram, quintozeno
e o codificado BRF 103 na inibição do crescimento micelial do
agente causal da doença. Os fungicidas foram incorporados em
meio BDA autoclavado fundente nas doses de 1, 10 e 100 ppm
e o tratamento testemunha (0 ppm). A incubação ocorreu sob
temperatura de 20 ± 2°C, durante 5 dias. As avaliações ocorreram
após o quinto dia de incubação, com uma média da medição de dois
diâmetros das colônias. Com a escala de Bollen & Fuchs (1970)
foi avaliada a concentração em ppm dos fungicidas necessária para
inibir 50% (ED50) do crescimento micelial destes cinco isolados
de Thielaviopsis paradoxa, como por exemplo o tratamento de
carboxin + tiram: F1=34,28; F2=35,74; F3=20,85; F4= 24,84 e
F5=24,84. Assim conclui-se que houve uma interação entre os
fungicidas e isolados; que a carboxina + tiram apresentou eficiência
na dose de 100 ppm, o tratamento BRF 103 foi altamente eficiente
a todos os isolados avaliados e que também houve interação entre
fungicida quintozeno e isolados, mostrando eficiência de acordo
com o isolado avaliado.
S 171
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
CQI-089
Bioensaio com folhas destacadas para monitoramento da
resistência de Phakopsora pachyrhizi aos fungicidas triazóis.
Juliatti FC, Sagata E, Silva FO. Universidade Federal de Uberlândia
– ICIAG- LAMIP – Laboratório de Micologia e Proteção de
Plantas, Av. Amazonas s/n., Campus Umuarama, Bloco 2E, Sala
15, Uberlândia, MG. E-mail: [email protected]. Bioassay from leaves
inoculation �����
with Phakopsora pachyrhizi to triazoles fungicides
monitoring on soybeans
No manejo da ferrugem da soja tem-se usado no mínimo duas
aplicações de fungicidas triazóis ou em misturas com estrobilurinas.
No uso de misturas de triazóis com estrobilurinas nas aplicações
curativas ou erradicantes também se tem observado nas regiões de
maior pressão da doença uma redução no período de proteção ano após
ano. O uso de novos adjuvantes oleosos tem melhorando a eficácia
de muitos fungicidas. Com o objetivo de monitorar as mudanças
na população do patógeno frente aos fungicidas foi desenvolvido
pela UFU um esquema de monitoramento da variabilidade genética
de P. pachyrhizi com base em folhas destacadas. Populações de
todo o Brasil enviadas pela equipe de campo da empresa BASF
foram isoladas por meio de binocular estereoscópica a partir de
uma única pústula. As mesmas foram caracterizadas como da
espécie citada utilizando o Kit molecular da empresa Envirologix,
Lote 071217A, cedido pela empresa Milênia Agrociências. Após
a confirmação da espécie foram avaliadas as concentrações dos
triazóis: tebuconazole, ciproconazole, tetraconazole, miclobutanil
e protioconazole. Foram utilizadas as concentrações de 0; 0,1; 1; 5;
10; 25; 50 e 100 ppm. Resultados preliminares têm demonstrado
eficácia diferenciada para os diferentes triazóis para 03 populações
avaliadas de MG, Goiás e MT.
CQI-091
Efeito de indutores químicos de resistência a doenças de plantas
no desenvolvimento de Sclerotium rolfsii, agente da murcha
de esclerócio do pimentão. Araújo CMM, Bezerra EJS, Gomes
LM, Demóstenes LCR, Sales RSA, Wolff ACS, Silva AM, Bentes
JLS. Universidade Federal do Amazonas. Faculdade de Ciências
Agrárias. Manaus-AM.
�������������������
E-mail: [email protected]. Effect of
chemical inducers in resistance of plants diseases in development
of Sclerotium rolfsii, agent by the wilted sclerotium on green
peppers.
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito antagônico do
ácido salicílico, do silicato de potássio e da biomassa cítrica no
crescimento micelial de Sclerotium rolfsii.O experimento foi
conduzido em laboratório. Foram utilizados os indutores Ecolife®
(1,0ml e 2, 50ml), Bion® (0,25ml e 0,50ml), Fertisil (0,25ml
e 0,50ml) e a testemunha. Para a montagem do ensaio, foram
preparados 250 mL de meio de cultura BDA para cada tratamento
e dosagem, aos quais depois de esterilizados, foram adicionadas
as referidas dosagens de cada indutor e distribuídas em placas de
Petri de cinco cm de diâmetro. O delineamento foi inteiramente
casualisado com quatro tratamentos e dez repetições. A avaliação
foi feita, a partir do segundo dia, medindo diariamente com uma
régua milimetrada o crescimento radial das colônias até que um
dos tratamentos atingisse a borda da placa. O presente trabalho
revelou que os indutores Bion® e Fertisil não apresentaram efeito
significativo em comparação com a testemunha, diferentemente
do Ecolife® que reduziu o crescimento micelial do patógeno,
diferindo estatisticamente dos outros tratamentos de acordo com o
teste de SCOTT-KNOT a 5% de probabilidade.
CQI-092
Programa de aplicação dos fungicidas tiofanato metílico e
fluazinam no controle do mofo branco em soja. Campos HD,
Silva LHP, Silva JRC, Galvão JCB. Universidade de Rio VerdeFESURV, Faculdade de Agronomia, Rio Verde, GO.���������
E-mail:
��������
[email protected]. Efficiency of thiophanate methyl and fluazinam
to white mold control in soybean.
CQI-090
Eficiência de fungicidas no controle da Sigatoka-negra na
cultura da banana. Guimarães LH, Dario ISN, Della Valle FN,
Dario GJA. Departamento de Produção Vegetal, ESALQ/USP,
Piracicaba, SP, Brasil. E-mail:
�����������������������������������������
[email protected]. Fungicides
efficiency in the control of black sigatoka in banana crop.
O trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência dos fungicidas
Azoxistrobina, Difenoconazole e Propiconazole no controle da
Sigatoka-negra, doença mais importante que tem ocorrido na
cultura da banana nas principais regiões produtoras do país. O
ensaio foi desenvolvido no município de Registro, localizado
no Vale do Ribeira, região de maior produção do Estado de São
Paulo. Foram realizadas quatro aplicações espaçadas de trinta
dias, sendo a primeira preventivamente, utilizando-se como
veículo a mistura de 15,0 l de óleo mineral + 5,0 l de água/ha.
Os resultados mostraram que os fungicidas Azoxistrobina (100 e
200 g/ha), Difenoconazole (100 g/ha) e Propiconazole (100 e 200
g/ha) apresentaram eficiência superior a 95% de controle, e não
causaram fitotoxidez às plantas. Apoio Financeiro: Campo Verde
Pesquisas Agronômicas S/C Ltda.
S 172
Objetivando avaliar a eficácia de fungicidas no controle do mofo
branco na soja (BRS Valiosa RR), instalou-se um experimento
em Montividiu-GO. Utilizou-se os fungicidas: tiofanato metílico
(300 e 500 gi.a.ha-1) e fluazinam (250 gi.a.ha-1) em 1, 2 ou 3
aplicações. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em
4 repetições. Avaliou-se a incidência da doença (porcentagem de
plantas infectadas), rendimento (peso de mil grãos e produtividade)
e produção de escleródios. Na avaliação realizada em R6, todos
os tratamentos com fungicidas conteram significativamente a
incidência da doença comparado à testemunha. A incidência da
doença na testemunha foi de 36,52% e nos demais tratamentos
variou de 0,93% (fluazinam em 3 aplicações) a 18,12% (tiofanato
metílico, 500 gi.a.ha-1 em 2 aplicações). Para peso de mil grãos
não houve diferenças significativas entre os tratamentos. As
maiores produtividades foram com os tratamentos contendo 2 ou 3
aplicações, independente da dose utilizada. A testemunha produziu
2854,09 kg.ha-1, enquanto que nos melhores tratamentos, variou
de 3566,27 kg.ha-1 (tiofanato metílico na dose de 300 gi.a.ha-1
em 2 aplicações) a 4024,74 kg.ha-1 (fluazinam em 3 aplicações).
Todos os tratamentos com fungicidas, independente de dose ou
número de aplicação, produziram menos escleródios comparados
a testemunha.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
EPI-001
Incidência e severidade do mofo cinzento em cachos de
mamoneira com diferentes níveis de compactação, e na
presença e ausência de acúleos. Sussel AAB, Pozza EA, Castro
HA, Lasmar EBC. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras,
MG, Brasil. E-mail:
�������� [email protected]. Gray mold incidence and
severity at different levels of spike compaction and presence and
absence of aculeo.
Foram montados dois experimentos, nos meses de outubro de
2006 e janeiro de 2007, utilizando-se sementes de frutos sem
acúleos da cultivar IAC Guarany. Foram avaliadas a incidência e
severidade dos três primeiros cachos de mamona de 100 plantas
em cada experimento, sendo que a metade das plantas avaliadas
não apresentava acúleos nos frutos. A análise de variância
dos resultados do primeiro experimento indicou diferenças na
incidência e severidade do mofo cinzento entre plantas que
apresentaram frutos com e sem acúleos. No entanto, no segundo
experimento não houve diferença significativa entre os resultados.
A compactação dos cachos foi estratificada em cachos abertos,
compactos e moderadamente compactos, e avaliada apenas no
segundo experimento. Não houve diferença significativa para
incidência e severidade entre cachos com diferentes compactações.
