Paixão por construir o futuro

Transcrição

Paixão por construir o futuro
Força . Desempenho. Paixão.
Holcim (Brasil) S.A.
Rua Verbo Divino, 1488, 5º andar
04719-904 – São Paulo – SP
Tel. 55 11 5180 8600
Fax 55 11 5180 8805
www.holcim.com.br
48
© 2008 Holcim Brasil
BR_relatsust_080715
RELATÓRIO de sustentabilidade
Paixão por construir o futuro
Relatório de Sustentabilidade 2007
RELATÓRIO de sustentabilidade
49
Transparência, diálogo e prestação de contas
Este relatório
está alinhado às
diretrizes da Global
Reporting Initiative
(GRI) G3, com nível
de aplicação B,
conforme avaliação
da BSD Consulting.
A Holcim Brasil é a única empresa do setor cimenteiro
brasileiro que publica Relatório de Sustentabilidade.
Para a companhia, o relatório é uma oportunidade
de abrir diálogo com seus públicos de interesse. Por
meio dele, presta contas, com transparência, de suas
decisões e atividades. A publicação consiste, ainda,
em importante ferramenta de gestão, pois serve como
mecanismo de monitoramento de seu desempenho em
diversos aspectos.
A empresa segue as diretrizes da Global Reporting
Initiative (GRI), organização não-governamental com
sede na Holanda, desde 2003, quando publicou seu
primeiro relatório, restrito à Divisão Cimento. A partir
de então, comprometeu-se a publicar uma nova edição
a cada dois anos. A partir de 2005, passou a relatar
os resultados de todas as suas operações – Cimento,
Concreto, Agregados e Co-Processamento.
A terceira edição, prevista para 2007, foi adiada para
2008, a fim de que os temas abordados na publicação
fossem testados junto aos públicos de interesse da
empresa. Esse teste foi realizado no País, de forma
piloto, utilizando ferramenta criada pelo Grupo
Holcim. A essa iniciativa dá-se o nome de “Teste de
Materialidade” ( 12).
Para que os resultados dessa experiência fossem
incorporados ao relatório, e para mantê-lo atualizado,
foi acrescido o desempenho da empresa em 2007. Por
essa razão, esta edição, excepcionalmente, compreende
o período de três anos – de 2005 a 2007. Nela, a Holcim
Brasil compartilha informações relevantes sobre suas
operações em todos os segmentos em que atua no
País e sobre seu desempenho econômico, ambiental
e social, assim como sobre iniciativas que visam ao
desenvolvimento sustentável da empresa e do País.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2007
A
Compromisso com a sustentabilidade
Desde seu surgimento, em 1912, na Suíça, a Holcim não
parou de crescer. Hoje, o Grupo Holcim está presente nos
cinco continentes e conta com mais de 90 mil funcionários
em mais de 70 países. Essa expansão foi conquistada com
paixão e com o compromisso com a sustentabilidade.
A trajetória da empresa é marcada pela responsabilidade
com as gerações futuras, garantindo condições para o
desenvolvimento humano em ambientes saudáveis e seguros.
Para obter resultados mais eficazes e abrangentes, o
Grupo Holcim faz alianças estratégicas com organizações
conhecidas pela seriedade e competência em iniciativas
em prol do desenvolvimento sustentável (veja no quadro
abaixo a evolução dessas parcerias).
Desde 2003, o Grupo Holcim publica, a cada dois anos,
Relatórios de Sustentabilidade seguindo os critérios
GRI. A eficiência e sustentabilidade das operações do
grupo são reconhecidas internacionalmente. Por três
anos consecutivos, desde 2005, é considerado “líder da
indústria” no Índice Dow Jones de Sustentabilidade, da
Bolsa de Valores de Nova York, que destaca as melhores
práticas em sustentabilidade corporativa no mundo.
A Holcim Brasil também tem destaque no País pelo
importante papel que exerce na mobilização da sociedade
e do setor da construção para que adotem práticas
sustentáveis, além de ter participação ativa em fóruns dos
principais organismos setoriais.
Publica Política
Corporativa de
Meio Ambiente.
Participa do
Relatório Battelle
(estudo sobre a
sustentabilidade
do setor de
cimento).
Publica Política
de AFR –
Alternative
Fuels and
Raw Materials
(Combustíveis
Alternativos e
Matérias-Primas).
Publicado pelo
WBCSD a Agenda
de Ação para
uma Indústria
Cimenteira
Sustentável.
2001
2002
Cria Comitê de
Meio Ambiente.
Associa-se ao
World Business
Council for
Sustainable
Development
(WBCSD) e torna-se
co-fundadora da
iniciativa Para
uma Indústria
Cimenteira
Sustentável (CSI).
Grupo Holcim
Primeira fábrica
na Suíça. Desde
sua criação,
realiza diversas
iniciativas
socioambientais.
1912
Holcim brasil
1951
Início da
operação
no Brasil.
1994
Obtém certificação
ISO 9001 –
fábrica de Pedro
Leopoldo (MG)
e terminais
de cimento de
Ribeirão Preto e
Santo André (SP)
e Marechal
Hermes (RJ).
1999
2000
Primeira empresa
do setor a publicar
Relatório Social.
Primeira
cimenteira a obter
ISO 14001 no
Brasil – fábricas de
Pedro Leopoldo e
Barroso e Terminal
Barbacena (MG).
Associa-se
ao Conselho
Empresarial
Brasileiro para o
Desenvolvimento
Sustentável
(CEBDS).
B
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2007
Associa-se
ao Grupo de
Institutos,
Fundações e
Empresas(Gife).
Cria o Instituto
Holcim.
Patrocina
construção do
Teatro Sesi-Holcim.
Associa-se ao
Instituto Ethos
de Empresas e
Responsabilidade
Social.
Cria Holcim
Foundation for
Sustainable
Construction.
Cria Comitê de
Sustentabilidade.
Cria Política de
Responsabilidade
Social.
Forma aliança
estratégica com
a Cooperação
Técnica Alemã
(GTZ) .
Passa a apoiar
e participar do
Pacto Global
(iniciativa da
ONU).
Listada no Índice
Dow Jones de
Sustentabilidade.
Publica a
Declaração
de Política e
Diretrizes para
Boas Práticas de
Concorrência.
Listada no Índice
Dow Jones de
Sustentabilidade.
2003
2004
O Instituto Holcim
torna-se membro
da RedEAmérica.
O presidente da
Holcim Brasil,
Carlos F. Bühler,
é presidente
do Conselho
Consultivo.
Primeira empresa
do setor a publicar
Relatório de
Sustentabilidade
seguindo a
GRI (operação
Cimento) no País.
Listada no Índice
Dow Jones de
Sustentabilidade
e indicada
como Líder da
Indústria.
Publicado pelo
WBCSD Relatório
2005: Para
uma Indústria
Cimenteira
Sustentável.
2005
Brasil sedia
Holcim Awards,
Regional
América Latina,
maior prêmio
de construção
sustentável.
Amplia limite
do Relatório de
Sustentabilidade
para todos os
segmentos de
negócios.
Publica
Diretrizes de Coprocessamento
em parceria com
a GTZ.
Listada no Índice
Dow Jones de
Sustentabilidade
e indicada
como Líder da
Indústria.
2006
Cria Comitê de
Sustentabilidade.
Publica
Estratégia de
Responsabilidade
Social.
Conquista
certificação
de Saúde e
Segurança no
Trabalho.
Assina acordo
de cooperação
com a União
Internacional para
Conservação da
Natureza (IUCN).
Listada no Índice
Dow Jones de
Sustentabilidade
e indicada como
Líder da Indústria.
Publicado pelo
WBCSD Relatório
2007: Para
uma Indústria
Cimenteira
Sustentável.
2007
Assume a
presidência da
Câmara Técnica
de Construção
Sustentável
do CEBDS.
Primeira empresa
a se associar ao
Conselho Brasileiro
de Construção
Sustentável (CBCS).
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2007
C
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
F
Processo produtivo
Os impactos ambientais da produção de cimento, concreto e agregados são identificados e monitorados
continuamente pela Holcim Brasil, que investe em atualizações tecnológicas para minimizá-los.
Essas operações também influenciam a economia e o desenvolvimento social em nível local e nacional.
Forno de produção do clínquer
Ação: uso de combustíveis alternativos
representam 25,7% da fonte de energia
térmica utilizada ( 31 e 35).
Resultados: redução das emissão de CO2
e outros gases e economia de recursos
naturais não-renováveis ( 33).
Silos de cimento
Ação: instalação de filtro de
autolimpeza na parte superior
do silo de cimento ( 34).
Resultado: não emissão de pó.
concreto
cimento
Extração de calcário e argila
Ação: planos de recuperação e uso futuro de áreas de
jazidas exauridas, com provisão orçamentária ( 37).
Resultados: planos de recuperação revistos
periodicamente com participação da comunidade ( 37).
Moagem de clínquer
Ação: diminuição do fator clínquer na composição dos cimentos
pelo uso de insumos alternativos, como a escória ( 33).
Resultados: aumento da vida útil das jazidas de calcário e argila e
diminuição das emissões de CO2/t de cimento ( 31 e 33).
Dosagem
Ação: adoção de critérios racionais de dosagem.
Resultados: economia de cimento
e conseqüente queda na emissão de CO2/m3 de concreto (
32).
agregados
Ação: compra de áreas de vegetação
adjacentes à jazida ( 32).
Resultados: redução de ruídos e
preservação de áreas verdes ( 32).
Ação: reaproveitamento de
água usada para resfriamento
de equipamentos e fluxos
gasosos ( 36).
Resultado: 100% da água
reaproveitada ( 36).
Extração de rochas
Ação: planos de recuperação e uso futuro de áreas de
jazidas exauridas, com provisão orçamentária ( 37).
Resultados: planos de recuperação revistos
periodicamente com participação da
comunidade ( 37).
Carregamento
Ação: enclausuramento
dos caminhões no ponto
de carga ( 32).
Resultado: isolamento
do ruído para não afetar
a vizinhança.
Britagem
Ação: instalação de sistemas de abatimento
de pó com água e filtros ( 34).
Resultados: operação limpa, redução
de custos de manutenção e preservação
da saúde do trabalhador.
Mistura
Ação: 85% das centrais de concreto têm algum
sistema de reaproveitamento de água ( 36).
Resultado: toda a água reaproveitada é
incorporada ao produto ( 36).
Impactos sociais
Mais de 3 mil
empregos gerados.
R$ 109 milhões em
salários e benefícios.
Investimento de R$ 1,6
milhão na comunidade.
Mais de 22 mil pessoas
beneficiadas por projetos sociais.
Produção de 1.346 m3
de concreto.
Produção de 2,5 milhões
de toneladas de agregados.
R$ 746 milhões
em vendas líquidas.
Investimento de R$ 582 mil
em projetos culturais.
Redução do número
de acidentes com afastamento.
272 bolsas de estudo
distribuídas a funcionários.
R$ 717 milhões
pagos a fornecedores.
R$ 153,6 milhões
em pagamento de tributos.
Impactos econômicos
Produção de 3,5 milhões
de toneladas de cimento.
R$ 2 milhões em pesquisa e
desenvolvimento de novos produtos.
Dados de 2007.
D
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2007
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2007
E
Índice
Palavra do presidente 2
A Holcim no Brasil 4
Perfil organizacional 6
Governança corporativa 9
Visão estratégica 10
Participação e compromissos 12
Especial: Futuro sustentável 16
Indicadores de desempenho 18
Desempenho econômico 21
Principais resultados
21
Relacionamento com os clientes e fornecedores 22
Especial: Tecnologia e inovação 28
Desempenho ambiental 31
Política e sistemas de gestão ambiental 31
Indicadores ambientais 33
Especial: Solução ambiental 38
Desempenho social 41
Política e sistemas de gestão social 41
Práticas empregatícias 43
Especial: Paixão por segurança 46
Sumário GRI / Glossário
50
Sumário GRI
52
Glossário 54
capas
Ícones do Relatório
Veja mais nas páginas
Consulte o site
G Referência ao indicador GRI-G3
Transparência, diálogo e prestação de contas A
Compromisso com a sustentabilidade B
Processo produtivo D
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
1
Palavra do presidente
Paixão por construir o futuro
O que move o Grupo Holcim é a paixão. Desde sua
criação, em 1912, na Suíça, até se tornar, hoje, líder
mundial na produção de cimento, concreto e agregados,
a empresa toma suas decisões cuidando das gerações
futuras. Busca sempre o equilíbrio entre seu desempenho
econômico, ambiental e social.
O compromisso do grupo com a sustentabilidade é
reconhecido. Em 2007, fomos eleitos “líder da indústria”
pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade, pela terceira
vez consecutiva. Esse compromisso se reflete em todas
as operações da empresa ao redor do mundo. E também
no Brasil.
Estamos aqui desde 1951 e temos orgulho de
participar da construção deste país. Oferecemos
produtos e soluções inovadoras para atender às
necessidades de nossos clientes. Acreditamos que a
busca do desenvolvimento sustentável é uma questão
moral. E trabalhamos nesse sentido.
Em 2006, foi criado o Comitê de Sustentabilidade,
com membros internos e externos, para acompanhar a
incorporação dos princípios da sustentabilidade e seus
impactos na gestão da empresa. Este relatório retrata
essa gestão e é o resultado de nosso esforço em dar
transparência sobre nosso desempenho. Nesta edição,
procuramos equilibrar nossos pontos de vista com as
expectativas e demandas dos públicos com os quais nos
relacionamos, ouvindo suas opiniões.
Sabemos, no entanto, que não há sustentabilidade
sem desempenho econômico positivo. Nossos resultados,
nos últimos três anos, foram insatisfatórios. Passamos
2
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
por um período crítico. Os anos de 2004 a 2006 foram
marcados pela baixa demanda, queda de preço do
cimento e elevados custos operacionais, devido à alta do
petróleo, da energia, da manutenção e da mão-de-obra.
No mesmo período, também fomos surpreendidos
com a falta de moinha de carvão vegetal no mercado.
A escassez desse combustível alternativo fez com que
nossas emissões de CO2 no período aumentassem
significativamente. Isso prejudicou o cumprimento da
meta estabelecida para 2008. Buscamos formas para
retomar o desempenho e não mediremos esforços para
atingir nossos objetivos. Apesar disso, o Brasil ainda
mantém um dos menores níveis de emissões do grupo.
Esse momento desfavorável não afetou nossa crença
no mercado brasileiro nem inibiu nossos investimentos
socioambientais no País.
Assumimos, de modo contundente, nossa missão de
mobilizar toda a cadeia de valor da construção civil brasileira
para o tema da construção sustentável. A semente
plantada pelo Grupo Holcim, em 2003, com a criação da
Holcim Foundation for Sustainable Construction, começa
a dar frutos. O surgimento do Conselho Brasileiro de
Construção Sustentável, em 2007, ao qual fomos a primeira
empresa afiliada, é o melhor exemplo disso. Continuamos firmes no propósito de promover o
desenvolvimento de base das comunidades em que atuamos, com programas de educação e geração de renda.
Por meio das iniciativas do Instituto Holcim e de
nossa participação na RedEAmérica, trabalhamos para
ajudar as populações de baixa renda sair de seu ciclo
de pobreza. Estimulamos as comunidades a identificar
seus problemas e desenvolver planos de ação para serem
protagonistas de seus destinos e terem perspectiva de
uma vida mais digna.
Também são intensos nossos cuidados com a saúde e a
segurança das pessoas que trabalham conosco. Preservar
a integridade de suas vidas é nosso maior valor. Temos
nos esforçado para mobilizar funcionários, terceiros e
fornecedores a adotar comportamentos seguros. Cabe
a cada um de nós a responsabilidade pela própria vida e
por assegurar a dos outros. Estamos otimistas com o reaquecimento do mercado,
iniciado no segundo semestre de 2007. Fechamos o ano
com crescimento de vendas em todos os segmentos do
negócio e vamos investir cerca de R$ 2 bilhões no Brasil
nos próximos anos. Temos certeza de que é o início de um
novo ciclo promissor.
Sabemos que os desafios são muitos, mas temos
história, garra e vontade para superar obstáculos. Mais
do que isso, temos paixão pelo que fazemos. Desejamos
compartilhar esse sentimento, contribuindo para a
construção de um país com melhores oportunidades e
um futuro justo para a atual e as próximas gerações.
Esperamos que a leitura deste relatório seja agradável e
que você também se apaixone pela idéia de construir um
mundo sustentável.
Carlos F. Bühler
Presidente da Holcim Brasil
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
3
A Holcim no Brasil
4
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
5
VISÃO ESTRATÉGICA
Perfil ORGANIZACIONAL
6
Segmentos de atuação
Provedora de soluções
Cimento
A Holcim atua no Brasil desde 1951, quando adquire uma
fábrica de cimento em Sorocaba (SP). Na década de
1970, inicia a fase de expansão com a inauguração de
uma nova unidade em Pedro Leopoldo (MG), considerada,
na época, modelo de tecnologia para a indústria
cimenteira na América Latina. Na década de 1980,
passa a ter participação acionária em duas empresas: a
Concretex e a Pedreiras Cantareira. Na década seguinte,
compra o Grupo Cimento Paraíso, tornando-se uma das
líderes do mercado brasileiro. Em 2002, adota como
nome a marca mundial Holcim.
Hoje a empresa é a quarta maior fabricante de cimento
do País e uma das líderes no fornecimento de concreto e
agregados. Opera com cerca de 2 mil funcionários diretos
e diferencia-se por preocupar-se em desenvolver soluções
inovadoras para as mais variadas necessidades. Oferece
amplo portfólio de produtos de alto desempenho e
garante assessoria técnica especializada.
Suas operações estão localizadas na região Sudeste
( 8), principal mercado consumidor de cimento,
agregados e concreto do Brasil.
A descoberta do cimento revolucionou a história da
construção. Obras indispensáveis para o bem-estar
das pessoas, como residências, edifícios, barragens,
estações de tratamento de água, rodovias, portos e
aeroportos, fazem do cimento um dos materiais mais
consumidos por toda a sociedade.
Calcário e argila são suas matérias-primas básicas.
São levadas a um forno rotativo até atingir a
temperatura de aproximadamente 1.500ºC. A partir
daí convertem-se em um material denominado
clínquer. Para que se altere o clínquer em cimento,
é necessário, ainda, dosar gesso e adições minerais.
Finamente moídos, transformam-se nos mais diversos
tipos de cimento. Para cada aplicação há um tipo
específico, cada um com suas peculiaridades.
A Holcim Brasil tem capacidade produtiva de 5,2
milhões de toneladas de cimento por ano. Pretende
ampliar para 7 milhões de toneladas anuais até
2012. A empresa detém entre 8% e 9% do mercado
nacional. Oferece 12 diferentes tipos de cimento, que
vão desde o de uso geral até os exclusivos Classe G,
desenvolvidos para aplicação em poços de petróleo, e
os microcimentos, cuja aplicação é feita por tecnologia
própria, o Sistema Microinjet ( 28). Há, ainda, o
Pavifort, primeiro ligante para reforço de solos no País.
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Indispensável para o desenvolvimento do País
Concreto
Segundo material mais usado pela sociedade
O concreto é, hoje, o segundo material mais utilizado
pelo homem, ficando atrás somente do consumo de
água. Em cinco décadas de atuação, a Divisão Concreto da
Holcim Brasil tem participado de momentos importantes
da história do País, com destaque para a construção de
Brasília. Também marcou presença em grandes obras
brasileiras: Usina Hidrelétrica de Itaipu, metrôs de São
Paulo (Linha Leste–Oeste) e Rio de Janeiro, rodovias
Castello Branco e Imigrantes (SP), Aeroporto do Galeão
(RJ), Museu de Arte de São Paulo (Masp), Autódromo
Internacional de Brasília, reforma da Ponte Rio–Niterói
e obras de infra-estrutura dos Jogos Pan-Americanos de
2007 (RJ), entre muitas outras.
