DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA DE ULLRICH Grupo de
Transcrição
DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA DE ULLRICH Grupo de
VIII Jornada Científica Faculdades Integradas de Bauru - FIB ISSN 1980-5543 2014 DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA DE ULLRICH 1 1 1 Ludmila Mariane de Castro ; Vanessa de Oliveira Jacobini ; Ana Paula de Toledo ; 2 Ana Paula Akashi 1 Alunas do curso de Fisioterapia – Faculdades Integradas de Bauru – FIB [email protected] 2 Professora do Curso de Fisioterapia – Faculdades Integradas de Bauru – FIB Grupo de trabalho: FISIOTERAPIA Palavras-chave: Distrofia muscular congênita, colágeno VI, distrofia de Ullrich. Introdução: A distrofia muscular congênita (DMC) compõe um grupo de miopatias caracterizadas por hipotonia e fraqueza muscular notadas na infância, já no primeiro ano de vida, são miopatias hereditárias geralmente de herança autossômica recessiva, apresentam grande heterogeneidade genética e clínica. A DMC forma de Ullrich, descrita em 1930, é caracterizada clinicamente por retrações articulares proximais dos membros, hiperextensabilidade das articulações distais e fraqueza e atrofia muscular difusa (FREITAS et al., 2005). ROCCO et al.,(2005) comentam que a fraqueza muscular predominam nas porções proximais dos membros, mas os músculos paravertebrais, mastigatórios e faciais também são acometidos na DMC. De acordo com o autor a eletroneuromiografia revela na maioria dos casos um padrão tipicamente miopático. Dessa maneira o prognóstico depende do grau do comprometimento da musculatura respiratória e do desenvolvimento de deformidades da coluna vertebral. As DMC são geneticamente e clinicamente hereditárias, heterogêneas com herança autossômica recessiva predominante, caracterizada por hipotonia congênita, atraso no desenvolvimento motor, inicio precoce de fraqueza progressiva, bem como padrão histopatológico de distrofia contraturas articulares proximal e distal conjunta de hiperflexibilidade. A deambulação independente é perdida na infância, e em casos graves não é alcançada (REED, 2009). Na adolescência, a fraqueza muscular impede a criança de andar e nessa fase o comprometimento da musculatura respiratória e cardíaca estão acometidas. Por esse motivo, problemas respiratórios estão em grande evidência e são comuns nas distrofias musculares e estão relacionados à fraqueza dos músculos respiratórios (ROCCO et al., 2005). A insuficiência respiratória é resultado da fraqueza muscular progressiva com restrição ventilatória, caracterizada por diminuição da capacidade vital forçada (CVF) e força muscular respitatória. A insuficiência respiratória é precoce e progressiva e pode exigir suporte ventilatório artificial na primeira ou segunda década de vida (MISCIONE et al., 2005). Com intuito de melhorar a qualidade de vida, a fisioterapia visa retardar a perda da função motora e minimizar as infecções respiratórias. Dentre os recursos utilizados na fisioterapia a hidroterapia tem sido a forma mais eficaz para DMC, com relação aos treinos de atividades funcionais, amplitude de movimento. Tendo em vista que os efeitos fisiológicos da imersão e princípios físicos da água elevam o trabalho cardiorespiratório, deve-se ficar atento à presença de sinas e/ou sintomas. de desconforto respiratório, tais como, cianose labial e extremidades, batimento de asa de nariz e fadiga excessiva, que podem gerar à insuficiência respiratória durante a sessão de hidroterapia. (ALBUQUERQ et al, 2012). Objetivo: Mostrar através desta revisão de literatura a eficácia da Fisioterapia na melhora da qualidade de vida de pacientes portadores de distrofia muscular congênita. Relevância do estudo: Por se tratar de uma patologia rara, a Fisioterapia vem sendo bastante eficaz na melhora da qualidade de vida dos pacientes e no retardo da evolução da doença. VIII