Turma da Abelha - TCM

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Turma da Abelha - TCM
Turma da Abelha - TCM
Educação Infantil
Relatório do Primeiro Semestre de 2008
Turma
beatriz alverca cavalcanti
carolina leon martins
clara de assis lima rabelo
eduardo ferreira vergara
felipe de almeida salgueirinho rabello
gabriel castro fortunato
julieta arruda varoni de castro
lara lazoski libanio
leticia cançado guimarães
luna gonçalves dias
maria fernanda alencar villela
pedro henrique deak barretto
sabrina sanchez oliveira
sebastiao barcellos rezende da cruz
Professores e Auxiliares
jean philippe trindade conilh de beyssac
luciana goncalves moreira
mariah lacombe penna e costa
roberta porto da silva
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A Turma da Abelha reúne meninos e meninas tão doces que parece ser feita de
mel! Logo nos primeiros dias de aula as crianças manifestaram alegria por fazerem
parte desse grupo. As regras de convivência da turma foram se estabelecendo à
medida em que as crianças iam se conhecendo e entendendo a nossa dinâmica e
rotina. As que já eram antigas na escola souberam acolher as novas, que em
pouco tempo estavam adaptadas, fortalecendo os vínculos entre elas e com as
professoras.
Para as crianças em fase de formação da auto-estima o afeto é essencial e deve
estar presente em nosso dia-a-dia. Acreditando nisso, aproveitamos para
intensificar e incentivar as parcerias. Investimos, também, numa aproximação com
as famílias a fim de dividir impressões e acompanhar o processo de nossos
pequenos.
Com a intenção de envolver o grupo com o Projeto Institucional "A Aventura do
Trabalho", pedimos aos pais que colaborassem com sugestões de nomes para a
turma que estivessem relacionados ao tema. Depois de uma longa e animada
votação, a TCM passou a se chamar Turma da Abelha.
A partir dessa escolha, iniciamos nosso estudo sobre esse inseto tão curioso para
as crianças. Afinal, abelha trabalha? Onde ela mora? Como ela faz o mel? Estas e
outras perguntas aguçaram a curiosidade de todos.
Para descobrir mais informações, lemos a revista Ciência Hoje para Crianças, e
diversos livros, com o intuito de garantir o contato com diferentes tipos de texto.
Fizemos dois passeios para ilustrar essa pesquisa. O primeiro, à lojinha de mel da
Cobal, para aprendermos um pouco mais com a vendedora Maria, estudiosa do
assunto. Com muito carinho e atenção, ela nos ensinou sobre a polinização, a
produção de mel, geléia real, cera, própolis e, também, sobre o sistema de
organização das colméias com suas abelhas operárias, zangões e rainha. No final,
nos deliciamos com as provinhas de diferentes tipos de mel. O segundo, à Escola
Nacional de Horticultura, onde as crianças conheceram um apiário e o profissional
responsável, o apicultor. Lá, foram estimuladas a pensar sobre como o mel,
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produzido pelas abelhas, chegava à cidade. Dentre muitas reflexões, chegaram a
seguinte questão: era preciso que alguém levasse os potes de mel para que
pudéssemos desfrutar desse alimento em casa. E agora? Como essa pessoa
transportaria o mel? Surgiu, então, o nosso primeiro trabalhador a ser pesquisado,
o caminhoneiro.
Foi a partir daí que demos início ao projeto “Trabalho sobre Rodas”. Como
introdução, e para sensibilizar nossos pequenos com o tema, lemos o livro “Nicolau
tinha uma idéia”, de Ruth Rocha, e pesquisamos em outros sobre o surgimento da
roda e a sua importância para a humanidade. As crianças ficaram muito felizes em
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aprender sobre esse instrumento que ajudou o homem a evoluir e a se modernizar.
A idéia era trazer a importância da invenção da roda para o trabalho do homem,
dando visibilidade a alguns profissionais que a utilizam em seu trabalho. Seguimos
com outras perguntas: "No que foi que aquela roda facilitou a vida do Nicolau?", "O
que mais tinha aquela forma?" Aproveitamos para explorar diferentes tamanhos,
formas e problematizar situações em torno dessa temática.
