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Cinema – Emoções em movimento – Heidi Strecker PROJETO P ROJETO D DE E LLEITURA EITURA A autora 1 Heidi Strecker é formada em Letras e em Filosofia pela USP, com pós-graduação em Teoria Literária pela Unicamp. Sua experiência como professora de redação e filosofia no ensino fundamental e médio ampliou seu potencial comunicativo, abrindo caminhos para outras atividades e projetos: trabalhou como colaboradora da Folha de S.Paulo, da revista Arte em São Paulo e das revistas eletrônicas Intervista e Cineguia, elaborando resenhas, críticas e reportagens sobre literatura e cinema; foi membro do júri do Prêmio Jabuti de Literatura Adulta e participou de diversas bancas corretoras de redação (como a da PUC-SP e a do Enem); fundou e dirigiu a ONG Centro de Alfabetização Natural (alfabetização de adultos). Atualmente a autora se dedica à Nanook Editorial, como diretora e colabora com artigos para a revista eletrônica Trópico. No volume Cinema – Emoções em movimento, Heidi Strecker compartilha com o leitor o seu olhar sobre os temas de que mais gosta: cinema e literatura. Resenha R esenha A obra Cinema – Emoções em movimento faz parte da coleção Comunicação Hoje, cuja proposta é convidar o leitor a refletir sobre a forma de comunicação das pessoas na sociedade contemporânea e as mídias utilizadas por elas sem esquecer as contribuições e influências no comportamento humano, a partir de um viés histórico. Neste volume a autora traz flashes da história do cinema, as etapas de construção da linguagem audiovisual e os gêneros que são apresentados por meio do diálogo permanente entre o texto verbal e o não verbal, o que auxilia na compreensão do assunto. Ficha Autora: Heidi Strecker Título: Cinema – Emoçõess em movimento Pesquisa iconográfica: Heidi Strecker e Tempo Composto Ltda. Ilustrações: Luli Penna Formato: 17 x 24,5 cm N.o de páginas: 32 Elaboração: “No século XVI, um cientista alemão juntou uma caixa, uma fonte de luz e uma lente e, com isso, criou a lanterna mágica – um aparelho óptico que reflete e amplia as imagens a distância. Faltava, porém, dar movimento a essas imagens.”(p. 3) “O que caracteriza o documentário é o fato de ele ser um filme de não ficção, um registro da realidade.” (p. 17) Shirley Bragança Quadro sinóptico Gênero: paradidático Palavras-chave: ponto de vista, manipulação de imagens, comunicação Tema transversal: pluralidade cultural Interdisciplinaridade: Artes, Ciências, Matemática e Português INDICAÇÃO: leitor fluente: a partir de 11 anos ensino fundamental >> Resenha O texto é conciso e dá ao leitor uma visão geral do assunto. Ele está distribuído em boxes, que favorecem a leitura tradicional (da esquerda para a direita e de cima para baixo), e em hipertexto (pelas janelas, de maneira não sequencial, não linear). O projeto gráfico da obra sugere movimento, atraindo o olhar do leitor; e a sua organização, por ser temática, favorece o trabalho do professor na elaboração de roteiro de pesquisa para aprofundamento dos assuntos abordados. Conversa com o professor Os filmes (documentário ou ficção) são resultado de um processo de manipulação de imagens estáticas, fotografadas do real, que reproduzem o movimento da vida. Esse movimento cinematográfico contínuo, parecido com o da realidade, deve-se ao fenômeno de ilusão de óptica, que ocorre da seguinte maneira: “captura-se” uma figura em movimento com intervalos de tempo muito curtos entre cada “fotografia”, os chamados fotogramas. Esses fotogramas, num mínimo de vinte e quatro por segundo, são projetados posteriormente nesse mesmo ritmo. 