Acredita-se que a falta de reprodutibilidade dos resultados
entre os experimentos, quanto à presença de acúleos, se deva às
condições ambientais distintas e desfavoráveis durante o segundo
experimento (pluviosidade: 1,2mm/dia; umidade relativa: 75,7%)
que resultaram em incidência e severidades médias de 31,4 e 9,3%,
enquanto que no primeiro experimento (pluviosidade: 10,01mm/
dia; umidade relativa: 81,8%) a incidência e severidade médias
foram 86,9 e 61,7%. Apoio financeiro: FAPEMIG.
EPI-002
Quantificação de conídios de Amphobotrys ricini no ar e sua
correlação com variáveis climáticas. Sussel AAB1, Castro
HA1, Pozza EA1, Sussel RHB2. 1DFP-UFLA, Lavras, MG,
2
ESAPP, Paraguaçu Paulista, SP, Brasil. ��������
E-mail: asussel@gmail.
com. Quantification of Amphobotrys ricini conidia in the air and
correlation with climatic variable.
A quantidade de conídios de A. ricini dispersos no ar foi monitorada
entre maio de 2006 e abril de 2007, no campo experimental da Ufla,
com auxílio do coletor ‘Rotorod Sampler’ modelo 20. A coleta de
conídios foi realizada seis vezes durante o dia, às 7, 9, 11, 14, 16
e 18 horas, com duração de 15 minutos, a 1 e 2 metros do solo.
Posteriormente a contagem de conídios foi realizada com auxílio
de microscópio de luz. Os dados de temperatura, umidade relativa,
precipitação, velocidade do vento, e período de molhamento
foliar foram coletados em intervalos de 15 minutos, durante
todo o período, com estação microclimática Datalogger-CR10X,
Campbell Scientific Inc. Verificou-se a presença de conídios de A.
ricini no ar em todo período de coleta. A diferença significativa do
número de conídios coletados nos diferentes meses correlacionouse positivamente com a variação das médias da temperatura
mínima, da umidade relativa, da precipitação e do período de
molhamento foliar dos dez dias anteriores à cada coleta. Observouse também correlação para os períodos imediatamente anteriores a
cada coleta, onde a umidade relativa do ar apresentou correlação
negativa, enquanto que a velocidade do vento apresentou correlação
positiva nos 15 minutos anteriores á coleta das 7 horas. Não houve
diferença significativa entre as alturas de coleta. Apoio financeiro:
FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
EPI-003
Efeito da densidade de plantas na incidência de podridões do
colmo em milho na região do Planalto Catarinense. Kuhnem
Junior PR, Gava F, Schweitzer C, Casa RT, Sangoi L. Universidade
do Estado de Santa Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC, e-mail:
[email protected]. Effects of plant densities in the maize
stalk rot incidence in Planalto Catarinense region.
As podridões do colmo do milho são freqüentes no sul do Brasil
em lavouras de plantio direto. São escassas informações sobre o
efeito da população de plantas e a suscetibilidade dos genótipos
aos patógenos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito
da densidade de plantas (25, 50, 75 e 100 mil plantas.ha-1) na
incidência de podridões da base do colmo em três híbridos de
milho (AG 9020; AS 1570; P30F53). O experimento foi conduzido
a campo, durante a safra agrícola 2007/08, no município de Lages/
SC em área conduzida sob rotação com soja e em sucessão a aveia
preta. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados,
dispostos em parcelas subdivididas, com três repetições em
esquema fatorial. Cada subparcela foi composta por seis linhas de
seis metros de comprimento. A incidência de podridões do colmo
foi avaliada em todas as plantas das duas linhas centrais na colheita
do cereal. Houve diferença significativa pelo teste F ao nível de
5% de significância para híbridos e densidades. A interação hibrido
e densidade não foi significativa. Gerou-se uma única equação de
regressão para os três híbridos nas quatro densidades de plantas (y
= 37,92 + 8,85x*;R2= 0,30). O incremento na população de plantas
aumentou significativamente a incidência de podridões do colmo
nos híbridos testados.
EPI-004
Manchas foliares em soja e sua relação com diferentes
populações de plantas. Gava F, Casa RT, Kuhnem Junior PR,
Nerbass Junior JM, Oliveira FS. Universidade do Estado de Santa
Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC, e-mail: fernandogava@
hotmail.com. Soybean
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leaves spots and your relation with different
plants populations.
Uso de diferentes populações de plantas interferem ��������������
no período de
molhamento, na quantidade de radiação solar absorvida, na aeração
do dossel e na capacidade de absorção e translocação de água e
nutrientes podendo interferir na ocorrência de doenças foliares. ��
O
objetivo deste trabalho foi correlacionar a incidência de manchas
foliares em soja com diferentes populações de plantas. Os ensaios
foram conduzidos em lavoura comercial no município de Muitos
Capões, RS, na safra agrícola 2007/08, com as cultivares CD 213
RR e BRS 255 RR. Os tratamentos utilizados foram 12, 18, 24,
30 e 36 plantas/m2, distribuídos em blocos ao acaso, com quatro
repetições. As parcelas constaram de 10 linhas de semeadura,
espaçadas 0,45m entre si, com 10m de comprimento, variando a
distância entre plantas na linha. A avaliação de manchas foliares foi
realizada quando as plantas se encontravam nos estádios fenológicos
R5.3 e R6 para CD 213 RR e BRS 255 RR respectivamente. As
manchas predominantes foram cercosporiose e mancha alvo. Houve
correlação positiva e significativa entre o aumento na população de
plantas e o incremento na incidência de manchas foliares para CD
213 RR (y= 0,225x – 1,98 R2= 0,95 p= 0,00543) e BRS 255 RR
(y= 0,28x + 1,44 R2= 0,91 p= 0,01223). O manejo na população de
plantas pode interferir na intensidade de manchas foliares.
S 173
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
EPI-005
Relação entre seca da haste e Phomopsis em grãos de soja
submetida à diferentes populações de plantas. Gava F, Casa
RT, Kuhnem Junior PR, Belani AMM, Bolzan JM. Universidade
do Estado de Santa Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC. ��������
E-mail:
[email protected]. Relation between stem blight and
grains incidence of Phomopsis sojae in different soybean plant
population.
Este trabalho teve como objetivo avaliar diferentes populações de
plantas na incidência da seca da haste e sua relação com a incidência
de Phomopsis nos grãos colhidos. O ensaio foi conduzido em lavoura
comercial no município de Muitos Capões, RS, na safra agrícola
2006/07, com a cultivar CD 213 RR. Os tratamentos utilizados
foram 12, 18, 24, 30 e 36 plantas/m2, distribuídos em blocos ao
acaso, com quatro repetições. As parcelas constaram de 10 linhas
de semeadura, espaçadas 0,45m entre si, com 10m de comprimento,
variando a distância entre plantas na linha. A avaliação da seca da
haste foi realizada quando as plantas se encontravam no estádio
fenológico R7.1. Houve correlação positiva e significativa entre o
aumento na população de plantas e o incremento na incidência da
doença, sendo: y= 5,75 + 1,94x R2= 0,98 p= 0,001659. Não houve
correlação significativa entre densidades de plantas e incidência
de Phomopsis sp. nos grãos (y= 0,0667x + 4,96 R2= 0,115 p=
0,268515) e também entre incidência da seca da haste e incidência
do fungo nos grãos (y= 3,9916x + 65,662 R2= 0,1751 p= 0,157479).
O manejo da população de plantas contribui para o controle da seca
da haste, mas não exerce influência sobre a incidência do fungo nos
grãos. A incidência da seca da haste não apresentou correlação com
a incidência de Phomopsis sp. nos grãos na cultivar CD 213 RR.
EPI-006
Incidência da pinta-preta em mudas de mamoeiro em função
da aplicação de silicato de cálcio e calcário dolomítico. Silva
AC, Souza GM, Caldeira Júnior CF, Sales NLP. Instituto de
Ciências Agrárias, UFMG, Montes Claros, MG, Brasil. ��������
E-mail:
[email protected]. Incidence of black spot in papaya
seedlings in function of the application of calcium silicate and
dolomitic limestone.
O objetivo do trabalho foi avaliar a incidência da pinta-preta em
mudas de mamoeiro em função da aplicação de silicato de cálcio
e calcário dolomítico ao substrato. Os fatores estudados foram:
2 fontes corretivas de acidez (Calcário Dolomítico e Silicato de
Cálcio); 5 dosagens para a elevação da saturação por bases (0;
25; 50; 75 e 100% da dose para elevar a saturação a 80%); e
combinação entre os dois corretivos, totalizando 12 tratamentos. O
experimento foi montado em casa-de-vegetação em DIC, no qual,
as parcelas foram constituídas de uma planta por vaso do grupo
Havaí sendo que cada vaso continha substrato composto por 2/3
de terra + 1/3 de esterco + 400 mg.dm-3 de P2O5 acrescidos das
doses dos corretivos correspondentes aos tratamentos, no qual,
permaneceram encubados por um período de 30 dias. As mudas
foram inoculadas com Asperisporium caricae na concentração 105
quando atingiram 6 pares de folhas, no qual permaneceu em câmara
úmida por 48 h. Foi observado uma alta incidência da pinta-preta
em todos os tratamentos, não havendo diferença significativa entre
as duas fontes corretivas, a combinação dessas fontes e entre as 5
dosagens para elevação da saturação de base, indicando assim, a
não interação do teor de calcário e de silicato de cálcio na incidência
da pinta preta em mudas de mamoeiro.
S 174
EPI-007
Análise temporal da ferrugem da folha do trigo em diferentes
cultivares, safra 2007. Moreira EN, Reis EM. Universidade de
Passo Fundo, Passo Fundo, RS. ��������������������������������
E-mail:[email protected].
Temporal analysis of the leaf rust of wheat different cultivars, crop
2007.
