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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Coletânea de Exercícios Pré-Vestibular e Enem Curso Preparatório Dominantes LTDA ME www.dominantes.com.br 1. (Fuvest) Reduit é leite puro e saboroso. Reduit é saudável, pois nele quase toda gordura é retirada, permanecendo todas as outras qualidades nutricionais. Reduit é bom para jovens, adultos e dietas de baixas calorias. (Texto em uma embalagem de leite em pó) a) No texto acima, a gordura pode ser entendida também como uma qualidade nutricional? Justifique sua resposta, transcrevendo do texto a expressão mais pertinente. b) As qualidades nutricionais de um produto, segundo o texto, sempre fazem bem à saúde? Justifique sua resposta. 2. (Fuvest) Se, como diz o ditado, ter um é pouco e dois é que seria o bom, quando se trata do Trio Beaux Arts, os três são demais. No melhor sentido da palavra ["O Estado de S. Paulo", 12/04/96,D4] a) Qual é "o melhor sentido da palavra" a que o autor se refere? b) Qual o contra-senso que ele evitou, ao acrescentar a ressalva "no melhor sentido da palavra"? 3. (Uff) Toda noite dá vontade de dizer: 'Esse é o verdadeiro Brasil'. Mas talvez seja mesmo ocioso procurar o país numa só pessoa e num só lugar. Ele é esse E aquele, não esse OU aquele. O que tem de melhor é a variedade. Ele é especial por ser diverso, é singular porque plural. VENTURA, Zuenir. Jornal do Brasil, Caderno B, 27/06/98. p. 10. Leia o fragmento de Mário de Andrade: Fale fala brasileira Que você enxerga bonito Tanta luz nessa capoeira tal e qual numa gupiara. Misturo tudo num saco, Mas gaúcho maranhense Que pára no Mato Grosso, Bate este angu de caroço Ver sopa de caruru ANDRADE, Mário de. "Poesias completas." São Paulo: Martins, 1955. p. 333-4. vocabulário capoeira - Terreno em que o mato foi roçado e/ou queimado para cultivo da terra ou para outro fim. gupiara - Depósito sedimentoso diamantífero nas cristas dos morros; gorgulho. ver - Como. caruru - Planta cujas folhas, verdes, são saborosas e nutritivas, e por isso muito usadas na culinária. Agora, formule até três frases completas, estabelecendo a relação entre as duas últimas frases do texto de Zuenir Ventura e o fragmento de Mário de Andrade. 4. (Uff) Compare as opiniões expressas nos textos abaixo e escreva um parágrafo de aproximadamente cinco linhas, estabelecendo relação entre a língua e a nacionalidade. I - A língua é a nacionalidade do pensamento como a pátria é a nacionalidade do povo. Da mesma forma que instituições justas e racionais revelam um povo grande e livre, uma língua pura, nobre e rica, anuncia a raça inteligente e ilustrada. ALENCAR, José de. Pós-Escrito. "Diva". Rio de Janeiro, Aguilar, 1965, V.I, p. 399, 400, 01. II - LÍNGUA É VIDA. Faz parte de toda a gama de nossos comportamentos sociais, como comer, morar, vestir-se, etc. Não é uma realidade à parte, algo que se esquece tão logo se saia da sala de aula, das provas, dos concursos. LUFT, Celso Pedro. "Língua & Liberdade". Porto Alegre: L&PM, 1985. p.74. III - O Movimento de 1922 não nos deu - nem nos podia dar - uma 'língua brasileira', ele incitou os nossos escritores a concederem primazia absoluta aos temas essencialmente brasileiros [...] e a preferirem sempre palavras e construções vivas do português do Brasil a outras, mortas e frias, armazenadas nos dicionários e nos compêndios gramaticais. CUNHA, Celso. "Língua portuguesa e realidade brasileira". Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1970. 5. (Ufrj) MAPA-MÚNDI A facilidade de comunicações acabou com esses tanques em que floresciam as diferentes culturas. Quando antes se olhava o mapa-múndi e via-se cada país de um colorido diferente, podia-se tomar isso ao pé da letra. É verdade que o mundo Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br continuou a ser uma colcha de retalhos; mas são todos da mesma cor. Bombaim, Roma Tóquio, que se escondiam, cada um com seu peculiar mistério, nos compartimentos estanques de sua própria civilização, agora, a julgar pelos filmes, estão perfeitamente padronizados, universalizados. E, no mundo de hoje, para desconsolo dos descendentes de Sindbad e de Marco Pólo, a única cor local das cidades famosas são os turistas. (QUINTANA, Mário. PROSA E VERSO. Compilação do autor. Porto Alegre: Globo, 1978.) "ANTES" "cada país de um colorido diferente" "DEPOIS" "Bombaim, Roma, Tóquio"[...] "a julgar pelos filmes, estão perfeitamente padronizados, universalizados" a) Os trechos anteriormente transcritos caracterizam um mundo de ANTES e um mundo de AGORA. Segundo o texto, essa transformação apagou todos os traços originais que individualizavam e distinguiam cada país e cada cultura? Retire do texto a frase que comprova sua resposta. b) Explique, então, o efeito expressivo obtido com o emprego do advérbio "perfeitamente" em "agora, a julgar pelos filmes, estão perfeitamente padronizados, universalizados.". 6. (Ufrj) Terra em chamas Com seu privilégio territorial, o Brasil jamais deveria ter o campo conflagrado. Existem 371 milhões de hectares prontos para a agricultura no país, uma área enorme, que equivale aos territórios de Argentina, França, Alemanha e Uruguai somados. Mas apenas 14% dessa terra, igual à Alemanha, tem algum tipo de plantação. Outros 48%, área quase igual à do México, destinam-se à criação de gado. O que sobra, uma África do Sul inteira, é o que os especialistas chamam de terra ociosa. Nela não se produz 1 litro de leite, uma saca de soja, 1 quilo de batata ou um cacho de uva. Por trás de tanta terra à-toa esconde-se outro problema agrário brasileiro. Quase metade da terra cultivável está nas mãos de 1 % dos fazendeiros, enquanto uma parcela ínfima, menos de 3%, pertence a 3,1 milhões de produtores rurais. É como se a população da cidade de Resende, no interior do Estado do Rio de Janeiro, fosse dona de três Franças, enquanto a população da Nova Zelândia tivesse apenas um Estado de Santa Catarina. (...) (...) Juntando tanta terra na mão de poucos e vastas extensões improdutivas, o Brasil montou o cenário próprio para atear fogo ao campo. É aí que nascem os conflitos, que nos últimos quinze anos, só em chacinas, fizeram 11 5 mortos. Daí surge a massa de sem-terra, formada tanto por quem perdeu seu pedaço para plantar como pela multidão de excluídos, desempregados ou biscateiros da periferia das grandes cidades, que são, de uma forma ou de outra, gente também ligada à questão da terra - porque perdeu a propriedade, porque não choveu, porque o pai vendeu a fazenda, porque ela foi inundada por uma represa. (VEJA. "Sangue em Eldorado". SP Editora Abril, Edição 1441/Ano29/N 17.24/04/96. p.40.) Atenção - vocabulário: conflagrado (1° período) - em agitação, em convulsão Um dos aspectos do problema tematizado em "Terra em chamas" está discutido no seguinte trecho: "O que sobra, uma África do Sul inteira, é o que os especialistas chamam de TERRA OCIOSA. Nela não se produz 1 litro de leite, uma saca de soja, 1 quilo de batata ou um cacho de uva. Por trás de tanta TERRA À-TOA esconde-se outro problema agrário brasileiro." a) Aponte a diferença de sentido entre "terra OCIOSA" e "terra À-TOA", no trecho destacado. b) O emprego da expressão "terra À-TOA", em confronto com a expressão "terra ociosa", manifesta a função emotiva (ou expressiva) da linguagem. Explique por quê. 7. (Ufrj) O utopista Ele acredita que o chão é duro Que todos os homens estão presos Que há limites para a poesia Que não há sorrisos nas crianças Nem amor nas mulheres Que só de pão vive o homem Que não há outro mundo. (MENDES, Murilo. MURILO MENDES: POESIA COMPLETA E PROSA. RJ: Nova Aguilar, 1994.) No poema, o pronome pessoal "Ele" não se refere ao utopista. Justifique a afirmação, com base na relação entre o título e o último verso do poema. 8. (Unicamp) No texto a seguir, há um trecho que, se tomado literalmente (ao pé da letra), leva a uma interpretação absurda. A oncocercose é uma doença típica de comunidades primitivas. Não foi desenvolvido Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br ainda nenhum medicamento ou tratamento que possibilite o restabelecimento da visão. Após ser picado pelo mosquito, o parasita (agente da doença) cai na circulação sangüínea e passa a provocar irritações oculares até perda total da visão. ("Folha de São Paulo", 02.11.90) a) Transcreva o trecho problemático. b) Diga qual a interpretação absurda que se pode extrair desse trecho. c) Qual a interpretação pretendida pelo autor? d) Reescreva o trecho de forma a deixar explícita tal interpretação. 9. (Unicamp) Às vezes, quando um texto é ambíguo, é o conhecimento que o leitor tem dos fatos que lhe permite fazer uma interpretação adequada do que lê. Um bom exemplo é o trecho que segue, no qual há duas ambigüidades, uma decorrente da ordem das palavras e a outra, de uma elipse de sujeito. O presidente americano (...) produziu um espetáculo cinematográfico em novembro passado na Arábia Saudita, onde comeu peru fantasiado de marine no mesmo bandejão em que era servido aos soldados americanos. (Veja, 09/01/91) a) Quais as interpretações possíveis das construções ambíguas? b) Reescreva o trecho de modo a impedir interpretações inadequadas. c) Que tipo de informação o leitor leva em conta para interpretar adequadamente esse trecho? 