Paixão por construir o futuro
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Paixão por construir o futuro
Força . Desempenho. Paixão. Holcim (Brasil) S.A. Rua Verbo Divino, 1488, 5º andar 04719-904 – São Paulo – SP Tel. 55 11 5180 8600 Fax 55 11 5180 8805 www.holcim.com.br 48 © 2008 Holcim Brasil BR_relatsust_080715 RELATÓRIO de sustentabilidade Paixão por construir o futuro Relatório de Sustentabilidade 2007 RELATÓRIO de sustentabilidade 49 Transparência, diálogo e prestação de contas Este relatório está alinhado às diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI) G3, com nível de aplicação B, conforme avaliação da BSD Consulting. A Holcim Brasil é a única empresa do setor cimenteiro brasileiro que publica Relatório de Sustentabilidade. Para a companhia, o relatório é uma oportunidade de abrir diálogo com seus públicos de interesse. Por meio dele, presta contas, com transparência, de suas decisões e atividades. A publicação consiste, ainda, em importante ferramenta de gestão, pois serve como mecanismo de monitoramento de seu desempenho em diversos aspectos. A empresa segue as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), organização não-governamental com sede na Holanda, desde 2003, quando publicou seu primeiro relatório, restrito à Divisão Cimento. A partir de então, comprometeu-se a publicar uma nova edição a cada dois anos. A partir de 2005, passou a relatar os resultados de todas as suas operações – Cimento, Concreto, Agregados e Co-Processamento. A terceira edição, prevista para 2007, foi adiada para 2008, a fim de que os temas abordados na publicação fossem testados junto aos públicos de interesse da empresa. Esse teste foi realizado no País, de forma piloto, utilizando ferramenta criada pelo Grupo Holcim. A essa iniciativa dá-se o nome de “Teste de Materialidade” ( 12). Para que os resultados dessa experiência fossem incorporados ao relatório, e para mantê-lo atualizado, foi acrescido o desempenho da empresa em 2007. Por essa razão, esta edição, excepcionalmente, compreende o período de três anos – de 2005 a 2007. Nela, a Holcim Brasil compartilha informações relevantes sobre suas operações em todos os segmentos em que atua no País e sobre seu desempenho econômico, ambiental e social, assim como sobre iniciativas que visam ao desenvolvimento sustentável da empresa e do País. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2007 A Compromisso com a sustentabilidade Desde seu surgimento, em 1912, na Suíça, a Holcim não parou de crescer. Hoje, o Grupo Holcim está presente nos cinco continentes e conta com mais de 90 mil funcionários em mais de 70 países. Essa expansão foi conquistada com paixão e com o compromisso com a sustentabilidade. A trajetória da empresa é marcada pela responsabilidade com as gerações futuras, garantindo condições para o desenvolvimento humano em ambientes saudáveis e seguros. Para obter resultados mais eficazes e abrangentes, o Grupo Holcim faz alianças estratégicas com organizações conhecidas pela seriedade e competência em iniciativas em prol do desenvolvimento sustentável (veja no quadro abaixo a evolução dessas parcerias). Desde 2003, o Grupo Holcim publica, a cada dois anos, Relatórios de Sustentabilidade seguindo os critérios GRI. A eficiência e sustentabilidade das operações do grupo são reconhecidas internacionalmente. Por três anos consecutivos, desde 2005, é considerado “líder da indústria” no Índice Dow Jones de Sustentabilidade, da Bolsa de Valores de Nova York, que destaca as melhores práticas em sustentabilidade corporativa no mundo. A Holcim Brasil também tem destaque no País pelo importante papel que exerce na mobilização da sociedade e do setor da construção para que adotem práticas sustentáveis, além de ter participação ativa em fóruns dos principais organismos setoriais. Publica Política Corporativa de Meio Ambiente. Participa do Relatório Battelle (estudo sobre a sustentabilidade do setor de cimento). Publica Política de AFR – Alternative Fuels and Raw Materials (Combustíveis Alternativos e Matérias-Primas). Publicado pelo WBCSD a Agenda de Ação para uma Indústria Cimenteira Sustentável. 2001 2002 Cria Comitê de Meio Ambiente. Associa-se ao World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e torna-se co-fundadora da iniciativa Para uma Indústria Cimenteira Sustentável (CSI). Grupo Holcim Primeira fábrica na Suíça. Desde sua criação, realiza diversas iniciativas socioambientais. 1912 Holcim brasil 1951 Início da operação no Brasil. 1994 Obtém certificação ISO 9001 – fábrica de Pedro Leopoldo (MG) e terminais de cimento de Ribeirão Preto e Santo André (SP) e Marechal Hermes (RJ). 1999 2000 Primeira empresa do setor a publicar Relatório Social. Primeira cimenteira a obter ISO 14001 no Brasil – fábricas de Pedro Leopoldo e Barroso e Terminal Barbacena (MG). Associa-se ao Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). B RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2007 Associa-se ao Grupo de Institutos, Fundações e Empresas(Gife). Cria o Instituto Holcim. Patrocina construção do Teatro Sesi-Holcim. Associa-se ao Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Cria Holcim Foundation for Sustainable Construction. Cria Comitê de Sustentabilidade. Cria Política de Responsabilidade Social. Forma aliança estratégica com a Cooperação Técnica Alemã (GTZ) . Passa a apoiar e participar do Pacto Global (iniciativa da ONU). Listada no Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Publica a Declaração de Política e Diretrizes para Boas Práticas de Concorrência. Listada no Índice Dow Jones de Sustentabilidade. 2003 2004 O Instituto Holcim torna-se membro da RedEAmérica. O presidente da Holcim Brasil, Carlos F. Bühler, é presidente do Conselho Consultivo. Primeira empresa do setor a publicar Relatório de Sustentabilidade seguindo a GRI (operação Cimento) no País. Listada no Índice Dow Jones de Sustentabilidade e indicada como Líder da Indústria. Publicado pelo WBCSD Relatório 2005: Para uma Indústria Cimenteira Sustentável. 2005 Brasil sedia Holcim Awards, Regional América Latina, maior prêmio de construção sustentável. Amplia limite do Relatório de Sustentabilidade para todos os segmentos de negócios. Publica Diretrizes de Coprocessamento em parceria com a GTZ. Listada no Índice Dow Jones de Sustentabilidade e indicada como Líder da Indústria. 2006 Cria Comitê de Sustentabilidade. Publica Estratégia de Responsabilidade Social. Conquista certificação de Saúde e Segurança no Trabalho. Assina acordo de cooperação com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Listada no Índice Dow Jones de Sustentabilidade e indicada como Líder da Indústria. Publicado pelo WBCSD Relatório 2007: Para uma Indústria Cimenteira Sustentável. 2007 Assume a presidência da Câmara Técnica de Construção Sustentável do CEBDS. Primeira empresa a se associar ao Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS). RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2007 C RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE F Processo produtivo Os impactos ambientais da produção de cimento, concreto e agregados são identificados e monitorados continuamente pela Holcim Brasil, que investe em atualizações tecnológicas para minimizá-los. Essas operações também influenciam a economia e o desenvolvimento social em nível local e nacional. Forno de produção do clínquer Ação: uso de combustíveis alternativos representam 25,7% da fonte de energia térmica utilizada ( 31 e 35). Resultados: redução das emissão de CO2 e outros gases e economia de recursos naturais não-renováveis ( 33). Silos de cimento Ação: instalação de filtro de autolimpeza na parte superior do silo de cimento ( 34). Resultado: não emissão de pó. concreto cimento Extração de calcário e argila Ação: planos de recuperação e uso futuro de áreas de jazidas exauridas, com provisão orçamentária ( 37). Resultados: planos de recuperação revistos periodicamente com participação da comunidade ( 37). Moagem de clínquer Ação: diminuição do fator clínquer na composição dos cimentos pelo uso de insumos alternativos, como a escória ( 33). Resultados: aumento da vida útil das jazidas de calcário e argila e diminuição das emissões de CO2/t de cimento ( 31 e 33). Dosagem Ação: adoção de critérios racionais de dosagem. Resultados: economia de cimento e conseqüente queda na emissão de CO2/m3 de concreto ( 32). agregados Ação: compra de áreas de vegetação adjacentes à jazida ( 32). Resultados: redução de ruídos e preservação de áreas verdes ( 32). Ação: reaproveitamento de água usada para resfriamento de equipamentos e fluxos gasosos ( 36). Resultado: 100% da água reaproveitada ( 36). Extração de rochas Ação: planos de recuperação e uso futuro de áreas de jazidas exauridas, com provisão orçamentária ( 37). Resultados: planos de recuperação revistos periodicamente com participação da comunidade ( 37). Carregamento Ação: enclausuramento dos caminhões no ponto de carga ( 32). Resultado: isolamento do ruído para não afetar a vizinhança. Britagem Ação: instalação de sistemas de abatimento de pó com água e filtros ( 34). Resultados: operação limpa, redução de custos de manutenção e preservação da saúde do trabalhador. Mistura Ação: 85% das centrais de concreto têm algum sistema de reaproveitamento de água ( 36). Resultado: toda a água reaproveitada é incorporada ao produto ( 36). Impactos sociais Mais de 3 mil empregos gerados. R$ 109 milhões em salários e benefícios. Investimento de R$ 1,6 milhão na comunidade. Mais de 22 mil pessoas beneficiadas por projetos sociais. Produção de 1.346 m3 de concreto. Produção de 2,5 milhões de toneladas de agregados. R$ 746 milhões em vendas líquidas. Investimento de R$ 582 mil em projetos culturais. Redução do número de acidentes com afastamento. 272 bolsas de estudo distribuídas a funcionários. R$ 717 milhões pagos a fornecedores. R$ 153,6 milhões em pagamento de tributos. Impactos econômicos Produção de 3,5 milhões de toneladas de cimento. R$ 2 milhões em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Dados de 2007. D RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2007 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2007 E Índice Palavra do presidente 2 A Holcim no Brasil 4 Perfil organizacional 6 Governança corporativa 9 Visão estratégica 10 Participação e compromissos 12 Especial: Futuro sustentável 16 Indicadores de desempenho 18 Desempenho econômico 21 Principais resultados 21 Relacionamento com os clientes e fornecedores 22 Especial: Tecnologia e inovação 28 Desempenho ambiental 31 Política e sistemas de gestão ambiental 31 Indicadores ambientais 33 Especial: Solução ambiental 38 Desempenho social 41 Política e sistemas de gestão social 41 Práticas empregatícias 43 Especial: Paixão por segurança 46 Sumário GRI / Glossário 50 Sumário GRI 52 Glossário 54 capas Ícones do Relatório Veja mais nas páginas Consulte o site G Referência ao indicador GRI-G3 Transparência, diálogo e prestação de contas A Compromisso com a sustentabilidade B Processo produtivo D RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 1 Palavra do presidente Paixão por construir o futuro O que move o Grupo Holcim é a paixão. Desde sua criação, em 1912, na Suíça, até se tornar, hoje, líder mundial na produção de cimento, concreto e agregados, a empresa toma suas decisões cuidando das gerações futuras. Busca sempre o equilíbrio entre seu desempenho econômico, ambiental e social. O compromisso do grupo com a sustentabilidade é reconhecido. Em 2007, fomos eleitos “líder da indústria” pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade, pela terceira vez consecutiva. Esse compromisso se reflete em todas as operações da empresa ao redor do mundo. E também no Brasil. Estamos aqui desde 1951 e temos orgulho de participar da construção deste país. Oferecemos produtos e soluções inovadoras para atender às necessidades de nossos clientes. Acreditamos que a busca do desenvolvimento sustentável é uma questão moral. E trabalhamos nesse sentido. Em 2006, foi criado o Comitê de Sustentabilidade, com membros internos e externos, para acompanhar a incorporação dos princípios da sustentabilidade e seus impactos na gestão da empresa. Este relatório retrata essa gestão e é o resultado de nosso esforço em dar transparência sobre nosso desempenho. Nesta edição, procuramos equilibrar nossos pontos de vista com as expectativas e demandas dos públicos com os quais nos relacionamos, ouvindo suas opiniões. Sabemos, no entanto, que não há sustentabilidade sem desempenho econômico positivo. Nossos resultados, nos últimos três anos, foram insatisfatórios. Passamos 2 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 por um período crítico. Os anos de 2004 a 2006 foram marcados pela baixa demanda, queda de preço do cimento e elevados custos operacionais, devido à alta do petróleo, da energia, da manutenção e da mão-de-obra. No mesmo período, também fomos surpreendidos com a falta de moinha de carvão vegetal no mercado. A escassez desse combustível alternativo fez com que nossas emissões de CO2 no período aumentassem significativamente. Isso prejudicou o cumprimento da meta estabelecida para 2008. Buscamos formas para retomar o desempenho e não mediremos esforços para atingir nossos objetivos. Apesar disso, o Brasil ainda mantém um dos menores níveis de emissões do grupo. Esse momento desfavorável não afetou nossa crença no mercado brasileiro nem inibiu nossos investimentos socioambientais no País. Assumimos, de modo contundente, nossa missão de mobilizar toda a cadeia de valor da construção civil brasileira para o tema da construção sustentável. A semente plantada pelo Grupo Holcim, em 2003, com a criação da Holcim Foundation for Sustainable Construction, começa a dar frutos. O surgimento do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, em 2007, ao qual fomos a primeira empresa afiliada, é o melhor exemplo disso. Continuamos firmes no propósito de promover o desenvolvimento de base das comunidades em que atuamos, com programas de educação e geração de renda. Por meio das iniciativas do Instituto Holcim e de nossa participação na RedEAmérica, trabalhamos para ajudar as populações de baixa renda sair de seu ciclo de pobreza. Estimulamos as comunidades a identificar seus problemas e desenvolver planos de ação para serem protagonistas de seus destinos e terem perspectiva de uma vida mais digna. Também são intensos nossos cuidados com a saúde e a segurança das pessoas que trabalham conosco. Preservar a integridade de suas vidas é nosso maior valor. Temos nos esforçado para mobilizar funcionários, terceiros e fornecedores a adotar comportamentos seguros. Cabe a cada um de nós a responsabilidade pela própria vida e por assegurar a dos outros. Estamos otimistas com o reaquecimento do mercado, iniciado no segundo semestre de 2007. Fechamos o ano com crescimento de vendas em todos os segmentos do negócio e vamos investir cerca de R$ 2 bilhões no Brasil nos próximos anos. Temos certeza de que é o início de um novo ciclo promissor. Sabemos que os desafios são muitos, mas temos história, garra e vontade para superar obstáculos. Mais do que isso, temos paixão pelo que fazemos. Desejamos compartilhar esse sentimento, contribuindo para a construção de um país com melhores oportunidades e um futuro justo para a atual e as próximas gerações. Esperamos que a leitura deste relatório seja agradável e que você também se apaixone pela idéia de construir um mundo sustentável. Carlos F. Bühler Presidente da Holcim Brasil RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 3 A Holcim no Brasil 4 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 5 VISÃO ESTRATÉGICA Perfil ORGANIZACIONAL 6 Segmentos de atuação Provedora de soluções Cimento A Holcim atua no Brasil desde 1951, quando adquire uma fábrica de cimento em Sorocaba (SP). Na década de 1970, inicia a fase de expansão com a inauguração de uma nova unidade em Pedro Leopoldo (MG), considerada, na época, modelo de tecnologia para a indústria cimenteira na América Latina. Na década de 1980, passa a ter participação acionária em duas empresas: a Concretex e a Pedreiras Cantareira. Na década seguinte, compra o Grupo Cimento Paraíso, tornando-se uma das líderes do mercado brasileiro. Em 2002, adota como nome a marca mundial Holcim. Hoje a empresa é a quarta maior fabricante de cimento do País e uma das líderes no fornecimento de concreto e agregados. Opera com cerca de 2 mil funcionários diretos e diferencia-se por preocupar-se em desenvolver soluções inovadoras para as mais variadas necessidades. Oferece amplo portfólio de produtos de alto desempenho e garante assessoria técnica especializada. Suas operações estão localizadas na região Sudeste ( 8), principal mercado consumidor de cimento, agregados e concreto do Brasil. A descoberta do cimento revolucionou a história da construção. Obras indispensáveis para o bem-estar das pessoas, como residências, edifícios, barragens, estações de tratamento de água, rodovias, portos e aeroportos, fazem do cimento um dos materiais mais consumidos por toda a sociedade. Calcário e argila são suas matérias-primas básicas. São levadas a um forno rotativo até atingir a temperatura de aproximadamente 1.500ºC. A partir daí convertem-se em um material denominado clínquer. Para que se altere o clínquer em cimento, é necessário, ainda, dosar gesso e adições minerais. Finamente moídos, transformam-se nos mais diversos tipos de cimento. Para cada aplicação há um tipo específico, cada um com suas peculiaridades. A Holcim Brasil tem capacidade produtiva de 5,2 milhões de toneladas de cimento por ano. Pretende ampliar para 7 milhões de toneladas anuais até 2012. A empresa detém entre 8% e 9% do mercado nacional. Oferece 12 diferentes tipos de cimento, que vão desde o de uso geral até os exclusivos Classe G, desenvolvidos para aplicação em poços de petróleo, e os microcimentos, cuja aplicação é feita por tecnologia própria, o Sistema Microinjet ( 28). Há, ainda, o Pavifort, primeiro ligante para reforço de solos no País. RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Indispensável para o desenvolvimento do País Concreto Segundo material mais usado pela sociedade O concreto é, hoje, o segundo material mais utilizado pelo homem, ficando atrás somente do consumo de água. Em cinco décadas de atuação, a Divisão Concreto da Holcim Brasil tem participado de momentos importantes da história do País, com destaque para a construção de Brasília. Também marcou presença em grandes obras brasileiras: Usina Hidrelétrica de Itaipu, metrôs de São Paulo (Linha Leste–Oeste) e Rio de Janeiro, rodovias Castello Branco e Imigrantes (SP), Aeroporto do Galeão (RJ), Museu de Arte de São Paulo (Masp), Autódromo Internacional de Brasília, reforma da Ponte Rio–Niterói e obras de infra-estrutura dos Jogos Pan-Americanos de 2007 (RJ), entre muitas outras. Além do fornecimento de concreto – sua capacidade produtiva anual é de 3,4 milhões de metros cúbicos –, a Divisão procura atender seus clientes de forma diferenciada. Desloca laboratórios de testes para os canteiros de obras e oferece serviços como consultoria técnica, acompanhamento de obras, bombeamento, controle tecnológico e de qualidade de material. Agregados Padrão de excelência nas instalações O mercado brasileiro de extração e processamento de rochas para a produção de brita e areia também conta com o padrão de qualidade Holcim há meio século. A Divisão Agregados está preparada para desenvolver soluções sob medida, de acordo com as características da obra. Suas três unidades têm capacidade de produção anual de 2,9 milhões de toneladas. A unidade de Magé (RJ), cuja operação foi iniciada em 2004, é considerada a mais moderna mineradora do gênero na América Latina. Foi projetada segundo as mais atuais normas ambientais, de qualidade e de segurança. Possui modernos sistemas de despoeiramento do processo e rigoroso controle de efluentes líquidos, poeira, ruído e vibrações. Realiza monitoramento e relato voluntários para os órgãos ambientais. Serviços Ambientais Portfólio de soluções ambientais A Divisão Resotec, criada em 1999, é a unidade de negócios da Holcim Brasil especializada no gerenciamento, beneficiamento e destinação final de resíduos industriais. Utiliza a tecnologia chamada de co-processamento para eliminar, de forma segura e definitiva, os resíduos que possivelmente seriam descartados na natureza por outras indústrias. A técnica consiste em aproveitar o poder calorífico desses materiais como combustível alternativo nos fornos de cimento. Isso reduz a utilização de recursos naturais não-renováveis na produção e contribui para baixar a emissão de gases causadores do efeito estufa ( 33). O Grupo Holcim é líder em co-processamento no mercado internacional há mais de 30 anos. RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 7 Estrutura operacional DF MG pedro leopoldo ES Fábricas de cimento (5) serra Capitais Centrais de concreto próprias (29) SP Unidades de produção de agregados (3) BARROSO RJ CANTAGALO Confiança na empresa sorocaba Prêmios recebidos O reconhecimento público do desempenho da Holcim em diferentes aspectos da sustentabilidade está expresso nos prêmios concedidos à empresa por diversas entidades setoriais. Prêmio ECO 2007 Responsabilidade Social Empresarial, da Câmara de Comércio Americana, na categoria de Desenvolvimento Comunitário, para o Projeto Ortópolis Barroso ( 40). Prêmio Parceria Responsável, da Petrobras – Empresa Destaque em 2007, para a Resotec. A Petrobras é um dos clientes da Holcim nos serviços de co-processamento ( 7 e 38). 