Além do fornecimento de concreto – sua capacidade
produtiva anual é de 3,4 milhões de metros cúbicos –,
a Divisão procura atender seus clientes de forma
diferenciada. Desloca laboratórios de testes para os
canteiros de obras e oferece serviços como consultoria
técnica, acompanhamento de obras, bombeamento,
controle tecnológico e de qualidade de material.
Agregados
Padrão de excelência nas instalações
O mercado brasileiro de extração e processamento de
rochas para a produção de brita e areia também conta
com o padrão de qualidade Holcim há meio século.
A Divisão Agregados está preparada para desenvolver
soluções sob medida, de acordo com as características
da obra. Suas três unidades têm capacidade de
produção anual de 2,9 milhões de toneladas. A unidade
de Magé (RJ), cuja operação foi iniciada em 2004, é
considerada a mais moderna mineradora do gênero na
América Latina. Foi projetada segundo as mais atuais
normas ambientais, de qualidade e de segurança.
Possui modernos sistemas de despoeiramento do
processo e rigoroso controle de efluentes líquidos,
poeira, ruído e vibrações. Realiza monitoramento e
relato voluntários para os órgãos ambientais.
Serviços Ambientais
Portfólio de soluções ambientais
A Divisão Resotec, criada em 1999, é a unidade
de negócios da Holcim Brasil especializada no
gerenciamento, beneficiamento e destinação final de
resíduos industriais. Utiliza a tecnologia chamada
de co-processamento para eliminar, de forma segura
e definitiva, os resíduos que possivelmente seriam
descartados na natureza por outras indústrias.
A técnica consiste em aproveitar o poder calorífico
desses materiais como combustível alternativo nos fornos
de cimento. Isso reduz a utilização de recursos naturais
não-renováveis na produção e contribui para baixar a
emissão de gases causadores do efeito estufa ( 33).
O Grupo Holcim é líder em co-processamento no
mercado internacional há mais de 30 anos.
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
7
Estrutura operacional
DF
MG
pedro
leopoldo
ES
Fábricas de cimento (5)
serra
Capitais
Centrais de concreto
próprias (29)
SP
Unidades de produção
de agregados (3)
BARROSO
RJ
CANTAGALO
Confiança na empresa
sorocaba
Prêmios recebidos
O reconhecimento público do desempenho da Holcim
em diferentes aspectos da sustentabilidade está
expresso nos prêmios concedidos à empresa por
diversas entidades setoriais.
Prêmio ECO 2007 Responsabilidade Social
Empresarial, da Câmara de Comércio Americana, na
categoria de Desenvolvimento Comunitário, para o
Projeto Ortópolis Barroso ( 40).
Prêmio Parceria Responsável, da Petrobras –
Empresa Destaque em 2007, para a Resotec.
A Petrobras é um dos clientes da Holcim nos serviços
de co-processamento ( 7 e 38).
8
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Governança corporativa
Prêmio Anamaco – Menção Honrosa
em 2005, 2006 e 2007.
Prêmio Sinaprocim/Sinprocim Personalidade do Ano
2006, para Carlos F. Bühler, presidente da Holcim Brasil,
em reconhecimento aos esforços do Holcim Awards for
Sustainable Construction ( 16).
Prêmio Vitae 2006, pelo Sinduscon do
Rio de Janeiro – Construção Segura.
Prêmio Pini 2005 – Melhor Concreteira.
A Holcim Brasil é uma sociedade anônima de capital
fechado. Mantém estrutura de governança constituída
por Conselho Consultivo, Auditoria Interna, Auditoria
Externa, Diretoria, Comitê Executivo e Grupo de Gerentes
Seniores. Esses órgãos, formados por representantes
internos e externos, têm composição, funções e dinâmicas
de funcionamento específicas e complementares. A
eficácia da atuação de tais grupos é fundamental para
fortalecer a confiança dos acionistas, parceiros comerciais,
trabalhadores e público em geral.
Em 2006, foi criado o Comitê de Sustentabilidade,
composto por seis membros, três externos e três internos,
com caráter consultivo e a tarefa de acompanhar a aplicação
dos critérios de sustentabilidade na gestão da empresa.
Em 2007, instituiu-se o Comitê Central de Saúde e
Segurança no Trabalho. Formado pelo Comitê Executivo e o
gerente corporativo de SST, define a estratégia de saúde e
segurança no trabalho da empresa. Estruturado por comitês
de áreas e unidades de negócios, além de comitês locais,
estimula o diálogo com as lideranças da companhia na
busca da meta de zero dano às pessoas ( 46).
Estrutura acionária
Em 2007, o capital social era composto por 5.978.405 ações
ordinárias sem valor nominal, sendo 5.972.956 pertencentes
a residentes no exterior e 5.449 no País. Nesse ano, ocorreram
três aumentos de capital, no montante de R$ 175 milhões,
que foram utilizados para cobrir os prejuízos operacionais
provocados pelas condições insatisfatórias do mercado.
Composição acionária em 2007
Holcim Investment (Spain) 79,14%
Holderfin B.V 6,07%
Holcim (Schweiz) AG
14,70%
Outros 0,09%
padrão internacional
O Grupo Holcim lançou, em 2006, o Internal Control
System – ICS (Sistema de Controle Interno), desenvolvido
para atender ao novo Código Suíço de Obrigação (Swiss
Code of Obligation). Passou a vigorar em janeiro de 2008,
estabelecendo padrões de controle das empresas de capital
aberto com sede naquele país.
O Brasil foi um dos países escolhidos pela matriz
para a aplicação de projetos-piloto. Por meio do ICS,
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
9
Código de conduta
Visão
Prover as bases para o futuro da sociedade.
Missão
Ser a mais bem-sucedida empresa do setor, criando valor
para todos os seus públicos de interesse.
O Grupo Holcim procura estar em sintonia com o que
a Organização das Nações Unidas (ONU) define como
desenvolvimento sustentável. No Relatório Brundtland, que
se baseia no documento intitulado Nosso Futuro Comum,
publicado em 1987, a ONU diz que desenvolvimento
sustentável é aquele “que satisfaz as necessidades presentes
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
suprir suas próprias necessidades”.
Para cumprir sua missão, bem como assegurar sua licença
para operar em longo prazo, o grupo incorpora princípios
de sustentabilidade em sua estratégia de negócios. Está
representada no tripé criação de valor, desempenho
ambiental sustentável e responsabilidade social corporativa.
O quadro abaixo evidencia, ainda, a importância das pessoas
para a sustentabilidade da empresa. Elas são a base de sua
estrutura de negócios. Por isso, dedica cuidados especiais a
seus funcionários para que tenham ambiente de trabalho
saudável e seguro e oportunidades de desenvolvimento
profissional e pessoal.
A Holcim Brasil mantém diálogo com as comunidades
do entorno de suas unidades operacionais. Respeita seus
interesses e estimula sua participação ativa na construção
de um futuro melhor para essas localidades. Também são
intensos os investimentos em soluções para diminuir seus
impactos ambientais e para ajudar seus parceiros a crescer
com a empresa.
10
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Sistema de Gestão Integrada
Prioridades
Dentro de sua estratégia de negócios, a Holcim Brasil
procura atuar nos seguintes pontos prioritários: clima
e energia, comprometimento com a comunidade,
governança corporativa, saúde e segurança no trabalho,
relacionamento com os públicos com os quais interage e
construção sustentável.
A Holcim Brasil adota o Sistema de Gestão Integrada (SGI)
para estabelecer os procedimentos nas áreas de Saúde e
Segurança no Trabalho, Qualidade e Meio Ambiente. A partir
de 2008, abrangerá também a Responsabilidade Social
Corporativa. Foram criadas políticas internas específicas
para cada uma dessas áreas, que são comentadas no
decorrer deste relatório.
Valores
certificações pioneiras
Valor
Compromisso
• Somos um parceiro sólido.
Força
• Possuímos integridade e força de caráter.
• Somos uma empresa forte, com liderança global
e competência.
• Cumprimos nossas promessas feitas a cada um de nossos
parceiros de negócios.
• Oferecemos as melhores soluções para nossos clientes.
Desempenho
• Buscamos excelência nos negócios.
• Procuramos sempre novos e melhores caminhos.
• Conquistamos os melhores resultados
por meio do trabalho em equipe.
Criação de Valor
Foco no Produto
Desempenho
Ambiental
Sustentável
Melhor
Gerenciamento
de Custos
Diversificação
Geográfica
Inovação
de Mercado
Permanente
Pessoas
Gerenciamento
Local – Padrões
Globais
Excelência
em
Recursos
Humanos
Responsabilidade
Social
Corporativa
As divisões Cimento e Agregados da Holcim Brasil foram
umas das primeiras no País a obter a ISO 9001 - certificação
internacional que estabelece requisitos para o Sistema de
Gestão da Qualidade (SGQ) de uma organização. Assim
como os investimentos em meio ambiente feitos pela
Divisão Cimento também lhe garantiram o status de
pioneira do setor no Brasil na obtenção da ISO 14001, norma
internacional para operar um sistema de gestão ambiental.
No período coberto pelo relatório, a empresa implementou,
ainda, o Sistema de Gestão de SST e, em dezembro de 2006,
obteve a certificação após auditoria externa ( 46 e 47).
• Trabalhamos com dedicação e comprometimento –
preocupamo-nos com tudo o que fazemos.
Certificações
• Preocupamo-nos com nossas pessoas,
com sua saúde, segurança e desenvolvimento.
Paixão
• Valorizamos nossos clientes e trabalhamos
UNIDADE
QUALIDADE
pensando no sucesso deles.
API
• Preocupamo-nos com nosso mundo, especialmente
com as comunidades onde vivemos e trabalhamos.
• Temos orgulho do nosso bom desempenho,
reconhecemos e celebramos o sucesso.
Base
Ética empresarial e integridade pessoal asseguram a
credibilidade e reputação da empresa. Por isso, o Grupo
Holcim criou seu Código de Conduta, instrumento
consistente e comum a todos os funcionários, com
direcionamentos de como os negócios devem ser
conduzidos no dia-a-dia. O documento faz referência
a valores como responsabilidade social corporativa,
desempenho ambiental sustentável e boas práticas
de concorrência. Traz, ainda, disposições específicas
sobre suborno, corrupção, conflito de interesses e
negociações com informações privilegiadas. Todos os
funcionários recebem um exemplar no momento da
admissão. O documento também está disponível no
site da empresa. O não-cumprimento está sujeito a
sanções disciplinares, incluindo a rescisão do contrato
de trabalho. (GSO2, SO3 e SO4)
A visão estratégica mundial do Grupo Holcim, assim como
sua declaração de missão e de valores, é extensiva a todas
as unidades.
Meta
Para avaliar e monitorar os grandes riscos, a
empresa utiliza o Business Risk Management – BRM
(Gerenciamento de Riscos de Negócios). Criado pelo
Grupo Holcim em 1999, é uma ferramenta que avalia
todo tipo de risco – de mercado, de operações, financeiro
e jurídico nas unidades da empresa. Inclui aspectos de
conformidade, sustentabilidade e reputação.
Os riscos são mapeados e hierarquizados conforme
sua criticidade. Sua análise não se restringe a uma
avaliação de ameaças, mas também identifica possíveis
oportunidades. Com base nesse mapeamento, são
definidas as metas prioritárias e os planos de ação para
alcançá-las. (G4.11 e SO2)
Valor para todos
Estratégia
Gestão de riscos
Visão estratégica
atitude
53 controles-chave selecionados pelo Grupo Holcim
passaram a ser padronizados. Em 2007, foram feitos
testes para verificar se esses controles atendem às
necessidades levantadas. Tanto na avaliação efetuada
pela auditoria interna como na realizada pela auditoria
externa, o Brasil apresentou resultados favoráveis quanto
à eficácia de seus controles internos.
A partir de janeiro de 2008, as auditorias externas nos
procedimentos do ICS serão base para a certificação
mundial do controle interno do grupo.
Os processos globais de auditoria interna das unidades
da Holcim Brasil são realizados de acordo com os padrões
e os procedimentos estabelecidos pelo The Institute of
Internal Auditors (IIA), a mais importante instituição
internacional na área. Cabe à Auditoria Interna do Grupo
Holcim acompanhar o grau de atendimento a esses
procedimentos em cada uma de suas companhias.
Os valores corporativos do Grupo Holcim permitem criar um
elo de confiança com os públicos com os quais se relaciona.
Para a empresa, esses valores são uma convicção da qual
não abre mão. São eles que a identificam, a diferenciam e a
tornam única.
Os casos apresentados na abertura dos capítulos de
desempenho econômico, ambiental e social deste relatório
são exemplos de como essa promessa está sendo cumprida,
seja por meio de produtos, serviços, comunicações, seja pelo
comportamento das pessoas.
Holcim Brasil
Barroso/Barbacena
Cantagalo
Pedro Leopoldo
Vitória
Resotec Cantagalo
Resotec Pedro Leopoldo
Terminal Ribeirão Preto
Terminal Rio de Janeiro
Terminal Santo André
Agregados Mairiporã
–
ISO
9001:2000
–
AMBIENTAL
SST
ISO
14001:2004
Requisitos
Internos
–
30/11/08
–
10/8/08
8/11/08
–
10/10/10
6/4/09
16/3/09
–
–
23/11/09
20/9/09
–
–
6/4/09
–
23/11/09
23/11/10
–
–
19/12/10
19/12/10
–
–
–
23/11/09
–
–
23/11/09
–
–
–
23/11/09
–
–
–
14/12/09
–
–
–
–
As datas referem-se às validades das certificações.
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
11
PARTICIPAÇÃO E COMPROMISSOS
TESTE DE MATERIALIDADE
Temas
Importância
Média
Alta
Governança corporativa
Relações com clientes e fornecedores
Impacto econômico
CO2 e energia
Produtos ecoeficientes
Ambiental
A Holcim Brasil procura manter o diálogo transparente
com os públicos que podem afetar ou ser afetados por
suas atividades. Essa é uma das formas de dar abertura
para contribuições externas ao aperfeiçoamento de
suas operações e conduta nos negócios. Tal nível
de interação acontece, principalmente com:
clientes, agências reguladoras, comunidades,
governos, funcionários, fornecedores, sindicatos,
ongs, universidades, associações, mídia e o próprio
Grupo Holcim.
Construção sustentável
Emissões atmosféricas
Gerenciamento de recursos
e biodiversidade
Resíduos, água e transporte
Saúde e segurança
Social
Públicos estratégicos
O Relatório de Sustentabilidade deve equilibrar temas de
interesse da empresa com as expectativas e demandas
dos públicos interessados em suas atividades.
O Teste de Materialidade é um método de coleta
de opiniões, que permite avaliar o grau de relevância
desses temas e classificá-los. Essa classificação leva em
conta a freqüência de citação dos assuntos e o grau de
importância e prioridade dado a cada um.
O Grupo Holcim desenvolveu ferramenta própria
para aplicar o teste e convidou a Holcim Brasil para
implementá-la. Sua aplicação contou com a ajuda de
consultoria especializada – a BSD Consulting.
Para a pré-seleção de temas, foram compilados dados
de diferentes fontes – reportagens publicadas pela
imprensa, compromissos assumidos pela empresa,
assuntos apontados nos Comitês com a Comunidade
( 42) e resultados obtidos na pesquisa Needs
Assessment (Avaliação de Necessidades), em que cerca
de 260 pessoas apontaram suas percepções sobre as
atividades da empresa, considerando aspectos positivos
e negativos ( 41).
O teste de materialidade foi realizado em duas
etapas. Na primeira, foram entrevistadas 28 pessoas
– representantes da empresa, da comunidade, do
governo, de sindicatos e de universidades, entre
outros. A segunda reuniu 20 representantes desses
públicos e oito lideranças do grupo para discutir mais
aprofundadamente os temas e sua relevância.
Os resultados podem ser vistos no quadro ao lado.
Econômico
Baixa
Práticas empregatícias
Envolvimento com a comunidade e
relações com públicos interessados
Holcim Públicos interessados
Qualidade dos dados
Para identificar pontos de melhoria em seus indicadores
de sustentabilidade e preparar as áreas para esse
processo, a empresa optou por realizar a análise de
confiabilidade das informações. Isso a ajudará na
definição de planos de ação de aperfeiçoamento
de seus controles. Essa avaliação foi conduzida pela
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes.
A voz dos stakeholders
“A Klabin, na condição de fornecedora de embalagens,
tem a Holcim como um de seus principais clientes.
Vemos a Holcim como modelo no segmento de seus
negócios, com práticas ilibadas nas relações inerentes a
suas atividades.”
Antônio Andruciolli
Diretor das Unidades de Sacos Industriais da Klabin
“Tenho total apoio da Holcim para meu trabalho de
educação ambiental, o que me dá muita motivação.
Sei da grande preocupação da empresa com o meio
ambiente. Morava ao lado da fábrica de Cantagalo. Vi a
unidade ser criada e posso afirmar que temos ali uma
'fábrica verde'."
Liberalina Lutterback
Educadora ambiental do Projeto Educando Verde
12
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
“Admiro como o tema sustentabilidade é tratado de
forma holística e transversal na empresa e o compromisso
da alta direção em implantar ações para a melhoria da
qualidade de vida da sociedade, medidas para otimizar o
uso dos recursos naturais e reduzir as emissões de gases
causadores do efeito estufa.”
Marcelo Takaoka
Presidente do Conselho Brasileiro de Construção
Sustentável
“A comunhão de idéias e metas faz com que nossa parceria
seja eficiente, permanente e sustentável. A empresa
contribui para a popularização da arte e para
a comprovação da cultura como importante instrumento
de inclusão social.”
Orlando Orube
Diretor do Teatro Sesi–Holcim
“Sou testemunha da paixão e do comprometimento
da Holcim, em nível global e brasileiro, com a causa
do desenvolvimento sustentável. A empresa investe,
pesadamente, em mobilizar a sociedade para a construção
sustentável. Uma empresa inspiradora.”
Vanderley John
Professor da Escola Politécnica da USP
“A sinceridade com que a Holcim trata os temas de
desenvolvimento sustentável e a transparência dos executivos
tornam sua atuação exemplar e de grande credibilidade.
Gostaria de ver a Holcim liderando seu setor, em termos de
idéias inovadoras na relação responsável com a sociedade.”
Wilson Passeto
Presidente da ONG Água e Cidade
“A Holcim tem se aproximado da comunidade, criou
canais de interlocução, desenvolve e apóia projetos de
desenvolvimento da cidade. Mas parte da população não
visualiza melhorias, tampouco as associa a intervenções
da empresa. A população mais carente ainda não se sente
beneficiada diretamente pelos projetos. Tem necessidade
de resultados mais palpáveis e emergenciais.”
Vera Rodrigues Pereira
Presidente da Associação de Moradores do Bairro Nossa
Senhora do Rosário, de Barroso (MG)
“A terceirização de atividades e o processo de transformar
resíduos em combustível são pontos de preocupação. Mas
é admirável o compromisso da Holcim com a segurança
de seus trabalhadores, assim como a boa relação com a
comunidade.”
Wilson S. da Silva
Presidente do Sinticomex – Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias da Construção do Mobiliário e da Extração
de Mármore, Calcário e Pedreiras de Pedro Leopoldo,
Matozinhos, Prudente de Morais, Capim Branco e Confins
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
13
Compromissos
Área
Metas
Estratégia
Sistemas de
Gerenciamento
Monitoramento
e Relato
de Desempenho
Relacionamento
com Clientes e
Fornecedores
Clima e Energia
Impactos
Ambientais
Práticas
Empregatícias
Comentários
Ano
Status
Pág.
Integrar os temas revelados no teste
de materialidade no sistema
de gerenciamento de riscos.
