o futuro é elétrico - Interface Comunicação

Transcrição

o futuro é elétrico - Interface Comunicação
E DIÇ Ã O
256
2009
JULHO
JUNHO /
O FUTURO
É ELÉTRICO
CONHEÇA O PRIMEIRO
CARRO COM MOTOR MOVIDO
A ELETRICIDADE DO BRASIL
LANÇAMENTO
CABINE DUPLA CONSAGRA
PICAPE STRADA
apresenta
CASA FIAT DE CULTURA
Rua Jornalista Djalma de Andrade 1250 Belvedere Nova Lima MG
Terça a sexta das 10 às 21h Sábado domingo e feriado das 14 às 21h
ENTRADA E TRANSPORTE GRATUITOS
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2
08
16
20
28
>> AO LEITOR
INOVAÇÃO: UMA BUSCA CONTÍNUA
Pode começar por uma ideia, um estudo,
por observar do que os clientes precisam e
desejam ou de como um processo ou produto
pode ser melhor. Mas, certamente, inovar não
termina aí. Depois de um ponto de partida,
há muita estrada a percorrer, atrás da melhor
solução, da maneira mais viável de colocar
o projeto em prática e de fazê-lo no tempo
necessário para que a dedicação investida
culmine na forma de um produto que vale
mais. É aí que uma inovação realmente se
concretiza, depois do esforço que entrega
mais, melhor e com mais valor.
A Fiat acaba de colocar no mercado automobilístico mais um exemplo de inovação: a
Nova Strada Adventure Cabine Dupla. Você
vai conhecer um pouco do processo de transformação da ideia no automóvel que promete
apaixonar seus proprietários na página 28.
E, se buscamos ser, cada vez mais, uma
empresa inovadora, o professor de gestão
empresarial Carlos Arruda nos ensina a
vencer cada um dos desafios para chegarmos sempre à frente nas melhores soluções
(página 6). É preciso ousadia, trabalho duro e
muita disposição para unir o conhecimento à
capacidade de realização.
Não nos falta nada disso, como prova
a matéria de capa desta edição, que fala
sobre o desenvolvimento do Palio Elétrico,
o primeiro carro com motor movido a
eletricidade do Brasil (página 20).
Mas a nossa capacidade de inovar será
multiplicada a partir de agora, com a criação
de mecanismos sistemáticos, organizados
e permanentes para gerar novas formas de
gerar o novo e criar valor, como mostrou o
segundo ciclo do Projeto de Competitividade
Integrado (PCI), que você irá conhecer na
página 12.
Pensar o novo exige, ao contrário do
que muitos podem imaginar, trabalho duro e
disposição, mas é o que garante, no futuro,
uma empresa líder, admirada por seus
clientes e pronta para crescer.
ÁRVORE DA VIDA
WCM
CAPA
LANÇAMENTO
4 Cartas
5 No pódio
6 Entrevista: Carlos
Arruda
8 Árvore da Vida: jovens
conquistam mercado de
trabalho
15 Público irá dizer
como será o carro do
futuro
16 Eles entregam
excelência
20 É da Fiat o primeiro
carro elétrico do Brasil
26
10 Gestão de projetos
Oficina Assistencial é modelo para a rede
12 Imagine o futuro
14 Boa ideia, boa
Strada Adventure
Cabine Dupla
em novo estágio
solução
28
30 Túnel do Tempo
31
Bem-vindo à fábrica
do século 21
34
O 10.000.000 da
número 1
36 Sou Fiat de coração
38 Curtas
39 Giro pelo mundo
40 Volta ao futuro
41 Pense nisso
42 Fiat Novo
Boa leitura!
Equipe de Comunicação Interna
JUN/ JUL 2009
3
>>
AS MAIS LIDAS
>> CARTAS
NOVA EXPRESSO FIAT
EDIÇ Ã
O
200
255
ABR
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9
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DA CARR M A
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PAÇÃO
PREOCU BILIDADE
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IDA
E DA V
ÁRVORMA COMPLETA
PROGRA
ANOS
CINCO
As melhores matérias da última
edição na opinião dos nossos leitores:
1º lugar: Entrevista: O Plástico que
vem da Cana de Açúcar
2º lugar: Centro Estilo traduz em
linhas e cores o desejo do cliente
3º lugar: Árvore da Vida Jardim
Teresópolis completa 5 anos
Responda à pesquisa no cupom que
vem junto à sua revista! Além de
ajudar a deixar a Expresso Fiat cada
vez melhor, você concorre a prêmios.
O vencedor da última edição foi: Cássio
de Assis da Engenharia de Segurança.
Envie suas dúvidas, críticas,
elogios e sugestões para a
Expresso Fiat pelo e-mail
comunicacao.interna@fiat.com.br ou para o Galpão 9, Sala 67.
Esta revista foi impressa com papel fabricado com madeira de
reflorestamento, certificada pelo selo FSC, representado pelo Conselho de Manejamento Florestal. A certificação segue padrões internacionais de controles ambientais e sociais.
4
“A nova E xpresso Fiat ficou muito bonita, de fácil leitura e com papel em textura bem agradável.”
Célio Braga de Oliveira – Qualidade Industrial
“Parabéns! A Expresso Fiat ficou uma beleza e traduz um novo estágio de profissionalismo digno de uma empresa líder de mercado. Tive enorme prazer em ler a revista, ela ficou moderna, convidativa à leitura, com ótima diagramação, tem a cara da nova Fiat. A Veja que se cuide...”
Antônio Sérgio Rodrigues - Diretoria de Veículos Comerciais
“A Expresso Fiat ficou muito boa, com uma nova edição digna da grandeza e importância da revista.”
Marcos Ricardo Fonseca – Engenharia da Qualidade
Célio, Antônio Sérgio e Marcos, a equipe da revista gostaria de agradecer vocês
e todos os demais leitores que enviaram mensagens de elogios. Com certeza, eles
são incentivos para melhorarmos a cada edição.
PRODUTO
“Achei muito interessante as matérias publicadas com informações técnicas
sobre os nossos veículos. É empolgante saber que aquilo que montamos está
repleto de tecnologia e inovação.”
Conrado de Pádua Soares Bezerra – Funilaria
Prezado Conrado, você não pode perder então a matéria de capa desta edição com
o Palio Elétrico, um veículo revolucionário cheio de novas tecnologias e inovações.
CENTRO ESTILO
“Achei a reportagem do Centro Estilo superbacana e a tarefa dessa equipe idem.
Temos que procurar agradar cada vez mais nossos clientes para que continuemos a
ser reconhecidos mundialmente por nossa excelência!”
Marcos Passos – Garantia
Caro Marcos, que bom que você adorou a matéria sobre o Centro Estilo. Nesta
edição, a seção “Circuito Fiat” vai apresentar outra área muito interessante da nossa
empresa: a Oficina Assistencial. Esperamos que você goste também.
Revista Bimestral Interna da Fiat Automóveis
editada pela Comunicação Interna
Rodovia Fernão Dias, km 429, Galpão 9, Sala 67 Tel.: (31) 2123-3618
e-­mail: comunicacao.interna@fiat.com.br site: www.fiat.com.br
Coordenador de Comunicação Interna Othon Villefort Maia - MG 09108 JP > Equipe da
Comunicação Interna Jalme Aires, Daniela Maia e Paula Hermont > Estagiários Ana Cristina
Nobre, Isabela Latif e Nayran Cabral > Produção Editorial Interface Comunicação Empresarial
- coordenação e reportagem Eliza Caetano, reportagem Verônica Soares, Raquel Sodre e Desireè
Antônio > Direção de Arte e Editoração Eletrônica A.firma Comunicação e Marketing > Fotografia Studio Cerri > Projeto Gráfico Osso Design > Impressão Leograf Gráfica e Editora > Tiragem 14.000 exemplares
>> NO PÓDIO
Time Fiat é premiado
CONSUMIDOR MODERNO
MELHOR EM MARKETING DIRETO
A Fiat levou o Prêmio Consumidor
Moderno de Excelência em Serviços ao
Cliente pelo segundo ano consecutivo na
categoria Automóveis. Há dez anos, o prêmio
reconhece as empresas que têm a excelência
no atendimento como uma prioridade não só
na conquista de novos clientes, mas também
na manutenção da satisfação e fidelidade dos consumidores mais antigos.
A Fiat saiu vencedora em cinco categorias
do XV Prêmio Abemd (Associação Brasileira de
Marketing Direto), entregue no dia 13 de maio. A grande premiada da noite foi a campanha
“Fiat e Palmeiras – Movidos pela Mesma
Paixão”. Com ela, a empresa recebeu o prêmio
ouro nas categorias “Vendas” e “Campanha
Digital”. Além disso, ganhou também os
prêmios especiais “Grand Prix” e “Criação” na
especialidade “Digital”.
As campanhas “Linea. Conectado
com você”, “Palio Adventure Locker. Mais adventure impossível”, “Novo Stilo Dualogic.
Do jeito que a sua cabeça mandar”, “Contos da
Strada” e a digital “Tem alguém estressado?
A Fiat te ajuda” também trouxeram prêmios
para Betim.
WAVE FESTIVAL
A campanha T-Racer, do Punto T-Jet, foi
uma das vedetes da segunda edição do Wave
Festival. Vencedora do prêmio Grand Prix e do
Ouro na subcategoria “Campanha Interativa”, a
campanha ainda levou o bronze em “WebSite
Promoção de Marca ou Produto”. Além disso, o
jogo T-Racer Game também rendeu um prêmio
de Prata na subcategoria “Game Online”.
Outras pratas e bronzes também ficaram com a Fiat no Festival, como a campanha
“Enxergue Além”, do Stilo Blackmotion, a “Bichos Estranhos” e a campanha “Peixes,
Crianças e Caixas”, do Fiat Ducato.
BLACKMOTION EM CANNES
O site de lançamento do Fiat Stilo
Blackmotion, criado pela AgênciaClick, arrematou Leão de Bronze na categoria
Design do Festival de Publicidade de Cannes,
considerado o “Oscar” da propaganda
mundial. Concorrendo com os principais
sites de automóveis do mundo, o conceito
“Enxergue além” encantou os jurados e
trouxe o prêmio para o Brasil. Veja o site
www.fiatstilo.com.br/blackmotion.
A MELHOR EM VEÍCULOS
A Fiat foi eleita a melhor no segmento
de Veículos no ranking “500 Melhores da Dinheiro”, promovido pela revista Dinheiro,
da Editora Três. A premiação, que destaca os
melhores em 27 setores, está prevista para agosto em São Paulo.
Além de ter alcançado o melhor
desempenho no setor Veículos, a Fiat também
foi apontada como a melhor empresa em
“Responsabilidade Social e Meio Ambiente”.
A Fiat ainda foi a segunda colocada nos
quesitos “Sustentabilidade Financeira” e “Governança Corporativa”.
No pódio é uma editoria da Expresso que
destaca todos os prêmios recebidos pela Fiat.
JUN/ JUL 2009
5
>>
ENTREVISTA
A receita
é inovar
>> Professor Carlos
Arruda é doutor (PhD)
em Administração pela
Universidade de Bradford,
no Reino Unido, mestre
em Administração pela
Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), onde
também se formou em
Engenharia Mecânica
Inovação não é igual à ideia, não está em uma descoberta, em uma patente registrada ou em um novo conhecimento desenvolvido. Segundo o professor e
coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, o ciclo só se completa quando a novidade chega ao cliente, seja ele interno ou
externo, e passa a gerar valor para uma empresa.
O pesquisador atuante nas áreas de gestão da inovação, sustentabilidade dos negócios e competitividade internacional conta os resultados de seus traba-­
lhos na observação de empresas com as melhores práticas nesses quesitos, os desafios para criar o novo e porque esse aspecto é tão decisivo para a sobrevivência em longo prazo de uma corporação. QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS EMPRESAS QUE PRETENDEM SER
INOVADORAS?
Carlos Arruda: A nossa cultura empresarial nos
ensina a gerar resultados no curto prazo. O que vemos
nos livros de administração é que temos de saber
6
sobre o processo de geração de produtos e serviços.
Isso é uma concepção imediatista que faz com que a
inovação, um investimento de longo prazo, fique em segundo plano. O próprio modelo - que está correto,
já que as empresas precisam mesmo gerar valor - não
insere no seu dia a dia a capacidade de gerar o novo.
Há ainda outra questão. Transformar pressupõe risco
e incerteza, o que toda organização busca, o tempo
todo, evitar. É preciso saber lidar com incerteza e risco,
reconhecer que errar é parte do processo de inovar.
Mas é possível
minimizar
o ris“É preciso saber lidar co
não
investindo
com incerteza e risco, em demasiado em
passar a reconhecer que um projeto que
errar é parte do processo pode resultar em
de inovar. E então grandes perdas.
criar uma estrutura de Fazer pequenos
gestão do conhecimento investimentos em
fases preliminapara aprender com os res e aumentápróprios erros”
los de forma
gradual à medida
que os resultados começam a aparecer e as incertezas
diminuem são estratégias que podem resolver essa
questão.
UMA PESQUISA RECENTE MOSTRA QUE APENAS 12,1% DOS PROFISSIONAIS BRASILEIROS
TÊM A INOVAÇÃO COMO COMPETÊNCIA INATA. COMO AS EMPRESAS VEEM PROFISSIONAIS INOVADORES?
Carlos Arruda: As lideranças esperam que os
profissionais sejam mais criativos e inovadores. Eles podem até ser assim por personalidade, mas
precisam estar em um ambiente propício para que o
potencial seja aproveitado. E mesmo os que não têm
essa propensão em sua personalidade podem ser
inovadores se a empresa tiver o ambiente certo para
isso. Portanto, a inovação é fruto do ambiente.
sobre aquilo que gerou o desafio. É preciso investir tempo na análise do problema, o que é bem diferente
de apenas “ter uma ideia”.