A ferrugem da folha do trigo é considerada a doença de maior
potencial de dano deste cereal. O objetivo do trabalho foi analisar
e comparar padrões da dinâmica temporal da ferrugem da folha
do trigo em diferentes cultivares. O experimento foi conduzido à
campo, utilizando as cultivares, Ônix, BRS-194, Safira, Alcover,
Fundacep Nova Era e Pampeano. Estas apresentam diferentes
reações de resistência e são infectadas por diferentes raças de
Puccinia triticina. As parcelas constaram de 15 linhas de semeadura
e 5,0 metros de comprimento, arranjadas em delineamento
experimental de blocos ao acaso, com três repetições. As avaliações
foram realizadas semanalmente com base na incidência e na
severidade, a partir do final do estádio de afilhamento até o estádio
de grão leitoso, coletando-se aleatoriamente 10 plantas por parcela.
Com os dados de incidência e severidade foram plotadas curvas
de progresso da doença e as epidemias comparadas em relação: a)
início da ocorrência dos sintomas; b) tempo para atingir a máxima
intensidade da doença; c) valor máximo de severidade da doença;
d) área abaixo da curva de progresso da doença. As curvas foram
analisadas por meio de análise de regressão e ajustados aos modelos
Logístico, Monomolecular e Gompertz. As cultivares apresentam
diferenças significativas em relação ao valor máximo de severidade
da doença, a área abaixo da curva de progresso da doença e a taxa
de progresso da doença.
EPI-008
Influência de diferentes períodos de molhamento foliar na
germinação de conídios de Pseudocercospora fuligena. HalfeldVieira BA, Souza GR, Nechet KL. ����������������������������
Embrapa Roraima, Boa Vista,
RR. E-mail: [email protected]. Influence of different leaf
wetness period in the conidial germination of Pseudocercospora
fuligena.
A mancha fuliginosa do tomateiro, causada por Pseudocercospora
fuligena é uma doença incomum no Brasil, sendo o conhecimento
dos fatores ambientais que influenciam na ocorrência de epidemias
importante na proposição de práticas para o manejo integrado da
doença. O presente trabalho teve como objetivo estudar o efeito de
diferentes períodos de molhamento foliar na germinação de conídios
de P. fuligena. Esporos do patógeno foram pincelados na face
abaxial de folíolos sadios e os tratamentos constituídos por folhas
mantidas com pecíolo imerso em água, em câmara úmida pelos
períodos de 0, 4, 8, 12, 16, 20 e 24 h. No período de 24 h, conídios
foram coletados pela deposição de 120 µl de água destilada na face
abaxial dos folíolos, seguido de leve fricção. Foram utilizadas três
repetições, em que cada repetição foi constituída pela suspensão
de conídios obtida de um folíolo. Para análise estatística, os dados
de período de molhamento foliar e percentual de germinação de
conídios foram utilizados para elaboração do gráfico e ajuste de
modelo, calculando-se também os intervalos de confiança (p≤
0,05). Os resultados demonstram que períodos acima de 16 h de
água livre nos folíolos proporcionam percentuais máximos de
germinação. Apoio: CNPq, proc. 303081/2007-4.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
EPI-009
Influência do tipo de inóculo na severidade da mela do feijãocaupi. Nechet KL, Halfeld-Vieira BA, Youssef DR, Souza GR,
Amorim LC, Barbosa RN. Embrapa Roraima, Boa Vista, Roraima.
E-mail: [email protected]. Influence of inoculum type on
cowpea web blight severity.
EPI-011
Severidade da Hérnia das crucíferas em diferentes períodos de
avaliação. Cruz JCS, Souza NL, Rosa DD, Basseto MA, Padovani
CR, Furtado EL. Apta Pólo Centro Oeste, Jaú, SP, Brasil. E-mail:
[email protected]. Clubroot severity in different evaluation
periods.
A severidade da mela, causada pelo fungo Rhizoctonia solani
(teleomorfo Thanatephorus cucumeris), foi avaliada em dois
genótipos de feijão-caupi (Vigna unguiculata) em casa-devegetação utilizando como fontes de inóculo fragmentos de micélio
e microescleródios. O delineamento experimental utilizado foi
inteiramente casualizado em arranjo fatorial de 2 genótipos x 2 tipos
de inóculo x 5 repetições, sendo cada repetição um vaso com duas
plantas. As plantas foram inoculadas com uma suspensão de 1x106
microescleródios ou fragmentos de micélio/ml no estádio de flores
abertas. Avaliou-se, semanalmente, a porcentagem de área foliar
lesionada e a partir dos dados foi calculada a área abaixo da curva
de progresso da doença (AACPD). Os valores de AACPD foram
submetidos à análise de variância usando o proc GLM do SAS e
as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Não se observou diferença significativa entre valores de AACPD
dos tipos de inóculo dentro de cada genótipo, variando de 232 a
179 para IT86D-719 (genótipo suscetível) e de 171 a 142 para BRS
Tracuateua (genótipo resistente). Entretanto, o uso de fragmentos
de micélio como inóculo permitiu diferenciar os dois genótipos.
Pela praticidade de produção, fragmentos de micélio podem ser
utilizados como tipo de inóculo em ensaios com o patossistema
em condições de casa-de-vegetação. Apoio financeiro: CNPq/proc.
471038/2006-7.
A avaliação da severidade da Hérnia das crucíferas, causada por
diferentes isolados de Plasmodiophora brassicae, é fundamental
na seleção de cultivares de brássicas resistentes. Diante disso,
foi avaliada a severidade desta doença após a inoculação de 5
isolados de P. brassicae em repolho (Brassica oleraceae var
capitata) obtidos de raízes de brássicas, naturalmente infectadas,
de diferentes áreas produtoras do Estado de São Paulo: São José
do Rio Pardo, Divinolândia, Pardinho 1, Pardinho 2 e Piedade.
Os testes foram realizados em condições semi controladas de
casa de vegetação (25±2°C) em diferentes períodos de cultivo
do hospedeiro, de julho a setembro e de setembro a outubro. Foi
utilizado o delineamento em blocos ao acaso, com 6 repetições.
As inoculações ocorreram por meio da deposição de 2 mL da
suspensão de esporos do patógeno, de cada isolado, no colo de cada
7
–1
planta, na concentração de 10 esporos mL . As avaliações foram
realizadas após 35 dias da inoculação de cada período, utilizando
escala visual de notas de 1 a 4, conforme a porcentagem da área
radicular afetada (0=0%,1=25%, 2=50%, 3=75% e 4=100%). Os
resultados foram submetidos a teste não paramétrico de KruskalWallis. Maior severidade da doença ocorreu em plantas infectadas
pelos isolados de Divinolândia, no primeiro período de cultivo e
avaliação, bem como Piedade e Pardinho 2 no segundo período.
EPI-010
Redução do rendimento de grãos de milho causado por doenças
do colmo em Campos Novos, SC. Bolzan JM, Casa RT, Gava F,
Engelsing MJ, Bogo A, Danelli ALD. Universidade do Estado de
Santa Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC, e-mail: [email protected].
br. ���������������������������������������������������������������
Reduction of yield in grains of maize caused by stalk diseases
in Campos Novos, SC, Brazil.
As podridões do colmo são doenças freqüentes nas lavouras de
milho no Estado de Santa Catarina. O objetivo do trabalho foi
quantificar os danos destas podridões no rendimento de grãos em 12
híbridos de milho (AG8011, AG8021, AS1551, AS1565, AS1579,
Dow2A525, DKB234, DKB240, Maximus, P30F53, P32R22,
P30R50) no município de Campos Novos, SC, na safra 2007/08. A
semeadura ocorreu no dia 3 de outubro de 2007, em área de plantio
direto, sob rotação com soja e sucessão com aveia+ervilhaca.
As parcelas constaram de cinco metros de comprimento com
seis linhas de semeadura espaçadas em 65 cm. O delineamento
experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições. A
incidência de podridões do colmo foi avaliada em todas as plantas
das duas linhas centrais de cada parcela no momento da colheita do
cereal. Os danos no rendimento foram calculados por metodologia
própria, com base no rendimento real e potencial de cada híbrido.
Houve diferença significativa na incidência de podridão do colmo,
sendo os híbridos AG8011, DBK240, DKB234, AS1551, AG8021
e P30R22 mais suscetíveis, e AS1565, Dow2A525, Maximus
e P30R50 menos suscetíveis. A antracnose e a giberela foram
doenças predominantes. A redução no rendimento de grãos variou
de 0,32% a 9,24%, com média de 3,62%.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
EPI-012
Danos no rendimento de grãos de milho causado por podridões
do colmo em Tangará, SC. Souza FO, Casa RT, Kuhnem Junior
PR, Soder FJ, Nerbass Junior JM, Danelli ALD. Universidade do
Estado de Santa Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC, e-mail: a2rtc@
cav.udesc.br. Damages in yield grains of maize caused by stalk rots
in Tangará, SC, Brazil.
O objetivo do trabalho foi quantificar os danos causados pelas
podridões do colmo no rendimento de grãos em 11 híbridos de
milho (AG6018, AG7904, AG8011, AG8021, AG8088, AG9010,
AG9020, Dow2A120, Maximus, P30F53, Sprint) no município de
Tangará, SC, na safra 2007/08. A semeadura ocorreu no dia 10 de
outubro de 2007, em área de plantio direto, sob rotação com soja e
sucessão com aveia branca. As parcelas constaram de cinco metros
de comprimento com oito linhas de semeadura espaçadas em 80
cm. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com
quatro repetições. A incidência de podridões do colmo foi avaliada
em todas as plantas das duas linhas centrais de cada parcela no
momento da colheita do cereal. Os danos no rendimento foram
calculados por metodologia própria, com base no rendimento
real e potencial de cada híbrido. Houve diferença significativa
na incidência de podridão do colmo entre os híbridos, sendo:
Sprint, AG9020, Dow2A120, P30F53, AG7904 e AG8011 mais
suscetíveis, e AG8088 e Maximus menos suscetíveis. A antracnose
e a giberela foram doenças predominantes. O dano variou de 0,61%
a 6,67%, com média de 2,94%.