Jornada Científica Faculdades Integradas de Bauru - FIB ISSN 1980-5543 2014 Materiais e Métodos: Foi realizada pesquisa nas bases de 2000 a 2014, Lilacs, Scielo, Bireme, Pubmed. Os critérios de inclusão foram artigos publicados, que apresentavam as palavras chaves. Foram estudados artigos originais de pesquisas, incluindo editoriais, metaanálise, revisão de literatura e relatos de casos. Também foram incluídos trabalhos apresentados em congressos e textos. Os critérios de exclusão foram todos os artigos que não se enquadraram nestes padrões e aqueles que não tratam de distrofia muscular congênita. Resultados e Discussão: Visando compreender melhor a função respiratória e motora dos pacientes portadores de DMC, Albuquerque et al. (2012), realizaram um estudo com 13 pacientes cadeirantes, com diagnóstico de distrofia muscular, todos os pacientes realizavam fisioterapia motora, respiratória, hidroterapia e terapia ocupacional. Foi realizada avaliação respiratória através da espirometria, os pacientes escolhidos foram os que obtiveram CVF<40% e que realizavam fisioterapia aquática, para verificar a força muscular respiratória foi realizado manovacuometria para obtenção de PImax e PEmax. Foi realizado atendimento em hidroterapia, com uma fisioterapeuta especializada em terapia aquática em doenças neuromusculares, onde os objetivos foram, manutenção da amplitude de movimento e aperfeiçoamento das habilidades funcionais em imersão para manutenção da função motora, foram enfatizados movimentos ativos e livres, treino de equilíbrio, ortostatismo e marcha. Os participantes não apresentaram nenhum desconforto respiratório como: batimento da asa do nariz, cianose labial e de extremidades e fadiga excessiva, em repouso e durante a atividade aquática. Os pacientes que apresentaram sinais de desconforto tiveram a fisioterapia interrompida e depois contra-indicada. Conclusão: Através deste estudo conclui-se que as deformidades da DMC ocorrem precocemente, agravando as limitações funcionais decorrentes da fraqueza muscular excessiva. Conforme os estudos, um programa precoce de reabilitação, dando atenção aos grupos musculares mais afetados, as habilidades motoras comprometidas e a função pulmonar tornam-se muito importantes. Assim, a hidroterapia, tem se mostrado eficaz no tratamento de DMC, mas sugerem-se outros estudos com esse método. Referências: Albuquerque, P. S.; Fernandes, A. S. N.; Favero. F. M.; Langer, A. L.; Caromano, F. A. Desconforto respiratório em pacientes com distrofia muscular e restrição ventilatória grave durante sessão de hidroterapia. Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v. 12, p. 29-35, 2012. FREITAS ,R. T.i L. de; ZANOTELI, E.; MORITA, M. P. A.; OLIVEIRA, A. S. B. Análise da expressão do colágeno VI na distrofia muscular congênita. Arq Neuropsiquiatr 2005; 63(2B):514-518. MISCIONE, M. T.; BRUNO, F.; REPAMONTI, C.; NERVUTI, G.; ORSINI, R.; FALDINI, C. Body Composition, Muscle Strength, and Physical Function of Patients with Bethlem Myopatht and Ullrich Congenital Muscular Dystrophy. The ScientificWorld Journal, Itália, v 2013, p.1-6. 2013. Article ID 152684. REED. U. C. Congenital muscular dystrophy: Partll.Departamento de Neurologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ArqNeuropsiquiatr, São Paulo, v. 67, p. 344,2009. ROCCO, F. M.; LUIZ,F.H.G.; ROSSATO, A. J.; FERNANDES, A. C.; OLIVEIRA, A. S. B.; BETETA, J. T.; ZANOTELI, E. Avaliação da função motora em crianças com distrofia muscular congênita com deficiência da merosina. ArqNeuropsiquiatr, São Paulo SP, v. 63, p.298-299.2005.
Documentos relacionados
descrição do atendimento fisioterapêutico em paciente com distrofia
Relevância do Estudo: A Distrofia de Ullrich é uma doença de incidência rara e com poucos relatos de pacientes na literatura. O paciente é acompanhado na clínica de Fisioterapia da FIB em duas área...
Leia mais