2 A impressão de movimento se dá porque o nosso olho guarda uma imagem na retina por um tempo maior que 1/24 de segundo. Dessa maneira, ao captarmos uma imagem, a anterior ainda está na retina; por isso não percebemos a interrupção entre as imagens fotografadas. Mas essa impressão pode ser desfeita se interferirmos na velocidade da filmagem. A linguagem audiovisual é outro fator que corrobora esse processo de manipulação das imagens, pois o seu conjunto de convenções e códigos admite a construção de mensagens retiradas de uma realidade natural ou construída, para serem reproduzidas posteriormente. Esse sistema simbólico trabalha com elementos que permitem tocar a emoção do receptor. Essa emoção é explorada por meio da visão e da audição, que acionam outros sentidos (olfato, paladar e tato) pela sugestão, com o intuito de levar o receptor a vivenciar, como experiência primeira, as emoções da história narrada mediante um pacto sensorial, que poderá ser seguido pela razão. As formas linguísticas e a construção da narrativa estão baseadas no olhar do diretor. É ele quem decide o ângulo de visão em que as cenas serão produzidas, a sequência dessas cenas e o seu tempo de exposi- >> ção na tela, como também a emoção que deverá ser repassada ao receptor. Tudo isso faz da linguagem cinematográfica uma sucessão de seleções e escolhas, a partir de um ponto de vista: decide-se por filmar o objeto de perto ou de longe, em movimento ou não, por esse ou por aquele ângulo. Na montagem, escolhem-se determinados planos em detrimento de outros e a sequência em que as cenas serão exibidas e, finalmente, determinam-se os efeitos sonoros. Portanto, é fundamental que o leitor seja despertado para essas percepções e conceitos para que se aproprie desses modos de produção e, a partir da reflexão sobre essas realidades construídas na tela, seja capaz de interferir na sociedade em transformação, “pautando-se por uma compreensão histórica que busque analisar as forças em conflito e coloque-se como instrumento do desenvolvimento do ser humano total”. (Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do DF, 2002) >> Conversa com o professor Para isso, é imprescindível o desenvolvimento de diferentes atividades em sala de aula que explorem a questão do olhar – do ponto de vista tanto do produtor de mensagens quanto do receptor – por meio da desconstrução do objeto em estudo, destacando vários elementos, tais como: objetivo da mensagem; enquadramento do objeto (plano médio, plano geral, primeiro plano); interferência da luz sobre esse objeto; posição do objeto; efeitos sonoros (fala, música ou ruídos); cores utilizadas, figurino, tempo de exposição de cada cena, organização, ritmo etc. Essas atividades permitirão ao aluno transformar as informações recebidas em conhecimento, por meio de aprendizagens significativas. “(...) Aprendizagens significativas caracterizam-se pelo fato de as novas informações apoiarem-se em conceitos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva da pessoa. Esses conceitos, denominados subsunçores, originam-se das experiências de vida de cada ser humano, por processos como o de formação de conceitos (...)” (Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do DF, 2002) 3 Como ponto de partida para a formação de conceitos, sugerimos uma proposta de trabalho que utilize a propaganda, por ser excelente material de desconstrução, tendo em vista que veicula mensagens curtas, apresentadas em diferentes suportes textuais (revistas, jornais, televisão, rádio) e traz, em seu conteúdo, grande apelo à sugestão e a proposição de pactos sensoriais com o consumidor. Com ela pode-se discutir a interferência e o impacto do suporte textual na visão do receptor; o modo de leitura que o receptor faz de cada propaganda em cada suporte textual; os elementos constitutivos