S 175
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
EPI-013
Seleção de genótipos de feijão-caupi resistentes à mela
(Rhizoctonia solani) em três ecossistemas de Roraima. Souza
GR, Nechet KL, Halfeld-Vieira BA, Youssef DR, Amorim LC,
Barbosa RN. ������������������������������������������������
Embrapa Roraima, Boa Vista, RR, Brasil. E-mail:
[email protected]. Selection of resistant cowpea genotypes
to web blight in three ecosystems in Roraima.
A mela, causada pelo fungo Rhizoctonia solani (teleomorfo
Thanatephorus cucumeris) é uma das principais doenças na cultura
do feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] em Roraima.
Visando selecionar linhagens resistentes à doença foram instalados
experimentos de campo em três ecossistemas: área de transição,
mata e lavrado, em duas safras. Foi utilizado delineamento
experimental em blocos casualizados com 17 genótipos e 4
repetições. Cada repetição constou de uma parcela de 4 linhas
de 5,0 m espaçadas a 0,5 m. Estimou-se a porcentagem de área
foliar lesionada, na área útil da parcela, com auxílio de escala
diagramática de 0 a 100%, três meses após o plantio. Os dados
foram submetidos à análise de variância utilizando-se o proc GLM
do software SAS e as médias comparadas pelo teste Fisher LSD
a 1%. Observou-se diferença significativa entre os genótipos e
entre os ecossistemas. Os genótipos L28, L29 e L30 apresentaram
maior severidade (29-55%) nos dois anos nos três ecossistemas,
sendo os mais suscetíveis. A severidade das demais linhagens
variou de 3-15% (1º ano) e de 5-16% (2º ano) sendo classificadas
como resistente a moderadamente resistente. No 1º ano, os maiores
valores de severidade foram observados na região de transição e no
2º ano no lavrado.
EPI-014
Efeito do silício em componentes de resistência do trigo à
mancha marrom. Domiciano GP, Xavier Filha MS, Moreira WR,
Oliveira HV, Rodrigues FÁ, Vale FXR. Universidade Federal de
Viçosa, Depto de Fitopatologia, Viçosa, MG. E-mail: fabricio@
ufv.br. Effect of silicon on some components of resistance of wheat
to spot blotch.
Este trabalho objetivou avaliar o efeito do silício (Si) em alguns
componentes de resistência de plantas das cultivares de trigo BR18
e BRS208 à mancha marrom, causada por Bipolaris sorokiniana.
As plantas foram crescidas em vasos contendo 0 e 0,30 g Si/kg
de solo e inoculadas, aos 45 dias após emergência, com uma
suspensão de 1,5x104 conídios/ml. Foram avaliados o período de
incubação (PI), o número médio de lesões (NML) por cm2 de área
foliar, o tamanho médio de lesão (TML) e a área abaixo da curva do
progresso da mancha marrom (AACPMM). A concentração foliar
de Si aumentou em 90,5% em plantas supridas com esse elemento
em relação ao controle. Além disso, a microanálise de raios-X
revelou ocorrer uma maior deposição de Si nas folhas das plantas
de trigo das duas cultivares supridas com Si. O PI foi prolongado
em 10 h, na presença de Si, possivelmente pelo impedimento
físico à penetração do fungo oriundo da deposição desse elemento
na superfície foliar. Na presença de Si, houve uma redução de
30% no NML, de 58% no TML e de 62% na AACPMM. Houve
correlação positiva entre a concentração foliar de Si com o PI (r
= 0,62) e negativa com a AACPMM e o TML (r = -0,57 e -0,70,
respectivamente). Apoio: FAPEMIG e CNPq.
S 176
EPI-015
Estrutura genética da população de Alternaria solani no Brasil.
Lourenço Jr. V1, Campos AMD1, Bragança CAD1, Rodrigues
TTMS1, Scheuermann KK2, Brommonschenkel SH1, Reis A3,
Maffia LA1, Mizubuti ESG1. 1Depto. de Fitopatologia, Universidade
Federal de Viçosa, MG, Brasil. 2Epagri, Itajaí, SC, Brasil. 3Embrapa
Hortaliças, Brasília, DF, Brasil. E-mail: [email protected].
Genetic structure of the population of Alternaria solani in Brazil.
Os marcadores AFLP e RAPD foram utilizados na análise da estrutura
genética de populações de A. solani em batateira (Ba) e tomateiro
(To). A combinação desses marcadores gerou 123 haplótipos, com
62 locos (92% polimorfismo). Valores de diversidade gênica para
populações associadas com Ba e To foram h=0,35 (S.D. ± 0,18) e
h=0,24 (S.D. ± 0,19 ), respectivamente. A diversidade genotípica
quantificada pelos índices de Shannon (H’) e Stoddart & Taylor’s
G para populações associadas com Ba e To foram: H’ = 1,01 e 1,00;
e G = 0,99 e 0,98, respectivamente. Os valores de theta e Gst foram
0,29 (P=0,001) e 0,18, respectivamente. Entretanto, houve maior
variação genética dentro (70,6%) do que entre (29,4%) populações.
Na análise de agrupamentos, detectaram-se haplótipos associados
com Ba. Pelo índice de associação (IA=7,25, P<0,001), não há
evidências de recombinação . Fluxo gênico está ocorrendo entre
populações (Nm=2) e não houve correlação entre as distâncias
genética e geográfica dos haplótipos (r = -0,084, P=0,86).
A população de AS é clonal com alta variabilidade genética e
haplótipos estão amplamente distribuídos nas regiões produtoras
de Ba e To. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPEMIG.
EPI-016
Severidade da ferrugem asiática da soja em função de boro
e manganês. Reis GF1, Souza PE1, Carvalho EA1, Pinho PJ2,
Carvalho JG2, Pozza EA1. 1Departamento de Fitopatologia,
2
Departamento de Ciências do Solo, UFLA, Lavras, MG, Brasil.
E-mail: [email protected]. Effect of boron and manganese
in the severity of soybean rust.
Plantas de soja, cultivar “MG/BR 46 Conquista’”, foram
cultivadas em solução nutritiva, com 2 doses de B (0,1 e 0,5 mg
L-1) combinadas com 4 doses de Mn (0,08; 0,4; 0,8; 1,2 mg L-1).
A inoculação das plantas com urediniósporos de Phakopsora
pachyrhizi foi realizada no estádio fenológico V3. A severidade
foi avaliada de acordo com a escala de Bromfield (1984), em
folíolos centrais de trifólios do terço médio das plantas, em cinco
avaliações em intervalos semanais, sendo em seguida calculada a
AACPS. Houve interação significativa entre as doses de B e Mn.
Verificou-se que níveis adequados de manganês (0,8 mg L-1), e
boro (0,5 mg L-1), mantiveram a severidade da ferrugem em níveis
mais baixos em relação aos outros tratamentos. Na dose de B de 0,5
mg L-1 (100%) combinada com todas as doses de Mn, a AACPS
foi aproximadamente 29% menor, quando comparada com a dose
de B 0,1 mg L-1 (20%) combinada com as doses de Mn. Assim,
o fornecimento de níveis adequados dos micronutrientes para a
cultura da soja favorece a redução da severidade de Phakopsora
pachyrhizi. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
EPI-017
Eficiência de diferentes tipos e densidades de inóculo na
inoculação de Sclerotium rolfsii em tomateiro. Barbosa RNT,
Halfeld-Vieira BA, Nechet KL, Amorim LC, Souza GR, Youssef
DR. Embrapa Roraima, Boa Vista, RR. E-mail: rosiannethome@
click21.com.br. Efficiency of different kinds and inoculum density
in inoculation of Sclerotium rolfsii in tomato plants.
EPI-019
Soil distribution of Fusarium oxysporum in area used for
banana screening to Panama disease resistance. ������������
Ribeiro LR,
Silva SO, Souza FP, Santos M, Laranjeira FF, Dita MA. EmbrapaCNPMF, Cruz das Almas, Bahia. E-mail: [email protected].
br. Distribuição de Fusarium oxysporum em área de avaliação de
bananeira para a resistência ao mal-do-Panamá
Sclerotium rolfsii é responsável pela ocorrência da murcha-deesclerócio em cerca de 500 espécies vegetais. A infestação do
substrato de cultivo e do solo permite a padronização da metodologia
de inoculação, estabelecendo condições adequadas para a expressão
dos sintomas típicos da doença e reprodutibilidade dos resultados
experimentais. O objetivo do trabalho foi determinar o método
mais adequado para inoculação de Sclerotium rolfsii em tomateiro.
As plantas foram cultivadas em 500 mL de solo. Os tratamentos
foram: 2, 4, 8 e 16 g de arroz colonizado/L-1 de solo; 2, 4, 6 e 8
escleródios ou discos de micélio depositados na superfície do solo.
As avaliações foram feitas 14 dias após a inoculação, quantificandose a incidência em 10 plantas por tratamento e o período de
incubação. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente
por análise de regressão. Não houve incidência da doença nas
infestações com discos de micélio e escleródios. A partir de 8 g
de arroz colonizado.L-1 de solo houve estatisticamente o número
máximo de plantas mortas, aos 14 dias após a inoculação, e menor
período para ocorrência da doença, demonstrando ser a densidade
ideal de inóculo para ensaios experimentais. Apoio CNPq, proc.
470433/2007-8.