O teste de materialidade foi realizado em 2007
para a produção deste relatório.
2008
Em andamento
12
Implementar Comitê de Responsabilidade Social.
O escopo inicialmente pensado para esse comitê
foi ampliado e em 2006 implementou-se o
Comitê de Sustentabilidade.
2006
Realizada
9
Implementar princípios de responsabilidade
social no dia-a-dia das áreas.
A estratégia foi divulgada internamente e ações
de melhoria têm sido implementadas.
2007
Realizada
–
Implementar indicadores
de Responsabilidade Social Corporativa.
Os indicadores GRI foram definidos como a ferramenta adotada pela empresa.
2007
Realizada
A
Implementar ISO 9001
na nova operação de cimento em Sorocaba.
Auditoria prevista para o segundo semestre.
2008
Em andamento
11
Nova
11
Implementar IS0 14001 nas operações
de cimento de Sorocaba e Vitória.
2009
Implementar ISO 9001 e ISO 14001 em todas
as unidades de produção de agregados.
A unidade de Mairiporã já possui
certificação ISO 9001.
2010
Em andamento
11
Implementar sistema de gestão de saúde
e segurança no trabalho.
Certificação em saúde e segurança
no trabalho conquistada em 2006.
2006
Realizada
47
Estabelecer procedimentos de controle
para todos os indicadores GRI que
reportamos, a fim de realizar auditoria
em nosso próximo relatório.
2010
Nova
–
Implementar Sistema de Avaliação
de Fornecedores/Prestadores de Serviços.
2005
Realizada
24
Em andamento
24
Em andamento
33
Auditar 100% dos fornecedores dos grupos 2 e 3
em aspectos de responsabilidade socioambiental,
trabalho infantil, trabalho forçado,
saúde e segurança e emissão de CO2.
Grupo 2 – Limpeza, jardinagem, refeitórios
e demais serviços administrativos
Grupo 3 – Serviços de construção civil, mineração,
manutenção e Resotec.
Em 2007, cerca de 150 fornecedores foram
auditados em aspectos de saúde e segurança
no trabalho.
Reduzir em 32% a emissão de CO2
(kg CO2/tonelada de cimento), tendo
como referência o ano 1990.
Embora a meta tivesse sido atingida em 2004, a
escassez da moinha de carvão obrigou a empresa
a utilizar combustíveis tradicionais, elevando
suas emissões, encerrando 2007 com 10,54% de
redução em relação a 1990.
Saúde e Segurança
no Trabalho
2010
Nova
34
Estabelecer planos de recuperação de jazidas.
2006
Realizada
37
Realizar Pesquisa de Clima Organizacional.
A pesquisa foi realizada em 2007.
2006
Realizada
45
Capacitar no treinamento EcoSim (simulador
virtual para trabalhar competências gerenciais).
Foram treinadas 500 pessoas
no período deste relatório.
2007
Realizada
45
Estimular a prática de voluntariado.
Diversas ações foram realizadas para sensibilizar
o público interno: Roteiro Social e campanhas.
2007
Realizada
–
Nova
42
Nova
–
2009
Nova
48
2010
Nova
47
2008
Nova
–
2009
Aplicar Social Engagement Scorecard para avaliar
até 70% dos projetos sociais da empresa.
Ferramenta que, com o envolvimento dos
públicos de interesse, avalia o alinhamento
de projetos com nossa estratégia de
responsabilidade social.
Reduzir em 30% por ano, a partir de 2006, a taxa de
freqüência do número de acidentes com perda
de tempo, tendo como referência o ano 2004.
A meta para 2009 é < 2 .
Apesar da melhoria, a meta de 3,5 prevista
para 2007 não foi atingida. A empresa atingiu 4,6.
Implementar os 13 elementos
de prevenção de fatalidades.
Elementos de prevenção de fatalidades foram
desenvolvidos para combater as 13 principais
causas de fatalidade identificadas pela empresa
em nível mundial.
Implementar gerenciamento
de segurança de contratados.
14
2008
Reduzir em 20% a emissão de NOx, SO2 e pó
(g de poluentes/tonelada de cimento), tendo
como referência o ano de 2004.
Ampliar a realização de comitês com as comunidades
do entorno de nossas operações de cimento em
Pedro Leopoldo e agregados em Mairiporã.
Envolvimento com
a Comunidade
2009
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
2009
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
15
Especial
Futuro sustentável
A indústria cimenteira tem papel fundamental no
desenvolvimento de um país. Participa das obras de
infra-estrutura, urbanismo e saneamento. Gera
empregos e destina impostos nas localidades onde está
instalada. Promove soluções para o crescimento
de indústrias, cidades e comunidades.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do
Cimento (SNIC), o setor cimenteiro brasileiro é composto
por 65 fábricas, pertencentes a 10 grupos nacionais e
estrangeiros, gera 22 mil empregos diretos e tem capacidade
instalada de 63 milhões de toneladas por ano. Em 2007,
produziu 46,4 milhões de toneladas de cimento. Dos 45,9
milhões de toneladas vendidos no ano, 97,3% foram para o
mercado interno e as demais, exportadas.
Mas suas atividades acarretam impactos ambientais.
Entre os principais estão elevado consumo de energia
e de recursos naturais na extração mineral, emissão de
poeiras e outros poluentes. Causam também impactos
proporcionados pelo transporte de matérias-primas e do
produto final, bem como a geração de gases causadores
do efeito estufa. Calcula-se que a indústria cimenteira seja
responsável por aproximadamente 5% de todas as emissões
antropogênicas (causadas pelo homem) de CO2 no mundo.
As iniciativas retratadas a seguir e no capítulo
“Desempenho Ambiental” ( 31) evidenciam o grande
empenho do Grupo Holcim em reduzir seus impactos ao
16
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
meio ambiente e influenciar o setor da construção a adotar
práticas sustentáveis.
Holcim Foundation A Holcim Foundation for Sustainable Construction foi
criada em 2003, na Suíça. Estimula a troca de experiências
entre arquitetos, engenheiros, projetistas, urbanistas,
construtores e a sociedade sobre novos parâmetros de
sustentabilidade em projetos de construção. Dentre suas
iniciativas, promove o Holcim Forum, que reúne especialistas
no setor. Tem a finalidade de discutir e promover soluções de
construção e edificação para os desafios apresentados pelo
desenvolvimento sustentável. Há também o Holcim Awards,
série de competições regionais e globais para promover
inovação na construção sustentável. Em ambos os eventos
conta com o apoio de centros de excelência acadêmica dos
cinco continentes em que atua. No Brasil, esse apoio técnico
é dado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
(EPUSP). ( www.holcimfoundation.org)
DESEMPENHO BRASILEIRO A Holcim Brasil tomou para si a tarefa de mobilizar
a abrangente cadeia produtiva da construção civil
brasileira. A idéia é adotar modelos de negócio
inovadores do ponto de vista da sustentabilidade. A
empresa procura despertar o setor para a possibilidade
de ter projetos economicamente viáveis, que levem bemestar às pessoas, em todas as camadas da sociedade, e
que preservem os recursos naturais não-renováveis, por meio
da busca de fontes alternativas de energia e matéria-prima.
Esse envolvimento com o tema levou a Holcim Brasil a ser
a primeira empresa a se associar ao Conselho Brasileiro de
Construção Sustentável, criado em abril de 2007. No mesmo ano,
colaborou com a fundação e assumiu a presidência da Câmara
Técnica de Construção Sustentável do Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
Outro exemplo de seu envolvimento com o tema é a intensa
divulgação do concurso Holcim Awards for Sustainable
Construction, considerado a maior premiação de construção
do mundo. O prêmio constitui oportunidade única para incluir
o tema em fóruns setoriais e acadêmicos e no relacionamento
com formadores e multiplicadores de opinião, como imprensa,
executivos, ambientalistas e poder público, entre outros.
Em 2007, o Brasil foi o primeiro país da América Latina e o
terceiro do mundo em número de inscritos. Ao todo, foram
121 países participantes e 4.774 novos projetos e concepções
inscritos, todos explorando o importante papel social da
arquitetura, da engenharia e da construção.
O público-alvo teve inúmeras possibilidades de acesso às
informações. O plano de comunicação envolveu produção de
diferentes peças de divulgação, publicação de anúncios em
mídia impressa e on-line, avisos em comunidades virtuais
e ações com a imprensa. Tudo isso resultou em mais de 90
matérias publicadas.
A Holcim Brasil atua em cooperação com o Instituto
de Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho Brasileiro de
Construção Sustentável (CBCS), o Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e os
sindicatos da construção estaduais.
Foram feitos cinco eventos de lançamento em quatro
Estados e no Distrito Federal. A programação incluiu a
palestra “Desafios da Construção Sustentável no Brasil”,
seguida de debates. Ao todo, participaram 644 pessoas.
Para o público acadêmico de 14 universidades de 7 Estados
foram feitas palestras e uma exposição de painéis com os
trabalhos dos vencedores da primeira edição do prêmio,
realizada em 2005. Os eventos contaram com a presença
de 598 estudantes, professores e pesquisadores. A empresa
também doou livros temáticos a 100 universidades, para os
cursos de arquitetura e de engenharia.
A Holcim conseguiu incorporar o tema em outros 15
eventos que estava apoiando, com destaque para a Bienal
Internacional de Arquitetura de São Paulo. A série de
eventos contou com a participação de aproximadamente
62 mil pessoas. Dentre outras ações, o assunto foi
reforçado para os funcionários com a exposição de painéis
nos refeitórios das fábricas, nas unidades produtoras de
agregados e no Centro Tecnológico.
Produtos ecoeficientes
A companhia tem reduzido suas emissões de CO2 por
tonelada de cimento produzido. Como estratégia,
transforma resíduos industriais, que seriam despejados
na natureza, em fonte de energia em seus fornos.
Utiliza insumos alternativos na fabricação do cimento,
como biomassa e escória. Essas medidas poupam a
natureza, porque evitam a extração de matérias-primas
não-renováveis, sem comprometer a qualidade e as
características dos produtos ( 33).
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
17
Indicadores de desempenho
18
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
19
HOLCIM VIABILIZA PROGRESSO DE CLIENTE
“Se eu tivesse conhecido o Progride há mais tempo, com
certeza a loja já estaria muito mais à frente”, diz Antônio
Jorge Ferreira, 56 anos, proprietário da Aranil Material de
Construção Ltda. Ele foi um dos convidados da Holcim a
participar do Progride – Programa de Desenvolvimento de
Negócios. Trata-se de treinamento criado pela empresa
em parceria com a consultoria Gouvêa de Souza & MD,
oferecido a clientes do âmbito varejista.
Antonio Jorge migrou do setor de panificação para o de
materiais de construção há 24 anos, quando se tornou
proprietário da Aranil, revenda localizada no Bairro Paciência,
região de Campo Grande, no Estado do Rio de Janeiro.
Ele enfrenta concorrência acirrada de outras sete lojas do
mesmo porte. A Aranil trabalha com um mix de produtos
que atende às necessidades de pequenos construtores de
Paciência e bairros vizinhos. Conta com uma equipe de 14
funcionários e uma frota de 5 caminhões.
Apesar da experiência com comércio, Antonio Jorge diz
que suas decisões de compra e venda eram permeadas
por receio e estresse. Os aprendizados o ajudaram a ter
uma visão mais “panorâmica” e o encorajaram a ousar,
porém, com os pés no chão, sabendo o que está fazendo
e aonde quer chegar. Segundo o comerciante, depois dos
conhecimentos apreendidos no Progride, especialmente
no módulo sobre finanças – tema sobre o qual sempre
teve grande interesse, mas se considerava leigo –, ganhou
qualidade de vida porque “desestressou”.
Como resultado prático, ele já comemora o aumento das
vendas em 30%. Acredita que, além do aquecimento do
mercado, a aplicação dos conhecimentos no dia-a-dia está
surtindo efeitos concretos. Antônio Jorge diz que nunca
havia recebido um tipo de apoio tão impactante como esse.
“A nossa relação sempre foi boa com a Holcim. Com esse
apoio, ficou ainda mais fortalecida”, complementa.
Este é o objetivo do Progride: desenvolver parceria com o
revendedor para que ele prospere com a Holcim. O curso é
composto pelos seguintes módulos: Estratégia de Varejo,
Gestão de Pessoas, Gestão de Resultados, Gestão de Loja,
Vendas e Atendimento, Atribuições do Gestor. Cada módulo
tem duração de oito horas.
Além do “seu” Jorge, o Progride beneficiou cerca de
150 pessoas, em cinco cursos completos, oferecidos,
prioritariamente, nas regiões próximas às fábricas da
Holcim. Para 2008 está prevista a realização de seis cursos.
20
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Indicadores
Principais resultados
Unidade
GRI
2005
2006
2007
Mercado otimista
Vendas líquidas
R$ mil
EC1
630.579
646.934
746.102
Receitas de
investimentos
R$ mil
EC1
49.498
18.411
28.793
A Holcim Brasil fechou 2007 com alta de 11% no volume de
toneladas de cimento vendidas. Saltou dos 3,2 milhões de
toneladas de 2006 para 3,5 milhões em 2007.
A empresa está otimista com o aquecimento da
construção civil. Ainda que a demanda gerada pela
recente expansão do mercado, especialmente do
imobiliário, não tenha sido suficiente para cobrir o
déficit gerado durante o período de recessão (2004 a
2007), esses anos foram desafiadores para a indústria
cimenteira no País. O custo de produção ficou acima do
valor final do produto no mercado consumidor e afetou
os resultados da empresa como um todo.
Comparando a média em 2002 e 2003, por exemplo,
um saco de cimento chegava ao consumidor final por
cerca de R$ 18,00 e, em 2006, esse valor chegou a R$ 9,00
em alguns mercados.
Entre 2006 e 2007, os acionistas fizeram aporte de
capital de cerca de R$ 400 milhões para garantir a
operação da Holcim Brasil. Além do cenário de competição
extremamente acirrada, a alta nos custos de produção,
principalmente em combustíveis e energia elétrica, foi
responsável pelos resultados insatisfatórios.
Além disso, no final de 2007, o motor de um moinho
da fábrica de Cantagalo (RJ) quebrou, levando a
empresa a perder pequena fatia do mercado no Rio de
Janeiro. No último trimestre do ano, deixou de produzir
200 mil toneladas de cimento, baixando seu
desempenho para 3,5 milhões de toneladas, ante uma
previsão de 3,7 milhões de toneladas.
Receitas de venda
de ativos
R$ mil
EC1
(1.696)
2.177
1.211
Custos operacionais
R$ mil
EC1
236.090
246.772
288.507
Resultado líquido
R$ mil
EC1
(30.365)
(128.921)
(115.774)
Ebitda
R$ mil
(4.875)
(88.249)
(90.670)
Salários e benefícios
de empregados
R$ mil
EC1
90.342
100.807
109.114
Gastos com
fornecedores
R$ mil
EC6
444.679
576.995
717.572
Pagamento para
provedores de capital
R$ mil
EC1
79.623
40.095
35.723
Pagamentos
ao governo
R$ mil
EC1
165.535
140.338
153.625
Investimentos
na comunidade
R$ mil
EC1
1.412
1.378
1.623
Gastos com
meio ambiente
R$ mil
EN30
7.376
5.513
8.180
Investimentos em
meio ambiente
R$ mil
EN30
5.917
4.649
7.269
Vendas
de cimento
mil
toneladas
–
2.983
3.228
3.585
Vendas
de concreto
mil m3
–
1.158
1.254
1.346
mil
toneladas
–
2.219
2.560
2.364
Vendas
de agregados
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
21
VISÃO ESTRATÉGICA
DESEMPENHO ECONÔMICO
VISÃO ESTRATÉGICA
retomada de investimentos
O aumento da renda da população brasileira e o crescimento
do setor imobiliário são alguns dos fatores que promoveram
o reaquecimento da demanda do setor de construção em
2007. Isso estimulou o Grupo Holcim a desengavetar planos
de investimento nas operações brasileiras.
No final desse ano, a Holcim Brasil reativou a fábrica de
cimento de Sorocaba (SP), sua primeira aquisição no País,
depois de quase seis anos de interrupção das atividades.
A fábrica funcionou de 1951 a 2002. Foram investidos
R$ 3,2 milhões na modernização da unidade, que conta
com um dos mais eficientes moinhos do Brasil para a
produção de cimentos especiais. Tem capacidade de
200 mil toneladas de cimento por ano e é dedicada à
fabricação de produtos da mais alta tecnologia.
No mesmo período, anunciou planos de investir quase
R$ 2 bilhões no Brasil nos próximos anos. Um dos projetos
de expansão, calculado em R$ 1,2 bilhão, envolve uma
nova unidade de produção de cimento e está em estudo
de viabilidade. Outro projeto diz respeito especialmente à
expansão da capacidade de uma das fábricas mineiras. Com
investimento de R$ 300 milhões, a empresa espera elevar em
cerca de 20% sua capacidade atual, já que prevê a produção
adicional de mais 1 milhão de toneladas por ano.
No início de 2008, a matriz aprovou investimento de
R$ 434 milhões para adequar as unidades fabris no Brasil
à nova situação de mercado. Os recursos serão aplicados,
sobretudo, em modernização e adequação operacional.
Também nas unidades de concreto e agregados, serão
realizados investimentos em melhorias operacionais, saúde
e segurança e meio ambiente.
22
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Relacionamento com os clientes e fornecedores
Contribuição mútua
Conduzir a relação com os clientes e fornecedores
de forma profissional, transparente e ética é um dos
seis pilares da Estratégia de Responsabilidade Social
Corporativa (RSC) da Holcim.
No relacionamento com os clientes, busca-se a
excelência em serviços e produtos, promovendo soluções
integradas, diferenciadas, inovadoras e de alta qualidade.
Na seleção de fornecedores, leva-se em consideração
a adequação de produtos e serviços aos requisitos
ambientais, de responsabilidade social e de saúde e
segurança no trabalho. Também se identifica a melhor
solução para a Holcim e seus clientes.
Encontro Marcado Holcim
Além do Progride ( 20), há outras iniciativas de apoio
às revendas de produtos Holcim. Durante o Encontro
Marcado Holcim – evento organizado em parceria com o
revendedor – , são apresentadas aos pedreiros, mestresde-obras, engenheiros, arquitetos, pequenos construtores
e clientes em geral da revenda informações técnicas
sobre cimento, preparo de argamassa e concreto e
recomendações de segurança no trabalho.
Desde 2006, quando foi iniciado o piloto, com 390
participantes, o evento tem sido avaliado de forma positiva.
Em 2007, beneficiou 13.750 pessoas. A estimativa é atingir
outros 8 mil profissionais em 2008.
Parcerias para Minha Casa
Seguindo o conceito de affordable housing – casa de custo
acessível ou reduzido – que norteia iniciativas do Grupo
Holcim no mundo, a Holcim Brasil estabeleceu parcerias
com revendas e construtoras para facilitar o acesso à casa
própria para famílias de baixa renda.
A organização se baseia no projeto Casa 1.0, da
Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), que
disponibiliza o modelo para qualquer empresa associada.
A Holcim foi a pioneira: em 2007, construiu a primeira
casa desse gênero dentro de uma revenda na Grande Belo
Horizonte. Aceitou o desafio de comercializar uma casa de
40 metros quadrados por um custo máximo de R$ 30 mil,
construída em 60 dias, com garantia de cinco anos.
A Holcim Brasil fez adaptações ao projeto Casa 1.0 e
criou o projeto Minha Casa, que já tem uma casa-modelo
instalada em uma loja no Rio de Janeiro. A parceria se
constitui da seguinte forma: a Holcim Brasil entra com
o cimento e apoio de mídia, o revendedor fornece os
demais materiais de construção e a construtora participa
com mão-de-obra.
