acidentes com animais peçonhentos

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acidentes com animais peçonhentos
ACIDENTES COM
ANIMAIS
PEÇONHENTOS
CURSO TÉCNICO EM AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – CAJATI – SP
2013
OBJETIVOS
▪ Objetivo geral
▪ Conhecer os diversos animais peçonhentos mais comuns no Brasil e na comunidade do
Vale do Ribeira e como proceder em caso de acidentes.
▪ Objetivos específicos
▪ Conhecer os diversos animais peçonhentos:Répteis: serpentes (surucucu, coral, cascavel)
▪ Escorpiões; Aranha marrom, armadeira; Lagartas, centopeias.
▪ Compreender e estar apto a dar os primeiros atendimentos no caso de acidentes.
▪ Discutir as diversas formas de prevenir os acidentes e trabalhar com a comunidade para
educação em saúde nesses casos.
ANIMAIS PEÇONHENTOS E VENENOSOS
▪ Animais peçonhentos possuem glândulas produtoras de substãncia tóxica e
apresentam um aparelho especializado para inoculação dessa substância, sejam
dentes ocos, ferrões ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente.
▪ Animais venenosos produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador,
provocando envenenamento passio, ocasionados por contto, por compressão ou por
ingestão.
Familia viperidae
▪ são as jararacas, surucucus e cascavéis. Estas possuem fosseta loreal: um orifício
localizado entre o olho e a narina da serpente, semelhante a uma narina.
▪ O par de dentes para inoculação de veneno dos indivíduos desta família é longo,
dianteiro e curvado para trás – se movimentando para frente no momento do bote;
enquanto os demais são poucos e pequenos. Este tipo de dentição é chamado
solenóglifa. Estes animais, assim como jiboias, salamantas e dormideiras, possuem
a pupila com fenda.
▪ Cascavéis possuem, no fim da cauda, uma estrutura semelhante a um
chocalho. Surucucus, nesta região, têm escamas eriçadas e um pouco salientes. No
caso das jararacas, a ponta da cauda é normal. Estas últimas também têm, como
padrão para identificação, escamas com desenhos semelhantes a “v” invertidos, ou
ganchos de telefone
Serpentes Venenosas
jararaca
BOTHROPS
▪
Bothrops – são as jararacas. Jararaca é um nome
enganoso porque, tanto se refere a uma espécie,
a Bothrops jararaca, como é o nome coletivo do
gênero Bothrops. Compreende umas 20 espécies: B.
jararaca, que é a jararaca propriamente dita, B.
alternatus, que é a urutu ou cruzeira, B. atrox, também
chamada de jararaca ou de combóia, B. bilineatus que
é verde e vive nas árvores e, por isso, chamada de
cobra-papagaio, a B. insularis, uma jararaca singular
que só tem na Ilha Queimada, no litoral paulista, na
altura da cidade de Santos. O veneno dessa jararaca é
muito potente, pelo menos para pássaros dos quais
essa cobra se alimenta quase que exclusivamente.
▪
Se não fosse isto, o animal morreria de fome, pois,
após a picada os pássaros voariam muito longe, fora
da alcance da serpente. E assim há muitos outros
ofídios do gênero Bothrops cujos representantes são
encontráveis em todo território nacional.
Serpentes Venenosas
jararacuçu
BOTHROPS
▪ Jararacuçu (Bothrops jararaca)
▪ Serpente venenosa que pertence à
família dos viperídeos e pode chegar
dois metros de comprimento. Na língua
tupi-guarani, "jarara" significa “o bote
da cobra”, e "uçu” ou “ussu" grande,
longo. Assim, jararacuçu lembra a longa
distância que a cobra pode atingir ao
dar o bote. A espécie é considerada
muito perigosa, pois sua picada pode
injetar uma grande quantidade de
veneno. Possui uma dieta composta
principalmente por pequenos
mamíferos, aves e anfíbios.