8 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Governança corporativa Prêmio Anamaco – Menção Honrosa em 2005, 2006 e 2007. Prêmio Sinaprocim/Sinprocim Personalidade do Ano 2006, para Carlos F. Bühler, presidente da Holcim Brasil, em reconhecimento aos esforços do Holcim Awards for Sustainable Construction ( 16). Prêmio Vitae 2006, pelo Sinduscon do Rio de Janeiro – Construção Segura. Prêmio Pini 2005 – Melhor Concreteira. A Holcim Brasil é uma sociedade anônima de capital fechado. Mantém estrutura de governança constituída por Conselho Consultivo, Auditoria Interna, Auditoria Externa, Diretoria, Comitê Executivo e Grupo de Gerentes Seniores. Esses órgãos, formados por representantes internos e externos, têm composição, funções e dinâmicas de funcionamento específicas e complementares. A eficácia da atuação de tais grupos é fundamental para fortalecer a confiança dos acionistas, parceiros comerciais, trabalhadores e público em geral. Em 2006, foi criado o Comitê de Sustentabilidade, composto por seis membros, três externos e três internos, com caráter consultivo e a tarefa de acompanhar a aplicação dos critérios de sustentabilidade na gestão da empresa. Em 2007, instituiu-se o Comitê Central de Saúde e Segurança no Trabalho. Formado pelo Comitê Executivo e o gerente corporativo de SST, define a estratégia de saúde e segurança no trabalho da empresa. Estruturado por comitês de áreas e unidades de negócios, além de comitês locais, estimula o diálogo com as lideranças da companhia na busca da meta de zero dano às pessoas ( 46). Estrutura acionária Em 2007, o capital social era composto por 5.978.405 ações ordinárias sem valor nominal, sendo 5.972.956 pertencentes a residentes no exterior e 5.449 no País. Nesse ano, ocorreram três aumentos de capital, no montante de R$ 175 milhões, que foram utilizados para cobrir os prejuízos operacionais provocados pelas condições insatisfatórias do mercado. Composição acionária em 2007 Holcim Investment (Spain) 79,14% Holderfin B.V 6,07% Holcim (Schweiz) AG 14,70% Outros 0,09% padrão internacional O Grupo Holcim lançou, em 2006, o Internal Control System – ICS (Sistema de Controle Interno), desenvolvido para atender ao novo Código Suíço de Obrigação (Swiss Code of Obligation). Passou a vigorar em janeiro de 2008, estabelecendo padrões de controle das empresas de capital aberto com sede naquele país. O Brasil foi um dos países escolhidos pela matriz para a aplicação de projetos-piloto. Por meio do ICS, RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 9 Código de conduta Visão Prover as bases para o futuro da sociedade. Missão Ser a mais bem-sucedida empresa do setor, criando valor para todos os seus públicos de interesse. O Grupo Holcim procura estar em sintonia com o que a Organização das Nações Unidas (ONU) define como desenvolvimento sustentável. No Relatório Brundtland, que se baseia no documento intitulado Nosso Futuro Comum, publicado em 1987, a ONU diz que desenvolvimento sustentável é aquele “que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Para cumprir sua missão, bem como assegurar sua licença para operar em longo prazo, o grupo incorpora princípios de sustentabilidade em sua estratégia de negócios. Está representada no tripé criação de valor, desempenho ambiental sustentável e responsabilidade social corporativa. O quadro abaixo evidencia, ainda, a importância das pessoas para a sustentabilidade da empresa. Elas são a base de sua estrutura de negócios. Por isso, dedica cuidados especiais a seus funcionários para que tenham ambiente de trabalho saudável e seguro e oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal. A Holcim Brasil mantém diálogo com as comunidades do entorno de suas unidades operacionais. Respeita seus interesses e estimula sua participação ativa na construção de um futuro melhor para essas localidades. Também são intensos os investimentos em soluções para diminuir seus impactos ambientais e para ajudar seus parceiros a crescer com a empresa. 10 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Sistema de Gestão Integrada Prioridades Dentro de sua estratégia de negócios, a Holcim Brasil procura atuar nos seguintes pontos prioritários: clima e energia, comprometimento com a comunidade, governança corporativa, saúde e segurança no trabalho, relacionamento com os públicos com os quais interage e construção sustentável. A Holcim Brasil adota o Sistema de Gestão Integrada (SGI) para estabelecer os procedimentos nas áreas de Saúde e Segurança no Trabalho, Qualidade e Meio Ambiente. A partir de 2008, abrangerá também a Responsabilidade Social Corporativa. Foram criadas políticas internas específicas para cada uma dessas áreas, que são comentadas no decorrer deste relatório. Valores certificações pioneiras Valor Compromisso • Somos um parceiro sólido. Força • Possuímos integridade e força de caráter. • Somos uma empresa forte, com liderança global e competência. • Cumprimos nossas promessas feitas a cada um de nossos parceiros de negócios. • Oferecemos as melhores soluções para nossos clientes. Desempenho • Buscamos excelência nos negócios. • Procuramos sempre novos e melhores caminhos. • Conquistamos os melhores resultados por meio do trabalho em equipe. Criação de Valor Foco no Produto Desempenho Ambiental Sustentável Melhor Gerenciamento de Custos Diversificação Geográfica Inovação de Mercado Permanente Pessoas Gerenciamento Local – Padrões Globais Excelência em Recursos Humanos Responsabilidade Social Corporativa As divisões Cimento e Agregados da Holcim Brasil foram umas das primeiras no País a obter a ISO 9001 - certificação internacional que estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de uma organização. Assim como os investimentos em meio ambiente feitos pela Divisão Cimento também lhe garantiram o status de pioneira do setor no Brasil na obtenção da ISO 14001, norma internacional para operar um sistema de gestão ambiental. No período coberto pelo relatório, a empresa implementou, ainda, o Sistema de Gestão de SST e, em dezembro de 2006, obteve a certificação após auditoria externa ( 46 e 47). • Trabalhamos com dedicação e comprometimento – preocupamo-nos com tudo o que fazemos. Certificações • Preocupamo-nos com nossas pessoas, com sua saúde, segurança e desenvolvimento. Paixão • Valorizamos nossos clientes e trabalhamos UNIDADE QUALIDADE pensando no sucesso deles. API • Preocupamo-nos com nosso mundo, especialmente com as comunidades onde vivemos e trabalhamos. • Temos orgulho do nosso bom desempenho, reconhecemos e celebramos o sucesso. Base Ética empresarial e integridade pessoal asseguram a credibilidade e reputação da empresa. Por isso, o Grupo Holcim criou seu Código de Conduta, instrumento consistente e comum a todos os funcionários, com direcionamentos de como os negócios devem ser conduzidos no dia-a-dia. O documento faz referência a valores como responsabilidade social corporativa, desempenho ambiental sustentável e boas práticas de concorrência. Traz, ainda, disposições específicas sobre suborno, corrupção, conflito de interesses e negociações com informações privilegiadas. Todos os funcionários recebem um exemplar no momento da admissão. O documento também está disponível no site da empresa. O não-cumprimento está sujeito a sanções disciplinares, incluindo a rescisão do contrato de trabalho. (GSO2, SO3 e SO4) A visão estratégica mundial do Grupo Holcim, assim como sua declaração de missão e de valores, é extensiva a todas as unidades. Meta Para avaliar e monitorar os grandes riscos, a empresa utiliza o Business Risk Management – BRM (Gerenciamento de Riscos de Negócios). Criado pelo Grupo Holcim em 1999, é uma ferramenta que avalia todo tipo de risco – de mercado, de operações, financeiro e jurídico nas unidades da empresa. Inclui aspectos de conformidade, sustentabilidade e reputação. Os riscos são mapeados e hierarquizados conforme sua criticidade. Sua análise não se restringe a uma avaliação de ameaças, mas também identifica possíveis oportunidades. Com base nesse mapeamento, são definidas as metas prioritárias e os planos de ação para alcançá-las. (G4.11 e SO2) Valor para todos Estratégia Gestão de riscos Visão estratégica atitude 53 controles-chave selecionados pelo Grupo Holcim passaram a ser padronizados. Em 2007, foram feitos testes para verificar se esses controles atendem às necessidades levantadas. Tanto na avaliação efetuada pela auditoria interna como na realizada pela auditoria externa, o Brasil apresentou resultados favoráveis quanto à eficácia de seus controles internos. A partir de janeiro de 2008, as auditorias externas nos procedimentos do ICS serão base para a certificação mundial do controle interno do grupo. Os processos globais de auditoria interna das unidades da Holcim Brasil são realizados de acordo com os padrões e os procedimentos estabelecidos pelo The Institute of Internal Auditors (IIA), a mais importante instituição internacional na área. Cabe à Auditoria Interna do Grupo Holcim acompanhar o grau de atendimento a esses procedimentos em cada uma de suas companhias. Os valores corporativos do Grupo Holcim permitem criar um elo de confiança com os públicos com os quais se relaciona. Para a empresa, esses valores são uma convicção da qual não abre mão. São eles que a identificam, a diferenciam e a tornam única. Os casos apresentados na abertura dos capítulos de desempenho econômico, ambiental e social deste relatório são exemplos de como essa promessa está sendo cumprida, seja por meio de produtos, serviços, comunicações, seja pelo comportamento das pessoas. Holcim Brasil Barroso/Barbacena Cantagalo Pedro Leopoldo Vitória Resotec Cantagalo Resotec Pedro Leopoldo Terminal Ribeirão Preto Terminal Rio de Janeiro Terminal Santo André Agregados Mairiporã – ISO 9001:2000 – AMBIENTAL SST ISO 14001:2004 Requisitos Internos – 30/11/08 – 10/8/08 8/11/08 – 10/10/10 6/4/09 16/3/09 – – 23/11/09 20/9/09 – – 6/4/09 – 23/11/09 23/11/10 – – 19/12/10 19/12/10 – – – 23/11/09 – – 23/11/09 – – – 23/11/09 – – – 14/12/09 – – – – As datas referem-se às validades das certificações. RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 11 PARTICIPAÇÃO E COMPROMISSOS TESTE DE MATERIALIDADE Temas Importância Média Alta Governança corporativa Relações com clientes e fornecedores Impacto econômico CO2 e energia Produtos ecoeficientes Ambiental A Holcim Brasil procura manter o diálogo transparente com os públicos que podem afetar ou ser afetados por suas atividades. Essa é uma das formas de dar abertura para contribuições externas ao aperfeiçoamento de suas operações e conduta nos negócios. Tal nível de interação acontece, principalmente com: clientes, agências reguladoras, comunidades, governos, funcionários, fornecedores, sindicatos, ongs, universidades, associações, mídia e o próprio Grupo Holcim. Construção sustentável Emissões atmosféricas Gerenciamento de recursos e biodiversidade Resíduos, água e transporte Saúde e segurança Social Públicos estratégicos O Relatório de Sustentabilidade deve equilibrar temas de interesse da empresa com as expectativas e demandas dos públicos interessados em suas atividades. O Teste de Materialidade é um método de coleta de opiniões, que permite avaliar o grau de relevância desses temas e classificá-los. Essa classificação leva em conta a freqüência de citação dos assuntos e o grau de importância e prioridade dado a cada um. O Grupo Holcim desenvolveu ferramenta própria para aplicar o teste e convidou a Holcim Brasil para implementá-la. Sua aplicação contou com a ajuda de consultoria especializada – a BSD Consulting. Para a pré-seleção de temas, foram compilados dados de diferentes fontes – reportagens publicadas pela imprensa, compromissos assumidos pela empresa, assuntos apontados nos Comitês com a Comunidade ( 42) e resultados obtidos na pesquisa Needs Assessment (Avaliação de Necessidades), em que cerca de 260 pessoas apontaram suas percepções sobre as atividades da empresa, considerando aspectos positivos e negativos ( 41). O teste de materialidade foi realizado em duas etapas. Na primeira, foram entrevistadas 28 pessoas – representantes da empresa, da comunidade, do governo, de sindicatos e de universidades, entre outros. A segunda reuniu 20 representantes desses públicos e oito lideranças do grupo para discutir mais aprofundadamente os temas e sua relevância. Os resultados podem ser vistos no quadro ao lado. Econômico Baixa Práticas empregatícias Envolvimento com a comunidade e relações com públicos interessados Holcim Públicos interessados Qualidade dos dados Para identificar pontos de melhoria em seus indicadores de sustentabilidade e preparar as áreas para esse processo, a empresa optou por realizar a análise de confiabilidade das informações. Isso a ajudará na definição de planos de ação de aperfeiçoamento de seus controles. Essa avaliação foi conduzida pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. A voz dos stakeholders “A Klabin, na condição de fornecedora de embalagens, tem a Holcim como um de seus principais clientes. Vemos a Holcim como modelo no segmento de seus negócios, com práticas ilibadas nas relações inerentes a suas atividades.” Antônio Andruciolli Diretor das Unidades de Sacos Industriais da Klabin “Tenho total apoio da Holcim para meu trabalho de educação ambiental, o que me dá muita motivação. Sei da grande preocupação da empresa com o meio ambiente. Morava ao lado da fábrica de Cantagalo. Vi a unidade ser criada e posso afirmar que temos ali uma 'fábrica verde'." Liberalina Lutterback Educadora ambiental do Projeto Educando Verde 12 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 “Admiro como o tema sustentabilidade é tratado de forma holística e transversal na empresa e o compromisso da alta direção em implantar ações para a melhoria da qualidade de vida da sociedade, medidas para otimizar o uso dos recursos naturais e reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa.” Marcelo Takaoka Presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável “A comunhão de idéias e metas faz com que nossa parceria seja eficiente, permanente e sustentável. A empresa contribui para a popularização da arte e para a comprovação da cultura como importante instrumento de inclusão social.” Orlando Orube Diretor do Teatro Sesi–Holcim “Sou testemunha da paixão e do comprometimento da Holcim, em nível global e brasileiro, com a causa do desenvolvimento sustentável. A empresa investe, pesadamente, em mobilizar a sociedade para a construção sustentável. Uma empresa inspiradora.” Vanderley John Professor da Escola Politécnica da USP “A sinceridade com que a Holcim trata os temas de desenvolvimento sustentável e a transparência dos executivos tornam sua atuação exemplar e de grande credibilidade. Gostaria de ver a Holcim liderando seu setor, em termos de idéias inovadoras na relação responsável com a sociedade.” Wilson Passeto Presidente da ONG Água e Cidade “A Holcim tem se aproximado da comunidade, criou canais de interlocução, desenvolve e apóia projetos de desenvolvimento da cidade. Mas parte da população não visualiza melhorias, tampouco as associa a intervenções da empresa. A população mais carente ainda não se sente beneficiada diretamente pelos projetos. Tem necessidade de resultados mais palpáveis e emergenciais.” Vera Rodrigues Pereira Presidente da Associação de Moradores do Bairro Nossa Senhora do Rosário, de Barroso (MG) “A terceirização de atividades e o processo de transformar resíduos em combustível são pontos de preocupação. Mas é admirável o compromisso da Holcim com a segurança de seus trabalhadores, assim como a boa relação com a comunidade.” Wilson S. da Silva Presidente do Sinticomex – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção do Mobiliário e da Extração de Mármore, Calcário e Pedreiras de Pedro Leopoldo, Matozinhos, Prudente de Morais, Capim Branco e Confins RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 13 Compromissos Área Metas Estratégia Sistemas de Gerenciamento Monitoramento e Relato de Desempenho Relacionamento com Clientes e Fornecedores Clima e Energia Impactos Ambientais Práticas Empregatícias Comentários Ano Status Pág. Integrar os temas revelados no teste de materialidade no sistema de gerenciamento de riscos. O teste de materialidade foi realizado em 2007 para a produção deste relatório. 2008 Em andamento 12 Implementar Comitê de Responsabilidade Social. O escopo inicialmente pensado para esse comitê foi ampliado e em 2006 implementou-se o Comitê de Sustentabilidade. 2006 Realizada 9 Implementar princípios de responsabilidade social no dia-a-dia das áreas. A estratégia foi divulgada internamente e ações de melhoria têm sido implementadas. 2007 Realizada – Implementar indicadores de Responsabilidade Social Corporativa. Os indicadores GRI foram definidos como a ferramenta adotada pela empresa. 2007 Realizada A Implementar ISO 9001 na nova operação de cimento em Sorocaba. Auditoria prevista para o segundo semestre. 