PDF - Concurso UIA 2020 Rio

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ANEXO I. TERMO DE REFERÊNCIA
Introdução
Este Termo de Referência é parte integrante do Edital do concurso nacional de projeto designado Concurso UIA 2020 RIO, devendo os participantes apresentar propostas de criação
do material visual necessário à realização do evento assim constituindo sua identidade visual
– peças de divulgação e sinalização, papelaria, material para arquitetos participantes e convidados, site, entre outros, – conforme indicado neste edital, que tem por objetivo apresentar aos participantes do certame informações sobre as quais deverão desenvolver seus estudos bem como servir de base à análise dessas propostas pelos jurados e a contratação do
projeto selecionado.
1
Sumário
2
1.
1.1
1.2
1.3
1.4
Apresentação
O Instituto de Arquitetos do Brasil/ IAB
A Union Internationale des Architectes/ UIA
Os Congressos Mundiais de Arquitetos
O 27º Congresso Mundial de Arquitetos | UIA 2020 RIO
2.
2.1
2.2
O Rio e o UIA 2020 RIO
A condição da cidade
O tema do congresso
3.
O Rio e o tema do UIA 2020 RIO
4.
4.1
4.2
4.3
4.4
4.5
Sobre a identidade visual do UIA 2020 RIO
O idioma oficial
Caracterização da Identidade Visual
Conceitos de interesse à definição da linha de criação
Critérios de projeto
Material previsto para ser produzido como parte da identidade do UIA 2020 RIO
5.
Programação das pranchas
Este concurso tem por finalidade selecionar a proposta mais adequada para configurar a identidade visual do 27º Congresso Mundial de Arquitetos | UIA 2020 RIO, em organização pelo
Instituto de Arquitetos do Brasil, entre as propostas a serem apresentadas por arquitetos e
designers.
1.
Apresentação
1. 1
O Instituto de Arquitetos do Brasil/ IAB
Formados na histórica Escola Nacional de Belas Artes – um de seus fundadores era Grandjean
de Montigny –, os arquitetos, desde as transformações urbanas ocorridas no Rio pelo início do
Século XX, se organizaram para discutir as questões relativas à cidade e à atividade profissional. Um Instituto Brasileiro de Architectura seria criado, em 1921, e logo a inquietação trazida
pelo movimento modernista provocaria uma divisão entre seus membros. Mas a classe voltaria a se unir e, em 1925, surgiria o Instituto Central de Arquitetos, que na década seguinte passaria a IAB/ Instituto de Arquitetos do Brasil.
Ao longo do Século XX, o instituto veria a arquitetura moderna se firmar um símbolo da cultura
brasileira e se organizaria em estrutura federativa, ganhando um conselho superior formado
por representantes de todos os departamentos estaduais. Seria um espaço para a discussão
dos temas de habitação e reforma urbana. E defenderia sempre que projetos de significado
fossem escolhidos através de concursos públicos abertos a todos os arquitetos, sendo chamado a organiza-los, destacando-se, entre esses, o concurso para a escolha do plano de Brasília.
O IAB é entidade-mãe das quatro entidades nacionais reunindo arquitetos e urbanistas brasileiros, a Federação Nacional de Arquitetos FNA [sindical], a Associação Brasileira de Escritórios
de Arquitetura AsBEA, a Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas ABAP e a Associação
Brasileira de Ensino de Arquitetura ABEA.
A luta por um conselho próprio para regular e fiscalizar o exercício da profissão seria vitoriosa,
em 2010, com a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil/ CAU BR, autarquia
federal também estruturada em toda a federação.
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Com instituições que abrangem todo o seu espectro de necessidades culturais, regulatórias e
sindicais, o quadro de profissionais de arquitetura atuando no Brasil tem, no momento, mais
de 130 mil arquitetos registrados. O número de cursos de arquitetura já ultrapassa 400 cursos,
com cerca de 49.000 estudantes.
Esse universo profissional e em formação vive um momento de importantes expectativas frente às céleres mudanças pelas quais passa o país e o mundo, e quando da realização do 27º
Congresso Mundial de Arquitetos, em 2020, estará vivendo o centésimo ano de fundação do
IAB e a primeira década do CAU.
E nesse contexto a realização do congresso pode representar um elemento catalisador de esforços e de reflexão, devendo os próximos anos ser dedicados a uma ampla mobilização de
arquitetos e estudantes com tal propósito.
1.2
A União Internacional de Arquitetos/ UIA
Essa entidade é uma federação mundial de organizações nacional de arquitetos, tendo por finalidade unir, sem nenhuma forma de diferenciação, os arquitetos de todos os países do mundo.
Foi fundada em 1948 em Lausanne, Suíça, contando então com representantes de 27 países.
Esse efetivo foi hoje ampliado para 124 organizações profissionais de países e territórios e
através dessas, atinge mais de um milhão e trezentos mil arquitetos em todo o mundo.
O IAB é membro fundador da UIA.
1.3
Os Congressos Mundiais de Arquitetos
Tendo lugar a cada três anos, os congressos organizados pela UIA somam hoje vinte cinco encontros, sempre com alguns milhares de participantes, e atuam como um espaço de trocas
profissionais e culturais entre os arquitetos de todos os países do mundo.
Esses eventos são organizados, em cada país, pela Seção Membro local, que deve submeter à
assembleia geral da UIA sua candidatura, seis anos antes do congresso ocorrer.
Os encontros são sempre planejados em torno de um tema que domina os trabalhos, sendo
chamadas personalidades destacadas da arquitetura, do planejamento, do paisagismo e da
construção, para apresenta-lo em diferentes abordagens e meios, contando, entre outros,
palestras, debates, exposições, projeções, reuniões de comissões.
Acompanhando as atividades centrais do encontro, têm lugar eventos sociais e culturais, e
visitas a obras de arquitetura e sítios de interesse na cidade-sede, fazendo desses congressos
um momento de encontro profissional e confraternização para arquitetos e estudantes de
arquitetura, cuja participação é incentivada.
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O primeiro congresso teve lugar em Lausanne, logo após a criação da UIA. O evento mais recente
aconteceu em Durban, na África do Sul, em 2014, onde foi discutida uma ‘Outra Arquitetura’, e o
próximo será em Seul, Coréia, em 2017, quando os arquitetos discutirão ‘A Alma da Cidade’.
Em tempos recentes, receberam esses eventos Tóquio, Turim, Istambul, Berlim, Barcelona, Chicago enquanto na América Latina, tiveram lugar em Havana, 1963, Buenos Aires, 1969, e Cidade
do México, 1978, e assim ficaram ausentes desse continente por mais de quatro décadas1.
