LUIZ CARLOS HAULY

Transcrição

LUIZ CARLOS HAULY
CÂMARA DOS DEPUTADOS
LUIZ CARLOS HAULY
Deputado Federal
Atuação parlamentar do Deputado
Luiz Carlos Hauly.
Centro de Documentação e Informação
Coordenação de Publicações
BRASÍLIA – 2008
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CÂMARA DOS DEPUTADOS
53a Legislatura – 1a Sessão Legislativa
SÉRIE
SEPARATAS DE DISCURSOS, PARECERES E PROJETOS
No 100/2007
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SUMÁRIO
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Apresentação ......................................................................................
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Jubileu 2000 – dois mil anos de cristandade ..................................
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Pe. Pedro Carlos Zilli, bispo em Guiné-Bissau ..............................
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CNBB, 50 anos de evangelização .....................................................
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Venham para a ceia do Senhor .........................................................
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Beatificação de Madre Leônia Milito . .............................................
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Freiras pioneiras, o início da pastoral japonesa . ...........................
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Paróquias comemoram 60 anos .......................................................
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Diocese de Londrina completa 70 anos ..........................................
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João Paulo II, o Papa do perdão e da fé ..........................................
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Boas-vindas ao Papa Joseph Ratzinger (Bento XVI) .....................
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Diocese de Londrina inicia comemoração de Jubileu . .................
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Homenagem a Dom Albano Cavallin .............................................
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Jubileu de Ouro do Pe. Francisco Schneider ..................................
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Boas-vindas a Dom Orlando Brandes . ...........................................
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Movimento Focolares e seu 5º aniversário .....................................
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Movimento Político pela Unidade – Panorama de 2007 ..............
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Escolas Civitas – educar para a fraternidade .................................
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Anteprojeto Orçamento vinculado .................................................
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Frei Galvão ganha dia em sua homenagem ...................................
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Diocese de Londrina comemora Jubileu de Ouro .........................
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Londrina celebra entronização do quadro Mãe e Rainha três
vezes Admirável de Schoenstatt ......................................................
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Arquidiocese recebe comenda Ouro Verde ....................................
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D. Geraldo Majella Agnelo, doutor honoris causa ..........................
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Dom Geraldo Agnello, 50 anos de sacerdócio ...............................
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Canção Nova – 30 anos de evangelização ......................................
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Discurso de homenagem à Campanha da Fraternidade . ............
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Todas as ameaças à vida devem ser combatidas ...........................
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Optar pela vida . .................................................................................
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Chiara Lubich, exemplo de amor a Deus .......................................
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Paróquia N. Srª dos Apóstolos comemora jubileu de ouro ........
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Claretianos comemoram 50 anos .....................................................
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Boas-vindas a nova presidente do Focolares .................................
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APRESENTAÇÃO
Integrante da Frente Parlamentar Católica, busco inserir os ensinamentos da palavra de Deus na ação política e em minha rotina
transportar para o Parlamento a missão evangelizadora da Igreja.
Sendo cristão, acredito num mundo mais fraterno e justo por meio da
união entre homens e mulheres de boa vontade, baseado na fé cristã.
Escolhi trilhar o caminho em busca dessa união com o Movimento Político pela Unidade, que além de pregar a fraternidade entre os povos pelo diálogo também defende o respeito ao pluralismo
cristão.
Nesta publicação compartilho minhas convicções com os discursos que proferi no plenário da Câmara, da elaboração de projetos
de lei, e da minha participação em cerimônias religiosas, reuniões de
trabalho, e ainda de homenagens aos que trabalham pela divulgação
da fé cristã.
Em discursos saudei a iniciativa de movimento que acompanho
há longos anos – desde a Paróquia Santo Antonio, em Cambé, no norte do Paraná, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Londrina,
aos movimentos da igreja –, cursilho, encontro de casais etc., o grandioso trabalho da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
à escolha do Papa Bento XVI.
Essa publicação é uma forma de reafirmar o compromisso de
prosseguir trabalhando politicamente em consonância com os princípios cristãos em busca da construção de um Brasil justo e solidário.
Luiz Carlos Hauly
Deputado Federal
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Jubileu 2000 – dois mil anos de cristandade
Sr. Presidente, Deputado José Linhares, Sras e Srs. Deputados,
Reverendíssimo Arcebispo de Brasília, D. José Freire Falcão, Padre
Aleixo, demais presentes, maravilhoso coral que nos abrilhantou neste momento, corporação musical da Polícia do Exército Brasileiro, senhoras e senhores, finda-se o ano do Jubileu 2000, completam-se dois
mil anos de cristandade, antevê-se o terceiro milênio que se anuncia:
cabe comemorar! Para isso, solicitei a presente sessão solene.
O Jubileu trata dos dois mil anos do nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo, dos vinte séculos de vida da Igreja e dos dois milênios em que os valores cristãos derramaram-se no mundo ocidental,
de que o Brasil faz parte. Para os cristãos como nós, e com muito
orgulho o somos, Deus-Homem veio ao mundo para a redenção da
humanidade. A história da vida do Messias, de todos conhecida, é
exemplo – infelizmente, nem por todos seguido – de amor ao pai, de
amor à mãe, de amor ao próximo, de amor até, diríamos, à própria
natureza humana, como um todo considerada, sem embargo de todas
as suas reconhecidas imperfeições.
O desenlace do trajeto do viver de Deus na terra – a vida, a paixão
e a morte do Jesus humano – pode-se resumir, eminentes Parlamentares,
começando-se com seu reflexo na remição da escravidão do pecado original, continuando-se com o conseqüente regresso do homem ao caminho da verdade e concluindo-se com o retorno da humanidade remitida
à senda da virtude, em plena e total relegação de nosso gênero à sua origem deifica, de que se houvera desencaminhado. A morte do Salvador
é o resgate eterno da humanidade que ele tanto ama. E seu sacrifício foi
consciente, até como homem verdadeiro que Cristo também foi.
Por isso, o Santo Padre, o Papa João Paulo II, em novembro último, em alocução aos governantes, parlamentares e políticos, proclamou Tomás Moras seu patrono, como extraordinário exemplo de
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adesão à lei da consciência. Consciência proba, com que comungam
todos os que nesta casa militam.
A metáfora da Igreja como corpo do Messias exprime à perfeição
a continuação dos desígnios de Deus na Terra, iniciada por seu filho
legítimo e continuada por seus filhos adotivos: a principiar por Pedro, a tomar vulto com Paulo e a culminar, por ocasião deste Jubileu,
com nosso Papa. Não foi à toa que Pedro, conforme Cristo, isto é, segundo o próprio Deus, foi pedra, rocha e, como tal, base da fé, apoio
dos crentes, fundamento dos fiéis, alicerce de Roma e sustentáculo da
Igreja – Igreja esta que persevera.
A propósito, a perenidade da Igreja só se pode compreender tendo em vista a mão de Deus, que a ungiu; o olhar do Criador, que a
acompanhou; e o amor do Pai, que a protegeu. Saiba-se, ademais, que,
posto que humana, a Igreja tem, à evidência, lampejos divinos. Senão,
imperfeita, como tudo o mais na terra, soçobraria ante os reveses da
história, que não foram, sabe-se, de modo algum, poucos. Mais: sua
virtual perpetuidade, que a torna, enquanto instituição humana, organização ímpar na história, por efeito da consistência de seus andares e
da coerência de sua fé, acabou por torná-la modelo de organização no
que tange à perseverante fidelidade a seus princípios. A ressurreição
do Salvador emblema a Igreja, a cada passo rediviva, e testemunha sua
força de crença, a cada momento ressurrecta na alma dos professastes.
Não há, pois, esquecer a Igreja como instituição, e instituição política, com “P” maiúsculo, por todos esses séculos que, alvissareira,
atravessou. Não foi à toa que o Santo Padre Paulo VI, na “Octogésima
Advenidas”, pontificou: “A política é uma maneira exigente (...) de
viver o compromisso cristão ao serviço dos outros”. Esta Casa congratula, cremos, mesmo ante as vicissitudes que passou, apesar de
imperfeita, como tudo o é, o que faz, em essência, é servir à pátria.
Porém, nobres Deputados, a Igreja não se encapsula, não se encerra
em si. Afinal, sua origem em Cristo não lhe permitiria tal incoerência
enclausuraste e, assim, incongruente. Incongruência esta que decorre
de não poder ser a Igreja sistema encerrado, em face de sua origem
transitoriamente ecumênica. Senão que a Igreja planta: e tanto assim é
que à própria palavra de seu Fundador importa igualarem-se o amor
a si e o amor ao próximo.
O que planta a Igreja, então, como religião que é? Fundamentalmente, planta sua ética; ética esta repassada de valores, valores estes cujo
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cimo é amar: amar o outro, na intensidade a que se referiu, e amar ao Pai,
acima de tudo. Em resumo, o amor, para o cristão, é o valor dos valores:
se ao próximo, para a paz na terra; se a Deus, para a ida aos céus.
O verbo amoroso de Jesus é a expressão do desejo e da misericórdia omnipresentes de Deus em prol da renitência das faltas dos
filhos e da justiça. Justiça esta que, em continuação à sua santa alocução, João Paulo II. diz dever ser “a preocupação essencial do político”. Esta Câmara é palatina daqueles que têm fome e sede de justiça.
Ilustres pares, como visto, há muito a comemorar no Jubileu. Já a vinda
do Messias, já o surgimento e a permanência da Igreja, já a irradiação
dos valores cristãos. E essa comemoração atinge em especial o Brasil
– o maior País católico do planeta Terra.
Essa comemoração, tríplice, reflete-se na Santíssima Trindade,
em que, como é sabido, três são um e um é três. Um: comemoram-se
dois mil anos da descida do Pai à Terra; dois: comemoram-se vinte
séculos da Igreja, expressão do corpo de seu filho na face do planeta;
enfim, três: comemoram-se dois milênios do abrasamento do Espírito
Santo, que por todos nós zela.
Em uníssono, isso significa comemorar o advento do terceiro
milênio que se anuncia, e que, ao anunciar-se, põe esperança no coração dos homens, e que, ao pôr esperança, revigora nosso amor – sem
amor, esperança não há. Creio no novo milênio de paz e prosperidade
da humanidade.
Por fim, por ocasião desta comemoração do Jubileu, que todos
nós, políticos, com muita honra e orgulho, e abençoados pelo próprio Papa, e esperançosos e compassivos, venhamos a acreditar que o
ventrudo milênio, que às nossas portas bate, seja finalmente o tempo
da bonança, tempo este em que a glória de Deus nas alturas Lhe seja
para todo o sempre e merecidamente dada, mas que a paz e a justiça
na Terra, em consonância, deixe de ser simples figura de retórica.
Fique claro: paz, justiça, salvação, queremo-las para todos – católicos, cristão, fiéis de outras denominações religiosas. E até mesmo
ateus. O Deus em que fervorosamente acreditamos é, indiscriminada
e infinitamente, misericordioso. Ama-nos a todos, como seres humanos que todos somos.
Muito obrigado.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão solene em comemoração ao encerramento
do jubileu 2000, em 13 de dezembro de 2000.
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Pe. Pedro Carlos Zilli, bispo em Guiné-Bissau
No dia 30 de março do corrente ano, foi anunciada em Roma a
nomeação, pelo Papa João Paulo II, do Pe. Pedro Carlos Zilli para a
função de bispo da nova Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, África Ocidental. O Pe. Pedro é o primeiro brasileiro a alcançar tal título
eclesiástico fora do Brasil.
Filho de José Zilli e Terezinha de Jesus Zilli, Pedro Carlos foi
o primeiro dos cinco filhos do casal, nascido em Santa Cruz do Rio
Pardo, Estado de São Paulo, no dia 7 de outubro de 1954. Em 1971, a
família mudou-se para Ibiporã, Estado do Paraná, e em 1976 o primogênito matriculou-se no Seminário do PIME – Pontifício Instituto das
Missões Estrangeiras – , em Assis, São Paulo, tendo feito curso filosófico no Instituto Paulo VI, em Londrina, Paraná, e estudado Teologia
no Instituto Teológico de Santa Catarina – ITESC –, Florianópolis, Capital de Santa Catarina, de 1981 a 1984.
Pe. Pedro Carlos foi ordenado sacerdote em 5 de janeiro de 1985,
na Paróquia de Ibiporã, e no mesmo ano, em julho, foi como missionário para a Guiné-Bissau, onde permaneceu até fevereiro de 1998,
período em que exerceu a função de vigário paroquial em Bafatá e
Suzana e, por quatro anos, a de Superior Regional do PIME. Foi também delegado do Bispo para o setor pastoral de Cacheu e Presidente
da Comissão de Assistência aos Seminaristas Maiores da Diocese de
Bissau.
Em 9 de fevereiro de 1998, o Pe. Zilli foi para a Itália estudar
temas referentes à formação sacerdotal e, em julho desse ano, seguiu
para os Estados Unidos, onde cursou a língua inglesa por alguns meses voltando para o Brasil, foi designado para a função de formador
no Seminário do PIME, em Brusque, Santa Catarina, serviço que iniciou em 1999 e exerceu até ser nomeado Primeiro Bispo da nova Diocese de Bafatá, onde já fora vigário paroquial.
