descrição do atendimento fisioterapêutico em paciente com distrofia

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descrição do atendimento fisioterapêutico em paciente com distrofia
IXJornada Científica
Faculdades Integradas de Bauru - FIB
ISSN 2358-6044
2014
DESCRIÇÃO DO ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PACIENTE COM
DISTROFIA MUSCULAR DE ULLRICH: RELATO DE CASO
Thailise Carvalho Da Silva¹, Roberta Munhoz Manzano ²
1
Aluna de Fisioterapia– Faculdades Integradas de Bauru – FIB –
[email protected]
²
Professora do curso de Fisioterapia– Faculdades Integradas de Bauru –
[email protected]
Grupo de trabalho: FISIOTERAPIA
Palavras-chave: Distrofia Muscular, Força Muscular, Amplitude de Movimento.
Introdução: A distrofia muscular congênita de Ullrich (DMCU) foi originalmente descrita em
1930 pelo pediatra alemão Otto Ullrich como uma distrofia muscular incapacitante e
potencialmente letal. Os achados clínicos incluíram fraqueza muscular generalizada,
contraturas das articulações proximais e hiperflexibilidade das articulações distais desde o
nascimento ou início da primeira infância. Outras características da doença são palato
arqueado em ogiva, calcanhares protuberantes e inteligência normal.
Objetivos: O objetivo do presente estudo foi descrever a evolução de um paciente com
Distrofia muscular congênita de Ullrich após 1 ano e 5 meses de atendimento
fisioterapêutico.
Relevância do Estudo: A Distrofia de Ullrich é uma doença de incidência rara e com
poucos relatos de pacientes na literatura. O paciente é acompanhado na clínica de
Fisioterapia da FIB em duas áreas distintas, hidroterapia e respiratória, a descrição de sua
evolução se torna importante para contribuir, mesmo que minimamente, com a literatura.
Materiais e métodos: Este relato de caso foi realizado na Clínica de Fisioterapia das
Faculdades Integradas de Bauru, com um paciente portador de Distrofia muscular congênita
de Ullrich ou Miopatia de Ullrich que é tratado na clínica desde março 2013 até os dias de
hoje. Por se tratar de uma doença de incidência rara o paciente e sua família foram
encaminhados para um centro de estudos na Itália para a confirmação do diagnóstico.
Foi retirado do prontuário a primeira avaliação fisioterapêutica realizada neste paciente
(março de 2013) contendo história pregressa e da moléstia atual, exame físico e exames de
função respiratória (manuvacuometria e fluxometria (Pico de Fluxo Expiratório)).
Resultados e discussões: Paciente J.P.R.S nascido no dia 29/06/2004 com idade atual de
10 anos, mãe relata que sua gestação foi tranquila, realizou pré natal normalmente,
apresentou controle de cervical com 3 meses e controle de tronco com 6 meses, engatinhou
sentado com sete meses de idade, teve o desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM)
normal até os 10 meses. Após a Suspeita de Ullrich o paciente e sua familia foram
encaminhados para a Itália, para exames de biopsia muscular e DNA que só eram
realizados nesse país, após a ida para a Itália em 2009 foram realizados exames que
comprovaram que o paciente era portador da “ Miopatia de Ullrich”.
IXJornada Científica
Faculdades Integradas de Bauru - FIB
ISSN 2358-6044
2014
Não houve nenhuma melhora em todos os parâmetros avaliados no paciente, e foi
constatado uma diminuição da força muscular e da goniometria nos músculos Flexores de
Punho, Extensores de Punho, Dorsi flexores, Flexores de Quadril, Flexores de Joelho e
Flexores Plantares.
Conclusão: Após 17 meses de atendimento fisioterapêutico não houve melhora em nenhum
dos parâmetros avaliados. Houve uma diminuição da força muscular e da goniometria nos
músculos Flexores de Punho, Extensores de Punho, Dorsiflexores, Flexores de Quadril,
Flexores de Joelho e Flexores Plantares. Como se trata de uma doença progressiva e
degenerativa, os resultados que encontramos neste paciente corroboram com os dados da
literatura.
Referências
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ROCCO, F. M.; LUZ ,F. H. G.; ROSSATO, A. J .; FERNANDES, A. C.; OLIVEIRA, A. S. B
.; BETETA, J. T.; ZANOTELI, E. Avaliação da função motora em crianças com distrofia
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63, p.298-299. 2005.

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