2008 Em andamento 11 Nova 11 Implementar IS0 14001 nas operações de cimento de Sorocaba e Vitória. 2009 Implementar ISO 9001 e ISO 14001 em todas as unidades de produção de agregados. A unidade de Mairiporã já possui certificação ISO 9001. 2010 Em andamento 11 Implementar sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho. Certificação em saúde e segurança no trabalho conquistada em 2006. 2006 Realizada 47 Estabelecer procedimentos de controle para todos os indicadores GRI que reportamos, a fim de realizar auditoria em nosso próximo relatório. 2010 Nova – Implementar Sistema de Avaliação de Fornecedores/Prestadores de Serviços. 2005 Realizada 24 Em andamento 24 Em andamento 33 Auditar 100% dos fornecedores dos grupos 2 e 3 em aspectos de responsabilidade socioambiental, trabalho infantil, trabalho forçado, saúde e segurança e emissão de CO2. Grupo 2 – Limpeza, jardinagem, refeitórios e demais serviços administrativos Grupo 3 – Serviços de construção civil, mineração, manutenção e Resotec. Em 2007, cerca de 150 fornecedores foram auditados em aspectos de saúde e segurança no trabalho. Reduzir em 32% a emissão de CO2 (kg CO2/tonelada de cimento), tendo como referência o ano 1990. Embora a meta tivesse sido atingida em 2004, a escassez da moinha de carvão obrigou a empresa a utilizar combustíveis tradicionais, elevando suas emissões, encerrando 2007 com 10,54% de redução em relação a 1990. Saúde e Segurança no Trabalho 2010 Nova 34 Estabelecer planos de recuperação de jazidas. 2006 Realizada 37 Realizar Pesquisa de Clima Organizacional. A pesquisa foi realizada em 2007. 2006 Realizada 45 Capacitar no treinamento EcoSim (simulador virtual para trabalhar competências gerenciais). Foram treinadas 500 pessoas no período deste relatório. 2007 Realizada 45 Estimular a prática de voluntariado. Diversas ações foram realizadas para sensibilizar o público interno: Roteiro Social e campanhas. 2007 Realizada – Nova 42 Nova – 2009 Nova 48 2010 Nova 47 2008 Nova – 2009 Aplicar Social Engagement Scorecard para avaliar até 70% dos projetos sociais da empresa. Ferramenta que, com o envolvimento dos públicos de interesse, avalia o alinhamento de projetos com nossa estratégia de responsabilidade social. Reduzir em 30% por ano, a partir de 2006, a taxa de freqüência do número de acidentes com perda de tempo, tendo como referência o ano 2004. A meta para 2009 é < 2 . Apesar da melhoria, a meta de 3,5 prevista para 2007 não foi atingida. A empresa atingiu 4,6. Implementar os 13 elementos de prevenção de fatalidades. Elementos de prevenção de fatalidades foram desenvolvidos para combater as 13 principais causas de fatalidade identificadas pela empresa em nível mundial. Implementar gerenciamento de segurança de contratados. 14 2008 Reduzir em 20% a emissão de NOx, SO2 e pó (g de poluentes/tonelada de cimento), tendo como referência o ano de 2004. Ampliar a realização de comitês com as comunidades do entorno de nossas operações de cimento em Pedro Leopoldo e agregados em Mairiporã. Envolvimento com a Comunidade 2009 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 2009 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 15 Especial Futuro sustentável A indústria cimenteira tem papel fundamental no desenvolvimento de um país. Participa das obras de infra-estrutura, urbanismo e saneamento. Gera empregos e destina impostos nas localidades onde está instalada. Promove soluções para o crescimento de indústrias, cidades e comunidades. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), o setor cimenteiro brasileiro é composto por 65 fábricas, pertencentes a 10 grupos nacionais e estrangeiros, gera 22 mil empregos diretos e tem capacidade instalada de 63 milhões de toneladas por ano. Em 2007, produziu 46,4 milhões de toneladas de cimento. Dos 45,9 milhões de toneladas vendidos no ano, 97,3% foram para o mercado interno e as demais, exportadas. Mas suas atividades acarretam impactos ambientais. Entre os principais estão elevado consumo de energia e de recursos naturais na extração mineral, emissão de poeiras e outros poluentes. Causam também impactos proporcionados pelo transporte de matérias-primas e do produto final, bem como a geração de gases causadores do efeito estufa. Calcula-se que a indústria cimenteira seja responsável por aproximadamente 5% de todas as emissões antropogênicas (causadas pelo homem) de CO2 no mundo. As iniciativas retratadas a seguir e no capítulo “Desempenho Ambiental” ( 31) evidenciam o grande empenho do Grupo Holcim em reduzir seus impactos ao 16 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 meio ambiente e influenciar o setor da construção a adotar práticas sustentáveis. Holcim Foundation A Holcim Foundation for Sustainable Construction foi criada em 2003, na Suíça. Estimula a troca de experiências entre arquitetos, engenheiros, projetistas, urbanistas, construtores e a sociedade sobre novos parâmetros de sustentabilidade em projetos de construção. Dentre suas iniciativas, promove o Holcim Forum, que reúne especialistas no setor. Tem a finalidade de discutir e promover soluções de construção e edificação para os desafios apresentados pelo desenvolvimento sustentável. Há também o Holcim Awards, série de competições regionais e globais para promover inovação na construção sustentável. Em ambos os eventos conta com o apoio de centros de excelência acadêmica dos cinco continentes em que atua. No Brasil, esse apoio técnico é dado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP). ( www.holcimfoundation.org) DESEMPENHO BRASILEIRO A Holcim Brasil tomou para si a tarefa de mobilizar a abrangente cadeia produtiva da construção civil brasileira. A idéia é adotar modelos de negócio inovadores do ponto de vista da sustentabilidade. A empresa procura despertar o setor para a possibilidade de ter projetos economicamente viáveis, que levem bemestar às pessoas, em todas as camadas da sociedade, e que preservem os recursos naturais não-renováveis, por meio da busca de fontes alternativas de energia e matéria-prima. Esse envolvimento com o tema levou a Holcim Brasil a ser a primeira empresa a se associar ao Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, criado em abril de 2007. No mesmo ano, colaborou com a fundação e assumiu a presidência da Câmara Técnica de Construção Sustentável do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Outro exemplo de seu envolvimento com o tema é a intensa divulgação do concurso Holcim Awards for Sustainable Construction, considerado a maior premiação de construção do mundo. O prêmio constitui oportunidade única para incluir o tema em fóruns setoriais e acadêmicos e no relacionamento com formadores e multiplicadores de opinião, como imprensa, executivos, ambientalistas e poder público, entre outros. Em 2007, o Brasil foi o primeiro país da América Latina e o terceiro do mundo em número de inscritos. Ao todo, foram 121 países participantes e 4.774 novos projetos e concepções inscritos, todos explorando o importante papel social da arquitetura, da engenharia e da construção. O público-alvo teve inúmeras possibilidades de acesso às informações. O plano de comunicação envolveu produção de diferentes peças de divulgação, publicação de anúncios em mídia impressa e on-line, avisos em comunidades virtuais e ações com a imprensa. Tudo isso resultou em mais de 90 matérias publicadas. A Holcim Brasil atua em cooperação com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e os sindicatos da construção estaduais. Foram feitos cinco eventos de lançamento em quatro Estados e no Distrito Federal. A programação incluiu a palestra “Desafios da Construção Sustentável no Brasil”, seguida de debates. Ao todo, participaram 644 pessoas. Para o público acadêmico de 14 universidades de 7 Estados foram feitas palestras e uma exposição de painéis com os trabalhos dos vencedores da primeira edição do prêmio, realizada em 2005. Os eventos contaram com a presença de 598 estudantes, professores e pesquisadores. A empresa também doou livros temáticos a 100 universidades, para os cursos de arquitetura e de engenharia. A Holcim conseguiu incorporar o tema em outros 15 eventos que estava apoiando, com destaque para a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. A série de eventos contou com a participação de aproximadamente 62 mil pessoas. Dentre outras ações, o assunto foi reforçado para os funcionários com a exposição de painéis nos refeitórios das fábricas, nas unidades produtoras de agregados e no Centro Tecnológico. Produtos ecoeficientes A companhia tem reduzido suas emissões de CO2 por tonelada de cimento produzido. Como estratégia, transforma resíduos industriais, que seriam despejados na natureza, em fonte de energia em seus fornos. Utiliza insumos alternativos na fabricação do cimento, como biomassa e escória. Essas medidas poupam a natureza, porque evitam a extração de matérias-primas não-renováveis, sem comprometer a qualidade e as características dos produtos ( 33). RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 17 Indicadores de desempenho 18 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 19 HOLCIM VIABILIZA PROGRESSO DE CLIENTE “Se eu tivesse conhecido o Progride há mais tempo, com certeza a loja já estaria muito mais à frente”, diz Antônio Jorge Ferreira, 56 anos, proprietário da Aranil Material de Construção Ltda. Ele foi um dos convidados da Holcim a participar do Progride – Programa de Desenvolvimento de Negócios. Trata-se de treinamento criado pela empresa em parceria com a consultoria Gouvêa de Souza & MD, oferecido a clientes do âmbito varejista. Antonio Jorge migrou do setor de panificação para o de materiais de construção há 24 anos, quando se tornou proprietário da Aranil, revenda localizada no Bairro Paciência, região de Campo Grande, no Estado do Rio de Janeiro. Ele enfrenta concorrência acirrada de outras sete lojas do mesmo porte. A Aranil trabalha com um mix de produtos que atende às necessidades de pequenos construtores de Paciência e bairros vizinhos. Conta com uma equipe de 14 funcionários e uma frota de 5 caminhões. Apesar da experiência com comércio, Antonio Jorge diz que suas decisões de compra e venda eram permeadas por receio e estresse. Os aprendizados o ajudaram a ter uma visão mais “panorâmica” e o encorajaram a ousar, porém, com os pés no chão, sabendo o que está fazendo e aonde quer chegar. Segundo o comerciante, depois dos conhecimentos apreendidos no Progride, especialmente no módulo sobre finanças – tema sobre o qual sempre teve grande interesse, mas se considerava leigo –, ganhou qualidade de vida porque “desestressou”. Como resultado prático, ele já comemora o aumento das vendas em 30%. Acredita que, além do aquecimento do mercado, a aplicação dos conhecimentos no dia-a-dia está surtindo efeitos concretos. Antônio Jorge diz que nunca havia recebido um tipo de apoio tão impactante como esse. “A nossa relação sempre foi boa com a Holcim. Com esse apoio, ficou ainda mais fortalecida”, complementa. Este é o objetivo do Progride: desenvolver parceria com o revendedor para que ele prospere com a Holcim. O curso é composto pelos seguintes módulos: Estratégia de Varejo, Gestão de Pessoas, Gestão de Resultados, Gestão de Loja, Vendas e Atendimento, Atribuições do Gestor. Cada módulo tem duração de oito horas. Além do “seu” Jorge, o Progride beneficiou cerca de 150 pessoas, em cinco cursos completos, oferecidos, prioritariamente, nas regiões próximas às fábricas da Holcim. Para 2008 está prevista a realização de seis cursos. 20 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Indicadores Principais resultados Unidade GRI 2005 2006 2007 Mercado otimista Vendas líquidas R$ mil EC1 630.579 646.934 746.102 Receitas de investimentos R$ mil EC1 49.498 18.411 28.793 A Holcim Brasil fechou 2007 com alta de 11% no volume de toneladas de cimento vendidas. Saltou dos 3,2 milhões de toneladas de 2006 para 3,5 milhões em 2007. A empresa está otimista com o aquecimento da construção civil. Ainda que a demanda gerada pela recente expansão do mercado, especialmente do imobiliário, não tenha sido suficiente para cobrir o déficit gerado durante o período de recessão (2004 a 2007), esses anos foram desafiadores para a indústria cimenteira no País. O custo de produção ficou acima do valor final do produto no mercado consumidor e afetou os resultados da empresa como um todo. Comparando a média em 2002 e 2003, por exemplo, um saco de cimento chegava ao consumidor final por cerca de R$ 18,00 e, em 2006, esse valor chegou a R$ 9,00 em alguns mercados. Entre 2006 e 2007, os acionistas fizeram aporte de capital de cerca de R$ 400 milhões para garantir a operação da Holcim Brasil. Além do cenário de competição extremamente acirrada, a alta nos custos de produção, principalmente em combustíveis e energia elétrica, foi responsável pelos resultados insatisfatórios. Além disso, no final de 2007, o motor de um moinho da fábrica de Cantagalo (RJ) quebrou, levando a empresa a perder pequena fatia do mercado no Rio de Janeiro. No último trimestre do ano, deixou de produzir 200 mil toneladas de cimento, baixando seu desempenho para 3,5 milhões de toneladas, ante uma previsão de 3,7 milhões de toneladas. Receitas de venda de ativos R$ mil EC1 (1.696) 2.177 1.211 Custos operacionais R$ mil EC1 236.090 246.772 288.507 Resultado líquido R$ mil EC1 (30.365) (128.921) (115.774) Ebitda R$ mil (4.875) (88.249) (90.670) Salários e benefícios de empregados R$ mil EC1 90.342 100.807 109.114 Gastos com fornecedores R$ mil EC6 444.679 576.995 717.572 Pagamento para provedores de capital R$ mil EC1 79.623 40.095 35.723 Pagamentos ao governo R$ mil EC1 165.535 140.338 153.625 Investimentos na comunidade R$ mil EC1 1.412 1.378 1.623 Gastos com meio ambiente R$ mil EN30 7.376 5.513 8.180 Investimentos em meio ambiente R$ mil EN30 5.917 4.649 7.269 Vendas de cimento mil toneladas – 2.983 3.228 3.585 Vendas de concreto mil m3 – 1.158 1.254 1.346 mil toneladas – 2.219 2.560 2.364 Vendas de agregados RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 21 VISÃO ESTRATÉGICA DESEMPENHO ECONÔMICO VISÃO ESTRATÉGICA retomada de investimentos O aumento da renda da população brasileira e o crescimento do setor imobiliário são alguns dos fatores que promoveram o reaquecimento da demanda do setor de construção em 2007. Isso estimulou o Grupo Holcim a desengavetar planos de investimento nas operações brasileiras. No final desse ano, a Holcim Brasil reativou a fábrica de cimento de Sorocaba (SP), sua primeira aquisição no País, depois de quase seis anos de interrupção das atividades. A fábrica funcionou de 1951 a 2002. Foram investidos R$ 3,2 milhões na modernização da unidade, que conta com um dos mais eficientes moinhos do Brasil para a produção de cimentos especiais. Tem capacidade de 200 mil toneladas de cimento por ano e é dedicada à fabricação de produtos da mais alta tecnologia. No mesmo período, anunciou planos de investir quase R$ 2 bilhões no Brasil nos próximos anos. Um dos projetos de expansão, calculado em R$ 1,2 bilhão, envolve uma nova unidade de produção de cimento e está em estudo de viabilidade. Outro projeto diz respeito especialmente à expansão da capacidade de uma das fábricas mineiras. Com investimento de R$ 300 milhões, a empresa espera elevar em cerca de 20% sua capacidade atual, já que prevê a produção adicional de mais 1 milhão de toneladas por ano. No início de 2008, a matriz aprovou investimento de R$ 434 milhões para adequar as unidades fabris no Brasil à nova situação de mercado. Os recursos serão aplicados, sobretudo, em modernização e adequação operacional. Também nas unidades de concreto e agregados, serão realizados investimentos em melhorias operacionais, saúde e segurança e meio ambiente. 22 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Relacionamento com os clientes e fornecedores Contribuição mútua Conduzir a relação com os clientes e fornecedores de forma profissional, transparente e ética é um dos seis pilares da Estratégia de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) da Holcim. No relacionamento com os clientes, busca-se a excelência em serviços e produtos, promovendo soluções integradas, diferenciadas, inovadoras e de alta qualidade. Na seleção de fornecedores, leva-se em consideração a adequação de produtos e serviços aos requisitos ambientais, de responsabilidade social e de saúde e segurança no trabalho. Também se identifica a melhor solução para a Holcim e seus clientes. Encontro Marcado Holcim Além do Progride ( 20), há outras iniciativas de apoio às revendas de produtos Holcim. Durante o Encontro Marcado Holcim – evento organizado em parceria com o revendedor – , são apresentadas aos pedreiros, mestresde-obras, engenheiros, arquitetos, pequenos construtores e clientes em geral da revenda informações técnicas sobre cimento, preparo de argamassa e concreto e recomendações de segurança no trabalho. Desde 2006, quando foi iniciado o piloto, com 390 participantes, o evento tem sido avaliado de forma positiva. Em 2007, beneficiou 13.750 pessoas. A estimativa é atingir outros 8 mil profissionais em 2008. Parcerias para Minha Casa Seguindo o conceito de affordable housing – casa de custo acessível ou reduzido – que norteia iniciativas do Grupo Holcim no mundo, a Holcim Brasil estabeleceu parcerias com revendas e construtoras para facilitar o acesso à casa própria para famílias de baixa renda. A organização se baseia no projeto Casa 1.0, da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), que disponibiliza o modelo para qualquer empresa associada. A Holcim foi a pioneira: em 2007, construiu a primeira casa desse gênero dentro de uma revenda na Grande Belo Horizonte. Aceitou o desafio de comercializar uma casa de 40 metros quadrados por um custo máximo de R$ 30 mil, construída em 60 dias, com garantia de cinco anos. A Holcim Brasil fez adaptações ao projeto Casa 1.0 e criou o projeto Minha Casa, que já tem uma casa-modelo instalada em uma loja no Rio de Janeiro. A parceria se constitui da seguinte forma: a Holcim Brasil entra com o cimento e apoio de mídia, o revendedor fornece os demais materiais de construção e a construtora participa com mão-de-obra. A ABCP presta assessoria técnica. O consumidor poderá efetuar a compra conforme o mecanismo de financiamento da revenda. Para manter o cliente satisfeito Todos os segmentos em que a Holcim Brasil atua – Cimento, Concreto, Agregados e Co-Processamento – realizam pesquisas de satisfação com os clientes. A freqüência e a amostra consultada variam em cada área. (GPR5) Os clientes avaliam a qualidade dos serviços, principalmente nos quesitos qualidade do produto, atendimento comercial, entrega (logística) e assessoria técnica (nível técnico), atribuindo notas. Quando algum item recebe avaliação negativa, estudam-se as causas e um plano de ação é feito para saná-las. No período de 2005 a 2007, de forma geral, a avaliação dos clientes foi ótima ou boa. Registros de menor apreciação estavam associados a situações pontuais e foram solucionados com medidas de melhoria. A Holcim Brasil também tem procedimentos padronizados em casos de reclamação de clientes. Todas as etapas do atendimento são registradas e monitoradas. Após visita ao cliente e solução do caso pela área técnica, elabora-se relatórios sobre o processo. No período de abrangência deste