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Parabenizo a família Zilli, o povo de Bafatá e de toda a GuinéBissau e cumprimento o Bispo Pedro Carlos Zilli pela designação, formulando votos de que bem exerça o governo espiritual de seu novo
rebanho, com a graça de Deus, fiel aos ensinamentos de Nosso Senhor
Jesus Cristo.
Discurso proferido pelo Deputado Luiz Carlos Hauly em homenagem a nomeação, pelo Papa
João Paulo II, do Padre Pedro Carlos Zilli como Bispo da nova diocese de Bafatá, na Guiné
Bissau, África Ocidental em 11 de junho de 2001.
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CNBB, 50 anos de evangelização
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil completa glorioso meio século de existência – condignamente festejado com sessão
solene na Câmara dos Deputados e nesse momento, cabe recorrer às
sábias palavras de Dom Raymundo Damasceno Assis, seu SecretárioGeral, em recente artigo na imprensa, intitulado Cinqüentenário da
CNBB: “Sem dúvida, a missão da CNBB continuará sendo a evangelização, isto é, o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo, em toda a sua
profundidade, atualidade, extensão e complexidade”.
Evangelização que fazemos questão de enfatizar, ao encontro do
escrito do Papa Paulo VI, de saudoso papado, na sua Evangelii Nuntiandi, que reza:
“A evangelização não seria completa se não tomasse em consideração
a interpelação recíproca que se fazem constantemente o Evangelho e a vida
concreta, pessoal e social dos homens.”
Com certeza, foi esta interpelação recíproca que levou Dom Hélder Câmara, então bispo auxiliar do cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros Câmara, a fundar, a 16 de outubro de
1952, a CNBB, até porque foi justamente com o Monsenhor João Batista Montini, que seria o Papa Paulo VI, com quem Dom Hélder tratou
efetivamente do assunto, em nível da Santa Sé.
O próprio Núncio Apostólico, à época, Dom Carlos Chiarlo, foi
quem aproximou Dom Hélder e Monsenhor Montini, além de promover
encontros regionais de bispos, para sensibilizá-los à idéia. Na reunião
fundadora encontrava-se Dom Carlos em pessoa, como também presentes ou representados estavam todos os então 20 arcebispos do Brasil.
Ante uma fundação como esta, cujas raízes foram a plena comunhão entre os altos prelados católicos apostólicos romanos entre si, e
entre eles e o Vaticano, cinqüenta anos após, outras não poderiam ser
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as palavras novamente de Dom Raymundo, agora sobre a estrutura
da CNBB, cuja semente foi a estrutura da Ação Católica Brasileira,
de que Dom Hélder houvera sido nomeado Vice-Assistente Nacional,
em 1947. De maneira lapidar, pôde Dom Raymundo afirmar que a estrutura da CNBB “tem como objetivo facilitar e promover o relacionamento
entre seus membros, a troca de experiências, o apoio mútuo e a participação e
a co-responsabilidade de todos eles em questões de interesse comum”.
É esta participação co-responsável, cuja apoteose foi a vinda do
próprio Prefeito da Congregação para os Bispos, e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Cardeal Giovanni Battista Re,
à 40ª Assembléia da CNBB, iniciada em 10 de abril deste ano do cinqüentenário, que permitiu que a Assembléia, inspirada na mensagem
especial do Papa João Paulo II, trazida por Sua Eminência, melhor
avaliasse os 50 anos da Conferência que aqui homenageamos.
Foram passos gloriosos, desde a fundação, em que a Conferência
se atinha mais especificamente ao episcopado, até a primeira inflexão,
de 1965, em que novos estatutos, elaborados na vigência do Plano de
Emergência, e na efervescência dos debates do Concílio Vaticano II, redefiniram a finalidade da CNBB, tornando a ação apostólica não apenas
mais expressamente referida ao episcopado, mas à Igreja e à pastoral.
Foram passos corajosos, em que se aprofunda a experiência de
“pastoral de conjunto”, em que os problemas se avaliam em variáveis
mais amplas e dimensões mais multifacetadas, recompondo-se as forças apostólicas, até a segunda inflexão, de 1971, em que a necessidade
de remodificação estatutária leva a redefinir a doutrina da comunhão
eclesial e da co-responsabilidade pastoral, com ênfase maior na operacionalidade e na reestruturação.
Foram passos verde-amarelos, em que a CNBB enfatizou os objetivos para com a Igreja que está no Brasil, promoveu a pastoral de
conjunto (ou orgânica) bem como cuidou do relacionamento com os
poderes públicos, sempre em entendimento com a Nunciatura, até a
terceira inflexão, de 1980. Nesta, o atual Estatuto da CNBB, aprovado
pela Santa Sé a 19 de janeiro daquele ano, relança mais explicitamente
as diretrizes para uma viva preocupação pastoral, adequando as próprias estruturas às urgências pastorais do País.
Esta explicitação, aliada à “Carta Apostólica sobre o Terceiro Milênio que se Aproxima”, de 1994, permite compreender à perfeição o
objetivo geral da ação pastoral da CNBB aos 50 anos, que se resume
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como: evangelizar, testemunhando Jesus Cristo, à luz da opção evangélica pelos pobres, e participando da construção de uma sociedade
justa e solidária, a serviço da esperança nas diferentes culturas, a caminho do reino definitivo.”
Por isso é que a homenageada, que foi a primeira conferência
episcopal a ser criada, aquela que antecipou em 10 anos o próprio
Concílio Vaticano II, e que também é a maior conferência do mundo
em número de bispos residenciais, teve por moto, na citada 40ª Assembléia, novamente em Itaici (SP), o tema “Exigências Evangélicas e
Éticas de Superação da Fome.”
Não foi gratuita a escolha, no ano do cinqüentenário. Pelo contrário, vem demonstrar cabalmente que a permanente missão de
evangelização da CNBB não exclui outras, adaptadas às diversas circunstâncias históricas – como a da desnutrição.
O que nos faz lembrar a frase de Jesus Cristo, o Salvador, “Nem
só de pão vive o homem, mas da palavra de Deus”, e também deste excerto do Eclo 34, 20-22: “A vida dos pobres é o pão de que necessitam; quem dele os priva é um assassino.” (Pior que assassino,
dizemos nós, Senhores: assassino e pecador! Não tem em si os dons
cristãos da misericórdia, da compaixão e da caridade.)
A escolha do tema da fome prenuncia-nos o direcionamento das
ações da CNBB para o próximo meio milênio: o amor indiscriminado
ao próximo, por amor de Cristo-Deus, com o indispensável beneplácito da Santa Virgem, sempiterna Advogada nossa. E amor de ação,
haja vista as tradicionais Campanhas da Fraternidade, exemplos vivos de uma vida dedicada a Jesus.
Ao atual Presidente da CNBB, Dom Jayme Henrique Chemello,
Vice-Presidente, Dom Marcelo Pinto Carvalheira e Secretário-Geral,
Dom Raymundo Damasceno Assis, nossos parabéns pelos 50 anos de
glória, parabéns que estendo a todo o clero e seu rebanho, ao povo
brasileiro, e ao catolicismo contemporâneo, que tem na CNBB uma
figura de proa.
Que a CNBB fique conosco por muitos outros cinqüentenários, e
evangelize-nos sempre. É nossa garantia de vida eterna: único caminho de nossa salvação!
Discurso proferido pelo deputado Luiz Carlos Hauly 19 de junho 2002.
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Venham para a ceia do Senhor
O 14º Congresso Eucarístico Nacional, que teve como tema “Eucaristia, fonte da missão e vida solidária”, com o lema “Venham para
a ceia do Senhor”, ocorreu em Campinas (SP) entre 19 a 22 de julho.
A missa solene de abertura do Congresso, celebrada pelo cardeal José
Saraiva Martins, representante do Papa João Paulo II, contou com
a presença de cem mil pessoas oriundas de todas as partes do País,
lotando a Praça da Paz num clima de calma e tranqüilidade, numa
fantástica demonstração de fé cristã, precedida pela inauguração do
marco comemorativo do evento.
Na sexta-feira, 20 de julho, foram realizados sete encontros temáticos (Jesus Cristo e a Eucaristia, Eucaristia e Igreja, Eucaristia e Ministério Pascal, Eucaristia e Cidadania, Ecologia e Eucaristia, Eucaristia e Juventude, Eucaristia e Vida dos Pobres e Excluídos), o Encontro
com Religiosos e Religiosas, a Missa no Rito Maronita, a Missa com
Presidiários, a Missa com os Doentes, a Hora Santa com Apostolado
da Oração, Associações e Ordens Terceiras e a Missa de Encerramento
das atividades do dia.
No sábado, houve o plenário geral para os delegados, o Encontro da Infância Missionária, o Encontro com Ministros Ordenados,
a Missa no Rito Melquita, o Encontro com a Juventude, o Encontro
com os Movimentos, o Encontro de Reflexão (aberto ao povo) e missa na Praça do Congresso. No domingo, dia 22, após o Acolhimento
Festivo, foi celebrada a Missa Solene de Encerramento, transmitida
ao vivo pela Rede de Televisão Católica Canção Nova para Portugal e África, à qual compareceram o Vice-Presidente da República
Marco Maciel e sua esposa Sra. Ana Maria Maciel, representando
o Presidente Fernando Henrique Cardoso, o prefeito da cidade de
Campinas, anfitriã do Congresso, autoridades convidadas e membros do clero.
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O arcebispo de Curitiba, Dom Pedro Fedalto, abordou a realização do 14º Encontro Eucarístico Nacional em brilhante artigo publicado na Gazeta do Povo, em 15 de julho, à página 28, discorrendo
sobre o tema e o lema propostos e informando que a Arquidiocese de
Curitiba se preparou para o evento com o Congresso Eucarístico Arquidiocesano, de 21 a 25 de março, reunindo cerca de 50 mil congressistas e inscrevendo 150 deles para participar do Encontro Nacional.
Parabenizo os organizadores e os participantes pelo sucesso do tradicional evento católico.
No domingo, dia 4, o “Movimento Cristo Te Ama” (CRISTMA)
comemorou 21 anos de trabalho, em Londrina, Paraná. Pela manhã,
uma missa campal, celebrada pelo padre Darci, de Maringá, reuniu
cerca de trezentas pessoas na sede da entidade. Presente em várias
cidades do Estado, o Cristma é responsável pela recuperação de milhares de dependentes de drogas e álcool e respectivas famílias, provando na prática que trabalha com ética e interesse social, por meio
da adoção de técnicas eficazes.
Idealizado e fundado pelo vereador Luiz Carlos Tamarozzi, o
Cristma é hoje administrado pela Fundação Tamarozzi e obteve do
Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), passando a integrar um grupo seleto de entidades de todo o País cadastrado para o desenvolvimento de projeto
de interesse social em diferentes áreas. Ganhou assim a possibilidade
de aprovação mais ágil de seus projetos e autonomia para estabelecer
parcerias com empresas públicas e privadas.
Com a qualificação recebida, o Movimento pode remunerar os
profissionais liberais voluntários que assumirem a coordenação de
seus projetos e abrir espaço para que os parceiros usufruam da renúncia fiscal sobre o lucro operacional da empresa.
Parabenizo o fundador do Cristma, seus colaboradores e todos
os que acreditaram nesse movimento e dele participam, como voluntários ou beneficiários, dando um exemplo de trabalho e solidariedade que merece ser difundido e multiplicado.
Discurso proferido pelo deputado Hauly ao 14º Congresso Eucarístico Nacional em 7 de
agosto de 2001.
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Beatificação de Madre Leônia Milito
Encontra-se em andamento o processo de beatificação de Madre
Leônia Milito, uma causa iniciada por Dom Albano Cavalli, na Catedral de Londrina, Estado do Paraná, em 19 de março de 1998, que
prosseguiu com a realização da primeira sessão do Tribunal Eclesiástico, em setembro seguinte, dando partida ao levantamento da vida e
das virtudes da fundadora da ordem religiosa Missionárias de Santo
Antônio Maria Claret.
A comissão dos censores e a dos peritos em história estão trabalhando na fase arquidiocesana do processo com a missão de coletar
dados, pesquisar e analisar a documentação pertinente à vida e obra
da candidata ao reconhecimento oficial de Sua Santidade.
Até agora, nessa caminhada, muitas pessoas sentiram-se tocadas
pelo testemunho de vida de Madre Leônia, fiel seguidora e apóstola de Jesus, ardorosa missionária do Evangelho, por intercessão de
quem muitas foram as graças alcançadas: empregos, curas físicas e
psicológicas e, sobretudo, de conversão à libertação.
Nascida em Sapri, província de Salerno, Itália, em 23 de junho de
1913, com dezesseis anos Madre Leônia (Maria Milito) ingressou no
movimento religioso Ação Católica.
O nobre ideal de ajudar os irmãos a experimentar o amor a Deus
em suas vidas foi amadurecendo, até que em 18 de junho de 1935 ingressou no Instituto das Irmãs Pobres Filhas de Santo Antônio, ainda
na Itália.
Na década de 1950, as religiosas orientadas e acompanhadas por
Madre Leônia Milito deixaram a terra natal rumo a um país distante,
o Brasil, fazendo do sonho missionário uma realidade: dedicam-se às
diversas pastorais e ao trabalho em asilos, orfanatos, creches, escolas
e hospitais.
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Com sua inteira correspondência à graça divina e atraindo tantas outras jovens para o ideal missionário, deu início, juntamente com
Dom Geraldo Fernandes, em 19 de março de 1958, em Londrina, a
uma nova família religiosa, que tem como finalidade primordial o
Anúncio da Palavra e o Serviço da Caridade.