1 No site da UIA, é possível conhecer mais detalhes sobre esses eventos, incluindo a identidade visual
dos mais recentes – ver http://www.uia.archi/fr/s-informer/congres/tous-les-congres#.Vm4Ee0orJD8.
Além dos aspectos positivos para a cidade-sede, a oportunidade de a América Latina sediar o
Congresso Mundial da UIA outra vez mais certamente reforçará os vínculos dos arquitetos do
continente e suas entidades com a UIA.
1.4
O 27º Congresso Mundial de Arquitetos | UIA 2020 RIO
O processo para a escolha da cidade-sede do UIA 2020 RIO teve início, ao final de 2013, quando a UIA recebeu, em Paris, as propostas das cidades interessadas em receber tal evento.
A participação do Rio na disputa foi uma decisão do IAB, considerando, além do interesse para
os profissionais e estudantes brasileiros e sul americanos, a certeza de reunir a cidade as melhores condições para receber esse grande evento e ter muito a oferecer ao universo dos arquitetos.
A proposta encaminhada conceituava o tema para embasar o encontro e destacava as qualidades da cidade, aspectos culturais, de lazer e, sobretudo seu acervo urbanístico, arquitetônico e paisagístico. Esse trabalho foi fruto do esforço e determinação da comissão diretora do
IAB, contando com o apoio da empresa GAP Congressos.
Nessa etapa, visando marcar a proposta carioca quando da avaliação pela UIA, foi elaborado o
logotipo (da candidatura) UIA 2020 RIO, usado também neste documento.
Selecionadas em primeira avaliação as cidades de Paris, Melbourne e Rio de Janeiro, a decisão
final teve lugar em 2014, durante o 25º congresso, que teve lugar em Durban, na África do Sul.
Já com a participação efetiva da Prefeitura do Rio e do Governo RJ, a proposta do IAB seria
finalmente escolhida, definição recebida com muita simpatia por arquitetos de várias partes
do mundo ali presentes.
A oportunidade trazer o Congresso Mundial da UIA para a América Latina, depois de 42 anos, é
motivo de júbilo para os arquitetos. Em sintonia com esse esforço, o IAB recebeu o apoio de
todas as entidades nacionais e internacionais voltadas para a atuação e formação do arquiteto:
.Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil/ CAU/BR,
.Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro/ CAU/RJ
.Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas / FNA
.Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas/ ABAP,
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.Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo/ ABEA
.Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura/ AsBEA,
.Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo/ ANPARQ
.Federação Pan-Americana de Arquitetos/ FPPA,
.Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa/ CIALP
Contou também com o apoio do ex-presidente da UIA, arquiteto Jaime Lerner, e das lideranças
mais expressivas da categoria, ex-presidentes da entidade e antigos e atuais Conselheiros da
UIA, em representação dos arquitetos do continente americano.
A participação do Rio na escolha da cidade-sede do UIA 2020 RIO também recebeu o apoio
da EMBRATUR/ Instituto Brasileiro de Turismo e do Rio Convention & Visitors Bureau.
Foi indicado que, com o grande desenvolvimento de empresas industriais e de serviços ligados
à arquitetura e à construção no país, certamente haverá interesse em recepcionar os arquitetos visitantes bem como participar dos eventos paralelos à realização do Congresso.
O tema do congresso foi definido
Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21.
Programação do Congresso
O cronograma aprovado pela assembleia geral da UIA como base para a organização do congresso no Rio de Janeiro prevê a programação concentrada em uma semana – de domingo a
domingo -- do mês de julho de 2020, período de verão no Hemisfério Norte e inverno na nossa
metade da terra --, como segue:
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.19 de julho de 2020
Reunião do Conselho e recepção de Boas Vindas
.20 de julho de 2020
Congresso, Cerimônia de Abertura
.21 de julho de 2020
Congresso
.22 de julho de 2020
Congresso
.23 de julho de 2020
Congresso, Cerimônia de Encerramento e Assembleia [*]
.24 de julho de 2020
Assembleia
.25 de julho de 2020
Assembleia
.26 de julho de 2020
Assembleia e Reunião do Conselho
entrega do evento para a próxima cidade-sede[*]
2.
O Rio e o UIA 2020 RIO
Serão a seguir apresentados trechos da proposta encaminhada à apreciação da assembleia
geral da UIA, em novembro de 2013, considerados de interesse para este concurso.
2.1
A condição da cidade
Em incessante processo de urbanização, o Brasil tem hoje 85% de seus 200 milhões de habitantes vivendo em duas megacidades, Rio e São Paulo, em vinte metrópoles e em mais de cinco mil cidades.
O município do Rio ocupa uma superfície de 1.171 km2, onde vivem 7 milhões de pessoas e a
área urbana se estende por 20 outros municípios, configurando uma cidade-metropolitana
cuja população atinge 12 milhões de habitantes.
Formam o Rio e esse conjunto de cidades um quadro urbano rico e complexo, cheio de contrastes, de possibilidades, de desigualdades e de acertos, também representativo de cidades
do continente americano.
Fundada em 1565, pelos portugueses, foi o grande porto colonial do Atlântico Sul e sucessivamente capital do Brasil Colônia, do Reino Unido Portugal-Brasil-Algarves, do Império do Brasil, da
República dos Estados Unidos do Brasil, até o governo federal se transferir para Brasília.
A história do Brasil é testemunhada na cidade em um patrimônio arquitetônico que corresponde, com alta qualidade, a todos os seus períodos relevantes, desde a Colônia até a contemporaneidade.
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Patrimônio da Humanidade como Paisagem Cultural Urbana
O Rio recebeu da UNESCO, em 2012, o título de ‘Cidade Patrimônio da Humanidade como Paisagem Cultural Urbana’, categoria que pela primeira vez consagrou um conjunto urbano na
escala de uma grande cidade. Avaliou-se o modo peculiar e criativo em que o carioca soube
produzir uma metrópole em sinergia com os elementos naturais. A paisagem carioca é a imagem mais conhecida e sintética da experiência civilizatória brasileira, na qual se apresentam
originalidade, contradições e possibilidades.
Contam-se entre os elementos dessa Paisagem Cultural Urbana um rico e variado acervo arquitetônico, que vem desde o século XVI, bem como conjuntos paisagísticos produzidos pelo
homem, como o Passeio Público [1783], o Jardim Botânico [1808], o Parque Nacional da Tijuca
[considerada a mais importante floresta urbana do mundo, área replantada em 1870, depois
de ter servido à cultura do café], o Parque/ Aterro do Flamengo [1960].