10. (Unicamp) O trecho seguinte dá a entender algo diferente do que seu autor certamente quis dizer: Malcolm Browne, também da Associated Press, deveria ter impedido que o monge budista em Saigon não se imolasse, sentado e ereto, impedindo o mundo de ver o protesto em cuja foto encontrou seu maior impacto? (Caio Túlio Costa, Folha de S. Paulo, 17/03/91) a) Se tomado ao pé da letra, o que significa exatamente o trecho "... deveria ter impedido que o monge... não se imolasse"? b) Se não foi isso que o autor quis dizer, que sentido pretendeu dar a esse trecho? 11. (Unicamp) A leitura literal do texto a seguir produz um efeito de humor. "As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro de 91, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais." ("Folha Sudeste", 06/06/92) a) Transcreva a passagem que produz efeito de humor. b) Qual a situação engraçada que essa passagem permite imaginar? c) Reescreva o trecho de forma a impedir tal interpretação. 12. (Unicamp) A coluna "Painel"do jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte nota: LITERALMENTE Desde a divulgação da pesquisa Data-Folha mostrando que 79% não sabem que Fernando Henrique é o novo ministro da Fazenda, seus adversários no Congresso criaram um novo apelido para ele: "Ilustre desconhecido." ("Folha de S. Paulo", 31.05.93 ) a) Quais os sentidos da expressão "Ilustre desconhecido" quando usada habitualmente em relação a alguém, e como apelido de Fernando Henrique Cardoso? b) Uma dessas duas interpretações de "Ilustre desconhecido", resulta num paradoxo*. Diga qual é essa interpretação e justifique. c) O Título "literalmente" é adequado à nota? Por quê? (*paradoxo = contra-senso, contradição ) 13. (Unicamp) Em uma de suas colunas, o ombudsman do jornal Folha de S. Paulo reproduziu um trecho de uma notícia do Jornal do Brasil e fez uma crítica ao título da mesma notícia. O título da notícia do Jornal do Brasil era: MULHERES CARDÍACAS TÊM MAIS CHANCE DE MORRER. A crítica dizia, simplesmente: "O JB de quarta-feira publicou título óbvio". Observe agora o começo da notícia publicada pelo JB: "WASHINGTON - As mulheres que se submetem à angioplastia têm dez vezes mais probabilidade de morrer no hospital do que os homens. A conclusão foi obtida num estudo..." ("Folha de S.Paulo", 14.03.93 ) a) Como o ombudsman da Folha leu a manchete do JB, para achar que ela diz o óbvio? b) Qual a leitura da manchete que deve ser feita, com base no texto que a segue? c) Porque a manchete do JB permite essas duas leituras? 14. (Unicamp) Leia o poema a seguir e responda: Maria Diamba Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Para não apanhar mais falou que sabia fazer bolos: virou cozinha. Foi outras coisas para que tinha jeito. Não falou mais: Viram que sabia fazer tudo, até molecas para a Casa-Grande. Depois falou só, só diante da ventania que vinha do Sudão; falou que queria fugir dos senhores e das judiarias deste mundo para o sumidouro. (Jorge de Lima, Poemas Negros) a) Descreva a personagem a que se refere o poema. Cite algumas passagens do poema que justifiquem sua resposta. b) O poema narra a história desta personagem. Que palavra(s) marca(m) no poema a evolução desta história? c) Os versos 8 e 10 apresentam duas novas atitudes da personagem diante de si e da história. Identifique-as. 15. (Unicamp) Para entender a tira a seguir, é necessário dar-se conta de que a pergunta de Helga pode ter duas interpretações. a) No contexto, como deve ser interpretada a fala de Helga? b) Como Hagar interpretou a fala de Helga? c) Explique por que o comportamento lingüístico de Hagar não corresponde ao de um falante comum. 16. (Unicamp) MALA PRONTA O ex-prefeito de Sonora, J. C. C., apenas aguarda os primeiros pronunciamentos da Justiça e do Tribunal de Contas para decidir se responde ao processo por desvio de Cr$130 milhões em carne e osso ou desaparece, seguindo exemplo de um colega de corrupção. J. C. C. corre dois riscos: ter que devolver o dinheiro e ainda ir para a cadeia. São motivos suficientes para pensar em pegar a estrada. (Bastidores, DIÁRIO DA SERRA, Campo Grande, 26-27/09/93) Segundo a nota acima, o ex-prefeito de Sonora deveria tomar uma decisão: apresentar-se à justiça ou fugir. Para formular a primeira alternativa, o autor do texto usa a expressão idiomática (frase feita) "em carne e osso". a) O que significa a expressão idiomática "em carne e osso"? b) Se a seqüência "em carne e osso" não for lida como expressão idiomática, e as palavras "carne" e "osso" forem tomadas em sentido literal, é possível fazer uma outra interpretação da nota acima. Qual é essa interpretação? c) Para obter cada uma das duas interpretações, a seqüência "em carne e osso" deve ser relacionada a diferentes palavras do texto. Identifique essas palavras, vinculando-as a cada uma das interpretações. 17. (Unicamp) Trechos que parecem estranhos quando são considerados isoladamente tornam-se compreensíveis num contexto apropriado. É o caso do penúltimo parágrafo do trecho a seguir: - "O mais antigo dos casos de torcicolo do mundo foi diagnosticado numa múmia egípcia em Birmingham (Reino Unido). - Um curador do museu local descobriu que uma múmia doada no século 19 tinha o pescoço levemente torto. - Exames de raios X feitos no Hospital da Cidade de Birmingham revelaram que o crânio da múmia estava levemente torcido para a direita. - As chapas também mostraram uma possível causa para a torção. Uma ponta de seta está alojada no lado direito do pescoço abaixo do crânio. - Segundo Ahmes Pahor, médico do hospital, o egípcio, com cerca de 30 anos, foi alvejado a queima roupa. O ferimento causou uma infecção e provocou um espasmo nos músculos do pescoço - o chamado torcicolo. - O especialista afirma que o homem pode ter vivido dias antes de morrer. - Por causa do enrijecimento do corpo, o embalsamador foi incapaz de endireitar o pescoço ao mumificar o cadáver". ("Folha de S. Paulo", 04/01/96, "Raios X revelam o torcicolo mais antigo"). a) Aponte uma leitura possível em que o penúltimo parágrafo, considerado fora de seu contexto, faz uma afirmação óbvia. b) Aponte outra leitura possível para o mesmo parágrafo, que contradiz a informação de que o egípcio viveu cerca de trinta anos. c) Reescreva o parágrafo em questão de modo a impedir as leituras indesejáveis, expressando a idéia que o especialista quis realmente transmitir. Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br 18. (Unicamp) Cantor do Chili Peppers sofre acidente de moto O vocalista do grupo norte-americano Red Hot Chili Peppers, Anthony Kiedis, 34, teve de ser operado em Los Angeles, Costa Oeste dos EUA, após fraturar o punho em um acidente de moto. O acidente aconteceu quando um automóvel que ia à sua frente fez uma manobra inesperada. O fato obrigou o grupo a cancelar shows no Havaí e no Alasca. (FOLHA DE SÃO PAULO, 18.7.97) a) A que se refere O FATO do último período? b) Se o último período fosse "O fato obrigou o músico a jogar sua moto contra um muro", a que estaria se referindo O FATO? 19. (Unicamp) Acaba de chegar ao Brasil um medicamento contra rinite. O antiinflamatório em spray Nasonex diminui sintomas como nariz tampado e coriza. Diferente de outros medicamentos, é aplicado uma vez por dia, e em doses pequenas. Estudos realizados pela ScheringPlough, laboratório responsável pelo remédio, mostram que ele não apresenta efeitos colaterais, comuns em outros medicamentos, como o sangramento nasal. "O produto é indicado para adultos e crianças maiores de 12 anos, mas estudase a possibilidade de ele ser usado em crianças pequenas", diz o alergista Wilson Aun, de São Paulo. (ISTO É, 04/11/98) a) Segundo o texto, quais seriam as vantagens do uso de Nasonex em relação a produtos congêneres? b) O objeto de que trata este texto é chamado, sucessivamente, de "medicamento", "antiinflamatório", "remédio" e "produto". Qual desses termos é o que tem o sentido mais geral, e qual o mais específico? c) Duas das palavras indicadas em (b) podem ser consideradas sinônimas. Quais são elas? 20. (Unicamp) Sem comentários Do delegado regional do Ministério da Educação no Rio, Antônio Carlos Reboredo, ao ler ontem um discurso de agradecimento ao seu chefe, o ministro Eraldo Tinoco: "Os convênios assinados traduz (sic) (*) os esforços... " (PAINEL, "Folha de S. Paulo", 12/09/92) O título da nota acima, "sem comentários", é, na verdade, um comentário que expressa o ponto de vista do jornal, motivado por um problema gramatical no discurso lido por A. C. Reboredo. (*) sic. palavra latina que significa "assim"; no caso, é usada pelo jornal com o sentido de "exatamente desta forma". a) Que problema gramatical provocou o comentário do jornal? b) Explicite o comentário que está sugerido, neste caso específico, pela expressão "sem comentários". 21. (Uff) No trecho abaixo, há relações de comparação que estão lingüisticamente marcadas por formas diferentes. Transcreva os termos correspondentes de apenas UMA destas relações de comparação. A língua é a nacionalidade do pensamento como a pátria é a nacionalidade do povo. Da mesma forma que instituições justas e racionais revelam um povo grande e livre, uma língua pura, nobre e rica anuncia a raça inteligente e ilustrada. ALENCAR , José de. Pós-Escrito. "Diva". Rio de Janeiro, Aguilar, 1965, V.L, p.399, 400, 01. 