desse gênero textual; e os recursos utilizados pelo produtor para convencer o consumidor: cores, enquadramento, jingles, imagem de celebridades etc. Nesse contexto, a obra Cinema – Emoções em movimento vem contribuir para o desenvolvimento do trabalho em sala de aula, pois auxilia professor e aluno na compreensão de assuntos complexos por meio da discussão e reflexão dos temas apresentados. São facilitadores desse processo a diagramação e o projeto gráfico da obra. Comentários sobre a obra Cinema – Emoções em movimento é mais uma obra da coleção Comunicação Hoje que chama a atenção do leitor para uma forma de narrar histórias. Ela coloca o leitor em contato com a tecnologia do cinema e sua linguagem por meio de uma perspectiva de linha do tempo. A diagramação da obra desconstrói a forma tradicional de ler no Ocidente (da esquerda para a direita e de cima para baixo), pois faz alusão à linguagem do computador (texto dinâmico e não sequencial), o que valoriza a proposta do livro, que é guiar o leitor pelo olhar. Essa forma de leitura é permitida ao leitor porque os textos e as ilustrações estão distribuídos em boxes de modo inovador, mas sem prejudicar o sentido do texto. É importante ressaltar que esses boxes mudam de tamanho a cada página, o que instiga um olhar de observador; ou seja, um olhar que concentra o pensamento e os sentidos com vontade de ver, de perceber os detalhes significativos. Esse exercício, proposto na obra de maneira muito sutil, favorece a quebra do olhar mecanizado do dia a dia e permite a síntese da informação em conhecimento, por meio da articulação dos códigos verbal e não verbal. 4 No volume são apresentados um breve histórico do cinema, seus gêneros e as etapas da realização de um filme, com informações bem concisas, mas que levam o leitor à reflexão e a várias discussões: a representação da realidade utilizando a linguagem audiovisual; o olhar, o ponto de vista de determinado grupo que tem voz na sociedade; a interferência de seleção e enquadramento de imagens no processo de construção da história. “A maioria das cenas de um filme é rodada fora da ordem cronológica da história. São muitas e muitas horas de filmagem, e pode acontecer de a mesma cena ter de ser realizada várias vezes. Parece um caos: casal se beijando antes de se conhecer, bandido preso antes de cometer o crime... Para definir as etapas de trabalho e providenciar tudo o que será necessário para a realização das cenas, é feito um plano de filmagem.” (p. 11) Essas informações estão organizadas na obra por temas que funcionam como links, despertando no leitor a vontade de se aprofundar no assunto. A ação é facilitada porque o projeto gráfico sugere ao aluno um direcionamento para roteiro de pesquisa sobre determinado tema apresentado. Isso se dá por meio de informações e subtítulos apresentados nos boxes em cada página. Cabe ao professor fomentar, com atividades envolventes, o interesse do aluno pelo assunto e orientá-lo no desenvolvimento da pesquisa, fornecendo material bibliográfico adequado. Sugestão de atividade As curiosidades estão presentes em todos os temas eleitos pelo livro e dão ao leitor um motivo a mais para se envolver com a obra. Elas oferecem ao professor ótima oportunidade de trabalho de pesquisa. Sugerimos a elaboração de um minicatálogo de curiosidades sobre o cinema, obedecendo em estrutura e organização o modelo de dicionário. ATIVIDADES A TIVIDADES P PROPOSTAS ROPOSTAS Preparando a leitura 5 Primeiro momento 1. Selecione alguns exemplos dados no livro Os Cinco Sentidos – Visão (coleção Crianças Curiosas) que explorem a ilusão de óptica. A partir deles, discuta com a turma esse fenômeno e o sentido da visão. 