QUAL A “RECEITA” PARA QUE UMA EMPRESA
SEJA INOVADORA?
Carlos Arruda: Primeiro é preciso querer ser inovador. E não basta que isso parta de um grupo, deve ser
uma opção estratégica da empresa. A direção deve
estar comprometida, por causa da possibilidade de
haver erro.
Depois, é necessário um ambiente propício. Educar
as pessoas, comunicar a elas que a empresa busca e
valoriza a inovação, reconhecer os esforços. Criar um
ambiente que perceba valor na inovação. E dar tempo
às pessoas. As empresas mais inovadoras dão tempo
para se aplicar em um projeto que nem se sabe se dará
certo. Isso é o mais difícil.
Nesse ambiente, a estrutura interna da empresa
deve propiciar que o processo aconteça e incentivá-lo
em todas as áreas e todos os níveis hierárquicos.
Já mapeamos uma quantidade enorme de processos utilizados para concretizar a inovação. Um deles é o
estímulo à geração de ideias, sejam elas espontâneas
ou induzidas, quando a empresa estabelece um tema
ou desafio. Outra forma é a análise de valor. Perceber no mercado o que gera valor e o que ele considera
custo. Assim, buscar soluções que reduzam o que é
custo e agreguem mais ao que é considerado valor.
Por último, a empresa precisa ter formas de medir
os níveis de inovação e o valor criado por elas.
>> Centro Alfa da Fundação
Dom Cabral (FDC), onde
Carlos Arruda leciona
O SENHOR AFIRMA QUE “É MAIS FÁCIL GERAR
IDEIAS DO QUE INOVAR”. QUAL É A DIFERENÇA
ENTRE AS DUAS AÇÕES?
Carlos Arruda: O processo de inovação envolve
analisar uma situação, interpretar o problema,
buscar soluções de várias fontes. O grande esforço
está na análise criteriosa e detalhada do problema
e no uso do conhecimento disponível no mundo. Por
isso, o processo não pode ser ancorado dentro da
empresa. As organizações inovadoras percebem que
o conhecimento necessário está no mundo e que é
preciso saber onde buscá-lo.
Vivemos em um tempo cada vez mais complexo, o
conhecimento é gerado em qualquer lugar. Meu desafio é saber onde está o conhecimento que me interessa.
A necessidade de reflexão e pesquisa para se concretizar a inovação é um grande dificultador do processo, talvez ainda mais nas empresas latinas.
Somos educados a encontrar a solução antes de
analisar. As primeiras respostas não serão as mais
inovadoras. Isso requer reflexão mais estruturada JUN/ JUL 2009
7
>>
ÁRVORE DA VIDA
Jovens conquistam
mercado de trabalho
>> Paulo dos Santos fez o
curso de Eletromecânica
e hoje está na Engenharia
da Fiat
8
“Na mecânica é assim, tudo tem que funcionar
corretamente e em conjunto”. Paulo dos Santos
chegou a essa conclusão após fazer o curso de
Eletromecânica do Programa Árvore da Vida –
Capacitação Profissional, que busca qualificar e criar novas oportunidades para jovens de 18 a 24 anos.
Oferecendo cursos profissionalizantes com o foco no setor automobilístico como funilaria, eletromecânica
e eletroeletrônica, as aulas são realizadas atualmente
em Betim, São Paulo e Rio de Janeiro.
Depois da formação, em 2007, Paulo passou pelas concessionárias Tecar e Scuderia. Agora, trabalha
na Engenharia da Fiat, e está cursando Engenharia
Mecânica. “Pago minha faculdade e ainda contribuo
com o orçamento familiar”, orgulha-se.
O programa conta com a parceria da Rede de Concessionárias Fiat, Isvor – Universidade Corporativa do
Grupo Fiat e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Os cursos oferecidos têm duração de
aproximadamente 10 meses e são divididos em teoria
e prática. Após a formação, os jovens são encaminhados para contratação nas concessionárias parceiras. De 2006 até hoje, foram capacitados 132 jovens,
sendo 89 jovens em eletromecânica, 20 em funilaria e
23 em eletroeletrônica.
Já Everaldo de Souza passou de entregador
de compras a aprendiz de funilaria. Ele terminou o
curso em agosto de 2008 e desde então trabalha na
concessionária Roma, em Belo Horizonte. Começou
como estagiário, passou para aprendiz e agora está
em fase de experiência para ser classificado como funileiro da empresa. Everaldo conta que viu na
profissão uma chance de aumentar suas perspectivas para o futuro. “É uma área boa e eu percebi que teria
oportunidades”, diz.
De acordo com o diretor de Comunicação Corporativa da Fiat, Marco Antônio Lage, o grande diferencial do Árvore da Vida – Capacitação Profissional é fazer com que os jovens sejam agentes de suas
próprias mudanças. “Faz parte do planejamento fazer
com que cada jovem entenda o significado da educação, da capacitação profissional e do trabalho para seu desenvolvimento”.
GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA
Na época da implantação do Programa Árvore
da Vida no Jardim Teresópolis, em 2004, foi feito um
diagnóstico para identificar a situação socioeconômica da região. Os resultados apontaram que lá moravam
entre seis e sete mil jovens com idades entre 16 e 24
anos, sendo que 40% deles não possuíam nenhuma
formação profissional.
Assim, ficou claro que um dos focos de atuação do programa seria desenvolver ações no eixo de Geração
de Trabalho e Renda.
A escolha dos temas dos cursos é realizada a
partir de pesquisa de mercado com as empresas. O
perfil dos alunos que preencherão as vagas de cada turma é definido também de acordo com a demanda das empresas. Assim, é possível garantir uma maior
absorção dos alunos recém-formados pelo mercado.
Segundo Aline de Oliveira, coordenadora do
programa, o trabalho não modifica apenas a condição financeira do indivíduo, mas seu comportamento. “O trabalho amplia a capacidade de comunicação, as
relações interpessoais desses jovens”, explica.
Foi o que percebeu Valquíria de Amorim Silva,
que cursou Excelência em Vendas no ano de 2007, oferecido pelo programa. “Antes de trabalhar, sua
mente é restrita. Depois você começa a ter contato
com outras coisas, a abrir as possibilidades”, acredita.
A jovem está empregada na concessionária
Sinal Fiat há um ano e meio e diz que descobriu o que
realmente gosta de fazer. “Quero lidar com gente, por
isso escolhi a área de vendas”, explica. Ela conta que
pretende continuar com os estudos e fazer um curso
de Processos Gerenciais.
Aline aponta também que o trabalho é uma
forma de melhorar a autoestima dos jovens. “Depois
que eles começam a trabalhar, se olham de uma
maneira diferente, veem que são capazes de atingir
metas”, conta. Ela ainda afirma que, com isso, mudam também o comportamento, a relação com a família e o
compromisso com a escola.
OPORTUNIDADE PARA TODOS
O eixo de Geração de Trabalho e
Renda tem também outras ações.
Além dos cursos de capacitação
profissional, são oferecidas palestras e oficinas com temas relacionados à empregabilidade.
No Centro de Referência ao
Trabalhador, os moradores
da comunidade podem ler os
jornais, saber das vagas de
emprego em aberto e contam
com ajuda na elaboração
do currículo, entre outras
atividades. O Grupo de Extensão
acompanha os ex-alunos dos
cursos de capacitação, prepara
adolescentes a partir dos 15 anos para o Programa do Menor
Aprendiz e os encaminha para
vagas de trabalho do programa.
>> Valquíria de Amorim
Silva iniciou sua carreira na
área de vendas
Árvore da vida é uma seção da Expresso Fiat que traz
as iniciativas de responsabilidade social da empresa.
JUN/ JUL 2009
9
>> PROJETO
Gestão de projetos
em novo estágio
>> Roberto Gattoni explica
que o EPM irá tornar mais
rápido o desenvolvimento de
novos produtos
O Enterprise Project
Management, ou, em
português, Gestão de Projetos
Empresariais é um software
adotado para a gestão de
cada um dos projetos de
desenvolvimento e para
administrar o portfólio
de produtos.
Em italiano, Processo Sviluppo
Prodotto ou, em português,
Plano de Desenvolvimento
de Produto, o processo único
e global de desenvolvimento
dos veículos da Fiat.
10
O EPM acaba de entrar em um novo estágio.
Durante os meses de maio e junho foram definidos, pelos responsáveis das áreas envolvidas no
desenvolvimento de produtos, os modelos e fluxos que serão aplicados à gestão de projetos, além dos
critérios que darão suporte à seleção e priorização de
investimentos.
O objetivo é adotar sistemicamente metodologias
que padronizam a forma de atuar do início da ideia
até a conclusão do desenvolvimento de cada novo
carro. De acordo com Roberto Gattoni, supervisor do
Programa de Governança da Fiat e responsável pela
implantação do EPM, essa uniformização possibilitará
uma melhor gestão dos tempos, riscos e recursos
durante o processo. “Estamos materializando o que
estabelece o PSP, bem como as melhores práticas
mundialmente aceitas de gerenciamento de projetos,
baseadas no PMI [Project Management Institute, em
português, instituto de desenvolvimento de projetos]”.
A integração de informações é indispensável
para garantir a confiabilidade e bons resultados de um projeto. A visão que antes era fragmentada nas
diversas áreas será compartilhada e formará uma
visão integrada. “Podemos imaginar um quebra-cabeças onde cada um tem uma peça. Quando cada
pessoa olha uma destas peças, não dá para ter a visão
da imagem completa”, diz Gattoni. O EPM consolidará
as informações dando a visão completa do projeto.
A próxima fase da implantação do software
incluirá a elaboração dos documentos de registro,
o alinhamento dos processos, a configuração e a preparação das pessoas para a utilização dos
novos recursos.
AS PESSOAS
A simples definição da ferramenta não garante o sucesso na gestão do desenvolvimento de
produtos da Fiat. “A chave do sucesso está nas pessoas, na forma como elas assumem a ideia e fazem as
coisas acontecerem”, afirma Egon Daxbacher, responsável pela unidade de Planning e Custo de Desenvolvimento da Fiat, que foi gerente do projeto (PMO) de
implantação do SAPiens.
Mas gerir projetos não é uma novidade para mais
de 157 colaboradores que foram treinados em gerenciamento de projetos básicos em 2008, já antecipando uma nova postura sobre o tema. Outros 200
profissionais já estão passando pela mesma formação este ano. Além disso, outras atividades sobre o
tema estão previstas, inclusive sobre a ferramenta
EPM. “A integração e o equilíbrio entre pessoas,
procedimentos estruturados e ferramentas de TI são
componentes fundamentais para uma mudança cultural efetiva e que traga benefícios reais para a Fiat”,
finaliza Gattoni.
PARA CADA COMPONENTE, QUALIDADE ASSEGURADA
Em italiano, Verifica di Definizione del Prodotto.
Em português, Verificação de Definição do Produto, sistema de controle das
especificações dos produtos e da performance de qualidade
dos fornecedores.
>> Luiz Otávio Tertuliano é o
responsável pela implantação
do novo software de
qualificação de componentes
Assegurar a boa qualidade das peças
produzidas é uma obrigação para empresas que
colocam seu cliente em primeiro lugar. Assim, a
Fiat está aprimorando a gestão do processo de
qualificação das peças usadas nos seus carros, com a implantação do sistema VDDP2.
Com a ferramenta é possível listar todos os
componentes de um carro e acompanhar as etapas
de seu processo de desenvolvimento, desde a
finalização do projeto da peça até a realização dos textos e aprovação do uso.
Dentre as principais atividades do processo
estão o cadastramento da peça, a definição das provas usadas para certificar sua qualidade, o monitoramento das amostras, emissão de relatório
sobre suas condições (autoqualificação), liberação das amostras e a qualificação propriamente dita, etapa em que a peça é validada para o uso.
De acordo com Luiz Otávio Tertuliano,
especialista em Desenvolvimento de Produtos
e integrante da equipe do Grupo Processo
Desenvolvimento do Produto (GPDP), o sistema
centraliza em uma única base de dados as
informações de certificação dos componentes, que até então esteve disperso por vários setores.
“Essa característica do programa elimina a gestão
setorizada e permite identificar quais itens dos projetos são prioritários”, explica. Com isso, os
vários responsáveis do desenvolvimento de modelos (MRs) poderão monitorar, simultaneamente,
todas as peças do seu produto, sejam elas novas
ou já em uso em outros modelos.
O sistema já está sendo usado (em caráter piloto) pelas áreas de Compras e Industrial, mas o
número de usuários deverá ser ampliado com um
plano de treinamento de todas as áreas envolvidas
nos próximos meses. “O VDDP2, que já é usado
pela Fiat Group Automobiles, tem grande importância no processo de desenvolvimento do produto
e na gestão de modificações”, diz Tertuliano.
JUN/ JUL 2009
11
>>
COMPETITIVIDADE
Imagine o futuro
>> Profissionais de diversos perfis se reuniram para pensar o futuro da Fiat
12
Consumidores com hábitos diferentes, que
exigem uma nova relação com mobilidade, consumo
e meio ambiente. Mercado de alta competitividade,
onde a criatividade na forma de vender, comprar
e produzir seja definidora da sustentabilidade da empresa. Mais de 100 profissionais da Fiat foram convidados a pensar o futuro e transformar
imaginação em projetos viáveis.
Foram discutidos temas como comportamento
do cliente, acessibilidade, gestão da rede de
concessionárias, imagem e mercado, entre outros,
que exigem reflexões importantes e têm impacto sobre a competitividade da Fiat. Em 20 dias, os
empregados puderam pensar, planejar, criar e
propor soluções, durante o segundo ciclo do Projeto
de Competitividade Integrado (PCI).