A ABCP presta assessoria técnica. O consumidor
poderá efetuar a compra conforme o mecanismo de
financiamento da revenda.
Para manter o cliente satisfeito
Todos os segmentos em que a Holcim Brasil atua –
Cimento, Concreto, Agregados e Co-Processamento –
realizam pesquisas de satisfação com os clientes. A
freqüência e a amostra consultada variam em cada
área. (GPR5)
Os clientes avaliam a qualidade dos serviços,
principalmente nos quesitos qualidade do produto,
atendimento comercial, entrega (logística) e assessoria
técnica (nível técnico), atribuindo notas. Quando algum
item recebe avaliação negativa, estudam-se as causas
e um plano de ação é feito para saná-las. No período de
2005 a 2007, de forma geral, a avaliação dos clientes foi
ótima ou boa. Registros de menor apreciação estavam
associados a situações pontuais e foram solucionados
com medidas de melhoria.
A Holcim Brasil também tem procedimentos
padronizados em casos de reclamação de clientes. Todas
as etapas do atendimento são registradas e monitoradas.
Após visita ao cliente e solução do caso pela área técnica,
elabora-se relatórios sobre o processo.
No período de abrangência deste relatório, não foram
registrados casos de não-conformidade de produtos e
serviços com regulamentos relativos à saúde e segurança
(GPR2), nem com códigos relacionados a comunicação de
produto e ações de marketing (GPR7). Também não houve
registro de reclamações sobre violação de privacidade
e perda de dados de clientes (GPR8), não-conformidade
relacionada à rotulagem de produtos e serviços (GPR4),
assim como nenhuma lei ou regra sobre fornecimento de
produtos e serviços foi descumprida (GPR9).
Novas embalagens
Em 2007, as embalagens dos produtos da Holcim Brasil
ganharam novo layout, no qual a marca recebeu destaque:
aparece em primeiro plano e em vermelho, no lugar das
marcas locais – Ciminas, Barroso, Paraíso e Alvorada.
Além dessa mudança, a empresa criou nomes de
simples entendimento para os produtos. Substituiu as
normas técnicas – CPII, CPIII e outras – anteriormente
empregadas como nome de produto. Agora os cimentos
estão identificados como Forte, Ultra Forte, Rápido e
Ultra Rápido, para o cliente escolher com facilidade o tipo
mais apropriado para sua necessidade. Cada um tem sua
cor própria, o que também facilita a identificação nos
canteiros de obras.
A Holcim inovou com a criação de ícones que ilustram as
principais aplicações para as quais cada tipo de cimento
é indicado, facilitando sua identificação pelo consumidor
final. No verso da embalagem são encontradas
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
23
Fornecedores ativos por região
2005 (5.379)
2006 (6.605)
2007 (6.483)
4.000
4.000
4.000
Gastos com
fornecedores
(GEC6)
(em milhões
de reais)
3.532
3.500
3.500
3.500
3.000
3.000
2.500
2.500
2.500
2.000
2.000
3.000
2.752
2.000
1.500
1.379
1.000
1.000
597
500
0
recomendações de segurança para manuseio, condições
para armazenamento correto e dicas para aproveitar
melhor a qualidade do produto, além da sinalização de
embalagem reciclável. (GPR3)
Os cimentos de alta tecnologia – Microcem 20 e 30,
Duracem, Silimax, Classe G e o ligante para solos Pavifort –
também ganharam embalagens novas. Eles passaram a ser
acondicionados em sacarias de papel kraft branco.
Marca fortalecida
As mudanças nas embalagens dão suporte à estratégia de
fortalecimento da marca. Para apresentar as novidades aos
clientes, foi feita uma grande campanha de comunicação.
Contou com o ex-jogador de futebol e tricampeão mundial
pelo Brasil na Copa de 1970, Dadá Maravilha, como
“embaixador” da marca.
Desde a adoção do nome Holcim, em 2002, essa
foi a primeira vez em que a empresa preparou uma
campanha de mídia de massa, em rádio, televisão e
impressa, para fortalecer sua marca. Investiu mais de
R$ 5 milhões em um período crítico para o negócio. Essa
iniciativa reforça a ousadia e a crença da Holcim no
mercado brasileiro.
Respeito ao consumidor
As novas embalagens também receberam atenção especial
no momento do ensaque. Havia reclamações de que a
tinta das embalagens antigas se soltava nas mãos e na
roupa dos clientes. Vários testes foram feitos até chegar à
24
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
causa do problema: presença de cimento no lado de fora
da embalagem. Além da adoção de técnica de impressão
mais resistente, os cuidados com a limpeza no processo de
ensacamento foram redobrados. (GPR1)
576,9
717,5
444,6
1.697
1.500
3.375
313
SP MG RJ
ES
120 218
PR
Outros
1.500
1.000
719
500
0
1.728
346
SP MG RJ
Fornecedores qualificados
Cuidado extra com
os caminhoneiros
As políticas de compras seguem o manual da matriz,
que estabelece critérios, comportamentos e verificação
para a contratação e a aquisição de bens e serviços. Esse
documento, que é atualizado constantemente, já está em
sua quarta versão.
Uma das cláusulas de contrato com fornecedores expressa
a preocupação da Holcim Brasil em garantir o respeito
aos direitos humanos. A empresa só contrata serviços de
terceiros se seus funcionários forem alfabetizados, maiores
de 18 anos, capacitados para a função, e desde que não
executem trabalhos forçados. (GHR1)
Todos os fornecedores passam por avaliações periódicas.
O prazo para a adequação às exigências é de seis meses. No
período de 2005 a 2007, a companhia avaliou a existência
de normas de gestão de qualidade e do meio ambiente (ISO
9001 e ISO 14001) e a saúde financeira de 250 fornecedores.
Mensalmente, apenas os fornecedores de risco 1 (maior risco
e presença constante nas fábricas) são avaliados.
No primeiro semestre de 2006, aproximadamente
200 fornecedores dos negócios de Cimento e Agregados
passaram, pela primeira vez, por auditoria para verificar o
cumprimento das normas de SST da Holcim. Em 2007, foram
cerca de 150. Nenhum foi eliminado do cadastro, mas todos
tiveram de se adequar aos critérios da empresa. (GHR2)
O transporte rodoviário de cargas é de extrema importância.
São cerca de 1,3 mil carregamentos diários, mais de 6 milhões
de cargas todos os anos. Em 2007, foram transportados 4,5
milhões de toneladas de cimento e matérias-primas por
uma frota de mais de 11 mil veículos, movidos a diesel, que
circularam nos últimos três anos mais de 89 milhões de
quilômetros. A Holcim ainda não tem controle sistematizado
das emissões de CO2 dessa atividade. Porém, procura
estimular os parceiros a evitar impactos ambientais, com
inspeções regulares de manutenção. (GEN29)
Uma das formas de estímulo é o Clube da Estrada
– programa de relacionamento com motoristas
autônomos. Promove uma série de premiações para os
associados que registram as melhores pontuações em
inspeções feitas nos veículos. A cada R$ 250,00 em frete
o motorista ganha um ponto.
Também são premiados os associados que participam da
Blitz de Saúde – programa que inclui atendimento médico e
palestras sobre como levar uma vida mais saudável. Há ainda
um canal de comunicação exclusivo – a Folha da Estrada –
que retrata temas do cotidiano dos caminhoneiros e dicas de
direção segura, cuidados com a saúde e qualidade de vida.
Criado em março de 2007, o clube já tem 1,5 mil adesões.
( www.holcim.com.br)
ES
119 192
DF Outros
739
342
500
0
SP MG RJ
ES
93 206
DF Outros
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
2005 2006 2007
25
CONDUTA NOS NEGÓCIOS
O Grupo Holcim visa ter sucesso em seus negócios,
respeitando as leis para uma boa concorrência.
Para assegurar que as tomadas de decisão de seus
funcionários estejam norteadas pelas leis internacionais
de defesa da concorrência, foi criada, em 2004, a
Declaração de Política e Diretrizes para Boas Práticas de
Concorrência. Como material de consulta complementar,
a Holcim Brasil criou um anexo que contém comentários
e esclarecimentos sob a ótica da legislação brasileira.
Essas diretrizes estabelecem os procedimentos de
concorrência leal e prevêem as punições estabelecidas
pelo Grupo Holcim nos casos de descumprimento.
Denúncias internas podem ser feitas à Auditoria Interna.
Além disso, o Grupo Holcim lançou um programa
26
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
de treinamento, o Value Creation in a Competitive
Environment – VCCE (Criação de Valor no Ambiente
Competitivo) – que visa a garantir o cumprimento dessa
política, que atende ao Código de Conduta ( 10) e reforça
os padrões a serem seguidos pelos funcionários das
empresas do grupo.
No Brasil, os diretores e os gerentes de todos os setores,
assim como os funcionários da área comercial, passam
por esse treinamento. Ao final, todos os participantes
assinam termo de adesão aos princípios estabelecidos
pelo Grupo Holcim.
Processos contra o setor
Em 2003, a Secretaria do Direito Econômico (SDE),
do Ministério da Justiça, iniciou investigações sobre
formação de cartel por empresas do setor de brita. Em
2004, moveu processo contra 19 delas e o Sindicato da
Indústria de Mineração de Pedra Britada (Sindipedras).
Isso resultou na condenação de todos os envolvidos e
no pagamento de multa de 15% a 20% do faturamento
bruto de cada uma das indústrias. O grupo era acusado
de formação de cartel, com o objetivo de dividir o
mercado, estipular volume de vendas, direcionar vendas
para os consumidores, recusar ou dificultar a venda a
clientes inadimplentes e controlar e restringir a alta da
produção, estimulando o aumento de preços.
A Holcim Brasil jamais participou de qualquer acordo com
concorrentes nem tem conhecimento de que o Sindipedras
o fizesse. Os próprios resultados operacionais inadequados
do segmento confirmam essa posição da empresa. Embora
não tenha concordado com a decisão adotada, ao final,
pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade),
autarquia independente vinculada ao Ministério da Justiça,
a Holcim Brasil decidiu acatá-la. Tal opção foi baseada nos
altos custos de manter um processo dessa natureza. Foi a
única empresa a pagar, voluntariamente, em 2007, a multa
estabelecida no valor de R$ 2.682.714,69, tendo sido o
processo arquivado. No período, a empresa não registrou
sanções não-financeiras. (GSO8)
O setor de cimento também está sendo investigado
pela SDE, desde 2003, por alegada formação de cartel.
No início de 2007, a SDE fez buscas e apreensões nas
sedes de seis das oito empresas acusadas e recolheu
documentos e computadores. Formação de cartel é
uma prática condenada pela Holcim Brasil, que, desde
o início das investigações, mantém-se à disposição das
autoridades para quaisquer esclarecimentos. (GSO7)
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
27
Especial
Tecnologia e inovação
A Holcim conhece os desafios e as necessidades de seus
clientes – construtoras, empreiteiras e empresas de
pavimentação, entre outras. Não mede esforços para
pesquisar novas e inovadoras formas de ajudá-los a
obter progresso em seus empreendimentos. Oferece
produtos de alto desempenho e soluções integradas e
customizadas.
Por meio da assessoria técnica, presta todo o serviço
de orientação e especificação, para que o cliente tenha a
certeza de utilizar a solução em cimento e concreto mais
adequada para sua obra. Isso com segurança, melhor
custo-benefício e durabilidade.
Composta por uma equipe de engenheiros
especializados em tecnologia de cimento e de concreto, a
assessoria técnica conta com o apoio e a estrutura de um
moderno centro tecnológico de pesquisas e laboratórios
regionais fixos e móveis. Tem ainda parcerias com
institutos de tecnologia, universidades e escolas técnicas
e profissionalizantes em todo o Brasil.
Além disso, a empresa presta serviço especial de
concretagem com a instalação de centrais misturadoras
totalmente automatizadas nos canteiros de obras. Dessa
forma, auxilia o setor da construção a otimizar recursos e
gerar menos resíduos.
Para os clientes de co-processamento, a Resotec oferece
soluções que incluem gerenciar e assessorar o manuseio
dos resíduos, desde o local de geração até os fornos das
fábricas de cimento.
Microinjet – novo conceito
Um exemplo de inovação, que combina produto com
serviços orientados, é o Sistema Microinjet – tecnologia
especialmente desenvolvida para a aplicação dos
microcimentos Holcim. Microcimentos são produtos
de granulometria extremamente fina. Foram criados
para auxiliar no reparo de fissuras, empenamentos,
nivelamento de placas de pavimento e preenchimento
de vazios deixados por infiltração de água, entre outras
situações.
A aplicação dos microcimentos é realizada com
equipamentos desenvolvidos pela Holcim Brasil, por
profissionais treinados e autorizados. Dentre as vantagens
para o cliente, a técnica evita transtornos com demolição.
O tempo de aplicação e secagem rápida geram menos
impacto no dia-a-dia e favorecem o uso racional de
material, o que se traduz em economia e tranqüilidade.
( www.holcim.com.br)
28
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Produtos diferenciados
Assim como o Sistema Microinjet, há vários produtos de alto
desempenho exclusivos da Holcim. Eles foram desenvolvidos
com tecnologia de ponta para atender a demandas
específicas do mercado. A linha Duracem é composta por
cimentos elaborados com matérias-primas selecionadas e
modernas técnicas de fabricação.
O Duracem AD300, por exemplo, é o cimento de
maior resistência no mercado brasileiro. Já o Silimax
foi desenvolvido para aplicações em pisos industriais,
principalmente os que necessitam de grande resistência
a abrasão e a agentes agressivos, como sulfatos, alguns
tipos de ácido, óleos e graxas. Esse produto propicia,
ainda, concretos com baixa retração.
O portfólio de produtos foi recentemente incrementado
com o Pavifort. É o primeiro ligante mineral para
reforço de solos produzido no Brasil por uma indústria
cimenteira. Substitui, com vantagens tecnológicas e
ambientais, a tradicional camada de brita utilizada entre
o solo e o pavimento de estradas e ruas.
A Holcim também é a única cimenteira no Brasil que
produz o Cimento G, desenvolvido para aplicação em
poços de petróleo, principalmente nas plataformas
marítimas da costa brasileira.
Cimento personalizado
A participação da Holcim na construção da mais alta
barragem do Brasil – a de Irapé, localizada ao norte de
Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha – é um exemplo
histórico de busca de solução inovadora e eficaz para o
desafio que o cliente enfrenta.
Com 209 metros de altura e reservatório de 137
quilômetros quadrados, o terreno rochoso da barragem
apresentava microfissuras e presença de pirita –
mineral que, em contato com água, se transforma
em ácido sulfúrico. Era necessário criar uma cortina
impermeabilizante para as rochas fraturadas que
geravam infiltrações, causando perda de produtividade
e baixa durabilidade do concreto. Um dos fornecedores
da obra estava utilizando quatro diferentes produtos
para tentar solucionar o problema, sem resultados
favoráveis. Após alguns testes em laboratório, montado
no próprio canteiro da obra, a Holcim desenvolveu um
cimento personalizado, batizado na época de CPIII HO
RS Barragem. Hoje é comercializado como Microcem 30.
Utilizando-se da tecnologia do Microinjet, foi possível
injetar a calda do cimento – resistente a meios agressivos –
nas fissuras das rochas. Foram fornecidos mais de 230 mil
metros cúbicos de concreto. Além de resolver com eficácia
o desafio, a Holcim Brasil proporcionou economia e maior
durabilidade ao empreendimento.
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
29
RESÍDUO LEVADO A SÉRIo
O crescimento populacional e o constante desenvolvimento
das indústrias resultam no aumento da geração de
resíduos. A capacidade dos aterros está saturada. Portanto,
encontrar soluções para eliminar esses resíduos, de forma
segura e definitiva – sem causar danos ao meio ambiente
e sem oferecer riscos à saúde das pessoas –, é um dos
maiores desafios da sociedade atual.
Essa é uma das preocupações que norteiam a rígida
política ambiental da General Electric (GE) nos 100 países
em que atua. A empresa, que fabrica desde turbinas
de avião e produtos de geração de energia até serviços
financeiros, equipamentos de diagnóstico por imagem,
entre outros, leva muito a sério o manejo dos resíduos
gerados em suas operações.
Embora utilize diversas possibilidades de destinação –
reciclagem, incineração, aterro industrial –, a GE prioriza
o co-processamento. É a técnica considerada a mais
eficiente na eliminação definitiva de resíduos industriais,
amplamente utilizada na Europa, nos Estados Unidos e no
Japão e em crescimento no Brasil.
O co-processamento utiliza resíduos industriais em
substituição, parcial, do combustível que alimenta a
chama do forno que transforma calcário e argila em
clínquer, matéria-prima do cimento. A alta temperatura
da chama e vários outros parâmetros da combustão na
produção de cimento são ideais e até superiores aos
padrões exigidos para a destruição ambientalmente
segura de resíduos.
Desde que começou a usar o co-processamento no
Brasil, há cerca de 12 anos, a maior preocupação da GE
é encontrar fornecedores que tratem os resíduos com
a mesma seriedade com que ela trata. “Precisamos nos
sentir confortáveis e seguros de que os procedimentos
do fornecedor não nos causarão nenhum passivo
jurídico e ambiental. Por isso nossa política de seleção
de fornecedores é severa. Todos são auditados e
homologados”, diz Fábio Carmo, gerente de Meio Ambiente,
Saúde e Segurança (EHS) da GE na América Latina.
Desde 2003, a Resotec, unidade de negócios da Holcim
responsável pelas operações de co-processamento, é o
principal fornecedor da GE nesse campo. São co-processadas,
por ano, em média, 600 toneladas de resíduos, como
lama de estação de tratamento de efluentes, tinta e óleo,
equipamentos de proteção individual, estopas e panos
contaminados, retirados de cinco das oito unidades fabris
da GE no País.
Fábio destaca alguns aprendizados obtidos na relação
com a Resotec. “Há padrões de segurança que a Resotec
pede que façamos que eu não vejo no mercado. Com isso,
estamos mudando vários de nossos processos internos de
acondicionamento, separação e segregação de resíduos,
e temos um conhecimento técnico mais detalhado sobre
eles. Tudo para que possam ser destinados da melhor
maneira possível sem que isso exponha nossa operação a
risco nem a de nosso parceiro. É um olhar que temos para
além de nossas unidades”, conclui o gerente.
DESEMPENHO ambiental
Política e sistemas de gestão ambiental
Respeito ao ambiente
O Grupo Holcim trata as questões ambientais com
seriedade e alta prioridade. Tem consciência dos
impactos de suas operações e está comprometido em
promover o desenvolvimento sustentável.
Inovação tem sido a resposta-chave da Holcim Brasil para
enfrentar esse desafio. A empresa tem aperfeiçoado seu
desempenho por meio da melhoria de processos, da eficiência
energética e do reaproveitamento de matérias-primas.
Sua política ambiental prevê ações de curto, médio e
longo prazos e é fundamentada em quatro pilares: Sistemas
de Gestão, Utilização de Recursos, Impactos Ambientais e
Relações com os Públicos Estratégicos. (GEN26)
A companhia mantém programa anual de inspeções
e auditorias ambientais internas e externas. O objetivo
é identificar os possíveis problemas associados aos
processos operacionais ou à prestação de serviços, de
forma proativa. Assim, pode desenvolver soluções e
padrões de boas práticas e verificar sistematicamente
se as metas ambientais estão sendo atingidas. Os dados
sobre seu desempenho são informados aos órgãos
competentes, seguindo a legislação em cada Estado.
Impactos e soluções
Cimento: ecoeficiência
O processo de produção de cimento é intensivo no que
se refere à extração de recursos naturais não-renováveis,
especialmente calcário, argila, gesso e outros. Estes,
quando moídos e misturados, dão origem à chamada
“farinha”, que é levada ao forno a temperaturas em torno
de 1.500ºC para a produção do clínquer, matéria-prima do
cimento. Para garantir esse consumo térmico, a chama do
forno é alimentada por combustíveis. Tal processo gera CO2
e outros gases causadores do efeito estufa.