Serpentes venenosas
cascavel
CROTALUS
▪
A cascavel é facilmente identificável pelo chocalho na
ponta de sua cauda. Elas fazem parte da família da
jararaca. Única serpente das Américas dessa lista, a
cascavel representa bem seu continente.
Surpreendentemente, os filhotes são considerados
mais perigosos do que os adultos, devido à sua
incapacidade de controlar a quantidade de veneno
injetado. A maioria das espécies de cascavel tem
veneno hemotóxico, que destrói tecidos, órgãos e
causa coagulopatia (interrompe a coagulação do
sangue). Cicatrizes permanentes são muito prováveis
no caso de uma picada venenosa. Mesmo com
tratamento imediato, sua mordida pode levar à perda
de um membro ou à morte. Dificuldade em respirar,
paralisia, salivação e hemorragias também são
sintomas comuns. Mordidas de cascavel,
especialmente de espécies maiores, são muitas vezes
fatais. No entanto, antiveneno, quando aplicado a
tempo, reduz a taxa de mortalidade para menos de
4%
Serpentes venenosas
surucucu
LAQUESIS
▪
Lachesis – é a surucucu, o maior dos ofídios venenosos do país. A
espécie encontrada com maior freqüência é a Lachesis muta muta,
que pode alcançar 3 metros ou mais de comprimento. Na fronteira
da Amazônia brasileira com outros países existem algumas outras
subespécies. A particularidade mais chamativa da surucucu é a
mudança da posição das escamas na ponta da cauda. Em vez de
ficarem deitadas sobre o corpo, nesta região as escamas estão
eriçadas. É uma serpente cujo habitat é a floresta tropical e,
portanto, são mais comuns no norte do Brasil.
▪
Todas essas cobras da família Viperidae têm uma cabeça grande,
triangular, visivelmente mais larga do que o corpo. A presença
da fosseta loreal é constante e são solenóglifas sem exceção (como
já foi explicado, as serpentes solenóglifas possuem presas grandes e
móveis canalizadas, na região anterior da maxila). A cauda é
importante. Nas jararacas ela afina bruscamente, ao contrário dos
ofídios não peçonhentos nos quais o adelgaçamento da cauda é
gradual. A cauda das cascavéis termina em
um chocalho característico e as surucucus possuem escamas
eriçadas nesta região.
▪
Pode-se dizer que todas elas são mais ativas durante a noite, porém
não são animais de hábitos estritamente noturnos.
Familia Elapidae
▪ Serpentes da família Elapidae são as corais verdadeiras. Apesar de não possuírem a
fosseta loreal, apresentam um padrão de cor característico: vermelho, preto e
branco ou amarelo. A dentição é do tipo proteróglifa: dentes inoculadores
dianteiros, fixos, pequenos e que pouco se destacam entre os demais.
Serpentes venenosas
Coral verdadeira
▪
▪
À família Elapidae pertence o gênero Micrurus que é
das serpentes corais venenosas. Temos várias
espécies,corallinus, fisherii, frontalis, etc... todas com
características marcantes: são ofídios pequenos, de
15 a 60 cm de comprimento, excepcionalmente 1
metro, tendo anéis de cor negra e vermelha, ou,
ainda, branca e amarela, bem brilhantes e muito
nítidos. A cabeça dessas cobras é pequena e estreita,
quase da mesma largura que o corpo enão possui
fosseta loreal. A boca também é pequena e as presas
são do tipo proteróglifo, isto é, com sulcos e fixas na
região anterior do osso maxilar. Estes detalhes são
quase que irrelevantes considerando o colorido
inconfundível da pele destes ofídios. Não há como não
reconhecê-los. A única confusão possível é com a
cobra-coral-falsa. Esta é de outra família, Aniliidae, e é
uma serpente áglifa, sem presas. Tem anéis pretos e
vermelhos mas menos nítidos que as corais
verdadeiras.
ofidismo
▪ OFIDISMO
O nome dado a acidentes envolvendo serpentes chama-se ofidismo. Em nosso país, a ocorrência
anual destes eventos é de aproximadamente quinze casos a cada cem mil habitantes, com maior
frequência nos meses quentes e chuvosos do ano. Medidas como: não andar descalço em
ambientes propícios para ocorrência de serpentes, ter cuidado ao manipular lixo e entulho e
manter quintais e casa limpos, são essenciais para evitar este problema.