Igualmente, incluem-se os variados e multiformes elementos naturais que também caracterizam a cidade, como as montanhas do Pão de Açúcar [quase 400m de altura], à entrada da Baía
de Guanabara, o Corcovado [mais de 700m de altura], onde se implantou a imagem do Cristo
Redentor -- considerada uma das 7 maravilhas do mundo contemporâneo – bem como a própria Baía de Guanabara, em cujas margens a cidade foi fundada e prosperou.
E considerando a simbiose ali existente entre natureza e intervenção humana, talvez o Rio
seja, entre todas as metrópoles mundiais, aquela em que a simbiose entre cultura e natureza
alcance o mais elevado grau.
Patrimônio arquitetônico
O Rio apresenta invulgar patrimônio arquitetônico que remonta às melhores expressões da arquitetura colonial luso-brasileira e alcança a contemporaneidade, com extraordinários exemplares modernos.
Tesouros barrocos, tais como o Mosteiro de São Bento e as Igrejas de N. S da Glória do Outeiro e
da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência se alternam com o Ministério da Educação e
Cultura, o Museu de Arte Moderna, o Aterro do Flamengo, o estádio do Maracanã, entre tantos
outros, trabalhos de Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Jorge Moreira, Burle Marx, Sérgio Bernardes.
Nos preparativos para sediar os próximos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro tem renovado esforços na sua estruturação urbanística e na produção de novos exemplares arquitetônicos que, certamente, enriquecerão seu acervo arquitetônico.
A realização do Congresso Mundial de Arquitetura UIA 2020 oferecerá aos arquitetos de todo
o mundo uma oportunidade proveitosa de troca de experiências e de reflexão sobre a arquitetura, a cidade e a cultura contemporâneas.
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A arquitetura moderna tem no Rio de Janeiro um de seus mais importantes acervos. Pela circunstância de a cidade reunir alguns dos mais expressivos arquitetos brasileiros da primeira
geração modernista, como Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Afonso Eduardo Reidy, MMM Roberto e Jorge Moreira, o Rio construiu alguns reconhecidos ícones arquitetônicos mundiais, como
o edifício do Ministério da Educação e Saúde [arquitetos Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Jorge
Moreira, Carlos Leão e Ernani Vasconcelos, sob o risco original de Le Corbusier, 1936], o Aeroporto Santos Dumont [MM Roberto, 1944], o Conjunto Residencial do Pedregulho [Afonso
Reidy, 1950], o Conjunto Residencial Parque Guinle [Lucio Costa, 1948], o estádio do Maracanã
[Pedro Paulo Bastos e outros, 1948], o Parque do Flamengo [ Roberto Burle Marx e Afonso
Reidy, 1960], o Museu de Arte Moderna [Afonso Reidy, 1957], o Monumento aos Mortos da 2ª
Grande Guerra [Marcos Konder Netto e Helio Marinho, 1963]. No urbano, destaca-se a expansão da cidade em direção à Barra da Tijuca, sob desenho de Lucio Costa, autor do Plano Piloto
para a Baixada de Jacarepaguá [1967].
Também a arquitetura contemporânea tem construído no Rio uma importante experiência,
tanto no âmbito edilício como urbano.
É destacável o programa de urbanização de favelas, designado Favela-Bairro, que teve inicio
em 1993 e atuou em mais de 155 comunidades, atingindo mais de 500.000 moradores. Partindo do reconhecimento das preexistências ambientais e culturais, os projetos inovaram na elaboração de propostas arquitetônicas e urbanísticas com estreita participação dos moradores e
abrangendo toda a área da favela. Foram elaborados por diversas equipes coordenadas por
arquitetos, selecionadas por concurso público organizado pelo IAB, e englobou mais de mil
profissionais. Esse trabalho tem desdobramento até nossos dias através do programa Morar
Carioca, que mantém objetivos semelhantes.
Está em desenvolvimento a renovação urbanística da antiga área portuária do Rio, com cinco
milhões de metros quadrados, no Centro da Cidade. Chamado por Porto Maravilha, é uma
parceria público-privada de reurbanização e promoção imobiliária de edifícios corporativos,
residenciais e culturais.
A preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 inclui a construção de dois parques olímpicos, um na Barra da Tijuca, objeto de concurso internacional organizado pelo IAB,
cujas obras estão em desenvolvimento [AECOM e Daniel Gusmão, arquitetos], e outro no bairro de Deodoro. E tendo sido sede da Copa do Mundo de Futebol de 1950, o Rio voltou a ser a
principal cidade da Copa do Mundo FIFA 2014, com o estádio do Maracanã renovado.
No quadro edilício, a cidade tem investido em novos equipamentos, sobretudo culturais, como
a Cidade das Artes [arquiteto Christian de Portzamparc, 2003], o Museu do Amanhã [arquiteto
Santiago Calatrava, 2008], o Museu da Imagem e do Som [em construção, arquitetos Diller
Scofidio + Renfro, 2008], o Museu de Arte do Rio [arquitetos Bernardes e Jacobsen, 2011].
2.2
O tema do congresso
Foi assim justificado na documentação enviada a UIA o tema indicado para o encontro:
O tema do Congresso estaria centrado no papel da Arquitetura, tendo presente a realidade
urbana do mundo contemporâneo, onde se expressam a diversidade e a multiplicidade das
formas urbanas e dos modos de produção das cidades.
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Cidades múltiplas, cheias de contrastes, de possibilidades, de desigualdades e de acertos. São
muitos os mundos urbanos a exigir atenção específica, para a qual a arquitetura, em sua ampla
dimensão, tem responsabilidade jamais exagerada. Nossas ações de planejamento, de projeto
e de construção interessam a todos esses mundos e sobre cada um têm repercussão.
A noção de finitude do planeta a impor novos desafios na busca da preservação e da sustentabilidade das condições ambientais assim como das condições culturais.
Todos vivemos uma mesma era. Um só mundo. As comunicações nos tornam instantâneos e
os desdobramentos alcançam a todos.
Nesse contexto, a arquitetura enriquece sua experiência sem dogmas. A diversidade de modos
de intervenção, a simbiose entre cultura popular e a dos arquitetos, a produção da nova cidade da tolerância e do reconhecimento das inúmeras contribuições e preexistências, as cidades
que possam ser as respostas ao século do urbano - e que se pretenda ser, também, do respeito
ao meio-ambiente e às necessidades das futuras gerações.
No Brasil, são 175 milhões de pessoas vivendo em cidades de portes variando de pequenas
vilas a metrópoles, tais como Brasília, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza. Apenas duas megacidades interligadas territorialmente, Rio de Janeiro e São Paulo, já formam um mundo com 33 milhões de pessoas.