Para conhecermos o trabalho do caminhoneiro, selecionamos diferentes fotos de
caminhões e mostramos, no computador, o que podia ser transportado dentro deles
como água, gasolina, cimento, biscoitos, frutas, legumes etc.
Construímos nossos próprios caminhõezinhos de sucata e fizemos uma enorme
estrada para eles andarem. Nas aulas de Música, aprendemos algumas canções
do motorista e, no salão, disputamos uma corrida de caminhoneiros com direito a
passar por buracos, curvas e pontes.
Depois de muitas atividades, apresentamos imagens de ambulantes. O pipoqueiro
e o sorveteiro despertaram enorme interesse, não só pela familiaridade que as
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crianças têm com eles, como pela atração que sentem pelos produtos que vendem.
Resolvemos convidar o Pedrinho, pipoqueiro e funcionário da escola, para vermos,
de perto, a sua carrocinha e comermos bastante pipoca. Para conhecer um pouco
mais sobre sua profissão, listamos algumas perguntas para entrevistá-lo. O
encontro foi uma delícia!
“As crianças exploram, sentem, agem, refletem e elaboram sentidos de
suas experiências. A partir daí constroem significações sobre como se
faz, o que é, para que serve e outros conhecimentos a respeito da arte.”
PCN – vol. 3
A turma produziu muitos trabalhos de artes relacionados a esses profissionais.
Apreciamos e fizemos uma interferência gráfica na pintura de uma menina tomando
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sorvete, de Renato Gutuso, e inspirados na arte-educadora Anna Marie Holm, em
seu livro "Baby-Art, os Primeiros Passos com a Arte", pintamos um enorme tecido
passeando em velocípedes com tinta guache nas rodas além de utilizarmos outros
tipos de rodas no lugar de pincéis. As crianças vibraram a novidade! Também
recebemos a visita de Dona Maria, que nos ensinou a fazer sucolé de uva e, ainda,
montamos uma carrocinha com sucata, em tamanho natural, que podia andar
transportando os nossos próprios sorvetes.
Durante todo o projeto, tivemos o cuidado de criar um ambiente de letramento para
as crianças introduzindo, de forma lúdica, a importância da escrita. O grupo esteve
bastante envolvido com o universo das letras e nos pedia, a todo momento, para
usarmos as letrinhas de plástico que temos na sala de aula e as fichas com seus
nomes.
Assim como a língua escrita, a matemática também esteve presente. Em contato
com números e jogos, as crianças se aproximaram de noções matemáticas como
contar, numerar, medir e operar. Jogos de bingo, dominó, entre outros,fizeram
parte do nosso cotidiano.
No processo de preparação da Festa Pedagógica, as crianças estiveram
envolvidas com os trabalhos de artes, as danças e as músicas que aprenderam
durante o semestre. A festa foi um espaço onde todas elas puderam compartilhar
com as famílias o que aprenderam e mostrar seus avanços. Foi com muita alegria
que nossos meninos e meninas apresentaram suas coreografias ao som das
músicas Abelha, Carrocinha de Pipoca, Lá vai o trem... Depois da apresentação
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das danças, que também contou com a participação dos pais, todos se divertiram,
reproduzindo o que já haviam experimentado em um painel de tecido, fazendo
pintura com rodas de carro no lugar de pincéis. Para finalizar, uma surpresa na sala
de exposição dos trabalhos de artes visuais das crianças: saquinhos de pipoca e
sorvetes, preparados por elas, guardados na carrocinha de sucata, para serem
oferecidos a todos.
Com o interesse ainda tão latente das crianças por tudo o que envolveu o projeto
“Trabalho sobre Rodas” assistimos ao filme Manhã na Roça, de Humberto Mauro,
com a intenção de levá-las de volta ao universo rural, apresentado quando ainda
pesquisávamos sobre as abelhas. Mesmo sendo um documentário em preto e
branco, todos se interessaram e se divertiram vendo os bichos e trabalhadores da
fazenda, ao som de uma linda trilha sonora de João de Barro.