2. Uma segunda opção é a realização de mágicas dentro da sala de aula. A turma discutirá a questão do olhar e o sentido da visão a partir dos truques de mágica. (Mostre-Me como Fazer – Livro de atividades. p. 192) 3. Terceira opção: selecione imagens de paisagens retiradas de revistas, jornais, calendários, internet e outros. Divida a turma em grupos. Distribua as imagens entre os grupos. Recorte duas tiras de cartolina nas dimensões 1,5 x 10 cm. Junte e prenda as duas tiras por uma das extremidades com um clipe. Em seguida peça aos alunos que selecionem uma parte da imagem recebida, enquadrando-a num ângulo reto ou obtuso. Dobre a gravura e deixe à mostra somente a parte selecionada. Cada grupo exibirá a parte selecionada da sua imagem, e os outros alunos levantarão hipóteses sobre o objeto, na tentativa de descobrir o que ele é. Depois disso, o grupo desdobrará a gravura, confirmando ou não ass hipóteses levantadas. Segundo momento 1. Depois desse exercício do o olhar, leve para a sala de aula a propagandas interessantes que ue dialoguem com filmes ou telass retiradas de sites, revistas, jornaiss e analise a construção da mensagem, agem, destacando os elementos verbais e não verbais. Na bibliografia dada, você ê encontrará duas sugestõess de propagandas retiradas de revistas que fazem menção o à tela (Boticário) e ao filme (Campari). Buster Keaton no filme Cameraman, de 1928: © MGM/Album – LatinStock PUBLICIDADE Os textos publicitários utilizam uma linguagem que, embora pareça produção espontânea, com um tom informal, mais próximo da oralidade do que da escrita, é intencionalmente elaborada, estilizada para atingir um determinado ado público e manter o produto sempre em destaque. Esses textos podem apelar para a humor, curiosidade, contraste, quebra de expectativa; enfim, elementos que estimulem em o desejo, induzam à ação e exerçam certa pressão psicológica nos consumidores. As mensagens procuram passar ideias de bem-estar, prazer, lucro, ucro, prestígio, que o consumidor alcançará ao adquirir o produto. 2. Grave propagandas veiculadas na televisão que explorem o humor para atrair a atenção do consumidor. (Exemplo: propaganda dos carros Ford, d, 2007 – “Bicho não pode comprar carro, mas você pode”.) Reúna todo o material, l, selecione as propagandas de acordo com o interesse da sua turma e discuta com m os alunos cada uma delas, analisado-as a partir do roteiro abaixo: a) Quem são os possíveis destinatários do texto publicitário? Que informações do texto nos levam a identificá-los? b) Que recursos o produtor dessa mensagem utiliza para atrair a atenção do telespectador, despertar seu interesse e estimulá-lo a consumir o produto? c) Quais as características desse texto, tendo em vista os objetivos a serem atingidos? d) Qual o enquadramento escolhido pelo produtor da mensagem? 6 e) A propaganda da Campari faz referência ao filme Dama de Vermelho, que nos remete à atriz Marilyn rilyn Monroe. Que elementos da propaganda ganda nos permitem fazer essa leitura? ? (Pergunta específica para a propaganda a da Campari veiculada pela revista Veja ja – ver Bibliografia.) Uma Thurman em Kill Bill, 2004: ©Everet Collection-Keystone. Trabalhando a leitura 1. Selecione e grave cenas de filmes citados no livro e enfatize: figurino, efeitos especiais, enquadramento e trilha sonora. 2. Faça uma leitura dos temas: “Como é feito um filme?”, “Etapas na realização de um filme” e “Arte do cinema”. 3. Exiba as cenas dos filmes selecionados e comente-as, entremeando-as com a leitura dos trechos referentes ao assunto abordado na cena. 4. Destaque na composição da cena: a interferência dos ruídos e o tipo de emoção que eles despertam no espectador; a escolha do enquadramento (close, plano geral, plano médio etc.). Nas cenas dos filmes de época: figurino, cenário e fotografia. Filmes de ação: efeitos especiais. Romance e suspense: trilha sonora e ruídos. 