Assim como na primeira etapa, foram geradas
propostas de melhorias. A diferença é que, agora,
elas não se restringem ao produto, mas incluem
processos, sistemas, formas de comercialização e
a lógica de pensar sobre o negócio.
Ao todo 40 projetos foram criados e apresentados a um público de 200 pessoas, incluindo diretores e gerentes. Desses, seis já foram
aprovados e estão sendo levados adiante
imediatamente. Outros 10 serão alvo de estudos
de viabilidade econômica. O restante não foi
descartado, ainda será analisado para que se
avalie a possibilidade de colocá-los em prática.
“Inauguramos uma nova maneira de pensar o futuro
de forma sólida, sistêmica e estruturada”, define o gerente de Desenvolvimento de Fornecedores
e Otimização do Valor do Produto, José
Francisco Romero.
Para criar um ambiente altamente propício
ao pensar diferente, foi escolhida como parceira
a Fundação Dom Cabral (FDC), renomada escola
de desenvolvimento de executivos e empresas
ranqueada entre as 10 principais do mundo. Os
trabalhos foram coordenados pelo professor
Carlos Arruda (leia também a entrevista na
página 6). “Foram feitas à equipe novas perguntas. E, normalmente, as pessoas passam o
tempo tentando responder sempre às mesmas
questões. Isso provocou uma quebra no modelo
de pensar que proporcionou que os profissionais refletissem sobre a Fiat de forma diferenciada”, avalia o professor.
HABILIDADES MÚLTIPLAS
O segundo ciclo girou em torno de empregados de
áreas com diferentes características, de especialistas
experientes a jovens profissionais. Assim, foi criado um ambiente positivo e fecundo para a geração intensa de
ideias sustentadas por pesquisas. “O programa fez com
que as pessoas superassem seus limites trabalhando
em temas abrangentes num curto período e com muita
sinergia. Um verdadeiro esforço de time”, diz o analista
de Gestão de Custos de Compras Eduardo Ventura.
A pesquisa estruturada deu suporte à criação
de ideias mais robustas, o que aumenta o nível de
assertividade e a qualidade das sugestões.
O especialista em Tecnologia da Informação André
Souza concorda com essa sinergia viabilizada pelo
programa e ainda acrescenta que o PCI propiciou o
avanço rápido das ideias propostas. “O trabalho foi
intenso, desde o levantamento das oportunidades
até a estruturação dos projetos. Além disso, tivemos
um retorno rápido sobre a implantação e algumas
iniciativas já estão sendo levadas à frente”, diz.
Internet, bibliografia, benchmarking e acervos
internos foram algumas armas usadas pelos
grupos para gerar ideias relacionadas aos temas
estratégicos como “novos negócios”, “novas formas
de acessibilidade à mobilidade”, “parcerias na cadeia
de suprimentos”, “repensar o modelo de gestão da
rede”, “novas oportunidades financeiras e modelos de investimentos”. Assuntos amplos onde estão
oportunidades de inovação.
Para o coordenador de RH de Compras, Comercial,
Exportações e Produto, Tomás Penna, o encontro
foi bastante produtivo. “O ambiente propício ao
conhecimento e à pesquisa, além do suporte da FDC,
nos fez ir além e sair a campo para descobrir novos
modelos de negócios e conhecer de perto nossos
parceiros”, afirma.
Busca por exemplos de
sucesso em outras empresas
para melhorar o desempenho
de outra em um processo
semelhante.
>> Seis dos projetos criados
foram aprovados e já estão
em andamento
SAIBA MAIS SOBRE O PCI
O Projeto de Competitividade Integrado (PCI)
foi criado para ser uma plataforma que possibilitasse o acesso a todos os vetores que levam
as pessoas a pensar em inovação. O primeiro ciclo
abordou a redução de custos frente à crise mundial.
Foram gerados centenas de projetos que estão
sendo conduzidos por grupos multidisciplinares e
transversais envolvendo toda a empresa.
JUN/ JUL 2009
13
>>
BOA IDEIA, BOA SOLUÇÃO
Parafuso que vale BI$
Trocar um simples parafuso por outro similar com
melhor preço. A iniciativa é simples, mas o analista
de Programação de Materiais Diretos Importados
Dario Fonseca faturou 600 moedas BI$ pela ideia,
muito bem estudada antes de ser proposta ao
programa. “A troca do parafuso gerou uma economia
de R$ 107 mil para a empresa, sem qualquer perda de qualidade”, ressalta.
Dario é um veterano do Programa Boas Ideias e
Soluções (BI$) e sua receita é simples: “andar pela
fábrica, conversar com as pessoas, observar o que
ninguém presta atenção”.
Para o analista de Programação, o essencial é
não se deixar parar no tempo. “O programa é um
incentivo à inovação, às pessoas que têm iniciativa. É
um investimento que fazemos na competitividade da
empresa, que é para a vida toda”, opina.
>> Dario Fonseca faturou 600
moedas BI$ por sugerir troca
de parafuso
>> Tiago de Faria Bueno
propôs o uso do plástico
polibolhas em vez de caixas
de papelão
ORGANIZAÇÃO E REDUÇÃO DE CUSTOS
Em vez de embalagens de papelão, utilizar
plástico polibolhas. A proposta foi enviada para
o BI$ por Tiago de Faria
Bueno, auxiliar de Peças e
Acessórios. A ideia surgiu
com o aumento do fluxo de peças no armazém de P&A.
Com a falta de vasilhames para armazenar
as peças, foram revistos
alguns ciclos de embala
-gem, substituindo o papelão
pelo plástico bolha. “Com
isso houve liberação de
vasilhames para operação
e reduções nos custos de
material”, esclarece Tiago.
A proposta melhorou a organização de armazenagem e diminuiu custos. Se, anteriormente,
era possível dispor 15 peças em um vasilhame, com a ideia de Tiago, no mesmo espaço, agora
cabem 40.
“É uma embalagem que mantém a qualidade
de armazenamento e que otimiza o espaço do
vasilhame”, explica. A economia anual gerada pela
proposta é de R$ 130 mil.
A iniciativa lhe rendeu um prêmio de mil
moedas BI$. “Usei uma parte para montar um
Home Theater na minha casa”, diz.
Para Tiago, todos estão rodeados de oportunidades em seu dia a dia. “É preciso estar atento a
todos os pontos, nos mínimos detalhes, pensar
em todos os aspetos que podem trazer benefícios”, aconselha.
ENVIE SUA IDEIA
• Para enviar sua ideia para o BI$, entre no site www.programabis.com.br.
• Propostas pré-­aprovadas acumulam moedas BI$ que equivalem a R$ 1 na troca por produtos da
Submarino no site do BIS.
• Quem acumular mais de 4 mil BI$ poderá converter o valor em uma carta-bônus para
compra de um Fiat.
• O líder responsável pela aprovação da proposta também acumula BI$ no valor de 10% do
bônus do autor da ideia.
• O regulamento completo está no site do BI$. Boa ideia, boa solução é uma seção da Expresso Fiat que
mostra as diferentes ideias surgidas no Programa BI$.
14
>>
INOVAÇÃO
Público irá dizer como será o carro do futuro
É um veículo experimental em
que são aplicadas novidades
técnicas e estéticas.
Motor movido a biodiesel ou a energia elétrica?
Espaço interno ou compacto? Design arrojado ou
clássico? Quem irá decidir como será o próximo carro-conceito da Fiat é o público. Batizado de Fiat Mio, o
modelo será apresentado no Salão do Automóvel, em
outubro de 2010.
Para dar sua opinião, basta entrar no site
http://fiatmio.cc e contribuir para a construção do
veículo com ideias sobre propulsão, design, materiais
e conteúdos de informação e entretenimento.
Todas as sugestões serão consideradas pelo Centro
Estilo, e a equipe determinará as especificações técnicas do protótipo.
“Nunca o processo de desenvolvimento de um
veículo foi aberto dessa forma. Normalmente, ele é
escondido a sete chaves pelas montadoras”, ressalta
o gerente do Centro Estilo Peter Fassbender. Para
ele, o processo será uma experiência completamente
nova para os profissionais. “A quebra de paradigma é tão grande que é difícil prever como será”, diz.
O projeto do Fiat Mio terá quatro fases. Na primeira,
será investigado como especialistas e acadêmicos de
diversas áreas enxergam o futuro do automóvel, o
que servirá para o início das discussões. A segunda
irá acrescentar a colaboração dos internautas, do
Centro Estilo da Fiat e da equipe de Engenharia. Uma
leitura das inúmeras contribuições surgidas será feita
pela Fiat em um terceiro momento. E, na última etapa,
será elaborado o conceito da comunicação do carro,
que também será fruto de uma construção coletiva e
contará com a ajuda da comunidade. Eles auxiliarão na
criação do conceito de marketing, de comunicação e da marca do produto. Nesta fase, até o nome do carro
poderá mudar caso os internautas decidam assim.
Segundo Paulo Matos, supervisor de inovação
e metodologia da Engenharia de Produto, um projeto
assim fica mais instigante. O que aumenta também é o tamanho da empreitada: “entender as pessoas
e o que elas querem desse carro do futuro será um
grande desafio. Também precisaremos contrapor essas contribuições do público com os recursos
de tecnologia que teremos à época de produção
do carro”, analisa Paulo. Ele conta também que
o projeto foi recebido com muito entusiasmo na
Engenharia. “É uma oportunidade de saber o que o
cliente está realmente pensando sobre o futuro dos
carros”, ressalta.
Já a analista de Publicidade Ana Brant defende
que é natural o processo da comunicação do novo
carro-conceito da Fiat ser realizado de forma
colaborativa. “Não faria sentido ter uma comunicação
restrita de um carro que foi feito coletivamente. A
comunicação realizada a várias mãos será inovadora
e com a cara das pessoas”, explica.
Os internautas poderão dar suas sugestões até
outubro do próximo ano.
JUN/ JUL 2009
15
>> WCM
WCM: programa que
busca a excelência
pelas melhores práticas
mundiais na produção.
Atualmente, a fábrica
está no nível “bronze”, em
busca dos níveis “prata” e
“ouro”.
Faps: abrange dez pilares
técnicos e dez gerenciais para
melhorar a produtividade e
reduzir perdas e desperdícios
Eles entregam
excelência
Trabalhar com qualidade, organização e segurança, reduzir custos, não agredir o meio ambiente. Fazer manutenção de forma eficiente e melhorar em tudo, continuamente. Não é fácil cumprir os padrões mais exigentes da excelência produtiva, mas, com atenção, esforço e competência a Fiat já conquistou o bronze no World Class Manufacturing (WCM). O programa está modernizando toda a fábrica segundo os 10 pilares do Fiat Group Automobiles Production System (Faps),
em português, Sistema de Produção do Grupo Fiat Automóveis. Conheça alguns dos profissionais que são modelo de eficiência na implantação do WCM.
SEGURANÇA (SAFETY)
>> Gabriel Castro mostra
aos colegas os pontos que
precisam de melhoria no
desdobramento de custos
16
O que é: trabalhar com segurança é ser
responsável pela constante melhoria do
ambiente de trabalho para a eliminação de
comportamentos e condições que possam
gerar situações inseguras, evitando acidentes
e quase acidentes.
Para tudo que o
operador
Anderson
Ribeiro Januário observa que pode ser melhorado ele propõe uma
solução. “Com o WCM
tive uma visão mais ampla da produção e do
meu trabalho. Hoje conseguimos dar soluções
rápidas”, diz. Uma das
ideias de Anderson foi
reforçar a sustentação
das pinças de solda.
“Elas eram seguras por
uma corrente. Agora, são
duas, o que aumenta a
segurança”, explica.
DESDOBRAMENTO DE CUSTOS
(COST DEPLOYMENT)
O que é: identificar as causas de per-­
das e desperdícios no sistema produtivo
e logístico.
O condutor de Processo Industrial (CPI) da
Pintura Gabriel Castro faz o levantamento
semestral que aponta as maiores perdas da
Pintura e ajuda a criar projetos para resolvêlas. “Debatemos os problemas, mostramos uma
possível solução e absorvemos as críticas e
sugestões para implantá-la. Com isso, diminuímos
as quebras de equipamentos e melhoramos o
layout das linhas”, conta. Para Gabriel, o WCM
trouxe melhoria na capacidade de identificação de perdas e desperdícios. “Todos enxergaram o que
não se via, e foram estimulados a interferir para
melhorar os processos”, defende.
MELHORIA FOCADA
(FOCUSED IMPROVEMENT)
O que é: eliminar as maiores perdas do
sistema produtivo, reduzir os retrabalhos e
as ineficiências dos processos, aumentando a competitividade da empresa.
Na Pintura, as ferramentas trazidas junto com o
WCM para melhoria focada ajudaram a concretizar
importantes melhorias. Um dos trabalhos de
Quick Kaizen teve resultado direto para
os empregados envolvidos. Os carrinhos
transportadores, chamados “skids”, ganharam suportes que tornaram seu manuseio mais
ergonômico. “São ferramentas que possibilitam
resolver problemas com mais facilidade e permitem
que quem está diretamente ligado à atividade
influa no processo de produção”, explica o CPI Adeir de Souza.
Ferramenta para propor modificações rápidas e significativas no processo produtivo
MANUTENÇÃO AUTÔNOMA
(AUTONOMOUS MAINTENANCE)
O que é: buscar sempre melhorar a eficiência dos equipamentos.