Acidentes envolvendo jararacas são campeões no ranking: aproximadamente 90% dos casos. O
veneno destas espécies tem ação inflamatória aguda (proteolítica), coagulante e hemorrágica, e
pode provocar necrose. Já o das cascavéis é neurotóxico, e provoca visão dupla, dores musculares,
urina de cor escura e dificuldades respiratórias. É o que apresenta maior letalidade, geralmente
com morte causada por insuficiência renal. Surucucus apresentam veneno neurotóxico e
coagulante, provocando braquicardia, hipotensão, diarreia e hemorragias. E, finalmente, o
das corais verdadeiras, apresenta ação neutotóxica, provocando visão dupla, dilatação da pupila,
dores musculares e insuficiência respiratória.
Em caso de acidentes, o indivíduo não deve fazer torniquetes e tampouco sugar o veneno. Lavar
com água e sabão o local afetado, manter a região o mais imóvel possível e procurar
imediatamente por auxílio médico, a fim de receber o soro antiofídico, são as medidas corretas.
video
▪ http://www.youtube.com/watch?v=izETHr4M5aY&hd=1
Primeiros socorros
▪ Lavar o local da picada com água e sabão
▪ Manter o acidentado em repouso, se a lesão for em extremidades manter o
membro erguido
▪ Levar o acidentado o mais rápido possível para o local de atendimento médico
▪ Não fazer torniquete pois impede a circulação do sangue e piora o quadro
▪ Não colocar folhas, pó de café, fezes ou qualquer coisa sobre a ferida
▪ Não ingerir bebida alcoólica
▪ Não fazer cortes sobre a lesão pois pode piorar a hemorragia
Araneismo
No Brasil são frequentes os acidentes com as aranhas conhecidas como “armadeira”
(Phoneutria), “aranha de jardim” ou “tarântula” (Lycosa), “caranguejeiras”
(Migalomorphae) e “aranha marrom” (Loxosceles).
Atualmente as aranhas de maior importância médica são: a Phoneutria, devido à sua
agressividade provocando um grande número de acidentes e a Loxosceles, portadora
de um potente veneno com capacidade importante de lesão tecidual.
araneismo
Phoneutria - armadeira
▪ Medem aproximadamente 17cm de
comprimento,coloração marrom
escuro ou acizentadas.Elas não fazem
teia e vivem solitárias gostando de
locais bem escuros.
São extremamente agressivas
assumindo posição "para dar o bote"
e essa característica acabou dando o
nome de "Armadeira".
Phoneutria
sintomas
▪ O acidente leve apenas causam dor
intensa imediatamente após a
picada, com ou sem irradiação,
corresponde ao maior número de
casos.
▪ No acidente moderado a dor é mais
intensa e aparecem náuse, vômitos,
dor abdominal, sialorréia, ansiedade,
sudorese e hipertensão arterial
No acidente grave o pciente apresenta
além dos sinais e sintomas acima,
hipotensão arterial, arritmias cardíacas,
insuficiência cardíaca, edema
pulmonar, convulçoes e coma. O
acidente grave é bastante raro, e
quando ocorre, geralmente envolve
crianças.
Araneismo
Loxosceles – aranha marrom
▪ A aranha marrom é bem menor que a
armadeira com 3 a 4cm de
comprimento, são aranhas que fazem
teias de aspecto irregular entre
tijolos,cantos de parede e lugares
escuros.Ao contrario da armadeira
elas não são agressivas.Entretanto,os
acidentes são na maior parte das
vezes muito graves.