relatório, não foram registrados casos de não-conformidade de produtos e serviços com regulamentos relativos à saúde e segurança (GPR2), nem com códigos relacionados a comunicação de produto e ações de marketing (GPR7). Também não houve registro de reclamações sobre violação de privacidade e perda de dados de clientes (GPR8), não-conformidade relacionada à rotulagem de produtos e serviços (GPR4), assim como nenhuma lei ou regra sobre fornecimento de produtos e serviços foi descumprida (GPR9). Novas embalagens Em 2007, as embalagens dos produtos da Holcim Brasil ganharam novo layout, no qual a marca recebeu destaque: aparece em primeiro plano e em vermelho, no lugar das marcas locais – Ciminas, Barroso, Paraíso e Alvorada. Além dessa mudança, a empresa criou nomes de simples entendimento para os produtos. Substituiu as normas técnicas – CPII, CPIII e outras – anteriormente empregadas como nome de produto. Agora os cimentos estão identificados como Forte, Ultra Forte, Rápido e Ultra Rápido, para o cliente escolher com facilidade o tipo mais apropriado para sua necessidade. Cada um tem sua cor própria, o que também facilita a identificação nos canteiros de obras. A Holcim inovou com a criação de ícones que ilustram as principais aplicações para as quais cada tipo de cimento é indicado, facilitando sua identificação pelo consumidor final. No verso da embalagem são encontradas RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 23 Fornecedores ativos por região 2005 (5.379) 2006 (6.605) 2007 (6.483) 4.000 4.000 4.000 Gastos com fornecedores (GEC6) (em milhões de reais) 3.532 3.500 3.500 3.500 3.000 3.000 2.500 2.500 2.500 2.000 2.000 3.000 2.752 2.000 1.500 1.379 1.000 1.000 597 500 0 recomendações de segurança para manuseio, condições para armazenamento correto e dicas para aproveitar melhor a qualidade do produto, além da sinalização de embalagem reciclável. (GPR3) Os cimentos de alta tecnologia – Microcem 20 e 30, Duracem, Silimax, Classe G e o ligante para solos Pavifort – também ganharam embalagens novas. Eles passaram a ser acondicionados em sacarias de papel kraft branco. Marca fortalecida As mudanças nas embalagens dão suporte à estratégia de fortalecimento da marca. Para apresentar as novidades aos clientes, foi feita uma grande campanha de comunicação. Contou com o ex-jogador de futebol e tricampeão mundial pelo Brasil na Copa de 1970, Dadá Maravilha, como “embaixador” da marca. Desde a adoção do nome Holcim, em 2002, essa foi a primeira vez em que a empresa preparou uma campanha de mídia de massa, em rádio, televisão e impressa, para fortalecer sua marca. Investiu mais de R$ 5 milhões em um período crítico para o negócio. Essa iniciativa reforça a ousadia e a crença da Holcim no mercado brasileiro. Respeito ao consumidor As novas embalagens também receberam atenção especial no momento do ensaque. Havia reclamações de que a tinta das embalagens antigas se soltava nas mãos e na roupa dos clientes. Vários testes foram feitos até chegar à 24 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 causa do problema: presença de cimento no lado de fora da embalagem. Além da adoção de técnica de impressão mais resistente, os cuidados com a limpeza no processo de ensacamento foram redobrados. (GPR1) 576,9 717,5 444,6 1.697 1.500 3.375 313 SP MG RJ ES 120 218 PR Outros 1.500 1.000 719 500 0 1.728 346 SP MG RJ Fornecedores qualificados Cuidado extra com os caminhoneiros As políticas de compras seguem o manual da matriz, que estabelece critérios, comportamentos e verificação para a contratação e a aquisição de bens e serviços. Esse documento, que é atualizado constantemente, já está em sua quarta versão. Uma das cláusulas de contrato com fornecedores expressa a preocupação da Holcim Brasil em garantir o respeito aos direitos humanos. A empresa só contrata serviços de terceiros se seus funcionários forem alfabetizados, maiores de 18 anos, capacitados para a função, e desde que não executem trabalhos forçados. (GHR1) Todos os fornecedores passam por avaliações periódicas. O prazo para a adequação às exigências é de seis meses. No período de 2005 a 2007, a companhia avaliou a existência de normas de gestão de qualidade e do meio ambiente (ISO 9001 e ISO 14001) e a saúde financeira de 250 fornecedores. Mensalmente, apenas os fornecedores de risco 1 (maior risco e presença constante nas fábricas) são avaliados. No primeiro semestre de 2006, aproximadamente 200 fornecedores dos negócios de Cimento e Agregados passaram, pela primeira vez, por auditoria para verificar o cumprimento das normas de SST da Holcim. Em 2007, foram cerca de 150. Nenhum foi eliminado do cadastro, mas todos tiveram de se adequar aos critérios da empresa. (GHR2) O transporte rodoviário de cargas é de extrema importância. São cerca de 1,3 mil carregamentos diários, mais de 6 milhões de cargas todos os anos. Em 2007, foram transportados 4,5 milhões de toneladas de cimento e matérias-primas por uma frota de mais de 11 mil veículos, movidos a diesel, que circularam nos últimos três anos mais de 89 milhões de quilômetros. A Holcim ainda não tem controle sistematizado das emissões de CO2 dessa atividade. Porém, procura estimular os parceiros a evitar impactos ambientais, com inspeções regulares de manutenção. (GEN29) Uma das formas de estímulo é o Clube da Estrada – programa de relacionamento com motoristas autônomos. Promove uma série de premiações para os associados que registram as melhores pontuações em inspeções feitas nos veículos. A cada R$ 250,00 em frete o motorista ganha um ponto. Também são premiados os associados que participam da Blitz de Saúde – programa que inclui atendimento médico e palestras sobre como levar uma vida mais saudável. Há ainda um canal de comunicação exclusivo – a Folha da Estrada – que retrata temas do cotidiano dos caminhoneiros e dicas de direção segura, cuidados com a saúde e qualidade de vida. Criado em março de 2007, o clube já tem 1,5 mil adesões. ( www.holcim.com.br) ES 119 192 DF Outros 739 342 500 0 SP MG RJ ES 93 206 DF Outros RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 2005 2006 2007 25 CONDUTA NOS NEGÓCIOS O Grupo Holcim visa ter sucesso em seus negócios, respeitando as leis para uma boa concorrência. Para assegurar que as tomadas de decisão de seus funcionários estejam norteadas pelas leis internacionais de defesa da concorrência, foi criada, em 2004, a Declaração de Política e Diretrizes para Boas Práticas de Concorrência. Como material de consulta complementar, a Holcim Brasil criou um anexo que contém comentários e esclarecimentos sob a ótica da legislação brasileira. Essas diretrizes estabelecem os procedimentos de concorrência leal e prevêem as punições estabelecidas pelo Grupo Holcim nos casos de descumprimento. Denúncias internas podem ser feitas à Auditoria Interna. Além disso, o Grupo Holcim lançou um programa 26 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 de treinamento, o Value Creation in a Competitive Environment – VCCE (Criação de Valor no Ambiente Competitivo) – que visa a garantir o cumprimento dessa política, que atende ao Código de Conduta ( 10) e reforça os padrões a serem seguidos pelos funcionários das empresas do grupo. No Brasil, os diretores e os gerentes de todos os setores, assim como os funcionários da área comercial, passam por esse treinamento. Ao final, todos os participantes assinam termo de adesão aos princípios estabelecidos pelo Grupo Holcim. Processos contra o setor Em 2003, a Secretaria do Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, iniciou investigações sobre formação de cartel por empresas do setor de brita. Em 2004, moveu processo contra 19 delas e o Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada (Sindipedras). Isso resultou na condenação de todos os envolvidos e no pagamento de multa de 15% a 20% do faturamento bruto de cada uma das indústrias. O grupo era acusado de formação de cartel, com o objetivo de dividir o mercado, estipular volume de vendas, direcionar vendas para os consumidores, recusar ou dificultar a venda a clientes inadimplentes e controlar e restringir a alta da produção, estimulando o aumento de preços. A Holcim Brasil jamais participou de qualquer acordo com concorrentes nem tem conhecimento de que o Sindipedras o fizesse. Os próprios resultados operacionais inadequados do segmento confirmam essa posição da empresa. Embora não tenha concordado com a decisão adotada, ao final, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia independente vinculada ao Ministério da Justiça, a Holcim Brasil decidiu acatá-la. Tal opção foi baseada nos altos custos de manter um processo dessa natureza. Foi a única empresa a pagar, voluntariamente, em 2007, a multa estabelecida no valor de R$ 2.682.714,69, tendo sido o processo arquivado. No período, a empresa não registrou sanções não-financeiras. (GSO8) O setor de cimento também está sendo investigado pela SDE, desde 2003, por alegada formação de cartel. No início de 2007, a SDE fez buscas e apreensões nas sedes de seis das oito empresas acusadas e recolheu documentos e computadores. Formação de cartel é uma prática condenada pela Holcim Brasil, que, desde o início das investigações, mantém-se à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos. (GSO7) RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 27 Especial Tecnologia e inovação A Holcim conhece os desafios e as necessidades de seus clientes – construtoras, empreiteiras e empresas de pavimentação, entre outras. Não mede esforços para pesquisar novas e inovadoras formas de ajudá-los a obter progresso em seus empreendimentos. Oferece produtos de alto desempenho e soluções integradas e customizadas. Por meio da assessoria técnica, presta todo o serviço de orientação e especificação, para que o cliente tenha a certeza de utilizar a solução em cimento e concreto mais adequada para sua obra. Isso com segurança, melhor custo-benefício e durabilidade. Composta por uma equipe de engenheiros especializados em tecnologia de cimento e de concreto, a assessoria técnica conta com o apoio e a estrutura de um moderno centro tecnológico de pesquisas e laboratórios regionais fixos e móveis. Tem ainda parcerias com institutos de tecnologia, universidades e escolas técnicas e profissionalizantes em todo o Brasil. Além disso, a empresa presta serviço especial de concretagem com a instalação de centrais misturadoras totalmente automatizadas nos canteiros de obras. Dessa forma, auxilia o setor da construção a otimizar recursos e gerar menos resíduos. Para os clientes de co-processamento, a Resotec oferece soluções que incluem gerenciar e assessorar o manuseio dos resíduos, desde o local de geração até os fornos das fábricas de cimento. Microinjet – novo conceito Um exemplo de inovação, que combina produto com serviços orientados, é o Sistema Microinjet – tecnologia especialmente desenvolvida para a aplicação dos microcimentos Holcim. Microcimentos são produtos de granulometria extremamente fina. Foram criados para auxiliar no reparo de fissuras, empenamentos, nivelamento de placas de pavimento e preenchimento de vazios deixados por infiltração de água, entre outras situações. A aplicação dos microcimentos é realizada com equipamentos desenvolvidos pela Holcim Brasil, por profissionais treinados e autorizados. Dentre as vantagens para o cliente, a técnica evita transtornos com demolição. O tempo de aplicação e secagem rápida geram menos impacto no dia-a-dia e favorecem o uso racional de material, o que se traduz em economia e tranqüilidade. ( www.holcim.com.br) 28 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Produtos diferenciados Assim como o Sistema Microinjet, há vários produtos de alto desempenho exclusivos da Holcim. Eles foram desenvolvidos com tecnologia de ponta para atender a demandas específicas do mercado. A linha Duracem é composta por cimentos elaborados com matérias-primas selecionadas e modernas técnicas de fabricação. O Duracem AD300, por exemplo, é o cimento de maior resistência no mercado brasileiro. Já o Silimax foi desenvolvido para aplicações em pisos industriais, principalmente os que necessitam de grande resistência a abrasão e a agentes agressivos, como sulfatos, alguns tipos de ácido, óleos e graxas. Esse produto propicia, ainda, concretos com baixa retração. O portfólio de produtos foi recentemente incrementado com o Pavifort. É o primeiro ligante mineral para reforço de solos produzido no Brasil por uma indústria cimenteira. Substitui, com vantagens tecnológicas e ambientais, a tradicional camada de brita utilizada entre o solo e o pavimento de estradas e ruas. A Holcim também é a única cimenteira no Brasil que produz o Cimento G, desenvolvido para aplicação em poços de petróleo, principalmente nas plataformas marítimas da costa brasileira. Cimento personalizado A participação da Holcim na construção da mais alta barragem do Brasil – a de Irapé, localizada ao norte de Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha – é um exemplo histórico de busca de solução inovadora e eficaz para o desafio que o cliente enfrenta. Com 209 metros de altura e reservatório de 137 quilômetros quadrados, o terreno rochoso da barragem apresentava microfissuras e presença de pirita – mineral que, em contato com água, se transforma em ácido sulfúrico. Era necessário criar uma cortina impermeabilizante para as rochas fraturadas que geravam infiltrações, causando perda de produtividade e baixa durabilidade do concreto. Um dos fornecedores da obra estava utilizando quatro diferentes produtos para tentar solucionar o problema, sem resultados favoráveis. Após alguns testes em laboratório, montado no próprio canteiro da obra, a Holcim desenvolveu um cimento personalizado, batizado na época de CPIII HO RS Barragem. Hoje é comercializado como Microcem 30. Utilizando-se da tecnologia do Microinjet, foi possível injetar a calda do cimento – resistente a meios agressivos – nas fissuras das rochas. Foram fornecidos mais de 230 mil metros cúbicos de concreto. Além de resolver com eficácia o desafio, a Holcim Brasil proporcionou economia e maior durabilidade ao empreendimento. RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 29 RESÍDUO LEVADO A SÉRIo O crescimento populacional e o constante desenvolvimento das indústrias resultam no aumento da geração de resíduos. A capacidade dos aterros está saturada. Portanto, encontrar soluções para eliminar esses resíduos, de forma segura e definitiva – sem causar danos ao meio ambiente e sem oferecer riscos à saúde das pessoas –, é um dos maiores desafios da sociedade atual. Essa é uma das preocupações que norteiam a rígida política ambiental da General Electric (GE) nos 100 países em que atua. A empresa, que fabrica desde turbinas de avião e produtos de geração de energia até serviços financeiros, equipamentos de diagnóstico por imagem, entre outros, leva muito a sério o manejo dos resíduos gerados em suas operações. Embora utilize diversas possibilidades de destinação – reciclagem, incineração, aterro industrial –, a GE prioriza o co-processamento. É a técnica considerada a mais eficiente na eliminação definitiva de resíduos industriais, amplamente utilizada na Europa, nos Estados Unidos e no Japão e em crescimento no Brasil. O co-processamento utiliza resíduos industriais em substituição, parcial, do combustível que alimenta a chama do forno que transforma calcário e argila em clínquer, matéria-prima do cimento. A alta temperatura da chama e vários outros parâmetros da combustão na produção de cimento são ideais e até superiores aos padrões exigidos para a destruição ambientalmente segura de resíduos. Desde que começou a usar o co-processamento no Brasil, há cerca de 12 anos, a maior preocupação da GE é encontrar fornecedores que tratem os resíduos com a mesma seriedade com que ela trata. “Precisamos nos sentir confortáveis e seguros de que os procedimentos do fornecedor não nos causarão nenhum passivo jurídico e ambiental. Por isso nossa política de seleção de fornecedores é severa. Todos são auditados e homologados”, diz Fábio Carmo, gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança (EHS) da GE na América Latina. Desde 2003, a Resotec, unidade de negócios da Holcim responsável pelas operações de co-processamento, é o principal fornecedor da GE nesse campo. São co-processadas, por ano, em média, 600 toneladas de resíduos, como lama de estação de tratamento de efluentes, tinta e óleo, equipamentos de proteção individual, estopas e panos contaminados, retirados de cinco das oito unidades fabris da GE no País. Fábio destaca alguns aprendizados obtidos na relação com a Resotec. “Há padrões de segurança que a Resotec pede que façamos que eu não vejo no mercado. Com isso, estamos mudando vários de nossos processos internos de acondicionamento, separação e segregação de resíduos, e temos um conhecimento técnico mais detalhado sobre eles. Tudo para que possam ser destinados da melhor maneira possível sem que isso exponha nossa operação a risco nem a de nosso parceiro. É um olhar que temos para além de nossas unidades”, conclui o gerente. DESEMPENHO ambiental Política e sistemas de gestão ambiental Respeito ao ambiente O Grupo Holcim trata as questões ambientais com seriedade e alta prioridade. Tem consciência dos impactos de suas operações e está comprometido em promover o desenvolvimento sustentável. Inovação tem sido a resposta-chave da Holcim Brasil para enfrentar esse desafio. A empresa tem aperfeiçoado seu desempenho por meio da melhoria de processos, da eficiência energética e do reaproveitamento de matérias-primas. Sua política ambiental prevê ações de curto, médio e longo prazos e é fundamentada em quatro pilares: Sistemas de Gestão, Utilização de Recursos, Impactos Ambientais e Relações com os Públicos Estratégicos. (GEN26) A companhia mantém programa anual de inspeções e auditorias ambientais internas e externas. O objetivo é identificar os possíveis problemas associados aos processos operacionais ou à prestação de serviços, de forma proativa. Assim, pode desenvolver soluções e padrões de boas práticas e verificar sistematicamente se as metas ambientais estão sendo atingidas. Os dados sobre seu desempenho são informados aos órgãos competentes, seguindo a legislação em cada Estado. Impactos e soluções Cimento: ecoeficiência O processo de produção de cimento é intensivo no que se refere à extração de recursos naturais não-renováveis, especialmente calcário, argila, gesso e outros. Estes, quando moídos e misturados, dão origem à chamada “farinha”, que é levada ao forno a temperaturas em torno de 1.500ºC para a produção do clínquer, matéria-prima do cimento. Para garantir esse consumo térmico, a chama do forno é alimentada por combustíveis. Tal processo gera CO2 e outros gases causadores do efeito estufa. Para reduzir essas emissões, a Holcim Brasil substitui, 30 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 parcialmente, os combustíveis tradicionais (coque de petróleo e carvão mineral) por fontes alternativas de energia, entre elas resíduos industriais e biomassa, como a moinha de carvão vegetal. Cada acréscimo de 1% de combustíveis alternativos na matriz térmica equivale à redução de aproximadamente 2 kg de CO2 por tonelada de cimento produzido. (GEC2) Outra solução adotada como estratégia