22. (Uff) Em português, a relação de causalidade pode ser expressa pela conexão de duas orações em que uma apresenta a causa que acarreta a conseqüência contida na outra. Esta relação pode ser explicitada através de diversas formas estruturais. Transcreva do trecho abaixo a frase que apresenta uma relação de causalidade, expressa por duas formas estruturais diferentes. Toda noite dá vontade de dizer: 'Esse é o verdadeiro Brasil'. Mas talvez seja mesmo ocioso procurar o país numa só pessoa e num só lugar. Ele é esse e aquele, não esse ou aquele. O que tem de melhor é a variedade. Ele é especial por ser diverso, é singular porque plural. VENTURA, Zuenir. "Jornal do Brasil", Caderno B, 27/6/98. p.10. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES. (Unirio) TEXTO I O Espelho É um retângulo de luar aquecido no quarto - que a lua não recolheu na sua pressa noturna Imitador como um plagiário decalva servilmente a imagem que reflete. Não tem memórias. Não guarda na sua glacial retina indiferente o brilho de um olhar e a flor de um gesto. Entretanto o corpo núbil dela deu-lhe estátuas miraculosamente lindas ! (Menotti Picchia) del TEXTO II INTERROGAÇÕES 1 "Certa vez estranhei a ausência de espelhos nos sonhos. Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br 2 Talvez porque neles não nos podemos ver, como no velho conto do homem que perdeu a sombra. 3 Pelo contrário, seremos tão nós mesmos a ponto de dispensar o testemunho dos reflexos? 4 Ou será tão outra a nossa verdadeira imagem - e aqui começa um arrepio de medo - que seríamos incapazes de a reconhecer naquilo que de repente nos olhasse do fundo de um espelho? 5 Em todo caso, lá deve ter suas razões o misterioso cenarista dos sonhos..." (Mario Quintana) 23. Dentre as informações a seguir formuladas sobre o texto I, é INCORRETO afirmar que: a) a lua se presentifica metaforicamente através do espelho. b) a definição de espelho se dá a partir de uma associação metonímica. c) a retratação física do espelho se dá pelo emprego de recursos estilísticos. d) os significantes "Imitador" (I.3) e "decalca" (I.4), semanticamente, se equivalem. e) "servilmente" (I.4) retrata a impassibilidade, a função estática do espelho. 24. Sobre o texto II, pode-se afirmar corretamente que: a) a imagem do espelho é sempre muito ampliada e distorcida. b) o espelho é apenas um mero sonho. c) o espelho poderá ser uma realidade desagradável para o sujeito. d) os espelhos não são bem retratados nos sonhos. e) no espelho a imagem exterior e a interior sempre se equivalem. 25. Tendo por base os dois textos, assinale a opção INCORRETA. a) No texto I, os significantes "brilho" (I.7) e "flor" (I.7) retratam, semanticamente, a realidade interior. b) No texto II, há uma oposição entre o real e o imaginário. c) O texto II apresenta um impasse quanto à verdadeira imagem do eu-lírico. d) Nos dois textos, há uma relação de identidade quanto ao tema. e) Nos dois textos, há uma relação de identidade quanto ao enfoque do tema. 26. (Ufpe) "Três semanas atrás, escrevendo aqui sobre a arrogância no jornalismo, eu dizia que muita gente hoje tem mais medo de ser condenada pela imprensa do que pela justiça, já que esta tem regras fixas e instâncias de apelação. O poder da imprensa é arbitrário e seus danos irreparáveis. "O desmentido nunca tem a força do mentido". Na justiça, há pelo menos um código para dizer o que é crime; na imprensa 'não há um código' - não há norma nem para estabelecer o que é notícia, quanto mais ética. 'Mas' a grande diferença é que, no julgamento da imprensa, as pessoas são culpadas até prova ao contrário." (Zuenir Ventura / JB - 26/05/95) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parêntesses (V) se a afirmação for verdadeira ou (F) se for falsa. Quanto às idéias do texto: ( ) A condenação de justiça é menos temida que a da imprensa, por ter regras fixas. ( ) A mesma norma que estabelece o que é notícia, estabelece também o que é ética jornalística. ( ) Na justiça, como na imprensa, as pessoas são culpadas até provar o contrário. ( ) O poder da justiça é balizado por regras conhecidas, enquanto o da imprensa é desmedido, pela pressão que exerce na opinião pública. ( ) A ausência de um código de ética para o noticiário determine uma certa leviandade na divulgação, quando a versão prevalece sobre o fato. 27. (Enem) SONETO DE FIDELIDADE De tudo ao meu amor serei atento Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou ao seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama. Eu possa me dizer do amor (que tive) : Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. (MORAES, Vinícius de. ANTOLOGIA POÉTICA. São Paulo: Cia das Letras, 1992) A palavra MESMO pode assumir diferentes significados, de acordo com a sua função na frase. Assinale a alternativa em que o sentido de MESMO equivale ao que se verifica no 3Ž verso da 1• estrofe do poema de Vinícius de Moraes. a) "Pai, para onde fores, /irei também trilhando as MESMAS ruas..." (augusto dos Anjos) b) "Agora, como outrora, há aqui o MESMO Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br contraste da vida interior, que é modesta, com a exterior, que é ruidosa." (Machado de Assis) c) "Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o remédio não surtiu efeito, MESMO em doses variáveis." (Raimundo Faoro) d) "Mas, olhe cá, Mana Glória, há MESMO necessidade de fazê-lo padre?" (Machado Assis) e) "Vamos e qualquer maneira, mas vamos MESMO." (Aurélio) 28. (Enem) Leia um texto publicado no jornal GAZETA MERCANTIL. Esse texto é parte de um artigo que analisa algumas situações de crise no mundo, entre elas, a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, e foi publicado na época de uma iminente crise financeira no Brasil. Deu no que deu. No dia 29 de outubro de 1929, uma terça-feira, praticamente não havia compradores no pregão de Nova Iorque, só vendedores. Seguiu-se uma crise incomparável: o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos caiu de 104 bilhões de dólares em 1929, para 56 bilhões em 1933, coisa inimaginável em nossos dias. O valor do dólar caiu a quase metade. O desemprego elevou-se de 1,5 milhão para 12,5 milhões de trabalhadores - cerca de 25% da população ativa entre 1929 e 1933. A construção civil caiu 90%. Nove milhões de aplicações, tipo caderneta de poupança, perderam-se com o fechamento dos bancos. Oitenta e cinco mil firmas faliram. Houve saques e norte-americanos que passaram fome. ("Gazeta Mercantil", 05/01/1999) Ao citar dados referentes à crise ocorrida em 1929, em um artigo jornalístico atual, pode-se atribuir ao jornalista a seguinte intenção: a) questionar a interpretação da crise. b) comunicar sobre o desemprego. c) instruir o leitor sobre aplicações em bolsa de valores. d) relacionar os fatos passados e presentes. e) analisar dados financeiros americanos. 29. (Enem) Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos: "FALO SOMENTE COMO O QUE FALO: a linguagem enxuta, contato denso; FALO SOMENTE DO QUE FALO: a vida seca, áspera e clara do sertão; FALO SOMENTE POR QUEM FALO: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. FALO SOMENTE PARA QUEM FALO: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário, a) a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores. b) a linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido. c) o escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor. d) a linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores. e) a linguagem está além do tema, e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor. 30. (Enem) Leia os textos a seguir: I - A SITUAÇÃO DE UM TRABALHADOR Paulo Henrique de Jesus está há quatro meses desempregado. Com o Ensino Médio completo, ou seja, 11 anos de estudo, ele perdeu a vaga que preenchia há oito anos de encarregado numa transportadora de valores, ganhando R$ 800,00. Desde então, e com 50 currículos já distribuídos, só encontra oferta para ganhar R$300,00, um salário mínimo. Ele aceitou trabalhar por esse valor, sem carteira assinada, como garçom numa casa de festas para fazer frente às despesas. ("O Globo", 20/07/2005.) II - UMA INTERPRETAÇÃO SOBRE O ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO Atualmente, a baixa qualificação da mão-de-obra é um dos responsáveis pelo desemprego no Brasil. A relação que se estabelece entre a situação (I) e a interpretação (II) e a razão para essa relação aparece em: a) II explica I - Nos níveis de escolaridade mais baixos há dificuldade de acesso ao mercado de trabalho. b) I reforça II - Os avanços tecnológicos da Terceira Revolução Industrial garantem somente o acesso ao trabalho para aqueles de formação em nível superior. c) I desmente II - O mundo globalizado promoveu desemprego especialmente para pessoas entre 10 e 15 anos de estudo. d) II justifica I - O desemprego estrutural leva a exclusão de trabalhadores com escolaridade de nível médio incompleto. e) II complementa I - O longo período de baixo crescimento econômico acirrou a competição, e pessoas de maior escolaridade passam a aceitar funções que não correspondem a sua formação. 