Para reduzir essas emissões, a Holcim Brasil substitui,
30
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
parcialmente, os combustíveis tradicionais (coque de
petróleo e carvão mineral) por fontes alternativas de
energia, entre elas resíduos industriais e biomassa, como
a moinha de carvão vegetal. Cada acréscimo de 1% de
combustíveis alternativos na matriz térmica equivale à
redução de aproximadamente 2 kg de CO2 por tonelada
de cimento produzido. (GEC2)
Outra solução adotada como estratégia de redução das
emissões de CO2 na produção de cimento é a adição de
escória – componente mineral proveniente de resíduos
da indústria siderúrgica – como um dos insumos que são
moídos com o clínquer na etapa final da fabricação. O
acréscimo de 1% de escória na composição de cimento
equivale à redução de aproximadamente 8 kg de CO2 por
tonelada de cimento produzido ( 33).
Essas medidas respeitam limites técnicos e não
alteram as características do produto. Em 2007, o
uso de combustíveis e insumos provenientes de
processos de reciclagem (GEN2) representou 24% dos
materiais consumidos na produção de cimento. A
utilização da escória tanto contribui para a redução
de matéria-prima na produção de cimento (menos
uso de clínquer na fórmula final do produto) como
minimiza o uso de combustível. Requer menos clínquer
e representa solução para a indústria do aço eliminar
definitivamente esse resíduo.
Tipos de produtos fabricados em 2007
Cimento com
médio teor de escória
42%
Cimento com
alto teor de escória
34,8%
Cimentos especiais
de altas resistências
18,9%
Cimento para poços
petrolíferos
0,8%
Ligante para solos
3,5%
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
31
2
4
7
Escória
1.045
1.246
1.188
Gesso
109
116
128
Insumos
Minério de ferro
Sacaria
7
7
8
Outros
22
24
46
Concreto: menos água e areia
A produção de concreto consome grandes quantidades
de areia, agregados, água e cimento. Entre os esforços da
Holcim Brasil para diminuir o impacto ambiental dessa
operação está o uso de areia manufaturada, fabricada a
partir de pó de pedra. Serve como substituta da natural,
extraída do leito de rios, procedimento que agride sua calha
natural, leva ao aumento da vazão de água e acelera o ritmo
de erosão das margens.
Para cada metro cúbico de concreto produzido, são
necessários de 300 a 400 litros de água. Cerca de 60%
vão para o preparo do produto e 40% para a lavagem de
caminhões de concreto.
A Divisão de Concreto iniciou, em 2007, o projeto Central
Padrão, modelo que atende a requisitos de controles
ambientais, segurança e eficiência operacional. A Central
Padrão estabelece os tipos de filtro e de enclausuramento a
serem adotados, sistemas de reaproveitamento de água e
controle de particulados. Serve de parâmetro de adequação
das centrais existentes e de referência para a construção de
novas unidades. Ajuda, inclusive, a prever investimentos nos
próximos anos.
A central mais próxima do modelo ideal é a de Santo
Amaro (SP). O objetivo é que as 29 centrais estejam
adequadas até 2011.
O transporte de concreto também gera impactos
ambientais (GEN29). Não existe ainda a medição
da emissão de CO2 e de outros gases causada pela
frota de veículos. O controle é feito pelo plano de
manutenção preventiva, realizado a cada 250 horas
trabalhadas. Isso garante que os caminhões estejam em
condições de uso. A frota atual da Divisão de Concreto
32
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Materiais usados na produção de concreto,
por peso ou volume (GEN1)
Unidade
2005
2006
2007
tonelada
354.925
397.077
371.925
Areia
m3
712.410
679.111
482.778
Brita
m3
793.214
689.171
278.350
Água
3
201.607
209.167
202.247
Cimento
m
Agregados: melhoria de processos
O impacto das operações de agregados sobre as alterações
climáticas é limitado e está principalmente associado ao
uso de combustíveis e ao consumo de energia. Há unidades
com alto nível de automação e processos otimizados que
evitam desperdício de matérias-primas, energia e insumos.
A Divisão Agregados tem suas unidades localizadas
próximas a centros urbanos, o que torna essencial o
controle do ruído, da poeira e das vibrações que são gerados
pelo uso de explosivos. Por isso, investe em técnicas seguras
e modernas de extração e mantém boa proteção de terreno
no entorno das operações para reduzir possíveis impactos
na vizinhança. A gestão ambiental inclui, ainda, grandes
esforços para recuperar áreas das minas após
a exaustão da operação ( 37).
Evolução das emissões de CO2 (kg de CO2/t de cimento) (GEN16)
600
500
400
300
200
100
0
Meta
Materiais usados na produção de agregados,
por peso ou volume (GEN1)
Explosivos
Diesel
Manganês
Lubrificantes
Total de emissões diretas e indiretas de gases causadores
do efeito estufa (por peso - tCO2 eq.) (GEN16)
Unidade
2005
2006
2007
kg
528.129
681.992
590.560
litros
1.914.062
1.786.608
1.763.752
kg
100.580
123.620
121.735
litros
18.139
17.918
19.005
2005
2006
2007
Cimento
1.131.000
1.607.000,0
1.838.000,0
Concreto
3.987
4.018,0
3.832,0
Agregados
ND
4,7
4,7
Total
ND
1.611.022,7
1.841.836,7
ND: não disponível.
Em Agregados e Concreto, o volume inclui estimativa de emissão de veículos.
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
33
2007
414
2006
443
Combustíveis
2005
378
Combustíveis
2004
107
2003
121
66
2002
151
32
2001
79
Outros corretivos
2000
Areia
1999
286
1998
311
Corretivos
1997
268
Argila
1996
3.499
O Grupo Holcim assumiu junto ao World Business
Council for Sustainable Development – WBCSD (Conselho
Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável)
metas de redução das emissões de CO2 para todas as suas
unidades no mundo. A meta brasileira era baixar 32% até
2008, com base nos níveis de 1990. Em 2007, a redução
em relação a 1990 ficou em torno de 10,54%, marca
lamentada pela empresa, que chegou a superar a meta,
em 2004, quando diminuiu as emissões em 35%.
Um dos motivos para a queda no desempenho é a falta
de moinha de carvão vegetal, uma das principais fontes de
energia alternativa para alimentar os fornos de cimento
( 35). A empresa foi obrigada a ampliar a utilização de
combustíveis tradicionais, elevando suas emissões.
Apesar da elevação nos níveis de CO2, a Holcim Brasil
continua sendo uma das operações com as menores
emissões do grupo. Ainda assim, para recuperar os níveis
de redução de CO2 até 2010, a empresa tem buscado
captar mais moinha de carvão vegetal no mercado. Planeja
também melhorias em sua matriz energética.
Estão em estudo as instalações de pré-calcinadores
para ampliar a capacidade de co-processamento de
resíduos e de um novo moinho de cimento em Pedro
Leopoldo (MG), que permitirá o aumento da capacidade
de moagem com maior utilização de escória.
1995
3.368
Calcário
Emissões: compromisso com a redução
1994
2.961
Matérias-primas
Um exemplo de matéria-prima alternativa utilizada
pela Holcim Brasil é a escória, subproduto da produção
do aço. Ao aproveitar esse material como insumo na
composição do cimento, a empresa mais uma vez
adota uma solução ambiental de efeito duplo: diminui
o consumo de recursos naturais não-renováveis
e auxilia outras indústrias a atender às rigorosas
exigências das leis ambientais sobre a correta
destinação de seus resíduos.
Para ter uma idéia, segundo dados da Escola Politécnica
da USP, cada tonelada de aço produzido nas usinas gera
330 kg de resíduos. Saem do forno em forma de lava e
tornam-se montanhas de grânulos depois de resfriados.
Esse material fica amontoado em áreas que poderiam ser
usadas para outros fins. São verdadeiras rochas artificiais
estéreis, de aspecto visual incômodo, que, se não forem
tratadas de forma adequada, podem contaminar o solo
e a água do subsolo (lençol freático).
A escória já representa cerca de 30,5% dos insumos
utilizados na composição dos produtos Holcim. Dois
deles – o cimento Ultra Forte (CPIII 40) e o ligante para
solos Pavifort ( www.cimentosholcim.com.br) – são
considerados alguns dos mais diferenciados produtos
do mercado de construção civil, por suas características
técnicas. Ambos têm 50% de escória em sua composição.
São, portanto, a prova de que é possível ter eficiência
causando menos impacto ao meio ambiente. (GEN18)
1993
2007
Indicadores ambientais
1992
2006
Ecoeficiência em produtos
1991
2005
é de 287 caminhões-betoneira a diesel, que circulam
aproximadamente 7,4 milhões de quilômetros por ano.
Há ainda medidas para suavizar os ruídos. Como as
centrais de concreto são instaladas em centros urbanos,
pelo fato de esse material ser perecível, a solução para
não incomodar a vizinhança é o enclausuramento dos
caminhões no ponto de carga. Merece destaque a unidade
de São Vicente (SP), onde o enclausuramento é de alvenaria
e revestimento interno com isolante acústico.
Em 2006, a Central de Concreto de Itaquera, na Grande
São Paulo, foi autuada porque parte da operação estava
localizada em Área de Preservação Permanente (APP).
A Holcim Brasil pagou multa no valor de R$ 1.800,00
e está providenciando plano de regularização para
avaliação do órgão ambiental. (GEN28)
1990
Materiais usados na produção de cimento (mil toneladas)
(GEN1)
Processos mais limpos
Além da redução das emissões de CO2, o Grupo Holcim
também se compromete a reduzir emissões de outros gases,
conforme a tabela abaixo. Na operação Cimento, esses
gases são gerados pelos combustíveis usados na queima de
matéria-prima para produção do clínquer.
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas,
por tipo e peso [mg/Nm3 (10% de O2)] (GEN20)
Cimento
2005
2006
2007
Particulado
47
56
53
NOx
362
445
382
SO2
24
32
34
VOC (TOC)
45
32
27
Nos segmentos Concreto e Agregados, essas emissões não
são monitoradas, mas há várias iniciativas para minimizar
os impactos de poeira e particulados. (GEN17)
Entre 2004 e 2006, foram instalados nas unidades de
Agregados de Mairiporã (SP) e Magé (RJ) sistemas de
despoeiramento com filtros de manga em pontos críticos de
geração de poeira. Esses filtros fazem a sucção do pó, o que
deixa a operação limpa, reduz os custos de manutenção e
preserva a saúde do trabalhador. Além disso, o fíler de granito
– poeira fina retida pelo equipamento – pode ser utilizado na
composição de rejuntes, dando destinação a esse resíduo.
Um foco de cuidado na produção de concreto é a emissão
de particulados, por conta das matérias-primas utilizadas –
cimento, areia e brita. Em 2005, a empresa recebeu quatro
autuações, sem imposição de multa, referentes à emissão de
particulados na Central de Água Branca (SP). Para solucionar o
problema, a Holcim Brasil implementou, em 2006, processopiloto com a instalação nos caminhões-betoneira de um
equipamento exaustor que suga todo o pó emitido. Também
estão sendo substituídos os filtros de manga por filtros
autolimpantes, o que praticamente elimina a emissão de
particulados. Atualmente 95% das centrais já possuem esse
equipamento. (GEN28)
Até 2004, o uso de combustíveis alternativos
(co-processamento e biomassa) representava 85% do
mix de energia térmica utilizada nos fornos de clínquer.
A moinha de carvão vegetal, derivada da indústria
siderúrgica de ferro-gusa, era a principal fonte. Sua oferta
era abundante e o custo, tanto do produto como da
logística, competitivo.
Nos últimos três anos, esse cenário mudou: o consumo da
moinha pela Holcim caiu pela metade e o material, antes
descartado pela indústria siderúrgica, passou a ser utilizado
no próprio processo, tendo sua oferta reduzida para outras
indústrias. Isso fez a empresa elevar o uso de combustíveis
tradicionais, o que contribuiu para a piora na redução das
emissões de CO2. (GEN6)
Atualmente, o co-processamento é a principal
alternativa aos combustíveis fósseis da empresa ( 38).
Com relação ao consumo de energia elétrica, a Divisão
Concreto iniciou, em 2007, o monitoramento de consumo
para controlar o gasto. Foram reavaliados os contratos de
energia elétrica nas centrais de maior demanda e feitas
adequações em algumas instalações elétricas. Houve
reduções significativas, que resultaram em economia de
15% no total geral consumido. (GEN5)
Com o mesmo objetivo, a operação de Agregados tem usado
motores melhores e equipamentos elétricos mais eficientes.
Consumo de energia direta discriminado
por fonte de energia primária (terajoules) (GEN3)
Cimento
Proporção do uso de combustíveis alternativos
e tradicionais na produção de cimento
Concreto
2005
2006
2007
Combustíveis
alternativos (biomassa
e co-processamento)
72,3%
50%
25,7%
Tradicionais
27,7%
Tipo de combustível
Agregados
50%
74,3%
Energia
2005
2006
2007
Elétrica
1.221
1.438
1.542
Térmica sem
biomassa
2.810
5.580
7.297
Térmica com
biomassa
3.695
2.893
1.395
Elétrica
0,006
0,009
0,007
Térmica
(diesel)
0,054
0,054
0,052
Elétrica
0,171
0,202
2,149
Térmica
(diesel)
71
66
66
Térmica
(explosivos)
1,4
1,8
1,5
Energia: alternativas sustentáveis
A energia é um dos principais insumos na produção
de cimento e, portanto, o uso racional de fontes
energéticas é fundamental para o negócio. Toda
a energia elétrica que a Holcim utiliza é fornecida
por concessionárias locais. A forma de energia mais
significativa para esse segmento, porém, é a térmica.
Como o forno de clínquer consome grande quantidade
de combustível, o impacto ambiental causado pela
utilização de recursos naturais não-renováveis é
ponto de atenção. A energia elétrica e a térmica são
responsáveis por mais de 50% dos custos de produção.
34
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
35
Água: uso consciente
Assim como acontece com a energia, a água deve ser usada
eficientemente. Há uma preocupação global crescente
com a escassez de água limpa e de boa qualidade, com o
aumento do consumo urbano, agrícola e industrial.
Total de retirada de água (m3/ano) (GEN8)
2005
2006
2007
Cimento
1.182.874
1.080.452
1.400.270
Concreto
336.013
348.612
337.079
Agregados
38.320*
95.500
99.500
* A informação não contempla o consumo de todas as unidades.
Na operação de Cimento, a água não é utilizada na
elaboração do produto, e, sim para resfriar os equipamentos
e os fluxos gasosos. Quando usada para resfriamento de
fluxos gasosos, é absorvida no processo, sendo liberada em
parte na forma de vapor, sem contaminação por efluentes
industriais. Já a água empregada no resfriamento de
equipamentos sofre alguma contaminação por óleo. Por
isso, é tratada em canais de drenagem, de onde sai 100%
reciclada, pronta para reutilização no processo. (GEN10)
Já na produção de concreto, a água é insumo de
extrema importância. Responsável pelas reações de
endurecimento e usada na cura, chega a representar
20% do volume do concreto. A lavagem dos caminhõesbetoneira também consome volume significativo de
água – cerca de 40% do total consumido. Em 2007, gerou
26,9 m³ de água descartada. (GEN21)
Atualmente, 85% das centrais de concreto têm algum
sistema de reaproveitamento de água. A meta é chegar a
100% até 2009. Toda a água reaproveitada é incorporada
ao produto. (GEN10)
Na Divisão Agregados, a água é empregada
principalmente para a umectação de estradas, abatimento
de poeira do processo e lavagem de equipamentos. As
unidades têm controle de todas as emissões de efluentes
líquidos, inclusive com sistema de separação de água e
óleo e de decantação de sólidos, para que a saída desses
efluentes esteja dentro de padrões regulamentares. Cerca
de 93 % da água (GEN10) é utilizada na umectação das vias
internas e no abatimento de poeira do processo. O restante
é usado na lavagem de equipamentos. (GEN21) O volume
total descartado em 2007 foi de 2.682 m3.
Nenhum dos três segmentos registrou vazamentos de
qualquer natureza no período. (GEN23)
Resíduos: descarte seguro
As operações da Holcim Brasil não são grandes geradoras
de resíduos. Os materiais descartados na fabricação
de cimento têm destinação apropriada. Alguns, como
pó de filtro, tijolo refratário e rejeito de carvão, são
36
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
reaproveitados. Outros, como a embalagem usada,
são comercializados. Já o estéril, material descartado
na mineração durante o decapeamento de calcário,
é estocado e, após estudos, passa por processo de
reflorestamento ( 37).
Atualmente, as sobras de concreto são destinadas para
aterros. Uma alternativa alinhada à hierarquia de gestão
de resíduos ( 38) é a instalação de um reciclador do
material. Está em fase de estudos a viabilização dessa
iniciativa na Central de Santo Amaro (SP).
Em Agregados, os resíduos, classificados de acordo
com a legislação, são comercializados para empresas
especializadas – e autorizadas pelos organismos
ambientais – em reaproveitá-los, após tratamento
adequado. Em 2006, devido à troca de fornecedores,
houve acúmulo de resíduos, que foram comercializados
somente em 2007, justificando boa parte do volume
registrado no período. Isso foi influenciado, ainda, pelas
obras de melhorias nas plantas para atender a requisitos
de saúde e segurança.
Peso total de resíduos gerados (toneladas) (GEN22)
2005
2006
2007
Cimento
25.658
27.779
23.794
Concreto
101.950
179.667
74.929
84
60
178
Agregados
Disposição inadequada de resíduos
No início da década de 1990, a pedido do proprietário
de uma extração de areia vizinha à fábrica de cimento de
Pedro Leopoldo (MG), foi doado material – proveniente
de limpeza industrial e manutenção de rotina da fábrica
– para nivelamento das cavas decorrentes da operação
dessa extração. Em 2007, a empresa foi penalizada pela
disposição inadequada desse material, com o pagamento
de multa no valor de R$ 78.597,36. (GEN28)
Embora estudos ambientais tenham comprovado que o
material depositado não causava impacto ambiental no
meio aquático e no solo do local, a Holcim Brasil optou
por sua remoção e reprocessamento, iniciativa aprovada
pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e pelo
Ministério Público do Estado, que se encontra em fase
final de execução.
Exploração de minas: respeito à biodiversidade
A Holcim Brasil possui 2.376 hectares (o equivalente
a 2.200 campos de futebol) de áreas de concessão
para minerar argila, calcário, granito e gipsita. Desse
total, 2.176 hectares são de propriedade da empresa,
localizados nos Estados de São Paulo (Mairiporã),
Pernambuco (Ipubi), Minas Gerais (Pedro Leopoldo
e Barroso) e Rio de Janeiro (Cantagalo e Magé). Os
outros 200 hectares correspondem às minas Ipanema
e Felicíssimo, situadas dentro da Floresta Nacional
de Ipanema – um dos últimos fragmentos de Mata
Atlântica no interior de São Paulo, em Sorocaba. A área é
de propriedade do governo federal e administrada pelo
Ibama. (GEN11) A Holcim Brasil não tem propriedades
em terras indígenas. (GHR9)
Para obterem concessão de extração mineral, as
empresas mineradoras são obrigadas, por lei, a apresentar
vários relatórios sobre o local, dentre eles Estudo de
Impacto Ambiental (EIA), Plano de Recuperação das Áreas
Degradadas (Prad) e Plano de Fechamento e Uso Futuro.