The distribution of Fusarium oxysporum (FO) was evaluated in
an area used for banana screening to Panama disease resistance
(F. oxysporum f.sp. cubense - FOC). The severity was assessed
aiming to test the relationship between FO colonies counted in
Komada medium and disease intensity. The FO spatial distribution
was highly variable (Standardized Morisita’s Index – SMI=0.551)
but spatial dependence among the sampled points was not verified
(SADIE and LCORR analyses). Most of the ‘Maçã’ plants (92%)
used as susceptible control, showed different levels of disease
intensity, but no relation with FO distribution was found. In order
to estimate the FOC quantity, 10 colonies from each sampled point
were transferred to PDA medium and compared with a FOC strain
isolated from the same area. Despite of the increment in FOClike colonies variability (SMI =0.625), no significant change in
the spatial pattern was noted. In addition, no relation of FOC-like
colonies and disease intensity was observed. Studies addressed to
develop efficient tools for quantitative detection of FOC from soil,
as well as to determine the minimum FOC inoculum necessary to
cause Panama disease are currently undergoing.
EPI-018
Quantificação da população de Fusarium spp. em área sob
diferentes condições de cultivo de cana-de-açúcar. BagioTZ1,
Silva RZ1, Torres JP2, Moraes DR2, Orsini IP3, 1Aunos de graduação
UENP-FALM; 2Docentes – UENP-FALM; 3Pós-graduação–
UEL. E-mail: [email protected]. Quantification of the
population of Fusarium spp. in area under different conditions of
sugar-cane cultivation.
O Fusarium spp. pode atrapalhar a implantação ou reforma de áreas
canavieiras, pois, interfere na produtividade e vigor das plantas.
Sozinho ou associado com Colletotrichum falcatum provoca a
inversão de sacarose, causando grandes prejuízos para indústria
sucroalcooleira. O trabalho teve como objetivo quantificar a
população de Fusarium spp. em áreas de cana-de-açúcar sob
diferentes condições de cultivo. Foram analisados sete tratamentos:
aplicação de vinhaça e adubação química em cana-planta e soca em
solo argiloso; vinhaça e químico em cana-soca em solo arenoso;
torta de filtro em cana soca em solo argiloso. A amostragem foi de
0-15cm de profundidade próxima da região radicular da touceira,
coletando-se 30 sub-amostras em uma área de três hectares/
tratamento, para a formação de uma compostas. Foi empregada a
técnica da diluição seriada e plaqueamento da diluição 10-3 no meio
de Nash e Schneider específico para Fusarium spp e, posterior
incubação em câmara de crescimento por sete dias. Determinouse o número de colônias por placa. Observou-se maior população
de Fusarium em solo argiloso com aplicação de vinhaça em cana
soca. A quantificação da população mostrou que o uso de vinhaça
favoreceu o aumento do inóculo em solos argilosos.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
EPI-020
Dinâmica do inóculo e do estabelecimento de fuligem e sujeira
de mosca em maçãs no Rio Grande do Sul, Brasil. Spolti P, Del
Ponte EM, Valdebenito-Sanhueza RM, Batzer J, Gleason ML.
Departamento de Fitossanidade, UFRGS, POA - Brasil. E-mail:
[email protected]. Dynamics
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of inoculum and establishment
of sooty blotch and flyspeck on apples at Rio Grande do Sul State,
Brazil.
A disponibilidade de inóculo, o momento do estabelecimento das
infecções e o período de incubação de fuligem e sujeira de mosca
(F&SM) são aspectos desconhecidos nos cultivos de macieira no
Brasil. Para avaliar a disponibilidade de inóculo em pomar de cv.
‘Fuji’ em Vacaria-RS (2007/2008), utilizou-se a metodologia de
janelas de exposição dos frutos, de 14 dias cada, com posterior
avaliação da incidência de F&SM. Para a avaliação da dinâmica de
infecções, coletaram-se frutos em intervalos de 15 dias anotandose a incidência de F&SM no momento da coleta e após 30 dias
de incubação em câmara úmida. Considerou-se como período de
incubação o intervalo entre a detecção das primeiras infecções
e a data da observação dos primeiros sintomas no campo. Os
experimentos foram conduzidos em blocos casualizados com cinco
repetições de 20 frutos. As médias foram comparadas pela DMS
(P<0,05). A maior incidência média de F&SM (65%) foi observada
nos frutos expostos na primeira janela de exposição (primeira
quinzena de dezembro), entretanto, infecções ocorreram também
nos demais períodos de exposição dos frutos (incidência variando
de 20 a 40%). Os primeiros sintomas no campo foram observados
no dia 21 de janeiro de 2008, perfazendo um período de incubação
de 48 dias. Apoio financeiro: CAPES, CNPq, CNPUV.
S 177
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
EPI-021
Metodologia para obtenção de gradiente de doença no
patossistema soja-Phakopsora pachyrhizi. Ferreira TA, Aoki BI,
Schmidt J, Vale FXR. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa
– MG. [email protected]. Methodology to obtain disease
gradient in the patossistem soybean-Phakopsora pachyrhizi.
Para comparação de métodos de quantificação de doença e
obtenção de parâmetros epidemiológicos utilizados em sistemas de
modelagem e previsão, é importante a obtenção de um gradiente de
doença. O objetivo deste trabalho foi obter um gradiente de doença
baseado na fenologia do hospedeiro. Três experimentos foram
conduzidos em Viçosa, utilizando-se as variedades ‘Conquista’ e
‘Vencedora’. Os experimentos foram constituídos de 8 tratamentos
e 4 repetições, em DBC. O gradiente de doença foi obtido por
meio de pulverização com o fungicida tebuconazole aos 30; 60;
90; 30 e 60; 30 e 90; 60 e 90; 30 60 e 90 dias após a emergência
(DAE) e a testemunha sem aplicação. A severidade foi avaliada
semanalmente a partir de 20 DAE, sendo estimada com o auxílio
de escala diagramática e as análises foram conduzidas com auxilio
do programa Statistica 7.0. A taxa de progresso da doença variou
de 0,13 a 0,18; 0,17 a 0,23 e 0,09 a 0,15 para os experimentos
1, 2 e 3 respectivamente. A área abaixo da curva de progresso
diferiu estatisticamente entre tratamentos, sendo menor para os
tratamentos 8 (132.3, 37.9 e 85.8) e maior para testemunha (1732.6,
861.6;1031.9). Assim, conclui-se que o gradiente de severidade de
doença foi obtido com sucesso. Apoio CNPq e FAPEMIG.
EPI-022
Alteração no conteúdo de clorofila em folhas de soja (Glycine
max (L.) MERRIL) infectadas pela ferrugem asiática (agente
causal Phakopsora pachyrhizi SIDOW). Lara M, Azevedo R,
Schmidt J, Vale FXR. Departamento de Fitopatologia, UFV,
Viçosa, MG, Brasil. ��������
E-mail: [email protected]. Alteration
in the chlorophyll content in soybean leaves (Glycine max (L.)
MERRIL) infected by Asian rust (causal agent Phakopsora
pachyrhizi SIDOW).
A ferrugem-asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora
pachyrhizi, reduz os teores de clorofilas totais (TCT) em virtude
da severidade da doença. Assim o objetivo do trabalho foi
correlacionar esses dois fatores e comparar os TCT segundo
os tratamentos. Realizou-se um experimento de campo de
setembro/2007– fevereiro/2008, em Viçosa, MG, com a cultivar
Vencedora. Obtiveram-se os tratamentos via pulverizações com
fungicida tebuconazole em diferentes dias após a emergência (DAE)
e a testemunha, sem aplicação. A obtenção dos TCT obedeceu ao
protocolo de Lichthenthaler, 1987. O delineamento foi em blocos
ao acaso e os TCTs entre os tratamentos foram comparados
pelo teste de Tukey a 5%. Os TCT se correlacionaram de forma
significativa com a severidade (r=0,6 e p<0,05). Os tratamentos
que receberam pelo menos uma pulverização aos 60 dias diferiram
os TCT em relação aos que não receberam neste período, da mesma
forma os tratamentos com duas ou três pulverizações apresentaram
menor severidade e consequentemente maiores TCT. Portanto
TCTs correlacionam-se negativamente com doença. Apoio CNPq
e FAPEMIG.
S 178
EPI-023
Levantamento de Phytophtora spp. em pomares comerciais de
mamoeiro no Extremo Sul da Bahia. Tavares GM, Tocafundo
F, Santos TR, Laranjeira D, Araújo DCS, Luz EDMN. UFRPE.
Recife-Pe, Brasil. e-mail: [email protected]. Phytophtora
spp. survey on commercial orchards of papaya in the south Bahia
State.
O Brasil é maior produtor mundial de mamão. Um dos problemas
que afeta sua produção é a ocorrência da podridão da raiz e do fruto
causada pelo fungo Phytophthora palmivora. Este trabalho teve
como objetivo fazer o levantamento da incidência de Phytophthora
spp. em pomares comerciais de mamoeiro situados no Extremo
Sul da Bahia. Para tanto, foram coletadas amostras de solo em
áreas cultivadas com as variedades Sunrise Solo, Formosa, Golden
e Calimosa, realizou-se o levantamento de 15, 10, 6 e 2 áreas
respectivamente para cada variedade. As amostras de solo foram
coletadas a uma profundidade de 0-20 cm. Para quantificação do
número colônias (CFU) pesou 4 gramas de solo colocou-se em um
Becker 50 ml e adicionou-se 16 ml de ágar-água 0,2% e agitouse por 60 segundos em seguida decantando-se por 30 segundos e
verteu-se uma alíquota em placas de Petri em meio seletivo para
crescimento de Phytophthora. Decorridos 48 horas quantificou-se
o número de colônias. A maior incidência de P. Palmivora foram
encontrados em solos cultivados com as variedades Golden,
Calimosa e Sunrise Solo com 6,7; 6,7 e 6,5 CFU/grama de solo e
o menor valor foi encontrado em áreas cultivadas com a variedade
Formosa 1,9 CFU/grama. Órgão financiador: CNPq.