Madre Leônia Milito não foi apenas a fundadora da ordem Missionárias de Santo Antônio Maria Claret. Durante vinte e dois anos
exerceu a missão de superiora geral e mãe espiritual das irmãs. Toda
a sua vida e trabalho estiveram voltados para os necessitados, e com
todos partilhou alegrias e angústias, sofrimentos e esperanças. Numa
ação que não conheceu fronteiras, instalou comunidades de irmãs em
vários estados do Brasil, bem como nos cinco continentes.
Aos sessenta e sete anos, em pleno vigor da ação apostólica, Madre Leônia faleceu, vítima de acidente automobilístico. Porém, sua
vida continua multiplicada em cada uma das irmãs, que desejam continuar com fidelidade a obra por ela iniciada.
O processo de beatificação de Madre Leônia é uma convocação
à Santidade para todos os seguidores do carisma que o Espírito Santo
lhe concedeu.
Fazer memória da vida e obra de Madre Leônia significa reconstruir e repensar o mistério de seu existir, todo voltado para Deus e
para os irmãos e irmãs, sem restrições de credo religioso, raça, condição social ou fronteira geográfica. Esta é a finalidade da Casa da
Memória “Madre Leônia”, que funciona em Londrina, Estado do Paraná.
Ao manifestar a certeza de que a santidade de Madre Leônia
Milito será reconhecida, presto-lhe esta singela homenagem, estendendo-a a família das Missionárias de Santo Antônio Maria Claret e a
todos os seus admiradores, seguidores e devotos.
Discurso pronunciado pelo Deputado Luiz Carlos Hauly na sessão de 14 de maio de 2002.
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Freiras pioneiras, o início da pastoral japonesa
Há 22 anos, o Norte do Paraná recebeu seis jovens missionárias
japonesas, católicas, da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria de Nagasaki (Jun Shin). Três delas foram trabalhar em
São Jerônimo da Serra, na assistência a hansenianos. As outras três
foram ajudar uma creche em São Sebastião da Amoreira.
As freirinhas superaram as dificuldades iniciais de comunicação, aprenderam a falar a língua portuguesa e expandiram o trabalho
assistencial na região de Assaí, chegando a tratar 230 hansenianos no
ambulatório do Padre Sassaki, o missionário que as convocara.
Em 1983, a ordem católica à qual pertenciam, que tem sede em
Nagasaki, adquiriu um prédio no centro de Curitiba, onde funcionava um pré-escola, pois resolvera abrir um convento na capital do
Estado. Irmã Tanaka, que era uma das pioneiras, e outra freira foram
tomar conta da escolinha e abriram um convento no mesmo local, que
passou a ser dirigido pela Irmã Superiora Rosa, em 1985.
Hoje, 16 freiras e 4 noviças, entre japonesas e brasileiras, fazem
parte da Jun Shin. Uma vez por mês, na capela do convento, é celebrada uma missa que reúne os membros da Pastoral Nipo-Brasileira
de Curitiba.
Além da antiga escolinha, as freiras mantêm um curso de língua
japonesa para crianças e jovens de até 15 anos. No interior, prosseguem as atividades sociais, que já atenderam cerca de dois mil hansenianos e agora se desenvolvem também em um lar para idosos.
Vale lembrar, a propósito desta homenagem à Congregação das
Irmãs do Imaculado Coração de Maria de Nagasaki, pelo trabalho
desenvolvido no Paraná, que a história do catolicismo no Japão começou com a chegada do jesuíta Francisco Xavier, em 1549. Após um
longo período de perseguição e proibição, só em 1858 é que o governo
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japonês voltou a permitir o trabalho de evangelização cristã, na esteira do qual a Ordem Feminina de Nagasaki foi fundada em 1934, pelo
primeiro bispo japonês, Dom Januário Hayasaka.
Ao finalizar esta comunicação, estendo a homenagem a todos os
integrantes da colônia japonesa no Brasil e a seus descendentes brasileiros, pela excelente contribuição que deram e continuam a dar ao
desenvolvimento do País, em todos os campos de atividade.
Discurso pronunciado pelo Deputado Hauly na sessão de 12 de junho de 2002
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Paróquias comemoram 60 anos
Em 1º de novembro de 1942, por decreto do então Bispo Diocesano de Jacarezinho (PR), Dom Ernesto de Paula, foram criadas as paróquias Santo Antônio, em Cambé, e São José, em Rolândia (Paraná),
festivamente comemorados pelas comunidades católicas locais.
Na segunda-feira última, dia 4, em Cambé, participei de missa
na Igreja Matriz, seguida, em Sessão Solene da Câmara Municipal, da
solenidade de entrega da Comenda Grão de Café aos padres Manoel
Coelho de Souza, pároco da Igreja Santo Antônio, e José Elias Fadul,
superior Provincial dos Palotinos, pelos relevantes trabalhos prestados no campo espiritual e social no município.
Por extensão, foram outorgados diplomas aos padres palotinos
pela evangelização do povo cambeense ao longo dos últimos sessenta
anos. As homenagens foram requeridas pela vereadora Maria Aparecida André Pasqueto e sancionadas pelo prefeito José do Carmo Garcia.
Em Rolândia, também participei das comemorações do sexagésimo aniversário da Paróquia, que se iniciou no domingo, dia 3, com
uma missa solene de ação de graças, com a participação da Orquestra
Intermezzo, de Londrina, e do Coral União, de Rolândia, com transmissão ao vivo pela Rádio Cultura e TV Cultura Norte Paranaense.
Digno de nota é o trabalho do pároco Monsenhor José Agius, que está
na cidade há mais de 33 anos, e exerce o sacerdócio há mais de três
como fiel e exemplar seguidor de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A propósito, da evangelização no norte do Paraná, transcrevo
texto elaborado pelo professor José Garcia Gonzales Neto, de Cambé,
sob o título Os setenta anos da sociedade do apostolado católico no Norte do
Paraná: “A União do Apostolado Católico, movimento apostólico fundado pelo sacerdote romano Vicente Pallotti, foi aprovada pela Igreja
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em julho de 1835. Da união surgiram duas comunidades religiosas:
a Congregação das Irmãs do Apostolado Católico e a Sociedade do
Apostolado Católico congregação de Sacerdotes e Irmãos leigos,
primitivamente conhecida como Pia Sociedade de Missões (PSM). A
padroeira da União, escolhida por Pallotti é a Virgem Maria, invocada
pelo título de Rainha dos Apóstolos.
Das comunidades derivadas da união, a que mais se desenvolveu foi a Sociedade do Apostolado Católico (SAC) e que no início do
século XX se dividiu em províncias, das quais a que nos diz respeito
foi a Província Americana com sede em Santa Maria no Rio Grande do
Sul, que tinha uma abrangência muito ampla, espalhada em quatro
países: Brasil, Uruguai, Itália e Estados Unidos. Na Itália, em Masio,
ficava o Seminário. Com a 1ª Guerra Mundial, o seminário de Masio
foi transferido para o sul da Alemanha, em Bruchsal.
Em 1919, o sul do Rio Grande do Sul passou a ser um distrito
autônomo. As paróquias do norte do Estado ficaram ligadas à Província Americana, que deslocou sua sede de Santa Maria para Porto
Alegre.
No início da década de vinte, o progresso da Sociedade na Alemanha fez com que a sede da província passasse para a cidade de
Bruchsal e o nome da Província Americana passasse a ser Província
do Sagrado Coração de Jesus. Em 1927, o Governo Provincial decidiu retirar os padres do Brasil. Uma parte foi transferida para o Uruguai e outra parte deveria voltar para a Alemanha. Os últimos padres
alemães que saíram do Rio Grande do Sul foram os padres Roberto
Rosenfeld e Erasmo Raabe, em janeiro de 1928. Em São Paulo, aguardando o transporte para a Alemanha, hospedaram-se no Mosteiro de
São Bento, onde também se hospedava o bispo de Jacarezinho, D. Fernando Taddei, italiano e cuja mãe conhecera Vicente Pallotti, tendo
mesmo hospedado o santo.
Essa feliz circunstância foi a causa da vinda dos palotinos para o
Paraná, pois ao faltar padres, D. Fernando convidou os palotinos para
trabalharem na diocese de Jacarezinho, que na época abrangia todo
o setentrião paranaense. Efetivamente, em fevereiro de 1928, os dois
padres alemães vieram conhecer o campo de trabalho e voltaram à
Alemanha. Contudo, diante dos apelos de D. Fernando, os superiores
alemães resolveram, no final de 1929, enviar o Pe. Isidoro Keppler
para Jacarezinho, o qual em junho de 1930 já foi nomeado cura da
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Catedral. Pouco depois, em dezembro do mesmo ano, é transferido
de Montevidéu o Pe. José Kramer.
Os dois palotinos começaram a trabalhar no Paraná, mesmo sem
estar nada resolvido. Com efeito, só em 1931, o capítulo provincial
discutiu a oferta de D. Fernando Taddei para que os palotinos viessem para o Paraná. Nessa ocasião, o Pe. Erasmo Raab defendeu com
vigor, a aceitação da proposta. Preliminarmente o Governo provincial
nomeou o próprio Pe. Erasmo como delegado provincial na missão
do Paraná e encarregou-o de fazer um relatório sobre a realidade local e as perspectivas de trabalho no novo campo missionário. O Pe.
Erasmo chegou em Jacarezinho em 28 de outubro de 1931 e elaborou
o seu relato que foi enviado no fim do mesmo ano para a Alemanha.
O Governo Provincial, com base no relatório, aceitou a missão paranaense e assim foi redigido um contrato entre a diocese e a Província
palotina do sagrado Coração de Jesus.
A minuta do contrato, enviada à Alemanha, foi aceita no dia 21
de novembro de 1932 e devidamente assinado por D. Fernando e o
padre Erasmo em janeiro de 1933, em Jacarezinho.
O trabalho palotino no norte do Paraná, com o tempo estendeuse também à região noroeste do Estado, alcançou Curitiba, avançou
para a região da alta Sorocabana no Estado de São Paulo e chegou à
capital paulista. Mais recentemente, assumiu trabalhos missionários
na Bahia e no Maranhão e a colaboração interprovincial com a província palotina da Itália.
Juridicamente, o trabalho palotino no Brasil passou pelas fases
de Delegatura Provincial de 1931 a 1946; região de 1946 a 1953 e dessa
data em diante, Província com o nome de “Província de São Paulo”.
Dentre os locais atendidos pelos palotinos destaca-se o município de Cambé, que na década de trinta pertencia a Londrina.
Com a criação da paróquia de Londrina em 9 de março de 1934, o
nascente povoado de Nova Dantizig passou a ser atendido pelo Pe.
Carlos Dietz, 1º Pároco e em 16 de dezembro de 1934 era inaugurada a modesta capelinha de madeira, primeiro edifício público do
povoado. Em 1942, a 1º de novembro foi criada a paróquia Santo
Antônio, sendo o 1º Pároco o Pe. Lourenço Neuner e na seqüência
os padres Pe. Luís Oto Washsburger, Pe. Symphoriano Kopf, Pe.
Antônio Batista de Oliveira, Pe. Carlos Schultz, Pe. João Azevedo,
Pe. Valter Batistin, Pe. José Newton Rondina, Pe. Júlio Akamine,
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Pe. Waldecir de Almeida e o atual pároco Pe. Manoel Coelho de
Souza.
“Além destes párocos, passaram por Cambé dezenas de padres
alemães e brasileiros que também deram sua parcela de colaboração
na construção do Reino de Deus e que hoje são, com justiça, lembrados e homenageados pelo poder público cambeense.”
Feito este registro, Sr. Presidente, Sras e Srs. Deputados, congratulo as comunidades cambeense e rolandense, na pessoa dos Prefeitos
Municipais, José do Carmo Garcia e Eurides Moura, pela passagem
do 60º aniversário das Paróquias Santo Antônio e São José, em especial seus paroquianos e párocos.
Discurso pronunciado pelo deputado Hauly na sessão de 7 de novembro de 2002.
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Diocese de Londrina completa 70 anos
A Catedral Metropolitana de Londrina no Paraná, a nossa Paróquia Sagrado Coração de Jesus, está comemorando seus 70 anos para
júbilo dos habitantes daquela pujante cidade do norte do Paraná.
O pároco Monsenhor Bernard Carmel Gafá e o vigário paroquial
padre Valter Diniz dos Santos e também o Conselho Pastoral Paroquial promoveram uma série de atividades para comemorar a data
simbólica para Londrina fazendo parte das programações a Missa
em Ação de Graças e ainda o recebimento da Comenda Ouro Verde
outorgado pela Câmara Municipal de Londrina e Prefeitura de Londrina.
Sempre é bom relembrar que a parte mais alta de Londrina foi
reservada, pela Companhia de Terras de Norte do Paraná, para a
construção da primeira igreja da cidade. Era uma “igrejinha” de madeira, inaugurada em 18 de agosto de 1934. O projeto era do engenheiro Willie Davids. O primeiro sino foi um pedaço de trilho. Em 23
de outubro de 1943, uma construção de alvenaria, em estilo neogótico
alemão, substituiu a primeira igreja e o primeiro vigário foi o Padre
Carlos Dietz.