Esses levantamentos ajudam a mapear ou prever impactos
que a atividade vai gerar, dos pontos de vista econômico,
social e ambiental. Sobre este último, observa-se, inclusive,
aspectos como características geológicas, arqueológicas,
espeleológicas (presença de cavernas), além da fauna, flora
e áreas de manancial (bacia hidrográfica). Com base na
análise desses estudos, os órgãos competentes decidem pela
autorização ou não da atividade mineradora. Delimitam
também áreas que serão protegidas de qualquer dano
durante as atividades operacionais, mantendo o ecossistema
em seu estado original.
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
como referência para outras mineradoras. (GEN13)
A Holcim Brasil procura ir além do que a legislação
estabelece. Constitui reserva financeira anual (Provisão
Ambiental) para garantir que as áreas afetadas pela
mineração sejam recuperadas após a exaustão das jazidas.
Essa provisão está alinhada com o chamado Princípio
da Precaução (G4.11), que foi proposto formalmente na
Conferência Rio-92 e que significa uma garantia contra
riscos potenciais.
Áreas de minas de extração (hectares) (GEN11)
Mina
Área de
concessão
Área de
extração
Área
preservada
Calcário
1.096
492
604
Argila
735
138
597
Gipsita
162
90
72
Granito
383
ND
ND
ND: não disponível.
Principais impactos
Os impactos mais significativos possíveis de serem
causados pela exploração das minas de argila são erosão,
desmatamento e poeira gerada pela operação. Leva-se em
conta também o monóxido de carbono eliminado pelos
escapamentos dos veículos, assim como o aspecto visual.
Nas minas de gipsita, os efeitos são semelhantes, porém
com menor erosão. Já nas minas de calcário e granito,
além dos impactos citados, a exploração também pode
causar rebaixamento do lençol freático. (GEN12)
Áreas recuperadas
O momento da recuperação das jazidas depende de sua
vida útil. O Plano de Fechamento e Uso Futuro prevê a
reutilização da área após o encerramento das atividades
de mineração. É revisado de acordo com as necessidades
dos públicos interessados. (GEN14) A revegetação e
estabilização da pilha de estéril da mina Felicíssimo é
um caso citado pelo próprio Instituto Brasileiro do Meio
Uso futuro planejado
com a comunidade
Outro importante diferencial do Grupo Holcim
na definição de usos futuros das jazidas exauridas
é ouvir a população local. Um caso exemplar
no Brasil é o da mina Fazenda Campinho,
localizada a 40 quilômetros ao norte de Belo
Horizonte, no município de Pedro Leopoldo (MG).
A proposta de uso futuro é transformar a mina
e seu entorno em uma espécie de parque
temático, isto é, um espaço onde o público possa
usufruir atividades de lazer e cultura, além
de vivenciar temas ambientais.
Para a região metropolitana de Belo Horizonte,
esse projeto poderá funcionar como âncora para
uma nova concepção de educação e informação
ambiental. O objetivo é fomentar o interesse pelas
questões da mineração, bem como estimular idéias
de preservação e qualidade ambiental – algo como
“Museu a Céu Aberto da História da Mineração” ou
“Parque de Vivência Ambiental da Holcim Brasil”.
Todos os projetos de restauração de jazidas são
revistos periodicamente: nas minas com vida útil
superior a 40 anos, a cada dez anos; nas minas
com menos de 40 anos de vida útil, a cada cinco
anos. (GEN14)
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
37
DIRETRIZES PARA MELHORES PRÁTICAS
Especial
Solução ambiental
Reduzir/Prevenir
Reparar/Reutilizar
ção
era
up
Rec
Reciclar
Co-processamento,
recuperação de energia
e reciclagem de material
ção
ina
Elim
Incineração
Aterro
No Brasil são geradas centenas de milhões de toneladas de
resíduos industriais por ano. Desse total, apenas 1 milhão
tem destino conhecido. Algumas iniciativas para solucionar
problemas ambientais decorrentes de tal cenário são
adotadas com base na hierarquia da gestão de resíduos.
Esse gerenciamento determina algumas etapas essenciais.
O ideal é implementar melhorias no processo para evitar
que resíduos sejam gerados. Se não é possível evitar
sua produção, devem-se buscar formas de reutilização e
reciclagem. Caso não seja plausível prevenir, reutilizar ou
reciclar, o co-processamento é a oportunidade de eliminá-los
termicamente, como forma de reaproveitamento de energia
e matéria-prima. Essa medida abrange dois conceitos
importantes da hierarquia de gestão de resíduos:
a recuperação e a reciclagem.
No Brasil, o Grupo Holcim aplica sua sólida experiência
em co-processamento por meio da Divisão Resotec,
que nasceu, em 1999, da preocupação da empresa
em dar respostas a alguns importantes impactos
ambientais de terceiros. O co-processamento é uma
solução para as indústrias eliminarem definitivamente
os resíduos de seus processos fabris. Ao mesmo tempo,
é uma alternativa para o setor cimenteiro reduzir o
uso de recursos energéticos não-renováveis. Por meio
do co-processamento, até mesmo as cinzas – que
seriam geradas e posteriormente aterradas em um
método convencional de incineração – são totalmente
incorporadas ao clínquer sem alterar suas propriedades.
A segurança é absoluta, não produz efluentes líquidos
ou sólidos durante o processo e ainda gera empregos.
Em 2007, a Resotec co-processou 200 mil toneladas de
resíduos de diversos segmentos industriais.
38
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Em 2003, o Grupo Holcim e a Deutsche Gesellschaft
für Technische Zusammenarbeit (GTZ), agência de cooperação
técnica do governo alemão, estabeleceram aliança estratégica
para oferecer diretrizes em co-processamento ao redor do
mundo. Com investimento de 3 milhões de euros, a parceria
selecionou quatro países – Chile, Filipinas, Marrocos e
México – para desenvolver projetos-piloto, que inspiraram
a publicação do guia Diretrizes sobre Co-Processamento de
Resíduos na Produção de Cimento, lançado no Brasil em 2006.
( www.holcim.com.br)
Segurança total
Em 2007, a Holcim Brasil investiu R$ 5 milhões em
melhorias para aumentar a segurança e a qualidade da
operação de co-processamento. Para os próximos cinco
anos, estão previstos mais R$ 22 milhões. Os recursos
serão aplicados na modernização de equipamentos e
processos para elevar os padrões de saúde e segurança
no trabalho e dos controles ambientais e da qualidade
da produção.
O co-processamento obedece a rigorosas normas de
segurança e de saúde ocupacional. A Resotec utiliza
ferramentas que asseguram maior conhecimento do
resíduo antes de efetuar o co-processamento. Essa
medida é reconhecida pelos órgãos ambientais como
diferencial no controle de substâncias que possam causar
algum dano à saúde das pessoas ou ao meio ambiente.
Um dos focos dos investimentos é a compra de novos
aparelhos para os laboratórios.
Os serviços em clientes garantem a aplicação das
melhores práticas de manuseio, necessárias para otimizar
o recebimento. O transporte seguro é fundamental.
Para isso, os parceiros são avaliados e auditados
periodicamente e existe um canal de informações sobre
saúde e segurança que auxilia os motoristas.
Há investimentos também para modernização dos
sistemas de prevenção e combate a incêndio, assim
como dos de contenção e tratamento de água, além da
expansão dos galpões para melhorar a armazenagem
e toda a infra-estrutura da operação. Os trabalhadores
fazem uso de equipamentos de proteção individual
(EPIs), que garantem total segurança na atividade. Eles
são periodicamente submetidos a exames de saúde
complementares.
O monitoramento dos gases dos fornos é contínuo.
O processo, dentro da fábrica, possui sistemas que
interrompem a alimentação de resíduos ao sinal de
qualquer anomalia. Há sistemas de proteção ambiental
– como filtros de alta eficiência – que controlam a
emissão de material particulado na atmosfera, não
causando prejuízo algum à comunidade.
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
39
Cidade correta no rumo certo
Daise Almeida Ferreira Damasceno, moradora e
comerciante de Barroso (MG), município com cerca de
20 mil habitantes, a 200 quilômetros da capital, Belo
Horizonte, é dona de uma loja que vende produtos
diversos, como confecções, cama, mesa e banho,
perfumes e livros.
Assim como outros empresários locais, sempre via
muitos moradores irem a Barbacena, cidade vizinha, a
24 quilômetros, fazer compras. Ela sabia que era preciso
tornar seu negócio – a Loja do Luiz – mais atraente e
competitivo. E o “empurrãozinho” que faltava chegou em
2006, com a criação do Rumo Certo, projeto do Instituto
Holcim em parceria com a Associação Comercial,
Industrial, Agropecuária e de Serviços de Barroso (Acib) .
Daise foi uma das participantes do programa de
capacitação em gestão, que envolveu 20 comerciantes
da cidade, para aulas de fluxo de caixa, planejamento
de compras, estoque e redução de custos, entre outros
temas. Em um ano, o faturamento dos participantes
cresceu, em média, 28% e o número de empregos,
19%. O comércio de Barroso emprega hoje
cerca de 800 pessoas.
“Realizei um sonho: reformei a loja, para lhe dar um
visual mais moderno”, comemora Daise. Após cinco meses
de obras, o estabelecimento ganhou o nome-fantasia
D’Luigi Moda e Departamentos. Para a lojista, o resultado foi
positivo: “Agora sei realmente quanto custa meu negócio.
Posso falar se um produto me dá mesmo lucro ou se é
só um chamariz. Parei de vender artigos que não tinham
retorno. Com a reforma, informatizei a loja, passei a investir
em produtos mais sofisticados e ganhei novos clientes”.
Segundo Daise, outros comerciantes, que não participaram
do Rumo Certo, também se sentiram incentivados. “As lojas
estão mais bonitas.”
O Rumo Certo é uma das iniciativas do Projeto
Ortópolis (palavra de origem grega que significa ‘‘cidade
correta’’) Barroso – ação comunitária apoiada pelo
Instituto Holcim –, que completou quatro anos em 2007
( www.holcim.com.br). “Quando eu vi pela primeira
vez esse nome, Ortópolis, em outdoors na cidade, pensei
que era uma danceteria. Na Associação Comercial,
fiquei sabendo que a iniciativa visava ao crescimento
sustentável da cidade em vários níveis. Agora aprovo
totalmente o Projeto Ortópolis”, conclui Daise.
Política e sistemas de gestão social
Desenvolvimento comunitário
Relações Sociais
Promover diálogo e estabelecer parcerias com as
comunidades nas quais atua, visando ao desenvolvimento
sustentável local, é um dos princípios da Holcim Brasil na
implementação de sua estratégia de responsabilidade
social corporativa. O fortalecimento do relacionamento com
as comunidades se dá por diversas formas. A atuação do
Instituto Holcim e os Comitês com a Comunidade são dois
exemplos de como isso acontece na empresa.
Atuar com responsabilidade social corporativa (RSC) é
um dos princípios para promover o desenvolvimento
sustentável. A estratégia de responsabilidade social
da Holcim estabelece seis pilares de atuação:
• conduta dos negócios;
• práticas empregatícias;
• saúde e segurança no trabalho;
• relacionamento com a comunidade;
• relações com clientes e fornecedores;
• monitoramento e relato de desempenho.
( www.holcim.com.br)
Para incorporar esses pilares às práticas de RSC
no País, a empresa procura ouvir os públicos
estratégicos. O objetivo é conhecer suas demandas
e percepções sobre as atividades da Holcim Brasil,
considerando aspectos positivos e negativos. Entre
setembro de 2005 e fevereiro de 2006, foi feita uma
pesquisa, denominada Needs Assessment (Avaliação
de Necessidades), com 260 pessoas em todas as
unidades da Holcim no Brasil.
Foram entrevistados integrantes da alta
administração da empresa e funcionários de
todos os níveis, bem como representantes de
ONGs, associações de bairro, membros do governo
local, sindicalistas, clientes e parceiros. Todos
ofereceram elementos para o fortalecimento e o
aperfeiçoamento das práticas.
O levantamento possibilitou uma base de
informações para o desenvolvimento da estratégia
de RSC da Holcim Brasil, que, a partir de 2008, será
incorporada ao Sistema de Gestão Integrada (SGI).
Essa iniciativa reforça a visão da empresa de que
responsabilidade social é algo que não está separado de
sua gestão do negócio. (G4.14, 4.15 e 4.16)
40
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Instituto Holcim
Criado em 2002, o Instituto Holcim é uma associação sem fins
lucrativos que coordena os investimentos sociais da Holcim
Brasil. Administra recursos provenientes da própria empresa
e de parceiros, como a Inter-American Foundation (IAF) e a
Adelante! Fundación Max D. Amstutz.
O Instituto tem como objetivo fomentar o desenvolvimento
das localidades em que a Holcim Brasil atua para assessorar suas
unidades no investimento social e fortalecer o relacionamento
da empresa com as comunidades do entorno de suas operações.
Os recursos são aplicados em projetos para fomentar o
desenvolvimento local, preferencialmente com foco em geração
de renda e educação. As localidades priorizadas são Pedro
Leopoldo e Barroso (MG), Cantagalo e Magé (RJ) e Mairiporã (SP).
A iniciativa Roteiro Social estimula os funcionários e
parceiros a visitar os projetos e, caso tenham interesse, podem
envolver-se como voluntários. ( www.holcim.com.br)
Investimentos em ações e projetos realizados para
a comunidade e a sociedade em geral (GSO1)
Investimentos
Em R$
Pessoas beneficiadas
Educação e meio
Setor
ambiente
beneficiado
Desenvolvimento
local e geração
de renda
2005
2006
1.274.034,71 1.375.000,00
2007
1.610.000,00
7.939
9.814
22.335
64%
45%
40%
36%
55%
60%
Total de investimentos da Holcim Brasil.
Adicionalmente, o Instituto Holcim conta com recursos de outros parceiros.
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
41
DESEMPENHO SOCIAL
DESEMPENHO SOCIAL
Diálogos com a comunidade
Os Comitês com a Comunidade existem desde 2003.
A partir de 2006, os encontros passaram a acontecer
a cada três meses com os moradores de Barroso (MG).
A meta é estender essa prática para outras regiões,
respeitando as características locais.
Em 2004, a dinâmica de participação ganhou novo formato.
As reuniões, que lembravam uma audiência pública, nas
quais eram apresentadas informações sobre a empresa
para grande número de pessoas, foram substituídas por
um modelo mais participativo. Foram convidadas pessoaschave da comunidade para formar um pequeno grupo, com
cerca de 25 participantes, e discutir assuntos diversos. A
comunidade leva os temas, é construída uma pauta conjunta
e aprofunda-se um assunto de cada vez. Essa aproximação
tem papel fundamental para derrubar mitos, compartilhar
conhecimento e prestar contas diretamente à população.
Em Pedro Leopoldo (MG), também acontecem encontros
com instituições de meio ambiente, duas vezes por ano.
Já em Cantagalo (RJ), a empresa procura manter contato
constante e transparente com o governo local, câmaras,
comércio e comunidade em geral. Em 2006, participou
da discussão do plano diretor da cidade com a prefeitura,
população local, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e empresas
do pólo cimenteiro. Em 2007, patrocinou a Feira de
Sustentabilidade, organizada pela ABCP, que aconteceu
simultaneamente em Cantagalo, Cordeiro e Macuco.
Parcerias com o Governo
O relacionamento da Holcim Brasil com as diferentes esferas
de governo se dá no cumprimento das obrigações fiscais,
sociais, ambientais e trabalhistas com os órgãos públicos.
A atuação da empresa é pautada pela transparência e pela
busca conjunta de soluções de interesse coletivo. (GSO5)
Na esfera municipal, a empresa tem parceria ativa na
promoção de políticas de desenvolvimento local, como por
exempo, com a prefeitura de Pedro Leopoldo (MG), no Holcim
Comunidade; com a de Barroso (MG), no Projeto Ortópolis
e com a de Magé (RJ), na implementação da Biblioteca Ler
é Preciso, entre outras. A empresa não realiza doações ou
financiamento de campanhas políticas. (GSO6)
Patrocínios culturais
Além das iniciativas sociais do Instituto Holcim, há uma
linha de apoio a projetos culturais com incentivos fiscais,
que a Holcim opera diretamente. A empresa orienta seus
investimentos culturais para as comunidades em que
atua e projetos de vulto nacional que estejam focados em
arquitetura e construção. No período de 2005 a 2007, foram
destinados pouco mais de R$ 1,6 milhão para diferentes
projetos culturais. Desse total, R$ 1,4 milhão é proveniente
de incentivo fiscal e R$ 260 mil equivalem a investimento
com recursos próprios.
42
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Práticas empregatícias
Diferencial Holcim
Investimentos culturais (em mil R$) (GEC4)
2005
2006
2007
Ajuda financeira significativa
recebida do governo
(incentivos fiscais)
541
367
494
Participação própria
99
73
88
NA MÍDIA: MAIS TRANSPARÊNCIA
Para o Grupo Holcim, a mídia tem papel importante
na disseminação de práticas sustentáveis e configurase como um agente de destaque na obtenção de sua
“licença para operar”. A unidade brasileira segue a política
do grupo, regida pelos seguintes princípios: abertura e
transparência, imparcialidade e pontualidade, acessibilidade
e regionalidade. (GPR6)
A empresa intensificou seu relacionamento com
jornalistas, convidando veículos de comunicação para
conhecerem suas unidades de produção e seus projetos
socioambientais.
Exposições na mídia em 2007
Um dos objetivos do Grupo Holcim é ser reconhecido como
a primeira escolha como empregador. Para isso, a empresa
empenha-se em oferecer um ambiente de trabalho propício
ao desenvolvimento pessoal e profissional. Procura também
criar uma cultura de respeito ao indivíduo, recompensando
a iniciativa própria e o trabalho em equipe.
A Holcim Brasil tem como meta preencher dois terços de
todas as suas vagas por meio de recrutamento interno. Em
2007, foram gerados 242 novos postos de trabalho, 128%
a mais que em 2006. (GLA2) Essa evolução acompanha
a demanda de mercado, em franco aquecimento, para a
qual é preciso estar preparado com estruturas adequadas
e atendimento qualificado. Os processos de seleção e
promoção levam em consideração a qualificação e o
desempenho dos candidatos e funcionários.
A Holcim não tolera qualquer forma de discriminação. Sua
política de recrutamento determina que todos devem ser
tratados sem distinção de raça, cor, religião, nacionalidade,
deficiência, gênero, orientação sexual ou idade. Não é
autorizada a contratação de menores de 18 anos, exceto
na condição de aprendiz – a partir dos 14 anos de idade –,
assim como são proibidos os trabalhos forçados.
No período de 2005 a 2007, não houve registro de
processos jurídicos por discriminação ou desrespeito aos
direitos humanos de forma geral. (GHR4)
A taxa de rotatividade vem diminuindo. (GLA2) Nos
segmentos Cimento e Agregados, é baixa (2%) e estável.
Já no segmento Concreto, está em aplicação um plano de
trabalho para reduzir a rotatividade – hoje em torno de 25% –,
especialmente nos cargos operacionais.
Em 2007, a média de rotatividade da empresa foi de
11,8% – menos da metade da do ano anterior, de 24,3%, e
abaixo dos 15,79% registrados em 2005. O tempo médio de
empresa está em torno de dois anos e cinco meses.
Perfil dos funcionários
Por tipo de contrato (GLA1)
2006
2007
(2.549 colaboradores) (2.604 colaboradores) (3.243 colaboradores)
Funcionários CLT
63,5%
66,0%
60,5%
Terceirizados
33,0%
30,5%
37,0%
Estagiários
3,5%
3,5%
2,5%
Empresas prestadoras de serviços.