O operador da Funilaria Richardson Lopes
dos Santos contribui ativamente com esse
pilar. “Precisamos ter todas as máquinas com
manutenção e atividades padronizadas. Para
isso, é fundamental que todos os operadores
apliquem a metodologia”, conta. Richardson dá
suporte aos operadores que lidam diretamente
com as máquinas e busca treiná-los, ensinar novas
práticas e divulgar os fundamentos da manutenção
autônoma. “É o operador quem mais conhece cada
máquina e pode fazê-la render melhor e reconhecer
sinais de falha”, explica.
ORGANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO
(WORKPLACE ORGANIZATION)
O que é: melhorar permanentemente o
ambiente de trabalho, eliminando perdas e
aumentando a produtividade.
O operador da Montagem Pedro Paulo
Barbosa deu importantes contribuições para
a organização do posto de trabalho depois que
o WCM o incentivou a prestar mais atenção ao
que pode ser melhorado sempre. Pedro trabalha
na linha 2, onde é montado o Palio Fire Economy,
o Novo Palio 2010, a picape Strada e o Siena.
“Percebi que o momento em que o carro fazia
um giro para trocar de posição gerava um atraso
na montagem das peças. Observei que havia um
momento um pouco antes em que havia espaço
para fazer o giro”, explica. A contribuição reduziu
consideravelmente os NVAAs.
Pedro Paulo conta que, antes de trabalhar
na Fiat, não tinha essa visão de que tudo que já
funciona bem pode ser melhorado. “Mudei minha
maneira de ver as coisas. Até no planejamento da
minha vida pessoal a metodologia ajuda”, diz.
>> Fapinho é o mascote,
símbolo do WCM
Non value added activities:
movimentos que não agregam
valor e que devem ser
reduzidos ao máximo, como
caminhar, esperar e procurar
peças.
>> Pedro Paulo Barbosa
ajudou a organizar melhor o
espaço na Montagem
JUN/ JUL 2009
17
MANUTENÇÃO PROFISSIONAL
(PROFESSIONAL MAINTENANCE)
>> Victor Eller é um dos
profissionais que pode servir de modelo da aplicação dos
pilares do Faps
O que é: reduzir quebras, aumentar a e ficiência das máquinas e interagir com os profissionais da Manutenção Autônoma.
O auxiliar técnico da Comau Victor Eller tem
apenas 20 anos e trabalha com a segurança de um
veterano. “Só sabemos que a metodologia funciona
se aplicamos da forma correta. Hoje posso afirmar que dá certo. As máquinas funcionam melhor, a
lógica de trabalho é mais eficiente e as informações são difundidas de forma mais rápida”, opina.
Segundo Victor, quando havia algum problema com
uma máquina, a tendência era tentar fazer com
que ela funcionasse o mais rápido possível. “Hoje
temos uma análise para encontrar a causa raiz do
problema. Conseguimos chegar ao verdadeiro fato
gerador e reduzir a reincidência”, explica.
CONTROLE DE QUALIDADE
(QUALITY CONTROL)
O que é: assegurar produtos que garantam a
máxima satisfação dos clientes.
Segundo o CPI Jeferson Adriano uma de
suas maiores funções é “fazer qualidade e
incentivar a fazer qualidade. O uso das ferramentas
da metodologia intensifica o controle e garante a qualidade para o cliente“, define Jeferson.
LOGÍSTICA (LOGISTICS)
O que é: criar um fluxo contínuo, que disponibiliza a quantidade mínima necessária
de material, na hora certa, com qualidade.
Essa prática reduz gastos desnecessários
com estoque, aumentando a eficiência das áreas produtivas.
As melhorias que o CPI Edilson Nicolau
de Paula conseguiu implementar na UTE 8101
foram sentidas diretamente por seus colegas.
“Estudamos maneiras de aproximar o material do
operador, substituímos formas de armazenagem de
peças que permitem melhor ergonomia, trocamos
empilhadeiras por carrinhos elétricos, que são mais
silenciosos e seguros”, enumera.
GESTÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS
(EARLY EQUIPMENT MANAGEMENT)
O que é: trabalhar preventivamente utilizando
experiências anteriores durante a aquisição
de novos equipamentos a fim de ganhar em produtividade, melhorar o acesso à máquina,
facilitar a manutenção e garantir um baixo
nível de ruído.
Cuidar da ergonomia dos colegas da Pintura
nos novos maquinários é a tarefa do analista de
Tecnologia do Processo Dewis Mark Vianna.
“Para checar se um equipamento está adequado,
fazemos uma lista de 1,8 mil perguntas. É um
trabalho muito minucioso”, explica. Mas é assim
18
que a robotização do sistema de pintura teve ganho
de produtividade, redução de consumo de material
e respeito às mais rigorosas regras ambientais.
“Evoluímos da nota dois para a três no pilar EEM
e fomos considerados referência para toda a
Fiat”, orgulha-se.
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
(PEOPLE DEVELOPMENT)
O que é: fator-chave de competitividade
para alcançar a perfeição em um mercado
com contínua atualização. Esse pilar tem o
objetivo de instituir um sistema permanente
de desenvolvimento de pessoas. Assim, elas
passam a utilizar os métodos corretos para
atacar as principais perdas identificadas no Cost Deployment.
Identificar lacunas de conhecimento entre os empregados da Montagem Final e promover
treinamentos específicos é uma das tarefas do líder de UTE Marcos Antônio de Moura. “Nos
últimos três meses realizamos 66 eventos. Cada
treinamento é focado nas dificuldades que as pessoas têm. Chamamos isso de gap ou lacuna de
conhecimento. Identificamos quais empregados estão tendo dificuldade em algumas das tarefas, avaliamos a necessidade de um curso e buscamos
um especialista no assunto”, explica. A meta,
segundo Marcos, é chegar ao nível prata do WCM
até dezembro.
AMBIENTE (ENVIRONMENT)
O que é: seguir a política ambiental da Fiat,
a partir de uma postura consciente e do uso
correto dos recursos naturais e materiais disponíveis na fábrica.
O cuidado com o meio ambiente que o operador Ricardo Avelar aprendeu na fábrica, ele
levou também
“Propus a troca de bar-­ para seu dia a
dia. “Hoje não
bantes por clipes re-­ consigo jogar
aproveitáveis. Assim, um papel no
deixamos de descartar chão, ou sair
uma quantidade enor- de um cômodo
me de barbantes todos sem apagar a
luz. Sei que caos dias”
da ação tem
um impacto na
natureza”, diz. Um dos projetos implantados por Ricardo foi o reaproveitamento do óleo usado para o
espelhamento das peças da carroceria. “As malhas
com o óleo geravam um grande volume e eu me
questionava sobre a forma como eram descartadas”, lembra. Hoje o tecido é colocado dentro de
uma caçamba com uma grade que permite que o
óleo desça e fique depositado no fundo. Assim, 90% do óleo é reaproveitado.
Para o operador da Funilaria Cássius Douglas
o WCM é mais que uma ferramenta de melhoria
da produção: “é uma lição de vida”, define. Pensando assim, Cassius sabe que a diferença está
em pequenos detalhes. Por exemplo, nos grampos usados para prender as portas da carroceria
de veículos que aguardam para ir para a Pintura.
“Propus a troca de barbantes por clipes reaproveitáveis. Assim, deixamos de descartar uma quantidade enorme de barbantes todos os dias”, conta.
>> Cassius Douglas mostra
que também é um dos verdadeiros exemplos espalhados
pela fábrica
No WCM são avaliados 10
pilares, mas Organização do
Posto de Trabalho (WO) e
Manutenção Autônoma, que
integram um só pilar (Atividades Autônomas), foram
divididos na matéria para
melhor compreensão.
JUN/ JUL 2009
19
>>
CAPA
É da Fiat o primeiro
carro elétrico do Brasil
Imagine: você sai para o trabalho pela manhã, entra
no carro, dirige um veículo completamente silencioso
e que não emite nenhum gás. Ao chegar em casa de
volta no final do dia, você abre o compartimento de abastecimento e o conecta a uma tomada de energia
elétrica da sua casa e vai dormir.
No dia seguinte, o veículo está pronto para rodar e
o preço para “encher o tanque” é de dar inveja ao dono
do mais econômico dos automóveis: R$ 6,14, levandose em consideração o preço médio da energia elétrica
no Brasil para uso residencial, de R$ 0,32 o kw/h.
Assim é o Palio Elétrico, um veículo experimental
desenvolvido pela Fiat e pela hidrelétrica de Itaipu.
Desde 2006, as equipes de Experimentação de Veículos, Plataforma de Desenvolvimento, Unidade de
Carrocerias, de Montagem e a Isvor - Universidade
Corporativa do Grupo Fiat se dedicam ao desenvolvimento do produto. A carroceria foi completamente
modificada para receber o kit elétrico, assim como a disposição das outras peças dentro do carro. “Não se
trata de uma adaptação, tivemos que refazer tudo para
que o produto fosse consistente”, conta Leonardo
Cavaliere, supervisor de Inovações, Acessórios,
Veículos Especiais da Fiat.
Há dois anos o paraguaio Pedro Oscar Gonzalez
deixou o trabalho com geradores na hidrelétrica de
20
Itaipu para dedicar-se à montagem do Palio Elétrico. O
técnico em mecânica não esconde o orgulho de fazer
parte do projeto. “O que fazemos é algo inovador,
de futuro”, diz. E acrescenta: “espero que, no futuro,
nossas ruas estejam cheias de carros elétricos”.
A frota atual já é de 21 veículos, sendo que quatro
são da Fiat e os outros 17 foram comprados por empresas parceiras do programa de desenvolvimento. Elas
têm a tarefa de fazer uso normal do carro, no dia a dia,
para detectar possíveis problemas e repassá-los à Fiat.
“Para termos um produto final faltam ainda testes de durabilidade e resistência. Mas o carro já passou por
todas as provas feitas, como qualquer desenvolvimento
da Fiat, e foi aprovado. Assim, ele já está homologado
e pode inclusive ser emplacado”, afirma Cavaliere. Até julho de 2010 a meta é produzir 50 carros.
A bateria de testes pela qual o Palio Elétrico passou
já consumiu 3.100 horas e inclui testes de emissão de
ondas eletromagnéticas, freios, suspensão, crash,
teste térmico e resistência estrutural da carroceria
e componentes.
O objetivo é criar um carro de uso urbano, por causa
das características de autonomia. O Palio Elétrico
chega a rodar até 120 km a uma velocidade máxima de 100 km/h antes de precisar ser “abastecido”. A recarga demora cerca de oito horas em uma tomada de 220
Consiste no impacto de
veículos automotores contra
blocos de concreto ou ferro
para avaliar a segurança
automotiva e verificar o cumprimento de determinadas
normas de segurança em
situações de acidente de
trânsito.
Distância que pode ser
percorrida pelo veículo
sem a necessidade de
reabastecimento.
volts. A bateria também é recarregada
pelo movimento do veículo em descidas
e frenagens e ganha até 10% a mais
em autonomia. O princípio é o mesmo utilizado na Fórmula 1, porém,
mais simples.
Mas, se 15 milhões de proprie-­
tários de carros no Brasil resolvessem trocar seus veículos pelos movidos a eletricidade, não
enfrentaríamos um problema de
falta de abastecimento? “Sim,
poderíamos acentuar o apagão.
Mas a nossa proposta é que
houvesse uma tarifa diferenciada para recarga durante
a madrugada, quando sobra
energia elétrica e Itaipu mantém a água no reservatório
em vez de usá-la para fazer
girar as turbinas, já que
não existe demanda para
a energia gerada”, ressalta Cavaliere. Outra alternativa seria a recarga
por energia solar.
JUN/ JUL 2009
21
UM AUTOMÓVEL ESPECIAL
>> Leonardo Cavaliere integra
a equipe que desenvolveu o
Palio Elétrico
>> Carlo Rebuschini acredita
que a participação da Fiat no
projeto permite a criação de
um veículo mais robusto
22
O componente mais importante do Palio Elétrico é a bateria, que tem a finalidade de disponibilizar energia suficiente para a movimentação do veículo. Entre as diversas opções do
mercado, a usada no modelo Fiat
é a bateria com Sódio-Níquel
Cloreto ou Zebra (Zero Emission Battery Research Activity,
uma bateria experimental de
emissão zero). Ela é reciclável e
não tem efeito “memória”, que
reduz a capacidade de carga
de uma bateria ao longo do
tempo de uso.
“Caso fôssemos usar uma
bateria de chumbo ácido, como
as que são normalmente usadas
em veículos hoje, elas teriam
de pesar três vezes mais para
fornecer a mesma potência,
com metade da autonomia”,
afirma Cavaliere. O sistema de câmbio é bem
diferente dos carros movidos
a combustão por causa da
natureza dos motores elétricos.
Eles conseguem atingir a
potência máxima em qualquer momento. Assim, não
existem ‘marchas’. A sensação fica parecida com a de um carro de câmbio automático. Uma alavanca como
a de marcha define apenas se o veículo está “neutro”, o que equivaleria ao “ponto morto”, “à frente”, que
equivale às marchas de primeira à quinta, ou para
trás, a ré.
Carroceria e parte mecânica são feitas na fábrica.
Como o Palio Elétrico é completamente diferente dos
demais modelos da família, sua carcaça é montada
na Pilota. Depois disso, segue para a Engenharia de
Produção da Montagem, onde são determinadas as
partes que não serão montadas, como tubulação de
escapamento, de combustível e motor, por exemplo.
Então, o veículo é enviado para o Centro de Montagem
e Desenvolvimento de Veículos Elétricos da Fiat em
Itaipu, onde é colocado o kit elétrico. Segundo James
Rosa, analista de Tecnologia e Processos da Engenharia de Produção, a montagem do carro elétrico
impõe uma série de dificuldades. “O maior dos desafios é deixar o veículo semi-industrializado em condições de
receber o kit elétrico, que é colocado tão longe daqui. Não pode haver erros na montagem”, explica.