O Brasil apresenta arquiteturas-cidades que, de certo modo, ilustram as inúmeras possibilidades da arquitetura do século 21. Arquiteturas da pobreza das favelas, mas também do dinamismo das favelas; dos ricos enclaves e da pobreza dos enclaves; do espaço público da interação e do espaço do monofuncionalismo. Novas cidades, velhas cidades.
Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21.
Título do Congresso
Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21.
All the worlds. Just one world. Architecture 21
3.
O Rio e o tema do UIA 2020 RIO
O Rio apresenta um quadro urbano rico e complexo. Nele, as diferenças e contrastes sociais se
explicitam morfologicamente e se apresentam concentradamente como um apanhado da realidade urbana do Brasil. A multiplicidade de seus espaços, a variedade de formas urbanísticas, as
inúmeras condições de inserção construtiva em geografia tão peculiar e caprichosa, produziram
trechos urbanos que, de certo modo, sintetizam inúmeros caminhos da arquitetura do Século 21.
O desenvolvimento econômico assimétrico produziu ambientes urbanos de grande nitidez.
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O fenômeno das favelas, embora ocorra em muitas outras cidades dos países em desenvolvimento, no Rio tem uma presença invulgar. De fato, as favelas são expressão do modo como parcela importante da população pobre construiu suas moradias em busca da inserção na vida urbana. Elas têm sido tratadas mais recentemente com políticas públicas inovadoras. Destaque-se
o Programa Favela-Bairro, conduzido pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, visando a plena
urbanização desses assentamentos, e que já completa duas décadas de expressivos resultados.
Essa experiência tem tido desdobramentos em outras cidades brasileiras e do exterior.
O fenômeno da cidade segmentada é outro fruto daquela assimetria, que também resulta do
modelo rodoviarista de mobilidade, que se tornou hegemônico há cinquenta anos, bem como
de doutrinas arquitetônicas em franca contestação. Enclaves arquitetônicos de alta renda têm
tido crescente presença na cidade – sobretudo em suas áreas de expansão - e igualmente exigem uma ampla reflexão.
Ainda o fenômeno do adensamento, em edifícios residenciais de grande altura, tem sido outro
modo caracterizador de parte da paisagem urbana carioca e brasileira, em geral.
Contudo, a expansão de periferia, em baixa densidade, com moradias em loteamentos com
carência de infraestrutura, talvez seja o modo dominante da habitação popular das cidades
brasileiras.
Mas está no usufruto do espaço público sua qualidade mais expressiva.
No Rio, tal usufruto se contrapõe à fragmentação e ao isolamento.
Para além do sistema de espaços públicos convencionais, com intensa vitalidade, a partir do
início do Século XX, a cidade paulatinamente incorporou à vida urbana os espaços das praias
marítimas.
Desfrutando de mais de 40 km de praias urbanas, livres, abertas, disponíveis para o conjunto
da população, o Rio de Janeiro construiu um modo de vida onde a interação social tem alta
expressão.
Esses modos de ocupação e uso do território urbano exemplificam a diversidade espacial do
Rio de Janeiro. Mundo distinto e específico que, contudo, constituindo-se em cidade múltipla,
cheia de contrastes, de possibilidades, de desigualdades e de acertos, também é relativo a
muitas outras cidades grandes brasileiras e da América Latina.
Com as questões ambientais, afirma-se a compreensão de que nosso trabalho de arquiteto
deva ser um dos protagonistas da construção de um mundo mais atento aos problemas sociais
e ambientais contemporâneos. E talvez, mais que qualquer outra cidade, a observação da extrema proximidade entre a natureza e o urbano destaca a grande necessidade de atenção para
sua preservação.
Justamente se fortalece a ideia de um só mundo, inter-relacionado pela comunicação, economia e
cultura, mas, sobretudo, pelo compromisso de superação das grandes questões de nosso tempo.
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A arquitetura enriquece sua experiência sem dogmas.
As tecnologias avançadas, utilizadas nos equipamentos culturais e esportivos relacionados com
a preparação da cidade como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016; a nova e
abrangente rede de transporte público de alto rendimento, que interliga toda a cidade; o seu
riquíssimo acervo arquitetônico multissecular, do colonial ao contemporâneo; as intervenções
urbanísticas nas favelas; o compromisso com o enfrentamento dos problemas ambientais,
sede que foi da Cúpula do Ambiente – ECO 92 e da Rio+20, em 2012, fazem do Rio uma cidade
voltada para os desafios do século 21.
Uma cidade pronta para a descoberta de arquitetos de todo o mundo.
A vivência do vínculo essencial entre a natureza exuberante e a arquitetura, ao longo do tempo, forma no Rio um cadinho de situações de grande interesse para o estudo do espaço e da
construção.
“Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21” tem o Rio de Janeiro como cidade síntese.
Cidade Cosmopolita
Maravilhosa natureza com a maior floresta urbana do mundo, 2 baías, diversas lagoas, 90 km
de praias e montanhas. Uma das principais capitais culturais do Brasil – museus, centros culturais, construções históricas, eventos musicais, cinemas, teatros. Variedade de restaurantes,
centros comerciais e atrações turísticas.
Economia
Os principais setores econômicos do Estado do Rio de Janeiro são: petróleo e gás -- o Rio é a
capital brasileira do petróleo --, telecomunicações, energia termoelétrica, indústrias naval,
química, metalúrgica e farmacêutica, agricultura, processamento de alimentos e bebidas, produção audiovisual [rádio, cinema e TV], construção civil, tecnologia da informação e turismo.
12
Cultura
O Carnaval do Rio, por suas proporções e brilho, pode ser considerado o maior espetáculo da
terra e apenas um bloco pode atrair 2,5 milhões de foliões enquanto o Réveillon, apenas na
Praia de Copacabana, reúne 2 milhões de pessoas para festejar a Rainha do Mar com música e
fogos de artifício. Concertos gratuitos a céu aberto de grandes artistas nacionais e internacionais e um tradicional festival de rock, o Rock in Rio, também reúnem multidões em torno de
música e dança.
Como capital, por 200 anos, do Brasil Colônia, Reino, Império e República, o Rio se tornou um
coração cultural do país, seu rico centro histórico tem marcos arquitetônicos de todos esses
períodos. Museus e bibliotecas com valiosas coleções, belos prédios do passado, como o Teatro Municipal e a Biblioteca Nacional espelham esse passado. Salas de concerto, como a Sala
Cecília Meireles e a Cidade das Artes, completam a programação erudita.
E centros culturais diversos, por toda a cidade, oferecem programação variada ao longo do
ano, movimentada por festivais de cinema, moda, teatro, música e dança.