Mas a nova matriz não tinha torres, ladrilhos, nem bancos. Somente em 1949, ficaram prontas as torres da matriz, com 27 metros de
alturas. Para acompanhar o crescimento de Londrina, surgiram planos para a construção de um Catedral, na cidade, em 1952, antes da
transformação da Paróquia, em Diocese. O projeto previa um prédio
bastante amplo, em estilo clássico renascentista. A obra, que deveria
fundir as duas construções – antiga e moderna –, ficou anos parada
por ser muito dispendiosa. No final da década de 60, Dom Geraldo
Fernandes tomou uma decisão bastante prática para a conclusão da
catedral: mandou construir uma estrutura metálica que foi inaugurada no Natal de 1972.
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O projeto é dos arquitetos Eduardo Rosso e Yoshimaso Kimachi.
Em 1991, a Catedral recebeu a torre com os sinos. O espaço do subsolo
da igreja foi aproveitado para a construção de um estacionamento,
rentável para a Arquidiocese. Para Dom Geraldo Fernandes, a concepção da nova Catedral era definida como “uma tenda erguida por
Deus no meio do seu povo e do progresso”.
Em fevereiro de 1967, a paróquia de Londrina foi elevada a categoria de Diocese, assumindo seu primeiro Bispo Dom Geraldo Fernandes. Em novembro de 1970 foi elevada a arquidiocese. Dom Geraldo Fernandes foi também Arcebispo, sendo substituído por Dom
Geraldo Majella Agnello que ficou no posto até 1991, quando foi para
Roma, sendo hoje o presidente da Conferência Nacional de Bispos
do Brasil (CNBB). O atual Arcebispo de Londrina é Dom Albano Cavallin e que faz um excelente trabalho pastoral à frente daquela arquidiocese.
Senhor Presidente, faço este registro para que todo o Brasil saiba
do orgulho dos católicos paranaenses para com a comemoração dos
70 anos da Catedral Metropolitana de Londrina.
Discurso proferido pelo deputado Luiz Carlos Hauly na sessão de 18 de março de 2004.
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João Paulo II, o Papa do perdão e da fé
Ainda emocionado com a notícia do desaparecimento do Sumo
Pontífice João Paulo II, gostaria de ressaltar os vários significados da
atuação de João de Deus em momentos especiais no mundo católico
e também o não-católico.
Já falei da importância, por ocasião da comemoração dos 25 anos
do Papado de João Paulo II, da sua postura firme na condução da
Igreja Católica, e que culminou com a derrocada do comunismo e o
fim da cortina de ferro no Leste Europeu. E a aproximação da religião
católica com os patriarcados ortodoxos, com os judeus e com os muçulmanos, bem como com outras religiões, sendo o primeiro Papa a
rezar numa mesquita e numa sinagoga.
Para isso, primeiro teve que pedir perdão pelas omissões e erros
do Cristianismo em relação aos judeus e islamitas; erros milenares,
mas só reconhecidos neste pontificado. Pediu perdão também pelo
saque que os venezianos medievais, com o apoio do cristianismo
ocidental, fizeram em Istambul, então sede do Império Romano do
Oriente. E o perdão que pediu a etnias – como às etnias indígenas da
África e das Américas.
Nosso Papa João Paulo II será lembrado também pela humildade e pelo perdão que, pessoalmente ou em nome da Igreja, concedeu como o homem que o tentou matar, o turco Mehmed Ali
Agka.
Revogou a excomunhão de Galileu Galilei, causada, como se
sabe há séculos, por um erro da Igreja, e não do cientista italiano,
sendo um perdão também à história.
O Pontifex Maximus João Paulo II mobiliza em sua despedida milhões de peregrinos por todo o mundo e demonstra a extensão da sua
obra durante o pontificado.
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A maior nação católica do mundo não poderia deixar de manifestar sua satisfação em tê-lo em nosso convívio por três vezes e
na tribuna da Câmara dos Deputados manifesto minha gratidão aos
ensinamentos de humildade e lealdade com a palavra de Deus e ensinamento de seu filho Jesus Cristo, construído ao longo de sua vida
consagrada.
Discurso proferido pelo Deputado Luiz Carlos Hauly ao Sumo Pontífice João Paulo II, em 7
de abril 2005.
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Boas-vindas ao Papa Joseph Ratzinger (Bento XVI)
Há poucos instantes foi anunciado em Roma o nome do novo
Papa da Igreja Católica. O sucessor de Pedro e de João Paulo II será
Joseph Ratzinger, que receberá o nome de Bento XVI.
Esperamos que seu pontificado seja tão profícuo e longo quanto
o de João Paulo II, o nosso querido Karol Wojtyla.
Os católicos do mundo oram pelo Papa e pela Santa Igreja Católica, a fim de que o cristianismo se expanda por todo o mundo e que a
mensagem do Filho de Deus, Jesus Cristo, seja levada a todos os seres
humanos da face da Terra. E que seu ensinamento seja seguido por
todos, pois o caminho, a verdade e a vida é Jesus.
Sr. Presidente, Sras e Srs. Deputados, João Paulo II, com certeza,
está junto a Deus Pai Todo-Poderoso e de lá orienta, sob o auspício
do Divino Espírito Santo, a escolha de seu sucessor. Que sua direção
e seus ensinamentos sejam os mais sábios no sentido de orientar a
humanidade. Que continue a luta no combate à violência e à guerra
entre os povos. Que seja o grande propagador da paz, da conciliação
entre os homens e mulheres de todo o mundo.
Assim como Sua Santidade João Paulo II, com humildade – característica do Sumo Pontífice –, pediu perdão pelos erros cometidos
pela Igreja Católica quando da Inquisição, pediu perdão pelo tratamento dado aos muçulmanos, aos judeus, aos africanos e aos índios,
entre outros. As primeiras palavras do Papa Bento XVI foram carregadas de humildade, de devoção ao nosso Deus Todo-Poderoso, em
defesa da paz. Que suas bênçãos cubram o nosso País e o mundo.
Sr. Presidente, com muito júbilo, anunciamos desta tribuna a assunção de Joseph Ratzinger a Papa. Joseph Ratzinger, discípulo de
Deus, padre de origem alemã, braço direito de João Paulo II, agora
assume a mais elevada função na hierarquia da Igreja Católica.
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Que seu pontificado seja de conciliação e de entendimento entre
todos os povos do mundo. Que realmente seu trabalho possa dignificar ainda mais o cristianismo no mundo.
Desejamos ao Santo Papa vida longa, muita paz e discernimento. Que as bênçãos do Pai Todo-Poderoso recaiam sobre ele e toda a
Igreja de católicos e cristãos no mundo inteiro, assim como de todas
as confissões religiosas que propugnam o bem, a paz e tenham um só
Deus, o Pai Todo-Poderoso.
Muito obrigado.
“
Que seja o propagador da paz,
da conciliação entre homens e
mulheres de todo o mundo.
”
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 19 de abril de 2004.
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Diocese de Londrina inicia comemoração de Jubileu
No último dia 4 de fevereiro, foram abertas em Londrina as comemorações referentes ao Jubileu de Ouro da criação de sua Diocese,
para júbilo dos habitantes daquela pujante cidade do norte do Paraná.
Criada pelo Papa Pio XII, por meio da Bula Pontifícia Latissimas
Partire Ecclesias, atualmente a Diocese de Londrina, elevada à condição de Arquidiocese em 31 de outubro de 1970, está presente em 17
municípios, 67 paróquias, contando com 346 capelas e instituições.
Além disso, suas atividades são transmitidas pela Rádio Alvorada e Rede Vida de Televisão, sedimentando por todo o Paraná uma
Igreja que se fortalece a cada dia.
É preciso enaltecer, nesses cinqüenta anos da diocese, o papel
fundamental desempenhado por nossos líderes religiosos desde o seu
início: Dom Geraldo Fernandes, Dom Geraldo Majella Agnelo, e Dom
Albano Cavallin.
O processo de criação da diocese foi árduo, cujo surgimento
ocorreu paralelamente ao desenvolvimento da região norte paranaense.
Nesse contexto, Dom Geraldo Fernandes, primeiro Bispo e Arcebispo de Londrina, que ficou 25 anos à frente da diocese, conseguiu
expandir as bases da Igreja por toda a região norte.
Em seguida, por oito anos, Dom Geraldo Majella consolidou esse
processo, ao incrementar as atividades do Seminário Paulo VI, com o
intuito de formar seminaristas, seja de nossa região, seja de outras
Arquidioceses do Brasil e do exterior.
Essa atividade, deu um novo impulso para o florescimento da
Igreja em nossa região.
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Não podemos esquecer, ainda, na comemoração dessas Bodas
de Ouro, o relevante papel de nossa Arquidiocese junto à Pastoral da
Criança, iniciado por Dom Geraldo Majella.
Sempre combativo e empenhado na firme defesa das causas humanitárias, a Igreja, com a experiência da Pastoral da Criança, conseguiu resultados na área social que engrandecem o papel da Igreja.
Atualmente, encontra-se à frente da Igreja Dom Albano Cavallin.
Em 1992 foi promovido a arcebispo de Londrina, onde permanece até a presente data, tendo como lema a máxima: Interpretabatur
in Scripturis.
Nesses quatorze anos à frente da arquidiocese, Dom Albano
Cavallin vem realizando profícuo trabalho que envolve tanto a área
social como a religiosa, além de se constituir como interlocutor privilegiado da sociedade civil organizada.
Todo o arrojo e pujança à frente da Igreja desses eméritos párocos permitiram o desenvolvimento de uma estrutura que dá atenção
especial aos fiéis, na difusão e prática da mensagem do Evangelho e
fortalecimento da Igreja Católica.
A principal preocupação de Dom Albano Cavallin nesse período
de comemoração da Diocese é preparar a Arquidiocese para os desafios do século XXI.
Um rol de atividades religiosas e sociais, que se estenderão até
fevereiro de 2007, estão sendo preparadas para comemorar, com júbilo, essa data simbólica para Londrina.
Senhor Presidente, faço este registro para que todo o Brasil saiba
do orgulho dos católicos paranaenses para com a comemoração do
Jubileu de Ouro de fundação de nossa Diocese.
Muito obrigado.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 21 de março de 2007.
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Homenagem a Dom Albano Cavallin
No último mês de junho, Londrina e todo o norte do Paraná celebraram e comemoraram, com júbilo, os catorze anos de liderança
de Dom Albano Cavallin, à frente da Arquidiocese do município de
Londrina. Ele realizou um produtivo trabalho, que envolveu tanto a
área social quanto a religiosa, além de se constituir como interlocutor
privilegiado da sociedade civil organizada.
Em 1992, Dom Albano Cavallin foi promovido a Arcebispo de
Londrina, onde permaneceu até ser substituído por Dom Orlando
Brandes em julho do corrente ano.
Todo o seu arrojo e pujança à frente da Igreja contribuiu de modo
significativo para a Igreja, sobretudo pela atenção especial aos fiéis e
na difusão da mensagem do Evangelho.
Falando com o coração e a alma, em incontáveis ocasiões suas
palavras de sabedoria e “historinhas evangelizadoras”, Dom Albano
Cavallin levou alento e fé a milhares de pessoas que ansiavam pela
mensagem do Evangelho.
Nesses catorze anos, em seu incansável e diuturno trabalho,
muitos projetos foram concretizados.
O Centro de Formação Cristã e Catequética (CECCAT) pode ser
considerado uma de suas obras prediletas, pois foi a concretização
de um sonho que acalentou e que exigiu sua presença e dedicação de
modo incansável.
Além disso, Dom Alberto Cavallin deixou um legado de Igreja plural, com movimentos, associações, comunidades de vida, pastorais, a equipe de Coordenação Arquidiocesana, os 3.000 Ministros
Extraordinários da Sagrada Comunhão e as missões populares, onde
cerca de 14 mil pessoas trabalharam durante nove meses, visitando
100 mil lares em toda a região da nossa Arquidiocese.
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Mas, quero, também, destacar que uma das grandes obras deixadas ao seu sucessor na Igreja, Dom Orlando Brandes, foi a sua preocupação em difundir, por todos os meios de comunicação, o papel da
Igreja, sobretudo pela rádio e televisão, sobretudo a Rádio Alvorada
AM-970.
Além disso, empenhou-se para preparar a Arquidiocese, no ano
do seu Jubileu, para os desafios do século XXI.
Senhor Presidente, faço este testemunho para louvar os 14 anos
de trabalho de Dom Albano Cavallin, agora elevado a Arcebispo
Emérito, frente à nossa Arquidiocese.
Muito obrigado.
“
Dom Albano levou alento e fé a
milhares de pessoas que ansiavam pela
mensagem evangelizadora.
”
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 1o de agosto de 2006.
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Jubileu de Ouro do Pe. Francisco Schneider
No último mês de julho, a Igreja de Londrina celebrou o Jubileu
de Ouro de sacerdócio do Padre Francisco Schneider.
Vindo para o Brasil em 1954, foi ordenado sacerdote em 1956 na
então Matriz de Londrina.
Desde então, com sua capacidade arrojadora e talento inato para
a atividade religiosa, realizou as mais diversas atividades em prol da
comunidade, desde lecionar no Seminário Palotino até desenvolver
um trabalho social junto à população carente.
Passou por diversas paróquias, onde seu trabalho sempre foi
amplamente reconhecido, sobretudo pela sua atuação permanente
junto à comunidade e a sua capacidade laboriosa de contribuir, de
modo incansável, para construir e reformar as Igrejas por onde passou, a fim de permitir que a comunidade fosse sempre bem acolhida
para ouvir as palavras de Deus.