Aproveitamos a proximidade e identificação da nossa turma com a Turma do
Bombeiro e a convidamos para uma viagem à roça num carro de boi imaginário. No
salão da escola, fizemos uma dramatização, incluindo a participação das crianças.
No caminho da cidade para o campo, íamos nos despedindo dos profissionais que
havíamos estudado, incluindo o pipoqueiro, que nos ofereceu pipoca para que não
sentíssemos fome durante a viagem. Também avistamos alguns trabalhadores
rurais, além de plantações e animais, através de imagens no telão, préselecionadas para serem mostradas durante o trajeto. Foi uma farra!
Um animal simpático que encontramos no caminho foi a "Galinha Ruiva", que nos
fez pensar um pouco sobre a importância do trabalho coletivo. Nesta história, a
galinha pede ajuda a seus amigos para plantar, colher e preparar a massa do bolo
de milho, mas ninguém quis ajudá-la. E, na hora que o bolo ficou pronto, todos
queriam comê-lo. Inspirados nesse conto, as duas turmas fizeram um delicioso bolo
de milho, sendo que nossas crianças, solidárias e amigas, nos ajudaram a preparar
a massa! Foi uma delícia.
Já em clima de festa, selecionamos algumas imagens do Volpi e de sua obra,
especialmente as que trazem as bandeirinhas, e fizemos um enorme painel com
várias delas, confeccionadas com técnicas diferentes, para enfeitar o nosso arraial.
Terminamos o semestre ensaiando o Auto do Boi da Lua para ser apresentado em
nossa Festa Junina e aproveitando para conhecer nossa cultura popular e todos os
trabalhadores que fazem parte desse festejo.
Estaremos aguardando o retorno de nossas crianças com muito carinho e saudade.
Música
________________________________________________
Apesar de não podermos contar com o nosso bloco este ano, aproveitamos a
descontração e a musicalidade do carnaval para abrir os trabalhos. Quem disse
que carnaval não dá trabalho? Quem não chora não mama e o lugar mais quente
ficou sendo a Pererinha mesmo.
Passado o zum-zum-zum, quem passou a zunir foram as crianças. Com a escolha
do nome da turma, e já por dentro das características desse pequeno inseto
trabalhador, a Turma da Abelha buscava reproduzir, ora com a boca, ora soprando
e experimentando pequenos apitos desses bichinhos de plástico que se vê por aí e
que reproduzem um som parecido com os das abelhas. Pente e papel também
fizeram parte dessas nossas tentativas. A utilização dos instrumentos de
percussão, com reproduções rítmicas e servindo de acompanhamento para as
cantorias, ajudaram a colorir nosso repertório. E, assim como fazem as abelhas
para indicar as companheiras a localização das melhores floradas, as crianças
dançaram um bocado ao som da música de Vinícius de Moraes interpretada por
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Moraes Moreira no disco Arca de Noé.
A abelha Mestra
E as abelhinhas
Estão todas prontinhas
Pra ir para festa
Num zune que zune
Lá vão pro jardim.
Por coincidência, minha fantasia no carnaval deste ano era de Zangão, o que
possibilitou uma rápida caracterização de todos que, munidos de óculos enormes,
pudemos conferir como as abelhas vêem o mundo.
Abelhinha trabalhadeira
ela faz o mel e a cera
Mas quando ela fica zangada
Ela dá uma ferroada
Aí que dói, dói, dói
cancioneiro infantil
E por falar em trabalho... Já dizia o poeta Mario Quintana
“A preguiça é a mola do progresso. Se não fosse a preguiça de andar, o
homem não teria inventado a roda”.
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Se na Curva da Estrada fez um furo no pneu, tratamos de emendar com Michelin e
pedir para o papai encher. Mas dirigir dá trabalho também e toda atenção é pouca.