Conhecida por eventos culturais e sociais de grande magnitude, como o Carnaval, o Réveillon,
o Rock in Rio, a cidade tem vocação para ser lugar do encontro, cultura e alegria.
Lazer e esporte
O Corcovado e a estátua do Cristo Redentor constituem uma das Sete Maravilhas do Mundo
Moderno, com acesso por trem ou carro – mas há os que lá chegam em bicicletas -- enquanto
o Pão de Açúcar, pedra que se tornou uma marca registrada da cidade é acessado por teleférico e também subindo suas escarpas.
Pela Floresta da Tijuca, a maior floresta urbana do mundo, localizada no coração da cidade, e por
outras reservas ambientais que se abrem aos visitantes pela cidade, os caminhos servem a corridas e passeios a pé, de bicicleta ou carro. Suas pedras e picos têm escarpas com trilhas de diferentes graus de dificuldade, para os aficionados do montanhismo e escaladas. E os banhos de
cachoeira são tradição refrescante ao final dos exercícios.
As praias são espaços de lazer e relaxamento, mas também de exercício, caminhadas e corridas, na
areia e nos calçadões, e vôlei, futevôlei, frescobol, surf, bodyboard e slackline, outras marcas do
Rio. Campeonatos de futebol, futebol de salão e peladas têm lugar em vários parques pela cidade.
O Rio foi anfitrião, entre tantos eventos esportivos, das Copas do Mundo da FIFA de 1950 e
2014, dos Jogos Panamericanos de 2007 e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
As condições de instalações e infraestrutura disponíveis na cidade são excelentes, se tornando
ainda melhores, diante do grande investimento feito para a realização da Copa do Mundo de
Futebol, em 2014, e em execução para os Jogos Olímpicos RIO 2016.
Condições Climáticas
O clima do Rio é predominantemente ensolarado, com temperaturas variando entre 11 e
38ºC. O mês de julho, previsto para a realização do UIA 2020 RIO, é o período de inverno, pouco chuvoso e com temperaturas mais amenas.
Turismo
O Rio é uma porta para o turismo internacional, pois, de cada dez visitantes estrangeiros que
chegam ao Brasil, quatro visitam a cidade – e o segmento turismo representa 4% do Produto
Interno Bruto do Estado do Rio de Janeiro.
A cidade tem recebido seguidos prêmios como ‘cidade acolhedora’ e, para a International
Congress and Convention Association/ ICCA, de Amsterdã, o Rio ficou em 1º lugar como
destino de encontros internacionais nas Américas.
13
Foi escolhida ‘Capital Mundial da Cordialidade’ em pesquisa das Universidades de Michigan e Califórnia [2001] e ‘6º destino turístico favorito’ para 24.000 leitores do jornal brit ânico The Guardian and Observer, na edição anual de viagem [2003]. Premiações da World
Travel Awards, edição britânica da revista Travel Weekly, escolheram, na América do Sul, o
Rio como melhor destino turístico e o Riocentro como melhor centro de convenções [2003
e 2004]. A estátua do Cristo Redentor no topo da montanha do Corcovado foi eleita uma
das 7 Novas Maravilhas do Mundo [2007] e a Forbes concedeu-lhe o título de "A cidade
mais feliz do mundo" [2009]. A Revista Wallpaper deu-lhe o Design Award como ‘A Melhor
Cidade’ [2011] enquanto a UNESCO concedeu-lhe o status de Patrimônio Mundial como
Paisagem Cultural [2012].
Infraestrutura turística
A cidade conta com mais de 50 empresas organizadoras de congressos profissionais e feiras,
serviços de tradução simultânea, empresas de equipamentos de primeira classe, agentes de
carga e despachantes aduaneiros. São mais de 500 agências de viagens, empresas de transporte voltadas para o turismo e serviços de telecomunicações de primeira classe e 59 representações consulares e comerciais. Contando com guias turísticos multilíngues, o Rio tem mais de
900 restaurantes de todas as especialidades e perto de 400 museus, bibliotecas, cinemas, teatros e espaços p/ apresentações musicais e artísticas.
O Riocentro, o maior e melhor estruturado centro de convenções da América Latina está localizado na Barra da Tijuca, ao pé do Maciço da Pedra Branca e diante da Lagoa de Jacarepaguá e
do Parque dos Atletas, não distante da Cidade Olímpica.
O complexo é hoje servido pelo sistema BRT Transcarioca, corredor expresso que dá acesso
direto ao Aeroporto do Galeão/ Antonio Carlos Jobim e à futura estação do metrô da nova
linha 4, que ligará a Barra da Tijuca à Zona Sul.
O complexo tem cinco pavilhões implantados por entre jardins e interligados por passarelas e
pode abrigar simultaneamente diferentes eventos de porte, tal como feiras, exposições, congressos e suas reuniões paralelas -- com a participação efetiva de até 20.000 pessoas.
Outros centros de convenções, de menor porte, mas igual importância, encontram-se áreas
mais centrais, como o Centro de convenções Sul América, Rio Marina da Glória, Pão de Açucar,
Maracanãzinho, Museu de Arte Moderna /MAM, entre outros localizados em hotéis diversos
da orla.
Alguns eventos importantes no Rio de Janeiro
Entre os congressos, encontros, conferências e eventos esportivos realizados no Rio, todos
com excelentes, podem ser destacados por seu porte ou importância:
eventos
.JMJ Rio 2013/ Jornada Mundial da Juventude, 2013
.20ª Copa do Mundo da FIFA, 2014
14
participantes
3.000.000
886.000
.17º Congresso Mundial de Petróleo e Rio Oil & Gás, 2002
40,000
.Telecom Américas Rio-2000, 2000
27,000
.Conferência da ONU p/ o Meio Ambiente e Desenvolvimento/ Rio 92, 1992
20,000
.13º Congresso Mundial de Cardiologia, 1998
19,000
.11º Congresso Internacional da Federação Mundial de Saúde Pública, 2006
10.000
.13º Congresso Internacional de Imunologia, 2007
6.000
.13º Congresso Internacional de Endocrinologia, 2008
6.000
.3ª Conferência sobre Patogênese e Tratamento, 2005
6.000
.XV Jogos Panamericanos, 2007 -- 42 países
.XXXI Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, 2016
atletas: 5.662
estimados:2.000.000
Segurança de congressos
O CICC/ Centro Integrado de Comando e Controle é um centro de alta tecnologia, que trabalha 24 horas por dia, controlando por câmeras as principais áreas da cidade e podendo resolver muito rapidamente as questões de segurança, tráfego, ordem pública e urgências médicas.