5. Mostre aos alunos a importância da composição da cena na construção de um filme. (Para que o aluno compreenda melhor o assunto, você pode fazer uma pequena montagem: grave algumas cenas de filmes conhecidos e substitua alguns elementos por outros: uma cena romântica com um fundo musical de filmes de suspense ou comédia, por exemplo. Comente a reação dos alunos em relação às cenas vistas.) 7 Outra opção: promova uma sessão da série Contos Desfeitos, da TV Escola. q Analise com os alunos o enquadramento, o material utilizado para a caracterização dos personagens e a composição do cenário; a trilha sonora, ruídos e o tempo de exibição do filme. Compare com os filmes de desenho animado que os alunos conheçam. Aguce a curiosidade dos alunos com as perguntas: De onde vêm essas histórias? Quem são seus autores? O que elas têm de especial para cir-cular até hoje? Leve para a sala de aula livros sobre o tema e apresente aos alunos a diversidade de paráfrases e paródias publicadas. Cineasta Glauber Rocha © Acervo Tempo Glauber Explorando a leitura LUZES, CÂMERA, AÇÃO! “O roteiro é a história do filme contada de forma técnica. Ele vale como guia de filmagem. É um texto completo que descreve a ação, os personagens e os diálogos. Contém também a indicação de planos, enquadramentos e movimentos de câmera. O roteiro pode ser original, ou seja, criado por um autor, ou adaptado de alguma obra literária.” (p. 8) Agora é a sua vez, turma! Escolha uma das opções de trabalho e PARTICIPE! 1. A partir da sugestão do roteiro de audiovisual abaixo, peça aos alunos que elaborem uma propaganda de um produto que tenha relação com o cinema, a ser veiculada na televisão. 2. Após a exibição da série Contos Desfeitos, da TV Escola, os alunos deverão escolher um dos episódios e elaborar uma paródia da história utilizando a linguagem audiovisual e objetos do dia a dia na composição dos personagens e cenários. 8 Sugestão de roteiro Objetivo (o que se pretende com a veiculação da propaganda). Duração (o tempo de veiculação do comercial na televisão: 1’, 1’30”). Roteiristas (os participantes do grupo). Sinopse (um resumo da proposta da propaganda). Título: IMAGENS ÁUDIO/SOM Registrar o número de cenas a serem filmadas e a sequência, detalhando cada uma delas. 1. Registrar a sequência em que o som aparecerá: música, ruído ou fala de alguém. CENA 1 a) Imagens internas (ambiente fechado) ou externas (ao ar livre). Descrever a cena. b) Enquadramento de objetos e pessoas. c) Horário do registro da cena. d) Local da cena. e) Duração da cena. f) Figurino. 2. Registrar literalmente a fala dos personagens. CENA 2 Idem. >> Quer saber mais? No desenho animado, trabalha-se com uma série de desenhos, cada um dos quais representa uma posição sucessiva, com pequenos detalhes de movimento de uma figura ou objeto. Esses quadros são fotografados por uma máquina cinematográfica especial e revelados numa fita contínua. Na projeção, esse filme produz uma imagem em que as figuras e objetos desenhados parecem mover-se como se fossem dotados de vida. Para cada dez minutos de filme são necessários 14 mil fotogramas, ou seja, 14 mil desenhos diferentes. O uso do computador facilitou muito o trabalho, que era inicialmente todo manual. Hoje há programas especiais para a elaboração de animação por computador, o que permitiu grande expansão da produção. O primeiro desenho animado de longa metragem foi Branca de Neve e os Sete Anões, feito em 1937 por Disney (Oliveira e Garcez, 2001). 