Motorista, motorista
Olha o poste
Olha o poste
Não é de borracha
Se bater amassa
Faz dodói
cancioneiro infantil
Pudemos apreciar, no CD do percussionista Ricardo Siri, a música "No Tranco",
gravada ao som de um motor de fusca fora do ponto, com sons tirados da lataria e
arranjo de trombone. Depois, demos uma pipocada empurrando carrocinhas por aí.
Empurra, empurra,
empurra a carrocinha
Avança minha gente
que a pipoca tá quentinha.
cancioneiro infantil
Apreciamos a soletração e a gravação da música B-i-c-i-c-l-e-t-a, do Toquinho, e
demos muitas pedaladas no ar além de entrarmos em inúmeras brincadeiras-deroda.
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Entra na roda Tindolerê
Entra na roda Tindolará
D.P. Bahia
Para a Festa Junina, a turminha está se preparando para recontar uma história
ouvida e recontada em roda, em volta de uma boa fogueira. Êta trem bom...
Expressão Corporal
________________________________________________
Rever os amigos, acolher os novos, contar as novidades. Foi nesse clima que
tivemos o nosso primeiro contato. Iniciamos em roda, falando sobre a aula e sobre
o corpo. Relembramos nossas regras de convivência e iniciamos um gostoso
alongamento, aquecendo nossos músculos e articulações. Nomeamos e
movimentamos as partes do nosso corpo, dissociando os membros e explorando a
movimentação livre, guiada por diferentes estímulos sonoros.
Sensibilizamos a nossa pele com objetos de texturas diferentes, massageando
primeiro o nosso corpo e depois o corpo do amigo. Tal proposta teve como intuito
fortalecer as relações do grupo, estabelecer a importância do cuidado com o outro,
além de ativar a propriocepção e preparar o corpo para novas descobertas.
Brincamos com os opostos pequeno e grande, dentro e fora, alto e baixo e nos
aproximamos do projeto da turma que a princípio se relacionava ao nome que a
identificava.
Dividimos a turma em dois grupos: um deles seria as abelhas e o outro as flores.
Com isso, improvisamos em cima da movimentação das abelhas ao colherem o
néctar das flores e todo o processo de confecção do mel. Vê-las experimentando e
criando soluções para os problemas apresentados foi extremamente prazeroso
para os professores. Com bambolês unidos por fitas crepe, criamos uma imensa
colméia, cheia de obstáculos perigosos (túnel, pranchas de equilíbrio, cones,
colchonetes etc.) que exigiram de nossas abelhas uma incrível concentração para
percorrê-la. Dessa maneira trabalhamos não só as habilidades motoras mas o
equilíbrio, a atenção, a concentração, a noção espacial. Assistimos ao espetáculo
“Rota”, de Débora Colker e sobre o que vimos começamos as nossas pesquisas
para criar movimentos redondos com o corpo. Em um segundo momento,
utilizamos diferentes ritmos tentando encaixar esses movimentos em estímulos
sonoros distintos.
Para comemorar o feriado do Dia do Trabalho, usamos as fantasias e acessórios
do baú da escola. As crianças foram divididas em pequenos grupos e cada um
recebeu uma sacola com quatro uniformes de diferentes profissões. Teriam que
escolher quem seriam e desenvolver uma história onde todos os profissionais
estivessem envolvidos. Queríamos que se organizassem espacialmente e
desenvolvessem sua capacidade de criação. As experimentações foram cheias de
risadas em um momento muito rico de trocas.
Em meados de junho, começamos os preparativos para a festa junina! Ouvimos e
dançamos algumas canções, explorando os movimentos dessa festa tão gostosa.
Com as crianças envolvidas pelo tema, iniciamos a montagem do Auto do Boi.
Organizados, atentos e disponíveis, as crianças participaram ativamente das
propostas em sala. Sua facilidade em estabelecer novas relações e em organizar o
grupo fez com que as aulas fossem muito proveitosas. O crescimento motor pode
ser visto na rotina em sala e na independência com a qual circulam pela escola.
Chegamos ao final do semestre satisfeitos e orgulhosos das conquistas dessa
turma tão querida, ansiosos por novas aventuras.
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