Trabalho conjunto dos governos estadual e municipal visa garantir a segurança de moradores e
visitantes e reúne as Secretarias de Estado de Turismo e de Segurança – com as Polícias Militar
e Civil e Corpo de Bombeiros --, pela Secretaria Municipal de Turismo, com a Guarda Municipal
e a Defesa Civil, pela Assistência Móvel de Urgência e Polícia Rodoviária Federal.
Uma Comissão Mista de Segurança Turística composta pelas pelo Rio Convention & Visitors
Bureau, Associação Brasileira de Agentes de Viagens e Associação Brasileira de Empresas Organizadoras de Congressos, entre outros, atua com o CICC e para fornecer segurança especial
para congressos, eventos e grupos da cidade.
Eventos Sociais
Para os eventos paralelos ao UIA 2020 RIO, sejam esses sociais, institucionais ou comerciais,
foram indicados como espaços de interesse na Zona Sul o Pão de Açúcar e o Iate Clube do Rio
de Janeiro, na Urca; o Centro Gastronômico Victoria, no Jóquei/ Lagoa; o Forte de Copacabana
e o Copacabana Palace Hotel, em Copacabana.
Na Área Central consta o complexo Rio Scenarium, na proximidade da Lapa.
Locais de Hospedagem
Hoje o Rio conta com 32.500 quartos em empreendimentos de diversas categorias, hotéis de
luxo a simples, pousadas, albergues de estudantes.
Esses projetos hoteleiros se concentram em especial, nas Zonas Sul e Central – incluindo Lapa
e Santa Teresa -, na Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes.
15
Atrações turísticas
Foram recomendadas as visitas a atrações naturais da cidade, como o Corcovado – com seu
Cristo Redentor, uma das Novas 7 Maravilhas do Mundo --; o Pão de Açúcar, símbolo natural
do Rio; a Floresta da Tijuca, a maior floresta urbana do mundo, situada no Parque Nacional da
Tijuca, com 3.300 hectares. Em encostas do parque descendo à Lagoa Rodrigo de Freitas, é
destacado o Jardim Botânico, com lindas alamedas de Palmeiras Imperiais e mais de 5.000
espécies, alguns indivíduos plantados à época de seu fundador D. João VI.
Na Área Central surgem o belo Teatro Municipal; a região dos Arcos da Carioca, Largo da Lapa
e Santa Teresa e, na Tijuca, o lendário Estádio do Maracanã, que dispensa apresentação.
No outro lado da Baía de Guanabara, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói/ MAC, que
sobre ele seu arquiteto Oscar Niemeyer registrou ‘Como é fácil explicar este projeto! Eu me
lembro quando eu fui ver o lugar. O mar, as montanhas do Rio, uma paisagem magnífica que
eu devia preservar. E eu fui para o prédio, adotando a forma redonda que, a meu ver, o espaço
requeria. O estudo foi feito, e uma rampa levando os visitantes ao museu completou o meu
projeto’.
Transportes
O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/ Galeão/ Antonio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, recebe 430 voos diários e 17 milhões de passageiros/ ano, ligando a cidade a mais de 80
países. O Aeroporto Santos Dumont, no Centro da cidade atende a voos domésticos e voos
particulares.
O transporte público é sobretudo rodoviário, com diversos corredores exclusivos definidos,
mas também ocorre em modo ferroviário, metroviário e, nas bordas da Baía de Guanabara,
marítimo.
Os sistemas BRT Transcarioca, Transoeste e Transbrasil foram ou estão sendo implantados
integrando diversos bairros das Zonas Norte e Oeste ao Centro da Cidade, ao Aeroporto do
Galeão e às Estradas Rio-Petrópolis e Rio-São Paulo.
O metrô está sendo levado à Barra da Tijuca onde será integrado a linhas BRT ao mesmo tempo que a ligação rodoviária Lagoa-Barra é duplicada, com novos túneis.
Um sistema de VLT está sendo construído para integrar todos os bairros da Área Central, do
Castelo ao Porto Maravilha, com uma linha beirando mar e outra a montanha.
O turismo e seus eventos, congressos, feiras, contam na cidade com ampla frota de ônibus
especiais, climatizados e diversos portes.
Para sediar a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o Rio recebeu investimentos para melhorar a infraestrutura dos aeroportos, portos, estradas e transportes em geral.
16
4.
Sobre a identidade visual do UIA 2020 RIO
Objetivo
O objetivo principal deste concurso é a escolha da identidade visual do 27º Congresso Mundial
de Arquitetos | UIA 2020 RIO.
Identidade Visual do congresso
Considera-se identidade visual do congresso um sistema gráfico-visual criado para representar
o evento nos meios de comunicação e outras mídias. Neste sistema estará definida a marca do
congresso.
A Marca do congresso
Considera-se a marca do congresso um sinal criado, cujas funções principais são identificar o
contexto específico e distinguir este evento de outros semelhantes ou afins, de origem diversa;
contemplando as devidas versões que apresentem a versatilidade requerida para atender as
diferentes utilizações previstas em contrato. As peças de aplicação da marca a serem exigidas
para apresentação bem como suas versões serão apresentadas nos itens específicos deste
edital – ver item 4.4.4 Versatilidade.
4.1
Idiomas
O material gráfico do congresso carioca adotará o inglês como idioma oficial e para o conteúdo
de informação serão considerados o inglês e o espanhol.
Tendo em vista que o evento terá lugar no Brasil, a comunicação destinada aos brasileiros,
arquitetos ou staff – como no caso do site, de fichas de inscrição, placas de sinalização -- certamente haverá a necessidade de textos em português, a ser examinado caso a caso.
17
4.2
Caracterização da Identidade Visual
Os congressos de arquitetura organizados pela UIA têm longa tradição, o primeiro ocorreu em
Lausanne, 1948, tendo sido realizados nas principais cidades do mundo e incluir o Rio de Janeiro
nessa relação é motivo de júbilo para os cariocas.
Ao examinarmos a identidade visual de cada um desses congressos, é perceptível a importância
dada a esses signos enquanto manifestação do padrão cultural desses países e dessas cidades.
Também é marcante a diversidade de linhas de criação adotadas na concepção dessas logomarcas, em especial considerando que a designação do evento se repete a cada realização.
A identidade visual do UIA 2020 RIO deve despertar nos arquitetos de todo mundo o interesse
de participar do encontro, alguns desses vivendo bastante distantes do Rio de Janeiro e até
mesmo do outro lado do planeta. Deve favorecer a confiança em sua organização, o interesse
pela discussão de seu tema e, de alguma forma, pela cultura do Rio de Janeiro e Brasil.
