La Caixa e Santoro têm margem para compensar ausências no
Transcrição
La Caixa e Santoro têm margem para compensar ausências no
Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição do Jornal de Negócios La Caixa e Santoro têm margem para compensar ausências no reforço de capital do BPI Maria João Gago - [email protected] La Caixa, que chegou a ter 49% do banco, pode reforçar. Isabel dos Santos tem menos folga, sem novo 'ok' do Banco de Portugal. Os maiores accionistas do Banco BPI, designadamente o La Caixa e a Santoro, de Isabel dos Santos, poderão reforçar ligeiramente as suas participações na instituição no âmbito do aumento de capital cujas condições foram anunciadas ontem. Esta posição visará compensar o facto de alguns investidores poderem ficar de fora da operação, como já admitiu a HVF, de Edgar Ferreira Alves, único accionista português que ainda mantém mais de 2% no banco. Os responsáveis do grupo catalão têm feito afirmações sucessivas de que apoiarão o BPI naquilo que for necessário. "O La Caixa sempre fez reiteradas manifestações de apoio nos últimos anos e a sua posição é apoiar o que o BPI precisar", afirmou há cerca de um mês Marcelino Armenter, representante da instituição catalã no banco. Prova dessa disponibilidade foi o facto de o La Caixa ter começado por comprar a totalidade dos 18,8% que os brasileiros do Itaú tinham no BPI. Durante duas semanas, maior acionista chegou a controlar quase 49% do banco. E só reduziu a sua posição para 39,5% porque Isabel dos Santos quis ficar com metade da participação anteriormente detida pelo grupo brasileiro. O La Caixa pode voltar a superar a fasquia dos 40% do BPI sem sequer necessitar de pedir autorização ao Banco de Portugal (BdP)'. Já a empresária angolana terá menos margem de manobra para aumentar a sua participação sem pedir permissão ao supervisor. A Santoro tem hoje 19,43% do BPI e para superar os 20% precisa de nova "luz verde" do BdP. Mas até àquela percentagem pode adquirir ações sem constrangimentos. Relativamente à possibilidade de a HVF não participar no aumento de capital, se o La Caixa compensasse sozinho esta ausência, ficaria com 40,4% do BPI. Mas se o esforço fosse partilhado com a Santoro, os catalães passariam a ter 39,95%, enquanto a filha do presidente de Angola ficaria com 19,85%. Novas ações vendidas ao preço das últimas operações De acordo com as condições do aumento de capital ontem anunciadas, o BPI vai emitir 400 milhões de novas ações, a O,5 euros cada. Este valor é igual ao preço que o La Caixa pagou por cada título adquirido ao Itaú e ao que cobrou por cada ação que depois vendeu a Isabel dos Santos. Independentemente da possibilidade de virem a fazer reforços marginais da sua exposição ao BPI, La Caixa, Santoro e Allianz deverão acompanhar a operação destinada a levantar 200 milhões de euros. Para cumprir apenas este objetivo, os catalães terão de fazer um investimento de 79 milhões, a empresária angolana de 38,86 milhões, e o grupo alemão de 17,6 milhões. O aumento de capital destina-se a assegurar a participação dos investidores privados no processo de capitalização do BPI, no âmbito do qual o banco começou por pedir 1500 milhões de apoio público. Logo que o reforço de fundos próprios esteja concluído - previsivelmente em meados de Agosto, o BPI devolverá 200 milhões de euros ao Estado, reduzindo a ajuda pública a 1300 milhões. 12-07-2012
Documentos relacionados
La Caixa compromete-se a reforçar posição no BPI
Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição de hoje do Jornal de Negócios
Leia maisCaixaBank tem de detalhar prospecto da OPA ao BPI
Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ao grupo catalão. Solicitações que, até serem satisfeitas, implicam a suspensão da contagem do prazo de oito dias de que o supervisor dispõe para r...
Leia maisJoão Pereira Leite, Director de Investimentos, acredita mais na OPA
em alta da contrapartida o cená rio de fusão com o BCP estaria co
Leia mais