O preço final do carro hoje é de R$ 145 mil. “Boa parte são impostos cobrados, tanto pelos componentes importados quanto pelos que incidem normalmente sobre a venda de um carro”, afirma Cavaliere. Empresas apoiadoras do projeto já têm exemplares
do Palio Elétrico, como Cemig, Copel, Ampla, CPFL,
Eletrobrás e a própria Itaipu.
O Palio Elétrico é o único em desenvolvimento
no Brasil. “A maior parte dos projetos parte da
iniciativa de empresas ligadas à área de energia
elétrica. A participação da Fiat no projeto permite
um veículo robusto, que passa por testes de qualquer
desenvolvimento e garante confiabilidade e uma solução mais adequada para as adequações na
dinâmica do carro”, explica o responsável pelo projeto
na Isvor, Carlo Rebuschini.
“A iniciativa é muito importante para o desenvolvimento da tecnologia elétrica veicular no Brasil”,
acredita o diretor da Associação Brasileira do Veículo
Elétrico (ABVE) Luiz Artur Pecorelli Peres.
TEST DRIVE
O eletricista da Oficina Assistencial Cristiano Diniz Oliveira experimentou o Palio
Elétrico. “O mais impressionante é a ausência
completa de ruídos. Para quem gosta de dirigir,
fica ainda mais agradável rodar com um motor que não faz nenhum barulho”, afirma. Ele também ressalta a facilidade de
guiar o modelo. “O carro proporciona grande
conforto para quem está no volante, inclusive
porque não é preciso passar marchas”, avalia.
Segundo Cristiano, não se sente diferença na
potência. “Mesmo em subidas, o carro anda
bem”, explica.
Mas, para o eletricista, o aspecto mais
importante é ambiental. “Um carro que não
polui é um grande avanço. Imagine se as ruas
de uma grande cidade como São Paulo só
tivessem carros elétricos rodando?!”.
O QUE É SUSTENTABILIDADE
É o conceito relacionado à continuidade,
à possibilidade de a atividade humana não
comprometer a vida no futuro. Para que um
empreendimento seja sustentável, ele deve
atender a quatro requisitos: ser ecologicamente correto, economicamente viável,
socialmente justo e culturalmente aceito.
DESAFIOS
Segundo o especialista em Engenharia do
Produto Eduardo Duarte, o desenvolvimento do
Palio Elétrico foi seu maior desafio em 23 anos de Fiat. “É uma tecnologia completamente nova
para nós, partimos do zero e não tínhamos base de
comparação”, explica.
Segundo ele, o trabalho de redimensionamento da suspensão e do freio foram os mais
difíceis. “O maior peso dele vem atrás e a tração
é na frente. Então, tivemos que fazer várias provas
para que o veículo tivesse a direção que tem hoje,
elogiada por todos que o conduzem”, conta.
JUN/ JUL 2009
23
Conheça o Palio Elétrico
Quadro de instrumentos com
identificação de gasto energético, autonomia e temperatura.
O sistema de câmbio tem
apenas três posições e a
condução fica parecida com a de um veículo automático.
Sistema de proteção de curtos
circuitos já passou por testes,
inclusive dentro d´água.
O motor elétrico é
extremamente silencioso.
24
O abastecimento pode ser feito
em qualquer tomada comum
de energia elétrica, incluindo
as que têm como fonte energia
solar fotovoltáica (dispositivo
que ao absorver luz produz
pequena corrente elétrica).
A bateria, de 165 kg, utiliza sal e níquel em seu interior. É
do mesmo tipo que a utilizada
em submarinos nucleares, tem
sistema de vedação extremamente eficiente. Assim, apesar de armazenar grande quantidade
de energia, ele é mais seguro
que um tanque de combustível
de um carro a combustão.
FICHA TÉCNICA:
Motor Elétrico trifásico / corrente alternada Refrigerado a água
Potência máxima – 28 kw ou 37,8 cv
Torque máximo – 124 newton metros ou
12,6 kgfm
Alimentação
Bateria sódio-níquel-cloro
Tensão 253 V
Tempo de recarga 8 horas
Carroceria especialmente
desenvolvida para receber
o kit elétrico.
Câmbio
Número de marchas – drive, neutro e ré
Tração – dianteira
Desempenho
Velocidade máxima – 100 km/h
0 a 50 km/h – 7 segundos
Autonomia – 120 km
GASTOS DE MOTORES MOVIDOS
A DIFERENTES COMBUSTÍVEIS
JUN/ JUL 2009
25
>>
CIRCUITO FIAT
>> Oficina Assitencial: excelência em
manutenção
Oficina Assistencial é modelo para a rede
Média de 15 anos de experiência, nota 9,5 na avaliação feita pelos mais exigentes clientes e margem
de erro muito abaixo da média de mercado. Esse é o
time que todos gostariam de ter para cuidar de seu
carro. A equipe da Oficina Assistencial da Fiat tem, entre várias outras, a responsabilidade de ser modelo
para a rede de concessionárias. “Buscamos sempre
a excelência na execução do nosso trabalho e no
atendimento aos nossos clientes”, explica o supervisor
da Oficina Assistencial, Rodrigo Martini do Valle.
O principal objetivo é fazer a manutenção dos
cerca de 1,2 mil veículos da frota da Fiat e das demais
empresas do grupo. Além disso, é na oficina que são preparados carros para eventos, lançamentos,
exposições e para test drives.
A oficina conta com 72 profissionais, divididos em equipes de Assistência aos veículos da Frota,
Lançamento e Veículos Especiais, Funilaria, Pintura,
Ferramentaria e Peças e Acessórios. São mecânicos,
eletricistas, capoteiros, que cuidam do acabamento
e dos revestimentos, funileiros, pintores e lavadores
de carros que passam por todos os treinamentos
oferecidos à rede de concessionárias. Para isso,
também foi criada uma pequena sala onde são
realizados os cursos via web, que poupam tempo e não
tiram o profissional da oficina. Em parceria com a área de Análise do Produto, a
26
Oficina Assistencial avalia equipamentos e ferramen-­
tas que, depois de aprovados, serão recomendados
para a rede. Além disso, faz da frota da empresa um
termômetro do que acontece com os produtos nas
ruas. “Quando detectamos algum tipo de problema,
por exemplo, comunicamos à Análise do Produto para
que as providências sejam tomadas”, revela Rodrigo.
TRABALHO MINUCIOSO
Para o lançamento de um novo modelo, a preparação pode ser uma simples limpeza ou a avaliação
completa do funcionamento do veículo, caso ele vá
rodar. “Temos que ser minuciosos. Também depende
do nosso trabalho a imagem da empresa e do produto,
e todas as atenções estão voltadas ao carro nessas
situações”, explica Rodrigo.
Em eventos importantes, uma equipe é destacada
para acompanhar os carros e resolver qualquer
problema. Foi assim que Sérgio Ricardo da Silva,
encarregado da Oficina Assistencial para veículos especiais, conheceu quase todo o Brasil e vários outros
países e acumulou muitas histórias para contar. “Em
Recife e Salvador, adorei a beleza natural. Na Itália,
acompanhei a comitiva do presidente Lula, para prestar
assistência ao carro blindado cedido a ele durante a
viagem”, orgulha-se.
Sérgio cuida dos lançamentos e carros de rally.
“Muitas vezes trabalhamos com veículos que ainda
não estão nas ruas. Por isso, temos que estar bem
sintonizados com as áreas de Engenharia do Produto,
Produção e Qualidade para identificar possíveis problemas ”, conta.
NO ALTO DO PÓDIO
Quando um piloto da equipe Fiat de Rally comemora
uma vitória, em Betim, o time da Oficina também vibra. São eles os responsáveis por preparar as máquinas
que irão acelerar sobre estradas esburacadas, poeira e
lama. “Acompanhamos a produção do carro com nossa
equipe de funilaria. A carroceria é diferenciada para
depois receber as gaiolas de sobrevivência feitas de
tubo de aço instaladas na parte de dentro do carro”,
conta Martini.
O automóvel é montado dentro da oficina, com bancos especiais de competição, cintos de segurança
feitos para atender as normas das competições e um
sistema anti-incêndio com tubulação que percorre
todo o carro e pode ser acionado pelo piloto ou
remotamente, por alguém que não esteja no veículo.
Vidros mais leves, tanque de combustível, suspensão
e motor, tudo é especialmente feito para garantir a
liderança nas corridas.
ENTUSIASTA DA COR
O pintor Maurício Apolinário está há 25 anos na oficina, e faz retoques perfeitos na pintura dos carros que passam por lá. “Depois de pronto o trabalho, não
há como diferenciar de um carro zero”, afirma.
Experiente, o pintor não se deixa atropelar pela
tecnologia, que nos últimos anos transformou sua
rotina de trabalho. “De 1974, quando comecei, pra cá, mudou tudo. Hoje fazemos retoques em uma velocidade
impressionante”, conta.
No laboratório de tintas da Oficina Assistencial, é definida a porcentagem de cada pigmento a ser usada com exatidão para se chegar a uma tonalidade
de cor. “Antes, tínhamos que acertar apenas olhando
a cor original”, lembra. Suas pinturas preferidas são
as personalizadas. “A tinta que muda de cor conforme
olhamos para o carro é muito bonita”, diz. Entre as
comerciais, sua preferida é o vermelho.
A estrutura inclui, além do laboratório de tintas,
uma cabine de pintura e uma equipe de funilaria, para
fazer cortes e outras modificações nas estruturas dos carros. As tarefas são comandadas pelo encarregado
de Funilaria e Pintura, Célio Santos.
FROTA A PONTO DE BALA
Rogério Azevedo, encarregado da Oficina Assistencial para a frota de veículos, está há 17 anos na Fiat. Depois de trabalhar como motorista de testes
por três anos, ele foi para a oficina, onde também foi motorista, recepcionista e agora é o responsável pelos
carros da empresa. Ele comanda 26 profissionais e gosta de descobrir os segredos dos lançamentos antes de todos. “Sou apaixonado por carros desde
criança”, ressalta.
>> Equipe de Atendimento da
Oficina Assistencial
Diretoria: Comercial
Localização: Galpão 17 na fábrica de Betim
Profissionais: 72 O que faz: Cuida da
manutenção e gestão de
1,2 mil carros da frota,
veículos especiais e de
competição
JUN/ JUL 2009
27
>> LANÇAMENTO
Agora a aventura tem
mais companhia
Acaba de ganhar as ruas a primeira picape pequena
de cabine dupla do mundo. A Strada Adventure Cabine
Dupla, desenvolvida inteiramente no Brasil para
consumidores brasileiros, é mais que um lançamento,
significa inovação de mercado e um salto à frente da concorrência.
A ideia surgiu em 2000, com o lançamento da
versão de cabine estendida. “Percebemos ali uma
oportunidade interessante no mercado. Mas tínhamos
dificuldades variadas, desde o investimento que precisava ser feito até a criação de um carro equilibrado esteticamente”, explica o diretor de Produto e
Vendas Mercado Externo, Carlos Eugênio Dutra.
A cabine estendida se tornou um grande sucesso e
começaram a aparecer no mercado consumidores que
modificavam o carro artesanalmente para incluir dois bancos na parte de trás que, originalmente, serviria
apenas como compartimento de carga. “Quando
foi lançado o modelo Adventure, em 2004, vimos a
possibilidade de equilibrar estilisticamente uma picape
com a capacidade de abrigar mais ocupantes”, lembra
Carlos Eugênio.
Além do design, outro desafio que teve de ser superado para que a cabine dupla se tornasse
realidade foi equilibrar os investimentos necessários
com o retorno previsto nas vendas.
Em 2007, o investimento no projeto foi aprovado. “Desde o início acreditávamos que seria um sucesso.
28
O retorno das equipes de venda depois do produto
pronto tem sido muito positivo”, afirma o analista de Marketing Sérgio Trivelato. O lançamento confirma o pioneirismo da Strada.
“A cabine dupla irá revolucionar o mercado”, define o condutor de Processo Industrial (CPI) da Pintura
Wagner Prazeres. O profissional pode dizer que entende de picapes. Desde que chegou à Fiat, há 24
anos, ele já viu o sucesso de todos os modelos, da
Picape 147 até a Strada Cabine Estendida. “É uma satisfação saber que tantos modelos de sucesso
passaram por minhas mãos”, afirma.
SUCESSO NAS CONCESSIONÁRIAS
A Strada hoje tem média de 57% de participação no mercado nos primeiros seis meses deste ano, o que
significa que mais da metade das picapes compradas hoje no Brasil são Fiat. “Temos um produto realmente
vencedor, isso justifica uma gama mais completa”, avalia Carlos Eugênio.
O modelo top de linha, o Adventure, é responsável
por 35% dos negócios fechados. Entre os concorrentes, o maior percentual fica concentrado nos modelos mais baratos. “Isso acontece porque conseguimos adicionar
à característica utilitária do veículo o aspecto do
desejo do consumidor de dirigir um carro como ele”,
ressalta Carlos Eugênio.
“A picape atende bem para trabalho e para o
lazer. É bonita e entrega conforto, cobre todas as
necessidades do consumidor”, avalia Trivelato. Dos
compradores da Strada, 60% a utilizam principalmente
para trabalho, e 40% exclusivamente para lazer.
“O maior desafio da engenharia foi trabalhar em cima de um carro vencedor”, afirma o gerente da Plataforma Veículos Comerciais Alexandre Serretti.
Foi necessário manter a qualidade do produto e garantir
a segurança no banco de trás. “Os passageiros que
podem ser acomodados no banco de trás têm encosto
de cabeça e cinto de segurança retrátil de três pontos
à disposição”, explica Serretti.