4.3
Conceitos de interesse à definição da linha de criação
A criação da marca deverá partir do evento em si, do universo de ideias que ensejará e de seu
significado para o Rio de Janeiro, Brasil e UIA para despertar o interesse dos arquitetos pelo
mundo afora. Através dessa imagem, esses profissionais deverão entender o evento como um
fórum onde poderão, além de se confraternizar com seus pares de todo o mundo, se informar
e se atualizar com os temas que reflitam o estado da arte de seu campo de atuação.
A marca também deverá ganhar especial atenção das instituições ligadas ao ensino e à formação dos profissionais dessa área, de seus corpos discente e docente, que poderão encaminhar
seus projetos e pesquisas para apresentação e discussão nesse espaço.
E não menos importante é favorecer a adesão das instituições e empresas que pesquisam e
desenvolvem produtos e tecnologias de interesse para os campos do urbanismo, do paisagismo, da arquitetura e da construção em geral.
Qualquer que seja a proposta, a síntese (ver item 4.3 d) deve ser uma marca com expressão
própria, destacando o aspecto institucional e cultural do congresso em contraponto ao comercial, também significativo, pois é responsável pela viabilidade da realização do grande evento.
O público destinado a receber e entender a informação consolidada pela identidade visual tem
razoável formação e interesse nesses temas, pois basicamente são arquitetos, urbanistas e
paisagistas.
Para as propostas de identidade visual, deve ser considerado que todas as possibilidades de
profissionais participantes no congresso – arquitetos, urbanistas, paisagistas - têm formação
em temas ligados à configuração de imagem, ao desenho e à representação gráfica e assim
sendo valorizarão bastante a qualidade desses signos.
Considerando a sempre crescente preocupação com os aspectos de sustentabilidade em nossas vidas, a concepção da identidade visual do UIA 2020 RIO, em seu todo, deverá garantir ao
tema o devido destaque.
18
4.4
Critérios de projeto
Na conceituação e desenvolvimento de propostas para a identidade visual do UIA 2020 RIO
devem ser considerados, entre outros, os aspectos a seguir apresentados.
4.4.1
Comunicação plena
É esperado que o sistema de identidade visual da UIA 2020 RIO permita uma leitura clara e
uma associação imediata da marca ao evento seja entre participantes do congresso ou mesmo
entre a população carioca e brasileira envolvida em serviços turísticos, de lazer e transportes.
4.4.2
Impacto visual
Por suas qualidades, o sistema de identidade visual do UIA 2020 RIO deverá exercer marcante
impacto sobre os profissionais, instituições e empresas cuja adesão ao evento é esperada,
permitindo sua fácil memorização e reconhecimento por todos esses. E esse efeito positivo
deverá ser efetivo em âmbito planetário, ou seja, em diferentes culturas e padrões sociais, nos
cinco continentes, mas em especial sobre cariocas e brasileiros.
4.4.3
Rio de Janeiro, a cidade-sede
A possibilidade da identidade visual do UIA 2020 RIO refletir de alguma forma a cidade que o
abrigará, seja em algum aspecto de sua identidade, de sua complexidade sociocultural, de sua
geografia pode ser considerada.
4.4.4
Versatilidade
O sistema de identidade visual da UIA 2020 RIO deverá se adequar aos mais diversos suportes
e finalidades – incluindo peças não previstas no item 4.5. Material previsto para ser produzido
como parte da identidade visual do UIA 2020 RIO.
Assim a marca poderá surgir em várias situações, tais como disposta nos sentidos horizontal e
vertical, sobre fundo claro ou escuro, e representada a cores ou em preto e branco.
As versões do sistema de identidade visual deverão contemplar diferentes formações, conforme a seguir apresentado com seus conteúdos:
19
_versão completa:
síntese + denominação + tema,
_versão média:
síntese + denominação,
_versão curta:
síntese.
Considera-se síntese o elemento mais básico da marca, que pode ser formado por signo + logotipo ou somente logotipo, a critério do projetista.
No idioma oficial do evento, o inglês, a denominação é o título do congresso
27th World Congress of Architects
e o logotipo é
UIA 2020 RIO
enquanto o tema foi definido como
All the worlds. Just one world. Architecture 21
A possibilidade da marca surgir nas peças em idiomas além do inglês -- ver Item 4.1 O idioma
oficial – poderá ser avaliada com a equipe contratada no desenvolvimento do projeto.
4.4.5
Marcas associadas
A utilização da identidade visual deve prever a conjugação da marca do evento com as marcas
de seus apoiadores – como a UIA e o IAB, e patrocinadores, instituições e/ ou empresas ainda
por definir.
4.4.6
Facilidade de reprodução
A definição de linhas e tipografia das diferentes versões da deverá sempre permitir a duplicação da identidade visual do UIA 2020 RIO em diferentes tipos de impressoras e sobre variados
materiais [papéis, plásticos, vidros etc].
20
4.5
Material previsto para ser produzido como parte da identidade do UIA 2020 RIO
As peças e suportes a serem produzidas para servir à realização do UIA 2020 RIO, como parte
de sua identidade visual, são aquelas características dos congressos internacionais, sempre
considerando as preferências e interesses particulares dos participantes arquitetos.
Procurou-se listar neste item esse universo de suportes da marca, que certamente deverão ser
confirmados ao longo do desenvolvimento do projeto.
O caso da conveniência de textos em idiomas além do inglês, em especial português e castelhano – ver item 4.1 O idioma oficial – está indicado em cada caso, mas também deverão ser
confirmados.
4.5.1
Anais do congresso
O registro das atividades do Congresso deverá ser paginado para publicação digital.
4.5.2
Peças de ambientação e divulgação
As versões da logomarca deverão se adequar à concepção e execução dessas peças, que, embora possam ser complementares em seus usos, serão demandadas em momentos diferentes:
a. Peças para divulgação serão necessárias desde logo, para difundir a realização do congresso
entre os arquitetos, incluindo cartazes, revistas, newsletters impressas, anúncios [em revistas,
facebook, twitter, instagram] e folders.
b. Peças para o congresso: incluindo tótens, banners físicos e virtuais, faixas, programas em
cartaz e de bolso, considerando as dimensões e alcances visuais convenientes.
Algumas dessas peças poderão ser usadas para indicar limites da área do congresso – formando um pórtico de entrada -- e ambientar seus espaços – destacando a recepção, por exemplo - e até mesmo para fins utilitários, como um totem com tomadas para carregar celulares.
4.5.3
Sinalização
A proposta da marca nas versões previstas deverá se adequar à concepção e execução, garantindo sempre a boa leitura de seus textos e signos.