EPI-024
Curvas de progresso da Cercosporiose do milho (Zea mays L.).
Costa FM, Barreto M, Koshikumo ESM, Ferreira HA, Souza LT.
Departamento de Fitossanidade, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil.
E-mail: [email protected]. Progress
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curves to gray leaf spot
of maize (Zea mays L.).
A Cercosporiose do milho tem sido responsável por reduções
no rendimento de grãos da ordem de 65%. Objetivou-se com
este trabalho avaliar o progresso da Cercosporiose do milho. O
experimento foi conduzido em Jaboticabal, SP no período de Janeiro
a Maio de 2006. A severidade da Cercosporiose foi avaliada em 10
folhas por planta. Um total de 7 avaliações foram realizadas no
ensaio, com intervalos semanais entre elas, obtendo-se a AACPD
da doença em cada folha e ajustadas através de 3 transformações
(monomolecular, logístico e de Gompertz). A AACPD foi
submetida à análise de variância e as médias comparadas pelo teste
de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. A escolha do modelo
que melhor se ajustou aos dados foi feita pela comparação do
coeficiente de determinação (R*2) e a forma da curva da derivada
(dx/dt) em cada folha. A plotagem da proporção de doença em
função do tempo mostrou típico crescimento monomolecular. Isto
se deve ao fato deste modelo ter apresentado o maior coeficiente de
determinação R*2 de 0,994, indicando que a velocidade de aumento
da Cercosporiose do milho causada pelo fungo Cercospora zeae
maydis é proporcional a quantidade de inóculo previamente
existente (X0) e a taxa de infecção (r). Apoio financeiro: CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
EPI-025
Modelos matemáticos ajustados às curvas de progresso
da ferrugem tropical do milho (Zea mays L.), causada por
Physopella zeae. Costa FM, Barreto M, Koshikumo ESM,
Ferreira HA, Almeida FA. Departamento de Fitossanidade,
UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil. E-mail: [email protected].
Mathematical models adjusted the progress curves of tropical rust
of the maize, caused by Physopella zeae.
Physopella zeae, é considerado um fungo altamente agressivo e
destrutivo, podendo causar danos consideráveis à planta se esta
for afetada antes do florescimento. O objetivo deste trabalho
foi acompanhar a evolução da ferrugem tropical e verificar o
modelo matemático que melhor se ajusta aos dados da doença. O
experimento foi realizado no Departamento de Fitossanidade da
FCAV-UNESP, nos meses de Janeiro a Maio de 2006. A evolução
da doença foi acompanhada em 10 plantas/tratamento e 10 folhas/
planta, marcadas e avaliadas de acordo com escala de notas
adaptada de AZEVEDO 1997. O grau de ajuste de cada modelo
para a ferrugem tropical foi baseado no maior valor do coeficiente
de determinação (R*2), obtido pela regressão linear entre os valores
previstos e observados. A observação destes dados permitiu inferir
que a transformação monomolecular foi a que melhor se ajustou
aos dados de progresso da ferrugem tropical, por proporcionar
maior (R*2 = 0,965) em 91,66% dos casos. Este modelo tem sido
recomendado para o ajuste de dados de doenças com período
de incubação variável, como é o caso da ferrugem tropical, cujo
período de incubação é mais dependente da temperatura.
EPI-027
Germinação da soja em diferentes graus de severidade da
ferrugem asiática. Aoki BI, Ferreira TA, Schmidt J, Vale FXR.
Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail
�������
[email protected]. Germination of the soybean in different
degrees of severity of the Asian rust.
A
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ferrugem asiática é uma das principais doenças da cultura
da soja. Plantas severamente infectadas apresentam desfolha
precoce e conseqüente má granação. Objetivou-se estudar o
comportamento da germinação das sementes de soja (Glycine
max), variedade “Vencedora”, sobre diferentes níveis de severidade
da doença (Phakopsora pachyrhizi), em Viçosa-MG. O gradiente
de doença foi obtido por meio da testemunha, sem aplicação e por
pulverização com o fungicida tebuconazole aos 30; 60; 90; 30 e
60; 30 e 90; 60 e 90; 30 60 e 90 dias após a emergência (DAE),
caracterizando os tratamentos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 respectivamente,
com 4 repetições, delineadas em blocos casualizados. As amostras
consistiram em 20 sementes por parcela alocadas em gerbox,
com papel umedecido e observada a emissão da radícula após 4
dias. As médias de germinação dos tratamentos 1; 2; 3 ;4; 6 não
diferiram estatisticamente pelo teste Tukey a 5% de probabilidade.
O tratamento 7 apresentou maior média de germinação mas não
diferiu do 5 e do 8. Concluiu-se que a ferrugem asiática é uma
das responsáveis pela redução na germinação das sementes de
soja e que o controle aos 60 dias, pode ser um período crítico para
qualidade da semente. Apoio CNPq e FAPEMIG.
EPI-026
Desenvolvimento da ferrugem asiática da soja em três épocas
de semeadura, em Dourados, MS, safra 2007/08. Bacchi LMA,
Michels GS, Reis HF, Gavassoni WL. Faculdade de Ciências
Agrárias, UFGD, Dourados, MS, Brasil. E-mail:
�������� lbacchi@ufgd.
edu.br. Soybean rust development in three sowing times, in
Dourados, MS, in 2007/08.
EPI-028
Sensibilidade de isolados de Cercospora coffeicola a tebuconazol.
Chaves E, Martins RB, Antunes RF, Aziz PF, Silva MG, Mizubuti
ESG, Maffia LA. Depto. de Fitopatologia, UFV, 36570-000, Viçosa,
MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Sensitivity of Cercospora
coffeicola isolates to tebuconazole.
A ferrugem asiática da soja está entre as mais importantes doenças
ocorrendo sobre a cultura atualmente. O controle químico tem
sido o principal método de controle utilizado para essa doença,
com resultados satisfatórios. Conhecimentos sobre epidemiologia
da doença são importantes na decisão de aplicação e época de
pulverização de fungicidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o
desenvolvimento da doença em diferentes épocas de semeadura, em
Dourados, Mato Grosso do Sul. O trabalho foi realizado na Fazenda
Experimental de Ciências Agrárias/UFGD. Foram instaladas
parcelas com a cultura da soja (cultivares BRS133 e BRS245)
em 30/10, 23/11 e 18/12/2007. As culturas foram monitoradas,
periodicamente, até o aparecimento das primeiras pústulas em
16/01/2008. Após a detecção da doença, amostras de plantas de
cada parcela foram avaliadas quanto a porcentagem de folíolos
infectados e severidade da doença. Foram traçadas curvas de
progresso da doença para cada época e cultivar. Confirmando o que
foi observado em anos anteriores, as velocidades iniciais e médias
da doença foram maiores para a primeira época de semeadura,
porém a área sob a curva foi maior para a terceira época. Projeto
financiado pela Fundect/MS.
Considerando-se a importância crescente da mancha de olho
pardo do cafeeiro (causada por Cercospora coffeicola), também
é crescente o uso de fungicidas, principalmente sistêmicos,
na cultura. Porém, há carência de estudos para avaliar o efeito
desses fungicidas na população do patógeno. Portanto, avaliouse a sensibilidade de 90 isolados monospóricos de C. coffeicola,
oriundos de cafezais orgânicos e convencionais, de três regiões
produtoras de Minas Gerais, a tebuconazol. Obtiveram-se os
isolados por amostragem hierárquica, que considerou os níveis: 1.
regiões (Triângulo, Sul e Mata) e 2. sistemas de cultivo (orgânico
e convencional). Cultivou-se cada isolado em BDA com sete
concentrações do fungicida, que variaram entre 0 e 100 µg do i.a./
mL. Após 7 dias, mediu-se o diâmetro das colônias e estimou-se a
CE50. O valor de CE50 entre isolados variou de 0,39 a 3,54 µg/L.
Não houve diferença entre sistemas de cultivo dentro de região,
nem entre regiões quanto aos valores de CE50. A maior variação de
sensibilidade a tebuconazol ocorreu entre os isolados. Porém, não
houve evidência de ocorrer diferença de sensibilidade ao fungicida
entre os isolados, considerando-se os níveis estudados. Apoio
financeiro:CNPq, FAPEMIG.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
S 179
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
EPI-029
Liberação de ascósporos de Microcyclus ulei, agente causal
do Mal-das-Folhas da Seringueira (Hevea brasiliensis), in
vitro. Honorato Júnior J, Maffia LA, Mizubuti ESG, Mattos CRR,
Cardoso SE. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG,
Brasil. E-mail:
����������������������������������
[email protected]. In vitro ascospores
release of Microcyclus ulei, causal agent of the South American
Leaf Blight of Rubber Tree (Hevea brasiliensis).
O Mal-das-Folhas, causado por Microcyclus ulei, é a doença
mais importante da seringueira no Brasil. Porém, desconhecemse aspectos básicos importantes da doença, principalmente quanto
à liberação de ascósporos. Objetivou-se estabelecer metodologia
para obter a liberação de ascósporos in vitro. De plantas dos clones
FX 3864 e RO 38, retiraram-se folíolos naturalmente infectados,
do terceiro ao sexto lançamentos foliares maduros a partir do
ápice. Secções dos folíolos com estromas foram lavadas em água
corrente e em hipoclorito de sódio a 5%, enxaguadas com água
destilada e fixadas na parte interna de tampas de placas de Petri
com os estromas voltados para lâminas de vidro com camada
de ágar, dentro das placas. Colocaram-se as placas fechadas em
refrigerador a 5° C e, após 1,5 h, efetuou-se choque térmico de
30 ou 50 °C. Após 10 min, contaram-se os ascósporos liberados.