Roberto Madeira, responsável pelo modelo no
início do projeto, concorda. “Trata-se de uma picape,
mas o carro precisa dar condições de conforto e
segurança para que o cliente possa abrigar sua
família”, define. É um veículo de uso misto e este é o maior desafio. “Quem compra uma Strada Cabine Dupla quer um veículo de trabalho que, ao mesmo
tempo, seja o carro da família”, resume Madeira.
Por isso, o cuidado na hora de criar o interior do
carro foi redobrado. “Tivemos uma preocupação
estética grande, para garantir beleza, conforto e
segurança. Além disso, foi realizado também um
trabalho importante na suspensão para propiciar
conforto”, conta.
DESIGN
Pode parecer um trabalho fácil, adaptar o desenho
que já existia prolongando o teto e adicionando um
banco traseiro. Mas, segundo o designer Roger
Amâncio, o resultado final poderia ser comprometido se as alterações lembrassem trabalhos artesanais
encontrados no mercado. “Não buscamos uma
‘adaptação’. Queríamos uma nova versão”, explica.
O desenho respeita o estilo original do veículo
e moderniza suas linhas. “O novo volume deveria
combinar-se perfeitamente com o restante do conjunto,
além de respeitar todas as indicações técnicas que um
trabalho deste porte pedia”, conta.
A parte interna prima pelo conforto no banco
traseiro com porta objetos exclusivos, recobrimentos
laterais e apóia-braços. Na carroceria, tubos de aço
permitem vários tipos de amarrações para área de
carga. Também foram feitas grandes alterações como
o prolongamento do teto e adoção de um novo vidro
lateral mais dinâmico e moderno. “Dá para imaginar as
dificuldades encontradas na hora de criar. Trabalhando em conjunto com a Engenharia conseguimos contornar
as dificuldades técnicas que se apresentavam durante o transcorrer do projeto e, por fim, elaboramos um produto inovador que o mercado pedia há algum
tempo”, comemora Roger.
>> Com 1,90 m de altura,
Wagner Prazeres atesta o
conforto do banco traseiro da
Cabine Dupla
JUN/ JUL 2009
29
>>
TÚNEL DO TEMPO
Picapes encantam
há mais de 30 anos
Com inovação e criatividade, a Fiat tem acertado em cheio o gosto dos clientes
com suas picapes desde 1976, quando a 147 Picape chegou às concessionárias.
Feitas para o mercado brasileiro, elas combinam a versatilidade da caçamba com o conforto e a economia de um carro de passeio.
147 PICAPE
A primeira picape derivada de automóvel pequeno
do Brasil tinha o mesmo volume do Fiat 147, que a originou. Foi lançada em 1978 e, em 1981, chegou ao mercado a primeira remodelação, aparecendo com a
caçamba maior.
A versão City, mais moderna e jovial, ganhou as
ruas em 1985.
FIORINO PICAPE
Distância entre
o eixo dianteiro e o
traseiro do carro.
A letra grega
ômega Ω tem formato
semelhante ao de
uma ferradura, com
a parte central
suspensa em relação às
extremidades.
30
Em 1988 a picape derivada do Uno substituiu a
147. Em 92, ela recebeu um ganho de entre-eixos
e passou a ter a maior caçamba do Brasil. A Fiorino
também inovou com a versão Trekking, de 1995, ao trazer o eixo traseiro com formato em ômega, que
reduz as limitações do carro em terrenos acidentados
e permanece até hoje, na Strada.
STRADA
A primeira Strada passou pela linha de produção
no dia 14 de agosto de 1998. O carro se tornaria um
sucesso de vendas em poucos meses e, desde 2000,
nunca mais perdeu a liderança do segmento.
A versão cabine estendida foi lançada em 1999
e até hoje não tem concorrente no mercado. Logo
no primeiro ano completo de comercialização, 2000,
o conceito inovador mostrou que teria sucesso
duradouro: as versões com essa configuração foram responsáveis por 52% do mix da Fiat Strada.
Em 2001, foi lançada a versão Adventure, que
trouxe para o mercado um veículo diferenciado, com
mais esportividade e robustez.
Em agosto de 2008 a Strada ganhou mais uma
renovação estética e mecânica, que incluiu o sistema
Locker (versão Adventure), além de novos e inéditos equipamentos para o seu segmento.
Agora, em 2009, chega ao mercado a última
inovação: a picape Strada Cabine Dupla
>>
EXPANSÃO
Bem-vindo à
fábrica do século 21
Máquinas na pista, gente trabalhando e a expansão
da infraestrutura já é sentida nos quatro cantos
da planta de Betim. A modernização faz ninguém
ter dúvidas de que o século 21 chegou à fábrica. Os
investimentos aumentarão a competitividade e irão
consolidar a importância brasileira para o sucesso
do Fiat Group Automobiles (FGA) na América Latina.
As obras, que irão permitir que a produção anual de
automóveis chegue a 800 mil unidades, contemplam
melhorias para atividades envolvidas com todas as
etapas do processo de produção, desde a elaboração
do design ao lançamento do novo veículo.
Segundo o presidente da Fiat na América Latina,
C. Belini, a iniciativa tem como objetivo ampliar a
capacidade produtiva e agregar ainda mais qualidade
aos produtos. “Os investimentos são um símbolo da
confiança que temos em nosso time e no potencial de crescimento do mercado da América Latina. Estamos
preparando a Fiat para enfrentar o futuro“, afirma. Iniciadas em 2008, as obras estão sendo executadas com base em projetos e equipamentos de ponta
projetados, gerenciados e coordenados pelo time de
técnicos e engenheiros da Tecnologia Industrial. Os
empreendimentos envolveram mais de 50 empresas >> José Maurício Pacheco
mostra a montagem da nova
prensa
terceirizadas e cerca de 800 trabalhadores. Confira o estágio atual de desenvolvimento das melhorias em
cada um dos pontos da fábrica:
PRENSAS
Na oficina de Prensas está um dos grandes investimentos, a instalação de duas novas linhas de
prensa de alta performance. A fundação que servirá
de base para a instalação da primeira prensa já está
pronta e tem 21 metros de largura por 48 metros de
comprimento. É o equivalente a seis piscinas olímpicas.
Será a primeira linha de alta cadência do Brasil, com
produtividade maior que a das atualmente instaladas.
A instalação dos novos equipamentos gera
expectativa. “Queremos ver logo a máquina funcionando. Ela tem capacidade e velocidade muito
grandes”, opina o condutor de Processo Industrial (CPI)
José Maurício Pacheco. Ele trabalha na oficina há 21 anos e mostra orgulhoso que a tecnologia de ponta
está chegando às Prensas. “É muito bom saber que
estamos fazendo o futuro. Todo esse investimento é o
nosso crescimento daqui há alguns anos. E precisamos
sempre crescer”, analisa.
JUN/ JUL 2009
31
DIRETO DO JAPÃO
A estrutura gigantesca da primeira nova máquina
chegou do Japão ao porto do Rio de Janeiro em fevereiro, e exigiu uma operação especial para que viesse
para Betim. O transporte teve o acompanhamento da
polícia rodoviária. Foram mais de 200 caminhões e 20
dias para completar o processo. A operação envolveu
as áreas de Tecnologia Industrial, Logística, Segurança
de Patrimônio e uma empresa especializada em
logística. “Era praticamente impossível conseguirmos
trazer isso para a fábrica nesse tempo, ainda mais
com o feriado de carnaval no meio do período”, conta
o diretor-adjunto de Tecnologia Industrial Ámerica
Latina, Victor Ambrosi. Na primeira semana de
março começou a montagem. Atualmente, cerca de
metade do processo já foi cumprido.
Junto com a primeira linha de prensa, também
chegou a prensa para try out dos estampos para inserimento na linha de alta cadência. A previsão é que ela
comece a operar em setembro.
A fundação para a segunda máquina já está
pronta. A segunda linha de prensa já está no porto
do Rio de Janeiro e será transportada para Betim até
as primeiras semanas de agosto, para imediatamente
começar a montagem. Essa segunda nova linha deve
entrar em operação em fevereiro de 2010.
Para completar o novo centro de Prensas já foram
instaladas quatro pontes rolantes de 50 toneladas cada, que servem para o transporte dos estampos até
a máquina. Também para completar este centro, já
está em operação o novo almoxarifado de peças, que
tem área de 12 mil m².
Uma nova linha de cortes de alta produção irá
alimentar as prensas. Para isso, já está sendo construída a fundação e a previsão é de que a linha comece a
operar em janeiro de 2010. Complementa esse novo
centro de Prensas o novo transportador de sucata
de 250 metros linear e de esteira, com capacidade para 50 toneladas por hora, a uma velocidade de até 20 metros/minuto. Esse volume será recebido por uma nova
empacotadora de sucata, que estará instalada até
outubro deste ano.
Todas essas ampliações terão de ser acompanhadas de uma expansão da rua que serve a oficina de Prensas. Ela será aumentada em 300 metros e alargada
em duas pistas para favorecer o fluxo de embalagens até o galpão.
Todo o sistema elétrico de ar comprimido e
resfriamento de água teve de ser reconfigurado para que as novas prensas possam funcionar. Foram
construídas novas cabines elétricas, nova estação de
sistema de refrigeração e ampliação da atual central
de compressores.
32
Acompanhe as obras da fábrica
MONTAGEM
Foi iniciado em dezembro do ano
passado o trabalho de reestruturação da
linha 4, que vai dar maior produtividade
e melhorar o fluxo logístico de carros e materiais. Com esta nova configuração será necessário ampliar o armazém de
peças, e um novo galpão de 4 mil m² e 12
metros de altura será construído para isso.
Prateleiras irão aproveitar ao máximo a
altura da estrutura.
PRONTO SOCORRO
Já foi terminada a remodelação de
todas as instalações do Centro de Saúde
Ocupacional. A obra incluiu a troca de
toda a parte elétrica, hidráulica, telhado,
pisos, reorganização de layout, melhoria
de mobiliários, pintura, troca de portas
e janelas, estética e conforto para o
atendimento dos empregados.
PORTARIA 8
Já está em funcionamento a nova portaria
para descongestionar o fluxo da entrada de caminhões e materiais da Portaria 1, especialmente os da Funilaria
e de Prensas. Ela conta com todos os serviços de
recebimento, segurança, balança, sanitários e toda a
infraestrutura necessária. Para seu funcionamento,
foi necessária a ampliação da rua de contorno sul da
fábrica em duas novas pistas por 1,5 km. FUNILARIA
Na Funilaria, o novo galpão de 22 mil m² já está
recebendo os novos maquinários. A ampliação exigiu
a construção de uma nova central de refrigeração da
água que serve para resfriamento das pinças de solda
e novas cabines elétricas, que já estão funcionando.
MONTAGEM DE SUSPENSÃO
Está sendo ampliado o galpão de montagem de
suspensão em 2,5 mil m². A nova área para introdução de novos modelos estará pronta em julho.
JUN/ JUL 2009
33
>>
MARCA HISTÓRICA
O 10.000.000 da número 1
>> Marca: com a saída de
um Novo Palio 2010 da linha
de produção, Fiat alcança
10.000.000 de carros
fabricados no Brasil
34
Quando saiu da linha de produção o primeiro carro
da Fiat feito no Brasil, Tobias Isaac Neto, gerente de
Gestão de Materiais Diretos, estava na fábrica para
ver. Depois de 33 anos, ele comemora: “nasceu meu
filho de número 10.000.000. Todos os carros são crias nossas, e a gente cuida de todas elas”. No mês de
junho, um Novo Palio 2010 deixou a linha de montagem
e fez com que a empresa atingisse a marca histórica.
Desde 1976, com o início das operações, o crescimento foi acelerado. Das 63.756 unidades do Fiat 147 fabricadas em 1977, para 713.248 veículos em 2008, recorde nos 33 anos da Fiat no Brasil. Hoje,
são produzidos em Betim 15 modelos e mais de uma centena de versões para atender aos mercados do
Brasil e de exportação, com uma média diária superior
a 2,8 mil unidades.
ORGULHO
“Meu orgulho é enorme, espero que a prole ainda
aumente muito”, afirma Tobias. Quando a empresa chegou ao Brasil, ele trabalhava para um jornal de
Betim fazendo a cobertura das negociações. Na
época, houve uma prova de seleção, que ele fez e foi
aprovado. “O que mais admiro na Fiat é a capacidade
de recuperação e superação. Nós não somos só uma
fábrica de carros, somos uma fábrica de paixão”,
analisa o veterano.
Pela família de Oliviero Zenaro já passaram
milhares de produtos Fiat. O supervisor da programação das Prensas trabalha na empresa há 23 anos. Seu
pai veio da Itália para a Alfa Romeo, no Rio de Janeiro,
e seu avô também era empregado da marca em Milão,
na Itália. “É um grande orgulho saber que conseguimos
atingir essa marca, principalmente em um mercado tão
competitivo quanto o brasileiro”, diz.
A família continua crescendo, assim como a fábrica.
“Quando comecei, minhas filhas tinham 1 e 2 anos de idade. Hoje as duas estão formadas. A Fiat não só viu,
como ajudou minha família a crescer”, ressalta.
CRESCIMENTO
Há 23 anos, o analista de produção de Prensas
Marcos Tadeu Moreira também cresce junto com a
empresa. Quando começou, aos 26, se sentiu motivado
a encarar o desafio: terminou o Ensino Fundamental, fez o Ensino Médio e se formou na faculdade de
Administração no ano passado. “A gente vê o
mercado se desenvolvendo e tem que melhorar com
ele. A empresa dá muitas oportunidades, é só estar
preparado para aproveitar.” Como os colegas, Marcos
comemora a marca com entusiasmo. “Foi um motivo
de orgulho para todo mundo. O melhor é trabalhar em
uma empresa que é número 1”, garante.