31. (Enem) Leia com atenção o texto: [Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola - mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?) (Ruy Castro. "Viaje Bem". Ano VIII, nŽ 3, 78) O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto a) ao vocabulário. b) à derivação. c) à pronúncia. d) ao gênero. e) à sintaxe. 32. (Fatec) "(...) e tudo ficou sob a guarda de Dona Plácida, suposta, e, a certos respeitos, verdadeira dona da casa. Custou-lhe muito a aceitar a casa: farejara a intenção e doía-lhe o ofício: mas afinal cedeu (...) Eu queria angariá-la (...). Quando obtive a confiança, imaginei uma história patética dos meus amores com Virgília, um caso anterior ao casamento, a resistência do pai, a dureza do marido, e não sei que outros toques de novela. Dona Plácida não rejeitou uma só página da novela; aceitou-as todas. Era uma necessidade da consciência. Ao cabo de seis meses quem nos visse a todos três juntos diria que Dona Plácida era minha sogra. Não fui ingrato; fiz-lhe um pecúlio de cinco contos." Considerando o trecho de MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, de Machado de Assis, assinale a alternativa correta quanto ao procedimento do narrador. a) Denuncia o comportamento de Plácida, que coloca o dinheiro acima de qualquer outro valor. b) Ironiza a atitude de Plácida, que aceita como verdadeira uma história inventada. c) Fica comovido com a dor de Plácida e passa a tratá-la como sogra. d) Identifica-se com Plácida, para quem o ideal amoroso está acima das convenções sociais. e) Critica a atitude de Plácida, que valoriza a instituição familiar falida. 33. (Fuvest) O Ministério da Fazenda descobriu uma nova esperteza no Instituto de Resseguros do Brasil. O Instituto alardeou um lucro no primeiro semestre de 3,1 bilhões de cruzeiros, que esconde na verdade um prejuízo de 2bi. Brasil, Cuba e Costa Rica são os três únicos países cujas empresas de resseguro são estatais. ("Veja", 1/9/93, pág. 31) Conclui-se do texto que seu autor: a) acredita que a esperteza do Instituto de Resseguros gerou lucro e não prejuízo. b) dá como certo que o prejuízo do Instituto é maior do que o lucro alardeado. c) julga que o Instituto de Resseguros agiu de boa fé. d) dá a entender que é contrário ao fato de o Instituto de Resseguros ser estatal. e) tem informação de que em Cuba e na Costa Rica os institutos de resseguros camuflam seus prejuízos. 34. (Fuvest) "O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a linguagem. Afetuosa porque geralmente o usamos para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida porque também o usamos para desarmar certas palavras que, por sua forma original, são ameaçadoras demais." Luís Fernando Veríssimo, "Diminutivos"] A alternativa inteiramente de acordo com a definição do autor sobre diminutivos é: a) O iogurtinho que vale por um bifinho. b) Ser brotinho é sorrir dos homens e rir interminavelmente das mulheres. c) Gosto muito de te ver, Leãozinho. d) Essa menininha é terrível! e) Vamos bater um papinho. 35. (Fuvest) " - Finado Severino, quando passares em Jordão e os demônios te atacarem perguntando o que é que levas... - Dize que levas somente coisas de não: fome, sede, privação." As "coisas de sim" estão, correspondentemente, em: a) saciedade - repleção - carência. b) fartura - carência - vacuidade. c) repleção - carência - saciedade. d) satisfação - saciedade - fartura. e) vacuidade - fartura - repleção. 36. (Mackenzie) "O IRA costuma lançar um aviso uma hora antes da explosão de uma bomba, enquanto o fundamentalista muçulmano amarra explosivos no corpo e marcha contente para o Paraíso, onde os mártires são premiados com 72 virgens." (Revista VEJA - Editora Abril) Assinale a única alternativa correta em relação ao Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br texto. a) Analisam-se as diferentes estratégias usadas pelos terroristas ocidentais e orientais. b) O terrorismo ocidental é mais difícil de controlar, em face dos próprios limites impostos por seus praticantes. c) O terrorismo muçulmano é mais fácil de controlar pelo fanatismo de seus praticantes. d) Criticam-se as crenças religiosas que dificultam a prática do terrorismo pelos muçulmanos. e) Apresenta-se uma das principais diferenças entre o terrorismo em geral e o praticado por fanáticos religiosos. 37. (Mackenzie) "Deixa em paz meu coração, Que ele é um pote até aqui de mágoa." Nestes versos de Chico Buarque de Holanda, qual a relação de significado estabelecida entre as duas declarações? a) causa e consequência b) explicação c) condição d) finalidade e) proporcionalidade 38. (Mackenzie) "Sonho profundo, ó Sonho doloroso, doloroso e profundo Sentimento ! Vai, vai nas harpas trêmulas do vento chorar o teu mistério tenebroso." Assinale a única alternativa INCORRETA sobre essa estrofe. a) A seqüência inicial de vocativos apela para o sonho, que passa a ocupar a posição de interlocutor do poeta. b) A flexão do verbo, no terceiro verso, comprova a prosopopéia do vento. c) A aliteração do terceiro verso imita o som do vento. d) O emprego de iniciais maiúsculas no interior dos versos ajuda a sugerir a personificação. e) O conteúdo do sonho é expresso diretamente. 39. (Mackenzie) (...) "Num país como o Brasil, onde se costumava identificar superioridade intelectual e literária com grandiloqüência e requinte gramatical, a crônica operou milagres de simplificação e naturalidade, que atingiram o ponto máximo nos nossos dias."(Antonio Cândido) Assinale a alternativa correta. a) O autor afirma ser o Brasil um país culto, que despreza a crônica pela sua simplicidade. b) Segundo o texto, os leitores convivem com naturalidade com o vocabulário opulento e a sintaxe rebuscada dos autores clássicos. c) De acordo com o texto, a crônica ajudou o leitor brasileiro a deixar de considerar superior uma obra literária apenas pela erudição do vocabulário e a complexidade gramatical. d) Depreende-se do texto que a crônica é um gênero literário "menor", devido à sua simplicidade. e) A partir do texto, conclui-se que a crônica é um mal para a literatura: sendo simples, afasta o leitor das obras sérias. 40. (Mackenzie) "É engraçado ficar velho enquanto a cidade fica mais moça. Tínhamos esta rapariga na palma da mão, uma dúzia de bairros, meia dúzia de avenidas, contando a São João e a Rangel Pestana - Celso Garcia. Os meninos eram todos de rua, fora alguns filhinhos de papai que o papai levava ao Jockey Club, ao Tiro ao Pombo, ao Paulistano. Alguns bairros tinham cinema próprio. O meu Bom Retiro tinha até dois - Lux e Marconi. E pizza, ou sanduíche de mortadela com queijo branco em pão francês, e, sim, nos Três Porquinhos, na Libero Badaró, cachorro-quente. No hot-dog, no hamburguer, no coke. (...)" (Sérgio de Souza, in "Roteiros Turísticos Fiat Brasil", FOLHA DE SÃO PAULO) No texto acima, o autor chama a cidade de rapariga: a) devido ao grande aumento da prostituição na cidade. b) porque, com a emancipação feminina, as jovens atuam cada vez mais intensamente na sociedade. c) em alusão ao atual aspecto de jovialidade da metrópole, conseqüente do progresso. d) porque cerca de 47% da população brasileira têm menos de 20 anos. e) por influência do grande número de imigrantes portugueses radicados em São Paulo. 41. (Mackenzie) "A partir da tipificação americana, dividiu-se o mundo em maus e bons. Maus são os traficantes. Bons os consumidores, vítimas indefesas. E por que essa divisão? Eis a resposta: porque a política vigente de combate às drogas está impregnada de preconceitos de classe e de raça." (Revista VEJA - Editora Abril) Assinale a alternativa correta segundo o texto. a) É uma verdade ideologicamente descomprometida a divisão do mundo em maus e bons. b) O sujeito indeterminado da ação de dividir sugere uma verdade atemporal. c) O objeto direto da ação de dividir aponta para a extensão global do preconceito de classe e de raça. d) O aposto, que se refere aos consumidores, constitui, nesse contexto, uma ironia. e) Por meio de subentendidos, o texto aponta para o Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br erro da política vigente de combate às drogas, que não fica atenta para as "vítimas inocentes". 42. (Mackenzie) VEJA - O assédio sexual, então, é uma questão menor? FRIEDAN - Não diria isso. A preocupação com o assédio sexual é, apesar de todos os exageros, uma expressão do poder público e respeito que nós, mulheres, adquirimos nos últimos anos. Não aceitamos mais passivamente abusos sexuais, estupro, nada. Não admitimos mais ser vítimas no trabalho, na escola ou em qualquer outro lugar. Mas não podemos concentrar toda a nossa energia em aspectos que são sintomas, e não causas da desigualdade contra a qual lutamos.