de redução das emissões de CO2 na produção de cimento é a adição de escória – componente mineral proveniente de resíduos da indústria siderúrgica – como um dos insumos que são moídos com o clínquer na etapa final da fabricação. O acréscimo de 1% de escória na composição de cimento equivale à redução de aproximadamente 8 kg de CO2 por tonelada de cimento produzido ( 33). Essas medidas respeitam limites técnicos e não alteram as características do produto. Em 2007, o uso de combustíveis e insumos provenientes de processos de reciclagem (GEN2) representou 24% dos materiais consumidos na produção de cimento. A utilização da escória tanto contribui para a redução de matéria-prima na produção de cimento (menos uso de clínquer na fórmula final do produto) como minimiza o uso de combustível. Requer menos clínquer e representa solução para a indústria do aço eliminar definitivamente esse resíduo. Tipos de produtos fabricados em 2007 Cimento com médio teor de escória 42% Cimento com alto teor de escória 34,8% Cimentos especiais de altas resistências 18,9% Cimento para poços petrolíferos 0,8% Ligante para solos 3,5% RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 31 2 4 7 Escória 1.045 1.246 1.188 Gesso 109 116 128 Insumos Minério de ferro Sacaria 7 7 8 Outros 22 24 46 Concreto: menos água e areia A produção de concreto consome grandes quantidades de areia, agregados, água e cimento. Entre os esforços da Holcim Brasil para diminuir o impacto ambiental dessa operação está o uso de areia manufaturada, fabricada a partir de pó de pedra. Serve como substituta da natural, extraída do leito de rios, procedimento que agride sua calha natural, leva ao aumento da vazão de água e acelera o ritmo de erosão das margens. Para cada metro cúbico de concreto produzido, são necessários de 300 a 400 litros de água. Cerca de 60% vão para o preparo do produto e 40% para a lavagem de caminhões de concreto. A Divisão de Concreto iniciou, em 2007, o projeto Central Padrão, modelo que atende a requisitos de controles ambientais, segurança e eficiência operacional. A Central Padrão estabelece os tipos de filtro e de enclausuramento a serem adotados, sistemas de reaproveitamento de água e controle de particulados. Serve de parâmetro de adequação das centrais existentes e de referência para a construção de novas unidades. Ajuda, inclusive, a prever investimentos nos próximos anos. A central mais próxima do modelo ideal é a de Santo Amaro (SP). O objetivo é que as 29 centrais estejam adequadas até 2011. O transporte de concreto também gera impactos ambientais (GEN29). Não existe ainda a medição da emissão de CO2 e de outros gases causada pela frota de veículos. O controle é feito pelo plano de manutenção preventiva, realizado a cada 250 horas trabalhadas. Isso garante que os caminhões estejam em condições de uso. A frota atual da Divisão de Concreto 32 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Materiais usados na produção de concreto, por peso ou volume (GEN1) Unidade 2005 2006 2007 tonelada 354.925 397.077 371.925 Areia m3 712.410 679.111 482.778 Brita m3 793.214 689.171 278.350 Água 3 201.607 209.167 202.247 Cimento m Agregados: melhoria de processos O impacto das operações de agregados sobre as alterações climáticas é limitado e está principalmente associado ao uso de combustíveis e ao consumo de energia. Há unidades com alto nível de automação e processos otimizados que evitam desperdício de matérias-primas, energia e insumos. A Divisão Agregados tem suas unidades localizadas próximas a centros urbanos, o que torna essencial o controle do ruído, da poeira e das vibrações que são gerados pelo uso de explosivos. Por isso, investe em técnicas seguras e modernas de extração e mantém boa proteção de terreno no entorno das operações para reduzir possíveis impactos na vizinhança. A gestão ambiental inclui, ainda, grandes esforços para recuperar áreas das minas após a exaustão da operação ( 37). Evolução das emissões de CO2 (kg de CO2/t de cimento) (GEN16) 600 500 400 300 200 100 0 Meta Materiais usados na produção de agregados, por peso ou volume (GEN1) Explosivos Diesel Manganês Lubrificantes Total de emissões diretas e indiretas de gases causadores do efeito estufa (por peso - tCO2 eq.) (GEN16) Unidade 2005 2006 2007 kg 528.129 681.992 590.560 litros 1.914.062 1.786.608 1.763.752 kg 100.580 123.620 121.735 litros 18.139 17.918 19.005 2005 2006 2007 Cimento 1.131.000 1.607.000,0 1.838.000,0 Concreto 3.987 4.018,0 3.832,0 Agregados ND 4,7 4,7 Total ND 1.611.022,7 1.841.836,7 ND: não disponível. Em Agregados e Concreto, o volume inclui estimativa de emissão de veículos. RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 33 2007 414 2006 443 Combustíveis 2005 378 Combustíveis 2004 107 2003 121 66 2002 151 32 2001 79 Outros corretivos 2000 Areia 1999 286 1998 311 Corretivos 1997 268 Argila 1996 3.499 O Grupo Holcim assumiu junto ao World Business Council for Sustainable Development – WBCSD (Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável) metas de redução das emissões de CO2 para todas as suas unidades no mundo. A meta brasileira era baixar 32% até 2008, com base nos níveis de 1990. Em 2007, a redução em relação a 1990 ficou em torno de 10,54%, marca lamentada pela empresa, que chegou a superar a meta, em 2004, quando diminuiu as emissões em 35%. Um dos motivos para a queda no desempenho é a falta de moinha de carvão vegetal, uma das principais fontes de energia alternativa para alimentar os fornos de cimento ( 35). A empresa foi obrigada a ampliar a utilização de combustíveis tradicionais, elevando suas emissões. Apesar da elevação nos níveis de CO2, a Holcim Brasil continua sendo uma das operações com as menores emissões do grupo. Ainda assim, para recuperar os níveis de redução de CO2 até 2010, a empresa tem buscado captar mais moinha de carvão vegetal no mercado. Planeja também melhorias em sua matriz energética. Estão em estudo as instalações de pré-calcinadores para ampliar a capacidade de co-processamento de resíduos e de um novo moinho de cimento em Pedro Leopoldo (MG), que permitirá o aumento da capacidade de moagem com maior utilização de escória. 1995 3.368 Calcário Emissões: compromisso com a redução 1994 2.961 Matérias-primas Um exemplo de matéria-prima alternativa utilizada pela Holcim Brasil é a escória, subproduto da produção do aço. Ao aproveitar esse material como insumo na composição do cimento, a empresa mais uma vez adota uma solução ambiental de efeito duplo: diminui o consumo de recursos naturais não-renováveis e auxilia outras indústrias a atender às rigorosas exigências das leis ambientais sobre a correta destinação de seus resíduos. Para ter uma idéia, segundo dados da Escola Politécnica da USP, cada tonelada de aço produzido nas usinas gera 330 kg de resíduos. Saem do forno em forma de lava e tornam-se montanhas de grânulos depois de resfriados. Esse material fica amontoado em áreas que poderiam ser usadas para outros fins. São verdadeiras rochas artificiais estéreis, de aspecto visual incômodo, que, se não forem tratadas de forma adequada, podem contaminar o solo e a água do subsolo (lençol freático). A escória já representa cerca de 30,5% dos insumos utilizados na composição dos produtos Holcim. Dois deles – o cimento Ultra Forte (CPIII 40) e o ligante para solos Pavifort ( www.cimentosholcim.com.br) – são considerados alguns dos mais diferenciados produtos do mercado de construção civil, por suas características técnicas. Ambos têm 50% de escória em sua composição. São, portanto, a prova de que é possível ter eficiência causando menos impacto ao meio ambiente. (GEN18) 1993 2007 Indicadores ambientais 1992 2006 Ecoeficiência em produtos 1991 2005 é de 287 caminhões-betoneira a diesel, que circulam aproximadamente 7,4 milhões de quilômetros por ano. Há ainda medidas para suavizar os ruídos. Como as centrais de concreto são instaladas em centros urbanos, pelo fato de esse material ser perecível, a solução para não incomodar a vizinhança é o enclausuramento dos caminhões no ponto de carga. Merece destaque a unidade de São Vicente (SP), onde o enclausuramento é de alvenaria e revestimento interno com isolante acústico. Em 2006, a Central de Concreto de Itaquera, na Grande São Paulo, foi autuada porque parte da operação estava localizada em Área de Preservação Permanente (APP). A Holcim Brasil pagou multa no valor de R$ 1.800,00 e está providenciando plano de regularização para avaliação do órgão ambiental. (GEN28) 1990 Materiais usados na produção de cimento (mil toneladas) (GEN1) Processos mais limpos Além da redução das emissões de CO2, o Grupo Holcim também se compromete a reduzir emissões de outros gases, conforme a tabela abaixo. Na operação Cimento, esses gases são gerados pelos combustíveis usados na queima de matéria-prima para produção do clínquer. NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso [mg/Nm3 (10% de O2)] (GEN20) Cimento 2005 2006 2007 Particulado 47 56 53 NOx 362 445 382 SO2 24 32 34 VOC (TOC) 45 32 27 Nos segmentos Concreto e Agregados, essas emissões não são monitoradas, mas há várias iniciativas para minimizar os impactos de poeira e particulados. (GEN17) Entre 2004 e 2006, foram instalados nas unidades de Agregados de Mairiporã (SP) e Magé (RJ) sistemas de despoeiramento com filtros de manga em pontos críticos de geração de poeira. Esses filtros fazem a sucção do pó, o que deixa a operação limpa, reduz os custos de manutenção e preserva a saúde do trabalhador. Além disso, o fíler de granito – poeira fina retida pelo equipamento – pode ser utilizado na composição de rejuntes, dando destinação a esse resíduo. Um foco de cuidado na produção de concreto é a emissão de particulados, por conta das matérias-primas utilizadas – cimento, areia e brita. Em 2005, a empresa recebeu quatro autuações, sem imposição de multa, referentes à emissão de particulados na Central de Água Branca (SP). Para solucionar o problema, a Holcim Brasil implementou, em 2006, processopiloto com a instalação nos caminhões-betoneira de um equipamento exaustor que suga todo o pó emitido. Também estão sendo substituídos os filtros de manga por filtros autolimpantes, o que praticamente elimina a emissão de particulados. Atualmente 95% das centrais já possuem esse equipamento. (GEN28) Até 2004, o uso de combustíveis alternativos (co-processamento e biomassa) representava 85% do mix de energia térmica utilizada nos fornos de clínquer. A moinha de carvão vegetal, derivada da indústria siderúrgica de ferro-gusa, era a principal fonte. Sua oferta era abundante e o custo, tanto do produto como da logística, competitivo. Nos últimos três anos, esse cenário mudou: o consumo da moinha pela Holcim caiu pela metade e o material, antes descartado pela indústria siderúrgica, passou a ser utilizado no próprio processo, tendo sua oferta reduzida para outras indústrias. Isso fez a empresa elevar o uso de combustíveis tradicionais, o que contribuiu para a piora na redução das emissões de CO2. (GEN6) Atualmente, o co-processamento é a principal alternativa aos combustíveis fósseis da empresa ( 38). Com relação ao consumo de energia elétrica, a Divisão Concreto iniciou, em 2007, o monitoramento de consumo para controlar o gasto. Foram reavaliados os contratos de energia elétrica nas centrais de maior demanda e feitas adequações em algumas instalações elétricas. Houve reduções significativas, que resultaram em economia de 15% no total geral consumido. (GEN5) Com o mesmo objetivo, a operação de Agregados tem usado motores melhores e equipamentos elétricos mais eficientes. Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária (terajoules) (GEN3) Cimento Proporção do uso de combustíveis alternativos e tradicionais na produção de cimento Concreto 2005 2006 2007 Combustíveis alternativos (biomassa e co-processamento) 72,3% 50% 25,7% Tradicionais 27,7% Tipo de combustível Agregados 50% 74,3% Energia 2005 2006 2007 Elétrica 1.221 1.438 1.542 Térmica sem biomassa 2.810 5.580 7.297 Térmica com biomassa 3.695 2.893 1.395 Elétrica 0,006 0,009 0,007 Térmica (diesel) 0,054 0,054 0,052 Elétrica 0,171 0,202 2,149 Térmica (diesel) 71 66 66 Térmica (explosivos) 1,4 1,8 1,5 Energia: alternativas sustentáveis A energia é um dos principais insumos na produção de cimento e, portanto, o uso racional de fontes energéticas é fundamental para o negócio. Toda a energia elétrica que a Holcim utiliza é fornecida por concessionárias locais. A forma de energia mais significativa para esse segmento, porém, é a térmica. Como o forno de clínquer consome grande quantidade de combustível, o impacto ambiental causado pela utilização de recursos naturais não-renováveis é ponto de atenção. A energia elétrica e a térmica são responsáveis por mais de 50% dos custos de produção. 34 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 35 Água: uso consciente Assim como acontece com a energia, a água deve ser usada eficientemente. Há uma preocupação global crescente com a escassez de água limpa e de boa qualidade, com o aumento do consumo urbano, agrícola e industrial. Total de retirada de água (m3/ano) (GEN8) 2005 2006 2007 Cimento 1.182.874 1.080.452 1.400.270 Concreto 336.013 348.612 337.079 Agregados 38.320* 95.500 99.500 * A informação não contempla o consumo de todas as unidades. Na operação de Cimento, a água não é utilizada na elaboração do produto, e, sim para resfriar os equipamentos e os fluxos gasosos. Quando usada para resfriamento de fluxos gasosos, é absorvida no processo, sendo liberada em parte na forma de vapor, sem contaminação por efluentes industriais. Já a água empregada no resfriamento de equipamentos sofre alguma contaminação por óleo. Por isso, é tratada em canais de drenagem, de onde sai 100% reciclada, pronta para reutilização no processo. (GEN10) Já na produção de concreto, a água é insumo de extrema importância. Responsável pelas reações de endurecimento e usada na cura, chega a representar 20% do volume do concreto. A lavagem dos caminhõesbetoneira também consome volume significativo de água – cerca de 40% do total consumido. Em 2007, gerou 26,9 m³ de água descartada. (GEN21) Atualmente, 85% das centrais de concreto têm algum sistema de reaproveitamento de água. A meta é chegar a 100% até 2009. Toda a água reaproveitada é incorporada ao produto. (GEN10) Na Divisão Agregados, a água é empregada principalmente para a umectação de estradas, abatimento de poeira do processo e lavagem de equipamentos. As unidades têm controle de todas as emissões de efluentes líquidos, inclusive com sistema de separação de água e óleo e de decantação de sólidos, para que a saída desses efluentes esteja dentro de padrões regulamentares. Cerca de 93 % da água (GEN10) é utilizada na umectação das vias internas e no abatimento de poeira do processo. O restante é usado na lavagem de equipamentos. (GEN21) O volume total descartado em 2007 foi de 2.682 m3. Nenhum dos três segmentos registrou vazamentos de qualquer natureza no período. (GEN23) Resíduos: descarte seguro As operações da Holcim Brasil não são grandes geradoras de resíduos. Os materiais descartados na fabricação de cimento têm destinação apropriada. Alguns, como pó de filtro, tijolo refratário e rejeito de carvão, são 36 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 reaproveitados. Outros, como a embalagem usada, são comercializados. Já o estéril, material descartado na mineração durante o decapeamento de calcário, é estocado e, após estudos, passa por processo de reflorestamento ( 37). Atualmente, as sobras de concreto são destinadas para aterros. Uma alternativa alinhada à hierarquia de gestão de resíduos ( 38) é a instalação de um reciclador do material. Está em fase de estudos a viabilização dessa iniciativa na Central de Santo Amaro (SP). Em Agregados, os resíduos, classificados de acordo com a legislação, são comercializados para empresas especializadas – e autorizadas pelos organismos ambientais – em reaproveitá-los, após tratamento adequado. Em 2006, devido à troca de fornecedores, houve acúmulo de resíduos, que foram comercializados somente em 2007, justificando boa parte do volume registrado no período. Isso foi influenciado, ainda, pelas obras de melhorias nas plantas para atender a requisitos de saúde e segurança. Peso total de resíduos gerados (toneladas) (GEN22) 2005 2006 2007 Cimento 25.658 27.779 23.794 Concreto 101.950 179.667 74.929 84 60 178 Agregados Disposição inadequada de resíduos No início da década de 1990, a pedido do proprietário de uma extração de areia vizinha à fábrica de cimento de Pedro Leopoldo (MG), foi doado material – proveniente de limpeza industrial e manutenção de rotina da fábrica – para nivelamento das cavas decorrentes da operação dessa extração. Em 2007, a empresa foi penalizada pela disposição inadequada desse material, com o pagamento de multa no valor de R$ 78.597,36. (GEN28) Embora estudos ambientais tenham comprovado que o material depositado não causava impacto ambiental no meio aquático e no solo do local, a Holcim Brasil optou por sua remoção e reprocessamento, iniciativa aprovada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e pelo Ministério Público do Estado, que se encontra em fase final de execução. Exploração de minas: respeito à biodiversidade A Holcim Brasil possui 2.376 hectares (o equivalente a 2.200 campos de futebol) de áreas de concessão para minerar argila, calcário, granito e gipsita. Desse total, 2.176 hectares são de propriedade da empresa, localizados nos Estados de São Paulo (Mairiporã), Pernambuco (Ipubi), Minas Gerais (Pedro Leopoldo e Barroso) e Rio de Janeiro (Cantagalo e Magé). Os outros 200 hectares correspondem às minas Ipanema e Felicíssimo, situadas dentro da Floresta Nacional de Ipanema – um dos últimos fragmentos de Mata Atlântica no interior de São Paulo, em Sorocaba. A área é de propriedade do governo federal e administrada pelo Ibama. (GEN11) A Holcim Brasil não tem propriedades em terras indígenas. (GHR9) Para obterem concessão de extração mineral, as empresas mineradoras são obrigadas, por lei, a apresentar vários relatórios sobre o local, dentre eles Estudo de Impacto Ambiental (EIA), Plano de Recuperação das Áreas Degradadas (Prad) e Plano de Fechamento e Uso Futuro. Esses levantamentos ajudam a mapear ou prever impactos que a atividade vai gerar, dos pontos de vista econômico, social e ambiental. Sobre este último, observa-se, inclusive, aspectos como características geológicas, arqueológicas, espeleológicas (presença de cavernas), além da fauna, flora e áreas de manancial (bacia hidrográfica). Com base na análise desses estudos, os órgãos competentes decidem pela autorização ou não da atividade mineradora. Delimitam também áreas que serão protegidas de qualquer dano durante as atividades operacionais, mantendo o ecossistema em seu estado original. Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como referência para outras mineradoras. (GEN13) A Holcim Brasil procura ir além do que a legislação estabelece. Constitui reserva financeira anual (Provisão Ambiental) para garantir que as áreas afetadas pela mineração sejam recuperadas após a exaustão das jazidas. Essa provisão está alinhada com o chamado Princípio da Precaução (G4.11), que foi proposto formalmente na Conferência Rio-92 e que significa uma garantia contra riscos potenciais. Áreas de minas de extração (hectares) (GEN11) Mina Área de concessão Área de extração Área preservada Calcário 1.096 492 604 Argila 735 138 597 Gipsita 162 90 72 Granito 383 ND ND ND: não disponível. Principais impactos Os impactos mais significativos possíveis de serem causados pela exploração das minas de argila são erosão, desmatamento e poeira gerada pela operação. Leva-se em conta também o monóxido de carbono eliminado pelos escapamentos dos veículos, assim como o aspecto visual. Nas minas de gipsita, os efeitos são semelhantes, porém com menor erosão. Já nas minas de calcário e granito, além dos impactos citados, a exploração também pode causar rebaixamento do lençol freático. (GEN12) Áreas recuperadas O momento da recuperação das jazidas depende de sua vida útil. O Plano de Fechamento e Uso Futuro prevê a reutilização da área após o encerramento das atividades de mineração. É revisado de acordo com as necessidades dos públicos interessados. (GEN14) A revegetação e estabilização da pilha de estéril da mina Felicíssimo é um caso citado pelo próprio Instituto Brasileiro do Meio Uso futuro planejado com a comunidade Outro importante diferencial do Grupo Holcim na definição de usos futuros das jazidas exauridas é ouvir a população local. Um caso exemplar no Brasil é o da mina Fazenda Campinho, localizada a 40 quilômetros ao norte de Belo Horizonte, no município de Pedro Leopoldo (MG). A proposta de uso futuro é transformar a mina e seu entorno em uma espécie de parque temático, isto é, um espaço onde o público possa usufruir atividades de lazer e cultura, além de vivenciar temas ambientais. Para a região metropolitana de Belo Horizonte, esse projeto poderá funcionar como âncora para uma nova concepção de educação e informação ambiental. O objetivo é fomentar o interesse pelas questões da mineração, bem como estimular idéias de preservação e qualidade ambiental – algo como “Museu a Céu Aberto da História da Mineração” ou “Parque de Vivência Ambiental da Holcim Brasil”. Todos os projetos de restauração de jazidas são revistos periodicamente: nas minas com vida útil superior a 40 anos, a cada dez anos; nas minas com menos de 40 anos de vida útil, a cada cinco anos. (GEN14) RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 37 DIRETRIZES PARA MELHORES PRÁTICAS Especial Solução ambiental Reduzir/Prevenir Reparar/Reutilizar ção era up Rec Reciclar Co-processamento, recuperação de energia e reciclagem de material ção ina Elim Incineração Aterro No Brasil são geradas centenas de milhões de toneladas de resíduos industriais por ano. Desse total, apenas 1 milhão tem destino conhecido. Algumas iniciativas para solucionar problemas ambientais decorrentes de tal cenário são adotadas com base na hierarquia da gestão de resíduos. Esse gerenciamento determina algumas etapas essenciais. O ideal é implementar melhorias no processo para evitar que resíduos sejam gerados. Se não é possível evitar sua produção, devem-se buscar formas de reutilização e reciclagem. Caso não seja plausível prevenir, reutilizar ou reciclar, o co-processamento é a oportunidade de eliminá-los termicamente, como forma de reaproveitamento de energia e matéria-prima. Essa medida abrange dois conceitos importantes da hierarquia de gestão de resíduos: a recuperação e a reciclagem. No Brasil, o Grupo Holcim aplica sua sólida experiência em co-processamento por meio da Divisão Resotec, que nasceu, em 1999, da preocupação da empresa em dar respostas a alguns importantes impactos ambientais de terceiros. O co-processamento é uma solução para as indústrias eliminarem definitivamente os resíduos de seus processos fabris. Ao mesmo tempo, é uma alternativa para o setor cimenteiro reduzir o uso de recursos energéticos não-renováveis. Por meio do co-processamento, até mesmo as cinzas – que seriam geradas e posteriormente aterradas em um método convencional de incineração – são totalmente incorporadas ao clínquer sem alterar suas propriedades. A segurança é absoluta, não produz efluentes líquidos ou sólidos durante o processo e ainda gera empregos. Em 2007, a Resotec co-processou 200 mil toneladas de resíduos de diversos segmentos industriais. 38 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Em 2003, o Grupo Holcim e a Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ), agência de cooperação técnica do governo alemão, estabeleceram aliança estratégica para oferecer diretrizes em co-processamento ao redor do mundo. Com investimento de 3 milhões de euros, a parceria selecionou quatro países – Chile, Filipinas, Marrocos e México – para desenvolver projetos-piloto, que inspiraram a publicação do guia Diretrizes sobre Co-Processamento de Resíduos na Produção de Cimento, lançado no Brasil em 2006. ( www.holcim.com.br) Segurança total Em 2007, a Holcim Brasil investiu R$ 5 milhões em melhorias para aumentar a segurança e a qualidade da operação de co-processamento. Para os próximos cinco anos, estão previstos mais R$ 22 milhões. Os recursos serão aplicados na modernização de equipamentos e processos para elevar os padrões de saúde e segurança no trabalho e dos controles ambientais e da qualidade da produção. O co-processamento obedece a rigorosas normas de segurança e de saúde ocupacional. A Resotec utiliza ferramentas que asseguram maior conhecimento do resíduo antes de efetuar o co-processamento. Essa medida é reconhecida pelos órgãos ambientais como diferencial no controle de substâncias que possam causar algum dano à saúde das pessoas ou ao meio ambiente. Um dos focos dos investimentos é a compra de novos aparelhos para os laboratórios. Os serviços em clientes garantem a aplicação das melhores práticas de manuseio, necessárias para otimizar o recebimento. O transporte seguro é fundamental. Para isso, os parceiros são avaliados e auditados periodicamente e existe um canal de informações sobre saúde e segurança que auxilia os motoristas. Há investimentos também para modernização dos sistemas de prevenção e combate a incêndio, assim como dos de contenção e tratamento de água, além da expansão dos galpões para melhorar a armazenagem e toda a infra-estrutura da operação. Os trabalhadores fazem uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), que garantem total segurança na atividade. Eles são periodicamente submetidos a exames de saúde complementares. O monitoramento dos gases dos fornos é contínuo. O processo, dentro da fábrica, possui sistemas que interrompem a alimentação de resíduos ao sinal de qualquer anomalia. Há sistemas de proteção ambiental – como filtros de alta eficiência – que controlam a emissão de material particulado na atmosfera, não causando prejuízo algum à comunidade. RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 39 Cidade correta no rumo certo Daise Almeida Ferreira Damasceno, moradora e comerciante de Barroso (MG), município com cerca de 20 mil habitantes, a 200 quilômetros da capital, Belo Horizonte, é dona de uma loja que vende produtos diversos, como confecções, cama, mesa e banho, perfumes e livros. Assim como outros empresários locais, sempre via muitos moradores irem a Barbacena, cidade vizinha, a 24 quilômetros, fazer compras. Ela sabia que era preciso tornar seu negócio – a Loja do Luiz – mais atraente e competitivo. E o “empurrãozinho” que faltava chegou em 2006, com a criação do Rumo Certo, projeto do Instituto Holcim em parceria com a Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de Barroso (Acib) . Daise foi uma das participantes do programa de capacitação em gestão, que envolveu 20 comerciantes da cidade, para aulas de fluxo de caixa, planejamento de compras, estoque e redução de custos, entre outros temas. Em um ano, o faturamento dos participantes cresceu, em média, 28% e o número de empregos, 19%. O comércio de Barroso emprega hoje cerca de 800 pessoas. “Realizei um sonho: reformei a loja, para lhe dar um visual mais moderno”, comemora Daise. Após cinco meses de obras, o estabelecimento ganhou o nome-fantasia D’Luigi Moda e Departamentos. Para a lojista, o resultado foi positivo: “Agora sei realmente quanto custa meu negócio. Posso falar se um produto me dá mesmo lucro ou se é só um chamariz. Parei de vender artigos que não tinham retorno. Com a reforma, informatizei a loja, passei a investir em produtos mais sofisticados e ganhei novos clientes”. Segundo Daise, outros comerciantes, que não participaram do Rumo Certo, também se sentiram incentivados. “As lojas estão mais bonitas.” O Rumo Certo é uma das iniciativas do Projeto Ortópolis (palavra de origem grega que significa ‘‘cidade correta’’) Barroso – ação comunitária apoiada pelo Instituto Holcim –, que completou quatro anos em 2007 ( www.holcim.com.br). “Quando eu vi pela primeira vez esse nome, Ortópolis, em outdoors na cidade, pensei que era uma danceteria. Na Associação Comercial, fiquei sabendo que a iniciativa visava ao crescimento sustentável da cidade em vários níveis. Agora aprovo totalmente o Projeto Ortópolis”, conclui Daise. Política e sistemas de gestão social Desenvolvimento comunitário Relações Sociais Promover diálogo e estabelecer parcerias com as comunidades nas quais atua, visando ao desenvolvimento sustentável local, é um dos princípios da Holcim Brasil na implementação de sua estratégia de responsabilidade social corporativa. O fortalecimento do relacionamento com as comunidades se dá por diversas formas. A atuação do Instituto Holcim e os Comitês com a Comunidade são dois exemplos de como isso acontece na empresa. Atuar com responsabilidade social corporativa (RSC) é um dos princípios para promover o desenvolvimento sustentável. A estratégia de responsabilidade social da Holcim estabelece seis pilares de atuação: • conduta dos negócios; • práticas empregatícias; • saúde e segurança no trabalho; • relacionamento com a comunidade; • relações com clientes e fornecedores; • monitoramento e relato de desempenho. ( www.holcim.com.br) Para incorporar esses pilares às práticas de RSC no País, a empresa procura ouvir os públicos estratégicos. O objetivo é conhecer suas demandas e percepções sobre as atividades da Holcim Brasil, considerando aspectos positivos e negativos. Entre setembro de 2005 e fevereiro de 2006, foi feita uma pesquisa, denominada Needs Assessment (Avaliação de Necessidades), com 260 pessoas em todas as unidades da Holcim no Brasil. Foram entrevistados integrantes da alta administração da empresa e funcionários de todos os níveis, bem como representantes de ONGs, associações de bairro, membros do governo local, sindicalistas, clientes e parceiros. Todos ofereceram elementos para o fortalecimento e o aperfeiçoamento das práticas. O levantamento possibilitou uma base de informações para o desenvolvimento da estratégia de RSC da Holcim Brasil, que, a partir de 2008, será incorporada ao Sistema de Gestão Integrada (SGI). Essa iniciativa reforça a visão da empresa de que responsabilidade social é algo que não está separado de sua gestão do negócio. (G4.14, 4.15 e 4.16) 40 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Instituto Holcim Criado em 2002, o Instituto Holcim é uma associação sem fins lucrativos que coordena os investimentos sociais da Holcim Brasil. Administra recursos provenientes da própria empresa e de parceiros, como a Inter-American Foundation (IAF) e a Adelante! Fundación Max D. Amstutz. O Instituto tem como objetivo fomentar o desenvolvimento das localidades em que a Holcim Brasil atua para assessorar suas unidades no investimento social e fortalecer o relacionamento da empresa com as comunidades do entorno de suas operações. Os recursos são aplicados em projetos para fomentar o desenvolvimento local, preferencialmente com foco em geração de renda e educação. As localidades priorizadas são Pedro Leopoldo e Barroso (MG), Cantagalo e Magé (RJ) e Mairiporã (SP). A iniciativa Roteiro Social estimula os funcionários e parceiros a visitar os projetos e, caso tenham interesse, podem envolver-se como voluntários. ( www.holcim.com.br) Investimentos em ações e projetos realizados para a comunidade e a sociedade em geral (GSO1) Investimentos Em R$ Pessoas beneficiadas Educação e meio Setor ambiente beneficiado Desenvolvimento local e geração de renda 2005 2006 1.274.034,71 1.375.000,00 2007 1.610.000,00 7.939 9.814 22.335 64% 45% 40% 36% 55% 60% Total de investimentos da Holcim Brasil. Adicionalmente, o Instituto Holcim conta com recursos de outros parceiros. RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 41 DESEMPENHO SOCIAL DESEMPENHO SOCIAL Diálogos com a comunidade Os Comitês com a Comunidade existem desde 2003. A partir de 2006, os encontros passaram a acontecer a cada três meses com os moradores de Barroso (MG). A meta é estender essa prática para outras regiões, respeitando as características locais. Em 2004, a dinâmica de participação ganhou novo formato. As reuniões, que lembravam uma audiência pública, nas quais eram apresentadas informações sobre a empresa para grande número de pessoas, foram substituídas por um modelo mais participativo. Foram convidadas pessoaschave da comunidade para formar um pequeno grupo, com cerca de 25 participantes, e discutir assuntos diversos. A comunidade leva os temas, é construída uma pauta conjunta e aprofunda-se um assunto de cada vez. Essa aproximação tem papel fundamental para derrubar mitos, compartilhar conhecimento e prestar contas diretamente à população. Em Pedro Leopoldo (MG), também acontecem encontros com instituições de meio ambiente, duas vezes por ano. Já em Cantagalo (RJ), a empresa procura manter contato constante e transparente com o governo local, câmaras, comércio e comunidade em geral. Em 2006, participou da discussão do plano diretor da cidade com a prefeitura, população local, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e empresas do pólo cimenteiro. Em 2007, patrocinou a Feira de Sustentabilidade, organizada pela ABCP, que aconteceu simultaneamente em Cantagalo, Cordeiro e Macuco. Parcerias com o Governo O relacionamento da Holcim Brasil com as diferentes esferas de governo se dá no cumprimento das obrigações fiscais, sociais, ambientais e trabalhistas com os órgãos públicos. A atuação da empresa é pautada pela transparência e pela busca conjunta de soluções de interesse coletivo. (GSO5) Na esfera municipal, a empresa tem parceria ativa na promoção de políticas de desenvolvimento local, como por exempo, com a prefeitura de Pedro Leopoldo (MG), no Holcim Comunidade; com a de Barroso (MG), no Projeto Ortópolis e com a de Magé (RJ), na implementação da Biblioteca Ler é Preciso, entre outras. A empresa não realiza doações ou financiamento de campanhas políticas. (GSO6) Patrocínios culturais Além das iniciativas sociais do Instituto Holcim, há uma linha de apoio a projetos culturais com incentivos fiscais, que a Holcim opera diretamente. A empresa orienta seus investimentos culturais para as comunidades em que atua e projetos de vulto nacional que estejam focados em arquitetura e construção. No período de 2005 a 2007, foram destinados pouco mais de R$ 1,6 milhão para diferentes projetos culturais. Desse total, R$ 1,4 milhão é proveniente de incentivo fiscal e R$ 260 mil equivalem a investimento com recursos próprios. 42 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Práticas empregatícias Diferencial Holcim Investimentos culturais (em mil R$) (GEC4) 2005 2006 2007 Ajuda financeira significativa recebida do governo (incentivos fiscais) 541 367 494 Participação própria 99 73 88 NA MÍDIA: MAIS TRANSPARÊNCIA Para o Grupo Holcim, a mídia tem papel importante na disseminação de práticas sustentáveis e configurase como um agente de destaque na obtenção de sua “licença para operar”. A unidade brasileira segue a política do grupo, regida pelos seguintes princípios: abertura e transparência, imparcialidade e pontualidade, acessibilidade e regionalidade. (GPR6) A empresa intensificou seu relacionamento com jornalistas, convidando veículos de comunicação para conhecerem suas unidades de produção e seus projetos socioambientais. Exposições na mídia em 2007 Um dos objetivos do Grupo Holcim é ser reconhecido como a primeira escolha como empregador. Para isso, a empresa empenha-se em oferecer um ambiente de trabalho propício ao desenvolvimento pessoal e profissional. Procura também criar uma cultura de respeito ao indivíduo, recompensando a iniciativa própria e o trabalho em equipe. A Holcim Brasil tem como meta preencher dois terços de todas as suas vagas por meio de recrutamento interno. Em 2007, foram gerados 242 novos postos de trabalho, 128% a mais que em 2006. (GLA2) Essa evolução acompanha a demanda de mercado, em franco aquecimento, para a qual é preciso estar preparado com estruturas adequadas e atendimento qualificado. Os processos de seleção e promoção levam em consideração a qualificação e o desempenho dos candidatos e funcionários. A Holcim não tolera qualquer forma de discriminação. Sua política de recrutamento determina que todos devem ser tratados sem distinção de raça, cor, religião, nacionalidade, deficiência, gênero, orientação sexual ou idade. Não é autorizada a contratação de menores de 18 anos, exceto na condição de aprendiz – a partir dos 14 anos de idade –, assim como são proibidos os trabalhos forçados. No período de 2005 a 2007, não houve registro de processos jurídicos por discriminação ou desrespeito aos direitos humanos de forma geral. (GHR4) A taxa de rotatividade vem diminuindo. (GLA2) Nos segmentos Cimento e Agregados, é baixa (2%) e estável. Já no segmento Concreto, está em aplicação um plano de trabalho para reduzir a rotatividade – hoje em torno de 25% –, especialmente nos cargos operacionais. Em 2007, a média de rotatividade da empresa foi de 11,8% – menos da metade da do ano anterior, de 24,3%, e abaixo dos 15,79% registrados em 2005. O tempo médio de empresa está em torno de dois anos e cinco meses. Perfil dos funcionários Por tipo de contrato (GLA1) 2006 2007 (2.549 colaboradores) (2.604 colaboradores) (3.243 colaboradores) Funcionários CLT 63,5% 66,0% 60,5% Terceirizados 33,0% 30,5% 37,0% Estagiários 3,5% 3,5% 2,5% Empresas prestadoras de serviços. Por categoria funcional (GLA1) 2005 Categoria 2006 2007 (1.619 funcionários) (1.725 funcionários) (1.967 funcionários) Diretoria 9 8 8 Gerência 58 51 47 Coordenação/Supervisão 146 139 154 Administrativo 443 479 549 Operacional 963 1.048 1.209 2005 2006 2007 Por gênero (GLA13) Gênero (CLT) (1.619 funcionários) (1.725 funcionários) (1.967 funcionários) Homem 1.450 (89,5%) 1.544 (89,5%) 1.752 (89,0%) 169 (10,5%) 181 (10,5%) 215 (11,0%) Mulher Por faixa etária (GLA13) Faixa etária 2005 2006 2007 Abaixo de 30 anos 359 396 460 Entre 30 e 50 anos 1.053 1.092 1.237 Acima de 50 anos 207 237 270 Cargos de chefia, por gênero (GLA13) Categoria Positivas 398 Neutras 116 Negativas 17 2005 Tipo de contrato 2005 2006 2007 Homem | Mulher Homem | Mulher Homem | Mulher Diretoria 8 1 7 1 7 1 Gerência 52 6 43 8 39 8 Coordenação/ Supervisão 122 24 111 28 120 34 Total 182 31 161 37 166 43 Cargos de chefia, por faixa etária (GLA13) Faixa etária 2005 2006 Abaixo de 30 anos 36 35 2007 25 Entre 30 e 50 anos 146 133 152 Acima de 50 anos 31 30 32 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 43 Remuneração Benefícios para viver bem Os salários pagos pela Holcim Brasil estão