Senhor Presidente, congratulo-me com o Padre Chiquinho, como
é amplamente conhecido em Londrina, cumprimentando-o pelo seu
Jubileu de Ouro e ao mesmo tempo, saudando toda a comunidade
que, nessa longa caminhada, tem a presença de um devoto de Deus
em suas vidas.
Muito obrigado.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 1o de agosto de 2006.
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Boas-vindas a D. Orlando Brandes
No último dia 23 de julho, tomou posse como, novo Arcebispo
da Arquidiocese de Londrina, Dom Orlando Brandes, cuja trajetória
ativa no fortalecimento da Igreja Católica tem sido uma missão permanente em sua vida, desde que foi ordenado sacerdote em 1974 e
sagrado Bispo em 1994.
A nomeação do novo Arcebispo na celebração do Ano Jubilar é
de suma importância para nossa diocese, pois nos levará a um processo de reflexão que nos conduzirá, como salientou Dom Orlando
Brandes, a buscar sermos “melhores do que somos”.
Contamos com a larga experiência e profícuo trabalho desenvolvido por Dom Orlando Brandes nos seus doze anos frente à Arquidiocese de Joinville, no Estado de Santa Catarina, onde valorizou os
leigos e criou escolas de formação de liderança; incentivou a criação
de movimentos nas pastorais, reativou programas de promoção social e mais do que tudo, deixou um grande legado de testemunho de
fé, vida, oração e amor à Igreja.
Temos a certeza, de que tais ações se somarão aos trabalhos sociais e vocacionais já implantados em nossa Igreja pelos Arcebispos
que conduziram o destino de nossa Arquidiocese.
Assim, confiamos, também, que o novo Arcebispo, com a sua
larga experiência, consolide por todo o Paraná a força de uma Igreja
que se expande a cada dia.
Senhor Presidente, faço este registro para saudar a vinda de
Dom Orlando Brandes para nossa Arquidiocese em Londrina e desejar que sua presença iluminada permita a continuação dos trabalhos desenvolvidos pelos líderes que passaram pela nossa Igreja,
fortalecendo cada vez mais o seu papel na nossa comunidade, so36
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bretudo no ano de comemoração do Jubileu de Ouro de fundação
de nossa Arquidiocese.
Muito obrigado.
“
Confiamos que o novo Arcebispo,
com sua larga experiência,
consolide, por todo o Paraná,
a força de uma Igreja
que se expande a cada dia.
”
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 1o de agosto de 2006.
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Movimento Focolares e seu 5o aniversário
Com muita honra, agradeço a oportunidade de poder destacar
nessa Sessão Solene a importância do Movimento Político pela Unidade no seu quinto aniversário de fundação no Brasil, importante
braço de sustentáculo dos Focolares.
Esse movimento, de abrangência mundial, se tornou uma rede
global que coordena o trabalho voluntário de cidadãos, políticos, funcionários públicos, estudiosos e curiosos dispostos a militar pela unidade em todo mundo.
Saúdo a todos, na pessoa da presidente internacional do Movimento, Lucia Fronza Crepaz, ex-deputada do Parlamento italiano,
que muito tem engrandecido nosso movimento.
Destaco ainda o papel desempenhado por Chiara Lubich, a fundadora que iniciou e manteve uma grande jornada, divulgando o movimento, e o de Ginetta Calliari, uma das artífices da construção do
Focolares no Brasil.
O Movimento dos Focolares está hoje presente em 182 países,
contando, no Brasil, com mais de 17 mil membros e cerca de 300 mil
aderentes/simpatizantes.
A principal lição que quer trazer esse Movimento Político pela
Unidade, fundado em 1996 em nosso país, é que tudo passa. Tudo é
vaidade das vaidades. Somente Deus permanece.
Deste modo, o Evangelho passa a ser redescoberto como uma
lição de amor, que visa a sanar divisões, conflitos e disparidades
sociais, caminhando em prol da busca do entendimento e da unidade.
Como destaca o convite para participar desse ato: “... O político
da unidade é aquele que abraça as divisões, as rupturas, as feridas do
seu povo...”.
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Desta forma, a espiritualidade é um elemento unificador que
transforma as diversidades em riqueza criativa, contribuindo para
que se desenvolvam as sementes de verdade e amor implícitas no
homem de diversas culturas, religiões e crenças.
Sinto-me honrado como membro de vivência da fraternidade na
política.
Devo destacar, também, uma premissa diferencial que torna esse
movimento de grande importância religiosa: o estímulo ao diálogo
com pessoas de outras convicções religiosas.
Numa breve apresentação do movimento, cabe destacar que ele
se desdobra em 18 ramificações, das quais cinco são movimentos de
largo alcance, que atuam em vários ambientes, a saber: “Famílias Novas”, para a unidade da família; “Humanidade Nova”, para a renovação social; “Movimento Paroquial” no âmbito eclesial; “Jovens por
um Mundo Unido”, no mundo juvenil; e “Movimento Juvenil pela
Unidade”, para adolescentes.
Por seu turno, a Secretaria Internacional do Movimento comprometese a resgatar a fraternidade, parte integrante do lema revolucionário francês. Através da fraternidade, busca-se a interação pacífica das nações.
Cabe destacar, dentro do MPPU, o Projeto Economia de Comunhão, que visa a articular os princípios econômicos com os de solidariedade e liberdade, fundamentando a atividade econômica na
“cultura da partilha”. Já aderiram ao projeto mais de 750 empresas
no mundo (90 no Brasil), que dividem os lucros em três partes, destinando-os: para ser partilhado com pessoas necessitadas, para ser
reinvestido com pessoas necessitadas; para ser reinvestido na própria
empresa e para a educação continuada de pessoas imbuídas desses
valores. Assim, foi criado o Pólo Empresarial Spartaco, nas imediações da Mariápolis Ginetta (Vargem Grande Paulista, em São Paulo),
a fim de dar “visibilidade” ao projeto.
Isto demonstra que o MPPU adota o amor fraterno como fim,
conteúdo e método da prática política, pois a fraternidade é a categoria política que expressa por excelência o direito de todos os seres
humanos de estarem incluídos em um projeto comum.
Para desempenhar esse importante papel social, no centro do
movimento estão os “focolares” (masculinos e femininos), dirigidos
sempre por uma mulher leiga.
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Na verdade se formam pequenas comunidades, com um novo
estilo, compostas por leigos, pois eles se constituem o centro de irradiação e de convergência da família do movimento, coração do movimento nas cidades onde se encontram.
No Brasil, estão presentes na maioria das capitais.
Por causa da diversidade da sua composição, o movimento assume as dimensões de um pequeno povo, como o definiu o Papa João
Paulo II: abraça não só católicos, mas também cristãos de diferentes
Igrejas e Comunidades Eclesiais.
É a partir desta espiritualidade, do estilo de vida de pessoas de
toda idade, categoria, vocação e cultura, que o Movimento se desenvolve.
O MPPU quer trazer o conceito de fraternidade para o dia-a-dia,
elevando-o à categoria de política fundamental.
Trata-se, Senhoras e Senhores, de traduzir a fraternidade em fatos, em leis: em direitos e deveres. Precisamos, como substância da
participação democrática, atingir a unidade inerente à humanidade.
É a partir dessa unidade fraterna que devemos rever a liberdade e a
igualdade e, sob essa mesma luz, rever as instituições locais, nacionais e internacionais.
No quadro atual de mudanças que marcam uma época, compartilhando com a humanidade a sofrida gestação de uma nova sociedade globalizada, interdependente, multicultural e multirreligiosa, o
movimento está empenhado, juntamente com muitas outras forças
que se movem para este mesmo objetivo, a compor na unidade a família humana, enriquecida pela diversidade, e, dentro do Parlamento, não é diferente.
Senhor Presidente, faço este testemunho para parabenizar o movimento pela passagem do seu quinto aniversário, cumprimentando
a todos os seus participantes no Brasil e no mundo, na pessoa da sua
Presidente, e desejar que seu crescimento seja exponencial, de modo a
difundir esse pensamento, semeando a fraternidade e a unidade.
Muito obrigado.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 7 de dezembro de 2006
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Movimento Político pela Unidade
Panorama de 2007
O ano Focolares começou com uma sessão solene na Câmara dos
Deputados em 7 de dezembro de 2006, para celebrar o quinto ano
da fundação do Movimento Político pela Unidade no Brasil. A partir
desse momento, houve o recomeço de uma profícua caminhada na
qual ampliou-se a participação de parlamentares e os encontros se
tornaram mais profundos e produtivos.
Participante do movimento desde sua formação, o deputado
Luiz Carlos Hauly, que defende o orçamento impositivo para que ele
seja efetivamente cumprido, iniciou um diálogo para a construção coletiva desse projeto de lei com amplo espaço para o cidadão. Desse
diálogo coletivo nasceu a proposta suprapartidária de emenda constitucional sobre o orçamento público inicialmente chamado orçamento
vinculado.
Essa experiência qualifica as relações entre todos os parlamentares, porque reforça o diálogo independente do partido político ao
qual estão filiados. A proposta está em aberto para que sejam apresentadas sugestões. O cidadão participará por meio da mobilização
para coleta de assinaturas, na divulgação e na discussão para que esse
instrumento seja alterado de forma positiva.
A Causa
A proposta nasceu diante da constatação de que as emendas parlamentares individuais podem muitas vezes transformar-se em moedas de troca, sem considerar a verdadeira finalidade do investimento.
A criação de mecanismos legais que evitem o impacto da negociação
de fins escusos e aumentem a participação do cidadão nas decisões é
o objetivo da proposta em fase de elaboração.
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Imprime-se o caráter impositivo, participativo e inclusivo nas
medidas parlamentares individuais, valendo tal proposição para as
três esferas da administração pública.
Inicialmente a receptividade foi favorável à revisão da legislação
sobre orçamento. Em enquete, respondida no mês de outubro, dos
208 deputados que responderam às questões, 90% concordaram com
a alteração da lei.
“
O Deputado Luiz Carlos Hauly
iniciou diálogo para a construção coletiva
do projeto de lei de Orçamento impositivo
com amplo espaço para a
participação cidadã.
”
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Escolas Civitas – educar para a fraternidade
As Escolas Civitas começaram a ser organizadas no Brasil, em
agosto de 2006. Hoje funcionam no País oito escolas – em Manaus,
Fortaleza, João Pessoa, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Vargem
Grande Paulista (SP) e Porto Alegre. Idealizadas pelo MPPU, as Escolas Civitas formam a categoria política da fraternidade, vivida nas
escolas de formação. As escolas de formação social e política, inspiradas no carisma da unidade de Chiara Lubich, começaram na Itália
na década de 1990, antes mesmo de se fundar oficialmente o MPPU
(Nápoles, 1996).
Hoje, há escolas na República Checa, Áustria e Argentina. Para o
próximo ano estão programadas outras 12 turmas em diferentes cidades brasileiras, entre elas Londrina.
Os cursos com grupos de aproximadamente 20 alunos incluem
módulos formativos, projetos de ações locais e seminários de integração nos quais se aprofundam temáticas relacionadas à realidade
geopolítica latino-americana. Anualmente todas as escolas se mobilizam pela paz com atividades paralelas. Na Semana Mundo Unido, a
Escola Civitas em Brasília decidiu unir-se aos Jovens por um Mundo
Unido, em ação pela paz e os alunos entregaram uma flor para cada
parlamentar em um sinal de paz e gesto de solidariedade a cada um.
Também entrevistaram parlamentares para conhecer a opinião
sobre uma proposta de emenda constitucional que está sendo debatida no âmbito do movimento, para que o orçamento seja participativo,
impositivo e inclusivo.
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Orçamento Vinculado
Anteprojeto de Proposta de emenda à Constituição
Estabelece a execução obrigatória da
Lei Orçamentária Anual e dá outras providências.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos
termos do § 3o do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. 1o O artigo 165 da Constituição Federal passa a vigorar
acrescido do seguinte parágrafo 9o, renumerando-se o seguinte:
“Art. 165. ....................................................................................
§ 9o As receitas previstas na Lei Orçamentária Anual para
a realização da sua programação serão de execução obrigatória,
vinculadas às despesas nela previstas, sob pena de caracterização de crime de responsabilidade.
....................................................................................................”
Art. 2o Esta Emenda Constitucional entra em vigor em 1o de janeiro do ano seguinte a sua publicação.
Justificação
A Constituição Federal, atualmente, prevê que a Lei Orçamentária Anual tem caráter meramente autorizativo.
A situação ora vigente permite que o Poder Executivo modifique
a proposta aprovada pelo Congresso Nacional, de acordo com a sua
discricionariedade.
A presente proposta visa a assegurar que a Lei Orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional seja cumprida na sua integralidade.
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Tal medida é um grande passo na política de responsabilidade
fiscal brasileira e uma evolução no sistema político brasileiro, visto
que nas principais democracias do mundo o Poder Executivo é obrigado a cumprir o orçamento estabelecido pelo Legislativo.
Sem dúvida, esta medida é fundamental para que a população
acompanhe o controle da execução orçamentária em todos os níveis
nos entes federados.