(Revista VEJA, 30 de agosto de 1995.) Aponte a alternativa que indica uma dedução possível da entrevista anterior. a) Houve, por parte das mulheres, entre as quais a entrevistada se inclui, um momento de aceitação passiva de injustiças. b) O poder público tem demonstrado respeito pelo problema do assédio sexual, apesar da exploração do fato pela imprensa, que exagera bastante. c) O assédio sexual acaba gerando a desigualdade entre os sexos, por isso é preciso, sem obsessão ou exageros, que as mulheres, entre as quais se inclui a entrevistada, continuem lutando pelos direitos conquistados. d) A polêmica sobre o assédio sexual manifesta resquícios de preconceitos contra a mulher, considerada sempre uma vítima na sociedade. e) O assédio sexual, segundo a entrevistada, não deve ser uma questão menor, porque constitui um fator agravante da desigualdade entre os sexos. 43. (Mackenzie) Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes À voz do meu amor, que em vão te chama! Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil A brisa da manhã sacuda as folhas! (Gonçalves Dias) I - Trata-se de um lamento por um amor nãocorrespondido, que se expressa em figuras de rejeição, como LEITO INÚTIL. II - O adjunto adverbial relacionado ao verbo chamar atenua a idéia da inutilidade da espera amorosa, que subsidia todo o texto. III - O nome do amado é apresentado em tom de queixa por meio do vocativo do verso 1. IV - No verso 4, há a sugestão de que a espera inútil durou um dia inteiro. Aponte a alternativa correta quanto à relação do texto com as afirmações anteriores. a) Todas as afirmações estão corretas. b) Todas as afirmações estão incorretas. c) Apenas I e II estão corretas. d) Apenas I e III estão corretas. e) Apenas IV está incorreta. 44. (Mackenzie) Por não sabermos quando morreremos, achamos que a vida é inacabável Mas algumas coisas acontecem de vez em quando. Poucas, aliás. Quantas vezes você vai se lembrar de uma certa tarde da infância, uma tarde que faz tão parte de você, que não imagina a sua vida sem ela? Mais quatro ou cinco vezes. Possivelmente, nem isso. Mais quantas vezes vai ver a lua cheia? Umas vinte, talvez. Ainda assim, tudo parece ilimitado. (Bernardo Bertolucci) De acordo com o texto: a) o homem se desespera por não saber quando morrerá. b) o mais importante na vida é ter boas lembranças. c) uma única boa lembrança pode tornar a idéia da morte aceitável. d) o homem jamais se conscientiza da brevidade da vida. e) uma infância feliz faz pensar que a vida é ilimitada. 45. (Mackenzie) NOTURNO DE BELO HORIZONTE Nós somos na Terra o grande milagre do amor: E, embora tão diversa a nossa vida, Dançamos juntos no carnaval das gentes, Bloco pachola do "Custa mas vai". E abre alas que eu quero passar! (Mário de Andrade, CLÃ DO JABUTI) O fragmento do poema é: a) predominantemente, um retrato divertido do Brasil. b) um canto pejorativo ao Brasil e a seus habitantes. c) uma exaltação ao carnaval brasileiro. d) um elogio à solidariedade que existe entre os brasileiros, apesar da grande diversificação regional. e) apenas uma enumeração apaixonada de nossas riquezas. 46. (Mackenzie) Não se preocupe com o céu nem com a Terra, nem tema sua subversão, como tampouco da filosofia; porque, quanto ao céu, é vão Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br que temam aquilo que vocês mesmos consideram inalterável e impassível; quanto à Terra, tratamos de nobilitá-la e aperfeiçoá-la, enquanto procuramos fazê-la semelhante aos corpos celestes e de certo modo colocá-la quase no céu. (Galileu, apud Ítalo Calvino, POR QUE LER OS CLÁSSICOS) Considerando o enunciado anterior, assinale a alternativa correta. a) O enunciador elege a imutabilidade como um valor bom, que está na gênese do céu e da terra. b) O interlocutor elege a imutabilidade como um valor bom, atribuído ao céu. c) O enunciador julga a Terra nobre, à medida que é semelhante aos corpos celestes. d) O interlocutor tem a certeza da inalterabilidade da Terra. e) O enunciador teme quaisquer pensamentos de mudança ou subversão. 47. (Mackenzie) Eu era destes que nunca vão a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no início da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas pela minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas tenho 85 anos e sei que estou morrendo. (Jorge Luís Borges) De acordo com o texto: a) é importante ser previdente e estar sempre preparado para emergências. b) o uso de sapatos é prejudicial à saúde, durante os meses de temperaturas mais elevadas. c) a vida é feita de simples momentos de prazer e felicidade, que devem ser aproveitados ao máximo. d) é importante crer em outra vida. e) mesmo aos 85 anos, alguns erros do passado ainda podem ser corrigidos. 48. (Mackenzie) I - Nossa cultura, altamente contraditória, exerce uma pressão violenta sobre as pessoas, que acabam sentindo-se eternamente ameaçadas: exige-se muito delas, ao mesmo tempo em que são coisificadas, alienadas. (Maria Luiza Silveira Teles, O QUE É DEPRESSÃO) II - Quando o Brasil resolveu dar quatro meses de licença-maternidade e sete dias ao homem, as capivaras ideológicas advertiram sobre os perigos da estabilidade econômica.(Gilberto Dimenstein, Folha de São Paulo) Assinale a alternativa correta sobre os textos. a) Os dois textos excluem-se ideologicamente, já que demonstram pontos de vista conflitantes sobre a interpretação da realidade brasileira. b) No texto I, que acabam sentindo-se eternamente ameaçadas refere-se a apenas algumas pessoas, numa restrição da idéia de violência. c) O texto I aponta para a inevitabilidade da alienação das pessoas, independentemente do contexto social em que se inserem. d) Capivaras ideológicas, no texto II, apresenta identificação com os agentes da coisificação do texto I. e) Ambos os textos poderiam resumir-se nesta frase: Apesar de surtos de violência social, nossa cultura, contraditoriamente, preserva a identidade do cidadão. 49. (Mackenzie) Você, que só faz usufruir e tem mulher pra usar ou pra exibir, você vai ver um dia em que toca você foi bulir. A mulher foi feita pro amor e pro perdão. Cai nessa, não. Cai nessa, não. (Vinícius de Moraes e Toquinho) Assinale a alternativa correta, de acordo com o trecho anterior. a) O homem não se deve iludir, porque a mulher é traiçoeira. b) O importante, na relação amorosa, são as aparências. c) Usufruir, no texto, significa esbanjar dinheiro. d) A mulher é superior ao homem, porque ama e perdoa. e) Não se deve crer que a mulher sabe apenas amar e perdoar. 50. (Mackenzie) Um Ayrton Senna transtornado e irreconhecível zanzava pelo circuito de Imola horas antes do trágico Grande Prêmio, no domingo, 1° de maio de 1994. Depois dos sérios acidentes ocorridos nas vésperas da prova, o piloto brasileiro assumira uma postura reflexiva. Senna sentia-se como um trapezista , arriscando o salto tríplice mortal sem rede de proteção. Para tornar o circo mais competitivo e atraente, os cartolas da Fórmula 1 estreitaram os pneus e retiraram dispositivos eletrônicos que reforçavam a segurança, mas as coloridas baratinhas que fazem a festa de milhões em 16 domingos por ano continuavam tão rápidas quanto antes. A potência dos motores foi mantida ao mesmo tempo em que as pistas seguiram com as mesmas normas de segurança de sempre. Nos circuitos Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br terceiro-mundistas, a FISA, sigla da cartolagem automobilística, não se cansava de exigir melhores condições. Em autódromos europeus, ameaças explícitas à vida dos pilotos eram toleradas.(Grandes Reportagens - Editora Três) Assinale a ÚNICA alternativa que NÃO está de acordo com o texto. a) Ayrton Senna, após reflexões místicas, não queria participar do Grande Prêmio de Ímola, porque estava com medo. b) a comparação do piloto com um trapezista faz uma alusão do "circo da Fórmula 1". c) dispositivos técnicos e eletrônicos foram suprimidos para que houvesse maior competitividade nas pistas. d) após as mudanças de dispositivos de segurança, a velocidade das máquinas e as normas de segurança não foram estabelecidas com os mesmos critérios. e) as exigências das autoridades automobilísticas quanto às normas de segurança não são as mesmas no Terceiro Mundo e na Europa. 51. (Mackenzie) "A senhora é um dinossauro." Deputado Roberto Campos (PPB - RJ), para a colega Maria Conceição Tavares (PT - RJ), em discussão sobre a emenda do petróleo. "Mas sou informada, e o senhor parece uma lagartixa." Maria da Conceição, em resposta. (Revista Veja) I - A deputada se reconhece com uma superioridade frente ao adversário e se defende, também atacando. II - A deputada admite implicitamente ser um dinossauro e devolve a ofensa, chamando o interlocutor de lagartixa. III - A deputada não admite a rotulação pejorativa que lhe é dada e reage, sugerindo que seu interlocutor seja insignificante como uma lagartixa. Das afirmações anteriores e de sua relação com o diálogo, diz-se acertadamente que: a) apenas I está correta. b) apenas I e II estão corretas. c) apenas III está correta. d) apenas I e III estão corretas. e) todas estão corretas. 