dentro da média oferecida no mercado e, em alguns casos, acima da do setor. Entre 2005 e 2006, foi feita a revisão de cargos e salários baseada na metodologia Hay Group. Em 2007, os gastos com salários e encargos sociais somaram R$ 97,8 milhões, 9% a mais que em 2006. O valor também supera os gastos de 2005 (R$ 81,9 milhões), em 19,5%. A remuneração variável consiste em uma combinação entre metas da companhia e individuais. O bônus por atingimento de metas financeiras e não-financeiras (desempenho em saúde e segurança no trabalho, por exemplo) representa cerca de 20% da remuneração fixa. (G4.5) O salário mais baixo da Holcim é 68% maior que o salário mínimo nacional. (GEC5) Os funcionários da Holcim Brasil, contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), recebem uma série de benefícios (veja tabela), que totalizaram, em 2007, investimentos de R$ 11,2 milhões. A empresa também procura conscientizar seus empregados sobre a importância de se antecipar às necessidades futuras. O Holcim Prev – plano de previdência complementar da Holcim –, administrado desde 1993 pela Multiprev Fundo Múltiplo de Pensão, é oferecido a todos os funcionários. A empresa realiza a contrapartida, seguindo os critérios definidos no regulamento. (GEC3) Em 2006, fez campanha de comunicação para mostrar aos funcionários a importância de investir em uma aposentadoria tranqüila. A eficiência da ação resultou no aumento de 492% de participantes, passando de 196 para 942. A meta é atingir 100% dos empregados. O Holcim Prev monitora permanentemente seu plano de benefícios com o objetivo de mantê-lo equilibrado e adequado ao mercado. É administrado com total transparência e obedece aos princípios de governança corporativa, encerrando o exercício de 2007 com um patrimônio de R$ 60.370.465,00. Proporção de salário-base de mulheres em relação ao salário de homens que atuam na mesma função (GLA14) Categoria funcional 2005 2006 2007 Gerência 73% 78% 83% Coordenação/Supervisão 77% 82% 86% Administrativo 95% 97% 97% Operacional 145% 129% 114% Comparação de cobertura de benefícios entre funcionários (GLA3) Abrangência Tipo de benefício Funcionários Familiares Assistência médica Todos Todos os membros declarados em IR Benefício-veículo Diretoria, gerência e força de vendas Não Cesta de Natal Todos São beneficiados Estacionamento Para funcionários de São Paulo (demais unidades possuem vagas em suas unidades) Vale-transporte Previdência privada Seguro de vida Todos, exceto os que têm benefícioestacionamento Todos Todos Horas de treinamento (GLA10) Para conviver bem com a diversidade Categoria funcional Não 2005 2006 2007 Gerência 12,75 17,07 12,52 Coordenação/Supervisão 59,55 39,45 28,29 Administrativo 38,73 31,86 57,41 Operacional 38,40 50,69 67,20 Sim, em caso de falecimento do titular Média anual de horas de treinamento, por funcionário e por categoria funcional. Idem Respeito aos direitos conquistados Estímulo ao desenvolvimento profissional RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva Não O Grupo Holcim procura criar um ambiente de trabalho em que os funcionários se sintam valorizados e tenham oportunidades de crescimento profissional e pessoal. A gestão da carreira está atrelada a um Plano Mestre de Treinamento, que mapeia as atribuições e competências 44 requeridas para determinado cargo e avalia as habilidades do funcionário, orientando-o na escolha de treinamentos que ajudarão em seu desenvolvimento. O objetivo é fechar lacunas. A estratégia de desenvolvimento das pessoas está centrada em duas áreas fundamentais: especialização e mudança de comportamento. Os treinamentos em SST são um exemplo dessa prática ( 47). Já o EcoSim é um treinamento que consiste em uma competição que simula o funcionamento do mercado. Durante quatro dias, os grupos participantes gerenciam uma empresa, tomam decisões estratégicas e competem no mercado, tudo por meio de simulações. Essa ação possibilita aos participantes melhor compreensão, entendimento e envolvimento com os negócios da companhia. A empresa dispõe de inúmeras ferramentas e metodologias para auxiliar os funcionários na gestão de suas carreiras. Oferece recursos e oportunidades para que desenvolvam as habilidades necessárias. O percentual de empregados que recebem análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira regularmente está em torno de 22%. (GLA12) O Programa de Desenvolvimento de Lideranças, realizado em conjunto com a Business School, de São Paulo, trata de temas relacionados a estratégia, liderança, gestão comercial, manufatura e finanças. Duas turmas de 35 pessoas cada uma já se formaram; no total, serão capacitados 100 funcionários por ano até 2010. Em relação à gestão de talentos, serão treinadas 360 lideranças até o final de 2008. O objetivo é prepará-las para conversar com suas equipes sobre pontos fortes e oportunidades de melhoria, de maneira construtiva. São oferecidas ainda bolsas parciais ou totais para cursos de graduação, pós-graduação, MBA e idiomas. Em 2007, foram concedidas 272 bolsas. Há bom relacionamento entre a Holcim Brasil e os sindicatos do setor. Todos os funcionários têm liberdade de associação a organizações sindicais e são beneficiados pelos acordos de negociação coletiva. A companhia estabelece o prazo de 60 dias de antecedência para comunicar mudanças operacionais significativas, mesmo quando o procedimento está especificado em acordos coletivos. (GLA4, LA5 e HR5) (GLA4) Tipo de acordo 2005 2006 2007 Convenções coletivas 33% 32% 32% Acordos coletivos (negociados 67% 68% 68% diretamente com sindicatos) clima de bom para melhor A empresa realizou, pela primeira vez, em junho de 2007, Pesquisa de Clima Organizacional para medir a satisfação dos funcionários. A adesão, voluntária e anônima, foi em torno de 75%, considerado um volume alto. E resultado global apontou um grau de favorabilidade de 68%. Isso significa que, de cada 100 funcionários que responderam à pesquisa, 68 têm percepção positiva da companhia e de suas práticas. Em relação à média do mercado geral, a Holcim tem o melhor desempenho em todos os fatores avaliados. A pesquisa mede a percepção das pessoas em quatro grandes dimensões: efetividade da empresa, efetividade individual, tratamento/justiça com o funcionário e engajamento. Os resultados foram divulgados de diferentes formas para os funcionários. As ações de melhoria decorrentes da pesquisa já começaram a ser implementadas. Duas oportunidades de melhoria identificadas são: Cooperação e Suporte e Gestão de Talentos. Será também trabalhado um fator que obteve favorabilidade alta, para que seja ainda mais fortalecido, que é Cultura de Inovação. A realização de uma nova Pesquisa de Clima, prevista para acontecer em 2009, seguirá o modelo da matriz e permitirá comparabilidade com outras unidades Holcim no mundo e com empresas do mercado. A Holcim Brasil emprega atualmente 26 portadores de deficiência. Ainda não conseguiu atingir a cota determinada pelo governo, devido às características de suas operações, mas está cada vez mais empenhada em promover a inclusão da melhor maneira. Por isso, estabeleceu parceria com a consultoria I. Social para treinamentos e palestras de sensibilização às equipes de Recursos Humanos e de Saúde e Segurança no Trabalho. O intuito foi preparar essas áreas para receber os deficientes e ajudar o público interno a integrá-los e motivá-los. A empresa tem consciência de que lidar com a diferença requer respeito e entendimento. Em 2007, elaborou uma cartilha, intitulada Convivendo com a Diversidade, que será distribuída a todos os funcionários e prestadores de serviços em 2008. A publicação explica, de maneira simples e didática, a lei de cotas e seus reflexos dentro da companhia e traz orientações sobre o relacionamento com pessoas que possuam algum tipo de deficiência, auditiva, visual, mental ou física. RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 45 especial Paixão por segurança A preocupação com a saúde e segurança no trabalho está em primeiro lugar no Grupo Holcim. Esse é um valor essencial para a empresa e constitui um dos pilares da estratégia de responsabilidade social corporativa. A meta mundial é de zero dano às pessoas. Todos, no grupo, são treinados e estimulados, permanentemente, a identificar e alertar os demais sobre situações de risco. Qualquer funcionário pode parar um procedimento sempre que perceber que este não oferece segurança absoluta. Para garantir a integridade física dos funcionários, fornecedores, visitantes e outros públicos, o grupo implementa medidas preventivas e educativas onde opera. O programa Paixão por Segurança, lançado mundialmente em março de 2005, é um dos recursos para estabelecer uma cultura de saúde e segurança no trabalho que extrapole os muros da empresa. A Holcim quer que seus funcionários incorporem as práticas de SST em seu cotidiano – no ambiente de trabalho, em casa e em sua comunidade. Para isso, a empresa trabalha mudanças comportamentais em todos os níveis, seja fomentando o comprometimento das lideranças, seja investindo na melhoria das habilidades e competências de todos sobre esse tema. informações e ações padronizadas Tão importante quanto zelar pela saúde e segurança dos funcionários é estabelecer um padrão de SST para toda a empresa. A área corporativa de SST respondeu a esse desafio com a criação de Comitês de SST. Trata-se de um sistema de governança em que são formados grupos de trabalho para, com a área responsável, discutir estratégias, definir planos de ação e difundir informações. Na Holcim Brasil foram criados comitês em três níveis: corporativo, por segmento e locais. O Comitê Central, formado pelo presidente da empresa, diretores e gerente corporativo de SST, é um exemplo do grau de comprometimento com o tema. Esse grupo é responsável por definir estratégias para toda a companhia. Já os Comitês por Segmento implementam as decisões do Comitê Central em cada negócio. Há também dois subcomitês, de Logística e de Prestadores de Serviços, que respondem por essas atividades em todos os segmentos. Em cada unidade, os comitês locais monitoram o desempenho de SST e avaliam necessidades específicas do local para a definição de ações. (GLA6) O que liga os três níveis é, principalmente, o fluxo das informações em dois sentidos: as decisões vêm do 46 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Comitê Central, passam pelo segmento, chegam a quem está na ponta e vice-versa. Pirâmide Verde de SST Em dezembro de 2006, a Holcim Brasil comemorou o resultado da auditoria externa, que atesta a implementação da Pirâmide de SST. É uma ferramenta utilizada para monitorar o desempenho da empresa no desenvolvimento e na aplicação dos 19 procedimentos que compõem o Sistema de Gestão em SST. A certificação atesta que, no mínimo, 85% deles foram desenvolvidos e implementados. A auditoria oficial é feita a cada três anos, sendo a próxima em 2009. Paralelamente, a empresa realiza, todo ano, auditorias internas e externas para monitoramento contínuo. O Grupo Holcim analisou os principais riscos de suas atividades e os acidentes fatais ocorridos de 2004 a 2006 e identificou as principais causas, entre elas: trabalho em altura, isolamento e bloqueio, segurança de veículos e do trânsito. A partir desse levantamento, foi criada a metodologia Fatality Prevention Elements – FPE (Elementos de Prevenção de Fatalidades), que revisa e define padrões de saúde e segurança que deverão ser implementados em todas as unidades e ajudarão a prevenir que acidentes similares continuem a ocorrer ( 14). Mudança de comportamento A Pirâmide de SST estabelece atenção especial a itens como controle de trabalhos de risco, acompanhamento e aplicação da legislação, treinamentos constantes e, principalmente, comprometimento da equipe. Os treinamentos focados em saúde e segurança no trabalho estimulam e valorizam a mudança de comportamento para que sejam adotados procedimentos individuais de prevenção de acidentes. Da mesma forma, utilizam a metodologia de abordagem em que funcionários são capacitados para abordar colegas de trabalho, tanto para reforçar um comportamento positivo como para alertar sobre riscos. Em 2007, os empregados treinados para essa tarefa passaram por processo de reciclagem. Para estimular condutas adequadas, a empresa criou o Destaque Paixão por Segurança, premiação que reconhece os funcionários que se destacam pelo comprometimento com as regras de SST. Os premiados são eleitos pelos demais colegas. Na votação, consideram se o candidato preenche requisitos como: trabalha em equipe, utiliza sempre os EPIs, faz avaliação de risco antes de iniciar suas atividades, evita acidentes e incidentes, identifica condições de risco e aponta soluções, segue os procedimentos de SST e propõe melhorias sobre eles, entre outros. Regras Cardeais Em 2006, foram criadas as Regras Cardeais para que as pessoas saibam o que se espera delas em relação a SST: 1. Não desconsiderar ou alterar os procedimentos de segurança ou permitir que outros o façam. 2. As regras de utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) relacionadas a uma tarefa específica devem ser seguidas o tempo todo. 3. Procedimentos de isolamento e bloqueio de equipamentos devem ser sempre seguidos. 4. Nenhuma pessoa deve trabalhar sob o efeito de bebidas alcoólicas ou drogas. 5. Todas as lesões e incidentes devem ser comunicados. SST EM PAUTA Um exemplo do envolvimento da alta direção com o tema saúde e segurança no trabalho é a Pausa de SST. Realizada pela primeira vez em 2007, a iniciativa consiste em uma pausa nas atividades em todas as unidades, em um mesmo dia, durante um período específico, para a transmissão da mensagem do presidente gravada em vídeo e reflexão sobre o tema. O presidente reforça que SST é um valor da empresa que deve orientar todos que nela trabalham. Em sua fala, ele lembra que todos são responsáveis para que a meta de zero dano às pessoas seja alcançada e mantida. Além da Pausa de SST, o presidente da Holcim Brasil e outras lideranças visitam constantemente as unidades para fazer a abordagem de segurança com os funcionários. São ainda realizadas reuniões freqüentes (diárias ou semanais, dependendo da unidade), com o envolvimento de todos os funcionários, para abordar questões de SST. (GLA8) RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 47 APOIO da comunicação Indicadores As ações de comunicação são fundamentais para o processo de mobilização e troca de informações. Nesse sentido, a Holcim produz informativos, cartazes com dicas de certo e errado e campanhas de conscientização. Essas ações promovem a mobilização de todos os funcionários e seus familiares sobre ocorrências de acidentes, com explicações sobre causa, conseqüências, providências tomadas e formas de prevenção. (GLA8) Taxa de freqüência e gravidade (GLA7) PARCEIROS CONSCIENTIZADOS Os trabalhadores terceirizados participam de todos os treinamentos e campanhas relacionados às questões de saúde e segurança no trabalho. (GLA8) As empresas prestadoras de serviços são informadas, antes de serem contratadas, sobre os padrões de SST da Holcim. Devem agir em conformidade com essas normas para se manterem como fornecedoras de mão-de-obra e serviços. Já com os autônomos que trabalham para a Holcim, como é o caso de parte dos caminhoneiros, a iniciativa para intensificar a conscientização de práticas saudáveis e seguras é do Clube da Estrada ( 25). Taxa de freqüência 2005 2006 2007 2005 2006 2007 Total 12,4 8,2 4,6 549 251 301 Taxa de freqüência = número de acidentes com perda de tempo x 106/horas trabalhadas (meta 2007: < 3,5). Taxa de gravidade = número de dias perdidos x 106/horas trabalhadas (meta: < 60). Acidentes de trabalho com afastamento (GLA7) Próprios Período Total zero dano às pessoas; nenhum acidente fatal; nenhum caso de invalidez permanente; taxa de freqüência (acidentes com funcionários próprios e subcontratados que gerem perda de tempo): <2 (em 2009); taxa de gravidade: <60. Terceiros Subcontratados 2005 2006 2007 2005 2006 2007 50 35 21 0 1 Visitantes/outros 2005 2006 2007 2005 2006 2007 1 20 22 10 0 1 2 Dias perdidos com pessoal próprio (GLA7) Período 2005 2.173 Total 2006 2007 1.130 1.426 Óbitos (GLA7) Próprios Metas e objetivos de SST Taxa de gravidade Período Período Total Subcontratados 2005 2006 2007 2005 2006 2007 0 0 1 0 0 0 Terceiros Visitantes/outros 2005 2006 2007 2005 2006 2007 0 1 2 1 1 2 Todas as fatalidades no período de 2005 a 2007 ocorreram fora da unidade da Holcim, em acidentes de trânsito. Absenteísmo (GLA7) 2005 2006 2007 5,10% 2,13% 2,00% Resultados Para atingir a meta de zero dano às pessoas, é preciso mudar o quadro gradualmente. A Holcim estabeleceu uma meta ousada: reduzir anualmente em 30% a taxa de freqüência dos acidentes envolvendo funcionários próprios e subcontratados em relação ao saldo do ano anterior. Os resultados nos últimos três anos têm sido muito próximos do objetivo (veja tabela). Em 2007, a meta era chegar à taxa de 3,5; a empresa atingiu a marca de 4,6. Para 2008, o desafio é alcançar a taxa de freqüência de 2,4. A Holcim Brasil reconhece as boas práticas dos funcionários ( 47), e são previstas sanções para os casos de descumprimento dos procedimentos estabelecidos. O desempenho em SST tem impacto direto na remuneração variável dos funcionários. 48 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 49 Sumário GRI / Glossário 50 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 51 Item 1 1.1 Avaliação Teor Página Declaração do presidente sobre relevância da sustentabilidade para 2e3 Declaração dos principais impactos, riscos e oportunidades. Capas D e E Capa A Produtos e serviços, incluindo marcas. 6e7 8 6 8 9 8 21 e 43 21 e 22 8 Países e regiões onde a organização atua. Tipo e natureza jurídica da propriedade. Mercados atendidos (incluindo discriminações geográficas). Porte da organização (empregados, vendas, ativos etc.). Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório. Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório. Período coberto pelo relatório (como ano contábil/civil) para as informações apresentadas. 3.2 3.3 3.4 Data do relatório anterior mais recente (se houver). Ciclo de emissão dos relatórios (anual, bienal etc.). Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório e seu conteúdo. 4.14 4.15 Capa A Capa A Capa A 56 4.16 Definição do conteúdo do relatório (temas, prioridades, 3.6 Limite do relatório (países, subsidiárias, joint ventures, instalações stakeholders). arrendadas, fornecedores). 3.7 Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório. 3.8 4.17 5 12 e 13 Capa B e 8 Capa A EC6 Capa A Mudanças significativas em comparação com anos anteriores Tabela que identifica a localização das informações no relatório. Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para 12 e 13 Capa A Estrutura de governança da organização. Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança Porcentagem dos conselheiros que são independentes, Mecanismos para acionistas e empregados fazerem Relação entre remuneração e desempenho da organização. Processos em vigor no mais alto órgão de governança para evitar Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios Responsabilidades pela implementação das políticas econômicas, ambientais e sociais. Processos para a auto-avaliação do desempenho (econômico, ambiental e social). 