A proposta de emenda estabelece, ainda, que a mesma entrará
em vigor em 1o de janeiro do ano subseqüente ao de sua promulgação,
de modo que haja tempo suficiente para a elaboração criteriosa das
leis complementares e ordinárias, necessárias a sua implementação.
Em setembro de 2007.
“
As receitas previstas na Lei Orçamentária Anual
para a realização da sua programação
serão de execução obrigatória,
vinculada às despesas nela previstas,
sob pena de caracterização de
crime de responsabilidade.
”
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Frei Galvão ganha dia em sua homenagem
A CNBB e nós, católicos, não queremos criar um feriado, mas a
comemoração do dia de Frei Galvão. Queremos estabelecer um dia
do ano para Frei Galvão, uma santidade que está sendo levado às
alturas, aos altares, como santo, o que é muito bom para o Brasil, para
a juventude, para a população brasileira.
Não há contrariedade nem disputa com as demais religiões deste País. Não queremos nenhum conflito, só ser respeitados na nossa
convicção, na nossa religião, como respeitamos todas as confissões,
porque somos filhos do mesmo Pai, do mesmo Deus, e amamos o
mesmo Jesus, que é Filho de Deus. Na verdade, o nosso Deus é trino e
uno, Ele é Pai, Ele é Filho, Ele é Espírito Santo.
Então, não há nenhuma contrariedade, não há nenhuma discussão política, não há nenhuma discussão entre as confissões religiosas ou não religiosas. O Brasil realmente é um País laico, mas há
o respeito à religiosidade. Estão aqui, na mesa, o crucifixo e a Bíblia,
que traduzem que esta é uma nação cristã. Noventa e sete por cento
do povo brasileiro é cristão, acredita em Deus. Há evangélicos, católicos, pentecostais, neopentecostais, não importa, somos irmãos em
Cristo.
Por isso, encaminho favoravelmente à aprovação do projeto.
Não queremos o feriado, mas a aprovação do projeto, pela necessidade imediata, com a vinda da Sua Santidade, o Papa, a maior autoridade da Igreja Católica, que está fazendo um trabalho maravilhoso
de aproximação das religiões do mundo.
Gostaríamos que realmente o projeto fosse aprovado sem que
houvesse mais um feriado no Brasil. Frei Galvão, realmente, está comprovado, é um santo, e nós, do Brasil, precisamos de muitos santos,
porque há muitas coisas ruins neste País.
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Acreditamos em santos, só queremos o respeito e a atenção. Tenho certeza absoluta de que os cristãos de todas as confissões não têm
nenhum óbice, porque realmente se trata de algo tranqüilo e natural.
Sou pela aprovação do projeto nas condições citadas.
Discurso proferido pelo Deputado Luiz Carlos Hauly em homenagem para Frei Galvão em
9 de maio de 2007.
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Diocese de Londrina comemora Jubileu de Ouro
Em fevereiro do ano passado, 2006, foram abertas em Londrina as comemorações referentes ao Jubileu de Ouro da criação de sua
Diocese, que se estenderão até 17 de fevereiro próximo, data em que
foi realmente efetivada a sua implantação 50 anos atrás.
O primeiro Bispo da Diocese foi Dom Geraldo Fernandes e, desde então, por todo o norte do Paraná, os líderes religiosos que se seguiram, Dom Geraldo Majella Agnelo, Dom Albano Cavallin e Dom
Orlando Brandes, fizeram um trabalho social-religioso que tem engrandecido o papel da Igreja Católica .
A década de 50 testemunhou a elevação da Igreja de Londrina
à categoria de Diocese. Londrina, então, se transformou num grande
município, com o conseqüente aumento do número de católicos, havendo necessidade, portanto, de uma maior atenção, tanto no aspecto
espiritual, moral, ético como no temporal, segundo a concepção católica, tornando apta a se elevar a condição de Diocese.
A partir de incentivos de D. Geraldo Fernandes, junto aos católicos londrinenses, houve crescimento do número de vicentinos, também chamados a participar do combate à pobreza.
Em seguida, por oito anos, Dom Geraldo Majella consolidou
esse processo, sobretudo no intuito de proporcionar uma formação
sólida aos seminaristas, tanto para atuarem no norte do Paraná, como
em outras Arquidioceses do Brasil e do exterior.
Essa nova ação deu um novo incremento à atuação da Igreja em
nossa região.
Cabe observar que o crescimento econômico, social e o número
de católicos da região fez com que, posteriormente, a Diocese fosse
elevada à condição de Arquidiocese, a partir de 1970.
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Em 1992 foi promovido a Arcebispo de Londrina Dom Albano
Cavallin, que teve atuação exitosa no preparo da estrutura da Arquidiocese para enfrentar os desafios do novo milênio.
Atualmente nossa Arquidiocese é dirigida por Dom Orlando
Brandes, que, baseado nos princípios de que o cristianismo é seguimento de Cristo, com engajamento eclesial num processo de transformação social, busca incrementar o papel social da Igreja em nossa
comunidade.
Senhor Presidente, faço este registro para parabenizar a Igreja de
Londrina, na pessoa do seu Arcebispo a todos aqueles que atuam no
sentido de fortalecer a Igreja Católica no norte do Paraná nessa efusiva comemoração do Jubileu de Ouro de fundação de nossa Diocese.
Muito obrigado.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 8 de fevereiro de 2007.
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Londrina celebra entronização do quadro
Mãe e Rainha três vezes Admirável de Schoenstatt
Neste mês de abril, o norte do Paraná, sobretudo o município de
Londrina, estará comemorando os 60 anos de entronização, na Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus, do primeiro quadro da Mãe e Rainha Três
Vezes Admirável de Schoenstatt, com a presença do Pe. José Kentenich.
Tal evento de profunda importância religiosa para nossa Igreja
teve seu início em dia 20 de abril de 1947, estando prevista, neste mês,
uma série de eventos religiosos para comemorar os sessenta anos.
Num breve histórico desses sessenta anos, cabe destacar que,
quando a Igreja Matriz foi reformada, a imagem foi levada para o Colégio Mãe de Deus como uma relíquia muito preciosa para Londrina
e seu povo.
Lá permaneceu até o dia 1o de janeiro de 1987, quando foi reentronizada na nave da Catedral. A cerimônia foi presidida por D.
Geraldo Majella Agnelo auxiliado pelo pároco Pe. Edson.
Com a construção de um novo e mais majestoso trono encomendado por Monsenhor Bernard, seguindo a linha arquetetônica atual
da Catedral, a imagem original foi substituída por outra. No dia 30 de
junho de 2003, a imagem original e histórica retornou definitivamente
para o Colégio Mãe de Deus.
No dia 9 de outubro de 2004, a Mãe e Rainha foi coroada na Catedral Metropolitana de Londrina com cerimônia presidida pelo Bispo
Auxiliar Dom José Lanza Neto com auxílio do Monsenhor Bernard e
outros sacerdotes.
Durante a solenidade de entronização, na Igreja Matriz Sagrado
Coração de Jesus, do primeiro quadro da Mãe e Rainha, se destacaram
os 150 anos do dogma da Imaculada Conceição, os 100 anos de coroação de Nossa Senhora Aparecida e os 70 anos de nossa Paróquia.
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Senhor Presidente, faço este registro para parabenizar a Diocese
de Londrina, na pessoa do seu Arcebispo e de todos aqueles que atuam no sentido de fortalecer a Igreja Católica no norte do Paraná.
Obrigado.
“
Em 9 de outubro de 2004, a Mãe e Rainha foi
coroada na Catedral Metropolitana de Londrina
com cerimônia presidida pelo bispo auxiliar Dom
José Lanza Neto, com auxílio do Monsenhor
Bernard e outros sacerdotes.
”
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 19 de abril de 2007.
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Arquidiocese recebe comenda Ouro Verde
Venho trazer a conhecimento desta Casa que a Arquidiocese de
Londrina será agraciada, no próximo dia 15 de junho, com a Comenda Ouro Verde e o título de reconhecimento público, homenagem
prestada pela Câmara de Vereadores de Londrina, pela relevância de
suas atividades religiosas e sociais.
Esta honraria, concedida pela Lei no 10.201 de 2007, estará inserida nas comemorações que serão realizadas na celebração do dia do
Sagrado Coração de Jesus.
A Arquidiocese de Londrina a cada dia tem se destacado, tanto
pelo trabalho de apoio e conforto espiritual à população, quanto pelos trabalhos sociais que está desenvolvendo.
A homenagem se realça ainda mais com a data escolhida para o
recebimento da Comenda Ouro Verde: o Dia do Padroeiro do município de Londrina, o Sagrado Coração de Jesus, e no mesmo ano em que
se comemorou o Jubileu de Ouro da criação de nossa Diocese.
“Segundo Monsenhor Bernard Carmel Gafá, esta data simboliza
a festa do amor de Jesus pela humanidade, do amor de Deus em Jesus
por nós”.
Deste modo, cumprimentamos pela honraria concedida pela população de Londrina, por meio da Câmara de Vereadores, o atual dirigente máximo de nossa Arquidiocese, Dom Orlando Brandes, o qual,
complementando as ações dos líderes religiosos anteriores, tem dado
seguimento ao processo de promoção da dignidade da pessoa, renovação da comunhão e construção de uma sociedade justa e solidária.
Senhor Presidente, faço este registro para parabenizar a Arquidiocese de Londrina, pelo recebimento da Comenda Ouro Verde e do
título de reconhecimento público.
Muito obrigado.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 13 de junho de 2007.
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D. Geraldo Majella Agnelo, doutor honoris causa
Venho à tribuna desta Casa parabenizar Dom Geraldo Majella Agnelo, que, no próximo dia 8 de outubro de 2007, receberá o título de
Doutor Honoris Causa por ocasião do ano comemorativo do seu Jubileu
de Ouro Sacerdotal e do Centenário da Arquidiocese de São Paulo.
Tal honraria será concedida pelo Centro Universitário Assunção – UNIFAI – e a Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora de Assunção.
Tal homenagem é o reconhecimento à dedicação e ao árduo trabalho de Dom Geraldo Majella Agnelo à causa cristã, sobretudo com sua
preocupação em relação aos problemas sociais, cujo grande exemplo é
a Pastoral da Criança, que hoje é considerada modelo internacional em
atendimento às crianças desnutridas e redução na taxa de mortalidade.
Essa preocupação social está estampada na mensagem transmitida
por Dom Geraldo, que estimula os cristãos a participarem com entusiasmo das questões político-sociais, para que, no contexto da sociedade as
pessoas possam testemunhar o Evangelho e ponham em prática os valores que ele nos mostra. Ou seja, há um sentimento que o cristão se engaje neste processo e seja um exemplo na sua profissão, assim como seja
autêntico na política e participe de movimentos sociais com entusiasmo,
incrementando o papel social da Igreja em comunidade.
Sem dúvida, essa honraria comprova e consagra o compromisso do Centro Universitário Assunção, que hoje é parte inerente da
própria missão da Igreja, no intuito de servir ao homem, pois nada
melhor que Dom Geraldo Majella para representar este ideal.
Senhor Presidente, faço este registro e parabenizo Dom Geraldo
Majella pelos cinqüenta anos de ordenação sacerdotal e pela honraria
recebida.
Muito obrigado.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 4 de outubro de 2007.
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Dom Geraldo Agnello, 50 anos de sacerdócio
Venho à tribuna desta Casa parabenizar Dom Geraldo Majella
Agnelo, que foi homenageado com uma solene Congregação Eucarística, no último dia 29 de junho, para comemorar o seu jubileu de
ouro de ordenação sacerdotal.
Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, foi ordenado sacerdote
em 29 de junho de 1957, na Catedral da Sé, em São Paulo, tendo escolhido o lema “Caridade com Fé” para dar seguimento à sua caminhada na Igreja.
Em maio de 1978, o papa Paulo VI o nomeou bispo diocesano de
Toledo, no Paraná.
Em 27 de outubro de 1982, o papa João Paulo II o escolheu como
arcebispo metropolitano de Londrina, também no Paraná.
Quero testemunhar o valioso trabalho religioso e social desenvolvido em todo o norte do Paraná por Dom Geraldo Majella.
Como Arcebispo de Londrina, Dom Geraldo foi responsável pela
fundação da Pastoral da Criança, que hoje serve de modelo internacional em atendimento às crianças desnutridas e redução da taxa de
mortalidade infantil.
Além disso, atuou num processo de transformação social, onde
buscou incrementar o papel social da Igreja em comunidade.
Para tanto, criou o Jornal da Comunidade (JC), veículo de comunicação impressa oficial da Arquidiocese de Londrina, em circulação
até a presente data.
Sua presença é marcante, também, no apoio que proporcionou
para permitir o desenvolvimento de uma formação sólida aos seminaristas, tanto para atuarem no norte do Paraná, como em outras Arquidioceses do Brasil e do exterior.
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Em seguida, no dia 16 de setembro de 1991, o papa João Paulo
II nomeou Dom Geraldo Majella Agnelo Secretário da Congregação
para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
Para consagrar sua atuação sacerdotal, em 13 de janeiro de 1999,
João Paulo II foi nomeado arcebispo metropolitano de São Salvador
da Bahia, iniciando a sua atuação na arquidiocese primaz do Brasil.
Em 2003 foi eleito presidente da CNBB, cargo que ocupou até
maio deste ano.
Senhoras e Senhores Deputados, estive presente na solenidade de
Jubileu de Ouro de Dom Geraldo Majella, na qual, a comunidade tomada de uma forte emoção e profunda reflexão, homenageou, com toda a
honra, a sua atuação frente à Igreja e a sua enorme contribuição.