52. (Mackenzie) Os grandes acontecimentos da vida muitas vezes nos deixam intactos; escapam do nosso consciente e, quando pensamos neles, parecem irreais. Até mesmo as flores rubras da paixão parecem crescer no mesmo prado que as papoulas do esquecimento. Rejeitamos o peso de sua lembrança e encontramos paliativos para eles. Mas as pequenas coisas de um momento, ficam conosco. Em alguma pequena cela de marfim, o cérebro arquiva as mais delicadas, as mais fugazes impressões. (Oscar Wilde) Assinale a ÚNICA alternativa que NÃO está de acordo com o texto. a) Quando o ser humano tenta recordar certos grandes acontecimentos de sua vida, estes parecem ter sido menos importantes. b) O ser humano desenvolve mecanismos de defesa contra acontecimentos marcantes de sua vida, cuja lembrança possa causar sofrimento. c) Para o homem, as grandes paixões não são dignas de memória. d) Alguns fatos, que parecerem insignificantes no momento de sua ocorrência, mantém-se indeléveis em nossa memória. e) O autor diz que alguns pequenos acontecimentos da vida do homem se escondem em uma "cela de marfim" metaforicamente à delicadeza dos mesmos. 53. (Mackenzie) Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.(Machado de Assis) Na frase, há: a) uma negação do discurso do elogio da paternidade. b) um lamento pelo fato de não poder ter realizado a própria continuidade. c) um velado gesto de fé na raça humana. d) um nostálgico sentimento de frustração pelo fato de não ter tido filhos. e) um diagnóstico racional da própria impotência, coberto de mágoa e ressentimento. 54. (Mackenzie) Che Guevara tinha tudo para se tornar imortal: era bonito, destemido e morreu jovem, defendendo conceitos igualmente jovens, como a solidariedade e a justiça social. Foi um herói, cuja vida e juventude se encerraram ao mesmo tempo, abruptamente, congelando o mito. Está mais vivo hoje, trinta anos após a sua morte, do que Fidel Castro. (Revista Veja) Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com o texto. a) Beleza, coragem e morte prematura são elementos que, somados em um indivíduo, podem Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br imortalizá-lo. b) Che Guevara tornou-se um mito exclusivamente por ter dedicado sua vida e obra a questões sociais. c) A brutalidade da morte prematura em defesa de ideais eminentemente jovens transformaram o herói em mito. d) Fidel Castro, que há trinta anos lutava com Che Guevara pelos mesmos ideais, embora esteja vivo, não desfruta da mesma notoriedade que o companheiro morto prematuramente. e) O autor afirma que Che Guevara está mais vivo do que Fidel Castro porque a morte prematura e violenta congelou-lhe o mito, uma vez que sua juventude e heroísmo ficaram preservados. 55. (Mackenzie) I - Não me encontro com ninguém (tenho fases, como a lua...) No dia de alguém ser meu não é dia de eu ser sua... (Cecília Meireles) II - Sou talvez a visão que Alguém sonhou, Alguém que veio ao mundo pra me ver E que nunca na vida me encontrou! (Florbela Espanca) III- Quadrilha João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. (Carlos Drummond de Andrade) Assinale a alternativa INCORRETA. Sobre a relação entre os textos afirma-se que: a) há uma confluência entre eles, na afirmação do eterno desencontro, inerente à busca amorosa. b) os dois primeiros unem-se num tom de lamento poético, enquanto o terceiro, definindo-se pela incorporação ao poético, do cotidiano prosaico, encaminha-se para o tom de ironia e de humor. c) os dois primeiros fragmentos, com métrica regular, opõem-se ao poema QUADRILHA, que transgride a métrica tradicional, o que vem confirmar uma postura ideológica dos textos. d) no poema QUADRILHA, a sucessão de especificações dos três primeiros versos introduz a idéia de desencontro, confirmada nos três últimos versos. e) os três textos unem-se pelo fato de apresentarem o tema por meio de um EU que fala e se assume, contando e lamentando a própria história. 56. (Mackenzie) ERRO DE PORTUGUÊS Quando o português chegou debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido o português (Oswald de Andrade) Assinale a alternativa correta. a) Considerando que a oposição VESTIR vs. DESPIR representa a oposição COLONIZADOR vs. COLONIZADO, vemos, no primeiro pólo, a impotência diante do poder. b) O título apresenta clara e exclusivamente a denúncia da decadência da língua portuguesa, devido a um crescente descuido dos falantes. c) A ambigüidade do título ajuda a construir o significado de desestabilização de tudo o que é sério, respeitável e cristalizado. d) As ações do colonizador e do colonizado relacionam-se a idéias de cerceamento da liberdade; naquelas, a alegria do sol; nestas, a tristeza da chuva. e) O tom predominante de lamento triste propõe uma recuperação positiva da figura do colonizador português, mal assimilada pelos índios. 57. (Mackenzie) I - O apelo mundial de Diana só foi tão grande porque ela não era uma mulher excepcional. (Eric Hobsbawm) II - Daqui a cem anos, quando se contar a história da indústria da comunicação de massa e do entretenimento, o caso lady Diana será exemplar. Não propriamente como vítima, mas como princesa de fato, legítima representante do novo poder que passou a dominar o mundo, da segunda metade do século em diante. (Luís Nassif) (Fragmentos de reportagens por ocasião do acidente trágico, seguido da morte de Lady Diana, ex-esposa do príncipe Charles da Inglaterra) FOLHA DE SÃO PAULO Assinale a alternativa correta. a) Trata-se de vozes confluentes, no sentido de desmitificação de uma mulher mundialmente famosa e querida. b) Trata-se de vozes que se hostilizam, na análise do fenômeno LADY DIANA, já que a primeira a qualifica como mulher comum e a segunda a reconhece como verdadeiramente representante da nobreza. Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br c) Apenas à primeira voz está subjacente uma relação de LADY DIANA com o poder da mídia. d) Apenas na segunda voz está implícito que a princesa era alguém com quem muita gente poderia se identificar. e) Ambas as vozes acusam a televisão, a imprensa, as fotos, a mídia moderna, enfim, como o algoz da princesa. 58. (Puccamp) - Há de ser difícil que se encontre em todo o Rio de Janeiro outra moça que tenha sua educação. Lá mesmo, por Paris, de que tanto se fala, duvido que haja. - Obrigada! É esta a sua franqueza, D. Firmina? - Sim, senhora; a minha franqueza está em dizer a verdade, e não em escondê-la. Demais, isso é o que todos vêem e repetem. Você toca piano como o Arnaud, canta como uma primadona, e conversa na sala com os deputados e os diplomatas, que eles ficam todos enfeitiçados. E como não há de ser assim? Quando você quer, Aurélia, fala que parece uma novela. - Já vejo que a senhora não é nada lisonjeira. Está desmerecendo nos meus DOTES; acudiu a menina sublinhando a última palavra com um fino sorriso de ironia. Então não sabe, D. Firmina, que eu tenho um ESTILO DE OURO, o mais sublime de todos os estilos, a cuja eloqüência arrebatadora não se resiste? As que falam como uma novela, em vil prosa, são essas moças românticas e pálidas que se andam evaporando em suspiros; eu falo como um poema: sou a poesia que brilha e deslumbra! O diálogo anterior, nas paginas iniciais do romance SENHORA, de José de Alencar, é expressivo e bastante funcional para o desenvolvimento da narrativa, já que, nesse diálogo, a) surpreende-se a ingenuidade de Aurélia, estando ela a imaginar que o amor se compatibiliza com o interesse - compatibilidade que se revelará impossível a partir de seu casamento com Fernando Seixas. b) vê-se o quanto está o autor interessado em demonstrar a consciência irônica de Aurélia, consciência que ela manterá até o momento em que se sente sucumbir na paixão maior por Fernando Seixas, que a desposa sem amar. c) revela-se a oposição entre o lúcido realismo da protagonista e o romantismo frágil que ela despreza nas donzelas da época - oposição que perdura por quase todo o romance, vencida apenas na conciliação final entre o amor e dignidade. d) nota-se a ambigüidade maliciosa da fala de Aurélia, sempre a explorar o duplo sentido das palavras, afetando uma ironia que não é a sua, já que a protagonista em nada se distingue do modelo das heroínas da ficção da época. e) delineia-se o caráter ambicioso de Aurélia, sempre disposta a exigir de seus pretendentes as condições de classe que viessem a lhe assegurar ainda mais vantajosa posição econômica e social. 59. (Puccamp) A revista VEJA anunciou-se a si mesma, utilizando a seguinte frase: HISTÓRIAS MUITO MAL CONTADAS EM REPORTAGENS MUITO BEM ESCRITAS Está implícito, nesse anúncio, que a revista VEJA se dispõe a a) corrigir a redação confusa de notícias publicadas em outros periódicos. b) contornar as histórias mal contadas, por meio da clareza e da elegância do estilo. c) denunciar, em estilo preciso, os vícios de linguagem que costumam prejudicar as reportagens. d) criticar certas histórias que, por serem mal contadas, redundam em más reportagens. e) analisar casos nebulosos e apresentá-los em matérias de redação clara e precisa. 