13 Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução. 52 RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Materiais usados por peso ou volume. Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem. Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária. EN4 EN5 EN6 EN29 Valor de multas e número total de sanções resultantes da Impactos ambientais referentes a transporte de produtos Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo 9 EN7 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental. e região. LA2 Capas D e E Número total e taxa de rotatividade de empregos, por faixa etária, gênero e região. LA3 9 9 44 9 e 10 EN11 EN12 Comparação entre benefícios a empregados de tempo integral e Total de água retirada. Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada. Localização e tamanho da área possuída. Descrição de impactos significativos de atividades, serviços e Habitats protegidos ou restaurados. Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para gestão de EN15 EN16 Descrição de notificações (prazos e procedimentos). 35 35 LA6 LA7 Percentual dos empregados representados em comitês formais Taxa de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho. LA8 Programas de educação de prevenção e controle de risco de doenças graves para empregados, familiares e comunidade. LA9 36 discriminadas por categoria funcional. LA11 37 37 e de desenvolvimento de carreira. LA13 Composição da alta direção e dos conselhos e proporção por faixa etária, gênero e outros grupos. LA14 Proporção de salário-base entre homens e mulheres, por Aspectos: Emissões, Efluentes e Resíduos Indicadores de Desempenho Referentes a Direitos Humanos 33 Outras emissões indiretas relevantes de gases do efeito estufa, Número de contratos com cláusulas referentes a direitos humanos. 34 HR2 Percentual de empresas contratadas submetidas a avaliações referentes a direitos humanos e medidas tomadas. 41 Aspecto: Corrupção SO2 21 Percentual e número total de unidades submetidas a avaliações 10 de riscos relacionados à corrupção. SO3 Percentual de empregados treinados nas políticas e 10 procedimentos anticorrupção da organização. SO4 43 43 SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração 42 de políticas públicas e lobbies. SO6 Políticas de contribuições financeiras para partidos políticos, 42 políticos ou instituições. 44 Aspecto: Concorrência Desleal SO7 Número de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de 27 truste e monopólio e seus resultados. 45 45 10 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção. Aspecto: Políticas Públicas Aspecto: Conformidade SO8 Descrição de multas significativas e número total de sanções 27 não-monetárias. Indicadores de Desempenho Referentes à Responsabilidade 46 48 47 e 48 pelos Produtos Aspectos: Saúde e Segurança do Cliente PR1 Política para preservar a saúde e segurança do consumidor 24 durante o uso do produto. PR2 Registros de casos de não-conformidade relacionados aos 23 impactos causados por produtos e serviços. Aspecto: Rotulagem de Produtos e Serviços PR3 45 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigido por 24 procedimentos de rotulagem. PR4 23 Registros de casos de não-conformidade relacionados à rotulagem de produtos e serviços. PR5 43 44 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados 23 de pesquisas. 45 Aspectos: Comunicação e Marketing PR6 PR7 42 Programas de adesão a leis, normas e códigos voluntários. Registros de casos de não-conformidade relacionados à 23 comunicação de produtos e serviços. Aspecto: Conformidade PR8 Número de reclamações comprovadas relativas à violação de 23 privacidade e perda de dados de clientes. Aspecto: Compliance Aspectos: Práticas de Investimentos e de Processos de Compra HR1 Descrição de programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades. 25 e 32 Aspectos: Diversidade e Igualdade de Oportunidades categoria funcional. por peso. Aspecto: Comunidade SO1 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua Percentual de empregados que recebem análises de desempenho 37 Indicadores de Desempenho Social Referentes à Sociedade 32, 34 e 36 como apoio à empregabilidade e gerenciamento do fim da carreira. LA12 37 37 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, Número total de casos de violação de direitos dos povos indígenas e medidas tomadas. Temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos de conservação. por peso. Aspecto: Direitos Indígenas HR9 Aspectos: Treinamento e Educação LA10 Treinamentos em políticas e procedimentos relativos a direitos humanos, direcionados para equipe de Segurança. formais com sindicatos. 36 Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN* e outras listas Total de emissões diretas e indiretas de gases do efeito estufa, 31 a 38 Aspectos: Saúde e Segurança no Trabalho de segurança e saúde. Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água. impactos na biodiversidade. EN17 10 e 37 35 Percentual de empregados abrangidos por acordo de negociação coletiva. Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e produtos na biodiversidade. 10 e 11 9, 10 e 11 LA4 LA5 Aspecto: Biodiversidade EN13 EN14 10 e 11 32 31 Aspecto: Água EN8 EN9 EN10 Aspecto: Práticas de Segurança HR8 Aspecto: Emprego Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho Medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo. Indicadores de Desempenho Referentes a Práticas LA1 Operações com risco de ocorrência de trabalho infantil e medidas tomadas para contribuir para sua erradicação. Trabalhistas e Trabalho Decente reduções obtidas. 9 HR6 Aspecto: Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo Aspecto: Geral EN30 45 Política de liberdade de associação e grau de sua aplicação. Aspecto: Trabalho Infantil Percentual de produtos e embalagens recuperados, por categoria e de trabalhadores. 44 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária. Energia economizada por melhorias em conservação e eficiência. HR5 HR7 Aspecto: Transporte Impacto de investimentos em infra-estrutura oferecidos, Descrição de impactos econômicos indiretos significativos, 36 36 36 Descrição de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água não-conformidade com leis ambientais. 42 21 e 25 34 43 Número total de casos de discriminação e medidas tomadas. Aspecto: Liberdade de Associação e Negociação Coletiva Aspecto: Conformidade EN28 Página Avaliação relativos a direitos humanos. Peso de resíduos transportados, considerados perigosos nos Iniciativas para mitigar os impactos ambientais. Teor Total de horas de treinamento em políticas e procedimentos Aspecto: Não-discriminação de produto. Contratação local e proporção de membros da alta gerência de energia. Compromissos com Iniciativas Externas 4.11 44 Aspecto: Energia 52 Processo para determinação das qualificações dos membros do internos. 4.10 EN1 EN2 EN3 mais alto órgão de governança. 4.9 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais incluindo extensão dos impactos. GOVERNANÇA, COMPROMISSO E ENGAJAMENTO conflitos de interesses. 4.8 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário EN26 EN27 31 Aspecto: Impactos Econômicos Indiretos EC9 Número e volume total de derramamentos significativos. Aspecto: Relações entre os Trabalhadores e a Governança recomendações ao Conselho de Administração. 4.7 EN25 Item HR3 HR4 termos da Convenção da Basiléia. recrutados na comunidade. EC8 Peso total de resíduos, por tipo e métodos de disposição. empregados temporários. não-executivos. 4.5 4.6 Ajuda financeira significativa recebida do governo. em unidades operacionais importantes. EC7 Descarte total de água, por qualidade e destinação. Indicadores de Desempenho Ambiental também seja diretor-executivo. 4.4 Cobertura das obrigações do plano de pensão que a organização 21 Aspecto: Presença de Mercado EC5 EN21 EN22 EN23 EN24 Aspecto: Materiais o relatório. 4.3 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades devido a oferece. EC4 tipo e peso. Aspectos: Produtos e Serviços mudanças climáticas. EC3 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por Indicadores de Desempenho Econômico Valor econômico direto gerado e distribuído. 33 por peso. e habitats afetados por descartes de água. principalmente para benefício público. Verificação 4 4.1 4.2 12 e 13 Página Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, FORMA DE GESTÃO E INDICADORES DE DESEMPENHO mínimo local. Sumário de Conteúdo da GRI 3.13 Preocupações levantadas por meio do engajamento dos EN19 12 e 41 12 e 41 Avaliação reduções obtidas. EN20 12 e 41 Teor Iniciativas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações de (escopo e/ou medições). 3.12 Capas B e C Item EN18 Técnicas de medição de dados e bases de cálculos. informações fornecidas em relatórios anteriores. 3.11 Capas B e C Aspecto: Desempenho Econômico períodos e/ou entre organizações. 3.9 3.10 Abordagens para o engajamento dos stakeholders, incluindo a stakeholders e medidas adotadas. Base para relatório no que se refere a outras instalações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais freqüência por tipo e por grupo. Escopo e Limite do Relatório 3.5 Relação dos grupos de stakeholders engajados pela organização. engajar. EC1 EC2 PARÂMETROS PARA O RELATÓRIO Perfil do Relatório 3.1 Participação em associações (como federações ou indústrias) e/ou Página Engajamento dos Stakeholders Nome da organização. Localização da sede da organização. Avaliação organismos nacionais/internacionais. PERFIL ORGANIZACIONAL Estrutura operacional. Teor Princípios e/ou outras iniciativas externas de caráter econômico, ambiental e social endossadas pela organização. 4.13 a organização e sua estratégia. 1.2 2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10 3 Item 4.12 ESTRATÉGIA E ANÁLISE 24 24 PR9 Descrição de multas por não-conformidade relacionadas ao 23 fornecimento e uso de produtos e serviço. GRI Atendido GRI Parcialmente atendido GRI Não Atendido RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 53 Glossário Affordable housing – Termo em inglês que se refere à casa de custo reduzido ou acessível. AFR – Alternative Fuels and Raw Materials (Combustíveis Alternativos e Matérias-Primas). Convenção da Basiléia – Acordo que define a organização e o transporte de resíduos sólidos e líquidos perigosos. Prevê a concessão prévia e explícita de importação e exportação dos resíduos autorizados entre os países de modo a evitar o tráfico ilícito. API – American Petroleum Institute (Instituto Americano de Petróleo) – Principal associação comercial para a indústria de petróleo e gás natural, representando cerca de 400 empresas envolvidas na produção, refinamento, distribuição e muitos outros aspectos da indústria. Co-processamento – Destruição térmica de resíduos industriais em fornos de cimento. Biodiversidade – Diversidade de vida no planeta Terra, incluindo: a variedade genética dentro das populações e espécies; a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos e de microrganismos; a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos. A espécie humana depende da biodiversidade para sua sobrevivência. Decantação – Processo que permite separar elementos de uma mistura heterogênea, como areia e água, água e óleo, vapor d’água e ar. Biomassa – Qualquer material de origem vegetal utilizado como fonte de energia. Brita – Pedra quebrada mecanicamente em fragmentos de diversos diâmetros. É muito utilizada na fabricação de concretos, no lastro de rodovias e em outras obras da construção civil. Corpo d’água – Compreende os principais cursos d’água, tais como rios, represas ou reservatórios artificiais. Ebitda (Earning before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) – Sigla em inglês para indicador econômico que permite à empresa avaliar a saúde de sua operação. Trata-se do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. EPI – Equipamento de proteção individual. Escória – Resíduo da fabricação de aço que pode ser usado na produção de cimento, como substituto parcial do clínquer. Essa substituição gera economia de energia e diminui a formação de gases, especialmente o CO2. Insumo – Termo técnico, usado em Economia, para designar um bem de consumo que é utilizado na produção de outro bem. Por vezes, é substituído, imprecisamente, por “matéria-prima”. RedEAmérica – Iniciativa de empresas e fundações empresariais latino-americanas para apoiar projetos de desenvolvimento que contribuam para a redução da pobreza. Índice Dow Jones de Sustentabilidade – Indicador da Bolsa de Valores de Nova York, que reconhece as empresas com as melhores práticas em sustentabilidade corporativa no mundo. Relatório Battelle – Estudo independente encomendado pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável para identificar os desafios cruciais do desenvolvimento sustentável na indústria cimenteira. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social – Organização não-governamental criada com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável. Retração – Redução no volume do concreto fresco. ISO – International Organization for Standardization (Organização Internacional para Padronização) – Criada em 1947, em Genebra, na Suíça, aprova normas internacionais em todos os campos técnicos, exceto eletricidade e eletrônica. IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza – Uma das maiores redes mundiais de estudo e planejamento de ações de preservação ambiental. Materialidade – Termo que define que as informações em um relatório de sustentabilidade devem refletir os impactos significativos da organização que possam influenciar as avaliações e decisões dos stakeholders. Fator clínquer – Percentual de clínquer no cimento. Caminhão-betoneira – Caminhão que faz o transporte e, ao mesmo tempo, realiza a mistura do concreto. Cartel – Prática de concorrência desleal em que empresas do mesmo setor promovem acordos entre si para exercer o domínio de determinada oferta de bens ou serviços. CBCS – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável. GRI – Global Reporting Initiative – Organização nãogovernamental com sede em Amsterdã, na Holanda, cuja missão é desenvolver e disseminar, globalmente, diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade utilizados voluntariamente por empresas do mundo todo. Moinha – Combustível alternativo originado do carvão vegetal (ver biomassa). Nível de aplicação GRI – Os relatórios GRI-G3 podem ser classificados em três níveis: C, B e A, de acordo com a evolução da aplicação das diretrizes da GRI. ( www.globalreporting.org) NOx – Gases eliminados em processos de combustão, conhecidos como óxidos de azoto (ou nitrogênio). CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável – representante do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) no Brasil. GTZ – Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit – Agência de cooperação técnica do governo alemão com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável. Clínquer – Matéria-prima produzida a partir do calcário que, ao ser moída, forma o cimento. Hay Group – Consultoria de gestão empresarial que criou a mais reconhecida metodologia de avaliação de cargos. Pacto Global (UN Global Compact) – Iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de incentivar empresas de todo o mundo a promover valores fundamentais nas áreas de direitos humanos, direitos do trabalho, proteção ambiental e combate à corrupção. CO2 – Dióxido de carbono ou gás carbônico, principal causador do efeito estufa. Hectare – Unidade de medida de área equivalente a 10 mil metros quadrados. Como referência, um campo de futebol, com medida máxima de 90 × 120 metros, totaliza 10.800 metros quadrados ou 1,08 hectare. Pré-calcinador – Equipamento de combustão especial que preaquece a matéria-prima, aumentando a capacidade de produção do forno de clínquer, reduzindo o consumo de energia térmica. Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Programa Ortópolis – Programa de mobilização comunitária que visa a estimular o desenvolvimento sustentável dos municípios em que a Holcim atua. Compliance – Palavra em inglês utilizada no âmbito institucional e corporativo para definir o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentar as políticas e as diretrizes estabelecidas. 54 Gife – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas. RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 Relatório Brundtland – Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. RSC – Responsabilidade Social Corporativa. SGI – Sistema de Gestão Integrada. Social Engagement Scorecard – Ferramenta que, com o engajamento dos públicos interessados, avalia o alinhamento de projetos com a estratégia de responsabilidade social. SOx – Gases eliminados em processos de combustão, chamados de óxidos de enxofre. SST – Saúde e Segurança no Trabalho. Stakeholder – Termo em inglês usado para designar as principais partes interessadas de uma empresa, pessoas que possam afetar seus negócios, por meio de suas ações e opiniões, ou por eles ser afetadas. Exemplos de stakeholders são funcionários e colaboradores, fornecedores, clientes, comunidades do entorno, organismos setoriais, governos, acionistas, ONGs, imprensa, entre outros. The Institute of Internal Auditors (IIA) – Fundado em 1941, o Instituto de Auditores Internos é uma associação profissional internacional, com mais de 150 mil membros, reconhecida como líder mundial na certificação, educação, pesquisa e orientação técnica. Triple Bottom Line – Expressão, também conhecida como os 3 Ps (People, Planet and Profit ou, em português, PPL – Pessoas, Planeta e Lucro), que representa o tripé da sustentabilidade em que as empresas medem seus resultados em termos sociais, ambientais e econômicos. WBCSD – World Business Council for Sustainable Development (Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável) – Entidade internacional que reúne empresas com o compromisso de criar estratégias de desenvolvimento sustentável. RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 55 Relatório de Sustentabilidade 2007 Holcim Brasil Fotos Igor Bier Pessoa Coordenação Ana Cláudia Pais Salete da Hora Impressão Globo Cochrane Consultoria GRI BSD Consulting Realização Gabarito Editorial Edição Ana Luiza Guímaro Leonel Prata RELATÓRIO de sustentabilidade 2007 A certificação do FSC garante que a matéria- prima utilizada no produto é oriunda de florestas gerenciadas de maneira ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável. Texto Jussara Mangini Tiragem: 3.000 exemplares Projeto gráfico Chico Max (Estúdio Chico Design) Mais informações e comentários: Salete da Hora [email protected] Diagramação Chico Cerchiaro Leandro D’Faustino English version: Please find the text translation in our website: www.holcim.com.br Ilustrações Mauro Nakata A Holcim Brasil agradece a todos que ajudaram na definição de conteúdo, envio de dados, revisão, aprovação e levantamento fotográfico, dentre outras etapas do processo. Pessoas essenciais para a realização deste relatório. Revisão Luciana Cerchiaro Luiz Teodoro de Souza Marcia Menin 56 Conselho Brasileiro de Manejo Florestal FSC Brasil
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