Independente dos clones e das temperaturas, obtiveram-se maiores
quantidades de ascósporos a partir dos estromas de folíolos do
sexto lançamento foliar, com idade aproximada de 270 dias (1700
ascósporos em uma das lâminas a partir de estromas em folíolos de
RO 38 a 50 oC). Na segunda repetição do experimento, obteve-se a
mesma tendência. Apoio Financeiro: FAPEMIG, MICHELIN.
EPI-030
Gradientes de dispersão de Botrytis cinerea e de Clonostachys
rosea em cultivo de morango. Cota LV, Maffia LA, Mizubuti
ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil.
E-mail: [email protected]. Dispersal gradients of Botrytis cinerea
and Clonostachys rosea in a strawberry crop.
Em vista da importância do mofo cinzento do morangueiro, causado
por Botrytis cinerea (Bc), definiu-se que o biocontrole da doença
por Clonostachys rosea (Cr) é componente importante no manejo
da doença. Em condições de campo, estudaram-se os gradientes de
dispersão de ambos os fungos, a partir de grãos de trigo colonizados
por Cr e moídos e de frutos e hastes de morangueiros doentes e
com esporulação de Bc. Em cada experimento, depositou-se a
fonte no centro de parcelas (10 e 20m de comprimento para Cr e
Bc, respectivamente) e, semanalmente, amostrou-se a cada 30cm
de distânca da fonte. Quantificou-se a área foliar colonizada por
Cr, cujas distâncias máximas alcançadas foram 45 e 105cm, nos
sentidos contrário e do vento, respectivamente. Para Bc, avaliou-se
o número médio de conidióforos (NMC) e a incidência da doença
em flores (IFlor) e frutos (IFruto). Em todas as avaliações, maiores
valores de NMC, IFlor e IFruto ocorreram próximo à fonte. Na
última avaliação (104 dias do plantio), detectaram-se folhas,
flores e frutos doentes até 975cm da fonte. Houve tendência de
achatamento do gradiente em flores e frutos, mas não em folhas. Não
houve efeito pronunciado do vento na dispersão de Bc. Os restos de
cultura foram importantes para as epidemias do mofo cinzento do
morangueiro e Cr teve baixa capacidade de dispersão em cultivos
de morangueiro. Apoio financeiro: CNPq e FAPEMIG.
S 180
EPI-031
Viabilidade de urediniósporos de Phakopsora pachyrhizi na
ausência do hospedeiro. ��������������������������������������
Costa AA, Beledelli D, Cassetari Neto
D. FAMEV/UFMT, Cuiabá, MT. ��������
E-mail: danisgobbo@yahoo.
com.br. Viability of urediniospores of Phakopsora pachyrhizi in
the absence of the host.
Para avaliar a viabilidade de Phakopsora pachyrhizi no período de
11 semanas, instalou-se um ensaio no laboratório de fitopatologia e
na casa de vegetação. O inóculo seco inicial foi coletado de folhas
de soja e armazenado em geladeira. Adicionou-se água destilada e
Tween 20, calibrando-se a suspensão em câmara de Neubauer para
3,2 x 104 mg/ml. Os experimentos foram: 1) germinação em água a
25°C, observando-se após 24 horas. 2) germinação em agar 2%, a
25°C e avaliadas após 48 horas. 3) infectividade em casa de vegetação,
com inoculação em R3, e avaliadas a cada 7 dias, durante três semanas.
No laboratório, foi utilizado o Delineamento Inteiramente Casualizado
com 11 tratamentos (11 semanas) e 4 repetições e 3 placas de Petri
por repetição. Na Casa de Vegetação foi distribuído em Blocos ao
Acaso, com 11 tratamentos e 4 blocos, 5 vasos com 6 plantas cada.
Análise pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade. No teste1 foi
avaliado o potencial de germinação dos esporos e os tratamentos não
diferem entre si estatisticamente. No teste 2 verificou-se o potencial de
germinação e de desenvolvimento dos esporos e os tratamentos 2 e 3
apresentaram maior número de esporos germinados e o tratamento 11
o menor número. A infecção em casa de vegetação foi leve (até 10%
da área foliar). Os esporos, após 11 semanas de armazenamento, são
capazes de germinar em condições de laboratório e causar infecção
leve em casa de vegetação.
EPI-032
Impacto da cobertura plástica na intensidade do oídio da
videira. Batista DC, Terao D, Batista FS, Barbosa MAG, Moura
MSB. Embrapa Semi-Árido, Petrolina, PE, Brasil. ������������
E-mail: dio.
[email protected]. Impact of plastic cover on the intensity
of the grape powdery mildew.
O uso da cobertura plástica (CP) em pomares de uva tem sido
uma prática adotada por alguns produtores dos municípios de
Juazeiro-BA e Petrolina-PE. Visando quantificar a influência dessa
prática na intensidade de doenças, realizou-se durante o período de
21/09 a 1/11/2007 um experimento com uva apirênica, c.v. Festival.
O experimento consistiu de 4 tratamentos: T1- latada sem CP; T2com CP localizada a 0,8 m acima do dossel; T3- com CP localizada
a 1,0 m acima do dossel; Trat.4- com CP localizada a 1,2 m acima do
dossel. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com
4 repetições. As parcelas foram compostas por 15 plantas dispostas
em 3 fileiras, com 5 plantas/fileira. As três plantas, mais internas,
localizadas na fileira central constituíram a área útil para amostragem.
A severidade da doença foi estimada e a área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD) calculada. Observou-se apenas a
ocorrência de oídio, o qual teve progresso menor nos tratamentos
que receberam CP. Nesses tratamentos as severidades foram sempre
menores quando comparado ao da testemunha (T1) sem CP, mantendo
as severidades finais (Y100) em 4,87 % (T2), 0,96 % (T3) e 1,07%
(T4), confrontando com a severidade final da testemunha (16,14%).
Ao comparar a AACPD entre tratamentos, não houve diferença
significativa entre os tratamentos com CP, no entanto esses tratamentos
diferiram significativamente (P= 0,0001) do tratamento sem CP. O uso
da CP auxiliou na redução da severidade do oídio, podendo melhorar
o manejo da doença e inclusive reduzir o uso de fungicidas pela menor
freqüência de pulverização, devido a menor intensidade da doença.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
EPI-033
Progresso do míldio em cultivares de alface do grupo crespa,
americana, lisa e mimosa. Mesquita PG, Café Filho AC.
Departamento de Fitopatologia, UnB, Brasília, DF, Brasil. ��
Email: [email protected]. Progress of downy mildew in lettuce
cultivars.
EPI-035
Análise do progresso temporal da ferrugem asiática da soja
sob controle alternativo. Mesquini RM, Schwan-Estrada KRF,
Vieira RA, Nascimento JF. Universidade Estadual de Maringá,
PR. ����������������������������������������������������������
Email: [email protected]. Temporal progress analysis of
Asian soybean rust under alternative control.
O progresso do míldio (Bremia lactucae) em alface (Lactuca
sativa) foi observado em dez cultivares dos grupos: americana,
crespa, lisa e mimosa. O experimento foi conduzido em bandejas de
poliestireno expandido de 128 células combinadas duas a duas de
forma a se obter um conjunto de 256 células por cultivar de alface,
com duas repetições. Aos 21 dias após o plantio (DAP) foi feita
a substituição, na célula central do conjunto de bandejas, de uma
muda sadia por uma muda da mesma idade da cultivar susceptível
Tainá infectada e apresentando esporulação do patógeno, que serviu
como foco de inóculo inicial para o estudo epidemiológico. Dos 26
aos 34 DAP foram observados os sintomas do míldio nas mudas de
forma agrupada no centro das bandejas (padrão espacial agregado),
próximas ao inóculo inicial, com quase nenhuma ocorrência nas
bordas. Os grupos de alface crespa (cvs. Red Frizzly Nº 2, Green
Frizzly, Verônica, Vera, repolhuda Laurel e Grand Rapids TBR),
lisa (cv. Elisa) e americana (cv. Tainá) não apresentaram diferença
significativa com relação à susceptibilidade ao míldio, todas
apresentaram altos índices de plantas contaminadas, com grande
taxa de dispersão espacial do patógeno nas bandejas. O grupo
mimosa (cvs. Oak Leaf Green Pixie e Oak Leaf Red Pixie) não
apresentou nenhum sinal da presença do patógeno em nenhuma das
repetições, mostrando-se assim, ser altamente resistente às raças do
míldio presentes no Distrito Federal.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o progresso de ferrugem asiática
sob tratamentos alternativos. Os tratamentos foram: Fungicidacontrole (1), Óleo essencial de eucalipto (2), Biomassa cítrica (3),
Grãos de kefir (4), Extrato bruto de eucalipto (5) e testemunha
(6). O ensaio foi conduzido em blocos ao acaso, com 4 repetições.