60. (Uel) No mundo de hoje, é até possível cultivar frutas e verduras em pleno deserto. É o caso da ilha de Sadyat, no golfo da Arábia. Ali o cultivo de uma grande variedade de vegetais está sendo conseguido dentro de enormes estufas de plástico. Ventiladores e sistemas de condicionamento de ar mantêm a temperatura e a umidade adequadas, a água é retirada do mar através de usinas de dessalinização, e fertilizantes são usados para compensar o solo pobre. Os vegetais cultivados dessa maneira são demasiadamente caros para os padrões mundiais, mas constituem uma economia para países que importam quase todo o alimento que consomem, como os Emirados Árabes e a Arábia Saudita. Assinale a alternativa que NÃO pode ser dada como inferência do texto. a) No mundo de hoje a fome é um problema de falta de dinheiro, não de comida. b) O homem atingiu um nível de conhecimento que lhe permite transformar profundamente o meio ambiente em benefício próprio. c) Países que precisam importar quase todo o alimento que consomem acabam por desenvolver projetos técnicos e econômicos que barateiam qualquer tipo de alimento. d) O tipo de cultivo de alimentos adotado por um país nem sempre é o mais indicado para outros Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br países, com características físicas e econômicas diferentes. e) Produzir alimentos em áreas naturalmente não férteis implica dinheiro e alta tecnologia. 61. (Uel) Já são muitas e sofisticadas as ferramentas de que o neurologista se utiliza para examinar o cérebro de pacientes, sem a abertura do crânio e antes, muito antes, de sua morte. Infere-se do texto acima que a) neurologistas só podem fazer um bom diagnóstico quando têm acesso ao cérebro do paciente. b) já houve tempo em que a observação do cérebro só podia ser feita depois da morte do paciente. c) os neurologistas contam com sofisticadas ferramentas no campo específico da abertura do crânio de pacientes. d) a quantidade e a sofisticação de ferramentas utilizadas pelos neurologistas têm evitado a morte dos pacientes. e) não se pode ter acesso ao cérebro do paciente muito antes de sua morte, o que impede um exame confiável por parte do neurologista. 62. (Uel) " doença de Alzheimer ocorre em idosos em torno dos 60 anos e se caracteriza pela perda progressiva da memória. Ela se inicia de forma discreta, mas os distúrbios da memória, da cognição e da linguagem tornam-se progressivamente mais incapacitantes. Cabe ao médico diferenciar a doença de Alzheimer de outras formas de demência, como aquelas causadas por infartos múltiplos ou hematomas cerebrais. A doença de Alzheimer afeta várias populações neuronais do cérebro, desde o córtex até inúmeras regiões subcorticais." Assinale a alternativa que contém uma afirmação INCORRETA com relação ao texto. a) A doença de Alzheimer torna o idoso, pouco a pouco, incapaz para uma série de atividades cotidianas. b) A doença de Alzheimer é um tipo de demência. c) Infartos múltiplos ou hematomas cerebrais podem causar a demência. d) A perda da memória, em idosos em torno dos 60 anos, pode ser sintoma de vários tipos de demência. e) Embora surgindo de forma discreta, a doença de Alzheimer progride muito, tendo já atingido grandes populações. 63. (Uff) AVE - MARIA DO MORRO Barracão de zinco / Sem telhado Sem pintura / Lá no morro Barracão é bangalô Lá não existe felicidade de arranha-céu Pois quem mora lá no morro Já vive pertinho do céu Tem alvorada, tem passarada, alvorecer Sinfonia de pardais Anunciando o amanhecer E o morro inteiro / No fim do dia Reza uma prece, Ave-Maria (BIS) Ave Maria / Ave E quando o morro escurece Elevo a Deus uma prece / Ave Maria Herivelto Martins Zuenir Ventura, em crônica publicada no jornal O Globo de 16 de junho de 2002, retoma, criticamente, através de sua memória musical, a composição Ave-Maria do Morro, de Herivelto Martins, cantada desde os anos 40. Identifique o fragmento dessa crônica em que Zuenir Ventura expressa, sob o ponto de vista de hoje, sua leitura da representação do morro e do asfalto feita por Herivelto Martins em Ave-Maria do Morro. a) "Moças da zona sul saíam de madrugada para lecionar nos subúrbios. Namorava-se à noite nas ruas do Rio! Um repórter registrava a "invasão da Mangueira pelos granfinos", que fingiam sambar com "lenços molhados de lança-perfume no nariz" (mais tarde esses mesmos narizes descobriram outro cheiro.)" b) " 'Quem mora lá no morro já vive pertinho do céu', cantava o carioca nos anos 40 e continuou cantando até meados dos anos 70, quando o paraíso começou a ser invadido pelo inferno das drogas." c) "Como ironia sem graça da história, só nos demos conta do que estava acontecendo, só percebemos que o espaço 'pertinho do céu' estava virando um inferno quando, em vez do som dos pandeiros e tamborins, passamos a ouvir o rufar dos AR-15." d) "As mães não temiam que seus filhos subissem os morros com os amigos favelados, pois sabiam que eles iam soltar pipa ou jogar bola, não comprar cocaína. Lá no alto ainda se encontrava um pouco do clima bucólico que havia inspirado seus nomes: Cabritos, Cantagalo, Pavão-Pavãozinho, Rocinha, Mangueira." e) "Evidentemente, era a visão idealizada de uma realidade que acumulava tensões e conflitos que iriam explodir com o tempo. Dourados por fora, mas nem tanto por dentro. A visão romântica, no entanto, tinha seus fundamentos." Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br 64. (Uff) NANI. Se arrependimento matasse... Rio de Janeiro: Veloc, 2001. Na charge de Nani, a inscrição - MORATÓRIA AINDA QUE TARDIA - propõe: a) a permanência do conceito de prorrogação, adiamento e demora como traço cultural de nossa identidade; b) a polissemia do lema da Inconfidência Mineira, associada ao conceito de moratória como uma prática política viável; c) uma possibilidade de leitura que ratifica o caráter transitório dos conceitos de liberdade e de moratória; d) a resignificação do lema da Inconfidência Mineira: LIBERTAS QUAE SERA TAMEN, indicando a permanência, no século XXI, de um ideário de libertação do século XVIII; e) a conexão sintática de temporalidade que mantém, atual, o ideário do século XVIII. 65. (Uff) A charge de Nani retoma uma passagem da História do Brasil que aponta um dos símbolos fundadores de nossa identidade. A relação semântica de CAUSA e CONSEQÜÊNCIA, expressa em Nani, se reafirma também em UM dos seguintes fragmentos do Poema de Cecília Meireles: a) Ai, palavras, ai, palavras,sois de vento, ides no vento,no vento que não retorna, b) Ai, palavras, ai, palavras,íeis pela estrada afora,erguendo asas muito incertas,entre verdade e galhofa, c) Ai, palavras, ai, palavras,mirai-vos: que sois, agora?- Acusações, sentinelas;bacamarte, algema, escolta; d) Ai, palavras, ai, palavras,que estranha potência, a vossa!Éreis um sopro na aragem... e) Ai, palavras, ai, palavras,que estranha potência, a vossa!Perdão podíeis ter sido! 66. (Ufmg) Leia atentamente os versos da peça "Calabar", de Chico Buarque e Ruy Guerra: Aí, esta terra ainda vai cumprir seu ideal, Ainda vai tornar-se um imenso Portugal. Todas as alternativas apresentam interpretações possíveis para a peça, a partir da leitura do trecho, EXCETO a) A expressão CUMPRIR SEU IDEAL indica que a peça apresenta uma visão irônica do futuro brasileiro. b) A expressão TORNAR-SE UM IMENSO PORTUGAL sugere que o Brasil independente manteve os vícios e mazelas do período colonial. c) A peça elogia a traição como uma forma de resistência ao sistema colonial, representado pelo IMENSO PORTUGAL. d) A peça afirma que o ideal de grandeza dos portugueses, no século XVII, viu-se realizado na empresa colonial brasileira. e) A peça denuncia a situação autoritária do Brasil, nos anos setenta, comparando-o a Portugal. 67. (Unesp) "Saber a matéria em que fala, procurar o espírito de um livro, escarná-lo, aprofundá-lo, até encontrar-lhe a alma, indagar constantemente as leis do belo, tudo isso com a mão na consciência e a convicção nos lábios, adotar uma regra definida, a fim de não cair na contradição, ser franco sem aspereza, independente sem injustiça, tarefa nobre é essa que mais de um talento podia desempenhar, se se quisesse aplicar exclusivamente a ela. No meu entender é mesmo uma obrigação de todo aquele que se sentir com força de tentar a grande obra da análise conscienciosa, solícita e verdadeira." (ASSIS, Machado de. Trecho extraído de "O IDEAL CRÍTICO". Rio de Janeiro, Aguilar, 1971, p. 800) Lendo o fragmento textual, extraído do ensaio O IDEAL CRÍTICO de Machado de Assis, é CORRETO afirmar que: a) A função do crítico envolve procedimentos muito sérios, uma vez que as leis do sentimento devem sempre superar as leis da razão. b) Saber profundamente o assunto sobre o qual a obra tenha tratado, bem como buscar a justiça e a moral são as duas condições mais importantes no trabalho crítico. c) O verdadeiro trabalho crítico fundamenta-se, dentre outras coisas, na busca da essência de uma obra, por um lado; por outro, deve estar munido de um equilíbrio analítico, evitando a arbitrariedade e o logro crítico. d) Ser franco sem aspereza, independente sem injustiça constituem a nobreza do trabalho crítico, pois sem esses atributos torna-se impossível atingir Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br a alma do livro. e) No final do texto em questão, o autor praticamente afirma que uma análise conscienciosa, solícita e verdadeira torna-se também uma obra de arte. 68. (Uff) Quando José de Alencar publicou IRACEMA, recebeu uma série de críticas de que se defende, notadamente, em posfácio à segunda edição. Pinheiro Chagas foi um crítico romântico que atacou José de Alencar e os escritores brasileiros da época, como se lê no fragmento