Por categoria funcional (GLA1)
2005
Categoria
2006
2007
(1.619 funcionários) (1.725 funcionários) (1.967 funcionários)
Diretoria
9
8
8
Gerência
58
51
47
Coordenação/Supervisão
146
139
154
Administrativo
443
479
549
Operacional
963
1.048
1.209
2005
2006
2007
Por gênero (GLA13)
Gênero (CLT)
(1.619 funcionários) (1.725 funcionários) (1.967 funcionários)
Homem
1.450 (89,5%) 1.544 (89,5%) 1.752 (89,0%)
169 (10,5%) 181 (10,5%) 215 (11,0%)
Mulher
Por faixa etária (GLA13)
Faixa etária
2005
2006
2007
Abaixo de 30 anos
359
396
460
Entre 30 e 50 anos
1.053
1.092
1.237
Acima de 50 anos
207
237
270
Cargos de chefia, por gênero (GLA13)
Categoria
Positivas 398
Neutras 116
Negativas 17
2005
Tipo de contrato
2005
2006
2007
Homem | Mulher
Homem | Mulher
Homem | Mulher
Diretoria
8
1
7
1
7
1
Gerência
52
6
43
8
39
8
Coordenação/
Supervisão
122
24
111
28
120
34
Total
182
31
161
37
166
43
Cargos de chefia, por faixa etária (GLA13)
Faixa etária
2005
2006
Abaixo de 30 anos
36
35
2007
25
Entre 30 e 50 anos
146
133
152
Acima de 50 anos
31
30
32
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
43
Remuneração
Benefícios para viver bem
Os salários pagos pela Holcim Brasil estão dentro da média
oferecida no mercado e, em alguns casos, acima da do
setor. Entre 2005 e 2006, foi feita a revisão de cargos e
salários baseada na metodologia Hay Group. Em 2007, os
gastos com salários e encargos sociais somaram R$ 97,8
milhões, 9% a mais que em 2006. O valor também supera
os gastos de 2005 (R$ 81,9 milhões), em 19,5%.
A remuneração variável consiste em uma combinação
entre metas da companhia e individuais. O bônus por
atingimento de metas financeiras e não-financeiras
(desempenho em saúde e segurança no trabalho, por
exemplo) representa cerca de 20% da remuneração
fixa. (G4.5)
O salário mais baixo da Holcim é 68% maior que o salário
mínimo nacional. (GEC5)
Os funcionários da Holcim Brasil, contratados sob o regime
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), recebem uma
série de benefícios (veja tabela), que totalizaram, em 2007,
investimentos de R$ 11,2 milhões.
A empresa também procura conscientizar seus
empregados sobre a importância de se antecipar às
necessidades futuras. O Holcim Prev – plano de previdência
complementar da Holcim –, administrado desde 1993 pela
Multiprev Fundo Múltiplo de Pensão, é oferecido a todos os
funcionários. A empresa realiza a contrapartida, seguindo os
critérios definidos no regulamento. (GEC3)
Em 2006, fez campanha de comunicação para mostrar
aos funcionários a importância de investir em uma
aposentadoria tranqüila. A eficiência da ação resultou no
aumento de 492% de participantes, passando de 196 para
942. A meta é atingir 100% dos empregados.
O Holcim Prev monitora permanentemente seu plano
de benefícios com o objetivo de mantê-lo equilibrado
e adequado ao mercado. É administrado com total
transparência e obedece aos princípios de governança
corporativa, encerrando o exercício de 2007
com um patrimônio de R$ 60.370.465,00.
Proporção de salário-base de mulheres em relação ao salário
de homens que atuam na mesma função (GLA14)
Categoria funcional
2005
2006
2007
Gerência
73%
78%
83%
Coordenação/Supervisão
77%
82%
86%
Administrativo
95%
97%
97%
Operacional
145%
129%
114%
Comparação de cobertura de benefícios
entre funcionários (GLA3)
Abrangência
Tipo de benefício
Funcionários
Familiares
Assistência médica
Todos
Todos os membros
declarados em IR
Benefício-veículo
Diretoria, gerência
e força de vendas
Não
Cesta de Natal
Todos
São beneficiados
Estacionamento
Para funcionários de
São Paulo (demais
unidades possuem
vagas em suas
unidades)
Vale-transporte
Previdência privada
Seguro de vida
Todos, exceto os
que têm benefícioestacionamento
Todos
Todos
Horas de treinamento (GLA10)
Para conviver bem com a diversidade
Categoria funcional
Não
2005
2006
2007
Gerência
12,75
17,07
12,52
Coordenação/Supervisão
59,55
39,45
28,29
Administrativo
38,73
31,86
57,41
Operacional
38,40
50,69
67,20
Sim, em caso de
falecimento do
titular
Média anual de horas de treinamento, por funcionário e por categoria funcional.
Idem
Respeito aos direitos conquistados
Estímulo ao desenvolvimento profissional
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva
Não
O Grupo Holcim procura criar um ambiente de trabalho
em que os funcionários se sintam valorizados e tenham
oportunidades de crescimento profissional e pessoal.
A gestão da carreira está atrelada a um Plano Mestre de
Treinamento, que mapeia as atribuições e competências
44
requeridas para determinado cargo e avalia as habilidades
do funcionário, orientando-o na escolha de treinamentos
que ajudarão em seu desenvolvimento. O objetivo é fechar
lacunas. A estratégia de desenvolvimento das pessoas está
centrada em duas áreas fundamentais: especialização e
mudança de comportamento. Os treinamentos em SST são
um exemplo dessa prática ( 47).
Já o EcoSim é um treinamento que consiste em uma
competição que simula o funcionamento do mercado.
Durante quatro dias, os grupos participantes gerenciam
uma empresa, tomam decisões estratégicas e competem no
mercado, tudo por meio de simulações. Essa ação possibilita
aos participantes melhor compreensão, entendimento e
envolvimento com os negócios da companhia.
A empresa dispõe de inúmeras ferramentas e
metodologias para auxiliar os funcionários na gestão
de suas carreiras. Oferece recursos e oportunidades
para que desenvolvam as habilidades necessárias.
O percentual de empregados que recebem análises
de desempenho e de desenvolvimento de carreira
regularmente está em torno de 22%. (GLA12)
O Programa de Desenvolvimento de Lideranças,
realizado em conjunto com a Business School, de São
Paulo, trata de temas relacionados a estratégia, liderança,
gestão comercial, manufatura e finanças. Duas turmas
de 35 pessoas cada uma já se formaram; no total, serão
capacitados 100 funcionários por ano até 2010.
Em relação à gestão de talentos, serão treinadas 360
lideranças até o final de 2008. O objetivo é prepará-las
para conversar com suas equipes sobre pontos fortes e
oportunidades de melhoria, de maneira construtiva.
São oferecidas ainda bolsas parciais ou totais para cursos
de graduação, pós-graduação, MBA e idiomas. Em 2007,
foram concedidas 272 bolsas.
Há bom relacionamento entre a Holcim Brasil e os
sindicatos do setor. Todos os funcionários têm liberdade
de associação a organizações sindicais e são beneficiados
pelos acordos de negociação coletiva. A companhia
estabelece o prazo de 60 dias de antecedência para
comunicar mudanças operacionais significativas, mesmo
quando o procedimento está especificado em acordos
coletivos. (GLA4, LA5 e HR5)
(GLA4)
Tipo de acordo
2005
2006
2007
Convenções coletivas
33%
32%
32%
Acordos coletivos (negociados
67%
68%
68%
diretamente com sindicatos)
clima de bom para melhor
A empresa realizou, pela primeira vez, em junho de 2007,
Pesquisa de Clima Organizacional para medir a satisfação dos
funcionários. A adesão, voluntária e anônima, foi em torno
de 75%, considerado um volume alto. E resultado global
apontou um grau de favorabilidade de 68%. Isso significa que,
de cada 100 funcionários que responderam à pesquisa, 68
têm percepção positiva da companhia e de suas práticas. Em relação à média do mercado geral, a Holcim tem o melhor
desempenho em todos os fatores avaliados.
A pesquisa mede a percepção das pessoas em quatro
grandes dimensões: efetividade da empresa, efetividade
individual, tratamento/justiça com o funcionário e
engajamento. Os resultados foram divulgados de diferentes
formas para os funcionários. As ações de melhoria
decorrentes da pesquisa já começaram a ser implementadas.
Duas oportunidades de melhoria identificadas são:
Cooperação e Suporte e Gestão de Talentos. Será também
trabalhado um fator que obteve favorabilidade alta, para que
seja ainda mais fortalecido, que é Cultura de Inovação. A realização de uma nova Pesquisa de Clima, prevista para
acontecer em 2009, seguirá o modelo da matriz e permitirá
comparabilidade com outras unidades Holcim no mundo e
com empresas do mercado.
A Holcim Brasil emprega atualmente 26 portadores de
deficiência. Ainda não conseguiu atingir a cota determinada pelo
governo, devido às características de suas operações, mas está
cada vez mais empenhada em promover a inclusão da melhor
maneira. Por isso, estabeleceu parceria com a consultoria I. Social
para treinamentos e palestras de sensibilização às equipes de
Recursos Humanos e de Saúde e Segurança no Trabalho. O
intuito foi preparar essas áreas para receber os deficientes e
ajudar o público interno a integrá-los e motivá-los.
A empresa tem consciência de que lidar com a diferença
requer respeito e entendimento. Em 2007, elaborou uma
cartilha, intitulada Convivendo com a Diversidade, que
será distribuída a todos os funcionários e prestadores
de serviços em 2008. A publicação explica, de maneira
simples e didática, a lei de cotas e seus reflexos dentro da
companhia e traz orientações sobre o relacionamento com
pessoas que possuam algum tipo de deficiência, auditiva,
visual, mental ou física.
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
45
especial
Paixão por segurança
A preocupação com a saúde e segurança no trabalho
está em primeiro lugar no Grupo Holcim. Esse é um valor
essencial para a empresa e constitui um dos pilares da
estratégia de responsabilidade social corporativa. A meta
mundial é de zero dano às pessoas.
Todos, no grupo, são treinados e estimulados,
permanentemente, a identificar e alertar os demais sobre
situações de risco. Qualquer funcionário pode parar um
procedimento sempre que perceber que este não oferece
segurança absoluta.
Para garantir a integridade física dos funcionários,
fornecedores, visitantes e outros públicos, o grupo
implementa medidas preventivas e educativas onde opera.
O programa Paixão por Segurança, lançado mundialmente
em março de 2005, é um dos recursos para estabelecer uma
cultura de saúde e segurança no trabalho que extrapole os
muros da empresa.
A Holcim quer que seus funcionários incorporem as práticas
de SST em seu cotidiano – no ambiente de trabalho, em
casa e em sua comunidade. Para isso, a empresa trabalha
mudanças comportamentais em todos os níveis, seja
fomentando o comprometimento das lideranças, seja
investindo na melhoria das habilidades e competências de
todos sobre esse tema.
informações e ações padronizadas
Tão importante quanto zelar pela saúde e segurança dos
funcionários é estabelecer um padrão de SST para toda
a empresa. A área corporativa de SST respondeu a esse
desafio com a criação de Comitês de SST. Trata-se de um
sistema de governança em que são formados grupos de
trabalho para, com a área responsável, discutir estratégias,
definir planos de ação e difundir informações.
Na Holcim Brasil foram criados comitês em três
níveis: corporativo, por segmento e locais. O Comitê
Central, formado pelo presidente da empresa, diretores
e gerente corporativo de SST, é um exemplo do grau de
comprometimento com o tema. Esse grupo é responsável
por definir estratégias para toda a companhia. Já os
Comitês por Segmento implementam as decisões do
Comitê Central em cada negócio. Há também dois
subcomitês, de Logística e de Prestadores de Serviços, que
respondem por essas atividades em todos os segmentos.
Em cada unidade, os comitês locais monitoram o
desempenho de SST e avaliam necessidades específicas do
local para a definição de ações. (GLA6)
O que liga os três níveis é, principalmente, o fluxo
das informações em dois sentidos: as decisões vêm do
46
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Comitê Central, passam pelo segmento, chegam a quem
está na ponta e vice-versa.
Pirâmide Verde de SST
Em dezembro de 2006, a Holcim Brasil comemorou
o resultado da auditoria externa, que atesta a
implementação da Pirâmide de SST. É uma ferramenta
utilizada para monitorar o desempenho da empresa no
desenvolvimento e na aplicação dos 19 procedimentos
que compõem o Sistema de Gestão em SST. A certificação
atesta que, no mínimo, 85% deles foram desenvolvidos
e implementados. A auditoria oficial é feita a cada
três anos, sendo a próxima em 2009. Paralelamente, a
empresa realiza, todo ano, auditorias internas e externas
para monitoramento contínuo.
O Grupo Holcim analisou os principais riscos de suas
atividades e os acidentes fatais ocorridos de 2004 a
2006 e identificou as principais causas, entre elas:
trabalho em altura, isolamento e bloqueio, segurança
de veículos e do trânsito.
A partir desse levantamento, foi criada a metodologia
Fatality Prevention Elements – FPE (Elementos de Prevenção
de Fatalidades), que revisa e define padrões de saúde e
segurança que deverão ser implementados em todas as
unidades e ajudarão a prevenir que acidentes similares
continuem a ocorrer ( 14).
Mudança de comportamento A Pirâmide de SST estabelece atenção especial a itens
como controle de trabalhos de risco, acompanhamento
e aplicação da legislação, treinamentos constantes e,
principalmente, comprometimento da equipe.
Os treinamentos focados em saúde e segurança
no trabalho estimulam e valorizam a mudança
de comportamento para que sejam adotados
procedimentos individuais de prevenção de acidentes. Da
mesma forma, utilizam a metodologia de abordagem em
que funcionários são capacitados para abordar colegas
de trabalho, tanto para reforçar um comportamento
positivo como para alertar sobre riscos. Em 2007, os
empregados treinados para essa tarefa passaram por
processo de reciclagem.
Para estimular condutas adequadas, a empresa criou o
Destaque Paixão por Segurança, premiação que reconhece
os funcionários que se destacam pelo comprometimento
com as regras de SST. Os premiados são eleitos pelos demais
colegas. Na votação, consideram se o candidato preenche
requisitos como: trabalha em equipe, utiliza sempre os
EPIs, faz avaliação de risco antes de iniciar suas atividades,
evita acidentes e incidentes, identifica condições de risco e
aponta soluções, segue os procedimentos de SST e propõe
melhorias sobre eles, entre outros.
Regras Cardeais
Em 2006, foram criadas as Regras Cardeais para que as
pessoas saibam o que se espera delas em relação a SST:
1. Não desconsiderar ou alterar os procedimentos de
segurança ou permitir que outros o façam.
2. As regras de utilização de equipamentos de proteção
individual (EPIs) relacionadas a uma tarefa específica
devem ser seguidas o tempo todo.
3. Procedimentos de isolamento e bloqueio de
equipamentos devem ser sempre seguidos.
4. Nenhuma pessoa deve trabalhar sob o efeito de
bebidas alcoólicas ou drogas.
5. Todas as lesões e incidentes devem ser comunicados.
SST EM PAUTA
Um exemplo do envolvimento da alta direção com o
tema saúde e segurança no trabalho é a Pausa de SST.
Realizada pela primeira vez em 2007, a iniciativa consiste
em uma pausa nas atividades em todas as unidades, em
um mesmo dia, durante um período específico, para a
transmissão da mensagem do presidente gravada em
vídeo e reflexão sobre o tema.
O presidente reforça que SST é um valor da empresa que
deve orientar todos que nela trabalham. Em sua fala, ele
lembra que todos são responsáveis para que a meta de zero
dano às pessoas seja alcançada e mantida.
Além da Pausa de SST, o presidente da Holcim Brasil e
outras lideranças visitam constantemente as unidades para
fazer a abordagem de segurança com os funcionários. São
ainda realizadas reuniões freqüentes (diárias ou semanais,
dependendo da unidade), com o envolvimento de todos os
funcionários, para abordar questões de SST. (GLA8)
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
47
APOIO da comunicação
Indicadores
As ações de comunicação são fundamentais para o processo
de mobilização e troca de informações. Nesse sentido, a
Holcim produz informativos, cartazes com dicas de certo
e errado e campanhas de conscientização. Essas ações
promovem a mobilização de todos os funcionários e seus
familiares sobre ocorrências de acidentes, com explicações
sobre causa, conseqüências, providências tomadas e formas
de prevenção. (GLA8)
Taxa de freqüência e gravidade (GLA7)
PARCEIROS CONSCIENTIZADOS
Os trabalhadores terceirizados participam de todos os
treinamentos e campanhas relacionados às questões de
saúde e segurança no trabalho. (GLA8)
As empresas prestadoras de serviços são informadas,
antes de serem contratadas, sobre os padrões de SST da
Holcim. Devem agir em conformidade com essas normas
para se manterem como fornecedoras de mão-de-obra
e serviços. Já com os autônomos que trabalham para a
Holcim, como é o caso de parte dos caminhoneiros, a
iniciativa para intensificar a conscientização de práticas
saudáveis e seguras é do Clube da Estrada ( 25).
Taxa de freqüência
2005
2006
2007
2005
2006
2007
Total
12,4
8,2
4,6
549
251
301
Taxa de freqüência = número de acidentes com perda
de tempo x 106/horas trabalhadas (meta 2007: < 3,5).
Taxa de gravidade = número de dias perdidos x 106/horas trabalhadas (meta: < 60).
Acidentes de trabalho com afastamento (GLA7)
Próprios
Período
Total
zero dano às pessoas;
nenhum acidente fatal;
nenhum caso de invalidez permanente;
taxa de freqüência (acidentes com funcionários
próprios e subcontratados que gerem perda
de tempo): <2 (em 2009);
taxa de gravidade: <60.
Terceiros
Subcontratados
2005 2006 2007 2005 2006 2007
50
35
21
0
1
Visitantes/outros
2005 2006 2007 2005 2006 2007
1
20
22
10
0
1
2
Dias perdidos com pessoal próprio (GLA7)
Período
2005
2.173
Total
2006
2007
1.130
1.426
Óbitos (GLA7)
Próprios
Metas e objetivos de SST
Taxa de gravidade
Período
Período
Total
Subcontratados
2005 2006 2007 2005 2006 2007
0
0
1
0
0
0
Terceiros
Visitantes/outros
2005 2006 2007 2005 2006 2007
0
1
2
1
1
2
Todas as fatalidades no período de 2005 a 2007 ocorreram
fora da unidade da Holcim, em acidentes de trânsito.
Absenteísmo (GLA7)
2005
2006
2007
5,10%
2,13%
2,00%
Resultados
Para atingir a meta de zero dano às pessoas, é preciso
mudar o quadro gradualmente. A Holcim estabeleceu
uma meta ousada: reduzir anualmente em 30% a taxa de
freqüência dos acidentes envolvendo funcionários próprios
e subcontratados em relação ao saldo do ano anterior. Os
resultados nos últimos três anos têm sido muito próximos
do objetivo (veja tabela). Em 2007, a meta era chegar à
taxa de 3,5; a empresa atingiu a marca de 4,6. Para 2008, o
desafio é alcançar a taxa de freqüência de 2,4.
A Holcim Brasil reconhece as boas práticas dos
funcionários ( 47), e são previstas sanções para
os casos de descumprimento dos procedimentos
estabelecidos. O desempenho em SST tem impacto direto
na remuneração variável dos funcionários.
48
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
49
Sumário GRI / Glossário
50
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
51
Item
1
1.1
Avaliação
Teor
Página
Declaração do presidente sobre relevância da sustentabilidade para
2e3
Declaração dos principais impactos, riscos e oportunidades.
Capas D e E
Capa A
Produtos e serviços, incluindo marcas.
6e7
8
6
8
9
8
21 e 43
21 e 22
8
Países e regiões onde a organização atua.
Tipo e natureza jurídica da propriedade.
Mercados atendidos (incluindo discriminações geográficas).
Porte da organização (empregados, vendas, ativos etc.).
Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório.
Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório.
Período coberto pelo relatório (como ano contábil/civil) para as
informações apresentadas.
3.2
3.3
3.4
Data do relatório anterior mais recente (se houver).