O condutor de Processo Industrial (CPI) da
Montagem José Mauro Barbosa também viu sair da
fábrica o carro de número 1 e ajudou a montar o de
número 10.000.000. “Fico emocionado por contribuir
com este carro histórico e ver a Fiat chegar a essa
marca”, comemora.
MAIS DE 2 MILHÕES DE CARROS FLEX
Com a saída de mais um Linea da linha
de montagem, a Fiat celebrou a produção de
2 milhões e 500 mil veículos Flex no Brasil em julho. Essa marca tornou a empresa a maior
produtora mundial de veículos Flex do mundo.
Além do Brasil, carros flex já são exportados para outros países da América Latina, além de
sua utilização estar sendo adotada em diversos
locais onde existe a produção de álcool de
cana de açúcar.
Os veículos Flex são produzidos pela
Fiat no país desde 2003, quando foram
fabricadas cerca de 300 mil unidades. Em
2008, aproximadamente 690 mil automóveis
flex deixaram a linha de produção da Fiat. Atualmente, cerca de 99% dos motores
produzidos pela empresa no Brasil são Flex.
>> Tobias Isaac Neto, com 35 anos de empresa, comemora
o nascimento de seu “filho” número 10.000.000
>> Oliviero Zenaro trabalha
na Fiat há 23 anos e está
contente com a marca
>> Marcos Tadeu Moreira
cresceu junto com a empresa
em 23 anos de Fiat
JUN/ JUL 2009
35
>>
SOU FIAT DE CORAÇÃO
Apaixonados
pelo Punto T-Jet
“Já tive outros carros com
roda de 17”, mas nenhum com uma suspensão tão boa
quanto a do T-Jet. Ele é muito
macio e estável”
>> Jacques Vinícius Pereira
Costa
“Esse carro fecha o
trânsito!”(...) “Todo mundo
olha, principalmente a
moçada”
>> Paulo de Tarso Mohallem
36
O bancário Jacques Vinícius Pereira Costa é
apaixonado por carros e assina revistas especializadas
há 20 anos. Antes de escolher o Punto T-Jet, leu quatro
publicações sobre o carro, que já foram suficientes para ele tomar a decisão. “Quando fui comprar, cheguei à loja
e não quis nem fazer o test drive. Já estava decidido.
A vendedora ficou surpresa, e disse que nunca havia vendido um carro tão rápido”, lembra. Além do motor,
que ele define como “valente”, Jaques também elogia a nova suspensão. “Já tive outros carros com roda de
17”, mas nenhum com uma suspensão tão boa quanto a do T-Jet. Ele é muito macio e estável”, avalia.
“Esse carro fecha o trânsito!” É assim que Paulo
de Tarso Mohallem define seu Punto T-­Jet. O carro, projetado para ser um autêntico esportivo, tem motor
1.4 16V Turbo de 152 cavalos. Mas ele não para por aí: rodas de liga leve e para-choques esportivos fazem
dele um dos modelos mais desejados da marca Fiat
para quem vê de fora. Quem dirige, encontra conforto
e tecnologia. Paulo trocou seu Punto Sporting pela
nova versão logo que ela foi lançada e diz que o design
não passa despercebido pelas ruas: “todo mundo olha,
principalmente, a moçada”.
Para o empresário e colecionador de carros
nacionais, Natalino Bertin Junior, o novo modelo
do Punto chegou ao mercado para marcar época.
“Acredito que este é um carro desejado por todos”. Em
uma visita à fábrica de Betim, ele teve a oportunidade
de retirar seu carro direto da linha de montagem e dar
uma volta na pista de testes.
Natalino é dono de uma coleção de 32 carros,
entre eles quatro Fiat 147. “Tenho um carinho especial pelo meu Fiat 147 GLS porque ele é considerado a versão turbinada do modelo”, ressalta. Agora, depois
de 30 anos, resolveu comprar “o sucessor turbinado”:
o Punto T-Jet. “Gostei muito do carro. A evolução de
30 anos de tecnologia é muito grande. Por isso, resolvi
comprá-lo com todos os opcionais”.
Já o delegado de Polícia Eustáquio de Alvarenga Morais não tinha informações sobre o lançamento
quando resolveu comprá-­lo. Confiou na experiência que já tinha com o Punto, que era seu carro anterior.
“Fui direto à concessionária, fiz um test drive e resolvi fechar negócio”, conta. Com 100 quilômetros rodados
em seu novo Punto T-Jet, ele diz estar muito satisfeito.
“Valorizo muito a segurança e os dois aspectos que
pesaram na hora da compra foram os freios ABS e os
air bags duplos do modelo”, resume.
Outro diferencial do novo turbo da Fiat é sua
tecnologia, que vem aliada ao requinte. Do lado de
fora, para-choques e grades dianteiras, faróis com
máscara negra e lanternas traseiras com bordas
escuras. O modelo tem também molduras pretas
para os paralamas e minissaias laterais da mesma
cor. O aerofólio bicolor na tampa traseira, ponteira
do escapamento dupla cromada, luz de direção na cor
prata, rodas de ligaleve de 17” e adesivos laterais com a sigla “T-Jet” completam o visual esportivo. Esse
último detalhe fez toda a diferença para Maria das
Graças de Paiva, funcionária pública aposentada.
“Só a assinatura do lado do carro, para mim, já é
tudo! Um carro desses envaidece a gente. Eu falo de
boca cheia que tenho um Punto T-Jet”, conta.
Maria das Graças conheceu o novo modelo do
Punto no reality show Big Brother Brasil, exibido pela
Rede Globo de janeiro a abril deste ano. Em um episódio,
dois participantes do programa tiveram direito a um
passeio com atores da emissora, e um deles estava
a bordo de um Punto T-Jet. “No dia seguinte, pedi ao
meu filho que me levasse a uma concessionária Fiat para conhecer o carro de perto. Encontrei a cor que eu
queria, fiz o test drive, fui muito bem atendida e saí de lá com o carro comprado”, revela. E conclui: “estou em
lua de mel com meu carro!”
“Gostei muito do carro. A
evolução de 30 anos de
tecnologia é muito grande. Por
isso, resolvi comprá-lo com
todos os opcionais”
>> Natalino Bertin Junior
“Só a assinatura do lado do
carro, para mim, já é tudo!
Um carro desses envaidece
a gente”
>> Maria das Graças
JUN/ JUL 2009
37
>> CURTAS
FIAT ESTRELA MAIS UM REALITY SHOW
teve, como prêmio, uma visita à maior planta de
fabricação de veículos leves do Brasil.
A Expresso Fiat aproveitou a oportunidade
para um bate-bola com o empresário Roberto
Justus, estrela de “O Aprendiz”.
QUE PERFIL UM PROFISSIONAL PRECISA
TER PARA SER CONTRATADO POR VOCÊ?
Além de ter uma formação acadêmica boa e de
demonstrar interesse em aprender seu ofício, é
muito importante o profissional ter determinação para não desistir no primeiro obstáculo e,
sobretudo, ter paixão pelo que faz. Também acho
muito importante, em uma entrevista, o profissional demonstrar capacidade de trabalho, liderança,
talento e visão. Qualquer grande realização é
antecedida por uma grande visão. E muita ética.
Mais uma vez, a Fiat foi a maior estrela
de um reality show brasileiro. Em “O Aprendiz
6 – Universitário”, os telespectadores viram a
estudante de publicidade Marina Erthal vencer o
reality show, e levar para casa um Palio Adventure
Locker, as equipes serem transportadas em Doblòs e, é claro, comerciais que valorizaram os
produtos em destaque na estratégia de vendas
da empresa. Na última prova do programa as
competidoras tiveram que organizar e divulgar
o Rally Universitário Fiat. O resultado foi mais
visibilidade para a marca e para os produtos
Fiat. Até a fábrica de Betim apareceu na disputa,
quando a equipe vencedora de uma das tarefas
O QUE É MAIS DIFÍCIL: DIRIGIR UMA EMPRESA DE GRANDE PORTE OU APRESENTAR UM PROGRAMA DE TELEVISÃO?
São duas situações diferentes, por isso, acho
difícil compará-las. Talvez seja mais fácil, avaliar
o que as duas têm em comum, uma vez que o foco
do programa é o desenvolvimento profissional. A maioria das tarefas está relacionada com o contexto corporativo, no qual atuo há quase 30 anos.
E QUAL DESSAS ATIVIDADES É MAIS
RECOMPENSADORA?
Assim como gerir pessoas, colaborando para
o crescimento delas dentro da empresa, também
acho muito gratificante difundir mensagens que impactam positivamente a vida das pessoas.
MOTORES QUENTES PARA O RALLY UNIVERSITÁRIO FIAT
No rally de regularidade, o
objetivo dos competidores é
fazer o percurso establecido
pela organização da prova
cometendo o menor número
possível de faltas. Para isso,
piloto e navegador têm que
manter as médias horárias e
seguir fielmente o percurso da planilha de navegação.
38
Já estão aquecidos os motores que disputam o
Rally Universitário Fiat. Uberlândia (MG) sediou o
início da temporada 2009 nos dias 25 e 26 de abril. A competição terá dez provas e passará pelas regiões
Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste do país. Entre
os municípios que recebem as provas estão Americana
(SP), Rio Verde (GO), Novo Hamburgo (RS), Teresópolis
(RJ) e Blumenau (SC).
As equipes de quatro integrantes participam nas
categorias “Universitário”, em que deve haver pelo
menos um universitário na equipe; Tour Adventure,
para clientes Fiat da linha Adventure; e Turismo, para
os demais participantes.
HELPDESK GANHA AGILIDADE E QUALIDADE COM MODERNIZAÇÃO
Responder aos chamados de 12 mil usuários
de computadores, notebooks, smartphones e equipamentos de informática da produção. Esta é
a responsabilidade do helpdesk do Grupo Fiat, que acaba de ficar mais moderno, ágil e eficiente. A renovação do serviço começou em março e incluiu
a chegada da Stefanini, nova parceira, especialista
na área, com atuação global.
O atendimento é feito pessoalmente e por
telefone por cerca de 120 profissionais da parceira na fábrica e nas unidades fora dela. Mensalmente,
são recebidos cerca de 13 mil chamados.
O ramal 3000 é utilizado para os serviços
de suporte, manutenção, solução de falhas de
hardware (equipamentos) e software (sistemas,
>>
programas etc), telefonia fixa e celular e solicitação de novo ponto de rede.
Já os pedidos de serviços, como a criação de
um novo e-mail, ativação de acesso a Internet,
entre outros, devem ser realizados através do
portal http://helpdesk.grupofiat.com.br/. Segundo o responsável pelo projeto, Roberto
Gattoni, “o novo parceiro tem metas agressivas de
melhorias no tempo e na qualidade dos atendimentos de suporte à informática”, o que levará, certamente, à uma satisfação maior dos usuários.
Em caso de dúvidas, entre em contato com
o helpdesk pelo ramal 3000 ou envie um e-mail
para helpdesk@grupofiat.com.br ou entre em contato com o analista de IT de sua área.
Serviço de suporte e
resolução de problemas
técnicos em informática,
telefonia e tecnologias de
informação.
GIRO PELO MUNDO
PALIO 1.8R EM RALLY NO PERU
Patrocinado pela Fiat, o Desafio Movistar 2009 leva o Palio 1.8 R para a cidade de Lima, no Peru. Rumo
à quarta etapa, que será realizada no dia 26 de julho,
os pilotos correm em direção ao melhor tempo do
campeonato para ganhar um Palio 0 km. A competição peruana é composta por dez etapas,
e será concluída em dezembro deste ano. Todas as
provas são disputadas em Palio 1.8R. Os participantes
precisam apenas ter carteira de motorista e gosto
pela aventura.
SUPERMODELO A BORDO DO FIAT 500 C
Foi amor à primeira vista. O novo Fiat 500 C, recentemente lançado no mercado Europeu, conquistou
a supermodelo internacional Elle Macpherson. “Eu
amo o Fiat 500. Ele é sexy, bacana no mellhor estilo italiano e perfeito para o trânsito das grandes cidades”,
afirmou. Lançado em julho na Inglaterra, o Fiat 500 C vem se tornando um sucesso de público e vendas.
A australiana Ellen Macpherson é famosa não somente nas
passarelas como uma das mais bem-sucedidas modelos de todos
os tempos, mas também nos cinemas com atuação em filmes como Alice (de Woody Allen) e Batman & Robin.
JUN/ JUL 2009
39
>>
EM FOCO
A cada edição da Expresso Fiat, a seção Em Foco
apresenta artigos de profissionais da Fiat Automóveis.
Volta ao futuro
POR: FERNANDO LIMA
Desde o início, o principal desafio para o desenvolvimento do veículo elétrico esteve vinculado à
capacidade de armazenamento de energia da bateria. Com o crescimento dos centros urbanos, a invenção do motor de partida e o descobrimento de petróleo no Texas (USA), foram priorizados os carros movidos a combustíveis fósseis e os elétricos caíram em
desuso. A utilização do petróleo na matriz energética
mundial cresceu tanto que, hoje, não conseguimos
conceber a sociedade moderna sem o óleo.
NOVOS TEMPOS
A história do veículo elétrico (VE) se iniciou entre os
anos 1832 e 1839 com um automóvel construído pelo
escocês Robert Anderson. As principais limitações
desses veículos eram o fato de possuírem baixa
autonomia e velocidade.