Loxosceles
Sinais e Sintomas
▪ O loxoscelismo pode ser classificado em duas
formas:
▪ Forma Cutânea: é a forma clínica mais
freqüente. O quadro, de instalação lenta e
progressiva, inicia-se com dor discreta após a
picada. Posteriormente, em período que pode
variar de 4 a 8 horas, a dor reaparece
juntamente com edema e eritema. Na
evolução, surgem áreas de equimose
mescladas com palidez (placa marmórea) e,
posteriormente, em período de até 2 semanas,
forma-se uma área de necrose seca de
extensão e profundidade variável. Associado a
lesão de pele, podem ser observados, já nas
primeiras 24 horas do acidente, fenômenos
gerais como febre, náuseas, vômitos, tontura,
cefaléia e exantema maculopapular.
▪ Forma cutâneo-hemolítica: mais rara,
apresenta além do comprometimento
cutâneo, manifestações clínicas
decorrentes da hemólise intravascular
como: anemia aguda, icterícia,
hemoglobinúria que, na grande
maioria dos casos, surgem nas
primeiras 72 horas do
envenenamento. Insuficiência renal
aguda (IRA) pode ser observada e,
com menor freqüência, coagulação
intravascular disseminada (CIVD).
Loxosceles
Loxosceles
Escorpionismo
▪ Acidentes com escorpiões tem grande importância entre os acidentes por animais
peçonhentos, seja pela alta incidência ou pela gravidade dos casos, principalmente
em crianças menores de 7 anos e/ou desnutridas.
Escorpionismo
NOME
CIENTÍFICO
NOMES
POPULARES
DISTRIBUIÇÃO
GEOGRÁFICA
T. bahiensis
escorpião marrom
MG, SP, PR, SC, RS, GO, MS
T. cambridgei
escorpião preto
AP, PA
T. costatus
escorpião
MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS
T. fasciolatus
escorpião
GO, DF
T. metuendus
escorpião
AC, AM, PA, RO
T. serrulatus (1)
escorpião amarelo
BA, MG, ES, RJ, SP, DF, GO, PR
T. silvestris
escorpião
AC, AM, AP, PA
T. stigmurus
escorpião
BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, PI
Escorpionismo
Escorpião
amarelo
Escorpião
marrom
Escorpião
preto
Sinais e sintomas
Classificação e tratamento do escorpionismo
Classificação
escorpionismo
LEVE
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Somente presente as
manifestações locais. Dor presente
em 100% dos casos.
Ocasionalmente vômitos,
taquicardia e agitação de pequena
intensidade.
TRATAMENTO
Geral
Combate à dor;
analgésico e (ou)
anestésicos locais.
Observação quanto ao
aparecimento de
manifestações sistêmicas
durante 6 a 12 horas, em
ambiente hospitalar,
principalmente crianças
abaixo de 7 anos.
Específico
Sinais e sintomas
Classificação e tratamento do escorpionismo
TRATAMENTO
Classificação
escorpionismo
MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS
Geral
MODERADO
Manifestações locais e alguma
sintomatologia sistêmica como
agitação, sonolência, sudorese,
náuseas, vômitos, hipertensão
arterial, taquicardia e
taquipnéia.
Combate à dor.
Observação da
evolução
clínica durante
12 a 24 horas,
em ambiente
hospitalar.
Específico
Em crianças abaixo de 7
anos está indicado SAE*:
2-4 ampolas IV. Nos
demais, vide tratamento
geral.
Sinais e sintomas
Classificação e tratamento do escorpionismo
Classificação
escorpionismo
GRAVE
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Manifestações locais e sistêmicas.
Vômitos profusos e freqüentes,
náuseas, sialorréia, lacrimejamento,
sudorese profusa, agitação, alteração
da temperatura (geralmente
hipotermia), taquicardia, hipertensão
arterial, alteração do ECG, taquipnéia,
tremores, espasmos musculares,
paralisias e até convulsões. Os casos
graves podem evoluir com bradicardia,
bradipnéia, edema agudo pulmonar,
colapso cardiocirculatório, prostração,
coma e morte.