Ciclo de emissão dos relatórios (anual, bienal etc.).
Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório e
seu conteúdo.
4.14
4.15
Capa A
Capa A
Capa A
56
4.16
Definição do conteúdo do relatório (temas, prioridades,
3.6
Limite do relatório (países, subsidiárias, joint ventures, instalações
stakeholders).
arrendadas, fornecedores).
3.7
Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao
escopo ou ao limite do relatório.
3.8
4.17
5
12 e 13
Capa B e 8
Capa A
EC6
Capa A
Mudanças significativas em comparação com anos anteriores
Tabela que identifica a localização das informações no relatório.
Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para
12 e 13
Capa A
Estrutura de governança da organização.
Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança
Porcentagem dos conselheiros que são independentes,
Mecanismos para acionistas e empregados fazerem
Relação entre remuneração e desempenho da organização.
Processos em vigor no mais alto órgão de governança para evitar
Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios
Responsabilidades pela implementação das políticas econômicas,
ambientais e sociais.
Processos para a auto-avaliação do desempenho
(econômico, ambiental e social).
13
Explicação de se e como a organização aplica o princípio
da precaução.
52
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Materiais usados por peso ou volume.
Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem.
Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia
primária.
EN4
EN5
EN6
EN29
Valor de multas e número total de sanções resultantes da
Impactos ambientais referentes a transporte de produtos
Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo
9
EN7
Total de investimentos e gastos em proteção ambiental.
e região.
LA2
Capas D e E
Número total e taxa de rotatividade de empregos, por faixa
etária, gênero e região.
LA3
9
9
44
9 e 10
EN11
EN12
Comparação entre benefícios a empregados de tempo integral e
Total de água retirada.
Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada.
Localização e tamanho da área possuída.
Descrição de impactos significativos de atividades, serviços e
Habitats protegidos ou restaurados.
Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para gestão de
EN15
EN16
Descrição de notificações (prazos e procedimentos).
35
35
LA6
LA7
Percentual dos empregados representados em comitês formais
Taxa de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo
e óbitos relacionados ao trabalho.
LA8
Programas de educação de prevenção e controle de risco de
doenças graves para empregados, familiares e comunidade.
LA9
36
discriminadas por categoria funcional.
LA11
37
37
e de desenvolvimento de carreira.
LA13
Composição da alta direção e dos conselhos e proporção por faixa
etária, gênero e outros grupos.
LA14
Proporção de salário-base entre homens e mulheres, por
Aspectos: Emissões, Efluentes e Resíduos
Indicadores de Desempenho Referentes a Direitos Humanos
33
Outras emissões indiretas relevantes de gases do efeito estufa,
Número de contratos com cláusulas referentes
a direitos humanos.
34
HR2
Percentual de empresas contratadas submetidas a avaliações
referentes a direitos humanos e medidas tomadas.
41
Aspecto: Corrupção
SO2
21
Percentual e número total de unidades submetidas a avaliações
10
de riscos relacionados à corrupção.
SO3
Percentual de empregados treinados nas políticas e
10
procedimentos anticorrupção da organização.
SO4
43
43
SO5
Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração
42
de políticas públicas e lobbies.
SO6
Políticas de contribuições financeiras para partidos políticos,
42
políticos ou instituições.
44
Aspecto: Concorrência Desleal
SO7
Número de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de
27
truste e monopólio e seus resultados.
45
45
10
Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção.
Aspecto: Políticas Públicas
Aspecto: Conformidade
SO8
Descrição de multas significativas e número total de sanções
27
não-monetárias.
Indicadores de Desempenho Referentes à Responsabilidade
46
48
47 e 48
pelos Produtos
Aspectos: Saúde e Segurança do Cliente
PR1
Política para preservar a saúde e segurança do consumidor
24
durante o uso do produto.
PR2
Registros de casos de não-conformidade relacionados aos
23
impactos causados por produtos e serviços.
Aspecto: Rotulagem de Produtos e Serviços
PR3
45
Tipo de informação sobre produtos e serviços exigido por
24
procedimentos de rotulagem.
PR4
23
Registros de casos de não-conformidade relacionados à
rotulagem de produtos e serviços.
PR5
43
44
Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados
23
de pesquisas.
45
Aspectos: Comunicação e Marketing
PR6
PR7
42
Programas de adesão a leis, normas e códigos voluntários.
Registros de casos de não-conformidade relacionados à
23
comunicação de produtos e serviços.
Aspecto: Conformidade
PR8
Número de reclamações comprovadas relativas à violação de
23
privacidade e perda de dados de clientes.
Aspecto: Compliance
Aspectos: Práticas de Investimentos e de Processos de Compra
HR1
Descrição de programas e práticas para avaliar e gerir os
impactos das operações nas comunidades.
25 e 32
Aspectos: Diversidade e Igualdade de Oportunidades
categoria funcional.
por peso.
Aspecto: Comunidade
SO1
Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua
Percentual de empregados que recebem análises de desempenho
37
Indicadores de Desempenho Social Referentes à Sociedade
32, 34 e 36
como apoio à empregabilidade e gerenciamento do fim da carreira.
LA12
37
37
Média de horas de treinamento por ano, por funcionário,
Número total de casos de violação de direitos dos povos
indígenas e medidas tomadas.
Temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos
de conservação.
por peso.
Aspecto: Direitos Indígenas
HR9
Aspectos: Treinamento e Educação
LA10
Treinamentos em políticas e procedimentos relativos a direitos
humanos, direcionados para equipe de Segurança.
formais com sindicatos.
36
Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN* e outras listas
Total de emissões diretas e indiretas de gases do efeito estufa,
31 a 38
Aspectos: Saúde e Segurança no Trabalho
de segurança e saúde.
Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água.
impactos na biodiversidade.
EN17
10 e 37
35
Percentual de empregados abrangidos por acordo de
negociação coletiva.
Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e
produtos na biodiversidade.
10 e 11
9, 10 e 11
LA4
LA5
Aspecto: Biodiversidade
EN13
EN14
10 e 11
32
31
Aspecto: Água
EN8
EN9
EN10
Aspecto: Práticas de Segurança
HR8
Aspecto: Emprego
Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho
Medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho
forçado ou análogo ao escravo.
Indicadores de Desempenho Referentes a Práticas
LA1
Operações com risco de ocorrência de trabalho infantil e
medidas tomadas para contribuir para sua erradicação.
Trabalhistas e Trabalho Decente
reduções obtidas.
9
HR6
Aspecto: Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo
Aspecto: Geral
EN30
45
Política de liberdade de associação e grau de sua aplicação.
Aspecto: Trabalho Infantil
Percentual de produtos e embalagens recuperados, por categoria
e de trabalhadores.
44
Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária.
Energia economizada por melhorias em conservação e eficiência.
HR5
HR7
Aspecto: Transporte
Impacto de investimentos em infra-estrutura oferecidos,
Descrição de impactos econômicos indiretos significativos,
36
36
36
Descrição de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água
não-conformidade com leis ambientais.
42
21 e 25
34
43
Número total de casos de discriminação e medidas tomadas.
Aspecto: Liberdade de Associação e Negociação Coletiva
Aspecto: Conformidade
EN28
Página
Avaliação
relativos a direitos humanos.
Peso de resíduos transportados, considerados perigosos nos
Iniciativas para mitigar os impactos ambientais.
Teor
Total de horas de treinamento em políticas e procedimentos
Aspecto: Não-discriminação
de produto.
Contratação local e proporção de membros da alta gerência
de energia.
Compromissos com Iniciativas Externas
4.11
44
Aspecto: Energia
52
Processo para determinação das qualificações dos membros do
internos.
4.10
EN1
EN2
EN3
mais alto órgão de governança.
4.9
Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais
incluindo extensão dos impactos.
GOVERNANÇA, COMPROMISSO E ENGAJAMENTO
conflitos de interesses.
4.8
Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário
EN26
EN27
31
Aspecto: Impactos Econômicos Indiretos
EC9
Número e volume total de derramamentos significativos.
Aspecto: Relações entre os Trabalhadores e a Governança
recomendações ao Conselho de Administração.
4.7
EN25
Item
HR3
HR4
termos da Convenção da Basiléia.
recrutados na comunidade.
EC8
Peso total de resíduos, por tipo e métodos de disposição.
empregados temporários.
não-executivos.
4.5
4.6
Ajuda financeira significativa recebida do governo.
em unidades operacionais importantes.
EC7
Descarte total de água, por qualidade e destinação.
Indicadores de Desempenho Ambiental
também seja diretor-executivo.
4.4
Cobertura das obrigações do plano de pensão que a organização
21
Aspecto: Presença de Mercado
EC5
EN21
EN22
EN23
EN24
Aspecto: Materiais
o relatório.
4.3
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades devido a
oferece.
EC4
tipo e peso.
Aspectos: Produtos e Serviços
mudanças climáticas.
EC3
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por
Indicadores de Desempenho Econômico
Valor econômico direto gerado e distribuído.
33
por peso.
e habitats afetados por descartes de água.
principalmente para benefício público.
Verificação
4
4.1
4.2
12 e 13
Página
Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio,
FORMA DE GESTÃO E INDICADORES DE DESEMPENHO
mínimo local.
Sumário de Conteúdo da GRI
3.13
Preocupações levantadas por meio do engajamento dos
EN19
12 e 41
12 e 41
Avaliação
reduções obtidas.
EN20
12 e 41
Teor
Iniciativas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e
Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações de
(escopo e/ou medições).
3.12
Capas B e C
Item
EN18
Técnicas de medição de dados e bases de cálculos.
informações fornecidas em relatórios anteriores.
3.11
Capas B e C
Aspecto: Desempenho Econômico
períodos e/ou entre organizações.
3.9
3.10
Abordagens para o engajamento dos stakeholders, incluindo a
stakeholders e medidas adotadas.
Base para relatório no que se refere a outras instalações que
possam afetar significativamente a comparabilidade entre
Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais
freqüência por tipo e por grupo.
Escopo e Limite do Relatório
3.5
Relação dos grupos de stakeholders engajados pela organização.
engajar.
EC1
EC2
PARÂMETROS PARA O RELATÓRIO
Perfil do Relatório
3.1
Participação em associações (como federações ou indústrias) e/ou
Página
Engajamento dos Stakeholders
Nome da organização.
Localização da sede da organização.
Avaliação
organismos nacionais/internacionais.
PERFIL ORGANIZACIONAL
Estrutura operacional.
Teor
Princípios e/ou outras iniciativas externas de caráter econômico,
ambiental e social endossadas pela organização.
4.13
a organização e sua estratégia.
1.2
2
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
2.6
2.7
2.8
2.9
2.10
3
Item
4.12
ESTRATÉGIA E ANÁLISE
24
24
PR9
Descrição de multas por não-conformidade relacionadas ao
23
fornecimento e uso de produtos e serviço.
GRI Atendido
GRI Parcialmente atendido
GRI Não Atendido
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
53
Glossário
Affordable housing – Termo em inglês que se refere à
casa de custo reduzido ou acessível.
AFR – Alternative Fuels and Raw Materials (Combustíveis
Alternativos e Matérias-Primas).
Convenção da Basiléia – Acordo que define a organização
e o transporte de resíduos sólidos e líquidos perigosos.
Prevê a concessão prévia e explícita de importação e
exportação dos resíduos autorizados entre os países de
modo a evitar o tráfico ilícito.
API – American Petroleum Institute (Instituto Americano
de Petróleo) – Principal associação comercial para a
indústria de petróleo e gás natural, representando cerca
de 400 empresas envolvidas na produção, refinamento,
distribuição e muitos outros aspectos da indústria.
Co-processamento – Destruição térmica de resíduos
industriais em fornos de cimento.
Biodiversidade – Diversidade de vida no planeta Terra,
incluindo: a variedade genética dentro das populações
e espécies; a variedade de espécies da flora, da fauna,
de fungos e de microrganismos; a variedade de funções
ecológicas desempenhadas pelos organismos nos
ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e
ecossistemas formados pelos organismos. A espécie humana
depende da biodiversidade para sua sobrevivência.
Decantação – Processo que permite separar elementos de
uma mistura heterogênea, como areia e água, água e óleo,
vapor d’água e ar.
Biomassa – Qualquer material de origem vegetal
utilizado como fonte de energia.
Brita – Pedra quebrada mecanicamente em fragmentos
de diversos diâmetros. É muito utilizada na fabricação
de concretos, no lastro de rodovias e em outras obras da
construção civil.
Corpo d’água – Compreende os principais cursos d’água,
tais como rios, represas ou reservatórios artificiais.
Ebitda (Earning before Interest, Taxes, Depreciation and
Amortization) – Sigla em inglês para indicador econômico que
permite à empresa avaliar a saúde de sua operação. Trata-se do
lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização.
EPI – Equipamento de proteção individual.
Escória – Resíduo da fabricação de aço que pode ser
usado na produção de cimento, como substituto parcial
do clínquer. Essa substituição gera economia de energia e
diminui a formação de gases, especialmente o CO2.
Insumo – Termo técnico, usado em Economia, para
designar um bem de consumo que é utilizado na produção
de outro bem. Por vezes, é substituído, imprecisamente,
por “matéria-prima”.
RedEAmérica – Iniciativa de empresas
e fundações empresariais latino-americanas para
apoiar projetos de desenvolvimento que contribuam
para a redução da pobreza.
Índice Dow Jones de Sustentabilidade – Indicador da Bolsa
de Valores de Nova York, que reconhece as empresas com as
melhores práticas em sustentabilidade corporativa no mundo.
Relatório Battelle – Estudo independente encomendado
pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento
Sustentável para identificar os desafios cruciais do
desenvolvimento sustentável na indústria cimenteira.
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
– Organização não-governamental criada com a missão
de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus
negócios de forma socialmente responsável.
Retração – Redução no volume do concreto fresco.
ISO – International Organization for Standardization
(Organização Internacional para Padronização) –
Criada em 1947, em Genebra, na Suíça, aprova normas
internacionais em todos os campos técnicos, exceto
eletricidade e eletrônica.
IUCN – União Internacional para a Conservação da
Natureza – Uma das maiores redes mundiais de estudo e
planejamento de ações de preservação ambiental.
Materialidade – Termo que define que as informações
em um relatório de sustentabilidade devem refletir os
impactos significativos da organização que possam
influenciar as avaliações e decisões dos stakeholders.
Fator clínquer – Percentual de clínquer no cimento.
Caminhão-betoneira – Caminhão que faz o transporte e,
ao mesmo tempo, realiza a mistura do concreto.
Cartel – Prática de concorrência desleal em que empresas
do mesmo setor promovem acordos entre si para exercer
o domínio de determinada oferta de bens ou serviços.
CBCS – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável.
GRI – Global Reporting Initiative – Organização nãogovernamental com sede em Amsterdã, na Holanda, cuja
missão é desenvolver e disseminar, globalmente, diretrizes
para a elaboração de relatórios de sustentabilidade
utilizados voluntariamente por empresas do mundo todo.
Moinha – Combustível alternativo originado do carvão
vegetal (ver biomassa).
Nível de aplicação GRI – Os relatórios GRI-G3 podem
ser classificados em três níveis: C, B e A, de acordo com a
evolução da aplicação das diretrizes da GRI.
( www.globalreporting.org)
NOx – Gases eliminados em processos de combustão,
conhecidos como óxidos de azoto (ou nitrogênio).
CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o
Desenvolvimento Sustentável – representante do World
Business Council for Sustainable Development (WBCSD)
no Brasil.
GTZ – Deutsche Gesellschaft für Technische
Zusammenarbeit – Agência de cooperação técnica
do governo alemão com o objetivo de promover o
desenvolvimento sustentável.
Clínquer – Matéria-prima produzida a partir do calcário
que, ao ser moída, forma o cimento.
Hay Group – Consultoria de gestão empresarial que criou
a mais reconhecida metodologia de avaliação de cargos.
Pacto Global (UN Global Compact) – Iniciativa da
Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de
incentivar empresas de todo o mundo a promover valores
fundamentais nas áreas de direitos humanos, direitos do
trabalho, proteção ambiental e combate à corrupção.
CO2 – Dióxido de carbono ou gás carbônico, principal
causador do efeito estufa.
Hectare – Unidade de medida de área equivalente a
10 mil metros quadrados. Como referência, um campo
de futebol, com medida máxima de 90 × 120 metros,
totaliza 10.800 metros quadrados ou 1,08 hectare.
Pré-calcinador – Equipamento de combustão especial
que preaquece a matéria-prima, aumentando a
capacidade de produção do forno de clínquer,
reduzindo o consumo de energia térmica.
Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis.
Programa Ortópolis – Programa de mobilização
comunitária que visa a estimular o desenvolvimento
sustentável dos municípios em que a Holcim atua.
Compliance – Palavra em inglês utilizada no âmbito
institucional e corporativo para definir o conjunto
de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e
regulamentar as políticas e as diretrizes estabelecidas.
54
Gife – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas.
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
Relatório Brundtland – Elaborado pela Comissão Mundial
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.
RSC – Responsabilidade Social Corporativa.
SGI – Sistema de Gestão Integrada.
Social Engagement Scorecard – Ferramenta que, com o
engajamento dos públicos interessados, avalia o alinhamento
de projetos com a estratégia de responsabilidade social.
SOx – Gases eliminados em processos de combustão,
chamados de óxidos de enxofre.
SST – Saúde e Segurança no Trabalho.
Stakeholder – Termo em inglês usado para designar as
principais partes interessadas de uma empresa, pessoas
que possam afetar seus negócios, por meio de suas ações e
opiniões, ou por eles ser afetadas. Exemplos de stakeholders
são funcionários e colaboradores, fornecedores, clientes,
comunidades do entorno, organismos setoriais, governos,
acionistas, ONGs, imprensa, entre outros.
The Institute of Internal Auditors (IIA) – Fundado em
1941, o Instituto de Auditores Internos é uma associação
profissional internacional, com mais de 150 mil membros,
reconhecida como líder mundial na certificação, educação,
pesquisa e orientação técnica.
Triple Bottom Line – Expressão, também conhecida
como os 3 Ps (People, Planet and Profit ou, em
português, PPL – Pessoas, Planeta e Lucro), que
representa o tripé da sustentabilidade em que as
empresas medem seus resultados em termos sociais,
ambientais e econômicos.
WBCSD – World Business Council for Sustainable
Development (Conselho Empresarial Mundial para o
Desenvolvimento Sustentável) – Entidade internacional
que reúne empresas com o compromisso de criar
estratégias de desenvolvimento sustentável.
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
55
Relatório de Sustentabilidade 2007
Holcim Brasil
Fotos
Igor Bier Pessoa
Coordenação
Ana Cláudia Pais
Salete da Hora
Impressão
Globo Cochrane
Consultoria GRI
BSD Consulting
Realização
Gabarito Editorial
Edição
Ana Luiza Guímaro
Leonel Prata
RELATÓRIO de sustentabilidade 2007
A certificação do FSC
garante que a matéria- prima
utilizada no produto é oriunda
de florestas gerenciadas
de maneira ambientalmente
adequada, socialmente benéfica
e economicamente viável.
Texto
Jussara Mangini
Tiragem: 3.000 exemplares
Projeto gráfico
Chico Max
(Estúdio Chico Design)
Mais informações e comentários:
Salete da Hora
[email protected]
Diagramação
Chico Cerchiaro
Leandro D’Faustino
English version:
Please find the text translation in our
website: www.holcim.com.br
Ilustrações
Mauro Nakata
A Holcim Brasil agradece a todos
que ajudaram na definição de
conteúdo, envio de dados, revisão,
aprovação e levantamento fotográfico,
dentre outras etapas do processo.
Pessoas essenciais para a realização
deste relatório.
Revisão
Luciana Cerchiaro
Luiz Teodoro de Souza
Marcia Menin
56
Conselho Brasileiro
de Manejo Florestal
FSC Brasil

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