que se segue: "o defeito que eu vejo em todos os livros brasileiros e contra o qual não cessarei de bradar intrepidamente é a falta de correção na linguagem portuguesa, ou antes a mania de tornar o brasileiro uma língua diferente do velho português por meio de neologismos arrojados e injustificáveis e de insubordinações gramaticais..." (CHAGAS, Pinheiro. APUD "José de Alencar". Rio de Janeiro: Aguilar, 1964, v.III, p.1129.) Assinale a opção que corresponde à posição de Pinheiro Chagas no fragmento anterior. a) Desde a primeira ocupação que os povoadores do Brasil, e após eles seus descendentes, estão criando por todo este vasto império um vocabulário novo, à proporção das necessidades de sua vida americana, tão outra da vida européia. b) A língua portuguesa é original de Portugal. Por isso cabe aos gramáticos portugueses dizerem o que é certo ou errado em relação àquela língua: os brasileiros, assim como os outros povos colonizados, devem obedecer à orientação gramatical de Portugal. c) Os operários da transformação de nossas línguas são esses representantes de tantas raças, desde a saxônia até a africana, que fazem neste solo exuberante amálgama do sangue, das tradições e das línguas. d) Sempre direi que seria uma aberração de todas as leis morais que a pujante civilização brasileira, com todos os elementos de força e grandeza, não aperfeiçoasse o instrumento das idéias, a língua. e) Não fazemos senão repetir que disse e provou um sábio filólogo, N. Webster: "Logo depois que duas raças de homens de estirpe comum separamse e se colocam em regiões distantes, a linguagem de cada um começa a divergir por vários modos." 69. (Uff) No governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960), presidente que adorava serestas, novas propostas culturais aproveitaram os ares de liberdade e ousaram. Estilos originais surgiram como a Bossa Nova, o Cinema Novo e a Poesia Concreta que apostava na integração entre texto e imagem, influenciando, anos depois, movimentos como o do Poema/Processo. Em relação ao meio de expressão presente no poema/processo reproduzido acima, pode-se afirmar que: a) a utilização de uma palavra em ambiência geométrica produz um efeito estilístico de desagregação, restringindo a pluralidade interpretativa do texto. b) o emprego de palavra e imagem cria uma possibilidade de codificação cuja leitura não se efetiva como um todo. c) a valorização das linhas sobre a palavra enfatiza a contemporaneidade do visual sobre o verbal, negando as possibilidades interpretativas expressas pela palavra. d) a unidade textual formada por palavra e imagem (SOS e linhas) admite o desenvolvimento de uma variada estratégia de interpretação. e) a instauração de uma nova linguagem centrada no binômio palavra e imagem promove a valorização de um código comunicativo incapaz de expressar uma visão da realidade social. 70. (Unirio) CONSOADA "Quando a Indesejada das gentes chegar (não sei se dura ou caroável) Talvez eu tenha medo talvez sorria ou diga: -Alô, Iniludível O meu dia foi bom, pode a noite descer (a noite com seus sortilégios). Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, a mesa posta, com cada coisa em seu lugar." (Manuel Bandeira) Indique a afirmativa que está em DESACORDO com as idéias expressas no texto. a) O poema apresenta um tom de ironia amarga. b) O poeta aborda o tema da morte. c) O título marca a recepção à "ilustre" personagem cuja presença é certa. Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br d) Os significantes "Indesejada", "Iniludível" e "noite" equivalem-se semanticamente. e) Há certeza, mas profundo sofrimento com relação à visita esperada. Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br GABARITO 1. a) Sim, pois o pronome outras inclui a gordura entre as qualidades nutricionais. b) Não, já que há casos em que uma qualidade nutricional é contra-indicada. 2. a) É o sentido da palavra "demais" que significa ótimo, excelente. b) Para que o leitor não a interpretasse como "excessivo". presidente a ser servido no bandejão, e não o peru. b) ... onde, fantasiado de marine, comeu peru no mesmo bandejão em que a ave era servida aos soldados americanos. c) Leva em conta a informação contextual, a situação em que se insere o texto. 10. a) Significa que o monge não se matou. b) Sentido de que o monge matou-se, sem a negação "não se imolasse". 4. Língua e nacionalidade são inseparáveis na construção da identidade de uma nação. A língua constitui nossa visão de mundo, influencia nossos comportamentos, refletindo a cultura do povo. 11. a) "A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais." b) Que menores de 18 anos só pode ir a motéis com os pais. c) A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis sem autorização dos pais ou a rodeios sem a companhia ou autorização da família. 5. a) Sim, o autor considera que tudo está padronizado, tomando como referência o cinema. "Bombaim, Roma ... estão perfeitamente padronizados, universalizados." b) O emprego do adverbio "perfeitamente" confere certa ambigüidade: pode dar idéia de padronização sem defeitos ou de padronização total, cabal. 12. a) Geralmente é uma expressão crônica aplicada a pessoas realmente desconhecidas. No caso de FHC, a ironia é uma pessoa famosa não ter a sua função pública conhecida. b) A aplicada a FHC: a "conhecido desconhecido". c) Sim, pois se trata de uma figura ilustre que é momentaneamente desconhecida. 6. a) A expressão "terra ociosa" significa terra desocupada ou improdutiva. Em "terra à-toa" temse ainda o sentido de terra abandonada, desprezada ou largada. ou A expressão "terra à -toa" tem o sentido de terra abandonada, desprezada ou largada. b) A expressão "terra à-toa" manifesta a função emotiva da linguagem porque revela a opinião (ou avaliação) do emissor do texto acerca do objeto de que fala. 13. a) Ele entendeu que as mulheres cardíacas têm mais chance de morrer do que as que não são cardíacas. b) Que as mulheres cardíacas têm mais chance de morrer do que os homens cardíacos. c) Porque ela não completa a comparação. 3. O Brasil é especial por ser resultado de uma variedade cultural que engloba aspectos diversos, entrelaçando nosso povo de norte a sul. 7. O pronome pessoal "Ele" não se refere ao utopista, já que utopista é aquele que acredita na possibilidade de um outro mundo, melhor que o existente. 8. a) "Após ser picado pelo mosquito, o parasita (agente da doença) cai..." b) O parasita é picado pelo mosquito. c) O parasita é transmitido pelo mosquito. d) Após o homem ser picado pelo mosquito, o parasita (agente da doença) cai na sua circulação sangüínea... 9. a) Pode-se entender que ou o peru ou o presidente estava fantasiado de marine e que era o 14. a) É uma escrava negra africana ("que vinha do Sudão;/ falou que queria fugir/ dos senhores e das judiarias deste mundo") b) falou, não falou. c) A reflexão sobre a sua condição e a disposição de abandoná-la. 15. a) Você quer café? b) Você acha que isso é café? c) A tira procura fazer humor baseado justamente num comportamento lingüistico incomum. 16. a) Pessoalmente. b) Ele desviou carne e osso no valor de Cr$130 milhões. c) Responder em carne e osso: responder pessoalmente. Desvio de carne e osso. 17. a) É óbvio que se vive antes de morrer. b) Pode-se entender que o egípcio tenha vivido Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br apenas alguns dias, não chegando a 30 anos. c) O especialista afirma que o homem, mesmo ferido, pode ter sobrevivido mais alguns dias 18. a) Refere-se à fratura que o vocalista sofreu no punho, durante um acidente de moto, e à cirurgia a que ele teve que se submeter por causa da fratura. b) O fato refere-se ao momento anterior do acidente quando o automóvel à frente do motoqueiro vocalista fez uma manobra inesperada. 19. a) As vantagens são: o medicamento é aplicado APENAS uma vez por dia; DOSES PEQUENAS e NÃO APRESENTA EFEITOS colaterais. b) Geral: produto Específico: antiinflamatório c) São sinônimas: medicamento e remédio. 20. a) O erro de concordância em "Os convênios assinados traduz". b) Está sugerido que um representante do Ministério da Educação não poderia cometer um deslize desses. 21. O candidato deverá transcrever apenas UMA das possibilidades abaixo: a) língua - nacionalidade do pensamento b) pátria - nacionalidade do povo c) língua - nacionalidade do pensamento / pátrianacionalidade do povo d) instituições justas e racionais - língua pura, nobre e rica e) língua - nacionalidade do pensamento / pátrianacionalidade do povo // instituições justas e racionais - língua pura, nobre e rica 22. Ele é especial por ser diverso, é singular porque plural. 23. [B] 24. [C] 25. [E] 26. V F F V V 27. [C] 28. [D] 29. [A] 30. [E] 31. [A] 32. [B] 33. [D] 34. [C] 35. [D] 36. [E] 37. [B] 38. [E] 39. [C] 40. [C] 41. [D] 42. [A] 43. [D] 44. [D] 45. [D] 46. [B] 47. [C] 48. [D] 49. [E] 50. [A] 51. [B] 52. [C] 53. [A] 54. [B] 55. [E] 56. [C] 57. [A] 58. [C] 59. [E] 60. [C] 61. [B] 62. [E] 63. [E] 64. [D] 65. [C] 66. [D] 67. [C] 68. [B] 69. [D] 70. [E] Curso Preparatório Dominantes LTDA Rua Coronel Moreira Cesar 383, terceiro andar, Icaraí CEP 24230-054 - Niterói - RJ Tel: 2610-5199 - www.dominantes.com.br