TRATAMENTO
Geral
Específico
Combate à dor. Internação
hospitalar. Cuidados
intensivos, monitorização
das funções vitais.
Cuidados de UTI.
5-10 ampolas IV de SAE*.
Ferroadas de Abelhas
▪ Acidente por abelha é o quadro de envenenamento decorrente da inoculação de
toxinas através do aparelho inoculador (ferrão) de abelhas. Conhece-se, atualmente,
cerca de 20.000 espécies diferentes. Na década de 50, após um acidente em um
laboratório de pesquisa, abelhas africanas trazidas para o Brasil foram libertadas na
natureza e rapidamente se alastraram, sendo descendentes destas encontradas
atualmente até nos Estados Unidos, onde são conhecidas como killer-bees (abelhas
assassinas). As abelhas ditas africanizadas, ou seja, mestiças da abelha africana
(Apismelliferascutellata) com europeias
Apismelliferamellifera, Apismelliferacaucasica,Apismelliferacarnica e Apismelliferal
igustica, sendo esta última a principal), são responsáveis por muitos relatos de
acidentes. Estas são mais agressivas do que as européias, o que torna o seu manejo
mais difícil. Entre os 5 principais tipos de acidentes por animais peçonhentos
(ofidismo, araneísmo, escorpionismo, erucismo e por abelha) o acidente por
abelhas é o único que não tem um soro específico para o tratamento no Brasil,
porém há estudos acerca de sua produção.
Ferroadas de Abelhas
▪ As manifestações tóxicas geralmente
ocorrem em indivíduos com múltiplas
picadas decorrentes de ataques de
enxames (quando há inoculação de
grande quantidade de veneno),
independentemente da sensibilidade
do paciente, caracterizada por
urticária, vômitos, insuficiência
respiratória (edema agudo de
pulmão), insuficiência renal (de
instalação mais tardia) e choque.
Erucismo
▪ O acidente determinado por lagartas - erucismo – costuma evoluir apenas com
sintomas locais (hiperemia, dor calor, formação de bolhas e outros) mas,
eventualmente, pode ocasionar sérias complicações sistêmicas, com evolução fatal
em alguns casos, especialmente nos eventos provocados por Lonomia spp2 9 13.
Os casos de acidente por este lepidóptero descritos no Brasil, até o presente
momento, ocorreram nas Regiões Norte e Sul, não havendo menção a episódios no
Estado do Rio de Janeiro. No Sul13 vem sendo observado um incremento na
ocorrência de erucismo, com relevante incidência -, de 1,1 até 24,6 casos por 100
mil habitantes4 - principalmente nas áreas rurais
Erucismo
Erucismo
▪ Taturana, também conhecida como tatarana (do tupi tata = "fogo" e rana =
"semelhante"), marandová, lagarta de fogo ou mondrová é o estágio larval (lagarta)
das mariposas (Brasil) ou traças (Europa) do género Lonomia, entre outras.
▪ Estas lagartas possuem pilosidades e são potencialmente perigosas. Há algumas
espécies com venenos poderosos, como a Lonomia obliqua, denominadas
"taturanas assassinas", que podem provocar hemorragia, insuficiência renal e até
levar à morte.
▪ Nos Estados do sul do Brasil, chegou a ocorrer mais de mil casos de acidentes com
lagartas do gênero Lonomia, vários destes resultando em morte. Pesquisas
da ESALQ indicam que a proliferação destas deve-se ao fato de vários predadores
naturais (contra os quais, curiosamente, os pêlos não são defesa) terem
desaparecido com a devastação do ambiente natural. Desta forma, as taturanas,
que antes alimentavam-se das folhas da aroeira e do cedro, passaram a alimentarse das folhas de árvores dos pomares, diminuindo assim a distância do habitat
humano e aumentando a incidência de acidentes.
Bibliografia
▪ Prado, Ramos e Valle. Atualização Terapêutica: Urgências e Emergências.São Paulo:
Artes Médicas, 2012

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