9 Outras obras AZEVEDO, Ricardo. Nossa Rua Tem um Problema. São Paulo: Ática, 1999. (É um livro muito interessante, porque mostra o ponto de vista do menino e da menina sobre a rua em que moram. O projeto gráfico do livro permite ao leitor escolher de qual ponto de vista ele quer iniciar a leitura.) CIBOUL, Adèle. Os Cinco Sentidos. São Paulo: Salamandra, 2003. (Esse livro faz parte de uma coleção paradidática chamada Crianças Curiosas; apresenta à criança os cinco sentidos, satisfazendo suas curiosidades de forma interativa.) LONGOUR, Michele. O Corpo. São Paulo: Salamandra, 2003. (Esse livro faz parte de uma coleção paradidática chamada Crianças Curiosas; apresenta à criança o corpo, satisfazendo curiosidades de forma interativa.) OLIVEIRA, Eduardo. Enquanto Isso na Índia. Porto Alegre: Projeto, 2000. (Flip book, um livro de animação.) OLIVEIRA, Jô e Garcez, Lucília. Explicando a Arte – Uma iniciação para entender e apreciar as artes visuais. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. (A obra traz a história da arte e os principais recursos e técnicas empregados nas artes visuais por meio de uma proposta lúdica que estimula o leitor a dedi- car um olhar novo e atento a tudo o que o rodeia.) – Mostre-me como Fazer – Livro de atividades. São Paulo: Editora Edelbra – Indústria Gráfica e Editora Ltda., 1999. (O livro traz numerosas atividades manuais que podem ser realizadas pelas crianças, desenvolvendo várias habilidades.) SIEBER, Allan. Salvem as Baleias. Porto Alegre: Projeto, 2000. (Flip book, um livro de animação.) Zé do Caixão, personagem de José Mojica Marins: © Arquivo José Mojica Marins Filmes Arte e Ciência: Como a ciência e a tecnologia abriram novas possibilidades para a arte – Da invenção do cinema e da tevê à manipulação das imagens. Duração: 26’07’’ Realização: Filmoption – CSM Productions, Canadá, 1991. Veiculação: TV Escola – Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. de produção: Brasil. Duração: 63 min. Distribuição: Cult Filmes. Região Multizonal Áudio LPCM Stereo (Português) Vídeo Widescreen. Cor: colorido com partes em preto e branco. Lobisomem e o Coronel (2002), Direção: Elvis Kleber e Ítalo, 10’; Sinistro (2000), René Sampaio, 17’; Leo 1313 (1997), Betse de Paula, 6’ ; Momento Trágico (2003), Cibele Amaral, 16’; Um Trailer Americano (2002), José Eduardo Belmonte, 14’. Uma Pequena História do Cinema: Walter Lima Jr. e Davi Neves comentam a história do cinema no Brasil com cenas marcantes que ficaram gravadas no inconsciente dos espectadores. Duração: 38’19’’ Realização: Governo do Estado do Rio de Janeiro. Programa TV Escola. Veiculação: TV Escola – Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. www.2001video.com.br. DVD Curta Brasília. Vol. 1: gênero Cinema Nacional. Direção: Elvis Kleber, Ítalo Cajueiro, René Sampaio, Betse de Paula, Cibele Amaral, José Eduardo Belmonte. Anos de produção: 1997, 2000, 2002, 2003. País 10 Diretor de cinema Jean-luc – Godard: © Tony Irank / Corbis Sygma – LatinStock ANEXO A NEXO TTEÓRICO EÓRICO 11 “Ler é dotar de sentido, tirar à luz os sentidos possíveis que a obra traz em si e em sua relação com as demais. Cada leitura é uma nova escrita do texto. O ato de criação não seria o autor, mas o leitor.” (Bella Jozef) Ao pensarmos sobre releituras e dialogismo e no desafio do leitor em deslindar um texto, com toda a sua complexidade, sentimos a necessidade de sugerir um caminho para você, professor. Por isso indicamos a Metodologia dos Três Olhares, concebida por Francisca Nóbrega, no Rio de Janeiro, e a Estética da Recepção, concebida por Hans Robert Jauss, na Alemanha, como instrumentos valiosos para auxiliar no processo de leitura de textos verbais e não verbais. Nessa metodologia o leitor tem a função de explorar o texto na sua plurissignificação, reconstruindo-o