Entre essas, podem ser consideradas placas – por exemplo, direcionais ou indicativas de setores do espaço do congresso e de atividades como reuniões, debates, palestras, exposições, e
na indicação de ônibus no atendimento do congresso -- bem como peças apoiadas sobre balcões, bancadas e mesas -- na indicação de um atendimento específico, dos nomes de componentes de mesas diretoras de eventos, entre outros casos.
4.5.4
Papelaria tipo escritório
A proposta da marca nas versões previstas deverá se adequar à concepção e execução da papelaria. Devem ser considerados os papéis timbrados em formato A4 e A3 - para uso em impressos e/ou digital -, envelopes em tamanho pequeno, A4 e A3, capas para cadernos em formato A4 e A3, pastas em formato A4, cartão de visita, padrão para emails, formulários para
inscrição de arquitetos participantes e de trabalhos a serem expostos, documentação de gestão, entre outros.
21
4.5.5
Papelaria específica do evento
A proposta da marca nas versões previstas deverá se adequar à concepção e execução da papelaria particular de um congresso, incluindo convites, menus, certificados de participação de
congressistas, palestrantes e patrocinadores, certificados de premiação em exposição parte do
evento, anais, tickets para refeições, entre outros.
4.5.6
Kits para participantes:
A proposta da marca deverá se adequar às diferentes possibilidades de peças que comporão o kit,
tais como bolsa/ mochila, bloco de notas, pasta, caneta/ lápis, borracha, brindes, entre outros.
4.5.7
Kits para palestrantes/ convidados
Esse kit poderá ser o mesmo do item anterior, diferenciado por detalhes como a cor da bolsa/mochila ou pelo tipo de brinde.
4.5.8
Abertura e fechamento de vídeos
A proposta da marca nas versões previstas deverá contemplar a abertura e fechamento de
vídeos apresentando material relativo ao congresso, títulos, créditos da equipe, entre outros.
4.5.9
Telecomunicação e informática
A proposta da logomarca nas versões previstas deverá contemplar a utilização na área de telecomunicação e informática, considerando:
_templates do site:
com a tipologia de informações necessária,
_template para celular:
em consonância com o site,
_telas de computadores
para uso do staff e participantes
_newsletters virtuais
padrão de newsletters
_revistas virtuais
projeto gráfico
4.5.10
Crachás
Para a identificação das pessoas participando e envolvidas na organização do congresso, caracterizando, entre outros, participantes, convidados, staff – nesse caso diferenciando pessoal da
Recepção, de Apoio e da Coordenação. Deverá incluir a forma de fixação do crachá.
22
4.5.11
Brindes
A possibilidade de se ter peças que possam ser vistas como lembranças/ souvenirs do congresso, a
serem vendidas ou presenteadas como brindes é entendida como de interesse, considerada sempre a preocupação com custos. Entre esses, podem constar, entre outros, camiseta, régua, borracha, marcador de livros, peso de papel, bottoms, broches, brincos [tal como na Olimpíada de Londres 2012] e outros que possam ser de interesse, a serem apresentados pelos concorrentes.
4.5.12
Peças cenográficas
A possibilidade de ter a marca formando por algum tipo de composição um painel real ou virtual deve ser considerada, como pano de fundo de palco e momentos de confraternização
assim como backdrop [painel com inscrições e logomarcas inseridas destinado a pano de fundo
de entrevistas, coletivas ou mesmo para fotos]. A esses painéis poderão ser associados, para a
ambientação dos espaços -- totens, banners, cartazes – indicados no item b.
4.5.13
Camisa/ camiseta para pessoal
Permitindo identificação imediata da equipe que trabalha na organização do congresso, com
caracterização de função.
23
5.
Programação das pranchas
A apresentação dos projetos deverá ser feita em três pranchas montadas, em formato A2 –
ver indicação e modelo no Anexo IV do Edital--, com diagramação e escala dos itens a serem
definidas pelos concorrentes.
O padrão gráfico das pranchas será considerado um elemento de avaliação pelo júri.
Estando o evento em planejamento operacional, certamente não estão definidos todos os
dados que constarão das peças de aplicação da marca, devendo nesse sentido os concorrentes
considerar a tipologia de informações de eventos compatíveis com o UIA 2020 RIO.
Para os casos de endereçamento, considerar o endereço do IAB/ RJ como sendo o endereço do
evento, a saber: Beco do Pinheiro, 10, Flamengo, Rio de Janeiro RJ, cep 22220-050
Os itens a seguir apresentados foram definidos para exemplificação da implantação da identidade visual, e esse conteúdo deverá ser distribuído pelas pranchas na seguinte organização:
5.1
1ª prancha
Apresentará os itens básicos do Sistema de Identidade Visual, considerando:
.a marca em destaque,
.as diferentes versões: mostrando os três casos indicados, a versão completa, a média e a
curta – conforme o item 4.4.4 Versatilidade --,
.as diferentes situações: a marca aplicada nos sentidos horizontal e vertical, sobre fundo claro
e escuro e representada a cores e em preto e branco,
.volumetria da marca: a possibilidade da volumetria, apresentada em desenho 3D,
.cartão pessoal: exemplificando com o caso de um membro da comissão organizadora, indicando frente e verso, em português e inglês,
24
.crachá: com sistema de cores diferenciando as funções e exemplificando com o caso de um
membro da Coordenação, indicando frente e verso, em português e inglês,
.memorial: apresentando o principal partido do projeto, em texto sintético.
5.2
2ª e 3ª pranchas
Apresentará a definição do Sistema de Identidade Visual nas seguintes aplicações da marca:
.tótem: exemplificando na função de marco da entrada, diante da fachada do Museu de Arte
Moderna do Rio de Janeiro,
.página do Facebook: exemplificando com dados definidos pelos concorrentes,
.placa direcional: exemplificando com o texto em três idiomas:
UIA General Assembly Room
UIA Sala de Asamblea General
UIA Sala da Assembleia Geral
.papel de carta: com a marca em versão completa, no idioma inglês,
.lápis: supondo o uso da versão curta ou a critério do projetista,
.template de abertura e fechamento de vídeos: padrão para material de divulgação do congresso e outros, considerando a possibilidade de introdução de movimento na marca, mostrado em story board, com dados definidos pelos concorrentes,
.template ‘home’ do site: exemplificando com dados definidos pelos concorrentes,
.pattern para painel cenográfico: para uso como pano de fundo de palco, real ou virtual, e
backdrop para fotos,
.sistema de camisetas: com diferenciação de cores para a identificação de pessoal do staff,
considerando pessoal da Recepção, de Apoio e da Coordenação,
.banner gigante: permitindo leitura a distância, nas dimensões 4 x 2m, exemplificando sua
instalação na fachada Museu de Arte Moderna MAM do Rio de Janeiro.
25

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