Senhor Presidente, faço este registro para parabenizar a Dom
Geraldo Majella pelos cinqüenta anos de ordenação sacerdotal.
Muito obrigado.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 4 de julho de 2007.
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Canção Nova – 30 anos de evangelização
Inicialmente gostaria de parabenizar meus nobres colegas Deputados Otávio Leite, Barbosa Neto, Miguel Martini e Ricardo Tripoli
pela autoria da Sessão Solene em homenagem aos 30 anos da Comunidade Canção Nova e aos 25 anos da Fundação João Paulo II, a ser
realizada amanhã, dia 30 de novembro, a partir das 15 horas nesse
Plenário.
Várias ações festivas já foram realizadas desde o início do ano
para homenagear apóstolos modernos, como o Padre Jonas Abib, que
pregam a boa nova trazida à humanidade por Jesus Cristo.
A missão da Canção Nova, nos meios de comunicação, começou
com o grande desafio lançado pelo Papa Paulo VI em seu documento
pontifício de 1975 o Evangelii Nuntiandi.
Seguindo a determinação papal, surgiu a Canção Nova, uma comunidade católica que tem como objetivo principal “a evangelização
através dos meios de comunicação”, assim, surgiu: a TV, o rádio, a
internet e a produção e comercialização de livros, CD, vídeos, entre
outros materiais, destinados à evangelização.
O Sistema Canção Nova, Senhor Presidente, é mantido pela Fundação João Paulo II – entidade sem fins lucrativos, a qual tem como
fonte de recursos financeiros as doações dos associados ao Clube do
Ouvinte, sendo assim caracterizada como uma obra que subsiste pela
“Divina Providência”.
A principal meta da Canção Nova é restaurar a dignidade da
família – a denominada celula mater da sociedade, por meio de um
trabalho de formação espiritual de “homens novos para um mundo
novo”.
Inaugurada em 25 de maio de 1980, a Rádio Canção Nova através das faixas AM, FM, SW1, SW2 tem evangelizado com uma pro56
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gramação sem comercial. A direção da rádio se empenha em levar
aos ouvintes informações, cultura, educação e formação espiritual
por meio de uma programação dinâmica e variada.
A Canção Nova é reconhecida pelos ouvintes como uma rádio
familiar que deseja levar a proposta de uma nova vida ao mundo.
Em 8 de dezembro de 1989, a TV Canção Nova tornou-se uma
realidade no Brasil. Atualmente conta com produtoras instaladas nas
cidades de Cachoeira Paulista – (SP), em Aracaju (SE), na cidade do
Rio de Janeiro e aqui em Brasília (DF).
A TV Canção Nova, Senhor Presidente, atinge todo o território
nacional com seus sinais através de antenas parabólicas, é difundida
por 127 operadoras de TV a cabo e por 396 retransmissoras. O sinal da
TV Canção Nova propaga-se pelo continente americano, pela Europa
Ocidental, na África do Norte e Oriente Médio através do sistema de
satélites e TV a cabo.
Sem perder o propósito original de sua inauguração e existência,
ou seja a evangelização, a TV Canção Nova apresenta uma programação onde o profissionalismo e a criatividade são fundamentais.
O progresso dessa obra também é viabilizado pela interatividade
entre todos os seus sistemas de comunicação, pois, em sintonia com
os avanços tecnológicos, a Canção Nova reconhece a importância da
internet como um grande meio de comunicação, o qual possibilita
essa interação.
Utilizando a internet, essa poderosa ferramenta de comunicação,
a Canção Nova tem se aplicado na evangelização.
O Portal Canção Nova, cujo site é www.cancaonova.com, que conta
atualmente em média três milhões de acessos mensais, tem levado
através da internet a “Palavra de Deus” a todas as pessoas do mundo.
Quero ressaltar, ainda, o trabalho desenvolvido pelo Movimento
Renovação da Carismática Católica, difundida no Brasil pelo Padre
Eduardo Dougherty, sacerdote jesuíta norte-americano, no ano de
1969.
Em 1974 foi realizado o primeiro Congresso Nacional da Renovação Carismática, com orientação do Padre Silvestre Scandian. Esse
movimento ganhou força em meados dos anos 90 e já responde sozinho por grande parte dos católicos praticantes no país. Ele continua
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atraindo muitos fiéis e costuma popularizar-se principalmente entre
os jovens, contando hoje com mais de 3, 8 milhões de católicos carismáticos.
Além disso, destaco o valioso trabalho social que é desenvolvido
pela Fundação João Paulo II, nos seus vinte e seis anos de existência. Ressalto o seu papel como uma espécie de “diaconia” da Canção
Nova. Instrumento para que o evangelho de Jesus Cristo seja fortemente anunciado, sem interrupções e para todos.
As atividades da Fundação João Paulo II ganham relevo quando
se percebe o trabalho social que ela desenvolve por todo o país. Com
o lema “Formar Homens Novos para um Mundo Novo”, a Fundação João Paulo II desenvolve há seis anos um trabalho de formação
e educação didática e cultural, por meio do Instituto Canção Nova
de Educação. Com o programa Cidadania – Casa Bom Samaritano,
a Fundação dedica-se a resgatar a cidadania e reintegração social de
migrantes, moradores de rua e famílias de baixa renda, além dos programas para reinclusão social dos portadores de deficiência auditiva
e o Projeto Coração Solidário, que busca a solidariedade da população por meio de programas de televisão de entretenimento e campanha social.
Para encerrar, Senhor Presidente, deixo minhas homenagens,
também, aos evangelizadores do Movimento Renovação Carismática
da Igreja Católica e ao Padre Jonas Abib, que em sua mensagem desta
quinta-feira, 29 de novembro de 2007, diz “Os vivos serão transformados, os mortos serão ressuscitados e arrebatados ao Senhor. Por
esta razão, para você comungar tem de estar na graça de Deus e se
pecar precisa se confessar o mais rápido possível.
Assim, se o Senhor vier estará na graça. A segunda vinda gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo vai ser o maior acontecimento da
face da Terra! Muitos sinais mostram que a nossa geração verá maravilhas”.
Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.
Discurso proferido pelo Deputado Hauly na sessão de 29 de novembro de 2007.
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Discurso de homenagem à
Campanha da Fraternidade
Discurso proferido pelo Senhor
Deputado Luiz Carlos Hauly na sessão de 12 de fevereiro de 2008
Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados,
neste ano de 2008 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil escolheu para a Campanha da Fraternidade 2008 o tema “Fraternidade e
Defesa da Vida”, e o lema “Escolhe, pois, a vida”.
Tal escolha demonstra a preocupação da Igreja Católica com os
desafios da vida humana, pois há uma necessidade se lutar por ela
em todas as suas instâncias, haja vista as questões colocadas diante do
ser humano, que precisa fazer frente ao aborto ou à eutanásia.
A defesa da vida já foi tema de inúmeras outras Campanhas da
CNBB, como: Reconstruir a vida (1974), Fraternidade e vida (1984);
também aparece em lemas: Para que todos tenham vida (1984), A serviço da vida e da esperança (1998), Vida sim, drogas não (2001), Vida,
dignidade e esperança (2003), Água, fonte de vida (2004) e Vida e missão neste chão (2007).
Tal preocupação da Igreja Católica demonstra como a vida humana deve ser dignificada e a sempre representar a expressão suprema de nossas preocupações.
Assim, nada mais reconfortante e elucidativo o tema e o lema da
Campanha da Fraternidade para este ano.
Neste sentido, repito as palavras de Dom Jacyr Francisco Braido,
Bispo de Santos que, numa profunda reflexão sobre o Documento de
Aparecida, assim se manifestou:
“A vida é presente gratuito de Deus, dom e tarefa que devemos
cuidar desde a concepção, em todas as suas etapas, até a morte natural, sem relativismos. A globalização influi nas ciências e em seus
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métodos, prescindindo dos procedimentos éticos. Discípulos de Jesus, temos de levar o Evangelho ao grande cenários delas, promover
o diálogo entre ciência e fé e, nesse contexto, apresentar a defesa da
vida. Este diálogo deve ser realizado pela ética e em casos especiais
por uma bioética bem fundamentada. A bioética trabalha com essa
base epistemológica, de maneira interdisciplinar...” (DA, 464-5).
A Campanha da Fraternidade deve ser um momento onde, em
todos os seios da sociedade, possamos fazer uma reflexão entre a cultura da vida e a cultura da morte e permitir a todos terem uma vida
digna, valorizando-a em sua plenitude.
Aproveito o ensejo, Senhor Presidente, e requeiro que sejam
transcritos nos Anais desta Casa a íntegra do discurso de Dom Jacyr
Francisco Braido, bem como a oração e a mensagem da CNBB sobre a
Campanha da Fraternidade de 2008.
Muito obrigado.
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Todas as ameaças à vida devem ser combatidas,
afirma Bento XVI
Quarta-feira 6 de fevereiro de 2008
Em sua mensagem dirigida à CNBB por ocasião do lançamento
da Campanha da Fraternidade de 2008, o Papa Bento XVI afirmou
que “todas as ameaças à vida devem ser combatidas”.
A mensagem, datada de 8 de dezembro, foi lida pelo SecretárioGeral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, durante o ato de lançamento da Campanha, na quarta-feira, 6 de março, na sede da CNBB.
“Ao dar início à Campanha da Fraternidade deste ano, renovo a esperança de que as diversas instâncias da sociedade civil queiram solidarizar-se com a vontade popular que, na sua maioria, rejeita todas
as formas contrárias às exigências éticas de justiça e de respeito pela
vida humana desde seu início até o seu fim natural”, disse o Papa.
Íntegra da mensagem
Ao venerável irmão no episcopado,
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Presidente da CNBB
Arcebispo de Mariana (MG)
Ao iniciar o itinerário espiritual da Quaresma, a caminho da Páscoa da ressurreição do Senhor, desejo uma vez mais aderir à Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2008, está subordinada ao tema
“Fraternidade e defesa da vida” e ao lema “Escolhe, pois, a vida”. É
um tempo de conversão de todos os cristãos, no sentido de buscar
uma fidelidade ainda maior ao Deus criador e doador da vida.
Meu venerável predecessor, o Papa João Paulo II, na Encíclica
Evangelium Vitae, pôs em evidência a mentalidade individualista e
hedonista que, com uma concepção distorcida da ciência, foi causa
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de novas violações da vida, em particular do aborto e da eutanásia.
Certamente, todas as ameaças à vida devem ser combatidas; o Concílio Vaticano II, ao condenar tudo quanto se opõe à vida ou viola a
integridade da pessoa humana e a sua dignidade, recordava que tudo
isso “desonra mais aqueles que assim procedem do que os que padecem injustamente” tais atitudes, pois, ofendem gravemente a honra
devida ao Criador (cf. Cons. Gaudium et spes, 27).
Por isso, no Discurso Inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, quis recordar que os caminhos que traçam
uma cultura sem Deus e sem os seus mandamentos, ou inclusive contra Deus, terminam sendo “uma cultura contra o ser humano e contra
o bem dos povos latino-americanos” (n. 4).
O Documento final de Aparecida nos mostra que o encontro com
Cristo é o ponto de partida para a negação desses caminhos de morte
e a escolha da vida; mas é também o ponto de onde partimos para
reconhecer plenamente a sacralidade da vida e a dignidade da pessoa
humana (n. 356). Ao dar início à Campanha da Fraternidade deste
ano, renovo a esperança de que as diversas instâncias da sociedade
civil queiram solidarizar-se com a vontade popular que, na sua maioria, rejeita todas as formas contrárias às exigências éticas de justiça e
de respeito pela vida humana desde seu início até o seu fim natural.
Com estes auspícios, invoco a proteção do Senhor, para que sua
mão benfazeja se estenda por todo o Brasil, e que a vida nova em
Cristo atinja o ser humano por inteiro em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural, derramando seus dons de paz e prosperidade
e desperte em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva
cooperação. Com uma especial Bênção Apostólica.
Benedictus PP. XVI
Vaticano, 8 de dezembro de 2007”
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Optar pela vida
Iniciamos a Campanha da Fraternidade 2008. Seu tema é “Fraternidade e Defesa da Vida”, e o lema “Escolhe, pois, a vida”. Vida,
por sinal, já foi o tema de várias campanhas da CNBB: Reconstruir a
vida (1974), Fraternidade e vida (1984); também aparece em lemas:
Para que todos tenham vida (1984), A serviço da vida e da esperança (1998), Vida sim, drogas não (2001), Vida, dignidade e esperança
(2003), Água, fonte de vida (2004) e Vida e missão neste chão (2007).
A escolha do tema deste ano é a “expressão da preocupação com
a vida humana, ameaçada desde o início pelo aborto até sua consumação com a eutanásia”. Tema preciso e desafiador! Somos colocados
diante de uma escolha entre a morte (aborto e eutanásia) e a vida.
O lema se inspira na Bíblia. O povo de Israel se encontrava a caminho da Terra Prometida. Em sua longa peregrinação, foi encontrando vários povos, com os quais devia se relacionar e dialogar. Esses
povos tinham outra cultura e outros deuses, aos quais era solicitado a
adorar, esquecendo Javé que os havia libertado da escravidão do Egito. Optar por esses deuses significaria esquecer o projeto libertador
de Javé e, portanto, a morte. Optar pelo Deus libertador significaria
caminhar para a liberdade, e, portanto, para a vida (Dt 30,11ss). Coube ao povo escolher! E o povo – ainda que entre lutas e sacrifícios –
escolheu a vida! E foi fiel a Javé e à caminhada libertadora!