de acordo com o seu horizonte de experiências. Cena do filme Casablanca: © Warner Brothers / Album – LatinStock Método dos três olhares à luz da estética da recepção 1.o MOMENTO Olhar receptivo 2.o MOMENTO Olhar mediador 3.o MOMENTO Olhar ativo Encontro do leitor com um mundo que não conhece Encontro do leitor com o mundo significativo Encontro do leitor com o mundo novo que agora conhece O que faz Uma leitura que apanha os elementos significativos, sinais, referentes Uma leitura de diálogo com o texto, por meio da pergunta e da resposta Uma leitura de cruzamento do ver e do sentir, do exterior e do interior, ou seja, cruzar experiências Como faz Olha e vê Olha, vê, interroga e busca Olha, encontra, associa, reúne, interioriza, vê e lê O que importa Reconhecer os elementos significativos, sinais, referentes O exame da realidade representada, por meio do questionamento da busca dos porquês, causas e motivos A integração do novo que se vê e do antigo que é a experiência do já visto, fusão de horizontes, ampliação de conhecimento O que resulta Compreensão VER-POR-CONHECER Interpretação VER-E-PENSAR Aplicação VER-PENSAR-LER MOMENTOS DO OLHAR O que acontece 12 Cena do filme A Noiva Cadáver: © Warner Brothers / Everelt Collection – Keystone O primeiro momento corresponderia ao nosso nível de leitura literal, no qual o leitor deverá reconhecer os elementos da superfície do texto, tais como personagens, espaço, tempo, dominando, evidentemente, o código da língua portuguesa. Nos textos não verbais o leitor observará a presença de cores ou ausência delas, formas, texturas, ícones etc. O segundo momento corresponderia ao da interpretação, quando o leitor, pelo exercício da hermenêutica, dialoga com o texto. É o momento em que se faz uma leitura mais apurada, tendo por base o horizonte de expectativa, da primeira leitura, correspondendo, para nós, ao nível da leitura contextualizada, no qual o aluno deverá interpretar o texto. O terceiro momento é formado pelos dois precedentes, é o da recepção efetiva do texto, quando há formação de julgamento estético e com ele a atualização do texto. Esse momento abarca dois níveis de leitura: o nível da leitura crítica, no qual o aluno deverá apreender o discurso temático e ampliar o seu horizonte de expectativa, dialogando com outros textos, formadores de sua história de leituras e que abordem o mesmo tema, e o nível da metaleitura, no qual o aluno deverá ter o domínio 13 do conhecimento, pela apropriação do discurso metalinguístico. Bibliografia BERNADET, Jean-Claude. O Que É Cinema? São Paulo: Brasiliense, 1980. CARVALHO, Nelly de. Publicidade – A linguagem da sedução. São Paulo: Ática, 2001. COELHO, Nely Novaes. Literatura Infantil – Teoria, análise e didática. São Paulo: Moderna, 2000. FORTUNA, Felipe. Visibilidade – Ensaio sobre imagens e interferências. Rio de Janeiro: Record, 2000. MACHADO, Arlindo. A Arte do Víídeo. São Paulo: Brasiliense, 1988. PAULINO, Graça. Tipos de Texto, Mo-dos de Leitura. Belo Horizonte: Forrmato Editorial, 2001. Salto para o Futuro – Educação do o olhar – Secretaria de Educação a Dis-tância. Brasília: Ministério da Educação o e do Desporto, SEED, 1998, v. 2. Revistas “Mulheres do Brasil”. Revista Cláudia,, n: 534, 2006. Revista Veja, edição especial, ago.. 2005. Época, edição 488, set. 2007. “ALICE descobre o espelho”. Ciên-- cia Hoje das Crianças. Rio de Janeiro, SBPC, ano 17, n. 147, jun. 2004. Sites www.cineduc.gov.org.br. http://www.mnemocine.com.br. Filmes A Dama de Vermelho (The Woman in Red). Direção: Gene Wilder. Origem: Estados Unidos. Duração: 87 minutos. Tipo: Longa-metragem (1984). Este projeto de leitura está com a Nova Ortografia conforme o Acordo Ortográfico daLíngua Portuguesa