Cinco avaliações de severidade foram realizadas em intervalos de
5 dias e usadas para calcular a AACPD. Os valores de AACPD
foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste de
Scott-Knott (P ≤ 0.05). Os agrupamentos formados pelo teste foram
considerados como padrões de progresso da doença, os modelos
monomolecular, logístico e Gompertz foram ajustados à curva de
progresso da doença a cada um desses padrões. O modelo de melhor
ajuste foi escolhido por meio do coeficiente de determinação dos
dados não-linearizados (R*²) e pela aleatoriedade dos resíduos
plotados pelo tempo. Pela AACPD distinguiu-se três padrões
de progresso da doença. No padrão I, constituído do tratamento
1, a severidade final foi de 3%. Para o padrão II, composto dos
tratamentos 3 e 4, a severidade final foi de 17% e para o padrão
III, tratamentos 2, 5 e 6, a severidade final foi de 40%. Para os três
padrões, o modelo logístico foi mais apropriado para descrever o
progresso da doença, apresentando R*² de 0.81, 0.84 e 0.81 para os
padrões I, II e III, respectivamente.
EPI-034
Efeito do progresso temporal do míldio em cultivares de alface
em turnos de rega diferentes. Mesquita PG, Café Filho AC.
Depto. de Fitopatologia, UnB, Brasília, DF. ����������������
E-mail: paulogm@
gmail.com. Effect of downy mildew temporal progress on lettuce
varieties using different shifts of irrigation.
EPI-036
Firmeza de polpa e teor de sólidos solúveis totais na incidência e
severidade de Monilinia fructicola em frutos de pêssegos. Kulka
VP, May-De-Mio LL. UFPR, Curitiba, PR. ��������
E-mail: vaniaportes@
hotmail.com. Flesh firmness and soluble solids content in the
incidence and severity of Monilinia fructicola in peach fruit.
O progresso do míldio (Bremia lactucae) em alface (Lactuca
sativa) usando dois turnos de rega foi observado em dez cultivares
dos grupos: americana (cv. Tainá), crespa (cvs. Red Frizzly Nº 2,
Green Frizzly, Verônica, Vera, repolhuda Laurel e Grand Rapids
TBR), lisa (cv. Elisa) e mimosa (cvs. Oak Leaf Green Pixie e Oak
Leaf Red Pixie). O experimento foi conduzido em bandejas de
poliestireno expandido de 128 células combinadas duas a duas de
forma a se obter um conjunto de 256 células para cada cultivar de
alface. Procederam-se irrigações diárias das mudas, por aspersão,
no início da manhã e no início da noite. Aos 21 dias após o plantio
(DAP) foi feita a substituição, na célula central do conjunto de
bandejas, de uma muda sadia por uma muda infectada da mesma
idade e apresentando esporulação, que serviu como foco de inóculo
inicial. A partir do 26º DAP foram observados sintomas do míldio
nos dois tratamentos. Os grupos de alface crespa, lisa e americana
apresentaram diferenças com relação à susceptibilidade ao míldio.
Quando observados os diferentes turnos de rega, quase todas cvs.
revelaram altos índices de plantas contaminadas no tratamento com
irrigação noturna, enquanto que na irrigação diurna, a ocorrência
do míldio foi baixa ou quase nula. O grupo mimosa não apresentou
nenhum sinal da presença do patógeno em nenhum dos turnos de
rega, mostrando-se altamente resistente ao míldio.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da firmeza de
polpa (FP) e do teor de sólidos solúveis totais (SST) de frutos em
ponto de colheita, na incidência e severidade de podridão parda.
Frutos das cultivares Aurora I e Premier foram desinfectados
superficialmente em álcool 70% e hipoclorito de sódio 2%. Em
uma amostra de 60 frutos determinou-se a FP e o teor de SST de
cada fruto/cultivar. Os mesmos foram inoculados no lado oposto
com uma suspensão de conídios de M. fructicola a 106 conídios/ml
(100μL) e incubados a 25o C, em câmara úmida. Determinou-se
a incidência e a severidade da doença (diâmetro da lesão) até o
quarto dia após inoculação. Os valores de FP variaram de 0 a 5 e
2,5 a 6,9 e os teores de SST variaram de 5,9 a 9,6 e de 7,6 a 10,5,
para Premier e Aurora I, respectivamente. Não houve correlação
significativa entre FP e o teor de SST para as duas cultivares. Para
cv. Premier a incidência e severidade foram maiores em frutos da
faixa de menor FP (sem resistência ao penetrômetro) e com maior
teor de SST (valores de 8,6 a 9,6), mas sem diferenças estatísticas,
indicando que estas variáveis não interferiram no desenvolvimento
da doença. Para Premier observou-se ainda baixa correlação entre
severidade com FP (r=-0,39) e com teor de SST (r=0,29). Para cv.
Aurora não houve correlação com nenhum parâmetro avaliado.
Apoio Financeiro: CNPq.
Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008
S 181
XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia
EPI-037
Dinâmica populacional de Fusarium solani f. sp. phaseoli
em solo cultivado com leguminosas e gramíneas. Lima RC,
Lehner MS, Prado AL, Teixeira H, Paula Júnior TJ, Vieira RF.
Epamig-CTZM, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: hudsont@epamig.
br. Population dynamic of Fusarium solani f. sp. phaseoli in soil
cultivated with legumes and cereals.
Em Minas Gerais, o cultivo do feijão é prejudicado pela ocorrência
da podridão-radicular-seca (Fusarium solani f. sp. phaseoli).
Espécies de leguminosas comumente utilizadas como adubo verde
podem ser infectadas pelo patógeno, o que pode contribuir para
aumentar o inóculo no solo. Estudou-se a dinâmica do patógeno,
avaliando-se mensalmente a severidade da doença em leguminosas
e gramíneas e a flutuação populacional do patógeno no solo durante
11 meses, visando estabelecer estratégias viáveis de manejo da
doença. Em experimento de campo, realizado em área com histórico
de incidência de podridão-radicular-seca em feijão, em OratóriosMG, foram testados os seguintes tratamentos em mini-parcelas: 1.
solo capinado; 2. feijão (cv. Pérola); 3. guandu; 4. crotalária; 5.
feijão-de-porco; 6. milho; 7. braquiária; e 8. milheto. As densidades
populacionais do fungo foram mais altas nas parcelas cultivadas
com leguminosas, especialmente com feijão. Nos tratamentos com
as gramíneas e com solo capinado houve redução acentuada do
fungo. Conclui-se que o plantio de feijão e de outras leguminosas
contribui para manter ou aumentar o inóculo do patógeno no solo.
Por outro lado, a manutenção do solo capinado ou o cultivo de
gramíneas são estratégias que podem ser recomendadas em áreas
infestadas por F. solani f. sp. phaseoli. Apoio Financeiro: CNPq e
FAPEMIG.
EPI-039
Ervas daninhas como hospedeiras alternativas de patógenos
causadores do colapso do meloeiro. Sales Júnior R, Michereff SJ,
Oliveira OF, Silva KJP, Guimarães IM. UFERSA, Fitossanidade,
Mossoró, RN. E-mail: [email protected]. Weeds as alternative
hosts of melon collapse pathogens.
O colapso das ramas é uma importante doença do meloeiro
(Cucumis melo) no Brasil e no mundo. Pouco se conhece sobre
a importância das ervas daninhas como hospedeiras alternativas
dos patógenos causadores dessa doença, motivo pelo qual foram
efetuadas coletas das principais ervas daninhas prevalentes em
quatro áreas de produção de melão do Nordeste brasileiro no
período de entre safra, sendo efetuado o isolamento dos fungos
associados aos sistemas radiculares. Foram coletadas ervas
daninhas pertencentes a 16 espécies e 11 famílias botânicas. Dentre
os fungos causadores de colapso em meloeiro, foram isolados
nas raízes das ervas daninhas M. phaseolina e R. solani, sendo
o primeiro registrado em todas as áreas e isolado de 13 espécies
pertencentes a 10 famílias botânicas, sendo estas: Amaranthaceae,
Convolvulaceae, Cyperaceae, Gramineae, Leguminoseae,
Malvaceae, Molluginaceae, Portulacaceae, Rubiaceae e
Sterculiaceae, enquanto o segundo foi detectado apenas em uma
espécie botânica da família Leguminoseae e uma área de cultivo.
Portanto, o controle das ervas daninhas na entre safra é essencial
para o sucesso no manejo do declínio de ramas do meloeiro quando
M. phaseolina predomina entre os agentes causais.
EPI-038
Progresso temporal da ferrugem do pessegueiro após mudança
para manejo em Produção Integrada. Kowata LS, May-De Mio
LL. UFPR, Curitiba, PR, Brasil. ��������
E-mail: [email protected].
Temporal progress of peach leaf rust after adhesion of integrated
production management.
EPI-040
Epidemiologia da cercosporiose em milho no município de
Capão Bonito. Koshikumo ÉSM1, Fantin GM2, Barreto M3.
1
UFLA-DFP; 2Instituto Biológico de Campinas; 3Departamento
de Fitossanidade. UNESP. E-mail: [email protected].
Epidemiology of cercospora leaf spot on maize in Capão Bonito
city.
A ferrugem do pessegueiro (Tranzchelia discolor) ocasiona a
desfolha precoce, reduzindo a produtividade sem controle da
doença, o que é comum na região da Lapa-PR. O trabalho comparou
a incidência e severidade da doença em safras consecutivas
(2006/07 e 2007/08) na cultivar Chimarrita (Pessegueiro) e
Bruna (Nectarineira), as quais foram manejadas sob produção
convencional (PC), com controle da doença até dezembro, em
2006/07 e produção integrada (PI) com controle até fevereiro, em
2007/08. Na PC foram utilizadas pulverizações com macozebe e
captana e na PI recomendou-se tebuconazole, após detecção da
incidência em 1% das folhas. Em ambos os anos o inóculo estava
disponível e o clima foi favorável e semelhante entre os anos.
Quantificou-se a incidência em 200 folhas e a severidade em 20
folhas/parcela de até 1 ha. Na Chimarrita a incidência chegou a
100% (março) em ambos sistemas, entretanto em janeiro a PI tinha
30% de fol

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