Este dilema se coloca para nós hoje no que diz respeito à vida.
Estamos vivendo numa cultura, na qual muitos defendem, com base
nos atuais conhecimentos científicos sobre a fertilidade humana, uma
posição de liberdade quanto à geração de filhos. O argumento é de
que o bebê aceito dentro de um planejamento familiar terá melhores
condições afetivas e materiais para seu desenvolvimento. Ao contrário, os bebês concebidos em situações de ignorância, imprudência,
aventura e irresponsabilidade social não teriam condições ideais de
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vida. Os que se declaram favoráveis ao aborto afirmam que a defesa
da vida, como proposto na Campanha da Fraternidade, é assunto religioso. E a sociedade, ao se autodefinir como laica, pode traçar caminhos próprios, alegando, inclusive, razões de saúde pública.
Entretanto, se contemplarmos o espetáculo maravilhoso da natureza, tudo o que nos encanta – desde as mais pequeninas células de
nosso organismo até a grandeza dos astros – e nos dermos conta de
que tudo isto “conspira” em favor da vida, não poderíamos deixar de
nos interrogar sobre a origem de tudo isto.
Quem nos fala expressamente da origem da vida é a Bíblia. Após
criar o mundo, Deus disse que “tudo era bom” (Gn 1,21), e quando
criou o ser humano, homem e mulher, disse que “era muito bom” (Gn
1,31). O mundo criado por Deus é belo. Procedemos de um desígnio
divino de sabedoria e amor.
O Documento de Aparecida nos ajuda a refletir: “A vida é presente gratuito de Deus, dom e tarefa que devemos cuidar desde a
concepção, em todas as suas etapas, até a morte natural, sem relativismos. A globalização influi nas ciências e em seus métodos, prescindindo dos procedimentos éticos. Discípulos de Jesus, temos de levar o
Evangelho ao grande cenários delas, promover o diálogo entre ciência
e fé e, nesse contexto, apresentar a defesa da vida. Este diálogo deve
ser realizado pela ética e em casos especiais por uma bioética bem
fundamentada. A bioética trabalha com essa base epistemológica, de
maneira interdisciplinar...” (DA, 464-5).
“Assistimos hoje a novos desafios que nos pedem ser voz dos
que não têm voz. A criança que está crescendo no seio materno e as
pessoas que se encontram no ocaso de suas vidas são exigência de
vida digna que grita ao céu. A liberalização e a banalização das práticas abortivas são crimes abomináveis, como também a eutanásia”
(DA, 467). O texto base nos convoca ao discernimento sobre: vida,
pessoa humana, avanço das ciências, esterilidade conjugal, gestação
indesejada, manipulação do embrião, vida afetivo-sexual, pobreza,
violência, sofrimento e morte.
Como o Povo de Deus, é preciso optar pela vida. E quem heroicamente fez a opção pela vida de seu bebê foi Santa Gianna Beretta
Molla. Nascida em 1922, em Magenta, perto de Milão na Itália, teve
ótima educação cristã. Formou-se em medicina e cirurgia pela Universidade de Pavia e se especializou em pediatria na Universidade de
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Milão. Em 1955, casou-se com Pietro Molla. Teve 1 filho e 3 filhas. Na
gravidez da última, foi descoberto um fibroma no útero. Consciente
do problema, levou para frente a gravidez e disse a seu médico: “Se
você precisa decidir entre eu e a criança, escolha a criança”. Deu à luz
à criança e uma semana depois faleceu, com 39 anos de idade. Foi
reconhecida a santidade de sua vida manifestada no heroísmo desta
opção pela vida de sua filha. Foi canonizada em 16 de maio de 2004.
Deus nos conceda zelar pela vida e a lutar por políticas públicas
em sua defesa, tendo presente neste ano eleitoral, ações que visem
garantir o direito à vida, em cumprimento do artigo 50 da Constituição Federal e dar aos idosos dignas condições de vida. Santa Gianna
Beretta Molla interceda!
Dom Jacyr Francisco Braido, CS, Bispo de Santos
“
A vida é presente gratuito de Deus,
dom e tarefa que devemos cuidar desde a concepção,
em todas as suas etapas,
até a morte natural.
”
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Chiara Lubich, exemplo de amor a Deus
Ocupo a Tribuna desta Casa para registrar o falecimento, na última sexta-feira, dia 14 de março, aos 88 anos, de Chiara Lubich, fundadora do Movimento Focolares.
Chiara Lubich foi a fundadora que iniciou e manteve uma grande jornada divulgando o Movimento por todo o mundo.
Sua vida foi marcada incansavelmente pelo seu amor por Jesus
revelado – aos 20 anos – quando ela ainda era muito jovem.
Durante a 2ª Guerra Mundial, em Trento (Itália) ela experimenta
esse encontro com o amor de Deus, o único que nunca passa.
Chiara sentiu a intensidade da primeira carta de São João que nos
revela: “Deus é Amor; aquele que está no amor habita em Deus e Deus
nele”. A partir daí trabalhou para que o mundo pudesse experimentar
a força desse amor – na fraternidade e na unidade da família humana.
Em 1991, diante do enorme desequilíbrio social do Brasil, propõe
o Projeto da Economia de Comunhão; e em 1996 funda o Movimento
Político pela Unidade, que propõe aos políticos de diferentes partidos
a fraternidade como categoria política, em vista do bem comum.
Eu e os políticos membros do Movimento Político pela Unidade
seguimos os passos de Chiara Lubich e, cada vez mais, propomos
que o diálogo ecumênico e de fraternidade entre os povos se renove
diariamente em nossas vidas.
Deste modo, no legado deixado pela nossa líder, o Evangelho
passou a ser redescoberto como uma lição de amor, que visa a sanar divisões, conflitos e disparidades sociais, caminhando em prol da
busca do entendimento e da unidade.
Destaco o texto de sua lavra, “A arte de amar: Amar o inimigo”,
extraído do livro Reflexões para a Vida Pública – A cultura da frater66
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nidade e a política, organizado por Antonio Maria Baggio, onde ela
ensina:
“...Sabemos que o amor exige empenho, aliás, treinamento diário. Por outro lado, não se faz nada de bom, de proveitoso, de fecundo
no mundo sem conhecer, sem saber aceitar o esforço e o sofrimento...”.
Segundo Chiara Lubich, “... Hoje, eliminar a guerra não basta. A
paz pede a superação da categoria do inimigo, de qualquer inimigo.
Aliás, pede que se ame o inimigo. E isso os cristãos podem fazer; mas,
como o amor pulsa no fundo de todo coração humano, também as
pessoas que não possuem uma crença religiosa são capazes de amar,
talvez com o nome de filantropia, solidariedade, não-violência. Da
mesma forma que aqueles que professam a fé são chamados a ter o
respeito e o amor ao próximo, segundo a ‘Regra de Ouro’, que enriquece muitas religiões”.
Mais diante, transcreve palavras do Papa João Paulo II, que destaca a importância de se construir o amor a cada dia, ao dizer: “Não
existe paz sem justiça, não existe justiça sem perdão”.
Esperamos que as mensagens e ensinamentos de espiritualidade
deixados por ela estejam sempre presentes em nossas mentes e seja
um elemento unificador que transforma as diversidades em riqueza
criativa, contribuindo para que se desenvolvam as sementes de verdade e amor implícitas no homem de diferentes culturas, religiões e
crenças.
Transmito à família as mais sinceras condolências pelo falecimento, na pessoa de nosso representante, Sérgio Previdi, que estará
presente nas cerimônias que ocorrerão em Roma, na Itália, pela passagem de nossa eterna Chiara Lubich.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 18 de março de 2008.
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Paróquia N. Senhora dos
Apóstolos comemora jubileu de ouro
Venho a esta Tribuna prestar minha homenagem às comemorações do Jubileu de Ouro da Paróquia Nossa Senhora Rainha dos
Apóstolos, localizada em Londrina, no Norte do Paraná.
Criada a partir da Fundação do Seminário Palotino em Londrina,
destaco a vinda do padre Carlos Probst, que foi o primeiro padre palotino a pisar na terra vermelha de Londrina e fez o levantamento histórico da província alemã Sagrado Coração de Jesus na América do Sul.
A Sociedade Palotina acreditou no potencial do Norte do Paraná
e decidiu construir um seminário para formação de sacerdotes na progressista cidade. E, com esta firmeza envidou todos os esforços para a
construção da Paróquia, que neste ano completa seu Jubileu de Ouro.
Construída do tamanho de uma matriz paroquial, a sua história se
confunde com o ensejo de perpetuar seu nome na história dos Padres
Palotinos com a construção da igreja dedicada à Rainha dos Apóstolos.
Atualmente a igreja é conduzida pelo Padre Antonio Luiz Radigonda o qual, ao aliar preocupação social ao processo de fortalecimento da religiosidade da população londrinense, conduz com maestria as comemorações do Jubileu de Ouro.
Parabenizo a todos da Paróquia que atuam no sentido de fortalecer a Igreja Católica no Norte do Paraná nessa efusiva comemoração
do Jubileu de Ouro da Paróquia.
Relembro que vários eventos de cunho religioso e social estão
previstos para, neste ano, consagrarem Nossa Senhora em Londrina,
festejando, com júbilo, o cinqüentenário da Paróquia Nossa Senhora
Rainha dos Apóstolos.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 23 de abril de 2008.
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Claretianos celebram 50 anos
Venho a este Tribuna prestar minha homenagem às comemorações do Jubileu de Ouro da Congregação Claretiana Londrinense.
Fundada em Londrina pela Irmã Lêonia Milito e Dom Geraldo
Fernandes, primeiro Arcebispo de Londrina, a Congregação Claretiana Londrinense está presente em inúmeros países, destacando-se o
Brasil como pólo irradiador desse Movimento.
A Congregação dos Missionários Claretianos tem como fundador Santo Antônio Maria Claret, que nasceu no dia 23-12-1807, em
Sallent, Catalunha, Espanha.
O objetivo desta Congregação é divulgar, por todos os meios
possíveis, no Serviço Missionário da Palavra, o Evangelho de Jesus
Cristo a todo o mundo.
Inicialmente, ela se dedicou exclusivamente ao serviço missionário e, posteriormente, foi assumindo outras atividades apostólicas:
paróquias, educação (colégios, faculdades, escolas eclesiásticas, formação de leigos, agentes de pastoral e voluntários), missões, meios
de comunicação social, obras sociais e promocionais
E promove a plena integração de atividades religiosas com o papel social da Igreja.
Destaco que uma das fundadoras da Ordem, em Londrina, Irmã
Leônia Milito, em virtude de sua enorme fé e obra religiosa, está submetida a processo diocesano para a sua beatificação, que já se concluiu em Londrina e está em Roma.
Como bem destacou Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina, em artigo em homenagem ao Jubileu de Ouro da Congregação, “nossas claretianas têm portanto o carisma missionário, eucarístico e mariano. São Irmãs do Coração de Maria. Estas são realidades
atraentes na Igreja Católica: a Eucaristia, Maria e a Missão. Esta é a
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“trindade claretiana”, que se concretiza no trabalho com os pobres,
doentes, excluídos, como também, trabalhos pastorais, educacionais,
eclesiais...”.
Ressalto que a Congregação Claretiana destaca-se pelos serviços
em favor da fraternidade e, por se colocar como colaboradora direta
da missão de Cristo, tem como lema: “Valham-se de todos os meios
possíveis para difundir o Evangelho do Reino”.
Parabenizo a todos membros da Congregação pelo trabalho
social-religioso desenvolvido, que foi reconhecido este ano pela
Câmara Municipal de Londrina, ao homenageá-la com a Comenda
Ouro Verde. A Comenda Ouro Verde foi instituída pela lei municipal
nº 3.979/1987, para ser conferida às entidades que tenham se destacado e contribuído, direta ou indiretamente, para o bem-estar da
coletividade.
Relembro que vários eventos de cunho religioso e social estão
previstos para, neste ano, consagrarem o Jubileu de Ouro da Congregação Claretiana festejando, com júbilo, essa efusiva data.
Discurso proferido pelo deputado Hauly na sessão de 29 de abril de 2008.
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Boas-vindas a nova presidente do Focolares
Com muita honra, venho a esta Tribuna cumprimentar a italiana
Maria Voce, que foi eleita a nova presidente do Movimento Focolares.
Profissional altamente preparada tecnicamente, responsável
pela rede de profissionais e pesquisadores do “Comunhão e Direito”,
a nova presidente sempre trabalhou em sintonia com a fundadora do
movimento, Chiara Lubich.
Sem dúvida, sob a sua condução, o Movimento, de abrangência
mundial, se tornará mais fortalecido para atingir os seus objetivos
preconizados desde a sua fundação.
Senhor Presidente, desejo a nova presidente êxito nessa sua nova
e árdua missão, que, com certeza, permitirá que o Movimento Focolares continue a semear a fraternidade, buscando soluções para os
conflitos e disparidades sociais, na procura pelo entendimento e pela
unidade.
Discurso proferido pelo deputado Luiz Carlos Hauly na sessão de 10 de julho de 2008.
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