Nas décadas seguintes houve a evolução da
bateria de chumbo-ácido que ajudou a resolver esses
problemas. Em abril de 1899, apenas 50 anos após a criação do primeiro carro elétrico, o recorde de
velocidade de um veículo elétrico foi estabelecido em
105,88 km/h.
No início do século 20, os veículos elétricos eram
amplamente difundidos nos centros urbanos e tinham
custo menor em torno de 50% em relação ao veículo com motor térmico. A autonomia era de cerca de
28 km e a velocidade máxima de 22 km/h. Nesta época foram criadas associações dos veículos elétricos.
Entre os anos de 1901 a 1920, eles eram maioria
dos automóveis que circulavam nas ruas. O auge foi
em 1920, quando foram produzidos cerca de 1900
veículos em todo o mundo. Eles se dividiam em
alguns segmentos e alguns possuíam itens de luxo
que chegavam a custar até três vezes mais do que os
veículos base.
40
No final do século 20 e início do século 21 devido aos níveis poluentes em nossa atmosfera e ao elevado
custo do petróleo, a sociedade moderna retomou
a busca por fontes alternativas de energia para
os veículos.
Dentro da matriz energética mundial a eletricidade
se apresenta como uma das possíveis alternativas,
pois é uma das fontes energéticas ecologicamente
corretas. Uma das principais vantagens é que o veículo
não polui o meio ambiente com a emissão de dióxido
de carbono.
Após mais de um século, o principal desafio dos antigos veículos elétricos, a baixa autonomia, ainda
não foi vencido. Existem, por isso, veículos que
possuem um motor a combustão e um a tração elétrica,
os chamados híbridos.
Modelos como o Palio Elétrico significam a retomada da tecnologia que foi predominante no
passado mas está longe de poder ser esquecida como
uma alternativa para o futuro.
Fernando Lima é analista do Produto da
Engenharia Elétrica e de Potência da Fiat. Já pesquisou veículos elétricos na Suíça
e Itália e também trabalha com a criação e publicação de normas técnicas destinadas ao mercado tropical no site da Fiat Auto
e definição de arquiteturas dos novos projetos. Gosta de frequentar cinema,
teatro, museus e de praticar esportes
de aventura. É um apaixonado por novas
tecnologias, trabalhos multidisciplinares e acesso a informações.
Pense nisso é uma seção da Expresso
Fiat que traz dicas de livros e filmes. >> PENSE NISSO
INOVAÇÃO
Inovar e ser criativo são características marcantes em todos os profissionais da Fiat. Por isso, a Expresso Fiat separou algumas dicas de livros e filmes relacionados ao assunto.
LEIA>>
ASSISTA>>
A ARTE DA INOVAÇÃO
Autor: Tom Kelley
Editora: Futura
Descreve o processo de
desenvolvimento de uma das
empresas líderes do design
industrial e consultoria de
inovação, a norte-americana
Ideo. Ao retratar o trabalho da empresa da qual
é gerente, o autor apresenta discussões acerca
da importância na inovação no dia a dia das
organizações e de como ela pode ser traduzida
em práticas. A obra traz histórias de grandes
novidades criadas pela empresa, como o mouse
original da Apple e a o palmtop Palm V, por
exemplo.
UM “TOC” NA CUCA
Autor: Roger von Oech
Editora: Cultura
Nesta obra, Roger von Oech
dá dicas para o profissional aumentar sua criatividade.
Segundo o autor, consultor
de empresas de tecnologia
do Vale do Silício, na Califória, (EUA), todas as
pessoas nascem com potencial para serem
inovadores e criativas, mas algumas têm mais
oportunidade de exercitá-lo do que outras.
Para ajudar as pessoas a desenvolverem
suas faculdades criativas, Oech detectou os
dez bloqueios mentais que mais impedem o
surgimento de ideias e mostra, através de dicas,
brincadeiras, jogos e exemplos, como é possível
vencê-los.
FÉRIAS DA MINHA VIDA
Diretor: Wayne Wang
Gênero: Comédia
Ano: 2006
País: Estados Unidos
Um médico diagnostica equivocadamente uma doença terminal na vendedora
Georgia Byrd, que levava uma vida simples e
monótona. Abalada pela informação de que seus
dias estão contados, ela decide mudar seu estilo
de vida radicalmente e viver de modo intenso
aqueles que acredita serem seus últimos dias. O
longa é uma boa oportunidade para refletirmos sobre as amarras que nos impedem de inovar e
sermos criativos no nosso dia a dia.
MATRIX
Diretores: Andy Wachowski e Larry Wachowski
Gênero: Ficção
Ano: 1999
País: Estados Unidos
O filme trata da existência de uma dimensão em que
humanos são dominados por máquinas, a Matrix,
que os induz a um estado de inconsciência,
como um sonho. Alguns humanos conseguem
perceber essa situação e organizar um grupo
que enfrentará essas máquinas e buscará aquele
que, segundo profecias, será capaz de libertar a
humanidade desse jogo. Ao falar da dominação
da tecnologia sobre os humanos, o filme nos leva a pensar sobre a forma com que a tecnologia
mudou radicalmente nossas vidas.
JUN/ JUL 2009
41
>>
FIAT NOVO
Os preços dos veículos
são válidos para todos os
empregados das empresas
Fiat e seus dependentes
legais. Descontos promocionais para compra à vista/
financiado de 15% para os modelos Mille Fire, família
Palio, Palio Weekend (exceto modelo ELX 1.4), Siena,
Punto, Strada, Idea, Fiorino,
Uno Furgão e Ducato; 18%
para Stilo, Palio Weekend ELX 1.4, Linea e linha Doblò
(inclusive Cargo); e para
compras via Consórcio Fiat,
desconto de 15% para o Idea e o Punto; 16% para
os modelos Mille Fire e
Palio Fire; 18% para família
Palio, Palio Weekend, Siena, Strada, Fiorino, Uno
Furgão, Linea e Ducato;
20% para Stilo e linha Doblò
(inclusive Cargo).
>> Para comprar, basta
escolher o seu carro e
acessar na Interativa
(www.interativafiat.com.br) “Venda de Veículos Novos
para Empregados”.
Veículos somente faturados conforme disponibilidade
de estoque
42
DESCRIÇÃO
PREÇO PÚBLICO
PREÇO À VISTA
CONSÓRCIO
18.631,20
MILLE FIRE ECONOMY 2P
22.180,00
18.853,00
MILLE FIRE ECONOMY 4P
23.830,00
20.255,50
20.017,20
MILLE WAY ECONOMY 2P
22.660,00
19.261,00
19.034,40
MILLE WAY ECONOMY 4P
24.320,00
20.672,00
20.428,80
PALIO FIRE ECONOMY 1.0 FLEX 2P
24.740,00
21.029,00
20.286,80
PALIO FIRE ECONOMY 1.0 FLEX 4P
26.350,00
22.397,50
21.607,00
NOVO PALIO ELX 1.0 FLEX 2P
29.050,00
24.692,50
23.821,00
NOVO PALIO ELX 1.0 FLEX 4P
30.990,00
26.341,50
25.411,80
NOVO PALIO ELX 1.4 FLEX 4P
33.450,00
28.432,50
27.429,00
NOVO PALIO ELX 1.8 FLEX 4P
35.080,00
29.818,00
28.765,60
NOVO PALIO ELX 1.8 FLEX 4P DUALOGIC
37.230,00
31.645,50
30.528,60
NOVO PALIO 1.8R FLEX 2P
39.190,00
33.311,50
32.135,80
NOVO PALIO 1.8R FLEX 4P
40.760,00
34.646,00
33.423,20
SIENA FIRE 1.0 FLEX 4P
26.790,00
22.771,50
21.967,80
NOVO SIENA EL 1.0 FLEX
29.570,00
25.134,50
24.247,40
NOVO SIENA ELX 1.0 FLEX 4P
33.100,00
28.135,00
27.142,00
NOVO SIENA ELX 1.4 FLEX 4P
36.750,00
31.237,50
30.135,00
34.932,00
NOVO SIENA TETRAFUEL 1.4 4P
42.600,00
36.210,00
NOVO SIENA HLX 1.8 FLEX 4P
43.290,00
36.796,50
35.497,80
NOVO SIENA HLX 1.8 FLEX 4P DUALOGIC
45.420,00
38.607,00
37.244,40
NOVO PALIO WEEKEND ELX 1.4 FLEX 4P
39.770,00
33.804,50
32.611,40
NOVO PALIO WEEKEND TREKKING 1.4 FLEX 4P
41.770,00
35.504,50
34.251,40
NOVO PALIO ADVENTURE LOCKER 1.8 FLEX 4P
53.680,00
45.628,00
44.017,60
NOVO PALIO ADVT LOCKER 1.8 FLEX 4P DUALOGIC
55.470,00
47.149,50
45.485,40
IDEA ELX 1.4 FLEX 4P
39.790,00
33.821,50
32.627,80
IDEA ELX 1.8 FLEX 4P
41.280,00
35.088,00
33.849,60
IDEA HLX 1.8 FLEX 4P
47.540,00
40.409,00
38.982,80
IDEA ADVENTURE LOCKER 1.8 FLEX 4P
51.890,00
44.106,50
42.549,80
IDEA ADVENTURE LOCKER 1.8 FLEX 4P DUALOGIC
53.860,00
45.781,00
44.165,20
PUNTO 1.4 FLEX 4P
38.640,00
32.844,00
31.684,80
PUNTO ELX 1.4 FLEX 4P
42.470,00
36.099,50
34.825,40
PUNTO HLX 1.8 FLEX 4P
45.610,00
38.768,50
37.400,20
PUNTO SPORTING 1.8 FLEX 4P
53.000,00
45.050,00
43.460,00
PUNTO T-JET 1.4 16V TURBO 4P
59.980,00
50.983,00
49.183,60
NOVO STILO 1.8 8V FLEX 4P
49.380,00
41.479,20
40.491,60
NOVO STILO 1.8 8V FLEX 4P DUALOGIC
51.780,00
43.495,20
42.459,60
NOVO STILO SPORTING 1.8 8V FLEX 4P
59.620,00
50.080,80
48.888,40
NOVO STILO SPORTING 1.8 8V FLEX 4P DUALOGIC
62.110,00
52.172,40
50.930,20
NOVO STILO BLACKMOTION 4P FLEX
64.920,00
54.532,80
53.234,40
LINEA LX 1.9 16V FLEX 4P
53.990,00
44.271,80
44.271,80
LINEA LX 1.9 16V FLEX DUALOGIC 4P
56.800,00
46.576,00
46.576,00
LINEA HLX 1.9 16V FLEX 4P
56.550,00
46.371,00
46.371,00
LINEA HLX 1.9 16V DUALOGIC 4P
59.350,00
48.667,00
48.667,00
LINEA ABSOLUTE 1.9 DUALOGIC 4P
64.850,00
53.177,00
53.177,00
LINEA T-JET 1.4 16V TURBO 4P
68.600,00
56.252,00
56.252,00
DOBLO ELX 1.8 FLEX MY 2009
47.400,00
40.290,00
38.868,00
DOBLO HLX 1.8 FLEX MY 2009
53.530,00
45.500,50
43.894,60
DOBLO ADVENTURE LOCKER 1.8 FLEX MY 2009
58.430,00
49.665,50
47.912,60
STRADA FIRE 1.4 FLEX 2P
30.900,00
26.265,00
25.338,00
28.724,60
STRADA FIRE CE 1.4 FLEX 2P
35.030,00
29.775,50
NOVA STRADA TREKKING 1.4 FLEX 2P
34.360,00
29.206,00
28.175,20
NOVA STRADA TREKKING CE 1.4 FLEX 2P
36.980,00
31.433,00
30.323,60
NOVA STRADA TREKKING 1.8 FLEX 2P
36.050,00
30.642,50
29.561,00
NOVA STRADA TREKKING CE 1.8 FLEX 2P
38.660,00
32.861,00
31.701,20
NOVA STRADA ADVENTURE LOCKER 1.8 FLEX 2P
44.850,00
38.122,50
36.777,00
NOVA STRADA ADVENTURE CD 1.8 FLEX 2P
46.800,00
39.780,00
38.376,00
UNO FURGAO 1.3 FLEX 2P
23.900,00
20.315,00
19.598,00
FIORINO FURGAO 1.3 FLEX 2P
35.040,00
29.784,00
28.732,80
DOBLO CARGO 1.8 FLEX MY 2009
43.320,00
36.822,00
35.522,40
NOVO DUCATO CARGO 2.8 JTD MY 2009
70.730,00
60.120,50
57.998,60
NOVO DUCATO CARGO LONGO 2.8 JTD MY 2009
74.220,00
63.087,00
60.860,40
NOVO DUCATO MAXICARGO 10m³ MY 2009
78.600,00
66.810,00
64.452,00
NOVO DUCATO MAXI CARGO 12m³ MY 2009
80.230,00
68.195,50
65.788,60
NOVO DUCATO MULTI TA 2.8 JTD MY 2009
78.470,00
66.699,50
64.345,40
NOVO DUCATO COMB. 10L 2.8 JTD MY 2009
80.910,00
68.773,50
66.346,20
NOVO DUCATO MINIB. 16L 2.8 JTD MY 2009
86.100,00
73.185,00
70.602,00
NOVO DUCATO MINIB 16 TA 2.8 JTD MY 2009
93.150,00
79.177,50
76.383,00
JUN/ JUL 2009
43
Leo Burnett Brasil
www.fiat.com.br
SAC 0800 707 1000
Pode Acreditar. Chegou a Strada Adventure Cabine Dupla.
Fotos meramente ilustrativas, com alguns itens opcionais.
Tem lugar para suas coisas e seus amigos.
Nova Strada Adventure Cabine Dupla.
Cabine dupla cabem 4 passageiros
Volume da caçamba
de 580 litros